- Seminário Concórdia

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- Seminário Concórdia
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Luterana
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Seminário
Conoórdia
aXElL%o-rmOA
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REVISTA
T~OL6GICA
da. Igreja. Eva.ngélica. Lu&-:bna do Brasil
Ano XXIX -
N9
1 e 2 -
1968
a:W_N
IGREJAREVlk~!~RAN) ~i~1
da Igreja
Autorizada
Redatores:
a circular
Evangélica Luterana
(trimestral)
Editôra:
Casa Publicadora Concórdia S.A.
Tiragem: 350
N'" 1 e 2
PôRTO ALEGRE 1968
EXPOSiÇÃO
'n'
por despacho do D. L P. - Froc. 9.651-40
Prof. Dr. H. Rottmann
Prof. Mário L. Rehfeldt
ANO XXVIII
do Brasil
E DECLARAÇÃO
(ONJUNT A
*
dos representantes da Igreja Luterana da América do Norte, da Igreja
Luterana Sinodo de Missouri e do Sínodo de Igrejas Evangélicas Luteranas
a suas respectivas
Corporações
Eclesiásticas,
trad. G. Thomé
A Igreja Luterana da América, a Igreja Luterana - Sínodo de
Missouri e o Sínodo de Igrejas Evangélicas Luteranas reconhecem que
o Espírito de Deus os guiou, em sua lealdade comum às Escrituras
e às Confissões Luteranas, no sentido de procurarem filiação mais
estreita entre si, dentro da unidade de fé e similaridade de vida cristã que prevalecem entre os pastôres e congregações de suas respectivas igrejas.
Recentes conferências dos representantes
das diversas igrejas
têm revelado acôrdo e confiança mútua no que se refere aos seguintes íntens: O que o compromisso à "Sola Gratia" das Confissões
Luteranas envolve; as Confissões Luteranas e "Sola Scriptura"; sôbre a doutrina da igreja nas Confissões Luteranas. Os artigos publicados sôbre êstes temas são produções conjuntas, elaboradas por
teólogos representativos
de cada igreja num plano de cooperação.
Êles foram examinados e reexaminados
pela comissão intersinodal
plenária em sessão conjunta, aprovados unânimemente por todos os
membros e consultantes presentes às reuniões, e submetidos às suas
respectivas igrejas para estudo e debate. A comissão intersinodal
oficial não tomou conhecimento de nenhuma objeção a êstes documentos.
É oportuno lembrar que as conferências que conduziram ao acôrdo indicado, não constituem uma inovação recente. Muitas d.as igre*
Nota da Redação: Os seguintes ensaios e estudos foram longamente estudados e discutidos pela Comissão Consultiva de Teologia, que então pediu
dois dos seus componentes (Prof. Dr. O. A. Goerl e Prof. Martim C. Warth)
a apresentá-Ios nas Conferências Pastorais da IELB com as ressalvas que
a Comissão Consultiva de Teologia precisava fazer em alguns lugares.
Visto que era impossivel apresentar o texto inteiro nas Conferências, êste
segue aqui.
SEMINARIO
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CONCOR01A
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-~"~--_._--------------~---
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2
Exposição e Declaração Conjunta
jas ora incluídas nas igrejas participantes estavam, em certa época,
em perfeita comunhão umas com as outras. É verdade que alguns
dêstes laços foram posteriormente rompidos. No entanto, houve repetidas e sinceras tentativas de reaproximação e reconciliação.
Nos
primórdios do século vinte, muitos esfôrços foram feitos no sentid"]
de restabelecer as comunhões rompidas. Nas décadas de 30, 40 e
50, sérias e prolongadas conferências de cunho oficial, entre as antigas Igreja Luterana da América e a Igreja Luterana - Sínodo de
Missuri, redundaram numa série de documentos e resoluções, culminando com a Confissão Comum, um documento que foi também subscrito pelo Sínodo de Igrejas Evangélicas Luteranas. Durante a última parte dêste período, a antiga Igreja Luterana da América juntamente com a Igreja Evangélica Luterana, a Igreja Evangélica Luterana Unida e a Igreja Luterana Independente levaram a efeito reuniões que resultaram na formulação do Testemunho Conjunto sôbre F&
e Vida. Êste documento formou a base para a união destas corporações e para a criação da Igreja Luterana da América. Na sua
convenção de 1959, a Igreja Luterana - Sínodo de Missuri convidou
a novel entidade eclesiástica, que se organizaria em 1960, a dela par·
ticipar como consultantes, visando ao estabelecimento de comunhão
de púlpito e altar.
(A Igreja Luterana Augustana também tomou parte na elaboraçao do Testemunho Comum de Fé e Vida, não se tornando, porém,
um membro constituinte da Igreja Luterana da América.)
As mais recentes conferências constituem, portanto, a continuação de uma longa série de esforços intensos no sentido de sentiremse verdadeiramente
unidos num compromisso comum e na confissão
do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. E elas levaram a comis·
são intersinodal a decidir que o tempo havia chegado para as igrejas participantes atenderem à ação baseados numa declaração de
comunhão de púlpito e altar entre elas.
O tema do primeiro ensaio publicado é a graça de Deus. Sem
contestar a realidade da ira divina e do juizo na Escritura e na his·
tória da humanidade, os membros da comissão foram unânimes em
afirmar que o triúno Deus, em tôda atividade e atitude referente ao
homem, é o Deus de tôda graça. Sua graça é profusamente revelad,')
na criação, redenção e santificação do homem. Como membros de;
sua igreja, "um povo criado e g'overnado pela palavra da graça,
que põe tôda sua confiança na graça de Deus, confiantemente, aguarda o nôvo mundo, o qual a graça de Deus há de criar", nós
nos sentimos na obrigação de rejeitar tudo que se opõe a esta grm;::i
de Deus, quer na doutrina, quer na vida.
Outro consenso foi expresso na afirmação de que as Escrituras
são a palavra de Deus ao homem, com o fito de revelar suo
graça em seu Filho, Jesus Cristo. As Escrituras, como palavra
de Deus, são a única autoridade na igreja, tanto como fonte da men,
sagem da igreja, quanto como norma de seu conteúdo. As Escrituras, como palavra de Deus, proporcionam à igreja os meios adequa-
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Exposição e Declaração Conjunta
dos, seguros e eficientes para o seu trabalho entre os filiados e paro
a sua missão no mundo inteiro. As Escrituras, como palavra de Deus
devem ser interpretadas
em conformidade com o objetivo de Deu'j
expresso nas Escrituras, isto é, numa cuidadosa separação de lei e
evangelho, com um claro reconhecimento da primazia do evangelho,
a fim de capacitar os homens a proclamarem a palavra de Deus que
salva os pecadores, edifica os crentes e os move e habilita a amarem a Deus e a seu próximo.
Aléra disso, manifestou-se acôrdo na interpretação da doutrinn
bíblica da igreja, conforme testemunhada
nas Confissões Luteranas.
Foi estabelecido que todos os ensinamentos na igreja devem ser examinados à luz das Confissões, a fim de verificar se estão em conformidade com a doutrina pura do evangelho. Qualquer doutrina que
está em desacôrdo com o evangelho, embaraça a verdadeira unidade
da igreja. Do mesmo modo, as práticas da igreja que militam contro
o evangelho, prejudicam a verdadeira unidade da igreja.
As igrejas, reconhecendo
a unidade da fé, estabelecida
pelo
Espírito Santo, e se esforçando por preservar essa unidade na vielo
da igreja, devem, no exame ele doutrina e na determinação de práticas eclesiásticas, submeter-se ao poder renovador do Espírito Santo.
o qual prometeu guiar a igreja em tôda a verdade.
Os membros da comissão são unânimes em afirmar que, onde
corporações luteranas têm sido admitidas e manifestaram acôrdo ne,'
pregeção do evangelho "em conformidade com ume interpreteção pure do mesmo" e na administração dos sacramentos "em consonâncio
com a palavra divina" (C. de A ~VII), eles não apenas podem, mes
deveriam entrer em comunhão de púlpito e altar.
De acôrdo com as Escritures, o povo de Deus deve confessar q
seu Senhor comum com um só pensamento e e ume voz e viver
junto em união e assistêncie mÚtue. Onde pessoes discordam no tocante à cloutrine do evangelho, elas não podem estabelecer ceusa
comum no seu testemunher do evangelho. Inversamente, onde cristãos
compertilhem de um sincero acôrdo ne sua interpretação e proclamação do evengelho, constitui separetismo pecaminoso pera êles erigirem ou menterem berreires à comunhão.
Quando igrejes estebelecem comunhão de púlpito e altar, elas
reconhecem sue unicidade de fé e seu acôrdo na doutrina do even~
gelho. Corporações eclesiástices que desenvolveram suas tradições
separadas, sempre vão menifestar certas diversidades.
Diversidades,
tal como a participação ou não em certas atividades e empreendimelltos intereclesiásticos, pode existir sem romper e comunhão entre nosses igrejes, desde que tal participação ou não participeção não venha constituir-se em negação ou contradição do evangelho~
Visto crermos que o Espírito Santo nos levou a reconhecer êste
consenso no evengelho, nós, confiantemente, esperamos novas bênçãos e fcvores para nossas igrejes, ao menifesterem eles a sue comunhão mesmo em vista de quaisquer novos assuntos proveniente::;
des fôrças do mal que êste progresso ne comunhão possa suscitar.
-.---
4
Exposição e Declaração Conjunta
Na base de seu compromisso comum para com o evangelho, as igrejas em comunhão pretendem ajudar-se mutuamente com o fito de
desenvolverem, de forma consistente, práticas evangélicas com vistas
a associações não cristãs ou anticristãs.
Sob a orientação de nosso Senhor e a iluminação do seu Es·
pírito, nossas igrejas estão comprometidas com o santo evangelho.
Se elas permitirem ao poder do evangelho que firme sua fé, adaph;
o conteúdo e forma da sua confissão, mantenha e renove a pureza
de sua vida e prática, e dirija e determine a propriedade de seu testemunho em palavras e atos, então não haverá problema ou atrito.
nem diferença ou divergência que não possam ser superados em
comum lealdade e amor.
Suplicamos que o Senhor Jesus Cristo queira de tal modo guiar
nossas igrejas, que elas sempre estejam de acôrdo em fé e vida, e
que a declaração de comunhão de púlpito e altar venha fortalece,
nosso compromisso comum de proclamar o evangelho de Deus e d?
viver no mundo como membros do corpo de Cristo.
ENSAIOS
Adotados pelos integrantes da Comissão da
Igreja Luterana da América e da Igreja Luterana - Sínodo Missuri
22 e 23 de novembro de 1964; 19 e 20 de abril de 1965
PREFÁCIO AOS DOCUMENTOS SôBRE ESTUDOS DE "SOLA GRATIA"
E "SOLA SCRIPTURA"
Em conformidade com resoluções aprovadas pela Igreja Luterana - Sínodo Missuri (1959) e pela Igreja Luterana da América
(1960 e 1962), conversações visando à comunhão de púlpito e alta"
entre estas duas igrejas tiveram início em novembro de 1964. O
Sínodo das Igrejas Evangélicas Luteranas participou destas convenções em abril de 1965.
Os representantes
destas igrejas concordaram em que o consenso necessário na doutrina e prática deveria ser formulada numa
série de estudos sôbre temas centrais da teologia luterana. A meta
dêstes documentos é a de explicar o conteúdo das próprias Confissões Luteranas; de forma alguma devem ser tomadas como confissões
novas ou suplementares.
Os dois primeiros destes documentos são aqui apresentados
a
membros destas igrejas para estudo e discussão com a sugestão de
que sejam organizadas conferências conjuntas no plano regional pa'
ra esta finalidade. A execução desta sugestão fica a cargo dos Presidentes e Presidentes Distritais das respectivas igrejas.
O primeiro estudo se propõe delinear, num esbôço geraL a sig"
nificação da graça de Deus para a vida da igreja e encarecer, numo
série de antíteses, a importância desta fundamental doutrina luterana
para a vida e o trabalho da igreja em nossos dias.
-----
-- ----
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EXPOSIÇ'2.C:
o segundo es".:':::= ' __'
Luteranas, apresen!:::; '_'.=-,:::
tocante à finalidade,::::::=,.
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saio demonstra que::: ==.
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da natureza, missão e
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de Deus manifestada e:-:-,
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segundo a sua compree::-,s:':: :.:::
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A graça e a verdade ":e:::: '::'
Enviou Deus aos ness =:
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deve ser ensinado unica::::.,,:','~ ::::
Mandamentos em si mes::,::: :-.
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todos seus dons e poder, c :::- - e
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(cf. A ConfíssÔ:-:::'e .=,':'
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ça do Criador é lembrada :=:: .,-=~
do antigo povo de Deus. De·,:.=::
ininterrupta - "A terra eS:=:::::-.8
SI 104.15-17). As coisas q-=,: =,,_
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do homer--. ?.:.-:
testemunho do Nôvo Tes:==.e:··: =,
:2.) Conjunta
Exposição e Declaração
~:::::'Gcom o evangelho, as igre:.::-~s mutuamente com o fito de
-~ :=::xticas evangélicas com vistas
_~:'.:'_:::~e a iluminação do seu Es·
-u=::das com o santo evangelho.
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adaptG
-, =: cnantenha e renove a purezCi
~ =:~_:ne a propriedade de seu teshaverá problema ou atrito.
-.=-G possam
ser superados em
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em fé e vida, e
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de Deus e de
:::-::::0 de Cristo.
-~:::-:l de acórdo
==
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_:=~ da Comissão da
Luterana - Sínodo Missurí
l? e 20 de abril de 1965
conjunta:
Sola Gratia
5
o segundo estudo, tratando das Escrituras à luz das Confissões
Luteranas, apresenta um sumário do ponto de vista confessional n:J
tocante à finalidade, conteúdo e interpretação das Escrituras_ O ecsaio demonstra que o compromisso confessional para com as Escr.;_turas é feito da perpectiva do Evangelho.
Um terceiro estudo: As Confissões Luteranas e a Igreja, tratando
da natureza, missão e função da igreja, está em preparação e estará disponível em 1966.
o QUE
O COMPROMISSO Ã «SOLA GRATIA.» DAS CONFISSÕES
LUTERANAS COMPREENDE
A Reforma Luterana foi uma redes coberta do sentido da graça
de Deus manifestada em Iesus Cristo e proclamada pelos apóstolos
no poder do Espírito Santo.
É conveniente, pois, que igrejas luteranas, que são movidas pe·
10 Espírito a compartilhar
a dádiva divina da comunhão eclesiástica,
expressem sua reação comum a esta dádiva testemunhando
juntos
segundo a sua compreensão da graça de Deus.
I.
O Deus
de
Tôda
Graça
: _ :'ê-:::
::;STUDOS DE "SOLA
GRATIA"
: ~.=::_:::TURA"
. __ aprovadas pela Igreja LuteCC.:
IgTeja Luterana da América
- ::::omunhão de púlpito e alta"
u'u::::: em novembro de 1964. O
~: ::--:0:S participou
destas conver'c-~ :, :::oncordaram em que o con-::::::::: deveria ser formulada numa
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A meta
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igreja e encarecer, numo
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:_:::3S0S dlas.
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:-.
CC=-_
-":':-i
Com amor eterno eu te amei (J r 31. 3)
A graça e a verdade vieram por meio de Iesus Cristo (Io 1.17).
Enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que
clama: Aba, Pai (Gl 4.6).
Nenhuma sabedoria humana pode compreender o Evangelho; êle
deve ser ensinado unicamente pelo Espírito Santo. Por isso os Dez
Mandamentos em si mesmos não nos tomam cristãos, visto que a
ira e o desagrado de Deus ainda permanecem em nós, já que não
podemos cumprir com suas exigências. Mas o Credo (Evangelho)
traz
a Deus. Através dêste
graça pura e nos toma retos e agradáveis
conhecimento chegamos ao amor e prazer em todos os mandamentos de Deus, porque vemos que Deus se dá inteiramente
a nós, COill
todos seus dons e poder, a fim de ajudar-nos a guardar os Dez Mandamentos:
O Pai dá-nos tóda a criação, Cristo tódas suas obras, o
Espírito Santo todos os seus dons.
(O Catecismo Maior, O Credo, 67-69, Tappert, pg. 420);
(cf. A Confissão de Augsburgo, XX, 24, Tappert, pg. 44L
Deus o Criador é o Pai de nosso Senhor Iesus Cristo. Homens
movidos pelo Espírito Santo falam de Deus o Criador em adoração
como "o Criador, o qual é bendito eternamente" (Rm 1.25). A graça do Criador é lembrada no louvor (SI 89) e nas súplicas (SI 74)
do antigo povo de Deus. Deus é louvado pela graça de sua criação
ininterrupta - "A terra está cheia da bondade do Senhor" (SI 33.5-9;
SI 104.15-17). As coisas que Deus tem feito, solicitam o louvor e
agradecimento
do homem (Rm 1.20-21; cf. At 14.15-17; 17.25). O
testemunho do Nóvo Testamento quanto a graça de Deus coroa estG
6
Exposição e Declaração
conjunta:
edoraçao do Criador, atribuindo a Jesus Cristo (a graça de Deus
em pessoa) uma participação da criação (To 1 1-3; Cl 1.15-17; 1
Co 8.6; Hb 1.2,3). Tanto o Antigo como o Nôvo Testamento testificam da criação como de um ato de graça, colocando a criação em
relação direta com a atividade salvadora de Deus (Gn 1 e 12; ls
425;
43.1;
4424-28;
54.5;
Ap 4
e 5; 2 Co 46)
A graça do Criador é manifestada na criação e proteção do
homem. Cada pormenor do relato da criação do homem testiíica do
inigualável amor criador de Deus pela criatura, a quem fêz segun
do a sua própria imagem e semelhança e coroou com glória e honra (Gn 126; 23; 27-25;
d. SI 8). A espontânea vontade do Criador é que o homem viva de Sua graça, em comunhão pessoal e recepti va com seu Criador.
O pecado fundamental do homem é que êle se recusa a viver
em dependência desta graça criadora de seu Deus; a queda do homem constitui em que êle queria ser "igual a Deus", indepelldente
da graça de Deus (Gn 3). Dêsse modo o homem cortou sua vicb
em sua origem; ao recusar a graça, êle perdeu a vida e atraiu Sóbre si a ira de Deus. O homem está num beco sem saída, sob o doEf 21-5;
Cl 213).
Paru
mínio da morte (Gn 319; Rm 512,17,21;
a humanidade, unida em revolta contra a graça do Criador, não há
retôrno ao verdadeiro lar do homem, o jardim da graça do Criador.
O homem caído ignora a contínua manifestação do próprio Deus n03
coisas que êle tem feito, volta-se para a idolotria e é retido firmemente sob a ira de Deus (Rm 1.18-32). O aparecimento da Lei sàmente agrava a situação crioda pela desobediência
de um homem
(Rm 518-20;
d.
Exposição
Sola Gratia
7 5,7-24).
Sàmente a graça de Deus, o amor inexplicável e indestrutível
de Deus pela sua desobediente criaturo, pode fazer voltar o homem
a seu fiel Criador. O domínio do pecado na morte sàmente se rende ante a graça de Deus, a quol reina "pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor" (Rm 5 21), "o qual foi entregue por causo das nossas transgreções, e ressuscitou por causa
da nossa justificaçeo" (Rm 4 25). Aqui a graça se manifesta em S8'_,
pleno e essencial sentido como o não desejado e imerecido favor d·3
Deus, amor revelado aos sem amor.
O Nôvo Testamento coloca a marca da excelência da "graço"
em cada fase, etapa e aspecto da obra do Reconciliador. É graçer
em tôda a linha, desde a eleição de Deus ontes da criação do mundo (Ef 1.4-6), desde a promessa pela qual o homem viveu até a plenitude do tempo quando Deus enviou seu Filho Redentor (Rm 4. lf.;
I . 10), até a última, completa satisfação no mundo vindouro (1 Pe
5 10; 2 Ts 2. 16,17). Quando se proclamo o grande ato reconciliador
de Deus, sua graça é proclamada:
Cristo provou a morte por todo
homem "pela graça de Deus" (Hb 2 9); é graça que féz descer
Cristo à pobreza do homem, para que o homem se tornasse rico (2
Co 8 9). A justificação é pela graça (Rm 3.24; Tt 3.7); a salvação
é pela graça, unicamente pela graça, sem qualquer colaboração por
ê _ ';:
parte do homem (A,
o reinado da morte s :cõ:=-=
d Rm 6,23).
O ato recc'c_
'0
graça (Rm 5.15), o n-c=.cõc:=-==-=
Espírito, que precede d-= :=seu intermédio o en-c-==-::':c =-"
derramado nos core:;:::s" :::::
graça" traz o Filho de e..:.:: :=
herdeiros de seu sar:ç-_.cõ_._
vida da igreja é nut:-::':. " ==
mados "dons da gra-:;:e
=-
12.6;
1 Co 12.1,4).
P·.:=;-====
"
tôdas, por meio de Jes:o >,'do Espírito da verdade
Pedro pode resum:r =,0
meira Epístola nas pala','=-=':
Pe 5. 12) . O dom de De_.::
herança incorruptível (l :-:
Cristo (1.18-21), da criaç~=
sa luz de Deus (2.9,10), c.= ::-..:.r::
Servo, do retôrno das ovell-_::" '::-;.
almas (2 24,25), "da graç= ::':c n,=-:
ção de Deus (3.9), sendo c:::.'-,::,= -=:
da esperança infalível de :-=
==_-=,. :
presença e poder do Espir>-= "e =dadeira graça de Deus".
O têrmo "graça" não s _,,:-=-=
tamento; mas o fato está esc-c
pIo, a palavra não aparece =-_=:::--=
rém o mesmo imerecido te:: -= -~:quando ll/Iateus retrata o c:==_s c- ,
como a aurora de uma nove c'_c.=bra da morte; quando Jes'..:" :::-__
de espírito e aos homens q..:s '.~=
êle se torna o amigo dos r::cõ
-=-=::-=,
realiza seus feitos poderosos,,: =_ e
a si mesmo; quando éle c:r.·': =-.
quando éle descreve seu disc_:: _.-=
divida esmagadora;
quando s 1-'- .:
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tos; quando éle dá a si rr, s "r,-_
Doze; quando êle, o único F:l: _ =
ta voz: "Por que me desamr::=====
os discípulos que o haviam :::s::--:
abandonado ao ser prêso "lLõ·.=
são apostólica com a promes.::::
dias até à consumação do sé='_l=
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_::-,junta:
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==~::;ção(Jo 1.1-3; Cl 1.15-17;
1
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=-" ;:raça, colocando a criação em
-_-.':::::iorade Deus (Gn 1 e 12; 1s
"
),
2 Co
4.6)
"õ::::::dana criação e proteção do
:.::::criação do homem testifica do
.=~;J: criatura, a quem fêz segun__'.:::::-.ça
e coroou com glória e honA espontânea vontade do Cria=:::::;a,em comunhão pessoal e re: .__~::n é que êle se recusa a viver
=-===de seu Deus; a queda do ho·
õ,,= "igual a Deus", independente
c- ::-.~8doo homem cortou sua vid:::t
êle perdeu a vida e atraiu só·
:::::::-,um beco sem saída, sob o do;~ ;7,21;
Ef 2 1-5; Cl 2.13). Parei
: ==_.::aa graça do Criador, não hcí
~==-. o jardim da graça
do Criador.
:::'.-::::nifestaçãodo próprio Deus ne!;3
::::::::a a idolatria e é retido firme·
. :-~2). O aparecimento da Lei sà: ".::: desobediência de um homem
: ::::-norinexplicável e indestrutível
::-.:.:a, pode fazer voltar o homerIl
-=~::::adona morte sàmente se ren.~:--_-::::
"pela justiça para a vida eler>=__::-~or"
(Rm 521), "o qual foi en::;~eções, e ressuscitou por causa
.=.:::::-;j a graça
se manifesta em se'~!
__
.:::: desejado e imerecido favor d·"
:::.::::::cada excelência da "graça"
::=- ::::bra do Reconciliador. É graça
=-" :Jeus antes da criação do mun~,,_=~qual o homem viveu até a ple--::::-..:.
seu Filho Redentor (Rm 4.16;
.õ:::c:;::5:o
no mundo vindouro (1 Pc
. -=:::::::mao grande ato reconciliador
'=::ristoprovou a morte por todo
9); é graça que fêz descer
- ::::-.:.~
o homem se tornasse rico (2
Rm 3 24; Tt 3.7); a salvação
sem qualquer colaboração por
:-'::::
'2
Exposição e Declaração
Sola Gratia
conjunta:
Sola Gratia
7
O homem sob
parte do homem (At 15.11; Ef 25; Tm 29; Tt 211).
o reinado da morte é feito herdeiro "da graça de vida" (1 Pe 3.7;
d Rm 6.23).
O ato reconciliador de Deus em Cristo é a dádiva da
graça (Rm 5.15), o majestoso reino da graça (Rm 5.21). A obra d:::l
Espírito, que precede do Pai e do Filho, é uma obra de graça; por
seu intermédio o amor de Deus, manifestado na cruz de Cristo, {;
derramado nos corações dos homens (Rm 5 5-11). O "Espírito do
graça" traz o Filho de Deus às vidas dos homens e torna os homens
herdeiros de seu sangue da aliança (Hb 10.29). Pelos seus dons a
vida da igreja é nutrida e conservada;
êstes dons podem ser chamados "dons da graça" ou "dons do Espírito" permutàvelmente
(Rm
12 6; 1 Co 12. 1,4). A graça e a verdade que vieram, uma vez por
tôdas, por meio de Jesus Cristo, vivem e operam na graciosa obra
15.26;
16.12-15).
do Espírito da verdade 00 1426;
Pedro pode resumir as riquezas tôdas proclamadas em sua Primeira Epístola nas palavras:
"Esta é a genuína graça de Deus" (l
O dom de Deus da regeneração, da viva esperança, d:.r
Pe 5.12).
do resgate pelo precioso sangue de
herança incorruptí 'leI (1.3-5),
Cristo (1.18-21),
da criação do nôvo Israel que vive na maravilhosa lu.z de Deus (2.9,10), da cura do povo de Deus pelas chagas do
Servo, do retôrno das ovelhas desgarradas ao Pastor e bispo de suas
almas (224,25), "da graça de vida" (37), do chamado para a bênção de Deus (3.9), sendo conduzido a Deus pela morte do Justo (3. 18),
da esperança infalível de participar da glória de Cristo (4.13), dei:
presença e poder do Espírito de Deus (4. 14) - tudo isto é a "ver·
dadeira graça de Deus".
O têrmo "graça" não é usado em tôdas as partes do Nóvo Testamento; mas o fato está presente em tôdas as partes. Por exem·
plo, a palavra não aparece no Evangelho Segundo São Mateus; porém o mesmo imerecido favor reconciliador está sendo proclamad:::l
quando Mateus retrata o comêço do ministério de Jesus na Galiléicr
como a aurora de uma nova criação para os homens no vale e sombra da morte; quando Jesus anuncia a bem-aventurança
aos pobres
de espírito e aos homens que têm fome e sêde de justiça, quando
êle se torna o amigo dos pecadores e come com êles; quando êle
realiza seus feitos poderosos sômente para ajudar os outros, nunca
a si mesmo; quando êle convida os cansados e sobrecarregados,
quando êle descreve seu discípulo como um devedor liberto de umei:
dívida esmagadora;
quando êle descreve sua missão como um ministério que culmina na entrega de sua vida como resgate para muitos; quando êle dá a si mesmo corporalmente no pão e vinho aos
Doze; quando êle, o único Filho obediente de Deus, clamou em alta voz: "Por que me desamparaste?";
quando o Ressuscitado chama
os discípulos que o haviam desapontado no Getsêmani e o haviam
abandonado ao ser prêso "Meus irmãos" e os incumbe de sua mis·
são apostólica com a promessa:
"Eis que estou convosco todos 0'3
dias até à consumação do século". E o que permanece além da consumação do século é a graça, graça que galardoa:
O Filho do Ho-
---~
-_.--
~--
8
Exposição
e Declaração
conjunta:
Sola Gratia
Exposição
mem reúne seus eleitos e no dia do juízo dá as boas vindas à sua
propriedade com as palavras:
"Vinde, benditos de meu Pai! entrai
na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo."
lI,
A Palavra da Graça
Ouvi, e a vossa alma viverá .. Minha palavra ... não voltará
para mim vazia (Is 55 3-11) .
Êste é o meu Filho amado, em quem me comprazo, a êle OUVl
(Mt 17.5).
O nosso Evang-elho não chegou até vós tão sàmente em palavTCl,
mas sobretudo em poder, no Espírito Santo (1 Ts 1.5).
Devemos agora retornar ao evangelho, o qual oferece conselho
e ajuda contra o pecado de múltiplas maneiras, pois Deus é extremamente rico em sua graça:
Primeiro através da palavra falada,
pela qual o perdão dos pecados (função peculiar do evangelho) é
pregada ao mundo inteiro; segundo, pelo Batismo; terceiro, pelo
Santo Sacramento do Altar; quarto, pelo Ofício das Chaves; e finalmente, pela convivência e consolação dos irmãos entre si. Mt
18.20: "Onde estiverem dois ou três reunidos, etc".
(Artigos de Esmalcalde, III iv, Tappert, pág. 310).
Compromisso à Sola Gratia de nossas conÍissões significa que
ouçamos a palavra da graça na promessa dos profetas e na proclamação dos apóstolos como o maravilhoso Não-obstante fortemente
em oposição à Lei. Significa aceitar a palavra da graça como luz
que resplandece das trevas (2 Co 4. 6) .
O reconciliador da g-raça de Deus vive e opera na palavra inspirada das testemunhas escolhidas dêsse ato, os apóstolos (2 Co
5.18,19; 1 Co 2.12,13). Os apóstolos proclamam o ato reconciliado r
de Deus como acontecendo "segundo as Escrituras" (l Co 15.3,4),
como um ato do qual a Lei e os Profetas continuam testemunhando
(Rm 3.21); o evangelho apostólico é "o evangelho de Deus outrora
prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras" (Rm 1.1,2).
O apóstolo é uma criação da graça de Deus (1 Co 15.9,10; Gl
1.13-15; Ef 3.2-10; 1 Tm 1.12-16); e habilitado pelo Espírito prometido, êle se torna o vaso escolhido da graça de Deus (Jo 20,22,23;
At 9.15). A palavra apostólica é, por conseguinte, a palavra de Deus
(l Ts 2.13). Como tal, ela é a palavra da graça (At 14.3; 20.32),
o evangelho da graça (At 20,24). Quando é aceita, ela concede a
absolvição com autoridade divina; quando é rejeitada, ela retém
os pecados com a mesma autoridade divina (Mt 16.19; Jo 20.22,23;
2 Co 2.15,16). Porque recusar a g'raça de Deus é invocar a morte.
O ato divino da graça vive e opera na palavra concreta, pessoal e ordenada dos sacramentos.
Aqui a eficaz palavra de Deus
aparece, em singular clareza, como a palavra de sua' graça. Aqui
Deus está operando independentemente
de qualquer mérito por par-
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---~
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----
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te do homem; a graça':~
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pessoa que o administra
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Deus trata com o home=-. ~ c
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III
Eu serei o vosso De·c..."
Eu edificarei a minJ--.
Em um só Espírito,
(l Co 12. 13) .
É igualmente ensina':.: ê-.--=
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Compromisso à Sola G- -:._
vivamos, trabalhemos e de.:::r
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Deus e confiantemente aguar:.-=
há de criar.
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quando Barnabé viu a
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contínua da igreja depends .::
13.43; cf. I Pe 5.12), Pc ::-::._
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Sola Gratia
Exposição e Declaração
~_zo dá as boas vindas à sua
.::= Denditos de meu Pai! entra~
::::: ::::0 desde a fundação do mun-
:.:: Graça
::inha
palavra.
não voltará
:l~em me comprazo, a êle ouvi
conjunta:
Sola Gratia
9
te do homem; a graça do sacramento não depende da qualidade dCl:
pessoa que o administra e não está condicionado por qualquer merecimento à pessoa que o recebe. No Batismo' o homem não age;
Deus trata com o homem - êle salva CI:nós mediante o lavar regenerador (Tt 3.5-8). É pela oção graciosa de Deus que somos sepultados com Cristo e com Cristo ressuscitamos no Batismo (Rm 6.4,5).
Na Ceia do Senhor, o Senhor Jesus Cristo é aquêle que dá, e êle
dá nada menos que o si mesmo, seu corpo dado por nós, seu sangue derromado por nós. Os sacramentos são evangelho puro, graça pura.
:-3 vós tão somente em palavra,
III.
O Povo
da Graça
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:: palavra de sua· graça. Aqui
. ==_:"de qualquer mérito por par:-::::::;:0
Eu serei o vosso Deus, e vós serei so meu povo (Lv 26.12) .
Eu edifícarei a minha igreja (Mt 16.18).
Em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo
(l
Co 12. 13) .
É igualmente
ensinado entre nós que uma santa igreja cristã
será e permanecerá para sempre. Esta é a reunião de todos os crentes entre os quais o evangelho é pregado em sua pureza e os santos sacramentos administrados
em conformidade com o evangelho.
Pois é suficiente para o verdadeira unidade da igreja cristã que o
evangelho seja preparado em conformidade com um claro entendimento do mesmo e os sacramentos sejam administrCl:dos com a paImiTa divina .
(Confissão de Augsburgo, VII, 1-2, Toppert, pág. 32).
Compromisso à Sola Gratía de nossas confissões significa que
vivamos, trabalhemos e demos testemunho por tóda a parte no mundo como o povo da graça, um povo criado e governado pela palavra da graça, que deposita sua confiança inteiramente na graçCl: de
Deus e confiantemente aguarda o nóvo mundo que a graça de Deus
há de criar.
Êste povo do graça é a comunhão dos crentes; "graça" e "fé"
se relacionam entre si. O Deus da graça é o Deus que dá gratuitamente; o crente é o homem que gratuitamente
recebe. Somente
a fé, produzida no homem por obra do Espírito Santo, pode contemplar o Deus de tóda graça e nêle confiar; pois somente a fé pode
suportor o intolerável veredicto da Lei e assim ouvir o evangelho como aquilo que é, a palavra de Deus da graça pura e do dar completo e absoluto.
A palavra do graça é um chamado, um convite e umo convocação; ela congregCl: o povo de Deus (GIl. 6; 2 Tm 2.9). A própria existêncio do igrejo pode ser chamada "a graça de Deus";
quando Barnabé viu o igreja reunida pela palavra em Antioquia,
êle viu a graça de Deus (At 11.20,23). Estar na igreja é ter tido acesso à graça de Deus e permanecer nela (Rm 5.2). A existência
contínua do igreja depende da continuidade na graça de Deus (At
13.43; cf. 1 Pe 5.12).
Por isso as cartas apostólicos às igrejas co-
10
Exposição e Declaração
conjunta:
Sola Gratia
meçam e terminam regularmente com a invocação da graça sôbre
o povo de Deus; pela graça de Deus a igreja pode fruir a paz de
Deus.
Do mesmo modo que o apóstolo, a igreja apostólica é o que
é pela graça de Deus (l Co 15. 10). A igrej a está "debaixo da graça" como sob um poder que a governa beneficamente (Rm 614,15).
A graça de Deus que apareceu para a salvação de todos os homens,
é uma graça que "educa" os homens (Tt 211,12),
colocando suas
vidas sob o jugo de Cristo (Mt 11.30), o qual a si mesmo se de1j
pelos homens, a fim de purificar para si mesmo um povo excluslvamen te seu, zeloso de boas obras (Tt 2. 14) .
A "graça" está gravada na vida e obra tôda da igreja. A
igreja recomenda seus missionários à graça de Deus (At 14.26; 15.
40). Tomar parte na missão apostólica e seus sofrimentos é ser participante da graça com o apóstolo (Fp 1 7). Os ministérios da igreja representam a graça de Deus em ação (Ef 4.7; 1 Co 4.7; 1 Co
12; 1 Pe 4. 10). A Palavra que vai de irmão a irmão deve ser um
veículo da graça (Ef 4 29). A oração da igreja é um aproximar-se
Os cânticos da igreja são cantados
do trono da graça (Hb 4.16).
"na graça" (Cl 3.16). A igreja encontra na graça constância e firmeza contra os falsos ensinamentos (Hb 13 9; cf. At 20.29-32).
Mesmo coisa tão corriqueira como a coleta para os pobres pode ser chanela a graça de
mada de "graça" (1 Co 16 3; 2 Co 8.1,4,7,19);
Deus assume forma concreta.
O reino da graça é uma monarquia absoluta. A igreja põe en
risco a sua própria existência caso comprometer, de qualquer forma,
a graça de Deus. Modificar a graça fazendo-a depender da observância da Lei, é o mesmo que invalidá-la e perdê-Ia (Gl 2.21; 5 4:
cf. Gil. 9). E a igreja que faz mau uso da liberdade que a graça
confere, a fim de firmar um compromisso com o mundo, em vão recebeu a graça de Deus (2 Co 6.1; cf. 6.14; 7.2). O reino da graça
é intolerante tanto em relação ao legalismo quanto à licenciosidads.
Debaixo do reino da graça, a igreja tem tal fôrça, que não necessita de compromissos. O povo da graça tem o inabalável vigor
da esperança. O Deus que os amou lhes deu "eterna consolação e
boa esperança pela graça" (2 Ts 2. 16). O Deus de tôda graça, que
em Cristo nos chamou à sua eterna glória, êle mesmo nos há de
aperfeiçoar, firmar e fortificar (1 Pe 5. 10).
O povo da graça espera e busca com afã o dia quando o Dells
de tôda a graça irá declarar:
"Eis o tabernáculo de Deus com 03
homens. Deus habitará com êles, e êles serão povo de Deus. f:le
lhes enxugará dos olhos tôda lágrima, e a morte já não existirá, já
não haverá luto, nem pranto, nem dor" (Ap 3. 4 ). Então êle coroará sua obra da criação e reconciliação com as palavras graciosas:
"Eis que faço novas tôdas as cousas" (Ap 21.5).
--
------ ---
Exposição e Decl=-~c
Compromisso para COE: ::: ~.::
pEcam na refutação sistemat::::=::.
graça de Deus.
r.
O Deus
1. A graça de Deus c
" _
igreja se desenvolve suspeit.::s=:
ferente às criaturas, procuro,,::::.: :_
cristãos e o gôzo dêles por rree:.::
(Cl 2.21,22;
Mt 152,7-9).
2. A graça de Deus o C::::..::
homens esquecem que às bér.ç::::::
recebidas com agradecimento::'::.
prazeres mundanos e na práL:::::
3.
A graça de Deus o C::::.
igreja se omite e fica indifere".'"ô :dentro da estrutura social dést=
da graça de Deus, está apare::--:.::::
nistério e tôda a humanidade.
4 . A graça de Deus o '='"ô::
favor de Deus pelo qual êle L::'"
dos e tornando-nos justos graL:.:-=: ";
rol. A graça de Deus é mal ir.~e:.::=
do é equacionada
com segura=--:.
=::.
baixo do reino da graça, a iç~"ô=
Senhor e alegrar-se no Deus c.=
tirada tôda segurança secular e =--.
= ~ _
5. A graça de Deus o Re== .:-.:
do a igreja se perde em esfôrç::: :.
feiçoamento individual e social. "~::-.
Jesus Cristo como sua motivaçê:: = ..'
devem testificar de sua origem :'.:' =6. A graça de Deus Recc:-.::..::..
custou a vida ao Filho de De'..:.s
vida, quando é recebida "em ,,-::::
divisão entre a graça de De'..:.."=. ~
todos os homens" e a graça q~ e =--.:'
piedade e as paixões mundanas e
'"
dosa". A graça pela qual Som::, ==.
mos é uma graça, recebida ccrr.= ::.
como uma só. A vida do povo c:.: ::
to temor que treme ao pensame=--.~==de Deus, quanto a profunda co:";:::-.=3
ça de Deus em Jesus Cristo ins:=::::.
I
:-.>nta:
Exposição e Declaração
Sola Gratia
a igreja apostólica é o que
~ igreja está "debaixo da gra·
... _ benêficamente (Rm 6.14,15).
:::-:: ::: salvação de todos os homens,
::::-.~ :-.S (Tt 2. 11,12),
colocando suos
o quol a si mesmo se deu
..~~::rsi mesmo um povo exclus>
~ =
,
~t 2 14).
--:::0 e obra
tóda da igreja. A
15.
:' :: ;JTaça de Deus (At 1426;
·:::::::r e seus sofrimentos é ser par::;; 1.7).
Os ministérios da igre<. :Jção (Ef 4 7; 1 Co 4. 7; 1 Co
::. ::8 irmão a irmão deve ser um
· . ;::c da igreja é um aproximar·se
=:: ::-::cnticosda igreja são contados
~:. ::::',tra na graça constância e !ir:J:D
13.9;
d. At 20.29-32).
Mes-
:: .~:::r para os pobres pode ser cha==-::
8. 1,4,7,19) ; nela a graça de
· . ::~=:uia absoluta. A igreja põe en
::: ::=mprometer, de qualquer forma,
. =; = fozendo-a depender da obser·
'-:.::dá-la e perdê-Ia (Gl 2.21; 54:
__:::'': 'JSO da liberdade que a graçc:
::: : :::.:sso com o mundo, em vão re::=
6.14; 7.2). O reino da graça
: .~;dismo quanto à licenciosidade.
:: :;~eja tem tal fôrça, que não ne=-::r
graça tem o inabalável vigo~
..-:'.::'': lhes deu "eterna consolação e
= : 3). O Deus de tôda graça,
que
'7::=.= glória, êle mesmo nos há de
:
~ 5 10).
:: ~:o ==:com
afã o dia quando o Dells
tabernáculo de Deus com os
'" éles serão povo de Deus. Êle
~:.::'.= e a morte já não existirá, já
=- ::::," (Ap 34). Então êle coroa. ::.:;:::::0 com as palavras
graciosas:
:=:.:0::
.:=s
(Ap 21.5).
Sola Gratia
11
ANTÍTESES
J
invocação da graça sôbre
::r igreja pode fruir a paz de
conjunta:
Compromisso para com a Sola Gratia de nossas confissões implicam na refutação sistematizada de tudo quanto põe em dúvida a
graça de Deus.
I.
O Deus de Tôda
Graça:
Antíteses
1 . A graça de Deus o Criador é posta em dúvida, quando
~
igreja se desenvolve suspeitosa e tímida das bênçãos de Deus referente às criaturas, procurando cercear o livre uso da parte dos
cristãos e o gôzo dêles por meio de "preceitos e doutrinas humanas"
(Cl 2.21,22;
Mt 15.2,7-9).
2. A graça de Deus o Criador é posta em dúvida, quando o.s
homens esquecem que às bênçãos próprias das criaturas devem ser
recebidas com agradecimento
da mão do Criador e se perdem nos
prazeres mundanos e na prática imoderada destas bênçãos.
3. A graça de Deus o Criador é posta em dúvida, quando o
igreja se omite e fica indiferente face às necessidades dos homen';
dentro da estrutura social dêste mundo. O povo de Deus, debaixo
da graça de Deus, está aparelhado para tôda boa obra, para o m:·
nistério e tôda a humanidade.
"o
4. A graça de Deus o Reconciliador é fundamentalmente
favor de Deus pelo qual êle nos aceita, perdoando os nossos peca·
dos e tornando-nos justos gratuitamente por amor de Cristo" (Lutero). A graça de Deus é mal interpretada e posta em dúvida, quar:·
do é equocionada com segurança secular e bênçãos materiais. Debaixo do reino da graça, a igreja tem o poder de regozijar-se no
Senhor e alegrar-se no Deus da sua salvação, mesmo que seja retirada tôda segurança secular e negada tôdas as bênçãos materiais.
5. A graça de Deus o Reconciliador é posta em dúvida, quan·
do a igreja se perde em esfôrços meramente seculares para o aperfeiçoamento individual e social, sem fazer uso da graça de Deus em
Jesus Cristo como sua motivação e poder; tôdas os obras da igrejo
devem testificar de sua origem na graço de Deus.
6 . A graça de Deus Reconciliador é graça de alto preço; ek1
custou a vida ao Filho de Deus. A graça de Deus é posta em dúvida, quando é recebido "em vão", 'quando os homens fazem umG
divisão entre a graça de Deus que "apareceu para a salvação de
todos os homens" e a graça que nos dá o poder "a renunciar a impiedade e as paixões mundanas e a viver vida sóbria, íntegra e piedosa". A graça pela qual somos salvos e a graça pela qual vivemos é uma graça, recebida como uma só ou desprezada e rejeitada
como uma só. A vida do povo da graça tem nela tanto aquêle santo temor que treme ao pensamento de abusar da graça dispendiosn
de Deus, quanto a profunda confiança que a livre e abundante graça de Deus em Jesus Cristo inspira .
r'
Exposição e Declaração
conjunta:
Sola Gratia
As Confissões L
7. A graça de Deus o Santificador é posta em dúvida, quando o povo da graça cria ou tolera divisões que obscurecem o caráter livre, universal e irrestrito da graça de Deus. Igualmente é posta em dúvida, quando o povo da graça ocasiona ou tolera uniões
e fusões que obscurecem ou negam o caráter intransigente da graç,l
de Deus, ou volta os olhos para pactos e mecanis.mos de união qu~
de forma alguma fazem uso da graça de Deus.
8. A graça de Deus o Santificador é posta em dúvida, quando o povo da graça procura outras fontes de fórça ou outras garan
tias para sua contínua existência e sucesso que não a graça de Deus,
presente e operante no evangelho.
9. A graça de Deus é posta em dúvida, quando o povo da
graça não mais tem a confiança de que esta graça do Criador, Re·conciliador e Santificador é suficiente para derrotar o senso de futilidade do homem moderno. Ela é igualmenre obscurecida, quando
os próprios cristãos usam a graça de Deus como desculpa para cair
numa atitude passiva, ou mesmo negativa face a seus problemas 8
obrigações presentes - quando a idéia de que a graça é suficiente
e o poder de Deus se aperfeiçoa na inatividade da igreja. No poder do Espírito, o povo de Deus pode levar o evangellio da graçG
às' vidas de todos os homens, pode tornar-se tudo para tôdos os homens e por todos os meios salvar alguns.
10. Deus fêz o que a Lei não pôde fazer; por sua livre vontade e graça êle enviou seu Filho em semelhança de carne pecaminosa e como oferta pelo pecado; e desta forma condenou, na carne, o pecado, "a fim de que o preceito da Lei se cumprisse em nós
que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm
8.3,4). Esta graça de Deus é posta em dúvida, quando a igreja tenta realizar pela fôrça da Lei o que somente a direção graciosa do
Espírito pode efetuar pelo evangelho. Esta graça de Deus o Reconciliador é igualmente posta em dúvida, quando se pensa que uma
vaga e permissiva "ética de amor", divorciada do amor de Deus eL!.
Cristo, seja o impulso para a ação cristã.
11. A graça de Deus é posta em dúvida, quando a igreja, nestes últimos tempos em que Deus tem falado por meio de seu Filho,
divorcia a graça de Deus do ato de Deus em Cristo e a substitui
por uma caridade religiosa vaga e geral. "Graça sàmente" significa "Cristo somente".
lI.
A Palavra da Graça:
Antíteses
1. A palavra da graça é destinada por Deus o Reconciliador
para nos dirigir, para efetuar a obediência da fé, para nos levar e
manter sob G reino da graça. A graça de Deus é posta em dúvida,
quando o interpretador cristão (erudito, comentador, pregador, catequista), ambiciona dirigir a palavra da graça em vez de permitir
que a mesma o dirija. "Somos mendigos, esta é a verdade" (Luterol.
~~
-~
~
-
2. A graça de Deus é
seus ensinamentos, pregação _
de Deus no concêrto batismal. no sacramento insistindo nas ou enfatizando o cerimonial c.:
Batismo é apreciada e glorific.::
a relaciona com a vida cotidicc::-_::~
na Ceia do Senhor.
3. A graça de Deus é po:::
interpretação da Ceia do Senh.:
Senhor de entregar-se a si esc=nosso Senhor é obscurecida, .::.
de piedade na celebração da Cs:. :;
c-:mtribuição sacrificial da parte
plementa a graça divina do s:::c::::__
sacrifício de um para todos.
III
O Povo
-
A graça de Deus é graça ~.
O evangelho é a incondicional ;:::Jesus, a ser recebida na mendi __c.::
tuição e dádiva de Deus. A gcc:da, quando a fé ou seus frutos:::
ou contribuição à graça espon~:>pios.
AS CONFISSÕES
LUTERANA
Ini::-:
=:
A igreja que está compre=-_s:::
reconhece o triúno Deus come ::
dor da vLdg. O Deus que pele c.
as cousas e todos os homens, é -redimiu os homens caídos e re;::;: c.::
seu único Filho Jesus Cristo. fls
Santo leva o homem a uma no\-cc:':: -;
mo. Por isso/a Igreja Luterar:::
cida graça é o único Autor e L.:
_
=-
As Confissões Luteranas
é posta em dúvida, quan~_--:s5es que obscurecem o caráde Deus. Igualmente é pos::~ça ocasiona ou tolera uniões
~ ~oráter intransigente da graç,1
. :::s e mecanis;mos de união qu-?
:~~: de Deus,
: :::::ioré posta em dúvida, quon::::-_:esde fórça ou outras garan:ssso que não a graça de Deus,
_;
=".
s::' dúvida, quando o povo do.
