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São Carlos • Ano 2 | Edição 47 - Nº 23
auditada por:
PricewaterhouseCoopers
distribuição gratuita
Miguel Abdelnur
Parque Novo
Mundo
CEAT
Veja onde está e para onde vai o
desenvolvimento industrial de São Carlos
Cidade vai ganhar terceiro distrito industrial, que será instalado no Parque Novo Mundo
e terá área total de 100 mil m2, com capacidade para 105 lotes de 1.000 m2
Cidade
possui cerca de
650 indústrias
1
50%
dos
trabalhadores
estão no setor
USP UFSCar
e
ajudam indústria na
gestão de negócios
kappa magazine
2 kappa magazine
kappa magazine 3
4 kappa magazine
kappa magazine 5
sumário
10
capa
João Moura
Com 50% de seus
trabalhadores empregados
na indústria, São Carlos vai
ganhar um terceiro distrito
industrial e ratificar sua
vocação para o crescimento
industrial.
56
O juiz da
Copa
João Moura
Pré-escalado para a Copa do
Mundo de 2014, o são-carlense
Wilson Seneme está prestes a
viver o auge de sua carreira
64
tirando arte
de pedra
João Moura
O escultor Antônio de Sant’Anna
Galvão Leite diz como subverteu
a frase do poeta, fazendo arte a
partir de pedras
67
virada
cultural
Carina Zaratin
Renato Teixeira (foto), Nina
Becker e o projeto acústico
Agridoce, de Pitty e Martin
Mendezz estão entre as
atrações do evento
6 kappa magazine
18
evolução
26
Mão de obra
34
a vez da
gestão
70
social
Da manufatura à alta tecnologia,
conheça a trajetória das
indústrias da cidade e quais
empresas que marcaram nossa
história
O Senai evoluiu ao longo dos anos
juntamente com a indústria local,
criando cursos e adaptando sua grade
curricular às necessidades das empresas
Consagradas pela excelência em
tecnologia, USP e UFSCar emprestam
agora às empresas locais seu
conhecimento na área de gestão
Desde as arquibancadas do
torneio pré-olímpico até as pistas
e salões de eventos, são-carlenses
desfilam nas páginas da kappa
Editorial
Por
Luciano
Abelhaneda
auditada por:
PricewaterhouseCoopers
Números
surpreendentes
Tiragem desta edição:
25.000 exemplares
distribuição gratuita
Ano 2 | Edição 47 | Nº 23
São Carlos, 15 de maio de 2012
Expediente
kappa é uma publicação da Abelhaneda Editora e
Serviços de Comunicação Ltda.
Diretor Comercial
Adilson Haddad
Gerente Comercial Regional
Alexandre Roveri Piglialarme
Editor e jornalista responsável
Luciano Abelhaneda - editor@revistakappa.com.br
MTb. 23.733
Editor Executivo
Roberto Schiavon - redacao11@revistakappa.com.br
MTb. 49.897
S
ão Carlos nos surpreende a cada dia. No levantamento que fizemos constatamos que a indústria continua firme gerando a
maioria absoluta dos empregos da cidade. O novo distrito industrial também deve impulsionar o crescimento das empresas que
já estão por aqui e trazer oportunidades para novos projetos.
O serviço vem abocanhando grande número de trabalhadores junto com
o comércio, mas esta equação que a cidade mantém é muito importante e dá
um grande equilíbrio à sua base econômica.
O setor de serviços será impulsionado pelo call center com 1.700 vagas,
oportunidade para gente que será treinada e provavelmente terá seu primeiro emprego, o que é muito bom.
Reportagem
Ana Paula Santos - redacao12@revistakappa.com.br
Eloiza Strachicini - redacao13@revistakappa.com.br
Vanessa Gurian - redacao14@revistakappa.com.br
No comércio, São Carlos já está na rota das redes de varejo e serviços e
vêm A Tenda, Kalunga, Tonin Hipermercados e outros.
Ver a cidade se tranformar pela indústria é um marco histórico e nos traz a
certeza de que São Carlos está no caminho certo.
Criação
Camila Pires, Maralise Lopes e Ricardo Sahara
Fotógrafos
João Moura (MTb. 33.200) e
Mauricio Motta (MTb. 47.148)
Na próxima edição da kappa teremos o especial do Dia dos Namorados, uma
vitrine para lojistas no maior veículo da cidade. Mais de 120 mil pessoas leem as
edições da kappa todas as quinzenas. Você não pode ficar fora desta.
Colunista Social
Lygia Fontana - socialsac@revistakappa.com.br
Revisão: Jussara Lopes
Diretor Financeiro: Mário Gonçalves de Mattos Jr.
Diretora de Eventos: Daniela Abelhaneda
Maurício Motta
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kappa magazine
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kappa não tem responsabilidade editorial pelos conceitos
emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.
7
cartas
Gostaria de agradecer, em nome de
toda equipe da Campanha do Agasalho
dos alunos da USP, pela publicação de
nossa campanha na edição 46. A matéria ficou excelente e ajudará muito para
que tenhamos muitas doações para a
comunidade carente de São Carlos.
Julia Salles
Coordenadora de divulgação da
Campanha do Agasalho dos alunos da
USP São Carlos
Fiquei indignada com a falta de sensibilidade do Sr. João Amaro, ao dizer
que a cidade não se interessa em visitar
o Museu da TAM. Ele parece ter certeza de que a população está alienada
em relação à grandeza do museu. Mas
talvez desconheça a dificuldade financeira da maioria dos brasileiros. Dizer
que cultura é coisa cara não me parece
atitude sábia, pois ela deve ser acessí-
8 kappa magazine
vel a todos. Jamais imaginei que nossa
população poderia refletir a imagem
de incultura e ignorância, pois somos a
Capital da Tecnologia, com o maior número de doutores por metro quadrado
da América Latina. A kappa é uma revista de extremo bom gosto. Certamente
desponta pela qualidade e serviços que
traz à nossa “inculta” São Carlos, sendo
exemplo para a região. E é distribuída
gratuitamente, exemplo de que cultura
pode ser cara, mas acessível.
Patricia Verges
Profundamente infeliz a declaração
do senhor João Amaro, presidente do
Museu da TAM: “as pessoas reclamam
do preço do ingresso, mas cultura é
coisa cara”. Realmente as instalações
do museu são incríveis. Agora, justificar
o preço dos ingressos afirmando que
“cultura é coisa cara” reflete bem como
a educação e a cultura são tratadas em
nosso País, que se vangloria de estar à
frente do Reino Unido como a 6ª economia do mundo, mas fica atrás de Chile e Argentina, para citar dois vizinhos,
quando se trata de educação e cultura.
Marcelo Strozi Cilla
Venho em nome de Luiza Manzini,
que deu entrevista para a reportagem
da Faber-Castell, agradecer pela linda
matéria. Ela agradece o carinho com
que o texto foi escrito. Amigos, familiares e trabalhadores da empresa adoraram a matéria.
Mariana G. Manzini
Entre em contato para dizer o que você achou da revista. Envie um e-mail para
contato@revistakappa.com.br. As sugestões de matéria encaminhadas serão estudadas.
kappa magazine 9
capa
Novo distrito
garante espaço para
crescimento
industrial
Setor responsável por metade dos empregos
gerados na cidade ganha área para implantação
de novas empresas
Os lotes dos novos
empreendimentos variam
de 900 a 2 mil metros
quadrados e cada um deve
gerar cerca de 10 empregos
• Parque Novo Mundo:
105 lotes
• Eco Tecnológico Damha:
143 lotes
• TeKPark: 25 lotes
• Centro Empresarial Pinhal:
5 lotes
1 0 kappa magazine
Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos
Acima: novo distrito
oferece 105 lotes de mil
metros quadrados
Ao lado: na área entregue
com toda infraestrutura
o prefeito destaca
a oportunidade de
crescimento para o setor
Por Ana Paula Santos
Fotos João Moura e Mauricio Motta
A
pesar da diversidade da economia, alguns índices remetem à importância e vocação
do setor industrial em São Carlos. Segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a indústria
são-carlense emprega cerca de 40 mil
pessoas, algo em torno de 50% da população ativa profissionalmente.
De acordo com a Classificação
Nacional de Atividades Econômicas
(CNAE), usada para padronizar os códi-
gos de identificação das unidades produtivas do País, São Carlos possui cerca de duas mil indústrias, mas o Ciesp,
levando em conta apenas a área de
transformação, considera que o município possui cerca de 650 indústrias,
metade delas no ramo da metalurgia.
Diante da realidade e variedade industrial, uma das carências do município passa a ser suprida com a instalação
do terceiro distrito industrial. Instalado
numa área de 100 mil metros quadrados, o Parque Novo Mundo, iniciativa
privada que conta com apoio do poder
público, oferece 105 lotes de aproximadamente mil metros quadrados.
O empresário Roberto Pereira de
Souza, da RPS Engenharia, responsável pelo empreendimento, garante
que 70% já foram comercializados.
“Acredito que em pouco mais de
cinco meses todos os lotes terão
sido vendidos, pois existe demanda.
Havia um pedido da prefeitura e por
isso investimos”.
A área comercial completa o empreendimento, que integra também
um residencial com 491 casas, totalizando uma área de 344 mil metros
quadrados. Para a implantação do
novo distrito industrial estão sendo
investidos R$ 5 milhões, entre área e
kappa magazine 11
capa
Ilustração: Acervo kappa
Obras no trevo de acesso devem começar em breve e
a espectativa de conclusão é para daqui 90 dias
Benefícios atraem
empreendedores
A política da atual administração não inclui, por exemplo, a doação de área para implantação de
novas empresas na cidade, mas a
prefeitura oferece incentivos tributários, relacionados principalmente aos valores de IPTU e ISS. O
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) cobrado é o
menor permitido por lei: 2%. Com
relação ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), quanto mais
a indústria arrecada, maior é o desconto do imposto. O benefício está
diretamente ligado à arrecadação
do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
O IPTU industrial pode ser aplicado para empresas instaladas
dentro ou fora dos distritos industriais. Uma das estratégias do município é possibilitar o desenvolvimento em várias regiões da cidade,
respeitando o Plano Diretor, mas
sem penalizar o empreendedor.
Entre os atrativos estão também a
oferta de mão de obra qualificada
e a localização privilegiada de São
Carlos, na região central do estado,
que permite uma melhor logística.
1 2 kappa magazine
infraestrutura, e a previsão é entregar nos próximos 90 dias um trevo de
acesso ao local. A prefeitura vai fazer o
serviço de terraplanagem e a RPS Engenharia fará a conclusão da obra, que
é uma antiga reivindicação dos empresários já instalados no Centro Empresarial de Alta Tecnologia Dr. Emílio
Fehr (CEAT), distrito industrial que fica
bem próximo ao novo espaço.
São Carlos já possui dois distritos industriais, ambos na região
sul da cidade. O mais antigo é o
Distrito Industrial Miguel Abdelnur, criado em 1972 numa área de
363 mil metros quadrados, praticamente toda ocupada. O CEAT foi
criado em 1988 e regulamentado
em 2002, tendo cerca de 60% de
ocupação. O distrito tem uma área
total de um milhão de metros quadrados, distribuídos em 185 lotes.
PARCERIA - Para o prefeito
Oswaldo Barba, o terceiro distrito industrial de São Carlos traz disponibiRoberto afirma que o total de
investimentos soma R$ 5 milhões
lidade para que indústrias incubadas
ou já instaladas possam crescer. Ele
destaca que a parceria permite também a vinda de novas empresas. “Estamos recebendo empresas que vão
gerar empregos para São Carlos. Em
três anos surgiram mais de sete mil
novas oportunidades de trabalho
com carteira assinada e ainda este
ano teremos a chegada de importantes investimentos”.
Cerca de 60% dos 185 lotes do CEAT
estão ocupados
O Call Center que o Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre está
instalando na cidade vai contratar
1.700 pessoas. Outras 600 novas vagas serão abertas com a construção
da Rede de Supermercados Savegnago e também com a implantação
da Tenda Atacado.
Mesmo sem adiantar o nome
da indústria, o prefeito garante que
uma importante empresa instalada
no município vai em breve dobrar
sua capacidade operacional, aumentando significativamente o número
de funcionários.
Além do Parque Novo Mundo e
do Eco Tecnológico Damha, outros
dois empreendimentos, que também envolvem tecnologia vão gerar
novas oportunidades em São Carlos:
o TeKPark, com 25 lotes e o Centro
Empresarial Pinhal com 5 lotes vão
se instalar em uma das entradas da
cidade, em frente ao Parque Fehr.
De maneira geral é preciso acreditar
que, apesar dos problemas enfrentados pelos empresários, como instabilidade financeira, falta de infraestrutura,
alta carga tributária e aumento dos
custos, é possível e necessário pensar
que a produção vai aumentar, o setor
vai crescer e impulsionar ainda mais o
produto interno bruto do país.
