1 - Nosso Tempo Digital

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1 - Nosso Tempo Digital
1
QUEBRARAM -Os
OVOS DO TERCIO19
so
r iem
C rS 40,00
VASCOÉO CAMPEÃO
Foz, de04a 10/11181
Ano 1 - N° 37
..l
Depois de uma disputada partida o Vasco conseguiu derrotar a ASSERPI
'LOCALIZADO O
M OSou ITO D o
3FEBRE..,.,..,,
ARAI1I A2
»J%IVIRflCLM
COSTA
- __________ __ li •
UAVALLAN 11
SERÁ
ENTERRADO
EM
GUAÍRA
Revoltados com as
declarações feitas por
Costa Cavalcanti a
respeito de Guaíra, a
população daquela cidade
çonfere título de
"persona non grata"
aoneral. 12.
--i4j
•
.I
.4
O ENCONTRO
COM
A MORTE
A cobertura do Dia de Finados
Taxistas
rebentam
assaltante
Na noite de terça-feira, nas
proximidades da rodoviária, o cidadão argentino Hermes Lobo foi
esfaqueado e levou vários tiros
de um grupo de taxistas que ali
fazem plantão.
Lobo •encostõu num dos
carros numa atitude suspeita,
que para os profissionais do
volante aparentava uma tentativa
de assalto. O que mais chamou a
atenção foi uma corda que ele
trazia amarrada á cintura e que
os assaltantes usam para estrangular motoristas de táxi.
Ultimamente várias ocorrências de assaltos a taxistas vêm
acontecendo em Foz, o que está
levando esta categoria profissional a um estado de pânico.
Somente neste ano foram reqis
trados vários casos de taxistas
mortos por assaltantes, além dos
que foram para o Paraguai e não
voltaram mais. Um destes casos
mais recentes éo de Osmair Apa.
recido, que fazia ponto próximo
ao Unibanco. Ele foi levar um
passageiro até Ciudad Presidente Stroessner faz uma semana e
até o momento não voltou. Acre.
dita-se que deve estar morto
como já aconteceu com vários
colegas seus. O Presidente do
Sindicato, Francisco Mota, disse
que toda a categoria está alarmada com a onda de assaltos.
Este teria sido o motivo da
reação violenta na noite de terçafeira. Hermes Lobo levou vários
tiros no pescoço, braços e
facadas na barriqa. Está na
Santa Casa hospitalizado em es
tado grave.
CHUNCHO NA2
RECEITA FEDERAL
NTF0zo4a 10/11/81
EDITORA NOSSO TEMPO
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Composição
Editora Nosso Tem po LIda
IrnpresSaO
J. S. Impressora Lida.
Rua 6, Jardim Mana de
Fatima -Cascavel Pr
Vila vai
conversar
como
Prefeito
Um grupo de moradores da
Vila Santa Maria esteve ontem
com o Prefeito Clóvis ina
Para exigir a pronta solução dos
problemas de titulação do bairro
e levar outras reivindicações. O
grupo foi mobilizado pela Associação dos Moradores do Bairro
que é presidida por Florêncio
Morales Sosa.
Os problemas que afetam a
Vila Santa Maria são os mesmos
da Vila Paraguaia, CR 1 e Pérola,
e estão na falta da escrituração
dos lo4es. Estes bairros oe
grande densidade demográfica
são os mais antigos de Foz. Há
anos seus moradores vêm reivindicando a legalização de suas
propriedades adquiridas 10 a 15
anos atrás.
Durante a entrevista dada
por Clóvis Vianna à imprensa de
Fo? no mês de setembro, foi
anunciado. para breve a esçrituração destes terrenos. O Prefeito havia chegado de uma
viagem a Brasilia e deu a noticia
para os profissionais de imprensa presentes ria coletiva. Entretanto,c que havia feito o Prefeito
na Capital Federal foi se informar dos andamentos da tramitação de um pedido feito
tempos atrás.
As associações das Vilas
Santa Maria, ÇR1 e Para9uaia
não foram chamadas para
serem ouvidas ou então ouvirem
do Prefeito Municipal o que seria
uma boa nova para eles. Por isso
as Vilas estão indo até o coronelprefeito sedentas de novas informações para a velha novela da
titulação.
Durante a audiência de
ontem o Prefeito garantiu que
em Brasilia já está tudo resolvido, faltando agora a aprovação
pela Câmara de Vereadores do
Termo de Doação que o
9overno federal faz no caso ao
município de Foz. Esta doação
não é simplesois nela a Prefeitura de Foz se compromete a repassar as áreas doadas aos
atuais proprietários. A Câmara
deverá ainda na próxima semana discutir e coloça em votação
o projeto do Executivo. Cumprida esta fase e depois do Prefeito
sancionar é feita uma notificação ao Coverno Federal
cabendo finalmente a assinatura
do Presidente da República. Isto
porque estas áreas pertencem
ao patrimônio da União.
Cumpridas todas estas exigências o próximo passo Será a
medição das propriedades e sua
escrituração em nome de seus
atu3is proprietários. Cunha
Vianria prometeu aos moradores
que serão respeitados os atuais
limites dos lotes.
A Comissão presente na audiência esteve çorrosta por
Florêncio Morales °"isa (presidente da Associaç&, dos Moradores). Dirceu Weiber (tesoureiro). Antonio Comes Sobrinhn
(se(etârio), e os associados
Hermes Cristaldo. Luzia Tavares
da Silva, João Batista Fiqueiredo
(não é o homem), Nelci Alves
Paixão. Izalino Tonelo e Hildebrando Alves Maciel.
Além da reivindicação prioritária 1 que é a legalização de
suas propriedades, os representantes da Vila Santa Maria solicitaram ao Prefeito um telefone
público, placa e muro para a
escola Barão do Rio Branco1 pois
as três primeiras series do curso
primáric têm que atravessar a
rua para estudar em Outra
escola, rede de esgoto e circular
ate o bau ro Polo Centro,
Cunha Vianna ficou de encaminhar o pedido de telefone e
Piara r'ra a Escola Quanto aos
dem; pedidos, disse ser bastan'' ,,ficil conseguir atenoer.
Alegou que a carênçia da rede
do esgotos é geral em toda a
cidade e que a inclusão de três
séries do primário não se
lustifica pois há outra escola nas
Proximidades. Com relação à extensão do percurso da circular
ele respondeu que "mexer com
as empresas de ônibus é um problema"
Prefeito bom é isso'
t:k
111
1,1^ 1 .
Chuncho
na Receita
Federal
'r .1,
Um carro cheio de uísque e
produtos eletrônicos foi apreendido sábado na BR 277 por
fiscais da Receita Federal Aparentemente isto é um caso
comum em áreas :' fronteira, só
q ue desta vez o contrabandista
era o próprio chefe da Receita
no Estado do Paraná. O carro
saiu normalmente de Foz do
Iguaçu na espectativa de que Ç,j"
a barra estaria limpa, mas o
fiscal Celso Félix de Lima, ciimprindo com ô seu dever, parou o
carro como é de rotina. Dentro
vultoso
encontrou
o
,..,-.
contrabando. Estava preparando - a papelada para lavrar o flagrante quando o motorista disse
-.
que o carro e toda a muamba
erça de propriedade de Massad - -.
Deud Filho. Superintendente da
Receita no Estado do Paraná 1 e
que já estava "tudo sob
controle''. Celso ficou
surpreendido e logiçamente em
duvida quanto 'a veracidade da
conversa com o motorista. Junto
com ele estavam agentes da
Policia Federal e também da
Rodoviária.
O fiscal Celso é conhecido
seus escritorios.
A muamha de Massad. no
peta sua seriedade no serviço
em muitos anos de função caso, não preenche nenhum
destes requisitos. Não estava de
pública. Ficou por uns instantes
trânsito para nenhum pais e
ainda duvidando, pois a situação
tampouco era importação.
era extremamente delicada. Se
A C'iia de Transito foi fabricada
deixa passar a muamba, poderia
mais tarde sujar sua folha de ser- no sábado.
viço se faz o flagrante e confir-
Portanto, j Guia de Trns'tn
ma que a muamba é de pro- foi feita num sábado, dia em
oriedade do seu chefe oodera que não há expediente na
perder o emprego. Na dúvida, Receita, somente para que as
fez o que era certo:flaqrou o mercadorias introduzidas ilegalmotorista em companhia de um mente no pais chegassem até
agente da Policia Federal e Curitiba sem provocar nenhum
acompanhou, o carro e a acidente
a sede da Receita Federal em
Querubim
v o lenta
no mat o
Foz Entraram em contato
imediatamente com o chefe
local da Reçeita. Lázaro dos
i
Santos Costa, que em seguida
telefonou para Massad. Este
confirmou que as mercadorias
seria para presentear aos
amigos no final do ano, q ue se Estava começando a escuaproxima. Acontece que o carqo recer' quando a menor V.L.S.,de
de Massad, por ser de 15 anos, (a caminhando calmaconfianr.a, necessita de apoio mente da Vila A para a Vila C de
político e uns presentinhos sem- Itaipu. Fazia tranquila o trajeto a
pre podem ajudar. Na conversa oue estava acostumada sem
entra o chefe de Foz e o chefe nunca ter nenhum problema.
de Curitiba acertaram uma Afinal, lobo mau não passa de
forma de resolver o problema. O um personagem de estória
chefe daqui foi até o setor de co- infantil. Sua me, Laura da Silva,
cumentação e fez uma Guia de como todas as mães, sempre lhe
Trânsito até Curitiba, onde a fazia mil recomendaçoes. E
mercadoria deveria ser desem- eram os já tradicionais
baraçada. Acabaram cometendo conselhos das mães: "Cuidado
uma infração maior na tentativa com estranhos, não ande
de corriqir a primeira,
sozinha por caminhos escuros".
A Guia de Trânsito é um Mas a menina, confiante, não
documento que só é utilizado em deu muita bola e foi em frente.
dois casos. Primeiro, quando a Sempre andava por ali e nunca
mercadoria esta simplesmente aconteceu nada.
de passagem pelo p ais. Mas naquele domingo não
Segundo. quando alguma firma seria como os demais. Alguma
importa legalmente e através de coisa estava para acontecer. Ela
convênio com a Receita prefere tinha uma apreensã o no peito de
que a mercadoria seja desem- que havia coisa estranha no ar,
barcada na cidade onde tem Há pouco, pelo caminho em
' '•
h
direção à Vila C. a menina sentiu
um friOzinnO lhe correr pela
espinha. Chegou a pensar em
voltar para casa Ou então correr,
mas, acabou se acalmando e
imaginou que todo aquele
nervosismo era produzido peio
conselhos da mãe,
Eram 19h30 quandc
indivíduo saiu não se sa
onde, e de mansinho atac.
moça. No pê do Ouvido
que se ela não fosse pro mato
com ele, a mataria ali mesmo.
Não havia nada pra fazer e ela
acompanhou o homem para um
terreno baldic qc tinha ali por
perto com um delso mato. SÓ
chegou a ver o r r chá da Unicon
que o individuoportava com o n°
0200018. Isto fOi O suficiente
para identificar o tarado como
sendo CéliO Querubim,
Já no mato, Querubim (que
está mais pra Lúcifer do que pra
Arcanjo), começou com
excilaçOes e violentou a moça.
Antes de ir embora, o
estuprador fez a clássica
ameaça:
—Se tu contar para
qualquer pessoa, eu te mato.
Vou te achar nem que seja no
inferno para te matar.
Mas esta ameaça não
impediu que VLC. botasse a boca
no trombone denunciando o malvciO oue a havia violentado
Chorando, recolheu suas roupas
e depois de vesti-Ias contou tudo
em casa. E assim foi que no dia
16 foi à 6a. SDP e plantou a
queixa.
O violentador foi identificado, e se a menina perdeu a
vigindade por um lado, por outro
Querubim acabOu..,, r.dendo a
liberdade. EStE dtidz, uas grau
depois que os exames feitos na
menor constataram "penetração carnal violenta".
LOCALIZADO O
MOSQUITO DA
FEBRE AMARELA
Com a localização do Aeroporto Internacional para
Foz, de 04a 10/11/81
3
mina unicamente pela picada do
mosquito contaminado.
Conduziu a um controle tão
efetivo dos insetos
transmissores que hoje em dia a
ebre amarela desapareceu da
Zona do Canal do Panamá, bem
como de Cuba. Exilo semelhante
foi conseguido onde quer que
mosquito transmissor da febre dedetzar os aviões. O objetivo tenham sido postas em prátiça
aedes
amarela próximo Ponte da disto é que o temível
medidas eficazes de combate
Amizade, que liga o Brasil ao aegypti não saia da região onde aos moQu'tos.
Paraguai, as autoridades sanifá- foi localizado. São medidas
Fo o que açonteceu na
rias de Foz se mobilizaram para preventivas tomadas neste caso cidade do Rio de Janeiro,cjue no
visanpela
Sucam
para
evitar
a
proliuma operação
iníçio do séçulo XX era um porto
do a localização de novos ve- feração. Um destes mosquitos evitado pelos estran.2 iros, tal a
fores ao mesmo tempo que transmissores em São Paulo, Rio intensidade com cpé grassava
colocaram toda a infraestrdlura ou outro centro de grande
a febre amarela. No governo
da Sucam em campo na tomada concentração populacional pode ali
do
presidente Rodrigues Alves,
ocasionar males catastróficos.
de medidas preventivas,
foi
nomeado prefeito do então
Autoridades da Sucam em Distrito
Todos foram tomados de
Federal o engenheiro
surpresa, pois se acreditava que Foz disseram que o mosquito Pereira Passos e entregue a
o mosquito transmissor da febre, transmissor localizado nas proxi
direção da Saúde Púhca ao
que já dizimou populações intei- midades da Ponte não estava médico paulista Osvaldo Cruz.
ras, estivesse exterminado. A contaminado A febre amarela é Tendo frequentado prestigiosas
probabilidade de existir o temível transmitida somente pela picada instituicões científicas da
agente da febre sempre foi con- do mosquito contaminado. A Europa, conhecia os mais
siderada remota, mas apesar doença não é çontaosa.
modernos dados sobre as
disto a Sucam fez no ano
às dedetiza- doenças tropicais, incluindo a
passado uma campanhatema
de ções, aParalelo
Sucam está
vacinando a febre amarela.
vacinação
o
em
Foz
Iniciou ele, então, enérqica
cheqou
ser tratado
na reunião
população.
Esta de
campanha
entre os aMinistros
da Saúde
do comecou
pelas vilas
ttaipu na campanha de combate 'aos
focos de mosquitos, enfrentando
passada.em
C:andes
Brasil e Paraguai realizada nãosemana
se formaram
frentefilas
ao grande resistência da população
faz muito tempo.
Floresta Clube. No canteiro de que não o poupava, assim como
Com a localização do obras
a vacinaçãó teria sido aos funcionários da Saúde
mosquito transmissor, o aedes obrigatória
(afinal a obra não Pública, que eram chamados
aegypti, foram acionados todos pode parar)
Milhares de pejorativamente de "mata
os mecanismos disponíveis para
Mas sua tenacidade
a sua erradicação A Sucam, pessoas
foram vacinadas em mosquitos"
e dedicação acabaram
ltaipu.
organismo do Ministério da
vencendo o aedes ae9ypti
Saude e responsável por medida
Aora a vacinação está
Ao lado da febre amarela
de prevenção de enfermidades sendo estendida para os habiurbana, pode ocorrer
tropicais, passou a executar um tantes de Foz. As vacinas estão clássica,
também a febre amarela silplano de emerqêrria elaborado sendo aplicadas
sede da
em sua sede na Avenida Paraná, Sucam, das 14 às 17 horas,
Ontem estiveram reunidas
próximo ao Posto de Saúde.
Brigadas de funcionários na Sucam autoridades sanitárias
passaram a dedetizar os carros, do Brasil e Paraguai para estucaminhões e ônibus que entram darem o problema e planifiem Foz tanto pela BR277como carem conjuntamente a
pela Ponte da Amizade. Outro campanha preventiva em ambas
grupo foi destacado para o as margens do rio Paraná.
t
relâmpar
.
p
vestre. Neste caso o vírus é
encontrado em macacos e
v.rios mosquitos, geralmente do
gênero haemaqoqus, transmissores da infeççào, que se
reveste de quadros dinicos OS
mais variados.
As autoridades sanitárias
internacionais se interessaram
ela prevenção da propagação
da lebre amarela nas cidades.
Em 1951 foi concedido o Prêmio
Nobel ao doutor Max Theiler.
do Centro Rockfeller, pela descoberta de uma vacina, a 1713
(vírus camarada), contra a febre
amarela. Esta vacina, preparada
com o vírus, foi aplicada a mais
de oito milhões de membros das
o ças armadas durante a II
Guerra Mundial
Medidas de precaução são
também tomadas para impedi; a
introdução dos mosquitos conta-
minados nos aviões e nos
navios, São vacinadas as tripulações contra essa doença e
dedetizam-se os barcos. As
pessoas afetadas pela febre
permanecem isoladas em
quartos protegidos, durante os
primeiros dias, a partir do aparecimento dos sintomas da febre
amarela.
A Organização Mundial da
Saúde e os postos de observação espalhados por todo o
mundo estão constantemente
alertas contra a ameaça dos
mosquitos portadores dos
germes. Nas zonas de proliferação é aplicado o DDT ou
óleo para matar as larvas dos
mosquitos. Com tais medidas foi
reduzida ao mínimo a
febre amarela
piopagação
ulfimos anos.
p
fr
Av. Brasil, 349
Fone: 73-1992
lQULP?.IltOS
o
o
— —
CRÉDITO FÁCIL
Fundada em 1968
A MAIS BELA UNIÃO:
A MÃO E A NATUREZA
EDSON SÁ
Febre Amarela
dizima populações
A febre amarela é uma
doença infecciosa produzida por
um vírus filtrável que se transmite, geralmente. pela picada de
um mosquito, o aedes aegyptl,
m cujo corpo vive e se reproduz
o virus. A enfermidade se inicia
bruscamente, de modo geral de
3 a 6 dias depois da picada do
mosquito. O rosto se inflama e
fica vermelho, os olhos se
cobrem de uma espécie de véu,
os lábios e a língua ficam com
uma cor amarelo-viva, nota-se
febre alta,dor de cabeça e das
costas, e sente-se esgotamento
extremo. Em 2 ou 3 dias, a temperatura desce abaixo do norma'
o pulso se faz lento, a pele fica
fria e adquire tom amarelado, o
que dá a denominação à enfermidade. No tempo devido,
produz um vômito negro caracteristico, ,que indica hemorragia
interna. A medida que o doente
se recupera a temperatura volta
ao normal. geralmente no sétimo
ou oitavo dia, e começa a convalescença. São raras as complicações: um ataque dessa
doença produz imunidade para
toda a vida.