~ :>e esta graça do Criador, Re·
..:soora
derrotar o senso de futl·
-:- _;.':.almenre obscurecida, quando
_s :Jeus como desculpa
para cair
s;. ::::ti
va face a seus problemas s
.::s~:x de que a graça é suficiente
_.: ~natividade da igreja, No po·
levar o evangelho da graço
_S :~:nar-se tudo para tódos os ho·
. : :".-os
:_::c'uns.
e: ::::6de fazer; por sua livre von: ~:':'_semelhança de carne pecamis ='.esta forma condenou, na car: -s :S::J da Lei se cumprisse em nós
.S mas segundo o Espírito" (Rm
:-:
s:-=: dúvida,
quando a igreja ten~ sÔmente a direção graciosa do
Esta graça de Deus o Recon.. '::.::::, quando se pensa que uma
::~vorciada do amor de Deus er:,
e «Sola Scriptura»
13
2, A graça de Deus é posta em dúvida, quando a Igreja em
seus ensinamentos, pregação e prática esquece ou ignora a graço
de Deus no concêrto batismal, ou obscurece a graciosa ação de Deus
no sacramento insistindo nas qualiÍicações humanas para o Batisffi:J
ou enfatizando o cerimonial da confirmação, A graça de Deus no
Batismo é apreciada e glorificada, quando a proclamação da igrej:1.
a relaciona com a vida cotidiana do cristão e com sua participaçã:)
na Ceia do Senhor.
3, A graça de Deus é posta em dúvida, quando a igTeja, na sua
interpretação da Ceia do Senhor, obscurece a graça pura do ato de)
Senhor de entregar-se a si mesmo neste sacramento,
A graça d,"
nosso Senhor é obscurecida, quando as formas de culto e práticas
de piedade na celebração da Ceia são interpretadas como sendo uma
c-:mtribuição sacrificial da parte do homem que, de algum modo, suplementa a graça divina do sacrifício do Cordeiro de Deus, que é ()
sacrifício de um para todos,
III,
O Povo da Graça:
Antíteses
A graça de Deus é graça gratuita; nada custa para o homem .
O evangelho é a incondicional promessa e oferta da graça em Cristo
Jesus, a ser recebida na mendicidade da fé, Também a fé é instituição e dádiva de Deus, A graça de Deus é, pois, posta em dúvida, quando a fé ou seus frutos são tidos na conta de suplementação
ou contribuição à graça espontânea de Deus, o qual justifica os ímplOS,
A Comissão:
RICHARD R. CAEMMERER
EDWARD C. FENDT
MARTIN H. FRANZMANN
WILLIAM H. WEIBLEN
- : :==-~stã.
s::: dúvida, quando a igreja, nes~: falado por meio de seu Filho,
--- :.s Deus em Cristo e a substitui
;eral. "Graça sàmente" signifi-,"~::;:;'a:
Antíteses
:ss:_:::xda por Deus o Reconciliador
. : s:::éncia da fé, para nos levar e
_ ::~.;:::: de Deus é posta em dúvida,
< ...::~:~,
comentador, pregador, co=--~~: Ô.G graça em vez de permitir
.::~ºos, esta é a verdade" (Lute-
AS CONFISSÕES
LUTERANAS
I
E uSOLA
SCRIPTURAH
n t r o d u ç .ã o
A igreja que está comprometida com as Confissões Luteranas,
reconhece o.l:ciÚDo-D_eus como o supremo Çriador, Redentor, e Dgador da vida, ,O Deus que pela sua onipotência e amor crIou t6das
as cousas e todos os homens, é também o Deus que pela sua graçer
redimiu os homens caídos e rebeldes, por meio do ato remissivo de
seu único Filho j esus Cristo. Êle também é o Deus que pelo Espírito
Santo leva o homem a uma nova e viva afinidade para com êle mesmo. Por isso/a
Igreja Luterana confessa que Deus pela sua imere·
cida graça é o único Autor e Doador de tóda bênção para esta vida
.-
- ~---
-
-
-
- -
-
-
As Confissões Luteranas
e «Sola Scriptura»
As ConfisEõe~ L
e para a vida que há de vir (Sola Gratia)) A Igreja Luterana não
apenas confessa a Sola Gratia (ou seus sinônimos: Solus Christus,
justificação, evangelho, justiça da fé) como o "artigo principal", mas
ela também considera tôda a teologia cristã desta perspectiva.
Todos os artigos da fé 'cristã são inspirados, controlados e orientados
por êste artigo. Tôda teologia que recebe suas dimensões e contôrnos dêste princípio .orientador é pura e verdadeira.
Inversamente, :J:
teologia que ignora, cerceia ou adultera esta afirmação fundamental
é corrompida e falsa., Solus' Deus (Deixemos Deus ser Deus) é a confissão dos Símbolos Luteranos e da igreja comprometida com êles
no que diz respeito à origem, vida, obra, destino e autoridade da
igreja. Qualquer ensinamento concernente a Deus, homem, pecado,
salvação, santificação e juízo que não toma em consideração a Sol([
Gratia, deixa de fazer justiça à essência do testemunho bíblico e
confessiona1. Isto é também verdadeiro no que diz respeito à doutrina luterana referente às Sagradas Escrituras. Sômente do ponto
de vista da Sola Gratía pode-se prôpriamente falar de Sola ScríptUTCI
na acepção dos Símbolos Luteranos.
Que acontece quando examinamos as Escrituras pelo prisma
da Sola Gratia? Que acontece às Escrituras quando elas se submetem ao artigo Central da fé Cristã - instruídas, controladas e orientadas pela Sola Gratia? As confissões dizem que, ao aplicarmos c
princípio da Sola Gratia às Escrituras, somos induzidos a fazer as
seguintes afirmações:
I. As Escrituras são a comunicação de Deus ao homem, nG
qual revela sua graça em Jesus Cristo, seu Filho.
2. As Escrituras são a fonte autorizada da proclamação da
igreja e a norma pela qual cada proclamação é analisada.
3. As Escrituras são o meio pelo qual a igreja vive e cumpre
a sua missão. A igreja é a comunidade remissória, na qual o Espírito Santo opera por meio da palavra, a fim de conduzir o homem
à fé, formar o corpo de Cristo e levar a Palavra até aos confins da
terra.
4. O mesmo princípio que rege as próprias Escrituras, rege
também tôdas as interpretações das Escrituras.
A igreja comprometida com os Símbolos Luteranos crê, ensm-l
e confessa que as Escrituras são a.ngloyra
ou mensagem de Deus
ao pecador, com finalidade de revelar sua graça em seu FIlho Jesus Cristo.
Que as Escrituras são vistas dessa forma, evidencia o fato de
que o assunto ativo já na primeira afirmação do prefácio ao Livr')
de Concórdia, edição completa é "Deus onipotente (que) em seu incomensurável amor, graça e misericórdia para com a humanidadl'!
permitiu aparecesse a luz pura, perfeita e não adulterada do seu
santo evangelho e da palavra que, sômente, traz a salvação"
(Prefácio, Livro Concórdia, Edição Tappert, pág. 3).
-
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Na Bíblia o homem se .:·,<:~.C
que o próprio Deus na S'i:::: =::.. ~•.
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(O conteúdo do evangel:-:::: s á
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do nossos pecados e pagando ;::sômente reencontramos as boas .'.
pecados pela fé, somos libertai:::::: :.;
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que oferece a misericórdia e gr=:;-:. ::::
a rigor é, e é chamado, o evc:-.;:-s..-:::
que Deus não deseja punir os ::-.:-'. ::
Cristo" (Solida Declaratio, V, 2 =, ~ :
"Própriamente falando, c Sh:';
que temos um Deus gracioso ;:~ ::-:
seu Filho ao mundo, não para =:-..:~
o mundo fôsse salvo por êle. C >=.:r-_ '
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As Confissões Luteranas
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e «Sola Scriptura»
15
Na Bíblia o homem se defronta com ninguém mais nem menos
que o próprio Deus na sua atividade judicante e remissória.) / "Estas
são as duas principais obras de Deus junto aos homens: atemorizar, e justificar e reanimar os atemorizados.
De uma ou outrcT destas obras é feito menção em tôdas as partes da Escritura. (Uma parte é a Lei, que revela, denuncia e condena o pecado; a outra parte
é o evangelho, isto é, a promessa der graça concedida em .Cristo. A
promessa é repetida continuamente por tôda a Escritura; primeiE)
ela foi dada a Adão, mais tarde aos patriarcas, depois foi elucidada
pelos profetas e, finalmente, proclamada e revelada por Cristo entrr::
os judeus e espalhada pelos apóstolos através de todo o mundo
(Apologia, XII, 53) .
Nesta dupla atividade de Deus, é a revelação da graça em seu
Filho Jesus Cristo que constitui sua verdadeira obra, sua preocupação primária. A Lei serve apenas para convencer o pecador de sua
alienação de Deus e de sua condenação sob o julgamento de Deus .
"Cristo nos foi dado a fim de tomar sôbre si tanto o pecado como
o castigo e destruir o poder do diabo, pecado e morte; assim, não
podemos conhecer suas bênçãos, se não reconhecermos nosso pecado" (Apologia, II, 50).
("Através dêstes meios, a saber, o pregar e o ouvir de sua palavrà: Deus está ativo, quebrantando
nossos corações e atraindo o
homem. jAssim pela pregação da Lei, o homem aprende a conhecer
seus pecados e a ira de Deus, experimentando um sincero temor, con·
trição e tristeza em seu coração. E pela pregação e meditação do
santo evangelho do gracioso perdão dos pecados em Cristo, é ateado. nêle uma centelha de fé que aceita o perdão dos pecados por
amor de Cristo e se conforta com a promessa do evangelho" (Fórmula de Concórdia, Solida Declaratio, II, 54).
(O conteúdo do evangelho é êste, que o Filho de Deus, CrisL)
nosso Senhor, assumiu e tomou sôbre si. a maldição da Lei, expian·
do nossos pecados e pagando por êles., Assim, por intermédio dêle
somente reencontramos as boas graças de Deus, obtemos perdão dos
pecados pela fé, somos libertados da morte e de todo castigo do pe·
cado, e somos salvos eternamente.
Porquanto tudo que conforta e
que oferece a misericórdia e graça de Deus aos transgressores da Lei,
a rigor é, e é chamado, o evangelho, uma boa e feliz mensagem de
que Deus não deseja punir os pecados, mas perdoá-Ios por amor di}
Cristo" (Solida Declaratio, V, 20-21).
"Própriamente falando, o evangelho é a ordem para crermos
que temos um Deus gracioso por causa de Cristo. 'Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para qu,)
o mundo fôsse salvo por êle. Quem nêle crê não é julgado' etc. (Jo
3. 17,18). Assim sempre que se fala de misericórdia, a fé na promessa deve ser acrescentada.
Esta fé produz uma esperança inaba·
lável, pois ela se firma na palavra e mandamento de Deus" (Apologia, IV, 345 ss).
As Confissões Lliteranas
]6
e «Sola Scriptura»
As Confissões
A finalidade e objetivo da revelação da graça de Deus é que,
pelo evangelho, podem ser "conferidos não cousas e dons corporais',
mas eternos, a saber, justiça eterna, o Espírito Santo e vida eterna"
(Confissão de Augsburgo, XXVIII, 9).
"Para êste fim, em sua infinita bondade e misericórdia, Deus
provê, para a proclamação pública de sua divina e eterna lei e d:J
maravilhoso conselho acêrca de nossa salvação, o santo e exclusivo evangelho salvador do Filho eterno, nosso único Salvador e Re·
dentor, Jesus Cristo, Dêsse modo êle reúne para si mesmo uma igre·
ja eterna do meio da raça humana e opera nos corações dos homens
o verdadeiro arrependimento
e reconhecimento dos seus pecados e
a verdadeira fé no Filho de Deus, Jesus Cristo, E é a vontade de Deus
chamar os homens para a salvação eterna e atraí-Ias para junto de
si" (Sólida Declaração, n, 50).
"A obra está concluída e completada, Cristo, pelos seus sofrimentos, morte e ressurreição, obteve e ganhou
tesouro para nós,
etc, Contudo, se a obra permanecesse oculta e ninguém dela tomasse conhecimento, tudo teria sido em vão, tudo perdido, Para que ês·
te tesouro não seja enterrado, mas sim, devidamente fruído e apreciado, Deus fêz com que a Palavra fôsse publicada e anunciada"
(Catecismo Maior, n, 38),
"Tôda Escritura, inspirada por Deus, deveria contribuir nao para a segurança e impenitência, mas "para a repreensão, para a co,aperfeiçoamento"
(2 Tm 3,16),
Além disto, tudo na
reção, para
palavra de Deus é relatado para nós, não com a finalidade de nos
jogar no desespêro mas, a fim de que, "pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança"
(Rm 154),"
(Sólidci
Declaração, XI, 12),
O propósito de Deus na revelação de sua graça, contudo, não
se esgotou pela concessão e preservação do nôvo parentesco,
Êls
também espera os frutos da nova vida em Cristo, conforme deprendemos das seguintes citações:
"Pela graça de Deus, os ministros de
nossas igrejas se dedicam ao ministério da Palavra, ensinam o evangelho dos benefícios de Cristo e mostram que o perdão dos pecados
acontece gratuitamente por amor de Cristo. Êste ensinamento real·
mente consola as consciências. Êles acrescentam a isso a doutrin::;:
das boas obras que Deus ordena" (Apologia, XXIV, 48; d. Apologia,
dobrar as abundontes riquez::.::
todos os sermões se ocupam :::~:::-.
mor de Deus, a fé em Cristo, ::
cio pela fé,
adestramento o::: ::
é eficaz e é ouvido, a cruz, 'c, :Cc'::':'
as leis civis, a distinção entre :: ~=
e questões políticas, o casame::-.,.
ças, a castidade e tôdas as=':~>
Apologia, XII, 174),
"Nós não anulamos a Lei :::
mos; pois, quando temos rece,c.::'::
necessàriamente
a observânci:: _
mente o amor, a paciência, c
(Apologia, IV, 348),
°
°
°
IV,
266).
('A palavra de Deus é o tesouro que santifica tôdas as cousas,
Por meio dela todos os santos foram santificados, A qualquer tempo em que a palavra de Deus é ensinada, pregada, ouvida, lida ou
estudada, ali a pessoa, o dia e a obra são santificados por ela) não
por causa da obra exterior, mas por causa da Palavra que fai santos a todos nós. Por conseguinte, eu constantemente repito que tôd::J
a nossa vida e obra devem ser governadas pela palavra de Deus, (]
fim de serem agradáveis a Deus ou santas" (Catecismo Maior, I, 91-92).
Longe de negligencior o vido cristã, a ênfase luterano, com respeito à finalidode soteriológica da revelação bíblica, serve paro des-
~--
--
----
-
- -- -----~---
-
-
=
A igreja comprometida '--'-__
e confessa que as Esc:rituras
únlc.º---gutoridgd.e ngjgrejg, ton::: :::::
quanto como norma do conte6.i:
"Nós nos comprometemo:", =::.:
Antigo e Nôvo Testamento corre::
é a única norma verdadeira se ;-'':'':-.
_
trinas devem ser julgados e c',
e Norma, 3; cf. Epítome, Regr::. ~ Em conformidade com és>õ- ~:::
os confessores luteranos reco~~:::
a certeza de nossa confissão C'i~-=- '
vinas, proféticas e apostólicas -'- c:::
dos disto em nossos corações ::
Espírito Santo" (Prefácio, Livrc:::-:::-_~:
É sabido de todos que a :muito cautelosa e conservodc:::
mente demonstram um elevad~ss
ca, especialmente a tradição c~_~':
nicos e nas obras dos primitives
de sua aproximação da tradi;-::::
confissões também exerceram '_~:,
na tradição extra-bíblica se cc:::-_:::~:
gelho, era gratamente consen::-:: - ~
luz do evangelho, Tudo que :-c::: _'"
rejeitado, Conquanto os lute,:;>' c ~
a tradição como peça comp;-c:C=:.
turas, jamais concederam à ,~::."
estabelecimento da doutrina 6.= ::
de consciência para o homerre :.::~~.::
dade conciliar ou hierárquicc s~
ção à igreja. "Outros símbo!cs 'é
o
c.
_,
'Sola
Scriptura»
-~"~_=ção da graça de Deus é que,
2 '1ÕO cousas e dons corporais',
:: Espírito Santo e vida eterna"
::. =-
bondade e misericórdia, Deu:"
:: :'s sua divina e eterna lei e dJ
: 220: salvaçõo, o santo e exclusi2:2:::-_0, nosso único Salvador
e Re·
~.-" reúne para si mesmo uma igre:. s:Jpera nos corações dos homens
=:: =.hecimento dos seus pecados e
~õ:2 Cristo. E é a vontade de Deus
::: scerna e atraí-los para junto de
: : :-.:=lstada, Cristo, pelos seus sofri-0"-0 e ganhou
o tesouro para nós,
--o22Soculta e ninguém dela tomas';5.0, tudo perdido. Para que ês·
.. 2i:n, devidamente fruído e apre: n: = ;ôsse publicada e anunciada"
sus, deveria contribuir não par::ara a repreensão, para a cm_
-=-:::-, 3.16).
Além disto, tudo no
:". não com a finalidade de nos
- ::.S, "pela pociência e pela con~',-::erança" (Rm 15.4)."
(3ólid:J
. ,-
=
~ - ~=:) de sua graça, contudo, nao
-:~:';:::xção do nôvo parentesco.
ÉIe
em Cristo, conforme deprende.:·::::xçade Deus, os ministros de
da Palavra, ensinam o evan: o::::::r:-, que o perdão dos pecodos
: ~:::;:isto. Éste ensinamento real·
- ~ 2
::::'escentam a isso a doutrin."]
.,::.,=>ogia, XXIV, 48; d. Apologia,
•
• :.
N
'~:i::
-: :;:.1.esantifica tôdas as cousas.
2:mtificados. A qualquer tem.":::b, pregada, ouvida, lida ou
~.".ãosantificados
por elaJ
nã':J
. .:::.:
: - ::::·,:.sa
da Palavra que
fai san:::lstantemente
repito que tôd:::1
"~::'_:::::i.aspela palavra de Deus, '1
:2 (Catecismo Maior, L 91-92).
o: ênfase luterana, com res~"-".::::Ô:obíblica, serve para des-
As Confissões Luteranas
e «Sola Scriptura»
17
dobrar as abundantes riquezas da justificação. "Em nossas igrejas ..
todos os sermões se ocupam com tópicos como êstes: penitência, o te·
mor de Deus, a fé em Cristo, a justiça da fé, o confôrto da consciência pela fé, o adestramento da fé, a oração e nossa certeza de qu,s
é eficaz e é ouvida, a cruz, o respeito pelos governantes e por tôdas
as leis civis, a distinção entre o reino de Cristo( ou o reino espiritual)
e questões políticas, o casamento, a educação e instrução das crian·
ças, a castidade e tôdas as obras do amor" (Apologia, XV, 43; cf.
Apologia, XII, 174).
"Nós não anulamos a Lei, diz Paulo (Rm 3.31), antes a confirmamos; pois, quando temos recebido o Espírito Santo pela fé, segue
necessàriamente
a observância da Lei, aumentando assim gradualmente o amor, a paciência, a castidade e outros frutos do Espírito"
(Apologia, IV, 348).
II
A igreja comprometida com os Símbolos Luteranos crê, ensino
e confessa que as Escrituras, como Palovra de Deus, constituem :::1
únicGº--i..JjQri.cigd~l}aigri3TQ,tanto como fonte da mensagem da igreja,
quonto como norma do conteúdo da mensagem da igreja.
"Nós nos comprometemos aos livros proféticos e apostólicos do
Antigo e Nôvo Testamento como a pura e clara fonte de Israel, a qual
é a única norma verdadeira segundo a qual todos os mestres e doutrinas devem ser julgados e avaliados"
(Sólida Declaração, RegF1
e Norma, 3; cf. Epítome, Regra e Norma, 1).
Em conformidade com êste compromisso, foi às Escrituros que
os confessores luteranos recorriam quando escreveram:"
temos
a certeza de nossa confissão cristã e fé com base nas Escrituras divinas, proféticas e opostólicas, e estamos adequadamente
convencidos disto em nossos corações e consciências cristãs pela groça do
Espírito Santo" (Prefácio, Livro Concórdia, Edição Tappert, pág. 12 ss.) .
Ê sabido de todos que a Reforma Luterana procedeu de form]
muito cautelosa e conservadora.
Os símbolos Luteranos freqüentemente demonstram um elevadíssimo apreço pela tradição eclesiástIca, especialmente a tradição cristalizada nos antigos credos ecumênicos e nas obras dos primitivos patriarcas da igreja. Todavia, a par
de sua aproximação da tradição com tendencias conservadoras,
as
confissões também exerceram uma vigorosa função crítica. Tudo que
na tradição extra-bíblica se comprova como útil ao serviço do evan·
gelho, era gratamente conservado e, quando necessário, purificado à
luz do evangelho. Tudo que não se enquadrasse neste critério, erCl
rejeitado. Conquanto os luteronos estivessem prontos a reconhecer
a tradição como peça comprobatória dêste entendimento das Escrituras, jamais concederam à tradição a condição de autoridade no
estabelecimento da doutrina da Igreja, e fizeram dela um problemo
de consciência para o homem liberto em Cristo. A nenhuma autoridade conciliar ou hierárquica se concedia o direito de fazer imposição à igreja. "Outros símbolos e outros escritos não são juízes iguais às
18
As Confissões Luteranas
c «Sola Scriptura»
As Confissões ::....:-~
Sagradas Escrituras, mas tão sômente testemunhos e exposições do
fé, mostrando como nas diversas épocas as Sagradas Escrituras eram
interpretadas na igreja de Deus pelos contemporâneos com referêncio
a artigos cntrovertidos, e como doutrinas contrárias eram rejeitadas
e condenadas,"
(Epítome, Regra e Norma, 8).
"Aqui (Lutero) afirma categôricamente,
à guisa de distinção,
que a palavra de Deus é e deveria permanecer a única regra e no;'ma de tôda doutrina, e que nenhum escrito de ser humano pode atrever-se a se colocar em igualdade de condições com ela, mas que,
pelo contrário, tudo deve submeter-se a ela" i (Sólida Declaração, Regra e Norma, 9) ..
O princípio da Sola Scriptura foi enunciado de forma concreto
por Lutero na seguinte declaração a respeito da relação entre a tradição e as Sagradas Escrituras: "Sômente quando êles houverem abolido o seu comércio das missas relativas ao purgatório (das qual2
Santo Agostinho jamais sonhou), estaremos prontos a discutir com
êles se as declarações de Santo Agostinho devem ser aceitas, estanda
elas sem o apoio das Escrituras.
De nada aproveita elaborar artigos de fé com base nas palavras ou obras dos santos Pais. Em
caso contrário, p que êles comiam, como êles se vestiam e que tipc;
de casas habitavam, tudo isso havia de transformar-se em artigos
de fé - como aconteceu no caso das relíquias. Isto significa que Cl
palavra de Deus deve estabelecer artigos de fé e ninguém mais, nerr,
mesmo um anjo" (Artigos de Esmalcalde, II, ii, 14-15).
Esta mesma afirmação da exclusiva autoridade das Escrituras
é encontrada em todos os Símbolos Luteranos. Confissão de AugsbuTgo: "Santo Agostinho também escreve, em sua réplica às cartas d:3
Petílio, que não se deve obedecer nem mesmo a bispos devidamente
eleitos, quando êles erram ou quando êles ensinam ou ordenam qua;quer cousa contrária às divinas Sagradas Escrituras" (XXVIII, 28).
Apologia:
"É claro que esta translação dos mortos não pode ser provada pelas Escrituras, e não é prudente instituir ofícios divinos DJ
igreja sem a autorização da Escritura" (XXIV, 92). Tratado:
"Quer
dizer que nem Pedro nem os outros ministros devem assumir mandc)
ou autoridade sôbre ~ igreja, nem sobrecarregar a igreja com tradi·
ções, nem permitir que a autoridade de qualquer pessoa tenha mai"
valia que a Palavra."
(lI).
Catecismo
Menor: "Qual é esta palavra de Deus?" "Onde está escrito isto?" (IV, 3,13). Catecismo Maior:
o nome pai espiritual pertence sômente aquêles que nos gove,·
nam e guiam pela palavra de Deus" (I, 158). "Tudo depende d~
palavra e mandamento de Deus" (IV, 53)."
ao menos crê na::>
Escrituras. Elas não te enganarão.
(V, 76). Fórmula de Concór·
dia: "Outros escritos de mestres antigos e modernos, sejam êles quem
forem, não devem ser postos em pé de igualdade com as Sagrada:>
Escrituras. Cada um dêles, sem exceção, deveria estar subordinado
às Escrituras e ser aceito unicamente como testemunha ... " (Epítomp..
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e «Sola Scriptura»
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que se podem formular juízos a respeito dos artigos de fé"! (Sólida
Declaração, lI, 8).
"Aqui levamos cativo nosso pensamento à obediência de Cristo,
como o fazemos igualmente com relação a outros artigos, e aceita·
mos êste mistério exclusivamente pela fé e como é revelada na Palavra" (Epítome, VII, 42).
III
A igreja comprometida com os Símbolos Luteranos crê, ensino
e confessa que as Escrituras,. como Palavra de Deus, suprem a igreja
com os meios adequados, seguros e eficazes para o seu traba1ho entre os membros e para a sua missão em todo o mundo.
Porque elas distinguem nas Escrituras a voz do Senhor Jesus
Cristo, o bom Pastor (Artigos de Esmalcalde, III, xii, 2) e falam delas
como da Escritura clara do Espírito Santo". (Apologia, PreL 9; d
ConL de Augsburgo, XXVIII, 49; Apologia, IV, 108) e "das Sagradas
Escrituras de Deus" (Prefácio, Livro Concórdia, pág. 12), as Confissões Luteranas não têm dificuldade em chamar as Escrituras d'3
Palavra de Deus, exatamente como não a têm em chamar nosse
Senhor de Palavra de Deus (Confissão de Augsburgo, III, L Latim:1
ou a proclamação do evangelho de Palavra de Deus (Catecismo Maior, II, 38,52; V, 31; Epítome, II, 13; Sólida Declaração, II, 50-52). Que
as Confissões Luteranas entendem serem as Escrituras a Palavra de
Deus, torna-se manifesto em muitíssimas passagens onde o dois têrmos usados permutàvelmente
no mesmo contexto. "Êles citam muitas passagens bíblicas a fim de dar aos inexperientes a impressão
de que esta idéia tem autoridade na Escritura.
Queira Deus destruir êstes iníquios solistas que tão pecaminosamente
torcem a paIo·
vra de Deus para torná-la conveniente a seus sonhos vãos" (ApoIo·
gia, XII, 122,123; cf. Apologia, XXI, 10,12,17,18; Confissão de Augsburgo, XXIII, 18, 19; Sólida Declaração, Regra e Norma, 6,7; I, 60,61).
(Devia-se notar também a livre alternação entre "Escritura" e "palavra de Deus" nos textos alemães e latinos). Muito embora os luteranos não procurassem definir os limites do cânone bíblico (afora a referência aos livros proféticos num formal locus "De Scriptura"), nem
tentassem explicar o processo da inspiração, não obstante êles aceitavam as Escrituras como divinamente inspiradas.
Contudo, os Símbolos Luteranos se mostram muito mais interes
sados e explícitos em sublinhar o caráter dinâmico das Escrituras
como o veículo do Deus Loquens ("Deus falando"). (Há uma ênfase
verdadeiramente
maciça com respeito à obra do Esptrito Santo em 8
através das Escrituras\) Sem tentar maniatar o poder de Deus ou
impor limitações à sua obra, as confissões alirmam que Deus, pelo que
se refere a nós, comprometeu-se à Palavra como ao canal de seu
poder em coisas espirituais. Não há promessa de qualquer atividade
de Deus, neste particudar, à parte das Escrituras ou da proclamação
M
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As Confissões Lutel'anas
e «Sola Scriptura»
As Confissões
baseada nelas e em conformidade com elas. Por isso, não se pode
pretender tal atividade divina no homem à parte da palavra de Deus
"Pois pela Palavra e os Sacramentos, como através de instrumentos,
o Espírito Santo é concedido, e o Espírito Santo produz fé, onde e
quando aprouver a Deus, naqueles que ouvem o evangelho" (Confissão de Augsburgo, V, 2; cf. também Catecismo Menor, lI, 6; Ca+.
Maior, II, 62; Sólida Declaração, XI, 33,40,44,76,77). "Nestas questões
que dizem respeito à .Palavra falada externa, devemos manter a firme convicção de que(Deus não dá a ninguém o seu Espírito ou gra·
ça, a não ser mediante ou com a Palavra que vem antes;:) (Artigos
de Esmalcalde, III, viii, 3; cf. também Apologia, XIII, 13; Artigos de
Esmalcalde, III, viii, 7,10; Catecismo Maior V, 31; Epítome, II, 13).
"Porque Cristo quer certificar-nos, como era necessário, de que
a Palavra é eficaz quando ela é transmitida pelos homens, e que não
devíamos esperar nenhuma outra palavra proveniente do céu" (Apologia, XXVIII, 18).
,"Do outro lado, quando seriamente refletimos na Palavra, a ouvimos' e praticamos, tal é o seu poder que sempre traz os seus frutos)
Ela sempre desperta nôvo entendimento, nôvo prazer e um nôvo espírito de devoção, e constantemente purifica o coração e suas me·
ditações. Pois estas palavras não são inúteis ou mortas, mas eficientes e vivas" (Catecismo Maior, I, 101; d. também Apologia, XXIV,
32; Artigos de Esmalcalde, 11, li, 24; Catecismo Menor VI, 6; Catecismo Maior, Prefácios mais longos, 10,11) .
"Mas, sem a graça, a ajuda e a atividade do Espírito Santo,
o homem não tem condições de tornar-se a si mesmo aceitável pe·
rante Deus, de temer a Deu,s e crer em Deus de todo o seu coração.
Isto é efetuado pelo Espírito Santo, o qual é concedido pela palavrC'l
de Deus" (Confissão de Augsburgo, XVIII, 2,3; cf. também Catecismo Maior, 11,38, 43-45,52; IlI, 53-53; Epítome, II, 4,5; Sólida Declaração"
II 52,55-56 XI, 69). / Por meio da Palavra o Espírito Santo cria a fé.)
Esta fé "não signifi~a apenas conhecimento histórico (tal como o tê~
os ímpios e o diabo), mas, sim, a fé que crê, não apenas na história,
mas também no efeito da história, ou seja, neste artigo do perdão dos
pecados - isto é, que temos graça, justiça e perdão dos pecados po~
intermédio de Cristo" (Confissão de Augsburgo, XX, 23, Latim)."
fé
não é apenas um conhecimento de fatos históricos, mas é a confiança
em Deus e no cumprimento de suas promessas (Confissão de Augsburgo, XX, 25, ed. alemã).
Os confessores, contudo, não apenas se dão conta das múltiplas bênçãos que aconteceram aos homens pelo ministério do Espírito Santo através da Palavra. Êles ígualmente estão convictos d'J
que, por meio da mesma Palavra, o Espírito Santo os levou a reconhecerem a sua responsabilidade
para com essa Palavra, isto é, "fuzendo e continuando a fazer tudo que é útil e proveitoso para
crescimento e expansão do louvor e glória de Deus, para a propagação
dessa sua Palavra que, sàmente, traz salvação.
" (Prefácio, Livre
de Concórdia, pág. 13) Como a comunicação de Deus aos homens
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Confissões
Lutel'anas
e «Sola
21
Scriptura»
e como o veículo do ministério do Espírito Santo, Deus e as Escrituro:
se encontram muitas vêzes tão intimamente relacionadas que tal fato
envolve identificação. Como uma conseqüência, cousas são atribuí·
das ao veículo que, em rigor, dizem respeito unicamente a Deus. Desta forma, porque Deus usa as Escrituras, tudo o que êle é e tem seu poder, sua fidelidade, sua graça salvadora -- está envolvido em
sua mensagem à humanidade com a conseqüência de que as Escrituras são tidos como poderosas, fiéis, salvadoras .
Contudo, ainda que esta afinidade envolve identificação, ele:
jamais envolve identidade.
As Escrituras são sempre a Palavra, o
veículo, e Deus é sempre o sujeito, o agente. Dêste modo, enquanto
de um lado é certo que Deus decidiu identificar-se com as Escrituras
até mesmo vincular-se a elas, por outro é igualmente certo que êle é
sempre o Senhor das Escrituras e que elas são sempre sua serva.
(Tudo quanto as Escrituras são e realizam, elas são o que são e realí'zam o que fazem devido à presença de Deus nelas e a atuação di.')
Deus por meio delas.! Ambos êstes aspectos se encontram freqüentemente refletidos nas 'confissões, como, por exemplo, nos seguintes citações nas quais o binómio "Deus é inteiramente digno de fé - as
Escrituras são inteiramente dignos de fé" é sustentado. "Nós sabemos
que Deus não mente. Meu próximo e eu - em suma, todos os ho·
mens - podem errar e enganar, mas a palavra de Deus não pode
errar" (Batismo - Catecismo Maior, IV, 57). As Escrituras "não vão
mentir para ti" (Santa Ceia .- Catecismo Maior, V, 76). "O terceiro motivo é que a Palavra de Deus não é falsa nem mente" (Real
Presença do Senhor - Epitome, VII, 13), "Os sacramentos são si·
nais da promessa". O comungante "devia aceitar pela
confortar
suo consciência atribulada e crer que os testemunhos não são falsos, mas tão certos como se Deus, por um nóvo milagre, prometesse
seu desejo de perdoar"
(Sacramentos - Apologia, XIII, 20), "Especialmente devemos permanecer na Palavra revelada que não pode:
e não quer enganar-nos" (Eleição da Graça - Epítome, XL 14). "Não
devíamos encarar êste chamado de Deus, que se efetua pela prego·
ção da Palavra, como algo engonoso, mas devíamos saber, de forme.!
inequívoca, que Deus, desta maneira, revela a sua vontade e quer
mostrar-nos eficazmente ativo por meio da Palavra naqueles o quem
chama, de modo que êles possam ser iluminados, convertidos e salvos" (Eleição da Graça - Sólida Declaração, XL 29), As Escrituras
são a "pura, infalível e inalterável palavra de Deus" (Prefácio, Li·
vro de Concórdia, pág. 8).
Pelo exposto as confissões afirmam a infalibilidade dos Escrituras como um todo, embora ainda fazem referência explícita a est::::t
qualidade nos contextos que se relacionam de modo especial com
o evangelho, como tódas as citações acima, sem nenhuma exceção,
o mostram. Também a declaração do prefácio ao Livro de Concórdia está envolvida na perspectiva evangélica de Augsburgo.
SE.MINA..RlO
CONCORDiA
--
~-
-
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2?
As Confissões Luteranas
e «Sola Scriptura»
IV
A igreja comprometida aos Símbolos Luteranos crê, ensina '"
confessa que a~_J:§crituras, como Palavra de Deus, devem ser interpretadas em conformiClade com o desígnio de Deus expresso nas EscYiluras, isto é, em cuidadosa distinção entre lei e evangelho, com
claro reconhecimento da primazia do evangelho e na intenção de capacitar os homens a proclamarem a palavra de Deus, a fim de salvar
o pecador e edificar o crente, movendo-o e habilitando-o a amar :]
Deus e ao próximo. Assim como tôdas as doutrinas, incluindo a doutrina referente às Escrituras, recebem sua dimensão e direção do evangelho, assim também a interpretação das Escrituras deve partir
desta perspectiva.
Qualquer interpretação da Escritura que não to·
me esta em conta, se baseia em princípios falsos, é enganosa, herética,
destrutiva, irreverente e inadequada.
Isto é certo quanto à interpretação tanto do Antigo como do Nôvo Testamento. A interpretação apropriada é a expressão e exercício da fé em Jesus Cristo e, como o
fé, é um dom do divino Espírito Santo. Pelo santo batismo, recebido
na infância, foi-nos dado, pela graça de Deus, "o poder de interpretar as Escrituras e de conhecer a Cristo, o que é impossível sem 'J
Espírito Santo" (Catecismo Maior IV, 49).
"Aquêles que consideram a ordenação do domingo em lugar do
sábado como uma instituição necessária, estão redondamente
enganados, pois as Sagradas Escrituras aboliram o sábado e ensinam que,
após a revelação do evangelho, tôdas as cerimônias da antiga lei,
podem ser suprimidas" (Confissão de Augsburgo, XXVIII, 58; cf. também XXVI, 20).
Com a abolição do culto levítico, o Nôvo Testamento ensina
que deveria haver um nôvo e puro sacrifício; isto é, oração, ações
de graça, confissão e proclamação do evangelho, sofrimento por causa do evangelho, etc." (Apologia, XXIV, 30).
"Por isso, como distinguimos a sombra do Antigo Testamento, as·
sim no Nôvo Testamento devíamos contar com aquilo que êle representa e não com um outro símbolo que se nos afigurasse um sacrifício" (Apologia, XXIV, 37).
"Estas passagens e tôdas as demais semelhantes a elas, ond",
as obras são enaltecidas, devem ser entendidas como significando,
não apenas obras exteriores, mas também a fé do coração, visto que
(as Escrituras não falam de hipocrisia, mas de justiça no coração '3
de seus frutos. 'Tôdas as vêzes que lei e obras são mencionadas, devemos reconhecer que Cristo, o Mediador, não deveria ser excluído"
(Apologia, IV, 371; cf. também Apologia, IV, 183, 184; XXVII, 60).
"Isto é o que condenamos na atitude de nossos adversários,
que êles, ao interpretarem
tais passagens da Escritura, quer pelo
método filosófico ou judaíco, eliminam das mesmas a justiça da fé
e Cristo, o Mediador" (Apologia, IV, 375; cf. também Apologia, XII,
75-76) .
---
-----------
--
A par da competêncic: ~~r._
ser avaliados e julgados à ;:;~õ~ :.,
teriológicos das Escrituras.
ros, tais como interpretação c:.~õ-=-==do com os supramencionaocs
.
aceitos e usados como expc,:,:::-=~r
unicamente a de possuir Uli_::'
exata e comum da doutrina C''':''C
possam subscrever e de acô,,,,,.=palavra de Deus, todos os oulr::-õ
tos, julgados e regulamentadc,:,
10) .
Êste objetivo sàmente é c:~::'.
xima das Escrituras na posiçã=- >'='
Escrituras e consente,-em ser
-==-=ção entre Lei e Eva~gelho é ele:'.
lidade de bem dividir a palavrc: =-~
retamente os escritos dos santcs .:-=
conseguinte, observar tal disti~r==que não confundamos as duas ::;=-_=
_
em lei. Isto obscureceria o méri'::- =-'"
perturbadas do confôrto que, 6e =-..:.
evangelho, quando êle é preç==- =por meio dêle, os cristãos pode=-=-.=.=
contra os terrores da lei" (SóLi= __
logia, IV, 5, 6 e Artigos de Es=-=-.::-~
(A doutrina do perdão de:: =: ~
não é apenas a praecipuus lcc_ ,- i:
central do cristianismo"), (mas t==-.·.;;
tôda a Escritura. ,"Ela conduz, ::.-:'=-=compreensão de tôda a Escritc.:,=indescritível tesouro e reto cor.;,.-:'::-~=
bre as portas que dão acesso c ~.-~
ma consciência atribulada pod-:, =-~=
e verdadeiro ou discernir as ric>~ r =5
=_
IV, 2, ed. alemã; cf. também )"--;.
Onde êste interêsse soterie~:: =
se ocupa de um simples artigo :::-:'==
conduzirá bàsicamnte à mesmc: =::: -guém expuser de tal forma este: ::;::-_-=
ção de Deus, que cristãos con::::~::'~;,
sôlo, mas são arrastados ao oe2-:'::::::'
nitentes são fortalecidos na s1.1.::__. :::
forma inequívoca, que esta dm.:lrir.= l'
do com a palavra e vontade de = e :;
a sugestão do Maligno. Pois c :;--;.=s
outrora foi escrito, para o nosse -:'r.-'-,
::c
=-
,=-
'=
=-
-------.
~-----~-------
;}
"Sola Scriptura»
::~::~'colos Luteranos crê, ensma '"
~:~:::::vrade Deus, devem ser inte"~::':ê3:;nio de Deus expresso nas Es~
:~~;:50entre lei e evangelho, com
::.= svangelho e na intenção de ca:::=::lavrade Deus, a fim de salvar
=-n:ê::-~::lo~o
e habilitando-o a amar ::
~=-:.::2 as doutrinas, incluindo a douc .=:ê:::-~
sua dimensão e direção do e ..
~..:-cê-=-:::::ção
das Escrituras deve parti,
:-s::::xção da Escritura que não to~
: :...:~~
::,:::iosfalsos, é enganosa, herética,
Isto é certo quanto à interpre~=n: Testamento. A interpretação a~:~: ='-0fé em Jesus Cristo e, como u
:::n~::::. Pelo santo batismo, recebido
~~:::::::de Deus, "o poder de interpre=:;sto, o que é impossível sem 'J
: :-~
49).
::-::.s::-:oçãodo domingo em lugar do
-'-:-cê-::3Jria,estão redondamente enga:.: ::;:::Jiiram o sábado e ensinam qu,:),
~:~:=::sos cerimônias da antiga lei,
::.s Augsburgo, XXVIII, 58; cf. tam~--:::co, o Nôvo Testamento ensina
:-::;socrifício; isto é, oração, ações
ic evangelho, sofrimento por cau~
::XIV, 30).
3cmbra do Antigo Testamento, as~·
=--~=3contar com aquilo que êle re~
. :~c que se nos afigurasse um so::.smois semelhantes a elas, ond8
::s: entendidas como significando,
~::::-~Déma fé do coração, visto que
: :-~::::::::.
mas de justiça no coração '3
:ê :si e obras são mencionadas, de.cê-c.i:::::dor,não deveria ser excluído"
~: :::?ia, IV, 183, 184; XXVII, 60).
~::;.Gtitude de nossos adversários,
:::3::::gens da Escritura, quer pelo
... :~~:::ndas mesmas a justiça da fé
376; cf. também Apologia, XII,
=-
As Confissões Luteranas
e «Sola Scriptura»
23
A par da competência lingüística, todos os comentários devem
ser avaliados e julgados à base de sua fidelidade aos objetivos so·
teriológicos das Escrituras. Quando "outros livros bons, úteis e puros, tais como interpretação das Escrituras Sagradas", estão em acôrdo com os supramencionados
padrões da doutrina, êles devem se)
aceitos e usados como exposições proveitosas.
Nossa intenção eco
unicamente a de possuir uma forma simples, universalmente aceita,
exata e comum da doutrina que tódas as nossas igrejas evangélicas
pos'sam subscrever e de acórdo com a qual, pois ela é extraída d'J
palavra de Deus, todos os outros escritos devem ser aprovados e aceitos, julgados e regulamentados"
(Sólida Declaração, Regra e Norma,
10) .
Êste objetivo sàmente é alcançado quando o intérprete se aproxima das Escrituras na posição de um que se coloca debaixo da:.;
Escrituras e consente em ser julgado e confortado por elas. "A distinção entre Lei e Evangelho é uma luz tóda cintilante que visa à fina-"
lidade de bem dividir a palavra de Deus, e explanar e entender cu:retamente os escritos dos santos profetas e apóstolos. Devemos, po;.
conseguinte, observar tal distinção com a máxima diligência, para
que não confundamos as duas doutrinas, transformando o evangelh:J
em lei. Isto obscureceria o mérito de Cristo e 'privaria as consciências
perturbadas do confórto que, de outra forma, encontrariam no san!u
evangelho, quando êle é pregado puramente e sem admissão, pois,
por meio dêle, os cristãos podem confortar-se nas maiores tentações
contra os terrores da lei" (Sólida Declaração, V, I; cf. também Apologia, IV, 5, 6 e Artigos de Esmalcalde, III, lii, 2-8).
(A doutrina do perdão dos pecados por meio da fé em Cristo)
não é apenas a praecipuus locus doctrinae christianea ("a doutrina
central do cristianismo"), (mas também determina a interpretação de
tóda a Escritura. "Ela conduz, de modo proeminente, à clara e exato
compreensão de tóda a Escritura; sàmente elo mostra o caminho ao
indescritível tesouro e reto conhecimento de Cristo; e sàmente ela a~
bre as portas que dão acesso à Bíblia tóda. Sem êste artigo, nenhuma consciência atribulada pode ter um consólo perfeito, permanente
e verdadeiro ou discernir as riquezas da graça de Cristo" (Apologia.
IV, 2, ed. alemã; cf. também Apologia, XII, 2 ss.).
Onde êste interêsse soteriológico estiver presente, a exegese, ela
se ocupa de um simples artigo de fé ou da Escritura como um tod'),
conduzirá bàsicamnte à mesma aplicação. "Consequentemente,
se al·~
guém expuser de tal forma esta doutrina concernente à graciosa eleição de Deus, que cristãos contristados não podem nela achar consólo, mas são arrastados ao desespêro, ou quando pecadores impenitentes são fortalecidos na sua iniqüidade, então se evidencia, di'}
forma inequívoca, que esta doutrina não está sendo exposta de acórdo com a palavra e vontade de Deus, mas de acórdo com a razão e
a sugestão do Maligno. Pois o apóstolo testifica que "Tudo quanto
outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, peb
24
A Doutrina
da Igreja
paciência e pela consolação das Escrituras que enfraquece
mo elimina êste consólo e esperança, é contrário à vontade
nio do Espírito Santo" (Sólida Declaração XI, 91, ss)
A Comissão:
Charles S. Anderson
George Aus
Robert V! Bertram
Herbert J. A. Bouman
A DOUTRINA
A DoutrinE' .'.
nas Confissões Luteranas
ou mese desig-
DA IGREJA NAS CONFISSOES
LUTERANAS
(Ensaio Aprovado pelos delegados da Igreja Luterana
da América e da Igreja Luterana - Sínodo de jI,1issurí)
É um lugar-comum o fato de que, em geral, as grandes confissõe3
da igreja foram ocasionadas por heresias que a igreja teve de en·
frentar para sua própria pureza e segurança. Isto se dá também com
as Confissões Luteranas. Contudo, não é menos verdade, conforme
nos lembra Edmund Schlink, que "se dá à heresia uma importâncit:i
exagerada quando se considera a mesma como a causa verdadeira
da origem de uma confissão e como a justificativa de sua existência.
Uma confissão é glorificação d(( graça. Heresias aparecem e des((parecem, mas o evangelho permanece".
Isto se dá, num sentido preeminente, com as CoIlfissões Luteranas, que, do princípio ao fim, .~0tãQ.PTeo.cu.12odas em e:Xpor o evangelho como .aquilo que o igreja crê,
ensina.e co~-e·,
pc)rjsso, também defende quando é atac((do ou
ameaçado.' -ASÇOl}jis.§.ões Luteranas se têm em conta de serem uma exposiçãºda
EscriÜ),ra, sim, de serem sumário da Sagrada Escritura, cujo
coraçÔo êlesentendem
.ser .o evangelho.
As Confissões "conservam as marcas de sua origem específica
no que diz respeito às suas dimensões, ilustrações e terminologia".
Isto não impede que sejam resolutivas para a igreja em épocas posteriores e aplicáveis aos problemas contemporâneos.
Isto se dá, de
forma muito especial com respeito à doutrina da igreja.
É sabido de todos que a primeira confissãoespedficamente
IUc
terana, o Confissão de Augsburgo, procurou efetuar uma reconciliaçÔo entre o partido que se mantinha fiel às doutrinas de Martinh,::J
Lutero e o grupo que dava seu apóio à igreja estabelecido, a mesma
que excomungara Lutero. A~1l111<iqciELdajgreja foi,urn dos principoi;3
obj etiYDs.dêste--decumen to.
Representantes da Igreja Luterana do América, da Igreja Lute·
rana - Sínodo de Missuri e do Sfnodo das Igrejas Evangélicos Lu-
teranas estão participc::.6.:
dissenções no seio da
fissão de Augsburgo,
que explicam e ampliar::
pios que nos hão de or:e::.:::.
o unidade do igreja.
Estas Confissões erc:r::-.e.O
XVI, no sentido de purifiecr ::.
clamação pura do evang,e::-,::. _._~
clarar naqueles dias. Os ~~::,._:::,
XX, com o seu interêsse se rr.-::.. origem o matérias suplemer, :::.--,
Íissões nos seus próprios és:rr.::'_
fundo histórico, devemos es:::r
comumente defendidos com'~
fissão de Augsburgo.
EstudiosQsda história de :c::. ~r_.
±iu doutrLD.ccnenhuma (do:;==-::.
e pfE~~crita_Cl:téque asConiic~~ ~e c :..pelOs seus proponenteS-L_He..:','e -::_=:
a-'partircJ~o sécll.1o quarto ee:':-:-.
ou sexto; estas doutrinas
e llQc;'redo. Atauasian0-C()~~
_
Credo Niceno incluem referé,.:=..
tólica, êl~.s não procuram dcc '_,
-Não obstante houve, LC Ó~._
tos de vista distintos acêrcc =-'
quais foram se desenvolve,,;):: ::-::.
dia e aceitos e defendidos,
XVI. É contra êstes pontos di.' --:0
Augsburgo se dirige oferece:-::::~
da igreja que se coaduna cc=-..
Quando o Artigo VII de: -:::::.
pela réplica dos católicos rc.:-:-_:·:
mana, Melancton sentiu-se e::::.~:::::'doutrina da igreja conforme oê"
Augsburgo, mas também a '::'::'::U'
ção da igreja sustentada eLe:.::
tle diz:
Talvez nossos adversé:r::~
ja como esta:
Ela é a suprema mona:::
o pontífice romano deve )Ce.~~_-:r
e censuras. tle pode est~}::.e:e: ':-:: -a seu bel-prazer, instituirc_-_::::..:c
forem de seu agrado, desc~
lei, divino, canânica ou c:-'::
poder e direito de govern::.: ::.
A Doutrina
Confissões Luteranas
=:2:::rituras que enÍraquece ou mes:=-.:;:= é contrário à vontade e desig~: ::;~ClçãoXI, 91, sS).
