MARIA LUCY FRAGA TEDESCO
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MARIA LUCY FRAGA TEDESCO
MARIA LUCY FRAGA TEDESCO “LATERALIZAÇÃO SONORA: diferença interaural mínima de tempo em ouvintes normais” Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Doutor em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico. Orientadora: Profa. Dra. Alda Christina Lopes de Carvalho Borges. Co-orientadora: Profa. Dra. Liliane Desgualdo Pereira. São Paulo 2002 2 Tedesco, Maria Lucy Fraga Lateralização sonora: diferença interaural mínima de tempo em ouvintes normais / Maria Lucy Fraga Tedesco.- - São Paulo, 2002. xxiii, 198f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico. Título em inglês: Sound Lateralization: minimum interaural time difference in normal listeners. 1.Localização de sons. 2. Audição. 3. Testes auditivos. 4. Percepção auditiva. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA: CAMPO FONOAUDIOLÓGICO. Chefe do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana PROFa. DRa. JACY PERISSINOTO Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico PROFa. DRa. ALDA CHRISTINA LOPES DE CARVALHO BORGES 4 ORIENTADORA: PROFa. DRa. ALDA CHRISTINA LOPES DE CARVALHO BORGES Professora Adjunto da Disciplina dos Distúrbios da Audição do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. CO- ORIENTADORA: PROFa. DRa. LILIANE DESGUALDO PEREIRA Professora Adjunto da Disciplina dos Distúrbios da Audição do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. 5 MARIA LUCY FRAGA TEDESCO “LATERALIZAÇÃO SONORA: diferença interaural mínima de tempo em ouvintes normais” Presidente da banca: Prof. Dr. __________________________________________ Banca Examinadora Prof. Dr. ____________________________________________________________ Prof. Dr. ____________________________________________________________ Prof. Dr. ____________________________________________________________ Prof. Dr. ____________________________________________________________ Aprovada em : _____/ _____/ ________ 6 Ao Carlos, meu marido… À Marina, minha filha… Ao Caio, meu filho… ...razão da minha vida Dedico este trabalho 7 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS 8 À Profa. Dra. Alda Christina Lopes de Carvalho Borges pela sua orientação preciosa, por ter sempre as mãos estendidas para me apoiar nas horas de dificuldade, por sua amizade e por ter me ensinado o verdadeiro sentido da palavra mestre. À Profa. Dra. Liliane Desgualdo Pereira pela dedicação e competência com que me orientou, pela sua amizade e pelo que representa na minha vida profissional. Ao Carlos, Marina e Caio pela ajuda e incentivo constante e principalmente, pelo amor e carinho, essenciais à minha vida. À minha mãe, Lucy, exemplo de fé e de força, a quem devo tudo que sou hoje. À minha segunda mãe, Vilma, pela administração da minha casa e cuidados com meus filhos, ajuda imprescindível na realização deste trabalho. Aos meus irmãos Bernadete, Constantino e Marcelo com quem sempre posso contar nos momentos de dificuldade, pela amizade e apoio presentes em todos os momentos. Aos meus cunhados, Nelson, Cláudio, Yara, Camila e Maria Alice, pela amizade e incentivo. Aos meus sobrinhos, Tiago, Leandro, Renata, Andreia, Cláudio, Guilherme, Isabel, Lourenço, Gabriela, Gustavo, André e Estela, pela alegria que me proporcionam. Ao meu pai Constantino, Ernesto e Elisa que brindam comigo a conclusão deste trabalho. À Babi, por não me deixar estressar, exigindo minha companhia em sua caminhada diária. A Deus por me dar forças para superar todas as dificuldades. 9 AGRADECIMENTOS 10 À CAPES pelo auxílio financeiro na realização desta pesquisa. Ao engenheiro Dr. Antônio Marcos de Lima Araújo, pela montagem do CD utilizado nesta pesquisa e pela sua disposição para ajudar. Às minhas alunas do Curso de Fonoaudiologia da UNIFESP-EPM, pela presteza com que concordaram em participar desta pesquisa e pelo apoio que recebi em todos os momentos. À Profa. Dra. Carmem Diva Saldiva de André pelo tratamento estatístico dos dados. À Profa. Telma Regina Bueno e a Carlos Aloísio Tedesco pelo cuidadoso trabalho de revisão do português. À fonoaudióloga e amiga Daniela Gil pela correção do abstract e ajuda durante a realização deste trabalho. À Celina F. Ucha Campos, Túlio Loyelo e Caio Fraga Tedesco, pela montagem das tabelas e gráficos, pela amizade e apoio constantes. À fonoaudióloga, Profa. Dra. Maria Francisca Colella dos Santos que me acompanhou nesta caminhada, obrigado pela sua amizade e pela sua ajuda. À Profa. Dra. Maria Cecília Martinelli Iório pelo apoio na realização deste trabalho e pelo sorriso amigo com que me presenteia toda vez que me encontra. Aos professores do Curso de Fonoaudiologia da UNIFESP – EPM pela forma com que me receberam, pela amizade e incentivo. Às fonoaudiólogas especializandas, mestrandas e doutorandas da UNIFESPEPM, pela amizade, companheirismo e auxílio na realização deste trabalho. À Célia, Rosely, Sra. Ilailde e Sr. Manoel pela amizade e ajuda prestada durante esse período de convivência. Às minhas amigas Maria Lúcia B. Torres, Nancy Motta Ferraz, Haydee B. L. Zamperlini e Leny Kyrillos, que apesar de distantes estão sempre comigo. À direção do UniFMU pela compreensão de minhas falhas durante a realização deste trabalho e pelo apoio nesta jornada. Aos meus queridos alunos do Curso de Fonoaudiologia do UniFMU que são a razão desta minha trajetória. Aos coordenadores, professores, secretárias e funcionários do UniFMU, novos amigos que tornaram este caminho mais alegre. A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. 11 SUMÁRIO Dedicatória .................................................................................. vi Agradecimentos Especiais .......................................................... vii Agradecimentos .......................................................................... ix Listas ........................................................................................... xii Resumo ....................................................................................... xxii 1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 1 2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................. 5 3 MÉTODOS .............................................................................. 57 4 RESULTADOS ........................................................................ 70 5 DISCUSSÃO ........................................................................... 113 6 CONCLUSÕES ....................................................................... 151 7 ANEXOS ................................................................................. 154 8 REFERÊNCIAS ...................................................................... 194 Abstract Bibliografia Consultada 12 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Espectograma da palavra “paca”. 58 Figura 2: Composição espectral das plosivas surdas. 59 Figura 3: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD). Figura 4: 76 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AA). Figura 5: 76 Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD) Figura 6: 80 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA) Figura 7: 80 Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD) 84 13 Figura 8: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA) Figura 9: 84 Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD) 88 Figura 10: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA) 88 Figura 11: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SAND) 92 Figura 12: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SANA) 92 14 Figura 13: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDND) 96 Figura 14: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDNA) 96 Figura 15: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAD) 100 Figura 16: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAA) 100 15 Figura 17: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAD) 104 Figura 18: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAA) Figura 19: Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 1 104 108 Figura 20: Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos tratamentos do grupo 1 Figura 21: Dendrograma obtido para os tratamentos do grupo 2 109 110 Figura 22: Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos tratamentos do grupo 2 111 16 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD). Tabela 2: 74 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AA). Tabela 3: 75 Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD). Tabela 4: 78 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA). 79 17 Tabela 5: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD). Tabela 6: 82 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA). Tabela 7: 83 Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD). Tabela 8: 86 Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA). 87 18 Tabela 9: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SAND). 90 Tabela 10: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SANA). 91 Tabela 11: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDND). 94 Tabela 12: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDNA). 95 19 Tabela 13: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAD). 98 Tabela 14: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAA). 99 Tabela 15: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAD). 102 Tabela 16: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAA). 