Até o inicio do século.
grandes extensões da América
Central e do Sul eram consideradas inabitáveis por causa
dos desastrosos efeitos da
febre amarela. Em uma das epidemias foi eliminada uma parte
considerável da população ao
larço do litoral do Atlântico Sul e
dotolfo do México. O primeiro a
indicar que a enfermidade se
transmitia pela picada de um
mos u to foi o médico cubano
Carlos Finlay, em 1881. Vinte
anos depois, o doutor Walter
Reed. cirurgião do exército
norte-americano, demonstrou
que a febre amarela se trans-
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O «í4
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RiO
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coberta do elo perdido, é a mão discos de Athualpa Yupanqui, tal de Sele Povos, o aniquí!i.'ientO
estendida para ampliar a roda da como se compre
disco de dos quaranis, a imposição da
ciranda dos pOvOs americanos Beethoven Ou A,r,:trOfl. A região do colonizador. •
de cultura latina. As fronteiras juventude destes países cultiva li E Vocês criarem Instrupolíticas não são fronteiras c rjl- tanto músicas de cunho univer- mentos para este trabalho?
turais muito menos para a alma sal como músicas de raiz
Cláudio - Achamos que não seria
a n dela das pessoas do sul. Os NT- Este tolo despertar.
legal fazer (ai trabalho com insTapes cantam, tocam suas flau- Cláudio - Foi assim que ficamos (rumentos modernos, mas sim
las primitivas e seus curiosos conhecendo grupos como Voces Organizar instrumentos para ex
instrumentos fabricados com Blancas, Huancauá, Los Trova- pressar a música indígena. Fo
bambus e taqijaras 1 a música dores e compositores como então que muita aente imaginou
mais latino-americana já criada
Yupangui. Vimos estes qrupOs Os Tapes como iridios Só
no Brasil". disse o editor de participando de festivais que
faltava porem uma tanQa em
discos Marcus Pereira,
mostravam a música , de várias
nós. Isto partiu principaímente
Foi um espetáculo inesque- regiões da Argentina.E o caso do de certo tipo de critica mal inforcivel que preencheu uma lacuna Festival de Cosqui'n, cidade de mada. Havíamos montado um
existente até O momento em Província de Córdoba. Ai se espetáculo especifico sobre O
nossa cidade, ainda carente de reúnem qrandes músicos. Tinha- índio.
verdadeiras promoções cultu- mos muita vivência com a NT Este foi o primeiro trarais. Cláudio, Jore, Zé Júlio, música argentina e uruguaia
balho de vocês levado ao palco.
Pedro Otacilio e Silvio fizeram o Nossa vinciIação com a música
público presente no Oeste do Rio Crande do Sul era mais
Cláuidio - Não. Antes já tínhamos
Paraná Clube vibrar com suas com as raizes
montado Canto da Gente e Não
musicas e com a letras apren- NT - E esta raiz estava na
Tá Morto Quem Peleia,
der que não está morto quem oriqem cultural de vocês, na
NT Qual a base para este trapeleiã
vivência em Tapes?
balho?
Combinamos esta entre- C!áud,O - Ai é que está. E imposCláudio - Sabe, em Não
síve/ alguem em tapes não ter lá Morto Quem Peteia colocavista e a fizemos durante um
churrasco. Junto a nós estava O ouvido mi/onqa, fandango,
mos todos os registros que
Çlei, çompanheiro do "Estado do
mazurca, oito baixos... Mas para
fizemos pelo interior do nosso
'Paraná"
muitos esta raiz vai se perdendo município. Saímos em busca de
NO meio de muita gente, pri."ipalmente para aqueles que pessoas de mais idade Ou jovens
som, biritas e um bom chur- já em núcleos urbanos são aculmesmo para ver o que tinha resrasco, conversamos com o idea- furados por outras formas.
tarjo na memória musical deles.
Então, a juventude não era muito
lizador do conjunto , Cláudio
Tivemos surpresa ao encontrar
Boeira Carcia, um sujeito de
ligada à música de raiz
sanfoneiros que não mais tinham
cuca extraordinária. Ele transmisanfc.na Então a gente ,dava
tiu O que fazem Os Tapes e qual
-
uma sanfona e eles iam retaa visão do pupO em termos de
zenoO músicas e mais músicas
cultura popular
q uê sabiam. Com isso nos
Vou levando minha vida
demos conta de que eles tinham
Em passo de espera
NT - Para conjecar, como surmuita saudades
Semente plantada
giram os Tapes?
NT- E esta saudade não tinha
No
seio
da
terra
C/aijd/O Fo, partir de nossas
forma de se expressar?
Povoa meus sonhos
preocupações com as raízes de
Cláudio - Forma tinha O proDe quera qaudério
nossa música Numa época em
blema eram os instrumentos.
Que a juventude estava IranMesmo assim muitos continuasando rock e Outras músicas de Canto o canto dagente
ram tocando sanfonas furadas,
Que
pode
ser
crente
consumo, havia muita gente
com foles furados, Ou tubo
discutindo cultura popular. E Sem mesmo perder
ralado. Eram centenas deste
Canto o canto da gente
como nossas cabeças estavam
tipo. As coisas permaneciam
Que
lança
a
semente
acima do nível médio, isto na
vivas para eles embora as rádios
e
pode
colher.
martelassem todos OS dias outro
medida em que éramos um
tipo de coisa.
grupo de discussão e leitura.
passamos a nOs preocupar com Dedilho a viola
NT- Então vocês sentiram que
os fenômenos culturais do n0550 Espanto a tristeza
o pessoal estava resistindo à
Esqueço
meu
pranto
povo
música comercializada.
Cláudio ' Sim, esta gente tinha
NT - Nesta época vocês esla- E sinto na noite
vam mais liqados no campo Ou No cheiro do pampa
urna coisa que havia feito parte
O suor da mninha gente
da vida deles, então ficavam se
na cidade?
Na
força
do
canto
ralando com os foles furados e
Cláudio Não dá para dissociar
uma coisa da outra. Mas todas
violas Quebradas. Foi ai que
as questões estavam ligadas a Canto o canto da gente
começamos a fazer os registros
uma experiência rural, EM nossa Que sabe o que sente
de uma série de øessoas.
Na
vida
o
perder
memória musical ainda sobreCravamos depoimentos
musicais de muitas pessoas,
vivia o Terno de Reis, que são as Canto o canto da gente
cantorias, folias que se fazem de Que leva na mente o amanhecer. usamos fitas e mais fitas.
Ficamos um ano pesquisando e
2.5 de dezembro a 6 de janeiro
no fim colhemos todo um maNT - Como foi des pertada em
NT - Mas a música de vocês
vocês a necessidade de desenterial para conhecer a tristeza
tem multo de raiz indlena
deles e a compreensão sobre as
volver isto?
também.
coisas que estavam Ocorrendo.
Cláudio - Não podiamos ignorar
Claud,O O/na, a juveitude de
Eles não eram capazes de
nossa região a 15 Ou 20 anos a música indige.na Não p
odíaconhecer que o mundo estava
atrás era vinculada á música do mos ignorar a questão do índio
mudando. E ficavam tristes com
Uruguai e da Argentina. Prati- A raiz indígena tOi aniquilada
isto NO fundo não aceitavam ver
camente convivíamos com estu- pela civilização branca. Nós
que aquilo que fazia parte de
então montamos um trabalho
dantes uruguaios e argentinos.
suas vidas estava sendo
Para nós era comum ver eslu- chamado America rito, Ai levandantes universitários comprando
destruído
tamos a questão da destruição
E
Na última sexta-feira o lornal Nosso Tempo brindou Foz
com um shOw do conjunto Os
Tapes. Foi uma oportunidade
rara de se curtir a música de raiz
do Rio C, ande do Sul.
Tudo começou quando o
doutor Antonio Vanderli Moreira entrou em contato com
Cláudio Bueno Qarcia, um dos
membros de Os Tapes e que foi
seu companheiro em Porto Atere. Antônio fez Os acertos com o
conjunto e o tOmaI, com a colaboração inestimável da Lurdes
saiu a campo mobilizar patrocinadores, convidar a população
e arranjar o local para a apresentação. Com o apoio da
Farmácia Teixeira, Emerson
Wagner, Escritório Delta, Hotel
Salvatti, Papelaria Wadipel e
Hotel Carimã, foi montado o espetáculo. O local escolhido foi o
Oeste Paraná Clube, numa
defe ncia especial de seu presidente, Ornar Tosi.
Toda a divulgação foi feita em
apenas dois dias e os resultàdOs
foram satisfatórios. Muitos que
assistiram esperavam encont,rar
bombachudos cantando xotes
comercializados. Outros foram
por curiosidade. Mas no final
todos saíram vibrando e querendo mais. Durante todo o show
houve participação massiva do
auditório, muitos pela primeira
vez curtindo um tipo de música
feita em cima de pesquisas,
desenvolvimento das prOduções
mais autênticas de autores anónimos, que apesar do sistema
opressivo e alienante resistem
"com seus foles furados e violas
quebradas"
Os Tapes é um conitjnlo
folclórico nascido em Tapes,
acolhedora cidade localizada a
100 quilómetros de Porto
Aleg re. Eles fazem da verdadeira musica popular e da
denúncia pela música das injustiças sociais uma das principais
razoes de suas vidas Eles apresentam as suas músicas, fruto
de incansável trabalho de pesquisa. reelabOraçãO, criação,
compO.çào e ensaios, inspirando rmúsica popular folcló.ijO Cande do Sul e de
ric;
.no-americanos.
pOv,
Este grupo composto por
seis moços constitui um exemplo de amor á música e ao Brasil
Eles'nãO visam lucro. Não prostituem suas convicçoes. A música de Os Tapes "é a des-
L
E
Canto da qente
IA
Janaíta
Limpa os olhos
Mostra 0$ dentes
Flor Intata, sol ardente
no galpão se fez mulher.
Janalfa sete irmãos
Janaita pai peão
Janaita
não
diz
O corpo fechado
Como rosa botão
Abriu-se Inocente
Brotou no seu ventre
A condenação.
O corpo cansado
De andar de mão em mão
Perdeu-se com os dentes
Morreu a ilusão
O rancho estragado
A mão sem tostão
Es pasto amassado
És mate lavado
Açude esgotado
És forno sem pão,
NT - Seria a reação instintiva
à opressão sem conhecer os
mecanismosque estavam
reprimindo a cultura popular?
Cláudio - Mais Ou menos isto
Aquilo que para muitos era coi.o
do passado, para Outros era otraço vivo, era a própria vida
deles Sendo Oprimida, que
estava sendo dominada. O
importante é aue havia uma
reação
NT - E vocês desenvolveram
musicalmente u,'-, reação cultural do povo?
Cláudio - Notamos Que havia
uma reação mt.'.tO violenta no
povo. As pessoas ainda se
reuniam, tinham gaitinhas,
mesmo que clandestinas, suas
violas clandestinas mesmo dos
próprios filhos. Descobrimos que
havia cente nas de pessoas
nesta situação. Foi então que
resolvemos fazer Não Tá Morto
Quem Peleja. E foi em cima
destes dados, de compositores
anônimos. Todos estes discos
que $ravamOs são músicas
destes compositores. Músicas
que ninguém vai ençontrar a não
ser neste trabalho. Quem já
Ouviu falar do João Prás, dos
compositores de dobrado de há
25 anos atrás' Uma banda de
camponeses lá no municipio de
Cuaiba fizera uma música se
homenageando, já que ninçiém
ia home.nageí -los.
NT - A musica da banda também foi colhida pelos Tapes?
Cláudio - Sim, principalmente
quando se pega trinta anos de
dobrado de uma daquelas
bandin h as da colonização alemã
que não tem interesse financeiro e luta contra tudo e contra
todos
.
hu
Foz, deü4a
10111 "8
NT - E ai vocês deslancharam?
NT- Os bailes também foram
Cláudio - Aquilo chamou a atenfontes para o trabalho de voção de meio mundo. Comecês?
çaram a cobrar nossa ida a
Cláudio - Claro. Foi assim Que
Porto Aleqre. Então nosso trabapegamos uma mazurca num
lho explodiu e muitos se surbaile lá pelos campos. E alguém,
como única referência, diz aue preenderam mas para nós não
foi surpresa, pois estávamos
tal mazurca é de fulano de tal. Já
acostumados na Argentina com
a música do neqrO foi preciso
este tipo de trabalho
uma ajuda de amigos nossos enNT - E qual a consequência
(rosados na área da antropologia
disto tudo?
e que pesquisaram a questão do
Cláudio-Atualmente temos .no
negro. Com estes elementos e
Grande do Sul uma média de 40
mais alquns preparamos Não Tá
espetáculos com uma média de
Morto Quem Peleja. Fizemos
público de 700 pessoas.No
projeção de slides, onde apainicio nosso público era só unirecem os verdadeiros autores
versitário. Isto porque ele tem i n
deste trabalho e colocamos no
-formaçãisápdobrea
som o depoimento deles
coisas. Pelo menos na época em
NT- Para se fazer este tipo de
que nós surgimos. Era um dos
' trabalho requer-se muita pessetores onde a discussão pOlíquisa. Vocês foram financiatica podia aparecer, mesmo
dos?
clandestina. E mesmo um tipo de
Cláudio - Nunca tivemos finanarte que não é a repetição do
ciamento para praticar este tipo
óbvio tinha que chamar á
de trabalho. No começo éramos
atenção. E mais, no Rio Grande
um grupo de amigos, que se
do Sul havia muitos grupos de
reunia para tomar mate e
discussão.
discutir questões ligadas a arte.
NT - O que chama a atenção no
Foi partir de nossas informagrupo de vocês é que há uma
ções, de nossa definição da
visão geral do Rio Grande do
função-da arte que salmos em
Sul. Não há particularidades.
campo. Sempre fomos muito
Cláudio - O Rio Grande do Sul é
descom prometidos.
um conjunto bem mais complexo
NT - No começo de suas reudo Que se costuma divulgar. Rio
niões lá em Tapes, já havia o
C,» aide do Sul não é musica de
Objetivo de formar o conjunto?
Cláudio - Não. Olha bem, tinhamos Outros tipos de atividades.
(ais como atuação política e
Outras coisas. Tínhamos nossas
rofissóes. - Eu, por exemplo.
lecionava. Mas do ponto de vista Continente americano,
da arte éramos um grupo de Coração gosto de sal.
amiqos que se reuniam para discutir. para (ornar mate, para Quantas noites de esperança
Ouvir música, parafazer música, Quantos séculos de distância
mas não pensando neste grupo.
Que O Irmão não diz bom dia
NT - E ai vocês resolveram sair Que a mãe não vive em paz.
de Tapes para participar da
Eu sonhei com toda a América
Califórnia, em Uru quaiana.
Claudio - Bem, apareceu a opor- irmã gémea, muito igual
(unidade de participar. Tínhamos Acordei mal humorado
preconceitos contra os festivais Com a verdade desigual
e ficamos em dúvida se este não
seria igual aos outros. Mas Nesta pele, multicores
apareceu este com uma propos- Neste ventre, mineral
ta diferente. E nós resolvemos Nos calores do aconchego
inclusive provocar o Califórnia.
Ouço um grito matinal
NT- Como foi?
CludfO - Compusemos uma mú- Continente americano
sica de 25 minutos para este (es
Coração gosto de sal.
tival, O Califórnia da Canção UMENEI
Nativa. O nome Califórnia vem
corridas de cavalo. Hoje é fronteira somente. É a cultura
indígena sendo aniquilada pelo
dos mais importantes do
Classificamos nosso capitalismo mercantil, é o negro
5.
.
trabalhando na lavoura como
e nos apresentamos
CmO concorrentes, Tiramos escravo, trabalhando na charqueada, no litoral. Rio Grande do
vários prémios e nos
Sul é O imigrante alemão, italiaconvidaram para o final.
no e polones. E o açoriano. Não
NT - Com qual música vocês
pode ser só música de fronteira.
participaram?
Cláudio - Participamos com Vida 1 do negro e do índio. É tudo isto.
Não se pode proibir o dobrado
Cisma e Ca n to de um Farrapo. E
na música do Rio Grande do Sul.
a Revolução Farroupilha
A cultura não pode ser fechada.
contada e cantada dentro do
Proibir O dobrado é proibir o Rio
ponto de vista de um farrapo
Grande do Sul de ser o que é. É
anônimo. Este era o nosso
Querer colocar uma fase como
nrriøfO
Continente
Americano
N'T-
temos a participação nos discos
dos festivais Califórnia. Pedro
Quará foi vencedor deste festival
Janaita foi quarto çolocad9 do III
Califórnia e Cheracár Y Apacuy
também está num destes discos
NT - Há outros conjuntos
fazendo este tipo de música lá
no Rio Crendo do Sul?
Cláudio - Olha, tem muita gente
fazendo trabalhos de divulgação
da música de raiz. Tanto dentro
dos movimentos universitários e
secundaristas como nos grupos
musicais fora. Existem várias
te ndências. Há muitos grupos
que põem bombacha, mas só
ficam no externo. NO geral, há
uma preocupação mui to grande
e existem trabalhos atuaTme.nte
de muita seriedade.
se fosse o RIO Grande.
NT - Colocar o índio é uma
questão nova, pelo menos
para quem curte a música do
sul como espectador.
Claudio - Esco nder o índio é
esconder O Rio Grande do Sul,
pois o índio foi o primeiro donO,
foi simplesmente escorraçado,
morto, corrido dali, Esconder o
negro é esconder a escravidão
brasileira que também ocorreu
no sul
NT - Mudando um pouo
Muitos dos instrumentos de
Os Tapes são fabricados por
vocês mesmos?
Cláudio - Criamos a puífa. índio
nunca tocou puita. Puita é a mãe
da cuica. Pártimos do berimbau
para criar o arc9PaU. Pegamos
'um arco indígena, botamos um
porongO e tocamos da forma de
um berimbau. É a questão do
índio ligada à questão do próprio
negro. Para a elaboração do
Arriericaflto foi que nós criamos
algun s destes instrumentos que
vocês viram,
CO:
NT - Qual a visão que vocês
têm sobre música popular?
Ciaud,C Isto merece urna conferência e numa entrevista não
dá para aprofundar muito, Achamos que música deve ser a
expressão de um povo, deve ter
raiz. Somos contra qualquer forma de manifestação a se impor
como absoluta. Achamos, jato
sim, que as culturas devem se
manifestar e que não haja
nenhum tipo. de repressão. Não
devemos cair no fascismo musical. Aqora, discoteca e similares
já é outra coisa. Isto é subprorealduto cultural. Não é
me nt e cultura,
NT - Fale um pouco das andanças de vocês.
Cláudio - Fizemos shOw no Rio,
São Pau/O, Goiás, sempre a
convite das entidades. Coma
exemplo, em São Paulo fomos
convidados pelo Museo de Arte
de São Paulo. Na Europa parti-
cipamos do Festival de Berlim
em 1979. Fomos nós, Gilberto
Gil e o Quinteto Violado. Depois
nos apresentamos em Viena.
NT . E hoje em Foz.
Cláudio - Bem, aqui ficamos bastante satisfeitos. O pessoal
sentiu que nossa música tem
raiz e todos sentiram alguma
coisa mexendo dentro deles.
Tocamos naquele resíduo de
cultura popular que todos carregam no subconsciente. Aqui
havia um público diversificado.