A Comissão:
Charles
George
Robert
Herbert
S. Anderson
Aus
W Bertram
r. A. Bouman
~EJA NAS CONFISSOES
~RANAS
. -o.-~egados da Igreja Luterana
.-,,::-o.-:ana
~ Sinodo de Missuri)
-:-.: ;.8, em geral, as grandes confissõe3
. - ::-:eresias que a igreja teve de en:õsgurança. Isto se dá também com
não é menos verdade, conform'=
se dá à heresia uma importêmci'=i
-. mesma como a causa verdadeira
:: :-=-.0 a justificativa
de sua existência.
~r::1ça. Heresias aparecem e desapa:'.e:::e
Isto se dá, num sentido pre'-cc::::rlas,que, do princípio ao fim, .~s:
::-.~8lho comogguilo que a igrejCl crê,
u.:::ém defende quando é atacado ou
-ê-
:~:rl em contCl de serem uma exposi:Õ;.mário da Sagrada Escritura, cujo
cu::.::-_gelho.
:2 marcas de sua origem específicG
u.s:êsões, ilustrações e terminologia".
:>ms para a igreja em épocas posu::':õcontemporâneos.
Isto se dá, de
~::: J doutrina da igreja.
. -::-::8ira confissãoespedhcamente
luc::: procurou
eÍetuar uma reconcilia. :~".ha heI às doutrinas de Martinho
::.~::S~o
à igreja estabelecida, a mesma
: ::::::.8da.i\JLejgJoi, um _dos principo.i3
-=
.sr::lna da América, dCl Igreja Lute·
::::-:2do das Igrejas Evangélicas Lu-
------.
~--~~- -~------------
-
-
-
da Igreja
nas Confissões Luteranas
25
teranas estão participando de reuniões num eSÍôrço de superar as
dissenções no seio da Igreja LuterClna. Nós acreditClmos que a Con·
fissão de Augsburgo, juntamente com as outras Confissões Luteranas
que explicam e ampliam a Confissão de Augsburgo, expõe os princípios que nos hão de orientar no esfôrço de restabelecer e conservar
a unidade da igreja.
Estas Confissões eram eSÍôrços sérios e muito em voga no século
XVI, no sentido de purificar Cl igreja do êrro e restituir-lhe uma proclamação pura do evangelho. Elas declaram o que era preciso declarar naqueles dias. Os séculos subsequentes, especialmente o séc.
XX, com o seu interêsse ecumênico vastamente despertado, deram
origem a matérias suplementares.
Para podermos entender as Confissões nos seus próprios têrmos e em contraste com o seu próprio
fundo histórico, devemos estar familiarizados com os pontos de vista
comum ente deÍendidos com relação à igreja e que se opunha à Con·
fissão de Augsburgo .
Est1l9iosos da história do do.gmg afirmam que, em rigor, nêíoexistiu doutrina nenhuma (dogma) da igrejq, ecl",siàstico.11lente. afirrnad::l
e prescrj.tagté que as Confi:?.9.Qs=s.Luteranasforam redigidas e aceitas
pelos seus proponentes., .. HOlllLe.,efetivamente,.Uffi, dogma crisiQló_giço
a"'partir..QQ.-ªéculo quarto e UlI} dogma_ Jrinitário <:lesde o século quinto
ou sext(); ..estas doutrinas hqyiarrL Bielo publicm:lGS no Credo .. NicenJ
8.Ll0 ·ere_do Atanasic:mO,....Q:mtudo,...mnda·-q:ueo Credo Apostólico e o
Credo Niceno incluem referência a única igreja santa, católica, e apos·
tólica, êles não procuram dar uma definição Íormal da igreja.
Não obstante houve, no seio do catolicismo romano, muitos pon·
tos de vista distintos acêrca da natureza e estrutura da igreja, 08
quais foram se desenvolvendo gradativamente
durante a Idade Média e aceitos e defendidos, de forma mui generalizado, no século
XVI. É contra êstes pontos de vista que o Artigo VII da Confissão de
Augsburgo se dirige oferecendo, em controposição, uma interpretação
da igreja que se coaduna com a dos Reformadores Luteranos.
Quondo o Artigo VII da Confissão de Augsburgo Íoi atacadCl
peia réplica dos católicos romanos, conhecida como a ReÍutação Romana, Melancton sentiu-se constrangido, não sômente a defender I]
doutrina do igreja conforme exposta no Artigo VII ela Confissão de
Augsburgo, mas também o mostrar qual era realmente a interpreta·
ção da igreja sustentada então por muitos deÍensores do poder popaL
Êle diz:
Tolvez nossos odversários necessitam de uma definição de igreja como esta:
Ela é a suprema monarquia corpórea do mundo inteiro, na qual
o pontííice romano deve possuir ilimitado poder, acima de dúvidas
e censuras. Êle pode estabelecer artigos de fé, abolir as Escrituras
a seu bel-prClzer, instituir cultos e sacrifícios, decretar as leis que
forem de seu agrado, desculpar e isentar os homens de qualquer
lei, divina, canônica ou civil, conforme desejar. Dêle receberom o
poder e direito de governar o imperador e todos os reis, e isto por
26
A Doutrina
da Igreja
nas Confissões Luteranas
A Doutrina
ordem de Cristo; pois, como o Pai predispõe tôdas as cousas pan:
si, assim foi êste direito agora transferido para o papa. Por conse~
guinte, o papa deve ser o senhor de todo o mundo, de todos os reinos do mundo e de tôdas as questões públicas e privadas. tle dev'S'
possuir pleno poder, tanto no reino temporal quanto no espiritual, e
ambas as espadas, a temporal e a espiritual.
Melancton acrescenta um tanto quanto sarcástico:
"Ora, esta
definição, mais do reino papal que da igreja de Cristo, tem como
autores, não apenas os mestres de direito canônico, mas igualmente
Daniel 11, 36-39." 3
Os luteranos acreditavam que a igreja romana de seu tempo se
transformara numa estrutura grandemente exteriorizada e controlado
pslo papa romano; que exigia pleno poder sôbre a igreja e o estado.
De mais a mais, os Reformadores não ignoravam que a igreja esta~
va mais sob o domínio da lei do que impregnada do evangelho, que
as obras ordenadas pela igreja eram tidas como meritórias e por isss
excluíam, pela fôrça do número, a confiança na graciosa promessc:
de Deus. Além disso, manifesto era que muitas obras e cerimônia"
impostas pela Igreja a seus membros ultrapassavam
e até mesmo
infringiam os mandamentos de Deus. Contra êste fundo de cena, (]
Confis~ªº_.çJ.~f\.-1lgsburgo pinta a natureza da igreja e revela o que
é nece,,,,,nrin para~averdadeira
unidade da igreja:
Também entre nós se ensina que a uma santa igreja cristã hÓ
de existir' e permanecer para sempre. Ela é a reunião de todos 03
cfêTI1E;sentre~.Ós quais o evangelho é pregado em sua pureza
03
santos sacramentos ministrados em concordância com o evangelho.
Pois para a verdadeira unidade da igreja cristã, basta que o evan ..
gelho seja pregado em conformidade com a clara interpretação dJ
mesmo e que os sacramentos sejam administrados de acôrdo com a
palavra divina. Não é necessário para a verdadeira unidade da igreja cristã que cerimônias, instituídas pelos homens, devem ser observadas uniformemente em todos os lugares. É como diz São Paulo em
Ef. 4.4,5: "Há sàmente um corpo e um Espírito, como também fôstes chamados numa só esperança da nossa vocação; há um só Ss ..
nhor, uma só fé, um só batismo".
I.
A Essência
da Igreja
Nas palavras do Artigo VII da Confissão de Augsburgo acima
transcrita, a igreja é definida de acôrdo com a sua essência. Ela é
"a reunião de todos os crentes". Eis a igreja definida do ponto--dE.;
vista do evangelho, que ex~ige fé, isto é, confiança na promessa do
evangelho.
A igreja é, pois, a reunião de todos aquêles que possuem esk.1
fé,
Esta definição é retirada do Arti.gQ......V-ID
da Confissão de Augs~
burgo: "Outrossim, embora a igreja cristã pràpriamente dita nada
mais seja que C[ reunião de todos os crentes e santos, ' ," Contudo,
da Ig'·,o~:
o Artigo VIII toma também c: c..:·.=::..c
no mundo quando afirma qc:.e ~c:
pócritas e mesmo pecadores ::~::-ue
30S.
Aqui a igreja não é deii:::';:: c~
de acôrdo com a forma na:::::·.:.:. :o
da igreja - que ela é, por Oco:.=:
de todos os crentes e santos teranas"
A igreja, que não é êsts ::::::='
que os defensores do poder pc;::. ~
de certos sinais: a pregaçãc ;:'.::
dos sacramentos segundo o ev:::-.:Augsburgo reza: "Esta é a re'~ru:':
o evangelho é pregado em s'..:=· nistrados de acôrdo com o e ':or. C =_
A pregação pura d2_~evcc.:;~_sacra:rriEmtoséÚina~'pqrte
esse:·."
nasce e se mantém exclusiva=:er.::
lho e da administração dos :;sr.·.'
o evangelho, na Palavra e scc:c:=',=:
a fé, a igreja será encontrada :, >=
gado e os santos sacramentos =,~:-.'.
lho. A proclamaçãº
do~evan=·"' ..": 'tos~ªº"-pillianto."..:os-siJ:lQis. ..da :=:""'
III.
A '~...
" ..
As Confissões indicam cL:::~~:~:-õ
ção da igreja, Os territórios e c:::':
terana, declaram que segundo:
,,,,
ja, taL_comoJestaurada
pelo eu:::-.:cre sCi'menio a expansão do 10'':'-::: e ::
dessa sua palavra que, sàmente :.:-_:
e paz das escolas e igrej as c:,~,::e
instruçQ.o das consciências pct:,,: ..
As afirmações seguintes ::-..:.
da função da igreja:
:==:~
Não estamos sonhando
nica, COmo caluniosamente
se::: .. ':'
igreja realmente existe, senec :::-.cc
homens justos, espalhados ;:=~=
seus sinais: o ensinamen te ;: ..:: ..
Esta igreja é mui pràpriamec~:= ~
i
-=:
Confissões Luteranas
=-.ê ~
A Doutrina
:-._ ;credispõe tôdas as cousas paLi
.~::::=-.3Íeridopara o papa. Por conse: - ::S todo o mundo, de todos os rei~::::ss públicas e privadas. Êle devê;
c, __:: +emporal quanto
no espiritual, e
~ :: espiritual.
.::=-.::Jquanto sarcástico:
"Ora, esta
:':''':S da igreja
de Cristo, tem como
direito canônico, mas igualmente
da Igreja
nas Confissões Luterar:as
27
o Artigo VIII toma também conhecimento do procedimento da igrej:::;
no mundo quando afirma que "nesta vida muitos falsos cristãos, hic
pócritas e mesmo pecadores manifestos permanecem entre os piedo80S.
Aqui a igreja não é definida quanto a sua essência, mas describ
de acôrdo com a forma na qual os homens a vêem. Êste conceito
da igreja - que ela é, por assim dizer, nada mais que a reuniã'J
de todos os crentes e santos - volta mais tarde nas Confissões Luteranas"
:J:igreja romana de seu tempo se
.':'.::s:nente exteriorizada e con troladc.1
.==-.::poder sôbre a igreja e o estado.
~:: =-.-::ro
ignoravam que a igreja esta: :':''':S impregnada
do evangelho, que
~~:.:::'_tidas como meritórias e por iss·)
::::confiança na graciosa promessC1
8~::: que muitas obras e cerimônia"
8:-:'.:::os ultrapassavam
e até mesmo
:= 8'_3
Contra êste fundo de cena, ()
: =-.:J:turezada igreja e revela o que
_=-.::iade da igreja:
-,:: ::;:ue uma santa igreja cristã hÓ
~:-:'.::::e. Ela é a reunião de todos 02
~8.:::: é pregado em sua pureza
0:3
8::'. concordância com o evangelho.
~ ::.::::igreja cristã, basta que o evan,::::::1e com a clara interpretação d.:)
~':::::-::administrados de acôrdo com Cl
a verdadeira unidade da igre: ,= =a
_:.::.:: pelos homens, devem ser obser>..:;ares. É como diz São Paulo em
'3 um Espírito, como também
fôs:i nossa vocação; há um só S:')·
lI.
Os Sinais da Igreja
A igreja, que não é êste poderoso e externo reino hierárquico
que os defensores do poder papal imaginavam, é reconhecida através
de certos sinais: a pregação pura do evangelho, e a administração
dos sacramentos segundo o evangelho. O Artigo VII da Confissão d,,,
Augsburgo reza: "Esta é a reunião de todos os crentes entre os quais
o evangelho é pregado em sua pureza e os santos sacramentos m:nistrados de acôrdo com o evangelho."
A...J:2T~g.açãopura dg eygngJ::eJ.boe.a cQrretaadministração
d-º,s
sacrcgnentos é--umcC'p'ºrt~3s§ençial
da eJ,o_utripada igreja. A igreja
nasce e se mantém exclusivamente através da pregação do evangelho e da administração dos santos sacramentos.
Considerando que
o evangelho, na Palavra e sacramento, efetivamente cria e preserva
a fé, a igreja será encontrada onde quer que o evangelho seja pregado e os santos sacramentos ministrados de acôrdo com o evangelho. A proclamação dO ..ffiLangelhoe ..o Qdmi"nisíraçQo OOS-SaCTQmentos- sãQ~oriClTltn.Ds_sinais da igreja (notae.8cc1Qsi..a.el.
-
o
III.
A Função da Igreja
. o
~ =-
As Confissões indicam claramente o que elas julgam ser a função da igreja. Os territórios e cidades que aceitaram a Reforma Luterana, declaram que segundo o seu entendimento, a h-1.n.çãQ_
da igreja, talçomorestaurgdap_el9
evangelho é útiL e proveitoso parã o
cre,ªcim.ento e expansão do_Louvore glória de Deus, para a propagação
dessa sua palavra que, sômente, traz a salvação, para a tranqüilidade
e paz das escolas e igrejas cristãs e para a necessária consolação e
instrução das consciências pobres e transviadas."
As afirmações seguintes indicam uma interpretação semelhante
da função da igrej a:
Não estamos sonhando a respeito de alguma república platônica, como caluniosamente
será alegado, mas ensinamos que esta
igreja realmente existe, sendo constituída de verdadeiros crentes e
03
homens justos, espalhados pelo mundo inteiro. E acrescentamos
seus sinais: o ensinamento puro do evangelho e os sacramentos.
Esta igreja é mui prôpriamente chamada "coluna e baluarte da ver·
ê):
~:-:=:=
da Igreja
Confissão de Augsburgo acima
::::Ôrdo com a sua essência. Ela é
::::s a igreja definida do ponto de
:3:0 é, confiança na promessa de
:'8 :odos aquêles
que possuem eskl
.:"=-_~;J.o
IDJ.I da Confissão de Augs=~8::: cristã prôpriamente dita nada
_::; :3 c,entes e santos ... " Contudo,
_____
".
-
••
c.~
••••
i!iiiiiíiiiiIii_-----.--
•."~~.=
--
28
A Doutrina
da Igreja
dade"
(I Tm 3. 15), porque ela retém o evangelho puro e o que
Paulo chama de "fundamento" (I Co 3. 12), isto é, o verdadeiro conhecimento de Cristo e a fé."
O evangelho requer daqueles que presidem as igrejos, que pregom o evongelho, perdoem pecodos, ministrem os socramentos e, .Q::
lémefisso, exerçom jurisdição, isto é, excomunguem aquêles que
culpodos de crimes notórios e absolvom oquêles que se orrependem.
Fiç_ou também esclarecido que estas funções pertencem,_ct :igre--::'
jo tôda e nãO devem ser encaradas como privilégio exclusivo d'J
hier-wquia:
Conseqüentemente,
onde os bispos regulares se tornam
do evangelho e relutantes em ministrar a ordenação, aí as IgrejaS
retêm o direito de elas mesmas ordenarem.
Pois, onde quer que ::::
igreja exista, lá existe também o direito de ministrar o evangelho.
Esta função da igreja fixada no evangelho é igualmente enÍatizada nas seguintes declarações de Catecismo Maior:
Êle (o Espírito Santo) tem uma única comunidade no mundo.
Êle é_c:e mãe. que gera e dá a luz a cada cristão pelapoJçnLIa de
DE?ldS-,_QEspiritoSanto
revela e prega essa palavra e, por ,meio
d~la, i)1,lminae inflama os corações, de modo que a retenhom cor.-,
firmeza e a aceitem, se apeguem a ela e nela perseverem.
Por isso, tudo é de tal forma organizado na igreja cristã, qW3
possamos obter diàriamente inteiro perdão dos pecados através de;
Palavra e através dos sinais estabelecidos para confôrto e avivomento de nossos consciêncios enquonto vivermos. Emboro tenhomos pecado, o Espírito Santo toma cuidodo paro que isto não nos couse
dono, porque estomos no igreja cristã, onde existe completo perdão
dos pecados. Deus perdoo a nós, e nós perdoamos, s-L1portomos e
ajudamos uns aos outros.
Mas, :fQra_da igreja cristã (isto é, onde o evangelho não existe)
não há perdão, e, consequentemente,
não há sqntidade.
A.ssim.,._a funçqQ _da igreja de pregarº,~vongelho
e ministrar
os socramentos é osseveracla'em
tôctasos Confissões LuteranÓs.
IV.
A Doutrine.
nas Confissões Luteran.as
A Estrutura
da Igreja
Duronte muitos séculos o catolicismo romano hovia acentuod:::>
o importâncio da estrutura da igreja. Originalmente, os bispos eram
considerados despenseiros e defensores da doutrina apostólica. Contudo, esta apreciação de sua função foi sendo codo vez mais des-·
considerada, e, no século dezesseis, a tônica recaía grande mente sôbre a organização hierárquica, uma estrutura na qual os bispos exer
ciam um acentuodo contrôle externo sôbre as suas dioceses e na
qual o bispo de Roma se arrogava o direito de ser o cabeça da igreja na terra.
Porquanio...-Q&--CGnfu;BooBLut€>-rQnOs-nã~-.gÕo
.de_modo algum di
fer.eI1t~ à boa ordem na igreja, é dada especial ênfase ao caráte'
funcional do ministério da igreja. A respeitoªa
"Ordem na Igreja'"
a Confissão ,de
~\'~ÜÇL ensinar ou _
nÇ! igr@ja sem-um chall'lC::::': _
A Refutação RomG:::::=-::~=:
teranos empregam a c,de" -:~~Católica Romana. A A-ç-.cl::
::-:::
de: "Sôbre êste assunto :':'~_:c
temunho de nosso proLe,i:: =--.co_
igreja e as diversas digni6.:: ::.':'::
instituídos por autoridade 1',..:-'
i
Dêste modo os Conii::<>c
- episcopal como válida e ::::~::'sideravam-na como sendo :::.':':::_
cial à estru.tura da igreja.
romanos haviam chegado
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o-Ofício sacerdotal es:::
te: "J\ fim de obter tal fé, =':'~':
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o evangelh:: tes, e não atrovés dos meic.:: cc,:
ra a fé, quando e onde lhE-gelho".
Ou, em outras palavro::
mente com respeito à Íunçe:::
"em conformidade com o e':::::' __
dos bispos é um poder e orcLc:=-_"
1'0. perdoar
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V.
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Havendo explanado u
a Confissão de Augsburgc 8S:= '"
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impossibilitados de concordo~ =:
Romana no sentido de que ::::-.:.:__:-ser mantido. a fim de estabe:e '-,:A respeito de tais exigêncic'O
uni.c:!ºcçi~da igreja cristã, 'c:::::: e
das por homens, devam se=- :1::5:=--lugares".
Com base nos EscriL:_=-=::
greja é criada e preservod::: ::--,:-:
e, por isso chegarom à cOL::I-.:.,:::: _=
deira unidade da igreja crise=,
formidade com a pura inte=::::e:=~~=
sejam ministrados de acê==:=--
~,)nfissões Luteranas
A Doutrina
o evangelho puro e o que
isto é, o verdadeiro co-
12),
:,·.S presidem
as igrejas, que pre::1inistrem os sacramentos e,
sxcomunguem aquêles queséi?
:~'n aquêles que se arrependem,
sstas lunções pertencem àigffi':2 como privilégio exclusivo dJ
--c-,=,
: .: ,:::;s regulares se tornam
"c::'ar a ordenação, aí as
:: :::'snarem. Pois, onde quer que ::1
:.-eito de ministrar o evangelho.
,: evangelho é igualmente enlati:.: Catecismo Maior:
:.__
.::>: única
comunidade no mundo
.. : a cada cristão pela palavra de
~ :2'ega essa palavra e, por . meio
de modo que a retenham corn
:. sla e nela perseverem.
-__.:: organizado na igreja cristã, qU2
~.:: perdão dos pecados através de:;
:': :õ;ecidos para conlôrto e avivamen_.. '::; vivermos. Embora tenhamos pe,:::':::::0 para que isto não nos cause
::istã, onde existe completo perdão
e nós perdoamos, suportamos e
. : :ÕC:,
da Igreja
29
nas Confissões Luteranas
a Confissão ..deAugsbllrgºdiz:
"É sustentado entr""
que ninguém
d~Yeria ensinar ou pregar publiccimente ou ministrar os -sacranientns
nqjgreja sem-um chamado regular."
A Refutação Romana -aprovoU êste artigo, uma vez que os luteranos empregam a ordenação canônica segundo a praxe da Igreja
Católica Romana, A Apologia da Confissão de Augsburgo respore
de: "Sóbre êste assunto temos dado, na assembléia, freqüente te,3tem unho de nosso profundo desejo de preservar a organização da
igreja e as diversas dignidades da hierarquia eclesiástica, ainda que
instituídas por autoridade humana,"
Dêste modo as Confissões Luteranas reconheceram a instituiçã::l
episcopal como válida e proveitosa, Ao mesmo tempo, porém, consideravam-na como sendo de origem humana e não como algo essencial à estrutura da igreja, conforme a conclusão a qual os católicos
0-9JJiLªromanos haviam chegado (cf. Tratado, 66, acima citado),
essencial paro a igreja éa pregação do evangelho e a administraçooCfos -sac;ramentos.
--D ofício sacerdotal está intimamente relacionado a fé justifican·
te: "A fim de obter tal fé, Deus instituiu o Ofício do ministério, isto
é, providenciou
o evangelho e os sacramentos.
Por intermédio dêstes, e não através dos meios, êle concede o Espírito Santo, que opera a fé, quando e onde lhe aprouver, naqueles que ouvem o evangelho".
Ou, em outras palavras, a estrutura da igreja é significativa se·
mente com respeito à lunção da igreja. As Confissões afirmam qu._'
"em conformidade com o evangelho, o poder das chaves ou o poder
dos bispos é um poder e ordem de Deus para pregar o evangelho, para perdoar e reter pecados e para ministrar e distribuir os sacramen...• '
.
"
...
"'0.,'
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m .•",,
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é, onde o evangelho não existe)
:",-:-_.te,não há santid.ade.
:::,8 pregar
o evangelho e ministrar
:C'. t5das
as Confissões Luteranas,
-:·.:::.:.ra
da Igreja
:::::)licismo romano havia acentuad=,
~::eja:. Originalmente, os bispos eram
:~_.s:)res da doutrina apostólica. Con'.:-:..;,5:0 foi sendo cada vez mais des::-:,is, a tônica recaía grandemente sô,:=-.::0:
estrutura na qual os bispos exer.
c:::s~no sóbre as suas dioceses e na
:.:::::o direito de ser a cabeça da igre~~;.:eranas não-.roo de, modo algum di ..
é dada especial ênfase ao caráter
A respeitocia
"Ordem na Igreja"
V.
A Unidade da Igreja
Havendo explanado a verdadeira natureza e lunção da igTeja,
a Confissão de Augsburgo está em condições de especificar os requisitos para a verdadeira unidade na igreja. Os luteranos sentiam-s'?
impossibilitados de concordar com as exigências da Igreja Católic::x
Romana no sentido de que a uniformidade nas cerimônias devesse
ser mantido a fim de estabelecer ou preservar a unidade da igreja.
A respeito de tais exigências, aSnniissOO-Qíz~
"Paw ...Q....verd.o..deira
uniciqd..§' da igreja cristã, não é necessário que cerimônias, institlríc
das por homens, devam ser observadas uniformemente em todos oc
lugares".
Com base nas Escrituras, os confessores acreditavam que a igreja é criada e preservada mediante o evangelho e os sacramentos
e, por isso chegaram à conclusão de que "é suficiente para a verdadeira unidade da igreja cristã que o evangelho seja pregado em con'OTmidade com a pura interpretação do mesmo e que os sacramentos
sejam ministrados de acôrdo com a palavra divina".
--
------_._~
---
--
-_._-------~--------"
30
A Doutrina
da Igreja
A Doutrina
nas Confissões Luteranas
Embora esta afirmação nos dê a falsa impressão de demasiado
slmplicidade, por ser uma fórmula para a unidade da igreja, um
estudo minucioso dos têrmos demonstrará que a fórmula, na reaE,
dade, inclui tudo quanto é necessário.
Conforme a declaração indica, o primeiro requisito para a ver,
dadeira unidade da igreja é êsse, "que. o evangelho seja.pr&9Qdc
em çonformidodecom
a pura interpretação do mesmo". Não é su.'
íic(ente que o evangelho receba correta formulação na confissão ofi,
cial da igreja. Êle deve realmente ser proclamado nos púlpitos e
ensinado na igreja. Isto não significa insistência numa igreja exterio{'mente pura. Os confessores se dão conta da fraqueza humana e da
presença de "opiniões improfícuas" na igreja. Considerando, porém.
que os paroquianos que sustentam estas opiniões improfícuas "Não
põem por terra o fundamento estas lhe são perdoadas e até meSfi-::;
corrigidas". Portanto, aberrações ocasionais ou acidentais no ensino
não destroem a unidade da igreja, especialmente onde tais aberraçõe::õ
são tratadas de maneira paciente e construtiva. Infelizmente, nem
tudo que ostenta o rótulo de "evangelho" no seio da cristandade
na verdade, o evangelho de Cristo. Por esta razão a Confissão de·
clara que o evangelho deve ser pregado "em conformidade com uma
pura interpretação do mesmo".
Considerando os sacramentos simplesmente como forma específicas do evangelho (cf. Artigos de Esmalcalde, Parte II!, IV), as Con·
fissões Luteranas são bastante incisivas quando incluem em sua ex'gência para a unidade da igreja a administração dos sacramentos
"em concordância com a palavra divina".
Embora a autoridade eclesiástica desempenhasse
um papel d'3
destaque na definição católica romana (conforme sintetizada por Melandon na Apologia VII, VIII, 23), as Confissões Lute:-anas não a consideravam como essencial
Uma comparação dos textos alemão e latino da ConfissQ9.de
Augsburgo, Artigo VII, poderia sugerir, à primeira vista, que.existe,
uma discrepância entre ambos, relativamente às condições paro
verdadeira unidade da igreja. Enquanto o texto alemão afirmo .qUc3
"é suficiente para a verdadeira unidade da igreja cristã que o evan·
gelhoseja
pregado em conformidade com a pura interpretação do
mesmo". O texto latino tem êste enunciado:
"Para a verdadeiFl
unidade da igreja, é suficiente estar de acôrdo no que diz respeikJ
ao ensinamento do evangelho .. " Poderia parecer que êste últim,]
afirma devesse haver um consenso intelectual com respeito à doutri,
na do evangelho ou que um acôrdo em documentos escritos fôsse
suficiente. COlltu_dak o contexto indico que o têrmo "ensinam-ento"
(doctrina) deve ser entendido num sentido ativo ou dinâmicode--pregação. e_...ensinopúblicos. Por conseguinte, não há diferença essenciol
entre os dois textos.
Quando os luteranos se referem ao evangelho como sendo pre-gado "em conformidade com uma pura interpretação
do mesmo",
êles nos induzem a indagar acêrca do sentido de ambos os têrmos
o's,
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---- -~- ---- ---------
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~'
da Igreja
--"
"puro" e "Evangelho". A PalavI:::
qualquer elemento que poderia -,'::
ticularmente, tôda forma de justiç.::: ~ =l
lavra "evangelho", a Fórmula de ::. ::
fissão de Augsburgo, estabelece
declara que:
"Quando a palavra "evange::
tôda, a qual êle pessoalmente pc.:::::=
e a qual seus apóstolos igualmentE; .:
ção ocorrem em Marcos 1.15 e i,.''::=' escrever que o evangelho é a pIe:.
quanto do perdão dos pecados.
Quando porém lei e evange __.:
quando se fala de Moisés na quaL:.: ::~
sição a Cristo como de um prega::::'.::
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ensinamos e confessamos que o e'.': :ele arrependimento e repreensão, CI. f'='
mensagem consoladora e jubilosc:
e
consola as consciências atemorize::::.:::: :::
ao mérito de Cristo e as ergue dE
da graça e favor de Deus, adquiri:::::::
ficante examinar a própria ConÍiss:'.
vista. O evangeJho_é.,iX.bQº- nova =' =
é ªvjdenie que.....o Arti g"Q_...l.-de.....C~
Deus do evangelllO,Q Deus que e:::::,-:
É oI5.:;3..us-aquern confessamos nc.'O '-~3
Filho e o Espírito Santo, Sem és:=
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O Artigo II trata do pecado origi::=: .:...:
uma parte do evangelho mas perter.:c,
falam as Escrituras e as Confiss'=e.'O
lei e o evangelho, ainda que ra::'i:=.-'
ser pregados mesmo quando êles 2 : :
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doutrina do pecado deve ser pr=::,: =.
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A esta parte também perte:-.:2 : Livre Arbítrio", Um ponto de V:S::::-r._-=
trio do homem, nos círculos caléli::::
do pecado original. Por essa raz::::: :: ,-.:e
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A Doutrina
Confissões Luteranas
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da Igreja
nas Confissões Luteranas
31
"puro" e "Evangelho". A Palavra "puro" implica na desobstrução de
qualquer elemento que poderia viciar o evangelho, neste caso, par·
ticularmente, tôda forma de justiça pelas obras. Relativamente à pa·
lavra "evangelho", a Fórmula de Concórdia, um interpretante da Con·
fissão de Augsburgo, estabelece algumas meticulosas distinções. Ela
declara que:
"Quando a palavra "evangelho" significa a doutrina de Cristo
tôda, a qual êle pessoalmente proclamou em seu ministério docente
e a qual seus apóstolos igualmente divulgaram (exemplos nesta acepção ocorrem em Marcos 1.15 e Atos 20.24), então é correto dizer 0'1
escrever que o evangelho é a proclamação tanto do arrependimento
quanto do perdão dos pecados.
Quando porém lei e evangelho se opõem um ao outro, como
quando se fala de Moisés na qualidade de um mestre da lei em opo,
sição a Cristo como de um pregador do evangelho, então nós cremos,
ensinamos e confessamos que o evangelho não é uma proclamação
de arrependimento e repreensão, mas é, em rigor, precisamente um-)
mensagem consoladora e jubilosa que não reprova ou terrifica mm;
consola as consciências atemorizadas pela lei, as dirige tão sàmente
ao mérito de Cristo e as ergue de nôvo pela deleitável proclamaçã0
da graça e favor de Deus, adquiridos pelos méritos de Cristo. É edi·
ficante examinar a própria Confissão de Augsburgo dêste ponto de
vista. O evangelho é..a:ubº-a nova da graça de Deus .em Çris.tG·-J-esus;
é_evidente que ..o_Artig.o,_Lde _O;mlissão de liIi.g:sDurgü:'.ieslilica
do
Deus do evangelho,. o Deus queerrLCristoamou
e salvou o mundo.
É' o Q~-us-a-quem confessamos nos ttês--crecrõs 'EcumenÍcos, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo. Sem êste artigo, não é possível pregar o
evangelho "em conformidade--com a-pu:r-G-iriterpFetGlção do mesmo".
O Artigo 11 trata do pecado original. :t:ste artigo não é, em absoluto,
uma parte do evangelho mas pertence àquela outra doutrina da qual
falam as Escrituras e as Confissões, ou seja, a lei. Não obstante, a
lei e o evangelho, ainda que radicalmente distintos entre si, dever·}
ser pregados mesmo quando êles são devidamente diferenciados.
O
Evangelho Bíblico à parte da lei, não teria significado. Por isso, 0
dou trina do pecado deve ser proclamada, como se queira pregar o
evangelho "em conformidade com uma pura interpretação do mesmo."
A esta parte também pertence o que o Artigo XVIII afirma do
"Livre Arbítrio". Um ponto de vista muito vago quanto ao livre arbítrio do homem, nos círculos católicos, reduziu ao mínimo a seriedade
do pecado original. Por essa razão os luteranos acreditavam que uma
tal interpretação era incompatível com a pregação do evangelho "em
conformidade com uma pura interpretação do mesmo".
O Artigo III trata do "Filho de Deus". Por intermédio dêle e da
sua obra o evangelho tornou-se uma realidade.
Onde o Filho d."
Deus não é conhecido ou a divindade de Cristo e sua obra expiató-
A Doutrina
da Igreja
nas Confissões Luteranas
A Doutrina
na sao negadas, aí não existe evangelho e, por conseguinte, o evangelho pode, em tais circunstâncias, ser pregado "em conformidade
com uma pura interpretação do mesmo".
O Artigo IV trata da "Justificação". Êste artigo revele que o perdão dos pecados e a justiça perante Deus nos são conferidos por
Deus pela graça, por amor de Cristo, e que são recebidos pelo fé.
é
~justiíicaçªi?,co_nÍorme
L\Jtero nos diz nos ArtigosdeESlIlalcald_e~
o artigo principal da jé _cristã, e é simplesmente impossíveLmegar à
evangelliopurOmente,
se esta doutrina fôr deturpada.
0.0 ..
-DArÜ"Ij·ü· V-trata do "Ofício do Ministério". O qual está em
relação causativa direta com a fé. "Para obter tal fé, Deus instituiu o ofício do ministério". A Confissão deixa bem claro que o ofíei.o ou trabalho do ministério nerdo lTIaís é que pregar Otl ensinar o
evangelho e ministrar os sacramentos.
Através dêles, como através
dos meios, Deus "concede o Espirito Santo, que opera a fé, quand::J
e onde lhe aprouover naqueles que ouvem o evangelho.
O Artigo VI trata da "Nova Obediência".
Êste tópico, que te!TI
por assunto a vida cristã, é da máxima importância, querendo-se
pregar o evangelho "em conformidade com uma pura interpretação
do mesmo". Na época do Reformo, a nova obediência era tido e
havido, no seio do catolicismo romano, como imprescindível paro a
justificação do pecador. E assim foi, de fato, transformada em cousa da justificação.
Os luteranos viram nisto uma completa deturpação do evangelho.
As Confissões ensinam que esta fé está na
obrigação de produzir bons frutos e que é necessário praticar as
boas obras ordenadas por Deus". 25
A doutrina do igreja, explanada nCls_ArtigosJTIJe VIIL_é.)gualmente apresentada·-em.
confórmidad.e com uma pura inierpr..etº-ção
do evangelho. Visto desta perspectiva, a igreja não é um reino exterior sob um regime hierárquico, nem tampouco uma associação
de pessoas vinculadas por cerimônias e ordenanças humanas, mas
antes uma comunhão de pessoas que crêem no evangelho.
O Artigo XI trata da confissão particular a qual os luteranos
tinhom num aprêço muito elevado, desejando mesmo houvesse sido
conservoda.
Paro éles o volor do confissão residio na obsolvição,
que proclamo e confere o perdão dos pecados, constituindo-se, por
conseguinte, na próprio voz do evangelho. Contuodo, o Confissão de
Augsburgo contesto a necessidade de enumerar todos os pecados,
como comumente se exigia, pois uma tal enumeroção é impossível.
Além disso, uma tal exigência se opõe a uma pura interpretação do
evangelho, porque coloco a tônica no que o homem deve fazer, assim,
fàcilmente promove a justiça pelas obraso
O Artigo XII define o arrependimento
como "não sendo outr·.:!
coisa senão sentir contrição e pesar, ou terror, por causa do pecado
e, ainda assim, crer no evcmgelho e no obsolvição (o saber, q\)oe ,)
pecado foi perdoado e a graça obtida por intermédio de Cristo) .
Assim também esto doutrino está em conformidade com uma pura
interpretaçÔo do evangelho.
__
o
~
-
da
..
Semelhantemente,
:OO:.,=,
:0::=0 de Augsburgo ped2':::
::. da igreja do ponto de _::'::0.
Or Artigos XXII - ~~~:: o
coc:se explicam os abuses c:o..:..::
00
:::nos da atualidade
te,:,
o__o._ ..
=busos" enumerodos na Cc:-.'::o:o.:.
,_2~a sua correçãoo No te,:-o;o -co:::-_.
::.:..:.ostãonÔo eram, via de ::.e::.=.:.
elas foram freqüenteme=.:e I.-:-:
No correção dos obus:::::
:-'-03smaposição firme que :00:::'
~.-:-que maneiro êstes ab'..:o:::::::
c:.edindo os sacerdotes de S2
:-:-ssar e o relatar minucios::::,,_-:--:-_=.::
' __
.2r de certos alimentos e:-:-' :::c'-0~.-.~
---:--nção pudesse merecer g=:::::.-=.::
=cnsiderando os votos mo",::,:;'· o
-:--ito.docomo algo que se 0;=:-:--::
~~m~~an,gelho
..
r:::..:: ; .:.;,;
_
19sburgo lOm.bem '§2{lge, o.s::.:::::.c.
~~j3deçlg
19iB.f.a7-=~que os sc:::.::..:.,
~
:::ill1 a palavra divino".
A r=ec-:--:::::
==
::e expostos no Ar ligo IX, o: '-.::_:::Artigo X, e o uso dos sC:::=::".s.-··=
::::;0 XIII. Ao ocentuar
qus::.o=
<e acôrdo com a palavra co:--:::'::::
==ítica tanto da Igreja CatéL::o
oill nome dado aquêles que ::.:s:::
..
=-ue de Cristo na Ceia do Se::o::'::'
:ecusar-se. o cálice oos lei,::;=...:: s
em prOClSSOO,por ser cont==:.=.:::mto dos católicos roman::;s
",numerados e rejeitados 1'0.
=
,...,
\\
-1-25.
Relativomente ao batisr:·o:
::om. respeito à ceia do Se,,::'::.::.
cepetidamente e de forma c:.-;:Io batismo infantil, tÔo be= c==-o
::.i.er
do bcrtismo. 26
De tudo isto se depree:oo:::.-:-::.;ssozzelosa quonto à pregc:::::. .:.
o.'ma puro interpretaçÔo de r-.-:-s,,_=
o'o,entos "de acôrdo com o r==:.:.-.
iidelidcrde em tôdas as que2·;-:--=
~~-lO ou o Íundo necessário
:;oas obras).
Confissões Luteranas
- '~;:·elho 8, por conseguinte, o evanser " pregado "em conformidade
:-:-_7::illO
.
", Êste artigo revele que o per~~::"_~e Deus nos são conferidos por
>:,,:::;, e que são recebidos pela fé.
':= ::iiz nos Artigos de Esmalcald§"" é
~ "implesmente impossível pregar à
: .::ina fôr deturpada.
~.::
::10 Ministério".
O qual está em
'" "Para obter tal fé, Deus insti~: :'_:issão deixa bem claro que o ofí:""ais é que pregar ou ensinar ')
P~'-,::JS. Através dêles, como através
::.~:::J Sanio, que opera a fé, quand:;
'" ouvem o evangelho.
=:bediência". Êste tópico, que tem
·'·,áxima importância, querendo-se
~'_::::.::decom uma pura interpretação
a nova obediência era tida e
'::=-_'_::mo,
como imprescindível para a
:::i, de fato, transformada em cau.~ 'iiram nisto uma completa detur:' : 88 ensinam que esta fé está nu
.:" e que é necessário praticar os
_~~. nos A-! !igo;:;YII e VIII,_~ iguolcom uma ..pura interpretgção
a igreja não é um reino exnem tampouco uma associação
::'_ios e ordenanças humanas, mas
::: ::;:'..1.e
crêem no evangelho.
.e:e: ~::J porticular
a qual os luteranos
desejando mesmo houvesse sido
con:issão residia na absolvição,
::bs pecados, constituindo-se, por
~--::.:':;!elho. Contudo, a Confissão de
:.8 de enumerar todos os pecados,
::-:,0 to:! enumeração
é impossíveL
a uma pura interpretação d,J
'.S' que o homem deve fazer, assim,
~.::: ::;,oras.
~-=-~-_=.lirnento como '\não sendo outr·)
_::~ ::u. terror, por causa do pecacb
'" :'1a absolvição (a saber, que ')
por intermédio de Cristo).
conformidade com uma pura
u'_
A Doutrina
da Igreja
nas Confissões Luteranas
33
Semelhantemente,
todos os outros assuntos abordados na Confissão de Augsburgo podem ser apresentados
para expor a doutrina da igreja do ponto de vista evongélico.
Or Artigos XXII - XXVIII referem-se a questões controverti,
das e explicam os abusos que foram corrigidos. Certos católicos romanos da otualidade
tem manifesto compreensão
de alguns des
"abusos" enumerados na Confissão de Augsburgo, estando ansiosos
pela sua correção. No tempo da Reforma, muitas das práticas em
questão não eram, via de regra, consideradas como abusos. De fa'
to, elos foram freqüentemente defendidas de forma vigorosa.
Na correção dos abusos, a Confissão de Augsburgo assume ~.1
mesma posição firme que nas questões doutrinárias.
Ela investiga
de que maneira éstes abusos afetam a doutrina do evangelho. Impedindo os sacerdotes de se casarem, obrigando o povo a se confessar e a relatar minuciosamente os seus pecados, proibindo o comer de certos alimentos em determinadas épocas, como se tal ab;3tenção pudesse merecer graça e operar a expiação dos pecados,
considerando os votos monásticos como meritórios - tudo isto é rejeitado como algo que se opõe à pregação pura do evangelho.
Além..-do.--B-vangelhopreQil..ciº--EillLSll(;L.pureza, a ConÍissão de
Au;;sbU7go também exigs:,,_CO_ITL9_
nece..§sép:iQ_.Qgraa ..verdadeirg llni~
dod~dqlQ:rB)fl;'~-nque
os sacro;mentos sejam ministrados de acôrdo
éõí.11· a palavra
divina". A necessidade e proveito do batismo achamse expostos no Arti;;o IX, a natureza intrínseca da Ceia do Senhor
no Artigo X, e o uso dos sacramentos como meios da graça no Artigo XIII. Ao acentuar que os sacramentos devem ser ministrados
de acôrdo com a palavra divina, as Confissões Luteranas fazem
crítica tanto da Igreja CatóIíca Romana quanto dos Sacramentários,
um nome dado aquéles que negam a presenço real do corpo e sangue de Cristo na Ceia do Senhor. O Artigo XXII condena o fato de
recusar-se o cálice aos leigos e de carregar o sacramento por aí,
em procissão, por ser "contrário à instituição de Cristo". Os erros,
tanto dos católicos romanos quanto dos sacramentários,
acham-se
enumerados
e rejeitados na Fórmula de Concórdia, Epítome, VII,
-:<
21-25.
Relativamente ao batismo houve menos controvérsia do que
com respeito à ceia do Senhor. Todavia, as Confissões Luteranas
repetidamente
e de forma clara rejeitam a contestação anabatista
do batismo infantil, tão bem como a contestação anabatista do poder do batismo. 26
De tudo isto se depreende que a Confissão de AU9'sburgo é
assaz zelosa quanto à pregoçÔo do evan;;elho "em conformidade com
uma pura interpretação do mesmo", e à administração dos sacramentos "de acôrdo com a palavra divina". E:3ta incumbência exig8
fidelidade em tôdas as questões que sÔo ou uma parte do evangelho ou o fundo necessário para o evangelho (8. g., a doutrina das
boas obras).
34
A Doutrina
da Igreja
A Confissão reconhece
ser proclamado puramente,
nece indiferente aos abusos
não numa contestação, do
quais a Reforma do século
nas Confissões Luteranas
igualmente que o evangelho não pode
por muito tempo, onde a igreja permaque se baseiam num mal-entendido, seevangelho, como muitos dos abusos aos
dezesseis fêz objeção.
Nesta apresentação não temos dado ênfase à fonte e norma da
doutrina. Q~alg~~~I~ityrG das Confissº~s Luteranas_ há~~. IIl()st!ar
que elas estão firmemente comprometidas com as Sagradas Escrituras como fonte e norma de tôda doutrina. 27
Lições das Confissões Luteranas
para a Unidade da Igreja em Nossa Época
As corporações luteranas que lutam com empenho para vencer
suas dissenções, precisam ser orientadas pelo princípio enunciado
no Artigo VII da Confissão de Augsburgo:
"Para a verdadeira unidade da igreja, é suficiente que o evangelho seja pregado em conformidade com a pura interpretação do mesmo e que os sacramen·
tos sejam ministrados de acôrdo com a palavra divina."
Guiados por estas palavras de nossa Confissão, é nossa obrigação examinar todos os artigos de fé ensinados na igreja, pare<
determinar se êles servem à pregação pura do evangelho. T~tri-na....que é-eontrária go ..evanmÚhQ.L....QrEtiudica_º--_v"'.r:dgdeira
unidad-?
da igr'?ig. Além disso, os Artigos XXII-XXVIII demonstram que a3
pr6ticas que, na igreja, se opõem ao evangelho, também embaraçam a verdadeira unidade da igrej a.
As corporações empenhadas em estabelecer e preservar a umdade na igreja necessitam, seriamente, debater estas questões no
decurso de seus esforços recíprocos. Elas devem dedicar-se em amor
à correção de erros que estão em conflito com uma proclamação pura do evangelho. Elas devem também estar interessadas no expurgo das práticas que se opõem à pureza da mensagem evangélica.
Onde corporações Luteranas acharam ou tiveram assegurado
um genuíno acôrdo na pregação do evangelho "em conformidad3
com uma pura interpretação do mesmo" e na administração dos sacramentos "em concordância com a palavra divina", elas não apenas podem, mas deveriam entrar em comunhão de púlpito e altar.
A Comissão
Alvin Rogness, presidente
Fred Meuser
Fred Kramer
Stephen Mazak, Sr.
Lorman Petersen
-------
-
1) Edmund Schlink, Teologia o·'c."
neke e Herbert J. A. BO'.'IL'.::-.
_
pág. 22.
2) Schlink, pág. xix.
3) Apologia VII e VIII, 23-24. X'"
córdia: As Confissões da Igl~5 é. ~
dore G. Tappert em colabor:cç§.:
Arthur C. Piepkorn (Filadéifié.
4) Confissão de Augsburgo ·VII.
5) Apologia VII e VIII; Artigo:"
Maior lI, 47-48.
6) Prefácio ao Livro de ConcÓ,o:L:, _~.~
7) Apologia VII & VIII, 20.
8) Tratado sôbre o Poder e Pri::-,·.é.=.
9) Ibid., 66-67.
10) Catecismo Maior lI, 42, 55-5<:'
11) Confissão de Augsburgo, xn12) Apologia XIV, 1.
13) Confissão de Augsburgo V. 1-:2
14) Ibid., XXVIII, 5.
15) Ibid. VII, 3.
16) Ibid. VII, 2.
17) Apologia VII & VIII, 20.
18) «Et ad veram unitatem eccl~s::
._
gelii ... »
19) Fórmula de Concórdia, Epi:G:'.~
20) Apologia IV, 5-7.
21) Ibid. 256 - 57.
22) Ibid., lI, 33-34, 50; Fórmui2.
_ ..
23) Artigos de Esmalcalde, Par·t", == 21 ) Cf. também Confissão de .-'c·.:gs·:
25) Confissão de Augsburgo VI. 1
26) Ibid. IX; Apologia, 2; An:ig:~
mo Maior IV, 47 ss.
27) Confissão de Augsburgo.
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A Comissão
Alvin Rogness, presidente
Fred Meuser
Fred Krarner
Stephen Mazak, Sr.
Lorrnan Petersen
A Doutrina
da Igreja
nas Confissões Luteranas
35
NOTAS:
1) Edrnund Schlink, Teologia das Confissões Luteranas, trad. Paul F. Koehneke e Herbert J. A. Bournan (Filadélfia:
Editôra Muhlenberg, 1961\,
pág. 22.
2) Schlink, pág. xix.
3) Apologia VII e VIII, 23-24. Nós citamos as Confissões do Livro de Concórdia: As Confissões da Igreja Evangélica Luterana, trad. e ed. Theodore G. Tappert em colaboração com Jaroslav Pelikan, Robert H. Fischer
Arthur C. Piepkorn (Filadélfia:
Editôra Muhlenberg, 1959).
4) Confissão de Augsburgo VII.
5) Apologia VII e VIII; Artigos de Esmalcalde, Parte III, XII; Catecismo
Maior lI, 47-48.
6) Prefácio ao Livro de Concórdia, pág. 13.
7) Apologia VII & VIII, 20.
8) Tratado sôbre o Poder e Primazia do Papa, 60.
9) Ibid., 66-67.
10) Catecismo Maior lI, 42, 55-56.
11) Confissão de Augsburgo, XlV.
12) Apologia XIV, 1.
13) Confissão de Augsburgo V, 1-2.
14) Ibid., XXVIII, 5.
15) Ibid. VII, 3.
16) Ibid. VII, 2.
17) Apologia VII & VIII, 20.
18) «Et ad veram uni ta tem ecclesiae satis est consentire de doctrina evangelii ... »
19) Fórmula de Concórdia, Epitome V, 6-7.
20) Apologia IV, 5-7.
21) Ibid. 256 - 57.
22) Ibid., lI, 33-34, 50; Fórmula de Concórdia, Sólida Declaração lI.
23) Artigos de Esmalcalde, Parte lI, I, 1-5.
2·i) Cf. também Confissão de Augsburgo XXVIII, 8.
