Photocoagulation versus intravitreal injection in diabetic
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Photocoagulation versus intravitreal injection in diabetic
issn 0004-2749 versão impressa Arquivos brasileiros publicação oficial do conselho brasileiro de oftalmologia JANEIRO/FEVEREIRO 2013 d e 76 01 Photocoagulation versus intravitreal injection in diabetic retinopathy Body mass and intraocular pressure in children Ultrasonographic presentation of intraocular foreign bodies Clinical trials in Brazilian journals Radius-Maumenee syndrome indexada nas bases de dados medline | embase | isi | SciELO 1-DAY ACUVUE® TRUEYE® Saúde ocular equivalente aos olhos sem lentes.1 1ª A 1ª LENTE DE USO ÚNICO DE SILICONE HIDROGEL NO BRASIL 1-DAY ACUVUE® TRUEYE®. OLHOS SAUDÁVEIS E CONFORTÁVEIS, COM A PRATICIDADE DE UMA LENTE NOVA A CADA DIA. TODO DIA. ACESSE O WEBSITE EXCLUSIVO PARA OFTALMOLOGISTAS: WWW.JNJVISIONCARE.COM.BR PARA MAIS INFORMAÇÕES, LIGUE PARA 0800 7288281 OU ENVIE E-MAIL PARA OFTALMOLOGISTA@CONBR.JNJ.COM Senofilcon A - 1ACUVUE® OASYS® com HYDRACLEAR® PLUS: Reg.ANVISA 80148620045, 2ACUVUE® OASYS® para ASTIGMATISMO com HYDRACLEAR® PLUS: Reg.ANVISA 80148620054, 3ACUVUE® OASYS® com HYDRACLEAR® PLUS (Bandage): Reg.ANVISA 80148620058, Galyfilcon A - 4ACUVUE® ADVANCE® com HYDRACLEAR®: Reg.ANVISA 80148620026, Etafilcon A - 5ACUVUE® 2: Reg. ANVISA 80148620019, 61-DAY ACUVUE® MOIST®: Reg.ANVISA 80148620052 , 71-DAY ACUVUE® MOIST® para ASTIGMATISMO: Reg.ANVISA 80148620064 , 8ACUVUE® 2 COLOURS: Reg.ANVISA 80148620013, 9ACUVUE® CLEAR: Reg.ANVISA 80148620021 e 10ACUVUE® BIFOCAL: Reg.ANVISA 80148620016. Caixas com 306,7, 61,2,3,4,5,8,9,10 ou 28 lentes de contato (LC). Indicações: LC Esféricas1,4,5,6,9: Miopia, hipermetropia (presbiopia em regime de monovisão) afácica ou não afácica. LC Esféricas Coloridas8: Miopia, hipermetropia (presbiopia em regime de monovisão) afácica ou não afácica. LC Bifocais10: Presbiopia afácica ou não afácica associada ou não a miopia ou hipermetropia. LC Tóricas2,7: Astigmatismo afácico ou não afácico associado ou não a miopia ou hipermetropia. LC Terapêuticas3: As lentes de contato podem ser prescritas, em determinadas condições ou doenças oculares, como lentes de proteção para a córnea, a fim de aliviar o desconforto e servir como uma cobertura de proteção. O médico Oftalmologista informará se o usuário apresenta essa condição, podendo prescrever medicações adicionais ou programação de substituição para a condição específica. O usuário nunca deve tratar qualquer condição, usando lentes de contato ou medicação para os olhos, sem primeiro consultar o médico Oftalmologista. Contra-Indicações: Qualquer inflamação, infecção, doença ocular, lesão ou anormalidade que afete a córnea, conjuntiva ou pálpebras. Qualquer doença sistêmica que venha a afetar os olhos ou ser agravada pelo uso de LC; reações alérgicas das superfícies oculares ou anexas. Qualquer infecção ativa da córnea; olhos vermelhos ou irritados. Precauções e Advertências: Problemas oculares, incluindo úlceras de córnea, podem se desenvolver rapidamente e causar perda da visão. Em caso de desconforto visual, lacrimejamento excessivo, visão alterada, vermelhidão nos olhos ou outros problemas, retirar imediatamente as LC e contatar o Oftalmologista. Usuários de LC devem consultar seu Oftalmologista regularmente. Não usar o produto se a embalagem estéril de plástico estiver aberta ou danificada. Reações Adversas: Ardor, coceira ou sensação de pontada nos olhos. Desconforto quando a LC for colocada pela primeira vez. Sensação de que há algo no olho (corpo estranho, área raspada). Lacrimejamento excessivo, secreções oculares incomuns ou vermelhidão dos olhos. Acuidade visual deficiente, visão embaçada, arco-íris ou halos ao redor de objetos, fotofobia, ou olho seco, podem ocorrer caso as LC sejam usadas continuamente ou por tempo excessivamente longo. Se o usuário relatar algum problema, deve RETIRAR IMEDIATAMENTE AS LENTES e contatar o Oftalmologista. Posologia: Uso prolongado1,2,3,5,8,10– Um a 7 dias/6 noites de uso contínuo, inclusive durante o sono. Uso diário1,2,3,4,5,8,9,10 – Períodos inferiores a um dia de uso enquanto acordado. Descartáveis diárias6,7 – uso único. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA REFRACIONAL (LC com grau), VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA (LC terapêutica plana), UTILIZAÇÃO SUJEITA À PRESCRIÇÃO MÉDICA (LC colorida plana). Johnson & Johnson Industrial Ltda. Rod. Pres. Dutra, Km 154 - S. J. dos Campos, SP. CNPJ: 59.748.988/0001-14. Resp. Téc.: Evelise S. Godoy – CRQ No. 04345341. Mais informações sobre uso e cuidados de manutenção e segurança, fale com seu Oftalmologista, ligue para Central de Relacionamento com o Consumidor: 0800-7274040, acesse www.acuvue.com.br ou consulte o Guia de Instruções ao Usuário. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. 1. OS BORN, K.; VEYS, J. A new silicone hydrogel lens for contact lens-related dryeness. Part 1 - Material Properties. Optician, 2005; 6004(229): 39-41. © Johnson & Johnson do Brasil Indústria E Comércio de Produtos Para Saúde Ltda. ABRIL/2013 NOVAS LENTES DE CONTATO 3448-Hyabak Anun Med BULA NOVA_Layout 1 9/20/11 1:32 PM Page 1 Olho Seco & Muco-adesivo 2,4 Pós-Cirurgia Refrativa1 Alta capacidade de retenção de água 2,3 Hidratação prolongada Conforto prolongado Ph e osmolaridade semelhantes às do filme lacrimal normal 2 Visco-elástico 4 Mais conforto ao paciente Impede a visão turva Indicado para usuários de lentes de contato 1 Melhora as propriedades de adesão intercelular 3,4 Promove rápida cicatrização pós-cirurgias Tratamento sintomático do olho seco. Lubrificação e hidratação de lentes de contato. Referências Bibliográficas: 1) Bula do produto: Hyabak. Registro MS nº 80424140002. 2) Snibson GR, Greaves JL, Soper ND, Tiffany JM, Wilson CG, Bron AJ. Ocular surface residence times of artificial tear solutions. Cornea. 1992 Jul;11(4):288-93. 3) Nakamura M, Hikida M. Nakano T, Ito S, Hamano T, Kinoshita S. Characterization of water retentive properties of hyaluronan. Cornea. 1993 Sep;12(5):433-6. 4) Gomes JA, Amankwah R, Powell-Richards A, Dua HS. Sodium hyaluronate (hyaluronic acid) promotes migration of human corneal epithelial cells in vitro. Br J Ophthalmol. 2004 Jun;88(6);821-5. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Informações adicionais disponíveis à classe farmacêutica mediante solicitação. Bula do produto: HYABAK®. Solução sem conservantes para hidratação e lubrificação dos olhos e lentes de contacto. Frasco ABAK®. COMPOSIÇÃO: Hialuronato de sódio 0,15g. Cloreto de sódio, trometamol, ácido clorídrico, água para preparações injetáveis q.b.p. 100 mL. NOME E MORADA DO FABRICANTE: Laboratoires Théa, 12 rue Louis Blériot, 63017 CLERMONT-FERRAND CEDEX 2 - França. QUANDO SE DEVE UTILIZAR ESTE DISPOSITIVO: HYABAK® contém uma solução destinada a ser administrada nos olhos ou nas lentes de contato. Foi concebido: • Para humedecimento e lubrificação dos olhos, em caso de sensações de secura ou de fadiga ocular induzidas por fatores exteriores, tais como, o vento, o fumo, a poluição, as poeiras, o calor seco, o ar condicionado, uma viagem de avião ou o trabalho prolongado à frente de uma tela de computador. • Nos utilizadores de lentes de contato, permite a lubrificação e a hidratação da lente, com vista a facilitar a colocação e a retirada, e proporcionando um conforto imediato na utilização ao longo de todo o dia. Graças ao dispositivo ABAK®, HYABAK® permite fornecer gotas de solução sem conservantes. Pode, assim, ser utilizado com qualquer tipo de lente de contato. A ausência de conservantes permite igualmente respeitar os tecidos oculares. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: • Evitar tocar nos olhos com a ponta do frasco. • Não injetar, não engolir. Não utilize o produto caso o invólucro de inviolabilidade esteja danificado. MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. INTERAÇÕES: É conveniente aguardar 10 minutos entre a administração de dois produtos oculares. COMO UTILIZAR ESTE DISPOSITIVO: POSOLOGIA: 1 gota em cada olho durante o dia, sempre que necessário. Nos utilizadores de lentes: uma gota em cada lente ao colocar e retirar as lentes e também sempre que necessário ao longo do dia. MODO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INSTILAÇÃO OCULAR. STERILE A - Para uma utilização correta do produto é necessário ter em conta determinadas precauções: • Lavar cuidadosamente as mãos antes de proceder à aplicação. • Evitar o contato da extremidade do frasco com os olhos ou as pálpebras. Instilar 1 gota de produto no canto do saco lacrimal inferior, puxando ligeiramente a pálpebra inferior para baixo e dirigindo o olhar para cima. O tempo de aparição de uma gota é mais longo do que com um frasco clássico. Tapar o frasco após a utilização. Ao colocar as lentes de contato: instilar uma gota de HYABAK® na concavidade da lente. FREQUÊNCIA E MOMENTO EM QUE O PRODUTO DEVE SER ADMINISTRADO: Distribuir as instilações ao longo do dia, conforme necessário. CONSERVAÇÃO DE DISPOSITIVO: NÃO EXCEDER O PRAZO LIMITE DE UTILIZAÇÃO, INDICADO NA EMBALAGEM EXTERIOR. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO: Conservar a uma temperatura inferior a 25ºC. Depois de aberto, o frasco não deve ser conservado mais de 8 semanas. UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A Divisão GENOM Unidade Brasília: Trecho 01 Conjunto 11 Lote 6 a 12 Pólo de Desenvolvimento JK Santa Maria- Brasília - DF - CEP: 72549-555 Ronda Propaganda Lançamento no Brasil! Referências Bibliográficas: 1. Katz LJ, et al. Twelve-Month, Randomized, Controlled Trial of Bimatoprost 0.01%, 0.0125%, and 0.03% in Patients with Glaucoma or Ocular Hypertension. American Journal of Ophthalmology 2009; 149(4):661-671. 2. Pfennigsdorf S, et al. Multicenter, prospective, open-label, observational study of bimatoprost 0.01% in patients with primary open-angle glaucoma or ocular hypertension. Clinical Ophthalmology 10/May/2012:6. 739-746. 3. LUMIGAN® RC 0,01% - Bula do Produto. Allergan Produtos Farmacêuticos. 4. Carney LG, et al. Buffering in human tears: pH responses to acid and base challenge. Invest Ophthalmol vis Sci. 1989 30(4): 747-754. LUMIGAN® RC (bimatoprosta 0,01%) USO ADULTO. Indicações: LUMIGAN® RC é indicado para o tratamento e prevenção do aumento da pressão dentro dos olhos em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado em pacientes submetidos previamente a iridotomia e hipertensão ocular.Advertências/Precauções: tem sido relatadas alterações de pigmentos dos tecidos com a utilização de solução oftálmica de bimatoprosta. Os relatos mais freqüentes têm sido os escurecimentos da íris, das pálpebras e cílios. Houve relatos de ceratite bacteriana associada com o uso de recipientes de doses múltiplas de produtos oftálmicos de uso tópico. Gravidez e Lactação: não foram realizados estudos controlados em gestantes. LUMIGAN® RC apenas deve ser utilizado em gestantes se os potenciais benefícios para a mãe justificarem os potenciais riscos para o feto. Posologia e modo de usar: você deve aplicar o número de gotas da dose recomendada pelo seu médico em um ou ambos os olhos. A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), uma vez ao dia, (de preferência à noite), com intervalo de aproximadamente 24 horas entre as doses. A dose não deve exceder a uma dose única diária, pois foi demonstrado que administração mais freqüente pode diminuir o efeito do medicamento sobre a pressão intra-ocular elevada. Reações adversas oculares relatadas mais comumente com LUMIGAN® RC por ordem de freqüência foram: Reação muito comum (> 10%): hiperemia conjuntival. A hiperemia conjuntival ocorre geralmente nos primeiros dias de tratamento, sendo transitória. Reação comum (>1% e < 10%): coceira nos olhos, dor ocular, irritação ocular, crescimento e escurecimento dos cílios, escurecimento da pele ao redor dos olhos ente outros. Reg. ANVISA/MS - 1.0147.0155 - Farm. Resp.: Dra. Flávia Regina Pegorer CRF-SP nº 18.150 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Para maiores informações, consultar a bula completa do produto. Fabricado por ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA: Av. Guarulhos, 3272 - CEP 07030-000 – Guarulhos/ SP - CNPJ nº 43.426.626/0009-24 - Indústria Brasileira - ® Marca Registrada. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA www.allergan.com.br BR/0713/2012c - fev/2013 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) Publicação ininterrupta desde 1938 ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) CODEN - AQBOAP Periodicidade: bimestral Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 76, n. 1, p. 1-62, jan./fev. 2013 Conselho Administrativo Editor-Chefe Marco Antônio Rey de Faria Harley E. A. Bicas Roberto Lorens Marback Rubens Belfort Jr. Wallace Chamon Wallace Chamon Editores Anteriores Waldemar Belfort Mattos Rubens Belfort Mattos Rubens Belfort Jr. Harley E. A. Bicas Editores Associados Augusto Paranhos Jr. Carlos Ramos de Souza Dias Eduardo Melani Rocha Eduardo Sone Soriano Galton Carvalho Vasconcelos Haroldo Vieira de Moraes Jr. José Álvaro Pereira Gomes Luiz Alberto S. Melo Jr. Mário Luiz Ribeiro Monteiro Michel Eid Farah Norma Allemann Paulo Schor Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira Sérgio Felberg Suzana Matayoshi Conselho Editorial Nacional Áisa Haidar Lani (Campo Grande-MS) Ana Luísa Höfling-Lima (São Paulo-SP) André Augusto Homsi Jorge (Ribeirão Preto-SP) André Messias (Ribeirão Preto-SP) Antonio Augusto Velasco e Cruz (Ribeirão Preto-SP) Arnaldo Furman Bordon (São Paulo-SP) Ayrton Roberto B. Ramos (Florianópolis-SC) Breno Barth (Natal-RN) Carlos Roberto Neufeld (São Paulo-SP) Carlos Teixeira Brandt (Recife-PE) Cristina Muccioli (São Paulo-SP) Denise de Freitas (São Paulo-SP) Eduardo Cunha de Souza (São Paulo-SP) Eduardo Ferrari Marback (Salvador-BA) Enyr Saran Arcieri (Uberlândia-MG) Érika Hoyama (Londrina-PR) Fábio Ejzenbaum (São Paulo-SP) Fábio Henrique C. Casanova (São Paulo-SP) Fausto Uno (São Paulo-SP) Flávio Jaime da Rocha (Uberlândia-MG) Ivan Maynart Tavares (São Paulo-SP) Jair Giampani Jr. (Cuiabá-MT) Jayter Silva de Paula (Ribeirão Preto-SP) João Borges Fortes Filho (Porto Alegre-RS) João Carlos de Miranda Gonçalves (São Paulo-SP) João J. Nassaralla Jr. (Goiânia-GO) João Luiz Lobo Ferreira (Florianópolis-SC) José Américo Bonatti (São Paulo-SP) José Augusto Alves Ottaiano (Marília-SP) José Beniz Neto (Goiânia-GO) José Paulo Cabral Vasconcellos (Campinas-SP) Keila Miriam Monteiro de Carvalho (Campinas-SP) Luís Paves (São Paulo-SP) Luiz V. Rizzo (São Paulo-SP) Marcelo Francisco Gaal Vadas (São Paulo-SP) Marcelo Jordão Lopes da Silva (Ribeirão Preto-SP) Marcelo Vieira Netto (São Paulo-SP) Maria Cristina Nishiwaki Dantas (São Paulo-SP) Maria de Lourdes V. Rodrigues (Ribeirão Preto-SP) Maria Rosa Bet de Moraes e Silva (Botucatu-SP) Marinho Jorge Scarpi (São Paulo-SP) Marlon Moraes Ibrahim (Franca-SP) Martha Maria Motono Chojniak (São Paulo-SP) Maurício Maia (Assis-SP) Mauro Campos (São Paulo-SP) Mauro Goldchmit (São Paulo-SP) Mauro Waiswol (São Paulo-SP) Midori Hentona Osaki (São Paulo-SP) Milton Ruiz Alves (São Paulo-SP) Mônica Alves (Campinas-SP) Mônica Fialho Cronemberger (São Paulo-SP) Moysés Eduardo Zajdenweber (Rio de Janeiro-RJ) Newton Kara-José Júnior (São Paulo-SP) Norma Helen Medina (São Paulo-SP) Paulo E. Correa Dantas (São Paulo-SP) Paulo Ricardo de Oliveira (Goiânia-GO) Procópio Miguel dos Santos (Brasília-DF) Renato Curi (Rio de Janeiro-RJ) Roberto L. 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Zélia Maria da Silva Corrêa (E.U.A.) ABO – Arquivos Brasileiros de Oftalmologia • publicação bimestral do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) Redação: R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar - Vila Olímpia - São Paulo - SP - CEP 04546-004 Fone: (55 11) 3266-4000 - Fax: (55 11) 3171-0953 - E-mail: abo@cbo.com.br - Home-page: www.scielo.br/abo A ssinaturas - B rasil : Membros do CBO: Distribuição gratuita. Editor: Wallace Chamon Revisão Final: Paulo Mitsuru Imamura Não Membros: Assinatura anual: R$ 500,00 Fascículos avulsos: R$ 80,00 Gerente Comercial: Mauro Nishi Editoria Técnica: Edna Terezinha Rother Maria Elisa Rangel Braga Foreign: Annual subscription: US$ 200.00 Single issue: US$ 40.00 Publicação: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Divulgação: Conselho Brasileiro de Oftalmologia Tiragem:7.200 exemplares Secretaria Executiva: Claudete N. Moral Claudia Moral Capa: Ipsis Capa: Fotografia gonioscópica de paciente com neovascularização de seio camerular. Autor da Fotografia: Dr. Sérgio Hen rique Teixeira (Setor de Glaucoma do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, Brasil). Cover: Gonioscopic photograph of a patient presenting anterior chamber angle neovascularization. Photographer: Sérgio Hen rique Teixeira, MD (Glaucoma Sector, Department of Ophthalmology, UNIFESP, Brazil). PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) •ABO Arquivos Brasileiros de Oftalmologia www.abonet.com.br www.freemedicaljournals.com www.scielo.org • ISI Web of Knowledge (SM) •Copernicus www.copernicusmarketing.com www.periodicos.capes.gov.br www.scirus.com • LILACS Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde •MEDLINE Diretoria do CBO - 2011-2013 Marco Antônio Rey de Faria (Presidente) Milton Ruiz Alves (Vice-Presidente) Carlos Heler Ribeiro Diniz (1º Secretário) Nilo Holzchuh (Secretário Geral) Mauro Nishi (Tesoureiro) Sociedades Filiadas ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia e seus respectivos Presidentes Apoio: Centro Brasileiro de Estrabismo Maria de Lourdes Fleury F. Carvalho Tom Back Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia Flávio Rezende Dias Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-Oculares Armando Stefano Crema Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular Ricardo Mörschbacher Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa Renato Ambrósio Júnior Sociedade Brasileira de Ecografia em Oftalmologia Norma Allemann Sociedade Brasileira de Glaucoma Vital Paulino Costa Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia em Oftalmologia Caio Vinicius Saito Regatieri Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria César Lipener Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica Rosa Maria Graziano Sociedade Brasileira de Oncologia em Oftalmologia Priscilla Luppi Ballalai Bordon Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo Walter Yukihiko Takahashi Sociedade Brasileira de Trauma Ocular Nilva Simeren Bueno Moraes Sociedade Brasileira de Uveítes Wilton Feitosa de Araújo Sociedade Brasileira de Visão Subnormal Mayumi Sei PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) Periodicidade: bimestral Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 76, n. 1, p. 1-62, jan./fev. 2013 Sumário | Contents Editorial | Editorial A questão do idioma nas Revistas Oftalmológicas Brasileiras V The language issue in Brazilian Ophthalmological Journals Wallace Chamon VII The language issue in Brazilian Ophthalmological Journals Wallace Chamon A questão do idioma nas Revistas Oftalmológicas Brasileiras Artigos Originais | Original Articles Aumento da imunorreatividade ao VEGFR-1 no complexo coroido-escleral em modelo experimental de hipercolesterolemia 1 Increased VEGFR-1 immunoreactivity in the choroid-scleral complex in hypercholesterolemia experimental model Rogil José de Almeida Torres, Lucia de Noronha, Antonio Marcelo Barbante Casella, Regiane do Rocio de Almeida Torres, Isabela de Carvalho Martins, Rafael Zotz, Andréa Luchini, Conrado Roberto Hoffmann Filho, Dalton Bertolim Précoma 6 The need for artificial tears in glaucoma patients: a comparative, retrospective study Vital Paulino Costa, Renata Siqueira da Silva, Renato Ambrósio Jr. 10 The correlation between body mass index and intraocular pressure in children Luciano Lira de Albuquerque, Maria Isabel Lynch Gaete, José Natal Figueiroa, João Guilherme Bezerra Alves O uso de lágrimas artificiais em pacientes com glaucoma: um estudo retrospectivo e comparativo Correção entre o índice de massa corpórea e a pressão intraocular em crianças Composition of intraocular foreign bodies: experimental study of ultrasonographic presentation 13 Composição de corpos estranhos intraoculares: estudo experimental da apresentação ultrassonográfica Márcio Augusto Nogueira Costa, Patrícia Novita Garcia, Letícia Fernandes Barroso, Marco Antonio Ferreira, Érika Araki Okuda, Norma Allemann 18 Panretinal photocoagulation versus intravitreal injection retreatment pain in high-risk proliferative diabetic retinopathy Célia Regina Farias de Araújo Lucena, José Afonso Ramos Filho, André Márcio Vieira Messias, José Aparecido da Silva, Felipe Piacentini Paes de Almeida, Ingrid Ursula Scott, Jefferson Augusto Santana Ribeiro, Rodrigo Jorge Dor em panfotocogulação retiniana versus injeção intravítrea em pacientes com retinopatia diabética proliferativa de alto risco Clinical trials in Brazilian journals of ophthalmology: where we are 21 Ensaios clínicos em periódicos brasileiros de oftalmologia: onde estamos Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Franz Schubert Leal, Fauze Abdulmassih Gonçalves, Fernando Henrique Ramos Amorim, João Paulo Fernandes Felix, Carlos Eduardo Leite Arieta Influence of English language in the number of citations of articles published in Brazilian journals of Ophthalmology 26 Influência do idioma inglês no número de citações de artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Rafael Marsicano Cezar Vieira, Fauze Abdulmassih Gonçalves, Maria Carolina Alves Ferreira, Diana Maziero, Thais Helena Moreira Passos, Carlos Eduardo Leite Arieta Censo Brasileiro de Cirurgia Refrativa 29 Brazilian Trends in Refractive Surgery Marcelo Vieira Netto, Rodrigo França de Espíndola, Rafael Garcia Fernandes Nogueira, Mauro Campos, Renato Ambrósio Jr., Newton Leitão de Andrade Lentes progressivas - análise dos campos intermediário e de perto por deflexometria 33 Progressive addition lenses - analysis of intermediate and near vision zones by deflectometry Celso Marcelo Cunha, Renato José Bett Correia, Antonio Augusto Sardinha Neto Assessment of ocular surface toxicity after topical instillation of nitric oxide donors 38 Avaliação da toxicidade na superfície ocular após instilação tópica de doadores de óxido nítrico Angelino Julio Cariello, Gabriela Freitas Pereira de Souza, Márcia Serva Lowen, Marcelo Ganzarolli de Oliveira, Ana Luisa Höfling-Lima Relatos de Casos | Case Reports Bilateral acute depigmentation of the iris (BADI): first reported case in Brazil 42 Despigmentação aguda bilateral da íris (BADI): primeiro relato de caso no Brasil Heloisa Andrade Maestrini, Angela Andrade Maestrini, Danuza de Oliveira Machado, Daniel Vitor Vasconcelos Santos, Homero Gusmão de Almeida Idiopathic dilated episcleral vessels (Radius-Maumenee syndrome): case report 45 Dilatação idiopática dos vasos episclerais (síndrome de Radius-Maumenee): relato de caso Ricardo Alexandre Stock, Natalie Lucas Fernandes, Nathan Lopes Pastro, Rafaela Santini de Oliveira, Elcio Luiz Bonamigo 48 Topiramate-associated acute, bilateral, angle-closure glaucoma: case report Lucas Barasnevicius Quagliato, Kleyton Barella, José Maria Abreu Neto, Elizabeth Maria Aparecida Barasnevicius Quagliato Glaucoma agudo de ângulo fechado, bilateral, desencadeado pelo topiramato: relato de caso Essential trichomegaly: case report 50 Tricomegalia essencial: relato de caso Julia Dutra Rossetto, Heloisa Nascimento, Cristina Muccioli, Rubens Belfort Jr. 52 Artigos de Revisão | Review Articles Queratitis fúngica: revisión actual sobre diagnóstico y tratamiento Fungal keratitis: review of diagnosis and treament Felipe Mellado, Tomás Rojas, Cristián Cumsille Cartas ao Editor | Letters to the Editor 57 Alteração na regulação vascular da artéria oftálmica em pacientes com insuficiência cardíaca crônica Daniel Meira-Freitas, Daniela B. Almeida-Freitas, Augusto Paranhos Jr. Abnormal vascular regulation in the ophthalmic artery of chronic heart failure patients 59 Instruções para os Autores | Instructions to Authors Editorial | Editorial A questão do idioma nas Revistas Oftalmológicas Brasileiras The language issue in Brazilian Ophthalmological Journals Wallace Chamon1 Nesta edição do Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO), Lira et al., estudaram a qualidade dos periódicos oftalmológicos brasileiros por meio do número de citações em fontes indexadas no Science Citation Index Expanded (SCIE) após dois anos da publicação (Fator de Impacto®) e da qualidade dos artigos de acordo com o Consolidated Standards for Reporting Trials (CONSORT)(1,2). As publicações são excelentes em demonstrar que os manuscritos de qualidade, escritos em inglês são bem mais citados (e provavelmente mais lidos) do que as suas contrapartes. É importante entendermos que não existem bases de dados universais, cada análise aplica-se apenas para a amostra avaliada pelo seu provedor de banco de dados. Portanto, deve-se entender o Universo que foi con siderado como base para os relatórios de citação. Web of Science é um dos serviços prestados pela Thomson Reuters®, uma empresa inglesa fundada por um imigrante alemão em 1851(3). A Thomson Reuters® foi criada pela fusão de duas empresas de um mesmo grupo (Thomson Corporation e Reuters Group) que entrou em vigor em 2009. A Thomson Reuters® tem 17.621 revistas indexadas em seu banco de dados e o subconjunto de SCIE conta com 8.630 títulos, sendo 59 revistas oftalmológicas. Outras empresas oferecem bases de dados científicas e de conhecimento para competir neste mercado. Scopus® é um banco de dados pesquisável de manuscritos avaliados por pares, oferecidos pela Elsevier®, que inclui mais de 19.500 revistas(4). SciELO® é uma iniciativa brasileira desenvolvida pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em 1998(5). A SciELO® apenas inclui fontes que dão acesso livre e não aceita qualquer embargo, como adiar o acesso livre aos manuscritos após a publicação. O banco de dados da SciELO® inclui 1.021 fontes, provenientes da África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Portugal e Venezuela. Quatro revistas da SciELO® estão relacionadas especificamente à oftalmologia. Hoje em dia, o ABO aceita artigos escritos em inglês, português e espanhol. Usando a mesma base de dados Lira et al., o gráfico 1 mostra que nos últimos anos o número de submissões em português diminuiu e, desde o ano passado, a maioria dos manuscritos são enviados em inglês. Quando se analisa o porcentual de citações durante os dois anos seguintes à publicação pode-se notar o aumento importante desde 2008. Gráfico 1. Idioma de publicação e porcentagem de citações em relação ao tempo nos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO). Notar que neste banco de dados foram incluídos todos os artigos (não apenas os citáveis) e que alguns artigos podem ter sido citados mais de uma vez. Submetido para publicação: 8 de junho de 2013 Aceito para publicação: 8 de junho de 2013 1 Médico, Departamento de Oftalmologia, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil. Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho. Divulgação de potenciais conflitos de interesse: W.Chamon, Nenhum. V A questão do idioma nas Revistas Oftalmológicas Brasileiras A equipe editorial do ABO tem focado fortemente na seleção de melhores manuscritos para a publicação, a nossa decisão foi diminuir o número de artigos publicados por ano e aumentar a sua qualidade. Considerando-se os artigos originais, relatos de casos, artigos de revisão, cartas ao editor e editoriais, o número de artigos por ano caiu de cerca de 200, em 2008, para 100 nos últimos três anos. Isso pode ter contribuído para a melhoria da qualidade, observada pelo porcentual de artigos citados. Além disso, o aumento natural de artigos publicados em Inglês, bem como os resultados de Lira et al., levam ao questionamento sobre o ABO considerar apenas a aceitação de manuscritos escritos em inglês(2). Referências 1.Lira RPC, Leal FS, Gonçalves FA, Amorim FHR, Felix JPF, Arieta CEL. Clinical trials in Brazilian journals of ophthalmology: where we are. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):21-5. 2. Lira RPC, Vieira RMC, Gonçalves FA, Ferreira MCA, Maziero D, Passos THM, Arieta CEL. Influence of English language in the number of citations of articles published in Brazilian journals of Ophthalmology. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):26-8. VI 3. Thomson Reuters [Internet]. New York: Thomson Reuters. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http://thomsonreuters.com/scientific-search-and-discovery/ 4.Scopus [Internet]. Amsterdam: Elsevier. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http:// www.info.sciverse.com/scopus 5. SciELO [Internet]. Sao Paulo: SciELO. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http://www. scielo.org/php/index.php Editorial | Editorial The language issue in Brazilian Ophthalmological Journals A questão do idioma nas Revistas Oftalmológicas Brasileiras Wallace Chamon1 In this issue of Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO), Lira et al., studied the quality of Ophthalmological Brazilian Journals by means of the number of citations in sources indexed at Science Citation Index Expanded (SCIE) after two years of publication (Impact Factor®) and the quality of reporting according the Consolidated Standards for Reporting Trials (CONSORT)(1,2). Their work is excellent in pointing out that well quality papers written in English are well more cited (and probably read more often) than their counterparts. It is important do understand that there are no universal databases; each analysis applies only for the sample evaluated by its database provider. Therefore, one should understand the Universe that was considered as the background for citation reports. Web of Science is one of the services provided by Thomson Reuters®, an English company founded by a German immigrant in 1851(3). Thomson Reuters® was created as a fusion of two companies form the same group (Thomson Corporation and Reuters Group) that took effect in 2009. Thomson Reuters® has 17,621 Journals indexed on its database and the subset of SCIE indexes 8,630, being 59 ophthalmological journals. Other companies offer scientific and knowledge databases to compete for this market. Scopus® is a searchable database of peer-reviewed literature, offered by Elsevier®, that includes more than 19,500 journals(4). SciELO® is a Brazilian initiative developed by FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), in 1998(5). SciELO® only indexes sources that provide open access and does not accepts any embargo, such as postponing the free access to the manuscripts after publication. SciELO® database includes 1,021 sources, from Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Costa Rica, Cuba, México, Portugal, Spain, South Africa and Venezuela. Four journals from SciELO® are related specifically to ophthalmology. Nowadays, ABO accepts papers written in English, Portuguese and Spanish. Using the same database as Lira et al., graph 1 shows that during the last years the number of submissions in Portuguese has decreased and, since last year, most of the manuscripts are in English. When analyzing the percentage of citations during the next two years of publication one can notice the important increase since 2008. Graph 1. Language of publication and percentage of citations over time at the Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO). Notice that for this database all publications were included (not only citable ones) and the same manuscript may have been cited more than once. Submitted for publication: June 8, 2013 Accepted for publication: June 8, 2013 1 Physician, Department of Ophthalmology, Federal University of São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brazil. Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potencial of interest: W.Chamon, None. VII The language issue in Brazilian Ophthalmological Journals ABO’s editorial team has focused strongly in selecting better manuscripts for publication, our decision was to lessen the number of published papers per year and increase their quality. Considering original articles, case reports, review articles, letters to the editor and editorials, the number of papers per year dropped from approximately 200, in 2008, to 100 during the last three years. This may have accounted for the improvement of quality, observed by the percentage of cited papers. Also, the natural increase of papers published in English as well as the findings of Lira et al., leads to the questioning of if ABO should consider accepting only English written manuscripts(2). REFERENCES 1.Lira RPC, Leal FS, Gonçalves FA, Amorim FHR, Felix JPF, Arieta CEL. Clinical trials in Brazilian journals of ophthalmology: where we are. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):21-5. 2. Lira RPC, Vieira RMC, Gonçalves FA, Ferreira MCA, Maziero D, Passos THM, Arieta CEL. Influence of English language in the number of citations of articles published in Brazilian journals of Ophthalmology. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):26-8. VIII 3. Thomson Reuters [Internet]. New York: Thomson Reuters. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http://thomsonreuters.com/scientific-search-and-discovery/ 4.Scopus [Internet]. Amsterdam: Elsevier. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http:// www.info.sciverse.com/scopus 5. SciELO [Internet]. Sao Paulo: SciELO. [cited 2013 Jun 8]. Available from: http://www. scielo.org/php/index.php Artigo Original | Original Article Aumento da imunorreatividade ao VEGFR-1 no complexo coroido-escleral em modelo experimental de hipercolesterolemia Increased VEGFR-1 immunoreactivity in the choroid-scleral complex in hypercholesterolemia experimental model Rogil José de Almeida Torres1, Lucia de Noronha2, Antonio Marcelo Barbante Casella3, Regiane do Rocio de Almeida Torres4, Isabela de Carvalho Martins5, Rafael Zotz5, Andréa Luchini6, Conrado Roberto Hoffmann Filho7, Dalton Bertolim Précoma8 RESUMO ABSTRACT Objetivo: O objetivo deste trabalho é investigar a expressão do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) na coroide e esclera, utilizando um modelo experimental de hipercolesterolemia. Método: Coelhos New Zealand foram organizados em dois grupos: O grupo dieta normal (GN), composto por 8 coelhos (8 olhos), recebeu ração padrão para coelhos, durante 4 semanas; e o grupo hipercolesterolêmico (GH), composto por 13 coelhos (13 olhos), recebeu dieta rica em colesterol a 1% por 8 semanas. Foi realizada a dosagem sérica de colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol, glicemia de jejum no início do experimento e no momento da eutanásia. Ao final da 8a semana para o GH e 4a semana para o GN foi realizada a eutanásia dos animais e os olhos foram submetidos à análise imuno-histoquímica com os anticorpos RAM-11 e VEGFR-1. Resultados: Observou-se significativo aumento do colesterol total e triglicerídeos do GH em relação ao GN (p<0,001). Houve significativo aumento da expressão da RAM-11 e VEGFR-1 na coroide e esclera dos animais do GH em relação ao GN (p≤0,001). Conclusão: Este estudo demonstra que a dieta hipercolesterolêmica em coelhos induz ao aumento da concentração de macrófagos e da imunorreatividade ao VEGFR-1 na coroide e esclera, expressando similaridade com a degeneração ma cular relacionada à idade (DMRI) humana. Purpose: The aim of this study is to investigate the expression of vascular endo thelial growth factor (VEGF) in the choroid and sclera using hypercholesterolemia experimental model. Methods: New Zealand rabbits were divided into two groups: 8 rabbits (8 eyes), in the normal diet group (NG), were fed by a standard diet for 4 weeks; and 13 rabbits (13 eyes), in the hypercholesterolemic group (HG), were fed by a 1% cholesterol-enriched diet for 8 weeks. Total serum cholesterol, triglyceride, HDL cholesterol and fasting blood glucose exams were performed at the initiation of the experiment and at the euthanasia time. After hypercholesterolemic group 8th week and NG 4th week, animals were euthanized and their eyes underwent immunohistochemical analysis with the RAM-11 and VEGFR-1). Results: The diet has induced a significant increase in total cholesterol and triglyceride levels in HG when compared with NG (p<0.001). There was a significant increase in the RAM-11 and VEGFR-1 expressions in hypercholesterolemic group choroid and sclera in relation to NG (p≤0,001). Conclusion: This study has revealed that the hypercholesterolemic diet in rabbits in duces an increase in the macrophage concentration and immunoreactivity to VEGFR-1 in the choroid and sclera, resembling human age-related macular degeneration (ARMD). Descritores: Fator A de crescimento do endotélio vascular; Degeneração macular; Macrófagos; Colesterol; Coroide; Esclera; Animais; Coelhos Keywords: Vascular endothelial growth factor A; Macular degeneration; Macrophages; Cholesterol; Choroid; Sclera; Animals; Rabbits INTRODUÇÃO Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das prin cipais causas de perda irreversível da visão na terceira idade(1). É uma doença complexa e multifatorial associada ao envelhecimento, alterações genéticas e ambientais(2). Estudos histopatológicos demonstram que o epitélio pigmentário da retina (EPR), membrana de Bruch (MB) e coriocapilar estão envolvidos primariamente neste processo patológico(3). Sugere-se que o envelhecimento induza a gradativa deposição anômala de lipídeos na MB(3), levando ao aumento de sua espessura(4). A MB é um tecido conectivo fino e semipermeável que permite a passagem de nutrientes da coriocapilar para o EPR e camadas externas da retina sensorial. Esta estrutura também dá passagem aos metabólitos produzidos pelas células do EPR para a coriocapilar. Sendo assim, a modificação da MB interfere na nutrição das células do EPR conduzindo-as a gradativo processo de atrofia(3,5,6). Uma vez estabelecido o processo atrófico do EPR, há redução da necessidade de suprimento sanguíneo para esta camada, provocando atrofia se cundária da coriocapilar(4,7,8). Desta forma, as camadas externas da Submetido para publicação: 9 de fevereiro de 2012 Aceito para publicação: 13 de novembro de 2012 Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho. Trabalho realizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Médico, Departamento de Oftalmologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Curitiba (PR), Brasil. Médica, Departamento de Patologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - Curitiba (PR), Brasil. 3 Médico, Departamento de Oftalmologia, Universidade Estadual de Londrina - UEL - Londrina (PR), Brasil. 4 Acadêmica de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - Curitiba (PR), Brasil. 5 Zootecnista, Biotério Central, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - Curitiba (PR), Brasil. 6 Médica, Centro Oftalmológico de Curitiba, Curitiba (PR), Brasil. 7 Médico, Departamento de Cirurgia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - Curitiba, Paraná, Brasil. 8 Professor Titular, Departamento de Cardiologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR - Curitiba (PR), Brasil. 