Gente de todos os estratos
sociais e a participação foi geral
e por igual. Foi notável ver que
um joraI alternativo, passando
por uma série de dificuldades
como vocês, partir para esta de
promover um espetáculo com
um conjunto ainda desconhecido do grande público. Foi
nossa melhor recepção no
Paraná.
NT • Que discos vocês têm
qra vedo?
tlãudio -Temos discos gravados.
mas não há comercialização.
Temos o Canto da Gente, Não Tá
Morto Quem Peleia, mais a participa cão nos , ',quatrO discos
editados por Marcus Pereira,
que é uma coletânea sobre
música popular. Além disto,
Cine iquaçu
apresenta
—
TUBARÃO de 5 a
novembro, às 20 e 22 horas.
Matiné dominqo, dia 8,as 14 e
16 horas.
h1 -.
Pedro Guará
Num lamento cheqou o Minuano
Anunciando O último Inverno
O orvalho chorou nas campinas
E o ceu enlutou as estrelas.
Pedro Ouarè sentia mais forte
Cheiro da terra o vento do sul
Entrava no rancho no calor do braseiro
Mateava na espere do tempo chegar
Pedro Ouarâ viveu araqaflo
CampereandO manhãs distantes
E passandO plantava alegria
O riso ficava quando partia
Pedro Ouará partiu sem rastro
Fruto maduro na volta pra terra
Rasgando um riso seu último QestO
Sumiu da serra não vai mais cantar,
-.
TERROR E ÊXTASE - De 8 a
11 de novembro, às 20 e 22
horas.
'OOOOOOO00000000000000.000000 o
0-
8 GRUPO-
CONFIE EM QUEM S.
LHE OFERECE o
-8 UNIVERSAL O MELHOR
O .AUTO PEÇAS
Q
UNIVERSAL
COMÉRCIO
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-
FERRAGENS EXP. DE PNEUS E BATERIAS
UNIVERSAL
8O
POSTO
UNIVERSAL
Q
Q
c
i. uu.
,i't t,rTAi. AuTOMO'IIVAS COMPR(SSOr.ES MACA oREflFICA PINTURAS. tT()RHAIAR
PULVEM,'i
MOTOSERRAS CAÇÃO ( Cr,*P(AÇAO, CONSEM MÂ ;i;;,NA '.. .IIA ..i ;.A vARAl-USOS E FER COS
'OS E INSTALAÇÕES tSI'I 1 AL PARA RI.,UA HAMENTAS DE VARIAS BOMBAS D AGUA MO CAi) TROCA DE C'.EO
L P01. ML 'ITI'
ELETRICOi
O'IICAS EM GERAL 0€ MAGNESIO ALINHA E5P€CIES LINHA COM TOMES
E C
OS MENTi) ELEIRÕNII.;i) PI.STA 0€ MATERIAl 'TANTf
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DE W3 1 `14-
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VALOR cR$500900
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- PARANÁ - BRASIL
FOZ DO IGUAÇU
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Comércio Ufflver*aI de. Pnus Ltda.
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-'1085 So tá vsl,ddS como csr,mbø da t,rma auspIciedOra (II
(i
-
V
VALIDO PARA UM ALINHAMENTO ELETRÔNICO DE DIREÇ ÃO
REGULAMENTO
• ryso de l,nflarT,efltO sItr6nIco de d,rçio I,IJO
TominTe
como
4aSeito
Este CUPOM,
2 Somente w' ,,c ei'; 1,um)oMpomporch0005.
.4.trõntco de d,ro.
3 Em hIpóteSe algum . P' .c*ito dota ou mais cupom poraiinlsemnto
não Poderá ser ~,800
4 - Etie cupom não po'l .-.' sr trocado por dinheiro, i0 mesmo
5 . Para a realização ri IR ..lÇo prvESOSi'ã a hora da chegada.
6 Somente Se'
Ri' .Z,.1i s.rviço de al inhamento .l,t,ón,cO ria d'ação Quando o carmbo
serádo
aUspIclario'a co'.st.. r,l alto do cupom.
"SEM VALOR C')MERCIAL"
VÁLIDO ATÉ: fM2MS1I
13))
, )
-,
(JT_ Foz , deo4 a1011118 '\
-
Presentes carinhosos (vidros pin- que nunca esqueceram O Natal
t ados por nós mesmas, pegar quando era criança. Quem
panelas de pano, caixas forradas quarda uma lembrança do Natal
com t013 OU papel, vasos com da infância leva dentro de si um
pIant para nossas vizinhas Ou tesouro, uma recordação feliz
amigas que nos pediram alquma que também dará a seus
vez aquelamudinha.) Mil idéias próprios filhos.
que vão surgindo quando
p ensamos em presentear com
Natal não é comprar coisas
verdadeiro espírito de Natal.
somente; é fundamentalmente
Nossa Família — Vivendo com dar aos Outros um pouquinho
as crianças aqueles momentos mais de amor...
Dicas do
Supermercado Sqarioni
para as donas de casa
Costela de
Adão
Talvez, junto com as
samambaias as costelas de
adão são as plantas mais usadas
na decoração.
Conhecida também como
mão de macaco, banana de
prejo, balaço, sete facadas,
swiss-chesse, a nossa costela
de adão pode enfeitar sozinha
um canto da sala, um hall de entrada, tanto com móveis tradicionais Ou modernos Ou
simplesmente entre vários potes
de cerâmica do nordeste, como
tivemosocasião de admirar na
casa do dr. Arnaldo Muller.
Cuidados que requer. A costela
de 1aO requer muita umidade.
Ela adora calor, temperatura
entre 15 a 300 e suporta ambientes sombrios; sombra
parcial Ou luz filtrada.
Adubação: Não é exigente em
adubo; Ocasionalmente
coloque adubo Orgânico
quando perceber que a terra
do vaso foi cOflsumldMhayeri.
do redução do voiume1 0 adubo
químico poderá ser colocado
uma vez por mãe. As folhas
amarelas devera ser retiradas
e as folhas sadias borrifadas
com água todas as semanas.
Ao níp ihar deve-se edtsr
encharcar o solo pois diflctdti
a respiração das raízes.
Melhor molhar bastante e só
fazê-lo novamente quando a
torra estiver seca.
Plantio e reprodução - A forma
mais segura de Obter Outra
costela de adão é por muda. E
Para Obter uma bela planta,levar
em conta estas dicas:
Vaso: de xaxim ou barro para
muda pequena Se se quiser
Obter uma planta mais volumosa.
tomar um vaso maior. Para um
arranjo cheio devesereunir (réS ou quatro mudas
ao redor de um bastão de xaxim
e Proec Jer desta forma: orifício
no ',, ij, alguns centímetros de
dren-jem com areia Ou pedras e
solo adubado e fofinho. Segure
as mudas em torno do bastâõ de
xaxim com um barbante de rafia
com muito cuidado, sem apertar.
Coloque-o na depressão do solo
plantando as raízes até a altura
ao saio, aleite a terra ao redor e
molhe bastante, E pode esperar
Por um maravilhoso exemplar de
costela de adão enfeitando a sua
casa.
E atenção que também
Podemos descobrir a flor da
costela ( que não é Eva) e sim
uma discreta e esverdeada flor
de tom pastel, formato exótico e
original que aparece durante o
verO.
O Natal
está
cheqando
Faltam exatamente 50
dias... e estaremos celebrando a
maior festa cristã. Comecemos
desde já a preparar nossos espíritos, nossas casas, nossa
família para o Natal deste ano.
Nosso espírito pensando
que Deus enviou O seu filho
muito amado para restaurar a
harmonia do universo,que havia
sido quebrado pelo pecado.
Nossas Casas: Começando a
preparar um clima especial de
festa, de espectativa, estocando, reservando nas compras
aqueles chocolates, coco, frutas
em calda, receitas de comidas e
doces próprios para O Natal.
Imaginar com engenho e tempo
1
1
"ø
j
'¼
Falando de fogões:
Poupar, economizar, são as
Palavras que não faltam no vocabulário da maioria. Por isso
vamos falar de economizar gás.
—Mantenha OS bicos do
fogão sempre limpos para que
não entupam OS furinhos,
deixando liberada a passagem
do gás.
—Abra o gás só depois de
acender o fósforo.
—Use a panela Ou chaleira
sempre tapada para não perder
O calor.
—Nas fervuras reduza O
fogo logo que o liquido começa a
ferver.
—O dispositivo de acendimento automático, que resulta
em economia, sobretudo para o
forno, deve ser tratado com delicadeza para que não apresente
defeitos.
—Sempre que fizer assa- compras, sejam elas mensais Ou
dos enrole com papel de alu- quinzenais,
evite levar os filhos
pequenos. A garotada é sempre
tentada pelas prateleiras de
doces Ou brinquedos que vêem
pela TV.
- Na hora de comprar
gêneros enlatados, verifique se
as latas são novas. Não compre
as enferrujadas, est ufadas Ou
amassadas porque não estarão
boas para o consumo.
- Verifique Os pesos e os
preços de um mesmo produto.
Levará um tempinho a mais mas
você poderá descobrir aquele
que com mais peso custa menos
só porque a marca não é conhemínio. Assim a carne fica pronta cida.
- Certos produtos, como
mais depressa, você economiza
gás e o forno não enche de desodorantes, mata-insetos,
gordura.
etc., ficam expostos nas prate—Para aproveitar melhor leiras e muitas vezes são expeseu forno não esqueça de aque- rimentados por donas de casa
Procurem comprar Os que não
cê-lO durante 10 minutos antes
do USO,
estiverem na frente Pois podem
estar com o conteúdo reduzido.
- Não abra constantemente a porta do forno pois ele
—Para suas compras
escolha uma hora calma, sem
perde calor,
- Use panela ou frigideiras pressa nem correria.
de fundo não aderente; é uma
—A correria de última hora
forma de economia. Dispensa o fará que você leve produtos mais
uso de óleo Ou manteiga e caros e ainda esqueça alguns
impede a aderência de alifnen- Itens
tos.
- Confira sempre o peso
Como fazer compras A eco- dos alimentos e Observe se o
nomia se faz difícil principalmen- ponteiro da balança está
te quando vamos ao supermer- realmente no zero antes da
cado, onde devemos esticar pesagem.
—Observe com atenção a
nosso dinheiro que sempre
resulta curto quando se trata de hidbiene da seção de carnes.
Nada deixa tão tranquila como
levar tudo o que precisamos.
instalaçOes em perfeitas
Vejam umas dicas que por
condiçoes de limpeza. Os funcerto lhe ajudará:
—Planeje sua compra corri cionários uniformizados e limpos
tempo e evite as compras de também contam ponto.
última hora.
Para a preparação desta
—Depois de verificar O que matéria escolhemos o
está faltando na sua cozinha Sup.rm.rcadO Sgarlonl, da
aproveite para dar uma ajeitada Rua Belarmlno dø M.ndonça,
nas latas e pacotes. Sempre esquina com Almirante
Barroso.
pode aparecer produto
consumido pela metade.
—As bolachas que ficam
fora das embalajens podem
servir para a base dê uma sobremesa, misturadas com um Ovo,
leite condensado e coco.* levada ao congelador, e servida
com gelatina, creme de leite Ou
salada de trutas.
—Quando fizer suas
Supermercado
SGARIONI
O mlhor frigorífico da cfdads
Frutás evirdixas
s.mpr.fr,squlnhas.
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JARDI
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BONI
T
O)
1antas cie interior, ornamentais
e frutíferas. Especialidade em
sama mbaias. Também vasos
e suportes
Av. Juscelino Kubltscbs&
-Antes da PrefeituraFoz do Igu.çu
• 'NT-)
DEITADO SOB PIPAS DE VINHO
.
Is
Na semana passada pude
sair por uns dias do sufoco de
fazer jornal para atender a dois
honrosos convites. Fui inicialmente ao Rio Qraflde do Sul proferir palestra dentro das prOramaçOes da Semana do Estu
dnate em Veranópolis, minha
terra natJ. Di lá, na volta a esta
paróquia, parei em Francisco
Beltrão onde atend i a um convite
que me fora feito por dom Olivio
Fazza, bispo de Foz do Iguaçu,
para proferir palestra num
encontro dos bispos do Oeste e
Sudoeste do Estado.
Foi um privilégio poder
estar presente nos dois
acontecimentos.
A União Municipal de Estudantes de Veranópolis - UMESVE
- fez um trabalho admirável Sob a
liderança de seu presidente.
Carlos Espanhol, o 'Cacá" Não
vejo coisas tão salutares desde
quando atuava no movimento
estudantil da UNE nos idos de
1968 a 69. Naquela época arriscávamos a pele diariamente em
nossas lutas contra a ditadura.
Fui preso, sofri perseguições e
tive o infortúnio de ver nossas
entidades sufocadas inapelavelmente. Estudava na Faculdade e
Filosofia. Ciências e Letras de
Ijui. Quando terminei o curso vim
ao Paraná em busca de emprego
e refúgio contra a voracidade
das forças repressoras.
Passaram-se uns 10 anos e
agora o movimento estudantil
está ressuscitando, inclusive
com maior consistência que a
atabalhoada lufa dos anos 60.
Acostumado com a apatia dos
estudantes de Foz do Iguaçu,
surpreendeu-me o nível de mobilização e participação dos estudantes de Veranõpolis
(município que os leitores vão
pergntar se existe nó mapa).
Mais de mil alunos participaram
ativamente de promoções
culturais, artísticas e recreativas
durante uma semana. Aqui, uma
promoção dessa natureza
serviria mais para os alunos
terem folga, iram ao cinema, às
boates, etc.
É bem verdade que até hoje
Foz não conhece uma diretoria
da JMEFI capaz de fazer outra
coisa que as carteirinhas de
estudantes e arriscar a realização de algum baile. Mas presença estudantil como organização
atuante é praticamente nula
aqui. Estaria na hora de sacudir
essa juventude que pensa que a
vida se reduz a namoriscar, encher a cara, fumar baseado e
conseguir um diploma qualquer,
mesmo sem saber nada, e
depois tentar vencer na vida, isto
é, ganhar dinheiro. Que projeto
de vida, hem moçada?!
Mas o pessoal de Veranápolis não vai saber, se eu não
disser. aue o convite oue me foi
formulado pela UMESVE para a
pa lestra me trouxe a convicção
de que, enfim, aprendi um pouco
nessa difícil caminhada pelo
mundo, em busca de fazer
qualquer coisa de positivo . As lideranças estudantis de lá recebem o jornal Nosso Tempo e
concluíram que poderia transmitir-lhe algo de Útil E isso me dá
outra convicção - a de que o trabalho que faço aqui não é obra
de quem açoita o vento ou de
quem escreve criminosamente,
Como entendem certos militares.
Nasci no meio rural daquele
município gaúcho e com 11 anos
sai de casa para estudar. Só
voltei para lá nas férias, sempre
Por poucos dias, para viver no
meio da terra e das plantações,
embaixo das parreiras ou deitado embaixo de pipas de vinho
purissimo ou agarrado a um litro
de graspa e à cuia de chimarrão.
Por isso mesmo, podia dizer que
não conhecia o município, especialmente a vida da cidade, onde
nas ruas as pessoas passavam
por mim com absoluta indiferença. Tudo normal e dentro de
minhas preferências.
Mas tudo mudou porque
daqui para a frente tenho novo
laço com minha cidade natal.
Vinte e seis anos depois de
sacudir o pó dos Chinelos e
rumar perdidamente pelo
Brasil, é reconfortante voltar à
terrinha percebendo o interesse
dos jovens pelo que se
aprendeu. E não há nisso apenas
valores sentimentais, mas
valores que marcam profundamente a história da própria vida.
O périplo, porém, não
terminou ai. Cumpri também o
compromisso de palestrar com
os bispos do Oeste e Sudoeste
do Paraná, reunidos em Francisco Beltrão nos dias 27 e 28 de
outubro. Quando me convidou,
dom Olivio pediu que fosse à
reunião falar sobre a atuação da
Igreja no campo social e político.
Os bispos estavam interessados
em saber como o povo vem
recebendo sua atuação e o que
espera da presença da Igreja na
vida nacional.
Estou fazendo um relato
•
aparentemente imodesto,
vaidoso. Mas faço-o apenas para
tecer uma consideração sobre
as reações despertadas pelo
trabalho que venho desenvolvendo, em especial neste semanár i.
Velam OS leitores como são
as coisas. Para os órqãos de
"segurança" meu trabalho é diabólico, subversivo, incitador das
massas e sei lá quantos adjetivos mais. Para alquns militares
e policiais, meu trabalho, como o
de meus colegas, é digno de
processos judiciais pela Lei de
Segurança Nacional. Para os
bispos, nr)SSØ trabalho revela a
O maior salão de
baile do sul do país.
Pista de molas.
Bailes às quartas,
sábados e domingos
Fone: 73-41541
consciência de quem assumiu a
luta comum do povo brasileiro
pela libertação - barco em que a
Igreja está viajando junto com OS
explorados e oprimidos.
Nenhuma pessoa vai me
dizer que o reconhecimento por
um trabalho qualquer seja
dispensável. Especialmente
quando o trabalho tem uma destinação social, é importantíssimo
sentir como ele está sendo
recebido. Então, se os bispos
convidam um certo Juvéncio
para falar numa de suas reuniões e não um coronel in-ereSsado na caveira do mesmo
Juvêncio, nem t ampo uco um
empresário bem sucedido, é
sinal de que nosso trabalho
merece er respeitado e levado
a sério. E disso ue precisamoS.
Precisamos dessa força, desse
prestigiamento numa hora em
que as forças reacionárias se
levantam Contra nós.
Estamos sendo atacados
de todos 05 lados mas por todos
os lados também encontramos
defesas e apoio Assim, os que
nos ameaçam de prisão por
causa de nossas opiniões e
ações não estão atentando
somente contra nós, mas contra
a sociedade, que nos apoia
quase na totalidade, e contra a
Igreja.
Gostaria de transmitir aos
leitores o teor das 17 laudas de
texto que preparei para a palestra aos bispos, mas não é o objetivo desta matéria. Se quiserem,
Posso dizer em resumo que
manifestei total apoio à lusa da
Igreja no campo social e político, dizendo ainda que ela deve
continuar se empenhando ainda
com maior força no caminho que
encetou nos últimos anos. Disse
a eles que a Igreja não pode
decepcionar o povo que sofre e
espera encontrar nela sempre a
arca para se salvar do dilúvio
das injustiças sociais, do sistema intrinsecamente mau em
vigor no País.
Vejam então que o meu
enquadramento na Lei de
Segurança Nacional 1 em dois
processos que tramitam na 5a.
Circunscrição Judiciária Militar
de Curitiba mais o processo
em que estao envolvidos OS
colegas Alutzio Palmar e João
Adelino de Souza, não é obra de
quem quer a segurança
nacional, mas manter o caráter
ditatorial do sistema e eternizar
o obscurantismo que tanto sofrimento e atraso causou ao povo
brasileiro.
Falando nisso, é bom lembrar que o mesmo dom Olivio
Fazza estará em Curitiba no
Próximo dia 10 depondo na Auditoria Militar como testemunha de
defesa no processo em que
estou enquadrado sozinho na
LSN.