25) Confissão de Augsburgo VI, 1 (latim);
cf. também XX, 27-30.
26) Ibid. IX; Apologia, 2; Artigos de Esmalcalde, Parte III, V; Catecismo Maior IV, 47 ss.
27) Confissão de Augsburgo, Conclusão, 5; Apologia IV, 107-108; Fórmula
de Concórdia, Sólida Declaração, Formulação Sumária, 3.
Das Ende des konfessionellen
3ô
DAS
ENDE
DE)
Gedanken
KONFESSIONElLEN
zm
450-Jahr-Feier
Zeitalters
IEITALTERS*
der Reformation
ProL D. theo1. Hermann Sasse
Unvergesse'1 lebt in meiner ErinnerLmg der Tag der Vierhun·
dertjahr!eier der Reformation, der 31. Oktober 1917. 1n derselben
Stundet in der die '\"Vlirdentrager von Staat und Kirche sich mit den
Vertretem des Heeres und den verwundeten Soldaten in der Aulc
der Berliner UniversitO:t versammelten, um Karl Ho11s berühmte Festrede "Vi{ as verstand Luther unter Religion?" zu horen, standen ':Tir.
ein zur Krieg-sstdrke vlieder aufgehilltes und neu ausgeriistetes
Bcta11ion, zum Gottesdienst angetreten an einem regnerischen Taese in
Flandem, um die überpatriotische
Predigt des Divisionsplarrers, der
in Zivil hauptamtlicher
Konsistorialrat bei einem preussischen Konsistorium Vlar, mehr oder \Aleniger anzuhoren.
\lom Evangelium '/,lor
darin keine Spur zu linden, und es hatte dem geistlichen Herm ge,;'riss gut getan, wenn er die Flüche mitangehort hatte, die man nach dem
Dienst aIs Vertreter der Kirche 2U horen bekam. Es vrar lür viele von
uns der letzte Gottesdienst. Denn am folgenden Tage gingen ,vir nac':1
Paschenda1e in Ste11ung, '1on wo die Di'1ision sechs Tage spater he·
rausgezogen vlurde. Von rneiner Kompanie von 150 }\1ann kamen
sechs zurück. Dies kleine Erlebnis sei hier ervTahnt, 'wei! es, tausendfach
wiederholt in den Erfahrungen des Ersten V/eltkriegs, die -\1Vandlung
erklb:rt, die sich damals in den Seelen einer Generation vo11zog. Es
war eine gnadige Heimsuchung.
VJarum sie sich nicht im Zvreit2D
We1tkrieg wiederholt hat, davon haben wir spater zu reden. Es war
eine li\!andlu.ng, die sich gleichzeitig in mehreren Kirchen in verschie·
dener Gestalt vollzog. 1n der Katholischen Kirche Deutschlands W1..Jrde sie erlebt aIs das Erwachen der Kirche in den Seelen, wie es Romano Guardini in einer programmatischen
Schrift ("Vom Sinn der
Kirche", 1922) beschrieben hat, und aIs die neue Liturgische Bevre·
gung, die damals, von Maria Laach ausgehend, ihren Siegeszug durch
die Welt antraI. ln der Reformierten Kirche der deutschen Schvreiz
waren die erste Predigtsammlung, die Karl Barth und Eduard Thurneysen gemeinsam herausbrachten
(1917), und Barths Rbmerbriel von
1919 die ersten Signale der neuen Bewegung. Die Briefe der beiden
Freunde, in den Festschriften zum 70. Geburtstag von Barth (1956)
und von Thumeysen (1958) veroHentlicht, sind ein Denkmal nicht nur
einer grossen Freundschaft, sondem auch eines grossen Stückes modemer Theologiegeschichte.
Das alles nahm seinen A'1fang in dem
grossen, schrecklicken Kriegsjahr 1917. Es wm ein Schicksalsjahr Eu*
Diese «Gedanken» eines der griissten lebenden Theologen des echten Luthertums sind zuel'st erschienen in Lutherische BHitter, Oktober 1967.
Herausgeber der Luthel'ischen Bliittel' ist Missionsinspektor DI'. FI'. "V.
Hopf, Bleckmar. H. R.
rapas, aIs die BIÜte de:sen l'Aaterialschlachter: 'i'O-~,:..
vVeltkrieg Cim Karfreitag : ~: dsrs", lauteten Wilsons :C=~_ .. :-:
Revclutionen, vor olle~-:. ,~._~November (neue'1 S'::~
F\ir das Lutherturc, :.::'_.::= : :
;:sdeutete die theolo.;,isc:·.'ê3er Lehre der 1utherisct:.e=-,2=::::',,:-:-~
J::-:.d.eredie Lage u'1se:-s"
"iemals geschrieben \','e-6=::-,
:':011 (1866-1927). Es VTQ:- ci:::.o
.:nter den Kirchenhistori~:e~=-,''':'::-_::::::
stenen musste. Erst om /-'~~:::-:::..
'onsfestrede von 1917 rÜ:::.:':' =:~
)''-clS der strengen
Schuls'::~", ,er ersten Patristiker Deuts:::'::=-.::::
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.• .".ellen umfosste nicht r"-'~ :.:::
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~~osse Liebe Martin Lutl-:.=:~
~ --2tneraufsb:tze! angeJGngs~-:.
:.ers Urteile über sich sel}::s:
c)"eringe vVirkung QU2ç;e
~~7 die Frage "Was hc"
"sTlschen zu sagen?" r:r:.iti,:,~::.~:s::::..eDoktri'1, die ihre Zeit :-_::':c.
'",.,:':1modernen Geschlech: :~:
.s::ht notiger lmd heilsoms:'
":7). 1n dem gonannten lc·,·".:s=::
:-:::11selbst der Frage naC:-.;;,:,;;.: _~
'S Grundlehre der Relor:::..:.:::::=-.
-...:,:-lichsten in dem Aufsa:c
-:=22chichte des Protestar:t:s:::.'.::::
::-::::ich'1amigen Schrift, T0'cir.:':2:-.
das Gefüh1 hinterlass,:,=-_
..:.::-,., soviel hiesse, wie h:=-.s:.. :::.
'-.einmbeiten. Aus der I'-,'_::::::'dass es bei Gott 1.":-:0 .":"':'.
den vVert des eige:::..o:::..
;''::=:'
verleugnen. Und. schlie2s' i=:.
""<:::sgrífldes deutschen ld,:,=::::::-.-.
_:.
=:~::':Üten,Gott so nahs mil c.s:: ':'.
=-:.snach der Rechtfer;ig'_"::';cs:=::-,~"
Uberzeugung, dass eis .-'
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Das Ende des konfessionellen Zcitalters
~SSiONElLEN
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ZEll Al TERS*
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iheoL Hermann Sasse
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37
ropos, aIs die BlÜte der grossen europoisehen Volker in hoffmmgslosen Moteriolschlochten
verblutete, bis der Eintritt Amerikos in den
Weltkrieg am Karfreitog 1917 ("Hier steht Ameriko, es konn nicht Ollders", louteten Wilsons berÜhmte Worte) und die beiden Russischen
Revolutionen, vor ollem die Bolsehe'Nistische Oktober-Revolution vom
7. November (neuen Stils) , die grosse \Vendung einleiteten.
1
tÜr das Luthertum Eurapas, in Deutschland wie in Skandinovien
bedeutete die theologische VI/endung die
Luthers ur:d
der Lehre der lutherischen Bekenntnisse. Ein Bueh, dos mehr aIs vieb
ondere die Loge unserer Kirche erleuchten voíÜrde, dos aber vwhJ
niemols geschrieben werden wird, wore eine Biogrophie von Ka;l
H011 (1866-1927). Es wor dos Lebensschicksol dieses vie11eicht gross:en
unter den Kirchenhistorikem unserer Zeit, doss er immer im Sehatten
stehen musste. Erst am Abend seines Lebens, seit seiner Reformotionsfestrede von 1917 rückte er in dos vo11e beht der óffentliehkeit.
Aus der strengen Sehule des Tübinger StiÍls kommend, Vior er eine~
der ersten Potristiker Deutschlonds geworden, ein Kenner der Ostkirehe,
vrie '.vir ihn nie wieder gehobt hoben - denn seine Kenntnis de~
Que11en umfosste nicht nur dos griechisehe Altertum unO. MitteIolte~,
sondem oueh die gesomte moderne Russische Literotur - galt seine
grosse Liebe Mortin Luther. Es ist heute unbegreiflich, doss seine
Lutheroufsatze, ongefongen mit der kostboren Stuclie von 1903 "Ll~
thers Urteile Über sieh selbst" (L 381-419), bei ihrem Erscheinen eine
so geringe \iVirkung ousgeübt hoben. Vergeblich beantwortete
er
1907 die Froge "Was hot die Rechtfertigungslehre
dem modemen
lvfenschen zu sogen?" mit der begrÜndeten teststellung:
"Sie ist nicht
eine Doktrin, die ihre Zeit hatte, sie ist dos evangelium aeternum. UnO.
dem modemen Geseh1echt ist sie in ihrer befreienden Strenge vielleicht notiger unO. heilsomer ols irgendeiner früheren Generotion" (E,
567). In dem genonnten Aufsatz vlie in anderem Zusommenhong ist
HolI selbst der Froge noehgegongen,
wie es geschehen konnte, doss
die Grundlehre der Reformotion so vergessen werden konnte, om ous
führlichsten in dem Aufsotz. "Die Rechtfertigungslehre
im beht der
Geschichte des Protestontismus"
(III, 525-557 noch der 2. Aufl. der
gleichnomigen Schrift, Tübingen 1922). Er sogt: "Die pietistisehe ZeLt
hot dos GefÜhl hinterlassen, aIs ob 'lon der Rechtfertigungslehre
leben, soviel hiesse, wie künstlieh sich in überstiegene Empfindungen
hineinorbeiten.
Aus der Aufklarung wirkt nomentlich der Gedonkr~
noeh, doss es bei Gott und bei den Mensehen se1bst unwohrhoftig
wore, den \Vert des eigenen guten Wollens des Menschen vollkommen
zu 'lerleugnen. Und sehliesslich hot sieh 'lon dem philosophisehen Go:tesbegriff des deutschen Ideolismus her noeh eine Abneigung dogegen
erholten, Gott so nohe mit dem einzelnen in Beziehung zu setzen, wie
dos noch der Rechtíertigungslehre der FalI sein sol1te. Zusommen mil
der Überzeugung, doss die geschichtliche Wissensehaft die olIgemei-
38
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
Das Ende
nen Voraussetzungen
des Dogmas, das dualistische Welt- und Geschichtsbild und den inspirierten Kanon, endgültig zerstort habe, mochte
das alles wohl zu dem Schluss führen, dass die Rechtfertigungslehp?
unhaltbar geworden sei" (S. 553). Das war denn in der Tat die An·
schuung nicht nur der Philosophen der Zeit, die das Bild der Welt
und der Geschichte bestimmten, wie Troeltsch und Dilthey, die in Luthers Rechtfertigungslehre bei allem Respekt vor der Person des Reformators nur ein Stück unüberwundenes
Mittelalter erkennen konnten,
sondem es war auch die Meinung der herrschenden Thealogie. RitscrJ
war der letzte gewesen, der in seiner Art versucht hatte, in "Rechtfer·
tigung und Versohnung" das Thema des Christentums zu sehen. A7.T.l
Anfang des 20. Jahrhunderts war das nahezu vergessen. AIs Karl Ho]]
damals seinen einsamen Kampf für das sola lide kampfte, hatte eI
nicht einmal die Unterstützung der Paulusforschung mehr. Für William
Wrede (Paulus 1905, 2. Aufl. 1907) war die Rechtfertigungslehre ein?
"Kampflehre", in der Paulus sich mit dem Judentum auseinandersetzte.
Ahnlich hat es W. Heitmüller in seiner Marburger Reformationsrede von
1917 gesagt und in der Erfahrung des Geistes das eigen tliche Wesen
paulinischer Frommigkeit gefunden. Für Adolf DeisslTlOnn war Pau·
lus zum "Mystiker" geworden, aIs ob das "ich lebe, doch nun nicht
ich, sondem Christus lebet in mir" (Gol. 2, 20) jemals getrennt wer·
den konnte von der Fortsetzung: "Was ich aber jetzt lebe im Fleisch.
das lebe im Glauben an den Sohn Gottes, der mich geliebt hat und
sich selbst für mich dargegeben."
Mystik war das letzte Wort de"
protestantischen
Christentums in jenen Jahren vor dem Zusammen·
bruch des alten Europa. Mystik ist die Religion des unmittelbaren Er·
lebens Gottes. Sie bedarf keiner Gnadenmittel, keines ausseren Got·
tesvTortes, keiner Sakramente, keiner Kirche. Sie spricht mit dem jun·
gen Schleiermacher der "Reden": "Nicht der hat Religion, der eine
heilige Schrift besitzt, sondem der keiner bedarf und wohl selbst ein:"
machen konnte" Mystik ist die Religion, die auf der Annahme einer
tiefsten Identité:i:tvan Gott und dem gottlichen Urgrund des Menschen
beruh1. Mit dem Unterschied von Schopfer und Geschopf - Atman
is Brahman - verschwindet auch die Wirklichkeit der Sünde - sil';
wird zur blossen Unvollkommenheit oder zum "wesenlosen Scheine",
und damit die Notwendigkeit der Vergebung, der Versohnung und
Rechtfertigung des Sünders, des Kreuzes Christi und des Glaubens an
den für uns Gekreuzigten.
2.
Die Wiederentdeckung
dieser vergessenen
Wahrheiten
des
christlichen Glaubens war die grosse Erfahrung der zwanziger Jahr8
dieses Jahrhunderts in der Theologie Europas. Peter Wüst, der katholische Philosoph, dem Emst Troeltsch nach dem Zusammenbrucb
Deutschlands im Jahre 1918 half, den Weg zu seiner Kirche zurückzufiI!.den, nannte die \Vende, die sich dom aIs vollzog, "die Achsendrehung
vom Subjekt zum Objekt". Das war nicht schlecht beobachte1. übe·
---
-----~---
---~
-
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~=".zeigte sich das Verlc::;:-ô-:"".
erten. Aus dem Subjeic'::-.·:s:·:·..: __
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:-:-:.::r.n in Gesellschaft
und S::::.::::::.:-.::,..'Ph'l lasop h'le un d"-::: :.e~ .:'.':'-:.:=
... :::ter
::.:8 objektiv gelten und ::;~: =:~ :.:'
.: :'::1 gründen
kann. So i:::::-.:"". e.: :. ~
·'.-:)ftes Gottes, des kirchL:::-.-ô-::
:=.~:c:c
sen Liturgischen Beweg'..:::; .::e~
:::-ô-anderen Konfessione:. -ô-~::-:-:::
··.::cnsenden Studium L''':':::-:~~s
:-ô-:chnend war, dass dGi::~<=--.:-::':
::;t waren, sondem aue::::': e :.::: -: ~::
·.·:ie es seit Generationer-, :""
.. ::-.:"".'::e =.
:-.:sscnriften der Reformatic:""_-c· .. :=:-. .r. den Studierstuben de :=:::~~.:""_::-_:c
-.e·clerte reformierte Theolc;:e
:: ..
:;;ische Revolution, übe:- oe:,:,-.:"". 2:':-_::::ht klar war, wie die ers:e:: = e.::.::-=r ..
.:..,J.seinandersetzung zwisc}-,e~', =.:--..:-__
,,~ines getreuen Mitstreiters T:-.-..:-·",. :~=
"cssen Emil Brunner in ZÚ::..-. :::=:-.e '2
Ter:, zumal nachdem Barth r::::::-. =",_.-=,::
:2ine grosse akademische \'c:~;:.::=-=-~
::e, Reformierten Professur i,_ c
:=.
.''=;
Vielleicht kann niemGLi >:.
_
u::ht damaIs selbst in Deut.::c:-.::::-.-=_
?:-crge : Was 5011 ich predigs::: _~.::=::ie AuÍgabe des Predigers se: :::~ -e .. ::
::ss Herm und seiner Apos:e, ::.~:- .
::er anderen "Virtuosen der f=:.:=:.:..-.
::=ss sie auch das ErIebnis ::-ô-r :=-~
~,cm das macht ("Wie predi;e:·.
__
::'sr Titel des beliebtesten Le:"r;:·,,:.:::--_-=
_2:
?raktischen Theologie". Nur: ....::~ .::.::.-=
:e,nten wieder, was die Auf;:::;.;:~ =~:
"'-ort Gottes zu predigen in de, ::-ô-.=-=--'
·,--ir begannen wieder zu verstehe:-. :.
.~:obtrennbar ist von der Ve,-.',-::.: .._-.:: ,
_
::':e Heilige Schrift wieder ols:::...::·
cO,ntenwir wieder das Bekenr:t-.i.o ·:"r:-:=.
=·..:fdieses Wort Man muss se:"::: ·.'e
::er Kirche, um eine Generatier: -=_ ::.-c
":.::ddie Bekenntnisse der Refor===:- ::
~:-,er inneren Beteiligung studier: ..-.=::=
.::ere heutigen Studenten haben _'.-::-:::;;
s::gte Elert einrnal von der Ger:e::::'.::-.-=
~::-ieggingo
0-::
Das Ende des konfessionellen
c, ~~ionellen Zeitalters
ias dualistische Welt- und Ge:=::-_::-::-_.
endgültig zerstOrt habe, mochte
o~00~~:1, dass die Rechtfertígungslehri?
=:JS war denn in der Tat die An::_~-_ :ier Zeit, die das Bild der Welt
_? Troeltsch und Dilthey, die in Lu,,=-_:='espekt vor der Person des Refor::.?:-_ssMittelalter erkennen konnten,
-:: ::.s::herrschenden Theologieo RitscH
,<Oo?::Art versucht hatte, in "Rechtfer-o~=-_-_=
des Christentums zu seheno A-DJo
- :. ::2 nahezu vergesseno Als Karl Holl
:_: das sola tide kampfte, hatte eI
:~- ?::::.llusforschung mehr. Für William
-',-ar die Rechtfertigungslehre ein3
::__-odem Judentum auseinandersetzte.
,,_:-_?:Marburger Reformationsrede von
~o:: -:oesGeistes das eigentliche Wesen
Für Adolf Deissmann Vlar PelU::6 das "ich lebe, doch nun nicht
Gal. 2, 20) jemals getrennt we~o
-':as ich aber jetzt lebe im Fleisch.
Gottes, der mich geliebt hat und
L'fystik war das letzte Wort dee:;
?c_en Jahren vor dem Zusammeniie Religion des unmittelbaren Er
-=::,_adenmittel.keines ausseren Got o
",_?:: Kirche. Sie spricht mit dem junNicht der hat Religion, der eine
::,,:: ;:einer bedarf und wohl selbst eine
::?i_;rion, die auf der Annahme eineI
_?=-_:;rÓtílichen Urgrund des Menschen
: -o SchÓpfer und GeschÓpf - Atman
_ ::~_i:e Wirklichkeit der Sünde - si·:,
o-o?::odor zum "wesenlosen Scheine",
::.?: Vergebung, der Versohnung und
::?o--"zesChristi und des Glaubens an
:
=_=
:
00_:-_
_=-
o
vergessenen
Wahrheiten
des
~ Edahrung der zwanziger Jahw
: ~:e Europas. Peler Wüsl, der kathoT-:::ô i:sch nach dem ZusammenbruclJ
']1eg zu seiner Kirche zurückzufín=-==-,a1svollzog, "die Achsendrehung
r-:.ichtschlecht beobachtet.
übe_o
::'-:0:-_
0_'_
li§0
Zeitalters
39
rall zeigte sich das Verlangen nach objektiven Wahrheiten, Tatsache:-:,
Werten. Aus dem Subjektivismus und der Anarchie der Werte suchtC'
man in Gesellschalt und Staat, in der Kirche und im religiosen Leben,
in der Philosophie und in der Theologie nach Wahrheiten und Werten,
die objektiv gelten und auf die das menschliche Leben und Denker,
sich gründen kann. So kam es zur Wiederentdeckung
der Kirche, dO'3
Wortes Gottes, des kirchlichen Bekenntnisses. Das geschah in der grossen Liturgischen Bewegung der Katholischen Kirche, die bald auch
die anderen Konfessionen ergriff. Es geschah in dem machtig ano
-,vachsenden Studium Luthers und der Reformation, wobei es bezeichnend vvar, dass dabei nicht nur die Theologen vom Fach beteio
ligt waren, sondern auch die Pastoren, die nun wieder Luther laser:,
wie es seit Generationen nicht der Fall gewesen war. Die Bekenntnisschrilten der Reformation wurden wieder lebendig, und nicht nUl
in den Studierstuben der Pfarrhauser. Aus der Schweiz kam eine ero
neuerte reformierte Theologie. Barths Romerbrief eroffnete eine theclogische Revolution, über deren Sinn und Tragweite man sich zunachst
nicht klar war, wie die ersten Debatten zeigten, vor allem die historische
Auseinandersetzung
zwischen Barth und Harnack. Die Schrilten Barths,
seines getreuen Mitstreiters Thurneysen und ihres damaligen Kampfgenossen Emil Brunner in Zürich beherrschten die theologischen Debat-ten, zumal nachdem Barth nach Deutschland berufen worden war und
seine grosse akademische Wirksamkeit begonnen hatte, die ihn von
der Reformierten Professur in Gottingen nach Münster und Bonn führte.
Vielleicht kann niemand die Wandlung jener Zeit verstehen, dOI
nicht damals selbst in Deutschland im Plarramt stand mit der bange:l
Frage: Was sol1 ich predigen? Man hatte uns einst gelehrt, dass e,
die Aufgabe des Predigers sei, die religiosen Erlebnisse der Propheten,
des Herrn und seiner Apostel, der Vater und der Reformatoren un:i
der anderen "Virtuosen der Religion" lebendig werden zu lassen, so
dass sie auch das Erlebnis der Predigthorer werden konnten. Wie
man das macht ("Wie predigen wir dem modernen Menschen?" war
der Titel des beliebtesten Lehrbuchs der Homiletik), lernte man in der
W'oT
"Praktischen Theologie". Nun war das alles zusammengebrochen.
lernten wieder, was die Aufgabe des christlichen Predigers ist: das
Wort Gottes zu predigen in der treuen Auslegung der Heiligen Schrift.
Wir begannen wieder zu verstehen, dass die Predigt des Wortes Gotte::::
unabtrennbar
ist von der Verwaltung der heiligen Sakramente. Wie
die Heilige Schrift wieder als das Wort Gottes verstanden wurde, so
lernten wir wieder das Bekenntnis verstehen als die Antwort der Kirche
auf dieses Wort. Man muss schon weit zurückgehen in der Geschichtc
der Kirche, um eine Generation zu finden, welche die Reformatoreü
und die Bekenntnisse der Reformation mit solchem Eifer und mit solcher inneren Beteiligung studiert hatte wie diese. "So ernst wie unsere heutigen Studenten haben wir das Bekenntnis nie genommen",
sagte Elert einmal von der Generation, die dann in den Zweiten Weltkrieg gingo
Das Ende
40
dES
konfessionellen
Zeitalters
Das Ende
Vias ist aus dieser Bevveg'cmg geworden, unO. was hat sie er·
Diese Bekenntn:sbe"\/legung11
"íNie v\Tir sie nennen
-v\iollen, tejll
das Schicksal aller derarhgen Bewegungen in der Kirchengeschichte. Sie
war, bei Lichte besehen, die Bevvegung einer Minderheit mit einem
Schwarm von MitlCiuiem. Aber Geschichte, auch Kirchengeschichte,
wird nun einmal von Minderheiten gemacht. Es ist femer zu beden-·
ken, dass niemals eine derartige Bewegung alie Theologen umÍasst.
Wie es in der Zeit der Ef'.A7eckung im 19. Jahrhundert Leute gab, di,"
ungesti::irt den SchlaÍ der AuiklCirung weiterschlieÍen wie WegscheideT
unO. Paulus, so lebten die SchÜler von Troeltsch noch Íort Ein Mam'
wie Tillich ist niemals VOE der Theologie der Reformation eriasst wo~'·
den. Vielleicht hat er gerade deswegen am Abend se ines Lebens seine grosse
in o.SEl Lande atlSçje1ibL in dem die lutherische,
calvinische oder anglikanische ReformaEcm niemals zu Hause war,
sondem wo das im 16. unO. 1'7. Jahrhundert aus Europa verdrcmgte
Schwarmertum seine Heimat gefunden hatte. Wilhelm Stdhlin unJ
seine "Bemeuchener", ein Mischprodukt aus o.em osianderschen Luthertum Nümbergs, theosophischen EinflÜssen unO. halb hochkirchlichen
Gedanken, haben das lutherische sola lide nie verstanden oder habe')
es schopferisch missverstanden.
Dazu kam die kompakte Masse der
"Beamtenseelen" der Pfarrervereine, wie Oito DibeJius sie nannte, das
Fussvolk, das immer auf dCis Komuwndo von oben wCirtet. Die "Bewegung" selbst umbsste
verschiedene
Gruppen, Lutheraner alieI
Schattierungen von den spateren sch'Narzen "Schvvabachem" bis zu
den sCinHmÜtigsten Vereinslutheranem;
Reformierte alten Stils unO. solche, denen das letzte Kollegheit des Meisters eine von diesem selbst
nicht gewÜnschte Autoritat besass, die mit Überzeugung Unierten Preussischen, Badischen oder Pfalzischen Bekenntnisses; die V1Ürttemberger
mit ihrer eigenen unO. oft eigenwilligen Tradition. Über dem allen abeI
schvvebte die hochste FÜbrerschicht, die in "Zwischen den Zeiten"
schrieb, Barth unO. Brunner nebst Bultmann unO. Gogarten, gCinz verschiedene Geister, untereinander so uneinig, "vie mCin sagte, wie die 0.0maligen chinesischen Generale. UnO. eloch WCirdie Bewegung gerade
in der Verschiedenheit ihrer fÜhrenelen Geiter unO. in eler MannigÍaltigkeit ihrer Anhangerschaft, in der sich die Buntheit des deutschen
evangelischen Kirchentums widerspieg-elte, etwas Grosses. Diese Bekenntnisbewegung
der zwanziger Jahre war eine Enveckungs.bewegung, díe nicht zur Vollendung gekommen íst. Sie stieg machtig ar:,
CiIsnach dem Ende der deutschen Inflation 1924 BÜcher unel Zeitschriften wieder gedruckt und gekauftwerelen
konnten. Sie erreichte einen
ersten Hi::ihepunkt, cls im ]ahre 1927, dem TodesjCihr von Karl Hol!' der
erste (unO. einzige) BCind von Barths "Christlicher Dogmatik" ("Die
Lehre vom Worte Gottes") erschien, die elCinn seit 1932 durch die
grosse "Kirchliche DogmCitik" ersetzt wurde. Dieses Jahr bezeichnet
einen neuen Hohepunkt. Denn damaIs begann mit dem AnwCichsen
eles NCitionalsozialismus 1md elem Erscheinen der "Deutschen ChristGn" der Bekenntniskampf.
Zah1reiche "Bekenntnisse" unO. bekenntnismassige Áusserungen be',;rannen seitdem zu erscheinen, die meisten
reicht?
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Zeitalters
41
mit der Absicht, das Bekenntnis der Vater auf die Gegenwart anzG.wenden. Eins von ihnen, das sogenannte Betheler Bekenntnis, gründete sich auf die Augustana:
"Wir bejahen a1s den Ort, von dem
aus wir reden, die Lehre der evangelisch-1utherischen
Kirche. Wir
1assen die Bekenntnisschriften nicht hinter uns, um einfach von der
Schrift aus zu reden, und wir unternehmen es noch viel weniger, eina
Unionslehre zu versuchen".
So wurde aus einer theologischen Besinnung und Erweckung eine Bekenntnisbewegung,
die sich dann in
der sogenannten "Bekennenden Kirche" institutionalisierte.
3.
Warum ist die Bekenntnisbewegung
nicht das geworden, was
Wlr einst von ihr erhoHten? Wir wo11en nicht undankbar sein. 'vVa3
es an geistlichem Leben und an echter Theologie heute im deutschen
Protestantismus gibt, das ware nicht da ohne jene Bewegung. Dass
die schwachen evangelischen Kirchen dem Ansturm des Nationalso·
zialismus und seines totalen Staates haben widerstehen konnen, ist
do:s Verdienst derer, die in aller Schwachheit und Fragwürdigkeit ihrer
theologischen Einsicht und ihrer kirchlichen Weisheit den Ansprüchen
ausserkirchlicher Machte Widerstand geleistet haben. Ob es auÍ die
Dauer und in einem Staat, der nicht von politischen Di1ettanten geleitet wurde, moglich gewesen ware, ist eine andere Frage. Man
kann das, was die evangelischen Kirchen Deutschlands durchzuma·
chen hatten, nicht mit dem vergleichen, was die Kirche etwa in Russ·
land erlebt hat. Auch das wo11en wir dankbar anerkennen, was wir
in jener Bewegung an echter Theologie gelernt haben. Die Genera,
tion der theologischen Erweckung und des Kirchenkampfs stirbt nun
ClUS. ln wenigen Jahren wird sich das Bild des evangelischen
Deutschlands vollkommen gewandelt haben. Wir werden spater ein Wori
darüber zu sagen haben, was das für die Zukunft bedeuten mag
Hier sei nm das gesagt, dass wir nm hoHen und wünschen konnen,
dass die kommenden Geschlechter diese Generation mit etwas meh,
Objektivitat bemteilen mochten, aIs sonst in der Kirchengeschichtt~
die Sohne Íür ihre VO:ter übrig haben. Denn diese Generation "Zwi·
schen den Zeiten" hatte grossere Lasten zu tragen aIs andre Gene:-ationen des Übergangs. Lasst man die Gestalten derer, deren Na::nen im Kirchenkampf eine Ro11egespielt haben, an sich vorüberziehen,
c/vos für Biographien stehen da 'lar einem! Die grosste Not diesel'
'::;eneration war, dass sie nicht gerüstet war für die Aufgaben, die
:olotzlich vor ihr standen. Woh1 gab es unter ihnen tüchtige Manner,
·.m
. d sogar einen grossen, eigenstandigen
und eigenwilligen Denker
von We1tformat, Karl Barth. Aber die Prob1eme waren zu gross, als
::bss sie von einer Generation gelost werden konnten. Wir machen
·,.ns das klar an den drei Grundprob1emen, 'lar denen die theologi.oche Erweckung stand und die sie nicht zu meistern vermochte. Es
~ind das erstens das Problem der Heiligen Schrift aIs des Wortes Got·
::es, zweitens das Verha1tnis zwischen dem Warte Gottes und dem
42
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
Bekenntnis der Kirche und drittens die lehre vom Sakrament. Wenn
wir sie im folgenden kurz erortem, werden wir mit Erstaunen festzustellen haben, dass diese ungelosten Probleme der deutschen Bekenntnisbewegung
die ungelosten Probleme der gesamten heutigen
Christenheit, einschliesslich der Romisch-Katholischen Kirche, sind.
4.
Es wurde aIs eine ungeheure Befreiung empfunden, aIs ma;,
wieder zu verstehen begann, dass die Aufgabe der Predigt nicht di~
Mitteilung "frommer Gemütsbewegungen",
personlicher religioser Erlebnisse, und überhaupt nicht menschlicher Religion sei, sondem dj2
Verkündigung des uns in der Heiligen Schrift gegebenen objektiven
Wortes Gottes. Die neue Wendung zur Dogmatik hing zusammen mel
der Krisis des Historismus, die mit dem Tode des grossen protestantischen Geschichtsphilosophen
Emst Troeltsch (1865-1923) zusammer,fiel. Es blieb ihm erspart, den Vortrag über die Stellung des Christentums unter den We1treligionen halten zu müssen, den er für eiw:
Gastvor1esung in Oxford geschrieben hatte und in dem er, seine
früheren Anschauungen
über die Absolutheit des Christentums zurücknehmend, seine Lehre von der "polymorphen Wahrheit" zu End~
dachte:
Es gibt keine absolute für die Menschen aller Kulturen
gleichbleibende
Wahrheit; das Christentum, das für uns Menschen
des Westens die Wahrheit ist, ist es nicht für die Hochkulturen Asiens.
Nun aber wandte sich die Theologie von dem Historismus und Relativismus des beginnenden
20. Jahrhunderts ab und der Dogmatik
zu. Das bezeichnendste Beispiel dafür ist die Selbstverskindlichkeit.
mit der ein Dogma der Kirche wie das von der jungfrdulichen Gebu:t
des Herm plotzlich wieder von den Theologen angenommen wurde,
nachdem Karl Barth im ersten (und einzigen) Band der "Christlichen
Dogmatik" 1927 sich dazu bekannt hatte. Das grosse Kapitel "Das
Wunder der Weihnacht" in der spdteren, endgültigen Form seine:Dogmatik (Die Kirchliche Dogmatik r, 2, 1938, S. 187-221) ist wohl
das Beste, was in der neueren Theologie darüber geschrieben worden ist. Man versteht den tiefen Eindruck, den es auf eine Generation
machen musste, die sich aus dem Historismus und Relativismus der
Vergangenheit in eine neue Dogmatik flüchtete. Dass dieser "Flucht
in die Dogmatik" so schnell in der Theologie Bultmanns eine "Flucht
vor dem Dogma" folgen sollte, das war doch erstaunlich.
Wieder
hing die Wendung mit einer Wandlung der Generationen und mit
dem grossen Gang der Weltgeschichte zusammen. Der Zweite Weltkrieg hat nichts hervorgebracht,
was einer Erweckung gleichkam,
vielleicht deswegen, weil die Seelen der Menschen Europas durch die
Jahre der grossen Diktaturen abgestumpft waren. Aber dass die Theologie das wiederentdeckte
Dogma der Kirche so schnell wieder vergessen konnte, das muss noch einen anderen Grund haben. De~
Übergang von der rein historisch orientierten Theologie zu einer neuen
Dogmatik war zu plotzlich gekommen, ais dass alle damit zusammenhdngenden Probleme hdtten rechtzeitig gelOst werden konnen.
----- ------ ----
---
-
Das offenbart sich -.-:::
Sie bedurfte eines '.'::1 = __ ,~
;estellt hatte, dass die reic:. l-_:.õ':--c:'
:ier biblischen Bücher nich: =-~ e::>
tes Gottes führen konnte, v::::-_::cc=
Vforte Gottes wurde das The=-_:. >Karl Barth in allen seinen ÍT'..:l-_eT_ .::.:
eie der Kirchlichen Dogmatik =-.:: :2 sammen 1500 Seiten) sich d:e.õe: ~:.::
logie Barths ihre Weltwir h; r:; ,denkerische leistung, die ir:.:.l:e:=:_ '"
:n dem ganzen Werk steckt, =.~',-e:
dass es heute so wenig Theel::;='_ =brauch von ihnen machen c..;r::::'c__
Nachbeter, die mit Vergnüger_ '::: - ::l
mit seiner lehre von Schriit '~:. -::é:
pital geschlagen haben, hat e.õ : .. =::
Die Frage, die uns hier bevie;: :::- ::
';ren ist, eine Losung des Prcble::-.~ _e
zu geben, die über seine tho:::l::c_c
::jsfunden hdtte. Dass schon "'e:-.~·'"
ser "Lehre vom Worte Gottes ~_
Neuen Testaments ihren Sieges::.~· :..:
in Amerika selbst bei LutheTc:r:er:_ :Worte Gottes nichts weiss, de" ~.:::_,=
gewiss nicht nur den Schüle:r: 2:::
Dass schon, bevor Barths gTcsse =:~
schland die Horsdle der Dog=-_=>~: :
neration sich dem Studium eLe: :-l:-.'
auch Barth ein Schmerz gevrese:' ==_,
die Weishei t des Alters dieser: ::::: .. -:dcrt haben.
Aber wo liegt die Grer::ze h:_
Schrift? Sie liegt darin, dass e: ::_::
mit den Reformatoren und der: K:::.·.,o.:
Zeiten lehren muss: Die Heili:;", .: :.:-c:
oan diesen Satz ganz ernst r:",::.=-.~
auf der anderen Seite mit seiEs: >:-=der Freiheit des Heiligen Geis:es . S
das Wort so einschrdnkte, dass :::..
nicht aufrechterhalten werden l:eT_::.:~
der Schrift unter den Untertiteli-. __"
Offenbarung" und "Die Schrii: ::l.: _=~
von der das Alte wie das Neue -:-'"':: ==
identisch mit der Schrift. Abe:-i.:.: .:"
barenden Worte Gottes, wenn Se:' - :
für uns Ereignis werden ldsst. 2::::::-_--c,:
mit der heilenden Wirkung des -·.-:::'cc~
.)::hrift.
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= -:::-cisch-Katholischen Kirche, sind.
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Befreiung empfunden, ais mare.
die Aufgabe der Predigt nicht di,:
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Religion sei, sondern di2
:-:-:-iligen Schrift gegebenen objektiven
zur Dogmatik hing zusammen mit
:::-.i:dem Tode des grossen protestan-·
=~-::st Troeltsch
(1865-1923)
zusammeL:'_ -:ortrag über die Stellung des Chri:'.'=::ê.
halten zu müssen, den er für ein'"
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:::er "polymorphen Wahrheit" zu End'?
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für die Menschen aller Kulturen
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::=atik L 2, 1938, S. 187-221) ist wohl
Theologie darüber geschrieben wor'C:'. Eindruck,
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Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
43
Das offenbart sich vor allem in der Lehre von der Heiligen
Sie bedurfte eines volligen Neubaus, nachdem es sich heraus::jestellt hatte, dass die rein historische Erforschung und Betrachtunq
der biblischen Bücher nicht zu einem wirklichen Verstandnis des Wortes Gottes führen konnte, von dem die Kirche lebt. Die Lehre vom
Worte Gottes wurde das Thema der Theologie. Der Energie, mit der
Karl Barth in allen seinen frühen Schriften, und dann im ersten Ban·
ele der Kirchlichen Dogmatik mit seinen beiden Halbbanden
(mit Z'_lsammen 1500 Seiten) sich dieser Lehre annahm, verdankt die Theologie Barths ihre Weltwirkung. Niemand denkt daran, die gewaltig3
denkerische Leistung, die in diesen ersten Banden der Dogmatik wi."!
in dem ganzen Werk steckt, zu verkleinern. Wir konnen nur bedauern,
dass es heute so wenig Theologen auch in Deutschland gibt, die Ge·
brauch von ihnen machen und sich davon anregen lassen. Blosse
Nachbeter, die mit Vergnügen, vor allem aus dem zweiten Halbband
mit seiner lehre von Schrift und Bekenntnis, kirchenpolitisches KC1'
pita! geschlagen haben, hat es allerdings mehr aIs genug gegeben.
Die Frage, die uns hier bewegt, ist die, warum es Barth nicht gelun·
gen ist, eine Losung des Problems der Lehre von der Heiligen Schrilt
zu geben, die über seine theologische Schule hinaus Anerkennung
gefunden hatte. Dass schon wenige Jahre nach dem Erscheinen dieEntmytho!ogisierung
des
ser "Lehre vom Worte Gottes" Bultmanns
Neuen Testaments ihren Siegeszug durch die Welt antreten und dase;
in Amerika selbst bei Lutheranern Tillich, der doch nun wirklich vom
Worte Gottes nichts weiss, der grosse Theologe sein würde, das ist
gewiss nicht nur den Schülern Barths ein schweres Ratsel gewescn.
Dass schon, bevor Barths grosse Dogmatik vollendet war, in Deutschland die Horsale der Dogmatiker sich leerten und die junge Generation sich dem Studium der Hermeneutik zuwendete, das muss
auch Barth ein Schmerz gewesen sein, auch wenn die Toleranz un.-l
die Weisheit des Alters diesen Schmerz wie manchen anderen gelindort haben.
Aber wo liegt die Grenze von Barths Lehre von der Heiligen
Schrift? Sie liegt darin, dass er auf der einen Seite sah, dass man
mit den Reformatoren und den Kirchenvatern, ja mit der Kirche aller
Zeiten lehren muss: Die Heilige Schrift ist Gottes Wort, und das3
oan diesen Satz ganz ernst nehmen muss, wahrend er gleichzeitig
auf der anderen Seite mit seiner lehre von der Freiheit Gottes, VO.1
der Freiheit des Heiligen Geistes aus, die Bindung des Geistes an
das Wort so einschrankte, dass die Koinzidenz von Wort und Schrift
nicht aufrechterhalten werden konnte. Barth behandelt die Lehre von
der Schrift unter den Untertiteln "Die Schrift ais Zeugnis von Gottes
Offenbarung" und "Die Schrift ais Gottes Wort". Die Offenbarung,
von der das Alte wie das Neue Testament Zeugnis ablegen, ist nicht
identisch mit der Schrift. Aber die Schrift wird für uns zum offenbarenden Worte Gottes, wenn Gott in seiner Freiheit die Offenbarung
:ür uns Ereignis werden lO:sst. Barth vergleicht die Wirkung der Schrift
oit der heilenden Wirkung des Wassers des Teichs von Bethesda, die
Schrift.
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
vorhanden ist, wenn der Engel das Wasser bewegt
"Wo und Vvan,1
es Gott geki:llt", wird das Wort der Schrift oder der Predigt für uns
zum Worte Gottes. Nur in diesem Sinne werden die Warte der Schrift
und der Predigt zum V,!orte Gottes. Hier tut sich der Unterschied zwischen Barths Konzeption des Wartes Gottes von dem Verski.ndnis des
Wartes in der lutherischen Lehre auf. Denn das "ubi et quando visum
est Deo" steht im FÜnften Artikel der Augustana ja an anderer Stelle.
GegenÜber dem Schwdrmertum, gegen welches der Artikel gerichtet
ist, wird betont, dass Gott die Gnadenmittel eingesetzt hat, damit wir
zum rechtfertigenden Glauben kommen. "Denn durch das Wort und
die Sakramente wird der Heilige Geist gegeben, der den Glauben
wirkt, wo und wann es Gott gefdllt." Nicht die Gegenwart des Heiligen Geistes in den Gnadenmitteln steht unter dem Vorbehalt des
"wo und wann es Gott geki:llt", sondem der Glaube bleibt das freie
Geschenk der gottlichen Gnade. 1n seiner Freiheit und in seiner Liebe hat Gott, um sich der SÜnder zu erbarmen, in freie r Gnade sic11
selbst an die Gnadenmittel gebunden, an das dussere Wart der Schrift
und der Predigt, wie Luther es so schon im Artikel von der Beichte
in den Schmalkaldischen
Artikeln ausspricht:
"Darum sollen und
mÜssen wir darauf beharren, dass Gott nicht will mit uns Menschen
handeln, denn durch sein dusserlich Wort und Sakrament" (Bek. Schr.
S. 456). Das ist gegen die Schwdrmer gesagt, die den Geist ohne das
dussere Wort der Schrift und der schriftgemdssen Predigt zu haben
behaupten, Zu ihnen gehort Barth nicht Aber er kommt ihnen no.he,
wenn die Bindung des Geistes an das Wart so gelockert wird, do.ss
die Bibel an sich noch nich t Gottes Wort ist, sondem es erst wird, wo
und wo.nn es Gott geldllt, seinen Heiligen Geist zu dem dusseren
Wort hinzuzutun. Wir mÜssen, do.s war Luthers Lehre, daro.uf beharren, dass alIe, die in der Kirche die Lesung der Schrift und die
schriftgemdsse Predigt horen, Gottes Wort horen, geno.uso wie o.lle,
die das So.krament empfangen, Leib und Blut Christi empfo.ngen, zum
Segen oder zum Gericht. "Ein Prediger", sagt Luther, "wenn er gepredigt ho.t (vvo er ein rechter Prediger ist) muss mit Jeremio. (17,6)
sagen und rühmen: Herr, du weisst, dass, was aus meinem Munde
gegangen ist, das ist recht und dir gefallig. Ja, mit St Po.ulo (1. Kor,
7, 10; 1. Thess. 4, 15), allen Aposteln und Propheten trostlich sagen'
Haec dixit Dominus, das ho.t Gott selbst geso.gt" (Wider Hans Worst,
1541; WA 51. 517), No.ch Barth ware do.s eine Vermessenheit, ein
menschliches VerfÜgenvvollen über do.s Wort Gottes. Die Folge fÜr
sein Verstandnis der Heiligen Schrift ist do.nn, do.ss die Bibel nic!ct
mehr Wort Gottes in dem Sinne ist, in dem die Kirche do.s zu allen
Zeiten verstanden hat: das geschriebene '010rt Gottes, das zwar VO'1
Menschen geschrieben, aber von Gott gegeben ist und do.rum in
seiner geschriebenen Gestalt Gottes Wart ist und nicht nur unter g8
wissen Umstanden Gottes Wort werden ko.nn. Es ist ergreifend, d0.3
Ringen Barths in seiner Dogmatik um die Aufrechterhaltung des Saizes, dass die Bibel das Wort Gottes ist, zu verfoL:ren. Er mochte do:>
in o.llem Emste tun und versucht, die Lehre der Reformation und de,
~-~-
~---
'--~
-----
,,-
--'---~--
Orthodoxie neu zu begrünc:.,=n
über, der die Autaritat der 2:~.,..gründen vermag. Er erklb,t
Wort ist, ein analytischer S::c
mer nur in seiner WiederhoLn~
ober in seiner Ableitung m;sv:: ,=,::-:::
(KD lI, 2, S. 505). Er sieht, de:::::
rotion der Schrift das theolc:::::.ce_,::
_
Schriít und Wort Gottes zu S::=;""
Lehre bei den Kirchen vater:;
nehmbar ist, obwohl er ihr ",,=:::"
Neubau dieser Lehre versuch,=c,
gen, vveil er die 1nspiration d=, .::
konn: ols "Ereignis", aIs die C::-::,,_::
und Aposteln kam, und wieder'..:~,
L1enschenwort der Schrift zur:, -::<
unmoglich sein, diese Anscho . ..:::-::
'vVenn Jesus Christus Matth.
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"im Geist" gesprochen anführL .. :::'
cl.os Wort der Schrift aIs VOE; G~,c' sie doch nicht, dass die Schr:I:' -:: ..
Augenblick der Offenbarung Gc"~:
der werden konnen, wenn der =-:::
Die Schrift hort doch nicht mil, -:::e- :::;
Diese merkwÜrdige 1nsp:r::;:::::
von der Schrift aIs Menschem'ic':
3er das Neue Testament nocr:. :::,-'Niemand bestreitet, dass die he:::;-::ben sind und an den Begrenz',;" ~.~
Aber dass von dieser Irrtumslj'-_:::::nicht das, was die AposteI thec:c ~,::
das paradoxe Vlunder der Ir::3c:r:'
diesem fehlsamen Menschenv,'c-:
spricht alIem, wos die Kirche 'ie.': ,_
2eine Wahrheit und 1rrtumslosi::::Ú"
.:mf die Frage eingehen, wie dc~::--~
und dem Menschenwort in der S:':.. _:- Sinne man die 1rrtums10sigkeit::i=::- ,:
wo man mit Barths Lehre endet,,:::.:
guine o nach Australien herüc,=r:::::'tümem. Das ist die 1nkarnati02-",
guinea diesen Unsinn ab. Aber::::
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sionaren, die unter dem EinÍL:''::3 :-r,~: '"
sind, den Christen junger Kirc:'~,=:-.::_
Die Wirkungen in DeutscL.:::.~_
.ge1 einer wahrhaft auf die Schr::~ '':':-:: '
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1nspiratic::-_'::~=>
Barths, die "neue Hermeneutik
no
·'::::fessionellen
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
::':=iS WasseI bewegt.
"Wo und wana
: ::ier Sehrift oder der Predigt !ür uns
~::.. Sinne werden die Worte der Sehrift
::,,3. Hier tut sieh der Untersehied zwi-::-:~esGottes von dem Versti:indnis des
-= :=id. Denn das "ubi et quando visum
-=~der Augustana ja an anderer Stelle,
_ gegen welches der Artikel geriehtet
:::::-,adenmittel eingesetzt hat, damit wir
,::numen, "Denn dureh das Wort und
.. ;:;e Geist gegeben,
der den Glauben
e:Óllt." Nieht die Gegenwart des Hei-:.~:teln steht unter dem Vorbehalt des
sondem der Glaube bleibt das freie
-= In seiner Freiheit und in seiner Lie:::e, zu erbarmen, in !reier Gnade Sicl1
,.-:::-,den,an das i:iussere Wort der Sehrift
~ so sehon im Artikel von der Beiehte
.,:eln aussprieht:
"Darum sollen und
:::2:8S Gott nieht will mit uns Mensehen
-=,lieh Wort und Sakrament" (Bek, Sehr,
. -Órmer gesagt, die den Geist ohne das
ier sehriftgemi:issen Predigt zu haben
::-:th nieh1. Aber er kommt ihnen nahe,
~ em das Wart so geloekert wird, dass
-::-:tes Wart ist, sondem es erst wird, '-NO
,:::-:en Heiligen Geist zu dem i:iusseren
das war Luthers Lehre, darau! be~=irehe die Lesung der Sehrift und die
:::ottes \lvart horen, genauso 'wie alle,
Leib und Blut Christi emp!angen, zum
~. Prediger", sagt Luther, "wenn er ge: Prediger ist) muss mit Jeremia (17,6)
-::eisst, dass, was aus meinem Munde
::. elir geli:illig, Ja, mit S1. Paulo (1. Kor.