1 2 Divulgação de potenciais conflitos de interesse: R.J.A.Torres, Nenhum; L.de Noronha, Nenhum; A.M.B.Casella, Nenhum; R.R.A.Torres, Nenhum; I.C.Martins, Nenhum; R.Zotz, Nenhum; A.Luchini, Nenhum; C.R.Hoffmann Filho, Nenhum; D.B.Précoma, Nenhum. Endereço de correspondência: Rogil José de Almeida Torres. Rua Emiliano Perneta 390 - Conj. 1407 Curitiba (PR) - 80420-080 - Brasil - E-mail: rjat@terra.com.br Projeto número 240/080. CEUA - Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registro do parecer no CEUA: 307 Data do parecer: 19/08/2008 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):1-5 1 Aumento da imunorreatividade ao VEGFR-1 no complexo coroido-escleral em modelo experimental de hipercolesterolemia retina sensorial, o EPR e a coriocapilar entram em hipóxia(9,10). Sabe-se que a hipóxia é o principal estímulo para liberação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)(11), responsável pela formação de neovasos sub-retinianos(2). Clinicamente, a perda da visão central na DMRI pode ocorrer pela atrofia geográfica de coroide, denominada DMRI seca, e/ou pelo desenvolvimento de membrana neovascular sub-retiniana, denominada DMRI úmida. A DMRI seca reduz progressivamente e lentamente a acuidade visual (AV). Até o momento, preconiza-se o uso de antioxidantes sintéticos, dieta antioxidante e mudança de hábitos de vida para estabilizar ou atenuar o avanço da atrofia geográfica da coroide(12). Por outro lado, a DMRI úmida pode provocar metamorfopsia e queda abrupta da visão. Atualmente, o principal alvo terapêutico da DMRI úmida é o VEGF, maior estimulador de neovascularização ocular(2,13). Várias drogas têm sido utilizadas para neutralizar este fator de crescimento angiogênico com o intuito de promover a regressão da neovascularização sub-retiniana e manter a visão central, porém o prognóstico visual permanece ruim(14). Sendo assim, o conhecimento de fatores que estimulam a produção do VEGF é importante para a prevenção da doença macular degenerativa. Desta forma, a criação de modelos experimentais que possam induzir a liberação deste fator de crescimento vascular aprimora o conhecimento fisiopatogênico desta temível doença e propicia pesquisas terapêuticas experimentais que podem ser úteis futuramente no combate à DMRI. O objetivo deste trabalho é investigar a expressão do VEGF na coroide e esclera, utilizando um modelo experimental de hipercolesterolemia. MÉTODOS Para a realização deste estudo, o protocolo foi aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, seguindo os princípios da Declaração de Helsinque (1964). Ambiente de experimentação Os procedimentos deste estudo foram realizados nas dependências do laboratório de Técnica Operatória da PUC-PR e do Centro de Estudos do Hospital Angelina Caron (HAC). Os animais foram mantidos no biotério em macroambiente com ciclos de iluminação 12/12 horas, com trocas de ar e temperatura controlada de 19 a 23ºC e receberam durante o experimento água e ração específica para a espécie Nuvital® (Nuvital, Colombo, Brasil) de forma ad libitum. Animais utilizados e delineamento experimental Foram utilizados 21 coelhos machos albinos (Oryctolagus cuni cullus), da linhagem New Zealand, procedentes do Biotério Central da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com idade média aproximada de 110 dias e peso médio de 2.770 gramas. Os animais foram divididos em dois grupos: grupo 1 (GN), composto por 8 coelhos, e grupo 2 (GH) composto por 13 coelhos. O GN, ou grupo de deita nor mal, recebeu ração padrão para coelhos de laboratório Nuvital® (Nuvital, Colombo, Brasil) e foi submetido à eutanásia em quatro semanas. O GH, ou grupo hipercolesterolêmico, recebeu ração padrão para coelhos de laboratório Nuvital® (Nuvital, Colombo, Brasil), acrescida de colesterol a 1%, em todo o período do estudo (ração suplementar). Este grupo foi submetido à eutanásia ao final de oito semanas. Cada coelho foi submetido à dosagem sérica de colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol, glicemia de jejum no início do experimento e no momento da eutanásia. As coletas das amostras sanguíneas foram realizadas através de punção da veia marginal auricular magna sob anestesia geral com injeção intramuscular de ketamina 5 mg/kg e xylazina 35 mg/kg. As dosagens plasmáticas de glicemia, colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos foram realizados pelo 2 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):1-5 método enzimático colorimétrico automatizado (Architec® - Abbott). Uma soroteca com 500 microlitros de cada animal foi congelada para análises futuras. O peso dos coelhos foi aferido em rotina semanal. Os animais foram sacrificados com injeção endovenosa de 5 ml de pentobarbital e os olhos imediatamente fixados em paraformaldeído a 4% (Merck, Darmstadt, Germany), em 0,1 M fosfato/pH 7,4 por 4 horas, para análise imuno-histoquímica. Preparo da ração suplementar A ração hipercolesterolêmica a 1%, utilizada nas oito semanas do experimento, apresentava 200 gramas de colesterol (Sigma-Aldrich à 95%®) dissolvido em 800 mililitros de clorofórmio (Biotec®), distri buídos homogeneamente em 20 quilogramas de ração Nuvital ® (Nuvital, Colombo, Brasil). Antes de administrar a ração aos coelhos, esperou-se um período mínimo de 24 horas para adequada evaporação do clorofórmio. A quantidade diária ofertada para cada animal foi de 600 gramas ao dia(15). Preparação do tecido e análise imuno-histoquímica Os dois olhos de cada animal (total de 42) foram removidos e submetidos à fixação, porém somente um foi escolhido para o estudo, de forma aleatória. Depois da fixação os espécimes foram avaliados macroscopicamente, sendo feito uma secção axial ao nível do nervo óptico, dividindo os bulbos oculares em duas metades iguais (superior e inferior). A metade inferior foi estocada para estudos posteriores. Já a metade superior foi submetida à desidratação, diafanização e impregnação em parafina, com histotécnico da marca Leica® (Leica, Wetzlar, Germany), modelo TP 1020. Para a confecção dos blocos de parafina utilizou-se o inclusor Leica®, modelo EG1160. Estes blocos foram cortados com micrótomo, marca Leica® modelo RM2145 (Leica, Wetzlar, Germany), a 5 µ para obtenção dos cortes histológicos (total de 42). Estes cortes foram pescados em lâmina de vidro com albumina, corados com hematoxilina-eosina e montados com lamínula de vidro de 24x90 mm Entellan, Merck® (Merck, Darmstadt, Germany). Os cortes histológicos foram desparafinizados e re-hidratados, sendo feito posteriormente o bloqueio da peroxidase endógena. Posteriormente foram lavados em água deionizada sendo incubados em câmara úmida a 95ºC por 20 minutos para recuperação antigênica. Após esta fase, foi realizado novo bloqueio da peroxidase endógena. Os cortes foram cobertos pelo anticorpo primário monoclonal pro duzido em camundongo VEGF receptor 1 (VEGFR 1), da marca THERMOscientific® (diluição 1:100) e pelo anticorpo monoclonal primário RAM-11, da marca Dako® (DakoCytomation, Carpinteria, CA, EUA), na diluição 1/400. Posteriormente, foi recoberto com anticorpo secundário, polímero marcado-HRP anti-camundongo advance® System (DakoCytomation, Inc., Carpinteria, CA) e incubados, à temperatura ambiente, por 30 minutos. A seguir foram submetidos ao gotejamento de substrato misto recém preparado DAB (DakoCytomation, Inc., CA, USA). Novamente foram incubados por 3 até 5 minutos. Os cortes foram contra-corados com hematoxilina de Mayer e depois montados. Controles positivos e negativos foram usados em todas as mar cações e as lâminas foram primeiramente analisadas por um observador, sem conhecimento prévio do grupo de identificação (análise mascarada). Nesta análise, foi anotada a presença ou não de positividade para os marcadores VEGFR 1 e RAM 11. As áreas positivas adquiriram coloração acastanhada e foram analisadas pelo método da morfometria de cores. Para tanto, foram capturadas imagens de cinco campos consecutivos, de pars plana a pars plana contralateral, em objetiva de 40x, utilizando a câmera Olympus BX50, modelo DXC-107A e o software Image Pró Plus. Tal software permitiu que as áreas positivas fossem selecionadas e coloridas por um observador. A área imunorreativa foi automaticamente calculada pelo software e expressa em micrômetros². Estes dados foram registrados no programa Microsoft Excel (Redmond, WA) em forma de planilhas para Torres RJA, et al. análise estatística. A variável área imunorreativa refere-se à somatória de todas as áreas positivas em cada um dos cinco campos analisados. Análise estatística Para a comparação dos grupos definidos pelo tratamento em relação às variáveis quantitativas, foi considerado o teste t de Student para amostras independentes. Para a comparação entre as avaliações início e eutanásia dentro de cada grupo, foi usado o teste t de Student para amostras pareadas. A condição de normalidade foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilks. Variáveis que não apresentaram a condição de simetria foram submetidas a uma transformação logarítmica. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. Os dados foram analisados com o programa computacional Statistica v.8.0. RESULTADOS Comparação dos grupos em relação às variáveis: glicose, colesterol total, HDL e triglicerídeos O grupo dieta normal (GN) manteve as variáveis laboratoriais estáveis e normais do início ao fim do experimento. Por outro lado, os animais do GH (grupo dieta hipercolesterolêmica) manifestaram expressivo aumento do colesterol total na eutanásia. No momento basal, a média do colesterol total dos grupos era de aproximada mente 41,3 mg/dl e ao final observou-se significativa elevação para 2146,8 mg/dl (p<0,001), no GH. Outra variável laboratorial que demonstrou importante variação no GH foram os triglicerídeos. No momento basal, a média dos triglicerídeos dos grupos foi de apro ximadamente 46,5 mg/dl, enquanto que na eutanásia chegou a 168,5 mg/dl (p=0,001), no GH. A glicemia e o HDL colesterol não manifestaram variações significativas ao final do experimento neste grupo. Comparação dos grupos em relação à área total imunorreativa ao RAM-11 Houve aumento significativo da expressão do RAM-11 na coroide e esclera dos animais do GH (Tabela 1), indicando grande concentração de macrófagos nestas estruturas. A figura 1 demonstra o significativo aumento da espessura da coroide e esclera do GH (A) em relação ao GN (B). É possível verificar também que a imunorreatividade coroidal e escleral ao RAM-11 do GH foi superior ao GN. As áreas imunorreativas adquiriram coloração acastanhada. notável, aumentando até 30 vezes em minutos(16). O VEGF estimula células endoteliais a degradar a matriz extracelular, proliferar, migrar e formar condutos, agindo como fator de sobrevivência(17). A ação principal do VEGF se dá nos capilares venosos, conduzindo-os ao aumento da permeabilidade(18). Os membros desta família atuam através de interações com uma família de três receptores de VEGF e dois correceptores conhecidos como neurofilinas. As diferentes combinações dos membros da família com seus correceptores determinam efeitos específicos. No presente estudo foi utilizado o marcador VGFR-1 para avaliar o complexo coroido-escleral de coelhos hipercolesterolêmicos. Sabe-se que o VEGFR-1 está primariamente envolvido na angiogênese(19), localizando-se na superfície de células hematopoiéticas, macrófagos, monócitos e no endotélio vascular(17). Relatos a respeito do mecanismo molecular responsável pela formação de neovasos sub-retinianos demonstram a fundamental importância da participação do VEGF na fisiopatogenia da DMRI úmida(5,13,14). Sabe-se que o VEGF é secretado fisiologicamente pela superfície basal das células do EPR de forma polarizada para a membrana de Bruch, sendo fundamental para manutenção da integridade dos vasos da coriocapilar(20). Vale lembrar que os vasos da coriocapilar são fenestrados e permeáveis o que possibilita a difusão de nutrientes da corrente sanguinea para as camadas externas da retina(20). Em condições patológicas, supõe-se que o VEGF seja secretado pelo ápice das células do EPR chegando mais facilmente ao espaço sub-retiniano. Este fato associado a alterações da MB conduzem a formação da membrana neovascular sub-retiniana (MNSR)(21). Já foi demonstrado de forma experimental que o aumento do colesterol sérico provoca espessamento da MB, redução da fenestração, estreitamento do lúmen e atrofia dos vasos da coriocapilar. O acúmulo de lipídeos na MB foi considerado responsável pelas modificações anatômicas destas estruturas, hipóxia e pelo consequente aumento da expressão do VEGF na coriocapilar(22). Outro estudo experimental também atribuiu à deposição de partículas lipídicas na MB o aumento da imunorreatividade do VEGF na membrana basal das células do EPR, camada plexiforme externa e segmentos internos dos fotorrecepetores(23). No presente estudo, observou-se significativa imunorreatividade ao VEGFR-1 do complexo coroido-escleral Comparação dos grupos em relação à área total imunorreativa ao VEGFR-1 Houve aumento significativo da expressão do “vascular endothelial growth factor receptor” (VEGFR-1) na coroide e esclera dos animais do GH (Tabela 2). A figura 2 demonstra o significativo aumento da espessura da coroide e esclera do GH (A) em relação ao GN (B). É possível verificar também que a imunorreatividade coroidal e escleral ao VEGFR-1 do GH foi superior ao GN. As áreas imunorreativas adquiriram coloração acastanhada. DISCUSSÃO Sabe-se que a hipóxia provoca crescimento de vasos pela sinalização de fatores de transcrição, sendo a regulação do VEGF a mais C= coroide; E= esclera Figura 1. Imunorreatividade do complexo coroido-escleral ao RAM-11. A) Complexo co roido-escleral de coelho do GH. Predomínio da coloração acastanhada que indica a alta imunorreatividade ao RAM-11. Grande quantidade de macrófagos na esclera (E). Coroide e esclera espessadas. B) Complexo coroido-escleral de coelho do GN. Predomínio da coloração azul que indica a baixa imunorreatividade ao RAM-11. Coroide e esclera delgadas Tabela 1. Área total imunorreativa ao anticorpo RAM-11, em micrômetros², obtida com a técnica de morfometria de cores Variável Grupo n Média Mediana Mínimo Máximo Desvio padrão RAM-11 GH 13 15835,6 15565,2 3618,3 30073,7 6924,9 GN 08 02407,6 02514,9 0385,9 03761,9 1094,8 Valor de p* <0,001 GH= grupo dieta rica em colesterol; GN= grupo dieta normal. *= teste t de Student para amostras independentes, p<0,05. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):1-5 3 Aumento da imunorreatividade ao VEGFR-1 no complexo coroido-escleral em modelo experimental de hipercolesterolemia Tabela 2. Área total imunorreativa ao anticorpo VEFGR-1, em micrômetros², obtida com a técnica de morfometria de cores Variável Grupo n Média Mediana Mínimo Máximo Desvio padrão VEGFR-1 GH 13 61559406 58728731 35881479 94418194 17402678 GN 08 28770288 24866275 18942711 52270525 13368328 Valor de p 0,002 GH= grupo dieta rica em colesterol; GN= grupo dieta normal. *= teste t de Student para amostras independentes, p<0,05. C= coroide; E= esclera Figura 2. Imunorreatividade do complexo coroido-escleral ao VGFR-1. A) Fotomicrografia de segmento coroido-escleral de animal do grupo hipercolesterolêmico (GH). As áreas de imunopositividade para o anti-VEGFR-1 coram-se em castanho e estão localizadas no citoplasma de histiócitos espumosos agrupados na esclera. B) Fotomicrografia de segmento coroido-escleral de animal do grupo dieta normal (GN). Observam-se mínimas áreas de imunopositividade para o anti-VEGFR-1. Predomínio da coloração azulada. do grupo que recebeu a dieta hipercolesterolêmica em relação ao GN (p<0,001). Sabe-se que além das células do EPR, os macrófagos infiltrados na MNSR secretam grande quantidade de VEGF(24). Estudos experimentais demonstraram que o aumento do colesterol sérico provoca aumento da concentração de macrófagos no complexo coroido-escleral(25,26). No presente estudo observou-se significativo aumento da imunorreatividade ao RAM-11 do complexo coroido-es cleral dos animais do GH em relação ao GN (p<0,001). RAM-11 é um anticorpo monoclonal, marcador de macrófagos tecidual. Este fato indica que a elevação do colesterol sérico provocou aumento da concentração de macrófagos nestas estruturas oculares, coincidindo com outros relatos(25,26). Sendo assim, a significativa imunorreatividade ao VEGFR-1 observada no complexo coroido-escleral do GH pode estar relacionada também com a grande quantidade de macrófagos presente nestas estruturas. Já foi relatada na literatura a elevação do VEGF plasmático em pacientes hipercolesterolêmicos, sendo que o tratamento da dislipidemia provocou a sua redução(27). Este estudo fortalece a idéia de que a DMRI e a aterosclerose compartilham mecanismos fisiopatogênicos similares, e que a hipercolesterolemia é uma fator modificável da DMRI(9,12). Adicionalmente, os estudos experimentais, incluindo o presente relato, que visaram simular a DMRI humana, utilizaram o aumento do colesterol sérico para provocar deposição lipídica na MB e aumento da expressão do VEGF(22,23,28). Ao escolher coelhos para esta pesquisa, foram ponderadas as vantagens desse animal sobre os demais, que incluem mais disponibilidade, baixo custo (em relação a camundongos transgênicos deficientes dos receptores para o colesterol LDL ou apoliproteína E) e a caracterização genética mais definida(29). Do ponto de vista arterial, a dieta hipercolesterolêmica induz rapidamente a disfunção endotelial e a resposta semelhante à aterogênese, servindo como bom modelo para as doenças cardiovasculares(15). Por isto, a utilização de coelho neste estudo ganhou preferência em relação a outros animais. Sabese também que níveis séricos normais de colesterol variam de 25 a 60 mg% em contraste com o ser humano, que apresenta variação de 100 a 200 mg%. Sendo assim, o sistema metabólico do coelho pode ser facilmente sobrecarregado com simples dieta diária hipercoles4 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):1-5 terolêmica, tornando os experimentos mais viáveis e reprodutíveis(15). Este fato foi constatado no presente relato. O colesterol do GH passou de 41,3 mg/dL para aproximadamente 2146,8 mg/dL mg% no momento da eutanásia. Em relação a pesquisas oftalmológicas, vários estudos experimentais foram realizados em coelhos com o objetivo de demonstrar que a dieta rica em colesterol provoca anormalidades da esclera, coroide e retina. Tais estudos caracterizaram-se pela administração de dieta rica em colesterol a 0,5% durante o período mínimo de seis meses(25,30). No presente experimento, a dosagem de colesterol administrada foi mais alta que em outros relatos (colesterol 1%). Essa dosagem de colesterol permitiu obter alterações imuno-histoquími cas do complexo coroido-escleral nesse período (oito semanas). Esse fato ganha importância em nosso meio científico, pois ficou evidenciado que as alterações na parede ocular de coelhos, assim como nas artérias(15), podem ser obtidas em curto espaço de tempo, facilitando os experimentos e reduzindo os custos das pesquisas. É importante ressaltar que o GN foi submetido à eutanásia em quatro semanas. Este curto período foi suficiente para demonstrar que os exames laboratoriais (colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol e glicemia de jejum) mantiveram-se estáveis, não interferindo na condição de normalidade da análise imuno-histoquímica da coroide e esclera destes animais. Esta decisão foi baseada em estudo anterior(26). CONCLUSÃO É importante frisar que, assim como a aterosclerose, a DMRI em humanos difere nos modelos animais. Desta forma, os achados histopatológicos, imuno-histoquímicos assim como as respostas terapêuticas realçadas em experimento animal muitas vezes não são transponíveis para humanos, devido às peculiaridades fisiopatogênicas como, por exemplos, fenômenos trombogênicos, atividade inflamatória e proliferativa do vaso, assim como características genéticas e fenotípicas. AGRADECIMENTOS À Profa. Dra. Márcia Orlandoswki, responsável pelo Departamento de Estatística da PUC-PR. 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Significantly more females (n=81; 39%) than males (n=42; 28.9%) used artificial tears (p=0.036). When the whole population was analyzed, female gender (OR=1.63) and the presence of glaucoma (OR= 5.14) were risk factors for the use of artificial tears (p<0.05). When the glaucoma population was analyzed, female gender (OR=2.57), number of medications >2 (OR=1.92), and duration of treatment >5 years (OR=2.93) were risk factors for the use of artificial tears (p<0.05). Conclusions: Topical treatment with antiglaucoma medication is a risk factor for the use of artificial tears. Female gender and long-term treatment of glaucoma with two or more medications were aggravating factors for the need for artificial tears. Objetivo: Avaliar a necessidade do uso de lágrimas artificiais por pacientes com glaucoma recebendo tratamento medicamentoso e identificar fatores de risco asso ciados ao seu uso. Métodos: Os prontuários de 175 pacientes com glaucoma sob tratamento medica mentoso e de 175 controles pareados por idade foram revistos. Os seguintes dados foram registrados: idade, sexo, uso de lágrimas artificiais, número de medicações antiglaucomatosas e duração do tratamento do glaucoma. Resultados: Um número significativamente maior de pacientes com glaucoma (n=92; 52,6%) usava lágrimas artificiais em relação ao grupo controle (n=31; 17,7%) (p<0,001). Um número significativamente maior de mulheres (n=81; 39%) usava lágrimas artificias em relação aos homens (n=42; 28,9%) (p=0,036). Quando a população foi analisada como um todo, sexo feminino (OR=1,63) e presença de glaucoma (OR=5,14) foram fatores de risco para o uso de lágrimas artificiais (p<0,05). Quando apenas a população de glaucomatosos foi analisada, número de medicações >2 (OR=1,92) e duração do tratamento >5 anos (OR=2,93) foram fatores de risco para o uso de lágrimas artificiais (p<0,05). Conclusões: O tratamento com colírios antiglaucomatosos é um fator de risco para o uso de lágrimas artificiais. Sexo feminino e tratamento a longo prazo com duas ou mais medicações são fatores de risco adicionais para o uso de lágrimas artificiais. Keywords: Glaucoma; Ophthalmic solutions; Antihypertensive agents/therapeutic use; Comparative study; Risk factors Descritores: Glaucoma; Soluções oftálmicas/uso terapêutico; Anti-hipertensivos/uso terapêutico; Estudo comparativo; Fatores de risco INTRODUCTION Glaucoma is a chronic disease that frequently requires long-term treatment with topical ocular hypotensive eyedrops. The use of an tiglaucoma medications has been associated with ocular surface disease (OSD)(1,2), in part due to preservatives used in these medica tions(3). Benzalkonium chloride (BAK), the most commonly found preservative in antiglaucoma medications, has been shown to decrease the stability of the precorneal tear film due to a detergent effect on the lipid layer and to a reduction in the density of goblet cells(4). Some authors(2) applied the ocular surface disease index (OSDI), a validated questionnaire(5) to investigate symptoms secondary to ocular surface disease, to 101 patients with open-angle glaucoma or ocular hypertension and reported that 59% of patients had scores compatible with ocular surface disease in at least 1 eye. Furthermore, they evaluated the tear break-up time in these patients and observed that 78% had abnormal tear quality in at least one eye. Recently, other authors(1) in a prospective multicentered observational study, applied the OSDI questionnaire to 630 glaucoma patients and found that 48.4% had scores indicative of mild (n=134, 21.3%), moderate (n=84, 13.3%), or severe (n=87, 13.8%) symptoms of OSD. OSD may result in a myriad of ocular symptoms and signs, including burning/stinging, itching, foreign body sensation, tearing, and dry eye sensation(6,7). When examined, patients with OSD typically present with variable levels of abnormal fluorescein and lissamine green staining of the cornea and conjunctiva, reduced tear break-up time, and an abnormal Schirmer’s test(6,7). Baffa et al.(8) examined 21 patients with glaucoma and 20 age-matched controls and found that fluorescein and lissamine green staining were significantly more intense, and the tear break-up time was significantly reduced in the glaucoma group. Furthermore, several authors have suggested that OSD has a negative impact on the patients’ quality of life(7,9). The initial approach to treat OSD relies on the use of artificial tears, although other options include omega-3 essential fatty acids, topical cyclosporine, anti-inflammatory agents, and lacrimal plugs(10-15). Submitted for publication: December 5, 2011 Accepted for publication: December 3, 2012 Funding: This study was supported by Alcon Laboratórios do Brasil. Study carried out Universidade de Campinas - UNICAMP, and Instituto de Olhos Renato Ambrósio. 1 2 Physician, Setor de Glaucoma, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - Campinas (SP), Brazil. Physician, Instituto de Olhos Renato Ambrósio, Rio de Janeiro (RJ), Brazil. Disclosure of potential conflicts of interest: V.P.Costa, Board member non-remunerative of Alcon Labs and Merck, Sharp & Dhome; Consultant of Alcon Labs and Merck, Sharp & Dhome; Financial Support of Alcon Labs and Merck, Sharp & Dhome; Recipient for Alcon Labs; R.S.da Silva, None; R.Ambrósio.Jr., Consultant for Alcon Labs; Recipient for Alcon Labs. Correspondence address: Vital Paulino Costa. Rua Bahia, 1087 - Apto. 21 - São Paulo (SP) 01244-001 - E-mail: vp.costa@uol.com.br Approved by Committee of Ethics in Research from Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP (0115.0.146.000-10 Sisnep). 6 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):6-9 Costa VP, et al. The purpose of this study is to evaluate the need for artificial tears among glaucoma patients under topical treatment, and to identify risk factors associated with it. We hypothesize that, since the use of antiglaucoma medication is associated with OSD, this may increase the necessity of artificial tears in these patients. METHODS This was a retrospective, comparative study approved by the Ethics Committee/Investigational Review Board of the University of Campinas, Brazil. The charts of 175 consecutive glaucoma patients and 175 age-matched (+2 years) controls followed at two private offices (VPC and RA) were reviewed. Both Institutions followed patients with glaucoma and patients without glaucoma. The following characteristics were listed as inclusion criteria for the glaucoma group: diagnosis of glaucoma (primary open-angle, primary angle-closure, pigmentary glaucoma, or pseudoexfoliative glaucoma), and use of antiglaucoma medications. Patients included in the control group were followed for other ocular conditions, including refractive errors and cataract. Patients with previous intraocular surgery (i.e phacoemulsification, trabeculectomy, implant device, etc), previous laser surgery (except laser iridotomy), or use of contact lens were excluded from both groups. Patients previously diagnosed with dry eyes were not excluded from the study. The following data was retrieved from the charts of both groups: age, gender, use of systemic drugs associated with dry eye (anti-histaminics, antidepressants, anti-hypertensives, cholinergic agents), use of artificial tears, use of topical cyclosporine, and insertion of lacrimal plug at the last examination. In the glaucoma group, we also evaluated the type of glaucoma, number and type of glaucoma medications, and duration of glaucoma treatment. We compared the frequency of use of artificial tears in both populations using the Chi square or the Fisher exact test. We also investigated risk factors associated with the use of artificial tears in both groups and specifically in the glaucoma population applying the Cox-proportional hazard test. P values of less than 0.05 were considered statistically significant. RESULTS Table 1 lists the demographics of both populations. There were no significant differences regarding mean age, distribution of gender, or race between the groups (p>0.05). Most of the glaucoma patients had primary open-angle glaucoma (POAG) (82%), and used one an POAG 144 82.3 PACG 027 15.4 Pigmentary glaucoma 004 02.2 1 096 54.9 2 058 33.1 66.6 ± 13.0 64.3 ± 13.8 3 017 09.7 18 - 90 18 - 91 4 004 02.3 Betablocker 040 22.9 Prostaglandin analogue 080 45.7 Carbonic anhydrase inhibitor 025 14.3 Alpha agonist 018 10.3 Fixed combination BB/PG 031 17.7 Fixed combination BB/CAI 048 27.4 Fixed combination BB/AA 008 04.6 Age (years) P 0.11* Type of antiglaucoma medication Male 076 43.4% 067 38.3% Female 099 56.6% 108 61.7% Caucasian 154 88.0% 155 88.6% Mixed 011 06.3% 009 05.1% Asian 006 03.4% 005 02.9% 0.90*** African-american 004 02.8% 006 04.0% Race Type of glaucoma Number of antiglaucoma medications Controls N=175 Range Gender Table 2. Characteristics of the glaucoma population % Glaucoma N=175 Mean ± SD DISCUSSION Our findings confirm our hypothesis, i.e. that glaucoma patients present with a higher need for the use of more artificial tears than age-matched controls, which is in agreement with previous reports(1,2,16). In a national panel survey, dry eye was found to be more common among glaucoma respondents than nonglaucoma controls (16.5% vs 5.6%, P<0.0001), and there was a nonsignificant trend for glaucoma patients with dry eye to report higher rates of intraocular pressure-lowering medications than those without dry eye (44.2% vs 35.0%, P<0.076)(16). Interestingly, we found that the use of 2 or more antiglaucoma medications (OR=1.92) and duration of treatment greater than 5 years (OR=2.92) were significantly associated with dry eye. We believe that this association is explained by the fact that longer treatments with more drops per day have a higher load of preservatives delivered to the ocular surface. Martone et al.(17), in a comparative retrospective study using in vivo confocal microscopy, N=175 Table 1. Demographics of both populations tiglaucoma topical medication (55%) (Table 2). Patients in the glaucoma group had been treated for a mean of 4.4 + 4.6 years (range: 1 month to 38 years). Prostaglandin analogues alone (46%) were used more frequently than other antiglaucoma medications. However, be tablockers were also used by a large group of patients either alone (23%) or in fixed combinations with other drugs (50%). Significantly more glaucoma patients (n=92; 52.6%) used artificial tears compared to age-matched controls (n=31; 17.7%) (p<0.001). Significantly more females (n=81; 39%) than males (n=42; 28.9%) used artificial tears (p=0.036). When glaucoma patients and controls were analyzed as a whole, female gender (OR=1.63) and glaucoma diagnosis (OR=5.15) were risk factors for the use of artificial tears (Table 3). When the glaucoma group was analyzed separately, female gender remained a significant risk factor for the use of artificial tears (OR=2.57), along with the use of 2 or more antiglaucoma medications (OR=1.92) and duration of treatment greater than 5 years (OR=2.92). We could not establish a relationship between type of antiglaucoma medication and the need for artificial tears (Table 4). SD= standard deviation; *= ANOVA; **= Chi Square test; ***= Fisher Exact test. 0.38** POAG= primary open-angle glaucoma; PACG= primary angle-closure glaucoma; BB= betablocker; CAI= carbonic anhydrase inhibitor; PG= prostaglandin; AA= alpha agonist. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):6-9 7 The need for artificial tears in glaucoma patients: a comparative, retrospective study Table 3. Univariate analysis of risk factors associated with the use of artificial tears including glaucoma patients and age-matched controls Variable OR CI P Glaucoma 5.148 3.16 - 5.89 <0.001 Female gender 1.632 1.03 - 2.58 <0.036 Age >50 0.614 0.30 - 1.23 <0.887 Race (Caucasian) 0.629 0.32 - 1.22 <0.173 Use of antidepressants 0.876 0.43 - 1.76 <0.710 Use of systemic BBs 0.948 0.49 - 1.84 <0.876 BB= betablocker; OR= odds ratio; CI= confidence interval. Table 4. Univariate analysis of risk factors associated with the use of artificial tears including only glaucoma patients Variable OR CI P # antigl. meds >2 1.924 1.14 - 3.24 0.014 Treatment >5 years 2.929 1.39 - 6.17 0.005 Female gender 2.569 1.39 - 4.74 0.035 Age >50 0.601 0.22 - 1.65 0.325 Race (Caucasian) 0.513 0.19 - 1.34 0.174 Use of antidepressants 0.539 0.17 - 1.71 0.296 Use of systemic BBs 0.991 0.40 - 2.47 0.985 BB= betablocker; OR= odds ratio; CI= confidence interval. found lower density of superficial epithelial cells, higher density of basal epithelial cells, higher stromal keratocyte activation, less subbasal nerves and higher tortuosity on glaucomatous patients with chronic treatment. These significant ocular surface alterations were associated with clinical tests. One of the limitations of our study is that the data analyzed did not include specific tests for dry eye. However, even if this was a prospective study, defining dry eye (also recently termed dysfunctional tear syndrome)(18) is still controversial. For example, some clinicians consider the diagnosis of dry eye only if decreased tear secretion or stability and ocular surface staining is documented, but there is a significant trend to consider the diagnosis based on symptoms as an early indicator of ocular surface disease(6,13,19,20). Also, there is no single objective method which is accepted to effectively detect the presence of dry eye. Although a clinical diagnosis of dry eye was not possible in our series, it is likely that the majority of patients using artificial tears present with some degree of tear dysfunction, considering that the main indication of artificial tears is to relieve symptoms related to dry eye. Artificial tears administration in glaucomatous patients with dry eye also seems to improve significantly reliability parameters and visual field indices(21). However, a study including a complete clinical examination of the ocular surface, including tear break-up time, ocular surface staining, Schirmer test, and eventually tear osmolarity is warranted. We also identified female gender, number of antiglaucoma me dications and duration of glaucoma treatment as risk factors for the need of artificial tears. Female gender has been listed as a risk factor for dry eye(13,20). Other studies have also reported number of antiglaucoma medications as a risk factor for dry eye. Fechtner et al.(1), observed that the mean OSDI score significantly increased from 12.9 when one antiglaucoma medication was used to 19.4 when three or more medications were used (p=0.0001). Other authors(22) investigated the occurrence of dry eye syndrome (defined as presence of punctuate keratitis or decreased tear break-up time) in 61 glaucoma patients 8 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):6-9 divided according to the number of glaucoma drops instilled per day (1, 2, or 3). The prevalence of dry eye was 40% in patients using 3 drops/day, 39% in patients using 2 drops/day, and 11% in patients using one drop/day. Furthermore, OSDI questionnaires revealed that 15% of those using 3 drops/day and 8.7% of those using 2 drops/day showed severe OSD. Finally, Pisella et al.(4), observed that the prevalence of ocular symptoms and signs related to dry eye were dose dependent, increasing with the number of preserved antiglaucoma drops. Although there is some evidence that glaucoma per se may be associated with decreased basal tear turnover(23), most of the studies blame the development of dry eye on the chronic use of antiglaucoma medications, especially due to the presence of preservatives. It is conceivable that the effects of toxic preservatives on the ocular surface are cumulative, which explains why duration of treatment >5 years was also a risk factor for the use of artificial tears in our series. The most frequently used preservative, BAK, is a quaternary ammonium that causes tear film instability, loss of goblet cells, conjunctival metaplasia and apoptosis, and disruption of the corneal epithelial barrier, which leads to greater penetration of the drug in the anterior chamber3. Several studies have compared ocular surface symptoms and signs in patients using preserved vs. non-preserved eyedrops and all of them indicate that the use of preservative-free eye drops is associated with reduced ocular side effects(24,25). Interestingly, some of our patients were using artificial tears containing BAK as a preservative, which would theoretically worsen the ocular surface condition. It is important to emphasize that patients with OSD secondary to the chronic use of antiglaucoma medications should be preferably treated with preservative-free artificial tears. The use of plugs to decrease tear flow should be used with caution in these patients, since there is a possibility of increasing the contact between the preservative and the ocular surface. CONCLUSION Our study demonstrates that female gender and long-term treat ment of glaucoma with two or more medications may increase the need for artificial tears. The development of preservative-free antiglaucoma medications or medications with less toxic preservatives(26) is likely to benefit patients, reducing ocular surface changes(17) and possibly improving their quality of life. REFERENCES 1. Fechtner RD, Godfrey DG, Budenz D, Stewart JA, Stewart WC, Jasek MC. Prevalence of ocular surface complaints in patients with glaucoma using topical intraocular pressure-lowering medications. Cornea. 2010;29(6):618-21. 2. Leung EW, Medeiros FA, Weinreb RN. Prevalence of ocular surface disease in glaucoma patients. J Glaucoma. 2008;17(5):350-5. 3.Baudouin C, Labbe A, Liang H, Pauly A, Brignole-Baudouin F. 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Methods: Ninety-six children attending the Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) in Brazil were studied. Thirty-three were overweight/ obese with a mean BMI of 29.7 ± 5.2 and 63 with a mean BMI of 20.8 ± 3.3. IOP was measured using the Goldmann applanation tonometer and was corrected for corneal thickness. The coefficient of correlation between BMI and IOP was calculated. Results: There was no significant difference in the IOP of children with or without overweight/obesity. The mean IOP was 13.5 and 13.0 mmHg for the right eye and 13.1 and 12.9 mmHg for left eye, respectively (p=0.38 and p=0.71). The results remained the same after correction by pachymetry; 13.0 and 13.1 mmHg for the right eye and 12.4 and 12.9 mmHg for the left eye, respectively (p=0.88 and p=0.41). The coefficient of correlation between BMI and IOP was 0.070 (p=0.496). Conclusion: These results do not show a correlation between body mass index and IOP in children. Further studies are warranted to clarify the association between BMI and IOP in children. Objetivo: Alguns estudos apontam para uma associação entre obesidade e aumento da pressão intraocular em adultos. Entretanto, essa associação ainda não foi com pletamente estudada em crianças. O objetivo do estudo é avaliar a associação entre o índice de massa corpórea (IMC) e a pressão intraocular em crianças. Métodos: Noventa e seis crianças atendidas no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Brasil, foram estudadas. Trinta e três apresentavam excesso de peso ou obesidade com uma média de IMC de 29,7 ± 5,2 e os outros 63 tinham uma média de IMC de 20,8 ± 3,3. A pressão intraocular foi medida por meio do tonômetro de aplanação de Goldmann, corrigida pela espessura da córnea. O coeficiente de correlação entre o IMC e a pressão intraocular foi calculado. Resultados: Não foi observada diferença significativa na pressão intraocular entre as crianças com e sem excesso de peso/obesidade. A média da pressão intraocular foi de 13,5 e 13,0 mmHg no olho direito e 13,1 e 12,9 mmHg no olho esquerdo, respecti vamente (p=0,38 e p=0,71). Os resultados permaneceram os mesmos após a correção pela paquimetria; 13,0 e 13,1 mmHg para o olho direito e 12,4 e 12,9 mmHg para o olho esquerdo, respectivamente (p=0,88 e p=0,41). O coeficiente de correlação entre o IMC e a pressão intraocular foi 0,070 (p=0,496). Conclusão: O índice de massa corpórea não parece apresentar correlação com a pressão intraocular em crianças. Novos estudos são necessários para esclarecer a asso ciação entre o IMC e a pressão intraocular. Keywords: Intraocular pressure; Tonometry; Body mass index; Obesity; Overweight; Child Descritores: Pressão intraocular; Tonometria; Índice de massa corpórea; Obesidade; Sobrepeso; Criança INTRODUCTION High intraocular pressure (IOP) is associated with glaucomatous optic nerve damage and its detrimental effect on vision(1,2). IOP is currently the only modifiable risk factor for glaucoma(3). Some epidemiological studies have described an association between obesity and IOP in adults(4,5). A recent review concluded that there is an association between higher body mass index (BMI) and higher IOP in adults(6). Although obesity is becoming a serious health problem in children with effects later on in adult life, there is only one study that has determined the IOP in obese children. Akinci et al. found that obesity was an independent risk factor for increased IOP(7). The aim here is to evaluate the association between BMI and IOP in children. (IMIP), Brazil, between September, 2009 and March, 2010. The re search received prior approval from the Research Ethics Committee and all parents of participants signed an informed consent form. Weight and height were measured with the children wearing light clothes and no shoes. Body mass index (BMI), weight (in kilograms) divided by height in meters squared (kg/m2), was used as the indicator of fat mass. A child with a BMI in the 95th percentile or higher was considered to be obese, and a child with a BMI >85th and <95th percentile was considered to be overweight. Exclusion criteria included previous glaucoma, orbital masses, severe myopia (>6D), diseases of the cornea or the presence of cardiovascular, renal, neurological, mental or metabolic disorders and genetic syndromes. All measurements were performed between 9:00 am and midday, by one of the authors (LLA). The IOP was measured using the Goldmann applanation tonometer. Three sequential measurements were recorded for each eye METHODS Ninety-six children were recruited from the Department of Pe diatrics of the Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira Submitted for publication: December 12, 2011 Accepted for publication: December 13, 2012 Study carried out at Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Recife, PE, Brazil. Physician, Serviço de Oftalmologia Pediátrica, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Recife, PE, Brazil. Professor, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brazil. 3 Statistician, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Recife, PE, Brazil. 1 2 10 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):10-2 Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potential conflicts of interest: L.L.de Albuquerque, None; M.I.L.Gaete, None; J.N.Figueroa, None; J.G.B.Alves, None. Corresponding author: João Guilherme Bezerra Alves. Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP). Rua dos Coelhos, 300 - Boa Vista - Recife (PE) - 50070-550 - Brazil E-mail: joaoguilherme@imip.org.br Albuquerque LL, et al. and the average was recorded. Corneal thickness was determined using a noncontact optical scanning slit pachymeter (Orbscan II). Hertel exophthalmometry was also carried out. Blood pressure was obtained on the right arm, after 5 min rest, using a mercury sphygmomanometer and appropriate sized cuff. After three measurements, the lowest blood pressure value was chosen. Children were classified according to gender, height and age-specific charts. Student t test was used to assess mean comparisons of continuous variables and the chi-square test for distributions of categorical variables. The association between BMI and IOP was assessed using the Pearson correlation coefficient. A multiple linear regression model was used to analyze the possible effect of confounding variables in the relationship between BMI and IOP. All tests used a p-value of <0.05. RESULTS Ninety-six children (40 boys, 56 girls), aged from 6 to 17 years (11.0 ± 2.8), were included in the study. 33 were overweight and obese and biological and socio-economical characteristics of over weight/obese and non-overweight/obese children showed statistical differences (Table 1). Twelve children (12.5%) were obese and 21 (21.8%) overweight; with BMIs of 35.1 ± 5.3 kg/m2 and 26.7 ± 4.1 kg/m2, respectively. There was no difference in IOP between the overweight/obese and non-overweight/obese children. The mean IOP was 13.5 and 13.0 for the right eye and 13.1 and 12.9 mmHg for the left eye, respectively (p=0.38 and p=0.71). The corneal thickness and exophthalmometry showed no difference among overweight/obese and nonoverweight/obese children (Table 2). The coefficient of correlation between BMI and IOP was 0.070 (p=0.496). Multiple linear regression analysis with a significance level of 0.20 did not identify any possible confounding factor in the relation between overweight/obesity and IOP (Table 3). DISCUSSION A positive correlation between IOP and obesity has been described in adults, although some studies have shown conflicting results(8,9). The relationship between IOP and obesity in children has not as yet been adequately studied. As obesity tends to continue into adulthood, a positive correlation between BMI and IOP could indicate that obesity control in children is a crucial strategy for prevention of glaucoma. However, our results did not confirm an association between BMI and IOP. Akinci et al., however, in a study conducted in Turkey, showed a positive correlation between IOP and obesity(7). Two factors may explain these different results. First, the mean difference in BMI among the obese children was 29 kg/m2 in Akinci et al. compared with 36 kg/m2 in the present study. Secondly, Goldmann tonometry in individuals with a high BMI (> 34 kg/m2) may falsely increase IOP(9). During the procedure a high BMI may cause compression of the chest and holding of the breath, both of which give rise to an increase in venous pressure and hence raise IOP. Some authors argue that obesity increases IOP due to an excessive intraorbital adipose tissue deposit, leading to a rise in blood viscosity and episcleral venous pressure, and a consequent decrease in the facility of aqueous outflow. For other authors, obesity only increases IOP when it is associated with insulin-resistance(10). The autonomic dysfunction and the osmotic gradient induced by hyperglycemia with a consequent fluid shift into the intraocular space have been proposed to explain the association between IOP and insulin- Table 2. Intraocular pressure (IOP), corneal thickness (COT) and exophthalmometry (exo) in normal, overweight and obese children BMI Normal (N=63) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) p value IOP right eye (mmHg) 013.30 (0.3) 013.30 (00.5) 013.00 (0.3) 0.758 IOP left eye (mmHg) 013.30 (0.3) 012.90 (00.5) 012.80 (0.3) 0.578 COT right eye (µm) 545.20 (7.0) 549.10 (10.9) 543.20 (6.3) 0.895 COP left eye (µm) 546.40 (7.0) 549.80 (10.8) 545.80 (6.3) 0.950 Exo right eye (mm) 017.27 (1.7) 017.31 (01.6) 017.56 (1.8) 0.893 Exo left eye (mm) 017.11 (1.9) 017.88 (01.8) 017.64 (1.7) 0.877 Table 3. Linear regression model for intraocular pressure (IOP) on body mass index adjusted for gender, skin color, maternal schooling, age and income per capita Coefficient Std. err. p value Female -0.88 0.43 0.043 Skin color (not white) 0.032 0.49 0.947 Maternal schooling >4 years (%) 0.28 0.49 0.563 0.045 0.093 0.631 0.00011 0.0042 0.980 IOP right eye (mmHg) Income per capita Variable Normal (N=63) Overweight (N=21) Obese (N=12) Age, mean (sd) a 12.7 (0.4) a 12.0 (0.7) 9.5 (0.4) <0.001* Skin color (not white) 65.5b 075.0b 86.1b 0.132† Maternal schooling >4 years (%) 58.6a 100.0b 75.0b 0.016† Income per capita ($ US ± sd) 095.9 (9.4) 101.9 (14.7) 106.3 (8.5) 0.713 SAP (mmHg), mean (sd) 107.9 (2.4) 107.0 (3.7) 107.7 (2.1) 0.977 DAP (mmHg), mean (sd) 065.8 (1.7) 061.6 (2.6) 066.6 (1.5) 0.247 b p value sd= standard deviation; $ US= US dollars; SAP= systolic arterial pressure; DAP= diastolic arterial pressure. *= ANOVA test; †= Fisher Exact test; a,b= Pairs of different letters were statistically different. Obese (N=12) Variable Age Table 1. Biological and socio-economical characteristics of overweight/ obese and non-overweight/obese children Overweight (N=21) Body mass index (reference: normal) Overweight -0.30 0.64 0.634 Obese -0.45 0.055 0.416 Constant 13.21 1.34 <0.001 Female -0.69 0.43 0.113 Skin color (not White) -0.13 0.49 0.796 Maternal schooling >4 years (%) 0.31 0.49 0.528 IOP left eye (mmHg) Age 0.030 0.094 0.747 -0.00028 0.0043 0.948 Overweight -0.57 0.64 0.374 Obese -0.55 0.55 0.325 Constant 13.34 1.35 <0.001 Income per capita Body mass index (reference: normal) Std. err.= standard error. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):10-2 11 The correlation between body mass index and intraocular pressure in children -resistance. Insulin-resistance is more frequent in children with very high BMI and the present study included overweight/obese children with a mean BMI of 29 kg/m2. All examinations were performed at the same time by the study’s lead author (LL). All patients underwent pachymetry and exophthalmometry, examinations that increase the reliability of IOP measurement. There is no linear correlation between IOP and corneal thickness, so mathematic attempts to correct the IOP for corneal thickness are not valid. However in our study corneal thickness showed no differences among overweight/obese and non-overweight/ obese children which decrease the influence of this variable on IOP. A number of shortcomings of this study should be mentioned. First, the study included a few number of obese children with a high BMI, as Akinci et al. did(7). For this reason it is not possible to carry out a comparative analysis among the obese children. It can be hypothesized that IOP increases only in children with extreme obesity. Another point is that the measurement of IOP was performed by only one ophthalmologist and it was not possible to determine the reliability of the test. In conclusion, no association was found between BMI and PIO in this study. This finding did not confirm previous results that obesity in children is an independent risk factor for IOP. Further studies are warranted to clarify the association between BMI and IOP in children. REFERENCES 1. Mackenzie P, Cioffi G. How does lowering of intraocular pressure protect the optic nerve? Surv Ophthalmol. 2008;53 Suppl1:S39-43. 2. Harris A, Rechtman E, Siesky B, Jonescu-Cuypers C, McCranor L, Garzozi HJ. The role of optic nerve blood flow in the pathogenesis of glaucoma. Ophthalmol Clin North Am. 2005;18(3):345-53,v. 3. Coleman AL, Kodjebacheva G. Risk factors for glaucoma needing more attention. Open Ophthalmol J. 2009;3:38-42. 4. Mori K, Ando F, Nomura H, Sato Y, Shimokata H. Relationship between intraocular pressure and obesity in Japan. Int J Epidemiol. 2000;29(4):661-6. 5. Lee JS, Choi YR, Lee JE, Choi HY, Lee SH, Oum BS. 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XXXVII Congresso Brasileiro de Oftalmologia XXX Congresso Pan-Americano de Oftalmologia 7 a 10 de agosto de 2013 RioCentro Rio de Janeiro (RJ) Informações: Site: www.cbo2013.com.br 12 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):10-2 Artigo Original | Original Article Composition of intraocular foreign bodies: experimental study of ultrasonographic presentation Composição de corpos estranhos intraoculares: estudo experimental da apresentação ultrassonográfica Márcio Augusto Nogueira Costa1, Patrícia Novita Garcia1, Letícia Fernandes Barroso1, Marco Antonio Ferreira2, Érika Araki Okuda1, Norma Allemann1 ABSTRACT RESUMO Purpose: To investigate the reliability of ultrasound in determining the size and identify the sonographic features and artifacts generated by intraocular foreign bodies of different materials. Methods: Experimental study using 36 enucleated porcine eyes. Fragments of nine different compositions (wood, glass, plastic, cardboard, iron, aluminum, lead, powder and concrete) and similar dimensions (4 mm) were implanted via scleral incision into the vitreous cavity of 36 porcine eyes, four eyes were used for each material. Ultrasound examination was performed in all eyes using the contact technique, conductive gel and 10-MHz transducer (EZScan, Sonomed). Results: Considering the material fragments of gunpowder, lead, concrete, alu minum, wood and glass, the size determined by ultrasound was considered statistically similar to the actual size. The material iron presented ultrasound-de termined dimension statistically smaller than its actual size. Cardboard and plastic materials showed ultrasound-determined measurements far greater than the actual. All fragments of intraocular foreign bodies demonstrated hyper-reflective interfaces, irrespective of their composition. Whereas the artifacts generated by different materials, it was found that the materials iron, aluminum and lead showed reverberation of great extent. The material wood showed no reverberation. The length of the reverberation artifact for the materials iron, glass, aluminum and cardboard was lower when compared to other materials. All materials presented posterior shadowing artifact, with the exception of aluminum. Conclusion: Ultrasonography was considered a reliable technique to determine the size of intraocular foreign bodies in pigs, with little influence caused by its composition. Ultrasound artifacts generated were considered material-dependent and can assist the examiner to identify the nature of a foreign body of unknown etiology. Ultrasonography aided the surgeon to identify, locate and measure the intraocular foreign body, directing appropriate surgical planning. Objetivo: Investigar a confiabilidade da ultrassonografia em determinar a dimensão e identificar as características ultrassonográficas e os artefatos gerados por corpos estranhos intraoculares de materiais diferentes. Métodos: Estudo experimental, utilizando 36 olhos enucleados de origem suína. Fragmentos de nove diferentes composições (madeira, vidro, plástico, papelão, ferro, alumínio, chumbo, pólvora e concreto) e de dimensões similares (4 mm) foram im plantados cirurgicamente via incisão escleral na cavidade vítrea de 36 olhos porcinos, 4 olhos para cada tipo de material. O exame ultrassonográfico foi realizado em todos os olhos utilizando-se a técnica de contato, gel condutor e transdutor de 10 MHz (EZScan, Sonomed). Resultados: Considerando os fragmentos dos materiais pólvora, chumbo, concreto, alumínio, madeira e vidro, a dimensão determinada pela ultrassonografia foi considerada estatisticamente similar à dimensão real. O material ferro apresentou dimensão ultrassonográfica estatisticamente menor que sua dimensão real. Papelão e plástico demonstraram medida maior que o real. Todos fragmentos de corpos es tranhos intraoculares demonstraram interfaces hiper-refletivas, independentemente da sua composição. Considerando os artefatos gerados pelos diferentes materiais, verificou-se que os materiais ferro, alumínio e chumbo apresentaram reverberação de grande extensão. O material madeira não apresentou reverberação. O comprimento do artefato de reverberação dos materiais ferro, vidro, alumínio e papelão foi menor quando comparado aos outros materiais. Todos materiais apresentaram artefato de sombreamento posterior, com exceção do alumínio. Conclusão: A ultrassonografia foi considerada uma técnica confiável para determinar a dimensão de corpos estranhos intraoculares em porcinos, com pouca influência causada pela sua composição. Artefatos gerados à ultrassonografia foram conside rados material-dependentes e podem auxiliar o examinador a identificar a natureza de um corpo estranho de etiologia desconhecida. O auxílio diagnóstico nestes casos permite ao cirurgião identificar, localizar e dimensionar o corpo estranho intraocular, orientando um planejamento cirúrgico adequado. Keywords: Eye foreign bodies/diagnosis; Eye foreign bodies/ultrasonography; Artifacts; Swine Descritores: Corpo estranho intraocular/diagnóstico; Corpo estranho intraocular/ ultrassonografia; Artefatos; Suínos INTRODUCTION The use of the ultrasonographic method for identification of an intraocular foreign body was reported in 1960 aiming diagnosis and monitoring of its surgical removal. Once in the eye, the foreign body (FB) may lodge in any of the ocular structures, which can generate important mechanical effects such as cataract formation, vitreous liquefaction, hemorrhage and retinal breaks. Regarding the compo sition of intraocular foreign bodies, the most frequent are: metal, glass, wood and plastic. The management and prognosis depends of the composition, location, size of the FB and the presence or not of inflammatory process and/or associated intraocular hemorrhage(1,2). The ultrasonographic findings of metallic intraocular foreign bodies (IOFBs) are similar, producing an echo of high density with posterior shadowing. The spherical IOFB have specific signals due to sound reverberation produced, causing an acoustic artifact at B-mode, known as “comet tail”. Meanwhile, vegetal or organic nature IOFB, such as wood, may produce high reflectivity echoes although they could decrease over time due to decomposition process. Submitted for publication: August 15, 2012 Accepted for publication: November 7, 2012 Funding: No specific financial support was available for this study. Experiment carried out at Experimental Surgical Center and Ultrasound Service, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. Disclosure of potential conflicts of interest: M.A.N.Costa, None; P.N.Garcia, None; L.F.Barroso, None; M.A.Ferreira, None; E.A.Okuda, None; N.Allemann, Travel/accommodations/meeting expenses by Quantel Medical Inc. Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. Veterinary Physician, Department of Ophthalmology, Universidade de Franca, Franca, SP, Brazil. Correspondence address: Norma Allemann. Rua Olimpíadas, 134 - Conj. 51 - São Paulo (SP) 04551-000 - Brazil - E-mail: norma.allemann@pobox.com 1 2 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):13-7 13 Composition of intraocular foreign bodies: experimental study of ultrasonographic presentation In the literature, there are few studies showing differences of ge nerated artifacts considering different materials, including analysis of its dimensions determined by ultrasonography. In a study performed in 1994, in Troina (Italy), it was found that echographic measurements of metallic intraocular foreign bodies were overestimated when compared to actual values, especially in foreign bodies of smaller diameter, with measurements of 2.0 mm and 2.2 mm(1). The current study aims to compare the actual dimensions to those obtained by ultrasonography and to characterize the generated acoustic artifacts of IOFBs from various materials and of similar sizes. It aims to investigate the reliability of ultrasonography in determining the dimension and identify the artifacts generated by IOFBs from different materials. METHODS Project number and responsible institution for notion of the Ethics Research Committee/Investigational Review Board: Ethics Research Committee CEP - UNIFESP, Protocol approved under number: 1695/11. Thirty-six enucleated porcine eyes were used for this experimen tal study. The eyes were enucleated immediately after sacrifice at a local slaughterhouse and were kept in a refrigerator (1 hour) at a constant temperature of +5ºC until the implantation procedure of the foreign body and the ultrasonography evaluation. Fragments of 9 different materials such as wood, glass, plastic, cardboard, iron, aluminum, lead, powder and concrete, presenting similar measurements, approximately 4 mm of radial dimension, were used. In 4 eyes for each material type, fragments were inserted into the vitreous cavity through scleral incision positioned 4 mm posteriorly to limbus, with subsequent scleral incision sutures using 10-0 nylon monofilament sutures. Ultrasonography evaluation was then performed on each eye. The transducer was protected with a disposable glove du ring the exam, which was subsequently discarded. The ophthalmic ultrasonography device used was the A- and B-mode EZScan (Sonomed) equipped with a 10-MHz transducer. Examination was performed by one echographer using contact te chnique and conductive gel. The ophthalmic ultrasonography was acquired in axial, radial and transversal scans, in order to find the best representation of the re ferred foreign body. After all measurements, the images were recorded according to each material used. For comparison of foreign bodies measures, an analysis of variance (ANOVA) was performed using the material type of FB as a factor under the measurement values made by ultrasonography (dependent variable). For comparisons between groups, Tukey post hoc tests were used. For all tests, the alpha value considered was 0.05. The IOFBs were evaluated with the 10-MHz transducer and 60 dB gain. Each FB was classified according to its reflectivity (high, medium and low) and the presence of artifacts. The artifacts could be classified as: reverberation (or echo duplication) and acoustic shadow (shadowing). The reverberation artifact was subjectively classified according to its length (Figure 1), i.e. the maximum distance that artificial echoes (reverberation) are distant from the real object (the real fragment) and subdivided into large, medium and small regarding the size of the FB. It was also subjectively classified according to their size, i.e. the size of the 1st artifact interface generated by a FB and subdivided into larger, smaller or equal to the real object. RESULTS Measures of FBs from different materials were compared by a general linear model (ANOVA, one factor), followed by post hoc tests for specific comparisons. Significant differences were found among the actual measures (F=21.76, p<0.001) and measures obtained by ultrasonography for each material used. 14 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):13-7 Estimative measure of each fragment was performed and results are shown in table 1. The highest mean dimension was obtained from plastic and cardboard materials with 5.325 mm and 4.950 mm respectively, standard error of 0.145 mm. The iron material showed the smallest mean dimension with 3.125 and standard error of 0.145 mm. In table 2, fragments of different compositions were grouped into statistically homogeneous subgroups given by the Tukey b test, considering the mean measurements obtained from each fragment to ultrasonography. The subgroups were considered homogeneous in terms of statistics, while into the subgroup the measures could be considered equal. The ultrasonographic measurements obtained from iron ma terial were significantly lower than the actual measurements. The cardboard and plastic materials presented ultrasonographic mea surements significantly larger than the real ones, while for other materials, differences in ultrasonographic measurements were not significantly different from actual measurements. In the present study, the glass material showed high reflectivity and reverberation with slightly smaller size than the actual FB that decreased in size progressively if positioned farther from the FB. The artifact had medium length and ended abruptly. Moreover, it also generated the posterior acoustic shadowing artifact. The plastic material did not show homogeneous thickness and in the portion in which it was thicker, artifact was generated. In the Figure 1. A porcine eye 10 MHz ultrasonography with a glass foreign body in vitreous cavity, actual size of measured object = 4.4 mm. Observe the reverberation artifact, interfaces arranged to the right of the real object, which gradually loses strength and intensity. The corresponding diagram demonstrates how the extent of the artifact interfaces caused by a foreign body to ultrasonography can be interpreted. Costa MAN, et al. Table 1. Mean size, standard error and confidence interval (95%) of the fragments used as intraocular foreign bodies in an experimental study in porcine eyes, classified according to the material of its composition Estimative measures of fragments used as intraocular foreign bodies (mm) Composition material Wood 95% Confidence interval Mean Standard error Lower limit Upper limit 3.925 0.145 3.617 4.216 Glass 4.075 0.145 3.767 4.366 Plastic 5.325 0.145 5.017 5.616 Cardboard 4.950 0.145 4.642 5.241 Iron 3.125 0.145 2.817 3.416 Aluminum 4.150 0.145 3.842 4.441 Lead 4.150 0.145 3.842 4.441 Concrete 4.200 0.145 3.892 4.491 Table 2. Representation of 3 subgroups considered statistically homogeneous given by Tukey b test, considering the mean measurements obtained from ultrasonography of different materials of composition from intraocular foreign bodies in an experimental study in porcine eyes Measurements of the fragments Subgroups Composition material Amount of eyes 1 (smaller) 2 (similar) Wood 4 3.925 Glass 4 4.150 Plastic 4 Cardboard 4 Iron 4 3 (larger) 5.325 4.950 3.125 Aluminum 4 4.150 Lead 4 4.075 Concrete 4 4.200 thinner portion, no artifact was identified with the 10-MHz transdu cer. The plastic material was hyper-reflective to ultrasonography. The cardboard material presented, at the ultrasonographic eva luation, high reflectivity and reverberation with medium length, which ended abruptly. The size of the artifact (reverberation) was slightly smaller than the real size of the object. A posterior shadowing artifact was also observed in this type of material. The fragment of wood material presented high reflectivity and has not generated reverberation artifact, however, it caused the pos terior shadowing artifact. The concrete material showed high reflectivity and a slight rever beration that had already started with larger size than the actual fragment. It had a fait posterior acoustic shadowing. The concrete foreign bodies were more concentrated in the anterior vitreous cavity. The iron material showed hyper-reflectivity and reverberation with large extent and initial size smaller than the actual fragment (Figure 2), decreasing progressively, recalling the appearance of “comet tail”. There was a small acoustic shadow artifact. The aluminum material presented itself as hyper-reflective and with reverberation similar to iron (“comet tail”). No posterior shadowing artifact was generated by aluminum material. The lead material presented itself as hyper-reflective to the ultra sonography. The initial reverberation showed the same size of the Figure 2. A porcine eye 10 MHz ultrasonography with iron foreign body into the vitreous cavity, actual size of the measured object = 3.3 mm. Observe the reverberation artifact, interfaces arranged to the right of the real object, which gradually loses strength and intensity. Note that the size of the 1st artifact interface generated by iron is smaller than the real object. The corresponding diagram represents the size of the 1st artifact interface generated by a foreign body in the ultrasonography examination, which is smaller than real object (foreign body). actual fragment until a certain distance and subsequently its attenuation was observed (Figure 3). Different from iron and aluminum, which generated a reverberation that initially had already showed smaller size than the real object. The posterior shadowing artifact was observed. The powder material presented itself as hyper-reflective to ultra sonography, although without posterior shadowing and reverberation. The powder material, due to its presentation in the form of powder presented an irregular shape to ultrasonography, due to its dispersion in the vitreous. It was not possible to perform the dimensioning of foreign bodies of powder material, therefore, this material was excluded from comparative statistical evaluation of this parameter. In all the examined eyes, conclusions related to ultrasonographic dimensions of the fragments and to generated artifacts were obtained from echograms performed with proven perpendicularity of transducer incidence in relation to the tested fragment. DISCUSSION Penetrating injuries with retention of IOFBs are considered an important cause of ocular complications and potential risks of blindness(1-3). In Brazil, among the traumatic diseases, the ocular trauma caused by FB represents the vast majority of attendances. The male gender is more affected than female, and the most affected age group corresponds to the age of greater professional productivity, i.e., from 16 to 45 years old(3). The prognosis associated with the post-traumatic final visual acuity by intraocular foreign body (IOFB) and the risk of endophthal- Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):13-7 15 Composition of intraocular foreign bodies: experimental study of ultrasonographic presentation mitis will depend on the size and type of the foreign body, presence and location of retinal lacerations, preoperative visual acuity and the time after trauma occurrence required to remove the IOFB. Wounds larger than 3 mm and FBs in posterior segment increase the risk of retinal injury and retinal detachment(4). According to a study conducted in Germany(5), the removal of IOFB in less than 24 hours from the trauma occurrence significantly decreases the risk of infectious endophthalmitis from 13.4% to 3.5%. The same study reported that the material type is an important independent risk factor for complications. Fifty percent (50%) of eye injuries by foreign bodies from vegetal origin, such as wood, had the complication of infectious endophthalmitis. In trauma associated with foreign bodies of metallic origin, the risk was considered low, with rates of 4.1%(3-7). In penetrating trauma with foreign body, which may occur dense vitreous hemorrhage or severe anatomic disruption after trauma, there is a difficulty in identifying an IOFB. The method of ophthalmic ultrasonography is commonly used for evaluating traumatized eyes in order to identify lesions associated with trauma and in search of IOFBs, may be performed by all ophthalmologists(8,9). If a FB is identified, it is important to obtain data on this fragment: location, size and echography characteristic so that it is possible to infer about its composition. Composition of IOFB can influence on the risk of endophthalmitis rate, of complications related to metallic foreign bodies and in scheduling of surgical removal(9). Importantly, a controlled experimental study like the present one, contains information of location, size and composition of IOFB. Figure 3. A porcine eye 10 MHz ultrasonography with lead foreign body into the vitreous cavity, actual size of measured object = 4.1 mm. Observe the reverberation artifact, interfaces arranged to the right of the real object, which remain with the same size of the real object. The corresponding diagram represents the size of artifact interfaces caused by a foreign body in the ultrasonography, which corresponds to the same size as the real object (foreign body). 16 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):13-7 Moreover, as the means of implementation of FB was controlled by surgical incision and post-mortem, the risk of associated lesions, such as hemorrhage or rupture of the lens could be eliminated. Thus, the ultrasonography was being held in appropriate technical conditions to identify FB and to establish an echogenicity pattern and artifacts for each composition. The use of swine as experimental model is referred in Medicine since 1540(10). Swine are used in research based on application or improvement of ophthalmic surgical techniques as well as experimental models of ocular diseases. The anatomical structure and the porcine eye dimensions differ a little in comparison to the human eye(11), considering the cornea, anterior chamber, iris, ciliary body, lens, vitreous body and complex retina-choroid-sclera. The cornea, iris, ciliary body, anterior and posterior capsules of the lens and the posterior wall of the eye of these animals present at ultrasonography, as in human, as reflective interfaces; and the anterior chamber and the vitreous cavity have homogeneous anechoic content free of reflective interfaces in normal situations. The speed of sound wave propagation by aqueous humor and vitreous humor is 1,532 m/s in human and 1,540 m/s in porcine eyes. Thus, the ocular ultrasonographic swine evaluation has similarities to that of human, thus enabling the use of these animals as an experimental model(11). The present study reinforces the importance of adequately evaluate the echographic characteristics of each material and points out to what type of material in its composition could generate a significant difference between its actual size and the size obtained by ultrasonography. The ultrasonographic measurements of fragments from iron material were significantly lower than the actual ones. Cardboard and plastic materials presented ultrasonographic measurements sig nificantly higher than the actual ones, while for the other material differences in ultrasonographic measurements were not significantly different from the actual value (Figure 4). In the study performed in Italy(1) in 1994, different measurements and fragments were used and only 1 shape (spherical) and 1 material type (metal). The study showed that ultrasonography may overestimate the actual values, especially in smaller FBs with measurements of 2.0 mm and 2.2 mm. In the present study, the fragments used presented a measure (about 4 mm), greater than referred by Cascone et al. It was also used different materials of fragments composition with non-standardized shapes, which might have caused significant differences (Table 3). Cascone et al.(1) used only spherical shaped frag- Figure 4. Box plot graph of ultrasonographic measurements obtained (median, interquartile range, minimum and maximum values) of each fragment used as intraocular foreign body in the experimental study in relation to their different composition materials. Costa MAN, et al. Table 3. Comparison between actual measurement and measurement obtained from ultrasonography of each intraocular fragment from different materials used in an experimental study in porcine eyes Composition material Ultrasonographic measurement (mm) Actual measurement (mm) Eye 1 Eye 2 Eye 3 Eye 4 Wood 4.2 4.1 4.3 4.1 4.0 Glass 4.1 4.1 4.3 4.4 3.9 Plastic 4.0 5.5 5.2 5.3 5.3 Cardboard 4.1 5.2 4.7 5.2 5.1 Iron 4.0 3.1 2.8 3.3 3.3 Aluminum 4.2 4.2 4.3 4.4 4.5 Lead 4.0 4.1 4.1 4.0 4.4 Powder 4.2 Measurement not obtained Measurement not obtained Measurement not obtained Measurement not obtained Concrete 4.2 4.2 5.3 3.9 4.2 Table 4. Ultrasonographic characteristics of fragments from different composition materials implanted into the vitreous cavity in an experimental study, considering reflectivity and generated artifacts (reverberation and acoustic shadowing) Reverberation Material Reflectivity Extent Size Acoustic shadowing Wood High Absent Absent Present Glass High Medium Smaller Present Plastic High Small Smaller Present Cardboard High Medium Smaller Absent Iron High Large Smaller Present (discrete) Thus, knowing the acoustic differences of each potential material component of an IOFB in order to characterize it and know what materials types are capable to generate an artifact mistaken interpretation of its dimensions to ultrasonography will help to interpret ultrasonographic evaluation and thus provide appropriate planning of surgical procedures for removal of IOFB of the human being, whether through limbal or pars plana incisions, and will assist in evaluating the risk of endophthalmitis or associated inflammation that can be related to the nature of FB. Accurate workup in cases of trauma with retention of IOFB can help to resolve the framework sooner, aiming to lower complication risk, identifying best practice and establishing a visual prognosis. Aluminum High Large Smaller Absent REFERENCES Lead High Large Equal Present Powder High Absent Absent Absent Concrete High Small Greater Absent (discrete) 1. Cascone G, Filipello M, Ferri R, Scimone G, Zagami A. B-scan echographic measurement of endobulbar foreign bodies. Ophthalmologica. 1994;208(4):192-4. 2. Silva FM, Santos Júnior EC, Nóbrega MJ. Corpos estranhos intra-oculares: análise de 22 casos. ACM Arq Catarin Med. 2005;34(1):34-7. 3. Araújo AA, Almeida DV, Araújo VM, Góes MR. Urgência oftalmológica: corpo estanho ocular ainda como principal causa. Arq Bras Oftalmol. 2002;65(2):223-7. 4. Zhang Y, Zhang M, Jiang C, Qiu HY. Intraocular foreign bodies in China: clinical characteristics, prognostic factors, and visual outcomes in 1,421 eyes. 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Russian. ments, but it was established that foreign bodies of different shapes could cause a variety of measures, according to the object orientation in the vitreous body. In regard to echographic characteristics of various materials, we noted that they all showed hyper-reflectivity. The iron, aluminum and lead materials showed reverberation with great extent, unlike concrete material with small extent reverberation. The wood foreign bodies, however, did not present reverberation to ultrasonography. Importantly, the residence time of wood inside the eye influences the material consistency, as could occur fragment hydration with modification of their acoustic characteristics. Regarding the size of the reverberation artifact, glass, aluminum, cardboard and iron materials showed reverberation with smaller size than the fragment. For lead material, reverberation showed the same size as the actual fragment. All materials generated acoustic shadowing, except aluminum. The iron and concrete materials, however, showed a discrete acoustic shadowing (Table 4) There is no reference to reverberation characteristics in different materials of IOFB in the literature for comparability of this study. In the literature, the echographic findings of metallic foreign bodies are similar producing a very dense highly reflective echo that remains with low gain(6) and usually causes a posterior shadowing(12-14). In our study, we observed that the acoustic shadowing is more evident in IOFB that are located closest to the wall and less evident when located further away from it. If they had been implanted closer to the ocular wall, they could have caused greater shadowing artifact. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):13-7 17 Artigo Original | Original Article Panretinal photocoagulation versus intravitreal injection retreatment pain in high-risk proliferative diabetic retinopathy Dor em panfotocogulação retiniana versus injeção intravítrea em pacientes com retinopatia diabética proliferativa de alto risco Célia Regina Farias de Araújo Lucena1, José Afonso Ramos Filho1, André Márcio Vieira Messias1, José Aparecido da Silva2, Felipe Piacentini Paes de Almeida1, Ingrid Ursula Scott3, Jefferson Augusto Santana Ribeiro1,4, Rodrigo Jorge1 ABSTRACT RESUMO Purpose: To compare pain related to intravitreal injection and panretinal photocoagulation in the management of patients with high-risk proliferative diabetic retinopathy. Methods: Prospective study including patients with high-risk proliferative diabetic retinopathy and no prior laser treatment randomly assigned to receive panretinal photocoagulation (PRP group) or panretinal photocoagulation plus intravitreal ranibizumab (PRPplus group). In all patients, panretinal photocoagulation was administered in two sessions (weeks 0 and 2), and intravitreal ranibizumab was administered at the end of the first laser session in the PRPplus group. Retreatment was performed at weeks 16 and 32 if active new vessels were detected at fluorescein angiography. Patients in the PRPplus group received intravitreal ranibizumab and patients in the PRP group received 500-μm additional spots per quadrant of active new vessels. After the end of retreatment, a 100-degree Visual Analog Scale was used for pain score estimation. The patient was asked about the intensity of pain during the whole procedure (retinal photocoagulation session or intravitreal ranibizumab injection). Statistics for pain score comparison were performed using a non-parametric test (Wilcoxon rank sums). Results: Seventeen patients from PRPplus and 14 from PRP group were evaluated for pain scores. There were no significant differences between both groups regarding gender, glycosylated hemoglobin and disease duration. Mean intravitreal injection pain (±SEM) was 4.7 ± 2.1 and was significantly lower (p<0.0001) than mean panretinal photocoagulation pain (60.8 ± 7.8). Twelve out of 17 patients from the PRPplus group referred intensity pain score of zero, while the minimal score found in PRP group was found in one patient with 10.5. Conclusion: In patients with high-risk proliferative diabetic retinopathy who nee ded retreatment for persistent new vessels, there was more comfort for the patient when retreatment was performed with an intravitreal injection in comparison with retinal photocoagulation. Further larger studies are necessary to confirm our preliminary findings. Objetivo: Comparar a dor relacionada à injeção intravítrea e panfotocoagulação no tratamento de pacientes com retinopatia diabética proliferativa de alto risco. Métodos: Estudo prospectivo incluindo pacientes com retinopatia diabética prolife rativa de alto risco e nenhum tratamento a laser prévio aleatoriamente designados para receber panfotocoagulação retiniana (grupo PRP) ou panfotocoagulação e ranibizumabe intravítreo (grupo PRPplus). Em todos os pacientes, a panfotocoagula ção foi administrada em duas sessões (semanas 0 e 2), e ranibizumabe intravítreo foi administrado no final da primeira sessão de laser no grupo PRPplus. Retratamento foi realizado nas semanas 16 e 32 se neovasos ativos fossem detectados na angiofluores ceinografia, utilizando ranibizumabe intravítreo no grupo PRPplus e laser adicional grupo PRP. Após o fim do retratamento, uma Escala Analógica Visual de 100-unidades foi utilizada para a estimativa da pontuação da dor. O paciente foi questionado sobre a intensidade da dor durante todo o procedimento (sessão de fotocoagulação de retina ou injeção intravítrea de ranibizumabe). A comparação dos índices de dor foi realizada utilizando um teste não-paramétrico (Wilcoxon rank sums). Resultados: Dezessete pacientes do grupo PRPplus e 14 do grupo PRP foram avaliados para os índices de dor. Não houve diferenças significativas entre os dois grupos quanto ao sexo, hemoglobina glicosilada e duração da doença. A média de dor da injeção intravítrea (±SEM) foi 4,7 ± 2,1, significativamente menor (p<0,0001) do que a dor média da panfotocoagulação (60,8 ± 7,8). Doze dos 17 pacientes do grupo PRPplus referiram pontuação de intensidade da dor zero, enquanto que o índice mínimo no grupo PRP foi encontrado em um paciente com 10,5. Conclusão: Em pacientes com retinopatia diabética proliferativa de alto risco que necessitaram de retratamento por neovasos persistentes, houve mais conforto para o paciente quando o retratamento foi realizado com uma injeção intravítrea em com paração com fotocoagulação da retina. Estudos posteriores são necessários para confirmar nossos achados preliminares. Keywords: Pain; Intravitreal injections; Diabetic retinopathy; Light coagulation; Vascular endothelial growth factor A Descritores: Dor; Injeções intravítreas; Retinopatia diabética; Fotocoagulação; Fator A de crescimento endotélio vascular Submitted for publication: July 18, 2012 Accepted for publication: November 21, 2012 Funding: Supported by CNPq: Grant number: 306692/2008-2. Study carried out at School of Medicine of Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Physician, Department of Ophthalmology, Ribeirão Preto School of Medicine, Universidade de São Paulo - USP - Ribeirão Preto, SP, Brazil; Physician, Department of Psychology, Faculty of Philosophy, Sciences and Literature, Universidade de São Paulo - USP - São Paulo, SP, Brazil; 3 Physician, Departments of Ophthalmology and Public Health Sciences, Penn State College of Medicine, Hershey, PA, USA; 4 Physician, School of Health Sciences, Universidade Estadual do Amazonas - UEA - Manaus, AM, Brazil. 