O mais antigo distrito industrial de
São Carlos ocupa uma área de 363 mil
metros quadrados
kappa magazine 13
Importação/Exportação
Atendendo a uma petrolífera norte-americana, a
carga saiu de São Carlos com destino a Tailândia
Proprietário
s da ByCom
ex, Jo
Renato e Pe
dro Jardim de sé
Ornellas
Soluções em
logística internacional
A ByComex Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior
oferece agilidade no atendimento e qualidade em seus serviços
A
ByComex, empresa são-carlense que atua no comércio
internacional, executa operações logísticas de importação e
exportação e oferece serviços de assessoria aduaneira e consultoria em
comércio exterior.
A experiência dos proprietários da
ByComex, com quase três décadas de
atuação no ramo, traz segurança aos
clientes e disponibiliza a solução com
os melhores custos operacionais. A
empresa oferece atendimento para
todos os lugares do mundo operando
com transporte aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo.
Informe Publicitário
Serviço
ByComex
Rua Treze de Maio, 2549 – 2º andar
Telefones: (16) 3415-3088/33683855
www.bycomex.com
bycomex@bycomex.com
1 4 kappa magazine
A localização privilegiada de
São Carlos, próxima a complexos
rodoviários que ligam as cidades do
interior aos principais aeroportos
e ao porto de Santos, permite uma
logística completa. De armazéns
a frota de caminhões, pick-ups e
empilhadeiras, atendem desde pequenas encomendas até cargas que
demandam maior nível de operacionalidade.
Atuando também como uma Comercial Importadora e Exportadora e
contando com uma equipe de profissionais de alto nível técnico e teórico,
a ByComex está apta a atender seus
clientes em toda cadeia logistica, oferecendo os mais diversos serviços:
• Desembaraço Aduaneiro
• Regimes aduaneiros especiais
• Parcelamento de ICMS
(Importação)
• Transporte Aéreo
• Transporte Marítimo
• Transporte Rodoviário
Para garantir todas as operações logísticas, a
ByComex utiliza transporte rodoviário, aéreo,
ferroviário e marítimo
• Importação
• Exportação
• Projetos especiais
• Seguro Internacional de Cargas
• Armazenagem
• Desconsolidação/Consolidação
de contêineres
kappa magazine 15
Em família
Incofap
completa projeto
de expansão
Junior Trevisan conta um pouco da história da empresa,
que está há 38 anos nas mãos da família
P
restes a completar 40 anos, a Indústria e Comércio de Farinha de
Penas Ltda. (Incofap), empresa
familiar que produz farinha a partir de
penas e de vísceras de aves, está concluindo a expansão de sua nova fábrica,
que fica na Rodovia Washington Luís,
próximo a Ibaté. Nesta sede, a empresa está desde 2010 e agora já começa
a traçar novos objetivos, pensando até
em expandir para outros estados.
Junior Trevisan é quem está atualmente no comando da empresa, junto
com seu pai, Orlando Trevisan e suas
irmãs. Seu filho, Diego Trevisan, assim
como seus sobrinhos também estão se
inteirando da administração dos negócios. “Nossa empresa é familiar e temos
características próprias, mas com estudo e tecnologia conseguimos inovar
e hoje somos referência no país neste
segmento”, diz ele.
Hoje, a Incofap tem capacidade
para produzir 420 toneladas de farinha
por dia. Sua empresa filial, chamada
Farinóleo, que fica em Ibaté, produz
mais 200 toneladas por dia. Segundo
Junior, 90% do material são vendidos
para a produção de ração animal e
10% para empresas de cosméticos.
“Nossa matéria prima vem de 800 mil
aves por dia, que compramos de frigoríficos de todo o estado”, ressalta.
Vista aérea da primeira
planta da Incofap
1 6 kappa magazine
Fotos divulgação
As três gerações da família Trevisan;
Junior, o primeiro à direita, está no
comando da empresa
Junior Trevisan explica que a
empresa mudou a sede de lugar
porque o espaço anterior estava
ficando pequeno. “Além disso, nós
utilizamos resíduos agrícolas e o
cheiro é forte, por isso, em uma
área rural mais distante incomodamos menos”, pensa Junior.
A Incofap começou simples. Orlando Trevisan, o pai, conta que trabalhava no setor agrícola até que
Incofap nos dias de hoje
percebeu que os resíduos das aves
poderiam ter um destino melhor, por
isso montou a empresa. “No começo
era muito mais difícil, na fábrica era
puro sebo no chão”, lembra ele.
Hoje a empresa é limpa, cumpre
todos os pré-requisitos de qualidade
e é totalmente equipada. São 170
funcionários, porém, muitos comandam máquinas. “Nossa tecnologia
é europeia. Temos capacidade para
Trabalhadores ensacando a farinha de pena,
que é enviada para diversas indústrias de
ração e cosméticos
vender farinha para todo o país, inclusive para as empresas de ração
mais exigentes, que trabalham com
material de primeira linha, tipo exportação”, acrescenta Junior.
Aliás, o mercado externo também é um horizonte a ser alcançado pela empresa. “Ainda não temos
volume de exportação, mas com o
crescimento da empresa isso deve
ser natural”, diz ele.
Empresa utiliza tecnologia europeia
kappa magazine 17
História
Das fábricas de cama à
alta tecnologia
Setor industrial da cidade sempre foi muito diversificado, desde seu início. O futuro do setor
deverá ser as empresas de base tecnológica
Tapetes São Carlos
Por Eloiza Strachicini
Fotos João Moura
U
m fator que contribuiu para o
processo de industrialização
de São Carlos foi a cultura cafeeira. A presença dos imigrantes que
substituíram os escravos na mão de
obra, a estrada de ferro que escoava
a produção e o próprio capital gerado
nessa produção agrícola fizeram surgir
indústrias como Narvaes e Cia (1898),
que fabricava peneiras, arames, rastelos e outros, e Facchina e Giometti, fabricante de adubos orgânicos.
O livro comemorativo dos 60 anos
da Ciesp, Indústria e o Desenvolvimento de São Carlos, destaca que a partir
de 1920 surgiram estabelecimentos
de pequeno e médio porte, como
serrarias e cerca de dez fábricas de camas, incluindo as empresas Cassinelli,
Zopelari, Saia e Favoretto. A Fábrica
de Tecidos Magdalena, mais tarde in1 8 kappa magazine
Faber Castell
corporada à Companhia Fiação e Tecidos São Carlos, foi a primeira indústria de porte. O empresário Germano
Fehr também ganhou destaque na
área de tecelagem, assim como a Toalhas e a Tapetes São Carlos, que levam
o nome da cidade ao Brasil e exterior.
Surgiram ainda pequenas indústrias
de vestuário e alfaiatarias, levando à
fundação da Associação Beneficente
dos Alfaiates de São Carlos (ABASC),
em 1939. Nas décadas de 30 e 40, a
indústria se consolidou como principal atividade econômica e surgiram
outras no setor metalúrgico como
Ricetti, Prominas e Diamantul. Algumas foram transferidas para a cidade,
como a metalúrgica Ciarrochi e o curtume Hugo Dornfeld.
A posição geográfica de São Carlos também atraiu capital estrangeiro. Em 1930, a Johann Faber comprou ações de uma fábrica de lápis
local e instalou um parque industrial
na cidade. Além de produzir lápis, lapiseiras, grafite e canetas tinteiro, foi
construído um prédio para fabricação de canetas esferográficas. Hoje a
empresa tem cerca de 2 mil funcionários e enveredou para o ramo cosmético, produzindo sua própria linha
de maquiagem e fornecendo material para outras empresas do ramo.
CLÍMAX E CBT - A grande virada
na indústria local aconteceu na década de 50, segundo Sérgio Pepino,
diretor plenário do Ciesp São Carlos,
com a vinda da família Pereira Lopes.
A pequena indústria que fabricava balcões frigoríficos e motores comprou
uma empresa americana chamada
Champion, que fabricava compressores selados, principal componente da
geladeira. Em 1955, a Pereira Lopes assumiu a liderança de mercado com a
produção de refrigeradores da marca
Clímax e tornou-se a primeira indústria
em São Carlos a fabricar produtos em
série, chegando a fabricar mais de mil
geladeiras por dia.
Com a família, a cidade ganhou
outro ícone: a CBT (Companhia Brasileira de Tratores), maior fabricante de
tratores do Brasil. As duas empresas
eram as maiores empregadoras da ci-
empresas produtoras de sucos. A soja
e a cana-de-açúcar também tiveram
expansão, mas o café continuou significativo até 1960, apesar da baixa produtividade. A produção leiteira cresceu vertiginosamente, transformando
a cidade em uma das maiores bacias
leiteiras do Estado na década de 70.
Nas décadas
de 30 e 40
surgiram
diversas
empresas em
São Carlos, que
consolidaram o
setor industrial
como principal
atividade
econômica do
município
Sicom
dade. A família também criou a MPL
em Ibaté, Peloplás e a antiga Sicom
S/A, hoje Tecumseh do Brasil, que
emprega 3.159 funcionários, possui
35 estagiários e gera 290 vagas para
terceirizados, sendo hoje a maior
empregadora da cidade. Com essas
empresas, montou toda a cadeia
produtiva necessária e forçou o surgimento de empresas de usinagem e
divisórias de vidro, por exemplo, que
deram pujança ao setor industrial.
“Nessa época também surgiu o Senai, para suprir mão de obra especializada, assim como a Escola Industrial
Paulino Botelho”, destaca.
A agroindústria se desenvolveu a
partir dos anos 50, através de estímulos governamentais à exportação. O
município ampliou sua área de plantio de laranja, atraindo importantes
Ubiraci Moreno Pires Corrêa, diretor regional do Ciesp São Carlos,
conta que a influência política do então deputado federal Ernesto Pereira Lopes ajudou a trazer a Escola de
Engenharia, ligada à Universidade de
São Paulo, em 1953. Em 1969, foram
criados os cursos de Engenharia de
Materiais e Licenciatura em Ciências,
ligados à Universidade Federal de
São Carlos e, graças ao perfil industrial, também foi instalado o curso de
Engenharia de Produção.
Sérgio Pepino: a grande virada na indústria
são-carlense aconteceu nos anos 50
kappa magazine 19
História
DIVERSIDADE - Hoje a indústria
local é muito diversificada: cosméticos,
química, tinta, metalúrgica, fundição,
máquinas e equipamentos, plástico,
automobilismo, dentre outras. Muitas
surgiram das demandas de outras indústrias ou por influência das duas universidades públicas e duas unidades da
Embrapa, ligadas à pesquisa. O setor
têxtil ainda é forte na cidade, com cerca
de 45 empresas, segundo levantamento feito há cerca de oito anos.
Segundo Ubiraci, o lado ruim dessa
diversidade é a falta de mão de obra
qualificada e o lado bom é que quando
um setor industrial entra em crise o outro se sustenta, equilibrando a economia. Cidades apoiadas em apenas um
setor, como Franca no ramo calçadista,
entram em colapso quando ocorrem
crises. “Em São Carlos isso não aconte-
2 0 kappa magazine
ce. Essa foi uma das razões desse crescimento industrial, apoiado nas universidades”, destaca.
E graças às universidades, São Carlos ganhou novo perfil: indústrias de
alta tecnologia. Muitas ainda estão
incubadas e outras nasceram nas universidades e ganharam vida própria,
como Opto, Equitron e MM Optics.
Segundo a Prefeitura, são aproximadamente 200 indústrias de base tecnológica. Tanto Ubiraci quanto Sérgio
concordam que o futuro de São Carlos
está ligado a esse setor e lembram que
muitas empresas usam da tecnologia
em seu parque fabril ou produtos, mas
não são consideradas da área. “A nanotecnologia, por exemplo, está presente no ramo têxtil, de tintas e de cosméticos”, salienta Sérgio.
Para Ubiraci, quando se fala em
Ubiraci: variedade da indústria contribuiu
para o crescimento da cidade
tecnologia, só nos lembramos de
computador, celular e TV de plasma, mas ela está presente em tudo,
na chamada tecnologia comercial.
“Numa máquina mecânica está agregada a tecnologia repassada ao produto. A indústria gera tecnologia”.
E o que teria acontecido com o setor industrial da cidade sem as universidades? O diretor do Ciesp responde.
“É quase certo que não teríamos esse
perfil industrial forte nem o destaque
nacional que temos. A indústria e a tecnologia caminham juntas”, finaliza.
Sustentabilidade
Empresa ecologicamente responsável
São Carlos S/A Indústria de Papel e Embalagem desenvolve série de ações para aprimorar seu
processo produtivo gastando menos recursos naturais
Fotos Mauricio Motta
M
uito tem se falado sobre a
importância da reciclagem
para o planeta. O reuso
de materiais, embalagens e água
representam economia não só de recursos naturais, mas também para a
indústria e ainda gera empregos.
Dentro dessa consciência ambiental, a diretoria da São Carlos S/A
Indústria de Papel e Embalagens,
desde a aquisição da indústria em
1960, tem investido em novas tecnologias para aprimorar a produção
de cerca de 5000 toneladas de papel
por mês. A matéria-prima utilizada
é o papel e papelão encaminhados
para a reciclagem descartados em
São Carlos e outras localidades, que
teriam como destino o lixo, e não a
celulose como muitos podem pensar. Na indústria trabalham cerca de
500 funcionários e estima-se que
mais de 1.500 pessoas trabalhem
indiretamente, coletando esse material usado no processo industrial.
