UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE
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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA TATIANE MOTA DA SILVA Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas SÃO PAULO 2014 TATIANE MOTA DA SILVA Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Mestre, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa e co-orientação da Prof.a Dr.a Lucíola da Cunha Menezes Costa SÃO PAULO 2014 Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional S586p Silva, Tatiane Mota da. Prática baseada em evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas. / Tatiane Mota da Silva. São Paulo, 2014. 147 p. Inclui bibliografia Dissertação (Mestrado) – Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa; co-orientação Profa. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa. 1. Medicina baseada em evidências. 2. Conhecimentos, atitudes e prática em saúde. 3. Fisioterapia. I. Costa, Leonardo Oliveira Pena, orient. II. Costa, Lucíola da Cunha Menezes, co-orient. III. Título. CDD 615.8 TATIANE MOTA DA SILVA Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Mestre, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa e co-orientação da Profa. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa Área de concentração: Avaliação, Intervenção e Prevenção em Fisioterapia Data da dissertação: 27/10/2014 Banca Examinadora Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa ___________________________________ Universidade Cidade de São Paulo Profa. Dra. Sandra Regina Alouche ___________________________________ Universidade Cidade de São Paulo Profa. Dra. Anamaria Siriani de Oliveira Universidade de São Paulo ___________________________________ DEDICATÓRIA Dedico essa dissertação aos meus pais, José Rosa da Silva e Eliana Maria das Dores Mota da Silva, que sempre fizeram e fazem tanto por mim, que são a verdadeira razão dos meus sonhos se tornarem realidade. Espero que essa conquista tão importante seja uma resposta do tamanho do amor e dedicação que eles sempre tiveram por mim. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela luz constante em minha vida, por me mostrar que nada é possível sem perseverança e fé e por ter me dado o maior presente de amor que é minha família. Aos meus queridos e amados pais e minhas irmãs e melhores amigas, Tatiana Mota, Cintia Mota e Paula Mota, que independente das diferenças sempre estiveram por perto pra me apoiar nas dificuldades e festejar de maneira única as minhas vitórias ao longo do caminho, e em especial a minha irmã e alma gêmea, pessoa essencial na minha vida, que me ajuda a manter o foco e seguir adiante. Amo vocês! Vou ser eternamente grata a duas pessoas tão queridas e admiráveis que são meu orientador Léo Costa e minha co-orientadora Lu Costa. Vocês foram verdadeiros pais acadêmicos! Não tenho nada a dizer a vocês a não ser elogios, professores impecáveis que tem a generosidade de ensinar e dividir tanto conhecimento, e acima de tudo, pessoas de caráter admirável. A experiência não poderia ter sido melhor, claro que com algumas dificuldades, mas eu acho que foi aí que tive o maior dos aprendizados: a resiliência! Muito obrigado por depositarem tanta confiança e por me guiarem para caminhos tão maiores do que eu mesma podia sonhar realizar. Vocês com certeza tem muito crédito em todas essas conquistas! Agradeço as minhas amigas que ganhei de presente no mestrado, Quilza Ferrarezi, Patricia Parreira, Indiara Oliveira, Flávia Medeiros que dividiram experiências comigo, deram conselhos e com certeza somaram muito. Muito obrigada pela paciência incessante e o carinho que vocês sempre tiveram por mim meninas do meu coração. E as minhas amigas de tempos e histórias Dayanne Araújo, Juliana Oliveira, Priscilla Viana, Alessandra Narciso, Manuela Pantaleão, Karem Miranda, Ayeska Morais, Andrezza e Grace Buccino. Vocês são únicas e muito amadas, obrigada por sempre estarem presentes, mesmo que em pensamento. E a uma pessoa linda que sempre me dedicou tanto amor e paciência, que dividiu comigo 4 anos de muitas alegrias e companheirismo, Rodolfo Hashimoto. SUMÁRIO Sumário ........................................................................................................................ vii Prefácio ............................................................................................................................x Resumo .......................................................................................................................... xii Abstract ........................................................................................................................ xiv Capítulo 1 - Contextualização ........................................................................................1 1.1.O que é Prática Baseada em Evidências? ........................................................2 1.2.Os pilares da Prática Baseada em Evidências ..................................................3 1.3.Como utilizar a Prática Baseada em Evidências? ............................................4 1.4.Qual a importância da Prática Baseada em Evidências? .................................6 1.5.O progresso e as atuais barreiras na Prática Baseada em Evidências ..............7 1.6.Objetivos da dissertação ..................................................................................9 1.7.Referências bibliográficas .............................................................................10 Capítulo 2 - What do Physical Therapists Think About Evidence-Based Practice? A systematic review .......................................................................................................15 Abstract ................................................................................................................17 Introduction..........................................................................................................18 Methods ...............................................................................................................20 Results..................................................................................................................22 Discussion ............................................................................................................33 Conclusion ...........................................................................................................37 vii References ............................................................................................................38 Appendix 1 – Search strategies ............................................................................42 Appendix 2 – Methodological quality criteria .....................................................48 Appendix 3 – Table of characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions and barriers by each study ................................................................................49 Capítulo 3 - Prática Baseada em Evidências: uma avaliação sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras por fisioterapeutas brasileiros .......................................................................................................................66 Resumo ................................................................................................................68 Abstract ................................................................................................................69 Introdução ............................................................................................................70 Métodos ...............................................................................................................71 Resultados ............................................................................................................74 Discussão .............................................................................................................82 Conclusão ............................................................................................................85 Referências Bibliográficas ...................................................................................86 Anexo 1 - Questionário ........................................................................................90 Anexo 2 – Tabela análise secundária...................................................................99 Capítulo 4 – Considerações Finais .............................................................................106 4.1.Resultados principais ...................................................................................107 4.2.Implicações dos resultados para a prática clínica ........................................108 4.3.Sugestões de estudos futuros .......................................................................110 viii 4.4.Referências bibliográficas ...........................................................................112 Anexo 1 – Instruções para os autores – Manual Therapy ........................................114 Anexo 2 – Instruções para os autores - Brazilian Journal of Physical Therapy .....126 ix PREFÁCIO Esse exemplar de dissertação de mestrado apresenta tópicos relacionados à Prática Baseada em Evidências (PBE) em Fisioterapia, em especial o conhecimento, habilidades, comportamento, opiniões e barreiras na implantação da PBE por fisioterapeutas. É composta por quatro capítulos, sendo apresentada lista de referências bibliográficas em cada um deles, bem como seus respectivos anexos. O Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo permite a inclusão de artigos publicados, aceitos, submetidos para publicação ou em preparação para submissão a serem incluídos em seu formato de publicação ou submissão no corpo do exemplar da dissertação. O capítulo 1 apresenta uma contextualização dos tópicos relevantes a Prática Baseada em Evidências, como: o que é a PBE, seus pilares, como utilizar a PBE, sua importância, e possíveis barreiras para sua utilização. Neste mesmo capítulo são apresentados os objetivos desta dissertação. O capítulo 2 consiste numa revisão sistemática das atuais evidências sobre o conhecimento, habilidades e comportamento, opiniões e barreiras na implantação da PBE por fisioterapeutas. Este capítulo é apresentado no formato exigido pela Manual Therapy, ao qual está submetido para possível publicação, exceto para figuras e tabelas, que estão localizados no corpo do texto para facilitar a leitura pelos membros da banca examinadora. O capítulo 3 tem como objetivo apresentar um estudo transversal sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras na implantação da PBE por fisioterapeutas brasileiros. Este capítulo também está apresentado no formato de artigo no periódico Brazilian Journal of Physical Therapy, ao qual está submetido para possível publicação, exceto para figuras e tabelas, que estão localizados no corpo do texto para facilitar a x leitura. O Capítulo 4 apresenta uma conclusão da dissertação com uma visão dos principais achados encontrados nos estudos e suas implicações para a prática clínica, bem como sugestões para estudos futuros. Uma cópia das “instruções para os autores” das revistas Manual Therapy e Brazilian Journal of Physical Therapy estão apresentadas como anexo no último capítulo desta dissertação. O estudo transversal dessa dissertação foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo em março de 2013 (CAAE 13479213.6.0000.0064). xi RESUMO A PBE é definida como “a combinação da melhor evidência com a experiência clínica do profissional e as preferências do paciente”. Teve início em 1960, foi largamente discutida na década de 80 e vem tomando cada vez mais espaço nas discussões sobre o melhor modelo de tomada de decisão clínica por profissionais da saúde. Apesar de sua crescente divulgação e desenvolvimento, ainda hoje enfrenta uma série de problemas nas diferentes profissões de saúde, inclusive em fisioterapia. Dois estudos distintos foram desenvolvidos para investigar essa temática. O Capítulo 2 desta dissertação apresenta uma revisão sistemática que reuniu todos os estudos que investigaram características importantes na implantação da PBE por fisioterapeutas. Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, CINAHL, PSYCINFO, LILACS, e SciELO desde a criação das bases até setembro de 2014. Foram considerados para inclusão somente estudos transversais e quantitativos que investigaram conhecimento, habilidades, comportamento, opiniões e barreiras em PBE por fisioterapeutas. Foram incluídos 12 estudos na revisão (amostra total combinada=6411 participantes). Dos estudos que investigaram conhecimento, aproximadamente 21% a 82% dos respondentes alegaram ter recebido informação prévia sobre PBE. Dos estudos que reportaram habilidades e comportamento, quase metade dos participantes tinham usado bases de dados para auxiliar na tomada de decisão clínica. E dos estudos que investigaram opiniões, a maioria dos fisioterapeutas consideraram a PBE necessária. As barreiras mais frequentemente reportadas foram: falta de tempo, incapacidade de entender dados estatísticos, falta de suporte do empregador, falta de recursos, falta de interesse e falta de aplicabilidade para o paciente. No Capítulo 3 é descrito o estudo transversal que teve como objetivo identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras na PBE xii encontradas por fisioterapeutas brasileiros que residem no estado de São Paulo. Para tanto, foi enviado um questionário personalizado sobre tais características via e-mail para uma amostra de 490 fisioterapeutas registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do estado de São Paulo. Os fisioterapeutas que não responderam ao questionário foram contatados via telefone e/ou carta. A taxa de resposta final foi de 64,4% (316/490), sendo 256 fisioterapeutas atuantes e 60 que já não atuam mais na profissão. Os fisioterapeutas relataram possuir hábito de utilizar artigos científicos (89,5%) como recurso de atualização profissional, seguido de cursos (88,3%), e livros (86,3%). Cerca de 35% dos profissionais relataram compreensão clara sobre a aplicação dos achados de uma pesquisa na prática clínica, cerca de 37% relataram facilidade em avaliar criticamente um artigo científico, e 67% acreditam totalmente que a PBE é importante para a prática clínica. As barreiras mais frequentemente relatadas estão relacionadas a dificuldades para obter o artigo na íntegra (80%), utilizar a PBE pode representar maior custo (80%) e idioma dos artigos científicos (70%). Portanto, os fisioterapeutas brasileiros acreditam ter conhecimento e habilidades em PBE, possuem opiniões favoráveis em relação a sua implantação, mas ainda possuem dificuldades para o sucesso da aplicação da PBE. Acreditamos que os profissionais que participaram destes estudos relataram perspectivas reais em relação às características em PBE apresentadas, mas acreditamos também que o processo, embora pareça de fácil execução, requer certa complexidade, exigindo maior conhecimento e desenvolvimento de habilidades específicas em PBE para que essas perspectivas não sejam somente pontos de vista, mas mudanças efetivas sobre a prática clínica destes profissionais. Palavras-chave: Prática Baseada em Evidências, estudos transversais, fisioterapia. xiii ABSTRACT EBP is defined as "the combination of the best evidence with clinical expertise and patient preferences". EBP started in the 60s, it was widely discussed in the 80s and it has grown in discussions about the best model for clinical decision making by healthcare professionals. Despite EBP increased in number and development, until today EBP faces a number of issues in the health professions, including physiotherapy. Chapter 2 of this master thesis presents a systematic review that retrieved all relevant studies that investigated the most important features in the implementation of EBP by physiotherapists. Two distinct studies were designed to investigate this issue. Searches were conducted in MEDLINE, EMBASE, CINAHL, PSYCINFO, LILACS and SciELO since the inception of these databases up to September 2014. It was considered for inclusion only cross-sectional and quantitative studies that investigated knowledge, skills, behavior, opinions and barriers of EBP by physiotherapists. A total of 12 studies were included (pooled sample=6411 participants). In the studies that investigated knowledge, approximately 21% to 82% of respondents claimed to have received previous information about EBP. In the studies that reported skills and behavior, nearly half of the participants had used databases to aid in clinical decision making. In the studies investigating opinions, most of the physiotherapists considered EBP important. The most commonly reported barriers were lack of time, inability to understand statistics, lack of employer´s support, lack of resources, lack of interest and lack of applicability to the patient. In Chapter 3 describes a cross-sectional study aim to identify the behavior, knowledge, skills and resources, opinions and barriers faced by Brazilian physiotherapists in EBP. Therefore, a customized questionnaire based on such characteristics was sent by email to a sample of 490 physiotherapists registered at the xiv São Paulo’s Physiotherapy and Occupational Therapy Registration Board. Physiotherapists who have not answered to the questionnaire were contacted by telephone and/or letter. The final response rate was 64.4% (316/490), with 256 active physiotherapists and 60 who do not work anymore as physiotherapists. These physiotherapists have reported the habit of reading scientific articles (89.5%) as a resource for professional development, followed by courses (88.3%) and books (86.3%). About 35% of professionals reported a clear understanding on the implementation of the findings of a study on clinical practice, about 37% reported ease in critically appraise a scientific article, and 67% strongly believe that EBP is important for clinical practice. The most commonly reported barriers were related to difficulties for obtaining the full-text article (80%), using EBP may represent higher cost (80%) and language of publication (70%). Therefore, Brazilian physiotherapists believe they have knowledge and skills in EBP, they have favorable opinions about the implementation, but still have difficulties to the successful implementation of EBP. We believe that physiotherapists who participated in these studies reported real perspectives regarding the characteristics presented in PBE, but we also believe that the EBP process, although it seems easy to perform, requires certain complexity. This process requires greater knowledge and specific skills in EBP that are not only a point of view but effective changes on practice of these professionals. Keywords: Evidence -Based practice, cross-sectional studies, physiotherapy. xv Capítulo 1 Contextualização 1 1.1. O que é Prática Baseada em Evidências? A Prática Baseada em Evidências (PBE) é definida como “a combinação da melhor evidência com a experiência clínica e as preferências do paciente”1. Os pioneiros da PBE foram John Hopkins, Suzanne Fletcher e Robert Fletcher, em 1960, com objetivo de relacionar a ciência biomédica com a prática clínica2. Em 1967, foi criado o primeiro curso formal de epidemiologia clínica coordenado por David Sackett para entender a literatura científica e sua aplicabilidade na prática clínica2. Uma série de artigos foi desenvolvida em 1981 pelo Journal of American Medical Association (JAMA), e em 1990 foram introduzidos no curso de medicina da Universidade de McMaster no Canadá, os conceitos da chamada “Medicina Científica” através de Gordon Guyatt, com o intuito de ensinar a medicina à beira do leito2. Posteriormente, seus conceitos foram aperfeiçoados por David Sackett, com técnicas de avaliação crítica de artigos científicos2. O termo “Medicina Baseada em Evidências” surgiria em 1991 por Gordon Guyatt2, 3. As ideias sobre o assunto foram aprimoradas e novas pesquisas foram desenvolvidas2, 3. O primeiro artigo específico sobre Medicina Baseada em Evidências foi publicado em 1992, chamando atenção em relação a seu papel na educação em medicina, e causando certo alvoroço da população médica, já que se rotulava de “novo paradigma”. Esse artigo descreveu a importância da formulação da questão clínica, busca da melhor evidência disponível, avaliação crítica do estudo e desenvolvimento de métodos para averiguar a validade dos resultados dos estudos4. Em 1993, uma edição do JAMA foi elaborada para guiar os médicos na compreensão e aplicação dos conceitos em Medicina Baseada em Evidências2, 4 e esta iniciativa acabou evoluindo para a formação da Colaboração Cochrane2, 3. Em 1996 a PBE já era vastamente disseminada para outras profissões em saúde5. 2 1.2. Os pilares da Prática Baseada em Evidências A Prática Baseada em Evidências é fundamentada em três aspectos: a pesquisa clínica de alta qualidade, as expectativas, desejos e valores do paciente, e a experiência do profissional6. A pesquisa clínica de alta qualidade é composta por estudos clinicamente relevantes, com pacientes “reais”7, que foram desenvolvidos principalmente para estabelecer a acurácia e a precisão de exames diagnósticos, para definir o prognóstico de uma determinada condição de saúde e para testar a eficácia e segurança de intervenções no tratamento e/ou prevenção de qualquer lesão, sintoma ou doença1. As preferências do paciente estão relacionadas às experiências e valores do mesmo7, que devem ser integrados na tomada de decisão clínica, sempre que possível1. O conhecimento do profissional é caracterizado pela prática e experiência clínica adquiridas com o passar do tempo7, para identificar rapidamente o diagnóstico do paciente, riscos e benefícios individuais de intervenções propostas, considerando seus valores e preferências1. Seguindo os conceitos da Prática Baseada em Evidências, os estudos clínicos de alta qualidade devem informar, mas não dominar, a tomada de decisão clínica8. Os profissionais devem se basear em experiência clínica prévia para aplicar os achados de pesquisa ao paciente, além de dividir a responsabilidade de tomada de decisão com o mesmo8. Outros fatores também podem influenciar a tomada de decisão do clínico, por exemplo, a disponibilidade de recursos, que pode determinar como preferência uma intervenção menos eficaz por oferecer menor custo ou menor tempo de aplicação7. A habilidade do profissional em aplicar com competência aquela intervenção considerada como melhor evidência clínica também pode influenciar de alguma forma7. Os fatores socioeconômicos e culturais também devem ser observados e considerados, pois existem algumas diferenças entre percepção ou entendimento sobre a doença, ou no próprio serviço prestado entre diferentes classes sociais7. Da mesma forma que culturas com forte hierarquia social oferecem um contexto menos 3 favorável para a PBE ou para a tomada de decisão clínica compartilhada7, por exemplo a religião Talibã. 