~.;::osteln und Propheten trostlieh sagen'
:;::tt selbst gesagt" (Wider Hans Worst,
::-:h wi:ire das eine Vermessenheit, ein
''':.Der das Wort Gottes. Die Folge !ür
Schrift ist dann, dass die Bibel nics.t
.::-.e ist, in dem die Kirehe das zu allen
':-3::hriebene Wart Gottes; das zwar VO'1
-,·cn Gott gegeben ist und darum tn
:::cttes Wart ist und nieht nur unter ge::: vrerden kann. Es ist ergrei!end, da::;
'.:;<z um die Au!reehterhaltung
des SaL:;::ttes ist, zu verfolgen. Er mochte da.:;
die Lehre der Reformation und de,
---~-------~
-
-~--
-
-
-
-
-
---
Zeitalters
45
Orthodoxie neu zu begründen, var allem dem Katholizismus gegenüber, der die Autoriti:it der Bibel nur au! die Autarikit der Kirehe zu
gründen vermag. Er erkli:irt, "dass der Satz, dass die Bibel Gottes
Wort ist, ein analytiseher Satz ist, ein Satz, dessen Begründung im·
mer nur in seiner Wiederholung, Umsehreibung und Erli:iuterung, nieht
aber in seiner Ableitung aus übergeardneten
Si:itzen bestehen kann'
(KD n, 2, S, 505). Er sieht, dass die Lehre der Kirehe von der Inspiration der Sehrift das theologisehe Mittel war, um die Identité:i:t von
Sehri!t und Wort Gottes zu begründen.
Da ihm die alte Form der
Lehre bei den Kirehenvé:i:tem und den arthodoxenTheologen
unannehmbar ist, obwohl er ihr "relatives Reeht" anerkennt, muss er einen
Neubau dieser Lehre versuehen.
Aber dieser will ihm nieht gelin·
gen, weil er die Inspiration der Sehrift nur aIs "Ereignis" verstehen
kann: aIs "Ereignis", aIs die Oflenbarung Gottes zu den Propheten
und Aposteln kam, und wiederum aIs "Ereignis", wenn Gott uns das
Mensehenwort der Sehrift zum Gotteswart werden li:iss1. Es dÜrf+i~
unmoglieh sein, diese Ansehauung in der Sehrift selbst zu finden.
Wenn Jesus Christus Matth, 22,43 das Psalmwort 110, 1 aIs von David
"im Geist" gesproehen an!ührt, wenn seine AposteI (z, B. Apg. 1, 16)
das Wort der Sehrift aIs vom Geist gegeben zitieren, dann meinen
sie doeh nieht, dass die Sehriftwarte des Alten Testaments nur im
Augenblick der Oflenbarung Gottes Wart waren und es immer vlieder werden konnen, wenn der Heilige Geist uns Glauben sehenkt
Die Sehrift hort doeh nieht au!, Gottes Wart zu sein.
Diese merkwürdige Inspirationslehre
maeht es Barth mÓglieh,
von der Schrift aIs Menschenwort in einer Weise zu reden, die weder das Neue Testament noch die Kirehe aller Zeiten gekannt hat.
Niemand bestreitet, dass die heiligen Schriften von Menschen geschrieben sind und an den Begrenzungen mensehlieher Schrift teilhaben.
Aber dass von dieser Irrtumsli:ihigkeit nichts ausgenommen ist, aucn
nicht das, was die AposteI theologisch lehren, und dass gerade darin
das paradoxe Wunder der Inspiration bestehe, dass Gott uns ou;.,
diesem fehlsamen Mensehenwort sein Wort horen lasse, das wider·sprieht allem, was die Kirehe von Anfang an über das Wort Gottes,
seine \1\7ahrheit und Irrtumslosigkeit gelehrt hat. Wir konnen hier nieh:
au! die Frage eingehen, wie das Verhi:iltnis zwisehen dem Gotteswort
und dem Mensehenwort in der Sehrift zu verstehen sei und in welche'TI
Sinne man die Irrtumslosigkeit der Sehrift heute zu lehren hat. Aber
wo man mit Barths Lehre endet, das wird klar, wenn es nun aus Neuguinea naeh Australien herübersehallt:
"Die Bibel ist voll von Irr~
tümem, Das ist die Inkamation." Natürlieh lehnt die Kirehe von Neuguinea diesen Unsinn ab. Aber so etwas wird heute von jungen Missionaren, die unter dem Einfluss modemer Theologie aufgewaehsen
sind, den Christen junger Kirehen beigebraeht.
Die Wirkungen in Deutschland liegen ou! der Hand. Der Mangel einer wahrhaft ou! die Sehrift und nieht au! theologisehe Spekulation gegründeten
Inspirationslehre
hat, gegen alle Intentione'l
Barths, die "neue Hermeneutik" au! Bibel und Kirehe losgelassen, die
Das Enc'e des konfessionellen
Zeitalters
heute mit luftigen Hypothesen und philosophischen Vorurteilen das
zerstort, was die theologische Erweckung zwischen den Weltkriegen
aufgebaut hatte. Es wird doch wohl niemand behaupten wollen, das3
die Hermeneutik Bultmanns und seiner Schule irgend etwas mit histori·
scher Erforschung der Schrift zu tun habe. Der alte Rudolf Otto iE
Marburg hat einst seinem jungen Kollegen RudoIf Bultmann klar zu
machen versucht, dass es ein falsches philosophisches Vorurteil se:
anzunehmen, dass, weil in dem modernen aufgekki:rten Marburg keinc,
"Wunder" geschehen, sie niemals und nirgends geschehen sein konnten, sondern zu den Missverstdndnissen und Mythen eines vorwissen·
schaftlichen Weltverstdndnisses
gehorten. Die Zeit ist gekommen, da
die Theologie Bultmanns und seiner Schule einer gründlichen "Ent·
mythologisierung" unterzogen werden muss. Dabei wird es sich heIausstellen, dass viele ihrer wissenschaftlichen Voraussetzungen nicht:3
sind aIs philosophische Vorurteile und dass der Jesus, den Bultmann
an die Stelle des biblischen Christus setzt, nichts ist ais ein menschli.
cher Mythos.
5.
Nichts liegt uns ferner, aIs Karl Barth und seine Theologie dafÜr
verantwortlich zu machen, dass die Erneuerung der Lehre vom Vvorte Gottes nicht gelungen ist und dass darum auch die ErneuerunC}
der Kirche steckenbleiben musste. Für uns ist Barth nur das hervor·
ragendste Beispiel für einen Vorgang, der sich in der Christenheit
abgespielt hat. Wenn irgendein Mensch, dann hdtte dieser grosse
und selbstdndige Denker uns den Weg zeigen konnen aus der Wüst(j
des historischen Zweifels in das gelobte Land eines erneuerten christ-lichen Glaubens. Wir kÓnnten die lutherischen Dogmatiken des letzten
Menschenalters, die in Deutschland und in den Skarldinavischen Kirchen erschienen sind, durchgehen und würden überall auf densslben
Tatbestand stossen, dass bei aliem Guten und Wahren, das sie ent·
halten, die Lehre von der Heiligen Schrift zu kurz gekommen ist. Was
an der "Erkldrung der Bischofskon!erenz der Vereinigten EvangelischLutherischen Kirche in Deutschland zum Streit um die Bibel" aufféillt,
ist dies, dass sie an der Frage, was denn die Bibel nach ihrem Selbst·
zeugnis und nach der Lehre der Lutherischen Bekenntnisse ist, volli<]
vorbeigeht. Ob die Heilige Schrift Gottes Wort ist oder ob sie das
Wort Gottes nur enthCilt, das erfahren die Gemeinden und Pastoren.
an welche die Erkldrung gerichtet ist, nicht. "Die Bischofe nahmen
mit dieser Erkldrung ihr Lehramt in Anspruch. Sie sprachen aus,
was sie glauben und bekennen", heisst es im amtlichen Kommentar
(S. 132). Sie hdtten getrost ein bisschen mehr bekennen und lehren
sollen. Denn auf die Fragen, welche die Bekenntnisbewegung
"Kein
anderes Evangelium" ihnen gestellt hat, ist dies keine wirkliche Antwort, zumal wenn man in der "Zusammenfassung der Diskussion" le·
sen muss: "Die Auferstehung' wird, heute kaum ausdrücklich geleugnet" (S. 118). Gewiss, aber jeder versteht etwas anderes darunter. Auf Grund welcher Quellen nehmen übrigens manche dieser
Das Enãe
.~,=",
historisch-kritischen" Fors::-.s~ :;;. _---sei? Woher weiss der Marb·.;.::;~: :-> ~
das leere Grab nur der Legs:-::::s ::.-.:=~.::
3ehauptung,
eine reine \T e:-::=.''':':''':::-.
'"
verloren und kÓnnen es :-:i:::-.
.
charakterisierte
vor kurzes ds:
Theologischen College die Lc.:;:s =
:o.
dienjahr in Amerika zugebrc.::-": ''':':'.__::1
vVeltreise studiert hatte. Er s:::::::s ::--::
leicht auch schon von der. de-..:.:;::=:~oller "Biblischen Theologie"") '.' -:;':
:-Ioch lutherischen Landeskirc'::s:=. = ~ ._
-Nas wollen sie überhaupt no:::-: :_:-.-bevorstehende Reformationsj ubi:=-..::; =
::ogen vermag, ob die Heilige S::-.:.=Perspektiven tun sich für die Eir:::-.·u.::-'7
ber au!? Da wird ja dann V1C:-:: : .. ::-.:S
Aber wir müssen noch '1,'8::-=:
hÓrt ja nicht nur den ProtestG:-.:s~. __
C:hristenheit des Os tens und V/es:-=-:
das Verstdndnis des Auflosungs:;:r:::~=s
schen Kirchen befinden, ais die B~::__ wicklung in der Romischen Kird-a
der am Ende des 19. Jahrhunde::s
?ius X. (1903-1914) seinen Hene:;:·.;.:-""::
rallele in dem Kampf zwische"
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seit etwa 1908 "Fundamentaliss.;s
:ikas nannte. Es ging um diess:bs:
Irrtumslosigkeit ("inerrantia",
. ::-.~::
__
beiden Seiten wird pletzlich ei:-. :__
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bis dahin nicht gebrauchter Bibe:s; -- :
Schrift kann nicht gebrochen v.-er::s:-.
Disziplin führte Rom den Kamp: - .-::
n.ismus getroffen, den keine Kirc::~~ =:~:'"
storung des kirchlichen Dogmas :::=.
der Kampf richtet sich in beide:: :~"
selbst, gegen die Anerkennung:::s2:=:-.
ols "hehere Kritik" (critica sublisi::- _-ó-:
1946), Literarkritik, im Untersch:s::: :"
bezeichnet. So kam es dann zu der: :..."
ligen Offiziums über die Echthe:, :::~O
5, 7) von 1897, dann der Bibelkc::=.::=.-':E
ten Fragen der Bibelkritik: über::::s =.=
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lichen Schriften usw. Es ware~ ::::.. _.~.,
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heisst es im omtlichen Kommentor
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.:-_:1
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
47
"historisch-kritischen" Forscher an, dass Jesu Leib im Grabe verwest
sei? Woher weiss der Marburger Hellseher, der S. 47 zitiert wird, das:;
das leere Grab nur der Legende angehort? Das ist eine unbeweisbare
Behauptung, eine reine Vermutung.
"Wir haben das Wart Gottes
verloren und konnen es nicht wiederfinden."
Mit diesen Worten
charakterisierte
vor kurzem der Leiter eines KongregationalistischeYJ
Theologischen College die Lage seiner Kirche, nachdem er ein Studienjohr in Amerika zugebracht und die Lage seiner Kirche auf einer
Weltreise studiert hotte. Er sagte das in tiefem Ernst. Gilt das vielleicht auch schon von den deutschen evangelischen Fakultéiten trotz
aller "Biblischen Theologie"? Was tun die Leitungen der nominell
noch lutherischen Landeskirchen Deutschlands?
Was konnen sie, j:1
was wollen sie überhaupt noch tun? ln welchem Sinne will man das
bevorstehende Reformationsjubildum feiern, wenn man nicht mehr Z'J
sagen vermag, ob die Heilige Schrift Gottes Wart ist? Und -V'Telch.:;
Perspektiven tun sich für die fünfhundertste Wiederkehr des 31. Oktober au!? Da wird ja dann wohl nichts mehr zu feiern sein.
Aber wir müssen noch weiter blicken. Die Heilige Schrift gehort ja nicht nur den Protestanten, sondern auch der Katholischen
Christenheit des Ostens und Westens. Nichts ist aufschlussreicher für
das Verstéindnis des Auflosungsprozesses,
in dem sich die evangelischen Kirchen befinden, aIs die Beobachtung der entsprechenden En~wicklung in der Romischen Kirche. Der Kampf um den Modernismus,
der am Ende des 19. Jahrhunderts unter Leo XIII. begann und unter
Pius X. (1903-1914) seinen Hohepunkt erreichte, hat seine genaue Parallele in dem Kampf zwischen "Modernismus" und dem, was man
seit etwa 1908 "Fundamentolismus"
in der Refarmierten Kirche Amerikas nannte. Es ging um dieselben Fragen, um die Inspiration, die
lrrtumslosigkeit ("inerrantia", "inerrancy") der Heiligen Schrift. Auf
beiden Seiten wird plOtzlich ein für die Irrtumslosigkeit der Schrilt
bis dahin nicht gebrauchter Bibelspruch angeführt (Joh. 10, 35: "Die
Schrift kann nicht gebrochen werden").
Mit allen Mitteln kirchlicher
Disziplin führte Rom den Kampf. Dabei wird nicht nur der Modernismus getroffen, den keine Kirche ertragen konn, néimlich die Zerstorung des kirchlichen Dogmas im Namen der Wissenschaft, sondern.
der Kampf richtet sich in beiden Fdllen auch gegen die Wissenschaft
selbst, gegen die Anerkennung dessen, was mon auf beiden Seiten
aIs "hahere Kritik" (critica sublimior, Leo XIII., Providentissimus, Denz
1946), Literarkritik, im Unterschied
zu der niederen, der Textkritik,
bezeichnet. So kam es dann zu den Lehrentscheidungen erst des He'·
ligen Offiziums über die Echtheit des "Comma Johanneum" (I. Joh.
S, 7) von 1897, dann der Bibelkommission seit 1902 über die bekann- .
ten Fragen der Bibelkri tik : über die mosoische Au torschaft des Pentateuchs, die Einheit des Jesajabuches, die Echtheit aller neutestamentlichen Schriften usw. Es waren Entscheidungen, in denen den katholischen Theologen jeweils die konservativsten Anschauungen aufgezwungen wurden und die dann spéiter fast alle revidiert werde::l
mussten. Der akuten Krisis des Kampfes unter Pius X. folgte die chro-
Das Ende des konfessionellen
48
Zeitalters
Das Ende '-'c3 ~:._cc,
nische Krisis, die sich erst loste, aIs die Enzyklika "Divino afflante
Spiritu" von 1943 der Bibelkritik die Tür auch in die Romische Kirche
offnete und sie zugleich so leitete, dass das Dogma nicht gefahrdst
werden konnte. Der Zustand der Unsicherheit und sogar der Unwahrhaftigkeit, in dem viele katholische Gelehrte lange Ieben mussten, ist
mit daran schuld, dass diese plOtzlich gegebene Freiheit von vielecl
missbraucht wurde, so dass heute ein neuer Modernismus gefO:hrlichster Art das katholische Dogma bedroht. Auch in der Romischen
Kirche gibt es heute eine "Flucht vor dem Dogma", die mehr ist aIs
der Versuch, von den FesseIn der aristotelisch-thomistischen
Lehre
freizuwerden und in der Theologie zur Schrift zurückzukehren. Es sind
nicht die schlechtesten Katholiken, dieheute
mit banger Sorge um
ihre Kirche in die Zukunft blicken. 1st das, was wir heute in allen
Kirchen erleben, vielleicht eine Krisis des christlichen Glaubens überhaupt in der Welt, vielleicht sogar die Krisis aller Religion, die der
Marxismus seit über einem Jahrhundert vorhergesagt hat?
6.
Aber damit sind wir nun schon mitten in dem Problem der Au:lOsung des kirchiíchen Bekenntnisses, die der Auflosung der Lehre
von der Schrift aIs dem Worte Gottes folgt. Es ist nicht so, wie ma;}
uns immer wieder hat einreden wollen, dass die Hochschatzung des
Bekenntnisses der Kirche der Autoritat der Schrift Abbruch tut. 1m
Gegenteil, beide, Schrift und Bekenntnis, hangen so eng zusammen
dass die Auflosung des einen die Zerstorung des anderen bedeutet.
Wieviel Versuche sind doch seit dem Pietismus gemacht worden, Kirche zu bauen, die nur der Schrift folgt und jedes menschliche Bekenntnis entweder ablehnt (wie die "DiscipIes ", die "Churches of Christ'
und ahnliche Gebilde in Amerika), oder die das Bekenntnis so abwertet, dass es de facto keine bindende AutoritO:t mehr besitzt. Man
erwartet dann, dass die Pastoren nichts weiter lehren aIs die lauter
und rein verstandene Schrift (wie in den Kirchen der Schweiz), aber
es ist jedem überlassen, wie er die Schrift versteht. Das Bekenntnis
ist vollig privatisiert worden. Wo noch eine Bekenntnisverpflichtun;J
bestehenbleibt, wird sie dann im Sinne des "frommen Quatenus" (K.
Barth) verstanden.
Man akzeptiert das Bekenntnis, "sofern" es mlt
der Schrift übereinstimmt. Niemand weiss genau, und niemand kann
sagen, wieweit das der Fall ist. Wohin das führt, das hat die Geschichte des modernen Protestantismus hinlanglich gezeigt. Es gehorte zu den Früchten der kirchlichen Erweckung nach dem Ersten
. Weltkrieg, dass das Bekenntnis wieder zu Ehren kam. Aber wie schnell
wurde diese Entdeckung vergessen! Das Barmer Bekenntnis - denn
ein Bekenntnis war ja die "Theologische ErklO:rung" von Barmen
( 1934), die nun in diesern Jahre von den Presbyterianern
Amerikas
feierlich in die neue Sammlung ihrer Bekenntnisschriften aufgenom-·
men wird und die in manche r deutschen Landeskirche zu den Ordinationsbekenntnissen
gehort. Sie hat wie nichts anderes dazu be:-
--
-
----_.
-
-----
-
~strage;}, dass der Beke,.:::.:::-.~.o::
7;-~.:
-.3uen Begriff des kirchlicl-:e,_ :=ei:e:-- .
:"'::siligeSchrift zum Warte G-:::e~ ... ~: :C::::1rung,
dann ist das kir-:::'u::-_e :=e.:
:--:'ierund jetzt" geschieht :::::. .:...,:. :::.e::
::::1Sklaran
einem Beispie: ::S''':::::''': ~
.. man sag, t d'le St uaen:s,_
'
'.-:e
:-.. C:.' .=
::.nd, sondem lieber in die -,--=~:e~_:::lben nichts gegen Professe:- '/'8',,'.:0:.=
:::lttestamentliche Theologie le::':-: '::::-:::.~
sin frommer Mann ist. In O3e:::~-:::~re und ein Tag" (1957, 4
=::--:'eidungsÍrage, die Josua in 2:::_e=.
::e:- Antwort des Volkes (Jos 24 2':'-':':s:-ern Gott, dienen und seine:- 2:::-:.:-:7
::::-,en Prototyp dessen, was ',<:- 7::-_ .:.-e
"S
nerineri" (S. 94). Er fügt :-::;:e:':~ ::
::evrohnf, vom Bekenntnis aIs ei:::.s-:-.=. c~:
::i-::::JStolischen,dem lutherische,.
=~
:: :ese Benennung einer Reihe -i::. :: :::::e
~s-i diesen Satzen handelt es 03:::-.
::el:enntnis im wirklichen Sinne is: =e:
::::m die Satze von dem VorgCI"; :::.
~so3.eine GrundsatzerklO:rung cde:- e:.:-. :.
'~.i: denen ein einzelner oder ei,_ ::~~.=s
:::'.03der Situation Iosen, in de:- ::::s-':e~::.:
-u,:che Glaubenskenntnis z. B. i03:'_'::s-~:_:
.~.·":03einandersetzung,die diese=_ :=ei:~
::s-·J.te in der Gemeinde weite:-;:s::=;-e:'e:-den, aber ein Bekenntnis i=. ~:~e ;-e-.:
:s:e Situation sich gegenübe: :::s-:-:::e~ .
=.::. grosser Teil der Diskussic,_ ·_::.S~:~~
:..:c:-:erischen zum reformierten :::e: _
::: deswegen nicht fruchtbar. -·'s ..
::''':tun, aIs seien diese Satze :-_s·..::s
i71::ist von der Situation des BÚe::.:-.~:::
=.dere ist als die im 16. Jah:-:--:.·..:.:-.:::e
::ie TatsQche, dass die Gemei,,:::e.:-. _':-.::e::
setzung über lutherisch oder re:-::-=__-=-' ;;:
..õ: ein indireketer aber sehr de..:::.:::·.Õ':::
3:itze des Bekenntnisses aus csr .::'
~sstraftlOsen darf. Auch das :2e;:;e::. -.:: =
::s-igt dieses Missverstandnis:
S:",- =':cht auf einem Bekenntnis"
S
Wir mochten zunachstei::_ ;:==: 7-:.iese Satze stellen. Was würde ~e~- =-:-::5
-:-:,eologen sagen, der keine :::r:::: :=
::er alttestamentlichen
Texte
o
~~~:'",,5ionellen Zeitalters
::_s die Enzyklika "Divino afflante
TÜr auch in die Romische Kirchs
~~.,c :::lass das Dogma nicht gekihrd·::;t
-_-:::s~cherheit und sogar der Unwahr-~~,c:::;elehrte lange leben mussten; ist
~:~=':=h gegebene Freiheit von viele~1
"" ~~-= ein neuer
Modemismus gelO:hr.~~~~:::
bedroht. Auch in der Romischen
~~~~
-::Jr dem Dogma", die mehr ist aIs
':s~ aristotelisch-thomistischen
Lehre
- ~ ='_,rSchrift zurückzukehren~ Es sind
< aie heute mit banger Sorge um
1st das, was wir heute in allen
::~_s~s des christlichen Glaubens über~~.::~ die Krisis aller Religion, die de~
: ~~~
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____
~"" mitten in dem Problem der Au!-:sses, die der Auílosung der Lehn
:::=~tes folgt. Es ist nicht so, wie ma;1
~.-C)llen,dass die Hochschatzung de;:;
=~~~:rikit der Schrift Abbruch
tut. 1m
~,'enntnis, hcmgen so eng zusammen
:':s Zerstorung des anderen bedeutet.
~ ~~emPietismus gemacht worden, Kir:~ ::1gt und jedes menschliche Bekennr=isciples", die "Churches of Christ'
oder die das Bekenntnis so ab~~dende Autoritdt mehr besitzt. Man
ê-:- nichts weiter
lehren aIs die lauter
~~e in den Kirchen der Schweiz), aber
: ~~~eSchrift versteht. Das Bekenntnis
-~: noch eine BekenntnisverpflichtuD;;
:::_Sinne des "frommen Quatenus" (Y...
~:s~t das Bekenntnis, "sofem" es mlt
:~:.:::::1.
weiss genau, und niemand kann
Wohin das führt, das hat die Ge::::_~ismus hinldnglich gezeigt. Es ge:~~~:~chenErweckung nach dem Ersten
~~:sder zu Ehren kam. Aber wie schnell
cõs·-J Das Barmer Bekenntnis - denn
-:-:_sdogische Erklarung" von Barmen
~:s von den Presbyterianem
Amerikas
~ i:-crer Bekenntnisschriften aufgenom~
:,sJ.tschen Landeskirche zu den Ordi~.s hat wie nichts anderes dazu bei-
-.
--
--
--
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
49
:;retragen, dass der Bekenntnisbegrilf der Reformation durch einen
neuen Begriff des kirchlichen Bekenntnisses ersetzt wurde. Wenn die
Heilige Schrift zum Worte Gottes wird nur in dem Ereignis der Offenbarung, dann ist das kirchliche Bekenntnis etwas, was ebenfalls nur
'hier und jetzt" geschieht im Akt des Bekennens. Wir machen uns
das klar an einem Beispiel heutiger Theologie von Heidelberg, w::.,
,,'rie man sagt, die Studenten nicht langer an Dogmatik interessie:'t
s;nd, sondem lieber in die Vorlesungen der Exegeten gehen. Wir
haben nichts gegen Professor Westermann, der nicht nur eine gute
alttestamentliche Theologie lehrt, sondem, wie seine Schriften zeigen,
ein frommer Mann ist. 1n seinem gedankenreichen
Buch "Tausend
Jahre und ein Tag" (1957, 4. Aufl., 1962), spricht er von der Entscheidungsfrage,
die Josua in Sichem an das Volk richtet, und von
der Antwort des Volkes (Jos~ 24, 22-24: "Wir wollen dem Herm, un~
serem Gott, dienen und seinerStimme
gehorchen") aIs einem "bib1:schen Prototyp dessen, was wir ein Credo oder ein Glaubensbekennt
:-:tisnerinen" (S. 94), Er fügt folgende Erklarung hinzu: "Wir sind e3
;)"ewohnt, vom Bekenntnis aIs eirier Aussagenreihe zu sprechen: den·
::ipostolischen, dem lutherischen, dem reformierten Bekenntnis usw.
Diese Benennung einer Reihe von Sdtzen aIs Bekenntnis ist ungenau,
bei diesen Satzen handelt es sich um das, was einer bekennt. Das
3ekenntnis im wirklichen Sinne ist der Vorgang des Bekennens. Lost
man die Sdtze von dem Vorgang ab, dann werden sie etwas ande~
,es, eine Grundsatzerkldrung
oder ein Programm. Man darf die Sdtze,
mit denen ein einzelner oder ein Kreis seinen Glauben bekennt, nicht
aus der Situation losen, in der dieser Glaube bekannt wird. Das Nica:1ische Glaubenskenntnis Z. B. ist Uberhaupt nicht zu verstehen ohne die
Auseinandersetzung,
die diesem Bekenntnis vorausging. Es kann zwoi"
:-18ute in der Gemeinde weitergetragen
und wiederholt oder rezitie't
vrerden, aber ein Bekenntnis im' strengen Sinne ist das nicht, weil uno
sere Situation sich gegenüber der der Nicdnums zu tief gewandelt hat.
Ein grosser Teil der Diskussion unserer Tage über das Verhdltnis des
:Cliherischen zum reformierten oder unierten oder Barmer Bekenntni.'3
~st deswegen nicht fruchtbar, weilhier
der Fehler gemacht wird, so
zu tuni aIs seien diese Sdtze heute in gleicher Weise Bekenntnis, los~
;relost von der Situation des Bekennens, die für uns ja zweifellos eine
:::mdere ist aIs die im 16. Jahrhundert. Dasses so ist, zeigt ja schon
die Tatsdche, dass die Gemeinden unserer Tage an der AuseinandeTsetzung über lutherisch oder reformiert keinerlei Interesse haben; dies
ist ein indireketer aber sehr deutlicher Hinweis darau!, dass man die?
Sdtze des Bekenntnisses aus der Situation des Bekennens nicht un;)"8straftlosen darf. Auch das Reden vom Stehen auf einem Bekenntnis
zeigt dieses Missverstdndnis:
Stehen kann man duf einem Standpunkt,
nicht auf einem Bekenntnis" (S. 94 f.) .
Wir mochten zundchst ein pdar theologische Fragezeichen hinter
iiese Sdtze stellen~ Was würde Herr Professor Westermann über einen.
Theologen sagen, der keine Notiz davon nimmt, dass ein guter TeU
der alttestamentlichen Texte liturgische Texte sind? Was sich in sei-
50
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
Das Ende des
ner Disziplin ereignet hat, das ist auch in der, Dogmengeschichte passiert Der "Sitz im Leben" der grossen altkirchlichen Bekenntnisse einschliesslich des Nicanums ist das Gotteshaus und die Liturgia, nicht
die Studierstube philosophierender
Theologen und nichtder
theolo:
gische HorsaaL Hat doch das Wort "Theologie" selbst, seit den Tagen, da man Johannes den "Theologen" nannte, eine liturgisch~ Bedeutung. Wenn es im vierten Jahrhundert in besonderer Weise au:
die Lehre von der Trinitat angewandt wird, so hangt das damit zusam·
man, dass die Seraphim und Cherubim, alle Engel und Erzengel, "mit
niemals schweigenden Theologien" (asigetois theologiais) vordem
Thron Gottes und des Gotteslammes das Heilig, Heilig, Heilig singen
Sie sangen es, aIs Jesaja im Tempel die "kabod" Jahves sah, die im
Neuen Testamen aIs die doxa Christi verstanden wird (Joh. 12, 41)
Sie sangen es, aIs Johannes, der Theologe, den himmlischen Gottes·
dienst schaute und horte (Offb. 4, 8), Und es wird in der KirchG
Christi gesungen, bis der irdische. Goltesdienst in den himmlischen
übergeht
Hier hat das Credo seinen "Sitz im Leben". Gewiss, was
wir die Theologie des Athanasius oder der Kappadozier nennen, kann
niemand ganz verstehen, er habe denn die theologischen Kontroverse:J
des dritten Jahrhunderts verstanden, Aber die arianische Kontroverse
begann die Kirche zu erschüttem, aIs Bischof Alexander seinen Pres
byter Arius exkommunizierte, weil dessen Spekulation die ganze Li,
turgie zur Farce machten. 1st der Sohn nicht wahrer Gott, sondem
nur der erste und hochste der erschaffenen Geister, dann wird die ge·
samte christliche Liturgie, die Christus aIs Gott und Herm anruft,Sün·
de gegen das Erste und Zweite Gebot. Dann sind wir garnicht
er·
lost. Das ist der Sinn des "Homoousios", für das Athanasius von einem Exil ins andere ging, nicht weil er es geliebt hatte ----:er hat
es nur spCirlich gebraucht und niemals in den frühen, grundlegenden
Schriften seiner Theologie, Am wenigsten war es ein Wort gelehrter
Philosophie, sondem ein Notbehelf, um einen Tatbestand kurz auszus·
prechen, Es wurde in ein aItes liturgischenBekenntnis,
eines der Tauf"
bekenntnisse des Ostens, eingefügt und erIautert durch die Verwerfung der Irrlehren, die angehangt wurden. 1m übrigen ist dies Be,
kenntnis ein rein biblisches Bekenntnis, wie die Anklange an Joh. 1;
1. Kor. 8, 6; 15, 3 f.; KoL 1, 15; Eph. 4, 5f; Hebr. I zeigen. Eins solltG
den Alttestamentler besonders interessieren, namlich die Tatsache, dass
das grosse alttestamentliche
Bekenntnis Deu!. 6, 4 ff, dahinter steht
Man weiss, was das "Hore, IsraeL,,"
für Jesus bedeutet hat (z, B.
Mark. 12, 29) und wie das alttestamentliche "Kyrios ho Theos Kyrios
heis" von Paulus I, Kor. 8, 4 ff, aufgenommen wird. Man kann di""
Worte des Paulus: "Und ist ein Gott der Vater, von welchem alle Dinge sind ... und ein Herr Jesus Christus, durch welchen alle Dinge sind ..,"
geradezu aIs die Vorform des Nicanums bezeichnen:
"Ich glaube a;l
einen Golt den Vater, Schopfer Himmels und der Erden, alles, das
sichtbar und unsichtbar ist und an einen Herm Jesum Christum '"
durch welchen alle Dinge geschaffen sind, , ," Das ist doch keine Phi·
losophie, sondem biblische Theologie, Der "Sitz im Leben" des Be-
::enntnisses aber ist wirklich Ci.''õ' _.' .;;
::::ltenNicanum bekennen, das ::s,:-õ-:..':
::'en Sonnntag im Grossen Glc:-:::: ::.::.
:-cochgesungen wird, und im Tec:-õ-=.
;ung für jeden Christen. Es V,TC:- =::::: crlter kirchlicher Ordnung begic::::: .:::'õ ~
Det mit der Taufformel "1m Nc:::.e:: >:
d,es HeiLgen Geistes" und .mit as::-. -:-=-5, 7 das "Hôre, Israel" das Le:':e:: _~
Diese Worte sollen am Abend c::::::.e=
'Nas er spricht. Es gabe kein 3e;::o:-.'
'Nollen dem Herm unserem Goll :;S'.::
den Tatschen,dass
Golt ist, dass '::- ::.c"
Agypten, aus der Knechtschaft g:o:'.:..:.. ..:
sen hat. Wenn das nicht wahr se::-. :::.
die Treue geloben, Und genausc s:=- e
:um, Westermann führt Joh, 6, S7 : =..s
stück zum Sichem-Bekenntnis ur-,é::.õ -~
rrisses an (S. 95) , Jesus fragt die 2"':.
J,nd Simon Petrus antwortet: "He:: .
clUch hier hat das Bekenntnis des ::;:. =,
e noch eine andere Seite, "Du r-.:::õ• ','Ç
'.'lir haben geglaubt und erkannt. ::'=35
heisst: auch hier hat das Bekenr-":::.~
vrollen bei Jesus bleiben, weil si:o ,< c:::'
er nicht der Heilige Gottes, dam: :',-'::0
nen Sinn, Die Stelle ist die johc::e:::.-1
des Petrusbekenntnisses
von Caes:::-.:.:' J
'Wollt ihr auch weggehen?" ents;::.:,.· j
ich sei?" Der AntwortJoh.
6, 68, S:-.3
der Christus." Hier haben wir die :'::0:::'':'>
Bekenntnisses, die man nicht tre::-z.=-' i:
mann das betont, dass eine Seite ' .. ::-.:
ten wir nichts dagegen zu sage"
:::
derholen, ware in der Tat kein EÚ'o'
Charakter eines jeden echten Beke~.:-::.:-'"
haupten, dass das Wesen des Beke:-.:-.::nen bestehe, das kbnnen wir ihrr: :::~:::-.'::
niemand mehr die Lehren des I~::=='
der Fal! ist und. auéh in ZukunÍ: ::::-c'
das Nicdnum iIílmer noch das 3s1:.-=::-.:und zwar deswegen, weil es nic:.: :-.,'
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Zeitalters
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(asigetois theologiais) vor dem
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das Heilig, Heilíg, Heilíg singen
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Aber diearianische
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'eil dessen Spekulation die ganze Li::er Sohn nicht wahrer Gott, sondem
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Eph. 4, 51; Hebr. 1 zeigen. Eins sol1tG
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"Ich glaube an
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sind ... " Das ist doch keine Phi-_=clogie. Der "Sitz im Leben" des Be-
-
--- --- ----- --------
-
-
-~
----
konfessionellen
Zeitalters
51
1::enntnis:::;esaber ist wirklích die Liturgie. Denn dasselbe, was wir im
alten Nicanum bekennen, das bekennt ja die christliche Gemeinde jeelen Sonnntag im Grossen Gloria, das wohl doch auch in HeidelberJ
noch gesungen wird, und im Tedeum. Es hat eine existentíe11e Bedeutúng für jeden Christen. Es war das Taufbekermtnis des Ostens. Nach
alter kirchlíchet Ordnung beginnt das Morgengebet wie das Abendgebet mit der Taufformel "1m Namen des Vaters und des Sohnes unl
eles HeiEgen Geistes" und .mit dem Taufbekenntnis, so wie nach Deut.
6, 7 das "Hore, Israel" das Leben des frommen Israelíten begleitet.
Diese Worte sol1en am Abend das letzte, am Morgen das erste sein,
was er spricht. Es gabe kein Bekenntnis im Sinne von Síchem, "Wir
wo11en dem Herrn unserem Gott gehorchen" , ohne das Bekenntnis zu
den Tatschen, doss Gott ist, doss er der Eine ist, doss er sein Volk am
Agypten, aus der Knechtschaft geführt und mit ihm den Bund geschlossen hat. Wenn das nicht wahr sein sol1te, donn konn mon ihm nich!
die Treue geloben. Und genauso steht es mit dem Bekenntnis zu Christum. Westermann lührt Joh.6, 67 f. aIs das neutestamentliche Gegenstück zum Sichem-Bekenntnis und aIs Urbild des christlichen Bekenntnisses an (S. 95). Jesus fragt die Zwülf: "Wollt ihr auch weggenhen?"
und Simon Pétrus antwortet: "Herr, wohin sol1en wir gehen? .. " Aber
auch hier hat das Bekenntnis des Glaubens aIs das GelObnis der Treu·
e noch eine andere Seite. "Du hast Worte des ewigen Lebens; uncl
wir haben geglaubt und erkannt, dass du bist der Heilíge Gottes." Das
heisst: auch hier hat das Bekenntnis einen dogmatíschen Inhalt. Si';
wo11en bei Jesus bleiben, weil sie erkannt haben, wer er ist. War8
er nicht der Heilíge Gottes, dann hattedas
Bekenntnis der Treue kei·
nen Sinn. Die Stelle ist die johanneische Fassung und Interpretation
des Petrusbekenntnisses
von Caesarea Philíppi Matth. 16. Der Frage
"Wollt ihr auch weggehen?" entspricht die Frage: "Wer 8agt ihr, dass
:ch sei?" Der Antwort Joh.6,68 f. entspJ;icht die Antwort: "Du bis!
der Christus." Hier haben wir die beiden Seiten des echten kirchlíche~l
Bekenntnisses, die man nicht trennen kann. Hatte Professor Wester
mann das betont, dass eine Seite nicht ohne die andere ist, dann hatten wir nichts dagegen zu sogen. Eine dogmatísche Formei zu wie:
derholen, ware inder Tat kein Bekenntnis. Aber den dogmatísch8'l
Charakter eines jeden echtenBekenntnisses
zu übersehen und zu behaupten, dass das Wesen des Bekenntnisses nur im aktue11en Bekennen bestehe, das konnen wir ihm nicht abnehmen. Selbst wenn heute
niemand mehr die Lehren des Nicanums glaubte, was gottlob nicLi
::ler Fáll ist und auch in Zukunft nicht der Fa11 sein wird, so blíebe
das Nicdnum immer nochdas
Bekenntnisder
rechtglaubigen
Kirch2.
-.md zwar deswegen, weíl es nicht nur menschliche Überzeugungen
Jder Meinungen früherer Generatíonen aussprache, sondem Wahrhei~en der Heilígen Schrift,. die. unverganglích sind, weil sie Wahrheitel1
::ler gottlíchen Offenbarung sind.
52
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
7.
Wir lassen es bei diesem Beispiel für den unlOsbaren Zusammen·
hang von Schrift und Bekenntnis bewenden. Es zeigt uns, warum el'
ne unzureichende Lehre vom Warte Gottes auch zu einem fàlschen
Verstandnis des kirchlichen Bekenntnisses führen muss. Mochte di·;
Zeit nicht fem sein, wo eine Neubesinnung auf die Autaritat der SchriU
aIs des Wartes Gottes auch zu einer Neuentdeckung der AutoritO:t de.:;
Bekenntnisses aIs der rechten Auslegung der Schrift führ1.
Wir schliessen diesen Brief ab mit einem Ausblick auf die Frage
des Sakraments
in der Kirche der Gegenwart.
Die Wendung zum
Warte Gottes in der Theologie nach dem Ersten Weltkrieg wurde zugleich zu einer Neubesinnung auf das Sakrament. Mit tiefer Danl:barkei
müssen wir festste11en, dass jene Jahre der theologischen Besinn~ng auch
zu einer ganz neuen Schatzung des Sakraments geführt haben, wovon
die Literatur var alIem der dreissiger Jahre ein beredtes Zeugnis ablegt,
einer Schatzung, die aber avch zu einer Emeuerung des sakramen·
talen Lebens der Kirche geführt ha1. Dann aber setzte auch hier d~,')
Gegenbewegung
ein., Sie wurde sichtbar, aIs Karl Barth in seiner klelnen Schrift "Die kirchliche Lehre von der Taufe" die alte Tauflehr''3
auch seiner eigenen Kirche angriff, indemer
die Kindertaufe grundsatzlich ablehnte. Wie er in seiner Lehre von der Schrift zwar kei'l
Schwarmer wurde, aber dem Schwarmertum nahe kam, aIs er die
Schrift nur da aIs Wort Gottes anerkennen konnte, wo der Heilige Geisi
in seiner Freiheit sie dazu werden lass1, so wurde er zwar kein Baptist
- denn die Gültigkeit der Kindertaufe hat er nie bestritten -, aber er
kam den Baptisten doch in einem wichtigen Punkt nahe. Die Refarmierten Kirchen haben seine Anschauung nicht aufgenommen, wahrend er gerade unter seinen lutherischen Anhangem in der Bekennden Kirche Deutschlands Beifa11 und sogar Gefolgschaft fand. Noch
an einem
anderen Punkt wurde sein Einfluss verhangnisvolL
Sein
Programm einer "Bekenntnisunion" , das er dann in Barmen verwirklichte, führte zu einer volligen Relativierung der bekenntnismassigen
Lehren vom heiligen Abendmahl, über das ja heute kein Streit sei.
Die oben zitierte Ausserungen von Westermann 2U der Frage d2S
Verhaltnisses zwischen der Sakramentslehre der Lutheraner und Reformierten zeigen die Folgen. Also weil heute unsere "Gemeinde" dO']
alte Bekenntnis nicht mehr verstehen, darum hat der Katechismus seine Geltung verloren! Wenn man diesen Gedanken zu Ende dente'"
wollte, dann müssten wir ja auch von anderen Lehren sagen, dass sie
kleine Bedeutung mehr haben. Wie viele der sogenannten "Gemein·
den" in Baden akzeptieren die kirchlichen Lehren von der Dreieinigkeit,
von der Gottmenschheit Jesu Christi, von der Erbsünde, von der Versohnung durch das Kreuz Christi? Diese "Gemeinden" sind ja nu'C
juristische Personen, keine christliche Gemeinden im Sinne des Neuen
Testaments oder der Reformation. Es gibt doch aber auch in Deutschland noch die Gemeinde, die den Katschismus Luthers oder den
Heidelberger Katechismus glaubt und bekennt. Gabe es solche Ge-
Das Em:"
meinde nicht, vie11eicht 'ie,:::-:,;~~._
sen Landeskirchen, dam: ':-,:::::::>2:-.
Refarmation nicht nur ihre =-=.
aIs Bekenntnis verloren. De~,:-, 7
Aber wenn auch die Zahl se~s:
dann bleiben diese wenige=-. :::: ',' ~
und Bekennens verbunde:-: :=:: ::,,~_
und mit den kommenden Ge:'.e: :;
das Wart Gottes sein wird ''':::'= =--.::
der eine grosse Realitat se:". <-::;;"
wenn wir den Unçrlauben ''';:-:= =" -.J
neration zur Norm !lir das ::.
lehrt werden 5011,weil es di~ =-",-:7c
-ô'j
Das "konfessione11e Ze::~::s:: _:sag1. Diese Behauptung ist =-.::,"
Harnacks und seiner Gene,c:::~_ --::
gung des Pietismus, der einst ':'.7_
che abloste. Es war die ü}:;e:=~'::-ê
Pietismus noch zu viel von 6e: ..
lassen. Es ist heute' die übe::s_-o.:::
Todesurteil über den Konfessi.::·.. o::
eS auch, Richter und Séhariri::l::.:~::::.:
geduldige Schafe lassen sich ':::.e ~-.~
:eur Schlachtbank führen. Und -,-:::_:
keinen Grund, weshalb die K:,:r,~ -:téS, dessen Schopfung und V,'s-'::~,;dasselbe gilt von der "Vereir:.i;:~=--,~
von der "Vereinigten Christlic::-,s: ::.:
te dieser Prozess vor den Kir,::-_~=--,
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Betonung lutherisch nennen, l'.c.:::,-::
sich denn eigentlich grundsatzl::::-, __
kirchen der EKiD? Mal'. lese:::::s :;2
chen Bischofe unter der Fra=!es:" ii,:-:
Manner das Verstandnis des V,-:::~:.
Kirche? Hanns Lilje versucht i:-. -;'"")
nigstens Luthers Verstandnis d-=--:::~
Schrift zu erleuchten, indem >2: ::,~
der modemen Existentialphilcsc:;::: __" ~
von, dass der Existentialismi.1.s ..; - :3
benden Generation ist, die
gestern oder vorgestern, was
Worte Gottes? Man lese die !::::i; e~,d,
gen: "So massiv und unve::c:.:i::::::über die Autoritat des Wortes G-:-::r:;
dass er diese Autoritat nicl-:.' =''::': ,,_-,S
2-
. - =c~3ionellen Zeitalters
Das Enc;e des konÚ:ssionellen Zeitalters
für den unlosbaren Zusammen·
, ::2-!lenden. Es zeigt uns, warum ei·
--:::2 Gottes auch zu einem féÜschen
::":-:.=-.:nissesführen muss. Mochte di·)
":-s~=-"nung
a~f die Autorltat der Schri;t
co=-.s:Neuentdeckung der Autoritat de"
.~._:::egung der Schrift führt.
:::: mit einem Ausblick auf die Frage
=8= Gegenwart.
Die Wendung zum
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dem Ersten Weltkrieg wurde zu~:::::sSakrament. Mit tiefer Dankbarkei
- ::':-.=e der theologischen
Besinnung auch
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:~;8: Jahre ein beredtes Zeugnis ablegt.
-. ;:'.1einer Erneuerung des sakramep·
. :-.:::::t.Dann aber setzte auch hier d~,-?
cos~:.:htbar, ais Karl Barth in seiner klel~co'1on der' Taufe" die alte Tauflehrs
;~:::, indem' er die Kindertaufe grundCO.=-.er
Lehre von der Schrift zwar kei:r\
.::::::-:-garmertum nahe kam, ais er die
:8:-kennen konnte, wo der Heilige Geist
co=-.
ldsst, so wurde er zwar kein Baptist
,,:-=::::::ufe
hat er nie bestritten -, aber eI
~é'=1 wichtigen Punkt nahe. Die Refor~.=-.schauung nicht aufgenommen, wah~::-:erischen Anhcmgern in der Bekenn·.1nd sogar Gefolgschaft fand. Noch
:-:'é' sein Einfluss verhangnisvoll.
Sein
.::;", das er dann in Barmen verwirk?elativierung der bekenntnismassigen
.:-.:, über das ja heute kein Streit sei.
':on Westermann zu der Frage des
o::-:::::mentslehreder Lutheraner und Re~.::::J weil heute unsere "Gemeinde" das
::e:-:en, darum hat der Katechismus sei.::::: diesen Gedanken zu Ende denke'-;
=:-, '1on anderen
Lehren sagen, dass SiB
-Vie viele der sogenannten "Gemein·
:~:-:::hlichenLehren von der Dreieinigkeit,
:.:-:sti, von der Erbsünde, von der Ver~~s:i? Diese "Gemeinden" sind ja nu',:
:::::he Gemeinden im Sinne des Neuen
Es gibt doch aber auch in Deu!den Katschismus Luthers oder den
und bekennt. Gabe es solche Ge-
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53
meinde nicht, vielleicht verborgen inden Massengemeindén
de:!: grossen Landeskirchen, dann hatten)n- der Tat die alten Bekenntnisse der
Reformation nicht nur ihrl" "Geltung", sondern auch ihren. Charakte=
aIs Bekenntnis verloren. Denn ein Bekenntnis. muss bekannt werden.
Aber wenn auch die Zahl seiner l;.eutigen.Bekenner
klein sein mag,
dann bleiben diese wenigen dochin der Gemeinschaft eles Glauber:.C'
und Bekennens verbunden mit den Generationen der. Vergangenheil
und mit den kommenden Generationen, für welche dieBibel wieder
das Wort Gottes sein wird und für welche die Sakrqmente Christi wieder eine grosse. Realitat sein werden. Wohin würden wir kommen,
wenn ';Vir den Unglauben und die Unwissenheit einer bestimIr].ten Generation zur Norm für das machen müssten, was in der Kirche ge·
lehrt werden soll, 'I'leil es die Lehre des ewigen Gotteswortes ist?
8.
Das "konfessionelle Zeitalter ist zu Ende",so wird uns heute ge·
sagt. Diese Behauptung ist ,nichts Neues. Es war die Überzeugung
Harnacks und seiner Generation vor 50 Jahren. Es war die Überzeu·
gung des Pietismus, der einst die Orthodoxie in der Führung der Kirche ablbste. Es war die Überzeugung der Rationalisten, denen der
Pietismus noch zu viel von der alten christlichen Lehre hatte stehen
lassen. Es ist heute' die Überzeugung der Genfer Ókumene, die das
Todesurteil über den Konfessionalismus nicht nur verkündet, sondem
es auch, Richter und Scharfrichter zugleich, zu vollstreckén sucht. Wi8
geduldige Schafe lassen sich die evangelischen Kirchen Deutschlands
2:ur Schlachtbank führen. Undwarum
auch nicht? Es gibt übefhaupt
keinen Grund, weshalb die Kirche Preussens den Untergang des Staa·
léS, dessen Schopfung und Werkzeug sie war, ,überleben sollte. Und
dasselbe gilt von der "Vereinigten Evangelischen Kirche Badens" und
von der "Vereinigten Christlichen Kirche der Pfalz". Und warum soE·
te dieser Prozess vor den Kirchen, die sich nochmit mehroder wenigei
Betonung lutherisch nennen, haltmachen? Wodurch unterscheiden si,:
sich denn eigentlich grundsatzlich und faktisch vem den anderen Gliedkirchender
EKiD? Man lese das Kranzbacher Gesprach der lutheris·
::hen Bischofe unter der Fragestellung:
Welche Rolle spielt für diese
Manner das Verstandnis desWortes Gottes in den Bekenntnissen ihrer
Beitrag we
Kirche? Hanns Lilje versucht in seinem geistsprühenden
nigstensLuthers
Verstandnis der Offenbarung Gottes in der Heiliger.