Conforme dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem
(Cempre) de 2006, para a produção
de 1 tonelada de papel, feito de fibras
de vegetais, gastam-se quase 100 mil
litros de água tratada, grande quantidade de energia e muitas árvores
são cortadas. A indústria recicladora
de papel tem grande importância
nesse processo, pois segundo cálculos da São Carlos S/A Ind. de Papel e
Embalagens, reutilizando o papel já
usado, a indústria gasta 31 vezes me-
nos água, poupa árvores, o consumo
de energia é reduzido à metade e
menos produtos químicos são usados. Além disso, a quantidade de lixo
coletada nas cidades diminui e a vida
útil dos aterros sanitários aumenta.
A máxima de que se cada um fizer
a sua parte vai contribuir para um futuro melhor é realidade na indústria
de São Carlos. A empresa desenvolve
várias ações para preservar o meio
ambiente, utilizando combustível alternativo para geração de vapor em
caldeiras, dando destinação correta
aos resíduos sólidos e fazendo o reuso
da água utilizada na produção. Além
disso, a indústria conta com uma ampla área verde e já foram plantadas
mais de 300 mudas de árvores frutíferas dentro do parque fabril.
21
Resistência
Diretoria da
Giometti: Pedro
Alfredo, Mário e
Nelson Miguel
Maffei
A
Os irmãos Fusi: Eduardo Francisco, Edson e Edsel,
produzindo a milenar corrente com modernidade
Fazendo
história
Exceções no cenário industrial, empresas
ultrapassam meio século de atividades
em São Carlos
Por Vanessa Gurian
Fotos Maurício Motta
2 2 kappa magazine
atual diretoria da S.A. Indústrias Giometti recebeu a reportagem da kappa em um dia especial, no qual um dos três irmãos que a compõe
completava 86 anos de idade. Era aniversário do engenheiro Mário Maffei, que foi prefeito de São Carlos de
1973 a 1976, e após deixar a política passou a se dedicar ao negócio da família, junto com o irmão mais velho Pedro Alfredo Maffei e do mais novo Nelson Miguel
Maffei. Uma “diretoria octogenária”, como denominou
Pedro. A indústria é a mais antiga em atividade em
São Carlos, fundada em1898, por Miguel Giometti. Em
1914, a empresa passou por mudanças em sua composição inicial, que envolveu as famílias Facchina, Giometti, Maffei e Picchi.
Porém, ainda guarda muitas das características de
sua origem, começando pelo prédio, com cerca de seis
mil m2, localizado em pleno centro da cidade e a manutenção do mesmo processo de produção de pregos
e peneiras, hoje vendidas para a agricultura cafeeira de
São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Segundo Mário, mesmo a agricultura aumentando o número de máquinas
nos campos, são poucas as indústrias que produzem
esse produto, o que garante a procura. Além disso, a
tradição e o comprometimento com seus 40 funcionários continuam movendo a indústria.
Algo realmente emocionante é ver
as máquinas cinquentonas em ação.
“As pessoas pensam que a realidade
sempre foi como hoje, mas isso é recente. Em mais da metade de nossa
história como indústria, nada era assim”, diz Mário.
ções e estudos, um decreto do Ministro da Fazenda do governo Getúlio
Vargas desvalorizou em 18% a moeda
brasileira. “Em um só dia foi posto por
terra todo nosso trabalho. Resolvemos, então, continuar no mesmo local. E aqui ainda estamos”, diz.
TENTATIVA – O que poucos sabem é que toda essa história quase
foi extinta. No início da década de 70,
a Giometti sentiu a necessidade de
sair do centro da cidade para poder
expandir. Foi realizado um grande
plano para sua transferência e modernização, em área de 146 equitares.
“Contratamos uma firma alemã para a
aquisição de um sistema completo de
trefilação e galvanização de arames,
que não existia no Brasil”, conta Mário.
Porém, após seis meses de negocia-
ELO FORTE - Cortando, dobrando e unindo os elos de uma corrente manualmente, um a um, Eduardo
Fusi começou sua pequena indústria
em 1949, em um barracão, com entrada pela rua Conde do Pinhal, com
fundo para onde hoje está a avenida
Comendador Alfredo Maffei. Atualmente, também sob a direção de seus
três filhos, Eduardo Francisco, Edson
e Edsel Fusi, e já contando com o trabalho de alguns membros da terceira geração, a Correntes Eduardo Fusi
kappa magazine 23
Resistência
Giometti: no início da década de 70,
no auge de seu desenvolvimento, a
indústria tinha projeto de mudanças
Ltda. expandiu seu espaço em 200%
desde a iniciativa do patriarca.
O que possibilitou a manutenção da indústria nestas mais de seis
décadas foi a constante busca pela
automação tecnológica dos processos internos. “Nossa capacidade de
produção aumentou 12 vezes, com
menos da metade do número de
funcionários”, diz. Para cada etapa de
produção, são estudados e criados,
dentro da própria empresa, dispositivos para melhorar o processo.
Ainda que o produto final seja
sempre o mesmo - a conhecida e milenar corrente - para Eduardo Francisco a indústria ganhou ares modernos, com elementos menos nocivos
e continua buscando soluções. “Tecnologia é uma constante em nossa
indústria. É a lei da sobrevivência”,
diz. Além disso, segundo ele, a união
familiar e o comprometimento de
todos também são diferenciais para
o sucesso e a permanência da indústria.
2 4 kappa magazine
Por mais tempo
Talvez seja da Giometti o
funcionário que mais tempo trabalhou em uma única empresa.
Carlos Luporini, hoje falecido,
começou como ajudante aos 13
anos e trabalhou por 76. O menino cresceu, estudou e fez carreira
na área de contabilidade da indústria. Pedro Alfredo, saudoso,
indica a mesa onde o funcionário
trabalhou nos últimos 40 anos
de sua vida e acrescenta. “Nossos
funcionários são nossos irmãos”.
Entre os empregados atuais,
21 já são aposentados. O mais antigo, Aristides Sierra, tem 59 anos
de empresa e, na área administrativa, Geraldo Schiavone tem 54
anos de Giometti.
kappa magazine 25
Vocação
Expertise em qualificação
de mão de obra
Alunas do curso de mecatrônica
manipulam projetor de perfil no
laboratório de Metrologia
Senai evoluiu com a indústria, se dividindo entre cursos para iniciantes ou de reciclagem e
criando novas demandas de acordo com o desenvolvimento local
Por Eloiza Strachicini
Fotos Mauricio Motta
A
Escola Senai (Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial)
“Antônio Adolpho Lobbe” nasceu em São Carlos em 1951, apenas
dois anos depois da criação do Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo). Mais de 60 anos depois, desempenha a mesma função: qualificar mão
de obra para a indústria. Porém, agora
atende também regionalmente desde
Dourado até Santa Rita do Passa Quatro
e, em parceria com prefeituras, criou o
Centro de Treinamento para cursos em
Porto Ferreira, Descalvado e Dourado.
Na sua origem, o Senai tem perfil
voltado para o setor de metal mecânica, explica Carlos Eduardo Carniatto,
coordenador de atividades pedagógicas do Senai São Carlos, e os primeiros
cursos oferecidos foram: mecânico de
ajustagem, torneiro mecânico, mar2 6 kappa magazine
ceneiro e carpinteiro. A escola possuía
cerca de 20 alunos e novos cursos foram sendo agregados à grade, como
mecânica automobilística e elétrica em
1962, graças à solidificação da indústria
e suas recentes demandas. Os cursos de
aprendizagem industrial, regidos pela
legislação trabalhista e com duração de
dois anos, são os mais antigos e ainda
têm procura: mecânico de usinagem,
mecânico automobilístico, eletricista de
manutenção e ferramenteiro.
E as demandas do processo produtivo é que determinam quais cursos
entram ou saem da grade. A partir de
2002, a escola passou a oferecer cursos
técnicos de 2 anos em desenho de projetos e mecatrônica, hoje o mais procurado, inclusive por mulheres. Por outro
lado, o curso de marcenaria foi extinto
por pouca procura. “Assim como as indústrias nascem e morrem, vamos nos
adaptando às necessidades do mercado. Hora as mudanças são lentas, hora
mais aceleradas, para acompanhar o
desenvolvimento”, completa.
Ainda como parte dessa evolução,
em 2009 passou a oferecer o curso
superior de Tecnólogo em Fabricação
Mecânica, que não é gratuito. O Senai,
procurado pelas empresas, criou cursos
de formação continuada específicos
para essas demandas, com treinamento in company e cursos rápidos de 160
horas, em parceria com os governos estaduais e federal. Hoje, se somados todos os cursos oferecidos na instituição,
são contabilizados cerca de 2.700 alunos. “Nos últimos 10 anos houve uma
transição na nossa metodologia e hoje
a preocupação é formar competências
e não só trabalhar conteúdos”, salienta.
RECICLAGEM – No passado, quem
escolhia a profissão de torneiro mecânico, possivelmente trabalharia nesse
ramo a vida toda e se aposentaria nele.
Essa realidade mudou e juntamente
com alunos iniciantes, em busca de
uma profissão e, consequentemente,
do primeiro emprego, muitos profissionais com anos de experiência procuram
o Senai como forma de especialização,
atualização ou em busca de uma guinada profissional. Todos os cursos oferecidos são estruturados para oferecer essa
opção de mudar de profissão.
E existem ramos nos quais o emprego no final do curso é quase garantido,
como mecânico de automobilismo e
manutenção de aeronaves. O coordenador conta que a primeira turma de
Manutenção foi aberta à comunidade
em 2006, em parceria com a TAM, formando no ano seguinte 31 alunos, que
foram quase em sua totalidade aproveitados no quadro de profissionais. Nesse ano, graças à demanda localizada e
aos esforços políticos locais, duas novas
turmas deverão se formar. “Se a fusão
da TAM com a empresa chilena Lan se
confirmar, a demanda da cidade irá aumentar ainda mais. O Senai sempre viu
com bons olhos a parceria com empresas e indústrias. E todos saem ganhando, inclusive a economia local”, destaca.
FUTURO – Para acompanhar a
dinâmica da indústria, o Senai está
sempre de olho no futuro. O mercado da construção civil está extremamente aquecido, especialmente
na cidade, e o setor de automação
está em ascensão, particularmente
na parte elétrica, oferecendo um
conjunto de recursos para otimizar
funcionalidade, conforto e segurança em apenas um clique ou toque.
Já está em fase de montagem o
novo laboratório da escola, de automação predial, de olho justamente
nesse segmento.
Carlos Carniatto: preocupação do Senai é formar
competências e não só trabalhar conteúdos
A escola também dispõe de um
novo equipamento chamado impressão tridimensional, que realizará
prototipagem rápida em três dimensões, setor que também tem mostrado que chegou para ficar. A intenção também é oferecer um curso de
aperfeiçoamento no setor aeronáutico. “O curso técnico de desenho de
projetos não permanecerá na grade
de cursos. Ele poderá dar lugar ao de
mecânica ou fabricação mecânica”,
completa.
kappa magazine 27
Equipe da Cooperdex
Entregas Rápidas conta
com 23 cooperados e
um funcionário
Cooperativa
Entrega de confiança
Fotos João Moura e Maurício Motta
H
á quatro anos, quando sete
profissionais da área de entrega rápida se reuniram e
criaram a Cooperdex não imaginavam a credibilidade que a cooperativa conquistaria em pouco tempo.
Em novo endereço desde janeiro e
com nova diretoria, a Cooperdex
hoje conta com 23 cooperados e
um funcionário.
Segundo o presidente Carlos
Henrique Sampaio Oliveira, somente
no último ano a cooperativa duplicou sua carteira de clientes. “Nossa
maior propaganda é a satisfação dos
próprios clientes”, diz. Clientes fortes
e fiéis como a Associação Comercial
e Industrial de São Carlos (ACISC),
Tim Calçados, Eduardo´s Brinquedos
e Presentes e Uniodonto.
TRANSPARÊNCIA - Para ele, o
diferencial está na política de transparência aplicada em todo processo
2 8 kappa magazine
da Cooperdex, a partir do qual o
cliente pode acompanhar sua entrega se precisar ou quiser. Foi o que
comprovou a revista kappa, quando a cooperativa realizou a entrega
dos 80 mil exemplares de sua edição
especial de aniversário, no ano passado. Além de revistas, boletos, impressos, serviços delivery de tintas
e papelaria também são produtos
entregues, sempre com preço justo.
“Também atendemos algumas empresas por 24 horas, em sistema de
plantão”, acrescenta.
FUTURO – A cooperativa abrange cerca de 500 mil habitantes com
entregas em toda São Carlos, Ibaté,
Descalvado, Ribeirão Bonito, Dourado, Itirapina, Analândia, Água
Vermelha e Santa Eudóxia. E seu
crescimento não deve parar, assim
como o número de cooperados.
“Estamos nos estruturando para
atender cada vez melhor”, conclui o
presidente.
