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ANO XVII - Nº 196 BIMENSAL HALL OF FAME 2010! PONTOS VITAIS: As Compressões CARINA DAMM: Uma atraente valente aNo xVII - Nº 196 bIs bIMENsaL A REVISTA MAIS INTERNACIONAL DAS ARTES MARCIAIS • KENPO • KYUSHO • M.M.A. Artes do Japão: A essência do Ju Jutsu ENTREVISTA NOS EUA: Tu Jin-Sheng O famoso Mestre “PÉNIS DE FERRO” APRENDA COM O CAMPEÃO Nº 1 DO SHOOT DO JAPÃO Basta um CliC para estar no melhor que em Artes Marciais existe no teu idioMA… O Kyusho vai além de fazer pressão em um ponto vital determinado, tem a ver com as habilidades no combate e suas realidades implícitas. Sua eficácia e adaptabilidade permitem ao praticante ir mais longe dos simples batimentos, pontapés e agarres. Isto é especialmente valioso em situações em que as nossas possibilidades estão limitadas pelo espaço, como um autocarro, trem ou elevador. O que fazer nesses casos? Neste DVD, o Mestre Pantazi realiza um estudo avançado sobre a aplicação da compressão e força direccional em diferentes partes do corpo, para conseguir diversos resultados. Tanto puxando como empurrando, podemos controlar, ou até incapacitar determinadas zonas mediante o método da compressão. Podemos ver ideias similares em alguns estilos Marciais, mas que ainda não possuem a quantidade de objectivos e métodos presentes no Kyusho. As compressões podem ser perigosas e causar graves danos quando não trabalhadas apropriadamente. Por favor, não tratem de fazer as técnicas aqui mostradas, porque são poderosas e potencialmente muito perigosas. Este DVD foi realizado para isto ficar historicamente avisado. REF.: • KYUSHO16 Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata. RIAL O NECESSÁRIO SEGREDO “Quem sabe não fala, quem fala não sabe”. Lao Tse U m dos assuntos mais escabrosos da educação é enfrentar o facto de que impor uma coisa poderá funcionar circunstancialmente no exterior, mas não resolverá nunca uma mudança evolutiva no interior. O que tratamos de impor de acordo a valores morais, não funciona para produzir verdadeiras transformações interiores. A moral é como indica o seu nome, “costume”, por tanto algo mutável e à mercê da sempre mutante versão do que é “bom”, que se vai impondo ao longo da história. Mas se nos referimos à mudança interior, à evolução pessoal, esta só é possível a través da experiência e da compreensão próprias. Sempre me incomodou a pretensiosa superioridade daqueles que professam uma moral. Uma moral não é senão uma descrição do mundo; sem mais argumentos que aquele de que essa é a sua versão do que é correcto; são muitos os que acabam por querer que toda a gente veja a realidade do seu mesmo ponto de vista e se assim não for, aí vai ele convencer todos. Este hábito de acabar incomodando o vizinho é tão repetido na história da humanidade que se tor nou uma verdadeira mania, uma obsessão, especialmente tanto de religiosos como de políticos. Mas à hora de impor verdades, não importa o magistério que os “moralmente superiores” exerçam, pois sempre acabarão espezinhando qualquer outra visão do mundo alheia à sua. Dizia um sábio que o mal de todo nacionalismo é que tem como único destino tornar-se imperialismo. Por que não podemos viver e deixar viver? Lá dizia o grande Lao Tse que “Quem sabe não fala, quem fala não sabe”. Normalmente, o fanático é formado partindo do medo, da insegurança e da ignorância. A fuga se concretiza precisamente aí, na necessidade de impor essa sua visão do mundo, sempre parcial, e em tratar de vende-la como a “salvação”. Assim, quanto mais conta o seu credo, mais acredita nele; quanto mais transforma o mundo na medida da sua pequenez e que muitas 2 vezes seja tentando a pôr portas ao campo, mais conseguirá convencer-se a si próprio de que está com a razão, de que a sua verdade sem mácula está assistida pela Divina Graça ou pelo próprio Universo. Mas o certo é que as mais das vezes este género de pessoas atropelam os vizinhos, por que estão fugindo da sua lamentável realidade, o que geralmente é muito mais triste, e se aproximam mais a um estouvado ignorante, repetindo consignas e levado pelas suas próprias emoções defensivas, que a pessoas que desejam fazer o bem ao próximo. O povo sabe e o povo diz: O inferno está cheio de boas intenções! Impor a outros (ou a nós mesmos) uma moral não é solução a nada, é a compreensão das questões e experimentar acertadamente o que nos situará em posição de transcender, de deixar para trás por desnecessárias, visões do mundo, atributos, desejos ou pessoas que impeçam o nosso avance. É pois sobre os nossos defeitos e dificuldades que temos que ajustar-nos para crescer. Eles são a oportunidade para reflectir, que de uma ou de outra maneira temos (ou escolhemos) para transcender o nível actual; são o patamar que nos é oferecido como ajuda no caminho ascendente do nosso processo evolutivo. A repressão, a proibição, são só um estímulo para provocar uma força contrária. A imposição não serve para acontecer uma transformação. Por outro lado, dar renda solta às tendências é nitidamente a mais fácil maneira de ser prisioneiro delas. Nada vai substituir a reflexão sentida, a experiência contrastada no silêncio da solidão. Quem sabe escutar sempre acaba compreendendo, a vida escreve com em letras grandes as suas mensagens. Parte dos seguintes parágrafos são antes uma “oferta ao sol” que outra coisa, pois a mim o que me interessa é a minha própria transformação interior, mas não posso deixar de incluí-los, porque de alguma maneira “quem se cala concede”. E a isso vamos: Compreendo perfeitamente a necessidade social e histórica de regular umas bases de comum acordo e que tudo isso se tem de tornar uma legislação para encarrilar as relações humanas; mas atenção! que seja uma “moldura” que não corte a respiração do “quadro” que está obrigada a distinguir. A liberdade é o “quadro”, é o importante; as leis são só uma “moldura”. Legislar abundantemente (em breve vão até dizer-nos como temos de ir à casa de banho!) é ver como a “moldura” acaba por tapar o “quadro”, por tirar-lhe não só o protagonismo ao que realmente é importante, como também finalmente, acaba por matar aquilo que deveria honrar e servir. Resumindo, é confundir o dedo que aponta para a lua com a lua propriamente dita. O mau disto tudo é que só na terra da liberdade podem crescer novas soluções, pois estas sempre se dão fora dos caminhos já ermos, de tão pisados. Os caminhos de sempre levam ao lugar de “nunca”… Mas ao gosto de se impor aos outros, não há nada como juntar-lhe o prazer de conseguir que aqueles que acatam se sintam culpáveis. Não há melhor rebanho que aquele que com gosto vai pastar para onde o mandam ir. Um guerreiro não anda em rebanhos, porque não gosta da comida de manjedoura, mas também não andará sempre só, porque sabe da força de se juntar com semelhantes. Também não é um pastor, porque respeita a liberdade alheia, conseguindo assim ser fiel à ideia do próprio respeito que para si exige, mas comparte suas lições e descobertas com aqueles que participam com ele de um sonho comum livremente criado e adquirido. No entanto, nunca tratará de impor esse sonho a ninguém, por que seu roce com o infinito o fez humilde, porque respeita e sabe da importância da liberdade, porque para andar pelos caminhos que anda não vale fingir, pretender estar interessado. Com este panorama compreendo o motivo dos antigos adoptarem o segredo como única via para os verdadeiros exploradores do desconhecido. Por mais que os Editorial Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com guerreiros da consciência estamos interessados em coisas muito práticas, em conquistas muito mais duradoiras e significativas que o resto dos mortais, o certo é que dado que esses interesses nos fazem andar por caminhos pouco transitados, acabamos sendo chamados loucos; no entanto e dado que certo poder nos assiste, o resto dos mortais acabam por nos ver com um certo temor. Medo e Temor… O seguinte passo é acender as fogueiras, porque se o destino do comum dos mortais já é patético, a mãos dos “convencedores”, o dos livre pensadores, e o que é pior, dos “livre fazedores”, podemos imaginar o resto. Chegados a este ponto, os antigos guerreiros da consciência (que eram muito espertos apesar de não terem bidés) e conheciam de perto o vício humano de proibir, de confiscar a liberdade do outro para convence-lo de seus próprios erros, decidiram que as suas coisas eram e seriam sempre coisa de poucos e que tudo isso obrigava a manter segredo, não por que se tivesse que esconder “o mistério”, que estava aí à vista de todo aquele que soubesse olhar, mas por garantir o respeito que eles sabiam dar mas nunca receberiam. Tudo o que é bom da humanidade surgiu da transgressão de uns poucos que não se conformaram comendo da mesma manjedoura. Suas conquistas alimentaram mudanças e evolução, e o crescimento ulterior dos grupos, mas a verdade é que muitos daqueles visionários foram perseguidos, por vezes simplesmente por contar e compartilhar suas descobertas. Hoje continua acontecendo exactamente o mesmo e o pior é que no marco das sociedades modernas, investidos na crença de que somos o máximo, já nem nos apercebemos de que estamos asfixiando toda possibilidade de crescimento. De tanto cuidar a plantinha da Liberdade matamo-la lentamente, sufocada sob o peso de leis e regulamentos que parecem que não ter fim e de uma moral “boazinha”, que assente na sua superioridade moral não admite questionamentos. Tinham razão os antigos acerca do segredo e é que nada se pode comparar com o exemplo da natureza; na cúspide da cadeia trófica, só podem habitar uns poucos. Assim no material…, assim no espiritual. Só mudaram as formas, no fundo, a estupidez humana perdura no essencial; hoje, o segredo também é necessário. 3 BRUCE LEE ED PARKER’S KENPO Em um espaço pequeno e cheio de pessoas, é impossível dar pontapés e socos, ou aplicar chaves. O que fazer? É então quando o Kyusho surge como um elemento imprescindível. O Grão Mestre Planas é uma autêntica lenda do Kenpo, um estilo no qual tem sabido seguir a trilha de seu desaparecido Mestre Parker, desenvolvendo todo o inacreditável potencial implícito naqueles passos seguidos por Ed. p. 58 MMA p. 14 UFC p. 06 Com onze vitórias, duas derrotas, dois empates e seis defesas de cinturão, Alexandre Pequeno é o lutador que no mundo todo reteve durante mais tempo um cinturão de um evento de MMA. “CINTURÃO NEGRO” é uma publicação de: BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. Central internacional: C/ Andrés Mellado, 42 – 28015. MADRID. Tel. (34) 91 897 83 40. Fax. (34) 91 899 33 19 p. 30 CINTURAO NEGRO NO MUNDO Uma entrevista com uma bonita guerreira, a brasileira Carina Damm, que conta actualmente com 15 vitórias e apenas quatro derrotas e espera ansiosamente que o UFC se abra à categoria feminina. "Budo International" é um grupo Editor Internacional no âmbito das Artes Marciais, que conta com as melhores empresas especializadas nessa área de todo o mundo, sendo, a nível mundial, o único grupo editor a publicar revistas especializadas em Artes Marciais em sete idiomas, chegando a mais de 55 países em três continentes. Alguns destes países são: Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Estado Unidos da América, Canadá, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Croácia, Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, México, Peru, Bolívia, Marrocos, Venezuela, Senegal, etc. HALL OF FAME 2010 Como já é habitual, no mês de Outubro há um e n c o n t r o combinado no mundo de as Artes Marciais, o “Hall of Fame” na cidade de Valência. Assim foi como decorreu. p. 24 QIGONG Muitos especialistas consideram o Mestre TU JIN-SHENG um dos melhores expoentes a nível mundial de um método de trabalho com a energia, ou Qigong, conhecido como “Pénis de Ferro”. p. 50 Presidente: Estanislao Cortés. Conselheiro Delegado e único Gerente: Alfredo Tucci. Direcção de Arte: Alfredo Tucci. Chefe de Produção: Marga López-Beltrán García. E-mail: magazine@budointernational.com. Chefe de Produção de Vídeos: Javier Estévez. Chefe de Distribuição e Material: Fernando Castillejo Sacristán. Administração: José Luis Martínez. Tradutores: Brigitte de le Court, Cristian Nani, Celina Von Stromberg. Publicidade: Tel. (34) 91 897 83 40. Colunistas: Don Wilson, Yoshimitsu Yamada, Cass Magda, Antonio Espinós, Jim Wagner, Coronel Sanchís, Marco de Cesaris, Lilla Distéfano, Maurizio Maltese, Bob Dubljanin, Marc Denny, Salvador Herraiz, Shi de Yang, Sri Dinesh, Carlos Zerpa, Omar Martínez, Manu, Patrick Levet, Mike Anderson, Boulahfa Mimoum, Víctor Gutiérrez, Franco Vacirca, Bill Newman, José Mª Pujadas, Paolo Cangelosi, Emilio Alpanseque, Huang Aguilar, Sueyoshi Akeshi, Marcelo Pires, Angel García, Juan Díaz. Fotógrafos: Carlos Contreras, Alfredo Tucci. Impressão: SERGRAPH. Amado Nervo, 11 - Local 4. MADRID. Distribui: MIDESA PORTUGAL – Distribuição de Publicações, S.A. Rua da República da Coreia, 34. Ranholas, Sintra. Depósito Legal: M-7541-1989 Campeão invicto do Shooto (categoria até 65kg) Alexandre é o único lutador na história do Vale-Tudo a vencer seis defesas de cinturão consecutivas, sendo conhecido no Japão como Rei do Shooto. Alexandre “pequeno” antes de por “pequeno” de seu apelido devia ser conhecido como Alexandre “Magno” por seu bom carácter, magnifica disposição, seriedade e fiabilidade, nada a ver com a fama do carioca, sendo ele como é do Rio de Janeiro. Simples, tranquilo, gentil, quando entra em um ringue se transforma de repente numa máquina de finalizar adversários. O seu segredo? Técnica depurada e mente inquieta que procura sempre novas respostas a velhas questões. É essa técnica que o fez famoso e que agora ele quer partilhar connosco neste seu primeiro DVD com Budo International; um trabalho que inicia uma série de colaborações que culminarão com um livro e sem dúvida alguma com outro DVD, para felicidade dos apaixonados pelas Artes Marciais Mistas e pelo Grappling. Atenção! Indispensável! Alfredo Tucci 6 Lendas do Vale-Tudo “Com onze vitórias, duas derrotas, dois empates e seis defesas de cinturão, Pequeno é o lutador a manter por mais tempo um cinturão de um evento de MMA no mundo” 7 A história de Alexandre Franca Nogueira, também conhecido como “Pequeno” Nos idos de 1994 o franzino Alexandre (1,66m e 60kg) saiu de casa para comprar leite para mãe, no bairro da Urca no Rio de Janeiro. Quando passou em frente a academia de Luta-Livre e resolveu entrar para ver do que se tratava. Ao avistar aquele garoto pequeno e muito tímido assistindo ao treino, o renomeado faixa preta de Luta-Livre Eugénio Tadeu resolveu convidá-lo para treinar. “Na época só tinham caras pesados lá na academia, por isso coloquei ele para treinar com uma menina”, lembra Eugénio. Aquele treino mudou a vida do garoto. “Ela me finalizou de todos as maneiras que você puder imaginar, apertou o meu pescoço, me estalou todo. Não conseguia conceber um homem apanhando de uma mulher, por isso resolvi me dedicar para valer”, comenta o garoto que depois deste fatídico dia passou a frequentar assiduamente a academia, recebendo o apelido de Pequeno. Onze anos se passaram e o garoto que um dia “apanhou” de uma mulher hoje em dia não apanha de ninguém no mundo, pelo menos em sua categoria de peso (até 65kg). Desde aquela entrada na academia de Eugénio Tadeu, Pequeno descobriu seu talento natural para a luta e, com muita dedicação apurou sua técnica e ficou famoso por finalizar a maioria de seus 8 oponentes com sua temida “guilhotina” (estrangulamento pela frente). Em 1998 Alexandre recebeu um convite para lutar Vale-Tudo na principal organização de pesos leves do mundo, o Shooto japonês e desde então vem percorrendo uma trajectória única no MMA mundial. Com onze vitórias, duas derrotas, dois empates e seis defesas de cinturão, Pequeno é o lutador a manter por mais tempo um cinturão de um evento de MMA no mundo, sendo conhecido no Japão como Rei do Shooto. Pequeno é Heptacampeão No último dia 11 de Março, esse brasileiro de 1,66m e 64kg ampliou seu recorde, vencendo sua sexta defesa de cinturão da categoria Lightweight do Shooto, contra o faixa preta de Jiu-Jitsu, João Roque (Nova União), primeiro do ranking da categoria. Se no exterior a importância da luta se devia ao encontro de duas feras do Lightweight, no Brasil, a disputa ganhava contornos ainda maiores, por trazer de um lado, o maior representante da Luta-Livre na actualidade, Pequeno, contra um dos faixas pretas mais celebrados do Brazilian Jiu-Jitsu, João Roque, o mais duro oponente de Royler Gracie nos tatames. Pequeno dominou as acções desde o início do confronto encaixando uma chave de pé ainda no primeiro round. “Chegou a estalar! Se ele não tivesse caído para fora do ringue, teria batido. Não entendi nada quando o juiz mandou voltar a luta em pé”, lamenta Pequeno, que em seguida seria atacado com sua principal arma, a guilhotina. “A guilhotina dele estava meio cega. Ele me encaixou um golpe em que sou especialista e sei qual é a melhor defesa para ele. Levantei-o e dei uma queda do terceiro andar”, recorda Pequeno. O segundo e o terceiro rounds transcorreriam praticamente como uma cópia do primeiro, com Pequeno levando vantagem na trocarão em pé e derrubando o oponente diversas vezes. No chão, Alexandre buscava a passagem de guarda e também atacava no ground'n pound. A eficiência dos socos de Pequeno, da lateral e da guarda, abriu o supercílio de João Roque, que precisou ser avaliado pela equipe médica no final do segundo round. No final, a superioridade de Alexandre Pequeno foi confirmada na opinião dos três juízes que por unanimidade mantiveram-no com o cinturão e com o título de maior campeão da história do Shooto. Além de João Roque, outros cinco lutadores tentaram tirar o cinturão do brasileiro. O primeiro desafiante foi Uchu Tatsumi, a segunda vítima da guilhotina, em 27 de Agosto de 2000. Depois, Pequeno voltaria a botar o cinturão em jogo no dia 2 de Setembro de 2001, quando a guilhotina voltou a actuar, desta vez contra Tetsuo Katsuta. Katsuia Toida seria o terceiro “Em 1998 Alexandre recebeu um convite para lutar Vale-Tudo na principal organização de pesos leves do mundo o Shooto japonês e desde então vem percorrendo uma trajectória única no MMA mundial” “Meu pai não tinha condições de pagar a academia então eu pescava polvos, mariscos, lagostas e peixes e vendia para um restaurante japonês perto da minha casa” desafiante, em 16 de Dezembro do mesmo ano, e o primeiro a resistir até o fim da luta, sendo derrotado por decisão unânime. Hiroyuki Abe bateria para um mata-leão em 14 de Dezembro de 2002 e Stephen Palling seria o único a não perder em disputa de cinturão, ficando no empate em 10 de Agosto de 2003. O começo de tudo Quando começou a treinar Luta-Livre descobrindo seu talento inato para o esporte, o filho do Garçom Pedro Nogueira da Dona de Casa Marilene, passou a fazer de seu hobby, a caça submarina, uma maneira de pagar a academia de Luta-Livre e poder continuar treinando. “Meu pai não tinha condições de pagar a academia, então eu pescava polvos, mariscos, lagostas e peixes, e vendia para um restaurante japonês perto da minha casa”, lembra o campeão que na época passou a treinar uma média de seis horas diárias. Logo os grandalhões da academia começaram a bater para o franzino pescador que passou a fazer visitas esporádicas em academias de Jiu-Jitsu. “Naquela época a rivalidade era grande entre Jiu-Jitsu e Luta-Livre mas como eu não tinha muita variedade de treinos na minha academia, comprei um quimono e passei a visitar as academias de Jiu-Jitsu todas as quartas. Num dia ia no Royler, outro no Carlson outro na Nova União (André Pederneiras), outro no De La Riva e assim fui ganhando experiência”, lembra o actual campeão do Shooto que nem sempre tinha uma recepção calorosa. “O treino no Carlson foi o mais tenso. Ele descobriu que eu era da Luta-Livre e mandou o pessoal me arrochar legal”, recorda Alexandre que teve uma recepção diferente na academia Gracie. 