XvII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial destaca as Melhores
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XvII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial destaca as Melhores
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 1 PUBLICAÇÃO NACIONAL DE ECONOMIA, FINANÇAS E NEGÓCIOS BELO HORIZONTE - MG - ANO XXIII - EDIÇÃO 259 - novembro/dezembro DE 2015 www.mercadocomum.com XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial destaca as Melhores e Maiores empresas Os vencedores do XVII Prêmio Minas Gerais – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015 foram homenageados em solenidade no Automóvel Clube de Minas Gerais, em Belo Horizonte, MG. A premiação, que ressalta o papel essencial das empresas no desenvolvimento do Estado, contou com um Jantar de Confraternização para 350 convidados especiais, entre autoridades presidentes e diretores das empresas agraciadas. As 25 empresas foram definidas por processo técnico que analisou as informações do estudo XIX Ranking de Empresas Mineiras, publicado na edição 257, da publicação MercadoComum. PÁGINA 6 Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Rubens Menin explica o êxito da MRV Eleito “Personalidade Empresarial do Ano”, o presidente da MRV fala sobre o sucesso da empresa, uma das maiores do País, e sobre as expectativas do setor para o futuro de um Brasil em crise. PÁGINA 12 Adalclever Lopes defende justiça social O Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais fala da dependência mútua entre economia e política para a construção de uma sociedade equilibrada, com crescimento econômico sustentável e justiça social. PÁGINA 4 XVII Prêmio Minas Gerais – Desempenho Empresarial: Rubens Menin (MRV) recebe condecoração “Personalidade Empresarial do Ano” Jadir Barroso - militância e paixão pelo jornalismo Falecido no dia 27/10, Jadir Barroso foi diretor de Redação na MercadoComum por mais de 10 anos. Nesta edição, a publicação faz uma homenagem ao brilhante jornalista, que acaba de editar o livro “Meandros do Poder”. PÁGINA 97 Uber: a quem interessa a proibição? 17 anos de CBMM é Prêmio Minas Empresa Destaque 2014 e 23 de MC Dane Avanzi fala sobre o transporte que tem provocado celeuma em todo o mundo. Para ele, as leis que o proíbem são uma ameaça às garantias individuais dos cidadãos. Destaque do XVII Prêmio Minas Gerais Desempenho Empresarial, a CBMM - Cia. Brasileira de Mineração e Metalurgia registrou excepcional atuação em 2014 em todos os itens avaliados. PÁGINA 26 PÁGINA 83 Discurso do economista e editor da MercadoComum, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, fala dos 23 anos da publicação e dos 17 da premiação ao empresariado mineiro. PÁGINA 10 2 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Editorial Índice Minas Gerais empresas fortes, apesar da crise Especial.. ................................................................................................................. 4 XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015................................................................................ 6 Informações Privilegiadas ..................................................................................... 58 RSVP..................................................................................................................... 68 Carreiras................................................................................................................ 70 Crônica.................................................................................................................. 71 Cultura.................................................................................................................. 72 Artigos .................................................................................................................. 73 Doutrina Jurídica.................................................................................................. 79 Gastronomia ........................................................................................................ 80 O negócio é cultura .............................................................................................. 81 Cartas... ................................................................................................................. 82 Turismo ................................................................................................................. 83 Seu Dinheiro ........................................................................................................ 85 Cerveja ................................................................................................................. 86 Vinho..................................................................................................................... 87 Vivemos momentos de instabilidade econômica, contudo, esta edição de MercadoComum demonstra que o empresariado mineiro continua de pé. O XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas - MercadoComum – 2014/2015 mostra, claramente, que as empresas mineiras estão lutando, com todas as forças, para manter o equilíbrio e retomar o crescimento, garantindo a geração de renda e a empregabilidade no Estado. Ainda que com todas as dificuldades, empresas e dirigentes continuam desempenhando o papel essencial de fomentar e fazer girar a economia do Estado. Ou seja, mesmo com todos os desestímulos por parte do governo e com a conjuntura desfavorável, todos continuam, efetivamente, contribuindo para o desenvolvimento de Minas Gerais. Contando com a maior carga tributária e as taxas de juros mais exorbitantes, além de tantos outros elementos desanimadores, o empresariado brasileiro continua buscando alternativas, porque, sim, acreditamos ser o Brasil uma Nação de grandes mercados e excepcionais potencialidades. Não custa lembrar que o Brasil ocupava o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (em volume de PIB de 2014) e está, apesar de a sua economia ser a mais fechada em todo o mundo, inserida no processo de globalização. E, ainda que tenhamos uma dívida pública caminhando para patamares indesejáveis, déficit público próximo dos 10%, índices de desemprego e inflação em disparada, entre outros agravantes, ainda podemos dizer que continuamos no páreo. Exemplos disso são as empresas MRV Engenharia, entregando uma chave de apartamento a cada três minutos, e a CBMM, “Empresa Destaque” do XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial, que obteve excepcional desempenho em 2014, em todos os itens possíveis de serem alcançados. Rubens Menin Teixeira de Souza, presidente do Conselho Administrativo da MRV, é, inclusive, homenageado, nessa edição do Prêmio, com o título de “Personalidade Empresarial do Ano”. No entanto, penso que uma retomada da economia brasileira depende, e muito, do governo. Segundo todas as análises, foi ele quem não fez seu papel em termos de fomento do desenvolvimento do país. Enquanto a agricultura, indústria e serviço davam seu sangue para atingir patamares de produtividade e competitividade, a União falhava no planejamento estratégico, infraestrutura e política fiscal. Entre outras coisas, o esperado ajuste fiscal é essencial para revertermos o quadro de estagnação em que nos encontramos. Se ele não acontecer, efetivamente, o país estará jogando para frente uma crise ainda maior. A atual situação econômica do Brasil pode ser revertida, mas se depender apenas dos empreendedores, sem a colaboração do governo, fica impossível. Nesta edição, apresentamos todos os ganhadores do Prêmio Minas Desempenho Empresarial, dizendo a todos, inclusive, ao governo, que o empresariado mineiro está fazendo sua parte e que esperamos a contrapartida dos ocupantes de plantão do Poder. Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Presidente/Editor Geral Auto e Negócios .................................................................................................... 88 Obituário ..............................................................................................................89 Eventos Empresariais ......................................................................................... 93 Luciano Medrado, Pedro Carlos Bittencourt Marcondes, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Cristiano Mascarenhas Expediente PUBLICAÇÃO NACIONAL DE ECONOMIA, FINANÇAS E NEGÓCIOS BELO HORIZONTE, novembro/dezembro DE 2015 ANO XXIII, NÚMERO 259 PUblicação Nacional de Economia, finanças e Negócios revistamc@uol.com.br PRESIDENTE/EDITOR-GERAL (MC/MCCP) Carlos Alberto Teixeira de Oliveira DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO (MC) Maria Auxiliadora G. T. Oliveira Publicidade e Área COMERCIAL João Eduardo Góes - Diretor Comercial (31) 3281-6474 comercial@mercadocomum.com ECONOMISTA RESPONSÁVEL Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Reg. Nº 3.955-1 - CORECON/MG-10ª Região REPORTAGEM, EDITORAÇÃO E ARTE ETC Comunicação - (31) 2535-5257 www.etccomunicacao.com.br etc@etccomunicacao.com.br ASSINATURA Assinatura Anual - R$ 100,00 Para o Exterior - US$ 70,00 IMPRESSÃO Sempre Editora Publicação conjunta de Mercado Comum Comunicação e Publicações Ltda. CNPJ 10.712.481/0001-11 e MinasPart - Comunicação Ltda. CNPJ: 70.954.383/0001-12 Inscrição Estadual: 062.985.126.0079 Inscrição Municipal: 109866001-0 Rua Padre Odorico, 128 - Sobreloja São Pedro - CEP: 30330-040 Belo Horizonte Minas Gerais - Brasil Tel: (0xx31) 3281-6474 Fax: (0xx31) 3223-1559 Marca registrada no I.N.P.I sob o número 817452753 de 02.08.1993. Os artigos assinados podem não refletir, necessariamente, a opinião dos editores. Proibida a reprodução parcial ou total, sem a autorização prévia por escrito da direção desta publicação. MercadoComum é uma publicação independente, não associada a qualquer grupo empresarial. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 3 4 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Economia e política ALMG Divulgação Adalclever Lopes Deputado Estadual, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais A conexão entre economia e política é, na sociedade moderna, o fundamento sobre o qual se ergue o modo de existência humano. O padrão de desenvolvimento de democracias capitalistas maduras, em cuja direção o Brasil tem caminhado nas últimas três décadas, é caracterizado pelo equilíbrio dinâmico nas relações de interdependência e complementaridade entre esses dois campos. A eficiência dessas relações em termos da construção de uma sociedade equilibrada é determinada, fundamentalmente, pela capacidade que essa dependência mútua tem em construir cenários onde predominem, de maneira orgânica e simultânea, o crescimento econômico sustentável, a estabilidade das instituições políticas e a justiça social. Karl Polanyi, eminente economista e historiador húngaro, argumentou acertadamente, em sua obra clássica “A Grande Transformação”, “que toda economia é embebida nas relações sociais”. Na longa trajetória histórica de aperfeiçoamento dessas relações o homem compreendeu que parece haver um único meio eficaz de controle do poder: a lei. Por não transcender ao homem, nem existir fora dele, a lei é produto de uma ética adaptativa aceita socialmente por consenso e conveniência. A história demonstra a todo instante que essa ética socialmente construída pelo homem se baseia na busca constante de seus principais valores próprios: a liberdade, a igualdade e a eficiência. Em regimes democráticos consolidados, o grande desafio do poder, corporificado pelo Estado formulador da lei e mediador das relações sociais e econômicas, consiste em encontrar uma combinação ótima daqueles valores, que garanta a estabilidade da democracia, a melhor eficiência produtiva e o máximo bem-estar social. Historicamente, a conciliação dos valores da liberdade, igualdade e eficiência é uma equação complexa cuja solução passa, necessariamente, pelo aperfeiçoamento político-institucional que os combine em um nível superior, sem que o incremento de um seja feito às custas da deterioração dos outros dois. E esse é o papel do jogo entre o Sufrágio Universal e o Mercado. De um lado a Urna, cujo bom funcionamento depende das instituições que regulam o voto, do nível de educação da sociedade e do reconhecimento estatal quanto aos limites dos recursos financeiros e físicos à sua disposição. E na outra ponta o Mercado, cujo funcionamento eficiente necessita de um Estado regulador constitucionalmente limitado. Óbvio exemplo desse jogo, o liberalismo político, originado na Revolução Inglesa de 1688, propiciou a expansão das atividades econômicas apoiadas sobre a construção de uma burguesia extremamente ativa com razoável independência do Estado. Dessa forma, a combinação do liberalismo político, que tem nas democracias pluripartidárias sua tradução mais refinada, com o capitalismo, sob a regulação do Estado, constitui um sistema em evolução impulsionado pelo sufrágio universal. Consideradas todas as dificuldades inerentes a essa sensível combinação, ainda assim o seu funcionamento na Escandinávia, nos Estados Unidos e na Europa Ocidental mostrou sua admirável capacidade adaptativa na busca do, talvez, principal objetivo do homem: uma sociedade civilizada com bem-estar social. No Brasil, experimentamos especialmente nos últimos dezoito meses um cenário de sucessivas crises institucionais, de acirramento e radicalização das disputas sobre quais os níveis ideais de participação e de regulação do Estado sobre as relações econômicas e sociais, e de profunda desconfiança quanto às instituições democráticas e seu funcionamento. Em sua análise da realidade brasileira atual, o respeitado economista Delfim Netto afirmou: “no Brasil a cobra mordeu o rabo. [...] A sociedade brasileira está congelada num dilema: a relação profunda entre a sua baixa ‘confiança’ no governo e o baixo nível da atividade do setor privado. ‘Confiança’ e ‘desenvolvimento’ são, simultaneamente, causa e efeito um do outro e se estimulam mutuamente. ‘Confiança’ e ‘desenvolvimento’ existem juntos. Não se pode tê-los separados. O Brasil precisa de um bom e vigoroso programa – que resulte de um entendimento entre o governo e a sua base parlamentar – que devolva, ao mesmo tempo, a ‘confiança’ da sociedade no governo e a expectativa de crescimento ao setor privado. Se “Em regimes democráticos consolidados, o grande desafio do poder, (...) consiste em encontrar uma combinação ótima daqueles valores, que garanta a estabilidade da democracia, a melhor eficiência produtiva e o máximo bem-estar social” continuarmos prisioneiros apenas do necessário ‘ajuste fiscal’, nunca vamos consegui-lo.” A prova de como uma crise de confiança produz impactos diretamente proporcionais na formação de expectativas dos agentes econômicos e, portanto, no desempenho futuro da economia, está estampada, por exemplo, nos resultados recentemente divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – Fiemg – quanto à medição do Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais. Na comparação entre o índice de confiança atual e aquele registrado em agosto de 2014, houve uma queda de aproximadamente nove pontos, o que demonstra que a desconfiança do empresário está mais intensa que aquela medida no período pré-eleitoral. Além disso, a análise desagregada do índice revela que as empresas de pequeno porte são as mais pessimistas, seguidas de perto pelas médias e grandes empresas, o que revela a generalização do pessimismo em todo o espaço econômico. Quando a medição da confiança diz respeito à percepção do consumidor, no nível nacional, têm-se resultados semelhantes. Por exemplo, o Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou em sua pesquisa mais recente o menor nível de confiança da série histórica pelo segundo mês consecutivo. Portanto, as conjunturas política e econômica atuais exigem, de todos os brasileiros, espírito republicano, responsabilidade institucional e ativismo empreendedor na construção de uma agenda positiva para o País, que aglutine em torno de si as forças mobilizadoras do campo político, do setor produtivo e das organizações sociais, independente de clivagens ideológicas, e que represente um ponto de inflexão em direção à retomada do crescimento econômico sustentável com justiça social. Para que uma tal agenda positiva ganhe substância real, como para produzir os impactos desejados, é condição essencial e necessária que se encare as dificuldades e se lhes dê visibilidade. Essa condição é a preliminar para que a sociedade recupere a confiança em si mesma e no seu governo, aliás legitimamente eleito. O tempo é de reconhecer que há problemas conjunturais e estruturais de relativa gravidade, que ambos são superáveis, mas cuja superação exigirá tempo e necessitará uma cooperação mais próxima entre os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e a consequente reconquista da confiança que deve existir entre eles e a sociedade. A recente divulgação dos resultados das Contas Nacionais Trimestrais mostra que o último quinquênio pro- vavelmente se encerrará com um crescimento acumulado do Produto Interno Bruto – PIB – de 6%, o que significaria um crescimento médio de 1,2% ao ano. Ainda que estes últimos cinco anos tenham representado um período delicado do ponto de vista da economia mundial, o resto do mundo acumulará um crescimento acumulado médio de 19% nesse mesmo quinquênio. De acordo com a teoria econômica, a variação da renda per capita é igual ao crescimento econômico menos o crescimento da população. Assim, se considerarmos que o crescimento demográfico brasileiro no período foi de 0,9% ao ano, aproximadamente, então o crescimento de nossa renda per capita terá sido de apenas 0,3% ao ano. No cumprimento da condição preliminar de que se dê visibilidade no enfrentamento das dificuldades econômicas produzidas, o Governo Federal sinalizou claramente que atuará com firmeza na correção do desajuste fiscal estrutural do País, de forma a fazer retornar o orçamento fiscal e a relação dívida bruta/PIB ao equilíbrio dinâmico em níveis próximos daqueles verificados há três anos. Do ponto de vista da indução à retomada da confiança por parte dos empresários, os ajustes em curso na política econômica implantada a partir do início do ano sinalizam a necessária correção de algumas outras novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 5 Especial Willian Dias/ALMG Divulgação distorções estruturais. Por exemplo, é preciso reconhecer que a política de valorização cambial adotada nas últimas duas décadas transferiu a demanda da produção industrial nacional para a indústria estrangeira, o que produziu um contexto de desindustrialização no País e a expansão crônica de déficits da conta corrente nacional. Ou, segundo afirmou Mário Henrique Simonsen, outro notável economista, “a inflação aleija, mas o câmbio mata”. Por essa razão, parece ser uma atitude deliberada da atual política econômica permitir uma trajetória de desvalorização cambial de nossa moeda em relação ao dólar em direção a um preço real de equilíbrio, que, simultaneamente, torne superavitária nossa balança de contas correntes, produza superávits em nossa balança comercial, estimule nossas exportações e contribua para reverter a tendência nefasta da desindustrialização prematura da economia nacional, ainda que a importação seja também um fator de produção essencial para o aumento de nossa produtividade e a eficiente integração nas cadeias produtivas mundiais. Assim, o esforço em direção ao equilíbrio fiscal do País necessita ser complementado com reformas estruturais que reduzam os atritos ao desenvolvimento e aumentem a produtividade e a competitividade da economia. Essas reformas abarcam os campos do regime de concessões dos investimentos de infraestrutura, da revisão tributária e do mercado de trabalho. Nesse sentido, os atuais entendimentos entre os Poderes Executivo e Legislativo dão mostras da forte possibilidade de convergência em torno da unificação do nosso imposto incidente sobre valor agregado – o ICMS. Além disso, no diapasão dos esforços para a redução dos atritos ao desenvolvimento e para o aumento da produtividade, entendimentos entre os principais sindicatos de trabalhadores e o Congresso Nacional podem levar a reformas no mercado de trabalho, por meio da instituição de livre negociação entre empresários e trabalhadores, sob a vigilância dos sindicatos. Parafraseando Delfim Netto, “produtividade é o nome do jogo!”. Ainda sobre o tema da produtividade, e o desafio que ele representa para o País, o Relatório de Competitividade Global 2014/2015, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, analisa o nível de competitividade de 144 países. Quando se desagregam os resultados, deparamo-nos com a magnitude do desafio a enfrentar: com relação ao setor privado o Brasil é o 36º melhor classificado; com relação ao setor público o País tem a 136ª posição. Essa avaliação constrangedora demonstra, por si, a necessidade de reestruturação da governança federal na direção do equilíbrio fiscal, com a escolha de quais os programas devem ser priorizados no orçamento em elaboração (levando-se em conta seus impactos potenciais e seu nível de eficiência) e do incremento da produtividade do Estado, por meio da otimização da burocracia estatal no uso de recursos humanos e físicos. Por outro lado, uma política econômica responsável, sem deixar de ser ousada, é a responsável por acender no setor privado a confiança no “espíri- to animal” do empresário para investir assumindo riscos, em relação ao qual o célebre economista John Keynes atribuía importância fundamental para o crescimento dinâmico e sustentável de uma economia. Daí a fundamental necessidade de se reestabelecer uma cooperação construtiva e harmônica entre os Poderes Executivo e Legislativo, que propicie o aumento do investimento em infraestrutura do pelo governo, estimule o investimento do setor privado e, simultaneamente, esteja atento ao reequilíbrio fiscal. Deslocando a abordagem analítica para o escrutínio da realidade política e econômica do estado de Minas Gerais, afirmamos existir um arranjo cooperativo entre esses dois poderes, corporificado por um quadro de diálogo e aproximação percebido entre a Assembleia Legislativa e o Governo Estadual para a construção de uma agenda positiva para Minas Gerais. Consideradas as limitações constitucionais a que se submetem as unidades federadas, em termos de formulação de políticas econômicas, nesses oito meses de relacionamento construtivo entre os dois poderes, surgem alguns resultados produzidos conjuntamente cujos impactos na realidade econômica e social reforçarão a confiança de que políticas eficientemente formuladas e executadas podem induzir a formação de expectativas positivas dos agentes econômicos. No campo tributário, o Poder Legislativo tem feito um firme chamamento ao debate com o Governo sobre a necessária resolução quanto à padronização dos tratamentos tributários diferenciados por esta proposta. Tal resolução trará, acredita-se, segurança jurídica e de planejamento de negócios ao setor privado, de maneira que se fortaleça a confiança do empresário em seguir expandindo o investimento em atividades produtivas no território mineiro. Igualmente, o Legislativo tem trazido recorrentemente à arena de debate sua preocupação com os efeitos predatórios decorrentes do contexto de guerra fiscal entre os estados da federação. Com vistas ao reforço das medidas protetivas ao investimento produtivo, à renda e ao emprego, tem sido diligente no cumprimento do comando consti- “Assim, o esforço em direção ao equilíbrio fiscal do País necessita ser complementado com reformas estruturais que reduzam os atritos ao desenvolvimento e aumentem a produtividade e a competitividade da economia” tucional estadual que determina que é sua competência analisar e decidir sobre a ratificação da concessão de regimes especiais de tributação propostos pelo Poder Executivo. No campo do desenvolvimento regional e das políticas públicas, o Legislativo tem realizado um amplo estudo técnico de avaliação de impacto da lei que dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do ICMS pertencente aos Municípios – a Lei do ICMS Solidário. Tal estudo fundamentará a formulação de proposta de alteração da Lei que o Governo submeterá ao crivo do parlamento mineiro, e cujos objetivos fundamentais dirão respeito à otimização da distribuição regional dos recursos financeiros do ICMS e ao aperfeiçoamento das políticas públicas incentivadas pela lei. Além disso, citando o notável economista e formulador de políticas de desenvolvimento regional, Celso Furtado, segundo o qual “política é fantasia organizada”, Legislativo e Executivo tem trabalhado conjuntamente na realização de fóruns regionais relativos à nova territorialização do Estado proposta pelo Governo Estadual – os Territórios de Desenvolvimento. O objetivo é incrementar a eficiência e o potencial de execução de políticas públicas, entre elas a de desenvolvimento econômico regional, espraiando seu alcance sob uma ótica espacial inovadora e mais abrangente, por meio do planejamento baseado no diálogo com a população e os atores locais. No tocante à temática da diversificação produtiva e do aumento da produtividade da economia com viés de sustentabilidade ambiental, a Lei nº 21.713 recentemente sancionada pelo Governador, e de autoria parlamentar, fomentará o desenvolvimento da produção e da comercialização de energia fotovoltaica no Estado, diversificando a matriz energética mineira com uma fonte de energia econômica e ambientalmente sustentável e promovendo o adensamento da cadeia produtiva de energia no território mineiro. Aliás, essa lei é exemplo clássico de como a integração interinstitucional e federativa pode resultar em eficiência para a sociedade. Ela é resultado de entendimentos entre o Legislativo, o Executivo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – o BNDES –, de forma que, por meio de iniciativa parlamentar, alterou-se incentivo tributário concedido ao setor produtivo de energia solar fotovoltaica para garantir viabilidade econômica aos projetos de implantação dessa matriz energética em território mineiro, adequando-os aos modelos de financiamento oferecidos pelo BNDES, em consonância com as regras dos leilões de aquisição de energia fotovoltaica realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica – a Aneel. No domínio da gestão pública, o Legislativo agiu proativamente na análise e aperfeiçoamento de projeto de lei de autoria do Governador, já convertido na Lei nº 21.735, de 2015, que dispõe sobre a constituição de crédito estadual não tributário, fixa critérios para sua atualização, regula seu parcelamento, institui remissão e anistia. Basicamente, a lei introduz fator de eficiência na gestão pública ao uniformizar a formação do crédito estadual não tributário como, por exemplo, as multas de qualquer origem ou natureza, os créditos decorrentes da utilização do patrimônio, os créditos decorrentes de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia de contratos em geral ou de outras obrigações, entre outros. Além disso, busca introduzir eficiência na gestão ambiental ao agilizar a promoção do licenciamento e da fiscalização ambiental de atividades e empreendimentos poluidores e conceder perdão de multas ambientais de pequeno valor. Ainda, abre a possibilidade de equacionar, por meio de transação, as obrigações e penalidades previstas em Termos de Ajustamento de Conduta – TAC – e Termos de Compromisso – TC – que não estejam de acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. No campo do incentivo à eficiência e produtividade da economia, o parlamento mineiro tem trabalhado na análise e aprimoramento de efeitos de projeto de lei, também de autoria do Governador do Estado, que dispõe sobre o parcelamento de créditos estaduais, tributários e não tributários, dos quais sejam devedoras empresas em processo judicial. Em síntese, a proposição visa preservar a empresa e sua função social ao possibilitar o parcelamento de créditos tributários e não tributários dos quais o Estado seja titular em condições favoráveis ao devedor que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos de lei federal que regula a matéria. No domínio do planejamento orçamentário, o Legislativo detém a competência constitucional de avaliar e decidir sobre a proposta de orçamento elaborada pelo Executivo, tanto sob a perspectiva de longo prazo quanto pela ótica do planejamento e execução anuais. Nesse sentido, tem a atribuição de monitorar e fiscalizar a execução de metas físicas e financeiras, participando ativamente do acompanhamento do ciclo orçamentário estadual. O que significa por exemplo, para o caso da dotação orçamentária acumulada nos oito meses de 2015, monitorar a execução de cerca de R$320 milhões de créditos autorizados para ações ligadas ao incentivo do desenvolvimento econômico. Ainda, o Poder Legislativo está atento às demandas e posicionamentos dos agentes econômicos, explicitadas, por exemplo, por meio da Agenda Legislativa formulada pela Fiemg para o ano de 2015, na qual figuram as proposições de lei em tramitação no parlamento com conteúdo econômico em campos tão diversos, como política tributária e fiscal, inovação, meio ambiente e cultura a serviço da produtividade. Portanto, nos termos da proposição de uma agenda positiva em prol do desenvolvimento, que seja permeada pelo regime de cooperação harmônica entre agentes públicos e privados, é primordial a sugestão recentemente lançada pelo Vice-Presidente da República, Michel Temer, ao invocar uma união política dos esforços de todos os brasileiros sensatos, ou como diria Ulysses Guimarães, “chegou a hora de conversar”. 6 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Entrega do “Oscar da Economia de Minas” XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015 Os vencedores do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas MercadoComum – 2014/2015 foram agraciados durante solenidade ocorrida nos salões do Automóvel Clube de Minas Gerais, em Belo Horizonte – MG, no dia 27 de outubro, a qual contou com público de 350 convidados especiais. Antes da solenidade de premiação, foi servido um coquetel e, logo após, houve um Jantar de Confraternização aos participantes, em grande parte, constituído por presidentes e diretores das empresas agraciadas. As 25 empresas agraciadas com esta premiação foram definidas por processo eminentemente técnico que teve, como sustentação e fundamentação, as informações e dados relativos ao estudo intitulado XIX Ranking de Empresas Mineiras, publicado na edição 257, de MercadoComum. O principal elemento que permeia e define a escolha das empresas premiadas deste evento é a sua efetiva contribuição à economia e ao desenvolvimento de Minas Gerais, o que incluiu, ademais, a con- novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 7 Especial sideração preponderante de fatores determinantes como: agregação de valor; inovação e absorção tecnológica; expansão de vendas; integração nacional e internacional; governança corporativa; competitividade e produtividade; geração de riqueza; transparência; liquidez; geração de renda e emprego; contribuição de impostos; EBITDA; sustentabilidade; respeito ao consumidor; “compliance” e integração junto à sociedade da qual participa e integra; Visão de Futuro. Considerada, há muito, a Festa do PIB Mineiro ou a Noite do Oscar da Economia de Minas Gerais, a atual versão da premiação teve, mais uma vez, o objetivo de homenagear um conjunto de empresas que mais se destacou em Minas Gerais durante os anos de 2014/2015, em função de suas atividades econômicas, desempenho operacional e resultados financeiros. Uma única pessoa física participa como homenageada deste evento: Rubens Menin Teixeira de Souza, que receberá o título de Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais. A escolha de todos os agraciados, a exemplo das vezes anteriores, obedeceu a critérios rigorosos e estritamente técnicos, dispondo, como fundamento essencial, a análise dos balanços, das demonstrações de lucros e perdas e os relatórios de administração divulgados pelas empresas, com base no exercício de 2014. O mais relevante elemento que subsidiou, de forma substantiva, no levantamento e inventário de todas as informações, como alicerce principal deste estudo, conforme já mencionado, foi o XIX Ranking das Empresas Mineiras e os seus principais índices e indicadores do desempenho das empresas que está sendo publicado nesta edição alusiva à premiação. O Ranking das Empresas Mineiras não encontra similar em nível nacional. Vem sendo considerado uma das pesquisas mais relevantes e amplas sobre o desempenho das empresas com sede no Estado. Presentemente, contemplou a análise de cerca de três mil empresas que publicaram os seus balanços ou que os remeteram à redação de MC até o dia 06 de julho último, para integrar a base do referido estudo. De outro lado, constitui-se, paralelamente, uma peça importante na análise da evolução da economia mineira, incluindo em suas estatísticas e comparações, os dados de muitas empresas que não possuem os seus números contemplados em estudos similares em nível nacio- nal. A equipe encarregada de sua realização é liderada pela MinasPart - Desempenho Empresarial e Econômico, Ltda., responsável pelo levantamento e inventário das informações, a sua análise e conclusões, desde o início desta iniciativa, há dezoito anos. A escolha do agraciado da Categoria Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais é realizada por uma Comissão Especial, composta por todos os agraciados anteriores com o mesmo título; pelos membros do Conselho Editorial e Consultivo de MercadoComum; pelos presidentes das principais entidades de classe empresarial do Estado e por consulta, direta e seletiva, a leitores e assinantes da publicação. A Empresa Destaque do Ano de Minas Gerais é a CBMM-Cia. Brasileira de Mineração e Meta- lurgia, escolhida de acordo com vários critérios definidos em relação ao desempenho empresarial global das empresas participantes do XIX Ranking de Empresas Mineiras. As 25 empresas que compõem a Categoria Melhores e Maiores – Empresas Excelência de Minas Gerais tiveram as suas classificações definidas por meio do XIX Ranking de Empresas Mineiras. Cabe salientar que, praticamente todas as empresas compreendidas neste estudo e premiação têm, ao longo de sua realização, destacado este evento em seus relatórios anuais. Realmente, este tem sido o grande objetivo desta premiação, que é o de valorizar as empresas e pessoas que efetivamente contribuem para o melhor desempenho da economia e alavancam, com sua eficiência e produtividade, o desenvolvimento sócio-econômico de Minas. 8 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais: 1998/1999 José Alencar Gomes da Silva Grupo Coteminas 1999//2000 Eduardo Borges de Andrade - Grupo Andrade Gutierrez 2000/2001 Antônio José Polanczky Grupo Belgo-Mineira 2001/2002 Djalma Bastos de Morais Cemig-Cia. Energética de Minas Gerais 2002/2003 Salim Mattar Grupo Localiza 2003/2004 Alair Martins do Nascimento Grupo Martins 2004/2005 Robson Braga de Andrade FIEMG - Grupo/Orteng 2005/2006 Roger Agnelli Grupo Vale do Rio Doce 2006/2007 Rinaldo Campos Soares Grupo Usiminas 2007/2008 Cledorvino Belini Grupo Fiat 2008/2009 Modesto Carvalho de Araujo Neto Drogaria Araujo S.A. 2009/2010 J. Murillo Valle Mendes Grupo Mendes Jr. 2010/2011 Wilson Nélio Brumer Grupo Usiminas 2011/2012 Ricardo Valadares Gontijo – Direcional Engenharia S.A. 2012/2013 Olavo Machado Jr. FIEMG 2013/2014 Jacques Gontijo Álvares Itambé 2014/2015 Rubens Menin Teixeira de Souza MRV Empresas destaques do ano de Minas Gerais 1998/1999 FIAT Automóveis S.A. 1999//2000 CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais 2000/2001 CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais 2001/2002 CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais 2002/2003 CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais 2003/2004 USIMINAS - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. 2004/2005 USIMINAS - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. 2005/2006 USIMINAS - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. 2007/2008 FIAT Automóveis S.A. 2008/2009 FIAT Automóveis S.A. 2009/2010 FIAT Automóveis S.A. 2010/2011 FIAT Automóveis S.A. 2011/2012 CEMIG Distribuição S.A. 2012/2013 FIAT Automóveis S.A. 2013/2014 FIAT Automóveis S.A. 2014/2015 CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração Relação dos Agraciados Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais Empresa do Ano de Minas Gerais Rubens Menin Teixeira de Souza Presidente do Grupo MRV Engenharia CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração 2006/2007 FIAT Automóveis S.A. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 9 Especial Liderança Setorial de Minas Gerais HOLDING COMÉRCIO CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais Drogaria Araujo S.A. INDÚSTRIA EXTRATIVA MINERAL INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE S.A. CBMM-Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira S.A. SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES SERVIÇOS BÁSICOS DE UTILIDADE PÚBLICA Prosegur Brasil S.A. – Transp. Vals. Segurança CEMIG Distribuição S.A. INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA Itambé – Indústria Alimentícia S.A. SERVIÇOS DE SAÚDE UNIMED-BH – Coop. Trabalho Médico INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL MRV – Engenharia e Participações S.A. Fiat Automóveis S.A. INDÚSTRIA METALÚRGICA/ SIDERURGIA ArcelorMittal Brasil S.A. INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA INDÚSTRIA TÊXTIL Banco Fidis S.A Cia. Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira SERVIÇOS GERAIS – Locação de Veículos TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Localiza Rent a Car S.A. Empresa Gontijo de Transportes S.A. Categoria Melhores e Maiores Empresas de Minas Gerais Empresas Excelência de Minas Gerais Andrade Gutierrez S.A. (Grupo) AngloGold Ashanti C.S. Mineração S.A. ArcelorMittal do Brasil S.A. (Grupo) Banco Fidis S.A CBMM-Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração Cedro Têxtil (Grupo) Cemig – Cia. Energética de Minas Gerais (Grupo) Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira S.A. Copasa – Cia Saneamento de Minas Gerais Cooxupé - Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. Drogaria Araujo S.A. Eletrosom S.A. Empresa Gontijo de Transportes S.A. (Grupo) FCA Fiat Chrysler Autom. Brasil Ltda. (Grupo) Itambé Alimentos S.A./ Grupo CCPR-MG Instituto Hermes Pardini S.A. Localiza Rent a Car S.A. (Grupo) MRV Engenharia e Part. S.A.. Pif-Paf - Rio Branco Alimentos S.A. Prosegur Brasil S.A. Rima Industrial S.A. Sicoob - Central Crediminas Tambasa – Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A. Unimed-BH Vallourec Tubos do Brasil S.A. – (Grupo) 10 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial 17 anos de premiação – 23 anos de MercadoComum O desenvolvimento em primeiro lugar Carlos Alberto Teixeira de Oliveira* Economista, Presidente/Editor Chefe de MercadoComum Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Sejam bem-vindos a mais esta noite de entrega do “Oscar da Economia de Minas Gerais”. Cumprimento e parabenizo os agraciados deste XVII Prêmio Minas - Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores - MercadoComum - 2014/2015, destacando o nome de Rubens Menin Teixeira de Souza, escolhido “Personalidade Empresarial de Minas Gerais” desta premiação. A “Empresa Destaque” deste XVII Prêmio Minas - Desempenho Empresarial é a CBMM-Cia. Brasileira de Mineração e Metalurgia. Cumprimento e parabenizo todos os seus dirigentes aqui presentes e, em especial, o Tadeu Carneiro – Presidente, e o J. D. Vital, diretor de Comunicação. Através da metodologia utilizada - que utiliza critérios sofisticados de comparação da eficiência empresarial, a CBMM obteve excepcional desempenho, em todos os itens possíveis de serem alcançados. Saúdo o empresário Modesto Carvalho de Araujo Neto, presidente da Drogaria Araujo – Liderança Setorial - Comércio – tradicional vencedora deste evento, e, ele, uma das Personalidades Empresariais anteriores deste evento. Em seu nome, também cumprimento todas as Personalidades Empresariais anteriores aqui presentes. Especiais agradecimentos dedicamos a todos os que apoiam e patrocinam, nesta oportunidade, esta iniciativa - como a Fiat, a FIEMG, a MRV, a Codemig, a MinasPart Desenvolvimento, o Dot Digital Group, a Rosenberg Economia e a Eurovest, o IBEF-MG, a ASSEMG e, em especial, àqueles que estarão veiculando as suas publicidades na edição desta premiação de MercadoComum. Lembro que as publicidades são a única fonte de recursos da nossa publicação e MercadoComum estará circulando, no início de novembro, com uma edição-síntese, com os principais indicadores das empresas mineiras e os destaques deste evento. MercadoComum – Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios está iniciando o seu 23º ano de circulação. Como uma das três mais antigas publicações brasi- “O maior objetivo dessa iniciativa da noite de hoje é o de valorizar a iniciativa privada e os empreendedores de nosso Estado, além de promover o reconhecimento daqueles que estejam diretamente envolvidos no grande esforço que se constitui a construção de uma Minas e de um Brasil, melhores e mais justos, para os mineiros e os brasileiros” leiras especializadas em economia com alcance nacional, MC conta com um público eminentemente formador de opinião e, atualmente, dispõe de um site na internet com mais de 50 mil acessos mensais dedicados, em grande parte, à leitura de suas edições regulares. O maior objetivo dessa iniciativa da noite de hoje é o de valorizar a iniciativa privada e os empreendedores de nosso Estado, além de promover o reconhecimento daqueles que estejam diretamente envolvidos no grande esforço que se constitui a construção de uma Minas e de um Brasil melhores e mais justos para os mineiros e os brasileiros. É, exatamente na concepção de uma Minas síntese do Brasil e no valor de sua gente, da sua sociedade, da sua economia, das suas empresas e empresários que, há dezessete anos, surgiu a decisão inédita de se render uma homenagem a todos os que participam da consolidação do desenvolvimento e se envolvem no engrandecimento da nossa economia. Por isso, não vejo nenhuma redundância em afirmar que, neste momento, aqui nos encontramos reunidos para festejar a entrega do “Oscar da Economia Mineira” àquelas empresas que mais se destacaram, em diferentes setores e atividades, com desempenhos significativos e resultados positivos. Neste ano, são 25 as empresas premiadas em uma única categoria intitulada “Melhores e Maiores – Empresas Excelência de Minas”. Entre elas, várias são, simultaneamente, lideranças setoriais. Uma única pessoa física é premiada, com a titulação de “Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais”. Esta premiação encontra-se centrada e embasada em parâmetros eminentemente técnicos, além de focar-se, fundamentalmente, no estudo e análise criteriosa de mais de 3.000 balanços, demonstrações de lucros e perdas, em relatórios de administração e nas mais variadas informações divulgadas pelas instituições e empresas, no dia-a-dia, junto à sociedade e à imprensa em geral. Na premiação deste ano, também foram levados em consideração outros quesitos, como governança corporativa, sustentabilidade, respeito ao consumidor, interação com a sociedade e a comunidade, inovação tecnológica, ambiente de trabalho, transparência etc. Cabe destacar, no entanto, que o elemento mais importante desse novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 11 Especial estudo é o Ranking das Empresas Mineiras que, há dezenove anos consecutivos, vem sendo publicado anualmente, de forma inédita e pioneira, nas edições de MercadoComum. O Ranking das Empresas Mineiras, sem similar em nível regional, já se constitui numa das peças mais importantes para a compreensão da nossa realidade econômica e da evolução, principalmente, das atividades empresariais de nosso Estado. Há vários anos, durante esta solenidade, sempre venho destacando que o Brasil havia desaprendido a maneira de crescer de forma vigorosa e contínua. Entendo que, agora, a situação ficou ainda pior. Além de não crescer, o país experimenta um de seus ciclos mais intensos de retração econômica, com expressivo declínio em sua atividade produtiva. Essa doença tem nome: chama-se síndrome do raquitismo econômico. E país que não cresce é país de futuro incerto, restrito e condenado. Poderia passar boa parte da noite de noite simplesmente discorrendo sobre o enorme grau de dificuldades pelo qual passa a economia e a nação brasileira nos dias atuais: queda do PIB, neste ano, em torno de 3% e, em 2016, com perspectivas de declínio de 2%; inflação e desemprego rondando os 10%; déficit público atingindo 9% do PIB; endividamento público beirando 70% do PIB; juros reais, campeões mundiais, absurdamente elevados e cujo pagamento já atingiu quase R$ 500 bilhões nestes últimos doze meses – cabendo destacar que a despesa da dívida passou a constituir-se o item mais expressivo entre todos os dispêndios públicos, superando os 8% do PIB; infraestrutura em completa decomposição; câmbio iniciando namoro do real com o dólar norte-americano cotado a R$ 5,00 etc. Enfim, trata-se de um coquetel de nefastos ingredientes que, somado à perda de credibilidade e de confiança na gestão pública, da insegurança jurídica às incertezas políticas, esta situação pode sugerir que estamos sendo projetados a cenários absurdamente críticos e de grande desesperança. No entanto, prefiro aproveitar esta oportunidade do nosso encontro de hoje para provocar uma discussão em torno do Brasil que, mesmo sob as mais adversas circunstâncias, ainda assim dá certo, gera trabalho e onde se constrói outras dimensões positivas e bemsucedidas. É exatamente no exemplo e na atividade da nossa Personalidade Empresarial do Ano, o engenheiro Rubens Menin Teixeira de Souza, que devemos nos inspirar como uma resposta a estes momentos pelos quais hoje trafega a economia nacional. É preciso que o Brasil volte a afirmar-se na busca do desenvolvimento e pela construção do futuro melhor que merecemos. Para isso, será absolutamente indispensá- Há vários anos, durante esta solenidade, sempre venho destacando que o Brasil havia desaprendido a maneira de crescer de forma vigorosa e contínua. Entendo que, agora, a situação ficou ainda pior. vel fazer o dever de casa que antes negligenciamos e que ainda relutamos empreender. O caminho a seguir passa por urgentes reformas estruturais e institucionais, com uma ampla revisão da Constituição Federal e reformatação do sistema político nacional. Não se trata mais de se discutir se devemos seguir a trilha mais à esquerda, à direita ou ao centro. A discussão destas questões está esgotada e ultrapassada. É preciso avançar, seguir em frente, onde o crescimento econômico seja a determinante, a palavra chave e de ordem. Nós, brasileiros, não temos o direito de ser pessimistas nem podemos compartilhar o pessimismo que hoje permeia boa parte das análises sobre a nossa economia e suas perspectivas. Tem sido característica marcante do Brasil superar as suas dificuldades e o país sempre ofereceu respostas e soluções rápidas, por maiores que tenham sido os seus problemas. São várias as lições nesse sentido. Portanto, entendo que os entraves atuais não podem ser vistos como duradouros ou definitivos. Nesse sentido, mais uma vez gostaria, ainda, de acrescentar aqui, algumas frases do saudoso presidente JK: “O otimista pode até errar. Mas o pessimista já começa errando”. -“Não sou pessimista, não só porque não está na minha feição sê-lo, mas também porque, na realidade, é imperdoável falta de realismo desdenhar as possibilidades que o Brasil oferece. Por maiores que sejam os obstáculos e dificuldades a enfrentar, por mais ásperos que sejam os caminhos que estamos percorrendo neste momento, não devemos esquecer o valor patrimonial existente em nossa terra, com as suas riquezas ainda longe de serem avaliadas na sua maior parte, com as suas possibilidades praticamente desconhecidas e apenas entrevistas. Como aceitar a tese do pessimismo, do negativismo, se não há ainda um inventário dos bens nacionais, se não sabemos sequer o que possuímos para fazer face à crise que nos aflige?” O crescimento vigoroso da nossa economia não pode ser uma coisa esporádica, efêmera, episódica, ocasional ou casuística. Torna-se imprescindível que o novo crescimento econômico brasileiro também incorpore outras variáveis, como aquelas de qualidade, de inovação tecnológica, de produtividade e de competitividade. Enfim, urge ao Brasil buscar a sua transformação em país desenvolvido e implantar um “Sistema de Metas de Crescimento Econômico Vigoroso e Contínuo”. O crescimento econômico vigoroso e contínuo deve se transformar, efetivamente, na principal e na maior de todas as metas econômicas nacionais, permitindo a convolação do País em uma economia madura e desenvolvida. Já tivemos vários exemplos bem-sucedidos implementados no passado, como foi o caso do Plano de Metas durante o governo JK. Considero ser este o caminho certo, rumo ao futuro promissor que pretendemos trilhar, construir e conquistar. Quero, nesta oportunidade, reafirmar que aposto no desenvolvimento de Minas Gerais, na possibilidade de o Brasil conciliar-se com o crescimento e a modernização da economia, com a justiça social e a democracia. Nós brasileiros não temos o direito de ser pessimistas nem podemos compartilhar do pessimismo que hoje permeia boa parte das análises sobre a nossa economia e suas perspectivas. Minas é o Estado-Síntese do Brasil. Daqui, porque não?, deve ecoar, mais uma vez, neste momento em que o País está apreensivo pelas suas dificuldades momentâneas, e, por isso, impossibilitado de enxergar o futuro que tem em mãos para ser construído, um grito de esperança e fé. Mas, também, deve ressoar um clamor pela adoção de atitudes novas, corajosas e criativas por parte da Sociedade e do Governo, único caminho para que o sonho se torne realidade. Reitero nossos cumprimentos, parabenizo o engenheiro Rubens Menin Teixeira de Souza, a CBMM e todas as empresa agraciadas desta premiação, desejando-lhes muito sucesso e que todos os senhores continuem repetindo, com bastante êxito, essa trajetória positiva que muito dignifica Minas e engrandece o Brasil. *Discurso proferido durante a realização do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – ocorrido nos salões do Automóvel Clube de Minas Gerais, em 27 de outubro de 2015. 12 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Uma chave a cada três minutos Um dos fundadores do Grupo MRV, em 1979, ao lado dos sócios Mário Lúcio Pinheiro Menin e Vega Engenharia Ltda, Rubens Menin Teixeira de Souza é muito mais do que o R na mais conhecida construtora de imóveis populares do país. Depois de décadas comandando diretamente o grupo, Rubens Menin atualmente é o presidente do Conselho Administrativo da maior incorporadora e construtora brasileira no segmento de Empreendimentos Residenciais Populares, com mais de 36 anos de atuação, presente em 132 cidades, em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal. Próximo de terminar a quarta década no comando da MRV, o empresário recebeu a reportagem de MercadoComum, dias antes de ser o principal homenageado do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015. Nesta entrevista descontraída, ele revela alguns segredos do sucesso da empresa, alerta sobre a gravidade da crise econômica, mas aposta em um futuro sustentável para o grupo e o próprio mercado de construção civil brasileiro. “Nossa demanda é de 35 milhões de moradias para os próximos anos e temos mais de 100 milhões de brasileiros com capacidade de compra”, destaca, otimista. Levando em conta sua experiência profissional quase que inteiramente dedicada à MRV, poderia falar das conquistas e principais feitos ao longo desse tempo? Estou com 59 anos de idade e comecei a trabalhar com 18. Então, já estou com quase 42 anos de profissão. Fiz Engenharia na Federal (Universidade Federal de Minas Gerais) e comecei a fazer estágio no primeiro ano, aos 18 anos. Minha família é de engenheiros, minha mãe era engenheira, então sempre gostei muito da profissão, é uma coisa que me dá prazer. E, hoje, somos muito absorvidos pela burocracia, pela parte institucional da empresa e ficamos um pouco mais longe do dia a dia da produção. Não estou mais na presidência da empresa, mas na administração, um pouco mais longe. Apesar de ainda ir ao canteiro de obras, tenho saudade daquele dia a dia chamado “pé no barro”. Me dá prazer ver as obras, principalmente as atuais, que são No Brasil, o popular é classe média-baixa, média e médiaalta. Praticamente, somos a única empresa que faz isso há tanto tempo no país. A MRV fez 36 anos, é muito tempo trabalhando somente com esse tipo de imóvel. Hoje, sabemos que muitos gostam de falar que um em cada 250 brasileiros mora num imóvel da MRV em algumas cidades. Criador da MRV conta como construiu o império que ergueu a moradia de um em cada 250 brasileiros maiores, obras grandes, com canteiros bacanas, sou muito satisfeito com a minha profissão. Eu acho que acertei. A gente nunca sabe o que vai fazer na profissão. Sobre a longevidade da MRV e o fato de a empresa estar tão destacada em relação às concorrentes. Fale sobre os diferenciais que a tornam líder no mercado e sobre os resultados positivos registrados no último semestre. Nós sempre trabalhamos com imóveis populares. No Brasil, o popular é classe média-baixa, média e média-alta. Praticamente, somos a única empresa que faz isso há tanto tempo no país. A MRV fez 36 anos, é muito tempo trabalhando somente com esse tipo de imóvel. Hoje, sabemos que muitos gostam de falar que um em cada 250 brasileiros mora num imóvel da MRV em algumas cidades. No fim do ano que vem, um em cada 200 brasileiros estará morando num imóvel MRV. Em Belo Horizonte, um em cada 26 pessoas já mora. Em Uberaba, um em cada 20; em Ribeirão Preto, um em cada 20. E isso é muito gratificante, pois quando começamos a trabalhar no setor, a construção popular era quase um patinho feio, praticamente não existia. Pensando em Belo Horizonte, por exemplo, nunca faltou mercadoria para essa população, falta para classe média- baixa e para a média-média. E o que me dá muita tranquilidade é o seguinte: o Brasil tem uma demanda, nos próximos 25 anos, de 35 milhões de moradias. O que acontece é que o público não é só de famílias. As pessoas passam a ser clientes potenciais a partir dos 25 anos de idade, solteiro, casado, ou com namorado, ou viúvo, é um público vasto. Então, temos que construir quase um milhão e meio de moradias por ano. Hoje, estamos aproximadamente com 500 mil, falando de construções no Brasil de forma organizada, sem citar as moradias não organizadas, que são as moradias feitas em áreas de risco, sem aprovação e de baixa qualidade. Então, existe uma demanda muito grande, futura, o que torna nosso mercado muito sustentável. Não somos como uma fábrica de carros, que você pode fazer uma casa na China e exportar para o Brasil. Nós vamos ter que construir 35 milhões de moradias, isso é um negócio ma- novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 13 Especial luco em termos de geração de emprego e economia. A construção civil é um pré-sal, ainda que ele não tenha sido como gostaríamos, em termo de importância econômica brasileira, porque vai ser feita por brasileiros e para brasileiros. São casas feitas aqui, nada vai ser exportado. Então é um ganho. Do Brasil e no Brasil. Nos Estados Unidos tem isso também. A Europa já não tem, mesmo com a questão dos imigrantes, não tem demanda. Você tem alguns países da Ásia que também têm demanda, como China, Índia, mas de forma mais desorganizada. Então, um dos maiores mercados de construção residencial é o Brasil. E, importante, tem renda. Veja o caso da África, por exemplo, que tem um grande mercado, mas como não tem renda, então não tem mercado. O mercado é um somatório de crédito, renda e demografia. O Brasil é pequeno em relação ao PIB, tem uma renda, nós temos mais de 100 milhões de brasileiros com capacidade de compra. E temos a demografia. Se voltarmos no tempo, lá em 1974, quando comecei a trabalhar, percebemos que o mercado era pequeno, muito rudimentar. Hoje é muito diferente. Então, quando eu vejo que a MRV entregou uma chave a cada 3 minutos no ano passado, percebo que é uma industriazinha que está fazendo muito, e isso é muito bacana. Eu acho que essa industriazinha tem muito tempo pela frente, e eu não estou pensando em sair desse mercado tão cedo. Acredito que acho que quando a gente está com disposição, vontade e saúde, tem que estar presente nesse mundo. Mesmo com essa crise econômica? A crise é séria e alguns setores são mais suscetíveis, como a indústria automobilística, por exemplo. Porém, nosso setor é bastante sustentável. Na minha opinião, não deveria haver desemprego nesse setor. Outra coisa é o financiamento no Brasil, que ainda existe. Você não está tendo dinheiro hoje para dar a faixa 1, que é o que o governo não tem, mas temos o Fundo de Garantia. Ele, sozinho, consegue financiar 60.000 moradias por ano, mais a poupança, mais os outros financiamentos. Mas, de fato, o maior adversário que temos hoje no Brasil chama-se burocracia. Ela é o maior adversário do setor, porque encarece muito o imóvel e atrasa demais o projeto. Fizemos um estudo, contratamos a FGV (Fundação Getúlio Vargas), e a burocracia é a principal culpada, seja no cartório ou na aprovação de um projeto. Para se der uma ideia, a burocracia excedente custa 12% do custo do imóvel, e isso é um absurdo. Fora que o projeto, no Brasil, demora, às vezes, cinco anos para ser aprovado. Ou seja, você compra um terreno e, até você ter o licenciamento final, se passarão cinco anos. Nem sempre você precisa do licenciamento ambiental, não é em 100% dos casos, mas só essa licença pode demorar mais de dois anos para ser emitida. É necessário que exista um licenciamento, eu creio que sim, mas não pode ser tão demorado, existe um compromisso com o tempo, e o tempo é dinheiro. Ou seja, a burocracia para as empresas de construção civil do Brasil encarece a obra para os consumidores, tanto quanto o cimento. Aliás, para falar a verdade, a burocracia custa o mesmo que o cimento da construção. Sobre as transformações do mercado, como a empresa se posiciona hoje em relação às questões de infraestrutura dos prédios, que hoje devem ser mais sustentáveis? Existe algum projeto nesse sentido? Esse é um processo que demorou muito a evoluir, mas está se desenvolvendo muito rapidamente. Uma das coisas mais interessantes que está acontecendo no mundo é a questão da energia sustentável – eólica, solar e outras mais. Eu acho que, em um prazo muito curto, a construção vai ter uma eficiência de energia fantástica. Outro problema que acontece, falando de sustentabilidade, é o consumo de água. Nós estamos “A crise é séria e alguns setores são mais suscetíveis, como a indústria automobilística, por exemplo. Porém, nosso setor é bastante sustentável. Na minha opinião, não deveria haver desemprego nesse setor” investindo pesado nisso, apesar de tudo. Toda a eficiência de consumo, do reaproveitamento. A sustentabilidade é um negócio muito amplo. Se você entrar numa obra nossa hoje, toda canalizada, o desperdício é menos de 1%. Não existe desperdício. Mas todas as construtoras têm esse nível de eficiência? É lógico que não. Você trabalha em escalas, a coisa é um pouco diferente. Tem obras muito mais industrializadas que outras. Nós temos obras com dois mil, três mil apartamentos, isso é uma indústria, não é? Se tivéssemos um desperdício desse tamanho, já teríamos quebrado há muito tempo. Não existe espaço para desperdício. Vou te dar um dado concreto. Nós temos um índice, chamado índice IP, Índice de Produtividade. De acordo com o IP, a gente gastava 12 homens para fazer apartamento\mês em 2007, ou seja, eu precisava de 12 funcionários no canteiro para fazer cada apartamento, e se eu tivesse 120 funcionários, eram 10 apartamentos. Hoje, estamos fazendo com seis funcionários, que é metade. E vamos baixar esse número. Lembrando que, se há produtividade, evidentemente, existe muito mais automação nos canteiros, muito mais estruturação, muito mais equipamentos. Ou seja, mudou muito, se compararmos 1974 com hoje. E o tempo de execução caiu também, na mesma proporção? Caiu muito. Você ganha muito em tempo. Construímos, hoje, conjuntos de dois mil apartamentos em 18, 20 meses, ou até menos, como fizemos em Guarulhos, São Paulo. Antigamente, você fazia 200 apartamentos em 18 meses, 24 meses, então você vê a diferença. Sabemos que a inovação é através da produtividade, mas a concorrência, o próprio mercado, a questão econômica, as margens. Esse conjunto é tão bom como já foram no passado? Não. Reunindo todos os dados, percebemos que estamos num momento dos mais baixos em termos de margens do setor. Está muito ruim, a margem culminada do setor no ano passado foi de 3%, essa margem já foi de 11%. O setor está passando por um desafio de melhoria e de produtividade. Em 2011, foi o ápice, em termo de produção, de lançamento, de margem. 2014 e 2015 foram anos ruins, mas 2015 deve fechar ainda pior que o ano passado, em relação ao setor como um todo. E nos próximos anos, o senhor tem essa visão um pouco mais pessimista também? Eu acho que 2015, 2016 e, talvez, 2017, serão anos muito difíceis. Infelizmente, passei por muitas crises na minha vida, a mais séria foi em 1982. Já a crise de 2008 foi muito grave no mundo, no Brasil foi menos importante. Tenho a sensação que essa pode ser a pior crise que a gente já passou. E acho que dificilmente não será. O PIB já deve ter caído uns 4%, vai cair uns outros 4%. Isso é desastroso. Então, está embutido aí o desemprego, e isso é grave, muito grave. Talvez seja o maior desafio das empresas. 14 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial A MRV é referência em moradia popular, e essa modalidade construtiva requer um baixo custo. E isso já foi visto como motivo de questionamento sobre a qualidade das moradias. Hoje, sabemos que não é mais assim. Então, como a MRV fez para garantir a qualidade das moradias e priorizar o preço baixo? Nós não construímos imóveis de luxo. As pessoas nos taxavam de qualidade ruim, porque comparavam com apartamento de luxo. Eu ressalto que existem três tipos de qualidade, todas igualmente importantes. Primeira qualidade é a técnica, fundamental, pois é ela que garante um concreto bem-feito, um projeto bemfeito, essa não aparece. É a qualidade que tem que ter mais atenção, e a MRV tem muito. A segunda qualidade é a de que a parede tem que estar certinha, tudo tem que estar perfeito, a porta tem que estar correta, ou seja, a qualidade da execução. E a terceira é a qualidade final. Priorizamos sempre as três qualidades. Nós temos 280 mil clientes ativos em vários estados do Brasil. Além disso, temos que ter uma qualidade preventiva muito boa. Essa qualidade é tão importante quanto o prédio ser bonito ou feio, ser de granito ou não. Você compra um apartamento, sua descarga tem que funcionar, sua porta tem que funcionar, o tubo não pode estourar, o fio não pode queimar, então acho que nisso nós estamos muito bem, tem sido o auge da empresa. Ou seja, é muito importante que você tenha uma qualidade que você não enxerga, mas que ela funcione. Em quantas cidades a MRV está hoje? O que diferencia esses merca- dos, na opinião do senhor? É muito diferente trabalhar no Nordeste em relação ao Sudeste? A MRV está em 132 cidades, em 19 Estados, mais o Distrito Federal. O produto é praticamente o mesmo, se você entrar em um apartamento da MRV em Recife, em Porto Alegre e em Belo Horizonte, são similares. A gente faz quase que em série. Compramos, por exemplo janela, para o Brasil todo, é online, just in time; temos uma linha própria de cerâmica, e assim vai. O projeto é igual, isso nos facilita mais produtividade. Mas, os mercados sempre têm as regionalidades. No Sul por exemplo, onde é mais frio, você tem que ter uma iluminação diferente do Nordeste; no Nordeste, que é mais calor, o piso usado é de cerâmica; no Sul, tem a opção de carpete. A renda do Sul é muito maior que a do Nordeste, então o mercado de consumo é diferente. Cada região tem suas peculiaridades e buscamos nos adaptar. Qual Estado representa a maior fatia do mercado? A maior fatia é São Paulo, Minas é a segunda. São Paulo passou à frente há muito tempo. Nós temos 42 cidades em São Paulo. Em Minas, temos Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Juiz de Fora, Vespasiano e a região metropolitana de Belo Horizonte. Sabemos que 40% das vendas da empresa são pela internet. Como foi feita essa transição, como é que a empresa se estruturou para isso? Hoje, está todo mundo conectado. Existem as ferramentas, whatsapp e afins. Todo mundo tem um smartphone. Essa é a realidade. Assim, te- mos os links, onde a pessoa clica e cai na nossa central. Sim, cerca de 42% das nossas vendas se iniciam assim, por essa mediação. Por que se afastou da presidência executiva para a presidência do conselho? Eu fui obrigado. A gente está no novo mercado, e no novo mercado você não pode acumular os dois cargos por muito tempo. Sempre soube que teria que fazer essa transição que aconteceu em 2014. Esse processo começou em 2011, preparando o Rafael e o Eduardo, filho e sobrinho, para a presidência. Aqui, nós somos o conselho de administração da empresa e agora você tem dois tipos de presidentes do conselho, o executivo, que é o meu caso, que é full time, e o tradicional. Você acha que esse momento do mercado de capitais, de grande perda de confiança, principalmente do investidor pessoa física, é passageiro? Evidente que sim, mas vai demorar. Acho que nós estamos passando pelo pior momento do mercado de capitais, que é uma força para economia, o melhor dinheiro que vem é daí. Assim como a construção, vários setores só se viabilizaram por causa do mercado de capitais. Só que acabou no ano passado. O mercado de capital é muito pequeninho ainda, tem que crescer. Acho que é uma das grandes ferramentas para o crescimento da economia. Se você analisa os Estados Unidos, por exemplo. OS EUA têm seis mil empresas só na Bolsa de Nova York, na Bovespa são menos de 400, igual todas as bolsas do Brasil. E lá ainda tem Nova York, Nasdaq... E lá tem uma tradição da pessoa física investir na Bolsa... Você falou uma coisa interessante, lá tem mais de 100 milhões de acionistas, no Brasil, temos menos de 600 mil acionistas, é muito pouco. As pessoas ainda não entendem aqui que ação não é especulação, que é investimento. Eu acho que a evolução do mercado de capitais no Brasil vai ser fundamental para sustentabilidade e para o crescimento do país. Eu sou otimista, acho que, aqui, temos muitas chances. Como é a opinião do senhor sobre o atual governo? O que eu posso falar é que os políticos estão péssimos, esse é o nosso cenário. E, enquanto não resolvermos esse problema, não teremos desenvolvimento econômico. E isso me preocupa. Acho que essa crise política está muito séria e que se a gente não der uma organizada nisso, a coisa não vai fluir bem. Como está o resultado até agora na MRV em 2015? Apesar de tudo, o primeiro semestre foi bom pra MRV, houve crescimento, isso é importante. Então, posso falar que 2015 será um ano bom para empresa, a gente prevê que sim, apesar da crise. Nós não vamos sofrer tanto, porque nosso mercado é muito resiliente. A empresa teve que demitir? Nós diminuímos nosso número de funcionários, principalmente nos canteiros, mas muito pela produtividade. A questão é estamos fazendo o mesmo número de unidades com menos gente. Então, estamos hoje, se eu não estou enganado, com alguns canteiros com 23 mil e e poucas pessoas, quando, no passado recente, já tivemos 30 mil, fazendo a mesma coisa. Como a empresa lida com fornecedores? Com muita parceria. Veja bem, o nosso negócio é interessante, porque 120 fornecedores respondem por 90% do nosso negócio no Brasil inteiro. A gente faz contratos, por exemplo, com fornecedor de aço, para o ano inteiro, com uma empresa só. Isso permite boa negociação de preços. E com cerâmica, esquadrias, portas, a mesma coisa, sempre com uma mesma empresa. Os grandes fornecedores são poucos, e, alguns são parceiros de longa data. Ou seja, para um prédio popular, você tem muito menos fornecedores, o que facilita industrializar o nosso produto. O senhor tem um histórico de criação de novas empresas. Existe a ideia de ampliar a área de atuação da MRV ou não, para outros nichos? Aqui nesse prédio (sede da empresa no bairro Buritis, em Belo Horizonte), temos a Urban Mais e a LOG Comercial Properties. Essas empresas, que são independentes da MRV, têm uma sinergia, um DNA, e trabalham de forma totalmente independente. A Urban Mais é nossa empresa de loteamentos, tem a in- teligência separada. A mesma coisa com a Log CP, que é de condomínios logísticos e loteamentos industriais. A ideia é sempre otimizar. Por exemplo, todo nosso TI é um só, mas cada empresa usa e paga a sua conta, tem um time separado e a gente utiliza a parte comum, para ter mais eficiência. Qual é o seu grau de confiança do Brasil para os próximos anos? A longo prazo, é muito grande, tenho certeza que nós vamos ganhar essa guerra. Por outro lado, estou muito preocupado a curto prazo. Acho que o Brasil estava vindo bem, mas deu uma derrapada, então temos que voltar o carro para a pista. Mas, a longo prazo, tenho certeza que seremos vencedores. Quais as dificuldades de se ajustar os interesses do empresariado com os anseios da população? A crise tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom disso tudo é que, obrigatoriamente, vai ter muito mais conversa, muito mais diálogo, as dificuldades trazem esse momento. Estou sentindo que agora, que as coisas estão andando mais rápido, que estamos tendo mais sinergia, apesar de todas as dificuldades. Temos discutido muita coisa e existe muito mais boa vontade para as coisas acontecerem. A dinâmica está muito melhor, os ouvidos estão mais atentos. Estivemos recentemente em Brasília e os governantes estão muito mais receptivos, esse é o lado bom da crise. Eu acho que as lideranças têm um papel fundamental nessa reconstrução do Brasil. E digo que, talvez, essa seja a grande culpa do Brasil, suas próprias lideranças, que foram fracas, foram ruins. Qual mensagem o senhor deixa aos leitores do MercadoComum? A preocupação que temos hoje é a seguinte: temos que ter muita responsabilidade. Acho que já fomos muito irresponsáveis. Eu, por exemplo, tenho nove netos, três filhos, três genros e noras, e sou muito preocupado com isso. Gostaria muito que meus netos pudessem ter no Brasil o mesmo grau de educação que poderiam ter na Europa, ou nos Estados Unidos, por exemplo. Não faz parte dos meus planos abandonar o país, então temos que lutar para colocar esse país em ordem. E isso vai caber às lideranças. Acredito que as lideranças dos brasileiros, têm uma parcela de culpa muito grande pelo que aconteceu no passado, por todas as desventuras. Não só a política atual, porque todas as outras também foram ruins, e nada acontece por acaso. O grande desafio agora é colocar esse país nos trilhos e e fazer com que o país dos nossos netos seja fruto de uma mobilização social. Em Miami, por exemplo, uma cidade latina, já que 85% das pessoas em Miami são latinas. Cheguei lá cinco dias depois de um furacão e a cidade já se organizava. Se fosse em São Paulo, a cidade parava. Nós temos que ter grandes investimentos no capital cívico, é o grande desafio, sem esse capital, o país não cresce. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 15 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Agostinho Tibério Marques - AngloGold Ashanti Alexandre Xavier - Vallourec Anderson Clayton Reis - Rima Industrial Geraldo Magela da Silva - Cooxupé Gilson de Oliveira Carvalho - FCA Fiat Chrysler Gunnar Murillo - Banco Fidis Hélder Guimarães - CBMM Luiz Fernando Neves - UNIMED-BH Márcio Serrano - Cemig Marco Antônio Branquinho Jr. - CEDRO TÊXTIL Modesto Carvalho Araujo Neto - Drogaria Araujo Paulo Eduardo Rocha Brant - Cenibra Paulo Henrique Pires - Localiza S.A. Roberto Santoro Meirelles -Hermes Pardini Rodolfo Lucas do Couto - Andrade Gutierrez 16 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Rodrigo Alcino e Walda Lemos - Eletrosom Rogério Rodrigues de Oliveira - Itambé Rubens Menin Teixeira de Souza Sérgio França - Prosegur Brasil Valéria Maria da Silva Souza - PIF PAF Vicente de Paulo Lopes Cançado - SICOOB CREDIMINAS ANDRADE GUTIERREZ - Rodolfo Lucas Couto Santos ANGLOGOLD ASHANTI - Agostinho Tibério Costa Marques BANCO FIDIS - Gunnar Murillo CBMM - Tadeu Carneiro CEDRO TÊXTIL - Marco Antônio Branquinho Jr. CEMIG - Mauro Serrano CENIBRA - Paulo Eduardo Rocha Brant COOXUPÉ - Geraldo Magela da Silva DROGARIA ARAUJO - Modesto Carvalho Araujo Neto novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 17 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial ELETROSOM - Rodrigo Alcino e Walda Lemos FCA FIAT Chrysler - Gilson de Oliveira Carvalho GONTIJO - Calistrato Dias Filho HERMES PARDINI - Roberto Santoro ITAMBÉ - Rogério Rodrigo de Oliveira LOCALIZA - Paulo Henrique Pires MRV - Rubens Menin Teixeira de Souza PIF-PAF - Valéria Maria da Silva Souza PROSEGUR - Sérgio França RIMA INDUSTRIAL - Bruno Bello Vicintim SICOOB-CEDIMINAS - Vicente de Paulo Lopes Cançado TAMBASA - Alberto Portugal Azevedo UNIMED-BH - Luiz Fernando Neves Ribeiro VALLOUREC - Alexandre Porrtugal Xavier Banners com os nomes dos agraciados anteriores 18 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Alex Braga, Juscelo Lopes e Délio Malheiros Antônio Claret Guerra e Suely Guerra Anuar e Eliana Donato Beatriz e Rubens Menin Bruno Vicintin, Anderson Reis, Eduardo Caran e Daniel Kaukal Claudio Faria,Sérgio Frade, Luiz Gustavo Lage e Marcus Nogueira Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Sra. e Sr. Aquiles Leonardo Diniz Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Roberto Fagundes Délio Malheiros e Rubens Menin Teixeira de Souza Diplomas dos agraciados com a premiação Discurso de Rubens Menin Teixeira de Souza Discurso de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 19 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Fernanda Lopes, Vicente Cançado, Célia Cançado, Dayse Fernandes e Sérgio Teixeira Eduardo Bernis, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Álvaro Resende e Alvaro Cunha Hélio Sarfaty, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Edson Marinelli Eduardo Picchini, Paulo Alcoforado e Marcus Luz Flávio Franco, Beatriz Menin e Gil Araujo Flávio Mascarenhas e Ricardo Paixão Gunnar Murillo, Luciano Bello e Daniel França Edires Cafia, Valéria Souza Claudio Faria Humberto Alves Pereira Início do evento de premiação João Vitor Menin e Alexandre Riccio Levi Lobato, Marcelo Coury e João Eduardo Góes Reginaldo Dutra, Rogério Oliveira e Marílio Ottoni Luiz Aníbal Fernandes e Rodrigo Paim Fernandes Manoel Ferreira Guimarães e Carlos Carneiro Costa 20 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Manoel Pereira Bernardes Marcelo Coury Abrão Marcos Sant’Anna Marcus Luz, Reinaldo Campos e Paulo Alcoforado Marcus Nogueira, Sérgio Frade e Sebastião Luiz da Silva Maria Coeli Porto e Arlindo Porto Maria Eugênia e Armando Couri Maurilio Otoni e Tarcilene Tadeu Lima Modesto e Sílvia Araujo Momento do Hino Brasileiro Momento do Hino Brasileiro e de MG Momento do Hino Nacional Sr. e Sra. Estevão Rocha Fiuza Paulo Navarro entrevista Tadeu Carneiro Regiane Moreira Nascimento novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 21 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial Luis Márcio Viana, Teodomiro Diniz, Délio Malheiro e Claudio Faria Ricardo Guimarães entre João Eduardo Góes e Manoel Ferreira Guimarães Roberto Dantas, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Vicente Amorim Roberto Nascimento e Diva Rodrigues Rodolfo Santos, Ilma Lara, Délio Malheiros e Kátia Lage Rubens Menin recebendo troféu e diploma de Personalidade Empresarial Rúbia Angélica e Manoel Mário Souza Barros Sérgio Soares Cavalieri Wagner Espanha e Teodomiro Diniz O som esteve a cargo de Antonio Balbino de Oliveira Vínicio Tiso e seus Violinos Serviço de Buffet da Premiação 22 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 23 Especial 24 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial CBMM Empresa brasileira do setor privado, a CBMM, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, foi fundada em 1955 em Araxá, Minas Gerais, onde se localizam grandes reservas de minério de nióbio. A empresa é o mais importante fornecedor mundial de nióbio e da tecnologia do nióbio e inteiramente integrada, desde a mina até produtos finais atendendo às necessidades do consumidor final. Além disso, a CBMM fornece apoio técnico especializado a cada cliente nos mais sofisticados segmentos da siderurgia e tecnologia em todo o mundo. Graças a décadas de investimentos na tecnologia do nióbio, em aplicações de nióbio e na prestação de serviços aos clientes, a CBMM ostenta também a posição de principal única empresa com presença em todos os segmentos do mercado de nióbio. A empresa faz parte do seleto grupo de empresas contempladas pelo XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015. A CBMM se esforça para ir além de suas expectativas, onde quer que estejam esses clientes. A Companhia tem sua matriz em Araxá, Minas Gerais, uma subsidiária de tecnologia na Suíça, outras três subsidiárias comerciais na Europa, Ásia e América do Norte, bem como uma extensa rede mundial de armazéns estrategicamente localizados. A empresa conta com um quadro de aproximadamente 1.800 profissionais altamente treinados e dedicados, comprometidos em fornecerem tecnologias e produtos inovadores de nióbio a mais de 300 clientes em 50 países, em diversas partes do mundo. A sede da CBMM, mina, unidades de produção e centro de tecnologia estão localizados em Araxá, Minas Gerais. A empresa também mantém escritórios nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Além disso, a Companhia possui quatro subsidiárias no exterior, junto com quatro distribuidores e uma extensa rede de armazéns de seus produtos, visando atender às necessidades de seus clientes onde quer que eles estejam. A logística é fundamental para o atendimento eficiente aos clientes, destacando-se entre as várias vantagens da CBMM. Além de quatro subsidiárias, a Companhia mantém ampla rede de depósitos terceirizados, estrategicamente posicionados ao redor do mundo. Os depósi- tos mantêm estoques suficientes para pronto atendimento de qualquer necessidade, assegurando aos clientes acesso a um fluxo ininterrupto de produtos de nióbio de alta qualidade. O compromisso com o meio ambiente, os funcionários e a comunidade - assumido desde o início pela Companhia - consolidou a reputação da CBMM como um empreendimento sustentável. Além de numerosas certificações e distinções, inclusive de ter sido a primeira empresa de mineração e metalurgia do mundo a receber a certificação ISO 14001, a missão da CBMM é sustentável: ampliar a utilização da tecnologia do nióbio, transformando um recurso natural em soluções para a construção de um mundo melhor. O Grupo Moreira Salles é acionista majoritário da CBMM desde 1965. De 2002 a 2006, aumentou seu controle acionário - de 55% para 100% - através de compras sucessivas de participações mantidas pelo acionista minoritário Molycorp. Em 2011, uma participação de 15% na Companhia foi vendida a um consórcio japonês-sul-coreano e outra, também de 15%, foi adquirida por um grupo de empresas chinesas. Um contrato assinado em 1972 entre a CBMM e a estatal Camig (hoje, Codemig), define meios para a maximização do uso das reservas de nióbio de Araxá, garantindo à Codemig uma participação de 25% no lucro líquido ajustado de toda a operação com o nióbio. As atividades da CBMM estão em harmonia com os princípios de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade social, agregando valor à cadeia de suprimentos e a todos ligados à Companhia. Por isso, as diretrizes básicas do seu Sistema Integrado de Gestão são fundamentadas no respeito ao meio ambiente, aos seus colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, órgãos governamentais e à comunidade em que se insere. A CBMM investe na disseminação da tecnologia do nióbio junto aos seus clientes e usuários finais, além da criação de novas aplicações para o nióbio. A Companhia busca melhoria contínua dos seus processos, produtos e serviços por meio de inovação, tecnologia e capacitação dos seus colaboradores. Além disso, o programa ambiental da CBMM é cuidadosamente planejado para estar sempre à frente da legislação ambiental, continuamente superando as próprias regulamentações. CBMM é o mais importante fornecedor mundial e da tecnologia do nióbio História A história da CBMM está intimamente ligada ao desenvolvimento do processamento e aplicações do nióbio. Quando a Companhia foi fundada nos anos 50, não havia nem mercado e nem o know-how para produzir o nióbio. A CBMM desenvolveu os usos do ç e criou um mercado para o mesmo, através de um programa de desenvolvimento da tecnologia do nióbio e a promoção de sua eficácia, demonstrando as vantagens que fazem do nióbio um elemento insuperável em suas principais aplicações. Mais recentemente, a CBMM tem investido em processos avançados de manufatura e de gestão, resultando em melhora no desempenho e expansão da capacidade de produção. O sucesso da Companhia é consequência de décadas de investimento e de planejamento estratégico de longo prazo. Sustentabilidade A missão da CBMM tem, acima de tudo, um caráter sustentável: ampliar o uso da tecnologia do nióbio, transformando um recurso mineral em soluções para a construção de um mundo melhor. Relações sólidas com os clientes, investimentos constantes em tecnologia e crescente agregação de valor para os acionistas, paralelamente ao compromisso com o meio ambiente, funcionários e comunidade, que remonta aos primeiros dias da Companhia, consolidaram a posição da CBMM como um empreendimento sustentável. Monitoramento da qualidade da água Todo ano a CBMM coleta mais de 4.000 amostras de água e realiza cerca de 27.000 análises para monitorar a qualidade da água em pontos estratégicos dentro do parque industrial da Companhia. Vinte e cinco diferentes ensaios ambientais realizados pelo laboratório da CBMM contam com certificação ISO/ IEC 17025. Conservação dos recursos hídricos A CBMM trabalha para aumentar o índice de recirculação de água usada nos processos de produção. Investimentos contínuos para redução do uso de água nova mediante o aumento da produtividade e eficiência do processo vêm gerando resultados: 95% da água utilizada no novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 25 Especial processo de produção é reaproveitada atualmente e o objetivo é atingir 98% nos próximos dois anos. Otimização de recursos no manejo de resíduos Mais de 30 tipos de resíduos são reciclados, reaproveitados ou reprocessados pela CBMM ou terceiros autorizados, totalizando cerca de 50.000 toneladas em 2014. A Companhia investe substancialmente na recuperação de nióbio durante o processo de produção, assim como no gerenciamento de resíduos, visando minimizar os impactos ambientais decorrentes do uso de materiais. A CBMM mantém um pátio de triagem de 6.000 metros quadrados para organizar os resíduos em categorias diversas e buscar de forma constante fontes de materiais renováveis e reaproveitáveis. Além disso, mantém células de disposição de resíduos Classe I e Classe II, de última geração, para o manejo de tipos específicos de resíduos. Monitoramento da qualidade do ar A CBMM monitora sistematicamente a qualidade do ar em seu complexo industrial e no centro urbano de Araxá. Os resultados sempre se apresentam bastante abaixo dos limites previstos nas normas legais. Recentes intervenções reduziram ainda mais as con- centrações de partículas transportadas pelo ar, com resultados oito vezes abaixo dos limites legais. A Companhia lança mão de uma ampla gama de meios para controlar a emissão de particulados, in- cluindo-se filtros de manga, uma extensa correia transportadora de minério, monitoramento interno de emissões de veículos a diesel e controle de poeira nas vias internas do complexo industrial. Resultados A empresa fechou o ano de 2014 com Ativos de R$ 5, 961 bilhões. A Receita bruta de vendas para o mercado externo foi de R$ 4,040 bilhões, sendo R$ 207,459 milhões para o mercado interno. A Receita líquida das vendas fechou 2014 em R$ 4,207 bilhões, sendo o Lucro bruto do exercício de R$ 2,707 bilhões. O lucro líquido de 2014 foi de R$ 1,565 milhão. 