103 Tabela 17: Valores calculados da média e erro padrão do t̂ 90 para os Grupos 1 e 2 de acordo com a orelha em que o teste foi iniciado (D e E) e a técnica de apresentação do tempo de atraso interaural. Tabela 18: t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado 112 133 20 segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os grupos 1A e 1D. Tabela 19: Intervalo de confiança de t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os grupos 1A e 1D. 137 21 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS C Centro CD Compact Disc D Lado Direito dB Decibel dBNA Decibel Nível de Audição dBNPS Decibel Nível de Pressão Sonora dBNS Decibel Nível de Sensação E Lado Esquerdo EE Estimulação Excitatória Bilateral EI Estimulação Excitatória Contralateral e Inibitória Ipsilateral Hz Hertz KHz Quilohertz IE Estimulação Inibitória Contralateral e Excitatória Ipsilateral 22 Resumo Objetivo: Caracterizar a habilidade de lateralização sonora por meio da diferença interaural de tempo, buscando o menor tempo de atraso interaural que produz lateralização para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, levando em conta as condições de ambiente e equipamento de apresentação do estímulo, o nível de intensidade do estímulo, a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural quanto a ser ascendente ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente e a forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora. Métodos: O instrumento elaborado para a realização desta pesquisa, denominado Teste de Lateralização Temporal, foi gravado em Compact Disc (CD) utilizando apresentações binaurais da palavra “paca” com tempos de atraso interaural entre 0 e 500 microssegundos (µs). A primeira faixa do CD, utilizada para treino do teste, contém 15 apresentações binaurais da palavra “paca” com diferenças de 0µs, 500µs de atraso à direita e 500µs de atraso à esquerda. A segunda faixa do CD contém 20 tempos de atraso, entre 23 e 454µs, à direita e à esquerda, totalizando 40 apresentações em tempo descendente, porém arranjadas aleatoriamente. A terceira faixa contém as mesmas 40 apresentações da faixa anterior, mas em tempo ascendente, também arranjadas aleatoriamente. O grupo de ouvintes normais foi constituído por 80 jovens do sexo feminino com idade entre 18 e 25 anos. O estímulo foi apresentado através de um CD compact player e as condições de apresentação do estímulo variaram quanto ao uso ou não do audiômetro e da cabina acústica, quanto ao uso de 20dBNS ou 40dBNS como nível de intensidade, quanto à apresentação dos tempos de atraso interaural através das técnicas ascendente e descendente e quanto à resposta do paciente que poderia ser a indicação do local de sensação da origem do som nomeando ou apontando em si próprio. Resultados e conclusões: O Teste de Lateralização Temporal é um teste adequado para avaliar a habilidade de lateralização de estímulos sonoros através da diferença interaural de tempo. A média da diferença interaural de tempo mínima para lateralização sonora foi de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural e de 293,8µs na orelha direita e de 237,1µs na orelha esquerda na técnica descendente. Pode ser aplicado em cabina acústica com o CD compact player acoplado ao 23 audiômetro ou apenas com o CD compact player em ambiente silencioso. Quando aplicado em cabina acústica pode utilizar os níveis de intensidades de 20dBNS ou 40dBNS. A diferença interaural de tempo mínima para a lateralização sonora é aproximadamente 100µs (0,1ms) menor na técnica ascendente do que na descendente não importando se a técnica ascendente foi aplicada antes ou depois da descendente. A forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora, quanto a nomear ou apontar não interfere na habilidade de lateralização no que diz respeito ao menor tempo de atraso interaural perceptível. 24 1 INTRODUÇÃO 25 A dificuldade de compreender a fala em ambientes ruidosos, na presença de audição normal, é uma queixa muito freqüente nos pacientes que procuram atendimento nos centros auditivos. Esta dificuldade é muito comum em idosos mas também aparece em crianças na forma de queixas de pais e professores quanto à atenção auditiva. Quando um sinal de fala é obscurecido por outros sinais de fala vindos de outros locais, torna-se importante localizar a voz principal separando-a dos outros sons de fala. A localização sonora é a habilidade de identificar o local de origem do som (Boothroyd, 1986; Pereira, Cavadas, 1998). Na escuta cotidiana o sistema auditivo se depara com um ambiente acústico muito complexo e a habilidade de focar a atenção em um estímulo específico, de maior valor informativo no momento, e a separação de sons da fala de outras fontes de ruído, aumentando a inteligibilidade da fala em ambientes ruidosos, são contribuições da localização sonora (Bergman, 1957; Herman et al, 1977; Warren et al, 1978; Bellis, 1996). A habilidade de localização sonora é a maior vantagem da audição binaural: um som que se origina do lado direito de um ouvinte chegará primeiro à orelha direita que está mais próxima da fonte sonora, e após um breve intervalo, alcançará a orelha esquerda, mais distante. Isto produzirá uma diferença interaural no tempo de recepção do som pelas duas orelhas e a que for estimulada primeiro indicará a direção de origem do som. Esta diferença interaural de tempo pode ser dividida em diferença interaural de tempo de chegada do estímulo e diferença interaural de fase. Estas duas formas de controle do atraso interaural são correlacionadas, pois o atraso no tempo de chegada determina a diferença interaural de fase. Diferenças interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as freqüências tonais enquanto diferenças interaurais de fase, embora fisicamente presentes, são ambíguas para freqüências cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça e o tempo de atraso é maior que o período de um ciclo. O sistema nervoso central não tem o poder de resolução temporal necessário para discriminar diferenças de fase em estímulos de freqüência alta, podendo, entretanto, detectar diferenças de tempo de chegada em sinais de freqüência alta se estes tiverem elementos de freqüência baixa que podem ser encontrados na configuração do envelope de onda do estímulo ou nos componentes de freqüência baixa de um som 26 complexo. Diferenças interaurais de intensidade são geradas pela sombra acústica da cabeça e são significativas apenas para freqüências altas, cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça (Phillips, Brugge, 1985). A audição direcional pode ser investigada usando fones de ouvido ou em campo livre: - Quando os sons são apresentados através de fones, com diferenças variáveis de intensidade, tempo ou fase entre as orelhas, a habilidade auditiva avaliada é a lateralização e a sensação do som toma a forma de uma fonte sonora imaginária localizada dentro da cabeça. - Quando os sons são apresentados em campo livre, a habilidade avaliada é a localização verificando a localização da fonte sonora onde ela realmente está (Nordlund, 1962, 1963; Plenge, 1974). Pistas semelhantes governam tanto o comportamento de lateralização como o de localização, mas o estudo da lateralização contribui mais para a avaliação do sistema nervoso central por permitir o controle dos estímulos, tarefa que é difícil de ser realizada em campo livre. Quando um ouvinte escuta um sinal binaural e uma pequena diferença de tempo interaural é introduzida, a percepção resultante é uma única imagem sonora do lado em que o som chega primeiro. Esta ilusão auditiva é denominada efeito de precedência. Se a diferença interaural de tempo for diminuída gradualmente, a imagem sonora vai se dirigindo para a linha central. A diferença interaural igual a zero, isto é, a chegada do som ao mesmo tempo nas duas orelhas, localiza a imagem sonora na linha central. Ao contrário, se o tempo de atraso for aumentado gradualmente, o som atrasado começa a ser localizado corretamente e o indivíduo ouvirá dois sons (Morrongiello et al, 1984; Phillips, 1995). Lesões no tronco encefálico causam alterações homolaterais da lateralização enquanto lesões do lobo temporal mostram alterações contralaterais (SanchezLongo, Forster, 1958; Matzker, 1959; Zerlin, Mowry, 1980; Rosenhal, 1992). Lesões parciais do corpo trapezóide causam elevação do limiar de lateralização e a perda sensorial resultante da secção completa do corpo trapezóide parece estar restrita a diferenças interaurais de tempo de até 500µs (Masterton et al, 1967). Este trabalho foi motivado pela importância da localização sonora para a inteligibilidade de fala em ambientes ruidosos e pela contribuição que sua pesquisa pode dar para o diagnóstico audiológico. Tem por objetivo caracterizar a habilidade 27 de lateralização sonora por meio da diferença interaural de tempo, buscando a diferença interaural mínima de tempo para lateralização do som para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, levando em conta as condições de ambiente e equipamento de apresentação do estímulo, o nível de intensidade do estímulo, a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural quanto a ser ascendente ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente e a forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora. 28 2 REVISÃO DA LITERATURA 29 Revisando a literatura sobre localização sonora observei a existência de dois grupos de estudo: um grupo preocupado com os mecanismos neurais centrais e outro preocupado com os aspectos psicoacústicos da