11 “O Royler me viu treinar com alguns de seus alunos e depois do treino me mostrou um monte de revistas japonesas en que o Rickson saiu na capa, me convidando para treinar com eles”, revela Pequeno. A falta de competições de Luta-Livre levou Pequeno a testar sua técnica de quimono no campeonato Estadual de Jiu-Jitsu de 1994. Resultado, finalizou quatro rivais - três com sua temida guilhotina e um com uma chave de pé se sagrando campeão estadual de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro. Num momento onde só se falava em Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro, Pequeno mostrou que a Luta-Livre também tinha seu valor e conquistou seu lugar ao sol tendo oportunidade de treinar em várias academias, como o Brazilian Top Team de Rodrigo Minotauro. “O Pequeno não é um cara normal para o peso dele. Além de ter uma muito boa técnica, tem a força de um cara de 85kg”, explica o ex-campeão pesado do Pride, que passou um ano tendo Pequeno como companheiro de treinos. Hoje, o aluno de Eugénio Tadeu treina na Shooto Brazil Dojo, uma equipe que reúne os talentos curitibanos Anderson Silva e Pelé Landy. “Apesar de morarmos a 800km (distância entre Rio e Curitiba) esta parceria está funcionando bem. Estou ajudando eles na parte de chão e eles estão afiando a minha parte em pé. Sempre que vou lutar passo 20 dias lá em Curitiba”, conta o heptacampeão. Depois de tantas defesas de título, Pequeno sonha agora em subir de categoria: “Ouvi dizer que no final do ano o Pride vai fazer um torneio com os oito melhores lutadores do mundo até 70kg, já fui sondado e gostaria muito de participar”, revela o Rei do Shooto deixando claro que por enquanto, não tem planos para subir de categoria no Shooto. “Só vou me arriscar na categoria de cima, caso a proposta financeira seja boa”, garante o lutador. Ao que tudo indica, o reinado de Alexandre, o pequeno, ainda deverá durar alguns anos. 12 “A falta de competições de Luta-Livre levou Pequeno a testar sua técnica de quimono no campeonato Estadual de Jiu-Jitsu de 1994. Resultado, finalizou quatro rivais - três com sua temida guilhotina e um com uma chave de pé - se sagrando campeão estadual de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro” O gigante dos ringues em números - Altura: 1,66m - Peso: 65kg - Idade: 27 anos - Cartel: 12 vitórias, duas derrotas e dois empates - Das doze vitórias, nove foram por finalização, uma por nocaute e duas por decisão unânime - Entre as nove finalizações, sete foram com a sua famosa guilhotina - Nunca foi finalizado em um ringue de MMA - Venceu seis defesas do cinturão Lightweight do Shooto, sendo o único no mundo a ficar tanto tempo com um cinturão de um torneio de MMA Lendas do Vale-Tudo 13 Características inovações e uma nova maneira de ver o combate como um todo em movimento sobre um cenário de forças, sem limite estabelecido, foram nos anos sessenta um salto de gigante frente aos estilos linear es e extr emamente rígidos de extremo Oriente. A revolução dos conceitos foi total! Ed Parker entrou na história com uma cruzada que pretendia ir além das visões convencionais do combate. A sua transgressão continua viva em seus alunos e sem dívida marcou tendência no que diz r espeito a estilos mar ciais. O que hoje entendemos como um questionamento do confronto “eficaz” entre duas forças, recebeu um enorme impulso naqueles anos épicos em que a Califórnia foi o berço da remodelação, do futuro. Todo estilo que se preze procura extrapolar conclusões partindo de técnicas que empiricamente funcionem. De tudo isso se extraem princípios tendentes a serem repetidos e dos quais se extraem regras cuja aceitação promoverá melhores opções para o combatente. Neste artigo, Carlos Jódar, aluno dilecto do Grão Mestre Planas na Europa, apresenta seu último trabalho que precisamente entra em profundidade em algumas destas questões. Texto: Carlos Jódar Fotos. © A. Tucci 14 American Kenpo O Grão Mestre Planas é uma autêntica lenda do Kenpo, um estilo no qual tem sabido seguir a trilha de seu desapar ecido Mestr e Parker, desenvolvendo todo o inacreditável potencial implícito naqueles passos seguidos por Ed. Não são muitos os titãs daqueles tempos épicos que ainda estejam em activo, alguns deles já morreram, outros se encontram em um estado de saúde que os impossibilita de ensinar. Por isso é um prazer e uma honra poder apresentar um grande trabalho, este novo DVD que fará pensar muito a todos aqueles interessados no combate, seja qual for o estilo, mas evidentemente é um trabalho indispensável para todos quantos estiverem ligados ao Kenpo, o Kajukenbo, os Sistemas Havaianos, o Karaté de combate ou à defesa pessoal. Um trabalho cheio de ideias brilhantes, de visões extraordinárias e perspectivas, das quais como mínimo podemos dizer que levam os amantes do combate à reflexão. Um DVD que não devem deixar passar e que com or gulho apr esentamos no nosso catálogo, um catálogo, amigos de Budo, que já ultrapassou todos os recordes da história mar cial com 600 títulos com pessoas de uma inquestionável categoria. 15 Kenpo Americano O 16 Kenpo de Ed Parker é actualmente um dos sistemas de Kenpo mais praticados no planeta. No momento da sua criação e evolução por parte do Mestre Parker, constituiu uma revolução nos sistemas de defesa pessoal, que por sua vez deu lugar a enormes críticas para o seu criador por parte dos sistemas clássicos, por não seguir os cânones tradicionais e criar um sistema "impuro", eliminando e adicionando o que achava conveniente. Assim evoluiu até criar um sistema novo, com personalidade própria e com uma alta percentagem de inovação pessoal de Parker. Grande parte dessa evolução é devida à incorporação de teorias do movimento, que Parker estruturou para apoiar e dar um sentido mais científico à aplicação prática das técnicas. Estas teorias são a coluna vertebral do sistema e todas elas aspiram, de diferentes maneiras, a potenciar a efectividade do estudante em um confronto. Para um estudante moderno já não basta repetir uma técnica copiando do mestre, agora ele deve perceber de uma maneira teórica e científica os motivos de cada movimento, qual a sua finalidade e em que teoria aplicada se baseia. O Kenpo de Ed Parker se define como um "Estudo do movimento baseado em um conjunto de princípios e regras". Muito já foi escrito (ainda que nunca suficiente) dos princípios e conceitos do Kenpo, mas nem tanto acerca do que denominamos Regras do Movimento. É por isso que neste artigo tentamos aprofundar em algumas das regras do Kenpo mais utilizadas nas técnicas de defesa pessoal. O termo "Regra" por si só pode levar-nos a engano. Sempre se tem dito que o Kenpo é um sistema livre que se adapta ao estudante e que não responde a uma maneira única, rígida e regrada de trabalhar. Isto é assim e de facto, todo praticante de Kenpo não só pode como também deve variar, alterar e formular as técnicas do p r o g r a m a constantemente, isso sim, sempre que mantenha os princípios do movimento. Quando falamos em regras referimo-nos à maneira mais segura de fazer uma coisa em um suposto determinado. A regra nos indica um factor a ter em consideração numa situação determinada, que se repete constantemente em situações de defesa pessoal. Habitualmente são apresentadas de uma maneira na qual "Sempre" que se está numa situação determinada, devemos fazer algo. Quando dizemos sempre, nos referimos a 99% das vezes, posto que também ensinamos como em ocasiões, as regras podem não ser seguidas por diferentes motivos e como se deve fazer. Pode acontecer que sem seguir uma regra os resultados também sejam bons e que a técnica funcione, mas devemos compreender que seguindo-a, certamente poderá ter maiores opções de êxito. Pondo um exemplo com os princípios da potência, pode acontecer que um soco sem rotação do corpo possa provocar um KO em um determinado momento, mas não é a melhor maneira de executá-lo para adquirir potência. Por isso, no Kenpo não falamos de se uma coisa está Bem ou Mal feita, mas de uma coisa que está Bem ou Melhor feita. Tendo em consideração esta pequena introdução, passamos a indicar algumas das regras mais usadas no Kenpo. "Sempre que se usar a mão adiantada, posição Neutral e sempre que se usar a mão atrasada, posição de Arco adiantado" Estas são as regras que ensinam as formas 1 curta e 1 comprida, respectivamente. É uma regra básica que ensina ao estudante a correcta mecânica corporal no momento de utilizar ambas mãos. Usando a mão adiantada para interceptar ou bater, a posição Neutral nos permite ter mais alcance e manter o nosso corpo em um ângulo de 45 graus sem expor a nossa linha central ao oponente, além de permitir carregar a nossa mão atrasada como arma de reforço. Usando a m ã o a t r a s a d a , a p o s i ç ã o d e a rc o adiantado nos oferece três vantagens indispensáveis: proporciona-nos alcance suficiente devido a que o ombro atrasado está igual em distância com o adiantado, dá-nos potência de torção devido à rotação das ancas, além de massa de re f o r ç o , e n o s o f e re c e u m â n g u l o d e re f o r ç o n a p e r n a a t r a s a d a , q u e n o s permite absorver de maneira estável parte da força gerada em sentido contrário ao batimento. Dois exemplos de técnicas que utilizam estas regras seriam "Delayed s w o rd " ( re g r a d a m ã o a d i a n t a d a ) e " C a l m i n g t h e s t o r m " ( re g r a d a m ã o atrasada). Como excepções a esta regra quando não é levada a feito, existem várias formas como quando usamos a mão atrasada para defender (segunda parte da forma comprida 1), usamos a mão atrasada numa zona vulnerável (ataque aos olhos na forma comprida 2), ou quando usamos ambas mãos simultaneamente (forma curta 2). "Sempre que se bater com o cotovelo em profundidade, deve ser feito um arraste" Esta regra é relativa aos princípios de potência. Numa sequência técnica é habitual passar da distância média à distância curta (ou ao contacto penetrante). Isso indica que o mais provável é que o batimento anterior a um cotovelo tenha sido um batimento com o braço estendido ou inclusivamente com a perna. Ao passar a um ataque que utiliza a arma de curto alcance, como é uma cotovelada, deve ser feito um ajuste com os pés para se ficar na distância adequada. Além de ganhar a distância necessária para o ataque, os arrastes (shuffle) são vitais para conseguir potência. O princípio da potência relativa ao eixo de profundidade é massa de reforço, portanto, faz-se indispensável realizar um arraste de pés para poder mover o corpo em um plano horizontal juntamente com o batimento e gerar assim a máxima efectividade na cotovelada. Em geral podemos dizer que os arrastes não são uma parte da técnica e que se fazem sempre que necessários. Esta regra é constantemente usada no programa de técnicas como em "Shielding Hammer", "Flashing Wings", "Broken Gift", etc. Como excepções à regra podemos dar exemplos como quando batemos com o cotovelo avançando com passo ("Brushing the Storm"), o que também mantinha o princípio de potência e só modificaria o ajuste de pés, ou quando o oponente avança para nós e não precisamos 17 ganhar distância e a potência vem dada pela força prestada ("Glancing Spear"). "Nunca bater duas vezes na mesma zona" Esta regra tem relação com o princípio de acção e reacção e com o conceito de oportunidade sequencial. Baseia-se na reacção espontânea natural de uma pessoa quando lhe batem. Quando se sente dor numa zona determinada, o cérebro reage cobrindo essa zona que foi magoada, para que não possa voltar a ser atingida. Coloquialmente acostumamos a dizer que "nos prendemos de onde nos dói". É por isso que normalmente, se batemos em alguém na cara, a pessoa tem tendência a tapar essa zona imediatamente após ter recebido o batimento. O mesmo acontece e de maneira mais exagerada, em zonas vulneráveis como são olhos, garganta ou genitais. Também é possível que um objectivo que é alcançado por um golpe se desloque tanto que não possa voltar a ser alcançado imediatamente. Por isto é que dizemos que quando batemos numa porta que vemos aberta, esta se fecha, mas por sua vez abre outra que passará a ser o nosso seguinte objectivo e assim sucessivamente, ao longo da nossa sequência de batimento. Encontramos continuamente esta regra em técnicas como "Thrusting Salute", "Flashing Mace" etc. Excepções a esta regra geral podemos encontrá-las em casos determinados como quando temos controlado um braço do oponente e ele não se pode cobrir ("Mace of Agression"), nos compostos ("Gathering Clouds") ou quando não permitimos que ele se cubra ("Fatal Cross"), o que nos permite, sem problemas, bater duas vezes numa mesma zona. "Sempre que usamos torção como princípio de potência principal, devemos fazer basepivotante" A regra da torção é uma das mais importantes e também uma das mais esquecidas pelos estudantes. Como seu próprio nome indica, faz referência à maneira ideal de gerar potência. A torção é o princípio de potência correspondente ao eixo de largura e é gerado a partir da força de rotação. Para existir a suficiente potência para gerar um batimento maior, o corpo deve sempre 18 mover-se simultaneamente com o batimento, obedecendo ao princípio de harmonia direccional. No caso da torção, também se deve ter em consideração outro factor: a base. O que a regra nos está indicando é que não se pode gerar potência suficiente se giramos no ar. Os dois pés devem estar no chão antes de usar torção como princípio de potência principal. No caso no que se tiver um pé no ar (tanto seja por se ter pontapeado ou por simplesmente estar dando um passo), o melhor é esperar que o pé chegue ao chão e justamente nesse momento fazer uma rotação o corpo para lançar o golpe com torção. Se fizermos uma rotação enquanto o pé ainda estiver no ar, não geramos potência suficiente no nosso movimento, por não haver uma base sobre a qual girar com força. Muitos praticantes esquecem esta regra pensando que se perde tempo esperando a chegar ao chão, e que eliminam um movimento extra girando no ar e batendo ao mesmo tempo que se apoiam. Sem dúvida isto está errado, posto que em Kenpo jamais sacrificamos a potência no momento de bater. De facto, gerar potência com precisão é a nossa máxima prioridade por diante da velocidade. De nada serve lançar um batimento milésimas de segundo antes, se esse batimento não vai resultar suficientemente efectivo. Exemplos claros de técnicas onde muitos estudantes esquecem aplicar esta regra seriam os primeiros movimentos de "Obscura Sword", "Circling Wing", ou "Lone Kimono", entre outros. Algumas formas de usar torção de outra maneira podemos encontrá-las só em casos em que usemos a força de rotação para pontapear ("Rotating Destruction") ou em casos em que a torção exista mas o princípio de potência principal seja outro ("Leaping Crane"). "Nunca usar um passo em profundidade antes de uma guarda cruzada na saída" Esta é a denominada regra do “cover out”. Ela nos indica a maneira mais segura de afastar-nos do oponente após ter realizado uma técnica. O cover out (saída em guarda) do Kenpo é uma manobra de pés muito característica no sistema de Ed Parker. Na maioria dos casos, após ter realizado uma técnica de defesa, nos afastamos do adversário para termos uma distância de segurança entre ele e nós. Esta regra nos mostra a maneira mais segura de criar essa distância. Supostamente, no momento de nos afastarmos do oponente, este se encontra ainda perto de nós, e mesmo que lhe tivermos batido, devemos contar com a possibilidade de que ainda possa realizar um ataque enquanto nos afastamos dele. Se nos afastarmos directamente dando um passo em profundidade para trás, no