o seu sucesso é o nosso sucesso!

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o seu sucesso é o nosso sucesso!
REVISTA DO COURO
Revista da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro
ISSN 0103-5827 | Ano XXXV | Edição 215 | Março e Abril de 2011
A MK atua junto à indústria curtidora
desenvolvendo produtos e processos que
reduzem o impacto ambiental dos curtumes.
A preservação do meio ambiente faz parte
do dia-a-dia da MK, pois sabemos que
O SEU SUCESSO É
O NOSSO SUCESSO!
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2
3
Revista do Couro | ABQTIC
Revista do Couro | ABQTIC
sumário
Entrelinhas
4
5
Roberto Kamelman
Regina Cánovas Teixeira
Katia Streit
Michele Erhardt
Presidente
entrelinhas
editorial
páginas douradas
notícias
MERCADO
moda
abqtic
empresas
tecnologia
gestão
meio-ambiente
para ler
5
6
7
2º Secretário
Vice-Presidente
1º Secretário
Valmor Trevisan
Alexandre Finkler
Conselho Técnico Científico
Relação Internacional e Nacional
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
Zulfe Biehl
Gustavo Fink - diretor
16
Ricardo Becker
Mauri Barbieri
Luiz Augusto Krug Zugno
Samuel Cansi Machado
19
Roberto Luis Hartmann
Diretor Social
Luis Carlos Ferrari
Jorge Schroer
Daniel Cesar Bierende
Marcelo Luis Schenkel
24
Luciano Agostini
Diretoria de Marketing
Tatiana
Link
Carlos Kolling
30 OF THE UNTRAINED
ASSOCIATION
Karl Luersen
Corema
Marina Moreira
38 in archaism and primitive brutality,
Immersed
alerted by the revolt ofMarcelo
elements,
Zilles we
Edinéa T. R. Gonçalves
Carlos
Zimmermann
are obsessed
Doggedly searching for sources, obsessed
41 by raw art and Palaeolithic.
Janete Schneider
Antonio
Mattielo
by the animal that slumbers inside us,
lulled
by phantasmagoria, we
build
huts in
Mariliz
Guterrez
71
Lisiane Metz
Dieter Lehmann
the city, giant nests on the walls of buildings.
Pedro Stump
Ademir D. de Vargas
74
Isabel Claas
Marcos Lelling
Publicação e Divulgação
Regina Cánovas Teixeira
Aline Dresch
22
Diretoria de Moda
Vitor Fasolo
Gerusa Giacomolli
Dir. Projetos e Rel. com Entidades
Hugo Springer
Diretoria de Gestão e
Planejamento
Conselho Fiscal
Vilmar Trevisan
Jose Valdir Dilkin
Adolfo Klein
Relações Associados
Gildomar Jorge da Silva
Pedrinho Giacomoli
Cristiano Velho
Ricardo Sommer
Francisco Masutti
Jorge Andrade
NATURE AND PRECIOSITY
Fernando Geib
Conselho Consultivo
21’st century Amazons and the heirs
of baroque tradition seize on nature
to gives
Clecio Eggers
Vice-Presidencias
rhythm to their eccentricities.Established
as a Catarinense:
demonstration
of contemporary
Athos Schuckart, it
Planalto médio e Oeste
Luis
Dieter LehmannThey
is the pretext for installations and Sérgio
the Nunes
site Costa
of their artistic performances.
Luiz
Mario Leuck and
Alto
Taquari:
Felipe
Magedanz
outstrip each da
other in their exuberance and organise a new expressive
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Paraná: Jose Alex Garcia
provocative
moda
em dandy
cou- posture. Franca: Henrique Alexandre Brando e
Etevaldo Zilli
ro para o verão
2012/13
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Norte/Nordeste: Elcid Lemos
Minas Gerais: José Vilmar V. Castro
Goias: Lourival Ponchio
MS: Fabrício Castelli
Cuiaba MT: Humberto Fuentes
Sócios Honorários
Tecnologia é evolução.
o desenvolvimento
ou aperfeiçoamento
das tecnologias que
nos permite viver
melhor e trabalhar
melhor. E não existe
tecnologia sem pesquisa e sem informação. Todos
nós podemos contribuir de alguma maneira para o desenvolvimento de novas tecnologias ou o
aperfeiçoamento das já existentes
em nosso setor. Para isto, muitas
vezes, basta simplesmente colocar
no papel aquilo que praticamos no
nosso dia-a-dia. A formação continuada é importante e as universidades e os centros de tecnologia
estão à nossa disposição para isto.
Não há mais espaço para quem
acredita que já sabe tudo, que não
tem nada a aprender.
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Revista do Couro | ABQTIC
ABQTIC está organizando para o
mês de outubro, o XIX Encontro
Nacional, que ocorrerá em Franca. Aproveite esta oportunidade
e participe, envie suas pesquisas
e suas experiências para serem
apresentadas durante o evento. Se
não tiver algo a apresentar, participe como espectador, pois certamente terá muito a contribuir
também neste papel.
A Revista do Couro, como ferramenta que busca contribuir para
o desenvolvimento do setor, trás
nesta edição, onde o enfoque é
a tecnologia do processamento
de couros, uma entrevista com a
Profª Marina Moreira, que discorre sobre os mais diversos desafios
que o setor tem passado para
atender a um consumidor cada
vez mais consciente e exigente
quanto ao uso do couro (entre
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Revista do
Couro | ABQTIC
®
editorial
6
Aproveitem as oportunidades!
F
eiras tecnológicas e
de negócios são um
marco para qualquer
segmento de negócio. Além de retratar
a capacidade de um
setor organizar-se ao redor de
uma meta comum (neste caso, entenda-se por setor todos os beneficiados da atividade: indústrias,
governos, profissionais e população em geral) e ser uma grande
oportunidade de conviver alguns
dias com um público altamente
selecionado e focado no negócio,
também dá a oportunidade de
medir a receptividade de novos
produtos, tecnologias e serviços,
criar novos relacionamentos, fortalecer os já existentes, promover
sua marca e principalmente, gerar
negócios.
Mesmo sabendo que cada segmento tem suas particularidades
e que é extremamente difícil mensurar os resultados diretos e indiretos de uma feira, especialistas
arriscam alguns números gerais
sobre estes eventos de negócios:
eles podem aceleram até 66% o
fechamento de negócios, 80% dos
visitantes possuem algum poder
de decisão na compra, 55% dos visitantes traçam planos a partir do
que vêem nas feiras ..... enfim, independentemente deste números,
o fato é que a Feira tem impacto
positivo no nosso negócio e segue
sendo o evento anual principal do
nosso setor.
Para os Técnicos em Curtimento, a Feira é momento obrigatório:
ver com tempo e minúcias o que
os diferentes segmentos propõe
como evolução e melhoria de
nossa atividade, buscar inspiração para novos desenvolvimentos,
identificar oportunidades, ganhos
de qualidade e produtividade,
criação de relacionamentos, são
obrigações de todo profissional
da área. Aproveitem-a como ferramenta de negócios e de crescimento. Aliás, outro evento obri-
gatório para nós técnicos será o
Congresso Nacional da ABQTIC
em Franca SP, organizado para outubro deste ano. A ABQTIC está
trabalhando muito para oferecer
aos associados e demais participantes oportunidades de ver e
discutir assuntos relevantes ao
setor, desde tecnologias, meio-ambiente e mercado&negócios.
A nossa capacidade de organizar-se em pró de instituições, feiras e
congressos foi o que nos fez grande e referência mundial no setor.
E falando em proporcionar conhecimento, nós pretendemos
rechear este evento com nossa
tradicional edição da FIMEC cujo
tema principal são tecnologias
focadas no Meio-Ambiente. Faço
ressalva especial para a entrevista
da Professora do CT Couro SENAI de Estância Velha, Marina Moreira, conhecida de todos nós que
aporta com muita propriedade
suas opiniões sobre temas polêmicos e reincidentes nas discussões
ambientais do setor, assim como
sua experiência na implementação
e desenvolvimento de melhorias ,
um raro momento de equilíbrio
entre conhecimento acadêmico e
prático.
Participem, mantenham-se ativos em todas atividades que nos
proporcionam conhecimento e
aproveitem todas oportunidades!
Boa Feira e boa leitura a todos!
Gustavo Fink
Diretor do Conselho
Técnico ABQTIC
Revista do Couro | ABQTIC
páginas douradas
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Processamento de couros voltado para uma
produção mais sustentável e competitiva
Por Michel Pozzebon (texto e fotos)
A gestão de processos com
foco em uma produção que alie
sustentabilidade e competitividade no setor coureiro. É neste
foco que a supervisora de Educação e Tecnologia do Centro
Tecnológico do Couro - Senai
(Estância Velha/RS), Marina Vergílio Moreira (fotos), destaca o
seu trabalho na área de processamento de couros. Em entrevista para a Revista do Couro,
a especialista natural de Pelotas,
na região sul do Rio Grande do
Sul, destacou a importância da
informação nos procedimentos
empregados nos setores produtivos. O curtimento de couro ao cromo, um dos temas em
evidência no segmento, também
foi destacado por Marina, assim
como as substâncias restritivas e
as pesquisas e perspectivas para
a área.
Revista do Couro - Como
foi o teu trabalho como uma
das autoras do Manual Básico de Processamento do
Couro?
Marina Vergílio Moreira - Esta
publicação tem duas coisas que
acredito que tenha que ser ressaltadas. Foi um trabalho coletivo e que partiu do desafio do
professor Hugo Springer, que
Revista do Couro | ABQTIC
páginas douradas
8
no Senai para que todos esses
desenvolvimentos de teorias pudessem ser aplicados lá. Então
hoje, estamos trabalhando nesta
indústria o reuso de água e não
apenas reciclagem, fazendo segregação de banhos e reaproveitando no processo em uma quantidade bem significativa.
RC - Em se tratando de
sustentabilidade, como é
este trabalho de reuso de
água em curtumes?
sempre me trouxe desafios. Eu
estava praticamente começando
a carreira após ter vindo de Pelotas, onde eu trabalhava e não
era da área do couro, mas sempre era da área do meio ambiente, o que sempre fez com que
eu atuasse com couro ligado à
área do meio ambiente. Mas, eu
tive aqui no Centro Tecnológico
do Couro, um grande mestre,
que é uma referência, professor
Eugenio Hoinacki, que sempre
me dizia: Marina, quanto mais tu
souberes, mas tu vai saber que
não sabe. Ele escreveu junto comigo este manual e assim como
o Springer foi um grande incentivador. Sem contar nos alunos,
que me apoiaram bastante.
Revista do Couro | ABQTIC
Para escrever este manual necessitamos de muitas horas de
estudo. Para se ter uma ideia, de
pesquisa e trabalho foram 1 ano
e meio. Mas eu também tive um
preparo no exterior e em curtumes do Brasil. E isso tudo contou
com o incentivo dos professores
Springer e Hoinacki, que já tinha
escrito um livro chamado Peles e
Couros.
Em 2002, também participei de
um trabalho para o CNTL tratando sobre o processamento de
couros voltado para uma produção mais limpa, que é a área que
mais tenho trabalhado, estudado
e aplicado em curtumes. A gente
tem um curtume que se tornou
nosso parceiro e que acreditou
Marina - Inclusive, o reuso de
água já tem sido uma exigência
de alguns clientes. Pelo Protocolo da LGW, que é um protocolo
específico para curtume, em que
a empresa é avaliada em uma
série de requisitos, muito próximos da ISO 14001. Para participar deste protocolo, o BLC
(Leather Technology Centre),
que é um centro de tecnologia
de Northampton, na Inglaterra,
avalia estes curtumes e a partir
daí, a indústria começa a pensar
desde a rastreabilidade da matéria-prima (de onde veio esta matéria-prima), que não pode ser
de zona de floresta, de desmatamento, até o produto acabado. E
uma das inovações neste tema é
a logística reversa.
Os curtumes têm uma licença
de operação e eles têm um volume de água captada. E como estas indústrias precisam aumentar
a sua produção, por uma questão
de sobrevivência no mercado. E
daí entra aquele dilema de que
se tem que produzir mais, mas
eu não tenho uma maior capacidade de captação de água. E também não tem sentido hoje em dia
a gente começar a captar água e
devolver uma água de qualidade
pior do que foi captada. Então é
páginas douradas
necessário se trabalhar no sentido de minimizar dentro do processo o que eu preciso usar, se
tratar essa água e voltar para o
processo.
Este trabalho foi dividido em
três partes: ribeira, que é uma
parte que as pessoas costumam
se referir a ela como suja, então
foi uma grande oportunidade e
novamente um desafio em que
a água após sair do primário, o
curtume tinha necessidade de
que ela voltasse como um processo. Então, utilizamos conceitos de engenharia de extração
sólido/líquido em uma parte
mais técnica, em que se utilizava
uma determinada água não dava
para voltar todo o processo. Fizemos um estudo para qual etapa ela poderia voltar.
Por exemplo, a água em que era
lavada a purga, que é uma etapa
final da ribeira, que antecede o
píquel, aquela água avaliamos que
poderia ser utilizada para extrair
cálcio no início da desencalagem,
e assim passamos a fazer circuitos fechados. Se estudava a água,
se fazia um controle de processo, que a chave é a gestão desse
processo, que é o que faz dar
certo ou não. A partir de então,
a gente atuava no sentido de recircular o máximo possível dos
banhos, fechando o circuito. O
reciclo de caleiro a empresa já
tinha, com isso se trabalhou no
reuso de água na parte desde a
desencalagem no próprio curtimento e no recurtimento, então
foram três fases.
Hoje, o curtume está estudando e implementando o reuso da
água na graxaria. A gente sabe
que hoje a graxa no curtume é
um ponto bastante importante,
porque o Brasil é um dos maiores produtores de biodiesel e o
9
sebo bovino que sai das peles
verdes, pode ser usado para fazer biocombustível. Então, essa
graxa com a água de reuso, eu
tenho que utilizar e garantir a
qualidade do produto. Quando
te lançam um desafio como este,
é necessário que se faça um trabalho minimizando a utilização
de água. E isto é um pré-requisito e que não deve interferir no
produto, que tem que sair com
a mesma conformidade de antes
ou até melhor.
Fechar o circuito fez com que
a otimização do processo ficasse
mais evidente para o curtume. É
necessário otimizar o processo
e controlá-lo melhor.
tender o que estavam fazendo. A
partir desta constatação, chamamos estas pessoas, os operadores, as pessoas que trabalhavam
diretamente na produção e fizemos treinamentos, aos sábados,
inclusive. Isso foi muito importante, porque acabou se tornando um aprendizado para a gente
também. Em um determinado
momento eles me colocaram
que aquela água estava cheirando
e por isso eles não gostavam de
reusar. Bom, mas ela não precisa
cheirar. Nós fomos atrás de tecnologia para redução de cheiro.
E muito de redução é controle
de processo e é colocar o produto na quantidade certa e isso
é competitividade.
RC - De certa forma esse
RC - Como é este trabalho
processo alia o meio aminovador em se tratando de
biente à competitividade?
logística reversa?
Marina - Com certeza, eu acreMarina - O que você quer hoje
dito que estas coisas hoje em dia
não estão dissociadas. O trabalho em dia quando se compra uma
no curtume começa por organização na casa, e essa ordem que
chama-se housekeeping, é o primeiro passo. Depois, o segundo
passo é conhecer métodos utilizados pelo curtume, conhecer o
pessoal e capacitá-los. No Senai,
quando fazemos a assessoria em
uma empresa, a gente nunca deixa de fazer capacitação, porque
diferente de se fazer um trabalho
de consultoria, nós somos formadores. E assim como a gente
forma os nossos alunos, a gente
tem isso no DNA de preparar as
pessoas na empresa para que elas
façam o trabalho.
E esse trabalho de competitividade, quando começamos a trabalhar e fazer o reuso, passamos
a ver que é preciso reduzir os
produtos no processo, mas para
isso, as pessoas precisavam en-
“As peles e os
couros têm
acompanhado
o homem em
toda a sua evolução, seja pela
sua disponibilidade, ou por
sua versatilidade, ou ainda
por ambas”.
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caneta? A gente se sente muito
inconfortável quando termina o
ciclo de vida e a gente tem que
jogar fora. Acontece isso com
carro, com celular. Estamos criando, espero que mais, aquela consciência de que "puxa, vamos ter
que descartar isso e eu creio que
isso vai levar um certo tempo
para degradar". Eu não sei, mas
isso começou a incomodar. Então, a logística reversa trata justamente disso. Terminado o ciclo
de vida do produto, eu conseguir
trazer esse produto o mais próximo dele de matéria-prima, transformar de novo esse item em
matéria-prima. O que em termos
de couro é uma desafio, porque
o curtimento ao cromo, ele tem
excelentes vantagens, ele pode
ser bem conduzido, inclusive isso
no protocolo do LGW destaca
que eles não são contrários ao
processo, mas que isso tem que
ser feito com controle, com eficiência. Inclusive, o LGW pontua
de acordo com a eficiência. Então,
terminado o ciclo de vida, aquele
couro continua, seja na forma de
um calçado, de um artefato ou de
uma cortina, ou do que for, porque o couro hoje em dia tem sido
usado para uma gama cada vez
maior de produtos. Justamente,
porque ele é um item com uma
boa absorção, tem uma boa troca
térmica, uma boa troca higiênica.
Mas, o curtimento ao cromo é
muito difícil de se desestabilizar,
pelo fato de ser muito estável.
Então, o que a gente estuda são
formas de desestabilização deste
produto para que ele se transforme depois em matéria-prima.
O que mais me fascina em trabalhar com couro é o fato de
que 60% da matéria-prima verde é água, então 40% são outros
materiais, destes 35% é proteína,
Revista do Couro | ABQTIC
então, é uma fonte muito rica
de proteína, inclusive alimentícia. Então, o que a gente estuda,
cada vez mais, é para curtir aquilo
que vai se tornar produto e não
aquilo que se tornará resíduo. Minimizar o resíduo e maximizar a
valorização daquele rejeito que
não se consegue trabalhar como
couro e você utilizar em atividades nobres. A gente sempre
fala em gelatina, mas a proteína
da pele é um excelente veículo
que pode ser utilizada em queijos, iogurtes, é um espessante de
consistência e com um conteúdo
proteíco muito importante para
a alimentação em um País, onde
a gente tem falta de alimentação,
eu acho fantástico. Até porque se
você pensar, à medida que a gente
abate um animal, que tem em média um ciclo de vida de 3 a 3 anos
e meio no campo, se eu abatesse
somente para usar a carne e não
fizesse nada com a pele, ela seria
um resíduo. Então, ela se torna
um produto e o disassembling,
que é a logística reversa.
No caso, eu vou descurtir aquele material e vou utilizar como
fonte de nitrogênio na própria
terra e existem muitos trabalhos
sobre este assunto. Acredito que
estamos em um período muito
fértil de conhecimento e de busca pelo conhecimento e a ideia é
aproveitar ao máximo.
RC - Em se tratando desse período fértil da busca
pelo conhecimento, quais as
perspectivas para a área do
processamento de couros?
Marina - Estive na Alemanha
em setembro de 2010, visitando a empresa Kärcher, para conhecer a questão das energias
renováveis, afinal, uma das par-
tes que os curtumes ainda não
tem desenvolvido é a utilização
da energia, então a gente trabalha em otimização de água e
necessitávamos buscar conhecimento em uma área que ainda
não tínhamos, que era a eficiência energética. E nessa missão à
Alemanha, o que me chamou
a atenção foi que nessa visita à
Kärcher, perguntei ao dono sobre terminado o ciclo de vida de
uma lavadora produzida por eles,
o que poderia fazer com aquele
equipamento. E ele disse: “trazer
de volta para a empresa em que
você comprou que ela retornará
para a gente, onde vamos desmontar o produto e ver o que
pode retornar para o processo
e dar sequência”.
Perguntei a ele se no Brasil
seria assim e ele não soube me
responder. Isso teoricamente lá
é mais fácil. Mas aos poucos a
gente está adquirindo esta cultura, mas muitas pessoas ainda não
usam. Nos supermercados já observamos aqueles coletores de
pilhas, lâmpadas e porque não na
sapataria eu não posso colocar
o meu calçado e nas montadoras de automóveis o meu carro,
não deixar de usar, mas fazer
o uso consciente. Eu acho que
temos que evoluir para isso, o
consciente e racional das coisas,
sejam elas água, energia ou matéria-prima. E independente da
nossa empresa ser um curtume,
acredito que é preciso investir
muito em comunicação, na gestão da informação, isso para mim
tem sido um dos grandes desafios, não é a falta de tecnologia,
mas é como essa tecnologia vai
chegar e em que linguagem ela
se disseminará aos diferentes níveis que ela necessita atingir.
RC - Comunicação e gestão são aliadas nos processos dos curtumes?
Marina - Vivenciei e vivencio
nas empresas que trabalho e as
pesquisas mostram que a comunicação é o principal problema.
E o que a gente tem visto é que
quando se desenvolve tecnicamente alguém e se deixa a comunicação de lado, não adianta
o conhecimento sem você conseguir comunicar. E daí vem o
desafio: conseguir comunicar o
teu conhecimento da maneira
que as pessoas possam entender.
E no curtume onde trabalhamos,
o que mais me chamou a atenção foi que depois de 6 meses de
trabalho, nós vimos tudo que não
estava dando certo, então, resol-
Revista do Couro | ABQTIC
páginas douradas
vemos fazer este meeting, este
curso com eles. As mudanças que
precisamos no processo, foram
todas sugeridas pelas pessoas da
empresa. Eles sabiam, mas por
a gente não ter se comunicado
adequadamente, eles não nos
disseram. Afinal, aqueles trabalhadores estavam lá vivenciando o
dia-a-dia da empresa e nós íamos,
uma ou duas vezes por semana
na empresa. E no momento em
que chegamos até eles, nos apontaram as sugestões de melhorias.
Nós temos um perfil como
técnicos, e eu vou fazer uma crítica a mim mesma, de que somos
muito fechados, nós não comunicamos aquilo que pensamos
ou não de forma efetiva, mas a
gente pensa que comunica. Então, por trabalharmos o raciocínio muito rapidamente, às vezes
esquecemos ou não verbalizamos isso corretamente e isso
tem sido um grande entrave.
Esses entraves são por comunicação, não são por dominar a tecnologia, claro, que quando você
trabalha em uma empresa, você
trabalha com que o local dispõe
e a gente tem tido muito crescimento em automação e essa
área para a competitividade é
fantástica. Alguns curtumes aderiram a isso e outros estão em
uma caminhada. No Brasil nós temos curtumes com caminhadas
e pensamentos muito diferentes,
mas eu não tenho dúvida de que
todo o desenvolvimento vai para
ciclos fechados de processo, otimização de processo com racionalização de energia, de água e
de matéria-prima, treinamento e
capacitação.
RC - Como estão as pesquisas na área de processamento de couros?
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Marina - Temos visto o uso da
nanotecnologia em vários segmentos e no couro para mim
não é diferente. Sem sombra de
dúvida, como a gente tem uma
lista de substâncias restritas cada
vez maior e em função disto a
pesquisa por novos materiais
têm sido bastante significativa. E
nesse foco, avalia-se também em
qual etapa que determinado produto será colocado, em que ele
será mais eficiente cada vez mais
tem sido estudado. Por isso que
é importante que órgãos neutros de pesquisa trabalhem. Por
um longo tempo, a indústria química era detentora de pesquisa
e isso foi fantástico, agora nós
também temos que ter órgãos
independentes trabalhando. Para
crescermos como país, como
nação tem que ser reconhecido
como país de ponta. E tecnologia a gente faz com estudo, com
pesquisa, então é papel do governo fomentar a pesquisa, mas
a pesquisa tem que ocorrer nas
indústrias sim e também de maneira independente em órgãos
independentes e isso eu acho
um verdadeiro crescimento. Não
podemos delegar só para um ou
só para outro, porque como as
indústrias químicas ou de materiais ela é muito rápida, ela promove desenvolvimento, cabe a
estes órgãos verificar como esta
tecnologia pode ser utilizada, às
vezes até, em que quantidade ela
pode ser empregada.
de forma integrada, de modo que
a gente traga a pesquisa para dentro do ensino, da educação e que
a gente leve para a pesquisa, a necessidade das indústrias, dos curtumes. Isto faz com que as quatro
vertentes caminhem e trabalhem
juntas. A gente tem todo o respaldo da informação, que acredito
ser uma área fundamental.
Uma das coisas que faz com
que os curtumes cresçam, é a
gestão da informação. Não adianta a termos os meios adequados,
o conhecimento adequado, se
não soubermos, ter uma gestão
adequada disso, é complicado.
Então se trabalha nestas quatro
vertentes.
Os nossos professores, a nossa equipe, trabalha na educação,
e em pelo menos mais uma das
outras áreas. Com isso, fazemos
uma rotação, de maneira que se
esse ano atuei na assessoria tecnológica e na pesquisa, eu vou
em algum semestre, seja através
de um seminário, passar isso
para a educação.
RC - O que possibilita para
o aluno este trânsito dos
professores nestas quatro
ênfases?
Marina - Isso faz com que o
aluno tenha uma visão já como
educando como pesquisador
também. Nós temos uma mostra tecnológica, que este ano já
vai para a sua 37ª edição. A Fecurt trabalha toda a questão da
RC - Qual a ênfase do teu iniciação científica com o aluno
e que eu particularmente acho
trabalho no setor?
fantástica. Quando um docenMarina - No Senai atuamos em te tem que orientar um aluno
quatro áreas: educação tecnológi- em uma pesquisa, ele vai ter um
ca, informação tecnológica, pesqui- cunho acadêmico, mas também
sa aplicada e assessoria tecnológi- um cunho de pesquisa aplicada.
ca. Estas quatro áreas trabalham Um grande diferencial do Senai
páginas douradas
13
em relação aos outros centros
de tecnologia é a possibilidade de você estar mais perto da
indústria e fazer uma pesquisa mais aplicada. Então, o que a
gente tem aqui, com doutorandos, mestres, e outros com uma
formação mais técnica, acredito
que propicia o desenvolvimento,
o que fez com que a escola nestes anos tenha crescido. Quando
a gente se refere como escola,
não é um demérito, é mais um
carinho porque começou com
uma escola em 1965 e depois
passou a ser centro tecnológico. Hoje, nós estamos buscando
ser centro de excelência, o que
pressupõe cada vez mais pesquisa e inovação.
AP
ao tempo em que ele apresenta para os gestores da
área, o trabalho que ele vem
desempenhando no centro
tecnológico. Como é isso?
Marina - Sem dúvida é muito
importante, porque é uma forma do aluno já se relacionar com
quem ele futuramente irá trabalhar. E a Associação Brasileira dos
Químicos e Técnicos da Indústria
do Couro (ABQTIC) está com
um programa bem interessante
que é a de se aproximar do aluno.
Acredito que no início ainda não
saiu por uma inibição dos alunos,
porque até a entidade colocou
profissionais à disposição, mas às
vezes existe uma certa timidez de
quem está se formando para conRC - Para o aluno, a Fecurt versar com quem já está no merRevista do couro 210x140:CAP 28/01/11 11:09 Page 1
acaba sendo um incentivo, cado há mais tempo. Então, talvez
essa aproximação tenha que ser
mais no sentido inverso. Quem
está se formando venha para o
centro para que se possa promover esse crescimento de ambos.
Estamos também com um projeto bem diferente que é trabalhar com pessoas com deficiência
mental para prepará-los para atuar em curtumes. E não queremos
fazer isso de forma segregada, a
gente quer trabalhar aqui no CT
Couro em um horário que nossos outros alunos estejam aqui,
para que eles consigam, quando
chegarem ao mercado de trabalho, se sentirem incluídos, inclusive, pelos nossos alunos que já vão
ter convivido com eles.
www.lecuiraparis.com
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12
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20-22 SETEMBRO 2011
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Revista do Couro | ABQTIC
15
Revista do Couro | ABQTIC
Revista do Couro | ABQTIC
notícias
notícias
17
Couro é destaque na
arquitetura de interiores
freemultimídia
16
O couro foi um dos destaques da arquitetura de interiores apresentada na Expo Revestir 2011, ocorrida entre os
dias 22 e 25 de março, em São Paulo. A mostra é um dos
principais encontros do calendário mundial dedicado aos
lançamentos de produtos e serviços para revestimento de
pisos e paredes.
O pavilhão italiano da feira trouxe empresas fabricantes
de formas variadas de revestimentos. Entre elas, aplicações
inusitadas de couro, tanto para pisos, quanto para paredes.
Confirmado! Congresso
Mundial do Couro ocorre
em novembro no Rio
Foi confirmada a data do World Leather Congress ou Congresso Mundial do Couro. O evento, considerado um dos principais
encontros do setor no mundo, ocorrerá no dia 9 de novembro
no Hotel Sofitel - Copacabana, no Rio de Janeiro. Participarão do
congresso especialistas da área de 14 países. Entre os assuntos a
serem debatidos estão assuntos como materiais, ecologia, moda
e gestão de processos e marcas.
Curtume de Nova Andradina - MS contratará
funcionários
100
95
75
25
5
0
A Viposa, empresa que arrendou o curtume do frigorífico Independência, irá contratar aproximadamente 120 funcionários
nos próximos dias em Nova Andradina (MS).
Cerca de 230 pessoas trabalham no curtume atualmente. De
acordo com a empresa, com as contratações, o quadro de funcionários deverá ultrapassar a margem de 300 contratados.