Carlos Henrique
Sampaio Oliveira:
no último ano
a cooperativa
duplicou sua
carteira de
clientes
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Cooperdex, em novo endereço e com nova diretoria, é hoje a empresa de entrega rápida que
mais cresce na cidade
kappa magazine 29
Conhecer para
investir e crescer
Foto: Acervo kappa
Tecnologia
Programa pretende mapear as indústrias de base tecnológica na cidade, oferecer parcerias e
atrair investidores para o setor
Por Ana Paula Santos
Foto João Moura
E
ntre os maiores diferenciais de
São Carlos está o empreendedorismo tecnológico. Além
das universidades e centros de pesquisa, outros equipamentos, como
incubadoras, agências de inovação e
parques tecnológicos têm ou tiveram
participação na criação das cerca de
3 0 kappa magazine
250 empresas instaladas na cidade.
Conhecimento que gera produtos e
serviços.
Na intenção de mapear essa realidade e conseguir investimentos,
está em fase de finalização o Programa de Fortalecimento das Empresas
de Base Tecnológica de São Carlos,
uma iniciativa da prefeitura em parceria com diversas entidades.
Antônio Carlos Thobias Júnior,
secretário municipal de Desenvol-
vimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, explica que é preciso organizar a governança local, por isso a
política pública do município visa
uma estruturação para o desenvolvimento de ações concretas.
“O programa das EBTs terá várias etapas, o lançamento vai acontecer em breve, estamos buscando
novos parceiros estratégicos”.
Num primeiro momento, os
empresários deverão se cadastrar
e, numa segunda fase, será feito o
diagnóstico empresarial. Diante do
mapeamento será possível oferecer
alternativas, consultorias e qualificação que vão facilitar a comercialização dos produtos e serviços. “Reter, atrair e desenvolver a atividade
econômica, essas são as estratégias
fundamentais”, garante Thobias,
que informa sobre a realização de
uma feira que vai apresentar aos
são-carlenses alguns produtos desenvolvidos na cidade. O evento
acontece entre os dias 24 e 26 de
agosto, no Shopping Iguatemi.
“É preciso olhar o hoje para projetar onde queremos chegar, nos
tornando mais competitivos. São
Carlos tem uma visibilidade inter-
Pedro Siena, da Siena Idea, empresa de base tecnológica que tem sedes em São Carlos e Campinas
nacional incontestável, mas precisamos disponibilizar essas informações para os futuros investidores”.
PORTAL - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é uma das
parceiras no desenvolvimento do
programa. Segundo o professor Roberto Ferrari, que coordena o projeto na UFSCar, é importante que a
cidade conheça as tecnologias de-
senvolvidas aqui. “Este é o objetivo
do portal: mostrar ao mundo as tecnologias produzidas em São Carlos”.
Toda pessoa interessada poderá consultar o conteúdo, que deve
ser divulgado também através de
outras mídias. “Além do site, queremos lançar um catálogo para divulgar tudo que é desenvolvido e
produzido. É uma ação comercial”,
comenta Thobias.
kappa magazine 31
Tecnologia
Para Pedro Siena, da empresa
Siena Idea, que atua em serviços de
TI, o apoio que o programa vai oferecer é relevante para o setor. “São
Carlos está identificada no cenário nacional como um hub de tecnologia e inovação. Mesmo assim
nossas empresas ainda carecem
de apoio para se tornarem mais expressivas no mercado”.
A Siena Idea oferece consultoria, desenvolvimento de softwares
e projetos de infraestrutura e pretende estar no catálogo de apresentação da cidade. “Queremos
oferecer nossos recursos e tornar
este portal um ponto de partida.
Acredito que uma boa execução e
a continuidade dessa iniciativa é
que devem garantir os benefícios
para as empresas no longo prazo”,
conclui o empresário.
FUNDOS – Algumas empresas
já mantêm ações de comercialização internacional, mas muitas precisam de apoio e incentivo. Seguindo essa linha de raciocínio, mais
uma vez o município se destaca
pelo pioneirismo.
São Carlos é a primeira cidade do
país a buscar parceria com a Associação Brasileira de Private Equity &
Venture Capital (ABVCAP), que conta
com a participação de 180 fundos,
na intenção de criar um ambiente favorável para a vinda de investidores.
“Nosso modelo cultural de capital são os financiamentos, mas existe outra maneira, os investimentos,
e é isso que queremos apresentar
para os empresários são-carlenses”.
No capital inteligente o investidor
injeta recursos e traz também conhe3 2 kappa magazine
Thobias: “São Carlos tem uma visibilidade
internacional incontestável. Precisamos
disponibilizar essas informações para os
futuros investidores.”
cimento de mercado. De acordo com
Thobias, o Brasil respondeu por 18%
de todo o volume captado por fundos
de Private Equity em emergentes no
ano passado e foi o segundo principal
destino dos recursos captados pelos
fundos no primeiro semestre de 2011
– atrás apenas da China.
Ainda este ano a ABVCAP, junto
com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vai trazer para São Carlos um curso para
apresentação dos investimentos. “O
setor de fundos de investimentos
tem uma linguagem própria e queremos conhecer para atrair olhares
mais atenciosos. Temos certeza que
bons negócios e boas oportunidades vão surgir”, conclui.
kappa magazine 33
Conhecimento
Lições de
gestão
As principais universidades públicas da cidade
garantem, além de elementos técnicos, base
para gestão de indústrias locais
Por Vanessa Gurian
Fotos João Moura e Maurício Motta
Q
Edmundo Escrivão Filho, da USP: “O valor
da universidade não está só na formação
do profissional, mas na ajuda para
aperfeiçoamento da indústria”
3 4 kappa magazine
uando, na década de 1990,
surgiram em São Carlos as
indústrias de base tecnológica, nos laboratórios das duas
principais universidades públicas
fervilhavam conhecimentos técnicos
específicos. Que a tecnologia desenvolvida nas universidades ultrapassa
a academia e chega à prática industrial, parece já ser uma realidade consolidada. Porém, outra contribuição
igualmente importante tem se figurado no atual cenário industrial da
cidade, na área de gestão.
Segundo o professor Edmundo
Escrivão Filho, do grupo de estudos organizacionais da pequena
empresa da Engenharia de Produção da USP, não adianta a indústria
ter um sistema tecnologicamente
avançado se não consegue usufruir
de todo esse potencial por falta
de gestão, concepção de negócio
e relação humana. “Se avançamos
na tecnologia, temos também que
avançar em gestão”, diz. E é com
esse propósito que o grupo desenvolve e propõe soluções para pequenas indústrias. Para Edmundo, a
cidade está acima da média em relação às condições favoráveis que
Na ponta do lápis
Um dos trabalhos mais recentes
desenvolvido por um dos grupos
do departamento de engenharia
de produção da UFSCar, coordenado pelo professor Camaroto, foi relacionado à mudança e adaptação
do setor da empresa Faber-Castell,
da unidade da rua 1º de Maio para
a unidade Cedrinho. O professor explica que em quatro anos de trabalho, além da transferência física, o
grupo ajudou a criar uma nova unidade de produção e a reorganizar a
Faber-Castell: grupo da UFSCar
trabalhou para a transferência
física e implantação de novos
modelos de gestão da indústria
oferece para a indústria, por meio
de entidades de apoio como o ParqTec, o Sebrae, Senai e Senac, além
das próprias universidades.
RECIPROCIDADE – Enquanto
a indústria se organiza a partir do
conhecimento desenvolvido na
universidade, a academia também
usufrui dessa relação. Seja garantindo recursos materiais, financeiros
e humanos, na pesquisa aplicada;
seja no aperfeiçoando do ensino e
pesquisa, a partir de situações reais
de trabalho, ou cumprindo sua missão de ajudar no desenvolvimento
social da comunidade. Segundo o
professor João Alberto Camarotto,
do departamento de engenharia de
produção da UFSCar, na medida em
que a universidade contribui para
o desenvolvimento de produtos e
processos das empresas, aumenta a
capacidade de competição das mesmas e, consequentemente, o social a
partir do econômico. “A engenharia
de produção gerencia os recursos
necessários para a realização da produção. Ela faz a ponte entre a tecnologia e o trabalho”, explica.
OUTRA REALIDADE – Mas nem
sempre essa relação entre universidade e indústria foi tão bem-vinda
para ambos. Para Camaroto, a indústria via a universidade como um
conjunto de pessoas que viviam no
abstrato e, portanto, não entendia a
realidade prática. “Isso vem mudando na última década e tende a crescer, principalmente em São Carlos.
Várias empresas já nasceram a partir de pesquisas e de pesquisadores
das universidades e temos potencial
para fazer muito mais”, conta.
Outra dificuldade de aproximação, em relação à pequena indústria,
fábrica, aplicando novos modelos
de gestão, mais atuais.
O grupo, envolvendo professores, alunos de doutorado, mestrado
e graduação, trabalhou dentro da
indústria e propôs, principalmente,
melhorias no fluxo do processo, diminuindo o tempo entre a entrada
de material e a saída do produto
final; formação de grupos de trabalho polivalentes e a introdução
da tecnologia da informação, o que
possibilitou saber o que está acontecendo em tempo real dentro da
produção da Faber-Castell.
está na inadequação de se aplicar teorias de gestão moldadas a partir de
grandes empresas. Para o professor
Edmundo, as teorias administrativas
criadas em grandes empresas, com
milhões de funcionários, são impraticáveis em empresas pequenas e o
papel da universidade está em trabalhar essa outra realidade específica e dar condições, também, para o
pequeno empreender.
Professor da UFSCar,
João Alberto Camarotto:
universidade como
facilitadora para novos
modelos de gestão
dentro das indústrias
kappa magazine 35
consultoria
Por uma
mordida
menor
Borim & Associados presta
atendimento tributário para
empresas, com excelência e
garantia de resultados
H
oje, 99% das empresas não
conhecem, exatamente, quais
são seus direitos e deveres
tributários. A mordida do leão, muitas
vezes, leva a empresa a ficar no vermelho ou a criar débitos municipais, estaduais e federais. O que poucos empresários sabem, por falta de orientação
especializada, é que a questão tributária pode até contribuir com a lucratividade do negócio. “Existem meios legais para se diminuir a carga tributária
Borim & Associados Consultoria
Tributária Ltda., no centro
de Descalvado: atendendo a
empresas de todo o estado
e sanar dívidas”. É o que afirma o consultor Luiz Gonzaga Borim, da Borim &
Associados Consultoria Tributária Ltda.
RESULTADO - Há quase duas décadas na área e há 11 anos instalada,
estrategicamente, em Descalvado, cidade a 34 km de São Carlos, a Borim
& Associados é uma das poucas do
interior a oferecer consultoria tributária para empresas de todos os portes, além de atender pessoas físicas.
Segundo Roberto Rocha Villani, também consultor, o diferencial da Borim
é atuar com uma política de resultado. “Nosso cliente tem a possibilidade
de ganhos reais. Primeiro, esgotamos
todas as possibilidades administrativas, para um resultado mais rápido. O
judicial, geralmente mais demorado,
fica como último recurso”, explica.
CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA - Para o sócio e advogado tributarista Luiz Roberto Villani Borim, a
área exige conhecimento específico
e credibilidade. “Há em São Carlos
3 6 kappa magazine
muitas empresas de diferentes segmentos”. A proposta é desenvolver
um planejamento dentro do perfil
de cada empresa e propor um projeto preventivo e contínuo para diminuir o pagamento de tributos ou
para resolver débitos pendentes,
sem a necessidade de reduzir sua capacidade operacional.
A Borim & Associados foi criada em
Santos, onde ainda atua atendendo
clientes fiéis e novas empresas. Clareza, responsabilidade e honestidade
garantem a manutenção e crescimento do negócio, que ainda conta com a
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O estilo nosso de cada dia
“Dinheiro ajuda a tomar
café na cama. Estilo ajuda a
descer uma escada.”
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Seria cômico se não fosse trágico
S
eria bom se não fosse falso. Seria interessante se
não fosse cópia. Parece, mas não é. No filme O
diabo veste Prada há um diálogo entre a poderosa Miranda e sua assistente Andrea que traduz a
diferença entre o valor de uma peça original e o de uma
cópia: “...mas o que você não sabe é que essa blusa que
está usando não é apenas azul. Nem turquesa, nem cor do
céu. Na verdade é azul celeste. E também não sabe que
em 2002 Oscar de la Renta fez
uma coleção de roupas de cor
azul celeste. Depois esta cor
apareceu em coleções de oito
estilistas diferentes. Depois disso, chegou às lojas de departamento, e acabou em alguma
lojinha de esquina, onde você,
sem dúvida, comprou sem
nenhuma nota fiscal. De qualquer forma, esse azul representa milhões de dólares e trabalhos incontáveis...”. Ok, ninguém precisa usar um azul de
la Renta original. O que quero mostrar aqui é o quanto é
investido na criação, no desenvolvimento, na procura do
melhor caimento, da harmonia das cores, e que nada do
que está nas vitrines caiu do céu, mas sim através de muita
Fotos: divulgação
Meryl Streep no
papel de Miranda,
em O diabo veste
Prada
pesquisa e trabalho – e dinheiro – de pessoas comprometidas com a moda, com a economia e com a sociedade.