momento intermédio em que os meus pés estão mais juntos, o meu corpo fica de frente expondo a minha linha central ao oponente. Isto é muito perigoso visto que estando ainda tão perto dele, um possível contra-ataque da sua parte, em zonas tão vulneráveis poderia causar-nos muitos problemas desnecessários. É por isso que o nosso primeiro passo sempre será uma guarda cruzada frontal com o pé adiantado, ficando numa posição de twist (cover step) o que nos permite afastar-nos dele em guarda, sem expormos os nossos objectivos da linha central. Uma vez fora do alcance do oponente, daremos o passo em profundidade para completar o duplo cover out e cobrir os 360º em volta. Esta regra pode ser vista em praticamente todas as técnicas do programa, com muito poucas excepções, como poderiam ser algumas técnicas onde criamos suficiente distância de segurança com o último batimento e não é necessário o cover step ("Osbcure Sword"). "Sempre que cruzarmos o nosso corpo ou o corpo do oponente de um lado para outro, levemos alguma coisa" Esta é a denominada regra do grou. Normalmente faz referência a uma maneira de inserir movimentos menores entre os maiores, usando a economia de movimentos. Em muitas ocasiões, durante uma sequência técnica queremos bater em um objectivo determinado, mas a nossa arma não está carregada no lado apropriado, o que nos obriga a cruzar o corpo do oponente para levá-la para o lado correcto de onde lançar o golpe. O que a regra nos propõe é que posto que a n o s s a mão deve passar por diante do o p o n e n t e , aproveitemos este percurso para executarmos algum ataque, geralmente menor, visto não ser o ataque principal. Levando alguma coisa, aproveitamos ao máximo o movimento, magoando continuamente o oponente para não lhe dar tempo a reagir e dando ocasião de uma maneira mais segura, aos ulteriores batimentos maiores que finalizarão com o oponente. Do que se trata é de causar o máximo dano possível em cada movimento que fazemos, sem desperdiçar nenhum deles. Esta regra é utilizada em múltiplas técnicas como "Shield and Sword", "Triggered Salute" ou "Flashing Wings", entre outras. Como excepção a esta regra, gostaria de usar outra regra que directamente tem a ver com esta: "Nunca deixar que uma regra menor sacrifique a técnica" Isto quer dizer que a regra principal é aconselhável sempre que o inxerto utilizado não nos obrigue a modificar o resto da ulterior sequência maior. "Sempre que um movimento incluir um agarre, devemos ter a certeza de que fazemos o agarre antes de dar o passo" 19 Esta regra faz referência a casos muito determinados mas que se dão em grande quantidade de técnicas. Muitas vezes encontramos situações em que antes ou depois de bater em um oponente, queremos agarrá-lo e deslocá-lo em alguma direcção, o que inclui não só agarrar um oponente, como também dar um passo para poder mover-nos nós e move-lo a ele. É normal nestes casos ver o estudante agarrando e dando o passo simultaneamente, o que de entrada pode parecer a maneira mais rápida de faze-lo seguindo o princípio de economia de movimentos. Em muitos casos isto é assim e não surge problema algum. Mas outras vezes não. Acontece com frequência que fazendo ambas coisas simultaneamente, o agarre não é seguro e quando dá o passo o estudante não conseguiu agarrar o oponente e a sua distância já não lhe permite faze-lo, pelo que fica exposto a possíveis ataques do oponente por este não ter sido neutralizado nem desequilibrado. Por isso, esta regra nos ensina a assegurarmos o agarre primeiro e dar o passo imediatamente depois, para não ter problemas, posto que apesar de em muitas ocasiões poder resultar bem fazendo-o ao mesmo tempo, em Kenpo não gostamos de brincar com probabilidades nem deixar nada à sorte. Exemplos desta regra estão em técnicas como "Obscure Sword", "Defying the Storm", "Snakes of Wisdom", etc. Em alguns casos onde o tempo de exposição do qual dispomos é muito curto ou quando precisamos dar o passo para ganhar distância, para agarrar com mais estabilidade, estaríamos obrigados a fazer ambas coisas simultaneamente ("Dance of Death"). "Sempre que estivermos entre os braços do oponente, anulamos a sua altura" É a chamada regra interior. Consideramos estar entre os braços do oponente a situar-nos diante dele tendo defendido seu ataque por dentro, o que nos situa à mesma distância de seus dois braços. Situar-nos justamente diante do lado forte do oponente tem suas vantagens e inconvenientes. A vantagem mais importante é que nos oferece toda a sua linha central, o que inclui os melhores objectivos possíveis no momento de bater desde os olhos até os genitais. No entanto, o maior inconveniente de sair por dentro é que encontramos um enorme número de armas de reforço do oponente, com as quais nos pode bater (cabeça, braços, cotovelos, pernas, joelhos, etc.). Por isso, situar-se entre os braços do oponente também é muito mais perigoso para nós. A regra diz-nos que a melhor opção si estivermos nessa situação é neutralizarmos a sua altura e assim de maneira imediata, também neutralizar seus possíveis ataques. A maneira mais habitual para fazer isto no programa de técnicas é pontapeando os genitais o antes possível, aproveitando que temos a sua linha central disponível. Este regra é seguida em grande variedade de técnicas como "Delayed Sword", "Hooking Wings", "Checking he Storm", etc. Esta regra, como todas as outras, pode ser quebrada sempre que de maneira apropriada se faça como nos casos em que batemos directamente em objectivos vulneráveis justamente depois de interceptar ("Five Swords") ou em casos em que temos controladas as armas e as dimensões do oponente ("Parting Wings"). Estes são só alguns exemplos de regras utilizadas no Kenpo de Ed Parker, mas existem muitas mais. Assim como muitos dos princípios, conceitos e teorias do sistema, são universais e podem ser usadas por estudantes de qualquer outra arte marcial, indistintamente. O importante é compreender a lógica existente em todas elas e aplicá-las da maneira apropriada para conseguir a máxima efectividade na defesa pessoal. 20 A Essência do Jutsu e o instinto de guerra ao longo dos tempos “Animais lutam, mas não travam guerras. Apenas o homem - único entre os primatas - pratica a essa larga escala, deliberada e entusiástica destruição de seus semelhantes.” Hans Magnus Enzensberger T odo ser vivo, não importando o quão grande ou pequeno seja, possui um instinto violento natural. Esse instinto nada tem a ver com raça ou local de origem, mas à básica necessidade de sobrevivência. Entretanto, como entender o instinto para a guerra, o feeling que compõe a alma de todo grande guerreiro da história, e que inspirou sagas e conquistas com rastros de violência e morte? Qual o mistério do espírito buscado pelos praticantes das artes de Koryu? Instinto [do latim instinctu] 1. Tendência natural; aptidão inata. 2. Força de origem biológica, própria do homem e dos animais superiores, que actua de modo inconsciente, espontâneo, automático, independente de aprendizado. 3. Espécie de inteligência rudimentar que dirige os seres vivos em suas acções, à revelia de sua vontade e no interesse de sua conservação. O instinto torna-se inteligência instinto, age-se sem raciocinar; pela inteligência, raciocina-se antes de agir. No homem, confundem-se frequentemente as ideias instintivas com as ideias intuitivas. Instintos são pressões que dirigem um organismo para determinados fins particulares. Quando Freud usa o termo, ele não se refere aos complexos padrões de comportamento herdados dos animais inferiores, mas aos seus equivalentes humanos. Tais instintos são "a suprema causa de toda actividade" (1940). Freud reconhecia os aspectos físicos dos instintos como necessidades, enquanto denominava seus aspectos mentais de desejos. Os instintos são as forças propulsoras que incitam as pessoas à acção. Todo instinto tem quatro componentes: uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um objecto. A fonte é quando emerge uma necessidade, podendo ser uma parte ou todo corpo. A finalidade é reduzir essa necessidade até que nenhuma acção seja mais necessária, é dar ao organismo a satisfação que ele deseja no momento. A pressão é a quantidade de energia ou força que é usada para satisfazer o instinto e é determinada pela intensidade ou urgência da necessidade subjacente. O objecto de um instinto é qualquer coisa, acção ou expressão que permite a satisfação da finalidade original. Segundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. O interesse de Freud era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava Pré-Consciente e Inconsciente. Inconsciente A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. "Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1933). No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido, mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afectam a consciência, mas apenas indirectamente. O inconsciente, por sua vez, não é apático e inerte, havendo uma vivacidade e imediatismo em seu material. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional. "Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos intemporais. Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a ideia de tempo não lhes pode ser aplicada" (1920). Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, os impulsos e os instintos. Pré-Consciente Estritamente falando, o Pré-Consciente, por sua vez, é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tor nar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos predilectos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas. O PréConsciente é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções. A vontade, entretanto, é o ponto central a partir do qual a acção significativa pode ocorrer. "Actos de vontade são considerados como tais apenas enquanto não possam ser desempenhados sem atenção. Uma ideia diferenciada do que são e um fim deliberado da parte da mente devem preceder sua execução". Se definiu vontade como uma combinação da atenção (consciência focalizadora) com o esforço (superação de inibições, preguiça ou distracção). Segundo esse pensar, uma ideia produz inevitavelmente uma acção, a menos que uma outra ideia entre em conflito com a primeira. Vontade é o processo que mantém uma escolha entre alternativas o tempo suficiente para permitir que a acção ocorra. "Resumindo, a realização essencial da vontade, quando é voluntária ao máximo, é PERCEBER um objecto difícil e mantê-lo com firmeza perante a mente". Ao longo da história podemos ver grandes relatos de homens cuja coragem para a batalha modificaram as inúmeras possibilidades que a realidade actual poderia ter tido. 21 Artes Tradicionais Para Alberto Torres, no entanto, não foi um instinto guerreiro que levou populações ao combate, mas o império das necessidades: "O homem perseguido pelos aguaceiros, pela muralha ascendente dos glaciais, pela seca, pelos tremores de terra, recebeu desta vida errante e conturbada a educação do terror e do medo, uma alma inquieta, a necessidade de franquear seu caminho para lugares mais seguros e mais acolhedores. Daí nasce em seu espírito a indiferença pela vida e pelo interesse do outro. Era o instinto que o conduzia? Sim, mas não era o instinto que o lançava sobre a povoação pacífica encontrada por acaso em seu caminho; era o sofrimento, era o desespero de encontrar em algum lugar abrigo para sua aflição." Ao mesmo tempo, surgia aí também o primeiro chefe, identificado com o primeiro guerreiro. A partir daí, foram sendo conservados estes hábitos por tradição, pelo costume, aguçados pelas ideias convencionais em benefício dos dirigentes da sociedade: os senhores da guerra. Dizia Torres: "A história que nós conhecemos não é a história das sociedades humanas, a sociedade não fazendo história, porque ela não se fazia a si mesma. Nesta corrente de acontecimentos que faz a vida registada e contada na história, não se vê senão condutores de multidões e nobrezas, se batendo por ambição, explorando a fome de uns e espalhando por toda a parte a fome. Salvo heróicas e rápidas revoltas, os povos, isto é, mais de três quartos dos homens, não se davam sequer ao trabalho de pensar que não tinham o direito de não morrer." A sociedade não era real, mas um ideal. Curvados sob a carga das necessidades permanentes, o homem não podia conhecer seu ser real, nem formar a sociedade real. Assim, em muitas culturas a guerra foi reverenciada, e se tornar um discípulo dela foi considerado um dos maiores valores sociais, ditando normas comportamentais e definido o status de uma família por gerações. Assim ocorreu com Esparta, com os samurai japoneses, com os vikings e com inúmeros e famosos personagens que delinearam a história. Os famosos homens que nasceram para a guerra demonstravam não somente uma grande aptidão para a luta, mas enorme habilidade estratégica para tal. Utilizaremos os vikings como exemplo. Os Vikings se tornaram famosos por serem guerreiros e aventureiros corajosos e ambiciosos. Até o final do século VIII, a Escandinávia era uma região praticamente ignorada pela Europa. De repente, em 780, os Vikings se deslocaram da Noruega, Dinamarca e Suécia e começaram a saltear a Europa cristã, devastando cidades e 22 “Todo ser vivo, não importando o quão grande ou pequeno seja, possui um instinto violento natural. Esse instinto nada tem a ver com raça ou local de origem, mas à básica necessidade de sobrevivência” campos. “Da fúria dos nórdicos, livrai-nos Senhor!” (dizem que assim rezavam os monges saxões quando os vikings pagãos invadiam seus tranquilos mosteiros). O exército Viking era formado de guerreiros profissionais: treinavam para combates ferozes e estavam melhor equipados com espadas, escudos, machados e arcos. Além disso, eram exímios navegadores e com seus barcos sólidos se aventuravam para o alto mar. Quando chegavam em terra, saqueavam imediatamente as aldeias para obter cavalos, gado e cereais. Há de se considerar que possivelmente o que mais inspirasse os guerreiros nórdicos de facto fossem os aspectos culturais e religiosos. Os deuses vikings eram violentos e impiedosos. Odin, o deus da guerra, regia a Valhalla, a Sala dos Eleitos. Cavalgava pelos céus em um cavalo de oito patas, acompanhado por lobos. Os guerreiros que morriam corajosamente em batalha eram levados para a Valhalla pelas Valquírias (donzelas guerreiras). Nesse céu viking eles lutavam o dia todo e festejavam a noite toda. Odin era também o deus da sabedoria e o pai da escrita e da poesia. Muitas cantigas demonstram a habilidade desses guerreiros em combate e glorificam os rastros de sangue deixados pela destreza violenta em batalha. Deixando uma cultura específica de lado e direccionando nossa mente ao homem em si, poderíamos perguntar: de onde ou como surge o instinto violento ou agressivo? Durante um relacionamento agressivo com outra pessoa, geralmente o cérebro (eixo hipotálamo-hipofisário) envia um sinal às glândulas supra-renais determinando a liberação de adrenalina na corrente sanguínea. Tal como acontece na Reacção de Alarme da Síndrome Geral de Adaptação. Há, rapidamente, um aumento da excitação fisiológica e do nível de vigilância do organismo. Simultaneamente, também procedente das supra-renais, os níveis sanguíneos de cortisona livre aumentam, numa clara demonstração da interacção entre os estímulos externos e a fisiologia interna. O termo "agressão" possui tantas conotações que, na realidade, perdeu e diluiu seu significado. Embora seja conveniente conceber a violência e a agressão como processos comportamentais, por não se tratarem de conceitos simples e unitários, também não poderão ser definidos como tal, permanecendo difíceis de serem analisados isoladamente de outras formas do comportamento motivado. Guardando inúmeras excepções, a tendência à agressão e a violência poderão ser concebidas como traços de personalidade, como respostas aprendidas no ambiente, como reflexos estereotipados de determinados tipos de pessoas ou até como manifestações psicopatológicas. É impossível considerar a agressão no ser humano como um evento em si, emancipada das circunstâncias e contingências. Primeiramente, devemos considerar a agressão a partir do agente agressor, depois, a partir do agente agredido e, finalmente, a partir de um observador ou terceiro. Não surpreenderá encontrarmos três representações diferentes de um mesmo evento. A violência, por sua vez, sugere a ideia de acção, de atitude dirigida especificamente para fins avassaladores, e esse raciocínio está presente ainda hoje nas artes tradicionais do Koryu. É possível, entretanto, se convocar a violência sem agressão ou a agressão sem violência. Como exemplo clássico no meio marcial temos as artes que descendem do Jutsu e se caracterizam pelo “Do”. Convencionalmente, espera-se de um lutador ou praticante uma boa dose de violência, mas que não demonstre intenção de agredir o adversário. Ele deve vencer, não agredir seu adversário. Nos desportos, como no mau futebol, por exemplo, podemos ter agressão dissimulada em jogadas habilidosas sem uma violência expressa. Um jogador ao bater uma falta, pode, propositadamente, acertar o rosto de um adversário na barreira e, já que isso é considerado parte das regras do jogo, não caracteriza um acto violento, embora seja intencionalmente agressivo. A violência apresenta uma escalada muito superior ao aumento populacional e aos avanços, digamos, cívicos da sociedade. O ambiente em carácter geral, dentro do espaço sócio-cultural a que pertence o indivíduo, pode favorecer o desenvolvimento de alguns traços peculiares na forma de relacionamento para com o mundo. Os estímulos, as solicitações, as oportunidades de treino, as normas de convivência, enfim, todo o património oferecido à pessoa através do sistema sócio-cultural e ambiental, poderão