XvII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial destaca as Melhores

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XvII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial destaca as Melhores
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
1
PUBLICAÇÃO NACIONAL DE ECONOMIA, FINANÇAS E NEGÓCIOS
BELO HORIZONTE - MG - ANO XXIII - EDIÇÃO 259 - novembro/dezembro DE 2015
www.mercadocomum.com
XVII Prêmio Minas – Desempenho
Empresarial destaca as
Melhores e Maiores empresas
Os vencedores do XVII Prêmio
Minas Gerais – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores
Empresas – MercadoComum –
2014/2015 foram homenageados
em solenidade no Automóvel Clube
de Minas Gerais, em Belo Horizonte, MG. A premiação, que ressalta
o papel essencial das empresas no
desenvolvimento do Estado, contou
com um Jantar de Confraternização
para 350 convidados especiais, entre
autoridades presidentes e diretores
das empresas agraciadas. As 25 empresas foram definidas por processo
técnico que analisou as informações
do estudo XIX Ranking de Empresas
Mineiras, publicado na edição 257,
da publicação MercadoComum.
PÁGINA 6
Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Rubens Menin
explica o
êxito da MRV
Eleito “Personalidade Empresarial
do Ano”, o presidente da MRV fala
sobre o sucesso da empresa, uma das
maiores do País, e sobre as expectativas do setor para o futuro de um
Brasil em crise. PÁGINA 12
Adalclever
Lopes defende
justiça social
O Presidente da Assembleia Legislativa
de Minas Gerais fala da dependência
mútua entre economia e política para
a construção de uma sociedade equilibrada, com crescimento econômico
sustentável e justiça social. PÁGINA 4
XVII Prêmio Minas Gerais – Desempenho Empresarial: Rubens Menin (MRV) recebe condecoração “Personalidade Empresarial do Ano”
Jadir Barroso - militância
e paixão pelo jornalismo
Falecido no dia 27/10, Jadir Barroso
foi diretor de Redação na MercadoComum por mais de 10 anos. Nesta edição,
a publicação faz uma homenagem ao
brilhante jornalista, que acaba de editar
o livro “Meandros do Poder”. PÁGINA 97
Uber: a quem
interessa a
proibição?
17 anos de
CBMM é
Prêmio Minas
Empresa
Destaque 2014 e 23 de MC
Dane Avanzi fala sobre o transporte
que tem provocado celeuma em
todo o mundo. Para ele, as leis que o
proíbem são uma ameaça às garantias individuais dos cidadãos.
Destaque do XVII Prêmio Minas
Gerais Desempenho Empresarial,
a CBMM - Cia. Brasileira de Mineração e Metalurgia registrou excepcional atuação em 2014 em todos os
itens avaliados. PÁGINA 26
PÁGINA 83
Discurso do economista e editor da
MercadoComum, Carlos Alberto
Teixeira de Oliveira, fala dos 23 anos
da publicação e dos 17 da premiação
ao empresariado mineiro.
PÁGINA 10
2
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Editorial
Índice
Minas Gerais empresas fortes,
apesar da crise
Especial.. ................................................................................................................. 4
XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas –
MercadoComum – 2014/2015................................................................................ 6
Informações Privilegiadas ..................................................................................... 58
RSVP..................................................................................................................... 68
Carreiras................................................................................................................ 70
Crônica.................................................................................................................. 71
Cultura.................................................................................................................. 72
Artigos .................................................................................................................. 73
Doutrina Jurídica.................................................................................................. 79
Gastronomia ........................................................................................................ 80
O negócio é cultura .............................................................................................. 81
Cartas... ................................................................................................................. 82
Turismo ................................................................................................................. 83
Seu Dinheiro ........................................................................................................ 85
Cerveja ................................................................................................................. 86
Vinho..................................................................................................................... 87
Vivemos momentos de instabilidade econômica, contudo, esta edição
de MercadoComum demonstra que
o empresariado mineiro continua
de pé. O XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e
Maiores Empresas - MercadoComum
– 2014/2015 mostra, claramente, que
as empresas mineiras estão lutando,
com todas as forças, para manter o
equilíbrio e retomar o crescimento,
garantindo a geração de renda e a empregabilidade no Estado. Ainda que
com todas as dificuldades, empresas
e dirigentes continuam desempenhando o papel essencial de fomentar e
fazer girar a economia do Estado.
Ou seja, mesmo com todos os
desestímulos por parte do governo
e com a conjuntura desfavorável, todos continuam, efetivamente, contribuindo para o desenvolvimento
de Minas Gerais. Contando com
a maior carga tributária e as taxas
de juros mais exorbitantes, além
de tantos outros elementos desanimadores, o empresariado brasileiro
continua buscando alternativas,
porque, sim, acreditamos ser o Brasil uma Nação de grandes mercados
e excepcionais potencialidades.
Não custa lembrar que o Brasil ocupava o 7º lugar no ranking
das maiores economias do mundo
(em volume de PIB de 2014) e está,
apesar de a sua economia ser a mais
fechada em todo o mundo, inserida
no processo de globalização. E, ainda que tenhamos uma dívida pública caminhando para patamares indesejáveis, déficit público próximo
dos 10%, índices de desemprego e
inflação em disparada, entre outros
agravantes, ainda podemos dizer
que continuamos no páreo.
Exemplos disso são as empresas
MRV Engenharia, entregando uma
chave de apartamento a cada três minutos, e a CBMM, “Empresa Destaque”
do XVII Prêmio Minas Desempenho
Empresarial, que obteve excepcional
desempenho em 2014, em todos os
itens possíveis de serem alcançados.
Rubens Menin Teixeira de Souza, presidente do Conselho Administrativo da
MRV, é, inclusive, homenageado, nessa
edição do Prêmio, com o título de “Personalidade Empresarial do Ano”.
No entanto, penso que uma
retomada da economia brasileira depende, e muito, do governo.
Segundo todas as análises, foi ele
quem não fez seu papel em termos
de fomento do desenvolvimento do
país. Enquanto a agricultura, indústria e serviço davam seu sangue
para atingir patamares de produtividade e competitividade, a União
falhava no planejamento estratégico, infraestrutura e política fiscal.
Entre outras coisas, o esperado ajuste fiscal é essencial para revertermos o quadro de estagnação
em que nos encontramos. Se ele
não acontecer, efetivamente, o país
estará jogando para frente uma
crise ainda maior.
A atual situação econômica do
Brasil pode ser revertida, mas se
depender apenas dos empreendedores, sem a colaboração do governo, fica impossível.
Nesta edição, apresentamos
todos os ganhadores do Prêmio
Minas Desempenho Empresarial,
dizendo a todos, inclusive, ao governo, que o empresariado mineiro
está fazendo sua parte e que esperamos a contrapartida dos ocupantes
de plantão do Poder.
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Presidente/Editor Geral
Auto e Negócios .................................................................................................... 88
Obituário ..............................................................................................................89
Eventos Empresariais ......................................................................................... 93
Luciano Medrado, Pedro Carlos Bittencourt Marcondes,
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Cristiano Mascarenhas
Expediente
PUBLICAÇÃO NACIONAL DE ECONOMIA, FINANÇAS E NEGÓCIOS
BELO HORIZONTE, novembro/dezembro DE 2015
ANO XXIII, NÚMERO 259
PUblicação Nacional de Economia,
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novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Economia e política
ALMG Divulgação
Adalclever Lopes
Deputado Estadual, presidente da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais
A conexão entre economia e política é, na sociedade moderna, o fundamento sobre o qual se ergue o modo
de existência humano. O padrão de desenvolvimento de democracias capitalistas maduras, em cuja direção o Brasil
tem caminhado nas últimas três décadas, é caracterizado pelo equilíbrio dinâmico nas relações de interdependência e complementaridade entre esses
dois campos. A eficiência dessas relações em termos da construção de uma
sociedade equilibrada é determinada,
fundamentalmente, pela capacidade
que essa dependência mútua tem em
construir cenários onde predominem,
de maneira orgânica e simultânea, o
crescimento econômico sustentável, a
estabilidade das instituições políticas e
a justiça social.
Karl Polanyi, eminente economista e historiador húngaro, argumentou
acertadamente, em sua obra clássica
“A Grande Transformação”, “que toda
economia é embebida nas relações
sociais”. Na longa trajetória histórica
de aperfeiçoamento dessas relações o
homem compreendeu que parece haver um único meio eficaz de controle
do poder: a lei. Por não transcender ao
homem, nem existir fora dele, a lei é
produto de uma ética adaptativa aceita socialmente por consenso e conveniência. A história demonstra a todo
instante que essa ética socialmente
construída pelo homem se baseia na
busca constante de seus principais valores próprios: a liberdade, a igualdade
e a eficiência.
Em regimes democráticos consolidados, o grande desafio do poder,
corporificado pelo Estado formulador
da lei e mediador das relações sociais
e econômicas, consiste em encontrar
uma combinação ótima daqueles valores, que garanta a estabilidade da democracia, a melhor eficiência produtiva e o máximo bem-estar social. Historicamente, a conciliação dos valores da
liberdade, igualdade e eficiência é uma
equação complexa cuja solução passa,
necessariamente, pelo aperfeiçoamento político-institucional que os combine em um nível superior, sem que o
incremento de um seja feito às custas
da deterioração dos outros dois. E esse
é o papel do jogo entre o Sufrágio Universal e o Mercado. De um lado a Urna,
cujo bom funcionamento depende das
instituições que regulam o voto, do
nível de educação da sociedade e do
reconhecimento estatal quanto aos limites dos recursos financeiros e físicos
à sua disposição. E na outra ponta o
Mercado, cujo funcionamento eficiente necessita de um Estado regulador
constitucionalmente limitado.
Óbvio exemplo desse jogo, o liberalismo político, originado na Revolução Inglesa de 1688, propiciou a
expansão das atividades econômicas
apoiadas sobre a construção de uma
burguesia extremamente ativa com
razoável independência do Estado.
Dessa forma, a combinação do liberalismo político, que tem nas democracias pluripartidárias sua tradução
mais refinada, com o capitalismo, sob a
regulação do Estado, constitui um sistema em evolução impulsionado pelo
sufrágio universal. Consideradas todas
as dificuldades inerentes a essa sensível
combinação, ainda assim o seu funcionamento na Escandinávia, nos Estados
Unidos e na Europa Ocidental mostrou
sua admirável capacidade adaptativa
na busca do, talvez, principal objetivo
do homem: uma sociedade civilizada
com bem-estar social.
No Brasil, experimentamos especialmente nos últimos dezoito meses
um cenário de sucessivas crises institucionais, de acirramento e radicalização
das disputas sobre quais os níveis ideais
de participação e de regulação do Estado
sobre as relações econômicas e sociais,
e de profunda desconfiança quanto às
instituições democráticas e seu funcionamento. Em sua análise da realidade
brasileira atual, o respeitado economista Delfim Netto afirmou: “no Brasil a
cobra mordeu o rabo. [...] A sociedade
brasileira está congelada num dilema:
a relação profunda entre a sua baixa
‘confiança’ no governo e o baixo nível da
atividade do setor privado. ‘Confiança’
e ‘desenvolvimento’ são, simultaneamente, causa e efeito um do outro e se
estimulam mutuamente. ‘Confiança’ e
‘desenvolvimento’ existem juntos. Não
se pode tê-los separados. O Brasil precisa de um bom e vigoroso programa –
que resulte de um entendimento entre o
governo e a sua base parlamentar – que
devolva, ao mesmo tempo, a ‘confiança’
da sociedade no governo e a expectativa de crescimento ao setor privado. Se
“Em regimes
democráticos
consolidados, o
grande desafio do
poder, (...) consiste
em encontrar uma
combinação ótima
daqueles valores,
que garanta a
estabilidade da
democracia, a
melhor eficiência
produtiva e o
máximo bem-estar
social”
continuarmos prisioneiros apenas do
necessário ‘ajuste fiscal’, nunca vamos
consegui-lo.”
A prova de como uma crise de
confiança produz impactos diretamente proporcionais na formação de
expectativas dos agentes econômicos
e, portanto, no desempenho futuro
da economia, está estampada, por
exemplo, nos resultados recentemente divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
– Fiemg – quanto à medição do Índice
de Confiança do Empresário Industrial
de Minas Gerais. Na comparação entre
o índice de confiança atual e aquele
registrado em agosto de 2014, houve uma queda de aproximadamente
nove pontos, o que demonstra que a
desconfiança do empresário está mais
intensa que aquela medida no período pré-eleitoral. Além disso, a análise
desagregada do índice revela que as
empresas de pequeno porte são as mais
pessimistas, seguidas de perto pelas
médias e grandes empresas, o que revela a generalização do pessimismo em
todo o espaço econômico.
Quando a medição da confiança
diz respeito à percepção do consumidor, no nível nacional, têm-se resultados semelhantes. Por exemplo, o Índice
de Confiança do Consumidor, medido
pela Fundação Getúlio Vargas, registrou em sua pesquisa mais recente o
menor nível de confiança da série histórica pelo segundo mês consecutivo.
Portanto, as conjunturas política
e econômica atuais exigem, de todos
os brasileiros, espírito republicano, responsabilidade institucional e ativismo
empreendedor na construção de uma
agenda positiva para o País, que aglutine
em torno de si as forças mobilizadoras
do campo político, do setor produtivo e
das organizações sociais, independente
de clivagens ideológicas, e que represente um ponto de inflexão em direção
à retomada do crescimento econômico
sustentável com justiça social.
Para que uma tal agenda positiva
ganhe substância real, como para produzir os impactos desejados, é condição
essencial e necessária que se encare as
dificuldades e se lhes dê visibilidade.
Essa condição é a preliminar para que
a sociedade recupere a confiança em si
mesma e no seu governo, aliás legitimamente eleito. O tempo é de reconhecer
que há problemas conjunturais e estruturais de relativa gravidade, que ambos
são superáveis, mas cuja superação exigirá tempo e necessitará uma cooperação mais próxima entre os Três Poderes
– Executivo, Legislativo e Judiciário – e
a consequente reconquista da confiança
que deve existir entre eles e a sociedade.
A recente divulgação dos resultados das Contas Nacionais Trimestrais
mostra que o último quinquênio pro-
vavelmente se encerrará com um crescimento acumulado do Produto Interno
Bruto – PIB – de 6%, o que significaria
um crescimento médio de 1,2% ao ano.
Ainda que estes últimos cinco anos tenham representado um período delicado do ponto de vista da economia mundial, o resto do mundo acumulará um
crescimento acumulado médio de 19%
nesse mesmo quinquênio. De acordo
com a teoria econômica, a variação da
renda per capita é igual ao crescimento
econômico menos o crescimento da população. Assim, se considerarmos que o
crescimento demográfico brasileiro no
período foi de 0,9% ao ano, aproximadamente, então o crescimento de nossa renda per capita terá sido de apenas
0,3% ao ano.
No cumprimento da condição
preliminar de que se dê visibilidade no
enfrentamento das dificuldades econômicas produzidas, o Governo Federal
sinalizou claramente que atuará com
firmeza na correção do desajuste fiscal
estrutural do País, de forma a fazer retornar o orçamento fiscal e a relação dívida bruta/PIB ao equilíbrio dinâmico
em níveis próximos daqueles verificados há três anos. Do ponto de vista da
indução à retomada da confiança por
parte dos empresários, os ajustes em
curso na política econômica implantada a partir do início do ano sinalizam a
necessária correção de algumas outras
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Especial
Willian Dias/ALMG Divulgação
distorções estruturais. Por exemplo, é
preciso reconhecer que a política de valorização cambial adotada nas últimas
duas décadas transferiu a demanda da
produção industrial nacional para a indústria estrangeira, o que produziu um
contexto de desindustrialização no País
e a expansão crônica de déficits da conta corrente nacional. Ou, segundo afirmou Mário Henrique Simonsen, outro
notável economista, “a inflação aleija,
mas o câmbio mata”. Por essa razão,
parece ser uma atitude deliberada da
atual política econômica permitir uma
trajetória de desvalorização cambial
de nossa moeda em relação ao dólar
em direção a um preço real de equilíbrio, que, simultaneamente, torne
superavitária nossa balança de contas
correntes, produza superávits em nossa balança comercial, estimule nossas
exportações e contribua para reverter a
tendência nefasta da desindustrialização prematura da economia nacional,
ainda que a importação seja também
um fator de produção essencial para
o aumento de nossa produtividade e a
eficiente integração nas cadeias produtivas mundiais.
Assim, o esforço em direção ao
equilíbrio fiscal do País necessita ser
complementado com reformas estruturais que reduzam os atritos ao desenvolvimento e aumentem a produtividade e a competitividade da economia.
Essas reformas abarcam os campos do
regime de concessões dos investimentos de infraestrutura, da revisão tributária e do mercado de trabalho. Nesse
sentido, os atuais entendimentos entre
os Poderes Executivo e Legislativo dão
mostras da forte possibilidade de convergência em torno da unificação do
nosso imposto incidente sobre valor
agregado – o ICMS. Além disso, no
diapasão dos esforços para a redução
dos atritos ao desenvolvimento e para
o aumento da produtividade, entendimentos entre os principais sindicatos
de trabalhadores e o Congresso Nacional podem levar a reformas no mercado de trabalho, por meio da instituição
de livre negociação entre empresários e
trabalhadores, sob a vigilância dos sindicatos. Parafraseando Delfim Netto,
“produtividade é o nome do jogo!”.
Ainda sobre o tema da produtividade, e o desafio que ele representa
para o País, o Relatório de Competitividade Global 2014/2015, publicado pelo
Fórum Econômico Mundial, analisa o
nível de competitividade de 144 países.
Quando se desagregam os resultados,
deparamo-nos com a magnitude do
desafio a enfrentar: com relação ao
setor privado o Brasil é o 36º melhor
classificado; com relação ao setor público o País tem a 136ª posição. Essa
avaliação constrangedora demonstra,
por si, a necessidade de reestruturação
da governança federal na direção do
equilíbrio fiscal, com a escolha de quais
os programas devem ser priorizados
no orçamento em elaboração (levando-se em conta seus impactos potenciais e seu nível de eficiência) e do incremento da produtividade do Estado,
por meio da otimização da burocracia
estatal no uso de recursos humanos e
físicos. Por outro lado, uma política
econômica responsável, sem deixar de
ser ousada, é a responsável por acender
no setor privado a confiança no “espíri-
to animal” do empresário para investir
assumindo riscos, em relação ao qual o
célebre economista John Keynes atribuía importância fundamental para o
crescimento dinâmico e sustentável de
uma economia.
Daí a fundamental necessidade de
se reestabelecer uma cooperação construtiva e harmônica entre os Poderes
Executivo e Legislativo, que propicie o
aumento do investimento em infraestrutura do pelo governo, estimule o investimento do setor privado e, simultaneamente, esteja atento ao reequilíbrio
fiscal. Deslocando a abordagem analítica para o escrutínio da realidade política e econômica do estado de Minas
Gerais, afirmamos existir um arranjo
cooperativo entre esses dois poderes,
corporificado por um quadro de diálogo e aproximação percebido entre
a Assembleia Legislativa e o Governo
Estadual para a construção de uma
agenda positiva para Minas Gerais.
Consideradas as limitações constitucionais a que se submetem as unidades
federadas, em termos de formulação
de políticas econômicas, nesses oito
meses de relacionamento construtivo
entre os dois poderes, surgem alguns
resultados produzidos conjuntamente
cujos impactos na realidade econômica e social reforçarão a confiança de
que políticas eficientemente formuladas e executadas podem induzir a
formação de expectativas positivas dos
agentes econômicos.
No campo tributário, o Poder
Legislativo tem feito um firme chamamento ao debate com o Governo sobre
a necessária resolução quanto à padronização dos tratamentos tributários
diferenciados por esta proposta. Tal
resolução trará, acredita-se, segurança
jurídica e de planejamento de negócios ao setor privado, de maneira que
se fortaleça a confiança do empresário
em seguir expandindo o investimento
em atividades produtivas no território
mineiro. Igualmente, o Legislativo tem
trazido recorrentemente à arena de debate sua preocupação com os efeitos
predatórios decorrentes do contexto de
guerra fiscal entre os estados da federação. Com vistas ao reforço das medidas
protetivas ao investimento produtivo, à
renda e ao emprego, tem sido diligente
no cumprimento do comando consti-
“Assim, o esforço
em direção ao
equilíbrio fiscal
do País
necessita ser
complementado
com reformas
estruturais
que reduzam
os atritos ao
desenvolvimento
e aumentem a
produtividade
e a competitividade
da economia”
tucional estadual que determina que é
sua competência analisar e decidir sobre a ratificação da concessão de regimes especiais de tributação propostos
pelo Poder Executivo.
No campo do desenvolvimento regional e das políticas públicas, o Legislativo tem realizado um amplo estudo
técnico de avaliação de impacto da lei
que dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do ICMS pertencente aos
Municípios – a Lei do ICMS Solidário.
Tal estudo fundamentará a formulação
de proposta de alteração da Lei que o
Governo submeterá ao crivo do parlamento mineiro, e cujos objetivos fundamentais dirão respeito à otimização
da distribuição regional dos recursos financeiros do ICMS e ao aperfeiçoamento das políticas públicas incentivadas
pela lei. Além disso, citando o notável
economista e formulador de políticas
de desenvolvimento regional, Celso
Furtado, segundo o qual “política é fantasia organizada”, Legislativo e Executivo tem trabalhado conjuntamente na
realização de fóruns regionais relativos
à nova territorialização do Estado proposta pelo Governo Estadual – os Territórios de Desenvolvimento. O objetivo
é incrementar a eficiência e o potencial
de execução de políticas públicas, entre
elas a de desenvolvimento econômico
regional, espraiando seu alcance sob
uma ótica espacial inovadora e mais
abrangente, por meio do planejamento
baseado no diálogo com a população e
os atores locais.
No tocante à temática da diversificação produtiva e do aumento da
produtividade da economia com viés
de sustentabilidade ambiental, a Lei
nº 21.713 recentemente sancionada
pelo Governador, e de autoria parlamentar, fomentará o desenvolvimento
da produção e da comercialização de
energia fotovoltaica no Estado, diversificando a matriz energética mineira
com uma fonte de energia econômica
e ambientalmente sustentável e promovendo o adensamento da cadeia
produtiva de energia no território mineiro. Aliás, essa lei é exemplo clássico
de como a integração interinstitucional
e federativa pode resultar em eficiência
para a sociedade. Ela é resultado de
entendimentos entre o Legislativo, o
Executivo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – o
BNDES –, de forma que, por meio de
iniciativa parlamentar, alterou-se incentivo tributário concedido ao setor
produtivo de energia solar fotovoltaica
para garantir viabilidade econômica
aos projetos de implantação dessa matriz energética em território mineiro,
adequando-os aos modelos de financiamento oferecidos pelo BNDES, em
consonância com as regras dos leilões
de aquisição de energia fotovoltaica
realizados pela Agência Nacional de
Energia Elétrica – a Aneel.
No domínio da gestão pública, o
Legislativo agiu proativamente na análise e aperfeiçoamento de projeto de
lei de autoria do Governador, já convertido na Lei nº 21.735, de 2015, que
dispõe sobre a constituição de crédito
estadual não tributário, fixa critérios
para sua atualização, regula seu parcelamento, institui remissão e anistia.
Basicamente, a lei introduz fator de eficiência na gestão pública ao uniformizar a formação do crédito estadual não
tributário como, por exemplo, as multas de qualquer origem ou natureza, os
créditos decorrentes da utilização do
patrimônio, os créditos decorrentes de
sub-rogação de hipoteca, fiança, aval
ou outra garantia de contratos em geral
ou de outras obrigações, entre outros.
Além disso, busca introduzir eficiência na gestão ambiental ao agilizar a
promoção do licenciamento e da fiscalização ambiental de atividades e empreendimentos poluidores e conceder
perdão de multas ambientais de pequeno valor. Ainda, abre a possibilidade de
equacionar, por meio de transação, as
obrigações e penalidades previstas em
Termos de Ajustamento de Conduta
– TAC – e Termos de Compromisso –
TC – que não estejam de acordo com
os princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.
No campo do incentivo à eficiência e produtividade da economia, o
parlamento mineiro tem trabalhado
na análise e aprimoramento de efeitos
de projeto de lei, também de autoria
do Governador do Estado, que dispõe
sobre o parcelamento de créditos estaduais, tributários e não tributários,
dos quais sejam devedoras empresas
em processo judicial. Em síntese, a
proposição visa preservar a empresa
e sua função social ao possibilitar o
parcelamento de créditos tributários
e não tributários dos quais o Estado
seja titular em condições favoráveis
ao devedor que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação
judicial, nos termos de lei federal que
regula a matéria.
No domínio do planejamento
orçamentário, o Legislativo detém a
competência constitucional de avaliar
e decidir sobre a proposta de orçamento elaborada pelo Executivo, tanto sob
a perspectiva de longo prazo quanto
pela ótica do planejamento e execução
anuais. Nesse sentido, tem a atribuição
de monitorar e fiscalizar a execução de
metas físicas e financeiras, participando
ativamente do acompanhamento do
ciclo orçamentário estadual. O que significa por exemplo, para o caso da dotação orçamentária acumulada nos oito
meses de 2015, monitorar a execução
de cerca de R$320 milhões de créditos
autorizados para ações ligadas ao incentivo do desenvolvimento econômico.
Ainda, o Poder Legislativo está
atento às demandas e posicionamentos
dos agentes econômicos, explicitadas,
por exemplo, por meio da Agenda Legislativa formulada pela Fiemg para o
ano de 2015, na qual figuram as proposições de lei em tramitação no parlamento com conteúdo econômico em
campos tão diversos, como política tributária e fiscal, inovação, meio ambiente e cultura a serviço da produtividade.
Portanto, nos termos da proposição de uma agenda positiva em
prol do desenvolvimento, que seja
permeada pelo regime de cooperação harmônica entre agentes públicos
e privados, é primordial a sugestão
recentemente lançada pelo Vice-Presidente da República, Michel Temer,
ao invocar uma união política dos
esforços de todos os brasileiros sensatos, ou como diria Ulysses Guimarães,
“chegou a hora de conversar”.
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Entrega do “Oscar da
Economia de Minas”
XVII Prêmio Minas Desempenho Empresarial
– Melhores e Maiores Empresas –
MercadoComum – 2014/2015
Os vencedores do XVII Prêmio
Minas – Desempenho Empresarial
– Melhores e Maiores Empresas MercadoComum – 2014/2015 foram agraciados durante solenidade
ocorrida nos salões do Automóvel
Clube de Minas Gerais, em Belo
Horizonte – MG, no dia 27 de outubro, a qual contou com público de
350 convidados especiais. Antes da
solenidade de premiação, foi servido
um coquetel e, logo após, houve um
Jantar de Confraternização aos participantes, em grande parte, constituído por presidentes e diretores das
empresas agraciadas.
As 25 empresas agraciadas
com esta premiação foram definidas por processo eminentemente
técnico que teve, como sustentação
e fundamentação, as informações e
dados relativos ao estudo intitulado
XIX Ranking de Empresas Mineiras,
publicado na edição 257, de MercadoComum. O principal elemento
que permeia e define a escolha das
empresas premiadas deste evento é a
sua efetiva contribuição à economia
e ao desenvolvimento de Minas Gerais, o que incluiu, ademais, a con-
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Especial
sideração preponderante de fatores
determinantes como: agregação de
valor; inovação e absorção tecnológica; expansão de vendas; integração
nacional e internacional; governança corporativa; competitividade e
produtividade; geração de riqueza;
transparência; liquidez; geração de
renda e emprego; contribuição de
impostos; EBITDA; sustentabilidade; respeito ao consumidor; “compliance” e integração junto à sociedade da qual participa e integra;
Visão de Futuro.
Considerada, há muito, a Festa
do PIB Mineiro ou a Noite do Oscar da Economia de Minas Gerais, a
atual versão da premiação teve, mais
uma vez, o objetivo de homenagear
um conjunto de empresas que mais
se destacou em Minas Gerais durante os anos de 2014/2015, em função
de suas atividades econômicas, desempenho operacional e resultados
financeiros.
Uma única pessoa física participa como homenageada deste
evento: Rubens Menin Teixeira de
Souza, que receberá o título de Personalidade Empresarial do Ano de
Minas Gerais.
A escolha de todos os agraciados, a exemplo das vezes anteriores, obedeceu a critérios rigorosos
e estritamente técnicos, dispondo,
como fundamento essencial, a análise dos balanços, das demonstrações
de lucros e perdas e os relatórios
de administração divulgados pelas
empresas, com base no exercício de
2014.
O mais relevante elemento que
subsidiou, de forma substantiva, no
levantamento e inventário de todas as informações, como alicerce
principal deste estudo, conforme
já mencionado, foi o XIX Ranking
das Empresas Mineiras e os seus
principais índices e indicadores do
desempenho das empresas que está
sendo publicado nesta edição alusiva à premiação.
O Ranking das Empresas Mineiras não encontra similar em nível nacional. Vem sendo considerado uma das pesquisas mais relevantes e amplas sobre o desempenho
das empresas com sede no Estado.
Presentemente, contemplou a análise de cerca de três mil empresas
que publicaram os seus balanços ou
que os remeteram à redação de MC
até o dia 06 de julho último, para
integrar a base do referido estudo.
De outro lado, constitui-se, paralelamente, uma peça importante na
análise da evolução da economia
mineira, incluindo em suas estatísticas e comparações, os dados de
muitas empresas que não possuem
os seus números contemplados em
estudos similares em nível nacio-
nal. A equipe encarregada de sua
realização é liderada pela MinasPart - Desempenho Empresarial e
Econômico, Ltda., responsável pelo
levantamento e inventário das informações, a sua análise e conclusões, desde o início desta iniciativa,
há dezoito anos.
A escolha do agraciado da Categoria Personalidade Empresarial
do Ano de Minas Gerais é realizada
por uma Comissão Especial, composta por todos os agraciados anteriores com o mesmo título; pelos
membros do Conselho Editorial e
Consultivo de MercadoComum;
pelos presidentes das principais
entidades de classe empresarial
do Estado e por consulta, direta e
seletiva, a leitores e assinantes da
publicação.
A Empresa Destaque do Ano
de Minas Gerais é a CBMM-Cia.
Brasileira de Mineração e Meta-
lurgia, escolhida de acordo com
vários critérios definidos em relação
ao desempenho empresarial global
das empresas participantes do XIX
Ranking de Empresas Mineiras.
As 25 empresas que compõem a
Categoria Melhores e Maiores – Empresas Excelência de Minas Gerais
tiveram as suas classificações definidas por meio do XIX Ranking de
Empresas Mineiras.
Cabe salientar que, praticamente todas as empresas compreendidas
neste estudo e premiação têm, ao
longo de sua realização, destacado este evento em seus relatórios
anuais. Realmente, este tem sido o
grande objetivo desta premiação,
que é o de valorizar as empresas e
pessoas que efetivamente contribuem para o melhor desempenho da
economia e alavancam, com sua eficiência e produtividade, o desenvolvimento sócio-econômico de Minas.
8
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais:
1998/1999
José Alencar Gomes
da Silva
Grupo Coteminas
1999//2000
Eduardo Borges de
Andrade - Grupo
Andrade Gutierrez
2000/2001
Antônio José Polanczky
Grupo Belgo-Mineira
2001/2002
Djalma Bastos de Morais
Cemig-Cia. Energética
de Minas Gerais
2002/2003
Salim Mattar
Grupo Localiza
2003/2004
Alair Martins do
Nascimento
Grupo Martins
2004/2005
Robson Braga de
Andrade
FIEMG - Grupo/Orteng
2005/2006
Roger Agnelli
Grupo Vale do Rio Doce
2006/2007
Rinaldo Campos Soares
Grupo Usiminas
2007/2008
Cledorvino Belini
Grupo Fiat
2008/2009
Modesto Carvalho de
Araujo Neto
Drogaria Araujo S.A.
2009/2010
J. Murillo Valle Mendes
Grupo Mendes Jr.
2010/2011
Wilson Nélio Brumer
Grupo Usiminas
2011/2012
Ricardo Valadares
Gontijo – Direcional
Engenharia S.A.
2012/2013
Olavo Machado Jr.
FIEMG
2013/2014
Jacques Gontijo Álvares
Itambé
2014/2015
Rubens Menin Teixeira
de Souza
MRV
Empresas destaques do ano de Minas Gerais
1998/1999
FIAT Automóveis S.A.
1999//2000
CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais
2000/2001
CEMIG - Cia. Energética
de Minas Gerais
2001/2002
CEMIG - Cia. Energética
de Minas Gerais
2002/2003
CEMIG - Cia. Energética de Minas Gerais
2003/2004
USIMINAS - Usinas
Siderúrgicas de Minas
Gerais S.A.
2004/2005
USIMINAS - Usinas
Siderúrgicas de Minas
Gerais S.A.
2005/2006
USIMINAS - Usinas
Siderúrgicas de Minas
Gerais S.A.
2007/2008
FIAT Automóveis
S.A.
2008/2009
FIAT Automóveis S.A.
2009/2010
FIAT Automóveis S.A.
2010/2011
FIAT Automóveis S.A.
2011/2012
CEMIG Distribuição
S.A.
2012/2013
FIAT Automóveis S.A.
2013/2014
FIAT Automóveis S.A.
2014/2015
CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e
Mineração
Relação dos Agraciados
Personalidade Empresarial
do Ano de Minas Gerais
Empresa do Ano
de Minas Gerais
Rubens Menin Teixeira de Souza
Presidente do Grupo MRV
Engenharia
CBMM – Cia. Brasileira de
Metalurgia e Mineração
2006/2007
FIAT Automóveis S.A.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
9
Especial
Liderança Setorial de Minas Gerais
HOLDING
COMÉRCIO
CEMIG – Cia. Energética de
Minas Gerais
Drogaria Araujo S.A.
INDÚSTRIA EXTRATIVA
MINERAL
INDÚSTRIA DE PAPEL E
CELULOSE S.A.
CBMM-Cia. Brasileira de
Metalurgia e Mineração
Cenibra – Celulose
Nipo-Brasileira S.A.
SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES
SERVIÇOS BÁSICOS DE
UTILIDADE PÚBLICA
Prosegur Brasil S.A. –
Transp. Vals. Segurança
CEMIG Distribuição S.A.
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Itambé – Indústria
Alimentícia S.A.
SERVIÇOS DE SAÚDE
UNIMED-BH – Coop.
Trabalho Médico
INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
MRV – Engenharia e
Participações S.A.
Fiat Automóveis S.A.
INDÚSTRIA METALÚRGICA/
SIDERURGIA
ArcelorMittal Brasil S.A.
INDÚSTRIA
AUTOMOBILÍSTICA
INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA
INDÚSTRIA TÊXTIL
Banco Fidis S.A
Cia. Fiação e Tecidos
Cedro e Cachoeira
SERVIÇOS GERAIS –
Locação de Veículos
TRANSPORTE DE
PASSAGEIROS
Localiza Rent a Car S.A.
Empresa Gontijo de
Transportes S.A.
Categoria Melhores e Maiores Empresas de Minas Gerais
Empresas Excelência
de Minas Gerais
Andrade Gutierrez S.A. (Grupo)
AngloGold Ashanti C.S.
Mineração S.A.
ArcelorMittal do Brasil S.A. (Grupo)
Banco Fidis S.A
CBMM-Cia. Brasileira de
Metalurgia e Mineração
Cedro Têxtil (Grupo)
Cemig – Cia. Energética
de Minas Gerais (Grupo)
Cenibra – Celulose
Nipo-Brasileira S.A.
Copasa – Cia Saneamento de Minas Gerais
Cooxupé - Coop. Reg.
Caf. Guaxupé Ltda.
Drogaria Araujo S.A.
Eletrosom S.A.
Empresa Gontijo de
Transportes S.A. (Grupo)
FCA Fiat Chrysler Autom.
Brasil Ltda. (Grupo)
Itambé Alimentos S.A./
Grupo CCPR-MG
Instituto Hermes Pardini S.A.
Localiza Rent a Car S.A. (Grupo)
MRV Engenharia e Part. S.A..
Pif-Paf - Rio Branco
Alimentos S.A.
Prosegur Brasil S.A.
Rima Industrial S.A.
Sicoob - Central
Crediminas
Tambasa – Tec. Arm.
Miguel Bartolomeu S.A.
Unimed-BH
Vallourec Tubos do Brasil
S.A. – (Grupo)
10
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
17 anos de premiação –
23 anos de MercadoComum
O desenvolvimento em primeiro lugar
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira*
Economista, Presidente/Editor Chefe de MercadoComum
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Sejam bem-vindos a mais esta
noite de entrega do “Oscar da Economia de Minas Gerais”.
Cumprimento e parabenizo
os agraciados deste XVII Prêmio
Minas - Desempenho Empresarial
– Melhores e Maiores - MercadoComum - 2014/2015, destacando
o nome de Rubens Menin Teixeira
de Souza, escolhido “Personalidade
Empresarial de Minas Gerais” desta
premiação.
A “Empresa Destaque” deste
XVII Prêmio Minas - Desempenho
Empresarial é a CBMM-Cia. Brasileira de Mineração e Metalurgia.
Cumprimento e parabenizo todos
os seus dirigentes aqui presentes
e, em especial, o Tadeu Carneiro –
Presidente, e o J. D. Vital, diretor de
Comunicação.
Através da metodologia utilizada - que utiliza critérios sofisticados
de comparação da eficiência empresarial, a CBMM obteve excepcional
desempenho, em todos os itens possíveis de serem alcançados.
Saúdo o empresário Modesto
Carvalho de Araujo Neto, presidente da Drogaria Araujo – Liderança
Setorial - Comércio – tradicional
vencedora deste evento, e, ele, uma
das Personalidades Empresariais
anteriores deste evento. Em seu
nome, também cumprimento todas
as Personalidades Empresariais anteriores aqui presentes.
Especiais agradecimentos dedicamos a todos os que apoiam
e patrocinam, nesta oportunidade, esta iniciativa - como a Fiat, a
FIEMG, a MRV, a Codemig, a MinasPart Desenvolvimento, o Dot
Digital Group, a Rosenberg Economia e a Eurovest, o IBEF-MG, a ASSEMG e, em especial, àqueles que
estarão veiculando as suas publicidades na edição desta premiação
de MercadoComum. Lembro que
as publicidades são a única fonte
de recursos da nossa publicação e
MercadoComum estará circulando,
no início de novembro, com uma
edição-síntese, com os principais
indicadores das empresas mineiras
e os destaques deste evento.
MercadoComum – Publicação
Nacional de Economia, Finanças e
Negócios está iniciando o seu 23º
ano de circulação. Como uma das
três mais antigas publicações brasi-
“O maior objetivo
dessa iniciativa da
noite de hoje é o de
valorizar a iniciativa
privada e os
empreendedores
de nosso Estado,
além de promover
o reconhecimento
daqueles
que estejam
diretamente
envolvidos no
grande esforço
que se constitui a
construção de uma
Minas e de um
Brasil, melhores e
mais justos, para
os mineiros e os
brasileiros”
leiras especializadas em economia
com alcance nacional, MC conta
com um público eminentemente
formador de opinião e, atualmente,
dispõe de um site na internet com
mais de 50 mil acessos mensais dedicados, em grande parte, à leitura
de suas edições regulares.
O maior objetivo dessa iniciativa da noite de hoje é o de valorizar a iniciativa privada e os
empreendedores de nosso Estado,
além de promover o reconhecimento daqueles que estejam diretamente envolvidos no grande esforço que se constitui a construção de
uma Minas e de um Brasil melhores
e mais justos para os mineiros e os
brasileiros.
É, exatamente na concepção
de uma Minas síntese do Brasil e
no valor de sua gente, da sua sociedade, da sua economia, das suas
empresas e empresários que, há dezessete anos, surgiu a decisão inédita de se render uma homenagem
a todos os que participam da consolidação do desenvolvimento e se
envolvem no engrandecimento da
nossa economia.
Por isso, não vejo nenhuma
redundância em afirmar que, neste
momento, aqui nos encontramos
reunidos para festejar a entrega
do “Oscar da Economia Mineira” àquelas empresas que mais se
destacaram, em diferentes setores
e atividades, com desempenhos
significativos e resultados positivos. Neste ano, são 25 as empresas
premiadas em uma única categoria intitulada “Melhores e Maiores
– Empresas Excelência de Minas”.
Entre elas, várias são, simultaneamente, lideranças setoriais. Uma
única pessoa física é premiada, com
a titulação de “Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais”.
Esta premiação encontra-se
centrada e embasada em parâmetros eminentemente técnicos, além
de focar-se, fundamentalmente, no
estudo e análise criteriosa de mais
de 3.000 balanços, demonstrações
de lucros e perdas, em relatórios de
administração e nas mais variadas
informações divulgadas pelas instituições e empresas, no dia-a-dia,
junto à sociedade e à imprensa em
geral. Na premiação deste ano, também foram levados em consideração
outros quesitos, como governança
corporativa, sustentabilidade, respeito ao consumidor, interação com
a sociedade e a comunidade, inovação tecnológica, ambiente de trabalho, transparência etc.
Cabe destacar, no entanto, que
o elemento mais importante desse
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
11
Especial
estudo é o Ranking das Empresas
Mineiras que, há dezenove anos
consecutivos, vem sendo publicado
anualmente, de forma inédita e pioneira, nas edições de MercadoComum. O Ranking das Empresas Mineiras, sem similar em nível regional, já se constitui numa das peças
mais importantes para a compreensão da nossa realidade econômica
e da evolução, principalmente, das
atividades empresariais de nosso
Estado.
Há vários anos, durante esta
solenidade, sempre venho destacando que o Brasil havia desaprendido a maneira de crescer de forma
vigorosa e contínua. Entendo que,
agora, a situação ficou ainda pior.
Além de não crescer, o país experimenta um de seus ciclos mais
intensos de retração econômica,
com expressivo declínio em sua
atividade produtiva. Essa doença
tem nome: chama-se síndrome do
raquitismo econômico. E país que
não cresce é país de futuro incerto,
restrito e condenado.
Poderia passar boa parte da
noite de noite simplesmente discorrendo sobre o enorme grau de
dificuldades pelo qual passa a economia e a nação brasileira nos dias
atuais: queda do PIB, neste ano, em
torno de 3% e, em 2016, com perspectivas de declínio de 2%; inflação
e desemprego rondando os 10%;
déficit público atingindo 9% do
PIB; endividamento público beirando 70% do PIB; juros reais, campeões mundiais, absurdamente elevados e cujo pagamento já atingiu
quase R$ 500 bilhões nestes últimos
doze meses – cabendo destacar que
a despesa da dívida passou a constituir-se o item mais expressivo entre
todos os dispêndios públicos, superando os 8% do PIB; infraestrutura
em completa decomposição; câmbio iniciando namoro do real com
o dólar norte-americano cotado a
R$ 5,00 etc.
Enfim, trata-se de um coquetel de nefastos ingredientes que,
somado à perda de credibilidade e
de confiança na gestão pública, da
insegurança jurídica às incertezas
políticas, esta situação pode sugerir que estamos sendo projetados a
cenários absurdamente críticos e de
grande desesperança.
No entanto, prefiro aproveitar
esta oportunidade do nosso encontro de hoje para provocar uma
discussão em torno do Brasil que,
mesmo sob as mais adversas circunstâncias, ainda assim dá certo,
gera trabalho e onde se constrói
outras dimensões positivas e bemsucedidas.
É exatamente no exemplo e na
atividade da nossa Personalidade
Empresarial do Ano, o engenheiro
Rubens Menin Teixeira de Souza,
que devemos nos inspirar como
uma resposta a estes momentos pelos quais hoje trafega a economia
nacional.
É preciso que o Brasil volte a
afirmar-se na busca do desenvolvimento e pela construção do futuro
melhor que merecemos. Para isso,
será absolutamente indispensá-
Há vários anos,
durante esta
solenidade,
sempre venho
destacando que
o Brasil havia
desaprendido
a maneira
de crescer de
forma vigorosa
e contínua.
Entendo que,
agora, a
situação ficou
ainda pior.
vel fazer o dever de casa que antes
negligenciamos e que ainda relutamos empreender. O caminho a
seguir passa por urgentes reformas
estruturais e institucionais, com
uma ampla revisão da Constituição
Federal e reformatação do sistema
político nacional.
Não se trata mais de se discutir se devemos seguir a trilha mais
à esquerda, à direita ou ao centro.