Inspirar pode, copiar não!
Ao se contentar com peças de procedência duvidosa,
além de incentivar a mão de obra barata você desvaloriza o próprio corpo e compromete a sua imagem. Fazer
academia, drenagens e afins e depois usar uma calça mal
cortada, sinceramente, é colocar tudo a perder. Gastar horrores com cremes, maquiagens, cabeleireiro e depois colocar um vestido com acabamento “pobre” é nivelar tudo
por baixo. E as tais blusinhas baratinhas, então, aí é para
morrer. Sempre defendi a ideia (desde a minha juventude,
quando estava longe de ser a dona da Equilíbrio) que é
melhor ter uma peça boa no armário do que dez “meia-boca”. É melhor usar a mesma (boa) em diversas combinações, a usar uma “blusinha” por dia que não te valoriza.
Reza o ditado que se você
tem cara de rica pode usar
qualquer coisa que ninguém vai perceber. Ledo
engano. Parece, mas não
é! Isso é pensar pequeno.
É não ter a devida noção
do quanto a imagem pessoal mostra os teus valores, mostra quem você é.
Como diz a Cris Guerra, “já
parou pra pensar que você
é sua própria estilista? Que
ao acordar você se prepara para um desfile diário,
voluntário ou não, e ao se
vestir faz suas escolhas?”
Eu já. Todos os dias!
ponto de equilíbrio
“As vitrines estão lotadas de peças de couro fake, tem algumas bem interessantes e todas as marcas bacanas fizeram. Só não pode confundir com as
de couro verdadeiro que chegam a custar dez vezes mais. Vale quanto pesa”.
*Ana Escrivão fica atenta a todas as tendências e percebe qual fica melhor para o momento e para a mulher. Fale com ela: ana@equilibriomoda.com.br
kappa magazine 41
Informe
por Ana Escrivão*
4 2 kappa magazine
kappa magazine 43
moda
Mara Marim:
“programei as
compras em
outubro, mas a
bota vermelha já
está no fim”
Botas: conforto
e beleza
Daniela usa modelo com
cadarço, mas reforça que
os modelos ankle boots
estão entre os preferidos
pelas brasileiras
Imprescindíveis, elas são a sensação da estação e chegam em
novas cores e texturas
Por Ana Paula Santos
Fotos João Moura
O
frio ainda não alcançou força total, mas pelas ruas já
é possível encontrar peças
fundamentais do outono-inverno no
guarda-roupa de qualquer mulher: as
botas. Elas estão presentes todos os
anos e nunca saem de moda, pois são
vedetes da estação e trazem mais elegância para o look feminino.
“Os modelos conhecidos como
ankle boots estão entre a preferência
nacional. Tudo porque permitem o uso
em dias mais frios e também sem meias
nos dias mais quentes”, explica Daniela
4 4 kappa magazine
dos Santos Chinaglia, da Bolsas & Cia.
Daniela afirma que, além do retorno das botas de canos mais longos, as
texturas nos couros, camurças, pelos
e estamparias também são novidade.
“Este ano até brilho poderá ser encontrado nas botas. Mas para usar cano
alto é preciso ter cuidado. A mulher
deve medir no mínimo 1,70 m de altura”, aconselha.
A coleção 2012 traz o conforto em
diferentes moldes: montarias, anabelas e coturnos. Nas cores vermelho,
pistache, cinza e off white. Para as mulheres menos ousadas, as cores tradicionais: preto, tons terrosos, marrons
e caramelos continuam valendo.
Montaria
As botas montaria têm cano alto,
salto baixinho e frente arredondada.
Rendem diversas combinações, com
calças, vestidos, saias, bermudas e
até shorts.
Mara Marim da Mara Bolsas se
surpreendeu com a procura. “O frio
nem começou e alguns modelos
e cores já acabaram. Programei as
compras em outubro do ano passado, mas a bota vermelha, por
exemplo, já está no fim”.
Preocupadas em atender a todos
os biotipos femininos, as fábricas oferecem até modelos especiais para quem
tem panturrilha mais grossa.
Mas, de acordo com a comerciante,
o cadarço vai ser a sensação da estação.
“Seja em botas de cano longo ou mais
curto, esse é o diferencial, a novidade, a
tendência”, garante.
Cano longo ou cuissardes
As botas de cano longo
costumam cobrir o joelho e
podem chegar à metade da
coxa. Ficam bem se usadas
com vestidos e saias, pois têm
um apelo sensual muito maior
do que as demais.
Dicas que
podem
ajudar a
compor seu
look
Coturnos
Podem ser usados com uma
infinidade de combinações.
Desde o clássico jeans sequinho
aos vestidos mais delicados.
É uma peça interessante para
quem quer criar bons contrastes
na produção.
Cano curto ou ankle boots
As botas de cano curto já conquistaram um espaço
importante. Os estilos e materiais variam, mas o modelo
promete ser um dos mais usados para acompanhar saias na
altura do joelho e calças cropped.
Country
O estilo é democrático, mas para aderir
ao modelo, mulheres mais baixinhas
precisam ter as pernas finas. Vestidos,
saias e calças podem acompanhar.
kappa magazine 45
investimento
Apartamento
decorado pode
ser visto no tour
virtual 360º
Grupo espanhol lança
residencial em São Carlos
Jardim de Sevilha é o primeiro empreendimento da Promonature na cidade, tendo como foco
investidores e estudantes, próximo ao Parque do Kartódromo
O
“boom” imobiliário pelo qual
São Carlos está passando
nos últimos meses tem
atraído não só investidores locais,
mas também espanhóis. A Promonature Empreendimentos Imobiliários,
empresa que atua no ramo imobiliário
na Espanha há mais de 60 anos e também nos Estados Unidos, vai investir
cerca de R$ 10 milhões na construção
de uma torre de 10 andares com 80
apartamentos com estacionamento
e design europeu, próximo ao Parque
do Kartódromo, região privilegiada na
região da USP.
O foco do empreendimento equipado para morar são investidores,
4 6 kappa magazine
estudantes, executivos ou casais sem
filhos, explica Ítalo Cardinali Filho,
proprietário da Imobiliária Cardinali,
que tem exclusividade nas vendas.
Cada apartamento do Residencial
Jardim de Sevilha terá 39 metros quadrados e um dormitório tipo estúdio.
O projeto, moderno e bioclimático, prevê um eficiente controle solar,
de umidade, temperatura e ventilação através de breezes e um jardim
vertical com irrigação garantida por
reutilização de água da chuva. “Nossa ideia é integrar o meio ambiente
e a construção. Nenhum empreendimento, mesmo os de alto padrão,
tem essa proposta”, completa.
Todos os apartamentos possuem espaçosa varanda gourmet
com churrasqueira, opções de kit’s
planejados, pré-instalação de ar
condicionado integrado, banheiro e
cozinha decorados com pastilhas e
porcelanato 60x60. Na parte térrea
haverá oito salões comerciais com o
intuito de atrair o setor de serviços.
A ponte para a escolha de São Carlos
para o investimento se deu através de
Carlos Serrano e do arquiteto e professor da Universidade de Arquitetura de Madri, na Espanha, Sérgio de
Miguel, sócios da Nature, empresa
de apoio técnico e administrativo
que estão trazendo os investidores
Planta do
apartamento
decorado
espanhóis Juan José Castro e Pelayo
Cutillas, da Promonature.
Pelayo explica que, após a crise em
2008 que se abateu sobre a Europa,
os empresários buscavam um novo
foco e viram no Brasil a chance de introduzir conceitos sustentáveis que
já existem há anos na Espanha. “Foi
um choque positivo ver o mercado
imobiliário tão aquecido, ao contrário
da Espanha. São Carlos é uma cidade
promissora e dinâmica,
boa para fazer negócio”,
acrescenta.
Juan afirma que após conhecer
melhor a cidade, os sócios têm a
intenção de pedir visto de permanência no Brasil, trazendo para cá
a família. Eles já têm em vista mais
três áreas diferentes na cidade para
investimentos futuros. “São Carlos,
por ser a capital da tecnologia, é perfeita para introduzir esse conceito
de “cidade natural”, incorporando a
natureza à cidade e proporcionando
Pedro de Moraes, Juan Castro, Italinho
Cardinali, Sérgio de Miguel e Pelayo Cutillas
qualidade de vida”.
Visite o apartamento decorado ou
acesse o tour virtual 360º no site www.
promonature.com.br. Financiamento
de até 30 anos direto com a Caixa Econômica Federal. Plantão de vendas de
segunda a sexta-feira das 9h às 20h, sábados e domingos das 9h às 18h.
kappa magazine 47
SHOW ROOM
por Elen Galli e Cleusa Soares*
O piso que
indica o caminho
U
Informe
m piso que ajuda a direcionar
as pessoas para o local onde
pretendem chegar, por meio
de recursos que podem ser sentidos
pelos pés. Essa é a definição do piso
tátil, também conhecido como podotátil, criado no Japão inicialmente para
indicar o limite das plataformas em estações de trens e metrôs. Esse tipo de
piso também auxilia a caminhada de
deficientes visuais, crianças, idosos ou
até mesmo turistas.
A ideia proliferou na Europa e depois se espalhou pelo mundo, sendo
que cada país ficou responsável pelas
pesquisas que desenvolveram normas
e manuais de aplicação do produto, segundo suas próprias características.
No Brasil, os pisos táteis existem
há algum tempo, mas a norma técnica
NBR 9050, que regulamenta sua utilização, foi definida somente em 2004.
Segundo a norma, existem dois tipos
de pisos táteis. O primeiro é o Piso Direcional, mais conhecido como Guia, que
tem a função de guiar a pessoa através
de uma trilha. O outro tipo é o Piso Alerta, que alerta a pessoa sobre perigos e
obstáculos que estejam à frente, como
mobiliário urbano.
Esse tipo de produto deve ter significado de fácil reconhecimento, com
linguagem simbólica evidente em
qualquer lugar e as cores precisam ser
contrastantes com o piso original, para
facilitar a visualização de pessoas com
dificuldade de enxergar.
Existem opções que oferecem resultado discreto e elementos táteis projetados para sinalização em pisos feitos
de quase todos os tipos de material,
como concreto, granito, mármore, porcelanato, cerâmica, madeira e carpete.
Produzidos em Poliuretano Termo-
*Elen Galli e Cleusa Soares são proprietárias da Pisoart.
A loja fica na rua José Bonifácio, 1371. Dúvidas e sugestões podem ser enviadas
para o e-mail pisoart@terra.com.br.
Conheça o site: www.pisoartacabamentos.com.br.
4 8 kappa magazine
Tel: (16) 3371-6500
Estação de metrô de São Paulo,
onde o piso tátil é utilizado para
evitar acidentes na plataforma
plástico (TPU), revestidos ou não com
aço inox ABNT 304 na base ou no topo,
os sinalizadores táteis apresentam alta
resistência ao desgaste, ao corte e à
corrosão, além de serem discretos e esteticamente mais interessantes do que
os tradicionais.
Elementos revestidos com aço inox são
discretos e esteticamente mais interessantes
Os sinalizadores
apresentam altíssima
resistência ao desgaste, ao
corte e à corrosão
Fotos divulgação
Mauricio Motta
A sinalização
tátil pode ser
adaptada a
praticamente
qualquer tipo
de piso
emoção
Amigos: irmãos que Deus
se esqueceu de nos dar
Eles não têm um laço sanguíneo, mas quem tem um amigo de
verdade sabe o que é dividir tudo, inclusive alegrias e tristezas
Por Eloiza Strachicini
Fotos Mauricio Motta e Acervo pessoal
L
trote, falando que a pessoa tinha ganhado um prêmio. Hoje me arrependo
disso”, diz Camila.
E Carol completa: “Lembro de uma
vez que queríamos brincar de torta na
cara. Como não dava, fizemos farinha
na cara. Arrastamos todos os móveis e
começamos a guerra. Havia farinha por
todo lado: na cozinha, sala, em cima do
piano. Meu pai chegou e perguntou:
vocês vão limpar tudo, né?”, diverte-se,
ao lembrar que passaram horas limpando a casa toda.
Quando Carol tirou a CNH, as meninas se libertaram e todas acabaram
* Agradecimento ao Boteco Santa Teresa
i uma frase de Miguel de Cervantes que dizia: “As amizades
que são sólidas, ninguém consegue atrapalhar”. E muitas delas
perduram a vida toda e tornam os
amigos parte da família.
A união das quatro amigas Camila
Carolina Pires, Thaís Malagutti, Ana Carolina Trindade e Ana Luísa Zorzenon
começou há mais de 20 anos na rua
José Luiz Olaio, no Jardim Ricetti. As
brincadeiras na rua também incluíam
os meninos, com seus skates e bolas.
Além das brincadeiras, o caminho até
a escola também ficava mais prazeroso na companhia uma da outra. O fato
de as mães Aparecida, Adelia, Sandra e
Cristina serem amigas também contribuiu para as meninas se unirem, ainda
mais quando a adolescência chegou.