1.3. Como utilizar a Prática Baseada em Evidências? Os cinco passos para a utilização da PBE foram descritos pela primeira vez em 1992 e desde então são utilizados para guiar os profissionais em saúde. São eles: 1) formulação da questão clínica; 2) busca na literatura de maneira eficiente para responder a pergunta clínica; 3) avaliação crítica de validade das evidências; 4) aplicação dos achados das evidências na prática clínica; 5) avaliação dos efeitos da implantação das evidências na prática clínica9. No primeiro passo a formulação da pergunta clínica deve ser realizada a partir da necessidade de informação sobre diferentes aspectos1, sendo os principais sobre efeitos de intervenção, prognóstico, diagnóstico e experiências dos pacientes7. A partir da formulação da pergunta clínica é necessário escolher palavras-chave da questão para a realização da busca7. Por exemplo, para perguntas clínicas voltadas a efeitos de intervenção as palavras-chave devem seguir o chamado PICO, em que P significa paciente ou problema, I de intervenção, C de comparação da intervenção e O de outcome, que significa desfechos ou resultados7, 9. Para cada pergunta clínica existe um delineamento ou tipo de estudo específico que responda a mesma. Por exemplo, para perguntas sobre efeitos de determinada intervenção, o ideal são revisões sistemáticas de ensaios controlados aleatorizados10. Na ausência de revisões sistemáticas sobre o assunto, deve-se buscar os ensaios controlados aleatorizados isoladamente7. No passo 2 a busca na literatura deve ser feita de modo a identificar a evidência que melhor responde a questão clínica1. Há necessidade de selecionar uma fonte de evidência que ofereça as melhores informações baseadas em evidências disponíveis e de maneira mais rápida, geralmente bases de dados eletrônicas1. Em seguida, deve-se planejar uma estratégia 4 de busca com base nas palavras-chave advindas da pergunta clínica1. Posteriormente uma seleção deve ser feita a partir da leitura dos títulos, e em seguida, dos resumos dos estudos de interesse1. Por fim, o(s) estudo(s) de interesse devem ser lido(s) integralmente, com atenção aos conceitos descritos no próximo passo1. No passo 3 é realizada a avaliação crítica quanto à validade das evidências: sua relevância clínica e aplicabilidade, ou seja, utilidade para a prática clínica1. Para determinar a relevância clínica de um ensaio controlado aleatorizado, por exemplo, devem ser observados alguns fatores como: realização do processo de randomização, ou seja, distribuição aleatória dos sujeitos; se o tempo de seguimento dos pacientes foi longo o suficiente e completo; se todos os pacientes foram analisados nos grupos aos quais foram distribuídos, que é definido como análise por intenção de tratar; se o tratamento foi mantido de forma cega para os pacientes, do avaliador dos desfechos e dos clínicos, principalmente para o avaliador que não deve saber o grupo ao qual cada paciente pertence; e se os grupos apresentam características semelhantes na primeira avaliação do estudo1. Finalmente, para saber se os resultados deste estudo são válidos para o paciente real, é necessário identificar a magnitude do efeito de tratamento, ou seja, qual foi o tamanho do efeito, e qual é a precisão da estimativa do efeito de tratamento, descrito através do intervalo de confiança1. No passo 4 ocorre a aplicação dos achados das evidências na prática clínica a partir da integração da análise crítica com a habilidade clínica do profissional e os valores do paciente1. Por exemplo, no caso de pergunta clínica sobre efeitos de intervenção, se foi encontrado um estudo válido e importante, para saber se os resultados do mesmo podem ser aplicáveis ao paciente em questão, o profissional deve se atentar a: 1) se o paciente tem características semelhantes aos pacientes do estudo, 2) se o tratamento é viável a suas condições de trabalho, 3) quais são os benefícios e danos potenciais ao paciente em questão, e 4) quais são os valores e expectativas do paciente quanto a sua evolução e ao tratamento oferecido1. 5 Finalmente, no passo 5 o profissional deve avaliar os efeitos da implantação das evidências na prática clínica, se questionando se todo o processo foi feito de maneira correta e se seus resultados estão dentro do esperado para este paciente1. 1.4. Qual a importância da Prática Baseada em Evidências? O conhecimento específico em PBE surgiu a partir da necessidade de informações válidas facilitadas sobre prognóstico, diagnóstico, tratamento e prevenção, por meio de fontes mais fidedignas, tendo em vista a desatualização de livros, informações errôneas oferecidas por especialistas, métodos ineficazes como materiais de educação continuada1, ou devido ao aumento no volume de informação de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas1, 9, 11, 12. Além disso, uma razão mais atual para o crescente estímulo da implantação da PBE é a preocupação com custos de atendimento para garantir práticas mais eficazes11. Já existem métodos administrativos para avaliar e controlar os cuidados em saúde, por exemplo, custos, estadias no hospital, etc, exigindo justificativas dos serviços oferecidos por estes profissionais a fim de estimulá-los a utilizar os princípios em PBE13. Outro importante fator são as novas iniciativas de informação das atuais evidências clínicas voltadas para os pacientes devem ser estimuladas, e estas informações podem ser utilizadas pelos mesmos para garantir melhor atuação do profissional. Um exemplo deste tipo de iniciativa em fisioterapia é o site Physiotherapy Choices (http://www.physiotherapychoices.org.au/) desenvolvido pelo instituto de pesquisas australiano The George Institute for Global Health, que oferece informações a respeito da eficácia das intervenções fisioterapêuticas voltadas para o paciente14. Portanto, apesar de não ser perfeita, a PBE ainda pode ser considerada o melhor modelo de prática clínica, já que a utilização das melhores evidências atuais é a forma menos tendenciosa de se tomar a decisão clínica8. 6 1.5. O progresso e as atuais barreiras na implantação da Prática Baseada em Evidências A mudança do antigo método de tomada de decisão para PBE surgiu a partir de uma evolução na pesquisa clínica, com o desenvolvimento de ensaios clínicos para demonstrar efeito de diferentes intervenções, revisões sistemáticas como um meio de resumir os resultados de ensaios controlados aleatorizados e diretrizes de prática clínica a partir de revisões rigorosas dos estudos disponíveis.11 Desde o início de seu desenvolvimento, a PBE se beneficiou de avanços na facilidade de acesso e compreensão de informações, utilização de informações baseadas em evidências confiáveis, e crescente ênfase para valores e preferências dos pacientes.4 Atualmente, a PBE vem alcançando meios que facilitam o seu processo em consequência de inovações das fontes de informação. Por exemplo, o acesso em bases de dados eletrônicas a artigos científicos completos se tornou disponível em 1998.11 As bases de dados online oferecem acesso cada vez mais facilitado e novas bases de dados especializadas são desenvolvidas para profissões específicas, como a base de dados PEDro (www.pedro.org.au), focada em estudos que investigam a eficácia das intervenções fisioterapêuticas por meio de ensaios controlados aleatorizados, diretrizes de prática clínica e revisões sistemáticas.15 Embora os meios de divulgação e todo o processo tenham evoluído ao longo dos últimos anos, a PBE enfrenta uma série de problemas a serem solucionados. Desde 1992 o EvidenceBased Medicine Working Group vem apontando como problemas urgentes as possíveis restrições econômicas e falta de incentivo para utilizar evidências na prática clínica, dificuldade de encontrar evidências relevantes, e tempo insuficiente para acessar e analisar as evidências.11 Estudos que discutem possíveis problemas na PBE apontam outros motivos como: falta de aplicabilidade dos estudos para a prática clínica,16, 17 estudos relevantes em diferentes bases de dados que o clínico talvez desconheça16, 17, o idioma de publicação da pesquisa, em sua 7 maioria na língua inglesa, que pode dificultar a utilização de estudos pela incompreensão do leitor que não lê artigos em inglês18, 19, ou ainda estudos concluídos e não publicados ou viés de publicação,16-18 que é a razão da campanha AllTrials que conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde e de 80.857 pessoas e 518 organizações20. A campanha objetiva reforçar a necessidade de divulgação dos resultados de todos os ensaios clínicos ao público e definir um padrão global de escrita de ensaios clínicos, já que existem intervenções, principalmente, medicamentos que são utilizados sem a devida comprovação por ensaios clínicos20. Nos últimos anos, novos estudos foram delineados com o objetivo de traçar as atuais barreiras relatadas pelos próprios profissionais em relação à implantação da PBE. Estudos realizados em diferentes profissões de saúde apontam como principais barreiras: falta de tempo21-24, falta de acesso aos artigos na íntegra25 e/ou falta de habilidade na localização e compreensão dos estudos21, 25-27 , qualidade discutível dos estudos27-29, resultados conflitantes24, 29 e dificuldades na compreensão e elegibilidade de estudos de alta qualidade.25 Portanto, parece que os problemas relacionados a implantação da PBE tem até certo ponto relação com características de conhecimento, habilidades, comportamento, e talvez até opiniões por parte do clínico, que podem facilitar ou dificultar o processo de implantação. Já existe uma série de estudos21, 30-40 que analisa essas características necessárias para PBE em população específica de fisioterapeutas. Uma revisão publicada recentemente41 sobre o tema mostrou que os fisioterapeutas tendem a apresentar opiniões favoráveis em relação à PBE, e as barreiras enfrentadas por eles são geralmente relacionadas à falta de tempo e falta de habilidades. Embora esta revisão41 tenha avaliado características importantes sobre PBE em fisioterapia, os resultados foram apresentados de maneira narrativa, sem relatar as frequências das características analisadas, e incluíram apenas estudos publicados em inglês. Portanto, uma revisão sistemática que inclua 8 estudos de diferentes países e que apresente os resultados de maneira quantitativa podem permitir melhor comparação e análise dessas características sob diferentes aspectos. Além disso, existe até o momento um único estudo piloto37 que abordou algumas destas características por fisioterapeutas brasileiros, portanto, faz-se necessária a apresentação de um estudo com uma amostra significativa que aborde todas as características sob o ponto de vista de um grupo que represente esta população. 1.6. Objetivos da qualificação Esta qualificação de mestrado tem como objetivos abordar tópicos relacionados à Prática Baseada em Evidências, em especial: 1. Revisar sistematicamente as evidências sobre conhecimento, habilidades, comportamento, opiniões e barreiras em relação à Prática Baseada em Evidências por fisioterapeutas. 2. Apresentar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros na Prática Baseada em Evidências. 9 1.7. Referências Bibliográficas 1. Sackett DL, Straus SE, Richardson WS, Rosenberg W, Haynes RB. Medicina Baseada em Evidências: Prática e ensino. 2 ed. 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Evidence-based practice in physiotherapy: a systematic review of barriers, enablers and interventions. Physiotherapy. 2014;100(3):208-19. 14 Capítulo 2 What do Physical Therapists Think About Evidence-Based Practice? A systematic review 15 WHAT DO PHYSICAL THERAPISTS THINK ABOUT EVIDENCE-BASED PRACTICE? A SYSTEMATIC REVIEW Tatiane Mota da Silva1 1 Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Brazil. tati_911@yahoo.com.br Lucíola da Cunha Menezes Costa2 2 Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Brazil. luciola.costa@unicid.edu.br Alessandra Narciso Garcia3 3 Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Brazil. alessandrag_narciso@yahoo.com.br Leonardo Oliveira Pena Costa4,5 4,5 Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Brazil. Musculoskeletal Division, The George Institute for Global Health, Australia lcos3060@gmail.com Corresponding author: Assoc/Prof Leonardo Oliveira Pena Costa, Rua Cesário Galeno, 448/475, Tatuapé, São Paulo, SP – Brazil, postcode: 03071 000, lcos3060@gmail.com, +55 (11) 2178 1564, +55(11) 98183 1550 16 ABSTRACT Evidence-Based Practice (EBP) has been widely implemented in different health-related areas. Several studies investigated important characteristics in EBP by physiotherapists and systematic review is needed. Therefore the aim of this study is to describe the current evidence on EBP knowledge, skills, behaviour, opinions and barriers by physiotherapists. Searches were conducted on MEDLINE, EMBASE, CINAHL, PSYCINFO, LILACS, and SciELO in September 2014. We retrieved quantitative cross-sectional studies that investigated EBP knowledge, skills, behaviour, opinions, and barriers in physiotherapy. Risk of bias was assessed using a scale to evaluate representativeness of the sample, response rate, the accuracy of the data, evidence of power calculation and the instrument used. The search yielded 12392 potentially eligible studies. Of these, 12 studies were included in the review (pooled sample = 6411 participants). In 3 studies that analysed knowledge, approximately 21% to 82% of respondents claimed to have received prior information on EBP. In 2 studies that reported skills and behaviour, nearly half of the sample had used databases to support clinical decision-making. In 6 studies that investigated opinions, the majority of the samples considered EBP necessary or important. The barriers most frequently reported were: lack of time, inability to understand statistics, lack of support from employer, lack of resources, lack of interest and lack of generalisation of results. Although the majority of physiotherapists have a positive opinion about EBP, they consider that they need to improve their knowledge, skills and behaviour towards EBP. They also faced barriers that might hinder the implementation of EBP. Key Words: evidence-based clinical practice, physiotherapy, systematic review. 17 INTRODUCTION Evidence-Based Practice (EBP) has been increasingly recognised and used by physiotherapists as a result of the growing volume and accessibility of high-quality research.(Maher et al. , 2004) Currently, the term Evidence-Based Physiotherapy can be applied to physiotherapy based on high-quality clinical research.(Herbert et al. , 2011) However decision-making must also take into account the wishes, expectations, and values of the patient as well as the therapist´s experience and knowledge.(Herbert et al. , 2005) Although the concepts of EBP are well-defined, EBP faces a variety of challenges with regards to its implementation.(Haynes and Haines, 1998) These challenges are closely related to current health policies, the complexity of physiotherapy practice, access to the studies and continued education programs.(Haynes and Haines, 1998) Previous studies on different health professions have identified multiple barriers such as lack of time,(Jette et al. , 2003, Majid et al. , 2011, McColl et al. , 1998, Metcalfe et al. , 2001) lack of access to full-text articles(Bennett et al. , 2007, Maher, Sherrington, 2004) and/or lack of skills in finding and understanding the studies.(Ahmadi et al. , 2012, Bennett, McKenna, 2007, Caldwell et al. , 2007, Jette, Bacon, 2003) The inability of health professionals to comprehend and select highquality studies has been attributed to poor training in EBP due to great variability of teaching methods during university training.(Ahmadi, McKenzie, 2012) Other barriers include the questionable quality of the studies(Caldwell, Coleman, 2007, Petrisor and Bhandari, 2006, Spallek et al. , 2010) and the conflicting results of different studies investigating the same topic.(Metcalfe, Lewin, 2001, Spallek, Song, 2010) Some studies have different characteristics which do not represent the real clinical practice which can make the clinical application more difficult.(Cranney et al. , 2001, Flores et al. , 2000, Jette, Bacon, 2003) Another factor that can interfere in the application of EBP is the language of publication. 18 Most studies are published in English,(Shiwa et al. , 2013) which can hinder their use by nonEnglish proficient readers.(Maher, Sherrington, 2004) EBP has also been progressively used in different areas of health, such as medicine, nursing, physiotherapy, occupational therapy, nutrition, dentistry, and in the area of healthcare management and economics.(Evidence-Based Medicine Working Group, 1992) There are several studies that investigated different aspects required in EBP in a specific population of physiotherapists.(Bauer et al. , 2007, Buchard, 2009, Gorgon et al. , 2013, Grimmer-Somers et al. , 2007, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach et al. , 2009, Salbach et al. , 2007, Scholten-Peeters et al. , 2013). Another review (Scurlock-Evans et al. , 2014) has showed that physiotherapists tend to present favorable opinions toward EBP and the mainly barriers faced by them are usually related with lack of time and skills, and also misperceptions of EBP. Besides, this review identified some interventions that seem to be promising to a better implementation of EBP. Although this review has assessed some important characteristics about EBP in physiotherapy, the results were presented as a textual synthesis, without presenting the frequencies of the analyzed characteristics, and included only studies published in English. Although there are studies about this topic, our systematic review can potentially contributes with more detailed information about this topic from retrieving all available evidence. Then, we considered important a new systematic review to better inform professionals about these characteristics and to identify the most important difficulties faced by physiotherapists with regards to EBP. Therefore we aimed to systematically review the evidence on EBP knowledge, skills, behaviour, opinions, and barriers faced by physiotherapists. 19 METHODS Search strategy Systematic searches were conducted on the following electronic databases MEDLINE, EMBASE, CINAHL, PSYCINFO, LILACS, and SciELO including publications since the inception of these databases until 05th September 2014. These searches were adjusted to each of the databases used. Detailed search strategies used in each database are described in APPENDIX 1. Inclusion and exclusion criteria Studies were considered for inclusion if they met the following criteria: (1) quantitative cross-sectional studies, (2) studies that investigated EBP characteristics by physiotherapy graduates (regardless of degree) who are working in the field and (3) studies that investigated EBP knowledge, skills, behaviour, opinions, and barriers in physiotherapy. Study selection The study selection process included: (1) analysis and selection by screening the titles; (2) analysis and selection by reading the abstracts, and (3) analysis and selection by reading the full texts. Potentially eligible studies were also searched by reading the references lists of eligible article. If an eligible study was published in a language different than English, Portuguese and Spanish, all possible attempts were taken to translate it. The data were extracted by two independent reviewers and, in case of disagreement; consensus was reached by discussion between the reviewers or by arbitration by a third reviewer. 20 Data extraction A data-extraction form based on similar studies (Dijk et al. , 2010, Ubbink et al. , 2013) was designed for recording information on: (1) year of publication, (2) country of origin, (3) source of sample, (4) number of participants, (5) the aspects of EPB that were analysed, including knowledge, skills, behaviour, opinions, and barriers. The data were extracted by two independent reviewers and, in case of disagreement; consensus was reached by discussion between the reviewers or by arbitration by a third reviewer. The authors were contacted by email in order to obtain any additional information that might not be reported in the original articles. Risk of bias Risk of bias was assessed using the criteria developed by Ferreira (Ferreira et al. , 2010) and Leboeuf and Lauritsen.(Leboeuf-Yde and Lauritsen, 1995) These criteria described the representativeness of the sample (measured by 2 items), the response rate, the accuracy of the data, evidence of power calculation and the instrument used. Some of these criteria have been adapted for our study and are described in APPENDIX 2. Each study received a score as risk of their bias, expressing the number of criteria met on a 6-point scale, higher scores being representing low risk of bias.(Ferreira, Machado, 2010, Leboeuf-Yde and Lauritsen, 1995) The risk of bias was rated by two independent reviewers and, in case of disagreement; consensus was reached by discussion or by arbitration by a third reviewer. Data Analysis We considered as outcomes: EBP knowledge, skills, behaviour, opinions, and barriers in physiotherapy. We defined the outcomes of our review as follows: 21 Knowledge: “facts, information, and skills acquired through experience or education; the theoretical or practical understanding of a subject”;(University, 2013) Skill: “the ability to do something well; expertise, a particular ability”;(University, 2013) Behaviour: “the way in which one acts or conducts oneself, especially towards others, behaviour patterns”;(University, 2013) Opinion: “a view or judgment formed about something, not necessarily based on fact or knowledge, the beliefs or views of a group or majority of people”;(University, 2013) Barrier: “a circumstance or obstacle that keeps people or things apart or prevents communication or progress”.(University, 2013) It was not possible to perform a meta-analysis of the studies included in the review due to the large heterogeneity among the studies. This heterogeneity is largely related to different data collection methods, different measurement instruments used, and different response options used on each instrument. Therefore, our results were reported descriptively. Although our data precluded the use of a meta-analysis approach, we aggregated the response options by presenting the range of responses (minimum and maximum) for each characteristic analysed. RESULTS Study inclusion The search yielded 12392 potentially eligible studies, of which 12313 were excluded after the titles and abstracts were read. Moreover, a total of 20 studies were excluded after we have read the full-text. One abstract was considered potentially eligible but was not included in the analysis because a full text could not be obtained.