determinar modalidades características da pessoa existir. Será sobre as potencialidades constitucionais que o ambiente desempenhará uma acção modeladora da Personalidade, ou seja, o ambiente poderá alterar os rumos do desenvolvimento geral, conferindo uma determinada maneira do indivíduo ser. Entre os anos 60 e 70, houve um debate sobre a psicologia da guerra centrada na noção do “instinto agressivo”, peculiar a todos os homens, principalmente ao sexo masculino. Embora seja correcto afirmar a existência de impulsos agressivos, ou fúria assassina, há de se qualificar os diferentes meios de defesa e de luta. O combate corpo a corpo de facto fortalece e inclusive requer o instinto agressivo para a necessidade da explosão muscular. Chegamos então ao ponto principal de comparação entre o instinto antigo e moderno de guerra. No combate corpo a corpo o guerreiro precisava reunir uma série de factores que possibilitariam a sua vitória. O instinto de sobrevivência animal aliado à agressividade imposta culturalmente, temperavam uma personalidade moldada para a batalha ou para a luta. Todos as hormonas estariam então em acção para o conflito directo. A coragem seria a exteriorização de uma intenção agressiva colocada em prática e cujo resultado, independente de vitória ou derrota, seria valorizado como uma das maiores nobrezas do carácter humano. Em casos de acções à distância, entretanto, através de utilização de armas de longo alcance, a emoção se torna uma desvantagem. A frieza e a habilidade de manter o inimigo na mira prevalece. Perdese em grande parte a nobreza do combate e a coragem não é tão enfatizada. Dessa forma, a tecnologia trouxe uma nova modalidade ou uma variação na personalidade ideal para a guerra devido ao avanço armamentista dos séculos XV e XVI. Da “ferocidade agressiva” surge o “desdém passivo”. O combate em si é somente um dos componentes do que conhecemos como guerra. Não é a violência doméstica ou conflitos menores de rua. As guerras em geral não se iniciam com conflitos ou terminam por eles. A maioria das guerras consiste de preparação para batalha, organização de suprimentos, transportes e actividades que dificilmente seriam enumeradas por um não entendido do assunto. Na guerra há um instinto plausível que impele o homem a sair de sua casa e treinar exaustivamente para sua formação. É o que Clinton B. Rocem e Bernarda L. Fontana apontam como “um largo passo do que seria uma tendência inata biologicamente para uma agressividade individual a uma ritualizada, sancionada socialmente, um grupo institucionalizado de guerra.” Em outras palavras, a guerra seria uma complexa e colectiva actividade somada pela afinidade composta em seus bastidores pela psique individual. O instinto não fabrica ou transforma armas em manufacturas. A guerra não é senão parte de um tipo de rito sangrento da humanidade. Assim, embora possamos dizer que muitos guerreiros estão em actividade pelo mundo afora, a alma do guerreiro antigo estaria em muito reduzida ou presente, nos conflitos actuais. Embora seja preservada pelas artes do Koryu e seja a essência e o sentido de sua prática pelas instituições mais conservadoras, não se pode observá-la no quotidiano, ou admirála em combates actuais. Parece-nos que os valores que compunham a essência do Jutsu em todas as civilizações que se fundamentavam na guerra, foram substituídos por um carácter frio e distante, alimentado por mercenários modernos dentro de um sistema de alta tecnologia. Mesmo assim, o raciocínio do espírito do Jutsu se mantém nas belíssimas práticas de todas as linhagens tradicionais antigas de guerra, e sobrevive através de todos os homens que enxergam na nobreza marcial um dever de passar adiante o legado deixado pelos que viveram e A noite não podia ter começado melhor! Enquanto mestres e convidados partilhavam um vinho de boas-vindas, era atribuído o prémio do Festival do Cinema de Aventura e Acção de Valência. O público designara com seus votos o filme vencedor: “Little big soldier”. A notícia chegou rápida como um raio, Os nossos convidados tinham ganho a “Palmeira de Oiro” do Festival! A comitiva tinha abandonado o teatro onde teve lugar o encerramento do Festival e já se dirigia para o “Hall of Fame”. O nosso director Alfredo Tucci saiu para os receber. Jackie Chan não tinha podido assistir ao Festival. Até a última hora esperávamos o milagre, mas não foi possível…, mas isso sim, mandou uma comitiva de nove pessoas; protagonistas, actores, actrizes, produtores, realizador…, e não podiam faltar três dos seus melhores alunos e especialistas, todos eles artistas marciais. Eles receberam em seu nome, o prémio especial que a ISMA e o Budo International Council entregaram por seu trabalho humanitário e de difusão das Artes Marciais. 24 Depois das fotografias habituais e como sempre, os assistentes permaneceram em pé escutando o hino espanhol e seguidamente passou a ser servida a ceia de gala. No fim da mesma pudemos assistir às exibições, incluída a oferecida fora de programa pelos próprios alunos de Jackie, os quais, tudo deve ser dito, estavam tão à vontade como peixes na água… Ao longo da noite foram entregues os prémios, no mesmo ambiente de fraternidade e respeito que sempre caracteriza este evento. Muita gente nova, outros já clássicos, grandes Mestres, estudantes e acompanhantes gozaram da festa e do baile que seguiu. No dia antes tivera lugar o clássico encontro de “Polícias do mundo”, com interessantes exposições e a assistência de polícias e especialistas de variados corpos e nacionalidades, Rússia, Argentina, Brasil, Guarda Civil da Espanha, Ertxantxa (Polícia autonómica das Vascongadas), Polícia de Mónaco, Polícia Nacional (España), Guarda Nacional Republicana Portuguesa, etc.… Nesse mesmo dia, na parte da tarde também teve lugar o importante encontro dos Cavaleiros do Círculo das Artes Marciais, com novas incorporações, incluída “ad honorem” a do próprio Jackie Chan, que foi aceite e recebida de bom grado por seus alunos. No Sábado 23 em que o evento teve lugar, da parte da manhã se realizou o seminário multidisciplinar característico do Hall of Fame, desta vez com aulas magistrais de Tony Montana (MTS), David Arama (Kapap), J. Negreira (American Kenpo), Nicolai Smirnov (Russian Self Defense). A assistência respeitosa e amigável de muitos Mestres e Grandes Mestres foi um exemplo de elegância e bem-fazer. Os seguintes dias, além da excursão ao castelo de Sagunto e a paelha autêntica feita em fogo de lenha, Mestres e convidados tiveram ocasião de trocar conhecimentos e acima de tudo, de gozar de um ambiente único e do maravilhoso clima e hospitalidade da cidade de Valência, que como sempre participou como patrocinador principal de tão célebre encontro, junto com esta revista. 25 26 28 Lista de premiados do ano 2010: Junta directiva: Grandes Mestres: Santiago Sanchís. Sifu Vincent Lyn. Sifu Paolo Cangelosi. Alfredo Tucci. Richard Repsher. George Bierman. Nikolai Smirnov. Conselho consultor: Grandes Mestres: Larry Tatum, John Pellegrini, Sri Dinesh, Indalecio Socorro, Jorge Dominguez, Rui Ribeiro, David Arama. Platinum Life Achievement Award SOKE JOSEPH WILLIAMS Gold Life Achievement Award CRISTINA RIBEIRO. CAVALHEIROS DO CÍRCULO DO HALL OF FAME: SANTIAGO G. SANCHIS, ALFREDO TUCCI, VINCENT LYN, LUIS A. SEBASTIAN, ANGEL BOCANEGRA, JUAN DIAZ, GEORGE BIERMAN, PAOLO CANGELOSI, JOSE L. ISIDRO, INDALECIO SOCORRO, GRACIANO GALVANI, GIOVANNI PROIETTI, ROBERTO GIRLANDA, ROBERTO CHIARAMONTE, RAFAEL CARRIET, ANTONIO MONTANA, RUI RIBEIRO, JORDAN AUGUSTO. Novos cavalheiros: JACKIE CHAN, PAULO PERDIGÃO, JESUS M. PLATON, RICARDO GRESS, JOSE DEFEZ, JOSE LAMEIRO, FRANCISCO MARTORAN, DAVID ARAMA, HECTOR FUENTES, NIKOLAI SMIRNOV. Grandes Mestres Internacionais do ano: ANDREAS HOFFMANN, RUI RIBEIRO. Fundador de estilo: SOKE EVAN PANTAZI. HOMEM E MULHER MARCIAL DO ANO: JUAN JOSE NEGREIRA E MIRTA CARINA SALVO. Prémio de prata a uma vida nas artes marciais: MONTASER A. NUWAR. INTERNATIONAL MASTER OF THE YEAR: YANIS VILELLA, GRACHEV IGOR. Mestre do ano: CARLOS DARIO, MESTRE DE MUGENDO: FCO. JAVIER PERNAS. REVELAÇÃO DE MUGENDO: SAMUEL BERGILLOS. EDUCADOR DE MUGENDO. SCRIMIA Mestres do ano: ROBERTO GIRLANDA, GIOVANNI PROIETTI, ROBERTO CHIARAMONTE. Mestres e instrutores do ano: VLADIMIR KOVALEV, LIVIU CLAUDIU, DANILA DAVID DOMINGO, RONCAL, MARK GRIDLEY, HECTOR RODRIGUEZ, CINTHYA RODRIGUEZ. Excelencia em novo estilo: Master TONI MONTANA por MTS. JKD Sifu do ano: JUAN JOSE ZAMUDIO. FEMALE SIFU KUNGFU OF THE YEAR: MARIA GROTHE. Instrutores do ano: IBAN MIRANDA, IVAN YUSTE, FRANCESCO SANNA, CHRIS BLACKWELL. Prémio especial pela sua contribuição extraordinária ao mundo das Artes Marciais com mais de 5.000 artigos: Shidoshi JORDAN AUGUSTO DE OLIVEIRA, BUGEI. Excelência em contribuição militar e policial: Instrutor internacional policial do ano: JUAN JOSE NEGREIRA. Instrutora policial do ano: Oficial da polícia Argentina: Dona MIRTA CARINA SALVO, D. ERIC DEVEAU, SERGIO BRUNO COELHO, OTÁVIO LUZ, Mestres instrutores de autodefesa do ano: CLAUDE POUGET Polícia de Mónaco. Prémio à sua contribuição às Artes Marciais: Mestre MARIO RAMA. Actores, actrizes e equipa de especialistas do filme vencedor do festival de Cinema de Acção e Aventura de Valência “Litle big soldier”: JACKIE CHAN, LIN PENG, STEVE YOO, CINDY ZHANG, WANG HAIXIANG, RAMY CHOI, SUN YUANNONG, ZHANG HAIHONG, ZHANG JIAWEI, YAN ZILING. Embaixador do Hall of Fame: JUAN DIAZ.. Cônsul do Hall of Fame: Yanis Vilella, JOHN PELLEGRINI, Ricardo Gress, TONI MONTANA. Prémio à Excelência: Adela Sanchís, Maria Santome, Carmen Palencia, Tammy Lynn. Mauro de Freiras. Rafael Carriet, Carlos Pascual, David Armendariz, Vincent Lyn, José Luís Isidro, Agustín Manzano, David Rivas, Cesar Carballo, Fernando Arenillas. EXMA. CÂMARA MUNICIPAL DE VALÊNCIA, Festival de Cinema, Revista CINTURÃO NEGRO, HOTEL ABBA ACTEÓN. O nosso mais sincero agradecimento ao Conselheiro dos Desportos Exmo. Sr. Cristóbal Grau. Próximo HALL OF FAME, 21, 22 e 23 de Outubro de 2011. I.S.M.A. International School of Martial Arts. E-mail: ismahof@gmail.com www.halloffamemartialarts.com 29 30 Com a explosão do MMA feminino pelo mundo, muitas lutadoras vem r oubando a cena. Misturando técnica, força e sensualidade, as mulheres vêm conquistando seu espaço com competência. Encabeçando este grupo de beldades casca-grossas está a brasileira Carina Damm. Conhecida como Barbie dos ringues, Carina tem hoje 15 vitórias e apenas quatro derrotas e não vê a hora de o UFC abrir a categoria feminina. Conheça melhor esta linda guerreira nas páginas a seguir. A sensualidade de uma casca-grossa Cinturão Negro: Por que você decidiu se mudar para os EUA? Carina Damm: Eu decidi mudar para cá por causa das oportunidades que a América me oferece e não tenho no Brasil. Sempre gostei muito daqui e depois da minha luta no Arizona, peguei um voo e vim directo para a Florida. Aqui meu trabalho é mais valorizado. Mas sempre que eu puder estarei indo ao Brasil, pois minha família e amigos também estão aí. Aqui estou treinando na ATT; está muito legal. Tenho treino o dia todo e profissionalismo. Sinto saudades do meu irmão ao meu lado me orientando também, mas sempre que der, ele vai aparecer por aqui. C.N.: Como você e seu irmão se tornaram lutadores? C.D.: Bom, desde crianças já éramos considerados lutadores na família e na escola (risos). Com 15 anos, assisti a um campeonato de Jiu-Jitsu e me apaixonei pela arte suave, logo comecei a treinar e nunca mais parei. Já meu irmão uma semana depois também começou a praticar Jiu-Jitsu. Agora, eu resolvi levar o Jiu-Jitsu a sério mesmo quando o Rodrigo se consagrou campeão mundial, se não me engano em 2002. Aquilo me motivou de uma maneira inacreditável. Em seguida, logo que conheci o Jiu-Jitsu, assisti a uma roda de Capoeira do Mestre Capixaba. Foi amor a primeira vista pela Capoeira, parecia que eu já tinha praticado em outras vidas, e amo tanto a Capoeira que não posso escutar um berimbau tocando que me arrepio e corro para a roda. Inexplicável! C.N.: Mas seu pai ou sua mãe tinham alguma ligação com lutas? C.D.: Não, meus pais nunca tiveram nada a ver com lutas, foi coisa minha e do meu irmão. Tipo amor a primeira vista! Texto: Marcelo Alonso & Gleidson Venga Fotos: Gerusa Falcão & Vinicius. C.N.: Por que você não se tor nou modelo profissional? C.D.: (risos) Quando eu era mais nova, fazia alguns trabalhos como modelo e até hoje faço alguns desfiles, tipo para alguma marca que me patrocina e tal. Mas a carreira de modelo nunca me inspirou muito. Fora isso, não tenho altura também para ser modelo (risos) Desde criança sempre gostei de artes marciais e antes mesmo de praticar já meu irmão e eu brincávamos às lutinhas lá em casa. C.N.: Como você lida com esse negócio de sensualidade e casca-grossisse ao mesmo tempo? Um atrapalha o outro? Ou ajuda? C.D.: Sensualidade é algo que não sei explicar, muito menos como consigo assimilar luta com sensualidade. O que posso dizer é que eu sou assim, amo lutar, competir, treinar…, sair na mão, mas na hora que vou para o vestiário tomo banho, etc. Tenho dentro da mochila um arsenal de produtos de beleza. Isso faz parte de mim, cresci vendo minha mãe e minha irmã sendo vaidosas e aprendi com elas isso de me cuidar sempre. Não gosto de ficar descabelada ou mal vestida só porque sou lutadora. Isso não tem nada a ver. Sou lutadora sim, mas jamais deixarei de ser mulher por causa disso. Acredito que meu estilo acaba me ajudando 31 Entrevista na minha profissão sim, pois sempre recebo bons elogios (risos). C.N.: Qual foi a Luta mais difícil da sua carreira? C.D.: Com certeza foi a luta contra a Jessica Aguila, no Canadá (Bodog FIght). Foi muito técnica, porém a Jessica é uma excelente lutadora e estava muito bem preparada para o combate. Mas graças a Deus eu consegui superar e vencer. C.N.: Como você encarou essa sua ultima derrota no Strikeforce? C.D.: Nunca vou me conformar com a derrota, isso jamais entra na minha cabeça, mas sei que já passou e preciso melhorar. Tive varias falhas e por mais que eu estivesse treinada, quando seu psicológico não está bem, acaba te prejudicando de alguma maneira. Enfim, agora estou treinando mais ainda, quero me superar e logo sei que estarei pronta para mais uma batalha, pois jamais irei desistir! C.N.: Você sonha com o dia em que o UFC crie uma categoria feminina e você lute por lá. Como seria isso? C.D.: Meu grande sonho seria este, lutar o UFC. Não entendo por que a luta feminina não faz parte desse show. A gente só somaria lutando o UFC. Luta feminina na América está sendo muito bem vista pela sociedade. Seria um espectáculo a participação de mulheres neste evento. Se o Dana White gosta tanto de audiência deveria me contratar para lutar, tenho certeza que o evento seria bem agressivo e ao mesmo tempo, delicado. Mas ainda acho que isso vai rolar. Perfil Nome: Carina Damm Idade: 30 anos Signo: Aquário Naturalidade: Estado Espírito Santo. Altura: 1,63m Peso: 59kg Busto: 91cm Quadril: 95cm Cintura: 68cm Comida preferida: Pizza Hobby: Dançar e praia Viagem dos sonhos: Havai Parte do corpo que mais gosta: Olhos Traço marcante da personalidade: Senso de humor Qualidade em um homem: Inteligente, bem humorado. Time que torce: Flamengo Solteira, namorando ou casada? Solteira Projecto de vida: Lutar MMA e comprar uma fazenda. 