O ponto de encontro era na casa
de Carol. As garotas aproveitavam que
ela ficava sozinha, enquanto os pais
trabalhavam, para fazer as unhas todos
os dias, assistir a Zig Zig Sputnik e para
aprontar. “Pegávamos números aleatórios na lista telefônica e passávamos
Da esq. p/ dir.: Patrícia e Amanda, Danieli, Isabelle e
Lucas e Silmara e Nicolas: amigos se tornaram família
5 0 kappa magazine
Há mais de 30 anos as amigas dividem alegrias,
tristezas e consultam umas às outras para tudo
Amigas sempre dão um jeito
de se encontrar e relembrar
histórias divertidas
Da esq. p/ dir:
Thaís, Camila,
Carol e Ana, bem
diferentes na
década de 90
aprendendo com ela a dirigir, em um
Corcel II, apelidado de Jubileu. “Aproveitávamos o carro para roubar rosas
e jogar na casa dos paqueras. Uma
vez, fomos descobertas no jardim, um
mico”, comenta Thaís.
Elas cresceram e cada uma escolheu uma profissão, o que acabou afastando as quatro amigas: mas só fisicamente, segundo elas. Ana Luísa passou
em um concurso na Procuradoria do
Trabalho em Roraima (RR) e atualmente está passeando em Paris. Carol
já morou em Juiz de Fora (MG) e Volta
Redonda (RJ) e hoje está em Piracicaba (SP), mas sempre que pode, escapa
para São Carlos. Para marcar a amizade,
elas ganham presentes iguais: caneca e
almofada personalizada com a foto das
quatro, pijamas, porta-retratos e pulseiras. Elas até queriam fazer tatuagens
idênticas, mas Thaís, por ser alérgica,
impediu a empreitada.
Para amenizar a saudade, as amigas
fazem uma espécie de diário virtual: todos os dias, elas mandam e-mail umas
às outras contando como foi o seu
dia. “Quando estamos em São Carlos,
sempre combinamos de tomar café,
almoçar ou, pelo menos, jantar juntas”,
conta Camila. E Thaís acrescenta: “Pode
passar o tempo que for, mantemos o
jeito de meninas e parece que nos vimos ontem”, diz. Carol resume a histókappa magazine 51
emoção
ria das quatro: “a amizade é um amor
que nunca morre”.
GERAÇÕES – A frase “Nossos destinos foram traçados na maternidade” da
música Exagerado, de Cazuza, encaixa
perfeitamente no relacionamento das
amigas Silmara Mônaco Mitsuyuki e
Patrícia Garrido Nicola. As suas mães,
que já eram amigas, se encontraram na
maternidade: Silmara nasceu dia 30 de
agosto e Patrícia, 1 de setembro. Aliás, a
numerologia sempre sorriu para a dupla. Patrícia casou dia 19 de novembro
de 1999 e Silmara no dia 18 do mesmo
mês, mas um ano depois. “Só não foi na
mesma data porque era ano bissexto,
mas foi na mesma igreja e os maridos,
por coincidência, chamam-se Marcos”,
conta Patrícia.
E uma terceira pessoa entra nessa
amizade da vida inteira. Danieli Barros
Piccolo morava próximo às amigas na
Vila Prado e seus pais foram convidados no casamento dos pais de Patrícia.
O trio fazia tudo junto: festa junina,
jogo de bets, brincadeira dançante na
garagem e participavam do grupo de
jovens da Igreja Santo Antônio. “Muito
antes de ter eventos esportivos, organizávamos passeios ciclísticos e íamos
chamando os amigos do bairro, da
escola. Rodávamos a cidade toda em
muitas ruas de terra”, completa Danieli.
As “amídalas”, como elas se intitulam, viveram muitas aventuras juntas.
Silmara conta que namorava escondido de seu pai. Então, ela saía com
Patrícia e depois se encontravam com
os namorados, que tinham carro. Um
dia, havia chovido e, como sabia que
seu pai estaria esperando por ela na
porta de casa, Patrícia precisava chegar
molhada, afinal tinha saído a pé com a
amiga. “Descemos do carro dois quarteirões antes e não tivemos dúvidas:
5 2 kappa magazine
chacoalhamos uma árvore para chegar
toda respingada”, diverte-se.
Patrícia até serviu de cupido “torto”
para as amigas. “Eu queria apresentar
o Rogério para a Silmara. Mas acabou
não dando certo e ele se casou com a
Dani. Mas o Rogério tinha um amigo
de infância, o Marcos, que acabou se
casando com a Silmara. E continuamos
formando uma família, agora junto
com os maridos amigos”, explica.
E uma terceira geração está formada. Os filhos Isabelle, Lucas, Amanda
e Nicolas não se desgrudam, se consideram primos e chamam a todos de
tio. Os amigos adultos são padrinhos
de casamento uns dos outros. Patrícia
prometeu, quando tinha 14 anos, que
Silmara seria madrinha de sua filha e
cumpriu a promessa. “Viajamos e passamos as festas de fim de ano reunidos.
Temos os mesmos conceitos na criação
dos filhos e nos consultamos uma às
outras para tudo. É uma amizade eterna” resume Danieli.
kappa magazine 53
DIVULGAÇÃO ESTRATÉGICA
Tadeu Lockermann,
proprietário da Datta
International
Mochilas personalizadas
de alta performance
A
região de São Carlos acaba de
ganhar um presente no que diz
respeito a mochilas de alta performance: a Datta International.
Voltadas aos canais institucional e
publicitário, a novidade já é consagrada
em mercados consolidados das grandes
capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro
e Belo Horizonte.
“A marca Vestígio está presente nos
mais diversos pontos de venda, com
divulgação estratégica”, explica o empresário carioca, Tadeu Lockermann,
responsável por apresentar este novo
conceito a São Carlos.
Segundo Lockermann, o grande diferencial de seu produto é o alto valor
5 4 kappa magazine
agregado, somados a qualidade, design,
conforto e sofisticação.
Para obter mais informações e solicitar o serviço, os empresários podem entrar em contato com a agência de publicidade com a qual trabalham ou ainda
marcar uma visita direto na Datta International, que conta com equipe especializada para elaborar ações de marketing.
“Conheça nossas mochilas personalizadas, alavanque seus negócios e tenha resultados surpreendentes”, comenta Lockermann.
As mochilas personalizadas da Datta
Internacional, sem dúvida, darão o que
falar. Saia na frente e faça a diferença.
Agende uma visita.
Serviço
Datta International
Avenida Portugal 672 - Araraquara
Telefone: (16) 3357 1800 / 3357 1811
www.dattainternacional.com.br
Informe Publicitário
São Carlos pode contar com serviços especializados da Datta International
kappa magazine 55
esporte
Com a
bola toda
Com o filho Gustavo, Seneme
mostra a lembrança da primeira
partida final do Paulistão
2012, entre Santos e Guarani.
Tradicionalmente, nas decisões
de campeonatos, a bola fica
com o juiz
Wilson Luiz Seneme, único árbitro brasileiro
escalado para atuar nos jogos da Copa do
Mundo de 2014, se prepara para ápice da
carreira
Por Ana Paula Santos
Fotos João Moura
Q
uando o assunto é o Brasil como sede da Copa
de 2014, as principais discussões giram em torno
dos prazos para as obras de infraestrutura, reforma e construção de estádios de futebol. Mas para Wilson
Luiz Seneme, único árbitro brasileiro convocado pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) para
atuar nos jogos, tudo vai correr da melhor forma possível.
“A Copa do Mundo no Brasil vai ser um sucesso e, como
somos sede, existe uma probabilidade grande de se incluir brasileiros na arbitragem”.
Aos 42 anos de idade, o são-carlense integra uma lista
de juízes que possivelmente estarão no evento, com 10 nomes pré-selecionados. “Essa lista é aberta, quem está dentro
pode sair e quem está fora pode entrar. Mas se eu mantiver o
trabalho que venho fazendo, não há porque me preocupar”,
garante.
Com 12 anos de experiência, Seneme mantém uma carreira sólida, marcada por jogos decisivos e boas performances. “Acima de tudo é preciso gostar do esporte. Quando
eu era garoto, minha família morava ao lado do campo do
Luizão e, antes de ser jogador, fui gandula do time”. Seneme,
que atuou como jogador profissional até os 24 anos, conta
que a arbitragem surgiu em sua vida como reforço no orçamento.
Ele deixou de ser jogador, cursou Educação Física e começou a atuar como juiz no esporte amador. Amadureceu,
fez cursos e deu continuidade ao trabalho, até se tornar árbitro internacional.
A família, orgulhosa pelas conquistas do filho, acompanha de perto os passos do esportista. Todos estão acostu5 6 kappa magazine
mados com o trabalho de Wilsinho, como é carinhosamente
chamado, e o pai faz sempre questão de telefonar para ter
notícias.
Notícias que nos últimos tempos se referem à possível
presença de Seneme na Copa do Mundo. “Sou bem sincero
em dizer, não vou ficar frustrado se não for, eu nunca sonhei
nem idealizei nada disso, as coisas aconteceram”.
Seneme é funcionário público estadual, trabalha na Secretaria de Esportes e ministra cursos para jovens aspirantes.
“É uma dívida que tenho com o esporte, nada mais do que
retribuir para a profissão que muito me deu”.
A participação na Copa pode marcar o fim da carreira
como árbitro, por isso, num futuro bem próximo ele espera
cursar um mestrado e aproveitar de outra forma a experiência que ganhou durante os anos arbitrando. Enquanto isso
segue fazendo o seu melhor.
“Estou focado, treinando e me preparando muito. Sei
que agora sou mais visado, mas tento transformar toda essa
pressão em algo positivo”, conclui.
kappa magazine 57
esporte
Como está treinando apenas
à tarde, Daniel já percebeu
perda de rendimento
Falta de patrocínio ameaça
futuro esportivo de São Carlos
Sem apoio da iniciativa privada, jovens talentos podem parar de competir ou mudar de cidade
Por Roberto Schiavon
Foto Mauricio Motta
S
ão Carlos está deixando de ganhar medalhas em competições
esportivas e pode perder atletas
de alto nível devido à falta de apoio da
iniciativa privada. A constatação é do judoca Sebastião Alexandre da Cunha, 33
anos, mais conhecido como Sebá, que
além de representar a cidade em Jogos
Regionais há quase 18 anos, dá aulas
a atletas iniciantes em sua academia e
em projetos sociais da Prefeitura. “Por
5 8 kappa magazine
falta de investimento de empresas em
atletas iniciantes, podemos perder uma
geração inteira de esportistas. Muitos
atletas talentosos param de competir
aos 17 ou 18 anos de idade, porque
precisam trabalhar ou se dedicar integralmente aos estudos”, aponta Sebá.
Segundo o judoca, os empresários
preferem patrocinar atletas que já estão conquistando medalhas, ao invés
de apostarem em jovens talentos que
despontam para competições. “O que
um atleta adolescente necessita é ajuda para deixar de pagar para competir,
pois as viagens e taxas de inscrição são
caras. Se o empresário adotar um jovem talento, ele vai participar de mais
competições, se aperfeiçoar e ganhar
medalhas. Assim, a marca da empresa
vai aparecer mais. Mas falta essa visão
na iniciativa privada”, diz o atleta.
Judoca desde os 10 anos de idade e competindo hoje na categoria
Masters, Sebá conta que a Prefeitura,
por meio da Secretaria de Esportes
e Lazer, paga transporte e eventualmente taxas de inscrição para os
campeonatos do qual participa, mas
Prefeitura define bolsas
segundo resultados e
indicações de clubes
O secretário municipal de Esportes
e Lazer, Edson Aparecido Ferraz,
ressalta que a Prefeitura direciona um
número pré-determinado de bolsas
a atletas de ponta por modalidade,
sempre direcionadas aos que têm mais
condições de obter resultados positivos
para São Carlos.
De acordo com ele, se em determinada
modalidade existir mais de um atleta
capacitado para vencer competições, a
bolsa vai para aquele que for indicado
pelo clube ou entidade da qual faz
parte. “Existem mais pedidos do que
bolsas disponíveis, por isso, precisamos
adotar este critério. Também damos
bolsas aos para-atletas”, diz o secretário.
Ele acrescenta que, além das bolsas
anuais em dinheiro aos atletas,
divididas em 12 mensalidades, a
Prefeitura realiza pagamentos de
inscrições, taxas de filiação e fornece
transporte aos esportistas que
competem pela cidade. De acordo com
Ferraz, a secretaria também distribui
cerca de R$ 1 milhão por ano em
subvenções a entidades esportivas,
como apoio ao esporte amador local.
Segundo Ferraz, o planejamento que
define a distribuição de recursos para
o esporte durante o ano é feito sempre
nos meses de dezembro, quando fica
definido quantas bolsas serão cedidas
para cada modalidade, segundo os
critérios de competitividade dos atletas.
“Também ajudamos nas competições,
cedendo ginásio, transporte, som e
ambulância, por exemplo”, conclui o
secretário de Esportes e Lazer.
que a ajuda não é suficiente para
cumprir com o calendário esportivo.