Schrift zu erleuchten, indem er die Rechtfertigslehre mit den Mitteln
::ler modernen Existentialphilosophie interpretiert. Ganz abgesehen da-;on, dass der Existentialismus die Philosophie einer langsam ausster·
::::'enden Generation ist, die Philosophie nicht von heute, sondern '10'1
;,restern oder vorgestern, was wird in dieser Interpretation aus dem
\V orte Gottes? Man lese die folgenden, typisch Liljeschen Behauptun·
;,ren: "So massiv und unverrückbar seine (d. h. Luthers) Aussagen
..iber die Autoritat des Wortes Gottes sind, so eindeutig ist doch auch,
iGSS er diese Autorikit nicht auf eine mechanische, statische Weise in
•
Das Ende des konfessionellen
Zeitalters
História da IgTe s
der Heiligen Schrift gesichert sieh t; für ihn kann die Schrift n ur in
usu Gottes Wort sein, also nur so, dass der Mensch, der lesende und
hórende Mensch, dies Wort im Glauben annimmt und aufnimmt; wenn
es dieseri glaubenden Menschen nicht gibt, dann ist die Sammlung
alter Schriften, die unter den Namen Kanon geht, uninteressant"
(S
76). Sol! das heissen, dass die Schrift dann nicht mehr Gottes Wor:·
ist? Genauso geht Lilje mit dem Sakrament um. Luther bekommt ein
hohes Lob dalür, dass er im Kleinen Katechismus "an eine Verabjekti·
vierung, die das Wesen des Abendmahlsglaubens
nach aussen ve-::legt, eine schroffe Absage erteilt" (S. 76). Sein Verstandnis des "fü:
euch", das eitel glaubige Herzen fordert, "stellt eine beachtliche exis·
tentialistische
Radikalísierung
des Abendmahlsverstandnisses
dar
Ausserhalb des Glaubens gibt es keine objektive Wirkung des Sakra·
ments." Was wird dann aus dem realistischen Verstandnis des "1st"?
Was aus der manducatio impiorum? Wenn etwas für Luthers Sakra·
:oentslehre charakteristisch ist, dam; ist es doch wohl der Ernst, m:!
dem er für die objektive Realikit des Sakraments gek:ampft hat. Liljeô
Luther hatte sich, wenn nicht mit Zwingli, so doch wenigstens mil
Bucer wundervoll verstandigt, und unserer Kirche ware der Kam['f
ums Sakramentmit
dem Calvinismus und Kryptocalvinismus erspart
geblieben. Was bedeutet die Realprasenz für Hanns Lilje? Was bedeutet für ihn die Antwort des Katechismus auf die Frage nach dem
Sakrament des Altars: "Es ist der wahre Leib und Blut unseres Herrn
Jesu Christi unter dem Brat und Wein uns Christen zu essen und 2,]
trink:en von Christo selbst eingesetzt"? Es ist ja wohl koin Zufall, das::;
der Landesbischof von Hannover nun der Vorkampfer für die unein·
geschrankte COrrímunicatio in sacris zwischen Lutheranern und Relormierten in Deutschland und in der Welt geworden ist, und das heiss~
fÜr das Ende des Luthertums aIs einer Konfessionskirche. Dem ent·
spricht dann auch seine Stellung zu den objek:tiven Tatsachen der Heils·
geschichte.
Sie verdampfen im Nebel des existentialistischen
Subo
jektivismus. Sie werden zwar jeden Sonntag im Glaubensbekenntms
an jedem A1tar bek:annt, ober der gelehrte und beredte Bischofweis3
es besser. Man sollte nicht mehr von "Heilstatsachen" reden. Das;;
der Tod Christi eine Stellvertretung ist, steht zwar .in. der Bibel, abe[
man sollte diese Gedanken besser vermeiden. Das ist der Sinn der
gewundenen SCitze Seite 79 . Dass der moderne Existentialist "sich Z1.1
seiner Arm1.1tbekennt und seine Illusionslosigkeit bejaht", das ist zwar
"noch nicht genau dasselbe wie das lutherische Verstandnis der Recht
fertigung, der sündenvergebenden
Gnade durch Jesus. Christus.
Aber es isteine so beachtliche Nahe, dass man es nicht übersehen
l:ann" (S. 82). Nein, im Gegenfeil, es ist dieselbe eitle Selbstbespiegelung und Nabelschau in MoU, die wir vor 60 Jahren im Zeitalter des
optimistischen Fortschrittsglaubens
in Dur erlebt haben. Es ware erst
dann eine Parallele und Vorstufezum christlichen Glauben, wenn der
Mensch zur Erkenntnis seiner Sünde kame. Aber das "mea culpaN meu
culpa, mea maximaculpa"steht
nichtim Lexikon des Existentialisten.
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::. domínio antes exercido sôbre :;s =õ:
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História da Igreja e História dos Homens
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3:-:-_:-iÍtdann nicht mehr Gottes Wor:S:::Úament um. Luther bekommt ein
~:-_e:-'_ Katechismus
"an eine Verobjekti:e:-_dmahlsglaubens nach aussen ve:-S. 76). Sein Verskindnis des "fü~
-_:crdert, "stellt eine beachtliche eXÚ3="'''' Abendmahlsverski:ndnisses
dar
~ :':eine objektive Wirkung des Sakra=-_ :-ealistischen
VerstO:ndnis des "1st"?
-..::-::? Wenn etwas für Luthers Sakra:::;:-'I, ist es doch wohl der Ernst, md
::es Sakraments gekampft ha1. Lilje3
=-_i:Zwingli, so doch wenigstens mit
~:-,_dunserer Kirche ware der Kam:ri
_~",=us und Kryptocalvinismus erspart
e:::lprasenz für Hanns Lilje? Was be;=::::techism
us auf die Frage nach dem
=: wahre Leib und Blut unseres Herm
-.r.' ein uns Christen
zu essen und 2'..1
e:zt"? Es ist ja wohl kein Zufall, dass
: :1un der Vorkampfer für die unein::i5 zwischen Lutheranern und Refor_e:- Welt geworden
ist; und das heisst
I" einer Konfessionskirche. Dem ent=-..; denobjektiven
Tatsachen der HeilsNebel des existentialistischen
Subden Sonntag im Glaubensbekenntms
e: gelehrte und beredte Bischaf-w-eis3
:,: von "Heilstatsachen" reden. Dass
~:-'9 ist,. steht zwar in. der Bibel, abei
ser vermeiden. Das ist der Sinn der
=" der moderne Existentialist "sich zu
=::-J.sionslosigkeit bejaht", das ist zwar
:::::slutherische Verstandnis der Recht
:::.en Gnade durch Jesus Christus_
~:o:he, dass man es nicht übersehen
'ei:, es ist dieselbe eitle Selbstbespie:Le wir var 60 Jahren im Zeitalter des
-,5 in Dur erlebt haben_ Es ware erst
zum christlichen Glauben, wenn der
-_::iekame_ Aber das "mea culpa, meo
=-_ichtim Lexikon des Existentialisten
o
-------
-
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~
.~ ~~ -
~
55
So feiern wir denndies
Jahr das Reformationsjubilaum
in .grosser Sorge um das Schicksal der lutherischen Reformation, deren
Botschaft unsere Kirche an die ganzeChristenheit
auszurichten har.
Aber istjemals eine der grossen Jubilciumsfeiern der Reform-ation an"
ders gefeiert worden? Wie sahen Welt undKiFche imJahre, 1617 üus;
ais der Dreissigjcihrige Krieg vor der Tür stand? Wie in den Jahren
1667, 1717, 1817 und 1917? Hat man jemals das Reformationsjubilcium
anders feiern künnen ais mit dem heiligen "Dennach" des 46:Psalms-;
"Dennoch soll die Stadt Gottes fein -lustig bleiben mit ihren Brünnlein,
da die heiligen Wohnungen des Hüchsten sind!" Mit diesen Dennoch
des Glaubens blicken wir in die Zukunft urid überlassen es Gott, wa>;
er in seinen unerforschlichen Gerichten und in seiner unermessliche'l
Barmherzigkeit aus unserer Kirche in den ncichsten SO Jahren werden
1O:ss1.
HISTÓRIA
DA 'IGREJA
E
HISTÓRIA
DOS
HOMENS
MÁRIO
L
REHFELDT
Conferência pronunciada por ocasião do Simpósio de professôres de
História Eclesiástica realizado pela ASTE em Recife de S.. a 8 d,a
agôsto de 1968.
O relacionamento entre duas' disciplinas históricas, eis o assunto em foco_ No entanto, a relação que há entre elas só poderá ser
analisada quando relativa clareza tiver sido obtida quanto aos elec
mentosem
questão, isto é, antes de se. poder estabelecer um COhfronto entre história da igreja e história dos· homens é inc:iisDensável
conceituar de maneira adequada: . história, igreja, história da igreja
e história da humanidade_ No fundo de tôda a questão está a problemática vital acêrca do significado, do sentido da história.
Outrora
O tema não é novidade na história da historiografía.
uma geração ficou perplexa quanto 00 significado da história, quando ruiu um ídolo do historiografia de tôda uma civilização, isto é, -'}
idéia da inexpugnabilidade
de Roma, acalentada por quase um milênio,se desintegrara com o saque da "Cidade Eterno" pelos gados
de Alarico. Uma resposta lhe foi dada por Agostinho nos vinte e dois
livros em que relaciona a Cidade de Deus com a cidade terrestre.
Quinze séculos e meio depois o tema em nada perdeu de sua atualidade_ W. F.Albright
considera a crise histórica atual comparável
a do primeiro século A. G 1 Que a crise é especialmente aguda na
historiografia percebe Barraclough:
"Um dos resultados dessa sitw::xção nova é que a própria História está perdendo, se já não perdeu,
o domínio antes exercido sôbre os melhores espíritos, como chavt"
da vida atuaL" 2 Apesar da tremenda valorização da idéia do progresso inevitável "automático" da sociedade humana por parte dD
56
Histõrià da Igreja, e História dos Homens
marxismo, que leva Carpeaux a afirmar categàricamente:
"a nov,)
dignidade revolucionária dás populações rurais ex-coloniais da Áfri:
ca, da Ásia, da América Latina. As revoluções da segunda metade
do século XX integrarão 'o proletariado rural de três continentes":3
para a quase totalidade dos historiadores ruiu, ou melhor, literalmen,
te explodiu em Hiroshima e Nagasah o ídolo da historiografia cultuadopelos
historiadores dos dois séculos precedentes:
a crença qU~
o progresso científico operaria a evolução espiritual do homem. Sue:
queda foi tão fragorosa que um evolucionista adepto do progressismo como H. G. Wells que terminara sua História da Humanidad,,,
com à profecia otimista: "Os' homens se unificarão tão sàmente para intensificar a busca pelo saber e pelo poder, e viver cada vez
mais e sempre em busca de novas oportunidades",4
terminou sue!
carreira de historiador e sua vida completamente desiludido e cético quanto ao significado da história: "A história humana já chego'"
a um Em c
o Homo Sapiens, como êle gostava de se cbamar,
em sua"forma pr~sente está liquidado:" A história humana nem 2
progressiva nem providencial nem dclica, :mas simplesmente sem
sentido pois "aquela congruência com a mente que o homem atribuiu ao processo secular, absolutamente não existe," Eis porque "a
tentativa de traçar um modêlo de qualquer tipo é completamente
fútil." 5 Esta situaçãoNiebuhr
caracteriza como "ironia trágica", "que
o conceito de história do homem moderno encontra dês te modo su'::!
refutação na história contemporânea," 6
A posição que cada historiador toma face ao significado, 38
há ou não, e se há, cual é, da história geral ou eclesiástica depende dos pressupostos hÓsicos pelos quais êle se guia para realiza:
sua tarefa que consiste em investigar e escrever história, R. Niebuhr
nó-Ia conceitua adequadamente:
"Define-se histéria, da maneir-'l
mais simples como sendo o registro ou lembrança de latos passados,
Considerada mais profundamente a história é uma dimensão da existência em que a realidqde 'do presente só pode ser entendida corretamente pela lembrança de fatos passados," 7 Kurt Lange chega u
conclusão semelhante estudando Egiptologia:
"O caminho mais CU7·0 para nos compreendermos a nós mesmos passa pelo conhecimen,
to das civilizações submersas e contudo sempre presentes, sóbre m;
quais a nossa está edificada," 8 Historiadores, tanto de história edesiásticacomo
de história geral empregam o mesmo método para chegar à "reapresentação
de segmentos selecionados do passado humano 'em narrativa inteligente," 9 Selecionam (l) atividades (aconteci,
mentos significativos ocorridos em certo local e em data determina(2) ideologias .(0 que os participantes
da história estudadQ
da);
crêem que os motiva:a agir como agem); e (3) pressupostos '(os
axiomas básicos, talvez até inconscientes que motivam os' homéns
da época em estudo a adotar certa ideologia), 10 Selecionadas as
três categorias de fatos procede-se à interpretação.
A cada' passo
da investigação o historiador é guiado pelos seus próprios pressu~
postos básicos, pois seleciona os fatos queêle
consideraimportan--
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sU.a f'l1 asa f'Ia de 1h'"
lStCLC :;'_'=' '"
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::.-::',marxista, cíclica, crist:'::
::::::;',tasoutras, O historiadc: :==::::,,:
::::: uma epistemologia e:-:t::o
:;-é uma série de dogmatis=-_:::
:03:ala de valóres, não pode S'::'::: ::eologias e pressupostos d:o:'~:~:::.õ
:::::ir significado atual. iÜncc:
~,:::onscientemente a uma . :::''2=,::::c
momento, 12 Além disse ::5:::::: :::~~
.' ::ssado resulta do que des:o~= 'éS::~
:'_:_0, basta recordar o que a:::::-::~:::.
'"to disso pode-se aceitar a a:~~=-_::.:::::.
=:onte correta: "Cada histórie e.õ:::','::, '"::;licação e defesa da adesc.: - '
,'é:::'-=
:::::c conduz à primeira conclusc::: __
'20 menos valiosa, sôbre o cc :~=.õ·'"~::
::::: da humanidade:
O grau d:o :::.: ='~'
,stinguir entre história da
::':0.pois, a afirmação de L. V
:::::1tode vista é imparcial (de:=::-.-êinterêsse principal é reli;:i::::::::
-ê-:':tehistoriográfica secular te:':,;:"':: __
3'é:::ulares de falta de objetivid:::::e
'~iadores "burgueses" são c::::~~,':
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:-,:stória do Oriente Antigo devid.::: _ .,.~.:
.es quem se considera mais :::':::~:o:,-~::
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: ém tem pressupostos,
Visto como não se encont:::. ::.
'" história dos homens no grcL ::::0
==bas as disciplinas, consistiu:::' :0:=
::mo o afirma S, Mead? "A ce
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::omo êle gostovo de se cromar,
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57
História da Igreja e História dos Homens
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te. Ora, o que cado um considera importante no passado ou no presente é decorrência dos seus pressupostos subjetivos, que resultam de
tôda sua formação. 11 A interpretação que dará aos fatos dependerá
de sua filosofia de história que, em nossos dias, poderá escolher en,
tre dezenos de opções, das quais a positivisto (historicista), hegelia·
na, marxista, cíclica, cristã, culturalista são apenas algumos dentre
tantas outras, O historiador também não poderá deixar de se definir
por uma epistemologia entre várias, que vão desde o agnosticismo
até uma série de dogmatismos. Todo historiador julga conforme SUJ
escalo de valôres, não pode evitar a aprovação ou repulsa de fatos,
ideologias e pressupostos de outros ao descrevê-los e lhes tentar conferir significado otuol. Aindo, cada historiador adere, consciente ou
inconscientemente
a uma "ideologia" dentre as inúmeras em voga
no momento. 12 Além disso tôda interpretação que um homem foz do
passodo resulta do que deseja, espera ou teme que aconteça no futuro, basta recordar o que acima foi expôsto sôbre H. G. Wells. Em
vista disso pode-se aceitar a afirmação de S. Meod como substancial,
mente correta: "Cada história escrita é ao menos impllcitamente uma
explicação e defeso da odesão - a fé - do historiodor." 13 Êste
'ato conduz à primeira conclusão, negativa, é verdade, mas nem por
isso menos valiosa, sôbre o contraste entre história da igreja e histó:-ia do humanidade:
O grau de objetividade não é critério para se
::!istinguir entre história da igreja e história dos homens. Não procede, pois, a afirmação de L. V. Velde que historiadores leigos "cujo
ponto de vista é imparcial (detached) e objetivo" e "os eclesiásticos
::ujo interêsse principal é religioso". 14 Pois, historiadores de uma corrente historiográfica secular também acusom os de outras correntes
seculares de falta de objetividade. Assim, na obra de Diacov os hisêoriadores "burgueses" são considerados ineptos para interpretar a
:'1istória do Oriente Antigo devido a seus pressupostos. 15 Muitas vê·
ses quem se considera mais objetivo que os outros pode ser mais
pedante e dogmático pois nem ainda quer reconhecer que êle também tem pressupostos.
Visto como não se encontra a diferença entre história da igreja
s história dos homens no grau de objetividade dos historiadores ds
ambas as disciplinos, consistirá ela apenas na diferença de conteúd,]
::omo o afirma S. Mead? "A meu ver a peculiaridade da história da
igreja é de conteúdo e não de método ou ponto d e partida." 16 Em
:ese é possível escrever tanto história da igreja como da humonidade
::::artíndo dos mesmos pressupostos cristãos ou anti~cristãos, e posição
::ceutra não há, como o lembra Lottourette: "A gente é ou a fovor ou
::ontra o cristianismo: não há posição neutra ou estritamente "objeLva". 17 Mas na prática, será possível um estudo da história do igre.::r,que lhe faça justiça, que entenda seu significado, partindo de pos:ções puramente racionalistas? B. Croce o exige, depois de conceder
que tôdo, ou o história em sua forma mais alta, é história religioso",
:dirma que "a religião, enquanto matéria historiográfica, deve ser tra,
:ada não diferentemente da filosofia e da civilização .. " e que "em
-
"
58
História da Igreja e História dos Homens
tal pesquisa deve ser único guia a razão ... " 18 Já Tonynbee confessel
que o historiador, queira ou não, fatalmente se torna teólogo. 19 Considera difícil ou quase impossível para um racionalista entender peso
soas religosas, ilustrando sua tese com o exemplo de Gibbon. 20 Se
um racionalista ou um cético, conforme Toynbee, é via de regra in·
capaz de entender a história de uma religião, pode-se concluir que
em geral só um historiador com cosmo visão e filosofia da história
cristãs pode entender e apresentar a história da igreja adequadamente. Ou como Outler o declara:
"O que fica claro é que não existe
a possibilidade de se fazer um relato plausível de qualquer segmento
da história da igreja sem uma atitude responsável face às convicções
cristãs básicas" 21
Torna-se êste fato evidente quando se procura distinguir história da igreja e história dos homens apenas pelo conteúdo, pelo objeto de estudo. Pois, visto como a história da igreja é parte da história
dos homens impõe-se logo a questão: Que parte da história dos homens é a história da igreja? QuaL ou que é a igreja de que se vai
escrever a história? Que desenvolvimento nela é positivo ou ne;)'ativo? Que relação entre ela e mundo é a correta? Esta problemático
exige de imediato uma definição de igreja. Quem definir a igrejG
inadequadamente,
e todo anti-cristão fatalmente o
não poderá
fazer justiça à sua história. Ora, definir i;)'reja é já um ato de fé.
É convicção do autor dêste estudo que só aquêle que pode confessar
sinceramente:
"Creio na santa igreja cristã" possui o equipamento
básico para ser historiador da igreja. l'l1os que igreja? Esta é a q',:estão cmcial do tema que está sendo considerado. Mesmo historiadores
eclesiásticos cristãos divergem ao conceituar o objeto de seu estudu.
Para Roger Aubert a verdadeira igreja de Cristo cuja história deve
ser narrada é a Igreja Romana: "A concepção católica de Una sancta ..
os discípulos de Cristo, para viverem a vida d'Êle, devem por vontad,?
expressa d'Êle, permanecer sempre unidos em um só corpo, no sentido sociológico e jurídico do têrmo, sob a direção dos sucessores dos
Apóstolos, agrupados também êles em tôrno do órgão central e moderador da sociedade eclesiástica, o sucessor de São Pedro." 22 Os
propugnadores
do movimento ecumênico sonham com a igreja visi·
velmente unificada do futuro, e retratam a história da igreja como S'J
ela se encaminhasse nessa direção: "A igreja visível do futuro não
será uma réplica de qualquer igreja do passado, ou uma colcha d,~
retalhos de muitas delas." 23 Para S. Mead, a igreja que é objeto
de investigação histórica é o conjunto das denominações:
"O historiador da igreja .. na América deveria começar onde está, estudando
as denominações .. " 24 W. Giíford por sua vez pensa que da igreja
como tal só restam fôrças e tendências para se analisar:
"Descrevi o
século vinte só em têrmos de fôrças e tendências na vida e no peno
samento religoso; pois a Igreja Cristã tem estritamente deixado de
existir. Em seu lugar há "igrejas, muitíssimas delas] cada uma com
sua história própria." 25 Com a originalidade que lhe é peculiar M.
Marty apresenta a melhor solução para o por onde começar para dis-
-
---
-~
---
-
~.'.::r igreja de não-i::;re':::
ela é. Depois de CO,":r::::,,:::::
~.::::em Iowa com misse:: s::::e:-.e
::." s. Francisco com a pcc;::::. .~r:to de um anacorete::::::'.
: :-.:::lui: "Os contrastes e
.~:" em sua referência c-...:.:e::: ~.:::::::
. ::::·';.sCristo, que morreu r:::::::=:::-:e::-:
:.'.:::rtee ressurreição de Cr:s:::: :.--::: c - :::::::ianismo encontram e sc:-"':':;:=:::
::=:::3:0 para o Mistério da l-Iisr::
~.':élou - tanto da histórie::i:::
=-:
o imprimatur êle resse>::
::3:e respeito: "É mérito de c-..:::r:::::
-r. ser Tempo 1 ter assinaled:::
-.'::: de Cristo, acontecimentc i.e:::::::·
. :r:ais outro acontecimento :e,o
e reconhece que o feto de er:s::
ro ser crido, 28 é radical ele :::
. ~ -:::i em geral só fazem ser:t::::l:::. revelação divina absolutel 0::'.0
=-equacionar a aceitação c:..;.=-e e: =-.
~~::ramento com aceitação o'...:.>e'O'::::.'=:::',te assume Reinhold Nieb..;.::::':eu
-=:r:::ipia com a afirmação, e 2:.cr ='"
.e. a vida, a morte e e ress·...:.r:"':
-.
~ r:::xhistória, no qual e pelo -::.=-_
-él ::::do."31 Thiekicke não é ;-:::_e'·.::
o. r ::_
r:::::-dência na história é Jesê.:.sCr:::-=.:-':J o "centro" da história.'·
: :::3:e como decorrência de b,: 3 .'.'
. da história é fundamental c e::::",=- .
·=-",:n que se quer tirar o cr:s::::::-.::::.
-:-~~'=C):rapenas alguns princípics ~:::::-~~~=-==-=-_ismo
autêntico mas apenas ·_r.. :::
Só a partir da aceitaçãc :::::::: =-.
r__e pleno da vida, morte e re.:::::.·'~.:.
:::;reja passe a fazer sentidc :::.::-.--_
e:':': como a relação entre am.c:::.::
· .l.iade de resolver o enigrr:e:: i=
.<:::ialista. 33 Pois Jesus Cris:::. ~ : .__
~~'_:s aos homens, que se enc::rr.: ..
· .cido nela por esta Palavra é o. ·..s-:
-.. ressonância ali nasce e cresce .
o mundo podem ser inve.::::~.. __
>:::nidt: "A história da igrej:::: '" ::::::..
::::'.1eage incessantemente
:'O're::igreja." 34 Cristo con;"'O'-;-:::
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. _.::;'::: ... " 18 Já Tonynbee confess\)
::.:=~:::'"ente
se torna teólogo.. 19 Co.n: :::::: um racionalista entender pes,
- ::'::'.o exemplo. de Gibbon. 20 Se
'::'::::'.e Toynbee, é via de regra in·
::,::. religião, po.de-se concluir que
::s:"lovisão e filo.sofia da história
:: :·.~stória da igreja adequadamen= :;:ue fica claro é que não existe
, :::. ;:lausí vel de qualquer segmen tCJ
_=-~ responsável
face às convicções
,;::'::-ido se procura distinguir histó~ ::psnas pelo conteúdo, pelo obje·
s::,ia da igreja é parte da história
'::-:: Que parte da história dos h8:::''';que é a igreja de que se vai
,','::::,"entonela é po.sitivo. ou negati,::.:: é a correta? Esta problemático
=-e igreja. Quem definir a igrejCl
:::-:: fatalmente a fará, não. poderá
=-sfinir igreja é já um ata de fé.
::,,:,e só aquêle
que pode confessm
,:ejo: cristã" possui o equipamento
Mos que igrejo.? Esto. é a ('[ee,es: :::msiderado. Mesmo historiado:es
::::-lceituor a objeto de seu estudu.
,;::eja de Cristo cujo história deve
, ::ncepção. católica de Una sancto,
c:-:: Clvida d'Êle, devem por vontod'3
'..:.nidos em um só corpo, no sen: sob o direção dos sucessores dos
c em tôrno do órgão
central e ma::: sucessor de São Pedro." 22 Os
.:::'.~nico sonhom com o igrejo vis]"
'.::::t::lmo história da igreja como S':J
_. "A igrejo visível do futuro nõo
Si:::: da possada,
au umo co.lcha d,~
::::.::S. Meod, a igreja que é abjeto
,.::.ta das denaminações:
"O hista-'s:io co.meçor ande está, estudando
-=-por sua vez pensa que da igreja
::.:~as para se analisar:
"Descrevi o
'::.8 e tendências
na vida e no pen'
=-:~stã tem estritamente deixada de
:::'luitíssimas delas, cada uma co.m
::~;rinalidade que lhe é peculiar M.
;::::a o por ande cameçar para di:=;-õ
História da Igreja e História dos Homens
59
igreja de nãa-igrejo em meia o apmiões tão diversas sôbre .:.:
que ela é. Depo.is de cantrastar um culta simples metadisto numa capela em Iowa com missa salene na Basílico de S. Pedro, a simplicidode
de S. Francisco co.m a pampa de um papa da Renoscença, o recalhimenta de um anocareta cam a envalvimento de um padre aperári:i
conclui: "Os contrastes e disparidades entre êles só são. campreensí,
veis em sua referência ou lealdade camum a uma pessaa históriccJ
Jesus Crista, que marreu na Polestina cerca de A.D, 30." 26 Na vida,
morte e ressurreição de Crista não. só as poradoxas da diversidode n.)
cristianismo encontram a solução. final coma também só aí está a respasta para a Mistério. da História - título. da excelente abra de Jeon
Dniélau - tonto da história da igreja como do história das homem.
Com o imprimatur êle ressalta o valor das conclusões de Cullmonn
o este respeito: "É mérito de Cullmann, no Cristo e Templo. [sic, deveria ser Tempo 1 ter assinalado, marcantemente, que, com a ressurrelção de Cristo, acontecimento. decisivo da história foi cumprido e q\.F3
jornais outro acontecimento terá tonto importância." 27 O. Cullmann,
que recanhece que o fato de Cristo ser a centro. do história pade ape
nas ser crido., 28 é radical ao afirmar que a histório bíblica e a história em geral só fazem sentida quando. Crista é recanhecida cam':
a revelação. divina absaluta aas hamens 29 e mais categórica ainda
00. equacianar
a aceitação. ou rejeição. da história redentara da Nôv:J
Testamento com aceitação. au rejeição. da íé cristã. 30 Pasiçãa semelhante assume Reinhald Niebuhr em Faith and History:
"A íé cristã
principia cam a afirmação., e sôbre ela está fundamentada,
a sabe~
que, a vida, a marte e a ressurreição. de Crista são. um acantecimenta na história, no qual e pela qual ta da a sentida da história é revelada." 31 Thiekicke não. é menas pasitiva: "Esta presença da tran:;cendência na história é Jesus Crista.
Pade-se com justiça denom;ná-Io a "centro" da história." 32 O cristianismo. é religião. histórica.
existe cama decarrência de fatas históricas. Em vista disso. a problema da história é fundamental à essência da cristianismo.. No mamento em que se quer tirar a cristianismo. da cantexta histórica, para lh8
deixar apenas alguns princípias teóricos, então não. teremas mais o cristianismo. autêntico mas apenas uma caricatura vazia dêle.
Só a partir da aceitação. da historicidade reol e da vaIar expiatória pleno da vida, marte e ressurreição. de Jesus Crista, a história
da igreja passa a fazer sentida, tanto ela cama a história das hamens
bem coma a relação. entre ambos. Nega-se cam esta afirmação. a passi
bilidade de resalver a enigma da história através da filasafia existencialista. 33 Pais Jesus Crista é a Palavra redentara (a Lógas) de
Deus aas hamens, que se encarnau na história dêles, e o eco. praduzida nela por esta Palavra é a história da igreja. Onde ela encantra ressanância ali nasce e cresce a igreja e sua história e relação
cam a mundo. padem ser investig'adas. Ou, cama a expressa K. D.
Schmidt: "A história da igreja é nada menas que a história de Cris(fortwinkend)
na mundo.. Cristo, porém.
to que age incessantemente
opera igreja" 34 Cristo cangrega hamens na igreja através do Espí,
60
História da Igrej a e História dos Homens
História
rito Santo que os faz reconhecer a Cristo como Senhor ao criar neles a fé. Sendo a fé no coração o que distingue o membro verdadeiro
na igreja de alguém que não participa realmente dela, será então
ainda possível escrever sua história? pois qual é o historiador qu"
pode julgar a presença ou falta de fé num coração alheio? Ã definição de igreja da Confissão de Augsburgo
contribui para se ultrapassar êste impasse:
"Uma santa igreja cristã, que é a comunhão ds
todos os fiéis entre os quais se prega o evangelho puro e se administram os santos sacramentos, de acôrdo com o evangelho." 35 S3
a fé não pode ser percebida, a pregação do evangelho e a adm.inistração dos sacramentos podem ser vistas e ouvidas; e, como conseqüência, a igreja pode ser percebida: onde o evangelho é pregado
ali existe porque a pregação não volta vazia conforme promessa di,
vina. Daí Lutero identificar reino de Deus com o evangelho 36 Um
aspecto fundamental da história da igreja dentro da história do mundo é, pois, a história da pregação do evangelho no mundo, feito por
homens, aceita ou rejeitada por outros homens e, igualmente, também, como foi aceita, como foi rejeitada ou como foi suprimida.
também a história de como homens se organizararn em instituições
para conjuntamente expressar sua fé em Cristo e para proclamá-Ia
a outros; como homens investigaram até às últimas conseqüências o
significado de sua adesão a Cristo, como homens procuraram imitG~
o amor de Cristo entre seus conterrâneos ou em terras estrangeira:3,
como homens se separaram devido a interpretações contraditórias de
sua fé, ritual. ou ética, ou como superaram suas divisões.
Tudo isto acontece dentro do tempo da história dos homens.
O tempo de Cristo divide o tempo da história dos homens. "l,Jossc-=
sistema (de calcular o tempo) não parte de um ponto inicial mas de
um centro ... Êste evento é o nascimento de Jesus Cristo de Nazaré.
Daí procedem em direções opostas duas enumerações, uma para fren'
te, outra para trás: "depois de Cristo" e "antes de Cristo". 37 O tem,
po antes de Cristo é o tempo de preparo para sua vinda. O tempo
depois de Cristo é o tempo da igreja no mundo, tempo que tem um
comêço: vida, morte, ressurreição de Cristo e Pentecoste; e tempc
que tem um fim: a Parusia, o retôrno final de Cristo. O próprio conceito cíclico de tempo da antigüidade clássica foi com isso substituíd'J
pelo "progressista", linear ou irreversí vel. pois a encarnação de Cristo é fato acontecido em determinado momento, é irreversível, e seu
retôrno para estabelecer o nôvo céu e a nova terra se dará um futuro tão real como a atividade redentora de Cristo ocorreu num pas'
sado real. 38 e também será irreversível. É o temDO entre a batalha
decisiva entre Cristo, o representante dos homens ~ a morte e as demais fôrças do mal. e a vitória final. após a qual não haverá mais
morte. 39 Eis a tensão na qual a igrej a tem sua história: existe TI::;
mundo das civilizações que é um mundo já passado, pois com Cristo
o reino de Deus chegou, mas ainda não se manifesta plenamente, a,
inda não é visto, só pode ser crido. Como o expressa Daniélou: "~'
esta ambiguidade que se exprime na situação trágica do cristão. Êle
f.::
Uc
,::srtence ao mesmo tem pc
::-_'J.ndoque ainda não exisc':'
~~ do reino de Cristo na te~:::
-:c: sôbre a história do "m:j,_=-::
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:ez que o tempo da igreja é c ,_,
:: mundo" 42 em que Deus ec',::
,õ:::gem,o evangelho, para q'.lS::
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c-e a ressurreição de Cristo ee :::::
:-:J da redenção." 43 Para c,c: :: -:::.=
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,::::; missão é o ponto de COD.::::::.-=
':C',--:
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igreja e história dos homs,-_s
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,strada com o mundo; mas se:'::::-~ -,
::2 ambos não podem ser tra;-==:::..:::::
:--:hosalientava:
"Estas duas ::.:"-:::::
e entre mescladas até que:: --_
Realizar sua missão c: i;;:~~história dos homens. Encc:-,-=
::,::Üca,helenista, latina, germé:::-_::::::almente na civilização
'fus a igreja nunca deve er:::::::~C',=-,-,:[0 possa desembaraçar-se
62,:
::':tra ou quando tiver de 8n::::.:"es vezes no mlTllmO a 19Te"::: ''Õ
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História da Igreja e História dos Homens
História dos Homens
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61
pertence ao mesmo tempo, a um mundo que não mais existe e a Un:l
mundo que ainda não existe." 40 Decorre disto, da presença já agera do reino de Cristo na terra, que a história da igreja tem precedência sôbre a história do "mundo", pois esta é realidade já ultrapassada .
tese que P. Schaff defendia há cêrca de um século. 41 Iv1as êste mundo ainda existe, e a igreja tem sua existência nêle, pode ser percebida nêle e por êle como realidade sua, como grandeza sociológicc
que pode ser investigada com metodologia histórico-sociológica profana. Ao mesmo tempo, o aspecto visível, sociológico, institucioncrl
da igreja é só parte da igreja, pois ela é também essencialmente corpo de Cristo, dirigido por Deus mesmo, através do Espírito Santo, J
que não pode ser analisado por critérios neutros, mas é visto pela fé.
E Deus a dirige no mundo, para o mundo, a favor do mundo, uma
vez que o tempo da igreja é o "tempo da paciência de Deus para com
o mundo" 42 em que Deus envia a igreja ao mundo com uma mensagem, o evangelho, para que o mundo a aceite. "Esta proclamação
missionária da Igreja, sua pregação do evangelho, dá ao período entre a ressurreição de Cristo e a parusia seu significado para a história da redenção." 43 Para dar a todos os povos oportunidade par.]
ouvir o evangelho a parusia demora, ou, o mundo ainda existe. Esta missão é o ponto de contato entre igreja e mundo, entre história
da igreja e história dos homens. Como conseqüência dês te ponto de
contato a igreja em tóda sua história está, mais, ou menos, interpenetrada com o mundo; mas sempre a tal ponto, que as fronteiras entre ambos não podem ser traçadas com precisão absoluta, o que Agostinho salientava:
"Estos duas cidades estão emoranhodas neste mundo, e entremescladas até que o juízo linal efetuará sua separação." 44
Realizar sua missão a igreja só consegue quando se encarn:l
na história dos homens. Encamou-se em civilizações sucessivas: judaica, helenista, latina, germânica.
"O cristianismo encamou-se no~·
malmente na civilização burguêsa dos quatro últimos séculos." 45
Mas a igreja nunco deve encarnar-se a tal ponto numa cultura que
não pOSSG desembaraçar-se
dela, quando ela fôr ultrapassada
por
outra ou qUGndo tiver de entrar em contato com cultura diferente.
Três vêzes no mínimo a igreja tentou conquistar a China para o evangelho. Não conseguiu encamar-se na civilizaçÔo chinesa, e três
vêzes falhou. Mas se é necessário que a igreja se encame numa cúJtura para o sucesso de sua missão nela, e Frei Eoaventura Kloppenburg critica a Igreja Romana por nÔo se ter interpenetrado suficientemente com o mundo nos últimos séculos e a admoesta a fazê-lo:
"A igreja deve inserir-se no mundo, interpenetrar-se com êle," é igualmente vitGl que nÔo seja esquecida a ressalva de Kloppenburg: "sem
com êle identificar-se," 46 a fim de que não deixe de ser igreja, incapacitando-se para sua missão. A igreja não pode entregar-se de
maneira tal ao serviço do mundo a ponto de dissolver-se no mundo
:;omo alguns hoje querem que ela faça, porque sua tarefa, se fôsse
tarefa, não estaria terminada com a solução de problemas sociais.
Sua tarefa real é a conversão dos homens pelo evangelho para tirá-
62
História da Igreja e História dos Homens
los do mundo ao torná-los parte da igreja. Humanizar a civilizaçãc
poderá ser fruto colateral desta rr.issão primordial. Resta lembrar,
quanto a êste tópico tão em pauta hoje, que uma sociedade só terá
sido reformada realmente quando os indivíduos todos que a compõ'3
o tiverem sido interiormente, o que só o evangelho pode realizar.
Nesta relação missionário entre história da igreja e história do.:;
homens há ainda a considerar o fato concreto da rej eição da men,
sagem da igreja por parte da maioria dos homens. Tal fato traz
lume a dimensão de julqamento pronunciado pela história da igreju
sôbre a história dos homens, em que esta é julgado pela rejeição oü
aceitação do evangelho. Mas a história da igreja também julga
própria igreja. A inversa não é aceitável, isto é, a história dos horr.ens não estÓ apta para julgar se a igreja estÓ sendo o que deveria
ser, se estÓ agindo como deveria agir, isto só o historiador da igrejo
poderÓ fazer de dentro, como membro responsÓvel da igreja. Fazê-b
implica eEl tomada de posição confessional, 47 e cada confissão prcnunciarÓ julgamento diferente da outra. É portanto válido, e mesmc
inevitável escrever história da igreja com pressupostos confessionais
corr.o êles também aparecem até ao se tratar da relação entre l1i;:;·
tória da igreja e história dos homens.
Eis pois a responsabilidade
transcendental do historiador da i·
greja: êle julga a igreja, contudo, ela será julgado definitivamenk,
por Cristo em seu retôrno final, mas não só ela, também o própric
historiador da igreja será julgado por Cristo inclusive pelo veredicto
que tiver pronunciado sôbre a igreja. À luz desta perspectiva de jul·
gamento é que êle cumpre sua missão: a de analisar e descrever o
curso da igreja na história dos homens.
C_l
<:'1
NOTAS
1) \Villiam Foxwell Albright, From. the Stone Age to Christianity
(New
York: Doubleday & Co., c. 1957), p. 402.
2) Geoffrey Ban'aclough, Europa, Uma RC\'isão Histódca (Rio de Janeiro:
Zahar Editôres, 1964), p. 10.
6) Otto Maria Carpeaux, «Revolução, História, Nar;ão:', Paz e T,~rra 2 (Rio
de Janeiro: Editôra Civilização Brasileira, Setembro 1966), p. 153.
4) H. G. Wells, História Universal (São Paulo: Companhia Editôra Nacional, 1939), III, 446.
5) H. G. Wells, J.II[indat the Eud of its Tether, pp. 18, 3, 17. Citado por Paul
A. Carter, «The Idea of progress iu Most Recent American Protestant
Thought, 1930-1960», Church History, XXXII (March, 1963), 82.
6) Reinhold Niebuhr, Glaube und Geschichte (Muenchen: Verlag Paul Mueller,
1951), p. 21.
7) Niebuhr, op. cit., pp. 33-34.
8) Kurt Lange, Pirâmides, Esfinges e Faraós (Belo Horizonte: Editôra Itatiaia, 1958), p. 10.
9) Albert C. Outler, «Theodosius' Horse; Reflections of the Predicament of
the Church Historia:-,», Church History, XXXIV (September, 1965), 253.
~o 1 Sidney E. Mead, ,<Chm'cl: H:c:·.·
(March, 1963), 19-20, cita.:-.jc H :, "
~11 Alfred North 'Nhiteheacl. ,-\.cl\~r:,,' -~,
millan Company. 19331. p. '"
::'2; Kenneth ScoU Latourette .. -\ Ri·- __
& Row, 1953), p. xx.
::.3I Mead, op. cit., p. 22.
:41 Lewis G. Vander Velde, The Pr~,""
1861-1869 (<<Harvard HistOl'icc' S'
pp. vii, 3. Citado por Paul A. <~.
testant C11urches in Americc" Cc:.;r
:5 i V. Diacov e S. Covalev. edi:'::é~ u
Editôra Fulgor, 1965), p. 11:-.
',,) I Mead, op. cit., p. 24.
~ 7) Latourette,
oj). dt., p. xxi.
~SI Benedetto Croce, A I-Iistél'ia _".
pp. 181-82.
~9) Arnold J. Toynbee, A Study of Ri,'
York: Oxford University Press
ot the comnütment incurred by ::',~
of human affairs, for, whether h" ::c'
himself, in t11e act, to becomir-,g
2,)I Toynbee, op. cit., p. 80. «A c'ê oc'
rationalist- minded ObS8I'Ver' s 110..:: _
gical barl'ier that the re]ati',·it·: ,~
t11e 11istorian and the grea t lLe:
stage prevented Gibbon from er:: "
of these many actors and t11el'~:::
really penetrating insight into
_~ Outler, op. cit., p. 259.
! Jean Daniélou e Henri Marrou. ~"\ ~ '-<c
tôra Vozes, 1966), I, 14-15.
:3 i John T. McNeill, M:odern Ch!'i"tLlr:
minster Press, 1954), p. 152.
':-10 i Mead,
op. cit., p. 27. Cf. tamb~r:',
minations. Not only in prof"ssi::-.
outstanding observable conseqlle:-.:~,
2-5 I William
Alva Gifford, The StOI'}'
History for the Undogmatic ,::-;e'.':
p. vii.
':5 I Martin Marty, A Short History
Books, Inc., 1959), p. 15.
Jean Daniélou, Sôbre o Mistério
""
der, 1964), p. 12.
';' Oscar Cullmann, Christ and Timé'.
1962), p. 92.
o
Ibid., p. 22.
'00\ Ibid., pp. 27-28.
~:j i
~ História dos Homens
História da Igreja e História dos Homens
igreja. Humanizar a civilizaçãc
~'cissão primordid.
Resta lembrar,
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hoje, que uma sociedode só terÓ
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isto só o historiador da igrejcx
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responsável da igreja. Fazê-b
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(Ne\v
221
., '. p. 402.
rma Revisão HistóI'ica (Rio de Janeiro:
História,
Na~ão», Paz c Terra 2 (Rio
Setembro 1966), p. 153.
::1 São Paulo: Companhia Editôra Nacio-
:3)
2·11
c:' Brasileira,
251
its Tether, pp. 18, 3, 17. Citado por Paul
':2~S in Most Recent American Protestant
History, XXXII (March, 1963), 82.
.eschichte (Muenchen: Verlag Paul Mueller,
:,f
2;))
2;1
~s e Faraós
(Belo Horizonte:
Editôra
Ita-
30rse; Reflections of the Predicament of
" Hjstory, XXXIV (September, 1965), 253.
2S I
281
»
1
63
E. Mead, «Church History Explained», Church History. XXXII
(March, 1963), 19-20, citando H. R. Niebuhl'.
Alfred North \Vhitehead, Adventul'es of .i:deas (New York: The lVIaemillan Company, 1933), p. 4.
Ke;meth Seott Latourette, A History of Christianity (Ne\v York: Harpfr
& Row, 1953), p. xx.
Mead, op. cit., p. 22.
Lewis G. Vander Velde, The Presbyterian Churches and the Federal Union,
1861-1869 (<<Harvard Historical Studies», XXXII), Cambridge, Mass., 1932,
pp. vii, 3. Citado por Paul A. Carter, <;Recent Historiography of the PrGtestant Churches in America, Church History, XXXVII (March, 19(8), 95.
V. Diacov e S. Covalev, editôres, História da Antigüidade (São Paulo:
Editôra Fulgor, 19(5), p. 117.
Mead, op, cit., p. 24.
Latourette, op. cit., p. xxi.
Ber.edetto Croce, A Hi~:tória (Rio de Janeiro:
Zahar Editôres, 1962),
pp. 181-82.
Arnold J. Toynbee, A Study of History, VoI. XII, Reconsiderations (New
York: Oxford University Press, 19(4), 69. «There is, indeed, no limit
ot the comEcitment incurred by the ir:.quirer who ventures to be a student
of human affairs, for, whether he has forseen this 01' not, he has committed
himself, in the act, to becoming a theologian too.»
Toynbee, op. dt., p. 80. «A classical cxample of this un-self-critical1y
rationalist-mir:dcd observer's handicap is ... Gibbon ....
The psyehological barrier that the relativity of Gibbon's outlook interposed betvvee;1
the historian and the great majority of the figures passing across his
stage prevented Gibbon from. entering into the true motives al~d feelings
af these many actors and therefore also prevented him from gaining a
really penetrating insight into the meaning of the play».
Outler, op. cit., p. 259.
Jean Daniélou e Henri Marrou, Nova História da Igreja (Petrópolis: Editôra Vozes, 1966), I, 14-15.
John T. McNeill, :M:odern Christian M:ovements (Philadelphia:
The vVestminster Press, 1954), p. 152.
Mead, or. cit., p. 27. Cf. também p. 26: «the institutions we call denominations. Not only in profession but also in actuality, thes8 are the
outstanding obseI'vable consequences in ouI' day of the career of Jesus: •.
William Alva Gifford, The Story of the Faith: A Survey of Christiull
History for the Undogmatic (New York: The Macmillan Company, 1946),
p. vii.
Martin Marty, A Short History of Christianity
(New York: Meridian
Books, Inc., 1959), p. 15.
Jean Daniélou, Sôbre o Mistério da História (São Paulo: EditôI'a Herder, 1964), p. 12.
Oscar Cullmann, Christ and Time, second edition (London: SCM Press,
1962), p. 92.
Ibid., p. 22:
Ibid., pp. 27-28.
64
História da Igreja e História dos Homens
31) Niebuhr, oj). cit., p. 44.
32) Helmuth Thielicke, The Freedom oi the Christiun l\Iun (New York: Harper & Row, 1963), p. 171.
33) É esta a objeção que H. Berkhof faz a Bultmann e sua escola. Hendrik
Berkhof, Der Sinn der Geschichíe: Christus (Goettingen: Vandenhoeck
& Ruprecht, 1962), p. 36: «Es ist TIr.tuerlich Bultrnanns gutes Recht, dem
\Vort «Geschichte» einen existentialistischen
Inhalt zu geben. Aber dann
darf er nicht so tun, aIs ob er damit eine wirkliche Antwort auf das
Problem des Historismus gaebe. Er verschiebt die ganze Problemstellung.
Er laesst damit die Anfechtungen Troelstschs hinter sich und legt sich
bei der Sinnlosigkeit des historischen Geschehens ruhig nieder. Damit
gibt er ohne Not einen wesentlichen Bestandteil des christlichen Glaubens
preisl
•••
)'>
34) Kurt Dietrich Schmidt, Grundriss der Kirchengeschichte
(Goettingen:
Vandenhoeck & Ruprecht, 1(60), p. 9,
35) Confissão de Augsburgo, Artigo VII.
36) Werner Elert, The Structure
of Lutheranism
(St. Louis: Concordia
Publishing House, 1962), I, 493.
37) Cullmann, op, cit., p. 28.
38) Ibid., pp. 51, 53.
39) Karl Barth, Dogmatics in Outline (New York: Harper & Brothers, 1959),
pp. 122-23.
40) Danielou, Sóbre o Mistério da História, p. 20.
41) Philip Schaff, History of the Christian Church (Grand Rapids, Michigan:
Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1952), T, 3.
42) Barth, op, dt., p. 128.
43) Cullmann, Oj). cit" p. 157, cf, p. 162.
44) Agostinho, A Cidade de Deus, Livro I, 35.
45) Daniélou, Sôbre o Mistério da História, pp. 26-27.
46) Frei Boaventura Kloppenburg, «Por uma Igreja Interpenetrada
com o
Mundo», Revista Eclesiástica Brasileira, XXVIII (Março, 1968), 35,
47) K. D. Schmidt, op. cit., p. 22.
TUDO
Extr.
o
que faz do simples fo:lc~
::iência de que - EU SOU L2..=
A
.'.
FORMAC.'.!..C.
Existem diferentes tipos :::6 -- Aquela velhinha que .:,::
:;reja sàzinha,
- aquêle jovem estuda:::.:e
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São ouvintes que, domir:ç::
:=:omo vou responder às aspircç~ec e
::laquêle pai de família que er:.:err::.
tles pedem: Mostra-me o :=
'..:m em particular?
tles sabem que ninguém
~ por isto que êles não quere L ::''':
-em ouvir a Jesus.
O pregador substitui a J es ._::.
Isto é tão absurdo como ::·.e::e::
::abem que Cristo é - a respos:::: -::._
:=úlpito, Cristo abre êste Livro, ;::r,::::
em Nazaré:
"O Espírito do Senhor est:::: ::::.. evangelizar aos pobres: sr.--.:: .'.
aos cativos e restauração:::::
berdade os oprimidos, ec;:::e:':: =
o-
(Is, 61.1-2;
Lc, 4.18-19)
Isto me conforta como pre ç = =-::::
:=cJStamas a resposta é dada c'::c-~:
canal de acesso para uso ci:: ~:
:-.
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Maneiras de deixar ést6
Lutero d.isse: Tenho mo:iE
próprio Papa com todos OE e .'
-::=;:-andePapa-EU.
Certo é que, como q\lcl:::;:..e'
':::nforme Lutero, não é um t:::::: ~::
pregador é um tanto agr.:::-::::::: ::-':.
porque existe uma abre';::::,,:,-::
porque existem honrar:::::: -,-=
m
.=
_
Homens
Tudo e Nada
Christian Man (New York:
-,
der Kirchengeschiehte
L;:theranism
:';ev,'
York:
(St.
