Bem-vindos - Odebrecht Informa
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Bem-vindos - Odebrecht Informa
ODEBRECHT #147 • ano XXXVII • mar/abr 2010 I N F O R M A Bem-vindos A história da aquisição da Quattor e da Sunoco pela Braskem américo vermelho hoje Rio de Janeiro acervo odebrecht O campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Aeroporto Internacional Maestro Antonio Carlos Jobim – Galeão são obras que simbolizam uma época de grande desenvolvimento para o Rio de Janeiro e o Brasil. São motivos de orgulho para uma cidade que ocupa lugar cativo no coração de todos os brasileiros, lugar de “encantos mil”, como diz a letra da canção de André Filho, e que, no dia 1º de março, completou 445 anos de fundação. 04 Com 5 mil integrantes de 35 nacionalidades, Odebrecht Líbia tem como grande desafio a manutenção da unidade cultural 07 Curso de formação de operadores agrícolas prepara profissionais multifuncionais e capacitados para a preservação ambiental 08 ETH e Brenco combinam seus ativos e formam a maior produtora mundial de bioenergia a partir da cana-de-açúcar 09 Arrecadação da campanha de 2009 permitirá ao Programa Tributo ao Futuro beneficiar 8 mil pessoas com 12 projetos 10 Projeto CCR é o maior investimento realizado na Argentina nos últimos 10 anos no segmento de refino de petróleo 14 Resultado da primeira PPP no setor de saneamento no Brasil, obra do emissário submarino de Salvador chega à reta final 16 Projeto viário Corredor Duarte vai solucionar problemas de tráfego no centro de Santo Domingo 19 Fundação Odebrecht completa 45 anos reafirmando seu compromisso de contribuir para o fortalecimento das famílias 20 Com a aquisição da Quattor e da Sunoco, a Braskem passa da 12ª para a oitava posição no ranking da petroquímica mundial 26 Na Reunião Anual 2009, líderes da Odebrecht analisam conquistas e projetam o futuro da Organização 30 Comunidades de Conhecimento da Odebrecht se consolidam como fórum permanente de discussão e intercâmbio 32 Um programa de TV protagonizado pelos integrantes do canteiro de obras está entre os vencedores do Prêmio Destaque 2009 34 Em Salvador, 161 integrantes recebem medalhas por seus 25 anos de trabalho na Odebrecht 38 Dragagem do canal de acesso vai possibilitar ao porto de Rio Grande assumir um papel ainda mais estratégico no Mercosul 40 Metrô do Rio de Janeiro inaugura sua primeira estação em Ipanema, atendendo mais 80 mil passageiros/dia 42 Chegam ao Polo de Triunfo, via porto de Rio Grande, os equipamentos da planta de eteno verde da Braskem 44 OOG mescla jovens profissionais e integrantes experientes para crescer em um setor marcado pelos avanços tecnológicos 46 O Escola em Ação, projeto com base no voluntariado, está sendo ampliado em Macaé (RJ) ODEBRECHT INFORMA Ana Paula Bezerra de Araújo e Maurício Ostroer, integrantes da Quattor. Foto de Edu Simões seções 03 12 24 25 35 48 giro entrevista perfil gente notas da redação argumento 02 Crescimento industrial Esta edição de Odebrecht Informa estava prevista para ter 32 páginas, mas a grande quantidade de realizações das equipes da Odebrecht, ocorrida nos últimos dois meses, levou à sua ampliação para 48 páginas, de maneira que pudéssemos fazer chegar aos nossos leitores reportagens sobre tudo o que de mais relevante aconteceu no período. O crescimento da Organização vem se dando de forma orgânica em seus diversos negócios. No último bimestre, porém, foi no setor industrial que os fatos mais repercutiram. As aquisições da Quattor Petroquímica, no Brasil, em aliança com a Petrobras, e da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, foram as principais novidades. Voltadas para tornar a indústria petroquímica brasileira uma das mais fortes do mundo, as aquisições fizeram com que a Braskem, criada em 2002, saísse da terceira para a primeira posição em produção de resinas termoplásticas nas Américas e, no ranking global da petroquímica, passasse do 12º para o oitavo posto. As notícias sobre investimentos relevantes no setor industrial se estenderam também à ETH Bioenergia. A empresa de bioenergia da Odebrecht e a Brenco – Companhia Brasileira de Energia Renovável anunciaram a combinação de seus ativos, o que resultou na formação da maior produtora mundial de etanol e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar. Os fatos confirmam a consolidação da presença da Odebrecht no setor industrial. Embora originária do setor de serviços, a Organização vem, desde que ingressou no setor petroquímico, em 1979, crescendo com vigor na indústria. Este crescimento se potencializou na última década, com a formação da Braskem, em 2002, e a criação da ETH, em 2007. Durante a Reunião Anual da Odebrecht (também assunto desta edição de Odebrecht Informa), realizada em dezembro de 2009, Marcelo Odebrecht, DiretorPresidente da Odebrecht S.A., apresentou a Visão 2020 da Organização. As aquisições da Quattor e da Sunoco e a fusão de ativos da ETH e da Brenco contribuem decisivamente para que a década que se inicia seja muito promissora. ODEBRECHT Fundada em 1944, a Odebrecht é uma organização brasileira composta de negócios diversificados, com atuação e padrão de qualidade globais. Seus 92 mil integrantes estão presentes nas três Américas, na África, na Ásia e na Europa. www.odebrechtonline.com.br Videorreportagem > Obras no mar para o Emissário Submarino de Salvador > Programas sociais em São Roque do Paraguaçu > Caia na Rede: inclusão digital de trabalhadores e comunidades > ETBE, o bioaditivo que gera ganhos ambientais Acervos online > Acesse os números anteriores de Odebrecht Informa, dos Relatórios Anuais da Odebrecht S.A. desde 2002, e de publicações especiais (Edição Especial sobre Ações Sociais, 60 anos da Organização Odebrecht, 40 anos da Fundação Odebrecht e 10 anos da Odeprev) Responsável por Comunicação Empresarial na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro Responsável por Programas Editoriais na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez Coordenadores nas Áreas de Negócios Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias • Coordenadora na Fundação odebrecht Vivian Barbosa Coordenação Editorial Versal Editores Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho • Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti • Infografia Adilson Secco • Ilustração Gilberto Marchi Tiragem 8.100 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466 email: versal@versal.com.br 03 Acervo odebrecht Capacitação de equipes em Moçambique Terminal marítimo concluído no Peru Iniciada em agosto de 2006, a construção do Terminal Marítimo da Planta de Exportação de GNL (gás natural líquido) da Perú LNG, entre as províncias de Chincha e Cañete, no Peru, foi concluída em março. Com o terminal, executado pelo Consórcio CDB Melchorita (formado por Odebrecht, ENI, Saipem e Jan de Nul), o Peru passa a ser exportador de gás. Localizado 170 km ao sul de Lima, o terminal teve sua construção realizada por 2 mil trabalhadores; poderá produzir 4,4 milhões de t de GNL por ano e receber navios capazes de transportar até 170 mil m3 de gás. O primeiro navio carregado de GNL deverá sair do porto no início de junho de 2010. Líderes angolanos em formação Uma parceria entre a Odebrecht e o Governo de Angola, firmada em 2007, permitiu a 10 jovens angolanos cursarem as faculdades de Engenharia Civil e Arquitetura na Universidade Salvador (Unifacs), na Bahia. O objetivo da Odebrecht com essa parceria é formar integrantes estratégicos naturais de Angola para atuar naquele país. Em 14 de janeiro, na sede da Odebrecht Angola, em Luanda, os estudantes conheceram a atuação global da Organização e as operações da empresa no país; conversaram com integrantes do programa de Pessoas e Organização, relataram suas experiências no Brasil e expuseram suas expectativas. Os universitários deverão finalizar os cursos entre 2011 e 2012, quando ingressarão na Odebrecht Angola. Dois jovens já fazem estágio obrigatório na empresa. A primeira turma de operadores de equipamentos móveis do Projeto Carvão Moatize, em Moçambique, recebeu certificação em dezembro. Oitenta integrantes foram aprovados para a operação de equipamentos móveis como pá carregadeira, escavadeira hidráulica e motoniveladora. O trabalho de qualificação que resultou na certificação teve como objetivo melhorar o desempenho dos trabalhadores e possibilitar uma operação mais segura e eficiente. “O sentimento de reconhecimento e valorização profissional dominou o ambiente na entrega dos certificados”, diz Paulo Avena, Responsável por Pessoas da Odebrecht em Moçambique. “Estamos mais motivados”, afirma Salvador Mulaphiha, Operador de Retroescavadeira. reprodução Livro é lançado na Venezuela A Odebrecht Venezuela lançou em dezembro o livro Los Wayuu – Na Wayuukana, sobre a história e a realidade atual de um dos maiores povos indígenas do país, os wayuus. A obra tem texto em espanhol e wayuunaiki (idioma dos wayuus) de autoria do educador, escritor e tradutor Jorge Enrique Pocaterra González. Pela primeira vez, a Odebrecht publica um livro em língua indígena. As fotos são de Américo Vermelho e Andrés Manner. Os wayuus formam a maioria dos beneficiários do Projeto Agrário Socialista Planície de Maracaibo, ampliação do Projeto de Irrigação El Diluvio-Palmar, executado pela Odebrecht na região de Maracaibo. “Nossa proposta era produzir um registro etnográfico de alta qualidade informativa e estética. Creio que conseguimos”, diz José Cláudio Daltro, Responsável por Planejamento, Administração e Finanças na Odebrecht Venezuela, coordenador geral do projeto do livro. 04 líbia Uma cultura que é idioma universal odebrecht informa Na Líbia, Odebrecht vive o desafio de manter a unidade cultural entre seus 5 mil integrantes de 35 nacionalidades texto Leonardo Maia / fotos Américo Vermelho Com apenas três anos de atuação na Líbia, a Odebrecht tem nesta nação árabe sua verdadeira Torre de Babel. São mais de 5 mil integrantes de 35 nacionalidades, em dois dos maiores projetos de infraestrutura do país: a ampliação do Aeroporto Internacional de Trípoli e o Terceiro Anel Viário da mesma cidade. Com integrantes vindos dos cinco continentes, muitos deles de fora da Organização, a Odebrecht Líbia cria oportunidade para a formação de uma nova geração. Manter a unidade cultural em um ambiente novo é o grande desafio. No momento da mobilização para a Líbia, a Odebrecht decidiu apostar na diversidade e nos jovens. Atualmente, 87 expatriados com até 30 anos enfrentam seus primeiros desafios na África. Eles vêm de 13 países diferentes, 40% deles estão em sua primeira experiência na Organização e praticamente todos nasceram em países não muçulmanos. Eles se juntam a profissionais mais maduros vindos de países tão diversos como Canadá, Vietnã, Equador e Egito. “A Líbia é um grande laboratório de formação da nova geração, conta com o apoio de Pessoas de Conhecimento ocupando cargos de liderança. O ambiente reúne muitos elementos necessários para o rápido crescimento pessoal e profissional dos jovens”, explica Daniel Villar, DiretorSuperintendente da Odebrecht na Líbia. O jovem engenheiro gaúcho Alexandre Del Sálvio, que está em Trípoli desde o início da operação, concorda: “As coisas aqui acontecem numa velocidade maior. O amadurecimento é acelerado; um ano na Líbia vale como três ou quatro no Brasil”. A esposa de Alexandre, Janaíne, que trabalha na área de Pessoas e Organização do Terceiro Anel Viário, já se considera adaptada à cultura líbia, mas não deixa de listar os desafios. Entre as 35 nacionalidades da Odebrecht na Líbia, a mais numerosa é a tailandesa (mais de 1.800 pessoas), seguida da líbia e da vietnamita. Na página ao lado, Alexandre Del Sálvio entre suas companheiras de trabalho Khiria Mohamed (à esquerda) e Ebtihal Salem, no canteiro de obras do Terceiro Anel Viário de Trípoli; ao lado, Sara Fathi Omar, Janaíne Del Sálvio, Kholod Mohamed Bajagni e Farida Kadah: investimento na diversidade odebrecht informa No mundo árabe é comum que grande parte do pessoal operacional venha de outros países. Para as funções de nível técnico e universitário, a Odebrecht prioriza os árabes da região. Para o líbio, recusar a comida oferecida é desfeita. E durante o período do jejum conhecido como Ramadã, o ocidental deve evitar comer na frente dos árabes. O iraquiano Hussein Al Khashab (de jaqueta verde) entre companheiros de trabalho: "Em alguns momentos, confundo brasileiros com árabes" “O conceito de diversão é diferente. Aqui a bebida alcoólica é proibida, não há boates, grandes shoppings, shows. É também estranho trabalhar aos sábados e domingos e ter apenas a folga da sexta”, diz ela, que já sofreu algumas provocações por andar na rua sem lenço na cabeça. “Temos de respeitar a cultura e não sair de saia curta, por exemplo. Se alguém usasse burca em Passo Fundo, todos iriam estranhar também.” Para o iraquiano Hussein Al Khashab, que entrou na Odebrecht em 2003 e já passou pelo Emirados Árabes e Djibuti, os brasileiros se adaptam de maneira rápida. “Não posso ignorar que alguns têm dificuldade por conta da língua, mas a influência da imigração árabe no Brasil ajuda. Em alguns momentos, confundo os brasileiros com os árabes, eles se parecem bastante.” Fadel Eswedi, de 28 anos, que atua na obra do Aeroporto, também aposta numa adaptação rápida: “Eu acredito que a conversa é a melhor maneira de entender a cultura do outro. Os brasileiros são interessados e perguntam sobre tudo”. A disseminação dos conceitos e valores da Tecnologia Empresarial odebrecht informa Odebrecht (TEO) vem sendo bastante desafiadora na Líbia por conta dos muitos integrantes recém-contratados. A busca da unidade cultural passa por programas como o de Introdução à Cultura Odebrecht e o Rotas do Conhecimento, que já tiveram a participação de mais de 350 expatriados. Antes de chegar, o estrangeiro também recebe amplo material sobre a Líbia. O plano agora é fazer com que a TEO chegue mais facilmente aos integrantes locais. “Os líbios que são líderes e falam inglês participam dos mesmos programas de desenvolvimento dos expatriados e têm se integrado de forma natural e positiva. Já nos níveis médio e operacional, nos quais o idioma árabe é necessário, estamos capacitando um integrante local para nos ajudar a transmitir a TEO”, conta Ciro Barbosa, Responsável por Planejamento, Administração e Finanças. Com a experiência de quem já participou de programas de desenvolvimento em Djibuti, Hussein Al Khashab acredita que iniciativas