A discussão destas questões está
esgotada e ultrapassada. É preciso
avançar, seguir em frente, onde o
crescimento econômico seja a determinante, a palavra chave e de
ordem.
Nós, brasileiros, não temos o
direito de ser pessimistas nem podemos compartilhar o pessimismo
que hoje permeia boa parte das
análises sobre a nossa economia e
suas perspectivas. Tem sido característica marcante do Brasil superar
as suas dificuldades e o país sempre ofereceu respostas e soluções
rápidas, por maiores que tenham
sido os seus problemas. São várias
as lições nesse sentido. Portanto,
entendo que os entraves atuais não
podem ser vistos como duradouros
ou definitivos.
Nesse sentido, mais uma vez
gostaria, ainda, de acrescentar aqui,
algumas frases do saudoso presidente JK:
“O otimista pode até errar. Mas
o pessimista já começa errando”.
-“Não sou pessimista, não só
porque não está na minha feição
sê-lo, mas também porque, na realidade, é imperdoável falta de realismo desdenhar as possibilidades
que o Brasil oferece. Por maiores
que sejam os obstáculos e dificuldades a enfrentar, por mais ásperos
que sejam os caminhos que estamos percorrendo neste momento,
não devemos esquecer o valor patrimonial existente em nossa terra,
com as suas riquezas ainda longe de
serem avaliadas na sua maior parte, com as suas possibilidades praticamente desconhecidas e apenas
entrevistas. Como aceitar a tese do
pessimismo, do negativismo, se não
há ainda um inventário dos bens
nacionais, se não sabemos sequer
o que possuímos para fazer face à
crise que nos aflige?”
O crescimento vigoroso da
nossa economia não pode ser uma
coisa esporádica, efêmera, episódica, ocasional ou casuística. Torna-se imprescindível que o novo
crescimento econômico brasileiro
também incorpore outras variáveis,
como aquelas de qualidade, de inovação tecnológica, de produtividade e de competitividade.
Enfim, urge ao Brasil buscar
a sua transformação em país desenvolvido e implantar um “Sistema de Metas de Crescimento Econômico Vigoroso e Contínuo”. O
crescimento econômico vigoroso e
contínuo deve se transformar, efetivamente, na principal e na maior
de todas as metas econômicas nacionais, permitindo a convolação
do País em uma economia madura
e desenvolvida. Já tivemos vários
exemplos bem-sucedidos implementados no passado, como foi o
caso do Plano de Metas durante
o governo JK. Considero ser este
o caminho certo, rumo ao futuro
promissor que pretendemos trilhar,
construir e conquistar.
Quero, nesta oportunidade,
reafirmar que aposto no desenvolvimento de Minas Gerais, na possibilidade de o Brasil conciliar-se
com o crescimento e a modernização da economia, com a justiça social e a democracia.
Nós brasileiros
não temos o
direito de ser
pessimistas
nem podemos
compartilhar do
pessimismo
que hoje
permeia
boa parte
das análises
sobre a nossa
economia e suas
perspectivas.
Minas é o Estado-Síntese do
Brasil. Daqui, porque não?, deve
ecoar, mais uma vez, neste momento em que o País está apreensivo
pelas suas dificuldades momentâneas, e, por isso, impossibilitado de
enxergar o futuro que tem em mãos
para ser construído, um grito de
esperança e fé. Mas, também, deve
ressoar um clamor pela adoção de
atitudes novas, corajosas e criativas
por parte da Sociedade e do Governo, único caminho para que o sonho se torne realidade.
Reitero nossos cumprimentos,
parabenizo o engenheiro Rubens
Menin Teixeira de Souza, a CBMM
e todas as empresa agraciadas desta
premiação, desejando-lhes muito
sucesso e que todos os senhores
continuem repetindo, com bastante êxito, essa trajetória positiva que
muito dignifica Minas e engrandece o Brasil.
*Discurso proferido durante a realização do XVII Prêmio Minas –
Desempenho Empresarial – ocorrido nos salões do Automóvel Clube
de Minas Gerais, em 27 de outubro
de 2015.
12
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Uma chave a
cada três minutos
Um dos fundadores do Grupo
MRV, em 1979, ao lado dos sócios Mário Lúcio Pinheiro Menin e Vega Engenharia Ltda, Rubens Menin Teixeira
de Souza é muito mais do que o R na
mais conhecida construtora de imóveis
populares do país. Depois de décadas
comandando diretamente o grupo, Rubens Menin atualmente é o presidente
do Conselho Administrativo da maior
incorporadora e construtora brasileira
no segmento de Empreendimentos
Residenciais Populares, com mais de
36 anos de atuação, presente em 132
cidades, em 19 estados brasileiros e no
Distrito Federal.
Próximo de terminar a quarta
década no comando da MRV, o empresário recebeu a reportagem de
MercadoComum, dias antes de ser o
principal homenageado do XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas
– MercadoComum – 2014/2015.
Nesta entrevista descontraída, ele
revela alguns segredos do sucesso da
empresa, alerta sobre a gravidade da
crise econômica, mas aposta em um
futuro sustentável para o grupo e o
próprio mercado de construção civil
brasileiro. “Nossa demanda é de 35
milhões de moradias para os próximos anos e temos mais de 100 milhões de brasileiros com capacidade
de compra”, destaca, otimista.
Levando em conta sua experiência
profissional quase que inteiramente dedicada à MRV, poderia falar
das conquistas e principais feitos ao
longo desse tempo?
Estou com 59 anos de idade e
comecei a trabalhar com 18. Então,
já estou com quase 42 anos de profissão. Fiz Engenharia na Federal (Universidade Federal de Minas Gerais) e
comecei a fazer estágio no primeiro
ano, aos 18 anos. Minha família é de
engenheiros, minha mãe era engenheira, então sempre gostei muito da
profissão, é uma coisa que me dá prazer. E, hoje, somos muito absorvidos
pela burocracia, pela parte institucional da empresa e ficamos um pouco
mais longe do dia a dia da produção.
Não estou mais na presidência da
empresa, mas na administração, um
pouco mais longe. Apesar de ainda
ir ao canteiro de obras, tenho saudade daquele dia a dia chamado “pé
no barro”. Me dá prazer ver as obras,
principalmente as atuais, que são
No Brasil, o
popular é classe
média-baixa,
média e médiaalta. Praticamente,
somos a única
empresa que faz
isso há tanto tempo
no país. A MRV fez
36 anos, é muito
tempo trabalhando
somente com esse
tipo de imóvel.
Hoje, sabemos
que muitos gostam
de falar que um
em cada 250
brasileiros mora
num imóvel da
MRV em algumas
cidades.
Criador da MRV conta
como construiu o
império que ergueu
a moradia de um em
cada 250 brasileiros
maiores, obras grandes, com canteiros bacanas, sou muito satisfeito
com a minha profissão. Eu acho que
acertei. A gente nunca sabe o que vai
fazer na profissão.
Sobre a longevidade da MRV e o fato
de a empresa estar tão destacada em
relação às concorrentes. Fale sobre
os diferenciais que a tornam líder no
mercado e sobre os resultados positivos registrados no último semestre.
Nós sempre trabalhamos com
imóveis populares. No Brasil, o popular é classe média-baixa, média e
média-alta. Praticamente, somos a
única empresa que faz isso há tanto
tempo no país. A MRV fez 36 anos,
é muito tempo trabalhando somente
com esse tipo de imóvel. Hoje, sabemos que muitos gostam de falar que
um em cada 250 brasileiros mora
num imóvel da MRV em algumas
cidades. No fim do ano que vem, um
em cada 200 brasileiros estará morando num imóvel MRV. Em Belo
Horizonte, um em cada 26 pessoas já
mora. Em Uberaba, um em cada 20;
em Ribeirão Preto, um em cada 20. E
isso é muito gratificante, pois quando começamos a trabalhar no setor, a
construção popular era quase um patinho feio, praticamente não existia.
Pensando em Belo Horizonte, por
exemplo, nunca faltou mercadoria
para essa população, falta para classe
média- baixa e para a média-média.
E o que me dá muita tranquilidade é
o seguinte: o Brasil tem uma demanda, nos próximos 25 anos, de 35 milhões de moradias. O que acontece é
que o público não é só de famílias.
As pessoas passam a ser clientes potenciais a partir dos 25 anos de idade,
solteiro, casado, ou com namorado,
ou viúvo, é um público vasto. Então,
temos que construir quase um milhão e meio de moradias por ano.
Hoje, estamos aproximadamente
com 500 mil, falando de construções
no Brasil de forma organizada, sem
citar as moradias não organizadas,
que são as moradias feitas em áreas
de risco, sem aprovação e de baixa
qualidade. Então, existe uma demanda muito grande, futura, o que torna
nosso mercado muito sustentável.
Não somos como uma fábrica de carros, que você pode fazer uma casa na
China e exportar para o Brasil. Nós
vamos ter que construir 35 milhões
de moradias, isso é um negócio ma-
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
13
Especial
luco em termos de geração de emprego e economia. A construção civil
é um pré-sal, ainda que ele não tenha
sido como gostaríamos, em termo de
importância econômica brasileira,
porque vai ser feita por brasileiros e
para brasileiros. São casas feitas aqui,
nada vai ser exportado. Então é um
ganho. Do Brasil e no Brasil. Nos
Estados Unidos tem isso também.
A Europa já não tem, mesmo com
a questão dos imigrantes, não tem
demanda. Você tem alguns países
da Ásia que também têm demanda,
como China, Índia, mas de forma
mais desorganizada. Então, um dos
maiores mercados de construção
residencial é o Brasil. E, importante, tem renda. Veja o caso da África,
por exemplo, que tem um grande
mercado, mas como não tem renda,
então não tem mercado. O mercado
é um somatório de crédito, renda e
demografia. O Brasil é pequeno em
relação ao PIB, tem uma renda, nós
temos mais de 100 milhões de brasileiros com capacidade de compra. E
temos a demografia. Se voltarmos no
tempo, lá em 1974, quando comecei
a trabalhar, percebemos que o mercado era pequeno, muito rudimentar. Hoje é muito diferente. Então,
quando eu vejo que a MRV entregou
uma chave a cada 3 minutos no ano
passado, percebo que é uma industriazinha que está fazendo muito,
e isso é muito bacana. Eu acho que
essa industriazinha tem muito tempo pela frente, e eu não estou pensando em sair desse mercado tão
cedo. Acredito que acho que quando
a gente está com disposição, vontade
e saúde, tem que estar presente nesse
mundo.
Mesmo com essa crise econômica?
A crise é séria e alguns setores
são mais suscetíveis, como a indústria
automobilística, por exemplo. Porém,
nosso setor é bastante sustentável. Na
minha opinião, não deveria haver desemprego nesse setor. Outra coisa é o
financiamento no Brasil, que ainda
existe. Você não está tendo dinheiro
hoje para dar a faixa 1, que é o que o
governo não tem, mas temos o Fundo
de Garantia. Ele, sozinho, consegue
financiar 60.000 moradias por ano,
mais a poupança, mais os outros financiamentos. Mas, de fato, o maior
adversário que temos hoje no Brasil
chama-se burocracia. Ela é o maior
adversário do setor, porque encarece
muito o imóvel e atrasa demais o projeto. Fizemos um estudo, contratamos
a FGV (Fundação Getúlio Vargas), e a
burocracia é a principal culpada, seja
no cartório ou na aprovação de um
projeto. Para se der uma ideia, a burocracia excedente custa 12% do custo do
imóvel, e isso é um absurdo. Fora que
o projeto, no Brasil, demora, às vezes,
cinco anos para ser aprovado. Ou seja,
você compra um terreno e, até você
ter o licenciamento final, se passarão
cinco anos. Nem sempre você precisa
do licenciamento ambiental, não é em
100% dos casos, mas só essa licença
pode demorar mais de dois anos para
ser emitida. É necessário que exista um
licenciamento, eu creio que sim, mas
não pode ser tão demorado, existe um
compromisso com o tempo, e o tempo
é dinheiro. Ou seja, a burocracia para
as empresas de construção civil do Brasil encarece a obra para os consumidores, tanto quanto o cimento. Aliás, para
falar a verdade, a burocracia custa o
mesmo que o cimento da construção.
Sobre as transformações do mercado, como a empresa se posiciona
hoje em relação às questões de infraestrutura dos prédios, que hoje
devem ser mais sustentáveis? Existe
algum projeto nesse sentido?
Esse é um processo que demorou muito a evoluir, mas está se desenvolvendo muito rapidamente.
Uma das coisas mais interessantes
que está acontecendo no mundo é a
questão da energia sustentável – eólica, solar e outras mais. Eu acho que,
em um prazo muito curto, a construção vai ter uma eficiência de energia
fantástica. Outro problema que acontece, falando de sustentabilidade, é
o consumo de água. Nós estamos
“A crise é séria e
alguns setores
são mais
suscetíveis, como
a indústria
automobilística,
por exemplo.
Porém,
nosso setor
é bastante
sustentável. Na
minha opinião,
não deveria haver
desemprego
nesse setor”
investindo pesado nisso, apesar de
tudo. Toda a eficiência de consumo,
do reaproveitamento. A sustentabilidade é um negócio muito amplo. Se
você entrar numa obra nossa hoje,
toda canalizada, o desperdício é menos de 1%. Não existe desperdício.
Mas todas as construtoras têm esse
nível de eficiência?
É lógico que não. Você trabalha em escalas, a coisa é um pouco
diferente. Tem obras muito mais
industrializadas que outras. Nós temos obras com dois mil, três mil
apartamentos, isso é uma indústria,
não é? Se tivéssemos um desperdício desse tamanho, já teríamos quebrado há muito tempo. Não existe
espaço para desperdício. Vou te dar
um dado concreto. Nós temos um
índice, chamado índice IP, Índice de
Produtividade. De acordo com o IP,
a gente gastava 12 homens para fazer
apartamento\mês em 2007, ou seja,
eu precisava de 12 funcionários no
canteiro para fazer cada apartamento, e se eu tivesse 120 funcionários,
eram 10 apartamentos. Hoje, estamos fazendo com seis funcionários,
que é metade. E vamos baixar esse
número. Lembrando que, se há produtividade, evidentemente, existe
muito mais automação nos canteiros,
muito mais estruturação, muito mais
equipamentos. Ou seja, mudou muito, se compararmos 1974 com hoje.
E o tempo de execução caiu também, na mesma proporção?
Caiu muito. Você ganha muito
em tempo. Construímos, hoje, conjuntos de dois mil apartamentos em
18, 20 meses, ou até menos, como
fizemos em Guarulhos, São Paulo.
Antigamente, você fazia 200 apartamentos em 18 meses, 24 meses, então
você vê a diferença.
Sabemos que a inovação é através
da produtividade, mas a concorrência, o próprio mercado, a questão
econômica, as margens. Esse conjunto é tão bom como já foram no
passado?
Não. Reunindo todos os dados,
percebemos que estamos num momento dos mais baixos em termos de
margens do setor. Está muito ruim, a
margem culminada do setor no ano
passado foi de 3%, essa margem já foi
de 11%. O setor está passando por
um desafio de melhoria e de produtividade. Em 2011, foi o ápice, em
termo de produção, de lançamento,
de margem. 2014 e 2015 foram anos
ruins, mas 2015 deve fechar ainda
pior que o ano passado, em relação
ao setor como um todo.
E nos próximos anos, o senhor tem
essa visão um pouco mais pessimista também?
Eu acho que 2015, 2016 e, talvez, 2017, serão anos muito difíceis.
Infelizmente, passei por muitas crises
na minha vida, a mais séria foi em
1982. Já a crise de 2008 foi muito
grave no mundo, no Brasil foi menos
importante. Tenho a sensação que
essa pode ser a pior crise que a gente já passou. E acho que dificilmente não será. O PIB já deve ter caído
uns 4%, vai cair uns outros 4%. Isso
é desastroso. Então, está embutido aí
o desemprego, e isso é grave, muito
grave. Talvez seja o maior desafio das
empresas.
14
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
A MRV é referência em moradia popular, e essa modalidade construtiva requer um baixo custo. E isso já
foi visto como motivo de questionamento sobre a qualidade das moradias. Hoje, sabemos que não é mais
assim. Então, como a MRV fez para
garantir a qualidade das moradias e
priorizar o preço baixo?
Nós não construímos imóveis
de luxo. As pessoas nos taxavam de
qualidade ruim, porque comparavam
com apartamento de luxo. Eu ressalto
que existem três tipos de qualidade,
todas igualmente importantes. Primeira qualidade é a técnica, fundamental, pois é ela que garante um
concreto bem-feito, um projeto bemfeito, essa não aparece. É a qualidade que tem que ter mais atenção, e a
MRV tem muito. A segunda qualidade é a de que a parede tem que estar
certinha, tudo tem que estar perfeito,
a porta tem que estar correta, ou seja,
a qualidade da execução. E a terceira é a qualidade final. Priorizamos
sempre as três qualidades. Nós temos
280 mil clientes ativos em vários estados do Brasil. Além disso, temos que
ter uma qualidade preventiva muito
boa. Essa qualidade é tão importante
quanto o prédio ser bonito ou feio,
ser de granito ou não. Você compra
um apartamento, sua descarga tem
que funcionar, sua porta tem que
funcionar, o tubo não pode estourar,
o fio não pode queimar, então acho
que nisso nós estamos muito bem,
tem sido o auge da empresa. Ou seja,
é muito importante que você tenha
uma qualidade que você não enxerga, mas que ela funcione.
Em quantas cidades a MRV está
hoje? O que diferencia esses merca-
dos, na opinião do senhor? É muito
diferente trabalhar no Nordeste em
relação ao Sudeste?
A MRV está em 132 cidades, em
19 Estados, mais o Distrito Federal.
O produto é praticamente o mesmo,
se você entrar em um apartamento
da MRV em Recife, em Porto Alegre
e em Belo Horizonte, são similares. A
gente faz quase que em série. Compramos, por exemplo janela, para o
Brasil todo, é online, just in time; temos uma linha própria de cerâmica,
e assim vai. O projeto é igual, isso nos
facilita mais produtividade. Mas, os
mercados sempre têm as regionalidades. No Sul por exemplo, onde é mais
frio, você tem que ter uma iluminação diferente do Nordeste; no Nordeste, que é mais calor, o piso usado
é de cerâmica; no Sul, tem a opção
de carpete. A renda do Sul é muito maior que a do Nordeste, então
o mercado de consumo é diferente.
Cada região tem suas peculiaridades
e buscamos nos adaptar.
Qual Estado representa a maior fatia do mercado?
A maior fatia é São Paulo, Minas
é a segunda. São Paulo passou à frente
há muito tempo. Nós temos 42 cidades em São Paulo. Em Minas, temos
Uberaba, Uberlândia, Montes Claros,
Juiz de Fora, Vespasiano e a região
metropolitana de Belo Horizonte.
Sabemos que 40% das vendas da
empresa são pela internet. Como
foi feita essa transição, como é que
a empresa se estruturou para isso?
Hoje, está todo mundo conectado. Existem as ferramentas, whatsapp
e afins. Todo mundo tem um smartphone. Essa é a realidade. Assim, te-
mos os links, onde a pessoa clica e cai
na nossa central. Sim, cerca de 42%
das nossas vendas se iniciam assim,
por essa mediação.
Por que se afastou da presidência
executiva para a presidência do
conselho?
Eu fui obrigado. A gente está no
novo mercado, e no novo mercado
você não pode acumular os dois cargos por muito tempo. Sempre soube
que teria que fazer essa transição que
aconteceu em 2014. Esse processo
começou em 2011, preparando o
Rafael e o Eduardo, filho e sobrinho,
para a presidência. Aqui, nós somos
o conselho de administração da empresa e agora você tem dois tipos de
presidentes do conselho, o executivo,
que é o meu caso, que é full time, e o
tradicional.
Você acha que esse momento do mercado de capitais, de grande perda de
confiança, principalmente do investidor pessoa física, é passageiro?
Evidente que sim, mas vai demorar. Acho que nós estamos passando
pelo pior momento do mercado de
capitais, que é uma força para economia, o melhor dinheiro que vem é
daí. Assim como a construção, vários
setores só se viabilizaram por causa do
mercado de capitais. Só que acabou
no ano passado. O mercado de capital
é muito pequeninho ainda, tem que
crescer. Acho que é uma das grandes
ferramentas para o crescimento da
economia. Se você analisa os Estados
Unidos, por exemplo. OS EUA têm
seis mil empresas só na Bolsa de Nova
York, na Bovespa são menos de 400,
igual todas as bolsas do Brasil. E lá
ainda tem Nova York, Nasdaq...
E lá tem uma tradição da pessoa física investir na Bolsa...
Você falou uma coisa interessante, lá tem mais de 100 milhões de
acionistas, no Brasil, temos menos de
600 mil acionistas, é muito pouco.
As pessoas ainda não entendem aqui
que ação não é especulação, que é investimento. Eu acho que a evolução
do mercado de capitais no Brasil vai
ser fundamental para sustentabilidade e para o crescimento do país. Eu
sou otimista, acho que, aqui, temos
muitas chances.
Como é a opinião do senhor sobre o
atual governo?
O que eu posso falar é que os
políticos estão péssimos, esse é o
nosso cenário. E, enquanto não resolvermos esse problema, não teremos desenvolvimento econômico. E
isso me preocupa. Acho que essa crise política está muito séria e que se a
gente não der uma organizada nisso,
a coisa não vai fluir bem.
Como está o resultado até agora na
MRV em 2015?
Apesar de tudo, o primeiro semestre foi bom pra MRV, houve crescimento, isso é importante. Então,
posso falar que 2015 será um ano
bom para empresa, a gente prevê que
sim, apesar da crise. Nós não vamos
sofrer tanto, porque nosso mercado é
muito resiliente.
A empresa teve que demitir?
Nós diminuímos nosso número
de funcionários, principalmente nos
canteiros, mas muito pela produtividade. A questão é estamos fazendo
o mesmo número de unidades com
menos gente. Então, estamos hoje,
se eu não estou enganado, com alguns canteiros com 23 mil e e poucas
pessoas, quando, no passado recente,
já tivemos 30 mil, fazendo a mesma
coisa.
Como a empresa lida com fornecedores?
Com muita parceria. Veja bem, o
nosso negócio é interessante, porque
120 fornecedores respondem por 90%
do nosso negócio no Brasil inteiro. A
gente faz contratos, por exemplo, com
fornecedor de aço, para o ano inteiro,
com uma empresa só. Isso permite
boa negociação de preços. E com cerâmica, esquadrias, portas, a mesma
coisa, sempre com uma mesma empresa. Os grandes fornecedores são
poucos, e, alguns são parceiros de
longa data. Ou seja, para um prédio
popular, você tem muito menos fornecedores, o que facilita industrializar o nosso produto.
O senhor tem um histórico de criação de novas empresas. Existe a
ideia de ampliar a área de atuação
da MRV ou não, para outros nichos?
Aqui nesse prédio (sede da
empresa no bairro Buritis, em Belo
Horizonte), temos a Urban Mais e
a LOG Comercial Properties. Essas
empresas, que são independentes da
MRV, têm uma sinergia, um DNA, e
trabalham de forma totalmente independente. A Urban Mais é nossa
empresa de loteamentos, tem a in-
teligência separada. A mesma coisa
com a Log CP, que é de condomínios
logísticos e loteamentos industriais. A
ideia é sempre otimizar. Por exemplo,
todo nosso TI é um só, mas cada empresa usa e paga a sua conta, tem um
time separado e a gente utiliza a parte
comum, para ter mais eficiência.
Qual é o seu grau de confiança do
Brasil para os próximos anos?
A longo prazo, é muito grande,
tenho certeza que nós vamos ganhar
essa guerra. Por outro lado, estou
muito preocupado a curto prazo.
Acho que o Brasil estava vindo bem,
mas deu uma derrapada, então temos
que voltar o carro para a pista. Mas, a
longo prazo, tenho certeza que seremos vencedores.
Quais as dificuldades de se ajustar
os interesses do empresariado com
os anseios da população?
A crise tem um lado bom e um
lado ruim. O lado bom disso tudo é
que, obrigatoriamente, vai ter muito
mais conversa, muito mais diálogo,
as dificuldades trazem esse momento.
Estou sentindo que agora, que as coisas estão andando mais rápido, que
estamos tendo mais sinergia, apesar de todas as dificuldades. Temos
discutido muita coisa e existe muito
mais boa vontade para as coisas acontecerem. A dinâmica está muito melhor, os ouvidos estão mais atentos.
Estivemos recentemente em Brasília
e os governantes estão muito mais
receptivos, esse é o lado bom da crise. Eu acho que as lideranças têm um
papel fundamental nessa reconstrução do Brasil. E digo que, talvez, essa
seja a grande culpa do Brasil, suas
próprias lideranças, que foram fracas,
foram ruins.
Qual mensagem o senhor deixa aos
leitores do MercadoComum?
A preocupação que temos hoje
é a seguinte: temos que ter muita
responsabilidade. Acho que já fomos muito irresponsáveis. Eu, por
exemplo, tenho nove netos, três filhos, três genros e noras, e sou muito
preocupado com isso. Gostaria muito que meus netos pudessem ter no
Brasil o mesmo grau de educação que
poderiam ter na Europa, ou nos Estados Unidos, por exemplo. Não faz
parte dos meus planos abandonar o
país, então temos que lutar para colocar esse país em ordem. E isso vai
caber às lideranças. Acredito que as
lideranças dos brasileiros, têm uma
parcela de culpa muito grande pelo
que aconteceu no passado, por todas as desventuras. Não só a política
atual, porque todas as outras também
foram ruins, e nada acontece por acaso. O grande desafio agora é colocar
esse país nos trilhos e e fazer com que
o país dos nossos netos seja fruto de
uma mobilização social. Em Miami,
por exemplo, uma cidade latina, já
que 85% das pessoas em Miami são
latinas. Cheguei lá cinco dias depois de um furacão e a cidade já se
organizava. Se fosse em São Paulo,
a cidade parava. Nós temos que ter
grandes investimentos no capital
cívico, é o grande desafio, sem esse
capital, o país não cresce.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
15
Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Agostinho Tibério Marques - AngloGold Ashanti
Alexandre Xavier - Vallourec
Anderson Clayton Reis - Rima Industrial
Geraldo Magela da Silva - Cooxupé
Gilson de Oliveira Carvalho - FCA Fiat Chrysler
Gunnar Murillo - Banco Fidis
Hélder Guimarães - CBMM
Luiz Fernando Neves - UNIMED-BH
Márcio Serrano - Cemig
Marco Antônio Branquinho Jr. - CEDRO TÊXTIL
Modesto Carvalho Araujo Neto - Drogaria Araujo
Paulo Eduardo Rocha Brant - Cenibra
Paulo Henrique Pires - Localiza S.A.
Roberto Santoro Meirelles -Hermes Pardini
Rodolfo Lucas do Couto - Andrade Gutierrez
16
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Rodrigo Alcino e Walda Lemos - Eletrosom
Rogério Rodrigues de Oliveira - Itambé
Rubens Menin Teixeira de Souza
Sérgio França - Prosegur Brasil
Valéria Maria da Silva Souza - PIF PAF
Vicente de Paulo Lopes Cançado - SICOOB CREDIMINAS
ANDRADE GUTIERREZ - Rodolfo Lucas Couto Santos
ANGLOGOLD ASHANTI - Agostinho Tibério Costa Marques
BANCO FIDIS - Gunnar Murillo
CBMM - Tadeu Carneiro
CEDRO TÊXTIL - Marco Antônio Branquinho Jr.
CEMIG - Mauro Serrano
CENIBRA - Paulo Eduardo Rocha Brant
COOXUPÉ - Geraldo Magela da Silva
DROGARIA ARAUJO - Modesto Carvalho Araujo Neto
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
ELETROSOM - Rodrigo Alcino e Walda Lemos
FCA FIAT Chrysler - Gilson de Oliveira Carvalho
GONTIJO - Calistrato Dias Filho
HERMES PARDINI - Roberto Santoro
ITAMBÉ - Rogério Rodrigo de Oliveira
LOCALIZA - Paulo Henrique Pires
MRV - Rubens Menin Teixeira de Souza
PIF-PAF - Valéria Maria da Silva Souza
PROSEGUR - Sérgio França
RIMA INDUSTRIAL - Bruno Bello Vicintim
SICOOB-CEDIMINAS - Vicente de Paulo Lopes Cançado
TAMBASA - Alberto Portugal Azevedo
UNIMED-BH - Luiz Fernando Neves Ribeiro
VALLOUREC - Alexandre Porrtugal Xavier
Banners com os nomes dos agraciados anteriores
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Alex Braga, Juscelo Lopes e Délio Malheiros
Antônio Claret Guerra e Suely Guerra
Anuar e Eliana Donato
Beatriz e Rubens Menin
Bruno Vicintin, Anderson Reis, Eduardo Caran
e Daniel Kaukal
Claudio Faria,Sérgio Frade, Luiz Gustavo Lage e
Marcus Nogueira
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Sra. e Sr. Aquiles
Leonardo Diniz
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Roberto Fagundes
Délio Malheiros e Rubens Menin Teixeira de Souza
Diplomas dos agraciados com a premiação
Discurso de Rubens Menin Teixeira de Souza
Discurso de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
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Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Fernanda Lopes, Vicente Cançado, Célia Cançado,
Dayse Fernandes e Sérgio Teixeira
Eduardo Bernis, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira,
Álvaro Resende e Alvaro Cunha
Hélio Sarfaty, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e
Edson Marinelli
Eduardo Picchini, Paulo Alcoforado e Marcus Luz
Flávio Franco, Beatriz Menin e Gil Araujo
Flávio Mascarenhas e Ricardo Paixão
Gunnar Murillo, Luciano Bello e Daniel França
Edires Cafia, Valéria Souza Claudio Faria
Humberto Alves Pereira
Início do evento de premiação
João Vitor Menin e Alexandre Riccio
Levi Lobato, Marcelo Coury e João Eduardo Góes
Reginaldo Dutra, Rogério Oliveira e Marílio Ottoni
Luiz Aníbal Fernandes e Rodrigo Paim Fernandes
Manoel Ferreira Guimarães e Carlos Carneiro Costa
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Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Manoel Pereira Bernardes
Marcelo Coury Abrão
Marcos Sant’Anna
Marcus Luz, Reinaldo Campos e Paulo Alcoforado
Marcus Nogueira, Sérgio Frade e Sebastião Luiz da Silva
Maria Coeli Porto e Arlindo Porto
Maria Eugênia e Armando Couri
Maurilio Otoni e Tarcilene Tadeu Lima
Modesto e Sílvia Araujo
Momento do Hino Brasileiro
Momento do Hino Brasileiro e de MG
Momento do Hino Nacional
Sr. e Sra. Estevão Rocha Fiuza
Paulo Navarro entrevista Tadeu Carneiro
Regiane Moreira Nascimento
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Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
Luis Márcio Viana, Teodomiro Diniz, Délio Malheiro e
Claudio Faria
Ricardo Guimarães entre João Eduardo Góes e
Manoel Ferreira Guimarães
Roberto Dantas, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e
Vicente Amorim
Roberto Nascimento e Diva Rodrigues
Rodolfo Santos, Ilma Lara, Délio Malheiros e
Kátia Lage
Rubens Menin recebendo troféu e diploma de
Personalidade Empresarial
Rúbia Angélica e Manoel Mário Souza Barros
Sérgio Soares Cavalieri
Wagner Espanha e Teodomiro Diniz
O som esteve a cargo de Antonio Balbino de Oliveira
Vínicio Tiso e seus Violinos
Serviço de Buffet da Premiação
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Especial
Fotos: Roberto Mariz/Fotografia Empresarial
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Especial
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
CBMM
Empresa brasileira do setor
privado, a CBMM, Companhia
Brasileira de Metalurgia e Mineração, foi fundada em 1955 em
Araxá, Minas Gerais, onde se localizam grandes reservas de minério de nióbio.
A empresa é o mais importante fornecedor mundial de
nióbio e da tecnologia do nióbio
e inteiramente integrada, desde a mina até produtos finais
atendendo às necessidades do
consumidor final. Além disso,
a CBMM fornece apoio técnico
especializado a cada cliente nos
mais sofisticados segmentos da
siderurgia e tecnologia em todo
o mundo.
Graças a décadas de investimentos na tecnologia do nióbio, em aplicações de nióbio e na
prestação de serviços aos clientes, a CBMM ostenta também a
posição de principal única empresa com presença em todos os
segmentos do mercado de nióbio.
A empresa faz parte do seleto
grupo de empresas contempladas
pelo XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015.
A CBMM se esforça para ir
além de suas expectativas, onde
quer que estejam esses clientes.
A Companhia tem sua matriz em
Araxá, Minas Gerais, uma subsidiária de tecnologia na Suíça,
outras três subsidiárias comerciais na Europa, Ásia e América
do Norte, bem como uma extensa
rede mundial de armazéns estrategicamente localizados.
A empresa conta com um
quadro de aproximadamente
1.800 profissionais altamente
treinados e dedicados, comprometidos em fornecerem tecnologias e produtos inovadores de
nióbio a mais de 300 clientes em
50 países, em diversas partes do
mundo.
A sede da CBMM, mina, unidades de produção e centro de
tecnologia estão localizados em
Araxá, Minas Gerais. A empresa
também mantém escritórios nas
cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Além disso, a Companhia
possui quatro subsidiárias no exterior, junto com quatro distribuidores e uma extensa rede de
armazéns de seus produtos, visando atender às necessidades de
seus clientes onde quer que eles
estejam.
A logística é fundamental
para o atendimento eficiente
aos clientes, destacando-se entre
as várias vantagens da CBMM.
Além de quatro subsidiárias, a
Companhia mantém ampla rede
de depósitos terceirizados, estrategicamente posicionados ao
redor do mundo. Os depósi-
tos mantêm estoques suficientes para pronto atendimento de
qualquer necessidade, assegurando aos clientes acesso a um fluxo
ininterrupto de produtos de nióbio de alta qualidade.
O compromisso com o meio
ambiente, os funcionários e a
comunidade - assumido desde o
início pela Companhia - consolidou a reputação da CBMM como
um empreendimento sustentável.
Além de numerosas certificações
e distinções, inclusive de ter sido
a primeira empresa de mineração
e metalurgia do mundo a receber a certificação ISO 14001, a
missão da CBMM é sustentável:
ampliar a utilização da tecnologia do nióbio, transformando um
recurso natural em soluções para
a construção de um mundo melhor.
O Grupo Moreira Salles é
acionista majoritário da CBMM
desde 1965. De 2002 a 2006, aumentou seu controle acionário
- de 55% para 100% - através de
compras sucessivas de participações mantidas pelo acionista minoritário Molycorp. Em
2011, uma participação de 15%
na Companhia foi vendida a um
consórcio japonês-sul-coreano e
outra, também de 15%, foi adquirida por um grupo de empresas
chinesas.
Um contrato assinado em
1972 entre a CBMM e a estatal
Camig (hoje, Codemig), define
meios para a maximização do uso
das reservas de nióbio de Araxá,
garantindo à Codemig uma participação de 25% no lucro líquido
ajustado de toda a operação com
o nióbio.
As atividades da CBMM estão em harmonia com os princípios de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade
social, agregando valor à cadeia
de suprimentos e a todos ligados à Companhia. Por isso, as
diretrizes básicas do seu Sistema
Integrado de Gestão são fundamentadas no respeito ao meio
ambiente, aos seus colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, órgãos governamentais e à
comunidade em que se insere.
A CBMM investe na disseminação da tecnologia do nióbio
junto aos seus clientes e usuários
finais, além da criação de novas
aplicações para o nióbio.
A Companhia busca melhoria contínua dos seus processos,
produtos e serviços por meio de
inovação, tecnologia e capacitação dos seus colaboradores. Além
disso, o programa ambiental da
CBMM é cuidadosamente planejado para estar sempre à frente
da legislação ambiental, continuamente superando as próprias
regulamentações.
CBMM é o mais importante fornecedor mundial e da tecnologia do nióbio
História
A história da CBMM está
intimamente ligada ao desenvolvimento do processamento e
aplicações do nióbio. Quando a
Companhia foi fundada nos anos
50, não havia nem mercado e
nem o know-how para produzir
o nióbio. A CBMM desenvolveu
os usos do ç e criou um mercado para o mesmo, através de um
programa de desenvolvimento da
tecnologia do nióbio e a promoção de sua eficácia, demonstrando as vantagens que fazem do
nióbio um elemento insuperável
em suas principais aplicações.
Mais recentemente, a CBMM
tem investido em processos avançados de manufatura e de gestão,
resultando em melhora no desempenho e expansão da capacidade de produção. O sucesso
da Companhia é consequência
de décadas de investimento e de
planejamento estratégico de longo prazo.
Sustentabilidade
A missão da CBMM tem,
acima de tudo, um caráter sustentável: ampliar o uso da tecnologia do nióbio, transformando
um recurso mineral em soluções
para a construção de um mundo
melhor.
Relações sólidas com os
clientes, investimentos constantes em tecnologia e crescente
agregação de valor para os acionistas, paralelamente ao compromisso com o meio ambiente,
funcionários e comunidade, que
remonta aos primeiros dias da
Companhia, consolidaram a posição da CBMM como um empreendimento sustentável.
Monitoramento da qualidade
da água
Todo ano a CBMM coleta
mais de 4.000 amostras de água
e realiza cerca de 27.000 análises para monitorar a qualidade
da água em pontos estratégicos
dentro do parque industrial da
Companhia. Vinte e cinco diferentes ensaios ambientais realizados pelo laboratório da CBMM
contam com certificação ISO/
IEC 17025.
Conservação dos recursos
hídricos
A CBMM trabalha para aumentar o índice de recirculação
de água usada nos processos de
produção. Investimentos contínuos para redução do uso de
água nova mediante o aumento
da produtividade e eficiência
do processo vêm gerando resultados: 95% da água utilizada no
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
25
Especial
processo de produção é reaproveitada atualmente e o objetivo
é atingir 98% nos próximos dois
anos.
Otimização de recursos no
manejo de resíduos
Mais de 30 tipos de resíduos
são reciclados, reaproveitados
ou reprocessados pela CBMM
ou terceiros autorizados, totalizando cerca de 50.000 toneladas
em 2014. A Companhia investe
substancialmente na recuperação de nióbio durante o processo de produção, assim como
no gerenciamento de resíduos,
visando minimizar os impactos
ambientais decorrentes do uso
de materiais. A CBMM mantém
um pátio de triagem de 6.000
metros quadrados para organizar os resíduos em categorias diversas e buscar de forma
constante fontes de materiais
renováveis e reaproveitáveis.
Além disso, mantém células de
disposição de resíduos Classe I
e Classe II, de última geração,
para o manejo de tipos específicos de resíduos.
Monitoramento da
qualidade do ar
A CBMM monitora sistematicamente a qualidade do ar em seu
complexo industrial e no centro
urbano de Araxá. Os resultados
sempre se apresentam bastante
abaixo dos limites previstos nas
normas legais. Recentes intervenções reduziram ainda mais as con-
centrações de partículas transportadas pelo ar, com resultados oito
vezes abaixo dos limites legais. A
Companhia lança mão de uma
ampla gama de meios para controlar a emissão de particulados, in-
cluindo-se filtros de manga, uma
extensa correia transportadora de
minério, monitoramento interno
de emissões de veículos a diesel e
controle de poeira nas vias internas do complexo industrial.
Resultados
A empresa fechou o ano de
2014 com Ativos de R$ 5, 961 bilhões. A Receita bruta de vendas
para o mercado externo foi de R$
4,040 bilhões, sendo R$ 207,459
milhões para o mercado interno.
A Receita líquida das vendas fechou 2014 em R$ 4,207 bilhões,
sendo o Lucro bruto do exercício
de R$ 2,707 bilhões. O lucro líquido de 2014 foi de R$ 1,565 milhão.
26
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Drogaria Araujo
Uma das empresas mais tradicionais de Minas, a Drogaria Araújo
registra números impressionantes ao
longo de sua trajetória. São 109 anos
de história, 140 lojas espalhadas por
todas as regiões de Belo Horizonte
- além de Betim, Contagem, Lagoa
Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo,
Ribeirão das Neves, Sabará, Santa
Luzia, Sete Lagoas e Vespasiano - e
cerca de 20.000 itens comercializados
pela rede.
Esses dados tornam a Araújo
sinônimo de confiança e reconhecimento por parte dos mineiros, o que
reforça ainda mais a respeitabilidade
da marca. O surpreendente histórico de sucesso da empresa também a
credencia a ser uma das 25 empresas contempladas pelo XVII Prêmio
Minas – Desempenho Empresarial
– Melhores E Maiores Empresas –
Mercado Comum – 2014/2015.
Pioneirismo
A história de sucesso é também uma história de pioneirismo e
compromisso com o cliente. São da
Araújo iniciativas como o primeiro
plantão 24 horas da cidade, primeiro
telemarketing, primeira drogaria do
país com serviço Drive Thru, primeira Drugstore.
Na área de medicamentos, a
Araujo também se destaca. O “Padrão
Araujo de Medicamentos” dá nome
novo para uma confiança antiga: de
que na Araujo sempre se encontra medicamentos com garantia de procedência, preço baixo, variedade e estoque.
Não sem razão, a empresa é líder
absoluta no coração dos mineiros;
em 2014, foi a grande vencedora da
19ª edição do prêmio Top of Mind da
revista Mercado Comum. Pela 5ª vez
consecutiva, a Drogaria Araujo foi a
mais lembrada entre todas as marcas
mineiras dessa premiação, conquistando o prêmio Top do Top, com
73,3% das opiniões. Também, pela
14ª vez, foi a marca mais lembrada
no segmento Excelência – Drogaria/
Farmácia, com 75,4%. Isso significa
que, entre 10 pessoas entrevistadas,
mais de 7 têm a Araujo como a primeira marca que lhes vem à cabeça.
História
Poucas empresas chegam aos
100 anos tão modernas, hoje uma
referência nacional no setor em que
atua. Em 1906, quando a capital
mineira tinha apenas nove anos,
Abelardo de Faria Alvim e José
Lage Martins da Costa fundaram
a Pharmácia Mineira e, três anos
depois, contrataram como balconista o jovem Modesto Carvalho de
Araujo, que, à época, tinha apenas
17 anos.
Empreendedor e dedicado, Modesto comprou a farmácia de seus
empregadores em 1913, mudando
em seguida o nome para “Drogaria
Araujo”. Sem imaginar que, mais de
100 anos depois, o nome da família
continuaria associado aos valores
que ele tanto prezava: pioneirismo,
seriedade, compromisso, ética, respeito pela vida, tradição, inovação e
atenção aos detalhes em tudo o que
faz. O nome Araujo hoje é mais do
que uma marca forte: é um patrimônio de toda a cidade.
Responsabilidade social
A preocupação com o papel social da Araujo é constante na história
da empresa desde o início. Na famosa
“gripe espanhola”, que atacou o país
entre 1914 e 1918, a Araujo teve um
desempenho marcante: o Sr. Modesto Araujo, fundador da empresa,
buscou financiamento em um banco
para importar um importante remédio da Alemanha, e o vendeu a preço
de custo para combater a epidemia. E
até hoje é assim: o compromisso da
Drogaria Araujo com os seus clientes se estende a toda comunidade.
Por isso, a empresa tem orgulho em
participar de ações que promovem
educação, lazer, saúde e preservação
do patrimônio histórico e cultural.
O Hospital da Baleia e o Instituto
HAHAHA são algumas das entidades apoiadas pela empresa. Além
disso, a Araujo ajudou o Playground
da Longevidade, que disponibiliza
aparelhos de ginástica e alongamento
desenvolvidos especificamente para
esta faixa etária na Praça JK, no Mangabeiras, e o Playground da Longevidade no Centro de Saúde Eduardo
Mauro de Araujo no Bairro Miramar,
e em 2010, outro playground na loja
da Rua Padre Pedro Pinto, 1660, no
Bairro Venda Nova. Palestras de saúde, cursos para gestantes e patrocínio
de restauração do patrimônio histó-
rico da cidade, também são parte das
iniciativas de responsabilidade da
empresa.
Resultados
A Drogaria Araujo fechou o
ano de 2014 com um total de Ativos
(Circulante, Não circulante e Permanente) de R$ 518,794 milhões. A
Receita bruta de vendas e serviços
contabilizou R$ 1,423 bilhão, ficando
a Receita líquida em R$ 1,367 bilhão.