32 Artes Chinesas Como tudo começou - A história do Kung Fu C omo já foi dito anteriormente, hoje em dia é impossível conhecer com exactidão a origem das Artes Marciais Chinesas. Informações fragmentárias que têm como base antiquíssimas tradições literárias e artísticas da China, deixam entrever a existência de uma arte marcial altamente evoluída, já na dinastia dos Chou (1066 a.C.406 d.C.). Durante os Jin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Sul e do Norte (420-581 d.C.), as artes marciais tiveram uma forte influência do Budismo e o Taoismo. Ge Hong, Taoista famoso, integrou exercícios do Qi Gong (respiração e energia) das artes marciais chinesas, como parte importante da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Alguns versados na matéria estão de acordo em que a origem das mesmas foi uns mil anos atrás. Entretanto, para alguns aspectos também se fala de uns 5.000 anos. Diz-se ter sido então quando se constituiu a base da nossa arte, nas lutas das povoações pela água, pelas melhores zonas para construir as casas, etc. Uma personalidade importante para as artes do famoso mosteiro de Shaolim foi Ta Mo (também escrito Da Mo), mais conhecido como Bodhidharma. O Fundador do Kung Fu de Shaolim - Ta Mo No que concordam todas as fontes históricas é em que o verdadeiro começo do Shaolim Kung Fu teve lugar com a chegada de Ta Mo (Bodhidharma) ao mosteiro Shaolim do Norte, na província de Honan, durante o período que vai de 506 a 556 d.C. A proveniência de Ta Mo permaneceu muito tempo ignorada, mas nos nossos dias parece ter ficado demonstrado que foi ele o terceiro filho do rico Rajá Sugandha da Índia do Sul. Para evitar confusões digamos já que Bodhidharma, Ta Mo e Daruma são a mesma pessoa com seu nome Hinduísta, Chinês e Japonês. Diz-se que o seu nome era Ta Mo e depois foi Sardilli Boddidoro. O seu pseudónimo surge em idade avançada e significa “Iluminado pelas ensinanças”. Ta Mo cresceu no palácio de seu pai onde estudou artes marciais tradicionais da Índia (entre outras o combate corpo a corpo) e os Sutras Budistas, tendo mostrado ter múltiplas habilidades. Ta Mo amava os desportos e passava muito tempo fazendo exercícios para o seu corpo, mas desde muito jovem também se mostrou interessado nos estudos teosóficos (*). Quis participar da “santa verdade” do Buda e fez-se um adepto entusiasta do Dhyana, que significa profundo exame de consciência (em Chinês, Chan; em Japonês, Zen; não confundir com o Budismo Chan, que ele próprio fundaria mais tarde). No entanto, ele não queria ser um asceta, pois estava muito aberto ao mundo que tinha em seu redor. Ta Mo queria levar a luz da doutrina Budista mundo afora. Quando Ta Mo veio a saber por dois monges chineses seus colegas de estudos, que "a verdadeira fé" no país de onde eles vinham padecia persecuções, resolveu que pessoalmente viajaria à China para remediar esta situação. Ta Mo preparouse durante anos para esta viagem. De facto, tantos anos tinham passado que na China já passara o período mais difícil para o Budismo, havia muitos mosteiros e templos, cuja existência estava assegurada, apesar de que alguns senhores feudais não gostassem de dar autorização para divulgar a religião. Isto principalmente foi devido aos confrontos surgidos entre as doutrinas do Budismo e do Confucionismo. Quando Ta Mo chegou à China, Wei, o primeiro governador que encontrou no Norte, deu-lhes as boas-vindas. Wei estava muito interessado em saber a 34 opinião de Ta Mo acerca do país, onde centenas de monges dedicavam o seu tempo a copiar as santas escrituras. Ta Mo respondeu que os esforços do governador para a promoção do Budismo de nada serviam, eram "um vazio no vazio". Num determinado momento, Ta Mo percebeu que a transformação religiosa da China não se podia empreender da maneira que ele pensava e deu entrada no Mosteiro de Shaolim, na província de Honan. Ali anunciaria posteriormente, uma doutrina que não seria reconhecida pelos poderosos do país nem pelos pilares do Budismo, esta nova doutrina ele a denominou Budismo Chan, ou o que é a mesma coisa, Budismo Zen, que teria um grande futuro por diante. Nos inícios, Ta Mo ensinava a meditação sentado. Considerava que a "iluminação" era impossível sem uma preparação longa e dura do corpo e mente. Dizia ele que as ensinanças sim igual do Buda, só podiam ser compreendidas após longas e duras provas e ter padecido os sofrimentos mais árduos e realizado o mais difícil de executar. Segundo conta a lenda, ele mesmo permaneceu sentado quieto durante 9 anos, virado para a parede de uma gruta não longe de Shaolim, onde se dedicou à meditação, sem nem sequer dormir. A lenda diz também que o futuro sucessor de Ta Mo cortou a sua própria mão esquerda para mostrar a sua devoção pelo seu mestre, posto que este não tinha querido ensinar-lhe a doutrina e o tinha rejeitado com estas palavras: "Eu te ensinarei quando a neve for vermelha". Por isso o estudante decepou a sua mão e o sangue tingiu de vermelho a neve, conseguindo assim ser aceite como discípulo. Após os nove anos de meditação, Ta Mo viveu dezenas de anos atrás dos muros de Shaolim. Aprendeu Chinês para ler os clássicos chineses e ensinou o Budismo Chan. Ao princípio só ensinou meditação sentada, mas depois de observar que os estudantes adormeciam e padeciam problemas físicos, pensou na solução para isto. Inventou os 18 exercícios do monge (18 Lohan), que seus alunos não praticavam só para a educação física, mas também para unificar corpo e mente. Em breve os exercícios para o corpo não teriam como objecto apenas manter a saúde, também foram um programa para a prática geral do Kung Fu. A ideia de transformar as regras da vida no mosteiro numa formação psico-fisiológica, foi devida tanto ao yoga da Índia, como aos ascetas que dedicavam a sua vida a dominar o corpo físico, com a esperança de alcançar a imortalidade. Entretanto, os ataques dos assaltantes de caminhos obrigaram os monges a dominarem também a arte da auto-defesa. Alguns anos depois, o Templo Shaolim seria famoso não só por sua nova ensinança do Chan, como também pela arte do Kung Fu, que ali era trabalhado e zelosamente guardado. Ao longo dos séculos, esta boa reputação atraiu também grandes especialistas do Kung Fu a este templo, onde trabalharam. É mérito de Ta Mo que por primeira vez se dessem ao Kung Fu um conjunto de normas e uma pesquisa científica. Anteriormente não havia nada escrito nesta matéria. O Budismo Chan ensina que o estudante deve reconhecer “a natureza do Buda na flor da erva, no bramido do tigre, no luar e nas estrelas, mas acima de tudo, em si mesmo”. Precisamente este auto-conhecimento é a pedra angular na prática dos monges budistas, para poder praticar todos as artes, também as artes marciais clássicas, com o mais alto valor intelectual. Acerca da morte de Bodhidharma, existem numerosas lendas, não se sabendo ao certo onde e como exactamente faleceu. Sua herança intelectual continua viva para nós, tanto no Budismo Chan como nas artes marciais de Shaolim. (*) A palavra Teosofia (“Sabedoria Divina”) significa em geral, um esforço na busca do conhecimento religioso de Deus, dos Deuses e da Divindade, pelo caminho da intuição, como aparece nas magníficas ensinanças de Jacob Böehme, Federico Christoph Oetinger e Louis Claude de Saint-Martin, na Cabala Judaica, em partes do Sufismo Islamista e na Gnose antiga. Em um sentido mais restrito, a Teosofia é uma visão do Cosmos esotérica fundada pela ocultista Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891). Refere-se especialmente a conteúdos da religiosidade hinduísta e à espiritualidade, e com os seus estudos vem a demonstrar um núcleo comum e autêntico em todas as religiões e por isso se fundou uma “Frater nidade Universal da Humanidade” denominada “Sociedade Teosófica”. 35 História do Weng Chun Kung Fu 2ª Parte Na primeira parte deste artigo, descrevemos como se desenvolveu o Weng Chun Kung Fu no Templo de Shaolin. Também falamos em que os templos Shaolin se tornaram lugares onde se esconderam e pontos de encontro para muitos rebeldes, o que proporcionou aos manjus um motivo para destruir o Templo de Shaolin do Sul, por volta de 1700. Muitos monges tiveram que fugir e continuar ensinando Kung Fu fora do templo. O que teríamos feito nós, se o nosso lar, neste caso o Templo Shaolin, fosse destruído e víssemos que os nossos irmãos e amigos eram presos ou até assassinados, se nos proibissem praticar a nossa espiritualidade e fôssemos perseguido por caçadores de recompensas? Esta é uma boa pergunta para fazermos a nós próprios. A maioria dos monges de Shaolin reagiu com o “chi sim”, que quer dizer compaixão extrema. Os monges foram embora mas levaram Shaolin em seus corações. Procuraram um novo lar para o seu Weng Chun Kung Fu, não para se vingarem mas para poderem ter um novo começo e para ajudar as pessoas a lutar contra a doença, a velhice e a morte. O Weng Chun Kung Fu escondido nos Juncos Vermelhos Era tradição da Ópera Cantonesa, que seus artistas viajassem nos rios do Sul da China fazendo espectáculos populares. Usaram grandes juncos pintados em vermelho vivo para chamar a atenção. O último abade do Templo de Shaolin do Sul, Chi Sim Sin Si (Mestre Zen da Extrema Compaixão) estava escondido em um barco vermelho usando um nome falso e trabalhando como cozinheiro. Um dia teve de proteger o barco vermelho contra Tiger Wong. Depois disto, ele teve que revelar sua verdadeira identidade e começou a ensinar Kung Fu aos membros da tripulação do junco vermelho. Os seus primeiros estudantes foram o capitão de nome Wong Wah Bo, Leung Yee Tai e um cantor da Ópera cujo nome artístico era San Gam ou Dai Fa Min Gam. Os Bonecos de Madeira nos barcos vermelhos Nos barcos vermelhos foram instalados Bonecos de Madeira do Weng Chun, para treinar o combate com armas e a mãos nuas. Faziam as vezes de um inimigo e os estudantes de Weng Chun tinham que praticar os princípios do Look Dim Boon: “Tai, Lan, Dim, Kit, Got, Wun e Lau”, até que seus movimentos fosse executados com fluidez. O seguinte passo na prática era avançar do nível 14 até o nível 18; 28 Kiu Sao (“mãos de ponte”), até que todos os movimentos eram realizados automaticamente. Com o tempo, os tripulantes do junco vermelho dominaram os elementos do Weng Chun Kung Fu do Sul da China. Por tanto, o Weng Chun se tornou um dos estilos mais famosos da zona. Os estudantes mais importantes de San Gam no barco vermelho foram Fu Siu Ching e seu genro Tsoi Chung. Sendo o assistente 38 pessoal de Sam Gam, Fu Siu devia tratar do seu vestuário para a Opera. Teve assim ocasião de aprender Weng Chun em lições particulares todos os dias, durante anos. Quando San Gam se retirou como actor de Opera, confiou a Fung Siu Ching a missão de manter vivo o Weng Chun. O Weng Chun Kung Fu chega o “Buddha Hill” Fatshan, China Fung Siu Ching abandonou o barco vermelho e começou a ensinar a família LP, em Si Fui. Depois foi convidado a se instalar em Fatshan, pelo farmacêutico Ma Pat Leung, para que ensinasse Weng Chun a seu filho Ma Chung Yee. Fung Siu Ching se instalou em Fatshan como professor de Weng Chun e construiu uma réplica do grande salão do Templo de Shaolin. Situou no centro uma estatua de Bodhidharma e sobre a mesma escreveu: “A luz de Buddha ilumina o mundo”. Também havia uns letreiros a ambos lados do salão; em um deles estava escrito: “Após nove anos de meditação em Shaolin, o Mestre Bodhidharma fundou a escola de Budismo Zen”; no outro estava escrito: “Longe das entidades do mundo, Bodhidharma estabeleceu os três pilares da fé de Buda.” Fatshan (Buddha Hill) se tornou a fortaleza do Weng Chun. Os alunos mais famosos de Fung Siu Chings foram Wong Sap Yat, filho da família mais aristocrática; Ma Chung Yee, filho do seu farmacêutico; seu próprio filho Fung Tin; os irmãos Yuen; os irmãos Dung; Tang Suen; o artista Chan Lan Lim e muitos outros estudantes. A família Lo foi famosa por sua habilidade usando as duplas facas, era o Fu Mo Siong Do (mãe e pai das facas duplas), conseguiram expulsar muitos grupos de bandidos graças à sua habilidade com as facas duplas. Seu irmão Weng Chun Tang Shuin recebeu o título de “Rei do pau comprido” e levou o Weng Chun a Hong Kong. Seus irmãos Weng Chun Yuen Chai Wan levaram o Weng Chun para outros países asiáticos. Visão multidimensional do combate e da defesa pessoal Quando o Grão Mestre Fiu Siu Ching esteve muito doente, a família Lo tratou dele até recuperar a saúde. Por isso ele se dedicou a ensinar a arte a esta família e deulhes a missão de assegurar que o Weng Chun sobrevivesse e tivesse continuidade. Só a família Lo conhecia a forma e o treino do Sam Pai Fat (três reverencias de Buda) que é a forma mais importante do Weng Chun: O Sam Pai Fat ajuda o praticante a aprender movimentos corporais especiais e a avançar nos primeiros conhecimentos de Weng Chun com este estudo. Com a compreensão da mecânica do corpo e desenvolvendo o Qi (Chi), é possível adquirir uma enorme potência e velocidade quase sem esforço. A característica principal deste nível é o movimento em rotação e rítmico do corpo, o Wan Wun Yiu Tiet Ban Kiu, que lembra alguém fazendo uma reverência. Este movimento dá ao praticante um modelo claro e a ferramenta de treino que precisa para o combate, a defesa pessoal e a boa forma corporal para ter uma visão multidimensional. Sam Pai Fat ensina a orientar-se no céu e na terra, conforme o que expressarem o espaço, a gravidade e a energia no Shaolin Chan e nas artes marciais. A linhagem directa do Weng Chun Kung Fu O sucessor da família Lo, a qual por sua vez sucedeu ao mestre Weng Chun, foi o Grão Mestre Wai Yan, fundador da famosa academia de Weng Chun Dai Duk Lan em Hong Kong, uma vez finalizada a Segunda Guerra Mundial. Também preparou o caminho para o Ocidente com seu único aluno ocidental Andreas Hoffmann. O Weng Chun Kung Fu tem sido entregue de geração em geração desde faz 1.500 anos: Bodhidharma - monges guerreiros de Shaolin - a sala do Weng Chun - Chi Sim Sin Si - Wong Wah Bo - San Gam - Fung Siu Ching - a família Lo - Wai Yan - Andreas Hoffmann - Associação internacional de Weng Chun Kung Fu: www.weng-chun.com 39 EL TAO DEL JEET KUNE DO AUTOR: Bruce Lee Preço: 30 € ENTRENAMIENTO BÁSICO EL MÉTODO DE COMBATE AUTORES: Bruce Lee y DE BRUCE LEE M. Uyehara AUTOR: Bruce Lee y M. UyePreço: 20 € hara Preço: 20 € AIKIDO: UNA GUIA PRACTICA UNO - LA ESCUELA DE LA PARA LA PREVENCION Y RESPIRACION RECUPERACION DE LESIONES AUTOR: Itsuo Tsudo Preço: 16 € AUTOR: E. Planells. Preço: 17 € JUDO KYOHAN KARATE-DO: MI CAMINO AUTORES: Sakujiro Yokoya-AUTOR: Gichin Funakoshi ma y Eisuke Oshima Preço: 15 € Preço: 19,99 € EL UNIVERSO POLAR AUTOR: J.Mª Sanchez Barrio Preço: 13,40 € LA PRÁCTICA DEL AIKIDO AUTOR: K. Ueshiba Preço: 30 € TÉCNICAS DE DEFENSA AUTORES: Bruce Lee y M. Uyehara Preço: 20 € EL LEGADO DE UESHIBA AIKIDO: LA HERENCIA AUTORES: VARIOS DE UESHIBA EN OCCIDENTE Preço: 25 € LOS MAESTROS OCCIDENTALES Preço: 19,95 € YAMAGUCHI. GRANDES MAESTROS DEL KARATE EL KARATE-DO DEL ¨GATO¨ AUTOR: Gogen Yamaguchi AUTOR: Salvador Herráiz Preço: 19,99 € Preço: 19,25 € EL ÚLTIMO HORIZONTE DEL BUDO AUTOR: Alfredo Tucci Preço: 14 € KYUDO. EL SILENCIO Y LA FLECHA Autores: SHIDOSHI JORDAN & J. GALENDE Preço: 18 € TAI-CHI CEN. I LU FORMAS Y APLICACIONES MARCIALES AUTOR: Chen Seng Yu Preço: 21,50 € TAI-CHI LA FORMA YANG Y SUS APLICACIONES AUTOR: Paolo Cangelosi Preço: 22 € LA ESENCIA DEL KUNG-FU AUTOR: Paolo Cangelosi Preço: 23,50 € EL ARTE DE LA GUERRA J.Mª Sánchez Barrio y Alfredo Tucci Preço: 26,75 € EL GUERRERO CONSCIENTE AUTOR: Alfredo Tucci Preço: 42 € ENCRUCIJADAS GUERREROS DEL SIGLO XXI AUTOR: Alfredo Tucci Preço: 19,95 € TÉCNICAS AVANZADAS AUTOR: Bruce Lee y M. Uyehara Preço: 20 € IAIDO: EL ARTE JAPONES DE DESENVAINAR AUTOR: Sueyoshi Akeshi Preço: 19 € KARATE-DO Autor: OHTSUKA HIRONORI Preço: 24,95 € LA SABIDURIA DE LOS MAESTROS AUTOR: J.Mª Fraguas Preço: 18,20 € LOS CUARENTA Y SIETE SAMURAI AUTOR: John Allin € Preço: 14,50€ ROMPIMIENTOS AUTOR: Jack Hibband Preço: 17,50 € AIKIDO AUTOR: Kazuo Nomura Preço: 19,95 € JUDO:TÉCNICAS DE LOS CAMPEONES DE COMBATE AUTOR: Roy Inman Preço: 18,20 € EL ESPÍRITU DEL JUDO AUTOR: J.L. Jazarin Preço: 8 € TO-TE JITSU AUTOR: Guichin Funakoshi Preço: 24,95 € ZEN EN MOVIMIENTO AUTOR: Sensei Richard Kim Preço: 9,95 € OKINAWA KEMPO KARATE JUTSU AUTOR: Choki Motobu Preço: 19,90 € IAIDO AVANZADO LA FAMILIA GRACIE Y LA LEYENDAS EL ARTE DEL DESENVAINE REVOLUCION DEL JIU-JITSU DEL VALE-TUDO DE LA KATANA JAPONESA AUTOR: M. Alonso AUTOR: Marcelo Alonso AUTOR: Sueyoshi Akeshi y A. Tucci Preço: 25 € Preço: 19,99 € Preço: 19 € HUNG GAR KUN FU TIGRE Y DRAGON EL CAMINO DE LA LIBEFORMAS Y EL COMBATE EFECTIVO, TÉCRACIÓN APLICACIONES NICAS INTER.-ESTILOS AUTOR: Alan Watts AUTOR: Paolo Cangelosi AUTORES: Samart Payakaroon Preço: 15,50 € Preço: 19,95 € y Paolo Cangelosi Preço: 15 € EL SAMURAI QUE LLEVAS DENTRO AUTORES: Alfredo Tucci Preço: 14 € EL GUERRERO SAGRADO AUTOR: Alfredo Tucci Preço: 14 € CHAMAN: EL VÍNCULO DEL GUERRERO CON EL ESPÍRITU AUTOR: Alfredo Tucci Preço: 15 € JUKOSHIN RYU JIU-JITSU AUTOR: Bryan Cheek Preço: 28 € EL HOMBRE, ENERGÍA ESTRUCTURADA AUTOR: J.L. Paniagua Preço: 15,50 € LAS FLORES NO HABLAN AUTOR: Sensei Shibayama Preço: 16,70 € LA BIBLIA DEL BRAZILIAN JIU JITSU AUTOR: Francisco Mansur Preço: 24 € LAÑ DO CHEÑ SIUE PAY AUTOR: Yanis Vilella Preço: 19,95 € KYUSHO-JITSU. PUNTOS VITALES PARA EL PLACER SEXUAL AUTOR: Evan Pantazi Preço: 9,50 € KYUSHO-POLICIAL PUNTOS VITALES Y APLICACIONES PARA LOS CUERPOS DE SEGURIDAD AUTOR: Evan Pantazi Preço: 19,95 € LOS 10 MEJORES PUNTOS DEL KYUSHO AUTOR: Evan Pantazi Preço: 15,50 € SHAOLIN - VIAJE AL CORAZON DEL TEMPLO AUTOR: Huang aguilar Preço: 23 € WT- EL TAO DE LA ACCION AUTOR: Víctor Gutiérrez Preço: 25 € LOS SECRETOS DEL WT- RE-EVOLUTION AUTOR: Víctor Gutiérrez Preço: 23,50 € LAS 50 MEJORES LLAVES DE BRAZOS Y PIERNAS Y SUS SALIDAS AUTOR: Santiago Sanchís Preço: 19 € 15 TRUCOS QUE PUEDEN SALVAR TU VIDA AUTOR: Santiago Sanchís Preço: 16,50 € AUTODEFENSA PARA MUJERES - LAS 50 MEJORES TECNICAS AUTOR: Santiago Sanchís Preço: 19,90 € MAE MAI MUAY THAI AUTOR: Marco De Cesaris Preço: 27 € M.M.A. ARTES MARCIALES TAEKWONDO POOMSAE: MIXTAS - S.H.O.O.T. LOS POOMSAES AUTOR: Alejandro Iglesias BÁSICOS 1-8 Preço: 24 € AUTOR: Equipo Español de Poomsaes y Técnica Preço: 19,95 € TAEKWONDO POOMSAE: LOS POOMSAES SUPERIORES 8-17 AUTOR: Equipo Español de Poomsaes y Técnica Preço: 22,95 € COMBAT HAPKIDO. AUTOR: John Pellegrini. Preço: 20,50 € KYUSHO-JITSU LOS PUNTOS VITALES AUTOR: Evan Pantazi Preço: 20 € KYUSHO-JITSU. CLAVES ESENCIALES DE LOS PUNTOS VITALES AUTOR: Evan Pantazi Preço: 19 € PUNTOS VITALES: CURSO AVANZADO KYUSHO-JITSU AUTOR: Evan Pantazi Preço: 19,95 € JKD EL ARTE MARCIAL DE BRUCE LEE AUTOR: Tim Tackett Preço: 19,50 € JKD SIN LIMITES TRAS LAS HUELLAS DE BRUCE LEE AUTOR: B. RICARDSON Preço: 19 € MUAY THAI BORANEL ARTE MARCIAL TAILANDES AUTOR: Marco De Cesaris Preço: 22 € MUAY THAI BORAN TÉCNICAS AVANZADAS MARCIAL TAILANDES AUTOR: Marco De Cesaris Preço: 25 € KAJUKENBO AUTOR: Angel García Preço: 20 € LESIONES DE RODILLA AUTOR: Vivian Grisogono Preço: 18,20 € DICCIONARIO AVANZADO DE LAS ARTES MARCIALES AUTOR: B. L. Frederic Preço: 28,90 € KRAV MAGA AUTOR: Avi Nardia Preço: 23 € TO-TE JITSU AUTOR: Guichin Funakoshi Preço: Edición numerada encadernación lujo+DVD Funakoshi+Dojo Kun PREÇO:150€ KRAV MAGA AUTODEFENSA ISRAELÍ PARA TODOS AUTOR: Kobi Lichtentein Preço: 19 € KRAV MAGA KRAV MAGA. EL ARTE PARA SALVAR VIDAS AUTOR: Alain Cohen Preço: 22 € AUTODEFENSA PERSONAL Y PROFESIONAL AUTOR: Sargento Jim Wagner Preço: 24 € ¡NOVA SCRIMIA Autor: GRAZIANO GALVANI Preço: 22,50 € MANUAL DEL PALO JAPONES - EL BO AUTOR: J.L. isidro casas Preço: 19 € HARAKIRI AUTOR: Jack Seward Preço: 8 € COMBATE CON CUCHILLO AUTOR: Sargento Jim Wagner Preço: 22 € KARATE-DO AUTOR: Ohtsuka Hironori Preço: Edición numerada encadernación lujo - PREÇO:150€ Psicologia das Artes Marciais "Um herói não é mais valente que qualquer outra pessoa; apenas é o mais valente durante cinco minutos" Emerson. U ma vez perguntei ao meu sensei por que motivo os homens lutavam. Ele disse: "Não existe uma resposta esclarecida do motivo pelo qual os homens lutam e se estudamos a história do comportamento humano, percebemos que é uma história cheia de guerras, um caminho de sangue." "Porquê?"