desse tipo são importantes. “A Odebrecht possui um ambiente único e valores que poucas companhias têm. Na nossa empresa não se olha apenas a habilidade e experiência do indivíduo, mas também a sua cultura.” Alexandre Del Sálvio, que participou do Programa de Introdução à Cultura em 2008, acredita que a TEO está se disseminando. “Integrantes com anos de experiência vêm sendo mobilizados e hoje vemos a TEO na prática. Um dos pontos que mais me chamam a atenção é a identificação do substituto. É uma mentalidade diferente, de investimento em pessoas mais novas”, ressalta. Um desafio talvez ainda maior seja influenciar os líbios a assumirem um plano de vida e carreira na empresa. Na cultura local, o trabalho ainda é, para muitos, apenas a quarta prioridade, atrás da religião, da família e dos amigos. Alguns, como Fadel Eswedi, já dão a entender que algo está mudando. “Se eu recebesse uma proposta de outra empresa, pensaria bastante. Sinto, porém, que na Odebrecht tenho mais oportunidades. Aprendi a liderar e a conviver com culturas diferentes. Projetos grandes como o do Aeroporto não são comuns na Líbia; preciso aproveitar.” qualificação Garra para vencer 07 Rony Wilton: "Somos treinados para liderar" Curso de formação de operadores de equipamentos agrícolas abre oportunidades de crescimento a profissionais do setor de etanol e açúcar texto Guilherme Oliveira / foto Sérgio Alberti “Ainda vou operar uma máquina dessas”, pensou Rony Wilton Santana ao deparar com uma colhedora de cana-de-açúcar em seu primeiro dia de trabalho, em maio de 2008. Ele estava trabalhando no plantio manual de cana da Unidade Santa Luzia da ETH Bioenergia, em Nova Alvorada do Sul (MS). Após sete meses, foi indicado para operar uma plantadeira. “Ouvia sobre cursos e vagas e trabalhei duro para ser visto”, relembra. Em janeiro de 2010, Rony se tornou um dos 206 alunos do Curso de Formação de Operadores Agrícolas, oferecido pela ETH Bioenergia. Quinhentas horas de aula, em cinco meses, o levarão ao cargo de Operador de Colhedora da Unidade Santa Luzia. Cerca de R$ 150 mil foram investidos no programa, que dispõe de turmas de formação de tratoristas e de operadores de plantadeiras e colhedoras. “Serão profissionais diferenciados, multifuncionais e preocupados com segurança e meio ambiente. Eles têm aulas não apenas sobre a operação, mas também sobre a mecânica das máquinas”, diz Luiz Antonio Borges, Gerente Agrícola da Unidade. O curso abrange diversas áreas, do plantio à colheita da cana-de-açúcar. “Investimentos como esse são fundamentais para acompanhar o nosso ritmo de crescimento e nos tornar cada vez mais competitivos”, enfatiza Luiz Antonio. “O curso é complexo, motiva e desafia as pessoas. É uma grande oportunidade para os alunos e traz benefícios para a empresa, como redução de custos de manutenção e conscientização para prevenção de acidentes”, acrescenta. Na Unidade Rio Claro, em Caçu (GO), mais 40 alunos participam de um curso nos mesmos moldes. Este é apenas o começo do calendário de programas de desenvolvimento da empresa, que em 2009 capacitou 1.170 integrantes em cursos de Formação de Operadores Agrícolas, Operadores Industriais e Mantenedores. Rony Wilton já planeja os próximos passos. “Seremos mais qualificados e poderemos transitar em diferentes áreas. Temos uma carreira e somos treinados para liderar”, vislumbra o aluno que, em junho, colherá o que plantou em 2008. odebrecht informa bioenergia Acervo odebrecht 8 08 Philippe Reichstul, Presidente da Brenco (à esquerda), e José Carlos Grubisich: otimismo e preparação para grandes desafios Liderança mundial Combinação de ativos da ETH e da Brenco resulta no surgimento da maior produtora de etanol e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar do mundo texto Miucha Andrade O dia 18 de fevereiro, uma quintafeira, entrou para a história da ETH Bioenergia. Depois de muitas negociações e de quatro meses da assinatura de um memorando de entendimentos, a ETH e a Brenco – Companhia Brasileira de Energia Renovável anunciaram a combinação de seus ativos, resultando na formação da maior produtora mundial de etanol e energia elétrica a partir da biomassa (cana-deaçúcar). Em 2012, a ETH terá capacidade de produzir 3 bilhões de l de etanol. Serão gerados também 2.700 GWh de energia elétrica, o equivalente ao consumo da Paraíba, com 216 municípios e 3 milhões de pessoas atendidas. Com investimento total de R$ 7,3 bilhões, a nova empresa atingirá a marca de 10 mil integrantes odebrecht informa em 2012, um aumento de 2.400 pessoas em relação ao efetivo de 2010. No acordo, a Odebrecht S.A., em associação com a Sojitz, passa a deter 65% do capital da ETH Bioenergia, e os acionistas da Brenco participam com 35%. Antes do anúncio oficial para a imprensa, todos os integrantes da ETH receberam uma carta e um vídeo com uma mensagem de José Carlos Grubisich, Líder Empresarial da ETH: “É uma ocasião de celebração e de alegria para todos nós. Esse processo acelera nosso plano de crescimento e nos consolida no mercado com novos desafios”. O tom otimista do depoimento demonstra que muito trabalho vem pela frente: a prioridade de inaugurar duas unidades ainda em 2010 e mais duas em 2011, em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cumprindo prazos e custos estabelecidos. As dúvidas sobre os próximos passos da integração foram respondidas em um evento realizado no próprio dia 18 de fevereiro, para líderes de ambas as empresas. O recado foi claro: “Vamos começar a trabalhar juntos a partir de amanhã. Se precisarem tomar uma decisão, tomem-na e não esperem, porque não há tempo a perder”, disse José Carlos, acrescentando um agradecimento final: “Queria agradecer o empenho, a determinação e o investimento de tempo e energia de vocês. Só conseguimos completar esta operação porque vocês realizaram um trabalho excepcional e mostraram a qualidade da nossa gestão e dos nossos ativos”. responsabilidade social 09 Para que os sonhos se realizem Crescimento das contribuições ao Programa Tributo ao Futuro permitirá a realização de 12 projetos que beneficiarão mais de 8 mil pessoas texto Gabriela Vasconcellos / foto Diego Costa Assim foi o desempenho do Programa Tributo ao Futuro em sua última campanha, realizada ao longo de 2009: 1.620 investidores e R$ 2.374.765,62 captados. Este valor permitirá a realização de 12 projetos, que beneficiarão 8.243 pessoas. O aumento da participação dos integrantes da Organização foi o destaque no ano (veja quadro). Miguel Gradin, Líder Empresarial da Odebrecht Óleo e Gás (OOG), é enfático: “O líder deve conscientizar os liderados de que a responsabilidade social é uma missão de todos, em linha com a nossa cultura”. Paul Altit, Líder Empresarial da Odebrecht Realizações (OR), acredita que ações como a contribuição ao Tributo ao Futuro devem compor o plano de vida e carreira dos integran- tes. “Se temos a Fundação Odebrecht preparada para identificar projetos para os quais possamos contribuir, então temos uma oportunidade única. O Tributo ao Futuro é uma alternativa eficaz de alinharmos as nossas responsabilidades profissionais às responsabilidades pessoais de contribuição à melhoria da qualidade de vida de pessoas carentes no nosso país.” O diferencial qualitativo do programa, na opinião de Luis Fernando Cassinelli, Diretor de Tecnologia e Inovação da Braskem, é sua organização. “Já vi diversas iniciativas para melhorar o acesso à educação de comunidades carentes, mas nunca uma tão disciplinada e com resultados expressivos.” Em 2009, o Consórcio Conpar, que realiza a ampliação e modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, destacou-se, com 356 investidores. Antônio Costa, Diretor de Contrato da Odebrecht no projeto, observa: “Chegamos a esse resultado pelo envolvimento e a conscientização de todos, pela importância do programa e pelo espírito de apoio social presente em nossa equipe”. Clovis Faleiro, coordenador do programa, acredita que a estratégia adotada para o Tributo ao Futuro assegura capilaridade às ações. “Os líderes e integrantes perceberam os resultados e se apropriaram do programa. Isso explica o número de investidores e sinaliza que ainda há muito a ser feito.” Conheça os projetos que serão apoiados em 2010 acessando www.tributoaofuturo.org.br Jovens que participam de programas apoiados pela Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia odebrecht informa 10 retranca argentina Complexo Industrial Ensenada, em La Plata, onde será erguida a planta de CCR da YPF: combustível mais limpo Referência nacional Planta da YPF em construção em La Plata é resultado do maior investimento na área de refino de petróleo nos últimos 10 anos texto Cláudio Lovato Filho / fotos Guilherme Afonso O setor petroquímico argentino vive um momento especial. Está em execução no país a primeira planta de Reformado Catalítico Contínuo (CCR, na sigla em inglês). Nela, excedentes exportáveis de nafta, de baixo valor, serão transformados em combustíveis de maior qualidade, que têm demanda crescente na Argentina. A planta está sendo construída para a YPF S.A. no seu Complexo Industrial Ensenada, na cidade de La Plata, localizada a 60 km de Buenos Aires. A nova planta trará vantagens para o mercado, mas também para o meio ambiente, ao possibilitar a produção de um combustível mais limpo. A unidade, que estará pronta em julho de 2012, absorverá o maior investimento no segmento de refino de petróleo na Argentina nos últimos 10 anos: US$ 348 milhões. Produzirá 200 mil t/ano de compostos aromáticos, que serão adicionados à nafta. Com isso, a produção de nafta super e premium será acrescida em 900 milhões de l/ano. A Odebrecht, que executa a obra, iniciada em novembro de 2009, realiza neste momento o detalhamento de engenharia, em Buenos Aires e em São Paulo, e a gestão "Esta obra cria uma referência no país" odebrecht informa do procurement dos equipamentos em âmbito global, enquanto em La Plata é feito o levantamento topográfico. Em Buenos Aires, integrantes da Odebrecht e da YPF compartilham o mesmo escritório. Mais do que isso: trabalham como uma só equipe. “Esta obra cria uma referência no país”, diz Pablo Brottier, Diretor de Contrato da Odebrecht. “A nova unidade permitirá aumentar a quantidade e a qualidade do combustível. Acreditamos que ela também será um incentivo para outras empresas do setor, que terão de acompanhar a liderança da YPF.” [ P ablo B rottier ] Natural de Mendoza, terra dos melhores vinhos argentinos, o engenheiro civil Pablo Brottier está há três anos na Odebrecht. Sua relação com a empresa começou quando ele morava em São Paulo. Sente-se satisfeito e motivado por ter recebido a oportunidade de trabalhar em uma empresa na qual se sente em casa e participar de um projeto importante para o crescimento da Argentina. Em janeiro passado, Pablo pôde rever São Paulo e participar de um evento de grande valia para a execução da planta de CCR. Em um workshop promovido especificamente para o empreendimento e organizado pela Odebrecht, com mais de 40 participantes, profissionais da empresa que atuam no Brasil, em projetos similares ao da planta de CCR, trocaram informações e experiências com integrantes da Odebrecht Argentina e da YPF. O evento durou um dia e foi enriquecido com uma visita às obras da Odebrecht na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), e na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). “Foi um momento de grande sinergia, que vai possibilitar-nos usar as experiências da Odebrecht para fazer eventuais melhorias no projeto”, salienta Pablo Brottier. Um dos participantes do workshop foi o engenheiro elétrico Marcelo Broccoli, Gerente de Projetos e Construções da Direção de Engenharia da YPF. Ao lado de Pablo, ele lidera a implantação da nova unidade, com desafios como a montagem de estruturas gigantescas (veja infográfico) em La Plata: cidade a 60 km de Buenos Aires tem 550 mil habitantes um complexo industrial em pleno funcionamento e no qual o espaço é reduzido, além da realização de intervenções em outras cinco plantas, para as interconexões. “Temos aqui uma equipe integrada, com um objetivo comum e cujas competências se complementam. Vamos fazer do projeto da planta de CCR um modelo para a Argentina.” os Destaques da nova unidade Os principais equipamentos da planta de CCR são: dois compressores centrífugos de 11 MW, um forno de quatro câmaras com capacidade de 35 milhões de Kcal/h, um módulo de regeneração, PSA (unidade de purificação do hidrogênio produzido), um reator e um intercambiador de calor de placas. O projeto se complementa com um flare de 115 m de altura e com intervenções nas unidades existentes a serem modificadas: Unidade de Hidrotratamento de Naftas, Unidade de Extração de Aromáticos e Unidade de Fracionamento de Aromáticos, com suas interconexões. A planta terá capacidade para produzir 120 m3/h de reformado (usado para aumentar a octanagem da gasolina) e 1.000 lb/h de regeneração catalítica (para purificação do hidrogênio). odebrecht informa 12 entrevista Odebrecht Informa – Como tem sido a vida de barrageiro? José Bonifácio Pinto Júnior – É uma vida de cigano, mas gratificante, pois vejo, do início ao fim de cada hidrelétrica, os frutos do trabalho de uma grande equipe. Atuei em obras em vários estados antes de voltar a Rondônia para implantar Santo Antônio, que é a maior de que já participei. Na década de 1980, participei da construção da Hidrelétrica de Samuel, no Rio Jamari, afluente do Rio Madeira, perto de Porto Velho. Minha esposa, Luce, é de Guajará-Mirim, em Rondônia. Tenho duas filhas, Alessandra e Rebeca. A mais velha, Alessandra, administradora de empresas, nasceu em Porto Velho. Rebeca nasceu em Guayaquil, no Equador, quando eu trabalhava no projeto de irrigação Chagón Cerecita. O realizador O engenheiro pernambucano José Bonifácio Pinto Júnior já montou acampamento em vários pontos do Brasil e hoje comanda um exército de mais de 10 mil trabalhadores na construção da Hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho. Bonifácio completou em janeiro 33 anos na Organização. Diretor-Superintendente da Odebrecht e Responsável pela Implantação da usina, recebeu em 22 de dezembro, do Governador Ivo Cassol, a Medalha Ordem do Mérito Marechal Rondon, em reconhecimento a seu trabalho e à atuação da empresa para o bem de Rondônia. Energia, trabalho, desenvolvimento e qualidade de vida são conquistas que a usina proporciona e proporcionará à região. Bonifácio vê na homenagem que recebeu um reflexo