Louis:
(Goettingen:
Concordia
Harper & Brothers, 1959),
p. 20.
{- 5-tÓria,
~i,tian Church (Grand Rapids, Michigan:
:-:-:::'lny, 1952), I, 3.
_.'>:1
TUDO E NADA
Har-
3ultmann e sua escola. Hendrik
Christus (Goettingen:
Vandenhoeck
'H~~lich Bultmanns gutes Recht, dem
.<ten Inhalt zu geben. Aber dann
:-_~',eine wirkliche Antwort auf das
-. '-~~~chiebt die ganze Problemstellung.
,. -::-::elstschs hinter sich und legt sich
l-.~::-.Geschehens ruhig nieder. Damit
- 3cstandteil des christlichen Glaubens
I, 35.
l1~torla, pp. 26-27.
:=:r uma Igreja Interpenetrada
com o
c oileira,
XXVIII (Março, 1968), 35.
65
Extr. de Nothing and All, de O. G. L. Riess
O que faz do simples falar vazio um sermão é a constante consciência de que - EU SOU NADA E CRISTO É TUDO.
A FORMAÇÃO
DO PREGADOR
Existem diferentes tipos de ouvintes nas congregações
- Aquela velhinha que já não consegue subir as escadas do
igreja sàzinha,
- aquêle jovem estudante que acabou de conhecer o evoluo
cionismo.
São ouvintes que, domingo após domingo, ano após ano, vêm
Como vou responder às aspirações e dúvidas do jovem, da vovó ou
daquêle pai de família que enterrou a espôsa na sexta-feira?
Êles pedem: Mostra·me o Pai! Como vou mostrar o Pai a cada
um em particular?
Êles sabem que ninguém, nem mesmo eu, o pregador, viu o Pai.
É por isto que êles não querem ouvir a mim - o pregador. fIes que·
rem ouvir a Jesus.
O pregador substitui a Jesus?!
Isto é tão absurdo como querer substituir o raio solar mas êles
sabem que Cristo é - a resposta. Êles sabem isto pela Bíblia e, ne)
púlpito, Cristo abre êste Livro, prega êste Livro e a si mesmo como
em Nazaré:
"O Espírito do Senhor está sôbre mim, pelo que me ungiu par:::!
evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação
aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor."
(Is. 61.1·2;
Lc. 4.18-19)
Isto me conforta como pregador pois não sou eu que dou a resposta mas a resposta é dada através de mim. O pregador, portanto,
'" canal de acesso para uso do Mestre.
Maneiras
-
Lutero disse: Tenho mais mêdo do meu próprio coração do que
do próprio Papa com todos os seus cardeais. Está dentro de mim C
Grande Papa-EU.
Certo é que, como qualquer cristão, o pregador é humano e,
conforme Lutero, não é um todo espiritual (alI spirit). Mas o caso
do pregador é um tanto agravado pelo fato de ser pregador:
porque existe uma abreviatura
"Rev." diante do nome,
porque existem honrarias especiais,
--~-~---
__
u
de deixar êste canal de acesso hvre.
-~-.
li
Tudo e Nada
66
porque existem pessoas que afirmam que o sermão fai maro.vilhoso, e porque então, caso o sermão tenha sido bom mesmo, ,j
pregador fàcilmente esquece que não foi êle que agiu nos Otwinlo::,
não foi êle que pregou.
Por isto o pregador tem carradas de motivos para orar não sàmente: "Senhor, perdoa-me!", mas também' - "Senhor, torna-me humilde!". Caso houver hesitações quanto à inclusão desta frasezinh:::
na oração antes de subir ao púlpito, lembre-se de como é fácil, para
Deus, mandar um "black-out" e esvaziar o balão do "EU".
Para nos assegurarmos da conveniência desta pequena oração,
façamos uma leitura de I e Ir Corintios. Saulo, o grande persegui·
dor, o justiceiro - pôsto para fora da cidade, às escondidas, nuI'1
balaio. Leia-se o que êle diz do espinho que Deus lhe mandou, paro
que não se exaltasse na grandiosidade das revelações recebidas.
Drama que ataca e quase derruba pregadores é o aparente vazio que eventualmente nos assalta, quando o cêsto de papéis vai en·
chendo e o sermão não sai. Ainda mais quando aquelas palavras de
Lutero martelam:
"Aquêle que tem uma palavra de Deus diante de
si e nÔo consegue tirar sermão dela, não pode ser pregador." O que
falta? Habilidade?! Estudo?! Respondemos:
Falta estudar a Lei d·?
Moisés e tornar a conscientizar-se do fato - EU SOU NADA! Esta
frase é um chôro, mas é chôro de quem luta - luta até o esgotamento (Jacó e anjo). E quando o homem se reconhece, Cristo o aben·çoa: "Agora que és fraco, ql1ero fazer-te forte. Agora que és vazio
de ti mesmo, eu quero encher-te de mim e com graça. Venha nad 1
e faça de mim teu tudo."
É de lamentar que muitos pregadores
reconhecem tardiament",
êste fator decisivo no seu agir. "Cansados mas felizes engenheiros'
- definição do ministro moderno feita por John Arth ur Gossip. Isto
também abrange os estudantes, atarefados em múltiplas ocupações
e matérias. Êste - "felizes" -, no entanto, termina no momento em
que existir a conscientização individual, i.é, saber o que é principal
em cada dia que passa. Citamos Lutero: "Cristo é o comêço, a :08tade e o final de todo o pensar divino e espiritual que alguém possa
ter em qualquer tempo, de dia ou à noite." Paulo disse: "Já não sou
eu quem vive, mas Cristo vive em mim." " .. 0 que me a:oou e a 3i
mesmo se entregou por mim" "Decidi nada saber entre vós senã'J
a Jesus Cristo e êste crucificado."
Para ter êste Cristo enchendo seu NADA, Paulo se alimenta no
TUDO de Cristo. Isto Paulo denomina VIVER e canalizar êste TUDO
a outros, Paulo denomina PREGAR (Leia-se nesta ordem o que Pau·
10 diz aos Corintios na 2° Carta:
3:5 - 2:14 - 4:5-7)
Quadro d'3
um atomizador de perfume: antes de atomizar, deve estar repleto dG
perfume. Isto foi Paulo: repleto de Cristo, espalhando Cristo. Assim
o Evangelho que Paulo pregou foi, como êle o ,domina em tom afeti·
vo, MEU EVANGELHO. Pois Paulo não foi sàmente canal, Paulo foi
canal vivo. Foi testemunha daquêle que viu e ouviu no caminho (]
Damasco.
--
-
---~-~
~---"C~
Paulo não pregou ~
" _
,::egou um Cristo que lhe 8S::::-:::_
=_.0: mão ou seu pé. Paulo p-::,:::~::
O que
se vê nos -cúl:::::e,,:
Muita verborréia piede.o:: e
:eençoe:
muita repetição do c:-.:e0-=-,._
, ':2 se experimentou;
muita pregação motiv::-c.:- _
:-='iciente motivado pela p:-=-se:'_:
-e-iG estar tão cheio Dêle c:
E por que?
Porque o pregador nee ..
seja TUDO.
Só existe um Seminér,ie =,_=
-_..:::a chegG a dar diplome - ,'_
... que eSlo:e:
-:::·let eu:
... eIS
"Bem-aventurados os pd::es ::::s todos os tesouros" -::e:-:-.
: .:::8 que enriquece a ou tres ::- -::::inha e o estudante, cm::::
_:es, sempre voltam a se se::::::-
ELABOR:_~.~,::
O recinto em que o pre;:c:::::
_pIes quarto de estudo - ~ :: : c-·_'::·0 Lembrar-se disto impL::c -=-:::_
:: ú:'1icamente pode recebe: e
É de notar que nunca é .----.:_:osa pregar, mas é dite _,__
2J.lpito enquanto NADA :=: :-':'::.:
se:rnão não pode ser sàme:.:-=:::da parte e sen tença "pr=~_- e:: ,
Bach, cognominado por ::i-=-:e:c,:iado sem a consciência de --.'-:
::e veemente que se conL.:_de ::e_
--::-nos! Perecemos!"
Ale~::::':::=~ -:= ç810 amor de Deus! Bc:te e:=:
':; ",c céu depois de a porta es::::;
~,
-::'':.8 querem
sair do infere_C
: :=- -::re na mesma
porta se c:'.::se::
~ ::3 seus cristãos neces3itG:-:-.::::_'=
. sa b e d ona,
- peça-a c -::ess:tG
_e.:"
~··::s e necessidades do S8~ :::-::
=-: :cucal está escrito:
G::;:;: __
=_,_c
-= ~
c
Tudo e Nada
Xada
:::rmam que o sermao foi moro·
- õ",rr::tão tenha sido bom mesmo, i)
.".::::::foi êle que agiu nos ouvin~:::.:,
: . :;::;s de motivos para orar não so=-õ::::;:mbém:- "Senhor, torna-me h'-J'
>.::::mto à inclusão desta frasezinh::;
.:.:::: lembre-se de como é fác~l, para
--c-o--::;ziar
o balão do "EU".
r r-:-.
veniência desta pequena oroção,
~rr:ntios. Saulo, o grande persegui·
.rr:::;:do cidode, às escondidos, nUf'1
-ó'3c::inhoque Deus lhe mandou, pam
: .o:iode dos revelações recebidos,
=--ó'rr'clbapregadores é o aparente 'Ia·
quando o cêsto de papéis vai en·
.=-::mais quando aquelas palavras d,?
'-ó'rr:uma palavra de Deus diante de
:;,,:::;, não pode ser pregador." O qua
--c-o:r:::ndemos:Falto estudar o Lei d,,,,
.0", do foto EU SOU NADA! Esta
--c-:;:uemluto - luto até o esgotamen·
__
.=-2em se reconhece, Cristo o aben·
rr ::::!zer-te forte. Agora que és vazio
~ ::;e mim e com gra::;::::!.V:mha nad:1
::regadores reconheccrrl tardiamen L;
::ansados mas felizes engenheiros'
"r :eita por John Arthur Gossip. Isto
::rtarefados errl múltiplos ocupações
'-.::!entanto, termino no momento em
:i'.-idual, i,é, saber o que é principal
:3 Lutero: "Cristo é o comêço, o m:::'~.i';ino e espiritual que alguém possa
_ 6 noite." Paulo disse: "Já não sou
c =-. mim ....
o que me amou e o "i
')ecidi nada saber entre vós senã:J
'.=-::!seu NADA, Paulo se alimenta n8
:rr:ina VIVER e canalizar êste TUDO
(Leia-se nesta ordem o que Pou3:5 - 2: 14 - 4:5-7)
Quadro d?
"õ de atomizar, deve estar repleto d,:;
:::e Cristo, espalhando Cristo, Assim
:ri. como êle o domino em tom afeti. ;::J não foi somente canal, Paulo foi
-'_:sle que viu e ouviu no caminho o
I
67
Paulo não pregou um Cristo que vive entre os estrêlas. Paulo
pregou um Cristo que lhe estava próximo que seu hálito, mais do que
suo mão ou seu pé. Paulo proclamou: "Eu sei em quem tenho crido.
O que se vê nos púlpitos?
Muita verborréia piedosa e não o suficiente falar que queime e
abençoe:
muito repetição do que se leu e não o suficiente testemunho dc
que se experimentou;
muita pregação motivado pelo presença do domingo e nao o
suficiente motivado pela presença de Cristo num coração que deveria estar tão cheio Dêle a ponto de transbordar.
E por que?
Porque o pregador não quer ser um NADA e permitir que Cristo seja TUDO,
Só existe um Seminário que sempre está formando, mos que
nunca chega :::!dar diploma - A Escola de Cristo, do Cristo qUC?
prometeu:
... eis que estarei convosco .
"Bem-aventurados os pobres de espírito" e "Em Cristo estão ocultos todos os tesouros" - com isto em mente o pregador será ULl
pobre que enriquece a outros. Só assim êle vai saber porque aquela
velhinha e o estudante, cada um com dificuldades próprios e dife·
rentes, sempre voltam o se sentar nos bancos da igreja.
U
II
ELABORAÇÃO DO SERMÃO
O recinto em que o pregador prepara o seu sermão, não é um
simples quarto de estudo - é o lugar de encontro do NADA com ü
TUDO. Lembrar-se disto implico em lembrar-se que o NADA nada pode
dar, unicamente pode receber e isto levo à conseqÜência - à ORAçÃO.
É de notar que nunca é dito que Cristo tenha ensinado os dis':::ipulos o pregar, mas é dito que os ensinou o orar. Esta é a lei
do púlpito enquanto NADA fôr NADA e TUDO fôr TUDO, Por isto
:J sermão
não pode ser somente "thought out", mos, principalmente,
em cada porte e sentença "prayed out" - do plenitude que é Jesus.
Boch, cognominado por Nietzsche o divino Boch, não pode ser
apreciado sem o consciência do Jesu, Juvo. Isto, em certos momentos
é tão veemente que se confunde com o grito de desespêro:
"Senhor i
Salva-nos! Perecemos!"
Alexonder White escreve:
"Bate, homem
Bote, pelo amor de Deus! Bote como batem oquêles que querem en:rar no céu depois de o porto estar fechado! Bate! como botem oquéies que querem sair do inferno! Êste é o orar do pregador - bater
sempre no mesmo porta se quiser ter o que Cristo quer dar, oquib
=Iue os seus cristãos necessitam paro o próximo domingo. "Se al;;uém
necessita sabedoria, peça-o o Deus" - que conhece os corações, se::Jrêdos e necessidades do seu povo melhor do que qualquer pregador
e do qual está escrito: "o dá liberalmente ...
I
68
Tudo e Nada
o EU já é tentado na escôlha e no estudo de determinado texto. Lutero diz que todo aquêle que se considera algo, é herege. "Homens dotados, como Paulo, precisam de um espinho que os conscientize do fato de serem NADA" e ajunta: "se Melanchton não fôsse o
doente que é, teria opiniões e pensamentos bastante originais" (" ... so
·wÜrde er seltsame Opiniones und Meinungen haben").
O EU deve
sumir para que Cristo apareça, seja TUDO. Encaramos a onda de
"Misshandlung" da palavra divina nos dias atuais como conseqÜêncio
direta de uma ignorância desta realidade divina. A pergunta que °
pregador deve fazer com respeito ao texto, em oração, é: "Qual é u
intenção divina dêste texto?" e, nêste espírito, o pregador se torn:::r
canal.
Mas, para ser canal vivo, testemunha da verdade que proclama, o pregador deve perguntar: - Qual o significado dêste texto
para mim? Só assim a lei que êle anuncia terá verdadeiro e real
conteúdo, significado. O pregador terá sentido em si o efeito devastador desta lei. Êste efeito estará transparente no seu agir. E,
por meio dêste pregador, o Espírito terá mais facilidade de acesso
ao indivíduo que está no banco para reduzi-Io também a NADA.
Seguindo esta seqÜência no sermão, surge, agora, a maior dificuldade para o pregador - encher também êste NADA com o TUDO.
"When we do preach Christ - I think every brother in the ministry
wil! join me in this confession - we often find it difficult to go excited
about him."
O que sabemos de Cristo não é nôvo. Dominicalmente o pregador fala desta verdade. Como evitar o cansaço espiritual? O pregador deve cada semana ter verdadeira conferência com o Livro e
o Espírito. E o Espírito lhe revelará o que " .. nem olhos viram, nem
ouvidos ·ouviram, nem jamais
penetrou
em coração
humano
- o que Deus tem preparado
para aquêles que o amam".
O
que o Espírito tem para revelar? Cristo definiu a ação do Espírit'J
quando disse: "tle me glorificará porque há de receber do que é
meu e vô-lo há de anunciar." Sim! O Espírito glorifica a Jesus dian·
te do pregador. Por isto Cristo é, obrigatàriamente,
o centro do ser·
mão. Cristo - Sujeito. Cristo - nosso Exemplo, nosso Professor,
nossa Santificação, nosso Consolador, Primeiro e Último, sempre Cristo - nosso Salvador, o Cordeiro morto pelos pecadores. Nesta consciência, o pregador não necessitará da exortação:
"Give somethingt
Put some blood inl"
.
O que diremos da confecção do sermão? Não muito. Apre·
ciemos o trecho final de um sermão de Whitefield, o Pregador do
Grande Despertamento:
"My dear frieds, I would preach with alI my heart til! midnight,
to do you good; til! I could preach no more. Oh, that this body might
hold out to speak more for my dear Redeemer .. Had I a thousand
lives had I a thousand tongues, they should be employed in inviting
sinners to Jesus Christ. Come, poor, lost, undone sinners, come jU3t
as you are to Christ, and se.,,· ::
feet of Jesus Christ, where ne·.·",:
you with open arms." (pg. 2::-':':
O que ressalta? ZÊLO :E ::::.:::
Ao lermos biografias de ;.: ~
que sempre se repetem
With great labor he rnc:s:e:e ..
terribly that he might be an e::8 c::- ê
it takes that. It takes selective >c
takes writing and endless re';.'-: ::.:-.::tossing on your bed at night. I:
the panges oÍ giving birth. It t:;~'õ:
your best efiorts and a merciless
phrase, paragraph,
sermon - ::-.=one purpose for which is a se:::·.:
Êste cuidado extremo ne: :: :.: : ::
ficar sempre mais. Murder ye:..::
das com capricho de artífice, e:.:::::·.
pelas quais alimentamos o org....:.::·.
mato. Matar êstes amôres, m:::::::.:
Quando a luta contra o EU se :::.
desistência, aquêle Homem sir:;:·..:..::-gue. Reergue para a luta, pe::c::
ambição de sermos NADA. Po: :::. .:.: .,.
=
Nota da redação: Anualmente
_._.
promove uma série de conferências
uma fundação do Rev. Frederic J. -.-,-c.
de uma conferência - leitura obrig~: o.
Seminário e aqui dada em resumo p2:C
Weirich.
2
Tudo e Nada
Nada
: ~~.::::
e no estudo de determinado tex:'".:s se considera algo, é herege. "Ho:~~::;-:TIde um espinho que os conscien::::::unta: "se Melanchton não fôsse <)
2=-.~:::::mentos
bastante originais" (" ... S:J
·.i lv1einungen haben").
O EU deve
seja TUDO. Encaramos a onda de
..:::::nos dias atuais como conseqüêncio
realidade divina. A pergunta que o
.::::00 texto, em oração, é: "Qual é u
'" nêste espírito, o pregador se torn::r
:estemunho da verdade que proda- Quol o significodo dêste texto
s éle anuncio terá verdodeiro e reol
::ci:Jr terá sentido em si o efeito deestorá transporente no seu ogir. E,
s::irito terá mois facilidade de acesso
:'.:::0 para
reduzí-lo tombém a NADA.
srmão, surge, agora, a maior dificuler também êste NADA com o TUDO.
- I think ever'l brother in the ministry
- we often find it difficult to go excited
- não é nôvo. Dominicolmente o preevitar o cansoço espirituol? O pre·.-erdodeiro conferêncio com o Livro e
elorá o que"
.nem olhos virom, nem
:::is penetrou
em coração
humono
:::.0 para
aquêles que o amom". O
:::::r?Cristo definiu o ação do Espírit'J
:::orá porque há de receber do que t,
Sim! O Espírito glorifica a Jesus dion·
:; é, obrigatàriomente,
o centro do ser:) - nosso Exemplo, nosso Professor,
::;lador, Primeiro e Último, sempre Cris~:o morto pelos pecadores. Nesto conssitorá da exortação:
"Give something!
=-.J
s:::ção do sermão? Não muito Apresermão de Whitefield, o Pregodor d:>
preach
soch no
=..,.. dear
cs the'l
poor,
with 011 m'l heort till midnight.
more. Oh, that this bod'l might
Redeemer. Had I o thousand
should be emplo'led in inviting
lost, undone sinners, come jU3t
---------~- - - -
-~~--- ~---
-
69
as you ore to Christ, ond so'l, If I be damned, I will perish ot the
feet of Jesus Christ, where never one perished 'leI. He will receive
'lou with open arms." (pg. 25-26)
O que ressalta? ZÊLO E SIMPLICIDADE.
Ao lermos biografias de grandes pregodores, há certas frases
que sempre se repetem
With great labor he mastered and perfected a style; He toile::3
terribl'l that he might be an effective preacher. - Labor and toil it takes thaI. It takes selective reading and ever more reoding. It
takes writing and endless rewriting. It takes thinking b'l do'l and
tossing on 'lour bed at night. lt takes the miseries of gestation an1
the panges of giving birth. It tokes an insatiable dissotisfaction wíth
'lour best eÍforts and a merciless cutting out of ever'lthing - word,
phrase, paragraph,
sermon - that does not supremel'l serve the
one purpose for which is a sermon.
Êste cuidado extremo na confecção é sinônimo de - simpli·
ficar sempre mais. Murder your darlings! Aquelas frases construídas com capricho de artífice, entremeados de floreios vocabulares,
pelas quais alimentomos o orgulho de - gênio literário em ononimoto. Matar êstes omôres, motor o eu poro que Cristo aporeço.
Quando o luto contro o EU se torna pesodo, quose nos levondo à
desistência, aquêle Homem singulor, pendurado no cruz, nos reeI'gue. Reergue poro a luta, poro a mais singulor dos ombições ombição de sermos NADA. Por quê e como? PORQUE ÊLE É TUDO!
Nota da redação: Anualmente o Concordia Seminary de St. Louis, Mo.,
promove uma série de conferências sôbre «pregar efetivo». financiadas por
uma fundação do Rev. Frederic J. 'Wenchel. «Nothing and AI!» é o tema
de uma conferência - leitura obrigatória do curso de homilética em nosso
Seminário e aqui dada em resumo pelo estudante do 3" ano de teologia, Paulo
Weirich.
Sittensen
70
Sittensen
mit
Bericht
Gemeindetag
11 -
n
ein kirchengeschichtliches
TGrche, gerichtet
wurde, und die E::,~~:--:::::.:
zum vollen biblischen Evangelium.
'_",~
,-venn sie verbunden ist mit einem k0:':'."-
Ereignis?
über die deutsch-skandinavische
Theologentagung
um Bibel und Bekenntnis
vom 21. bis 25. Februar
Rans
1968
Kil'sten
Sittensen
ist ein gewerbefleissiges
Heidedorf von etwa 3000 Eir:wohnern,
an der Autobahn
Hamburg
Bremen gelegen.
Sein Name, im Verein mit
dem seines bekenntnisbewussten,
tatkriiftigen
Pastors
Peter
Hartig,
liess
schon einmal aufhorchen
- vor gut drei Jahren,
aIs in der dortigen
Kirche
die «Sittenser
Disputation»
stattfand,
eine offentliche
Auseinandersetzung
übe~'
die Auferstehung
Jesu zwischen einem theologischen
Vertreter
eines bekenn'VV. Künneth,
ErIangen, und einem der Bultmannschule.
nisbetonten
Luthertums,
Enlst
Fuchs,
Marburg.
Das war SitteI'sen
I im Oktober
1964, ein Fanfarenton,
der dazu beitrug,
die Geister zu scheiden und allenthalben
in den
Kirchen Sammlungen
um Bibel und Bekenntnis
in die vVege zu Ieiten.
Das
hannoversche
«Sonntagsblatb
stellte damals zwar mit Genugtuung
fest:
(cDie
Inquisition
fand nicht statb,
d. h. die verantwortlichen
KirchenIeiter
wollten
sich beruhigen
bei dem Gedanken,
es würde wahrscheinlich
doch alles beÜl1
alten bIeiben, auch bei einem friedlich-schiedlichen
Nebeneinander
von aItem
GIauben und modernem
Unglauben.
Zum Teil hatten
sie darin gewiss nicht
unrecht,
sofern es zu einer SpaItung
tatsachlich
nicht gekommen
ist. Di"
Hoffnung
aber, dass die Sache jener Bewegung
<cin anderes
Evangelium"
abklingen
würde, hat sich zunachst
nicht erfül1t. Es ist zu Bekenntnistagen
in Dortmund,
Düsseldorf
und anderswo
gekommen,
es kam zu Absagen
an
den Kirchentag
und schliesslich
auch zu Neubildungen
anderswo,
zumal
gerade auch von Sittensen
inspiriert
zur Sammlung
bekenntnisbewusstel'
Lutheraner
in lutherischen
und unierten
Landeskirchen
- und so schliesslich
n, zur «deutsch-skandinavischen
Theologentagung
mit Geeben zu Sittensen
meindetag
um Bibel und Bekenntnis»
vom 21. bis 25. Februar
1968 .
Die Vorgeschichte
dieses Aufgebotes
von 120 dafür ausgewahlten
Theologen aus den Kreisen des Widerstands
gegen die Zerrüttung
des GIaubens
der Kirche ist im vorgehenden
bereits angedeutet.
Zwei Momente
sind noch
hel'vorzuheben:
der entscheidende
Anteil Pastor Hartigs
und seiner Gemeindi~
am Zustandekommen
der ganzen Veranstaltung
und die Hilfe, die aus dem
skandinavischen
Raum kam.
Pastor Hartig ist seit Jahren der unermüdliche
Motor einer «Sammlung
der Sammlungen»
und ihrer Zusammenfassung
zu einer geschlossenen
AktiolJ
gewesen.
Ihm ist es zu danken, dass - besonders
im Iutherischen
Raum -der B1ick von den ortEchen Noten der einzeInen Landes- oder Freikirchen
auf
das Grundübel
des Verfalls, auf den krebsartig
wuchernden
Abfall der Theologie und der kirchlichen
Verkündigung
vom Glauben
und Bekenntnis
der'
*
Êste «Bericht»
e o «Frotokoll»
que segue foram tirados
do Lutherischer
Rundblick»,
I. Quartal
1968. O ,~Lutherischen
Rundblick»
é a «Vierteljahrszeitschrift
für Theologie und Kirche», editada por professores
da Faculdade de Teologie de Oberursel,
Escola de Teologie dos irmãos das «Lutherischen
Freikirchen
da Alemanha.
H. R.
---- -----
----
--
-
-
logie des Abfalls mit totaler
Ab,s,:c!'c
Unglauben
auf den Kanzeln, noch E:::~
de Sittensen
hat clafUr den Rahnlt::: ~,
Theologen, sondern auch noch eine i'':~:-,
unterbrachte
und verpflegte.
Es v;Ü-:l
ben, die auch heute noch so opferbi"'co~:
i S"I:
Die Hilfe aus Skandinavien
durch gleichartige
Sammlungen,
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z. T. andere Mot>",
nieht in gleichen Urnfang philosophiõ:'gie aIs vielmehr
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die skandinavischen
Theologen.
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Sittensen II
geschichtliches
Ereignis?
-,-ische Theologentagung
-~:-.:" \-om 21. bis 25. Februar
____
cO
1968
Hans Kirsten
:..c:c:::edOl'fvon etwa 3000 Eir.wohnern,
~·~:2gen. Sein Nal11e, im Verein mit
,.c':g·en Pastors Peter Hartig, liess
: ahren, aIs in der dortigen Kirche
. ~ :ffentliche Auseinandersetzung übe,'
.~:.:ogischen Vertreter eines bekenn'.. :-."en, und einem der Bultl11annschule.
'2:: I im Oktober 1964, ein Fanscheiden und alIenthalben in den
':'l'ntnis in die Wege zu leiten. Das
~:.c.:szwar mit Genugtuung fest: ,'Die
. ~l-antwortlichen Kirchenleiter wollten
'.l'de wahrscheinlich doeh alIes beim
, :-,iedlichen Nebeneinander von altem
:-_:Teil hatten sie darin gewiss nicht
,c.:sachlich nicht gekommen isto Di"
32',\'egung "ein anderes Evangeliul11"
.:. erfüIlt. Es ist zu Bekenntnistagen
.~"ekommen, es kam zu Absagen an
-., Neubildungen anders\Vo, zumal
- zur Sammlung bekenntnisbewusster
Landeskirchen - und so schliesslich
.~:"avischen Theologentagung mit Ge. :"'1 21. bis 25. Februar
1968.
~" von 120 dafÜr ausgewahlten Theo, gegen die ZerrÜttung des GIaubens
~:-.gedeutet. Zwei JVlomente sind noer.
Pastor Hartigs ur:d seineI' Gemeind,;
-.,,::altung und die Rilfe, die aus dem
·_:...ermÜdliche Motor einer «Sammlung
;c.ssung zu einer geschlossenen Aktion
- besonders im lutherischen Raum -':':-.zelnen Landes' oder Freikirchen anf
~bsartig wuchernden Abfall der Theovom GIauben und Bekenntnis der
segue foram tirados do Lutherischer
..::herischen Rundblick» é a «Viertel::'cl1e», editada por professores da Fa'::.,la de Teologie dos irmãos das «LHH. R.
71
Kirche, ge1'ichtet wu1'de, und die Erkenntnis zunahm, dass nur die Rückkehr
zum volIen biblischen Evangelium, wie es uns elie Reformation geschenkt hat.
wenn sie verbunden ist mit einem kompromisslosen Wielerstand gegen die Th20logie des AbfalIs mit totaler Absage an irgereleine Gemeinschaft mit dem
Unglauben auf elen Kanzeln, noch eine Rettung beeleuten kann. Die Gemeinele Sittensen hat dafür den Rahmen geboten, indem sie nicht nur jene 120
Theologen, sondern auch noch eine ebenso grosse Zahl von Gasten aufnahrn,
unterbrachte unel verpflegte. Es wirel wenige laneleskirchliche Gemeir:den gc·
ben, die auch heute noch so opferbereit hinter ihrem Pastor stehen.
Die Hilfe aus Skanelinavien (Schweelen, Norwegen unel Danemark) kam
durch gleichartige Sammlungen, wobei allerdings in jenen Landern mit ihrem
Staatskirchentum
z. T. andere Motive der Abwehr im Vordergrund stehen,
nicht in gleichen Umfang philosophisch bedingte Verfremdungen der Theologie aIs vielmehr (besonders ir: Schweden.) ein das Kirchenwesen vergewalti·
gender Demoluatisnms
der Offentlichen Meinung. In Nonvegen mit seinsr
Gemeindefakultat ist es bekanntlich der Grossteil der Pfarrer und eine relativ
starke, :::Glbstbewusstc Gemeinde, die hinter der «Prestelaget for Bibel og BeJ.,
jennelse» steht. In Schweden sind es kleinere Kreise unteI' der FÜhrung des
bekannten Bischofs von Goteborg, Bu Giertz, die im vViderstar.d gegen di'2
von Staats wegcn verfügte Frauenordination
sich in der «KY1'kHg Samling
Kring Bibeln och Bekanne'scll» zusammengeschlossen haben. Auch in Danemark besteht ein Bekenntniskreis «Kirkeus Ja og Nej».
Der besonde1'e Charkter von Sittensen TI \VaI' nun nicht ruI' der, dass
ais tragende Gruppen samtliche «Sammlungen» in Deutschland und Skandinavien einschliesslich der lutherischen Freikirchen und der BekenntnisbewegunE,
«Kein anderes Evangelium» auftraten, sondern dass hier der Ve1'such unterr.ommen wurde, sich über Sinn und Aufgabe des aufgebrochenen "\Viderstandes
theologisch klarzuwerden ur.d Moglichkeiten gemeinsamen \Viderstandes Zll
€l'Wagen. Dabei war von vOl'nherein klar. dass in Sittensen in erster Linic
vom lutherischen Bekenntnis bestimmte Gruppen in Aktion trateu und dass
besonde1's diese sich zusammenschliessen wollten - ohne allerdings weder dia
Be\vegung aIs solche zu zersplittern, noch auch anelererseits bestehende kirchliche Trennungen (die 1utherischen Freikirchen stehen nieht in Kirchengemeinsehaft mit den lutherischen Landeskirchen)
dadurch aufzuheben oder
zu nivellieren.
Das Unternehmen, für das an sich kein das Resultat irger:dwie vor·
wegnehmender Plan bestand, auch keine Entschliessung oder dergleiehen V01'bereitet war, vollzog sich nun in der Weise, dass in einer VolIversammlung
am Vormittag, zu der auch Gaste Zutritt hatten, unteI' der Thematik «Offer:barung - Sch1'ift - Kirche» je zwei Referate von Theologen, die das Bekenntnis betonten, ohne Aussprache gehalten wurden (man vergleiche zu den
Rcferenten und Referaten das im Ar.hang zu diesem Bericht daI'gebotene vor·
Hiufige «Protokoll») und am Nachmittag jeweils sich die besonders geladenen
120 Theologen der verschiedenen Gruppen und Sammlungen zu einer «Klau-SUl'» zusammenfanden, um zunachst die Referate und ih1'e Themen, je lange':
desto mehr aber die praktischen Fragen, zu besprechen.
Ein besonderes Erlebnis, zumal bei den Referaten, waren natürlich füI'
uns die skandinavischen Theologen. Das gilt in erster Linie selbstverstandlich
72
Sittensen II
für Bischof Bo Giertz aIs einen der Einlader, aIs Referenten und aIs Leiter
der Klausur. Seine bischi:ifliche Personlichkeit hinterliess zweifellos bei allen
Teilnehmern einen tiefen Eindruck - das gilt übrigen noch besonders von
seiner Predigt im Bekenntnisgottesdienst
des Sonntags über Gal. 2, 21 mit
dem Thema «Von der edlen Kunst, die Gnade nicht wegzuwerfem> - einem
Vorbild reformatorischer Verkündigung von der Rechtfertigung und der Scheidung von Gesetz und Evangelium. Es war nicht zuletzt seiner tatkraftigen
Leitung zu danken, wenn sich die Klausur nicht in theoretischen Auseinandersetzungen verlor, sondern mehr und mehr zur Sache sprach und ein deutliches Ziel anstrebte.
Einen starken Eindruck machten aber auch die Vertreter der norwegischen Gemeindefakultat
(die ja bereits im Anfang des Jahrhunderts
in
der Auseinandersetzung
mit der liberalen Theologie der StaatsfakulUit
al.'J
Gegengründung entstand), die Gebrüder Leif Aalen und Sverre Aalen, der
eine Systmatiker, der andere Neutestamentler.
Sverre Aalen hatte das erste
Referat des ersten Tages «Christusoffenbarung
und wissenschaftliche
FOl'·
schung» (vgl. «Protokoll»).
Das war ein frohlich und gewiss machend2r
Auftakt, zunachst in der «Kritik an der Kritik», in der festgestellt wurde,
dass ihre «Ergebnisse» keineswegs Resultate einer objektiven Forschung sind,
sondern aus einer Kombination von 1deologie und Methode und aus der Voreingenommenheit und den Voraussetzungen der rationalistischen Weltanschauung erwachsen sind, insofern jederzeit auch anfechtbar und widerlegbar. Dann
aber auch durch positive und konstruktive Gedanken: «Wir suchen das Heilsereignis, wie es im apostolischen Wort selbst dargeboten wird, nicht hinter
diesem Wort.» «Der irdische Jesus ist darum nicht identisch mit dem sogenannten historischen Jesus hinter den Evangelien. Diesel' hat in Wirklichkeit niemals existiert.»
Sein Bruder Leif Aalen, der Systematiker, tauchte erst spater auf, hielt
auch kein Referat, beteiligte sich aber um so energischer an den Aussprachen
in der Klausur. 1hm war es zu verdanken, dass nicht im Eifer eines vorschnellen Enthusiasmus sich in Sittensen eine Art «Barmen» wiederholte, also eine
unionistische «Erkl8.rung» (auch «Barmen» war zunachst nicht «Bekenntnis»,
sondern «Erklarung») zustande kam, die dann in der Folge aIs gemeinsames
Bekenntnis von Lutheranern, Unierten und Reformierten mit allerlei kirchenpolitischen Konsequenzen sich hatte auslegen und umdeuten lassen (vgl. Protokoll) .
Auch Professor Regin Prenter, der Systematiker von Aarhus, Danemark,
ist in diesem Zusammenhang zu nennen. Er war nur für kurze Zeit gegenwartig. Sein Referat, das letzte überhaupt, «Was ist Kirche-Sein heute?»
(vgl. «Protokoll») war nicht nur ein Muster systematischer
Klarheit und
korrektester deutscher Sprachgestalt - v,rie überhaupt alle Skandinavier sich
durch gIanzende Beherrschung der deutschen Sprache auszeichneten -, sondern auch ein geistlicher Hohepunkt der Tagung, indem er die Lutheraner
warnte, vor der eigenen traurigen Empirie in ein nur geglaubtes Kirchesein
zu flüchten, wie es die reformierte Kirche kann und tut. Lutherische Kirche
darf die Kirche nicht nur glauben und bekennen, -sie muss sie auch je und je
nach ihrem Glauben verwirklichen und das Verwirklichte an den Notae überprüfen. «Denn rechte Kirche ist durch ihre Lehre und an ihrem Bekenntnis
unverkennbar.»
Das darf aber nich: -lnstitution geschehen. Denn «Gottes '.' ,_'.
und Gottes 'Vort kann nicht ohne ''=;'''",
Konziliis und Kirchen» gab hier der:. ,=~--=
den blossen lnstitutionalismus
zu dure -'-",
setzliche Sicherheit. Auch die Lehrz,-,'ci'.: '"
dern in der Ortsgemeinde vollziehen, ,,-'~ '..J
die für eine Erneuerung der ganzen K::" §
meinde fallen. Das schien mil' eine h0:~O:
diese Versammlung zu sein.
ln der Klausur war es zunachst ,,:'
Das hing natürlich auch mit der Spl=- :-=,
mit der Ausdrucksweise.
Der Versue".
(vgl. Protokoll), das «Wirklichkeitsve:~:"o,.~
Bultmannschule abzugrenzen, führte z.~
gischem Tiefsinn, dem Auslander weg~: i
folgen vermochten und bei dem auch c:oi::
gentlichen Sache nicht weiterhelfen w2 2~
ter der Klausur, Bischof Bo Giertz, i:c-:...'~
'Vorten den Weg aus der Sackgasse zeig'~ :
und zielstrebiger Verhandlungsleiter er-:':-;,:õ
rum nun auch mitten hinein in die Not. L" ~
nissen liegt, sondern im Einbruch fal.s,:i'.':gelium einerseits und im Versagen de: ~:.~
rerseits.
Das kam übrigens zu einem ger~~~;::
nem Empfang, den an diesem zweiteI'. _"'"
deutschen Nationalkomitee
des Luthe!-:c"'.-::
Zunachst ging alles den üblichen Gang ::
wobei der Oberkirchenrat das Intere5S~ :i""
:ante und nach einer Erwiderung des .3:o: ';
schon gegen Mitternacht zum AufbrueL ,~:-:f
der schwedischen Gaste den Oberkirc[:7:-":'
würde, wenn die Brüder der schwedi:õ:i.c:
anbahnte - aus der schwedischen Sta.s:'i:-=:
sich dann der Weltbund zu ihnen beker;1:~:, ~
Bekenntnisses vertreten, oder wird e!- :~c =
iwnnte Klapper darauf nicht antwort>2:. -=-,
bund seiner ganzen Struktur nach ais ~i::".~
wordener Institutionen mit einer gem>2::-.ê
Lehrgewalt - im akuten Falle einer
und Bekenntnis sich nur für die offizi~h" -.
die bisherige geschichtliche Traditior:. :: :-.""
Damit war aber deutlich geword~:" ~
\'om Bekenntnis bestimmten Oppositic-,:-. ,k6nne wie die Kirchenleitungen, und::=-, "'C':
Beschw6rung von LWB und Kircher:>"-=,,,,
Landessuperintendenten
Hoyer, Stac1e
Sittensen II
unverkennbar.»
Das darf aber nicht nur im Bereieh des de iure und der
Institution gesehehen. Denn «Gottes Volk kann nieht ohne Gottes Wort sein,
und Gottes Wort kann nieht ohne Gottes Volk sein». Luthers «Von den
Konziliis und Kirehen» gab hier den Grundton und die entseheidende Hilfe.
den blossen Institutionalismus
zu durehbreehen. Es gibt keine bloss lehrgesetzliehe Sieherheit. Aueh die Lehrzueht soll sieh nieht in der Behorde, sondern in der Ortsgemeinde vOllziehen, wie überhaupt alle Entseheidungen, auch
die für eine Erneuerung der ganzen Kirehe, letztlieh immer in der Ortsgemeinde fallen. Das sehien mil' eine hochst zeitgemasse Besinnung gerade fUI
diese Versammlung zu sein.
In der Klausur war es zunachst nicht ganz leieht, sich zu verstandigen,
Das hing natUrlich aueh mit der Spraehe zusammen, aber noeh viel mehr
mit der Ausdrueksweise.
Der Versueh in der ersten gemeinsamen Sitzung
(vgL Protokoll), das «Wirkliehkeitsverstandnis»
der Bibel von dem etwa der
Bultmannsehule abzugrenzen, fUhrte zu allerlei philosophisehem und theologisehem Tiefsinn, dem AusIander wegen anderer Voraussetzungen
nieht zu
folgen vermoehten und bei dem aueh bald deutlich wurde, dass er in der eigentliehen Saehe nieht weiterhelfen würde. Es war erfrisehend, dass der Leiter der Klausur, Bisehof Bo Giertz, immer wieder mit ein paar frohlichen
Worten den Weg aus der Saekgasse zeigte und sieh überhaupt aIs überlegener
und zielstrebiger Verhandlungsleiter erwies. Am zweiten Tag stiess man darum nun aueh mitten hinein in die Not, die nieht in gegenseitigen Missverstandnissen liegt, sondern im Einbrueh falseher Lehre und im Abfall vom Evangelium einerseits und im Versagen der Kirehenleitungen und Bisehofe andererseits.
Das kam übrigens zu einem geradezu dramatisehen Ausdruek bei einem Empfang, den an diesem zweiten Abend Oberkirehenrat
Klapper vom
deutsehen Nationalkomitee
des Lutherisehen Weltbundes im Pfarrhaus gab
Zunaehst ging alles den Ublichen Gang mit Begrüssungsreden und Vorstellung,
wobei der Oberkirehenrat das Interesse des Weltbundes an der Tagung betonte und naeh einer Erwiderung des Bisehofs und einem Schlussworte alles
schon gegen Mitternaeht zum Aufbrueh drangte. Da passierte es, dass einer
der schwedischen Gaste den Oberkirchenrat
fragte, was der Weltbund tun
würde, wenn die Brüder der sehwedisehen Sammlung - was sieh deutlieh
anbahnte - aus der schwedisehen Staatskirche herausgedrangt wUrden. Wird
sich dann der Weltbund zu ihnen bekennen, weil sie die Saehe des lutherisehen
Bekenntnisses vertreten, oder wird er sie aIs Sekte absehreiben?
Natürlieh
konnte Klapper darauf nicht antworten. Es wurde deutlieh, dass der Weltbund seiner ganzen Struktur naeh aIs ein Bund bestehender, gesehiehtlieh gewordener Institutionen mit einer gemeinsamen «Lehrgrundlage» - aber ohne
Lehrgewalt - im akuten Falle einer Trennung ohne RUcksieht auf Wahrheit
und Bekenntnis sieh nur fUI' die offizielle Institution entseheiden konnte, die
die bisherige gesehichtliehe Tradition fortsetzt.
Damit war aber deutlieh geworden, dass der L'iVB für die Saehe der
vom Bekenntnis bestimmten Oppositionen ebensowenig eintreten werde und
konne wie die Kirehenleitungen, und das war das Signal zu einer allgemein
Besehworung von LWB und Kirehenleitungen
(letztere vertreten dureh den
Landessuperintendenten
Hoyer, Stade), sich über den Ernst der Lage klarzu-
_:-u:o.:;er.aIs Referenten und aIs Leiter
:: ~.l-:eit hinterliess zweifellos bei allen
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:';r:ade nieht wegzuwerfen» - einem
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,.o'~r nieht in theoretisehen Auseinan:-::2hr zur Saehe spraeh und ein deutlioJJer aueh die Vertreter der norwec:ts im Anfang des Jahrhunderts
in
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und Methode und aus der Vor:~en der rationalistisehen
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','e dann in der Folge aIs gemeinsames
'.:nd Reformierten mit allerlei kirehen:51egen und umdeuten lassen (vgL Pro:- Systematiker von Aarhus, Danemark,
Er war nur fUI' kurze Zeit gegen:-haupt, "Was ist Kirehe-Sein heute?»
: Muster systematischer
Klarheit und
- wie überhaupt alle Skandinavier sieh
.:tsehen Spraehe auszeiehneten -, son':ler Tagung, indem er die Lutheraner
:pirie in ein nur geglaubtes Kirehesein
:'che kann und tut. Lutherisehe Kirehe
bekennen, sie muss sie aueh je und je
: das Verwirklichte an den Notae Uber~, ihre Lehre und an ihrem Bekenntnis
---------
-
-
u
-
73
.
Sittensel'.
II
werden.
Die Sammlungen
fühlen sich einfach im Stich gelassen
von ihren
Kirchenleitungen,
beso::ders
von den lutherischen
BischOfen, die da offenba','
meinen, sie konnten
über den Parteien
stehen.
Professor
Heubach,
Pre::~:::;,
fand sehr ernste Worte dafür. dass das Evangelium
in der Kirche nicht geduldet sein will neben der falschen Lehre, sondern nur allein gelten konnte.
Die Not der Bekenntnisbewegung
bestehe nicht darin, dass sie von Gegnern
angefeindet
würde, sondern dass die rechtmassigen
und verpflichteten
Hütel
des Bekenntnisses,
Kirchenleitungen
und BischOfe, sich nicht auf die Seite der"
Wahrheit
stellen wollten.
Man müsse sich klar sein. dass die jetzige
Bekenntnisbewegung
wahrscheinlich
das letzte Aufgebot
der im Kampf des Dritten Reiches
erwachten
Kirche
sei. Dahinter
komme
wahrscheinlich
nicht.'3
mehr. Auf den etwas optimistischen
Einwand des Landessuperintenderten,
das
Evangelium
!Üinr.e doch nicht untergehen,
erwiderte
Bo Giertz, Christus konn0
aber den Leuchter
der ungetreuen
Gemeinde wegstossen,
ur-d man müsse i(\
allemo Ernst fragen. ob es in unseren Landern in 50 Jahren noch eine lutherische
Kirche im Sinne des Bekenntnisses
geben werde.
Die Sache kam natürlich
zu keinem Austrag,
machte
aber wie kein
anderes Ereignis in diesen Tagen blitzartig
klar, worum es geht und was die
Sammlungen
in ihren Kirchen zu erwarten
haben. Sie seher- sich in die Opposition gedrangt
und konnen nicht erwarten.
dass ihnen das offizielle Kirchen·
tumo ernsthaft
zu HUfe kommt.
Sie sind auf Selbsthilfe
ur.d Zusammenschlus3
zu eigener Aktion angewiesen
- auch auf die Gefahr hin, dass sie die Sache
der Kirche gegen ihre jeweilige Kirche vertreten
und durchha!ten
müssen.
Man kann wohl sagen, dass diese Erkerntnis
ur.d Entschlossenheit,
gerade auch von der Erfahrung
dieses Abends heI', den Fortgang
der Tagung
beherrschten.
Jedenfalls
war gerade der weitere Verlauf
der Klausuren
da·
durch bestimmt,
dass ein das Wesentliche
lOffenbarung,
SChrift, Kirche) umfassender
Kor:sensus sich immer mehr festigte,
dass man zusammenwuchs
in
dem Willen, dem weiteren
Abfa!! der ThE:ologie und Verfall des kirchlichen
Lebens nicht langer tatenlos
zuzuschauen,
sondern sich zusammenzuschliessen
und in gemeinsamer
Aktion zu versuchen,
den verlorenen
Boden zurückzugewinnen.
An dieser Stelle ist wohl eine ALmerkung
über die Beteiligung
der lu·
therischen
Freikirchen
am Platze.
Wir waren
sehr herzlich
und dringend
nach Sittensen
eingeladen worden und waren auch der gewissen Überzeugung.
eine geschichtliche
Stunde zu versaumen.
wenn wir uns dieser Ein!adung
ver·
sagt hatten.
Natürlich
lage:r bei uns geschichtlich
andere Vorraussetzungen
vor, so z. B. dass wir ja nicht aus zerstorten
Kirchen kamen.
Unsere Vater
haben die Landeskirchen
- auch die noch nominell lutherischen
- verlassen
oder doch spater mit ihnen gebrochen. weil sie meinten, dass jer:e das Bekennt:rÜs der lutherischen
Kirche schon langst preisgegeben
hatten, dass dem Irrtum
Ul'd der falschen Lehre grundsatzlich
und tatsachlich
schon Iangst Gleichbe·
rechtigung
neben der lutherischen
Wahrheit
zugestac:den
worden
sei. Wír
sind r.ach dem Neuen Testament
der überzeugung,
dass festgehaltene
schriftwidrige Lehre und Praxis. wenn sie nicht abgestellt
werden konnen. zur Trennung ditigen,
so wie Luther sich schliesslich
auch bewusst von Rom trennte.
Hatten
gliiubige Kl'eise und Gemeinde
das rechtzeitig
im notigen
Ausmass
getan - vor 100 Jahren s'chon -, dann hatten wir wahrscheinlich
heute ein
freies Kirchenwesen,
das imstar;c'" "",. ~
kultaten
eirgeleiteten
und prop2.g:é':o:~:-: .. ,~_
ter Vergleich ergab sich hier z,= ,jê-é GemeindefakulUi.t
imstande war. d2-~ ;::.:. o_.~
b8eindruckt
von dem, was uns r;,:,:-"= ~.., .