Desculpem o jeitão desta
matéria, Ela não tem o objetivo
vaidoso de quem sobe numa árvore e chama a mãe para ver a
proeza. Já que a ocasião apareceu, não podia perder o
momento de tornar públicos
esses dois fatos que me deram o
enorme conforto de me sentir
Solicitado em tão importantes
acontecimentos, ao mesmo
tempo em que forças do mal
atentam contra este nosso
modesto trabalho.
Minhas palestras aos estudantes e aos bispos são uma
defesa, ao menos moral Preciso
dessas defesas. Esta matéria
também é uma defesa. Precisava saber se nosso trabalho tem
ou não validade Confesso que
Sou' extremamentenseguro.
Agora sei que há quem nos
entende. E tal certeza justifica
até mesmo esta matéria escrita
em primeira pessoa - procedimento que pouco me atrai.
Sinceramente, na condição
descrita nesta pàgina, vou me
Sentir como se estivesse deitado
Sob pipas de vinho puríssimo
mesmo se for jogado no fundo
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Mazurek
Candidatos ern FOz
Ainda não se sabe a data
em que os partidos políticos realizarão suas convenções para o
lançamento dos candidatos aos
cargos eletivos no pleito de 82. A
oficialização dos nomes só acontecerá no próximo ano, quando o
Tribunal Regional Eleitoral reconhecer os candidatos apresentados por cada partido. Mas os
partidos não podem aguardar
essa data não fixada para começar a campanha, Muitos
nomes já são tidos como candidatos, havendo campanhas bastante intensas na parte de alguns
mais cotados. Os primeiros
passas dados são as pichações
nos muros da cidade e das estradas. 05 comentários feitos
nas rodas dos encontros sociais,
nas conversas de rua e em noticias divulgadas pela imprensa,
O PDS de Foz já deu a
conhecer os nomes de seus
candidatos a deputado estadual
e federal, respectivamente
Tércio Albuquerque e Antonio
Mazurek, nue tentarão suas reeleições. O PP deverá efetivamente concorrer a deputado
federal com o vereador Evandro
Teixeira, um dos mais
respeitados políticos de Foz do
Iguaçu e que há tempo vem
preparando sua campanha sem
muito estardalhaço. O PP espera
ainda a filiação de Severino Sacomori, o vereador eleito pelo
antigo MDB e que está afastado
do cargo em virtude de um processo movido pelo 1 ° suplente,
Dobrandino Gustavo da Silva.
Sacomori espera conseguir do
Supremo Tribunal Federal sua
reintegração à Câmara antes da
término da atual legislatura "biônica". Insatisfeito com o que
seria seu partido, o PMDB, Sacornori deve ingressar no PP
para concorrer a de p utado estadual, embora insista em dizer
que o limite de sua luta política é
o nível municipal.
Em Foz do Iguaçu o PP tem
a seu favor especialmente um
forte poderio econômico. Se
dinheiro elege candidato, o PP
está com ótimas chances de
vitória.
O PDT, por sua vez, teria
um candidato considerado por
muitos cor--c imbatível se aceitasse con),rer. É o advogado
Antonio Variderli Moreira, que se
recusa candidadar-se. Mesmo
assim, o partido brizolisi a de Foz
promete lançar seu candidato a
deputado estadual, não estando
destacada ainda o nome que
concorrerá. Entretanto, o PMDB
está lutando para que o PDT não
lance candidato a deputado, pois expressiva aos eleitos. Sabe-se.
ve nisso uma concorrência
entretanto, que José Leopoldino
perigosa para a oposição.
Neto será candidato a vereador
Temem os peemedebistas que pelo partido que preside.
uma candidatura pedetista serO PMDB de Foz não lanviria para facilitar a vitória do çará um candidato próprio ao
PDS, urna vez que os votos da
cargo de deputado federal,
opos i ção se dividiriam entre o devendo apoiar Paulo Marques,
PMDB eoPDT.
de Cascavel, Sebastião RoAs candidaturas do PP não drigues, de Pato Branco, e Nivalincomodam muito o PMDB, que do Kruger, de Guarapuava. Há,
vê nelas uma forma de divisão
porém, a possibilidade de o dedos votos que seriam do PDS putado estadual Nelton Friedrich
antes que do PMDB.
vir a ser indicado para concorrer
O PT não foi constituído em
a deputado federal. Neste caso,
Foz. Os votos dos simpatizantes o PMDB de Foz daria total apoio
desse partido deverão ser dados a essa candidatura. Nelton Friea algum "paraquedista " que drich foi talvez o deputado de
por certo aparecerá, Aliás. Foz
melhor atuação na Assembléia
do Iguaçu é a seara preferida
Leg islativa durante o atual
dos "paraquedistas" - os can- mandato.
didatos de outras localidades
Para definir o nome do canque precisam estender sua área
didato a deputado estadual, o
de votação ao se sentiram
PMDB realizará no próximo
fracos em sua região. Candi- domingo, na Câmara de Vereadatos de todos os partidos não dores, sua convenção em Foz do
deixa raô de fa'er suas incursões
Iguaçu. O objetivo é pr fim às
por Foz do Iguaçu, em busca dos dúvidas e especulações em
votos do vasto número de
torno dos dois nomes mais
pessoas vindas de todas as
cotados para a indicação - os
partes do Estado e do Pais e que
vereadores Francisco Freire e
por isso poucos vínculos têm
Sérgio Spada.
com este município e esta
Freire concorreu a
região
deputado no pleito de 78,
CANDIDATOS PELO PMDB
quando perdeu a corrida para o
O PMDB de Foz, presidido
candidato da Arena, Tércio Albupor José Leopoldino Neto, há
querque, hoje no PDS e novamuitos meses definiu seu apoio
mente candidato á reeleição.
à candidatura do senador José
Tércio vê sua reeleição como
Richa ao Governo do Estado,
certa, mas em 82 o PMDB
manifestando-se através de
espera melhor resultado que em
intensas pichações de muros na
78, quando não conseguiu
cidade e em reuniões de diretóro
eleger seu candidato por força
e nos subdiretórios do partido.
de divisões internas e em conseRecentemente fora
formada uma lista de possíveis
candidatos do PMDB a vereador,
mas não foi tornada pública
porque as lideranças do partido
julgaram que as definições
mereciam uma análise mais
aprofundada e, principalmente,
porque existe uma proposta no
sentido de estabelecer um número de candidatos abaixo do
permitido pela lei Os partidos
acertariam esse número conjuntameto, de modo a evitar que
se lance uma lista interminável
de nomes, o que serviria apenas
para tornar caótica a disputa
pelos votos. Pelo número de eleitores de Foz, a próxima legislatura comportará 15 vereadores)e
isso possibiliitaria o lançamento
de mais de 40 candidatos por
partido. A proposta que o PMDB
quer levar aos demais partidos é
de se fixar em menos de 20 candidatos por partido, para possibilitar uma campanha mais ordenada e uma votação mais Telxs4ra
quênt".ia de uma campanha
desenvolvida sem muita garra.
Até hoje os peemedebistas não
se conformam com aquela
derrota, e buscarão a reabilitação em 82.
O candidato precisa se
movimentar desde já, eptendem
os lideres do partido. E necessário, então, identificar o candidato. Freire e Spada disputam a
indicação, mas nenhum pode
ainda se apresentar como Q
nome que será indicado pela
convenção. Para debelar essa
indefinição é que se reúnem
domingo os convencionais do
PMDB, sendo difícil fazer uma
previsão segura antes do acontecimento. Os dois pretendentes
contam com apoio dentro do
partido. Possivelmente, a Solução será encontrada mediante
um acordo de cavalheiros entre
os dois pretendentes.
Freire tem a seu favor sua
experiência e a popularidade obtida em sua campanha anterior e
no tempo maior de exercício no
posto de vereador, S pada, por
sua vez, desponta como uma liderança jovem, um político ativo
e, mais que tudo, como um
político empenhado num autêntico trabalho de base na periferia
da cidade.
Qualquer dos dois que for
escolhido precisará mobilizar recursos da ordem de 3 milhões de
cruzeiros para a campanha,
segundo estimam. Não será
fácil, mas esse não deve ser
fator de muito peso na escolha.
Tanto Spada como Freire tem
condições de fazer tal investimento, ou seja, correr um risco
tão grande. Se o candidato não
se eleger, cairá em ruína econômica, prevê Spada.
CANDIDATO A PREFEITO
Ninguém acredita que
sejam liberadas eleiçOes diretas
para prefeito de Foz no próximo
ano. A discriminação deverá
mesmo ser mantida. Diante
iisso, deverão ser indicados na
:onvenção do PMDBno próximo
domingo, os candidatos a prefeito e vice-prefeito de Foz.
Serão candidaturas simbólicas e
de protesto contra a prefeitos
nomeados.
A proposta será levada à
convenção por Juvêncio MazzaroDo, que pleiteará a indicação
de seu nome para candidato a
prefeito de Foz, não lhe importando se será ou não empossado caso seja eleito.
"Alguns pooerao considerar isso uma leviandade, mas eu
não. A minha candidatura é
certa. E vou fazer campanha,
encaminhando inclusive o
pedido de registro ao TRE
Depois, se não houver outros
candidatos e se eu for o mais
votado, vou pleitear o direito de
tomar posse" - afirma Juvêncio.
"Será uma maneira " a participar
da campanha eletora' do próximo ano e fazer ,ntersa conscientização e motihzação. A
candidatura é pra valer. Vou
expor um projeto de governo
popular, e dizer ao povo como
.vou governar o município. Vai
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11
PT no Paraná: As partes escuras são dos municípios onde foram feitas Convenções, tendo Diretórios eleitos pelas bases.
Partido dos
trabalhadores
no Paraná
Construir um partido anticonvencional e com
Perspectivas de modificar
aIrnenfe as atrasadas estrutut sacio-econômicas do Brasil,
extremamPnte difícil. Mas
construir este partido sem
contar com medalhões, ou seja,
grandes figuras, é duplamente
difícil.
Mesmo assim, em
setembro de 79, um grupo de
militantes do movimento popular
reuniu-se em Curitiba e formou o
primeiro núcleo de base do partido dos Trabalhadores, com mais
de 21 participantes. Elegeu-se
então uma coordenação de 4
companheiros e iniciou-se a caminhada rumo á construção de
um partido que pretende ser o
poria-voz de todos os oprimidos
e injuStiçadoS.
Se por um lado o PT em
outros estados já estava em um
estágio mais avançado em termos de debate político e organização, no Paraná só se chego
ao pique em meados deste mês,
quando foram realizadas
Convenções Ordinárias em trinta
municípios. Para muita gente era
uma surpresa o surgimento oficial do P7 no Paraná. Era a
"criança inesperada" que
estava nascendo. E seu líder
nacional, Luiz Inácio da Silva,
"Lula", na Convenção Nacional
do dia 27 de setembro, disse que
o PT é um menino que nasceu
contra a descrença, a desesperança e o medo. "O Partido dos
Tra p ahadOres provou ser
forte no encontro dos
Metalúrgicos do Estado de São
Paulo, realizado em dezembro
de 78, em Lins. Começou a en-
gatinhar na reunião nacional dos
Metalúrgicos em Poços de Caldas, em junho de 79, e só conseguiu dar seus primeiros
passos quando saiu às ruas para
participar das lutas do povo
contra a opressão e a fome",
disse Lula.
Num Estado com pouco desenvolvimento industrial e onde
o movimento sindical ainda está
atrasado, O aparecimento do
PT passa a surpreender a
muitos. Principalmente as políticos que acreditavam ser os
únicos canais de forças de oposição. Mas o PT não representa
somente um degrau do desenvolvimento das torças produtivas
E também uma reposta diante da
política conservadora, que
baseia seus métodos em mobilizar para a votação e nada mais.
Esta tem sido a fórmula
para o crescimento, do Partido
dos Trabalhadores. E uma válvula de escape diante da descrença para com os partidos tradicionais. que São feudos de
políticos profissionais que
transam as alianças mais
escandalosas sempre que
possam manter Seu 'status"
político.
Em agosto deste ano o PT
no Paraná completou o número
requerido, ultrapassando
inclusive o mínimo definido pela
lei eleitoral. Fez mais 43 convenções, desta vez extraordinárias.
Hoje o PT é uma realidade no
Paraná, sendo um ponto de referência juntamente com as outras
tendências mais aliadas á luta
popular e que estão dentro dos
demais partidos.
Entretanto, no Oeste e
Sudoeste do Paraná, apesar de
algumas tentativas de suas lideranças, ainda não Conseguiu
organizar-se com a mesma desenvoltura que no Norte, Sul e Litoral. Até momento, apenas em
Francisco Beltrão foi realizada a
convenção municipal. Nos
outros municípios os simpatizantes, isoladoS ainda, não
saíram em campo para a constituição dentro dos parâmetros
Previstos em lei.
Mas mesmo assim o PT
hoje está decidido a participar
das eleições lançando
candidatos a todos os níveis.
'Nossa participação nas
eleições visará legalizar o nosso
Partido, difundir o Partido, organizar os trabalhadores em
torno de nossas bandeiras,
impor uma derrota à ditadura
militar, serviçal dos Interesses
dos mono pólios nacionais e
internacionais, abrir espaços e
possibilidades de atuarmos
através da mobilização e união
do povo trabalhador, o poder das
bases, dar liberdade de manifestação ao povo e melhorar
suas condições de vida, para
abrir caminho a uma sociedade
mais justa, sem explorados, nem
exploradores", disse um dos
seus lideres, durante a Convenção do Estado do Paraná, no dia
6 de setembro de 81
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A cura que
vem do mato
Muros
rebeldes
E omuros de Foz eido cada vez riais bonitos com as pichações. Cada vez está mais
difícil encontrar um muro Que
não esteja pintando com aluma
palavra de ordem, protestando
contra aluma coisa, propondo ou
fazendo campanha para
candidatos. Os mulos sempre toram um reflexo de determinada
Situação. E hoje, já se pode aferir o momento histórico tendo as
pichações feitas em Foz.
As primeiras pichadas feitas aqui tora de campanha eleitoral foram em abril deste ano.
Eram protestos pelas injustiças
cometidas por Itaipu contra os aricultores da área do reservatório Depois, muitas outras foram
sendo feitas com uma diversificação muito ampla de propostas
e formas. E um fenômeno nacional e reflete o nível de insatisfação popular dentro de uma Sociedade autoritária, onde os mecanismos de exoressão popular
estão limitados ou expostos a
cruéis métodos de repressão.
Os muros pintados
com frases de descontentamento só podem mesmo existir numa
situação de opressão e injustiça
socia e nunca numa Sociedade
democrática onde existem
canais para que os posicionamentos atinjam os responsáveis.
Mas não são todos os proprietáriOs de muros que gostam
de pichações, principalmente as
que anunciam candidaturas a
postos eletivos. Na semana passada, a bronca foi ampla com as
Pichações dos candidatos Tércio
e Mazurek. Foram escrevendo
em todos os muros que encontravam pela frente e o pessoal
não aceitou. O popular Inácio
Batista, no dia seuinte ás pichações. passou toda a manhã com
uma lixa limpando o muro de sua
propriedade na Av. Brasil.
'PDS aqui neste muro não tem
vez: se fizerem de novo eu volto
a apagar, disse lnãcio, enquanto raspava as escritas.
O leite
eafome
Ve:3m sã o que está acontecendo no Rio rande do Sul em
matéria de leite. Na reqiãO de
Veranõpol is, Bento Qonçalves e
Qaribaldi existe uma cooperativa
de produtos de leite denominada
Santa Clara. Pois é, depois que
os preços do produto subiram ás
nuvens, a população restrinqiu
Ou aboliu O consumode leite e
seus derivados. A Cooperativa
Santa Clara passou a acumular
esjoques enormes, ficando a impressão de que estaria havendo
,super-produção, quando na verdade estava havendo sub-consumo.
O que fez a Cooperativa?
Reuniu os sócios em julho último
para comunicar que estava forçada a estabelecer o seguinte
critério para o pagamento ao
produtor: Seria feita a média da
quant ia de leite entregue por cada produtor na época em quê a
safra está em baixa - justamente
o inverno. Assim, quem estivesse entregando em julho a média
de 50 litros por dia, receberia 29
cruzeiros por litro o que ultrapassasse essa média nos meses
seguintes, seria pago em 22 cruzeiros. Os não s ócios da
Cooperativa passariam a receber só 22 cruzeiros, vendo portanto o preço pago por seu p roduto reduzido de 29 para 22 cruzeiros.
O p rodutor que no grosso
da safra leiteira - precisamente a
Presente época do ano - aumentasse a produção receberia só
22 cruzeiros por litro.
Isso tudo numa época em
que os produtores daquela
região se empenham na modernizaçao do rebanho e das técnicas de produçao leiteira.
Quem achar que um fato
desses tem cabimento deveria
ri'eter uma bala no próprio ouvido.
Um produtor disse apenas
o seguinte: "Nós, agricultores e
pcuarisas, temos um único carninho Deixar de produzir. Para
`A única
que não tem convênio com
hospitais, corretores e
necrotério Venda a
prazo e translado para
qualquer p arte do país.
R. Almirante Barroso, 651- Fone: 74-2807
As multinacionais da indústria farmacêutica invadiram o
mercado e através de campanhas publicitárias milionárias fazem a cabeça de meio mundo,
menos dos velhos e muitas pessoas do campo que ainda usam
Plantas medicinais.
Para quem não conhece os
Poderes de cura destas plantas,
aí vai uma pequena relação:
Abacateiro -usado nas doenças hepáticas dos rins e da
bexiga Alodeiro • muito usado
corno anti-hemorrágico e nos casos oe menstruação excessiva
Anico - nas diarréias e desir'rterias. E usado também em limpezas uterinas. Avenca - expectorante e sudorífero usado nos resfriados e bronquites. Câctus - tônico cardíaco de muito valor.
Catuaba - anti-brochante.
Carqueja muito -iilizada nas
doenças estomac,:,s e he p áticas. Macaé . usada em diarréias
das crianças. Liaraná tem propriedades tônicas e alto poder
de estimulação para fazer as
mulheres felizes, Hortelã Cólicas intestinais. J0A0 da Costa para senhoras de sofrem de Corrimentos e outros distúrbios
Jurubeba - para doenças do
baço e hepáticas. Mil homens é usado em casos de cólicas e
outros males estomacais. Erva
Cidreira - calmante, muito usado
nas doenças do sistema nervoso. anqústia. Pau Pereira - falta
de apetite. Salsapaifilha depurativo e anti-sifilico.
Isto é só uma dica, pois São
milhares de plantas mediciais
que podem ser encontradas
tanto no mato comi- nos comércios especializados, -Ias não
substituem os rei,. - dios
químicos em todos os casos.
mas sua aplicação tem aliviado
dores e outros problemas de
muitas pessoas.
/
\
Major Dutra
é daqueles...