A Viposa começou seus trabalhos em Nova Andradina nas
primeiras semanas de 2011 fabricando cerca de 1.500 peças de
couro Wet-Blue e 230 semi-acabados.
As vagas oferecidas são para as mais diversas áreas. Os interessados devem entregar os currículos na sede da empresa,
localizada na saída para Ivinhema.
Mais informações podem ser obtidas através do telefone (67)
34410-2020.
(Nova News)
Revista do Couro | ABQTIC
mercado
18
19
Máquinas vêem
Fimec como vitrine de tecnologia
O Brasil é um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia
para a indústria coureiro-calçadista,
e os principais lançamentos dos fabricantes brasileiros de máquinas e
equipamentos destes setores são
apresentados durante a Fimec em
Novo Hamburgo. A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e
Equipamentos para os Setores do
Couro, Calçados e Afins – Abrameq – está preparando ações para
potencializar esta participação nesta
que é uma das três maiores do mundo em produtos para a produção de
couro e calçados. Marlos Schmidt,
vice-presidente da entidade na área
de Projetos e diretor da empresa
Máquinas Erps, destacou que os visitantes da Fimec deverão conhecer
muitas novidades em termos de segurança em máquinas, tendo como
um dos fatores de estímulo o trabalho desenvolvido pela Abrameq, em
parceria com a Abicalçados, que resultou na edição da Cartilha de Segurança em Máquinas para Calçados,
publicada no ano passado. Antecipa
ainda que a sustentabilidade seguirá
como uma tendência em inovação
tecnológica, adicionando-se uma
grande preocupação em adequar as
máquinas e os equipamentos às necessidades do clientes. “Estão sendo
desenvolvidos produtos compactos,
com todos os recursos necessários
para as indústrias de couro e calçados, mas sem qualquer supérfluo”,
afirma o empresário.
A entidade estima que mais de
50 empresas associadas sejam expositoras da edição deste ano da
Fimec. E elas poderão se beneficiar
do Projeto Comprador, uma iniciativa da Abrameq, em parceria com
a Apex-Brasil, que traz para o Brasil
possíveis clientes dos mercados com
maior potencial de negócios para as
empresas do setor. Deverão vir 13
compradores da Argentina, Bolívia,
Colômbia, Equador, México e Peru,
além da Índia.
A vinda de compradores da Índia
está relacionada com ação de pros-
pecção de mercado desenvolvida
pela Abrameq. O trabalho foi desenvolvido pelo consultor Paulo César
de Almeida e o gestor de projetos
da Abrameq, Daniel Steigleder. Estiveram na 22ª India International
Leather Fair, em Chennai, de 31 de
janeiro a 3 de fevereiro. Depois visitaram curtumes e fábricas de calçados masculinos, femininos e de
segurança nos polos de Chennai,
Kampur e Agra. Viram bom potencial de negócios neste mercado, que
em 2010 obteve US$ 7 bilhões na
exportação de calçados, couro e artefatos, observando que a meta dos
indianos para 2013 é chegar a US$
8,5 bilhões. Outra ação da Abrameq
na Fimec, em parceria com a Apex-Brasil, será o Projeto Imagem, trazendo para a feira um jornalista da
Argentina e outro da Índia. O objetivo é divulgar para estes mercados
o elevado nível tecnológico do Brasil
nos setores de couro e calçados
Brasil é a inspiração da nova exposição do
Museu do Calçado
O Museu Nacional do Calçado,
localizado no Campus I da Universidade Feevale (Av. Dr. Maurício Cardoso, 510, Novo Hamburgo), está
com nova exposição em seu espaço
destinado a mostras temporárias. A
exposição Brasil pode ser conferida
de segunda a sexta-feira, das 14 horas às 18 horas e das 19 horas às 22
horas, e, aos sábados, das 8h30 às 12
horas. A visitação é gratuita.
Integram a mostra calçados criados no projeto Referências Brasi-
Revista do Couro | ABQTIC
leiras, realizado de 2002 a 2005 pela
Associação Brasileira de Empresas
de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e,
posteriormente, doados ao acervo
do Museu Nacional do Calçado. O
projeto estabeleceu relações inéditas entre a base etnográfica e a
história do design, da arte e da arquitetura, por meio de coleções
desenhadas por estilistas, tais como
Fanny Littmann e Eduardo Motta,
propondo novas alternativas de
pesquisa para o circuito da moda.
Em suas edições, as culturas indígena, a dos negros trazidos para
o Brasil e a dos diversos imigrantes que hoje fazem parte do povo
brasileiro são relacionadas com variados movimentos artísticos como
Art Déco, o Barroco o Neo Concretismo. Mais informações podem
ser obtidas no site www.mncalcado.br. Visitas podem ser agendas
pelo telefone (51) 3584-7101.
Déficit em produtos químicos cresceu 35% no primeiro
bimestre
O Brasil importou mais de
US$ 5,4 bilhões em produtos
químicos no primeiro bimestre deste ano, valor 27,2% superior ao do mesmo período
de 2010. As exportações, de
US$ 2,2 bilhões, aumentaram
17,2%, na mesma comparação.
O déficit acumulado nos dois
primeiros meses deste ano, de
US$ 3,2 bilhões, é 35% maior
do que o apurado no primeiro bimestre do ano passado. O
preço médio das importações,
de US$ 1.143,00 por tonelada, manteve-se praticamente
estável no período, mas o das
exportações, de US$ 1.122,00
por tonelada, cresceu 13,2%.
Em fevereiro, especificamente, as compras externas de
produtos químicos somaram
US$ 2,7 bilhões, 2,2% mais do
que em janeiro. As exportações cresceram 4%, na mesma
comparação, alcançando US$
1,1 bilhão. Em relação a fevereiro de 2010, as importações
aumentaram 32,1% e as exportações tiveram incremento
de 25,6%.
Os intermediários para fertilizantes, com compras de
US$ 846 milhões no primeiro
bimestre, permanecem como
o principal item da pauta de
importações químicas do País.
Mas os fertilizantes formulados apresentaram no período
o maior crescimento relativo.
O volume de importações
desses produtos, de 293,8 mil
toneladas, aumentou 412,2%
em relação ao primeiro bimestre de 2010. O valor dessas compras, de US$ 121 milhões, deu um salto de 505,9%.
As resinas termoplásticas,
com vendas de US$ 347,8 milhões, foram os produtos químicos mais exportados pelo
País no primeiro bimestre. Foram embarcadas 223,2 mil toneladas. Na comparação com
igual período do ano passado,
houve crescimento de 27,6%
em valor e de 9,7% em volume. As importações de resinas
somaram US$ 552 milhões,
com crescimento de 26,2%
na mesma comparação. O volume de compras, de 310 mil
toneladas, aumentou 11,6%.
SP, 16/03/11
Luiz Carlos de Medeiros
(MTb 12.293)
Comunicação Abiquim
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Revista
do
Couro
| ABQTIC
Entre outras nações que cresceram as compras do produto nacional,
figuram o Uruguai (US$ 1,75 milhão), a Espanha (US$ 1,6 milhão) e a
Turquia (US$ 1,15
milhão).
mercado
21
DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE COUROS E PELES POR PAÍS
2011
VALOR (US$)
US$ 302,74 Milhões até Fevereiro
31%
35%
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES
CHINA + HONG KONG
Valor FOB US$
ITALIA
180.000.000
ESTADOS UNIDOS
160.000.000
OUTROS PAÍSES
140.000.000
120.000.000
12%
100.000.000
22%
ANO 2009
80.000.000
ANO 2010
60.000.000
ANO 2011
40.000.000
Fonte: Secex/MDCI/CICB
Os demais estados são Bahia (US$ 18,65 milhões), Minas Gerais
(US$ 17,55 milhões), Goiás (US$ 15,8 milhões), Mato Grosso do Sul (US$
12,35 milhões), Mato Grosso (US$ 12,2 milhões), Maranhão (US$ 6,26
milhões) e Pará (US$ 5,88 milhões).
Ranking dos estados exportadores
Revista do Couro | ABQTIC
Ranking dos estados
exportadores no acumulado de 2011
EXPORTAÇÃO DE COUROS E PELES POR ESTADO 2009/2011
VALOR FOB (US$)
80
O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no
primeiro bimestre de 2011 ante o mesmo período do ano passado destaca a
liderança de São Paulo como maior exportador nacional (US$ 72 milhões),
seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 69,33 milhões), Paraná (US$ 35,14
milhões, 11,6% e 60%) e Ceará (US$ 30,88 milhões).
70
60
50
40
30
Jan-Fev/2009
Jan-Fev/2010
20
Jan-Fev/2011
Ilimitadas propriedades
de solidez!
10
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O
GR
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AT
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S
AsFonte:
exportações
brasileiras de fevereiro estão acima da média 67,66 milhões (22,3% de partiSecex/MDCI/CICB
couros e peles registraram US$ de 2010, mas, ainda, abaixo dos cipação e elevação de 16%); Es302,74 milhões no primeiro bi- valores médios de 2008.
tados Unidos, com US$ 36,43
mestre, crescimento de 29%
“O perfil da exportação brasi- milhões (12%, aumento de 56%);
De acordo
a análise
dadaentidade,
preçosdomédios
em comparação
a 2010 ecom
104%
leira emmensal
receita foi
ordem de os
e Coréia
Sul, comdos
US$ 11,55
maior
do
que
2009,
embora
16%
75%
de
produtos
acabados,
os
milhões
(3,8%
e
salto
de
182%).
couros exportados em fevereiro estão acima da média de 2010, mas, ainda,
abaixo
do apurado
em 2008,médios
ano dede
maior
valor agregado, e 67%
No acumulado de 2011, Méxiabaixo
dos valores
2008.
da crise internacional.
em volume de couros acabados co (US$ 9,88 milhões, aumento
A receita obtida em fevereiro e crust. Os principais importado- de 48%), Alemanha (US$ 9,37
foi de US$ 161,6 milhões, au- res do produto brasileiro foram milhões, incremento de 38%),
mento de 15% em relação a ja- a China e Hong Kong, seguidos Noruega (US$ 6,55 milhões,
neiro, 23% superior ao mesmo pela Itália e Estados Unidos”, in- 136%), Taiwan (US$ 6,4 milhões,
mês do ano passado e 116% ante forma o Relatório do CICB.
elevação de 86%), Indonésia
2009. A indústria curtidora emFonte: Secex/MDCI/CICB
(US$ 5,68 milhões, 14%) e Hobarcou 2,37 milhões de couros
landa (US$ 5 milhões, 13%) foChina e Hong Kong, Itá- ram outros importantes destibovinos, volume 4% maior do
que fevereiro de 2010 e elevação lia e Estados Unidos são os nos das exportações brasileiras.
de 61% ante o segundo mês do principais destinos do couro Também elevaram as aquisições
nacional; Brasil também au- de couros Portugal (US$ 4,38
ano anterior.
O cálculo é do Centro das In- menta embarques para In- milhões), República Tcheca (US$
dústrias de Curtumes do Brasil donésia, Portugal, República 4,1 milhões) e Hungria (US$ 3
(CICB), com base no balanço Tcheca e Hungria
milhões).
da Secretaria de Comércio ExEntre outras nações que cresNo primeiro bimestre, os prin- ceram as compras do produto
terior (Secex), do Ministério da
Indústria, Desenvolvimento e cipais mercados do couro bra- nacional, figuram o Uruguai (US$
sileiro foram a China e Hong 1,75 milhão), a Espanha (US$ 1,6
Comércio Exterior.
De acordo com a análise men- Kong, com US$ 94,94 milhões milhão) e a Turquia (US$ 1,15
sal da entidade, os preços mé- (31,4% de participação e cresci- milhão).
dios dos couros exportados em mento de 21%); Itália, com US$
Fonte: Secex/MDCI/CICB
no acumulado de 2011
GR
OS
S
DEZ
M
AT
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NOV
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AS
GE
RA
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BA
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JAN
US$
0.000
SA
20.000.000
Milhões
US$
20
Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.
“O perfil da exportação brasileira em receita foi da ordem de 75% de
produtos acabados, os de maior valor agregado, e 67% em volume demercado
couros acabados e crust. Os principais importadores do produto brasileiro
foram a China e Hong Kong, seguidos pela Itália e Estados Unidos”,
Exportações
de
Couros Movimentaram
informa o Relatório do
CICB.
Lugafast®
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Estado Exportador
Fonte: Secex/MDCI/CICB
O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro bimestre de
2011 ante o mesmo período do
ano passado destaca a liderança
de São Paulo como maior exportador nacional (US$ 72 milhões), seguido pelo Rio Grande
do Sul (US$ 69,33 milhões), Paraná (US$ 35,14 milhões, 11,6%
e 60%) e Ceará (US$ 30,88 milhões).
Os demais estados são
Bahia (US$ 18,65 milhões),
Minas Gerais (US$ 17,55
milhões), Goiás (US$ 15,8
milhões), Mato Grosso do
Sul (US$ 12,35 milhões),
Mato Grosso (US$ 12,2 milhões), Maranhão (US$ 6,26
milhões) e Pará (US$ 5,88
milhões).
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technology from Basf
Fonte: Secex/MDCI/CICB
Revista do Couro | ABQTIC
moda
moda
Paris, 09 December 2010
Paris, 09 December 2010
PRESS RELEASE
PRESS RELEASE
22
Paris, 09 December 2010
PRESS RELEASE
LE CUIR
CUIR A
A PARIS
PARIS ::
LE
Leather trends
trends for
for summer
summer 2012
2012
Leather
LE CUIR A PARIS :
Leather trends for summer 2012
Four opposing and inseparable triads, made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately:
primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre,
milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky.
Tendências da
emtriads,
couro
Four moda
opposing and inseparable
made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately:
Four opposing and inseparable triads, made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately:
primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre,
primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre,
para o verão 2012/13
milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky.
milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky.
Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly
unyielding, they demand recurrence and change.
Denying all dangers, a solar and candid traveller dares to defy them and make an elegy for simplicity.
Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer 2012 will put our sense of adaptation to the test.
Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly
Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly
unyielding, they demand recurrence and change.
unyielding, they demand recurrence and change.
Denying all dangers, a solar and candid traveller dares
to defy
them and make an elegy for simplicity.
ASSOCIATION
OF INNOCENTS
Denying all dangers, a solar and candid traveller dares
to defy
them and make an elegy for simplicity.
Clouds and mystery
Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer
2012
putwith
our senseshades.
of adaptation
Clouds break up
and arewill
iridescent
The water-soakedto the test.
Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer
will
putMaterials
ourwatercolour
sense
of are
adaptation
brush washes 2012
the summer
skies.
and colours
indistinct, loving,to the test.
impossible to name.
ASSOCIAÇÕES VERÃO 2012/13
Quatro tríades opostas e inseparáveis, compostas de quadrilhas de cores
que, simultânea e alternativamente, são:
primitivos, preocupantes, inocentes, reverentes, artificiais, naturais, virtuais. Os
materiais e as cores estão ligados: profundos e escuros, leitosos e transparentes, tremeluzentes e brilhantes, arenosos e esbranquiçados.
Agrupados como membros do crime
organizado, pelo qual é melhor não esquecê-los, indiferentes com as estações
e nunca submissos, exigem repetição e
mudanças.
Negando todos os perigos, um viajante solar e cândido se atreve a desafiá-los
e faz uma elegia à simplicidade.
Antagônicas e inseparáveis, as inspirações para o verão 2012 testarão o nosso senso de adaptação.
Revista do Couro | ABQTIC
ASSOCIAÇÃO DE INOCENTES
Nuvens e mistério
As nuvens se Dquebram
e se torESERT AND SACRED
A
desert
hermit
and
a
spaceman
observe the movement of the stars, the traces of
nam
iridescentes
com
tons de aquamoon at dawn, the mica stones in the sand, the light fl ight of silvery egrets. On
ASSOCIATION
OFtheINNOCENTS
A
SSOCIATION
OF
I
NNOCENTS
the
line of the horizon, turning gold under the burgeoning sky, a virtual mirage is
rela.
O pincel
empapado
em água
Clouds
and mystery
taking shape. Archaeologists and monks of the future decipher the hieroglyphics
Clouds
and
mystery
inscribed on sacred stones.
lavaClouds
os céus
doupverão.
Osiridescent
materiaiswith watercolour shades. The water-soaked
break
and are
Clouds break up and are iridescent with watercolour shades. The water-soaked
brush
washes
the
summer skies.
Materials and colours are indistinct, loving,
e as
cores
são
indistinguíveis,
adobrush washes the summer skies. Materials and colours are indistinct, loving,
impossible
to
name.
ráveis,
impossíveis
impossible
to name.de serem nomeados.
ASSOCIAÇÃO DE INDOMADOS
Associação dos Inexperientes
Imersos no arcaísmo e na brutalidade primitiva, alertados pela revolta dos
elementos, somos obcecados pela arte
ASSOCIATION OF THE UNTRAINED
ASSOCIATION
OF THE UNTRAINED
crua
e o Paleolítico.
Como sabujos proImmersed in archaism and primitive brutality, alerted by the revolt of elements, we
Immersedas
in archaism
primitive brutality,
curando
origens,andobcecados
pelo alerted by the revolt of elements, we
are obsessed by raw art and Palaeolithic. Doggedly searching for sources, obsessed
are
obsessed
by
raw
art
and
Palaeolithic.
Doggedly searching for sources, obsessed
animal
no nosso
by the adormecido
animal that slumbers
inside interior,
us, lulled by phantasmagoria, we build huts in
by
the
animal
that
slumbers
inside
us,
lulled
by phantasmagoria, we build huts in
aquietados
pela
fantasmagoria,
the city, giant
nests
on the walls of construbuildings.
the city, giant nests on the walls of buildings.
ímos choças na cidade, ninhos gigantes
nas paredes dos edifícios.
23
ASSOCIAÇÃO DE EXUBERANTES
Natureza e preciosidade
O Amazonas do século 21 e os herdeiros da tradição barroca se agarram
na natureza para imprimir ritmo às suas
excentricidades.
NATURE AND PRECIOSITYEstabelecido como
NATURE AND PRECIOSITY
21’stdemonstração
century Amazonsda
and
the contempoheirs of baroque tradition seize on nature to gives
uma
arte
21’st century Amazons and the heirs of baroque tradition seize on nature to gives
rhythm
to
their eccentricities.Established
as a demonstration of contemporary art, it
rânea,
é
a
desculpa
para
as
instalações
rhythm to their eccentricities.Established as ea demonstration of contemporary art, it
is
the
pretext
for
installations
and
the
site of their artistic performances. They
oislocal
de suasfor
apresentações
artísticas.
the pretext
installations and
the site of their artistic performances. They
outstrip each other in their exuberance and organise a new expressive and
outstrip
each other
their
exuberance
Eles
ultrapassam
unsinaos
outros
na suaand organise a new expressive and
provocative dandy posture.
provocative
dandy
posture.
exuberância e organizam uma expressiva e provocativa postura de dândi.
GREEN.
Our Color.
Our Commitment.
VIAGEM AO REDOR DO SOL
Uma vida simples
AEnsolarado
SIMPLE LIFE e consensual, o amarelo é
A SIMPLE LIFE
O compromisso mais importante para
a Buckman
é com um futuro
sustentável. Sabemos que isso não
somente
beneficia
o and
planeta; mas
and consensual,
yellowÉis um
the bearer
optimism.
It is a simple,
modest
oSunny
portador
do otimismo.
sujeitoof
Sunny
and consensual,
yellow is the bearer
of optimism. It is a simple, modest and
fun
chap,
guileless
and
easygoing.
An
accommodating
person,
he
likes
to
be
outside
simples,
e divertido,
rumo
também
bom
para
os negócios.
fun chap,modesto
guileless and
easygoing.sem
An accommodating
person, heélikes
to be
outside
indoors, lazing on Mediterranean beaches and brightening Nordic deco. Lively
eand
despreocupado.
Pessoa
obsequiosa,
and indoors, lazing on Mediterranean beaches and brightening
Nordic
Entendemos
quedeco.
não Lively
se trata apenas
and bright, he enjoys clichés and adopts a low profi le to render ordinary objects
and bright,
he enjoys
clichés
and adoptsnas
a low profi le to render ordinary objects
gosta
de
estar
ao
ar
livre,
relaxando
do meio ambiente; também diz respeito
offbeat.
offbeat.do Mediterrâneo e iluminando
praias
às pessoas. Conte com a Buckman na
a decoração nórdica. Vívido e brilhanbusca de soluções sustentáveis. Nós
te, ele adora clichês e adota um perfil
podemos ajudá-lo.
baixo para tornar objetos comuns em
incomuns.
ASSOCIAÇÃO DE ERMITÕES
Um ermitão do deserto e um homem do espaço observam o movimento das estrelas, os rastros da
The Leather Colour Card, exclusive to LE CUIR A PARIS, is already available for sale. Designers, stylists, tanners, buyers…
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hermit
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observe the movement of thewill
stars,
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Nord Villepinte
tornando
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fácil
o processo
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criação Park.
das suas coleções.
8- 10 February 2011, hall 4, Paris Nord Villepinte Exhibition Park.
inscribed on sacred stones.
inscribed on sacred
stones. do futuro
Arqueólogos
e monges
Para obter maiores informações e elementos visuais, contatar:
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take note of theecaron@sicgroup.com
press meeting:
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Erica Caron ecaron@sicgroup.com +33 (0)1 43 59 89 44
Para informações adicionais contate +55 19 3864-5000 ou acesse
Revista
do nosso
Couro
| ABQTIC
site buckman.com 2
2
©2011 Buckman Laboratories International, Inc.
ABQTIC
ABQTIC
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25
Encontro Nacional dos Químicos e Técnicos
do Couro ocorre em outubro
A Associação Brasileira dos
Químicos e Técnicos da Indústria do Couro (ABQTIC) segue
organizando o XIX Encontro
Nacional dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro, que
ocorrerá no Dan Inn Hotel, em
Franca - SP, nos dias 07 e 08 de
outubro de 2011, tendo como
tema principal: Inovações no
Processamento de Couros.
Trabalhos técnicos podem ser
submetidos ao evento. Estes trabalhos poderão ser apresentados no formato oral (paper) ou
visual (poster, ou visual presentations). Os resumos (abstracts)
deverão ser enviados até o dia
30 de abril de 2011 para abqtic@
abqtic.com.br, a/c da Comissão
Científico-Técnica do XIX Encontro Nacional da ABQTIC.
Reunião da Comissão de Resíduos
e Meio Ambiente (COREMA)
Em 14/03 reuniram-se na sede
da ABQTIC membros da Comissão de Resíduos e Meio Ambiente (COREMA), a fim de tratar
do planejamento de ações para
2011.
A COREMA é composta por
Marcelo Zilles, Carlos Zimmermann, Antonio Mattiello, Lisiane
Metz, Pedro Stumpf e Isabel Claas. Entre as metas estão a organização do III Fórum Ambiental do
Setor Couro, que ocorrerá em
08/06, palestras e painéis sobre
a área ambiental para informar
os associados, representação da
Entidade nas discussões sobre
este relevante tema e atuação
conjunta com a Diretoria de Publicações para buscar materiais
e notícias a serem publicadas na
Revista do Couro.
Revista do Couro | ABQTIC
Antonio Mattiello, Marcelo Zilles,
Pedro Stumpf e Lisiane Metz
Revista do Couro | ABQTIC
ABQTIC
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Vice Presidência do Vale do Taquari
Promove Reunião na Cidade de Colinas
27
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A Vice Presidência da ABQTIC
do Vale do Taquari realizou no
dia 12 de março seu primeiro
encontro do ano de 2011.
O encontro teve como sede a
bela cidade de Colinas e foi realizado na cabana de festas da família Scheer, um belíssimo local
em meio a natureza situado as
margens do Rio Taquari.
O tema do encontro foi
SUBSTÂNCIAS RESTRITAS EM
COUROS, com palestra ministrada pelo Sr Ricardo Perez da
empresa Noko Química LTDA.
Durante a palestra foram
abordados e debatidos temas
referentes às diferentes substâncias que vêm tendo sua utilização restringida para o emprego
na indústria em geral com ênfase
na indústria coureira. Também
foram abordados e esclarecidos
aspectos relacionados ao surgimento de restrições de deter-
minados produtos bem como
sobre os principais institutos
mundiais que elaboram as famosas listas de produtos de utilização restrita.
Com uma grande atenção e
constante participação de técnicos e curtidores presentes foi
abordado e comentado o fato
de que nos dias atuais se faz
necessária uma maior atenção
da indústria e de seus profissionais para os acontecimentos
no setor, tanto em âmbito local,
nacional e até mesmo o que se
passa em outros países, uma vez
que em um mercado cada vez
mais globalizado os clientes das
empresas encontram-se muitas
vezes em países espalhados por
todo o mundo.
Ao final observou-se que o
tema abordado foi de grande importância e interesse, e a troca
de experiências e informações
sobre o assunto agradou a todos
os participantes.
Após a palestra a empresa
palestrante patrocinou um excelente almoço com um variado cardápio de carnes e peixes
muito bem elaborados por cozinheiros da cidade, seguido de um
variado Buffet de sobremesas.
Após o almoço, com os participantes do encontro sentindo-se muito a vontade houve uma
demonstração de alguns talentos
musicais que animaram os presentes durante a tarde de sábado.
A vice presidência da ABQTIC
do Vale do Taquari na pessoa do
seu vice presidente Felipe Cristiano Magedanz gentilmente
agradece a participação e o empenho de todos para a realização
de mais este evento de sucesso
e continua no apelo no que diz
respeito à todos estarem em dia
com suas anuidades.
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Tensoativo altamente umectante para o processo de remolho.
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Tensoativo biodegradável com excelente capacidade desengraxante.
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Auxiliar de caleiro especial, livre de sulfetos e mercaptanos.
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 Desengraxante a base de solvente e emulgadores biodegradáveis.
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Basificante para o curtimento ao cromo base óxido de magnésio.
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Revista do Couro | ABQTIC
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do Couro | ABQTIC
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ABQTIC
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ABQTIC
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Na ABQTIC: Pesquisador apresentou
inovações sobre o Curtimento de Couros
sem Cromo
Os associados da ABQTIC estiveram reunidos no auditório do
CT Couro Senai em Estância Velha
- RS, no último dia 14 de março,
para a apresentação da palestra
“ÚLTIMOS AVANÇOS NO CURTIMENTO DE COUROS SEM
CROMO”. O tema foi abordado
pelo profissional do Grupo CROMOGENIA UNITS S A, Enrique
Comes.
Segundo Comes, o curtimento
sem cromo segue sendo um dos
principais objetivos das pesquisas
realizadas pela empresa.
Para facilitar a apresentação
para a ABQTIC, o tema de cunho
tecnológico foi dividido em três
partes: A primeira parte tratou da
Otimização do processo de curtimento composto por um produto orgânico etoxilado (abreviatura RETANAL FWL-4), juntamente
com um produto derivado de hidroxidifenilsulfona
(abreviatura
RETANAL SUL). Foram valorizados pontos como influência do
pH nos seguintes parâmetros,
temperatura de contração, distribuição da anionização, solidez à
luz e capacidade de reidratação.
A segunda parte da palestra
destacou a Otimização do curtimento com glutaraldeído (50%),
juntamente com a hidroxidifenilsulfona (abreviatura RETANAL
SUL), medindo todos os parâmetros mencionados no item anterior. Destacou neste ensaio a melhoria que fornece o RETANAL
SUL ao curtimento somente com
glutaraldeído, tanto na temperatura de contração, anionização e especialmente quanto à solidez à luz.
Revista do Couro | ABQTIC
Palestrante da Units durante a reunião de março
Por último, o palestrante apresentou um estudo comparativo
entre ambos os processos, que
compreendeu todas as avaliações
anteriores bem como um couro
dividido ao meio com avaliações
de maciez, espessura, cor, resistências físicas e organolépticas. Além
disso, apresentou avaliação dos
custos de ambos os processos.
Meio-ambiente
Além de promover a palestra
mensal, a ABQTIC também reuniu na mesma data os membros
da Comissão de Resíduos e Meio
Ambiente – COREMA, para um
primeiro encontro do ano. A COREMA é composta por Marcelo
Zilles, Carlos Zimmermann, Antonio Mattiello, Lisiane Metz, Pedro Stumpf e Isabel Claas. Além
do planejamento das ações para
2011, a Comissão também tratou
de detalhes da organização do III
Fórum Ambiental do Setor Couro, que ocorrerá em 8 de junho
próximo. No evento deste ano,
estão previstas palestras e painéis
com convidados sobre diferentes enfoques da área ambiental.
O grupo também debateu sobre
a representação da ABQTIC nas
discussões sobre o tema, e atuação conjunta com a Diretoria de
Publicações na pesquisa por materiais e notícias a serem publicadas
na Revista do Couro.
Encontro de Diretoria
Integrantes de diretoria da
ABQTIC também reuniram-se na
sede da ABQTIC, anteriormente
a palestra, para tratar das ações
da entidade para 2011. Entre as
prioridades se destacam a participação da ABQTIC na Fimec 2011,
encontro de vice-presidentes regionais que será realizado durante
o evento, organização do XIX Encontro Nacional da ABQTIC em
outubro em Franca – SP, e os 40
Anos da ABQTIC que serão comemorados em novembro.
