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São Carlos • Ano 2 | Edição 47 - Nº 23 auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita Miguel Abdelnur Parque Novo Mundo CEAT Veja onde está e para onde vai o desenvolvimento industrial de São Carlos Cidade vai ganhar terceiro distrito industrial, que será instalado no Parque Novo Mundo e terá área total de 100 mil m2, com capacidade para 105 lotes de 1.000 m2 Cidade possui cerca de 650 indústrias 1 50% dos trabalhadores estão no setor USP UFSCar e ajudam indústria na gestão de negócios kappa magazine 2 kappa magazine kappa magazine 3 4 kappa magazine kappa magazine 5 sumário 10 capa João Moura Com 50% de seus trabalhadores empregados na indústria, São Carlos vai ganhar um terceiro distrito industrial e ratificar sua vocação para o crescimento industrial. 56 O juiz da Copa João Moura Pré-escalado para a Copa do Mundo de 2014, o são-carlense Wilson Seneme está prestes a viver o auge de sua carreira 64 tirando arte de pedra João Moura O escultor Antônio de Sant’Anna Galvão Leite diz como subverteu a frase do poeta, fazendo arte a partir de pedras 67 virada cultural Carina Zaratin Renato Teixeira (foto), Nina Becker e o projeto acústico Agridoce, de Pitty e Martin Mendezz estão entre as atrações do evento 6 kappa magazine 18 evolução 26 Mão de obra 34 a vez da gestão 70 social Da manufatura à alta tecnologia, conheça a trajetória das indústrias da cidade e quais empresas que marcaram nossa história O Senai evoluiu ao longo dos anos juntamente com a indústria local, criando cursos e adaptando sua grade curricular às necessidades das empresas Consagradas pela excelência em tecnologia, USP e UFSCar emprestam agora às empresas locais seu conhecimento na área de gestão Desde as arquibancadas do torneio pré-olímpico até as pistas e salões de eventos, são-carlenses desfilam nas páginas da kappa Editorial Por Luciano Abelhaneda auditada por: PricewaterhouseCoopers Números surpreendentes Tiragem desta edição: 25.000 exemplares distribuição gratuita Ano 2 | Edição 47 | Nº 23 São Carlos, 15 de maio de 2012 Expediente kappa é uma publicação da Abelhaneda Editora e Serviços de Comunicação Ltda. Diretor Comercial Adilson Haddad Gerente Comercial Regional Alexandre Roveri Piglialarme Editor e jornalista responsável Luciano Abelhaneda - editor@revistakappa.com.br MTb. 23.733 Editor Executivo Roberto Schiavon - redacao11@revistakappa.com.br MTb. 49.897 S ão Carlos nos surpreende a cada dia. No levantamento que fizemos constatamos que a indústria continua firme gerando a maioria absoluta dos empregos da cidade. O novo distrito industrial também deve impulsionar o crescimento das empresas que já estão por aqui e trazer oportunidades para novos projetos. O serviço vem abocanhando grande número de trabalhadores junto com o comércio, mas esta equação que a cidade mantém é muito importante e dá um grande equilíbrio à sua base econômica. O setor de serviços será impulsionado pelo call center com 1.700 vagas, oportunidade para gente que será treinada e provavelmente terá seu primeiro emprego, o que é muito bom. Reportagem Ana Paula Santos - redacao12@revistakappa.com.br Eloiza Strachicini - redacao13@revistakappa.com.br Vanessa Gurian - redacao14@revistakappa.com.br No comércio, São Carlos já está na rota das redes de varejo e serviços e vêm A Tenda, Kalunga, Tonin Hipermercados e outros. Ver a cidade se tranformar pela indústria é um marco histórico e nos traz a certeza de que São Carlos está no caminho certo. Criação Camila Pires, Maralise Lopes e Ricardo Sahara Fotógrafos João Moura (MTb. 33.200) e Mauricio Motta (MTb. 47.148) Na próxima edição da kappa teremos o especial do Dia dos Namorados, uma vitrine para lojistas no maior veículo da cidade. Mais de 120 mil pessoas leem as edições da kappa todas as quinzenas. Você não pode ficar fora desta. Colunista Social Lygia Fontana - socialsac@revistakappa.com.br Revisão: Jussara Lopes Diretor Financeiro: Mário Gonçalves de Mattos Jr. Diretora de Eventos: Daniela Abelhaneda Maurício Motta Diretor Jurídico: Fernando Abelhaneda kappa magazine Rua Thomaz Antonio Gonzaga, 120 Pq. Arnold Schimidt - 16 3307-7930 São Carlos-SP | 13.566-583 www.revistakappa.com.br Elogios, críticas e sugestões: contato@revistakappa.com.br Quero anunciar: comercial@revistakappa.com.br Para curtir: facebook.com/kappamagazine Para seguir: twitter.com/kappamagazine kappa não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários. 7 cartas Gostaria de agradecer, em nome de toda equipe da Campanha do Agasalho dos alunos da USP, pela publicação de nossa campanha na edição 46. A matéria ficou excelente e ajudará muito para que tenhamos muitas doações para a comunidade carente de São Carlos. Julia Salles Coordenadora de divulgação da Campanha do Agasalho dos alunos da USP São Carlos Fiquei indignada com a falta de sensibilidade do Sr. João Amaro, ao dizer que a cidade não se interessa em visitar o Museu da TAM. Ele parece ter certeza de que a população está alienada em relação à grandeza do museu. Mas talvez desconheça a dificuldade financeira da maioria dos brasileiros. Dizer que cultura é coisa cara não me parece atitude sábia, pois ela deve ser acessí- 8 kappa magazine vel a todos. Jamais imaginei que nossa população poderia refletir a imagem de incultura e ignorância, pois somos a Capital da Tecnologia, com o maior número de doutores por metro quadrado da América Latina. A kappa é uma revista de extremo bom gosto. Certamente desponta pela qualidade e serviços que traz à nossa “inculta” São Carlos, sendo exemplo para a região. E é distribuída gratuitamente, exemplo de que cultura pode ser cara, mas acessível. Patricia Verges Profundamente infeliz a declaração do senhor João Amaro, presidente do Museu da TAM: “as pessoas reclamam do preço do ingresso, mas cultura é coisa cara”. Realmente as instalações do museu são incríveis. Agora, justificar o preço dos ingressos afirmando que “cultura é coisa cara” reflete bem como a educação e a cultura são tratadas em nosso País, que se vangloria de estar à frente do Reino Unido como a 6ª economia do mundo, mas fica atrás de Chile e Argentina, para citar dois vizinhos, quando se trata de educação e cultura. Marcelo Strozi Cilla Venho em nome de Luiza Manzini, que deu entrevista para a reportagem da Faber-Castell, agradecer pela linda matéria. Ela agradece o carinho com que o texto foi escrito. Amigos, familiares e trabalhadores da empresa adoraram a matéria. Mariana G. Manzini Entre em contato para dizer o que você achou da revista. Envie um e-mail para contato@revistakappa.com.br. As sugestões de matéria encaminhadas serão estudadas. kappa magazine 9 capa Novo distrito garante espaço para crescimento industrial Setor responsável por metade dos empregos gerados na cidade ganha área para implantação de novas empresas Os lotes dos novos empreendimentos variam de 900 a 2 mil metros quadrados e cada um deve gerar cerca de 10 empregos • Parque Novo Mundo: 105 lotes • Eco Tecnológico Damha: 143 lotes • TeKPark: 25 lotes • Centro Empresarial Pinhal: 5 lotes 1 0 kappa magazine Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos Acima: novo distrito oferece 105 lotes de mil metros quadrados Ao lado: na área entregue com toda infraestrutura o prefeito destaca a oportunidade de crescimento para o setor Por Ana Paula Santos Fotos João Moura e Mauricio Motta A pesar da diversidade da economia, alguns índices remetem à importância e vocação do setor industrial em São Carlos. Segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a indústria são-carlense emprega cerca de 40 mil pessoas, algo em torno de 50% da população ativa profissionalmente. De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), usada para padronizar os códi- gos de identificação das unidades produtivas do País, São Carlos possui cerca de duas mil indústrias, mas o Ciesp, levando em conta apenas a área de transformação, considera que o município possui cerca de 650 indústrias, metade delas no ramo da metalurgia. Diante da realidade e variedade industrial, uma das carências do município passa a ser suprida com a instalação do terceiro distrito industrial. Instalado numa área de 100 mil metros quadrados, o Parque Novo Mundo, iniciativa privada que conta com apoio do poder público, oferece 105 lotes de aproximadamente mil metros quadrados. O empresário Roberto Pereira de Souza, da RPS Engenharia, responsável pelo empreendimento, garante que 70% já foram comercializados. “Acredito que em pouco mais de cinco meses todos os lotes terão sido vendidos, pois existe demanda. Havia um pedido da prefeitura e por isso investimos”. A área comercial completa o empreendimento, que integra também um residencial com 491 casas, totalizando uma área de 344 mil metros quadrados. Para a implantação do novo distrito industrial estão sendo investidos R$ 5 milhões, entre área e kappa magazine 11 capa Ilustração: Acervo kappa Obras no trevo de acesso devem começar em breve e a espectativa de conclusão é para daqui 90 dias Benefícios atraem empreendedores A política da atual administração não inclui, por exemplo, a doação de área para implantação de novas empresas na cidade, mas a prefeitura oferece incentivos tributários, relacionados principalmente aos valores de IPTU e ISS. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) cobrado é o menor permitido por lei: 2%. Com relação ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), quanto mais a indústria arrecada, maior é o desconto do imposto. O benefício está diretamente ligado à arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O IPTU industrial pode ser aplicado para empresas instaladas dentro ou fora dos distritos industriais. Uma das estratégias do município é possibilitar o desenvolvimento em várias regiões da cidade, respeitando o Plano Diretor, mas sem penalizar o empreendedor. Entre os atrativos estão também a oferta de mão de obra qualificada e a localização privilegiada de São Carlos, na região central do estado, que permite uma melhor logística. 1 2 kappa magazine infraestrutura, e a previsão é entregar nos próximos 90 dias um trevo de acesso ao local. A prefeitura vai fazer o serviço de terraplanagem e a RPS Engenharia fará a conclusão da obra, que é uma antiga reivindicação dos empresários já instalados no Centro Empresarial de Alta Tecnologia Dr. Emílio Fehr (CEAT), distrito industrial que fica bem próximo ao novo espaço. São Carlos já possui dois distritos industriais, ambos na região sul da cidade. O mais antigo é o Distrito Industrial Miguel Abdelnur, criado em 1972 numa área de 363 mil metros quadrados, praticamente toda ocupada. O CEAT foi criado em 1988 e regulamentado em 2002, tendo cerca de 60% de ocupação. O distrito tem uma área total de um milhão de metros quadrados, distribuídos em 185 lotes. PARCERIA - Para o prefeito Oswaldo Barba, o terceiro distrito industrial de São Carlos traz disponibiRoberto afirma que o total de investimentos soma R$ 5 milhões lidade para que indústrias incubadas ou já instaladas possam crescer. Ele destaca que a parceria permite também a vinda de novas empresas. “Estamos recebendo empresas que vão gerar empregos para São Carlos. Em três anos surgiram mais de sete mil novas oportunidades de trabalho com carteira assinada e ainda este ano teremos a chegada de importantes investimentos”. Cerca de 60% dos 185 lotes do CEAT estão ocupados O Call Center que o Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre está instalando na cidade vai contratar 1.700 pessoas. Outras 600 novas vagas serão abertas com a construção da Rede de Supermercados Savegnago e também com a implantação da Tenda Atacado. Mesmo sem adiantar o nome da indústria, o prefeito garante que uma importante empresa instalada no município vai em breve dobrar sua capacidade operacional, aumentando significativamente o número de funcionários. Além do Parque Novo Mundo e do Eco Tecnológico Damha, outros dois empreendimentos, que também envolvem tecnologia vão gerar novas oportunidades em São Carlos: o TeKPark, com 25 lotes e o Centro Empresarial Pinhal com 5 lotes vão se instalar em uma das entradas da cidade, em frente ao Parque Fehr. De maneira geral é preciso acreditar que, apesar dos problemas enfrentados pelos empresários, como instabilidade financeira, falta de infraestrutura, alta carga tributária e aumento dos custos, é possível