localização sonora. O resumo da literatura contido neste capítulo também será dividido em duas partes: na primeira parte, denominada estudos neurofisiológicos da localização sonora, estarão incluídos os trabalhos que tiveram como objetivo estudar a anatomia e fisiologia da localização sonora; na segunda parte, denominada estudos psicoacústicos da localização sonora, estarão incluídos os trabalhos que tiveram como objetivo estudar a lateralização e a localização sonora levando em conta os aspectos psicoacústicos. Em ambas as partes foram incluídos apenas os trabalhos relacionados ao tema deste estudo, seguindo uma ordem cronológica de apresentação. ESTUDOS NEUROFISIOLÓGICOS DA LOCALIZAÇÃO SONORA Para Klinke (1980), a via auditiva é formada por fibras aferentes primárias que dirigem-se primeiro ao núcleo coclear, o qual se subdivide em uma porção ventral e outra dorsal. Da porção ventral sai o trato ventral que se projeta no complexo olivar, tanto ipsi como contralateralmente. Desta forma, as células nervosas de cada complexo olivar recebem fibras provenientes das duas orelhas. É este o nível mais baixo do cérebro que oferece uma oportunidade para comparar a energia acústica que alcança as duas orelhas. As comparações deste tipo se realizam principalmente no núcleo acessório do complexo olivar. A experiência diária mostra que a direção em que se localiza uma fonte sonora pode ser calculada com boa precisão. Para tanto é essencial a audição binaural. Esta capacidade baseia-se no fato de uma orelha geralmente estar mais longe da fonte sonora do que a outra. 30 O som propaga-se com velocidade conhecida, de modo que ele alcança mais tardiamente e em intensidade mais fraca, a orelha mais afastada. O núcleo acessório da oliva superior é a sede principal do processamento neuronal dos sinais provenientes das duas orelhas, no que diz respeito à orientação espacial. Os resultados desta análise são transmitidos aos centros superiores e, no córtex auditivo, existem células que só podem ser ativadas pelos sons que chegam a um certo ângulo em relação à cabeça. O autor refere que os mecanismos descritos não explicam por que a direção pode ser reconhecida se a fonte sonora se encontrar diante ou atrás do espectador, apesar da diferença de tempo ou de intensidade permanecer inalterada nestas condições. O pavilhão auricular é o mecanismo complementar nesta situação. Graças à configuração do pavilhão auricular, os sons que se originam diante de uma pessoa são percebidos de modo diferente de sons idênticos que procedem de trás. Roth et al (1980) observaram diferenças interaurais de tempo em gatos, utilizando como estímulos tone bursts para freqüências baixas (400 – 2500Hz) e clicks para altas (2600 – 7000Hz), em campo. Encontraram diferenças interaurais de tempo pequenas (25 µs ou menor) abaixo de 3000Hz e diferenças maiores acima desta freqüência, chegando perto de 100µs. Observaram que uma fonte sonora em uma localização no espaço pode produzir variadas diferenças interaurais de tempo, dependendo da sua freqüência, e que diferenças interaurais de tempo podem ser idênticas apesar de vir de fontes sonoras localizadas em posições diferentes. Explicaram que neurônio de atraso característico é aquele que responde a uma diferença interaural de tempo ou a uma faixa restrita de diferenças interaurais de tempo. Referiram que o atraso característico é, provavelmente, uma manifestação de um atraso anatômico fixo mas, de acordo com esta pesquisa, não representa sempre um lugar específico no espaço. Segundo Masterton, Imig (1984) lesões unilaterais da via auditiva, acima do complexo olivar superior, não causam déficits grandes ou permanentes na localização sonora. Estudos comportamentais referem que a única comissura necessária para a localização sonora é o corpo trapezóide e que secção de comissuras mais rostrais da via auditiva não afetam a habilidade de localizar sons em gatos. Referem também que lesões unilaterais da via auditiva acima do complexo olivar superior resultam em déficit na localização de fontes sonoras 31 posicionadas do lado contralateral à lesão. Esta contralateralização não ocorre em lesões abaixo do complexo olivar superior. Os vários núcleos do complexo olivar superior recebem fibras do corpo trapezóide. Três destes núcleos, os núcleos olivares lateral e medial e o núcleo ventral do corpo trapezóide, recebem aferência direta das duas orelhas (via núcleo coclear), e seus neurônios são sensíveis a diferenças interaurais de tempo ou espectro. Um quarto núcleo, o núcleo medial do corpo trapezóide manda aferentes contralaterais para o núcleo olivar superior lateral. Os aferentes ipsilaterais para o núcleo olivar superior lateral são excitatórios, enquanto os aferentes contralaterais (via núcleo medial do corpo trapezóide) são inibitórios. A resposta característica das células do núcleo olivar superior lateral é chamada de “IE” – estimulação contralateral inibitória e ipsilateral excitatória. As células “IE” do núcleo olivar superior lateral fazem a análise das diferenças interaurais de espectro do estímulo sonoro que chega das duas orelhas: cada núcleo olivar superior lateral subtrai o espectro sonoro da orelha contralateral do espectro da orelha ipsilateral. A diferença de espectro é uma das pistas mais importantes para a localização sonora. Para a distribuição da análise das diferenças interaurais de espectro para níveis mais altos do sistema, cada núcleo olivar superior lateral projeta fibras para o núcleo dorsal do leminisco lateral e para o núcleo central do colículo inferior dos dois lados do tronco cerebral. Estudos mostraram que as células de projeção ipsilateral estão concentradas lateralmente enquanto as de projeção contralateral estão concentradas medialmente. Desde que o núcleo olivar superior lateral é organizado tonotopicamente com freqüências baixas representadas lateralmente e altas representadas medialmente, a análise das freqüências altas do espectro é projetada para o lado contralateral, enquanto a análise das freqüências baixas do espectro é projetada para o lado ipsilateral. Sabendo-se que a diferença interaural de espectro de fontes sonoras é fisicamente maior em freqüências agudas do que em graves, o arranjo das projeções do núcleo olivar superior lateral sugere que a parte da análise mais útil para a localização sonora (freqüências altas) é dirigido para o tronco cerebral contralateral, enquanto a parte menos útil (freqüências baixas) mantém-se no lado ipsilateral. O núcleo olivar superior medial e o núcleo ventral do corpo trapezóide recebem projeção direta de ambos os núcleos cocleares. Estudos fisiológicos das respostas características do núcleo olivar superior medial mostram que 90% dos 32 neurônios são binaurais; aproximadamente 75% são do tipo “EE” (estimulação excitatória bilateral) e as restantes são do tipo “EI”. Quando as duas orelhas recebem estímulo idêntico mas fora de tempo, as respostas das células “EE” são ambas facilitadoras ou supressoras, dependendo do tamanho do intervalo entre os dois estímulos. Por esta razão elas são chamadas de células sensíveis a atrasos ou simplesmente células de atraso. Animais com núcleo olivar superior medial bem desenvolvido (humanos, gatos cães, macacos elefantes) podem facilmente localizar um som breve de freqüência grave, enquanto animais com este núcleo pouco desenvolvido (rato) tem dificuldade para localizar estes sons. As respostas das células de atraso “EE” do núcleo olivar superior medial são facilitadoras do lado contralateral ao da fonte sonora e supressoras no lado ipsilateral. Os estudos fisiológicos e psicofísicos sugerem que o núcleo olivar superior medial faz análise de diferenças interaurais de tempo utilizadas na localização sonora. A maioria das fibras que saem do núcleo olivar superior medial sobem pelo leminisco lateral ipsilateral desviando do núcleo ventral do leminisco lateral e terminando no núcleo dorsal do leminisco lateral ipsilateral e na parte dorsolateral (freqüências baixas) do núcleo central do colículo inferior ipsilateral. Resumindo: a pista de diferença interaural de espectro é codificada pelas células “IE” do núcleo olivar superior lateral e a parte mais útil desta análise (freqüências altas) é projetada para o tronco cerebral do lado contralateral à fonte sonora, enquanto a pista de diferença interaural de tempo é codificada pela ativação das células de atraso “EE” do núcleo olivar superior medial contralateral à fonte sonora, e então projetada para o tronco cerebral homolateral. Sachs (1984) referiu que de acordo com a teoria de localização, os picos do espectro de um som de fala (formantes) resultam em picos na resposta das fibras do nervo auditivo em lugares ao longo da membrana basilar onde freqüências características correspondem aos picos do estímulo. Dois tipos de respostas podem ser usadas nesta representação espacial: na representação espacial da velocidade, a medida da resposta é simplesmente a média da velocidade de disparo da fibra do nervo auditivo; na representação espacial de tempo, o parâmetro da resposta é alguma medida da propriedade das fibras do nervo auditivo de apresentar disparo associado à fase do estímulo (phase locking). O modelo de disparo das fibras do nervo auditivo mostram um detalhe temporal delicado: estas fibras respondem ao 33 estímulo de uma forma temporalmente associada à forma de onda. Esses modelos temporais tem sido estudados para vogais e consoantes plosivas. O resultado destes estudos mostra que as respostas temporais das fibras