Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas

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Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia1
Dynamics of natural tree regeneration after strip-mining in the Amazon
Rafael Paiva SalomãoI
Nélson Araújo RosaII
Kácio Andrey Câmara MoraisIII
Resumo: A restauração florestal das áreas mineradas tornou-se uma condicionante indispensável no licenciamento das minas. A
restauração da paisagem florestal em áreas lavradas a céu aberto é feita através do reflorestamento heterogêneo com espécies
regionais, visando a enriquecer a composição florística e acelerar a cobertura do solo, aliado à prática de incorporação de
solo superficial que facilita/induz a regeneração e a sucessão natural. Os objetivos deste trabalho foram analisar a dinâmica
e a estrutura da regeneração natural de arbóreas, identificar os tipos e os agentes de dispersão dos propágulos, elaborar
uma matriz dos indicadores da dinâmica dessa regeneração natural e ranquear as áreas anuais de restauração florestal da
Mineração Rio do Norte, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Pará. O estudo toma como base os resultados de
26 parcelas permanentes, abrangendo um período de quatro anos de monitoramento (2001 a 2005) nas áreas restauradas
pela empresa entre 1981 e 1987; 1992 e 1996. Todos os indivíduos arbóreos com mais de 1,5 m de altura total foram
qualificados e registrados na amostragem. Sobre a regeneração das espécies arbóreas, concluiu-se que: (i) apresenta maior
número de espécies nas áreas jovens (entre 9 e 13 anos) do que as mais maduras (entre 18 e 24 anos de idade); (ii) as áreas
mais antigas apresentam maior incremento anual do número de espécies; (iii) a abundância (ind/ha) tende a ser maior nas
áreas mais jovens; (iv) o recrutamento, a ser bem mais intenso na áreas maduras do que nas jovens; (vi) a mortalidade anual
nas áreas jovens é maior do que naquelas maduras; (vii) a taxa anual de renovação (turnover) é bem mais intensa nas áreas
maduras; (viii) o tempo de substituição (turnover time) é mais extenso nas áreas jovens; (ix) o diâmetro médio manteve-se
praticamente constante no período analisado; (x) o incremento anual da área basal é maior nas áreas maduras do que nas
áreas jovens; (xi) a altura total média é maior nas áreas jovens do que nas áreas maduras; (xii) várias espécies arbóreas são
dispersas por mais de um agente e mais de 80% das espécies arbóreas monitoradas são dispersas pela fauna, que exerce um
papel fundamental na sucessão ecológica; (xiii) a área anual de 1992 foi ranqueada como a de melhor restauração florestal e,
no extremo oposto, com maiores problemas, tem-se a área de 1987; (xiv) deve-se investir em pesquisas sobre o manejo do
solo superficial em áreas fortemente impactadas pela atividade humana, objetivando a restauração florestal de maior riqueza,
abundância e crescimento das espécies arbóreas; (xv) práticas silviculturais e de preparo do solo devem ser também objeto
de pesquisa visando à otimização do paradigma da restauração florestal: a maximização da biodiversidade e da biomassa
vegetal de árvores, sobretudo daquelas regionais de rápido crescimento e adaptadas a esses ambientes.
Palavras-chave: Dinâmica florestal. Regeneração natural. Áreas degradadas. Parcelas permanentes de floresta. Amazônia
brasileira.
Abstract: Forest restoration on strip mines is done with many native species in an effort to enrich floral composition and accelerate
soil protection, along with the replacement of top soil and its contained seed bank. The aims of this study are to analyze
the dynamics and structure of natural tree regeneration, identify the trees’ seeds and their dispersers, elaborate a set of
indicators for the dynamics of tree regeneration, and to rank reforested areas on a year by year basis at the Mineração Rio
do Norte bauxite strip mine in the Saracá-Taqüera National Forest in Porto Trombetas, Pará state, northern Brazil. The
study is based on the results of monitoring 26 permanent forest plots over four years (2001-2005) in areas reforested by
the mining company between 1981-1987 and 1992-1996. All trees over 1,5 m in height were sampled. Of the observed
tree regeneration, it is possible to conclude the following: (i) more tree species are found in younger areas (9-13 years
of reforesting) than in older ones (18-24 years); (ii) the oldest areas show the largest annual increase in number of tree
species; (iii) tree abundance (individuals per ha) tend to be greater in younger areas; (iv) the annual recruitment rate
1
I
II
III
Trabalho financiado pelo Programa de Monitoramento Ambiental da Mineração Rio do Norte S.A.
Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém, Pará, Brasil (salomao@museu-goeldi.br).
Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém, Pará, Brasil.
Consultor Coopertec/Mineração Rio do Norte S.A. (kacio_andrey@yahoo.com.br).
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Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
tends to be higher in older areas than in younger ones; (vi) annual mortality rates are greater in younger areas than in
older ones; (vii) the annual turnover rate is much greater in older areas; (viii) turnover time is greater in younger areas;
(ix) medium tree diameter was practically constant during the monitoring period; (x) the annual increase in basal area
is greater in older areas than in young ones; (xi) the median total height is greater in younger areas than in older ones;
(xii) many tree species are dispersed by more than one agent and more than 80% of the monitored tree species are
dispersed by animals whose role in ecological succession is fundamental; (xiii) the plots reseeded in 1992 are ranked as
having the best forest regeneration, whereas those from 1987, on the other extreme, exhibit the most problems; (xiv)
research on top soil management is needed in areas strongly impacted by human activities that are to be reforested; (xv)
forestry practices and soil preparation should also be refined in order to accomplish efficient forest restoration where the
objective is to maximize tree diversity and biomass, especially of well-adapted, fast-growing native species.
Keywords: Forest dynamics. Natural regeneration. Degraded areas. Permanent forest plots. Brazilian Amazon.
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INTRODUÇÃO
vegetação florestal para, entre outras, possibilitar o
aproveitamento de toda a madeira comercial pelas serrarias
da região e subsidiar as ações de recuperação florestal das
áreas desmatadas.
A lavra do minério é feita a céu aberto sendo que o
mesmo se encontra entre 4 e 10 m de profundidade em
uma área coberta pela floresta ombrófila densa, da subregião dos baixos platôs da Amazônia, domínio da floresta
densa de baixas altitudes cuja fisionomia apresenta dois
estratos distintos: um emergente e outro uniforme. Trata-se
de uma floresta que se destaca no bioma amazônico por
apresentar uma grande riqueza arbórea, elevados valores
de biomassa (Salomão et al., 2000a) e, conseqüentemente,
grande volume de madeira, sobretudo daquelas de valor
comercial (RADAMBRASIL, 1976).
De acordo com a meta anual de produção, a empresa
desmata uma área que varia de 300 a 400 ha por ano. Após
a lavra, inicia-se o processo de restauração da paisagem
florestal através do reflorestamento com espécies arbóreas
amazônicas e da indução da regeneração natural, via adição
de solo superficial com seu rico banco de sementes nas
áreas de plantio. Deve-se atentar para o fato de que o
ecossistema artificial formado após a lavra da bauxita pode
ser considerado como o extremo da degradação ambiental,
pois todas as propriedades físicas, químicas, biológicas
e ecológicas do solo foram totalmente alteradas. Estes
ecossistemas artificiais formados são superados tão somente
pelo ambiente formado pelos ‘lagos de rejeito’ estudados
por, entre outros, Franco et al. (1992).
A restauração em áreas de minas a céu aberto tem
preocupado pesquisadores e técnicos há mais de 60 anos.
Inicialmente, com ênfase na necessidade da revegetação
para o controle de erosão e para atender aspectos
estéticos, a restauração passou, a partir dos anos 80, a
visar, além da recuperação da produção primária líquida
(biomassa), ao aumento do incremento da biodiversidade
nestas áreas.
Estudos em minas de bauxita, carvão mineral e
pedreiras indicaram que a devolução do solo superficial
Devido à presença de jazidas de importância mundial,
a exploração e a produção brasileira de minério,
especialmente a bauxita na Amazônia, estão em plena
fase de expansão. O Governo, assim como a sociedade,
têm mostrado interesse e preocupação crescentes com
a proteção, conservação e qualidade do meio ambiente,
criando novas diretrizes para a indústria minerária. A
recuperação florestal das áreas mineradas, entre outras,
tornou-se, então, uma condicionante indispensável no
licenciamento das minas. Essas tendências, presentes há
mais tempo em outros países, têm estimulado pesquisas
que geraram uma vasta literatura sobre a recuperação
conservacionista de áreas mineradas. Czapowskyj (1976)
listou mais de seis centenas de trabalhos desenvolvidos
em várias partes do planeta.
A descoberta das reservas de bauxita – principal
matéria-prima utilizada na produção de alumina (Al2O3)
e de alumínio metálico – na região de Trombetas data de
1966, sendo o volume estimado das reservas em torno
de 800 milhões de toneladas, distribuido em vários platôs
na Floresta Nacional Saracá-Taqüera/IBAMA.
Em 1967, foi criada a Mineração Rio do Norte
S.A. (MRN) com o objetivo de explorar, beneficiar e
comercializar a bauxita de Porto Trombetas. Na primeira
década de atividades, entre 1979 e 1989, foram produzidas
aproximadamente 125 milhões de toneladas de minério
bruto, gerando algo em torno de 90 milhões de toneladas
de produto embarcado para o mercado externo e interno
(Lapa, 2000). Atualmente, a MRN responde por mais de
80% da produção brasileira de bauxita, colocando o país na
posição de terceiro produtor mundial, ao lado da Jamaica
e atrás da Guiné e Austrália.
As operações de lavra nas minas de bauxita
são compostas das seguintes etapas: desmatamento,
decapeamento, perfuração, desmonte, escavação,
carregamento, transporte e recuperação de áreas
mineradas. Antes da operação de desmatamento, a
empresa precisa avaliar quali e quantitativamente a
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Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
sobre a superfície da área minerada gerou efeitos benéficos
de grande impacto sobre a restauração florestal, sobretudo
no que tange à regeneração natural. Os estudos sobre os
mecanismos envolvidos nestes efeitos benéficos iniciaram
na década de 1980, tornando evidente que o assunto
é extremamente complexo e necessita de trabalhos
complementares. Todavia, é unânime entre pesquisadores
que a prática de devolução do solo superficial traz vantagens
imediatas nas áreas a serem reabilitadas.
As técnicas silviculturais e ecológicas empregadas pela
MRN, para a restauração florestal das áreas degradadas,
são desenvolvidas desde a década de 1980 e não seguiram
nenhuma orientação formal das instituições ambientais dos
poderes públicos federal, estadual e municipal. A tecnologia
de restauração de áreas degradadas foi aperfeiçoada ao
longo dos anos com a experiência adquirida pelo corpo
técnico da empresa, assessorado por diversos especialistas
das áreas de manejo, conservação e ecologia florestal,
pedologia e geologia, entre outras.
Ao conjunto dos processos utilizados para recompor
ecossistemas, tendo em vista as condições iniciais naturais,
as alterações registradas e os prognósticos resultantes do
monitoramento denominam-se restauração ambiental;
no caso de uma floresta tem-se a restauração florestal.
Restauração, de acordo com Lewis (1982), é o retorno
de uma condição perturbada ou totalmente alterada a um
estado anterior existente naturalmente. Moscatelli et al.
(1993) afirmam que a restauração refere-se ao retorno
a um estado pré-existente sem, necessariamente, que o
sistema retorne às suas características originais.
Segundo Carpanezzi et al. (1999a), ecossistema
degradadado é aquele que, após distúrbios, teve
eliminado, juntamente com a vegetação, os seus meios de
regeneração bióticos, como o banco de sementes, banco
de plântulas, chuva de sementes e rebrota, apresentando,
portanto, baixa resiliência, isto é, seu retorno ao estado
anterior pode ou não ocorrer ou ser extremamente
lento. Nestes ecossistemas degradados a ação antrópica
para a recuperação é necessária, pois eles já não mais
dispõem daqueles eficientes mecanismos de regeneração
(Jesus, 1997).
A recuperação de um ambiente natural, diferentemente
da recomposição, que é a restauração natural do ambiente
sem a interferência do homem, necessita de técnicas e
iniciativas antrópicas para lograr êxito. Nos processos de
recuperação, podem ser usadas duas técnicas distintas:
restauração e reabilitação. Segundo Viana (1990), a
restauração refere-se ao conjunto de tratamentos que visam
a recuperar a forma original do ecossistema, ou seja, a sua
estrutura original, dinâmica e interações biológicas, sendo
recomendada para ecossistemas raros e ameaçados que
demandam maior tempo e resultam em custos elevados. A
reabilitação, de acordo com Jesus (1997, 1994), diz respeito
a tratamentos que buscam à recuperação de uma ou mais
funções do ecossistema, as quais podem ser basicamente
econômica e/ou ambiental; ela é aplicada normalmente
em áreas onde o nível de degradação é elevado e há a
necessidade de imediata recuperação.
Os plantios de enriquecimento e a indução da
regeneração natural têm sido as práticas mais recomendadas
para a recuperação de fragmentos degradados, podendo
ainda, segundo Rodrigues e Gandolfi (1996), serem
utilizadas em áreas muito degradadas e sem nenhuma das
caracterísiticas bióticas da formação original.
A restauração da paisagem florestal em áreas
lavradas pela MRN apresenta bons resultados em
Porto Trombetas, estado do Pará. O reflorestamento
heterogêneo (acelerando a cobertura do solo) aliado à
prática de incorporação de solo superficial (propiciando a
regeneração natural e a sucessão natural) nas áreas a serem
restauradas têm-se mostrado promissores, podendo
melhorar desde que sejam feitos alguns ajustes apontados
pelo monitoramento, tanto dos reflorestamentos quanto
da regeneração natural. O plantio de espécies arbóreas
regionais (Salomão et al., 2000a, 2000b; Carpanezzi et al.,
1999b) priorizando aquele grupo de espécies de melhor
crescimento inicial são alguns dos ajustes que devem ser
almejados e praticados.
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O paradigma da restauração da paisagem florestal
objetiva induzir o reflorestamento à melhoria das
condições que propiciam a sucessão natural no menor
espaço de tempo possível e ao menor custo, propiciando
o máximo de acumulação de biomassa aliada a uma alta
biodiversidade, de tal forma que os benefícios sociais e
ecológicos da recuperação das áreas degradadas pela
mineração a céu aberto, em regiões originalmente
cobertas por florestas tropicais amazônicas, sejam
otimizados, quer pela instalação de sistemas agroflorestais
(Wandelli et al., 1997) ou pela conservação ambiental em
si (Carpanezzi et al., 1990).
Fisionomicamente, a restauração florestal executada
pela empresa, a partir de 1981, mostra-se promissora.
Contudo, os parâmetros para uma avaliação mais
precisa, sob a ótica científica e empresarial, não eram
conhecidos (Barth, 1989). Assim, o monitoramento desses
reflorestamentos e da regeneração natural é executado
como forma de diagnosticar e subsidiar os diversos
procedimentos de recuperação das áreas degradadas pelas
atividades intrínsecas à mineração. Para conhecer essa
dinâmica, parcelas permanentes foram então instaladas
nestas áreas (Salomão et al., 1997, 2000a), bem como na
floresta tropical primária que ali se encontra. As informações
obtidas no estudo da floresta primária visam a subsidiar as
decisões acerca das técnicas silviculturais de produção e
restauração das áreas degradadas, prover um estoque
de sementes das espécies empregadas - já identificadas
cientificamente - e permitir avaliações comparativas da
dinâmica destas florestas em contraposição às florestas
artificiais resultantes do pós-lavra.
Objetivou-se, neste trabalho, analisar a dinâmica
da composição florística e da estrutura da vegetação
entre 2001 e 2005, procurando identificar os tipos e
os agentes de dispersão dos propágulos, assim como
as características gerais da morfologia dos frutos e
sementes dessas espécies; elaborar uma matriz dos
indicadores da dinâmica da regeneração natural e
também propor a experimentação de novas técnicas,
ou modificações de algumas já praticadas, visando a
um melhor desenvolvimento da regeneração natural
das espécies arbóreas nas respectivas áreas anuais de
restauração florestal.
METODOLOGIA
O estudo da dinâmica da vegetação nas áreas mineradas
pela MRN, na Floresta Nacional Saracá-Taqüera/ IBAMA,
teve início em 1996, envolvendo o monitoramento dos
reflorestamentos anuais (ou plantios florestais) realizados
pela MRN entre 1981 e 1987 e 1992 e 2002 (Salomão et
al., 1997, 2000a, 2002, 2004, 2006) e também em duas
áreas de floresta tropical primária densa, uma em solo
franco-argiloso e outra em solo franco-arenoso. A partir de
2001, teve início o monitoramento da regeneração natural
de arbóreas nas mesmas parcelas permanentes dos plantios
florestais anuais (Salomão; Pires, 2006).
O estudo da regeneração natural de arbóreas
teve, então, início em 2001 (ano 1), quando também foi
estabelecido que as medições obedeceriam intervalos
de dois anos. Em 2003 (ano 2) foi feita a segunda
medição e em 2005 (ano 3) a terceira. Neste trabalho
são analisados os dados referentes ao período de 2001 a
2005, abrangendo um período de quatro anos, ou seja, as
mensurações do ano 2 não foram consideradas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi desenvolvido no platô Saracá, com
altitude média de 180 m, na Flona Saracá-Taqüera,
subordinada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), inserida
na Microrregião do médio Amazonas paraense, no
distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná,
estado do Pará, onde se encontra o projeto de
mineração de bauxita da MRN. O distrito de Porto
Trombetas (1º 21’ S - 56º 22’ W) está localizado a
100 km a oeste da confluência do rio Tombetas com
o rio Amazonas, distante 450 km de Manaus a leste
e 850 km a oeste de Belém, em linha reta.