Entre as conquistas de Sebá estão a segunda colocação no Campeonato Sul-americano disputado no
Uruguai no ano passado e a terceira
colocação no Campeonato Brasileiro
e na Copa São Paulo de Judô. Neste
ano ele pretende disputar o Campeonato Mundial de Masters na Bahia e
o Pan-americano na Costa Rica. “Mas
somente se tiver apoio”, avisa Sebá,
que além de dar aulas de judô e jiu-jitsu é formado em Educação Física.
ATLETISMO - O atleta Daniel Pelosi, 22 anos, que vem conquistando
medalhas para São Carlos em diversas
competições nos últimos anos, perdeu patrocínios de empresas que o
ajudavam no ano passado, e por este
motivo, já vem sentindo queda em seu
rendimento nos treinos para a atual
temporada. Ele compete no atletismo,
nas provas de velocidade nos 100 e
200m, na categoria Adulto.
No ano passado, Daniel, seu irmão Israel e a atleta Jéssica Silva recebiam patrocínios individuais de R$
400 cada, resultado de contratos com
três empresas, que ainda forneciam
uniformes de treinos, competições e
passeio. Neste ano, devido ao corte
do apoio dos empresários aos atletas,
Pelosi complementa sua renda com
dois empregos, um de manhã coordenando ginástica laboral em uma
empresa e outro na hora do almoço,
treinando atletas na Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), onde
cursa Educação Física no período noturno. “No ano passado, eu treinava
de manhã e à tarde. Agora meu rendimento vem caindo, porque estou treinando apenas à tarde e tenho o stress
de rodar de um lado ao outro, sem
me focar apenas no esporte. Isso vai
desanimando e afetando no aspecto
psicológico”, explica Pelosi.
Ao lado de Israel e de Jéssica, ele
compete pelo São Carlos Clube, que
paga transporte e alimentação aos três
competidores, além de disponibilizar
suas dependências para os treinamentos. Eles contam também com apoio
da Prefeitura, que fornece duas bolsas
de R$ 300 para a modalidade, que são
divididas entre os três atletas. “No ano
passado, a Prefeitura dava uma bolsa
de R$ 450, que também era dividida
entre nós três. Neste ano, são duas bolsas que somam R$ 600. Com este dinheiro, compramos material esportivo
e suplementos alimentares”, conta.
kappa magazine 59
Sebá (à direita) conta
que recebe ajuda
da Prefeitura, mas
não é suficiente para
cumprir calendário
esportivo
Pelosi concorda que a falta de
incentivo financeiro pode levar São
Carlos a perder atletas. Ele mesmo diz
ter recebido proposta para competir
por Piracicaba nos Jogos Abertos do
Interior e nos Jogos Regionais, duas
competições que dão grande visibilidade aos atletas e aos municípios aos
6 0 kappa magazine
João Moura
esporte
quais estão atrelados. “Eu não aceitei
porque a proposta não valeu a pena
neste momento. Mas se surgir algo
melhor e eu não conseguir apoios
aqui na cidade, terei de mudar para
continuar competindo”, conclui.
Ele deve participar em maio do
Campeonato Paulista de Atletismo no
Ibirapuera, em São Paulo, e está tentando obter índice para correr no Troféu
Brasil de Atletismo, que também será
realizado neste ano na capital paulista.
Entre as principais conquistas de
Pelosi está a medalha de ouro nos
Jogos Regionais e nos Jogos Abertos
em 2009, medalha de prata nos Jogos
Regionais em 2010 e nos Jogos Abertos de 2011 e medalha de ouro nos
Jogos Regionais de 2011, todas na
categoria 100m rasos.
Empresas interessadas em apoiar os
atletas podem entrar em contato pelos
telefones 9147-4504 (Sebá) ou 91051582/8835-1582 (Daniel Pelosi).
kappa magazine 61
kappinha
O torneio pré-olímpico em
São Carlos atraiu muitas
crianças aos jogos
Torcedores da nova
geração
Torneio pré-olímpico de vôlei feminino atraiu crianças que
gostam de assistir e praticar esportes
Por Roberto Schiavon
Fotos Mauricio Motta
O
s jogos da seleção feminina
de vôlei do Brasil atraíram
muitas crianças ao Ginásio
Milton Olaio Filho, onde foi disputado o torneio pré-olímpico entre os
dias 9 e 13 de maio. Entre os pequenos torcedores que compareceram
ao ginásio, alguns foram pela primeira vez assistir ao vivo às meninas
do time de José Roberto Fernandes,
buscando inspiração para seguir carreira no esporte. E outros torcedores
mirins foram ao evento para dar vazão ao seu amor pelos esportes em
geral. “Eu comecei a treinar vôlei no
ano passado no São Carlos Clube
e pretendo seguir carreira”, conta
Mayara Corrêa, de 11 anos.
6 2 kappa magazine
Ela garante que gosta de correr e
eventualmente também pratica natação. Mas, quando se trata de assistir
aos eventos esportivos na televisão,
o vôlei é mesmo a primeira escolha
de Mayra. “Hoje é meu primeiro jogo
ao vivo da seleção feminina. Eu sempre assisto pela televisão aos jogos
das seleções feminina e masculina”,
acrescenta a garota.
Sua amiga Teodora Pisani Canevarolo, que também pratica vôlei,
tem 12 anos e 1m76, o que a habilita
a jogar na posição de atacante. Ela
começou a praticar o esporte há dois
anos e sua paixão pela modalidade a
levou a assistir a uma partida entre
Brasil e Itália em 2010, também em
São Carlos. “Esse vai ser meu segundo jogo ao vivo da seleção feminina.
Além de vir ao ginásio, eu sempre
O garoto Guilherme foi
torcer para as meninas
do vôlei brasileiro
planos
em até
vejo os jogos pela televisão”, diz Teodora, que joga vôlei há dois anos.
ESPORTISTAS – De acordo com
Pietra Moretti de Mello, 12 anos, que
foi à estreia da seleção feminina no
pré-olímpico, no último dia 9, para assistir a sua primeira partida ao vivo, o
esporte também é parte do cotidiano.
“Gosto de esportes em geral e agora
vou começar a jogar ao lado da Teodora e da Mayara no São Carlos Clube. Eu
vi as meninas jogando e acho que será
muito interessante”, comenta.
O menino Guilherme Dalchino, 11
24x
anos, gosta de jogar futebol e, como
todo garoto dessa idade, sonha em
se profissionalizar no principal esporte do Brasil. Mas, honrando sua
condição de fanático por esportes
em geral, diz que aproveita qualquer
oportunidade que surge para assistir
a outras modalidades, principalmente quando pode ir às praças esportivas conferir de perto a performance
dos atletas. “Eu gosto bastante de esportes e assisto sempre aos jogos de
vôlei pela televisão. Das jogadoras da
seleção feminina, a que mais gosto é
a Sheila”, conclui Guilherme.
As amigas Teodora, Pietra e Mayra, durante partida no Ginásio Milton Olaio Filho
kappa magazine 63
Personagem da kappa
Antônio de Sant´Anna Galvão Leite
O escultor
Antônio de
Sant´Anna
Galvão Leite:
“Tudo que
se aprende
sozinho é
mais sólido”
Um caminho
no meio da pedra
Com esculturas públicas na USP, no São Carlos Clube
e reproduções para troféus do ParqTec, obras de
Antônio Galvão ganharam o respeito da cidade
Por Vanessa Gurian
Foto João Moura
6 4 kappa magazine
“C
arlos Drummond de Andrade disse que existe
uma pedra no meio do caminho. Eu digo que existe um caminho
no meio da pedra”. O maior prazer do
escultor Antônio de Sant´Anna Galvão
Leite é descobrir o que a irregularidade
de uma pedra pode revelar a partir de
sua habilidade artística.
Hoje ele já se aventura a esculpir
em outros materiais, mas foi em pedra
sabão e mármore que Galvão começou, há mais de 20 anos. Um início em
plena maturidade, perto dos 40 anos,
que aconteceu faltando pouco para se
aposentar como funcionário da área de
contabilidade da USP e que revelou um
escultor nato, com base artística autodidata. Para ele, tudo que se aprende
sozinho é mais sólido e foi sozinho, observando, testando, errando, que consolidou sua arte. “Só mais tarde comecei
a fazer cursos e a conhecer as técnicas”.
CONQUISTAS - Paulistano, veio para
São Carlos em 1969, e diz que aqui as
portas se abriram. “O artista tem que ter
sorte, relacionamento e simpatia para
que sua obra saia do ateliê. Consegui isso
aqui”, diz. Relacionamentos, esses, que o
fizeram um dos escultores com maior
número de obras públicas na cidade.
Sua mais nova escultura, que pode ser
observada permanentemente por todos, está na entrada do Centro Cultural
da USP. Passando pela Avenida Dr. Carlos
Botelho se pode ver, imponente, com
um metro e meio de altura, a Gênese,
doada pelo artista à universidade como
forma de agradecimento pela acolhida
que recebeu como profissional e apoio
que teve como artista. “Minha primeira
exposição foi, justamente, no Centro
Cultural, em 1999, com alguns desenhos
e primeiras esculturas. Depois disso não
parei”, lembra.
REPRODUÇÕES - Gênese é uma
das muitas obras do artista reproduzi-
das em bronze. A partir de um molde
pequeno esculpido, uma fundição
artística faz a reprodução em grande
porte. O escultor explica que acompanha pessoalmente o acabamento, para
corrigir imperfeições e se aproximar da
obra original.
Foi o processo pelo qual passaram
também outras obras públicas do escultor, como a Minerva, símbolo da USP, e a
Homenagem aos Pioneiros da Física de
São Carlos, ambas instaladas no Campus
1 da universidade. Também é uma obra
de Galvão que documenta as comemorações dos 60 anos do São Carlos Clube,
instalada em 2004 na praça de entrada
da Sede de Campo, onde o escultor também cultivou relacionamentos na função de diretor. Outros projetos, já encaminhados, incluem novas obras públicas
na UFSCar e no Campus 2 da USP.
ENCUBADO – Além das
obras públicas de grande porte, Galvão trabalha com criação, adaptação e reprodução
de suas esculturas em troféus.
Ele é curador de artes da Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos (ParqTec)
e suas obras são oferecidas
como presentes a autoridades
Peão
e empresários de todo o munde Alta
Tecnologia,
Gênese, no Centro
do que a visitam. Suas criações
do ParqTec:
Cultural da USP:
também são oferecidas como
obra de arte
doação do artista para
em forma
a universidade como
prêmio em concursos da funde troféu
agradecimento
dação, como o Troféu Peão de
Alta Tecnologia, entre outros.
“Procuro extrair do cliente o que ele dução continua estimulada pelo que
quer, descobrir o que está pensando. rotula de “chamamentos”, momentos de
Mário Covas tinha uma escultura mi- inspiração que resultam em novas obras.
nha, presente do ParqTec”.
“Quando percebo, elas estão prontas. E
Detentor de vários prêmios, sua pro- são todas filhas admiráveis”, conclui.
kappa magazine 65
6 6 kappa magazine
kappa
Carina Zaratin
cultural
Cidade vive
Virada
Cultural
2012
Renato Teixeira é
atração da Virada
Cultural
Pitty, Nina Becker, Renato Teixeira e
apresentações no Sesc são destaques
da programação em São Carlos
Por Vanessa Gurian
R
eunindo cerca de mil atrações
em 27 cidades do estado, a
sexta versão da Virada Cultural
Paulista será realizada nos dias 19 e 20
de maio. Em São Carlos, a programação está centralizada em apresentações na Praça do Mercado e no Teatro
Municipal, com música, intervenção
circense, cultura popular, dança, mágica e teatro infantil. Destaque para o
projeto acústico Agridoce da cantora
baiana Pitty e de Martin Mendezz,
para apresentação de Nina Becker e
do cantor e compositor Renato Teixeira.
O Sesc, como nas edições anterio-
res, é parceiro do evento, e a unidade
de São Carlos será palco do espetáculo Clownpiras e das apresentações
musicais Os Opalas e João Parahiba.
INTEGRAÇÃO - Para Almir Martins
de Oliveira, coordenador de Artes e
Cultura da prefeitura, as apresentações prometem reunir diversas classes
sociais, todas as faixas etárias e uma
numerosa plateia em todos os horários. “São Carlos é considerada a nona
cidade do País que mais investe em
cultura. Estar na virada reforça essa vocação”. Segundo o coordenador, essa é
a oportunidade para uma maior integração entre os municípios envolvidos.
“Pode ser o início de uma conversa so-
bre políticas públicas culturais para o
Estado”, diz.
A primeira Virada Cultural Paulista, inspirada na versão da capital,
aconteceu em 2007, com 200 atrações em dez cidades e público de
200 mil pessoas. Já em 2011, foram
mais de mil atrações com um público
de 1,7 milhão de pessoas.
Na programação estadual, destaque para nomes consagrados da música brasileira como Dominguinhos,
Luiz Melodia, Zélia Duncan, Lobão,
Ultraje a Rigor, Titãs, Gal Costa, Nando
Reis, Fernanda Abreu e atrações internacionais como Ky- Mani Marley.