e necessário pensar que a produção vai aumentar, o setor vai crescer e impulsionar ainda mais o produto interno bruto do país. O mais antigo distrito industrial de São Carlos ocupa uma área de 363 mil metros quadrados kappa magazine 13 Importação/Exportação Atendendo a uma petrolífera norte-americana, a carga saiu de São Carlos com destino a Tailândia Proprietário s da ByCom ex, Jo Renato e Pe dro Jardim de sé Ornellas Soluções em logística internacional A ByComex Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior oferece agilidade no atendimento e qualidade em seus serviços A ByComex, empresa são-carlense que atua no comércio internacional, executa operações logísticas de importação e exportação e oferece serviços de assessoria aduaneira e consultoria em comércio exterior. A experiência dos proprietários da ByComex, com quase três décadas de atuação no ramo, traz segurança aos clientes e disponibiliza a solução com os melhores custos operacionais. A empresa oferece atendimento para todos os lugares do mundo operando com transporte aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo. Informe Publicitário Serviço ByComex Rua Treze de Maio, 2549 – 2º andar Telefones: (16) 3415-3088/33683855 www.bycomex.com bycomex@bycomex.com 1 4 kappa magazine A localização privilegiada de São Carlos, próxima a complexos rodoviários que ligam as cidades do interior aos principais aeroportos e ao porto de Santos, permite uma logística completa. De armazéns a frota de caminhões, pick-ups e empilhadeiras, atendem desde pequenas encomendas até cargas que demandam maior nível de operacionalidade. Atuando também como uma Comercial Importadora e Exportadora e contando com uma equipe de profissionais de alto nível técnico e teórico, a ByComex está apta a atender seus clientes em toda cadeia logistica, oferecendo os mais diversos serviços: • Desembaraço Aduaneiro • Regimes aduaneiros especiais • Parcelamento de ICMS (Importação) • Transporte Aéreo • Transporte Marítimo • Transporte Rodoviário Para garantir todas as operações logísticas, a ByComex utiliza transporte rodoviário, aéreo, ferroviário e marítimo • Importação • Exportação • Projetos especiais • Seguro Internacional de Cargas • Armazenagem • Desconsolidação/Consolidação de contêineres kappa magazine 15 Em família Incofap completa projeto de expansão Junior Trevisan conta um pouco da história da empresa, que está há 38 anos nas mãos da família P restes a completar 40 anos, a Indústria e Comércio de Farinha de Penas Ltda. (Incofap), empresa familiar que produz farinha a partir de penas e de vísceras de aves, está concluindo a expansão de sua nova fábrica, que fica na Rodovia Washington Luís, próximo a Ibaté. Nesta sede, a empresa está desde 2010 e agora já começa a traçar novos objetivos, pensando até em expandir para outros estados. Junior Trevisan é quem está atualmente no comando da empresa, junto com seu pai, Orlando Trevisan e suas irmãs. Seu filho, Diego Trevisan, assim como seus sobrinhos também estão se inteirando da administração dos negócios. “Nossa empresa é familiar e temos características próprias, mas com estudo e tecnologia conseguimos inovar e hoje somos referência no país neste segmento”, diz ele. Hoje, a Incofap tem capacidade para produzir 420 toneladas de farinha por dia. Sua empresa filial, chamada Farinóleo, que fica em Ibaté, produz mais 200 toneladas por dia. Segundo Junior, 90% do material são vendidos para a produção de ração animal e 10% para empresas de cosméticos. “Nossa matéria prima vem de 800 mil aves por dia, que compramos de frigoríficos de todo o estado”, ressalta. Vista aérea da primeira planta da Incofap 1 6 kappa magazine Fotos divulgação As três gerações da família Trevisan; Junior, o primeiro à direita, está no comando da empresa Junior Trevisan explica que a empresa mudou a sede de lugar porque o espaço anterior estava ficando pequeno. “Além disso, nós utilizamos resíduos agrícolas e o cheiro é forte, por isso, em uma área rural mais distante incomodamos menos”, pensa Junior. A Incofap começou simples. Orlando Trevisan, o pai, conta que trabalhava no setor agrícola até que Incofap nos dias de hoje percebeu que os resíduos das aves poderiam ter um destino melhor, por isso montou a empresa. “No começo era muito mais difícil, na fábrica era puro sebo no chão”, lembra ele. Hoje a empresa é limpa, cumpre todos os pré-requisitos de qualidade e é totalmente equipada. São 170 funcionários, porém, muitos comandam máquinas. “Nossa tecnologia é europeia. Temos capacidade para Trabalhadores ensacando a farinha de pena, que é enviada para diversas indústrias de ração e cosméticos vender farinha para todo o país, inclusive para as empresas de ração mais exigentes, que trabalham com material de primeira linha, tipo exportação”, acrescenta Junior. Aliás, o mercado externo também é um horizonte a ser alcançado pela empresa. “Ainda não temos volume de exportação, mas com o crescimento da empresa isso deve ser natural”, diz ele. Empresa utiliza tecnologia europeia kappa magazine 17 História Das fábricas de cama à alta tecnologia Setor industrial da cidade sempre foi muito diversificado, desde seu início. O futuro do setor deverá ser as empresas de base tecnológica Tapetes São Carlos Por Eloiza Strachicini Fotos João Moura U m fator que contribuiu para o processo de industrialização de São Carlos foi a cultura cafeeira. A presença dos imigrantes que substituíram os escravos na mão de obra, a estrada de ferro que escoava a produção e o próprio capital gerado nessa produção agrícola fizeram surgir indústrias como Narvaes e Cia (1898), que fabricava peneiras, arames, rastelos e outros, e Facchina e Giometti, fabricante de adubos orgânicos. O livro comemorativo dos 60 anos da Ciesp, Indústria e o Desenvolvimento de São Carlos, destaca que a partir de 1920 surgiram estabelecimentos de pequeno e médio porte, como serrarias e cerca de dez fábricas de camas, incluindo as empresas Cassinelli, Zopelari, Saia e Favoretto. A Fábrica de Tecidos Magdalena, mais tarde in1 8 kappa magazine Faber Castell corporada à Companhia Fiação e Tecidos São Carlos, foi a primeira indústria de porte. O empresário Germano Fehr também ganhou destaque na área de tecelagem, assim como a Toalhas e a Tapetes São Carlos, que levam o nome da cidade ao Brasil e exterior. Surgiram ainda pequenas indústrias de vestuário e alfaiatarias, levando à fundação da Associação Beneficente dos Alfaiates de São Carlos (ABASC), em 1939. Nas décadas de 30 e 40, a indústria se consolidou como principal atividade econômica e surgiram outras no setor metalúrgico como Ricetti, Prominas e Diamantul. Algumas foram transferidas para a cidade, como a metalúrgica Ciarrochi e o curtume Hugo Dornfeld. A posição geográfica de São Carlos também atraiu capital estrangeiro. Em 1930, a Johann Faber comprou ações de uma fábrica de lápis local e instalou um parque industrial na cidade. Além de produzir lápis, lapiseiras, grafite e canetas tinteiro, foi construído um prédio para fabricação de canetas esferográficas. Hoje a empresa tem cerca de 2 mil funcionários e enveredou para o ramo cosmético, produzindo sua própria linha de maquiagem e fornecendo material para outras empresas do ramo. CLÍMAX E CBT - A grande virada na indústria local aconteceu na década de 50, segundo Sérgio Pepino, diretor plenário do Ciesp São Carlos, com a vinda da família Pereira Lopes. A pequena indústria que fabricava balcões frigoríficos e motores comprou uma empresa americana chamada Champion, que fabricava compressores selados, principal componente da geladeira. Em 1955, a Pereira Lopes assumiu a liderança de mercado com a produção de refrigeradores da marca Clímax e tornou-se a primeira indústria em São Carlos a fabricar produtos em série, chegando a fabricar mais de mil geladeiras por dia. Com a família, a cidade ganhou outro ícone: a CBT (Companhia Brasileira de Tratores), maior fabricante de tratores do Brasil. As duas empresas eram as maiores empregadoras da ci- empresas produtoras de sucos. A soja e a cana-de-açúcar também tiveram expansão, mas o café continuou significativo até 1960, apesar da baixa produtividade. A produção leiteira cresceu vertiginosamente, transformando a cidade em uma das maiores bacias leiteiras do Estado na década de 70. Nas décadas de 30 e 40 surgiram diversas empresas em São Carlos, que consolidaram o setor industrial como principal atividade econômica do município Sicom dade. A família também criou a MPL em Ibaté, Peloplás e a antiga Sicom S/A, hoje Tecumseh do Brasil, que emprega 3.159 funcionários, possui 35 estagiários e gera 290 vagas para terceirizados, sendo hoje a maior empregadora da cidade. Com essas empresas, montou toda a cadeia produtiva necessária e forçou o surgimento de empresas de usinagem e divisórias de vidro, por exemplo, que deram pujança ao setor industrial. “Nessa época também surgiu o Senai, para suprir mão de obra especializada, assim como a Escola Industrial Paulino Botelho”, destaca. A agroindústria se desenvolveu a partir dos anos 50, através de estímulos governamentais à exportação. O município ampliou sua área de plantio de laranja, atraindo importantes Ubiraci Moreno Pires Corrêa, diretor regional do Ciesp São Carlos, conta que a influência política do então deputado federal Ernesto Pereira Lopes ajudou a trazer a Escola de Engenharia, ligada à Universidade de São Paulo, em 1953. Em 1969, foram criados os cursos de Engenharia de Materiais e Licenciatura em Ciências, ligados à Universidade Federal de São Carlos e, graças ao perfil industrial, também foi instalado o curso de Engenharia de Produção. Sérgio Pepino: a grande virada na indústria são-carlense aconteceu nos anos 50 kappa magazine 19 História DIVERSIDADE - Hoje a indústria local é muito diversificada: cosméticos, química, tinta, metalúrgica, fundição, máquinas e equipamentos, plástico, automobilismo, dentre outras. Muitas surgiram das demandas de outras indústrias ou por influência das duas universidades públicas e duas unidades da Embrapa, ligadas à pesquisa. O setor têxtil ainda é forte na cidade, com cerca de 45 empresas, segundo levantamento feito há cerca de oito anos. Segundo Ubiraci, o lado ruim dessa diversidade é a falta de mão de obra qualificada e o lado bom é que quando um setor industrial entra em crise o outro se sustenta, equilibrando a economia. Cidades apoiadas em apenas um setor, como Franca no ramo calçadista, entram em colapso quando ocorrem crises. “Em São Carlos isso não aconte- 2 0 kappa magazine ce. Essa foi uma das razões desse crescimento industrial, apoiado nas universidades”, destaca. E graças às universidades, São Carlos ganhou novo perfil: indústrias de alta tecnologia. Muitas ainda estão incubadas e outras nasceram nas universidades e ganharam vida própria, como Opto, Equitron e MM Optics. Segundo a Prefeitura, são aproximadamente 200 indústrias de base tecnológica. Tanto Ubiraci quanto Sérgio concordam que o futuro de São Carlos está ligado a esse setor e lembram que muitas empresas usam da tecnologia em seu parque fabril ou produtos, mas não são consideradas da área. “A nanotecnologia, por exemplo, está presente no ramo têxtil, de tintas e de cosméticos”, salienta Sérgio. Para Ubiraci, quando se fala em Ubiraci: variedade da indústria contribuiu para o crescimento da cidade tecnologia, só nos lembramos de computador, celular e TV de plasma, mas ela está presente em tudo, na chamada tecnologia comercial. “Numa máquina mecânica está agregada a tecnologia repassada ao produto. A indústria gera tecnologia”. E o que teria acontecido com o setor industrial da cidade sem as universidades? O diretor do Ciesp responde. “É quase certo que não teríamos esse perfil industrial forte nem o destaque nacional que temos. A indústria e a tecnologia caminham juntas”, finaliza. Sustentabilidade Empresa ecologicamente responsável São Carlos S/A Indústria de Papel e Embalagem desenvolve série de ações para aprimorar seu processo produtivo gastando menos recursos naturais Fotos Mauricio Motta M uito tem se falado sobre a importância da reciclagem para o planeta. O reuso de materiais, embalagens e água representam economia não só de recursos naturais, mas também para a indústria e ainda gera empregos. Dentro dessa consciência ambiental, a diretoria da São Carlos S/A Indústria de Papel e Embalagens, desde a aquisição da indústria em 1960, tem investido em novas tecnologias para aprimorar a produção de cerca de 5000 toneladas de papel por mês. A matéria-prima utilizada é o papel e papelão encaminhados para a reciclagem descartados em São Carlos e outras localidades, que teriam como destino o lixo, e não a celulose como muitos podem pensar. Na indústria trabalham cerca de 500 funcionários e estima-se que mais de 1.500 pessoas trabalhem indiretamente, coletando esse material usado no processo industrial. Conforme dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) de 2006, para a produção de 1 tonelada de papel, feito de fibras de vegetais, gastam-se quase 100 mil litros de água tratada, grande quantidade de energia e muitas árvores são cortadas. A indústria recicladora de papel tem grande importância nesse processo, pois segundo cálculos da São Carlos S/A Ind. de Papel e Embalagens, reutilizando o papel já usado, a indústria gasta 31 vezes me- nos água, poupa árvores, o consumo de energia é reduzido à metade e menos produtos químicos são usados. Além disso, a quantidade de lixo coletada nas cidades diminui e a vida útil dos aterros sanitários aumenta. A máxima de que se cada um fizer a sua parte vai contribuir para um futuro melhor é realidade na indústria de São Carlos. A empresa desenvolve várias ações para preservar o meio ambiente, utilizando combustível alternativo para geração de vapor em caldeiras, dando destinação correta aos resíduos sólidos e fazendo o reuso da água utilizada na produção. Além disso, a indústria conta com uma ampla área verde e já foram plantadas mais de 300 mudas de árvores frutíferas dentro do parque fabril. 