são dominadas pelo componente de freqüência mais abundante no estímulo. A resposta para algum componente do estímulo é maior em lugares onde a população de fibras possui freqüência característica correspondente à freqüência deste componente. Esta propriedade pode ser usada para desenvolver uma representação espacial do tempo do espectro do estímulo. A medida da resposta desta freqüência é calculada através das fibras com afinação próxima a esta freqüência. Esta medida (média de disparo sincrônico localizado) é definida como o valor médio da amplitude do componente de Fourier nesta freqüência (a velocidade sincrônica é expressa em picos por segundo). A média é computada sobre todas as fibras cuja freqüência característica está entre ± 0,25 oitavas daquela freqüência. A média de disparo sincrônico localizado reflete tanto informação temporal como espacial da resposta a uma freqüência: espacial porque apenas as fibras com afinação próxima à freqüência são incluídas na média; temporal porque a medida tem velocidade sincrônica. Esta representação têmporoespacial mostra um espectro com um envelope que possui picos nas freqüências formantes. O código têmporo espacial pode representar detalhes do espectro de vogais e consoantes que incluem freqüências formantes e pitch. A temporalidade baseada na representação média de disparo sincrônico localizado é resistente ao mascaramento por ruído. De acordo com Phillips, Brugge (1985), a separação física das orelhas ocasiona uma diferença interaural de tempo (ITD – Interaural Time Difference) ao estímulo que chega à membrana timpânica de uma fonte sonora localizada em algum ponto não eqüidistante das duas orelhas. Essa diferença pode ser dividida em diferença interaural de tempo de chegada do estímulo e diferença de fase. Diferenças interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as freqüências tonais enquanto diferenças interaurais de fase, embora fisicamente presentes, são ambíguas para freqüências altas, cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça e o tempo de atraso interaural é maior que o período de um ciclo. O sistema nervoso central não tem o poder de resolução temporal necessário para discriminar diferenças interaurais de fase geradas por estímulos de freqüência alta. O sistema nervoso pode, entretanto, detectar diferenças de tempo de chegada em sinais de freqüência alta se estes também tiverem elementos de freqüência 34 baixa, que podem ser encontrados na configuração do envelope de onda do estímulo ou nos componentes de freqüência baixa de um som complexo, mesmo que este contenha predominantemente informação de freqüência alta. Diferenças interaurais de intensidade (ILD – Interaural Level Difference) são geradas pela sombra acústica da cabeça e são significativas apenas para freqüências altas cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça. A maior parte do conhecimento sobre o mecanismo fisiológico que gera a sensibilidade neural para diferenças interaurais de tempo e intensidade vieram de estudos em gatos. A acuidade desta espécie, tanto para lateralização como localização, mostra similaridades qualitativas e quantitativas com seres humanos. O principal lugar de convergência binaural do sistema nervoso auditivo central é o complexo olivar superior. Os núcleos medial e lateral deste complexo recebem estímulos aferentes das duas orelhas. Evidências fisiológicas e anatômicas sugerem que o núcleo olivar superior medial é especializado no processamento de freqüências baixas, enquanto o lateral é especializado no processamento de freqüências altas. Correlacionado com estes dados é o achado de que muitas células do núcleo olivar superior medial são sensíveis a diferenças interaurais de tempo, enquanto as células do núcleo olivar superior lateral são sensíveis a diferenças interaurais de intensidade. Devido à dificuldade de estudar as células do núcleo olivar superior medial, a maior parte dos dados sobre o código neural das diferenças interaurais de tempo vem de estudos de núcleos auditivos mais altos no sistema nervoso, sabendo-se que as propriedades visualizadas nestes núcleos mais rostrais refletem a sensibilidade das células do núcleo olivar superior medial de onde eles recebem a maior parte de seu suporte aferente. Um sinal acústico que gera uma diferença interaural de tempo produz duas diferenças na marcação do tempo nas duas orelhas: uma é a diferença interaural no tempo de chegada do estímulo e outra é a diferença interaural de fase. Estas duas formas de regulagem do atraso são correlacionadas, pois o atraso no tempo de chegada determina a diferença interaural de fase. Os autores referem que os neurônios sensíveis a diferenças interaurais de fase geralmente são sensíveis a freqüências baixas, enquanto os sensíveis a diferenças de tempo de chegada são mais sensíveis a freqüências altas. 35 A sensibilidade neural para diferenças interaurais de fase de um estímulo tonal requer que cada aferência monoaural para o neurônio biauricular, preserve a informação temporal sobre o estímulo. Para freqüências abaixo de 2500Hz, a periodicidade da forma da onda do estímulo é codificada por associação da resposta neural a um ponto particular no período de cada ciclo do estímulo. Se esta informação temporal é preservada, a comparação das duas aferências dá ao neurônio biauricular a informação sobre o atraso interaural de fase. A resposta do neurônio biauricular é máxima quando a fase da aferência monoaural está em sincronia com o neurônio de convergência (atraso favorável) e é mínima quando a aferência monoaural chega 180º fora de fase (atraso desfaforável). Em atrasos favoráveis a resposta do neurônio biauricular é grande e muitas vezes maior que a soma das respostas monoaurais. Em atrasos desfavoráveis a resposta neural é mais fraca que a resposta de cada orelha separadamente, o que sugere que a supressão neural deve ser o mecanismo que contribui para a sensibilidade a atrasos interaurais. Desta forma a resposta inibitória de uma entrada coincide temporariamente com a resposta excitatória da outra. A sensibilidade para diferenças de fase interaural relaciona eventos excitatórios e inibitórios que são relacionados à fase do sinal nas duas orelhas e a análise da disparidade acontece ciclo por ciclo do estímulo. A visão clássica de que sons de freqüência alta são localizados usando apenas pistas de diferenças interaurais de intensidade vale apenas para tons puros. A lateralização de sons complexos de freqüência alta é baseada em pistas de diferença interaural de tempo. Algumas células do colículo inferior respondem à diferença interaural de fase do envelope de forma de onda. Esta sensibilidade à fase interaural da modulação da forma de onda na célula de convergência requer aferências que são associadas à modulação do envelope, um mecanismo análogo ao da discriminação de diferenças interaurais de fase para tons de freqüência baixa. As pesquisas sobre a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo não sugerem uma comparação ciclo por ciclo do estímulo como acontece nas diferenças de fase. A função relacionando diferenças interaurais de tempo de chegada do estímulo apresenta respostas maiores quando o tempo de chegada do estímulo contralateral precede o ipsilateral. Deve existir uma supressão ativa das descargas neurais espontâneas quando o estímulo ipsilateral precede o contralateral. As pesquisas sugerem que a orelha contralateral dá a aferência excitatória enquanto a 36 ipsilateral dá a inibitória. O tempo relativo de chegada da excitação e inibição no neurônio bilateral reflete o tempo relativo de chegada do estímulo nas duas membranas timpânicas e depois dita as descargas do neurônio. Young, Young (1988) descreveram anatomicamente a via auditiva referindo que os neurônios primários estão localizados no gânglio espiral e que os dendritos destes neurônios bipolares fazem sinapse com as células ciliadas do órgão espiral e seus processos centrais formam o nervo coclear que passa para a cavidade craniana pelo meato acústico interno entrando no tronco cerebral à altura do ângulo ponto cerebelar. O nervo coclear termina nos neurônios de 2a ordem, localizados nos núcleos cocleares dorsal e ventral. À medida que os axônios do núcleo coclear dorsal e ventral passam para a linha média antes da decussação, caminham para a ponte e formam três grupos de estrias acústicas denominadas: dorsal, intermediária e ventral. Após a decussação, as fibras das três estrias acústicas juntam-se ao leminisco lateral, que ascende ao mesencéfalo via ponte. Ao alcançar o mesencéfalo, todas as fibras auditivas do leminisco lateral penetram no colículo inferior e fazem sinapse. A maior parte das fibras do colículo inferior emerge lateralmente e ascende ao longo da superfície lateral do mesencéfalo constituindo o bráquio do colículo inferior que termina no núcleo geniculado medial. Esse centro auditivo talâmico dá origem à radiação auditiva que caminha para o córtex auditivo primário, localizado no giro temporal transverso (de Heschl). Acredita-se que exista localização tonotópica no córtex auditivo primário: tons agudos estão representados póstero-medialmente e tona graves antero-lateralmente. Os autores referiram que as vias auditivas centrais diferem das outras vias sensoriais ascendentes por possuírem núcleos acessórios e representação bilateral dos impulsos auditivos em cada lado. Três grupos nucleares acessórios são encontrados ao longo das vias auditivas entre os núcleos cocleares e o colículo inferior: o núcleo