do apoio da comunidade local à obra – um dos objetivos da Odebrecht desde os primeiros movimentos relacionados ao projeto. texto Luiz Carlos Ramos / foto Roberto Rosa odebrecht informa OI – Como é hoje sua relação com Porto Velho? Bonifácio – É de presença e atenção constantes. Vivo entre três cidades: acompanho as obras de Santo Antônio, tenho escritório no Rio de Janeiro e passo os fins de semana com a família em Belo Horizonte. E ainda estou ligado a Recife, sim: no futebol, torço pelo Náutico, infelizmente rebaixado para a Série B do Brasileiro, mas, temos certeza, trata-se de uma situação temporária. OI – Quando você começou a se dedicar ao projeto Santo Antônio? Bonifácio – Foi em 2001, bem antes do início das obras, quando o Brasil enfrentava uma crise de energia elétrica e muita gente ainda duvidava de que fosse válido explorar o potencial dos rios da Amazônia para a produção de energia. Os estudos iniciais apontavam para quatro usinas; foram liberadas duas. Em julho de 2007, saiu a licença ambiental e, em 10 de dezembro, o Consórcio Madeira Energia, liderado pela Odebrecht e por Furnas, ofereceu a menor tarifa média pela energia a ser gerada e venceu o leilão de concessão da Usina Santo Antônio. A empresa Santo Antônio Energia foi constituída para operar a usina por 30 anos. Para a construção, foi contratado o Consórcio Construtor Santo Antônio, liderado pela Odebrecht e formado ainda pelo Consórcio Santo Antônio Civil (Odebrecht e Andrade Gutierrez), pelo Gicom – Grupo Industrial do Complexo do Rio Madeira (Alstom, Bardella, Voith Siemens, Andritz e Areva), encarregado do fornecimento dos equipamentos, e pela Odebrecht Engenharia e Construção, para a montagem eletromecânica. As obras começaram em setembro de 2008 e têm avançado com incrível rapidez. OI – Essa rapidez corresponde às previsões iniciais? Bonifácio – Sim. A previsão é de que a obra esteja pronta, com as 44 turbinas bulbo funcionando, em 2015. Mas, já em dezembro de 2011, será possível a geração de energia pela primeira turbina, de acordo com nosso cronograma de antecipação. OI – Como as obras estão se desenvolvendo? Bonifácio – Estão se desenvolvendo às duas margens, com a priorização da casa de força da margem direita, onde estarão as primeiras turbinas a entrar em operação a partir de dezembro de 2011, e das obras do vertedouro à margem esquerda, que garantirão o desvio do rio a partir de maio de 2011. Além disso, toda a infraestrutura do empreendimento está concluída, destacando-se a cozinha industrial para 21 mil refeições por dia e Centro de "Desde 2001, dialogamos com autoridades, com a população em geral e com os ribeirinhos" [ José Bonifácio ] A Usina Santo Antônio em obras Atendimento ao Trabalhador (CAT), que inclui 15 leitos hospitalares. OI – Como foi possível vencer a resistência inicial às obras? Bonifácio – Com diálogo e um longo trabalho de conscientização dos diversos atores envolvidos no projeto. Desde 2001, nós, da Odebrecht, dialogamos com autoridades, com a população em geral e com os ribeirinhos. Em audiências públicas e reuniões demonstramos que o meio ambiente não sofreria grande impacto com a obra. Como serão utilizadas turbinas do tipo bulbo, a barragem não será alta e, assim, a área a ser alagada terá apenas 217 km2, dos quais 164 km2 serão da própria calha do rio. Oferecemos compensações às famílias moradoras das regiões atingidas pela obra e tratamos de preservar a fauna, a flora e a história locais. OI – A Odebrecht lançou em Porto Velho, em janeiro de 2008, o Programa Acreditar para qualificação de trabalhadores locais. Como vai esse programa? Bonifácio – Tem sido um emocionante sucesso. Dos 10 mil trabalhadores atualmente mobilizados na obra, 83% são provenientes do Acreditar. Ganharam uma nova profissão. Mais de 10% são mulheres. O programa mereceu elogios do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está sendo agora aplicado em canteiros de obra da Odebrecht Brasil afora. OI – E o programa ainda gerou o Acreditar Júnior... Bonifácio – O Acreditar Júnior se destina a adolescentes de 14 a 17 anos, filhos de integrantes do Consórcio Santo Antônio Civil. Mais de 400 garotos já ganharam uniforme, mochila e apostilas e começaram a participar de aulas e treinamentos, com a condição de que estejam pelo menos no sexto ano do ensino básico e não abandonem a escola. Eles recebem meio salário mínimo por mês e fazem um exercício de cidadania. OI – Qual é a principal lição obtida neste projeto e nos outros de que você vem participando há 33 anos? Bonifácio – É a lição do respeito ao ser humano, transmitida pelo Dr. Norberto Odebrecht a todas as gerações da Organização. É a lição da confiança nas pessoas e na sua vontade de servir e de se desenvolver. Lembro-me com emoção de meu ingresso na empresa em 1977, na filial de Recife, como estagiário do quarto ano de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), das lições aprendidas com meus líderes e, particularmente, do saudoso Mestre Claudionor. odebrecht informa 14 saneamento Desafio no mar e na terra Construção do Emissário Submarino da Boca do Rio, em Salvador, chega à reta final com uma operação de alta complexidade texto Rodrigo Vilar fotos Nilton Souza odebrecht informa Uma das mais importantes obras de saneamento básico realizadas em Salvador nas últimas décadas, a construção do Sistema de Disposição Oceânica (SDO) Jaguaribe, pela Odebrecht, chega a sua reta final. Em dezembro, ocorreram o afundamento da última seção da tubulação marítima e a conclusão do trecho terrestre. Mais conhecido como Emissário Submarino da Boca do Rio, o projeto é uma iniciativa do Governo Federal e do Governo da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). É formado por um trecho, em túnel, de 1,3 km (em terra), estação de bombeio, linha de recalque, estação de pré-condicionamento, além do próprio emissário submarino, com 3,6 km de extensão. Essa foi a primeira PPP (parceria público-privada) licitada no setor de saneamento no Brasil. A Foz do Brasil é a concessionária responsável pela operação e exploração do sistema por 15 anos. Apesar de seu porte, a obra, em seus quase dois anos de execução, passou praticamente despercebida pela população. O trecho de terra interferiu muito pouco na rotina da cidade, resultado do tipo de equi- Momento da operação de afundamento do último trecho de tubulação na Baía de Todos os Santos e, na foto menor, detalhe do material utilizado, feito de polietileno de alta densidade pamento utilizado, o pipe jacking, importado da Alemanha e considerado o melhor do mundo para esse tipo de perfuração. O chamado “tatuzão” utiliza um sistema automatizado que perfura o solo com baixíssimo nível de impacto, embutindo automaticamente os tubos de concreto. “Passamos sob avenidas e casas sem interrupção de tráfego e com pouca interferência para as pessoas”, explica Jorge Oke, Responsável por Produção. Desafios não faltaram. Na fase terrestre de perfuração, por exemplo, uma rocha de alta resistência retardou a evolução do equipamento. “Normalmente ele perfura de 50 mm a 80 mm por minuto, mas nessa rocha ficamos entre 8 mm e 10 mm. Com isso, houve demora e o desgaste excessivo de discos de cortes, que precisavam ser trocados constantemente”, relata Roberto Santos, Diretor de Contrato. Mesmo encontrando esse tipo de obstáculo, os 280 integrantes da equipe conseguiram manter o cronograma da obra. “Mesclamos profissionais maduros de primeira qualidade e uma turma nova que chegou com muita capacidade e vontade de aprender”, diz Roberto. O afundamento no mar do último trecho – de um total de quatro – da tubulação de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) foi uma operação complexa. Os tubos foram fabricados e montados na Baía de Aratu, dentro da Baía de Todos os Santos, onde eram pressurizados e depois transportados como uma grande boia tubular de 900 m. A viagem dura 24 horas em média, percorrendo 52 km, num trabalho coordenado que envolve de seis a oito rebocadores e até cinco embarcações de apoio, e que só pode ser feito em períodos específicos, com condições apropriadas de mar e vento. Com a experiência acumulada em mais de cinco emissários submarinos, Roberto Santos observa: “Na água, a gente tem de respeitar o meu amigo Netuno, chamar o mar de senhor e não querer ser melhor do que ele. Se ele disser que não se deve trabalhar, não se trabalha. Felizmente concluímos a operação com êxito”. Com o início da operação do emissário previsto para abril, a capacidade de esgotamento sanitário de Salvador e do município de Lauro de Freitas, na região metropolitana da capital da Bahia, chegará a 90%, segundo dados da Embasa. Isso garantirá a Salvador a permanência entre as cidades de melhor índice de saneamento no Brasil. “As iniciativas de formatação de parcerias público-privadas devem ser antecedidas de avaliações amplas sobre a prioridade e a necessidade da obra, ou da conveniência de ser executada por meio de PPP. É importante saber que temos a possibilidade de contar com a Foz do Brasil, sobretudo após a experiência positiva que estamos tendo com o SDO Jaguaribe”, ressalta Abelardo de Oliveira Filho, Diretor-Presidente da Embasa. Segundo Raul Ribeiro, Diretor da Foz do Brasil-Jaguaribe, empresa responsável pela operação do sistema, “a parceria transformará experiência e complementaridade de competências das gestões pública e privada em benefícios para a comunidade”. odebrecht informa 16 república dominicana Dias contados para os tapones Sistema viário Corredor Duarte vai reduzir os engarrafamentos no centro de Santo Domingo texto Humberto Werneck / fotos Holanda Cavalcanti Dono de uma van que lhe garante o sustento, Daniel de los Santos mora a 14 km do centro de Santo Domingo. Na tranquilidade de um fim de semana, esse percurso não lhe toma mais que 20 minutos. Em dias úteis, porém, a viagem dura 1h30. A culpa, ele explica, é dos tapones, os engarrafamentos. Mas o tormento de Daniel e de muitos dos quase 3 milhões de habitantes de Santo Domingo acabará graças ao sistema viário Corredor Duarte, que a Odebrecht, associada à Ingeniería Estrella, está construindo no centro da capital da República Dominicana. Ao custo de US$ 204 milhões, dos quais US$ 100 milhões são financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social odebrecht informa (BNDES), o projeto compreende a construção de seis elevados e três passagens subterrâneas. As obras começaram em julho de 2009 e, em maio, estarão prontos os dois primeiros viadutos — o que, para Daniel, já significará menos 30 minutos de pesadelo. “Quando tudo estiver concluído, no fim do ano que vem, será possível ir do aeroporto ao centro da cidade, uma viagem de 30 km, praticamente sem semáforos”, antecipa o Diretor de Contrato Luiz Sérgio Ferraz da Costa. O Corredor Duarte, o primeiro contrato que a Odebrecht executa na capital do país, no qual atua desde 2002, é também a primeira obra pública conquistada na República Dominicana por meio de concorrência Na imagem ao lado, Daniel de los Santos: engarrafamentos no centro da cidade são tormento para os motoristas. Nesta imagem, obras do Corredor Duarte: trânsito bem organizado durante a execução do projeto pública internacional. Ele se estende no sentido leste-oeste e compõe-se, na verdade, de dois corredores: o da Avenida Kennedy, entrada para quem vem de Santiago, a segunda maior cidade dominicana, que terá quatro elevados; e o da 27 de Fevereiro, com dois elevados, cada um com 500 m de extensão. Uma intervenção urbana dessa envergadura, numa área por onde passam 200 mil veículos/dia, impunha desafios gigantescos. Para enfrentá-los, o consórcio liderado pela Odebrecht adotou procedimentos inéditos no país. Contratou uma consultoria de trânsito, a Tectran, de Belo Horizonte, pôs nas ruas uma campanha de informação e esclarecimento, com anúncios na imprensa e distribuição de folhetos, e abriu um diálogo com a população, naturalmente preocupada com o impacto dos trabalhos em sua rotina. Cuidou também de implantar placas de sinalização para orientar os motoristas enquanto durem os trabalhos. Deu certo. “O trânsito está mais bem organizado nas proximidades das obras do que em outros pontos da cidade”, constata o empresário Manuel Estrella, dono da construtora que leva seu sobrenome e que, antes de se tornar parceira da Odebrecht, foi fornecedora de concreto. “Estou aprendendo muito”, revela Estrella, que de saída se surpreendeu com o longo tempo que os colegas brasileiros dedicam à planificação do trabalho. Um de seus mais jovens colaboradores, o engenheiro Victor Collado, de 25 anos, Responsável por Programa de Produção nas obras do Corredor Duarte, anuncia: “Uma das minhas metas é captar a cultura e a filosofia de trabalho da Odebrecht e levá-las para a Estrella”. Victor Díaz Rúa, titular do Ministério de Obras Públicas e Comunicações, cliente da obra, salienta: “O que faz da Odebrecht uma empresa admirada na República Dominicana é a qualidade, não só na construção como no manejo da obra, marcado por altos padrões de organização e segurança”. Marcos Machado, Diretor de Contrato responsável pela conquista e mobilização do projeto, diz que, para a Odebrecht, o Corredor Duarte constitui um desafio de imagem mais do que de técnica. E para a boa imagem vêm contribuindo também algumas outras iniciativas da empresa, como a recuperação de parte do Centro Olímpico Juan Pablo Duarte, construído para os Jogos Panamericanos de odebrecht informa 2003. Um acordo entre o Ministério de Obras e o Ministério de Esportes permitiu a utilização temporária de uma pequena fatia do parque para que se instalasse o acampamento do consórcio — o qual, em retribuição, se propôs recuperar 14 quadras de basquete e futsal, além de um campo de beisebol, existentes na área. “Já entregamos quatro”, comenta Humberto Sampaio, da Odebrecht, Gerente Administrativo-Financeiro. Reformou-se também o quartel do Departamento de Segurança Militar, vizinho a essas quadras. A formação e qualificação de trabalhadores locais é coordenada por Cláudio Medeiros, Responsável pelo Programa AdministrativoFinanceiro na estrutura do DiretorSuperintendente Marco Cruz. Desde 2005, uma peneira fina vem garimpando jovens profissionais, entre eles o engenheiro Jensson Nina, Responsável por Produção, que entrou como Jovem Parceiro na primeira fornada. “Aqui você é estimulado a ganhar independência, autonomia para tomar decisões”, diz Jensson. A Odebrecht conta no momento com 52 Jovens Parceiros no país (sete dos