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Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Clima
Geomorfologicamente a região encontra-se na
unidade morfoestrutural do Planalto Dissecado rio
Trombetas - rio Negro, e nas proximidades da margem
direita do rio Trombetas há relevos tabulares em que
ocorre a exploração de bauxita (RADAMBRASIL, 1976).
O clima da região é o AF1 e apresenta precipitação
pluviométrica média anual variando entre 2.200 e
2.500 mm. As áreas sob influência desse subtipo localizamse na porção nordeste e oeste do estado. As áreas que
apresentam esses valores pluviométricos ocorrem,
predominantemente, no litoral paraense, com penetrações
para o continente no eixo Belém-Tailândia e também na
direção nordeste-sudoeste da ilha do Marajó. Além dessas,
existem outras duas mais: uma na confluência dos rios
Tapajós e Juruena e a outra abrangendo as partes média
e baixa dos rios Trombetas e Nhamundá.
Como regra geral na Amazônia, o clima apresenta dois
períodos climáticos distintos: inverno, de dezembro a maio,
quando ocorrem as maiores precipitações pluviométricas;
e verão, de junho a novembro, quando a estiagem é
bem acentuada. De acordo com o Instituto Nacional
de Meteorologia (INEMET) (www.inemet.gov.br), a
temperatura média, a precipitação pluviométrica, a umidade
relativa e a insolação anual para região são, respectivamente,
26ºC, 2.197 mm, 81% e 2.026 h.
Vegetação
A área acha-se inserida na região da Floresta Tropical Densa,
sub-região dos Baixos Platôs da Amazônia, domínio da
floresta densa das baixas altitudes, cuja fisionomia refere-se
à floresta localizada principalmente nos platôs Terciários e
terraços antigos e recentes, apresentando-se em dois estratos
distintos: um emergente e outro uniforme. As principais
espécies que caracterizam o estrato emergente são: Dinizia
excelsa (angelim-pedra), Bertholletia excelsa (castanheira) e
Cedrelinga catanaeformis (cedrorana). O estrato uniforme é
caracterizado por Manilkara spp. (maçarandubas), Protium
spp. (breus) e Pouteria spp. (abius). Trata-se de florestas
com alto volume de madeira de grande valor comercial.
Comparada com outras áreas florestais da Amazônia, é uma
das mais belas, com sub-bosque limpo, boa regeneração
natural e de fácil locomoção (RADAMBRASIL, 1976).
Geologia
Na bacia amazônica, os depósitos de bauxita são associados
à série Barreiras do Terciário, constituídos de arenitos,
siltitos e, ocasionalmente, conglomerados. As lateritas são
encontradas no topo dos platôs, fortemente dissecados
pela erosão, remanescentes do peneplano Terciário que se
estende ao longo do lado nordeste do rio Amazonas, desde
as vizinhanças de Oriximiná até Jardilândias, no rio Jari (Lapa,
2000). Estes platôs são bem definidos, têm os topos planos,
achatados, cuja elevação varia de 70 a 120 m, com altitude
de 150 a 200 m em relação ao nível do mar.
CARACTERIZAÇÃO DAS PARCELAS PERMANENTES
Solo e geomorfologia
PROCEDIMENTOS DE MEDIÇÃO
Predominam na área o Latossolo Amarelo distrófico,
textura muito argilosa e o Latossolo Amarelo distrófico
textura argilosa, sob floresta densa de relevo plano com
bordos dissecados (RADAMBRASIL, 1974).
Todos os indivíduos arbóreos com altura total igual ou
superior a 1,5 m, oriundos da regeneração natural, foram
registrados, plaqueados e identificados. Os indivíduos,
independentemente do ano de restauração florestal,
Todas as parcelas implantadas têm a forma retangular e foram
caracterizadas no campo com piquetes de madeira-de-lei
ou tubos rígido de pvc nos vértices, sendo o perímetro
delimitado por um fio de arame. No total, foram implantadas
26 parcelas permanentes de 25 m x 10 m (250 m²); duas para
cada ano analisado (1981 a 1987 e 1992 a 1995) e quatro para
o ano de 1996. A caracterização detalhada da área de estudo,
das parcelas permanentes e dos procedimentos de medição
são apresentadas por Salomão et al. (1997, 2002).
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tiveram medidos o diâmetro a 1,3 m do solo (DAP) e a
altura total.
•
PARÂMETROS CALCULADOS
Para a análise da dinâmica florestal, os parâmetros
calculados foram: a diversidade arbórea, a abundância
arbórea, a mortalidade periódica (ou acumulada) e
a mortalidade média anual, o incremento médio em
diâmetro, o incremento médio em altura, o incremento
médio da área basal, a taxa de renovação (turnover) e o
tempo de substituição (turnover time).
Taxa de Renovação → t = (m+r)/2 (Phillips; Gentry, 1994)
(turnover)
onde: t, em %
m = mortalidade no período (%)
r = recrutamento no período (%)
•
•
•
Tempo de Substituição → ts = (1/m)*100 (Oliveira, 1997)
(turnover time)
onde: ts, em anos
m = mortalidade no período (%)
Recrutamento: indivíduo de uma espécie presente
na primeira medição, que entrou na amostragem
após o ano 1 por apresentar o tamanho mínimo de
qualificação (altura total ≥ 1,5 m).
Mortalidade: refere-se ao espécime ou indivíduo que
saiu da amostragem, independentemente da espécie
a qual pertença; relação percentual entre o número
de indivíduos mortos após o ano 1 e o número de
indivíduos no ano inicial.
Reingresso: táxon registrado no ano inicial que saiu
da amostra para num outro momento retornar; por
exemplo, uma determinada espécie foi registrada
num censo e, num outro posterior, o indivíduo foi
registrado como morto para em um novo censo
voltar a ocorrer.
O termo ‘Área Anual de Restauração Florestal’
(ARF) refere-se à área total de um determinado
ano que tem que ser reflorestada após a completa
incorporação de solo superficial na referida área.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONVENÇÕES E CONCEITUAÇÕES
•
•
•
•
DINÂMICA DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA
A denominação solo superficial (sinonímia: solo
vegetal, solo orgânico, top soil, terra preta)
refere-se à serrapilheira, camada superficial do
solo constituída de folhas caídas, ramos, caules,
cascas, frutos, sementes e material orgânico em
decomposição, equivalente ao horizonte 0 (zero)
dos solos, acrescida do horizonte A.
Registro: táxon (unidade taxonômica: família,
gênero e espécie) que foi registrado.
Ingresso: espécie que entrou na amostragem
após o ano 1, apresentando tamanho mínimo
(altura total) ≥ 1,5 m.
Egresso: espécie que saiu da amostragem
através da morte do(s) indivíduo(s) que a
representava(m); termo usado em referência à
espécie e não a indivíduo para o qual se usa o
termo morte/mortalidade.
No ano 1 (2001), foi registrado um total de 137 espécies
arbóreas e 1.780 indivíduos para todas as ARF’s (Apêndice 1);
quatro anos depois (ano 3, 2005) estes números aumentaram
para 153 espécies e 2.323 indivíduos (Apêndice 2). O ingresso
apurado para o período de quatro anos foi de 16 espécies
(4 espécies/ano) e 543 indivíduos (135,8 ind/ano).
O maior número de espécies, registrado em
2001, foi observado nas ARF’s de 1995 e 1994, 42 e 40,
respectivamente. O menor, na ARF de 1982 (nove espécies)
e ARF’s de 1983 e 1985 (18 cada); enquanto em 2005 o
maior número foi observado nas ARF’s de 1992 e 1984,
42 e 41, respectivamente, e o menor na ARF de 1982 (16)
e 1985 (19) (Apêndice 1).
As espécies mais abundantes na regeneração
natural, em 2001, foram lacre vermelho (Vismia latifolia),
goiaba de anta/muúba (Bellucia grossularioides), pau jacaré
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Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
(Laetia procera), lacre (Vismia guianensis), gaivotinha (Croton
lanjouwensis), lacre branco (Vismia cayennensis) e cupiúba
(Goupia glabra) com, respectivamente, 247, 236, 175, 127,
109, 107 e 101 indivíduos; 47 espécies ocorreram com
apenas um indivíduo (Apêndice 1).
Quatro anos após, em 2005, as espécies mais
abundantes foram lacre vermelho (V. latifolia), goiaba
de anta/muúba (B. grossularioides), lacre (V. guianensis),
lacre branco (V. cayennensis), pau jacaré (L. procera), lacre
goiabinha (V. cayennensis ssp. sessilifolia), cupiúba (G. glabra)
e gaivotinha (C. lanjouwensis), respectivamente com 552,
252, 161, 146, 116, 97, 91 e 89 indivíduos; com apenas um
indivíduo foram registradas 52 espécies (Apêndice 2).
Na década de 1990, já não se fazia nenhum
plantio florestal sem a incorporação de preta, daí a
maior diversidade de espécies oriundas da regeneração
natural naquelas áreas. Já na década de 1980, sabe-se,
seguramente, que até 1985 não se adotava essa técnica; já
nas áreas de 1985, 1986 e 1987, houve pouca incorporação
do solo superficial com seu rico banco de sementes.
As ARF’s apresentaram ingresso de espécies entre
2001 e 2005, variando de 15 novas espécies (ARF’s de
1984 e 1987) a uma espécie (ARF’s de 1986, 1993, 1994
e 1995); e egresso variando de sete espécies (ARF de
1996) a zero (ARF de 1982) (Tabela 1). Na década de
1980, todas as ARF’s apresentaram incremento positivo
do número de novas espécies, à exceção da ARF de
1986, quando entrou uma espécie e saíram duas;
contrariamente, na década de 1990, todas as ARF’s
apresentaram incremento negativo, exceto a ARF de
1992, onde houve ingresso de 12 espécies e egresso de
cinco (Apêndice 3). Quando o incremento da entrada de
novas espécies é negativo, significa que, naquelas áreas
anuais e no período considerado, o egresso de espécie(s)
foi superior ao ingresso.
As áreas plantadas/restauradas da década de 1980,
por serem mais antigas, apresentaram incrementos
positivos devido a uma maior estabilização das ARF’s,
que já são mais visitadas pela fauna dispersora de
sementes. Em contrapartida, naquelas áreas da década
Tabela 1. Número de espécies arbóreas da regeneração natural registradas no período de quatro anos, com respectivo número de ingresso
e egresso nas áreas anuais de restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Valores positivos
referem-se ao ingresso; negativos, ao egresso de espécies na amostra.
1981
Idade
(anos)
ref: 2005
24
1982
23
1983
22
18
25
9
2
1984
21
28
41
15
2
1985
20
18
19
5
4
1986
19
32
31
1
2
Ano da Restauração Florestal
(Reflorestamento)
Ano 1: 2001
Ano 3: 2005
19
Nº de Espécies
Ingresso
Egresso
30
13
2
9
16
7
0
1987
18
24
36
15
3
1992
13
35
42
12
5
1993
12
25
23
1
3
1994
11
40
38
1
3
1995
10
42
39
1
4
1996
9
38
37
6
7
Média
-
27,3±10,3
31,5±8,8
7,2±5,6
3,1±1,8
92
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
de 1990, onde foi registrado um maior egresso do que
ingresso de espécies, acarretando num incremento
negativo, pode-se concluir que a fauna dispersora ainda
não está sendo atraída e também que o grande número
de indivíduos das espécies pioneiras está inibindo o
desenvolvimento das demais espécies.
A relação de todas as espécies com respectivos
números de indivíduos, para cada ano de restauração
florestal (reflorestamento), e seu respectivo ingresso e
egresso, tomando-se 2005 (ano 3) como referência, é
apresentada no Apêndice 3.
1987) a 5.860 ind/ha (ARF de 1994), com média de
3.605,8±1.108,5 ind/ha (Apêndice 2), ou seja, houve
um aumento médio de 1.608 ind/ha no período de
quatro anos de monitoramento. A relação das espécies
com o respectivo número de indivíduos recrutados em
cada área anual de restauração florestal é apresentada
no Apêndice 3.
O recrutamento variou de 860 (ARF de
1982) a 70 ind/ha/ano (ARF de 1993), média de
402,9±194,6 ind ha/ano; em termos percentuais,
a variação foi de 39,1 (ARF de 1982) a 2% (ARF de
1994), média de 17,7±8,9 % (Tabela 2). Nas áreas
da década de 1980, mais antigas e mais estabilizadas,
o recrutamento pode ser considerado como muito
bom em todas as áreas (superior a 14%); já nas áreas
mais recentes (década de 1990), somente a de 1996
apresentou valor naquele intervalo, as demais variaram
de 2 a 13,6% (Tabela 2).
RECRUTAMENTO
Em 2001, ano 1 do monitoramento, a abundância
variou de 1.020 ind/ha na área anual de restauração
florestal de 1987 (ARF de 1987) a 6.980 ind/ha na
ARF de 1994, com média de 2.772,5±1.510,7 ind/ha
(Apêndice 1); e, em 2005 (ano 3), de 1.600 (ARF de
Tabela 2. Recrutamento médio anual, no período de quatro anos de monitoramento, da regeneração natural de arbóreas nas áreas anuais
de restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Ano da Restauração
Florestal (ARF)
Idade (anos)
Abundância (Nº Ind/ha)
Ano 1: 2001
Ano 3: 2005
Recrutamento
nº ind/ha/ano
%
1981
24
1.880
3.300
570
30,3
1982
23
2.200
4.960
860
39,1
1983
22
1.700
2.540
365
21,5
1984
21
2.680
5.120
795
29,7
1985
20
3.500
4.740
505
14,4
1986
19
1.860
2.440
265
14,2
1987
18
1.020
1.600
205
20,1
1992
13
3.020
4.000
410
13,6
1993
12
2.680
1.960
70
2,6
1994
11
6.980
5.860
140
2,0
1995
10
3.420
3.560
205
6,0
1996
9
2.330
3.190
445
19,1
Média
-
2.772,5
3.605,8
402,9
17,7
Desvio Média
-
971,7
1.108,5
194,6
8,9
Obs.: Duas parcelas de 250 x 10 m cada para os anos de 1981 a 1995 e quatro parcelas para 1996.
93
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
MORTALIDADE
nutrientes, amplamente encontrado nessas florestas (Jordan,
1985). Nas áreas restauradas (reflorestadas), este processo
também se verifica. Tal fato é comprovado quando se avalia
as causas da mortalidade, sobretudo aquela causada pela
queda de árvores durante as fortes chuvas e/ou ventos,
causa majoritária dessas mortes (Figura 1).
O processo de secagem da liteira (e conseqüente
inibição da atividade microbiana e da mesofauna do solo,
para decomposição biológica, prejudicando a ciclagem de
nutrientes) tem sua origem no reduzido grau de cobertura
vegetal do solo. As altas temperaturas e os baixos teores
de umidade fazem com que as espécies de árvores
pioneiras originárias da chuva de sementes sobre o local
não tenham condições para germinar ou se estabelecer
(Ferraz, 1991). Quando ocorrem na estação chuvosa,
as novas plantas, em sua grande maioria, não chegam a
suportar a seca subseqüente, como demonstrado pela
ausência ou um número extremamente reduzido de
árvores pioneiras em várias áreas de restauração. Devese atentar para o fato dessas áreas anuais em processo
de restauração terem pouca liteira (solo superficial)
A mortalidade anual variou de 460 (ARF de 1996) a
60 ind/ha (ARF de 1987); média de 213,3±81,9 ind/ha;
em termos percentuais foi de 19,7 (ARF de 1996) a 5 %
ao ano (ARF de 1995). A mortalidade na área, de 1996,
foi excessivamente alta se comparada com as demais
áreas (Tabela 3).
As altas taxas de mortalidade na área, de 1996,
podem indicar que a quantidade de solo superficial não foi
suficiente para aproximá-la da média geral. Outros fatores
relacionados diretamente com a mortalidade em todas
as demais áreas anuais, e sobretudo nesta, são a grande
infestação de formigas saúvas, que devem ser combatidas
por ocasião do período de estiagem (agosto-novembro);
e a queda de árvores em conseqüência de ventos fortes
e do sistema radicular superficial apresentado por várias
espécies (Figura 1).
Uma característica marcante na floresta tropical
pluvial refere-se ao fato de muitas espécies desenvolverem
o sistema radicular superficialmente. Esta adaptação é
um eficiente mecanismo na conservação e ciclagem de
Tabela 3. Mortalidade média anual dos indivíduos arbóreos no período de quatro anos de monitoramento da regeneração natural nas
áreas anuais de restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Ano da Restauração
Florestal (ARF)
Idade (anos)
1981
Abundância (Nº Ind/ha)
Mortalidade
Ano 1: 2001
Ano 3: 2005
24
1.880
3.300
215
11,4
1982
23
2.200
4.960
170
7,7
1983
22
1.700
2.540
155
9,1
1984
21
2.680
5.120
185
6,9
1985
20
3.500
4.740
195
5,6
1986
19
1.860
2.440
115
6,2
1987
18
1.020
1.600
60
5,9
1992
13
3.020
4.000
165
5,5
1993
12
2.680
1.960
250
9,3
1994
11
6.980
5.860
420
6,0
1995
10
3.420
3.560
170
5,0
1996
9
2.330
3.190
460
19,7
Média
-
2.772,5
3.605,8
94
nº ind/ha/ano
213,3
%
8,2
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
de haver um maior número de visitas pela fauna dispersora
de sementes e do ambiente, sobretudo o solo encontrarse mais estabilizado em relação às áreas mais recentes da
década de 1990 (Tabela 4).