26 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Drogaria Araujo Uma das empresas mais tradicionais de Minas, a Drogaria Araújo registra números impressionantes ao longo de sua trajetória. São 109 anos de história, 140 lojas espalhadas por todas as regiões de Belo Horizonte - além de Betim, Contagem, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Sete Lagoas e Vespasiano - e cerca de 20.000 itens comercializados pela rede. Esses dados tornam a Araújo sinônimo de confiança e reconhecimento por parte dos mineiros, o que reforça ainda mais a respeitabilidade da marca. O surpreendente histórico de sucesso da empresa também a credencia a ser uma das 25 empresas contempladas pelo XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015. Pioneirismo A história de sucesso é também uma história de pioneirismo e compromisso com o cliente. São da Araújo iniciativas como o primeiro plantão 24 horas da cidade, primeiro telemarketing, primeira drogaria do país com serviço Drive Thru, primeira Drugstore. Na área de medicamentos, a Araujo também se destaca. O “Padrão Araujo de Medicamentos” dá nome novo para uma confiança antiga: de que na Araujo sempre se encontra medicamentos com garantia de procedência, preço baixo, variedade e estoque. Não sem razão, a empresa é líder absoluta no coração dos mineiros; em 2014, foi a grande vencedora da 19ª edição do prêmio Top of Mind da revista Mercado Comum. Pela 5ª vez consecutiva, a Drogaria Araujo foi a mais lembrada entre todas as marcas mineiras dessa premiação, conquistando o prêmio Top do Top, com 73,3% das opiniões. Também, pela 14ª vez, foi a marca mais lembrada no segmento Excelência – Drogaria/ Farmácia, com 75,4%. Isso significa que, entre 10 pessoas entrevistadas, mais de 7 têm a Araujo como a primeira marca que lhes vem à cabeça. História Poucas empresas chegam aos 100 anos tão modernas, hoje uma referência nacional no setor em que atua. Em 1906, quando a capital mineira tinha apenas nove anos, Abelardo de Faria Alvim e José Lage Martins da Costa fundaram a Pharmácia Mineira e, três anos depois, contrataram como balconista o jovem Modesto Carvalho de Araujo, que, à época, tinha apenas 17 anos. Empreendedor e dedicado, Modesto comprou a farmácia de seus empregadores em 1913, mudando em seguida o nome para “Drogaria Araujo”. Sem imaginar que, mais de 100 anos depois, o nome da família continuaria associado aos valores que ele tanto prezava: pioneirismo, seriedade, compromisso, ética, respeito pela vida, tradição, inovação e atenção aos detalhes em tudo o que faz. O nome Araujo hoje é mais do que uma marca forte: é um patrimônio de toda a cidade. Responsabilidade social A preocupação com o papel social da Araujo é constante na história da empresa desde o início. Na famosa “gripe espanhola”, que atacou o país entre 1914 e 1918, a Araujo teve um desempenho marcante: o Sr. Modesto Araujo, fundador da empresa, buscou financiamento em um banco para importar um importante remédio da Alemanha, e o vendeu a preço de custo para combater a epidemia. E até hoje é assim: o compromisso da Drogaria Araujo com os seus clientes se estende a toda comunidade. Por isso, a empresa tem orgulho em participar de ações que promovem educação, lazer, saúde e preservação do patrimônio histórico e cultural. O Hospital da Baleia e o Instituto HAHAHA são algumas das entidades apoiadas pela empresa. Além disso, a Araujo ajudou o Playground da Longevidade, que disponibiliza aparelhos de ginástica e alongamento desenvolvidos especificamente para esta faixa etária na Praça JK, no Mangabeiras, e o Playground da Longevidade no Centro de Saúde Eduardo Mauro de Araujo no Bairro Miramar, e em 2010, outro playground na loja da Rua Padre Pedro Pinto, 1660, no Bairro Venda Nova. Palestras de saúde, cursos para gestantes e patrocínio de restauração do patrimônio histó- rico da cidade, também são parte das iniciativas de responsabilidade da empresa. Resultados A Drogaria Araujo fechou o ano de 2014 com um total de Ativos (Circulante, Não circulante e Permanente) de R$ 518,794 milhões. A Receita bruta de vendas e serviços contabilizou R$ 1,423 bilhão, ficando a Receita líquida em R$ 1,367 bilhão. O lucro bruto fechou 2014 em R$ 466,502 milhões. Já o Lucro líquido do exercício ficou em R$ 78,221 milhões. A quantidade de ações em circulação no final do exercício de 2014 registrou R$ 3,453 bilhões, sendo o lucro líquido, por ação, fechando o ano em R$ 22,65. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 27 Especial Estamos mais um ano entre as 25 Melhores e Maiores Empresas de Minas Gerais, uma conquista tão importante quanto ser escolhida, todos os dias, pelos nossos clientes. São eles que fazem da Araujo a maior rede varejista de Minas Gerais, a primeira rede de drogarias do Brasil em faturamento por loja e a quarta maior rede de faturamento total. Fonte: Abrafarma relatório anual 2015. 28 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Banco Fidis S.A. O Banco Fidis S/A, pertencente ao FCA Group, é uma instituição global de serviços financeiros que opera nas áreas de Arrendamento Mercantil e de Crédito, Financiamento e Investimento. Constituído como banco múltiplo (carteiras de crédito, financiamentos e investimentos, investimentos e arrendamento mercantil), tem como último acionista de referência a Fiat S.p.A., da Itália, e, como missão, suprir as necessidades financeiras das redes de concessionárias Fiat e Chrysler, notadamente por meio do financiamento dos estoques e de linhas para capital de giro. O banco é uma das 25 empresas agraciadas pelo XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015, sendo a efetiva contribuição à economia e ao desenvolvimento de Minas Gerias o principal elemento avaliado. Além do financiamento às concessionárias, o Banco Fidis oferece, por meio de sua Unidade de Negócio Chrysler Group Financial Services, linhas de crédito destinadas à aquisição dos produtos fabricados pela Chrysler (CDC, leasing e financiamentos de capital fixo). O Banco Fidis foi criado como financeira e distribuidora para dar suporte à venda de veículos da Fiat em outubro de 1974, por meio da aquisição de 50% da financeira e distribuidora da Comit-Banca Commerciale Italiana. Em 2002, ainda como Banco Fiat, teve a sua razão social alterada para Banco Fidis de Investimento S/A e anunciou a transferência da carteira de crédito de consumo para a Fiat Leasing S/A, renomeada Banco Fiat S/A. Esta, por sua vez, teve aprovação da operação de venda pelo Banco Central em março de 2003. Assim, o Banco Fidis deixou de operar diretamente no varejo. Com a venda das operações de varejo, o Banco Fidis passou por um amplo processo de reestruturação entre 2003 e 2005. Inclusive, aprimorou seus controles para o risco financeiro utilizando a metodologia da Lei Sarbannes-Oxley (SOX). O banco continuou a financiar todo o estoque da rede de concessionárias Fiat, atuando no credito atacadista. Em 2008, se deu início às operações da unidade de negócios Ive- co Capital para financiamento das linhas da montadora Iveco Latin America Ltda aos clientes de atacado e varejo. No início de 2009, o Banco Fidis teve novamente sua razão social alterada, deixando de ser Banco Fidis de Investimento S/A, passando para Banco Fidis S/A. Também no ano de 2009, o Grupo Fiat anunciou a parceria com a americana Chrysler, assim, dan- do início às operações de mais uma unidade de financiamento, a Chrysler Group Financial Services para financiamento de veículos das marcas Chrysler, Jeep, Dodge e Ram tanto para varejo quanto para atacado. Em 2011, em virtude da reorganização mundial das empresas FIAT e CNH Industrial, o Banco Fidis em conjunto com o Banco CNH Industrial Capital S/A e Iveco Latin Ame- rica Ltda., celebraram contrato de cessão de diretos, com efeitos a partir de janeiro de 2014, no qual o Banco Fidis cedeu ao Banco CNHI o direito de financiar as operações da rede de concessionárias e clientes finais dos veículos da marca Iveco. Dessa forma, a partir de janeiro de 2014, o Banco CNHI assumiu as atividades da Unidade de Negócios Iveco Capital, a qual oferece linhas de crédito destinadas à aquisição dos produtos fabricados pela Iveco, ocorrendo em 01 de julho de 2014 a transferência para o Banco CNHI da carteira de crédito rotativo para aquisição de veículos pela rede de concessionários da Iveco (Floor plan). Resultados A receita de intermediação financeira do Banco Fidis no exercício de 2014 foi de R$ 609,5 milhões, um aumento de 20,83% em relação ao exercício de 2013, alavancada preponderantemente pelo aumento significativo de 132,29% do resultado nas operações com títulos e valores mobiliários, devido ao maior volume das operações de investimento de curto prazo e aumento das taxas de juros ao longo do exercício de 2014. O resultado antes da tributação sobre o lucro e participações em 2014 foi de R$ 121,7 milhões, 134,22% maior do que o exercício anterior, incremento impactado substancialmente pelo menor volume de provisão para créditos de liquidação duvidosa, que reduziu 68,82% em 2014, bem como pelo resultado não recorrente originado pelo preço pago pelo Banco CNHI na aquisição da Unidade de Negócio Iveco Capital. Como consequência, o lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$ 79,1 milhões, superior em 108,36% em relação ao lucro líquido do exercício de 2013. O banco fechou o ano com Ativo no valor de R$ 5.379.431 bilhões. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum Especial Hermes Pardini Fundado em 1959, o Hermes Pardini possui 69 unidades próprias nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Caeté, Contagem, Pedro Leopoldo, Nova Lima, Santa Luzia, Sabará, Sete Lagoas e Vespasiano. Eleita uma das empresas contempladas com o XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015, a empresa tem se destacado no mercado nacional no segmento de Apoio Laboratorial, e se encontra entre os três principais laboratórios do país, em volume de análises e também em faturamento. Precursor do mercado de Apoio Laboratorial, o Hermes Pardini conta, hoje, com cerca de 5 mil laboratórios parceiros, com os quais está em contato constante, na busca por aprimorar seus serviços a partir do entendimento da realidade e das necessidades dos clientes. Entre os serviços oferecidos por suas unidades próprias, além de análises clínicas, estão o diagnóstico por imagem, vacinas, provas funcionas, criopreservação, genética humana e veterinária. A empresa ainda possui o Núcleo Técnico Operacional (NTO), localizado em Vespasiano (MG), e que possui as unidades corporativa e técnica. “Atualmente, as pessoas estão sobrecarregadas, inseridas numa rotina estressante, que impacta na qualidade de vida e na saúde. E, felizmente, elas têm percebido o quanto estar bem é essencial para uma vida plena e a importância de dedicar parte do seu tempo para o autocuidado, ou seja, para a prevenção. Por isso, a área da saúde está caminhando para uma nova tendência mundial: da Medicina Diagnóstica, Preventiva e Bem-estar. Os centros de saúde estão claramente colocados como agentes de medicina preventiva deixando de serem apenas instrumentos para o diagnóstico e tratamento de doenças, para serem centros de prevenção da saúde e busca pelo bem-estar”, explica o diretor-presidente do Grupo Hermes Pardini, Dr. Roberto Santoro. Atento a esse cenário, desde 2011, o Hermes Pardini tem investido forte no conceito de prevenção e promoção da saúde em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Entre os anos de 2013 e 2014, o número de 29 unidades aumentou em 30%. Foram inauguradas 19 unidades, totalizando 70 unidades na capital mineira e entorno. O Hermes Pardini disponibiliza um menu com mais de 3 mil exames, além dos serviços de diagnóstico por imagem, vacina e saúde do viajante, e dos núcleos especializados em Check-up, Saúde da Mulher, Oncologia, Gastrenterologia, Ortopedia e Neurologia. Esses núcleos visam garantir a atenção prioritária às necessidades dos médicos prescritores, integrando em um só lugar, os procedimentos diferenciados para garantir diagnósticos ainda mais precisos. “Temos investido forte na ampliação e especialização da nossa capacidade técnica, produtiva e cientifica, com o propósito de ampliar a atuação e ser uma empresa completa em medicina, saúde e bem-estar. Hoje, é possível que a pessoa faça um check-up completo, em um circuito de consultas e exames, de diversas especialidades. E essa é a premissa do Hermes Pardini: cuidar da saúde e do bem-estar dos nossos clientes”, completa Santoro. Também nesta linha, o Hermes Pardini tem investido em tecnologia de ponta na área de Genética Molecular e Medicina Personalizada. A expertise do Hermes Pardini possibilita a realização de mais de cinco milhões de exames por mês, em todo o Brasil. Laboratório parceiros de diversos estados enviam coletas para análises nos seis Núcleos Técnicos Operacionais da empresa, localizados em Vespasiano (MG), Rio de Janeiro e São Paulo. Além de estar atento para a diversificação da oferta de serviços de saúde, o Hermes Pardini também preza pela qualidade e segurança. Profissionais altamente qualificados – médicos, técnicos e demais especialistas – atuam nos processos pré e pós-analíticos para a garantia do diagnóstico dos exames. Já o atendimento nas unidades é diferenciado, com os funcionários treinados para acolher os clientes, desde a coleta, à realização de exames mais complexos e ao momento do café. “A pessoa, quando procura por um centro de saúde, espera um ambiente acolhedor, um atendimento preciso, de qualidade e prestativo, e em um ambiente tranquilo e que ofereça o mínimo de conforto. Além disso, ela espera um serviço seguro que possibilite resultados confiáveis. Por isso, investimos muito em práticas de acolhimento nas nossas unidades e na capacidade técnica e científica da nossa equipe médica. Buscamos no mercado os melhores profissionais e oferecemos condições para que os mesmos estejam sempre sendo atualizados”, garante Santoro. 30 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Fiat Compromisso com o Brasil, pioneirismo e inovação como características marcantes, produtos de alta qualidade e tecnologia, design admirado, respeito ao consumidor e responsabilidade socioambiental. Esses atributos compõem o perfil da Fiat Automóveis, uma das empresas automobilísticas com maior crescimento no mercado brasileiro e líder de vendas no setor. A empresa é uma das agraciadas pelo XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015, após a análise dos dados publicados no estudo XIX Ranking de Empresas Mineiras, da edição 257 de Mercado Comum. O principal elemento avaliado foi a efetiva contribuição à economia e ao desenvolvimento de Minas Gerias. Instalada em Betim, desde 1976, a Fiat Automóveis tem capacidade produtiva de 800 mil veículos por ano. A empresa está em meio a um importante ciclo de investimentos de R$ 10 bilhões, que modernizará a fábrica de Betim. O Grupo Fiat Chrysler está construindo sua segunda fábrica de automóveis no País, situada em Goiana, Pernambuco, que terá capacidade para produzir até 250 mil unidades por ano. A Fiat Automóveis também investe no desenvolvimento de novos produtos, novas tecnologias, qualidade e capacitação da engenharia para executar projetos cada vez mais ousados e inovadores. Tudo em sintonia com os desejos e as aspirações dos clientes. Em 2013, a Fiat Automóveis conquistou a liderança do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves pela décima segunda vez. De janeiro a dezembro, a empresa registrou 762.980 unidades vendidas, consolidando a liderança do mercado, com 21,3% de market share. Entre os dez modelos mais vendidos no Brasil em 2013, quatro foram da marca Fiat – Uno, Palio, Siena e Strada. Sustentabilidade Na Fiat Automóveis, a sustentabilidade é um processo de melhoria contínua, essencial para a perenidade da empresa ao equilibrar as oportunidades de negócios, as necessidades atuais da sociedade e o bem-estar das gerações futuras. Ao longo dos anos, a nossa estratégia de sustentabilidade deu origem a uma série de programas, em um sistema de governança corporativa que abrange: • Produtos cada vez mais seguros, eficientes, com menos emissões de CO2 e crescente capacidade de reciclagem e reutilização dos componentes no fim do ciclo de vida. • Fábricas com processos voltados para a contínua prevenção e redução do impacto ambiental e otimização do consumo de recursos naturais. • Rede de concessionário e fornecedores engajados com os conceitos e práticas de sustentabilidade do Grupo Fiat. • Relacionamento com a comunidade baseado no estímulo ao desenvolvimento local e no reforço da novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 31 Especial cidadania por meio da execução de projetos planejados e monitorados. • Recursos humanos com oportunidades de desenvolvimento dos empregados, de forma a garantir o bem -estar, a saúde e segurança no trabalho, com a disseminação da sustentabilidade como uma prática coletiva, mas que exige responsabilidade individual. • Comitê de Sustentabilidade com a participação de empregados de diferentes áreas e níveis, para interação e discussão de assuntos diversos na busca de decisões compartilhadas, como a definição de metas e indicadores de sustentabilidade que orientam o trabalho da empresa no enfrentamento de desafios do setor automobilístico e da própria indústria. O objetivo para a sustentabilidade está inserido no mapa estratégico da empresa e envolve todos os empregados, que compartilham esse princípio como forma de fazer negócios. Como consequência da evolução consistente das políticas voltadas para a sustentabilidade, a Fiat SpA foi confirmada pelo sexto ano consecutivo nos índices Mundial e Europeu da Dow Jones (DJSI). Para ser incluída na lista, a Fiat SpA passou por um rigoroso processo seletivo que analisa dados econômicos, desempenho ambiental e social, governança corporativa, gestão de risco, mitigação da mudança climática e práticas trabalhistas. Produtos A forte ligação entre a sustentabilidade e a inovação sinaliza que os veículos do futuro serão cada vez mais eficientes, ecológicos e seguros. Reduzir os impactos socioambientais e promover a mobilidade mais sustentável é uma tarefa diária que mobiliza pesquisadores, engenheiros e técnicos da Fiat Automóveis em projetos que, na prática, resultam na introdução de novas tecnologias e processos. Como resultado dessa política, temos dado importantes passos na agenda da sustentabilidade com contribuições significativas para a eficiência energética, desenvolvimento de materiais verdes, novas alternativas de energia, conectividade, entre outros aspectos. Meio ambiente A Fiat Automóveis estabelece e aplica o Sistema de Gestão Ambiental e de Energia, de acordo com as normas ISO 14001 e ISO 50001, alinhado aos princípios de sua Política Ambiental e Energética, listados abaixo: • Proteger o meio ambiente, preservar a biodiversidade e combater as mudanças climáticas através do uso eficiente de energia e dos recursos naturais. • Garantir a melhoria contínua do Sistema de Gestão e do Desempenho Ambiental e Energético, evitando os impactos de suas atividades que possam gerar poluição. • Garantir o cumprimento das legislações aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a seus aspectos ambientais, eficiência energética, uso e consumo de energia. • Assegurar a formação dos empregados, a fim de desenvolver uma consciência ambiental e energética correta. • Garantir a disponibilidade de informações adequadas, bem como recursos econômicos e específicos, para alcançar e revisar periodicamente os objetivos e metas. • Otimizar o uso das matérias primas nos processos de produção. • Apoiar o processo de concepção e compra de produtos e serviços para a melhoria do desempenho energético. • Gerenciar os resíduos promovendo ações de reciclagem, redução da geração e incentivo à recuperação. • Promover a redução do consumo de água, incentivando ações de reúso e reciclagem. • Promover a conscientização dos fornecedores, particularmente aqueles que trabalham dentro do complexo Fiat, com adoção de pro- cedimentos operacionais alinhados, de acordo com os princípios desta Política Ambiental e Energética. Com as mãos no presente e os olhos no futuro, a Fiat vem conquistando resultados cada vez mais expressivos, que chancelam a qualidade crescente dos processos que integram o Sistema de Gestão Ambiental e de Energia. Sociedade A Fiat Automóveis atua para a promoção do desenvolvimento local inclusivo das comunidades onde está presente, trabalhando continuamente para construir oportunidades coletivas e individuais de transformações. Em 2004, a empresa passou a nominar todas as suas ações de relacionamento com a comunidade de programa Árvore da Vida, numa simbologia do termo que representa esperança e crescimento. A valorização da vida, a prosperidade, a autonomia do ser humano e a perenidade são os valores que norteiam o relacionamento da Fiat com a comunidade. Os “galhos” dessa Árvore da Vida retratam a união de forças entre a empresa, as comunidades e os parceiros. Para a concretização dessa política, o Árvore da Vida divide-se em três programas: Jardim Teresópolis, Capacitação Profissional e Parcerias. Além disso, a Fiat está engajada no Movimento por Cidades Justas e Sustentáveis, expandindo e fortalecendo essa iniciativa no Brasil. Resultados A empresa fechou o exercício de 2014 com Ativo de R$ 24,520 bilhões, entre Circulante e Não circulante. Seu Lucro bruto foi de R$ 2,741 bilhões no ano, sendo o Lucro líquido de R$ 249,505 milhões. 32 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MRV Fundada em 1979, a MRV Engenharia considerada a maior construtora do país no segmento de imóveis econômicos é a única construtora que está presente em mais de 130 cidades de 19 estados brasileiros além do Distrito Federal. As operações da MRV são restritas ao Brasil. No entanto, a companhia atrai o interesse de investidores de diversas partes do mundo, especialmente de países do continente americano. A MRV atua no negócio de incorporação, construção e venda de unidades habitacionais, sempre em busca das melhores práticas para a geração de resultados sólidos. O ano de 2014 trouxe um recorde de 42.505 chaves entregues, 28.903 delas antes do prazo. O número representa uma evolução de 37% em relação ao ano anterior. A meta para 2015 é reduzir o ciclo médio de obras em até 20% e antecipar a entrega das unidades em construção. Das 41 mil vendas contratadas ao longo do ano passado, o que corresponde a R$ 6 bilhões (ou 17,9% acima do valor do ano anterior), 82% foram elegíveis ao programa de habitação do gover- no o Minha Casa Minha Vida. Ao todo, os 519 projetos contratados representam a soma de R$ 6.553 bilhões, o equivalente a 1,68 o volume da empresa que registra o segundo lugar no programa, conforme dados do Ministério das Cidades em abril de 2014. A MRV elegeu o ano que passou como o Ano da Sustentabilidade. A decisão evidencia a importância do tema para a empresa que, desde o início de sua história, procura atuar de forma responsável, entendendo que as ações adotadas no presente não podem comprometer o bem-estar das gerações futuras. A sustentabilidade é um dos valores e um dos pilares mais importantes para a empresa - interna e externamente. O ano que passou trouxe inúmeras novas oportunidades para trabalhar o assunto de forma aprofundada e resultando em ações que reforçam o compromisso da empresa com uma atuação responsável. Em 2014 a MRV recebeu duas importantes certificações nas normas ISO 14000, que versa sobre Meio Ambiente, e OHSAS 18000, dedicada à Saúde e Segurança Ocupacionais. A empresa direciona esforços contí- nuos para aumentar a qualidade de seus produtos, identificando oportunidades de melhoria a cada trabalho. A empresa também investe em programas para a gestão responsável de resíduos em todas as obras, tratando cada material de acordo com a legislação ambiental vigente. Desde 2001 a MRV é certificada nas normas de qualidade ISO 9001 e PBQP-H Nível A (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat). Desde sua fundação, a MRV cria e integra ações para oferecer assistência e melhorar a qualidade de vida das comunidades, principalmente de jovens e idosos carentes. Inaugurado em dezembro de 2014, o Instituto MRV nasceu com o objetivo de promover atividades voltadas para educação, saúde, segurança no trabalho, capacitação profissional, cultura e lazer, gerando valor e bem-estar para a sociedade. Há mais de 15 anos, a empre- sa oferece suporte à Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo (Associação de Promoção Humana Divina Providência), localizada em Belo Horizonte, cidadesede da MRV. O projeto, um dos destaques da atuação social da empresa, recebeu R$ 1,5 milhão para manutenção das atividades oferecidas aos mais de 5 mil alunos assistidos. Sustentabilidade A empresa tem seu foco na redução de custos, inovação e ética. E sempre pensando na sustentabilidade, investe em projetos sociais, ações ambientais e de incentivo ao esporte, proporcionando novas perspectivas de futuro para todos. A MRV Engenharia é consciente sobre a importância de investir no progresso social e na qualidade de vida dos brasileiros. Por isso, a empresa está sempre buscando soluções para melhorar a sociedade como um todo, além de disponibilizar espaços e oferecer conhecimentos para criar planejamentos de projetos. 2014: Ano da Sustentabilidade A MRV elegeu 2014 como o Ano da Sustentabilidade. A decisão evidencia a importância do tema para a empresa que, desde o início de sua história, procura atuar de forma responsável, entendendo que as ações adotadas no presente não podem comprometer o bem-estar das gerações futuras. A sustentabilidade é um dos valores e um dos pilares mais importantes para a empresa - interna e externamente. O ano que passou trouxe novas oportunidades para trabalhar o assunto de forma aprofundada e resultando em ações que reforçam o compromisso da empresa com uma atuação responsável. No Ano da Sustentabilidade, a MRV investiu em ações que reafirmam seu comprometimento com um mundo melhor. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 33 Especial tear a manutenção das praças, parques e áreas verdes das cidades onde atua. No último ano, mais uma vez, a MRV superou a meta de plantio de árvores, que era de 100 mil mudas. Ao todo, 113.892 novas árvores foram plantadas em todas as regionais. Nas obras e escritórios da MRV, 100% dos papéis são certificados pelo FSC -Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal). Os produtos certificados contribuem para a preservação de florestas, solos, animais e da biodiversidade, garantindo o bem-estar e os direitos dos trabalhadores, comunidades e povos indígenas. Canteiros de obras A MRV é a única empresa brasileira de construção leve a aderir ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção, ainda em 2012, quando ele foi lançado. Em 2014, as propostas do Compromisso foram incorporadas a mais quatro obras, totalizando 27 dos 251 canteiros da empresa e gerando benefícios para 22.605 colaboradores (em 31/12/2014). Diariamente, empregados indicados pelo sindicato dedicam parte de seu tempo para con- versar com os colegas e levantar informações sobre condições de saúde e segurança no trabalho, por exemplo. A interlocução entre esse grupo de empregados e a empresa contribui para que as melhorias ou soluções de possíveis problemas ganhem mais agilidade e eficiência. Sustentabilidade ambiental Mesmo sem adotar formalmente o princípio da precaução, a MRV está sempre em busca de novas soluções para reduzir os impactos decorrentes de suas atividades. Todo projeto – do plane- jamento à conclusão – é pautado pelo respeito ao meio ambiente, compromisso que também é exigido dos fornecedores. Além de promover o paisagismo dos empreendimentos e de seus entornos, a empresa compromete-se com a recuperação de parques de áreas degradadas nas regiões onde atua. No final de 2014, a MRV mantinha 16 Áreas de Preservação Ambiental (APA) no país. Seguindo acordos firmados com secretarias de Meio Ambiente e prefeituras, a empresa contribui para preservar o ecossistemas locais, além de cus- Projetos sustentáveis A etapa de construção demanda atenção especial da MRV no que diz respeito à gestão responsável dos recursos e à redução de impactos ambientais. Em 2014, as ações foram voltadas principalmente para a economia de água nos projetos, conforme planejamento da empresa e a necessidade de mobilização estimulada pela escassez hídrica no Brasil. O reaproveitamento de água dos chuveiros para uso nas descargas, a reutilização de água para lavagem de caminhões betoneira e a captação de água da chuva para irrigação de hortas e jardins e para lavagem de banheiros representam alguns dos exemplos das ações criadas para otimizar o consumo. De janeiro a dezembro, foram consumidos 3,9 milhões m³ de água, um desembolso de R$ 54,5 milhões com serviços de água e esgoto. Uma das medidas para reduzir o consumo consistiu na colocação de garrafas pet cheias de areia na caixa acoplada dos vasos sanitários utilizados nos canteiros de obras. As garrafas ocupam espaço correspondente a 1,2 litros de água, volume economizado a cada vez que a descarga é acionada. A iniciativa foi implantada inicialmente nas obras de Ribeirão Preto e, em um mês, gerou uma economia de aproximadamente 500 litros. A gestão responsável dos projetos vai além da fase de obras e é uma característica das unidades entregues aos clientes. Nesse sentido, em 2014 foi implantado o Projeto Morador Sustentável, com ações piloto em Belo Horizonte e no Triângulo Mineiro. A iniciativa oferece capacitação e recursos para que os moradores dos empreendimentos façam a gestão de resíduos de maneira adequada, e usem os recursos naturais com responsabilidade no dia a dia. No momento de entrega dos empreendimentos, cada condomínio recebe um coletor de 34 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial 2014 2013 2012 4.186 3.871 3.804 862 643 787 20,6% 16,6% 20,7% Lucro líquido (R$ milhões) 720 423 528 Impostos pagos (R$ milhões) 338 265 313 24,2% 30,4% 40,7% Valor adicionado (R$ milhões) 2.179 1.672 1.706 Vendas contratadas (R$ milhões) 6.005 5.094 4.005 41.325 38.449 34.214 4.336 3.517 3.433 Lançamentos (unidades) 29.386 25.516 29.655 Unidades concluídas 35.328 40.205 26.457 251 299 333 22.605 27.764 30.078 Receita líquida (R$ milhões) EBITDA (R$ milhões) Margem EBITDA Índice de endividamento Vendas contratadas (unidades) Lançamentos (R$ milhões) Obras em andamento Número de empregados pilhas e baterias, um coletor de lâmpadas, um coletor de óleo vegetal e um coletor de resíduos recicláveis e não recicláveis. Além disso, os moradores participam de treinamentos e são presenteados com cartilhas que ensinam a praticar a coleta seletiva e a economizar água e energia, dentre outras informações. A MRV disponibiliza, ainda, um e-mail para o esclarecimento de dúvidas sobre o tema (sustentabilidade@ mrv.com.br). As unidades habitacionais são planejadas para promover o uso racional dos recursos naturais e apresentam os seguintes diferenciais: - Medidores de água individualizados que promovem a redução de até 50% no consumo mensal nos condomínios. - Descargas econômicas em sistema dual flush que permite escolher entre dois fluxos de água (3 ou 6 litros). O sistema inclui bacias com caixa acoplada à descarga, que podem economizar até 20 litros de água a cada acionamento, em comparação com o modelo convencional. - Sistema de coleta de óleo de cozinha reciclável que pode ser trocado pelo condomínio por materiais de limpeza, graças a parcerias com ONGs. Destinação de resíduos Os esforços para melhorar a gestão do material gerado pelas obras permitiram que o volume de resíduos reciclados ou reutilizados saltasse de 57 mil m³ em 2013 para 86,6 m³ em 2014, ou seja, um acréscimo de 40%. O material, com peso médio de 103 mil toneladas, é o suficiente para encher 17.322 caçambas, que antes seriam destinadas aos aterros sanitários. Para sistematizar os processos de gestão de resíduos em todo o país, cada obra ganhou um responsável pela destinação apropriada do material gerado. As ações não só contribuíram para a preservação ambiental, como também trouxeram ganhos econômicos. Em 2014, as iniciativas de reutilização e reciclagem proporcionaram uma economia de R$ 3.997.507 para a MRV. Em março, a empresa começou a instalar placas nas entradas dos canteiros, sinalizando as obras onde são realizadas ações sustentáveis para gestão de resíduos. Até o fim do ano, 87% das obras já haviam recebido a sinalização. Uma das ações que ganhou força em 2014 para reduzir o descarte de materiais foi a higienização e limpeza de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para reuso. Somente na regional Nordeste, a que alcançou os melhores resultados com essas ações, mais de 5 mil capacetes, botas e uniformes foram reaproveitados, o que gerou uma economia de quase R$ 57 mil. Somando todas as regionais, 15.510 unidades foram reaproveitadas, proporcionando uma economia de mais de R$1,1 milhão para a empresa. Seguindo a prática dos últimos anos, a MRV manteve parcerias com cooperativas de reciclagem para doação de isopor, plásticos, sacos de cimento, metal, vidros e outros materiais. No caso de Resíduos de Base Cimentícia (resíduo classe A), como pó, areia e pedrisco, a reciclagem continua a ser feita nos próprios canteiros, formando um agregado que pode ser integrado à argamassa de contra piso ou em outras aplicações similares. Já as madeiras provenientes das obras têm duas destinações: as que se encontram em boas condições são aproveitadas na fabricação de móveis, as demais são transformadas em cavaco e usadas na geração de energia em empresas de diferentes segmentos. Procedimento semelhante é adotado com o gesso. O material é enviado para uma área de transbordo e triagem para, em seguida, ser devolvido ao processo de produção. Em 2014 a MRV manteve o sistema de logística reversa para os resíduos classificados como perigosos, devolvendo-os para os próprios fabricantes. A empresa também mantém parcerias com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Salvador (Unifacs); Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer - MT) e Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) para estudos sobre valorização e resíduos. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum Especial Sicoob Central Crediminas Um das 25 ganhadores do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015, o Sicoob Central Crediminas é uma sociedade cooperativista que tem por objetivo a organização dos serviços econômico-financeiros e assistenciais de 81 cooperativas de crédito filiadas, formando o Sicoob Sistema Crediminas, que compõe, ao lado de outras 16 cooperativas centrais, o Sistema Sicoob, representado institucionalmente, pela Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Ltda. - Sicoob Confederação. O Sistema possui como braço financeiro o Banco Cooperativo do Brasil S.A. – Bancoob, entidade que tem o Sicoob Central Crediminas como um de seus controladores. O Sicoob Sistema Crediminas está presente em todo o estado de Minas Gerais, além de algumas cidades dos estados vizinhos: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Ele é composto por 81 cooperativas singulares que possuem 441 postos de atendimento, totalizando em dezembro de 2014, 522 pontos de atendimento, formando uma rede que atende cerca de meio milhão de associados, assessorados por 5.931 dirigentes e colaboradores. Para proporcionar segurança às filiadas e, consequentemente, aos associados e parceiros comerciais, a Central conta com o trabalho do Fundo Garantidor de Depósitos do Sicoob Sistema Crediminas – Sicoob FGD que tem por finalidade efetuar o saneamento econômico-financeiro e/ou fortalecimento patrimonial, bem como prestar garantias de crédito nos termos e limites do estatuto social e regulamento próprio às operações de crédito realizadas entre as cooperativas participantes e entidades como Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES, Banco Cooperativo do Brasil S/A– Bancoob e outros bancos parceiros, assim como nas hipóteses de descentralização, liquidação e/ou exclusão de cooperativas do quadro de filiadas. O Sicoob Central Crediminas é também controlador do Sicoob Minaseg - Administradora e Corretora de Seguros do Sicoob Sistema Crediminas Ltda. que, em parceria com as grandes seguradoras do país, oferece seguros nas mais diversas modalidades aos associados. Com a missão de manter os bons resultados e alcançar novas conquistas, em agosto de 2014 tomou posse o novo Conselho de Administração (CA) do Sicoob Central Crediminas. Para a gestão 2014-2018, Alberto Ferreira se manteve como presidente do Conselho de Administração, além de renovar o mandato da Diretoria Execu- tiva: Elson Rocha Justino e Jésus Ferreira de Carvalho. Na mesma ocasião, assumiu o novo Conselho de Administração do Sicoob FGD. Resultados O Sicoob Central Crediminas concluiu o ano de 2014 com Ativos Totais de R$ 3,29 bilhões e crescimento de 25,93%, quando comparado com o ano anterior, sendo que o fator que impulsionou esse crescimento foi a Centralização Financeira das filiadas, a qual alcançou o montante de R$ 2,59 bilhões e teve, 35 no ano de 2014, um crescimento de 29,17%. Estes recursos pertencem a 81 cooperativas filiadas ao Sicoob Central Crediminas. O Patrimônio Líquido da Central apresentou crescimento de 31,22% no ano de 2014, totalizando R$ 333,21 milhões e este avanço foi fruto de novos aportes de capital feitos pelas filiadas para bancar os ativos existentes, em seus respectivos níveis de risco, bem como dos resultados acumulados no ano de 2014, os quais totalizaram sobras brutas de R$ 26,63 Milhões, ou seja, 19,34% de cres- cimento quando comparado ao ano de 2013. Obser vadas as condições atuais da instituição e a evolução constante dos negócios do Sicoob Sistema Crediminas nos últimos anos, sempre na busca de apoio aos associados das cooperativas filiadas, pode-se concluir que a Central manteve o projeto de desenvolvimento e de crescimento dos negócios em condições saudáveis, o que coloca o Sicoob Central Crediminas em posição de destaque no seu âmbito de atuação, assim como no cenário nacional. 36 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Prossegur A Prosegur Brasil S.A. – Transportadora de Valores e Segurança é uma sociedade anônima de capital fechado com sede em Belo Horizonte. Seu objeto social é a prestação de serviços de logística e transporte de valores, envolvendo dinheiro, documentos, títulos de crédito, metais preciosos, em barras ou amoedados, e outros valores e objetos conversíveis em dinheiro, atuando, ainda, na manipulação, guarda e custódia de valores, contagem de numerário, arquivos físicos e eletrônicos, preparação de documentos compensáveis, manualmente ou por meio eletrônico, administração de caixas bancários automáticos (ATM), dentre outros. Uma das ganhadoras do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015, atualmente, a empresa possui 121 filiais distribuídas em 26 Estados, contando com um efetivo de mais de 53 mil funcionários, sendo o maior grupo de segurança privada do país. Baseando-se sempre em rigorosos processos de seleção, capacitação e reciclagem de seus colaboradores e dentro do conceito de segurança integrada, oferece por meio do segmento vigilância ativa, produtos direcionados a atender, de forma customizada, todas as possíveis demandas de serviços relacionadas com vigilância física e eletrônica, envolvendo proteção pessoal e do patrimônio, escolta de cargas e sistemas eletrônicos, bem como assessoramento aos clientes na definição e avaliação de procedimentos, planos e sistemas de segurança. A Prosegur chegou ao Brasil em 1981, quando ainda fazia parte do Grupo argentino Juncadella e foi apenas em 2001, que o grupo Prosegur na Espanha comprou a Prosegur no Brasil. No decorrer dos anos, a companhia cresceu no país e passou a ter forte presença nas regiões sul, sudeste e centro-oeste e posteriormente na região nordeste do país. Em 2005, a empresa adquiriu os ativos das empresas de transporte de valores Preserve e Transprev. Com essa incorporação e o crescimento das equipes a empresa tornou-se a líder de mercado neste setor no país. Em 2009, a Prosegur comprou a Centúria Vigilância no Espírito Santo, a Norsergel empresa líder na região norte do país onde a Prosegur não estava presente, com atuação nas áreas de vigilância e transporte de valores, e a Setha Tecnologia no Rio de Janeiro empresa especializada em segurança eletrônica com forte atuação no mercado de gás e petróleo. Um ano depois, em 2010, a companhia no Brasil adquiriu a Mártom Segurança Eletrônica, empresa dedicada ao monitoramento de agências bancárias com mais de cinco mil pontos instalados e uma sólida base de clientes. Em 2011, a companhia entrou para o setor de grandes eventos e foi escolhida a empresa de segurança da edição do Rock in Rio, no Rio de Janeiro, além de ser escolhida pela FIFA a primeira empresa de segurança privada a realizar a segurança de jogos amistosos da seleção brasileira em Goiânia e Belém. Ainda neste ano, em outubro, a Prosegur comprou a Prover Eletro Eletrônica, empresa especializada na instalação e manutenção de sistemas eletrônicos de segurança (CFTV, controle de acesso e sistemas perimetrais de segurança) e cabeamento estruturado para rede de dados, atendendo grandes empresas de petróleo e gás e reconhecimento do setor. Já em novembro, consolidando sua presença na região norte do Brasil, a Prosegur adquiriu a Fiel Vigilância e Transporte de Valores. Um ano mais tarde, a Prosegur consolidou sua presença na região sudeste com a aquisição da Transbank e no Nordeste com a aquisição da Nordeste Transporte de Valores. Com essa segunda aquisição, a Prosegur ampliou sua atuação na região passando a atuar nos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde anteriormente es- tava presente apenas na Bahia e no Maranhão. Já em 2014, a Prosegur consolida sua presença e passa a atuar em todo o Brasil, após a aquisição da Transvig em Roraima. No mundo, a Prosegur está presente na Ásia – China, Índia e Cingapura – na Europa - Alemanha, Espanha, França, Luxemburgo e Portugal - na América Latina - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai e na Oceania – Austrália. Com uma equipe com 158.000 funcionários e uma frota de mais de 5.200 veículos, a Prosegur trabalha sob os mais exigentes parâmetros de excelência na prestação de serviços, garantindo aos seus clientes uma vasta gama de soluções globais. Em cada um dos países em que a Prosegur está presente, a companhia mantém de forma homogênea todos os seus diferenciais competitivos: a qualidade nas operações, a excelência no controle de gestão de negócio, o compromisso com a inovação e adaptação às necessidades específicas de cada cliente. Atualmente a Prosegur oferece serviços nas áreas de: Logística de Valores e Gestão de Numerário, Soluções Integradas de Segurança e Alarmes. Resultados A empresa fechou o exercício de 2014 com Ativo de R$ 2.839.173 bilhões. A Receita líquida fechou o ano em R$ 2.996,441 bilhões. O Lucro bruto no exercício foi de R$ 604.842 milhões. Já o Lucro líquido do período foi de R$ 141.601 milhões. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 37 Especial 38 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial Unimed-BH A Unimed-BH Cooperativa de Trabalho Médico é formada por 5.427 médicos cooperados e conta com 34 municípios em sua área de atuação. Em 2014, a Cooperativa completou 43 anos de fundação e alcançou 1.532.744 clientes em carteira, conforme cadastro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Unimed está presente na vida de mais de 1,2 milhão de pessoas na Grande Belo Horizonte que desfrutam de uma assistência médica completa e de qualidade. Em 13 anos de pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha, conquistou 83% de índice médio de satisfação de clientes. Esse é o reconhecimento que mais dá orgulho à Unimed-BH, operadora que é líder na saúde suplementar mineira, a maior fora do eixo Rio-São Paulo. O reconhecimento popular também é um dos motivos pelos quais a Unimed Belo Horizonte foi eleita como uma das 25 empresas a serem contempladas com o XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015. Mais de 1,2 milhão de clientes, mais de 8 milhões de consultas médicas por ano, 24 milhões de exames complementares e 140 mil internações, em serviços próprios ou da rede credenciada. Os números dão a dimensão do alcance da empresa, que conta com mais de 5 mil e 500 médicos cooperados, uma complexa estrutura de serviços próprios e 381 prestadores credenciados, entre hospitais, clínicas, laboratórios clínicas radiológicas e clínicas especializadas, além de atendimento de urgência e emergência em todo o Brasil, por meio do intercâmbio com o Sistema Unimed. Por meio de uma lógica assistencial inovadora, a operadora propõe um cuidado ativo, integrado e sustentável, com foco na manutenção da saúde. Atuando há 44 anos no mercado da saúde suplementar, a Unimed-BH está no nível mais alto do Programa de Acreditação das Operadoras de Planos de Saúde e está na melhor faixa do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), ambas iniciativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em conjunto, as avaliações oficiais posicionam a Cooperativa como a melhor entre as maiores operadoras de planos de saúde do Brasil. A Unimed-BH retribui a confiança e o espaço que conquistou no cotidiano da cidade e de seus moradores investindo permanentemente em sua estrutura de atendimento. Nos últimos anos, a Cooperativa desenvolveu o maior plano de investimentos no setor de saúde em Minas Gerais, para ampliação e qualificação da rede assistencial. A Rede Própria conta, atualmente, com dois hospitais de urgência e emergência (Betim e Belo Horizonte), uma maternidade (Belo Horizonte), uma unidade de pronto-atendimento (Contagem), nove unidades ambulatoriais para realização de consultas e atividades de promoção da saúde, quatro Clínicas Unimed Pleno, Centros de Radiologia e Exames, Serviços de Atendimento Móvel em Saúde (ambulâncias), Atenção Domiciliar e Saúde Ocupacional. Um programa de qualificação da rede credenciada também é desenvolvido, tendo como resultado que um em cada cinco serviços à disposição dos clientes são acreditados ou certificados. Além de dar sustentação ao crescimento da base de clientes, cuja engrenagem é a confiança e o reconhecimento conquistados junto à população, os investimentos reorganizam e fortalecem o modelo de atenção à saúde adotado. Com isso, a Unimed-BH pode exercer com totalidade a sua vocação para o cuidado. Sistema Unimed A Unimed-BH faz parte do Sistema Unimed, a maior rede de assistência médica do país, presente em 84% do território nacional. Trata-se, também, da maior experiência cooperativista no setor de saúde em todo o mundo. São 351 cooperativas médicas, mais de 110 mil médicos cooperados e de 20 milhões de clientes. O Sistema nasceu em 1967, com a fundação da primeira Unimed do Brasil, em Santos, no litoral paulista. Belo Horizonte foi a primeira capital brasileira a contar com uma singular, como são chamadas as Unimeds locais, que atuam no âmbito dos municípios. Por meio do Sistema Unimed, cada singular pode oferecer a seus clientes cobertura para os casos de urgência e emergência em qualquer localidade onde haja uma Unimed. Resultados Em 2014, a Unimed-BH manteve sua trajetória de crescimento sustentado, com expansão de 6,75% na carteira de clientes, conforme registro na ANS até 31/12/2014. Essa variação decorre da inclusão de beneficiários em contratos coletivos e do desempenho positivo nas vendas – com destaque para o segmento de micro e pequenas empresas e para os planos individuais. Em linha com o crescimento da carteira, as contraprestações efetivas de assistência à saúde também tiveram evolução de 15,57% no último exercício, quando comparadas a 2013. Com o intuito de ofertar soluções em saúde a seus clientes, diferenciando-se no mercado de saúde suplementar, a Unimed- BH consolidou uma série de estratégias voltadas à melhoria continuada da qualidade assistencial. A Cooperativa fechou o ano de 2014 com um total de Ativos (Circulante, Não circulante) de R$ 1,753 bilhão. As contraprestações efetivas de assistência à saúde foram de R$ 2,502 bilhões e, desse total, R$ 2,014 bilhões foram destinados aos eventos indenizáveis líquidos, como remuneração da assistência prestada aos clientes – números que indicam a consolidação da operação da Unimed –BH e a sai relevância na saúde suplementar brasileira. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 39 Especial Ter a dedicação reconhecida é mais que gratificante. É motivador. A Unimed-BH mais uma vez foi eleita uma das 25 Melhores e Maiores Empresas de Minas Gerais, pelo Jornal Mercado Comum. Um reconhecimento e uma conquista de todos os nossos médicos, colaboradores e parceiros que trabalham com a paixão e a certeza de que a vida é a maior recompensa. 40 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – 50 MAIORES EMPRESAS EM RECEITA OP. LÍQUIDA - Em R$ mil - 2014 Nº Razão Social Receita Operacional Líquida 2014 2013 1 FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda. 22.292.571 23.528.407 2 ArcelorMittal Brasil S.A. 15.332.748 14.236.163 3 CEMIG Distribuição S.A. 11.241.118 9.205.932 4 USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A. 10.925.461 11.336.969 5 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 7.714.717 5.230.134 6 Samarco Mineração S.A. 7.536.864 7.204.417 7 CNH Industrial Latin America Ltda. 6.045.334 7.070.495 8 Gerdau Açominas S.A. 5.374.930 5.091.631 9 Vale Fertilizantes S.A. 5.103.899 5.157.193 10 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 4.207.735 3.510.641 11 MRV Engenharia e Participações S.A. 4.186.185 3.870.608 12 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 4.110.455 3.714.818 13 Martins Com. Serv. Distribuição S.A. 4.001.366 3.734.623 14 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 3.947.429 5.077.542 15 Alcoa Alumínio S.A. 3.743.334 2.779.863 16 Aperam Inox América do Sul S.A. 3.210.701 2.733.151 17 Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança 2.996.441 2.800.240 18 Localiza Rent a Car S.A. 2.886.202 2.578.974 19 Banco Mercantil do Brasil S.A. 2.650.589 2.414.741 20 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 2.502.187 2.165.137 21 COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 2.491.138 1.971.616 22 Zurich Minas Brasil Seguros S.A. 2.455.841 2.333.609 23 Itambé Alimentos S.,A. 2.452.332 2.054.678 24 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 2.435.994 2.924.781 25 Soluções em Aço Usiminas S.A. 2.316.116 2.119.067 26 Belgo Bekaert Arames Ltda. 2.153.099 2.162.781 27 ABC INCO-Algar Agroi - ABC Ind. Com. S.A. 1.847.802 1.739.629 28 Direcional Engenharia S.A. 1.835.613 1.743.929 29 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 1.779.797 1.293.728 30 TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A. 1.770.381 1.540.612 31 Votorantim Metais Zinco S.A. 1.635.485 1.365.674 32 A.R.G. Ltda. 1.612.638 1.861.948 33 Supermix Concreto S.A. 1.596.097 1.535.529 34 Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 1.500.424 1.276.263 35 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 1.484.232 1.482.579 36 PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 1.453.189 1.275.164 37 Zema Cia. Petróleo 1.433.000 1.224.997 38 Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda. 1.428.393 1.220.275 39 Namisa-Nacional Minérios S.A. 1.399.208 2.023.965 40 Magnesita Refratários S.A. 1.383.546 1.299.412 41 Drogaria Araujo S.A. 1.367.951 1.202.903 42 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 1.319.874 1.203.048 43 Tempo Serviço Ltda. 1.306.330 1.110.609 44 Magneti Marelli Sist. Aut. Ind. Com. Ltda. 1.278.983 1.499.964 45 ARCOM S.A. 1.240.501 1.215.919 46 Telemont Eng. Telecomunicações S.A. 1.229.937 1.309.034 47 Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A. 1.211.536 1.214.892 48 Coteminas S.A. 1.103.399 1.022.598 49 Embaré Indústrias Alimentícias S.A. 1.008.550 900.420 50 Comau do Brasil Ind. Com. Ltda. 935.881 769.684 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 41 Especial MINAS GERAIS – 50 MAIORES EMPRESAS POR PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em R$ mil - 2014 Nº Razão Social Patrimônio Líquida 2014 2013 1 USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A. 16.719.664 16.711.908 2 Namisa-Nacional Minérios S.A. 15.671.983 14.624.267 3 ArcelorMittal Brasil S.A. 15.191.998 14.295.125 4 Vale Fertilizantes S.A. 14.554.701 15.301.184 5 Alcoa Alumínio S.A. 6.847.834 6.116.030 6 MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A. 6.160.833 5.333.436 7 Gerdau Açominas S.A. 5.951.860 5.685.907 8 Mineração Usiminas S.A. 5.663.548 5.905.420 9 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 5.536.564 5.337.359 10 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 5.027.671 4.796.473 11 MRV Engenharia e Participações S.A. 4.672.918 4.365.400 12 Samarco Mineração S.A. 4.313.331 3.758.049 13 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 4.153.291 4.198.774 14 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 3.486.610 3.815.017 15 Votorantim Metais Zinco S.A. 3.392.277 3.899.160 16 Magnesita Refratários S.A. 2.876.368 3.004.440 17 CEMIG Distribuição S.A. 2.482.227 2.492.858 18 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 2.367.587 2.401.479 19 CNH Industrial Latin America Ltda. 2.289.275 2.103.996 20 Tempo Serviço Ltda. 2.249.775 2.018.389 21 Aperam Inox América do Sul S.A. 2.046.227 2.105.289 22 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 1.987.530 1.775.127 23 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 1.784.383 1.660.821 24 BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A. 1.732.362 1.713.605 25 AGC Energia S.A. 1.657.726 1.381.624 26 Localiza Rent a Car S.A. 1.655.504 1.341.208 27 Direcional Engenharia S.A. 1.616.036 1.472.828 28 Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 1.567.147 1.529.173 29 Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança 1.566.829 1.389.914 30 Ferrous Resources do Brasil S.A. 1.556.278 1.449.698 31 Zurich Minas Brasil Seguros S.A. 1.534.682 808.648 32 FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda. 1.414.341 2.105.566 33 Estreito Energia S.A. 1.304.635 1.291.494 34 FCA Fiat Chrysler Part. Brasil S.A. 1.114.693 50.719 35 Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A. 1.111.949 1.024.378 36 Soluções em Aço Usiminas S.A. 1.101.705 1.125.882 37 Coteminas S.A. 1.019.258 1.014.553 38 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 941.506 808.033 39 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 937.227 929.484 40 International Meal Co. Alimentação S.A. 911.072 157.688 41 Belgo Bekaert Arames Ltda. 894.548 903.977 42 Unigal Ltda. 863.210 921.868 43 Algar Telecom S.A. 851.823 735.053 44 Ituiutaba Bioenergia S.A. 841.725 759.672 45 Vallourec Florestal Ltda. 840.393 656.595 46 Localiza Fleet S.A. 801.409 793.564 47 Centro de Imagem Diagnósticos S.A. 758.758 282.386 48 Rima Industrial S.A. 733.268 697.221 49 A.R.G. Ltda. 712.541 912.973 50 Banco Mercantil do Brasil S.A. 664.884 847.554 42 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – 50 MAIORES EMPRESAS POR LUCRO LÍQUIDO - Em R$ mil - 2014 Nº Razão Social Lucro 2014 2013 1 Samarco Mineração S.A. 2.805.548 2.731.397 2 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 2.088.965 1.811.374 3 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 1.565.397 1.405.979 4 ArcelorMittal Brasil S.A. 1.420.736 289.469 5 Namisa-Nacional Minérios S.A. 1.103.480 892.856 6 MRV Engenharia e Participações S.A. 751.400 450.195 7 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 556.056 595.066 8 CEMIG Distribuição S.A. 429.909 490.254 9 Localiza Rent a Car S.A. 410.589 384.344 10 MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A. 396.728 (182.619) 11 AGC Energia S.A. 369.834 340.778 12 Alcoa Alumínio S.A. 343.739 (103.465) 13 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 318.141 419.795 14 Mineração Usiminas S.A. 286.960 508.080 15 FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda. 249.505 290.416 16 Tempo Serviço Ltda. 231.586 197.121 17 AG Construções e Serviços S.A. 228.855 625 18 Belgo Bekaert Arames Ltda. 206.537 202.382 19 Direcional Engenharia S.A. 205.870 228.197 20 CNH Industrial Latin America Ltda. 188.055 361.483 21 Vallourec Mineração S.A. 184.976 216.494 22 Localiza Fleet S.A. 183.056 184.892 23 Unigal Ltda. 176.317 179.660 24 TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A. 166.788 122.886 25 FCA Fiat Chrysler Part. Brasil S.A. 164.366 8.548 26 Minasligas-Cia. Ferroligas Minas Gerais 151.512 54.235 27 Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança 141.601 172.145 28 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 141.088 157.176 29 Algar Telecom S.A. 139.889 137.787 30 COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 130.121 15.253 31 USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A. 129.552 (141.678) 32 Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A. 128.384 110.003 33 Arezzo Indústria e Comércio S.A. 112.752 110.555 34 Itambé Alimentos S.,A. 107.836 66.576 35 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 105.837 166.314 36 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 95.332 237.903 37 ARCOM S.A. 92.889 73.544 38 DME Distribuição S.A. 91.002 17.810 39 Enccamp Residencial S.A. 90.607 65.165 40 Redentor Energia S.A. 86.635 71.200 41 Instituto Hermes Pardini S.A. 86.355 60.102 42 BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A. 82.397 128.190 43 Banco Fidis S.A. 79.178 38.000 44 Drogaria Araujo S.A. 78.221 57.002 45 PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 77.979 78.637 46 Martins Com. Serv. Distribuição S.A. 72.037 69.350 47 Cemig Capim Branco Energia S.A. 71.861 59.465 48 Vallourec Florestal Ltda. 70.564 19.935 49 AeC Centro de Contatos S.A. 65.586 49.760 50 Cemig Trading S.A. 63.136 62.258 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 43 Especial MINAS GERAIS – 50 MAIORES EMPRESAS POR ATIVOS TOTAIS - Em R$ mil - 2014 Nº Razão Social Ativos Totais 2014 2013 1 ArcelorMittal Brasil S.A. 29.630.927 28.523.586 2 USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A. 28.868.053 29.327.299 3 FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda. 24.520.219 17.308.046 4 Samarco Mineração S.A. 19.583.730 15.046.345 5 Vale Fertilizantes S.A. 18.114.892 19.872.968 6 Namisa-Nacional Minérios S.A. 16.623.914 15.579.359 7 CEMIG Distribuição S.A. 13.864.840 12.497.936 8 Banco Mercantil do Brasil S.A. 12.655.017 13.463.359 9 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 12.378.036 10.475.039 10 MRV Engenharia e Participações S.A. 10.817.175 10.198.449 11 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 10.154.641 9.456.301 12 Gerdau Açominas S.A. 9.876.066 9.735.690 13 Alcoa Alumínio S.A. 9.101.940 8.915.740 14 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 8.567.313 8.513.749 15 MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A. 7.902.572 6.667.296 16 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 6.517.891 6.124.366 17 Votorantim Metais Zinco S.A. 6.487.086 6.696.918 18 BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A. 6.452.367 4.901.053 19 Mineração Usiminas S.A. 5.990.823 6.403.847 20 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 5.961.317 4.886.470 21 CNH Industrial Latin America Ltda. 5.754.257 5.393.084 22 Banco Fidis S.A. 5.379.431 5.931.266 23 Zurich Minas Brasil Seguros S.A. 5.357.329 4.005.730 24 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 5.246.998 2.401.479 25 Localiza Rent a Car S.A. 4.842.894 4.123.317 26 Magnesita Refratários S.A. 4.833.790 4.907.265 27 Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 4.383.432 4.055.177 28 Aperam Inox América do Sul S.A. 4.110.552 4.442.592 29 A.R.G. Ltda. 3.626.325 3.235.673 30 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 3.514.162 3.108.082 31 COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 3.444.737 2.078.157 32 SICOOB CENTRAL CREDIMINAS-Coop. Central Créd. MG Ltda. 3.293.833 2.615.594 33 Banco Bonsucesso S.A. 2.944.882 2.916.920 34 Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança 2.839.173 2.512.867 35 Tempo Serviço Ltda. 2.670.054 2.461.067 36 SICOOB CENTRAL CECREMGE-Central Coop. Econ. 2.456.163 1.825.614 37 AGC Energia S.A. 2.435.531 2.570.437 38 Ferrous Resources do Brasil S.A. 2.364.749 2.081.572 39 Banco Triâjngulo S.A. 2.132.470 1.845.983 40 Direcional Engenharia S.A. 2.100.698 1.939.005 41 Coteminas S.A. 2.013.261 1.877.030 42 Algar Telecom S.A. 1.904.444 1.688.133 43 Banco Intermedium S.A. 1.849.590 1.433.992 44 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 1.790.328 1.688.600 45 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 1.753.943 1.509.737 46 Mercantil do Brasil Financeira S.A. 1.709.910 1.337.948 47 Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A. 1.647.163 1.518.067 48 Autopista Fernão Dias S..A. 1.617.465 1.289.290 49 ABC INCO-Algar Agroi - ABC Ind. Com. S.A. 1.566.166 1.414.662 50 Localiza Fleet S.A. 1.467.834 1.251.363 44 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS EM NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS - 2014 Classificação Empresa Número de Funcionários 1 Prosegur Brasil S.A. 48.307 2 AeC Centro de Contatos S.A. 28.073 3 Telemont Eng. Telecomunicações S.A. 24.157 4 Almaviva do Brasil Telec. Inform. S.A. 23.016 5 FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil S.A. 21.867 6 MGS-Minas Gerais Adm. Serviços S.A. 19.159 7 Direcional Engenharia S.A. 13.359 8 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 12.596 9 Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais 12.540 10 Usiminas-Usinas Sid. M.G. S.A. 12.175 11 Algar Tecnol. Const. S.A. 10.612 12 Coteminas S.A. 9.933 13 ArcelorMittal Brasil S.A. 9.649 14 PIF-PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 8.232 15 Magnesita Refratários S.A. 7.227 16 Drogaria Araujo S.A. 6.090 17 Cemig Distribuição S.A. 6.073 18 Vale Fertilizantes S.A. 5.967 19 PUC-Minas-Soc. Min. Cultura 5.609 20 CNH Latin America Ltda. 5.365 21 FCA-Ferrovia Centro-Altântica S.A. 5.187 22 Usiminas Mecânica S.A. 5.086 23 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 5.021 24 AngloGold Ashanti Min. S.A. 4.552 25 Localiza Rent a Car S.A. 4.491 26 MRV Engenharia S.A. 4.377 27 Empresa Gontijo de Transportes Ltda. 4.323 28 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 4.288 29 Unimed-BH 3.945 30 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 3.825 31 Eletrosom S.A. 3.467 32 Supermix Concreto S.A. 3.434 33 Expresso Nepomuceno S.A. 3.398 34 Iveco Latin America Ltda. 3.388 35 Rima Industrial S.A. 3.274 36 Itambé Alimentos S.A. 3.208 37 Construtora Barbosa Mello S.A. 3.090 38 BBA-Belgo-Bekaert Arames Ltda. 3.033 39 Samarco Mineração S.A. 2.969 40 Instituto Hermes Pardini S.A. 2.770 41 Aethra Sistemas Automotivos S.A. 2.769 42 Cia. São Geraldo de Viação 2.454 43 A.R.G. Ltda. 2.438 44 Vallourec Sumitomo Tubos Brasil S.A. 2.414 45 Aperam Inox Am. Sul S.A. 2.080 46 Algar Telecom S.A. 2.077 47 Cooxupé-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 2.041 48 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 1.957 49 Vilma – Domingos Costa Alim. S.A. 1.931 50 Cemig Geração e Transmissão S.A. 1.701 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 45 Especial MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS CRESCIMENTO REAL DE VENDAS - Em % - 2014 Nº Razão Social Receita Operacional Líquida Variação 2014 2013 1 Almaviva do Brasil Telem. Informática S.A. 503.178 182.847 Nominal 175,2 157,4 Real 2 ArcelorMittal Com. Energia Ltda. 516.625 276.770 86,7 74,6 3 LIASA - Ligas de Alumínio S.A. 413.731 237.224 74,4 63,1 4 Helibras-Helicópteros do Brasil S.A. 671.303 404.162 66,1 55,4 5 Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A.-Construções 571.179 346.286 64,9 54,3 6 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 7.714.717 5.230.134 47,5 38,0 7 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 1.779.797 1.293.728 37,6 28,7 8 BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A. 566.203 415.457 36,3 27,5 9 Alcoa Alumínio S.A. 3.743.334 2.779.863 34,7 26,0 635.537 498.741 27,4 19,2 10 Integral Engenharia Ltda. 11 COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 2.491.138 1.971.616 26,4 18,2 12 Construtora Cowan S.A. 506.218 401.078 26,2 18,1 13 CEMIG Distribuição S.A. 11.241.118 9.205.932 22,1 14,2 14 Comau do Brasil Ind. Com. Ltda. 935.881 769.684 21,6 13,7 15 Banco Fidis S.A. 609.568 504.465 20,8 13,0 16 AeC Centro de Contatos S.A. 689.108 573.706 20,1 12,4 17 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 4.207.735 3.510.641 19,9 12,1 18 Votorantim Metais Zinco S.A. 1.635.485 1.365.674 19,8 12,0 19 Eletrosom S.A. 874.439 730.467 19,7 12,0 20 Itambé Alimentos S.,A. 2.452.332 2.054.678 19,4 11,6 21 Enccamp Residencial S.A. 504.771 423.842 19,1 11,4 22 Algar Tecnologia e Consultoria S.A. 450.212 381.858 17,9 10,3 23 Tempo Serviço Ltda. 1.306.330 1.110.609 17,6 10,0 24 Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 1.500.424 1.276.263 17,6 10,0 25 Aperam Inox América do Sul S.A. 3.210.701 2.733.151 17,5 9,9 26 BCR Comércio e Indústria S..A. 627.756 535.654 17,2 9,6 27 Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda. 1.428.393 1.220.275 17,1 9,5 28 Zema Cia. Petróleo 1.433.000 1.224.997 17,0 9,4 29 Luiz Tonin Atacadista e Supermercados S.A. 542.307 463.677 17,0 9,4 30 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 2.502.187 2.165.137 15,6 8,1 31 TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A. 1.770.381 1.540.612 14,9 7,5 32 Banco Triâjngulo S.A. 411.928 358.499 14,9 7,5 33 Algar Celular S.A. 406.773 356.294 14,2 6,8 34 CODEMIG - Cia. Desenvolvimento Econômico M. Gerais 523.497 459.169 14,0 6,6 35 PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 1.453.189 1.275.164 14,0 6,6 36 Drogaria Araujo S.A. 1.367.951 1.202.903 13,7 6,4 37 Instituto Hermes Pardini S.A. 570.368 501.878 13,6 6,3 38 Embaré Indústrias Alimentícias S.A. 1.008.550 900.420 12,0 4,8 39 Localiza Rent a Car S.A. 2.886.202 2.578.974 11,9 4,7 40 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 4.110.455 3.714.818 10,7 3,5 41 Banco Mercantil do Brasil S.A. 2.650.589 2.414.741 9,8 2,7 42 Tracbel S.A. 760.796 693.216 9,7 2,7 43 Localiza Fleet S.A. 919.457 838.008 9,7 2,6 44 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 1.319.874 1.203.048 9,7 2,6 45 Soluções em Aço Usiminas S.A. 2.316.116 2.119.067 9,3 2,2 46 Itatiaia Móveis S.A. 638.182 585.699 9,0 1,9 47 Arezzo Indústria e Comércio S.A. 918.726 848.050 8,3 1,3 48 MRV Engenharia e Participações S.A. 4.186.185 3.870.608 8,2 1,2 49 Vallourec Mineração S.A. 576.028 533.396 8,0 1,0 50 Coteminas S.A. 1.103.399 1.022.598 7,9 0,9 46 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – MAIORES RENTABILIDADES DO PL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – 2014 Classificação Empresa % 1 Almaviva do Brasil Telec. S. 113,6 2 Ceva Logística S.A. 112,2 3 AeC Centro de Contatos S.A. 100,4 4 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 94,3 5 Liasa-Ligas de Alumínio S.A. 85,2 6 Samarco Mineração S.A. 74,7 7 Vallourec Mineração S.A. 72,0 8 Cemig – Ger. Transmissão S.A. 54,8 PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 50,9 10 9 Mascarenhas, Barbosa, Roscoe S.A. 49,6 11 Telemont – Eng. Telec. S.A. 43,3 12 Enccamp Residencial S.A. 42,1 13 Energisa MG Dist. S.A. 36,0 14 Minasligas S.A. 35,9 15 Drogaria Araujo S.A. 35,2 16 Tambasa S.A. 32,1 17 Localiza Rent a Car S.A. 30,5 18 Embaré S.A. 30,1 19 Hermes Pardini S.A. 29,7 20 Tora Transportes S.A. 28,4 21 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 27,3 22 Arcom S.A. 25,9 23 Cooxupé-Coop. Caf. Guaxupé Ltda. 25,6 24 BCR Com. Ind. S.A. 24,2 25 Localiza Fleet S.A. 23,1 26 Belgo Bekaert Arames S.A. 22,9 27 Arezzo S.A. 21,9 28 Itambé Alimentos S.A. 21,4 29 Integral Engenharia S.A. 20,8 30 Algar Telecom S.A. 19,0 31 Tracbel S.A. 18,0 32 Cemig Distribuição S.A. 17,3 33 MRV Engenharia S.A. 17,2 34 Algar Tec. Cons. S.A. 17,1 35 Luiz Tonin Atac. Superm. S.A. 16,9 36 Eletrosom S.A. 15,5 37 Banco Fidis S.A. 15,1 38 Gasmig-Cia. Gás M.Gerais 15,1 39 J-Par Dist. Veículos S.A. 14,4 40 Itambé – CCPR Ltda. 14,1 41 Direcional Engenharia S.A. 14,0 42 Unimed-BH 13,1 43 Banco Triângulo S.A. 13,1 44 Petronas Lubrificantes S.A. 13,0 45 AngloGold Ashanti S.A. 12,5 46 Itaipu Máquinas e Veículos S.A. 12,3 47 Empresa Gontijo de Transportes S.A. 12,0 48 FCA Fiat Chrysler Ltda. 11,9 49 Vallourec Tubos Brasil S.A. 11,6 50 Tempo Serviços Ltda. 11,5 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 47 Especial MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS RENTABILIDADE SOBRE AS VENDAS - Em % - 2014 Nº Razão Social 1 Namisa-Nacional Minérios S.A. 2 Receita Operacional Líquida 2014 Lucro Líquido 2014 Rentabilidade Vendas 1.399.208 1.103.480 78,86% AG Construções e Serviços S.A. 409.017 228.855 55,95% 3 MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A. 726.125 396.728 54,64% 4 Mineração Usiminas S.A. 742.988 286.960 38,62% 5 Samarco Mineração S.A. 7.536.864 2.805.548 37,22% 6 CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração 4.207.735 1.565.397 37,20% 7 Vallourec Mineração S.A. 576.028 184.976 32,11% 8 CEMIG-Geração e Transmissão S.A. 7.714.717 2.088.965 27,08% 9 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 2.435.994 556.056 22,83% 10 Localiza Fleet S.A. 919.457 183.056 19,91% 11 Algar Telecom S.A. 775.291 139.889 18,04% 12 Enccamp Residencial S.A. 504.771 90.607 17,95% 13 MRV Engenharia e Participações S.A. 4.186.185 751.400 17,95% 14 Tempo Serviço Ltda. 1.306.330 231.586 17,73% 15 Instituto Hermes Pardini S.A. 570.368 86.355 15,14% 16 BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A. 566.203 82.397 14,55% 17 Localiza Rent a Car S.A. 2.886.202 410.589 14,23% 18 LIASA - Ligas de Alumínio S.A. 413.731 57.148 13,81% 19 Banco Fidis S.A. 609.568 79.178 12,99% 20 Arezzo Indústria e Comércio S.A. 918.726 112.752 12,27% 21 Direcional Engenharia S.A. 1.835.613 205.870 11,22% 22 Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A.-Construções 571.179 62.878 11,01% 23 Banco Triâjngulo S.A. 411.928 44.086 10,70% 24 GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais 1.319.874 141.088 10,69% 25 Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A. 1.211.536 128.384 10,60% 26 Belgo Bekaert Arames Ltda. 2.153.099 206.537 9,59% 27 AeC Centro de Contatos S.A. 689.108 65.586 9,52% 28 TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A. 1.770.381 166.788 9,42% 29 ArcelorMittal Brasil S.A. 15.332.748 1.420.736 9,27% 30 Alcoa Alumínio S.A. 3.743.334 343.739 9,18% 31 Algar Celular S.A. 406.773 33.447 8,22% 32 COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais 4.110.455 318.141 7,74% 33 ARCOM S.A. 1.240.501 92.889 7,49% 34 BCR Comércio e Indústria S..A. 627.756 46.950 7,48% 35 Rima Industrial S.A. 644.993 47.782 7,41% 36 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 1.484.232 95.332 6,42% 37 Algar Tecnologia e Consultoria S.A. 450.212 28.659 6,37% 38 Construtora Cowan S.A. 506.218 31.366 6,20% 39 Drogaria Araujo S.A. 1.367.951 78.221 5,72% 40 Almaviva do Brasil Telem. Informática S.A. 503.178 28.597 5,68% 41 Tracbel S.A. 760.796 41.890 5,51% 42 PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A. 1.453.189 77.979 5,37% 43 COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda. 2.491.138 130.121 5,22% 44 CEVA Logística Ltda. 512.957 24.590 4,79% 45 Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança 2.996.441 141.601 4,73% 46 Energisa Minas Gerais Dist. Energia S.A. 491.132 23.030 4,69% 47 Itambé Alimentos S.,A. 2.452.332 107.836 4,40% 48 UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico 2.502.187 105.837 4,23% 49 Construtora Barbosa Mello S.A. 766.239 31.232 4,08% 50 Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda. 1.428.393 55.272 3,87% 48 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 49 Especial 50 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS EM RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS – 2014 Classificação Empresa Valor em R$ milhões 1 FCA – Fiat Chrysler S.A. 7.647,86 2 Cemig Distribuição S.A. 3.997,65 3 Cemig Ger. Transmissão S.A. 2.569,11 4 ArcelorMittal Brasil S.A. 1.056,14 5 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 1.043,87 6 CNH Latin America Ltda. 936,96 7 Usiminas-Usinas Sider. M.G. S.A. 926,82 8 Sol. Aço Usiminas S.A. 885,57 9 Iveco Latin América Ltda. 667,94 10 Samarco Mineração S.A. 614,59 11 Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais 565,79 12 Gerdau-Açominas S.A. 489,15 13 Namisa S.A. 450,54 14 Const. Andrade Gutierrez S.A. 432,58 15 Magneti Marreli S.A. 391,94 16 Aperam Aço Inox S.A. 314,93 17 Localiza S.A. 220,03 18 MRV Engenharia S.A. 215,54 19 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 186,20 20 Unimed-BH 131,72 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 51 Especial MINAS GERAIS - MAIORES EMPRESAS EM EBTIDA – 2014 Classificação Empresa Valor em R$ milhões 1 Cemig-Cia. Energética M. Gerais 6.170,80 2 Samarco Mineração S.A. 3.762,50 3 ArcelorMittal Brasil S.A. 3.543,00 4 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 2.570,80 5 Energisa S.A. 1.558,40 6 Usiminas-Usinas Sid. M. Gerais S.A. 1404,9 7 Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais 1.107,90 8 Localiza S.A. 969,8 9 Alcoa Alumínio S.A. 880,5 10 Gerdau-Açominas S.A. 779,8 11 Vallourec Tubos Brasil S.A. 753,5 12 MRV Engenharia S.A. 740,0 13 CNH Latin América Ltda. 690,6 14 Algar Telecom S.A. 543,0 15 Aperam Aço Inox S.A. 467,3 16 Cenibra S.A. 444,4 17 Supermix Concreto S.A. 423,7 18 Vallourec Sumitomo S.A. 426,5 19 AngloGold Ashanti S.A. 373,5 20 Prosegur Brasil S.A. 324,6 21 Direcional Engenharia S.A. 285,1 22 Magnesita Refratários S.A. 276,1 23 Líder Aviação S.A. 233,2 24 Tambasa S.A. 213,9 25 FCA-Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 206,9 26 Cooxupé Ltda. 206,2 27 Itambé Alimentos S.A. 203,7 28 Gasmig-Cia. Gás M. Gerais 202,9 29 Coteminas S.A. 190,8 30 Votorantim Metais e Zinco S.A. 198,9 31 Minasligas S.A. 185,8 32 Pif Paf Alimentos S.A. 180,7 33 Hermes Pardini S.A. 175,8 34 A.R.G. S.A. 164,1 35 Arezzo S.A. 161,3 36 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 148,2 37 Rima Industrial S.A. 133,7 38 AeC Centro de Contatos S.A. 132,9 39 Tempo Serviços Ltda. 120,8 40 Liasa S.A. 119,9 52 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – MELHOR LIQUIDEZ CORRENTE – 2014 Classificação Empresa Em Pontos 1 Mineração Usiminas S.A. 8,04 2 Emccamp Residencial S.A. 5,56 3 Minasligas S.A. 4 Tambasa S.A. 5 A.R.G. S.A. 6 Icasa-Ind. Cer. Andradense S.A. 3,54 7 Arezzo S.A. 3,46 8 Solução em Aço Usiminas S.A. 3,16 9 5,2 3,65 3,6 Direcional Engenharia S.A. 3,17 10 Liasa – Ligas de Alumínio S.A. 2,81 11 Tora Transportes S.A. 2,38 12 Arcom S.A. 2,34 13 Magnesita Refratários S.A. 2,23 14 Hospital Mater Dei S.A. 2,19 15 Usiminas Mecânica S.A. 2,13 16 Carbel S.A. 2,09 17 MRV Engenharia S.A. 2,07 18 Belgo Bekaert Arames Ltda. 2,03 19 Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A. 1,99 20 Tempo Serviços Ltda. 1,94 21 Hermes Pardini S.A. 1,94 22 Drogaria Araujo S.A. 1,93 23 Empresa Gontijo Transp. S.A. 1,86 24 Aperam Aço Inox S.A. 1,86 25 Valourec Tubos Brasil S.A. 1,84 26 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 1,78 27 Coteminas S.A. 1,78 28 Usiminas-Usinas Sid. M.G. S.A. 1,73 29 Rima Industrial S.A. 1,72 30 CNH Latin America Ltda. 1,71 31 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 1,67 32 Supermix Concreto S.A. 1,62 33 Gerdau-Açominas S.A. 1,61 34 Petronas Lubrificantes S.A. 35 Cooxupé-Coop. Caf. Guaxupé Ltda. 1,45 36 Codemig-Cia. Desenv. M. Gerais 1,45 37 Namisa S.A. 1,44 38 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 1,42 39 Prosegur Brasil S.A. 1,42 40 Localiza Rent a Car S.A. 1,4 41 PIF PAF Alimentos S.A. 1,34 42 Itambé Alimentos S.A. 1,33 43 Eletrosom S.A. 1,32 44 ArcelorMittal Brasil S.A. 1,31 45 AngloGold Ashanti S.A. 1,28 46 Unimed-BH 1,27 47 Integral Engenharia S.A. 1,27 48 Votorantim Metais e Zinco S.A. 1,25 49 Energisa S.A. 1,21 50 Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais 1,16 1,6 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS POR RIQUEZA CRIADA – 2014 Classificação Empresa Especial R$ milhões 1 Cemig Distribuição S.A. 6.150,35 2 Cemig Ger. Transmissão S.A. 5.988,99 3 ArcelorMittal Brasil S.A. 5.719,87 4 Samarco Mineração S.A. 4.008,72 5 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 3.382,77 6 Prosegur Brasil S.A. 2.404,46 7 Usiminas – Usinas Sid. M.G. S.A. 2.336,80 8 Copasa-Cia. Saneamento M.Gerais 2.039,84 9 53 Construtora Andrade Gutierrez S.A. 1.512,97 10 Gerdau-Açominas S.A. 1.461,48 11 Localiza Rent a Car S.A. 1.011,24 12 MRV Engenharia S.A. 940,29 13 Aperam Aço Inox S.A. 860,96 14 Belgo-Bekaert Arames Ltda. 736,72 15 PUC-Minas 679,08 16 Vallourec Sumitomo S.A. 636,43 17 Martins-Com. Serv. Dist. S.A. 516,10 18 AngloGold Ashanti S.A. 505,92 19 Supermix Concreto S.A. 423,89 20 Magnesita Refratários S.A. 417,60 21 Unimed-BH 387,67 22 Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A. 314,63 23 FCA-Ferrovia Centr-Atlântica S.A. 312,83 24 Cooxupé-Coop.Caf. Guaxupé Ltda. 308,94 25 Gasmig-Cia. Gás M. Gerais 307,44 26 Arezzo S.A. 260,37 27 Soluções em Aço Usiminas S.A. 230,21 28 Namisa S.A. 220,63 29 A.R.G. S.A. 210,45 30 Arcom S.A. 193,39 54 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS - 2014 Classificação Razão Social Exportações US$ mil - FOB Participação no Total-% 1 Vale S.A. 9.752.531 33,26 2 CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração 1.718.468 5,86 3 CSN – Cia. Siderúrgica Nacional 1.388.816 4,74 4 Fiat Automóveis S.A. 855.958 2,92 5 Kinross Brasil Mineração S.A. 643.082 2,19 6 NAMISA – Nacional Minérios S.A. 607.472 2,07 7 CENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S.A. 569.411 1,94 8 COOXUPÉ-Coop. Ref.Caf. Guaxupé Ltda. 557.830 1,90 9 Gerdau-Açominas S.A. 540.653 1,84 10 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 528.554 1,80 11 AngloGold Ashanti C.S.Mineração S.A. 475.185 1,62 12 JBS S.A. 434.451 1,48 13 Novo Nordisk Prod. Farm. Brasil Ltda. 433.932 1,48 14 Terra Forte Exp. Imp. Café 387.471 1,32 15 Louis Dreyfys Commodities Brasil S.A. 364.802 1,24 16 BRF S.A. 307.990 1,05 17 Stockler Com. Exportadora Ltda. 285.109 0,97 18 S.A. Usina Coruripe Açúcar e Alcool 244.843 0,84 19 EISA-Empresa Interagrícola S.A. 237.202 0,81 20 Adm. do Brasil Ltda. 225.989 0,77 21 Usiminas-Usinas Sid. M. G. S.A. 211.673 0,72 22 Vallourec Tubos do Brasil S.A. 206.341 0,70 23 Unicafé Cia. de Comércio Exterior 205.867 0,70 24 Usina Delta S.A. 200.123 0,68 25 Exportadora de Café Guaxupé Ltda. 184.693 0,63 26 Magnesita Refratários S.A. 184.478 0,63 27 Gardingo Trading Imp. Exp. Ltda. 181.280 0,62 28 Atlântica Exp. Importação Ltda. 164.998 0,56 29 Acesita S.A. 153.602 0,52 30 ArcelorMittal do Brasil S.A. 151.863 0,52 31 Mataboi Alimentos S.A. 147.436 0,50 32 Café Três Corações S.A. 144.324 0,49 33 Seara Alimentos S.A. 132.327 0,45 34 Rima Industrial S.A. 127.284 0,43 35 Bunge Alimentos S.A. 117.968 0,40 36 Mineração Curimbaba Ltda. 117.954 0,40 37 Iveco Latin America Ltda. 114.744 0,39 38 Noble Brasil S.A. 110.613 0,38 39 Tristão Cia. de Comércio Exterior 101.791 0,35 40 Dow Corning Silício Brasil Ind. Comércio 93.015 0,32 23.612.126 80,53 5.708.519 19,47 29.320,65 100,00 Subtotal Demais Empresas TOTAL GERAL Fonte: Min. Desenvolvimento, Ind. e Comércio Exterior/MinasPart Desenvolvimento novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 55 Especial MINAS GERAIS – MAIORES EMPRESAS S.A. DE CAPITAL ABERTO - 2014 Classificação Empresa Valor da Capitalização (Em US$ milhão*) 1 CEMIG-Cia. Energética de M.Gerais 6.331,93 2 Usiminas – Usinas Sid. M.G. S.A. 3.306,67 3 Localiza Rent a Car S.A. 2.847,35 4 MRV Engenharia S.A. 1.268,18 5 Copasa-Cia. Saneamento M.G. 1.134,57 6 Energisa S.A. 1.108,52 7 Arezzo S.A. 900,12 8 Direcional Engenharia S.A. 474,16 9 Magnesita Refratários S.A. 220,75 10 Wembley S.A. 132,52 11 Banco Mercantil do Brasil S.A. 99,93 12 Biomm S.A. 98,65 13 Cia. Industrial Cataguases 57,03 14 Banco Mercantil de Investimentos S.A. 51,69 15 Cia. Tecidos Santanense 48,01 16 Coteminas S.A. 44,03 17 Minasmáquinas S.A. 37,84 18 Mendes Jr. S.A. 36,84 19 Cia. Fiação Tec. Cedro e Cachoeira 33,71 20 Mercantil do Brasil Financeira S.A. 33,30 *À cotação do US$/Real no último dia útil. BMF&Bovespa. 56 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Especial MINAS GERAIS – PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS - 2014 Classificação Empresa 1 Fiat Automóveis S.A. 2 Importações US$ mil - FOB Participação no Total-% 1.173.261 10,66 Mercedez-Benz do Brasil Ltda. 502.532 4,57 3 Iveco Latin America Ltda. 486.705 4,42 4 Usiminas-Usinas Sider. M.G. S.A. 372.770 3,39 5 Gerdau-Açominas S.A. 366.932 3,34 6 FMC Química do Brasil Ltda. 337.765 3,07 7 Fertilizantes Heringer S.A. 310.459 2,82 8 Yara Brasil Fertilizantes S.A. 224.655 2,04 9 Vale S.A. 212.071 1,93 10 Vale Fertilizantes S.A. 197.531 1,80 11 Unilever Brasil Industrial Ltda. 191.427 1,74 12 CNH Ind. Latin America Ltda. 191.181 1,74 13 Cisa Trading S.A. 185.424 1,69 14 ArcelorMittal Brasil S.A. 163.218 1,48 15 Ferreiro do Brasil Ind.Doceira e Alim. 153.544 1,40 16 Votorantim Metais Zinco S.A. 144.719 1,32 17 VRG Linhas Aéreas S.A. 144.117 1,31 18 Novo Nordisk Prod. Farm.Brasil Ltda. 140.658 1,28 19 Multilaser Industrial S.A. 118.039 1,07 20 Jabil do Brasil Ind. Eletroeletrônica Ltda. 117.956 1,07 21 Fundação Ezequiel Dias 108.243 0,98 22 Philips do Brasil Ltda. 106.618 0,97 23 Samarco Mineração S.A. 104.958 0,95 24 Helibras-Helicópteros do Brasil S.A. 96.378 0,88 25 Mosaic Fertilizantes Brasil Ltda. 91.258 0,83 26 Black & Decker do Brasil Ltda. 89.223 0,81 27 Alcoa Alumínio S.A. 88.063 0,80 28 GE Transportes Ferroviários S.A. 87.435 0,79 29 Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda. 78.867 0,72 30 Anglo-Ferrous Minas Rio Mineração S.A. 76.938 0,70 31 Ouro Fino Química Ltda. 68.784 0,63 32 Fertipar Sudeste Adubos Corret. Agríc. 67.702 0,62 33 GE Healthcare Brasil Com. Serv. 64.291 0,58 34 Sipcam Nichino Brasil S.A. 63.730 0,58 35 Unifi do Brfasil Ltda. 63.482 0,58 36 Kinross Brasil Mineração S.A. 61.112 0,56 37 Philips Medical Systems Ltda. 59.965 0,55 38 Fertigran Fertilizantes V.R. Ltda. 58.390 0,53 39 DL Comércio Ind. Produtos Eletrônicos 55.484 0,50 40 Rima Industrial S.A. 54.232 0,49 Subtotal 7.280.118 66,17 Demais Empresas 3.721.750 34,88 11.001.867 100,00 TOTAL GERAL Fonte: Min. Desenvolvimento, Ind. e Comércio Exterior/MinasPart Desenvolvimento novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 57 Especial OBRAS PARA A DESPOLUIÇÃO DA LAGOA DA PAMPULHA. UM RESGATE À BELEZA ORIGINAL DA MAIS FAMOSA ATRAÇÃO TURÍSTICA DE BH. Belo Horizonte me recebeu de braços abertos. E eu também abracei essa cidade. A receptividade das pessoas. A beleza dos lugares. O encanto da Pampulha. C E S A R C I E LO A Belo Horizonte que recebeu Cesar Cielo de braços abertos reúne inúmeras atrações que encantam milhares de turistas todos os anos. Como a Pampulha, que está vivendo um momento de grande transformação. A Prefeitura de Belo Horizonte tem trabalhado muito pela despoluição da Lagoa. As obras de desassoreamento já foram concluídas e novas etapas para a despoluição completa estão em andamento. Assim, o Conjunto Moderno da Pampulha, que é candidato a Patrimônio Cultural da Humanidade, será um orgulho ainda maior para todos nós. 58 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Informações Privilegiadas BDMG sedia encontro do Criatec 2 Evento apresentou empresas mineiras investidas pelo fundo e contou com apresentação de linhas de crédito do BDMG para inovação fotos Bruna Marta/ BDMG Dois empresários mineiros não desistiram do sonho de empreender e, hoje, dirigem empresas investidas pelo fundo Criatec 2, gerido pela Bozano Investimentos e pela Triaxis Capital e que conta com investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), do Banco do Nordeste (BNB), do Banco de Brasília (BRB) e do Badesul (Agência de Fomento do Rio Grande do Sul). Essas histórias foram apresentadas durante o evento: Criatec 2 - Capital Empreendedor Apoiando a Inovação em Minas Gerais, realizado, nesta semana, no auditório do BDMG em Belo Horizonte. Marcello Ladeira é presidente da Siteware, empresa instalada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), que desenvolve soluções de gestão empresarial. Já Roberto Castro Jr. é o principal executivo da Ventrix, fabricante de equipamentos médico-hospitalares preparada na Incubadora de Base Tecnológica de Itajubá (INCIT), no Sul de Minas. Ambos persistiram na vontade de fundar a própria empresa e, na segunda tentativa, tiveram êxito, reconhecido pelo Criatec 2. A Siteware, a Ventrix e a HTP Solution – desenvolvedora de soluções para a gestão de transporte empresarial de pessoas – são três empresas mineiras investidas pelo Criatec 2. O fundo tem atuação nacional, capital comprometido de R$ 186 milhões – sendo R$ 10 milhões do BDMG – e 18 companhias já aprovadas, com expectativa de alcançar um total de 36 investimentos. De acordo com Fernando Wagner da Silva, executivo do Criatec 2, o fundo investe em diversos setores da economia. A empresa desejada deve ter uma equipe competente de funcionários, um mercado claro de atuação e uma perspectiva de crescimento. “O fundo colabora na gestão estratégica e de equipe, na estruturação interna, no networking, na inteligência de mercado e na resolução de eventuais conflitos”, explica Silva. Ladeira, da Siteware, conta que buscava uma parceria que oferecesse inteligência ao negócio. Segundo ele, a entrada do Criatec 2 elevou a empresa a outro patamar. “Os concorrentes percebem a empresa muito mais agora. E quero que os clientes também a percebam”, afirma. Além disso, ele explica que a chancela de um fundo como o Criatec 2 abre portas para que uma pequena empresa Da esquerda para a direita - Fernando Wagner da Silva (Criatec 2); Haim Mesel (sócio-fundador da Triaxis Capital); Roberto Castro Jr. (Ventrix); e Marcello Ladeira (Siteware) Da esquerda para a direita - Fernando Wagner da Silva (Criatec 2), Carlos Fernando Vianna (BDMG) e Carlos Augusto Carneiro (BNDES) se apresente a grandes companhias. Castro Jr., da Ventrix, explica que a entrada do Criatec 2 ocorreu no momento certo, pois a fábrica em Itajubá foi homologada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2015 e o fundo aportou no mês seguinte. Ele conta ainda que a orientação profissional do fundo oferece vantagens, como maior análise na discussão do plano de negócios. As empresas interessadas podem enviar propostas por meio do site www.criatec2.com.br. Fernando Silva informa que o prazo de avalia- ção, desde o recebimento da proposta até o exame do comitê do fundo, dura quatro meses, em média. Crédito e participação em fundos – O diretor de Negócios do BDMG, Carlos Fernando Vianna, apresentou ao público as linhas específicas para inovação disponíveis na instituição. O Banco criou, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), duas linhas, o Pró-Inovação, para projetos inovadores de qualquer setor, e o Proptec, voltado exclusivamente para empresas instaladas em parques Criatec 2: público interessado prestigiou e interagiu com o evento tecnológicos no Estado. Além disso, o BDMG oferece as linhas Inovacred e Inovacred Expresso, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e MPME Inovadora, do BNDES. Vianna explicou ainda sobre outras formas de apoio do BDMG à inovação, seja por meio de aportes em fundos, seja por meio de participação acionária. O Banco investe atualmente em seis fundos: HorizonTI e AvanTI, geridos pela Confrapar; Brasil TI, gerido pela DLM Private Equity; Brasil Sustentabilidade, gerido pela BRZ e Latour,; e Criactec 2 e Criatec 3, do BNDES. Por meio da subsidiária BDMGTEC, a instituição tem participação acionária na fábrica de semicondutores Unitec e na fábrica de insulina humana Biomm. O gerente do departamento de investimento em fundos da área de capital empreendedor do BNDES, Carlos Augusto Carneiro, apresentou as linhas de crédito disponíveis, e outras formas de apoio, como a participação indireta por meio de aportes em fundos de investimento e a participação direta (equity) no capital de empresas inovadoras. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 59 Informações Privilegiadas Missão empresarial ao Paraguai aproxima empresas dos dois países fotos Nilton Rolin/Itaipu Binacional Grupo de 80 empresas e instituições brasileiras de 18 setores da economia e nove Estados visitou o país nos dias 10 e 11 de setembro A Missão Empresarial de Integração Produtiva Brasil-Paraguai, realizada entre os dias 10 e 11 de setembro, contou com a presença de 80 empresas e instituições brasileiras de 18 setores da economia, de nove estados. O grupo participou, no primeiro dia, de um Seminário empresarial na sede do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai e de reuniões individuais com representantes de entidades paraguaias. A Missão foi organizada pela Apex-Brasil, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI, tendo sido presidida por Olavo Machado Jr., presidente da FIEMG- Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Antes do início do Seminário, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, esteve com o presidente Horácio Cartes no Palácio de Lopes. Em seguida, ele abriu o Seminário ao lado do Ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite. Tanto em seu discurso quanto na conversa com a imprensa paraguaia, Monteiro citou como estratégica a parceria entre os dois países. Ressaltou que o Mercosul tem o grande desafio de estar mais integrado à rede de acordos internacionais, e que ainda este ano terão início as trocas de ofertas do bloco com a União Europeia. O ministro defendeu, ainda, que o melhor termômetro para indicar a convergência intrabloco é o número de empresários que integram a Missão. O vice-presidente da CNI, Olavo Machado Junior, reafirmou o compromisso da indústria brasileira com o Mercosul. “A internacionalização das empresas traz aumento da competitividade e é parte fundamental da integração produtiva”. Para estimular o intercâmbio de informações e de inteligência comercial entre os dois países, instrumentos fundamentais para a promoção de investimentos e de comércio, foi assinado um Memorando de Entendimento entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Rediex (Red de Inversiones y Exportaciones). “A partir desse Memorando conseguiremos intensificar as ações de promoção comercial e de investimentos entre nossas empresas. Sem dúvida, um primeiro resultado dessa Missão”, afirmou o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, em seu discurso na abertura do Seminário. Barioni, que presidiu a TAM Mercosur (hoje TAM Airlines), com sede em Assunção, contou um pouco de sua experiência pessoal no Paraguai, destacando as boas oportunidades e condições oferecidas pelo país para as empresas brasileiras. Entre 2005 e 2014 a corrente de comércio do Brasil com o Paraguai aumentou 244%, alcançando no ano passado US$ 4,4 bilhões. Desse total, quase 80% corresponde a produtos manufaturados. Além disso, há um forte crescimento de investimentos brasileiros no país. Dados do Banco Central indicam que o estoque de investimentos saiu de US$ 125 milhões (2007) para US$ 700 milhões (2013). Isso representa um crescimento acumulado de 460%. O Brasil é, portanto, o segundo maior investidor no mercado paraguaio, perdendo apenas para os Estados Unidos. A segunda etapa da Missão foi realizada no dia seguinte com visitas técnicas a empresas brasileiras estabelecidas em Assunção. Participaram da Missão empresas dos setores têxtil, metal-mecânico, produtos químicos, alimentos processados, autopreservação, indústria naval, couro e calçados, energia, aparelhos eletro-eletrônicos, bens de capital, Olavo Machado Jr. chefiou Missão Empresarial Brasileira ao Paraguai Gustavo Leite, Armando Monteiro e Jorge Samek, diretor-geral Brasileiro de Itaipu “A internacionalização das empresas traz aumento da competitividade e é parte fundamental da integração produtiva” Olavo Machado Junior, vice-presidente da CNI Delegação da missão - intercâmbio de informações e de inteligência comercial entre os dois países 60 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Informações Privilegiadas construção civil, implementos rodoviários, móveis, semijoias, higiene e limpeza, brinquedos e aviação. A importância da alíquota de 35% no Paraguai para os negócios da indústria brasileira Durante a Missão Empresarial Brasileira ao Paraguai, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - MDIC, Armando Monteiro, a Assunção e Ciudad del Este, o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, reforçou a importância do programa de brinquedos para o Mercosul. A delegação brasileira manteve encontro com o presidente Horácio Cartes, o ministro Gustavo Leite e empresários locais. Na oportunidade, o presidente da Abrinq apresentou o bem-sucedido programa de brinquedos para o Mercosul, com ênfase na importância da alíquota de 35% para a realização de negócios entre os países membros. O governo Dilma Rousseff garantiu a manutenção e a renovação da alíquota de importação para a indústria nacional até 2021, no contexto do Programa de Integração Produtiva no Mercosul, liderado e gerido pela entidade Abrinq. “A medida vai permitir um horizonte de investimentos e crescimento”, explicou Synésio Batista da Costa. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defende a inclusão de Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil, como um dos polos de instalação de empresas brasileiras em solo paraguaio. O setor automotivo é apontado entre os de maior potencial para a “integração produtiva”, processo que prevê a divisão de etapas da produção industrial em cada um dos países. A declaração foi feita durante encontro com empresários do Alto Paraná (estado), em Ciudad del Este, na cidade vizinha a Foz do Iguaçu. “Ao olhar para o Paraguai, não há dúvidas que Cidade do Leste apresenta condições favoráveis para este processo de integração”, disse o ministro. “Há empresas brasileiras que já estão aqui, participando especialmente do Regime de Maquila. E creio que esta cidade pode oferecer condições de logística e de custos extremamente adequados para esses empreendedores”, completou. Representantes da indústria e do comércio local aproveitaram o encontro para apresentar demandas ao ministro brasileiro e ao da Indústria e Comércio (MIC) paraguaio, Gustavo Leite. O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, acompanhou a missão ministerial e empresarial, na sede da Governança do Alto Paraná. Novo shopping na avenida Beira Rio de Cidade do Leste, que está sendo revitalizada Reuniões periódicas como a ocorrida em 10 de setembro estão previstas o Plano Nacional de Exportações, lançado em junho pelo governo federal. Segundo Gustavo Leite, apenas no último ano foram instaladas na região que faz fronteira com o Brasil 21 empresas maquiladoras, as que manufaturam em solo paraguaio e, obrigatoriamente, exportam sua produção, com tributação de 1% sobre o valor fa- Seminário empresarial na sede do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai À esquerda, Armando Monteiro, ao lado do governador do Alto Paraná, Justo Zacarías, e do ministro Paraguaio, Gustavo Leite turado. Oitenta por cento delas foram constituídas com capital brasileiro. Para ele, a integração produtiva deve estimular, ainda mais, a ampliação da matriz econômica do município, o que já vem acontecendo. Comércio bilateral “A vinda do ministro ocorre em um momento oportuno, seja pelos dados de importação e exportação entre os dois países, ou pelo comércio que acontece aqui na fronteira, com um número bastante expressivo”, disse Jorge Samek. Entre janeiro e agosto, as exportações brasileiras para o Paraguai totalizaram US$ 1,661 bilhão e as importações, US$ 603 milhões. O superávit na balança comercial brasileira foi de US$ 1,058 bilhão, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Samek também destacou investimentos que estão sendo feitos no local, com o apoio de Itaipu. Entre eles, a construção da segunda ponte Brasil-Paraguai, prevista para começar ainda neste ano. “Estamos mudando o perfil da região. Não é mais um local de sacoleiros, mas um lugar que se industrializa e cada vez mais investe em tecnologia, educação. Há uma mudança em curso”. O assunto também foi abordado pelas lideranças empresariais na apresentação de projetos voltados para Ciudad del Este como a revitalização urbana do município, e outras ações que fortalecem o turismo local, deixando de lado a pecha de roteiro de sacoleiros do passado. “A região está mudando seu perfil, sobretudo na perspectiva de fazer com que novos setores possam ganhar mais importância na região”, afirmou Monteiro. Missão comercial O compromisso na fronteira encerrou a agenda do ministro ao país vizinho, organizada com o objetivo de aumentar o comércio e investimentos bilaterais. No Paraguai, ele liderou uma missão comercial composta por 72 empresários brasileiros, iniciada em Assunção no dia 9 de setembro. Na capital, ele foi recebido pelo presidente paraguaio Horácio Cartes e participou do Seminário Empresarial Brasil - Paraguai, organizado pela Apex-Brasil, agência de fomento às exportações e investimentos do Paraguai (Rediex), e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Ciudad del Este, também participaram do encontro o governador de Alto Paraná, Justo Zacarías Irún, o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Antonio Simões, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Olavo Machado Junior, entre outras autoridades locais. Economia que acelera dois povos Em 2015, o Paraguai se consolidou como 20º destino das exportações brasileiras e o 36ª no ranking das importações. O crescimento de exportações ao Paraguai cresceu 2% em relação ao mesmo período no ano passado, com a participação de 3.755 empresas brasileiras. Impulsionado pela atividade agrícola, o crescimento médio do Produto Interno Bruto do Paraguai é estimado em 4,5%, entre 2014 e 2016. Itaipu Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”. 61 novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum Informações Privilegiadas FAEMG destaca pujança da pecuária mineira Números do IBGE da Produção da Pecuária Municipal (PPM), em 2014, demonstram que a produção de leite em Minas Gerais representa um quarto do total nacional Seapa IBGE divulgou nesta quinta-feira (8/10), os números da Produção da Pecuária Municipal (PPM) em 2014. O destaque, mais uma vez, é a liderança mineira na produção de leite, com mais de um quarto do total nacional e o maior rebanho leiteiro. O estado é também líder em rebanho equino. O analista de agronegócio e especialista em Pecuária da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Wallisson Lara Fonseca, destacou também a pecuária de corte, que vem em recuo nos dois últimos anos: “A oferta restrita de animais, devido à escassez hídrica no período, resultou no preço da arroba favorável. Isso tem motivado investimento dos produtores em tecnologia e incremento de produtividade”. Ele destaca ainda o acréscimo da atividade de suinocultura; setor que também vinha em crise: “O recuo acabou fazendo com que a oferta se equilibrasse à demanda, favorecendo novamente os preços ao produtor e motivando novo acréscimo da atividade”. Para Wallisson, o relatório revela ainda pontos de oportunidade. Um deles foi o crescimento expressivo (10%) da produção de ovos de codorna, revelando novos hábitos do consumidor. “Ou porque os preços elevados das carnes o forçaram a buscar proteínas alternativas para substituir na cesta de produtos, ou mesmo porque caíram no gosto do consumidor, esse crescimento aponta uma tendência interessante para a atividade”. Outra oportunidade que ele destaque é o segmento da aquicultura, Rebanho/Produto que apesar da crise, tem crescido rapidamente e já está atraindo a atenção dos produtores mineiros. Prova disso tem sido a grande procura pelos cursos do Senar Minas sobre o assunto. Só em 2014 foram 53 treinamentos em diversos temas da atividade: “O ciclo curto de produção de pescados torna a atividade interessante entre os de produção de proteína animal. E voltando a regularidade das chuvas, podemos tirar ainda mais proveito das nossas bacias hídricas, que têm potencial muito interessante”. Pecuária Leiteira Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite com a produção de 9.367.470 mil litros de leite proPosição de MG entre as UFs duzido em 2014, 0,6% a mais que no ano anterior. A produtividade média no Estado aumentou novamente em 1,4% passando de 1.591 para 1.613 litros/ vaca/ano, de 2013 para 2014. No Brasil, o aumento da produtividade foi em torno de 2,2%, puxada pelos estados da região Sul. Apesar disso, a média estadual continua maior que a nacional (1.525 litros/ vaca/ano). O valor da produção de leite no Estado aumentou 0,7%, graças ao acréscimo na produção, uma vez que o preço unitário permaneceu praticamente estável (R$ 0,99). Rebanho Bovino O Estado mantém o segun- Quantitativo do rebanho bovino do Brasil, com 23.707.042 cabeças, número 2,4% inferior ao de 2013. Suínos O rebanho suíno, Minas Gerais ocupa a 4º colocação, sendo Uberlândia o maior produtor nacional, Urucânia o 10º, Jequeri o 15º e Patos de Minas o 19º. O total de suínos apresentou acréscimo de 2,8%, puxado pelo aumento do efetivo em Jequeri, na Zona da Mata, Pará de Minas na região Central e Monte Alegre de Minas no Triângulo. Ovos / Galináceos: Queda de 0,1% na produção de ovos de galinha e de 1,2 % no efetivo Percentual em relação ao Brasil Variação (%) em relação a 2013 Bovinos (cabeças) 2o 23.707.042 11,16 -2,04 Vacas ordenhadas (cabeças) 1 5.808.524 25,19 -0,72 Leite de vaca produzido (litros) 1 o 9.367.470.142 26,63 0,63 Bubalinos (cabeças) 7o 56.825 4,31 -1,06 Equinos (cabeças) 1o 763.780 14,01 0,65 Suínos (cabeças) 4o 5.217.920 13,76 2,84 Caprinos (cabeças) 10o 92.200 1,04 -10,18 Ovinos (cabeças) 16 209.589 1,19 -4,19 Galináceos (cabeças) 5 125.380.566 9,42 5,18 Galinhas (cabeças) 4 20.942.935 9,24 -1,18 Ovos de galinha (dúzias) 4 351.912.009 9,42 -0,14 Codornas (cabeças) 3 1.851.250 9,10 3,80 Ovos de codorna (dúzias) 3 37.538.680 9,56 10,60 Mel (quilos) 4 o 3.820.812 9,93 15,50 10o 16.530.509 3,49 5,01 Peixes (quilos) Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal 2014 e 2013. o o o o o o o de galinhas no Estado, que caiu para o 4º lugar, sendo ultrapassado pelo Rio Grande do Sul. O rebanho nacional de galináceos, Minas Gerais permaneceu como o 5º maior rebanho, sendo Uberlândia o 4º maior, São Sebastião do Oeste o 5º e Pará de Minas o 6º. Esse rebanho apresentou acréscimo de 5,2% indicando aumento da aptidão da avicultura de corte no Estado. Codornas Minas Gerais continuou na 3ª colocação no efetivo de codornas, com aumento de 3,8% em relação a 2013 e na 2ª posição na produção de ovos, com acréscimo de 10,6%. Aquicultura Apesar de Minas Gerais ser apenas o 10º colocado na produção de peixes da aqüicultura, destaca-se a produção de tilápia no Estado (5º maior produtor), sendo os municípios de Morada Nova de Minas e Felixlândia, banhados pela represa de Três Marias, os 11º e 20º maiores produtores nacionais, além da produção de truta (2º maio produtor, atrás de Santa Catarina) com os seguintes municípios na região da Serra da Mantiqueira entre os 20 maiores do Brasil: Sapucaí Mirim (2º), Camanducaia (3º), Delfim Moreira (4º), Bocaina de Minas (8º), Itamonte (14º), Aiuruoca (15º) e Baependi (18º). Mel A produção de mel de abelha no Estado também apresentou acréscimo considerável (15,5%), mantendo o Estado na 4ª produção nacional. 62 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Informações Privilegiadas Orthocrin inicia expansão para o Nordeste e inaugura primeira franquia em Salvador (BA) Empresa, que já contabiliza mais de 60 lojas franqueadas, pretende inaugurar mais de dez lojas até dezembro. Nordeste está na rota de expansão da marca Orthocrin/divulgação Com mais de 50 anos de mercado, a Orthocrin é hoje uma das maiores empresas do segmento de colchões do Brasil. Para fortalecer a marca e expandir o conceito do sono de saúde por todo o país, a fabricante, desde 2013, vem investindo em seu Programa de Franquias. Atualmente, com mais de 60 lojas franqueadas, a Orthocrin pretende inaugurar mais de dez lojas até dezembro de 2015 e o Nordeste está na rota de expansão da marca. Salvador (BA) é a primeira capital da região a ganhar uma franquia Orthocrin e a inauguração da loja será na segunda quinzena de setembro. Localizada no bairro Itaberaba (Av. Luís Viana Filho, 6180, loja 14), a nova loja será comandada pelos empresários, Edson Nicolau de Resende e Isadora Cristina Teles. Segundo os franqueados da marca, a expectativa é muito grande em relação a esse novo negócio. “Estamos entrando em um novo ramo e escolhemos a Orthocrin pela credibilidade da marca no mercado e pela qualidade dos produtos. Mesmo em momento de instabilidade econômica, estamos otimistas com o negócio e estimamos 20% a mais de lucro que a concorrência”, afirma Edson Nicolau. BNDES e Banco dos BRICS firmam memorando para estreitar cooperação Documento foi firmado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e Paulo Nogueira Batista, vice-presidente brasileiro do NDB Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco de desenvolvimento dos países do BRICS assinaram memorando de entendimento para estreitar a cooperação entre o banco brasileiro e a instituição financeira que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O documento foi firmado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e por Paulo Nogueira Batista, um dos vice-presidentes do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês). A cerimônia ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Os principais focos do memorando são o intercâmbio de informações e o compartilhamento de experiências relacionadas ao apoio a projetos de infraestrutura e a iniciativas voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável. O documento firmado entre o BNDES e o NDB não estabelece nenhuma obrigação de que as instituições tenham que, necessariamente, realizar operações conjuntas. Mas abre caminho para que os bancos estreitem seu relacionamento e possam trabalhar em iniciativas de interesse comum, incluindo parcerias para financiamento de projetos. O NDB, conhecido como Banco dos BRICS, tem como objetivo apoiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos países-membros e em outras economias emergentes. O Banco tem sede em Xangai, na China, contando ainda com um escritório de representação regional na África do Sul. Sua criação foi oficializada durante a Sexta Cúpula do BRICS, em Fortaleza, no Ceará, em 15 de julho de 2014. O capital inicial do NDB é de US$ 50 bilhões, já subscrito pelos países membros, mas o capital au- torizado da instituição chega a US$ 100 bilhões. A título de comparação, o Banco Interamericano de Desenvolvimento conta com um capital de aproximadamente US$ 35 bilhões e o Banco Mundial com US$ 40 bilhões. O NDB propõe-se a complementar os esforços de instituições financeiras multilaterais e regionais, com foco no apoio a projetos. O acordo constitutivo do banco prevê a adoção de instrumentos bastante diversos para que ele atinja seus objetivos. O NDB poderá financiar projetos públicos ou privados, por meio de empréstimos, garantias, participação acionária e outros instrumentos financeiros. O banco poderá operar em conjunto com outras instituições financeiras multilaterais, com bancos de desenvolvimento nacionais dos países membros e com bancos comerciais, o que tem o potencial de alavancar as operações dos mesmos. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 63 Informações Privilegiadas FAEMG recria casarão colonial e empório fotos faemg/divulgação No inédito “Espaço Café+Forte” Federação recebe produtores e entidades em encontros voltados à gestão da cafeicultura Belo Horizonte sediou, de 24 a 26 de setembro, a terceira edição da Semana Internacional do Café – SIC 2015. Uma das realizadoras do evento, a FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) contou com estande temático na feira. Em uma grande casa de fazenda colonial, os visitantes tiveram a oportunidade de fazer um passeio pela história e tradição da cafeicultura mineira. No espaço dedicado ao Senar Minas, um empório interiorano serviu como vitrine para artesanato e quitanda produzidos por ex-alunos dos diversos cursos oferecidos. A participação do SISTEMA FAEMG no evento reforçou seu posicionamento na representação dos 500 mil produtores rurais mineiros. No estande, os visitantes conheceram mais sobre a atuação da Federação e do SENAR MINAS, além dos cursos, treinamentos e programas especiais oferecidos pelo Sistema. Pelo SENAR MINAS, foram oferecidos 14 cursos ligados diretamente à cafeicultura, que vão do plantio à colheita mecanizada. Outros treinamentos são demandados pelo setor, como aplicação de agrotóxico, tratorista, derriçadora, custos de produção e de gestão. Programa de gestão de grande sucesso, o Café+Forte, da FAEMG, ajuda o produtor a administrar o custo da produção e identificar o momento mais vantajoso para negociar o café. Além disso, a Federação atua em projetos específicos para promoção dos cafés de Minas Gerais, criação de Indicações Geográficas e busca da valorização dos grãos produzidos no estado. Espaço Café+Forte Novidade realizada pela FAEMG nesta edição foi o Espaço Café+Forte, que abrigou diversas atividades nos três dias do evento. O objetivo foi aproveitar a oportunidade de encontro e divulgação proporcionada pela SIC para desenvolver ações de fortalecimento do programa de gestão da cafeicultura Café+Forte, desenvolvido pela FAEMG. No primeiro dia, o Espaço foi aberto ao público, gratuitamente, de 11 às 12h e de 12 às 13h, para apresentação do programa e seus resultados, além de orientações sobre como participar. Nos demais horários, a sala abrigou programação fechada, para participação exclusiva dos profissionais e entidades parceiras do programa. Foram apresentados, por exemplo, dados do fechamento da safra, resultados e evolução de cada participante. No último dia, o Espaço sediou o treinamento de novos técnicos participantes. Minas Gerais sediará o XXII Congresso Brasileiro de Economia em 2017 Evento volta à capital mineira 30 anos depois A próxima edição do Congresso Brasileiro de Economia (CBE) será realizado em Belo Horizonte (MG), em 2017, numa organização conjunta do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e o Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon -MG). A escolha foi feita, por aclamação, na plenária final da última edição do congresso, que aconteceu em setembro, em Curitiba (PR). A vinda do evento para a capital mineira ocorrerá 30 anos depois que a cidade o sediou, em 1987, no Minascentro, e recebeu cerca de 2 mil economistas de todo o país. “Minas Gerais, por meio do conselho regional, sempre teve uma vontade política de realizar o congresso e considero uma conquista, já que pleiteávamos ser a sede desde 2011. Portanto, é com alegria que agora o acolhemos em nosso Estado”, revela o presidente do Corecon-MG, Antô- nio de Pádua Ubirajara e Silva. Pelo entendimento de vários economistas, segundo Pádua, Minas, de alguns anos para cá, perdeu o protagonismo do debate econômico do país e viu migrar daqui muitas empresas e trabalhadores qualificados, num fluxo que trouxe perda de importância econômica. “O congresso é uma oportunidade de recolocar nosso Estado no debate nacional da economia, trazer uma profunda reflexão sobre o papel do desenvolvimento tanto nacional quanto regional”, completa. Em dois anos haverá muito trabalho a ser feito e um longo caminho a percorrer. O primeiro passo é constituir a Comissão Científica, que será formada por doutores e importantes nomes da Economia. Cabe a ela, cérebro do evento, propor as grandes linhas de discussão, dividir o tema – que será definido anteriormente por uma comissão paritária entre o con- selho federal e o regional - em eixos específicos e identificar os possíveis nomes de convidados. É preocupação do presidente que os economistas brasileiros estejam atentos às relações entre o Estado e o mercado e também reflitam sobre a democracia no país. “Não devemos fugir de temas que são cruciais para o desenvolvimento do país e que perpassam qualquer discussão econômica no Brasil”, defende Pádua. Vários eventos em um só É grande a expectativa em torno do congresso, que reúne diversas outras atrações, como salas de apresentação de trabalhos acadêmicos, a disputa nacional da gincana de economia - da qual participam estudantes de todo o país - e ainda é um espaço para diversas instituições de classe relacionadas ao setor econômico, bem como das escolas de ensino superior. “O congresso será melhor quanto maior for a pluralidade de ideias que conseguir agregar ao debate”, defende Pádua. 1987 – Um marco na história A VII edição do CBE, ocorrida em Belo Horizonte, em 1987, foi pautada em torno da temática do novo modelo do desenvolvimento nacional, com a definição de temas específicos como “A nova ordem internacional e a questão externa”; “Preços, salários e distribuição de renda”; “A rearticulação dos mecanismos de financiamento”, “Políticas setorial e regional”, “As entidades dos economistas, o momento sindical e a Constituinte”, entre outros assuntos vigentes na época. Em seus trabalhos o congresso contou com economistas, acadêmicos, políticos, ministros e lideranças setoriais como Edmar Lisboa Ba- cha, Clélio Campolina Diniz, Paulo Haddad, Paul Singer, Afonso Celso Pastore, João Heraldo Lima, José Serra, Dorothea Werneck, além de representantes internacionais, entre os quais, o secretário adjunto do Ministério da Fazenda do México, Jaime Jose Puche e Roberto Boyer, da Sorbonne de Paris. O evento resultou na elaboração da Carta de Minas, documento no qual os economistas fazem severas críticas à politica econômica de então, com “sucessivos equívocos e desacertos e políticas sociais não atendidas”. Apesar da dureza do documento, os participantes do congresso indicavam, como caminho, a urgência de se recuperar o planejamento como mecanismos da política econômica. Sugeriram reformas na indústria e tecnologia, na agricultura, nos serviços públicos e na área social. 64 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Informações Privilegiadas Promoção da inovação e fortalecimento de startups são temas de debate em BH Conferência foi aberta a empresários, universidades e interessados em inovação e teve participação de agentes do desenvolvimento tecnológico, econômico e educacional de Minas A integração entre universidade, indústria e governo em busca da inovação e a incubação e aceleração de empresas em Minas Gerais foram temas de uma conferência realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - Fiemg, no dia 1º de outubro. O evento foi uma realização do Inatel - Instituto Nacional de Telecomunicações, em comemoração ao seu Cinquentenário, juntamente com a Fiemg e o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica - Sindvel. A conferência foi aberta a empresários, universidades e interessados em inovação e contou com a participação de importantes agentes do desenvolvimento tecnológico, econômico e educacional no estado de Minas Gerais. O evento esteve divido em dois painéis. O primeiro deles abordou, com exemplos práticos, como o trabalho em conjunto entre universidade, indústria e governo pode contribuir para a promoção da inovação em Minas Gerais. O Inatel, Instituição de Ensino e Pesquisa já considerada como a mais inovadora do Brasil pela Finep em 2012, é um exemplo forte dos resultados positivos dessa integração. De acordo com o diretor do Inatel, professor Marcelo de Oliveira Marques, o Instituto se coloca como um parceiro da empresa buscando recursos nos órgãos de fomentos, nos bancos e agências financiadoras da inovação para que uma ideia seja transformada em solução ou produto para o mercado. “Por ano, mais de 200 empresas trabalham junto com o Inatel em alguma etapa do processo de inovação, desde a pesquisa básica, geração de protótipo, ensaios, homologação, incluindo ainda a capacitação de engenheiros e clientes. Juntos, conseguimos atingir o objetivo de todos. A universidade fortalece a área de pesquisa, a empresa coloca um produto novo no mercado e o governo aumenta a arrecadação. Esse conjunto promove o desenvolvimento”, afirma Marcelo. Entre os exemplos dessa integração que foram apresentados no evento estiveram os cases de suces- so envolvendo o Inatel, a Ericsson e o governo de Minas Gerais, a Embraer e o governo estadual e o Inatel, a empresa Sense Eletrônica e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), projeto que resultou no desenvolvimento de um microchip nacional. Incubação e Aceleração de empresas em Minas Gerais O segundo painel do evento abordou um tema cada vez mais em evidência e que o Inatel também possui larga experiência. Especialistas em Empreendedorismo debateram quais as melhores práticas, quais os desafios e as tendências na área de incubação e aceleração de empresas. O Inatel tem a Incubadora que mais graduou empresas em Minas Gerais e é reconhecida como a melhor do Brasil para o desenvolvimento local e setorial pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). “Esse é um debate importante para fortalecer as empresas de Minas Gerais. Startups surgem a todo mo- mento, mas é necessário um suporte para que essas empresas nascentes possam se desenvolver”, conclui Marcelo Marques. Entre as presenças no evento estavam o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Miguel Corrêa, o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, o diretor de Operações do SEBRAE/MG, Anderson Cabido, o presidente da Rede Mineira de Inovação, Renato de Aquino Faria Nunes, além de outras personalidades da área educacional e da indústria. INATEL O Inatel - Instituto Nacional de Telecomunicações é um centro de ensino, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, criado em 1965. Foi a primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil. Desde a fundação, o Inatel caminha junto às importantes decisões no que diz respeito a teleco- municações, tecnologia da informação, informática e todos os ramos da tecnologia. A instituição está localizada em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, região conhecida nacional e internacionalmente como o “Vale da Eletrônica”. Áreas de atuação: Ensino - atualmente oferece sete cursos de graduação - Engenharia de Telecomunicações, Engenharia da Computação, Engenharia Biomédica, Engenharia de Automação e Controle, Tecnologia em Automação Industrial e Tecnologia em Gestão de Telecomunicações; tem também pós-graduação lato sensu, cursos a distância e ainda Mestrado em Telecomunicações. Desenvolvimento de tecnologias - além de formar profissionais, o Inatel transfere tecnologia ao mercado nas áreas de desenvolvimento de software, hardware, educação continuada, consultoria e calibração de equipamentos. Possui parcerias com empresas de grande porte nacionais e multinacionais. Reino Unido abre Consulado Geral em Belo Horizonte O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido para a América Latina, Hugo Swire, veio à capital mineira para inaugurar o novo escritório Evento reuniu os principais empresários de Minas Gerais e do Reino Unido na capital mineira A missão diplomática do Reino Unido no Brasil realizou, no dia 25 de setembro, a abertura oficial do Consulado Geral Britânico em Belo Horizonte. O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido para a América Latina, Hugo Swire, veio à capital mineira para inaugurar o novo escritório. O lançamento do consulado ocorreu em uma cerimônia a ser realizada no Minas Tênis Clube. Também estiveram presentes o Embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis, o Cônsul-Geral Britânico no Rio de Janeiro, Jonathan Dunn, a Cônsul Geral de São Paulo, Joanna Crellin, e o Cônsul Geral do Reino Unido em Belo Horizonte, Thomas Nemes. Representantes de empresas britânicas que atuam em Minas Gerais, o empresariado mineiro, a rede de alunos de Minas Gerais que estiveram no Reino Unido e ex e atuais atletas olímpicos do Minas Tênis Clube estiveram presentes. A abertura do Consulado Geral Britânico em Belo Horizonte faz parte do fortalecimento das relações entre Reino Unido e Brasil e especialmente entre a Grã-Bretanha e Minas Gerais. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 65 Informações Privilegiadas 66 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Informações Privilegiadas BH-TEC publica edital para Seleção de Parceiro Imobiliário para desenvolvimento da Fase II O vencedor do certame deverá construir o primeiro dos cinco edifícios que compõem a Fase II do BH-TEC e garantirá, sob condições, o direito de construir os outros quatro O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) publicou, no dia 13 de outubro, o edital de Licitação para Seleção de Parceiro Imobiliário Privado que desenvolverá a Fase II do projeto de expansão do Parque. O vencedor do certame deverá construir o primeiro dos cinco edifícios que compõem a Fase II do BH-TEC e garantirá, sob condições, o direito de construir os outros quatro. O primeiro edifício terá 60mil m² de área construída, com 31mil m² de área bruta locável. Esta área, mais de dez vezes maior que a do edifício atual, representará um grande salto na capacidade do Parque de receber empresas de inovação. De acordo com o Diretor-Presidente do BH-TEC, Prof. Ronaldo Pena, o momento é de muita expec- tativa. “Trata-se da realização de uma etapa absolutamente essencial para o sucesso do empreendimento”, afirma. O edital de licitação e toda a documentação complementar estão disponíveis no site (www.bhtec.org. br). O prazo para recebimento de propostas encerra-se em 13 de novembro próximo. Entenda a Fase II do plano de expansão O modelo da licitação, expresso no edital e seus anexos, foi desenvolvido sob coordenação do BDMG. Considerando que o terreno pertence à UFMG, o parceiro privado selecionado no processo fará o investimento imobiliário no modelo BOT (build, operate and transfer). Cada prédio, uma vez construído, será propriedade da Universidade, mas o parceiro terá a concessão para operá-lo por 30 anos, contados a partir da obtenção do alvará de construção. Após esse tempo, a posse será transferida à Universidade, que passará a operar o edifício. O escopo da concessão consiste em cinco edifícios que totalizam uma área construída total de 207 mil m². A Fase II do BH-TEC está prevista para ser implantada em três ondas de construção. Nos prédios a serem erguidos, os empreendimentos de base tecnológica deverão ocupar, no mínimo, 70% da área bruta locável, ficando os outros 30% para empresas de serviços. Sobre o BH-TEC O Parque Tecnológico de Belo Horizonte é uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, de caráter científico, tecnológico, educacional e cultural. Com a proposta de integrar pesquisa, mercado e governo, o Parque funciona como um espaço de convivência e contribuição para o crescimento das empresas de tecnologia, acelerando, por consequência, o desenvolvimento econômico regional. Atualmente, o BH-TEC abriga 17 empresas que se dedicam a investigar e desenvolver novas tecnologias, além de uma associação de biotecnologia, três centros de tecnologia da UFMG e seis empresas na categoria associada não -residente. Além disso, o BH-TEC abrigará também centros públicos e privados de Pesquisa & Desenvolvimento, como é o caso do Centro de Pesquisas René Rachou – CPqRR/Fiocruz e do Centro de Tecnologia em Nanomateriais de Carbono da UFMG, ambos em fase de projetos executivos para construção no Parque. Criado em 2005, o BH-TEC é o resultado da associação de cinco instituições fundadoras: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Governo do Estado de Minas Gerais, Município de Belo Horizonte, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG) e Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). O Parque tem sido, desde sua criação, consistentemente apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) e pela Agência Brasileira da Inovação (FINEP). Produtividade de 6,4% impulsiona safra de 209 milhões de toneladas de grãos Clima favorável também contribuiu para aumento da produção no ciclo 2014/2015 A produtividade foi um dos principais fatores para a safra recorde de 209 milhões de toneladas de grãos em 2014/2015. O ciclo agrícola encerrado recentemente teve aumento de 6,4% no rendimento por hectare, em comparação com o período anterior (2013/2014), quando o percentual foi de 3,7%. As condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtores também contribuíram para o desempenho na temporada passada. A avaliação é da coordenaçãogeral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Enquanto a produtividade cresceu 6,4%, assinala a SPA, a área plantada aumentou 1,7%, passando de 57 milhões de hectares em 2014 para 58 milhões. Esse resultado mostra um padrão de expansão agrícola no qual o uso de novas tecnologias e conhecimento têm maior importância que o crescimento baseado no aumento de área. “Se olharmos uma série longa de produtividade agrícola, verifica-se que durante muitos anos o país não conseguia sair da barreira de uma tonelada de grãos por hectare. Através de muito investimento em pesquisa e políticas agrícolas orientadas, conseguiu-se obter níveis elevados de produtividade”, destaca o coordenadorgeral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques. “Nos últimos anos, especialmente a partir de 1990, o Brasil passou de importador de alimentos a um importante exportador de grãos e carnes.” Ainda de acordo com a Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, oito estados apresentaram crescimento da produtividade acima da média brasileira: São Paulo (17,4%), Alagoas (14,9%), Rio Grande do Sul (14,2%), Rondônia (13,7%), Piauí (11%), Paraná (8,2%), Tocantins (6,8%) e Roraima (6,6%). Camila Domingues/Palácio Piratini novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 67 Informações Privilegiadas FAEMG assina acordo para impulsionar cafés especiais Acordo foi oficializado durante a solenidade de abertura do evento Superminas, no Expominas, em Belo Horizonte, no dia 20 de outubro O presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, assinou, em 20 de outubro, termo de cooperação com AMIS (Associação Mineira de Supermercados) e Amipão (Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação), para implementar ações de promoção da visibilidade e incentivo ao consumo dos cafés especiais junto ao trade mercadista e panificador. O acordo foi oficializado durante a solenidade de abertura do evento Superminas, no Expominas, em Belo Horizonte. Roberto Simões destacou que a união entre as entidades trará importante fortalecimento ao segmento no mercado doméstico: “Temos hoje expressiva produção de grãos de altíssima qualidade e em grande quantidade em todo o nosso estado. Destaque para nossas quatro regiões mineiras com denominação de origem. Nossos cafés especiais são reconhecidos e valorizados mundo afora mas, infelizmente, ainda não conquistaram espaço merecido jun- to ao consumidor brasileiro. É de grande importância que hoje as redes supermercadista e panificadora possam se unir em fortalecimento ao trabalho da Faemg e dos produtores rurais mineiros”. O termo leva ainda as assinaturas do presidente do Conselho da AMIS, Alexandre Poni e do presidente da Amipão, José Batista de Oliveira. Cafés Especiais Segundo Roberto Simões, a qualidade do café vem da combinação de espécie e variedade, condições de solo, altitude, relevo e clima, e dos cuidados durante o cultivo, colheita, secagem, classificação, armazenamento e transporte: “Os cafés de excelência podem ser consagrados pela qualidade e raridade de sua produção e pela reputação de sua região de origem. Além disso, para ser considerado café especial, o grão da amostra padrão poderá ter no máximo cinco defeitos, devendo ser livre de impurezas e, principalmente, obter no mínimo 80 pontos numa escala internacional de qualidade. Sobre todos estes aspectos, estão os atributos sensoriais, a qualidade da bebida, que precisa ser superior ao padrão. ” A produção de cafés especiais no Brasil cresce entre 10% a 15% a cada ano. Atualmente, de acordo com a BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association – Associação Brasileira de Cafés Especiais), cerca de 10% do café produzido no Brasil é especial, devendo chegar a mais de 4 milhões de sacas em 2015. Deste total, estimase que 50% saiam de lavouras mineiras. Das 20 milhões de sacas de café que serão consumidas este ano por brasileiros, estima-se que apenas um milhão é de cafés especiais. Segundo dados da BSCA, a demanda pelos grãos especiais cresce em torno de 15% ao ano, principalmente no exterior, enquanto o crescimento do café commodity é de cerca de 2%. O valor de venda atual para alguns cafés diferenciados tem sobrepreço que varia entre 30% e 40% a mais do que o café cultivado de modo convencional. Em alguns casos, pode ultrapassar a barreira dos 100%. Os principais mercados consumidores dos cafés especiais brasileiros são, na ordem, Japão, Estados Unidos e União Europeia, havendo grande crescimento por parte da Coréia do Sul e Austrália. Superminas O Sistema Faemg participou da Superminas 2015 - 29º Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação - com estande institucional. Segundo a analista de eventos do Senar Minas, Suzana Diniz, além de divulgar o trabalho da entidade, um dos objetivos da participação foi promover a aproximação entre ex-alunos dos cursos do SENAR (que já participam do Projeto Aproxima) e os compradores: “Reunimos em nosso estande produtores que se capacitaram conosco, desenvolve- ram produtos de altíssima qualidade e precisam agora conquistar mais espaço no mercado. Tratamos, por exemplo, queijos de cabra e vaca, doces diversos, cachaça, produtos apícolas, defumados, frutas vermelhas e cafés especiais”. Consolidado como o segundo maior e o mais completo evento do varejo alimentício nacional, a Superminas é realizada pela AMIS e Amipão. Voltado a supermercadistas, panificadores e fornecedores, o evento não é aberto ao público em geral. O tema deste ano “Informação: ferramenta estratégica” foi debatido em palestras, fóruns e consultorias nos três dias do congresso. A Superminas é ainda composta pela feira, onde os participantes tiveram acesso às novidades e tendências em alimentos, máquinas, equipamentos e softwares usados no comércio varejista, reunindo cerca de 420 expositores nacionais e internacionais. Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas 68 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 RSVP Com Simples Doméstico, custo mensal para legalizar o empregado aumentará, em média, 26,3% De acordo com estimativa do PNAD, parcela importante dos empregadores serão impactados, uma vez que mais de 70% dos trabalhadores domésticos ainda não possuem relação de trabalho formalizada no País; Patrões que já recolhem o INSS dos profissionais terão acréscimo de apenas 6,4% Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas O Simples Doméstico, guia única destinada a recolher todos os impostos, que entrou em vigor em 1º de outubro, aumentou em média 26,3% o custo mensal dos empregadores que pretendem regulamentar a relação de trabalho com os empregados, enquanto que para os patrões que já recolhem o INSS dos trabalhadores, o acréscimo será de apenas 6,4%. Realizado pela Lalabee - empresa especializada em serviços digitais para gestão de funcionários domésticos - o levantamento projetou o número de acordo com os pisos salariais da categoria em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como o salário mínimo em vigência, que serve como índice base para os demais estados. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), realizada em 2012, existem 6,335 milhões empregados domésticos ativos no Brasil. Desse total, 4,455 milhões ainda atuam de maneira informal, número que representa mais de 70% de toda classe. “Com a crise econômica que estamos vivenciando e, consequentemente, a renda das famílias mais comprometidas por conta da inflação, certamente o impacto desse acréscimo será bastante significativo”, afirma Marcos Machuca, CEO da empresa. O executivo, no entanto, acredita que a implementação do Simples Doméstico não vai acarretar em um processo de demissão em massa por parte dos empregadores. “Hoje há mais vantagens em legalizar o empregado do que mantê-lo na informalidade. Além de evitar possíveis ações judiciais por direitos trabalhistas não cumpridos, o patrão tem a vantagem de contar com o auxílio do INSS em casos de licença maternidade e afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente de trabalho”, argumenta. Ainda de acordo com Machuca, a regulamentação do trabalho doméstico também contribui para elevar a procura de emprego na área, tornando os empregadores mais exigentes e elevando a demanda por qualificação. Com previsão de ser incorporado a partir de 1º de outubro, o Simples Doméstico reunirá numa mesma guia todas as contribuições que devem ser pagas pelos patrões - equivalente a 20% do salário do empregado. O valor corresponde a 8% para o INSS, 8% para o FGTS; 3,2% para um fundo de indenização em caso de demissão e 0,8% para seguro contra acidente. Para isso, a Receita Federal disponibilizará em breve por meio do portal www.esocial.gov.br, o sistema no qual o empregador deverá cadastrar os trabalhadores. Na Tabela 1, confira a comparação do custo mensal de empregadores que ainda não aderiram as normativas atuais da Lei das Domésticas. Já na Tabela 2, confira a comparação do custo mensal de patrões que já recolhem o INSS dos empregados, portanto, cumprindo as regras vigentes da Lei das Domésticas. Informações adicionais sobre as despesas podem ser coletadas no endereço: app.lalabee.com.br/ simulador Tabela 1 - Gasto após o Simples Gasto atual (Piso da categoria líquido + transporte em 22 dias úteis) Doméstico (Piso da categoria líquido + transporte em 22 dias úteis) Variação São Paulo R$ 1.059,00 R$ 1.334,45 26,01% Rio de Janeiro R$ 1.103,07 R$ 1.393,25 26,30% Curitiba R$ 1.215,53 R$ 1.541,28 26,79% Florianópolis R$ 1.044,40 R$ 1.320,76 26,46% Porto Alegre R$ 1.149,88 R$ 1.456,31 26,64% R$ 931,00 R$ 1.170,82 25,75% Demais cidades e estados* *Cálculo baseado no desembolso de R$ 6,50 por dia com transporte. Tabela 2 - Gasto após o Simples Gasto atual (Piso da categoria líquido + transporte em 22 dias úteis) Doméstico (Piso da categoria líquido + transporte em 22 dias úteis) Variação São Paulo R$ 1.255,74 R$ 1.334,45 6,41% Rio de Janeiro R$ 1.310,35 R$ 1.393,25 6,46% Curitiba R$ 1.448,21 R$ 1.541,28 6,54% Florianópolis R$ 1.241,80 R$ 1.320,76 6,48% Porto Alegre R$ 1.368,76 R$ 1.456,31 6,52% Demais cidades e estados* R$ 1.102,30 R$ 1.170,82 6,36% *Cálculo baseado no desembolso de R$ 6,50 por dia com transporte. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 69 RSVP INSS pode cobrar de empregadores despesas sociais acidentárias com trabalhadores domésticos Empregadores podem ter de ressarcir os cofres do ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), caso não ofereçam um ambiente de trabalho seguro para o trabalhador doméstico. O alerta foi feito pelo Procurador Federal Fernando Maciel, Mestre em Prevenção de Riscos Laborais, no 3º Seminário de Direito Previdenciário da OAB/DF, que aconteceu em setembro na sede da seccional em Brasília. Segundo Maciel, tal cobrança poderá acontecer por meio das ações regressivas acidentárias, instrumento processual, fundamentando no artigo 120 da Lei 8.231/91, que viabiliza ao viabiliza ao INSS o ressarcimento das despesas com as prestações sociais acidentárias (pensões por morte, aposentadorias por invalidez, auxílios-doença, serviço de reabilitação, fornecimento de próteses, etc.), implementadas em face dos acidentes do trabalho que ocorrem por culpa dos empregadores que descumprem as normas de saúde e segurança do trabalho. A previsão de cobrança a esses empregadores, segundo o Procurador, encontra respaldo na Emenda Constitucional 72/2013, que assegurou aos empregados domésticos diversos direitos previstos no artigo 7º da Constituição Federal, entre eles a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; e o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador (0,8%), sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. “Um ambiente de trabalho saudável e seguro é direito de todo e qualquer trabalhador, portanto, a equiparação de direitos entre os trabalhadores domésticos e os demais veio em boa hora. Caminhamos para um ordenamento jurídico mais igualitário para todos os trabalhadores brasileiros, sem distinção de categoria profissional, o que, aliás, vai ao encontro de do princípio constitucional básico que é a igualdade de direitos, sem qualquer forma de discriminação ou, por que não dizer, segregação social”, defende. Maciel explica também que, com a regulamentação a EC 71, feita por meio da Lei Complementar 150, de 1º/06/2015, foi alterada a Lei de Benefícios a Previdência Social, incluindo, no conceito de acidente do trabalho, previsto no artigo 19, a figura do empregado doméstico. “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Novas modalidades Fernando Maciel, estudioso da área das ações regressivas acidentárias, tendo publicado a primeira obra monográfica sobre o tema no Brasil (Ações Regressivas Acidentárias, ed. shutterstock LTR, 3ª edição), lembra que essas ações começaram a ser ajuizadas, primeiramente, com relação ao descumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho como um todo. “Hoje, o INSS já utiliza novas modalidades de ações regressivas para cobrar, por exemplo, de autores de violência doméstica (Regressiva Maria da Penha), de motoristas que descumprem as leis de trânsito e provocam acidentes com vítimas, sejam elas fatais ou não, bem como ações regressivas coletivas, nas quais há a cobrança da devolução de mais de um benefício”, disse. “A ação regressiva tem por objeto o ressarcimento ao INSS de despesas previdenciárias determinadas pela ocorrência de atos ilícitos, o que significa um amplo espectro de possibilidades de ajuizamento”, explica o procurador. Segundo Maciel, tal amplitude encontra também respaldo no próprio Código Civil, que prevê que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito e fica obrigado a repará-lo, “O INSS poderia utilizar, portanto, as ações regressivas, por exemplo, para coibir a violência nos estádios, bem como para combater crimes de preconceito, como racismo e homofobia”, disse. Simples Doméstico - saiba como se adequar Paulo Fabrício Ucelli Entrou em vigor, no dia 2 de outubro, a última fase da Lei das Domésticas, que trará uma série de novas obrigatoriedades para os empregadores. Contudo, ainda não foi disponibilizado pelo Governo Federal o Simples Doméstico, que reunirá em um único documento todos os custos trabalhistas, emitindo uma única guia (guia do Simples Doméstico). Para piorar já existem rumores que ocorrerão atrasos. O prazo oficial para que o documento fique disponível é de 120 dias após a sanção presidencial da PEC das Domésticas, que seria em 02 de outubro, mas, se isso não ocorrer, os empregadores deverão manter o recolhimento do INSS da forma como era feito antes da sanção presidencial, mantendo o recolhimento patronal em 12%. A redução para os 8% só ocorrerá após a disponibilização do Simples Doméstico. “O Governo se comprometeu a lançar o Simples Doméstico, que reunirá numa mesma guia todas as contribuições que devem ser pagas pelos patrões de empregados domésticos, antes do prazo de início dessa nova fase da obrigação e, faltando menos de 10 dias para o fim desse prazo, não houve nenhuma sinalização nessa direção, o que faz com que as dúvidas persistam junto aos empregadores, são várias ligações que recebemos sobre o tema, e única resposta que podemos dar é para que se tenha paciência”, explica alerta o diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos. Com o Simples Doméstico o empregador não terá mais que pagar diversos boletos, sendo que será emitido apenas um, com valor referente a 20% do salário pago a empregada, somando os 8% do INSS patronal, 0,8% do seguro acidente de trabalho, 8% do FGTS e 3,2% da antecipação da multa por demissão sem justa causa. O diretor executivo da Confirp ressalta que é importante que o empregador fique atento, pois, a Lei das Domésticas terá outras novidades em outubro, mas alguns pontos já estão em vigor. Para melhor entendimento dos empregadores a Confirp detalhou melhor o entrará em vigor em outubro e o que já está em vigor: Entrará em vigor a partir de outubro: • Redução do INSS de 12% para 8% do empregador, mantendo o desconto do empregado conforme tabela do INSS; • Obrigatoriedade do Recolhimento do FGTS de 8%; • Seguro Acidente de Trabalho de 0,8%; • Antecipação da Multa de 40% do FGTS em 3,2% ao mês, onde o empregado terá direito a sacar caso seja dispensado, caso ele solicite seu desligamento o empregador terá direito a devolução do valor depositado; • Seguro Desemprego de no máximo 3 meses no valor de 1 Salário mínimo; • Salário Família; • Pagamento de todos os impostos em uma única guia (guia do Simples Doméstico). Está em vigor: • Empregados que trabalhem das 22h as 05h terão direito a Adicional Noturno; • O empregador terá a obrigação de controle de ponto de seu empregado; • Caso o empregado tenha que viajar a trabalho ele terá direito a Adicional de Viagem; • Caso o empregado tenha 40 horas adicionais no mês terá que ser pago em forma de horas-extras e caso opte em estabelecer um banco de horas, as que ultrapassarem 4h mensais poderão ser compensadas no período de 1 ano; • Proibição de contratação de menores de 18 anos. Com essas novas obrigações, é imprescindível que o empregador passe a controlar a jornada de seu empregado, seja através de livro de ponto, registro eletrônico ou cartão de ponto (chapeira). Punição para quem não registrar Os empregadores domésticos poderão ter que pagar multa em caso de não cumprirem com as regras da Lei das Domésticas, mesmo sem o Simples Doméstico. “Essas punições equiparam-se as previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Assim, quem não registrar em carteira a contratação terá de pagar multa de R$ 402,53 (378,28 UFIR´S), por funcionário não registrado. A Justiça do Trabalho, poderá dobrar o valor da multa julgando o grau de omissão do empregador, como no caso a falta de anotações relevantes, tais como Data de Admissão e Remuneração na CTPS do empregado. A elevação da multa, no entanto, poderá ser reduzida caso o empregador reconheça voluntariamente o tempo de serviço e regularize a situação do seu empregado - uma forma de estimular a formalização”, detalha Domingos. 70 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Carreiras Amcham/MÁrio Miranda Deborah Vieitas, nova CEO da Amcham Brasil Deborah Gomes assume como CEO da Amcham Brasil A partir de 1º de outubro, Deborah Vieitas substituirá Gabriel Rico como CEO da Amcham Brasil. Será a primeira mulher à frente da Amcham Brasil nos seus 96 anos de existência. Com sólido histórico na direção de grandes instituições financeiras e na direção da Associação Brasileira de Bancos Estrangeiros (ABBI), Deborah trará para a Amcham a experiência acumulada à frente de instituições como o Banco Caixa Geral - Brasil, parte do maior conglomerado financeiro português, Banco BNP Paribas, Banco CCF Brasil e Unibanco. Some-se a este histórico uma grande experiência internacional: Deborah é mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e pela École Nationale d’Administration Sobre a Amcham Brasil Fundada em 1919, a Amcham Brasil é hoje a maior Câmara Americana, entre 104 existentes fora dos EUA. Com cerca 5 mil empresas associadas no país, sendo 85% delas brasileiras, a entidade é a provedora do mais ativo conjunto de produtos e serviços empresariais. Anualmente, são mais de 2 mil atividades (entre eventos, fóruns e missões empresariais), reunindo público de mais de 70 mil empresários e executivos de empresas de todos os portes e segmentos econômicos. A entidade, com sede em São Paulo, conta com 13 escritórios regionais (Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Recife, Ribeirão Preto, Salvador, Porto Alegre e Uberlândia). A entidade emprega mais de 360 pessoas em todo o país. Bajo Frio (57MW), no Panamá. No Brasil, participa ainda da construção da primeira linha de ultra-alta tensão em corrente contínua das Américas, o Linhão de Belo Monte, com ± 800kV e 2.084km de extensão; e de vários complexos eólicos na região nordeste; além de obras de saneamento e drenagem urbana em Minas Gerais e Pará. (ENA) da França. Foi eleita pelo jornal Valor uma das 10 melhores executivas do País em 2014. Gabriel Rico, que esteve à frente da Amcham Brasil nos últimos oito anos, foi responsável pela consolidação da Amcham como a maior associação empresarial do País, fora do sistema sindical, com presença em 14 cidades espalhadas pelo Brasil. Ele decidiu dedicar-se a projetos pessoais e permanecerá na entidade até o fim do ano, como apoio à transição de sua sucessora. Leme Engenharia tem novo presidente A Leme Engenharia, uma das principais empresas de engenharia consultiva para os mercados de energia e infraestrutura da América Latina, anuncia o engenheiro Cláudio Maia como o seu novo presidente. Graduado em engenharia civil pela Universidade de Brasília e Universidade de Coimbra (Portugal) e mestre em Mecânica das Rochas pela Universidade de Toronto (Canadá), Maia acumula 30 anos de experiência em empresas de engenharia dos mais diversos portes e nacionalidades, tendo participado da elaboração de projetos de energia e infraestrutura na América Latina, América do Norte, Europa e Oceania. Entre 2001 e 2002, o executivo esteve à frente do escritório da Leme Engenharia na cidade de Brasília e, após um período de seis anos trabalhando para empresas europeias em Portugal, Alemanha e Estados Unidos, retornou à Leme Engenharia em 2008 como superintendente de Hidroenergia. Em 2011, a partir do projeto de expansão das atividades da Leme Engenharia para outros países da América Latina, foi promovido a diretor de Operações, posição que ocupava desde então. “Me sinto honrado por ter sido nomeado presidente desta grande empresa, cuja trajetória teve início há 50 anos. Após uma breve passagem no início dos anos 2000, retornei à Leme Engenharia em 2008 e tive a oportunidade de participar do seu rápido desenvolvimento. Nos últimos anos, a empresa inaugurou novos escritórios no Brasil, Chile, Panamá e Peru; incorporou e adquiriu empresas; e expandiu suas operações para novos setores, entre eles o de geração térmica e energias renováveis. Apesar dos desafios do momento, me sinto motivado e confiante na capacidade da nossa equipe em dar continuidade a essa trajetória de sucesso”, afirma Maia. A Leme Engenharia encerrou 2014 com um faturamento na América Latina de R$ 265 milhões e importantes projetos e estudos em carteira, como as usinas hidrelétricas Jirau (3.750MW) e Belo Monte (11.233MW), no Brasil; Sopladora (487MW) e Toachi Pilatón (254MW), no Equador; Alto Maipo (531MW), no Chile; Quitaracsa (112MW), no Peru; e novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 71 Crônica Olavo Romano olavoromano@task.com.br Cão que ladra freepik Nascida e criada nas redondezas, Célia seguiu o rastro da mãe e da avó. Gostava da vida tranquila na fazenda, o dia a dia marcado pelo giro do sol e pelas batidas do grande relógio da sala, em cujas paredes os mais antigos vigiavam o lento passar do tempo. O mundo distante chegava entre chiados e estática, na voz potente de Heron Domingues, locutor do Repórter Esso. No curral e no terreiro, o movimento madrugava, sempre com novidade: vaca parindo, ninhada de gato no porão, de cachorro, pato, peru, pinto, marreco e angola. De vez em quando uma perua chocava ovo de marreca, galinha exibia sua envergonhada fileira de patinhos. Na primeira visita ao cupinzeiro, suculento anúncio de chuva, ela se espantava quando os filhotes deixavam o alimento e corriam para o corguinho. O tempo regia a rotina, rigorosa e antiga. Por isso, qualquer criança sabia ler os sinais da natureza e seus provérbios: neblina na serra, chuva na terra; neblina baixa, sol que racha. Tiãozinho, curioso e especula, perguntou ao avô se aquilo era verdade. O velho Nicanor, ruim de prosa, tirou a graça do neto: “Bobagem, menino. Tempo de chuva, todo sinal é de chuva”. Tempos depois, enxada cantando no chão seco, o rapazinho apurou o ouvido. Escutou, confirmou, e disse, cheio de esperança: “Vai chover, pai, sabiá cantou”. Seco feito o avô, o pai ranhetou: “Sabiá não é Deus. Se ainda fosse o macaco bugio, vá lá”. Na roça, arar, plantar, fazer duas capinas e colher na época certa era sagrado. Cada atividade trazia suas próprias tarefas: compridas varas assoviando no ar, alternadas na batida do feijão; carro de boi cantando bonito, atopetado de milho novo, a lufa-lufa aumentada na apanha do café pedia mutirão na cozinha para alimentar tanta gente. Na moagem de cana, era bonito ver o gemido do engenho, garapa correndo na bica, fumegando nas tachas, melado pingando no cocho, rapadura secando nas formas, jirau coalhado de açúcar ao sol, abelhas zumbindo em volta. Célia treinava, entre cheiros e sabores, a arte da paciência, o tempero e o tempo certo de cada iguaria, de tanto tipo de doce. Matar porco era uma festa, o dia começando no escuro e encompridado até à boca da noite, todo mundo indo dormir de corpo moído e coração alegre de tanta fartura. E aquele ajuntamento de gente, cada pessoa no seu serviço, despotismo de carne, banha, linguiça, torresmo e chouriço, decoada pingando na barrilheira, esperando hora de jogar na panela de sabão, tudo comprovando o dito popular: “olho do dono é que engorda o porco”. E sobravam causos sem conta, sempre lembrados e repetidos. Como da Candinha do Aristides que aproveitou a passagem do doutor Ari, médico afamado que, no seu jipe valente, varava grotas, atravessava atoleiros e estradas esburacadas para atender o povo naqueles ermos. Aparelhado na experiência, ele perguntou quando ela achava que tinha engravidado, pegado menino, como se usava dizer. Com os olhos brilhando, ela lascou: “Ah, doutor. Foi naquele dia que nós matemo um porquinho vermeio”. Podia ser também na moagem da cana, na entrada das águas, a colheita do café, no dia que o carro de boi tombou, qualquer coisa diferente no ramerrão da vida. Bom também era o dia de fazer biscoito, gamelas e formas para todo lado, as labaredas no forno, brasa e cinza varridas com vassoura de alecrim, perfume anunciando hora de assar. Então, era um variado vai-vem de quitanda, de sal e de doce: quebraquebra, broa de fubá e pão de queijo, biscoito de polvilho e misturado, cada um colocado em vasilha própria na despensa, tudo tão organizado que se podia achar de olho fechado. Ao contrário de Cristina, sua irmã mais velha, que se formou normalista e foi trabalhar na cidade, Célia ficou por ali mesmo. Namorou Orestes, primo segundo e companheiro de infância. Na casinha nova, construída em alegre e animado mutirão, tiveram uma fieira de filhos, precisaram fazer um puxado para caber a ninhada que crescia sem pa- rar. Célia e Orestes eram caprichosos, gostavam de criação, tinham mão boa para plantar. Formaram um jardim bonito, uma horta de couve com verduras e legumes variados, um pomar com frutas raras, mudas vindas do campo de sementes. Quando as crianças foram crescendo, os mais velhos cuidando dos mais novos, Célia voltou a trabalhar todo dia na fazenda. Chegava cedo, dava um dedo de prosa, falava das crianças, da saúde deles, das gracinhas dos menores, pequenas novidades que reforçavam mansa rotina e sustentavam boa amizade, quase um parentesco do coração. De vez em quando Tininha, a caçula, resfriava, vinha a asma, era um desespero. Sufocada, chiando sem parar, ninguém dormia direito. Depois de muita peleja, a poder de reza, benzeção e simpatia, a menina começou a arribar. “Mas tá ainda de olho fundo, coitadinha”, relatou Célia na cozinha da fazenda. Carmita e Aristides, patrão de Célia e padrinhos da menina, combinaram de visitá-la. Naquela tarde, Carmita recolheu a roupa no varal, fechou as janelas, enquanto Aristides tratava dos porcos, fechava os bezerros pequenos, guardava ferramentas deixadas fora do lugar. Com o sol ainda bem alto, foram caminhando e proseando. A família esperava de fora, as crianças de banho tomado, aprontadas para receber visita. Quando abriram a cancela, um cachorrinho veio latindo, dentes arreganhados. Assustada, Carmita deu um passo atrás. Célia, aflita, fala alto, para acalmar a patroa: “Carece ter medo não, comadre. O cachorrinho é capado!”. 72 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Culturas andre-fossati Kiko Ferreira Jussara canta Beto Indicado, em 2011, ao Grammy Latino, pela obra-prima Liebe Paradiso, o produtor Leonel Pereda e o engenheiro de som Duda Mello foram responsáveis pela sonoridade de Pedras que rolam, objetos luminosos, nono disco da cantora Jussara Silveira, inteiramente dedicado à obra do mineiro Beto Guedes e do carioca Ronaldo Bastos. Acompanhada por uma superbanda, que inclui teclados de Sacha Amback, baixos de Zeca Assumpção e Alberto Continentino, bateria de Marcelo Cosa e violão de Tuco Marcondes, Jussara relê clássicos do Clube da Esquina como Amor de índio, Lumiar, A Página do Relâmpago Elétrico, Sol de Primavera e o Sal da Terra. Mais um acerto na bem-sucedida carreira da mineira de Nanuque que se tornou baiana pela convivência com a cena paralela ao axé. marcos issa Filarmônica 2016 Com a temporada 2015 chegando ao fim com mais de 90% de aprovação pelos assinantes, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais segue em campanha de assinaturas para a temporada do ano que vem. A expectativa é de que o número de assinantes continue crescendo, depois de um aumento de 57% de um ano para outro. Entre os destaques da programação de 2016 estão as comemorações de 150 anos dos autores Busoni, Kallinikov e Satie e os centenários de Dutilleux e Ginastera. A Filarmônica vai implantar os Concertos Comentados para as séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce, com palestras, antes dos concertos, sobre os autores, as obras e suas histórias. Concertos para a juventude A tradição dos Concertos para a Juventude será mantida. A programação destinada à formação de público terá, no ano que vem, foco nas formas musicais. Danças, poemas sinfônicos, sonatas, forma ABA e formas livres serão apresentadas de maneira Ana Martins Marques A poeta Ana Martins Marques acerta de novo n’O livro das semelhanças, com poemas sobre livros, fazer poético, escrita, universo dos livros e dos escritores, com humor, cuidado, delicadeza e inteligência que não precisam de justificativas teóricas para funcionar. Dividido O BEIJO Ao me beijar esqueceu uma palavra em minha boca Devo guardá-la embaixo da língua? engoli-la como um comprimido a seco? mordê-la até sentir seu gosto de fruta estrangeira, especiaria, álcool duvidoso? devolvê-la num beijo a ele? a outro? É pequena e dura mais salgada que doce e amarga um pouco no fim FIM em quatro partes, Livro, Cartografias, Visitas ao lugarcomum e O livro das semelhanças, o volume serve para manter Ana e sua poesia no topo da lista das melhores obras recentes da literatura brasileira. Segue uma amostra da literatura da belo-horizontina: clara e didática, para que o público possa entender as especificidades de cada tipo de composição. E também os concertos didáticos, que em 2015 atenderam a mais de 5 mil crianças, com destaques para alunos das escolas estaduais. NÃO SEI FAZER POEMAS SOBRE GATOS Não sei gatografia. Ana Cristina Cesar Não sei fazer poemas sobre gatos se tento logo fogem furtivas as palavras soltam-se ou saltam não captam do gato nem a cauda sobre a mesa quieta e quente a folha recém-impressa página branca com manchas negras: eis o meu poema sobre gatos POEMA DE TRÁS PARA FRENTE A memória lê o dia de trás para frente acendo um poema em outro poema como quem acende um cigarro no outro que vestígio deixamos do que não fizemos? como os buracos funcionam? somos cada vez mais jovens nas fotografias de trás para frente a memória lê o dia novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 73 Artigos José Marcos Carvalho de Oliveira Sociológo, Escritor – residente em Sunrise, Flórida, Estados Unidos JK e Brasília: a espiritualidade revelada “Disco solar, origem da vida, quando te elevas no horizonte do Leste, preenches a Terra inteira com teus esplendores. Tu és belo, poderoso, brilhante, elevado acima do Universo. Teus raios se estendem até os limites de tudo que criaste.” (Hino a Aton, do faraó Akhenaton) Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil (1902-1976) era um homem que se inclinava à espiritualidade, embora se declarasse católico. Tinha simpatia pelo misticismo, pelo espiritismo e outras linhas alternativas de espiritualidade. Era amigo dos médiums Zé Arigó (1922-1971) e Chico Xavier (1910-2002) e mantinha admiração pelo faraó egípcio Akhenaton. A bibliografia nesse sentido é muito extensa, recheada de dados convincentes e concretos, além de muito bela. Por isso, tentaremos abordar os pontos referenciais mais significativos e que poderão ensejar estudos mais completos. Em 1958, Zé Arigó foi preso, acusado de feitiçaria e exercício ilegal da medicina. Em maio daquele ano, JK concedeu indulto ao médium. Em retribuição, Zé Arigó curou a filha do ex-presidente de um problema renal delicado, o que alicerçou mais ainda os seus vínculos amistosos. Estes permaneceram fortes até mesmo no exílio do fundador de Brasília, quando ainda trocavam correspondências. Com Chico Xavier, a relação foi além da amizade, estabelecendo pontos de apoio e aconselhamentos espirituais nos momentos difíceis, durante o exercício da presidência da República. O ex-mandatário enviava perguntas, por intermédio de dois militares de sua confiança, sobre decisões e dilemas a serem sanados durante a construção de Brasília, sendo prontamente atendido. As perguntas eram feitas em papéis separados. Cada questão era respondida nas respectivas folhas por determinado espírito, incorporado ao médium. As respostas psicografadas visavam sempre elevar o ânimo, a motivação, o entusiasmo nas realizações dos empreendimentos. Quando estava próxima a inauguração da nova capital, Chico foi convidado a conhecer as obras. Após ter percorrido algumas áreas, foi a ele dado de presente uma gravata, retirada do próprio closet de Juscelino, demonstrando, com isso, o afeto que mantinha pelo médium. Por volta de 1930, quando estudante, JK visitou a região desértica do Médio Egito denominada de Tell el-Amarna, a 312 quilômetros ao sul do Cairo. Após, escreveu o seguinte: “Levado pela admiração que tinha por esse autocrata visionário, Ahkenaton, cuja existência quase lendária eu surpreenderia através das minhas leituras em Diamantina, aproveitei minha estada no Egito para fazer uma excursão até o local”. Outras menções seriam feitas por ele, revelando sua admiração pelo que lera e observara, jamais imaginando, àquele momento, que estava germinando em seu coração a grandiosidade do que viria ser materializado com a construção da nova capital do Brasil. Compondo a 18ª dinastia egípcia, o faraó Amenofis IV nasceu em 1378 antes da nossa era. Foi educado em um ambiente particularmente místico e foi devidamente preparado para a nobre missão que iria coman- dar no futuro. Aos 9 anos, desposou uma linda moça, chamada Nefertiti, que significa “a bela chegou”. Como ele, ela pertencia à Ordem Rosacruz. A Ordem teve inclusa mais tarde as iniciais AMORC (‘Antiquus Mysticusque Ordo Rosae Crucis’), pela qual é hoje conhecida. Logo após sua ascensão ao poder, o soberano oficializou uma nova religião, que tinha como símbolo o Sol, ou Aton. Essa oficialização derrubou o politeísmo vigente, dando início ao monoteísmo, a crença em um úni- co Deus. Adotou também um novo nome, Akhenaton, que significa “dedicado a Aton” ou “devoto de Aton”. O faraó deixou Tebas, onde vivia, e fundou uma nova cidade, na região de Tell el-Amarna, com o nome de Akhetaton, ou “cidade do horizonte do disco” ou “Santuário de Aton”. A cidade era muito bonita arquitetonicamente, possuindo belos jardins e com construções harmoniosas. A par disso, o dirigente egípcio preocupou-se em revolucionar a parte artística de maneira geral. O faraó era excepcionalmente inteligente e deu provas de possuir uma mentalidade muito esclarecida e mística. A inauguração de Brasília em 21 de abril de 1960 não significou apenas a construção de mais uma cidade planejada. Todo o projeto do plano-piloto continha um simbolismo essencialmente místico, cuja origem era egípcia. Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, os responsáveis pela sua arquitetura e urbanismo assimilaram bem o que JK pretendia. Alguns estudiosos da área esotérica dizem que o ex-presidente era ‘o faraó do século 20’, e que ele atendia a um anseio grandioso guardado em sua alma com a construção de Brasília. Alguns desses místicos afirmam ainda que ele seria a reencarnação de Akhenaton. Contudo, o mais correto, segundo outros analistas, seria dizer que JK foi impregnado pela atmosfera hermética do faraó e pela cidade por ele dedicada ao Deus único, ‘do nascer e pôr-do-sol, do Deus vivo e presente na vida de todas as pessoas. O desenho da nova capital brasileira corresponde ao de um pássaro voltado para o leste, para o nascer do sol, como o da cidade Akhetaton. Também reproduz o símbolo máximo da alma humana, um pássaro como a ave mitológica Fenix que renasce das cinzas. Adicionalmente a essa figura, há inúmeros outros indícios da semelhança entre uma e outra cidade. Ressaltamos algumas. Tanto Juscelino como Akhenaton construíram voltados para o futuro, apesar de outros faraós terem construído para os mortos, na própria visão do ex-presidente; quatro anos foram necessários para que o soberano egípcio mudasse o governo da cidade de Tebas para Akhetaton, que também foi construída em tempo recorde, como Brasília; ambas cidades foram desenvolvidas no centro de seus países; no caso da capital egípcia, foi criado um lago, coincidindo com o de Paranoá em Brasília; Akhenaton morreu 16 anos depois da cidade construída, O mesmo ocorreu com JK. A majestade de Brasília não se circunscreve nela mesma pois, antes, devemos fazer sobressair o personagem principal que teve a coragem de perpetrá-la, fazendo-a imortal como assim a fez a Unesco em 1987 ao inserir nela o selo de “Patrimônio Cultural da Humanidade”. Esse personagem principal, de nome Juscelino Kubitschek que, em 5 anos de governo, fez o Brasil progredir 50. 74 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Artigos Claudio de Moura Castro Cortar os dinheiros do SENAI? fotos bruno batista/cni É difícil ter orgulho da nossa educação. No Pisa, estamos nos quinquagésimos, dentre sessenta e poucos países. Nem os colégios privados se destacam. No primeiro Pisa, os alunos do topo (predominantemente destas escolas) não atingem os níveis de filhos de operários da OECD. No Ensino Médio, cujos custos dobraram, nossos alunos não dominam nem 10% dos conteúdos de Matemática. Nesse nível, os gastos por aluno praticamente dobraram, a qualidade não reagiu e a deserção anda por volta de 50%. Nossas universidades federais têm custos equivalentes à média da Europa. Mas infelizmente, apenas duas ou três estão nas listas das melhores do mundo. Nelas, o único brilho está nos doutoramentos, nível em que temos um bom número de programas de padrão internacional. No todo, nosso ciclo acadêmico exibe uma qualidade lastimável. Analisando as tendências, não parece que estamos saindo do buraco. Contudo, existe uma exceção no nosso ensino. Trata-se do SENAI (e do SENAC, SENAR e SEST/SENATI que respeito, mas conheço menos). Criado no início dos anos 1940, vem preparando a mão de obra industrial utilizada pelas nossas melhores indústrias. Embora não seja fácil demonstrar, preto no branco, é uma boa hipótese supor que, sem ele, a nossa Revolução Industrial não teria sido possível. Todos os países industrializa- dos, sem exceções, dispõem de um excelente e caro sistema de formação profissional, sempre financiado pelo erário público. Coincidência? Luxo de rico? A “teoria da jabuticaba” afirma que se só existe no Brasil e não é jabuticaba, não pode prestar. Curiosamente, há um aspecto do Sistema S que desafia tal máxima. De fato, somente o Brasil usa em larga escala a fórmula de financiar as associações patronais para que operem sistemas semi-públicos de formação profissional. Isso traz várias vantagens. Entre elas, trata-se de um sistema privado, voltado para a satisfação de necessidades coletivas e com todas as vantagens de não ser repartição pública. Outro ganho ainda mais radical é que, sendo operado pelos empresários, quem administra o sistema é quem contrata os seus graduados. Ou seja, se o SENAI não prepara a mão de obra que a indústria pretende contratar, os empresários têm a faca e o queijo para exigir que isso volte a acontecer. E na verdade, as pesquisas de acompanhamento de egressos mostram um excelente nível de aproveitamento, nas profissões cursadas ou afins. Compare-se com os cursos técnicos federais, onde os professores ganham mais do que nas escolas privadas de primeira linha. Pior, neles predominam alunos de classe média que irão para a universidade. Estas instituições não acompanham de forma sistemática a carreira dos egressos e persistem em oferecer pro- gramas cujos graduados não encontram o emprego correspondente. Faz pouco, vi um assim em Cachoeiro do Itapemirim. A quem pais ou empresários poderiam reclamar? Ao ministro, a algum burocrata do MEC, ao diretor da escola? Bem sabemos da ineficácia de tais reclamações. Já o interesse direto dos empresários é bastante robusto, mantendo o SENAI no rumo. Pode corrigir des- vios com um canetaço, mas no cotidiano, o que funciona é o medo de levar puxões de orelha. Esta cobrança é bem previsível nas boas federações de indústria. Contudo, pode haver falhas naquelas outras frágeis ou em estados pouco industrializados. Na minha observação, elas por elas, o sistema funciona bastante bem. Além disso, bate sempre na tecla do profissionalismo, do trabalho bem feito, da limpeza imaculada, do perfeccionismo, da responsabilidade pessoal e da obediência serena às regras do jogo. Aplica com êxito a clássica receita da industrialização bem-sucedida. As últimas semanas nos brindam com duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que o Brasil obteve a primeira classificação no World Skills, uma competição que inclui 50 ofícios, dos mais simples - como pedreiro - aos mais sofisticados como robótica. Passamos à frente da Coréia, Japão, Alemanha e Suíça, enfim, todos os 62 países participantes. Não é pouca coisa. Quando trabalhava em agências das Nações Unidas (OIT, Banco Mundial e BID), era voz corrente que o Brasil, dentre os países do Terceiro Mundo, era o que tinha o melhor sistema de formação profissional. Agora, as medalhas do World Skills transformam a “voz corrente” em evidência sólida. Os resultados mostram que temos escolas tão boas quanto as melhores do mundo. Contudo, per- manece a cruel diferença de que, no primeiro mundo, praticamente todos tem acesso a cursos de boa qualidade. Em contraste, o Sistema S ainda atinge uma proporção limitada dos jovens e adultos que poderiam se beneficiar de uma boa formação profissional. Note-se que os melhores sistemas da América Latina (Colômbia e Costa Rica) – copiados do SENAI – gastam 2% da folha de pagamento. Já o SENAI e seus irmãos, recebem apenas 1%. A segunda notícia é uma ducha fria no extraordinário resultado do World Skills. Os orçamenteiros propõem que, para cobrir o vergonhoso déficit das nossas contas, é preciso subtrair 30% dos recursos do Sistema S. Parece piada de mau gosto. Proponho um desafio aos proponentes do corte. Que visitem dez escolas do Senai, quaisquer, em quaisquer estados. Aposto que ao término da visita terão mudado de ideia. Dos bilhões de reais gastos com o ensino técnico federal, quantos financiam aqueles graduados que trabalham na nossa maltratada indústria e quantos financiam a preparação para o vestibular de alunos de boa renda familiar? Em contraste, o tributo do SENAI financia alunos pobres. Para lidar com desperdícios bem identificados, a motosserra enguiça. Mas agora, mira o orçamento das únicas instituições de padrão mundial que possuímos. Já cortaram fundos dos doutorados. Agora querem os do Sistema S. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 75 Artigos Cláudio Gontijo Fracassa a Política Econômica de Joaquim Levy Certamente que aqueles que, orientados pela corrupta mídia brasileira, apostaram no “ajuste macroeconômico” promovido pelo ministro Joaquim Levy. O aprofundamento da crise brasileira apenas indica que as medidas implementadas têm sido tímidas em relação ao tamanho do problema. A verdade, contudo, é que, ao contrário do que asseveram os comentaristas da Globo e os economistas ideológicos, a exemplo do que ocorreu na Europa, a partir da insolvência do governo grego em fins de 2009, a crise econômica atual foi fabricada pela política econômica ortodoxa, que, em lugar de promover qualquer ajuste, está desajustando a economia nacional. Segundo muitos “experts”, ao final do ano passado, os desajustes econômicos resultantes do populismo eleitoreiro da presidente Dilma Rousseff eram notórios. Além do déficit nominal do setor público brasileiro ter saltado de 3,05% do PIB em 2013 para 6,23%, o resultado primário sofrera uma inversão, passando de um superávit de 1,77% para um déficit de 0,59% do PIB, com a consequente elevação da dívida líquida do setor público, que passara de 45,4% para 48,3% do PIB. Não teria sido, portanto, um acidente que a inflação (6,41%) teria ficado acima da média da meta (4,5%), contribuindo, assim como o déficit público e a desaceleração econômica (crescimento do PIB de apenas 0,1% em 2014 contra 2,7% no ano anterior), para a perda de confiança dos investidores, a se traduzir na queda de 13,4% no valor real das empresas listadas no IBOVESPA e a elevação do dólar, que saltou de R$ 2,34, em dezembro de 2013, para R$ 2,66. A grita da grande imprensa, dos investidores e dos comentaristas, contudo, não se explica por esses dados, até porque não caracterizavam qualquer desequilí- brio acentuado, particularmente quando se toma em consideração os padrões internacionais. Assim, por exemplo, no caso do déficit público nominal, a situação brasileira era, em dezembro de 2014, absolutamente confortável, tendo em vista que, conforme registra a Tabela 1, muitos países desenvolvidos apresentavam déficits primários muito mais elevados do que o brasileiro. Quando, por outro lado, se considera o déficit nominal, a situação do Japão, Estados Unidos, Reino Unido e Espanha não eram muito melhores do que a do Brasil. Aliás, a utilização deste indicador por parte de inúmeros economistas atesta contra a sua competência, pois têm os mesmos a obrigação de saber que, na medida em que ele incorpora a correção monetária da dívida pública, retrata, em larga medida, a inflação, não servindo, pois, para indicar o desequilíbrio fiscal. E, ao se retirar o efeito da correção monetária da dívida, chega-se ao déficit operacional, que, no caso do Brasil, como ainda mostra a Tabela 1, era próxima à da França e menor do que a do Japão, Portugal, Espanha, Reino Unido e EUA. Se o problema fiscal brasileiro, portanto, somente existia na cabeça daqueles que não conhecem os dados nem muito menos a teoria das finanças públicas, as medidas de “ajustamento” implementadas tampouco têm respaldo na macroeconomia. Isto porque, graças ao multiplicador keynesiano, que, no caso do Brasil, está próximo de 2, um corte dos gastos públicos da ordem de R$ 10 bilhões reduz o PIB em torno de R$ 20 bilhões, causando, graças ao fato da carga tributária estar próxima de 35%, uma queda da arrecadação de aproximadamente R$ 7 bilhões. E, quando se conjugam corte das despesas públicas, aumento da tributação e da taxa de ju- Figura 1: Evolução do Resultado Primário, Ago 2014-Ago 2015 Fonte: BACEN Tabela 1 - Resultado Fiscal em % do PIB Países Selecionados, 2013-2104 Países Austrália Primário Nominal Operacional 2013 2014 2013 2014 2013 2014 -2,21 -2,61 -3,05 -3,58 -2,67 -3,29 Áustria 0,67 -1,23 -1,48 -3,33 -0,50 -2,59 Bélgica 0,04 -0,31 -2,90 -3,19 -2,16 -3,44 Canadá -2,44 -1,39 -2,81 -1,76 -2,46 -1,05 França -1,96 -2,10 -4,12 -4,19 -3,41 -3,97 Alemanha 1,70 1,97 0,15 0,62 0,79 0,71 Itália 1,80 1,50 -2,86 -3,04 -2,13 -3,13 Japão -7,80 -7,05 -8,52 -7,68 -6,73 -4,43 Holanda -1,29 -1,34 -2,28 -2,27 -1,81 -2,24 Portugal 0,08 0,44 -4,83 -4,52 -4,62 -4,84 Espanha -3,98 -2,97 -6,80 -5,83 -6,61 -6,51 Reino Unido -4,36 -3,83 -5,74 -5,69 -4,10 -4,93 Estados Unidos -3,62 -3,22 -5,76 -5,33 -4,71 -4,64 Média -1,80 -1,70 -3,92 -3,83 -3,16 -3,41 Brasil 0,00 -0,59 -1,77 -6,23 0,09 -4,11 Fonte: FMI e Banco Central do Brasil ros dos títulos públicos - a impactarem negativamente sobre o nível de atividade econômica e, no caso da Selic, causando o aumento do déficit público - o resultado só pode ser desastroso. Aliás, não é sem motivo que o “ajuste” do ministro Levy não impediu que o déficit nominal aumentasse para 8,87%, no período de janeiro a agosto deste ano, enquanto a relação dívida interna líquida/PIB atingia 52,5% em fins desse período, contra 48,4%, em dezembro do ano passado. Embora banqueiros e investidores estejam ganhando dinheiro às custas do Tesouro Nacional, em razão do aumento da Selic, os empresários, trabalhadores e a classe média estão arcando com os custos do “ajuste”. Para começar, a economia brasileira oficialmente ingressou em um quadro recessivo, pois a variação do PIB trimestral foi negativa nos dois primeiros semestres deste ano, quando acumulou uma queda de 2,60%. A indústria nacional, em particular, tem sofrido com a nova política econômica, tendo apresentado uma redução de seu nível de atividade superior a 8,8% até julho, tombo que aumenta para 10,4%, quando se considera a indústria de transformação. Como resultado, têm declinado os salários reais (2,51% no caso da indústria de transformação de São Paulo), assim como a massa salarial (7,1%) e, obviamente, o nível de emprego (o número de horas trabalhadas na indústria nacional, segundo a SNI, recuou 7,63% até julho), contribuindo, decisivamente, para que se ampliasse a taxa de desocupação (o desemprego), que saltou de 6,5%, em dezembro, para 8,3%, em julho deste ano, representando a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012. O pior é que, contrariando os economistas ortodoxos, que erroneamente associam a inflação ao aquecimento da economia, houve uma aceleração do Figura 2: Evolução da Dívida Interna, Dez 2014-Ago 2015 Fonte: BACEN processo inflacionário, com a variação do IPCA tendo pulado para aproximadamente 9,5%, representando um acréscimo de mais de 3,1% em relação à taxa de inflação pré Levy. A política econômica do ministro da Fazenda também não evitou a explosão do dólar, que, acelerada pela crise política, chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 4,00, em fins de setembro e inícios de outubro. Nem muito menos fez com que a Bolsa de Valores revertesse a tendência de queda, tendo o valor das empresas listadas na Bovespa caído mais 5,86%, até fins de agosto. Mesmo a saída de capitais, que, contrariando o cenário supostamente negativo pintado pelos defensores dos banqueiros e investidores, não ocorreu até fins de 2014, não pode ser evitada pela “política de ajuste”. Antes pelo contrário, se, no período de janeiro a agosto do ano passado, os investimentos externos no País diretos somaram US$ 59,4 bilhões, para uma saída de US$ 17,4 bilhões, no mesmo período deste ano houve uma saída de capitais da ordem de US$ 23,4 bilhões, contra um ingresso de US$ 60,3 bilhões. Neste contexto, portanto, o único fato a comemorar é a redução do déficit em conta corrente, que caiu 18,4% desde dezembro, em grande medida, como consequência da queda das importações no mesmo período (19,5%), resultante do quadro recessivo e da alta espetacular do dólar. Enfim, como não poderia ser diferente, a política de “ajuste” do ministro Joaquim Levy tem sido um verdadeiro desastre, podendo ser responsabilizada, na verdade, pela transformação de uma situação econômica com certo desconforto numa recessão aberta, com a deterioração dos principais indicadores econômico financeiros. 76 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Artigos Dane Avanzi Advogado, empresário de telecomunicações e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil A quem interessa a proibição do Uber? Como já era de se esperar, o bom senso venceu mais uma vez na polêmica do Uber, que tem sido fonte de celeuma nas principais capitais do mundo. Após a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro proibir o aplicativo mediante lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, eis que a Uber obteve liminar em sede de mandado de segurança, que concedeu tutela em razão da inconstitucionalidade da lei que restringia as garantias de liberdades individuais aos motoristas e cidadãos que utilizam o serviço. Como jurista, entendo que a decisão em tempos tão difíceis que a sociedade brasileira vive, em razão da crise política e econômica, renova nossa fé nas instituições democráticas e no Poder Judiciário, bem como no modelo de tripartição dos poderes, que é uno quanto a sua fonte, mas tripartido (em três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário) com o objetivo de evitar arbitrariedades como in casu. Tal fato é necessário para lembrar aos membros do Poder Executivo que suas decisões devem ser respaldadas pela lei, visando o bem-estar comum, como preceitua Montesquieu, filósofo iluminista que muito contribuiu para a formação do Estado, ao dizer que “a lei deve limitar os atos e poderes dos governantes”. Tal pensamento é o gérmen do Estado Democrático de Direito e do Princípio da Legalidade que garante aos cidadãos fazer tudo aquilo que não for expressamente proibido, e aos governantes, agir somente respaldados em lei. O caso em tela demonstra exatamente uma situação na qual a edilidade e o alcaide da Cidade Maravilhosa se excederam em suas atribuições e prerrogativas, no afã de atender a interesses sindicais e clientelísticos de uma determinada categoria, desconsiderando os benefícios que o serviço do Uber traz aos seus clientes, no tocante a qualidade, seriedade e segurança. Ressalta-se que aqueles que hoje se arvoram contra o Uber, por décadas tiveram oportunidade de inovar e não o fizeram. Pois bem. O direito, assim como o Estado de Direito, não socorre aos que dormem. Destarte, o Estado, além de ser incapaz de oferecer serviços públicos de qualidade aos munícipes e turistas, labora em boicotar um serviço consagrado mundialmente - reconhecido como uma opção de transporte - que atende milhões de pessoas em todo o mundo e hoje é um negócio avaliado em US$ 50 bilhões de dólares. Por que será que a meritocracia agride tanto assim? Não deveriam procurar aprender e utilizar as ferramentas tecnológicas para melhorar a gestão da re publica? As leis que proíbem o Uber são uma ameaça as garantias individuais dos cidadãos brasileiros, motoristas e usuários e, por isso, a liminar ainda Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas prevê multa diária de R$ 50 mil reais, caso o município tente coibir a circulação dos carros da Uber. Outro aspecto a ser assinalado é o repúdio de algumas lideranças políticas em relação ao empreendedorismo e a livre iniciativa, situação na qual o cidadão procura independência, colocando em prática suas habilidades e recursos em um determinado negócio. O que pretendem com isso, agravar ainda mais as contas públicas? A livre iniciativa, aqui representada pelos motoristas da Uber, numa economia sadia, deve ser incentivada com políticas do Estado, não punida e repelida, especialmente em tempos que os índices de desemprego se elevam e novos e pequenos negócios são uma alternativa às pessoas desempregadas. As inovações, principalmente aquelas consagradas mundialmente, devem ser incorporadas à vida das pessoas, por consistirem uma forma de fazer as coisas, geralmente com mais eficácia e eficiência. Em suma, proibir o Uber é resistir às inovações, é fomentar o clientelismo e é sobretudo, tolir a liberdade do cidadão brasileiro. Parabéns ao judiciário que soube, nesse episódio, se posicionar em prol do cidadão, apontando a inconstitucionalidade da lei em questão. WhatsApp se prepara para se defender das operadoras de telefonia móvel Shutterstock Com mais de 800 milhões de usuários em todo o mundo, o WhatsApp, fenômeno no mercado de aplicativos genericamente denominados OTT - Over the Top, nem de longe dá a impressão de que chegou ao seu apogeu. Ao contrário, demonstra que ainda tem muito fôlego para crescer. Nada mau para um aplicativo lançado em 2009, apenas na versão iOS. Adquirido por Mark Zuckerberg no início de 2014, por US$ 16 bilhões de dólares, o WhatsApp enfrenta agora o maior desafio de sua história: confrontar-se com a fúria das empresas de telefonia móvel - e seu poderio político e financeiro - que tem perdido receitas decorrentes de ligações de voz e envio de SMS’s, por conta do aplicativo. Agora com versão também para a web, o WhatsApp pretende ampliar ainda mais seu espaço na atenção dos usuários, que poderão acessar sua conta também de seu computador pessoal. Com o DNA da inovação nas veias, o WhatsApp se prepara para a batalha melhorando ainda mais. Lançou semana passada uma atualização para smartphones da plataforma Android e iOS com diversas funções que tornarão o aplicativo ainda mais prático e funcional aos usuários. Dentre as principais, as novas ferramentas permitem ao usuário deixar muda a conversa com contatos específicos e reduzir o uso de dados nas ligações quando estiver em locais com sinal ruim. A nova versão do aplicativo trouxe também a correção de alguns erros. Afora as melhorias acima mencionadas, o WhatsApp está se preparando para um possível bloqueio de seus serviços por parte das operadoras de telefonia móvel. Ao que parece, o primeiro país que pode impor limitações é a Itália, já que a equipe de tradução de software naquele país recebeu pedidos para adicionar frases na versão italiana do aplicativo, avisando a possível restrição. Aqui no Brasil, o ex-ministro de Comunicações Ricardo Berzoini, se posicionou a favor das empresas de telecomunicação e contra o WhatsApp, alegando que o aplicativo não gerava divisas para o erário público. Tal pensamento, além de ser desconectado da realidade é sofismático, haja vista todos os consumidores usuários de planos de dados pagarem indiretamente todas as taxas de Fistel, inerentes a ativação e fruição do serviço. Acertadamente, o presidente da Anatel, João Resende, classificou o WhatsApp como serviço de valor adicionado, sendo sua utilização mero desdobramento do uso, gozo e fruição do serviço contratado. Ou seja, exercício regular de direito do usuário. Para a sorte dos usuários satisfeitos com a qualidade do serviço, a tecnologia e a inovação avançam independente da burocracia e da preocupação da classe política em geral com o bem-estar do povo brasileiro. Assevere-se que os titãs da inovação, tem em seu pensamento primordial fazer algo para melhorar a vida das pessoas, sendo o lucro decorrente de seu sucesso, mera consequência de um circulo virtuoso. Quiçá um dia, o Estado hoje incapaz de garantir os direitos básicos ao cidadão brasileiro, reencontre seu caminho ao lembrar a finalidade para a qual foi criado, qual seja, o bem-estar comum. Ouso pensar que os titãs da inovação têm muito a ensinar à classe política brasileira no que tange a ética, a meritocracia e a competência. Será por isso que a inovação incomoda tanto alguns setores da política brasileira? novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 77 Artigos Roberto Lima Professor de Finanças da Fundação Vanzolini Brasil: oportunidades com a nova realidade cambial Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas A imprensa e os meios de comunicação nos dias de hoje só têm espaço para notícias sobre a queda da economia, o fechamento de postos de trabalho, corrupção, “impeachment” ou não da presidente da República. Só se enxerga um túnel escuro sem término. Será que isso resume tudo o que acontece no Brasil de hoje? Entendo que não. O Brasil está sofrendo uma mudança, que pelo jeito é para ficar, que trará muitas oportunidades para muitas empresas e empresários. Falo da nova realidade cambial. O dólar vem sendo cotado na faixa de R$ 3,80. Há um ano, estava a R$ 2,35 (o mesmo há dois anos), quando em período recente chegou a ser cotado em R$ 1,60. O que isso significa? Representa oportunidades para muitas empresas. O Brasil se tornará um local mais atrativo para se investir na produção. Com o dólar pulando de R$ 2,35 para R$ 3,80, os produtos importados se tornam 60% mais caros. Dessa forma, fica muito menos atrativo importar produtos que fabricar aqui no Brasil. Muitas empresas industriais brasileiras, em período recente (últimos quinze anos), transferiram parte expressiva de sua fabricação para a China (calçados, confecções, cerâmica, produtos plásticos de consumo, para citar algumas). O varejo, por outro lado, muitas vezes também procurou desenvolver fontes de suprimento externas aproveitando o alto valor do real, a baixa produtividade e o custo da mão de obra no Brasil (vamos falar do custo da mão de obra adiante). Com os importados 60% mais caros, vejo que muitas empresas vão voltar a internalizar sua produção, enquanto os varejistas vão reativar sua busca por fornecedores nacionais. Isso representa uma enorme oportunidade para as empresas ma- nufatureiras sediadas no Brasil. Com maior oportunidade de vendas vai valer a pena investir, o que significará também aumento de produtividade! Bom, não? Outra oportunidade: a nova realidade cambial significa que o produto brasileiro está 40% mais barato em dólar. Ora, isso é uma enorme vantagem (ainda que se mantenham outros fatores do custo Brasil). Muitas empresas industriais brasileiras, tradicionalmente exportadoras (calçados, cerâmica, veículos, para citar algumas), praticamente se au- sentaram do mercado externo ou reduziram expressivamente suas exportações nos últimos dez anos (em grande parte porque a explosão de exportações das commodities apreciou muito o real). Agora com o produto podendo ser apreciado em até 40% ou pelo menos tendo seu preço reduzido para o comprador lá fora, muitas dessas empresas vão retomar seus programas de exportação. Conheço boas empresas industriais brasileiras que há quinze anos exportavam de 30 a 40% de sua produção. Após a valo- Charles Holland Contador, Diretor Executivo da ANEFAC. Conselheiro independente de empresas Carga tributária no Brasil Todos, usualmente, recebem informações sobre a carga tributaria de produtos e no cálculo reportado adicionam-se todos os impostos sobre produtos. Por exemplo, as cargas efetivas de impostos sobre alguns produtos incluem o dado entre parênteses, como podemos observar nos seguintes itens: vinho 120,9% (54,73%), absorvente higiênico 52,6% (34,48), luz 88,8% (47,08%), telefonia 92,2% (47,87%), micro-ondas 146,1% (59,37), auto Toyota Corolla 2.0 67,8% (40,74%), entre outros. Nos Estados Unidos não existem impostos sobre vendas, exceto para o consumidor final, que, geralmente, é de 8 a 9%. Na Europa existe o VAT (imposto sobre valor adicionado). Aprimoramos o VAT no Bra- sil e, com isso, temos quatro tipos: o ICMS (18%), o IPI (10%), o COFINS (7,6%) e o PIS (1,65%). Nos últimos 20 anos, todos os países que entraram em recessão adotaram políticas de redução de impostos, juros negativos em relação à inflação do país, e liberação de recursos para obras de infraestrutura. A carga tributária atual sobre PIB do Brasil é de 35,4%, com base em 2014. Enquanto no Chile é de 18,6%, China é 17%, Estados Unidos é 26,9%, Zâmbia é 16,1 e de 39% no Reino Unido. Sendo que neste último há a contraprestação de serviços públicos de qualidade para todos. A carga tributária no Brasil sobre o PIB era de 20,01% em 1988, 26,65% em 1998, 34,10% em 2008 e de 35,42% em 2014. Na maior parte do mundo os governos estão encolhendo, propiciando mais recursos para a sociedade, investimentos e geração de empregos. Porém, a eventual volta de CPMF estimula efetivamente a depressão da economia e mais desempregos. Muito terrorismo está sendo discutido e divulgado nos meios de comunicações, assustando e trazendo insegurança a todos os contribuintes. Essa insegurança gera retração de consumo, investimentos, gastos, entre outros, sendo desemprego o único que apresenta aumento. Finalizando, custos são como unhas. Crescem continuamente. Maioria, exceto governo, principalmente o federal, faz enxugamentos contínuos. rização do real, passaram a exportar menos de 5% de sua produção e muitas vezes somente aqui no Mercosul. Com este novo dólar vão retomar seus programas de exportação. Novamente, isso significa, aumento de produção, investimento, melhoria de qualidade, emprego. Por último, mas não menos importante: estamos assistindo a um aumento no desemprego principalmente nas indústrias automobilísticas, de construção civil e na indústria ligada ao petróleo. Acredito que aqui também teremos um fator que vai contribuir para um ajuste necessário na nossa economia. Tivemos um período recente de muitos aumentos salariais sem a contrapartida de aumento de produtividade. Esse movimento de aumento no desemprego vai ser positivo em médio prazo. Vai trazer o custo salarial a patamares mais realistas. Por outro lado, a expansão nas indústrias, que vai fazer a substituição das importações e daquelas que vão ampliar suas exportações vai absorver parte deste contingente que está sendo desempregado no momento. Em resumo, este novo patamar cambial vai forjar um novo Brasil. Mais manufatureiro, mais exportador de valor agregado e mais consumidor do produto brasileiro. 78 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Artigos José Aparecido Ribeiro Consultor em Assuntos Urbanos | Diretor da ACMINAS | Ex-presidente da ABIH-MG O Aeroporto da Pampulha precisa decolar creative commons O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhães, mostrou firmeza e bom senso em audiência pública para discutir o imbróglio causado por alguns moradores do entorno do Aeroporto da Pampulha, que são contra a reativação de voos da Ponte Aérea, argumentando segurança e barulho. Quem chegou primeiro? O Aeroporto ou os moradores? Essa é a pergunta que não pode deixar de ser feita. Sobre a segurança, evidente que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) não autorizariam se ela fosse um problema. Portanto, os argumentos dos moradores, os mesmos de sempre, que são contra o desenvolvimento da cidade, tornam se pífios, embora eles tenham tempo e direito de espernear. O interesse de meia dúzia não pode jamais ser maior do que o interesse de uma cidade e sua Região Metropolitana com seis milhões de pessoas, ávidas por emprego, renda e desenvolvimento. Por mais “importantes” que os moradores da Pampulha se achem, não é só o interesse deles que deve ser considerado. Fato é que empresários e organizadores de eventos não querem mais vir a BH em virtude do custo de taxi (R$ 260, ida e volta) e do incômodo de acordar às 4h para estar em Confins às 7h, e ainda correr o risco de perderem seus voos em virtude do trânsito caótico das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos, nos seus gargalos crônicos. Os aviões hoje são modernos e muito mais seguros. Nenhum risco perto dos sucatões da VASP que operaram durante décadas sem nunca ter acontecido um acidente na Pampulha. Se não bastasse, estamos falando de seis opções pela manhã à tarde e à noite, em substituição a voos regionais que serão transferidos para Confins. BH não pode mais esperar pelo retorno dos voos entre São Paulo/Congonhas, Rio/Santos Dumont, Brasília e Vitória. É uma questão de sobrevivência da hotelaria, dos negócios e, sobretudo, dos eventos que giram a economia e geram empregos. Tomara que o prefeito também seja consciente e firme, assim como está sendo o presidente da CMBH, Wellington Magalhães. A Pampulha pode ajudar a salvar a economia de BH. Ser contra é egoísmo, vaidade e falta de cidadania. Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho Presidente Emérito da FIESP e do CIESP (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Ex-Diretor Regional SESI-SP e do Conselho Regional do SENAI-SP. O golpe do Estado no Sistema S Vi várias crises neste país, todas superadas com muito sacrifício dos setores produtivos e do povo. A atual, porém, apresenta contornos econômicos, políticos e jurídicos muito graves, permeados por equívocos e problemas como o aumento de impostos, clientelismo no Congresso Nacional e corrução. Analistas internacionais consideram que o lado positivo é o fortalecimento de algumas instituições sérias e competentes. O Ministério Público, a Polícia e a Justiça Federal têm sido alvo de elogios e de manifestações de apoio pela persistente e apurada caça de malfeitores. Nesse rol de instituições idôneas incluo, sem hesitar, o Sistema S, sobre o qual posso falar, pois acompanho de perto a ação do Senai e do Sesi de São Paulo há pelo menos quatro décadas. O Senai foi criado em 1942 para qualificar trabalhadores da indústria, em pleno período de guerra, por iniciativa e empenho de empresários idealistas e patriotas, destacando-se o líder Roberto Simonsen. Logo depois, veio o Sesi, para oferecer assistência aos operários em matéria de educa- ção, saúde, alimentação, cultura e lazer. Dado o êxito desse modelo, foram criadas entidades similares do comércio e serviços, da agropecuária, dos transportes, do cooperativismo e das micro e pequenas empresas. Caracterizam-se por certa estabilidade de receita, gestão privada e estreito relacionamento com os respectivos setores produtivos. Já houve quem definisse essa estratégia como uma cooperativa destinada a apoiar as empresas e for- mar e assistir os trabalhadores. Sem dúvida, a evolução e a força da indústria paulista devem-se muito às duas entidades, que, sempre em sintonia com as tecnologias mais avançadas, buscam atender às demandas das empresas e trabalhadores, por meio de uma rede de centros e escolas e de pessoal habilitado. Em agosto último testemunhei o brilhante desempenho do Senai, alcançando o primeiro lugar na WorldSkills, a “Copa do Mundo” da formação profissional, superando fortes concorrentes, como a Coreia do Sul, Alemanha, França e China. Lembro, também, que a instituição tem vasta folha de serviços ao governo brasileiro no relacionamento internacional. É evidente que qualquer plano de retomada do crescimento econômico deve ter como um dos fundamentos a indispensável atuação de tais instituições na formação e assistência às empresas e aos trabalhadores. TrataSENAi se, pois, de preservá-las e fortalecê-las. Para surpresa e perplexidade geral, num conjunto de medidas para ajustar e reequilibrar as contas da União, parlamentares e o Governo Federal apresentaram a irracional proposta de confisco de mais de 30% da receita compulsória das instituições do Sistema S. É um desatino. Um ato de desespero semelhante a um abraço de afogado, que, ao tentar salvar-se, leva ao fundo o próprio salvador. O golpe no Sistema S é fruto da incompetência e da falta de visão do Governo Federal quanto aos reais interesses coletivos do Brasil. Os prejuízos serão irreparáveis. O desenvolvimento nacional será comprometido de modo muito grave. Haverá forte redução dos serviços de assistência e formação técnica e escolar, com perda de profissionais qualificados e ociosidade da capacidade instalada. Os maiores ônus, entretanto, serão da sociedade, empresas, trabalhadores e do País. É melancólico constatar a falta de percepção dos nossos governantes quanto à relevância estratégica de instituições de reconhecido valor econômico e social. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 79 Artigos Bianca Oliveira Vargas Gestora Executiva/Relacionamento com Clientes da MRV Engenharia O relacionamento com o cliente mudou? Vivemos na era da transformação. As roupas, os cortes de cabelo, os aparelhos de televisão e os telefones móveis estão diferentes. A forma pela qual assistimos filmes, namoramos à distância e pagamos nossas contas também mudaram. Por quê a maneira e a qualidade pela qual nos relacionamos com nossos clientes deveriam permanecer a mesma? Ao observamos as últimas décadas, é possível identificarmos relevantes transformações que nos trouxeram diretamente ao momento e formato em que nos encontramos atualmente. Até os anos 1990, era necessário que as pessoas fossem até um local físico para, por exemplo, com- prarem o produto que estavam precisando. Dessa forma, o relacionamento com o cliente era realizado por meio do contato pessoal e direto entre empresa e usuário. Um passo a diante foi o contato via telefone, com a chegada da televenda e do telemarketing. Na sequência, a popularização da internet gerou uma nova comunicação entre as pessoas e, consequentemente, entre empresas e clientes. Todo o espaço online, balizado por sites e e-mails, ganharam relevância na aproximação com o público de interesse de cada instituição, e as lojas virtuais viraram ponto de encontro para os consumidores modernos. Essa geração foi chamada de Consumidor 2.0. Hoje, vivemos a soma de todas as formas anteriores de comunicação e relacionamento com o cliente com o acréscimo das redes sociais. O novo formato não transformou apenas, as relações pessoais de cada individuo, mas também tem modificado a atuação das empresas que desejam se aproximar de seus clientes e possíveis futuros usuários de seus serviços. O atendimento telefônico, como no caso das Centrais de Atendimento ao Consumidor, é ainda um ponto de contato importante, mas bem básico comparado às complexidades das demais opções e que são já bem mais exploradas pela maioria dos brasileiros. Segundo dados do IBGE, divulgados em abril, metade dos brasileiros estão conectados à internet. As companhias precisam estar onde o público delas está. A diferenciação não está mais nas ferramentas, mas, sim, no comportamento. Já é sabido que todos se encontram na internet, especialmente nas redes sociais. Porém, além da presença, é necessária a criação de um canal real de relacionamento, no qual o usuário tenha a liberdade para a troca de informações, obtenha respostas para suas dúvidas e tenha uma conversa aberta com a empresa. Mas, é preciso ir além. Atualmente, o objetivo é criar uma ligação emocional com o cliente 2.0, ou 3.0 como já estão sendo classificados. Foi de olho nessa aproximação real e emocional com nossos clientes, que a MRV Engenharia tem desenvolvido constantes ações nas redes sociais, atingindo boa parte do nosso público alvo. Na série de vídeos do projeto #meumundomelhor colocamos nossos clientes diante das câmeras para que dividissem com os demais suas histórias, incluindo dificuldades e vitórias. Mais do que um relacionamento eficaz, que de fato esclarece e ajuda nossos clientes, estamos em busca de participar do dia a dia das pessoas que nos ajudam a construir a nossa história. A recíproca é verdadeira, eles permitem que façamos parte da construção da vida deles por meio da conquista do sonho da casa própria. Doutrina Jurídica Jayme Vita Roso vitaroso@vitaroso.com.br Bastam mudar os Códigos, para dar eficiência ao Poder Judiciário? Tiberio Barchielli/ Palazzo Chigi O Sistema Brasileiro de Processo Civil, herdado das Ordenações, desde a sua instituição e a vigência, passou por poucos estágios, sempre com a intenção de que a distribuição de Justiça fosse adequada e tanto quanto célere. Em vão digo, porque a tarefa das reformas foi confiada a técnicos, que usam métodos gongóricos, para que o interessado tenha resultado, enquanto vivo. Mas, da separação hígida do Código Buzaid para o Código Fux passamos a um sistema que, buscando o sincretismo, num chamado “processo de resultado”, como sustentam os advogados brasilienses Jorge Amaury Maia Nunes e Guilherme Pupe da Nóbrega (Migalhas, 29/09/15), busca-se a efetivação “por normas específicas, à execução e aos procedimentos especiais, sejam os catorze expressamente previstos no CPC, sejam os outros tantos tratados em legislação esparsa (leis 9.099/95 e 12/01/09, por exemplo)”. Dou razão ao jovem Primeiro Ministro Matteo Renzi, que, agressivamente, mudou em quatro meses o carcomido direito trabalhista italiano (e até os sindicatos engoliram). Agora, parte para a reforma administrativa e a parlamentar. Isso, em apenas 15 meses, fez o PIB da Itália suplantar o do Brasil e reduziu em 35% o desemprego. Sou descrente com esse novo CPC, como será aplicado, sobretudo porque dá ao magistrado mais poder do que se imagina; com a virtualidade, liquida o contato humano, a possibilidade do advogado ser advogado de verdade, a indispensável dialética e viveremos a distribuição da justiça com o mesmo sabor amargo do tecnocrata manipulador da economia. E o velho La Rochefoucauld, em 1688, nos dá esta máxima moral: “Se resistimos às nossas paixões, é mais pela fraqueza dos outros do que por nossa força”. Primeiro Ministro Matteo Renzi 80 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Gastronomia Sérgio Augusto Carvalho sergioamc@uol.com.br Bienvenue en Provence Uma pesquisa realizada há alguns anos por um site de gastronomia inglês revelou qual a proporção da influência que têm as cozinhas italiana, francesa, alemã, espanhola, portuguesa e chinesa no mundo todo. Não arquivei, portanto, não tenho os números corretos. A amostragem confirmou o que todo mundo sabe: a cozinha italiana é a mais influente; a francesa é a mais respeitada; a chinesa é a mais exótica. As outras têm importância indiscutível, porém de influência localizada em regiões colonizadas por seus povos. Caso do Brasil com a cozinha portuguesa. Incomparáveis são, sem dúvida, a italiana e a francesa. Como cozinheiro diariamente amador (não ganho dinheiro cozinhando, só elogios muitas vezes falsos!!!), divido o gosto pela comida mineira com a italiana. Quando não estou envolvido com uma, estou com a outra. Porém, sempre quis dar um mergulho na cozinha francesa, como já fiz com a italiana. Lá no local, vivendo o dia a dia do lugar, convivendo com os seus costumes e hábitos. E, se possível, com quem está envolvido na rotina da produção, do comércio nas feiras e mercados. Consegui, em setembro e outubro, matar esse desejo. Depois de muito observar, aluguei uma casa na Provence e lá fui eu ver de perto como é essa vida de comer e beber na mais emblemática das regiões gastronômicas da França. Com minha mulher, Beatriz, e os amigos Nazaré e Paulo Navarro Vieira, ficamos em Arles, berço de inspiração para Van Gogh produzir seus mais belos quadros, ponto geográfico estratégico para chegar aos quatro cantos da região. A riqueza exposta em terra e no mar da Côte D’Azur, com seus carros e barcos que, se vendidos, resolveriam os problemas econômicos de metade dos países da terra, é compatível com a riqueza dos produtos que brotam nas terras privilegiadas da Provence. Ao contrário do Costa Azul, as montanhas pré-alpinas e campos do Oeste a caminho da Borgonha são de dar água na boca. Dá para imaginar o que está por trás de todas as palavras que se vai lendo nos infinitos cartazes, tanto nos restaurantes quanto nas ruas, feiras e mercados - palavras já conhecidas e perfeitamente adaptadas ao dia a dia de quem cozinha. Ver de perto o javali (sanglier) que corre solto nas matas ou confinado nas reservas dos criadores é bem diferente de vê-lo saciando a fome feroz do Obelix nas revistas do Asterix ou nas fotos de Peter Mayle - autor de três livros sobre a Provence. Os campos de lavanda em Nîmes e Aix en-Provence têm o perfume que não Feira do peixe vivo em Nice Banca de legumes no Marché des Halles, em Avignon se sentem nos livros. As feiras são um desafio à imaginação: de onde pode vir tanta coisa bonita e cheirosa que dá dó de levar à panela!? São feiras diárias, imensas, uma em cada cidade, nos sete dias da semana, e não se limitam aos comestíveis. Você encontra facas, amoladores, colheres, panelas, cortadores e tudo mais relacionado à cozinha. Os mercados de Avignon e Nîmes só vendem carnes, peixes, ervas, temperos, embutidos, doces, pâtisserie, verduras e legumes colhidos horas antes. E nada sobra para o dia seguinte. Dá, então, para entender por que a cozinha francesa é a mais respeitada do mundo. O Festival de Gastronomia de Mougins, realizado numa cidadezinha de 17 mil habitantes reúne, durante 10 dias, cerca de 100 chefes estrelados da França e vários outros países. Uma das estrelas deste ano foi Ivo Faria, o Mago do Vecchio Sogno. Ele fez um jantar brasileiro, no dia 26 de setembro, que tirou aplausos dos seus colegas franceses no Hotel de Mougins, entre eles os ascendentes Denis Fetisson e Didier Chouteau. Este foi o 10’ ano do Festival L’Etoile de Mougins - que iniciou parceria com o “Festival de Arte e Gastronomia de Tiradentes”. (Parece que os franceses estão percebendo agora as semelhanças entre a cozinha mineira e a provençal.) Mougins não é a única cidade a realizar festivais gastronômicos ao longo do ano. Há uma pausa de três meses por causa do inverno e o resto do ano fervem as atividades culinárias na região. Em Arles, na mesma semana de Mougins, houve a “Fête de la Gastronomia Provence”, quando foram promovidas saborosas invasões às fazendas produtoras de vinhos do “Bouches-du-Rhône” e frutos da agricultura local. Marselha, Cannes e Saint Tropez são um festival o ano inteiro com seus frutos do mar que trazem no seu sabor uma boa parte do charme que conquista a todos nessa região. À beira do Mediterrâneo, de Menton a Saints-Maries-de-la-Mer, é difícil resistir às tentações da gula. Seja ao ver passando à sua frente um Brochette de Saint Jacques ou um Turbot Röti com Legumes du Pays. Evidentemente, sempre com o gostinho (inconfundível) de suas ervas no fundo… As estradas, guarnecidas por oliveiras de um lado, de parreiras no outro, levam a lugares incríveis, como Saintes-Maries-de-la-Mer (ninguém sabe porque é no plural!), cidade polo do Parque Nacional de Camargue, onde se produz o arroz (vários tipos e cores) e o sal mais famoso da Europa, a Fleur de Sel de Camargue. Os pequenos restaurantes de frutos do mar pipocam de esquina em esquina entremeados por mais restaurantes. Se não é isso, são bistrôs, todos comandados por famílias, grandes ou pequenas, que dominam a arte da culinária provençal e mediterrânea desde sempre. Coisa nova? Não. Há centenas de anos essa cultura distingue a Provença e a transforma na região que os franceses preservam como sua mais linda joia e o mundo idolatra como um lugar que qualquer pessoa tem de conhecer antes de morrer. De preferência, morrer lá, comendo de manhã, de tarde e de noite, até estourar! Cogumelos colhidos à noite, vendidos de manhã em Arles Embutidos na feira de Saintes-Maries-de-La-Mer: produção familiar novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 81 O negócio é cultura Cláudio Rocha Oliveira claudiorochaprod@terra.com.br Boas novas O Governo de Minas, através de convênio assinado com a Prefeitura de Salinas, garantiu recursos para a revitalização e reabertura do Museu da Cachaça – fechado desde dezembro, quando chegou ao fim o convênio com a Unimontes. A iniciativa favorece a valorização e a difusão da cadeia produtiva da cachaça artesanal, além de divulgar a cultura da região norte do estado. Instalado em um terreno de 13.120 metros quadrados, o equipamento cultural propõe uma visão antropológica do produto, na qual os aspectos de produção, circulação e consumo são mostrados por meio de elementos audiovisuais e de exposições permanentes. O objetivo do museu é também revelar costumes de toda a região nortemineira, reconhecida nacional e internacionalmente pela produção da bebida. Além de promover e difundir a his- tória da cachaça no município, o espaço busca promover maior interlocução com a população local, oferecendo cursos de qualificação para os produtores e visitas monitoradas a estudantes e escolas, bem como a outras instituições. Dentro da mesma ação, o Governo de Minas liberou recursos também para a Casa de Juscelino, em Diamantina: serão investidos R$ 200 mil em manutenção, conservação e custeio das atividades do equipamento cultural, no período de 2015/2016. Transformado em museu, o imóvel em que o presidente JK viveu dos cinco aos 18 anos é hoje a edificação mais visitada daquela cidade histórica, com média de 1.200 pessoas por mês. Lá, turistas provenientes de todas as regiões do país encontram um acervo composto por fotografias, textos, instrumentos de trabalho e até violões que pertenceram ao ex-presidente. Divulgação/Prefeitura de Salinas Bienal do Livro Duzentos autores, sendo 27 deles estrangeiros, protagonizaram as atrações culturais da XVII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Ao todo, foram 125 horas de programação diversificada. O evento, realizado de 3 a 13 de setembro, no Riocentro, ocupou uma área de 80 mil metros quadrados e 950 expositores. A XVII Bienal contou com cerca de 676 mil visitantes. Esta edição teve como país homenageado a Argentina, que participou da programação com 14 autores. Estiveram presentes escritores representantes dos mais diversos estilos, num contato íntimo e direto com seus públicos nos vários ambientes informais disponíveis, como o Café Literário, o Cubovoxes, o Conexão Jovem, o Encontro com Autores e o SarALL. Na delegação internacional, nomes como David Nicholls (“Um Dia”), Julia Quinn (“Os Bridgertons”), Leigh Bardugo (“Grisha”), Raymond E. Feist (“O Mago”), Colleen Hoover (“Hopeless”), Jeff Kinney (“Diário de um banana”), Joseph Delaney (“As Aventuras do Caça-Feitiço”), Anna Todd (“After”), Colleen Houck (“A Maldição do Tigre”), Sophie Kinsella (“Becky Bloom”), Jacques Leenhardt (organizador de uma edição especial de viagem pitoresca e histórica ao Brasil, de Debret), Josh Malerman (“Caixa de Pássaros”), e Pedro Chagas Freitas, fenômeno de vendas em Portugal, que lança “Prometo falhar”. O grupo argentino completou o time com grandes nomes como Martín Kohan (“Segundos fora”), Tamara Kamenszain (“O gueto/ O eco da minha mãe”), Eduardo Sacheri (“O segredo dos seus olhos”), Claudia Piñeiro (“As viúvas das quintas-feiras”), Mariana Enríquez (“As coisas que perdemos no fogo”), Mempo Giardinelli (“O décimo inferno”), María Moreno (“Teoría de la noche”), Sergio Olguín (“La fragilidad de los cuerpos”), Tute (“Batu 1”), Diana Bellessi (“Pasos de baile”), Noé Jitrik (“Historia critica de la literatura argentina”), Inés Garland (“Una reina perfecta”), Silvia Schujer (“Hugo tiene hambre”) e Luciano Saracino (“a graphic novel Jim Morrison: o Rei Lagarto”). Tânia Rêgo/ Agência Brasil Vera Cruz Grandes nomes do cinema, do teatro e da televisão, como Mazzaropi, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Tônia Carrero, Anselmo Duarte, Eliane Lage, Marisa Prado e Renato Consorte foram revelados e projetados pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz – estúdio cinematográfico brasileiro que funcionou entre 1949 e 1954 em São Bernardo do Campo (SP), responsável por um período de ouro da sétima arte no Brasil com a produção e coprodução de mais de 40 filmes como “Caiçara” (1951), dirigido por Adolfo Celi; “Tico-tico no Fubá” (1952), do mesmo diretor; e “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, que ganhou os prêmios de melhor filme de aventura e trilha sonora no Festival de Cannes, na França. Mais de seis décadas após seu fechamento, a Companhia Vera Cruz voltará a funcionar. O projeto de revitalização é fruto de um contrato entre a Prefeitura de São Bernardo e a empresa paulistana Telem S.A. (Técnicas Eletro Mecânicas), que atua no segmento de técnica de áudio, vídeo e cinema e terá a concessão para exploração de direitos do local por 30 anos. No período de vigência do contrato, serão investidos R$ 158 milhões na recuperação do espaço – um complexo de quase 46 mil metros quadrados que terá sete estúdios de dife- rentes proporções, além de centro cultural, salas de produção, memorial e um teatro com capacidade para 853 pessoas. Há anos, o pavilhão, que fica próximo ao Paço Municipal, vem sendo utilizado apenas para feiras e exposições, além de funcionar de forma esporádica na produção de alguns filmes, como “Lula, filho do Brasil”, de Fábio Barreto. As obras também estão previstas para a área externa, tombada em decorrência do seu valor artístico-cultural para a região do ABC e para o estado de São Paulo. A revitalização da Vera Cruz vem em um momento especial: atualmente, vivemos o maior ciclo sem crise do audiovisual brasileiro. Com a criação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), os recursos para o setor aumentaram e novos pactos foram feitos. Além disso, através da Lei 12.485/2011 e do aumento da arrecadação de recursos para o FSA com a nova Condecine – Contribuição para Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional –, os canais de televisão por assinatura abriram mais espaços em sua programação para as produções nacionais. Assim, além do tradicional mercado de filmes de longa e curta-metragem, os criadores passaram também a pensar em produções para a TV. 82 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Cartas Associação dos Vitivinicultores e Olivicultores de Diamantina e Alto Jequitinhonha – Avodaj Dilvulgação Exmo. Senhor Carlos Alberto Teixeira de Oliveira – Presidente/Editor Geral MERCADO COMUM – Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios. Prezado Carlos Alberto, Através desta, temos a honra de comunicar-lhe que, na data de 02/06/2015, foi fundada a Associação dos Viticultores e Olivicultores de