O lucro bruto fechou 2014 em R$
466,502 milhões. Já o Lucro líquido
do exercício ficou em R$ 78,221 milhões. A quantidade de ações em circulação no final do exercício de 2014
registrou R$ 3,453 bilhões, sendo o
lucro líquido, por ação, fechando o
ano em R$ 22,65.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
27
Especial
Estamos mais um ano entre as 25 Melhores
e Maiores Empresas de Minas Gerais, uma conquista
tão importante quanto ser escolhida, todos os dias,
pelos nossos clientes. São eles que fazem da Araujo a
maior rede varejista de Minas Gerais, a primeira rede
de drogarias do Brasil em faturamento por loja e a
quarta maior rede de faturamento total.
Fonte: Abrafarma relatório anual 2015.
28
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Banco Fidis S.A.
O Banco Fidis S/A, pertencente
ao FCA Group, é uma instituição global de serviços financeiros que opera
nas áreas de Arrendamento Mercantil e de Crédito, Financiamento e Investimento.
Constituído como banco múltiplo (carteiras de crédito, financiamentos e investimentos, investimentos e arrendamento mercantil), tem
como último acionista de referência
a Fiat S.p.A., da Itália, e, como missão, suprir as necessidades financeiras das redes de concessionárias Fiat
e Chrysler, notadamente por meio
do financiamento dos estoques e de
linhas para capital de giro. O banco é
uma das 25 empresas agraciadas pelo
XVII Prêmio Minas – Desempenho
Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – MercadoComum
– 2014/2015, sendo a efetiva contribuição à economia e ao desenvolvimento de Minas Gerias o principal
elemento avaliado.
Além do financiamento às concessionárias, o Banco Fidis oferece,
por meio de sua Unidade de Negócio
Chrysler Group Financial Services,
linhas de crédito destinadas à aquisição dos produtos fabricados pela
Chrysler (CDC, leasing e financiamentos de capital fixo).
O Banco Fidis foi criado como
financeira e distribuidora para dar
suporte à venda de veículos da Fiat
em outubro de 1974, por meio da
aquisição de 50% da financeira e
distribuidora da Comit-Banca Commerciale Italiana.
Em 2002, ainda como Banco
Fiat, teve a sua razão social alterada
para Banco Fidis de Investimento
S/A e anunciou a transferência da
carteira de crédito de consumo para
a Fiat Leasing S/A, renomeada Banco Fiat S/A. Esta, por sua vez, teve
aprovação da operação de venda pelo
Banco Central em março de 2003.
Assim, o Banco Fidis deixou de operar diretamente no varejo.
Com a venda das operações de
varejo, o Banco Fidis passou por
um amplo processo de reestruturação entre 2003 e 2005. Inclusive,
aprimorou seus controles para o
risco financeiro utilizando a metodologia da Lei Sarbannes-Oxley
(SOX). O banco continuou a financiar todo o estoque da rede de
concessionárias Fiat, atuando no
credito atacadista.
Em 2008, se deu início às operações da unidade de negócios Ive-
co Capital para financiamento das
linhas da montadora Iveco Latin
America Ltda aos clientes de atacado
e varejo. No início de 2009, o Banco
Fidis teve novamente sua razão social
alterada, deixando de ser Banco Fidis
de Investimento S/A, passando para
Banco Fidis S/A.
Também no ano de 2009, o
Grupo Fiat anunciou a parceria com
a americana Chrysler, assim, dan-
do início às operações de mais uma
unidade de financiamento, a Chrysler Group Financial Services para financiamento de veículos das marcas
Chrysler, Jeep, Dodge e Ram tanto
para varejo quanto para atacado.
Em 2011, em virtude da reorganização mundial das empresas FIAT
e CNH Industrial, o Banco Fidis em
conjunto com o Banco CNH Industrial Capital S/A e Iveco Latin Ame-
rica Ltda., celebraram contrato de
cessão de diretos, com efeitos a partir
de janeiro de 2014, no qual o Banco
Fidis cedeu ao Banco CNHI o direito de financiar as operações da rede
de concessionárias e clientes finais
dos veículos da marca Iveco. Dessa
forma, a partir de janeiro de 2014, o
Banco CNHI assumiu as atividades
da Unidade de Negócios Iveco Capital, a qual oferece linhas de crédito
destinadas à aquisição dos produtos
fabricados pela Iveco, ocorrendo em
01 de julho de 2014 a transferência
para o Banco CNHI da carteira de
crédito rotativo para aquisição de
veículos pela rede de concessionários
da Iveco (Floor plan).
Resultados
A receita de intermediação financeira do Banco Fidis no exercício de 2014 foi de R$ 609,5 milhões,
um aumento de 20,83% em relação
ao exercício de 2013, alavancada
preponderantemente pelo aumento
significativo de 132,29% do resultado nas operações com títulos e valores mobiliários, devido ao maior
volume das operações de investimento de curto prazo e aumento das
taxas de juros ao longo do exercício
de 2014.
O resultado antes da tributação sobre o lucro e participações
em 2014 foi de R$ 121,7 milhões,
134,22% maior do que o exercício
anterior, incremento impactado
substancialmente pelo menor volume de provisão para créditos de
liquidação duvidosa, que reduziu
68,82% em 2014, bem como pelo
resultado não recorrente originado
pelo preço pago pelo Banco CNHI
na aquisição da Unidade de Negócio
Iveco Capital.
Como consequência, o lucro
líquido do exercício findo em 31 de
dezembro de 2014 foi de R$ 79,1 milhões, superior em 108,36% em relação ao lucro líquido do exercício de
2013. O banco fechou o ano com Ativo no valor de R$ 5.379.431 bilhões.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
Especial
Hermes Pardini
Fundado em 1959, o Hermes
Pardini possui 69 unidades próprias nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Caeté, Contagem, Pedro
Leopoldo, Nova Lima, Santa Luzia,
Sabará, Sete Lagoas e Vespasiano.
Eleita uma das empresas contempladas com o XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores
E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015, a empresa tem se
destacado no mercado nacional no
segmento de Apoio Laboratorial, e
se encontra entre os três principais
laboratórios do país, em volume de
análises e também em faturamento.
Precursor do mercado de Apoio
Laboratorial, o Hermes Pardini conta, hoje, com cerca de 5 mil laboratórios parceiros, com os quais está
em contato constante, na busca por
aprimorar seus serviços a partir do
entendimento da realidade e das necessidades dos clientes.
Entre os serviços oferecidos por
suas unidades próprias, além de análises clínicas, estão o diagnóstico por
imagem, vacinas, provas funcionas,
criopreservação, genética humana
e veterinária. A empresa ainda possui o Núcleo Técnico Operacional
(NTO), localizado em Vespasiano
(MG), e que possui as unidades corporativa e técnica.
“Atualmente, as pessoas estão sobrecarregadas, inseridas numa rotina
estressante, que impacta na qualidade
de vida e na saúde. E, felizmente, elas
têm percebido o quanto estar bem
é essencial para uma vida plena e a
importância de dedicar parte do seu
tempo para o autocuidado, ou seja,
para a prevenção. Por isso, a área da
saúde está caminhando para uma
nova tendência mundial: da Medicina
Diagnóstica, Preventiva e Bem-estar.
Os centros de saúde estão claramente
colocados como agentes de medicina
preventiva deixando de serem apenas instrumentos para o diagnóstico
e tratamento de doenças, para serem
centros de prevenção da saúde e busca
pelo bem-estar”, explica o diretor-presidente do Grupo Hermes Pardini, Dr.
Roberto Santoro.
Atento a esse cenário, desde
2011, o Hermes Pardini tem investido forte no conceito de prevenção
e promoção da saúde em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Entre
os anos de 2013 e 2014, o número de
29
unidades aumentou em 30%. Foram
inauguradas 19 unidades, totalizando 70 unidades na capital mineira e
entorno.
O Hermes Pardini disponibiliza
um menu com mais de 3 mil exames,
além dos serviços de diagnóstico por
imagem, vacina e saúde do viajante, e dos núcleos especializados em
Check-up, Saúde da Mulher, Oncologia, Gastrenterologia, Ortopedia
e Neurologia. Esses núcleos visam
garantir a atenção prioritária às necessidades dos médicos prescritores,
integrando em um só lugar, os procedimentos diferenciados para garantir
diagnósticos ainda mais precisos.
“Temos investido forte na ampliação
e especialização da nossa capacidade
técnica, produtiva e cientifica, com o
propósito de ampliar a atuação e ser
uma empresa completa em medicina,
saúde e bem-estar. Hoje, é possível
que a pessoa faça um check-up completo, em um circuito de consultas e
exames, de diversas especialidades. E
essa é a premissa do Hermes Pardini:
cuidar da saúde e do bem-estar dos
nossos clientes”, completa Santoro.
Também nesta linha, o Hermes Pardini tem investido em tecnologia de
ponta na área de Genética Molecular
e Medicina Personalizada.
A expertise do Hermes Pardini
possibilita a realização de mais de
cinco milhões de exames por mês,
em todo o Brasil. Laboratório parceiros de diversos estados enviam
coletas para análises nos seis Núcleos
Técnicos Operacionais da empresa,
localizados em Vespasiano (MG),
Rio de Janeiro e São Paulo.
Além de estar atento para a diversificação da oferta de serviços de
saúde, o Hermes Pardini também
preza pela qualidade e segurança.
Profissionais altamente qualificados
– médicos, técnicos e demais especialistas – atuam nos processos pré
e pós-analíticos para a garantia do
diagnóstico dos exames. Já o atendimento nas unidades é diferenciado,
com os funcionários treinados para
acolher os clientes, desde a coleta, à
realização de exames mais complexos
e ao momento do café.
“A pessoa, quando procura por
um centro de saúde, espera um ambiente acolhedor, um atendimento
preciso, de qualidade e prestativo,
e em um ambiente tranquilo e que
ofereça o mínimo de conforto. Além
disso, ela espera um serviço seguro
que possibilite resultados confiáveis. Por isso, investimos muito em
práticas de acolhimento nas nossas
unidades e na capacidade técnica e
científica da nossa equipe médica.
Buscamos no mercado os melhores
profissionais e oferecemos condições
para que os mesmos estejam sempre
sendo atualizados”, garante Santoro.
30
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Fiat
Compromisso com o Brasil,
pioneirismo e inovação como características marcantes, produtos de alta
qualidade e tecnologia, design admirado, respeito ao consumidor e responsabilidade socioambiental. Esses
atributos compõem o perfil da Fiat
Automóveis, uma das empresas automobilísticas com maior crescimento
no mercado brasileiro e líder de vendas no setor. A empresa é uma das
agraciadas pelo XVII Prêmio Minas
– Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores Empresas – Mercado Comum – 2014/2015, após a análise dos dados publicados no estudo
XIX Ranking de Empresas Mineiras,
da edição 257 de Mercado Comum.
O principal elemento avaliado foi a
efetiva contribuição à economia e ao
desenvolvimento de Minas Gerias.
Instalada em Betim, desde 1976,
a Fiat Automóveis tem capacidade
produtiva de 800 mil veículos por
ano. A empresa está em meio a um
importante ciclo de investimentos de
R$ 10 bilhões, que modernizará a fábrica de Betim. O Grupo Fiat Chrysler está construindo sua segunda fábrica de automóveis no País, situada
em Goiana, Pernambuco, que terá
capacidade para produzir até 250 mil
unidades por ano.
A Fiat Automóveis também investe no desenvolvimento de novos
produtos, novas tecnologias, qualidade e capacitação da engenharia
para executar projetos cada vez mais
ousados e inovadores. Tudo em sintonia com os desejos e as aspirações
dos clientes.
Em 2013, a Fiat Automóveis
conquistou a liderança do mercado
brasileiro de automóveis e comerciais leves pela décima segunda vez.
De janeiro a dezembro, a empresa
registrou 762.980 unidades vendidas,
consolidando a liderança do mercado, com 21,3% de market share. Entre os dez modelos mais vendidos no
Brasil em 2013, quatro foram da marca Fiat – Uno, Palio, Siena e Strada.
Sustentabilidade
Na Fiat Automóveis, a sustentabilidade é um processo de melhoria
contínua, essencial para a perenidade
da empresa ao equilibrar as oportunidades de negócios, as necessidades
atuais da sociedade e o bem-estar das
gerações futuras. Ao longo dos anos,
a nossa estratégia de sustentabilidade
deu origem a uma série de programas, em um sistema de governança
corporativa que abrange:
• Produtos cada vez mais seguros, eficientes, com menos emissões
de CO2 e crescente capacidade de
reciclagem e reutilização dos componentes no fim do ciclo de vida.
• Fábricas com processos voltados para a contínua prevenção
e redução do impacto ambiental e
otimização do consumo de recursos
naturais.
• Rede de concessionário e fornecedores engajados com os conceitos e práticas de sustentabilidade do
Grupo Fiat.
• Relacionamento com a comunidade baseado no estímulo ao desenvolvimento local e no reforço da
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
31
Especial
cidadania por meio da execução de
projetos planejados e monitorados.
• Recursos humanos com oportunidades de desenvolvimento dos empregados, de forma a garantir o bem
-estar, a saúde e segurança no trabalho,
com a disseminação da sustentabilidade como uma prática coletiva, mas que
exige responsabilidade individual.
• Comitê de Sustentabilidade
com a participação de empregados de
diferentes áreas e níveis, para interação e discussão de assuntos diversos
na busca de decisões compartilhadas,
como a definição de metas e indicadores de sustentabilidade que orientam o
trabalho da empresa no enfrentamento de desafios do setor automobilístico
e da própria indústria.
O objetivo para a sustentabilidade está inserido no mapa estratégico
da empresa e envolve todos os empregados, que compartilham esse princípio como forma de fazer negócios.
Como consequência da evolução consistente das políticas voltadas
para a sustentabilidade, a Fiat SpA foi
confirmada pelo sexto ano consecutivo nos índices Mundial e Europeu
da Dow Jones (DJSI). Para ser incluída na lista, a Fiat SpA passou por
um rigoroso processo seletivo que
analisa dados econômicos, desempenho ambiental e social, governança
corporativa, gestão de risco, mitigação da mudança climática e práticas
trabalhistas.
Produtos
A forte ligação entre a sustentabilidade e a inovação sinaliza que
os veículos do futuro serão cada vez
mais eficientes, ecológicos e seguros.
Reduzir os impactos socioambientais e promover a mobilidade mais
sustentável é uma tarefa diária que
mobiliza pesquisadores, engenheiros e técnicos da Fiat Automóveis
em projetos que, na prática, resultam
na introdução de novas tecnologias
e processos. Como resultado dessa
política, temos dado importantes
passos na agenda da sustentabilidade
com contribuições significativas para
a eficiência energética, desenvolvimento de materiais verdes, novas alternativas de energia, conectividade,
entre outros aspectos.
Meio ambiente
A Fiat Automóveis estabelece
e aplica o Sistema de Gestão Ambiental e de Energia, de acordo com
as normas ISO 14001 e ISO 50001,
alinhado aos princípios de sua Política Ambiental e Energética, listados
abaixo:
• Proteger o meio ambiente, preservar a biodiversidade e combater as
mudanças climáticas através do uso
eficiente de energia e dos recursos
naturais.
• Garantir a melhoria contínua
do Sistema de Gestão e do Desempenho Ambiental e Energético, evitando os impactos de suas atividades
que possam gerar poluição.
• Garantir o cumprimento das
legislações aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que
se relacionem a seus aspectos ambientais, eficiência energética, uso e
consumo de energia.
• Assegurar a formação dos empregados, a fim de desenvolver uma
consciência ambiental e energética
correta.
• Garantir a disponibilidade de
informações adequadas, bem como
recursos econômicos e específicos,
para alcançar e revisar periodicamente os objetivos e metas.
• Otimizar o uso das matérias
primas nos processos de produção.
• Apoiar o processo de concepção e compra de produtos e serviços
para a melhoria do desempenho
energético.
• Gerenciar os resíduos promovendo ações de reciclagem, redução
da geração e incentivo à recuperação.
• Promover a redução do consumo de água, incentivando ações de
reúso e reciclagem.
• Promover a conscientização
dos fornecedores, particularmente
aqueles que trabalham dentro do
complexo Fiat, com adoção de pro-
cedimentos operacionais alinhados,
de acordo com os princípios desta
Política Ambiental e Energética.
Com as mãos no presente e os
olhos no futuro, a Fiat vem conquistando resultados cada vez mais expressivos, que chancelam a qualidade
crescente dos processos que integram
o Sistema de Gestão Ambiental e de
Energia.
Sociedade
A Fiat Automóveis atua para a
promoção do desenvolvimento local inclusivo das comunidades onde
está presente, trabalhando continuamente para construir oportunidades
coletivas e individuais de transformações. Em 2004, a empresa passou
a nominar todas as suas ações de
relacionamento com a comunidade
de programa Árvore da Vida, numa
simbologia do termo que representa
esperança e crescimento. A valorização da vida, a prosperidade, a autonomia do ser humano e a perenidade são os valores que norteiam o
relacionamento da Fiat com a comunidade. Os “galhos” dessa Árvore da
Vida retratam a união de forças entre
a empresa, as comunidades e os parceiros. Para a concretização dessa política, o Árvore da Vida divide-se em
três programas: Jardim Teresópolis,
Capacitação Profissional e Parcerias.
Além disso, a Fiat está engajada no
Movimento por Cidades Justas e Sustentáveis, expandindo e fortalecendo
essa iniciativa no Brasil.
Resultados
A empresa fechou o exercício de
2014 com Ativo de R$ 24,520 bilhões,
entre Circulante e Não circulante.
Seu Lucro bruto foi de R$ 2,741 bilhões no ano, sendo o Lucro líquido
de R$ 249,505 milhões.
32
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MRV
Fundada em 1979, a MRV
Engenharia considerada a maior
construtora do país no segmento
de imóveis econômicos é a única
construtora que está presente em
mais de 130 cidades de 19 estados brasileiros além do Distrito
Federal.
As operações da MRV são
restritas ao Brasil. No entanto,
a companhia atrai o interesse de
investidores de diversas partes
do mundo, especialmente de países do continente americano.
A MRV atua no negócio de
incorporação, construção e venda de unidades habitacionais,
sempre em busca das melhores
práticas para a geração de resultados sólidos.
O ano de 2014 trouxe um
recorde de 42.505 chaves entregues, 28.903 delas antes do prazo. O número representa uma
evolução de 37% em relação ao
ano anterior. A meta para 2015
é reduzir o ciclo médio de obras
em até 20% e antecipar a entrega
das unidades em construção.
Das 41 mil vendas contratadas ao longo do ano passado, o
que corresponde a R$ 6 bilhões
(ou 17,9% acima do valor do ano
anterior), 82% foram elegíveis ao
programa de habitação do gover-
no o Minha Casa Minha Vida. Ao
todo, os 519 projetos contratados
representam a soma de R$ 6.553
bilhões, o equivalente a 1,68 o
volume da empresa que registra o
segundo lugar no programa, conforme dados do Ministério das
Cidades em abril de 2014.
A MRV elegeu o ano que
passou como o Ano da Sustentabilidade. A decisão evidencia a
importância do tema para a empresa que, desde o início de sua
história, procura atuar de forma
responsável, entendendo que as
ações adotadas no presente não
podem comprometer o bem-estar das gerações futuras. A sustentabilidade é um dos valores e
um dos pilares mais importantes
para a empresa - interna e externamente. O ano que passou
trouxe inúmeras novas oportunidades para trabalhar o assunto de
forma aprofundada e resultando
em ações que reforçam o compromisso da empresa com uma
atuação responsável.
Em 2014 a MRV recebeu
duas importantes certificações
nas normas ISO 14000, que versa sobre Meio Ambiente, e OHSAS 18000, dedicada à Saúde e
Segurança Ocupacionais. A empresa direciona esforços contí-
nuos para aumentar a qualidade
de seus produtos, identificando
oportunidades de melhoria a
cada trabalho. A empresa também investe em programas para
a gestão responsável de resíduos
em todas as obras, tratando cada
material de acordo com a legislação ambiental vigente. Desde
2001 a MRV é certificada nas
normas de qualidade ISO 9001 e
PBQP-H Nível A (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat).
Desde sua fundação, a MRV
cria e integra ações para oferecer
assistência e melhorar a qualidade de vida das comunidades,
principalmente de jovens e idosos carentes. Inaugurado em dezembro de 2014, o Instituto MRV
nasceu com o objetivo de promover atividades voltadas para
educação, saúde, segurança no
trabalho, capacitação profissional, cultura e lazer, gerando valor
e bem-estar para a sociedade.
Há mais de 15 anos, a empre-
sa oferece suporte à Cidade dos
Meninos São Vicente de Paulo
(Associação de Promoção Humana Divina Providência), localizada em Belo Horizonte, cidadesede da MRV. O projeto, um dos
destaques da atuação social da
empresa, recebeu R$ 1,5 milhão
para manutenção das atividades
oferecidas aos mais de 5 mil alunos assistidos.
Sustentabilidade
A empresa tem seu foco na
redução de custos, inovação e
ética. E sempre pensando na sustentabilidade, investe em projetos sociais, ações ambientais e de
incentivo ao esporte, proporcionando novas perspectivas de futuro para todos.
A MRV Engenharia é consciente sobre a importância de
investir no progresso social e na
qualidade de vida dos brasileiros.
Por isso, a empresa está sempre
buscando soluções para melhorar
a sociedade como um todo, além
de disponibilizar espaços e oferecer conhecimentos para criar
planejamentos de projetos.
2014: Ano da Sustentabilidade
A MRV elegeu 2014 como o
Ano da Sustentabilidade. A decisão evidencia a importância do
tema para a empresa que, desde
o início de sua história, procura
atuar de forma responsável, entendendo que as ações adotadas
no presente não podem comprometer o bem-estar das gerações
futuras. A sustentabilidade é um
dos valores e um dos pilares mais
importantes para a empresa - interna e externamente. O ano que
passou trouxe novas oportunidades para trabalhar o assunto de
forma aprofundada e resultando
em ações que reforçam o compromisso da empresa com uma
atuação responsável. No Ano da
Sustentabilidade, a MRV investiu em ações que reafirmam seu
comprometimento com um mundo melhor.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
33
Especial
tear a manutenção das praças,
parques e áreas verdes das cidades onde atua. No último ano,
mais uma vez, a MRV superou
a meta de plantio de árvores,
que era de 100 mil mudas. Ao
todo, 113.892 novas árvores foram plantadas em todas as regionais.
Nas obras e escritórios da
MRV, 100% dos papéis são certificados pelo FSC -Forest Stewardship Council (Conselho de
Manejo Florestal). Os produtos
certificados contribuem para a
preservação de florestas, solos,
animais e da biodiversidade,
garantindo o bem-estar e os direitos dos trabalhadores, comunidades e povos indígenas.
Canteiros de obras
A MRV é a única empresa
brasileira de construção leve a
aderir ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria
da Construção, ainda em 2012,
quando ele foi lançado. Em 2014,
as propostas do Compromisso
foram incorporadas a mais quatro obras, totalizando 27 dos 251
canteiros da empresa e gerando
benefícios para 22.605 colaboradores (em 31/12/2014).
Diariamente,
empregados
indicados pelo sindicato dedicam parte de seu tempo para con-
versar com os colegas e levantar
informações sobre condições de
saúde e segurança no trabalho,
por exemplo. A interlocução entre esse grupo de empregados e
a empresa contribui para que as
melhorias ou soluções de possíveis problemas ganhem mais agilidade e eficiência.
Sustentabilidade ambiental
Mesmo sem adotar formalmente o princípio da precaução,
a MRV está sempre em busca de
novas soluções para reduzir os
impactos decorrentes de suas atividades. Todo projeto – do plane-
jamento à conclusão – é pautado
pelo respeito ao meio ambiente,
compromisso que também é exigido dos fornecedores.
Além de promover o paisagismo dos empreendimentos e de
seus entornos, a empresa compromete-se com a recuperação de
parques de áreas degradadas nas
regiões onde atua. No final de
2014, a MRV mantinha 16 Áreas
de Preservação Ambiental (APA)
no país. Seguindo acordos firmados com secretarias de Meio
Ambiente e prefeituras, a empresa contribui para preservar o
ecossistemas locais, além de cus-
Projetos sustentáveis
A etapa de construção demanda atenção especial da MRV
no que diz respeito à gestão responsável dos recursos e à redução de impactos ambientais. Em
2014, as ações foram voltadas
principalmente para a economia
de água nos projetos, conforme
planejamento da empresa e a
necessidade de mobilização estimulada pela escassez hídrica no
Brasil.
O reaproveitamento de água
dos chuveiros para uso nas descargas, a reutilização de água
para lavagem de caminhões betoneira e a captação de água da
chuva para irrigação de hortas
e jardins e para lavagem de banheiros representam alguns dos
exemplos das ações criadas para
otimizar o consumo. De janeiro a
dezembro, foram consumidos 3,9
milhões m³ de água, um desembolso de R$ 54,5 milhões com
serviços de água e esgoto.
Uma das medidas para reduzir o consumo consistiu na
colocação de garrafas pet cheias
de areia na caixa acoplada dos
vasos sanitários utilizados nos
canteiros de obras. As garrafas
ocupam espaço correspondente a
1,2 litros de água, volume economizado a cada vez que a descarga
é acionada. A iniciativa foi implantada inicialmente nas obras
de Ribeirão Preto e, em um mês,
gerou uma economia de aproximadamente 500 litros.
A gestão responsável dos
projetos vai além da fase de obras
e é uma característica das unidades entregues aos clientes. Nesse
sentido, em 2014 foi implantado
o Projeto Morador Sustentável,
com ações piloto em Belo Horizonte e no Triângulo Mineiro.
A iniciativa oferece capacitação
e recursos para que os moradores dos empreendimentos façam
a gestão de resíduos de maneira
adequada, e usem os recursos naturais com responsabilidade no
dia a dia.
No momento de entrega dos
empreendimentos, cada condomínio recebe um coletor de
34
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
2014
2013
2012
4.186
3.871
3.804
862
643
787
20,6%
16,6%
20,7%
Lucro líquido (R$ milhões)
720
423
528
Impostos pagos (R$ milhões)
338
265
313
24,2%
30,4%
40,7%
Valor adicionado (R$ milhões)
2.179
1.672
1.706
Vendas contratadas (R$ milhões)
6.005
5.094
4.005
41.325
38.449
34.214
4.336
3.517
3.433
Lançamentos (unidades)
29.386
25.516
29.655
Unidades concluídas
35.328
40.205
26.457
251
299
333
22.605
27.764
30.078
Receita líquida (R$ milhões)
EBITDA (R$ milhões)
Margem EBITDA
Índice de endividamento
Vendas contratadas (unidades)
Lançamentos (R$ milhões)
Obras em andamento
Número de empregados
pilhas e baterias, um coletor de
lâmpadas, um coletor de óleo vegetal e um coletor de resíduos recicláveis e não recicláveis. Além
disso, os moradores participam
de treinamentos e são presenteados com cartilhas que ensinam
a praticar a coleta seletiva e a
economizar água e energia, dentre outras informações. A MRV
disponibiliza, ainda, um e-mail
para o esclarecimento de dúvidas
sobre o tema (sustentabilidade@
mrv.com.br).
As unidades habitacionais
são planejadas para promover o
uso racional dos recursos naturais e apresentam os seguintes
diferenciais:
- Medidores de água individualizados que promovem a
redução de até 50% no consumo
mensal nos condomínios.
- Descargas econômicas em
sistema dual flush que permite escolher entre dois fluxos de
água (3 ou 6 litros). O sistema inclui bacias com caixa acoplada à
descarga, que podem economizar
até 20 litros de água a cada acionamento, em comparação com o
modelo convencional.
- Sistema de coleta de óleo
de cozinha reciclável que pode
ser trocado pelo condomínio por
materiais de limpeza, graças a
parcerias com ONGs.
Destinação de resíduos
Os esforços para melhorar a
gestão do material gerado pelas
obras permitiram que o volume
de resíduos reciclados ou reutilizados saltasse de 57 mil m³
em 2013 para 86,6 m³ em 2014,
ou seja, um acréscimo de 40%. O
material, com peso médio de 103
mil toneladas, é o suficiente para
encher 17.322 caçambas, que antes seriam destinadas aos aterros
sanitários.
Para sistematizar os processos de gestão de resíduos em
todo o país, cada obra ganhou
um responsável pela destinação
apropriada do material gerado.
As ações não só contribuíram
para a preservação ambiental,
como também trouxeram ganhos
econômicos. Em 2014, as iniciativas de reutilização e reciclagem
proporcionaram uma economia
de R$ 3.997.507 para a MRV. Em
março, a empresa começou a instalar placas nas entradas dos canteiros, sinalizando as obras onde
são realizadas ações sustentáveis
para gestão de resíduos. Até o
fim do ano, 87% das obras já haviam recebido a sinalização.
Uma das ações que ganhou
força em 2014 para reduzir o
descarte de materiais foi a higienização e limpeza de Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) para reuso. Somente na
regional Nordeste, a que alcançou os melhores resultados com
essas ações, mais de 5 mil capacetes, botas e uniformes foram
reaproveitados, o que gerou uma
economia de quase R$ 57 mil. Somando todas as regionais, 15.510
unidades foram reaproveitadas,
proporcionando uma economia
de mais de R$1,1 milhão para a
empresa.
Seguindo a prática dos últimos anos, a MRV manteve
parcerias com cooperativas de
reciclagem para doação de isopor, plásticos, sacos de cimento,
metal, vidros e outros materiais.
No caso de Resíduos de Base
Cimentícia (resíduo classe A),
como pó, areia e pedrisco, a reciclagem continua a ser feita nos
próprios canteiros, formando um
agregado que pode ser integrado
à argamassa de contra piso ou em
outras aplicações similares.
Já as madeiras provenientes
das obras têm duas destinações:
as que se encontram em boas
condições são aproveitadas na
fabricação de móveis, as demais
são transformadas em cavaco e
usadas na geração de energia em
empresas de diferentes segmentos. Procedimento semelhante é
adotado com o gesso. O material
é enviado para uma área de transbordo e triagem para, em seguida, ser devolvido ao processo de
produção. Em 2014 a MRV manteve o sistema de logística reversa para os resíduos classificados
como perigosos, devolvendo-os
para os próprios fabricantes.
A empresa também mantém
parcerias com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG); Universidade Federal da
Bahia (UFBA); Universidade Salvador (Unifacs); Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência
e Extensão Rural (Empaer - MT) e
Fundação de Amparo à Pesquisa e ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) para
estudos sobre valorização e resíduos.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
Especial
Sicoob Central
Crediminas
Um das 25 ganhadores do
XVII Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores
e Maiores Empresas – MercadoComum – 2014/2015, o Sicoob
Central Crediminas é uma sociedade cooperativista que tem
por objetivo a organização dos
serviços econômico-financeiros
e assistenciais de 81 cooperativas
de crédito filiadas, formando o
Sicoob Sistema Crediminas, que
compõe, ao lado de outras 16
cooperativas centrais, o Sistema
Sicoob, representado institucionalmente, pela Confederação
Nacional das Cooperativas do
Sicoob Ltda. - Sicoob Confederação.
O Sistema possui como braço financeiro o Banco Cooperativo do Brasil S.A. – Bancoob,
entidade que tem o Sicoob Central Crediminas como um de seus
controladores. O Sicoob Sistema
Crediminas está presente em
todo o estado de Minas Gerais,
além de algumas cidades dos estados vizinhos: Bahia, Espírito
Santo, Goiás, Rio de Janeiro e
São Paulo. Ele é composto por 81
cooperativas singulares que possuem 441 postos de atendimento, totalizando em dezembro de
2014, 522 pontos de atendimento, formando uma rede que atende cerca de meio milhão de associados, assessorados por 5.931
dirigentes e colaboradores.
Para proporcionar segurança
às filiadas e, consequentemente,
aos associados e parceiros comerciais, a Central conta com o
trabalho do Fundo Garantidor
de Depósitos do Sicoob Sistema
Crediminas – Sicoob FGD que
tem por finalidade efetuar o saneamento econômico-financeiro
e/ou fortalecimento patrimonial,
bem como prestar garantias de
crédito nos termos e limites do
estatuto social e regulamento
próprio às operações de crédito
realizadas entre as cooperativas
participantes e entidades como
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA,
Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais – BDMG, Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES,
Banco Cooperativo do Brasil
S/A– Bancoob e outros bancos
parceiros, assim como nas hipóteses de descentralização, liquidação e/ou exclusão de cooperativas do quadro de filiadas.
O Sicoob Central Crediminas é também controlador do
Sicoob Minaseg - Administradora e Corretora de Seguros do
Sicoob Sistema Crediminas Ltda.
que, em parceria com as grandes
seguradoras do país, oferece seguros nas mais diversas modalidades aos associados. Com a missão de manter os bons resultados
e alcançar novas conquistas, em
agosto de 2014 tomou posse o
novo Conselho de Administração
(CA) do Sicoob Central Crediminas. Para a gestão 2014-2018,
Alberto Ferreira se manteve
como presidente do Conselho de
Administração, além de renovar
o mandato da Diretoria Execu-
tiva: Elson Rocha Justino e Jésus
Ferreira de Carvalho. Na mesma
ocasião, assumiu o novo Conselho de Administração do Sicoob
FGD.
Resultados
O Sicoob Central Crediminas concluiu o ano de 2014 com
Ativos Totais de R$ 3,29 bilhões
e crescimento de 25,93%, quando comparado com o ano anterior, sendo que o fator que impulsionou esse crescimento foi
a Centralização Financeira das
filiadas, a qual alcançou o montante de R$ 2,59 bilhões e teve,
35
no ano de 2014, um crescimento
de 29,17%. Estes recursos pertencem a 81 cooperativas filiadas ao
Sicoob Central Crediminas.
O Patrimônio Líquido da
Central apresentou crescimento de 31,22% no ano de 2014,
totalizando R$ 333,21 milhões
e este avanço foi fruto de novos
aportes de capital feitos pelas
filiadas para bancar os ativos
existentes, em seus respectivos
níveis de risco, bem como dos
resultados acumulados no ano
de 2014, os quais totalizaram
sobras brutas de R$ 26,63 Milhões, ou seja, 19,34% de cres-
cimento quando comparado ao
ano de 2013.
Obser vadas as condições
atuais da instituição e a evolução constante dos negócios do
Sicoob Sistema Crediminas nos
últimos anos, sempre na busca de apoio aos associados das
cooperativas filiadas, pode-se
concluir que a Central manteve
o projeto de desenvolvimento
e de crescimento dos negócios
em condições saudáveis, o que
coloca o Sicoob Central Crediminas em posição de destaque
no seu âmbito de atuação, assim
como no cenário nacional.
36
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Prossegur
A Prosegur Brasil S.A. – Transportadora de Valores e Segurança é
uma sociedade anônima de capital
fechado com sede em Belo Horizonte. Seu objeto social é a prestação de
serviços de logística e transporte de
valores, envolvendo dinheiro, documentos, títulos de crédito, metais
preciosos, em barras ou amoedados,
e outros valores e objetos conversíveis em dinheiro, atuando, ainda,
na manipulação, guarda e custódia
de valores, contagem de numerário,
arquivos físicos e eletrônicos, preparação de documentos compensáveis,
manualmente ou por meio eletrônico, administração de caixas bancários automáticos (ATM), dentre
outros.
Uma das ganhadoras do XVII
Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores E Maiores
Empresas – Mercado Comum –
2014/2015, atualmente, a empresa
possui 121 filiais distribuídas em 26
Estados, contando com um efetivo
de mais de 53 mil funcionários, sendo o maior grupo de segurança privada do país.
Baseando-se sempre em rigorosos processos de seleção, capacitação
e reciclagem de seus colaboradores
e dentro do conceito de segurança integrada, oferece por meio do
segmento vigilância ativa, produtos
direcionados a atender, de forma
customizada, todas as possíveis demandas de serviços relacionadas
com vigilância física e eletrônica,
envolvendo proteção pessoal e do
patrimônio, escolta de cargas e sistemas eletrônicos, bem como assessoramento aos clientes na definição e
avaliação de procedimentos, planos
e sistemas de segurança.
A Prosegur chegou ao Brasil
em 1981, quando ainda fazia parte
do Grupo argentino Juncadella e foi
apenas em 2001, que o grupo Prosegur na Espanha comprou a Prosegur
no Brasil. No decorrer dos anos, a
companhia cresceu no país e passou
a ter forte presença nas regiões sul,
sudeste e centro-oeste e posteriormente na região nordeste do país.
Em 2005, a empresa adquiriu os
ativos das empresas de transporte de
valores Preserve e Transprev. Com
essa incorporação e o crescimento das equipes a empresa tornou-se
a líder de mercado neste setor no
país. Em 2009, a Prosegur comprou
a Centúria Vigilância no Espírito
Santo, a Norsergel empresa líder na
região norte do país onde a Prosegur
não estava presente, com atuação
nas áreas de vigilância e transporte
de valores, e a Setha Tecnologia no
Rio de Janeiro empresa especializada em segurança eletrônica com
forte atuação no mercado de gás e
petróleo. Um ano depois, em 2010,
a companhia no Brasil adquiriu a
Mártom Segurança Eletrônica, empresa dedicada ao monitoramento
de agências bancárias com mais de
cinco mil pontos instalados e uma
sólida base de clientes.
Em 2011, a companhia entrou
para o setor de grandes eventos e foi
escolhida a empresa de segurança
da edição do Rock in Rio, no Rio de
Janeiro, além de ser escolhida pela
FIFA a primeira empresa de segurança privada a realizar a segurança
de jogos amistosos da seleção brasileira em Goiânia e Belém. Ainda
neste ano, em outubro, a Prosegur
comprou a Prover Eletro Eletrônica, empresa especializada na instalação e manutenção de sistemas
eletrônicos de segurança (CFTV,
controle de acesso e sistemas perimetrais de segurança) e cabeamento estruturado para rede de dados,
atendendo grandes empresas de
petróleo e gás e reconhecimento do
setor. Já em novembro, consolidando sua presença na região norte do
Brasil, a Prosegur adquiriu a Fiel
Vigilância e Transporte de Valores.
Um ano mais tarde, a Prosegur
consolidou sua presença na região
sudeste com a aquisição da Transbank e no Nordeste com a aquisição da Nordeste Transporte de Valores. Com essa segunda aquisição,
a Prosegur ampliou sua atuação na
região passando a atuar nos estados
de Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte
e Paraíba, onde anteriormente es-
tava presente apenas na Bahia e no
Maranhão.
Já em 2014, a Prosegur consolida sua presença e passa a atuar em
todo o Brasil, após a aquisição da
Transvig em Roraima.
No mundo, a Prosegur está presente na Ásia – China, Índia e Cingapura – na Europa - Alemanha, Espanha, França, Luxemburgo e Portugal - na América Latina - Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai e na Oceania
– Austrália.
Com uma equipe com 158.000
funcionários e uma frota de mais de
5.200 veículos, a Prosegur trabalha
sob os mais exigentes parâmetros de
excelência na prestação de serviços,
garantindo aos seus clientes uma
vasta gama de soluções globais. Em
cada um dos países em que a Prosegur está presente, a companhia
mantém de forma homogênea todos
os seus diferenciais competitivos: a
qualidade nas operações, a excelência no controle de gestão de negócio,
o compromisso com a inovação e
adaptação às necessidades específicas de cada cliente.
Atualmente a Prosegur oferece serviços nas áreas de: Logística
de Valores e Gestão de Numerário,
Soluções Integradas de Segurança e
Alarmes.
Resultados
A empresa fechou o exercício de
2014 com Ativo de R$ 2.839.173 bilhões. A Receita líquida fechou o ano
em R$ 2.996,441 bilhões. O Lucro
bruto no exercício foi de R$ 604.842
milhões. Já o Lucro líquido do período foi de R$ 141.601 milhões.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
37
Especial
38
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
Unimed-BH
A Unimed-BH Cooperativa
de Trabalho Médico é formada por
5.427 médicos cooperados e conta
com 34 municípios em sua área de
atuação. Em 2014, a Cooperativa
completou 43 anos de fundação e
alcançou 1.532.744 clientes em carteira, conforme cadastro na Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS). A Unimed está presente na
vida de mais de 1,2 milhão de pessoas na Grande Belo Horizonte que
desfrutam de uma assistência médica
completa e de qualidade. Em 13 anos
de pesquisas realizadas pelo Instituto
Datafolha, conquistou 83% de índice
médio de satisfação de clientes. Esse é
o reconhecimento que mais dá orgulho à Unimed-BH, operadora que é
líder na saúde suplementar mineira,
a maior fora do eixo Rio-São Paulo.
O reconhecimento popular também é um dos motivos pelos quais a
Unimed Belo Horizonte foi eleita
como uma das 25 empresas a serem
contempladas com o XVII Prêmio
Minas – Desempenho Empresarial
– Melhores E Maiores Empresas –
Mercado Comum – 2014/2015.
Mais de 1,2 milhão de clientes,
mais de 8 milhões de consultas médicas por ano, 24 milhões de exames
complementares e 140 mil internações, em serviços próprios ou da
rede credenciada. Os números dão
a dimensão do alcance da empresa,
que conta com mais de 5 mil e 500
médicos cooperados, uma complexa
estrutura de serviços próprios e 381
prestadores credenciados, entre hospitais, clínicas, laboratórios clínicas
radiológicas e clínicas especializadas,
além de atendimento de urgência
e emergência em todo o Brasil, por
meio do intercâmbio com o Sistema
Unimed. Por meio de uma lógica
assistencial inovadora, a operadora
propõe um cuidado ativo, integrado
e sustentável, com foco na manutenção da saúde.
Atuando há 44 anos no mercado
da saúde suplementar, a Unimed-BH
está no nível mais alto do Programa
de Acreditação das Operadoras de
Planos de Saúde e está na melhor
faixa do Índice de Desempenho da
Saúde Suplementar (IDSS), ambas
iniciativas da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS). Em conjunto, as avaliações oficiais posicionam a Cooperativa como a melhor
entre as maiores operadoras de planos de saúde do Brasil.
A Unimed-BH retribui a confiança e o espaço que conquistou no
cotidiano da cidade e de seus moradores investindo permanentemente
em sua estrutura de atendimento.
Nos últimos anos, a Cooperativa desenvolveu o maior plano de investimentos no setor de saúde em Minas
Gerais, para ampliação e qualificação
da rede assistencial. A Rede Própria
conta, atualmente, com dois hospitais de urgência e emergência (Betim
e Belo Horizonte), uma maternidade
(Belo Horizonte), uma unidade de
pronto-atendimento (Contagem),
nove unidades ambulatoriais para
realização de consultas e atividades de promoção da saúde, quatro
Clínicas Unimed Pleno, Centros de
Radiologia e Exames, Serviços de
Atendimento Móvel em Saúde (ambulâncias), Atenção Domiciliar e
Saúde Ocupacional.
Um programa de qualificação
da rede credenciada também é desenvolvido, tendo como resultado
que um em cada cinco serviços à disposição dos clientes são acreditados
ou certificados.
Além de dar sustentação ao
crescimento da base de clientes,
cuja engrenagem é a confiança e o
reconhecimento conquistados junto à população, os investimentos
reorganizam e fortalecem o modelo
de atenção à saúde adotado. Com
isso, a Unimed-BH pode exercer
com totalidade a sua vocação para
o cuidado.
Sistema Unimed
A Unimed-BH faz parte do Sistema Unimed, a maior rede de assistência médica do país, presente em
84% do território nacional. Trata-se,
também, da maior experiência cooperativista no setor de saúde em todo
o mundo. São 351 cooperativas médicas, mais de 110 mil médicos cooperados e de 20 milhões de clientes.
O Sistema nasceu em 1967,
com a fundação da primeira Unimed do Brasil, em Santos, no litoral paulista. Belo Horizonte foi a
primeira capital brasileira a contar com uma singular, como são
chamadas as Unimeds locais, que
atuam no âmbito dos municípios.
Por meio do Sistema Unimed, cada
singular pode oferecer a seus clientes cobertura para os casos de urgência e emergência em qualquer
localidade onde haja uma Unimed.
Resultados
Em 2014, a Unimed-BH manteve sua trajetória de crescimento
sustentado, com expansão de 6,75%
na carteira de clientes, conforme
registro na ANS até 31/12/2014.
Essa variação decorre da inclusão
de beneficiários em contratos coletivos e do desempenho positivo
nas vendas – com destaque para o
segmento de micro e pequenas empresas e para os planos individuais.