De acordo com Oliveira (1997), citando Uhl (1982),
o turnover time é um descritor que procura dar uma noção
do regime de distúrbio da floresta, sendo definido como o
tempo médio necessário para que morra um número igual
ao das árvores inicialmente amostradas. Muitos autores
consideram o tempo de substituição como o inverso da
taxa de mortalidade, o que, na realidade, representa uma
adaptação da fórmula descrita por Uhl et al. (1988). A
ARF de 1995 apresentou o maior tempo de substituição
com 20,1 anos e a ARF de 1996 o menor com 5,1 anos
(Tabela 4).
DINÂMICA DO CRESCIMENTO DAS ÁRVORES
Crescimento em Diâmetro e Área Basal
O DAP, em 2001, variou de 4,79 (ARF 1992) a 1,94 cm
(ARF 1982), média de 3,30±0,74 cm; e, em 2005, variou
de 5,51 (ARF 1993) a 2,3 cm (ARF 1982 e ARF 1987),
média de 3,34±0,85 cm, ou seja, o diamétrico médio
manteve-se praticamente constante no período de 4 anos,
com variação média desprezível de 0,03 ± 0,58 cm em
quatro anos de monitoramento (Tabela 5). A variação do
DAP entre 2001 e 2005 foi negativa em sete áreas anuais de
restauração e positiva nas demais cinco áreas. Mantendo-se
essa tendência nas próximas medições, pode-se afirmar
que a camada de solo superficial espalhada nas áreas a
restaurar está aquém da ideal.
O diâmetro médio tende a manter-se constante
ao longo dos anos em florestas climácicas (primárias)
quando em ecossistemas semelhantes. Nas áreas
de restauração florestal de Porto Trombetas, as
variações observadas são decorrentes da instabilidade
do ecossistema artificial em recuperação, devendo,
quando estabilizadas, apresentar valores semelhantes
nas diferentes áreas consideradas.
Figura 1. Mortalidade na regeneração natural e nos plantios florestais
causada pela queda de árvores devido às fortes chuvas e aos ventos
que ocorrem nos platôs e, também, pelo intenso ataque de saúvas,
Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Fotos: R. P. Salomão, 2005.
acumulada, diferentemente das clareiras que são
formadas em conseqüência da exploração florestal em
florestas primárias, onde essa camada é bem espessa.
TAXA DE RENOVAÇÃO E TEMPO DE SUBSTITUIÇÃO
A taxa de renovação pode ser entendida como sendo a
parte de uma população que é renovada num determinado
espaço de tempo. A área de restauração florestal anual,
que apresentou a menor taxa de renovação, foi a de 1994
(4,4%), em contraposição a maior, que foi a de 1982
(19,3%) (Tabela 4).
Observando-se as taxas anuais médias de renovação,
percebe-se que, nas áreas de restauração florestal da
década de 1980, os valores são mais altos, talvez pelo fato
95
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Os teores de nitrogênio nos solos acompanham
aqueles da matéria orgânica: os solos mais ricos em
matéria orgânica são aqueles que também têm os maiores
teores de nitrogênio (Ferraz, 1991). Nas áreas onde o
crescimento arbóreo e o grau de cobertura do solo foram
maiores, notou-se também uma maior quantidade de
liteira, indicando, assim, o estabelecimento do processo
de ciclagem de nutrientes; nestas áreas o crescimento em
diâmetro é superior à média.
As espécies que apresentaram os maiores valores
de DAP são apresentadas na Tabela 6. As enviras
(Rollinia exsucca e Xylopia nitida) geralmente têm bom
crescimento em áreas abertas, assim como o morototó
(Schefflera morototoni), imbaúba torém (Cecropia
sciadophylla), os lacres (Vismia cayenensis, V. guianensis
e V. latifolia), os murucis (Byrsonima aerugo, B. densa e
B. stipulacea), goiaba de anta (Bellucia grossularioides),
tinteiros (Miconia serialis e M. pyrifolia) e as Euphorbiaceae
Croton lanjowvensis e C. trombetensis; as quatro espécies
de Leguminosae (Cassia fastuosa – mari-mari da terra
firme; Stryphnodendron obovatum – fava camuzê; Parkia
multijuga – paricá grande; Acacia auriculiformis – acácia
mangium) têm desenvolvimento muito bom em áreas
degradadas da Amazônia. Destas espécies, apenas
A. auriculiformis é introduzida. A espécie C. trombetensis
foi encontrada pela primeira vez em Porto Trombetas,
na área deste estudo.
As espécies que apresentaram os maiores
incrementos no crescimento em diâmetro no período,
considerando além daquelas apresentadas na Tabela 6,
são Cordia sericalyx (freijozinho), Vochysia vismiaefolia
(quaruba-cedro), Sclerolobium paniculatum (tachi
do campo), Miconia poeppigii (tinteiro branco f.
peluda), Laetia procera (pau jacaré) e Hymenolobium
pulcherrimum (angelim folha peluda) (Tabela 7). Entre
todas essas, a espécie mais promissora na recuperação
de áreas degradadas é, sem dúvida, S. paniculatum e
Bertholletia excelsa – castanheira (que não ocorreu
no monitoramento da regeneração natural até o
momento). Conforme demonstrado por Salomão et
al. (2006) e Leão et al. (2005), a presença de quarubacedro, freijozinho e angelim folha peluda, espécies
Tabela 4. Taxas de mortalidade (m), recrutamento (r), substituição (t) e tempo de substituição (ts) da regeneração natural de arbóreas no
período de quatro anos, nas áreas anuais de restauração florestal anual, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
30,3
Taxa de
Renovação (t)
(%)
20,9
Tempo de
Substituição (ts)
(anos)
8,7
39,1
23,4
12,9
Área Anual de Restauração
Florestal
Mortalidade Anual (m)
(%)
Recrutamento Anual (r)
(%)
1981
11,4
1982
7,7
1983
9,1
21,5
15,3
11,0
1984
6,9
29,7
18,3
14,5
1985
5,6
14,4
10,0
17,9
1986
6,2
14,2
10,2
16,2
1987
5,9
20,1
13,0
17,0
1992
5,5
13,6
9,5
18,3
1993
9,3
2,6
6,0
10,7
1994
6,0
2,0
4,0
16,6
1995
5,0
6,0
5,5
20,1
1996
19,7
19,1
19,4
5,1
Média ± desvio
8,2±2,8
17,7±8,9
13,0±5,4
14,1±3,7
96
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Tabela 5. Diâmetro médio dos indivíduos das espécies arbóreas da regeneração natural e respectiva variação em um período de quatro
anos nas áreas anuais de restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Diâmetro médio (cm)
Ano da Restauração Florestal
Idade
(anos)
Ano 1: 2001
Ano 3: 2005
Variação
Ano 3 – Ano1
1981
24
2,83
2,45
-0,38
1982
23
1,94
2,30
0,36
1983
22
3,20
3,00
-0,20
1984
21
2,75
2,43
-0,32
1985
20
2,26
2,62
0,36
1986
19
4,25
3,41
-0,84
1987
18
2,40
2,30
-0,10
1992
13
4,79
4,30
-0,49
1993
12
3,91
5,51
1,60
1994
11
3,38
4,25
0,87
1995
10
3,86
4,31
0,45
1996
9
4,05
3,14
-0,91
Média
-
3,30±0,74
3,34±0,85
0,03±0,58
da floresta climática da região com bom crescimento
diamétrico, é um bom indicador da recuperação dos
ecossistemas artificiais formados após o processo da
lavra do minério.
A área basal, em 2001, variou de 10,9 (ARF 1994) a
0,88 m²/ha (ARF 1987); média de 5,3 ± 3,16 m²/ha. Em
2005 houve variação de 14,39 (ARF 1994) a 1,11 m²/ha
(ARF 1987); média de 6,71 ± 4,12 m²/ha.
Todas as ARF’s da década de 1990 apresentaram
valores superiores à média, em contrapartida, todas as
ARF’s da década de 1980 ficaram abaixo da média devido
à não incorporação do solo superficial naquelas áreas
de plantio, ou seja, a regeneração natural nas áreas da
década de 1980 é oriunda quase que exclusivamente
da atividade dos dispersores de sementes (até 1985);
conseqüentemente, a diversidade e a riqueza de
espécies serão reduzidos, implicando indiretamente
nos baixos valores da área basal. As áreas da década de
1990 que contaram com os benefícios dos dispersores
naturais e da riqueza do banco de sementes presente
no solo superficial apresentam valores superiores à
média (Tabela 8).
A área de restauração florestal de 1987 apresentou
os menores valores de área basal para a regeneração
natural de arbóreas nos dois anos considerados. Tal fato
é explicado porque, naquela área, o reflorestamento foi
feito usando-se um desenho de plantio diferente dos
demais anos. Ali se usou a mesma espécie nas várias
linhas de plantio, com predominância de linhas de
taxi-do-campo (Sclerolobium paniculatum). Esta espécie
teve um desenvolvimento excepcional, causando um
sombreamento forte no piso da mata, fazendo com
que várias espécies do próprio plantio e da regeneração
natural morressem, aliados ao não favorecimento das
condições propícias à regeneração, daí os baixos valores
(Salomão, 2004).
Quanto maior a área basal de uma determinada
floresta, maior será a acumulação de biomassa.
Em relação aos demais ecossistemas antrópicos da
Amazônia, como se comportam as áreas de restauração
97
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Tabela 6. Espécies arbóreas da regeneração natural que apresentaram os maiores crescimentos em diâmetro nas áreas anuais de restauração
florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Nome Popular
Espécie
Família
Goiaba de anta/muúba
Bellucia grossularioides
Melastomataceae
30,6
Fava camuzê
Stryphnodendron obovatum
Mimosaceae
29,7
Muruci f. peluda
Byrsonima stipulaceae
Malpighiaceae
27,1
Morototó
Schefflera morototoni
Araliaceae
25,3
Paricá grande
Parkia multijuga
Mimosaceae
21,6
Envira biribá
Rollinia exsucca
Annonaceae
20,1
Muruci da mata
Byrsonima aerugo
Malpighiaceae
19,8
Lacre branco
Vismia cayennensis
Clusiaceae
18,9
Acacia mangio f. fina
Acacia auriculiformis
Mimosaceae
18,7
Tinteiro branco
Miconia pyrifolia
Melastomataceae
18,0
Muruci vermelho
Byrsonima densa
Malpighiaceae
17,9
Envira cana
Xylopia nitida
Annonaceae
16,9
Gaivotinha
Croton lanjouwensis
Euphorbiaceae
16,5
Imbaúba torém
Cecropia sciadophylla
Cecropiaceae
16,0
Mari-mari da mata
Cassia fastuosa
Caesalpiniaceae
15,9
Lacre
Vismia guianensis
Clusiaceae
15,7
Tinteiro f. marrom
Miconia serialis
Melastomataceae
15,5
Paruru
Vantanea parviflora
Humiriaceae
15,2
Lacre f. marrom/vermelho
Vismia latifolia
Clusiaceae
14,8
Pau de índio
Croton trombetensis
Euphorbiaceae
14,5
florestal no tocante à acumulação de biomassa? Esta
interrogação pode ser em parte respondida através
da avaliação da área basal. Em uma floresta secundária
originada após o abandono dos tratos silviculturais de
uma plantação de seringueira, com aproximadamente
50 anos, no planalto de Belterra, município de
Santarém, Pará, Oliveira e Silva (1995) calcularam
uma área basal de 21,2 m²/ha para indivíduos com
DAP ≥ 5 cm.
Na mais antiga área de colonização agrícola da
Amazônia brasileira (região Bragantina, nordeste do
Pará) submetida a mais de uma dezena de ciclos de
corte-queima-plantio-abandono, desde o final do
século passado, Vieira et al. (1996) demonstraram a
diminuição da diversidade e da riqueza nestas áreas,
DAP (cm)
enquanto Salomão et al. (1998) avaliaram a biomassa e
estimaram para capoeiras (florestas secundárias) de 5,
10 e 20 anos uma área basal de 4, 10,9 e 17,5 m²/ha,
respectivamente. Em pastagens abandonadas de uso
intensivo a moderado com até 8 anos de idade, em
Paragominas, Pará, Uhl et al. (1988) observaram valor
inferior àquele observado por Salomão et al. (1998) para
capoeiras de 5 anos, que foi de 4 m²/ha.
As capoeiras estudadas por Salomão et al. (1996,
1998) e Vieira et al. (1996), assim como as pastagens
avaliadas por Uhl et al. (1988), são exemplos de
grande degradação florestal em consequência da
atividade antrópica e não servem como padrão para a
Amazônia e sim para um alerta. Todavia, se comparados
os resultados destes estudos com os das áreas de
98
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Tabela 7. Espécies arbóreas da regeneração natural que apresentaram os maiores incrementos do crescimento diamétrico (DAP), no
período de quatro anos, nas áreas anuais de restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
DAP 2001
(cm)
DAP 2005
(cm)
Incremento (cm)
Nome Popular
Espécie
Família
Envira biribá
Rollinia exsucca
Annonaceae
9,5
20,1
10,6
2,7
Muruci f. peluda
Byrsonima stipulaceae
Malpighiaceae
17,1
27,1
10,0
2,5
Tinteiro f. marrom
Miconia serialis
Melastomataceae
6,6
15,5
8,9
2,2
Lacre branco
Vismia cayennensis
Clusiaceae
2,0
10,5
8,5
2,1
Freijozinho
Cordia sericalyx
Boraginaceae
5,4
13,2
7,8
2,0
Envira cana
Xylopia nitida
Annonaceae
6,1
13,9
7,8
2,0
Fava camuzê
Stryphnodendron obovatum
Mimosaceae
22,3
29,7
7,4
1,9
Lacre
Vismia guianensis
Clusiaceae
1,0
8,4
7,4
1,9
Goiaba de anta/Muúba
Bellucia grossularioides
Melastomataceae
6,9
13,8
6,9
1,7
Muruci da mata
Byrsonima aerugo
Malpighiaceae
8,1
15,0
6,9
1,7
Quaruba-cedro
Vochysia vismiaefolia
Vochysiaceae
2,7
9,1
6,4
1,6
Lacre f. marrom/vermelho
Vismia latifolia
Clusiaceae
8,6
14,8
6,2
1,6
Tachi do campo
Sclerolobium paniculatum
Caesalpiniaceae
2,7
8,4
5,7
1,4
Muruci vermelho
Byrsonima densa
Malpighiaceae
6,9
12,5
5,6
1,4
Paricá grande
Parkia multijuga
Mimosaceae
16,5
21,6
5,1
1,3
Paruru
Vantanea parviflora
Humiriaceae
2,1
7,1
5,0
1,3
Tinteiro branco f. peluda
Miconia poeppigii
Melastomataceae
9,5
14,2
4,7
1,2
Pau jacaré
Laetia procera
Flacourtiaceae
7,5
12,1
4,6
1,2
Tinteiro branco
Miconia pyrifolia
Melastomataceae
10,1
14,7
4,6
1,2
Angelim f. peluda
Hymenolobium pulcherrimum
Fabaceae
8,2
12,7
4,5
1,1
mineração, que são solos extremamente degradados
(física, química e biologicamente), percebe-se que estes
resultados parciais podem ser considerados promissores
no que tange à área basal das ARF’s de Porto Trombetas,
sobretudo se observados os resultados das áreas da
década de 1990, onde as novas práticas silviculturais
adotadas contribuem para um melhor desenvolvimento
da regeneração natural e dos plantios.
Os incrementos anuais médios da área basal
variaram de 0,9421 (ARF 1992) a 0,0334 m²/ha (ARF 1981),
sendo negativo na ARF de 1986 (-0,4085 m²/ha); média
de 0,3521 ± 0,2404 m²/ha. Todas as áreas anuais de
restauração da década de 1990 apresentaram incrementos
superiores à média (exceto a ARF 1996); contrariamente,
Periódico
anual
as áreas da década de 1980 ficaram abaixo da média, com
exceção das ARF’s de 1985 e 1982.
Crescimento em Altura
O crescimento médio em altura das árvores oriundas da
regeneração natural variou de 5,7 (ARF 1986) a 2,3 m (ARF
1982), média de 4,55±0,98 m (Tabela 9). Todas as áreas
anuais de restauração da década de 1990 apresentaram
valores superiores à média, contrariamente, todas as áreas
da década de 1980, exceto a ARF de 1986, têm valores
inferiores à média.
Nas ARF’s da década de 1980, com mais de 18 anos
de restauração, a altura apresentou média de 4,04 m;
enquanto as áreas da década de 1990, entre nove e
99
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Tabela 8. Área basal média nos Anos 1 (2001) e 3 (2005) e respectivo incremento anual médio da áreas anuais de restauração florestal da
MRN, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Ano da Restauração Florestal
(Reflorestamento)
Período (Idade)
em anos
1981
Área Basal
2001
m²/ha
2005
m²/ha
24
3,71
3,84
Incremento
- 4 anos m²/ha/ano
0,0334
1982
23
1,25
3,26
0,5027
1983
22
3,81
4,25
0,1103
1984
21
3,71
4,79
0,2712
1985
20
3,56
5,26
0,4250
1986
19
5,53
3,89
-0,4085
1987
18
0,88
1,11
0,0567
1992
13
9,41
13,18
0,9421
1993
12
5,50
8,14
0,6596
1994
11
10,90
14,39
0,8711
1995
10
6,31
8,90
0,6480
1996
9
9,06
9,51
0,1141
Média
-
5,30±3,16
6,71±4,12
0,35±0,24
13 anos, apresentaram média de 5,26 m, ou seja, 30,1%
superior àquela (Tabela 8). Tal fato deve estar intimamente
relacionado com a deposição de solo superficial nas áreas
de restauração, pois, como dito anteriormente, somente
a partir de 1985, a MRN passou a adotar sistematicamente
esta prática edáfica.