Revista do Couro | ABQTIC
EMPRESAS
30
EMPRESAS
31
Synbios atende novas demandas em
tecnologias de acabamento
A Synbios, uma das maiores
indústrias italianas de insumos
químicos, ingressou no Brasil
há cerca de um ano através da
Cortume Carioca , e tem como
objetivo participar do processo de acabamento de couros o
qual requer constantemente o
emprego de novas tecnologias.
Estas tecnologias permitem aos
curtumes fazer frente as novas
demandas de mercado.
Recentemente o técnico da
Synbios, Sr. Andréa Stefani, acompanhado de Jayme Marder, do
Cortume Carioca, esteve visitando os curtumes, realizando trabalhos técnicos e verificando as
necessidades dos clientes.
Andréa Stefani também nos relatou que a empresa tem como
foco no mercado brasileiro a inserção da linha de produtos para
acabamento , tendo como prioridade a linha de TopCoats , reticulantes, e produtos inovativos.
A linha de Topcoat é oferecida ao mercado na modalidade
, “ pronta para uso “, ou seja , o
técnico somente tem de ajustar a
viscosidade e fazer a reticulação.
São produtos dirigidos ao mercado de estofamento, de altíssima
qualidade nos testes físicos, sem
repolimento, agregando ao couro um toque sedoso e agradável.
Estes produtos são apresentados
sob a denominação de :
Proxy 2130 Opaco – extremamente fosco, sedoso e muito
agradável, pronto para o uso.
Proxy 2145 Lucido – brilhoso
com bom toque, pronto para o
Revista do Couro | ABQTIC
uso.
Estes produtos podem ser misturados , fazendo assim o ajuste
de brilho , se necessário.
A linha de reticulantes consiste
em dois produtos;
Proxy 2090 – produto a base
de aziridine , tamponado , evitando problemas alérgicos.
Proxy 2060 – produto a base
de Isocianato .
Full White System -Um novo
conceito de acabamento branco
é apresentado pela empresa Synbios através do produto chamado Full White, sendo que o resultado é a obtenção de couros
extremamente cobertos , com
no máximo uma ou duas aplicações. Também pode-se produzir
couros com tonalidades claras
com este produto. O objetivo é
produzir couro branco ( pastel
) com maior rapidez, e somente com um produto. Excelente
resistência a luz e ao envelhecimento.
A empresa Synbios é uma das
maiores produtoras de pigmentos para couro, destacando na
sua gama :
Syn-Rex – pigmento de alta
concentração.
Unicrom – pigmentos para calçados, livres de caseína.
C P M - pigmentos para calçados, estofamento, micro dispersos.
Syn-Lak – pigmentos a base de
solvente , não inflamável.
Syn-Lux – pigmentos finos,
micro-dispersos com vivacidade
e brilho como anilina . Boa resistência a luz.
Syn-Flu – pigmentos fluorescentes , micro dispersos .
DHL – corantes metal-complexos , solúveis em água e solvente.
Revista do Couro | ABQTIC
EMPRESAS
32
Curtumes brasileiros dispõem de nova
opção de fornecimento de sulfato de cromo
O surgimento de novas opções
de fornecimento de insumos
químicos para couros, permite
maior flexibilidade e agilidade de
produção para os curtumes brasileiros.
Através da Cortume Carioca Ltda, os curtumes dispõem
do sulfato de cromo produzido
pela Vishnu Chemicals da Índia. A
empresa foi fundada em 1989 na
cidade de Hyderabad para a produção de dicromato de sódio.
Há quatro anos, ampliou seu
leque de produtos e iniciou a
produção de sulfato de cromo naquela unidade. O diretor
comercial para as Américas da
empresa, Lee Iwan, esteve recentemente em visita ao Brasil.
Informou que o país é o mais
Revista do Couro | ABQTIC
cutar atividades rotineiras, os laboratórios são responsáveis pela
análise de matérias-primas e de
produtos acabados e pela análise química de couros, bem como
pelo tratamento de efluentes e
resíduos industriais.
A inauguração contou com
a presença dos Srs. Eugen Katzenstein e Peter Amann, membros do Conselho de Administração da TFL, e também do Sr.
Roberto Italia, responsável por
Vendas Sul.
33
MK recebe certificado de “Acidente Zero”
No ano de 2010 a MK não registrou acidentes no transporte
de produtos químicos envolvendo o meio ambiente. Este é o resultado do trabalho preventivo
nas áreas de segurança, saúde,
meio ambiente e qualidade, que
a empresa desenvolve em parceria com a SOS COTEC, empresa
especializada em atendimento
de emergências ambientais causadas por produtos químicos.
Segundo o Gerente da Qualidade, Segurança e Transportes
da MK, Vilson Paiva, “a empresa
optou por ter a assistência da
SOS COTEC em todo o território nacional para garantir uma
segurança a mais ao nosso cliente, pois em caso de qualquer incidente ou acidente envolvendo
produtos da MK, haverá uma
importante das Américas pela
qualidade, tecnologia e matéria-prima que oferece aos clientes.
“O Brasil é um país estratégico
para a nossa empresa” destacou.
Acrescentou que a Vishnu Chemicals está inserida nas exigências de normas de produção do
REACH, e comercializa sua produção para 35 países.
A produção do sulfato de cromo está localizada na cidade de
VISAKHAPATNAM (Vizag). Os
clientes brasileiros podem dispor de importação direta, assim
como de compra local. Maiores
informações podem ser solicitadas pelo fone 51 3563-6090 ou
e-mail: atendimento@cortumecarioca.com
A TFL do Brasil inaugura novas instalações
No final de 2010, a TFL do
Brasil inaugurou as novas instalações dos Laboratórios de
Controle de Qualidade e de
Pesquisa & Desenvolvimento. Os
responsáveis pelo projeto, Sueli
Schallenberger e Jean Rochel, se
empenharam em criar um ambiente amplo e de instalações
modernas, que hoje facilitam o
fluxo de trabalho e o dia-a-dia
da equipe e, consequentemente,
tornam mais ágil o atendimento
aos clientes, funcionários e terceiros envolvidos. Além de exe-
EMPRESAS
equipe técnica qualificada para o
pronto atendimento do sinistro.”
Em função de não haver registrado acidentes no ano passado
a SOS COTEC conferiu o certificado “Acidente Zero”. Este
certificado é um reconhecimento de todos os esforços que a
MK dedica à segurança no transporte de seus produtos, quer
seja através da sua própria transportadora, quer seja através de
transportadoras terceirizadas
que passam por um rigoroso
processo de qualificação.
No ano de 2010 foram atendidos pela SOS COTEC, em todo
o Brasil, 4,7 acidentes/dia envolvendo produtos químicos.
Fonte: Equipe de Marketing
MK Química do Brasil
Inpol, uma história produzida em PU.
Investir em tecnologia e inovação para desenvolver soluções
em poliuretano é o negócio da
Inpol. Os setores coureiro-calçadista, metal-mecânico, cerâmico,
moveleiro, fumageiro, agrícola e
têxtil, entre outros, são exemplos
do alcance da marca, que a cada
ano aumenta sua gama de produtos e os mercados atendidos.
O novo slogan da Inpol: Todo
o Potencial do PU, afirma sua
posição de destaque no setor
onde sempre foi referência de
qualidade.
Através das marcas Supertaco
Inpol e Poliprene, a Inpol busca otimizar processos para proporcionar maior durabilidade, menor necessidade de manutenção e maior produtividade à indústria. A história da Inpol conta
a evolução do PU. Uma história de quem
sempre pesquisou, descobriu e inovou. Visite o estande da empresa na 35ª Fimec:
Pavilhão 5, Corredor P, Números
5059 e 5060. Para mais informações acesse www.inpol.com.br ou ligue
51 3587.4503.
Revista do Couro | ABQTIC
EMPRESAS
34
35
Minerva inaugura primeira unidade
de biodiesel
O Minerva S.A., um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne in natura,
boi vivo e seus derivados e que
atua também nos segmentos de
processamento de carne bovina,
suína e de aves inaugurou em dia
18 de março, sua primeira unidade de produção de biodiesel. A
planta está localizada na cidade
de Palmeiras de Goiás/GO, junto a sua unidade frigorífica. A
unidade produzirá inicialmente
45m3/dia de biodiesel e tem capacidade para atingir até 100m3/
dia.
A matéria prima utilizada para
Revista do Couro | ABQTIC
a transformação em biodiesel
será o sebo bovino, subproduto
das plantas frigoríficas do Minerva no estado de Goiás (Palmeiras de Goiás e Goianésia).
“A unidade irá transformar sebo
de suas fábricas ou de terceiros
em produto de valor, além de
ter a flexibilidade de poder usar
outras matérias primas, como
óleo de soja. O resultado é uma
fonte renovável de energia, fortalecendo nosso compromisso
com a sustentabilidade e com as
questões ambientais e também
agregando valor ao produto do
Minerva.”, diz Fernando Galletti
de Queiroz, Presidente da Companhia.
Parte da produção de biodiesel vai abastecer a frota de caminhões da Companhia e o restante será comercializado através
de leilões para ANP. Além da
unidade de Palmeiras de Goiás,
o Minerva planeja colocar plantas de produção de biodiesel
nas unidades de José Bonifácio/
SP e Barretos/SP. O objetivo da
companhia é ter uma planta de
biodiesel em cada unidade frigorífica.
Fonte: Phábrica de Ideias
Revista do Couro | ABQTIC
empresas
37
Exportação de componentes
começa o ano em alta
O setor brasileiro de componentes para calçados, couro e artefatos comemora o bom índice
de exportação já nos primeiros
dois meses do ano. Segundo dados do Sistema de Informações
da Assintecal (SISINFO), no período de janeiro a fevereiro as
vendas de produtos da indústria
de componentes para outros países somaram US$ 166.492.759,
um crescimento de 13,13% em
relação ao mesmo período de
2010. O resultado positivo já
atingiu 6,6% a mais do projetado
para o ano. Somente em fevereiro o resultado das exportações
rendeu aos fabricantes US$ US$
82.185.853, um incremento de
3,42% nos embarques em relação
ao mesmo mês do ano passado.
Em relação ao mês de janeiro, o
volume embarcado apresentou
crescimento de 4,3%.
Os segmentos que apresenta-
ram maior participação nas exportações neste bimestre foram
o de saltos e solados (19%), cabedal (15%) e produtos químicos para couro (14%). Em comparação ao mesmo período do
ano passado, os segmentos que
registraram acréscimos foram
palmilhas (61%), saltos e solados (31%) e sintéticos (27%). Ao
total, o Brasil exportou componentes para 128 países.
DESTINOS - Entre os principais destinos do setor neste
começo do ano estão a Argentina e Nicarágua. Na Argentina,
as exportações brasileiras cresceram 21,43% em fevereiro, na
comparação ao mesmo mês do
ano passado. Pelo terceiro ano,
o país vizinho sustenta a posição
de maior parceiro comercial do
setor de componentes brasileiro,
respondendo por um montante
de US$ 36.830.085 nas exporta-
ções nestes primeiros dois meses,
o que representa 16% do acumulado em 2010. Entre as principais
matérias primas exportadas para
a Argentina em 2011 estão: saltos
e solados (24%), produtos químicos para couro (16%) e ferramentaria (16%).
Já os negócios com a Nicarágua vão de “vento em popa” em
2011. Somente de janeiro a fevereiro, as vendas com o país da
América Central somaram US$
2.428.598, o que representa 80%
de todo acumulado em 2010,
quando foram exportados US$
3.039.435. Na lista de produtos
exportados neste ano se destacam os saltos e solados (30%),
ferramentaria (13%) e cabedal
(11%). Atualmente, a Nicarágua
ocupa a 19.ª posição na lista de
países para onde o Brasil mais
exportou componentes até fevereiro de 2011.
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Revista do Couro | ABQTIC
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Revista do Couro | ABQTIC
gestão
gestão
38
39
O Novo Curtume - NC
Tema Básico I -Avançando
no Conceito deCurtume
“ Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”
Salmo 127:1
Por Fernando Geib
8º. CAPÍTULO: Inovações sim,
A Simultaneidade de voz, texto desapercebidos.
mas com Futurização e Valor.
e imagem no “tempo agora" deUm deles é o da agricultura
1-Onde está o poder das Ino- monstra e comprova de modo brasileira, de sucesso internaciovações.
prático e tangível uma caracte- nal e até bem pouco anos atrás
A medida que o tempo passa, rística do mundo que nos cerca, classificada como “atividade ecoas pessoas e organizações vão que é a Simultaneidade.
nômica tradicional”.
descobrindo pelo aprendizado,
A Simultaneidade tem como
Esta, através de pesquisas e
os imensos benefícios que a In- instrumento de referência o da inovação de procedimentos,
ternet lhes traz. Ela oferece a Tempo, ou seja, quando ele pas- desenvolveu os fundamentos
Instantaneidade, a Interatividade sa a ser ou assumir o ponto de do que passou a se chamar de
e a disponibilidade das informa- referência e de convergência de “Plantio Direto”, tornando posções e do conhecimento como ações e de processos.
sível a otimização dos seus projamais aconteceu na história da
Quando os processos conver- cessos produtivos, pelo desenhumanidade.
gem para “ocupar um mesmo volvimento de tecnologias onde
Este poderoso benefício é vis- tempo e espaço” de modo a eli- a Sequencialidade das operações
to e entendido pela maioria das minar a variedade de tempos de de preparação do solo, adubação
pessoas como algo incomum. Ja- referência, reduzindo-os a um e sementização, puderam ser elimais havia sido pensado que o único tempo como instrumento minadas ou substituídas por uma
rádio, os jornais e a própria te- referencial da medida de desem- única operação Simultânea, que
levisão pudessem ser superados penho destes processos, estamos foi chamada de “Plantio Direto”.
em rapidez, agilidade e tempora- saindo de um comportamento
O Plantio Direto não exclui
lidade por algum outro meio de de Sequencialidades para atingir as exigências de preparação do
informação.
a condição de Simultaneidades.
solo, adubação e sementização.
Enquanto a maioria das pesFomos educados para dar Ele simplesmente demonstrou
soas assim pensava, outras iden- continuidade e confirmar uma que estas operações podem ser
tificaram que era possível ser cultura onde tudo deve obe- desenvolvidas ao mesmo tempo,
criada uma nova forma de co- decer ao Princípio da Sucessão. Simultaneamente, ao contrário
municação, mais flexível, mais de- Dificilmente ou quase nunca se do pensamento e crença milenar,
mocrática e mais ágil. Uma gran- questiona se esta “verdade” é de que elas devam ser desenvolde rede de informações surgiu, realmente “verdadeira” e prin- vidas uma após a outra.
se aperfeiçoou e se consolidou cipalmente se é válido continuar
Por esta inovação o Brasil é ree hoje temos a Internet.
insistindo nela ela.
conhecido
internacionalmente
A realidade nos mostra que este
Exemplos de abandono de pela pujança da sua agricultura,
poderoso recurso desempenha tecnologias tradicionais e até que hoje é baseada neste princípio
um impressionante e até agora seculares baseadas na Sequen- desenvolvido e tornado realidade
impensado papel, como pouquís- cialidade pela adoção do princí- no município de Não Me Toque,
simas inovações fizeram ao longo pio da Simultaneidade que levam do Estado do Rio Grande do Sul.
de tantos séculos de vivência do setores econômicos ao sucesso
Por esta inovação, este muniser humano sobre a terra.
espetacular, ainda nos passam cípio ganhou a marca “Não me
Revista do Couro | ABQTIC
Toque a cidade do Plantio Direto” e é conhecido mundialmente
por ela.
Com base nas considerações
feitas, a partir deste exemplo
apresentado, todas as vezes que
falamos de Inovações é de fundamental importância termos
uma adequada percepção dos
fundamentos e princípios que as
tornam efetivas, do impacto que
elas causam e quanto e como
elas se tornam em um instrumento de mudanças nos ambientes de sua aplicação, sempre, sob uma visão de curto e
principalmente, e o que é o mais
importante, de longo prazo.
É de fundamental importância em todas as transformações
propostas e implementadas por
Inovações, saber-se e ter a adequada idéia do impacto que elas
tem para as organizações e a sociedade, que é onde se refletirão
os benefícios dos seus efeitos.
Sob o ponto de vista econômico-empresarial, onde se situa
o Novo Curtume-NC, a aplicação do processo inovador é bem
específica e mais rapidamente
mensurável, pois não podemos
deixar de considerar sempre,
qual a repercussão sob o ponto
de vista de criação de vantagens
competitivas para esta organização e como e por quanto tempo estes eventos impactantes e
transformadores, influirão na sua
Sustentabilidade Plena.
No caso anteriormente relatado, esta inovação repercutiu
enormemente no desempenho
setorial do País inteiro, elevando a produtividade da agricultura brasileira à níveis de liderança
mundial.
Este exemplo demonstra que
a Inovação não tem preferências
quanto à modelos econômicos e
dinamismo das atividades onde
ela se desenvolverá. Ela estará
presente, sempre que haja um
ambiente que a incentive.
2-As inovações e o seu poder
de transformar o Novo Curtume-NC em uma Organização de
Movimento.
A condição de elevados níveis
de competitividade que as organizações hoje enfrentam, onde
se situa o Novo Curtume-NC,
é resultado principalmente do
comportamento dos mercados
onde estas atuam: eles são desregulamentados e por isto são,
o ambiente onde surgem novos
modelos de negócios cada vez
mais complexos e sofisticados
impondo mudanças que vão, da
Melhoria Contínua às mais Radicais, as Inovações, tanto nas
suas estruturas, como e principalmente na cultura das pessoas
envolvidas.
Estes novos ambientes competitivos trazem consigo um
comportamento empresarial e
organizacional significativamente
diferente das teorias tradicionais
de gerenciamento hoje praticados pelos dos curtumes.
Na medida em que estas mudanças se manifestam, as pessoas e as organizações, onde o
Novo Curtume-NC também se
situa, assumem um duplo papel
que traz consigo intrinsecamente, uma boa dose de incertezas:
devem gerenciar as instabilidades
inerentes às transformações propostas e promover os avanços e
as transformações planejadas.
Assim, as mudanças são ao
mesmo tempo, fontes de instabilidade, e os sujeitos dos desenvolvimentos organizacionais do
Novo Curtume-NC.
Os seus gestores, devem ter
uma compreensão do dinamismo das transformações, que
identificam o Novo Curtume-NC como uma “Organização
Viva”. Esta percepção é importante para projetar os processos
de suas mudanças organizacionais, os quais procuram prorrogar a sua vida, ou seja, que lhe
possibilite uma contínua sobrevivência e perenidade no ambiente onde atua.
Os mercados exigem que o
Novo Curtume –NC assuma
novas responsabilidades, de ou
seja, conduzam os seus gestores
e as pessoas que nele atuam a
enfrentar desafios e desenvolver
estratégias competitivas baseadas em propostas de Valor para
os Clientes e o Mercado.
Os mercados devem estar permanentemente em primeiro lugar para esta Organização e as
relações por ela implementada,
com aqueles, não podem basear-se numa visão de curto prazo.
Elas devem ser sólidas e de prazos estendidos!
O Novo Curtume-NC deve
ser percebido continuamente
como o melhor ofertante, agora
não mais de produtos e serviços,
mas sim, de soluções duradouras
para os mercados, desenvolvidas para serem antecipações do
atendimento das necessidades
manifestas e latentes dos seus
clientes e ainda não-clientes.
Estes atendimentos antecipados,
devem ter o poder de demonstrar
que esta Organização gerencia e
tem o domínio do Tempo, por ser
uma fonte permanente de oferta
de Inovações e soluções em qualquer situação que venha surgir na
sua caminhada.
Esta condição privilegiada e
Revista do Couro | ABQTIC
gestão
tecnologia
40
41
tão importante para a sua Sustentabilidade Plena, demonstra
um dinamismo organizacional
fundamentado em uma visão
sistêmica, que propõe e realiza a
progressiva substituição do princípio da Seqüencialidade pela
Simultaneidade dos seus processos, qualificando o Novo Curtume-NC como uma Organização
de Movimento.
Nesta condição de comportamento e desempenho organizacional o curtume e o Tempo
avançam Simultaneamente.
A Futurização como fundamento e estratégia de consolidar o Novo Curtume-NC como
uma Organização de Movimento
Como manter, ou qual a estratégia organizacional para mobilizar o sistema de oferta de
Produtos e Serviços capazes de
antecipar o atendimento das necessidades latentes reais e latentes dos Clientes atuais e Potenciais de uma Organização?
Para responder esta questão
vamos nos valer do papel da Futurização.
A Futurização é o processo organizacional de identificar
tendências, avanços e comportamentos tecnológicos, sociais,
econômicos, políticos e eco-ambientais, tanto de pessoas/
indivíduos, como coletivos e de
organizações, para gerar produtos , serviços e relacionamentos
inovadores que efetivamente
tornem realidade este futuro
pensado, sonhado ou desejado
por estas partes interessadas.
A Futurização vai além da
Qualidade, da Produtividade e
dos Custos. Ela se fundamenta
no Ineditismo, no conteúdo de
Novidade e naquilo que é realRevista do Couro | ABQTIC
mente inovador e inédito, para
gerar o Valor aos Consumidores
Reais e Potenciais.
Ela não pensa somente nos
consumidores reais e potenciais.
Ela cria novos consumidores em
um espaço de tempo desejado
pela Organização.
Ela é hoje, aquilo que os consumidores reais e potenciais e
pessoas desejam ter amanhã ou
em um futuro próximo.
Ao se adotar esta estratégia
de pensar, e de conduzir a gestão do Novo Curtume-NC, há
uma mudança significativa no
comportamento organizacional
desta empresa.
O tradicional comportamento
de esperar os movimentos dos
mercados ou de eventualmente
fazer tentativas de identificá-los, é
substituída por ações sistematizadas de atuar proativamente para
identificar quais os Comportamentos de Valor destes, e a partir
desta conclusões, gerar Produtos
e Serviços perfeitamente alinhados com estas definições.
A Futurização é uma ação estruturada, sistêmica e gerenciada
por indicadores e obedece ou se
orienta pelo princípio da Melhoria Contínua, ou seja, o amanhã
da Futurização deve ser melhor
que o hoje da Futurização e assim continuamente.
A Futurização não é uma novidade, ela já é uma prática adotada por Organizações que perseguem tenazmente e desejam
tornar realidade a sua Sustentabilidade sob uma visão de ampla
e de plenitude.
O perseguir permanente da
condição acima referidas identifica o que se denomina de Organizações de Movimento.
Qual a diferença entre Futurização e Inovação ?
A Futurização é o processo e
a Inovação é o resultado!
A Futurização tem como propósito assegurar que a Inovação
seja efetivamente algo inédito e
alinhado com o futuro e sonhado tanto pelas pessoas como
pelas as organizações.
Perguntarão então os mais
pessimistas: como adivinhar o
futuro?
A Futurização não é adivinhação do futuro. Futurização e um
processos organizado e de características sistêmicas de tornar o futuro em realidade, tangível e utilizável.
A Futurização apóia-se no
desenho de cenários prospectivos, os quais preocupam-se em
trazer para o Hoje, fatores ou
tendências com alta condição
de se tornarem realidade em futuro previamente definido pela
Organização.
Estas tendências identificam-se por seu poder real de gerar
mudanças, sejam elas, políticas,
econômicas, sociais, tecnológicas
ou eco-ambiental.
Concluindo
Estas considerações, desenham
o Novo Curtume –NC como
uma instituição dotada de uma
dinâmica organizacional voltada
para a busca contínua de Valor,
em tudo o que faz,e realiza, entendido como principal fator do
desenvolvimento contínuo de
sua Sustentabilidade Plena, a partir da sua condição de Organização de Movimento.
Quem viver verá!
Sistemas de Curtimento
Alternativos ao Cromo
CHROME-FREE E METAL-FREE
B. Naviglio*, G. Calvanese*, R. Aveta*, D. Caracciolo*,V. Girardi*, M. Scotti*, G.Tortora*, Romagnolo M.
Stazione Sperimentale per l’Industria delle Pelli e delle Materie Concianti (SSIP) – Nápoles
*Departamento dos Estudos, das Instituições e dos Sistemas Territoriais – Universidade dos Estudos de
Nápoles “Pathenope”
Nos últimos anos chegaram
na SSIP inúmeras requisições de
análise para determinação de
metais. A partir destas análises
verificou-se que, mesmo peles
não curtidas ao cromo continham outros metais curtentes
como alumínio e titânio e, portanto, não poderiam ser consideradas metal-free. Na maioria dos
casos as peles examinadas eram,
fundamentalmente, tratadas com
produtos curtentes como sais
de fosfônio, taninos sintéticos e
parafinas sulfocloradas.
Neste trabalho estão descritos, em linhas gerais, estes sistemas de curtimento alternativos
ao cromo com as respectivas características físico-químicas obtidas nos couros acabados.
Ao mesmo tempo reporta-se
também o significado prático
dos termos wet-white, chrome-free e metal-free destas peles
comercializadas como ecológicas.
Finalmente, o trabalho mostra também a problemática da
metodologia do ciclo de vida de
um produto como instrumento
necessário para se poder con-
frontar os diversos sistemas de ambiental ao longo de todas as
fases de seu ciclo de vida.
curtimento.
Portanto, a “green economy”
(economia verde), entendida
INTRODUÇÃO
como um modelo de negócios
A questão ambiental não é so- fundamentado em critérios de
mente um lugar comum, mas in- eco-sustentabilidade, pode torfluencia cada vez mais a vida de na-se um fator de crescimento,
todos nós. De fato, ultimamente, pois o investimento no meiodiversos estudos evidenciaram -ambiente pode criar mercados
como o modelo comportamental e garantir retorno econômico.
dos consumidores vem se mo- Por outro lado, também o presidificando gradualmente: lado a dente dos Estados Unidos sinalado com os critérios de escolha lizou a “green economy” como
consolidados, ligados à qualidade a saída para a crise econômica,
e ao custo dos produtos, vislum- enfatizando a necessidade de pobra-se sempre mais o aspecto líticas qualitativas que garantam,
da sustentabilidade. O aumento ao mesmo tempo, crescimento e
da sensibilidade dos cidadãos/ sustentabilidade. Também a Itália
consumidores frente à sustenta- está tomando o curso da econobilidade dos próprios consumos mia verde e, particularmente a
está direcionando sempre mais “green economy” made in Italy
as empresas a introduzir novos segue duas diretrizes principais: o
requisitos e novas estratégias desenvolvimento de alguns setovisando o posicionamento de res inovadores, energias alternaprodutos e serviços. Na prática, tivas in primis e a transformação
o produto/serviço vencedor é em ferramenta eco-sustentável
aquele que considera prioritário de setores tradicionais ligados
o relacionamento positivo com o aos manufaturados. No que diz
eco-sistema. Tornam-se competi- respeito a uma pesquisa recente
tivos aqueles produtos e serviços referente à conversão verde do
que garantem um baixo impacto made in Italy, o elo curtidor é ciRevista do Couro | ABQTIC
tecnologia
42
tado, entre outras coisas, como:
“setor onde está se difundindo
uma nova sensibilidade ecológica
que está mudando, pouco a pouco, a maneira de trabalhar as peles. Hoje, a verdadeira novidade
é a retomada do natural, eliminando produtos químicos e aditivos: peles trabalhadas segundo
os antigos métodos de curtimento vegetal, coisa que vem sendo
adotada por grandes marcas visando artigos mais eco-compatíveis. O produto final é um couro
completamente biodegradável e
adaptado a pessoas alérgicas aos
metais, produzido com pleno respeito ao meio-ambiente, somente com a utilização de substâncias
naturais, os taninos, presentes no
tronco e na casca das árvores,
tais quais o quebracho, a castanheira e a acácia”.
Portanto, no contexto geral da demanda crescente por
bens sustentáveis e compatíveis
com o ambiente e em coerência
com a ética ecológica do consumo, enquadra-se a difusão no
mercado de peles curtidas com
sistemas alternativos ao cromo
e comercializadas sob denominações como: “chrome free”,
“metal free”’”wet white”, “curtimento orgânico” e assim por
diante. Os couros, resultado do
trabalho das peles isentas de
cromo, são anunciados como:
“couro ecológico”, “couro natural”, “biocouro”, “bioleather”,
“green leather”, etc. Tais termos
não possuem, evidentemente,
nenhum significado científico ou
técnico enquanto não exista, até
o momento, nenhuma definição
que estabeleça as características analíticas às quais devam satisfazer. Devem ser entendidos
como uma simples descrição de
um couro que não contem subsRevista do Couro | ABQTIC
volvidos diversos sistemas com
o emprego de aldeídos, particularmente o glutaraldeido, taninos sintéticos, aluminossilicatos
(zeolites) ou com silicatos de
sódio(wasserglass). Mais recentemente foram desenvolvidos
sistemas de curtimento para a
produção de wet white mediante o emprego de produtos orgânicos quais sejam, as oxazolidinas e os sais de fosfônio.