Confira a programação completa
a seguir.
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Programação
* São Carlos *
Dia 19, sábado
SESC
TEATRO MUNICIPAL
18h Abertura Oficial
18h30 Cia de Dança de Diadema (Crendices) (Dança)
19h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas)
(Intervenção – Mágica)
20h30 Cia Teatro da Cidade (Um Dia Ouvi a Lua)
(Teatro)
21h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas)
(Intervenção – Mágica)
22h30 Filipe Catto (Música)
23h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas)
(Intervenção – Mágica)
0h30 Caraivana (Música)
18h João Parahiba (Música) - Baterista, um dos
fundadores e integrante do Trio Mocotó, João
Parahiba apresenta o show de lançamento do CD O
Samba no Balanço do Jazz.
PRAÇA DO MERCADO
6 8 kappa magazine
SESC
Exposição: Arte à Primeira Vista
Até 1 de julho. Terças a sextas, das 13h às 21h30, sábados,
domingos e feriados, das 9h30 às 18h. Grátis
Uma mostra de arte contemporânea para o público infanto
juvenil, reunindo obras de artistas como Mira Schendel,
Geraldo de Barros, Regina Silveira, Leonilson, Frans Krajcberg
e Lygia Clark. A expografia possibilita vivências livremente
inspiradas nos processos de criação e pesquisa dos artistas,
por meio de ateliê e práticas artísticas acompanhadas por
uma equipe de educadores. Agendamento de grupos:
agendamento@scarlos.sescsp.org.br
SESC
Solos Contemporâneos
Dia 23, quarta-feira, às 20h. R$ 1,50 (comerciários); R$
3,00 (usuários); R$ 6,00 (inteira)
Opus 2 - Notas sobre minha mãe, isso e aquilo - Criado
a partir de vivências pessoais, este solo partiu dos
contextos mãe e filha, música e silêncio, isso e aquilo.
Opus 3 – Para Adelina - Uma homenagem a Adelina
Gomes – artista -paciente de Nise da Silveira no antigo
Hospital Psiquiátrico de Engenho de Dentro(RJ).
Cinema
Dança Artes
18h30 Abertura com DJ (Música)
19h30 Bocato Jam Suburbana (Música)
20h30 Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo
(Intervenção Circense)
21h Rocha Sólida (Música)
22h Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo
(Intervenção Circense)
22h30 Dexter + Max Bo (Música)
23h30 Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo
(Intervenção Circense)
Dia 20, domingo
TEATRO MUNICIPAL
2h Fundo Falso (uma série de surpresas)
(Intervenção – Mágica)
2h30 Renato Tortorelli (Stand Up)
10h30 Om Co To? Quem Co Sô? Prom Co Vô?
(Teatro Infantil)
13h Thiago Arruda (esculturas em movimento)
(Dança)
13h30 Pomba enamorada ou uma história de
amor (Teatro)
14h30 Thiago Arruda (esculturas em
movimento) (Dança)
15h Choro em Trio (Música)
16h Thiago Arruda (esculturas em movimento)
(Dança)
16h30 Nina Becker (Música)
16h30 Daúde (Música)
17h30 Grupo de Dança das Fábricas de Cultura
Intervenção (Dança)
18h Renato Teixeira (Música)
SESC
12h - Espetáculo Clownpiras (Teatro) - Chico
Mineiro, um menino da roça, cheio de vida e
obcecado por queijo, se junta a Dito Boiadeiro
para conhecer o Brasil.
15h30 - Os Opalas (Música) - Conhecida por
seus shows contagiantes, a banda apresenta um
repertório autoral marcado por influências do
groove, soul, reggae, jazz e afrobeat.
PRAÇA DO MERCADO
0h Agridoce - um projeto de Pitty e Martin
(Música)
1h30 DJ (Música)
15h Orquestra Piracicabana de Viola Caipira
(Cultura Popular)
16h Grupo de Dança das Fábricas de cultura
Intervenção (Dança)
SESC
Cairo 678
Dia 20, domingo, às 19h
Dia 26, sábado, 18h
Diretor Mohamed Diab. Difícil realidade das mulheres egípcias que enfrentam
a violência em uma batalha constante por respeito dentro do espaço público.
Programação Cinema - Heleno
Dia 27, domingo, 19h e 02/06, sábado, 18h
Diretor José Henrique Fonseca. Heleno de Freitas é a figura do Rio de Janeiro
de 1940, quando a cidade era cheia de glamour, sonho e promessas.
CDCC
Poesia
Dia 26, sábado, às 20h
Diretor Chang-dong
Lee. Uma senhora
excêntrica com uma
mente inquieta e
questionadora entra por
acaso em uma aula de
poesia em um centro
cultural na vizinhança
e é desafiada pela
primeira vez a escrever
um poema.
CENTRO CULTURAL DA USP
IX Ciclo de Cinema
“Documentário Brasileiro”.
Com debates após
exibição.
• Cinema e poesia: “Rocha Que Voa”.
Dia 21, segunda-feira, às 19h15
• Documentário musical: “Uma
noite em 67”.
Dia 28, segunda-feira, às 19h15
• Educação e comunidade: “Pro Dia
Nascer Feliz”.
Dia 4, segunda-feira, às 19h15
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kappa
Por
social
Lygia
Fontana
bodas
Fotos João Moura
Gustavo e Daniele fizeram
a festa para comemorar o
enlace no São Carlos Clube
Sede Avenida
Gustavo e Daniele
Fatima Rodrigues
e Roberto
Junior Novaes
e Daniela
Daniel Pedrino, Beatriz, Marcelo
Wellichan e Rafaela Favorin
Joyce e Aldomiro
Renata Gregolin, Luciano Abelhaneda,
João e Elizete Pedrazani
Eugenio
Cardinall
7 0 kappa magazine
Celso Pedrino
Oswaldo Barba e
Cidinha Duarte
Eliana e Abel Leopoldino
Walter Fukuhara
Juliana, Silvia e Gabriela
Maria Luiza e
Mauro
Ana Lucia Seravolo
e Carlos Martins
Marcos e
Mirian Santos
Daniele e Dilson
Marcasso
Marcelo da Paz
e Tania
Alberto
Lanzoni
Juquita
Luciana Iemma e
Daniel Villani
Tania e Carlos
Lazzarini
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social
Marcos Martinelli
e Carlos Serrano
Ligia Riga
Marcia Dotti e
Rodrigo Casale
Joyce
Rodrigues
Carvalhaes
cardinalli
Com um grande coquetel,
foi apresentado o projeto
do empreendimento
Jardim de Sevilha
7 2 kappa magazine
Marcelo e Vera
Lucia Sacchi
73
social
Fotos Divulgação
Tatiane
Clemente
A Paraty fez o
transporte das atletas
prÉ olimpico
Alexandre Cruz, Gabriela,
Giulia e Cinthia
7 4 kappa magazine
Michele
Bertacine
O torneio de vôlei
feminino atraiu diversas
famílias ao ginásio Milton
Olaio Filho
Fotos Mauricio Motta
Renata
e Igor
Pouquíssimas calorias:
não pesa no corpo
nem na consciência.
Nossos ingredientes fresquinhos são uma excelente
alternativa para as pessoas que querem diminuir
o consumo de frituras e comidas gordurosas.
Salada Subway Club™
Frango
Restaurante SUBWAY São Carlos:
R. Passeio dos Flamboyants, 200 - lj. 24
Tel.: (16) 3307-3709
© 2012 Doctor’s Associates Inc. SUBWAY® é uma marca comercial registrada de Doctor’s Associates Inc. Imagens meramente ilustrativa.
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Fotos João Moura
SOCIAL
Thais Leite
Marcos e Valda
Gonçalves
inusittá
A loja promoveu uma
tarde de exposição de
produtos selecionados
para o Dia das Mães
Tania Leite, Natalia
Rosalini e Fátima
Cezarino
Andrea, Valda,
Aline, Fabricia
Luciana Silva e
Daici Antonidi
Ana Cristina Picharillo
e Fernanda Viana
7 6 kappa magazine
Maria Brenha e
Geni Broggiu
Fotos Mauricio Motta
Taila
container
Acompanhamos a inauguração
da primeira loja conceitual
multimarcas de São Carlos
Christian,
Luciano e
Marcio
Ana Cristina e
Adriano
Carol
Angela
Oioli
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Fotos João Moura
SOCIAL
Celio, Marcos e Alonso
plantflora
A empresa recebeu
familiares e amigos para
a inauguração de seu
novo escritório
Ana Beatriz, Rodrigo
Zanc e Elaine Zanim
Lú, Inez, Daniele, Mônica e Joelma
7 8 kappa magazine
Alnecida, Renata, Paulo,
Lourdes, Sebastião e Iara
Fotos Mauricio Motta
Festa do clima
A edição deste ano contou
com grande público e ótimas
atrações
Glorinha e Nathalia
Claudiane, Felipe
e Evandro
Dinho e Fabiano
Aline
Vip Class
Kappa
Visita
A kappa continua
com sua série de
visitas pela cidade
aos seus parceiros
Raphael
Honda Santa Emilia
Deivid
QW3
Regiane
GS recrutamento e RH
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social
Gabriela
Guilherme e
Marina
Fabiano, Tiago
Porto e Betina
Hering Store
Fashion
night
A Zoe recebeu desfile
que mostrou novidades
de grandes lojas de São
Carlos
Gabriela
Hering Store
ROTA Gourmet
Mês das mães na Tabajara Grill
Em homenagem ao dia das mães, a Tabajara
Grill presenteará todas as mulheres que forem
até a casa no almoço ou jantar com um desconto
especial durante todo o mês de maio!
O valor promocional de R$ 21,00 é referente ao
rodízio completo, incluindo acesso ao buffet, de
segunda à sábado. Taxas de bebida e serviços
não estão inclusas. De segunda à sexta, das 11
às 14:30 hs no almoço, das 18:30 hs às 22:30
hs no jantar, sábados das 11 às 15:30 hs no almoço
e das 18:30 às 23 hs no jantar, domingos
Bruna
das 11 às 15:30 hs no almoço.
Avenida São Carlos, 3677
Telefone: 3361 4282
8 0 kappa magazine
Saúde onde você estiver!
Quem busca uma vida equilibrada não pode
deixar de ter água mineral Villa Fonte sempre
à mão. A água mineral Villa Fonte possui uma
composição química extremamente leve, sendo ideal para manter a hidratação e o bom
funcionamento do organismo. Disponível em
garrafas de 510 ml e em copos de 200 ml,
pode ser levada a qualquer lugar, garantindo
saúde em todos os momentos!
“Melhor que isso só dois disso!”
Temaki em Dobro no Sushi Ya San
Toda quarta-feira na compra de um temaki
você ganha outro de mesmo sabor*.
A saborosa culinária japoneza e o melhor
Temaki é aqui.
Restaurante Sushi Ya San:
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Telefone: (16) 3307-1165
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promoções:
facebook.com/YaSanOficial
*Para ser consumido no local
Fotos Mauricio Motta
Tamara Rodrigues e Diego
Carmen Steffens
Alfred Restaurante:
tradição inovada
Informe Publicitário
novidade
Alfred também é pizza
Referência e tradição em alta gastronomia de São Carlos,
Alfred Restaurante oferece agora pizzaria e serviço delivery
Fotos João Moura
A
tradição que o Alfred Restaurante conquistou em 26
anos oferecendo alta gastronomia na cidade, agora se estende
para os seus novos serviços de pizzaria e delivery.
Usando as confortáveis e seguras
instalações do restaurante, com ambiente climatizado, estacionamento próprio, wireless e espaço para
convenções e confraternizações, a
pizzaria, com forno a lenha, oferece
no cardápio os principais sabores,
com o diferencial na qualidade e requinte que Alfred já representa.
Segundo o proprietário, Waldomiro Rodrigues (Miro), a iniciativa atende
aos pedidos dos próprios clientes. “Te-
Waldomiro
Rodrigues (Miro):
requisições dos
clientes são
atendidas
mos espaço, público e competência
para oferecer esse novo produto”, diz.
ENTREGA – Aproveitando o início dos serviços da pizzaria, o restaurante iniciou o serviço de delivery
também para seu cardápio a la carte.
A parmeggiana e os peixes, principais pratos do restaurante, além das
saladas, massas, caldos, aves e outras
carnes são entregues de terça-feira a
domingo, das 18h às 23h. De acordo
com Miro, esse tipo de serviço também foi uma requisição dos clientes.
“É hora de atender toda a cidade na
comodidade do seu lar. A intenção é
mostrar para todo o público nosso
cardápio de produtos”.
Vale lembrar que o Alfred Restaurante continua recebendo os clientes
em suas instalações com requinte e
bom gosto, servindo almoço executivo durante a semana, carta de vinhos
elaborada especialmente para cada
ocasião e música ao vivo às sextas-feiras e aos sábados.
Serviço
Alfred Restaurante
Rua Sete de Setembro, 2203
Fone: (16) 3371.2120
www.alfredrestaurante.com.br
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