As espécies de maior crescimento em altura
(Tabela 10) têm todas, sem exceção, algo em comum,
são espécies pioneiras que apresentam alto crescimento
em altura, superior ao das demais espécies de outros
grupos ecológicos.
caso pretenda-se que o local alterado torne-se produtivo e
não seja prejudicial ao meio ambiente. A única maneira de
mitigar a maior parte desses impactos negativos é através
do restabelecimento de uma cobertura vegetal perene
sobre o local modificado. Thompson e Hutnik (1972) citam
alguns problemas intrínsecos a esses solos: instabilidade,
inadequada textura, altas temperaturas diurnas da camada
superficial e características químicas e biológicas dos solos
remanescentes. Prevendo o estabelecimento de uma
cobertura florestal perene como a melhor solução para
recuperação de áreas mineradas, é necessário proceder ao
preparo do local em que serão plantadas as mudas.
PRÁTICAS DE CARÁTER EDÁFICO
A mineração de superfície e a completa remoção da
cobertura florestal provocam grandes impactos no solo e
na topografia do local através da erosão e da sedimentação,
que atingem seu máximo impacto sobre os recursos hídricos
a partir do início das atividades até pelo menos seis meses
depois das operações (Curtis, 1973a). O depauperamento
e o caráter tóxico dos solos também precisam ser corrigidos
Incorporação de solo superficial na área a
restaurar
A mineração de superfície exige a retirada da vegetação
e da capa superior do solo, existentes sobre o minério.
Essa capa de solo, enriquecida com material orgânico,
é deslocado para qualquer posição, o que muitas vezes
favorece sua perda, causada pela ação da erosão hídrica.
100
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Deve-se evitar a compactação do solo durante a
operação de armazenamento. O solo armazenado também
deve ser protegido dos raios solares com uma cobertura de
palha. Não se deve armazenar solos muito úmidos, nem
fazê-lo em época de chuva (Geiser; Oliveira, 1977). Os
solos compactados durante mais de um ano em grandes
montões começam a perder nutrientes e microorganismos
(Canada, 1975).
Por ocasião da incorporação do solo no local a ser
recuperado com vegetação, o subsolo a ser revestido com
a nova capa deve ter superfície áspera e úmida, porém
não saturado. O solo, ou solo misturado com cobertura
morta feita das plantas do local, deve ser distribuído a uma
profundidade uniforme (Tyson, 1979).
Em geral, os estudos sobre o tratamento de solos
minerados recomendam a aplicação de uma cobertura
morta para facilitar o estabelecimento da vegetação
(Cook et al., 1974; Sandoval et al., 1973; Sutton, 1970);
o material utilizado pode ser palha, casca desfibrada de
árvore, folha, cavacos de madeira ou outro material
orgânico. A vegetação removida do local a ser minerado,
por exemplo, pode fornecer material para ser convertido
em cobertura morta.
Tyson (1979) concluiu que o sucesso da cobertura
morta depende do uso da própria vegetação do local
em combinação com o solo original. Também verificou,
em recuperação dos cortes de estradas, que o uso de
fertilizantes não tornou a cobertura morta mais efetiva no
processo da regeneração natural.
A acidez dos solos remanescentes das minerações
inibe o estabelecimento de vegetação no processo
de recuperação e também influi na disponibilidade de
nutrientes e nos processos biológicos das plantas (Berg,
1965). Plass (1969) verificou que são poucas as espécies
herbáceas ou arbóreas capazes de sobreviver em solos
ácidos, com pH entre 3,5 e 4, e que quase nenhuma
espécie sobrevive em solos com pH inferior a 3,5. O
calcário é freqüentemente utilizado para corrigir problemas
edáficos provenientes da alta acidez. O tratamento dos
Tabela 9. Crescimento em altura médio das espécies arbóreas da
regeneração natural nas áreas anuais de restauração florestal, Flona
Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Ano da Restauração Florestal
Altura Média
(m)
1981
3,9
1982
2,3
1983
4,2
1984
4,4
1985
3,9
1986
5,7
1987
3,9
1992
5,6
1993
5,5
1994
5,2
1995
5,0
1996
5,0
Média
4,55±0,98
Davis e Hill (1972) informam que a armazenagem da
capa superior diminui o conteúdo orgânico do minério
de bauxita.
Farmer et al. (1976) fizeram importante estudo sobre
a revegetação dos restos ácidos provenientes da mineração
de cobre-cobalto. Concluíram que a armazenagem e a
posterior redistribuição da capa superior do solo e da
camada imediatamente inferior (até aproximadamente
20,5 cm de profundidade), em conjunto com um programa
de fertilização, foram mais eficientes em estimular o
revestimento vegetal do local.
Vários autores têm sugerido normas para
armazenagem de solos orgânicos. O ideal é removê-los
e armazená-los misturados com a vegetação do mesmo
local, convertida mecanicamente em cobertura morta
(Tyson, 1979). De acordo com Geiser e Oliveira (1977),
o solo pode ser amontoado em camadas de terra de até
1,5 m de altura e de 3 a 4 m de largura, com qualquer
comprimento. De preferência, o local deve ser plano e
protegido das enxurradas e da erosão.
101
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Tabela 10. Espécies arbóreas da regeneração natural que apresentaram, em 2005, os maiores crescimentos em altura nas áreas anuais de
restauração florestal, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Nome Popular
Espécie
Família
Altura Média (m)
Muruci verdadeiro
Byrsonima crassifolia
Malpighiaceae
20
Muruci f. peluda
Byrsonima stipulaceae
Malpighiaceae
18
Imbaúba da capoeira
Cecropia palmata
Cecropiaceae
17
Goiaba de anta/Muúba
Bellucia grossularioides
Melastomataceae
16
Imbaúba vermelha
Cecropia distachya
Cecropiaceae
16
Morototó
Schefflera morototoni
Araliaceae
16
Fava camuzê
Stryphnodendron obovatum
Mimosaceae
16
Muruci da mata
Byrsonima aerugo
Malpighiaceae
15
Mari-mari da mata
Cassia fastuosa
Caesalpiniaceae
15
Imbaúba f. áspera/f. peluda
Cecropia ficifolia
Cecropiaceae
15
Imbaúba torém
Cecropia sciadophylla
Cecropiaceae
15
Gaivotinha
Croton lanjouwensis
Euphorbiaceae
15
Pau jacaré
Laetia procera
Flacourtiaceae
15
Tinteiro f. marrom
Miconia gratissima
Melastomataceae
15
Paricá grande
Parkia multijuga
Mimosaceae
15
Envira biribá
Rollinia exsucca
Annonaceae
15
Lacre branco
Vismia cayennensis
Guttiferae
15
Lacre
Vismia guianensis
Guttiferae
15
Envira cana
Xylopia nitida
Annonaceae
15
Pau de índio
Croton trombetensis
Euphorbiaceae
14
Tinteiro branco
Miconia pyrifolia
Melastomataceae
14
Paruru
Vantanea parviflora
Humiriaceae
14
Lacre f. marrom/vermelho
Vismia latifolia
Guttiferae
14
solos com cinzas industriais pode corrigir, pelo menos
parcialmente, a acidez dos solos minerados (Adams et
al., 1972; Capp e Gillmore, 1973; Kovacic, 1972; Plass e
Capp, 1974). De acordo com vários estudos, a acidez,
embora corrigida originalmente, freqüentemente retorna
a um alto nível (Farmer et al., 1976).
Ferraz (1991), no ‘Diagnóstico do comportamento
do reflorestamento realizado na mina Saracá entre 1981
e 1987’, concluiu que (i) a matéria orgânica permite
o desenvolvimento da estrutura do solo melhorando
a capacidade de retenção de água e de absorção de
nutrientes; (ii) fertilizantes químicos não suprem as
deficiências minerais das plantas nos plantios sem solo
superficial; (iii) área com solo superficial apresenta
espécies com crescimento satisfatório no ecossistema
artificialmente restaurado; (iv) o solo superficial é
indispensável na reestruturação química, física e biológica
do solo; (v) além de fonte de nutrientes, o solo superficial
possibilita uma maciça inoculação de micorrizas e rizóbios,
vitais na regeneração e sucessão florestal; (vi) a acidez
dos solos minerados é alta ou muito alta; (vii) o teor
médio de matéria orgânica nos solos sem solo superficial
é muito baixo (0,1%), o que faz a liteira produzida pelas
árvores não sofrer decomposição e sim secagem e
102
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
fragmentação com conseqüente erosão pelo vento e
água; (viii) a não decomposição in situ da matéria orgânica
produzida reflete na indisponibilidade de fósforo para as
plantas, o que explica a inexistência de microorganismos
que realizam a fermentação da matéria orgânica; e (ix)
a liteira produzida, quando fixada numa área, permite a
regeneração natural de grande número de espécies e o
conseqüente desenvolvimento da mesofauna indicando
que a ciclagem do nutriente foi iniciada.
Segundo O.H. Knowles (comunicação pessoal,
2006), havia recomendação da MRN para que se raspasse
uma camada de 20 a 25 cm do solo superficial nas áreas a
serem lavradas – este volume consistiria no solo superficial
a ser incorporado nas áreas anuais de plantios florestais.
Esse solo superficial era separado durante o preparo
da área para retirada da bauxita. Posteriormente, era
incorporado naquelas áreas onde a lavra já fora processada
e que deveriam ser restauradas visando à restauração do
ecossistema florestal.
Deve-se ressaltar que o ambiente artificial formado
após a lavra que deveria ser restaurado encontra-se
no extremo de degradação ambiental, pois todas as
propriedades físicas, químicas, biológicas e ecológicas do
solo foram drasticamente alteradas ou destruídas pela
atividade minerária.
Normalmente, o solo superficial é estocado de um
ano para o outro. Caso fosse possível adequar a retirada
à ‘imediata’ deposição do mesmo nas áreas a serem
restauradas, a regeneração natural, muito provavelmente,
seria mais vigorosa, rica e diversa aos índices hoje
observados.
A restauração da paisagem florestal nas áreas
submetidas à lavra é feita atendendo a dois pressupostos
básicos e necessários para o sucesso da operação: a
facilitação dos processos da regeneração natural (através da
reincorporação do solo superficial) e o plantio de árvores
e palmeiras regionais (reflorestamento).
De acordo com Knowles (1992), em 1985 a MRN
passou a adotar a prática de reincorporação do solo
superficial nas áreas anuais de plantios florestais, formando
uma camada de 15 cm. A partir desse ano, a MRN não
mais realiza somente o reflorestamento em suas áreas
pós-lavra e sim a restauração da paisagem florestal nessas
áreas através do manejo das duas mais importantes
condicionantes para o pleno sucesso desse objetivo: o
manejo da regeneração natural aliada ao plantio florestal.
Têm-se, atualmente, como diretriz no preparo
da área, a colocação de uma camada de 15 cm de solo
superficial que deve ser espalhado seguindo o modelo da
malha diamante (Figura 2). Considerando-se que tenha
uma espessura de 15 cm, então, cada hectare deve receber
um volume médio de 1.500 m³ de solo superficial.
Pesquisas visando ao manejo mais adequado do
solo superficial nessas áreas fortemente antropizadas na
Amazônia devem ser desenvolvidas objetivando otimizar
as duas premissas básicas para o sucesso do programa de
restauração florestal: a maximização da biodiversidade e da
biomassa vegetal de árvores, sobretudo aquelas de rápido
Figura 2. Diagrama (malha diamante) representando a distribuição
de solo superficial em 1 ha de terreno visando à restauração florestal
em áreas mineradas, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas,
Oriximiná, Pará. • = 1 ‘carrada’ com 7,5 m³ de solo superficial.
103
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
crescimento adaptadas a esses ambientes (Salomão et al.,
2000b, 2006).
A incorporação de solo superficial é uma prática
edáfica de fundamental importância e completamente
indispensável à restauração florestal de áreas degradadas.
Aspectos do desenvolvimento da vegetação em
parcelas de estudos de duas áreas distintas do ano de
1996, uma com solo superficial (parcela permanente
96A18) e outra sem (parcela permanente 96A25), são
apresentados na Figura 3.
As palmeiras sem estipe palha-branca (Attalea
attaleoides) e murumuru (Astrocaryum acaule) devem ser
semeadas por ocasião dos plantios em todas as áreas,
pois além de apresentar ótima regeneração natural, são
espécies muito comuns no sub-bosque das florestas
primárias de todos os platôs dessa Flona. Uma característica
muito interessante nessas palmeiras refere-se ao fato
delas acumularem ‘sua’ própria matéria orgânica, daí a
ótima adaptabilidade nos ecossistemas artificiais criados
no ambiente pós-lavra. Uma outra espécie comum na
região é a mumbaca (Astrocaryum mumbaca), com estipe,
que também é indicada por favorecer os processos de
recolonização e sucessão natural.
Escarificação do solo
Alguns dos efeitos da escarificação superficial do solo são
bem conhecidos: fornece leito e refúgio para as sementes;
abre solos compactados para facilitar a infiltração hídrica;
e facilita a utilização de nutrientes e oxigênio pelas plantas.
Porém, Curtis (1973b) constatou que a escarificação não
alterou a densidade e a umidade de solos remanescentes
da exploração de minas de carvão. A escarificação
feita por arados comuns pode apresentar problemas,
como alcançar pouca profundidade e danificar o arado,
quando em solos rochosos, fato muito comum em locais
minerados (Brown, 1977).
Aldon (1976) e Aldon e Garcia (1972) estudaram os
efeitos da escarificação profunda em terreno semi-árido,
usando um aparelho especial, puxado por um trator,
Figura 3. Aspecto de uma parcela experimental: a) sem solo
superficial, aos 10 anos de idade, cujas mudas apresentam altura
máxima de 1 m e diâmetro médio ao nível do solo de 2 cm, sem
praticamente nenhuma regeneração natural; comparar com b)
outra área plantada naquele mesmo local onde foi incorporado o
solo superficial; Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas,
Oriximiná, Pará. Foto: R. P. Salomão, 2005/2006.
contendo dois ‘dentes’, com 2,2 m entre si, os quais
cortavam sulcos de 71 cm de profundidade e 10 cm de
largura. Duas chapas, com a configuração de um triângulo
e montadas na parte superior dos dentes, abriram mais
ainda a parte superior dos sulcos, deixando-os com
aproximadamente 38 cm de largura. Verificou-se que a
escarificação profunda reduziu em 85% o escoamento
de água e de 31% a erosão, efeitos medidos três anos
depois da aplicação do tratamento; quando a camada
superficial for composta de xisto argiloso, o tratamento
pode acarretar erosão subterrânea. A repetição do
104
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
tratamento pode estender o efeito benéfico por alguns
anos, mas pode também danificar a vegetação já
estabelecida no local.
Em outro estudo de caso, Aldon e Garcia (1972)
observaram que a repetição causou mudança benéfica
no tipo de vegetação que recobria naturalmente o
local. Deve-se notar que esse estudo não foi feito em
área minerada, mas numa bacia hidrográfica altamente
suscetível à erosão. Há equipamentos especiais para
a escarificação profunda. Um exemplo é o ripper,
dente grande, puxado por um trator e movido por
cilindros hidráulicos, que pode quebrar até rochas
(Brown, 1977).
Nas áreas anuais de restauração florestal em Porto
Trombetas, o solo superficial é espalhado no terreno pela
lâmina de um trator de esteira D-6. Um outro trator de
esteira mais potente (D-8) procede a escarificação do
solo com um equipamento acoplado na tomada de força
traseira, também denominado ripper, que apresenta três
garras de 100 cm de comprimento com distância de 1 m
entre elas (Figura 4). Esse equipamento, uma vez passado
no terreno que já se encontra nivelado, forma as linhas
de plantio para as 1.666 muda/ha (linhas alternadas, já
Figura 4. Trator de esteira D-8 com um ripper de três garras
acoplado na tomada de força; detalhe do ripper que atinge 1 m de
profundidade; Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Pará.
Fotos: R. P. Salomão, 2005
que o espaçamento adotado pela MRN é de 2 m entre
linhas e 3 m na linha de plantio).
Neste processo, o solo superficial cai dentro das
linhas (no sulco), o que é interessante e desejável por
favorecer com matéria orgânica e água o estabelecimento
da futura muda ali plantada. Esta operação deve ser
feita no fim do verão (outubro-novembro-dezembro),
enquanto o solo ainda está seco para que as primeiras
chuvas de janeiro possam levar mais solo superficial para
os sulcos (linhas de plantio) e, em fevereiro, tenha início
o plantio florestal. A drenagem nas áreas de plantios é
excelente, pois a camada de solo estéril chega até 12 m
de profundidade.
A escarificação é uma prática silvicultural que mostrou
desempenhar um papel importante no estabelecimento
das árvores nas áreas de restauração. Tal procedimento,
além de diminuir a compactação nas linhas de plantio,
promove uma incorporação profunda de matéria orgânica
no solo subsuperficial, facilitando e estimulando, pela maior
oferta de nutrientes e água nas camadas mais profundas,
o desenvolvimento radicular (Ferraz, 1991).
Todavia, alguns itens devem ser avaliados:
Após o espalhamento de terra preta, o solo estaria
•
mesmo compactado? A compactação produzida pelas
máquinas durante a sistematização do terreno, para o
posterior plantio, não deve compactar o solo ao nível
de produzir um estrangulamento que venha impedir
o crescimento do sistema radicular; ressalta-se que
uma certa compactação favorece a retenção de água,
vital para as plantas no período seco.
•
A escarificação profunda (ripper com garras de
1 m de profundidade) promove o enterramento
da matéria orgânica e, conseqüentemente,
dos propágulos presentes no rico banco de
sementes, inviabilizando-os; não se sabe qual
o grau desta invibialização sobre o número de
espécies e de indivíduos.
•
A escarificação talvez deva ser feita com, no máximo,
40 a 50 cm de profundidade e não a 1 m, como é
105
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
atualmente, e somente nas linhas de plantio; sendo
o espaçamento atualmente adotado de 3 x 2 m, ou
seja, 2 m entre linhas e 3 m nas linhas, deve-se retirar
a garra central do ripper; tal prática deverá favorecer
a germinação das sementes do banco, implicando
em favorecimento à regeneração natural.