Esse mesmo que andou atrapalhando o trabalho da imprensa na Pesca ao Dourado - o
major Dutra, que também é subcomandante do batalhão militar
de Foz do luaçu - participou da
tal "reunião comunitária" lembrm daquilo? Com isso ai
ele demonstra vocação para implicar com a imprensa. Na "reunião comunitária", isto é,
quando o comandante Labre
quis intimidar o trabalho de
Nosso Tempo, o sub-comandante desempenhou a função de
recepcionista do Juvêncio. Foi
ele q ue ofereceu o gravador
para que Juvêncio registrasse
o que quisesse dizer, já que o
comandante Labre não lhe
Permitiria a palavra. Ridículo'
Pois é. O major Dutra é
também professor da Faculdade
de Foz. Por ai dá para entender
Por que está tão difícil o Movimento Estudantil na Facisa.
Buáááf
Processo
pela LSN
Estarão em Curitiba, depondo na Auditoria Militar, na próxima terça-feira, dia 10, as testemunhas de defesa apresentadas
por Juvêncio Mazzarollo, de
Nosso Tempo, no processo
movido Contra ele com base em
5 artigos da Lei de Segurança
Nacional.
Compõe o rol de testemunhas cm Olivio Fazza, bispo de
Foz, o doutor Alvaro W. de Albuquerque, ex-presidente da
subseção local da OAB, e o professor Cláudio Dier, diretor da
Escola Dom Manoel Konner.
Fiquem atentos, que a coisa vai Começar a esquentar.
Os criminosos
são Outros
Francamente é humilhante
se ver processar pela Justiça Militar pelo "crime" de expressar
opiniões pelo jornal.
Pelo que sabemos, nenhum
de nós aqui de Nosso Tempo se
chama de delegado Fleury, Capitão Machado, Manei Mariscot esses criminosos que são enaltecidos pelos crimes que comeleram,
Promoções
culturais
Se estreparam os que não
foram assistir ao Show folclórico
do conjunto Os Tapes, do Rio
Grande do Sul, que se apresentou no Oeste Paraná Clube na última sexta-feira, numa promoção
deste jornal.
- Quem já tentou promover
espetáculos artísticos e culturais
em Foz do Iguaçu sabe o quanto
é difícil atrair uma assistência
numerosa. Aqui o pessoal só sabe se queixar de que não acontecem shows de bom gosto, de
real valor, de alto nível —coisas
assim. O pr6prio pesSoalzinho de
ltaipu, que vive se q ueixando da
falta de boas atrações em Foz, e
que sofre saudades dos grandes
centros, quando se lhes oferece
uma oportunidade rara de um
bom espetáculo, pensa que aparece alguém?
Pois, a apresentação dos
Tapes foi uma das melhores coisas já trazidas a Foz do Iguaçu.
Nosso tempo (também conhecido por "cartilha vermelha" nos
círculos militares) fez a
p romoção. Até que foi bastante
numeroso o público (umas 300
pessoas). Mas a divulgação foi
grande. Em geral as pessoas se
desculpam dizendo que não
sabiam. Que houve pouca divul-
FÁRMACIA TEIXEIRA
Vinte e cinco anos
a serviço da
comunidade iguaçuense
Av. Brasil, 1215 - Fone: 74-3024
Foz do Iguaçu . Pr.
gação. Desta vez, duvidamos
que alguém possa fazer essa
queixa. Todos sabiam, mas não
foram assistir. Por certo, muitos
não acreditavam que fosse algo
bom. Mas foi simplesmente senSacioonal. A vibração da platéia
foi delirante.
Vocês acham que se não
fosse coisa boa Nosso Tempo
iria assumir a responsabilidade
de trazer a apresentação? Qual
é?
A entrada era franca e
assim mesmo o público foi pequeno. Será que precisa pagar
para os iguaçuenses irem a espetáculos de valor?
A questão
dos posseiros
Os agricultores do Lote
Grande, que estão esperando o
reassentamento através do Incra depois que perderam a questão da disputa do direito á propriedade daquela área, tiveram
que assinar um documento um
tanto estranho e suspeito, nos últimos dias.
Os colonos já poderiam ter
sido desalojados pela força policial se não tivessem se submetido ao seguinte: Assinar um documento em que se comprometem a desistir de qualquer recurso à Justiça, entre outras coisas,
como forma de poderem continuar na terra até maio do ano
que vem e para que o lnc
ra
possa conseguir-lhe uma área
para recolocação.
A idéia do documento foi do
Incra, através do doutor Diney
de Almeida. Se os colonos não
assinassem, seriam exputsos
pela polícia.
Sabe-se, porém, que eles
ainda teriam pequenas possibilidades de conseguir na Justiça
uma decisão favorável à sua permanência definitiva na terra, que
foi declarada como propriedade
legítima da família
Schimmelpfenq.
Tudo porque o juiz Roberto
Sampaio da Costa Barros tomou
a decisão de solicitar a força
policial para desalojar os humildes colonos. O pedido de força
passou a ser a melhor arma nas
mãos dos Schimmelpfenq. Para
que a for ça não se apresentasse, foi exigida a assinatura do.
colonos com p rometendo-se a
desistir de qualquer recurso' à
Justiça'
Trata-se de inominável
chantgem sugerida pelo Incra.
Onde já se v rar a alguém o
direita de recorre, à Justiça?
E, pobre si pode chegar
aos tribunais na condição de
réu.
E a isso que chamam de
Justiça? Vão á ponte que caiu
FRANCISCO
FOLTRANI FREIRE
MANUEL MARTINS
DOS SANTOS
Advogados
Causas Cíveis e Criminais
Ar. Brasil, 645 . Fone 742665
Res. A. Bela rmino Mendonça, 705
Fone: 74-2146 - Foz do Iguaçu
Advocacia
R. Minas Gerais, 1699
Fones: 64-1206 e 64-1277
Medianeira - Pr.
i
Foz, de 04 a 10111181
O u içao
A ação dessas substâncias
auimicas -sobre o ser humano
catastróficas, podendo
r esultar dai enfermidades muitas
vezes incuráveis, E o caso por
exemplo da esterilização de homens e mulheres. Isto acontece
Os defensivos continuam com uma diminuição da produmatando no Paraná. Na semana ção de espermatozóides nos hoassada, no município de Capi- mens e diminuição no período de
ao Leonidas Marques,duas pes- fecundidade nas mulheres.
:,oas morreram e nove ainda
PROIBIDOS LÁ,
continuam hospitalizadas por te-
LIBERADOS AOU
rem tomado áoua co n taminada A televisão norte-americacom produtos químicos usados na passou há pouco um docunas lavouras de milho e feijão,
mentário denunciando que os
Este caso vem se somar a produtos químicos, tanto para a
muitos outros que acontecem no indústria farmacêutica como
Paraná, A Fetae p denunciou há para a lavoura,proibidos nos Espouco tempo que 50 pessoas lados Unidos, estão sendo
morrem por ano no Estado e que ' :Portados livremente para os
neste ano já foram verificados países n:j terceiro mundo.
1920 casos de internamento de
E a primeira vez que estas
lavradores intoxicados pelos de- informacOes VãO até O arande pu
tensivos,
bilco, mas no Brasil o problema
Nédio Luiz, de 13 anos, e ida está Sendo mantido a sete
João Pereira, de 20, morreram chaves como se fosse um seqreno último dia 15 após interna- do cie Estado. O centro oe Conmento no Hospital Santa Mônica, "de de Intoxicações, sediado
mas o caso só adquiriu reper- i São Paulo, produziu estudos
cussào depois que nesta sema- ' ore o problema, mas as autorina, uma família inteira foi hos pi- addes evitam publicar através da
falizada após tomar a água con- imprensa as conclusões desta etaminada com Os defensivos Tri- muipe de pesquisadores autônoffuralina e Basaqram, produzidos mos, Entretanto, intormaçOes
m ata
mais
isdois
cri
Moçambique
também
II )
Temos a maior luta no momento para libertar a economia
e desenvolvê-la. E duro Vocs
não pode , i nem sequer adivinhar. O imperialismo esbanja bilhões de dólares na desestabil'zação dS países no mundo e
e aqui na África. A CIA é a ponta
de lança disto, quero dizer, é
usada para operações contra os
povos em Angola. Moçambique,
Líbia e América Latina. Mesmo
nos países socialistas, como por
exemplo a Polónia. o imperialismo atua. Desviam a opinião pública enquanto milhares de
crianças morrem na Palestina,
no Sahara Ocidental, na Namibia, em Angola e em outras partes. Sustentam as ditaduras
mais retróqradas e com armas
Napalm contra o povo africano,
árabe e latino-americano.
Ainda sobre a matéria do
depoimento que vocês prestaram à Policia Federal, eu vou fazer circular cópias para todos os
brasileiros e demais "colonias"
que cooperam em Moçambique.
Beijos e solidariedade para
vocês.
Maria Madalena
Maputo. 16-10-81
Outra vez volto a escrever
umas linhas para vocês da distante M oçambique Ontem recebi os jornais que vocês me enviaram. São de janeiro alguns, outros de abril. Num deles li com
muito interesse o depoimento
que vocês aí do jornal deram.
Gosto muito do jornal
Nosso Tempo e, se é que a ditadura ainda não mandou esse
povo calar, por favor transmitam
aos companheiros, que também
como vocês lutam, o meu apoio
solidário para com a justa lula
que travam ai na nossa terra
Especialmente no jornal.
Sempre, logo após receber
e ler os jornais que vocês me
mandam, já paso para o pessoal
brasileiro. Aqui em Moçambique.
a colônia é muito numerosa e
penso que só na Capital deve haver mais de 200 brasileiros. Muitas vezes empresto os jornais
Nosso Tempo para os moçam bi
-canosep dutra
nacionalidades para
conhecerem as "belezas" de
nossa terra.
Em muitas das matérias,
principalmente aquelas referentes a menores, a brutalidade policial e a injustiça social contra
nosso povo, muita gente aqui
fica apavorada e, mais, nem em
Moçambique, que é jovem,
possui somente 6 anos de independencia, se enconra esta
misériR ° fome crônicas
A ierra é do povo. A medicina, a educação e a justiça são
para o povo.
Não temos patrões. Os moçambicanos tem a Frelimo que é
a frente que tem uma política humana e correta 1-,to porque os lideres em s., maioria são
camponeses Que cedo optaram
pela libertação da pátria do julgo
colonial luso. Estes aprenderam
mais no mato libertando o povo.
limpando o campo de adversários do que os teóricos das academias de Po r t ugal . Hoje são dirigentes amados e respeitados
pelo povo moçambicano. Muitos
tombaram antes da libertação.
Para nós, e uma satisfaçãc
saber que nossa voz chegou até
esta distante nação africana,
que, liderada por Samora
Machel. lufa pela construção de
uma sociedade justa Moça mbi
-queBrasilãop m,
pois nossa identidade cultural
está presente desde as raízes de
nossa nacionalidade.
Aqui n6s vamos tocando,apesar de uns poucos recalcitrantes encastelados no poder,
que usam os mais pérfidos instrumentos para calar nossa voz.
Mas no dia em que este crime
for cometido, outras vozes se levantarão em nossa defesa
Solidariedade
O Partido Democrático Trabalhista - PDT - 'vem comunicar
que está recebendo normalmente o semanário NOSSO TEMPO e
parabeniza pelo excelente trabalho nele contido e deseja que
continue dessa forma, pois,
sabemos, é urr realização de
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verJadeir e . ''. ' Ji"i
listico.
Sendo o que se apresenta
no momento, aproveitamos o
ensejo para apresentar-lhes
nosso apreço.
Atenciosamente
Cleto Tamanini
Sec. Diretório Estadual
Pois é, nÔS aqui vamos indo. Fazendo um jorna/zinho a
serviço de todos os setores de
nossa sociedade, oprimida pelo
sistema cruel que se implantou
em nosso pais depois de 64.
Somente a união do povo em
forno de um projeto de redenção
nacional pode salvar este país
Médicos
e doláres
última de uma conceituado médico desta cidade, famoso
pelas suas conquistas, é o que
anda espalhando pela cidade,
após ter feito uma transação financeira nada recomendável
(compra de dólares falsos). O referido médico, para limpar a barra com Sua cara-metade, diz que
emprestou para um seu intimo
amigo, agora já não tão intimo.
Vai ser mau caratista assim lá
pras bandas de Curitiba, seu
Doutor. Desmente esse boato
antes que a coisa fique preta.
A
E você terá que fazer pelo
Imposto de Renda o levantamento bancário, demonstrar por A e
B com quem mesmo foi parar este dinheiro Empada sem caroço
Estando injustamente ac.sado de responsável por esta
grana, aproximadamente 450 m
cruzeiros, peço que vocês pcI: quem a minha carta acima
Abraços pelas õtimas edições
que estão fazendo Por motivcs
Óbvios, peço que não publiquem
o meu nome.
Foz, 8 de outubro de 198'
Natal Marciano
Pó, rapaz, que estória mis
confusa esta. Perai, quer di.'e
que o tal médico comprou certa
quantidade de dólares falsos e
agora, para se ver livre das brocas da patroa, diz que emprestou o dinheiro para você ? E agora, o-de estão os verdes - 'fajulos
Ecos de uma
candidatura
,ãO
pela Fecotriqo. A familia mora na vazadas dão conta de que a á-
propriedade onde os produtos qua co n taminada, mesmo em
orant mal aplicados, como a- pena proporção, mas
firma a Secretaria da Aqricul(ura
tomada constantemente por mudo Paraná
jheres grávidas causa alteração
Nilton e Erta Dhamer, tam- no desenvolvimento do feto caubém estão hospitalizados.
sandO retardamento mental.
As autoridades da Secreta- Aisar das denú ncias, mesmo
'ia estão alarmadas com o nO- feitas internamente dentro do
mero de acidentados por deten-aparelho estatal, nenhuma provisivos. Em São Miquel, há poucos dência foi tomada até o momendias foi constatado um caso de tO. As autoridades vaO minimienvenenamento quando um fras- zando O problema enquanto as
co de defensivos caiu dentro de multinacionais continuam
um poço na localidade de São exportando e comercializando
no Brasil, livremente, os proJosé do ltavó. Nesta oportunida
de trinta pessoas ficaram intoxi dutOs que são proibidos em seus
das
países de procedência
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Antes de tudo, peço desculpas oor não ter podido fazer uma
visita a vocês, mas acontece
que um telefonema justificou
Av. Cataratas, logo na saida da cidade Fone 73-3384
meu retorno rápido. Apenas foi
possível adiar a volta por questão de horas a fim de fazer uma
visita ao camarada Arthur Meio e
familia, naquele momento tão
triste que foi a morte da companheira dele, e dar meus pêsames
aquele pessoal tão amigo lá da
favela.
Mas o objetivo principal
desta carta é dar o meu humilde
apoio à candidatura do Artt',ur, CARTOLA
lanç ada por Nosso Tempo numa
hora tão oportuna.
Floricultura e
José Alves dos Santos
E ficamos aqui danados da
vida por você não ter vindo os
visitar. Mas está justificado
Quanto á candidatura de Arihur
Meio, este favelado que tem
cuca muito legal. e tal como foi
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Foz do Iguaçu
LIII2
Foi, de 04a 10/11/81
Estudantes com os pés no . chão
Cóèta
Cavalcanti
enterrado
em Guaira
A Camara Munici p al de
Qualra 00r unanimidade resolveu conferir titulo de persofla
nqn qrata a Costa Cavalcafl1',
diretor da Itaipu Binacional, A
idéia, que já havia sido ventilada
em várias Oportunidades só deslanchou. depois que Costa
Cavalcanti deu uma resposta
a tr avessada ao radialis t a ElOi
MendOnça , dé uma rádio da
cidade das Sete Ou,-das.
Durante a entrevista.
MendQnça quis saber do qefleral
pOrque flaipu não indeniza O
pOvO daC,iaira pelo desaparecimento das Sete Quedas
• ltaipu está procedendo às indenizaçOes das benfeitOias que
serão inundadas levando em
conta que as Sele Quedas são
- um bem económico que deixará
de render no momento em que
llaipyfectar as comportas Que
providências estão sendo
lOmad para indenizar o povo
de Cjaíra?"
Em resposta, Costa
-Cavafcnti disse que as Sete
Queda pouco estão rendendo.
• 'Elas produzem apenas um
turismo muito rudimentar. Por
Obra 0 0 homem esse recurso
que poucO está rendendo
passará a produzir muito mais.
VamPig Iránsfef ir as Sete Quedas
para Pa,i'- disse o comandante
de.ltaipu.
Estas declaraçOes, feita
perante quase uma centena de
jOrnalistas, 44i a dose que fez
transbordar irn mar de irritação
a pop u l açã o de Gjaíra. Se
antes o movimento estava resirito a un Poucos defensores
das Sete Quedas como patrimônio flàtural do município e uns
OUt(OS eôO/Õqistas, hoje de lensore$ dos Saltos aumentou,
mobilizando toda a população.
"Se O turismo de Cuaira é
rudimentar, a culpa é das
autod&ies, que sempre nos
p assaram. perna. Tanto a Paranatur cQn)o a Embratur sempre
desprezaram esta beleza natural
que t emOS.aqiji.
to Nunca foi canalizado vm s t ão dos cofres
públicos para prestiqiar O
turismo -de Cuaira. Vem um
homem público, que é Costa
Cavalcanti, vilipendiar do povo
desta cidade, aproveitando exatamente uma situação da qual
eles são os culpados".
E esta é a opinião da comb?tiva Associação Comercial, da
Câmara de Vereadores.
Imprensa local e clubes de
serviço. Eles estão dispostos a
fazer uma marcha até O Parque
Nacional e num ato publico dar o
diploma de persone non grata
ao homem forte dos projetos
elétricos do Brasil. Depois da
doação simbólica, Os lideres da
manifestação irão enviar por
correio o diploma. NO prossequimento pretende-se fazer O
enterro de Costa Cavalcanti nas
proximidades das Sete Quedas.
Enquanto isto, a construção
de Itaipuçaminha veloz. No final
do ano que vem desaparecera
uma das maiores atraçoes do
mundo. P Costa isto não é
problema. ,' iral, a mentalidade
tecnQcrtjc ó valoriza O que
prOduz, e as Sete Quedas não
têm nenhuma utilidade para as
multinacionais. enquanto Itaipu
irá p'rOduzir efe t ricidaçie para
movimentar indústrias das corpOraçOes e. servir para misteriosos,lanOs geopOliticQs
Os 55 mil estudantes uni-isi tá ri o s do Paraná irão ás uri-, nos p róximos dias 5 e 6 para
tarem a nova di r etoria da UPE
Jnio Paranaense de Estudan, Em todas as escolas sutrriores do Estado as urnas rs irão abertas para a votação
rue escolherá entre duas chaas os estudantes q ue comanda'o os destinos da entidade no
• róximo ano "Pés no Chão" e
Mãos à Obra" São as duas
omposiçôes que disputarão os
otos dos universitários, que deerão comparecer ao pleito em
rassa, dado o insistente trabao de mobilização desenvolvido
elos lideres da UPE em todo o
stado.
Para preparar as eleições
Facisa - Faculdade de Ciênas Sociais Aplicadas -' esteve
m Foz do luaçu na última semaa o acadêmico Zenir Teixeira
Je. Almeida, atual resporlsável
oela UPE no Oeste e Sudoeste
do Estado e candidato a tesoureiro da entidade pela chapa
"Pés no Chão"* , que indica estar
com melhores propostas e maiores condiçOes de vencer a disputa eleitoral.