Portanto, o termo wet whiWet White: Trata-se de um te aplicas-se às peles isentas de
produto intermediário obtido cromo, mas que podem ter sido
da pele descalcinada ou da pele tratadas com outros metais curpiclada, sem a utilização de cro- tentes como, por exemplo, o alumo, mas com características de mínio, o titânio e o zircônio.
consistência e resistência (tamChrome Free: Este termo, que
bém térmica) suficientes para
que possa ser submetido às ope- indica um couro isento de crorações mecânicas de divisão e mo, mesmo definindo a ausência
rebaixe. Desta forma obtém-se do cromo como curtente, não
resíduos sólidos (farelo, retalhos, especifica de modo claro e defiresíduos de divisão) isentos de nitivo a classe química dos agencromo, portanto, com maior fa- tes curtentes empregados nos
cilidade de tratamento quando sistemas de curtimento.
se queira obter adubos, hidroMetal Free: Este termo, subslisados proteicos e assim por
diante. Em seguida às operações tancialmente, indica um couro
mecânicas o wet white é subme- isento de metais curtentes (crotido ao curtimento que pode ser mo, alumínio, titânio e zircônio)
curtido por um sistema de curao cromo, vegetal ou outro.
Um wet white aceitável tec- timento orgânico (taninos natunologicamente é aquele que não rais e sintéticos, aldeídos, resinas,
confere às peles características etc.). Naturalmente, também ouirreversíveis, isto é, permita que tros metais pesados como chumas características definitivas se- bo, cádmio, níquel, etc. devem esjam conferidas pelo curtimento tar ausentes ou aparecerem em
sucessivo, escolhido este em fun- quantidades insignificantes.
ção do produto final desejado.
IMPACTO AMBIENTAL DO
O wet white pode ser obtido
por diversas maneiras; inicial- CROMO
mente utilizava-se um curtimenA principal razão do crescito leve ao alumínio que, devido
a sua baixa estabilidade podia, mento dos curtimentos alternaem seguida, ser eliminado qua- tivos é a imagem denegrida do
se totalmente com uma simples cromo e, consequentemente,
lavagem com água acidulada. das peles tratadas com este meSucessivamente foram desen- tal. Mesmo que frequentemente
tâncias proibidas ou perigosas e,
que ao final de seu ciclo de vida
pode ser reciclado ou transformado e, por isso, não representar nenhuma dificuldade de
disposição e poderia até ser incinerado. No que concerne aos
termos relativos aos sistemas de
curtimento (wet white, chrome
free, etc.), a seguir explanar-se-ão as problemáticas relativas às
várias tecnologias.
tecnologia
negado, uma das maiores causas
da poluição dos curtumes é o
emprego de produtos à base de
cromo no curtimento. Na prática, a presença de cromo nas
águas residuais e, portanto, nos
lodos e em alguns resíduos sólidos é um dos pontos mais frequentemente citados por quem
acusa a indústria curtidora como
fonte de poluição grave. Isto deve-se também ao fato que, talvez,
quando se afirma que a indústria
curtidora usa cromo tende-se
a pensar que se trate de cromo
hexavalente, que é, notoriamente, tóxico e cancerígeno.
Todavia, também o cromo trivalente utilizado nos processos
do curtume, na forma de sulfato
básico de cromo, é um metal pesado e, como tal, sujeito a limitações nas águas residuais e nos
43
resíduos, embora, por tudo o
que é conhecido, não apresente
problemas particulares no âmbito sanitário e nem mesmo no
ambiental (é facilmente transformado em hidróxido em pH 4,5
aproximadamente, e o hidróxido
é praticamente inerte em condições normais).
De qualquer forma, não obstante isto, é evidente que o termo
“chrome free” indica necessariamente que existe um problema
básico acerca do emprego do
cromo trivalente na produção
do couro. Este conceito tem sua
origem no alegado impacto ambiental do cromo (III) nas “emissões dos curtumes” (descargas
hídricas, resíduos sólidos, etc.)
e na sua potencial mobilidade
e transformação nos resíduos
sólidos curtidos e nos lodos.
Também a potencial oxidação
nos couros acabados, de cromo
trivalente a cromo hexavalente
está, ultimamente, gerando preocupação no que diz respeito ao
couro ao cromo. Além disso, outro inconveniente resultante do
curtimento ao cromo é a disposição dos descartes de produção,
quais sejam, o farelo do rebaixe,
o pó do lixamento e os recortes dos couros. Na realidade,
sua eventual incineração pode
provocar a oxidação do Cromo
III em Cromo VI, enquanto que
a disposição de tais resíduos em
aterros sanitários ou sua reutilização implica no conceito de
reciclabilidade e biodegradabilidade. A este respeito, é notório
que um couro com curtimento
orgânico e isento de metais pesados é mais facilmente degra-
Revista do Couro | ABQTIC
triidrossimetilfosfina (THPO) con formazione di formaldeide (fig.2):
tecnologia
44
Curtimento Mineral: curtimentos com sais minerais curtentes à base de alumínio(III),
titânio(IV) e zircônio(IV). Com a
utilização destes metais curtentes o couro torna-se mais catiônico criando, em consequência,
problemas de aplicação de reagentes aniônicos. Por este motivo, nestes curtimentos requer-se
um mascaramento mais apurado
a fim de prevenir também a pre-
CH 2OH
O
-
2
O
CH2OH
CH2OH
HOH2C
CH2OH
P
HOH2C
CH2OH
O
S
O
O
P
CH2OH
CH2OH
Figura 1 – Sulfato de tetra-hidroxi-meta-fosfônio (THPS)
I composti di questa famiglia chimica possono essere impiegati come preconcianti nella
produzione di pelli metal free e sono particolarmente adatti per la lavorazione di cuoio bianco.
Il THPS si presenta sottoforma di un liquido incolre,solubile in acqua, al 75% di sostanza attiva
Revista do Couro | ABQTIC
e con un pH di circa 4. Le pelli trattate con questa sostanza raggiungono una temperatura di
contrazione di circa 75°C. Il cuoio conciato con THPS presenta un adeguato grado di bianco,
Figure 2 – THPS conversion to tris(hydroxymethyl)phosphine oxide (THPO)
CH2OH
HOH2C
+
P
45
Pertanto nel corso del processo di concia che prevede l’impiego di THPS viene raccomandato di
agire in una zona di pH compresa tra 3 e 6. Nella prima fase della concia l’agente conciante a
base di THPS, in ambiente acido (pH circa 3,0), sottoforma di sale di fosfonio
2OH
cationico,presenta
una scarsa reattività neiCHconfronti
del substrato e quindi penetra nella sezione
O
della pelle con facilità. A penetrazione ultimata, il conciante viene riattivato, in situ, mediante
P
CH2OHdetermina
l’innalzamento
graduale del HOH
pH.2CLa basificazione
di4 un composto
+ 2 CH2la
O +formazione
2H2 + Na2SO
O
S
O + 2NaOH
trisostituito, il triidrossimetilfosfina (THP) che costituisce il composto in grado di instaurare
legami
O trasversali con il collagene (fig. 3).
O
CH2OH
CH2OH
2
2
Figura 3 – Meccanismo di reazione dei sali di fosfonio con il collagene
Figure
3 –THPO
Reaction (óxido
mechanism
phosphonium salts with collagen
Figura 2 – Transformação do THPS
em
deof tri-hidroxi-metil-fosfina)
CH2OH
CH2OH
to ao problema da disposição e
da reciclabilidade dos resíduos
Coll-NH2
sólidos e dos produtos finais a
+
+
Coll-NHCH2
Coll-NHCH2
P
P
CH2OH
HOH2C
serem descartados.
Como é sabido, os taninos naturais vem sendo usados a miCH2OH
CH2OH
lênios enquanto que os taninos
sintéticos e os aldeídos, há algumas décadas. Nos últimos anos,
particularmente, desenvolveu-se
uma pequena produção de couros “metal free” para a produção
+
de estofamento automotivo e
Coll-NHCH2
P
Coll-NHCH2
para alguns nichos de mercado,
O
utilizando o glutaraldeido como
agente pré-curtente e a tara
como curtente natural. Levando
em conta também o problema
Il pH a fine basificazione
non
superare il valore
di 6 unità.dos
Il meccanismo
Figura
3 deve
– Mecanismo
de reação
sais de è simile a quello
da periculosidade do glutaraldella concia alla formaldeide , differendo comunque da quest’ultima per la dimensione
fosfônio com o colágeno
deido, mais recentemente foram
maggiore delle molecole reticolanti e per il valore di pH necessario per la fissazione.
desenvolvidos outros sistemas
I sali di classe,
fosfoniotem
possono
reagire facilmente
dello em
zolfopH
dando
luogo alla
pH i6;composti
na realidade
supea seguinte
fórmula con
de curtimento com produtos
formazione
di
odori
sgradevoli.
Per
tale
motivo
le
pelli
sia
prima
che
dopo
l’uso
del
rior e/ou ligeiramente alcalino, sale di
(Fig.1):
orgânicos de síntese, quaisfosfonio
se- vengono
trattate
con
energici
ossidanti
come ad esempio
l’acqua
ossigenata; in
em óxido
de tri-hiOs compostos desta família transforma-se
particolare
il lavaggio ossidativo con H2O2, dopo l’uso del sale di fosfonio, consente di
jam: as oxazolidinas, os sais
de química
podem ser empregados droxi-metil-fosfina (THPO), com
stabilizzare meglio la concia trasformando il THP (prodotto più reattivo) in THPO (prodotto più
fosfônio, as parafinas sulfoclorade formaldeído
(Fig. 2):
como pré-curtentes
na produção
così le eventuali
ulteriori fontiformação
di generazione
di odori molesti.
das, os taninos sintéticos àstabile)
base eliminando
Portanto,
no
transcorrer
de
peles
“metal
free”
e
são
paril processo può essere schematizzato nel modo seguente (fig. 4): do
de hidro-difenilsulfonato. In linea generale
ticularmente aptos para couros processo de curtimento com
[O]
cipitação dos hidróxidos metáli- temperatura de retração bastancos. Resumindo, com estes cur- te elevada (comparável à obtida
timentos consegue-se couros pelo curtimento ao cromo) por
com características mercadoló- causa da formação de ligações
gicas como, por exemplo, a ma- transversais entre o complexo
ciez e o enchimento, inferiores Al-tanino e os grupos reativos do
às obtidas com o curtimento ao colágeno. Os couros produzidos
cromo. A temperatura de retra- com este sistema combinado (veCURTIMENTOS ALTERNATI- ção também mostra-se inferior getal-Al), entretanto, apresentam
àquela que se obtém com a utili- um forte caráter “vegetalizado” o
VOS
que limita sua versatilidade, o que
zação do cromo(III).
seria um elemento fundamental
O curtimento ao cromo soliOutros curtentes inorgânicos: de um curtimento alternativo ao
dificou-se nos curtumes de todo
o mundo por uma série de moti- nos últimos anos foram desen- cromo.
vos, entre os quais reporta-se: a volvidos sistemas de pré-curtiCurtimentos Orgânicos: curtipraticidade de execução, o custo mento para o “wet white” aptos
competitivo, a qualidade dos ar- para estabilizar a pele com o em- mentos com o emprego exclusitigos produzidos (seja em nível prego de reagentes inorgânicos vo de substâncias orgânicas, seja
mercadológico, seja no tocante como, por exemplo, os silicatos de origem natural (taninos vegeaos requisitos físico-mecânicos), de sódio solúveis (wasserglass) tais), que de origem sintética (taa elevada temperatura de re- e os aluminossilicatos (zeolites). ninos sintéticos, aldeídos, oxazolidinas, sais de fosfônio, parafinas
tração conferida ao colágeno,
a sua extrema versatilidade na
Curtimentos Combinados/mis- sulfocloradas, etc.).
Este tipo de abordagem é, seprodução de toda uma gama de tos: curtimentos com o emprego
guramente,
a tendência
mais nella loro
artigos, do vestuário ao calçado,
sinérgico
de
taninos
vegetais
e
Sono composti, si recente introduzione nel settore conciario,
che contengono
moderna
na
pesquisa
de
curtiestofamento e peleteria. molecola un
saisatomo
de alumínio.
peles curtidi fosforoAs
quaternario
a carica positiva. Il solfato di tetraidrossimetifosfonio
cromo,
Muitas propostas foram(THPS),
apre- che
dasrappresenta
ao vegetal ile più
recurtidas
com
noto composto mentos
di questa alternativos
classe, ha la ao
formula
qui di seguito
especialmente
no
que
diz
respeisentadas para conseguir-se
um
sais
de
alumínio
apresentam
uma
riportata(fig.1):
curtimento sem emprego do
cromo mas que conferisse ao
Figura 1 – Solfato di tetraidrossimetilfosfonio (THPS)
Figure 1 – Tetrakis(hydroxymethyl)phosphonium sulphate (THPS)
couro produzido, características
análogas às conferidas por ele. A
este respeito, a pesquisa testou,
nestes últimos anos, várias alterCH 2OH
O
nativas que podem, substancial+
mente, ser esquematizadas desta
HOH2C
P
CH 2OH O
S
O
forma:
dável no confronto com aquele
contendo cromo, além de ser
mais analérgico. Esta última característica torna mais favorável
o uso de tal tipo de couro por
pessoas predispostas às alergias
e às irritações cutâneas.
tecnologiaFigura 2 – Trasformazione THPS in THPO (triidrossimetilfosfina ossido)
brancos.
CURTIMENTO COM SAIS DE
O THPS apresenta-se sob a forFOSFÔNIO
ma de um líquido incolor, solúvel
em água, com 75% de Substância
São compostos, de recente in- Ativa e com um pH em torno
trodução no setor curtidor, que de 4. As peles tratadas com esta
contêm em sua molécula um substância atingem a uma temátomo de fósforo quaternário peratura de retração ao redor
com carga positiva. O sulfato de 75°C. O couro curtido com
de tetra-hidroxi-meta-fosfônio THPS apresenta um ótimo alve(THPS), que representa o com- jamento, ótima solidez à luz e ao
posto mais conhecido desta suor. O THPS é estável abaixo de
THPS recomenda-se trabalhar
em uma zona de pH entre 3 e
6. Na primeira fase do curtimento, o agente curtente à base de
THPS, em ambiente ácido (pH ao
redor de 3,0), sob a forma de sal
de fosfônio catiônico, apresenta
uma fraca reatividade frente ao
substrato e, portanto, penetra
na seção da pele com facilidade.
Com a penetração finalizada, o
curtente é reativado, “in situ”,
Revista do Couro | ABQTIC
Figura 4 – Processo di concia con sali di fosfonio
Figure 4 – Phosphonium salts tanning process
46
TECNOLOGIA
mediante a elevação gradual do
Pelli piclate
Basificazione
pH. A basificação determina a
formação do composto tri-hidroxi-metil-fosfina (THP) que é
Depiclaggio
Lavaggio
Sgrassaggio
o composto capaz de instaurar
ossidativo
ligações transversais com o colágeno (Fig. 3).
O pH, ao final da basificação
Lavaggio
Riconcia
ossidativo
não deve ultrapassar a 6. O meIngrasso
canismo é similar ao do curtimento com formaldeído diferinConcia con Sali
do, entretanto, deste último, em
Crust
di fosfonio
relação ao tamanho maior das
moléculas de reticulação e ao
Figura 4 – Processo de curtimento com sais de fosfônio
valor do pH necessário para a
La
caratterizzazione
delle pellicom
ottenute
conde
questo
processo– ècaracteriportata nelle
Tabela
1a chimico-fisica
– Couro curtido
sais
fosfônio
fixação.
tabelle 1a e 1b. I risultati analitici riscontrati confermano l’assenza e/o la trascurabile presenza
rísticas químicas
Os sais de fosfônio podem readei metalli concianti e dei metalli pesanti estraibili con sudore (Cd, Ni, Pb, Cu, Co, Zn); anche
gir facilmente com os compostos
la formaldeide libera rientra nei limiti previsti dalle normative vigenti.
Per quanto concerne le prove fisiche i valori ottenuti evidenziano una adeguata resistenza allo
de enxofre dando lugar a odores
Metais Curtentes
Método
Crust Branco (mg/Kg)
strappo e allo scoppio. La temperatura di contrazione pari a 70 °C è paragonabile a quella che si
desagradáveis, por isso as peottiene con la Alumínio
concia al (Al)
vegetale.
UNI 10887
49,00
les, antes e depois do uso do sal
de fosfônio, devem ser tratadas
Cromo (Cr)
UNI 10887
11,00
com oxidantes fortes como, por
Tabella
1a
–
Pelle
conciata
con
sali
di
fosfonio
–
caratteristiche
chimiche
Titânio (Ti)
UNI 10887
n.d
Table 1a – Leather tanned with phosphonium salts – chemical characteristics
exemplo, a água oxigenada; partiZircônio (Zr)
UNI 10887
n.d
cularmente, a lavagem oxidativa
Metalli concianti
Metodo
Crust Bianco (mg/Kg)
Metais Pesados
Método
Crust Branco (mg/Kg)
com H²O² após a utilização do sal
Alluminio
(Al)
UNI
10887
49,0
de fosfônio permite a melhor esCádmio (Cd)
UNI 10887
n.d
Cromo (Cr)
UNI 10887
11,0
tabilização do curtimento, transCobalto (Co)
UNI
10887
n.d n.r.
formando a THP (produto mais
Titanio (Ti)
UNI 10887
UNI
10887
n.d n.r
reativo) em THPO (produto mais
Zirconio (Zr) Níquel (Ni)
UNI
10887
Metalli PesantiChumbo (Pb)
Crustn.d
Bianco (mg/Kg)
estável) eliminando, desta forma,
UNIMetodo
10887
Cadmio (Cd)
UNI 10887
n.r
eventuais fontes de odores desaCobre (Cu)
UNI
10887
n.d n.r
Cobalto
(Co)
UNI
10887
gradáveis.
Nichel (Ni)
UNI
10887
Zinco (Zn)
UNI
10887
n.d n.r
Em linhas gerais, o processo
Piombo (Pb)
UNI 10887
n.r
pode ser esquematizado da seFormaldeído
UNI CEN UNI
ISO/TS17226-2
<75 n.r
Rame (Cu)
10887
guinte forma (Fig 4):
Zinco (Zn)
UNI com
10887 sais de fosfônio –n.rcaracteTabela 1b – Couro curtido
A caracterização físico-química
Formaldeide
UNI CEN ISO / TS 17226-2
<75
rísticas físicas
das peles obtidas por esse processo é mostrada nas Tabelas 1a
e 1b. Os resultados analíticos enParâmetro
Método
Crust Branco
contrados confirmam a ausência
Espessura (mm)
UNI EN ISO 2589
0,95
ou a presença insignificante de
Resistência à tração (N/cm²)
metais curtentes e de metais peAlongamento (%)
UNI EN ISO 3376
/
sados extraíveis por suor (Cd, Ni,
Pb, Cu, Co, Zn). Igualmente, o forResistência ao rasgamento (N)
UNI EN ISO 3377-2
75
maldeído livre encontra-se dentro
Distensão ao trincamento da flor
dos limites previstos pelas normas
(mm)
UNI 11308
9,5
vigentes.
Temperatura de Retração (°C)
UNI EN ISO 3380
70
Relativamente aos testes físicos, os valores obtidos evidenRevista do Couro | ABQTIC
TECNOLOGIA
Figura 5 - Struttura del 4,4’-diidrossidifenilsulfone (DDS)
47
Fig.5 – 4,4’-dihydrodiphenyl sulfone (DDS) chemical structure
O
HO
S
OH
Figura 6 - legami tannino sintetico-collagene
O
Fig.6 – Syntan-collagen interactions
Figura 5 – Estrutura do 4,4’- di-hidroxi-difenilsulfone
(DDS)
R
ciam uma resistência ao rasgamento e à tração adequados.
A temperatura de retração, em
torno de 70°C, é comparável à
obtida pelo curtimento vegetal.
CURTIMENTO COM TANINOS SINTÉTICOS
L’azione conciante dei tannini sintetici di sostituzione si esplica attraverso la formazione dei
R
ponti idrogeno grazie alla presenza dei gruppi OH fenolici. In questi legami l’idrogeno funge
da taninos sintéticos, entre
Alguns
ponte tra l’atomo di ossigeno dell’ossidrile legato all’anello aromatico e l’ossigeno/e/ooutros
l’azoto atributos, possuem a cadel gruppo peptidico. Inoltre i tannini sintetici di sostituzione si legano al collagene mediante
racterística peculiar de produzir
HO
O si esercita
interazioni dipolo-dipolo; in tal modo
un’attrazione tra le cariche dei dipoli um
presenti
couro de cor branca que é
- O
+
sugli anelli aromatici delle molecole dei tannini e quelle
indotte sul gruppo peptidico,
uma
das propriedades interesHN
similmente a quanto si verifica
per i coloranti e i tannini naturali.(fig.
6)
NH
santes para produzir “wet whi+
te” isento de metais. Particularmente, os taninos sintéticos que
contêm núcleos fenólicos com
pontes sulfônicas (SO²) ou sulfonamídicas (SO²NH) conjuntamente com pontes metilênicas,
apresentam uma boa solidez à
R
luz. Por esta razão os taninos sinR
téticos de substituição à base de
Figura 6 – Ligações tanino sintético-colágeno
di-hidroxi-difenilsulfone
(Fig. 5),
La caratterizzazione di alcune pelli trattate con tannini sintetici a base di idrossidifenilsulfone
è
onde
a
reatividade
das
funções
riportata nelle tabelle 2a e 2b.
hidroxílicas é realçada pela preCrus Branco Crust Tingido Couro Acabado
sença de pontes sulfônicas entre
Metais Curtentes
Método
(mg/Kg)
(mg/Kg)
(mg/Kg)
Tabella
2a - (Al)
Pelli conciate
con tannini 35,00
sintetici (DDS)
– caratteristiche
chimiche os núcleos fenólicos são muito
Alumínio
UNI 10887
198,00
170,00
utilizados na produção de couros
Table 2a – Leather tanned with DDS syntans – chemical characteristics
Cromo (Cr)
UNI 10887
36,00
36,00
45,00
brancos sólidos à luz.
Crustn.d
bianco
Crust tinto 14,00 Pelle Finita
A ação curtente dos taninos
Titânio
(Ti)
UNI
10887
7203,00
Metalli Concianti
Metodo
(mg/kg)
(mg/Kg)
(mg/Kg)
sintéticos
de substituição dáUNI 10887
n.d
24,00198,0
11,00
Alluminio (Al) Zircônio (Zr)UNI 10887
35,0
170,0
-se pela formação de pontes de
Crus36,0
Branco Crust Tingido
Cromo (Cr)
UNI 10887
36,0 Couro Acabado 45,0hidrogênio devido à presença
Método
(mg/Kg)
(mg/Kg)
Titanio (Ti) Metais Pesados
UNI 10887
n.r.
7203,0 (mg/Kg)
14,0dos grupos OH fenólicos. NesZirconio (Zr) Cádmio (Cd)UNI 10887
n.r.
11,0tas ligações o hidrogênio faz paUNI 10887
n.d
n.d 24,0
n.d
Crust
Pelle Finita
pel de ponte entro o átomo de
Metalli PesantiCobalto (Co) Metodo
Crust
UNI 10887 bianco(mg/kg)
n.d
n.d tinto (mg/kg)n.d
(mg/kg)
oxigênio da oxidrila ligada ao
UNI 10887
n.d
n.d n.r.
n.d
Cadmio (Cd) Níquel (Ni)UNI 10887
n.r.
n.r.anel aromático e o oxigênio e/
Cobalto (Co) Chumbo (Pb)UNI 10887
n.r.
n.r.ou nitrogênio do grupo peptídiUNI 10887
n.d
n.d n.r.
n.d
Nichel (Ni)
UNI
10887
n.r.
n.r.
n.r.co. Por outra parte, os taninos
Cobre (Cu)
UNI 10887
n.d
10,00
9,00
Piombo (Pb)
UNI 10887
n.r.
n.r.
n.rsintéticos de substituição ligamZinco (Zn) UNI 10887
UNI 10887
n.d
n.d 10,0
56,00
Rame (Cu)
n.r.
9,0-se ao colágeno por interações
UNI CEN ISO /
Zinco (Zn)
UNI 10887
n.r.
n.r.
56,0dipolo-dipolo; desta forma se
Formaldeído
TS
17226-2
n.d
/
10,00
exerce uma atração entre as carUNI CEN ISO / TS
Formaldeide
n.r.
/
10,0
17226-2
gas dos dipolos presentes nos
Tabela 2a – Couros curtidos com taninos sintéticos (DDS) anéis aromáticos das moléculas
– características químicas
dos taninos e aquelas presentes
no grupo peptídico, assim como
Revista do Couro | ABQTIC
48
verosimilmente deriva anche dalla presenza del titanio (7203 mg/kg); nel caso specifico, quindi,
la pelle non può essere definita metal free anche se gli altri metalli concianti risultano essere
presenti in quantità trascurabile.
tecnologia
Negli altri casi invece le pelli esaminate possono essere considerate come esenti da
metalli
concianti e da altri metalli pesanti; infatti anche il valore dell’alluminio può essere considerato
poco significativo ai fini della sua capacità conciante.
Per quanto concerne le prove fisiche, nel complesso , non si evidenziano
particolari anomalie;
Crus Branco Crust Tingido Couro Acabado acontece com os corantes e os
solo per un campione (crust tinto) le resistenze meccaniche taninos
risultanonaturais
piuttosto
limitate,
(Fig.
6).
Parâmetro
(mg/Kg)
(mg/Kg) della(mg/Kg)
verosimilmente ciòMétodo
è legato anche
allo spessore
pelle che è pari
a
0,45
mm.
Per
altre couA caracterização delealguns
UNI
EN
ISO
pelli esaminate le proprietà meccaniche prese in considerazione
più chesintétiros risultano
tratados essere
com taninos
adeguate.
Espessura
(mm)
2589
0,98
0,45
0,75
cos à base de di-hidroxi-difenil-
O
NH
tecnologia
S
O
O
R
S
NH
+ 2HCl
49
O
Além disso as parafinas sulfoque podem reagir
desenvolvido
R na Alemanha nos sulfoclorados
R
anos 50 e denominado Immer- com os grupos amínicos da pele, cloradas podem reagir com os
gan. As parafinas sulfocloradas reticulando entre as cadeias co- grupos amídicos da pele pela seguintelareação (Fig. 9):
Porammidici
exemplo,
tendo-se
são obtidas
através possono
de reações
Inoltre le paraffine
solfoclorurate
reagirelagênicas.
con i gruppi
della
pelle attraverso
A reação entre as parafinas sulum
derivado
contendo
dois
gruradicais
entre
parafinas,
cloro
e
seguente reazione (fig. 9):
sulfone é mostrada nas tabelas 2a
pos sulfoclorados pode-se con- focloradas e os grupos amínicos/
dióxido de enxofre (Fig. 7).
Resistência à tração (N/cm²) UNI EN ISO
25,9
10,0
24,7
CONCIA CON SOLFOCLORURI
e
2b.
seguir um tipo de reação como amídicos do colágeno é uma reaEm
uma
única
cadeia
parafínica
Alongamento (%)
3376
68
39
42
ção de condensação que produz
Os resultados analíticos evidena demonstrada
na Fig.di8.HCl
podem
ser ligados
mais grupos
Figura
9 - Reazione
di condensazione
: produzione
ISO che fornisce cuoi bianchi solidi allaciam
Un altro metodo UNI
di EN
concia
luce que
che aètemperatura
stato di recente
Fig. 9: Condensation reaction: HCl loss
Hcl; portanto, o equilíbrio desta
de retraResistênciariproposto
ao rasgamentoper
(N)articoli
3377-2metal free,
88,00 con destinazione
8,00
46,00
abbigliamento,
pelletteria,
è
quello
che
reação pode ser deslocado para
ção, no contexto, é mais elevada
prevede
l’impiego
R
R
CH3
R
Distensão ao
trincamento
da dei solfocloruri in qualità di concianti.
a direita acrescentando uma base
com referência aos couros traIl primo
a base
fu7,50
preparato in9,00
Germaniatados
negli com
anni ’50
denominato
como, por exemplo, carbonato ou
saisede
fosfônio; todaflor
(mm) concianteUNI
11308di solfocloruri
9,20
O
O
Immergan; i solfocloruri si ottengono da reazioni radicaliche tra paraffine,
cloro
e80°C,
biossido
diacima,
bicarbonato de sódio, que tem a
via,
o
valor
de
visto
UNI EN ISO
zolfo: (fig. 7)
finalidade de neutralizar o ácido
deriva também da presença do
CH SO2Cl + HN
CH SO2 N
+ HCl
Temperatura de Retração (°C)
3380
75
80
76
que se forma. Por este motivo o
titânio (7203 mg/Kg). Neste caso
processo de curtimento é execuespecífico,
portanto,
o
couro
não
Tabela 2b – Couros curtidos com
sintéticos
(DDS)
Figurataninos
7 - Solfoclorazione
degli
idrocarburi
tado com a presença de compos– características
Figurefísicas
7 – Sulphochlorination of paraffins
R
R
CH3
R
tos (álcalis) a fim de neutralizar o
ácido clorídrico que se forma. Este
Figura 9 – Reação de condensação: produção de Hcl
h
CH
CH
SO
Cl
processo é, normalmente, realizaR
3
2
2
R
+ SO + Cl2
+ HCl
Figura 82- Solfocloroparaffine:
reazione di reticolazione con gruppi amminici del collagene
Metais Curtentes
Método
Crust Branco (mg/Kg)
do a uma temperatura de 35-40°C,
Fig. 8 – Sulphochloroparaffins: crosslinking with amminic groups of collagen
efetuando um pré-curtimento com
Alumínio (Al)
UNI 10887
73,00
Figura 7 – Sulfocloração dos hidrocarbonetos
glutaraldeido, o que favorece senCromo (Cr)
UNI 10887
La reazione fra i solfocloruri
e i gruppi amminici/ammidici
del29,00
collagene è una reazione
di a difusão do produto
pode serSuconsiderado
“metal
sivelmente
una stessa catena
paraffinica si possonoRlegare più gruppi solfocloruro, che possono
reagire
R
condensazione
che
produce
HCl;
pertanto
l’equilibrio
della
reazione
può
essere
spostato
verso
Titânio (Ti)
UNI 10887
23,00
free”, mesmo
que os
outros della
me- pelle, dando reticolazione tra catene collageniche. Ad esempio con un
através da estrutura da pele.
coi gruppi
amminici
destra
aggiungendo
una
base,
ad
esempio
carbonato
o
bicarbonato
di
sodio,
che
ha
lo
scopo
tais curtentes
estejam
presentes
Esteditipo de curtimento rederivato avente due gruppi solfocloruro si può avere un tipo di reazione evidenziata in fig. 8.