Em linha com o crescimento da
carteira, as contraprestações efetivas de assistência à saúde também
tiveram evolução de 15,57% no
último exercício, quando comparadas a 2013. Com o intuito de ofertar
soluções em saúde a seus clientes,
diferenciando-se no mercado de
saúde suplementar, a Unimed- BH
consolidou uma série de estratégias
voltadas à melhoria continuada da
qualidade assistencial.
A Cooperativa fechou o ano de
2014 com um total de Ativos (Circulante, Não circulante) de R$ 1,753
bilhão.
As contraprestações efetivas
de assistência à saúde foram de R$
2,502 bilhões e, desse total, R$ 2,014
bilhões foram destinados aos eventos indenizáveis líquidos, como remuneração da assistência prestada
aos clientes – números que indicam
a consolidação da operação da Unimed –BH e a sai relevância na saúde
suplementar brasileira.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
39
Especial
Ter a dedicação
reconhecida é mais
que gratificante.
É motivador.
A Unimed-BH mais uma vez foi eleita uma das 25 Melhores
e Maiores Empresas de Minas Gerais, pelo Jornal Mercado Comum.
Um reconhecimento e uma conquista de todos os nossos médicos,
colaboradores e parceiros que trabalham com a paixão e a certeza
de que a vida é a maior recompensa.
40
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS – 50 MAIORES
EMPRESAS EM RECEITA OP.
LÍQUIDA - Em R$ mil - 2014
Nº
Razão Social
Receita Operacional Líquida
2014
2013
1
FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda.
22.292.571
23.528.407
2
ArcelorMittal Brasil S.A.
15.332.748
14.236.163
3
CEMIG Distribuição S.A.
11.241.118
9.205.932
4
USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A.
10.925.461
11.336.969
5
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
7.714.717
5.230.134
6
Samarco Mineração S.A.
7.536.864
7.204.417
7
CNH Industrial Latin America Ltda.
6.045.334
7.070.495
8
Gerdau Açominas S.A.
5.374.930
5.091.631
9
Vale Fertilizantes S.A.
5.103.899
5.157.193
10
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
4.207.735
3.510.641
11
MRV Engenharia e Participações S.A.
4.186.185
3.870.608
12
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
4.110.455
3.714.818
13
Martins Com. Serv. Distribuição S.A.
4.001.366
3.734.623
14
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
3.947.429
5.077.542
15
Alcoa Alumínio S.A.
3.743.334
2.779.863
16
Aperam Inox América do Sul S.A.
3.210.701
2.733.151
17
Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança
2.996.441
2.800.240
18
Localiza Rent a Car S.A.
2.886.202
2.578.974
19
Banco Mercantil do Brasil S.A.
2.650.589
2.414.741
20
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
2.502.187
2.165.137
21
COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
2.491.138
1.971.616
22
Zurich Minas Brasil Seguros S.A.
2.455.841
2.333.609
23
Itambé Alimentos S.,A.
2.452.332
2.054.678
24
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
2.435.994
2.924.781
25
Soluções em Aço Usiminas S.A.
2.316.116
2.119.067
26
Belgo Bekaert Arames Ltda.
2.153.099
2.162.781
27
ABC INCO-Algar Agroi - ABC Ind. Com. S.A.
1.847.802
1.739.629
28
Direcional Engenharia S.A.
1.835.613
1.743.929
29
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
1.779.797
1.293.728
30
TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A.
1.770.381
1.540.612
31
Votorantim Metais Zinco S.A.
1.635.485
1.365.674
32
A.R.G. Ltda.
1.612.638
1.861.948
33
Supermix Concreto S.A.
1.596.097
1.535.529
34
Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
1.500.424
1.276.263
35
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
1.484.232
1.482.579
36
PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
1.453.189
1.275.164
37
Zema Cia. Petróleo
1.433.000
1.224.997
38
Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda.
1.428.393
1.220.275
39
Namisa-Nacional Minérios S.A.
1.399.208
2.023.965
40
Magnesita Refratários S.A.
1.383.546
1.299.412
41
Drogaria Araujo S.A.
1.367.951
1.202.903
42
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
1.319.874
1.203.048
43
Tempo Serviço Ltda.
1.306.330
1.110.609
44
Magneti Marelli Sist. Aut. Ind. Com. Ltda.
1.278.983
1.499.964
45
ARCOM S.A.
1.240.501
1.215.919
46
Telemont Eng. Telecomunicações S.A.
1.229.937
1.309.034
47
Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A.
1.211.536
1.214.892
48
Coteminas S.A.
1.103.399
1.022.598
49
Embaré Indústrias Alimentícias S.A.
1.008.550
900.420
50
Comau do Brasil Ind. Com. Ltda.
935.881
769.684
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
41
Especial
MINAS GERAIS – 50 MAIORES
EMPRESAS POR PATRIMÔNIO
LÍQUIDO - Em R$ mil - 2014
Nº
Razão Social
Patrimônio Líquida
2014
2013
1
USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A.
16.719.664
16.711.908
2
Namisa-Nacional Minérios S.A.
15.671.983
14.624.267
3
ArcelorMittal Brasil S.A.
15.191.998
14.295.125
4
Vale Fertilizantes S.A.
14.554.701
15.301.184
5
Alcoa Alumínio S.A.
6.847.834
6.116.030
6
MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A.
6.160.833
5.333.436
7
Gerdau Açominas S.A.
5.951.860
5.685.907
8
Mineração Usiminas S.A.
5.663.548
5.905.420
9
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
5.536.564
5.337.359
10
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
5.027.671
4.796.473
11
MRV Engenharia e Participações S.A.
4.672.918
4.365.400
12
Samarco Mineração S.A.
4.313.331
3.758.049
13
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
4.153.291
4.198.774
14
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
3.486.610
3.815.017
15
Votorantim Metais Zinco S.A.
3.392.277
3.899.160
16
Magnesita Refratários S.A.
2.876.368
3.004.440
17
CEMIG Distribuição S.A.
2.482.227
2.492.858
18
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
2.367.587
2.401.479
19
CNH Industrial Latin America Ltda.
2.289.275
2.103.996
20
Tempo Serviço Ltda.
2.249.775
2.018.389
21
Aperam Inox América do Sul S.A.
2.046.227
2.105.289
22
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
1.987.530
1.775.127
23
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
1.784.383
1.660.821
24
BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A.
1.732.362
1.713.605
25
AGC Energia S.A.
1.657.726
1.381.624
26
Localiza Rent a Car S.A.
1.655.504
1.341.208
27
Direcional Engenharia S.A.
1.616.036
1.472.828
28
Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
1.567.147
1.529.173
29
Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança
1.566.829
1.389.914
30
Ferrous Resources do Brasil S.A.
1.556.278
1.449.698
31
Zurich Minas Brasil Seguros S.A.
1.534.682
808.648
32
FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda.
1.414.341
2.105.566
33
Estreito Energia S.A.
1.304.635
1.291.494
34
FCA Fiat Chrysler Part. Brasil S.A.
1.114.693
50.719
35
Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A.
1.111.949
1.024.378
36
Soluções em Aço Usiminas S.A.
1.101.705
1.125.882
37
Coteminas S.A.
1.019.258
1.014.553
38
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
941.506
808.033
39
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
937.227
929.484
40
International Meal Co. Alimentação S.A.
911.072
157.688
41
Belgo Bekaert Arames Ltda.
894.548
903.977
42
Unigal Ltda.
863.210
921.868
43
Algar Telecom S.A.
851.823
735.053
44
Ituiutaba Bioenergia S.A.
841.725
759.672
45
Vallourec Florestal Ltda.
840.393
656.595
46
Localiza Fleet S.A.
801.409
793.564
47
Centro de Imagem Diagnósticos S.A.
758.758
282.386
48
Rima Industrial S.A.
733.268
697.221
49
A.R.G. Ltda.
712.541
912.973
50
Banco Mercantil do Brasil S.A.
664.884
847.554
42
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS – 50 MAIORES
EMPRESAS POR LUCRO
LÍQUIDO - Em R$ mil - 2014
Nº
Razão Social
Lucro
2014
2013
1
Samarco Mineração S.A.
2.805.548
2.731.397
2
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
2.088.965
1.811.374
3
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
1.565.397
1.405.979
4
ArcelorMittal Brasil S.A.
1.420.736
289.469
5
Namisa-Nacional Minérios S.A.
1.103.480
892.856
6
MRV Engenharia e Participações S.A.
751.400
450.195
7
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
556.056
595.066
8
CEMIG Distribuição S.A.
429.909
490.254
9
Localiza Rent a Car S.A.
410.589
384.344
10
MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A.
396.728
(182.619)
11
AGC Energia S.A.
369.834
340.778
12
Alcoa Alumínio S.A.
343.739
(103.465)
13
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
318.141
419.795
14
Mineração Usiminas S.A.
286.960
508.080
15
FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda.
249.505
290.416
16
Tempo Serviço Ltda.
231.586
197.121
17
AG Construções e Serviços S.A.
228.855
625
18
Belgo Bekaert Arames Ltda.
206.537
202.382
19
Direcional Engenharia S.A.
205.870
228.197
20
CNH Industrial Latin America Ltda.
188.055
361.483
21
Vallourec Mineração S.A.
184.976
216.494
22
Localiza Fleet S.A.
183.056
184.892
23
Unigal Ltda.
176.317
179.660
24
TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A.
166.788
122.886
25
FCA Fiat Chrysler Part. Brasil S.A.
164.366
8.548
26
Minasligas-Cia. Ferroligas Minas Gerais
151.512
54.235
27
Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança
141.601
172.145
28
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
141.088
157.176
29
Algar Telecom S.A.
139.889
137.787
30
COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
130.121
15.253
31
USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A.
129.552
(141.678)
32
Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A.
128.384
110.003
33
Arezzo Indústria e Comércio S.A.
112.752
110.555
34
Itambé Alimentos S.,A.
107.836
66.576
35
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
105.837
166.314
36
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
95.332
237.903
37
ARCOM S.A.
92.889
73.544
38
DME Distribuição S.A.
91.002
17.810
39
Enccamp Residencial S.A.
90.607
65.165
40
Redentor Energia S.A.
86.635
71.200
41
Instituto Hermes Pardini S.A.
86.355
60.102
42
BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A.
82.397
128.190
43
Banco Fidis S.A.
79.178
38.000
44
Drogaria Araujo S.A.
78.221
57.002
45
PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
77.979
78.637
46
Martins Com. Serv. Distribuição S.A.
72.037
69.350
47
Cemig Capim Branco Energia S.A.
71.861
59.465
48
Vallourec Florestal Ltda.
70.564
19.935
49
AeC Centro de Contatos S.A.
65.586
49.760
50
Cemig Trading S.A.
63.136
62.258
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
43
Especial
MINAS GERAIS – 50 MAIORES
EMPRESAS POR ATIVOS
TOTAIS - Em R$ mil - 2014
Nº
Razão Social
Ativos Totais
2014
2013
1
ArcelorMittal Brasil S.A.
29.630.927
28.523.586
2
USIMINAS-Usinas Sider. M.G. S.A.
28.868.053
29.327.299
3
FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil Ltda.
24.520.219
17.308.046
4
Samarco Mineração S.A.
19.583.730
15.046.345
5
Vale Fertilizantes S.A.
18.114.892
19.872.968
6
Namisa-Nacional Minérios S.A.
16.623.914
15.579.359
7
CEMIG Distribuição S.A.
13.864.840
12.497.936
8
Banco Mercantil do Brasil S.A.
12.655.017
13.463.359
9
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
12.378.036
10.475.039
10
MRV Engenharia e Participações S.A.
10.817.175
10.198.449
11
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
10.154.641
9.456.301
12
Gerdau Açominas S.A.
9.876.066
9.735.690
13
Alcoa Alumínio S.A.
9.101.940
8.915.740
14
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
8.567.313
8.513.749
15
MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A.
7.902.572
6.667.296
16
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
6.517.891
6.124.366
17
Votorantim Metais Zinco S.A.
6.487.086
6.696.918
18
BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A.
6.452.367
4.901.053
19
Mineração Usiminas S.A.
5.990.823
6.403.847
20
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
5.961.317
4.886.470
21
CNH Industrial Latin America Ltda.
5.754.257
5.393.084
22
Banco Fidis S.A.
5.379.431
5.931.266
23
Zurich Minas Brasil Seguros S.A.
5.357.329
4.005.730
24
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
5.246.998
2.401.479
25
Localiza Rent a Car S.A.
4.842.894
4.123.317
26
Magnesita Refratários S.A.
4.833.790
4.907.265
27
Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
4.383.432
4.055.177
28
Aperam Inox América do Sul S.A.
4.110.552
4.442.592
29
A.R.G. Ltda.
3.626.325
3.235.673
30
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
3.514.162
3.108.082
31
COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
3.444.737
2.078.157
32
SICOOB CENTRAL CREDIMINAS-Coop. Central Créd. MG Ltda.
3.293.833
2.615.594
33
Banco Bonsucesso S.A.
2.944.882
2.916.920
34
Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança
2.839.173
2.512.867
35
Tempo Serviço Ltda.
2.670.054
2.461.067
36
SICOOB CENTRAL CECREMGE-Central Coop. Econ.
2.456.163
1.825.614
37
AGC Energia S.A.
2.435.531
2.570.437
38
Ferrous Resources do Brasil S.A.
2.364.749
2.081.572
39
Banco Triâjngulo S.A.
2.132.470
1.845.983
40
Direcional Engenharia S.A.
2.100.698
1.939.005
41
Coteminas S.A.
2.013.261
1.877.030
42
Algar Telecom S.A.
1.904.444
1.688.133
43
Banco Intermedium S.A.
1.849.590
1.433.992
44
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
1.790.328
1.688.600
45
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
1.753.943
1.509.737
46
Mercantil do Brasil Financeira S.A.
1.709.910
1.337.948
47
Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A.
1.647.163
1.518.067
48
Autopista Fernão Dias S..A.
1.617.465
1.289.290
49
ABC INCO-Algar Agroi - ABC Ind. Com. S.A.
1.566.166
1.414.662
50
Localiza Fleet S.A.
1.467.834
1.251.363
44
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS – MAIORES
EMPRESAS EM NÚMERO DE
FUNCIONÁRIOS - 2014
Classificação
Empresa
Número de Funcionários
1
Prosegur Brasil S.A.
48.307
2
AeC Centro de Contatos S.A.
28.073
3
Telemont Eng. Telecomunicações S.A.
24.157
4
Almaviva do Brasil Telec. Inform. S.A.
23.016
5
FCA Fiat Chrysler Aut. Brasil S.A.
21.867
6
MGS-Minas Gerais Adm. Serviços S.A.
19.159
7
Direcional Engenharia S.A.
13.359
8
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
12.596
9
Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais
12.540
10
Usiminas-Usinas Sid. M.G. S.A.
12.175
11
Algar Tecnol. Const. S.A.
10.612
12
Coteminas S.A.
9.933
13
ArcelorMittal Brasil S.A.
9.649
14
PIF-PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
8.232
15
Magnesita Refratários S.A.
7.227
16
Drogaria Araujo S.A.
6.090
17
Cemig Distribuição S.A.
6.073
18
Vale Fertilizantes S.A.
5.967
19
PUC-Minas-Soc. Min. Cultura
5.609
20
CNH Latin America Ltda.
5.365
21
FCA-Ferrovia Centro-Altântica S.A.
5.187
22
Usiminas Mecânica S.A.
5.086
23
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
5.021
24
AngloGold Ashanti Min. S.A.
4.552
25
Localiza Rent a Car S.A.
4.491
26
MRV Engenharia S.A.
4.377
27
Empresa Gontijo de Transportes Ltda.
4.323
28
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
4.288
29
Unimed-BH
3.945
30
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
3.825
31
Eletrosom S.A.
3.467
32
Supermix Concreto S.A.
3.434
33
Expresso Nepomuceno S.A.
3.398
34
Iveco Latin America Ltda.
3.388
35
Rima Industrial S.A.
3.274
36
Itambé Alimentos S.A.
3.208
37
Construtora Barbosa Mello S.A.
3.090
38
BBA-Belgo-Bekaert Arames Ltda.
3.033
39
Samarco Mineração S.A.
2.969
40
Instituto Hermes Pardini S.A.
2.770
41
Aethra Sistemas Automotivos S.A.
2.769
42
Cia. São Geraldo de Viação
2.454
43
A.R.G. Ltda.
2.438
44
Vallourec Sumitomo Tubos Brasil S.A.
2.414
45
Aperam Inox Am. Sul S.A.
2.080
46
Algar Telecom S.A.
2.077
47
Cooxupé-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
2.041
48
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
1.957
49
Vilma – Domingos Costa Alim. S.A.
1.931
50
Cemig Geração e Transmissão S.A.
1.701
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
45
Especial
MINAS GERAIS – MAIORES
EMPRESAS CRESCIMENTO
REAL DE VENDAS - Em % - 2014
Nº
Razão Social
Receita Operacional Líquida
Variação
2014
2013
1
Almaviva do Brasil Telem. Informática S.A.
503.178
182.847
Nominal
175,2
157,4
Real
2
ArcelorMittal Com. Energia Ltda.
516.625
276.770
86,7
74,6
3
LIASA - Ligas de Alumínio S.A.
413.731
237.224
74,4
63,1
4
Helibras-Helicópteros do Brasil S.A.
671.303
404.162
66,1
55,4
5
Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A.-Construções
571.179
346.286
64,9
54,3
6
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
7.714.717
5.230.134
47,5
38,0
7
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
1.779.797
1.293.728
37,6
28,7
8
BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A.
566.203
415.457
36,3
27,5
9
Alcoa Alumínio S.A.
3.743.334
2.779.863
34,7
26,0
635.537
498.741
27,4
19,2
10
Integral Engenharia Ltda.
11
COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
2.491.138
1.971.616
26,4
18,2
12
Construtora Cowan S.A.
506.218
401.078
26,2
18,1
13
CEMIG Distribuição S.A.
11.241.118
9.205.932
22,1
14,2
14
Comau do Brasil Ind. Com. Ltda.
935.881
769.684
21,6
13,7
15
Banco Fidis S.A.
609.568
504.465
20,8
13,0
16
AeC Centro de Contatos S.A.
689.108
573.706
20,1
12,4
17
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
4.207.735
3.510.641
19,9
12,1
18
Votorantim Metais Zinco S.A.
1.635.485
1.365.674
19,8
12,0
19
Eletrosom S.A.
874.439
730.467
19,7
12,0
20
Itambé Alimentos S.,A.
2.452.332
2.054.678
19,4
11,6
21
Enccamp Residencial S.A.
504.771
423.842
19,1
11,4
22
Algar Tecnologia e Consultoria S.A.
450.212
381.858
17,9
10,3
23
Tempo Serviço Ltda.
1.306.330
1.110.609
17,6
10,0
24
Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
1.500.424
1.276.263
17,6
10,0
25
Aperam Inox América do Sul S.A.
3.210.701
2.733.151
17,5
9,9
26
BCR Comércio e Indústria S..A.
627.756
535.654
17,2
9,6
27
Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda.
1.428.393
1.220.275
17,1
9,5
28
Zema Cia. Petróleo
1.433.000
1.224.997
17,0
9,4
29
Luiz Tonin Atacadista e Supermercados S.A.
542.307
463.677
17,0
9,4
30
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
2.502.187
2.165.137
15,6
8,1
31
TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A.
1.770.381
1.540.612
14,9
7,5
32
Banco Triâjngulo S.A.
411.928
358.499
14,9
7,5
33
Algar Celular S.A.
406.773
356.294
14,2
6,8
34
CODEMIG - Cia. Desenvolvimento Econômico M. Gerais
523.497
459.169
14,0
6,6
35
PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
1.453.189
1.275.164
14,0
6,6
36
Drogaria Araujo S.A.
1.367.951
1.202.903
13,7
6,4
37
Instituto Hermes Pardini S.A.
570.368
501.878
13,6
6,3
38
Embaré Indústrias Alimentícias S.A.
1.008.550
900.420
12,0
4,8
39
Localiza Rent a Car S.A.
2.886.202
2.578.974
11,9
4,7
40
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
4.110.455
3.714.818
10,7
3,5
41
Banco Mercantil do Brasil S.A.
2.650.589
2.414.741
9,8
2,7
42
Tracbel S.A.
760.796
693.216
9,7
2,7
43
Localiza Fleet S.A.
919.457
838.008
9,7
2,6
44
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
1.319.874
1.203.048
9,7
2,6
45
Soluções em Aço Usiminas S.A.
2.316.116
2.119.067
9,3
2,2
46
Itatiaia Móveis S.A.
638.182
585.699
9,0
1,9
47
Arezzo Indústria e Comércio S.A.
918.726
848.050
8,3
1,3
48
MRV Engenharia e Participações S.A.
4.186.185
3.870.608
8,2
1,2
49
Vallourec Mineração S.A.
576.028
533.396
8,0
1,0
50
Coteminas S.A.
1.103.399
1.022.598
7,9
0,9
46
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS – MAIORES
RENTABILIDADES DO PL –
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – 2014
Classificação
Empresa
%
1
Almaviva do Brasil Telec. S.
113,6
2
Ceva Logística S.A.
112,2
3
AeC Centro de Contatos S.A.
100,4
4
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
94,3
5
Liasa-Ligas de Alumínio S.A.
85,2
6
Samarco Mineração S.A.
74,7
7
Vallourec Mineração S.A.
72,0
8
Cemig – Ger. Transmissão S.A.
54,8
PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
50,9
10
9
Mascarenhas, Barbosa, Roscoe S.A.
49,6
11
Telemont – Eng. Telec. S.A.
43,3
12
Enccamp Residencial S.A.
42,1
13
Energisa MG Dist. S.A.
36,0
14
Minasligas S.A.
35,9
15
Drogaria Araujo S.A.
35,2
16
Tambasa S.A.
32,1
17
Localiza Rent a Car S.A.
30,5
18
Embaré S.A.
30,1
19
Hermes Pardini S.A.
29,7
20
Tora Transportes S.A.
28,4
21
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
27,3
22
Arcom S.A.
25,9
23
Cooxupé-Coop. Caf. Guaxupé Ltda.
25,6
24
BCR Com. Ind. S.A.
24,2
25
Localiza Fleet S.A.
23,1
26
Belgo Bekaert Arames S.A.
22,9
27
Arezzo S.A.
21,9
28
Itambé Alimentos S.A.
21,4
29
Integral Engenharia S.A.
20,8
30
Algar Telecom S.A.
19,0
31
Tracbel S.A.
18,0
32
Cemig Distribuição S.A.
17,3
33
MRV Engenharia S.A.
17,2
34
Algar Tec. Cons. S.A.
17,1
35
Luiz Tonin Atac. Superm. S.A.
16,9
36
Eletrosom S.A.
15,5
37
Banco Fidis S.A.
15,1
38
Gasmig-Cia. Gás M.Gerais
15,1
39
J-Par Dist. Veículos S.A.
14,4
40
Itambé – CCPR Ltda.
14,1
41
Direcional Engenharia S.A.
14,0
42
Unimed-BH
13,1
43
Banco Triângulo S.A.
13,1
44
Petronas Lubrificantes S.A.
13,0
45
AngloGold Ashanti S.A.
12,5
46
Itaipu Máquinas e Veículos S.A.
12,3
47
Empresa Gontijo de Transportes S.A.
12,0
48
FCA Fiat Chrysler Ltda.
11,9
49
Vallourec Tubos Brasil S.A.
11,6
50
Tempo Serviços Ltda.
11,5
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
47
Especial
MINAS GERAIS – MAIORES
EMPRESAS RENTABILIDADE
SOBRE AS VENDAS - Em % - 2014
Nº
Razão Social
1
Namisa-Nacional Minérios S.A.
2
Receita Operacional Líquida
2014
Lucro Líquido
2014
Rentabilidade
Vendas
1.399.208
1.103.480
78,86%
AG Construções e Serviços S.A.
409.017
228.855
55,95%
3
MBR-Miner. Bras. Reunidas S.A.
726.125
396.728
54,64%
4
Mineração Usiminas S.A.
742.988
286.960
38,62%
5
Samarco Mineração S.A.
7.536.864
2.805.548
37,22%
6
CBMM-Cia. Bras. Metalurgia e Mineração
4.207.735
1.565.397
37,20%
7
Vallourec Mineração S.A.
576.028
184.976
32,11%
8
CEMIG-Geração e Transmissão S.A.
7.714.717
2.088.965
27,08%
9
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
2.435.994
556.056
22,83%
10
Localiza Fleet S.A.
919.457
183.056
19,91%
11
Algar Telecom S.A.
775.291
139.889
18,04%
12
Enccamp Residencial S.A.
504.771
90.607
17,95%
13
MRV Engenharia e Participações S.A.
4.186.185
751.400
17,95%
14
Tempo Serviço Ltda.
1.306.330
231.586
17,73%
15
Instituto Hermes Pardini S.A.
570.368
86.355
15,14%
16
BDMG-Banco de Desenvolvimento M.G. S.A.
566.203
82.397
14,55%
17
Localiza Rent a Car S.A.
2.886.202
410.589
14,23%
18
LIASA - Ligas de Alumínio S.A.
413.731
57.148
13,81%
19
Banco Fidis S.A.
609.568
79.178
12,99%
20
Arezzo Indústria e Comércio S.A.
918.726
112.752
12,27%
21
Direcional Engenharia S.A.
1.835.613
205.870
11,22%
22
Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A.-Construções
571.179
62.878
11,01%
23
Banco Triâjngulo S.A.
411.928
44.086
10,70%
24
GASMIG-Cia. Gás de Minas Gerais
1.319.874
141.088
10,69%
25
Anglogold Ashanti C. S. Mineração S.A.
1.211.536
128.384
10,60%
26
Belgo Bekaert Arames Ltda.
2.153.099
206.537
9,59%
27
AeC Centro de Contatos S.A.
689.108
65.586
9,52%
28
TAMBASA-Tec. Arm. Miguel Bartolomeu S.A.
1.770.381
166.788
9,42%
29
ArcelorMittal Brasil S.A.
15.332.748
1.420.736
9,27%
30
Alcoa Alumínio S.A.
3.743.334
343.739
9,18%
31
Algar Celular S.A.
406.773
33.447
8,22%
32
COPASA-Cia. Saneamento de Minas Gerais
4.110.455
318.141
7,74%
33
ARCOM S.A.
1.240.501
92.889
7,49%
34
BCR Comércio e Indústria S..A.
627.756
46.950
7,48%
35
Rima Industrial S.A.
644.993
47.782
7,41%
36
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
1.484.232
95.332
6,42%
37
Algar Tecnologia e Consultoria S.A.
450.212
28.659
6,37%
38
Construtora Cowan S.A.
506.218
31.366
6,20%
39
Drogaria Araujo S.A.
1.367.951
78.221
5,72%
40
Almaviva do Brasil Telem. Informática S.A.
503.178
28.597
5,68%
41
Tracbel S.A.
760.796
41.890
5,51%
42
PIF PAF-Rio Branco Alimentos S.A.
1.453.189
77.979
5,37%
43
COOXUPÉ-Coop. Reg. Caf. Guaxupé Ltda.
2.491.138
130.121
5,22%
44
CEVA Logística Ltda.
512.957
24.590
4,79%
45
Prosegur Brasil S.A.-Transp. Vals. Segurança
2.996.441
141.601
4,73%
46
Energisa Minas Gerais Dist. Energia S.A.
491.132
23.030
4,69%
47
Itambé Alimentos S.,A.
2.452.332
107.836
4,40%
48
UNIMED BH - Cooperativa de Trabalho Médico
2.502.187
105.837
4,23%
49
Construtora Barbosa Mello S.A.
766.239
31.232
4,08%
50
Itambé-Coop. Central Prods. Rurais M.G. Ltda.
1.428.393
55.272
3,87%
48
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
49
Especial
50
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS – MAIORES
EMPRESAS EM RECOLHIMENTO
DE TRIBUTOS – 2014
Classificação
Empresa
Valor em R$ milhões
1
FCA – Fiat Chrysler S.A.
7.647,86
2
Cemig Distribuição S.A.
3.997,65
3
Cemig Ger. Transmissão S.A.
2.569,11
4
ArcelorMittal Brasil S.A.
1.056,14
5
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
1.043,87
6
CNH Latin America Ltda.
936,96
7
Usiminas-Usinas Sider. M.G. S.A.
926,82
8
Sol. Aço Usiminas S.A.
885,57
9
Iveco Latin América Ltda.
667,94
10
Samarco Mineração S.A.
614,59
11
Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais
565,79
12
Gerdau-Açominas S.A.
489,15
13
Namisa S.A.
450,54
14
Const. Andrade Gutierrez S.A.
432,58
15
Magneti Marreli S.A.
391,94
16
Aperam Aço Inox S.A.
314,93
17
Localiza S.A.
220,03
18
MRV Engenharia S.A.
215,54
19
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
186,20
20
Unimed-BH
131,72
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
51
Especial
MINAS GERAIS - MAIORES
EMPRESAS EM EBTIDA – 2014
Classificação
Empresa
Valor em R$ milhões
1
Cemig-Cia. Energética M. Gerais
6.170,80
2
Samarco Mineração S.A.
3.762,50
3
ArcelorMittal Brasil S.A.
3.543,00
4
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
2.570,80
5
Energisa S.A.
1.558,40
6
Usiminas-Usinas Sid. M. Gerais S.A.
1404,9
7
Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais
1.107,90
8
Localiza S.A.
969,8
9
Alcoa Alumínio S.A.
880,5
10
Gerdau-Açominas S.A.
779,8
11
Vallourec Tubos Brasil S.A.
753,5
12
MRV Engenharia S.A.
740,0
13
CNH Latin América Ltda.
690,6
14
Algar Telecom S.A.
543,0
15
Aperam Aço Inox S.A.
467,3
16
Cenibra S.A.
444,4
17
Supermix Concreto S.A.
423,7
18
Vallourec Sumitomo S.A.
426,5
19
AngloGold Ashanti S.A.
373,5
20
Prosegur Brasil S.A.
324,6
21
Direcional Engenharia S.A.
285,1
22
Magnesita Refratários S.A.
276,1
23
Líder Aviação S.A.
233,2
24
Tambasa S.A.
213,9
25
FCA-Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
206,9
26
Cooxupé Ltda.
206,2
27
Itambé Alimentos S.A.
203,7
28
Gasmig-Cia. Gás M. Gerais
202,9
29
Coteminas S.A.
190,8
30
Votorantim Metais e Zinco S.A.
198,9
31
Minasligas S.A.
185,8
32
Pif Paf Alimentos S.A.
180,7
33
Hermes Pardini S.A.
175,8
34
A.R.G. S.A.
164,1
35
Arezzo S.A.
161,3
36
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
148,2
37
Rima Industrial S.A.
133,7
38
AeC Centro de Contatos S.A.
132,9
39
Tempo Serviços Ltda.
120,8
40
Liasa S.A.
119,9
52
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS –
MELHOR LIQUIDEZ
CORRENTE – 2014
Classificação
Empresa
Em Pontos
1
Mineração Usiminas S.A.
8,04
2
Emccamp Residencial S.A.
5,56
3
Minasligas S.A.
4
Tambasa S.A.
5
A.R.G. S.A.
6
Icasa-Ind. Cer. Andradense S.A.
3,54
7
Arezzo S.A.
3,46
8
Solução em Aço Usiminas S.A.
3,16
9
5,2
3,65
3,6
Direcional Engenharia S.A.
3,17
10
Liasa – Ligas de Alumínio S.A.
2,81
11
Tora Transportes S.A.
2,38
12
Arcom S.A.
2,34
13
Magnesita Refratários S.A.
2,23
14
Hospital Mater Dei S.A.
2,19
15
Usiminas Mecânica S.A.
2,13
16
Carbel S.A.
2,09
17
MRV Engenharia S.A.
2,07
18
Belgo Bekaert Arames Ltda.
2,03
19
Mascarenhas Barbosa Roscoe S.A.
1,99
20
Tempo Serviços Ltda.
1,94
21
Hermes Pardini S.A.
1,94
22
Drogaria Araujo S.A.
1,93
23
Empresa Gontijo Transp. S.A.
1,86
24
Aperam Aço Inox S.A.
1,86
25
Valourec Tubos Brasil S.A.
1,84
26
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
1,78
27
Coteminas S.A.
1,78
28
Usiminas-Usinas Sid. M.G. S.A.
1,73
29
Rima Industrial S.A.
1,72
30
CNH Latin America Ltda.
1,71
31
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
1,67
32
Supermix Concreto S.A.
1,62
33
Gerdau-Açominas S.A.
1,61
34
Petronas Lubrificantes S.A.
35
Cooxupé-Coop. Caf. Guaxupé Ltda.
1,45
36
Codemig-Cia. Desenv. M. Gerais
1,45
37
Namisa S.A.
1,44
38
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
1,42
39
Prosegur Brasil S.A.
1,42
40
Localiza Rent a Car S.A.
1,4
41
PIF PAF Alimentos S.A.
1,34
42
Itambé Alimentos S.A.
1,33
43
Eletrosom S.A.
1,32
44
ArcelorMittal Brasil S.A.
1,31
45
AngloGold Ashanti S.A.
1,28
46
Unimed-BH
1,27
47
Integral Engenharia S.A.
1,27
48
Votorantim Metais e Zinco S.A.
1,25
49
Energisa S.A.
1,21
50
Copasa-Cia. Saneamento M. Gerais
1,16
1,6
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
MINAS GERAIS –
MAIORES EMPRESAS POR
RIQUEZA CRIADA – 2014
Classificação
Empresa
Especial
R$ milhões
1
Cemig Distribuição S.A.
6.150,35
2
Cemig Ger. Transmissão S.A.
5.988,99
3
ArcelorMittal Brasil S.A.
5.719,87
4
Samarco Mineração S.A.
4.008,72
5
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
3.382,77
6
Prosegur Brasil S.A.
2.404,46
7
Usiminas – Usinas Sid. M.G. S.A.
2.336,80
8
Copasa-Cia. Saneamento M.Gerais
2.039,84
9
53
Construtora Andrade Gutierrez S.A.
1.512,97
10
Gerdau-Açominas S.A.
1.461,48
11
Localiza Rent a Car S.A.
1.011,24
12
MRV Engenharia S.A.
940,29
13
Aperam Aço Inox S.A.
860,96
14
Belgo-Bekaert Arames Ltda.
736,72
15
PUC-Minas
679,08
16
Vallourec Sumitomo S.A.
636,43
17
Martins-Com. Serv. Dist. S.A.
516,10
18
AngloGold Ashanti S.A.
505,92
19
Supermix Concreto S.A.
423,89
20
Magnesita Refratários S.A.
417,60
21
Unimed-BH
387,67
22
Cenibra-Celulose Nipo-Brasileira S.A.
314,63
23
FCA-Ferrovia Centr-Atlântica S.A.
312,83
24
Cooxupé-Coop.Caf. Guaxupé Ltda.
308,94
25
Gasmig-Cia. Gás M. Gerais
307,44
26
Arezzo S.A.
260,37
27
Soluções em Aço Usiminas S.A.
230,21
28
Namisa S.A.
220,63
29
A.R.G. S.A.
210,45
30
Arcom S.A.
193,39
54
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS –
PRINCIPAIS EMPRESAS
EXPORTADORAS - 2014
Classificação
Razão Social
Exportações US$ mil - FOB
Participação no Total-%
1
Vale S.A.
9.752.531
33,26
2
CBMM-Cia. Bras. Met. Mineração
1.718.468
5,86
3
CSN – Cia. Siderúrgica Nacional
1.388.816
4,74
4
Fiat Automóveis S.A.
855.958
2,92
5
Kinross Brasil Mineração S.A.
643.082
2,19
6
NAMISA – Nacional Minérios S.A.
607.472
2,07
7
CENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S.A.
569.411
1,94
8
COOXUPÉ-Coop. Ref.Caf. Guaxupé Ltda.
557.830
1,90
9
Gerdau-Açominas S.A.
540.653
1,84
10
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
528.554
1,80
11
AngloGold Ashanti C.S.Mineração S.A.
475.185
1,62
12
JBS S.A.
434.451
1,48
13
Novo Nordisk Prod. Farm. Brasil Ltda.
433.932
1,48
14
Terra Forte Exp. Imp. Café
387.471
1,32
15
Louis Dreyfys Commodities Brasil S.A.
364.802
1,24
16
BRF S.A.
307.990
1,05
17
Stockler Com. Exportadora Ltda.
285.109
0,97
18
S.A. Usina Coruripe Açúcar e Alcool
244.843
0,84
19
EISA-Empresa Interagrícola S.A.
237.202
0,81
20
Adm. do Brasil Ltda.
225.989
0,77
21
Usiminas-Usinas Sid. M. G. S.A.
211.673
0,72
22
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
206.341
0,70
23
Unicafé Cia. de Comércio Exterior
205.867
0,70
24
Usina Delta S.A.
200.123
0,68
25
Exportadora de Café Guaxupé Ltda.
184.693
0,63
26
Magnesita Refratários S.A.
184.478
0,63
27
Gardingo Trading Imp. Exp. Ltda.
181.280
0,62
28
Atlântica Exp. Importação Ltda.
164.998
0,56
29
Acesita S.A.
153.602
0,52
30
ArcelorMittal do Brasil S.A.
151.863
0,52
31
Mataboi Alimentos S.A.
147.436
0,50
32
Café Três Corações S.A.
144.324
0,49
33
Seara Alimentos S.A.
132.327
0,45
34
Rima Industrial S.A.
127.284
0,43
35
Bunge Alimentos S.A.
117.968
0,40
36
Mineração Curimbaba Ltda.
117.954
0,40
37
Iveco Latin America Ltda.
114.744
0,39
38
Noble Brasil S.A.
110.613
0,38
39
Tristão Cia. de Comércio Exterior
101.791
0,35
40
Dow Corning Silício Brasil Ind. Comércio
93.015
0,32
23.612.126
80,53
5.708.519
19,47
29.320,65
100,00
Subtotal
Demais Empresas
TOTAL GERAL
Fonte: Min. Desenvolvimento, Ind. e Comércio Exterior/MinasPart Desenvolvimento
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
55
Especial
MINAS GERAIS –
MAIORES EMPRESAS S.A. DE
CAPITAL ABERTO - 2014
Classificação
Empresa
Valor da Capitalização (Em US$ milhão*)
1
CEMIG-Cia. Energética de M.Gerais
6.331,93
2
Usiminas – Usinas Sid. M.G. S.A.
3.306,67
3
Localiza Rent a Car S.A.
2.847,35
4
MRV Engenharia S.A.
1.268,18
5
Copasa-Cia. Saneamento M.G.
1.134,57
6
Energisa S.A.
1.108,52
7
Arezzo S.A.
900,12
8
Direcional Engenharia S.A.
474,16
9
Magnesita Refratários S.A.
220,75
10
Wembley S.A.
132,52
11
Banco Mercantil do Brasil S.A.
99,93
12
Biomm S.A.
98,65
13
Cia. Industrial Cataguases
57,03
14
Banco Mercantil de Investimentos S.A.
51,69
15
Cia. Tecidos Santanense
48,01
16
Coteminas S.A.
44,03
17
Minasmáquinas S.A.
37,84
18
Mendes Jr. S.A.
36,84
19
Cia. Fiação Tec. Cedro e Cachoeira
33,71
20
Mercantil do Brasil Financeira S.A.
33,30
*À cotação do US$/Real no último dia útil. BMF&Bovespa.
56
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Especial
MINAS GERAIS –
PRINCIPAIS EMPRESAS
IMPORTADORAS - 2014
Classificação
Empresa
1
Fiat Automóveis S.A.
2
Importações US$ mil - FOB
Participação no Total-%
1.173.261
10,66
Mercedez-Benz do Brasil Ltda.
502.532
4,57
3
Iveco Latin America Ltda.
486.705
4,42
4
Usiminas-Usinas Sider. M.G. S.A.
372.770
3,39
5
Gerdau-Açominas S.A.
366.932
3,34
6
FMC Química do Brasil Ltda.
337.765
3,07
7
Fertilizantes Heringer S.A.
310.459
2,82
8
Yara Brasil Fertilizantes S.A.
224.655
2,04
9
Vale S.A.
212.071
1,93
10
Vale Fertilizantes S.A.
197.531
1,80
11
Unilever Brasil Industrial Ltda.
191.427
1,74
12
CNH Ind. Latin America Ltda.
191.181
1,74
13
Cisa Trading S.A.
185.424
1,69
14
ArcelorMittal Brasil S.A.
163.218
1,48
15
Ferreiro do Brasil Ind.Doceira e Alim.
153.544
1,40
16
Votorantim Metais Zinco S.A.
144.719
1,32
17
VRG Linhas Aéreas S.A.
144.117
1,31
18
Novo Nordisk Prod. Farm.Brasil Ltda.
140.658
1,28
19
Multilaser Industrial S.A.
118.039
1,07
20
Jabil do Brasil Ind. Eletroeletrônica Ltda.
117.956
1,07
21
Fundação Ezequiel Dias
108.243
0,98
22
Philips do Brasil Ltda.
106.618
0,97
23
Samarco Mineração S.A.
104.958
0,95
24
Helibras-Helicópteros do Brasil S.A.
96.378
0,88
25
Mosaic Fertilizantes Brasil Ltda.
91.258
0,83
26
Black & Decker do Brasil Ltda.
89.223
0,81
27
Alcoa Alumínio S.A.
88.063
0,80
28
GE Transportes Ferroviários S.A.
87.435
0,79
29
Vallourec & Sumitomo Tubos Brasil Ltda.
78.867
0,72
30
Anglo-Ferrous Minas Rio Mineração S.A.
76.938
0,70
31
Ouro Fino Química Ltda.
68.784
0,63
32
Fertipar Sudeste Adubos Corret. Agríc.
67.702
0,62
33
GE Healthcare Brasil Com. Serv.
64.291
0,58
34
Sipcam Nichino Brasil S.A.
63.730
0,58
35
Unifi do Brfasil Ltda.
63.482
0,58
36
Kinross Brasil Mineração S.A.
61.112
0,56
37
Philips Medical Systems Ltda.
59.965
0,55
38
Fertigran Fertilizantes V.R. Ltda.
58.390
0,53
39
DL Comércio Ind. Produtos Eletrônicos
55.484
0,50
40
Rima Industrial S.A.
54.232
0,49
Subtotal
7.280.118
66,17
Demais Empresas
3.721.750
34,88
11.001.867
100,00
TOTAL GERAL
Fonte: Min. Desenvolvimento, Ind. e Comércio Exterior/MinasPart Desenvolvimento
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
57
Especial
OBRAS PARA A DESPOLUIÇÃO
DA LAGOA DA PAMPULHA.
UM RESGATE À BELEZA ORIGINAL DA MAIS
FAMOSA ATRAÇÃO TURÍSTICA DE BH.
Belo Horizonte me recebeu
de braços abertos.
E eu também abracei essa
cidade. A receptividade
das pessoas. A beleza dos
lugares. O encanto
da Pampulha.
C E S A R C I E LO
A Belo Horizonte que recebeu Cesar
Cielo de braços abertos reúne inúmeras
atrações que encantam milhares
de turistas todos os anos. Como a
Pampulha, que está vivendo um momento
de grande transformação. A Prefeitura
de Belo Horizonte tem trabalhado muito
pela despoluição da Lagoa. As obras de
desassoreamento já foram concluídas
e novas etapas para a despoluição
completa estão em andamento.
Assim, o Conjunto Moderno da Pampulha,
que é candidato a Patrimônio Cultural
da Humanidade, será um orgulho ainda
maior para todos nós.
58
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Informações Privilegiadas
BDMG sedia encontro
do Criatec 2
Evento apresentou empresas mineiras investidas pelo fundo e contou
com apresentação de linhas de crédito do BDMG para inovação
fotos Bruna Marta/ BDMG
Dois empresários mineiros não
desistiram do sonho de empreender
e, hoje, dirigem empresas investidas
pelo fundo Criatec 2, gerido pela
Bozano Investimentos e pela Triaxis
Capital e que conta com investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco de Desenvolvimento
de Minas Gerais (BDMG), do Banco
do Nordeste (BNB), do Banco de
Brasília (BRB) e do Badesul (Agência
de Fomento do Rio Grande do Sul).
Essas histórias foram apresentadas
durante o evento: Criatec 2 - Capital
Empreendedor Apoiando a Inovação
em Minas Gerais, realizado, nesta
semana, no auditório do BDMG em
Belo Horizonte.