olivar superior, os núcleos do corpo trapezóide e os núcleos do leminisco lateral.O núcleo olivar superior está localizado na parte caudal da ponte, próximo à borda lateral do corpo trapezóide. Ele recebe sinais precedentes dos núcleos cocleares ipsilaterais e contralaterais e dá origem a fibras que se juntam aos leminiscos laterais ipsilaterais e contralaterais. O núcleo olivar superior desempenha papel-chave na localização dos sons no espaço. De acordo com Moore (1991) o núcleo coclear é uma estação retransmissora obrigatória no sistema auditivo ascendente. Projeções para o complexo olivar 37 superior derivam do núcleo coclear anteroventral e terminam na oliva superior medial bilateralmente, na oliva superior lateral ipsilateral e no núcleo medial do corpo trapezóide contralateral. No complexo olivar superior quase todos os neurônios da oliva superior lateral recebem impulso “IE” (o input inibitório é contralateral e o excitatório é ipsilateral). Neurônios do núcleo medial do corpo trapezóide são influenciados pela orelha contralateral e levam input inibitório para a oliva superior lateral. A excitação produzida por estimulação unilateral em neurônios EI e IE podem ser suprimidas pela estimulação simultânea da outra orelha. A extensão da diferença interaural de intensidade sobre a qual esta supressão é parcial tem sido interpretada como a extensão da sensibilidade desses neurônios para diferença interaural de intensidade. Aproximadamente 60% dos neurônios da oliva superior medial recebem impulso “EE” (os inputs contralateral e ipsilateral são excitatórios). Tanto os neurônios EE como EI podem responder a variações na diferença interaural de tempo através da variação no seu nível de descarga. Evidências recentes sugerem que a representação da diferença interaural de tempo está dentro da oliva superior medial. O predomínio de neurônios IE na oliva superior lateral sugere que este núcleo é especializado em uma função binaural, a representação da diferença interaural de intensidade. Entretanto dificuldade de fazer esta generalização foi enfatizada pelo achado na oliva superior lateral de neurônios IE sensíveis a diferenças interaurais de intensidade, mas também sensíveis a diferenças interaurais de tempo dos envelopes de freqüência alta de sons de amplitude modulada. Em vários núcleos mais altos do sistema auditivo, neurônios EE e EI tendem a agruparse sugerindo uma segregação topográfica da informação binaural dentro da lâmina de isofreqüência daquele núcleo. No tronco cerebral uma segregação limitada de inputs binaurais tem sido notada no núcleo central do colículo inferior e, mapas do espaço auditivo têm sido reportados no núcleo externo do colículo inferior e no colículo superior. Porém, nem as bases anatômicas nem as fisiológicas do espaço auditivo estão bem entendidas. Estudos comportamentais em animais com lesão do cérebro têm mostrado que o córtex auditivo primário é necessário para a localização de sons, enquanto, estudos fisiológicos têm mostrado a presença de neurônios sensíveis a diferenças de tempo e intensidade interaurais. Para Burt (1995) as vias centrais ascendentes do sistema auditivo formam um sistema multissináptico bilateral com grande número de núcleos retransmissores. 38 O processamento paralelo das informações auditivas é uma característica proeminente como nos outros sistemas sensoriais, contudo há mais linhas cruzadas entre as vias paralelas do sistema auditivo que em outras vias sensoriais. Em todo sistema auditivo há uma representação tonotópica: há poucas conexões entre neurônios que não são sensíveis à mesma freqüência auditiva, isto é, eles estão em registro tonotópico. Quando se origina de um neurônio sensível a sons de 3KHz, uma fibra vai terminar na lâmina de 3KHz. Assim também cada uma das células biauriculares (células que recebem estímulo de ambas as orelhas) recebem estímulos de neurônios que respondem à mesma freqüência. Os núcleos cocleares, o núcleo central do colículo inferior e o núcleo geniculado medial ventral têm lâminas de isofreqüências bem definidas, e todos os neurônios em uma dessas lâminas respondem a estímulos auditivos de uma freqüência exclusiva ou preferencial. O número de neurônios numa lâmina de isofreqüências reflete o número de receptores sensíveis àquela freqüência. Embora a organização laminar em outros núcleos do sistema auditivo não seja tão típica, eles também têm uma representação tonotópica completa. As fibras do nervo coclear chegam até os núcleos cocleares. Dois núcleos cocleares principais evidenciam-se de cada lado do tronco cerebral, o núcleo coclear dorsal e o núcleo coclear ventral. Ao entrarem no núcleo coclear ventral, os axônios do nervo coclear formam uma faixa de fibras que divide o núcleo ventral no núcleo coclear anteroventral e no núcleo coclear posteroventral. Fibras ascendentes de segunda ordem saem dos núcleos cocleares e sobem do lado ipsilateral do tronco cerebral ou cruzam a linha média. Muitas fibras, tanto cruzadas como não cruzadas, terminam em núcleos do complexo olivar superior. Os dois núcleos mais importantes deste complexo são os núcleos olivar superior medial e lateral. Os neurônios de ambos os núcleos são biauriculares, isto é, recebem estímulos de ambas as orelhas. Do ponto de vista funcional, a convergência de informações auditivas de isofreqüências biauriculares em neurônios individuais desses núcleos possibilita a localização dos sons no espaço auditivo. Projeções dos núcleos cocleares anteroventrais terminam bilateralmente nos núcleos olivares superiores mediais. Este núcleo utiliza as diferenças de tempo de chegada dos sinais para a localização dos sons. Os sinais sonoros chegam às orelhas em momentos diferentes, a não ser que se originem de um ponto eqüidistante das orelhas. Esses neurônios biauriculares têm dois dentritos proeminentes, um orientado medialmente, recebendo aferentes da orelha contralateral e o outro orientado lateralmente, 39 recebendo aferentes da orelha ipsilateral. Os padrões de descarga destes neurônios são ditados pelas diferenças no tempo de chegada dos sinais aferentes das duas orelhas. Esses neurônios são sensíveis a diferenças de tempo muito pequenas. Como ocorre com todos os núcleos do sistema auditivo, o núcleo olivar superior está organizado tonotopicamente. Os neurônios biauriculares do núcleo olivar superior lateral utilizam diferenças na intensidade dos sons para a localização. Esses neurônios são excitados por sinais do núcleo coclear anteroventral ipsilateral e inibidos por sinais do núcleo contralateral. A inibição é por meio de interneurônios do núcleo medial do corpo trapezóide. Também há uma organização tonotópica no núcleo olivar superior lateral. Fibras do complexo olivar superior, junto com fibras de segunda ordem, tanto cruzadas quanto não cruzadas, dos núcleos cocleares (fibras que contornam o complexo olivar superior), combinam-se para formar o leminisco lateral. Aquelas do núcleo olivar superior medial sobem pelo leminisco lateral ipsilateral e aquelas do núcleo olivar superior lateral sobem nos leminiscos laterais, tanto ipsilateral quanto contralateralmente. O leminisco lateral termina no colículo inferior. No leminisco lateral estão pequenos grupos de neurônios conhecidos como núcleos do leminisco lateral. Algumas fibras do leminisco lateral fazem sinapse com esses neurônios retransmissores e outras não. Fibras do leminisco lateral contendo projeções retransmitidas dos três núcleos cocleares, complexo olivar superior e núcleos do leminisco lateral, sobem até o colículo inferior que é uma estação retransmissora e processadora de informações da via auditiva ascendente. As fibras auditivas ascendentes convergem no colículo inferior, terminando na lâmina de isofreqüência apropriada. Fibras retransmissoras do colículo inferior formam o braço do colículo inferior ao subirem em direção ao núcleo geniculado medial que é o núcleo retransmissor talâmico do sistema auditivo. Essas fibras terminam em lâminas de isofreqüências apropriadas do núcleo geniculado medial. O núcleo geniculado medial contém três subdivisões: ventral, medial e dorsal. O núcleo geniculado medial ventral é o principal retransmissor contendo representação tonotópica muito precisa. Esse núcleo retransmite informações precisas sobre a intensidade e a freqüência dos sons e as propriedades biauriculares dos estímulos sonoros. No córtex auditivo primário há várias representações tonotópicas completas. Ao chegar ao córtex auditivo primário, a organização tonotópica da via auditiva passa de lâminas de isofreqüências à de faixas de isofreqüências. Uma suborganização de colunas se superpõem ao sistema de faixas de isofreqüências, 40 colunas de somação e de supressão. Nas colunas de somação, as respostas biauriculares são maiores que as respostas monoauriculares. Nas colunas de supressão, a resposta monoauricular domina. Joris, Yin (1995) utilizaram gatos com o objetivo de verificar o mecanismo neural da sensibilidade para diferenças interaurais de tempo em freqüências altas. Referiram que diferenças interaurais de intensidade criadas pela cabeça e pavilhões auditivos, são conhecidas como pistas acústicas dominantes para a localização do azimute em tons de alta freqüência. Entretanto, experimentos psicofísicos demonstraram que humanos podem também lateralizar sons complexos de freqüência alta através de diferenças interaurais de tempo do envelope do sinal. O núcleo olivar superior lateral é um dos dois pares de núcleos onde ocorre a extração primária de pistas