Zircônio
(Zr)
UNI
10887
n.d
neutralizzare l’acido che si è formato. Per questo motivo il processo di concia si esegue
in couro branco, macio,
H ClO2S R SO2Cl H
em quantidades insignificantes.
sulta num
Metais
Pesados
Método
Crust
Branco
(mg/Kg)
presenza
di
composti
(alcali)
in
grado
di
neutralizzare
l’acido
cloridrico
formatosi.
Tale
N
N
Nos outros casos, ao invés, os
estável aos álcalis e lavável com
Cádmio (Cd)
UNI 10887
n.d
H
H
couros examinados podem ser
solventes e sabões.
considerados como isentos de
O tratamento sucessivo de reCobalto (Co)
UNI 10887
n.d
metais curtentes e de outros
curtimento e engraxe prevê o
R
R
Níquel (Ni)
UNI 10887
n.d
metais pesados; mesmo o valor
emprego de taninos sintéticos à
Chumbo (Pb)
UNI 10887
n.d
do alumínio pode ser considerabase de di-hidroxi-difenilsulfonas
do pouco significativo, tendo em
e de engraxantes sintéticos. O
Cobre (Cu)
UNI 10887
n.d
vista sua capacidade curtente.
couro produzido desta forma
Zinco (Zn)
UNI 10887
n.d
R
R
No que concerne aos testes
evidencia uma temperatura de
físicos, no contexto, não se eviretração de 72°C e resistênO
Tabela 3a – Couro curtido com parafinas sulfocloradas –
O
denciam anomalias particulares;
cias ao rasgamento e elongação
características químicas
NH
NH
+ 2HCl
S
R
S
somente em uma amostra (crust
adequadas (Tab. 3b). Além disso,
tingido), as resistências mecânias análises químicas mostraram
O
O
Parâmetro
Método
Crust Branco
cas são bastante limitadas. Isto
a presença insignificante dos
Espessura (mm)
UNI EN ISO 2589
0,52
pode estar ligado à espessura do
metais curtentes (Al, Cr, Ti, Zr)
R
R
couro que é de 0,45 mm. Para
Resistência à tração (N/cm²)
11,2
determinando que o couro proFigura 8 – Parafinas sulfocloradas: reação de reticulação
os outros couros examinados, as
duzido pode ser definido como
Alongamento (%)
UNI EN ISO 3376
43
com
grupos
amínicos
do
colágeno
propriedades mecânicas levadas
“metal free” (Tabela 3a).
Inoltre le paraffine solfoclorurate possono reagire con i gruppi ammidici della pelle attraverso la
Resistência ao rasgamento (N)
UNI EN ISO 3377-2
52,8
em consideração demonstram
seguenteUm
reazione
(fig.método
9):
outro
de curti- vestuário e peleteria. Trata-se do
Distensão ao trincamento da flor(mm)
UNI 11308
8,9
estar mais que conformes.
AVALIAÇÃO DO CICLO DE
mento, que resulta em couros emprego das parafinas sulfocloTemperatura
de
Retração
(°C)
UNI
EN
ISO
3380
72
VIDA
brancos sólidos à luz foi, recen- radas como curtentes.
CURTIMENTO COM PARAFINão é simples e tampouco fácil
Figura 9 - Reazione
di condensazione
: produzione
O primeiro
curtente di
à HCl
base
temente, reintroduzido
para arTabela 3b – Couro curtido com parafinas sulfocloradasNAS SULFOCLORADAS
Fig. 9: Condensation reaction: HCl loss
fazer-se
uma avaliação objetiva das
tigos “metal free” destinados ao de parafinas sulfocloradas foi
características físicas
R
Revista do Couro | ABQTIC
R
CH3
O
R
O
Revista do Couro | ABQTIC
TECNOLOGIA
50
vantagens produtivas e ambientais
advindas do emprego de curtimentos alternativos ao cromo.
No plano produtivo poder-se-ia dizer que as desvantagens são
maiores que as vantagens. A limitação do destino destes couros
em relação àqueles ao cromo, os
processos produtivos relativamente mais complexos e longos,
a necessidade do emprego de um
maior número de produtos químicos para compensar alguns inconvenientes, tornam estes sistemas
menos flexíveis e mais onerosos.
No âmbito ambiental a poluição global produzida por estes
sistemas de curtimento “chrome
free” e/ou “metal free” é, provavelmente, maior, pela necessidade da utilização de produtos
mais dificilmente elimináveis das
águas. A este respeito, há alguns
anos, um estudo conduzido por
alemães, onde são confrontados
quatro tipos de curtimento (curtimento convencional ao cromo,
curtimento wet white com glutaraldeido e taninos sintéticos,
curtimento combinado glutaraldeido e cromo e curtimento
vegetal com mimosa) com a aplicação da metodologia LCA (Life
Cycle Assesment) somente no
processo de curtimento, evidencia que o curtimento ao cromo
deveria ser preferido, considerados todos os aspectos.
Com efeito, o estudo demonstra que as fases que mais contribuem para a poluição/toxicidade
das águas, são aquelas sucessivas
ao curtimento (recurtimento,
engraxe, tingimento, etc.) e resultou muito maior para os curtimentos alternativos examinados.
Na prática, a única desvantagem
do curtimento convencional ao
cromo foi, como era de se esperar, a presença do cromo nos loRevista do Couro | ABQTIC
dos de depuração com a consequente dificuldade de disposição.
O curtimento pior, dentro desta avaliação geral, foi o curtimento com tanino vegetal (mimosa)
que tem somente a vantagem da
ausência de metais curtentes e/ou
pesados no produto e nos lodos.
De qualquer forma, os resultados deste estudo são parciais,
enquanto não foram levados em
consideração os outros critérios
ambientais previstos pela metodologia LCA. De fato, este método baseia-se numa abordagem
sistemática definida “from cradle
to grave”, isto é “do berço à sepultura”: o produto, processo ou serviço são analisados em cada fase
de sua vida, da extração e transformação das matérias-primas
através da produção, o transporte
e utilização até a reciclagem e disposição final. Por meio de um estudo LCA torna-se possível, portanto, individualizar as fases onde
se concentram as maiores criticidades ambientais e as informações
necessárias para corrigi-las.
Levando em conta que os
pontos fortes dos curtimentos
alternativos ao cromo, particularmente o curtimento “metal
free”, estão ligados ao uso e ao
descarte do produto acabado
em termos de compatibilidade
da pele humana com o couro
(alergia aos metais) e de reciclabilidade e biodegradabilidade
do manufaturado a ser descartado, seria oportuno aplicar a
metodologia LCA a estes curtimentos alternativos emergentes,
estendendo, porém, o campo de
aplicação não somente ao processo produtivo mas também
aos outros critérios ambientais
previstos pela normas, ao ciclo
de vida do produto.
No que diz respeito à compati-
bilidade do couro “chrome free”
com a pele humana, um estudo
recente evidenciou que este tipo
de couro, testado em um grupo
de 20 pessoas com problemas
de alergia e irritação da pele, não
demonstrou fenômenos significativos de sensibilização.
Relativamente ao problema do
descarte seria oportuno estabelecer-se a efetiva biodegradabilidade dos couros curtido ao cromo no confronto com os obtidos
pelos sistemas alternativos (chrome free e metal free) para que se
pudesse demonstrar, quantitativamente, com o auxílio de métodos estandardizados, as eventuais
diferenças de tal característica
entre couros obtidos com diversos processos de curtimento. Na
literatura encontram-se poucos
dados experimentais acerca da
biodegradabilidade de couros, os
quais, além de raros são, na maioria dos casos, divergentes.
Neste particular, um estudo
da SSIP publicado no início dos
anos 90, a respeito da biodegradabilidade dos artigos de couro, avaliada através da perda de
peso de amostras enterradas em
um solo argiloso retirado de um
aterro sanitário (SOIL BURIAL
TEST), evidenciou que após dois
meses de enterramento os couros ao vegetal apresentavam um
substrato mais apto à hidrólise
enzimática comparativamente
àqueles curtidos ao cromo.
Vice-versa, um estudo mais recente (início dos anos 2000), ainda referente à biodegradabilidade
dos resíduos de couro, mensurada através da produção de biogás
(mistura de metano e dióxido de
carbono) resultante da decomposição anaeróbica deste resíduos, demonstrou que o colágeno
curtido com Cromo (III) ou ex-
TECNOLOGIA
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CONCLUSÕES
G., L’ambiente come variabile di
Os curtimentos alternativos, sucesso in um Supply Chain: Gresem a utilização dos sais de cro- en Supply Chain Management,
trato de mimosa é totalmente
resistente à degradação anaeróbica. Por sua vez, os resíduos de
colágeno não curtido podem ser
rapidamente degradados e representam uma boa fonte de produção de biogás.
Por outro lado, a definição de
curtimento pode ser entendida
como uma resistência à biodegradabilidade de um material
proteico (colágeno), antes putrescível: “O curtimento é um
processo de conversão de um
material orgânico putrescível em
um material estável que resiste à
putrefação causada pelos micro-organismos”.
Esta definição, substancialmente, contrasta com aquela relativa
à biodegradabilidade de um material polimérico: “A biodegradabilidade é a característica das
substâncias e dos materiais de
serem assimilados pelos micro-organismos e serem novamente
alçados aos ciclos naturais”. Na
prática, a biodegradabilidade é a
tendência de um material a ser
convertido em CO² graças aos
micro-organismos.
Do ponto de vista científico,
entende-se “última biodegradabilidade” como a completa degradação de um composto orgânico em compostos inorgânicos
(mineralização) por obra dos micro-organismos; se o processo
ocorrer na presença de oxigênio
(aeróbico) haverá a completa
transformação do composto orgânico em dióxido de carbono e
água.
mo e/ou de outros metais curtentes, são viáveis e já estão sendo utilizados em nível industrial.
Sua utilização, entretanto, está limitada a alguns tipos de couro e,
muitas vezes, exige modificações
mais ou menos importantes nas
fases de trabalho sucessivas.
Além da ausência dos metais
pesados, critério ambiental particularmente importante para
fins da segurança de utilização do
produto acabado, estes sistemas
de curtimento alternativos deveriam ser avaliados e confrontados com o curtimento ao cromo,
através da metodologia LCA, para
determinar o impacto ambiental
como um todo, ao longo do ciclo
de vida do produto e verificar se,
efetivamente, as inovações introduzidas acrescentam os benefícios ambientais esperados.
Ainda, a este respeito, faz-se
necessário desenvolver métodos
analíticos específicos para avaliar
a biodegradabilidade dos artigos
de couro e demonstrar, de maneira objetiva, uma maior facilidade de disposição/reciclabilidade dos couros “chrome free” e/
ou “metal free”.
Revista do Couro | ABQTIC
TECNOLOGIA
52
Cinnamomum
Uma Nova Alternativa de Curtimento Vegetal
Jéssica Taís Leidecker Kroetz, aluna do Curso Técnico em Curtimento do Centro Tecnológico do
Couro SENAI – Estância Velha, RS, Brasil.
jessicatais_ev@yahoo.com.br
Janete Schneider e Antônio Perderzolli, docentes do Curso Técnico em Curtimento do Centro Tecnológico do Couro SENAI – Estância Velha, RS, Brasil.
janete.schneider@senairs.org.br, antonio.pederzolli@senairs.org.br
RESUMO
Processamento de peles ecologicamente correto, curtida com
tanino vegetal de Cinnamomum,
extraído da casca da caneleira.
O processo de curtimento foi
realizado com tanino, extraído
da casca da canela. Ao concluir
o processo evidenciamos que o
couro, apresenta as seguintes características: boa resistência, flor
firme, boa compactação de fibras,
bom poder de queima, toque e
cheiro agradável, com uma boa
resistência ao ataque de fungos.
Com este trabalho evidenciamos
a possibilidade de realizar curtimento e recurtimento com um
novo agente vegetal, que não agride o meio ambiente e originados
de uma fonte renovável.
Palavras-chave: Curtimento Vegetal, Canela - Fonte renovável,
Ecologicamente Correto.
couros ecologicamente corretos
com características semelhantes
ou até melhor do que já se estava
produzindo, destaca-se a vasta variedade de opções disponíveis.
Com este projeto verificamos a
possibilidade da utilização do extrato extraído da casca da canela como um produto alternativo
para os processos de curtimento
e recurtimento.
A casca de canela ou canela em
pó, utilizada no dia-a-dia com finalidades medicinais, culinárias e também na fabricação de essências, ao
ser consumida, apresentou elevada
adstringência o que nos levou a
pesquisar. Sendo assim preparamos
em uma lixívia de canela e gotejamos o indicador cloreto férrico
(FeCl3) que em contato com a canela apresentou cor preta indicando a presença de fenóis.
Extraímos o tanino da casca da
caneleira, colocada em equipamentos que fazem circular o extrato
aquecido em contracorrente com o
material extraível estacionário, pois
o principio é semelhante ao processo industrial.
O processo de curtimento foi
realizado em uma pele piquelada.
INTRODUÇÃO
A indústria curtidora mundial
faz uso com freqüência de extratos vegetais de vários tipos. Seja
para processamento de couro
pleno vegetal ou combinando-os
com curtentes minerais ou sintéticos.
Estando em constante busca,
2. LEVANTAMENTO BIBLIOpor insumos que não agridam o GRÁFICO
meio ambiente e que beneficie
2.1 Histórico da Canela
Revista do Couro | ABQTIC
Um dos mais antigos alimentos
conhecidos e considerado símbolo da sabedoria na Antiguidade, a
canela já foi muito procurada na
Europa, período que gerou muitos lucros a seus comerciantes.
Entre os séculos XVI e XVIII, a
especiaria teve sua venda disputada por portugueses, holandeses e
ingleses. Os três povos europeus
ocuparam, sucessivamente, a ilha
asiática de Sri Lanka (ex-Ceilão),
apontada, junto com Mianmar
(ex-Birmânia) e Índia, como berço
de origem da planta.
Os jesuítas foram os responsáveis pela introdução da canela no
Brasil, onde as condições do solo
favoreceram sua adaptação.
A caneleira conhecida como
Cinnamomum zeylanicum pertence à familia Lauraceae, é uma
árvore de ciclo perene, que chega
a atingir 9 metros de altura e seu
tronco alcança até 35 cm de diâmetro.
A caneleira é uma árvore cultivada em clima tropical quente e
úmido, que requer cerca de 1.300
mm de chuva por ano e temperatura média anual superior a 21°C.
A casca dos ramos é comercializada em rama (pau), raspas e pó. As
colheitas da casca da canela podem ser feitas de 3 a 5 anos após
o plantio, quando ela naturalmen-
A canela é extraída do caule da caneleira, possui um aroma forte, doce e é ligeiramente
amarga. As folhas são coriáceas, lanceoladas, com nervuras na base, brilhantes e lisas na parte
TECNOLOGIA
superior e verde-claras
e finamente reticuladas na parte inferior. As flores são de coloração
amarela ou esverdeada, numerosas e bem pequenas, agrupadas em cachos ramificados.
53
co (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado aldeído
cinâmico)
é o principal ativo do
Figura 2 - Cinnamomum (Fonte
a autora)
óleo essencial presente na canela,
pelo
sabor e éaroma
É composta por sacarose, tanino, vanilina, açucaresresponsável
e seu principal
constituinte
o aldeído
cinâmico (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado
intensosaldeído cinâmico) é o principal
ativo do óleo essencial presente na canela , responsável pelo Asabor
e aroma
intensos utilizacanela
é normalmente
da como tempero na culinária, nas
Figura 2 - Cinnamomum
(Fontecinâmico:
a autora)
Fórmula do aldeído
bebidas, na cosmética, perfumes e
Figura 2 - Cinnamomum (Fonte a autora)
sabonetes. Na medicina é conheÉ composta por sacarose, tanino, vanilina, açucares e seu principal constituinte é o aldeído
cida por suas funções terapêuticinâmico (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado aldeído cinâmico) é o principal
cas, por reduzir significativamente
ativo do óleo essencial presente na canela , responsável pelo sabor e aroma intensos
o açúcar no sangue, melhorar a
taxa de colesterol (LDL e trigliFórmula do aldeído cinâmico:
Fórmula do aldeído cinâmico:
cerídeos) e também o chá é indite se solta do tronco, geralmente -claras e finamente reticuladas na cado para diabéticos (Segundo a
no outono.
parte inferior. As flores são de co- Associação de Medicamentos dos
A canela é extraída do caule da loração amarela ou esverdeada, Estados Unidos - USDA).
caneleira, possui um aroma forte, numerosas e bem pequenas, agru2.2 Taninos
doce e é ligeiramente amarga. As padas em cachos ramificados.
São misturas de derivados de
folhas são coriáceas, lanceoladas,
É composta por sacarose, tanino,
ácidos
poli-hidróxi benzóicos.
com nervuras na base, brilhantes vanilina, açucares e seu principal
O tanino é uma substancia come lisas na parte superior e verde- constituinte é o aldeído cinâmi-
Revista do Couro | ABQTIC
hidroxilas fenólicas do tanino e o oxigênio dos grupos carboamídicos do colágeno. Mesmo que
ligações por pontes de hidrogênio não sejam fortes, o grande número delas é que proporciona a
estabilização da estrutura do colágeno.
TECNOLOGIA
54
plexa, solúvel em água e adstringenSubdividem-se em dois grupos: Taninos Gálicos (Liberam Ácido Gálico na hidrolise) e
te, contida em certos vegetais
Taninosque
Elágicos (Liberam Ácido Elágico na hidrolise).
se caracteriza pela propriedade de
coagular albuminas e transformar a
pele em couro.
O curtimento vegetal vem sendo utilizado pelo homem desde
a pré-história para preservar as
peles e transformá-las em couro.
Isto era feito em fossas ou tanques escavados no solo onde era
adicionado um pouco de água e
material tanante junto às peles.
Nos últimos anos o curtimento
Principais características
dos Taninos
Hidrolisáveis:
Subdividem-se
em dois grupos:
Taninos
Gálicos (Liberam Ácido Gálico na hidrolise) e
vegetal tornou-se umaTaninos
alternativa
Elágicos (Liberam Ácido Elágico na hidrolise).
Apresentam altas concentrações de ácidos, penetração lenta no couro, coloração que
mais viável em relação aos aspecvaria
de
tos econômicos, sociais e ambien- marrom amarelado até marrom, boa solidez a luz, baixa estabilidade aos
microorganismos.
tais, devido à legislação ambiental
2.2.1 Taninos Hidrolisáveis ou Pirogálicos
mais rígida, despertando o interesse da indústria coureira de forma
São ésteres formados
por fenóis
e/ou ácidos fenóis-carboxilicos.
2.2.2Taninos
Condensados
ou Catequínicos
a realizar processos com menor
dano possível ao meio ambiente.
São compostos Flavanóides e apresentam composição química complexa; estrutura básica
Os taninos são polifenois
de
dos taninos condensáveis é o Flavan – 3 – ol. Taninos Catequínicos são taninos polimerizados.
alto peso molecular entre 500 e
3000 g/Mol, sendo que sua ação
curtente depende da sua massa
molecular e do numero de GruPrincipais características dos Taninos Hidrolisáveis:
pos Fenólicos. O tanino reage
Apresentam altas concentrações de ácidos, penetração lenta no couro, coloração que
com o colágeno através de ligavaria
de
ções hidrogeniônicas, onde o pHmarrom amarelado até marrom, boa solidez a luz, baixa estabilidade aos
microorganismos.
de curtimento varia de 4,2 a 5,2.
Uma vez que os taninos difundiram para dentro das micro fibrilas
Condensados ou Catequínicos
da pele, vai ocorrer a reação 2.2.2Taninos
deles com o colágeno. Na verdade,
São compostos Flavanóides e apresentam composição química complexa; estrutura básica
a reação se dá atravésdos
de taninos
pontes
TaninoédeoCinnamomum
líquido)Catequínicos
Base úmida
Base
seca polimerizados.
condensáveis
Flavan
3 –(extrato
ol. Taninos
são
taninos
Principais
características
dos–Taninos
Condensados
ou Catequínicos:
de hidrogênio entre as hidroxilas
0,28%
56% baixa concentração de
fenólicas do tanino e o oxigênio
Apresentam estabilidade Tanantes
elevada a hidrólises de microorganismos,
ácidos,
deposição de flobafenos, elevada velocidade de penetração, coloração que varia de róseo
dos grupos carboamídicos
do coTanantes
0,12%
24%
até marrom
menos
solidez a luz.
lágeno. Mesmo que ligações
por avermelhado e umaNão
pontes de hidrogênio não sejam
Sólidos Solúveis
0,4%
80%
3. Metodologia
fortes, o grande número delas é
que proporciona a estabilizaçãoOdaexperimento foi conduzido
Sólidos Insolúveis
0,1% do Couro- - SENAI, localizado na
no Centro Tecnológico
estrutura do colágeno. cidade de Estância Velha, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. No período de maio a setembro de
pH do líquido tanante
5,0
2010. ou
2.2.1 Taninos Hidrolisáveis
Pirogálicos
Apresentam altas concentraGálico na
3.1 Extração
dohidrolise)
Tanino e Taninos EláSão ésteres formados por fenóis
gicos (Liberam Ácido Elágico na ções de ácidos, penetração lenta
e/ou ácidos fenóis-carboxilicos.Para a realização da extração do tanino de canela (Cinnamomum), foi utilizado um sistema
no couro, coloração que varia de
hidrolise).
Subdividem-se em dois
grupos:
similar
ao utilizado
nas
indústrias
de
tanino,
ou
seja,
esteou
foi
obtido pela
Principais
características
dos
Taninos
Condensados
Catequínicos:
amarelado
atélixiviação
marrom,aquosa das
Principais características dos Ta- marrom
porções
de canela moída (vegetal tanífero), colocada em equipamentos que fazem circular o
Taninos Gálicos (Liberam
Ácido
boa solidez a luz, baixa estabilidaninos Hidrolisáveis:
extrato aquecido em contracorrente com o material extraível estacionário.
Apresentam estabilidade elevada a hidrólises de microorganismos, baixa concentração de
ácidos, deposição de flobafenos, elevada velocidade de penetração, coloração que varia de róseo
3.1.1
Ensaios químicos
até marrom
avermelhado
e uma menos solidez a luz.
Revista do Couro | ABQTIC
3. Metodologia
TECNOLOGIA
de aos microorganismos.
2.2.2Taninos Condensados ou
Catequínicos
São compostos Flavanóides e
apresentam composição química
complexa; estrutura básica dos
taninos condensáveis é o Flavan
– 3 – ol. Taninos Catequínicos são
taninos polimerizados.
Principais características dos Taninos Condensados ou Catequínicos:
55
Apresentam estabilidade elevada a hidrólises de microorganismos, baixa concentração de
ácidos, deposição de flobafenos,
elevada velocidade de penetração,
coloração que varia de róseo até
marrom avermelhado e uma menos solidez a luz.
3. Metodologia
O experimento foi conduzido
no Centro Tecnológico do Couro - SENAI, localizado na cidade
Matéria-prima: Pele piquelada
Peso: 8Kg
Kg ou L
Produtos
270g
Auxiliar de dispersão para vegetal
1,5L
Tanino de Cinnamomum
Espessura: Integral
Artigo: Napa Bolsa
°C min pH Observações
60
1L
100g
16g
Tanino de Cinnamomum
Tanino de Cinnamomum em pó
Seqüestrante de Ferro
40
100g
120g
80g
Tanino de Cinnamomum em pó
Auxiliar de dispersão para vegetal
Óleo animal sulfitado
60
1,5L
300g
Tanino de Cinnamomum
Auxiliar de dispersão para vegetal
120
16g
1L
120g
80g
16g
Seqüestrante de Ferro
Tanino de Cinnamomum
Auxiliar de dispersão para vegetal
Óleo animal sulfitado
Fungicida
120 3,8
1,5L
Lavar/Esgotar/Cavaletar
Tanino de Cinnamomum
Auxiliar de Atravessamento e fixação
Esgotar/Lavar/Cavaletar/Estirar e Enxugar/
Rebaixar
60
Bé 6
Teste de retração
a 65°C
de Estância Velha, estado do Rio
Grande do Sul, Brasil. No período
de maio a setembro de 2010.
3.1 Extração do Tanino
Para a realização da extração do
tanino de canela (Cinnamomum),
foi utilizado um sistema similar ao
utilizado nas indústrias de tanino,
ou seja, este foi obtido pela lixiviação aquosa das porções de canela
moída (vegetal tanífero), colocada em equipamentos que fazem
circular o extrato aquecido em
contracorrente com o material
extraível estacionário.
3.1.1 Ensaios químicos
A partir dos resultados analíticos, comprovamos a possibilidade
de realizar o curtimento vegetal
com Tanino de Cinnamomum, extraído da casca da caneleira.
3.2 Curtimento com Tanino de
Cinnamomum (extrato líquido).
O processo de curtimento foi
realizado em um meio de pele
piquelada de espessura integral,
seguido pelas etapas de descanso, enxugamento, rebaixamento,
acabamento molhado, pré-acabamento e acabamento, conforme
formulação abaixo.
Depois de rebaixado, o couro
foi recurtido, somente com tanino
de Cinnamomum líquido e um auxiliar de atravessamento e fixação.
O couro atanado produzido foi
estirado e colocado para secar durante 24 horas no túnel de secagem.
Após, aplicada uma fina camada de
caseína na superfície do couro e
óleo no carnal, para proporcionar
um toque mais agradável ao artigo.
O mesmo foi disposto por um minuto no vácuo seco, amaciado e em
seguida, utilizou-se a chapa lisa para
evidenciar o brilho que o curtimento vegetal proporciona.
3.3 Ensaio Físico-mecânico
Realizou-se o teste de solidez
a luz conforme EN ISO 105-B02
Revista do Couro | ABQTIC
56
Depois de rebaixado, o couro foi recurtido, somente com tanino de Cinnamomum líquido e um
TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
auxiliar de atravessamento e fixação.
/ 2002. Apresentando resultado
grau 3 na escala de Cinzas.
57
Influência de Agentes
Mascarantes Orgânicos no
Processo de Curtimento
com Sais de Cromo
4. Resultados e discussão:
Ao término do processamento
do couro o mesmo apresentou, coFigura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora)
loração clara, toque agradável, bom
enchimento, boa gravabilidade, boa
O couro
atanado produzido foi estirado e colocado para secar durante 24 horas no túnel de
compactação de fibras,
resultando
Neimar Barronio e Marina Vergílio Moreira
em um couro de
flor
firme.
secagem. Após, aplicada uma fina camada de caseína na superfície do couro e óleo no carnal,
Observou-se também que o
Centro Tecnológico do Couro SENAI RS – Estância Velha,
para
proporcionar
um toque mais agradável ao artigo. O mesmo foi disposto por um minuto no
couro produzido
com
tanino de
Rio Grande do Sul, Brasil.
Cinnamomum vácuo
tem certaseco,
resistênamaciado e em seguida, utilizou-se a chapa lisa para evidenciar o brilho que o
cia ao ataque fúngico,
pois o vegetal
mescurtimento
proporciona.
mo estava disposto com outros
lúvel, com formiato de sóFigura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora)
RESUMO
couros contaminados com fungos
Neste estudo observou-se a dio ficou em 0,42% e com
e não apresentou evidência de
capacidade de atravessamento ftalato de sódio em 0,38%,
Figura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora)
ataque fúngico. A partir deste fato
e fixação do sal de cromo na o teor de Cr2O3 fixado, deiniciou-se uma pesquisa sobre o
pele, a partir das quantidades de terminado por diferença
poder fungicida da Canela.
dois sais
O couro atanado produzido foi estirado e colocado para secar durante 24 horas
nomascarantes,
túnel de formiato entre o total e o solúvel,
Segundo ANGLE et al., 1982;
e ftalato de sódio num processo com formiato de sódio fiApós, aplicada uma fina camada de caseína na superfície do couro edeóleo
no carnal,
DHINGRA; secagem.