1 2 18 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):18-20 Disclosure of potential conflicts of interest: C.R.F.A.Lucena, None; J.A.Ramos Filho, None; A.M.V.Messias, None; J.A.Silva, None; F.P.P.Almeida, None; I.U.Scott, None; J.A.S.Ribeiro, None; R.Jorge, None. Corresponding author: Rodrigo Jorge. Divisão de Oftalmologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Avenida Bandeirantes, 3900 - Ribeirão Preto (SP) - 14049-900 - Brazil E-mail: rjorge@fmrp.usp.br The present study was part of a master degree thesis from C. R. Lucena. Review Board approval: 11976/2008. Clinical Trial register: NCT01009021. Almeida PP, et al. INTRODUCTION Retinal new vessels (NV) represent an important risk factor for severe vision loss in patients with diabetes mellitus(1). About 60% of patients with proliferative diabetic retinopathy (PDR) respond to panretinal photocoagulation (PRP) with regression of neovascularization within 3 months(2). However, many patients require additional laser treatment, and 4.5% ultimately require pars plana vitrectomy despite PRP(3). Besides additional laser photocoagulation, intravitreal injection of anti-vascular endothelial growth factor (VEGF) agents have become an interesting alternative for new vessels regression(4,5). However, both procedures (PRP and injection) may induce discomfort and pain. Pain regarding PRP treatment is a well-recognized concern and may even prevent its completion(6), while pain regarding intravitreal injection may disturb patient compliance and peribulbar block may be necessary for uncooperative patients(7). Since intravitreal injection has become a trendy alternative therapeutic strategy and PRP is the standard of care for high-risk PDR, we decided to compare pain related to both procedures in the management of patients with PDR. METHODS The study protocol adhered to the tenets of the Declaration of Helsinki and was approved by the local Institutional Review Board, and all patients gave written informed consent before entering the study. This is a prospective, open label, randomized study in which two groups of diabetic patients were followed(5). Between February 2009 and December 2009, all patients evaluated at the Retina and Vitreous Section of the Department of Ophthalmology, School of Medicine of Ribeirão Preto, who presented with high-risk PDR and had not received any prior retinal laser treatment were invited to participate in the study. Patients were included if they had high-risk PDR, according to Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS) guidelines(1,8), as follows: 1) presence of NV at the disc (NVD) greater than ETDRS standard photograph 10A, or; 2) presence of NVD associated with vitreous or pre-retinal hemorrhage, or; 3) NV elsewhere (NVE) covering more than a half disc area associated with vitreous or pre-retinal hemorrhage. Exclusion criteria included: 1) history of prior laser treatment or vitrectomy in the study eye; 2) history of thromboem bolic event (including myocardial infarction or cerebral vascular accident); 3) major surgery within the prior 6 months or planned within the next 28 days; 4) uncontrolled hypertension (according to guidelines of the seventh report of the joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure [JNC-7])(9); 5) known coagulation abnormalities or current use of anticoagulation medication other than aspirin; or 6) any condition affecting documentation or follow-up. During the study enrollment period, high-risk PDR was identified in one eye of 5 patients and in both eyes of 35 patients based on clinical examination and confirmed on fluorescein angiography. At baseline, each patient received a detailed ophthalmologic examination including measurement of the logarithm of the minimum angle of resolution (logMAR) ETDRS and best corrected visual acuity (BCVA) according to a standardized refraction protocol (using modified ETDRS charts 1, 2, and R), as well as applanation tonometry, dilated slit lamp biomicroscopic examination (including grading of lenticular opacities using the Lens Opacities Classification System III)(10), and binocular indirect fundoscopic examination. Digital red free fundus photography and fluorescein angiography were performed using two fundus camera systems (HRA-OCT, Heidelberg, Germany/TRC-50IA/ IMAGEnet; Topcon, Tokyo, Japan). All patients received PRP, which was performed in two sessions (at week 0 and week 2) according to ETDRS guidelines(11). Six hundred to eight hundred 500µm spots were performed per session, at the discretion of the treating investigator. If patients had clinically significant macular edema(12) macular focal/grid laser was performed during the first PRP session. Patients could be retreated with focal/grid laser at the 16 and 32-week study visits. If both eyes were eligible for the study, the eye with best visual acuity was included. Patients were enrolled in groups of two. The technician was asked to pick up one of two identical opaque envelopes, one containing the designation for PRP, whereas the other contained the designation for PRP/intravitreal ranibizumab injection (IVR) treatment. The second patient was automatically assigned with the second envelope. For the 20 eyes selected to receive the combined treatment (PRP plus intravitreal ranibizumab), one intravitreal injection of 0.5 mg (0.05 ml) of ranibizumab was performed approximately 60 minutes after the completion of the first PRP session (week 0) by a single retinal specialist. Ranibizumab was injected into the vitreous cavity via a 29 gauge needle inserted through the inferotemporal pars plana 3.0 - 3.5 mm posterior to the limbus using topical proparacaine drops under sterile conditions (eyelid speculum and povidone-iodine)(13). Patients were instructed to instill one drop of 0.3% ciprofloxacin into the injected eye four times daily for 1 week after the procedure. Retreatment was performed at weeks 16 and 32 if active new vessels were detected at fluorescein angiography. Patients in the PRPplus group received IVR and patients in the PRP group received 500-μm additional spots per quadrant of active new vessels. Fifteen minutes after the end of retreatment (PRP session or retreatment IVR injection), a masked examiner used a 100-degree Visual Analog Scale (VAS) for pain score estimation(7). The numbers of the scale were visible only on the examiner’s side, so that patients could not choose the same number to guide pain scores. Prior to rating level of pain, each patient was asked to slide the marker along the entire scale, with the aid of the examiner. At point 0, the examiner clarified to the patient that this point of the scale represented “no pain at all”; at point 100, the examiner clarified to the patient that this point of the scale represented “the most intense pain one could ever feel”. The patient was asked about the intensity of pain during the whole procedure (PRP session or IVR injection). Statistics for pain score comparison were performed using a non-parametric test (Wilcoxon rank sums). RESULTS Seventeen patients from the PRP plus patients and 16 patients from the PRP groups completed the 16-week visit, but 17 patients from PRPplus and 14 from PRP were evaluated for pain scores. Patients’ demographics are summarized in table 1. Mean age of PRP patients was significantly higher than PRPplus patients; there were no significant differences between both groups regarding gender, glycosylated hemoglobin (HbA1c) and disease duration. Mean ± SD age (years) was 63.5 ± 8.9 and 51.1 ± 11.3 (p=0.0018); mean ± SD HbA1c (%) was 9.3 ± 1.1 and 9.1 ± 0.8 (p=0.5391); and mean ± SD di sease duration (years) was 12.9 ± 8.8 and 14.7 ± 6.9 (p=0.5326) for PRP and PRPplus respectively. Mean IVR pain (±SEM) was 4.7 ± 2.1 and was significantly lower (p<0.0001) than mean PRP pain (60.8 ± 7.8). Twelve out of 17 patients from the PRPplus group referred intensity pain score of zero, meaning that they had no pain at all during intravitreal injection, while the minimal score found in PRP group was found in one patient with 10.5, but no other patient in this group had score under 30. Figure 1 shows the distribution of intensity pain scores in both groups; there was a statistically significant difference between groups (P<0.0001; Wilcoxon). DISCUSSION Despite the difference in age between groups, that would have favored lower scores in PRP group (since older patients trend to feel less pain)(14), the present results suggest that an intravitreal injection Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):18-20 19 Panretinal photocoagulation versus intravitreal injection retreatment pain in high-risk proliferative diabetic retinopathy Table 1. Patient demographics PRP PRPplus P 63.5 ± 8.9 51.1 ± 11.3 0.0018 (t-Test) 9/5 10/7 0.7557 (Likelihood Ratio) 2/7/5 2/8/7 0.9461 (Likelihood Ratio) Duration of diabetes (mean ± SD; in years) 12.9 ± 8.8 14.7 ± 6.9 0.5326 (t-Test) HbA1c (mean ± SD) 09.3 ± 1.1 Age (mean ± SD; in years) Gender (Male/Female) Race (Black/Hispanic/Caucasian) 09.1 ± 0.8 0.5391 (t-Test) HbA1c= glycosylated hemoglobin; PRP= panretinal photocoagulation; PRPplus= panretinal photocoagulation and intravitreal injection of ranibizumab; SD= standard deviation. Figure 1. Intensity of pain score distribution on PRP and PRPplus groups. Horizontal lines represent groups’ medians and dashed lines are the 25% and 75% quantilies. Statistically significant difference was found between groups (P<0.0001; Wilcoxon). is less painful than a PRP session for diabetic patients with high-risk PDR. In fact, pain score associated with intravitreal injections of an ti-VEGF agents in patients with diabetic retinopathy and neovascular age-related macular degeneration (ARMD) ranges from 0 to 22(7), while pain level associated with a PRP session ranges from 10 to 90(6). This difference may be explained by the longer pain stimulus during a PRP session. Another hypothesis is that there may be direct stimulation of the long ciliary nerves during a PRP session (especially if laser applied in the retina periphery at 3 and 9 o’clock meridians) usually merely under topical anesthesia for PRP contact lens positioning, while during intravitreal injections there would be needle conjunctival and uveal nociceptors stimulation, usually partially blocked by topical anesthesia(7). 20 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):18-20 CONCLUSION In addition to the beneficial effects regarding BCVA and new vessels regression of PRPplus ranibizumab in comparison to PRP alone for high-risk PDR treatment reported elsewhere, there is also more comfort for the patient when retreatment is performed with an intravitreal injection. Further larger studies are necessary to confirm our preliminary findings. REFERENCES 1.Fundus photographic risk factors for progression of diabetic retinopathy. ETDRS report number 12. Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group. Ophthalmology. 1991;98(5 Suppl):823-33. 2. Vander JF, Duker JS, Benson WE, Brown GC, McNamara JA, Rosenstein RB. Long-term stability and visual outcome after favorable initial response of proliferative diabetic retinopathy to panretinal photocoagulation. Ophthalmology. 1991;98(10):1575-9. 3. Flynn HW Jr, Chew EY, Simons BD, Barton FB, Remaley NA, Ferris FL 3rd. Pars plana vitrectomy in the Early Treatment Diabetic Retinopathy Study. ETDRS report number 17. The Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group. Ophthalmology. 1992;99(9):1351-7. 4.Jorge R, Oliveira RS, Messias A, Almeida FP, Strambe ML, Costa RA, et al. Ranibizumab for retinal neovascularization. Ophthalmology [Internet]. 2011[cited 2012 Jan 21];118(5):1004. Available from: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/ S0161642010013783 5. Ramos-Filho JA, Messias A, Almeida FP, Ribeiro JA, Costa RA, Scott IU, et al. Panretinal photocoagulation (PRP) versus PRP Plus intravitreal ranibizumab for high-risk proliferative diabetic retinopathy. Acta Ophthalmol Scand [Internet]. 2011[cited 2012 Jun 21];89(7):e567-72. Available from: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.17553768.2011.02184.x/full 6. De Faria Rodrigues A, Messias AM, Da Silva JA, Ribeiro JA, Jorge R, Scott IU. Diclofenac for panretinal photocoagulation pain. Ophthalmology [Internet]. 2010[cited 2012 Jun 21];117(12):2441.e1-3. Available from: http://www.sciencedirect.com/science/article/ pii/S0161642010006093 7. Cintra LP, Lucena LR, Da Silva JA, Costa RA, Scott IU, Jorge R. Comparative study of analgesic effectiveness using three different anesthetic techniques for intravitreal injection of bevacizumab. Ophthalmic Surg Lasers Imaging. 2009;40(1):13-8. 8. Four risk factors for severe visual loss in diabetic retinopathy. The third report from the diabetic retinopathy study. The Diabetic Retinopathy Study Research Group. 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Chylack LT Jr, Wolfe JK, Singer DM, Leske MC, Bullimore MA, Bailey IL, et al. The lens opacities classification system III. The Longitudinal Study of Cataract Study Group. Arch Ophthalmol [Internet]. 1993[cited 2010 Oct 12];111(6):831-6. http://archopht. jamanetwork.com/article.aspx?articleid=640261 11. Techniques for scatter and local photocoagulation treatment of diabetic retinopathy: Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Report n. 3. The Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group. Int Ophthalmol Clin. 1987;27(4):254-64. 12. Photocoagulation for diabetic macular edema. Early Treatment Diabetic Retinopathy Study report number 1. Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group. Arch Ophthalmol [Internet]. 1985[cited 2010 Apr 23];103(12):1796-806.Available from: http://archopht.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=635820 13. Ribeiro JA, Messias AM, Scott IU, Jorge R. Alternative technique for reducing compound waste during intravitreal injections. 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Methods: The sample of this systematic review comprised the two Brazilian journals of ophthalmology indexed at Science Citation Index Expanded and six of the foreign journals of ophthalmology with highest Impact Factor® according ISI. All clinical trials (CTs) published from January 2009 to December 2010 at the Brazilians journals and a 1:1 randomized sample of the foreign journals were included. The primary outcome was the number of citations through the end of 2011. Subgroup analysis included language. The secondary outcome included likelihood of citation (cited at least once versus no citation), and presence or absence of CONSORT statement indicators. Results: The citation counts were statistically significantly higher (P<0.001) in the Foreign Group (10.50) compared with the Brazilian Group (0.45). The likelihood citation was statistically significantly higher (P<0.001) in the Foreign Group (20/20 - 100%) compared with the Brazilian Group (8/20 - 40%). The subgroup analysis of the language influence in Brazilian articles showed that the citation counts were statistically significantly higher in the papers published in English (P<0.04). Of 37 possible CONSORT items, the mean for the Foreign Group was 20.55 and for the Brazilian Group was 13.65 (P<0.003). Conclusion: The number of citations and the quality of reporting of clinical trials in Brazilian journals of ophthalmology still are low when compared with the foreign journals of ophthalmology with highest Impact Factor®. Objetivo: Comparar ensaios clínicos publicados em periódicos brasileiros de oftalmo logia e em periódicos estrangeiros de oftalmologia em relação ao número de citações e à qualidade da informação [através da aplicação do Consolidated Standards for Reporting Trials (CONSORT) statement]. Métodos: A amostra desta revisão sistemática abrangeu os dois periódicos brasileiras de oftalmologia indexaoas no Science Citation Index Expanded (Grupo Brasileiro) e seis dos periódicos estrangeiros de oftalmologia com maior fator de impacto de acordo com o ISI (Grupo Estrangeiro). Todos os ensaios clínicos, publicados entre janeiro de 2009 a dezembro de 2010, nos dois periódicos brasileiros e numa amostra aleatória 1:1 dos periódicos estrangeiros foram incluídos. O desfecho primário foi o número de citações até o final de 2011. A análise de subgrupos incluiu o idioma. O desfecho secundário incluiu a probabilidade de citação (citado ao menos uma vez versus não citado), e a presença ou ausência de indicadores da declaração CONSORT. Resultados: O número de citações foi significativamente maior (P<0,001) no Grupo Estrangeiro (10,50) em comparação com o Grupo Brasileiro (0,45). A probabilidade de citação foi estatisticamente superior (P<0,001) no Grupo Estrangeiro (20/20100%) comparado com o Grupo Brasileiro (8/20-41%). A análise de subgrupo sobre a influência da língua em artigos Brasileiros mostrou que o número de citações foi significativamente maior nos artigos publicados em Inglês (P<0,04). Dos 37 itens do CONSORT possíveis, a média para o Grupo Estrangeiro foi de 20,55 e para o Grupo Brasileiro foi 13,65 (P<0,003). Conclusão: O número de citações e a qualidade da redação dos ensaios clínicos em periódicos Brasileiros de oftalmologia ainda são baixos quando comparados com os periódicos estrangeiros de oftalmologia com mais alto fator de impacto. Keywords: Clinical trial; Ophthalmology; Citation databases; Journal Impact factor; Quality control Descritores: Ensaio clínico; Oftalmologia; Bases de dados de citações; Fator de impacto de revistas; Controle de qualidade INTRODUCTION The most used tool for measuring the insertion of a journal is an analysis of how often articles published in that journal were cited in other articles of the same or other journal, indexed in a particular database, in a given time. Although imperfect, this method is used as an indicator of the global inclusion of a journal. Few years ago, the “Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO)” and the “Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO)” have become part of the Institute for Scientific Information (ISI) Web of Knowledge®, considered the most important database of scientific citations. The result of measurement of the citations made by ISI is published in the Journal Citation Reports® (JCR) which contains several indicators, the best known being the Impact Factor®. The Impact Factor® of a journal in a given year is calculated based on the number of times articles published in the journal in the two previous years were cited in that year by all journals in that database(1). A clinical trial is a type of research study that tests how well new medical approaches work in people. These studies test new methods of screening, prevention, diagnosis, or treatment of a disease. Clinical trials, when appropriately designed, conducted, and reported, represent the gold standard in evaluating healthcare interventions(2). The Consolidated Standards of Reporting Trials Group (CONSORT) statement provides a 25-item checklist for a minimum set of recommendations for reporting the trial design, analysis, and results. It was Submitted for publication: October 5, 2012 Accepted for publication: November 14, 2012 Funding: No specific financial support was available for this study. Study carried out at Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - Campinas (SP), Brazil. 2 Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE - Recife (PE), Brazil. 1 Disclose of potential conflict of interest: R.P.C.Lira, None; F.S.Leal, None; F.A.Gonçalves, None; F.H.R.Amorim, None; J.P.F.Felix, None; C.E.L.Arieta, None. Correspondence address: Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira. Rua Irmã Maria David, 200 - Apto. 1302 - Recife (PE) - 52061-070 - Brazil - E-mail: rodrigopclira@hotmail.com Comissão de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas: Dispensa de apresentação segundo ofício 448/2012. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):21-5 21 Clinical trials in Brazilian journals of ophthalmology: where we are developed to assist authors in writing reports of clinical trials, editors and peer reviewers in reviewing manuscripts for publication, and readers in critically appraising published articles. It gives guidance for reporting all clinical trials, but focuses on the most common design type-individually randomized, two group, parallel trials, which accounts for over half of trials in the literature(3). The main purpose of this study is to compare clinical trials published in Brazilians ophthalmology journals and in foreign ophthalmology journals with respect to the number of citations and the quality of reporting (by applying the CONSORT statement writing standards). METHODS This study was a systematic review. Originals clinical trials phase III or phase IV were identified by retrospective review of articles pu blished from January 2009 to December 2010 (2009/2010). Phase III trials compare the results of people taking a new treatment with the results of people taking the standard treatment. Phase IV trials are done using thousands of people after a treatment has been approved and marketed, to check for side effects that were not seen in the phase III trial. One group (Brazilian Group) included the two Brazilian journals of ophthalmology indexed at Science Citation Index Expanded (“Arquivos Brasileiros de Oftalmologia” e “Revista Brasileira de Oftalmologia”), and the other group (Foreign Group) included six of the foreign journals of ophthalmology with highest Impact Factor® according ISI (Ophthalmology; American Journal of Ophthalmology; Archives of Ophthalmology; Investigative Ophthalmology and Vision Science; Journal of Cataract and Refractive Surgery; and British Journal of Ophthalmology)(4). The Brazilian group included all 20 clinical trials published in 2009/2010(5-24). The Foreign group included a randomized (random order with a computer generated random number) sample of 20 clinical trials among the 449 published in 2009/2010 [The Medline search strategies for clinical trial sought (publication type) was: “clinical trial”; or “clinical trial, phase III”; or “clinical trial, phase IV”; or “controlled clinical trial”](25-44). All articles were carefully scrutinized to confirm the study design. The primary outcome was the number of citations through the end of 2011(4). Most articles are rarely cited, if at all, during the same year in which they were published, but the citation count of the 2 subsequent years is representative (it forms the basis of estimating journal impact factors). Subgroup analysis included language. The secondary outcome included likelihood of citation (cited at least once versus no citation), and presence or absence of CONSORT statement indicators(3). Although the CONSORT checklist has 25 items, our final grading scale had a maximum of 37 possible points, because there are general items divided in subparts. It was assigned 1 point per subpart. Descriptive statistics were calculated. Continuous data were ex pressed as mean values, standard deviation (SD) and ranges. Independent sample t-test of equality of means was used to compare the 2 groups. Analyses were conducted using PSPP statistical software. P values are 2-tailed. Statistical significance was considered at the 0.05 level. RESULTS The citation counts were statistically significantly higher (P<0.001) in the Foreign Group (mean=10.50, SD=11.22, with a range from 1 to 42) compared with the Brazilian Group (mean=0.45, SD=0.60, with a range from 0 to 2) (Figure 1). The likelihood citation was statistically significantly higher (P<0.001) in the Foreign Group (20/20 - 100%) compared with the Brazilian Group (8/20 - 40%). The subgroup analysis of the language influence in Brazilian articles showed that the citation counts were statistically significantly hi22 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):21-5 gher (P<0.04) in the papers published in English (mean=1.00, SD=0.82, with a range from 0 to 2) compared with the papers published in Portuguese (mean=0.31, SD=0.48, with a range from 0 to 1) (Figure 2). Of 37 possible CONSORT items, the mean for the Foreign Group was 20.55 (54%), SD=5.07, with a range from 11 to 29 (30%-78%), and for the Brazilian Group was 13.65 (35%), SD=3.44, with a range from 8 to 21 (22%-57%). The difference was statistically significant (P<0.003) (Figure 3). DISCUSSION The results of this study demonstrated that the number of citations and quality of reporting of Brazilian journals of ophthalmology still are low when compared with the foreign journals of ophthalmology with higher Impact Factor. The situation is worse to the articles published in Portuguese. By analyzing the citation of articles according to the language in which they were published, it Figure 1. Citation counts of Foreign Group compared with the Brazilian Group. Figure 2. Subgroup analysis of the language influence in Brazilian articles. Lira RPC, et al. may had contributed to the low citation of papers from the Brazilian journals was its relative low IF [in 2011, the IF of ABO was 0.326, and the IF of RBO was 0.129] in comparison to the group of the foreign journals (in 2011, the average of IF was 3.692), because there is a tendency of authors to publish their best articles in journals with higher IF, perpetuating this situation(4). Finally, for the same reason above, Brazilians authors used to publish its best articles in foreign journals. Amazingly, in a paper applying the CONSORT and STROBE statements to evaluate the reporting quality of neovascular age-related macular degeneration studies the highest reporting scores were achieved by Brazilians articles published in foreign journals(48). The boards of the Brazilians journals of ophthalmology are doing efforts to change this current unfavorable picture because they know the editorial scenario is competitive(1,52-55). Although the ABO and RBO have not yet officially adopted the CONSORT, neither the English language, they encourage its use as well as other protocols such as STROBE and PRISMA. This attitude may contribute to the improvement of Brazilian journals global insertion. REFERENCES Figure 3. Presence of CONSORT statement indicators in the Foreign Group compared with the Brazilian Group. is possible notice that the number of citations of papers written in English is higher(1). Citation analysis of ophthalmology articles has rarely been reported. The impact of a published article can be estimated by evaluating how frequently the study is cited in subsequent peer-reviewed publications(45). The number of times an article is cited over a given time period might indicates the level of importance attributed to its findings by research medical community(46). Researchers around the world rank their choices of journals for publication according to Impact Factor®. The Coordination of Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), which is the government agency in the Ministry of Education responsible for coordinating the post-graduation programs in Brazil, stratified the quality of the journals based exclusively from the ISI Impact Factor®(1). One of the actions to reach a higher number of citations on CTs may be to embrace principles of the CONSORT(47). The evidence-ba sed approach that has been used for CONSORT also served as a model for development of other reporting guidelines, such as for reporting systematic reviews and meta-analysis of studies evaluating interventions (PRISMA)(48), and Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE)(49). However, as a potential drawback, a reporting guideline might encourage some authors to report fictitiously the information suggested by the guidance rather than what was actually done. Readers, peer reviewers, and editors should vigilantly guard against that potential drawback and refer, for example, to trial protocols, to information on trial registers, and to regulatory agency websites. Moreover, in some cases, the CONSORT can led to improvements in reporting but not in methodological conduct(50). Some caveats of this study should be discussed. First, we compared the national journals versus a sample of the most important foreign journals. However, the encouragement of our Brazilian scientific community toward the highest standards of study conduct and reporting is a realistic and important goal. Second, we can not generalize the results because we analyzed only CTs. But this study design, jointly with meta-analysis, is considered the gold standard for clinical research(51). Third, a citation does not guarantee the respect of the citing investigators. Occasionally a study may be cited only to be criticized or dismissed. Nevertheless, citation still means that the study is active in the scientific debate. Moreover, we should acknowledge that number of citation does not necessarily translate into clinical or scientific impact(40). Fourth, a presumable circumstance that 1. Chamon W, Melo Jr LA. Impact factor and insertion of the ABO in the world scientific literature. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2011[cited 2012 May 21];74(4):243-4. http:// www.scielo.br/pdf/abo/v74n4/v74n4a01.pdf 2. Jüni P, Altman DG, Egger M. 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Methods: This study was a systematic review. Original articles were identified by review of documents published at the two Brazilian ophthalmology journals indexed at Science Citation Index Expanded - SCIE [“Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO)” and “Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO)”]. All document types (“articles” and “reviews”) listed at SCIE in English (English Group) or in Portuguese (Portuguese Group) from January 1, 2008 to December 31, 2009 were included, except: “editorial materials”; “corrections”; “letters”; and “biographical items”. The primary outcome was the number of citations through the end of second year after publication date. Subgroup analysis included likelihood of citation (cited at least once versus no citation), journal, and year of publication. Results: The search at the web of science revealed 382 articles [107 (28%) in the English Group and 275 (72%) in the Portuguese Group]. Of those, 297 (77.7%) were published at the ABO and 85 (23.3%) at the RBO. The citation counts were statistically significantly higher (P<0.001) in the English Group (1.51 - SD 1.98 range 0 to 11) compared with the Portuguese Group (0.57 - SD 1.06 - range 0 to 7). The likelihood citation was statistically significant higher (P<0.001) in the English Group (70/107 - 65.4%) compared with the Portuguese Group (89/275 - 32.7%). There were more articles published in English at the ABO (98/297 - 32.9%) than at the RBO (9/85 - 10.6%) [P<0.001]. There were no significant difference (P=0.967) at the proportion of articles published in English at the years 2008 (48/172 - 27.9%) and 2009 (59/210 - 28.1%). Conclusion: The number of citations of articles published in Portuguese at Brazilian ophthalmology journals is lower than the published in English. The results of this study suggest that the editorial boards should strongly encourage the authors to adopt English as the main language in their future articles. Keywords: Language; Ophthalmology; Bibliometrics; Publication for scientific dif fusion; Scientific and technical publications; Journal impact factor; Journal article RESUMO Objetivo: Determinar a associação entre a língua e o número de citações de artigos publicados em periódicos de oftalmologia brasileiros. Métodos: Este estudo foi uma revisão sistemática. Artigos originais foram identificados a partir da revisão dos documentos publicados nos dois periódicos de oftalmologia brasileiros indexados no Science Citation Index Expanded - SCIE [“Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO)” e “Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO)”]. Todos os tipos de documentos (“artigos” e “revisões”) listados no SCIE em inglês (Grupo Inglês) ou em português (Grupo Português), de 1o de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2009, foram incluídos, exceto: “editoriais”; “correções”; “cartas”; e “biografias”. O desfecho primário foi o número de citações até o segundo ano após a data de publicação. Análise de subgrupo incluiu probabilidade de citação (citado pelo menos uma vez contra nenhuma citação), periódico e ano da publicação. Resultados: A pesquisa na Web of Science revelou 382 artigos [107 (28%) no Grupo Inglês e 275 (72%) no Grupo Português]. Destes, 297 (77,7%) foram publicados na ABO e 85 (23,3%) na RBO. O número de citações foi significativamente maior (P<0,001) no Grupo de Inglês (1,51 - DP 1,98 - faixa 0 to 11) em comparação com o Grupo Português (0,57 - DP 1,06 - faixa 0 to 7). A probabilidade de citação foi estatisticamente superior (P<0,001) no Grupo de Inglês (70/107 - 65,4%) comparado com o Grupo Português (89/275 - 32,7%). Havia mais artigos publicados em Inglês na ABO (98/297 - 32,9%) do que no RBO (9/85 - 10,6%) [P<0,001]. Não houve diferença significativa (P=0,967) na proporção de artigos publicados em Inglês nos anos de 2008 (48/172 - 27,9%) e 2009 (59/210 - 28,1%). Conclusão: O número de citações de artigos publicados em Português em periódicos brasileiros de oftalmologia é menor do que o publicado em Inglês. Os resultados deste estudo sugerem que os conselhos editoriais devem incentivar fortemente os autores a adotar o Inglês como língua principal em seus artigos futuros. Descritores: Linguagem; Oftalmologia; Bibliometria; Publicações de divulgação cien tífica; Publicações científicas e técnicas; Fator de impacto de revistas; Artigo de revista INTRODUCTION The vast majority of research articles are published in English(1). Journals of non-English speaking countries have adopted English as their official language(2,3). Only a minority of scientific journals publishes their articles in other languages such as German, French, Japanese, Chinese, Spanish or Portuguese. Due to language restrictions, only a minority of researchers read these articles, therefore these articles are rarely cited. English-language journals appear to have greater visibility, and hence, impact factors, than their non-En glish counterparts(4-6). The impact factor measures journal’s visibility and it is a method to rank journals by citation analysis; i.e., the more frequently a given journal’s articles are cited, the higher the journal’s impact factor. The interests in a journal’s impact factor are many-fold. Authors consider the impact factor prior to submitting an article to a particular journal. More submissions allow a superior selection of articles. Faculty Submitted for publication: October 10, 2012 Accepted for publication: November 15, 2012 Funding: No specific financial support was available for this study. Study carried out at Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brazil. Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brazil. Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brazil. 1 2 26 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):26-8 Disclose of potential conflict of interest: R.P.C.Lira, None; R.M.C.Vieira, None; F.A.Gonçalves, None; M.C.Gonçalves, None; D.Maziero, None; T.H.M.Passos, None; C.E.L.Arieta, None. Corresponding author: Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira. Rua Irmã Maria David, 200 - Apto.1302 - Recife (PE) - 52061-070 - Brazil - E-mail: rodrigopclira@hotmail.com Universidade Estadual de Campinas Institutional Review Board approval number: 536/2012. Lira RPC, et al. committees involved in promotions or search of new members rely heavily on impact factors, as do scientific boards of granting institutions, especially in Europe and South America. Publishers observe the impact factors of their journals (in addition to circulation numbers and incomes from advertisements)(7). However, it is important to emphasize that the clinical impact of a research - how much that study has contributed to improve the clinical practice - may not be related to citation indexes(8). In Brazil, between 1986 and 2000, the most popular ophthalmology journal published only 4.6% of articles in English(9). To the best of our knowledge, the impact of publication language on citation frequency in the ophthalmology journals has not yet been investigated from a Brazilian perspective. In the present study, we focused on papers published between 2008 and 2009. The main purpose of this study was to determine the associations between language and number of citations of ophthalmology articles published in Brazilians journals. METHODS This study was a systematic review. Original articles were identified by review of documents published at the two Brazilian ophthalmology journals indexed at Science Citation Index Expanded - SCIE [“Arquivos Brasileiros de Oftalmologia (ABO)” and “Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO)”]. All document types (“articles” and “reviews”) listed at SCIE in English (English Group) or in Portuguese (Portuguese Group) from January 1, 2008 to December 31, 2009 were included, except: “editorial materials”; “corrections”; “letters”; and “biographical items”. The primary outcome was the number of citations through the end of the second year after publication date. Most articles are rarely cited, if at all, during the same year in which they were published, but the citation count of the 2 subsequent years is representative (it forms the basis of estimating journal impact factors). Subgroup analysis included likelihood of citation (cited at least once versus no citation), journal, and year of publication. To estimate the citation frequency of research articles included in our study, we accessed the Institute for Scientific Information (ISI) Web of Science database(10). The Web of Science search strategies was: (publication name) “Arquivos Brasileiros de Oftalmologia OR Revista Brasileira de Oftalmologia”; (year of publication) “2008-2009”; (timespan) date range to articles published in 2008, “from 2008-01-01 to 2010-12-31”, and date range to articles published in 2009, from “2009-01-01 to 2011-12-31”; and (citation database) “Science Citation Index Expanded. Descriptive statistics were calculated. Continuous data were ex pressed as mean values, standard deviation (SD) and ranges. Bet ween-group differences of continuous and categorical variables were compared using Mann Whitney U Test or Pearson chi-square test where appropriate. Analyses were conducted using PSPP statistical software. P values are 2-tailed. Statistical significance was considered at the 0.5 level. RESULTS The search at the web of science revealed 382 articles [107 (28%) in the English Group and 275 (72%) in the Portuguese Group]. Of those, 297 (77.7%) were published at the ABO and 85 (23.3%) at the RBO. The citation counts were statistically significantly higher (P<0.001) in the English Group (1.51 - SD 1.98 - range 0 to 11) compared with the Portuguese Group (0.57 - SD 1.06 - range 0 to 7) [Figure 1]. The likelihood citation was statistically significantly higher (P<0.001) in the English Group (70/107 - 65.4%) compared with the Portuguese Group (89/275 - 32.7%). There were more articles published in English at the ABO (98/297 32.9%) than at the RBO (9/85 - 10.6%) [P<0.001]. The citation counts were statistically significant higher (P<0.001) at the ABO (0.99 - SD 1.56 - Figure 1. Language vs. citations count on articles published in Brazilians journals of Ophthalmology, 2008-2009. range 0 to 11) compared with the RBO (0.29 - SD 0.63 - range 0 to 3). The likelihood citation was statistically significant higher (P<0.001) at the ABO (140/297 - 47.1%) compared with the RBO (18/85 - 21.2%). There were no significant differences (P=0.967) at the proportion of articles published in English at the years 2008 (48/172 - 27.9%) and 2009 (59/210 - 28.1%). DISCUSSION The results of this study demonstrated that the number of and the likelihood of citation of an article (cited at least once versus no citation) published in Portuguese in Brazilian ophthalmology journals are lower than the published in English. In others studies to determine the association between journal country of origin and language and journal impact factor of general medicine journals, the authors concluded that journal impact factor is more associated with journal language, independently of journal impact factor, number of authors, topic, or country of origin(11,12). These results stress the importance of English as actual’s scientific language(5). German and French, important languages since the 19th century, as others languages like Portuguese, Chinese, Japanese, and Spanish, have suffered a steep decline after World War II(1,4), since then, journals of non-English countries have adopted the English language(13). The number of times an article is cited over a given time period might indicate the level of importance attributed to its findings by research medical community. It was not a primary purpose of this study to compare the ABO and the RBO, but the results demonstrated that the articles of the ABO have been significantly more cited. One of the main reasons probably is because ABO has published more articles in English. Although the percentage of articles in English did not increase between 2008 and 2009 in both journals, some editorial changes have been implemented after 2010 and may interfere in the percentage of English-written manuscripts. Authors may question that accepting submissions only in English(3,14) would prevent some readers, who do not master the English language, to be updated. However, the intention of the Brazilian editors should be that national scientific journals remain alive and active, seeking to stimulate and encourage doctors to improve their publications(15-17). Considering that what may promote a journal is the number of citations generated, and for this to occur, besides the quality of the research published therein, is its visibility, we must bow to the global trend that English is the official language of international Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):26-8 27 Influence of English language in the number of citations of articles published in Brazilian journals of Ophthalmology conferences, publications and communications in general(3). It is not enough to publish abstracts and keywords in English. It is essential that the whole text to be published in English, otherwise it certainly should not be read or even mentioned. If we verify the references of any article we will realize that most are published in English. The results of this study suggest that the editorial boards should strongly encourage the authors to adopt English as the main language in their future articles. This effort may contribute to the improvement of Brazilians Ophthalmology journals impact factor. REFERENCES 1. Winkmann G, Schlutius S, Schweim HG. [Publication languages of impact factor journals and of medical bibliographic databanks]. Dtsch Med Wochenschr. 