DISPERSÃO NATURAL DE SEMENTES
A evolução reprodutiva proporcionou às plantas o
desenvolvimento de características morfológicas e
fisiológicas para atrair potenciais disseminadores de suas
sementes e garantir a dispersão que pode ser definida
como o deslocamento da semente para garantir a
sobrevivência da espécie e evitar o acúmulo dos descentes
em pequenas áreas (Modesto; Siqueira, 1981).
A interação entre a fauna e a vegetação é de
fundamental importância dentro do processo de recuperação
de áreas degradadas. Os animais frugívoros fazem o papel
de agentes dispersores das sementes, transportandoas em seu interior (tubo digestivo) e, posteriormente,
eliminando-as nas fezes ou regurgitando-as pela boca para
longe da planta mãe em lugares favoráveis à germinação e
ao desenvolvimento da plântula.
De acordo com Pires-O’Brien e O’Brien (1995), a
dispersão é considerada um tipo de mutualismo plantaanimal, embora ainda haja muitas dúvidas acerca das
forças evolutivas que a originou. De qualquer forma,
as diásporas representam uma unidade fundamental de
dispersão da espécie, podendo constituir-se de sementes
isoladas ou sementes junto com os frutos - inteiros
ou não. Os mecanismos de dispersão das espécies
por suas diásporas constituem um aspecto importante
da biologia evolutiva. O animal, ou agente físico, que
transporta a semente ou o fruto é denominado de
dispersor. Em épocas de abundância, alguns mamíferos
enterram os frutos para comê-los posteriormente, o que
corresponde à dispersão sinzoocórica, pois muitos frutos
são esquecidos e suas sementes acabam por germinar
(Pires-O’Brien; O’Brien, 1995).
Uma breve caracterização morfológica do fruto
e semente das espécies arbóreas monitoradas na
regeneração natural, assim como respectivos dispersores
é apresentada no Apêndice 4.
Do ano de 2001 (1ª avaliação) a 2005 (3ª avaliação),
foram registradas 164 espécies arbóreas nas parcelas
permanentes de monitoramento nas áreas anuais de
restauração florestal da MRN (Apêndice 4). Avaliando-se
a dispersão natural das sementes dessas espécies,
observa-se que 136 (82,9%) são dispersas pela fauna,
33 (20,1%) pelo vento (anemocórica), 29 (17,7%)
por gravidade (barocórica) e oito (4,9%) por balística
(balocórica) (Figura 5).
Das 136 espécies dispersas pela fauna, 127 (77,4%)
são endozoocóricas e nove (5,5%) são sinzoocóricas
(Figura 6). Deve-se atentar para o fato de que muitas
espécies têm as sementes dispersadas por mais de um
agente (Apêndice 4).
As espécies arbóreas florestais que têm seus frutos
enterrados intencionalmente pela fauna (sinzoocoria)
através da paca, cutia, quatipuru etc nas áreas anuais de
restauração florestal são listadas no Apêndice 4, assim
como as espécies arbóreas cujos frutos e/ou sementes
são digeridas pelos animais (endozoocoria).
As árvores cujas sementes são dispersas pelo
vento (anemocoria) nas áreas de regeneração natural são
apresentadas no Apêndice 4; essas espécies, em geral, são
de difícil reprodução em viveiro devido à dificuldade de
obtenção de sementes.
Aquelas espécies arbóreas que apresentam frutos
grandes e médios e têm a dispersão basicamente feita
pela gravidade (barocoria) durante a queda dos frutos
estão registradas no Apêndice 4. Algumas espécies que
apresentam frutos pesados, como a castanheira-do-brasil
(Bertholletia excelsa), além de apresentar dispersão por
gravidade têm, também, dispersão sinzoocórica.
A balocoria consiste na ‘explosão’ do fruto
quando maduro, propiciando às sementes serem
lançadas a certa distância da árvore-mãe; praticamente
106
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
todas as euforbiáceas apresentam este tipo de
dispersão. As espécies monitoradas nas ARF’s achamse listadas no Apêndice 4.
Knowlles e Parrotta (1995), ao analisarem os dados
da fenofase referente à frutificação de inúmeras espécies
arbóreas florestais, em Porto Trombetas, observaram que
existe uma correlação entre os meses de frutificação e da
estação chuvosa (janeiro-maio) ‘inverno amazônico’, da
estiagem (setembro-dezembro) ‘verão’ e da ‘primavera
amazônica’ (junho-agosto).
Apesar de haver variações anuais do mês de
frutificação entre indivíduos da mesma espécie, a tabela
fenológica tem utilidade no planejamento da coleta e
Figura 5. Tipos de dispersão das espécies arbóreas nas áreas anuais de
restauração florestal; Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas,
Oriximiná, Pará.
Figura 6. Número e percentual das espécies arbóreas que são
dispersas pela fauna nas áreas anuais de restauração florestal; Flona
Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
armazenagem de sementes e também na produção de
mudas no viveiro.
MATRIZ DOS INDICADORES DA DINÂMICA DA
REGENERAÇÃO NATURAL
Uma matriz com os valores extremos das variáveis
analisadas é apresentada na Tabela 11, com objetivo
de ranquear as áreas anuais de restauração florestal,
no tocante à regeneração natural de arbóreas. Foram
avaliadas a riqueza e respectivos incrementos (ingresso
e egresso de espécies), a abundância e o recrutamento
de indivíduos, a mortalidade, a taxa de renovação e o
tempo de substituição, o diâmetro médio, a área basal
e também a altura total média.
Para cada ano de restauração florestal, foram
computados os dois valores melhores (mais altos) e
os piores (mais baixos); somente os valores extremos
(o maior e o menor) de cada item analisado achamse destacados em negrito (Tabela 11). O uso das
expressões melhores e piores, ao invés de maiores
ou menores, prende-se ao fato de, no caso da
mortalidade e egresso de espécies, por exemplo, o
valor maior não ser o melhor.
A riqueza de espécies é uma das mais importantes
variáveis na recuperação de áreas degradadas,
quanto maior o número de espécies vegetais, mais
eficientemente está se processando a sucessão natural,
refletindo num maior número de dispersores na área
e num incremento positivo altamente desejável da
biodiversidade. A amplitude de variação no número
de espécies registradas nas parcelas em 2001 foi
surpreendente: 42 na área de 1995 contra apenas 9 na
de 1982; em 2005, essa aplitude foi um pouco menor:
42 na de 1992 e 16 na ARF de 1982 (Tabela 11).
O ingresso de espécies, no período de quatro
anos, foi mais intenso nas áreas de 1984 e 1987 (15 para
cada), contra apenas uma espécie para as áreas de 1986,
1993, 1994 e 1995; já o egresso foi mínimo na área de
1982 (zero), chegando a sete espécies na área de 1996
107
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
(Tabela 11). As áreas da década de 1980, por serem mais
antigas, conseqüentemente estão mais estabilizadas, daí
apresentarem estes bons resultados, contrariamente
àquelas da década de 1990.
A abundância também é outro fator importante nos
programas de recuperação de áreas degradadas, pois influirá
diretamente na acumulação de biomassa. Como esperado,
nestes ecossistemas artificiais relativamente recentes, em
processo de restauração na Amazônia, as área mais jovens
apresentaram maiores abundâncias; coincidentemente, a
área de 1984 registrou 6.980 e 5.860 ind/ha nos dois anos
analisados (2001 e 2005, respectivamente), enquanto a
menor abundância foi verificada na ARF de 1987 (1.020
e 1.600 ind/ha, respectivamente para àqueles anos de
monitoramento) (Tabela 11).
O incremento da abundância entre dois períodos
distintos pode ser entendido, se positivo, como sendo
o recrutamento e, se negativo, como mortalidade. O
maior recrutamento médio anual foi na área de 1982,
seguida da de 1981 (39,1 e 30,3%, respectivamente),
enquanto os menores foram nas áreas de 1994 e 1993
com respectivamente, 2 e 2,6% (Tabela 11). A mortalidade
anual foi muito alta na área de 1996 (19,7%) e alta na área
de 1981 (11,4%); já as menores taxas foram observadas nas
áreas de 1995 (5%) e 1992 (5,5%), devido aos fatores já
discutidos (Tabela 11).
O recrutamento e a mortalidade estão diretamente
relacionados com o turnover e a mortalidade inversamente
com o turnover time. Quanto maior a taxa de renovação,
mais instável é o ecossistema; florestas climácicas
primárias contínuas apresentaram taxas anuais entre
2,26 e 1,22%, e as florestas primárias de Porto
Trombetas (área deste estudo) apresentaram taxas de
1,22 (solo franco argiloso) e 1,78% (solo franco arenoso)
(Salomão, 2006). O mais alto recrutamento, verificado
na área de 1982 (39,1%), aliado a uma baixa taxa anual
de mortalidade (7,7%), induziu esta área a apresentar
a maior taxa de renovação (19,3%), em contraposição
à menor observada na ARF de 1994 (4,4%).
Se os ecossistemas mais instáveis estão sujeitos a
modificações mais intensas no tocante ao recrutamento
e mortalidade, num determinado período, obviamente o
tempo de substituição será menor nesses ecossistemas.
Assim, a área de 1984, conseqüentemente, apresentou
o menor tempo de substituição (4,4 anos) e a de 1995 o
maior (20,1 anos) (Tabela 11).
O diâmetro médio foi maior, em 2001, nas áreas de
1992 (4,79 cm) e de 1986 (4,25 cm) e menor nas ARF’s de
1982 (1,94 cm) e 1985 (2,26 cm); em 2007, os maiores valores
calculados foram para as áreas de 1993 e 1995 (5,51 e 4,31 cm,
respectivamente), enquanto os menores foram para as ARF’s
de 1982 (3,3 cm) e de 1984 (2,43 cm). O maior incremento
anual estimado foi para a área de 1993 (1,6 cm/ano) e o menor
para a de 1996 (-0,91 cm/ano) (Tabela 11).
A maior média da altura total foi estimada para a ARF
de 1986 (5,74 m), seguida pela área de 1992 (5,62 m); as
menores foram 2,3 m (ARF de 1982) e 3,9 m nas áreas
de 1981, 1985 e 1987 (Tabela 11).
O incremento anual médio da área basal, no
período de quatro anos, foi maior na área de 1992
(0,94 m²/ha/ano) e na de 1994 (0,87 m²/ha/ano), em
oposição aos menores, nas áreas de 1986 e 1981,
respectivamente -0,41 e 0,03 m²/ha/ano (Tabela 11).
Após a tabulação dos dados das variáveis na matriz,
foi feito o ranqueamento das áreas anuais de restauração
baseando-se no maior diferencial entre as quantidades de
valores extremos melhores e piores de cada variável, no
número (quantidade) de valor extremo melhor de cada
variável e no número (quantidade) de valor extremo
pior de cada variável. Quando o diferencial entre os
valores melhores e piores eram idênticos, o critério de
desempate foi o número (quantidade) de valor extremo
melhor (Tabela 12).
Algumas variáveis, como a riqueza de espécies,
foram avaliadas em dois momentos distintos (2001
e 2005) e os seus respectivos incrementos nesse
período desdobrados em outros dois (ingresso e
egresso), resultando, dessa forma, na avaliação da
108
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
riqueza desdobrada em quatro itens; analogamente, a
abundância, o diâmetro médio e a área basal tiveram
procedimento semelhante.
A área de 1992 (Figura 7) foi ranqueada como a
de melhor restauração quando se analisa a regeneração
natural de arbóreas: do total de nove valores computados,
oito referem-se às melhores estimativas e apenas um
à pior, sendo que, entre os melhores valores, há três
valores extremos melhores (maior número de espécies
monitoradas em 2005, maior diâmetro médio em 2001 e
maior incremento da área basal no período considerado)
e nenhum valor extremo pior.
Contrastando com a área de 1992, tem-se a pior
restauração na área de 1987, com apenas um valor extremo
melhor (ingresso de espécies) e quatro valores extremos
piores (menor abundância em 2001, menor diâmetro
médio em 2005 e menor área basal em 2001 e 2005)
(Tabela 12). Essa área de 1987, apesar de ser considerada
a mais problemática no que se refere à regeneração
natural de arbóreas, é a que apresenta o melhor
desenvolvimento do plantio florestal (reflorestamento),
onde foi adotado na época plantio sempre com a
mesma espécie na linha (Figura 7), variando as espécies
somente entre linhas. Uma das espécies empregadas
foi o tachi-do-campo (Sclerolobium paniculatum), que se
desenvolveu espetacularmente, praticamente fechando
o dossel e sombreando o piso da floresta, o que refletiu
diretamente no baixo desenvolvimento da regeneração
natural de arbóreas, tanto no número de espécies quanto
no crescimento dos indivíduos (Salomão et al., 2002).
CONCLUSÃO
Figura 7. Parcela permanente 92A1 da área de 1992, observar: a) a
liteira formada e as várias regenerações naturais (placas retangulares);
no 1º plano à direita um espécime de gaivotinha (Croton lanjowensis)
com 16,5 cm X 13 m; b) parcela permanente 87A1 da área de 1987
onde o plantio nas linhas usou a mesma espécie; Flona SaracáTaqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Fotos: R. P.
Salomão, 2005.
Nas áreas do domínio da floresta primária ombrófila
densa da Amazônia setentrional brasileira, submetidas à
mineração a céu aberto, onde toda a vegetação florestal
é suprimida, assim como o solo, para possibilitar a
lavra do minério e, posteriormente, ser submetida à
restauração da paisagem florestal através de plantios
florestais (reflorestamentos) aliados à indução/facilitação
da regeneração natural via adição de solo superficial,
foi observado para um período de quatro anos de
monitoramento que a regeneração das espécies arbóreas:
apresenta maior número de espécies nas áreas jovens
(entre nove e 13 anos) do que as mais maduras (entre 18 e
24 anos de idade); as áreas mais antigas apresentam maior
incremento no número de espécies, talvez por serem
mais estáveis ecologicamente; a abundância (número de
indivíduos por unidade de área) tende a ser maior nas
áreas mais jovens; o recrutamento tende a ser bem mais
intenso na áreas maduras do que nas jovens; a mortalidade
anual nas áreas jovens é maior (9,1%) do que naquelas
109
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
maduras (7,5%); a taxa de renovação (turnover) é bem
mais intensa nas áreas maduras; o tempo de substituição
(turnover time) é mais extenso nas áreas jovens; o
diâmetro médio manteve-se praticamente constante no
período analisado; o incremento da área basal é maior
nas áreas maduras do que nas áreas jovens; a altura
total média é maior nas áreas jovens (5 m) que naquelas
maduras (3,9 m); várias espécies são dispersas por mais de
um agente, todavia, mais de 5/4 das espécies monitoradas
são dispersas pela fauna que exerce um papel fundamental
na sucessão ecológica; a área anual de 1992 foi ranqueada
como a de melhor restauração florestal quando se analisa
a regeneração natural de arbóreas; no extremo oposto,
com maiores problemas, está a área de 1987; deve-se
Tabela 11. Matriz das variáveis da regeneração natural nas áreas anuais de restauração florestal da MRN, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA,
Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Período: 4 anos; Referência: Ano de 2005. Valores em negrito referem-se ao extremo da melhor e da
pior estimativa.
(continua)
VARIÁVEL
VALORES
EXTREMOS DAS
ESTIMATIVAS
Nº DE ESPÉCIES
MONITORADAS EM 2001
MELHORES
Nº DE ESPÉCIES
MONITORADAS EM 2005
MELHORES
Nº INGRESSO DE ESPÉCIES
Nº EGRESSO DE ESPÉCIES
ABUNDÂNCIA EM 2001
(nº ind/ha)
ABUNDÂNCIA EM 2005
(nº ind/ha)
9
MELHORES
18
16
0
2
1
1
2
PIORES
7
5
6.980
3.500
PIORES
1.020
1.700
MELHORES
5.860
5.120
1.600
PIORES
MELHORES
1.960
30,3 39,1
PIORES
2,6
5,0
19,7
PIORES
11,4
16,6 19,3
4,4
PIORES
MELHORES
DIÂMETRO MÉDIO EM 2001 MELHORES
(cm)
PIORES
DIÂMETRO MÉDIO EM 2005 MELHORES
(cm)
PIORES
INCREMENTO MÉDIO
MELHORES
DIÂMETRO
PIORES
(cm)
2,0
5,5
MELHORES
PIORES
1
15
2
MELHORES
MORTALIDADE ANUAL
(%)
1
19
5
2
42
42
15
13
PIORES
MELHORES
40
18
41
PIORES
RECRUTAMENTO ANUAL
(%)
TEMPO DE SUBSTITUIÇÃO
TURNOVER TIME (ANOS)
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1992 1993 1994 1995 1996
PIORES
MELHORES
TAXA DE RENOVAÇÃO
TURNOVER (%)
ÁREAS ANUAIS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL – ARF’s
5,2
20,1
18,3
5,1
8,7
4,79
4,25
1,94
2,26
5,51
2,30
4,31
2,30
2,43
1,60 0,87
-0,84
110
-0,91
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Tabela 11. Matriz das variáveis da regeneração natural nas áreas anuais de restauração florestal da MRN, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA,
Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Período: 4 anos; Referência: Ano de 2005. Valores em negrito referem-se ao extremo da melhor e da
pior estimativa.