COELHO NETO,
curtimento
mascarado sem cou em 3,98% e com fta1998, a canela possui ação media
realização
de
para proporcionar um toque mais agradável ao artigo. O mesmo foi disposto por um minutopíquel
no tradicio- lato de sódio em 4,18%,
cinal fungicida, por possuir em sua
nal, cujo objetivo foi determinar apresentando uma eficiêncasca um óleovácuo
que inibeseco,
o ataqueamaciado e em seguida, utilizou-se a chapa lisa para evidenciarpara
o cada
brilho
tipo que
de sal o
mascarante cia de fixação de Cr2O3 da
de alguns fungos dos gêneros Asutilizado,
a
quantidade
a ser apli- ordem de 90%.
curtimento vegetal proporciona.
pergillus, Fusarium e Penicillium.
cada, para que se obtenha a máPalavras-Chave: CurtiSendo este fato um diferencial
xima fixação dos sais de cromo mento Mascarado, Cromo
inovador em relação aos demais
na pele, reduzindo, assim, a possi- VI, Cr2O3 fixado, Cr2O3 socurtentes vegetais.
bilidade de geração de cromo VI lúvel.
Figura 4 - Couro Acabado (Fonte a autora)
Portanto verificou-se a possibie a quantidade de contaminantes
Figura 4 - Couro Acabado (Fonte a autora)
lidade do curtimento de couros
nos banhos residuais de curti1 INTRODUÇÃO
com extrato vegetal de canela, um vegetal tanífero originado de acessado as 18hs00min.
mento. Realizaram-se três testes
Uma das etapas mais imsendo que este proporcionou ao uma fonte renovável.
http://www.portalsaofrancisco.
de aplicação em fulão, utilizando- portantes na transformaEnsaio
couro características3.3
positivas
e se Físico-mecânico
O trabalho terá continuidade com.br/alfa/canela/canela.php Dis-se como sal mascarante o for- ção das peles em couros é
assemelha ao curtimento com ou- neste ano de 2011, com enfoque ponível em 12/09/2010, acessado
miato de sódio, nas quantidades a etapa de curtimento. No
tros tipos de taninosRealizou-se
já existentes. onasteste
áreas de
de processo
as 18hs40min.
estequiométricas de 0,50, 0,75 processo de curtimento, os
solidez (poder
a luz funconforme
EN ISO 105-B02 / 2002. Apresentando resultado
5. Considerações Finais
gicida),
moda
e
marketing
sensorial.
http://www.sensibilidadeesabor.
e 1 mol de mascarante por mol produtos curtentes mais
grau 3vegetais
na escala
Visto que taninos
são de Cinzas.
com.br/canela.html
Disponível
de Cr2O3 ofertado e outros três utilizados são os sais de
materiais biodegradáveis, que não
6. Referências
em12/09/2010, acessado as 19hsutilizando-se como sal masca- cromo, cuja função é toragridem o meio ambiente, couros
VIEGAS, E.C.; SOARES, A.; CAR- 15min.
rante o ftalato de sódio, também nar a pele imputrescível e
curtidos com agentes
vegetais MO,
M.G.F.; ROSSETTO, C.A.V.
http://revistagloborural.glo4. Resultados
e discussão:
nas quantidades de 0,50, 0,75 e 1 aumentar sua estabilidade
apresentam características mais Toxicidade de óleos essenciais de bo.com/GloboRural/0,6993,E
mol de mascarante por mol de hidrotérmica.
absorventes e mais transpiráveis alho e casca de canela contra fun- EC1702239-4529,00.html DispoDa oferta total de sal de
Cr2O
. Os melhores resultados
3
término do processamento do couro o mesmo apresentou, coloração clara,
toque
que couros curtidos Ao
com metais.
gos do grupo
nível em 12/09/2010,
acessado
as
foram obtidos nos testes com cromo, em um processo de
Figura
4
Couro
Acabado
(Fonte
a
autora)
agradável,
bom enchimento,
boaHorticultura
gravabilidade,
boa compactação de fibras, resultando0,50
emmol
um
O projeto viabiliza
a possibiAspergillus flavus.
20hs30min.
de mascarante / mol de curtimento, uma parte se
couro
de flor de
firme.
lidade de realizar
o processo
Brasileira, Brasília, v.23, n.4, p.915Cr2O3, onde o teor de Cr2O3 to- fixa nas fibras da pele e oucurtimento e recurtimento de 919, out-dez 2005.
tal com formiato de sódio ficou tra parte fica residual nos
couros, com menor3.3
impacto
am- Físico-mecânico
http://pt.wikipedia.org/wiki/
em 4,40%
Observou-se
também que o couro produzido com tanino de Cinnamomum tem
certae com ftalato de sódio banhos de curtimento e
Ensaio
biental tendo como matéria prima Canela Disponível em 12/09/10,
em
4,56%,
resistência ao ataque fúngico, pois o mesmo estava disposto com outros couros contaminados com o teor de Cr2O3 so- depositada entre as fibras,
Realizou-se o teste de solidez a luz conforme EN ISO 105-B02 / 2002. Apresentando resultado
Revista dograu
Couro
ABQTIC
3 |na
escala de Cinzas.
Revista do Couro | ABQTIC
tecnologia
58
tecnologia
A figura 3.1 apresenta o fluxograma seguido nos testes de aplicação.
gerando uma redução na eficiência do processo de curtimento,
um grande impacto ambiental
pela geração de efluentes líquidos com elevada concentração
de poluentes e um risco de oxidação do cromo III não fixado a
cromo VI, durante as etapas que
se sucedem. A quantidade de sal
de cromo residual varia de acordo com as condições e com o
tipo de processo empregado.
Para favorecer a absorção dos sais de cromo pela pele
pode-se utilizar o processo de
curtimento mascarado, através
do qual se realiza a adição de sais
mascarantes juntamente com os
sais de cromo, os quais alteram
a reatividade dos sais de cromo
frente à pele.
A quantidade de sal mascarante a ser utilizada está diretamente relacionada à quantidade de
sal de cromo ofertada e a mesma
pode ser determinada através de
cálculos estequiométricos.
O uso de sais mascarantes em
excesso, por sua vez, pode dificultar a fixação dos sais de cromo
nas fibras da pele e, conforme
visto anteriormente, os sais de
cromo não fixados podem sofrer
oxidação nas etapas de acabamento molhado proporcionando
a geração de cromo VI nos couros, que é bastante nocivo à saúde e constitui-se uma das substâncias restritas em couro.
Durante o estudo observou-se a capacidade de atravessamento e fixação do sal de cromo na pele, a partir do tipo e
das quantidades de sais mascarantes ofertadas, num processo
de curtimento mascarado sem
a realização de píquel tradicional, cujo objetivo foi determinar
para cada tipo de sal mascarante
utilizado no estudo, a quantidade
intuito de se reduzir esses efeitos
utilizam-se processos denominados de alto nível de esgotamento
que permitem maior fixação do
cromo no couro, reduzindo assim sua concentração no banho
residual.
A proposta do processo de
alto esgotamento consiste, basi2 REVISÃO BIBLIOGRÁ- camente, na utilização de compostos que modifiquem a estruFICA
2.1 Reação dos Sais de tura protéica ou que alterem a
reatividade do curtente (PACromo com o Colagênio
A reatividade do cromo com a CHECO, 2005).
pele é afetada pelo pH da pele
2.2.1 Curtimento Mascarado
e pela basicidade do curtente.
Estes aspectos devem ser conA proposta de alto esgotamentrolados durante o processo,
que ocorre em duas etapas. Ini- to do cromo baseada no emprecialmente ocorre a difusão do go de compostos que alteram a
sal de cromo para o interior da reatividade do curtente é denofibra e posteriormente a fixação minada de mascaramento.
O mascaramento dos sais de
do mesmo.
Durante o curtimento o com- cromo consiste na substituição
plexo de cromo sofre modifica- parcial dos grupos aquosos desções em sua estrutura. Inicial- se sal por grupos ácidos, que têm
mente o sal de cromo não tem maior tendência a formar comreatividade com a pele, possuin- plexo.
Os agentes mascarantes podem
do maior velocidade de difusão.
Após a penetração em toda a ser orgânicos, tais como o forespessura da pele, inicia-se o au- miato de sódio, acetato de sódio,
mento da alcalinidade (pH) e da ftalato de sódio, oxalato de sódio
temperatura, fazendo com que o ou inorgânicos tais como, sulfito
complexo de cromo reaja com de sódio, silicatos e polifosfatos
a estrutura protéica, promoven- de sódio.
O complexo mascarado tem
do o curtimento (FLÔRES et al.,
sua reatividade frente ao colagê1997).
nio diminuída, favorecendo a di2.2 Processos de Curti- fusão e a distribuição do mesmo
mento com Alto Nível de no interior da pele (HOINACKI
et al., 1994).
Esgotamento
que deve ser aplicada, para que
se obtenha a máxima fixação dos
sais de cromo na pele, reduzindo,
assim, a possibilidade de geração
de cromo VI nas etapas que se
sucedem e a quantidade de contaminantes nos banhos residuais
de curtimento.
Num processo de curtimento
tradicional a quantidade de curtente fixado ao couro é parcial
em relação ao total ofertado. O
cromo não fixado permanece no
banho residual, o que aumenta
ainda mais o impacto ambiental
e econômico desta etapa. Com o
3 METODOLOGIA
O estudo desenvolvido foi do
tipo experimental, segundo o
qual se determinou como objeto
de estudo a capacidade de atravessamento e fixação dos sais
de cromo no curtimento mascarado sem píquel tradicional,
Peles Caleiradas
selecionando-se como variáveis
(espessura integral)
capazes de influenciá-lo o tipo e
as quantidades de sais mascaranÁgua
tes ofertadas e definindo como
Tensoativo
Lavagem
formas de Acontrole
observa-o fluxograma seguido nos testes de aplicação.
figura 3.1eapresenta
Sulfato de Amônio
ção o teor de Cr2O3 nos banhos
Peles Caleiradas
residuais de curtimento e a Cifra
(espessura integral)
Água
Diferencial, o teor de Cr2O3 toTensoativo
Desencalagem
tal e o teor de Cr2O3 solúvel nos
Sulfato de Amônio
Química
Água
Cloreto de Sódio
couros wet-blue produzidos.
Ácido Lático
Tensoativo
Lavagem
Para o desenvolvimento do
Sulfato de Amônio
estudo foram realizados testes
Água
de aplicação em fulão e análiPurga
Água
ses químicas dos banhos residuTensoativo
Enzima Pancreática
Desencalagem
Sulfato de Amônio
ais de curtimento e dos couros
Química
Cloreto de Sódio
wet-blue no Laboratório de PesÁcido Lático
quisa do Centro Tecnológico do
Água (2 x)
Lavagens da Purga
Couro SENAI RS.
Água
3.1 Procedimento ExperiEnzima Pancreática
mental
Purga
Água
Cloreto de Sódio
Alvejante
Ácido Fórmico
Condicionamento
Segundo Hoinacki (1989), os
Água (2 x)
Lavagens da Purga
sais mascarantes são utilizados
na proporção de 0,5 a 1 mol de
mascarante para cada mol de
Formiato de Sódio
Ftalato de Sódio
Curtimento ao
Curtimento ao
Cr2O3 ofertado. Com o objeti-Água
Sal de Cromo
Sal de Cromo
Cromo Mascarado
Cromo Mascarado
Cloreto de Sódio Basificante (MgO)
Basificante (MgO)
vo de se estudar esta indicação,
Condicionamento
com
com
Alvejante
Água
Água
Formiato de Sódio
Ftalato de Sódio
foram realizados três testes Ácido
de Fórmico
Fungicida
Fungicida
aplicação em fulão, utilizando-se
como sal mascarante o formiato
Couros Wet-Blue
Couros Wet-Blue
de sódio, nas quantidades este(espessura integral)
(espessura integral)
Formiato de Sódio
Ftalato de Sódio
Curtimento ao
Curtimento ao
quiométricas de 0,50,
0,75 e 1 Cromo
Sal de Cromo
Sal de
Cromo de aplicação.
Figura
3.1:Mascarado
Fluxogramados
dos
testes
Figura
3.1:
Fluxograma
testes
de aplicação.
Mascarado
Cromo
(MgO)
Basificante (MgO)
mol de mascaranteBasificante
por
mol
de
Fonte:
O
autor.
com
com
Água
Água
Fonte:
O
autor.
Ftalato de Sódio
Fungicida
Fungicida
Cr2O3 ofertado e outros
três Formiato de Sódio
Para
a
determinação
da
percentual
saisfoimascarantes
cada dos
meio
desenvolvidoforam
de feitos c
caleirado
testes de aplicação utilizando-se alizado sobre um meiooferta
estequiométricos
sobre
a
oferta
de
sal
de
cromo
e
os
resultados
obtidos
encontram-se
com Wet-Blue
espessura integral,
utilizan- forma a eliminar o processo de na tabela
como sal mascarante o ftalato Couros
Couros Wet-Blue
do-se integral)
ainda como(espessura
base integral)
para a píquel tradicional, o qual faz uso
de sódio, também nas quantida- (espessura
Tabela 3.1: Porcentagem de sal mascarante ofertada em cada experimento
de ácido sulfúrico, substituindorealização
dos
testes
de
aplicades estequiométricas de 0,50,
Figura 3.1: Fluxograma dos testes de
aplicação.
% de Sal Mascarante
por uma etapa denominada
técnica
Fonte:de
O meios
autor. gêmeos, -se
0,75 e 1 mol de mascarante por ção aExperimentos
% de Formiato de Sódio
% de Ftalato de S
de condicionamento
ácido da 2,16
isto
é, meios de
mol de Cr2O3 ofertado.
1 mol de
mascarante
– 1uma
molmesma
de Cr2Opele.
0,70
a determinação
da O
oferta
percentual
dos sais 3 mascarantes
foram
feitos écálculos
pele, cujo
objetivo
diminuir a 1,62
processo
Cada testePara
de aplicação
foi
re-mol
0,75
de mascarante
– aplicado
1 mol de Crsobre
0,52
2O3
estequiométricos sobre a oferta de sal de cromo e os resultados obtidos encontram-se na tabela 3.1.
0,50 mol de mascarante – 1 mol de Cr2O3
0,35
1,08
Tabela 3.1: Porcentagem
Fonte: O autor.de sal mascarante ofertada em cada experimento
Tabela 3.1: Porcentagem de sal mascarante ofertada em cada experimento
% de Sal Mascarante
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Experimentos
% de Formiato de Sódio
% de Ftalato de Sódio
1 mol de mascarante
–
1
mol
de
Cr
O
0,70
2,16
3
4.1 Monitoramento2 do
pH do banho durante os testes de aplicação
0,75 mol de mascarante – 1 mol de Cr2O3
0,52
1,62
0,50 mol de mascarante –A1tabela
mol de4.1
Cr2apresenta
O3
0,35
1,08
os resultados de monitoramento do
pH do banho, a partir da et
Fonte: O autor.
condicionamento, a Fonte:
fim de seOterautor.
uma melhor avaliação da atuação dos sais mascarantes dura
testes de aplicação.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Revista do Couro | ABQTIC
59
4.1 Monitoramento do pH do banho durante os testes de aplicaçãoRevista
do Couro | ABQTIC
Tabela 4.1: pH do banho ao longo dos testes de aplicação
considerados
adequados
para o início
atravessamento
do cromo,
que os
quais
a reatividade
do salda
deetapa
cromodecom
a pele, permitindo
assim uma
a suavez
difusão
até o
Fonte:
O diminuem
autor.
processos
utilizados
fazem
uso
de
dois
agentes
mascarantes,
formiato
de
sódio
e
ftalato
de
sódio,
os
resistência
externa
da pele à pe- os meios direitos o ftalato de sóinterior
da mesma.
quais diminuem
aacromo
reatividade
do dio.
sal mascarante
de cromo com
a pele, permitindo
assim
a sua difusão
o pH
Após
adição
dodos
agente
atravessamento
do do
cromo
observa-se
umaaté
redução
4.1
do
netração
do
sal
deda
A partir
análisemasresultados
obtidose no
monitoramento
pHMonitoramento
do
banho durante
os
interior
da
mesma.
no pH
banhos observa-se,
em todos os de
testes,
que
naqueles
onde
utilizou
o após
ftalato
sódio
como
do
banho
durante
os de
testes
A
figura
3.1
apresenta
flucarado.
testes
de dos
aplicação,
umasendo
forma
geral,
queo o
pH se
do
banho
adeetapa
Após
a adição do
agente
mascarante
e consequentemente
atravessamento do no
cromo
observa-se
umaem
redução
agente
mascarante
esta
redução
foi
maior,
final
do
curtimento,
todos
os
condicionamento
situa-se
entre
3,06
e
3,16,
em
todos
os
testes
realizados.
Esses
valores
são
de aplicação
xograma
seguido
nos testes
Dessa
forma
os testes
de aplino pH
doscom
banhos
em todos
testes,
onde de
sede
utilizou
o ftalato
de sódio
como
testes
a utilização
doos
ftalato
de sendo
sódio
oque
pH naqueles
final
do processo
curtimento
foi
mais
baixo.
Aos
partir
considerados
adequados
para
o
início
da
etapa
de
atravessamento
do
cromo,
uma
vez
que
cação
foram
compostos
pelas aplicação.
agente
mascarante
esta
redução
foi maior,
consequentemente
no afinal
do curtimento,
todos
desta
observação
acredita-se
nos processos
onde ocorre
aplicação
de
ftalatoem
desódio,
sódio os
como
processos
utilizados
fazem
uso deque
dois
mascarantes,
deAsódio
e ftalato
de
os
tabela
4.1após
apresenta
Paraagentes
ao determinação
da formiato
oferta
seguintes
etapas:
Desencalagem,
testes
com
a
utilização
do
ftalato detrabalhar
sódio
pH
finalum
do pH
processo
de curtimento
foi mais
baixo.
A partirosdereagente
mascarante,
pode-se
com
um
pouco
mais
elevado,
a
quais diminuem a reatividade do sal de cromo com a pele, permitindo assim a sua difusão etapa
até o
desta
observação acredita-se
nos processos
ocorre a aplicação
de ftalato
de sódio como do
sultados
de monitoramento
dos onde
sais mascarantes
Purga,
Condicionamento
e Cur-quepercentual
condicionamento.
interior
da mesma.
agente
mascarante,
pode-se
trabalhar
com
um
pH
um
pouco
mais
elevado,
após
etapa da
de
pH observa-se
do banho, uma
aa partir
feitose atravessamento
cálculos estequiotimento Mascarado,
sendo
que foram
Após a adição
do agente
mascarante
do cromo
reduçãoetapa
condicionamento.
de condicionamento,
fim de se
4.2 dos
Resultados
dastodos
Análises
Físico-Químicas
dos
Testes
Aplicação
métricos
sobre
a oferta
dedesal
as diferenças
no
processamento
no pH
banhos
em
os testes,
sendo
que naqueles
onde
se
utilizou
o ftalato de sódioacomo
ter
uma
melhor
avaliação
da atude
cromo
e
os
resultados
obtiforam
introduzidas
somente
na
agente
mascarante
esta
redução
foi maior, consequentemente
no final do curtimento, em todos os
4.2
Resultados
das
Análises
Físico-Químicas
dos Testes de Aplicação
4.2.1
Cifra
Diferencial
testes
a utilização
do ftalato de
sódio
o pH final dona
processo
de curtimento
foi mais
A partir duação dos
sais baixo.
mascarantes
dos
encontram-se
tabela 3.1.
etapa
de com
curtimento
mascarado,
desta
observação
acredita-se
deos
ftalato
dede
sódio
como
rante
testes
aplicação.
onde
sobre
os meios
esquerdosque nos processos onde ocorre a aplicação
4.2.1
Diferencial
OsCifra
resultados
obtidos
para a cifra
diferencial
estão
apresentados
na tabela
4.2.a etapa de
agente
mascarante,
pode-se
trabalhar
com
um
pH
um
pouco
mais
elevado,
após
A partir da análise dos resulfoi aplicado o formiato de sódio
4 RESULTADOS E DIScondicionamento.
tados
obtidos
como
agente
mascarante
e
sobre
CUSSÃO
Os
resultados
obtidos
para
a
cifra
diferencial
estão
apresentados
na
tabela
4.2. no monitoramenTabela 4.2: Resultados obtidos para a cifra diferencial
Testes
de Aplicaçãoobtidos
Cifra Diferencial (CD)
4.2 Resultados dasTabela
Análises
Físico-Químicas
dos Testes
de a
Aplicação
4.2:
Resultados
para
cifra diferencial
Tabela 4.2: Resultados
a cifra
diferencial
1 mol de obtidos
formiato para
de sódio
/ mol
de Cr2O3
0,44
Testes de Aplicação
Cifra Diferencial
0,47 (CD)
0,440,47
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol
ftalato
de sódio
/ mol /de
Cr2de
O3Cr2O3
0,470,57
0,75de
mol
de ftalato
de sódio
mol
Os resultados
para
asódio
cifra /diferencial
estão
apresentados na tabela
0,750,50
molobtidos
de
formiato
de
mol
de
Cr
O
0,474.2.
2
3
mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,47
0,750,50
mol mol
de ftalato
de sódio
/ mol/ mol
de Cr
0,570,58
3 2O3
de ftalato
de sódio
de2OCr
Tabela
4.2:0,50
obtidos
diferencial
mol de formiato
depara
sódioa/ cifra
mol de
Cr2O3
0,47
Fonte:
OResultados
autor.
Cifra Diferencial
(CD)
0,50 mol deTestes
ftalato de
de Aplicação
sódio / mol de Cr2O3
0,58
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,44
Fonte: O
O autor.
gráfico
4.1 estabelece uma comparação
entre as ofertas dos sais
mascarantes, em cada
Fonte:
1 mol de ftalato de sódio / mol
de Cr2O
O3 autor.
0,47
teste de aplicação,
no
que
diz
respeito
à
cifra
diferencial
dos
couros.
0,75
molestabelece
de formiato uma
de sódio
/ mol de Crentre
0,47
2O3
O gráfico
4.1
comparação
as ofertas dos sais mascarantes,
em cada
0,75
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
0,57
0,8
2O3
teste de aplicação, no que diz respeito à cifra diferencial dos couros.
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,47
0,50 mol0,8de ftalato
de sódio / mol de Cr2O3
0,58
0,6
Cifra Diferencial
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4.2.1 Cifra
Diferencial
1 mol
de formiato de sódio / mol de Cr2O3
Fonte: O autor.
Cifra Diferencial
0,6
0,4
O gráfico 4.1 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada
0,4
teste de aplicação, no que
diz respeito à cifra diferencial dos couros.
0,2
0,8
0,2
Cifra Diferencial
60
0
0,6
0
1
Testes de Aplicação
21
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3
3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Testes de Aplicação
0,4 0,75 mol de formiato de sódio / mol
de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50
mol dede
formiato
sódio
/ mol de Cr2O3
0,50
mol de ftalato
sódio
/ mol de Cr2O3
1 mol de
formiato
sódio /de
mol
de Cr2O3
1 mol de
ftalato
sódio /de
mol
de Cr2O3
0,75
0,2 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50 mol
de formiato de sódio
/ mol
de Cr2O3 conforme
0,50 mol de ftalato
/ mol de Cr2O3 de sal mascarante ofertada.
Gráfico 4.1: Cifra
Diferencial
dos
couros,
tipodeesódio
quantidade
Gráfico
4.1: Cifra Diferencial dos couros, conforme tipo e quantidade
Fonte:
O autor.
0
Gráfico 4.1: Cifra Diferencial dos
couros,
conforme
tipo
e quantidade
de sal mascarante ofertada.
21
de
sal mascarante
ofertada.
1
3
Fonte: O autor.
Testes de Aplicação
Fonte: O autor.
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Revista
do Couro
| ABQTIC
Gráfico
4.1: Cifra
Diferencial dos couros, conforme tipo e quantidade de sal mascarante ofertada.
Fonte: O autor.
61
to do pH do banho durante os mo observa-se uma redução no Físico-Químicas dos Testes
testes de aplicação, observa-se, pH dos banhos em todos os tes- de Aplicação
4.2.1 Cifra Diferencial
de uma forma geral, que o pH tes, sendo que naqueles onde se
do banho após a etapa de con- utilizou o ftalato de sódio como
Analisando-se
osresultados
resultados
obtidos
paraaesta
acifra
cifra
diferencialdos
doscouros
courosobserva-se
observa-se
que
Os
resultados
obtidos
para
agenteobtidos
mascarante
redução
dicionamentoAnalisando-se
situa-se
entreos
3,06
para
diferencial
que
osos a
mesmos
situam-se
entre
0,44
e
0,58
e
todos
os
resultados
são
aceitáveis,
pois
segundo
a
NBR
cifra
diferencial
estão
apresentamaior,
consequentemente
no aceitáveis, pois segundo a NBR
e 3,16,mesmos
em todos
os testes
reasituam-se
entre
0,44 foi
e 0,58
e todos
os resultados são
13525:05
cifradiferencial
diferencial
deve
ser
inferior
0,7,mas
mas
aocomparar
comparar
dois
mascarantes
verifica-se
a acifra
ser
inferior
a a0,7,
ososdois
mascarantes
na
tabela
4.2. verifica-se
final
do
curtimento,
em ao
todos
os dos
lizados.13525:05
Esses valores
são
consi-deve
que,nos
nostestes
testesonde
ondefoifoiaplicado
aplicadoo oformiato
formiatode
desódio
sódioososresultados
resultadosforam
forammelhores.
melhores.Isso
Issoestá
estáde
de
que,
O gráfico 4.1 estabelece
uma
testes com a utilização do ftalato
deradosacordo
adequados
para
o início
como oesperado,
esperado,pois
poisconforme
conformepode
podeser
serobservado
observadona
natabela
tabela4.1,
4.1,após
apósa aadição
adiçãodo
doagente
agente
acordo
com
comparação
entre asoofertas
dos
o pH
finalem
dotodos
processo
da etapa
de atravessamento
do dedosódio
mascarante
atravessamento
salde
de
cromo,
testes
ondefoifoiaplicado
aplicado
ftalatode
de
mascarante
e eatravessamento
do sal
cromo,
em todos
osostestes
onde
o ftalato
sais
mascarantes,
em
cada
teste
de
curtimento
foi
mais
baixo.
A
cromo,sódio
uma como
vez
que
proces- a aredução
sódio
como
salos
mascarante,
reduçãodo
dopH
pHdo
dobanho
banhofoifoimaior,
maior,consequentemente
consequentementeososcouros
couros
sal
mascarante,
de
aplicação,
no
que
diz
respeito
partir
desta
observação
acredisos utilizados
fazem
uso
de
dois
apresentaram
uma
cifra
diferencial
maior.
apresentaram uma cifra diferencial maior.
à cifra
diferencial
couros./ /
ta-se
que obtidos
nos processos
onde
Deum
ummodo
modo
geral,ososresultados
resultados
obtidos
nostestes
testesde
deaplicação
aplicação
com
molde
dedos
mascarante
agentes mascarantes,
formiato
De
geral,
nos
com
1 1mol
mascarante
O
ofertado,
tanto
para
o
formiato
de
sódio
como
para
o
ftalato
de
sódio,
foramosos
mol
de
Cr
Analisando-se
os
resultados
ocorre
a
aplicação
de
ftalato
de
de sódio
e
ftalato
de
sódio,
os
2
3
mol de Cr2O3 ofertado, tanto para o formiato de sódio como para o ftalato de sódio, foram
melhores.
melhores.
obtidos
para
a
cifra
diferencial
sódio
como
agente
mascarante,
quais diminuem a reatividade do
sal de cromo com a pele, permi- pode-se trabalhar com um pH dos couros observa-se que os
Total
4.2.2Teor
Teorde
deÓxido
ÓxidoCrômico
(Cr
2O
)3)Total
(Cr
2O
3mais
um pouco
elevado, após a mesmos situam-se entre 0,44
tindo assim a4.2.2
sua
difusão
até
o Crômico
e 0,58
todosapresentados
os resultados
etapa
de
condicionamento.
interior da mesma.
totalpresente
presentenos
nos
couroseestão
estão
na
Osresultados
resultadosobtidos
obtidospara
parao oteor
teorde
deCrCr
2O
total
couros
apresentados na
Os
2O
33
são
aceitáveis,
pois
segundo
a
Apóstabela
atabela
adição
do
agente
masca4.3.
4.3.
4.2 Resultados das Análises NBR 13525:05 a cifra diferencial
rante e atravessamento do croTabela4.3:
4.3:Resultados
Resultadosobtidos
obtidospara
parao oteor
teorde
deCrCr
2O
3 total
Tabela
2O
3 total
Testes
de
Aplicação
Testes de Aplicação
molde
deformiato
formiatode
desódio
sódio/ mol
/ molde
deCrCr
2O
1 1mol
2O
33
1
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
2
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3
0,75mol
molde
deformiato
formiatode
desódio
sódio/ mol
/ molde
deCrCr
2O
0,75
2O
33
0,75
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
2
0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3
0,50mol
molde
deformiato
formiatode
desódio
sódio/ mol
/ molde
deCrCr
2O
0,50
2O
33
0,50
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
2
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3
Fonte:
autor.
Fonte:Gráfico
OOautor.
4.3:Teor de Cr O solúvel, conforme
Cr
2O
3 total
%%Cr
2O
3 total
4,74
4,74
5,10
5,10
4,55
4,55
4,65
4,65
4,40
4,40
4,56
4,56
tipo e quantidade
2
3
de
sal
mascarante
ofertada.
gráfico4.2
4.2estabelece
estabeleceuma
umacomparação
comparaçãoentre
entreasasofertas
ofertasdos
dossais
saismascarantes,
mascarantes,em
emcada
cada
OOgráfico
O
total
presente
nos
couros.
testede
deaplicação,
aplicação,no
noque
quediz
dizrespeito
respeitoao
aoteor
teorde
de
Fonte:
OCrCr
autor.