21 Resistência Diretoria da Giometti: Pedro Alfredo, Mário e Nelson Miguel Maffei A Os irmãos Fusi: Eduardo Francisco, Edson e Edsel, produzindo a milenar corrente com modernidade Fazendo história Exceções no cenário industrial, empresas ultrapassam meio século de atividades em São Carlos Por Vanessa Gurian Fotos Maurício Motta 2 2 kappa magazine atual diretoria da S.A. Indústrias Giometti recebeu a reportagem da kappa em um dia especial, no qual um dos três irmãos que a compõe completava 86 anos de idade. Era aniversário do engenheiro Mário Maffei, que foi prefeito de São Carlos de 1973 a 1976, e após deixar a política passou a se dedicar ao negócio da família, junto com o irmão mais velho Pedro Alfredo Maffei e do mais novo Nelson Miguel Maffei. Uma “diretoria octogenária”, como denominou Pedro. A indústria é a mais antiga em atividade em São Carlos, fundada em1898, por Miguel Giometti. Em 1914, a empresa passou por mudanças em sua composição inicial, que envolveu as famílias Facchina, Giometti, Maffei e Picchi. Porém, ainda guarda muitas das características de sua origem, começando pelo prédio, com cerca de seis mil m2, localizado em pleno centro da cidade e a manutenção do mesmo processo de produção de pregos e peneiras, hoje vendidas para a agricultura cafeeira de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Segundo Mário, mesmo a agricultura aumentando o número de máquinas nos campos, são poucas as indústrias que produzem esse produto, o que garante a procura. Além disso, a tradição e o comprometimento com seus 40 funcionários continuam movendo a indústria. Algo realmente emocionante é ver as máquinas cinquentonas em ação. “As pessoas pensam que a realidade sempre foi como hoje, mas isso é recente. Em mais da metade de nossa história como indústria, nada era assim”, diz Mário. ções e estudos, um decreto do Ministro da Fazenda do governo Getúlio Vargas desvalorizou em 18% a moeda brasileira. “Em um só dia foi posto por terra todo nosso trabalho. Resolvemos, então, continuar no mesmo local. E aqui ainda estamos”, diz. TENTATIVA – O que poucos sabem é que toda essa história quase foi extinta. No início da década de 70, a Giometti sentiu a necessidade de sair do centro da cidade para poder expandir. Foi realizado um grande plano para sua transferência e modernização, em área de 146 equitares. “Contratamos uma firma alemã para a aquisição de um sistema completo de trefilação e galvanização de arames, que não existia no Brasil”, conta Mário. Porém, após seis meses de negocia- ELO FORTE - Cortando, dobrando e unindo os elos de uma corrente manualmente, um a um, Eduardo Fusi começou sua pequena indústria em 1949, em um barracão, com entrada pela rua Conde do Pinhal, com fundo para onde hoje está a avenida Comendador Alfredo Maffei. Atualmente, também sob a direção de seus três filhos, Eduardo Francisco, Edson e Edsel Fusi, e já contando com o trabalho de alguns membros da terceira geração, a Correntes Eduardo Fusi kappa magazine 23 Resistência Giometti: no início da década de 70, no auge de seu desenvolvimento, a indústria tinha projeto de mudanças Ltda. expandiu seu espaço em 200% desde a iniciativa do patriarca. O que possibilitou a manutenção da indústria nestas mais de seis décadas foi a constante busca pela automação tecnológica dos processos internos. “Nossa capacidade de produção aumentou 12 vezes, com menos da metade do número de funcionários”, diz. Para cada etapa de produção, são estudados e criados, dentro da própria empresa, dispositivos para melhorar o processo. Ainda que o produto final seja sempre o mesmo - a conhecida e milenar corrente - para Eduardo Francisco a indústria ganhou ares modernos, com elementos menos nocivos e continua buscando soluções. “Tecnologia é uma constante em nossa indústria. É a lei da sobrevivência”, diz. Além disso, segundo ele, a união familiar e o comprometimento de todos também são diferenciais para o sucesso e a permanência da indústria. 2 4 kappa magazine Por mais tempo Talvez seja da Giometti o funcionário que mais tempo trabalhou em uma única empresa. Carlos Luporini, hoje falecido, começou como ajudante aos 13 anos e trabalhou por 76. O menino cresceu, estudou e fez carreira na área de contabilidade da indústria. Pedro Alfredo, saudoso, indica a mesa onde o funcionário trabalhou nos últimos 40 anos de sua vida e acrescenta. “Nossos funcionários são nossos irmãos”. Entre os empregados atuais, 21 já são aposentados. O mais antigo, Aristides Sierra, tem 59 anos de empresa e, na área administrativa, Geraldo Schiavone tem 54 anos de Giometti. kappa magazine 25 Vocação Expertise em qualificação de mão de obra Alunas do curso de mecatrônica manipulam projetor de perfil no laboratório de Metrologia Senai evoluiu com a indústria, se dividindo entre cursos para iniciantes ou de reciclagem e criando novas demandas de acordo com o desenvolvimento local Por Eloiza Strachicini Fotos Mauricio Motta A Escola Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) “Antônio Adolpho Lobbe” nasceu em São Carlos em 1951, apenas dois anos depois da criação do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Mais de 60 anos depois, desempenha a mesma função: qualificar mão de obra para a indústria. Porém, agora atende também regionalmente desde Dourado até Santa Rita do Passa Quatro e, em parceria com prefeituras, criou o Centro de Treinamento para cursos em Porto Ferreira, Descalvado e Dourado. Na sua origem, o Senai tem perfil voltado para o setor de metal mecânica, explica Carlos Eduardo Carniatto, coordenador de atividades pedagógicas do Senai São Carlos, e os primeiros cursos oferecidos foram: mecânico de ajustagem, torneiro mecânico, mar2 6 kappa magazine ceneiro e carpinteiro. A escola possuía cerca de 20 alunos e novos cursos foram sendo agregados à grade, como mecânica automobilística e elétrica em 1962, graças à solidificação da indústria e suas recentes demandas. Os cursos de aprendizagem industrial, regidos pela legislação trabalhista e com duração de dois anos, são os mais antigos e ainda têm procura: mecânico de usinagem, mecânico automobilístico, eletricista de manutenção e ferramenteiro. E as demandas do processo produtivo é que determinam quais cursos entram ou saem da grade. A partir de 2002, a escola passou a oferecer cursos técnicos de 2 anos em desenho de projetos e mecatrônica, hoje o mais procurado, inclusive por mulheres. Por outro lado, o curso de marcenaria foi extinto por pouca procura. “Assim como as indústrias nascem e morrem, vamos nos adaptando às necessidades do mercado. Hora as mudanças são lentas, hora mais aceleradas, para acompanhar o desenvolvimento”, completa. Ainda como parte dessa evolução, em 2009 passou a oferecer o curso superior de Tecnólogo em Fabricação Mecânica, que não é gratuito. O Senai, procurado pelas empresas, criou cursos de formação continuada específicos para essas demandas, com treinamento in company e cursos rápidos de 160 horas, em parceria com os governos estaduais e federal. Hoje, se somados todos os cursos oferecidos na instituição, são contabilizados cerca de 2.700 alunos. “Nos últimos 10 anos houve uma transição na nossa metodologia e hoje a preocupação é formar competências e não só trabalhar conteúdos”, salienta. RECICLAGEM – No passado, quem escolhia a profissão de torneiro mecânico, possivelmente trabalharia nesse ramo a vida toda e se aposentaria nele. Essa realidade mudou e juntamente com alunos iniciantes, em busca de uma profissão e, consequentemente, do primeiro emprego, muitos profissionais com anos de experiência procuram o Senai como forma de especialização, atualização ou em busca de uma guinada profissional. Todos os cursos oferecidos são estruturados para oferecer essa opção de mudar de profissão. E existem ramos nos quais o emprego no final do curso é quase garantido, como mecânico de automobilismo e manutenção de aeronaves. O coordenador conta que a primeira turma de Manutenção foi aberta à comunidade em 2006, em parceria com a TAM, formando no ano seguinte 31 alunos, que foram quase em sua totalidade aproveitados no quadro de profissionais. Nesse ano, graças à demanda localizada e aos esforços políticos locais, duas novas turmas deverão se formar. “Se a fusão da TAM com a empresa chilena Lan se confirmar, a demanda da cidade irá aumentar ainda mais. O Senai sempre viu com bons olhos a parceria com empresas e indústrias. E todos saem ganhando, inclusive a economia local”, destaca. FUTURO – Para acompanhar a dinâmica da indústria, o Senai está sempre de olho no futuro. O mercado da construção civil está extremamente aquecido, especialmente na cidade, e o setor de automação está em ascensão, particularmente na parte elétrica, oferecendo um conjunto de recursos para otimizar funcionalidade, conforto e segurança em apenas um clique ou toque. Já está em fase de montagem o novo laboratório da escola, de automação predial, de olho justamente nesse segmento. Carlos Carniatto: preocupação do Senai é formar competências e não só trabalhar conteúdos A escola também dispõe de um novo equipamento chamado impressão tridimensional, que realizará prototipagem rápida em três dimensões, setor que também tem mostrado que chegou para ficar. A intenção também é oferecer um curso de aperfeiçoamento no setor aeronáutico. “O curso técnico de desenho de projetos não permanecerá na grade de cursos. Ele poderá dar lugar ao de mecânica ou fabricação mecânica”, completa. kappa magazine 27 Equipe da Cooperdex Entregas Rápidas conta com 23 cooperados e um funcionário Cooperativa Entrega de confiança Fotos João Moura e Maurício Motta H á quatro anos, quando sete profissionais da área de entrega rápida se reuniram e criaram a Cooperdex não imaginavam a credibilidade que a cooperativa conquistaria em pouco tempo. Em novo endereço desde janeiro e com nova diretoria, a Cooperdex hoje conta com 23 cooperados e um funcionário. Segundo o presidente Carlos Henrique Sampaio Oliveira, somente no último ano a cooperativa duplicou sua carteira de clientes. “Nossa maior propaganda é a satisfação dos próprios clientes”, diz. Clientes fortes e fiéis como a Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), Tim Calçados, Eduardo´s Brinquedos e Presentes e Uniodonto. TRANSPARÊNCIA - Para ele, o diferencial está na política de transparência aplicada em todo processo 2 8 kappa magazine da Cooperdex, a partir do qual o cliente pode acompanhar sua entrega se precisar ou quiser. Foi o que comprovou a revista kappa, quando a cooperativa realizou a entrega dos 80 mil exemplares de sua edição especial de aniversário, no ano passado. Além de revistas, boletos, impressos, serviços delivery de tintas e papelaria também são produtos entregues, sempre com preço justo. “Também atendemos