Marcello Ladeira é presidente da
Siteware, empresa instalada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte
(BH-TEC), que desenvolve soluções
de gestão empresarial. Já Roberto
Castro Jr. é o principal executivo da
Ventrix, fabricante de equipamentos
médico-hospitalares preparada na
Incubadora de Base Tecnológica de
Itajubá (INCIT), no Sul de Minas.
Ambos persistiram na vontade de
fundar a própria empresa e, na segunda tentativa, tiveram êxito, reconhecido pelo Criatec 2.
A Siteware, a Ventrix e a HTP
Solution – desenvolvedora de soluções para a gestão de transporte
empresarial de pessoas – são três
empresas mineiras investidas pelo
Criatec 2. O fundo tem atuação nacional, capital comprometido de R$
186 milhões – sendo R$ 10 milhões
do BDMG – e 18 companhias já
aprovadas, com expectativa de alcançar um total de 36 investimentos.
De acordo com Fernando Wagner da
Silva, executivo do Criatec 2, o fundo
investe em diversos setores da economia. A empresa desejada deve ter
uma equipe competente de funcionários, um mercado claro de atuação e
uma perspectiva de crescimento. “O
fundo colabora na gestão estratégica
e de equipe, na estruturação interna,
no networking, na inteligência de
mercado e na resolução de eventuais
conflitos”, explica Silva.
Ladeira, da Siteware, conta que
buscava uma parceria que oferecesse inteligência ao negócio. Segundo
ele, a entrada do Criatec 2 elevou a
empresa a outro patamar. “Os concorrentes percebem a empresa muito
mais agora. E quero que os clientes
também a percebam”, afirma. Além
disso, ele explica que a chancela de
um fundo como o Criatec 2 abre portas para que uma pequena empresa
Da esquerda para a direita - Fernando Wagner da Silva (Criatec 2); Haim Mesel (sócio-fundador
da Triaxis Capital); Roberto Castro Jr. (Ventrix); e Marcello Ladeira (Siteware)
Da esquerda para a direita - Fernando Wagner da Silva (Criatec 2),
Carlos Fernando Vianna (BDMG) e Carlos Augusto Carneiro (BNDES)
se apresente a grandes companhias.
Castro Jr., da Ventrix, explica que
a entrada do Criatec 2 ocorreu no momento certo, pois a fábrica em Itajubá
foi homologada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
em janeiro de 2015 e o fundo aportou
no mês seguinte. Ele conta ainda que a
orientação profissional do fundo oferece vantagens, como maior análise na
discussão do plano de negócios.
As empresas interessadas podem enviar propostas por meio do
site www.criatec2.com.br. Fernando
Silva informa que o prazo de avalia-
ção, desde o recebimento da proposta até o exame do comitê do fundo,
dura quatro meses, em média.
Crédito e participação em fundos
– O diretor de Negócios do BDMG,
Carlos Fernando Vianna, apresentou
ao público as linhas específicas para
inovação disponíveis na instituição.
O Banco criou, em parceria com a
Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (Fapemig),
duas linhas, o Pró-Inovação, para projetos inovadores de qualquer setor, e
o Proptec, voltado exclusivamente
para empresas instaladas em parques
Criatec 2: público interessado prestigiou
e interagiu com o evento
tecnológicos no Estado. Além disso,
o BDMG oferece as linhas Inovacred
e Inovacred Expresso, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e
MPME Inovadora, do BNDES.
Vianna explicou ainda sobre
outras formas de apoio do BDMG à
inovação, seja por meio de aportes
em fundos, seja por meio de participação acionária. O Banco investe
atualmente em seis fundos: HorizonTI e AvanTI, geridos pela Confrapar;
Brasil TI, gerido pela DLM Private
Equity; Brasil Sustentabilidade, gerido pela BRZ e Latour,; e Criactec 2
e Criatec 3, do BNDES. Por meio da
subsidiária BDMGTEC, a instituição
tem participação acionária na fábrica
de semicondutores Unitec e na fábrica de insulina humana Biomm.
O gerente do departamento de
investimento em fundos da área de
capital empreendedor do BNDES,
Carlos Augusto Carneiro, apresentou
as linhas de crédito disponíveis, e outras formas de apoio, como a participação indireta por meio de aportes
em fundos de investimento e a participação direta (equity) no capital de
empresas inovadoras.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
59
Informações Privilegiadas
Missão empresarial
ao Paraguai aproxima
empresas dos dois países
fotos Nilton Rolin/Itaipu Binacional
Grupo de 80 empresas e instituições
brasileiras de 18 setores da
economia e nove Estados visitou o
país nos dias 10 e 11 de setembro
A Missão Empresarial de Integração Produtiva Brasil-Paraguai, realizada entre os dias 10 e 11 de setembro,
contou com a presença de 80 empresas
e instituições brasileiras de 18 setores
da economia, de nove estados. O grupo participou, no primeiro dia, de um
Seminário empresarial na sede do Ministério da Indústria e Comércio do
Paraguai e de reuniões individuais com
representantes de entidades paraguaias.
A Missão foi organizada pela Apex-Brasil, em parceria com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI, tendo sido
presidida por Olavo Machado Jr., presidente da FIEMG- Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
Antes do início do Seminário, o
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando
Monteiro Neto, esteve com o presidente Horácio Cartes no Palácio de Lopes.
Em seguida, ele abriu o Seminário ao
lado do Ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite.
Tanto em seu discurso quanto na
conversa com a imprensa paraguaia,
Monteiro citou como estratégica a
parceria entre os dois países. Ressaltou que o Mercosul tem o grande
desafio de estar mais integrado à rede
de acordos internacionais, e que ainda
este ano terão início as trocas de ofertas do bloco com a União Europeia. O
ministro defendeu, ainda, que o melhor termômetro para indicar a convergência intrabloco é o número de
empresários que integram a Missão.
O vice-presidente da CNI,
Olavo Machado Junior, reafirmou o
compromisso da indústria brasileira
com o Mercosul. “A internacionalização das empresas traz aumento da
competitividade e é parte fundamental da integração produtiva”.
Para estimular o intercâmbio de
informações e de inteligência comercial entre os dois países, instrumentos fundamentais para a promoção
de investimentos e de comércio, foi
assinado um Memorando de Entendimento entre a Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Rediex
(Red de Inversiones y Exportaciones).
“A partir desse Memorando conseguiremos intensificar as ações de promoção comercial e de investimentos
entre nossas empresas. Sem dúvida,
um primeiro resultado dessa Missão”,
afirmou o presidente da Apex-Brasil,
David Barioni Neto, em seu discurso
na abertura do Seminário.
Barioni, que presidiu a TAM
Mercosur (hoje TAM Airlines), com
sede em Assunção, contou um pouco
de sua experiência pessoal no Paraguai, destacando as boas oportunidades e condições oferecidas pelo país
para as empresas brasileiras.
Entre 2005 e 2014 a corrente de
comércio do Brasil com o Paraguai
aumentou 244%, alcançando no ano
passado US$ 4,4 bilhões. Desse total,
quase 80% corresponde a produtos manufaturados. Além disso, há um forte
crescimento de investimentos brasileiros no país. Dados do Banco Central
indicam que o estoque de investimentos
saiu de US$ 125 milhões (2007) para
US$ 700 milhões (2013). Isso representa
um crescimento acumulado de 460%.
O Brasil é, portanto, o segundo maior
investidor no mercado paraguaio, perdendo apenas para os Estados Unidos.
A segunda etapa da Missão foi
realizada no dia seguinte com visitas técnicas a empresas brasileiras
estabelecidas em Assunção. Participaram da Missão empresas dos setores têxtil, metal-mecânico, produtos
químicos, alimentos processados,
autopreservação, indústria naval,
couro e calçados, energia, aparelhos
eletro-eletrônicos, bens de capital,
Olavo Machado Jr. chefiou Missão Empresarial Brasileira ao Paraguai
Gustavo Leite, Armando Monteiro e Jorge Samek, diretor-geral Brasileiro de Itaipu
“A
internacionalização
das empresas
traz aumento da
competitividade
e é parte
fundamental
da integração
produtiva”
Olavo Machado Junior,
vice-presidente da CNI
Delegação da missão - intercâmbio de informações e de inteligência comercial entre os dois países
60
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Informações Privilegiadas
construção civil, implementos rodoviários, móveis, semijoias, higiene e
limpeza, brinquedos e aviação.
A importância da alíquota de 35%
no Paraguai para os negócios
da indústria brasileira
Durante a Missão Empresarial
Brasileira ao Paraguai, que contou
com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
- MDIC, Armando Monteiro, a Assunção e Ciudad del Este, o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, reforçou a importância do programa de brinquedos para o Mercosul.
A delegação brasileira manteve
encontro com o presidente Horácio
Cartes, o ministro Gustavo Leite e
empresários locais. Na oportunidade,
o presidente da Abrinq apresentou o
bem-sucedido programa de brinquedos para o Mercosul, com ênfase na
importância da alíquota de 35% para
a realização de negócios entre os países membros.
O governo Dilma Rousseff garantiu a manutenção e a renovação
da alíquota de importação para a
indústria nacional até 2021, no contexto do Programa de Integração
Produtiva no Mercosul, liderado e
gerido pela entidade Abrinq. “A medida vai permitir um horizonte de investimentos e crescimento”, explicou
Synésio Batista da Costa.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Armando Monteiro, defende a inclusão de Ciudad del Este, na fronteira
do Paraguai com o Brasil, como um
dos polos de instalação de empresas
brasileiras em solo paraguaio. O setor automotivo é apontado entre os
de maior potencial para a “integração
produtiva”, processo que prevê a divisão de etapas da produção industrial
em cada um dos países.
A declaração foi feita durante
encontro com empresários do Alto
Paraná (estado), em Ciudad del Este,
na cidade vizinha a Foz do Iguaçu.
“Ao olhar para o Paraguai, não há dúvidas que Cidade do Leste apresenta
condições favoráveis para este processo de integração”, disse o ministro.
“Há empresas brasileiras que já estão
aqui, participando especialmente do
Regime de Maquila. E creio que esta
cidade pode oferecer condições de
logística e de custos extremamente
adequados para esses empreendedores”, completou.
Representantes da indústria e
do comércio local aproveitaram o encontro para apresentar demandas ao
ministro brasileiro e ao da Indústria
e Comércio (MIC) paraguaio, Gustavo Leite. O diretor-geral brasileiro de
Itaipu, Jorge Samek, acompanhou a
missão ministerial e empresarial, na
sede da Governança do Alto Paraná.
Novo shopping na avenida Beira Rio de Cidade do Leste, que está sendo revitalizada
Reuniões periódicas como a ocorrida
em 10 de setembro estão previstas o
Plano Nacional de Exportações, lançado em junho pelo governo federal.
Segundo Gustavo Leite, apenas
no último ano foram instaladas na região que faz fronteira com o Brasil 21
empresas maquiladoras, as que manufaturam em solo paraguaio e, obrigatoriamente, exportam sua produção,
com tributação de 1% sobre o valor fa-
Seminário empresarial na sede do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai
À esquerda, Armando Monteiro, ao lado do governador do Alto Paraná,
Justo Zacarías, e do ministro Paraguaio, Gustavo Leite
turado. Oitenta por cento delas foram
constituídas com capital brasileiro.
Para ele, a integração produtiva deve
estimular, ainda mais, a ampliação da
matriz econômica do município, o
que já vem acontecendo.
Comércio bilateral
“A vinda do ministro ocorre em
um momento oportuno, seja pelos
dados de importação e exportação
entre os dois países, ou pelo comércio que acontece aqui na fronteira,
com um número bastante expressivo”, disse Jorge Samek.
Entre janeiro e agosto, as exportações brasileiras para o Paraguai
totalizaram US$ 1,661 bilhão e as importações, US$ 603 milhões. O superávit na balança comercial brasileira
foi de US$ 1,058 bilhão, de acordo
com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Samek também destacou investimentos que estão sendo feitos no
local, com o apoio de Itaipu. Entre
eles, a construção da segunda ponte
Brasil-Paraguai, prevista para começar ainda neste ano. “Estamos mudando o perfil da região. Não é mais
um local de sacoleiros, mas um lugar
que se industrializa e cada vez mais
investe em tecnologia, educação. Há
uma mudança em curso”.
O assunto também foi abordado
pelas lideranças empresariais na apresentação de projetos voltados para
Ciudad del Este como a revitalização
urbana do município, e outras ações
que fortalecem o turismo local, deixando de lado a pecha de roteiro de
sacoleiros do passado. “A região está
mudando seu perfil, sobretudo na
perspectiva de fazer com que novos
setores possam ganhar mais importância na região”, afirmou Monteiro.
Missão comercial
O compromisso na fronteira encerrou a agenda do ministro ao país
vizinho, organizada com o objetivo
de aumentar o comércio e investimentos bilaterais. No Paraguai, ele
liderou uma missão comercial composta por 72 empresários brasileiros,
iniciada em Assunção no dia 9 de
setembro. Na capital, ele foi recebido
pelo presidente paraguaio Horácio
Cartes e participou do Seminário
Empresarial Brasil - Paraguai, organizado pela Apex-Brasil, agência de
fomento às exportações e investimentos do Paraguai (Rediex), e pela
Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
Em Ciudad del Este, também
participaram do encontro o governador de Alto Paraná, Justo Zacarías
Irún, o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do
Ministério das Relações Exteriores
(MRE), Antonio Simões, o vice-presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Olavo Machado Junior, entre outras autoridades locais.
Economia que acelera
dois povos
Em 2015, o Paraguai se consolidou como 20º destino das exportações brasileiras e o 36ª no ranking
das importações. O crescimento de
exportações ao Paraguai cresceu 2%
em relação ao mesmo período no
ano passado, com a participação de
3.755 empresas brasileiras. Impulsionado pela atividade agrícola, o crescimento médio do Produto Interno
Bruto do Paraguai é estimado em
4,5%, entre 2014 e 2016.
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e
14.000 MW de potência instalada,
a Itaipu Binacional é líder mundial
na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984,
mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a
energia consumida pelo Brasil e de
75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu
tem como missão empresarial “gerar
energia elétrica de qualidade, com
responsabilidade social e ambiental,
impulsionando o desenvolvimento
econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”.
A empresa tem ainda como visão de
futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com
o melhor desempenho operativo e as
melhores práticas de sustentabilidade
do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração
regional”.
61
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
Informações Privilegiadas
FAEMG destaca pujança
da pecuária mineira
Números do IBGE da Produção da Pecuária Municipal (PPM), em 2014, demonstram que
a produção de leite em Minas Gerais representa um quarto do total nacional
Seapa
IBGE divulgou nesta quinta-feira
(8/10), os números da Produção da
Pecuária Municipal (PPM) em 2014.
O destaque, mais uma vez, é a liderança mineira na produção de leite, com
mais de um quarto do total nacional e
o maior rebanho leiteiro. O estado é
também líder em rebanho equino.
O analista de agronegócio e especialista em Pecuária da FAEMG
(Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais),
Wallisson Lara Fonseca, destacou
também a pecuária de corte, que
vem em recuo nos dois últimos
anos: “A oferta restrita de animais,
devido à escassez hídrica no período, resultou no preço da arroba
favorável. Isso tem motivado investimento dos produtores em tecnologia e incremento de produtividade”.
Ele destaca ainda o acréscimo
da atividade de suinocultura; setor que também vinha em crise: “O
recuo acabou fazendo com que a
oferta se equilibrasse à demanda, favorecendo novamente os preços ao
produtor e motivando novo acréscimo da atividade”.
Para Wallisson, o relatório revela
ainda pontos de oportunidade. Um
deles foi o crescimento expressivo
(10%) da produção de ovos de codorna, revelando novos hábitos do consumidor. “Ou porque os preços elevados
das carnes o forçaram a buscar proteínas alternativas para substituir na
cesta de produtos, ou mesmo porque
caíram no gosto do consumidor, esse
crescimento aponta uma tendência
interessante para a atividade”.
Outra oportunidade que ele destaque é o segmento da aquicultura,
Rebanho/Produto
que apesar da crise, tem crescido rapidamente e já está atraindo a atenção
dos produtores mineiros. Prova disso
tem sido a grande procura pelos cursos do Senar Minas sobre o assunto.
Só em 2014 foram 53 treinamentos
em diversos temas da atividade: “O
ciclo curto de produção de pescados
torna a atividade interessante entre
os de produção de proteína animal. E
voltando a regularidade das chuvas,
podemos tirar ainda mais proveito
das nossas bacias hídricas, que têm
potencial muito interessante”.
Pecuária Leiteira
Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite com a produção
de 9.367.470 mil litros de leite proPosição de MG
entre as UFs
duzido em 2014, 0,6% a mais que no
ano anterior.
A produtividade média no Estado aumentou novamente em 1,4%
passando de 1.591 para 1.613 litros/
vaca/ano, de 2013 para 2014.
No Brasil, o aumento da produtividade foi em torno de 2,2%, puxada pelos estados da região Sul. Apesar disso, a média estadual continua
maior que a nacional (1.525 litros/
vaca/ano). O valor da produção de
leite no Estado aumentou 0,7%, graças ao acréscimo na produção, uma
vez que o preço unitário permaneceu
praticamente estável (R$ 0,99).
Rebanho Bovino
O Estado mantém o segun-
Quantitativo
do rebanho bovino do Brasil, com
23.707.042 cabeças, número 2,4% inferior ao de 2013.
Suínos
O rebanho suíno, Minas Gerais
ocupa a 4º colocação, sendo Uberlândia o maior produtor nacional,
Urucânia o 10º, Jequeri o 15º e Patos de Minas o 19º. O total de suínos
apresentou acréscimo de 2,8%, puxado pelo aumento do efetivo em Jequeri, na Zona da Mata, Pará de Minas na região Central e Monte Alegre
de Minas no Triângulo.
Ovos / Galináceos:
Queda de 0,1% na produção de
ovos de galinha e de 1,2 % no efetivo
Percentual em relação ao
Brasil
Variação (%)
em relação a 2013
Bovinos (cabeças)
2o
23.707.042
11,16
-2,04
Vacas ordenhadas (cabeças)
1
5.808.524
25,19
-0,72
Leite de vaca produzido (litros)
1
o
9.367.470.142
26,63
0,63
Bubalinos (cabeças)
7o
56.825
4,31
-1,06
Equinos (cabeças)
1o
763.780
14,01
0,65
Suínos (cabeças)
4o
5.217.920
13,76
2,84
Caprinos (cabeças)
10o
92.200
1,04
-10,18
Ovinos (cabeças)
16
209.589
1,19
-4,19
Galináceos (cabeças)
5
125.380.566
9,42
5,18
Galinhas (cabeças)
4
20.942.935
9,24
-1,18
Ovos de galinha (dúzias)
4
351.912.009
9,42
-0,14
Codornas (cabeças)
3
1.851.250
9,10
3,80
Ovos de codorna (dúzias)
3
37.538.680
9,56
10,60
Mel (quilos)
4
o
3.820.812
9,93
15,50
10o
16.530.509
3,49
5,01
Peixes (quilos)
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal 2014 e 2013.
o
o
o
o
o
o
o
de galinhas no Estado, que caiu para
o 4º lugar, sendo ultrapassado pelo
Rio Grande do Sul.
O rebanho nacional de galináceos, Minas Gerais permaneceu
como o 5º maior rebanho, sendo
Uberlândia o 4º maior, São Sebastião
do Oeste o 5º e Pará de Minas o 6º.
Esse rebanho apresentou acréscimo
de 5,2% indicando aumento da aptidão da avicultura de corte no Estado.
Codornas
Minas Gerais continuou na 3ª
colocação no efetivo de codornas,
com aumento de 3,8% em relação a
2013 e na 2ª posição na produção de
ovos, com acréscimo de 10,6%.
Aquicultura
Apesar de Minas Gerais ser
apenas o 10º colocado na produção
de peixes da aqüicultura, destaca-se
a produção de tilápia no Estado (5º
maior produtor), sendo os municípios de Morada Nova de Minas e Felixlândia, banhados pela represa de
Três Marias, os 11º e 20º maiores produtores nacionais, além da produção
de truta (2º maio produtor, atrás de
Santa Catarina) com os seguintes
municípios na região da Serra da
Mantiqueira entre os 20 maiores do
Brasil: Sapucaí Mirim (2º), Camanducaia (3º), Delfim Moreira (4º), Bocaina de Minas (8º), Itamonte (14º),
Aiuruoca (15º) e Baependi (18º).
Mel
A produção de mel de abelha no
Estado também apresentou acréscimo considerável (15,5%), mantendo
o Estado na 4ª produção nacional.
62
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Informações Privilegiadas
Orthocrin inicia expansão para
o Nordeste e inaugura primeira
franquia em Salvador (BA)
Empresa, que já contabiliza mais de 60 lojas franqueadas, pretende inaugurar
mais de dez lojas até dezembro. Nordeste está na rota de expansão da marca
Orthocrin/divulgação
Com mais de 50 anos de mercado, a Orthocrin é hoje uma das
maiores empresas do segmento de
colchões do Brasil. Para fortalecer a
marca e expandir o conceito do sono
de saúde por todo o país, a fabricante,
desde 2013, vem investindo em seu
Programa de Franquias.
Atualmente, com mais de 60 lojas franqueadas, a Orthocrin pretende inaugurar mais de dez lojas até dezembro de 2015 e o Nordeste está na
rota de expansão da marca. Salvador
(BA) é a primeira capital da região a
ganhar uma franquia Orthocrin e a
inauguração da loja será na segunda
quinzena de setembro. Localizada
no bairro Itaberaba (Av. Luís Viana Filho, 6180, loja 14), a nova loja
será comandada pelos empresários,
Edson Nicolau de Resende e Isadora
Cristina Teles.
Segundo os franqueados da
marca, a expectativa é muito grande em relação a esse novo negócio.
“Estamos entrando em um novo
ramo e escolhemos a Orthocrin pela
credibilidade da marca no mercado
e pela qualidade dos produtos. Mesmo em momento de instabilidade
econômica, estamos otimistas com
o negócio e estimamos 20% a mais
de lucro que a concorrência”, afirma
Edson Nicolau.
BNDES e Banco dos BRICS
firmam memorando
para estreitar cooperação
Documento foi firmado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho,
e Paulo Nogueira Batista, vice-presidente brasileiro do NDB
Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco de desenvolvimento dos países do BRICS assinaram
memorando de entendimento para
estreitar a cooperação entre o banco
brasileiro e a instituição financeira
que reúne Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul.
O documento foi firmado pelo
presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e por Paulo Nogueira Batista,
um dos vice-presidentes do Novo
Banco de Desenvolvimento (NDB,
na sigla em inglês).
A cerimônia ocorreu na sede do
BNDES, no Rio de Janeiro. Os principais focos do memorando são o intercâmbio de informações e o compartilhamento de experiências relacionadas
ao apoio a projetos de infraestrutura e
a iniciativas voltadas à promoção do
desenvolvimento sustentável.
O documento firmado entre o
BNDES e o NDB não estabelece nenhuma obrigação de que as instituições tenham que, necessariamente,
realizar operações conjuntas. Mas
abre caminho para que os bancos estreitem seu relacionamento e possam
trabalhar em iniciativas de interesse
comum, incluindo parcerias para financiamento de projetos.
O NDB, conhecido como Banco dos BRICS, tem como objetivo
apoiar projetos de infraestrutura e de
desenvolvimento sustentável nos países-membros e em outras economias
emergentes. O Banco tem sede em
Xangai, na China, contando ainda
com um escritório de representação
regional na África do Sul. Sua criação
foi oficializada durante a Sexta Cúpula do BRICS, em Fortaleza, no Ceará,
em 15 de julho de 2014.
O capital inicial do NDB é de
US$ 50 bilhões, já subscrito pelos
países membros, mas o capital au-
torizado da instituição chega a US$
100 bilhões. A título de comparação,
o Banco Interamericano de Desenvolvimento conta com um capital de
aproximadamente US$ 35 bilhões e o
Banco Mundial com US$ 40 bilhões.
O NDB propõe-se a complementar os esforços de instituições financeiras multilaterais e regionais, com
foco no apoio a projetos. O acordo
constitutivo do banco prevê a adoção
de instrumentos bastante diversos
para que ele atinja seus objetivos. O
NDB poderá financiar projetos públicos ou privados, por meio de empréstimos, garantias, participação acionária e outros instrumentos financeiros.
O banco poderá operar em
conjunto com outras instituições financeiras multilaterais, com bancos
de desenvolvimento nacionais dos
países membros e com bancos comerciais, o que tem o potencial de
alavancar as operações dos mesmos.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
63
Informações Privilegiadas
FAEMG recria casarão
colonial e empório
fotos faemg/divulgação
No inédito “Espaço Café+Forte” Federação
recebe produtores e entidades em encontros
voltados à gestão da cafeicultura
Belo Horizonte sediou, de 24
a 26 de setembro, a terceira edição
da Semana Internacional do Café –
SIC 2015. Uma das realizadoras do
evento, a FAEMG (Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de
Minas Gerais) contou com estande
temático na feira. Em uma grande
casa de fazenda colonial, os visitantes tiveram a oportunidade de fazer
um passeio pela história e tradição
da cafeicultura mineira. No espaço
dedicado ao Senar Minas, um empório interiorano serviu como vitrine para artesanato e quitanda produzidos por ex-alunos dos diversos
cursos oferecidos.
A participação do SISTEMA
FAEMG no evento reforçou seu posicionamento na representação dos
500 mil produtores rurais mineiros.
No estande, os visitantes conheceram
mais sobre a atuação da Federação e
do SENAR MINAS, além dos cursos,
treinamentos e programas especiais
oferecidos pelo Sistema.
Pelo SENAR MINAS, foram
oferecidos 14 cursos ligados diretamente à cafeicultura, que vão do
plantio à colheita mecanizada. Outros treinamentos são demandados
pelo setor, como aplicação de agrotóxico, tratorista, derriçadora, custos
de produção e de gestão. Programa
de gestão de grande sucesso, o Café+Forte, da FAEMG, ajuda o produtor
a administrar o custo da produção e
identificar o momento mais vantajoso para negociar o café. Além disso,
a Federação atua em projetos específicos para promoção dos cafés de
Minas Gerais, criação de Indicações
Geográficas e busca da valorização
dos grãos produzidos no estado.
Espaço Café+Forte
Novidade
realizada
pela
FAEMG nesta edição foi o Espaço
Café+Forte, que abrigou diversas
atividades nos três dias do evento. O
objetivo foi aproveitar a oportunidade de encontro e divulgação proporcionada pela SIC para desenvolver
ações de fortalecimento do programa
de gestão da cafeicultura Café+Forte,
desenvolvido pela FAEMG.
No primeiro dia, o Espaço foi
aberto ao público, gratuitamente, de
11 às 12h e de 12 às 13h, para apresentação do programa e seus resultados, além de orientações sobre como
participar. Nos demais horários, a
sala abrigou programação fechada,
para participação exclusiva dos profissionais e entidades parceiras do
programa. Foram apresentados, por
exemplo, dados do fechamento da
safra, resultados e evolução de cada
participante. No último dia, o Espaço
sediou o treinamento de novos técnicos participantes.
Minas Gerais sediará o
XXII Congresso Brasileiro
de Economia em 2017
Evento volta à capital mineira 30 anos depois
A próxima edição do Congresso
Brasileiro de Economia (CBE) será
realizado em Belo Horizonte (MG),
em 2017, numa organização conjunta do Conselho Federal de Economia
(Cofecon) e o Conselho Regional de
Economia de Minas Gerais (Corecon
-MG). A escolha foi feita, por aclamação, na plenária final da última
edição do congresso, que aconteceu
em setembro, em Curitiba (PR). A
vinda do evento para a capital mineira ocorrerá 30 anos depois que a
cidade o sediou, em 1987, no Minascentro, e recebeu cerca de 2 mil economistas de todo o país.
“Minas Gerais, por meio do conselho regional, sempre teve uma vontade política de realizar o congresso
e considero uma conquista, já que
pleiteávamos ser a sede desde 2011.
Portanto, é com alegria que agora o
acolhemos em nosso Estado”, revela
o presidente do Corecon-MG, Antô-
nio de Pádua Ubirajara e Silva. Pelo
entendimento de vários economistas,
segundo Pádua, Minas, de alguns
anos para cá, perdeu o protagonismo
do debate econômico do país e viu
migrar daqui muitas empresas e trabalhadores qualificados, num fluxo
que trouxe perda de importância econômica. “O congresso é uma oportunidade de recolocar nosso Estado no
debate nacional da economia, trazer
uma profunda reflexão sobre o papel
do desenvolvimento tanto nacional
quanto regional”, completa.
Em dois anos haverá muito trabalho a ser feito e um longo caminho
a percorrer. O primeiro passo é constituir a Comissão Científica, que será
formada por doutores e importantes
nomes da Economia. Cabe a ela, cérebro do evento, propor as grandes
linhas de discussão, dividir o tema –
que será definido anteriormente por
uma comissão paritária entre o con-
selho federal e o regional - em eixos
específicos e identificar os possíveis
nomes de convidados. É preocupação do presidente que os economistas
brasileiros estejam atentos às relações
entre o Estado e o mercado e também
reflitam sobre a democracia no país.
“Não devemos fugir de temas que são
cruciais para o desenvolvimento do
país e que perpassam qualquer discussão econômica no Brasil”, defende
Pádua.
Vários eventos em um só
É grande a expectativa em torno do congresso, que reúne diversas
outras atrações, como salas de apresentação de trabalhos acadêmicos,
a disputa nacional da gincana de
economia - da qual participam estudantes de todo o país - e ainda é um
espaço para diversas instituições de
classe relacionadas ao setor econômico, bem como das escolas de ensino
superior. “O congresso será melhor
quanto maior for a pluralidade de
ideias que conseguir agregar ao debate”, defende Pádua.
1987 – Um marco na história
A VII edição do CBE, ocorrida em Belo Horizonte, em 1987, foi
pautada em torno da temática do
novo modelo do desenvolvimento
nacional, com a definição de temas
específicos como “A nova ordem
internacional e a questão externa”;
“Preços, salários e distribuição de
renda”; “A rearticulação dos mecanismos de financiamento”, “Políticas
setorial e regional”, “As entidades dos
economistas, o momento sindical e a
Constituinte”, entre outros assuntos
vigentes na época.
Em seus trabalhos o congresso
contou com economistas, acadêmicos, políticos, ministros e lideranças
setoriais como Edmar Lisboa Ba-
cha, Clélio Campolina Diniz, Paulo
Haddad, Paul Singer, Afonso Celso
Pastore, João Heraldo Lima, José
Serra, Dorothea Werneck, além de
representantes internacionais, entre
os quais, o secretário adjunto do Ministério da Fazenda do México, Jaime
Jose Puche e Roberto Boyer, da Sorbonne de Paris.
O evento resultou na elaboração da Carta de Minas, documento
no qual os economistas fazem severas críticas à politica econômica de
então, com “sucessivos equívocos
e desacertos e políticas sociais não
atendidas”. Apesar da dureza do documento, os participantes do congresso indicavam, como caminho, a
urgência de se recuperar o planejamento como mecanismos da política
econômica. Sugeriram reformas na
indústria e tecnologia, na agricultura, nos serviços públicos e na área
social.
64
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Informações Privilegiadas
Promoção da inovação e
fortalecimento de startups
são temas de debate em BH
Conferência foi aberta a empresários, universidades e interessados em inovação e teve
participação de agentes do desenvolvimento tecnológico, econômico e educacional de Minas
A integração entre universidade, indústria e governo em busca da
inovação e a incubação e aceleração
de empresas em Minas Gerais foram
temas de uma conferência realizada
na sede da Federação das Indústrias
do Estado de Minas Gerais - Fiemg,
no dia 1º de outubro. O evento foi
uma realização do Inatel - Instituto
Nacional de Telecomunicações, em
comemoração ao seu Cinquentenário, juntamente com a Fiemg e o Sindicato das Indústrias de Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos e Similares do
Vale da Eletrônica - Sindvel.
A conferência foi aberta a empresários, universidades e interessados em inovação e contou com a
participação de importantes agentes
do desenvolvimento tecnológico,
econômico e educacional no estado
de Minas Gerais. O evento esteve divido em dois painéis. O primeiro deles abordou, com exemplos práticos,
como o trabalho em conjunto entre
universidade, indústria e governo
pode contribuir para a promoção da
inovação em Minas Gerais. O Inatel,
Instituição de Ensino e Pesquisa já
considerada como a mais inovadora
do Brasil pela Finep em 2012, é um
exemplo forte dos resultados positivos dessa integração.
De acordo com o diretor do
Inatel, professor Marcelo de Oliveira
Marques, o Instituto se coloca como
um parceiro da empresa buscando
recursos nos órgãos de fomentos,
nos bancos e agências financiadoras
da inovação para que uma ideia seja
transformada em solução ou produto
para o mercado. “Por ano, mais de
200 empresas trabalham junto com
o Inatel em alguma etapa do processo de inovação, desde a pesquisa
básica, geração de protótipo, ensaios,
homologação, incluindo ainda a capacitação de engenheiros e clientes.
Juntos, conseguimos atingir o objetivo de todos. A universidade fortalece
a área de pesquisa, a empresa coloca
um produto novo no mercado e o
governo aumenta a arrecadação. Esse
conjunto promove o desenvolvimento”, afirma Marcelo.
Entre os exemplos dessa integração que foram apresentados no
evento estiveram os cases de suces-
so envolvendo o Inatel, a Ericsson e
o governo de Minas Gerais, a Embraer e o governo estadual e o Inatel, a empresa Sense Eletrônica e o
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDES), projeto que
resultou no desenvolvimento de um
microchip nacional.
Incubação e Aceleração de
empresas em Minas Gerais
O segundo painel do evento
abordou um tema cada vez mais em
evidência e que o Inatel também possui larga experiência. Especialistas
em Empreendedorismo debateram
quais as melhores práticas, quais os
desafios e as tendências na área de
incubação e aceleração de empresas.
O Inatel tem a Incubadora que mais
graduou empresas em Minas Gerais
e é reconhecida como a melhor do
Brasil para o desenvolvimento local
e setorial pela Associação Nacional
de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). “Esse é um debate importante
para fortalecer as empresas de Minas
Gerais. Startups surgem a todo mo-
mento, mas é necessário um suporte
para que essas empresas nascentes
possam se desenvolver”, conclui Marcelo Marques.
Entre as presenças no evento
estavam o Secretário de Estado de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Miguel Corrêa,
o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, o diretor de Ciência,
Tecnologia e Inovação da FAPEMIG,
Paulo Sérgio Lacerda Beirão, o diretor de Operações do SEBRAE/MG,
Anderson Cabido, o presidente da
Rede Mineira de Inovação, Renato de
Aquino Faria Nunes, além de outras
personalidades da área educacional e
da indústria.
INATEL
O Inatel - Instituto Nacional de
Telecomunicações é um centro de
ensino, pesquisa e desenvolvimento
de tecnologias, criado em 1965. Foi a
primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil. Desde a fundação, o
Inatel caminha junto às importantes
decisões no que diz respeito a teleco-
municações, tecnologia da informação, informática e todos os ramos da
tecnologia. A instituição está localizada em Santa Rita do Sapucaí, sul
de Minas Gerais, região conhecida
nacional e internacionalmente como
o “Vale da Eletrônica”.
Áreas de atuação:
Ensino - atualmente oferece sete
cursos de graduação - Engenharia
de Telecomunicações, Engenharia
da Computação, Engenharia Biomédica, Engenharia de Automação e
Controle, Tecnologia em Automação
Industrial e Tecnologia em Gestão
de Telecomunicações; tem também
pós-graduação lato sensu, cursos a
distância e ainda Mestrado em Telecomunicações.
Desenvolvimento de tecnologias - além de formar profissionais, o
Inatel transfere tecnologia ao mercado nas áreas de desenvolvimento de
software, hardware, educação continuada, consultoria e calibração de
equipamentos. Possui parcerias com
empresas de grande porte nacionais e
multinacionais.
Reino Unido abre Consulado
Geral em Belo Horizonte
O ministro de Relações
Exteriores do Reino Unido
para a América Latina,
Hugo Swire, veio à capital
mineira para inaugurar o
novo escritório
Evento reuniu os principais
empresários de Minas Gerais e do
Reino Unido na capital mineira
A missão diplomática do Reino Unido no Brasil realizou, no dia
25 de setembro, a abertura oficial do
Consulado Geral Britânico em Belo
Horizonte. O ministro de Relações
Exteriores do Reino Unido para a
América Latina, Hugo Swire, veio à
capital mineira para inaugurar o novo
escritório. O lançamento do consulado ocorreu em uma cerimônia a ser
realizada no Minas Tênis Clube.
Também estiveram presentes
o Embaixador do Reino Unido no
Brasil, Alex Ellis, o Cônsul-Geral
Britânico no Rio de Janeiro, Jonathan
Dunn, a Cônsul Geral de São Paulo,
Joanna Crellin, e o Cônsul Geral do
Reino Unido em Belo Horizonte,
Thomas Nemes. Representantes de
empresas britânicas que atuam em
Minas Gerais, o empresariado mineiro, a rede de alunos de Minas Gerais
que estiveram no Reino Unido e ex e
atuais atletas olímpicos do Minas Tênis Clube estiveram presentes.
A abertura do Consulado Geral
Britânico em Belo Horizonte faz parte
do fortalecimento das relações entre
Reino Unido e Brasil e especialmente
entre a Grã-Bretanha e Minas Gerais.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Informações Privilegiadas
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Informações Privilegiadas
BH-TEC publica edital para
Seleção de Parceiro Imobiliário
para desenvolvimento da Fase II
O vencedor do certame deverá construir o primeiro dos cinco edifícios que compõem a
Fase II do BH-TEC e garantirá, sob condições, o direito de construir os outros quatro
O Parque Tecnológico de Belo
Horizonte (BH-TEC) publicou, no
dia 13 de outubro, o edital de Licitação para Seleção de Parceiro Imobiliário Privado que desenvolverá a
Fase II do projeto de expansão do
Parque. O vencedor do certame deverá construir o primeiro dos cinco
edifícios que compõem a Fase II
do BH-TEC e garantirá, sob condições, o direito de construir os
outros quatro. O primeiro edifício
terá 60mil m² de área construída,
com 31mil m² de área bruta locável.
Esta área, mais de dez vezes maior
que a do edifício atual, representará um grande salto na capacidade
do Parque de receber empresas de
inovação.
De acordo com o Diretor-Presidente do BH-TEC, Prof. Ronaldo
Pena, o momento é de muita expec-
tativa. “Trata-se da realização de
uma etapa absolutamente essencial
para o sucesso do empreendimento”, afirma.
O edital de licitação e toda a
documentação complementar estão
disponíveis no site (www.bhtec.org.
br). O prazo para recebimento de
propostas encerra-se em 13 de novembro próximo.
Entenda a Fase II do
plano de expansão
O modelo da licitação, expresso no edital e seus anexos, foi
desenvolvido sob coordenação do
BDMG. Considerando que o terreno pertence à UFMG, o parceiro
privado selecionado no processo
fará o investimento imobiliário no
modelo BOT (build, operate and
transfer). Cada prédio, uma vez
construído, será propriedade da
Universidade, mas o parceiro terá
a concessão para operá-lo por 30
anos, contados a partir da obtenção
do alvará de construção. Após esse
tempo, a posse será transferida à
Universidade, que passará a operar
o edifício.
O escopo da concessão consiste em cinco edifícios que totalizam
uma área construída total de 207
mil m². A Fase II do BH-TEC está
prevista para ser implantada em
três ondas de construção. Nos prédios a serem erguidos, os empreendimentos de base tecnológica deverão ocupar, no mínimo, 70% da
área bruta locável, ficando os outros 30% para empresas de serviços.
Sobre o BH-TEC
O Parque Tecnológico de Belo
Horizonte é uma associação civil
de direito privado sem fins lucrativos, de caráter científico, tecnológico, educacional e cultural. Com
a proposta de integrar pesquisa,
mercado e governo, o Parque funciona como um espaço de convivência e contribuição para o crescimento das empresas de tecnologia, acelerando, por consequência,
o desenvolvimento econômico
regional. Atualmente, o BH-TEC
abriga 17 empresas que se dedicam
a investigar e desenvolver novas
tecnologias, além de uma associação de biotecnologia, três centros
de tecnologia da UFMG e seis empresas na categoria associada não
-residente. Além disso, o BH-TEC
abrigará também centros públicos e privados de Pesquisa & Desenvolvimento, como é o caso do
Centro de Pesquisas René Rachou
– CPqRR/Fiocruz e do Centro de
Tecnologia em Nanomateriais de
Carbono da UFMG, ambos em
fase de projetos executivos para
construção no Parque.
Criado em 2005, o BH-TEC é
o resultado da associação de cinco
instituições fundadoras: Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Governo do Estado de
Minas Gerais, Município de Belo
Horizonte, Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG)
e Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). O Parque tem
sido, desde sua criação, consistentemente apoiado pela Fundação
de Amparo à Pesquisa de Minas
Gerais (FAPEMIG) e pela Agência
Brasileira da Inovação (FINEP).
Produtividade de 6,4%
impulsiona safra de 209 milhões
de toneladas de grãos
Clima favorável também contribuiu para
aumento da produção no ciclo 2014/2015
A produtividade foi um dos
principais fatores para a safra recorde
de 209 milhões de toneladas de grãos
em 2014/2015. O ciclo agrícola encerrado recentemente teve aumento
de 6,4% no rendimento por hectare,
em comparação com o período anterior (2013/2014), quando o percentual foi de 3,7%. As condições climáticas favoráveis nas principais regiões
produtores também contribuíram
para o desempenho na temporada
passada.
A avaliação é da coordenaçãogeral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com
base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Enquanto a produtividade cresceu
6,4%, assinala a SPA, a área plantada aumentou 1,7%, passando de 57
milhões de hectares em 2014 para 58
milhões. Esse resultado mostra um
padrão de expansão agrícola no qual
o uso de novas tecnologias e conhecimento têm maior importância que
o crescimento baseado no aumento
de área.
“Se olharmos uma série longa
de produtividade agrícola, verifica-se
que durante muitos anos o país não
conseguia sair da barreira de uma tonelada de grãos por hectare. Através
de muito investimento em pesquisa e
políticas agrícolas orientadas, conseguiu-se obter níveis elevados de produtividade”, destaca o coordenadorgeral de Estudos e Análises da SPA,
José Gasques. “Nos últimos anos, especialmente a partir de 1990, o Brasil
passou de importador de alimentos a
um importante exportador de grãos
e carnes.”
Ainda de acordo com a Coordenação-Geral de Estudos e Análises da
SPA, oito estados apresentaram crescimento da produtividade acima da
média brasileira: São Paulo (17,4%),
Alagoas (14,9%), Rio Grande do Sul
(14,2%), Rondônia (13,7%), Piauí
(11%), Paraná (8,2%), Tocantins
(6,8%) e Roraima (6,6%).
Camila Domingues/Palácio Piratini
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Informações Privilegiadas
FAEMG assina acordo para
impulsionar cafés especiais
Acordo foi oficializado durante a solenidade de abertura do evento
Superminas, no Expominas, em Belo Horizonte, no dia 20 de outubro
O presidente do Sistema Faemg,
Roberto Simões, assinou, em 20 de
outubro, termo de cooperação com
AMIS (Associação Mineira de Supermercados) e Amipão (Sindicato
e Associação Mineira da Indústria
da Panificação), para implementar
ações de promoção da visibilidade e
incentivo ao consumo dos cafés especiais junto ao trade mercadista e
panificador. O acordo foi oficializado
durante a solenidade de abertura do
evento Superminas, no Expominas,
em Belo Horizonte.
Roberto Simões destacou que
a união entre as entidades trará importante fortalecimento ao segmento no mercado doméstico: “Temos
hoje expressiva produção de grãos
de altíssima qualidade e em grande
quantidade em todo o nosso estado.
Destaque para nossas quatro regiões
mineiras com denominação de origem. Nossos cafés especiais são reconhecidos e valorizados mundo
afora mas, infelizmente, ainda não
conquistaram espaço merecido jun-
to ao consumidor brasileiro. É de
grande importância que hoje as redes supermercadista e panificadora
possam se unir em fortalecimento
ao trabalho da Faemg e dos produtores rurais mineiros”.
O termo leva ainda as assinaturas do presidente do Conselho da
AMIS, Alexandre Poni e do presidente da Amipão, José Batista de
Oliveira.