2
3
O
total
presente
nos
couros.
teste
2 3
5,50
5,50
5,00
5,00
4,50
4,50
4,00
4,00
3,50
3,50
3,00
3,00
2,50
2,50
2,00
2,00
1,50
1,50
1,00
1,00
0,50
0,50
0,00
0,00
21
1
tecnologia
% de Cr2O3 total
% de Cr2O3 total
Etapas
2 – Após Atravessamento
3 – Final
Etapas do Cromo
Condicionamento
tecnologia
Testes
de
Aplicação
1
–
Após
2
–
Após
Atravessamento
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,13
2,98
4,02
3 – Final
do Cromo
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Condicionamento
3,16
2,00
3,49
1 mol
formiato
de sódio
/ mol de
Cr2de
O3Cr2O3
3,133,06
2,983,23
4,023,57
0,75demol
de formiato
de
sódio
/
mol
Tabela
4.1:
pH do
banho ao 3,16
longo dos testes de2,00
aplicação
1 mol
ftalato
de sódio
/ mol /de
Cr2de
O3Cr2O3
3,493,11
0,75de
mol
de ftalato
de sódio
mol
3,09
2,38
Fonte:
O
autor.
Tabela
4.1:de
pH
banho
aosódio
longo
dos
testes
0,750,50
mol
formiato
de sódio
/ mol/ de
Cr
3,063,16
3,233,01
3,573,52
2OCr
3 2O3de aplicação
mol
dedo
formiato
de
mol
de
Etapas
0,750,50
mol mol
de ftalato
de sódio
/ mol/ mol
de Cr
3,093,15
2,382,38
3,113,19
3 2O3
de ftalato
de sódio
de2OCr
1 –3,16
Após
2 – Após Atravessamento
0,50
mol de
formiato
sódio / mol de Cr2O3
3,01
3,52
Fonte:
OTestes
autor. dedeAplicação
3–
Final
do2,38
Cromo
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Condicionamento
3,15
3,19
1 mol
formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,13
2,98
4,02
Fonte:
Ode
autor.
A partir da análise dos resultados
obtidos
no monitoramento 2,00
do pH do banho durante
os
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
3,16
3,49
testes
de
aplicação,
observa-se,
de
uma
forma
geral,
que
o
pH
do
banho
após
a
etapa
de
0,75 mol
de formiato
de sódiodos
/ molresultados
de Cr2O3 obtidos 3,06
3,23
3,57 os
A partir
da análise
no monitoramento
pH do banho
durante
condicionamento
situa-se
entre
3,06
e 3,16, 3,09
em
todos os testesdorealizados.
Esses
valores
0,75
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
2,38
3,11 de são
2O3
testes
de aplicação,
observa-se, de
uma da
forma
geral,
que o pH do banho
apósuma
a etapa
considerados
adequados
etapa
de
atravessamento
do
cromo,
vez
0,50
mol de formiato
de sódio / para
mol deoCrinício
O
3,16
3,01
3,52que os
3
condicionamento
situa-se
entreuso
3,06
e2 3,16,
em mascarantes,
todos os testes
realizados.
Esses valores
são os
processos
utilizados
fazem
deCrdois
agentes
formiato
de
sódio,
0,50
mol de ftalato
de sódio
/ mol de
3,15
2,38sódio e ftalato de
3,19
2O3
Tabela 4.1: pH do
banho
longo dos testes de aplicação
Testes
deao
Aplicação
1 – Após
11
21 21
Testes
Aplicação
Testes dede
Aplicação
33
moldede
formiato
sódio
/ moldede
Cr2O3
moldede
ftalato
sódio
/ moldede
Cr2O3
11
mol
formiato
dede
sódio
/ mol
Cr2O3
11
mol
ftalato
dede
sódio
/ mol
Cr2O3
0,75
mol
de
formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr2O3
0,75
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
Cr2O3
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50
mol
de
formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr2O3
0,50
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol dede
Cr2O3
totalpresente
presentenos
noscouros,
couros,conforme
conformetipo
tipoe equantidade
quantidadede
desal
salmascarante
mascarante
Gráfico4.2:
4.2:Teor
Teorde
de Cr
2O
total
Gráfico
2O
33
Gráfico
4.2:Cr
Teor
de Cr
O3 total presente
nos couros,
conforme tipo
2
ofertada.
ofertada.
e quantidade de sal mascarante ofertada.
Fonte:OOautor.
autor.
Fonte:
Fonte: O autor.
totalpresente
presentenos
noscouros
courosobservaobservaAnalisando-seososresultados
resultadosobtidos
obtidospara
parao oteor
teorde
deCrCr
2O
total
Analisando-se
2O
33
, em base seca (b.s.). De acordo com a
queososmesmos
mesmossituam-se
situam-seentre
entre4,40
4,40%%e e5,10
5,10%%de
deCrCr
2O
seseque
2O
3,3em base seca (b.s.). De acordo com a
do Couro
| ABQTIC
total deve ser de no mínimo 3,50Revista
%, logo todos
os resultados
são
NBR13525:05
13525:05o oteor
teorde
deCrCr
2O
NBR
2O
3 3total deve ser de no mínimo 3,50 %, logo todos os resultados são
aceitáveis,
mas
ao
comparar
os
dois
mascarantes
verifica-se
que,
nos
testes
onde
foi
aplicado
aceitáveis, mas ao comparar os dois mascarantes verifica-se que, nos testes onde foi aplicado o o
0,60
tecnologia
Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 fixado
Testes de Aplicação
% Cr2O3 fixado
Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 fixado
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
4,19
Testes de Aplicação
% Cr2O3 fixado
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,56
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
4,19
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr
O
4,04
2 3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,56
0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,13
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
4,04
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,98
0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,13
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,18
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,98
Fonte: O autor.
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
4,18
Fonte:
O
autor.
O gráfico 4.4 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada
Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr O fixado
teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 fixado nos couros. 2 3
Fonte: O
autor.
O gráfico 4.4 estabelece uma comparação
entre
as ofertas dos sais mascarantes, em cada
teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 fixado nos couros.
0,50 0,40
0,40 0,30
0,30 0,20
0,20 0,10
0,10 0,00
0,00
1
1
3
21
Testes
21 de Aplicação
3
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Testes de Aplicação
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50
mol de
formiato
de
/ mol
de Cr2O3
0,50 moltipo
de ftalato
de sódio
/ mol
Cr2O3
Gráfico
4.3:
solúvel,
conforme
tipo
quantidade
solúvel,
conforme
e quantidade
deede
sal
mascarante ofertada.
Gráfico
4.3:
TeorTeor
desódio
Crde
2O3 Cr2O3
Fonte: O autor.
de sal mascarante ofertada.
tipo
e quantidade de sal mascarante ofertada.
Gráfico 4.3: Teor de Cr2O3 solúvel, conforme
Fonte: O
autor.
Fonte:
O
autor.
O3 não
Analisando-se
os
resultados
obtidos
para
o
teor
de Cr 2os
emligado
base nos
secacouros
(b.s.).observa-se
De acordo
deve ser inferior a 0,7, mas ao para o ftalato de sódio, foram
O
,
em
base
seca
(b.s.),
espera-se
que
os
mesmos
situam-se
entre
0,38
%
e
0,55
%
de
Cr
2 3
melhores.
com
a
NBR
13525:05
o nesse
teor de
comparar Analisando-se
os dois mascarantes
ligado uma
nos couros
observa-se
os resultados
obtidos para
o teor
de
Cr 2O3 não
procedimento
de
ensaio
que
os
resultados
sejam
os
menores
possíveis,
vez
que
se
busca
Cr
verifica-se
que,
nos
testes
onde
O
total
deve
ser
de
noaomíem
seca
espera-se nesse
quelongo
os mesmos
situam-se
entre 0,38
% e 0,55
% de
Cr2O3,do
2 (b.s.),
3
do processo
de curtimento
a maior
fixação
possível
Crbase
2O3 ofertado nos couros, sendo assim,
foi procedimento
aplicado
o formiato
de mascarantes,
sódio
4.2.2
Teor
Óxido
Crônimo
3,50
%, logo
todosaoososrede os
ensaio
os resultados
sejam de
os menores
possíveis,
vez que
se busca
ao comparar
dois que
verifica-se
que
nos testes
onde foi uma
aplicado
o ftalato
de sódio
os longo
resultados
foram
melhores.
mico
(Cr2O
sultados
são aceitáveis,
mas ao
) Totalforam
ofertado
couros,
sendo
assim,
do processo
demelhores
curtimento
maior
fixação
possível
do Cras
2O3ofertas
3
resultados
foram
ea
ainda
quanto
menores
denos
mascarante,
menores
foram
comparar
os
dois
mascarantes,
verifica-se
que
nos
testes
onde
foi
aplicado
o
ftalato
de
sódio
os
Issoaoestá
de
acordo
com
o
escomparar
os
dois
mascarantes
os teores de Cr2O3 não ligado nos couros.
resultados
foram
melhores
ainda
menores
foram
ofertas
de verifica-se
mascarante,
menores
foram
perado,
pois conforme
podeeser
que,
nos testes
onde
Os resultados
obtidos
para
Segundo
Hoinacki
et al.quanto
(1994)
o complexo
de as
cromo
mascarado,
tem sua
reatividade
frente
não
os teores
de tabela
Cr2O3diminuída,
ao colagênio
desta
acredita-se
quepresente
quanto maiores
forem as
ofertas de
de sódio
sal
observado
na
4.1,ligado
após nos
a couros.
foi aplicado
o ftalato
o forma
teor de
Cr2O3 total
Segundo
Hoinacki
et
al.
(1994)
o
complexo
de
cromo
mascarado,
tem
sua
reatividade
frente
O
não
ligado
nos
couros.
mascarante,
maiores
serão
os
teores
de
Cr
3
adição do agente mascarante e nos couros2 estão
apresentados os resultados foram melhores e
ao colagênio diminuída, desta forma acredita-se que quanto maiores forem as ofertas de sal
atravessamento
do
sal
de
cromo,
ainda quanto maiores foram as
na
tabela
4.3.
ligado nos couros.
mascarante,4.2.4
maiores
serão os teores
de Cr
3 3não
) 4.2
Fixado
Teor
(Cr2O
2O
em todos os testes
ondedefoiÓxido
apli-Crômico
O gráfico
estabelece uma ofertas de sal mascarante, maio-
cado o ftalato
de resultados
sódio
como
sal para
comparação
entre as ofertas dos res foram os teores de Cr2O3
4.2.4
de Óxido
Crômico
(Cro2Oteor
3) Fixado
OsTeor
obtidos
de Cr2O3 fixado nos couros estão apresentados na tabela
mascarante,
4.5. a redução do pH do sais mascarantes, em cada teste total obtidos.
O3 que
fixado
couros
resultados
obtidos
parade
o aplicação,
teor
Cr2no
banho foi Os
maior,
diznos
respeito
e tabela
o teor de
Estesconsequenteforam
determinados
peladediferença
existente
entre oestão
teor apresentados
de Cr2O3 totalna
4.5.Cr
mente
os2Ocouros
apresentaram
ao
teor
de
Cr
O
total
presente
solúvel
nos
couros.
3
2 3
e oÓxido
teor de CrôEstes forammaior.
determinadosnos
pelacouros.
diferença existente entre o teor de
Cr2O
3 totalde
uma cifra diferencial
4.2.3
Teor
Cr2O3 solúvel nos couros.
De um modo geral, os resultaAnalisando-se os resultados mico (Cr2O3) Solúvel
dos obtidos nos testes de apli- obtidos para o teor de Cr2O3 tocação com 1 mol de mascarante tal presente nos couros obserOs resultados obtidos para o
/ mol de Cr2O3 ofertado, tanto va-se que os mesmos situam-se teor de Cr2O3 não ligado nos
para o formiato de sódio como entre 4,40 % e 5,10 % de Cr2O3, couros estão apresentados na
Revista do Couro | ABQTIC
de Cr2O3
% de %
Cr2O3
fixadofixado
% de Cr2O3 solúvel
0,60 0,50
% de Cr2O3 solúvel
62
4.2.3
de Óxidoobtidos
Crômico
(Cr2oOteor
3) Solúvel
OsTeor
resultados
para
de Cr2O3 não ligado nos couros estão apresentados na
tabela 4.4.
na
Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 não ligado nos couros estão apresentados
tecnologia
tabela 4.4.
Tabela 4.4: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 solúvel
Testes de Aplicação
% Cr2O3 solúvel
O3O
solúvel
Tabela 4.4: Resultados
obtidosde
para
o teor
dede
Cr2Cr
1 mol de formiato
sódio
/ mol
0,55
2 3
de de
Aplicação
% Cr2O3 solúvel
1 mol Testes
de ftalato
sódio / mol de Cr2O3
0,54
1 mol
formiato
de sódio
/ mol /de
Crde
0,550,51
2O3Cr O
0,75de
mol
de formiato
de sódio
mol
2 3
1 mol
ftalato
de sódio
/ mol/de
Crde
0,540,52
2O3Cr O
0,75de
mol
de ftalato
de sódio
mol
2 3
0,750,50
mol mol
de formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
0,510,42
3 O
de formiato de sódio / mol de2 Cr
2 3
0,750,50
molmol
de ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
0,520,38
3 O
de ftalato de sódio / mol de2 Cr
2 3
0,50
mol
de
formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
0,42
2 3
Fonte: O autor.
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,38
Fonte: O
O gráfico
autor. 4.3 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada
Tabelano4.4:
obtidos
para
o teor de Cr2O3 solúvel
teste de aplicação,
queResultados
diz respeito ao
teor de Cr
2O3 não ligado nos couros.
O gráfico 4.3 estabelece uma comparação
entre
as ofertas dos sais mascarantes, em cada
Fonte: O
autor.
teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 não ligado nos couros.
4,80
4,40
4,80
4,00
4,40
3,60
4,00
3,20
3,60
2,80
3,20
2,40
2,80
2,00
2,40
1,60
2,00
1,20
1,60
0,80
1,20
0,40
0,80
0,00
0,40
0,00
1
2
1
3
1
Testes de2Aplicação
1
3
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3Testes de
1 mol
de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Aplicação
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
nos
tipo
quantidade
de sal mascarante
Gráfico 4.4: Teor
de Cr2O4.4:
fixado
nosecouros,
conforme
tipo e ofertada.
Gráfico
Teor
decouros,
Cr2Oconforme
3 fixado
3
Fonte: O autor.
quantidade
de conforme
sal mascarante
ofertada.
nos couros,
tipo e quantidade
de sal mascarante ofertada.
Gráfico 4.4: Teor de Cr2O3 fixado
Fonte:
autor.
tabela
4.4.OAnalisando-se
ros,
sendopara
assim,
aodecomparar
) Fixado
nosOcouros
observa-se que
os resultados
obtidos
o teor
Cr O fixado(Cr
2
3
2
3
base seca (b.s.), espera-se para este
mesmos
entreuma
3,98 os
% edois
4,56mascarantes,
% de Cr2O3, em
Oosgráfico
4.3situam-se
estabelece
verifica-se
fixado
couros observa-se
que
Analisando-se
os resultados
obtidos para
o teor uma
de Cr
2O3que
requisito
que
os
resultados
sejam
os
maiores
possíveis,
vez
estenos
demonstra
a eficiência
dopara o
comparação
entre
as ofertas
dos
que
nos
testes
onde
foiemaplicado
Os
resultados
obtidos
O
,
base
seca
(b.s.),
espera-se
para
este
os
mesmos
situam-se
entre
3,98
%
e
4,56
%
de
Cr
2 dois
3
processo
de
curtimento,
sendo
assim,
ao
comparar
os
mascarantes,
verifica-se
que
nos
testes
saisrequisito
mascarantes,
cada teste
o
ftalato
depossíveis,
sódio osuma
resultados
teor
de Cr2Oa3 fixado
nos couros
que osem
resultados
sejam
osos
maiores
vez que
este
demonstra
eficiência
foi aplicado
o ftalato de
sódio
resultados
foram melhores
e ainda
quanto maiores
foram do
as
de onde
aplicação,
no
que
diz
respeito
foram
melhores
e
ainda
quanto
estão
apresentados
tabela
4.5.
processo
assim,
aoos
comparar
mascarantes,
verifica-se
que nosnatestes
ofertas
de de
salcurtimento,
mascarante,sendo
maiores
foram
teores deosCrdois
2O3 fixado nos couros.
ao teor
Cr
menores
foram
as
ofertas
de
Estes
foram
determinados
O
não
ligado
nos
onde de
foiPorém,
aplicado
o
ftalato
de
sódio
os
resultados
foram
melhores
e
ainda
quanto
maiores
foram
as
2 3 como pode ser observado nos resultados anteriores do teor de Cr 2O3 não ligado nos
nosforam
couros.
ofertas de
sal mascarante,
maiores
foram os
de Cr2Oforam
os
pela os
diferença
existente
entre o
couros.
3 fixado
couros,
quanto
maiores foram
as mascarante,
ofertas
de teores
salmenores
mascarante
maiores
teores de
Cr2O3 não
O
não
ligado
nos
Porém,
como
pode
ser
observado
nos
resultados
anteriores
do
teor
de
Cr
2
3
teores
de
Cr
teor
de
Cr
Analisando-se
os
resultados
O
não
ligado
nos
O
total
e
o
teor de
ligado nos couros e como este estudo tem por objetivo
2 3 avaliar a oferta de sal mascarante
2 3 que garante
O
não
quanto
maiores
as
ofertas
de
sal
mascarante
maiores
foram
os
teores
de
Cr
2
3
nos
couros,
mas
com
uma
baixa
geração
de
Cr
O
não
ligado,
reduzindoacouros,
melhor
fixação
de Cr
obtidos
para
o teor
de2Oforam
Cr
couros.
Cr22O3 3 solúvel nos couros.
3 2O3
ligado
nosacouros
e como de
este
estudo tem
porCr
objetivo
avaliar
aCr
oferta
saletapas
mascarante
que
garante
assim
possibilidade
oxidação
deste
(III) livre
para
(VI) de
nas
que se
sucedem,
Segundo
Hoinacki
et
al.
(1994)
nãose
ligado
nos
couros
observaO
nos
couros,
mas
com
uma
baixa
geração
de
Cr
O
não
ligado,
reduzindoa
melhor
fixação
de
Cr
2 3
2couros
3
foram
nos uma
que os melhores
resultados
para o requisito
Crmascara2O3 fixado nosO
o complexo
-seacredita-se
os amesmos
situam-se
gráfico
4.4seobtidos
estabelece
seque
assim
possibilidade
de as
oxidação
deste estequiométricas
Cr de
(III)cromo
livre para
Cr 0,50
(VI) nas
etapas
que
sucedem,
testes
onde
foram
aplicadas
quantidades
de
mol
de
mascarante
/
mol
de dos
suaoreatividade
ao comparação entre as ofertas
entre
0,38 % eque
0,55os%melhores
de Cr2Oresultados
, do, tempara
acredita-se
requisito Crfrente
3
2O3 fixado nos couros foram obtidos nos
Cr
2O3, pois se obteve teores de Cr2O3 fixado muito semelhantes aos testes onde foram aplicadas as
colagênio
diminuída,
desta forma
emquantidades
base onde
seca foram
(b.s.),aplicadas
espera-se
sais
mascarantes,
em
cada
testes
as quantidades
0,50uma
molgeração
de
mascarante
/ mol
de teste
menor de
Cr2O
de 0,75
mol de mascarante
/ molestequiométricas
de Cr 2O3, porémdecom
3
O
,
pois
se
obteve
teores
de
Cr
O
fixado
muito
semelhantes
aos
testes
onde
foram
aplicadas
as
Cr
acredita-se
que
quanto
maiores
nesse
procedimento
de
ensaio
de
aplicação,
no
que
diz
respei2
3
2
3
não ligado nos couros.
O3, sal
porém
com uma
geração
menor
de Cr
O3 nos
de 0,75
mascarante
mol
Cr 2de
2de
forem
ofertas
mascaquequantidades
os resultados
sejam
osdemeto ao
teor de
Cr2O
fixado
De posse
dosmol
resultados
do teor/as
de
Crde
2O3 fixado e total pode-se calcular a eficiência
3
nãopossíveis,
ligado
nosOuma
couros.
rante,
maiores
serão
os
teores
nores
vez
que
se
couros.
nos
couros,
cujos
resultados
encontram-se
na
tabela
4.6.
fixação
de Cr
2 3
O3 fixado
total pode-se calcular a eficiência de
De posse
dos resultados
do Cr
teorOdenão
Cr2ligado
busca ao longo
do processo
de de
nos ecouros.
2 3 encontram-se na tabela 4.6.
fixação de Cr2O3 nos couros, cujos resultados
curtimento a maior fixação posAnalisando-se os resultados
sível do Cr2O3 ofertado nos cou4.2.4 Teor de Óxido Crômico obtidos para o teor de Cr2O3
Revista do Couro | ABQTIC
63
4.2.5 Teor de Óxido Crômico (Cr2O3) no Banho Residual
2
3
O gráfico
4.5 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada
100
teste de aplicação, no que diz respeito à eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros.
80
100
Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento estão
apresentados na tabela 4.7.
tecnologia
Tabela 4.7: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento.
Testes de Aplicação
g/L Cr2O3 no banho
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,33
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
1,54
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1,33
0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
1,35
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
2,38
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
2,32
Fonte: O autor.
Tabela 4.7: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento.
Fonte: O autor.
O gráfico 4.6 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada
teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 presente nos banhos residuais de curtimento.
3,50
60
80
g / L de Cr2O3 no banho
% Eficiência
% Eficiência
64
Tabela 4.6: Resultados obtidos para a eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros.
Testes de Aplicação
Eficiência (%) tecnologia
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
88
mol de ftalato
de sódio
mol de Crde
89
Tabela 4.6:1Resultados
obtidos
para a/eficiência
do Cr2O3 nos couros.
2Ofixação
3
0,75 mol de
formiato
sódio / mol de Cr2O3
89 (%)
Testes
de de
Aplicação
Eficiência
0,75
ftalatodede
sódio
/ mol
89
1 molmol
de de
formiato
sódio
/ mol
de de
Cr2Cr
O32O3
88
0,50
formiato
de sódio
/ mol
90
1 molmol
de de
ftalato
de sódio
/ mol
de de
Cr2Cr
O32O3
89
0,50mol
moldedeformiato
ftalato de
de sódio
sódio/ /mol
molde
deCrCr
92
0,75
89
2O
2O
3 3
Fonte: 0,75
O autor.
mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
89
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
90
O gráfico
4.5de
estabelece
comparação
as ofertas dos sais mascarantes,
em cada
0,50 mol
ftalato deuma
sódio
/ mol de Crentre
92
2O3
O
nos
couros.
teste
de
aplicação,
no
que
diz
respeito
à
eficiência
de
fixação
do
Cr
2 3
Fonte: O
autor.
Tabela
4.6:
Resultados obtidos para a eficiência de fixação
do Cr O nos couros.
40
60
20
40
0
20
21
1
3
Testes de Aplicação
0
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de formiato
Gráfico 4.5: Eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros, conforme tipo e quantidade de sal mascarante
reforça
a
análise dos
resultados ofertas
obtidos de
parasala mascarante
eficiência de maiofixação do
Cr 2Ode
3 nos
ofertada.
dades
0,75couros
mol de
mascaranfixado
nos Acouros
observa-se
afirmação
feita anteriormente de que os melhores resultados para o requisito Cr 2O3 fixado nos couros
Fonte:
O
autor.
que foram
os mesmos
situam-se entre res foram os teores de Cr O3 te / mol dedeCr0,50
O , porém com
2 3 mol de
obtidos nos testes onde se aplicou as quantidades 2estequiométricas
3,98 mascarante
% e 4,56 %/ mol
de Cr
uma
geração
menor
de Cr2O3
O
,
em
não
ligado
nos
couros
e
como
2 Cr32O3, pois,
conforme
ser visto
no gráfico
obteve-se as maiores
deresultados
A análise dos
obtidos
para apode
eficiência
de fixação
do Cr4.5,
2O3 nos couros reforça a
baseafirmação
seca
(b.s.),
espera-se
para
este
estudo
tem
por
objetivo
não
ligado
nos
couros.
eficiências
de anteriormente
fixação, com valores
demelhores
90 % de resultados
eficiência na
deCr
formiato
de sódio como
feita
de que os
paraaplicação
o requisito
2O3 fixado nos couros
esteforam
requisito
quenos
os resultados
a oferta
mascarante
De possede dos
agente
mascarante
e
de 92 onde
% no avaliar
teste
com
ftalato
desal
sódio.
obtidos
testes
se aplicou
as de
quantidades
estequiométricas
0,50resultados
mol de do
sejam
os maiores
possíveis,
que
garante
a
melhor
fixação
de
teor
de
Cr
O
fixado
e total
,
pois,
conforme
pode
ser
visto
no
gráfico
4.5,
obteve-se
as
maiores
mascarante
/ mol
de Cr2Ouma
3
2 3
vezeficiências
que este de
demonstra
a eficiCrde
pode-se
calcular
a
eficiência
de
O
nos
couros,
mas
com
uma
fixação, com
valores
90
%
de
eficiência
na
aplicação
de
formiato
de
sódio
como
2 3
Residual
4.2.5 Teor
(Cr
2Oftalato
3) no Banho
agente
mascarante
deÓxido
92 %Crômico
no teste
com
de Cr
sódio.
ência
do processo
deede
curtimenfixação
de
Cr
baixa
geração
de
O
não
ligaO
nos
couros,
2 3
2 3
to, sendo assim, ao comparar os do, reduzindo-se assim a possibi- cujos resultados encontram-se
Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento estão
dois apresentados
mascarantes,na
verifica-se
que lidade de oxidação deste Cr (III) na tabela 4.6.
4.7.Crômico (Cr2O3) no Banho Residual
Teor tabela
Óxido
nos testes4.2.5
onde
foideaplicado
o livre para Cr (VI) nas etapas que
O gráfico 4.5 estabelece uma
ftalato de
sódio
os
resultados
se
sucedem,
acredita-se
que
os
comparação
entre as ofertas
O3 nos banhos
banhos residuais
Tabela
4.7: Resultados
obtidos
o teor
residuais de
decurtimento.
curtimento
estão dos
Os resultados
obtidos
para para
o teor
de de
CrCr
2O23 nos
foram
melhoresna
e tabela
ainda 4.7.
quanto
melhores
resultados para o re- sais
mascarantes,
em cada teste
Testes de
Aplicação
g/L Cr
2O3 no banho
apresentados
maiores foram as1ofertas
de sal de
quisito
de
aplicação,
no
que
diz respeito
O
fixado
nos
couros
mol de formiato
sódio /Cr
mol
de
Cr
O
3,33
2
3
2 3
molforam
de ftalato
sódio
/teor
molde
deCr
Cr
mascarante,
os deforam
à eficiência
de fixação do Cr2O3
nos
testes
onderesiduais
banhos
de1,54
curtimento.
Tabelamaiores
4.7:1Resultados
obtidos
para oobtidos
2O
2O
3 3nos
molnos
de
formiato
de
sódio
/ mol de Cr
Testes
Aplicação
g/L
no banho
3
teores de Cr2O30,75
aplicadas
as2Oquantidades
fixado
cou- deforam
nosCrcouros.
2O31,33
0,75
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
1,35
1
mol
de
formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
3,33
2
3
2
3
estequiométricas de 0,50 mol de
ros.
A análise dos resultados obtiformiato
de sódio
/ mol
de
2,38
1
molmol
de
ftalato
de sódio
/ mol
de
Cr2Cr
Ode
1,54
2OCr
3
3
mascarante
/ mol
Porém, como 0,50
pode
serde
obserdos
para
a eficiência de fixação
O
,
pois
2 3
0,50
mol
de
ftalato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
2,32
0,75
mol
de
formiato
de
sódio
/
mol
de
Cr
O
1,33
2
3
2
3
vado nos resultados anteriores se obteve teores de Cr2O3 fixa- do Cr2O
nos couros reforça a
3
Fonte: 0,75
molligado
de ftalato
sódio
/ mol
de Cr2O3 aos testes afirmação
1,35
do teor de
Cr2O
muito
semelhantes
feita anteriormente
O3autor.
não
nos dedo
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
2,38
couros, quanto maiores foram as onde foram aplicadas as quanti- de que os melhores resultados
Revista do Couro | ABQTIC
2,00
1,50
1,00
0,50
2,32
1
21
3
Testes de Aplicação
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
conforme
tipo e quantidade
sal mascarante
Gráfico
4.5:Eficiência
Eficiência
de
do Cr
3 nos
Ocouros,
nos couros,
conforme
tipo ede
quantidade
de sal
Gráfico
4.5:
defixação
fixação
do2deOCr
0,75 mol de formiato
de sódio / mol
Cr2O3
2
3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
ofertada.
0,50 mol de formiato de sódio / mol
de Cr2O3
0,50 mol
de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
mascarante
ofertada.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Fonte: O autor.