(Hamzat and Amusat, 2002) No additional studies were found in the references of the selected studies. The entire process of eligibility assessment is described in FIGURE 1. 22 Records identified in the searches (n=12392) Medline (n=3328) Psycinfo (n=374) Embase (n=2884) Cinahl (n=3222) Lilacs (n=1043) SciELO (n=1541) Additional records identified through other sources (n=0) Records after duplicates and titles removed (n=12313) Records excluded (n=47) Records screened (n=79) Full-text articles assessed for eligibility (n=32) Studies included in qualitative synthesis (n=12) Full-text articles excluded, with reasons (n=20) - Conference proceedings (n=5) - Letter to the editor (n=3) - No relation with EBP (n=2) - Other professionals (n=2) - Qualitative study (n=2) - Cohort study (n=1) - Literature review (n=1) - Sample of students (n=1) - No relation with the studied outcomes (n=2) - Full text (n=1) Studies included in quantitative synthesis (meta-analysis) (n=0) FIGURE 1. Selection process for the studies included in the analysis. 23 Characteristics of the studies Twelve studies were included in the analysis (total sample = 6411 participants; mean= 534 participants per study). The studies were conducted in 9 different countries from 5 different continents. The participants were recruited from different sources, such as registration boards,(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Guilcher, 2009, Salbach, Jaglal, 2007) associations,(Buchard, 2009, Jette, Bacon, 2003), hospitals,(Bernhardsson et al. , 2014, Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006, Queiroz and Santos, 2013) clinics,(Bernhardsson, Johansson, 2014, Queiroz and Santos, 2013) and university.(Scholten-Peeters, Beekman-Evers, 2013) TABLE 1 summarises the characteristics of the studies. The results of two articles (Salbach, Guilcher, 2009, Salbach, Jaglal, 2007) were reported together as they came from the same study. We contact eight authors by email to ask additional information during the extraction process(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Guilcher, 2009), and got information from 5 of them.(Bernhardsson, Johansson, 2014, Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Jaglal, 2007) The aspects of EBP described by each study are found in the APPENDIX 3. A total of six studies(Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Guilcher, 2009, Salbach, Jaglal, 2007) were based on the questionnaire developed by McColl(McColl, Smith, 1998), which measures the EBP knowledge, behaviour, opinions, and barriers of general practitioners. Data collection was conducted in different ways, including: • Emails (Bernhardsson, Johansson, 2014, Gorgon, Barrozo, 2013, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Guilcher, 2009, Salbach, Jaglal, 2007, Scholten-Peeters, Beekman-Evers, 2013); 24 • Telephone calls (Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006); • Letters delivered in person (Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006); • Letters delivered by post services (Buchard, 2009, Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Iles and Davidson, 2006); • and internet (Grimmer-Somers, Lekkas, 2007). The studies obtained responses from 39 (Bauer, Lechner, 2007) to 833(Nilsagård Ylva, 2010) participants. The response rates ranged from 20% (Scholten-Peeters, BeekmanEvers, 2013) to 81%.(Gorgon, Barrozo, 2013, Salbach, Guilcher, 2009, Salbach, Jaglal, 2007) 25 TABLE 1. Description of studies included in the analysis. Author (year) Bauer (2007)(Bauer, Lechner, 2007) Bernhardsson (2014)(Bernhardsson, Johansson, 2014) Buchard (2009)(Buchard, 2009) Gorgon (2013)(Gorgon, Barrozo, 2013) Grimmer-Somers (2007)(GrimmerSomers, Lekkas, 2007) Iles (2006)(Iles and Davidson, 2006) Jette (2003)(Jette, Bacon, 2003) Nilsagard (2010)(Nilsagård Ylva, 2010) Queiroz (2013)(Queiroz and Santos, 2013) Salbach Country of Origin Germany Sweden Sample Number of participants (responders; response rate) Not reported 149 (39; 26.2%) Physical therapists employed in primary care by the Region Vastra Gotaland Physical therapists working in public and private settings recruited from the Physiotherapy Association of Valais, a health network, and a local clinic. 419 (271; 64.7%) Aspects of EBP Knowledge, use of EBP, interest and importance of EBP. Attitudes, knowledge, behaviour, prerequisites, and barriers related to EBP. 194 (98; 50,5%) Behaviour, attention to scientific literature, knowledge, skills, and barriers. Philippines Physical therapists of school hospitals in Manila. 188 (152; 81%) Behaviour, specific sources of evidence, personal barriers and barriers at work. Australia Physical therapists working in South Australia. 335 (171; 51%) Perspectives of barriers and facilitators in EBP. Australia Physical therapists from four hospitals and clinics in Melbourne. 230 (124; 53.9%) Current practice, skills and knowledge in EBP. USA Physical thrapists affiliated with the American Physical Therapy Association. 1000 (488; 48.8%) Sweden Swedish physical therapists 1848 (833; 45%) France Brazil Canada Physiotherapists from Not given the city of Florianópolis (67; not given) Physical therapists 26 334 Opinions and beliefs; education, knowledge and skills; attention to the literature; access to the literature; barriers. Knowledge, opinions, behaviour, and prerequisites in EBP. Skills in EBP. Education, opinions and (2007(Salbach, Jaglal, 2007), 2009)(Salbach, Guilcher, 2009) Scholten-Peeters (2011)(ScholtenPeeters, BeekmanEvers, 2013) working in Ontario and recruited from health centres for patients with stroke. Second and fourth year students, lecturers, and supervisors of the Netherlands University of Applied Sciences in Breda and physical therapists who work in the vicinity. (270; 80,8%) 814 (165; 20.2%) beliefs, interest, perceived role, selfefficacy, support at work and from peers, resources, and barriers. Awareness, Knowledge and skills, opinions and supporting factors in adopting EBP. Risk of bias of included studies The total score ranged from 2 to 5 points (on a scale ranging from 0 to 6, median score=3 points; mean score=3.4 points; SD=0.64), reflecting moderate risk of bias. The items most frequently satisfied were the description of the sample, response rate, and data primarily collected to describe knowledge, skills, behaviour, opinions and barriers in EBP. The items less frequently satisfied were about the non-responders, failure to validate the questionnaire used and description of power calculation. The results of the risk of bias are shown in TABLE 2. 27 TABLE 2. Risk of bias assessment of the include studies. Author Description NonResponse Data Questionnaire Power Total of the responders rate collection validated calculation Score (0-6) sample Bauer (2007)(Bauer, 3 _ _ _ + + + Lechner, 2007) Bernhardsson 3 _ _ _ (2014)(Bernhardsson, + + + Johansson, 2014) Buchard 3 _ _ _ (2009)(Buchard, + + + 2009) Gorgon _ 3 _ _ (2013)(Gorgon, + + + Barrozo, 2013) Grimmer-Somers 5 _ (2007)(Grimmer+ + + + + Somers, Lekkas, 2007) Iles (2006)(Iles and 3 _ _ _ + + + Davidson, 2006) Jette (2003)(Jette, 4 _ _ + + + + Bacon, 2003) Nilsagard 3 _ _ _ (2010)(Nilsagård + + + Ylva, 2010) Salbach 4 _ _ (2007)(Salbach, + + + + Jaglal, 2007) Queiroz 2 _ _ _ _ (2013)(Queiroz and + + Santos, 2013) Salbach 3 _ _ _ (2009)(Salbach, + + + Guilcher, 2009) Scholten-Peeters 3 _ _ _ (2011)(Scholten+ + + Peeters, BeekmanEvers, 2013) + item scored, - item not scored 28 EBP knowledge Ten studies(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007, Scholten-Peeters, Beekman-Evers, 2013) reported information on EBP knowledge. In three studies between 21%,(Nilsagård Ylva, 2010) and 82%,(Jette, Bacon, 2003) of the respondents reported having previous knowledge on EBP. In 2 studies, 47%(Salbach, Jaglal, 2007) and 70%(Jette, Bacon, 2003) of the sample reported having learned how to perform a search in databases, and 59%(Iles and Davidson, 2006) to 70%(Nilsagård Ylva, 2010) reported they knew how to formulate a clinical question. In two studies, between 27.3%(Buchard, 2009) and 84%(Gorgon, Barrozo, 2013) reported they performed searches in databases, and 48%,(Gorgon, Barrozo, 2013) 67%,(Jette, Bacon, 2003), and in other three studies 70%(Nilsagård Ylva, 2010) of the sample reported having critical appraisal skills. TABLE 3 illustrates the data most frequently reported with regards to aspects of EBP, and APPENDIX 3 presents all of the aspects included in each study. EBP Skills and behaviour Ten studies analysed skills or behaviour.(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Guilcher, 2009, Scholten-Peeters, Beekman-Evers, 2013) In 4 studies, 8%,(Nilsagård Ylva, 2010) 16%,(Gorgon, Barrozo, 2013) and 32.8%(Salbach, Guilcher, 2009) of the participants reported that they use databases sometimes in a typical week and 20%,(Nilsagård Ylva, 2010) 62.3%,(Salbach, Guilcher, 2009) and 65%(Jette, Bacon, 2003) use monthly. In two studies, nearly half of the sample had used Cochrane, CINAHL or PEDro - 47%(Gorgon, Barrozo, 2013) and 10.6% had used PEDro, 15.3% Cochrane and 26.6% CINAHL(Iles and Davidson, 29 2006). In 4 studies, 15%,(Nilsagård Ylva, 2010) 56%,(Salbach, Guilcher, 2009) and 66%(Jette, Bacon, 2003) of the respondents reported reading scientific articles sometimes in a typical week and 10%,(Gorgon, Barrozo, 2013) 17%,(Jette, Bacon, 2003) 26.7%,(Salbach, Guilcher, 2009) and 40%(Nilsagård Ylva, 2010) monthly. Two studies reported that 25.8%, (Iles and Davidson, 2006) and 66%(Nilsagård Ylva, 2010) critically appraise articles. In other four studies, 23,9%,(Queiroz and Santos, 2013) 48%,(Nilsagård Ylva, 2010) 62%(Bernhardsson, Johansson, 2014) and 67%(Jette, Bacon, 2003) claimed to have support from work to use EBP. EBP opinions Seven studies reported information on EBP opinions.(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Jette, Bacon, 2003, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007) In 6 studies, 48%,(Queiroz and Santos, 2013) 69.2%,(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Queiroz and Santos, 2013) 80%,(Buchard, 2009) 90%,(Bernhardsson, Johansson, 2014, Jette, Bacon, 2003) and 93.2%(Salbach, Jaglal, 2007) of the sample considered EBP necessary or important and 78.1%,(Salbach, Jaglal, 2007) 82%,(Jette, Bacon, 2003) and 90.3%(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007) believed that scientific literature is important to clinical practice. Additionally, 51.4%,(Buchard, 2009) 79%,(Jette, Bacon, 2003) and 84%(Salbach, Jaglal, 2007) believed that EBP improves the quality of care, and between 66%(Queiroz and Santos, 2013) to 83%(Bernhardsson, Johansson, 2014) of the sample from four studies believed that scientific evidence helps in making clinical decisions. In 3 studies, 70%,(Buchard, 2009) 85%,(Jette, Bacon, 2003) and 90.2%(Salbach, Jaglal, 2007) of the respondents reported interest in learning more about EBP. 30 EBP barriers The most frequently reported barriers were: lack of time varying from 31.2%(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007) to 93.8%(Buchard, 2009) of respondents, inability to understand statistical data 30.4%(Salbach, Jaglal, 2007) to 54.3%(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007), lack of support from employer ranging from 6.7%(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007) to 56%(Gorgon, Barrozo, 2013), lack of resources (computer and internet access) ranging from 15.6%(Salbach, Jaglal, 2007) to 53%(Gorgon, Barrozo, 2013), colleagues not favourable to EBP implementation ranging from 3.7%(Salbach, Jaglal, 2007) to 42%(Nilsagård Ylva, 2010), lack of interest ranging from 3.3%(Salbach, Jaglal, 2007) to 36%(Nilsagård Ylva, 2010) and lack of generalisation of results ranging from 16.3%(Queiroz and Santos, 2013) to 33.7%(Salbach, Jaglal, 2007). 31 TABLE 3. Description of the characteristics most often reported in the studies. Knowledge Received information on EBP(Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Guilcher, 2009) Learned to do a database search(Jette, Bacon, 2003, Salbach, Guilcher, 2009) Can formulate a clinical question(Iles and Davidson, 2006, Nilsagård Ylva, 2010) Can perform a database search(Buchard, 2009, Gorgon, Barrozo, 2013) Can critically appraise a study(Gorgon, Barrozo, 2013, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010) Skills and Behaviour Use databases sometimes in a typical week(Gorgon, Barrozo, 2013, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Guilcher, 2009) Have used Medline, CINAHL or PEDro(Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006) Read articles weekly(Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Guilcher, 2009) Critically appraise articles(Iles and Davidson, 2006, Nilsagård Ylva, 2010) Have support from work to use EBP(Bernhardsson, Johansson, 2014, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013) Opinions Believe EBP is necessary or important(Bauer, Lechner, 2007, Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Jette, Bacon, 2003, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Guilcher, 2009) Believe that scientific literature is important to practice(Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Jette, Bacon, 2003, Salbach, Guilcher, 2009) Believe that EBP improves quality of care(Buchard, 2009, Jette, Bacon, 2003, Salbach, Guilcher, 2009) Believe that evidence aids decision-making(Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007) Show interest in gaining more EBP knowledge(Buchard, 2009, Salbach, Guilcher, 2009) Barriers Lack of time(Bernhardsson, Johansson, 2014, Buchard, 2009, Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Guilcher, 2009) Inability to understand statistical data(Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Jette, Bacon, 2003, Salbach, Jaglal, 2007) 32 % (min-max) 21 – 82 47 – 70 59 – 70 27.3 – 84 48 – 70 8 – 32.8 47 – 64,5 15 – 66 25.8 – 66 23.9 – 67 48 – 93.2 78,1 – 90.3 51.4 – 84 66 – 83 70 – 90.2 31.2 – 93.8 30.4 – 54.3 Lack of support from employer(Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Nilsagård Ylva, 2010, Salbach, Jaglal, 2007) Lack of resources(Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Iles and Davidson, 2006, Nilsagård Ylva, 2010, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007) Lack of generalisation of results(Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Jette, Bacon, 2003, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007) 6,7 – 56 15.6 – 53 16.3 – 33.7 DISCUSSION Evidence-Based Physiotherapy has been increasingly discussed and disseminated over the last few years. This review shows that only 21%(Nilsagård Ylva, 2010) and 82%( Jette, Bacon, 2003) of professionals had received a formal training on EBP. The data related to skills and behaviour show a rate of use sometimes in a typical week of databases ranging between 8%(Nilsagård Ylva, 2010) to 32.8%(Salbach, Guilcher, 2009) and a rate of monthly use between 20%(Nilsagård Ylva, 2010) and 65%.(Jette, Bacon, 2003) Nearly half of the professionals had used databases to aid in clinical decision-making.(Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006) The data related to opinions about EBP shows that part of the professionals seems to be favourable with the implementation of EBP, considering that the majority of them believe that scientific evidence is an important component to be considered in clinical practice. The barriers reported by the studies were often related to lack of time, inability to understand statistical data, lack of support from employer, lack of resources, colleagues who are not favourable to EBP implementation, lack of interest, and lack of generalisation of results. Comparing the characteristics among different countries, in a study conducted in the USA (Jette, Bacon, 2003) 82% of physiotherapists received some information or prior training in EBP, 67% believed to have skills to perform a search strategy for articles, and 66% read 2-5 articles in a typical month. In a study conducted in Australia,(Iles and Davidson, 2006) 80% assumed to have a lack of knowledge in PBE, however, 59% stated that they were able to 33 formulate clinical questions often and 69% read articles regularly. Paradoxically, in a German study,(Bauer, Lechner, 2007) only 30.8% of physiotherapists reported having received prior information about EBP and 41% claimed to use scientific evidence in their daily practice. Also, a French study,(Buchard, 2009) found that 74.6% of physiotherapists reported to have no knowledge in EBP, 71.6% have difficulty applying the information of scientific articles in clinical practice, and 79.1% considered to have little ability to access articles. These findings from studies conducted in Germany and France can be explained because physiotherapists from these countries did not receive their training at a university level. We observed some inconsistencies about EBP over time. In 2003(Jette, Bacon, 2003) 82% of respondents agreed that they had received information on the principles about EBP, 65% said they had research skills and 55% felt confident regarding these skills. In 2006,(Iles and Davidson, 2006) 80% of respondents agreed that there were gaps in EBP knowledge, in 2007(Bauer, Lechner, 2007) 48.7% did not know the concept of EBP and 41% do not work based on evidence. In 2009(Buchard, 2009) 74.6% believed they did not have full knowledge of the main sources of information in research, but 58.6% based their clinical reasoning on EBP. In 2010(Nilsagård Ylva, 2010) nearly 70% reported good ability to formulate a clinical question and critically appraise scientific literature, but only 21% reported that they have received education in EBP. In 2011,(Scholten-Peeters, Beekman-Evers, 2013) 46.3% of physiotherapists rated their EBP knowledge as average, and in 2013(Queiroz and Santos, 2013) 59.7% of the participants were confident to critically appraise scientific articles, approximately 75% confirmed having knowledge about EBP and 50% agreed that they have learned the foundations of EBP. Finally in 2014(Bernhardsson, Johansson, 2014) 62% of the respondents agreed or strongly agreed that they felt confident in their ability to find relevant research for their clinical questions. In conclusion, there is no clear pattern of improvement knowledge about EBP over time. 34 In addition, although the lack of time was considered the most important barrier in the studies included, there are some considerable barriers reported related to the workplace like no access to scientific literature at work,(Gorgon, Barrozo, 2013) no policies at work to stimulate the use of evidence,(Gorgon, Barrozo, 2013) lack of training at work to use the evidence,(Gorgon, Barrozo, 2013) inability to make changes in the workplace,(Iles and Davidson, 2006) and employers’ lack of interest.(Nilsagård Ylva, 2010) There were some barriers related to specific skills such as lack of skills in searching for evidence,(Gorgon, Barrozo, 2013, Iles and Davidson, 2006, Jette, Bacon, 2003) lack of skills to critically appraise an article,(Gorgon, Barrozo, 2013, Grimmer-Somers, Lekkas, 2007, Salbach, Jaglal, 2007) and lack of skills for statistical interpretation.(Gorgon, Barrozo, 2013, GrimmerSomers, Lekkas, 2007, Jette, Bacon, 2003, Salbach, Jaglal, 2007) Besides, there are some barriers related to lack of resources to perform a search strategy,(Gorgon, Barrozo, 2013) lack of access to computers,(Iles and Davidson, 2006) lack of technological equipment,(Nilsagård Ylva, 2010) and other related to lack of generalisation of the data for the patient.(Jette, Bacon, 2003, Queiroz and Santos, 2013, Salbach, Jaglal, 2007) Most of these barriers can be overtaken with training as well as by promoting workplace changes with regard to a better use of EBP. Some studies in other health professions point out similar difficulties about knowledge(Hadley et al. , 2008, Ubbink, Guyatt, 2013) and skills,(Ubbink, Guyatt, 2013) report that the professionals agreed that EBP is important to optimise treatment(Hadley, Hassan, 2008, Ubbink, Guyatt, 2013) and that EBP is essential to clinical practice.(Hadley, Hassan, 2008) Other studies(Dijk, Hooft, 2010, Zwolsman et al. , 2012) with medical students and general practitioners corroborate some of our findings about barriers that also identified lack of time as the main barrier,(Dijk, Hooft, 2010, Zwolsman, Pas, 2012) in addition to factors related to knowledge and skills,(Dijk, Hooft, 2010, Zwolsman, Pas, 2012) factors 35 associated with the profession,(Dijk, Hooft, 2010) and attitudes such as lack of motivation or lack of support from colleagues,(Dijk, Hooft, 2010) problems with conflicting evidence,(Zwolsman, Pas, 2012) lack of access(Zwolsman, Pas, 2012) and patient-related barriers.(Zwolsman, Pas, 2012) Limitations This systematic review included all available studies about the main characteristics that might influence the use of evidence-based physiotherapy. For this review, a sensitive search was performed in the main databases over a wide period of time, and all efforts were made to read and extract the data of all potentially eligible studies and for translation the studies that were reported in another language. Also, all data were presented using frequency analysis, to show clearly the points of view of the professionals. However, it was not possible to find one potentially eligible article in full,(Hamzat and Amusat, 2002) which may have biased our estimates. Besides, we consider that some of the response options to the questions used in the included papers were quite vague (e.g. having critical appraisal skills - different people will interpret what this means differently and have different levels of skill, but these differences cannot be ascertained from the data). Similarly, the question responses around using databases and reading scientific articles 'sometimes in a typical week' or 'monthly' - there is likely to be large variation in these. Implications for future studies The study shows many difficulties about the implementation of evidence-based physiotherapy mostly related with lack of knowledge and skills. Lack of support from the employer or the colleges, and limitations related with the profession as lack of time, or lack of 36 autonomy were cited as major barriers for implementing EBP in real life. Nevertheless, our study can be used for rethinking about academic, work, councils, or association initiatives to encourage the access, understanding and use of research in the practice. Although evidence-based physiotherapy have been increasingly recognized and used, the profession does not seem to follow such development. Our review shows many difficulties that professionals have about knowledge, skills, behaviour and barriers the implementation of EBP. However, the original studies do not explain likely explanations for these limitations and do not suggest any interventions for improving these problems. It is clear that more information is needed for a better understanding about EBP. CONCLUSION Physiotherapists need to improve their knowledge, skills and behaviour towards EBP, however, they have a positive opinion of EBP. Additionally, the main barriers that hinder the implementation of EBP in physiotherapy are lack of time, inability to understand statistical data, lack of support from employer, lack of resources, lack of support from colleagues for EBP implementation, lack of interest, and lack of generalisation of results. Acknowledgement Statements: Tatiane Mota da Silva had her masters scholarship supported by CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Ministry of Education of Brazil. REFERENCES Ahmadi N, McKenzie ME, Maclean A, Brown CJ, Mastracci T, McLeod RS, et al. Teaching evidence based medicine to surgery residents-is journal club the best format? A systematic review of the literature. J Surg Educ. 2012;69:91-100. 