(conclusão)
VALORES
EXTREMOS DAS
ESTIMATIVAS
VARIÁVEL
ALTURA TOTAL MÉDIA EM
2001
(m)
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1992 1993 1994 1995 1996
5,74
MELHORES
PIORES
ÁREA BASAL EM 2001
(m2/ha/ano)
MELHORES
ÁREA BASAL EM 2005
(m2/ha/ano)
MELHORES
INCREMENTO DA ÁREA
BASAL (m2/ha/ano)
ÁREAS ANUAIS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL – ARF’s
3,9
2,3
3,9
5,62
3,9
10,90
PIORES
9,41
0,88
1,25
PIORES
14,39
0,94
0,87
1,11
3,26
MELHORES
PIORES
13,18
-0,41
0,03
No TOTAL DE VALORES
8
10
3
6
6
6
7
9
5
9
6
4
No VALORES MELHORES
4
3
1
5
1
3
1
8
2
6
4
0
No VALORES PIORES
4
7
2
1
5
3
6
1
3
3
2
4
DIFERENÇA = MELHORES - PIORES
0
-4
-1
4
-4
0
-5
7
-1
3
2
-4
Tabela 12. Ranqueamento das áreas anuais de restauração florestal na Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
Nº TOTAL DE
Nº DE VALORES
Nº DE VALOR
Nº DE VALORES
Nº DE VALOR
DIFERENÇA ENTRE OS
VALORES
MELHORES
EXTREMO MELHOR
PIORES
EXTREMO PIOR
(MELHORES – PIORES)
VALORES
POSIÇÃO
1992
9
8
3
1
0
7
1ª
1984
6
5
2
1
0
4
2ª
1994
9
6
3
3
3
3
3ª
1995
6
4
3
2
1
2
4ª
1986
6
3
1
3
2
0
5ª
ANO DA ARF
1981
8
4
0
4
0
0
6ª
1993
5
2
2
3
1
-1
7ª
1983
3
1
0
2
0
-1
8ª
1982
10
3
3
7
5
-4
9ª
1985
6
1
0
5
0
-4
10ª
1996
4
0
0
4
4
-4
11ª
1987
7
1
1
6
4
-5
12ª
111
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
investir em pesquisas sobre o manejo do solo superficial
em áreas fortemente impactadas pela atividade humana
objetivando maior riqueza, abundância e crescimento
das espécies arbóreas; práticas silviculturais e de preparo
do solo devem ser também objeto de pesquisa visando
à otimização do paradigma da restauração florestal: a
maximização da biodiversidade e da biomassa vegetal
de árvores, sobretudo aquelas de rápido crescimento
adaptadas a esses ambientes.
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AGRADECIMENTOS
À MRN e seus funcionários, em especial a Milena Moreira,
Ademar Cavalcanti, Jenaldo Carvalho e Maria Carvalho;
ao IBAMA e seus funcionários na Flona Saracá-Taqüera/
IBAMA, por meio do coordenador Carlos Augusto A.
Pinheiro, nossos sinceros agradecimentos.
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Recebido: 09/10/2006
Aprovado: 30/03/2007
114
Tiliaceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Anacardiaceae
Melastomataceae
Annonaceae
Fabaceae
Moraceae
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Pente de macaco
Araracanga preta
Carapanaúba
Piquiá marfim/Peroba branca
Carapanaúba
Muiracatiara
Goiaba de anta/Muúba
Turi vermelho/duro
Sucupira escamosa
Caucho macho/Amapa doce
Muruci da mata
Muruci verdadeiro
Muruci vermelho
Muruci f. peluda
Aspidosperma desmanthum
Aspidosperma excelsum
Aspidosperma macrocarpa
Aspidosperma nitidum
Astronium gracile
Bellucia grossularioides
Bocageopsis multiflora
Bowdichia nitida
Brosimum parinarioides
ssp. Parinarioides
Byrsonima aerugo
Byrsonima crassifolia
Byrsonima densa
Byrsonima stipulaceae
Tiliaceae
Pente de macaco
Apeiba burchellii
Apeiba glabra
Tiliaceae
Pente de macaco f. peluda
Apeiba albiflora
Tiliaceae
Annonaceae
Envira mole
Annona cf. tenuipes
Pente de macaco
Rubiaceae
Canela-de-veado
Amaioua guianensis
Apeiba echinata
Mimosaceae
Verbenaceae
Mimosaceae
Paricá de espinho
Acacia polyphylla
Carolina
Mimosaceae
Cassia mangium
Acacia mangium
Macieira
Mimosaceae
Acacia mangio f. fina
Acacia auriculiformis
Adenanthera pavonina
Mimosaceae
Saboeiro ferro
Abarema auriculata
Aegiphila arborescens
Família
Nome Popular
Espécie
115
1
1
26
1
1
81
1
1
13
82
2
33
83
17
84
11
1
85
1
15
1
2
86
1
11
1
2
87
3
1
2
1
1
92
3
1
15
1
1
93
5
2
2
80
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
3
4
7
1
2
3
7
1
1
1
1
5
95
1
2
1
11
2
1
3
1
96
12
5
2
10
2
8
5
236
4
1
7
1
2
1
1
3
2
2
1
3
1
1
1
6
3
Total
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Família
Caesalpiniaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Caesalpiniaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Meliaceae
Caesalpiniaceae
Rubiaceae
Moraceae
Fabaceae
Boraginaceae
Boraginaceae
Chrysobalanaceae
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
Fabaceae
Mimosaceae
Ebenaceae
Fabaceae
Nome Popular
Jucá
Sardinheira
Sardinheira
Matacaladorana
Pau Jacarerana
Sardinheira
Sardinheirinha
Mari-mari da mata
Imbaúba vermelha
Imbaúba f. áspera/f. peluda
Imbaúba da capoeira
Imbaúba torém
Cedro vermelho
Cassia pingo de ouro
Pau de remo
Fura-fura
Palheteira
Freijozinho
Freijó branco
Castanha de galinha
Gaivotinha
Pau de índio
Jacarandá do Pará
Angelim vermelho
Caqui
Sucupira f. peluda/f. grande
Espécie
Caesalpinia ferrea
Casearia arborea
Casearia decandra
Casearia javitensis
Casearia nigricans
Casearia pitumba
Casearia sylvestris
Cassia fastuosa
Cecropia distachya
Cecropia ficifolia
Cecropia palmata
Cecropia sciadophylla
Cedrela odorata
Chamaecrista multijuga
Chimarrhis turbinata
Clarisia ilicifolia
Clitoria racemosa
Cordia sericalyx
Cordia sp.
Couepia longipendula
Croton lanjouwensis
116
Croton trombetensis
Dalbergia spruceana
Dinizia excelsa
Diospyros praetermissa
Diplotropis triloba
2
2
1
81
3
82
7
1
1
83
1
2
2
2
84
1
85
1
1
2
1
86
3
1
87
6
2
1
2
3
1
1
1
92
3
1
1
93
2
61
1
1
1
1
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
23
4
1
1
6
95
31
1
8
1
28
12
18
96
2
1
33
3
2
109
2
1
2
4
1
1
1
2
34
15
22
1
2
1
2
4
2
1
4
6
Total
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Família
Fabaceae
Humiriaceae
Humiriaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Vochysiaceae
Vochysiaceae
Moraceae
Celastraceae
Annonaceae
Annonaceae
Annonaceae
Euphorbiaceae
Caesalpiniaceae
Caesalpiniaceae
Fabaceae
Fabaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Rubiaceae
Bignoniaceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Flacourtiaceae
Mimosaceae
Nome Popular
Cumarú
Uxi-coroa
Uxi-pucu/Uxi-liso
Fava tamboril
Fava de rosca/Fava orelha
Quaruba mirim
Quaruba branca
Apuí
Cupiúba
Envira preta/f. grande
Envira preta
Envira preta f. média
Seringa itaúba
Jatobá
Jutaí vermelho
Angelim aroeira
Angelim f. peluda
Ingá de macaco
Ingá roceiro
Erva de rato
Parapará
Pau de colher/Tucujá
Pau de colher
Pau jacaré
Leucena
Espécie
Dipteryx odorata
Duckesia verrucosa
Endopleura uchi
Enterolobium maximum
Enterolobium schomburgkii
Erisma gracile
Erisma racemosa
Ficus guianensis
Goupia glabra
Guatteria olivacea
Guatteria poeppigiana
Guatteria umbonata
Hevea guianensis
Hymenaea courbaril
Hymenaea parvifolia
Hymenolobium petraeum
Hymenolobium
pulcherrimum
Inga laurina
Inga thibaudiana
Isertia hipoleuca
Jacaranda copaia
Lacmellea arborescens
Lacmellea floribunda
Laetia procera
Leucaena leucocephala
1
1
81
2
82
1
2
1
83
117
7
14
1
1
1
1
1
1
84
1
1
1
85
13
5
2
1
4
1
86
4
1
1
4
1
1
1
2
87
1
45
12
2
7
92
40
1
19
93
15
1
2
49
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
13
1
1
2
1
1
4
9
9
2
5
95
36
4
1
11
2
1
96
1
175
1
1
5
19
1
12
7
1
6
3
2
2
3
6
101
2
1
1
12
3
5
2
5
Total
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Família
Chrysobalanaceae
Malpighiaceae
Melastomataceae
Annonaceae
Euphorbiaceae
Myrtaceae
Sapindaceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Lauraceae
Lauraceae
Annonaceae
Rubiaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Fabaceae
Sapotaceae
Burseraceae
Cariperana xiador
Lanterneira
Mará-mará branco/Muubinha
Catinga de cutia
Groselha do mato
Murta lisa f. grande
Pitombarana f. miúda
Tinteiro f. marrom/Mará-mará
Melastomataceae
branco
Melastomataceae
Nome Popular
Tinteiro f. miuda
Mará-mará f. grande
Tinteiro branco f. peluda
Tinteiro branco
Tinteiro f. marrom
Tinteiro f. marrom
Goiabinha casca lisa
Cumatê
Louro preto
Louro prata
Envira conduru
Caferana grande/Chiadeira
Paricá grande
Fava benguê
Gema de ovo
Abiurana cutite
Breu grande
Espécie
Licania longistyla
Lophantera lactescens
Loreya spruceana
Malmea sp.
Margaritaria nobilis
Marlierea cf. subulata
Matayba olygandra
Miconia gratissima
Miconia minutiflora
Miconia phanerostila
Miconia poeppigii
Miconia pyrifolia
Miconia serialis
Miconia sp.
Myrcia acuminata
Myrcia fallax
Ocotea caudata
Ocotea guianensis
Onychopetalum amazonicum
Palicourea guianensis
Parkia multijuga
Parkia nitida
Poecilanthe effusa
Pouteria macrophylla
Protium apiculatum
3
1
81
2
82
118
1
2
2
6
83
2
1
1
7
1
84
1
1
3
85
1
2
1
1
2
4
86
1
4
1
1
87
3
2
1
1
1
92
3
1
2
9
6
1
1
93
1
6
1
5
7
7
2
3
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
22
1
95
2
3
1
1
2
96
1
1
1
1
45
10
3
2
1
1
2
1
1
20
13
1
1
30
1
1
2
2
4
1
1
Total
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
119
Annonaceae
Humiriaceae
Araliaceae
Caesalpiniaceae
Caesalpiniaceae
Monimiaceae
Solanaceae
Solanaceae
Rutaceae
Mimosaceae
Bignoniaceae
Caesalpiniaceae
Sapindaceae
Sapindaceae
Anacardiaceae
Anacardiaceae
Combretaceae
Envira biribá
Uxirana
Morototó
Tachi do campo
Pingo de ouro
Capitiú
Cajuçara f .verde
Cajuçara mirim
Pau-para-tudo
Fava camuzê f. grande
Fava camuzê
Fava pitiú/Tachirana
Ipê amarelo
Tachi preto pecíolo inteiro
Pitombarana f. miúda
Pitomba da mata
Tatapiririca
Tatapiririca vermelha/da mata
Tanimbuca
Rollinia exsucca
Saccoglottis guianensis
Schefflera morototoni
Sclerolobium paniculatum
Senna multijuga
Siparuna guianensis
Solanum leucocarpa
Solanum salviifolium
Spathelia excelsa
Stryphnodendron
barbadetiman
Stryphnodendron
obovatum
Stryphnodendron
polystachyum
Tabebuia serratifolia
Tachigalia alba
Talisia guianensis
Talisia sp.
Tapirira guianensis
Tapirira myriantha
Terminalia amazonica
Mimosaceae
Mimosaceae
Vochysiaceae
Annonaceae
Mandioqueira escamosa
Envira mole f. grande
Fabaceae
Mututi duro
Pterocarpus rohrii
Rollinia edulis
Burseraceae
Breu vermelho
Protium hebetatum
Qualea paraensis
Família
Nome Popular
Espécie
1
1
1
81
82
1
4
83
1
2
1
1
84
9
2
10
85
3
1
1
2
1
6
86
3
1
1
1
87
1
1
1
2
92
1
93
2
2
2
1
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
2
4
1
1
1
95
3
5
1
3
96
1
3
12
1
1
3
2
4
7
6
2
3
5
3
1
10
3
4
10
5
1
1
1
Total
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
120
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Vochysiaceae
Caesalpiniaceae
Annonaceae
Annonaceae
Lacre f. marrom/f. peluda
Lacre branco
Lacre goiabinha
Lacre
Lacre f. marrom/vermelho
Quaruba-cedro
Acapu
Casqueiro vermelho
Envira cana
Vismia bemergui
Vismia cayennensis
Vismia cayennensis
ssp. sessilifolia
Vismia guianensis
Vismia latifolia
Vochysia vismiaefolia
Vouacapoua americana
Xylopia cayennensis
Xylopia nitida
51
93
24
1
3
87
134 175
1
8
4
3
1
1
86
1.860
3.500
85
110
2.200
94
1
1
99
17
13
2
85
32
28
1
26
22
15
1
1
84
1.020
18
3
15
2
1
83
18
21
19
48
82
25
6
6
7
1
2
2
93
40
3
1
48
11
2
5
1
6
1
5
94
42
2
1
11
2
2
1
1
95
38
6
1
3
3
5
9
5
4
96
137
23
3
3
1
247
127
28
107
1
1
22
10
16
Total
151 134 349 171 233 1.780
35
3
16
10
5
1
2
2
7
92
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
9
3
5
14
28
TOTAIS DE INDIVÍDUOS/HA
Fabaceae
Fava amarga
Vatairea sericea
TOTAL DE INDIVÍDUOS ARF
Humiriaceae
Paruru
Vantanea parviflora
19
Burseraceae
Sucuruba
Trattinickia rhoifolia
81
TOTAL DE ESPÉCIES ARF
Burseraceae
Breu sucuruba f.áspera
Trattinickia lawrencei var.
bolivianum
Família
Nome Popular
Espécie
APÊNDICE 1. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 1 (2001) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(conclusão)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
2.772,5
2.330
3.420
6.980
2.680
3.020
1.700
2.680
1.880
Mimosaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Verbenaceae
Rubiaceae
Apocyanceae
Annonaceae
Tiliaceae
Tiliaceae
Saboeiro ferro
Acacia mangio f. fina
Cassia mangium
Macieira
Canela-de-veado
Pepino do mato
Lourinho
Envira mole
Pente de macaco f. peluda
Pente de macaco
Abarema auriculata
Acacia auriculiformis
Acacia mangium
Aegiphila arborescens
Amaioua guianensis
Ambelania acida
Aniba sp.
Annona cf. tenuipes
Apeiba albiflora
Apeiba burchellii
Tiliaceae
Tiliaceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Anacardiaceae
Anacardiaceae
Melastomataceae
Annonaceae
Fabaceae
Pente de macaco
Pente de macaco
Araracanga preta
Carapanaúba
Piquiá marfim/
Peroba branca
Carapanaúba
Araracanga f. comprida
Muiracatiara
Aroeira
Goiaba de anta/Muúba
Turi vermelho/duro
Sucupira escamosa
Apeiba echinata
Apeiba glabra
Aspidosperma
desmanthum
Aspidosperma excelsum
Aspidosperma macrocarpa
Aspidosperma nitidum
Aspidosperma
spruceanum
Astronium gracile
Astronium leicontei
Bellucia grossularioides
Bocageopsis multiflora
Bowdichia nitida
Lauraceae
Família
Nome Popular
Espécie
121
2
32
1
1
1
81
38
82
22
83
17
1
84
8
1
85
1
14
1
2
86
14
1
2
1
2
87
3
1
1
1
92
1
13
1
93
6
67
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
7
1
5
3
7
1
1
1
5
95
19
2
1
1
1
96
7
11
252
1
4
1
3
7
1
2
1
1
3
2
1
1
1
2
1
1
5
3
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Flacourtiaceae
Caesalpiniaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Meliaceae
Rubiaceae
Moraceae
Boraginaceae
Chrysobalanaceae
Chrysobalanaceae
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
Fabaceae
Sardinheirinha
Mari-mari da mata
Imbaúba f. áspera/f. peluda
Imbaúba torém
Cedro vermelho
Pau de remo
Fura-fura
Freijozinho
Castanha de galinha
Macucu
Gaivotinha
Pau de índio
Jacarandá do Pará
Casearia sylvestris
Cassia fastuosa
Cecropia ficifolia
Cecropia sciadophylla
Cedrela odorata
Chimarrhis turbinata
Clarisia ilicifolia
Cordia sericalyx
Couepia longipendula
Couepia sp.