Diamantina / Alto Jequitinhonha-MG. Dentre os propósitos da entidade, destacam-se: I. Promover o desenvolvimento da vitivinicultura e da olivicultura por meio de ações tecnológicas e gerenciais e de programas cooperativos. II. Criar programas de cooperação, de forma a ampliar conhecimentos na área, em benefício dos associados e da comunidade, III. Atuar na preservação ambiental e ecológica, promovendo a produção susstentável. IV. Promover a implementação de cultivos em conformidade com as legislações ambientais, sanitárias e trabalhistas. V. Promover a implementação de programa de Certificação de Conformidade, Geográfica e de Origem, conceituando os produtos originados das cadeias produtivas da Uva e da Oliveira, com a Indicação Geográfica de Procedência e Denominação de Origem Controlada; VI. Apoiar e incentivar a promoção do turismo na região, principalmente no desenvolvimento e consolidação do enoturismo. Esperando contar com o seu inestimável apoio e divulgação, colocamo-nos à disposição e será um enorme prazer uma visita aos nossos projetos, na qual detalharemos nosso plano de trabalho e as possibilidades de cooperação entre a Associação e essa instituição. Atenciosamente, Leonardo de Andrade Presidente novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 83 Turismo Paulo Queiroga pqueiroga@terra.com.br Aprovada instalação do terminal 2 em Confins A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, obteve a liberação da Licença de Instalação (LI) do Terminal 2, pelo Conselho de Política Ambiental (Copam), do Estado de Minas Gerais. A partir da publicação da licença no Diário Oficial do Estado, serão imediatamente iniciadas as obras de implantação do novo Terminal, o principal projeto de curto prazo da concessionária, que irá duplicar a atual capacidade do aeroporto para 22 milhões de passageiros/ano, suficiente para suportar o incremento de demanda até 2023. A obra será concluída em 2016. “A obtenção da licença estava sendo muito aguardada pela concessionária, porque essa será a nossa primeira grande entrega. Com a implantação do Terminal 2 iremos conseguir cumprir os nossos principais objetivos, de elevar o aeroporto à condição de um dos melhores do País e oferecer uma infraestrutura adequada aos passageiros que em- barcam e desembarcam em Minas Gerais”, afirmou Paulo Rangel, diretor-presidente da BH Airport. A concessionária irá investir R$ 750 milhões na implantação do novo Terminal de passageiros, que terá uma área total de aproximadamente 47 mil metros quadrados, distribuídos em quatro pavimentos. O método construtivo utilizará a estrutura metálica em aço, revestimento interno e externo com isolamento termo acústico e uma grande área de pele de vidro com performance termo acústica. O projeto prevê também a interligação do novo Terminal 2 ao Terminal existente (Terminal 1). O novo Terminal terá mais 17 novas pontes de embarque, o que irá ampliar o número total de pontes no aeroporto para 26. Para maior conforto no deslocamento de passageiros e usuários, serão instaladas seis esteiras rolantes, nove escadas rolantes e 18 elevadores. O acesso ao Terminal será construído em dois níveis, para facilitar o embarque e o desembarque de passageiros. Serão abertas mais de 1,8 mil vagas de estacionamento próximas ao Terminal 2, com acesso fácil ao sistema viário. Além do Terminal 2, a concessionária BH Airport irá ampliar o pátio de aeronaves em cerca 29 mil metros quadrados e readequar os acessos para um mix de aeronaves mais atual. Empresas contratadas as obras Para a construção do Terminal 2 a BH Airport contratou a Racional Engenharia, empresa que atua há 43 anos no setor de construção civil, com mais de 600 obras realizadas no território nacional, entre elas a ampliação do BH Shopping (MG) e a construção do prédio sede da Localiza (MG). Entre os projetos realizados pela construtora estão a ampliação do BH Shopping (MG), Barra Shopping (RJ), a construção do prédio sede da Localiza e os Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês (SP). A empresa foi contratada por meio de concorrência privada, em que prevaleceu a melhor proposta, apoiada nos pilares de prazo, preço e qualidade. A concorrência contou com a participação de empresas das regiões Sudeste e Centro Oeste do País. Para a fabricação e montagem da estrutura metálica foi contratada a empresa Codeme, com unidades em Betim, Juiz de Fora (MG) e Taubaté (SP). A empresa possui mais de 2 mil obras edificadas em todo o Brasil e no exterior, nos segmentos de Edifícios de Andares Múltiplos, Prédios Industriais, Galpões Comerciais e Industriais e Pontes. O gerenciamento das obras do Terminal 2 , foi contratado, por meio de concorrência privada, o consórcio ControlTec/Figueiredo Ferraz, cujas empresas possuem histórico de gerenciamento de obras e projetos no segmento aeroportuário e simulares. Todas as empresas estão no mercado há mais de três décadas. Embratur faz Road Show no Japão Para fortalecer a estratégia de promoção do turismo brasileiro no mercado japonês, junto com os países do Mercosul, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) promoveu, de 28 a 30 de setembro, roadshows nas cidades de Osaka, Nagoya e Tóquio. Ao todo, foram realizados cerca de 200 encontros Além disso, o Brasil esteve representado, entre os dias 24 e 27 de setembro, da JATA Expo Japan 2015, considerada a maior feira de turismo da Ásia. Durante o evento, houve reuniões de negócios entre operadoras brasileiras e agentes de viagem do Japão. Em 2014, o Japão enviou mais de 84 mil visitantes ao Brasil. Fale com o gerente. SAC: 0800 724 4420. Ouvidoria: 0800 646 4001 Deficientes Auditivos ou de fala: 0800 940 0458 84 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Turismo Icônico hotel na Madison Avenue é comprado pelo líder coreano Lotte Hotels & Resorts Dilvulgação Durante a semana de moda nova-iorquina, o grupo coreano líder no mercado de luxo Lotte Hotels & Resorts celebrou a reinauguração do The New York Palace, icônico cinco estrelas no centro de Manhattan. A cerimônia contou com a presença da modelo e atriz Brooke Shields, e do CEO da Lotte Hotels & Resorts, Yongdok Song. O hotel, comprado em agosto, chama agora Lotte New York Palace e marca a primeira aquisição do conglomerado na América do Norte. “O Lotte New York Palace é um luxuoso hotel que representa a história e a tradição da Big Apple. Ter uma propriedade Lotte no centro de Nova York eleva o conceito da marca e contribui para que o grupo faça outras incursões pelos Estados Unidos e Europa. A compra do New York Palace é um sinal de que o nosso projeto Global Leading Hotel está no caminho certo”, disse o Sr. Song. O novo nome e logo preservam a identidade e a história do Palace, que passou por uma reforma de US$ 140 milhões no final de 2013 e transformou as suítes mais premiuns no The Towers, um “hotel dentro de outro hotel”. Dentre as atualizações estão novos lobbies, suítes especiais, restaurantes e bares. Com 909 quartos, o Palace tem sido há anos reconhecido por suas vistas espe- O gerente geral John C.Tolbert, o CEO de Nova York Fred Dixon, o cônsul coreano Gheewan Kim, o presidente do Lotte Hotels & Resorts Sr. Yongdok Song e a atriz Brooke Shields taculares e suítes espaçosas. Localizado na rua da Catedral St. Patrick e a passos do Rockfeller Center, o hotel é decorado com motivos de igrejas italianas do século 15 e serviu como entrada para a histórica mansão Villard desde 1882. O LOTTE New York Palace mistura graciosamente o marco histórico com uma contemporânea torre de 55 andares, combinando tradição e modernidade. “Vamos fazer upgrades onde for necessário, mas nosso plano atual é expandir a marca por Los Angeles, São Francisco, Havaí e outras grandes cidades dos Estados Unidos. A missão do grupo é enriquecer a vida das pessoas oferecendo produtos superiores e serviços que nossos clien- Dilvulgação tes amem e confiem. Isso reflete o conceito de amor, gentileza e empatia inspirado em Charlotte, heroína do romance Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe, que deu origem ao nome LOTTE”, revela o Sr. Song. Lotte Hotels & Resorts atualmente opera em 18 propriedades, em cinco continentes, e planeja agregar mais 16 aquisições ao portfolio. O grupo é considerado o número um no mercado de hotelaria coreano e é um dos maiores conglomerados do mundo, com 80 afiliados e receita anual de US$ 83 bilhões em 2014. Seu primeiro hotel russo em Moscou foi premiado recentemente com o Prix Villegiature de “Melhor Hotel na Europa”. Turismo brasileiro ganha com viagens internas e alta do dólar Luciana Vicária Igreja Matriz de Pirenópolis A receita cambial registrou em agosto o menor déficit deste ano, desde o mês de fevereiro de 2011, de acordo com dados do Banco Central. A diferença entre os gastos dos brasileiros no exterior (US$ 1,263 bilhão) e os gastos dos estrangeiros (US$ 436 milhões) no Brasil atingiu o valor de US$ 827 milhões no mês passado. Se comparado com agosto do ano passado, quando o déficit foi de US$ 1,85 bilhão, a diminuição chega a 55,4%. “A constatação é uma boa notícia para o turismo porque indica que boa parte dos brasileiros está transferindo as viagens internacionais por viagens pelo país, movimentando a economia, gerando emprego e renda para mais de três milhões de pessoas no ano passado”, disse o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Entre os fatores que levaram à redução expressiva do déficit, destacam-se a alta cotação do dólar e o fortalecimento do turismo interno brasileiro. O Ministério do Turismo já investiu mais de R$ 9 bilhões no desenvolvimento de 4,2 mil municípios turísticos brasileiros desde 2003. novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 85 Seu Dinheiro Fernando Soares Rodrigues Jornalista especializado em economia e finanças Incerteza máxima Não há outro adjetivo senão este “máxima” – para qualificar adequadamente a incerteza com que o mercado financeiro convive neste fim de ano. Qualquer projeção sobre as perspectivas dos investimentos financeiros esbarra no conceito de incerteza que leva o aplicador a operar com mais cautela e conservadorismo. Não se pode sequer mencionar com segurança o nome do (a) titular da Presidência da República e, muito menos, o nome do Ministro da Fazenda ao se comentar, numa perspectiva de curto prazo, o possível cenário da economia para o final deste ano. Quem ousar a mencionar os titulares destes cargos pode errar. Os movimentos políticos para viabilizar o afastamento da Presidente Dilma Rousseff e do ministro Joaquim Levy, ou deste último isoladamente, eram fortes no início de outubro. Sem conseguir aprovar um ajuste fiscal com bases sustentáveis para os próximos anos, o ministro Levy foi colocado em xeque inúmeras vezes pelo governo e representantes dos partidos da base aliada, somente por ter esboçado uma operação “tapa-buracos” para as contas públicas para este ano e o próximo. São indicadores preocupantes da atual crise político-econômica a inflação anualizada próxima de 10%, o dólar testando patamar acima de R$ 4,00, déficit público nominal (que inclui o total destinado ao pagamento dos juros) na faixa de 9,21% do Produto Interno Bruto (PIB) e correspondente a R$ 528 bilhões no acumulado dos 12 meses anteriores a agosto passado. Contradições São muitas as contradições na área econômica. Enquanto o governo pretende a volta da CPMF (imposto do cheque) na base de 0,20% e a alta da Cide (imposto sobre combustíveis) e até cortes nos orçamentos dos programas sociais, o Banco Central (BC) gasta bilhões para rolar os swaps cambiais (espécie de compra a valor determinado de dólar no mercado futuro) para conter a escalada da moeda americana no mercado à vista e oferecer proteção às empresas envidadas naquela divisa. Mesmo assim, após subir 9,34% em setembro passado, o dólar americano passou a acumular valorização de 48,76 frente ao real no acumulado deste ano. Com a alta do dólar, os juros dispararam no mercado futuro ao atingirem 17% ao ano no final de setembro passado, bem acima da taxa Selic (juros básicos da economia) de 14,25% ao ano projetada para o final deste ano, segundo a pesquisa do boletim Focus, do BC, do último dia 28 de setembro. Os analistas não descartavam no início de outubro passado, novo reajuste da taxa Selic para conter a inflação pressionada pelo dólar e novos fatores como o aumento dos combustíveis. Com a adoção do programa de swaps cambiais – contestado por parte do mercado – o BC levou o governo federal a gastar 2% do PIB ou 30% do aumento da dívida pública. No acumulado dos 12 meses anteriores a outubro, o custo dos swaps cambiais atingiu R$ 112 bilhões. Este total representa quase um quarto do total dos pagamentos de juros do setor público brasileiro equivalentes a R$ 485 bilhões ou 8,45% do PIB no acumulado dos 12 meses anteriores a agosto passado. Na Presidência da República e BC não se cogita a redução progressiva destes gastos que são na realidade os mais expressivos. Os anunciados cortes das despesas públicas do governo federal tornam-se, assim, insignificantes diante dos números citados anteriormente sobre o crescimento da dívida pública. Operação de risco Aplicar o dinheiro em dólar é uma operação de alto risco no Brasil. Os mais otimistas acreditam que o governo continuará a intervir no câmbio, ainda que a um custo elevado do endividamento público, para amenizar a elevação dos valores dos empréstimos em dólar das empresas. Se o governo não proceder assim, as empresas podem demitir mais para cortar custos. A parte mais otimista do mercado estima que o dólar pode recuar para R$3,80 neste final de ano. O boletim Focus (28/09/2015) estimou o dólar a R$ 3,95 em dezembro próximo e a R$ 4,00 ao final de 2016. Dólar a R$ 4,30 ao final de 2016 é a estimativa de parte do mercado que opera com otimismo moderado em relação ao sucesso do programa de swaps cambiais. As oscilações do dólar frente ao real influenciam diretamente o preço do ouro negociado como ativo financeiro na BM&F/Bovespa. O dólar e o valor do metal negociado na bolsa de mercadorias de Nova York formam o preço do ouro no mercado brasileiro. No exterior, o preço da onça-troy (31,1 gramas) de ouro encontra-se em baixa. A previsão de alta dos juros nos EUA – atualmente entre 0% e 0,25% ao ano – pode exercer pressão sobre o dólar frente ao real. O Federal Reserve (FED), o banco central americano, admite que não vai demorar a reajustar os juros. A desaceleração da economia chinesa é outro fator a influenciar o comércio internacional, os preços das commodities, a balança comercial e as contas externas brasileiras. Por conta da recessão brasileira que pode alcançar 3% este ano, as importações estão diminuindo e a balança comercial tem condições de encerrar o ano com superávit de US$ 15 bilhões. Pós-fixados Até o cenário político-econômico clarear, os analistas aconselham maior alocação de recursos nos ativos financeiros pós-fixados, os corrigidos pela taxa Selic ou índice de inflação (IPCA). Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e títulos públicos do Tesouro Direto são as opções para os investidores de médio e grande porte com características mais conservadoras. Caso ocorram novas altas da Selic para conter a inflação, os aplicadores em títulos e papéis prefixados terão menores ganhos. O boletim Focus estimava ao final de setembro passado em 5,8% a inflação anualizada para dezembro do próximo ano. Parte do mercado já projeta para 2016 inflação acima do teto da meta de 6,5% ao ano. Neste cenário, a caderneta de poupança dificilmente consegue superar a inflação, mas é a melhor opção de investimento para as baixas quantias no curto prazo. Sobre os fundos de investimentos financeiros, principal concorrente da poupança, incidem pesadas alíquotas do Imposto de Renda de 22% sobre os ganhos até seis meses. Parte do rendimento dos fundos fica comprometida ainda pela tributação semestral denominada “come cotas” e pelas taxas de administração cobradas pelos gestores. Pode cair mais O índice das ações mais negociadas na BM&F/Bovespa encerrou setembro em 45 mil pontos e com perda anual acumulada de 9,89%. Crise política, dificuldades na implementação do ajuste fiscal, operação Lava a Jato, juros elevados, alta do dólar e recessão econômica são alguns dos fatores que derrubam o índice Bovespa. A queda do Ibovespa em dólar atingiu 42% no acumulado de 2015 até setembro passado. Não há consenso, alguns analistas acreditam que a bolsa brasileira pode ainda cair mais e ficar próxima dos 40 mil pontos. O reajuste dos combustíveis favoreceu as ações da Petrobras. Mas o mercado não pode se esquecer que a estatal brasileira, entre outros de seus problemas, tem dívida elevadíssima superior a R$ 400 bilhões, dos quais 70% em dólar. A principal fonte de receita da empresa não ajuda. No acumulado do ano até setembro, o barril do petróleo caiu 15,36% e passou a valer US$ 45,00. Esse total é muito baixo para a manutenção dos investimentos em geral da empresa, e especialmente no pré-sal. As ações da mineradora Vale, outra companhia que tem grande peso na formação do índice Bovespa, não são estimuladas pela manutenção do preço da tonelada do minério de ferro pouco acima dos US$ 50,00. Administradores de companhias com menor expressão nas negociações diárias da Bovespa vão enfraquecer ainda mais o mercado brasileiro. Preparam o fechamento do capital de 12 empresas neste ano. Entre elas estão Souza Cruz, BicBanco, Arteris e banco Daycoval. A Bovespa que chegou a ter 471 ações de companhias listadas em seu pregão, passará a ter 453 companhias. Outros gestores adiam os IPOs, as ofertas públicas iniciais de ações na sigla em inglês. 86 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Cerveja Wilson Renato Pereira Jornalista, psicólogo e psicanalista wrenato.pereira@gmail.com Grandes cervejarias agora pensam pequeno Bernardo Dias Após priorizarem por muito tempo a produção de massa, olhando “da garrafa para fora” e investindo, principalmente, em logística e marketing, algumas das grandes cervejarias brasileiras hoje apostam, cada vez mais, no crescente e especializado mercado das cervejas artesanais. A pioneira foi a Brasil Kirin (ex-Schincariol), que, há anos, adquiriu as microcervejarias Baden Baden, de Campos do Jordão, Eisenbahn, de Blumenau e a carioca Devassa. A Ambev, maior cervejaria do Brasil, recentemente, também se rendeu, seguindo os passos da sua controladora AB Inbev em outros países, e passou a atuar no segmento artesanal. Maior produtora de cervejas do mundo, essa multinacional adotou uma nova estratégia após constatar o declínio do consumo das cervejas comuns, devido à mudança de hábito dos consumidores. O movimento começou nos Estados Unidos, onde o consumo das marcas tradicionais vem caindo em torno de 15% anuais, enquanto as artesanais crescem, percentualmente, quase dez vezes mais. No início, foram compradas pela AB Inbev quatro pequenas cervejarias americanas: Goose Island, Blue Point, 10 Barrel e Elysian. A primeira foi adquirida em 2011 e as outras nos anos seguintes. No Brasil, o mercado das cervejas de massa aumenta em torno de 5% anuais e o das artesanais 30%. Em janeiro deste ano, para surpresa geral, a Ambev associouse à mineira Wäls, ganhadora de várias medalhas, inclusive de ouro, em respeitáveis concursos cervejeiros internacionais, como na World Beer Cup (EUA, 2014) e, mais recentemente, em setembro, no World Beer Awards (Inglaterra, 2015), formando uma terceira em- presa, a Wäls/Bohemia. No caso da Wäls, os irmãos José Felipe e Tiago Pedras Carneiro se tornaram sócios do empreendimento Alguns dos motivos para que a parceria fosse firmada, de acordo com eles, vão além de participação direta na gestão do negócio, com a garantia de que continuarão podendo criar suas festejadas receitas, terão acesso aos melhores ingredientes do mundo e seus produtos serão distribuídos em uma ampla rede no Brasil e no exterior. Em outra iniciativa que também sacudiu a comunidade artesanal, em julho passado a Ambev adquiriu a Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, mas com um modelo diferente. O antigo proprietário, Marcelo Carneiro, um dos pioneiros do setor microcervejeiro, funciona como consultor, abrindo caminhos para a empresa junto aos atuais e a novos parceiros de negócios. A ideia original de contribuir para viabilizar uma escola cervejeira tipicamente brasileira continuará valendo, assim como as receitas e os rótulos da Colorado. Agora, com maior aporte de capital, o objetivo é adquirir novos equipamentos e melhorar processos industriais. Pelos resultados servidos on tap e oferecidos nas prateleiras físicas e virtuais de lojas especializadas, bares, restaurantes e nas gôndolas de supermercados, os consumidores de cervejas fabricadas pelas microcervejarias incorporadas por grandes corporações podem ficar tranquilos quanto ao que vão beber. Pelo menos enquanto as coisas continuarem como estão. As megacervejarias têm sabedoria mais do que suficiente para não deixar cair a qualidade de marcas artesanais já consagradas. Sabem que isso pode trazer danos à sua imagem junto a um público altamente especializado e formador de opinião perante novos consumidores. Por outro lado, elas pretendem associar o conceito de qualidade das artesanais às suas marcas tradicionais. Outro grande temor da comunidade artesanal é que suas cervejarias prediletas, agora integrantes da indústria mainstream, percam agilidade para lançar novos produtos, afastem-se dos consumidores locais e deixem de usar ingredientes regionais. Aí, é aguardar para ver o que irá acontecer. A única certeza é que não faltarão boas cervejas produzidas neste país, pois só fábricas artesanais já são mais de 300, fora os homebrewers, sempre dispostos a oferecer aos amigos suas surpreendentes criações. Bernardo Dias novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 87 Vinho, gente, coisas e adjacências shutterstock Inimá Rodrigues Souza Com este calor, vinho? Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33477 - RQE 21876 - Inscrição CRM 356 - MG Os rosados ou rosés seguem a mesma história; até porque, meio mundo acha que vinho rosé ou rosado é, simplesmente, o vinho resultante da mistura de tinto com branco, e, como tal, de qualidade duvidosa. Verdade que existem vinhos elaborados assim, em regiões vinícolas famosas, e de inquestionável qualidade. Os espumantes são gastronômicos, leves e festivamente refrescantes. Glamorosos, sempre frequentaram mesas de reis e imperadores, e sendo múltiplos e variados, além de polivalentes, podem ser degustados a qualquer momento, notadamente com este calor. Portanto, para degustar vinho com esta temperatura é só fazer a escolha conveniente; e isto – como temos comentado aqui -, passa por algum conhecimento sobre o que vai beber. Como é exigido, também, em relação às demais bebidas. A temperatura permite um Shi- raz australiano e um Douro maduro e concentrado? Ou um singelo Bardolino? Um Tannat uruguaio ou um Dão fresco e delicado? Um branco de Sauvignon Blanc ou Riesling, ou um vinho verde com sua acidez quase pungente, mas, altamente refrescante? Enfim, o vinho - essa bebida singular, mesmo diante dessa temperatura que se mantém longe de ares da Primavera, pode ser um par a qualquer momento. Não importa o grau de conhecimento, beba o seu vinho, pois com calor de verão ou frescura invernal, ele propiciará alegria. Circuito Belo Horizonte recebeu, no dia 29 de setembro último, uma das etapas do Circuito Brasileiro de Degustação, que neste ano contempla cinco capitais (Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Curitiba e Florianópolis) com os melhores vinhos elaborados pelas grandes vinícolas do País. Entre os dezenove produtores presentes nessa etapa, estavam a Miolo, Casa Valduga, Dal Pizzol, Luiz Argenta, Lídio Carraro, Rio Sol, Hermann, Dunamis, exibindo vinhos que revelam a pujança da produção nacional. Hoje, é a qualidade, aliada à quantidade, que coloca o Brasil na condição de quinto maior produtor do Hemisfério Sul, resultado de incansável dedicação dos nossos produtores ao lado da adoção de tecnologia de ponta, mercê de toda a sorte de dificuldade enfrentada, sobretudo, quando o assunto é tributação. Mas, o Circuito cumpre o seu mister: exibir a qualidade do vinho brasileiro, especialmente para aqueles que teimam em ignorar a força do produto nacional. O Ibravin deve insistir nisto. Lá estavam rótulos que são encontrados em prateleiras de vários países e, portanto, com reconhecimento internacional. Tchê Tchê Parrilla é nome da casa aberta há pouco tempo, no bairro da Serra. Com cardápio de carnes especiais importadas, prima, também, pela carta de vinhos com preços que fogem aos exorbitantes que se vê por aí. Que continue assim. Tim, Tim. e u q o e Sab faz nos r e r e qu viver? solution Sim. E por que não? Vinho bebe-se em qualquer estação. Ainda que os termômetros estejam batendo na grimpa, há, sempre, tempo e espaço apropriados para se degustar um vinho, seja branco, tinto, rosado, e, especialmente, um espumante. Quando o momento pedir um tinto, basta lembrar que existem tintos tão leves quanto muitos e muitos brancos, com acidez refrescante e taninos suaves, capazes, pois, de serem companhia para lá de agradável com petiscos num final de tarde. Mas, se a ocasião é para um suculento churrasco, os encorpados fazem a parceria ideal. Com esta canícula, que nada faz lembrar tempos primaveris, os brancos são receita infalível para aplacar o calor, com seu frescor estimulante; e, ademais, por serem ecléticos, podem ser apreciados como aperitivos. Pena que, no mais das vezes, sejam vinhos desprezados por muitos sob estapafúrdias justificativas. Medicina, Saúde e Bem-estar Atender a Alice e cada um dos nossos clientes com a excelência que eles merecem. O Hermes Pardini recebeu o prêmio Maiores e Melhores de 2015, na categoria Excelência, realizado pela Revista Mercado Comum. Mais que uma conquista, um reconhecimento à qualidade, à credibilidade e à dedicação no atendimento a todos os nossos clientes. Hoje e sempre. hermespardini.com.br (31) 3228-6200 (31) 98498-8968 Medicina, Saúde e Bem-estar 88 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Auto e Negócios Raimundo Couto Bravíssimo... A lendária Alfa Romeo está renascendo, depois da fusão da Fiat detentora da marca. Com a americana Chrysler, que deu origem à FCA (Fiat Chrysler Automobiles), os projetos para os próximos anos são arrojados, e para isto não faltam vultosos investimentos. O principal deles será em uma renovação quase total de sua linha de modelos. O primeiro passo já foi dado, com a apresentação da nova Giulia, em junho passado, e com perspectiva de ser lançada, comercialmente, ainda este ano. Muito provavelmente da gama atual em oferta apenas dois modelos devem seguir no mercado. A citada Giulia e o esportivo 4C, que tivemos oportunidade de acelerar na pista que a FCA mantém em Baloco, nos arredores de Milão, na Itália. Tanto um quanto o outro são candidatos a desembarcarem no Brasil em um futuro breve, quando iniciar o efetivo retorna da Alfa para mercados promissores, como o nosso, por onde ela esteve em um passado distante. Esportividade a toda prova Uma marca com tanto sucesso nas pistas não poderia viver, apenas, com modelos cuja esportividade estivesse presente apenas na tradição. O MiT0 e a Giulieta, apesar de suas qualidades, estão longe de representar o legitimo “Cuore Sportivo”. Daí surgiu a necessidade de criar um modelo que pudesse, legitimamente, representar a Alfa Romeo. Assim nasceu o 4C. O projeto foi concebido desde o desenho de sua carroceria para instigar esportividade. Motor central e tração traseira com peso inferior a 900 kilos, guiar o 4C é um exercício de puro prazer. A proposta da montadora italiana com este produto é mesmo rejuvenescer a marca. É, ao lado do irmão 8C, de 2007, outro esportivo, mas este de produção limitada a 500 unidades, o que de mais arrojado transpira a Alfa. Sem contar a Giulia que ainda não está disponível. Voltando ao 4C, suas linhas chamam atenção logo na primeira vista, o capô destaca dois marcantes vincos que se unem na parte inferior do para-choque e desenham uma espécie de triângulo invertido. Ao centro a tradicional grade da Alfa Romeo cercada por outras grandes tomadas de ar em cada um dos lados. Potência e equilíbrio Como no 8C o número de cilindros determinou a nomenclatura, no 4C foi usado o mesmo raciocínio. Belo visual, simplicidade no acabamento e um trem de força de impressionar. Motor turbo a gasolina com injeção direta com 1.750 cm³, volume de deslocamento e 240 cv de potência. O torque, de 35,7 kgfm, é constante entre 2.100 e 4 mil rpm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem de seis velocidades. O conjunto permite ao 4C acelerar de zero a 100 km/h em 4,5 segundos e chegar até a máxima de 258 km/h. O ronco parece música aos ouvidos. Um dos grandes segredos do conjunto é o baixo peso, chassi de fibra de carbono, alumínio nas estruturas dianteiras, traseiras e no teto. Os vidros também contribuem para a leveza do esportivo italiano. Segundo a Alfa Romeo, eles pesam até 15% menos que os convencionais. Com isso, o 4C chegou à marca dos 895 kg em ordem de marcha, distribuídos em 3,98 metros de comprimento, 2,09 m de largura, 1,18 m de altura e 2,40 m de distância entre eixos. Em busca pela redução de peso, em seu interior apenas o necessário. É clara a inspiração nos clássicos do passado: começando pelo painel, que é simples, porém funcional, tudo foi feito e pensado para destacar o que mais interessa em um esportivo, o prazer de pilotar, ter a máquina na mão. Os bancos são finos, mas envolventes, os pedais de alumínio e o material usado no painel são detalhes que fazem remeter aos carros criados para competição. Painel todo em plástico rígido, sem tapetes e nem porta-luvas. Esqueça confortos como direção com assistência elétrica, sensores de estacionamento e ajustes elétricos dos bancos. Com a máquina mão Depois de um rápido briefing para orientações sobre o traçado de Baloco, seguimos para pista, orientandos a seguir o Pace Car (carro que dita o ritmo de velocidade), pelas primeiras duas voltas do circuito. Como um legitimo esportivo o 4C é “baixinho e curto”, mas não se tem dificuldade de acesso e logo, mecanicamente, a melhor posição de “pilotar” é encontrada. O volante revestido em couro tem base achatada, leve e de boa empunhadura, aliados às borboletas na coluna de direção, dá o toque de esportividade. O barulho grave do motor empolga, nem de longe lembra o que se ouve em um bem comportado propulsor de quatro cilindros. São quatro modos de ajuste do câmbio, sempre com trocas rápidas e suaves graças à caixa de dupla embreagem. O modo Race altera o som e a resposta do motor, o controle de estabilidade (ESP) entra em ação assim que o carro passa do seu limite. O peso da direção, sem assistência, é sentido assim que o 4C se move, lentamente. Fomos o terceiro em um fila indiana, seguidos por outros quatro colegas jornalistas do Brasil. Primeira volta de reconhecimento a uma velocidade considerada moderada para uma pista de teste. A segunda mais rápida e a partir da terceira o “carro madrinha” deixa-nos livre para divertir com a condição de só fazer ultrapassagem atendendo todas as regras de segurança. O 4C rola macio pelas curvas de alta e de baixa de Baloco, rasga a reta com um barulho feroz e bom de escutar. O fabricante assegura que sua velocidade máxima é de 275 km/h. A suspensão é bem equilibrada e o sistema de freios transmite segurança ao condutor. Com o iminente retorno da marca Alfa para o Brasil o 4C será uma opção para quem deseja um esportivo de verdade. Na Europa tem preço em torno de 76.500 euros. (RC) novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 89 Obituário Jadir Barroso – meandros de uma vida dedicada ao jornalismo O último 27 de outubro foi um dia triste para toda a família de MercadoComum. Nesse dia, perdemos um dos melhores e mais brilhantes profissionais do jornalismo do Estado: Jadir Barroso dos Santos. Há mais de 50 anos atuando apaixonadamente na profissão que escolheu, Jadir teve forte militância na imprensa de Minas e do País e, entre os diversos veículos e cargos, foi colunista e diretor de Redação da MercadoComum, por mais de 10 anos. Por meio do seu competente trabalho, ajudou a fazer a história do Estado, entendendo, como poucos, as peculiaridades e meandros da política e da economia mineira. Competente e atuante, deixa um legado de compromisso extremo com a informação. Nascido em Jacuri, Minas Ge- rais, formou-se em Direito e também em Administração de Empresas. Ao longo de sua trajetória, não poupou esforços na busca pelo conhecimento e contabilizou diversos cursos de extensão e aperfeiçoamento profissional. Ingressou no jornalismo na década de 1960, no Diário de Minas, onde deu início à carreira. Foi repórter de economia, repórter e redator político, colunista, editor e editorialista de diversos jornais em Minas, como o Binômio, o Diário de Minas, o Última Hora (edição mineira do jornal de Samuel Wainer) e também o Correio de Minas. Quatro anos mais tarde, ingressou no Jornal do Brasil, onde foi redator e repórter político até o ano de 1989. Entre as muitas atribuições que lhe chegaram por Entre Aníbal Teixeira e a esposa Marolina XV Prêmio Minas - Desempenho Empresarial - MercadoComum mérito, Jadir Barroso foi ainda assessor técnico, assessor de do Departamento de Comunicação Social do BDMG, além de assessor de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte nas gestões dos prefeitos Maurício Campos e Júlio Laender. Presidiu também o CEPO – Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares, e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. Na sua caminhada profissional, por várias vezes, foi reconhecidamente premiado. Entre as diversas condecorações, foi eleito o melhor repórter econômico de Minas Gerais e recebeu o troféu CID, concedido pela Rádio Itatiaia, referente aos melhores do jornalismo mineiro. Foi contemplado, ainda, com as Medalhas de Honra da Inconfidência, Santos Dumont e do Mérito Legislativo. No seu currículo, constam ainda participações brilhantes em congressos e conferências por todo o País, além de centenas de artigos e reportagens públicas nos órgãos de imprensa por onde passou. Na sua última empreitada, Jadir Barroso publicou seu primeiro livro, Meandros do Poder, (ainda para ser lançado) publicação independente que faz inequívocos registro e análise da realidade política e econômica do País. A obra, como ele cita na apresentação, “nasceu de uma indignação e de uma esperança. Indignação face os rumos que o País tem tomado nas últimas décadas (...). Esperança, por acreditar que dias melhores terão de vir, mesmo não se sabendo quando nem como”. (...) Mas, para mudar isto que aí está é preciso a participação de todos. Como o passarinho solitário no incêndio da floresta, pelo menos eu estou fazendo a minha parte”, escreveu o idealista jornalista mineiro. Jadir Barroso faleceu de câncer, doença contra a qual lutava havia alguns anos. Infelizmente, seu livro ficou pronto um dia após o seu falecimento, não permitindo ao autor ver sua obra concretizada. 90 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Obituário Na sede de MercadoComum Aloísio Vasconcelos, Alexandre Andrade e Jadir Barroso Carlos Alberto Teixeira de Oliveira., Alberto Pinto Coelho, Renata Vilhena e Jadir Barros Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Paulo Haddad e Jadir Barroso Carlos Alberto Teixeira, Emanuel Carneiro, Carlos Lindemberg e Jadir Barroso Claudio Gontijo, Jadir, Márcio Fagundes e José Afonso Bicalho Claudio Moura Castro, Eulália Alvarenga e Jadir Barroso Com Carlos Alberto Teixeira, Márcio Lacerda, Gilman Rodrigues e Paulo Paiva Com Hindemburgo Chateaubriand Diniz e Glorinha na sede de MC Com Murilo Portugal, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Mauro Borges Lemos Com Paulo Brant, Deusdedith Aquino e Lindolfo Paolielo Durenta entrevista no Programa de TV MercadoComum com Henrique Meirelles Em pose especial durante o IV Prêmio Top of Mind, em 1999 Em solenidade do Prêmio MG de Desenvolvimento Econômico em 2008 Entregando troféu a José Alencar Gomes da Silva com Carlos Alberto Teixeira de Oliveira novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 91 Obituário Evento da ASSEMG com Eulália Alvarenga, Paulo Brant e Mauro Ferreira Evento no Automóvel Clube de Minas Gerais Fernando Luiz Soares, Itamar de Oliveira e Jadir Barroso J.D. Vital e Jadir Barroso Jadir Barroso com Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Aécio Neves Jadir Barroso com Modesto Araujo e Paulo César de Oliveira Jadir Barroso com Paulo Queiroga, Andréa Neves e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso em evento em MercadoComum Jadir Barroso entregango troféu a Murilo Badaró - Presidente Jadir Barroso, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Jacques Gontijo Jadir Barroso, Décio Freire e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Édson Zenóbio, Ivan e Francelino Pereira Jadir Barroso, Emerson Almeida e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Itamar Franco e Lúcia Pacífico Jadir Barroso, Jacques Gontijo e Alysson Paulinelli 92 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Obituário Jadir Barroso, Kátia Lage, Ilma Lara e Kátia Rabello Jadir Barroso, Marisa Maildini, Luis Paulo Rosenberg e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Olavo Machado Jr. e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Ricardo Guimarães e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Roberto Simões e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Jadir Barroso, Salim Mattar e Carlos Carlos Alberto Teixeira de Oliveira José Alencar Gomes da Silva, Milta Costa Rocha e Jadir Barroso José Lopes, Eulália Alvarenga e Jadir Barroso Luciana de Oliveira, Jadir Barroso, Milton Lucas e Paulo César de Oliveira Luiz Carlos Costa e Jadir Barroso Manoel Ferreira Guimarães Neto, Jadir Barroso e Estevão Fiuza Mauro Ferreira, Jadir Barroso, Fernando Pimentel, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Paulo Queiroga Mauro Sayar, Jadir Barroso, Alexandre Andrade, Marolina, Jorge Teixeira, Claudia Recchioni e Mauro Ferreira Olavo Machado, Carlos Barroso, Serafim Jardim e Jadir Barroso Raphael Andrade, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Jadir e Emerson de Almeida novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 93 Eventos Empresariais ADCE-MG - Presidente do Grupo Super Nosso, Euler Fuad, em Almoço Palestra A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE-MG) e o SESI-MG promoveram, no dia 18 de agosto, mais um almoço palestra, na sede da FIEMG. Dessa vez, o convidado foi o presidente da rede de supermercados Super Nosso, Euler Fuad. Em sua palestra “Super Nosso – uma história de 75 anos de empreendimento no Canal alimentar”, Euler contou um pouco sobre as demandas e desafios de comandar o grupo que engloba os supermerca- dos Super Nosso, Apoio Mineiro, a Distribuidora DEC Minas e Super Nosso Indústria de Alimentos, e cerca de 8 mil funcionários. Fuad ressaltou que o sucesso do grupo foi conquistado com muito trabalho e dedicação: “Sucesso só vem primeiro que trabalho no dicionário. A receita do sucesso é estar atento e preparado para as oportunidades, que surgem via mercado ou mesmo dentro de nossas operações”, conta. Sobre o evento, Fuad fez uma avaliação positiva: “Estou impressionado com o prestígio da ADCE, que lotou o local da palestra. Hoje, também conheci um pouco mais do trabalho da entidade. Estou muito feliz em poder compartilhar minha experiência e aprender com vocês”, disse Fuad. Sérgio Frade lembrou a trajetória empresarial de Fuad e explicou para ele as diretrizes da União Internacional de Empresários Cristãos (Uniapac), que orientam as ações da ADCE Brasil. Seus pi- lares estratégicos são a geração de conhecimento teórico e prático sobre a responsabilidade social empresarial, sustentabilidade, e da prevalência da dignidade do ser humano na relação entre o capital e todas as partes com que se relaciona. “Assumir a responsabilidade social e empresarial tem como inspiração fundamental apoiar a construção de uma sociedade mais humana, através de economia de mercado socialmente responsável”, disse Frade, em seu discurso. Fotos Wagner Costa Euler Fuad durante a sua palestra Sérgio Frade e Euler Fuad Sérgio Frade, Sérgio Cavalieri, Lincoln Fernandes e Lúcio Sampaio 94 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Eventos Empresariais WTC – Almoço Palestra No dia 2 de setembro, o World Trade Center de Belo Horizonte reuniu seus conselheiros, associados e convidados para um almoço-palestra no Automóvel Clube de Minas Gerais. O evento contou com a palestra de Raymundo Godoy, diretor do Instituto Áquila e Ailton Santos, da HP Brasil. Na ocasião eles debateram sobre as diferentes práticas de inovação e investimento para competitividade e crescimento em momentos de crise. Adriana Perutz e Bernardo Rocha Adriana Perutz, Myrriam Magalhães e Renato Dória Antônio Cavalcanti, Cláudio Menezes e Carlos Deluca Alysson Almeida e Sérgio Ramos Bernardo Suarez, Antônio Maciel e Felipe Vidigal Carlos Frederick Gontijo Teixeira e Carlos Alberto Teixeira Oliveira Celso Chapinotte, Adriana Perutz e Eduardo Bernis Celso Chapinotte, Eduardo Magalhães, Ayres Barreto e Marcos Santana Cláudio Menezes e Carlos Deluca Eduardo Pretti e Eduardo Magalhães Guilherme Leão e Felipe Vidigal Helberth Soares e Ricardo Guimarães novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum 95 Eventos Empresariais José Ângelo, Bruno Falci e Felipe Vidigal Marcelo Dias, Alexandre Couto e Ayres Barreto Mônica Cordeiro e Sérgio Ramos Paula Donnard, Dimitry Boczar e Bernardo Rocha Raimundo Godoy, Raphael Emerick e Ainton Santos Raphael Emerick, Theodoro Procópio e Rodrigo Sarubi Rodrigo Sarubi e Raphael Emerick Sherban Cretoiu e Anderson Souza Sherban Cretoiu, Wilson Brumer e Yvan Muls Presidente do TJMG é condecorado Impossibilitado de comparecer à solenidade do IX Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico, ocorrida no dia 13 de agosto, quando também se comemorou o Dia do Economista, o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes recebeu, no dia 16 de setembro, em seu gabinete, a diretoria da ASSEMG – Associação dos Economistas de Minas Gerais e MercadoComum, promotores dessa iniciativa. Na oportunidade, ele recebeu a Medalha Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes a que fez jus da referida premiação e agradeceu o reconhecimento do seu nome como um dos mais destacados da mesma. Luciano Medrado, Pedro Carlos Bittencourt Marcondes, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Cristiano Mascarenhas 96 MercadoComum - novembro/dezembro de 2015 Eventos Empresariais