Cafés Especiais
Segundo Roberto Simões, a
qualidade do café vem da combinação de espécie e variedade, condições de solo, altitude, relevo e clima, e dos cuidados durante o cultivo, colheita, secagem, classificação,
armazenamento e transporte: “Os
cafés de excelência podem ser consagrados pela qualidade e raridade
de sua produção e pela reputação
de sua região de origem. Além disso, para ser considerado café especial, o grão da amostra padrão poderá ter no máximo cinco defeitos,
devendo ser livre de impurezas e,
principalmente, obter no mínimo
80 pontos numa escala internacional de qualidade. Sobre todos estes
aspectos, estão os atributos sensoriais, a qualidade da bebida, que
precisa ser superior ao padrão. ”
A produção de cafés especiais
no Brasil cresce entre 10% a 15% a
cada ano. Atualmente, de acordo com
a BSCA (Brazilian Specialty Coffee
Association – Associação Brasileira
de Cafés Especiais), cerca de 10% do
café produzido no Brasil é especial,
devendo chegar a mais de 4 milhões
de sacas em 2015. Deste total, estimase que 50% saiam de lavouras mineiras. Das 20 milhões de sacas de café
que serão consumidas este ano por
brasileiros, estima-se que apenas um
milhão é de cafés especiais.
Segundo dados da BSCA, a demanda pelos grãos especiais cresce
em torno de 15% ao ano, principalmente no exterior, enquanto o crescimento do café commodity é de cerca
de 2%. O valor de venda atual para
alguns cafés diferenciados tem sobrepreço que varia entre 30% e 40% a
mais do que o café cultivado de modo
convencional. Em alguns casos, pode
ultrapassar a barreira dos 100%. Os
principais mercados consumidores
dos cafés especiais brasileiros são,
na ordem, Japão, Estados Unidos e
União Europeia, havendo grande
crescimento por parte da Coréia do
Sul e Austrália.
Superminas
O Sistema Faemg participou da
Superminas 2015 - 29º Congresso
e Feira Supermercadista e da Panificação - com estande institucional.
Segundo a analista de eventos do
Senar Minas, Suzana Diniz, além
de divulgar o trabalho da entidade,
um dos objetivos da participação
foi promover a aproximação entre
ex-alunos dos cursos do SENAR
(que já participam do Projeto Aproxima) e os compradores: “Reunimos
em nosso estande produtores que se
capacitaram conosco, desenvolve-
ram produtos de altíssima qualidade
e precisam agora conquistar mais
espaço no mercado. Tratamos, por
exemplo, queijos de cabra e vaca,
doces diversos, cachaça, produtos
apícolas, defumados, frutas vermelhas e cafés especiais”.
Consolidado como o segundo
maior e o mais completo evento do
varejo alimentício nacional, a Superminas é realizada pela AMIS e
Amipão. Voltado a supermercadistas, panificadores e fornecedores, o
evento não é aberto ao público em
geral.
O tema deste ano “Informação:
ferramenta estratégica” foi debatido
em palestras, fóruns e consultorias
nos três dias do congresso. A Superminas é ainda composta pela
feira, onde os participantes tiveram
acesso às novidades e tendências
em alimentos, máquinas, equipamentos e softwares usados no comércio varejista, reunindo cerca de
420 expositores nacionais e internacionais.
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
RSVP
Com Simples Doméstico, custo
mensal para legalizar o empregado
aumentará, em média, 26,3%
De acordo com estimativa do PNAD, parcela importante dos empregadores
serão impactados, uma vez que mais de 70% dos trabalhadores domésticos
ainda não possuem relação de trabalho formalizada no País; Patrões que já
recolhem o INSS dos profissionais terão acréscimo de apenas 6,4%
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
O Simples Doméstico, guia
única destinada a recolher todos os
impostos, que entrou em vigor em
1º de outubro, aumentou em média
26,3% o custo mensal dos empregadores que pretendem regulamentar a relação de trabalho com os
empregados, enquanto que para os
patrões que já recolhem o INSS dos
trabalhadores, o acréscimo será de
apenas 6,4%. Realizado pela Lalabee
- empresa especializada em serviços
digitais para gestão de funcionários
domésticos - o levantamento projetou o número de acordo com os
pisos salariais da categoria em São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, bem
como o salário mínimo em vigência,
que serve como índice base para os
demais estados.
Segundo a Pesquisa Nacional
de Amostra por Domicílio (PNAD),
realizada em 2012, existem 6,335 milhões empregados domésticos ativos
no Brasil. Desse total, 4,455 milhões
ainda atuam de maneira informal,
número que representa mais de 70%
de toda classe. “Com a crise econômica que estamos vivenciando e,
consequentemente, a renda das famílias mais comprometidas por conta
da inflação, certamente o impacto
desse acréscimo será bastante significativo”, afirma Marcos Machuca,
CEO da empresa.
O executivo, no entanto, acredita que a implementação do Simples
Doméstico não vai acarretar em um
processo de demissão em massa por
parte dos empregadores. “Hoje há
mais vantagens em legalizar o empregado do que mantê-lo na informalidade. Além de evitar possíveis ações
judiciais por direitos trabalhistas não
cumpridos, o patrão tem a vantagem
de contar com o auxílio do INSS em
casos de licença maternidade e afastamento do empregado por motivo
de doença ou acidente de trabalho”,
argumenta.
Ainda de acordo com Machuca, a regulamentação do trabalho
doméstico também contribui para
elevar a procura de emprego na área,
tornando os empregadores mais exigentes e elevando a demanda por
qualificação.
Com previsão de ser incorporado a partir de 1º de outubro, o
Simples Doméstico reunirá numa
mesma guia todas as contribuições
que devem ser pagas pelos patrões
- equivalente a 20% do salário do
empregado. O valor corresponde a
8% para o INSS, 8% para o FGTS;
3,2% para um fundo de indenização em caso de demissão e 0,8%
para seguro contra acidente. Para
isso, a Receita Federal disponibilizará em breve por meio do portal
www.esocial.gov.br, o sistema no
qual o empregador deverá cadastrar os trabalhadores.
Na Tabela 1, confira a comparação do custo mensal de empregadores que ainda não aderiram as
normativas atuais da Lei das Domésticas.
Já na Tabela 2, confira a comparação do custo mensal de patrões que
já recolhem o INSS dos empregados,
portanto, cumprindo as regras vigentes da Lei das Domésticas.
Informações adicionais sobre
as despesas podem ser coletadas
no endereço: app.lalabee.com.br/
simulador
Tabela 1 - Gasto após o Simples
Gasto atual
(Piso da categoria líquido +
transporte em 22 dias úteis)
Doméstico
(Piso da categoria líquido +
transporte em 22 dias úteis)
Variação
São Paulo
R$ 1.059,00
R$ 1.334,45
26,01%
Rio de Janeiro
R$ 1.103,07
R$ 1.393,25
26,30%
Curitiba
R$ 1.215,53
R$ 1.541,28
26,79%
Florianópolis
R$ 1.044,40
R$ 1.320,76
26,46%
Porto Alegre
R$ 1.149,88
R$ 1.456,31
26,64%
R$ 931,00
R$ 1.170,82
25,75%
Demais cidades e estados*
*Cálculo baseado no desembolso de R$ 6,50 por dia com transporte.
Tabela 2 - Gasto após o Simples
Gasto atual
(Piso da categoria líquido +
transporte em 22 dias úteis)
Doméstico
(Piso da categoria líquido +
transporte em 22 dias úteis)
Variação
São Paulo
R$ 1.255,74
R$ 1.334,45
6,41%
Rio de Janeiro
R$ 1.310,35
R$ 1.393,25
6,46%
Curitiba
R$ 1.448,21
R$ 1.541,28
6,54%
Florianópolis
R$ 1.241,80
R$ 1.320,76
6,48%
Porto Alegre
R$ 1.368,76
R$ 1.456,31
6,52%
Demais cidades e estados*
R$ 1.102,30
R$ 1.170,82
6,36%
*Cálculo baseado no desembolso de R$ 6,50 por dia com transporte.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
69
RSVP
INSS pode cobrar de empregadores
despesas sociais acidentárias
com trabalhadores domésticos
Empregadores podem ter de ressarcir os cofres do ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), caso não
ofereçam um ambiente de trabalho
seguro para o trabalhador doméstico. O alerta foi feito pelo Procurador
Federal Fernando Maciel, Mestre em
Prevenção de Riscos Laborais, no 3º
Seminário de Direito Previdenciário
da OAB/DF, que aconteceu em setembro na sede da seccional em Brasília.
Segundo Maciel, tal cobrança poderá acontecer por meio das ações regressivas acidentárias, instrumento processual, fundamentando no artigo 120 da
Lei 8.231/91, que viabiliza ao viabiliza ao
INSS o ressarcimento das despesas com
as prestações sociais acidentárias (pensões por morte, aposentadorias por invalidez, auxílios-doença, serviço de reabilitação, fornecimento de próteses, etc.),
implementadas em face dos acidentes do
trabalho que ocorrem por culpa dos empregadores que descumprem as normas
de saúde e segurança do trabalho.
A previsão de cobrança a esses
empregadores, segundo o Procurador,
encontra respaldo na Emenda Constitucional 72/2013, que assegurou aos
empregados domésticos diversos direitos previstos no artigo 7º da Constituição Federal, entre eles a redução
dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e
segurança; e o seguro contra acidentes
de trabalho, a cargo do empregador
(0,8%), sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
“Um ambiente de trabalho saudável e seguro é direito de todo e qualquer
trabalhador, portanto, a equiparação
de direitos entre os trabalhadores domésticos e os demais veio em boa hora.
Caminhamos para um ordenamento
jurídico mais igualitário para todos os
trabalhadores brasileiros, sem distinção de categoria profissional, o que,
aliás, vai ao encontro de do princípio
constitucional básico que é a igualdade de direitos, sem qualquer forma de
discriminação ou, por que não dizer,
segregação social”, defende.
Maciel explica também que, com
a regulamentação a EC 71, feita por
meio da Lei Complementar 150, de
1º/06/2015, foi alterada a Lei de Benefícios a Previdência Social, incluindo,
no conceito de acidente do trabalho,
previsto no artigo 19, a figura do empregado doméstico. “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos
no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Novas modalidades
Fernando Maciel, estudioso da
área das ações regressivas acidentárias, tendo publicado a primeira obra
monográfica sobre o tema no Brasil
(Ações Regressivas Acidentárias, ed.
shutterstock
LTR, 3ª edição), lembra que essas ações
começaram a ser ajuizadas, primeiramente, com relação ao descumprimento das normas de saúde e segurança do
trabalho como um todo. “Hoje, o INSS
já utiliza novas modalidades de ações
regressivas para cobrar, por exemplo,
de autores de violência doméstica (Regressiva Maria da Penha), de motoristas que descumprem as leis de trânsito
e provocam acidentes com vítimas, sejam elas fatais ou não, bem como ações
regressivas coletivas, nas quais há a
cobrança da devolução de mais de um
benefício”, disse.
“A ação regressiva tem por objeto o ressarcimento ao INSS de despesas previdenciárias determinadas
pela ocorrência de atos ilícitos, o
que significa um amplo espectro de
possibilidades de ajuizamento”, explica o procurador. Segundo Maciel,
tal amplitude encontra também respaldo no próprio Código Civil, que
prevê que aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito e
fica obrigado a repará-lo, “O INSS
poderia utilizar, portanto, as ações
regressivas, por exemplo, para coibir
a violência nos estádios, bem como
para combater crimes de preconceito, como racismo e homofobia”, disse.
Simples Doméstico - saiba como se adequar
Paulo Fabrício Ucelli
Entrou em vigor, no dia 2 de
outubro, a última fase da Lei das
Domésticas, que trará uma série de
novas obrigatoriedades para os empregadores. Contudo, ainda não foi
disponibilizado pelo Governo Federal o Simples Doméstico, que reunirá em um único documento todos os custos trabalhistas, emitindo
uma única guia (guia do Simples
Doméstico). Para piorar já existem
rumores que ocorrerão atrasos.
O prazo oficial para que o documento fique disponível é de 120 dias
após a sanção presidencial da PEC
das Domésticas, que seria em 02 de
outubro, mas, se isso não ocorrer, os
empregadores deverão manter o recolhimento do INSS da forma como
era feito antes da sanção presidencial,
mantendo o recolhimento patronal
em 12%. A redução para os 8% só
ocorrerá após a disponibilização do
Simples Doméstico.
“O Governo se comprometeu a
lançar o Simples Doméstico, que reunirá numa mesma guia todas as contribuições que devem ser pagas pelos
patrões de empregados domésticos,
antes do prazo de início dessa nova fase
da obrigação e, faltando menos de 10
dias para o fim desse prazo, não houve
nenhuma sinalização nessa direção, o
que faz com que as dúvidas persistam
junto aos empregadores, são várias ligações que recebemos sobre o tema, e
única resposta que podemos dar é para
que se tenha paciência”, explica alerta o
diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos.
Com o Simples Doméstico o
empregador não terá mais que pagar
diversos boletos, sendo que será emitido apenas um, com valor referente a
20% do salário pago a empregada, somando os 8% do INSS patronal, 0,8%
do seguro acidente de trabalho, 8% do
FGTS e 3,2% da antecipação da multa
por demissão sem justa causa.
O diretor executivo da Confirp
ressalta que é importante que o empregador fique atento, pois, a Lei das
Domésticas terá outras novidades em
outubro, mas alguns pontos já estão
em vigor. Para melhor entendimento
dos empregadores a Confirp detalhou melhor o entrará em vigor em
outubro e o que já está em vigor:
Entrará em vigor a
partir de outubro:
• Redução do INSS de 12% para
8% do empregador, mantendo o desconto do empregado conforme tabela
do INSS;
• Obrigatoriedade do Recolhimento do FGTS de 8%;
• Seguro Acidente de Trabalho
de 0,8%;
• Antecipação da Multa de 40%
do FGTS em 3,2% ao mês, onde o empregado terá direito a sacar caso seja
dispensado, caso ele solicite seu desligamento o empregador terá direito a
devolução do valor depositado;
• Seguro Desemprego de no máximo 3 meses no valor de 1 Salário
mínimo;
• Salário Família;
• Pagamento de todos os impostos em uma única guia (guia do Simples Doméstico).
Está em vigor:
• Empregados que trabalhem
das 22h as 05h terão direito a Adicional Noturno;
• O empregador terá a obrigação
de controle de ponto de seu empregado;
• Caso o empregado tenha que
viajar a trabalho ele terá direito a
Adicional de Viagem;
• Caso o empregado tenha 40 horas adicionais no mês terá que ser pago
em forma de horas-extras e caso opte
em estabelecer um banco de horas, as
que ultrapassarem 4h mensais poderão
ser compensadas no período de 1 ano;
• Proibição de contratação de
menores de 18 anos.
Com essas novas obrigações,
é imprescindível que o empregador
passe a controlar a jornada de seu
empregado, seja através de livro de
ponto, registro eletrônico ou cartão
de ponto (chapeira).
Punição para quem não
registrar
Os empregadores domésticos
poderão ter que pagar multa em
caso de não cumprirem com as regras da Lei das Domésticas, mesmo
sem o Simples Doméstico. “Essas
punições equiparam-se as previstas na CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho). Assim, quem não
registrar em carteira a contratação
terá de pagar multa de R$ 402,53
(378,28 UFIR´S), por funcionário
não registrado. A Justiça do Trabalho, poderá dobrar o valor da multa julgando o grau de omissão do
empregador, como no caso a falta
de anotações relevantes, tais como
Data de Admissão e Remuneração
na CTPS do empregado. A elevação
da multa, no entanto, poderá ser
reduzida caso o empregador reconheça voluntariamente o tempo
de serviço e regularize a situação
do seu empregado - uma forma de
estimular a formalização”, detalha
Domingos.
70
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Carreiras
Amcham/MÁrio Miranda
Deborah Vieitas, nova CEO da Amcham Brasil
Deborah Gomes
assume como CEO
da Amcham Brasil
A partir de 1º de outubro, Deborah Vieitas substituirá Gabriel Rico
como CEO da Amcham Brasil. Será a
primeira mulher à frente da Amcham
Brasil nos seus 96 anos de existência.
Com sólido histórico na direção de
grandes instituições financeiras e na
direção da Associação Brasileira de
Bancos Estrangeiros (ABBI), Deborah trará para a Amcham a experiência acumulada à frente de instituições
como o Banco Caixa Geral - Brasil,
parte do maior conglomerado financeiro português, Banco BNP Paribas,
Banco CCF Brasil e Unibanco.
Some-se a este histórico uma
grande experiência internacional:
Deborah é mestre em Administração
pela Fundação Getúlio Vargas e pela
École Nationale d’Administration
Sobre a Amcham Brasil
Fundada em 1919, a Amcham
Brasil é hoje a maior Câmara Americana, entre 104 existentes fora
dos EUA.
Com cerca 5 mil empresas associadas no país, sendo 85% delas
brasileiras, a entidade é a provedora
do mais ativo conjunto de produtos
e serviços empresariais. Anualmente,
são mais de 2 mil atividades (entre
eventos, fóruns e missões empresariais), reunindo público de mais de
70 mil empresários e executivos de
empresas de todos os portes e segmentos econômicos.
A entidade, com sede em São
Paulo, conta com 13 escritórios regionais (Belo Horizonte, Brasília,
Campinas, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Recife, Ribeirão Preto, Salvador, Porto
Alegre e Uberlândia). A entidade
emprega mais de 360 pessoas em
todo o país.
Bajo Frio (57MW), no Panamá.
No Brasil, participa ainda da
construção da primeira linha de ultra-alta tensão em corrente contínua das Américas, o Linhão de Belo
Monte, com ± 800kV e 2.084km de
extensão; e de vários complexos eólicos na região nordeste; além de obras
de saneamento e drenagem urbana
em Minas Gerais e Pará.
(ENA) da França. Foi eleita pelo jornal Valor uma das 10 melhores executivas do País em 2014.
Gabriel Rico, que esteve à frente
da Amcham Brasil nos últimos oito
anos, foi responsável pela consolidação da Amcham como a maior associação empresarial do País, fora do
sistema sindical, com presença em
14 cidades espalhadas pelo Brasil. Ele
decidiu dedicar-se a projetos pessoais
e permanecerá na entidade até o fim
do ano, como apoio à transição de
sua sucessora.
Leme Engenharia
tem novo presidente
A Leme Engenharia, uma das
principais empresas de engenharia
consultiva para os mercados de energia e infraestrutura da América Latina, anuncia o engenheiro Cláudio
Maia como o seu novo presidente.
Graduado em engenharia civil
pela Universidade de Brasília e Universidade de Coimbra (Portugal) e
mestre em Mecânica das Rochas pela
Universidade de Toronto (Canadá),
Maia acumula 30 anos de experiência
em empresas de engenharia dos mais
diversos portes e nacionalidades,
tendo participado da elaboração de
projetos de energia e infraestrutura
na América Latina, América do Norte, Europa e Oceania.
Entre 2001 e 2002, o executivo
esteve à frente do escritório da Leme
Engenharia na cidade de Brasília e,
após um período de seis anos trabalhando para empresas europeias
em Portugal, Alemanha e Estados
Unidos, retornou à Leme Engenharia em 2008 como superintendente
de Hidroenergia. Em 2011, a partir
do projeto de expansão das atividades da Leme Engenharia para outros
países da América Latina, foi promovido a diretor de Operações, posição
que ocupava desde então.
“Me sinto honrado por ter sido
nomeado presidente desta grande
empresa, cuja trajetória teve início há
50 anos. Após uma breve passagem no
início dos anos 2000, retornei à Leme
Engenharia em 2008 e tive a oportunidade de participar do seu rápido
desenvolvimento. Nos últimos anos,
a empresa inaugurou novos escritórios no Brasil, Chile, Panamá e Peru;
incorporou e adquiriu empresas; e expandiu suas operações para novos setores, entre eles o de geração térmica e
energias renováveis. Apesar dos desafios do momento, me sinto motivado
e confiante na capacidade da nossa
equipe em dar continuidade a essa
trajetória de sucesso”, afirma Maia.
A Leme Engenharia encerrou 2014 com um faturamento na
América Latina de R$ 265 milhões
e importantes projetos e estudos em
carteira, como as usinas hidrelétricas Jirau (3.750MW) e Belo Monte
(11.233MW), no Brasil; Sopladora
(487MW) e Toachi Pilatón (254MW),
no Equador; Alto Maipo (531MW), no
Chile; Quitaracsa (112MW), no Peru; e
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
71
Crônica
Olavo Romano
olavoromano@task.com.br
Cão que ladra
freepik
Nascida e criada nas redondezas, Célia seguiu o rastro da mãe e
da avó. Gostava da vida tranquila
na fazenda, o dia a dia marcado pelo
giro do sol e pelas batidas do grande
relógio da sala, em cujas paredes os
mais antigos vigiavam o lento passar
do tempo. O mundo distante chegava
entre chiados e estática, na voz potente de Heron Domingues, locutor
do Repórter Esso.
No curral e no terreiro, o movimento madrugava, sempre com
novidade: vaca parindo, ninhada
de gato no porão, de cachorro, pato,
peru, pinto, marreco e angola. De
vez em quando uma perua chocava
ovo de marreca, galinha exibia sua
envergonhada fileira de patinhos.
Na primeira visita ao cupinzeiro,
suculento anúncio de chuva, ela se
espantava quando os filhotes deixavam o alimento e corriam para o
corguinho.
O tempo regia a rotina, rigorosa
e antiga. Por isso, qualquer criança
sabia ler os sinais da natureza e seus
provérbios: neblina na serra, chuva
na terra; neblina baixa, sol que racha. Tiãozinho, curioso e especula,
perguntou ao avô se aquilo era verdade. O velho Nicanor, ruim de prosa, tirou a graça do neto: “Bobagem,
menino. Tempo de chuva, todo sinal
é de chuva”.
Tempos depois, enxada cantando no chão seco, o rapazinho apurou
o ouvido. Escutou, confirmou, e disse, cheio de esperança: “Vai chover,
pai, sabiá cantou”. Seco feito o avô, o
pai ranhetou: “Sabiá não é Deus. Se
ainda fosse o macaco bugio, vá lá”.
Na roça, arar, plantar, fazer duas
capinas e colher na época certa era
sagrado. Cada atividade trazia suas
próprias tarefas: compridas varas
assoviando no ar, alternadas na batida do feijão; carro de boi cantando
bonito, atopetado de milho novo, a
lufa-lufa aumentada na apanha do
café pedia mutirão na cozinha para
alimentar tanta gente. Na moagem
de cana, era bonito ver o gemido do
engenho, garapa correndo na bica,
fumegando nas tachas, melado pingando no cocho, rapadura secando
nas formas, jirau coalhado de açúcar
ao sol, abelhas zumbindo em volta.
Célia treinava, entre cheiros e sabores, a arte da paciência, o tempero e o
tempo certo de cada iguaria, de tanto
tipo de doce.
Matar porco era uma festa, o dia
começando no escuro e encompridado até à boca da noite, todo mundo
indo dormir de corpo moído e coração alegre de tanta fartura. E aquele
ajuntamento de gente, cada pessoa
no seu serviço, despotismo de carne,
banha, linguiça, torresmo e chouriço,
decoada pingando na barrilheira, esperando hora de jogar na panela de
sabão, tudo comprovando o dito popular: “olho do dono é que engorda
o porco”.
E sobravam causos sem conta, sempre lembrados e repetidos.
Como da Candinha do Aristides que
aproveitou a passagem do doutor
Ari, médico afamado que, no seu jipe
valente, varava grotas, atravessava
atoleiros e estradas esburacadas para
atender o povo naqueles ermos. Aparelhado na experiência, ele perguntou quando ela achava que tinha engravidado, pegado menino, como se
usava dizer. Com os olhos brilhando,
ela lascou: “Ah, doutor. Foi naquele
dia que nós matemo um porquinho
vermeio”. Podia ser também na moagem da cana, na entrada das águas, a
colheita do café, no dia que o carro de
boi tombou, qualquer coisa diferente
no ramerrão da vida.
Bom também era o dia de fazer
biscoito, gamelas e formas para todo
lado, as labaredas no forno, brasa e
cinza varridas com vassoura de alecrim, perfume anunciando hora de
assar. Então, era um variado vai-vem
de quitanda, de sal e de doce: quebraquebra, broa de fubá e pão de queijo, biscoito de polvilho e misturado,
cada um colocado em vasilha própria
na despensa, tudo tão organizado
que se podia achar de olho fechado.
Ao contrário de Cristina, sua
irmã mais velha, que se formou normalista e foi trabalhar na cidade,
Célia ficou por ali mesmo. Namorou
Orestes, primo segundo e companheiro de infância. Na casinha nova,
construída em alegre e animado mutirão, tiveram uma fieira de filhos,
precisaram fazer um puxado para
caber a ninhada que crescia sem pa-
rar. Célia e Orestes eram caprichosos,
gostavam de criação, tinham mão
boa para plantar. Formaram um jardim bonito, uma horta de couve com
verduras e legumes variados, um pomar com frutas raras, mudas vindas
do campo de sementes.
Quando as crianças foram crescendo, os mais velhos cuidando dos
mais novos, Célia voltou a trabalhar
todo dia na fazenda. Chegava cedo,
dava um dedo de prosa, falava das
crianças, da saúde deles, das gracinhas dos menores, pequenas novidades que reforçavam mansa rotina e
sustentavam boa amizade, quase um
parentesco do coração.
De vez em quando Tininha, a
caçula, resfriava, vinha a asma, era
um desespero. Sufocada, chiando
sem parar, ninguém dormia direito.
Depois de muita peleja, a poder de
reza, benzeção e simpatia, a menina
começou a arribar. “Mas tá ainda de
olho fundo, coitadinha”, relatou Célia na cozinha da fazenda. Carmita
e Aristides, patrão de Célia e padrinhos da menina, combinaram de visitá-la.
Naquela tarde, Carmita recolheu a roupa no varal, fechou as
janelas, enquanto Aristides tratava dos porcos, fechava os bezerros
pequenos, guardava ferramentas
deixadas fora do lugar. Com o sol
ainda bem alto, foram caminhando
e proseando.
A família esperava de fora, as
crianças de banho tomado, aprontadas para receber visita. Quando abriram a cancela, um cachorrinho veio
latindo, dentes arreganhados. Assustada, Carmita deu um passo atrás.
Célia, aflita, fala alto, para acalmar a
patroa: “Carece ter medo não, comadre. O cachorrinho é capado!”.
72
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Culturas
andre-fossati
Kiko Ferreira
Jussara canta Beto
Indicado, em 2011, ao Grammy Latino, pela obra-prima Liebe Paradiso, o produtor Leonel Pereda e o engenheiro de som Duda Mello
foram responsáveis pela sonoridade de Pedras que rolam, objetos luminosos, nono disco da cantora Jussara Silveira, inteiramente dedicado
à obra do mineiro Beto Guedes e do carioca Ronaldo Bastos. Acompanhada por uma superbanda, que inclui teclados de Sacha Amback,
baixos de Zeca Assumpção e Alberto Continentino, bateria de Marcelo
Cosa e violão de Tuco Marcondes, Jussara relê clássicos do Clube da
Esquina como Amor de índio, Lumiar, A Página do Relâmpago Elétrico, Sol de Primavera e o Sal da Terra. Mais um acerto na bem-sucedida
carreira da mineira de Nanuque que se tornou baiana pela convivência
com a cena paralela ao axé.
marcos issa
Filarmônica 2016
Com a temporada 2015 chegando ao fim com
mais de 90% de aprovação pelos assinantes, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais segue em
campanha de assinaturas para a temporada do ano
que vem. A expectativa é de que o número de assinantes continue crescendo, depois de um aumento
de 57% de um ano para outro. Entre os destaques
da programação de 2016 estão as comemorações de
150 anos dos autores Busoni, Kallinikov e Satie e os
centenários de Dutilleux e Ginastera. A Filarmônica vai implantar os Concertos Comentados para as
séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce, com palestras, antes dos concertos, sobre os autores, as obras
e suas histórias.
Concertos para a juventude
A tradição dos Concertos para a Juventude será
mantida. A programação destinada à formação de
público terá, no ano que vem, foco nas formas musicais. Danças, poemas sinfônicos, sonatas, forma
ABA e formas livres serão apresentadas de maneira
Ana Martins Marques
A poeta Ana Martins Marques acerta de novo n’O
livro das semelhanças, com poemas sobre livros, fazer
poético, escrita, universo dos livros e dos escritores, com
humor, cuidado, delicadeza e inteligência que não precisam de justificativas teóricas para funcionar. Dividido
O BEIJO
Ao me beijar
esqueceu uma palavra em minha boca
Devo guardá-la
embaixo da língua?
engoli-la como um comprimido
a seco?
mordê-la até sentir
seu gosto de fruta
estrangeira, especiaria, álcool
duvidoso?
devolvê-la
num beijo
a ele?
a outro?
É pequena e dura
mais salgada que doce
e amarga um pouco
no fim
FIM
em quatro partes, Livro, Cartografias, Visitas ao lugarcomum e O livro das semelhanças, o volume serve para
manter Ana e sua poesia no topo da lista das melhores
obras recentes da literatura brasileira.
Segue uma amostra da literatura da belo-horizontina:
clara e didática, para que o público possa entender
as especificidades de cada tipo de composição. E
também os concertos didáticos, que em 2015 atenderam a mais de 5 mil crianças, com destaques para
alunos das escolas estaduais.
NÃO SEI FAZER POEMAS SOBRE GATOS
Não sei gatografia.
Ana Cristina Cesar
Não sei fazer poemas sobre gatos
se tento logo fogem
furtivas
as palavras
soltam-se ou
saltam
não captam do gato
nem a cauda
sobre a mesa
quieta e quente
a folha recém-impressa
página branca com manchas negras:
eis o meu poema sobre gatos
POEMA DE TRÁS PARA FRENTE
A memória lê o dia
de trás para frente
acendo um poema em outro poema
como quem acende um cigarro no outro
que vestígio deixamos
do que não fizemos?
como os buracos funcionam?
somos cada vez mais jovens
nas fotografias
de trás para frente
a memória lê o dia
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
73
Artigos
José Marcos Carvalho de Oliveira
Sociológo, Escritor – residente em Sunrise, Flórida, Estados Unidos
JK e Brasília:
a espiritualidade revelada
“Disco solar, origem da vida, quando te elevas no horizonte do Leste, preenches a Terra inteira com teus esplendores. Tu
és belo, poderoso, brilhante, elevado acima do Universo. Teus raios se estendem até os limites de tudo que criaste.”
(Hino a Aton, do faraó Akhenaton)
Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil (1902-1976) era um
homem que se inclinava à espiritualidade, embora se declarasse católico.
Tinha simpatia pelo misticismo, pelo
espiritismo e outras linhas alternativas de espiritualidade. Era amigo
dos médiums Zé Arigó (1922-1971)
e Chico Xavier (1910-2002) e mantinha admiração pelo faraó egípcio
Akhenaton.
A bibliografia nesse sentido é
muito extensa, recheada de dados
convincentes e concretos, além de
muito bela. Por isso, tentaremos
abordar os pontos referenciais mais
significativos e que poderão ensejar
estudos mais completos.
Em 1958, Zé Arigó foi preso,
acusado de feitiçaria e exercício ilegal
da medicina. Em maio daquele ano,
JK concedeu indulto ao médium. Em
retribuição, Zé Arigó curou a filha do
ex-presidente de um problema renal
delicado, o que alicerçou mais ainda
os seus vínculos amistosos. Estes permaneceram fortes até mesmo no exílio do fundador de Brasília, quando
ainda trocavam correspondências.
Com Chico Xavier, a relação foi
além da amizade, estabelecendo pontos de apoio e aconselhamentos espirituais nos momentos difíceis, durante o
exercício da presidência da República.
O ex-mandatário enviava perguntas,
por intermédio de dois militares de
sua confiança, sobre decisões e dilemas a serem sanados durante a construção de Brasília, sendo prontamente
atendido. As perguntas eram feitas em
papéis separados. Cada questão era
respondida nas respectivas folhas por
determinado espírito, incorporado ao
médium. As respostas psicografadas
visavam sempre elevar o ânimo, a motivação, o entusiasmo nas realizações
dos empreendimentos. Quando estava próxima a inauguração da nova capital, Chico foi convidado a conhecer
as obras. Após ter percorrido algumas
áreas, foi a ele dado de presente uma
gravata, retirada do próprio closet de
Juscelino, demonstrando, com isso, o
afeto que mantinha pelo médium.
Por volta de 1930, quando estudante, JK visitou a região desértica
do Médio Egito denominada de Tell
el-Amarna, a 312 quilômetros ao sul
do Cairo. Após, escreveu o seguinte:
“Levado pela admiração que tinha
por esse autocrata visionário, Ahkenaton, cuja existência quase lendária
eu surpreenderia através das minhas
leituras em Diamantina, aproveitei
minha estada no Egito para fazer
uma excursão até o local”. Outras
menções seriam feitas por ele, revelando sua admiração pelo que lera e
observara, jamais imaginando, àquele momento, que estava germinando
em seu coração a grandiosidade do
que viria ser materializado com a
construção da nova capital do Brasil.
Compondo a 18ª dinastia egípcia, o faraó Amenofis IV nasceu em
1378 antes da nossa era. Foi educado em um ambiente particularmente
místico e foi devidamente preparado
para a nobre missão que iria coman-
dar no futuro. Aos 9 anos, desposou
uma linda moça, chamada Nefertiti,
que significa “a bela chegou”. Como
ele, ela pertencia à Ordem Rosacruz.
A Ordem teve inclusa mais tarde as
iniciais AMORC (‘Antiquus Mysticusque Ordo Rosae Crucis’), pela
qual é hoje conhecida. Logo após sua
ascensão ao poder, o soberano oficializou uma nova religião, que tinha
como símbolo o Sol, ou Aton.
Essa oficialização derrubou o
politeísmo vigente, dando início ao
monoteísmo, a crença em um úni-
co Deus. Adotou também um novo
nome, Akhenaton, que significa “dedicado a Aton” ou “devoto de Aton”.
O faraó deixou Tebas, onde vivia, e
fundou uma nova cidade, na região
de Tell el-Amarna, com o nome de
Akhetaton, ou “cidade do horizonte
do disco” ou “Santuário de Aton”. A
cidade era muito bonita arquitetonicamente, possuindo belos jardins
e com construções harmoniosas. A
par disso, o dirigente egípcio preocupou-se em revolucionar a parte artística de maneira geral. O faraó era
excepcionalmente inteligente e deu
provas de possuir uma mentalidade
muito esclarecida e mística.
A inauguração de Brasília em
21 de abril de 1960 não significou
apenas a construção de mais uma
cidade planejada. Todo o projeto do
plano-piloto continha um simbolismo essencialmente místico, cuja
origem era egípcia. Oscar Niemeyer
e Lúcio Costa, os responsáveis pela
sua arquitetura e urbanismo assimilaram bem o que JK pretendia.
Alguns estudiosos da área esotérica
dizem que o ex-presidente era ‘o faraó do século 20’, e que ele atendia a
um anseio grandioso guardado em
sua alma com a construção de Brasília. Alguns desses místicos afirmam
ainda que ele seria a reencarnação de
Akhenaton. Contudo, o mais correto,
segundo outros analistas, seria dizer
que JK foi impregnado pela atmosfera hermética do faraó e pela cidade
por ele dedicada ao Deus único, ‘do
nascer e pôr-do-sol, do Deus vivo e
presente na vida de todas as pessoas.
O desenho da nova capital brasileira corresponde ao de um pássaro
voltado para o leste, para o nascer
do sol, como o da cidade Akhetaton.
Também reproduz o símbolo máximo da alma humana, um pássaro
como a ave mitológica Fenix que renasce das cinzas. Adicionalmente a
essa figura, há inúmeros outros indícios da semelhança entre uma e outra
cidade. Ressaltamos algumas.
Tanto Juscelino como Akhenaton
construíram voltados para o futuro,
apesar de outros faraós terem construído para os mortos, na própria visão do
ex-presidente; quatro anos foram necessários para que o soberano egípcio
mudasse o governo da cidade de Tebas
para Akhetaton, que também foi construída em tempo recorde, como Brasília; ambas cidades foram desenvolvidas
no centro de seus países; no caso da capital egípcia, foi criado um lago, coincidindo com o de Paranoá em Brasília;
Akhenaton morreu 16 anos depois da
cidade construída, O mesmo ocorreu
com JK.
A majestade de Brasília não se
circunscreve nela mesma pois, antes,
devemos fazer sobressair o personagem principal que teve a coragem de
perpetrá-la, fazendo-a imortal como
assim a fez a Unesco em 1987 ao inserir nela o selo de “Patrimônio Cultural da Humanidade”. Esse personagem principal, de nome Juscelino
Kubitschek que, em 5 anos de governo, fez o Brasil progredir 50.
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Artigos
Claudio de Moura Castro
Cortar os dinheiros do SENAI?
fotos bruno batista/cni
É difícil ter orgulho da nossa
educação. No Pisa, estamos nos quinquagésimos, dentre sessenta e poucos
países. Nem os colégios privados se
destacam. No primeiro Pisa, os alunos do topo (predominantemente
destas escolas) não atingem os níveis
de filhos de operários da OECD. No
Ensino Médio, cujos custos dobraram, nossos alunos não dominam
nem 10% dos conteúdos de Matemática. Nesse nível, os gastos por aluno
praticamente dobraram, a qualidade
não reagiu e a deserção anda por volta de 50%.
Nossas universidades federais
têm custos equivalentes à média
da Europa. Mas infelizmente, apenas duas ou três estão nas listas das
melhores do mundo. Nelas, o único
brilho está nos doutoramentos, nível
em que temos um bom número de
programas de padrão internacional.
No todo, nosso ciclo acadêmico exibe uma qualidade lastimável. Analisando as tendências, não parece que
estamos saindo do buraco.
Contudo, existe uma exceção no
nosso ensino. Trata-se do SENAI (e
do SENAC, SENAR e SEST/SENATI
que respeito, mas conheço menos).
Criado no início dos anos 1940, vem
preparando a mão de obra industrial utilizada pelas nossas melhores
indústrias. Embora não seja fácil
demonstrar, preto no branco, é uma
boa hipótese supor que, sem ele, a
nossa Revolução Industrial não teria
sido possível.
Todos os países industrializa-
dos, sem exceções, dispõem de um
excelente e caro sistema de formação
profissional, sempre financiado pelo
erário público. Coincidência? Luxo
de rico? A “teoria da jabuticaba” afirma que se só existe no Brasil e não é
jabuticaba, não pode prestar. Curiosamente, há um aspecto do Sistema
S que desafia tal máxima. De fato,
somente o Brasil usa em larga escala
a fórmula de financiar as associações
patronais para que operem sistemas
semi-públicos de formação profissional. Isso traz várias vantagens.
Entre elas, trata-se de um sistema privado, voltado para a satisfação
de necessidades coletivas e com todas
as vantagens de não ser repartição
pública. Outro ganho ainda mais radical é que, sendo operado pelos empresários, quem administra o sistema
é quem contrata os seus graduados.
Ou seja, se o SENAI não prepara a
mão de obra que a indústria pretende
contratar, os empresários têm a faca
e o queijo para exigir que isso volte
a acontecer. E na verdade, as pesquisas de acompanhamento de egressos
mostram um excelente nível de aproveitamento, nas profissões cursadas
ou afins.
Compare-se com os cursos técnicos federais, onde os professores
ganham mais do que nas escolas
privadas de primeira linha. Pior,
neles predominam alunos de classe
média que irão para a universidade.
Estas instituições não acompanham
de forma sistemática a carreira dos
egressos e persistem em oferecer pro-
gramas cujos graduados não encontram o emprego correspondente. Faz
pouco, vi um assim em Cachoeiro do
Itapemirim. A quem pais ou empresários poderiam reclamar? Ao ministro, a algum burocrata do MEC, ao
diretor da escola? Bem sabemos da
ineficácia de tais reclamações.
Já o interesse direto dos empresários é bastante robusto, mantendo
o SENAI no rumo. Pode corrigir des-
vios com um canetaço, mas no cotidiano, o que funciona é o medo de
levar puxões de orelha. Esta cobrança
é bem previsível nas boas federações
de indústria. Contudo, pode haver
falhas naquelas outras frágeis ou em
estados pouco industrializados.
Na minha observação, elas por
elas, o sistema funciona bastante
bem. Além disso, bate sempre na tecla do profissionalismo, do trabalho
bem feito, da limpeza imaculada,
do perfeccionismo, da responsabilidade pessoal e da obediência serena
às regras do jogo. Aplica com êxito
a clássica receita da industrialização
bem-sucedida.
As últimas semanas nos brindam com duas notícias, uma boa e
uma ruim. A boa é que o Brasil obteve a primeira classificação no World
Skills, uma competição que inclui
50 ofícios, dos mais simples - como
pedreiro - aos mais sofisticados como robótica. Passamos à frente da
Coréia, Japão, Alemanha e Suíça, enfim, todos os 62 países participantes.
Não é pouca coisa.
Quando trabalhava em agências das Nações Unidas (OIT, Banco
Mundial e BID), era voz corrente que
o Brasil, dentre os países do Terceiro Mundo, era o que tinha o melhor
sistema de formação profissional.
Agora, as medalhas do World Skills
transformam a “voz corrente” em
evidência sólida.
Os resultados mostram que
temos escolas tão boas quanto as
melhores do mundo. Contudo, per-
manece a cruel diferença de que, no
primeiro mundo, praticamente todos
tem acesso a cursos de boa qualidade. Em contraste, o Sistema S ainda
atinge uma proporção limitada dos
jovens e adultos que poderiam se beneficiar de uma boa formação profissional. Note-se que os melhores sistemas da América Latina (Colômbia
e Costa Rica) – copiados do SENAI
– gastam 2% da folha de pagamento.
Já o SENAI e seus irmãos, recebem
apenas 1%.
A segunda notícia é uma ducha
fria no extraordinário resultado do
World Skills. Os orçamenteiros propõem que, para cobrir o vergonhoso
déficit das nossas contas, é preciso
subtrair 30% dos recursos do Sistema
S. Parece piada de mau gosto.
Proponho um desafio aos proponentes do corte. Que visitem dez escolas do Senai, quaisquer, em quaisquer
estados. Aposto que ao término da
visita terão mudado de ideia.
Dos bilhões de reais gastos com o
ensino técnico federal, quantos financiam aqueles graduados que trabalham na nossa maltratada indústria e
quantos financiam a preparação para
o vestibular de alunos de boa renda
familiar? Em contraste, o tributo do
SENAI financia alunos pobres.
Para lidar com desperdícios
bem identificados, a motosserra enguiça. Mas agora, mira o orçamento
das únicas instituições de padrão
mundial que possuímos. Já cortaram
fundos dos doutorados. Agora querem os do Sistema S.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Artigos
Cláudio Gontijo
Fracassa a Política
Econômica de Joaquim Levy
Certamente que aqueles que, orientados pela corrupta mídia brasileira,
apostaram no “ajuste macroeconômico”
promovido pelo ministro Joaquim Levy.
O aprofundamento da crise brasileira
apenas indica que as medidas implementadas têm sido tímidas em relação
ao tamanho do problema. A verdade,
contudo, é que, ao contrário do que asseveram os comentaristas da Globo e os
economistas ideológicos, a exemplo do
que ocorreu na Europa, a partir da insolvência do governo grego em fins de 2009,
a crise econômica atual foi fabricada pela
política econômica ortodoxa, que, em
lugar de promover qualquer ajuste, está
desajustando a economia nacional.
Segundo muitos “experts”, ao final
do ano passado, os desajustes econômicos resultantes do populismo eleitoreiro
da presidente Dilma Rousseff eram notórios. Além do déficit nominal do setor
público brasileiro ter saltado de 3,05%
do PIB em 2013 para 6,23%, o resultado
primário sofrera uma inversão, passando de um superávit de 1,77% para um
déficit de 0,59% do PIB, com a consequente elevação da dívida líquida do
setor público, que passara de 45,4% para
48,3% do PIB. Não teria sido, portanto,
um acidente que a inflação (6,41%) teria
ficado acima da média da meta (4,5%),
contribuindo, assim como o déficit público e a desaceleração econômica (crescimento do PIB de apenas 0,1% em 2014
contra 2,7% no ano anterior), para a
perda de confiança dos investidores, a se
traduzir na queda de 13,4% no valor real
das empresas listadas no IBOVESPA e a
elevação do dólar, que saltou de R$ 2,34,
em dezembro de 2013, para R$ 2,66.