quais estão no Corredor Duarte), todos eles dominicanos. A engenheira Analie García Pena, 22 anos, da área de Planejamento do projeto do Corredor Duarte, avalia: “Nesta empresa, os colegas se interessam em passar conhecimentos”. No mais recente processo de seleção, iniciado em outubro de 2009, a empresa acolheu 327 candidatos, dos quais 21 poderão ser incorporados. “Esse processo de seleção é a semente que estamos plantando, e já vamos colhendo frutos”, entusiasma-se Cláudio Medeiros. odebrecht informa Mobilização para ajuda ao Haiti Equipamento da Odebrecht em Porto Príncipe: contribuição Tão logo se soube do terremoto que atingiu o Haiti, em 12 de janeiro, a Odebrecht se mobilizou para socorrer a população. Na República Dominicana, que divide com o Haiti a Ilha de Hispaniola, a Odebrecht somou forças com o Governo local e a Embaixada brasileira. Providenciou para que cinco escavadeiras hidráulicas, três carregadeiras sobre rodas e um cavalo mecânico com prancha fossem enviados ao Haiti para ajudar no resgate de vítimas, além de medicamentos, 25 barracas grandes de camping, mil cobertores, 565 lonas plásticas, 14 mil galões de gasolina para helicóptero e caminhões-pipa com água potável. O esforço, coordenado pelo Diretor de Contrato Marcos Machado, incluiu ainda apoio ao comitê de ajuda montado pela Embaixada brasileira em Santo Domingo, para cotação e logística de materiais e empréstimo de móveis para acolher pessoal do Itamaraty. Em Miami, Gilberto Neves, Diretor-Superintendente da Odebrecht nos Estados Unidos, coordenou uma operação que permitiu recuperar instalações do Aeroporto de Porto Príncipe em apenas três semanas, num esforço conjunto com a American Airlines, que se incumbiu do transporte de pessoal, equipamentos e materiais a partir da Flórida, da República Dominicana e de Porto Rico. Um terminal de carga que sofrera poucos danos foi convertido em terminal de desembarque, com alfândega, migração, sistema de bagagens e estrutura administrativa. Outro edifício razoavelmente preservado, com três andares, foi transformado em terminal de embarque. Além do pessoal trazido de fora, a Odebrecht contou com 30 profissionais haitianos, parte deles capacitada numa oficina que a empresa montou no local. As obras realizadas pela Odebrecht permitiram, em 19 de fevereiro, o reinício dos voos comerciais para o Haiti, interrompidos desde o momento da tragédia. memória 19 O espírito do tempo Fundação Odebrecht completa 45 anos reiterando sua crença na importância da família para a construção de uma sociedade melhor texto Gabriela Vasconcellos / foto Eduardo Moody A Fundação Odebrecht completa 45 anos em 2010 reafirmando sua missão – educar jovens para a vida, pelo trabalho, para valores e limites – com uma visão de futuro consolidada: quer se tornar administradora de recursos não reembolsáveis e implantar, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, no Baixo Sul da Bahia, um modelo de turismo agrícola, ecológico e sustentável, o Agro Eco Turismo. Desde 2003, a Fundação vem se concentrando em tornar próspera e dinâmica uma área rural estagnada e deficitária, com grande potencial ambiental, e fixar os jovens no campo. Com investimentos que ultrapassam R$ 130 milhões, o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de APAs do Baixo Sul da Bahia contribui para gerar trabalho e elevar a renda das famílias. O objetivo é criar uma classe média rural. Segundo Norberto Odebrecht, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Odebrecht, contribuir para a formação de uma população estruturada na família é o foco há 45 anos. “Nossa missão tem sido a de oferecer apoio às famílias para que possam formar novas gerações estruturadas e preparadas para crescer”, afirma. No auge de sua maturidade, a Fundação se volta para o futuro. “Quem tem o espírito do tempo não olha para si nem para trás: olha para a frente e trabalha em equipe para o bem da comunidade”, salienta Norberto Odebrecht. Grupo de beneficiários de um dos projetos da Fundação no Baixo Sul da Bahia: participantes da criação de uma classe média rural odebrecht informa 20 competitividade A nova petroquímica brasileira Braskem adquire a Quattor e a Sunoco Chemicals e passa a ocupar a primeira posição como produtora de resinas termoplásticas nas Américas texto Thereza Martins / fotos Edu Simões odebrecht informa Unidade da Quattor em Duque de Caxias (RJ): planos de expansão A aquisição da Quattor Petroquímica, no Brasil, e da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, coloca a Braskem em um novo patamar de competitividade e porte. A empresa saiu da terceira para a primeira posição em produção de resinas termoplásticas nas Américas. No ranking global da petroquímica, passou do 12º para o oitavo posto. “A aquisição da Quattor faz parte do movimento estratégico da Braskem de promover uma aliança ampla com a Petrobras para tornar a indústria petroquímica brasileira uma das mais fortes do mundo”, afirma Bernardo Gradin, Líder Empresarial da Braskem. “A Sunoco, por sua vez, representa a nossa primeira oportunidade de operação fora do Brasil.” Os quase sete meses de negociações para a aquisição da Quattor foram selados em janeiro por um acordo que, entre outros pontos, modificará a estrutura societária da Braskem. Odebrecht e Petrobras compartilharão as decisões estratégicas da companhia, cabendo à Odebrecht participação de 50,1% do capital votante. A incorporação da Quattor, escalonada em atapas, será submetida à apreciação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O engenheiro Luiz de Mendonça foi designado para presidir a Quattor. Ele é integrante da Braskem desde 2002, ano de formação da empresa. Sua última posição foi a de Vice-Presidente responsável pela Unidade de Polímeros. Mendonça tem o desafio de liderar a unificação de culturas e práticas empresariais da Quattor aos princípios da Braskem. O ponto de partida foi realizar reuniões abertas com equipes das plantas industriais de Duque de Caxias (RJ), ABC (SP) e Camaçari (BA), além do escritório de São Paulo, para conversar sobre a integração da Quattor à Braskem, apresentando a visão estratégica, a cultura e o papel das equipes Quattor no crescimento da Braskem. Para analisar os processos da Quattor e acelerar o domínio da operação, foram organizadas frentes de trabalho, que deverão identificar sinergias e as melhores práticas a serem compartilhadas. Integrantes da Braskem irão trabalhar na Quattor e vice-versa. Haverá, também, integração de áreas para melhor aproveitamento do potencial das duas empresas. A Quattor possui unidades e investimentos em expansão prontos para serem colocados em marcha, os quais adicionarão 200 mil t/ ano à sua capacidade de produção de eteno, possivelmente a partir de maio, e outras 200 mil t/ano de polietileno. A Rio Polímeros (RioPol) deverá operar em 2010 a plena capacidade, com a entrada em operação do Plangás, da Petrobras. odebrecht informa Sala de controle em Duque de Caxias: Quattor possui nove plantas industriais Segundo Otávio Carvalho, Diretor da consultoria MaxiQuim, a Braskem escolheu o caminho certo para fazer frente à concorrência internacional e ampliar mercado. Optou pelo fortalecimento da indústria no Brasil e pela internacionali- odebrecht informa zação, incorporando petroquímicas, além de desenvolver projetos a partir do zero, com prospecção de matéria-prima competitiva e construção de fábricas. A Braskem possui projetos desse tipo, conhecidos como greenfield, em estudos no México, Peru, Venezuela e Bolívia. No caso do México, o primeiro passo já foi dado. Braskem e Idesa, petroquímica mexicana, serão parceiras em uma joint venture, com controle da Braskem (65%). O objetivo é desenvolver um projeto petroquímico integrado para produção de eteno e polietileno naquele país, utilizando gás natural como matéria-prima. Com capacidade para 1 milhão de t/ ano de polietileno, as novas plantas deverão entrar em operação em 2015. Os principais números... ... da Braskem, com a aquisição da Quattor: • 5,510 milhões de t/ano de resinas: polietileno (3.035 t), polipropileno (1.965 t) e PVC (510 t); • R$ 26 bilhões de faturamento anual; • 26 plantas produtivas; e • 6,3 mil integrantes. • R$ 700 milhões foi o valor da operação para compra da Quattor. ... sobre a Sunoco Chemicals: • 950 mil t/ano de polipropileno; • 3 unidades industriais; • 1 centro de tecnologia; e • 360 integrantes. • Valor da operação de compra da Sunoco: US$ 350 milhões. Otávio Carvalho salienta que uma das características da indústria petroquímica é a globalização do mercado e da concorrência. Com a economia aquecida e o consumo em alta, fazer negócios no Brasil tornou-se atraente para produtores das mais variadas bandeiras. “China, Índia e países do Oriente Médio, por exemplo, se movimentam nesta direção”, ele analisa. E acrescenta: “Embora seja a única produtora no Brasil, a Braskem não é o único vendedor. Distribuidores globais atuam no país e empresas internacionais com plantas na Argentina, Colômbia e Estados Unidos têm bases comerciais aqui instaladas, disputando os cerca de 11 mil clientes da indústria do plástico nacional”. Parceira de longa data em projetos no Polo Petroquímico de Triunfo (RS) e na Unidade Paulínia (SP), a Petrobras escolheu a Braskem para ampliar sua participação na indústria petroquímica “pela expertise e pela capacidade de gestão, técnica e comercial”, de acordo com Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento da estatal. “Essas características nos dão tranqüilidade para participar de forma mais ativa e com mais percentual em sua composição societária.” Carlos Fadigas, Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores da Braskem, ressalta um aspecto importante da parceria com a Petrobras: o compartilhamento com a Odebrecht da visão de longo prazo nos negócios. “A indústria petroquímica requer capital intensivo e visão de longo prazo. Um ou dois anos de maré baixa não afugentam sócios que estão no mercado há décadas, conhecem os ciclos de alta e baixa do setor e sabem planejar para crescer”, afirma ele. A reação da indústria do plástico à aquisição da Quattor foi de “expectativa e confiança”, na definição de Alfredo Schmitt, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas (Abief). “Nós, empresários, entendemos a tendência mundial da indústria petroquímica em relação à verticalização e consolidação para competir globalmente, e esperamos que os ganhos de escala que virão sejam distribuídos ao longo da cadeia produtiva do plástico.” odebrecht informa 24 perfil Carioca da gema texto Júlio Cesar Souza / foto Américo Vermelho Marcos Vidigal do Amaral poderia ter “Botafogo” incorporado ao sobrenome. Carioca nascido no bairro que leva esse nome, é torcedor apaixonado do clube que deu ao mundo Mané Garrincha. Esse engenheiro de 47 anos tem sido personagem de destaque em importantes obras de infraestrutura em sua cidade natal. Atuou na construção e modernização de estádios, metrô, centros educacionais, emissários, estradas e presídios. Há 19 anos na Odebrecht, Vidigal diz que os últimos quatro anos foram intensos. “Temos equipes experientes e comprometidas, mas os projetos eram complexos e com prazos bastante apertados, exigiram grande dedicação, nada podia dar errado.” Ele cita como exemplos a modernização do Estádio do Maracanã e a construção do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, para os Jogos Panamericanos de 2007, e a construção do Metrô de Ipanema (veja reportagem sobre o metrô nesta edição). “Eram desafios públicos a serem cumpridos.” Vidigal entrou na Odebrecht em 1991, durante a execução do acesso à Estação Cantagalo do Metrô, em Copacabana. Hoje está à frente de dois projetos: a expansão da Linha 1 do Metrô do Rio e as obras de infraestrutura no Complexo do Alemão. Vidigal sabe que essas obras são oportunidades valiosas para melhorar a cidade. “Eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas serão marcos, mas temos a oportunidade de melhorar o Rio já, a partir de hoje. Espero poder contribuir.” Casado e pai de três filhos, Vidigal gosta de dedicar uma parte de suas horas vagas à culinária. “Isso começou há dois anos. Há todo um ritual: saio de manhã para comprar ingredientes, preparo os pratos, sirvo e ainda dou conta da louça”. Quando não está cozinhando, Vidigal vai à praia (“como todo bom carioca”, diz ele) e, claro, acompanha os jogos do clube da estrela solitária. odebrecht informa 25 por eliana simonetti Bola pra frente O economista paulistano Alexandre Assaf está há 17 anos na Odebrecht. Atuou no Brasil, no Peru, na Argentina e hoje é Responsável por Planejamento e Administração na Odebrecht Angola. É apaixonado por seu trabalho. Outra paixão, conhecida por todos os que convivem com ele, é o futebol. Veste a camisa do Palmeiras desde os 7 anos, e sua mulher e os três filhos, claro, aderiram ao clube. “Em todos os lugares onde trabalho é a mesma história: o Palmeiras ganhando ou perdendo a turma me liga para dar os parabéns ou para pegar no meu pé. Até os fregueses corintianos entram na brincadeira.” Assaf foi ao estádio, em Luanda, para ver os jogos da seleção angolana na Copa Africana das Nações (CAN 2010). “Estava tudo muito organizado e bonito. Nível de Copa do Mundo. Mais uma vez Angola se afirmou como uma potência na África.” arquivo pessoal Um economista apaixonado por futebol Movimento constante Antonia Luengo nasceu em Barcelona, na Espanha, chegou ao Brasil aos 5 anos, cresceu na Bahia e há 22 anos vive em Alagoas. Mestre em Química Analítica e em Engenharia Ambiental e Urbana, é Coordenadora de Qualidade e Produtividade da Unidade Polímeros da Braskem, que tem unidades em Alagoas, na Bahia, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Gosta de morar em Maceió. “Adoro as praias e o povo amigo”, diz. Para realizar seu trabalho, porém, Antonia passa grande parte do tempo entre aeroportos e fábricas – às vezes em três estados num único dia. Ela garante que isso não interfere na vida familiar com o marido e os filhos. “Quando comecei a viajar com essa frequência, meus dois filhos já eram independentes. Hoje um é médico e outro é advogado.” Satisfação no canteiro de obras Um mineiro construindo metrô em Novo Hamburgo O mineiro Rodrigo Lacerda, Responsável por Engenharia nas obras de extensão do Metrô de Porto Alegre (Trensurb) em Novo Hamburgo e São Leopoldo, ingressou na Odebrecht em 2006, em São Paulo, no programa de Desenvolvimento de Negócios. Ficou tão animado com o convite para