2002; 127(4):131-7. German. Comment in Dtsch Med Wochenschr. 2002;127(4):129-30. 2. Schaffner A, Gehr P, Perruchoud A, Straub W, Suter P, von Segesser L. Welcome editorial. Swiss Med Wkly. 2001;131:3. 3. Viebig RG, Pardini F. O inglês é preciso. Arq Gastroenterol. 2009;46(3):162-3. 4. Winkmann G, Schlutius S, Schweim HG. [Citation rates of medical German-language journals in English-language papers - do they correlate with the Impact Factor, and who cites?]. Dtsch Med Wochenschr. 2002;127(4):138-43. German. 5. Bakewell D. Publish in english, or perish? Nature. 1992;356(6371):648. 6. Borsuk RM, Budden AE, Leimu R, Aarssen LW, Lortie CJ. 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Perguntas sobre preferências de técnicas, uso de novas tecnologias, volume cirúrgico, tipo de excimer laser, microcerátomo e topógrafos mais utilizados, uso de mitomicina C, colírios pós-operatórios, dentre outras, foram analisados. Resultados: No total, 292 cirurgiões responderam a pesquisa. A maioria possui um volume mensal entre 2 a 4 olhos por semana (57,60%). Grande parte (64,50%) realiza tomografia de córnea de rotina e apenas 22,00% dos analisados não personalizam suas cirurgias. A técnica de ceratomileusis in situ a laser (LASIK) é a mais realizada e quando a ceratectomia fotorrefrativa (PRK) é utilizada, a maioria dos cirurgiões aplica a mitomicina C (52,60%) nesses pacientes. A marca de excimer laser mais utilizada até o momento é a Nidek (26,12%). Conclusão: A técnica de LASIK é mais realizada pelos cirurgiões, sendo que a maioria personaliza parte de suas cirurgias e quando a ceratectomia fotorrefrativa é realizada, a mitomicina C é empregada pela maior parte dos entrevistados. A cirurgia bilateral é rotineiramente realizada pela maioria dos cirurgiões e o laser de femtosegundo ainda é empregado apenas por uma minoria dos cirurgiões. Descritores: Miopia/cirurgia; Ceratomileuse assistida por excimer laser in situ; Ce ratectomia fotorrefrativa; Mitomicina; Censos; Brasil ABSTRACT Purpose: To determine preferences and practices of refractive surgeons in Brazil. Methods: A cross-sectional study was conducted based on the data collected from a questionnaire applied during the VI Brazilian Congress of Cataract and Refractive Surgery and by e-mail sent to all members of that society. Refractive surgery tech niques, use of emerging technologies, surgical volume, type of excimer laser and microkeratomes, mitomycin C, postoperative medications were analyzed among others questions. Results: Two hundred ninety-two surgeons replied to the questions. The majority has a surgical volume between 2 and 4 eyes per week (57.60%). Most of the surgeons (64.50%) perform corneal tomography routinely and 22.00% of them do never cus tomize their surgeries. The laser in situ keratomileusis (LASIK) is the main technique performed and when the photorefractive keratectomy (PRK) is applied; most of the surgeons uses mitomycin C (52.60%) in these patients. The excimer laser of choice was the Nidek (26.12%). Conclusion: LASIK is the preferred surgical procedure and the majority customizes their refractive surgeries. When photorefractive keratectomy is performed, mitomycin C is used by most of the surgeons (52.60%). Bilateral surgery is routinely performed and the femtosecond laser is still used by few refractive surgeons. Keywords: Myopia/surgery; Keratomileusis, laser in situ; Photorefractive keratectomy; Mitomycin; Censuses; Brazil INTRODUÇÃO A cirurgia refrativa está presente na prática clínica de profissionais de oftalmologia há pelo menos duas décadas. O advento do excimer laser e o aumento dos níveis de segurança e eficácia da cirurgia tornaram esta técnica um procedimento cirúrgico previsível e confiável(1). É estimado que aproximadamente 60 milhões de pessoas são candidatas à cirurgia refrativa nos Estados Unidos e que apenas 10% do mercado americano é explorado(2). A literatura nacional é carente de informações sobre preferências e práticas entre os cirurgiões refrativos. O presente estudo tem o objetivo de fornecer informações importantes sobre a cirurgia refrativa no Brasil. Questões como ablação personalizada, uso de tomógrafo de córnea, volume cirúrgico, preferências de técnicas cirúrgicas, colírios pós-operatórios, leito estromal residual entre outras, foram consideradas. MÉTODOS Realizou-se um estudo transversal durante o VI Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa de 2011. A pesquisa foi baseada na coleta dos dados de um questionário aplicado aos cirurgiões de refrativa participantes do evento. Ao término do congresso, o mesmo questionário foi enviado por e-mail aos membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. O questionário foi composto por 31 questões de múltiplas escolha e por 1 questão aberta (“Qual porcentual de pacientes operados por você entre ceratomileusis in situ a laser (LASIK) e ceratectomia fotorrefrativa (PRK)?”). As seguintes variáveis foram estudadas: preferência de técnica cirúrgica; uso de mitomicina C; colírios pósoperatórios mais utilizados; tipo de excimer laser, microcerátomo, topógrafo e de tomógrafo de córnea; personalização de cirurgia; tipo de desepitelização usado na ceratectomia fotorrefrativa (PRK); leito Submetido para publicação: 28 de outubro de 2011 Aceito para publicação: 15 de novembro de 2012 Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho. Trabalho realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. Médico, Setor de Cirurgia Refrativa, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil. Médico, Departamento de Oftalmologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - USP São Paulo (SP), Brasil. 3 Médico, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil. 4 Médico, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 5 Médico, Departamento de Cirurgia Refrativa do Hospital de Olhos Leiria de Andrade - Fortaleza (CE), Brasil. 1 Divulgação de potenciais conflitos de interesse: M.Vieira Netto, Nenhum; R.F.Espíndola, Nenhum; R.G.F.Nogueira, Nenhum; M.Campos, Nenhum; R.Ambrósio Jr., Nenhum; N.L.Andrade, Nenhum. Endereço de correspondência: Rodrigo França de Espíndola. Praça das Hortências, 70. Condomínio Portal de Itu - Itu (SP) - 13301-689 - Brasil - E-mail: rodrigo166@uol.com.br 2 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):29-32 29 Censo Brasileiro de Cirurgia Refrativa estromal mínimo para ceratomileusis in situ a laser (LASIK); paquime tria mínima necessária para PRK e LASIK; medida intraoperatória do “flap” corneano; volume cirúrgico mensal, valor médio cobrado por cirurgia, bilateralidade, dentre outras. A amostragem foi por conveniência (não probabilística), e o nú mero de cirurgiões analisados foi estabelecido arbitrariamente de acordo com o número de voluntários participantes. A análise estatística baseou-se em dados descritivos da amostra, sendo as variáveis descritas por meio de médias ou proporções. Durante o congresso, os questionários foram entregues aos participantes na entrada das sessões e recolhidos ao término da mesma. Os entrevistados foram orientados a não mudarem ou rasurarem suas respostas. Questões deixadas em branco, rasuradas e/ou assinaladas mais de uma vez foram desconsideradas para a análise estatística. O mesmo questionário foi também enviado por e-mail a todos os membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. As respostas foram enviados para o e-mail da mesma Sociedade. Os questionários foram respondidos de forma anônima pelos cirurgiões participantes. RESULTADOS Responderam ao questionário 292 cirurgiões refrativos. Durante o VI Congresso Brasileiro de Cirurgia Refrativa foram analisadas as respostas de 245 oftalmologistas (83,90%) e 47 (16,10%) por e-mail enviados aos membros da Sociedade. A maioria dos entrevistados realizam suas próprias cirurgias (89,70%), possuem um volume cirúrgico mensal de 2 a 4 olhos por semana (61,53%) e esse volume não vem aumentando nos últimos anos (52,30%). O valor médio cobrado por olho está entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (54,05%) e entre R$ 2.500 e R$ 3.000 (28,85%). Técnica cirúrgica Com relação à preferência de técnica cirúrgica utilizada em pacientes com 30 anos de idade, com miopia de -10,00 D; espessura corneana maior que 550 micra e sem alterações topográficas, 42,47% optam pela lente fácica, seguidos de LASIK (30,97%) e PRK (13,27%). Apenas 3,56% dos entrevistados optaram pela extração do cristalino transparente e 9,73% aguardariam melhores técnicas. Quando o paciente é hipermétrope de +3,00 D com 45 anos de idade e curvatura e espessura coreanas normais, a maioria realizaria LASIK (70,64%), seguido por extração do cristalino transparente (16,51%), PRK (9,17%) e 3,68% aguardariam melhores técnicas. Se esse mesmo paciente hipermétrope possuísse +5,00 D a técnica preferida seria realizar a extração do cristalino transparente (39,47%), seguido por LASIK (35,96%), PRK (5,26%) e apenas 2,63% optariam pela lente fácica. Alguns dos analisados (16,68%) nesta questão aguardariam melhores técnicas. Dentre os questionários analisados, a técnica preferida para a correção de presbiopia em pacientes com cristalino transparente é a monovisão (53,33%). Grande parte (25,73%) não realiza cirurgias para a correção da pesbiopia, enquanto 18,09% prefere a cirurgia da extração do cristalino transparente com implante de lente multifocal e apenas 2,95% realizam a ablação multifocal com excimer laser. Nas ablações de superfície, a técnica de rotina empregada por 58,00% dos cirurgiões é realizar o debridamento epitelial manual, seguido de debridamento com motor (22,40%), debridamento por álcool (16,80%) e Epi-LASIK (2,80%). Com relação ao uso da mitomicina C no PRK, a maioria dos cirurgiões utiliza em todos os pacientes (52,60%). Os demais utilizam a mitomicina desta maneira: 22,80% usam em 2/3 de seus pacientes; 9,60% em metade dos casos; 8,70% usam apenas para tratar “haze” pré-existente; 4,30% utilizam em 1/4 dos pacientes e apenas 1,70% dos analisados nunca utilizam a mitomicina C. Quanto à personalização da cirurgia refrativa, o maior porcentual de entrevistados (48%) a realiza em 1/4 de seus pacientes, enquanto 30 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):29-32 que 22% nunca personalizam suas cirurgias. Apenas 10% dos entrevistados realizam a personalização em todos os casos, seguidos por 5% dos cirurgiões em 2/3 de seus casos e 15% dos analisados em metade de seus pacientes. O LASIK continua a ser a técnica cirúrgica de escolha dos cirurgiões refrativos. O gráfico 1 demonstra a distribuição de preferência entre LASIK e PRK. A maioria dos analisados não realiza cirurgia refrativa em portadores de olho único (56,70%). Sobre a lateralidade da cirurgia, a grande maioria prefere realizar o procedimento nos dois olhos si multaneamente tanto no LASIK (82,00%), quanto no PRK (70,70%). Com relação à espessura corneana, 43,20% cirurgiões assinala ram que o leito estromal residual na técnica de LASIK deve ser de 300 micra, seguido por 250 micra (32,40%), 350 micra (23,40%) e apenas 1,00% dos entrevistados não consideram leito estromal residual mínimo. No LASIK, 60,20% dos cirurgiões consideraram que a paquimetria mínima necessária para sua realização (considerando todos os demais parâmetros como normais) é de 500 micra, seguido por 520 micra (20,30%), 490 micra (7,50%), 480 micra (7,00%), 450 micra (3,00%) e apenas 2,00% dos analisados não utilizam limite mínimo. No caso do PRK, o maior porcentual dos respondentes considera o limi te mínimo de 480 micra (30,60%), seguido de 450 micra (23,40%), 500 micra (20,00%), 490 micra (19,00%) e apenas 7,00% não consideram nenhum limite mínimo. A maioria não realiza a paquimetria intraoperatória (85,30%) para medir a lamela corneana. Com relação ao número de pacientes que evoluíram para ectasia após a cirurgia refrativa, a maioria dos entrevistados relataram não ter ciência de nenhum caso (58,30%). O restante dos cirurgiões relataram ter ciência de caso(s) de ectasia(s) distribuídos da seguinte forma: 1 caso (18,00%); 2 casos (9,00%); 6 casos (4,60%); 3 casos (3,70%); mais de 10 casos (3,70%); 4 casos (2,70%). Exames pré-operatórios e equipamentos cirúrgicos De acordo com os cirurgiões participantes, os microcerátomos mais utilizados foram o Hansatome/XP (55,88%) e o Moria (21,58%). Apenas 4,98% dos entrevistados realizam a confecção da lamela corneana com o laser de femtosegundo como demonstrado no gráfico 2. Com relação às marcas de excimer laser mais utilizadas o Nidek (26,14%), o Baush & Lomb Z100 (22,53%) e o Schwind Amaris (18,02%) foram os mais citados. A distribuição das marcas de excimer laser citados no questionário está demonstrada no gráfico 3. O modelo de topógrafo de córnea mais utilizado foi o EyeSys (34,69%), seguido pelo Tomey (15,30%) e Alcon Eye Map (9,18%). O gráfico 4 demonstra a relação dos topógrafos mais citados. Gráfico 1. Procedimento refrativo de escolha para paciente de 30 anos, míope (-10,00 DE) com córnea >550 micra e sem sinais de ceratocone. Vieira Netto M, et al. O anti-inflamatório mais usado foi o acetato de prednisolona (61,53%) seguido pela dexametasona (37,50%) e loteprolol (0,97%). A maioria dos entrevistados prescreve como anti-inflamatório não hormonal o cetorolac de trometamina (64,76%), seguido pelo nepafenaco (26,66%) e diclofenaco (0,95%). Não utilizam esse medicamento 7,63% dos analisados. Gráfico 2. Distribuição dos microcerátomos mais utilizados entre os cirurgiões. Gráfico 3. Distribuição dos excimer lasers mais utilizados entre os cirurgiões. Gráfico 4. Distribuição dos topógrafos corneanos mais utilizados entre os cirurgiões. A maioria dos entrevistados (64,50%) utiliza tomógrafo de córnea rotineiramente, 32,00% apenas em casos selecionados e 3,5% nunca utilizam esse exame. O tomógrafo mais usado foi o Orbscan (60,00%), seguidos pelo Pentacam (33,40%) e o Galilei (6,60%). Os cirurgiões analisados não pretendem trocar ou adquirir um excimer laser nos próximos 12 meses (71,68%) e a grande maioria (75,67%) não pretende trocar ou comprar um laser de femtosegundo nos próximos 12 meses. Colírios pós-operatórios O antibiótico mais prescrito foi o moxifloxacino (46,82%) seguidos pelo gatifloxacino (45,68%), ciprofloxacino (3,00%), ofloxacino (2,25%) e tobramicina (2,25%). DISCUSSÃO O objetivo principal deste estudo é compartilhar e tornar disponíveis informações sobre as preferências e práticas em cirurgia refrativa no Brasil para todos os oftalmologistas, bem como identificar tendências entre os cirurgiões refrativos. O LASIK é a técnica mais utilizada pelos cirurgiões entrevistados. A cirurgia bilateral simultânea é rotineiramente realizada pelos ci rurgiões tanto nas técnicas de LASIK ou PRK. Esses resultados asse melham-se aos últimos levantamentos da Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa (ASCRS)(3,4). O último censo brasileiro de cirurgia refrativa realizado no Brasil em 2005(5), aponta resultados semelhantes ao presente estudo. A maioria dos cirurgiões realizavam como técnica de escolha o LASIK, operavam os dois olhos simultaneamente, usavam o excimer laser da Nidek (42,60% versus 26,14% em 2011) e o Hansatome era o microcerátomo mais utilizado (57,70% versus 55,88% em 2011). Porém algumas diferenças entre os dois censos foram notadas. Em 2005(5), 62,00% não usavam anti-inflamatórios não hormonais contra apenas 7,63% em 2011. Quarenta por cento dos entrevistados não realizavam a monovisão e no presente estudo, pouco mais de 50,00% preferiam esta técnica para a correção da presbiopia. O custo por cirurgia refrativa também variou entre os dois levantamentos, em 2005 a maioria cobrava até US$ 500/olho (67,40%) e hoje o valor cobrado (em dólares) por 54,05% dos entrevistados varia entre US$ 535 - US$ 1070/olho. Com relação à cirurgia personalizada, apenas 22% dos analisados nunca realizaram essa modalidade em seus pacientes. Somente 10% dos cirurgiões utiliza a cirurgia personalizada em todos os pacientes. Alguns autores(3) relataram que os cirurgiões americanos indicam a cirurgia personalizada com maior frequência e cobram em média US$ 300 a mais por olho com essa modalidade técnica, Em 2005, apenas 4,50% dos cirurgiões brasileiros realizavam “wavefront”(5). Apesar da cirurgia de retirada do cristalino transparente não ser regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil, ela foi considerada para correção de altas ametropias por boa parte dos entrevistados, tanto para correção de presbiopia como para hipermetropia de +5,00 D. E o número de cirurgiões que consideram esta técnica parece estar crescendo no Brasil, em 2005, a grande maioria dos cirurgiões (61,50%) não realiza esse procedimento(5). Outra tendência que pode ser notada ao compararmos o censo anterior com os dados deste estudo é um aumento da indicação do PRK. Em 2005, praticamente 64% dos cirurgiões não faziam ou realizavam até 10% de PRK considerando o volume cirúrgico total(5). Os dados deste estudo mostram que esse número caiu para aproximadamente 36% em 2011. Esse aumento da frequência do PRK pode ser atribuído a uma maior preocupação com a ectasia pós-operatória, avanços na tecnologia dos lasers, uso da mitomicina C e diminuição da dor no pós-operatório com melhores anti-inflamatórias não hormonais. Outros estudos também tem demonstrado um aumento na in dicação do PRK, já que essa técnica não apresenta complicações na confecção da lamela corneana, possuí menor risco de ectasia pósoperatória e resultados comparáveis ao LASIK(6-9). Apenas 1,70% dos cirurgiões nunca utilizam a mitomicina C após o PRK, porém a maioria a utiliza rotineiramente, sendo que 52,60% dos cirurgiões a utilizam em todos os seus pacientes. Dados americanos apontam também para um crescente aumento no uso da mitomicina C (58,4% em 2004 contra 49,50% em 2002)(4). Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):29-32 31 Censo Brasileiro de Cirurgia Refrativa Com relação ao laser de femtosegundo, somente uma pequena parte dos entrevistados (4,90%) utiliza essa tecnologia e a grande maioria dos cirurgiões (75,67%) não pretende trocar ou adquirir um laser de femtosegundo nos próximos 12 meses. O uso do IntraLase® para a confeção da lamela aumenta ao redor do mundo e segundo Sandoval e colaboradores 5,10% dos cirurgiões utilizam essa tecnologia(4). Apesar da importância epidemiológica, o presente estudo apresenta algumas limitações. A opção por questões de múltipla escolha facilita a análise, porém não leva em consideração outros tipos de respostas não listadas nas alternativas. Devido ao caráter anônimo e voluntário da pesquisa, é impossível compararmos as respostas daqueles que não enviaram o questionário para a análise. E por fim, o questionário foi enviado somente aos membros da Sociedade e aos participantes do VI Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa, e não para todos os cirurgiões que realizam cirurgia refrativa no Brasil. De uma forma geral, a análise fica restrita aos cirurgiões refrativos que participam dos congressos ou que fazem parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. Sabemos que os resultados apontados por esta pesquisa representam apenas as práticas de um determinado grupo de oftalmologistas em um determinado período de tempo. Práticas e tendências mudam com o passar dos anos, novas tecnologias e novas pesquisas são incorporadas rapidamente na prática diária dos cirurgiões ao redor do mundo. Por isso, levantamentos como este devem ser sempre estimulados e repetidos ao longo dos anos, abrangendo um número cada vez maior de cirurgiões. CONCLUSÃO O LASIK continua sendo a técnica mais utilizada pelos cirurgiões refrativos, apesar do aumento do emprego da técnica de PRK nos últimos cinco anos. A cirurgia bilateral é realizada rotineiramente pela maioria dos cirurgiões tanto nas técnicas de LASIK ou PRK. 32 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):29-32 A tomografia de córnea vem sento utilizada de forma rotineira pela maioria dos cirurgiões refrativos. Porém, o laser de femtosegundo ainda é empregado pela menor parte dos cirurgiões. O volume de cirurgias refrativas realizadas no Brasil não aumentou nos últimos anos, segundo os cirurgiões participantes. REFERÊNCIAS 1. Bechara SJ, Garcia R, Medeiros FW, Barreto-Junior J, Netto MV. Cirurgia Refrativa. São Paulo: Artmed; 2009. 2. Kuo IC. Trends in refractive surgery at an academic center: 2007-2009. BMC Ophthalmol [Internet]. 2011[cited 2012 Jun 21];11:11. Available from: http://www.ncbi.nlm. nih.gov/pmc/articles/PMC3115925/ 3. Duffey RJ, Leaming D. Trends in refractive surgery in the United States. J Cataract Refract Surg [Internet]. 2004[cited 2010 Mar 19];30(8):1781-5. Available from: http:// www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0886335004005784 4. Sandoval HP, Castro LE, Vroman DT, Solomon KD. Refractive Surgery Survey 2004. J Cataract Refract Surg [Internet]. 2005[cited 2010 Jan 21];31(1):221-33. Available from: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0886335004010958 5. Victor G, Urbano A, Marçal S, Porto R, Francesconi CM, Forseto AS, et al. Primeiro censo brasileiro em cirurgia refrativa. 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Mediram-se as áreas dos campos intermediário e de perto entre as isoastigmáticas de 0,5 DC. Resultados: Encontraram-se diferenças significativas entre as áreas dos campos intermediário e de perto das lentes estudadas. Entre a área do campo intermediário e a adição observou-se correlação inversa; entre a área do campo intermediário e a extensão vertical do corredor encontrou-se correlação direta. Conclusão: Com esses dados permitem-se recomendar as lentes de acordo com o campo de maior necessidade visual de cada usuário. Purpose: To determine near and intermediate vision areas of progressive addition lenses by means of a deflectometer. Methods: Twenty-two progressive addition lenses with +1.00 SD far power and two different additions (add 1.00 and 2.00; eleven subjects in each addition) were studied. Near and intermediate vision areas within 0.50 CD isoastigmatic lines were determined. Results: There are significant differences between near and intermediate vision areas of the studied lenses. There is also an inverse correlation between the addition and intermediate areas as well as direct relation between the vertical length of the corridor and its area. Conclusion: Based on those findings, progressive addition lenses can be selected to suit the wearer’s visual requirements. Descritores: Presbiopia/terapia; Lentes; Refração; Óptica e fotônica Keywords: Presbyopia/therapy; Lenses; Refraction; Optics and photonics INTRODUÇÃO O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Censo 2010 es tima que no Brasil existam cerca de 63 milhões (34% da população) de pessoas acima de 40 anos(1). A presbiopia, sendo uma redução natural da capacidade acomodativa, está presente na maioria dos pacientes a partir da quinta década de vida(2). As lentes progressivas (LP), sem linha divisória entre os campos de visão de longe, intermediária e de perto, são largamente utilizadas para os présbitas amétropes(3). As LP têm passado por diversas etapas de evolução nos últimos 50 anos, porém, para ter os poderes dióptricos diferentes em cada campo, ainda mantêm áreas ao lado do corredor progressivo com aberrações em todas elas, chamadas de astigmatismo induzido (AI), ou também de astigmatismo irregular ou áreas de aberrações, em variáveis quantidades e distribuições(2,4). Existem vários fabricantes de LP, e mais de 150 modelos estão disponíveis no Brasil, no entanto, poucas informações técnicas sobre os AI são fornecidas aos oftalmologistas e ópticos. Existem poucos estudos sobre estas informações na literatura mundial, sendo a maioria estudos subjetivos baseados na satisfação dos pacientes(5). O objetivo deste estudo foi determinar as áreas da visão intermediária e de perto nas LP em duas adições distintas, por meio de um deflexômetro. A inadequação das áreas de perto e intermediária às necessidades visuais do portador poderia levar a não adaptação a lente escolhida. Submetido para publicação: 24 de outubro de 2011 Aceito para publicação: 23 de novembro de 2012 Trabalho realizado no Hospital Geral Universitário, Cuiabá (MT), Brasil. 1 2 3 Médico, Oftalmocenter Santa Rosa, Cuiabá (MT), Brasil. Médico, Hospital Geral Universitário, Cuiabá (MT), Brasil. Acadêmico de Medicina, Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. MÉTODOS Foram selecionadas 22 lentes progressivas das empresas Essilor®, Multivis, Segment e Zeiss (Tabela 1). Todas com poder dióptrico de +1,00 esférico para longe; 11 com adição 1,00 (grupo 1) e 11 com adição 2,00 (grupo 2). Outras empresas do setor foram procuradas, mas não manifestaram interesse em incluir suas LP neste estudo (Lista das LP em anexo). Foram solicitadas LP em resina surfaçadas para o olho direito, e selecionadas pela frequência que são encontradas em clínica privada e em hospital universitário de Cuiabá - MT, e por variedade de altura mínima de montagem. As LP foram nomeadas por letras de A a L, sendo que as com adição 1,00 são acompanhadas do número 1, e as de adição 2,00 do número 2. As LP foram analisadas no deflexômetro de interferência de franjas “Rotlex Class Plus®” da Empresa Rotlex (1994) de Israel. Este instrumento detecta em segundos todas as medições dióptricas de uma lente em uma única medida. O aparelho utiliza uma fonte de “laser” puntiforme que incide diretamente sobre a lente examinada. Os raios refratados pela lente em avaliação passam por duas grades Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho. Divulgação de potenciais conflitos de interesse: C.M.Cunha, Nenhum; R.J.B.Correia, Nenhum; A.A.Sardinha Neto, Nenhum. Endereço para correspondência: Renato José Bett Correia. Hospital Universitário Geral de Cuiabá. Rua 13 de junho, 2101 - Cuiabá (MT) - 78025-000 E-mail: celsomcunha@terra.com.br; renatobett@bol.com.br; sardinha_dm@hotmail.com Comitê de Ética: UNIC - 2011/048. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):33-7 33 Lentes progressivas - análise dos campos intermediário e de perto por deflexometria Tabela 1. Dimensões de alguns parâmetros estudados nas lentes progressivas Lentes estudadas Comprimento do corredor progressivo Distância da cruz de montagem a 0,25 DE da adição Distância da cruz de montagem à linha horizontal entre as marcas de remarcações Altura mínima de montagem indicado pelo fabricante A1 8 -6,0 3,8 18 B1 9 -4,5 5,5 18 C1 7 -2,5 2,7 16 D1 9 -3,0 2,9 18 E1 8 -2,5 3,7 20 F1 6 -2,5 3,7 17 G1 7 -3,5 3,7 18 H1 8 -3,5 3,7 18 I1 8 -4,0 4,0 17 J1 6 -1,5 3,6 14 L1 8 -4,0 4,0 17 A2 6 -1,5 3,6 18 B2 6 -1,5 5,5 18 C2 5 -1,0 2,7 16 D2 6 -1,0 3,0 18 E2 6 -1,0 4,0 20 F2 6 -0,5 3,7 17 G2 6 -0,5 3,7 18 H2 6 -1,0 3,7 18 I2 6 -1,8 3,8 17 J2 5 0 3,6 14 L2 6 -2,0 4,0 17 Notas: Todas as medidas estão em milímetros. Nas LP de adição 1,00 (A1 a L1) o corredor é da progressão de 0,25 a 0,75 DE. De adição 2,00 (A2 a L2) o corredor é da progressão de 0,75 a 1,50 DE. Na coluna 3 o valor negativo representa o início de 0,25 DE da adição acima da cruz de montagem. Altura mínima é a menor distância permitida pelo fabricante entre a cruz de montagem e a borda inferior da armação. e formam um padrão tipo “moiré” em uma tela difusora. Destes se fazem mapas que representam o poder esférico, cilíndrico e eixo em cada milímetro da lente (Figura 1). Os arquivos das 22 LP foram avaliados no “software” de análise do aparelho e registrados milimetricamente: na vertical da cruz de montagem a 22 mm abaixo; e, no sentido horizontal, 17 mm em cada lado da cruz de montagem. Admitiram-se como limites superior e inferior do corredor progressivo: • Nas lentes do grupo 1, poderes dióptricos esféricos entre +1,25 e +1,75 (valores compreendidos entre 0,25 e 0,75 da progressão desta adição). • Nas lentes do grupo 2, poderes dióptricos esféricos entre +1,75 e +2,50 (valores compreendidos entre 0,75 e 1,50 da progressão desta adição). Assim se procedeu pela necessidade de contar com 50% a 75% da adição para visão nítida na distância do campo de visão intermediária, pois alguma acomodação residual se observa nos usuários que necessitam das adições abaixo de 2,00. Admitiu-se como limite superior da área de perto: • Nas lentes do grupo 1, poderes dióptricos esféricos a partir de +1,76. • Nas lentes do grupo 2, poderes dióptricos esféricos a partir de +2,76. Admitiram-se como limites laterais do campo intermediário e de perto, em todas as lentes, as linhas isoastigmáticas de 0,50 DC (limite de AI). 34 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):33-7 As áreas de perto e intermediária foram calculadas em mm² no “software” do deflexômetro. Para avaliar a extensão horizontal mediu-se a largura do campo em três posições entre as isoastigmáticas de 0,50 DC no início, meio e fim do campo intermediário. Para análise dos resultados adotou-se nível de significância de 5% (α=0,05), correspondente a probabilidade de erro (p)<0,05, valor considerado estatisticamente significativo. Empregou-se o teste estatístico não paramétrico Wilcoxon Signed Ranks Test para a correlação das adições. Para a correlação entre a altura do corredor progressivo e a área do campo intermediário utilizou-se a correlação linear de Pearson. Empregaram-se os programas Microsoft Excel 2000. RESULTADOS Os resultados gerais das medidas dos parâmetros das 22 LP estudadas se encontram na tabela 1. A análise estatística com o Wilcoxon Signed Ranks Test mostra não haver concordância entre os parâmetros nas adições estudadas, logo as LP foram estudadas separadamente (grupo 1 para adição 1,00 e grupo 2 para adição 2,00). No campo intermediário do grupo 1, encontra- se a mediana das áreas de 76,9 mm² e um alto coeficiente de variação (CV) de 30,2%, conforme a tabela 2. Para o grupo 2, encontra-se a mediana das áreas de 20,7 mm² e um médio para alto CV de 17,1%, conforme a tabela 3. A soma da extensão horizontal mostra o CV de 20 e 14,5% para as LP dos grupos 1 e 2, respectivamente. Cunha CM, et al. No campo de perto, quando se utiliza a altura mínima de montagem autorizada pelos fabricantes para cada uma das LP como limite inferior, encontra-se a mediana das áreas de 51,4 e 22,7 mm², e um Anexo 1. Relação das lentes progressivas estudadas e seus fabricantes Lentes estudadas Nome das lentes progressivas Fabricante das lentes progressivas A1 Espace Selective Brasilor A2 Espace Selective Brasilor B1 Gradal Top Zeiss B2 Gradal Top Zeiss C1 Multivis Ampla Multivis C2 Multivis Ampla Multivis D1 Multivis Extra Multivis D2 Multivis Extra Multivis E1 Sapphire LP Segment E2 Sapphire LP Segment F1 Sola Elan Zeiss F2 Sola Elan Zeiss G1 Solamax Zeiss G2 Solamax Zeiss Essilor H1 Varilux Comfort H2 Varilux Comfort Essilor I1 Varilux Physio Essilor I2 Varilux Physio Essilor J1 Varilux Pix Essilor J2 Varilux Pix Essilor L1 Zeiss GT2 Zeiss L2 Zeiss GT2 Zeiss Obs.: As lentes progressivas 1 são adições 1,00 D e as lentes progressivas 2 são adições 2,00 D. A alto CV de 32,45 e 47,45% para os grupos 1 e 2 respectivamente, conforme as tabelas 2 e 3. Utilizando a altura de 22 mm como limite inferior fixo, encontra- se a mediana das áreas de 114,3 e 53,3 mm², e um alto CV de 21,5 e 26,7% para os grupos 1 e 2 respectivamente, conforme as tabelas 2 e 3. Existe correlação positiva forte entre a altura do corredor progressivo e a área do campo intermediário nas LP do grupo 1 (coeficiente de Pearson=0,92), e correlação positiva moderada nas LP do grupo 2 (coeficiente de Pearson=0,69). DISCUSSÃO Existem inúmeras combinações possíveis de curva base e desenho de LP. Alguns desenhos resultam em maior campo de longe, intermediário ou de perto. A presença concomitante dos três campos com grandes áreas e sem AI maior que 0,50 DC nas adições além de 1,50 parece não ser possível(6). Neste estudo de LP com adições diferentes demonstrou-se relação diretamente proporcional entre o aumento do valor da adição e os AI, bem como relação inversa entre a altura do corredor e os AI, como relatado na literatura(7,8). No entanto, no grupo 2, existe uma correlação linear moderada para esta segunda afirmativa, pois se considerou altura do corredor somente a porção de adição útil para a visão intermediária (entre 0,75 e 1,50 do total da adição). Encontrou-se a maioria dos corredores com 6 mm de altura. Acharam-se somente dois com 5 mm, mas com um CV de 16,5%, o que demonstra o empenho dos fabricantes no aumento da área intermediária, mas sem aumentar muito a altura do corredor. Ressalta-se que os modelos mais atuais de LP são oferecidos com desenhos distintos pela variação das adições e mostram alturas verticais totais dos corredores (desde 0,25 até 1,75 da adição 2,00) maiores com o aumento da adição, deixando as LP de adição 2,00 com AI mais reduzido do que se fosse mantida a altura dos corredores das adições 1,00. O limite do AI tolerável pelos pacientes tem sido estudado na literatura. Alguns autores, em estudos clínicos, encontraram 0,50 DC e outros até 1,00 DC sem alterar a AV ou aumentar significativamente as aberrações de maior ordem. Como a maioria dos estudos objetivos utilizou 0,50 DC, manteve-se este parâmetro para poder comparar as B Figura 1. Mapas de contornos por deflexometria vistos de frente. Áreas isoesféricas e linhas isoastigmáticas de 0,50 DC. A) LP D1; B) LP D2. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):33-7 35 Lentes progressivas - análise dos campos intermediário e de perto por deflexometria Tabela 2. Áreas dos campos intermediário e de perto e altura do campo de perto nas LP do grupo 1 Área do campo intermediário com progressão da adição de 0,25 a 0,75 DE com isoastigmática limite de 0,50 DC Soma das extensões laterais das três barras horizontais do campo intermediário Área do campo de perto com progressão de 0,76 da adição e com limite inferior de 22 mm de altura de montagem Área do campo perto com progressão de 0,76 da adição e com limite inferior na altura mínima de montagem de cada LP (fabricante) Altura da cruz de montagem ao início do campo de perto (0,76 DE da adição) Altura da área do campo de perto com a altura mínima de montagem de cada LP A1 076,9% 29,9% 082,6% 31,9% 15,0% 04 B1 094,1% 36,0% 072,4% 39,1% 14,5% 04 C1 063,0% 27,9% 104,1% 45,8% 10,7% 06 D1 119,6% 42,6% 116,1% 54,9% 13,0% 06 E1 065,1% 25,7% 094,8% 80,0% 10,7% 10 F1 043,4% 22,2% 124,6% 70,3% 09,7% 08 G1 056,7% 25,1% 141,6% 89,3% 11,7% 07 H1 080,3% 32,2% 124,1% 73,8% 12,7% 06 I1 081,7% 32,9% 114,3% 46,4% 13,0% 05 J1 045,2% 23,6% 152,5% 51,4% 08,6% 06 L1 077,1% 30,0% 101,6% 44,1% 13,0% 05 Mediana 076,9% 29,9% 114,3% 51,4% 12,7% 06 Coeficiente de variação (CV) 030,2% 20,0% 021,5% 32,5% 16,4% 28,9% Lentes estudadas Notas: áreas medidas em mm². Extensão horizontal e altura em mm. Tabela 3. Áreas dos campos intermediário e de perto e altura do campo de perto nas LP do grupo 2 Lentes estudadas Área do campo intermediário com progressão da adição de 0,75 a 1,50 DE com isoastigmática limite de 0,50 DC Soma das extensões laterais das três barras horizontais do campo intermediário Área do campo de perto com progressão de 1,75 da adição e com limite inferior de 22 mm de altura de montagem Área do campo perto com progressão de 1,75 da adição e com limite inferior na altura mínima de montagem de cada LP (fabricante) Altura da cruz de montagem ao início do campo de perto (1,75 DE da adição) Altura da área do campo de perto com a altura mínima de montagem de cada LP A2 24,3% 17,8% 53,0% 22,7% 15,6% 3 B2 22,8% 15,7% 47,0% 25,7% 15,5% 4 C2 18,2% 14,8% 53,3% 21,8% 10,7% 6 D2 23,6% 18,5% 41,3% 12,2% 16,0% 3 E2 18,5% 13,7% 54,7% 41,0% 15,0% 6 F2 19,5% 14,5% 63,9% 28,9% 13,7% 4 G2 18,4% 15,4% 93,3% 45,8% 13,0% 6 H2 20,7% 14,7% 75,0% 37,2% 13,7% 5 I2 24,6% 16,9% 52,6% 17,0% 14,8% 3 J2 13,2% 10,4% 70,8% 16,7% 11,6% 3 L2 24,2% 14,1% 42,2% 08,6% 16,0% 2 Mediana 20,7% 14,8% 53,3% 22,7% 14,8% 4 Coeficiente de variação (CV) 17,1% 14,5% 26,7% 47,4% 12,7% 35,3% Notas: áreas medidas em mm². Extensão horizontal e altura em mm. LP(4,7,9). Este limite de 0,50 DC é uma das linhas isoastigmáticas que compõe o mapa de contornos cilíndricos das LP (Figura 1). A evolução das LP, nos últimos anos, tem se concentrado no aumento lateral da área do corredor com AI mínimo para facilitar o uso do computador, uma das atividades que mais necessitam da visão no campo intermediário. O monitor é focalizado com 50% e 75% do valor total da adição (0,50 e 0,75 DE para adição 1,00; e entre 1,00 e 36 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):33-7 1,50 DE para adição 2,00)(10,11). Admite-se que o tamanho da área intermediária por si só não garanta o melhor desempenho destas lentes, pois, por exemplo, pode-se ter um mesmo tamanho de área em duas LP: uma com altura de 10 mm e 4 mm de largura; e outra de 4 mm de altura e 10 mm de largura. No entanto, é bem provável que a LP com maior largura de corredor facilite o desempenho da leitura, pois, para esta tarefa, deve-se ter mais campo horizontal do que vertical. Cunha CM, et al. Para comparar a extensão horizontal das áreas dos campos intermediários utilizou-se a soma da largura de três posições horizontais neste estudo (Tabelas 2 e 3), mostrando um CV moderado de 20,2 e 14,5% para o grupo 1 e 2 respectivamente, o que demonstra a dificuldade dos fabricantes do setor em manter um campo maior, de pouco AI, nas adições acima de 2,00. Estudo semelhante na literatura americana(7) utilizou 28 LP, três delas incluídas neste estudo (as LP B 2, G 2 e H 2). Observa-se que estas LP mantêm as proporções dos tamanhos entre as áreas dos campos intermediário e de perto. No entanto, o estudo citado considerou somente uma largura horizontal para comparar a extensão lateral do campo intermediário e, para área considerou duas vezes o componente horizontal por uma vez do vertical. Por sua vez, a tendência dos fabricantes ao aumento do campo intermediário (lentes progressivas A2, C2, D2, I2 e L2), vem reduzindo o campo de perto, quando estas lentes são montadas com a altura mínima sugerida pelos fabricantes, principalmente nas lentes com adições maiores (Tabela 3). Na literatura, encontra-se comparação da área do campo de perto entre algumas lentes em alturas fixas (16, 18, 22 mm) para todas elas, de forma justa a compará-las(4,7). No entanto, isto não ocorre na prática, em razão da variação da altura mínima sugerida para cada tipo de LP pelos fabricantes. Neste estudo, verificaram-se também as alturas variáveis para compará-las na forma que se encontram disponíveis aos usuários. Dentre as lentes do grupo 1, as cinco com maiores áreas em ordem decrescente são: Área intermediária: D1, B1, I1, H1 e L1. Área de perto (aplicando-se como limite inferior a altura mínima de montagem sugerida pelo fabricante): G1, E1, H1, F1 e D1. Dentre as lentes do grupo 2, as cinco com maiores áreas em ordem decrescente são: Área intermediária: I2, A2, L2, D2 e B2. Área de perto (aplicando como limite inferior a altura mínima de montagem sugerida pelo fabricante): G2, E2, H2, F2 e B2. Os achados sugerem a conveniência de se basear a recomendação das LP com base nos tamanhos das áreas de visão intermediária e de perto as relacionando à necessidade visual do paciente. Alguns estudos têm se ocupado deste aspecto(4,7), no entanto, necessitam-se ensaios clínicos para sua melhor compreensão. O presente estudo tratou apenas de um dos aspectos relacionados às LP. Outros fatores importantes, tais como simetria dos desenhos, poder total do AI, aberrações de segunda ordem, equilíbrio binocular e indução prismática podem influir sobre a adaptação e desempenho visual do portador. Nas tabelas 2 e 3, constata-se a independência entre o tamanho da área de perto e o AI, dessa maneira, corroborando os achados da li- teratura(7). Por outro lado, observa-se a correlação positiva forte entre altura do corredor e área do campo intermediário no grupo 1 (r: 0,92) e correlação positiva moderada no grupo 2 (r: 0,69), demonstrando os esforços dos fabricantes para desenvolverem as LP, como já citado anteriormente. Por este fato, o surgimento de LP com corredor mais curto para armações pequenas, com altura mínima de montagem de 14 mm, não é considerado, pelos autores, como evolução das LP, e sim adaptação dos fabricantes a tais armações. Isto, talvez, até não seja um problema nas LP de adição 1,00, porém, naquelas do grupo 2 (LP J2=área intermediária de 13,2 mm² - mediana deste grupo=20,7), deve levar a menor rendimento visual neste campo. CONCLUSÃO Encontraram-se diferenças estatisticamente significativas entre as áreas dos campos intermediário e de perto das diferentes lentes progressivas. Seu conhecimento oferece subsídios aos oftalmologistas para orientarem os pacientes na escolha de lentes adequadas a suas necessidades visuais. Porém, novos estudos são necessários para comprovar esta hipótese clínica. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Sr. Gilmar Oliveira Júnior pelo apoio estatístico. REFERÊNCIAS 1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/>. Acesso em 04 de maio de 2011. 2. Lui Netto A, Alves MR, Lui AC, Lui GA, Giovedi Filho R, Lui TA, et al. Avaliação clínica comparativa de lentes progressivas na correção da presbiopia. Rev Bras Oftalmol. 2009;68(3):129-33. 3. Karp A. Lenses by the numbers. Lenses Technol. 2004;50-4. 4. Sheedy J, Hardy RF, Hayes JR. Progressive addition lenses--measurements and ratings. Optometry. 2006;77(1):23-39. 5. Monte FQ, Carvalho Filho CJ. Proposta para uma visão clínica das lentes progressivas. Rev Bras Oftalmol. 2008;67(2):69-81. 6.Minkwitz G. [On the surface astigmatism of a fixed symmetrical aspheric surface]. Opt Acta (Lond). 1963;10:223-7. German. 7. Sheedy JE. Correlation analysis of the optics of progressive addition lenses. Optom Vis Sci. 2004;81(5):350-61. 8. Bell GR. Verifying and evaluating progressive addition lenses in clinical practice. Op tometry. 2001;72(4):239-46. 9. Selenow A, Bauer EA, Ali SR, Spencer LW, Ciuffreda KJ. Assessing visual performance with progressive addition lenses. Optom Vis Sci. 2002;79(8):502-5. 10. Sheedy JE, Shaw-McMinn PG. Diagnosing and treating computer-related vision pro blems. Woburn, Mass: Butterworth-Heinemann; 2002. 11. Pedrono C, Obrecht G, Stark L. Eye-head coordination with laterally “modulated” gaze field. Am J Optom Physiol Opt. 1987;64(11):853-60. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):33-7 37 Artigo Original | Original Article Assessment of ocular surface toxicity after topical instillation of nitric oxide donors Avaliação da toxicidade na superfície ocular após instilação tópica de doadores de óxido nítrico Angelino Julio Cariello1, Gabriela Freitas Pereira de Souza2, Márcia Serva Lowen3, Marcelo Ganzarolli de Oliveira2, Ana Luisa Höfling-Lima1 ABSTRACT RESUMO Purpose: To evaluate the ocular surface toxicity of two nitric oxide donors in ex vivo and in vivo animal models: S-nitrosoglutathione (GSNO) and S-nitroso-Nacetylcysteine (SNAC) in a hydroxypropyl methylcellulose (HPMC) matrix at final concentrations 1.0 and 10.0 mM. Methods: Ex vivo GSNO and SNAC toxicities were clinically and histologically analyzed using freshly excised pig eyeballs. In vivo experiments were performed with 20 albino rabbits which were randomized into 4 groups (5 animals each): Groups 1 and 2 received instillations of 150 µL of aqueous HPMC solution containing GSNO 1.0 and 10.0 mM, respectively, in one of the eyes; Groups 3 and 4 received instillations of 150 µL of aqueous HPMC solution-containing SNAC 1.0 and 10.0 mM, respectively, in one of the eyes. The contralateral eyes in each group received aqueous HPMC as a control. All animals underwent clinical evaluation on a slit lamp and the eyes were scored according to a modified Draize eye test and were histologically analyzed. Results: Pig eyeballs showed no signs of perforation, erosion, corneal opacity or other gross damage. These findings were confirmed by histological analysis. There was no difference between control and treated rabbit eyes according to the Draize eye test score in all groups (p>0.05). All formulations showed a mean score under 1 and were classified as “non-irritating”. There was no evidence of tissue toxicity in the histological analysis in all animals. Conclusion: Aqueous HPMC solutions containing GSNO and SNAC at concentra tions up to 10.0 mM do not induce ocular irritation. Objetivo: Avaliar a toxidade na superfície ocular de dois compostos doadores de óxido nítrico em modelos ex vivo e in vivo: S-nitrosoglutationa (GSNO) e S-nitroso- N-acetilcisteína (SNAC), em uma matriz de hidroxipropil metilcelulose (HPMC) nas concentrações finais de 1,0 and 10,0 mM. Métodos: As toxicidades de GSNO e SNAC foram avaliadas clinicamente e histolo gicamente em modelo ex vivo usando globos oculares porcinos recém excisados. Experimentos in vivo foram realizados com 20 coelhos albinos que foram randomiza dos em 4 grupos (5 animais em cada): Os grupos 1 e 2 receberam instilações de 150 µL de solução aquosa de HPMC contendo GSNO 1,0 e 10,0 mM, respectivamente, em um dos olhos; Os grupos 3 e 4 receberam instilações de 150 µL de solução aquosa de HPMC contendo SNAC 1,0 and 10,0 mM, respectivamente, em um dos olhos. Os olhos contralaterias em cada grupo receberam solução aquosa de HPMC como controle. Todos os animais foram clinicamente avaliados em lâmpada de fenda e os olhos foram pontuados de acordo com o teste de Draize modificado e analisados histologicamente. Resultados: Os globos oculares porcinos não apresentaram sinais de perfuração, erosão, opacidade da córnea ou outros danos graves. Esses resultados foram con firmados pela análise histológica. Não houve diferença entre os olhos dos coelhos tratados e controles de acordo com a pontuação do teste de Draize em todos os grupos (p>0,05). Todas as formulações apresentaram um escore médio menor do que 1 e foram classificadas como “não-irritantes”. Não houve evidência de toxicidade tecidual nas análises histológicas em todos os animais. Conclusão: Soluções aquosas de HPMC contendo GSNO e SNAC em concentrações até 10,0 mM não induzem irritação ocular. Keywords: Drug toxicity; S-nitrosothiols; S-nitrosoglutathione; Methylcellulose; Nitric oxide donors Descritores: Toxicidade de drogas; S-nitrosotióis; S-nitrosoglutationa, Metilcelulose; Doadores de óxido nítrico INTRODUCTION Nitric Oxide (NO) is a signaling molecule responsible for several physiological and pathophysiological actions throughout the human body, including blood flow control and modulation of immune response(1,2). In mammals, NO is considered to circulate as S-nitrosothiols, mainly S-nitrosoglutathione (GSNO), S-nitrosoalbumin and possibly S-nitrosohemoglobin(3,4). Synthetic GSNO and S-nitroso-Nacetylcysteine (SNAC) were already used as exogenous NO donors in different experimental settings(5,6). In the eye, NO has been shown to be a key regulator of vascular tone in ophthalmic arteries(7,8) and animal and human studies have demonstrated reduction in the choroidal blood flow with systemic infusion of NO inhibitors(9-11). NO donors were also shown to increa se blood flow in the retina, choroid and the optic nerve head(12,13). Additionally, some studies have addressed the beneficial effect of S-nitrosothiols on the reduction of intraocular pressure(14-17), and sug gest that S-nitrosothiols are potential new drugs for the treatment of glaucoma and other ocular ischemic diseases(13). Nitric oxide-mediated antimicrobial activity has also been the focus of recent research(18,19). GSNO and SNAC displayed bactericidal and bacteriostatic activities against several Gram-positive and Gram-ne gative clinical isolates from patients with bacterial infectious keratitis(20). In addition, GSNO and SNAC were also shown to exert potent antimicrobial actions against trophozoites of Acanthamoeba castellanii, the etiological agent responsible for a devastating sight-threatening keratitis(21). These data suggest that NO donors are important candidates for treating infectious eye diseases. Other possible therapeutic applications of S-nitrosothiols in ophthalmology include corneal wound healing(22), antifibrotic effect in glaucoma filtering surgery(23) and anti-inflammatory action in autoimmune uveitis(24). Submitted for publication: August 16, 2012 Accepted for publication: November 20, 2012 Funding: This study was supported by GFPS received a studentship from FAPESP, (grant #07/55877-3). MGO acknowledges support from CNPq (grant #309390/2011-7) and FAPESP (grant #2011/18334-7). Study carried out at Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. 1 2 3 Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. Chemistry, Institute of Chemistry, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brazil. Physician, Department of Pathology, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. Disclosure of potential conflicts of interest: A.J.Cariello, None; G.F.P.de Souza, received a studentship from FAPESP, Proj.07/55877-3; M.S.Lowen, None; M.G.de Oliveira, None; A.L.Höfling-Lima, None. Correspondence address: Angelino Julio Cariello. Sadalla Amin Ghanem Eye Hospital. Rua Abdon Batista, 146 - Joinville (SC) - 89201-010 - Brazil - E-mail: angelino@sadalla.com.br Ethic committee from UNIFESP: number 1573/08. 38 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):38-41 Cariello AJ, et al. Despite these potential clinical applications of S-nitrosothiols in ophthalmology, the ocular toxicity of these compounds is not yet known. The purpose of the present study was to evaluate the ocular surface toxicity of GSNO and SNAC after topical installations in ex vivo and in vivo animal models. METHODS Materials Glutathione (g-Glu-Cys-Glu, GSH), N-acetyl-cysteine (NAC), sodium nitrite (NaNO2), hydrochloric acid (HCl), phosphate buffer saline so lution, pH 7.4 (PBS) and acetone were purchased from Sigma (St. Louis, MO, USA) and used as received. Ketamine and xylazine hydrochlorides were purchased from Phoenix Scientific Inc. (St. Joseph, MO, USA). Hydroxypropyl methylcellulose (HPMC) was manufactured by Dow Chemical Company (Midland, MI, USA). Synthesis of GSNO and SNAC GSNO and SNAC were synthesized as previously described(25). SNAC solutions were prepared from a freshly made stock solution 40.0 mM and further diluted in PBS to 2.0 and 20.0 mM with a final pH 7.0. GSNO solutions 2.0 and 20.0 mM, pH 7.0, were prepared immediately before use from solid GSNO. Preparation of S-nitrosothiols-containing HPMC formulations SNAC and GSNO concentrations 1.0 and 10.0 mM in HPMC solution 2% (w/v) were prepared by mixing equal volumes of aqueous HPMC solution 4% (w/v) and SNAC or GSNO solutions 2.0 or 20.0 mM, prepared as above, under stirring. These formulations were designated as SNAC 1, SNAC 10, GSNO 1 and GSNO 10, respectively. Stability of the HPMC-containing S-nitrosothiols formulations The concentrations of SNAC and GSNO in the HPMC formulations were spectrophotometrically monitored during their storage in the dark at 37ºC for 1 h, based on their characteristic optical absorption bands at 336 nm, assigned to the -SNO moiety. A Diode-array spectrophotometer (HP-8453, Hewlett-Packard, Palo Alto, CA, USA) was used for this purpose. GSNO and SNAC solutions 10 mmol L-1 were monitored over 1 h in a 1 cm optical path quartz cuvette. Concentration changes in the solutions were calculated based on the molar absorption coefficient of GSNO and SNAC (900.0 mol-1L cm-1 at 336 nm). Animals Male New Zealand healthy albino rabbits (1.8 to 2.2 kg) were pur chased from the Center of Development of Experimental Models for Medicine and Biology (CEDEME, São Paulo, Brazil). All animals were handled in accordance with the NIH Principles of laboratory animal care and the ARVO statement for the use of animals in ophthalmic and vision research. The experimental protocol was previously approved by the Research Ethics Committee from Federal University of São Paulo. All animals were acclimated and housed in individual cages (designed to avoid accidental injury) and kept in a room with 12-h light-dark diurnal cycle, adequate air turnover and constant temperature (22°C), receiving standard rabbit chow (Purina, São Paulo, Brazil) and water ad libitum. All procedures were performed under systemic anesthesia with intramuscular injection of 30 mg/kg of ketamine hy drochloride and 5 mg/kg of xylazine hydrochloride. Ex vivo evaluation For ethical reasons, the toxicities of the S-nitrosothiols formula tions were previously evaluated in an ex vivo model to lessen the likelihood of any non-selective effects in rabbit eyes during the in vivo tests. Twenty-five freshly excised pig eyeballs were obtained from a local slaughterhouse immediately after slaughter, washed thoroughly with PBS and divided into five groups. The eyeballs of each of four experimental groups were instilled with 500 μL of SNAC 1, SNAC 10, GSNO 1 or GSNO 10 formulations onto the cornea and conjunctiva. The fifth group received the same volume of pure HPMC solution 2% (w/v) and served as a control. The eyeballs were clinically analyzed under a surgical microscope before instillation and 30 min and 1 h after instillation. The eyeballs were fixed in 10% formalin solution for 48 h, stained with hematoxylin-eosin and subjected to histological analysis. Ocular tolerability Twenty rabbits were randomized into 4 groups with 5 animals each: groups 1 and 2 received instillations of 150 mL of GSNO 1 and GSNO 10, respectively, in one eye (randomly chosen by coin toss bet ween right or left side); groups 3 and 4 received 150 mL of SNAC 1 and SNAC 10, respectively, in one eye (randomly chosen as above). The contralateral eye of each animal received aqueous HPMC as a control. A sentinel study with a single animal per group was performed before the entire experiment and showed no clinical and histological damage up to 72 h. Based on this result, the evaluation of toxicity was limited to 24 h. A modified Draize test was used to access potential ocular irritancy(26). Slit lamp examination was performed before drug exposure to ensure normal ocular surface integrity and repeated 1 and 24 h after drug instillation. The score system evaluated the corneal opacity (scored from 0 to 4), iritis (from 0 to 2) and conjunctival redness (from 0 to 3)(26). The final score was calculated by summing the cornea, iris and conjunctiva scores, which ranged from 0 to 9. The score criteria were defined according to the following cutoffs: under 1: non-irri tating; 1 to 4: mildly irritating; 5 to 7: moderately irritating; over 7: severely irritating. After 24 h all animals were sacrificed with intravenous pentobar bital sodium injection under anesthesia, the eyes were enucleated, fixed in 10% formalin solution for 48 h and then histologically ana lyzed (hematoxylin-eosin stain). All the slit lamp evaluations were performed under double blind conditions (i.e. both the investigator who performed the instillations and the investigator who performed the histological analysis did not know the formulation identity). Statistical analyses Data were expressed as mean ± standard deviation. The comparisons between Draize score of control and treated eyes were done using the non-parametric Mann-Whitney U test. P values <0.05 indicated statistical significance. RESULTS In the ex vivo experiment, all pig eyes showed no signs of perforation, tissue erosion, corneal opacity or other gross damage. The conjunctival and corneal epithelium were preserved and there was no significant difference between treated and control groups. Histological evaluation confirmed the absence of damage in the pig conjunctival and corneal epithelium and the preservation of external and intraocular tissue structures in the treated groups. In the in vivo experiments, all formulations showed a mean score under 1 and were classified as “non-irritating” compounds. None of the animals developed corneal opacity or iritis. There was no significant difference in the mean score between control and the treated groups 1 and 24 h after drug instillation (p>0.05) (Table 1). The animal blink rate or eye wiping 5 min into the recovery period after anesthesia were unaffected by drug treatment. The palpebral, cul-de-sac and bulbar conjunctival histologies of all control and treated animals were unchanged. No vessel proliferation or immune cell infiltration was detected. The Goblet-cells were present throughout the entire conjunctival surface with no Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):38-41 39 Assessment of ocular surface toxicity after topical instillation of nitric oxide donors Table 1. Draize eye test score Compounds Interval of exposure Treatment mean ± SD Control mean ± SD p value* SNAC 1 After 1 hour 0.2 ± 0.45 0.2 ± 0.45 1.00 SNAC10 GSNO1 GSNO10 After 24 hour 0 0 - After 1 hour 0.4 ± 0.55 0.2 ± 0.45 0.69 After 24 hour 0.2 ± 0.45 0.2 ± 0.45 1.00 After 1 hour 0 0 - After 24 hour 0 0 - After 1 hour 0.4 ± 0.55 0.2 ± 0.45 0.69 After 24 hour 0.2 ± 0.45 0.2 ± 0.45 1.00 SNAC= S-nitroso-N-acetylcysteine; GSNO= S-nitrosoglutathione; SD= standard deviation. *= Mann-Whitney U test. A cytoarchitectural modifications. The limbus was preserved and no inflammatory cell infiltration was noted. The cornea also had an unchanged appearance in all its layers with no angiogenesis or inflammatory signs (Figure 1). No histological modifications were noted in the sclera, iris, lens, choroid and retina. Evaluation of the stability of the SNAC 10 and GSNO 10 formulations at 37ºC showed that less than 2% of the SNAC or GSNO decompose under this condition after 1 h. DISCUSSION In spite of their potential therapeutic applications, the ocular to xicity of GSNO and SNAC had not been characterized yet. Previous studies performed to evaluate the ocular hypotensive effect of other topical NO donors, like sodium nitroprusside and S-nitroso-N-acetyl- DL-penicillamine reported no adverse effects in the concentration range 1-2 mM(14,15). Equimolar concentrations of different NO donors lead to variable levels of detectable NO metabolites in vitro and in vivo and differences in pharmacological and pharmacokinetic properties of these compounds can lead to different clinical effects in ocular tissues(15). Thus, results obtained with a specific nitric oxide donor cannot always be extended to S-nitrosothiols such as GSNO and SNAC. This was the first standardized study to evaluate the potential toxic effects of topical instillation of aqueous HPMC formulations containing GSNO and SNAC on the surface of the eye. We chose the concentration 1 mM, which was previously shown to have in vitro microbicidal effects against trophozoites of Acanthamoeba castellanii(21) and a concentration ten times higher than this in order to explore the toxicity level of these RSNOs. The Draize rabbit eye test used in the present study has been globally accepted since 1944 as the standard regulatory method for determining the ocular irritation potential of chemical products(27-30). However, its use has been criticized on the bases of ethical considerations since it is employed on live animals. Alternative methods have been discussed for ocular toxicity assessment(30). Many tests have been published using ex vivo tissue and cell culture of animal and human tissue(27,30,31). Despite good reproducibility and sensitivity of several in vitro alternative model assays for ocular irritation, their predictive power was not as reliable as the rabbit Draize eye test(30). Moreover, the majority of these tests do not address the issue of ocular irritation reversibility(32). Ex vivo assays are accepted by regulatory authorities for specific and limited purposes(30). As recommended by regulatory agencies(27,30), in the present study a tiered testing strategy was performed to minimize consequential animal distress. It included concerns about the use of neutral formulations and the use of similar NO donors in animal eyes and ocular tissue described in the literature(14,15). 40 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):38-41 B C Figure 1. Representative histological images of rabbit eyes after instillation of HPMC formulations containing 10.0 mM S-nitrosogluthatione (GSNO) or S-nitroso-N-acetilcysteine (SNAC). (A) Conjunctival cul-de-sac (arrow) (100x). (B) Conjunctival bulbar epithelium (arrow shows a globetcell) (200x). (C) Cornea with normal aspect of epithelium (thick arrow) and endothelium (thin arrow) (200x). Hematoxylin-eosin stain in all pictures. Considering that the cornea is an avascular tissue, topical administration is a first choice approach for treating diseases of the anterior segment of the eye such as glaucoma and keratitis(33). In addition, topical application may allow the use of locally high concentrations of active principles, with minor or non-significant side effects(33). The HPMC used for the topical instillations of aqueous SNAC and GSNO solutions in this work is a non-toxic hydrophilic mucoadhesive po lymer with film forming properties, commonly used in intraocular surgery, topical administrations, artificial tears and drug vehicle(34,35). It is known that tear drainage and blinking action may result in low Cariello AJ, et al. drug absorption following topical ocular application. This consideration accounts for why HPMC solution was used as a vehicle. It acts as a viscosity enhancer and is expected to increase both the residence time of the S-nitrosothiols in the cul-de-sac and their bioavailability on the pre corneal tear film(36-38). Moreover, the low amount of S-ni trosothiols decomposition in the HPMC matrix indicates that this vehicle is appropriate for ocular drug delivery. Generally, topical drug instillation does not result in the diffusion of the drugs into the vitreous chamber and their pharmacological actions are limited to the anterior ocular surfaces not affecting the retina and the choroid. In fact, Behar-Cohen et al.(14) showed that nitrite levels were undetectable in the rabbit vitreous humor after an NO donor injection into the anterior chamber. The absence of histological alterations and of inflammatory infiltrates observed in our in vivo results is, therefore, consistent with the ex vivo results. CONCLUSIONS Aqueous HPMC formulations containing SNAC or GSNO up to 10 mM display low ocular surface toxicity in topical applications and might be a promising option for treating ocular diseases where nitric oxide may have microbicidal or other beneficial pharmaceutical actions. ACKNOWLEDGEMENTS GFPS received a fellowship from Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP (grant # 07/55877). MGO received a financial support from Conselho Nacional de desenvolvimento científico e tecnológico, CNPq (grant # 309390/2011-7) and FAPESP, (grant # 2011/18334-7). References 1.Wanstall JC, Jeffery TK, Gambino A, Lovren F, Triggle CR. Vascular smooth muscle relaxation mediated by nitric oxide donors: a comparison with acetylcholine, nitric oxide and nitroxyl ion. Br J Pharmacol. 2001;134(3):463-72. 2. Bogdan C. Nitric oxide and the immune response. Nat Immunol. 2001;2(10):907-16. Review. 3. Gladwin MT, Shelhamer JH, Schechter AN, Pease-Fye ME, Waclawiw MA, Panza JA, et al. 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We report the case of a 61-year-old man who presented with bilateral ocular pain, red eyes, and severe photophobia. Examination revealed a dense Krukenberg spindle, hea vy pigment dispersion in the anterior chamber, extensive transillumination iris defects, and a heavy pigment deposition in the trabecular meshwork bilaterally. Intraocular pressure increased to 48 mmHg in both eyes. The patient received topical steroids, maximum hypotensive treatment and oral valacyclovir. Intraocular pressure gradually decreased throughout the second and third months, and medications were gradually tapered. The time to complete resolution of pigment dispersion was 18 weeks. Visual acuity and visual fields remained normal, but the photophobia was permanent. Despigmentação aguda bilateral da íris (BADI) é uma nova doença caracterizada pela despigmentação aguda da íris, dispersão de pigmentos na câmara anterior e intensa deposição de pigmentos no seio camerular. O acometimento é sempre bila teral, simultâneo e simétrico. Relatamos o caso de um paciente de 61 anos, com dor ocular bilateral aguda, hiperemia e intensa fotofobia. Ao exame, apresentava denso fuso de Krukenberg, importante dispersão de pigmentos na câmara anterior, extensos defeitos à transiluminação iriana e densa deposição de pigmentos no seio camerular em ambos os olhos. O paciente recebeu corticoide tópico, terapia hipotensora máxima e valacyclovir oral. A pressão intraocular chegou a 48 mmHg em ambos os olhos mas foi reduzindo gradativamente ao longo do segundo e terceiro meses, permitindo a suspensão gradativa da medicação. A resolução completa da dispersão pigmentar demorou 18 semanas. A acuidade e os campos visuais permaneceram normais, mas o paciente manteve a fotofobia. Keywords: Iris diseases; Acute disease, Transillumination; Intraocular pressure; Gonioscopy; Pigment epithelium of eye; Case reports; Humans; Male; Middle age Descritores: Doenças da íris, Doença aguda; Transiluminação; Pressão intraocular; Gonioscopia; Epitélio pigmentado ocular; Relatos de casos; Humanos; Masculino; Meia-idade INTRODUCTION Bilateral acute depigmentation of the iris (BADI) is a recently described clinical entity(1) characterized by acute onset of pigment dispersion in the anterior chamber, depigmentation of the iris, and heavy pigment deposition in the anterior chamber angle. Involvement is always bilateral, simultaneous, and symmetrical. Clogging of the trabecular meshwork with pigment may cause an acute rise of intraocular pressure (IOP). Patients typically present with acute and usually severe photophobia, red eye, and ocular discomfort or pain, which sometimes simulates acute bilateral iridocyclitis. Cases often occur after a flulike illness or upper respiratory tract infection, some of them after the use of oral moxifloxacin(2-4). Middle-aged women are most commonly affected. Two clinical sub-types have been described. In the first(1,5), pig ment discharge originates in the iris stroma. Patients show a geographic or diffuse depigmentation of the iris and a change in iris texture and color without transillumination defects or pupil distortion. It often has a benign and short course. Increase in IOP is uncommon, and iris changes may be reversible. In the second and more severe sub-type, described as bilateral acute iris transillumination(6), pigment discharge originates in the iris pigment epithelium causing extensive and diffuse iris transillumination. Patients typically show an atonic, mydriatic, or distorted pupil and occasional posterior synechiae. An early and severe rise in IOP is common. Both sub-types have a self-limited course and a good prognosis. In the first sub-type, complete resolution of pigment discharge occurs after 8 to 16 weeks. In the second sub-type, complete resolution may take months or more than 1 year. The etiopathogenesis is unknown, but might be related to a viral infection. Previous cases have been reported in Turkey(5,6) (51 cases), Netherlands(3,7) (4 cases), Belgium(3,4,6) (4 cases), Spain(2) (one case) and France(8) (one case). We describe the first reported case in the Southern Hemisphere. Informed consent was obtained from the patient. This case report was approved by the Ethical Committee/Investigational Review Board of the Federal University of Minas Gerais. Submitted for publication: December 7, 2012 Accepted for publication: January 31, 2013 Funding: No specific financial support was available for this study. Study carried out at Clínica Oculare, Belo Horizonte (MG). Physician, Glaucoma Service, Oculare Ophthalmology Center, Belo Horizonte, Brazil. Physician, Retina and Cataract Services, Oculare Ophthtalmology Center, Belo Horizonte (MG), Brazil. Physician, Uveitis Service, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Belo Horizonte (MG), Brazil. 4 Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Belo Horizonte (MG), Brazil. 1 2 3 42 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):42-4 CASE REPORT A 61-year-old man presented in July 2011 with acute onset of bilateral and simultaneous ocular pain, red eye, and severe photophobia. Visual acuity was 20/20 OU. Examination revealed 2+ pigmented cells in the anterior chamber and a slight deposition Disclosure of potential conflicts of interest: H.A.Maestrini, None; A.A.Maestrini, None; D.O.Machado, None; D.V.V.Santos, None; H.G.de Almeida, None. Corresponding author: Heloisa Andrade Maestrini. Rua Maranhão, 65 - Belo Horizonte (MG) 30150-330 - Brazil - E-mail: heloisa.maestrini@gmail.com Maestrini HA, et al. of pigment on the corneal endothelium. IOP was low (6/9 mmHg OD/OS). The initial diagnosis was bilateral anterior uveitis, and the patient was treated using a topical steroid (1% prednisolone every 3 hours) with marked relief of symptoms. However, on the fourth day, while playing “footvolley”, his vision suddenly blurred. The next day, slit-lamp evaluation revealed a dense Krukenberg spindle bilaterally. The aqueous humor was turbid with heavy pigment dispersion in the anterior chamber. Pigment granules were deposited on the anterior surface of the iris and posterior lens surface (Figure 1). Transillumination showed extensive bilateral iris defects (Figure 2). IOP was 36/40 mmHg OD/OS. Gonioscopy revealed a wide open angle, a dark trabecular meshwork 360 degrees, and a heavy pigment deposition, particularly in the inferior sector (Figure 3). The vitreous was clear, the fundus was normal, and the optic nerve head cup- disc ratio was 0.1 bilaterally. Over the following days, IOP increased to 48 mmHg in both eyes. The pupil became progressively irregular with small posterior synechiae (Figure 4) and iris transillumination gradually increased. Corneal endothelial cell density was normal (2,877 cells/mm2 OD and 2,984 cells/mm2 OS). Previous clinical and ocular histories were unremarkable, with the exception of a previous laser photocoagulation in the right eye to treat a peripheral retinal tear 1 year prior to BADI onset. IOP was normal at that time (10 mmHg bilaterally). The patient underwent a complete laboratory evaluation, including complete blood count, erythrocyte sedimentation rate, liver en zymes, chest X-ray, anti-nuclear factor, rheumatoid factor, C-reactive protein, tuberculin skin test, blood and urinary calcium, angiotensin converting enzyme, and lysozyme. The results were unremarkable. Serological tests for toxoplasmosis, syphilis, herpes simplex virus (HSV) I and II, varicella-zoster virus, and cytomegalovirus (CMV) were performed. All IgM antibodies were negative. IgG antibodies were positive against toxoplasmosis, HSV I and II, varicella-zoster virus and CMV. Prednisolone eye drops were administered every 3 hours and the maximum tolerated hypotensive treatment was instituted (timolol, brimonidine, and oral acetazolamide 750 mg/day), which lowered IOP to 25-30 mmHg bilaterally. Mydriasis always caused an acute rise in IOP up to 42 mmHg because of an increase in pigment discharge. Abrupt discontinuation of prednisolone resulted in immediate relapse. On day 28, empirical treatment with oral valacyclovir 3 g/day was introduced resulting in a significant reduction in pigment dispersion in a few days. After 3 weeks, the dose was reduced to 1,500 mg/day for 3 more weeks, and then to 500 mg/day for 8 weeks. Prednisolone was gradually tapered and completely discontinued after 18 weeks. IOP gradually decreased throughout the second and third months, and hypotensive medications were gradually tapered until discontinuation after 24 weeks. The time to complete resolution of pigment dispersion was 18 weeks. No cupping of the optic discs was observed; however, in the seventh week, a small disc hemorrhage appeared in the left eye. Visual acuity and visual fields remained normal; however, the photophobia was permanent. Six months after complete resolution, we performed a water drinking test and IOP remained at normal levels (IOP rose from 13 to 19 mmHg bilaterally). After 1 year, the patient developed bilateral cataracts, which were removed uneventfully. IOP was high on the first postoperative day (34/26 mmHg OD/OS), but returned to12 mmHg after 1 week. Figure 1. Heavy pigment deposit on the posterior lens surface in the left eye. Figure 3. Gonioscopic view of the inferior sector of the anterior chamber angle (right eye). Heavy pigment deposit in the trabecular meshwork. The aspect is identical in the left eye. A A B Figure 2. Diffuse and severe iris defects seen on retroillumination in the right (A) and left (B) eyes. B Figure 4. Iris aspect 1 month after presentation in the right (A) and left (B) eyes. Areas of discrete atrophy are apparent in the midstroma, particularly in the inferior half. Small pigmented granules deposited on the anterior surface of the iris. Pupils are distorted and unresponsive to light. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):42-4 43 Bilateral acute depigmentation of the iris (BADI): first reported case in Brazil DISCUSSION BADI is a recently described and rare entity. Our patient presented with the more severe BADI sub-type showing a severe rise in IOP, extensive areas of iris transillumination, distorted pupils, and posterior synechiae, but no change in iris color. Differential diagnosis includes herpetic iridocyclitis(9) (tipically unilateral), Fuchs’ uveitis (bilateral in only 5-10% of cases), pigment dispersion syndrome, and pseudoexfoliation syndrome (do not have an acute onset). Although the cause is not known, BADI shares some features of viral herpetic iridocyclitis. The marked improvement in our patient following valacyclovir treatment suggests a possible viral etiology. REFERENCES 1. Tugal-Tutkun I, Urgancioglu M. Bilateral acute depigmentation of the iris. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol [Internet]. 2006[cited 2010 Jun 23];244(6):742-6. Available from: http://download.springer.com/static/pdf/167/art%253A10.1007%252Fs00417-0050137-x.pdf?auth66=1365100095_059b651a5046293dc04e84295d29658b&ext=.pdf 2.Bringas Calvo R, Iglesias Cortiñas D. [Acute and bilateral uveitis secondary to moxifloxacin]. Arch Soc Esp Oftalmol [Internet]. 2004 [cited 2011 Mar 19];79(7):357-9. Spanish. 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Visual acuity and fundoscopy were normal in both eyes. Tonometry measured 14 mmHg in the right eye and 25 mmHg in the left. Computed tomography angiography (CTA) was negative for carotid-cavernous fistula. The intraocular pressure of the left eye decreased to 20 mmHg with clinical treatment without regression of episcleral venous dilation. Trabeculectomy normalized the intraocular pressure and reduced the vessels. There was choroidal effusion on day 16 of the postoperative period, which resolved with corticosteroids. Although choroidal effusion can occur, the efficacy of trabeculectomy in controlling glaucoma and the reduction of episcleral vessels are clearly demonstrated. A síndrome de Radius-Maumenee consiste na dilatação idiopática dos vasos epis clerais geralmente associada ao glaucoma. Descreve-se o caso de paciente mas culino, 69 anos, portador de dilatação crônica dos vasos episclerais e glaucoma do olho esquerdo, sem histórico de doença sistêmica. A acuidade visual e fundoscopia apresentaram-se normais em ambos os olhos. A tonometria mediu 14 mmHg no olho direito e 25 mmHg no esquerdo. A angiotomografia foi negativa para fístula carotí deo-cavernosa. A pressão intraocular do olho esquerdo diminuiu para 20 mmHg com tratamento clínico, sem regressão da dilatação venosa episcleral. A trabeculectomia normalizou a pressão intraocular e reduziu os vasos. Houve efusão coroidiana no 16 o dia de pós-operatório que regrediu com corticoterapia. Embora possa ocorrer efusão coroidiana, destaca-se a eficácia da trabeculectomia no controle do glaucoma e na redução dos vasos episclerais. Keywords: Eye abnormalities/diagnosis; Glaucoma open-angle/surgery; Eye health; Sclera/blood supply; Venous pressure; Veins/pathology; Syndrome; Varicose veins; Angiography; Ocular physiological processes; Humans; Male; Aged; Case report Descritores: Anormalidades do olho/diagnóstico; Glaucoma de ângulo aberto/ cirurgia; Saúde ocular; Esclera/irrigação sanguínea; Pressão venosa; Síndrome; Varizes; Angiografia; Processos fisiológicos oculares; Humanos; Masculino; Idoso; Relato de caso INTRODUCTION Radius-Maumenee syndrome was identified for the first time in 1978 by the two ophthalmologists who gave their names to the disease(1). The characteristic clinical picture of this syndrome is idiopathic dilated episcleral vessels associated with increased intraocular pressure. The authors(1) presented a report of four cases of idiopathic dilated episcleral vessels in the absence of carotid-cavernous fistulas, obstructive orbital lesions or hemangiomatosis, which at the time were the diseases that explained such occurrences. Three of the four patients presented with increased unilateral intraocular pressure, corresponding to unilateral open-angle glaucoma. In these patients, intraocular pressure was controlled by surgery. The authors hypothesized that a congenital vascular anomaly was the cause of this ocular manifestation. Subsequently, other cases have been published, with several theories seeking to explain the occurrence of the syndrome. This manuscript describes the case of a patient with Radius-Mau menee syndrome whose glaucoma and episcleral dilation were con trolled by trabeculectomy. CASE REPORT A male patient, aged 69 years old, was admitted to the ophthalmology service with chronic hyperemia of the left eye, which was unresponsive to medical treatment, without other ocular symptoms (Figure 1). He had normal cranial tomography. In his first assessment in 2008, the patient presented with 20/20 visual acuity bilaterally and with normal fundoscopy, without dilation or increased tortuosity of the retinal vessels, as demonstrated by retinography (Figure 2). The intraocular pressure measurement was 14 mmHg in the right eye and 25 mmHg in the left eye, which had dilated episcleral vessels. Biomicroscopy of the left eye showed increased tortuosity and venous engorgement of the conjunctiva and episclera. The patient was treated with antiglaucoma eye drops, which reduced the intraocular pressure to 20 mmHg. The episcleral vessel dilation persisted, and CT angiography, obtained to investigate the possibility of arteriovenous fistula, was negative (Figure 3). Due to the presence of glaucoma, tortuosity, episcleral venous engorgement and negative tests for other possible diseases, the clinical diagnosis of idiopathic dilated episcleral vessels (Radius-Mau Submitted for publication: February 1, 2013 Accepted for publication: May 8, 2013 Funding: No specific financial support was available for this study. Work conducted at the University of West Santa Catarina, Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC - Joaçaba campus (SC), Brazil Professor of Ophthalmology at Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Joaçaba campus (SC), Brazil. 2 Academic, Course of Medicine, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Joaçaba campus (SC), Brazil. 3 Ophthalmologist and professor at Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Joaçaba campus (SC), Brazil. 1 Disclosure of potential conflicts of interest: R.A.Stock, None; N.L.Fernandes, None; N.L.Pastro, None; R.S.Oliveira, None; E.L.Bonamigo, None. Correspondence address: Elcio Luiz Bonamigo. Rua Francisco Lindner, 310 - Joaçaba (SC) 89600-000 - Brazil - E-mail: elcio.bonamigo@unoesc.edu.br Study approved by Research Ethics Committee/Investigational Review Board of the University of the West of Santa Catarina, under the number 40191. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):45-7 45 Idiopathic dilated episcleral vessels (Radius-Maumenee syndrome): case report menee syndrome) was confirmed in the left eye, and as a treatment option, a trabeculectomy was performed. On the first day of the pos toperative period, the intraocular pressure decreased to 9 mmHg. Episcleral vessels showed gradual regression in the days that followed. However, on the 16th day after surgery, choroidal detachment occurred, which was completely reversed using systemic and topical steroids. After stabilization, the intraocular pressure remained at 12 mmHg and the visual acuity at 20/20, with complete regression A B Figure 1. Clinical appearance of the eyes in the preoperative showing episcleral dilated veins of the left eye (B). Figure 2. Retinography of the left eye showing uremarkable fundoscopy of the left eye. of the signs and symptoms caused by the dilated episcleral vessels (Figure 4). DISCUSSION Increased intraocular pressure, which is often associated with ocular injections and dilated episcleral vessels, can occur for several reasons, arteriovenous fistulas being the most common. However, the discovery of Radius-Maumenee syndrome, an unusual clinical picture that presents identical symptoms, means that its inclusion among differential diagnoses should always be considered. The diagnosis of Radius-Maumenee syndrome is based on clinical findings characteristic of episcleral vessel dilation and increased intraocular pressure, corresponding to a picture of open-angle glaucoma. In this case, arteriography was used to detect the presence of arteriovenous fistulas, which are the most common cause of dilated episcleral vessels(2), but the result was normal. Other tests, including neuro-imaging examination, orbital venography and angiography, were also negative. Although the pathogenesis of this condition remains obscure, it is believed that the presence of abnormal pressure in blood drainage could explain the emergence of the condition(3). One hypothesis to explain the difficulty of venous return involves the hyalinization of Schlemm’s canal, which causes distal obstruction of the anterior chamber(4). Radius-Maumenee syndrome thus occurs due to a poor venous drainage of ocular episcleral vessels. The difficulty in establishing an early diagnosis can cause negative effects on visual function in the affected eye due to an increase in secondary intraocular pressure and its consequent damage to the optic nerve(5). Intraocular pressure is dependent on the rate of aqueous humor production and drainage of the episcleral veins. Increased intraocular pressure and visual field loss due to optical impairment can be the result of the increased pressure of these vessels(6). Possible causes include venous obstructions (venous sinus thrombosis and superior vena cava syndrome), arteriovenous shunts or fistulas, Sturge-Weber syndrome, scleritis, orbital diseases related to thyroidopathy and orbital tumors. Radius-Maumenee syndrome presents as an uncommon entity with a characteristic clinical presentation, and therefore, it should be included among diagnostic possibilities. The finding of episcleral vessel dilation in non-inflamed eyes constitutes a warning to the ophthalmologist of possible glaucoma(4). Glaucoma surgeries, such as trabeculectomy, sclerectomy and sinusotomy, performed at the appropriate time, can provide good treatment results, although they do not always result in the reduction of episcleral vessels(7). During the postoperative period, as in this case, there can be more frequent choroidal effusion than normal(8). Sinusotomy is a surgical procedure effective in treating Radius-Mau menee syndrome, and its early realization prevents damage to the optic nerve(9,10). This report highlights the need to investigate the diagnosis of Radius-Maumenee syndrome in patients with glaucoma and epis- A Figure 3. CT Angiography within the normality. 46 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):45-7 B Figure 4. Clinical appearance of the preoperative (A) and eight months after surgery (B) showing the reduction of the episcleral veins. Stock RA, et al. cleral vessel dilation, as well as the benefits of glaucoma surgery in the resolution of clinical symptoms, although choroidal effusion can occur in the postoperative period. REFERENCES 1. Radius RL, Maumenee E. Dilated episcleral vessels and open-angle glaucoma. Am J Ophthalmol. 1978;86(1):31-5. 2. Foroozan R, Buono LM, Savino PJ, Sergott RC. Idiopathic dilated episcleral veins and increased intraocular pressure. Br J Ophthalmol. 2003;87(5):652-3. 3. Grieshaber MC, Dubler B, Knodel C, Killer HE, Flammer J, Orgül S. Retrobulbar blood flow in idiopathic dilated episcleral veins and glaucoma. Klin Monbl Augenheilkd [Internet] 2007[cited 2012 Jan 2];224(4):320-3. Available from: https://www.thiemeconnect.com/ejournals/html/10.1055/s-2007-962946 4.Lanzl IM, Welge-Luessen U, Spaeth GL. Unilateral open-angle glaucoma secondary to idiopathic episcleral veins dilated. Am J Ophthalmol. 1996;121(5):587-9. 5. Acaroglu G, Eranil S, Ozdamar Y, Ural F, Teke Y. 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Sinus-otomy as operative preocedure of choice]. Ophthalmologe. 2007;104(6):515-6. Comment on: Ophthalmologe. 2007;104(6): 513-4. German. 16o Congresso de Oftalmologia USP e 15o Congresso de Auxiliar de Oftalmologia 29 e 30 de novembro de 2013 Centro de Convenções Rebouças São Paulo (SP) Informações: Tels.: (11) 5082-3030 / 5084-9174 Site: www.oftalmologiausp.com.br Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):45-7 47 Relato de Caso | Case Report Topiramate-associated acute, bilateral, angle-closure glaucoma: case report Glaucoma agudo de ângulo fechado, bilateral, desencadeado pelo topiramato: relato de caso Lucas Barasnevicius Quagliato1, Kleyton Barella1, José Maria Abreu Neto1, Elizabeth Maria Aparecida Barasnevicius Quagliato2 ABSTRACT RESUMO This paper describes a topiramate induced acute bilateral angle-closure glaucoma. This rare adverse effect is an idiosyncratic reaction characterized by uveal effusion and lens forward displacement, leading to increased intraocular pressure and vision loss. We describe a 55 year-old white woman with migraine, spasmodic torticollis and essential tremor, who developed bilateral acute angle-closure glaucoma, one week after starting topiramate 25 mg/day. She was seen at the Ophthalmology Emergency Department of the Fundação João Penido Burnier (Campinas, SP, Brazil) with a 4 hours history of blurry vision, ocular pain and bright flashes vision. Slit lamp examination revealed moderate conjunctival injection and corneal edema, and shallow anterior chambers. Intraocular pressure was 48 mmHg in both eyes. Fundoscopic examination findings were normal. She was treated with timolol, brimonidine, dorzolamide, pilocarpine, prednisone acetate eye drops and acetazolamide. One hour after those measures, as the intraocular pressure was 30 mmHg, she received a manitol intravenous injection and the intraocular pressure normalized. After 24 hours an iridotomy with Yag laser was performed. Topiramate was discontinued and she was totally recovered after one week. Relato de um caso de glaucoma bilateral de ângulo fechado induzido pelo topira mato. Este raro efeito colateral é uma idiosincrasia causada por efusão uveal e deslocamento do cristalino para frente, causando aumento da pressão intraocular e perda visual. Descrevemos o caso de uma paciente de 55 anos com migrânea, torcicolo espasmódico e tremor essencial, que desenvolveu glaucoma bilateral de ângulo fechado uma semana após iniciar o uso de topiramato, 25 mg/dia. A paciente foi atendida no setor de Emergências Oftalmológicas da Fundação Penido Burnier (Campinas, SP, Brasil), com história de 4 horas de embaçamento visual, dor ocular e visão de flashes brilhantes. O exame com lâmpada de fenda revelou inje ção conjuntival moderada, edema corneano e câmara anterior rasa em ambos os olhos. A pressão intraocular era de 48 mmHg bilateralmente e a fundoscopia era normal. Foi tratada com colírios de timolol, brimonidina, dorzolamida, pilocarpina e acetato de prednisona e acetazolamida via oral. Uma hora após essas medidas, a pressão intraocular era 30 mmHg, e a paciente recebeu uma injeção intravenosa de manitol, ocorrendo normalização da pressão intraocular após essa medida. Após 24 horas foi realizada iridectomia com Yag laser. O topiramato foi interrompido e ela se recuperou totalmente após uma semana. Keywords: Glaucoma, angle closure/diagnosis; Glaucoma, angle closure/chemically induced; Anticonvulsants/adverse effects; Intraocular pressure; Uveal diseases/ chemically induced; Case report Descritores: Glaucoma, ângulo-fechado/diagnóstico; Glaucoma, ângulo-fechado/ quimicamente induzido; Anticonvulsivantes/efeitos adversos; Pressão intraocular; Doen ças uveais/induzidas quimicamente; Relato de caso INTRODUTION Many systemic action drugs can cause acute glaucoma, but si multaneous bilateral acute angle-closure glaucoma (BAACG) is rare. Topiramate is a sulpha-derivative monosaccharide that is used for treating epilepsy (1996) and migraine (2004), but other indications includes infantile spasms, psychiatric disorders, neuropathic pain, weight reduction, tobacco dependence, essential tremor, and post-herpetic neuralgia(1). Topiramate blocks voltage-gated sodium channels, hyperpolarizes potassium currents, enhances postsynaptic gamma-aminobutyric acid receptor activity, suppresses the α-ami no-3-hydroxy-5-methyl-4-isoxazolepropionic acid (AMPA)/kainate receptor, reduces glutamate excitatory activity and inhibits some carbonic anhydrase isoenzimes(2). This drug is rapidly absorbed after oral intake and is excreted in urine with a half-life of almost 24 hours(1). Adverse ophthalmologic events topiramate-related are rare, and they generally occur during the first treatment month(3). Besides BAACG, other ocular side effects related to topiramate are massive choroidal effusion, ocular inflammatory reactions, unilateral hemianopsia, neuro-ophthalmologic complications and irreversible maculopathy(1,2). The first description of BAACG related to topiramate was published in 2001(4) and a systematic 2012 review described 75 relevant studies concerning topiramate effects on vision. Sixty-fi ve small observational studies described the ophthalmologic side effects in 84 patients(1). The putative mechanism of acute glaucoma and myopia are related to uveal effusion, that leads to zonula relaxation, causing anterior displacement of the lens-iris diaphragm. As consequence, occurs miopization and reduction of anterior camera deepness. Choroidal detachment is frequently associated. Some authors suggest that acute myopia is due to the anhydrase carbonic inhibition, lens edema and accommodation spasm(5,6). Topiramate is the leading cause of BAACG in patients under the forties and is a potentially blinding disease. The clinical picture is reversible if diagnosed and treated precociously and the drug is immediately discontinued(4,7-10). The incidence of permanent vision loss in topiramate-associated BAACG is 8.1%(6). Submitted for publication: January 16, 2013 Accepted for publication: February 4, 2013 Funding: No specific financial support was available for this study. Study carried out at Fundação João Penido Burnier, Campinas (SP) - Brazil 1 2 Physician, Fundação João Penido Burnier, Campinas (SP) - Brazil Physician, Neurology Departament, Universidade Estadual de Campinas, Campinas (SP) - Brazil. 48 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):48-9 CASE PRESENTATION A 55-year-old white woman presented with BAACG, one week after starting topiramate, 25 mg/day, indicated to migraine prevention. She also had spasmodic torticollis and essential tremor. She presented a 4 hours history of sudden blurring of vision, feeling of Disclosure of potential conflicts of interest: L.B.Quagliato, None; K.Barella, None; J.M.Abreu Neto, None; E.M.A.B.Quagliato, None. Corresponding author: Lucas Barasnevicius Quagliato. Rua Alfredo Calil, 187 - Campinas (SP) 13101-507 - Brazil - E-mail- lucasquagliato@yahoo.com.br Quagliato LB, et al. pressure over the eyes and visual flashes perception. On the initial examination, the best corrected visual acuities were 0.8 and 0.5 on the right eye (OD) and left eye (OS) respectively, with -2.00 in both eyes (BE). The biomicroscopy showed shallow anterior chambers, moderate corneal edema and moderate conjunctival injection (Figure 1). The IOPs were 48 mmHg OU. The gonioscopy with and without compression revealed a 360o bilateral closed angle and a superior 180o synechiae indentation. Fundoscopic examination was normal. After the diagnosis of BAACG topiramate was immediately discontinued. She was treated with topical 0.5% timolol maleate, 0.15% brimonidine tartrate, 2% dorzolamide hydrochloride, 1% prednisolo ne acetate, 1% pilocarpine and 500 mg acetazolamide orally. After one hour, the IOP was 30 mmHg OU and intravenous 20% mannitol (50 g) was administered. After two hours, the IOP was 18 mmHg in both eyes, the symptoms improved and she was discharged home with prednisolone acetate, pilocarpine, brimonidine tartrate and timolol maleate. By the next morning the patient continued asymptomatic and the visual acuities were 0.8 on the OD and 0.66 on the OS. Biomicroscopy showed shallow anterior chambers and there was no corneal edema. Gonioscopy revealed sinechiae and a superior 180o closed angle and IOP was 16 mmHg. An Yag laser iridotomy was performed OU because there was risk of total angle closure. She was sent home with prednisolone acetate, brimonidine tartrate and timolol maleate. After 48 hours, she returned asymptomatic, and the best corrected visual acuities were 0.8 OU, without myopic shift. The corneal edema disappeared and there was a lens intumescence. Gonioscopy revealed synechiae on 180o inferior OU. Fundoscopy showed a 0.6 X 0.6 excavation bilaterally. Visual fields were full OU. The pachymetry results were 473 µm on the RE and 475 µm on the LE. The optical coherence tomography showed a 0.6 x 0.7 excavation and there was no optical nerve fiber loss OU. The IOP was 12 mmHg in BE, and the iridotomy was patent. The patient was discharged with a brimonidine tartrate and timolol maleate prescription. One month after, she had no symptoms, the visual acuity returned to normal, and the pattern shift visual evoked potentials results were normal. DISCUSSION We report the third Brazilian case of BAACG related to topiramate, with a favorable outcome(2,10). Our patient symptoms began one week after initiating topiramate, accordingly to other previous published cases, which visual symptoms initiated during the two initial treatment weeks(6,8). Topiramate dosis related to BAACG was up to 50 mg in almost 50% of the yet described cases, as occurred with this patient(6). Ophthalmologic evaluation showed increased IOP, shallow anterior chambers, moderate corneal edema and moderate conjunctival injection, signs frequently described in the literature(1,6). This clinical picture was acute and bilateral, as commonly seen in other topiramate-induced glaucoma reports, and can occur at any age(1,2,10). This patient initial treatment was a conventional one for glaucoma, but there was no complete IOP normalization until mannitol intravenous administration. On the next day, the biomicroscopy showed sinechiae and she was treated with a bilateral Yag laser iridotomy because those sinechiae could be present previously and then predispose to a total angle closure recurrence. Laser or surgical peripheral iridotomy was performed on 38% of the BAACG described in the literature, but generally this procedure is not indicated, because as the acute glaucoma is caused by uveal effusion without pupillary block, a peripheral iridotomy can aggravate the glaucoma, putting forward iris and lens(6). An increased IOP, if maintained for long periods, can damage severely the optic nerve and is of paramount importance that the glaucoma etiology could be removed. This case illustrates the importance of recognizing this entity in a non-ophthalmic setting and that intravenous mannitol may be useful in the treatment of the condition when it is not responsive to conventional treatment. Thus, it was possible a complete visual symptoms normalization, leading to recovery of the deepness of the anterior chamber and normalization of IOP. REFERENCES Figure 1. Biomicroscopy demonstrating a shallow anterior chamber. 1. Abtahi MA, Abtahi SH, Fazei F, Roomizadeh P, Etemadifar M, Jenab K, et al. Topiramate and the vision: a systematic review. Clin Ophthalmol. 2012;6:117-31. 2. Brandão MN, Fernandes IC, Barradas FF, Machado JF, Oliveira MT. Miopia aguda e glaucoma de ângulo fechado associados ao uso de topiramato em paciente jovem: relato de caso. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(1):103-5. 3. Cereza G, Pedrós C, Garcia N, Laporte JR. Topiramate in non-approved indications and acute myopia or angle closure glaucoma. Br J Clin Pharmacol. 2005;60(5):578-9. 4. Banta JT, Hoffman K, Budenz DL, Ceballos E, Greenfield DS. Presumed topiramate-induced bilateral acute angle-closure glaucoma. Am J Ophthalmol. 2001;132(1):112-4. 5. Lee GC, Tam CP, Danesh-Meyer HV, Myers JS, Katz LJ. 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Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):48-9 49 Relatos de Casos | Case Reports Essential trichomegaly: case report Tricomegalia essencial: relato de caso Julia Dutra Rossetto1, Heloisa Nascimento1, Cristina Muccioli2, Rubens Belfort Jr.2 ABSTRACT RESUMO The present study reports two cases of symptomatic essential trichomegaly. Trichomegaly may develop in various diseases, including anorexia nervosa, hypothyroidism, pregnancy, pretibial myxedema, systemic lupus erythematosus, vernal keratoconjunctivitis, and uveitis. The exact incidence trichomegaly is unknown, and the condition remains sporadically reported. Two cases of symptomatic trichomegaly without any associated systemic disorder are presented in this paper. O presente estudo tem por objetivo relatar dois casos de tricomegalia essencial com diminuição da acuidade visual. A tricomegalia pode se desenvolver em várias doen ças, incluindo anorexia nervosa, hipotireoidismo, gravidez, mixedema pré-tibial, lúpus eritematoso sistêmico, ceratoconjuntivite primaveril, e uveíte. A incidência da tricomegalia essencial é desconhecida e a condição permanece esporadicamente relatada. São apresentados dois casos de tricomegalia sintomática em pacientes sem distúrbios sistêmicos associados. Keywords: Visual acuity/etiology; Hypertrichosis/complications; Eyelashes/pa thology; Case reports Descritores: Acuidade visual/etiologia; Hipertricose/complicações; Pestanas/patolo gia; Relatos de casos INTRODUCTION The periocular hair holds special significance given its central location. Eyelash dysfunction may have significant effects, ranging from ocular discomfort to visual acuity decrease. The hair’s unique importance and location often results in early detection of pathology(1). Beyond vanity, periocular hair disease may indicate a wide spectrum of systemic or localized pathology. Trichomegaly or hypertrichosis is defined as an increase in the length, thickness, stiffness, curling, and pigmentation of existing eyelashes beyond normal variation for a patient’s ethnicity, age, and/or gender(2). Usually trichomegaly is an isolated finding, although it can be encountered in the context of generalized acquired hypertrichosis or secondary to irritation or inflammation. The purpose of this paper is to present two cases of patients with symptomatic essential trichomegaly. Patient 2. A 72 year-old female patient with medical history of diabetes, systemic hypertension and hypercholesterolemia and with an unremarkable past ocular history. Her complaints comprised decrease of visual acuity and burning sensation. Ocular exam revealed hypertrichosis in both eyes, as seen below (Figure 2). Both patients were seen at the Department of Ophthalmology of Escola Paulista de Medicina (Hospital São Paulo/UNIFESP) and the systemic and ophthalmologic work-up excluded infection as well as other diseases. Both denied use of systemic medication. Both patients were submited to eyelash trimming with improvement of their visual quality. CASE REPORT Patient 1. A 63 year-old male patient with medical history of trea ted prostate cancer five years ago and considered cured and with an unremarkable past ocular history. His complaint was decreased visual acuity in both eyes. The ophthalmological exam disclosed trichomegaly, as seen below (Figure 1). Submitted for publication: January 11, 2013 Accepted for publication: January 31, 2013 Study carried out at Hospital São Paulo, Ophthalmology Department, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo (SP) - Brazil. Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo (SP), Brazil. Professor, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo (SP), Brazil. 1 2 50 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):50-1 DISCUSSION Trichomegaly is a rare condition that may develop in various diseases, including anorexia nervosa, acrodynia, dermatomyositis, hy pothyroidism, pregnancy, pretibial myxedema, porphyria, metastatic renal cell adenocarcinoma, systemic lupus erythematosus, vernal keratoconjunctivitis, and uveitis(3,4), as well as linear scleroderma, he patopathy(5,6), and leishmania/Kala-azar(4,5,7). Congenital conditions such as Oliver-McFarlane syndrome(8), oculocutaneous albinism type I(9), or familial hypertrichosis(10) are also associated with hypertrichosis. AIDS is among the well-studied systemic causes of trichomegaly(1), al though primarily described during later disease stages. Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potential conflicts of interest: J.D.Rossetto, None; H.Nascimento, None; C.Muccioli, None; R.Belfort Jr, None. Corresponding author: Júlia Rossetto. Rua Botucatu, 821 - São Paulo (SP) - 04023-062 - Brazil E-mail: Julia_rossetto@hotmail.com Rossetto JD, et al. Nazareth et al.(11) documented 23 medications associated with trichomegaly. The most common were prostaglandin analogs, cy closporine, interferon, topiramate and cetuximab. Conclusion Trimming and epilation have been found to be satisfactory and safe therapeutic options. The exact incidence of eyelash trichomegaly is unknown, and the condition is rare and sporadically reported. REFERENCES Figure 1. Trichomegaly on the right eye (Patient 1). Figure 2. Trichomegaly on the right eye (Patient 2). 1.Modjtahedi BS, Alikhan A, Maibach HI, Schwab IR. Diseases of periocular hair. Surv Ophthalmol. 2011;56(5):416-32. 2. Braiteh F, Kurzrock R, Johnson FM. 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XX Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia 27 a 29 de março de 2014 Fortaleza (CE) Informações: E-mail: secretaria@snno.com.br Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):50-1 51 Artigo de Revisão | Review Article Queratitis fúngica: revisión actual sobre diagnóstico y tratamiento Fungal keratitis: review of diagnosis and treament Felipe Mellado1, Tomás Rojas1, Cristián Cumsille1 RESUMEN ABSTRACT La queratitis fúngica es una infección característica de zonas tropicales, asociada a trauma vegetal. Existen dudas respecto al método diagnóstico óptimo y la efec tividad de los tratamientos disponibles. ¿Cuál es el manejo más apropiado en queratitis fúngica? y ¿Cuál es la mejor forma de establecer el diagnóstico? El cultivo para hongos es el gold standard diagnóstico de elementos fúngicos. Respecto al tratamiento, natamicina y anfotericina B fueron los más utilizados y no demostraron efectividad en estudios prospectivos. Voriconazol demostró efectividad en múltiples infecciones fúngicas. Pudiera ser la droga de elección en condiciones óptimas, dado su mejor penetración intraocular. Se ha reconocido su elevado costo dificultando su aplicación generalizada. Esta revisión entrega recomendaciones para el manejo y establece la necesidad de realizar estudios que evalúen la costo-efectividad de voriconazol para la queratitis fúngica. Fungal keratitis is a characteristic infection upon tropical zones, associated with vegetal trauma. Doubt exists about the best diagnostic test and the effectiveness of available treatment. Which is the best diagnostic method for fungal keratitis? And, which is the best management? Fungal culture remains as diagnostic gold standard of fungal elements. As of treatment, natamycin and amphotericin B are the most popular drugs for fungal keratitis and they have not shown effectiveness in randomized controlled trials or systematic reviews. Voriconazole showed effectiveness and security in multiple fungal infections. It may be the drug of choice in optimal conditions, because of its better ocular penetration and wider coverage. However, its high price difficult general application. This review establishes management recommendations and the need to perform studies that address cost-effectiveness analysis of voriconazole for fungal keratitis. Descriptores: Queratitis/diagnóstico; Queratitis/microbiologia; Queratitis/quimioterapia; Cornea/microbiologia; Infecciones fúngicas del ojo; Itraconazol/uso terapéutico; Anfotericina B/uso terapéutico; Antifúngicos Keywords: Keratitis/diagnosis; Keratitis/microbiology; Keratitis/drug therapy; Cornea/ microbiology; Eye infections, fungal; Itraconazole/therapeutic use; Amphotericin B/ therapeutic use; Antifungal agents INTRODUCCIÓN Actualmente la queratitis infecciosa se mantiene como una de las causas más prevalentes de ceguera no reversible a nivel mundial, según datos de la OMS(1). Las principales causas de la queratitis infecciosa varían enormemente según la región geográfica, el nivel socioeconómico, la presencia de factores de riesgo como el uso de lentes de contacto, historia de trauma ocular, comorbilidades y edad del paciente(2). Dentro de la etiología de la queratitis infecciosa, la infección corneal por hongos varía entre un 6 y un 60% dependiendo de la región geográfica que se exponga(3-6). Tradicionalmente se describe a esta entidad como una afección oportunista de zonas tropicales y rurales, causada mayoritariamente por trauma con exposición vegetal. Sin embargo, en países desarrollados su causa sería principalmente secundaria al uso de lentes de contacto(7). Los estudios microbiológicos exponen que la queratitis fúngica es producida fundamentalmente por hongos filamentosos y levaduras(8). Los estudios realizados en Sudamérica muestran que los hongos filamentosos afectarían con mayor frecuencia, siendo Fusarium y Aspergillus las principales etiologías(2,9,10). El principal factor de riesgo asociado a infecciones por hongos filamentosos es el trauma vegetal. Respecto a las levaduras, Candida es la que afecta con mayor frecuencia y se presenta mayormente cuando existe compromiso de la superficie corneal como en córneas neurotróficas, usuarios de corticoides tópicos crónicos o luego de procedimientos quirúrgicos(11). El diagnóstico de la querati- tis fúngica es difícil y debe estar basado en la clínica y el laboratorio. Los hallazgos oculares más frecuentes al examen oftalmológico son compromiso epitelial y estromal, sin embargo se documentan casos de compromiso endotelial y de cámara anterior sin daño corneal previo(12). La queratitis fúngica es una entidad de tratamiento complejo, requiere antifúngicos por tiempo prolongado y debridaciones frecuentes(13). Presenta un peor pronóstico visual que las queratitis bacterianas, probablemente explicado por la carencia de tratamientos efectivos, requiriendo más injertos corneales y enucleaciones(14). Clásicamente los tratamientos más utilizados han sido natamicina tópica para hongos filamentosos y anfotericina B para levaduras(15). Sin embargo persisten dudas respecto al mejor esquema de tratamiento actual, principalmente dado la escasa penetración intraocular de los antifúngicos mencionados(14). La rareza de esta patología, la falta de terapias efectivas que se encuentren disponibles para países en vías de desarrollo, sumado a la escasez de estudios locales de esta condición, generan un gran desafío para el médico oftalmólogo y dan cuenta de la necesidad de realizar una revisión actualizada de las terapias disponibles, basado en evidencia y con recomendaciones claras para un mejor enfrentamiento de esta afección. Esta revisión pretende contestar las dos siguientes preguntas: ¿Cuál es el manejo más apropiado para la queratitis por hongos? y ¿Cuál es la mejor forma de realizar el diagnóstico?, entregando recomendaciones claras y adaptadas a nuestro medio para el enfrentamiento en la práctica clínica. Submitted for publication: August 17, 2012 Accepted for publication: December 7, 2012 Funding: No specific financial support was available for this study. Study carried out at Department of Ophthalmology, Facultad de Medicina, Universidad de Chile. Correspondence address: Felipe Mellado. Julia Berstein 0607-H - Santiago, Chile - 8320000 E-mail: felipemc85@gmail.com 1 Department of Ophthalmology, Facultad de Medicina, Universidad de Chile, Santiago, Chile. 52 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):52-6 Disclosure of potential conflicts of interest: F.Mellado, None; T.Rojas,None; C.Cumsille, None. Mellado F, et al. MÉTODOS Se realizó una búsqueda acabada en las principales bases de datos MEDLINE, Cochrane Library, EMBASE, CINAHL, SCISEARCH, EPISTEMONIKOS, LILACS, con términos específicos “microbiology” [MeSH Terms] OR “fungi” [MeSH Terms] OR fungal[Text Word] and “keratitis” [MeSH Terms] OR keratomycosis [Text Word] and “Antifungal Medication” [MeSH Terms]. Se seleccionaron 15 artículos, prefirién dose los ensayos clínicos randomizados (ECR) y revisiones sistemáticas de ECR, además se incluyeron estudios retrospectivos y cohortes históricas. Los artículos fueron seleccionados por dos revisores en forma independiente. Todos los artículos fueron revisados en idioma inglés y español. Diagnóstico Como se describió anteriormente, el manejo de la queratitis fúngica ofrece múltiples dificultades. Siempre debiera sospecharse una queratitis mediada por hongos en casos de queratitis que no respondan a terapia antibacteriana y que tengan como factores de riesgo un trauma con exposición vegetal o el uso extendido de lentes de contacto(14). Existe amplia evidencia de la necesidad de un diagnóstico precoz para impartir tratamiento lo antes posible y así evitar las complicaciones que amenacen la integridad visual(2). Si bien se han descrito ciertos elementos al examen físico que pudieran orientar a la queratitis por hongos, como un cuadro de curso indoloro en presencia de lesión corneal de márgenes irregulares en forma de pluma, asociado a lesiones satélites, de textura seca, con placas endoteliales, etc., (Figura 1) éstos no se han demostrado suficientes para establecer el diagnóstico por sí solos(16). En la serie de Ibrahim et al.(17), se demostró que solo el 48% de los casos de queratitis fúngica fueron correctamente identificados mediante el examen clínico. Tradicionalmente el diagnóstico se establece con una visualización directa de muestra corneal en conjunto de cultivos para hongo. En otras ocasiones se puede requerir incluso de biopsia corneal o paracentesis de cámara anterior. Figura 1. Cuadro clínico típico de queratitis fúngica al examen oftalmológico. Se presen ta como un cuadro no doloroso de afección corneal, de bordes irregulares y lesiones satélite asociadas. Visualización directa El frotis busca la visualización directa de formas fúngicas usando tinciones. La tinción de KOH al 10% ha demostrado la mayor sensibilidad y especificidad para el diagnóstico de hongos alcanzando cifras entre 50 y 99% para ambas medidas según la serie. Tiene como ventajas el fácil acceso y la disponibilidad en países en vías de desarrollo que a su vez son los que han reportado mayor prevalencia de queratitis fúngica. A su vez, se han buscado asociaciones con otras tinciones como Calco Flúor y Giemsa para aumentar el rendimiento(18). Cultivos para hongo En general se ha mantenido el cultivo para hongos como el Gold Standard para el diagnóstico de la queratitis fúngica (Figura 2). Su utilidad para identificar el microorganismo y la susceptibilidad antibiótica de éste, ha sido ampliamente reconocida(19,20). Sin embargo, tiene como desventajas el tiempo que requiere para encontrar hal lazgos, ya que hasta un 25% de los cultivos podrían hacerse positivos recién a las 3 semanas del cuadro(18), lo que retrasaría el tratamiento pudiendo otorgar un peor pronóstico. Los medios de cultivos para hongos con mejor rendimiento y más utilizados son agar sangre y Sabouraud. En un estudio de 28 ojos que fueron positivos para diagnóstico de queratitis fúngica mediante frotis directo y PCR, sólo un 68% de los cultivos resultaron positivos, lo que pudiera ser explicado dado la alta tasa de falsos negativos que se producen producto de los tratamientos previos a la toma de muestras(19). Técnicas moleculares Durante los últimos años han surgido nuevas técnicas basadas en la biología molecular, como la reacción de polimerasa en cadena Figura 2. Cultivo para hongos (agar Saboraud) revela crecimiento de Fusarium al 5to día. (PCR) para detección precoz de infección fúngica. Su ventaja principal es que sólo requiere una pequeña muestra para la detección tanto de organismos viables como no viables.(19) A su vez la PCR entrega resultados en menos de 24 horas, lo que es una ventaja respecto al cultivo en cuanto al tiempo de diagnóstico. En una evaluación prospectiva de PCR, utilizada para casos sugerentes de queratitis fúngica mediante clínica, se observó que un 50% de los casos resultaron positivos con PCR, mientras que sólo un 25% de los cultivos mostró desarrollo fúngico. Es de notar en este estudio, que los ojos tratados previamente a la toma de muestras dieron 50% de positividad para PCR, comparado con sólo un 30% de positividad para los cultivos(21). Este estudio también reportó algunos casos de cultivo positivo con resultado negativo al utilizar PCR, por lo que esta prometedora técnica molecular, sólo debiera ser utilizada de manera sinérgica al cultivo y frotis, no así como único método diagnóstico. Imágenes Lo más novedoso respecto al diagnóstico de la queratitis fúngica, son las nuevas técnicas imagenológicas mediante microscopía confocal in vivo (IVCM)(22,23). Este sistema permite la visualización de todas las capas corneales y a su vez de componentes microbianos que pudieran estar presentes entre ellas, de manera rápida y no invasiva. Vadavalli et al. (23), presentaron 146 casos de queratitis infecciosa (de las cuales el 98 fueron mediadas por hongos). En esta serie la IVCM tuvo una sensibilidad de 89% y una especificidad de 93% para la deArq Bras Oftalmol. 2013;76(1):52-6 53 Queratitis fúngica: revisión actual sobre diagnóstico y tratamiento tección de elementos fúngicos. Todavía se requiere de mayor evidencia sistematizada para poner en práctica este método diagnóstico pero se empieza a observar una tendencia en esta dirección (Tabla 1). Terapia antifúngica sistémica Tratamiento clásico de la queratitis fúngica, primer antifúngico aceptado por la Food and Drug Administration (FDA) fue la natamicina tópica al 5%(24). Este polieno, cuyo mecanismo de acción es la unión al ergosterol de la pared celular del hongo, impide su homeostasis y provoca muerte celular por esta causa. Desde su aprobación, la natamicina se volvió el fármaco más popular para el tratamiento de hongos filamentosos. Dado su mala penetración ocular y baja tasa de tratamiento exitoso, la mayoría de los investigadores recomiendan debridaciones corneales seguidas para una mejor penetración ocular del fármaco(13). Por su parte, la anfotericina B al 0,15%, ha sido utilizada ampliamente para el tratamiento de infecciones por levaduras siendo fármaco de primera línea para queratitis por Candida(15), y al igual que la natamicina, presenta problemas para atravesar la superficie corneal a través de un epitelio intacto(18). En aquellos casos de queratitis fúngica más severos, que se presentan o evolucionan con úlceras grandes, hipopion y/o compromiso de cámara anterior, se recomienda utilizar terapia antifúngica sistémica adyuvante, aún cuando no ha demostrado un claro beneficio en ensayos clínicos randomizados llevados a cabo(26). La anfotericina B se ha usado ampliamente para el tratamiento de endoftalmitis fúngica, tanto EV como con inyecciones intravítreas, con limitación de cobertura micótica y conocidos efectos adversos de toxicidad retinal e inflamación ocular(14,27). Por su parte, el fluconazol vía oral tiene claro efecto en la infección por Candida, no así en hongos filamentosos que se describen como principal causa de queratitis fúngica(28), limitando así su uso como primera línea. Itraconazol oral ha sido poco utilizado en infecciones fúngicas oculares dado su pobre espectro de acción, especialmente contra Fusarium, sin embargo se ha reportado útil para infecciones por Aspergillus y ha sido considerado recientemente terapia convencional(27). Durante los últimos años, voriconazol oral ha demostrado efectividad y seguridad en múltiples infecciones por hongos. Presenta un mayor espectro de acción, mejor susceptibilidad in vitro y menores concentraciones inhibitorias mínimas (CIM) para Candida y Aspergillus, que los antifúngicos previamente mencionados(29). Sólo se ha realizado un ECR comparando voriconazol tópico y oral versus terapia antifúngica convencional (natamicina 5% + itraconazol oral). Este estudio concluye que voriconazol podría ofrecer mayor eficacia sobre el tratamiento convencional, especialmente en queratitis por Aspergillus(27). En casos de compromiso de cámara anterior secundario a queratitis por Candida, se ha recomendado iniciar terapia antifúngica intracameral con anfotericina B o voriconazol como primera línea(30,31). Se han explorado otras formas de tratamiento como inyecciones intracorneales o subconjuntivales, las que se reportan dolorosas y susceptibles de efectos adversos severos como la necrosis epitelial conjuntival(32). La carencia de evidencia de calidad no permite recomendarlas como tratamiento actualmente(33). Azoles Cirugía La familia antifúngica de los azoles, tanto imidazoles como triazoles (diferenciados en su vida media) logran su efecto inhibiendo la síntesis de ergoesterol, esencial para la pared celular y mediante este mecanismo lograrían su efecto manteniéndose clásicamente como fármacos de segunda línea en el tratamiento de la queratitis fúngica. Sin embargo, durante los últimos años el voriconazol, un derivado sintético del fluconazol, se ha convertido en una alternativa prometedora de tratamiento para esta entidad, dado su excelente penetrancia ocular y su gran espectro de cobertura fúngica(25). Cuando el tratamiento médico máximo no obtiene resultados o la infección clínica es muy grave, se debe realizar manejo quirúrgico. Entre las técnicas utilizadas encontramos el flap conjuntival, la adhesión de superficie ocular y la queratoplastia lamelar. Si bien el flap conjuntival aumentaría la llegada de células inmunocompetentes para la reparación del tejido corneal, podría actuar como barrera para los antifúngicos tópicos sumado a la incapacidad de observar la evolución de la lesión(34). A su vez la queratoplastía lamelar no sería útil dado la capacidad de los hongos de penetrar en capas profundas lo que explicaría la falla terapéutica de abordaje quirúrgico(35). Sin embargo la técnica de excelencia es la queratoplastia terapéutica penetrante, que corresponde a la extracción del tejido corneal infectado y reemplazado mediante un transplante de córnea(33). Se ha reportado que hasta un 30% de las queratitis fúngicas se resuelven mediante queratoplastia penetrante(36). Cabe destacar que aun cuando los casos de queratitis fúngicas documentadas son poco comunes, dan cuenta de la mitad de las queratoplastías penetrantes que se realizan por queratitis infecciosas(37). A su vez se ha descrito que la tasa de éxito quirúrgico es peor en pacientes con queratitis fúngica, independiente de la tasa de erradicación, el éxito anatómico o la claridad del injerto, y que pesar de este tratamiento quirúrgico, cerca de un 7% de los casos presentan recurrencia de la infección(33). Es por esto que en los últimos años se han proyectado nuevas formas de abordaje quirúrgico basadas en UV-A uniones de colágeno y riboflavina(38), que representan alternativas de investigación novedosas para el tratamiento de esta patología, pero que carecen de evidencia sistematizada que las soporte actualmente (Tabla 2). Tratamiento En el caso de diagnóstico de elementos fúngicos corneales con las técnicas recién descritas, se debe establecer terapia antifúngica lo más pronto posible. El objetivo de la terapia es evitar las complicaciones visuales de la queratitis y lograr la erradicación de la infección al examen clínico, que se demuestra al lograr la desaparición de los bordes irregulares en pluma de la lesión corneal, la disminución de reacción de cámara anterior y reepitelización corneal(18). Sin embargo, lograr lo anterior ofrece muchas dificultades. La inefectividad de los antifúngicos disponibles y la mínima penetración ocular de las terapias tópicas sumado a la capacidad de los hongos para penetrar de manera profunda en el estroma, membrana de Descemet y cámara anterior sin requerir de una irrupción previa en la superficie epitelial corneal, dificultan la resolución clínica de la infección(12). Polienos Equinocandinas Caspofungina y micafungina son los principales representantes. Actúan inhibiendo enzimas de síntesis de membrana celular. No han demostrado efectividad sobre los tratamientos anteriores ni evidencia para su aplicación de elección en queratitis fúngica(18). Tabla 1. Alternativas diagnósticas y sus características Métodos diagnósticos Componentes Visualización directa Frotis con tinción de KOH, Giemsa o Blanco de Calco flúor Cultivos para hongos Cultivo para hongo en agar Sabouraud o agar sangre Resultados desde 24-36 horas hasta 3 semanas Técnicas moleculares PCR para detección precoz. Resultados en menos de 24 horas Imágenes Microscopia confocal in vivo 54 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):52-6 Mellado F, et al. DISCUSIÓN En esta revisión se encontraron 3 revisiones sistemáticas que abordaron el tratamiento médico antibiótico para esta patología. En la Revisión Cochrane 2008(39), se concluyó que tanto la natamicina al 5% como todos los medicamentos evaluados fueron inefectivos en el tratamiento de la queratitis fúngica, evidenciándose la necesidad de realizar nuevos estudios clínicos aleatorizados de terapia. Sin embargo, ninguno de los estudios evaluados en dicha revisión sistemática utilizó anfotericina B ni voriconazol. A su vez se han realizado múltiples ensayos clínicos aleatorizados que compararon anfotericina B y voriconazol, que no pudieron demostrar diferencias significativas entre ambos fármacos(40-42). En la serie publicada por Hariprasad et al.