A grita da grande imprensa, dos investidores e dos comentaristas, contudo,
não se explica por esses dados, até porque
não caracterizavam qualquer desequilí-
brio acentuado, particularmente quando se toma em consideração os padrões
internacionais. Assim, por exemplo, no
caso do déficit público nominal, a situação brasileira era, em dezembro de 2014,
absolutamente confortável, tendo em
vista que, conforme registra a Tabela 1,
muitos países desenvolvidos apresentavam déficits primários muito mais elevados do que o brasileiro. Quando, por
outro lado, se considera o déficit nominal, a situação do Japão, Estados Unidos,
Reino Unido e Espanha não eram muito melhores do que a do Brasil. Aliás, a
utilização deste indicador por parte de
inúmeros economistas atesta contra a
sua competência, pois têm os mesmos
a obrigação de saber que, na medida em
que ele incorpora a correção monetária
da dívida pública, retrata, em larga medida, a inflação, não servindo, pois, para indicar o desequilíbrio fiscal. E, ao se retirar
o efeito da correção monetária da dívida,
chega-se ao déficit operacional, que, no
caso do Brasil, como ainda mostra a Tabela 1, era próxima à da França e menor
do que a do Japão, Portugal, Espanha,
Reino Unido e EUA.
Se o problema fiscal brasileiro,
portanto, somente existia na cabeça daqueles que não conhecem os dados nem
muito menos a teoria das finanças públicas, as medidas de “ajustamento” implementadas tampouco têm respaldo na
macroeconomia. Isto porque, graças ao
multiplicador keynesiano, que, no caso
do Brasil, está próximo de 2, um corte dos gastos públicos da ordem de R$
10 bilhões reduz o PIB em torno de R$
20 bilhões, causando, graças ao fato da
carga tributária estar próxima de 35%,
uma queda da arrecadação de aproximadamente R$ 7 bilhões. E, quando se
conjugam corte das despesas públicas,
aumento da tributação e da taxa de ju-
Figura 1:
Evolução do Resultado Primário, Ago 2014-Ago 2015
Fonte: BACEN
Tabela 1 - Resultado Fiscal em % do PIB Países Selecionados, 2013-2104
Países
Austrália
Primário
Nominal
Operacional
2013
2014
2013
2014
2013
2014
-2,21
-2,61
-3,05
-3,58
-2,67
-3,29
Áustria
0,67
-1,23
-1,48
-3,33
-0,50
-2,59
Bélgica
0,04
-0,31
-2,90
-3,19
-2,16
-3,44
Canadá
-2,44
-1,39
-2,81
-1,76
-2,46
-1,05
França
-1,96
-2,10
-4,12
-4,19
-3,41
-3,97
Alemanha
1,70
1,97
0,15
0,62
0,79
0,71
Itália
1,80
1,50
-2,86
-3,04
-2,13
-3,13
Japão
-7,80
-7,05
-8,52
-7,68
-6,73
-4,43
Holanda
-1,29
-1,34
-2,28
-2,27
-1,81
-2,24
Portugal
0,08
0,44
-4,83
-4,52
-4,62
-4,84
Espanha
-3,98
-2,97
-6,80
-5,83
-6,61
-6,51
Reino Unido
-4,36
-3,83
-5,74
-5,69
-4,10
-4,93
Estados Unidos
-3,62
-3,22
-5,76
-5,33
-4,71
-4,64
Média
-1,80
-1,70
-3,92
-3,83
-3,16
-3,41
Brasil
0,00
-0,59
-1,77
-6,23
0,09
-4,11
Fonte: FMI e Banco Central do Brasil
ros dos títulos públicos - a impactarem
negativamente sobre o nível de atividade
econômica e, no caso da Selic, causando
o aumento do déficit público - o resultado só pode ser desastroso. Aliás, não
é sem motivo que o “ajuste” do ministro
Levy não impediu que o déficit nominal
aumentasse para 8,87%, no período de
janeiro a agosto deste ano, enquanto a
relação dívida interna líquida/PIB atingia 52,5% em fins desse período, contra
48,4%, em dezembro do ano passado.
Embora banqueiros e investidores estejam ganhando dinheiro às custas do Tesouro Nacional, em razão do aumento
da Selic, os empresários, trabalhadores e
a classe média estão arcando com os custos do “ajuste”. Para começar, a economia
brasileira oficialmente ingressou em um
quadro recessivo, pois a variação do PIB
trimestral foi negativa nos dois primeiros semestres deste ano, quando acumulou uma queda de 2,60%. A indústria
nacional, em particular, tem sofrido com
a nova política econômica, tendo apresentado uma redução de seu nível de
atividade superior a 8,8% até julho, tombo que aumenta para 10,4%, quando se
considera a indústria de transformação.
Como resultado, têm declinado os salários reais (2,51% no caso da indústria
de transformação de São Paulo), assim
como a massa salarial (7,1%) e, obviamente, o nível de emprego (o número de
horas trabalhadas na indústria nacional,
segundo a SNI, recuou 7,63% até julho),
contribuindo, decisivamente, para que
se ampliasse a taxa de desocupação (o
desemprego), que saltou de 6,5%, em
dezembro, para 8,3%, em julho deste
ano, representando a maior taxa da série
histórica, que teve início em 2012.
O pior é que, contrariando os economistas ortodoxos, que erroneamente
associam a inflação ao aquecimento da
economia, houve uma aceleração do
Figura 2:
Evolução da Dívida Interna, Dez 2014-Ago 2015
Fonte: BACEN
processo inflacionário, com a variação
do IPCA tendo pulado para aproximadamente 9,5%, representando um acréscimo de mais de 3,1% em relação à taxa
de inflação pré Levy. A política econômica do ministro da Fazenda também não
evitou a explosão do dólar, que, acelerada
pela crise política, chegou a ultrapassar a
barreira dos R$ 4,00, em fins de setembro
e inícios de outubro. Nem muito menos
fez com que a Bolsa de Valores revertesse
a tendência de queda, tendo o valor das
empresas listadas na Bovespa caído mais
5,86%, até fins de agosto.
Mesmo a saída de capitais, que,
contrariando o cenário supostamente
negativo pintado pelos defensores dos
banqueiros e investidores, não ocorreu
até fins de 2014, não pode ser evitada
pela “política de ajuste”. Antes pelo contrário, se, no período de janeiro a agosto
do ano passado, os investimentos externos no País diretos somaram US$ 59,4
bilhões, para uma saída de US$ 17,4
bilhões, no mesmo período deste ano
houve uma saída de capitais da ordem
de US$ 23,4 bilhões, contra um ingresso de US$ 60,3 bilhões. Neste contexto,
portanto, o único fato a comemorar é a
redução do déficit em conta corrente,
que caiu 18,4% desde dezembro, em
grande medida, como consequência
da queda das importações no mesmo
período (19,5%), resultante do quadro
recessivo e da alta espetacular do dólar.
Enfim, como não poderia ser diferente, a política de “ajuste” do ministro
Joaquim Levy tem sido um verdadeiro
desastre, podendo ser responsabilizada, na verdade, pela transformação de
uma situação econômica com certo
desconforto numa recessão aberta,
com a deterioração dos principais indicadores econômico financeiros.
76
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Artigos
Dane Avanzi
Advogado, empresário de telecomunicações e presidente da
Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil
A quem interessa a proibição do Uber?
Como já era de se esperar, o
bom senso venceu mais uma vez na
polêmica do Uber, que tem sido fonte
de celeuma nas principais capitais do
mundo. Após a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro proibir o aplicativo mediante lei sancionada pelo
prefeito Eduardo Paes, eis que a Uber
obteve liminar em sede de mandado
de segurança, que concedeu tutela
em razão da inconstitucionalidade
da lei que restringia as garantias de
liberdades individuais aos motoristas
e cidadãos que utilizam o serviço.
Como jurista, entendo que a
decisão em tempos tão difíceis que
a sociedade brasileira vive, em razão
da crise política e econômica, renova nossa fé nas instituições democráticas e no Poder Judiciário, bem
como no modelo de tripartição dos
poderes, que é uno quanto a sua fonte, mas tripartido (em três poderes
- Executivo, Legislativo e Judiciário)
com o objetivo de evitar arbitrariedades como in casu.
Tal fato é necessário para lembrar aos membros do Poder Executivo que suas decisões devem
ser respaldadas pela lei, visando o
bem-estar comum, como preceitua
Montesquieu, filósofo iluminista que
muito contribuiu para a formação
do Estado, ao dizer que “a lei deve
limitar os atos e poderes dos governantes”. Tal pensamento é o gérmen
do Estado Democrático de Direito e
do Princípio da Legalidade que garante aos cidadãos fazer tudo aquilo
que não for expressamente proibido,
e aos governantes, agir somente respaldados em lei.
O caso em tela demonstra exatamente uma situação na qual a edilidade e o alcaide da Cidade Maravilhosa
se excederam em suas atribuições e
prerrogativas, no afã de atender a interesses sindicais e clientelísticos de
uma determinada categoria, desconsiderando os benefícios que o serviço do Uber traz aos seus clientes,
no tocante a qualidade, seriedade e
segurança. Ressalta-se que aqueles
que hoje se arvoram contra o Uber,
por décadas tiveram oportunidade de
inovar e não o fizeram. Pois bem. O
direito, assim como o Estado de Direito, não socorre aos que dormem.
Destarte, o Estado, além de ser
incapaz de oferecer serviços públicos de qualidade aos munícipes
e turistas, labora em boicotar um
serviço consagrado mundialmente
- reconhecido como uma opção de
transporte - que atende milhões de
pessoas em todo o mundo e hoje é
um negócio avaliado em US$ 50 bilhões de dólares. Por que será que a
meritocracia agride tanto assim? Não
deveriam procurar aprender e utilizar as ferramentas tecnológicas para
melhorar a gestão da re publica?
As leis que proíbem o Uber são
uma ameaça as garantias individuais
dos cidadãos brasileiros, motoristas e
usuários e, por isso, a liminar ainda
Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
prevê multa diária de R$ 50 mil reais,
caso o município tente coibir a circulação dos carros da Uber. Outro aspecto a ser assinalado é o repúdio de
algumas lideranças políticas em relação ao empreendedorismo e a livre
iniciativa, situação na qual o cidadão
procura independência, colocando
em prática suas habilidades e recursos em um determinado negócio. O
que pretendem com isso, agravar ainda mais as contas públicas?
A livre iniciativa, aqui representada pelos motoristas da Uber, numa
economia sadia, deve ser incentivada
com políticas do Estado, não punida
e repelida, especialmente em tempos que os índices de desemprego se
elevam e novos e pequenos negócios
são uma alternativa às pessoas desempregadas. As inovações, principalmente aquelas consagradas mundialmente, devem ser incorporadas
à vida das pessoas, por consistirem
uma forma de fazer as coisas, geralmente com mais eficácia e eficiência.
Em suma, proibir o Uber é resistir às
inovações, é fomentar o clientelismo
e é sobretudo, tolir a liberdade do
cidadão brasileiro. Parabéns ao judiciário que soube, nesse episódio,
se posicionar em prol do cidadão,
apontando a inconstitucionalidade
da lei em questão.
WhatsApp se prepara para se defender
das operadoras de telefonia móvel
Shutterstock
Com mais de 800 milhões de
usuários em todo o mundo, o WhatsApp, fenômeno no mercado de aplicativos genericamente denominados
OTT - Over the Top, nem de longe
dá a impressão de que chegou ao seu
apogeu. Ao contrário, demonstra que
ainda tem muito fôlego para crescer.
Nada mau para um aplicativo lançado em 2009, apenas na versão iOS.
Adquirido por Mark Zuckerberg
no início de 2014, por US$ 16 bilhões
de dólares, o WhatsApp enfrenta agora o maior desafio de sua história:
confrontar-se com a fúria das empresas de telefonia móvel - e seu poderio
político e financeiro - que tem perdido receitas decorrentes de ligações de
voz e envio de SMS’s, por conta do
aplicativo. Agora com versão também
para a web, o WhatsApp pretende ampliar ainda mais seu espaço na atenção dos usuários, que poderão acessar
sua conta também de seu computador
pessoal.
Com o DNA da inovação nas
veias, o WhatsApp se prepara para a
batalha melhorando ainda mais. Lançou semana passada uma atualização
para smartphones da plataforma Android e iOS com diversas funções que
tornarão o aplicativo ainda mais prático e funcional aos usuários. Dentre as
principais, as novas ferramentas permitem ao usuário deixar muda a conversa com contatos específicos e reduzir o uso de dados nas ligações quando
estiver em locais com sinal ruim. A
nova versão do aplicativo trouxe também a correção de alguns erros.
Afora as melhorias acima mencionadas, o WhatsApp está se preparando para um possível bloqueio de
seus serviços por parte das operadoras de telefonia móvel. Ao que parece, o primeiro país que pode impor
limitações é a Itália, já que a equipe
de tradução de software naquele país
recebeu pedidos para adicionar frases na versão italiana do aplicativo,
avisando a possível restrição.
Aqui no Brasil, o ex-ministro de
Comunicações Ricardo Berzoini, se
posicionou a favor das empresas de telecomunicação e contra o WhatsApp,
alegando que o aplicativo não gerava
divisas para o erário público. Tal pensamento, além de ser desconectado da
realidade é sofismático, haja vista todos
os consumidores usuários de planos de
dados pagarem indiretamente todas
as taxas de Fistel, inerentes a ativação
e fruição do serviço. Acertadamente,
o presidente da Anatel, João Resende,
classificou o WhatsApp como serviço
de valor adicionado, sendo sua utilização mero desdobramento do uso,
gozo e fruição do serviço contratado.
Ou seja, exercício regular de direito do
usuário.
Para a sorte dos usuários satisfeitos
com a qualidade do serviço, a tecnologia e a inovação avançam independente
da burocracia e da preocupação da classe política em geral com o bem-estar do
povo brasileiro. Assevere-se que os titãs
da inovação, tem em seu pensamento
primordial fazer algo para melhorar a
vida das pessoas, sendo o lucro decorrente de seu sucesso, mera consequência de um circulo virtuoso.
Quiçá um dia, o Estado hoje incapaz de garantir os direitos básicos
ao cidadão brasileiro, reencontre seu
caminho ao lembrar a finalidade para
a qual foi criado, qual seja, o bem-estar
comum. Ouso pensar que os titãs da
inovação têm muito a ensinar à classe
política brasileira no que tange a ética,
a meritocracia e a competência. Será
por isso que a inovação incomoda tanto alguns setores da política brasileira?
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
77
Artigos
Roberto Lima
Professor de Finanças da Fundação Vanzolini
Brasil: oportunidades
com a nova realidade cambial
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
A imprensa e os meios de comunicação nos dias de hoje só têm
espaço para notícias sobre a queda da
economia, o fechamento de postos de
trabalho, corrupção, “impeachment”
ou não da presidente da República.
Só se enxerga um túnel escuro sem
término. Será que isso resume tudo o
que acontece no Brasil de hoje?
Entendo que não. O Brasil está
sofrendo uma mudança, que pelo
jeito é para ficar, que trará muitas
oportunidades para muitas empresas
e empresários. Falo da nova realidade
cambial. O dólar vem sendo cotado
na faixa de R$ 3,80. Há um ano, estava a R$ 2,35 (o mesmo há dois anos),
quando em período recente chegou
a ser cotado em R$ 1,60. O que isso
significa? Representa oportunidades
para muitas empresas. O Brasil se
tornará um local mais atrativo para
se investir na produção.
Com o dólar pulando de R$ 2,35
para R$ 3,80, os produtos importados se tornam 60% mais caros. Dessa
forma, fica muito menos atrativo importar produtos que fabricar aqui no
Brasil. Muitas empresas industriais
brasileiras, em período recente (últimos quinze anos), transferiram parte
expressiva de sua fabricação para a
China (calçados, confecções, cerâmica, produtos plásticos de consumo,
para citar algumas).
O varejo, por outro lado, muitas
vezes também procurou desenvolver
fontes de suprimento externas aproveitando o alto valor do real, a baixa
produtividade e o custo da mão de
obra no Brasil (vamos falar do custo
da mão de obra adiante).
Com os importados 60% mais
caros, vejo que muitas empresas vão
voltar a internalizar sua produção,
enquanto os varejistas vão reativar
sua busca por fornecedores nacionais. Isso representa uma enorme
oportunidade para as empresas ma-
nufatureiras sediadas no Brasil. Com
maior oportunidade de vendas vai
valer a pena investir, o que significará
também aumento de produtividade!
Bom, não?
Outra oportunidade: a nova realidade cambial significa que o produto brasileiro está 40% mais barato
em dólar. Ora, isso é uma enorme
vantagem (ainda que se mantenham
outros fatores do custo Brasil). Muitas empresas industriais brasileiras, tradicionalmente exportadoras
(calçados, cerâmica, veículos, para
citar algumas), praticamente se au-
sentaram do mercado externo ou
reduziram expressivamente suas exportações nos últimos dez anos (em
grande parte porque a explosão de
exportações das commodities apreciou muito o real).
Agora com o produto podendo
ser apreciado em até 40% ou pelo
menos tendo seu preço reduzido
para o comprador lá fora, muitas
dessas empresas vão retomar seus
programas de exportação. Conheço
boas empresas industriais brasileiras
que há quinze anos exportavam de 30
a 40% de sua produção. Após a valo-
Charles Holland
Contador, Diretor Executivo da ANEFAC.
Conselheiro independente de empresas
Carga tributária no Brasil
Todos, usualmente, recebem
informações sobre a carga tributaria
de produtos e no cálculo reportado
adicionam-se todos os impostos sobre produtos. Por exemplo, as cargas
efetivas de impostos sobre alguns
produtos incluem o dado entre parênteses, como podemos observar
nos seguintes itens: vinho 120,9%
(54,73%), absorvente higiênico 52,6%
(34,48), luz 88,8% (47,08%), telefonia
92,2% (47,87%), micro-ondas 146,1%
(59,37), auto Toyota Corolla 2.0 67,8%
(40,74%), entre outros.
Nos Estados Unidos não existem impostos sobre vendas, exceto
para o consumidor final, que, geralmente, é de 8 a 9%. Na Europa existe
o VAT (imposto sobre valor adicionado). Aprimoramos o VAT no Bra-
sil e, com isso, temos quatro tipos: o
ICMS (18%), o IPI (10%), o COFINS
(7,6%) e o PIS (1,65%).
Nos últimos 20 anos, todos os
países que entraram em recessão
adotaram políticas de redução de impostos, juros negativos em relação à
inflação do país, e liberação de recursos para obras de infraestrutura.
A carga tributária atual sobre
PIB do Brasil é de 35,4%, com base
em 2014. Enquanto no Chile é de
18,6%, China é 17%, Estados Unidos
é 26,9%, Zâmbia é 16,1 e de 39% no
Reino Unido. Sendo que neste último há a contraprestação de serviços
públicos de qualidade para todos.
A carga tributária no Brasil sobre o PIB era de 20,01% em 1988,
26,65% em 1998, 34,10% em 2008 e
de 35,42% em 2014. Na maior parte
do mundo os governos estão encolhendo, propiciando mais recursos
para a sociedade, investimentos e geração de empregos.
Porém, a eventual volta de
CPMF estimula efetivamente a depressão da economia e mais desempregos. Muito terrorismo está sendo
discutido e divulgado nos meios de
comunicações, assustando e trazendo insegurança a todos os contribuintes. Essa insegurança gera retração de consumo, investimentos, gastos, entre outros, sendo desemprego
o único que apresenta aumento.
Finalizando, custos são como
unhas. Crescem continuamente. Maioria, exceto governo, principalmente o
federal, faz enxugamentos contínuos.
rização do real, passaram a exportar
menos de 5% de sua produção e muitas vezes somente aqui no Mercosul.
Com este novo dólar vão retomar
seus programas de exportação. Novamente, isso significa, aumento de
produção, investimento, melhoria de
qualidade, emprego.
Por último, mas não menos importante: estamos assistindo a um aumento no desemprego principalmente nas indústrias automobilísticas, de
construção civil e na indústria ligada
ao petróleo. Acredito que aqui também teremos um fator que vai contribuir para um ajuste necessário na
nossa economia. Tivemos um período recente de muitos aumentos salariais sem a contrapartida de aumento
de produtividade. Esse movimento
de aumento no desemprego vai ser
positivo em médio prazo. Vai trazer
o custo salarial a patamares mais realistas. Por outro lado, a expansão nas
indústrias, que vai fazer a substituição
das importações e daquelas que vão
ampliar suas exportações vai absorver
parte deste contingente que está sendo
desempregado no momento.
Em resumo, este novo patamar
cambial vai forjar um novo Brasil.
Mais manufatureiro, mais exportador de valor agregado e mais consumidor do produto brasileiro.
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Artigos
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos | Diretor da ACMINAS | Ex-presidente da ABIH-MG
O Aeroporto da Pampulha
precisa decolar
creative commons
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhães, mostrou firmeza
e bom senso em audiência pública
para discutir o imbróglio causado por
alguns moradores do entorno do Aeroporto da Pampulha, que são contra
a reativação de voos da Ponte Aérea,
argumentando segurança e barulho.
Quem chegou primeiro? O Aeroporto
ou os moradores? Essa é a pergunta
que não pode deixar de ser feita.
Sobre a segurança, evidente que
a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) não autorizariam se ela fosse um
problema. Portanto, os argumentos
dos moradores, os mesmos de sempre,
que são contra o desenvolvimento da
cidade, tornam se pífios, embora eles
tenham tempo e direito de espernear.
O interesse de meia dúzia não
pode jamais ser maior do que o interesse de uma cidade e sua Região
Metropolitana com seis milhões de
pessoas, ávidas por emprego, renda
e desenvolvimento. Por mais “importantes” que os moradores da Pampulha se achem, não é só o interesse
deles que deve ser considerado.
Fato é que empresários e organizadores de eventos não querem mais
vir a BH em virtude do custo de taxi
(R$ 260, ida e volta) e do incômodo
de acordar às 4h para estar em Confins às 7h, e ainda correr o risco de
perderem seus voos em virtude do
trânsito caótico das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos, nos
seus gargalos crônicos.
Os aviões hoje são modernos e
muito mais seguros. Nenhum risco
perto dos sucatões da VASP que operaram durante décadas sem nunca ter
acontecido um acidente na Pampulha.
Se não bastasse, estamos falando de
seis opções pela manhã à tarde e à noite, em substituição a voos regionais que
serão transferidos para Confins. BH
não pode mais esperar pelo retorno
dos voos entre São Paulo/Congonhas,
Rio/Santos Dumont, Brasília e Vitória.
É uma questão de sobrevivência da
hotelaria, dos negócios e, sobretudo,
dos eventos que giram a economia e
geram empregos. Tomara que o prefeito também seja consciente e firme,
assim como está sendo o presidente
da CMBH, Wellington Magalhães. A
Pampulha pode ajudar a salvar a economia de BH. Ser contra é egoísmo,
vaidade e falta de cidadania.
Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho
Presidente Emérito da FIESP e do CIESP (Federação e Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo). Ex-Diretor Regional SESI-SP e do Conselho Regional do SENAI-SP.
O golpe do Estado no Sistema S
Vi várias crises neste país, todas superadas com muito sacrifício dos setores
produtivos e do povo. A atual, porém,
apresenta contornos econômicos, políticos e jurídicos muito graves, permeados por equívocos e problemas como o
aumento de impostos, clientelismo no
Congresso Nacional e corrução.
Analistas internacionais consideram que o lado positivo é o fortalecimento de algumas instituições sérias
e competentes. O Ministério Público,
a Polícia e a Justiça Federal têm sido
alvo de elogios e de manifestações de
apoio pela persistente e apurada caça
de malfeitores. Nesse rol de instituições
idôneas incluo, sem hesitar, o Sistema
S, sobre o qual posso falar, pois acompanho de perto a ação do Senai e do
Sesi de São Paulo há pelo menos quatro décadas.
O Senai foi criado em 1942 para
qualificar trabalhadores da indústria,
em pleno período de guerra, por iniciativa e empenho de empresários
idealistas e patriotas, destacando-se o
líder Roberto Simonsen. Logo depois,
veio o Sesi, para oferecer assistência
aos operários em matéria de educa-
ção, saúde, alimentação, cultura e lazer. Dado o êxito desse modelo, foram
criadas entidades similares do comércio e serviços, da agropecuária, dos
transportes, do cooperativismo e das
micro e pequenas empresas. Caracterizam-se por certa estabilidade de receita, gestão privada e estreito relacionamento com os respectivos setores
produtivos. Já houve quem definisse
essa estratégia como uma cooperativa
destinada a apoiar as empresas e for-
mar e assistir os trabalhadores.
Sem dúvida, a evolução e a força
da indústria paulista devem-se muito
às duas entidades, que, sempre em sintonia com as tecnologias mais avançadas, buscam atender às demandas das
empresas e trabalhadores, por meio
de uma rede de centros e escolas e de
pessoal habilitado. Em agosto último
testemunhei o brilhante desempenho
do Senai, alcançando o primeiro lugar
na WorldSkills, a “Copa do Mundo” da
formação profissional, superando fortes concorrentes, como a Coreia do Sul,
Alemanha, França e China. Lembro,
também, que a instituição tem vasta
folha de serviços ao governo brasileiro
no relacionamento internacional.
É evidente que qualquer plano de
retomada do crescimento econômico
deve ter como um dos fundamentos
a indispensável atuação de tais instituições na formação e assistência às
empresas e aos trabalhadores. TrataSENAi
se, pois, de preservá-las e fortalecê-las.
Para surpresa e perplexidade geral,
num conjunto de medidas para ajustar
e reequilibrar as contas da União, parlamentares e o Governo Federal apresentaram a irracional proposta de confisco de mais de 30% da receita compulsória das instituições do Sistema S.
É um desatino. Um ato de desespero
semelhante a um abraço de afogado,
que, ao tentar salvar-se, leva ao fundo
o próprio salvador.
O golpe no Sistema S é fruto da
incompetência e da falta de visão do
Governo Federal quanto aos reais interesses coletivos do Brasil. Os prejuízos
serão irreparáveis. O desenvolvimento
nacional será comprometido de modo
muito grave. Haverá forte redução dos
serviços de assistência e formação técnica e escolar, com perda de profissionais qualificados e ociosidade da capacidade instalada. Os maiores ônus, entretanto, serão da sociedade, empresas,
trabalhadores e do País. É melancólico
constatar a falta de percepção dos nossos governantes quanto à relevância
estratégica de instituições de reconhecido valor econômico e social.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
79
Artigos
Bianca Oliveira Vargas
Gestora Executiva/Relacionamento
com Clientes da MRV Engenharia
O relacionamento
com o cliente mudou?
Vivemos na era da transformação. As roupas, os cortes de cabelo, os
aparelhos de televisão e os telefones
móveis estão diferentes. A forma pela
qual assistimos filmes, namoramos
à distância e pagamos nossas contas
também mudaram. Por quê a maneira e a qualidade pela qual nos relacionamos com nossos clientes deveriam
permanecer a mesma?
Ao observamos as últimas décadas, é possível identificarmos relevantes transformações que nos
trouxeram diretamente ao momento
e formato em que nos encontramos
atualmente. Até os anos 1990, era necessário que as pessoas fossem até um
local físico para, por exemplo, com-
prarem o produto que estavam precisando. Dessa forma, o relacionamento
com o cliente era realizado por meio
do contato pessoal e direto entre empresa e usuário. Um passo a diante foi
o contato via telefone, com a chegada
da televenda e do telemarketing.
Na sequência, a popularização da
internet gerou uma nova comunicação
entre as pessoas e, consequentemente,
entre empresas e clientes. Todo o espaço online, balizado por sites e e-mails,
ganharam relevância na aproximação
com o público de interesse de cada instituição, e as lojas virtuais viraram ponto de encontro para os consumidores
modernos. Essa geração foi chamada
de Consumidor 2.0.
Hoje, vivemos a soma de todas
as formas anteriores de comunicação
e relacionamento com o cliente com
o acréscimo das redes sociais. O novo
formato não transformou apenas,
as relações pessoais de cada individuo, mas também tem modificado a
atuação das empresas que desejam se
aproximar de seus clientes e possíveis
futuros usuários de seus serviços.
O atendimento telefônico, como
no caso das Centrais de Atendimento
ao Consumidor, é ainda um ponto de
contato importante, mas bem básico
comparado às complexidades das demais opções e que são já bem mais exploradas pela maioria dos brasileiros.
Segundo dados do IBGE, divulgados
em abril, metade dos brasileiros estão
conectados à internet.
As companhias precisam estar
onde o público delas está. A diferenciação não está mais nas ferramentas,
mas, sim, no comportamento. Já é sabido que todos se encontram na internet,
especialmente nas redes sociais. Porém,
além da presença, é necessária a criação
de um canal real de relacionamento, no
qual o usuário tenha a liberdade para a
troca de informações, obtenha respostas para suas dúvidas e tenha uma conversa aberta com a empresa.
Mas, é preciso ir além. Atualmente,
o objetivo é criar uma ligação emocional
com o cliente 2.0, ou 3.0 como já estão
sendo classificados. Foi de olho nessa
aproximação real e emocional com nossos clientes, que a MRV Engenharia tem
desenvolvido constantes ações nas redes
sociais, atingindo boa parte do nosso público alvo. Na série de vídeos do projeto
#meumundomelhor colocamos nossos
clientes diante das câmeras para que dividissem com os demais suas histórias,
incluindo dificuldades e vitórias.
Mais do que um relacionamento
eficaz, que de fato esclarece e ajuda
nossos clientes, estamos em busca
de participar do dia a dia das pessoas
que nos ajudam a construir a nossa
história. A recíproca é verdadeira,
eles permitem que façamos parte da
construção da vida deles por meio da
conquista do sonho da casa própria.
Doutrina Jurídica
Jayme Vita Roso
vitaroso@vitaroso.com.br
Bastam mudar os Códigos, para
dar eficiência ao Poder Judiciário?
Tiberio Barchielli/ Palazzo Chigi
O Sistema Brasileiro de Processo Civil, herdado das Ordenações,
desde a sua instituição e a vigência,
passou por poucos estágios, sempre
com a intenção de que a distribuição de Justiça fosse adequada e tanto
quanto célere. Em vão digo, porque
a tarefa das reformas foi confiada a
técnicos, que usam métodos gongóricos, para que o interessado tenha
resultado, enquanto vivo.
Mas, da separação hígida do Código Buzaid para o Código Fux passamos a um sistema que, buscando o
sincretismo, num chamado “processo
de resultado”, como sustentam os advogados brasilienses Jorge Amaury
Maia Nunes e Guilherme Pupe da Nóbrega (Migalhas, 29/09/15), busca-se
a efetivação “por normas específicas,
à execução e aos procedimentos especiais, sejam os catorze expressamente
previstos no CPC, sejam os outros tantos tratados em legislação esparsa (leis
9.099/95 e 12/01/09, por exemplo)”.
Dou razão ao jovem Primeiro
Ministro Matteo Renzi, que, agressivamente, mudou em quatro meses o
carcomido direito trabalhista italiano (e até os sindicatos engoliram).
Agora, parte para a reforma administrativa e a parlamentar. Isso, em
apenas 15 meses, fez o PIB da Itália
suplantar o do Brasil e reduziu em
35% o desemprego.
Sou descrente com esse novo
CPC, como será aplicado, sobretudo
porque dá ao magistrado mais poder
do que se imagina; com a virtualidade,
liquida o contato humano, a possibilidade do advogado ser advogado de
verdade, a indispensável dialética e viveremos a distribuição da justiça com
o mesmo sabor amargo do tecnocrata
manipulador da economia.
E o velho La Rochefoucauld, em
1688, nos dá esta máxima moral: “Se
resistimos às nossas paixões, é mais
pela fraqueza dos outros do que por
nossa força”.
Primeiro Ministro Matteo Renzi
80
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Gastronomia
Sérgio Augusto Carvalho
sergioamc@uol.com.br
Bienvenue
en Provence
Uma pesquisa realizada há alguns anos por um site de gastronomia inglês revelou qual a proporção
da influência que têm as cozinhas
italiana, francesa, alemã, espanhola,
portuguesa e chinesa no mundo todo.
Não arquivei, portanto, não tenho
os números corretos. A amostragem
confirmou o que todo mundo sabe: a
cozinha italiana é a mais influente; a
francesa é a mais respeitada; a chinesa
é a mais exótica. As outras têm importância indiscutível, porém de influência localizada em regiões colonizadas
por seus povos. Caso do Brasil com a
cozinha portuguesa.
Incomparáveis são, sem dúvida,
a italiana e a francesa. Como cozinheiro diariamente amador (não
ganho dinheiro cozinhando, só elogios muitas vezes falsos!!!), divido
o gosto pela comida mineira com a
italiana. Quando não estou envolvido
com uma, estou com a outra. Porém,
sempre quis dar um mergulho na
cozinha francesa, como já fiz com a
italiana. Lá no local, vivendo o dia a
dia do lugar, convivendo com os seus
costumes e hábitos. E, se possível,
com quem está envolvido na rotina
da produção, do comércio nas feiras
e mercados.
Consegui, em setembro e outubro, matar esse desejo. Depois de
muito observar, aluguei uma casa na
Provence e lá fui eu ver de perto como
é essa vida de comer e beber na mais
emblemática das regiões gastronômicas da França. Com minha mulher,
Beatriz, e os amigos Nazaré e Paulo
Navarro Vieira, ficamos em Arles,
berço de inspiração para Van Gogh
produzir seus mais belos quadros,
ponto geográfico estratégico para chegar aos quatro cantos da região.
A riqueza exposta em terra e no
mar da Côte D’Azur, com seus carros
e barcos que, se vendidos, resolveriam os problemas econômicos de
metade dos países da terra, é compatível com a riqueza dos produtos
que brotam nas terras privilegiadas
da Provence. Ao contrário do Costa Azul, as montanhas pré-alpinas e
campos do Oeste a caminho da Borgonha são de dar água na boca. Dá
para imaginar o que está por trás de
todas as palavras que se vai lendo
nos infinitos cartazes, tanto nos restaurantes quanto nas ruas, feiras e
mercados - palavras já conhecidas e
perfeitamente adaptadas ao dia a dia
de quem cozinha.
Ver de perto o javali (sanglier)
que corre solto nas matas ou confinado nas reservas dos criadores é bem
diferente de vê-lo saciando a fome feroz do Obelix nas revistas do Asterix
ou nas fotos de Peter Mayle - autor
de três livros sobre a Provence. Os
campos de lavanda em Nîmes e Aix
en-Provence têm o perfume que não
Feira do peixe vivo em Nice
Banca de legumes no Marché des Halles, em Avignon
se sentem nos livros. As feiras são um
desafio à imaginação: de onde pode
vir tanta coisa bonita e cheirosa que
dá dó de levar à panela!?
São feiras diárias, imensas, uma
em cada cidade, nos sete dias da semana, e não se limitam aos comestíveis. Você encontra facas, amoladores,
colheres, panelas, cortadores e tudo
mais relacionado à cozinha. Os mercados de Avignon e Nîmes só vendem
carnes, peixes, ervas, temperos, embutidos, doces, pâtisserie, verduras e
legumes colhidos horas antes. E nada
sobra para o dia seguinte. Dá, então,
para entender por que a cozinha francesa é a mais respeitada do mundo.
O Festival de Gastronomia de
Mougins, realizado numa cidadezinha
de 17 mil habitantes reúne, durante 10
dias, cerca de 100 chefes estrelados da
França e vários outros países. Uma
das estrelas deste ano foi Ivo Faria, o
Mago do Vecchio Sogno. Ele fez um
jantar brasileiro, no dia 26 de setembro, que tirou aplausos dos seus colegas franceses no Hotel de Mougins,
entre eles os ascendentes Denis Fetisson e Didier Chouteau. Este foi o 10’
ano do Festival L’Etoile de Mougins
- que iniciou parceria com o “Festival
de Arte e Gastronomia de Tiradentes”.
(Parece que os franceses estão percebendo agora as semelhanças entre a
cozinha mineira e a provençal.)
Mougins não é a única cidade
a realizar festivais gastronômicos
ao longo do ano. Há uma pausa de
três meses por causa do inverno e
o resto do ano fervem as atividades
culinárias na região. Em Arles, na
mesma semana de Mougins, houve
a “Fête de la Gastronomia Provence”,
quando foram promovidas saborosas invasões às fazendas produtoras
de vinhos do “Bouches-du-Rhône” e
frutos da agricultura local.
Marselha, Cannes e Saint Tropez são um festival o ano inteiro com
seus frutos do mar que trazem no
seu sabor uma boa parte do charme
que conquista a todos nessa região. À
beira do Mediterrâneo, de Menton a
Saints-Maries-de-la-Mer, é difícil resistir às tentações da gula. Seja ao ver
passando à sua frente um Brochette
de Saint Jacques ou um Turbot Röti
com Legumes du Pays. Evidentemente, sempre com o gostinho (inconfundível) de suas ervas no fundo…
As estradas, guarnecidas por
oliveiras de um lado, de parreiras
no outro, levam a lugares incríveis,
como
Saintes-Maries-de-la-Mer
(ninguém sabe porque é no plural!),
cidade polo do Parque Nacional de
Camargue, onde se produz o arroz
(vários tipos e cores) e o sal mais
famoso da Europa, a Fleur de Sel de
Camargue. Os pequenos restaurantes
de frutos do mar pipocam de esquina
em esquina entremeados por mais
restaurantes. Se não é isso, são bistrôs, todos comandados por famílias,
grandes ou pequenas, que dominam
a arte da culinária provençal e mediterrânea desde sempre.
Coisa nova? Não. Há centenas
de anos essa cultura distingue a Provença e a transforma na região que os
franceses preservam como sua mais
linda joia e o mundo idolatra como
um lugar que qualquer pessoa tem de
conhecer antes de morrer. De preferência, morrer lá, comendo de manhã, de tarde e de noite, até estourar!
Cogumelos colhidos à noite, vendidos de manhã em Arles
Embutidos na feira de Saintes-Maries-de-La-Mer: produção familiar
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
81
O negócio é cultura
Cláudio Rocha Oliveira
claudiorochaprod@terra.com.br
Boas novas
O Governo de Minas, através de convênio assinado
com a Prefeitura de Salinas, garantiu recursos para a revitalização e reabertura do Museu da Cachaça – fechado
desde dezembro, quando chegou ao fim o convênio com a
Unimontes. A iniciativa favorece a valorização e a difusão
da cadeia produtiva da cachaça artesanal, além de divulgar a cultura da região norte do estado.
Instalado em um terreno de 13.120 metros quadrados, o equipamento cultural propõe uma visão antropológica do produto, na qual os aspectos de produção, circulação e consumo são mostrados por meio de elementos
audiovisuais e de exposições permanentes. O objetivo do
museu é também revelar costumes de toda a região nortemineira, reconhecida nacional e internacionalmente pela
produção da bebida. Além de promover e difundir a his-
tória da cachaça no município, o espaço busca promover
maior interlocução com a população local, oferecendo cursos de qualificação para os produtores e visitas monitoradas a estudantes e escolas, bem como a outras instituições.
Dentro da mesma ação, o Governo de Minas liberou
recursos também para a Casa de Juscelino, em Diamantina: serão investidos R$ 200 mil em manutenção, conservação e custeio das atividades do equipamento cultural, no período de 2015/2016. Transformado em museu,
o imóvel em que o presidente JK viveu dos cinco aos 18
anos é hoje a edificação mais visitada daquela cidade histórica, com média de 1.200 pessoas por mês. Lá, turistas
provenientes de todas as regiões do país encontram um
acervo composto por fotografias, textos, instrumentos de
trabalho e até violões que pertenceram ao ex-presidente.
Divulgação/Prefeitura de Salinas
Bienal do Livro
Duzentos autores, sendo 27 deles estrangeiros, protagonizaram as
atrações culturais da XVII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Ao todo, foram 125 horas de programação diversificada. O evento, realizado de 3 a 13 de setembro, no Riocentro, ocupou uma área de
80 mil metros quadrados e 950 expositores. A XVII Bienal contou com
cerca de 676 mil visitantes.
Esta edição teve como país homenageado a Argentina, que participou da programação com 14 autores. Estiveram presentes escritores representantes dos mais diversos estilos, num contato íntimo e direto com
seus públicos nos vários ambientes informais disponíveis, como o Café
Literário, o Cubovoxes, o Conexão Jovem, o Encontro com Autores e o
SarALL. Na delegação internacional, nomes como David Nicholls (“Um
Dia”), Julia Quinn (“Os Bridgertons”), Leigh Bardugo (“Grisha”), Raymond E. Feist (“O Mago”), Colleen Hoover (“Hopeless”), Jeff Kinney
(“Diário de um banana”), Joseph Delaney (“As Aventuras do Caça-Feitiço”), Anna Todd (“After”), Colleen Houck (“A Maldição do Tigre”), Sophie Kinsella (“Becky Bloom”), Jacques Leenhardt (organizador de uma
edição especial de viagem pitoresca e histórica ao Brasil, de Debret),
Josh Malerman (“Caixa de Pássaros”), e Pedro Chagas Freitas, fenômeno de vendas em Portugal, que lança “Prometo falhar”.
O grupo argentino completou o time com grandes nomes como
Martín Kohan (“Segundos fora”), Tamara Kamenszain (“O gueto/ O eco
da minha mãe”), Eduardo Sacheri (“O segredo dos seus olhos”), Claudia Piñeiro (“As viúvas das quintas-feiras”), Mariana Enríquez (“As coisas que perdemos no fogo”), Mempo Giardinelli (“O décimo inferno”),
María Moreno (“Teoría de la noche”), Sergio Olguín (“La fragilidad de
los cuerpos”), Tute (“Batu 1”), Diana Bellessi (“Pasos de baile”), Noé
Jitrik (“Historia critica de la literatura argentina”), Inés Garland (“Una
reina perfecta”), Silvia Schujer (“Hugo tiene hambre”) e Luciano Saracino (“a graphic novel Jim Morrison: o Rei Lagarto”).
Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Vera Cruz
Grandes nomes do cinema, do teatro e da televisão, como Mazzaropi, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Tônia Carrero, Anselmo Duarte, Eliane Lage, Marisa Prado e Renato Consorte foram revelados e projetados pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz
– estúdio cinematográfico brasileiro que funcionou
entre 1949 e 1954 em São Bernardo do Campo (SP),
responsável por um período de ouro da sétima arte no
Brasil com a produção e coprodução de mais de 40 filmes como “Caiçara” (1951), dirigido por Adolfo Celi;
“Tico-tico no Fubá” (1952), do mesmo diretor; e “O
Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, que ganhou os
prêmios de melhor filme de aventura e trilha sonora
no Festival de Cannes, na França.
Mais de seis décadas após seu fechamento, a
Companhia Vera Cruz voltará a funcionar. O projeto de revitalização é fruto de um contrato entre a
Prefeitura de São Bernardo e a empresa paulistana
Telem S.A. (Técnicas Eletro Mecânicas), que atua
no segmento de técnica de áudio, vídeo e cinema
e terá a concessão para exploração de direitos do
local por 30 anos. No período de vigência do contrato, serão investidos R$ 158 milhões na recuperação do espaço – um complexo de quase 46 mil
metros quadrados que terá sete estúdios de dife-
rentes proporções, além de centro cultural, salas de
produção, memorial e um teatro com capacidade
para 853 pessoas.
Há anos, o pavilhão, que fica próximo ao Paço
Municipal, vem sendo utilizado apenas para feiras e
exposições, além de funcionar de forma esporádica
na produção de alguns filmes, como “Lula, filho do
Brasil”, de Fábio Barreto. As obras também estão previstas para a área externa, tombada em decorrência
do seu valor artístico-cultural para a região do ABC
e para o estado de São Paulo.
A revitalização da Vera Cruz vem em um momento especial: atualmente, vivemos o maior ciclo
sem crise do audiovisual brasileiro. Com a criação
do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), os recursos para o setor aumentaram e novos pactos foram
feitos. Além disso, através da Lei 12.485/2011 e do
aumento da arrecadação de recursos para o FSA com
a nova Condecine – Contribuição para Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional –, os
canais de televisão por assinatura abriram mais espaços em sua programação para as produções nacionais. Assim, além do tradicional mercado de filmes
de longa e curta-metragem, os criadores passaram
também a pensar em produções para a TV.
82
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Cartas
Associação dos Vitivinicultores
e Olivicultores de Diamantina
e Alto Jequitinhonha – Avodaj
Dilvulgação
Exmo. Senhor
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira – Presidente/Editor Geral
MERCADO COMUM – Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios.