atuar no canteiro de obras que, antes mesmo do início da execução do projeto, em fevereiro de 2009, instalou-se com a família em Novo Hamburgo para estudar a região e planejar o trabalho da Odebrecht. “Esta é uma obra muito desejada pela população”, diz. Rodrigo cuida das obras civis, da implantação de sistemas e também participa do reassentamento de famílias em casas erguidas pela Odebrecht. “Tenho tido uma oportunidade real de educação pelo trabalho”, afirma. Em março, ele se tornou pai pela segunda vez. “Tudo aqui tem sido muito especial.” Eneida Serrano márcio lima Uma incansável coordenadora de qualidade e produtividade odebrecht informa 26 organização Bernardo Gradin, Líder Empresarial da Braskem: "É preciso defender o plástico e mostrar sua imensa utilidade em vários setores da vida" “Temos uma década fantástica pela frente” Lançamento da Visão 2020 foi o destaque das reuniões anuais das empresas da Organização Odebrecht texto José Enrique Barreiro / fotos Almir Bindilatti e Beg Figueiredo A Reunião Anual 2009 da Organização Odebrecht foi diferente das realizadas em anos anteriores. Desta vez, cada empresa promoveu o seu evento. As reuniões foram realizadas em datas e lugares distintos, no período de 11 a 22 de dezembro, mas todas com o mesmo foco: apresentação de resultados alcançados e de pla- odebrecht informa nos para o futuro. O destaque dos eventos foi o lançamento da Visão 2020, o objetivo da Organização para a próxima década, apresentada por Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., durante a Reunião Anual da Odebrecht S.A., quando manifestou seu otimismo em relação ao futuro: “Temos uma década fantástica pela frente”. Além de Marcelo e dos Líderes Empresariais, também fizeram apresentações na reunião da Odebrecht S.A. o Presidente do Conselho de Administração da empresa Emílio Odebrecht, o Presidente de Honra Norberto Odebrecht e o Diretor Executivo da Fundação Odebrecht Maurício Medeiros. < No telão, a partir da esquerda, as imagens dos Líderes Empresariais Benedicto Júnior (Infraestrutura), Henrique Valladares (Energia), Márcio Faria (Engenharia Industrial), Luiz Rocha (Internacional), Luiz Mameri (América Latina e Angola) e Euzenando Azevedo (Venezuela). Em sua apresentação nesse evento, Marcelo Odebrecht disse: “O nosso único desafio no triênio 2010-2012 é superar nossos próprios limites”. “Nosso crescimento sustentável só depende da prática da Tecnologia Empresarial Odebrecht” [ Norberto Odebrecht ] ≥ Para Bernardo Gradin, a Braskem conseguiu superar graves dificuldades de mercado e alcançar resultados positivos, tendo atingido todos os alvos previstos. Destaque para o fortalecimento da associação com a Petrobras, materializada na recente aquisição da Quattor. A reunião da Braskem foi realizada em Praia do Forte (BA), com a participação de 120 líderes da empresa. Na foto, a partir da esquerda, Manuel Carnaúba com os vencedores do Prêmio Destaque José Cristóvão Nunes, Antonio Tacidelli, Karen Riordan, João Miguel de Faria Junior e George Bispo Lacerda. ≥ “Liderança, a base para o crescimento sustentável” foi o tema predominante na reunião anual da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), em Costa do Sauípe, que contou com a presença de 60 integrantes da empresa. Paul Altit, Líder Empresarial da OR, ressaltou a atuação da Bairro Novo no segmento econômico (a empresa participa da primeira PPP habitacional do Brasil) e da OR em projetos para Clientes corporativos e de média-alta renda. Em Sauípe, os participantes do evento conheceram as casas decoradas e os serviços oferecidos pelo condomínio Quintas Private Residences, lançado recentemente pela OR. “O salto fabuloso que a Odebrecht deu de 2000 para cá é uma prova de que o inacreditável acontece” [ Piero Marianetti ] odebrecht informa < O Líder Empresarial José Carlos Grubisich fala durante a reunião da ETH, realizada em 11 e 12 de dezembro, no Guarujá (SP). Para ele, 2009 foi um ano de realizações em um mercado desafiador: “Temos cinco usinas em operação, das quais três foram construídas simultaneamente num período de 13 meses”. Grubisich também ressaltou a associação com a Brenco (concluída em fevereiro deste ano), que resultou na criação da maior produtora mundial de etanol. “Alcançamos um dos maiores e melhores resultados de nossa história. Mas a postura de servir requer que estejamos atentos e preocupados, cotidianamente, com o cliente; e que não percamos a abertura para confiar, pois quem não confia não delega, e quem não delega não cresce organicamente” [ Emílio Odebrecht ] ≥ A reunião da Odebrecht Óleo e Gás ocorreu nos dias 12 e 13 de dezembro em Petrópolis (RJ). O tema Saúde, Segurança e Meio Ambiente foi um dos destaques do evento. O Líder Empresarial Miguel Gradin revelou que “ao longo de três anos e sete meses, foram 30 milhões de horas/ homem sem acidentes com afastamento”, o que levou à obtenção do conceito Excelente pela Petrobras. Na foto, momento em que Pablo Martinez, Victor Albuquerque Borba e Vágner Rogério dos Santos recebem o Prêmio Destaque na categoria “Produtividade: Reutilização do conhecimento”, com a presença de Miguel Gradin (o primeiro à esquerda), Marcelo Penna (ao centro) e Paulo Cesena (o primeiro à direita). ≥ Durante a reunião da Foz do Brasil, realizada em Salvador (BA), em 17 e 18 de dezembro, os integrantes encenaram, com o auxílio de um grupo de teatro, como seria a empresa em 2020 e participaram de uma visita guiada ao Núcleo de Cultura Odebrecht, no edifício-sede da Organização. Para o Líder Empresarial Fernando Reis (foto), os destaques em 2009 foram a consolidação dos ativos e contratos da Foz do Brasil e a efetivação da sociedade com o Fundo de Investimento do FGTS. odebrecht informa “Saio deste encontro com a sensação de um grande avanço. O crescimento ganhou solidez e a segurança empresarial foi reforçada” [ Luiz Almeida ] Lia Lubambo Pedrina Belém do Rosário, que nasceu e vive no Baixo Sul da Bahia, onde a Fundação Odebrecht atua: convidada por Maurício Medeiros para falar durante a reunião da Odebrecht S.A., ela emocionou a platéia ao contar sua história e declarar que só depois de participar dos programas desenvolvidos pela Fundação na região pôde educar-se e tornar-se agente de seu destino. “Antes eu não tinha futuro”, disse. > Visão 2020 Assim a Odebrecht almeja ser daqui a uma década: > Uma Organização formada por milhares de Pessoas de Conhecimento, capazes de satisfazer seus Clientes por meio de soluções inovadoras que contribuem para um mundo melhor. > Organização global de origem brasileira, presente em mais de 30 países, cujos 300 mil integrantes praticam a mesma cultura, fundada nos valores e princípios da Tecnologia Empresarial Odebrecht. > Orgulho para as comunidades por sua contribuição ao desenvolvimento sustentável. > Uma Organização que conquista a confiança de Clientes, sócios e parceiros externos, por sua capacidade realizadora. > A escolha de seus Clientes, pela reconhecida capacidade de satisfazer suas necessidades por meio de soluções integradas e inovadoras. > Com Líderes Educadores que formam e integram anualmente milhares de Pessoas de Conhecimento, praticam o pleno empresariamento e capturam sinergias para melhor satisfazer o Cliente e propiciar diversificação qualificada. > Uma das 50 organizações mais admiradas do mundo, líder dos negócios e países em que atua e referência na criação de valor e desenvolvimento sustentável para Clientes, Acionistas, Integrantes e a Sociedade. Durante a reunião da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht lançou a Visão 2020 da Organização “A Visão 2020 é realista, otimista, fascinante e motivadora. É um marco” [ Victor Gradin ] odebrecht informa conhecimento Elemento agregador Comunidades de Conhecimento são um fórum permanente de discussão e compartilhamento de experiências texto Leonardo Mourão A Comunidade de Infraestrutura Marítima, em Copenhague, e a Comunidade de Empreendimentos Imobiliários, na Bahia: preservação do acervo de práticas e de competências Em dezembro, a Odebrecht venceu a licitação de uma das maiores rodovias a serem construídas no continente: a Ruta del Sol, que ligará Bogotá à costa colombiana. O lote conquistado, um trecho de 528 km, terá sua construção iniciada apenas em 2011, mas já é um marco na história da Odebrecht. “Quando estávamos fazendo a nossa proposta, surgiram algumas dúvidas técnicas”, conta o Diretor de Contrato da Ruta del Sol, Manuel Ximenes. “Pedimos então o apoio da odebrecht informa Comunidade de Rodovias. Foi fantástico. Surgiram contribuições de todos os lugares, alguns companheiros foram à Colômbia para nos auxiliar. Assim conquistamos essa vitória.” A Comunidade de Rodovias a que Manuel Ximenes se refere é um dos 11 grupos temáticos que compõem a Rede de Conhecimento da Odebrecht. Criados a partir de 2001, esses grupos congregam, por intermédio da internet, integrantes que têm interesses e conhecimentos em comum e querem divulgar o que viveram nos canteiros de obras. Caso algum deles necessite de esclarecimentos, submete a questão aos demais. A resposta costuma vir rapidamente. “É como uma consultoria interna, um fórum permanente de discussão”, compara Olindina Perez Dominguez, do Ciaden – Conhecimento e Informação para Apoiar Desenvolvimento de Negócios, que coordena a Rede de Conhecimento. “Em uma empresa descentralizada como a Odebrecht, esses grupos acervo odebrecht 30 O que aconteceu em 2009: • 1º Encontro de Líderes, em São Paulo. • 3º Encontro da Comunidade de Conhecimento de Rodovias, na Cidade do Panamá. • 1º Encontro da Comunidade de Conhecimento de Segurança e Meio Ambiente no Contrato, em São Paulo. • Encontro Preparatório da Comunidade de Conhecimento de Mineração, em Lima. • 3º Encontro da Comunidade de Conhecimento de Metrôs, em Caracas. • 1º Encontro da Comunidade de acervo odebrecht Conhecimento de Empreendimentos As Comunidades de Conhecimento vêm aumentando sua presença na Odebrecht. Em 2009, foram realizados vários encontros, três deles fora do país. No mesmo ano foram publicados os fichários de Melhores Práticas das Comunidades de Rodovias e de Infraestrutura Marítima. “O melhor do nosso conhecimento está ali”, diz Olindina Dominguez. garantem a sinergia entre os negócios e preservam o grande acervo de práticas e competências adquiridas no dia a dia das obras.” Líder da Comunidade de Metrôs, Danilo Abdanur vê outros méritos. “Porque o conhecimento é universal, as Comunidades são democráticas”, diz. “Todos, independentemente da hierarquia, têm acesso a elas.” O tom em que as informações são passadas também assegura o sucesso da iniciativa, afirma Mauro Hueb, líder da Comunidade de Rodovias, a qual estará presente no Congresso Mundial de Rodovias, que ocorrerá em Portugal, em maio. “Ler um artigo é importante, mas conhecer experiências, na linguagem dos canteiros, envolve ainda mais os profissionais.” As comunidades também fazem chegar a seus integrantes o que existe no estado da arte em seus temas de interesse. O evento idealizado por Alexander Christiani, líder Imobiliários, em Salvador. • 3º Encontro da Comunidade de Conhecimento de Infraestrutura Marítima, em Copenhague. da Comunidade de Infraestrutura Marítima, é um exemplo. Em novembro, 55 integrantes foram a Copenhague para visitar os mais importantes laboratórios do mundo na área de hidráulica marítima, ali localizados. “É preciso conhecer o que há de melhor no mercado para atingir um nível de excelência mundial”, afirma Christiani. “Poucas empresas dão valor ao conhecimento e à importância de compartilhá-lo. A Odebrecht é uma dessas bem-vindas exceções”, diz o coordenador do Centro de Referência em Inteligência Empresarial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos Cavalcanti. Segundo ele, a divulgação para toda a empresa de uma experiência acumulada por milhares de integrantes é um trunfo imbatível. “Para uma empresa, o conhecimento não é a cereja do bolo; é o fermento que a faz crescer.” odebrecht informa 32 conhecimento TV, embalagens e outras provas de inventividade Equipes demonstram sua criatividade e seu espírito de servir com os projetos do Prêmio Destaque texto Eliana Simonetti / foto Almir Bindilatti Um programa de TV no qual os integrantes da obra são os protagonistas. Uma iniciativa de qualificação profissional que vem transformando vidas. Uma pesquisa que resultou na aplicação de polímeros e na consequente redução de custos de produção de embalagens. Esses são alguns dos projetos vencedores da edição 2009 do Prêmio Destaque da Organização Odebrecht, iniciativa que, a cada ano, se fortalece como instrumento para o compartilhamento de experiências e conhecimento. No canteiro de obras do Terminal Portuário de Callao, no Peru, um programa de TV transmitido em circuito fechado aprimorou a comunicação interna. Iniciativa da equipe de Relações Comunitárias da Odebrecht Peru, o CDB TV leva odebrecht informa a 800 trabalhadores informações sobre as atividades da obra e difunde os princípios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO). Muitos integrantes deram depoimentos; outros tiveram suas famílias entrevistadas. O projeto conquistou o primeiro lugar na categoria Jovem Parceiro do Prêmio Destaque 2009. O primeiro colocado na categoria Sustentabilidade foi o Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar. Com um efetivo previsto de 12 mil trabalhadores, a construção da Usina Santo Antônio, em Rondônia, da qual participa a CNO, tem como um de seus grandes desafios a capacitação de pessoas. Hoje, dos 10 mil integrantes do projeto, 83% são provenientes do Acreditar. “O programa veio para mudar a vida das pessoas”, afirma Fabiane Costenaro, psicóloga que atua na equipe do Acreditar em Rondônia. Da Braskem, veio um projeto que, por sua criatividade e potencial de geração de economia e conquista de mercado, foi o vencedor na categoria Agregação de Valor ao Cliente. Equipes da empresa realizaram uma pesquisa que resultou na aplicação de dois polímeros ( dry blend ) à laminadura da embalagem Tetra Pak, o que proporcionou redução de custos e aumento de produtividade para o cliente, além de ter ampliado o mercado para os polímeros da Braskem em âmbito mundial. Veja a seguir a relação completa dos projetos vencedores do Prêmio Destaque 2009 e seus autores. Representantes de algumas das equipes vencedoras do Prêmio Destaque 2009: a partir da esquerda, Mario Cecchi, Ana Cecilia Bardales Caballero, Edgar Vinhas Teles Filho, Cássia Lins de Alencar, Fabiane