algumas empresas por 24 horas, em sistema de plantão”, acrescenta. FUTURO – A cooperativa abrange cerca de 500 mil habitantes com entregas em toda São Carlos, Ibaté, Descalvado, Ribeirão Bonito, Dourado, Itirapina, Analândia, Água Vermelha e Santa Eudóxia. E seu crescimento não deve parar, assim como o número de cooperados. “Estamos nos estruturando para atender cada vez melhor”, conclui o presidente. Carlos Henrique Sampaio Oliveira: no último ano a cooperativa duplicou sua carteira de clientes Serviço Cooperdex Entregas Rápidas Rua São Paulo, 1184 Fone: 3415-5134 www.coorperdex.com.br cooperdex_entrega@hotmail.com Informe Publicitário Cooperdex, em novo endereço e com nova diretoria, é hoje a empresa de entrega rápida que mais cresce na cidade kappa magazine 29 Conhecer para investir e crescer Foto: Acervo kappa Tecnologia Programa pretende mapear as indústrias de base tecnológica na cidade, oferecer parcerias e atrair investidores para o setor Por Ana Paula Santos Foto João Moura E ntre os maiores diferenciais de São Carlos está o empreendedorismo tecnológico. Além das universidades e centros de pesquisa, outros equipamentos, como incubadoras, agências de inovação e parques tecnológicos têm ou tiveram participação na criação das cerca de 3 0 kappa magazine 250 empresas instaladas na cidade. Conhecimento que gera produtos e serviços. Na intenção de mapear essa realidade e conseguir investimentos, está em fase de finalização o Programa de Fortalecimento das Empresas de Base Tecnológica de São Carlos, uma iniciativa da prefeitura em parceria com diversas entidades. Antônio Carlos Thobias Júnior, secretário municipal de Desenvol- vimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, explica que é preciso organizar a governança local, por isso a política pública do município visa uma estruturação para o desenvolvimento de ações concretas. “O programa das EBTs terá várias etapas, o lançamento vai acontecer em breve, estamos buscando novos parceiros estratégicos”. Num primeiro momento, os empresários deverão se cadastrar e, numa segunda fase, será feito o diagnóstico empresarial. Diante do mapeamento será possível oferecer alternativas, consultorias e qualificação que vão facilitar a comercialização dos produtos e serviços. “Reter, atrair e desenvolver a atividade econômica, essas são as estratégias fundamentais”, garante Thobias, que informa sobre a realização de uma feira que vai apresentar aos são-carlenses alguns produtos desenvolvidos na cidade. O evento acontece entre os dias 24 e 26 de agosto, no Shopping Iguatemi. “É preciso olhar o hoje para projetar onde queremos chegar, nos tornando mais competitivos. São Carlos tem uma visibilidade inter- Pedro Siena, da Siena Idea, empresa de base tecnológica que tem sedes em São Carlos e Campinas nacional incontestável, mas precisamos disponibilizar essas informações para os futuros investidores”. PORTAL - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é uma das parceiras no desenvolvimento do programa. Segundo o professor Roberto Ferrari, que coordena o projeto na UFSCar, é importante que a cidade conheça as tecnologias de- senvolvidas aqui. “Este é o objetivo do portal: mostrar ao mundo as tecnologias produzidas em São Carlos”. Toda pessoa interessada poderá consultar o conteúdo, que deve ser divulgado também através de outras mídias. “Além do site, queremos lançar um catálogo para divulgar tudo que é desenvolvido e produzido. É uma ação comercial”, comenta Thobias. kappa magazine 31 Tecnologia Para Pedro Siena, da empresa Siena Idea, que atua em serviços de TI, o apoio que o programa vai oferecer é relevante para o setor. “São Carlos está identificada no cenário nacional como um hub de tecnologia e inovação. Mesmo assim nossas empresas ainda carecem de apoio para se tornarem mais expressivas no mercado”. A Siena Idea oferece consultoria, desenvolvimento de softwares e projetos de infraestrutura e pretende estar no catálogo de apresentação da cidade. “Queremos oferecer nossos recursos e tornar este portal um ponto de partida. Acredito que uma boa execução e a continuidade dessa iniciativa é que devem garantir os benefícios para as empresas no longo prazo”, conclui o empresário. FUNDOS – Algumas empresas já mantêm ações de comercialização internacional, mas muitas precisam de apoio e incentivo. Seguindo essa linha de raciocínio, mais uma vez o município se destaca pelo pioneirismo. São Carlos é a primeira cidade do país a buscar parceria com a Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), que conta com a participação de 180 fundos, na intenção de criar um ambiente favorável para a vinda de investidores. “Nosso modelo cultural de capital são os financiamentos, mas existe outra maneira, os investimentos, e é isso que queremos apresentar para os empresários são-carlenses”. No capital inteligente o investidor injeta recursos e traz também conhe3 2 kappa magazine Thobias: “São Carlos tem uma visibilidade internacional incontestável. Precisamos disponibilizar essas informações para os futuros investidores.” cimento de mercado. De acordo com Thobias, o Brasil respondeu por 18% de todo o volume captado por fundos de Private Equity em emergentes no ano passado e foi o segundo principal destino dos recursos captados pelos fundos no primeiro semestre de 2011 – atrás apenas da China. Ainda este ano a ABVCAP, junto com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vai trazer para São Carlos um curso para apresentação dos investimentos. “O setor de fundos de investimentos tem uma linguagem própria e queremos conhecer para atrair olhares mais atenciosos. Temos certeza que bons negócios e boas oportunidades vão surgir”, conclui. kappa magazine 33 Conhecimento Lições de gestão As principais universidades públicas da cidade garantem, além de elementos técnicos, base para gestão de indústrias locais Por Vanessa Gurian Fotos João Moura e Maurício Motta Q Edmundo Escrivão Filho, da USP: “O valor da universidade não está só na formação do profissional, mas na ajuda para aperfeiçoamento da indústria” 3 4 kappa magazine uando, na década de 1990, surgiram em São Carlos as indústrias de base tecnológica, nos laboratórios das duas principais universidades públicas fervilhavam conhecimentos técnicos específicos. Que a tecnologia desenvolvida nas universidades ultrapassa a academia e chega à prática industrial, parece já ser uma realidade consolidada. Porém, outra contribuição igualmente importante tem se figurado no atual cenário industrial da cidade, na área de gestão. Segundo o professor Edmundo Escrivão Filho, do grupo de estudos organizacionais da pequena empresa da Engenharia de Produção da USP, não adianta a indústria ter um sistema tecnologicamente avançado se não consegue usufruir de todo esse potencial por falta de gestão, concepção de negócio e relação humana. “Se avançamos na tecnologia, temos também que avançar em gestão”, diz. E é com esse propósito que o grupo desenvolve e propõe soluções para pequenas indústrias. Para Edmundo, a cidade está acima da média em relação às condições favoráveis que Na ponta do lápis Um dos trabalhos mais recentes desenvolvido por um dos grupos do departamento de engenharia de produção da UFSCar, coordenado pelo professor Camaroto, foi relacionado à mudança e adaptação do setor da empresa Faber-Castell, da unidade da rua 1º de Maio para a unidade Cedrinho. O professor explica que em quatro anos de trabalho, além da transferência física, o grupo ajudou a criar uma nova unidade de produção e a reorganizar a Faber-Castell: grupo da UFSCar trabalhou para a transferência física e implantação de novos modelos de gestão da indústria oferece para a indústria, por meio de entidades de apoio como o ParqTec, o Sebrae, Senai e Senac, além das próprias universidades. RECIPROCIDADE – Enquanto a indústria se organiza a partir do conhecimento desenvolvido na universidade, a academia também usufrui dessa relação. Seja garantindo recursos materiais, financeiros e humanos, na pesquisa aplicada; seja no aperfeiçoando do ensino e pesquisa, a partir de situações reais de trabalho, ou cumprindo sua missão de ajudar no desenvolvimento social da comunidade. Segundo o professor João Alberto Camarotto, do departamento de engenharia de produção da UFSCar, na medida em que a universidade contribui para o desenvolvimento de produtos e processos das empresas, aumenta a capacidade de competição das mesmas e, consequentemente, o social a partir do econômico. “A engenharia de produção gerencia os recursos necessários para a realização da produção. Ela faz a ponte entre a tecnologia e o trabalho”, explica. OUTRA REALIDADE – Mas nem sempre essa relação entre universidade e indústria foi tão bem-vinda para ambos. Para Camaroto, a indústria via a universidade como um conjunto de pessoas que viviam no abstrato e, portanto, não entendia a realidade prática. “Isso vem mudando na última década e tende a crescer, principalmente em São Carlos. Várias empresas já nasceram a partir de pesquisas e de pesquisadores das universidades e temos potencial para fazer muito mais”, conta. Outra dificuldade de aproximação, em relação à pequena indústria, fábrica, aplicando novos modelos de gestão, mais atuais. O grupo, envolvendo professores, alunos de doutorado, mestrado e graduação, trabalhou dentro da indústria e propôs, principalmente, melhorias no fluxo do processo, diminuindo o tempo entre a entrada de material e a saída do produto final; formação de grupos de trabalho polivalentes e a introdução da tecnologia da informação, o que possibilitou saber o que está acontecendo em tempo real dentro da produção da Faber-Castell. está na inadequação de se aplicar teorias de gestão moldadas a partir de grandes empresas. Para o professor Edmundo, as teorias administrativas criadas em grandes empresas, com milhões de funcionários, são impraticáveis em empresas pequenas e o papel da universidade está em trabalhar essa outra realidade específica e dar condições, também, para o pequeno empreender. Professor da UFSCar, João Alberto Camarotto: universidade como facilitadora para novos modelos de gestão dentro das indústrias kappa magazine 35 consultoria Por uma mordida menor Borim & Associados presta atendimento tributário para empresas, com excelência e garantia de resultados H oje, 99% das empresas não conhecem, exatamente, quais são seus direitos e deveres tributários. A mordida do leão, muitas vezes, leva a empresa a ficar no vermelho ou a criar débitos municipais, estaduais e federais. O que poucos empresários sabem, por falta de orientação especializada, é que a questão tributária pode até contribuir com a lucratividade do negócio. “Existem meios legais para se diminuir a carga tributária Borim & Associados Consultoria Tributária Ltda., no centro de Descalvado: atendendo a empresas de todo o estado e sanar dívidas”. É o que afirma o consultor Luiz Gonzaga Borim, da Borim & Associados Consultoria Tributária Ltda. RESULTADO - Há quase duas décadas na área e há 11 anos instalada, estrategicamente, em Descalvado, cidade a 34 km de São Carlos, a Borim & Associados é uma das poucas do interior a oferecer consultoria tributária para empresas de todos os portes, além de atender pessoas físicas. Segundo Roberto Rocha Villani, também consultor, o diferencial da Borim é atuar com uma política de resultado. “Nosso cliente tem a possibilidade de ganhos reais. Primeiro, esgotamos todas as possibilidades administrativas, para um resultado mais rápido. O judicial, geralmente mais demorado, fica como último recurso”, explica. CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA - Para o sócio e advogado tributarista Luiz Roberto Villani Borim, a área exige conhecimento específico e credibilidade. “Há em São Carlos 3 6 kappa magazine muitas empresas de diferentes segmentos”. A proposta é desenvolver um planejamento dentro do perfil de cada empresa e propor um projeto preventivo e contínuo para diminuir o pagamento de tributos ou para resolver débitos pendentes, sem a necessidade de reduzir sua capacidade operacional. A Borim & Associados foi criada em Santos, onde ainda atua atendendo clientes fiéis e novas empresas. Clareza, responsabilidade e honestidade garantem a manutenção e crescimento do negócio, que ainda conta com a harmonia familiar de seus sócios, que são pai, filho e cunhado. Serviço Borim & Associados Consultoria