Croton lanjouwensis
Croton trombetensis
Dalbergia spruceana
Flacourtiaceae
Sardinheira
Casearia decandra
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Sardinheira
Casearia arborea
Flacourtiaceae
Caesalpiniaceae
Jucá
Caesalpinia ferrea
Sardinheira
Malpighiaceae
Muruci f. peluda
Byrsonima stipulaceae
Pau Jacarerana
Malpighiaceae
Muruci vermelho
Byrsonima densa
Casearia pitumba
Malpighiaceae
Muruci do campo
Byrsonima crysophylla
Casearia nigricans
Malpighiaceae
Muruci verdadeiro
Byrsonima crassifolia
Flacourtiaceae
Malpighiaceae
Muruci da mata
Byrsonima aerugo
Matacaladorana
Moraceae
Caucho macho/
Amapa doce
Brosimum parinarioides
ssp. Parinarioides
Casearia javitensis
Família
Nome Popular
Espécie
122
2
1
4
1
81
5
1
1
1
82
9
1
2
83
2
2
84
85
1
1
1
86
3
1
87
11
1
2
1
2
1
3
1
92
2
1
1
3
93
38
1
1
1
1
4
2
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
18
1
4
3
4
95
1
7
5
1
2
1
96
3
2
89
1
2
2
1
2
2
5
1
2
5
2
3
2
1
4
4
11
5
1
1
10
2
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
123
Annonaceae
Annonaceae
Annonaceae
Euphorbiaceae
Caesalpiniaceae
Caesalpiniaceae
Fabaceae
Rubiaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Envira preta/f. grande
Envira preta
Envira preta f. média
Seringa itaúba
Jatobá
Jutaí vermelho
Angelim aroeira
Angelim f. peluda
Indeterminada
Ingá xixica
Ingá cumatê
Guatteria olivacea
Guatteria poeppigiana
Guatteria umbonata
Hevea guianensis
Hymenaea courbaril
Hymenaea parvifolia
Hymenolobium petraeum
Hymenolobium
pulcherrimum
Indeterminada
Inga alba
Inga lateriflora
Fabaceae
Celastraceae
Cupiúba
Goupia glabra
Vochysiaceae
Quaruba mirim
Erisma gracile
Moraceae
Mimosaceae
Fava de rosca/Fava orelha
Enterolobium
schomburgkii
Myrtaceae
Mimosaceae
Fava tamboril
Enterolobium maximum
Apuí
Humiriaceae
Uxi-pucu/Uxi-liso
Endopleura uchi
Goiabarana casca lisa
Humiriaceae
Uxi-coroa
Duckesia verrucosa
Ficus guianensis
Fabaceae
Cumarú
Dipteryx odorata
Eugenia ochra
Fabaceae
Sucupira f. peluda/f. grande
Diplotropis triloba
Vochysiaceae
Ebenaceae
Caqui
Diospyros praetermissa
Quaruba branca
Mimosaceae
Angelim vermelho
Dinizia excelsa
Erisma racemosa
Família
Nome Popular
Espécie
1
1
1
1
1
2
81
3
1
82
1
1
2
1
2
83
1
1
1
3
2
1
1
1
1
6
84
1
1
85
2
6
4
1
1
86
5
5
1
1
2
1
2
87
1
2
8
92
8
93
2
48
3
2
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
1
1
2
1
1
4
9
8
3
4
95
1
11
3
3
3
42
96
1
1
1
8
1
6
2
3
17
4
9
91
2
1
1
2
12
4
11
4
4
2
9
44
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Sapindaceae
Lauraceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Caxixá
Groselha do mato
Murta lisa f. grande
Goiabinha c. fina lisa
Pitombarana f. miúda
Itaúba abacate
Tinteiro f. marrom/
Mará-mará branco
Tinteiro f. miuda
Mará-mará f. peluda
Mará-mará f. grande
Tinteiro branco f. peluda
Margaritaria nobilis
Marlierea cf. subulata
Marlierea umbraticola
Matayba olygandra
Mezilaurus duckei
Miconia gratissima
Miconia minutiflora
Miconia nervosa
Miconia phanerostila
Miconia poeppigii
Flacourtiaceae
Farinha seca
Lindackeria latifolia
Maprounea guianensis
Chrysobalanaceae
Cariperana xiador
Licania longistyla
Annonaceae
Mimosaceae
Leucena
Leucaena leucocephala
Catinga de cutia
Flacourtiaceae
Pau jacaré
Laetia procera
Malmea sp.
Apocyanceae
Pau de colher
Lacmellea floribunda
Melastomataceae
Apocyanceae
Pau de colher/Tucujá
Lacmellea arborescens
Mará-mará branco/
Muubinha
Bignoniaceae
Parapará
Jacaranda copaia
Loreya spruceana
Rubiaceae
Erva de rato
Isertia hipoleuca
Malpighiaceae
Mimosaceae
Ingá roceiro
Inga thibaudiana
Lanterneira
Mimosaceae
Ingá de macaco
Inga laurina
Lophantera lactescens
Família
Nome Popular
Espécie
3
1
81
82
124
1
8
83
1
7
1
1
1
6
1
28
11
84
1
85
4
7
13
86
1
1
4
1
1
87
1
1
1
1
1
41
13
92
6
1
20
93
8
1
7
4
3
5
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
1
6
95
2
2
1
26
4
96
14
3
1
1
27
1
1
1
1
2
3
4
7
1
1
1
1
116
1
1
6
42
11
13
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
125
Mimosaceae
Euphorbiaceae
Fabaceae
Sapotaceae
Sapotaceae
Burseraceae
Burseraceae
Burseraceae
Burseraceae
Mimosaceae
Fava benguê
Pau roxo
Caxixá vermelho
Gema de ovo
Abiu rosadinho f. verde
Abiurana cutite
Breu grande leite amarelo
Breu grande
Breu f. grande
Breu vermelho
Timborana
Parkia nitida
Peltogyne venosa
ssp. densiflora
Phyllanthus sp.
Poecilanthe effusa
Pouteria eglerii
Pouteria macrophylla
Protium amazonicum
Protium apiculatum
Protium giganteum
Protium hebetatum
Pseudopiptadenia suaveolens
Caesalpiniaceae
Mimosaceae
Paricá grande
Parkia multijuga
Lauraceae
Louro abacate
Ocotea longifolia
Rubiaceae
Lauraceae
Louro prata
Ocotea guianensis
Caferana grande/Chiadeira
Lauraceae
Louro preto
Ocotea caudata
Palicourea guianensis
Nyctaginaceae
João mole
Neea floribunda
Annonaceae
Myrtaceae
Cumatê
Myrcia fallax
Lauraceae
Myrtaceae
Goiabinha casca lisa
Myrcia acuminata
Envira conduru
Melastomataceae
Tinteiro f. marrom
Miconia serialis
Louro abacate f. brilhosa
Melastomataceae
Tinteiro branco
Miconia pyrifolia
Onychopetalum amazonicum
Melastomataceae
Tinteiro vermelho/
Mará-mará vermelho
Miconia punctata
Ocotea wachenheimii
Família
Nome Popular
Espécie
1
1
2
11
2
6
81
1
1
82
2
2
2
1
1
83
1
1
2
2
1
10
1
84
1
1
85
1
2
1
1
2
86
1
1
1
3
1
2
1
87
2
1
3
2
2
1
1
92
3
1
2
7
2
93
1
6
3
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
1
20
95
2
1
4
1
96
2
2
1
1
1
1
1
2
2
1
1
41
18
4
2
2
4
1
2
11
2
12
19
3
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Fabaceae
Vochysiaceae
Annonaceae
Annonaceae
Humiriaceae
Araliaceae
Caesalpiniaceae
Monimiaceae
Mututi duro
Mandioqueira escamosa
Envira mole f. grande
Envira biribá
Uxirana
Morototó
Tachi do campo
Capitiú
Fava camuzê f. grande
Pterocarpus rohrii
Qualea paraensis
Rollinia edulis
Rollinia exsucca
Saccoglottis guianensis
Schefflera morototoni
Sclerolobium paniculatum
Siparuna guianensis
Stryphnodendron
barbadetiman
Mimosaceae
Bignoniaceae
Caesalpiniaceae
Sapindaceae
Sapindaceae
Anacardiaceae
Anacardiaceae
Combretaceae
Combretaceae
Burseraceae
Anacardiaceae
Burseraceae
Burseraceae
Fava camuzê
Fava pitiú/Tachirana
Ipê amarelo
Tachi preto pecíolo inteiro
Pitombarana f. miúda
Pitomba da mata
Tatapiririca
Tatapiririca vermelha/da mata
Tanimbuca
Tanimbuca f. peluda
Barrotinho
Amaparana
Breu sucuruba f.áspera
Sucuruba
Stryphnodendron obovatum
Stryphnodendron
polystachyum
Tabebuia serratifolia
Tachigalia alba
Talisia guianensis
Talisia sp.
Tapirira guianensis
Tapirira myriantha
Terminalia amazonica
Terminalia sp.
Tetragastris panamensis
Thyrsodium paraense
Trattinickia lawrencei var.
bolivianum
Trattinickia rhoifolia
Mimosaceae
Mimosaceae
Família
Nome Popular
Espécie
126
1
3
12
2
81
1
2
82
2
3
4
3
2
83
1
1
11
1
2
1
84
1
19
2
38
1
85
1
3
2
1
5
2
86
4
3
1
1
2
1
1
87
2
7
2
9
1
1
92
1
93
1
5
2
2
1
1
1
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
2
1
1
1
95
5
3
1
1
5
96
10
15
1
2
1
1
4
49
1
1
3
3
4
23
5
8
43
3
4
6
7
1
1
Total
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Guttiferae
Guttiferae
Vochysiaceae
Caesalpiniaceae
Lacre
Lacre f. marrom/vermelho
Quaruba-cedro
Acapu
Vismia guianensis
Vismia latifolia
Vochysia vismiaefolia
Vouacapoua americana
127
98
200
4.000
80
6
10
4
1
1
3
93
23
4
1
18
24
18
1
2
92
1.960
42
TOTAIS DE INDIVÍDUOS/HA
1
2
4
2
87
165 248 127 256 237 122
19
1
1
4
30
9
6
1
86
130
1
18
2
85
TOTAL DE INDIVÍDUOS ARF
41
1
61
16
45
1
84
36
25
12
21
21
1
83
31
16
1
70
33
3
86
82
31
5
21
23
19
81
39
2
1
38
5
2
1
1
95
37
5
2
153
21
6
6
1
161
552
9
97
146
1
1
25
Total
119
13
9
96
293 178 319 2.323
38
1
2
41
9
2
3
1
6
94
Ano da Restauração Florestal (Reflorestamento)
2.440
TOTAL DE ESPÉCIES ARF
Annonaceae
Guttiferae
Lacre goiabinha
Vismia cayennensis
ssp. sessilifolia
Annonaceae
Guttiferae
Lacre branco
Vismia cayennensis
Envira cana
Guttiferae
Lacre f. marrom/f. peluda
Vismia bemergui
Casqueiro vermelho
Fabaceae
Fava amarga
Vatairea sericea
Xylopia nitida
Humiriaceae
Paruru
Vantanea parviflora
Xylopia cayennensis
Família
Nome Popular
Espécie
APÊNDICE 2. Espécies arbóreas oriundas da regeneração natural, com respectivos números de indivíduos, registradas no Ano 3 (2005) do monitoramento, Flona SaracáTaqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(conclusão)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
3.605,8
3.190
3.560
5.860
1.600
4.740
5.120
2.540
4.960
3.300
128
1983
1982
1981
ARF
Stryphnodendron obovatum
Vismia guianensis
4
1
Eugenia ochra
Vismia cayennensis
Vismia guianensis
2
1
3
1
Sclerolobium paniculatum
Tapirira guianensis
Vismia cayennensis ssp. sessilifolia
Vouacapoua americana
1
19
Poecilanthe effusa
Tapirira guianensis
Vismia cayennensis ssp.
sessilifolia
Vismia guianensis
1
1
1
Miconia nervosa
Miconia pyrifolia
Myrcia fallax
6
1
2
1
Miconia gratissima
Guatteria olivacea
1
Cecropia ficifolia
Cecropia palmata
1
2
Byrsonima stipulaceae
2
49
14
38
1
2
25
2
16
9
11
8
6
NI
Diospyros praetermissa
Croton lanjouwensis
Vismia latifolia
Hevea guianensis
1
1
Thyrsodium paraense
Miconia serialis
3
Tapirira guianensis
Croton lanjouwensis
1
Protium amazonicum
1
2
Phyllanthus sp.
Enterolobium maximum
2
Neea floribunda
Bellucia grossularioides
6
Myrcia fallax
1
3
Maprounea guianensis
Byrsonima crysophylla
Vismia latifolia
Vouacapoua americana
1
1
Guatteria olivacea
Guatteria poeppigiana
1
Bellucia grossularioides
Palicourea guianensis
Casearia sylvestris
1
1
Byrsonima crassifolia
Miconia gratissima
1
2
Aspidosperma spruceanum
Bocageopsis multiflora
NI
Recrutamento
Egresso
Ingresso
NI
INDIVÍDUOS
ESPÉCIES
Bellucia grossularioides
Palicourea guianensis
Vismia cayennensis
Mortalidade
11
1
9
NI
APÊNDICE 3. Ingresso e egresso de espécies, com respectivos números de indivíduos (NI) e recrutamento e mortalidade de indivíduos (NI) das espécies (ano de
referência: 2005) nos diversos anos de restauração florestal das áreas mineradas pela MRN; Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Entre os
anos de 2001 e 2005.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
129
1986
1985
1984
1983
Inga thibaudiana
3
Diospyros praetermissa
1
Laetia procera
Rollinia exsucca
8
4
Isertia hipoleuca
Siparuna guianensis
Bellucia grossularioides
2
5
31
5
Bellucia grossularioides
Vismia guianensis
Spathelia excelsa
Vismia latifolia
Vismia cayennensis
10
28
Guatteria umbonata
3
Sclerolobium paniculatum
Tapirira guianensis
Vismia guianensis
2
1
1
1
Laetia procera
Parkia multijuga
Cecropia sciadophylla
Miconia gratissima
1
Terminalia sp.
Vismia cayennensis ssp. sessilifolia
1
Laetia procera
1
Rollinia exsucca
Diospyros praetermissa
Cordia sp.
Hymenaea courbaril
1
1
2
Stryphnodendron obovatum
Guatteria umbonata
1
Siparuna guianensis
Isertia hipoleuca
2
Ocotea wachenheimii
10
Miconia serialis
1
1
Miconia pyrifolia
2
1
Loreya spruceana
Ocotea guianensis
Vismia latifolia
1
Lindackeria latifolia
Myrcia fallax
30
Vismia cayennensis ssp.
sessilifolia
1
Jacaranda copaia
35
9
14
Isertia hipoleuca
Tapirira guianensis
1
1
Inga alba
10
1
5
9
Inga lateriflora
Guatteria poeppigiana
Guatteria umbonata
1
Rollinia exsucca
1
2
Cecropia ficifolia
1
3
Stryphnodendron obovatum
Goupia glabra
3
Sclerolobium paniculatum
Vismia latifolia
Aniba sp.
2
Rollinia exsucca
4
6
1
8
3
6
1
1
APÊNDICE 3. Ingresso e egresso de espécies, com respectivos números de indivíduos (NI) e recrutamento e mortalidade de indivíduos (NI) das espécies (ano de
referência: 2005) nos diversos anos de restauração florestal das áreas mineradas pela MRN; Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Entre os
anos de 2001 e 2005.
(continua)
ESPÉCIES
INDIVÍDUOS
ARF
Ingresso
NI Egresso
NI Recrutamento
NI Mortalidade
NI
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
1992
1987
1986
ARF
130
2
1
Cecropia sciadophylla
Rollinia exsucca
Stryphnodendron
barbadetiman
1
1
1
Marlierea umbraticola
Mezilaurus duckei
Myrcia fallax
Ocotea longifolia
1
Bellucia grossularioides
1
Vismia guianensis
2
14
13
Vismia cayennensis ssp.
sessilifolia
1
1
1
5
8
Inga laurina
Goupia glabra
Croton lanjouwensis
1
1
1
1
1
1
Tapirira guianensis
3
1
Guatteria umbonata
Cecropia distachya
Cecropia palmata
2
Vantanea parviflora
1
3
Tapirira guianensis
1
1
Talisia guianensis
Ambelania acida
1
Tabebuia serratifolia
Couepia sp.
2
Stryphnodendron obovatum
1
Palicourea guianensis
1
Vismia latifolia
1
Miconia gratissima
Protium hebetatum
Vismia guianensis
1
Loreya spruceana
1
Tapirira myriantha
Protium giganteum
Myrcia fallax
Hymenolobium pulcherrimum
1
1
Erisma gracile
5
Rollinia exsucca
1
Chimarrhis turbinata
1
3
22
Vismia latifolia
Bellucia grossularioides
Guatteria umbonata
Cecropia sciadophylla
1
Astronium leicontei
1
Guatteria olivacea
Bowdichia nitida
2
Aspidosperma nitidum
3
NI
Vismia cayennensis ssp.
sessilifolia
Recrutamento
NI
INDIVÍDUOS
Egresso
Ingresso
NI
ESPÉCIES
Laetia procera
Parkia multijuga
Mortalidade
4
1
NI
APÊNDICE 3. Ingresso e egresso de espécies, com respectivos números de indivíduos (NI) e recrutamento e mortalidade de indivíduos (NI) das espécies (ano de
referência: 2005) nos diversos anos de restauração florestal das áreas mineradas pela MRN; Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Entre os
anos de 2001 e 2005.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
131
Miconia phanerostila
Peltogyne venosa ssp. Densiflora
1995
1
1
1
Vismia cayennensis
Bellucia grossularioides
Endopleura uchi
Vismia guianensis
1
1
4
Adenanthera pavonina
Cecropia palmata
Clitoria racemosa
3
1
3
1
2
2
7
2
Schefflera morototoni
Vismia cayennensis
Vismia guianensis
Vismia latifolia
Xylopia nitida
Dipteryx odorata
Croton lanjouwensis
1
5
2
2
Miconia pyrifolia
Caesalpinia ferrea
1
10
Laetia procera
23
1
13
Goupia glabra
1
Xylopia cayennensis
Byrsonima stipulaceae
Bellucia grossularioides
Croton lanjouwensis
1
Miconia sp.