37 Bauer I, Lechner S, Walt S, Wojciech J. Evidence-based practice in physiotherapy: the current situation in Germany as compared to England (part 2) [German]. Zeitschrift fur Physiotherapeuten. 2007;59:122-37. Bennett S, McKenna K, Hoffmann T, Tooth L, McCluskey A, Strong J. The value of an evidence database for occupational therapists: an international online survey. Int J Med Inform. 2007;76:507-13. Bernhardsson S, Johansson K, Nilsen P, Oberg B, Larsson ME. 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Dicionário Oxford 2014. http://www.oxforddictionaries.com/us/ Zwolsman S, Pas Et, Hooft L, Waard MW-d, Dijk Nv. Barriers to GPs' use of evidence-based medicine: a systematic review. Br J Gen Pract. 2012;62:e511-21. 41 APPENDIX 1 Description of the search strategies used in each database Medline 1. evidence-based.mp. 2. evidence-based medicine.mp. 3. evidence-based practice.mp. 4. evidence-based clinical practice.mp. 5. evidence-based treatment.mp. 6. evidence-based management.mp. 7. evidence based.mp. 8. evidence based medicine.mp. 9. evidence based practice.mp. 10. evidence based clinical practice.mp. 11. evidence based treatment.mp. 12. evidence based management.mp. 13. research.mp. 14. 1 or 2 or 3 or 4 or 5 or 6 or 7 or 8 or 9 or 10 or 11 or 12 or 13 15. attitude*.mp. 16. behavior*.mp. 17. self-efficacy.mp. 18. self efficacy.mp. 19. knowledge*.mp. 20. perception*.mp. 21. research.mp. 22. barrier*.mp. 23. skill*.mp. 24. intention.mp. 25. belief*.mp. 26. self-reported practice.mp. 27. education.mp. 28. interest.mp. 29. resource*.mp. 30. opinion*.mp. 31. research characteristic*.mp. 42 32. participation.mp. 33. abilit*.mp. 34. implement*.mp. 35. access.mp. 36. problem*.mp. 37. 15 or 16 or 17 or 18 or 19 or 20 or 21 or 22 or 23 or 24 or 25 or 26 or 27 or 28 or 29 or 30 or 31 or 32 or 33 or 34 or 35 or 36 38. physical therapist*.mp. 39. physiotherapist*.mp. 40. 38 or 39 41. 14 and 37 and 40 Embase #1'evidence based'/de AND [embase]/lim #2evidence AND based AND 'medicine'/de AND [embase]/lim #3evidence AND based AND practice AND [embase]/lim #4evidence AND based AND clinical AND practice AND [embase]/lim #5evidence AND based AND treatment AND [embase]/lim #6evidence AND based AND 'management'/de AND [embase]/lim #7'research'/de AND [embase]/lim #8#1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 OR #7 #9attitude* AND [embase]/lim #10behavior* AND [embase]/lim #11'self efficacy'/de AND [embase]/lim #12knowledge* AND [embase]/lim #13perception* AND [embase]/lim #14'research'/de AND [embase]/lim #15barrier* AND [embase]/lim #16skill* AND [embase]/lim #17'intention'/de AND [embase]/lim #18belief* AND [embase]/lim #19'self'/de AND reported AND practice AND [embase]/lim #20'education'/de AND [embase]/lim #21interest AND [embase]/lim 43 #22resource* AND [embase]/lim #23opinion* AND [embase]/lim #24'research'/de AND characteristic* AND [embase]/lim #25participation AND [embase]/lim #26abilit* AND [embase]/lim #27implement* AND [embase]/lim #28access AND [embase]/lim #29problem* AND [embase]/lim #30#9 OR #10 OR #11 OR #12 OR #13 OR #14 OR #15 OR #16 OR #17 OR #18 OR #19 OR #20 OR #21 OR #22 OR #23 OR #24 OR #25 OR #26 OR#27 OR #28 OR #29 #31physical AND therapist* AND [embase]/lim #32physiotherapist* AND [embase]/lim #33#31 OR #32 #34#8 AND #30 AND #33 Cinahl S1 evidence-based S2 evidence-based medicine S3 evidence-based practice S4 evidence-based clinical practice S5 evidence-based treatment S6 evidence based S7 evidence-based management S8 evidence based medicine S9 evidence based practice S10 evidence based clinical practice S11 evidence based treatment S12 evidence based management S13 research S14 S1 OR S2 OR S3 OR S4 OR S5 OR S6 OR S7 OR S8 OR S9 OR S10 OR S11 OR S12 OR S13 S15 attitude* S16 behavior* S17 self-efficacy 44 S18 self efficacy S19 knowledge* S20 perception* S21 research S22 skill* S23 intention S24 barrier* S25 belief* S26 self-reported practice S27 education S28 interest S29 resource* S30 opinion* S31 research characteristic* S32 participation S33 abilit* S34 implement* S35 problem* S36 access S37 S15 OR S16 OR S17 OR S18 OR S19 OR S20 OR S21 OR S22 OR S23 OR S24 OR S25 OR S26 OR S27 OR S28 OR S29 OR S30 OR S31 OR S32 OR S33 OR S34 OR S35 OR S36 S38 physical therapist* S39 physiotherapist* S40 S38 OR S39 S41 S14 AND S37 AND S40 Psycinfo 1. evidence-based.mp. 2. evidence-based medicine.mp. 3. evidence-based practice.mp. 4. evidence-based clinical practice.mp. 5. evidence-based treatment.mp. 6. evidence-based management.mp. 45 7. evidence based.mp. 8. evidence based medicine.mp. 9. evidence based practice.mp. 10. evidence based clinical practice.mp. 11. evidence based treatment.mp. 12. evidence based management.mp. 13. research.mp. 14. 1 or 2 or 3 or 4 or 5 or 6 or 7 or 8 or 9 or 10 or 11 or 12 or 13 15. attitude*.mp. 16. behavior*.mp. 17. self-efficacy.mp. 18. self efficacy.mp. 19. knowledge*.mp. 20. perception*.mp. 21. research.mp. 22. barrier*.mp. 23. skill*.mp. 24. intention.mp. 25. belief*.mp. 26. self-reported practice.mp. 27. education.mp. 28. interest.mp. 29. resource*.mp. 30. opinion*.mp. 31. research characteristic*.mp. 32. participation.mp. 33. abilit*.mp. 34. implement*.mp. 35. access.mp. 36. problem*.mp. 37. 15 or 16 or 17 or 18 or 19 or 20 or 21 or 22 or 23 or 24 or 25 or 26 or 27 or 28 or 29 or 30 or 31 or 32 or 33 or 34 or 35 or 36 38. physical therapist*.mp. 39. physiotherapist*.mp. 46 40. 38 or 39 41. 14 and 37 and 40 Lilacs (evidence-based* OR evidence based*) AND (attitude* OR behavior* OR “self-efficacy” OR “self-efficacy” OR knowledge* OR perception* OR research OR barrier* OR skill* OR intention OR belief* OR “self-reported practice” OR education OR interest OR resources OR opinion* OR “research characteristic*” OR participation OR abilit* OR implementation OR implementing OR access OR problem*) AND (physical therapy OR physiotherapy) Scielo (evidence-based* OR evidence based*) AND (attitude* OR behavior* OR “self-efficacy” OR “self-efficacy” OR knowledge* OR perception* OR research OR barrier* OR skill* OR intention OR belief* OR “self-reported practice” OR education OR interest OR resources OR opinion* OR “research characteristic*” OR participation OR abilit* OR implementation OR implementing OR access OR problem*) AND (physical therapy OR physiotherapy) 47 APPENDIX 2 Definition of methodological quality criteria Representative sample A - At least one of the following: whole target population, randomly selected sample, or sample stated to represent the population; B - At least one of the following: reasons for non-response described, non-responders described, comparison of responders and non-responders or comparison of sample and target population given; C - Response rate and, if applicable, drop-out rate reported; Quality of data: D - Data primarily collected to describe knowledge, skills and behavior, opinions and barriers in EBP; E - At least one questionnaire to identify describe knowledge, skills and behavior, opinions and barriers in EBP has been validated; F - Power calculation presented. 48 APPENDIX 3 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. Author/country (year) Bauer/Germany (2007) Knowledge Skills and Behaviour Opinions ● 51.3% knew the concept of EBP and 48.7% did not know, ● 41% do not work based on evidence and 28.2% workbased evidence, ● 64.1% has interest in EBP, ● 30.8% of physiotherapists did not receive information on PBE. ● 28.2% always or frequently use the evidence to help the clinical decision making, ● 20.5% never use the evidence to help the clinical decision making. 49 ● 69.2% believe that EBP is important. EBP Barriers ● Not reported Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. ● 21% agreed or strongly agreed that they wanted to learn or improve the skills necessary to apply EBP in their practice, ● 62% of the respondents agreed or strongly agreed that they felt confident in their ability to find relevant research for their clinical questions, Bernhardsson/Sweden (2014) ● 69% reported that they felt confident about treating patients according to current best evidence, ● 44% of the respondents reported reading fewer than 2 articles in an average month; ● 46% reported reading 2 to 5 articles per month, and 10% reported reading more than 5 articles per month; ● 71% of the respondents reported performing fewer than 2 database searches on average per month; 23% reported performing database searches 2 to 5 times per month, and 6% reported performing database searches more than 5 times per month. ● 62% stated that they agreed or strongly agreed that the use of research was encouraged at their place of work, ● 90% of the respondents agreed or strongly agreed that EBP is necessary to practice and 83% of them think that it helps in decision making, ● 56% of the respondents disagreed or strongly disagreed that EBP creates unreasonable demands on them, ● 55% believe that strong evidence was lacking for most interventions used in their clinical practice. ● Lack of time (68%), ● Don't know where to find guidelines (45%), ● Guidelines are too general/unspecific (40%), ● Guidelines take too long to read (38%), ● No/too few guidelines exist (32%), ● Guidelines are too much "recipe" (20%), ● Lack of support from colleagues (4%), ● Lack of interest (4%), ● Other (10%). ● 48% agreed or strongly agreed that they knew how to 50 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. access online databases through the electronic library. 51 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • 62.1% believed that they are able to identify gaps in EBP knowledge, • 74.6% believed they did not have full knowledge of the main sources of information in research, • 71.2% had difficulty identifying the validity of study results, Buchard/France (2009) • 71.6% had difficulty applying the information to clinical practice. • 89.2% believed they had the skills to access the Cochrane library, 87.9% PEDro, 72.7% Medline. • 79.1% believed they had little skills in accessing articles and 78.1% believed they had little skills in research. • 58.6% based their clinical reasoning on EBP and 51.4% attributed the choice of interventions in clinical practice to scientific evidence. • 57.1% considered the use of EBP reasonable, 80% considered it necessary, and 81.4% considered it useful in clinical practice, • 60% were willing to apply EBP more often and 70% were interested in improving EBP skills, • 51.4% believed that the use of EBP improves quality of care, • 54.3% believed that EBP does not take workplace limitations into account and 44.3% believed that it does not take the patient’s preferences and expectations into account, • 38.6% agreed that only interventions based on evidence should be paid. 52 • Lack of time (93.8%), • No access to full articles (76.2%), • No access to abstracts (65.6%), • Few articles on their field of clinical practice (73.8%), • Resistance to change, • Poor English skills, • Lack of personal skills. Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • More than half agreed that they learned the fundamentals of EBP at undergraduate level, with training on the use of databases. • Many were confident of their skill to search for scientific studies and 84% said they had the skill to access databases, • 85% were aware that there is scientific evidence available online, Gorgon/ Philippines (2012) • 47% were familiar with simple searches on health databases (Medline, Pubmed, CINAHL, PEDro), • 48% were confident of their critical appraisal skills, • Less than 50% used research evidence regularly and 3547% occasionally, • In a specific month, 16% performed searches, 10% read scientific articles, 13% appraised studies, and 18% applied the evidence to specific treatments of patients. 53 • The respondents agreed that there is a need to use and recognise evidence in clinical practice and to develop EBP skills. • Lack of time (84%), • Lack of time at work to search and assess the evidence (72%), • No access to scientific literature at work (60%), • No policies at work to stimulate the use of evidence (56%), • Lack of resources to perform a search (53%), • Lack of training at work to use the evidence (52%), • Lack of skills to critically appraise an article (45%), • Lack of access to evidence in research (43%), • Lack of skills for statistical interpretation (43%), Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • Lack of authority in patient’s decision-making (41%), • Lack of skills in searching for evidence (40%), • Lack of skills in interpreting study results (36%), • Lack of skills in applying the search results to patients (27%), • Lack of support from colleagues at work (26%), • Lack of generalisation of data (26%), • Lack of interest (16%). 54 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • Not reported • Not reported • 90.3% reported that research is important to professional growth, • The relevant literature is not concentrated in one place (57.2%), • 61.8% reported that research is not a priority for them, • Large volume of research information (56.1%), • 41.8% reported that treating patients is more important than conducting research, • Inability to interpret statistical data (54.3%) • 27.9% reported that treating patients is more important than searching and reading studies, GrimmerSomers/Australia (2007) • Inability to assess the quality of the research (42.9%), • Conflicting results in the literature (40%), • 23% reported that searching and reading studies are not high priorities for them, • Implications of research are not clear for clinical practice (32.7%), • 20% are not interested in performing research, • Lack of time for reading (31.2%), • 4.2% have no interest in searching and reading about research evidence. • Inadequate resources (27.6%), • Methodological deficiencies of the studies (27.3%), 55 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • Research not reported in a clear and legible manner (25.5%), • Lack of confidence in the results (25.5%), • Lack of discussion with colleagues on the research (24.9%), • Lack of authority to change the practice (21.2%), • Lack of articles available in full (20.7%), • Lack of generalisation of results (20%), • Lack of medical support with implementation of research findings (18.2%), • Non-replication of research (16.2%), 56 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • Lack of research knowledge (10.9%), • Non-relevance of research to practice (10.9%), • Lack of support from colleagues to implement research findings (9.8%), • Lack of support from employer to implement research findings (6.7%) • 80% of respondents agreed that there are gaps in EBP knowledge, Iles/Australia (2006) • 59% reported that they often formulate questions to improve knowledge. • 69% of physiotherapists said they read scientific articles regularly, regardless of whether they answer a specific clinical question, • 10.6% had searched in the PEDro database, 15.3% in Cochrane and Medline, and 26.6% in Cinahl. • Not reported • Conclusions of research are not justified (3.6%). • Lack of access to computers, • Inability to make changes in the workplace, • Lack of relevant research, • Lack of personal skills in search and assessment, • Lack of access to journals, 57 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • Incomprehensible abstracts, • 82% of respondents agreed that they had received information on the fundamentals of EBP, • 42% on search strategies, • 70% on the use of databases such as MEDLINE and CINAHL, Jette/USA (2003) • 67% on critical appraisal of research, • 65% said they had research skills and 55% felt confident regarding these skills. • 17% of respondents said they read 2 articles a month, • 90% agreed that EBP is necessary, • 66% read 2 to 5 articles a month, • 82% that literature is useful for practice, • 65% performed less than 2 searches in databases in a given month, • 79% that EBP improves the quality of patient care, • 74% claimed to use professional literature to make decisions up to 5 times a month, • 89% used databases at home and 65% at work, • 96% had access to specialised journals, • 67% said that their workplace support the use of evidence in clinical practice. 58 • 72% that the evidence helps decision-making, • Lack of time. • Lack of time (67%), • Lack of generalisation of the data for the patient (30%), • Patient peculiarities, • Inability to understand statistical data, • Lack of skills in searches, • 61% disagreed that the use of evidence imposes too many requirements on the workplace, • Lack of means of information, • 47% were neutral on whether EBP takes into consideration the limitations of their practice at work, • Inability to critically appraise studies • 46% were neutral on whether EBP increases refund rates, • Lack of educational support, • Lack of interest (11%). Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • 46% take patient preferences into account, • 84% agreed that they need to increase their use of evidence in clinical practice, Nilsagard/Sweden (2010) • 85% were interested in learning and improving the skills necessary to implement EBP. • 79.95% of respondents believed that EBP improves the quality of care, • The most common sources of EBP updates were: the literature (71%), courses (65%) and basic and continuous education (51%), Registration Association of Swedish Physiotherapists (39%), colleagues (38%) and opinion of specialists (6%), • 8% of professionals performed database searches weekly, 20% to 50% used it a few times a month, and 23% never used them, • 36% correctly identified the EBP components, • 47% critically appraised the scientific literature frequently, 5% weekly, and14% monthly, • 60% considered the interest of colleagues at work as an important alternative in EBP promotion, 56% government recommendations, 49% change in personal conduct, 18% EBP promotion based on patient request, and 20% based on the attitudes of health politicians, • 34% had never conducted a critical appraisal, • 81% did not believe that EBP generates conflicts with • Nearly 70% reported good ability to formulate a clinical question and critically appraise scientific literature, • 15% read scientific journals weekly, 40% monthly, and 44% a few times a year, 59 • Lack of time (86%), • Lack of advisors (80%), • Lack of knowledge (55%), • Employers’ lack of interest (46%), • Lack of technological equipment (45%), • Lack of interest in EBP (36%), • Colleagues’ lack of interest Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. patient preferences. • 37% believed they were able to search in databases, • The term “randomised controlled study” was understood by 98% of the respondents, “statistical significance” by 97%, “systematic review” (79%), “blinding” (78%), “number needed to treat” (61%), “intention to treat” (60%), “meta-analysis” (54%), “confidence interval” (52%), and “publication bias” (44%). • 48% received support at work to use the evidence, 35% had time to read at work, and 79% read the scientific literature at home, • 63% had access to a health library and 53% used electronic databases, • 28% received support from superiors to seek EBP education, • 84% did not have access to a tutor, • 35% assessed articles with their colleagues, 24% took part in guideline design, 26% adjusted guidelines to local conditions, • 21% received education in EBP, • 86% reported using evidence-based guidelines in 60 (42%), • Conflicts generated by EBP between patients and carers (19%). Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. clinical practice, 9% had not used them, 5% were not aware of them. • 20.9% disagreed and 25.4% totally disagreed that they have received formal training in search strategies to find relevant literature online, • 43.3% agree and 19.4% totally agree that they have received formal training in critical appraisal of scientific articles, Queiroz/Brazil (2013) • 59.7% was confident to critical analyse scientific articles, • 60% agreed that they are interested in learning or improving skills required in PBE, • Approximately 75% confirmed having knowledge about EBP, • 77.6% had no access to current research in printed scientific journals, • 49.3% reported accessing databases, • 40.3% said they almost always used the database as LILACS, SciELO, PEDro to search relevant scientific literature, • 48% agreed and 40% totally agreed that the implementation of EBP is required for practice of physical therapy, • About 56% showed neutral as the PBE does not take into account the limitations of the clinical practice of each professional, • 65.7% said reading 2 to 5 scientific articles per month • 76% showed neutral as the PBE not take into account the patient's preferences, • 68% said that they use EBP in their clinical practice, • 66% agreed that the PBE aids clinical decision making, • 47.8% showed neutral, 23.9% agreed and 16.4% totally agreed that they receive incentive of • 44% showed neutral and 34% disagreed that the implementation of EBP requires too much responsibility of the 61 • Lack of time (48.8%), • Lack of generalizability of the findings of the scientific literature for specific population (32.6%), • Lack of information sources (25.6%), • Inability to apply the results to individual patients (16.3%). Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. • 50% agreed that they have learned the foundations for EBP. • 44.5% learned the foundations of EBP as part of their academic preparation, Salbach/Canada (2007) workplace to implement EBP. physiotherapist, • 44% showed neutral and 40% disagreed that their financial gain will increase with the implementation of EBP in their clinical practice, • 46% reiterated that it is necessary to increase the use of scientific evidence in their daily practice. • 93.2% agreed that EBP is necessary in physiotherapy practice, • Not applicable • 47% received formal training in search strategies for finding research relevant to their practice, • 89.8% reported the need to increase the use of evidence in daily practice, • 90.2% reported interest in developing skills to implement EBP, • 56% received formal training in how to critically appraise research literature as part of their academic preparation. • 84% agreed that EBP improves the quality of patient care, • 78.1% agreed that EBP aids 62 • Lack of time (74,4%), • Lack of generalisability of research findings (33.7%), • Lack of research skills (30.7%), • Inability to understand statistical data (30.4%), • Inapplicability of research to unique patients (24.1%), • Inability to critically appraise articles (19.2%), Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. decision-making, • 78% agreed that research findings are useful in daily practice, • 55.3% agreed that a divide exists between research and practice, • 34.2% agreed that EBP does not take patient preferences into account, • 13.2% agreed that the adoption of EBP places an unreasonable demand on physical therapists, • 49.4% agreed that the physiotherapist should be responsible for conducting their own literature reviews to answer their clinical questions, • 64.9% agreed that the physiotherapist is responsible for critically evaluating the 63 • Isolation from peers (17%), • Lack of information resources (15.6%), • Lack of an organisational mandate (11.1%), • Lack of support from colleagues (3.7%), • Lack of interest (3.3%). Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. literature, • Not reported • Not reported • Not reported • Not reported • 26.7% read studies once a month and 56% between 2 and 5 times, Salbach/Canada (2009) ScholtenPeeters/Netherlands (2011) • 62.3% used databases once a month, 32.8% between 2 and 5 times, • 84.5% that the physiotherapist is responsible for interpreting the findings. • Not reported • 20% have access to online databases at work, • 48.1% of physiotherapists and 42.3% of supervisors reported that they formulated a clinical question when confronted with a clinical problem in 50% of cases, ● 16% of physiotherapists and 11.5% of supervisors had • 70% reported lack of time at work for research activities and the rest reported little time. • 66.7% of teachers, 51.9% of physiotherapists, and 42.3% of supervisors use national guidelines frequently to answer clinical questions, ● 100% of teachers, 49.4% of physiotherapists, and 42.3% of supervisors reported the 64 Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study. never formulated a clinical question, use of Cochrane reviews to answer a clinical question, ● The sources used by teachers to answer clinical questions are systematic reviews (88.9%), Pubmed (77.8%), national guidelines (77.8%), ● 88.9% of teachers, 37% of physiotherapists, and 23.1% of supervisors use PEDro to answer a clinical question, ● 46.3% of physiotherapists rated their EBP knowledge as average, 77.8% of teachers rated it as good, and 42.3% of supervisors as average or good. ● 66.7% of teachers, 42% of physiotherapists, and 42.3% of supervisors use Pubmed to answer a clinical questions, 65 Capítulo 3 Prática Baseada em Evidências: uma avaliação sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras por fisioterapeutas brasileiros 66 Prática Baseada em Evidências: uma avaliação sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras por fisioterapeutas brasileiros PBE: uma avaliação por fisioterapeutas brasileiros TATIANE M. SILVA1, LUCÍOLA C. M. COSTA1, LEONARDO O. P. COSTA1,2 1 Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo, SP, Brasil 2 Musculoskeletal Division, The George Institute for Global Health, Sydney, NSW, Australia Autor correspondente: Tatiane Mota da Silva, Rua Monsenhor Francisco de Paula 264, Vila Aricanduva, São Paulo, SP, Brasil. 03504-000; Telefone: +55 11 98393 9885; Email: tati_911@yhaoo.com.br Palavras-chave: prática clínica baseada em evidências, fisioterapia, estudo transversal, Brasil Keywords: evidence-based practice, physical therapy, cross-sectional study, Brazil 67 RESUMO Introdução: A Prática Baseada em Evidências (PBE) tem sido amplamente abordada nas diferentes áreas da saúde. Porém, não há dados a respeito do conhecimento e dificuldades encontradas por fisioterapeutas brasileiros em relação à sua implantação. Objetivo: Identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros (residentes no estado de São Paulo) na PBE. Métodos: Foi enviado um questionário personalizado com questões sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras via email para uma amostra de 490 fisioterapeutas registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do estado de São Paulo. Os fisioterapeutas que não responderam ao questionário foram contatados via telefone e/ou carta. Os dados foram analisados de maneira descritiva. Resultados: A taxa de resposta final foi de 64,4% (316/490). Os fisioterapeutas relataram possuir hábito de utilizar artigos científicos (89,5%) como recurso de atualização profissional, seguido de cursos (88,3%), e livros (86,3%). Cerca de 35% dos profissionais relataram compreensão clara sobre a aplicação dos achados de uma pesquisa na prática clínica, cerca de 37% relataram facilidade em avaliar criticamente um artigo científico, e 67,2% acreditam totalmente que a PBE é importante para a prática clínica. As barreiras mais frequentemente relatadas foram: dificuldade para obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE pode representar maior custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%). Conclusões: Os fisioterapeutas brasileiros acreditam ter conhecimento e habilidades em PBE, possuem opiniões favoráveis em relação a sua implantação, mas ainda apresentam dificuldades para o sucesso da sua aplicação. 68 ABSTRACT Background: Evidence-Based Practice (EBP) has been widely used in different healthrelated areas. However, there is no information on the EBP knowledge and difficulties of Brazilian physiotherapists to use the EBP for promoting a better treatment to their patients. Purpose: To identify the behavior, knowledge, abilities and resources, opinions and barriers experienced by Brazilian physiotherapists with regards to EBP. Methods: A customized questionnaire with questions about behavior, knowledge, abilities and resources, opinions and barriers was sent by email to a sample of 490 physiotherapists registered at the Physiotherapy Registration Board of São Paulo/Brazil. Physiotherapists who did not respond to the questionnaire were contacted by telephone and/or letter. Data were analyzed descriptively. Results: The response rate was 64.4% (316/490). Physiotherapists have reported the habit of using scientific articles (89.5%) as a resource for professional development, followed by continuum educational courses (88.3%) and books (86.3%). About 35% of the sample reported a clear understanding on the implementation of research findings in clinical practice, about 37% reported themselves as not having difficulties in critically appraise a scientific article, and 67.2% strongly believed that EBP is important for clinical practice. The most commonly reported barriers were related to difficulties in obtaining a full-text article (80.1%), using the PBE may be associated with higher costs (80.1%), and language of publication of the articles (70.3%). Conclusions: Brazilian physiotherapists believe that they have knowledge and skills in EBP. They have favorable opinions about the implementation, but still have difficulties to implement EBP successfully. 69 INTRODUÇÃO A Prática Baseada em Evidências (PBE) é definida como o “uso da melhor evidência científica atualizada para orientar a tomada de decisão clínica”1, porém, as expectativas, desejos e valores do paciente, e a experiência do profissional também devem ser considerados na tomada de decisão2. A PBE vem sendo utilizada como um importante modelo de tomada de decisão clínica3 e possui cinco passos básicos que devem ser seguidos para o sucesso da aplicação de seus princípios: 1) formulação da questão clínica; 2) condução de uma busca eficiente em bases de dados para responder a pergunta clínica; 3) avaliação crítica de validade das evidências; 4) aplicação dos achados das evidências na prática clínica; 5) avaliação dos efeitos da implantação das evidências na prática clínica4. Mesmo com princípios tão bem definidos, alguns obstáculos podem interferir na PBE, como por exemplo, a disponibilidade limitada de recursos, a habilidade do fisioterapeuta em aplicar com competência aquela intervenção considerada como melhor evidência clínica, fatores socioeconômicos e culturais2, ou ainda, problemas voltados às atuais políticas de saúde, a complexidade da prática em fisioterapia, acesso aos artigos em texto completo e os programas de educação continuada5. As principais barreiras encontradas na implantação da PBE por fisioterapeutas de outros países são: falta de tempo6-11, incapacidade de compreender dados estatísticos6-8, 11, falta de apoio por parte do empregador7-9, 11, falta de recursos (como computador e acesso à Internet)7-9, 11, e falta de aplicabilidade para o paciente6-8, 11. O idioma de publicação da pesquisa, em sua maioria na língua inglesa, também pode ser considerado uma barreira que pode dificultar a utilização de estudos pela incompreensão do leitor que não lê este idioma3. 70 Já existem alguns estudos que investigaram diferentes aspectos necessários em PBE em população específica de fisioterapeutas6-15. Porém, não existe até o momento nenhum estudo realizado com fisioterapeutas de países em desenvolvimento como o Brasil que aborde todos os fatores que influenciam sua implantação na prática clínica. Uma vez que o sistema de saúde e a formação do fisioterapeuta brasileiro possuem características próprias em relação a outros países, faz-se necessária uma investigação específica. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros na Prática Baseada em Evidências. MÉTODOS Desenho do estudo Trata-se de um estudo transversal e descritivo, conduzido mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo, aprovado em 20 de março de 2013 (CAAE 13479213.6.0000.0064). Participantes O projeto contou com o apoio institucional do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3a região (CREFITO-3), localizado no estado de São Paulo. Esse Conselho ofereceu suporte na obtenção de contatos de 490 indivíduos a partir de seleção aleatória de uma população de 55.256 fisioterapeutas, sendo todos eles fisioterapeutas, com registro válido pelo Conselho até dezembro de 2012, e com e-mail válido. O CREFITO-3 também auxiliou no envio dos e-mails, e em fase mais avançada da pesquisa, na liberação dos dados de contato de telefone e endereço dos indivíduos. 71 Todos os dados foram analisados de forma confidencial, sem a interferência do referido Conselho. A amostra desse estudo foi baseada numa taxa de resposta estimada em 50%. Após várias simulações com diferentes contingentes amostrais e mantendo a taxa de resposta em 50%, percebemos que 450 participantes seriam suficientes para que a precisão estatística fosse suficientemente alta. Uma amostra de 450 sujeitos e 50% de taxa de resposta com 225 eventos geraria um intervalo de confiança suficientemente estável de 0,45 a 0,55, a ponto que duplicar a amostra geraria um intervalo de 0,46 a 0,53, sem grandes mudanças. Para prevenir excessivas perdas amostrais decidimos coletar os dados em 490 sujeitos. Esses cálculos foram realizados usando o Confidence Interval Calculator da base de dados PEDro.16 Instrumento Em virtude de não existir nenhum instrumento adequado que abordasse todas as informações desejadas a respeito da população estudada até o momento, um questionário foi desenvolvido para o estudo. O questionário (Anexo 1) foi elaborado a partir de questões de estudos anteriores16-21 sobre Prática Baseada em Evidências. Esse questionário foi composto por questões divididas em nove seções: 1) Termo de consentimento livre e esclarecido; 2) Se exerce ou não a profissão; 3) Dados demográficos, 4) Comportamento, 5) Conhecimento prévio dos recursos sobre Prática Baseada em Evidências, 6) Habilidades e recursos, 7) Opiniões, 8) Barreiras encontradas e 9) Agradecimento. O questionário foi formulado com opções de resposta fechadas (objetivas), sendo as seções cinco, seis e sete constituídas por escala do tipo Likert de cinco pontos (1=discordo completamente, 2=discordo parcialmente, 3=neutro, 4=concordo parcialmente, e 5=concordo completamente). 72 Para garantir melhor qualidade do instrumento, foram realizados dois estudos pilotos prévios. No primeiro estudo piloto, uma primeira versão do questionário em papel foi respondido e analisado por alunos da graduação em fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, para avaliar a compreensão das perguntas. No segundo estudo piloto uma segunda versão do questionário foi enviada por e-mail a alunos de especializações em fisioterapia da mesma universidade para checar a qualidade do processo de envio e resposta via link. Procedimentos A coleta foi inicialmente realizada através do questionário previamente formulado no site SurveyMonkey23 que é um site para elaboração e envio de questionários personalizados via online. Posteriormente, o questionário foi enviado por e-mail pelo CREFITO-3 a todos os 490 fisioterapeutas selecionados. O e-mail continha um convite à participação na pesquisa e em seguida um link com o questionário, e após leitura e aceite do termo de consentimento livre e esclarecido, o indivíduo começava a responder as questões. Após o envio do questionário, o fisioterapeuta teve duas semanas para responder as questões e reenvia-las. No caso dos fisioterapeutas que não responderam após este período, foi enviado novo e-mail e novo questionário, com mesmo tempo para responder. E depois de duas semanas, nova notificação e questionário, para os fisioterapeutas não respondentes. Uma última notificação foi enviada após duas semanas. Posteriormente, foram realizadas tentativas via telefone, e em seguida, via carta para aqueles com dados de telefone incorretos, para que, dentro dos limites éticos, pudéssemos maximizar a taxa de resposta. 73 Análise de dados Os dados foram analisados de maneira descritiva a partir do programa IBM SPSS versão 19.0 e reportados a partir de números absolutos, porcentagens e frequências. Com base na análise encontrada, foi estabelecida a necessidade de realização de analises secundárias em consequência de possíveis diferenças nas respostas em função do tempo de formação e da dificuldade destes profissionais em relação a língua inglesa, que podem ser fatores preditivos de mudança das características em PBE apresentadas. Também foram feitas análises em relação a gênero. As análises foram realizadas a partir do teste de Qui Quadrado usando as características: gênero; tempo de formação (menos que 5 anos, de 5 a 9 anos, de 10 a 14 anos, e mais de 14 anos); e habilidade para leitura de textos em inglês (ruim ou moderada, boa ou excelente). O nível de significância adotado foi de p=0,05. RESULTADOS Os e-mails foram enviados pelo CREFITO-3 aos fisioterapeutas. A taxa de resposta cumulativa ao longo dos 4 envios dos e-mails foi de 3,9% (19/490). As coletas via telefone totalizaram em 296 respostas (taxa de resposta= 60,4%), e 22 recusas. Cartas foram enviadas a 81 fisioterapeutas que não responderam aos e-mails e apresentavam dados de telefone inválidos, com apenas 1 retorno. A taxa de resposta final foi de 64,4% (316/490), sendo 256 fisioterapeutas atuantes e 60 que já não atuam mais na profissão. As análises foram conduzidas para os 256 fisioterapeutas atuantes. A Figura 1 ilustra todas as etapas realizadas. 74 Envio dos questionários via e-mail (n=490) Questionários respondidos (n=10) Questionários não respondidos (n=480) 1° lembrete via e-mail (n=4) 2° lembrete via e-mail (n=5) 3° lembrete via e-mail (n=0) Total de respostas via e-mail (n=19) Tentativas via telefone (n=296) Tentativas via carta (n=1) Total de respostas (n=316) Figura 1. Diagrama de fluxo do estudo. A Tabela 1 descreve as características demográficas dos participantes. Os respondentes eram majoritariamente do sexo feminino, se formaram a menos de 5 anos, possuem grau de formação de especialização, se graduaram em universidades privadas, atuam com atendimento de pacientes e trabalham como profissionais liberais. Além disso, 78,5% relatou não ter experiência prévia com docência e cerca de 55% declaram ter experiência prévia de pesquisa. 75 Tabela 1. Dados demográficos dos respondentes (n=256). Característica Gênero Masculino Feminino Tempo de formação Menos que 5 anos 5-9 anos 10-14 anos 15-19 anos 20-24 anos Mais que 24 anos Nível de formação Graduação Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado Procedência da universidade/faculdade Privada Pública Forma de atuação fisioterapêutica No atendimento ao paciente Docência Pesquisa Outro Área de atuação Traumato-ortopédico-funcional Cardiorrespiratória Neurofuncional Dermatofuncional Acupuntura Saúde coletiva Esportiva Saúde do trabalho Quiropraxia e osteopatia Saúde da mulher Urogineco-funcional Onco-funcional Setor de trabalho Profissional liberal Privado Público Ambos Experiência prévia com docência Sim Não Experiência prévia com pesquisa Sim Não Habilidade em inglês Ruim Razoável Boa Excelente 76 n (%) 49 (19,1) 207 (80,9) 99 (38,6) 81 (31,6) 45 (17,6) 13 (5,1) 5 (2,0) 13 (5,1) 78 (30,5) 163 (63,6) 14 (5,5) 0 (0) 1 (0,4) 239 (93,4) 17 (6,6) 248 (96,9) 21 (8,2) 16 (6,3) 16 (6,2) 91 (35,5) 53 (20,7) 35 (13,7) 31 (12,1) 12 (4,7) 10 (3,9) 8 (3,1) 6 (2,3) 5 (2,0) 4 (1,6) 1 (0,4) 0 (0) 129 (50,4) 84 (32,8) 32 (12,5) 11 (4,3) 55 (21,5) 201 (78,5) 140 (54,7) 116 (45,3) 74 (28,9) 117 (45,7) 56 (21,9) 9 (3,5) Comportamento em relação à PBE A Tabela 2 apresenta as características dos respondentes quanto a seu comportamento em relação à utilização de pesquisas. Os fisioterapeutas relataram possuir hábito de utilizar artigos científicos (89,5%) como recurso de atualização profissional, seguido de cursos (88,3%), e livros (86,3%). Quando questionados sobre as bases de dados que já utilizaram, observa-se uma clara preferência do uso de bases de dados em língua portuguesa ou espanhola (como, por exemplo a base Scielo com 86,7%) em relação a bases mais abrangentes como a PubMed (71,9%) e Cochrane (28,9%) ou específica para a fisioterapia como a PEDro (13,7%), por exemplo. 77 Tabela 2. Dados sobre comportamento dos respondentes. Característica n (%) Formas de atualização Artigos científicos Cursos Livros Artigos informais Congressos, conferências, palestras Grupos de estudos Bases de dados que já utilizou Scielo Lilacs Google acadêmico PubMed Cochrane PEDro Nunca usei base de dados Outra Base de dados que mais utiliza Scielo Pubmed Bireme Google acadêmico Lilacs Não uso bases de dados PEDro Cochrane Outra Frequência de utilização das bases Todos os dias 1 a 3 vezes na semana 1 a 3 vezes no mês 1 vez a cada 2 meses Muito raramente Não uso base de dados Local de utilização das bases de dados Casa Trabalho Universidades Outro 229 (89,5) 226 (88,3) 221 (86,3) 191 (74,6) 174 (68,0) 50 (19,5) 222 (86,7) 205 (80,1) 204 (79,7) 184 (71,9) 74 (28,9) 35 (13,7) 8 (3,1) 6 (1,2) 122 (47,7) 68 (26,6) 50 (19,5) 48 (18,8) 46 (18,0) 17 (6,6) 4 (1,6) 2 (0,8) 1 (0,4) 5 (2,0) 62 (24,2) 70 (27,3) 23 (9,0) 38 (14,8) 58 (22,7) 205 (80,1) 64 (25,0) 25 (9,8) 1 (0,4) Conhecimento, habilidades e recursos, e opiniões em relação à PBE A Tabela 3 demonstra as porcentagens dos fisioterapeutas por categoria de resposta para as sentenças sobre conhecimento, habilidades e recursos, e opiniões em PBE. Os fisioterapeutas relatam possuir compreensão clara sobre a aplicação dos achados de uma pesquisa na prática clínica (41,8% concordam totalmente), possuir 78 entendimento sobre diferentes tipos de delineamentos de estudo (40,2% concordam totalmente), acreditam ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE (27,7% concordam totalmente), mas demonstram inconsistência quanto a entendimento sobre compreender os elementos centrais da PBE e sobre dados estatísticos. Nas sentenças sobre habilidades e recursos, é possível observar que os fisioterapeutas relatam facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (29,3% concordam totalmente) e possuem hábito de acessar bases de dados (44,5% concordam totalmente). Quanto às sentenças sobre opiniões, os fisioterapeutas demonstram ser favoráveis em relação à PBE, já que 67,2% acreditam totalmente que a PBE é importante para a prática clínica, e 65,5% acredita totalmente que a PBE melhora o atendimento ao paciente. Além disso, 31,3% concordam totalmente que grande parte da sua tomada de decisão incorpora a PBE, mas contraditoriamente 16,8% acreditam totalmente e 44,9% parcialmente que a opinião de especialistas da área é o fator mais importante na tomada de decisão. 79 Tabela 3. Conhecimento, Habilidades e recursos, e opiniões em relação à PBE. Conhecimento Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Não tive experiência com PBE na minha formação. As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica. Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo (delineamentos). Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. Habilidades e recursos Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. Possuo hábito de acessar bases de dados online. Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE. Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. Opiniões A PBE é importante para a minha prática clínica. Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE. A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. Variáveis expressas em porcentagem 80 Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro Concordo parcialmente Concordo totalmente 2,7 37,5 25,4 26,6 3,1 3,1 20,3 5,1 68,8 1,2 19,5 30,1 22,3 7,0 5,9 28,9 10,9 14,5 7,8 7,8 10,9 21,5 12,5 13,3 11,3 12,9 7,8 34,8 19,5 23,4 22,3 35,5 37,5 25,8 43,4 6,6 53,5 15,6 10,2 7,4 41,8 40,2 13,7 27,7 2,3 34,8 4,7 4,7 27,0 15,2 28,9 7,0 7,8 11,7 6,3 16,0 22,3 13,7 22,7 17,6 15,2 36,7 29,3 13,7 16,8 5,1 29,3 44,5 25,0 44,1 32,4 3,9 4,3 54,3 13,7 4,7 6,6 21,5 19,5 7,8 6,3 14,1 12,9 33,2 39,5 7,4 21,5 49,6 43,4 2,7 1,2 65,6 3,5 0,4 23,4 8,6 6,3 6,3 15,6 25,0 2,3 41,0 67,2 2,3 31,3 5,5 48,8 17,2 31,3 15,6 10,9 44,9 7,0 16,8 2,0 Barreiras relacionadas à PBE As barreiras mais frequentemente relatadas pelos fisioterapeutas, e estão em sua maioria relacionadas a dificuldades para obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE pode representar maior custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%). Barreiras citadas com menor frequência foram: falta de interesse por pesquisa (28,1%) e entender os resultados – conflitantes (24,6%). Esses dados estão descritos na Figura 2. 