Costenaro, Claudio Marcos Lira Barros, Heraldo Barros e Alcir Guimarães projetos vencedores do Prêmio Destaque 2009 CNO Braskem Sustentabilidade – Programa Acreditar – Usina Santo Antônio , R ondônia Melhoria Contínua – Resina de PVC Cássia Lins de Alencar, Edgar Vinhas Teles Filho, Fabiane Costenaro e Sayuri Ojima Costa Saúde, Segurança no Trabalho e M eio A mbiente - M udanças na Gestão de Tratamento de Águas Servidas – Hidrelétrica de Tocoma , V enezuela Claudio Marcos Lira Barros, Carlos Bendezú e Juan Vielma Produtividade – Geração de Conhecimento – Metodologia Construtiva – Ações que Transformam P roblemas em O portuni dades - R odoanel , S ão P aulo Alcir Guimarães, Mario Cecchi, Heraldo Barros, Daniel Simões, Jorge Pereira de Souza, Leandro Elias, Ângelo Garcia, Julio Petini, Leandro Sobral e Rafael Roriz Jovem Parceiro – CDB TV, Porto de C allao , P eru Johana Bustillos Mere e Ana Cecilia Bardales Caballero Agregação de Valor ao Cliente - Dry Blend - Solução Agrega Valor à Tetra Pak em Nível Mundial Antonio Tacidelli, Karen Riordan José Cristóvão Nunes, João Miguel de Faria Júnior e George Bispo Lacerda Claudia Arruda, Fabio Mota, Giancarlo Roxo, Karen Pallone, Regina F. Nonemacher e Renato di Thommazo Reutilização do Conhecimento - Adequação à NR-13 (Norma Regulamentadora 13) dos Equipamentos de Pequeno Porte da U nidade de I nsumos B ásicos (Unib-BA) Voto Popular - Aumento da Produtividade e da Segurança e Redução do Custo das Plantas de PE5-S lurry ( polietileno ) Omar Pinto de Abreu, Carlos Alberto Franco, Carlos Cézar Barbosa Lemos e Ivo Andrei Oliveira Lino Lima Competitividade Conexão Unib-BA Keslyane Morbeck Santos e Moises Augusto Sousa e Silva SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) – Ferramenta de Avaliação de Programas de Qualidade de V ida , P rodutividade e Redução de Custos Eduardo Arantes e Newton Figueiredo Marcos Loges, Antonio Hopperdizel, Jardel Scolaro e Luis Miguel Gamaro Odebrecht Óleo e Gás (OOG) Produtividade – Reutilização do Conhecimento – Práticas de Engenharia para Execução de Obras em Plantas Industriais em Operação sem Impactos Operacionais - Contrato Manifold, Macaé, Rio de Janeiro Victor Albuquerque Borba, Pablo Martinez, Roberto Miaki, Erivelto Laroca e Vágner Rogério dos Santos odebrecht informa 34 homenagem Esteban Zappana, do Peru (na foto presenteando Marcelo Odebrecht com um poncho): “Me eduquei com base nesta cultura e por onde passo a dissemino para as pessoas com quem convivo. Tenho orgulho de participar desta Organização e de receber esta medalha” Grato, parceiro Evento em Salvador reúne 161 integrantes para a homenagem pelos 25 anos de atuação texto Cibelle Silva / foto Beg Figueiredo Em 2003 eram mil integrantes com 25 anos de atuação na Organização Odebrecht. Em 2010, esse número deverá chegar a 2.100. Para homenagear os que alcançam essa marca, é realizado o Programa de Homenagem Anual (PHA 25 anos), um encontro que tem como objetivo valorizar, reconhecer e retribuir a dedicação dessas pessoas. O PHA 25 anos ocorre em Salvador e dura três dias. Um momento que costuma ser marcante é aquele em que o integrante, acompanhado de um familiar, conhece o Núcleo da Cultura Odebrecht e folheia o livro que traz os nomes de todos os que já odebrecht informa “Foi um dos momentos mais emocionantes que já passei na vida! Chegar aqui, desenvolvendo o trabalho da forma como fiz durante todo esse percurso, me faz sentir realmente parte da história da Odebrecht, assim como a empresa é parte da minha vida. Agradeço a todos do PHA 25 anos por terem feito deste momento tão especial um evento tão organizado, no qual nos atender plenamente esteve à frente de tudo. Esta é a nossa empresa” [ Rosangela Luna – Brasil ] completaram 25 anos de Organização. Na última noite do PHA 25 anos, uma cerimônia especial, seguida de jantar e show, aguarda os homenageados e seus acompanhantes. Emílio Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., juntamente com Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., e os Líderes Empresariais (LEs), entregam, em mãos, as medalhas de 25 anos. Muitos deles estavam realizando o sonho de conhecer Salvador; outros viajavam pela primeira vez de avião. Para todos os homenageados de 2009, havia a emoção e a satisfação de participar de um encontro tão especial. O evento foi realizado em um hotel na praia de Stella Maris, de 8 a 10 de dezembro, e reuniu 161 homenageados, que puderam dividir aquele momento com um familiar acompanhante. Além de Emílio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, estiveram presentes os LEs Bernardo Gradin (Braskem), Paul Altit (OR) e Fernando Reis (Foz do Brasil). Jorge Mitidieri e Luis Felli representaram Miguel Gradin (OOG) e José Carlos Grubisich (ETH). Da Engenharia e Construção participaram os LEs Benedicto Júnior, Luis Mameri e Luiz Rocha; Estevão Timponi e Enio Silva representaram os LEs Euzenando Azevedo e Henrique Valladares. Dos 161 homenageados de 2009, 80 são da Braskem; 69 da Engenharia e Construção; e 12 da ETH, OR, Foz do Brasil, OOG e Odebrecht S.A. Cada um recebeu, do seu LE e de Emílio e Marcelo Odebrecht, a medalha de 25 anos. veja fotos do evento em: www.odebrechtonline.com.br 35 acervo odebrecht Integrantes da Chartis e da Odebrecht em Salvador: a partir da esquerda, Rosemarie Bonelli, Kátia Luz, Samanta Faria, Guillermo León, Hamilton da Silva, Marcos Lima, Robert Lee, Lisa Megeaski, Pedro Sá e Luís Cláudio Barreto Integrantes da Chartis visitam a Odebrecht Executivos da seguradora Chartis, nome da nova marca da AIG para seguros e garantias, visitaram a Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, em Salvador. O grupo de visitantes era formado pelo Presidente da Chartis para América Latina e Caribe, Hamilton da Silva; o Chefe do Departamento de Crédito para América Latina e Ásia, Robert Lee; a Chefe do Departamento de Crédito Internacional, Lisa Megeaski; a Vice-Presidente Internacional de Garantias, Rosemarie Bonelli; a Vice-Presidente para a América Latina, Samanta Faria; e o Diretor-Presidente para o Brasil, Guillermo León. Eles conheceram o Núcleo da Cultura Odebrecht e se reuniram com representantes da Odebrecht S.A. e da Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, entre os quais Paulo Cesena e Marcos Lima. A Chartis é uma das principais seguradoras parceiras da Organização Odebrecht e a maior provedora de capacidade de garantias (surety bonds) da Construtora Norberto Odebrecht, sobretudo na América Latina, com uma linha internacional superior a US$ 1 bilhão. Entre os mais recentes projetos da Organização que contaram com garantias da Chartis destacam-se a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, a concessão da Rodovia D. Pedro I, em São Paulo, e a Cinta Costera, no Panamá. No encontro, os representantes da Chartis ratificaram o compromisso da seguradora de continuar apoiando o crescimento da Organização Odebrecht nos próximos anos, dando continuidade a uma relação que já se estende por 19 anos. O encontro foi finalizado com um jantar na residência de Victor Gradin, membro do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., ao qual esteve presente Gilberto Sá, também membro do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. Projeto atenderá 350 mil pessoas em Campinas Mais de 350 mil habitantes de 15 bairros da região sudoeste de Campinas (SP) serão beneficiados pelo Programa de Saneamento Capivari II, cujo primeiro lote tem previsão de entrega para 2011. O projeto compreende a construção de uma estação de tratamento de água de reúso, interceptores, estações elevatórias e coletores-tronco, dos quais serão escavadas com a utilização de um equipamento mini-shield ou “tatuzinho”. Contratada pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), a Odebrecht lidera o consórcio formado com a General Electric responsável pela execução do Capivari II. Um dos diferenciais da obra é que ela contará com o sistema de membranas ultrafiltrantes (MBR), tecnologia inédita no Brasil que filtra o esgoto saído da estação de tratamento e produz água de reúso para comercialização. Essa tecnologia também será utilizada na obra da Estação de Produção de Água Industrial que a Odebrecht executará no ABC Paulista. Contratado pela Aquapolo Ambiental S.A., esse projeto consiste na construção da estação produtora de água industrial, que destinará a água de reúso ao Polo de Capuava através de uma adutora de 17 km. Alemão: 344 casas prontas O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou em dezembro o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, para inaugurar mais 192 unidades habitacionais do PAC Favelas. Até o momento, 344 unidades foram concluídas, de um total de 728 previstas para o complexo. Os moradores já receberam 152 casas, além do Centro de Geração de Trabalho e Renda. Para 2010, estão previstas a inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), de uma Escola de Ensino Médio de Referência, das 384 unidades habitacionais restantes e de um teleférico, que terá 3.500 m de extensão e seis estações integradas ao sistema ferroviário da cidade, na Estação Bonsucesso. O teleférico atenderá diariamente 120 mil pessoas das 12 comunidades do complexo. O Consórcio Rio Melhor (formado pela Odebrecht, OAS e Delta Construções), responsável pelo trabalho no Alemão, capacita pessoas para as obras e para o pós-obras por meio de cursos profissionalizantes e formação de lideranças. A equipe de Trabalho Social do PAC-Complexo do Alemão – com foco no desenvolvimento sustentável por meio da geração de trabalho e renda – estima que 6 mil pessoas serão beneficiadas nesses cursos até setembro de 2011, no término do contrato. odebrecht informa 36 Segurança na usina Concessionária doa 500 mudas Segurança no e pelo trabalho foi o tema do Treinamento Diário de Segurança (TDS) coletivo realizado em 18 de janeiro pelo Consórcio Santo Antônio Civil (CSAC), responsável pelas obras civis da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. O objetivo do evento foi reforçar a conscientização das equipes para que o desempenho em segurança verificado até agora no projeto continue. Nas obras da Hidrelétrica Santo Antônio, 140 pessoas atuam no programa de segurança, incluindo engenheiros, técnicos e auxiliares. O trabalho da equipe vem se mostrando eficaz: em 15 milhões de homens/horas trabalhadas, nenhum acidente grave foi registrado. Fez parte do TDS, que teve lugar no canteiro de obras da margem direita do Rio Madeira, um culto ecumênico celebrado pelo padre Genésio Pereira da Silva e o pastor Marcelo Amorim Mantovani. Eles abençoaram o projeto e enfatizaram a necessidade de atenção na execução dos trabalhos. Estiveram presentes ao evento o Diretor de Contrato Mario Lúcio Pinheiro e o Responsável Administrativo e Financeiro Antônio Cardilli. Em janeiro, a Concessionária Rota das Bandeiras doou 500 mudas de árvores nativas ao município de Atibaia (SP). A Prefeitura determinará os locais onde as espécies de ipês-brancos, jacarandásmimosos e paineiras serão plantadas. A iniciativa faz parte da política de gestão ambiental desenvolvida pela concessionária. A Rota das Bandeiras já havia entregue 275 mudas a Atibaia, 1.300 a Igaratá e 250 a Engenheiro Coelho (cidades também localizadas no interior paulista). Outras ações de compensação ambiental serão feitas em Itatiba e nos municípios paulistas de Paulínia e Cosmópolis. Os três municípios receberão 1.825 mudas, que ficarão sob os cuidados da concessionária por três anos. TDS coletivo nas obras da Hidrelétrica Santo Antônio Equipes da CNO passam a utilizar o O2 O Projeto O2 passou a ser utilizado pelos integrantes da Construtora Norberto Odebrecht em 11 de janeiro. Cerca de 1.950 integrantes da empresa, nas 50 Unidades Operacionais implantadas, passaram a dispor, naquela data, da nova ferramenta para atividades administrativas e financeiras diárias. “Nossa liderança sempre acompanhou de perto o projeto e, por estarmos preparados, a implantação aconteceu muito naturalmente”, relata o Gerente Administrativo e Financeiro (GAF) da obra do Arco Metropolitano, em São Paulo, Kid Meirelles. Maurício Chastinet, GAF no Projeto Braskem, em Camaçari (BA), completa: “O comprometimento na realização das medidas pré-operacionais resultou em uma implantação tranquila. Acho que, quando estamos abertos a mudanças, tudo dá certo”. odebrecht informa Em uma implantação desse porte, entretanto, é natural surgirem circunstâncias desafiadoras. As principais se relacionaram tiveram a ver com dificuldades de adaptação dos usuários aos novos procedimentos; instabilidade do módulo de cadastro de itens nos primeiros 20 dias; indefinições operacionais relacionadas, por exemplo, a quem assumiria as aprovações (líder/liderado) e percalços na liberação de acessos e responsabilidades para uso da ferramenta. Com a dedicação de todos, porém, aliada à prática do “fechamento diário”, os desafios estão sendo superados. “Estamos disciplinando cada área para conferir diariamente o movimento e assim chegarmos aos fechamentos financeiros mensais com o mínimo de pendências”, conta Luciana Emerick, Responsável Financeira (RF) da obra do Arco Metropolitano. Vilma Vieira, RF do contrato Projeto Braskem, confirma essa prática, apresentando resultados. Com o fechamento financeiro planejado para o dia 8 de fevereiro, a obra de Vilma se antecipou a esse prazo: “Estamos muito felizes com o O2. Conseguimos fazer o nosso fechamento financeiro cinco dias antes do prazo pactuado, graças ao esforço da equipe nas medidas pré-operacionais e, sobretudo, na conferência diária dos processos”. O Diretor de Contrato do Projeto Braskem, Luis Ubirajara Inacio de Sousa, observa: “O O2 trouxe maior integração e disciplina à rotina das equipes, possibilitando um fechamento mensal mais rápido”. SAIBA MAIS SOBRE O O2 em: http://portalo2.odebrecht.com roberto rosa Instalações da Foz do Brasil em Cachoeiro do Itapemirim Gestão da qualidade dá prêmios para a Foz do Brasil As práticas de Gestão da Qualidade da Foz do Brasil em Cachoeiro do Itapemirim (ES) deram à empresa dois prêmios: o Prêmio Qualidade Espírito Santo 2009 (PQES) e o Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS). Em ambas as premiações, a Foz do Brasil foi reconhecida com a classificação Ouro. O PQES faz parte do Programa para Incremento da Competitividade Sistêmica do Espírito Santo (Compete-ES), coordenado pelo Governo do Estado. A entrega do troféu e da certificação foi feita pelo Governador Paulo