Prezado Carlos Alberto,
Através desta, temos a honra de comunicar-lhe que, na data
de 02/06/2015, foi fundada a Associação dos Viticultores e Olivicultores de Diamantina / Alto Jequitinhonha-MG.
Dentre os propósitos da entidade, destacam-se:
I. Promover o desenvolvimento da vitivinicultura e da olivicultura por meio de ações tecnológicas e gerenciais e de programas cooperativos.
II. Criar programas de cooperação, de forma a ampliar conhecimentos na área, em benefício dos associados e da comunidade,
III. Atuar na preservação ambiental e ecológica, promovendo
a produção susstentável.
IV. Promover a implementação de cultivos em conformidade
com as legislações ambientais, sanitárias e trabalhistas.
V. Promover a implementação de programa de Certificação
de Conformidade, Geográfica e de Origem, conceituando os produtos originados das cadeias produtivas da Uva e da Oliveira, com
a Indicação Geográfica de Procedência e Denominação de Origem Controlada;
VI. Apoiar e incentivar a promoção do turismo na região,
principalmente no desenvolvimento e consolidação do enoturismo.
Esperando contar com o seu inestimável apoio e divulgação,
colocamo-nos à disposição e será um enorme prazer uma visita
aos nossos projetos, na qual detalharemos nosso plano de trabalho e as possibilidades de cooperação entre a Associação e essa
instituição.
Atenciosamente,
Leonardo de Andrade
Presidente
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
83
Turismo
Paulo Queiroga
pqueiroga@terra.com.br
Aprovada instalação do terminal 2 em Confins
A BH Airport, concessionária
do Aeroporto Internacional de Belo
Horizonte, obteve a liberação da
Licença de Instalação (LI) do Terminal 2, pelo Conselho de Política
Ambiental (Copam), do Estado de
Minas Gerais.
A partir da publicação da licença no Diário Oficial do Estado, serão
imediatamente iniciadas as obras de
implantação do novo Terminal, o
principal projeto de curto prazo da
concessionária, que irá duplicar a
atual capacidade do aeroporto para
22 milhões de passageiros/ano, suficiente para suportar o incremento
de demanda até 2023. A obra será
concluída em 2016.
“A obtenção da licença estava
sendo muito aguardada pela concessionária, porque essa será a nossa primeira grande entrega. Com a
implantação do Terminal 2 iremos
conseguir cumprir os nossos principais objetivos, de elevar o aeroporto
à condição de um dos melhores do
País e oferecer uma infraestrutura
adequada aos passageiros que em-
barcam e desembarcam em Minas
Gerais”, afirmou Paulo Rangel, diretor-presidente da BH Airport.
A concessionária irá investir
R$ 750 milhões na implantação do
novo Terminal de passageiros, que
terá uma área total de aproximadamente 47 mil metros quadrados,
distribuídos em quatro pavimentos. O método construtivo utilizará a estrutura metálica em aço, revestimento interno e externo com
isolamento termo acústico e uma
grande área de pele de vidro com
performance termo acústica. O
projeto prevê também a interligação do novo Terminal 2 ao Terminal existente (Terminal 1).
O novo Terminal terá mais 17
novas pontes de embarque, o que irá
ampliar o número total de pontes
no aeroporto para 26. Para maior
conforto no deslocamento de passageiros e usuários, serão instaladas
seis esteiras rolantes, nove escadas
rolantes e 18 elevadores. O acesso ao
Terminal será construído em dois
níveis, para facilitar o embarque e o
desembarque de passageiros.
Serão abertas mais de 1,8 mil
vagas de estacionamento próximas
ao Terminal 2, com acesso fácil ao
sistema viário. Além do Terminal 2,
a concessionária BH Airport irá ampliar o pátio de aeronaves em cerca
29 mil metros quadrados e readequar os acessos para um mix de aeronaves mais atual.
Empresas contratadas
as obras
Para a construção do Terminal
2 a BH Airport contratou a Racional
Engenharia, empresa que atua há 43
anos no setor de construção civil,
com mais de 600 obras realizadas
no território nacional, entre elas a
ampliação do BH Shopping (MG) e
a construção do prédio sede da Localiza (MG).
Entre os projetos realizados
pela construtora estão a ampliação
do BH Shopping (MG), Barra Shopping (RJ), a construção do prédio
sede da Localiza e os Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês (SP). A
empresa foi contratada por meio de
concorrência privada, em que prevaleceu a melhor proposta, apoiada
nos pilares de prazo, preço e qualidade. A concorrência contou com
a participação de empresas das regiões Sudeste e Centro Oeste do
País.
Para a fabricação e montagem
da estrutura metálica foi contratada a empresa Codeme, com unidades em Betim, Juiz de Fora (MG) e
Taubaté (SP). A empresa possui mais
de 2 mil obras edificadas em todo o
Brasil e no exterior, nos segmentos
de Edifícios de Andares Múltiplos,
Prédios Industriais, Galpões Comerciais e Industriais e Pontes.
O gerenciamento das obras
do Terminal 2 , foi contratado, por
meio de concorrência privada, o
consórcio ControlTec/Figueiredo
Ferraz, cujas empresas possuem histórico de gerenciamento de obras e
projetos no segmento aeroportuário
e simulares.
Todas as empresas estão no
mercado há mais de três décadas.
Embratur faz
Road Show
no Japão
Para fortalecer a estratégia
de promoção do turismo brasileiro no mercado japonês, junto com os países do Mercosul,
como Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, a Embratur
(Instituto Brasileiro de Turismo)
promoveu, de 28 a 30 de setembro, roadshows nas cidades de
Osaka, Nagoya e Tóquio. Ao
todo, foram realizados cerca de
200 encontros
Além disso, o Brasil esteve
representado, entre os dias 24 e
27 de setembro, da JATA Expo
Japan 2015, considerada a maior
feira de turismo da Ásia. Durante o evento, houve reuniões
de negócios entre operadoras
brasileiras e agentes de viagem
do Japão. Em 2014, o Japão enviou mais de 84 mil visitantes ao
Brasil.
Fale com o gerente.
SAC: 0800 724 4420. Ouvidoria: 0800 646 4001
Deficientes Auditivos ou de fala: 0800 940 0458
84
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Turismo
Icônico hotel na Madison Avenue
é comprado pelo líder coreano
Lotte Hotels & Resorts
Dilvulgação
Durante a semana de moda nova-iorquina, o grupo coreano líder no
mercado de luxo Lotte Hotels & Resorts celebrou a reinauguração do The
New York Palace, icônico cinco estrelas no centro de Manhattan. A cerimônia contou com a presença da modelo e atriz Brooke Shields, e do CEO
da Lotte Hotels & Resorts, Yongdok
Song. O hotel, comprado em agosto,
chama agora Lotte New York Palace
e marca a primeira aquisição do conglomerado na América do Norte.
“O Lotte New York Palace é um
luxuoso hotel que representa a história e a tradição da Big Apple. Ter
uma propriedade Lotte no centro de
Nova York eleva o conceito da marca
e contribui para que o grupo faça outras incursões pelos Estados Unidos e
Europa. A compra do New York Palace é um sinal de que o nosso projeto
Global Leading Hotel está no caminho certo”, disse o Sr. Song.
O novo nome e logo preservam a
identidade e a história do Palace, que
passou por uma reforma de US$ 140
milhões no final de 2013 e transformou
as suítes mais premiuns no The Towers,
um “hotel dentro de outro hotel”. Dentre as atualizações estão novos lobbies,
suítes especiais, restaurantes e bares.
Com 909 quartos, o Palace tem sido há
anos reconhecido por suas vistas espe-
O gerente geral John C.Tolbert, o CEO de Nova York Fred Dixon, o cônsul coreano Gheewan
Kim, o presidente do Lotte Hotels & Resorts Sr. Yongdok Song e a atriz Brooke Shields
taculares e suítes espaçosas. Localizado
na rua da Catedral St. Patrick e a passos
do Rockfeller Center, o hotel é decorado com motivos de igrejas italianas do
século 15 e serviu como entrada para a
histórica mansão Villard desde 1882. O
LOTTE New York Palace mistura graciosamente o marco histórico com uma
contemporânea torre de 55 andares,
combinando tradição e modernidade.
“Vamos fazer upgrades onde for
necessário, mas nosso plano atual é
expandir a marca por Los Angeles,
São Francisco, Havaí e outras grandes cidades dos Estados Unidos. A
missão do grupo é enriquecer a vida
das pessoas oferecendo produtos superiores e serviços que nossos clien-
Dilvulgação
tes amem e confiem. Isso reflete o
conceito de amor, gentileza e empatia
inspirado em Charlotte, heroína do
romance Os sofrimentos do jovem
Werther, de Goethe, que deu origem
ao nome LOTTE”, revela o Sr. Song.
Lotte Hotels & Resorts atualmente opera em 18 propriedades, em
cinco continentes, e planeja agregar
mais 16 aquisições ao portfolio. O
grupo é considerado o número um no
mercado de hotelaria coreano e é um
dos maiores conglomerados do mundo, com 80 afiliados e receita anual de
US$ 83 bilhões em 2014. Seu primeiro
hotel russo em Moscou foi premiado
recentemente com o Prix Villegiature
de “Melhor Hotel na Europa”.
Turismo brasileiro
ganha com
viagens internas
e alta do dólar
Luciana Vicária
Igreja Matriz de Pirenópolis
A receita cambial registrou em
agosto o menor déficit deste ano,
desde o mês de fevereiro de 2011, de
acordo com dados do Banco Central.
A diferença entre os gastos dos brasileiros no exterior (US$ 1,263 bilhão)
e os gastos dos estrangeiros (US$ 436
milhões) no Brasil atingiu o valor de
US$ 827 milhões no mês passado.
Se comparado com agosto do
ano passado, quando o déficit foi de
US$ 1,85 bilhão, a diminuição chega
a 55,4%. “A constatação é uma boa
notícia para o turismo porque indica que boa parte dos brasileiros está
transferindo as viagens internacionais por viagens pelo país, movimentando a economia, gerando emprego
e renda para mais de três milhões de
pessoas no ano passado”, disse o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
Entre os fatores que levaram à
redução expressiva do déficit, destacam-se a alta cotação do dólar e o
fortalecimento do turismo interno
brasileiro. O Ministério do Turismo
já investiu mais de R$ 9 bilhões no
desenvolvimento de 4,2 mil municípios turísticos brasileiros desde 2003.
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
85
Seu Dinheiro
Fernando Soares Rodrigues
Jornalista especializado em economia e finanças
Incerteza máxima
Não há outro adjetivo senão este “máxima” – para qualificar adequadamente a incerteza com que o mercado
financeiro convive neste fim de ano.
Qualquer projeção sobre as perspectivas dos investimentos financeiros esbarra no conceito de incerteza que leva
o aplicador a operar com mais cautela
e conservadorismo.
Não se pode sequer mencionar
com segurança o nome do (a) titular
da Presidência da República e, muito
menos, o nome do Ministro da Fazenda ao se comentar, numa perspectiva
de curto prazo, o possível cenário da
economia para o final deste ano. Quem
ousar a mencionar os titulares destes
cargos pode errar.
Os movimentos políticos para
viabilizar o afastamento da Presidente
Dilma Rousseff e do ministro Joaquim
Levy, ou deste último isoladamente,
eram fortes no início de outubro.
Sem conseguir aprovar um ajuste
fiscal com bases sustentáveis para os
próximos anos, o ministro Levy foi colocado em xeque inúmeras vezes pelo
governo e representantes dos partidos
da base aliada, somente por ter esboçado uma operação “tapa-buracos”
para as contas públicas para este ano e
o próximo.
São indicadores preocupantes da
atual crise político-econômica a inflação anualizada próxima de 10%, o dólar testando patamar acima de R$ 4,00,
déficit público nominal (que inclui o
total destinado ao pagamento dos juros) na faixa de 9,21% do Produto Interno Bruto (PIB) e correspondente a
R$ 528 bilhões no acumulado dos 12
meses anteriores a agosto passado.
Contradições
São muitas as contradições na
área econômica. Enquanto o governo
pretende a volta da CPMF (imposto do
cheque) na base de 0,20% e a alta da
Cide (imposto sobre combustíveis) e
até cortes nos orçamentos dos programas sociais, o Banco Central (BC) gasta bilhões para rolar os swaps cambiais
(espécie de compra a valor determinado de dólar no mercado futuro) para
conter a escalada da moeda americana
no mercado à vista e oferecer proteção
às empresas envidadas naquela divisa.
Mesmo assim, após subir 9,34%
em setembro passado, o dólar americano passou a acumular valorização
de 48,76 frente ao real no acumulado
deste ano. Com a alta do dólar, os juros
dispararam no mercado futuro ao atingirem 17% ao ano no final de setembro passado, bem acima da taxa Selic
(juros básicos da economia) de 14,25%
ao ano projetada para o final deste ano,
segundo a pesquisa do boletim Focus,
do BC, do último dia 28 de setembro.
Os analistas não descartavam no
início de outubro passado, novo reajuste da taxa Selic para conter a inflação
pressionada pelo dólar e novos fatores
como o aumento dos combustíveis.
Com a adoção do programa de
swaps cambiais – contestado por parte
do mercado – o BC levou o governo federal a gastar 2% do PIB ou 30% do aumento da dívida pública. No acumulado dos 12 meses anteriores a outubro,
o custo dos swaps cambiais atingiu R$
112 bilhões. Este total representa quase
um quarto do total dos pagamentos de
juros do setor público brasileiro equivalentes a R$ 485 bilhões ou 8,45% do
PIB no acumulado dos 12 meses anteriores a agosto passado. Na Presidência da República e BC não se cogita a
redução progressiva destes gastos que
são na realidade os mais expressivos.
Os anunciados cortes das despesas públicas do governo federal tornam-se,
assim, insignificantes diante dos números citados anteriormente sobre o
crescimento da dívida pública.
Operação de risco
Aplicar o dinheiro em dólar é
uma operação de alto risco no Brasil.
Os mais otimistas acreditam que o governo continuará a intervir no câmbio,
ainda que a um custo elevado do endividamento público, para amenizar a
elevação dos valores dos empréstimos
em dólar das empresas. Se o governo
não proceder assim, as empresas podem demitir mais para cortar custos.
A parte mais otimista do mercado estima que o dólar pode recuar para
R$3,80 neste final de ano. O boletim
Focus (28/09/2015) estimou o dólar a
R$ 3,95 em dezembro próximo e a R$
4,00 ao final de 2016.
Dólar a R$ 4,30 ao final de 2016
é a estimativa de parte do mercado
que opera com otimismo moderado
em relação ao sucesso do programa de
swaps cambiais. As oscilações do dólar
frente ao real influenciam diretamente
o preço do ouro negociado como ativo
financeiro na BM&F/Bovespa. O dólar
e o valor do metal negociado na bolsa
de mercadorias de Nova York formam
o preço do ouro no mercado brasileiro.
No exterior, o preço da onça-troy (31,1
gramas) de ouro encontra-se em baixa.
A previsão de alta dos juros nos
EUA – atualmente entre 0% e 0,25%
ao ano – pode exercer pressão sobre o
dólar frente ao real. O Federal Reserve (FED), o banco central americano,
admite que não vai demorar a reajustar
os juros. A desaceleração da economia
chinesa é outro fator a influenciar o
comércio internacional, os preços das
commodities, a balança comercial e as
contas externas brasileiras. Por conta
da recessão brasileira que pode alcançar 3% este ano, as importações estão
diminuindo e a balança comercial tem
condições de encerrar o ano com superávit de US$ 15 bilhões.
Pós-fixados
Até o cenário político-econômico clarear, os analistas aconselham
maior alocação de recursos nos ativos
financeiros pós-fixados, os corrigidos
pela taxa Selic ou índice de inflação
(IPCA). Certificados de Depósitos
Bancários (CDBs) e títulos públicos do
Tesouro Direto são as opções para os
investidores de médio e grande porte
com características mais conservadoras. Caso ocorram novas altas da Selic
para conter a inflação, os aplicadores
em títulos e papéis prefixados terão
menores ganhos.
O boletim Focus estimava ao final de setembro passado em 5,8% a
inflação anualizada para dezembro do
próximo ano. Parte do mercado já projeta para 2016 inflação acima do teto
da meta de 6,5% ao ano. Neste cenário,
a caderneta de poupança dificilmente
consegue superar a inflação, mas é a
melhor opção de investimento para as
baixas quantias no curto prazo.
Sobre os fundos de investimentos
financeiros, principal concorrente da
poupança, incidem pesadas alíquotas
do Imposto de Renda de 22% sobre os
ganhos até seis meses. Parte do rendimento dos fundos fica comprometida
ainda pela tributação semestral denominada “come cotas” e pelas taxas de
administração cobradas pelos gestores.
Pode cair mais
O índice das ações mais negociadas na BM&F/Bovespa encerrou setembro em 45 mil pontos e com perda anual
acumulada de 9,89%. Crise política, dificuldades na implementação do ajuste
fiscal, operação Lava a Jato, juros elevados, alta do dólar e recessão econômica
são alguns dos fatores que derrubam o
índice Bovespa. A queda do Ibovespa
em dólar atingiu 42% no acumulado de
2015 até setembro passado.
Não há consenso, alguns analistas
acreditam que a bolsa brasileira pode
ainda cair mais e ficar próxima dos 40
mil pontos. O reajuste dos combustíveis favoreceu as ações da Petrobras.
Mas o mercado não pode se esquecer
que a estatal brasileira, entre outros de
seus problemas, tem dívida elevadíssima superior a R$ 400 bilhões, dos
quais 70% em dólar.
A principal fonte de receita da
empresa não ajuda. No acumulado do
ano até setembro, o barril do petróleo caiu 15,36% e passou a valer US$
45,00. Esse total é muito baixo para a
manutenção dos investimentos em
geral da empresa, e especialmente no
pré-sal. As ações da mineradora Vale,
outra companhia que tem grande peso
na formação do índice Bovespa, não
são estimuladas pela manutenção do
preço da tonelada do minério de ferro
pouco acima dos US$ 50,00.
Administradores de companhias
com menor expressão nas negociações
diárias da Bovespa vão enfraquecer ainda mais o mercado brasileiro. Preparam
o fechamento do capital de 12 empresas
neste ano. Entre elas estão Souza Cruz,
BicBanco, Arteris e banco Daycoval.
A Bovespa que chegou a ter 471
ações de companhias listadas em seu
pregão, passará a ter 453 companhias.
Outros gestores adiam os IPOs, as
ofertas públicas iniciais de ações na sigla em inglês.
86
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Cerveja
Wilson Renato Pereira
Jornalista, psicólogo e psicanalista
wrenato.pereira@gmail.com
Grandes cervejarias
agora pensam pequeno
Bernardo Dias
Após priorizarem por muito
tempo a produção de massa, olhando “da garrafa para fora” e investindo, principalmente, em logística
e marketing, algumas das grandes
cervejarias brasileiras hoje apostam, cada vez mais, no crescente e
especializado mercado das cervejas
artesanais. A pioneira foi a Brasil
Kirin (ex-Schincariol), que, há anos,
adquiriu as microcervejarias Baden
Baden, de Campos do Jordão, Eisenbahn, de Blumenau e a carioca
Devassa.
A Ambev, maior cervejaria do
Brasil, recentemente, também se
rendeu, seguindo os passos da sua
controladora AB Inbev em outros
países, e passou a atuar no segmento
artesanal. Maior produtora de cervejas do mundo, essa multinacional
adotou uma nova estratégia após
constatar o declínio do consumo das
cervejas comuns, devido à mudança
de hábito dos consumidores.
O movimento começou nos Estados Unidos, onde o consumo das
marcas tradicionais vem caindo em
torno de 15% anuais, enquanto as
artesanais crescem, percentualmente, quase dez vezes mais. No início,
foram compradas pela AB Inbev
quatro pequenas cervejarias americanas: Goose Island, Blue Point, 10
Barrel e Elysian. A primeira foi adquirida em 2011 e as outras nos anos
seguintes.
No Brasil, o mercado das cervejas de massa aumenta em torno
de 5% anuais e o das artesanais
30%. Em janeiro deste ano, para
surpresa geral, a Ambev associouse à mineira Wäls, ganhadora de
várias medalhas, inclusive de ouro,
em respeitáveis concursos cervejeiros internacionais, como na
World Beer Cup (EUA, 2014) e,
mais recentemente, em setembro,
no World Beer Awards (Inglaterra,
2015), formando uma terceira em-
presa, a Wäls/Bohemia.
No caso da Wäls, os irmãos
José Felipe e Tiago Pedras Carneiro
se tornaram sócios do empreendimento Alguns dos motivos para que
a parceria fosse firmada, de acordo
com eles, vão além de participação
direta na gestão do negócio, com a
garantia de que continuarão podendo criar suas festejadas receitas, terão acesso aos melhores ingredientes do mundo e seus produtos serão
distribuídos em uma ampla rede no
Brasil e no exterior.
Em outra iniciativa que também sacudiu a comunidade artesanal, em julho passado a Ambev
adquiriu a Cervejaria Colorado, de
Ribeirão Preto, mas com um modelo diferente. O antigo proprietário,
Marcelo Carneiro, um dos pioneiros
do setor microcervejeiro, funciona
como consultor, abrindo caminhos
para a empresa junto aos atuais e a
novos parceiros de negócios. A ideia
original de contribuir para viabilizar
uma escola cervejeira tipicamente
brasileira continuará valendo, assim
como as receitas e os rótulos da Colorado. Agora, com maior aporte de
capital, o objetivo é adquirir novos
equipamentos e melhorar processos
industriais.
Pelos resultados servidos on tap
e oferecidos nas prateleiras físicas e
virtuais de lojas especializadas, bares, restaurantes e nas gôndolas de
supermercados, os consumidores de
cervejas fabricadas pelas microcervejarias incorporadas por grandes
corporações podem ficar tranquilos
quanto ao que vão beber. Pelo menos enquanto as coisas continuarem
como estão.
As megacervejarias têm sabedoria mais do que suficiente
para não deixar cair a qualidade de
marcas artesanais já consagradas.
Sabem que isso pode trazer danos
à sua imagem junto a um público
altamente especializado e formador
de opinião perante novos consumidores. Por outro lado, elas pretendem associar o conceito de qualidade das artesanais às suas marcas
tradicionais.
Outro grande temor da comunidade artesanal é que suas cervejarias prediletas, agora integrantes
da indústria mainstream, percam
agilidade para lançar novos produtos, afastem-se dos consumidores
locais e deixem de usar ingredientes
regionais. Aí, é aguardar para ver o
que irá acontecer. A única certeza é
que não faltarão boas cervejas produzidas neste país, pois só fábricas
artesanais já são mais de 300, fora
os homebrewers, sempre dispostos a
oferecer aos amigos suas surpreendentes criações.
Bernardo Dias
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
87
Vinho, gente, coisas e adjacências
shutterstock
Inimá Rodrigues Souza
Com este calor, vinho?
Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33477 - RQE 21876 - Inscrição CRM 356 - MG
Os rosados ou rosés seguem a
mesma história; até porque, meio
mundo acha que vinho rosé ou rosado
é, simplesmente, o vinho resultante da
mistura de tinto com branco, e, como
tal, de qualidade duvidosa. Verdade
que existem vinhos elaborados assim,
em regiões vinícolas famosas, e de inquestionável qualidade.
Os espumantes são gastronômicos, leves e festivamente refrescantes.
Glamorosos, sempre frequentaram
mesas de reis e imperadores, e sendo
múltiplos e variados, além de polivalentes, podem ser degustados a qualquer momento, notadamente com
este calor.
Portanto, para degustar vinho
com esta temperatura é só fazer a
escolha conveniente; e isto – como
temos comentado aqui -, passa por
algum conhecimento sobre o que vai
beber. Como é exigido, também, em
relação às demais bebidas.
A temperatura permite um Shi-
raz australiano e um Douro maduro
e concentrado? Ou um singelo Bardolino? Um Tannat uruguaio ou um
Dão fresco e delicado? Um branco
de Sauvignon Blanc ou Riesling,
ou um vinho verde com sua acidez
quase pungente, mas, altamente refrescante?
Enfim, o vinho - essa bebida singular, mesmo diante dessa temperatura que se mantém longe de ares da
Primavera, pode ser um par a qualquer momento. Não importa o grau
de conhecimento, beba o seu vinho,
pois com calor de verão ou frescura
invernal, ele propiciará alegria.
Circuito
Belo Horizonte recebeu, no dia
29 de setembro último, uma das etapas do Circuito Brasileiro de Degustação, que neste ano contempla cinco
capitais (Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Curitiba e Florianópolis) com
os melhores vinhos elaborados pelas
grandes vinícolas do País.
Entre os dezenove produtores presentes nessa etapa, estavam
a Miolo, Casa Valduga, Dal Pizzol,
Luiz Argenta, Lídio Carraro, Rio Sol,
Hermann, Dunamis, exibindo vinhos que revelam a pujança da produção nacional.
Hoje, é a qualidade, aliada à
quantidade, que coloca o Brasil na
condição de quinto maior produtor
do Hemisfério Sul, resultado de incansável dedicação dos nossos produtores ao lado da adoção de tecnologia de ponta, mercê de toda a sorte
de dificuldade enfrentada, sobretudo,
quando o assunto é tributação.
Mas, o Circuito cumpre o seu
mister: exibir a qualidade do vinho
brasileiro, especialmente para aqueles que teimam em ignorar a força
do produto nacional. O Ibravin deve
insistir nisto. Lá estavam rótulos que
são encontrados em prateleiras de
vários países e, portanto, com reconhecimento internacional.
Tchê
Tchê Parrilla é nome da casa
aberta há pouco tempo, no bairro da
Serra. Com cardápio de carnes especiais importadas, prima, também,
pela carta de vinhos com preços que
fogem aos exorbitantes que se vê por
aí. Que continue assim.
Tim, Tim.
e
u
q
o
e
Sab faz
nos
r
e
r
e
qu viver?
solution
Sim. E por que não? Vinho bebe-se em qualquer estação. Ainda
que os termômetros estejam batendo
na grimpa, há, sempre, tempo e espaço apropriados para se degustar um
vinho, seja branco, tinto, rosado, e,
especialmente, um espumante.
Quando o momento pedir um
tinto, basta lembrar que existem tintos
tão leves quanto muitos e muitos brancos, com acidez refrescante e taninos
suaves, capazes, pois, de serem companhia para lá de agradável com petiscos
num final de tarde. Mas, se a ocasião
é para um suculento churrasco, os encorpados fazem a parceria ideal.
Com esta canícula, que nada faz
lembrar tempos primaveris, os brancos são receita infalível para aplacar
o calor, com seu frescor estimulante;
e, ademais, por serem ecléticos, podem ser apreciados como aperitivos.
Pena que, no mais das vezes, sejam
vinhos desprezados por muitos sob
estapafúrdias justificativas.
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88
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Auto e Negócios
Raimundo Couto
Bravíssimo...
A lendária Alfa Romeo está renascendo, depois da fusão da Fiat detentora da marca. Com a americana
Chrysler, que deu origem à FCA (Fiat
Chrysler Automobiles), os projetos
para os próximos anos são arrojados,
e para isto não faltam vultosos investimentos. O principal deles será em
uma renovação quase total de sua linha de modelos. O primeiro passo já
foi dado, com a apresentação da nova
Giulia, em junho passado, e com perspectiva de ser lançada, comercialmente, ainda este ano. Muito provavelmente da gama atual em oferta apenas
dois modelos devem seguir no mercado. A citada Giulia e o esportivo 4C,
que tivemos oportunidade de acelerar
na pista que a FCA mantém em Baloco, nos arredores de Milão, na Itália.
Tanto um quanto o outro são candidatos a desembarcarem no Brasil em um
futuro breve, quando iniciar o efetivo
retorna da Alfa para mercados promissores, como o nosso, por onde ela
esteve em um passado distante.
Esportividade a toda prova
Uma marca com tanto sucesso
nas pistas não poderia viver, apenas,
com modelos cuja esportividade estivesse presente apenas na tradição. O
MiT0 e a Giulieta, apesar de suas qualidades, estão longe de representar o
legitimo “Cuore Sportivo”. Daí surgiu
a necessidade de criar um modelo que
pudesse, legitimamente, representar
a Alfa Romeo. Assim nasceu o 4C.
O projeto foi concebido desde o desenho de sua carroceria para instigar
esportividade. Motor central e tração
traseira com peso inferior a 900 kilos,
guiar o 4C é um exercício de puro prazer. A proposta da montadora italiana
com este produto é mesmo rejuvenescer a marca. É, ao lado do irmão 8C,
de 2007, outro esportivo, mas este de
produção limitada a 500 unidades, o
que de mais arrojado transpira a Alfa.
Sem contar a Giulia que ainda não
está disponível. Voltando ao 4C, suas
linhas chamam atenção logo na primeira vista, o capô destaca dois marcantes vincos que se unem na parte
inferior do para-choque e desenham
uma espécie de triângulo invertido.
Ao centro a tradicional grade da Alfa
Romeo cercada por outras grandes
tomadas de ar em cada um dos lados.
Potência e equilíbrio
Como no 8C o número de cilindros determinou a nomenclatura,
no 4C foi usado o mesmo raciocínio.
Belo visual, simplicidade no acabamento e um trem de força de impressionar. Motor turbo a gasolina
com injeção direta com 1.750 cm³,
volume de deslocamento e 240 cv de
potência. O torque, de 35,7 kgfm, é
constante entre 2.100 e 4 mil rpm. A
transmissão é automatizada de dupla
embreagem de seis velocidades. O
conjunto permite ao 4C acelerar de
zero a 100 km/h em 4,5 segundos e
chegar até a máxima de 258 km/h.
O ronco parece música aos ouvidos.
Um dos grandes segredos do conjunto é o baixo peso, chassi de fibra
de carbono, alumínio nas estruturas
dianteiras, traseiras e no teto. Os vidros também contribuem para a leveza do esportivo italiano. Segundo
a Alfa Romeo, eles pesam até 15%
menos que os convencionais. Com
isso, o 4C chegou à marca dos 895
kg em ordem de marcha, distribuídos em 3,98 metros de comprimento,
2,09 m de largura, 1,18 m de altura e
2,40 m de distância entre eixos. Em
busca pela redução de peso, em seu
interior apenas o necessário. É clara a
inspiração nos clássicos do passado:
começando pelo painel, que é simples, porém funcional, tudo foi feito
e pensado para destacar o que mais
interessa em um esportivo, o prazer
de pilotar, ter a máquina na mão. Os
bancos são finos, mas envolventes,
os pedais de alumínio e o material
usado no painel são detalhes que fazem remeter aos carros criados para
competição. Painel todo em plástico
rígido, sem tapetes e nem porta-luvas. Esqueça confortos como direção
com assistência elétrica, sensores de
estacionamento e ajustes elétricos
dos bancos.
Com a máquina mão
Depois de um rápido briefing
para orientações sobre o traçado de
Baloco, seguimos para pista, orientandos a seguir o Pace Car (carro
que dita o ritmo de velocidade), pelas primeiras duas voltas do circuito.
Como um legitimo esportivo o 4C é
“baixinho e curto”, mas não se tem dificuldade de acesso e logo, mecanicamente, a melhor posição de “pilotar”
é encontrada. O volante revestido em
couro tem base achatada, leve e de
boa empunhadura, aliados às borboletas na coluna de direção, dá o toque
de esportividade. O barulho grave do
motor empolga, nem de longe lembra
o que se ouve em um bem comportado propulsor de quatro cilindros. São
quatro modos de ajuste do câmbio,
sempre com trocas rápidas e suaves
graças à caixa de dupla embreagem. O
modo Race altera o som e a resposta
do motor, o controle de estabilidade
(ESP) entra em ação assim que o carro
passa do seu limite. O peso da direção,
sem assistência, é sentido assim que o
4C se move, lentamente.
Fomos o terceiro em um fila indiana, seguidos por outros quatro colegas jornalistas do Brasil. Primeira
volta de reconhecimento a uma velocidade considerada moderada para
uma pista de teste. A segunda mais
rápida e a partir da terceira o “carro madrinha” deixa-nos livre para
divertir com a condição de só fazer
ultrapassagem atendendo todas as
regras de segurança. O 4C rola macio pelas curvas de alta e de baixa de
Baloco, rasga a reta com um barulho
feroz e bom de escutar. O fabricante assegura que sua velocidade máxima é de 275 km/h. A suspensão é
bem equilibrada e o sistema de freios
transmite segurança ao condutor.
Com o iminente retorno da marca
Alfa para o Brasil o 4C será uma opção para quem deseja um esportivo
de verdade. Na Europa tem preço em
torno de 76.500 euros. (RC)
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
89
Obituário
Jadir Barroso – meandros
de uma vida dedicada
ao jornalismo
O último 27 de outubro foi
um dia triste para toda a família
de MercadoComum. Nesse dia,
perdemos um dos melhores e mais
brilhantes profissionais do jornalismo do Estado: Jadir Barroso dos
Santos. Há mais de 50 anos atuando apaixonadamente na profissão
que escolheu, Jadir teve forte militância na imprensa de Minas e do
País e, entre os diversos veículos e
cargos, foi colunista e diretor de
Redação da MercadoComum, por
mais de 10 anos.
Por meio do seu competente
trabalho, ajudou a fazer a história do Estado, entendendo, como
poucos, as peculiaridades e meandros da política e da economia mineira. Competente e atuante, deixa
um legado de compromisso extremo com a informação.
Nascido em Jacuri, Minas Ge-
rais, formou-se em Direito e também em Administração de Empresas. Ao longo de sua trajetória,
não poupou esforços na busca pelo
conhecimento e contabilizou diversos cursos de extensão e aperfeiçoamento profissional.
Ingressou no jornalismo na
década de 1960, no Diário de Minas, onde deu início à carreira. Foi
repórter de economia, repórter e
redator político, colunista, editor
e editorialista de diversos jornais
em Minas, como o Binômio, o
Diário de Minas, o Última Hora
(edição mineira do jornal de Samuel Wainer) e também o Correio
de Minas.
Quatro anos mais tarde, ingressou no Jornal do Brasil, onde
foi redator e repórter político até
o ano de 1989. Entre as muitas
atribuições que lhe chegaram por
Entre Aníbal Teixeira e a esposa Marolina
XV Prêmio Minas - Desempenho Empresarial - MercadoComum
mérito, Jadir Barroso foi ainda
assessor técnico, assessor de do
Departamento de Comunicação
Social do BDMG, além de assessor
de imprensa da Prefeitura de Belo
Horizonte nas gestões dos prefeitos Maurício Campos e Júlio Laender. Presidiu também o CEPO
– Centro de Cronistas Políticos e
Parlamentares, e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais
de Minas Gerais.
Na sua caminhada profissional, por várias vezes, foi reconhecidamente premiado. Entre as
diversas condecorações, foi eleito
o melhor repórter econômico de
Minas Gerais e recebeu o troféu
CID, concedido pela Rádio Itatiaia, referente aos melhores do
jornalismo mineiro.
Foi contemplado, ainda, com
as Medalhas de Honra da Inconfidência, Santos Dumont e do
Mérito Legislativo. No seu currículo, constam ainda participações
brilhantes em congressos e conferências por todo o País, além de
centenas de artigos e reportagens
públicas nos órgãos de imprensa
por onde passou.
Na sua última empreitada, Jadir Barroso publicou seu primeiro
livro, Meandros do Poder, (ainda
para ser lançado) publicação independente que faz inequívocos
registro e análise da realidade política e econômica do País.
A obra, como ele cita na
apresentação, “nasceu de uma indignação e de uma esperança. Indignação face os rumos que o País
tem tomado nas últimas décadas
(...). Esperança, por acreditar que
dias melhores terão de vir, mesmo não se sabendo quando nem
como”. (...) Mas, para mudar isto
que aí está é preciso a participação de todos. Como o passarinho
solitário no incêndio da floresta,
pelo menos eu estou fazendo a
minha parte”, escreveu o idealista
jornalista mineiro.
Jadir Barroso faleceu de câncer, doença contra a qual lutava
havia alguns anos. Infelizmente, seu livro ficou pronto um dia
após o seu falecimento, não permitindo ao autor ver sua obra
concretizada.
90
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Obituário
Na sede de MercadoComum
Aloísio Vasconcelos, Alexandre Andrade
e Jadir Barroso
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira., Alberto Pinto
Coelho, Renata Vilhena e Jadir Barros
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira,
Paulo Haddad e Jadir Barroso
Carlos Alberto Teixeira, Emanuel Carneiro,
Carlos Lindemberg e Jadir Barroso
Claudio Gontijo, Jadir, Márcio Fagundes
e José Afonso Bicalho
Claudio Moura Castro, Eulália Alvarenga
e Jadir Barroso
Com Carlos Alberto Teixeira, Márcio Lacerda,
Gilman Rodrigues e Paulo Paiva
Com Hindemburgo Chateaubriand Diniz
e Glorinha na sede de MC
Com Murilo Portugal, Carlos Alberto Teixeira
de Oliveira e Mauro Borges Lemos
Com Paulo Brant, Deusdedith Aquino
e Lindolfo Paolielo
Durenta entrevista no Programa de TV
MercadoComum com Henrique Meirelles
Em pose especial durante o IV Prêmio
Top of Mind, em 1999
Em solenidade do Prêmio MG de Desenvolvimento
Econômico em 2008
Entregando troféu a José Alencar Gomes da Silva com
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
91
Obituário
Evento da ASSEMG com Eulália Alvarenga, Paulo
Brant e Mauro Ferreira
Evento no Automóvel Clube
de Minas Gerais
Fernando Luiz Soares, Itamar de Oliveira
e Jadir Barroso
J.D. Vital e Jadir Barroso
Jadir Barroso com Carlos Alberto Teixeira
de Oliveira e Aécio Neves
Jadir Barroso com Modesto Araujo e
Paulo César de Oliveira
Jadir Barroso com Paulo Queiroga, Andréa Neves e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso em evento em MercadoComum
Jadir Barroso entregango troféu a
Murilo Badaró - Presidente
Jadir Barroso, Carlos Alberto Teixeira
de Oliveira e Jacques Gontijo
Jadir Barroso, Décio Freire e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Édson Zenóbio,
Ivan e Francelino Pereira
Jadir Barroso, Emerson Almeida e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Itamar Franco
e Lúcia Pacífico
Jadir Barroso, Jacques Gontijo
e Alysson Paulinelli
92
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Obituário
Jadir Barroso, Kátia Lage, Ilma Lara
e Kátia Rabello
Jadir Barroso, Marisa Maildini, Luis Paulo Rosenberg e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Olavo Machado Jr. e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Ricardo Guimarães e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Roberto Simões e
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Jadir Barroso, Salim Mattar e Carlos Carlos
Alberto Teixeira de Oliveira
José Alencar Gomes da Silva, Milta Costa Rocha e
Jadir Barroso
José Lopes, Eulália Alvarenga e Jadir Barroso
Luciana de Oliveira, Jadir Barroso, Milton Lucas e
Paulo César de Oliveira
Luiz Carlos Costa e Jadir Barroso
Manoel Ferreira Guimarães Neto, Jadir Barroso e
Estevão Fiuza
Mauro Ferreira, Jadir Barroso, Fernando Pimentel,
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Paulo Queiroga
Mauro Sayar, Jadir Barroso, Alexandre Andrade, Marolina,
Jorge Teixeira, Claudia Recchioni e Mauro Ferreira
Olavo Machado, Carlos Barroso, Serafim Jardim e
Jadir Barroso
Raphael Andrade, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira,
Jadir e Emerson de Almeida
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
93
Eventos Empresariais
ADCE-MG - Presidente do Grupo Super
Nosso, Euler Fuad, em Almoço Palestra
A Associação de Dirigentes Cristãos de
Empresas (ADCE-MG) e o SESI-MG promoveram, no dia 18 de agosto, mais um almoço
palestra, na sede da FIEMG. Dessa vez, o convidado foi o presidente da rede de supermercados Super Nosso, Euler Fuad. Em sua palestra
“Super Nosso – uma história de 75 anos de empreendimento no Canal alimentar”, Euler contou um pouco sobre as demandas e desafios de
comandar o grupo que engloba os supermerca-
dos Super Nosso, Apoio Mineiro, a Distribuidora DEC Minas e Super Nosso Indústria de
Alimentos, e cerca de 8 mil funcionários.
Fuad ressaltou que o sucesso do grupo foi
conquistado com muito trabalho e dedicação:
“Sucesso só vem primeiro que trabalho no dicionário. A receita do sucesso é estar atento e
preparado para as oportunidades, que surgem
via mercado ou mesmo dentro de nossas operações”, conta.
Sobre o evento, Fuad fez uma avaliação positiva: “Estou impressionado com o prestígio da
ADCE, que lotou o local da palestra. Hoje, também
conheci um pouco mais do trabalho da entidade.
Estou muito feliz em poder compartilhar minha
experiência e aprender com vocês”, disse Fuad.
Sérgio Frade lembrou a trajetória empresarial
de Fuad e explicou para ele as diretrizes da União
Internacional de Empresários Cristãos (Uniapac),
que orientam as ações da ADCE Brasil. Seus pi-
lares estratégicos são a geração de conhecimento
teórico e prático sobre a responsabilidade social
empresarial, sustentabilidade, e da prevalência da
dignidade do ser humano na relação entre o capital e todas as partes com que se relaciona. “Assumir a responsabilidade social e empresarial tem
como inspiração fundamental apoiar a construção
de uma sociedade mais humana, através de economia de mercado socialmente responsável”, disse
Frade, em seu discurso.
Fotos Wagner Costa
Euler Fuad durante a sua palestra
Sérgio Frade e Euler Fuad
Sérgio Frade, Sérgio Cavalieri, Lincoln Fernandes e Lúcio Sampaio
94
MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Eventos Empresariais
WTC –
Almoço Palestra
No dia 2 de setembro, o World Trade Center de Belo Horizonte
reuniu seus conselheiros, associados e convidados para um almoço-palestra no Automóvel Clube de Minas Gerais. O evento contou com a
palestra de Raymundo Godoy, diretor do Instituto Áquila e Ailton Santos, da HP Brasil. Na ocasião eles debateram sobre as diferentes práticas de inovação e investimento para competitividade e crescimento em
momentos de crise.
Adriana Perutz e Bernardo Rocha
Adriana Perutz, Myrriam Magalhães e Renato Dória
Antônio Cavalcanti, Cláudio Menezes e Carlos Deluca
Alysson Almeida e Sérgio Ramos
Bernardo Suarez, Antônio Maciel e Felipe Vidigal
Carlos Frederick Gontijo Teixeira e Carlos Alberto
Teixeira Oliveira
Celso Chapinotte, Adriana Perutz e Eduardo Bernis
Celso Chapinotte, Eduardo Magalhães, Ayres Barreto
e Marcos Santana
Cláudio Menezes e Carlos Deluca
Eduardo Pretti e Eduardo Magalhães
Guilherme Leão e Felipe Vidigal
Helberth Soares e Ricardo Guimarães
novembro/dezembro de 2015 - MercadoComum
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Eventos Empresariais
José Ângelo, Bruno Falci e Felipe Vidigal
Marcelo Dias, Alexandre Couto e Ayres Barreto
Mônica Cordeiro e Sérgio Ramos
Paula Donnard, Dimitry Boczar e Bernardo Rocha
Raimundo Godoy, Raphael Emerick e Ainton Santos
Raphael Emerick, Theodoro Procópio e Rodrigo Sarubi
Rodrigo Sarubi e Raphael Emerick
Sherban Cretoiu e Anderson Souza
Sherban Cretoiu, Wilson Brumer e Yvan Muls
Presidente
do TJMG é
condecorado
Impossibilitado de comparecer à
solenidade do IX Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico,
ocorrida no dia 13 de agosto, quando também se comemorou o Dia
do Economista, o desembargador
Pedro Carlos Bitencourt Marcondes
recebeu, no dia 16 de setembro, em
seu gabinete, a diretoria da ASSEMG
– Associação dos Economistas de
Minas Gerais e MercadoComum,
promotores dessa iniciativa. Na
oportunidade, ele recebeu a Medalha
Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes a que fez jus da referida premiação e agradeceu o reconhecimento do seu nome como um dos mais
destacados da mesma.
Luciano Medrado, Pedro Carlos Bittencourt Marcondes,
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Cristiano Mascarenhas
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MercadoComum - novembro/dezembro de 2015
Eventos Empresariais