90 Porcentagem 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Barreira Figura 2. Barreiras em PBE. A partir das análises secundárias foram encontradas diferenças significativas entre as categorias de tempo de formação, sugerindo que pessoas formadas até 9 anos tem maior conhecimento e habilidades em comparação com pessoas formadas há mais tempo para as sentenças: • não tive experiência com PBE na minha formação (p=0,001), onde 65,7% dos indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, e 61,8% dos formados entre 5 a 9 anos discordam totalmente 81 ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos concordam parcialmente ou totalmente em 46,7% com essa afirmativa, e aqueles formados a mais de 14 anos concordam parcialmente ou totalmente em 58,1%. • as informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes (p=0,004), sendo que 75,6% dos profissionais formados entre 10 a 14 anos discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, e 71% dos formados a mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente, enquanto que os formados a menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente em 44,5%, e aqueles formados entre 5 e 9 anos discordam totalmente ou parcialmente em 51,9%. • não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE (p=0,004), dado que 54,9% dos profissionais formados entre 10 a 14 anos concordam parcialmente ou totalmente com essa afirmativa, e 82,9% dos formados a mais de 14 anos concordam parcialmente ou totalmente, enquanto que os formados a menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente em 53,1%, e aqueles formados entre 5 e 9 anos discordam totalmente ou parcialmente em 31,6%. • possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (p=0,005), onde apenas 8,1% dos indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, e 4,9% dos formados entre 5 a 9 anos discordam totalmente ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos discordam totalmente ou parcialmente em 22,2% com essa afirmativa, e aqueles formados a mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente em 25,8%. • possuo hábito de acessar bases de dados online (p=0,009), já que apenas 10,1% dos indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, e 3,7% dos formados entre 5 a 9 anos discordam totalmente ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos discordam 82 totalmente ou parcialmente em 24,4% com essa afirmativa, e aqueles formados a mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente em 25,9%. Também foram encontradas diferenças significativas para as categorias quanto à habilidade em inglês, sugerindo que pessoas com habilidade boa ou excelente apresentam maior conhecimento e habilidades que pessoas com habilidade ruim ou moderada para as sentenças: • não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE (p=0,009); onde 67,7% dos profissionais que classificam sua habilidade como boa ou excelente discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, enquanto que 42,4% daqueles que classificaram como ruim ou moderada discordam totalmente ou parcialmente. • não possuo facilidade em realizar buscas através de bases de dados (p=0,003); sendo que os fisioterapeutas que classificaram sua habilidade como boa ou excelente discordaram totalmente ou parcialmente desta afirmativa em 78,4%. Já aqueles que classificaram sua habilidade como ruim ou moderada discordaram totalmente ou parcialmente em 58,7%. • possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (p=0,035), onde 98,4% dos profissionais que classificaram sua habilidade como boa ou excelente concordaram parcialmente ou totalmente com essa afirmativa, enquanto que 60,8% daqueles com habilidade ruim ou moderada concordaram parcialmente ou totalmente com a afirmativa. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre gêneros. Os dados da análise secundária encontram-se distribuídos em tabelas no Anexo 2. 83 DISCUSSÃO Os objetivos desse estudo foram identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros na Prática Baseada em Evidências. Apesar de demonstrar serem favoráveis à implantação da PBE, os fisioterapeutas ainda parecem valorizar a opinião de experts tanto quanto artigos científicos, tendo em vista que relataram utilizar artigos científicos tanto quanto cursos como recurso de atualização profissional, além do fato de que 16,8% acreditam totalmente e 44,9% parcialmente que a opinião de especialistas é o fator mais importante na tomada de decisão, o que contradiz um dos pilares centrais da PBE, em que a evidência deve ser informada por pesquisa clínica de alta qualidade, e não através de experts24. Mesmo relatando hábito de utilizar bases de dados online, 44,5% concordam totalmente com a afirmativa, a mais utilizada por estes profissionais é a Scielo (47,7%), e em menor grau a PEDro (1,6%) e Cochrane (0,8%). Esta preferência pode ser justificada pelo idioma desta base dados que é o português – língua pátria, além de disponibilizar artigos na íntegra, pontos importantes para estes profissionais já que consideram como maiores barreiras a dificuldade para obter o artigo na íntegra (80,1%) e o idioma dos artigos científicos (70,3%), desconsiderando o fato de que ao ler apenas artigos que estão disponíveis na íntegra, os artigos realmente relevantes podem ser ignorados, o que é conhecido como Full-Text On The Net - FUTON bias25, 26, e também que a leitura de artigos exclusivamente em língua portuguesa também pode não representar a melhor evidência disponível, o que caracteriza viés de linguagem3, 27. Além disso, a frequência de utilização de bases de dados por estes profissionais é relativamente baixa, sendo que cerca de um quarto dos entrevistados sequer fazem uso de bases de dados. Esse estudo permitiu observar que os fisioterapeutas brasileiros relatam ter domínio sobre conhecimento e habilidades específicas para implantação da PBE como compreensão 84 sobre aplicação de achados de pesquisa na prática clínica, entendimento sobre os diferentes delineamentos de pesquisa, e avaliar criticamente um artigo. Porém, parte destes profissionais reconhece que as informações que tiveram em sua formação sobre PBE não foram suficientes e que falta de treinamento em PBE é uma importante barreira de implantação (67,6%). Nas análises secundárias foi possível observar que os profissionais formados mais recentemente apresentam maior conhecimento e habilidades em comparação com aqueles formados há mais tempo para algumas das sentenças apresentadas, bem como os profissionais que detém de maior habilidade em leitura de textos em inglês também apresentam essa característica em comparação com os profissionais com habilidade ruim ou moderada. Esses dados sugerem que a formação dos fisioterapeutas nos últimos 10 anos pode ter mudado em favor do uso de pesquisas na prática clínica, com a introdução de aulas específicas sobre o tema, ou principalmente pelo fato da formação dos docentes ter melhorado ao longo dos anos. Esses dados também reforçam a importância do conhecimento em língua inglesa para aperfeiçoar o conhecimento e habilidades específicas em PBE. Este é o primeiro estudo que investiga as principais características envolvidas na implantação da PBE por fisioterapeutas brasileiros. Buscamos garantir uma amostra aleatória a partir de sorteio entre todos os profissionais registrados no estado de São Paulo. Além disso, muitos esforços foram feitos para maximizar a taxa de resposta como sugerido por estudos prévios28, 29, através de coleta via e-mail com 3 lembretes, coletas via telefone e via carta. Obtivemos uma taxa de resposta satisfatória (64,2%) considerando taxas de respostas de estudos semelhantes que variaram entre 20%12-81%7. No entanto, durante o processo de coleta notamos 81 dados de telefones inválidos, fato que pode ter influenciado negativamente a nossa taxa de resposta. E uma surpresa para os autores do estudo foi a baixíssima taxa de resposta via e-mail dos participantes. Parece que esse recurso ainda tem limitado sucesso em pesquisas no Brasil, ao contrário de outros países6-8. 85 Apesar de o ensino e o sistema de saúde brasileiro possuírem peculiaridades, nossos dados apresentaram semelhanças com estudos já existentes, que observaram que fisioterapeutas de outros países também acreditam ter domínio para elaborar uma questão clínica9, 14, realizar buscas em bases de dados online7, desenvolver avaliação crítica6, 14, e também detém de dificuldades comuns como baixa frequência de utilização das bases de dados6, 13, 14, e incapacidade de compreensão de dados estatísticos8, 11. Porém, nosso estudo permitiu verificar barreiras diferenciadas na nossa população, como dificuldade de obtenção do artigo na íntegra e idioma de publicação. Esforços devem ser empregados para que fisioterapeutas tenham maior facilidade para acessos a artigos científicos, assim como para que procurem ter melhor entendimento da língua inglesa, uma vez que mais de 90% dos estudos clínicos em fisioterapia são publicados em inglês27. Nosso estudo permitiu uma visão de como é encarada a PBE no Brasil por fisioterapeutas, demonstrando que estes profissionais acreditam ter conhecimento e habilidades necessárias, e opiniões favoráveis relacionadas a sua implantação, embora transpareçam incerteza quando questionados sobre hábitos específicos como uso de base de dados, o que remete a conclusão de que embora a PBE venha sendo cada vez mais discutida e sua implantação estimulada, talvez ainda existam importantes lacunas a serem solucionadas. Esses resultados implicam na necessidade de estratégias de um ensino específico em PBE para esta população, focada nas suas principais dificuldades como o uso das principais bases de dados, já que se trata do segundo passo necessário para a aplicação da PBE.4 Uma das limitações desse estudo é que não foi mensurado, de fato, o real conhecimento sobre PBE desses profissionais, através de uma avaliação ou de um questionário específico para avaliar a evolução do ensino de PBE, como o Fresno30 por exemplo. Esse instrumento foi recentemente adaptado para a língua portuguesa por pesquisadores brasileiros31. Infelizmente essa nova versão não estava disponível quando esse estudo foi delineado. 86 Importante reconhecer que talvez os fisioterapeutas residentes do estado de São Paulo não representem em sua totalidade fisioterapeutas de áreas menos favorecidas economicamente no país. Porém é improvável que essa amostra não seja generalizável para outros grandes centros como as capitais do sul e sudeste do Brasil. Seria importante a realização de um novo estudo para confirmar esses resultados em um número maior de cidades e estados brasileiros. Nosso estudo apresentou o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras relatados por fisioterapeutas brasileiros e foi possível identificar as principais dificuldades encontradas por estes na implantação da PBE. Portanto, é sugerido pesquisas sobre efeito de treinamento de habilidades específicas em PBE que possam solucionar as lacunas descritas nesse estudo. CONCLUSÃO Os fisioterapeutas brasileiros acreditam ter conhecimento e habilidades em Prática Baseada em Evidências, possuem opiniões favoráveis em relação a sua implantação, mas ainda detém de dificuldades para o sucesso da aplicação da PBE. As principais barreiras encontradas no estudo estão relacionadas a obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE pode representar maior custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%). Agradecimentos Tatiane Mota da Silva teve sua bolsa de mestrado financiada pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação do Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Sackett DL, Rosenberg WM, Gray JA, Haynes RB, Richardson WS. Evidence based medicine: what it is and what it isn't. BMJ. 1996;312(7023):71-2. 87 2. Herbert R, Jamtvedt G, Mead J, Hagen KB. Practical Evidence-based Physiotherapy. 2nd ed. Butterworth-Heinemann; 2011. 3. Maher CG, Sherrington C, Elkins M, Herbert RD, Moseley AM. Challenges for evidence-based physical therapy: accessing and interpreting high-quality evidence on therapy. Phys Ther. 2004;84(7):644-54. 4. Sackett DL, Straus SE, Richardson WS, Rosenberg W, Haynes RB. Evidence-based Medicine: How to Practice and Teach EBM. 2nd ed. New York: 2000. 5. Haynes B, Haines A. Barriers and bridges to evidence based clinical practice. BMJ. 1998;317(7153):273-6. 6. Jette DU, Bacon K, Batty C, Carlson M, Ferland A, Hemingway RD, Hill JC, Ogilvie L, Volk D. Evidence-based practice: beliefs, attitudes, knowledge, and behaviors of physical therapists. Phys Ther. 2003;83(9):786-805. 7. Gorgon EJ, Barrozo HG, Mariano LG, Rivera EF. Research evidence uptake in a developing country: a survey of attitudes, education and self-efficacy, engagement, and barriers among physical therapists in the Philippines. J Eval Clin Pract. 2013;19(5):782-90. 8. Grimmer-Somers K, Lekkas P, Nyland L, Young A, Kumar S. Perspectives on research evidence and clinical practice: a survey of Australian physiotherapists. Physiother Res Int. 2007;12(3):147-61. 9. Iles R, Davidson M. Evidence based practice: a survey of physiotherapists' current practice. 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Esta pesquisa objetiva identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros em Prática Baseada em Evidências. A sua participação ocorrerá de forma a responder um questionário que será apresentado a seguir, dividido em nove seções distintas: termo de consentimento, se exerce ou não a profissão, dados demográficos, comportamento em relação à Prática Baseada em Evidências, conhecimento prévio, habilidades e recursos, opiniões, barreiras encontradas e agradecimento. Você levará em torno de 10 minutos para responder essas perguntas. Sua participação é muito importante! Qualquer dúvida ou esclarecimento poderá ser dado pelo pesquisador responsável Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa, que pode ser encontrado na R. Cesário Galeno 448, Tatuapé, São Paulo, SP. Telefone: 011 2178-1564 – e-mail: leonardo.costa@unicid.edu.br. É garantido sigilo de todas as informações coletadas. O projeto foi previamente analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. O questionário começa na etapa seguinte a partir de sua aprovação de participação na pesquisa. Declaro ter sido informado e estar devidamente esclarecido sobre os objetivos 92 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. desde estudo e sobre os procedimentos que participarei. Recebi garantia de total sigilo de informações e de obter esclarecimentos sempre que desejar. Assim, concordo em participar voluntariamente deste estudo. □ Concordo em participar da pesquisa □ Não concordo em participar da pesquisa 2. SE EXERCE OU NÃO A PROFISSÃO Você exerce a profissão atualmente? □ Sim 3. □ Não DADOS DEMOGRÁFICOS Nesta seção as questões estão relacionadas a dados pessoais e profissionais. Descreva os seus dados pessoais. Nome: Cidade/Município: Número do CREFITO: Qual é o seu gênero? □ Masculino □ Feminino Há quanto tempo você concluiu sua formação/graduação? □ Menos que 5 anos □ 5-9 anos □ 10-14 anos □ 15-19 anos □ 20-24 anos □ Mais que 24 anos Qual é o seu maior nível de formação atual concluído? □ Graduação 93 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. □ Especialização □ Mestrado □ Doutorado □ Pós-doutorado Qual era a procedência da Universidade/Faculdade da sua graduação? □ Pública □ Privada Você exerce a profissão atualmente: □ No atendimento ao paciente □ Como docente □ Como pesquisador(a) □ Outro (especifique): Qual é a sua principal área de interesse na fisioterapia? □ Acupuntura □ Quiropraxia e Osteopatia □ Fisioterapia do trabalho □ Onco-funcional □ Cardiorrespiratória □ Traumato-ortopédico funcional □ Dermato-funcional □ Urogineco-funcional □ Neurofuncional □ Esportiva □ Saúde coletiva □ Saúde da mulher Você trabalha em qual setor? □ Público □ Privado □ Ambos □ Profissional liberal Você tem ou já teve experiência com docência (dar aulas)? □ Sim □ Não Você tem ou já teve experiência com elaboração de pesquisas? □ Sim □ Não 94 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. Qual é a sua habilidade para leitura de textos em inglês? □ Ruim □ Razoável □ Boa □ Excelente 4. COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Nesta seção você responderá questões sobre seu comportamento em relação à Prática Baseada em Evidências. Quais os meios que você se utiliza para se atualizar profissionalmente? □ Cursos □ Congressos, conferências e palestras □ Grupos de estudos □ Livros □ Artigos científicos □ Artigos informais (ex: blogs, revista de CREFITO) Quais bases de dados você já utilizou? Sim Não Pubmed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed) □ □ Cochrane (http://cochrane.bireme.br/portal/php/index.php) □ □ Scielo (http://www.scielo.org/php/index.php) □ □ Lilacs (http://lilacs.bvsalud.org/) □ □ PEDro (http://www.pedro.org.au/) □ □ Google acadêmico (http://scholar.google.com.br/) □ □ Outra base de dados (especifique): Quais bases de dados que você faz mais uso? (escolha até 3 opções) □ Bireme (http://regional.bvsalud.org/php/index.php) 95 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. □ Pubmed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed) □ Cochrane (http://cochrane.bireme.br/portal/php/index.php) □ Scielo (http://www.scielo.org/php/index.php) □ Lilacs (http://lilacs.bvsalud.org/) □ PEDro (http://www.pedro.org.au/) □ Google acadêmico (http://scholar.google.com.br/) □ Nenhuma Outra base de dados (especifique): Qual a frequência de utilização dessa(s) base(s) de dados nos últimos 6 meses? □ Todos os dias □ 1 a 3x na semana □ 1 a 3x no mês □ 1 vez a cada 2 meses □ Muito raramente □ Não utilizo base de dados Quais os locais em que realiza buscas nas bases de dados? □ Casa □ Trabalho □ Universidade □ Não utilizo base de dados Outro local (especifique): 96 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. 5. CONHECIMENTO EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS As próximas questões são afirmativas relacionadas ao conhecimento em Prática Baseada em Evidências. Por favor, quantifique seu conhecimento. Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências (PBE). Não tive experiência com PBE na minha formação. As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica. Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo (delineamentos). Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ 97 Concordo parcialmente Concordo totalmente □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. 6. HABILIDADES E RECURSOS EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS As próximas afirmativas estão relacionadas à habilidades e recursos em Prática Baseada em evidências. Por favor, selecione a resposta que melhor o(a) caracteriza. Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. Possuo hábito de acessar bases de dados online. Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE. Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ 98 Concordo parcialmente Concordo totalmente □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. 7. OPINIÕES EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS As próximas afirmativas estão relacionadas a opiniões sobre Prática Baseada em Evidências. Por favor, quantifique a sua opinião a respeito. A PBE é importante para a minha prática clínica. Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE. A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ 99 Concordo parcialmente Concordo totalmente □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras. 8. BARREIRAS EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Nesta seção gostaríamos de saber quais as principais barreiras consideradas por você na Prática Baseada em Evidências. Classifique quais os itens que acredita ou não ser barreiras para a Prática Baseada em Evidências. Barreira Idioma dos artigos científicos Falta de qualidade das evidências Dificuldade de obter o artigo na íntegra Falta de tempo Entender dados estatísticos Entender os resultados (conflitantes) Dificuldade em explicar para o paciente (nível de compreensão) Aplicabilidade da pesquisa na prática clínica Falta de treinamento em Prática Baseada em Evidências Falta de noções básicas em pesquisa Incapacidade de avaliar a qualidade do estudo Não implantação da pesquisa científica Falta de interesse por pesquisa Acredita que a Prática Baseada em Evidências desconsidera as preferências do paciente Utilizar a Prática Baseada em Evidências pode representar maior custo Desconhecimento sobre como usar as bases de dados 9. AGRADECIMENTO Muito obrigada pela atenção e colaboração em nossa pesquisa! 100 Sim Não □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ Anexo 2 – Análise secundária do estudo Tabela 1. Análise secundária quanto a gênero para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões. Gênero Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro Concordo parcialmente Concordo totalmente Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 0 3,4 36,7 37,7 16,3 27,5 36,7 24,2 4,1 2,9 0 3,9 28,6 18,4 0 6,3 71,4 68,1 0 1,4 16,3 20,3 30,6 30,0 12,2 24,6 6,1 7,2 4,1 6,3 18,4 31,4 12,2 10,6 14,3 14,5 12,2 6,8 6,1 8,2 10,2 11,1 26,5 20,3 6,1 14,0 22,4 11,1 12,2 11,1 14,3 12,6 0 9,7 32,7 35,3 30,6 16,9 30,6 21,7 20,4 22,7 36,7 35,3 28,6 39,6 30,6 24,6 34,7 45,4 10,2 5,8 55,1 53,1 10,2 16,9 12,2 9,7 4,1 8,2 46,9 40,6 44,9 39,1 10,2 14,5 38,8 25,1 4,1 1,9 Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 36,7 34,3 2,0 5,3 2,0 5,3 22,4 28,8 20,4 30,9 2,0 8,2 6,1 8,2 12,2 11,6 24,5 14,0 20,4 22,7 20,4 12,1 20,4 23,2 16,3 15,0 36,7 36,7 16,3 28,5 16,3 13,0 2,0 5,8 38,8 27,1 28,6 45,9 28,6 24,2 p Conhecimento Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Não tive experiência com PBE na minha formação. As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica. Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo. Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. 0,406 0,240 0,465 0,146 0,622 0,104 0,241 0,137 0,150 Habilidades e recursos Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. Possuo hábito de acessar bases de dados online. Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. 