Tributária Ltda. Rua Paula Carvalho, 653, Descalvado Telefone: (19) 3583-3302 luizborim@uol.com.br Informe Publicitário Foto Mauricio Motta Roberto Rocha Villani, Luiz Gonzaga Borim e Luiz Roberto Villani Borim: estratégias com soluções VOCÊ CUIDA DA MARCA DA SUA INDÚSTRIA TÃO BEM ASSIM? Garanta a integridade da sua marca em todos os materiais de comunicação e pontos de contato com clientes, fornecedores, parceiros e funcionários. Tratamos da sua marca com o mesmo empenho, conhecimento e responsabilidade com que sua indústria desenvolve projetos e produtos. Conheça a Dosualdo/Colucci. boletim para funcionários | folders e manuais técnicos | web | redes sociais | identidade corporativa | entre em contato (16) 3116-1989 www.dosualdocolucci.com.br | são carlos/sp kappa magazine 37 3 8 kappa magazine kappa magazine 39 varal Blusa manga longa Rockstter (16) 3416-0910 Rua Episcopal, 1963 Mara Bolsas Coleção Outono/Inverno 2012 (16) 3375-5940 Rua Allan Kardec, 626 Jaquetas em couro ecológico Staroga (16) 3371-0550 Rua Episcopal, 2221 Madame Chic 3364-5725 e 3372-3748 5 parcelas Madame Chic e Domínio Bennes Vila Griffe Ferracini Staroga também no Facebook Cristina Dias (16) 3201-2129 Rua São Joaquim, 1237 Bota em couro, linha conforto Bota em couro, linha conforto Sapato área de saúde, linha conforto 4 0 kappa magazine Walter Fukuhara Aspas O estilo nosso de cada dia “Dinheiro ajuda a tomar café na cama. Estilo ajuda a descer uma escada.” Diana Vreeland Seria cômico se não fosse trágico S eria bom se não fosse falso. Seria interessante se não fosse cópia. Parece, mas não é. No filme O diabo veste Prada há um diálogo entre a poderosa Miranda e sua assistente Andrea que traduz a diferença entre o valor de uma peça original e o de uma cópia: “...mas o que você não sabe é que essa blusa que está usando não é apenas azul. Nem turquesa, nem cor do céu. Na verdade é azul celeste. E também não sabe que em 2002 Oscar de la Renta fez uma coleção de roupas de cor azul celeste. Depois esta cor apareceu em coleções de oito estilistas diferentes. Depois disso, chegou às lojas de departamento, e acabou em alguma lojinha de esquina, onde você, sem dúvida, comprou sem nenhuma nota fiscal. De qualquer forma, esse azul representa milhões de dólares e trabalhos incontáveis...”. Ok, ninguém precisa usar um azul de la Renta original. O que quero mostrar aqui é o quanto é investido na criação, no desenvolvimento, na procura do melhor caimento, da harmonia das cores, e que nada do que está nas vitrines caiu do céu, mas sim através de muita Fotos: divulgação Meryl Streep no papel de Miranda, em O diabo veste Prada pesquisa e trabalho – e dinheiro – de pessoas comprometidas com a moda, com a economia e com a sociedade. Inspirar pode, copiar não! Ao se contentar com peças de procedência duvidosa, além de incentivar a mão de obra barata você desvaloriza o próprio corpo e compromete a sua imagem. Fazer academia, drenagens e afins e depois usar uma calça mal cortada, sinceramente, é colocar tudo a perder. Gastar horrores com cremes, maquiagens, cabeleireiro e depois colocar um vestido com acabamento “pobre” é nivelar tudo por baixo. E as tais blusinhas baratinhas, então, aí é para morrer. Sempre defendi a ideia (desde a minha juventude, quando estava longe de ser a dona da Equilíbrio) que é melhor ter uma peça boa no armário do que dez “meia-boca”. É melhor usar a mesma (boa) em diversas combinações, a usar uma “blusinha” por dia que não te valoriza. Reza o ditado que se você tem cara de rica pode usar qualquer coisa que ninguém vai perceber. Ledo engano. Parece, mas não é! Isso é pensar pequeno. É não ter a devida noção do quanto a imagem pessoal mostra os teus valores, mostra quem você é. Como diz a Cris Guerra, “já parou pra pensar que você é sua própria estilista? Que ao acordar você se prepara para um desfile diário, voluntário ou não, e ao se vestir faz suas escolhas?” Eu já. Todos os dias! ponto de equilíbrio “As vitrines estão lotadas de peças de couro fake, tem algumas bem interessantes e todas as marcas bacanas fizeram. Só não pode confundir com as de couro verdadeiro que chegam a custar dez vezes mais. Vale quanto pesa”. *Ana Escrivão fica atenta a todas as tendências e percebe qual fica melhor para o momento e para a mulher. Fale com ela: ana@equilibriomoda.com.br kappa magazine 41 Informe por Ana Escrivão* 4 2 kappa magazine kappa magazine 43 moda Mara Marim: “programei as compras em outubro, mas a bota vermelha já está no fim” Botas: conforto e beleza Daniela usa modelo com cadarço, mas reforça que os modelos ankle boots estão entre os preferidos pelas brasileiras Imprescindíveis, elas são a sensação da estação e chegam em novas cores e texturas Por Ana Paula Santos Fotos João Moura O frio ainda não alcançou força total, mas pelas ruas já é possível encontrar peças fundamentais do outono-inverno no guarda-roupa de qualquer mulher: as botas. Elas estão presentes todos os anos e nunca saem de moda, pois são vedetes da estação e trazem mais elegância para o look feminino. “Os modelos conhecidos como ankle boots estão entre a preferência nacional. Tudo porque permitem o uso em dias mais frios e também sem meias nos dias mais quentes”, explica Daniela 4 4 kappa magazine dos Santos Chinaglia, da Bolsas & Cia. Daniela afirma que, além do retorno das botas de canos mais longos, as texturas nos couros, camurças, pelos e estamparias também são novidade. “Este ano até brilho poderá ser encontrado nas botas. Mas para usar cano alto é preciso ter cuidado. A mulher deve medir no mínimo 1,70 m de altura”, aconselha. A coleção 2012 traz o conforto em diferentes moldes: montarias, anabelas e coturnos. Nas cores vermelho, pistache, cinza e off white. Para as mulheres menos ousadas, as cores tradicionais: preto, tons terrosos, marrons e caramelos continuam valendo. Montaria As botas montaria têm cano alto, salto baixinho e frente arredondada. Rendem diversas combinações, com calças, vestidos, saias, bermudas e até shorts. Mara Marim da Mara Bolsas se surpreendeu com a procura. “O frio nem começou e alguns modelos e cores já acabaram. Programei as compras em outubro do ano passado, mas a bota vermelha, por exemplo, já está no fim”. Preocupadas em atender a todos os biotipos femininos, as fábricas oferecem até modelos especiais para quem tem panturrilha mais grossa. Mas, de acordo com a comerciante, o cadarço vai ser a sensação da estação. “Seja em botas de cano longo ou mais curto, esse é o diferencial, a novidade, a tendência”, garante. Cano longo ou cuissardes As botas de cano longo costumam cobrir o joelho e podem chegar à metade da coxa. Ficam bem se usadas com vestidos e saias, pois têm um apelo sensual muito maior do que as demais. Dicas que podem ajudar a compor seu look Coturnos Podem ser usados com uma infinidade de combinações. Desde o clássico jeans sequinho aos vestidos mais delicados. É uma peça interessante para quem quer criar bons contrastes na produção. Cano curto ou ankle boots As botas de cano curto já conquistaram um espaço importante. Os estilos e materiais variam, mas o modelo promete ser um dos mais usados para acompanhar saias na altura do joelho e calças cropped. Country O estilo é democrático, mas para aderir ao modelo, mulheres mais baixinhas precisam ter as pernas finas. Vestidos, saias e calças podem acompanhar. kappa magazine 45 investimento Apartamento decorado pode ser visto no tour virtual 360º Grupo espanhol lança residencial em São Carlos Jardim de Sevilha é o primeiro empreendimento da Promonature na cidade, tendo como foco investidores e estudantes, próximo ao Parque do Kartódromo O “boom” imobiliário pelo qual São Carlos está passando nos últimos meses tem atraído não só investidores locais, mas também espanhóis. A Promonature Empreendimentos Imobiliários, empresa que atua no ramo imobiliário na Espanha há mais de 60 anos e também nos Estados Unidos, vai investir cerca de R$ 10 milhões na construção de uma torre de 10 andares com 80 apartamentos com estacionamento e design europeu, próximo ao Parque do Kartódromo, região privilegiada na região da USP. O foco do empreendimento equipado para morar são investidores, 4 6 kappa magazine estudantes, executivos ou casais sem filhos, explica Ítalo Cardinali Filho, proprietário da Imobiliária Cardinali, que tem exclusividade nas vendas. Cada apartamento do Residencial Jardim de Sevilha terá 39 metros quadrados e um dormitório tipo estúdio. O projeto, moderno e bioclimático, prevê um eficiente controle solar, de umidade, temperatura e ventilação através de breezes e um jardim vertical com irrigação garantida por reutilização de água da chuva. “Nossa ideia é integrar o meio ambiente e a construção. Nenhum empreendimento, mesmo os de alto padrão, tem essa proposta”, completa. Todos os apartamentos possuem espaçosa varanda gourmet com churrasqueira, opções de kit’s planejados, pré-instalação de ar condicionado integrado, banheiro e cozinha decorados com pastilhas e porcelanato 60x60. Na parte térrea haverá oito salões comerciais com o intuito de atrair o setor de serviços. A ponte para a escolha de São Carlos para o investimento se deu através de Carlos Serrano e do arquiteto e professor da Universidade de Arquitetura de Madri, na Espanha, Sérgio de Miguel, sócios da Nature, empresa de apoio técnico e administrativo que estão trazendo os investidores Planta do apartamento decorado espanhóis Juan José Castro e Pelayo Cutillas, da Promonature. Pelayo explica que, após a crise em 2008 que se abateu sobre a Europa, os empresários buscavam um novo foco e viram no Brasil a chance de introduzir conceitos sustentáveis que já existem há anos na Espanha. “Foi um choque positivo ver o mercado imobiliário tão aquecido, ao contrário da Espanha. São Carlos é uma cidade promissora e dinâmica, boa para fazer negócio”, acrescenta. Juan afirma que após conhecer melhor a cidade, os sócios têm a intenção de pedir visto de permanência no Brasil, trazendo para cá a família. Eles já têm em vista mais três áreas diferentes na cidade para investimentos futuros. “São Carlos, por ser a capital da tecnologia, é perfeita para introduzir esse conceito de “cidade natural”, incorporando a natureza à cidade e proporcionando Pedro de Moraes, Juan Castro, Italinho Cardinali, Sérgio de Miguel e Pelayo Cutillas qualidade de vida”. Visite o apartamento decorado ou acesse o tour virtual 360º no site www. promonature.com.br. Financiamento de até 30 anos direto com a Caixa Econômica Federal. Plantão de vendas de segunda a sexta-feira das 9h às 20h, sábados e domingos das 9h às 18h. kappa magazine 47 SHOW ROOM por Elen Galli e Cleusa Soares* O piso que indica o caminho U Informe m piso que ajuda a direcionar as pessoas para o local onde pretendem chegar, por meio de recursos que podem ser sentidos pelos pés. Essa é a definição do piso tátil, também conhecido como podotátil, criado no Japão inicialmente para indicar o limite das plataformas em estações de trens e metrôs. Esse tipo de piso também auxilia a caminhada de deficientes visuais, crianças, idosos ou até mesmo turistas. A ideia proliferou na Europa e depois se espalhou pelo mundo, sendo que cada país ficou responsável pelas pesquisas que desenvolveram normas e manuais de aplicação do produto, segundo suas próprias características. No Brasil, os pisos táteis existem há algum tempo, mas a norma técnica NBR 9050, que regulamenta sua utilização, foi definida somente em 2004. Segundo a norma, existem dois tipos de pisos táteis. O primeiro é o Piso Direcional, mais conhecido como Guia, que tem a função de guiar a pessoa através de uma trilha. O outro tipo é o Piso Alerta, que alerta a pessoa sobre perigos e obstáculos que estejam à frente, como mobiliário urbano. Esse tipo de produto deve ter significado de fácil reconhecimento, com linguagem simbólica evidente em qualquer lugar e as cores precisam ser contrastantes com o piso original, para facilitar a visualização de pessoas com dificuldade de enxergar. Existem opções que oferecem resultado discreto e elementos táteis projetados para sinalização em pisos feitos de quase todos os tipos de material, como concreto, granito, mármore, porcelanato, cerâmica, madeira e carpete. Produzidos em Poliuretano Termo- *Elen Galli e Cleusa Soares são proprietárias da Pisoart. A loja fica na rua José Bonifácio, 1371. Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail pisoart@terra.com.br. Conheça o site: www.pisoartacabamentos.com.br. 4 8 kappa magazine Tel: (16) 3371-6500 Estação de metrô de São Paulo, onde o piso tátil é utilizado para evitar acidentes na plataforma plástico (TPU), revestidos ou não com aço inox ABNT 304 na base ou no topo, os sinalizadores táteis apresentam alta resistência ao desgaste, ao corte e à corrosão, além de serem discretos e esteticamente mais interessantes do que os tradicionais. Elementos revestidos com aço inox são discretos e esteticamente mais interessantes Os sinalizadores apresentam altíssima resistência ao desgaste, ao corte e à corrosão Fotos divulgação Mauricio Motta A sinalização tátil pode ser adaptada a praticamente qualquer tipo de piso emoção Amigos: irmãos que Deus se esqueceu de nos dar Eles não têm um laço sanguíneo, mas quem tem um amigo de verdade sabe o que é dividir tudo, inclusive alegrias e tristezas Por Eloiza Strachicini Fotos Mauricio Motta e Acervo pessoal L trote, falando que a pessoa tinha ganhado um prêmio. Hoje me arrependo disso”, diz Camila. E Carol completa: “Lembro de uma vez que queríamos brincar de torta na cara. Como não dava, fizemos farinha na cara. Arrastamos todos os móveis e começamos a guerra. Havia farinha por todo lado: na cozinha, sala, em cima do piano. Meu pai chegou e perguntou: vocês vão limpar tudo, né?”, diverte-se, ao lembrar que passaram horas limpando a casa toda. Quando Carol tirou a CNH, as meninas se libertaram e todas acabaram * Agradecimento ao Boteco Santa Teresa i uma frase de Miguel de Cervantes que dizia: “As amizades que são sólidas, ninguém consegue atrapalhar”. E muitas delas perduram a vida toda e tornam os amigos parte da família. A união das quatro amigas Camila Carolina Pires, Thaís Malagutti, Ana Carolina Trindade e Ana Luísa Zorzenon começou há mais de 20 anos na rua José Luiz Olaio, no Jardim Ricetti. As brincadeiras na rua também incluíam os meninos, com seus skates e bolas. Além das brincadeiras, o caminho até a escola também ficava mais prazeroso na companhia uma da outra. O fato de as mães Aparecida, Adelia, Sandra e Cristina serem amigas também contribuiu para as meninas se unirem, ainda mais quando a adolescência chegou. O ponto de encontro era na casa de Carol. As garotas aproveitavam que ela ficava sozinha, enquanto os pais trabalhavam, para fazer as unhas todos os dias, assistir a Zig Zig Sputnik e para aprontar. “Pegávamos números aleatórios na lista telefônica e passávamos Da esq. p/ dir.: Patrícia e Amanda, Danieli, Isabelle e Lucas e Silmara e Nicolas: amigos se tornaram família 5 0 kappa magazine Há mais de 30 anos as amigas dividem alegrias, tristezas e consultam umas às outras para tudo Amigas sempre dão um jeito de se encontrar e relembrar histórias divertidas Da esq. p/ dir: Thaís, Camila, Carol e Ana, bem diferentes na década de 90 aprendendo com ela a dirigir, em um Corcel II, apelidado de Jubileu. “Aproveitávamos o carro para roubar rosas e jogar na casa dos paqueras. Uma vez, fomos descobertas no jardim, um mico”, comenta Thaís. Elas cresceram e cada uma escolheu uma profissão, o que acabou afastando as quatro amigas: mas só fisicamente, segundo elas. Ana Luísa passou em um concurso na Procuradoria do Trabalho em Roraima (RR) e atualmente está passeando em Paris. Carol já morou em Juiz de Fora (MG) e Volta Redonda (RJ) e hoje está em Piracicaba (SP), mas sempre que pode, escapa para São Carlos. Para marcar a amizade, elas ganham presentes iguais: caneca e almofada personalizada com a foto das quatro, pijamas, porta-retratos e pulseiras. Elas até queriam fazer tatuagens idênticas, mas Thaís, por ser alérgica, impediu a empreitada. Para amenizar a saudade, as amigas fazem uma espécie de diário virtual: todos os dias, elas mandam e-mail umas às outras contando como foi o seu dia. “Quando estamos em São Carlos, sempre combinamos de tomar café, almoçar ou, pelo menos, jantar juntas”, conta Camila. E Thaís acrescenta: “Pode passar o tempo que for, mantemos o jeito de meninas e parece que nos vimos ontem”, diz. Carol resume a histókappa magazine 51 emoção ria das quatro: “a amizade é um amor que nunca morre”. GERAÇÕES – A frase “Nossos destinos foram traçados na maternidade” da música Exagerado, de Cazuza, encaixa perfeitamente no relacionamento das amigas Silmara Mônaco Mitsuyuki e Patrícia Garrido Nicola. As suas mães, que já eram amigas, se encontraram na maternidade: Silmara nasceu dia 30 de agosto e Patrícia, 1 de setembro. Aliás, a numerologia sempre sorriu para a dupla. Patrícia casou dia 19 de novembro de 1999 e Silmara no dia 18 do mesmo mês, mas um ano depois. “Só não foi na mesma data porque era ano bissexto, mas foi na mesma igreja e os maridos, por coincidência, chamam-se Marcos”, conta Patrícia. E uma terceira pessoa entra nessa amizade da vida inteira. Danieli Barros Piccolo morava próximo às amigas na Vila Prado e seus pais foram convidados no casamento dos pais de Patrícia. O trio fazia tudo junto: festa junina, jogo de bets, brincadeira dançante na garagem e participavam do grupo de jovens da Igreja Santo Antônio. “Muito antes de ter eventos esportivos, organizávamos passeios ciclísticos e íamos chamando os amigos do bairro, da escola. Rodávamos a cidade toda em muitas ruas de terra”, completa Danieli. As “amídalas”, como elas se intitulam, viveram muitas aventuras juntas. Silmara conta que namorava escondido de seu pai. Então, ela saía com Patrícia e depois se encontravam com os namorados, que tinham carro. Um dia, havia chovido e, como sabia que seu pai estaria esperando por ela na porta de casa, Patrícia precisava chegar molhada, afinal tinha saído a pé com a amiga. “Descemos do carro dois quarteirões antes e não tivemos dúvidas: 5 2 kappa magazine chacoalhamos uma árvore para chegar toda respingada”, diverte-se. Patrícia até serviu de cupido “torto” para as amigas. “Eu queria apresentar o Rogério para a Silmara. Mas acabou não dando certo e ele se casou com a Dani. Mas o Rogério tinha um amigo de infância, o Marcos, que acabou se casando com a Silmara. E continuamos formando uma família, agora junto com os maridos amigos”, explica. E uma terceira geração está formada. Os filhos Isabelle, Lucas, Amanda e Nicolas não se desgrudam, se consideram primos e chamam a todos de tio. Os amigos adultos são padrinhos de casamento uns dos outros. Patrícia prometeu, quando tinha 14 anos, que Silmara seria madrinha de sua filha e cumpriu a promessa. “Viajamos e passamos as festas de fim de ano reunidos. Temos os mesmos conceitos na criação dos filhos e nos consultamos uma às outras para tudo. É uma amizade eterna” resume Danieli. kappa magazine 53 DIVULGAÇÃO ESTRATÉGICA Tadeu Lockermann, proprietário da Datta International Mochilas personalizadas de alta performance A região de São Carlos acaba de ganhar um presente no que diz respeito a mochilas de alta performance: a Datta International. Voltadas aos canais institucional e publicitário, a novidade já é consagrada em mercados consolidados das grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “A marca Vestígio está presente nos mais diversos pontos de venda, com divulgação estratégica”, explica o empresário carioca, Tadeu Lockermann, responsável por apresentar este novo conceito a São Carlos. Segundo Lockermann, o grande diferencial de seu produto é o alto valor 5 4 kappa magazine agregado, somados a qualidade, design, conforto e sofisticação. Para obter mais informações e solicitar o serviço, os empresários podem entrar em contato com a agência de publicidade com a qual trabalham ou ainda marcar uma visita direto na Datta International, que conta com equipe especializada para elaborar ações de marketing. “Conheça nossas mochilas personalizadas, alavanque seus negócios e tenha resultados surpreendentes”, comenta Lockermann. As mochilas personalizadas da Datta Internacional, sem dúvida, darão o que falar. Saia na frente e faça a diferença. Agende uma visita. Serviço Datta International Avenida Portugal 672 - Araraquara Telefone: (16) 3357 1800 / 3357 1811 www.dattainternacional.com.br Informe Publicitário São Carlos pode contar com serviços especializados da Datta International kappa magazine 55 esporte Com a bola toda Com o filho Gustavo, Seneme mostra a lembrança da primeira partida final do Paulistão 2012, entre Santos e Guarani. Tradicionalmente, nas decisões de campeonatos, a bola fica com o juiz Wilson Luiz Seneme, único árbitro brasileiro escalado para atuar nos jogos da Copa do Mundo de 2014, se prepara para ápice da carreira Por Ana Paula Santos Fotos João Moura Q uando o assunto é o Brasil como sede da Copa de 2014, as principais discussões giram em torno dos prazos para as obras de infraestrutura, reforma e construção de estádios de futebol. Mas para Wilson Luiz Seneme, único árbitro brasileiro convocado pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) para atuar nos jogos, tudo vai correr da melhor forma possível. “A Copa do Mundo no Brasil vai ser um sucesso e, como somos sede, existe uma probabilidade grande de se incluir brasileiros na arbitragem”. Aos 42 anos de idade, o são-carlense integra uma lista de juízes que possivelmente estarão no evento, com 10 nomes pré-selecionados. “Essa lista é aberta, quem está dentro pode sair e quem está fora pode entrar. Mas se eu mantiver o trabalho que venho fazendo, não há porque me preocupar”, garante. Com 12 anos de experiência, Seneme mantém uma carreira sólida, marcada por jogos decisivos e boas performances. “Acima de tudo é preciso gostar do esporte. Quando eu era garoto, minha família morava ao lado do campo do Luizão e, antes de ser jogador, fui gandula do time”. Seneme, que atuou como jogador profissional até os 24 anos, conta que a arbitragem surgiu em sua vida como reforço no orçamento. Ele deixou de ser jogador, cursou Educação Física e começou a atuar como juiz no esporte amador. Amadureceu, fez cursos e deu continuidade ao trabalho, até se tornar árbitro internacional. A família, orgulhosa pelas conquistas do filho, acompanha de perto os passos do esportista. Todos estão acostu5 6 kappa magazine mados com o trabalho de Wilsinho, como é carinhosamente chamado, e o pai faz sempre questão de telefonar para ter notícias. Notícias que nos últimos tempos se referem à possível presença de Seneme na Copa do Mundo. “Sou bem sincero em dizer, não vou ficar frustrado se não for, eu nunca sonhei nem idealizei nada disso, as coisas aconteceram”. Seneme é funcionário público estadual, trabalha na Secretaria de Esportes e ministra cursos para jovens aspirantes. “É uma dívida que tenho com o esporte, nada mais do que retribuir para a profissão que muito me deu”. A participação na Copa pode marcar o fim da carreira como árbitro, por isso, num futuro bem próximo ele espera cursar um mestrado e aproveitar de outra forma a experiência que ganhou durante os anos arbitrando. Enquanto isso segue fazendo o seu melhor. “Estou focado, treinando e me preparando muito. Sei que agora sou mais visado, mas tento transformar toda essa pressão em algo positivo”, conclui. kappa magazine 57 esporte Como está treinando apenas à tarde, Daniel já percebeu perda de rendimento Falta de patrocínio ameaça futuro esportivo de São Carlos Sem apoio da iniciativa privada, jovens talentos podem parar de competir ou mudar de cidade Por Roberto Schiavon Foto Mauricio Motta S ão Carlos está deixando de ganhar medalhas em competições esportivas e pode perder atletas de alto nível devido à falta de apoio da iniciativa privada. A constatação é do judoca Sebastião Alexandre da Cunha, 33 anos, mais conhecido como Sebá, que além de representar a cidade em Jogos Regionais há quase 18 anos, dá aulas a atletas iniciantes em sua academia e em projetos sociais da Prefeitura. “Por 5 8 kappa magazine falta de investimento de empresas em atletas iniciantes, podemos perder uma geração inteira de esportistas. Muitos atletas talentosos param de competir aos 17 ou 18 anos de idade, porque precisam trabalhar ou se dedicar integralmente aos estudos”, aponta Sebá. Segundo o judoca, os empresários preferem patrocinar atletas que já estão conquistando medalhas, ao invés de apostarem em jovens talentos que despontam para competições. “O que um atleta adolescente necessita é ajuda para deixar de pagar para competir, pois as viagens e taxas de inscrição são caras. Se o empresário adotar um jovem talento, ele