A UPE for fechada pela repressão da ditadura em 1968 e
está se rearticulando desde O
início do processo de abertura
política comandada pelo presidente João Batista. "Temos uma
entidade que ainda não obteve
um qrau de mobilização de
acordo com aquilo que seria
necessário para que ela fosse a
expressão do que melhor tem o
Movimento Estudantil no
Paraná", Observa Zenir. "Mas
entendemos - acrescenta - que o
trabalho desenvolvido pela atual
diretoria neste ano, refletiu o
nível de consciência e combatividade dos estudantes paranaenses. Entendemos que a UPE
está consolidada no conjunto
dos es tuda n tes e em todas as
escolas do Estado, O que è uma
expressiva vitória".
Efetivamente, para a classe
estudantil, desmantelada em
suas e n tidades, reprimida barbaramente durante mais de 10
anos por certos militares, a tarefa de construção não é
cómoda. As en t idades que foram
forçadas a limitar seu trabalho a
prOmoçOes festivas entre Os
estudantes durante os bárbaros
tempos de regime militar, ao
voltarem a se articular política e
culturalmente encontram sérias
dificuldades decorrentes.
basicamente da alienação da juventude. "Não tivemos qrandes
mobilizaçOes no Paraná durante
a presente gestão da UPE
ATENÇÃO
ACADEMICOS
DA FACISA
Nos próximos dias 5 e 6
(quinta e sexta-feira) a UPE
(União Paranaense de Estudantes) estará promovendo a eleição de sua nova diretoria. Do
pleito participam todos os universitários do Es t ado, todos com di« to e dever a folar para que a
'Idade tenha força e possa lular pelos interesses estudantis e
do pOvO brasileiro. Duas chapas
concorrerão ao pleito: "Pés no
Chão" e "Mãos à Obra". Os estudantes devem se inteirar do
rama de c aa chapa e deci(Ontamos com a particito de lodos.
Hoião Paranaense de EstiUPL
drir' 1
Porque as en t idades de base são
novas , com pouco experiência" comenta Zenir de Almeida. "A
falta de c o m p reensão do que é
uma entidade estudantil, como
um diretório acadèmico, a UPE
Ou a UNE, além da Omissão, O
descompromisso, foram fatores
que influenciaram neativamente
nosso trabalho" - acrescenta.
Mesmo assim, houve avanços. A participação da UPE nas
p rincipais lulas estudantis e dos
P ro fessores paranaenses tem
Sido altamente expressiva.
A chapa "Pés no Chão',
composta de candidatos
empenhados na continuidade do
trabalho da atual direção da
UPE, está, lestes dias que
antecedem a eleição.percorrendo t odas as escolas superiores
do Paraná, incentivando a participação de t odos Os estvdantes
para que votem e se unan aos
planos da entidade
Os candidatos da chapa
"Pés no Chão" tem, antes de ludo, propostas que se situam no
âmbito da estrutura sócio-polui
a da vida nacional, e, a partir de
.ma análise feita nessa visão
impla, apresentam as metas
. • specificas da luta estudantil no
Estado.
O representante que esteve
'rm Foz do luaçu articulando a
'-rleição explicou, que "a UPE.
oara ser forte, deve ter autonomia e independência, pois a ela
'rstá reservado um papel maior,
ue é o de comandar a luta dos
'studantes de acordo com a reaidade especifica do Paraná e
Jentro dos objetivos abraçados
nível nacional pela UNE - União
Nacional do Estudantes". Nisso
está o combate aos resíduos ditatoriais, a busca da democracia
plena, a defesa dos direitos
humanos e a mudança do
modelo económico,
AS LUTAS PARA 82
O plano da chapa "Pés no
Chão" para o exercício-82 inclui
a pauta de reivindicações da
UNE, mais as propostas especificas em termos de Paraná:
Federalização das três universidades estaduais - de Ponta
Qrossa, Londrina e Maringá.
Reconhecimento de todos
OS cursos hoje ministrados nas
escolas do Estado e a 'desburocratização desses processos;
Criação do curso de ecologia
em Ponta Qrossa e apoio à qreve
dos estudantes da UP prevista
Para o começo de 82, caso isso
venha a acontecer:
Construção de prédio próprio da Fac icon, de Pato Branco:
Reativação do curso de Comunicação da Universidade
Católica e oposição à desativação desse curso na Universidade Federal do Paraná e na Universidade de Londrina:
Não aceitação de demissão
de professores p or motivos politicos:
Oposição à irlantação do
pagamento semestral na Universidade Católica e em outras escolas do Paraná.
Eleição direta dos reitores e
r econhecimento da eleição do
r eitor da UFP, promovida pelos
estudantes, professores e
'u nc oná rios:
.1
Reconhecimento de todas
s entidades estudantis e devoição de seus p atr nônios, usurdados em 1969:
Obtenção de subsidios'aos
r
estaurantes universitários de
Bandeirantes e Ponta Qrossa,
bem como a reabertura dc
DANC (Dascisa);
Apoio à reconstrução de
DANC .e de outras entidades
desativadas p elo arbítrio e pelo
autoritarismo das reitorias:
Ativa sqlidariedade a todos os
movimentos
dos
t rabalhadores e do povo brasileiro rio sentido dç sua libertação:
A chapa "Pés no Chão" se
empenhará também "numa
ativa solidariedade aos companheiros para quaios que lutam
Pela reconstrução de sua entidade nacional" - conforme expressa um boletim es pecialmente impresso para a cam p anha eleitoral em curso entre os estudantes
paranaenses. "Terãonosso
apoio e' nossa ajuda, na medida
do possível, as lutas dos povos
contra a exploração, o imperialismo, o arbítrio, especialmente
entre os Povos q as nações sur-a
mericanas, dtacando-se a luta
do povo uruguaio, argentino, bOli
viano, chileno e de El Salvador.
Honduras e uatemala.
Temos consciencia - diz o boleum da chapa 'Pós no Châcf' de que a tome, a exploração co-
lonialista, as querras, a violência
apenas cessarão_quando cessar em as causas que motivam tudo
sSo e, então, poderemos viver
num mundo próspero, paciíicô e
justo,,.
rt:
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Justiça
ePaz
estuda
c! caos
,,,educacional
Para estudar o problema
educacional paranaense e brasileiro, a Comissão Pontifícia de
Justiça e Paz do Paraná estará
reunida em Curitiba no próximo
sábado, dia 7. Do encontro participarão os membros da entidade, sediada em Curitiba, e
enviados das diversas dioceses
do Estado, onde estão formados
os núcleos da Comissão. Dom
Olivio Fazza, bispo de Foz do
Iguaçu, indicará os representantes da Diocese e estes apresentarão aos participantes as conclusões de um estudo que está
sendo feito sobre as condições
de ensino no município.
O Centro de Assessoria e
Pesquisa da CPJP já elaborou
um documento base que será
clisc:;lido e implementado com
,,o 1 ontribuições dos diversos
"OS diocesanos, devendo
s'.tar num trabalho a ser publinos Caüarnos de Justiça e
z, como aconteceu com
temas de encontros anteriores
desse ÓrâO pastoral leigo.
Este será o 8 0 Encontro Estadual e o 2 0 que acontece no
corrente ano. No primeiro semestre, ms de maio, foi feito
um estudo aprofundado sobre
problemas de saúde, e está previsto para breve o lançamento
do 3 0 volume da série Cadernos
de Justiça e Paz, com as conclusões do estudo.
Desde o surgimento da
CPJP no Paraná, em 1978, realizam-se dois encontros estaduais
por ano com o objetivo de avaliar
o trabalho desenvolvido, estudar
temas de relevante importância
e propor metas da trabalho. Os
estudos feitos pela Comissão de
Justiça e Paz visam também a
fornecer Subsídios para a CNBB
- como foi o caso do tema desenvolvido no 7° Encontro Estadual,
realizado em maio de 81, que
examinou a política do governo
no setor de saúde, problemática
que centralizou a Campanha da
Fraternidade no corrente ano.
NUMEROS ESCANDALOSOS
O documentri orévin que
servirá de base para Os debates
do 8 0 Encontro Estadual da
CPJP reflete um panorama
em que a educação e o ensino
apresentam uma realidde muito
" triste, a nível estadual e nacional. Com abundantes dados
estatísticos, o estudo revela o
'.tauo Liiamitoso, alarmante
alcançado por uma educação
que "passa a servir aos interesses da classe que detém o poder
Político e econômico" - copforme denuncia o documento. E denunciado com veemência o
caráter empresarial que domina
paulatinamente o ensino nacional, em virtude do descompromisso do regime com este setor
essencial do desenvolvimento
brasileiro. Os problemas decorrentes dessa política irresponsável são as mais infelizes.
E tão desesperadora a situação educacional que já
aparece a tendência no sentido
de im plantar projetos de educação fora do sistema escolar convencional. A proposta partir
decididamente para projetos de
cultura popular e de
formação cultural a partir de atividades desenvolvidas nas
Comunidades Eclesiais de Base.
Alguns dados são particularmente eloquentes: "Vivemos
num pais onde professores e alunos se vêem constantemente
fo r ç ado s a deixar suas funções
habituais para, através de
greves, protestos e manifestações públicas, tentarem obter
das autoridades educacionais
aumento em seus vencimentos
na área da Educação Hoje,
apenas 4% do orçamento nacional é destinado ao setor - menos
da metade do que era aplicado
em 1965 quando se aplicava na
Educação 11 % do orçamento. A
A politica eaucacional - continua
o documento -, além de ser fator
de conturbação da vida escolar.
está deteriorando o nível de
ensino e acumulando
problemas. Em 1970, só a metade da população escolarizável
de 7 a 24 anos era escolarizada.
Mais de 17 milhões de brasileiros em idade escolar não frequentavam escolas, passando
esse número para 23 milhões
em 1977,0 que representa 49%
do total. Em 1979. 25% da
população de 7 anos ou mais
ainda era analfabeta e o número
de alunos em escolas superiores
não alcançava os 1.400.000. O
Mobral, de que tanta propaganda já se fez, entre 75 e 79 alfabetizou anualmente menos de 6%
dos analfabetos, o que faz prever que muitas gerações se sucederão
antes que o
analfabetismo desapareça".
Outros dados colhidos pelo
Centro de Assessoria e Pesquisa
da CPJP do Paraná são realmente alarmantes, sem falar da
péssima qualidade de ensino ministrado especialmente nas
escolas públicas. "De 1969 a
1974, só no 1° Grau, 40% dos
alunos repetiram a série pelo
menos uma vez".
Diz ainda o documento que
"no 2° Grau, em 1976, havia um
o fone: 74-2269
H'pro'aCo tara cada 8 aprovados, mas em 1980 havia 6 reprovados para cada reprovado".
Entre o que propõe a Comissão de Justiça e Paz está a
idéia de realizar uma educação
não Convencional, como seja o
projeto de levar às populações
marginalizadas e analfabetas a
compreensão de seus
problemas e a busca de solução,
através de uma formação cultural que possibilite hs pessoas,
s comunidades se unirem e
lutarem por seus direitos.
Para sustentar tal plano socorre-se a CPJP de uma listaqem
de todos os trabalhos realizados
pela entidade desde a sua instalação no Paraná (1978 com
sua avaliação. O saldo é extremamente positivo. A presença
da Comissão de Justiça e Paz
nas mais expressivas lutas populares funcionou como uma forma
de educação na medida em que
o povo em luta e em debate
aprende muito mais do que no
artificialismo das esclerosadas
salas de aula - uma das atividades humanas mais fossilizadas entre todas.
MOVIMENTOS POPULARES
SÃO EDUCATIVOS
Entre as q uestões formuladas aos professores nas cidades
onde a CPJP está p resente como Foz do Iguaçu, Apucarana, Cascavel, etc. — está o
pedido de informação sobre as
lutas populares de que o professor participou ou da qual tomou
conhecimento. Aqui em Foz do
Iguaçu, por exemplo, onde os
questionários estão em poder
dos professores para traçarem
sua visão dos problemas, não é
possível imaginar que algum professor não saiba ao menos
abordar a luta do Movimento
Justiça e Terra, dos desapropriados por Itaipu. Uma das maiores
concentrações desse movimento aconteceu ás portas desta
cidade no 1° semestre deste
ano.
De fato, a participação do
povo nas suas diversas lutas
está Sendo eleita pela CPJP crumo uma inestimável forma de
educação e até mesm de
instrução. "Na sociedade cindida em classes, o processo educativo busca impor um determinado modelo cultural, de acordo
com as aspirações da classe
que controla a sociedade" - diz
texto base do Encontro Estadual.
'A educação popular, no sentido
aqui expresso, quer justamente
transformar a sociedade e não
per petuar a ideologia que a justifica Estas práticas serão mais
educativas na proporção em que
aprofundarem o questionamenfo
da sociedade. Neste sentido, oder-se-ia afirmar que os movimentos populares de que a CPJP
participou e participa são edu-
cativos. Os movimentos
Populares São eduçativos na
medida em que despertam em
seus participantes atitudes que
estavam "desaprendidas",
Como por exemplo a solidariedade, a criatividade e a coragem: a capacidade de o indivíduo perceber a sua torça e importância de seu papel, eliminando o individualismo competitivo (tão incent i vado nas escolas) e indicando um caminho
conjunto e fraterno: a capacidade dos educandos de modificarem os educadores ou as instituições educativas". E isso n.o
se realizaria na escola propriamente dita - embora seria o seu
caminho também -, mas para a
CPJP a tarefa será de responsabilidade dos agentes pastorais, lideranças sindicais, Cornissão Pastoral da Terra, sindicatos, associações. CEBS. etc.
Especificamente para os
estudantes, o trabalho manifesta-se com clareza sobre a importância educativa da participação
de todos nas lutas dó Movimento
Estudantil, seja a qual nível for
'O aluno questiona o sistema,
ainda que apenas no seu aspecto educativo, tem ou adquire
melhores condições de criticar
professores e os conteúdos que
lhes são transmitidos na escola'.
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CULTURA
AM 820 KHZ
FM 97,7 MHZ
r
NT
Foz, de 04 a 1011 1 i81
14
-E ISSO E PRA VQCE
APRENDER A NÃO
FAZER FOFOCA
NO JORNAL.
Vt
-
Quero ver você ir
mexer com minha
mulher depois dessa.
.pode escrever aí
que SOU a favor da
IeaIizaçã do
jt. 40
P?flh0,
AqÉ.,elaládocanto
[pensa que está num[jenho a impressão
filme de terror. J
de que estou
perto de
\
\
14
riha a mão
um avião.
boba, menina'
,, ---
11—
;)a! Parece que
1
entupiu o neqócio aqui,
lbra
vOCê
vai ficar
com a
"morinqa
mais fresci
T--,C,
'.4
%WL
1
Enquanto todos
prá
Ia. eu VOU dar uma
. 1 —cuidada" nesse fotorafo.
M14 W1ÀT'LA 1
OLW cX,OO'
1
BC'J.
'—«POR
)cl CANIAM
:
—Nao, porque a môrte é
mais s Pra que o dinheiro.
- não se sabe quando
eia vem.
—Isso é que é.
Costarla de morrer bem
cedo ou prefere ficar velha?
- Gostaria de morrer o
mais tarde possível, mas não sei
se Deus vai me dar licença. Não
quero deixar minha família, né?
—Há uma forma de vida
depois da morte?
—Isso só Deus sabe. Não
posso falar nada porque não sei.
Ninguém vem dizer nada.
—Acredita na existência
de céu e inferno?
- Arcredito, sim, Se tem
salvação vai com Deus, senão
vai pro Diabo-Por que a senhora está
• enfeitando o túmulo?
—Por aue eu qosto de enfeitar. Isso aqui é uma reçordaçâo de quando ele era vivo.
—Rezar pelos defuntos
resolve alguma coisa?
—Eu !aço a reza católica e
crente e peço perdão dos
pecados meus Junto com ele (o
defunto).
—Como a senhora gostaria de morrer?
—Isso já lá ficando multo
comprido.
minha esposa que na hora em
que eu ganhar um pouco de dinheiro vou construir um túmulo
para mim. Se eu génhar na loteria, a primeira coisa que vou
lazer é um túmulo para mim.
bem bonito. E vou esperar tranquilo a morte. Ninguém escapa.
—Se pudesse escolher o
modo de morrer, que escolho.
ria?
—Gostaria de morrer fora
de casa, fora de minha família,
mas não longe. Costaria de
morrer lentanente para me
preparar bem Eu já sofri muito
vendo meu irmão morto. E duro!
—Como pode a pessoa si
preparar para morrer bem?
—Depende, porque cada
um tem sua religião. Cada uma
interpreta de modo diferente. Eu,
que sou católico, acho que devo
sequir esta religião. Cada um
deve sequir a reliqião de seus
pais. Tem muitos evangelhos.
Cada um de nós é escolhido por
uma religião e por isso a pessoa
deve continuar nessa religião.
.
morte?
- Ninguém sabe, né?
- A gente vai continuar
vivendo de outra maneira ou
acaba tudo?
—Eu acho que vive, sim,
porque lá em cima é o lugar das
almas. A alma que foi\boa vai pra
Jesus; a que fez o Mal vai pro
diabinho.
- Você acha que vai pra
Jesus ou pro inferno?
- Não sei. Tem que obedecer os mandamentos dei Deus:
Não brigar, obedecer os mais
velhos. n'no matar - ai a gente vai
perto de Jesus.
- Isso de morrer não é
uma coisa chata?
Eu não acho. Cada um
vai ter o seu dia.
- Gostariam de saber
quando vão morrer?
- Eu não
- Nem eu.
- Eu também não.
- Gostariam de morrer
Jovens ou velhos?
- Ah, isso é para quando
Deus quiser.
- Voces têm parentes
enterrados aqui?
Eu tenho um irmãozinho.
- Eu vim só pra vim.
- O que o pessoal vem
fazer
no
Cemitério
Vem rezar, né'7 Vem
acender velas pros mortos.
—E adianta isso?
—Eu não sei, né°
Eu acho que adianta,
—Ajuda os defun 5
rezar por eles e açender elas
sei, não.
Depois
desta vida
será melhor,
Seqanhar
dinheiro
construirei
meu túmulo
Nosso Tempo - E a senho
ra, o que pensa da morte?
Sente medo ou revolta?
—Nem medo, nem revolta.
Ninguém se escapa da morte.
Então, por que ter medo ou se
revoltar? E melhor se preparar
durante a vida, porque, como diz
a Bíblia, há o céu e o inferno. E
eu quero ganhar o céu. Para isso
tenho que lutar durante a vida.
—Pensa em morte, no túli mulo? Imaginou-se dentro de
um caixão ou dentro de um
túmulo?
—As vezes. Mas não gosto.
W 41
Não gosto de ficar, por exemplo,
fechada dentro de casa.
—A morte é uma certeza
para a senhora ou proçura
pensar que Isso é coisa para
os outros?
—Eu sei que vou morrer. E
penso que depois desta vida
terei uma vida melhor.
valor atribui ao
Nosso Tempo O senhor vê a gesto-deQue
rezar, trazer flores
morte como um fim de tudo?