101 0,244 0,287 0,431 0,874 Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE. Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. Opiniões A PBE é importante para a minha prática clínica. Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE. A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. Variáveis expressas em porcentagem Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 8,2 16,9 30,6 32,9 2,0 4,3 4,1 4,3 55,1 54,1 10,2 5,3 10,2 14,5 4,1 4,8 4,1 7,2 20,4 21,7 18,4 17,4 18,4 19,8 10,2 7,2 4,1 6,8 8,2 15,5 24,5 15,0 16,3 12,1 32,7 33,3 42,9 38,6 10,2 6,8 38,8 45,4 24,5 20,8 51,0 50,2 44,9 43,0 6,1 1,9 Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 2,0 1,0 59,2 67,1 2,0 3,9 12,2 3,9 44,9 49,8 0 0,5 26,5 22,7 2,0 10,1 22,4 15,9 40,8 29,0 4,1 6,8 8,2 5,8 22,4 14,0 8,2 17,4 6,1 12,1 30,6 23,7 2,0 2,4 42,9 40,6 42,9 45,4 8,2 6,8 63,3 68,1 4,1 1,9 30,6 31,4 14,3 17,4 0 2,4 102 0,195 0,836 0,903 0,866 0,318 0,738 0,774 0,261 0,075 0,337 Tabela 2. Análise secundária quanto a tempo de formação para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões. Tempo de formação Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro Concordo parcialmente Concordo totalmente < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 1,2 2,5 2,2 9,7 48,5 38,3 22,2 22,6 15,2 19,8 40,0 51,6 29,3 29,6 15,6 25,8 2,0 0 6,7 9,7 0 2,5 4,4 12,9 19,2 25,9 13,3 19,4 2,0 2,0 1,2 0 0 17,2 23,5 17,8 19,4 29,3 32,1 35,6 19,4 28,3 23,5 15,6 9,7 5,1 8,6 6,7 9,7 5,1 3,7 8,9 9,7 28,3 29,6 26,7 32,3 6,1 10,1 6,2 6,7 6,5 7,1 8,6 13,3 0 13,1 11,1 8,9 6,5 18,2 24,7 31,1 9,7 10,1 14,8 20,0 3,2 16,2 12,3 13,3 6,5 15,2 9,9 8,9 6,5 15,2 32,3 30,9 46,7 35,5 17,2 22,2 17,8 22,6 30,3 25,9 11,1 12,9 21,2 18,5 22,2 35,5 36,4 32,1 35,6 41,9 36,4 37,0 40,0 38,7 30,3 21,0 24,4 25,8 41,4 54,5 59,3 44,4 48,4 10,1 7,4 28,9 35,5 12,1 11,1 4,4 9,7 3,0 3,7 15,6 19,4 46,5 44,4 31,1 35,5 42,4 44,4 33,3 32,3 7,1 13,6 26,7 16,1 38,8 p Conhecimento Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Não tive experiência com PBE na minha formação. As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica. Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo. Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. 103 0,375 0,001 0,004 0,004 0,118 0,100 0,223 0,061 Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos 4,9 13,3 3,2 75,8 66,7 62,2 61,3 13,6 15,6 12,9 13,1 14,8 11,1 22,6 9,9 15,6 9,7 7,1 9,9 8,9 3,2 43,2 37,8 58,1 3,0 6,2 13,3 9,7 28,4 17,8 16,1 1,0 2,5 4,4 3,2 < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 35,4 42,0 24,4 29,0 2,0 1,2 8,9 16,1 3,0 1,2 13,3 6,5 34,3 19,8 26,7 22,6 12,1 12,3 26,7 16,1 37,4 30,9 28,4 32,3 2,0 2,5 33,3 27,2 24,4 25,8 6,1 3,7 13,3 9,7 7,1 2,5 11,1 19,4 12,1 16,0 4,4 9,7 10,1 3,7 4,4 3,2 13,1 14,8 8,9 19,4 5,1 4,9 13,1 17,3 22,2 12,9 28,3 21,0 22,2 6,5 9,1 19,8 11,1 16,1 23,2 23,6 20,0 22,6 13,1 23,5 13,3 22,6 16,2 25,9 17,8 16,1 7,1 8,6 17,2 9,9 22,2 12,9 34,3 37,0 40,0 38,7 34,3 19,6 11,1 25,8 12,1 13,6 17,8 12,9 16,2 19,8 13,3 16,1 13,1 11,1 15,6 12,9 35,4 32,1 1,0 3,7 6,7 19,4 29,3 37,0 15,6 29,0 46,5 46,9 24,4 32,3 18,2 27,2 31,1 32,3 48,5 40,7 42,2 41,9 20,2 17,3 33,3 19,4 50,5 51,9 0,467 Habilidades e recursos Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. Possuo hábito de acessar bases de dados online. Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE. Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. 104 0,130 0,005 0,009 0,489 0,306 0,616 0,870 Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos 8,9 6,5 2,0 6,2 6,7 3,2 58,6 58,0 44,4 45,2 2,2 6,5 6,1 8,6 8,9 0 21,2 22,2 20,0 22,6 6,7 9,7 6,1 7,4 6,7 3,2 12,1 8,6 28,9 12,2 35,6 25,8 45,5 35,8 35,6 35,5 5,1 7,4 4,4 19,4 46,7 51,6 40,4 42,0 42,2 58,1 3,0 3,7 2,2 0 < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos < 5 anos 5-9 anos 10-14 anos >14 anos 0 0 4,4 3,2 66,7 69,1 57,8 64,5 2,0 1,2 2,2 16,1 2,0 7,4 8,9 6,5 50,5 45,7 42,2 61,3 0 0 0 3,2 24,2 24,7 22,2 19,4 6,1 6,2 17,8 9,7 15,2 23,5 13,3 12,9 27,3 34,6 35,6 29,0 5,1 3,7 8,9 12,9 6,1 3,7 11,1 6,5 19,2 13,6 17,8 6,5 13,1 16,0 24,4 9,7 12,1 12,3 8,9 6,5 25,3 25,9 24,4 22,6 2,0 1,2 4,4 3,2 42,4 46,2 42,2 29,0 50,5 42,0 33,3 51,6 9,1 6,2 8,9 0 69,7 70,4 62,2 58,1 1,0 1,2 4,4 6,5 30,3 35,8 20,0 38,7 19,2 11,1 20,0 19,4 1,0 1,2 4,4 3,2 0,670 0,080 Opiniões A PBE é importante para a minha prática clínica. Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE. A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. Variáveis expressas em porcentagem 105 0,083 0,690 0,004 0,260 0,689 Tabela 3. Análise secundária quanto à habilidade para leitura de textos em inglês para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões. Habilidade em inglês Discordo totalmente Discordo parcialmente Neutro Concordo parcialmente Concordo totalmente Boa/Excelente Ruim/Moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada 0 3,7 38,5 37,2 21,5 26,7 40,0 22,0 1,5 3,7 1,5 3,7 30,8 16,8 3,1 5,8 75,4 66,5 0 1,6 21,5 18,8 24,6 31,9 27,7 20,4 3,1 8,4 6,2 5,8 32,3 27,7 9,2 11,5 12,3 15,2 10,8 6,8 4,6 8,9 16,9 8,9 12,3 24,6 9,2 13,6 7,7 15,2 6,2 13,1 7,7 14,7 4,6 8,9 24,6 38,2 16,9 20,4 27,7 22,0 13,8 25,1 30,8 37,2 33,8 38,7 21,5 27,2 49,2 41,4 4,6 7,3 64,6 49,7 18,5 14,7 9,2 10,5 6,2 7,9 55,4 37,2 50,8 36,6 9,2 15,2 30,8 26,7 3,1 2,1 Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente 53,8 28,3 3,1 5,2 4,6 4,7 29,2 26,2 13,8 15,7 30,4 24,6 30,4 4,6 7,9 1,5 9,9 13,8 11,0 6,2 6,3 13,6 12,3 17,3 10,8 26,2 9,2 15,2 20,0 23,6 15,4 18,3 22,5 7, 17,8 41,5 35,1 27,7 29,8 9,2 15,2 16,9 16,8 12,6 1,5 6,3 40,0 25,7 56,9 40,3 27,7 24,1 47,7 42,9 20,9 p Conhecimento Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Não tive experiência com PBE na minha formação. As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo. Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. 0,062 0,719 0,290 0,009 0,100 0,242 0,062 0,444 0,607 Habilidades e recursos Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. Possuo hábito de acessar bases de dados online. Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE. Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. 106 0,003 0,035 0,068 0,684 0,963 0,334 Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. Opiniões A PBE é importante para a minha prática clínica. Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE. A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. Variáveis expressas em porcentagem Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada 38,5 4,6 4,6 1,5 5,2 61,5 51,8 13,8 1,5 1,5 4,6 7,3 20,0 22,0 10,8 6,2 6,2 6,2 6,3 13,8 14,1 13,8 32,3 32,3 40,0 39,3 3,1 8,9 23,1 55,4 55,4 47,7 41,9 1,5 3,1 Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada Boa/Excelente Ruim/moderada 0 1,6 72,3 63,4 3,1 3,7 3,1 6,3 55,4 46,6 1,5 0 16,9 25,7 10,8 7,9 16,9 17,3 27,7 32,5 7,7 5,8 4,6 6,8 9,2 17,8 15,4 15,7 7,7 12,0 21,5 26,2 3,1 2,1 43,1 40,3 47,7 44,0 6,2 7,3 69,2 66,5 3,1 2,1 33,8 30,4 16,9 16,8 3,1 1,6 107 0,607 0,651 0,462 0,317 0,568 0,544 0,899 0,624 Capítulo 4 Considerações Finais 108 4.1. Resultados principais O objetivo deste exemplar de dissertação foi contribuir para identificar o auto relato de profissionais em fisioterapia em relação ao conhecimento, habilidades, comportamento, opiniões e barreiras em Prática Baseada em Evidências, a partir de uma revisão sistemática que reuniu os estudos existentes até o momento e um estudo transversal para identificar estas variáveis em uma amostra de fisioterapeutas brasileiros residentes no estado de São Paulo. Foi identificado que os fisioterapeutas possuem boas perspectivas a respeito de seu conhecimento e habilidades relativas à PBE, além de opinião favorável para a implantação da mesma, porém acreditam na existência de importantes barreiras para sua efetiva implantação. Esses foram dados encontrados tanto na revisão sistemática quanto no estudo transversal. A partir do estudo transversal realizado com amostra brasileira foi possível observar que apesar de demonstrar serem favoráveis à implantação da PBE, os fisioterapeutas ainda parecem estar distantes de efetivamente utilizar de seus princípios, tendo em vista a contradição de suas respostas. Eles parecem ainda valorizar a opinião de experts tanto quanto artigos científicos, já que a maioria relata realizar cursos para atualização profissional tanto quanto utilizar artigos científicos, além de boa parte da amostra concordar que a opinião de especialistas é o fator mais importante na tomada de decisão. Ao mesmo tempo, mesmo relatando hábito de utilizar bases de dados online a mais utilizada é a Scielo, muito provavelmente pela disponibilidade de artigos na íntegra e falta de conhecimento em língua inglesa. Outros fatores reforçam ainda mais a ideia de que a perspectiva desses profissionais pode estar errada, já que a frequência de utilização de bases de dados foi baixa, parte dos respondentes concordou não entender sobre dados estatísticos, parte também reconheceu que as informações que tiveram em 109 sua formação sobre PBE não foram suficientes e que falta de treinamento em PBE é uma importante barreira de implantação. Além disso, vale ressaltar que foi possível observar através das análises secundárias do estudo que os profissionais formados mais recentemente apresentam maior conhecimento em comparação com aqueles formados há mais tempo para algumas das sentenças apresentadas, bem como os profissionais que detém de maior habilidade em leitura de textos em inglês também apresentam essa característica em comparação com os profissionais com habilidade ruim ou moderada. Isso pode sugerir que a formação profissional pode estar modificando-se em favor da PBE, além de reforçar a importância do conhecimento em língua inglesa para aperfeiçoar o conhecimento e habilidades específicas nesse aspecto. 4.2. Implicações dos resultados para a prática clínica Vale ressaltar que a Prática Baseada em Evidências não desvaloriza de forma alguma a experiência clínica do profissional, ao contrário, isso deve fazer parte da tomada de decisão do clínico, porém, de modo que as melhores evidências disponíveis auxiliem a nortear a tomada de decisão clínica1. Se não for para direcionar sobre o que fazer, que seja para demonstrar o que não fazer com o paciente, já que algumas ou muitas técnicas em fisioterapia não tem efeito algum comprovado. Além disso, muitas vezes é preferível utilizar recursos já conhecidos e comprovados em fisioterapia, como por exemplo, a realização de exercícios terapêuticos em caso de dor lombar crônica2, a se aventurar em novas terapias vastamente divulgadas e pouco ou nada comprovadas que podem até promover riscos ou danos ao paciente, além de desvalorizar a profissão, como já tem acontecido3. 110 Acreditamos que os profissionais que participaram destes estudos relataram perspectivas reais em relação às características em PBE apresentadas, mas acreditamos também que o processo, embora pareça de fácil execução, requer certa complexidade, considerando que o indivíduo para desenvolver a PBE com sucesso necessita dos 5 passos discutidos anteriormente e cada um deles pode exigir certa dificuldade. Para elaborar uma boa questão clínica, é necessário identificar qual é o tipo de pergunta clínica (de origem diagnóstica, prognóstica, de efeitos de intervenções ou sobre causalidade) e definir palavras que representem esta pergunta4,5. Para realizar uma busca eficiente é esperado conhecer as bases de dados, entender sobre palavras-chave ou descritores, operadores booleanos, estratégias de busca e até mesmo o delineamento do estudo para responder aquela questão clínica5. Para avaliação crítica da evidência exige do clínico certo grau de compreensão de metodologia e estatística4,5. Para aplicação dos achados é exigido do clínico a habilidade de visualizar como e o quanto esses achados podem auxiliar de alguma forma aquele paciente especificamente4,5. E finalmente, no passo 5 o profissional deve avaliar os efeitos da implantação das evidências na prática clínica, se questionando se todo o processo foi feito de maneira correta e se seus resultados estão dentro do esperado para este paciente4. Portanto, acreditamos que um maior conhecimento e desenvolvimento de habilidades específicas em PBE são necessários para que essas perspectivas não sejam somente pontos de vista, mas mudanças efetivas sobre a prática clínica destes profissionais. Sabemos que este pode ser um importante desafio, porém que pode ser alcançado a partir de diferentes ângulos. Pensando no próprio clínico, se comprometido a buscar informações e se tornar responsável pelo processo de mudança6. Pensando no empregador, que pode e deve estimular ações em PBE e disseminar a informação entre os pares7. Pensando em setores de saúde, exigindo dos profissionais a utilização de 111 recursos apoiados por evidências científicas para garantir melhor qualidade do atendimento e segurança para os pacientes5. Iniciativas em nível de Conselhos da profissão e Associações também seriam excelentes para promover de formas distintas materiais didáticos que divulguem e eduquem sobre os princípios e o processo em PBE7. E finalmente, em nível de universidade, que deve ter preocupação em formar profissionais mais curiosos e capacitados sobre como e onde encontrar a informação e efetivamente utiliza-la para auxiliar na tomada de decisão clínica7. 4.3. Sugestão de estudos futuros Os estudos apresentados na revisão sistemática e no estudo transversal questionaram os profissionais quanto às características que influenciam na implantação da PBE. Não foi realizada avaliação alguma para comprovar a veracidade de suas respostas. Para tanto, existem alguns questionários que avaliam o conhecimento e algumas habilidades em PBE8, e já existe um questionário validado para a língua portuguesa que mensura o conhecimento em PBE (FRESNO)9. Seria interessante avaliar estes profissionais para conhecermos realmente quais são suas maiores dificuldades frente ao processo da PBE. Esse estudo permitiria observar o real grau de conhecimento e as principais falhas cometidas por estes profissionais. Além disso, os estudos incluídos na revisão sistemática são estudos transversais quantitativos, bem como nosso estudo conduzido em amostra brasileira, que é um delineamento diferente de estudos qualitativos, que são utilizados para identificar pontos de vista gerais de uma amostra sobre determinado assunto. Talvez estudos qualitativos permitissem observar outros aspectos importantes sobre o tema. 112 A educação sobre PBE na grade curricular das universidades em outros países já foi estudada, com importantes dificuldades detectadas no ensino como: tempo inapropriado, falta de consciência dos recursos da PBE, falta de professores treinados e motivados e falta de financiamento10. Seria interessante investigar se o assunto PBE está presente nas grades curriculares das universidades brasileiras, o quanto esse assunto é discutido, e se estes alunos terminam a graduação capacitados para manterem-se atualizados o suficiente a partir da PBE. Isso permitiria nortear possíveis causas para as dificuldades apresentadas em nossos estudos e discutir a possibilidade de mudanças futuras, com o desenvolvimento de estudos que avaliem efetividade de treinamentos específicos em PBE. E estes também devem ser mais bem estudados em relação a profissionais já formados. 113 4.4. Referências Bibliográficas 1. Sackett DL, Rosenberg WM, Gray JA, Haynes RB, Richardson WS. Evidence based medicine: what it is and what it isn't. BMJ. 1996; 312(7023):71-2. 2. Airaksinen O, Brox JI, Cedraschi C, Hildebrandt J, Klaber-Moffett J, Kovacs F, et al. Chapter 4. European guidelines for the management of chronic nonspecific low back pain. Eur Spine J. 2006; 15 Suppl 2:S192-300. 3. Turner P. Evidence-based practice and physiotherapy in the 1990s. Physiother Theor Pract. 2001; 17:107-21. 4. Sackett DL, Straus SE, Richardson WS, Rosenberg W, Haynes RB. Evidence- based Medicine: How to Practice and Teach EBM. 2. ed. Churchill Livingstone: Edinburgh, 2000. 5. Herbert R, Jamtvedt G, Mead J, Hagen KB. Practical Evidence-based Physiotherapy. 2. ed: Butterworth-Heinemann; 2011. 6. Herbert RD, Sherrington C, Maher C, Moseley A. Evidence-based practice - imperfect but necessary. Physiother Theory Pract. 2001; 17(3):201-11. 7. Lin SH, Murphy SL, Robinson JC. Facilitating evidence-based practice: process, strategies, and resources. Am J Occup Ther. 2010; 64(1):164-71. 8. Shaneyfelt T, Baum KD, Bell D, Feldstein D, Houston TK, Kaatz S, et al. Instruments for evaluating education in evidence-based practice: a systematic review. JAMA. 2006; 296(9):1116-27. 9. Silva AM. Prática Baseada em Evidências: tradução, adaptação transcultural para o português brasileiro e teste de confiabilidade do instrumento FRESNO teste modificado para fisioterapeutas [Dissertação]. São Paulo: Universidade Cidade São Paulo; 2013. 114 10. Prasad K. Teaching evidence-based medicine in resource-limited countries. JAMA. 2012; 308(21):2248-9. 115 Anexo 1 Instruções para os autores – Manual Therapy 116 PREPARATION NEW SUBMISSIONS Submission to this journal proceeds totally online and you will be guided stepwise through the creation and uploading of your files. The system automatically converts your files to a single PDF file, which is used in the peer-review process. As part of the Your Paper Your Way service, you may choose to submit your manuscript as a single file to be used in the refereeing process. This can be a PDF file or a Word document, in any format or lay-out that can be used by referees to evaluate your manuscript. It should contain high enough quality figures for refereeing. If you prefer to do so, you may still provide all or some of the source files at the initial submission. Please note that individual figure files larger than 10 MB must be uploaded separately. References There are no strict requirements on reference formatting at submission. References can be in any style or format as long as the style is consistent. Where applicable, author(s) name(s), journal title/book title, chapter title/article title, year of publication, volume number/book chapter and the pagination must be present. Use of DOI is highly encouraged. The reference style used by the journal will be applied to the accepted article by Elsevier at the proof stage. Note that missing data will be highlighted at proof stage for the author to correct. Formatting requirements There are no strict formatting requirements but all manuscripts must contain the essential elements needed to convey your manuscript, for example Abstract, Keywords, Introduction, Materials and Methods, Results, Conclusions, Artwork and Tables with Captions. If your article includes any Videos and/or other Supplementary material, this should be included in your initial submission for peer review purposes. Divide the article into clearly defined sections. Figures and tables embedded in text Please ensure the figures and the tables included in the single file are placed next to the relevant text in the manuscript, rather than at the bottom or the top of the file. 117 Double-blind review This journal uses double-blind review, which means that both the reviewer and author name(s) are not allowed to be revealed to one another for a manuscript under review. The identities of the authors are concealed from the reviewers, and vice versa. For more information please refer to http://www.elsevier.com/reviewers/peer-review. To facilitate this, please include the following separately: Title page (with author details): This should include the title, authors' names and affiliations, and a complete address for the corresponding author including telephone and e-mail address. Blinded manuscript (no author details): The main body of the paper (including the references, figures, tables and any Acknowledgements) should not include any identifying information, such as the authors' names or affiliations. Authors should also ensure that the place of origin of the work or study, and/or the organization(s) that have been involved in the study/development are not revealed in the manuscript – “X” can be used in the manuscript and details can be completed if the manuscript is processed further through the publication process. Article structure Your article should be typed on one side of the paper, double spaced with a margin of at least 3cm. Do not use 'he', 'his' etc. where the sex of the person is unknown; say 'the patient' etc. Avoid inelegant alternatives such as 'he/she'. Avoid sexist language. Use of word processing software Regardless of the file format of the original submission, at revision you must provide us with an editable file of the entire article. Keep the layout of the text as simple as possible. Most formatting codes will be removed and replaced on processing the article. The electronic text should be prepared in a way very similar to that of conventional manuscripts (see also the Guide to Publishing with Elsevier: http://www.elsevier.com/guidepublication). See also the section on Electronic artwork. To avoid unnecessary errors you are strongly advised to use the 'spell-check' and 'grammar-check' functions of your word processor. 118 Subdivision Divide your article into clearly defined sections. Each subsection is given a brief heading. Each heading should appear on its own separate line. Headings should be appropriate to the nature of the paper. The use of headings enhances readability. Three categories of headings should be used: • Major headings should be typed in capital letter in the centre of the page and underlined • Secondary headings should be typed in lower case (with an initial capital letter) in the left hand margin and underlined • Minor headings should be typed in lower case and italicised Papers should be set out as follows, with each section beginning on a separate sheet: title page, abstract, text, acknowledgments, references, tables, and captions to illustrations. Essential title page information • Title. Concise and informative. Titles are often used in information-retrieval systems. Avoid abbreviations and formulae where possible. • Author names and affiliations. Where the family name may be ambiguous (e.g., a double name), please indicate this clearly. Present the authors' affiliation addresses (where the actual work was done) below the names. Indicate all affiliations with a lower-case superscript letter immediately after the author's name and in front of the appropriate address. Provide the full postal address of each affiliation, including the country name and, if available, the e-mail address of each author. • Corresponding author. Clearly indicate who will handle correspondence at all stages of refereeing and publication, also post-publication. Ensure that phone numbers (with country and area code) are provided in addition to the e-mail address and the complete postal address. Contact details must be kept up to date by the corresponding author. • Present/permanent address. If an author has moved since the work described in the article was done, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent address') may be indicated as a footnote to that author's name. The address at which the author actually did the work must be retained as the main, affiliation address. Superscript Arabic numerals are used for such footnotes. 