2,50
0,00
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
210,75 mol de ftalato de sódio / mol
3 Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de
Cr2O3 de 0,50
mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
Testes
Aplicação
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
3,00
1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3
0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3
0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3
banhos residuais
curtimento,
conforme
tipo e quantidade
de sal
Gráfico
3 nosbanhos
Gráfico
4.6:4.6:
TeorTeor
de de
CrCr
O2O
nos
residuaisdede
curtimento,
conforme
tipo e quanti2
3
mascarante ofertada.
dade de sal mascarante ofertada.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Analisando-se os resultados obtidos para o teor de Cr 2O3 nos banhos residuais de curtimento,
possíveis, uma vez que este
para oobserva-se
requisito que
Cr2os
O3mesmos
fixado situam-se
Os resultados
para
entre 1,33obtidos
e 3,33 g/L
de o
Cr2Ores
3 no banho. Espera-se para este
demonstra
uma demonstra
perda nouma
pronos couros
foram
obtidos
nos obtidos
teor de
Cr2os
O3menores
nos banhos
resi- uma
requisito
que os
resultados
sejam
possíveis,
vez que este
perdasenoaplicou
processo
de curtimento,
gerando
ainda uma
para a Estação
de
cesso maior
de curtimento,
gerando
testes onde
as quantiduais de
curtimento
estãocarga
apre-poluidora
Tratamento
de
Efluentes
(ETE).
Sendo
assim,
ao
comparar
os
dois
mascarantes,
verifica-se
que
nos
ainda uma carga poluidora maior
dades estequiométricas de 0,50 sentados na tabela 4.7.
onde foi aplicado
ftalatoO
de gráfico
sódio os4.6
resultados
foramuma
melhores.
para a Estação de Tratamento de
mol detestes
mascarante
/ mol ode
estabelece
Segundo pode
a IUE ser
6 (2008)
curtumes que
trabalham
com
processos
que(ETE).
utilizamSendo
boas práticas
Efluentes
assim, ao
Cr2O3, pois, conforme
comparação
entre
as ofertas
dos
ambientais apresentam valores em torno de 2 g/L de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento,
comparar
os
dois
mascarantes,
sais
mascarantes,
em
cada
teste
visto no
gráfico
4.5,
obteve-se
sendo assim, ao serem analisados os resultados obtidos, segundo as quantidades de sal mascarante
verifica-se
que nos testes
onde
aplicação,
no que
diz respeito
as maiores
eficiências
de fixação,
ofertadas,
observa-se
que nosde
testes
onde foram
aplicadas
as quantidades
estequiométricas
de 0,75
foi
aplicado
o
ftalato
de
sódio
ao2Oteor
de
Cr
com valores
90 % de eficiênO
presente
nos
obteve-se
os
melhores
resultados,
com
valores
de
1,33
g/L
deos
mol dedemascarante
/ mol de Cr
3
2 3
resultadoseforam
melhores.
cia na aplicação
de formiato
de banhos
residuais
de curtimento.
na aplicação
de formiato
de sódio
como agente mascarante
de 1,35
g/L no teste
Cr2O3 no banho,
com ftalato
de sódio.
Segundo a IUE 6 (2008) cursódio como
agente
mascarante
Analisando-se os resultados
e de 92 % no teste com ftalato obtidos para o teor de Cr2O3 tumes que trabalham com pro5 CONSIDERAÇÕES FINAIS nos banhos residuais de curti- cessos que utilizam boas práticas
de sódio.
mento, observa-se que os mes- ambientais apresentam valores
A partir da análise dos resultados obtidos nos testes de aplicação e nas análises físicoem torno de
2 g/L dedos
Crsais
mos situam-se
1,33 e de
3,33
O nos
2 3 de
químicas realizadas, com o objetivo
de avaliar entre
a capacidade
atravessamento
e fixação
4.2.5 cromo
Teor de
Crômico
g/Lsem
de píquel
Cr2O3tradicional,
banhos residuais de curtimento,
no banho.afirma-se
Espera- que:
no Óxido
curtimento
mascarado
(Cr2O3) noBanho
ao serem
analisados
-se deste
para este
queimportância
os re- sendo
Residualde estudos
A realização
tipo érequisito
de grande
para assim,
a verificação
da eficiência
resultados
obtidos,
segundo
sultados
obtidos
os menodos processos e da carga
poluidora
dossejam
efluentes
gerados,os
a fim
de promover
a tomada
de

decisão quanto a alterações na formulação ou nos parâmetros operacionais do processo.
Em todos os testes com o ftalato de sódio, os resultados obtidos mostram uma redução maior
do Couro
| ABQTIC
do pH do banho após a adição do agente mascarante, oRevista
que conduziu
a resultados
mais
elevados de cifra diferencial nos couros. Apesar disso, os resultados são aceitáveis, pois
65
tecnologia
66
as quantidades de sal mascarante ofertadas, observa-se que nos
testes onde foram aplicadas as
quantidades estequiométricas
de 0,75 mol de mascarante / mol
de Cr2O3 obteve-se os melhores
resultados, com valores de 1,33
g/L de Cr2O3 no banho, na aplicação de formiato de sódio como
agente mascarante e de 1,35 g/L
no teste com ftalato de sódio.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise dos resultados obtidos nos testes de aplicação e nas análises físico-químicas
realizadas, com o objetivo de
avaliar a capacidade de atravessamento e fixação dos sais de
cromo no curtimento mascarado sem píquel tradicional, afirma-se que:
A realização de estudos deste tipo é de grande importância
para a verificação da eficiência
dos processos e da carga poluidora dos efluentes gerados,
a fim de promover a tomada de
decisão quanto a alterações na
formulação ou nos parâmetros
operacionais do processo.
Em todos os testes com o ftalato de sódio, os resultados obtidos mostram uma redução maior
do pH do banho após a adição do
agente mascarante, o que conduziu a resultados mais elevados
de cifra diferencial nos couros.
Apesar disso, os resultados são
aceitáveis, pois segundo a NBR
13525:05 a cifra diferencial deve
ser inferior a 0,7. Observa-se,
também, que nos testes onde foi
aplicado o formiato de sódio os
resultados foram melhores.
Uma característica positiva do
processo aplicado é que o mesmo transcorre sem a adição de
Revista do Couro | ABQTIC
ácido sulfúrico, ácido inorgânico
forte, de reconhecido impacto
ambiental, tóxico no seu manuseio e aplicação e que tem seu
uso controlado pelo exército.
Os resultados obtidos para o
teor de Cr2O3 nos couros demonstraram que, quanto maiores as ofertas de sal mascarante, maiores foram os teores de
Cr2O3 total. Porém os teores de
Cr2O3 solúvel, ou seja, não ligado nos couros também foram
maiores quanto maiores foram
as ofertas de mascarante. Com
isso, estabeleceu-se uma eficiência de fixação de Cr2O3, a qual
considera o teor de Cr2O3 fixado nos couros, determinado por
diferença entre o Cr2O3 total
e o solúvel, e o teor de Cr2O3
total, atingindo-se os melhores
resultados, com uma eficiência
de fixação em torno de 90%, nas
menores ofertas de mascarante,
ou seja, 0,50 mol de mascarante
/ mol de Cr2O3.
Quanto aos valores obtidos
para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais, estes mostraram
que os melhores resultados foram atingidos quando aplicada a
quantidade de 0,75 mol de mascarante / mol de Cr2O3, obtendo-se valores que se aproximam
de 1,33 g/L de Cr2O3 no banho.
6 SUGESTÕES PARA
TRABALHOS FUTUROS
Avaliação do processo de curtimento com a utilização de outros agentes mascarantes.
Avaliação do processo de curtimento com outras ofertas de
agentes mascarantes.
Avaliação do impacto ambiental através dos parâmetros DQO,
DBO e Teor de Nitrogênio dos
banhos residuais de curtimento.
REFERÊNCIAS
BENARDES, D. ; ORDAKOWSKI, S. Determinação de Cromo Hexavalente em Couros.
Revista do Couro, 2005.
FLÔRES, Álvaro; GONÇALVES, Edinea. Fundamentos do
curtimento ao cromo e a
utilização de licores reduzidos organicamente. Revista
do Couro, Estância Velha v.23,
n.123, Out./Nov. 1997.
HOINACKI, Eugênio. Peles e
couros; origens, defeitos, industrialização. 2. ed. Porto Alegre:
SENAI, 1989.
HOINACKI, E.; KIEFER, C.;
MOREIRA, M. Manual básico
de processamento do couro.
Porto Alegre: SENAI, 1994.
IUE- 6: Pollution Values
from Tannery Processes
under Conditions of Good
Practice. Disponível em: http://
www.iultcs.org/environment.
asp. Acesso: 07 de dezembro de
2010 às 14:45.
PACHECO, J. W. F. Curtumes
(Série P + L). São Paulo, CETESB, 2005, 76 p.
tecnologia
67
O que é eco couro?
Autor: Centro Tecnológico do Couro BLC, Inglaterra
LEATHER INTERNATIONAL OUTUBRO 2010
Com a pressão crescente sobre a cadeia de suprimento do
couro para que verifique as suas
credenciais ecológicas, o termo
‘eco couro’ tornou-se uma frase
muito utilizada para descrever
couros que apresentam um melhor desempenho do ponto de
vista ambiental, porém, de fato,
do ponto de vista semântico o
termo ‘eco couro’ não tem significado formal. Entretanto, ambientalmente falando, existe um
enorme interesse em couros
que ofereçam um desempenho
otimizado. Então, como interpretamos a situação atual e o que
podemos fazer para compreender as questões relativas ao interesse no ‘eco couro’?
De fato, a fabricação de couro tem impacto ambiental, pois
nem todos os insumos utilizados no processo de produção se
mantêm como parte integrante do couro. Também, devemos
lembrar que quando o couro é
jogado fora, passa a ser um resíduo. Ao que parece, o grau
da qualidade de ser ‘eco’ que o
couro possui é medido segundo
a ausência de certos produtos
químicos restritos, tais como os
corantes azo, PCP, Cromo VI, for-
maldeídos e uma relação crescente de produtos especificados
pelas marcas; ou pelo método
de curtimento mais do que por
qualquer consideração do verdadeiro impacto ambiental. Esta
linha originou-se no setor automotivo (no qual a reciclagem é
regulamentada na Alemanha) e
mais recentemente na ação de
grupos de ativistas, etiquetas eco
e varejistas assim como aquelas
pessoas que procuram obter
vantagens competitivas através
do posicionamento de produtos.
É importante julgar a real importância de todos os diferentes
Revista do Couro | ABQTIC
tecnologia
68
aspectos envolvidos para que os
produtos possam ser selecionados, de forma inteligente e bem
informada, e para que as questões pertinentes possam ser explicadas para os clientes.
Curtimento - Avaliação do Ciclo de Vida
Analisando a questão do curtimento em primeiro lugar, através
da análise do ciclo de vida realizado pelo Ecobilan* (Ref: Relatório 002 do BLC), podemos determinar que os três principais
tipos de curtimento (cromo, vegetal e aldeído) têm um impacto
ambiental muito similar entre si,
como mostra o parágrafo abaixo.
tóxico conhecido como Cromo
VI. Hoje, o couro é curtido com
Cromo III que é um material
inerte e essencial ao metabolismo da glucose, das proteínas e
da gordura e, portanto se trata
de um elemento essencial na
alimentação. Isto não quer dizer que os couros curtidos ao
cromo não apresentem problemas potencialmente maiores aos
apresentados por curtimentos
similares no fim da sua vida útil.
O BLC está realizando mais estudos sobre este assunto a fim
de poder compreender a biodegradabilidade dos diferentes
tipos de couros e as conseqüências de seu impacto ambiental.
O couro curtido com aldeído
satisfaz as necessidades do setor
automotivo e parece atender
um nicho no mercado de produtos infantis segundo a norma
EN71/3, mas pode apresentar
problemas no manuseio e no
tratamento de efluentes assim
como causar um altíssimo consumo de energia elétrica.
Se pensarmos que os diferentes tipos de curtimento mencionados acima têm impactos
ambientais similares, devemos
analisar a forma como o couro
é fabricado. Baseados em amplas pesquisas e o conhecimento da indústria, acreditamos que
o couro preferido do ponto de
vista ambiental pode ser definido por dois parâmetros chave:
Principais descobertas do estudo:
Nenhuma das três tecnologias
de curtimento estudadas oferece uma grande vantagem do
ponto de vista ambiental sobre
as outras duas se considerarmos
todos os critérios chave que caracterizam o impacto destas tecnologias sobre o meio ambiente.’
Muitas pessoas acham que o
curtimento vegetal tem um perfil ambiental preferido, porém as
evidências não dão sustentação
a esta idéia. É preciso assinalar
que a finalidade do curtimento é
reticular a matriz de colágeno a
fim de evitar a putrefação e, portanto a decomposição.
Por outro lado, freqüentemente, supõe-se que os couros curtidos ao cromo sejam menos deA. A forma como o couro é
sejáveis devido ao seu conteúdo manufaturado
de materiais minerais ou porque,
B. Quais são os componentes
erradamente, se pense que o empregados para manufaturá-lo
couro esteja curtido com o sal
Revista do Couro | ABQTIC
69
Pesquisas especializadas demonstraram que grande parte
do impacto ambiental do couro
está nos processos de manufatura, da obtenção da pele ao
couro acabado. Neste sentido,
seria a prática de gerenciamento ambiental dos curtumes junto com a seleção dos produtos
químicos utilizados que deveria
determinar quão ecológico um
couro realmente é. Se olharmos
para o modelo adotado por algumas das marcas que lideram o
mercado mundial do couro que
têm trabalhado nestes assuntos
durante os últimos dois anos,
podemos determinar as áreas da
manufatura do couro que tem
maior impacto potencial.
- Gerenciamento de substâncias restritas
- Consumo de energia
- Emissões atmosféricas
- Gerenciamento de resíduos
(perigosos e não perigosos)
- Sistemas de gerenciamento
ambiental
- Consumo de água
- Tratamento de efluentes
- Gerenciamento do cromo
- Rastreabilidade dos materiais
Particularmente importante é
o interesse atual das marcas na
rastreabilidade da matéria prima,
na tentativa de identificar um
possível abastecimento do mercado com peles procedentes da
Amazônia Brasileira.
Quanto à seleção dos componentes utilizados no processo de
manufatura, precisamos considerar o uso de certos materiais
que poderiam dar um perfil eco-
Revista do Couro | ABQTIC
acima têm impactos
- Gerenciamento do cromo
síduos tais como aplicação com
s similares, devemos
- Rastreabilidade dos materiais HVLP ou máquinas de revestiforma como o couro
mento por rolos.
do. Baseados
em amParticularmente importante é
- Biodegradabilidade de 12 me70
uisas e o conhecimen- o interesse atual das marcas na ses ou menos
stria, acreditamos que
preferido do ponto de
EB (R*Y)-Depleção de fontes não renováveis
ental pode ser definiCML - Eutroficação (água)
is parâmetros chave:
Água utilizada (total)
TECNOLOGIA
meio-ambiente
Um sonho possível: universalização
do saneamento1
Gesner Oliveira, presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo),
economista e professor da FGV-SP
Fernando S. Marcato, secretário-executivo de Novos Negócios da Sabesp, advogado Pedro Scazufca,
assistente executivo da Presidência da Sabesp, economista
Fonte www.intertox.com.br
Cromo
Aldeído
Vegetal
rma como o couro é
ado
são os componentes
os para manufaturá-lo
WMO - Formação
de oxidante fotoquímico (média)
E energia não renovável
1
s especializadas dem que grande parte
o ambiental do couro
processos de manuobtenção da pele ao
abado. Neste sentido,
CML - Acidificação do ar
Resíduos (total)
IPCC - Efeito estufa (direto, 100 anos)
Figura 1: Resultados comparativos do impacto geral na
Avaliação do Ciclo de Vida referente a cada tecnologia de
curtimento
do Couro | ABQTIC
lógico ao couro. Trata-se de elementos tais como:
elementos chave que acredita- couro’ sob a bandeira ‘ambienmos deveriam definir o que um talmente preferidos’. Os varecouro ecológico é de fato:
jistas, as marcas
e os
curtidores
29/03/2011
21:52:44
- Agentes humectantes de reque consigam cumprir as exigênmolho biodegradáveis
- Controle dos processos de cias deste padrão poderão exibir
- Processamento com baixo manufatura do couro
a marca nos seus produtos.
teor de sulfeto
- Seleção de produtos quími- Sistemas de recurtimento cos com tecnologia limpa para
Para obter maiores informanão sintéticos ou poliméricos
uso nos processos
ções, queira por gentileza con- Corantes naturais
- Gerenciamento efetivo das tatar o BLC pelo e-mail info@
- Engraxantes à base óleo ve- substâncias restritas no couro
blcleathertech.com ou pelo telegetal
- Medição do impacto ambien- fone +44 (0)1604 679 999.
- Sistemas otimizados de aca- tal após a vida útil do couro
bamento para a redução de resíduos tais como aplicação com
Pontuação BLC para o couro
HVLP ou máquinas de revesti- ecológico
mento por rolos.
Há vários sistemas para medir
- Biodegradabilidade de 12 me- o desempenho ambiental, coses ou menos
nhecidos como ‘etiquetas eco’.
Resumindo, embora não exista O BLC lançou um sistema espeuma definição atual, estes são os cífico de pontuação para o ‘eco
Nota da tradutora:
* EB - Ecobilan - Software utilizado na Avaliação do Ciclo de Vida
** IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
*** WMO - Organização Meteorológica Mundial
Revista do Couro | ABQTIC
71
Este artigo faz parte de trabalho inédito mais amplo apresentado no Encontro Nacional de Economia de 2010.
A situação do saneamento brasileiro é trágica. De acordo com
o IBGE, somente 44% da população brasileira tem acesso à rede
de esgotamento sanitário e 79%
tem acesso a água tratada. Do total de esgoto gerado, apenas 29%
é tratado. Cento e sete milhões
de brasileiros não têm acesso à
rede de esgotamento sanitário,
134 milhões não têm os esgotos
de suas casas tratados e 40 mi-
lhões não têm acesso a água tratada. Oito milhões não têm nem
sequer banheiro. Como mudar
este quadro? Como e quando
será possível universalizar os
serviços de saneamento?
A universalização do saneamento é um sonho possível, mas
para o conjunto do país não é realizável da noite para o dia. Não é
para a Copa de 2014, nem para as
Olimpíadas de 2016. Mas dá para
fazer em menos de 15 anos. Isso
representaria uma das maiores
contribuições deste século para
a saúde e para o meio ambiente.
Estimamos que o investimento
total para a universalização seja
da ordem de R$ 255 bilhões. Colocamos quatro cenários para a
universalização do saneamento no
Brasil sob diferentes hipóteses.
Num primeiro cenário, a hipótese de manutenção do atual ní-
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couros uma excelente maciez através de penetração
muito uniforme, indicado para luvas, vestuário e
estofamentos, especialmente em couros que
requerem alta resistência à tração e rasgamento.
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sintético e hidrocarbonetos refinados. Eureka SL-2
produz couros com boa maciez, enchimento e firmeza
de flor com toque sedoso, recomendado para couros
vegetais, podendo também ser usado em recurtimento
de couros wet-blue destinados a calçados.
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lecitina, indicado para couros macios como
estofamento, vestuário e camurça, conferindo toque
sedoso à flor.
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meio-ambiente
72
vel de investimento. De acordo
com dados oficiais, o investimento em saneamento caiu a partir
de 1999 e se manteve entre R$ 4
bilhões e R$ 6 bilhões até 2008,
último ano disponível da série.
Mantidos os atuais patamares
de investimentos e de produtividade, a universalização da água
ocorreria em 2039 e do esgoto
(coleta e tratamento) apenas em
2060. É inaceitável esperar mais
meio século para serviços básicos, disponíveis em vários países
desenvolvidos desde meados do
o século passado!
Num segundo cenário, supõe-se a duplicação do atual patamar
de investimentos sem aumentar
a produtividade. O horizonte de
tempo para a universalização do
saneamento ainda é muito distante: 2031.
Numa terceira situação, trabalha-se com a manutenção do
investimento, mas introduz o
aumento da produtividade. Isto
é, o mesmo real passa a gerar
mais ligações de água e esgoto
mediante melhores projetos e
técnicas. Estudos recentes sugerem que um aumento de 30% na
produtividade é ambicioso, porém factível. Mas só o aumento
da produtividade ainda não permite obter prazo aceitável para a
universalização. Neste cenário, a
universalização de água se daria
em 2028 e a de esgoto em 2042.
E uma última hipótese serve de
referência para a formulação de
metas de saneamento.
Para universalizar em um intervalo de tempo aceitável (até
2024) será preciso ambos:
mais investimento (duplicar os
Revista do Couro | ABQTIC
valores atuais) e maior produtividade (30% a mais).
A universalização não ocorrerá simultaneamente em todas as
regiões do Brasil. A cobertura de
saneamento varia muito conforme nas unidades da federação.As
únicas com mais da metade dos
domicílios atendidos em coleta
de esgotos são Distrito Federal
(86,3%), São Paulo (82,1%), e
Minas Gerais (68,9%); as menores coberturas são
Amapá (3,5%), Pará (1,7%) e
Rondônia (1,6%).
O último cenário citado só
será possível com mudanças macro e microeconômicas.
Do ponto de vista macro,
destaquem-se três aspectos. Em
primeiro lugar, é preciso reduzir
a tributação. Os prestadores de
serviços de água e esgoto pagam
cerca de R$ 2 bilhões em PIS/
PASEP-COFINS por ano, quase
um terço do investimento do
setor!
Essa situação foi agravada a
partir de 2003 com a elevação
do PIS/PASEP-COFINS. O projeto original da Lei do Saneamento previa a isenção deste tributo
para investimentos, mas o artigo
foi vetado pelo Executivo.
Em segundo lugar, é preciso
resgatar o planejamento do setor. A Lei do Saneamento obriga
o Governo Federal a editar um
Plano Nacional de Saneamento
Básico. Passados quase quatro
anos da aprovação da norma, tal
plano ainda não existe.
Em terceiro lugar, é preciso
estimular as parcerias, tanto as
Parcerias Público-Privadas (PPP),
como as Parcerias Público-Públi-
co e outras modalidades, como a
locação de ativos.
O modelo de Parcerias Público-Público vem sendo aplicado,
por exemplo, em transferência
de tecnologia e conhecimento
na formatação de editais e modelagens contratuais entre empresas estaduais de saneamento.
Do ponto de vista microeconômico, também três aspectos
podem ser destacados. Em primeiro lugar, as empresas devem
ter um planejamento voltado
para a geração de valor.
Em segundo lugar, é indispensável reduzir as perdas de água.
De acordo com o Ministério das
Cidades, a perda média brasileira é próxima a 40%. O combate às perdas de água posterga
a necessidade de investimentos
em novos sistemas e aumenta
a receita das companhias. Além
disso, reduz custos operacionais,
uma vez que é possível atender
a mesma quantidade de pessoas,
sem ampliar a produção de água.
Em terceiro lugar, é importante melhorar a gestão de projetos
de forma a reduzir o tempo e o
custo dos empreendimentos.
Por fim, a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação devem ser
incorporados tanto como estratégia empresarial, quanto como
política pública no saneamento.
A universalização do saneamento constitui grande desafio.
O binômio investimento e inovação pode torná-la realidade
para a atual geração. Um sonho
possível.
meio-ambiente
73
Agendas Tecnológicas Setoriais – ABDI
Contribuição do Sr. Gustavo Fink – Diretor Técnico-Científicp da ABQTIC
Nos próximos meses deverão
retomar o processo de avaliação
de projetos criados para aumentar a competitividade do setor
coureiro-calçadista dentro das
Agendas Tecnológicas Setoriais
- ATS que está sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC) e da Agência
Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI).
A ATCA 11 que solicita um
estudo definitivo sobre os resíduos sólidos do setor e também
a implementação de uma planta
piloto incineradora com geração
energética foi bem acolhida na
última apresentação em Brasília
no final do ano passado e segue
com grande expectativa quanto
a sua aprovação. Esta ATCA 11
está sob coordenação da ABIQUIM e conta com o apoio da
ASSINTECAL, CT Couro SENAI, ABQTIC, AICSUL e CICB.
Todas as entidades envolvidas
participaram na confecção e
análise da proposta que também
aponta e sugere outras possíveis
alternativas para eliminação dos
resíduos sólidos.
A proposta parte que a tecnologia usada para solução dos
resíduos sólidos deve obedecer
algumas premissas básicas para
atender ao seu propósito:
Ser capaz de eliminar o passivo ambiental: ou seja, não investir
tempo ou recurso em nenhuma
alternativa paliativa ou intermediária, seja do ponto de vista físico ou legal, o resíduo deve ter
um fim de fato que obedeça toda
legislação vigente, de natureza
civil ou ambiental.
ter capacidade de remediar
áreas afetadas: o dimensionamento da alternativa ou alternativas propostas não pode considerar somente a geração dos
resíduos atualmente, mas também a remediação de resíduos
depositados em aterros sanitários ou outros.
Compreender a distribuição e
as diferenças geográficas destes
resíduos no país: o mapa dos resíduos apontará a necessidade exata de cada região, pois o volume
ou mix de resíduos será fator fundamental para escolha da melhor
solução, lembrando que transporte dos resíduos por si só pode inviabilizar a alternativa proposta.
Viabilidade econômica: a tecnologia não pode ser subsidiada
nem agregar custos para a cadeia
produtiva, deve ser auto-sustentável do ponto de vista econômico. Um dos principais desafios
do estudo é superar a inexistência de comprovação econômico-financeira de algumas alternativas tecnológicas disponíveis e/ou
já implementadas.
Ter a perspectiva de gerar matéria ou matérias-prima para novos
segmentos de negócio: a escolha
deverá primar por tecnologias
que valorizem o resíduo como
matéria nobre a outros processos e segmentos. Este conceito
deve prevalecer sobre a pura e
simples eliminação do resíduo e
será fundamental para dar a desejada viabilidade econômica.
O estudo deverá vencer alguns
entraves como, por exemplo, a
inexistência de um inventário
nacional que dê estatísticas confiáveis de volumes armazenados
e gerados pela cadeia.
Paralelo ao estudo, que seria
um trabalho conclusivo para a
questão dentro do nosso segmento, haveria a implementação
de uma planta piloto incineradora para comprovar a viabilidade da geração de energia. Este
modelo aparece como alternativa mais viável e eficiente em
vários segmentos da indústria e
no manejo de resíduos domésticos. Também destaca-se por
poder processar com rapidez
grandes volumes de resíduos,
processar resíduos diversificados, ser efetiva na eliminação
do passivo e ter a característica
de auto-sustentação econômica
dada à produção energética proporcionada. Por estes motivos
deve ser testada também para
o setor coureiro-calçadista que
possui grandes volumes e características especificas de resíduos,
como diferentes classes de periculosidade e poder calorífico.
A aprovação da proposta na
sua íntegra seria um marco para
o setor, pois a solução do passivo ambiental, além de trazer
benefícios sociais para todo o
país também elevaria o segmento a outro patamar dentro do
cenário mundial: seria o primeiro mercado a resolver a questão
dos resíduos sólidos o que atrairia marcas e negócios que zelam
pela sustentabilidade, podendo
ainda, o tratamento dos resíduos
por si só tornar-se um negocio
tão atrativo e rentável quando
os produtos finais da cadeia.
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75
Economia Ambiental - Instrumentos Econömicos
Para O Desenvolvimento Sustentável
Autor: MORAES, OROZIMBO JOSE DE
Editora: CENTAURO
Assunto: ECONOMIA
Este livro se propõe a analisar os instrumentos econômicos de
política ambiental, com base na microeconomia e segundo a classificação da matriz política do Banco Mundial. A evolução dos instrumentos de política econômicos é acompanhada pelas fases iniciadas
com os instrumentos de comando e controle; na segunda fase, são
usados instrumentos baseados no mercado dos anos 1970 e 1980
e, na terceira fase, são apresentados os instrumentos promotores
de informações dos anos mais recentes. Os conceitos de desenvolvimento sustentável, bem-estar e falha de mercado são abordados
preliminarmente para a análise dos instrumentos voltados para a
administração de recursos e para o controle da poluição, como padrões, permissões comerciáveis, subsídios, impostos e taxas sobre
a produção e sobre produtos, sistemas de depósito-reembolso e
engajamento do público.
Modelos De Gestão
Os 60 Modelos Que Todo Gestor Deve Conhecer
Conceito do Leitor: Seja o primeiro a opinar
Autor: ASSEN, MARCEL VAN
Autor: BERG, GERBEN VAN DEN
Autor: PIETERSMA, PAUL
Tradutor: STEGER, MILENA
Editora: PRENTICE HALL BRASIL
Assunto: ADMINISTRAÇÃO - GERÊNCIA
No contexto de importantes tomadas de decisões, 'Modelos de
gestão' fornece ao gestor - e ao aspirante a gestor - o auxílio de
que ele precisa para acertar em suas escolhas. Destrinchando os 60
mais usuais modelos de gestão - entre eles a matriz BCG, o benchmarking e o balanced scorecard (BSC) -, este livro abrange tanto
modelos tradicionais quanto modernos, sendo eles práticos, táticos
ou operacionais. Cada modelo é apresentado de forma direta, com
informações sobre quando e como usá-lo, e traz uma análise final
sobre sua aplicação.
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35 a FEIRA INTERNACIONAL DE COUROS, PRODUTOS QUÍMICOS, COMPONENTES, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CALÇADOS E CURTUMES
A EVOLUÇÃO DO COMPLEXO
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Parque de Exposições da FENAC | das 13 às 20 horas
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