vai participar de mais competições, se aperfeiçoar e ganhar medalhas. Assim, a marca da empresa vai aparecer mais. Mas falta essa visão na iniciativa privada”, diz o atleta. Judoca desde os 10 anos de idade e competindo hoje na categoria Masters, Sebá conta que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, paga transporte e eventualmente taxas de inscrição para os campeonatos do qual participa, mas Prefeitura define bolsas segundo resultados e indicações de clubes O secretário municipal de Esportes e Lazer, Edson Aparecido Ferraz, ressalta que a Prefeitura direciona um número pré-determinado de bolsas a atletas de ponta por modalidade, sempre direcionadas aos que têm mais condições de obter resultados positivos para São Carlos. De acordo com ele, se em determinada modalidade existir mais de um atleta capacitado para vencer competições, a bolsa vai para aquele que for indicado pelo clube ou entidade da qual faz parte. “Existem mais pedidos do que bolsas disponíveis, por isso, precisamos adotar este critério. Também damos bolsas aos para-atletas”, diz o secretário. Ele acrescenta que, além das bolsas anuais em dinheiro aos atletas, divididas em 12 mensalidades, a Prefeitura realiza pagamentos de inscrições, taxas de filiação e fornece transporte aos esportistas que competem pela cidade. De acordo com Ferraz, a secretaria também distribui cerca de R$ 1 milhão por ano em subvenções a entidades esportivas, como apoio ao esporte amador local. Segundo Ferraz, o planejamento que define a distribuição de recursos para o esporte durante o ano é feito sempre nos meses de dezembro, quando fica definido quantas bolsas serão cedidas para cada modalidade, segundo os critérios de competitividade dos atletas. “Também ajudamos nas competições, cedendo ginásio, transporte, som e ambulância, por exemplo”, conclui o secretário de Esportes e Lazer. que a ajuda não é suficiente para cumprir com o calendário esportivo. Entre as conquistas de Sebá estão a segunda colocação no Campeonato Sul-americano disputado no Uruguai no ano passado e a terceira colocação no Campeonato Brasileiro e na Copa São Paulo de Judô. Neste ano ele pretende disputar o Campeonato Mundial de Masters na Bahia e o Pan-americano na Costa Rica. “Mas somente se tiver apoio”, avisa Sebá, que além de dar aulas de judô e jiu-jitsu é formado em Educação Física. ATLETISMO - O atleta Daniel Pelosi, 22 anos, que vem conquistando medalhas para São Carlos em diversas competições nos últimos anos, perdeu patrocínios de empresas que o ajudavam no ano passado, e por este motivo, já vem sentindo queda em seu rendimento nos treinos para a atual temporada. Ele compete no atletismo, nas provas de velocidade nos 100 e 200m, na categoria Adulto. No ano passado, Daniel, seu irmão Israel e a atleta Jéssica Silva recebiam patrocínios individuais de R$ 400 cada, resultado de contratos com três empresas, que ainda forneciam uniformes de treinos, competições e passeio. Neste ano, devido ao corte do apoio dos empresários aos atletas, Pelosi complementa sua renda com dois empregos, um de manhã coordenando ginástica laboral em uma empresa e outro na hora do almoço, treinando atletas na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde cursa Educação Física no período noturno. “No ano passado, eu treinava de manhã e à tarde. Agora meu rendimento vem caindo, porque estou treinando apenas à tarde e tenho o stress de rodar de um lado ao outro, sem me focar apenas no esporte. Isso vai desanimando e afetando no aspecto psicológico”, explica Pelosi. Ao lado de Israel e de Jéssica, ele compete pelo São Carlos Clube, que paga transporte e alimentação aos três competidores, além de disponibilizar suas dependências para os treinamentos. Eles contam também com apoio da Prefeitura, que fornece duas bolsas de R$ 300 para a modalidade, que são divididas entre os três atletas. “No ano passado, a Prefeitura dava uma bolsa de R$ 450, que também era dividida entre nós três. Neste ano, são duas bolsas que somam R$ 600. Com este dinheiro, compramos material esportivo e suplementos alimentares”, conta. kappa magazine 59 Sebá (à direita) conta que recebe ajuda da Prefeitura, mas não é suficiente para cumprir calendário esportivo Pelosi concorda que a falta de incentivo financeiro pode levar São Carlos a perder atletas. Ele mesmo diz ter recebido proposta para competir por Piracicaba nos Jogos Abertos do Interior e nos Jogos Regionais, duas competições que dão grande visibilidade aos atletas e aos municípios aos 6 0 kappa magazine João Moura esporte quais estão atrelados. “Eu não aceitei porque a proposta não valeu a pena neste momento. Mas se surgir algo melhor e eu não conseguir apoios aqui na cidade, terei de mudar para continuar competindo”, conclui. Ele deve participar em maio do Campeonato Paulista de Atletismo no Ibirapuera, em São Paulo, e está tentando obter índice para correr no Troféu Brasil de Atletismo, que também será realizado neste ano na capital paulista. Entre as principais conquistas de Pelosi está a medalha de ouro nos Jogos Regionais e nos Jogos Abertos em 2009, medalha de prata nos Jogos Regionais em 2010 e nos Jogos Abertos de 2011 e medalha de ouro nos Jogos Regionais de 2011, todas na categoria 100m rasos. Empresas interessadas em apoiar os atletas podem entrar em contato pelos telefones 9147-4504 (Sebá) ou 91051582/8835-1582 (Daniel Pelosi). kappa magazine 61 kappinha O torneio pré-olímpico em São Carlos atraiu muitas crianças aos jogos Torcedores da nova geração Torneio pré-olímpico de vôlei feminino atraiu crianças que gostam de assistir e praticar esportes Por Roberto Schiavon Fotos Mauricio Motta O s jogos da seleção feminina de vôlei do Brasil atraíram muitas crianças ao Ginásio Milton Olaio Filho, onde foi disputado o torneio pré-olímpico entre os dias 9 e 13 de maio. Entre os pequenos torcedores que compareceram ao ginásio, alguns foram pela primeira vez assistir ao vivo às meninas do time de José Roberto Fernandes, buscando inspiração para seguir carreira no esporte. E outros torcedores mirins foram ao evento para dar vazão ao seu amor pelos esportes em geral. “Eu comecei a treinar vôlei no ano passado no São Carlos Clube e pretendo seguir carreira”, conta Mayara Corrêa, de 11 anos. 6 2 kappa magazine Ela garante que gosta de correr e eventualmente também pratica natação. Mas, quando se trata de assistir aos eventos esportivos na televisão, o vôlei é mesmo a primeira escolha de Mayra. “Hoje é meu primeiro jogo ao vivo da seleção feminina. Eu sempre assisto pela televisão aos jogos das seleções feminina e masculina”, acrescenta a garota. Sua amiga Teodora Pisani Canevarolo, que também pratica vôlei, tem 12 anos e 1m76, o que a habilita a jogar na posição de atacante. Ela começou a praticar o esporte há dois anos e sua paixão pela modalidade a levou a assistir a uma partida entre Brasil e Itália em 2010, também em São Carlos. “Esse vai ser meu segundo jogo ao vivo da seleção feminina. Além de vir ao ginásio, eu sempre O garoto Guilherme foi torcer para as meninas do vôlei brasileiro planos em até vejo os jogos pela televisão”, diz Teodora, que joga vôlei há dois anos. ESPORTISTAS – De acordo com Pietra Moretti de Mello, 12 anos, que foi à estreia da seleção feminina no pré-olímpico, no último dia 9, para assistir a sua primeira partida ao vivo, o esporte também é parte do cotidiano. “Gosto de esportes em geral e agora vou começar a jogar ao lado da Teodora e da Mayara no São Carlos Clube. Eu vi as meninas jogando e acho que será muito interessante”, comenta. O menino Guilherme Dalchino, 11 24x anos, gosta de jogar futebol e, como todo garoto dessa idade, sonha em se profissionalizar no principal esporte do Brasil. Mas, honrando sua condição de fanático por esportes em geral, diz que aproveita qualquer oportunidade que surge para assistir a outras modalidades, principalmente quando pode ir às praças esportivas conferir de perto a performance dos atletas. “Eu gosto bastante de esportes e assisto sempre aos jogos de vôlei pela televisão. Das jogadoras da seleção feminina, a que mais gosto é a Sheila”, conclui Guilherme. As amigas Teodora, Pietra e Mayra, durante partida no Ginásio Milton Olaio Filho kappa magazine 63 Personagem da kappa Antônio de Sant´Anna Galvão Leite O escultor Antônio de Sant´Anna Galvão Leite: “Tudo que se aprende sozinho é mais sólido” Um caminho no meio da pedra Com esculturas públicas na USP, no São Carlos Clube e reproduções para troféus do ParqTec, obras de Antônio Galvão ganharam o respeito da cidade Por Vanessa Gurian Foto João Moura 6 4 kappa magazine “C arlos Drummond de Andrade disse que existe uma pedra no meio do caminho. Eu digo que existe um caminho no meio da pedra”. O maior prazer do escultor Antônio de Sant´Anna Galvão Leite é descobrir o que a irregularidade de uma pedra pode revelar a partir de sua habilidade artística. Hoje ele já se aventura a esculpir em outros materiais, mas foi em pedra sabão e mármore que Galvão começou, há mais de 20 anos. Um início em plena maturidade, perto dos 40 anos, que aconteceu faltando pouco para se aposentar como funcionário da área de contabilidade da USP e que revelou um escultor nato, com base artística autodidata. Para ele, tudo que se aprende sozinho é mais sólido e foi sozinho, observando, testando, errando, que consolidou sua arte. “Só mais tarde comecei a fazer cursos e a conhecer as técnicas”. CONQUISTAS - Paulistano, veio para São Carlos em 1969, e diz que aqui as portas se abriram. “O artista tem que ter sorte, relacionamento e simpatia para que sua obra saia do ateliê. Consegui isso aqui”, diz. Relacionamentos, esses, que o fizeram um dos escultores com maior número de obras públicas na cidade. Sua mais nova escultura, que pode ser observada permanentemente por todos, está na entrada do Centro Cultural da USP. Passando pela Avenida Dr. Carlos Botelho se pode ver, imponente, com um metro e meio de altura, a Gênese, doada pelo artista à universidade como forma de agradecimento pela acolhida que recebeu como profissional e apoio que teve como artista. “Minha primeira exposição foi, justamente, no Centro Cultural, em 1999, com alguns desenhos e primeiras esculturas. Depois disso não parei”, lembra. REPRODUÇÕES - Gênese é uma das muitas obras do artista reproduzi- das em bronze. A partir de um molde pequeno esculpido, uma fundição artística faz a reprodução em grande porte. O escultor explica que acompanha pessoalmente o acabamento, para corrigir imperfeições e se aproximar da obra original. Foi o processo pelo qual passaram também outras obras públicas do escultor, como a Minerva, símbolo da USP, e a Homenagem aos Pioneiros da Física de São Carlos, ambas instaladas no Campus 1 da universidade. Também é uma obra de Galvão que documenta as comemorações dos 60 anos do São Carlos Clube, instalada em 2004 na praça de entrada da Sede de Campo, onde o escultor também cultivou relacionamentos na função de diretor. Outros projetos, já encaminhados, incluem novas obras públicas na UFSCar e no Campus 2 da USP. ENCUBADO – Além das obras públicas de grande porte, Galvão trabalha com criação, adaptação e reprodução de suas esculturas em troféus. Ele é curador de artes da Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos (ParqTec) e suas obras são oferecidas como presentes a autoridades Peão e empresários de todo o munde Alta Tecnologia, Gênese, no Centro do que a visitam. Suas criações do ParqTec: Cultural da USP: também são oferecidas como obra de arte doação do artista para em forma a universidade como prêmio em concursos da funde troféu agradecimento dação, como o Troféu Peão de Alta Tecnologia, entre outros. “Procuro extrair do cliente o que ele dução continua estimulada pelo que quer, descobrir o que está pensando. rotula de “chamamentos”, momentos de Mário Covas tinha uma escultura mi- inspiração que resultam em novas obras. nha, presente do ParqTec”. “Quando percebo, elas estão prontas. E Detentor de vários prêmios, sua pro- são todas filhas admiráveis”, conclui. kappa magazine 65 6 6 kappa magazine kappa Carina Zaratin cultural Cidade vive Virada Cultural 2012 Renato Teixeira é atração da Virada Cultural Pitty, Nina Becker, Renato Teixeira e apresentações no Sesc são destaques da programação em São Carlos Por Vanessa Gurian R eunindo cerca de mil atrações em 27 cidades do estado, a sexta versão da Virada Cultural Paulista