- perguntei de novo, e rapidamente o sensei respondeu: "Porque quando não existe um acordo, a Guerra é o árbitro final. Tanto seja entre indivíduos, grupos, ou nações, ou combinações 42 dos mesmos, é impossível chegar a saber a vontade que um homem tem de lutar com outro homem. Nas diferenças de opinião prevalece a do mais forte." Visto que a luta está na natureza humana, cada país desenvolveu algum tipo de Arte Marcial. Com a Guerra e a civilização de mãos dadas, a evolução das armas mais eficazes levou a que a eficácia técnica seja a única maneira de avançar. Ao contrário do que acontece nos desportos, em que existem vencedores de diferentes categorias, primeiro, segundo, terceiro, etc., na realidade de uma batalha não há troféu para o segundo, é tudo ou nada! Isto desenvolveu a mentalidade da vitoria a todo custo, e a necessidade de ter uma potência de fogo cada vez maior; a ideia é que quanto mais, melhor e o resultado concomitante foi a aparição de uma arrogância incapaz de fazer frente à adversidade. Esta estruturação de uma cultura marcial baseada em vencer e só em vencer, trouxe consigo uma capacidade intelectual para a patifaria e o engano, que tem tentado por todos os meios prevenir a morte. A morte significa a adversidade de que uma pessoa não dura para sempre e isso alimenta o medo básico que leva uma pessoa a lutar. "O medo tem a culpa," disse o sensei, "e isso é o que faz única a cultura marcial japonesa. A cultura marcial japonesa se baseava e se baseia especialmente em vencer o medo e o egoísmo." Por exemplo, digamos que estamos em um combate à vida ou morte com outra pessoa. No momento do contacto ou confronto físico, todos devíamos dizer a nós mesmos: "Posso derrotar a este indivíduo, devo defender a minha vida, vencerei este combate e continuarei adiante." Isso é o que acontecerá se é a mente que controla. A ideia de se render e perder a vida também é terrível, Simplesmente pensa nisso, visto ser este um ponto essencial; quando esse pensamento chega à mente, esse é o instante em que se perde a vida. Render-se é impensável, mas o que acontece depois da rendição é aterrador. Essa é a razão pela qual em vez de deixar-se levar pelas intenções mais nobres, quando uma pessoa se enfrenta à morte, se agarra à vida com paixão. Portanto, o método de treino para enfrentarse à morte com calma e serenidade, simplesmente não existe. No dojo, ou na aula, sim; no campo de batalha !Não! O resultado é o mesmo que se pedires à tua boca para salivar, apesar da tua força de vontade, simplesmente não sucederá. No entanto, se imaginares que estás chupando um rebuçado doce, a tua boca de certeza ficará cheia de saliva. A imaginação supera a mente, porque não é analítica. Se alimenta das experiências que nos têm ido sucedendo ao longo dos anos. O Artista Marcial, o samurai, entrou no mais profundo do seu subconsciente através da sua imaginação e reestruturou sua mente para ver a morte como um fenómeno passageiro na sua passagem para o além, não para ter medo, mas para ser bem-vindo ao plano natural das coisas. Fez isto por meio de uma "introspecção", um processo de auto-sugestão adquirido mediante o processo de meditação. Esta reestruturação faz que o medo seja visto com numa perspectiva correcta, como algo natural, totalmente carente de emoção, que deve ser substituída pelo entendimento. O medo, à semelhança da dor, é muito desagradável; a carência de emoção, a preocupação, a ansiedade e a fúria, ¡sim, a fúria!, não pode ser manipulada sem trauma. É a parte emotiva da nossa mente e faz com que o medo e a dor cheguem a ser mais desagradáveis do que realmente são. "E isso porquê?", perguntei ao sensei. E o sensei respondeu: "Simplesmente, sempre que uma emoção se apodera da mente e se perde o controlo, o corpo fica tenso e essa tensão faz que o medo e a dor aumentem. Sabemos como os animais brincam com a morte para escapar da morte. De certeza já tens ouvido a expressão 'ficar frio com medo'? É muito natural no reino animal e também entre os homens. A isto se chama hipótese do atavismo. O artista marcial percebe isto e neste medo incompreensível ele cria ou provoca uma situação para que esse medo supere o adversário. Por outras palavras, domina psicologicamente o adversário. Isto faz-se com muita frequência, inclusivamente no mundo do desporto." A ideia é olharmos para dentro de nós pelo menos uma vez na vida e se possível, faze-lo frequentemente… O processo dura apenas alguns minutos e se pode ser levado a cabo em qualquer momento e em qualquer lugar. A psicologia das Artes Marciais também consiste em trabalhar o poder da mente, com o q u a l s e c o n s e g u e re d u z i r a s p r ó p r i a s emoções até seu grau mínimo. Bem entendido que a emoção mais forte sempre prevalece sobre a emoção mais débil. Não se podem ter duas emoções ao mesmo tempo, por que a mais forte sempre toma o controlo. O artista m a rc i a l s e m p re soube, correctamente, que a emoção mais forte que há é o medo a perder a vida. Uma dedução simples; se alguém é superado pelo medo à morte, então todas as emoções, todos os medos, se tornaram nada. Portanto, a psicologia se baseia em superar o medo à morte. Isto provoca o fenómeno do estado de "kufu" ou atenção concentrada, uma concentração reflexiva. E disse o sensei: "A concentração reflexiva é a habilidade de limitar a atenção todo quanto possível, para que só um estímulo alcance os nossos sentidos, e ignorar todos os outros que nos bombardeiam constantemente, estando atentos apenas de um detalhe e excluir os outros ou relegá-los onde não incomodem ou confundam. Não tentem nunca ter a concentração perfeita, esse estado não existe. Numa sessão de hipnose, por exemplo, o terapeuta prepara a cena e situa o paciente em um estado específico para que o mesmo possa pôr toda a sua atenção nele. Isto é atenção concentrada." Portanto, a psicologia das Artes Marciais se resume em três passos: (1) concentração reflexiva, (2) usar a imaginação ultrapassando o intelecto durante a introspecção, (3) Isolar a emoção mais forte e situá-la numa perspectiva positiva. Eu disse ao sensei: "Por outras palavras, a maioria dos que não podem aumentar seu potencial, são aqueles que examinam suas possibilidades e mentalmente estabelecem seu próprio limite ao que podem e não podem fazer, e não conseguem superar suas barreiras mentais. Esses estão unidos à mediocridade." "Sim,"- replicou o sensei -"Esses esquecem a probabilidade. Nem fazem ideia de todo o potencial que há na sua mente. É evidente que do potencial da mente humana apenas se usa aproximadamente um cinco por cento - e um noventa e cinco por cento absolutamente não se usa. Isto também sucede com o potencial físico, mais ou menos com uma mesma percentagem. Portanto, podemos ver que a crença do que é possível, diminui o rendimento físico e evita o que se chamam actuações supra-normais. E a isto se somam as emoções, como o medo, por exemplo, que pode criar um estado de 'congelação'”. O caminho que o sensei explicou é que o predomínio da possibilidade frente à probabilidade está confinado no reino do intelecto. O intelectualismo é esplêndido para a análise e a lógica, mas para lutar superando o medo à morte, não é suficiente. As três leis ou passos devem ser utilizados pelo artista marcial para desenvolver funcional e inconscientemente um estado de mu-shin ou falta de egoísmo - é preciso deixar atrás a ideia de que tudo o que possuímos vai permanecer para sempre, incluída a própria vida. A verdade absoluta é que tudo quanto possuímos vai desaparecer, mais tarde ou mais cedo, incluído o nosso corpo. Nada é permanente. Por exemplo, se ficarmos em pé e resolvemos não mover-nos ou mudar de posição, mais tarde ou mais cedo mover-nosemos, mudaremos de posição. Nunca voltaremos ao que já passou - o tempo passa. Nada permanece quieto, porque segundo diz o sensei, neste mundo descomunal, tudo é relativo e infinito. Já que não podemos olhar para o futuro para aprender a superar o medo, ou qualquer debilidade ou fobia, devemos olhar ao mais profundo da nossa mente, o nosso potencial. Isto pode ser feito mediante um processo de introspecção, um olhar ao interior e não para o mundo material. Têm sido usados muitos métodos e cada método tem seu devido mérito, entretanto, todos os métodos ultrapassam o intelecto e vão directamente à imaginação. A persuasão ou a lógica ficam fora do método e deve de se ir através da sugestão "Porquê?" - Perguntei. O sensei disse: " A sugestão está mais ou menos aceite pela função ilógica da mente, enquanto que a persuasão se faz pela parte lógica e cria uma visão oposta. Assim, o samurai sabia que o medo é uma coisa natural para o homem e para o animal, mas também sabia distinguir perfeitamente entre o medo propriamente dito, e a ansiedade premonitória que também é natural. Qualquer tipo de encontro, sem importar a preparação que para ele tivermos, está unido a uma ansiedade justamente anterior ao encontro. Isso é natural, é uma antecipação do que virá e uma ansiedade, mas passa logo depois do encontro ter lugar. O medo é diferente, supera a pessoa; é a adversidade, o desconhecido, é demasiado. Essa é a razão pela qual a morte nos provoca tanto temor." Já anteriormente vimos a solução. O samurai reestruturou a maneira de ver a morte. Deu as boas-vindas à adversidade. Não confundiu a ansiedade premonitória com o medo, separou ambas coisas. Não procurou fora as respostas, foi buscá-las em sua mente e na sua alma. O samurai desenvolveu a psicologia da imaginação - a psicologia das Artes Marciais! Na psicologia das Artes Marciais, a imaginação é a fonte do intelecto, é um produto gerador. O intelecto se usa para o processo analítico e de aprendizagem, enquanto que a imaginação se usa para desenvolver o potencial de todo ser humano. O processo, desenvolvido durante milhares de anos, é conhecido como “introspecção”. A meditação, a posição no Za-Zen, etc., também são simplesmente processos de introspecção, um olhar ao mundo interior, uma exploração do potencial da mente, do poder adormecido pronto para sair pelo impulso da correcta estruturação e sinalização. Isto se torna uma lei - uma lei de efeito invertido - volta à imaginação e de fora para o intelecto. O que segue é um método muito efectivo de introspecção, praticado por muitos artistas marciais que tiveram a sorte de aprender esta técnica. Como já disse, existem muitos métodos e cada método tem seu mérito, mas este método em especial, não falha. É preciso encontrar um lugar silencioso no qual não nos incomodem durante pelo menos meia hora. Podemos sentar-nos na posição do Za-Zen, sentar-nos numa cadeira ou deitar-nos no sofá ou numa cama, mas acima de tudo, devemos sentir que estamos em um ambiente confortável que nos leva relaxar-nos. Isto é o mais importante. Relaxamos, olhamos para cima e tratamos de ver o nosso cabelo; inspiramos profundamente, pomos os olhos na posição normal e expiramos lentamente. Visualizamo-nos relaxando-nos; imaginamos estar numa praia banhados pelo sol, sentimos como o sol vai relaxando cada músculo do nosso corpo. Respiramos muito profundamente enquanto visualizamos esta cena. Também podemos imaginar que estamos numa banheira e que sentimos a água quente acariciando o nosso corpo. Respiramos profundamente e enquanto aspiramos ar podemos sentir como o nosso corpo está completamente relaxado. Quando estejamos profundamente relaxados, projectamos sobre um imaginária ecrã de cinema imagens em que nos vemos a nós mesmos numa situação em que quisermos encontrar-nos. Podemos ser o actor, o produtor ou director, e interpretamos a parte que queremos. Estamos ganhando um concurso, superando grandes perigos, enfrentando-nos a imensos leões, etc., nós escrevemos a história. Quando acabamos a história, imaginamos estar completamente relaxados, revitalizados, refrescados, e que para a próxima vez vamos a fazer as coisas melhor. Então abrimos os olhos e finaliza a sessão, até a seguinte vez. Devíamos fazer isto pelo menos duas vezes por dia, em sessões de meia hora e por vezes de cinquenta minutos ou mais. Por vezes não seremos capazes de projectar. Não é motivo de preocupação, simplesmente nos relaxamos e eliminamos a tensão. Cada sessão vai ser diferente. Nunca há duas sessões iguais. O que é importante e nunca devemos dar por suficiente, é a nossa capacidade para nos relaxarmos, ser capazes de faze-lo em qualquer condição. Isto, em si mesmo já é uma mestria no grau mais alto. Quando se consegue, o elemento do medo terá sido reestruturado e situado numa perspectiva na qual não seja prejudicial. Agora passemos em revista tudo quanto foi dito, incidindo nos procedimentos que devemos seguir: • 1. Um lugar silencioso no qual não nos incomodem. • 2. Posição de Za-Zen, ou sentado, ou deitado, não importa, o importante é que a posição seja confortável para podermos relaxarnos e sossegar-nos. • 3. Levantar as pupilas para cima e inspirar profundamente; devagar, voltar a pôr as pupilas na posição inicial; fechar os olhos e expirar profundamente. • 4. Nos imaginamos a nós mesmos numa praia, com o sol quente acariciando suavemente a nossa pele; ou numa banheira na qual a água quente relaxa cada músculo do nosso corpo imaginamos estar flutuando e libertando-nos da tensão! • 5. Em um ecrã imaginário, projectamos um filme onde somos a figura principal Interpretamos um papel. Fazemos uma história. Expulsamos de nós qualquer medo; fazemos que isto viva no ecrã. • 6. Acabamos o nosso processo - sentimos como estamos completamente relaxados, revitalizados, refrescados e que na seguinte sessão faremos tudo melhor. • 7. Abrimos os olhos e respiramos profundamente. Por vezes teremos de repetir o processo (3 e 4); não ir ao ponto (5) até não estar o mais relaxados possível. Não é preciso pensar, a imaginação e a visualização são o segredo! 43 No sistema do Kenpo do SGM Parker, todos os conceitos, regras e princípios de movimento existem para maximizar a eficácia do praticante. Por isso, o estudante sério da arte não deve conformar-se com aprender simplesmente as técnicas, mas deve aprofundar nelas compreendendo e aplicando as ditas regras. O GM Richard "Huk" Planas foi designado por Parker como seu "supervisor de qualidade", visitando as diferentes escolas de Ed Parker's Kenpo distribuídas pelos E.U.A., para fazer a supervisão do que os instrutores ensinavam e verificar se estava de acordo com os níveis de qualidade que o Mestre Parker exigia. O Mestre Planas é conhecido como o Instrutor de instrutores, devido aos grandes conhecimentos que da arte possui e em seus seminários primam a qualidade e a compreensão da arte antes que a quantidade de material a trabalhar. Neste seu terceiro trabalho, o Mestre Planas põe em prática todos esses c o n h e c i m e n t o s , demonstrando como se deve trabalhar o programa escrito uma vez assimilado. Sempre aprofundando nos motivos de cada movimento realizado, exemplifica diferentes variantes das técnicas, interligações, enxertos, extensões ou famílias, mostrando como encaixar de maneira magistral as diferentes peças que constituem o sistema. O Kenpo em seu mais alto nível. REF.: • PLANAS3 Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata. Neste 5º volume da série, Guro Dave Gould nos introduz no subsistema de Mão Nua “Bantay-Kamay” do Lameco Eskrima. Frente a um ataque de faca, a habilidade para isolar e conter a mão armada do oponente é crucial, posto que aumentará consideravelmente as nossas possibilidades de sobreviver e permitir-nos-á concatenar outras acções que seriam inviáveis se não controlássemos correctamente a mão armada. Estudamos também as capacidades essenciais de retenção da arma em situações em que a vida ou a morte dependem de mantermos a nossa faca na mão: quanto mais rápido libertarmos a nossa arma, mais rapidamente poderemos proteger a nossa vida e deslocar-nos para uma zona fora de perigo. Finalmente, Guro Dave Gould mostra-nos os aspectos fundamentais do treino “não cooperante” ou de resistência, e da possibilidade real de desarmar o atacante, sendo plenamente responsáveis pelas consequências que se encontram em um ambiente realista onde impera “causa e efeito”. Um trabalho de consulta obrigada para todo interessado no combate de faca. REF.: • GOULD5 Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata. Clube Nocturno Triad Hong Kong Sabes Isto é assim mesmo Johny… A tua carreira como realizador de cinema nã o seria nada sem a minha ajuda. Em vez de um filme de acç ã o de treze milhõ es de dó lares, andavas a fazer um anú ncio de treze mil dó lares para um restaurante local. Evidentemente ningué m quer isso, sinto satisfaç ã o em poder ajudar um autê ntico artista como tu, a ter uma segunda oportunidade. Tu queres ajudar-me para que a minha garota seja uma estrela, nã o é verdade? Assim é Sr. Chow Ela será uma estrela. Tens muita razã o, será a pró xima super-estrela e nó s todos Simplesmente tem cuidado de que ningué m lucraremos. provoque problemas à minha garota. Ela é muito inocente nas coisas deste mundo. Nã o gostaria de descobrir que tem algum…problema. Pois claro que nã o. O teu voo é esta noite, de maneira que deves ir agora. O senhor Young vai acompanhar-te à saí da. É por aqui, senhor Wong A ESTRELA DO KUNG-FU - Apresentação Especial "Inspirado na vida de Sifu Vicent Lyn" - História e Argumento por Matt Stevens Ilustrado por Chase Conley Diálogos por Jaymes Reed O senhor Chow quer todos os dias queEspero uma informaç ã o todastelefones as noites. acerca do que Rose faz. Se houver algum problema devemos ser imediatamente informados. Senhor Wong! Percebeu o que eu disse? Isto nunca mais acaba… Sempre tocando o gado, e que pensas tu Joe? Desculpe…, sim, percebi, todas as noites. O homem nã o tem coragem, fará o que lhe disseram. Espero que nã o seja tã o fraco que nã o possa fazer uma boa