119 Structured abstract A structured abstract, by means of appropriate headings, should provide the context or background for the research and should state its purpose, basic procedures (selection of study subjects or laboratory animals, observational and analytical methods), main findings (giving specific effect sizes and their statistical significance, if possible), and principal conclusions. It should emphasize new and important aspects of the study or observations. The abstract should consist of 250 words summarising the content of the article. Structured abstracts should be used for Original Research, Reviews and Masterclasses. The structure for Original Research and Reviews should be: Background, Objectives, Design, Method, Results/findings, Conclusions. The structure for Masterclasses should be: Introduction (setting the scene and introducing the topic), Purpose (what is the purpose/aim of the masterclass, what is going to be discussed), Implications (for practice). The structure for Masterclasses should be: Introduction (setting the scene and introducing the topic), Purpose (what is the purpose/aim of the Masterclass, what is going to be discussed), Implications (for practice). Keywords Immediately after the abstract, provide a maximum of 6 keywords. The purpose of these is to increase the likely accessibility of your paper to potential readers searching the literature. Therefore, ensure keywords are descriptive of the study. Refer to a recognised thesaurus of keywords (e.g. CINAHL, MEDLINE) wherever possible. Acknowledgements Collate acknowledgements in a separate section at the end of the article before the references and do not, therefore, include them on the title page, as a footnote to the title or otherwise. List here those individuals who provided help during the research (e.g., providing language help, writing assistance or proof reading the article, etc.). Footnotes Footnotes should be used sparingly. Number them consecutively throughout the article. Many wordprocessors build footnotes into the text, and this feature may be used. Should this not be the case, indicate the position of footnotes in the text and present the 120 footnotes themselves separately at the end of the article. Do not include footnotes in the Reference list. Table footnotes Indicate each footnote in a table with a superscript lowercase letter. REVISED SUBMISSIONS Highlights Highlights are mandatory for this journal. They consist of a short collection of bullet points that convey the core findings of the article and should be submitted in a separate file in the online submission system. Please use 'Highlights' in the file name and include 3 to 5 bullet points (maximum 85 characters, including spaces, per bullet point). See http://www.elsevier.com/highlights for examples. Artwork Electronic artwork General points • Make sure you use uniform lettering and sizing of your original artwork. • Preferred fonts: Arial (or Helvetica), Times New Roman (or Times), Symbol, Courier. • Number the illustrations according to their sequence in the text. • Use a logical naming convention for your artwork files. • Indicate per figure if it is a single, 1.5 or 2-column fitting image. • For Word submissions only, you may still provide figures and their captions, and tables within a single file at the revision stage. • Please note that individual figure files larger than 10 MB must be provided in separate source files. A detailed guide on electronic artwork is available on our website: http://www.elsevier.com/artworkinstructions. You are urged to visit this site; some excerpts from the detailed information are given here. Formats Regardless of the application used, when your electronic artwork is finalized, please 'save as' or convert the images to one of the following formats (note the resolution requirements for line drawings, halftones, and line/halftone combinations given below): 121 EPS (or PDF): Vector drawings. Embed the font or save the text as 'graphics'. TIFF (or JPG): Color or grayscale photographs (halftones): always use a minimum of 300 dpi. TIFF (or JPG): Bitmapped line drawings: use a minimum of 1000 dpi. TIFF (or JPG): Combinations bitmapped line/half-tone (color or grayscale): a minimum of 500 dpi is required. Please do not: • Supply files that are optimized for screen use (e.g., GIF, BMP, PICT, WPG); the resolution is too low. • Supply files that are too low in resolution. • Submit graphics that are disproportionately large for the content. Color artwork Please make sure that artwork files are in an acceptable format (TIFF (or JPEG), EPS (or PDF), or MS Office files) and with the correct resolution. If, together with your accepted article, you submit usable color figures then Elsevier will ensure, at no additional charge, that these figures will appear in color on the Web (e.g., ScienceDirect and other sites) regardless of whether or not these illustrations are reproduced in color in the printed version. For color reproduction in print, you will receive information regarding the costs from Elsevier after receipt of your accepted article. Please indicate your preference for color: in print or on the Web only. For further information on the preparation of electronic artwork, please see http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Please note: Because of technical complications that can arise by converting color figures to 'gray scale' (for the printed version should you not opt for color in print) please submit in addition usable black and white versions of all the color illustrations. Illustration services Elsevier's WebShop ( http://webshop.elsevier.com/illustrationservices) offers Illustration Services to authors preparing to submit a manuscript but concerned about the quality of the images accompanying their article. Elsevier's expert illustrators can produce scientific, technical and medical-style images, as well as a full range of charts, tables and graphs. Image 'polishing' is also available, where our illustrators take your image(s) and improve them to a professional standard. Please visit the website to find 122 out more. Figure captions Ensure that each illustration has a caption. A caption should comprise a brief title (not on the figure itself) and a description of the illustration. Keep text in the illustrations themselves to a minimum but explain all symbols and abbreviations used. Tables Number tables consecutively in accordance with their appearance in the text. Place footnotes to tables below the table body and indicate them with superscript lowercase letters. Avoid vertical rules. Be sparing in the use of tables and ensure that the data presented in tables do not duplicate results described elsewhere in the article. References Citation in Text Please ensure that every reference cited in the text is also present in the reference list (and vice versa). Any references cited in the abstract must be given in full. Citation of material currently under consideration elsewhere (e.g. "under review" or "submitted") is not accepted. Reference links Increased discoverability of research and high quality peer review are ensured by online links to the sources cited. In order to allow us to create links to abstracting and indexing services, such as Scopus, CrossRef and PubMed, please ensure that data provided in the references are correct. Please note that incorrect surnames, journal/book titles, publication year and pagination may prevent link creation. When copying references, please be careful as they may already contain errors. Use of the DOI is encouraged. Web references As a minimum, the full URL should be given and the date when the reference was last accessed. Any further information, if known (DOI, author names, dates, reference to a source publication, etc.), should also be given. Web references can be listed separately (e.g., after the reference list) under a different heading if desired, or can be included in the reference list. 123 Reference management software This journal has standard templates available in key reference management packages EndNote ( http://www.endnote.com/support/enstyles.asp) and Reference Manager ( http://refman.com/support/rmstyles.asp). Using plug-ins to wordprocessing packages, authors only need to select the appropriate journal template when preparing their article and the list of references and citations to these will be formatted according to the journal style which is described below. Reference formatting There are no strict requirements on reference formatting at submission. References can be in any style or format as long as the style is consistent. Where applicable, author(s) name(s), journal title/book title, chapter title/article title, year of publication, volume number/book chapter and the pagination must be present. Use of DOI is highly encouraged. The reference style used by the journal will be applied to the accepted article by Elsevier at the proof stage. Note that missing data will be highlighted at proof stage for the author to correct. If you do wish to format the references yourself they should be arranged according to the following examples: Reference Style In-text citations: All citations in the text should refer to: 1. Single author: the author's name (without initials, unless there is ambiguity) and the year of publication; 2. Two authors: both authors' names and the year of publication; 3. Three or more authors: first author's name followed by "et al." and the year of publication. Citations may be made directly (or parenthetically). Groups of references should be listed first chronologically, then alphabetically. Examples: "...sensitivity and variable specificity (Kerry and Rushton, 2003; Gross et al., 2005; Ritcher and Reinking, 2005)" Bibliographic List: References should be arranged first alphabetically and then further sorted chronologically if necessary. More than one reference from the same author(s) in 124 the same year must be identified by the letters "a", "b", "c", etc., placed after the year of publication. Examples: Reference to a journal publication: Chien A, Sterling M. Sensory hypoaesthesia is a feature of chronic whiplash but not chronic idiopathic neck pain. Manual Therapy 2010; 15(1): 48-53. References to a book: Richardson CA, Jull G, Hodges P, Hydes J. Therapeutic exercise for spinal segmental stabilisation in low back pain. 1st ed. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1999. p. 1-170. Reference to a chapter in an edited book: Toupet M, Gage P, Heuschen S. Vestibular patients and aging subjects lost use of visual input and expend more energy in static postural control. In: Vellas B, Toupet M, Rubenstein L, et al., editors. Balance and gait disorders in the elderly. Paris: Elsevier; 1988. p. 183-98. Note shortened form for last page number. e.g., 51-9. For further details you are referred to "Uniform Requirements for Manuscripts submitted to Biomedical Journals" (J Am Med Assoc 1997;277:927-34), see also http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html Journal abbreviations source Journal names should be abbreviated according to Index Medicus journal abbreviations: http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html; List of title word abbreviations: http://www.issn.org/2-22661-LTWA-online.php Video data Elsevier accepts video material and animation sequences to support and enhance your scientific research. Authors who have video or animation files that they wish to submit with their article are strongly encouraged to include links to these within the body of the article. This can be done in the same way as a figure or table by referring to the video or animation content and noting in the body text where it should be placed. All submitted files should be properly labeled so that they directly relate to the video file's content. In order to ensure that your video or animation material is directly usable, please provide the files in one of our recommended file formats with a preferred maximum size of 50 MB. Video and animation files supplied will be published online in the electronic 125 version of your article in Elsevier Web products, including ScienceDirect: http://www.sciencedirect.com. Please supply 'stills' with your files: you can choose any frame from the video or animation or make a separate image. These will be used instead of standard icons and will personalize the link to your video data. For more detailed instructions please visit our video instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Note: since video and animation cannot be embedded in the print version of the journal, please provide text for both the electronic and the print version for the portions of the article that refer to this content. AudioSlides The journal encourages authors to create an AudioSlides presentation with their published article. AudioSlides are brief, webinar-style presentations that are shown next to the online article on ScienceDirect. This gives authors the opportunity to summarize their research in their own words and to help readers understand what the paper is about. More information and examples are available at http://www.elsevier.com/audioslides. Authors of this journal will automatically receive an invitation e-mail to create an AudioSlides presentation after acceptance of their paper. Supplementary data Elsevier accepts electronic supplementary material to support and enhance your scientific research. Supplementary files offer the author additional possibilities to publish supporting applications, high-resolution images, background datasets, sound clips and more. Supplementary files supplied will be published online alongside the electronic version of your article in Elsevier Web products, including ScienceDirect: http://www.sciencedirect.com. In order to ensure that your submitted material is directly usable, please provide the data in one of our recommended file formats. Authors should submit the material in electronic format together with the article and supply a concise and descriptive caption for each file. For more detailed instructions please visit our artwork instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Submission checklist The following list will be useful during the final checking of an article prior to sending 126 it to the journal for review. Please consult this Guide for Authors for further details of any item. Ensure that the following items are present: One author has been designated as the corresponding author with contact details: • E-mail address • Full postal address • Telephone All necessary files have been uploaded, and contain: • Keywords • All figure captions • All tables (including title, description, footnotes) Further considerations • Manuscript has been 'spell-checked' and 'grammar-checked' • All references mentioned in the Reference list are cited in the text, and vice versa • Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including the Web) • Color figures are clearly marked as being intended for color reproduction on the Web (free of charge) and in print, or to be reproduced in color on the Web (free of charge) and in black-and-white in print • If only color on the Web is required, black-and-white versions of the figures are also supplied for printing purposes For any further information please visit our customer support site at http://support.elsevier.com. 127 Anexo 2 Instruções para os autores – Brazilian Journal of Physical Tharapy INSTRUCTIONS TO AUTHORS Manuscript form and presentation 128 The BJPT accepts the submission of manuscripts with up to 3,500 words (excluding title page, abstract, references, tables, figures, and legends). Information contained in appendices will be included in the total number of words allowed. The manuscript must be written preferably in English. Whenever the quality of the English writing hinders the analysis and assessment of the content, the authors will be informed. It is recommended that manuscripts submitted in English be accompanied by certification of revision by a professional editing and proofreading service. This certification must be included in the submission. We recommend the following services, not excluding others: • American Journal Experts (www.journalexperts.com); • Scribendi (www.scribendi.com); • Nature Publishing Groups Language Editing (https://languageediting.nature.com/login). The manuscript must include a title and identification page, the abstract, and keywords before the body of the manuscript. References, tables, and figures and appendices should be inserted at the end of the manuscript. Title and identification page The title of the manuscript must not exceed 25 words and must include as much information about the study as possible. Ideally, the terms used in the title should not appear in the list of keywords. The identification page must also contain the following details: Full title and short title of up to 45 characters to be used as a legend on the printed pages; Author: author's first and last name in capital letters without title followed by a superscript number (exponent) identifying the institutional affiliation (department, institution, city, state, country). For more than one author, separate using commas; Corresponding author: name, full address, email, and telephone number of the corresponding author who is authorized to approve editorial revisions and provide additional information if needed. Keywords: up to six indexing terms or keywords in Portuguese and English. Abstract The abstract must be written in a structured format. A concise presentation not exceeding 250 words in a single paragraph, in English, must be written and inserted 129 immediately after the title page. Do not include references, footnotes or undefined abbreviations. Introduction This part of the manuscript should give information on the subject of investigation, how it relates to other studies in the same field, and the reasons that justify the need for the study, as well as specific objective(s) of the study and hypotheses, if applicable. Method Clear and detailed description of the study participants and the procedures of data collection, transformation/reduction, and data analysis in order to allow reproducibility of the study. The participant selection and allocation process must be organized in a flowchart containing the number of participants in each phase as well as their main characteristics (see model of CONSORT flow diagram). Whenever relevant to the type of study, the author should include the calculation that adequately justifies the sample size for investigation of the intervention effects. All of the information needed to estimate and justify the sample size used in the study must be clearly stated. Results The results should be presented briefly and concisely. Pertinent results must be reported with the use of text and/or tables and/or figures. Data included in tables and figures must not be duplicated in the text. Discussion The purpose of the discussion is to interpret the results and to relate them to existing and available knowledge, especially the knowledge already presented in the Introduction. Be cautious when emphasizing recent findings. The data presented in the Methods and/or in the Results sections should not be repeated. Study limitations, implications, and clinical application to the areas of physical therapy and rehabilitation sciences must be described. References The recommended number of references is 30, except for literature reviews. Avoid references that are not available internationally, such as theses and dissertations, unpublished results and articles, and personal communication. References should be organized in numerical order of first appearance in the text, following the Uniform 130 Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals prepared by theICMJE. Journal titles should be written in abbreviated form, according to the List of Journals of Index Medicus. Citations should be included in the text as superscript (exponent) numbers without dates. The accuracy of the references appearing in the manuscript and their correct citation in the text are the responsibility of the author(s). Examples: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. Tables, Figures, and Appendices A total of five (5) combined tables and figures is allowed. Appendices must be included in the number of words allowed in the manuscript. In the case of previously published tables, figures, and appendices, the authors must provide a signed permission from the author or editor at the time of submission. For articles submitted in Portuguese, the English version of the tables, figures, and appendices and their respective legends must be attached in the system as a supplementary document. Tables: these must include only indispensable data and must not be excessively long (maximum allowed: one A4 page with double spacing). They should be numbered consecutively using Arabic numerals and should be inserted at the end of the text. Small tables that can be described in the text are not recommended. Simple results are best presented in a phrase rather than a table. Figures: these must be cited and numbered consecutively using Arabic numerals in the order in which they appear in the text. The information in the figures must not repeat data described in tables or in the text. The title and legend(s) should explain the figure without the need to refer to the text. All legends must be double-spaced, and all symbols and abbreviations must be defined. Use uppercase letters (A, B, C, etc.) to identify the individual parts of multiple figures. If possible, all symbols should appear in the legends. However, symbols identifying curves in a graph can be included in the body of the figure, provided this does not hinder the analysis of the data. Figures in color will only be published in the online version. With regard to the final artwork, all figures must be in high resolution or in its original version. Low-quality figures may result in delays in the acceptance and publication of the article. 131 Acknowledgements: these must include statements of important contributions specifying their nature. The authors are responsible for obtaining the authorization of individuals/institutions named in the acknowledgements. 132