2
2
Miconia pyrifolia
3
20
Laetia procera
Vismia guianensis
11
1
2
NI
Goupia glabra
Casearia nigricans
Bellucia grossularioides
Mortalidade
2
Endopleura uchi
1
Cecropia ficifolia
4
4
1
1
2
NI
Malmea sp.
Bocageopsis multiflora
1
Miconia gratissima
1
Vismia latifolia
1
Guatteria poeppigiana
Annona cf. tenuipes
Vantanea parviflora
1
Xylopia cayennensis
1
2
Tetragastris panamensis
Acacia auriculiformis
1
Rollinia exsucca
2
Xylopia nitida
Pseudopiptadenia suaveolens
Miconia punctata
Vismia latifolia
1
2
Pouteria eglerii
NI
Recrutamento
Egresso
Ingresso
NI
INDIVÍDUOS
ESPÉCIES
1994
1993
1992
ARF
APÊNDICE 3. Ingresso e egresso de espécies, com respectivos números de indivíduos (NI) e recrutamento e mortalidade de indivíduos (NI) das espécies (ano de
referência: 2005) nos diversos anos de restauração florestal das áreas mineradas pela MRN; Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Entre os
anos de 2001 e 2005.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
1996
1995
2
8
6
116
1
Rollinia edulis
Vismia cayennensis
Vismia guianensis
Vismia latifolia
Xylopia cayennensis
3
1
1
Solanum salviifolium
Miconia phanerostila
1
2
11
8
27
Miconia pyrifolia
1
Enterolobium schomburgkii
Duckesia verrucosa
Dinizia excelsa
Bellucia grossularioides
Vismia latifolia
5
Miconia gratissima
1
Onychopetalum amazonicum
1
12
1
1
1
Solanum leucocarpa
Chamaecrista multijuga
1
Miconia punctata
1
Cecropia palmata
1
Loreya spruceana
Tapirira guianensis
Acacia polyphylla
Byrsonima stipulaceae
1
3
Amaioua guianensis
Endopleura uchi
Senna multijuga
2
3
Parkia multijuga
Stryphnodendron
obovatum
Trattinickia lawrencei var.
bolivianum
Laetia procera
Croton lanjouwensis
Cecropia sciadophylla
Cecropia ficifolia
1
10
1
23
17
2
7
Laetia procera
Aegiphila arborescens
1
Enterolobium
schomburgkii
APÊNDICE 3. Ingresso e egresso de espécies, com respectivos números de indivíduos (NI) e recrutamento e mortalidade de indivíduos (NI) das espécies (ano de
referência: 2005) nos diversos anos de restauração florestal das áreas mineradas pela MRN; Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará. Entre os
anos de 2001 e 2005.
(conclusão)
ESPÉCIES
INDIVÍDUOS
ARF
Ingresso
NI Egresso
NI Recrutamento
NI Mortalidade
NI
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
132
Acacia mangio f. fina
Cassia mangium
Paricá de espinho
Carolina
Macieira
Canela-de-veado
Pepino do mato
Mimosaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Mimosaceae
Verbenaceae
Rubiaceae
Apocyanceae
Lauraceae
Annonaceae
Acacia auriculiformis
Acacia mangium
Acacia polyphylla
Adenanthera pavonina
Aegiphila arborescens
Amaioua guianensis
Ambelania acida
Aniba sp.
Annona cf. tenuipes
133
Goiaba de anta/Muúba
Turi vermelho/duro
Sucupira escamosa
Melastomataceae
Annonaceae
Fabaceae
Bellucia grossularioides
Bocageopsis multiflora
Bowdichia nitida
Araracanga f. comprida
Apocyanceae
Aspidosperma spruceanum
Muiracatiara
Carapanaúba
Apocyanceae
Aspidosperma nitidum
Aroeira
Piquiá marfim
/Peroba branca
Apocyanceae
Aspidosperma macrocarpa
Anacardiaceae
Carapanaúba
Apocyanceae
Aspidosperma excelsum
Anacardiaceae
Araracanga preta
Apocyanceae
Aspidosperma desmanthum
Astronium gracile
G
Pente de macaco
Tiliaceae
Apeiba glabra
Astronium leicontei
G
Pente de macaco
Tiliaceae
Apeiba echinata
P
P
M
P
P
G
G
G
G
G
G
Pente de macaco
Tiliaceae
Apeiba burchellii
G
Pente de macaco
f. peluda
Tiliaceae
Apeiba albiflora
G
P
G
P
P
G
G
P
P
M
Envira mole
Lourinho
Saboeiro ferro
Mimosaceae
Abarema auriculata
P
P
PPP
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
1a2
1
Centenas
1
1
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
1
Muitas
1 a2
1
Poucas
Até 8
Muitas
Muitas
Muitas
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dispersão
Nº de
Tamanho Tamanho
Sementes/ Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviEspécie
Família
Nome Popular
Fruto
Semente
Vento Água
Fruto
coria
coria
tica dade
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
134
Muruci verdadeiro
Muruci do campo
Muruci vermelho
Muruci f. peluda
Jucá
Sardinheira
Sardinheira
Matacaladorana
Pau Jacarerana
Sardinheira
Sardinheirinha
Mari-mari da mata
Imbaúba vermelha
Imbaúba f. áspera/f. peluda
Imbaúba da capoeira
Imbaúba torém
Cedro vermelho
Cassia pingo de ouro
Pau de remo
Fura-fura
Palheteira
Freijozinho
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Malpighiaceae
Caesalpiniaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Flacourtiaceae
Caesalpiniaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Cecropiaceae
Meliaceae
Caesalpiniaceae
Rubiaceae
Moraceae
Fabaceae
Boraginaceae
Boraginaceae
Byrsonima crassifolia
Byrsonima crysophylla
Byrsonima densa
Byrsonima stipulaceae
Caesalpinia ferrea
Casearia arborea
Casearia decandra
Casearia javitensis
Casearia nigricans
Casearia pitumba
Casearia sylvestris
Cassia fastuosa
Cecropia distachya
Cecropia ficifolia
Cecropia palmata
Cecropia sciadophylla
Cedrela odorata
Chamaecrista multijuga
Chimarrhis turbinata
Clarisia ilicifolia
Clitoria racemosa
Cordia sericalyx
Cordia sp.
Freijó branco
Muruci da mata
Malpighiaceae
Byrsonima aerugo
P
P
G
M
P
P
M
M
M
M
M
G
P
M
P
P
P
P
M
P
P
P
P
P
P
Caucho macho/
Amapa doce
Moraceae
Brosimum parinarioides
ssp. parinarioides
Nome Popular
Família
Espécie
Tamanho
Fruto
P
P
M
P
PPP
P
P
PPP
PPP
PPP
PPP
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
Tamanho
Semente
1
1
5a6
Muitas
Poucas
Muitas
Muitas
Centenas
Centenas
Centenas
Centenas
Muitas
1
Poucas
1
1
1
1
Poucas
1
1
1
1
1
1a2
Nº de
Sementes/
Fruto
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviVento Água
coria
coria
tica dade
Dispersão
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Uxi-pucu/Uxi-liso
Fava tamboril
Fava de rosca/Fava orelha
Quaruba mirim
Quaruba branca
Goiabarana casca lisa
Apuí
Cupiúba
Envira preta/f. grande
Envira preta
Envira preta f. média
Seringa itaúba
Jatobá
Jutaí vermelho
Angelim aroeira
Mimosaceae
Mimosaceae
Vochysiaceae
Vochysiaceae
Myrtaceae
Moraceae
Celastraceae
Annonaceae
Annonaceae
Annonaceae
Euphorbiaceae
Caesalpiniaceae
Caesalpiniaceae
Fabaceae
Enterolobium schomburgkii
Erisma gracile
Erisma racemosa
Eugenia ochra
Ficus guianensis
Goupia glabra
Guatteria olivacea
Guatteria poeppigiana
Guatteria umbonata
Hevea guianensis
Hymenaea courbaril
Hymenaea parvifolia
Hymenolobium petraeum
Cumarú
Fabaceae
Dipteryx odorata
Humiriaceae
Sucupira f. peluda/f.
grande
Fabaceae
Diplotropis triloba
Enterolobium maximum
Caqui
Ebenaceae
Diospyros praetermissa
Endopleura uchi
Angelim vermelho
Mimosaceae
Dinizia excelsa
Uxi-coroa
Jacarandá do Pará
Fabaceae
Dalbergia spruceana
Humiriaceae
M
Pau de índio
Euphorbiaceae
Croton trombetensis
Duckesia verrucosa
M
Gaivotinha
Euphorbiaceae
Croton lanjouwensis
135
M
M
G
M
P
P
P
P
P
P
M
P
M
G
G
G
M
G
P
P
P
G
G
Macucu
Chrysobalanaceae
Couepia sp.
Castanha de galinha
Chrysobalanaceae
Couepia longipendula
P
G
G
G
P
P
P
P
PPP
P
P
P
P
P
P
P
M
P
P
P
P
P
P
G
G
1a2
1
1a4
3
Muitas
Muitas
Muitas
1
Muitas
1a2
1
1
Poucas
Poucas
Poucas
Poucas
1
1a2
Poucas
Poucas
Poucas
1a3
3
1
1
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dispersão
Nº de
Tamanho Tamanho
Sementes/ Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviEspécie
Família
Nome Popular
Fruto
Semente
Vento Água
Fruto
coria
coria
tica dade
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
Família
P
M
Ingá de macaco
Ingá roceiro
Erva de rato
Parapará
Pau de colher/Tucujá
Pau de colher
Pau jacaré
Leucena
Cariperana xiador
Farinha seca
Lanterneira
Mará-mará branco/
Muubinha
Catinga de cutia
Caxixá
Groselha do mato
Murta lisa f. grande
Goiabinha c. fina lisa
Pitombarana f. miúda
Itaúba abacate
Tinteiro f. marrom
Tinteiro f. miuda
Mará-mará f. peluda
Mimosaceae
Mimosaceae
Rubiaceae
Bignoniaceae
Apocyanceae
Apocyanceae
Flacourtiaceae
Mimosaceae
Chrysobalanaceae
Flacourtiaceae
Malpighiaceae
Melastomataceae
Annonaceae
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Sapindaceae
Lauraceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Inga laurina
Inga thibaudiana
Isertia hipoleuca
Jacaranda copaia
Lacmellea arborescens
Lacmellea floribunda
Laetia procera
Leucaena leucocephala
Licania longistyla
Lindackeria latifolia
136
Lophantera lactescens
Loreya spruceana
Malmea sp.
Maprounea guianensis
Margaritaria nobilis
Marlierea cf. subulata
Marlierea umbraticola
Matayba olygandra
Mezilaurus duckei
Miconia gratissima
Miconia minutiflora
Miconia nervosa
P
PP
P
P
P
P
P
P
P
P
M
P
M
P
P
P
G
P
M
M
M
Ingá cumatê
Mimosaceae
M
Ingá xixica
Mimosaceae
M
Tamanho
Fruto
Inga lateriflora
Angelim f. peluda
Nome Popular
Inga alba
Hymenolobium pulcherrimum Fabaceae
Espécie
PP
PPP
PP
P
PP
P
P
P
PP
P
PPP
PP
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
Tamanho
Semente
Muitas
Muitas
Muitas
1
1
1
1
1
Poucas
Poucas
Centenas
Poucas
Poucas
1
Poucas
Poucas
1
1
Muitas
Poucas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Poucas
Nº de
Sementes/
Fruto
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviVento Água
coria
coria
tica dade
Dispersão
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
137
Tinteiro vermelho
Tinteiro branco
Tinteiro f. marrom
Tinteiro f. marrom
Goiabinha casca lisa
Cumatê
João mole
Louro preto
Louro prata
Louro abacate
Louro abacate f. brilhosa
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Melastomataceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Nyctaginaceae
Lauraceae
Lauraceae
Lauraceae
Lauraceae
Miconia poeppigii
Miconia punctata
Miconia pyrifolia
Miconia serialis
Miconia sp.
Myrcia acuminata
Myrcia fallax
Neea floribunda
Ocotea caudata
Ocotea guianensis
Ocotea longifolia
Ocotea wachenheimii
P
Caxixá vermelho
Gema de ovo
Abiu rosadinho f. verde
Abiurana cutite
Breu grande leite amarelo
Breu grande
Breu f. grande
Breu vermelho
Euphorbiaceae
Fabaceae
Sapotaceae
Sapotaceae
Burseraceae
Burseraceae
Burseraceae
Burseraceae
Phyllanthus sp.
Poecilanthe effusa
Pouteria eglerii
Pouteria macrophylla
Protium amazonicum
Protium apiculatum
Protium giganteum
Protium hebetatum
G
M
P
P
P
G
P
P
P
M
Fava benguê
Pau roxo
Mimosaceae
Parkia nitida
Peltogyne venosa ssp. densiflora Caesalpiniaceae
G
Paricá grande
Mimosaceae
Parkia multijuga
PP
Caferana grande/Chiadeira
Rubiaceae
M
P
P
P
P
P
P
P
P
P
PP
P
PP
Palicourea guianensis
Envira conduru
Mará-mará f. grande
Tinteiro branco f. peluda
Melastomataceae
Miconia phanerostila
Onychopetalum amazonicum Annonaceae
Nome Popular
Família
Espécie
Tamanho
Fruto
M
P
P
P
M
P
P
P
P
M
M
PPP
P
P
P
P
P
P
P
PP
PP
PP
PPP
P
PPP
PPP
Tamanho
Semente
1
1a2
1a2
1a2
1
1
1
Poucas
1
Muitas
Poucas
Poucas
Poucas
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Muitas
1
Muitas
Muitas
Nº de
Sementes/
Fruto
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviVento Água
coria
coria
tica dade
Dispersão
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007
138
Cajuçara mirim
Pau-para-tudo
Solanaceae
Rutaceae
Solanum salviifolium
Spathelia excelsa
Mimosaceae
Barrotinho
Burseraceae
Tetragastris panamensis
Tanimbuca
Tanimbuca f. peluda
Combretaceae
Tatapiririca vermelha/da
mata
Anacardiaceae
Tapirira myriantha
Combretaceae
Tatapiririca
Anacardiaceae
Tapirira guianensis
Terminalia amazonica
P
Pitomba da mata
Sapindaceae
Talisia sp.
Terminalia sp.
P
Pitombarana f. miúda
Sapindaceae
Talisia guianensis
P
P
P
P
P
M
Tachi preto pecíolo inteiro
Caesalpiniaceae
Tachigalia alba
M
Ipê amarelo
P
M
Bignoniaceae
Fava pitiú/Tachirana
Fava camuzê
M
P
P
P
P
M
P
P
P
P
M
P
M
G
Tabebuia serratifolia
Stryphnodendron polystachyum Mimosaceae
Stryphnodendron obovatum
Fava camuzê f. grande
Cajuçara f .verde
Solanaceae
Solanum leucocarpa
Stryphnodendron barbadetiman Mimosaceae
Capitiú
Monimiaceae
Morototó
Araliaceae
Schefflera morototoni
Siparuna guianensis
Uxirana
Humiriaceae
Saccoglottis guianensis
Tachi do campo
Envira biribá
Annonaceae
Rollinia exsucca
Pingo de ouro
Envira mole f. grande
Annonaceae
Rollinia edulis
Caesalpiniaceae
Mandioqueira escamosa
Vochysiaceae
Qualea paraensis
Caesalpiniaceae
Mututi duro
Fabaceae
Pterocarpus rohrii
Sclerolobium paniculatum
Timborana
Mimosaceae
Pseudopiptadenia suaveolens
Senna multijuga
Nome Popular
Família
Espécie
Tamanho
Fruto
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
PP
PP
P
P
P
PP
P
P
P
PP
P
P
Tamanho
Semente
1a2
1
1
1
1
1
1
1a2
Muitas
1a5
Muitas
Muitas
1
Muitas
Muitas
1a2
Muitas
1
1
Poucas
Muitas
Muitas
Poucas
1
Muitas
Nº de
Sementes/
Fruto
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviVento Água
coria
coria
tica dade
Dispersão
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(continua)
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia
Nome Popular
Amaparana
Breu sucuruba f.áspera
Sucuruba
Paruru
Fava amarga
Lacre f. marrom/f. peluda
Lacre branco
Lacre goiabinha
Lacre
Lacre f. marrom/vermelho
Quaruba-cedro
Acapu
Casqueiro vermelho
Envira cana
Família
Anacardiaceae
Burseraceae
Burseraceae
Humiriaceae
Fabaceae
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Guttiferae
Vochysiaceae
Caesalpiniaceae
Annonaceae
Annonaceae
Espécie
Thyrsodium paraense
Trattinickia lawrencei var.
bolivianum
Trattinickia rhoifolia
Vantanea parviflora
Vatairea sericea
Vismia bemergui
Vismia cayennensis
Vismia cayennensis ssp.
sessilifolia
Vismia guianensis
Vismia latifolia
Vochysia vismiaefolia
Vouacapoua americana
139
Xylopia cayennensis
Xylopia nitida
P
P
G
P
P
P
P
P
P
P
M
P
P
P
Tamanho
Fruto
PP
PP
G
P
PPP
PPP
PPP
PPP
PPP
P
P
P
P
P
Tamanho
Semente
1a6
1a6
1
1a3
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
Muitas
1
1a2
1
1
1
Nº de
Sementes/
Fruto
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Sinzoo- Endozoo- Balís- GraviVento Água
coria
coria
tica dade
Dispersão
Apêndice 4. Caracterizaçao suscinta do fruto, semente e dispersor das espécies arbóreas da regeneração natural monitoradas nas áreas de restauração florestal da MRN,
Flona Saracá-Taqüera/Ibama, Porto Trombetas, Oriximiná, Pará.
(conclusão)
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 2, p. 85-139, mai-ago. 2007