fita! Tudo isto é para que a minha Rose possa sentir-se especial. Bom ou mau nã o importa, já está comprado . Já tem o dinheiro no banco. (Continuação) Sensei Juan Hombre, aceite sob a protecção dos diferentes Ryuha tradicionais que ainda perduram no Japão e único representante na Europa da tradição de Koga, dirige este novo e esperado trabalho sobre Shinobiken, a espada Ninja. Sob a sua orientação, versados alunos nos mostram as diferentes áreas do treino com o Shinobiken: a Cerimónia da saudação, os 7 Exercícios de aquecimento, Kihon básico e avançado (as 7 intercepções, os 7 cortes, as 7 combinações), assim como um extenso arsenal de técnicas e estratégias do Ninja e do uso da espada, tanto directa como invertida (movimentos silenciosos, corridas rápidas, rolamentos corporais, armadilhas e enganos, técnicas preliminares, intermédias e avançadas de espada, técnicas de campo de batalha, acções de combate contra samurai, acções nocturnas e corpo a corpo, e desembainho rápido). Estas são as manobras que diferenciam o Ninja de outras artes marciais e que permitemlhe sair do ponto de mira para não ser nunca um alvo fixo no campo de batalha. REF.: • JH5 Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata. PrEÇO: 35,00€ c/u REF.: • PLANAS2 Alexandre Franca Nogueira, mais conhecido como “Pequeno” no circuito MMA, é Campeão invicto de Shooto e o único lutador na história do Vale-Tudo em vencer 6 defesas consecutivas do título Lightweight, sendo conhecido no Japão como o Rei do Shooto. Uma trajectória única no MMA mundial com 12 vitórias (9 por finalização), 2 derrotas e 2 empates. Dotado de um talento natural para a luta e uma técnica depurada, Pequeno quis compartilhar connosco parte de seu arsenal neste DVD, prestando especial atenção à sua temida guilhotina, com a qual finalizou muitos de seus adversários. Com ajuda de seu aluno Julio César, também detentor de títulos na Europa e no Brasil, Alexandre nos mostra, com explicações dos principais detalhes para a sua correcta execução, uma cuidadosa selecção de técnicas em pé, no chão, derribamentos, projecções, maneiras de desfeitear, defesas e finalizações, algumas delas desenvolvidas por ele mesmo. Um trabalho especialmente recomendado para os amantes das Artes Marciais Mistas e do Grappling. NOVIDADES DO MÊ S!!! REF.: • KYUSHO16 REF.: • ALEXP1 Novidades DVD´s de Artes Marciais O Kyusho vai além de fazer pressão em um ponto vital determinado, tem a ver com as habilidades no combate e suas realidades implícitas. Sua eficácia e adaptabilidade permitem ao praticante ir mais longe dos simples batimentos, pontapés e agarres. Isto é especialmente valioso em situações em que as nossas possibilidades estão limitadas pelo espaço, como um omnibus, trem ou elevador. O que fazer nesses casos? Neste DVD, o Mestre Pantazi realiza um estudo avançado sobre a aplicação da compressão e força direccional em diferentes partes do corpo, para conseguir diversos resultados. Tanto puxando como empurrando, podemos controlar, ou até incapacitar determinadas zonas mediante o método da compressão. Podemos ver ideias similares em alguns estilos Marciais, mas que ainda não possuem a quantidade de objectivos e métodos presentes no Kyusho. As compressões podem ser perigosas e causar graves danos quando não trabalhadas apropriadamente. Por favor, não tratem de fazer as técnicas aqui mostradas, porque são poderosas e potencialmente muito perigosas. Este DVD foi realizado para isto ficar historicamente avisado. No sistema do Kenpo do SGM Parker, todos os conceitos, regras e princípios de movimento existem para maximizar a eficácia do praticante. Por isso, o estudante sério da arte não deve conformar-se com aprender simplesmente as técnicas, mas deve aprofundar nelas compreendendo e aplicando as ditas regras. O GM Richard "Huk" Planas foi designado por Parker como seu "supervisor de qualidade", visitando as diferentes escolas de Ed Parker's Kenpo distribuídas pelos E.U.A., para fazer a supervisão do que os instrutores ensinavam e verificar se estava de acordo com os níveis de qualidade que o Mestre Parker exigia. O Mestre Planas é conhecido como o Instrutor de instrutores, devido aos grandes conhecimentos que da arte possui e em seus seminários primam a qualidade e a compreensão da arte antes que a quantidade de material a trabalhar. Neste seu terceiro trabalho, o Mestre Planas põe em prática todos esses conhecimentos, demonstrando como se deve trabalhar o programa escrito uma vez assimilado. Sempre aprofundando nos motivos de cada movimento realizado, exemplifica diferentes variantes das técnicas, interligações, enxertos, extensões ou famílias, mostrando como encaixar de maneira magistral as diferentes peças que constituem o sistema. O Kenpo em seu mais alto nível. Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata. PEDIDOS: CINTURAO NEGRO Andrés Mellado, 42 28015 - Madrid Tel.: (0034) 91 549 98 37 Fax: (0034) 91 544 63 24 E-mail: budoshop@budointernational.com 50 “Pénis de Ferro” “Trabalhando com o Espírito Masculino em busca da Longevidade e… de mais alguma coisa!!!” Testo e foto: Emilio Alpanseque Muitos especialistas consideram o Mestre TU JINSHENG um dos melhores expoentes a nível mundial de um método de trabalho com a energia, ou Qigong, conhecido como “Pénis de Ferro”, e todos os testemunhos e estadísticas parecem confirmar semelhante avaliação: puxar por um avião caça P-51 Mustang de quase 4 toneladas de peso só com seus genitais é apenas um de seus tantos talentos, pois também é versado em artes marciais, medicina tradicional, pintura, caligrafia e música. Hoje, com 54 anos de idade, este mestr e de origem taiwanês é uma fonte obrigatória de consulta para aqueles interessados em aprender acerca destes métodos milenários na sua impressionante escola em Los Ángeles, Califór nia. Hoje, ele se dispõe a responder às nossas perguntas, em exclusiva para Cinturão Negro. 51 Artes Internas Cinturão Negro: Mestre Tu, em que consiste o Qigong do Pénis de Ferro? Mestre TU JIN-SHENG: O Qigong do Pénis de Ferro, ou Jiu Yang Shen Gong (Trabalho da Longevidade do Espírito Masculino) é um sistema preventivo e curativo, que combina princípios budistas e taoistas, externos e internos, dinâmicos e estáticos, provenientes de vários tratados clássicos, como o Damo Xisuijing (Purificação da medula óssea de Bodhidharma) ou a Jiuzhuan Neidan (Alquimia Interna das Nove Reversões) que leva incluído o treino progressivo de levantamento de peso com as nossas partes íntimas. Segundo a medicina tradicional chinesa, o nosso corpo é uma parte indivisível do universo, assim como um micro cosmos em si mesmo. A adaptação do nosso organismo às diversas alterações que se produzem no ambiente externo e inter no é levada a cabo pelos nossos sistemas nervoso e endócrino - em especial pelos nossos órgãos reprodutores - os quais se encarregam da produção de hormonas sexuais que se liberam na corrente sanguínea e percorrem o corpo ajudando a regular e manter os chamados três tesoiros: Jing (Essência de Vida), Qi (Energia) e Shen (Espírito). Por meio dos diversos métodos de exercitação do pénis e os testículos, tanto seja por meio de massagem, pequenos batimentos, e levantamento de peso, se aumenta a produção de hormonas sexuais, assim como de espermatozóides, o que estimula o metabolismo de maneira global, aumentando assim a energia e a vitalidade, fortalecendo músculos e ossos, assim como o sistema imunológico. Mas ainda há mais, este método permite melhorar enormemente a nossa capacidade sexual. Isto é precisamente o que diferencia este de outros métodos tradicionais de Qigong da saúde. C.N.: A partir de quê idade se pode começar a praticar? M.T.: A prática específica do Qigong do Pénis de Ferro pode começar a partir do início da puberdade. No caso dos homens, após a primeira ejaculação com semén maduro, que habitualmente tem lugar mais ou menos aos 16 anos e no caso das mulheres, após a primeira menstruação, a qual habitualmente tem lugar aproximadamente com 14 anos. Algumas pessoas iniciam a puberdade um pouco antes ou um pouco depois, mas antes de começar o dito processo, vários dos meridianos de energia mais importantes do corpo ainda não foram desbloqueados e as hormonas necessárias ainda não são segregadas desde os órgãos de reprodução. Por conseguinte, antes da puberdade só se 52 “Cinturão Negro avisa: Não praticar esta técnica sem supervisão de um Mestre reconhecido!” podem praticar exercícios de Tongzigong (Trabalho de Virgem) e de Jinzhongzhao (Escudo do Sino Dourado). Mas vejam bem, as pessoas que começam a praticar Qigong desde muito novos têm vantagens, tal é o caso do meu filho mais velho Jack Tu (ver coluna destacada) a quem comecei a ensinar desde os seis anos e quando fez 18, começou a trabalhar o Pénis de Ferro e chegou levantar 25 quilos após três dias de prática. Em pessoas que começam mais tarde, o progresso será mais lento, mas nunca é tarde para começar. Zeng Zinan, um respeitado mestre de Fengshui (Geomância Chinesa) é meu aluno e começou a levantar aos 95 anos com muito êxito, hoje parece um homem de 30 anos. C.N.: Disse “as mulheres”?… M.T.: Sim. Obviamente as mulheres não podem fazer uso directo deste método, posto que seus órgãos de reprodução são diferentes aos do homem. No entanto, eu também ensino a versão feminina destes exercícios, ainda que o não faça muito frequentemente. De facto, muitos anos atrás, no Taiwan, as ditas práticas eram muito mal vistas, porque se pensava que aquilo era qualquer coisa como uma habilidade para prostitutas. Por isso só ensino a casais e nunca a mulheres solteiras. O método se realiza mediante a inserção de um ovo de jade dentro da vagina e permitindo à mulher exercitar seu controlo primeiro muscular, para mais adiante passar a levantar peso. O ovo de jade vem com um cordel resistente, do qual podem chegar a pendurar até 25 quilos. Depois, o peso é levantado e movido como um pêndulo, tal e como fazem os homens com seus genitais. C.N.: Muito interessante. Sabe-se de alguma contra-indicação deste método? Quem não pode praticá-lo? M.T.: O Qigong do Pénis de Ferro não tem contra-indicações de nenhum género. As únicas pessoas que não podem praticá-lo são aqueles homens que têm doenças venéreas, hérnias inguinais directas ou indirectas, ou naturalmente, aqueles com qualquer tipo de próteses de pénis. As pessoas com hérnias inguinais, quando já operadas e sob supervisão, podem começar a realizar levantamentos leves, sem ultrapassar os 15 quilos. C.N.: E é preciso levantar centenas de quilos, como podemos ver em seus alunos? M.T.: É verdade que os meus alunos podem levantar bastante peso. Mas não, o método curativo e preventivo só requer levantar de 15 a 25 quilos todos os dias, durante um período de 30 a 60 minutos. É constância e assiduidade o que permite potenciar a saúde e não o peso. Como um desenvolvimento complementar, os meus alunos competem levantando peso. Tenho alunos com mais de dez anos de prática que conseguiram levantar mais de 300 quilos. A maior grau de Gongfu (habilidade), maior é o peso. Mas estas são práticas isoladas, que poderíamos denominar “proezas” do Qigong do Pénis de Ferro. Eu estou em busca da oportunidade de puxar de um avião comercial Boeing 747; já realizei os cálculos necessários e tenho certeza que com 8 homens puxando de cada roda podemos mover juntos a estrutura de 18 toneladas. C.N.: E estas “proezas” se realizam com o pénis em estado de erecção? M.T.: Não, quando preparamos o nosso tecido de seda e o ajustamos devidamente em volta do pénis e os testículos, para depois pendurar o gancho metálico, o pénis se mantém em estado flácido. Não obstante, os tecidos cavernosos e a sua capacidade de acumular sangue estão sendo potenciados com o exercício e com isso o membro, tanto em estado flácido como em erecção, aumentará seu tamanho consideravelmente. C.N.: Então, o tamanho do pénis pode ser aumentado? M.T.: O corpo humano é uma entidade viva que muda constantemente, não é um objecto inanimado. Quando se é jovem e saudável, as erecções são invariavelmente rígidas. Mas com o passar dos anos, conforme se vai envelhecendo, a tal rigidez também declina paulatinamente. Não obstante, por meio da prática do Qigong do Pénis de Ferro podemos atrasar este processo natural de envelhecimento e inclusivamente melhorar as funções sexuais, garantindo um pénis em erecção maior e difícil de dobrar. Após mais de trinta anos de experiência eu próprio tenho podido confirmar os resultados em centenas de alunos e também na minha pessoa. 53 JACK TU - Filho do “Pénis de Ferro” e Discípulo de Jackie Chan O incombustível Jack Tu, filho do Mestre Tu Jin-Sheng, foi o vencedor do concurso televisivo chinês denominado “The Disciple”, tornando-se assim o autêntico primeiro discípulo de Jackie Chan. Treinado directamente por seu pai, Jack foi seleccionado de entre quase cem mil jovens de todo o mundo, após destacar em todo género de provas de actuação, ginástica, música, e claro está, artes marciais. É Natural! De tal pai tal filho! Actualmente, Jack Tu leva mais de dois anos seguindo seu mestre Jackie Chan mundo afora, aprendendo tudo quanto tem a ver com o mundo do cinema de acção. C.N.: Na sua escola podemos observar uma grande quantidade de máquinas e pesos modernos. São parte do treino tradicional de Qigong? M.T.: O uso de máquinas de musculação, assim como de barras, parelhas e outros equipamentos, é também parte importante do nosso sistema de trabalho. Se bem é certo que algumas destas máquinas são modernas y que nem em todas a maneira de trabalhar nelas é tradicional. Não buscamos a halterofilia nem o culturismo, trata-se de equilibrar e reforçar o corpo para potenciar os métodos de Qigong. Acções como bater nas costas e nos lados do corpo contra uma placa ou perdurar-nos pelos braços e arquear a coluna vertebral são exercícios que nos ajudam a abrir os canais de energia em circulação no nosso corpo, mediante a contracção de determinados músculos, numa sequência específica. Da mesma maneira que a massagem, as compressões, as agulhas da Acupunctura, a electroestimulação ou inclusivamente o pensamento podem ajudar a corrigir os níveis de energia que circula pelos canais ou meridianos do corpo, o levantamento de pesos que nós realizamos também age da mesma maneira, permitindo eliminar excesso de cargas ou desequilíbrios de energia e libertar estancamentos, ao mesmo tempo que reforçar o tom da musculatura do corpo. C.N.: Que opinião lhe merecem as rotinas de Qigong da Saúde promovidas pelo governo chinês? M.T.: Desde 1949, a China Continental tem atravessado muitos problemas e perdas em praticamente todas as áreas da cultura tradicional. Durante a revolução cultural (1966-76) foram queimados muitos escritos e a China perdeu grande parte do seu património, pois os comunistas pensavam que isso era o que paralisava o país. Os métodos de Qigong Tradicional que tinham sido transmitidos durante séculos, de geração em geração, entre muitas outras coisas, 54 deixaram de poder ser praticados abertamente, tendo que ser resgatados muitos anos depois por estudiosos contemporâneos. Enquanto isto acontecia na China Continental, na ilha de Taiwan este não foi o caso. Os métodos de Qigong que eu ensino, como o Wuqinxi (Jogo dos Cinco Animais), o Yijinjing (Clássico das Mudanças de Músculos e Tendões), o Baduanjin (Oito Peças de Brocado), o Huashan Shuigong (Qigong Dormente da Montanha Hua) entre outros, são métodos integrais de saúde que não incluem só as rotinas propriamente ditas, que chegaram até mim directamente por transmissão tradicional de meus mestres. Por exemplo, o Baduanjin que eu ensino se divide por sua vez no Baduanjin marcial, que cultiva a energia com fins de autodefesa e fortalecimento físico, e o Baduanjin médico, que se encarrega das funções preventivas e terapêuticas. São versões muito antigas que não foram refinadas nem sintetizadas por nenhum ‘comité contemporâneo’. C.N.: Mas eles dizem ter documentos originais que sobreviveram à revolução cultural. M.T.: É possível, não ponho em dúvida, mas tanto os métodos de Qigong como as artes marciais se diferenciam de outras formas de arte, como pode ser a pintura ou a caligrafia, em que hoje não podemos ver um mestre de 150 anos atrás realizando os movimentos e explicando as funções internas e externas de cada um deles, enquanto que podemos ver um quadro antigo e apreciar grande parte da sua beleza. Na minha biblioteca privada, eu também tenho autênticas jóias que tenho ido coleccionando no que diz respeito ao Qigong antigo. No entanto, devemos compreender que grande parte da transmissão tradicional nestas áreas é oral. Sem este contacto oral de mestre a discípulo, muito temo que se pode perder, posto que nem tudo se pode explicar textualmente em um manual. Além disto, durante as diferentes etapas da história da China, antigos manuais foram copiados e reeditados muitas vezes, perdendo-se no processo valiosa informação por inúmeras razões. C.N.: Então, fica descartada a possibilidade de aprender Pénis de Ferro por conta própria? M.T.: Não exactamente, o método completo está dividido em secções, as quais podem ser aprendidas sob a supervisão de um versado primeiro, e depois praticadas em casa, como unidades independentes. Também temos material multimédia que pode ajudar àqueles estudantes que não tenham um especialista perto. Mas não se trata de cursos virtuais nem muito menos, é necessário receber instrução directa durante um determinado tempo, para depois poder aplicar o aprendido sem a assistência do mestre. Recebo na minha escola alunos de muitas partes do mundo e proporciono-lhes tudo o que lhe faz falta durante a sua estadia, para permitir seu avance na aquisição e descoberta dos conhecimentos, consoante as suas possibilidades individuais. Assim voltam para casa e mais adiante, quando