—Penso que não. A morte aos mortos?
Acho que se ganha um
para mim é só um descanso. A valor- pra
gente e o morto
gante só troca de lugar. Eu tenho também ganha
um valor para
aqui três irmãos enterrados. Os ele. Depende da religião
de cada
três morreram na rua. Um em
acidente; outro saiu de çasa
num domingo. Estava perfeitamente bem, mas quando estava
perto de casa caiu morto. Por
isso que eu falo que a morte não
é coisa definitiva. E apenas uma
separação. Eu senti muito a
morte de meus irmãos.
- Existe céu e interno?
—O inferno não existe
Nosso Tempo E vocés,
—Acredita na reencarna- qarotada, Já pensaram que
ção?
Igum dia vão morrer?
—Nisso eu não acredito.
- Eu nunca pensei nisso.
- Tem medo da morte?
—Eu si5 porque todos têm
—Não. A morte é para to- o seu dia.
dos.
—Eu já pensei várias
—Gostaria de saber o dia vezes.
em que vai morrer?
—Têm medo da morte?
- Gostaria muito. Agora
- Não.
mesmo estava falando pra
- O que existe depois da
A alma
boa vai a
Jesus
1•'
A vida
deve ser
aproveitada
Nosso Tempo O que o
senhor diz da morte?
- Não sei. Acho a morte
um repouso, um descanso por
tudo o que a gente fez na terra.
- Vai viver de outra
forma depois? Ou acaba tudo?
- Não acaba tudo, não.
Existe vida depois da morte.
- Vai viver como?
Depende do que voõe
faz aqui. Se fez o bem vai repousar tranquilo. Agpra, se existe
inferno, o inferno e o mundo.
- Pior que essa vida no
mundo não há nada?
- Pior é impossível.
Melhor sim pode ser. Pior, não.
4
..
D -
Foz, de04a 10/11/81
17
sente medo ou revolta perante
a morte?
—Nâo, não se deve ter
medo nem se revoltar pela
morte. Tem que ser realista.
Tenho medo é de ficar sofrendo.
É muito triste. Gostaria de
morrer repentinamente.
- Pensa frequentemente
que vai morrer algum dia?
—Lógico.
—Gostaria de saber o dia
em que vai'morrer?
—Bem, isso nem os sábios
Podem saber. Se . a pessoa
soubesse o dia em que vai
morrer não seria certo. Tem que
esperar a morte e, no dia em que
Cheqar, tudo bem
—Depois da porte acaba
tudo ou resta alqd'ma forma de
sobrevivência?
ff
—Creio que espiritualmente a pessoa continua vivendo.
Mas ninguém sabe como e onde
Nem os profetas disseram como
é a vida depois da morte.
—Existe isso de céu e Intemo na sua opinião?
- O céu é isso ai de cima,
que todo mundo vê. O inferno é
aqui mesmo. O que o homem faz
aqui na terra paga aqui na terrra.
- Porque trazer veia, flores ao cemitério?
- E um costume das pessoas. Mas nâc resolve nada. É
mais para deixar o cemitério
bonito, embora haja muito
túmulo abandonado, arrebentado e ninguém arruma. A Prefeitura não dá assistência.. Não faz
limpeza.
—Acha certo enterrar os
mortos?
—E certo, sim. Queimar os
Nosso Tempo . Você sabe cadáveres é coisa de ateu.
—Qual a sua religião?
que vai morrer algum dia?
- Sou católico, apostólico
—Eu sei. É a vida, né?
romano.
—Tem medo de morrer?
- O que o senhor pede à
—Eu não.
Se você pudesse, qostaria sua familia quando o senhor
de viver etemamentõ neste morrer?
- Não vou pedir nada A
mundo?
única coisa que resta é me
colocarem num túmulo, enfeidá. —Se desse, sim, mas não tarem, porque é a única coisa
Que resta
—Adianta alguma coisa
—Açredita que haja
alguma forma de vida depois rezar pelos defuntos?
—Não, não adianta nada. E
da morte?
—Não sei, não. Morre-se, uma norma das pessoas razar,
vai pra baixo da terra e lá se fica. fazer missa de sétimo dia, de um
—Gostaria de saber mês, um ano...
—Se soubesse que vai
quando vai morrer?
morrer amanhã, o que faria?
- Costaria, sim.
- Nada. Çontinuaria to- Não ficaria apavorado
á medida em que visse se mando minhas biritas normalmente.
aproximar o dia fatal?
—Apavorado por u? Tem
que morrer mesmo. O negócio é
ficar frio.
—O que voçã pediria aos
que ficam?
-- Que me enterrasem na
terra mesmo, pois a gente vive
dela.
- Como gostaria d.
morrer?
- De uma hora para outra na base do tiro e queda.
—Nunca se imaginou na
condição de morto, dntro de
um caixão e fechado num
túmulo ou debaixo da terra?
—Nunca levei muito a sérig
-4
isso. Quando acontecer, azar. Ê
besteira ficar pensando nisso. O
OPORTUNIDADE UNICA
negócio é pensar na vida e no
Vende-se uma bem monfuturo da gente. E esquecer o
tada lanchonete em local privipassado.
- Você ainda é rapaz. leQiado, próximo a dois colégios,
com movimento certo e
Como vê a velhice?
- Não penso muito nisso. continuo. Venha comprovar.
Tratar com os proprietários
Vou ver como é q uando ficar
velho. Ainda não taco idéia do no local, a Av. Juscelino Kubitschek. 316 em Foz do lquaçu.
que seja a velhice.
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O inferno é aqui mesmo.
- Já se imaginou morto
alguma vez?
- Não penso nisso.
- Que diz de um cara que
se suicida?
- Quem se suicida deve
estar com uma tortura muito
grande na vida. De fato, cada um
tem seu motivo. Eu acho.que a
vida deve ser aproveitada ao
máximos não se matar.
- Acha que a pessoa
deve ser enterrada ou cremada
depois da morte?
- Pode-se Continuar fazendo o que se faz, mas melhor
seria queimar os cadáveres,
Porque voce estará Queimando a
carne. O espírito ninguém
queima, A alma podeestar nOma
muito boa ou numa muito pior,
de acordo com o que ela fez
O neqóçio
é pensar
na vida
O inferno
é aqui
na terra
04a10hh1)
t
:
vida não é longa. Só nãogostaria
de morrer no Íoo ou peía água.
Tenho pavor 'de pensar em
morrer queimada ou afogada. O
resto, tudo bem.
—Já se imaginou dentro
de um destes túmulos?
Eu preteriria ser cre-
-
dor
A morte
éum
.:descanso
-,
.1
,
O ENCONTRO
COM A MORTE
Mais de 50 mil pessoas visitaram o Cemitério Municipal
de Foz no dia dedicado aos
mortos (2 de novembro), data
que neste ano çoincidlu çom
uma segunda-feira e assim
ofereceu aos brasileiros mais
um feriadão, graças ao qual
Foz se viu novamente visitado
por uma multidão de turistas
que super-lotaram todos os
hotéis da cidade de 30 de
outubro a 2 de novembro.
O Cemitério, que não tem
a menor atração turística, teve neste ano uma visitação mais intensa que nos
anos anteriores. Os vivos não
se esquecem tão cedo e tão
facilmente dos mortos.
Inúmeras pessoas vieram a
Foz de lugares os mais distantes para levar uma prece,
uma vela ou um ramalhete de
flores no túmulo dos "entes
queridos" aqui sepultados.
Na tarde do Dia de Finados, uma chuva muito forte
tornou o Cemitério um enorme
pantanal em meio a túmulos
desalinhados, abandonados e
decrépitos, ao lado de outros
luxuosos e ostentatórios. Está
congestionado de tal modo o
Cemitério Municipal que para
passar em certas áreas as
pessoas são obrigadas a
caminhar sobre túmulos e
covas.
Um aspecto partiularmente triste É1 verifiçar no
Cemitério de Foz o elevadissimo número de crianças,
mostrando que a mortalidade
alarmante,
é
infantil
1
íLr
1
tj
Nosso Tempo . Como a
senhora encara a morte?
--A morte é o caminho de
nós todos. Devemos encará-la
muito seriamente
vergonhosa.
1
- Não tem medo da
Para a cidade dos mortos
morte?
foram levados nesses dias
--Não. Não tenho medo.
muitas toneladas de material,
porque não é o fim de tudo.
entre tintas, flores, velas e
Segundo o que li na Bíblia, a
coroas. As cercanias do
morte é um descanso. Mas tem
Cemitério transformaram-se
o além, o futuro, outra vida - a
todos os anos em abundante
salvação ou a perdição eterna.
feira livre. Neste ano, uma Aquele que bem obrou aqui na
coroa que na parte da manhã
terra receberá um bom galardão
era vendida a 600 cruzeiros,
lá e aquele que obrou mal aqui
tarde era "queimada" por 100
terá mao resultado na outra vida.
cruzeiros. Uma rosa, que pela
—Acredita que há
manhã custava 200 cruzeiros
validade em rezar pelos defun'.
no portão do Cemitério, h
tos?
tardinha saia por 80.
"'
Á
—Nâo. Não aluda nada. Se
e
-
Entre
lágrimas
a pessoa não fez o bem antes de
saudades, os vivos lembraram alma çontinua viva.
morrer, rada vai adiantar mais
-E vai para onde a alma?
os que se foram e lembraram-
pra ela.
se também de que o fim de Pro céu?
—Por que não'>
- O que acha disso de
cada um é o mesmo dos que là
acender veias, trazer flores
- Você é catóiiça?
estão sob o cimento e a terra.
- Sou
aos mortos?
Nosso Tempo não levou
-- Pois isso dai é um desejo
—Isso de trazer vela,
flores nem velas, mas foi ao
do vivo porque o morto não está
cemitério com um qiavador e flores e rezar ajuda os mortos?
pedindo nem está vendo. Mas a
—Aluda
uma camara para fazer a
vontade do parente e do amigo é
—Tem medo de morrer?
matéria que ~ê vai ler, com a
ver o local bonito, cheio de velas
--- NO.
visão das pessoas sobre a e flores E mais para deixar o
- Qostaria de saber o dia
dura realidade da morte.
local apresentável
em que vai morrer?
—Se a senhora soubesse
que iria morrer amanhã, o que
-Se voé soubesse, o que
—Se
faria hoje?
—r
faria?
a Deus e aue ele me desse Lima
Faria tudo o que há de
hora feliz
bcr'i na vida e eu ainda não aprofeliz.
veitei.
—Qual a sua religião?
—Sente revolta perante a
Sou crente de Assemmorte?
Nosso Tempo - E a senho-
bléia de Deus
- Quanto à mi-ha morte,
—O que a senhora veio
rita, o que acha que é a morte? irão. Mas quando morre um
—A morte é ,, a cortinua- parente meu sinto muita revolta
aqui
fazer
hoje?
Vim pintar o túmulo de
ção da vida
Não me conformo
- Çomo? Se voçê sabe
- Já pensou seriamente, minha irmã, que está enterrada
que vai apodreçer ai dentro de com convicção plena, que
aqui há 3 anos. Precisa pintar
um túmulo?
senão vem parentes de fora e,
algum dia voçã vai morrer?
'
ncr,. [IE.)U(5
a
se o túmulo estiver feio, eles re--Não muito. Penso que a
1
A vida
nao e
longa
14
param. Ë para ajudar o ambiente
do cemitério, embora haja
muitos que são relaxados e
deixam os túmulos
abandonados
Não
adianta
rezar
pelos
mortos
Nosso tempo - O que o senhor pensa da morte e çomo a
encara?
—Ah, ri,orreu, se for. né
companheiro'?
—Tem medo da morte?
—Não, porque eu procuro
cumprir o evangelho. Sou da
Igreja Menonita. Vim de Curitiba
para arrumar, pintar o túmulo
nosso aqui.
—Depois que a pessoa
morre sobrevive de alguma
outra forma?
- Não sei, né companheiro? Temos Que ler fé de que teremos salvação.
—Vai-se pro céu, pro
Inferno - essas coisas?
- Meu filho, o que vou te
falar? A Bíblia conta que a gente
tem que ser salvo aqui em vida.
—Mas teremos vida eterna?
—Parece que sim. Assim
dizem.
—Por que acender velas
aos mortos?
—Não estou acendendo
velas Estou apenas pintando o
túmulo, onde está enterrado um
conhecido meu.
—Adianta rezar pelos
mortos?
Sequndo me disse o pastor, não adianta nada. E só para
gastar dinheiro.
..-
it
A morte
m
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certa que
o dinheiro
Nosso Tempo - Tem medo
de morte a senhora?
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li
e040/11'8i
15N T^-
Sério Lobato reçebeu os
cumprimentos da Paranatur por ter
sido escolhido pelo Comite
Naional Pró-Legalização dos
Cassinos e coordenador do
programa no Estado do Paraná.
*
O tema básico deste
'r. ne revela uma atualidade
que dificilmente ninguém estaem condções de escapar: até
ue ponto um indivíduo é senhor
de seu comportamento e não títere de sua formação familiar e
cultural ? Em Pubis Angelical a
figura central é uma mulher educada para ser objeto sexual, a
qual, depois do advento do feminismo, pretende elaborar o seu
próprio destino. Essa história é
contada através de duas vozes,
de dois relatos paralelos: em primeiro plano aparecem os atos
conscientes da protaqonista, o
território sobre o Qual a sua vontade exere controle, mas por detrás transparece a sequnda narrariva, o desfile sensual e teriebioso de seus desejos e medos
inconfessáveis.
Este livro está á venda na
do Garuzo. a Juscelino
uek.
rã
Depois de Pacto Sinistro, a
Nova Fronteira lança O Sol por
Testemunha, primeiro de uma
série de romances em que Patrícia Highsmith apresenta Tom
Ripley, anti-herói de histórias em
que ele subverte as regras da literatura policial. Em O Sol por
Testemunha o que prende a atenção não é o enredo ou suas
çompliações, nem a resolução
destas. Aqui o leitor, levado a penetrar nas contradições dos personagens, se vê diante do emaranhado dos condicionamentos
psíquicos e sociais que conduzem ao crime. Como a própria
Patricia HighSmith declara: "O
que mais me interessa é sempre
o sentimento de culpa dos meus
personaens".
Este livro voçé encontra à
venda na Livraria Wadipel.
Cerca de 50 casais da aLta
roda iquacuense estiveram prestigiando na última quinta-leira a
inauguração do restaurante
"PONTO DE ENCONTRO" de
propriedade da família Tavares.
O acontecimento fci
marcado por um desfile de
modas das LOJAS LILIAN e j6is
de VALDUA JOALHEIROS.
desfile moda verão/82 apreser.
tou em sua maioria "roupas
nissimas em seda" e, para curtir
tir este ralorzão, uma coleção
de biquinis da POESI com córes
muito vivas Após uma hora de
gente bonita mostrando os últimos lancamentos em confecções e jóias, foi servido um
"buftet", que mereceu muitos
elogios. Se voce perdeu essa,
não perca mais nenhuma promoção do "PONTO DE ENONTRO",
lugar acolhedor e onde a comida
é a mais gostosa da City.
Começou no dia 3, no Co/éqio Ancio-Americano, Conjunto
Habita çional "a ", a inscrição
para o curso de treinamento da
equipe de operação e manutencao da Hidrelétrica de ltaipu. E
uma oportunidade para rapazes
solteiros entre 19e25 anos, com
escolaridade até o segundo
grau.
Para inscrições, que vai até
o dia 13, basta o certificado de
reservista e duas fotografias três
por quatro
-
ti
-a
Ademir, bem acompanhado, é
gerente do Cine Salvattl.
rr,
4
Dia 20 de novembro, a Discoteca Whisçadão promoverá a
Noite da Música com o cantor
Rubens Fernandes
Em breve o Hotel Dom Pedro / abrirá modernissima discoteca sob o çom ando do
engenheiro Riçardo Prescinotti.
AL
ç
,íJ
Presencas na inauquração do restaurante
"Ponto de Ençontro", dos amigos Tavares.
,
p1
^^ %à
1
A bonita manequim CMIa está lembrando
que os melhores lançamentos para curtir
este belo verão encontra-se nas Lojas Litian,
-;'--'
Rita, a bela maneca de Foz no desfile das
Lojas Lilian, no Ponto de Encontro.
Curmem Lemos, Rainha da Soja-1980.
NF
oz. de 04 a 10111181
18
*Jfrjà#
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1
Vasco é
campeão
invicto
Foi decidido sábado passado o IV Campeonato de Veteranos organizado em Foz do
Iguaçu. Os três primeiros foram conquistados pelos "Coroas". Este ano, o Vasço da
Cama, tradicional clube de
nossa cidade, considerado um
dos três chamados "grandes",
conquistou o titulo de maneira
brilhante, invlçto, incontestavelmente.
\j•
•
Um qrande públiço se fez
presente no Estádio do Cualráca, tendo o jogo s em seu
tempo regulamentar,
terminado empatado. Na prorrogação, de 10 e 10, também
terminou empatado, tendo a
dcisão que ser feita nos
pe,ialtls. Parece que não houve acordo para que a decisão
fosse num Joo extra, por causa do calendário de ambas as
equipes.
Mas, dizíamos, o Vasco
da Cama foi, no decorrer do
campeonato, a equipe que
realmente merecia o titulo,
pois foi a mais regular, não
sofrendo nenhuma derrota. O
Vasco tinha também a sou fa-
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Vasco, a equipe campeã.
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A ASSERPI ficou mesmo com o 20 lugar
a
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1
Lance cia ciisputaøa partida,
4
•..o juiz autoriza a cobrança do pnalti.
Depois de um pequeno sururu
--
vor a liderança de um "experiente" catimbeiro, e malando
atleta o Lúcio.
i
A dec são fot contra a
ASSERPI, que em nenhum momento do jogo se entregou.
Perdeu de cabeça erguida.
Realmente, decidiram as duas
melhores equipes de Veterano
de Foz do Iguaçu, neste ano de
81. Qualquer dos dois que
saísse vitorioso, seria justo.
Tanto isto é verdade que na
prorrogação houve um pénalti
despeYdiçado pela ASSERPI.
Se, naquelas alturas,
marcasse o gol, adeus
campeonato.
O joqo foi parelho, bonito
de ser assistido, brigado, arrepiado, catimbado, mas leal.
Ninguém saiureclamando da
arbitragem. O pênalti assinalado, realmente ocorreu.
Como sempre aconteceu,
aos vitoriosos os louros, por
Isso, iremos fazer uma análise
dos joqadores do Vasco:
Ferreira • foi muito bem.
Um bom goleiro. Sempre que
necessário saiu-is
bem. Também teve sorte no
lance do pénalti, durante o
jogo, que bateu na trave. Cathfibou bastante na hora das
cobrancas dos pénaltis
decisivos e isto é muito importanto, pois desmoraliza peicologicamente os batedores.
Nota 8.
Encantado - lateral multo
esforçado. Teve a difícil In'
cumbênçia de marcar o
ponteiro esquerdo da ASSERP1, o melhor atacante do time,
e saiu-se bem. Nota 7.