será realizada nos dias 19 e 20 de maio. Em São Carlos, a programação está centralizada em apresentações na Praça do Mercado e no Teatro Municipal, com música, intervenção circense, cultura popular, dança, mágica e teatro infantil. Destaque para o projeto acústico Agridoce da cantora baiana Pitty e de Martin Mendezz, para apresentação de Nina Becker e do cantor e compositor Renato Teixeira. O Sesc, como nas edições anterio- res, é parceiro do evento, e a unidade de São Carlos será palco do espetáculo Clownpiras e das apresentações musicais Os Opalas e João Parahiba. INTEGRAÇÃO - Para Almir Martins de Oliveira, coordenador de Artes e Cultura da prefeitura, as apresentações prometem reunir diversas classes sociais, todas as faixas etárias e uma numerosa plateia em todos os horários. “São Carlos é considerada a nona cidade do País que mais investe em cultura. Estar na virada reforça essa vocação”. Segundo o coordenador, essa é a oportunidade para uma maior integração entre os municípios envolvidos. “Pode ser o início de uma conversa so- bre políticas públicas culturais para o Estado”, diz. A primeira Virada Cultural Paulista, inspirada na versão da capital, aconteceu em 2007, com 200 atrações em dez cidades e público de 200 mil pessoas. Já em 2011, foram mais de mil atrações com um público de 1,7 milhão de pessoas. Na programação estadual, destaque para nomes consagrados da música brasileira como Dominguinhos, Luiz Melodia, Zélia Duncan, Lobão, Ultraje a Rigor, Titãs, Gal Costa, Nando Reis, Fernanda Abreu e atrações internacionais como Ky- Mani Marley. Confira a programação completa a seguir. kappa magazine 67 Programação * São Carlos * Dia 19, sábado SESC TEATRO MUNICIPAL 18h Abertura Oficial 18h30 Cia de Dança de Diadema (Crendices) (Dança) 19h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas) (Intervenção – Mágica) 20h30 Cia Teatro da Cidade (Um Dia Ouvi a Lua) (Teatro) 21h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas) (Intervenção – Mágica) 22h30 Filipe Catto (Música) 23h30 Fundo Falso (Uma Série de Surpresas) (Intervenção – Mágica) 0h30 Caraivana (Música) 18h João Parahiba (Música) - Baterista, um dos fundadores e integrante do Trio Mocotó, João Parahiba apresenta o show de lançamento do CD O Samba no Balanço do Jazz. PRAÇA DO MERCADO 6 8 kappa magazine SESC Exposição: Arte à Primeira Vista Até 1 de julho. Terças a sextas, das 13h às 21h30, sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h. Grátis Uma mostra de arte contemporânea para o público infanto juvenil, reunindo obras de artistas como Mira Schendel, Geraldo de Barros, Regina Silveira, Leonilson, Frans Krajcberg e Lygia Clark. A expografia possibilita vivências livremente inspiradas nos processos de criação e pesquisa dos artistas, por meio de ateliê e práticas artísticas acompanhadas por uma equipe de educadores. Agendamento de grupos: agendamento@scarlos.sescsp.org.br SESC Solos Contemporâneos Dia 23, quarta-feira, às 20h. R$ 1,50 (comerciários); R$ 3,00 (usuários); R$ 6,00 (inteira) Opus 2 - Notas sobre minha mãe, isso e aquilo - Criado a partir de vivências pessoais, este solo partiu dos contextos mãe e filha, música e silêncio, isso e aquilo. Opus 3 – Para Adelina - Uma homenagem a Adelina Gomes – artista -paciente de Nise da Silveira no antigo Hospital Psiquiátrico de Engenho de Dentro(RJ). Cinema Dança Artes 18h30 Abertura com DJ (Música) 19h30 Bocato Jam Suburbana (Música) 20h30 Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo (Intervenção Circense) 21h Rocha Sólida (Música) 22h Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo (Intervenção Circense) 22h30 Dexter + Max Bo (Música) 23h30 Núcleo Pavanelli - O Básico do Circo (Intervenção Circense) Dia 20, domingo TEATRO MUNICIPAL 2h Fundo Falso (uma série de surpresas) (Intervenção – Mágica) 2h30 Renato Tortorelli (Stand Up) 10h30 Om Co To? Quem Co Sô? Prom Co Vô? (Teatro Infantil) 13h Thiago Arruda (esculturas em movimento) (Dança) 13h30 Pomba enamorada ou uma história de amor (Teatro) 14h30 Thiago Arruda (esculturas em movimento) (Dança) 15h Choro em Trio (Música) 16h Thiago Arruda (esculturas em movimento) (Dança) 16h30 Nina Becker (Música) 16h30 Daúde (Música) 17h30 Grupo de Dança das Fábricas de Cultura Intervenção (Dança) 18h Renato Teixeira (Música) SESC 12h - Espetáculo Clownpiras (Teatro) - Chico Mineiro, um menino da roça, cheio de vida e obcecado por queijo, se junta a Dito Boiadeiro para conhecer o Brasil. 15h30 - Os Opalas (Música) - Conhecida por seus shows contagiantes, a banda apresenta um repertório autoral marcado por influências do groove, soul, reggae, jazz e afrobeat. PRAÇA DO MERCADO 0h Agridoce - um projeto de Pitty e Martin (Música) 1h30 DJ (Música) 15h Orquestra Piracicabana de Viola Caipira (Cultura Popular) 16h Grupo de Dança das Fábricas de cultura Intervenção (Dança) SESC Cairo 678 Dia 20, domingo, às 19h Dia 26, sábado, 18h Diretor Mohamed Diab. Difícil realidade das mulheres egípcias que enfrentam a violência em uma batalha constante por respeito dentro do espaço público. Programação Cinema - Heleno Dia 27, domingo, 19h e 02/06, sábado, 18h Diretor José Henrique Fonseca. Heleno de Freitas é a figura do Rio de Janeiro de 1940, quando a cidade era cheia de glamour, sonho e promessas. CDCC Poesia Dia 26, sábado, às 20h Diretor Chang-dong Lee. Uma senhora excêntrica com uma mente inquieta e questionadora entra por acaso em uma aula de poesia em um centro cultural na vizinhança e é desafiada pela primeira vez a escrever um poema. CENTRO CULTURAL DA USP IX Ciclo de Cinema “Documentário Brasileiro”. Com debates após exibição. • Cinema e poesia: “Rocha Que Voa”. Dia 21, segunda-feira, às 19h15 • Documentário musical: “Uma noite em 67”. Dia 28, segunda-feira, às 19h15 • Educação e comunidade: “Pro Dia Nascer Feliz”. Dia 4, segunda-feira, às 19h15 kappa magazine 69 kappa Por social Lygia Fontana bodas Fotos João Moura Gustavo e Daniele fizeram a festa para comemorar o enlace no São Carlos Clube Sede Avenida Gustavo e Daniele Fatima Rodrigues e Roberto Junior Novaes e Daniela Daniel Pedrino, Beatriz, Marcelo Wellichan e Rafaela Favorin Joyce e Aldomiro Renata Gregolin, Luciano Abelhaneda, João e Elizete Pedrazani Eugenio Cardinall 7 0 kappa magazine Celso Pedrino Oswaldo Barba e Cidinha Duarte Eliana e Abel Leopoldino Walter Fukuhara Juliana, Silvia e Gabriela Maria Luiza e Mauro Ana Lucia Seravolo e Carlos Martins Marcos e Mirian Santos Daniele e Dilson Marcasso Marcelo da Paz e Tania Alberto Lanzoni Juquita Luciana Iemma e Daniel Villani Tania e Carlos Lazzarini kappa magazine 71 social Marcos Martinelli e Carlos Serrano Ligia Riga Marcia Dotti e Rodrigo Casale Joyce Rodrigues Carvalhaes cardinalli Com um grande coquetel, foi apresentado o projeto do empreendimento Jardim de Sevilha 7 2 kappa magazine Marcelo e Vera Lucia Sacchi 73 social Fotos Divulgação Tatiane Clemente A Paraty fez o transporte das atletas prÉ olimpico Alexandre Cruz, Gabriela, Giulia e Cinthia 7 4 kappa magazine Michele Bertacine O torneio de vôlei feminino atraiu diversas famílias ao ginásio Milton Olaio Filho Fotos Mauricio Motta Renata e Igor Pouquíssimas calorias: não pesa no corpo nem na consciência. Nossos ingredientes fresquinhos são uma excelente alternativa para as pessoas que querem diminuir o consumo de frituras e comidas gordurosas. Salada Subway Club™ Frango Restaurante SUBWAY São Carlos: R. Passeio dos Flamboyants, 200 - lj. 24 Tel.: (16) 3307-3709 © 2012 Doctor’s Associates Inc. SUBWAY® é uma marca comercial registrada de Doctor’s Associates Inc. Imagens meramente ilustrativa. kappa magazine 75 Fotos João Moura SOCIAL Thais Leite Marcos e Valda Gonçalves inusittá A loja promoveu uma tarde de exposição de produtos selecionados para o Dia das Mães Tania Leite, Natalia Rosalini e Fátima Cezarino Andrea, Valda, Aline, Fabricia Luciana Silva e Daici Antonidi Ana Cristina Picharillo e Fernanda Viana 7 6 kappa magazine Maria Brenha e Geni Broggiu Fotos Mauricio Motta Taila container Acompanhamos a inauguração da primeira loja conceitual multimarcas de São Carlos Christian, Luciano e Marcio Ana Cristina e Adriano Carol Angela Oioli kappa magazine 77 Fotos João Moura SOCIAL Celio, Marcos e Alonso plantflora A empresa recebeu familiares e amigos para a inauguração de seu novo escritório Ana Beatriz, Rodrigo Zanc e Elaine Zanim Lú, Inez, Daniele, Mônica e Joelma 7 8 kappa magazine Alnecida, Renata, Paulo, Lourdes, Sebastião e Iara Fotos Mauricio Motta Festa do clima A edição deste ano contou com grande público e ótimas atrações Glorinha e Nathalia Claudiane, Felipe e Evandro Dinho e Fabiano Aline Vip Class Kappa Visita A kappa continua com sua série de visitas pela cidade aos seus parceiros Raphael Honda Santa Emilia Deivid QW3 Regiane GS recrutamento e RH kappa magazine 79 social Gabriela Guilherme e Marina Fabiano, Tiago Porto e Betina Hering Store Fashion night A Zoe recebeu desfile que mostrou novidades de grandes lojas de São Carlos Gabriela Hering Store ROTA Gourmet Mês das mães na Tabajara Grill Em homenagem ao dia das mães, a Tabajara Grill presenteará todas as mulheres que forem até a casa no almoço ou jantar com um desconto especial durante todo o mês de maio! O valor promocional de R$ 21,00 é referente ao rodízio completo, incluindo acesso ao buffet, de segunda à sábado. Taxas de bebida e serviços não estão inclusas. De segunda à sexta, das 11 às 14:30 hs no almoço, das 18:30 hs às 22:30 hs no jantar, sábados das 11 às 15:30 hs no almoço e das 18:30 às 23 hs no jantar, domingos Bruna das 11 às 15:30 hs no almoço. Avenida São Carlos, 3677 Telefone: 3361 4282 8 0 kappa magazine Saúde onde você estiver! Quem busca uma vida equilibrada não pode deixar de ter água mineral Villa Fonte sempre à mão. A água mineral Villa Fonte possui uma composição química extremamente leve, sendo ideal para manter a hidratação e o bom funcionamento do organismo. Disponível em garrafas de 510 ml e em copos de 200 ml, pode ser levada a qualquer lugar, garantindo saúde em todos os momentos! “Melhor que isso só dois disso!” Temaki em Dobro no Sushi Ya San Toda quarta-feira na compra de um temaki você ganha outro de mesmo sabor*. A saborosa culinária japoneza e o melhor Temaki é aqui. Restaurante Sushi Ya San: Avenida São Carlos, 2658 - Centro Telefone: (16) 3307-1165 Curta-nos no Facebook e companhe outras promoções: facebook.com/YaSanOficial *Para ser consumido no local Fotos Mauricio Motta Tamara Rodrigues e Diego Carmen Steffens Alfred Restaurante: tradição inovada Informe Publicitário novidade Alfred também é pizza Referência e tradição em alta gastronomia de São Carlos, Alfred Restaurante oferece agora pizzaria e serviço delivery Fotos João Moura A tradição que o Alfred Restaurante conquistou em 26 anos oferecendo alta gastronomia na cidade, agora se estende para os seus novos serviços de pizzaria e delivery. Usando as confortáveis e seguras instalações do restaurante, com ambiente climatizado, estacionamento próprio, wireless e espaço para convenções e confraternizações, a pizzaria, com forno a lenha, oferece no cardápio os principais sabores, com o diferencial na qualidade e requinte que Alfred já representa. Segundo o proprietário, Waldomiro Rodrigues (Miro), a iniciativa atende aos pedidos dos próprios clientes. “Te- Waldomiro Rodrigues (Miro): requisições dos clientes são atendidas mos espaço, público e competência para oferecer esse novo produto”, diz. ENTREGA – Aproveitando o início dos serviços da pizzaria, o restaurante iniciou o serviço de delivery também para seu cardápio a la carte. A parmeggiana e os peixes, principais pratos do restaurante, além das saladas, massas, caldos, aves e outras carnes são entregues de terça-feira a domingo, das 18h às 23h. De acordo com Miro, esse tipo de serviço também foi uma requisição dos clientes. “É hora de atender toda a cidade na comodidade do seu lar. A intenção é mostrar para todo o público nosso cardápio de produtos”. Vale lembrar que o Alfred Restaurante continua recebendo os clientes em suas instalações com requinte e bom gosto, servindo almoço executivo durante a semana, carta de vinhos elaborada especialmente para cada ocasião e música ao vivo às sextas-feiras e aos sábados. Serviço Alfred Restaurante Rua Sete de Setembro, 2203 Fone: (16) 3371.2120 www.alfredrestaurante.com.br kappa magazine 81 8 2 kappa magazine kappa magazine 83 8 4 kappa magazine