Hartung, em um evento em Vitória no dia 4 de novembro. Já o PNQS é o mais importante prêmio do setor de saneamento na América Latina. É uma iniciativa da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e instituições parceiras. A premiação ocorreu em Fortaleza, em 19 de novembro. Somente cinco empresas de todo o Brasil alcançaram a classificação Ouro. O Diretor da Foz do Brasil em Cachoeiro, Antonio Carlos Brandão, destaca a importância dessas conquistas para a empresa. “Participar e ser avaliado contribui para nosso desenvolvimento ao estimular mais investimentos na Gestão da Qualidade e no aumento da competitividade. A classificação Ouro é a maior comprovação da evolução dos processos da Foz do Brasil.” Contrato com o BNDES A Foz do Brasil assinou contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que garante um aporte de R$ 55 milhões à concessão de Cachoeiro do Itapemirim (ES). Os recursos serão aplicados em melhorias e na ampliação dos serviços prestados pela concessionária na cidade capixaba. A Foz do Brasil investirá outros R$ 20 milhões de recursos próprios, totalizando os R$ 70 milhões que serão aplicados nos próximos cinco anos em Cachoeiro do Itapemirim. As obras contemplam a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), a ampliação e a modernização do sistema de distribuição de água e a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgotos, incluindo os distritos próximos ao município. Plantio de espécies nativas A unidade da Foz do Brasil de Limeira (SP) realizou, em parceria com a Prefeitura Municipal, no dia 22 de dezembro, o plantio de 1.534 mudas nativas em Área de Preservação Permanente (APP) situada em terreno de domínio público do município, no Condomínio Chácaras de Recreio Santa Helena. O plantio foi feito em uma área de 9.200 m², em cumprimento à obrigação contratual prevista no Termo de Aditamento nº 8, e teve como objetivo reconstituir a mata ciliar, protegendo a nascente local, afluente do Ribeirão Pinhal – que, juntamente com o Rio Jaguari, é utilizado como manancial de captação da água que abastece todo o município de Limeira. Participaram do plantio moradores do condomínio Chácaras de Recreio Santa Helena, integrantes da Foz do Brasil, da Prefeitura de Limeira e membros do Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Iniciada instalação de coletores Teve início em Rio Claro (SP), cidade onde a Foz do Brasil opera o sistema de esgoto por meio de uma PPP (parceria público-privada), a implantação de 6 km de coletores-tronco que farão a coleta do esgoto que atualmente é despejado no Ribeirão Claro. Parte dessa rede será implantada em área da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade. A Floresta Estadual e o Ribeirão Claro são dois símbolos do município. Para marcar o início dessa intervenção, o Prefeito Du Altimari concedeu uma entrevista coletiva, com a presença de secretários municipais e de Denise Zanchetta, representante da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, para apresentar o projeto a ser desenvolvido na Floresta. Na entrevista, Du Altimari declarou: “O desenvolvimento sustentável é um dos princípios básicos da nossa gestão. Todos os projetos que visem a proteção do meio ambiente têm nosso apoio”. odebrecht informa 38 infraestrutura Braços que trazem o futuro Draga utilizada em obra no Porto de Rio Grande é a maior em operação na América do Sul texto Milton Gerson / fotos Mathias Cramer É início de fevereiro e o calor não dá trégua: 34º C e uma sensação térmica de 40º C. Estamos na cidade portuária de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul. A cerca de 25 km do cais, onde as ondas chegam a 1,5 m, a equipe de Odebrecht Informa, a bordo da lancha Maria Regina, chega à draga Juan Sebastián de Elcano, a maior em operação na América do Sul. O equipamento, de bandeira belga, é um dos destaques da obra de dragagem do canal de acesso ao principal porto gaúcho e o mais estratégico para a relação do Brasil com o Mercosul. Sob responsabilidade do consórcio formado pela Odebrecht e a filial brasileira da empresa belga, líder no mercado internacional de dragagens, Jan de Nul (JDN), a obra consiste na retirada de 18 milhões de m3 de sedimentos do fundo do oceano, ampliando o calado do canal de 14 m para 18 m, com largura de 300 m, no lado externo; e de 12 m para 16 m, com 230 m de largura, no interior dos molhes que protegem o acesso ao porto. Com o aprofundamento, os grandes navios (como os pós-panamax), que já operam em Rio Grande e atualmente não utilizam sua capacidade máxima de carga, poderão ampliála de 600 para 6 mil contêineres, o que reduzirá significativamente os custos de frete. Além disso, com um calado maior em seu canal de acesso, o porto estará habilitado para captar, concentrar e movimentar grãos da Argentina, do Paraguai e da Bolívia, minério do Mato Grosso do Sul e da Bolívia, madeira do Uruguai e contêineres da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, tornando- odebrecht informa Na página ao lado, a draga Juan Sebastián de Elcano e, acima, sequência da operação dos braços móveis: trabalho monitorado com tecnologia de última geração se um hub port (porto concentrador de cargas). O contrato, assinado em junho de 2009, faz parte do Plano Nacional de Dragagens (PND) da Secretaria Especial de Portos (SEP). Os investimentos são de R$ 196 milhões, financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O porto de Rio Grande conta no momento com três obras incluídas no PAC, cujos investimentos ultrapassam os R$ 800 milhões. “Com essas intervenções, vamos ampliar as operações do porto. Para 2015, temos projetada uma movimentação de 50 milhões de t, o dobro do volume atual”, diz Fernando Victor Carvalho, Subsecretário de Portos da SEP. Dessas obras, duas estão sendo executadas pela Odebrecht: a extensão dos molhes, já em sua etapa final, e a dragagem. Mauro Darzé, Diretor de Contrato da Odebrecht, explica que a experiência adquirida no prolongamento dos molhes foi fundamental para que a Odebrecht conquistasse o contrato da dragagem. “O fato de estarmos executando a extensão dos molhes nos deu uma vantagem competitiva, porque passamos a conhecer como ninguém o subsolo do canal de acesso ao porto.” Operando dia e noite, desde agosto de 2009, a draga Juan Sebastián de Elcano, que veio de Omã, em uma viagem de um mês, retira do fundo do mar 16 t de sedimentos (lama, areia e água do mar) a cada ciclo de 95 minutos. A dragagem é feita por sucção, com a utilização de dois braços móveis que submergem ao fundo do oceano, acionados por duas bombas. Equipamentos de alta tecnologia e precisão controlam tudo. O trabalho na draga é executado por 33 profissionais: 17 estrangeiros (belgas, espanhóis e croatas) e os demais, brasileiros, a maioria de Rio Grande. Além dos marinheiros de convés – técnicos e operadores de máquinas, que se dividem em dois turnos –, um grupo de comando e apoio formado por engenheiros e assistentes faz, em terra, o acompanhamento da obra. Pub, academia e cozinha A fim de dar qualidade ao dia a dia dos marinheiros embarcados, a draga conta com espaços de convivência como um pub, uma academia e uma cozinha-refeitório, na qual dois cozinheiros preparam pratos da culinária local e internacional. A draga só deixa de funcionar uma vez a cada três semanas, quando se dirige ao Terminal de Contêineres para abastecimento. Seu tanque de combustível tem capacidade para 1,2 milhão de l. Falando um bom português para quem está no país há pouco mais de oito meses, o engenheiro civil belga Tom Van Slambrouck, 29 anos, Gerente de Projetos da JDN, relata que o trabalho com a Odebrecht tem sido marcado pela sinergia e pela complementaridade. “É uma parceria em que unimos a tecnologia da JDN ao conhecimento que a Odebrecht tem da realidade local.” Em oito meses de obra, a parte mais difícil já foi executada. Ao todo, 49% da área do canal (todo o canal interno) já foi dragada, com a retirada de mais de 9 milhões de m3 de sedimentos. Isso, destaca Mauro Darzé, é suficiente para que a Superintendência de Portos do Estado peça a homologação do porto e o registro, na carta náutica, da profundidade de 16 m, “eliminando um dos gargalos que contribuíam negativamente para a competitividade do porto”. Concluída a dragagem, terá início um período de dois anos para a manutenção dos níveis de profundidade do canal. Jaime Ramiz, Superintendente Geral do Porto de Rio Grande, é otimista em relação ao desenvolvimento que a obra poderá gerar para a cidade, o estado e o país. “Estamos prestes a nos tornar o maior polo de exportação da região Sul, referência para quem está entre São Paulo e Buenos Aires”, ressalta. odebrecht informa 40 metrô do rio Usuários na Estação General Osório: quatro acessos, esmero visual e inovações tecnológicas Ipanema nos trilhos Inauguração da Estação General Osório, a primeira do bairro, amplia a capacidade de atendimento do metrô carioca em 80 mil usuários/dia texto Marcus Neves / fotos Elisa Ramos odebrecht informa No coração de Ipanema, um dos bairros do Rio de Janeiro mais conhecidos e admirados no Brasil e no mundo, o Metrô do Rio inaugurou, em 21 de dezembro, a Estação General Osório, exatos 30 anos depois que o primeiro trem circulou no subsolo da cidade. A cerimônia teve a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Governador Sergio Cabral Filho, do Secretário de Transportes do Estado do Rio, Júlio Lopes, e de autoridades e parlamentares federais, estaduais e municipais. A obra tem características únicas entre todas as estações do Metrô do Rio, com destaque para o fato de ser a maior caverna urbana esculpida em rocha no país. São quatro acessos: um na praça que lhe dá nome; outro na Rua Jangadeiros; um terceiro na Rua Sá Ferreira, que também faz a ligação com o vizinho bairro de Copacabana; e o quarto, na Rua Teixeira de Melo. Nesta rua, estão sendo construídas duas torres: uma com 65 m de altura e dois elevadores para 30 passageiros; e outra com 25 m de altura e dois elevadores para 20 passageiros. Esses equipamentos, que começarão a funcionar em junho, transportarão os moradores do Cantagalo até o alto do morro. No acesso da Rua Teixeira de Melo, a Odebrecht está construindo um centro de cidadania para a comunidade, no qual serão oferecidos serviços de expedição de documentos como certidões, carteiras de identidade e carteiras de trabalho. Bento José de Lima, Diretor de Engenharia da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Riotrilhos), lembra que, de acordo com o projeto inicial, a previsão para a Rua Teixeira de Melo era apenas de A partir da esquerda, Bento José de Lima, Diretor da Riotrilhos, o Presidente Lula, o Governador Sergio Cabral Filho, o Secretário Júlio Lopes (atrás, levantando o capacete) e trabalhadores da obra: união de forças saídas de ventilação. “Mas o projeto acabou modificado, resultando na construção dos acessos ao morro do Cantagalo. Nesse caso, foi o projeto que acompanhou a obra, e não o contrário”, observa. Os benefícios para os moradores das comunidades do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho são enfatizados por Paulo Cezar dos Santos. Ele tem 59 anos e há 49 mora no Morro do Cantagalo, onde é Presidente da Associação dos Moradores. “Muita gente daqui trabalha em outros bairros, especialmente no Centro, e perdia muito tempo indo e voltando de ônibus.” Sua mulher, Ana Maria da Silva Santos, comenta: “Vou adorar. Com os elevadores, vou poder subir com sacolas de compras na volta do supermercado”. Relacionamento com a Comunidade Ao longo dos dois anos e oito meses de execução do projeto, foram realizadas 5.687 visitas dirigidas de pessoas da comunidade à obra, para que elas soubessem o que estava sendo construído sob seus pés – o equivalente a 178 visitas por mês ou 44 por fim de semana. Marcos Vidigal do Amaral, Diretor do Contrato, diz que a execução da obra foi complexa devido à escavação subterrânea em área densamente povoada e com prédios de grande porte. “A Odebrecht estabeleceu uma ótima relação com a comunidade e obteve seu apoio entusiasmado. Conseguimos realizar o sonho de nossos clientes: o Governo do Estado, através da Secretaria de Obras, e a comunidade”, acrescenta Vidigal. Durante a solenidade, o Governador Cabral declarou que a construção da Estação General Osório entra para a história do sistema metroviário do Rio e do país com os méritos de ter sido concluída rigorosamente dentro do prazo, em pleno funcionamento e sem registro de acidentes. “É um feito extraordinário, graças a um trabalho realizado em parceria”, afirmou, referindo-se à união de forças entre os governos federal e estadual, a concessionária Metrô Rio e a Odebrecht, responsável pela obra. “A extensão do metrô até Ipanema é uma conquista de fundamental importância para o sistema de transportes públicos do Rio de Janeiro”, salientou Cabral. A chegada a Ipanema vai possibilitar ao Metrô ampliar sua capacidade de atendimento em 80 mil usuários/dia. odebrecht informa 42 petroquímica eduardo beleske Os equipamentos chegam ao porto de Rio Grande e (na página ao lado) são recebidos em Triunfo, depois de uma viagem de 300 km: operação mobiliza 150 pessoas no canteiro Do porto ao polo Chegam a Triunfo (RS) os equipamentos que vão compor a unidade produtora de eteno verde da Braskem texto Taís Hens Madrugada de domingo, 7 de fevereiro. Atraca ao porto de Rio Grande (RS) o primeiro dos três navios oriundos da China e do Japão carregando os principais equipamentos da planta de eteno verde da Braskem. A chegada coincide com o pico das obras da nova fábrica no Polo Petroquímico de Triunfo, as quais estão sendo executadas pela área de Engenharia Industrial da Odebrecht. Com mais de 95% da construção civil finalizada, inicia-se agora a fase mais complexa: a montagem dos equipamentos de grande porte. odebrecht informa O primeiro lote chegou com os reatores, que, somados às torres de destilação, trocadores de calor e compressores, pesam juntos 568 t. Somente a torre fracionadora de eteno pesa 147 t, tem 53,5 m de altura e 2,7 m de diâmetro. Após os trâmites legais para liberação das cargas, os equipamentos foram transportados por rodovia, em um percurso de 300 km, até o Polo de Triunfo, e descarregados em seus locais definitivos. A operação mobilizou uma equipe de 150 pessoas, de um total de 1,5 mil que estão trabalhando na obra. Com as ruas pavimentadas e as bases de equipamentos e prédios prontas para receber os equipamentos, a operação de montagem não