(25), se evaluaron cerca de 40 casos clínicos de queratitis fúngica en los que se administró voriconazol oral y tópico, concluyéndose que es un medicamento que podría usarse de manera segura y efectiva para múltiples infecciones por hongos. En una encuesta de práctica clínica realizada por The Cornea Society a nivel mundial, los oftalmólogos entrevistados eligieron voriconazol, sobre natamicina, como terapia de elección para la queratitis fúngica en un mundo ideal(15). Cabe recordar que el voriconazol oral es muy costoso, lo que es una desventaja en su implementación, a pesar de su efectividad. A su vez, este medicamento es metabolizado a través del sistema de citocromos p450, por lo que se debiera tener precaución especial con pacientes bajo terapia anticoagulante. Conclusión y recomendaciones La queratitis fúngica es una entidad poco común dentro de las queratitis infecciosas. Los estudios han señalado que su manejo es complejo. Una vez confirmado el diagnóstico, o teniendo sugerencia del éste, debe instaurarse tratamiento antibiótico inmediato cubriendo al microorganismo de sospecha. En esta revisión se ha planteado que la sospecha diagnóstica es eminentemente clínica, sugerida por las lesiones características de la queratomicosis al examen clínico. Sin embargo dado la baja sensibilidad del examen clínico como único elemento diagnóstico, deben realizarse estudios de laboratorio complementarios que identifiquen el tipo de hongo y definan su susceptibilidad frente al antifúngico. Los estudios diagnósticos a realizar debieran incluir un frotis de KOH junto a cultivo para hongos en agar Sabouraud, en todo paciente en que se sospeche una queratitis fúngica al examen con lámpara de hendidura. Luego de la toma de muestras, se debe comenzar con un régimen antifúngico precoz. Si bien la natamicina tópica al 0,5% es el fármaco más disponible, no ha sido capaz de demostrar su efectividad para el tratamiento de la queratomicosis en ensayos clínicos aleatorizados ni revisiones sistemáticas llevadas a cabo. Por esta razón, en casos sugerentes de queratitis fúngica en los que el microorganismo no ha sido identificado, la literatura actual recomienda iniciar terapia antimicótica biasociada, con un régimen basado en anfotericina B al 0,15% y/o voriconazol tópico 1% dado su mejor espectro de cobertura. En países en vías de desarrollo, la disponibilidad de voriconazol tópico u oral es mínima, por lo que debieran buscarse alternativas basadas en anfotericina B tópica al 0,15% como fármaco de elección. Sin embargo, al no comercializarse preparado, se debe solicitar su composición al laboratorio lo que pudiera resultar engorroso para su aplicación generalizada. Inicialmente, e independiente del fármaco utilizado, se recomienda administrar el antifúngico cada 1 hora acompañado de debridaciones cada 3 días (Tabla 3). El tiempo de tratamiento no está claro, se ha descrito que en promedio se requiere de 80 días para la erradicación de la infección al examen clínico. Cuando el paciente se presenta con úlceras grandes, centrales, profundas, con placas endoteliales, compromiso de cámara anterior y/o hipopion, se recomienda establecer terapia antifúngica sistémica de manera coadyuvante al tratamiento tópico y derivación a oftalmólogo especialista en córnea durante el mismo día (Tabla 4). Si la infección no responde al tratamiento médico máximo, con aumento de reacción en cámara anterior, sospecha de perforación corneal o compromiso de segmento posterior, el tratamiento quirúrgico estaría indicado. El procedimiento de elección es la queratoplastia terapéutica penetrante, sin embargo puede llegar a realizarse enucleación en los casos más severos. Debido a que la queratomicosis puede tener como secuela la pérdida de agudeza visual o incluso pérdida del globo ocular, se debe establecer un diagnóstico oportuno y un tratamiento adecuado para disminuir el riesgo de desenlaces graves e irreversibles. Es imperativo la realización de más estudios que evalúen la implementación y aplicabilidad de los tratamientos descritos, especialmente de voriconazol dado su espectro de acción, seguridad y preferencia por parte de médicos oftalmólo- Tabla 3. Terapia médica recomendada para la queratitis fúngica Microorganismo Hongos filamentosos 1o Voriconazol 1% 2o Natamicina 5% Levaduras 1o Voriconazol 1% 2o Anfotericina 0,15% (1,5 mg/1 mL) Desconocido 1o Voriconazol 1% + Anfotericina 0,15% 2o Anfotericina 0,15% + Natamicina 5% Tabla 2. Alternativas terapéuticas y objetivos Tratamiento Objetivo Polienos tópicos (Natamicina y anfotericina B) -Natamicina en caso de aislar hongos filamentosos -Anfotericina en caso de aislar levaduras Azoles tópicos (Voriconazol, itraconazol) -Voriconazol tópico de elección tanto para hongos filamentosos o levaduras y en caso de agente desconocido dado su amplio espectro -Itraconazol tópico sin evidencia que lo sustente Terapia sistémica (Oral, E.V., intracameral, subconjuntival) Cirugía -Voriconazol oral es de elección, indicado en falla a tratamiento tópico, en caso de úlceras corneales centrales y profundas al diagnóstico y en compromiso de cámara anterior. Es primera línea para hongos filamentosos y levaduras -Inyeccion intracamerales en caso de levaduras aisladas y como segunda línea -Itraconazol oral segunda línea para hongos filamentosos -Queratoplastía penetrante es de elección en caso de falla a tratamiento médico máximo y en casos de perforación corneal inminente Tratamiento médico tópico recomendado según acceso* *= se recomienda la administración antibiótica cada 1 hora inicialmente, acompañada de debridaciones cada 3 días. La aplicación tópica se distanciará según mejoría clínica. Si no se logra mejoría típica temprana debe derivarse a especialista en córnea para eventual resolución quirúrgica. Tabla 4. Terapia médica sistémica coadyuvante en casos de queratitis fúngica severa* Microorganismo Tratamiento médico sistémico recomendado según acceso* Hongos filamentosos 1o Voriconazol oral 400 mg/d 2o Itraconazol oral 100-200 mg cada 12 hrs Levaduras 1o Voriconazol oral 400 mg/d 2o Anfotericina intracameral (5 mcg/0,05 mL agua estéril) Voriconazol intracameral (50 mcg/0,05 mL agua estéril) 3o Fluconazol oral 400 mg/d *= se recomienda la administración antibiótica sistémica coadyuvante al tratamiento tópico, en casos de compromiso de cámara anterior, úlceras grandes y profundas, compromiso de cámara anterior y falla a tratamiento tópico inicial con germen identificado. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):52-6 55 Queratitis fúngica: revisión actual sobre diagnóstico y tratamiento gos a nivel mundial. Se debe evaluar el costo-beneficio terapéutico, para que independiente de los recursos económicos de un sistema de salud, éstos apunten a garantizar la terapia de mejor efectividad demostrada y que mayor beneficio reporte para el paciente. REFERENCIAS 1. Whitcher JP, Srinivasan M, Upadhyay MP. Corneal blindness: a global perspective. Bull World Health Organ [Internet]. 2001[cited 2012 Feb 21];79(3):214-21. Available from: http://www.scielosp.org/pdf/bwho/v79n3/v79n3a09.pdf 2. Passos RM, Cariello AJ, Yu MC, Höfling-Lima AL. Microbial keratitis in the elderly: a 32-year review. Arq Bras Oftalmol [Internet] 2010[cited 2011 Oct 21];73:315-9. Available from: http://www.scielo.br/pdf/abo/v73n4/v73n4a02.pdf 3. Liesegang TJ, Forster RK. Spectrum of microbial keratitis in South Florida. Am J Oph thalmol 1980;90(1):38-47. 4. Gopinathan U, Sharma S, Garg P, Rao GN. 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Almeida-Freitas2, Augusto Paranhos Jr.1 In a previous article we described findings of color Doppler imaging of ophthalmic artery in chronic heart failure (CHF) patients(1). CHF patients presented lower blood flow velocities and higher resistance index in ophthalmic artery when compared to control group. Our research group also reported that CHF is associated with glaucomatous optic nerve head changes that correlate with ocular perfusion pressure (OPP) and echocardiographic parameters (2). Herein, we expand on these findings and show the relationship between OPP and blood flow parameters of ophthalmic artery in CHF patients. METHODS A cross-sectional study was performed. Patients with CHF symptoms and left ventricle ejection fractions below 55% documented by echocardiography were recruited from the outpatient heart failure clinic of the Federal University of São Paulo, Brazil. Noncardiopathic volunteers were included as a control group. Doppler parameters of ophthalmic artery of 18 patients with CHF in different stages of disease were compared with 18 healthy volunteers (control group). Ophthalmic artery blood flow velocities were measured by transpalpebral Doppler ultrasound (EnVisor Philips, Bothell, WA, USA), with a linear high frequency transducer (10MHz). Participants also underwent a standardized examination that included slit-lamp biomicroscopy, gonioscopy, Goldmann applanation tonometry, and systemic blood pressure measurement. CHF patients and control subjects under 18 years of age, patients with a prior history of significant ocular disease, ocular trauma or ocular surgery, spherical equivalent greater than ±4.0 D, chronic corticosteroid usage (topical or systemic), angle closure suspect, secondary glaucoma, dense media opacities, retinal disease, heart transplantation, stroke or any other neurological diseases were not included in the study. Systolic and diastolic blood pressure readings were obtained and used to calculate the mean arterial blood pressure (MAP) according to the following formula: MAP=2/3* diastolic blood pressure +1/3* systolic blood pressure. The mean OPP was calculated using the following formula: OPP=2/3 * MAP - IOP. To take into account the correlation between both eyes of the same individual, generalized estimating equation regression was used to evaluate the relationship between the Doppler parameters of ophthalmic artery and mean OPP. Submitted for publication: April 15, 2013 Accepted for publication: April 24, 2013 Physician, Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brazil. 2 Physician, Imaging Diagnosis Department, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brazil. 1 RESULTS No age or gender differences were observed between CHF patients and controls. Mean OPP was significantly lower in CHF group than in control group (p<0.001). Mean resistance index of ophthalmic artery was significantly higher in CHF group than in control group (p=0.04). Figure 1 shows the relationship between the resistance index of the ophthalmic artery and the mean OPP for CHF patients and control subjects. Each decrease in 10 mmHg in the mean OPP was associated with a 0.06 increase in the resistance index of the ophthalmic artery of CHF patients (slope=-0.06; p=0.04). Such correlation was not statistically significant in the control group (p=0.48). COMMENTS The negative correlation between OPP and resistance index in CHF patients indicates an abnormal ocular vascular regulation, which is likely related to the pathophysiology of the disease. The reduction in cardiac output is associated with compensatory mechanisms Figure 1. Relationship between resistance index of the ophthalmic artery and mean ocular perfusion pressure for chronic heart failure (CHF) patients and control subjects. Black circles and solid line correspond to CHF data, while hollow triangles and dashed line correspond to control group data. Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potential conflicts of interest: D.Meira-Freitas, None; D.B.Almeida-Freitas, None; A.Paranhos Jr., None. Correspondence address: Daniel Meira-Freitas. Department of Ophthalmology, Universidade Federal de São Paulo. Rua Botucatu, 821 - São Paulo (SP) - 04023-062 - Brazil E-mail: freitas.daniel@gmail.com Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):57-8 57 Abnormal vascular regulation in the ophthalmic artery of chronic heart failure patients that include peripheral vasoconstriction in an attempt to maintain satisfactory blood pressure and perfusion to essential tissues such as the heart and brain. In CHF patients, the sympathetic and reninangiotensin systems are activated as a neurohormonal response to maintain cardiac output and hemodynamic balance(3). However, excessive neurohormonal activity during CHF causes an increased cerebral vascular resistance, which is often accompanied by symptoms, such as cognitive dysfunction(4). In the retrobulbar circulation, vasoconstriction may cause instability in blood flow to the optic nerve head. Ischemia followed by reperfusion is a known cause of oxidative stress and cell death by apoptosis(5). According to this pa thophysiology, patients with CHF could theoretically be exposed to hemodynamic changes in ocular microcirculation and have an increased risk for developing glaucoma. In fact, previous study have shown an association between CHF and glaucomatous optic nerve head alterations(2). In conclusion, the abnormal relationship between resistance in dex of ophthalmic artery and OPP corroborates to the hypothesized vascular mechanism of the reported glaucomatous optic nerve head alterations in CHF patients. Prospective longitudinal studies are required to confirm the causal relationship between abnormal ocular blood flow and optic nerve head alterations in patients with heart failure. 58 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):57-8 AcknowledgEments The project number and institution responsible for the approval of the Research Ethics Committee is 0812/07 - UNIFESP. The authors are grateful for the financial support provided by CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) for PhD student scholarship. References 1. Almeida-Freitas DB, Meira-Freitas D, Melo Jr LA, Paranhos Jr A, Iared W, Ajzen S. Color Doppler imaging of the ophthalmic artery in patients with chronic heart failure. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2011[cited 2012 Dec 21];74(5):326-9. Available from: http:// www.scielo.br/pdf/abo/v74n5/v74n5a03.pdf 2.Meira-Freitas D, Melo LA, Jr., Almeida-Freitas DB, Paranhos A, Jr. Glaucomatous optic nerve head alterations in patients with chronic heart failure. 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Instruções para Autores | O ARQUIVOS BRASILEIROS DE OFTALMOLOGIA (ABO, ISSN 00042749 - versão impressa e ISSN 1678-2925 - versão eletrônica), publi cação bimestral oficial do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, objetiva divulgar estudos científicos em Oftalmologia, Ciências Visuais e Saúde Pública, fomentando a pesquisa, o aperfeiçoamento e a atua lização dos profissionais relacionados à área. Metodologia São aceitos manuscritos originais, em português, inglês ou espanhol que, de acordo com a metodologia empregada, deverão ser caracterizados em uma das seguintes modalidades: Estudos Clínicos Estudos descritivos ou analíticos que envolvam análises em seres humanos ou avaliem a literatura pertinente a seres humanos. Estudos Epidemiológicos Estudos analíticos que envolvam resultados populacionais. Estudos de Experimentação Laboratorial Estudos descritivos ou analíticos que envolvam modelos ani mais ou outras técnicas biológicas, físicas ou químicas. Estudos Teóricos Estudos descritivos que se refiram à descrição e análise teórica de novas hipóteses propostas com base no conhecimento existente na literatura. Tipos de Manuscritos A forma do manuscrito enviado deve enquadrar-se em uma das categorias a seguir. Os limites para cada tipo de manuscrito estão entre parênteses ao final das descrições das categorias. A contagem de palavras do manuscrito refere-se do início da introdução ao final da discussão, portanto, não participam da contagem a página de rosto, abstract, resumo, referências, agradecimentos, tabelas e figuras incluindo legendas. Editoriais Os editoriais são feitos a convite e devem ser referentes a assuntos de interesse atual, preferencialmente relacionados a arti gos publicados no mesmo fascículo do ABO (limites máximos: 1.000 palavras, título, 2 figuras ou tabelas no total e 10 referências). Artigos Originais Artigos originais apresentam experimentos completos com resultados nunca publicados (limites máximos: 3.000 palavras, título, resumo estruturado, 7 figuras ou tabelas no total e 30 referên cias). A avaliação dos manuscritos enviados seguirá as prioridades abaixo: 1.Informação nova e relevante comprovada em estudo com metodologia adequada. 2.Repetição de informação existente na literatura ainda não comprovada regionalmente baseada em estudo com meto dologia adequada. 3.Repetição de informação existente na literatura e já comprovada regionalmente, desde que baseada em estudo com metodologia adequada. * Não serão aceitos manuscritos com conclusões especulativas, não comprovadas pelos resultados ou baseadas em estudo com me todologia inadequada. Instructions to Authors Relatos de Casos ou Série de Casos Relatos de casos ou série de casos serão considerados para publicação se descreverem achados com raridade e originalidade ainda não comprovadas internacionalmente, ou quando o relato apresentar respostas clínicas ou cirúrgicas que auxiliem na elu cidação fisiopatológica de alguma doença (limites máximos: 1.000 palavras, título, resumo não estruturado, 4 figuras ou tabelas no total e 10 referências). Cartas ao Editor As cartas ao editor serão consideradas para publicação se incluí rem comentários pertinentes a manuscritos publicados anterior mente no ABO ou, excepcionalmente, resultados de estudos originais com conteúdo insuficiente para serem enviados como Artigo Original. Elas devem introduzir nova informação ou nova interpre tação de informação já existente. Quando seu conteúdo fizer referência a algum artigo publicado no ABO, este deve estar citado no primeiro parágrafo e constar das referências. Nestes casos, as cartas estarão associadas ao artigo em questão, e o direito de réplica dos autores será garantido na mesma edição. Não serão publicadas cartas de congratulações (limites máximos: 700 palavras, título, 2 figuras ou tabelas no total e 5 referências). Manuscritos de Revisão Manuscritos de revisão seguem a linha editorial da revista e são aceitos apenas por convite do editor. Sugestões de assuntos para artigos de revisão podem ser feitas diretamente ao editor, mas os manuscritos não podem ser enviados sem um convite prévio (limi tes máximos: 4.000 palavras, título, resumo não estruturado, 8 figuras ou tabelas no total e 100 referências). Processo Editorial Para que o manuscrito ingresse no processo editorial, é fundamental que todas as regras tenham sido cumpridas. A secretaria editorial comunicará inadequações no envio do manuscrito. Após a notificação, o autor correspondente terá o prazo de 30 dias para adequação do seu manuscrito. Se o prazo não for cumprido, o ma nuscrito será excluído. Os manuscritos enviados ao ABO são avaliados inicialmente pelos editores quanto à adequação do seu conteúdo à linha edito rial do periódico. Após essa avaliação, todos os manuscritos são encaminhados para análise e avaliação por pares, sendo o anonima to dos avaliadores garantido em todo o processo de julgamento. O anonimato dos autores não é implementado. Após a avaliação editorial inicial, os comentários dos avaliado res podem ser encaminhados aos autores como orientação para as mod ificações que devam ser realizadas no texto. Após a imple mentação das modificações sugeridas pelos avaliadores, o manuscrito revisado deverá ser encaminhado, acompanhado de carta (enviada como documento suplementar) indicando pont ualm en te todas as modificações realizadas no manuscrito ou os motivos pelos quais as modificações sugeridas não foram efetuadas. Manuscritos que não vierem acompanhados da carta indicando as modificações ficarão retidos aguardando o recebimento da mes ma. O prazo para envio da nova versão do manuscrito é de 90 dias após a comunicação da necessidade de modificações, sendo excluído após esse prazo. A publicação dependerá da aprovação final dos editores. Os trabalhos devem destinar-se exclusivamente ao Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, não sendo permitido envio simultâneo a outro periódico, nem sua reprodução total ou parcial, ou tradução para publicação em outro idioma, sem autorização dos editores. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):59-62 59 Autoria Os critérios para autoria de manuscritos em periódicos médi cos está bem estabelecido. O crédito de autoria deve ser baseado em indivíduos que tenham contribuído de maneira concreta nas seguintes três fases do manuscrito: I. Concepção e delineamento do estudo, coleta dos dados ou análise e interpretação dos dados. II. Redação do manuscrito ou revisão crítica do manuscrito com relação ao seu conteúdo intelectual. III. Aprovação final da versão do manuscrito a ser publicada. O ABO requer que os autores garantam que todos os autores preenchem os critérios acima e que nenhuma pessoa que preencha esses critérios seja preterida da autoria. Apenas a posição de chefia de qualquer indivíduo não atribui a este o papel de autor, o ABO não aceita a participação de autores honorários. É necessário que o autor correspondente preencha e envie o formulário de Declaração de Contribuição dos Autores como docu mento suplementar. Preparação do Artigo Os artigos devem ser enviados exclusivamente de forma eletrô nica, pela Internet, na interface apropriada do ABO. As normas que se seguem foram baseadas no formato proposto pelo International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) e publicadas no artigo: Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. O respeito às instruções é condição obrigatória para que o tra balho seja considerado para análise. O texto deve ser enviado em formato digital, sendo aceitos apenas os formatos .doc. ou .rtf. O corpo do texto deve ser digitado em espaço duplo, fonte tamanho 12, com páginas numeradas em algarismos arábicos, iniciando-se cada seção em uma nova página. As seções devem se apresentar na sequência: Página de Rosto, Abstract e Keywords, Resumo e Descritores, Introdução, Métodos, Resultados, Discussão Agradecimentos (eventuais), Referências, Tabelas (opcionais) e Figuras (opcionais) com legenda. 1. Página de Rosto. Deve conter: a) título em inglês (máximo de 135 caracteres, incluindo espaços); b) título em português ou espanhol (máximo de 135 caracteres, incluindo espaços); c) título resumido para cabeçalho (máximo 60 caracteres, incluindo os esp aços); d) nome científico de cada autor; e) titulação de cada autor (área de atuação profissional*, cidade, estado, país e, quando houver, departamento, escola, Universidade); f ) nome, endereço, telefone e e-mail do autor correspondente; g) fontes de auxilio à pesquisa (se houver); h) número do projeto e instituição responsável pelo parecer do Comitê de Ética em Pesquisa; i) declaração dos conflitos de interesses de todos os autores; j) número do registro dos ensaios clínicos em uma base de acesso público. *Médico, estatístico, enfermeiro, ortoptista, fisioterapeuta, estudante etc. Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Todos os estudos que envolvam coleta de dados primários ou relatos clínico-ci rúrgicos, sejam retrospectivos, transversais ou prospectivos, devem indicar, na página de rosto, o número do projeto e nome da Ins tituição que forneceu o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa. As pesquisas em seres humanos devem seguir a Declaração de Helsinque, enquanto as pesquisas envolvendo animais devem seguir os princípios propostos pela Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO). É necessário que o autor correspondente envie, como documento suplementar, a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ou seu parecer dispensando da avaliação do projeto pelo Comitê. Não cabe ao autor a decisão sobre a necessidade de avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. 60 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):59-62 Declaração de Conflito de Interesses. A página de rosto deve conter a declaração de conflitos de interesse de todos os autores (mesmo que esta seja inexistente). Para maiores informações sobre os potenciais conflitos de interesse acesse: Chamon W, Melo LA Jr, Paranhos A Jr. Declaração de conflito de interesse em apresenta ções e publicações científicas. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(2):107-9. É necessário que todos os autores enviem os Formulários para Decla ração de Conflitos de Interesse como documentos suplementares. Ensaios Clínicos. Todos os Ensaios Clínicos devem indicar, na página de rosto, número de registro em uma base internacional de regis tro que permita o acesso livre a consulta (exemplos: U.S. National Inst it utes of Health, Australian and New Zealand Clinical Trials Registry, International Standard Randomised Controlled Trial Number - ISRCTN, University Hospital Medical Information Network Clinical Trials Registry - UMIN CTR, Nederlands Trial Register). 2. Abstract e Keywords. Resumo estruturado (Purpose, Methods, Results, Conclusions) com, no máximo, 300 palavras. Resumo não estruturado com, no máximo, 150 palavras. Citar cinco descritores em inglês, listados pela National Library of Medicine (MeSH - Medical Subject Headings). 3. Resumo e Descritores. Resumo estruturado (Objetivos, Métodos, Resultados, Conclusões) com, no máximo 300 palavras. Resumo não estruturado com, no máximo, 150 palavras. Citar cinco des critores, em português listados pela BIREME (DeCS - Descritores em Ciências da Saúde). 4. Introdução, Métodos, Resultados e Discussão. As citações no texto devem ser numeradas sequencialmente, em números arábicos sobrescritos e entre parênteses. É desaconselhada a citação nominal dos autores. 5. Agradecimentos. Colaborações de pessoas que mereçam reconhecimento, mas que não justificam suas inclusões como autores, devem ser citadas nessa seção. Estatísticos e editores médicos podem preencher os critérios de autoria e, neste caso, dev em ser reconhecidos como tal. Quando não preencherem os critérios de autoria, eles deverão, obrigatoriamente, ser citados nesta seção. Não são aceitos escritores não identificados no manuscrito, portanto, escritores profissionais devem ser reconhecidos nesta seção. 6. Referências. A citação (referência) dos autores no texto deve ser numérica e sequencial, na mesma ordem que foram citadas e identificadas por algarismos arábicos sobrescritos. A apresenta ção deve estar baseada no formato proposto pelo International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), conforme os exemplos que se seguem. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela List of Journal Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine. Para todas as referências, cite todos os autores, até seis. Nos traba lhos com sete ou mais autores, cite apenas os seis primeiros, seguidos da expressão et al. Exemplos de referências: Artigos de Periódicos Costa VP, Vasconcellos JP, Comegno PEC, José NK. O uso da mitomicina C em cirurgia combinada. Arq Bras Oftalmol. 1999; 62(5):577-80. Livros Bicas HEA. Oftalmologia: fundamentos. São Paulo: Contexto; 1991. Capítulos de livros Gómez de Liaño F, Gómez de Liaño P, Gómez de Liaño R. Exploración del niño estrábico. In: Horta-Barbosa P, editor. Estrabismo. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 1997. p. 47-72. Anais Höfling-Lima AL, Belfort R Jr. Infecção herpética do recém-nascido. In: IV Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira; 1980 Jul 28-30, Belo Horizonte, Brasil. Anais. Belo Horizonte; 1980. v.2. p. 205-12. Teses Schor P. Idealização, desenho, construção e teste de um ceratômetro cirúrgico quantitativo [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1997. Documentos Eletrônicos Monteiro MLR, Scapolan HB. Constrição campimétrica causada por vigabatrin. Arq Bras Oftalmol. [periódico na Internet]. 2000 [citado 2005 Jan 31]; 63(5): [cerca de 4 p.]. Disponível em:http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-274920000005000 12&lng=pt&nrm=iso 7. Tabelas. A numeração das tabelas deve ser sequencial, em alga rismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Todas as tabelas devem ter título e cabeçalho para todas as colunas e serem apresentadas em formatação simples, sem linhas verticais ou preenchimentos de fundo. No rodapé da tabela deve constar legenda para todas as abreviaturas (mesmo que definidas previa mente no texto) e testes estatísticos utilizados, além da fonte bibliográfica quando extraída de outro trabalho. Todas as tabelas devem estar contidas no documento principal do manuscrito após as referências bibliográficas, além de serem enviadas como documento suplementar. 8. Figuras (gráficos, fotografias, ilustrações, quadros). A nu meração das figuras deve ser sequencial, em algarismos arábi cos, na ordem em que foram citadas no texto. O ABO publicará as figuras em preto e branco sem custos para os autores. Os manus critos com figuras coloridas apenas serão publicados após o pagamento da respectiva taxa de publicação de R$ 500,00 por manuscrito. Os gráficos devem ser, preferencialmente, em tons de cinza, com fundo branco e sem recursos que simulem 3 dimensões ou profundidade. Gráficos do tipo torta são dispensáveis e devem ser substi tuídos por tabelas ou as informações serem descritas no texto. Fotografias e ilustrações devem ter resolução mínima de 300 DPI para o tamanho final da publicação (cerca de 2.500 x 3.300 pixels, para página inteira). A qualidade das imagens é considerada na avaliação do manuscrito. Todas as figuras devem estar contidas no documento principal do manuscrito após as tabelas (se houver) ou após as referências bibliográficas, além de serem enviadas como documento suplementar. No documento principal, cada figura deve vir acompanhada de sua respectiva legenda em espaço duplo e numerada em algarismo arábico. Os arquivos suplementares enviados podem ter as seguintes extensões: JPG, BMP, TIF, GIF, EPS, PSD, WMF, EMF ou PDF, e devem ser nomeados conforme a identificação das figuras, por exemplo: “grafico_1.jpg” ou “figura_1A.bmp”. 9. Abreviaturas e Siglas. Quando presentes, devem ser precedidas do nome correspondente completo ao qual se referem, quando citadas pela primeira vez, e nas legendas das tabelas e figuras (mesmo que tenham citadas abreviadas anteriormente no texto). Não devem ser usadas no título e no resumo. 10. Unidades: Valores de grandezas físicas devem ser referidos de acordo com os padrões do Sistema Internacional de Unidades. 11. Linguagem. A clareza do texto deve ser adequada a uma publicação científica. Opte por sentenças curtas na forma direta e ativa. Quando o uso de uma palavra estrangeira for absolutamente necessário, ela deve aparecer com formatação itálica. Agentes terapêuticos devem ser indicados pelos seus nomes genéricos seguidos, entre parênteses, pelo nome comercial, fabricante, ci dade, estado e país de origem. Todos os instrumentos ou apare lhos de fabricação utilizados devem ser citados com o seu nome comercial, fabricante, cidade, estado e país de origem. É necessária a colocação do símbolo (sobrescrito) de marca registrada ® ou ™ em todos os nomes de instrumentos ou apresentações comerciais de drogas. Em situações de dúvidas em relação a estilo, terminologia, medidas e assuntos correlatos, o AMA Manual of Style 10th edition deverá ser consultado. 12. Documentos Originais. Os autores correspondentes devem ter sob sua guarda os documentos originais como a carta de aprovação do comitê de ética institucional para estudos com humanos ou animais; o termo de consentimento informado assinado por todos os pacientes envolvidos, a declaração de concordância com o con teúdo completo do trabalho assinada por todos os autores e declaração de conflito de interesse de todos os autores, além dos registros dos dados colhidos para os resultados do trabalho. 13. Correções e Retratações. Erros podem ser percebidos após a publicação de um manuscrito que requeiram a publicação de uma correção. No entanto, alguns erros, apontados por qualquer leitor, podem invalidar os resultados ou a autoria do manuscrito. Se alguma dúvida concreta a respeito da honestidade ou fidedignidade de um manuscrito enviado para publicação for levantada, é obrigação do editor excluir a possibilidade de fraude. Nestas situações o editor comunicará as instituições envolvidas e as agências financiadoras a respeito da suspeita e aguardará a decisão final desses órgãos. Se houver a confirmação de uma publicação fraudulenta no ABO, o editor seguirá os protocolos sugeridos pela International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) e pelo Committee on Publication Ethics (COPE). Lista de Pendências Antes de iniciar o envio do seu manuscrito o autor deve confir mar que todos os itens abaixo estão disponíveis: □Manuscrito formatado de acordo com as instruções aos autores. □Limites de palavras, tabelas, figuras e referências adequados □Todas as figuras e tabelas inseridas no documento principal □Todas as figuras e tabelas na sua forma digital para serem □Formulário para o tipo de manuscrito. do manuscrito. enviadas separadamente como documentos suplementares. de Declaração da Participação dos Autores preenchido e salvo digitalmente, para ser enviado como documento suplementar. □Formulários de Declarações de Conflitos de Interesses de todos os autores preenchidos e salvos digitalmente, para serem enviados como documentos suplementares. □Número do registro na base de dados que contem o protocolo do ensaio clínico constando na folha de rosto. □Versão digital do parecer do Comitê de Ética em Pesquisa com a aprovação do projeto, para ser enviado como documento suplementar. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):59-62 61 Lista de Sítios da Internet Interface de envio de artigos do ABO http://www.scielo.br/ABO Formulário de Declaração de Contribuição dos Autores http://www.cbo.com.br/site/files/Formulario Contribuicao dos Autores.pdf International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) http://www.icmje.org/ Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals http://www.icmje.org/urm_full.pdf Declaração de Helsinque http://www.wma.net/en/30publications/10policies/b3/index.html Princípios da Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO) http://www.ar vo.org/eweb/dynamicpage.aspx?site=ar vo2& webcode=AnimalsResearch Chamon W, Melo LA Jr, Paranhos A Jr. Declaração de conflito de interesse em apresentações e publicações científicas. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(2):107-9. http://www.scielo.br/pdf/abo/v73n2/v73n2a01.pdf Princípios de Autoria segundo ICMJE http://www.icmje.org/ethical_1author.html Australian and New Zealand Clinical Trials Registry http://www.anzctr.org.au International Standard Randomised Controlled Trial Number - ISRCTN http://isrctn.org/ University Hospital Medical Information Network Clinical Trials Registry - UMIN CTR http://www.umin.ac.jp/ctr/index/htm Nederlands Trial Register http://www.trialregister.nl/trialreg/index.asp MeSH - Medical Subject Headings http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=mesh&term= DeCS - Descritores em Ciências da Saúde http://decs.bvs.br/ Formatação proposta pela International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html List of Journal Indexed in Index Medicus http://www.ncbi.nlm.nih.gov/journals AMA Manual of Style 10th edition http://www.amamanualofstyle.com/ Formulários para Declaração de Conflitos de Interesse http://www.icmje.org/coi_disclosure.pdf Protocolos da International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) http://www.icmje.org/publishing_2corrections.html U.S. National Institutes of Health http://www.clinicaltrials.gov Protocolos da Committee on Publication Ethics (COPE) http://publicationethics.org/flowcharts Editada por Ipsis Gráfica e Editora S.A. Rua Vereador José Nanci, 151 - Parque Jaçatuba CEP 09290-415 - Santo André - SP Fone: (0xx11) 2172-0511 - Fax (0xx11) 2273-1557 Diretor-Presidente: Fernando Steven Ullmann; Diretora Comercial: Helen Suzana Perlmann; Diretora de Arte: Elza Rudolf; Editoração Eletrônica, CTP e Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Periodicidade: Bimestral; Tiragem: 7.200 exemplares 62 Arq Bras Oftalmol. 2013;76(1):59-62 Publicidade conselho brasileiro de oftalmologia R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar - Vila Olímpia São Paulo - SP - CEP 04546-004 Contato: Fabrício Lacerda Fone: (5511) 3266-4000 - Fax: (5511) 3171-0953 E-mail: assessoria@cbo.com.br Ronda Propaganda O cuidado com os olhos pode mudar TUDO Gel hipoalergênico: • Cuida suavemente da limpeza da área dos olhos.1 • Demaquilante.1 Apresentação: Tubo com 40g e 100 compressas.1 Não deixa resíduos.1 Adequado para usuários de lentes de contato.1 BLEPHAGEL® Gel hipoalergênico. Higiene diária das pálpebras e dos cílios. Tubo de 40 g. 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Modo de usar: Em média duas vezes por dia, de manhã e à noite, ou quantas vezes seja necessária a limpeza das pálpebras. 1) Aplicar uma pequena quantidade de BLEPHAGEL® sobre uma gaze limpa e macia. 2) Frente ao espelho, aplicar com delicadeza a gaze sobre as pálpebras e a base dos cílios com o olho fechado. 3) Passar suavemente, várias vezes a gaze com o BLEPHAGEL® sobre as pálpebras e a base dos cílios, friccionar com pequenos movimentos circulares a fim de retirar todos os resíduos. 4) Eliminar o BLEPHAGEL® restante com a ajuda de uma gaze limpa. 5) Repetir cada etapa para o outro olho utilizando sempre gazes limpas. Reg. M.S. nº 2.5203.0006. Importado por: UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A. Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 – Embu-Guaçu – SP – CEP 06900-000 – SAC 0800 11 1559 – CNPJ 60.665.981/0001-18 – Farm. Resp.: Daniela Batista Paiva – CRF-MG nº 20617. Fabricado por: LABORATOIRES THÉA – 12, rue Louis Blériot – 63017 CLERMONT-FERRAND Cedex 2 – FRANCE / FRANÇA. Material dirigido exclusivamente a profissionais habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos. Produzido em: Abril/2013 Referência Bibliográfica: 1) Bula do produto: Blephagel®. Registro MS nº2.5203.0006.001-4. maior proteção contra os raios uv. Essilor, Crizal Forte UV e Orma são marcas registradas da Essilor International. Transitions é marca registrada da Transitions Optical Inc. Nova geração de Lentes Anti-reflexo Crizal com proteção UV. Use o seu celular e saiba mais sobre os raios UV. * NOVAS LENTES CRIZAL FORTE UV. PROTEÇÃO E NITIDEZ. Reflexos Arranhões Manchas Poeira Água UV PARA SEUS OLHOS PARA SUA VISÃO Dia após dia, a radiação UV tem efeitos nocivos e irreversíveis sobre os olhos. As novas lentes anti-reflexo Crizal® UV oferecem a melhor proteção contra os raios UV refletidos nos olhos, graças à alta tecnologia desenvolvida pela Essilor. Além da proteção contra os raios nocivos, as lentes Crizal® Forte UV proporcionam máxima nitidez de visão, combatendo 5 inimigos: reflexos, arranhões, manchas, poeira e água. Lembre seu cliente, que a Essilor oferece 12 meses de garantia de resistência a arranhões** que pode ser estendida mediante cadastro no site: www.essilor.com.br/garantiacrizal * Índice de referência desenvolvido pelo departamento de Pesquisas e Desenvolvimento da Essilor International certificando a proteção UV global de uma lente. O índice FPS-O = 25 significa que os olhos estão 25 vezes mais bem protegidos com as lentes Crizal UV do que sem lente alguma. FPS-O = 25 para as lentes Crizal UV nos materiais Essilor Stylis, Essilor Airwear, Xperio, Transitions e FPS-O = 10 no material Orma transparente. Medições realizadas consideram apenas a performance da lente. ** Para arranhões ocorridos em condições normais de uso, a troca por lentes no mesmo grau (dioptria) e para a mesma armação da compra original é inteiramente gratuita. Estão excluídos danos decorrentes de acidentes ou mau uso. As imagens neste anúncio são meramente ilustrativas. www.crizal.com.br | SAC 0800 727 2007