estão preparados para continuar com os seus estudos, receboos novamente. C.N.: Exige este método o controlo absoluto da ejaculação? M.T.: Não, é tudo ao contrário, os praticantes podem e devem manter relações sexuais com toda normalidade e em nenhum momento faz falta a retenção do esperma. Eu próprio tenho quatro filhos. Recentemente, um aluno da nossa escola foi novamente pai contando 82 anos de idade. C.N.: Lamentavelmente acabou o nosso o tempo. Alguma mensagem para encerrar a entrevista? M.T.: Quero desejar a todos saúde e longevidade, assim como agradecer o vosso interesse em escrever acerca destes métodos tradicionais, que de não serem promovidos e praticados correctamente, poderiam chegar a desaparecer. Em caso de terem qualquer dúvida ou pergunta, não deixem de visitar a minha página Web: www.mastertu.com. 55 O Muay Korat: Análise do estilo mais poderoso dos Muay Boran M uay Thai, a ciência do emprego racional das 9 armas principais do corpo humano: 2 mãos, 2 cotovelos, 2 joelhos, 2 pernas e a cabeça. Graças a anos de preparação psicofísica, o verdadeiro thai boxer consegue transformar seu próprio corpo numa autêntica arma e é capaz de utilizar para atacar ou defender-se as próprias partes da sua anatomia preparadas como maças, machados, lanças, pedras ou escudos. Na realidade, ainda que em maior maneira esta imagem dos Nak Muay (ou thai boxers) pertença ao que durante séculos tem sido o objectivo a alcançar por parte de todos os praticantes do Muay, na tradição siamesa sempre existiram duas correntes estilísticas bem definidas, que utilizam duas maneiras de ver diferentes para conseguir o mesmo objectivo: a eficácia absoluta no combate a mãos nuas. A primeira destas correntes e maneira de ver é a do Muay Lak, a qual, usando uma terminologia utilizada pelos estudiosos das artes marciais chinesas, se poderia definir típica dos estilos “duros”. A este grupo pertencem entre outros os estilos regionais do Muay Korat, Muay Lopburi, e Muay Pranakorn; as técnicas destes três estilos são a base do Boxe Tailandês moderno que agora se pratica na Tailândia e no resto do mundo. Mas o Muay Thai Boran não está representado só pelos estilos “duros”; a outra “metade do céu” no caso da Arte Marcial siamesa a mãos nuas está constituída pelas correntes estilísticas “suaves” ou Muay Kiao. Sem dúvida, o estilo mais conhecido deste grupo é o Muay Chaiya, que passou a ser célebre nos anos 70 devido ao Grão Mestre Keat Sriyabhaya; também as técnicas do mítico Rei dos Macacos Hanuman ou do Asceta (Luesee) fazem parte deste grupo. Um verdadeiro especialista de Muay Boran não pode prescindir do estudo das duas maneiras de ver a arte, ambas necessárias e complementares como o dia e a noite (Yin e Yang), pois constituiria uma importante falta na sua própria bagagem técnica. Do Muay Lak terá de adquirir a potência aniquiladora dos ataques com pernas e braços e os métodos experimentados durante séculos para pôr em condições tíbias, joelhos e braços e faze-los duros como o ferro. Do Muay Kiao terá que aprender a evitar a força do adversário absorvendo o ataque e a responder às agressões com acções imprevisíveis, rápidas e “envenenadas” que derrotem também um adversário mais forte e potente. Vamos ver seguidamente, as características do mais importante representante da corrente estilística Muay Lak, o Muay Korat. Lugar de origem do estilo Nakhon Ratchasima, frequentemente chamado Korat ou Khorat, é uma das províncias do Nordeste de Tailândia. As províncias vizinhas são Chaiyaphum, Khon Kaen, Buriram, Sa Kaeo, Prachinburi, Nakhon Nayok, Saraburi, Lopburi. A capital da província é a cidade Nakhon Ratchasima, situada no distrito de Mueang Nakhon Ratchasima. Esta província ocupa grande parte do planalto do Nordeste do país e se encontra a uma distancia de 259km de Banguecoque. Tem uma superfície de uns 20 mil quilómetros 56 quadrados, que a faz a maior das províncias da Tailândia. É rica em cultura Khmer e tem uma história muito antiga. A zona em volta de Korat já era um importante centro em tempos do Império Khmer, no século XI, como se pode ver nas ruínas do templo Phimai, hoje transformado em parque histórico. A chamada “Cidade Nova Nakhon Ratchasima” que é amuralhada, foi construída no século XVII por ordem do Rei dos dayutthaya, Narai, como o mais oriental “destacamento de mando” para vigiar as fronteiras do reino com seus vassalos os Reinos de Laos e Camboja. Nakhon Ratchasima depois continuou sendo o mais importante centro político e económico da região Oriental do Norte. Nascimento do estilo e evolução técnica O primeiro patriarca do Muay Korat foi Phra Hensamahan, que também codificou as formas melhor articuladas e coerentes do estilo, cuja história se perde nas tradições do Sudeste asiático. Diz-se que as origens do seu estilo devem ser pesquisadas nas técnicas marciais desenvolvidas na Camboja mais antiga, durante o Reinado dos Khmer. Dos nossos estudos concluímos que a base do Muay Khorat seria a mítica Arte Marcial de Dangkor Wat, sede da antiga capital do Império Khmer, cuja cultura tanto influiu nos habitantes da zona de Khorat. Os períodos da evolução do estilo são quatro, o primeiro vai do reinado de Rama I até Rama IV. A história mais recente conta que durante o reinado de Rama V, um aluno de Phra Hensamahan, de nome Deng Thaiprasert, proveniente da província de Nakhon Ratchasima, se distinguiu em um torneio organizado no Edifício do Palácio Real, por ocasião da cerimónia de incineração do Príncipe U-Ru-Pong Ratchasompotch. Em presença do Rei venceu lutando contra adversários provenientes de várias províncias do país, suscitando a admiração real. Recebeu como prémio o grau de cavaleiro da guarda real e foi chamado Meun Changat Cherng Chok (Cavaleiro da táctica de combate destacada). O nome faz referência à mestria no emprego de uma das técnicas típica o estilo Korat, os mortais punhos em rotação Wiang Kwai ou Punho do Búfalo. Junto com os pontapés em rotação Tae Ken Kor, que têm como alvo as partes laterais do pescoço, o Punho do Búfalo contribuiu a criar a lenda da invulnerabilidade deste estilo que por meio das sucessivas transformações decorridas durante várias décadas, constituiu a base técnica do Boxe Tailandês moderno. A pesar da forte propensão ofensiva dos Korat Boxers, inicialmente o praticante realizava a sua aprendizagem partindo uma correcta posição da guarda e do estudo do ritmo dos passos, com objectivos de ataque e defesa; os movimentos que ainda se executam nas Ram Muay (danças guerreiras) deste estilo, se utilizavam para ensinar ao adepto a relacionar-se com o espaço em redor, reduzindo as possibilidades de manobra do adversário, enquanto defendia a sua própria área vital. Para fazer isso, o Korat boxer, assim como os praticantes dos outros estilos, passavam longas horas melhorando sua posição no combate, sincronizando o trabalho de cobertura efectuado por braços e pernas com os deslocamentos, estes últimos sempre executados com mudanças de ritmo, destinadas a surpreender o adversário. 57 Compressões Como já avançamos no nosso estudo do Kyusho, descobrimos que ele vai mais além de apertar ou pressionar um ponto vital determinado; tem a ver com as habilidades no combate e as suas realidades implícitas. A sua eficácia e adaptabilidade permitem ao praticante ir além dos simples batimentos, pontapés e inclusivamente dos agarres. Isto também permite-lhe perceber os factores que limitam, como o estresse e outros elementos ambientais e de situação, que imperam em um conflito real. Para uma melhor compreensão destas matérias, pensem em situações em que possam estar em um lugar cheio de gente, como um estádio, tratando de sair no fim de um evento. Ou por exemplo, em um autocarro, trem ou elevador apertados por gente em seu redor. Dar pontapés e socos é impossível, fazer chaves é difícil devido à proximidade. O que fazer então? Como se pode contr olar a situação em semelhantes circunstâncias? 58 59 Puntos Vitales Compressões Aí é onde o Kyusho surge como um elemento valioso, naquelas situações em que são limitadas as possibilidades para lutar na maneira habitual. Um aspecto importante a tratar é o estudo mais avançado, assim como a aplicação da compressão e força direccional para conseguir diversos resultados. Tanto seja puxando como empurrando, podemos controlar ou incapacitar determinadas zonas mediante o método da compressão. O que significa que a compressão não é uma simples pressão de um ponto vital mas sim uma maneira mais específica; é uma acção para fazer uma pressão em ângulo na direcção a uma zona anatomicamente débil. É possível ver algumas ideias similares em alguns estilos Marciais, mas que ainda não abrangem os objectivos e métodos que se encontram no Kyusho. Um exemplo destas compressões convencionais é o que se conhece como estrangulação e que se executa na zona do pescoço. Um método consiste em interromper dramaticamente a entrada de ar no corpo do oponente, o que provoca nele um desmaio. No entanto, isto leva muito tempo, durante o qual o oponente pode contra-atacar, o que pode provocar o nosso esgotamento e fazer que a nossa tentativa de ataque seja infrutuosa. O método mais rápido para cortar o abastecimento de ar ao cérebro provoca inconsciência no prazo de 5 a 10 segundos. Isto faz-se geralmente de duas maneiras, apertando com a própria roupa do oponente o seu pescoço, ou agarrando-o por detrás. Aqui temos de novo um período de luta, especialmente se o oponente nos agarra ou bate violentamente para tratar de escapar. Outra limitação das estrangulações é que se precisa de força e resistência para manter o agarre enquanto o oponente, levado pelo pânico, reage de maneira instintiva para sobreviver. Outro tipo de técnicas de compressão comuns no grappling são as técnicas de manipulação de articulações ou técnicas de pressão das extremidades. Um exemplo destas técnicas é a técnica de pressão de alavanca sobre o tendão de Aquiles, que se conhece como técnica de deslocação do tornozelo. Agarrar a per na do oponente que nos lança um pontapé e girar a sua per na é difícil e perigoso, devido ao tempo e à força necessários para causar dor. Os factores intervenientes na realização destas técnicas são manter a posição e a base para poder aplicá-las com potência, enquanto o oponente mantém sua posição e resiste bravamente, ou no caso de nos enfrentarmos a múltiplos oponentes. Então, o que podemos fazer? De que se necessita para incapacitar profundamente o nosso oponente em um curto período de tempo?… Um elemento do Kyusho, a compressão de pontos vitais O segredo reside numa curta e ponderosa acção de pressão para poder ter acesso ao nervo de uma maneira apropriada, ao nervo ou a outra estrutura da anatomia, no ângulo e duração correctos. Devemos também contra-atacar com a arma certa, para mediante o uso da acção da compressão afectar à estrutura vital de uma maneira efectiva e causar a incapacitação. Certas posições dos nós dos dedos, dos antebraços e especialmente dos cotovelos, são a melhor escolha; também se podem usar os pés e os joelhos, mas é muito mais difícil devido à habilidade, pontaria e potência que são necessárias para a acção de comprimir. Os dedos não são realmente uma arma viável, devido ao tamanho da mão e a força, especialmente se nos enfrentarmos a um oponente mais alto. Os objectivos do Kyusho não visam só incapacitar mediante a força de ruptura, tal e como já temos visto nas aplicações para bater, dar pontapés e agarrar. O segredo para comprimir é a direcção do ângulo. O ângulo é “geralmente” usado para comprimir a estrutura vital subjacente (o objectivo Kyusho) contra a superfície mais dura de um osso. Claro está que há excepções, mas para a maioria das zonas, quando se comprime o objectivo, rapidamente os resultados são muito diferentes e podem também ser aplicados em objectivos mais moles. Na compressão podemos ter uma maior capacidade para a transferência da energia que com o batimento convencional, visto que na transferência da energia cinética, massa e velocidade estão mais concentradas e dirigidas. Vamos usar como exemplo um simples batimento nas costelas; a força se dispersa por uma grande massa de pele, músculo e ossos. Entretanto, se situamos o cotovelo em um ponto entre duas costelas, cobrindo um nervo e comprimindo com a mesma força que com um batimento, a transferência da energia cinética 61 concentrada e dirigida conseguiria uma maior penetração e uns resultados mais potentes. Quanto mais rápida seja a acção de comprimir (comparada com a metodologia da pressão e o agarre), mais concentrada será a transferência da energia. Isto também provoca que o efeito de incapacitação seja maior. Para compreender bem isto vamos voltar à aplicação do estrangulamento por detrás, já vista anteriormente. Se por exemplo nos situamos para pressionar o ponto ST-9 na carótida sinus e apertamos com força com o antebraço sobre a artéria subjacente, mantendo a pressão, o oponente poderá exercer uma tensão nos músculos do pescoço, pondo mais força na superfície e nos tensos músculos do pescoço. No entanto, se o apertarmos rapidamente, não terá tempo suficiente para pôr em tensão os músculos, o que permitirá uma maior penetração e alcançar a artéria. O indivíduo poderia ser capaz de lutar um pouco, mas de uma maneira muito limitada e durante pouco tempo, posto que rapidamente vai cair inconsciente. Agora bem, para perceber o conceito direccional necessita-se de mais; se também juntarmos uma pressão para “Realizamos um DVD com algumas compressões em diferentes partes do corpo, para poderem conhecer isto com uma maior profundidade e ver os resultados imediatamente” 62 baixo, isto incapacitaria o indivíduo, debilitando seus braços e todo o seu corpo, permitindo uma compressão mais profunda sobre a artéria, a qual limita a capacidade do oponente para lutar. Para desenvolver um bom poder de pressão faz-se necessário usar a contracção dos músculos, mas não se devem usar os músculos como se usa o bíceps na técnica de estrangulação anteriormente dita. O praticante precisará fazer uma constrição de todo o seu corpo de maneira concentrada e rápida. Isto não é difícil, mas requer de prática, visto que a dita constrição será diferente, dependendo da arma utilizada e da posição do objectivo. Por precaução é necessário dizer que o uso do método da estrangulação pode causar danos sérios prolongados ou mesmo irreversíveis, pelo que não se recomenda a sua prática. Por exemplo, após a manipulação da carótida sinus pode ocorrer um derrame cerebral devido às placas instáveis. Isto pode suceder instantaneamente ou decorrido um tempo e provavelmente por esta razão, esta técnica em especial é chamada “o toque da morte”. Realizamos um DVD com algumas compressões em diferentes partes do corpo, para poderem conhecer isto com uma maior profundidade e ver os resultados imediatamente. As compressões podem ser perigosas e causar graves lesões quando não trabalhadas apropriadamente. Todo aviso é pouco no sentido de não tratarem de fazer as técnicas mencionadas neste artigo ou no DVD, pois são poderosas e potencialmente perigosas, tendo sido estes trabalhos realizados para que isto historicamente constasse. Novo Livro! Sensei Juan Hombre, o qual, após ter treinado desde 1983 com os principais versados em disciplinas referentes ao Ninjutsu, iniciou uma aventura fascinante de pesquisa por terras Ninjas de Koga, Konan e Iga, onde descobre o último herdeiro ainda vivo do Ninjutsu Japonês, que o aceita como seu aluno e primeiro ocidental do seu Kenshujo. É ele o 21º Soke de Koka Ryu, o Grão Mestre e Herdeiro Legítimo Jinichi Kawakami. Após 9 anos viajando ao Japão e instruindo-se com este Grão Mestre, Juan Hombre recebeu o primeiro Densho “Ten No Maki” entregado a um estrangeiro, junto com o amuleto da família BAN e um selo pessoal para assinar com o nome que anos atrás lhe foi dado pelo Soke Jinichi Kawakami, Onbure (Grande Guerreiro do Espírito). O que se ensina neste livro de Iga Ryu Ninjutsu, refere-se ao uso do combate sem armas, o que no Japan Ninjutsu se conhece como Atemi Taikenjutsu, a antessala do Atemi Goroshi “A Arte Secreta do Combate Ninja”. Livro editado em Espanhol, Francês, Alemão e Italiano Preço: 19€ PEDIDOS: CINTURÃO NEGRO Andrés Mellado, 42 28015 - Madrid Tel.: (0034) 91 549 98 37 Fax: (0034) 91 544 63 24 E-mail: budoshop@budointernational.com Alexandre Franca Nogueira, mais conhecido como “Pequeno” no circuito MMA, é Campeão invicto de Soou e o único lutador na história do Valentino em vencer 6 defesas consecutivas do título Limitadinha, sendo conhecido no Japão como o Rei do Soou. Uma trajectória única no MMA mundial com 12 vitórias (9 por finalização), 2 derrotas e 2 empates. Dotado de um talento natural para a luta e uma técnica depurada, Pequeno quis compartilhar connosco parte de seu arsenal neste DVD, prestando especial atenção à sua temida guilhotina, com a qual finalizou muitos de seus adversários. Com ajuda de seu aluno Júlio César, também detentor de títulos na Europa e no Brasil, Alexandre nos mostra, com explicações dos principais detalhes para a sua correcta execução, uma cuidadosa selecção de técnicas em pé, no chão, derribamentos, projecções, maneiras de desfeitear, defesas e finalizações, algumas delas desenvolvidas por ele mesmo. Um trabalho especialmente recomendado para os amantes das Artes Marciais Mistas e do Grappling. REF.: • ALEXP1 Todos os DVD’s produzidos por Budo International são realizados em suporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares) e a impressão das capas segue as mais restritas exigências de qualidade (tipo de papel e impressão). Também, nenhum dos nossos produtos é comercializado através de webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa e a serigrafia não coincidem com a que aqui mostramos, trata-se de uma cópia pirata.