corre o risco de atrasos em função das condições climáticas. Os serviços mais complexos são a verticalização da torre fracionadora de eteno, que, em razão de ter sido dividida em três partes por causa de suas dimensões, requer içamento especial para a soldagem; e a montagem dos compressores, um dos quais pesa 45 t. O prédio onde estarão localizados os compressores foi projetado já considerando a forma Mathias cramer como serão montados, com a utilização de um pórtico hidráulico para fazer o transporte diretamente para a base. A previsão é de que o pico das obras prossiga até maio. Com investimento total de R$ 500 milhões, o projeto tem como uma das novidades a busca de novos parceiros para a compra de máquinas e equipamentos. Pela primeira vez, os principais fornecedores são da China. Após pesquisa e tomada de preço em mais de 20 países, os chineses surpreenderam pela qualidade e pelo preço competitivo, superando Europa, Estados Unidos e Japão, tradicionais fornecedores desses equipamentos. Durante a fabricação, todos os fornecedores da China tiveram acompanhamento intensivo das equipes da Braskem e da Odebrecht Engenharia Industrial, para garantia de atendimento dos requisitos definidos pelo projeto. As compras na China exigiram investimento de cerca de R$ 30 milhões. “Encontramos uma importante janela de oportunidade em relação à performance de prazo, custos e qualidade. São parceiros muito qualificados para atendimento das necessidades presentes e futuras da Braskem”, afirma Sérgio Luiz Gomes, Gerente do Projeto de Eteno Verde da Braskem. O contrato para implantação do projeto é executado em regime de Aliança entre a Braskem, a Odebrecht Engenharia Industrial e a Genpro Engenharia. Luiz Mutti Axelrud, da Braskem, Responsável pelo Contrato de Aliança, relata que as equipes planejaram as atividades das diversas etapas buscando compatibilizar a melhor sequência de construção e montagem com a entrega dos sistemas operacionais. “O cronograma foi definido de acordo com as prioridades da equipe responsável pela partida da planta”, diz Mutti. Segundo ele, o sucesso de um empreendimento com prazos desafiadores de implantação (fast track) passa por soluções de engenharia, construção e montagem diferenciadas. “No projeto de eteno verde, estamos à frente de nosso cronograma. A meta é antecipar a partida da planta, inicialmente prevista para o quarto trimestre de 2010. Dessa forma, ganhamos mais tempo para os ajustes finos da produção.” A Braskem já tem entregas do plástico verde programadas para o primeiro trimestre de 2011. Com o início da produção em 2010, a unidade de Eteno Verde será a pioneira no mundo na produção em escala industrial, reforçando a estratégia da Braskem de acesso a novas fontes competitivas de matéria-prima, em linha com sua visão de sustentabilidade. odebrecht informa 44 pessoas Na medida certa Atuando no Brasil, nos Emirados Árabes Unidos e na Coreia do Sul, equipes da Odebrecht Óleo e Gás se caracterizam pela mescla de integrantes experientes com jovens profissionais texto Marco Antônio Antunes / foto Eduardo Barcellos odebrecht informa A partir da esquerda, Marcos Vinicius Santiago, Herculano Barbosa, Nacib Haddad, Leonardo Guimarães, Edvan Marteleto e Fábio Valério da Conceição: representantes de diferentes gerações liderando projetos da OOG. Na foto menor, a plataforma Norbe VI acervo odebrecht Leonardo Guimarães, de 33 anos, está há apenas quatro meses na Odebrecht Óleo e Gás (OOG). Engenheiro mecânico formado há oito anos, ele é um dos muitos profissionais recém-contratados pela OOG para atuar na operação das plataformas de exploração de petróleo Norbe VI (em construção nos Emirados Árabes Unidos), Norbe VIII e Norbe IX (na Coreia do Sul). Leonardo é o gerente da plataforma Norbe VI, que está sendo construída em Abu Dhabi. Ele e toda a sua tripulação, de 192 pessoas, estão tendo contato intensivo c om a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO). “Meu primeiro curso foi o de Introdução à Cultura Odebrecht, e este será o começo para todos”, diz Leonardo. Os novos integrantes passarão pelos chamados cursos mandatórios, como os de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, Combate Avançado a Incêndio, Salvatagem e Treinamento para Escape de Helicóptero Submerso. Os avanços tecnológicos foram tantos que “exigem uma reciclagem praticamente geral das equipes que operarão as três novas plataformas de exploração da Odebrecht”, explica Herculano Barbosa, DiretorSuperintendente de Operação de Sondas da OOG e responsável pela construção das três novas Norbes. Um dos pioneiros da experiência da Odebrecht no setor de óleo e gás, através da Odebrecht Perfurações Ltda. (OPL), onde trabalhou de 1983 a 1998, ele retornou em 2006 como Diretor de Contratos da OOG. Herculano ajudou a formar diversos profissionais, muitos dos quais estão voltando agora para trabalhar com ele e ajudar a empresa a vencer seus novos desafios. Já vieram seis gerentes e mais de 60 tripulantes, parte dos 400 integrantes que formarão as três equipes das Norbe VI, VIII e IX. “É gente experiente, necessária para operar os novos equipamentos e gerenciar os projetos, e também para nos ajudar a ensinar os mais jovens”. Entre esses profssionais experientes está Fábio Valério Farias da Conceição, 46 anos, há um ano na OOG, mas com duas passagens anteriores pela Odebrecht - de 1992 a 1994, na OPL (extinta em 1998), e de 1998 a 2001, na área de óleo e gás. Com longa trajetória na Marinha Mercante e no setor de perfuração de poços offshore, ele será, ao mesmo tempo, capitão da Norbe VI e Gerente de Instalação Offshore. “Como capitão, responderei pela salvaguarda da vida humana no mar. Se a plataforma provocar poluição, encalhar ou sofrer algum dano, a primeira pessoa a ser responsabilizada será o Capitão”. Edvan Marteleto Sanches, engenheiro civil de 29 anos, há um ano na OOG, será um dos jovens tripulantes da Norbe VI, equipamento que prospectará petróleo para a Petrobras na Bacia de Campos. “Sei que numa plataforma não existe rotina, e o desafio tecnológico é muito grande. Foi por isso que optei por esse trabalho”, diz ele, que em breve irá para Abu Dhabi para o início dos trabalhos na embarcação, cuja construção começou em agosto de 2006. Ela ficará pronta em maio e iniciará sua viagem ao Brasil em junho, com cerca de 140 pessoas a bordo. Nacib Haddad, engenheiro de petróleo de 22 anos, acaba de conquistar sua primeira oportunidade de trabalho. Como Edvan, está na Base de Macaé (RJ) da OOG, fazendo cursos e conhecendo as diversas áreas técnicas e administrativas antes de seguir viagem para Abu Dhabi. “Pretendo aproveitar ao máximo esta oportunidade”. Marcos Vinicius Sampaio Santiago, engenheiro mecânico de 25 anos, também não quer perder a chance. “Sei que podemos crescer como profissionais e como homens neste projeto. Além dos cursos que fizemos e ainda vamos fazer, inclusive os treinamentos para operação de plataforma, seremos formados em Engenharia de Petróleo na prática, graças aos ensinamentos que recebemos dos mais experientes”. odebrecht informa 46 educação Participantes do programa em Macaé: valorização do potencial das pessoas e preparação de líderes odebrecht informa Escola em ação, vidas em crescimento Voltado para crianças, jovens e adultos, projeto educacional em Macaé (RJ) tem a participação do poder público, da iniciativa privada e da comunidade texto Edilson Lima / fotos Roberto Rosa "A escola é minha segunda casa”, diz Deusdete Carvalho, carioca, casada, mãe de três filhos. Ela mora há 14 anos em Macaé (RJ) e sempre esteve envolvida com atividades na escola Engenho da Praia. Por isso, foi escolhida pela direção da escola para ser ali a coordenadora do projeto Escola em Ação. “Eu me preocupo com os alunos e com a conservação do espaço”, ela ressalta. O Projeto Escola em Ação, em Macaé, foi implantado em agosto de 2007, através da parceria entre Odebrecht Óleo e Gás (OOG), Unesco e Secretaria Municipal de Educação. Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico da cidade. A estratégia do programa é simples: escolas públicas abrem à noite e aos fins de semana para atividades culturais, esportivas e de cidadania, programas de profissionalização, inclusão digital e voluntariado empresarial. São oito escolas inseridas no projeto; quatro delas ingressaram em outubro de 2009. Voltado para crianças, jovens e adultos, o Escola em Ação tem a participação do poder público, da iniciativa privada e da comunidade. A iniciativa privada colabora com voluntariado e recursos financeiros. Murilo Bonfim Neto é um desses voluntários. Engenheiro da Odebrecht, ele dá aulas de inglês no projeto, e atraiu novos voluntários: Marcela Bonfim, estudante de odontologia, que auxilia Murilo nas aulas, e Edson Abílio Júnior, aluno do ensino fundamental, ambos experientes em informática. "Trocamos idéias com os alunos e educamos pelo exemplo. Pensando na perpetuidade do projeto, queremos formar novas lideranças", diz Murilo. A formação profissional se concentra nas áreas da Construção Civil, Caldeiraria, Desenho Industrial e Elétrica Industrial. Ministrados à noite, durante a semana, os cursos duram três meses, com duas edições por ano. Desde 2007, foram formados 406 alunos. Em 2009 foram 220. Em novembro, os alunos formados nas turmas do segundo semestre de 2009 receberam certificados. Odebrecht Informa esteve presente ao evento, no qual encontrou Manoel Moreira, 25 anos, ex-aluno do curso de Desenho Industrial, hoje integran- Resultados das oficinas • 37 oficinas realizadas • 500 participantes assíduos • 27 integrantes mobilizados pelo Programa de Voluntariado Corporativo • 33 voluntários comunitários capacitados: pais, líderes locais e professsores te da Odebrecht. "Comecei como ajudante de pintor, depois fui promovido a pintor industrial e agora sou líder de equipe de pintura. Sinto-me realizado graças ao Escola em Ação. Tudo isso em um ano e sete meses de trabalho." Para a alfabetização digital, está sendo introduzido no Escola em Ação o programa Caia na Rede. O objetivo é inserir no mundo da informática pessoas das comunidades e das empresas parceiras. Além disso, as bibliotecas das unidades de ensino serão informatizadas. Capoeira, pintura em tecido, música, teatro, futsal e hóquei são outras atividades do Escola em Ação, realizadas aos sábados. "Amo o futsal, é bom para o corpo e para a mente", diz a jogadora Thais Quintanilha, de 15 anos. Já Rosilda Rodrigues, professora de hóquei, há dois anos no Escola em Ação, revela: "O hóquei é uma paixão que eu tenho. Ensino os alunos com muito prazer. Eles se divertem, competem e aprendem”. Em todas as atividades do projeto, a valorização do potencial das pessoas está presente, de acordo com Rita Ippólito, coordenadora do Escola em Ação e da área de Responsabilidade Social da OOG. “Aqui elas não são números. São tratadas como indivíduos com potencial de crescimento.” odebrecht informa 48 argumento por Sergio Leão e vinício fonseca O valor das boas práticas sociais e ambientais e Existe uma crescente conscientização das lideranças políticas e empresariais sobre a necessidade de investir em melhores práticas sociais e ambientais. Em 2003, um conjunto de novas diretrizes para o financiamento de projetos de infraestrutura, conhecido como Princípios do Equador, foi adotado por um pequeno grupo de instituições financeiras. Hoje, 70 instituições financeiras privadas são signatárias do acordo. As mais importantes agências de crédito internacionais também adotam princípios semelhantes. O principal motivo para a aceitação dos referidos princípios é o consenso de que essas práticas contribuem para a obtenção de resultados positivos e diminuem o risco de impactos negativos para os projetos, seus patrocinadores e odebrecht informa financiadores. O maior obstáculo a uma aceitação mais ampla desses princípios é a ideia de que eles são apenas itens de custo, sem retorno garantido. Essa visão, entretanto, é posta em xeque por uma recente experiência no projeto da Hidrelétrica de Palomino, que a Odebrecht constrói na República Dominicana. Lá, a implementação de estudos ambientais específicos sobre a fauna facilitou a obtenção de créditos de longo prazo no valor de US$ 150 milhões em condições favoráveis através de linhas especiais de crédito do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Euler Hermes, a agência alemã de crédito para exportação. Isso ocorreu no auge da crise financeira, quando a maioria das fontes de financiamento estava fechada. Palomino é um exemplo do que a Odebrecht reconhece como programas sociais e ambientais adequados. Nos diversos projetos em que atua, a empresa coloca em prática os mesmos princípios de responsabilidade social e ambiental, para a geração de prosperidade. Sergio Leão e Vinício Fonseca, integrantes da Construtora Norberto Odebrehct, são, respectivamente, Responsável por Sustentabilidade e Responsável pelo Apoio a Financiamentos de Projetos Internacionais Leia a íntegra do artigo em www.odebrechtonline.com.br Para conhecer os Princípios do Equador acesse www.equator-principles.com acervo odebrecht ontem Rio de Janeiro acervo odebrecht O campus da UERJ (antiga Universidade do Estado da Guanabara) e o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro tiveram sua construção iniciada nos primeiros anos da década de 1970. A Odebrecht passava a viver sua fase de expansão nacional, e as equipes da empresa montavam acampamento e mobilizavam as frentes de serviço que fariam surgir no horizonte da cidade maravilhosa duas obras emblemáticas, as quais anunciavam, com seu porte e sua importância, novos tempos para o município de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundado por Estácio de Sá. foto: Sérgio Alberti Nas cidades paulistas de Limeira e Rio Claro e na capixaba Cachoeiro do Itapemirim, a Foz do Brasil realiza programas que têm possibilitado mudar o comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente. No programa Portas Abertas, a população de Limeira conhece as estações de tratamento de água da cidade. Em Rio Claro, a empresa é parceira em uma iniciativa que estimula alunos das escolas municipais a recolherem o óleo que teria como destino a rede de esgoto da cidade. O óleo é revendido para a fabricação de sabão e biocombustível. Em Cachoeiro, nascentes do Rio Itapemirim e 60 ha de mata ciliar foram recuperados graças ao programa Rio Vida Reflorescer, parceria da empresa com os proprietários de terras mananciais. odebrecht informa