Pedro Porco - o melhor da
defesa do Vasco neste jogo
decisivo. Tem um jogo feio, ØeIa maneira de entrar na jogada, pois seu corpo é desajeita.
do, não aparecendo para a torcida. Mas foi muito eficiente.
Semaparecer. Seu melhor
jogo no campeonato. Para
nós, o melhor em çampo. Nota
9.
Lúçio • em jogo de veteranos vale a catimba. E o Lúcio
tem de sobra. E ogrande líder
4este time campeão de 1981.
E o atleta que leva o time para
a frente. Canha juiz no bico,
grita com o time Inteiro e "chea Junto". Ganha até do nego
Oliveira. Nota 8.
Marquadt um lateral
esquerdo eficiente e esforcedo. O ponteiro da ASSERPI
não teve moleza. O ponteiro teve somente uma oportunidade, no 1 0 tempo, quase sem
ángulo, e bateu cruzado,
quAse fazendo o oi. Mas Marquadt foi muito bem. Nota 7.
Murilo - seu melhor jogo
do Qampeonato. Foi o primeiro jogo em que vimos o Murilo
receber trombada do iniçio ao
fim, sem reclamar. Foi parado
na cacetada. Foi oJogtrr que
mais taita recebeu. fina otima
atuação. Nota 8.
Dura - o veterano Duca,
comosempre, recebe, põe no
chão, e entrego redonda. Me
pareçe que neste 1090, sua atuação foi um pouco prejudicada pela falta de empenho.
Mas foi bem. Duca é sempre útil em qualquer time de veteranos que se faça. Nota 7.
Barcelona - outro Jogador
que aumentou seu ritmo no final do campeonato. Um ponteiro veloz. Um dos melhores
do ataque. Nota 7.
Fava - não esteve bem. Esteve
sempre no meio da zaqa da
ASSERPI, a melhor dupla de
área do Campeonato veterano
de 81. Criou poucas jogadas.
Deveria ser substituído no
segundo tempo. Nota S.
Sapo - durante o tempo que esteve em campo, teve boa atuaao.Náo deveria ser substituído em seu lugar. Deve ser coisa de cartoía ou medalhão.
Nota 7.
Baixinho - foi bastante esforçado enquanto Jogou. Não
teve oportunidade de criar lances difíceis para a ASSERPI.
Nota 6.
Rui - enquanto jogou, foi regular. Está bastante gordo. Têm
futebol. Nota 6.
Tibiriça Entrou no final. Também teve pouca oportunidade
de criar qualquer joqada, pois
a defesa da ASSERPI estava
atenta. Nota 6.
Após a vitória e conquist
do IV Campeonato de Fute
de Veteranos de Foz
Iquaçu, o Vasco da Gama çomemorou com todos os seus
atletas e torcedores, que fizeram um desfile pela cidade,
com a tradicional buzina aberta, foguetes, viva o Vaso, etc.,
prosseguindo, após, na Chácara do Lúc i o, onde deve ter
havido até terça-feira de manhã, sem exagerar, alguns dormindo embaixo de iatlnhas de
cerveja, abracado, cantando
a "Boêmia" e o "Ebrio". Uma
festa merecida. Estão de parabéns os vascainos de Foz do
Iguaçu. Vão em frente,
"Joven s ", que o ano de 1982
mm mais.
'-á-1ç
lia
r
i
•
.4,
-:-
Máquinas prontas para a grande prova.
Balotim ganhou no
Kartódromo
E as maquinas roncaram na
prova dos 100 quilômetros de
Foz, realizada no último
domingo. Dom um bom público e
participação de corredores de
vários Estados a prova foi um sucesso, demonstrando principalmente a boa qualidade dos pilotos de Foz do Iguaçu
A classificação até o 10 0 tuar é a seduinte:
1 ° luar com 142 voltas os
pilotos Clovis Balotim e José
Pauto Costa, 2° lugar com 140
voltas Vitor Junior e Anibal; 30
lugar José Cordova e José
Kueroz com 139 voltas; 50 lugar
com 138 voltas Pedro Tremea e
jorqe Biff: 6 0 lugar com 137
voltas Sodom Paletto e C•istâo
Weriqbert, 70 lugar çom 136
voltas Alexarrdro e Jorqe Lanqe
Menequel. 8 0 lugar çom 134 võltas Marcos Antonio Cerry e Flavio Franco; 90 lugar Solezio Biff
e Olnei Correia com 133 voltas e
10 0 lugar om 133 voltas Wadis
Benvenutti e Marcelo Bordim.
No final foram entregues os
premios aos vencedores. O primeiro luqar recebeu dois trofêuS
e 20 mil'ruzeiros, o seQjindo luqar dois troféus e 15 mil
e o terceiro lur, 10 mil cruzeiros. Depois ate o sexto lugar os
classificados receberam um
troféu por equipe e os demais reeberam medalhas.
Boca
maldita
do futebol
Do técnico Chiço. do
Vasco:
Antes do joqo ao ser entrevistado oor Nosso Tempo:
—Uhrço, e o jogo?
—Vamos qanhar de qualquer maneira: no jogo, no pau,
no cacete, na porrada...
2
OTibiricá perguntou.
—Ué, por que será que o
Chico está bebendo tanto?
-È o sucesso que está
subindo à cabeca, respondeu
um torcedor.
3
No inicio da decisão (Vasco
x Asserpi), lá pelos 5 minutos, o
Chico passa atrás da goteira do
time da Asserpi e, inexplicavelmente, sem que ninguém entendesse, sem bola, o goleiro da
Asserpi caiu machucado, lendo
que ser substituído de imediato.
Um diálogo ocorrido na boca
malditaL'.
—Ué, que será que aconteceu com o goleiro?
- Vai ver que o Chiço deu
uma baforada nele.
4
Durante o jogo o Chico
estava muito nervoso. Andava
de um lado para o outro, xingava
o Juiz, estava p. da cara mesmo.
Nisto o Preto perguntou
- O que houve. Chico?
—Este Juiz safado,
filho..., não me deixa levar
bebida para meus iitletas.
--Mas Chico, você quer dar
bebida alco&iça para os jogadores"
- O que você quer? Acha
que se eu levasse água estaria
ainda como técnico?
E esta foi do Papi.
No intervalo do jogo, enquanto tomava umas e outras, o
Papi tomou da palavra:
Tempos atrás, quando
levamos o Pedrô Porco
(zaqueiro do Vasco) para o
hospital, para que fosse
operado daqueles balaços que
'evou, cheqamos lá com o
Porco quase morto,
sendo
Sondo levado imediatamente
para a sala de cirurgia.
Ficamos aguardando na
portaria do hospital quando
chegou uma senhora com o
filhinho necessitando de
assistência médica.
—Onde está o médico de
plantão? - Perguntou ela.
—Esta operando o Pedro
Porco.
—O que???
—Está operando o Pedro
Porco que foi baleado. A senhora
vai ter que esperar Porque não
tem outro médico no hospital.
Não vou esperar coisa nenhuma. Onde já se viu' Os médicos ficam operando porcos
e deixam as pessoas aqui
aquardando. Vou é mudar de
hospital. E saiu p. da cara sem
esperar explicações.
Um torcedor, cujo nome
não vamos dizer, pois não
queremos brigade família, após
o término dos pênaltis entre
Vasco x Asserpi
—Mas, veja você. O Lúcio
é tão malandro, tão catimbeiro
que até na hora de bater os
pénaltis escolhe qual o
joqador que vai bater.
Escolheu justamente o
último, o que decidia, para sair
como herói do Jogo. Êta
boquinha maldita!
E Esta é a pedido do Darlei:
Um velho conhecido nosso,
cujo time já saiu do campeonato
há muito tempo, assim mesmo,
todos os sábados ele apanha
sua sacola com o material de
esporte e aparece nos estádios
com a maior cara-de-pau. Seria
Para "justificar" sua saída de
casa?
O Flamengo (veteranos),
incompleto para o iogo preliminar de sábado, tinha que enfrentar o Floresta. Na decisão de
terceiro e quarto lugares.
quando cheqou o tenente Silva,a
turma perguntou.
—Vamos lá, Silva,que esta
faltando iente.
—So se for para jogar no
lugar do Mallorqulm, foi a resposta do Silva. Que será que
os meninos?
aconteceu uni
seu feudo particular. Uns exploram cassinos outros contrabando disto ou daquilo, outros a
especulação de imóveis urbanos
9 rurais, o controle de repartições públicas, prostituição. etc.
De outro lado estão as Forças
Armadas com seus feudos.
A construção da hidrelétrica de Itaipu e suas necessidades
de apoio em termos de construção civil, metalurgia e afins, juntamente com fortes interesses financeiros concentrados nos
bancos, as novas forms de
roduçào agrícola, começaram
entrar em choque çom a velha
estrutura feudal. No campo
surgiram grandes. empresas ruEm jogo preliminar cie
rais com investimentos estranVasco x Asserpi sábado
geiros
e paraguaios. Pouco a
passado, a equipe do Flamengo
Pouco
estão desaparecendo as
venceu a equipe do Floresta por
p
equenas propriedades
2 x 0, conquistando o terceiro
agrícolas, os posseiros e os
lugar no Campeonato de
campos comunais de produção
Veteranos de 1981
para consumo particular. O novo
Projeto já está produzindo para o
mercado internacional. O
Paraguai produz para o Japão e
Alemanha, entrando no ciclo de
fornecedor de alimentos aos
paises industrializados. Isto está
produzindo várias seqOetas internamente Hoje o Paraguai apreFor reaiizaid sabado na
senta um quadro de grandes
Casa Paraguaia uma partida
propriedades rurais de estilo
amistosa entre os times Chega
capitalista, introduzindo uma caMais e Excomal, saindo
tegoria nova que é o assalariado
vencedora a equipe Chega Mais agrícola
por 4 x 0 O lOQO foi bastante
Esta nova realidade econóviolento. Quando se viu
mica começa a ser incompatível
perdendo o lime da Excomal
com as velhas estruturas. O
perdeu o rebolado e comecou a
velho regime já não tem a funciodistribuir ponta-pé pra todo lado.
nalidade que os novos interesAssim ficou feio, mocada
ses requerem. As novas estrutuNo domingo. o Chega Mais
ras precisam de um governo que
enfrentou a equipe do
esteja entrosado com as novas
Combinato Discos, que goleou o
formas de produção, que tenha o
Chega mais fazendo o goleiro
dinamismo próprio do
engolir nove gqls. O Chega mais
jogou com um atleta a menos no capitalismo moderno e onde os
interesses pessoais ou de
primeiro tempo No segundo
conSeuu um iogador empres- grupos sejam dependentes de
uma maior produtividade visanTado mas já era tarde.
do aos lucros necessários para a
acumulação de capital.
Rodrigues, com todo o seu
passado e presente, e mais suas
ligações com os grupos ligados
ao tráfico de drogas e corrupção
administrativa, é a antítese do
processo de transformação que
vive o Paraguai. Na convivência
das novas formas com as velhas
A noticio- que Co r re por
vence o mais forte. E foi por isso
Assunção é que o general
que rolou a cabeça do exAndrés Rodriques, chefe de
homem forte do reaime.
Cavalaria do Paraquai. foi derCAMINHO LIMPO
rubado. A reforma de Rodrigues
Por outro lado, na luta polívai ao encdy'itro das versões de
tica entre os vários grupos pela
que há no vizinho país um
acordo para a transição pacifica
sucessão de Stroessner chegouse a um acordo com o aval dos
após o afastamento de StroesEstados Unidos e do Brasil. Este
Sner.
acordo de cavalheiros, que foi
O general Rodriques, que
feito dentro do çoloradismo Civil
até pouco tempo era tido como
e militar, o ponto básico é a estaforte pretendente ao "trono"
bilidade. Para suceder Stroessocupado por SI roessner há 27
ner somente alguém que garananos, passou a Ser queimado
ta estabilidade para o desenvolinterna e externamente devido
vimento do processo
aos seus antecedentes de "don
econômico. Para isto se chegou
Corleone" do tráfico de drogas
a um consenso em torno de
no Paraguai. Mas esta é uma jusalguns critérios onde se estabetificativa superficial do problema, apesar de ter um peso imleceu um compromisso com
princípios democráticos e a
portante para determinados
busca de um nome de consenso
setores do Partido Cobrado,
para a sucessão de Stroessner.
O Paraguai, que foi goverEste projeto de democratização,
nado a ferro e fogo durante o tono periodo de ditadura stroesnisentretanto, e bastante relativo,
pois exlui as forcas mais prota, está passando por profundas
gressistas que estão interessatransformações em sua
das num salto mais pro f undo nas
estrutura econômica. O atual
transformações sociais.
estágio do desenvolvimento das
Com a queda do general
relaçõ es de produção no vizinho
RodrigueS, está limpo o Caminho
pais já não Comporta uma ditapara a chegada até o poder dos
dura de cunho pessoal sustentada pela divisão de interesses cobrados que expressam o
estágio econômico e social do
entre os vários grupos familiares
Paraguai. São eles os depositáOU cívico-militares.
rios das esperanças do capitaA introdução de formas
lismo internacional de um Para.
capitalistas na estrutura
guai moderno e adaptado á nova
económica está produzindo
ohoqueS com a velha oroem oe realidade internacional. Com um
atraso de dezenas de anos,, o
estilo capitalista e com fortes caParaguai está tendo a sua reracterísticas semi-feudais. A
volucão burguesa.
divisão do poder em cima de inNo dia Zo velho e doente diteresses e corrupção tem sido o
tador, que está há 27 anos no
forte do stroeSSnisrno. Cada
poder, passou o seu aniversário
ponto de apoio tem no Paraguai
anterior que a equipe do Floresta
perdeu o jogo para o Vasco e
seu treinador perdeu também a
esportiva. Mas, para que ficasse
no anonimato, deixamos de
Publicar o seu nome. Agora,
soubemos que o dito reclamou
'que seu nome não saiu no jornal.
Pnis lá vai Valdinei José
Antonio.
Veteranos
do Fia
em 30
p 1'
em a ta em
Laranjeiras CombinatO
A
o Sul
Discos
venceu
A
O A B C , representante de
Foz na Taca Paraná, obteve um
importante empate de 0 X 0,
domingo último, em Laranjeiras
do Sul, contra o Comercial
daquela cidade.
Muitas reclamações da
equipe de Foz, dizendo terem
sofrido toda a espécie de
pressão, agressão, má arbitragem, insegurança, etc.
Afirmam que houve
momentos do jogo em que o preparador tísico da equipe do Laranjeiras entrou em campo querendo brigar, correndo atrás do
Bilo, do Cicero. do Maneco, sem
que o Juiz tomasse qualquer
providência
Outro detalhe importante:
Quando do início do jogo, havia
umas 30 pessoas dentro de
campo. O representante do ABC
foi ao representante da Federação e pediu providências
Este, por sua vez, foi á POlicia
pedir*Jo-lhe que retirassem as
pessoas que ali estavam. A policia respondeu que não iria tirar
OABC insistiu
E então, seu representante, não vai tirar o pessoal?
--A policia falou q ue não
tira, o que vocês querem que eu
faça?
Tudo como o diabo gosta.
Mas o negócio não parou
por ai. No final do jogo a equipe
do ABC teve que sair pelos fundos pois a torcida do Laranjeiras
aguardava pela frente (não para
cumprimentar, evidentemente),
De qualquer maneira, foi
uma excelente conquista este
empate. Destacaram-se a dupla
de área Paulão e Mariano, mais
o goleiro Lourenço.
Agora.. decidem aqui em
Foz no domingo próximo, onde
deverá ser prestigiado pelo público local, pois trata-se de mais
uma decisão nesta fase do
sistema eliminatório.
Taça
Paraná
de Futsal
A Mairrina lidera esta
chave. Venceu o Frigorífico Eldorado na quarta-feira passada
aqui em Foz e conquistou um
empate em Marechal Cândido
Rondon. Cjls de Rita Lee em
ambos o jogos.
O Frigorífico Eldorado faz
uma oéssima camoanha. pois
ainaa nao venceu, perdendo
os três jogos que disputou.
Quer
o nome
Noticiamos na edição
O Outono
de
Stroessner
Foz, deQ4a 10/11/81
19
rodeado de correligionários que
estão sendo personagens de
uma transformação de grande
valor na história do sóçio do
Brasil na construção de Itaipu.
Apesar de lá não ser mais o
todo-poderosogneralissimo de
outros tempos, 'St roesse r ainda
conserva a velha mística
conseguida em 27 anos de poder
Pessoal.
ROMEIRO VENERA O DITADOR
O inicio do mês de
novembro está sendo motivo de
gracejos entre paraguaios. No
dia 1°, dizem, celebramos o dia
de todos os santos, no dia 2 celebramos o dia dos mortos e no dia
3 comemoramos o dia dos
"vivos" - numa alusão ao aniversário de Stroessner
O dia do aniversário do, caudilho não é feriado oficial no
Paraguai, mas o feriado
acontece assim mesmo, em
especial nas reparticões
Públicas. Deve ser o único país
do mundo em que o aniversário
do chefe de estado é motivo de
tanta festa ou, melhor dizendo,
bajulação.
Se por um lado Stroessner
é maldito entre a população paraguaia, por outro lado surgem
veneradores do ditador capazes
de proezas como a do paraguaio
de 60 anos de idade que saiu de
Ciudad Presidente Stroessner,
na fronteira com o Brasil, para
se dirigir a Assunção a pó e
cumprimentar o aniversariante
no dia 3. São mais de 300 quilómetros de estrada. O romeiro
chegou a Assunção no dia 2,
descansou e no dia 3 foi ao
Palácio Mariscal Lopes e abraçou a "venerável" figura do
último ditador vitalício da
América Latina.
Crie coisa. t-.ernl
Quebraram
os ovos
do Térçio
A historia merece ser reqs-
Irada apesar de ter acontecido
na semana passada. Foi com um
dos inteqrantes da Comitiva de
Santa Terezinha que foi á
Curitiba reivindicar a emancipação daquele distrito.
Pensando em fazer média
com o deputado Tércio
Albuquerque, Olivio Beno levou
duas dúzias de ovos, um punhado de salsa e outros temperos
para dar como presente ao deputado.
Acontece que ao chegar na
Capital o homem comecou a se
admirar da altura dos prédios e
da beleza das vitrines e acabou
se perdendo dos demais. Depois
de percorrer em vão quilômetros
e mais quilómetros á procura de
seus colegas, Olívio Beno resolveu voltar para casa.
A sua mala ficou com os
colegas e estes, depois de terminarem a romaria entre o Palácio
lçuaçu e a Assembléia Legislativa, retornaram de avião. Edevar Sávio se encarregou de
trazer a mala de Olivio. No aeroporto, Sávio foi avisado por
alguém que um liquido estranho
e edorento estava vazando da
mala e escorrendo pelo saguão
do prédio Sávio abriu a mala e
se daparou com os ovos todos
quebrados e podres.
Ninguém pôde comer o
omelete, que era para o deputado Tércio, mas acabou apenas
dando trabalho às zeladoras do
aeroporto.
Fi jq pra ,2_—r_-______
Em preqo?%71
épraser
dQspedfdo:
82
Essa
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nEcE°('E(J &037o
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