Abwehl'kampf
berichteten.l
n'.;-'
Wir waren der Einladung
Brüder über alles dies zu belehrer:. Z',C:-'o
c:
_'u'
in Sittensen
nicht betatigte
Kil'chê-::,~ ~~o
rür sieh selber sprach (Pastor Ha:otig- : =.: =-,
stand in sehr positiver Weise affem::::.
wir in dieser Auseinandersetzung
rroi: -::,
die Seite dieser Brüdel' geharten
êl::.':[
00 = ',Jonseren Erfahrungen
unterstützen
)T,'';,':
Ucht geweigert,
an jenel' Entsehlie5s,.:o,=
endlich hindrangte
und in der die GC';-:-,
=::-0c ._
::ackten Unglauben
auf Kanzel unà K::.::.' ~7'
Chl'istus, seine Gottmenschheit,
sein S'i:~-" o
"eine Erhohung
zum Vater geleugn",:
Übrigen verg!eiche man was das Prot;:~:'
der:s und der Formulierung.
l
Die Tagung schloss ab mit eine:,: E
,reter aller Gruppen kurze Anspraeh"",
~:-.
grosse Gemeinde richteten.
Ob Sitter:.~~:- ==
xird (wie es in gewisser Weise mit '=:é:: . =
:-.ícht zum letzten davon abhii.ngen, ',':'", ::
zel'splitterten
Gruppen
ist (übel' FCé:o'o'
5iel1e ebenfalls das angehii.ngte
Prote,;'::::
Bekenntnis
der Kirche orientiert.
\'::", .
tl'etenen Schaden geht und wie eEts:l =.c'
Einbruch
falscl1er Lehre in das KÜ'::-o"':-' .. ~
damit getan sein, dass an Symptom~::
'}anze gehen und jede Konsequenz
i" 5"
::1is (Tractatus
42) gibt dazu die I,"oc:~_. o
'edermann
sich soll hueten und nicht -'.:
Lehre führn oder mit Wüterei zu el'l',,,,::~:
PROTC=:
DEUTSCH-SKANDINA
21.-24.
21. Februar
A.
°oc,
TI
d
FEBRUAR
1968 -
1968:
Professor
i
VISCHEX
DI'. Sverre
i
Aale::
w ssen sch af t I ch e
Sittensen II
~i('h einfach im Stich gelassen von ihren
~n. lutherischen Bischofen, die da offenba~'
"teien stehen. Professor Heub2.ch, Prc:'::::,
'O'
das Evangelium in der Kirche nicht geLehre, sondern nur allein gelten konnte.
':estehe nicht darin, dass sie von Gegnern
'cie rechtmassigen
und verpflichteten Hütel
: 1.:ndBischOfe, sich nicht auf die Seite de,'
.'lEse sich klar sein, dass die jetzige Be·
'SE letzte Aufgebot der im Kampf des DritDahinter komme wahrscheinlich nichts
'=-. Einwand
des Landessuperinter.der:ten, das
-g'ehen, erwiderte Bo Giertz, Christus konne
Gemeinde wegstossen, ur.d man müsse j n
Landern in 50 Jahren noch eine lutherische
, geben werde.
keinem Austrag, machte aber wie keil1
~,:itzartig klar, worum es geht und was die
:'.,'arten haben, Sie sehell sich in die Oppoc'l'-.\-arten, dass ihnen das offizielle Kirchen·
c' sind auf Selbsthilfe und ZusammeD,schlus3
".'"ch auf die Gefahr hin, dass sie die Sache
i:che vertreten und durchhalten müssen.
:1iese Erker:ntnis u;:d Entschlossenheit, gc·
'es Abends heI', den FOl'tgang der Tagung
,d'2 der weitere Verlauf der K!ausuren dae:1tliche (Offenbarung, Schrift, Kirche) um·
:'.e11rfestigte, dass man zusammer:.wuchs in
der Theologie und Verfall des kirchlichen
'chauen, sondern sich zusammenzuschliessen
:'suchen, den verlorenen Boden zurückzug,:>
=-.
,e Anmerkung über die Beteiligung der lu·
vVir waren sehr herzlich und dringend
,:nd ware;1 auch der gewissen überzeugung .
iumen, wenn wir uns diesel' Einladung verêlr:S geschichtlich andere Vorraussetzungel1
s zerstortcn Kirchen kamen. Unsere Vater
die noch nominell lutherischen - verlassen
.on, weil sie meinten, dass jeI'e das Bekenntemgst preisgegeben hatten, dass dem '1rrtum
1ich und tatsachlich schon langst Gleichbe" \Vahrheit zugestallden worden sei. Wir
:.01' überzeugung,
dass festgehaltene schrift,
e nicht abgestellt werden konnen, zur Tren-.-hliesslich auch bewusst von Rom trennte,
einde das rechtzeitig im notigen Ausmass
dann hatten wir wahrscheinlich heute ein
--
------------------~.
~-~
~
-
- --
~-
- ~-
--
75
:l'eies Kirchenwesen, das imstande ware, sich des von theologischen Staatsfalmltaten eir.geleiteten und propagierten Abfalls zu erwehren. (Ein interessan,'1' Vergleich ergab sich hier zu der norwegischen Situation, wo immerhin di"
Gemeindefakultat imstande war, das Schlimmste zu verhüten! \Vir waren sehr
beeindruckt von dem, was uns norwegische Pastoren über ihren erfolgreiche'1
Abwehrkampf berichteten.)
vVir waren der Einladung nun allerdings nicht gefolgt, um die bedrangten
Brüder über alles dies zu belehren, zumal wir annehmen durften, dass die auch
in Sittensen nicht betatigte Kirchengemeinschaft
in diesem Kreise deutlich
für sich selber sprach (Pastor Hartig tat zudem ein übriges, auf diesen Umstand in sehr positiver Weise offentlich hinzuweisen). Wir meinten aber, das,;
\Vir in diesel' Auseinandersetzung
mit der modernistischen Theologie klar an
die Seite diesel' Brüder gehorten und sie nach unserem Vermogen und mit
unseren Erfahrungen unterstützen müssten. Von daher haben wir uns aucl1
l:icht geweigert, an jener Entschliessung mitzuarbeiten, auf die die Klausur
endlich hindrangte und in der die Gemeinden gewarnt werden sollen vor dem
rackten Unglauben auf Kanzel und Katheder in der Erkenntnis:
«Wo diesel"
Christus, seine Gottmenschheit, sein Sühnetod, seine leibhafte Aufersthung und
3eine Erhohung zum Vater geleugnet werden, gibt es keine Kirche.» (1m
';brigen vergleiche man was das Protokoll berichtet über Einzelheiten des \Ver.:1ers und der Formulierung.)
Die Tagung schloss ab mit einem Bekenntnistag am Sor:ntag, wobei Ver·
:1'2ter aller Gruppen kurze Ansprachen an die das schone Gotteshaus füllendo
"Tosse Gemeinde richteten. Ob Sittensen II in die Kirchengeschichte eingehen
'".'ird (wie es in gewisser Vveise mit Sittensen I bereits geschehen ist). winJ
~jcht zum letzten davon abhangen, wie fest der Zusammenschluss der bishe1'
=ersplitterten Gruppen ist (übel' Fortsetzungsausschuss
und weitere Plane
-iehe ebenfa!ls das angehangte Protokoll), wie klar man sich an Schrift und
3ekenntnis der Kirche orientiert, wie tief die Erkenntnis von dem eingec;'etenen Schaden geht und wie entschieden der Widerstand ist, mit dem der
Einbruch falscher Lehre in das Kirchentum bekampft wird. Es wird nicht
~amit getan sein, dass an Symptomen kuriert wird; der Kampf muss aufs
::;anze gehen und jede Konsequenz in sich schliessen. Das lutherische Bekenn::1is (Tractatus 42) gibt dazu die \"1eisung: «Hie stehet Gottes Befehl, das"
.edermann sich soll hueten und nicht mit denen einhellig sein, so unrechte
=-.ehreführn oder mit Wüterei zu erhalten gedenken.»
PROTOKOLL
der
DEUTSCH·SKANDINAV1SCHEN
21.-24.
FEBRUAR
1968 -
THEOLOGENTAGUNG
(Referate
S1TTENSEN,
und Klausuren)
.1. Februar 1968:
nd
A. Professor Dr. Sverre Aalen, Oslo:
«C h r i s t uso f f en b a r u n g
wissenschaftliche
FOl'schung»
Sittensen II
7G
Der Versuch des Menschen, mit den Moglichkeiten des von der Vernunft
und Erfahrung heI' bestimmten Denkens und Forschens zur Erkenntnis der
«objektiven Wahrheit» zu gelangen, beruht auf Selbsttauschung,
wie schon
die verschiedenen bzw. wechselr..den Resultate seiner Bemühungen zeigen. So
beruht etwa die Behauptung einer historisch-kritischen
Methode an sich aIs
blossem 1nstrument des theologischen Forschens auf einer Selbsttauschung,
da ihre Handhabung immer von der Weltanschauung
des Forschenden abhangig isto Mit anderen Worten: Gesucht wird in der Regel ein dem Zeitgenossen verstandliches Gottesbild, das mit Hilfe der Methode in den Text
hineininterpretiert
wird.
Demgegenüber
ist
festzuhalten,
dass
a) die Offenbarung in der Person Christi und im Wort der Heiligen Schrift
aIs übernatürliche Wirklichkeit vorhanden und zu deuten ist;
b) die Theologie deshalb vom Glauben der Kirche aIs 'communio sanctorum'
herkommen und auf ihm beruhen muss;
c) die Forschung im Raum der Kirche stattfinden muss, nicht aIs freie
(absolute) sondern aIs im Glauben der Kirche geschehende.
Die 1ntention der biblischen Texte selbst ist zu beachten.
Profangeschichtliche
Methoden konnen im Bereich der Theologie da positiv eingesetzt werden, wo es um die Erforschung von Problemen der Archaologie, Geographie usw. geht, solange diese ir.. den Grenzen eingesetzt werdell,
die den ihnen zugrundeliegenden Wissenschaften aIs Hilfswissenschaften
gesetzt werden müssen.
B. Professor D. Walter Künneth, Erlangen:
«C h r i s t o I o g i e a I s
Problem
heute»
Der Entstehungsgrund
des Glaubens liegt 'extra hominem', namlich in
Gottes Heilshandeln. Damit lebt der GIaube aus dem Vorgegebensein eine3
Geschehens, das aIs Botschaft von oder über etwas den 1nhalt des Glaubens
streng inhaltlich bestimmt. Das ist das SelbstversUindnis und die Absicht des
neutestamentlichen
Zeugnisses von Christus:
a) der GIaube geht von einem Gnmd aus, der adaquat ist;
b) der GIaube erkennt, dass Gott in Christo eingegriffen hat - dies wird
durch das Christus-Zeugnis der Offenbarung bestatigt.
Das Christus-Zeugnis der Offenbarung ist nicht nur horizontal, sondern
vertikal zu verstehen:
Begegnung mit Christus ist Begegnung mit Gott,
Christologie ist damit Theologie.
Die historisch-kritische
Forschung ist in der Lage, das exakt Feststellbare zu erheben; das darüber Hinausgehende ist ihr unzuganglich.
- Der GIaube drückt sich durch die Sprache aus, die dem Glaubensinhalt adaquat sein muss. Da die Christologie die Einheit von Wirklichkeit und
Wahrheit umschreibt, muss ihre Sprachform dem entsprechen, wenn sie der
Absicht der Bezeugung von Geschehenem entsprechen wiU.
1m Christusgeschehen ist die Christologie 'in nuce' enthalten; ihre Begriffswahl erfolgt durch die interpretierende Reflexion der vom Urzeugnis der
Auferstehung Christi Getroffenen. Die Verwendung von Begriffen, die vordem mit heidnisch-religiosen oder anderen InhaIten gefüllt waren, hat eine
Sinnumwandlung zugunsten des von der Offenbarungstheologie Bekannten zur
Folge. Wenn sie ausgetauscht oder zeitgemass verstandlicher gestaltet werden, müssen sie doch immer in das neutestamentliche Zeugnis zurückübersetzbar sein. Die Bestreitung des biblischen «Gott in Christo» ist die Bestreitung
Gottes aIs des offenbaren Gottes; hier geht es nicht um ein Sprachproblem,
sondern um ein Sachproblem. Die Christologie ist nicht bIosse Wiederholung
aIter Satze, sondern geschieht im Sinne des Auftrags Christi, Matth. 28; doch
die Spannung bleibt erhalten, dass Christus zugIeich wahrer Gott und Mensch
ist. Denn die Moglichkeit einer rationalen oder empirischen Erklarung de.3
neutestamentlichen
Christuszeugnisses ist nicht gegeben; den Menschen kann
lediglich verstandlich gemacht werden, was von der Schrift jeweils gemeint isto
C. 1. KIausur
Die Aussprache bewegte sich um die Frage, ob mit den Aussagen der
Referate wirklich den modernistischen
Auffassungen
Gerechtigkeit
wider-
----- ---
-----
---
-
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Februar 1968:
A. Professor DI'. Martin \Yitee,:: ~:~
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von
Geschichte
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:::ge Vorstellung. Die Bedeutur:g .:l,oc·? :-'--~ 0: ~"iker beschreiben, nicht aber k?",~. ~, . '-'
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Optimismus, dass die Wissensc:cc..:::i.
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Sittensen II
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Gerechtigkeit
wider-
77
fahren sei. Sie zeigte in ihrem VerIauf, dass weder philosophisch gepragte
Begrifflichkeit noch ein Angehen der Probleme primar auf der rationaleu
Ebene ausreichend ist, um die Tatsachen der Offenbarung Gottes in Christus
und in seinem Wort adaquat zu beschreiben. Vielmehr muss erkannt werden,
dass
a) wir im Gefangnis philosophischer Denksysteme gefangenbleiben
und so
die Tatsache der Offenbarung zersetzen;
bl die Auslieferung des «natürlichen» Menschen an die Damonien gesehen
werden müssen, die ihm den Blick für Gottes souveranes Schopfungi:'und HeilshandeIn verbauen und ihn der Verzweiflung ausliefern;
c)
der seelsorgerliche Aspekt und Auftrag begriffen werden muss, nach
dem der einzeIne zum geistgewirkten
Glauben geführt werden 13011,il1
dem allein er die Offenbarungsqualitat
eines Geschehens erkennt.
22. Februar 1968:
A. Professor DI'. Martin Wittenberg, Neuendettelsau:
« Das
Verhaltnis
von
Geschichte
und
Wort
im
Alten
Testamen t»
Wort wird Geschichte: Das Wort hat im Alten Testament Tatcharakter;
es ist schaffendes Wort. Gott Iasst seinen Plau in der \VeIt verkünden uneI
macht dadurch und damit Geschichte, nicht nur anregend, sondern in Gang
bringend. - Geschichte wird Wort: Wir kennen die Autoren, die zuweilen
'historia' geschrieben haben. Sie bemühten sich, das Geschehene wiederzugeben; vor a11em aber wo11ten sie den Iebendigen Gott bezeugen. So haben wir
hier gedeutete Geschichte - damit stehen wir in der Problematik der Gegenwart. Gott ist nicht nur übergeschichtliche Wirklichkeit, sondern das AIte
Testament drückt ein Verhaltnis von Gott und WeIt, von Gott und Volk aus.
Die Art der alttestamentlichen
Geschichtsdarste11ung ist damit anders aIs die
heutige Vorstellung. Die Bedeutung der Religiou iu der Geschichte kann jeder
Historiker beschreiben, nicht aber kann er sagen, dass Gott Geschichte macht.
)Ticht erst die Formgeschichte brachte die grosse Veranderuug in der Wertung,
durch die die israelitische und die von der Wissenschaftlichkeit herkommenden
Geschichtsauffassungen
auseinandergehen.
Wahrend sich der deutsche Optimismus hier in einer Art von Minimalismus ausdrückt, meint der amerikanische Optimismus, dass die \Vissenschaftlichkeit
endlich zu den gleichen Erkenntnissen vorstossen wird, wie sie die jüdische Geschichtsauffassung enthalt.
Probleme in der Geschichte Israels: Da die Angaben und Wertungen z. T.
1.11 den
einzelnen Büchern verschieden sind, lasst sich nicht immer eine einheitliche Aussage erreichen. «AIs Geschichte Wort wurde, da wurden es
mehrere Worter» - doch bleiben sie im Alten Testament eine Symphonie.
B. Professor DI'. Joachim Heubach, Kiel:
«Gei st g ew ir k t h eit
und
GeschichtIichkeit
der
HeiIigen
Schrift»
Die Bibe! erschliesst sich auch in der wissenschaftlichen Arbeit nur unteI' dem Wirken des Hi. Geistes. Die Geschichtlichkeit Gottes in der Schrift
:st eine \Virklichkeit, die von der historisch-kritischen
Forschung vie11eicht gar
:1icht gefasst werden kann. Denn diese Art der Forschung ist Hypothese und
s-rbeitet mit Hypothesen. Man kann daher nicht sagen, dass wir hinter ge',,,-isseErgebnisse der historisch-kritischen
Forschung nicht zurückkonnten.
Die Zusammenschau und Unterscheidung von 'spiritus' und 'littera' ver:,i!t sich analog der Zweinaturenlehre Christi. Gott bedient sich ausserer histo'ischer Mittel, wobei der Ri. Geist nicht Lückenbüsser ist, Geschichtlichkeit
..:.::-,d
Geistgewirktheit der Schrift müssen zusammengesehen werden. Theologie
:Sê Reflexionsgestalt
des geistgewirkten Glaubens, Nachvollzug des von den
.".posteln Berichteten. Man kann von einem vierfachen Schriftgebrauch reden:
1. der wissenschaftlich-exegetische
Gebrauch
2. der kirchliche Lehrgebrauch
3. der kirchlich-liturgische
Gebrauch
4. der personlich-geistliche Gebrauch
Diesel' Ietzte Gebrauch, der zunehmend ins Zentrum des Interesses rückt
der rechte geistliche Ausgangspunkt für die anderen Arten des Schriftgé~
I
78
Sittensen II
brauchs. Von. ihm heI' wil'd erko.nnt, dass richtige Pneumatik und richtige
Historik unlosbar beieinander sind (Schlatter);
von ihm heI' werden wir mlt
Luther unterscheiden und zusammensehe:1, nicht aber voneir-ander abtrennen.
Wir vernehmen Gottes Wort, wenn wir uns dem VVortverstand zuwenden, sonst
dagegen nur Menschenwort. Dabei gilt, dass der H!. Geist der Geist der
Schrift seIbst und nicht etwa ein die Schrift et'ganzendes Erkenntnisprinzip isto
Zusammenfassung
(auf Wunsch der Teilnehmer beigefügt):
1. Christliche Theologie gründet sich mit ihrem Denken und Reden allein
auf das Zeugnis von der S e I b s t k u n d m a c h u n g Gottes, wie sie die
Bibel bezeugt. AlIein in der Bibel haben wir die Botschaft von dem i n d e r
G e s c h i c h t e im Leiden und der Auferstehung Jesu Christi, dem Sohne
Gottes, für uns und alie Welt geschehenen Heilsereignis.
Christliche Theologie ist daher «biblische» Theologie: Auslegung der
HI. Schrift, aIs dem Vi/orte Gottes - für alie Welt.
2.
Das entscheidende Kriterium der christlichen Theologie ist ihre
S c h r i f t g e mas s h e i t , niemals ihre
Z e i t g e mas s h e i t .
\Venn christliche Theologie das Zeugnis der Schrift für die jeweilige
Zeit übersetzt und zum Verstehen bringen will, so gibt nicht die jeweilige
«Zeit» den Massstab ab, sondern unsere Zeit ist der jeweils geschichtliche
Ort, an del11 das alte biblische ZeugrÜs auf die Fl'agen diesel' Zeit neu bezeugt wird.
Christliche Theologie ist niemaIs zeit-gemass, sondern zeit-nah.
3. Da Gott sich selbst im Zeugnis der Bibel und in der Verkündigur:g
dieses biblischen Zeugnisses dUl'ch seinen H!. Geist kundmacht und Menschen
das sie richtende und l'ettende WOl't Gottes durch das Wirken des Geistes
Gottes horen, betroffen wel'den und vor aliem fl'ohe Gewissheit el'langen, gibt
es das, was wir den «Glauben» nennen.
«Glaubende» bi!den die «Kirche». 1hr Glaube kommt aus dem H o r e n
auf das W o r t Gottes, gewirkt durch den H!. Geist, den Geist Christi.
4. Diesel' Glaube, der die Antwort auf seine Fragen heute aus dem
Zeugl1is der Schrift el'halten hat, erwachst aus der Betroffenheit und nicht
aus dem Fürwahrhalten von «objektiven Wahrheiten» oder «Glaubensnormen».
Er ist lebendige Betroffenheit meiner Person heute.
5. Unser Vernehmen ist dabei wirklich das unsrige, aber weun wir
«vernehmen», so hat sich an uns eine Macht lebendig erwiesen, die nicht von
uns heI' isto Das «Objektive» begegr:et uns in unserer «Subjektivitat», aber
so, dass wir darüber aufhoren, «subjektiv» zu sein.
6. Gott hat sich in ganz bestimmten Ereignissen in der Geschichte offenbart. Von ihnen kommt das Zeugnis der Propheten und AposteI heI'. Es
ist Bezeugung und Auslegung diesel' Ereignisse.
7. Durch den H!. Geist erkennen wir diese bestimmten Geschichtstatsachen aIs uns rettende oder richtende Offenbarung Gottes. Daher ist alies
Verstehen - der Schrift nach - nur durch den H!. Geist gewirkt. Geistliche
Erkenntnis offnet die Schrift aIs Offenbarung Gottes und damit aIs das Wort
Gottes für mich und alle Welt.
8. Wei! Gottes H!. Geist die Schrift zum Wort Gottes an uns macht,
darum ist auch theologisch wissenschaftliche Arbeit an der Schrift vom vVirken des H!. Geistes abhangig und auf die Gabe des Geistes angewiesen. Die
Bitte um den H!. Geist ist die Grundvoraussetzung
alieI' hermeneutischen Bemühungen um die Schrift. Dieses gilt für die Erkenntnis und für die Aktualisierung des Kerygmas. Die PneumatoIogie ist Pl'olegomenon theologischer
Hermeneutik.
.
C. lI. K I a u sul'
Die Aussprache bewegte sich im ersten Teil um die von Professor \Vittenberg angeschnittenen
Probleme: 1st die 'interpretatio
prophetica' TheoIogie oder vom H!. Geist gewirkt?
Wirkt der H!. Geist auch durch eine
«Dichtung» wie die von der historischen Kritik aIs solche behaupteten AbramGeschichten?
Wo ist die Grenze zwischen Geschichte und Dichtung?
Was
heisst «Symphonie verschiedener TheoIogien im AIten Testament»?
Das Ge-
sprach machte deutlich, das." _.
sionsrednern - um das Ernstll2:-..1·:·.":barung gillg, da das Handeln ,i,=~~~.:~schichte steht und in Luk. 2.f ,i:~ c.. __
., .
standenen ausdrücklich aIs GOle",,,-;,' __
1m z\veiten Teil gaben Le~::c- :pc'
Überblick von der Vorgeschichte C;",
. .f
und veranlassten die deutschen Téo:::-.~-.- cund kirchlichen Lage zu erlautelT:. -'--=- _ - ~,
in der gegenwartigen Not del- EL.-::c:
a) Politisierung der Kirche
b) Einfluss des Existentialismus
Literatur etc.)
c) Tolerierung der Modernistell __.
Amtern
d) die Angst der Kirchenleiter ',-,:.:
e) das Funktionarsvcrstandnis
\'c,"
bei den Entscheidungen über d:" :f) der unhei)volle Einfluss der ":C:-:-. c c.
Universitatstheologie
auf die
Zur Überwindung diesel' Note "
ausgesprochen:
1. Informatiollen der Gemeinde _
2.
Studentenfreizeiten
und Semir:a,'c
3. BussgottesdLmste in allen GeLe.:-.
4. Gründung eigener theologische,' :c:
23. Februar
1968:
A. Professor D. Karl Heim-icoh
standnis
und
Kirchenbe
lU e n
t;)
Die Untersuchung machte àem:li::-~
b€reits im antiken Sprachgebrauch ~: ' __n~_
Aktion aufgerufene BürgerschafL
Betatigur.g des Bürgerrechts eiller
kultische 1nstitutionen einschliesst.
~. _.
hebr. 'gaha!' = Versammlung, in de- :::-. 0e'
'qahal' ist das theokratische Aufgé1>~:
festation. Nicht mit der Erwahlu:g
gegeben, sondern erst vollig mit de:und in Gottes Vvillen hineingestelltes
verstandnis der jüdischen Gemeind"
··.,'ird es Selbstbezeichnung der Gen,e::-:=~ .' ,c,
aIs Aufgebot, das in der Welt eine .-"..c::'"c'-e
''.lng aIs SeIbstzweck).
Für Paulu" :c~ ':
"cheinung der 'ekklesia' in der '.Velt.
Der 'kleetos hagios' gehort zur 'eki-;lec."Christus ist das Fundament G"'T ,.,
~'hristus Geschehene ist nicht mnhiõ:::
:C:"rzstück im Gottesdienst und nicht ::-. ~:_.'
~:e ist nicht für sich da, sondern fül' d:~
nêten Gottes zum Hei! für die :\1e,"",·::'::.o
"2:-:ramente aIs Brunnenkammen:
'.::-:_
::ô' Erfüllung
ihres Auftrags, fÜl' ::--::e
_.cnen. Die Kirche wirkt für Gottó:-.
::-::2lTl1gegeben wird, diesen Auftr22' 2.
:C~'stes. Dieses geschieht in der S:-::.
:.2:-:~~;~~I~~b~~t
i~~
~~au~:~~~~~~:::c
~..,
Sitte:JS8P. II
::28S riehtige Pneumatik und riehtige
: ::·.:2tter); von ihm heI' werden wir mlt
nieht aber voneirander abtrennen.
',:'~S dem Wortverstand
zuwenden, sonst
dass der Hl. Geist der Geist der
":-.c·ift erganzendes Erkenntnisprinzip isto
;"r Tei!nehmer beigefügt):
'::h mit ihrem Denken und Reden alIein
..:.: :--,d m a e h u n g Gottes, wie sie die
. .-:'. -,'.-irdie Botsehaft von dem i n d e r
_"-Aerstehung Jesu Christi, dem Sohne
-:·.,,:-:enHeilsereignis.
biblisehe» Theologie: AusIegung der
:'Ür alle WeIt.
der ehristliehen Theologie ist ihre
.'".:e Z e i t g e mas s h e i t .
Z=,-lgnis der Sehrift für die jeweilige
. ::::;'en will, so gibt nieht die jeweilige
'.o':e Zeit ist der jeweils gesehiehtliehe
-:- .. 0
auf die Fragen diesel' Zeit neu be, zeit-gemass, sondern zeit-nah.
~:--.:5der Bibel und in der Verkündigur:g
.~.=:--. Hl. Geist kundmaeht
und Mensehen
30ttes dureh das Wirken des Geistes
.: _ 2JIem frohe Gewissheit erIangen, gibt
GIaube kommt aus dem H o r e n
::. den Hl. Geist, den Geist Christi.
':n auf seine Fragen heute aus dem
·i:'.:hst aus der Betroffenheit und nieht
':--."íVahrheiten» oder «GIaubensnormen».
?erson heute.
··:irklieh das unsrige, aber wer;n wir
:,=2eht Ieber;dig erwiesen, die nieht von
': ,-ms in unserer «Subjektivitat», aber
-::-=:i"C\·»
zu sein.
".:':: Ereignissen in der Gesehiehte offen·:rer Propheten und AposteI her. Es
~ignisse.
·.··ir diese bestimmten GesehiehtstatsaJffenbarung
Gottes. Daher ist alIes
'·.·,-ch den Hl. Geist gewirkt. Geistliehe
-:.·:'i:ung Gottes und damit aIs das Wort
79
spraeh maehte deutIieh, dass es den Teilnehmern - Referenten wie Diskussionsrednern - um das EI'nstnehmen des AIten Testamentes aIs Gottes OffenbaI'ung gir:g, da das HandeIn desselben Gottes in der Kontinuitat der GeSehriften vom Auferschiehte steht und in Luk. 24 die alttestamentliehen
standenen ausdrüeklieh aIs Gottes Wort ausgeIegt werden.
1m zweiten Teil gaben Lektor Petrén und Pastor Hartig einen kurzen
überbliek von der Vorgesehiehte der deutseh-skandinavisehen
Theologentagung
und veranIassten die deutsehen Teilnehmer, die Probleme ihrer gemeindliehen
und kirehliehen Lage zu erIautern. Dabei sehalten sieh folgende Sehwerpunkte
in der gegenwartigen Not der Kirehen heraus:
a) Politisierung der Kirehe
b) EinfIuss des Existentialismus aueh im sakuIaren Bereieh (Masser:medien,
Literatur ete.)
c) Tolerierung der Modernisten auf den KanzeIn und in den kirehliehen
Amtern
d) die Angst der KirehenIeiter vor einem Schisma ihrer Institution Kirehe
e) das FunktionarsvErstandnis
von Pastoren und Synodalen, wie es etwa
bei den Entseheidungen über die Frauenordination besonders deutlieh wird
f) der unheilvolIe Einfluss der vom Modernismus überwiegend bestimmten
Universitatstheologie
auf die --zukünftigen
- Pastoren und Lehrer.
Zur überwindung dieser Note wurden die naehstehenden EmpfehIungen
ausgesproehen:
1. Informationen der Gemeinde - u. U. in Form guter Kateehismen
2.
Studentenfreizeiten
und Seminare für die noeh aktiven Gemeindeglieder
3. BussgottesdLmste in alIen Gemeinden
4. Gründung eigener theologiseher Hochsehulen pIanen
23. Februar
1968:
:1"11'
'::::'ft zum Wort Gottes an uns macht,
.:':::ehe Arbeit an der Sehrift vom vVir::":eGabe des Geistes angewiesen. Die
.. : :3ussetzung alIer hermeneutisehen Be:".::' die Erkenntnis und für die Aktua:: ::gie ist Prolegomenon theologischer
'5ten Teil um die von Professor vVit:" die 'interpretatio
prophetica' Theo-··-·kt der Hl. Geist auch durch eine
':-- Kl"itik aIs solche behaupteten Apram.::en Geschichte und Dichtung?
vVas
: ~:en im Alten Testament»?
Das Ge-
A. Professor D. Karl Heinrich Rengstorf, Münster:
« K i r c h e n verstandnis
und
Kirchenbewusstsein
im Neuen
Testamen t»
Die Untersuchung machte deutlich, dass das griechische Wort 'ekkIesia'
bereits im antiken Sprachgebrauch profiliert wurde und dort etwa «die zw'
Aktion aufgerufene Bürgerschaft» bedeutet: ln ihr findet die verantwortlich8
Betatigur:g des Bürgerrechts einer 'polis' statt, was auch deren religiOse und
kuItisehe Institutionen
einschliesst.
1m LXX-Gebrauch steht 'ekkIesia' fUI'
hebr. 'qahal' = Versammlung, in der Entscheidungen gefordert werden. Die
'qahal' ist das theokratische Aufgebot Gottes zum Zweek seiner Selbstmanifestation. Nicht mit der ErwahIung ist füI' Israel schon das ConstitutiVl.:nl
gegeben, sondern erst vüllig mit der 'qahal' aIs Aufgebot Gottes (aIs heiliges
und in Gottes vVillen hineingestelltes Volk). Spater drückt 'ekkIesia' das SeIbstverstandnis der jüdischen Gemeinde inmitten des HelIenismus aus; sodann
wird es SeIbstbezeiehnung der Gemeinde Jesu Christi, namlieh Kennzeichnung
aIs Aufgebot, das in der WeIt eine Aufgabe zu erfülIen hat (nicht Versammlung aIs Selbstzweek).
Für PauIus ist die Ortsgemeinde die regionale Erseheinung der 'ekklesia' in der WeIt, was auch für die Hausgemeinde zutrifft.
Der 'kIeetos hagios' gehort zur 'ekkIesia' .
Christus ist das Fundament der neutestamentliehen
'ekkIesia'. Alles mit
Christus Geschehene ist nieht mythisch, sondern faktiseh. Die Kirche hat ihr
Herzstück im Gottesdienst und nicht in einem irgendwie gearteten Jesusdienst.
Sie ist nicht für sich da, sondern für die WeIt. Der Gottesdienst hat die grossen
Taten Gottes zum Hei! für die Mensehheit zum Gegenstand, wobei Wort und
Sakramente aIs Brunnenkammern
und aIs die geistliche Waffenrüstung
fü>:'
die ErfülIung ihres Auftrags, für ihre GeduId, Hoffnung, Liebe, Glaube ete.
dienen, Die Kirche wirkt für Gott an der V/elt, wahrend ihr die Kraft vom
Herrn gegeben wiI'd, diesen AuftI'ag zu erfüllen unteI' der Wirkung des Hl.
Geistes. Dieses geschieht in der Homologie der Kirehe; falIt sie oder die
Diakonie, so ist ihr'e Glaubwürdigkeit zerstort. Die Diakonie der Kirche wird
zur SoziaIarbeit, wo die Homologie gestorben isto - Nieht ist wichtig, W&S
80
Sittensen II
wir aus der Kirche machen, sondern dass wir anerkennen, was Gott mit uns
machen will .
B. Annagreta Norén, Lektor Erik Petrén:
« D ie h e u ti g e nAu
fgaben
für
das
allgemeine
Priestertum
der
GIãubigen»
1. Da die Frage nach den Laiendiensten in der Kirche in Schweden nicht
genügend angegangen ist, ergibt sich für Theologinnen das Problem, was sie
werden und tun kéinnen, wenn das Frauenpfarramt
nicht méiglich isto Nach
EntfaItung der biblischen Begründung für die AbIehnung des Frauenpfarramts
wird die Iebendige Gemeinde in Christo nach dem Neuen Testament aIs aus
den vieIen Gliedern am «Leib Christi» bestehend beschrieben und die Funktion
der Iebendigen Gemeinde an ihrem Ort und in ihrem AlItag gefordert.
2. Heutzutage stehen sich UngIãubige und Glaubige schroff gegenüber.
Die christlichen Laien sind in diesel' WeIt anwesend. lhre StelIung wird in dem
Film «Lebendige Steine» gut beschriebén: Die Leib und BIut Christi im HI.
Abendmahl empfangenden Christen gehen hinaus in die Welt und nehmen
den Herrn mit, den sie im Sakrament empfangen haben. Das Zeugnis von
den géittlichen Heilstaten geschieht durch Pastor und Gemeinde - ihr Zusammensein wirkt missionarisch.
Es geht darum, die Laien zuzurüsten, um
sie zum herzlichen Bekennen des gesamten EvangeliumsinhaIts
anzuhalten.
Zusammenspiel von Amt und Laien im Auftrag der Mission: Das Gemeindcglied héirt mit offenem Herzen auf die Predigt; es bringt durch Gebet und
Bekenntnis die Fernstehenden herzu, wahrend der Pastor Wort und Sakrament
herzutragt und so im GIauben starkt.
lH. KIausur
C. Das von den Pastoren DI'. DI'. Gg. Huntemann und DI'. H. Lieberg
ausgearbeitete
Kommuniqué wird verIesen und in Iãngerer Aussprache behandelt. Nachdem verschiedene Verbesserungsvorschlage
gemacht wurden,
spitzt sich die Diskussion auf den Satz in der vorgeschlagenen Praambel zu,
wo es heisst: Mit den Hauptthemen «wolIten sich Christen, die sich der HI.
Schrift und dem Bekenntnis der Kirche gegenüber verpflichtet wissen, Antwort geben auf die unteI' dem SchIagwort 'moderne Theologie' in die Gemeinden eindringenden lrrlehren».
Von Iutherischer Seite wurden Bedenken gegen eine Formulierung vorgebracht, die das Kommuniqué aIs ein Bekenntnis
unionistischen Charakters verstehen Iassen kéinnte.
Auf Vorschlag trat ein aus den Leitern alIeI' vertretenen SammIungen
und Bewegungen bestehender Ausschuss unteI' der Leitung von Bischof Giertz
zusammen, um in diesel' Frage eine Léisung zu finden. Nach zwei Stunden
konnte ein Kompromissvorschlag
vorgelegt werden, der UnkIarheiten ausschliesst: Das gemeinsame Wort an die Gemeinden Iãsst den angefochtencn
Passus aus; die anwesenden Mitglieder der Kirchlichen SammIungen, die Lutherischen Konvente und die Freien Evangelisch-Lutherischen
Kirchen «nehmen
dieses Wort an die Gemeinden an», die auf der Konferenz anwesenden Gaste
aus der Bekenntnisbewegung «Kein anderes Evangelium» und aus der «Evangelisch-kirchlichen Arbeitsgemeinschaft für biblisches Christentum in Württemberg (Ludwig-Hofacker-Vereinigung)>> «haben diesem Worte zugestimmt».
24. Februar 1968:
A. Bischof Bo Giertz, Géiteborg:
«W a s h e i s s t h e u te:
1c h
glaube
eine
heiIige
christliche
Kirche?»
Die Kirche aIs GIaubensartikel ist zwar in der WeIt irgendwie spürbar,
aber nicht zu demonstrieren, zu kontrollieren oder zu photographieren. Nur
im GIauben ist sie aIs Gottes Kirche wahrnehmbar.
Sie ist vom Herrn gegründet in der Absicht, seinem Erléisungswerk auf Erden zu dienen. Sie wird
auch von Gott gestaltet. Jeder Versuch, die Kirche aIs menschlich gegründet
und gepragt zu verstehen und entsprechend kritisch zu werten bzw. aufzuléisen, geht an ihrem von Gott gesetzten Wesen ebenso vorbei wie die Bemühung, Christus oder die biblischen Schriften alIein von menschlichen Denk-
. ;Iichkeiten und Forsch';.r:gs~,=::-,: c":-. __'.
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81
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-
-- ~ --~ - -----
~-
-
---------
--
moglichkeiten und Forschungsmethoden her aIs den zu erkennen, der er wirklich isto Die Kirche ist heilig, weil sie Gottes Kirche isto Sie ist apostolisch,
weil sie durch die AposteI aIs Werkzeuge des Erhohten geleitet wu1'de und
weil die apostolische Botschaft für die Kirche normativ ist, die AposteI also
mit aIs Fundament betrachtet werden - aIs von Gott gegeben und gewollt .
Dies gilt für alles in der Kirche, auch für den neutestamentlichen Kanon. Die
Kirche ist katholisch im Sinne des Katechismus des Cyrill von Jerusalem: Sie
umfasst die ganze Erde, sie verkündet allumfassend und immer alIe Lehre,
die zum Heil notwendig ist, sie führt Menschen alIeI' Art zum rechten Christenglauben und besitzt endlich die Heilsmittel für alIe Sünden, sie hat alIe Tugenden und alle Geistesgaben. Es gilt, diese Glaubenserkenntnisse von der Kirche
auch in unserer Zeit mit allen ihren Irrtümern zu bekennen und zu leben.
B. Professor Dr. Regin Prenter, Aarhus:
«W a s i s t K i r c h e s e i n
heute
?»
Die Verfassung der Kirche ist nicht von ihrem geistlichen Kirchesein zu
trennen und muss darum von diesem her ausgerichtet sein. Dabei muss gesehen werden, dass die Gnadenmittel primar mit dem empfangenden Volk
verbunden sind und deshalb auch mit dem Verwaltenden, dem dazu von Christus e'ingesetzten Amt. - 1m Folgenden wurden die von Luther in seiner
Schrift «Von den Conciliis und Kirchem> genannten sieben Kennzeichen im
Blick auf die gegenwartige Situation der Kirche untersucht und neben die
'.'on der Bibel her notwendigen grundsatzlichen Aussagen dazu die vielerorts
anzutreffende Volkskirchenpraxis
beschrieben.
Es geht nicht ausschliesslich um die reine Lehre der Pastoren auf der
Kanzel, sondern auch um rechtes Bekennen und Leben der Gemeinde. Hier
sind Ordnungen moglich, nicht aber «lehrgesetzliche Sicherungen». Die Mit-:erantwortung des Bischofs für die Ordinierten etwa bedeutet nicht Polizeiamt oder Zucht, sondern primar positiv Seelsorge, Beratung, Bruderschaft.
Xur so kann der Bischof in Konfliktf!illen die rechte Zucht üben. Evangelische
Lehrzucht bedeutet zuerst, dass der Ketzer nicht der gesetzlichen Handhabung
:les Bekenntnisses verfallt, sondern überführt werden muss, so dass er erkennt,
"r steht nicht im Konsens mit der Gemeinde. So legt er sein Amt freiwillig
:Üeder; nur wenn das nicht geschieht, wird er endlich gezwungen werden
'l1Üssen. Zu solcher Praxis sind die heutigen Volkskirchengemeinden nicht reif.
:30 ist evangelische Erziehung notwendig. Dabei erneuert der HI. Geist durch
:lie Gnadenmittel, die in den lokalen Gottesdienstgemeinden verwaltet werden.
Das führt den Amtstrager haufig ins Kreuz hinein.
Die Kirche dient der Welt, indem sie den sie angreifenden innerweltlichen
:'Iachten widei'steht. Durch den Verlust ausserer Macht wird sie in die Lage
'.-ersetzt, sich wieder auf ihre eigenen Kraftquellen zu besinnen.
IV. K lausur
C. Nachdem Bischof Giertz im Namen der Teilnehmer an Herrn und
?rau Pastor Hartig den Dank für die Betreuung ausgesprochen und Geschen:~:eüberreicht hatte, teilt sich die Klausur zur Behandlung spezieller Fragen
auf:
das Redaktionskomitee für das Wort an die Gemeinden
Gesprach über die zukünftige Zusammenarbeit der Gruppen
der Buch-Ausschuss
i, Gesprach über die Haltung gegenüber dem Kirchentag
Gesprach über den Lutherischen Weltbund
Nach ahderthalb Stunden kam die Klausur wieder zusammen. Die TeU::ehmer dankten Herrn und Frau Eickmeyer sowie dem Lektor Erik Petrén
':-:d Pfarrvikar Studer für ihre Dienste. Dannberichteten
die Gruppen:
zu a) Das Redaktionskomitee
Iegt den endgültigen Text des gemeinsa':,en «Wortes an die Gemeinden» vor. Die «Evangelische Sammlung Berlin»
u2.tte sich nicht unteI' die dem Wort zustimmenden Gruppen aufnehmen lassen.
zu b) Nach Iangerer Debatte wurde ein «Fortsetzungskomitee»
beschlos'~:1; die Zusammenarbeit der deutschen Sammlungen sowie mit Skandinavien
':;11 von ihm geplant und beschlossen werden.
'. I
:
Livros
82
zu c) Es soU bis zum Frühherbst 1968 ein Dokumentarband über die
deutsch-skandinavische
Theologentagung
erscheinen, aIs dessen Herausgeber
Pastor Hartig verantwortlich zeichnet. Die Redaktion soU von Pastor Poetsch
übernommen werden, die VerlagsgemeinschàJt
R. Brockhaus/Wuppertal
Stelten & Co./Bremen stellt es heI' und vertreibt es. Veroffentlicht werden
sOllen die Referate, die Predigten des Sonntags, ein Überblick über die Gesamttagung, eine Wertung der Ereignisse, Teilnehmerlisten etc. Der Preis
soU unter 20,-DM liegen, Bilder von der Tagung sollen mit verOffentlicht
werden.
zu d) Grundsatzlich mõchten sich unsere Sammlungen und Gruppen gemeinsam gegenüber dem Kirchentag formieren. Nach der provozierenden Ablehnung des Einspruchs gegen modernistische Referenten ist faktisch die Trennung vom Kirchentag vollzogen. AIs mogliche Gefahren der eigenen Haltung
werden angesehen: Dass man einer Verschleppungstaktik
zum Opfer fa.llt;
dass man vorzeitig Verhandlungen mit dem Kirchentagskomitee
abbricht und
150 den Anschein
gibt, aIs woUe man grundsa.tzlich keine Beteiligung.
zu e) Pastor DI'. Schmitzdorf und die Hannoversche Sammlung um Bibel und Bekenntnis werden gebeten, mit dem Lutherischen Weltbund in Verbindung zu treten und die notwendigen Erkundigungen einzuziehen.
Bemerkung des Schriftführes: Das Protokoll ist kein offizielles Tagungsdokument; es ist nicht gegengezeichnet und dient lediglich dazu, bei Berichten
und Vortra.gen über die Konferenzen einen Leitfaden an die Hand zu geben.
,l,c,:' à Igreja Católica em nc.,,~'
':-::emporâneo, o excelente eo,',;.::.: ., _
'~,,;los e as Possibilidades de un::;. 2'::-'-:-'". _
- :"da a tão discutida questão .::.: o:,~__
:.o:pretada como «aceitação da • '.",
A revista pode ser encorr:2r'=~:':'.
:;.rimeiro número: NCr$ 1.50.
""::: :.sição e Declaração
Sola Gratia»
,"-5
LIVROS
SIMPÓSIO Revista Teológica da ASSOCIAÇÃO DE SEMINÁRIOS
TEOLóGICOS EVANGÉLICOS - Rua Rêgo Freitas, 530, conj. F 13, S. Paulo.
«Simpósio não é um órgão oficial no sentido de que não pretende ser
intérprete credenciado dos pontos de vista dos seminários que formam a ASTE.
Essa seria uma tarefa ao mesmo tempo ingrata, impossível e ínútil. '" O que
se quer é muíto mais despretencioso e, talvez, proveitoso: oferecer aos leitores,
para discussão, artigos e trabalhos, frutos de reflexão e pesquisa, considerados
idôneos, provocantes, imaginativos, assinados por pessoas que assumem ahsoluta responsabilidade pelo que escrevem e que conseguem desejar ver seus
conceitos criticados ou contestados, além de ocasionalmente aceitos.
O número com que se inicia a presente publicação inclui trabalhos apresentados na conferência de estudos sôbre Teologia Prática, promovida pela
ASTE e realizada de 20 de agôsto a 10 de setembro.
Contou-se também com a presença do Prof. Jean-Jacques von Allmen,
da Faculdade Protestante de Teologia da Universidade de Neuchatel.
O trabalho do Prof. von Allmen é a síntese de duas preleções sôbre a
doutrina reformada do Ministério da Igreja. Os trabalhos de Jaci C. Mara·
schin e de Wilson Souza Lopes são complementares:
enquanto o primeiro focaliza o problema da forma da proclamação evangélica adequada ao espírito
do homem de hoje, o segundo trata do conteúdo «querigmático», eventual, do
anúncio da Palavra de Deus. O estudo de Frei Francisco de Araújo situa J
chamado método de Revisão de Vida no quadro da problemática pastoral pe-
-
nas Confissões
Confissões Luteranas
A Doutrina
c,o
conjunta
da Igreja
e "SOlE, ",., _,
nas Conf:o-,->,
Ende des konfessionellen
=-l:,:Ôria da Igreja
e História
Zeitsl>'"
dos
- :b e Nada (Pregador e SermãO.i
c.::ensen
II -
ein kirchengeschichtl':~."
..........................
,bst 1968 ein Dokumentarband über die
-,',ng erscheinen, aIs dessen Herausgeber
Die Redaktion sol1 von Pastor Poetsch
",einschaft R. Brockhaus/Wuppertal
'md vertreibt es. Veroffentlicht werden
es Sonntags, ein überblick über die Ge_gnisse, Teilnehmerlisten etc. Der Preis
~r: der Tagung sol1en mit veroffentlicht
unsere Sammlungen und Gruppen geformieren. Nach der provozierenden Ab:Üstische Referenten ist faktisch die Trens mogliche Gefahren der eigenen Haltung
:- Verschleppungstaktik
zum Opfer fiillt;
',-"itdem Kirchentagskomitee
abbricht und
_ grundsatzlich keine Beteiligung.
'_md die Hannoversche Sammlung um Bimit dem Lutherischen Weltbund in Verigen Erkundigungen einzuziehen.
Das Protoko11 ist kein offizie11es Tagungs~"1etund dient lediglich dazu, bei Berichten
:: einen Leitfaden an die Hand zu geben,
:Cfi
culiar à Igreja Católica em nosso meio. Tendo ainda em mente o contexto
contemporâneo, o excelente estudo de Lindolfo Weingaertner examina os obstáculos e as possibilidades de uma autêntica atitude oracionaL Gerson A. Meyer
aborda a tão discutida questão do ensino e da prática da «educação cristã»
interpretada como «aceitação da novidade de vida em Cristo».
(Editorial de Aharon Sapsezian ),
A revista pode ser encomendada da C.P,C. pelo preço de lançamento
do primeiro número: NCr$ 1,50.
íNDICE
Exposição e Declaração
~. «Sola Gratia»
nas Confissões Luteranas
:2, As Confissões Luteranas
,:" A Doutrina
1
conjunta
da Igreja
5
e «Sola Scriptura»
,
nas Confissões Luteranas
Das Ende des konfessione11en Zeitalters
,TROS
História da Igreja
e História
Tudo e Nada (Pregador
'ica da ASSOCIAÇÃO DE SEMINÃRIOS
:ua Rêgo Freitas, 530, conj. F 13, S. Paulo.
Sittensen II Livros
ficial no sentido de que não pretende ser
vista dos seminários que formam a ASTE.
mpo ingrata, impossível e inútil. ... O que
e, talvez, proveitoso: oferecer aos leitores,
frutos de reflexão e pesquisa, considerados
assinados por pessoas que assmnen1 ab·crevem e que conseguem desejaT ver seus
além de ocasionalmente aceitos.
i presente publicação inclui trabalhos apre,s sôbre' Teologia Prática, promovida pela
a 1 de setembro.
esença do Prof. Jean-Jacques von Allmen,
Jgia da Universidade de NeuchateL
nen é a sintese de duas preleções sôbre a
da Igreja. Os trabalhos de Jaci C. Mara) complementares'. enquanto o primeiro fo'aclamação evangélica adequada ao espírito
a do conteúdo «querigmático», eventual, do
studo de Frei Francisco de Araújo situa :)
,da no quadro da problemática pastoral peQ
dos Homens
"
e Sermão)
ein kirchengeschichtliches
Ereignis?
.
.
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