para localização de fontes sonoras. Células “IE” do núcleo olivar superior lateral são inibidas pelo estímulo aferente da orelha contralateral e excitadas pelo da ipsilateral, e sua velocidade de descarga depende da diferença interaural de intensidade. Especializações anatômicas nas vias aferentes para o núcleo olivar superior lateral sugerem que este circuito também tem função na detecção de pistas de tempo. Os autores hipotetizaram que, ao lado da sensibilidade para diferenças interaurais de intensidade, a propriedade “IE” também permite a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo de tons de amplitude modulada e pode dar substrato fisiológico à sensibiliidade para diferenças interaurais de tempo em sons de freqüência alta. Observaram que as células biauriculares do núcleo olivar superior lateral possuíam sensibilidade para diferenças interaurais de tempo. As respostas binaurais eram menores do que as respostas para a estimulação da orelha ipsilateral isolada e eram mínimas quando o envelope em ambas as orelhas estavam em fase. Qualitativamente as respostas correspondiam a uma operação “IE” com inputs estruturados temporalmente. Encontraram também sensibilidade para diferenças interaurais de tempo para estímulos de banda larga, novamente com velocidade mínima de resposta ocorrendo com diferenças interaurais de tempo próximas do zero. Para clicks a resposta dependia de uma interação complicada envolvendo diferenças interaurais de intensidade e tempo. Encontraram também, no núcleo olivar superior lateral, células “IE” que mostraram sensibilidade para diferenças interaurais de tempo para estímulos de freqüência baixa e células “EE” 41 que mostraram respostas que eram facilitadas ao invés de inibidas pela estimulação bilateral e eram máximas para estímulos em fase, ao contrário das células “IE”. Referiram que a sensibilidade combinada para diferenças interaurais de intensidade e tempo em um simples neurônio é o mecanismo correto empregado nesse fenômeno, e que a distinção entre vias binaurais facilitadoras (EE) e vias binaurais inibidoras (IE) também é fundamental. Segundo Joris (1996) duas diferenças entre os sinais acústicos que chegam às duas orelhas dão pistas para a localização sonora no azimute: diferença interaural de tempo (ITD), vindas da distância entre a fonte sonora e as duas orelhas, e diferença interaural de intensidade (ILD), que é a diferença no nível de pressão sonora nas duas orelhas. Dois tipos básicos de interação no complexo olivar superior situado no tronco encefálico têm sido associado com estas duas pistas binaurais. Células do núcleo olivar superior medial recebem input excitatório de células esféricas arborizadas do núcleo coclear dos dois lados sendo, portanto, designadas células “EE”. Sua velocidade de descarga em resposta à estimulação binaural depende da diferença interaural de tempo e, em diferenças interaurais favoráveis de tempo, excede a soma das respostas de cada orelha isolada. Células do núcleo olivar superior lateral são excitadas por células esféricas arborizadas do núcleo coclear ipsilateral e inibidas por células do núcleo medial do corpo trapezóide ipsilateral, que por sua vez são excitadas por células globulares arborizadas do núcleo coclear contralateral. Então, as células do núcleo olivar superior lateral são inibidas por sons apresentados à orelha contralateral e excitadas por sons apresentados na orelha ipsilateral, por isto classificadas como células “IE”. A influência oposta das duas orelhas tornam estas células sensíveis à diferença interaural de intensidade. Estímulos de banda larga contêm diferença interaural de tempo não só em sua estrutura fina, mas também em seu envelope. Sensibilidade de humanos para diferença interaural de tempo do envelope do estímulo tem sido estudada com sinais sinusoidais de amplitude modulada e, em alguns sujeitos, o limiar de detecção para este estímulo é muito próximo do limiar mais baixo (< 20 µs) obtido para diferenças interaurais de tempo com sons não modulados de freqüência baixa (mais baixa que 1,5 KHz). Em um estudo anterior (Joris, Yin, 1995) encontrou que a velocidade de disparo das células do núcleo olivar superior lateral para estímulos de amplitude 42 modulada depende não apenas da diferença interaural de intensidade como também da diferença interaural de tempo do envelope do estímulo. Neste estudo a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo é explorada novamente examinando as células para pesquisar o “atraso característico”, um conceito originalmente definido para células de freqüência característica baixa no colículo inferior e centro dos modelos de audição binaural. Para tons binaurais de freqüência baixa, a célula mostra um atraso característico se existe uma diferença interaural de tempo na qual a resposta para diferentes freqüências alcança a mesma amplitude relativa. O atraso característico reflete um atraso anatômico que cancela a diferença interaural de tempo do estímulo. Células diferentes têm atrasos característicos diferentes, correspondentes a atrasos interaurais de tempo gerados por estímulo no campo auditivo contralateral, sendo que a maioria dos atrasos característicos está dentro da faixa fisiológica que é a faixa de diferenças interaurais de tempo encontradas com estímulos em campo livre. O autor referiu que pesquisas recentes insinuam um arranjo topográfico dos atrasos característicos no núcleo olivar superior medial, isto é, existe um arranjo de células classificadas em atrasos característicos, mapeando o espaço azimutal externo. Devido aos achados sobre sensibilidade para atrasos interaurais de tempo do envelope do estímulo em células do núcleo olivar superior lateral (Joris, Yin, 1995), realizou este trabalho com a finalidade de pesquisar se as células deste núcleo também mostram uma distribuição de atrasos característicos codificando a faixa fisiológica de diferenças interaurais de tempo. Os resultados indicaram que a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo no núcleo olivar superior lateral é paralela aos estudos psicofísicos. Para a percepção de mudança na localização espacial de uma fonte sonora, o núcleo olivar superior lateral necessita mostrar uma mudança na velocidade de disparo somada entre as células. Isto é obtido com pequenas diferenças interaurais de intensidade, mas necessita grandes diferenças interaurais de tempo, porque a pista de diferença interaural de tempo é menos potente em células isoladas e possui efeitos variados entre as células em virtude das diferenças nos atrasos característicos. Segundo Guyton, Hall (1997) as fibras nervosas do gânglio espiral de Corti entram nos núcleos cocleares ventral e dorsal, localizados na porção superior do bulbo. Neste ponto, todas as fibras fazem sinapse, e neurônios de segunda ordem 43 vão sobretudo para o lado oposto do tronco cerebral para terminar no núcleo olivar superior. Algumas fibras de segunda ordem também seguem, ipsilateralmente, para o núcleo olivar superior do mesmo lado. Do núcleo olivar superior, a via auditiva sobe pelo leminisco lateral sendo que algumas das fibras terminam no núcleo do leminisco lateral e muitas se desviam deste núcleo seguindo para o colículo inferior, onde todas ou quase todas as fibras terminam. Daí, a via prossegue para o núcleo geniculado medial, onde todas as fibras fazem sinapse novamente. E, finalmente, por meio das radiações auditivas, a via segue para o córtex auditivo, localizado no giro superior do lobo temporal. Quanto aos mecanismos neurais da localização sonora, os autores referem que o mecanismo desse processo de detecção começa nos núcleos olivares superiores do tronco encefálico, apesar de requerer vias neurais por todo o trajeto desses núcleos até o córtex para a interpretação dos sinais. Explicam que o núcleo olivar superior é dividido em núcleo olivar superior medial e núcleo olivar superior lateral. O núcleo lateral está implicado na detecção da direção da fonte sonora pela diferença de intensidade do som que chega às duas orelhas, presumivelmente, pela simples comparação das duas intensidades e enviando um sinal apropriado ao córtex auditivo para avaliar a direção. O núcleo olivar superior medial tem um mecanismo para detectar o retardo do tempo entre os sinais acústicos que entram nas duas orelhas. Este núcleo contém um grande número de neurônios que têm dois dendritos principais, um que se projeta para a direita e outro que se projeta para a esquerda. O sinal acústico da orelha direita atinge o dendrito direito, e o sinal da orelha esquerda atinge o dendrito esquerdo. A intensidade de excitação de cada neurônio é altamente sensível a um retardo de tempo específico entre os dois sinais acústicos das duas orelhas. Os neurônios próximos a uma borda do núcleo respondem maximamente a um curto retardo de tempo, enquanto os neurônios próximos da borda oposta respondem a um retardo longo, e os que ficam no meio respondem a retardos de tempo intermediários. Assim, desenvolve-se um padrão espacial de estimulação neuronal no núcleo olivar superior medial. Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida até o córtex auditivo, onde a direção do som é determinada pelo sítio dos neurônios maximamente estimulados. Acredita-se que os sinais para a determinação da direção do som sejam transmitidos por uma via diferente e que excitem um sítio diferente, no córtex cerebral, que a via de transmissão e o sítio do término dos padrões tonais do som. Esse mecanismo para a detecção da direção do som indica 44 como informações específicas dos sinais sensoriais são analisados à medida que passam através de diferentes níveis de atividade neuronal. Nesse caso a qualidade da direção do som é separada da qualidade tonal dos sons ao nível dos núcleos olivares superiores. Para o anatomista Martin (1998) existe uma relação espacial entre a localização da célula sensorial na cóclea e a freqüência a qual o receptor é mais sensível. A partir da base da cóclea até o seu ápice, a freqüência que mais excita uma célula sensorial muda de alta para baixa. Esta diferença quanto à sensibilidade da célula sensorial ao longo da cóclea é a base da organização tonotópica da membrana receptora auditiva. A organização topográfica das representações centrais está determinada pela organização espacial da área receptora periférica. A maioria dos componentes do sistema auditivo está organizado tonotopicamente. As células sensoriais são inervadas pelos prolongamentos distais de neurônios bipolares sensitivos primários localizados no gânglio espiral. Os prolongamentos centrais dos neurônios bipolares formam a divisão coclear do nervo vestibulococlear (VIII nervo craniano). Esses axônios projetam-se aos núcleos cocleares ipsilaterais, que estão localizados na porção rostral do bulbo. Os núcleos cocleares estão distribuídos em três divisões anatômicas: dorsal, anteroventral e posteroventral. Os neurônios de projeção ascendente em cada uma dessas divisões possuem conexões específicas com o restante do sistema auditivo e dão origem às vias auditivas paralelas que devem servir para diferentes aspectos da audição. Os neurônios pertencentes às divisões posteroventral e dorsal projetam-se diretamente ao colículo inferior contralateral. As projeções auditivas que se originam no núcleo coclear anteroventral decussam no corpo trapezóide e são importantes na localização horizontal dos sons. Este núcleo envia projeções bilaterais ao complexo olivar superior, uma reunião de núcleos na porção caudal da ponte. O complexo olivar superior contém três componentes importantes: os núcleos olivares medial e lateral e o núcleo do corpo trapezóide. Somos capazes de reconhecer um som como originando-se de um lado ou de outro da cabeça de duas maneiras, dependendo de sua freqüência. Sons de baixa freqüência ativam as duas orelhas com pequena diferença de tempo, produzindo uma diferença interaural de tempo. Quanto mais afastada da linha média estiver uma fonte sonora, maior será a diferença de tempo interaural. Para sons de freqüência alta a chegada às duas orelhas resulta numa diferença interaural de intensidade. Os neurônios do núcleo olivar superior medial 45 são sensíveis às diferenças interaurais de tempo e respondem seletivamente aos tons de baixa freqüência. Neurônios individuais localizados na oliva superior medial recebem conexões monossinápticas do núcleo coclear anteroventral de ambos os lados, porém estas aferências são segregadas espacialmente em seus dendritos mediais e laterais. Esta separação de sinais aferentes é tida como a base da sensibilidade às diferenças interaurais de tempo. Ao contrário, neurônios localizados no núcleo olivar superior lateral são sensíveis às diferenças interaurais de intensidade e ajustados para estímulos de freqüência alta. A sensibilidade frente às diferenças de intensidade interaural é tida como sendo determinada pela entrada convergente de sinais excitatórios monossinápticos oriundos do núcleo coclear anteroventral e por uma conexão inibitória bissináptica oriunda do núcleo coclear anteroventral contralateral, passando pelo núcleo do corpo trapezóide. Os neurônios localizados no complexo olivar superior projetam-se em direção ao colículo inferior que está localizado no teto mesencefálico, através de uma via ascendente chamada de leminisco lateral. O leminisco lateral é um feixe de axônios e praticamente todas as suas fibras terminam no colículo inferior. Muitos desses axônios também emitem ramos colaterais em direção ao núcleo do leminisco lateral, localizado no meio da estrutura da qual recebe o nome. O núcleo do leminisco lateral contém muitos neurônios que projetam seus axônios para o colículo inferior contralateral através da comissura de Probst, outro local da via auditiva onde as informações cruzam a linha média. O colículo inferior está localizado no mesencéfalo sendo subdividido em três componentes: os núcleos central e externo e o córtex dorsal. O núcleo central do colículo inferior é o local principal do término das vias auditivas oriundas da ponte e do bulbo, dá origem a uma via auditiva leminiscal ascendente que vai ao tálamo e continua até o córtex auditivo primário. Em todo seu percurso, esta via possui uma organização tonotópica precisa. O núcleo central recebe informações convergentes oriundas de três fontes: de vias que se originam no núcleo olivar superior ipsi e contralateral; de axônios ipsi e contralaterais do núcleo do leminisco lateral e de vias diretas dos núcleos cocleares dorsal e posteroventral contralaterais. Todos os axônios que se projetam no núcleo central do colículo inferior oriundos do bulbo e da ponte estão localizados no leminisco lateral. A função desses núcleos é processar sons para a percepção auditiva e reflexos de ajuste, tais como as respostas devido a um susto de origem acústica. O núcleo central possui estrutura laminada: os neurônios presentes em cada uma das lâminas possuem sensibilidade máxima às freqüências de tons 46 similares. Neurônios distribuídos em lâminas são as bases estruturais para a organização tonotópica nos núcleos centrais. A distribuição por lâminas é usada para agrupar neurônios com atributos funcionais ou conexões similares. O colículo inferior projeta-se para o tálamo através de um trato denominado braço do colículo inferior que se dirige ao núcleo geniculado medial. O núcleo geniculado medial é o núcleo talâmico para a retransmissão auditiva sendo composto por muitas subdivisões. O núcleo principal de retransmissão da audição é a divisão ventral do núcleo geniculado medial que possui uma organização tonotópica. Possui estrutura laminar e recebe a maioria das projeções auditivas ascendentes originadas no núcleo central do colículo inferior. Existem dois sistemas paralelos de projeção talamocortical a partir do corpo geniculado medial em direção ao lobo temporal. Uma das vias é a projeção tonotopicamente organizada da divisão ventral para o córtex auditivo primário localizado no giro de Heschl. A outra projeção possui uma organização mais complexa: origina-se das outras subdivisões do núcleo geniculado medial e dirige-se às áreas auditivas secundárias que circundam o córtex primário. As projeções auditivas talamocorticais são denominadas radiações auditivas. O córtex auditivo primário (área 41) está localizado sobre dois giros localizados dentro do sulco lateral, no lobo temporal, denominado giros de Heschl. Possui uma organização colunar: os neurônios que são sensíveis a sons de freqüência similar são distribuídos ao longo de todas as seis camadas em uma faixa cortical constituindo as colunas de isofreqüências. Um determinado tom produz movimentação de um ponto discreto localizado na membrana basilar e, através da via auditiva ascendente ativa uma faixa de neurônios no córtex auditivo primário. A representação cortical de outras características do som parece estar superposta à organização tonotópica do córtex auditivo primário. Uma qualidade importante é a diferença de intensidade interaural que é a melhor maneira de detectar a localização horizontal de sons de alta freqüência. Dentro da representação de sons de alta freqüência no córtex auditivo primário estão as colunas biauriculares, nas quais os neurônios são sensíveis a diferenças de intensidade interaural similares. Guyton, Hall (1998) referem que a destruição do córtex auditivo de ambos os lados do cérebro causa a perda de quase toda a capacidade de detectar a direção da qual vem o som e que este processo começa nos núcleos olivares superiores no tronco encefálico, requerendo vias neurais desde estes núcleos até o córtex. Referem também que o núcleo olivar superior é dividido em duas partes: núcleo olivar superior lateral e núcleo olivar superior medial. O núcleo lateral é responsável pela localização do som através da diferença das intensidades entre os sons que atingem as duas orelhas. Ele compara as duas intensidades e manda a 47 informação para o córtex auditivo avaliar a direção. O núcleo medial tem um mecanismo muito específico para detectar o retardo de tempo entre os sinais acústicos que entram nas duas orelhas: este núcleo contém neurônios com dois dendritos principais, um que se projeta para a direita e outro para a esquerda. A intensidade de excitação de cada neurônio é altamente sensível a um retardo de tempo específico entre os dois sinais acústicos, provenientes das duas orelhas. Os neurônios próximos a um bordo do núcleo respondem de modo máximo a um retardo de tempo curto, enquanto aqueles próximos do bordo oposto respondem a um retardo de tempo muito longo e os que ficam entre ambos, a retardos de tempo intermediários. Assim, desenvolve-se um padrão espacial de estimulação neuronal do núcleo olivar superior medial. Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida por todo trajeto até o córtex auditivo, onde a localização do som é determinada pelo sítio no córtex que é maximamente estimulado. As informações específicas dos sinais sensoriais são dissecadas à medida que os sinais atravessam diferentes níveis de atividade neuronal. Neste caso a “qualidade” da direção do som é separada das outras qualidades do som. Machado (2000), descrevendo a via auditiva, referiu que os neurônios I encontram-se se no gânglio espiral situado na cóclea e que são neurônios bipolares cujos prolongamentos periféricos são pequenos e terminam em contato com os receptores no órgão de Corti, enquanto os prolongamentos centrais constituem a porção coclear do nervo vestibulococlear e terminam na ponte, fazendo sinapse com os neurônios II. Os neurônios II estão situados nos núcleos cocleares dorsal e ventral, seus axônios cruzam para o lado oposto constituindo o corpo trapezóide, contornam o núcleo olivar superior e ascendem para formar o leminisco lateral do lado oposto. As fibras do leminisco lateral terminam fazendo sinapse com os neurônios III no colículo inferior. Existe um certo número de fibras provenientes dos núcleos cocleares que penetram no leminisco lateral do mesmo lado, sendo, por conseguinte, homolaterais. Os axônios dos neurônios III dirigem-se ao corpo geniculado medial onde estão localizados os neurônios IV, cujos axônios formam a radiação auditiva que chega à área auditiva do córtex (áreas 41 e 42 de Brodmann), situada no giro temporal transverso anterior. Refere que a maioria dos impulsos auditivos chega ao córtex através de uma via como a descrita acima, ou seja, envolvendo quatro neurônios. Entretanto, muitos impulsos auditivos seguem trajeto mais complicado, envolvendo um número variável de sinapses em três núcleos acessórios situados ao longo da via auditiva, ou seja, núcleo do corpo trapezóide, 48 núcleo olivar superior e núcleo do leminisco lateral. Completa dizendo que a via auditiva mantém uma organização tonotópica, ou seja, impulsos nervosos relacionados com tons de determinadas freqüências seguem caminhos específicos ao longo de toda via, projetando-se em partes específicas da área auditiva. Segundo os fisiologistas, Berne, Levy (2000), para julgar a origem do som, o sistema auditivo usa pistas que incluem as diferenças na intensidade ou no tempo (ou fase) de chegada do som nas duas orelhas. Estas pistas são captadas no complexo olivar superior: o núcleo olivar superior lateral capta as diferenças de intensidade, enquanto o núcleo olivar superior medial analisa as diferenças no tempo (ou fase) de chegada do som nas duas orelhas. Os neurônios do núcleo olivar superior medial possuem dendritos mediais e laterais. As sinapses nos dendritos mediais são, em grande parte, excitatórias e originam-se no núcleo coclear ventral contralateral. As sinapses dos dendritos laterais são, em sua maioria, inibitórias e originam-se no núcleo coclear ventral ipsilateral. As diferenças de fase dos sons afetam o tempo da excitação e inibição que chegam a determinado neurônio olivar medial. A atividade dos neurônios pode, então, prover informação sobre a localização do som. De acordo com Musiek, Oxholm (2000), o sistema nervoso auditivo central apresenta processamento seqüencial e paralelo. O processamento seqüencial é a organização hierárquica do sistema auditivo: a informação é transferida de um centro para outro de maneira progressiva, indo de núcleos no tronco encefálico baixo para estruturas no córtex. Enquanto a informação progride de um centro auditivo para o próximo, as diferentes estruturas ao longo do caminho influenciam os impulsos. Esta ação altera ou preserva o modelo da informação de forma a torná-la útil para mais centros. O processamento é paralelo, pois possui, no mínimo, dois canais separados para a informação e à medida que progride através do sistema, mais processamento paralelo aparece conforme muitos canais entram em jogo. Descrevendo a anatomia e fisiologia do sistema auditivo nervoso central referem que: 49 O núcleo coclear é composto por três partes: núcleo coclear anteroventral, núcleo coclear posteroventral e núcleo coclear dorsal. As fibras do nervo auditivo entram na junção dos núcleos cocleares anteroventral e posteroventral onde cada fibra manda ramos para os três núcleos. O núcleo coclear é composto por vários tipos de células nervosas que podem modificar de maneira característica os impulsos nervosos que aí chegam. A correspondência entre o tipo de célula e o modelo de resposta sugere uma relação significante entre anatomia e fisiologia das células deste núcleo. Histogramas pós estimulatórios no núcleo coclear indicam o complexo processamento de informação neste núcleo, como a precisa marcação de tempo necessária para a distinção de diferenças de tempo interaural. As fibras do nervo auditivo que entram no núcleo coclear preservam a organização de freqüências da cóclea e as três porções do núcleo coclear contém esta organização tonotópica. Três tratos neurais saem do núcleo coclear para o complexo olivar superior e para níveis mais altos do sistema nervoso auditivo central: a estria acústica dorsal sai do núcleo coclear dorsal e continua contralateralmente para o complexo olivar superior, leminisco lateral e colículo inferior; a estria acústica intermediária se origina no núcleo coclear posteroventral e se comunica com o núcleo ventral do leminisco contralateral e com o núcleo central do colículo inferior contralateral; a estria acústica ventral sai do núcleo coclear anteroventral, se une ao corpo trapezóide e se estende contralateralmente para o complexo olivar superior, leminisco lateral e outros grupos nucleares. Além desses três tratos, outras fibras projetam-se ipsilateralmente de cada divisão do núcleo coclear: algumas dessas fibras fazem sinapse no complexo olivar 50 superior e núcleo do leminisco lateral, outras fazem sinapse apenas no colículo inferior. O caminho contralateral tem um número maior de fibras mas muitos tratos projetam-se tanto contralateralmente como ipsilateralmente ao núcleo coclear. O complexo olivar superior se posiciona ventral e medialmente ao núcleo coclear, na porção caudal da ponte, sendo composto por numerosos grupos de núcleos cujos principais são: núcleo olivar superior lateral, núcleo olivar superior medial e núcleo do corpo trapezóide. A organização tonotópica parece estar preservada em todos os núcleos: o núcleo olivar superior medial tem uma representação primária de freqüências baixas enquanto o lateral responde a uma faixa larga de freqüências, sendo as baixas representadas lateralmente e as altas medialmente; o núcleo do corpo trapezóide também tem uma organização tonotópica com as freqüências baixas representadas lateralmente e as altas medialmente. O complexo olivar superior é uma estação complexa na via auditiva pois é o primeiro lugar, mas não o único, onde estímulos ipsi e contralaterais dão ao sistema uma fundamentação anatômica da audição binaural. A localização sonora é determinada principalmente pela variação no tempo e intensidade interaural que chega ao complexo olivar superior. O complexo olivar superior possui células excitatórias e células inibitórias sensíveis ao tempo. Estas respostas excitatórias e inibitórias ajudam a explicar as pistas direcionais para o sistema auditivo mais alto. O leminisco lateral é a via auditiva primária no tronco cerebral e é composto por vias ascendentes e descendentes. A porção ascendente se estende bilateralmente do núcleo coclear ao colículo inferior no mesencéfalo, contendo fibras ipsilaterais e contralaterais do núcleo coclear e do complexo olivar superior. No 51 leminisco lateral existe dois grupos de células principais: o núcleo ventral e o dorsal, localizados na porção superior da ponte. A aferência para os núcleos do leminisco lateral vem do núcleo coclear dorsal contralateral, do núcleo coclear ventral de ambos os lados e do complexo olivar superior ipsi e contralateral. Um trato de fibras chamado Comissura de Probst, conecta o núcleo dorsal do leminisco lateral dos dois lados do tronco cerebral. Fibras do leminisco lateral também podem cruzar de um lado para o outro através da formação reticular da ponte. Existe organização tonotópica nos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e a resolução temporal parece ser marcantemente menor quando comparada com os núcleos mais caudais. O colículo inferior, estação obrigatória da via auditiva, localizase no mesencéfalo e possui duas partes: o núcleo central ou coração, que é composto só de fibras auditivas, e o núcleo pericentral, ou cinto, que envolve o núcleo central e é composto por fibras somatosensoriais e auditivas. Recebe aferência do núcleo coclear dorsal e ventral, dos núcleos lateral e medial do complexo olivar superior, dos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e do colículo inferior contralateral. O colículo superior, geralmente associado com o sistema visual, também recebe aferência do sistema auditivo, que é usado nos reflexos envolvendo a posição da cabeça e os olhos. O colículo inferior tem organização tonotópica com as freqüências altas posicionadas ventralmente e as baixas dorsalmente. As curvas de afinação do colículo inferior são extremamente pontudas, sugerindo um alto grau de resolução de freqüência. Possui muitos neurônios sensíveis ao tempo e ao espaço e neurônios sensíveis à estimulação binaural, o que sugere função na localização sonora. A resolução temporal no colículo 52 inferior, como no leminisco lateral, é menos eficiente que nas estruturas mais caudais do tronco cerebral. O corpo geniculado medial é o núcleo auditivo do tálamo recebendo fibras do colículo inferior que são projetadas ipsilateralmente através de um trato chamado braço do colículo inferior. Divide-se em três porções: ventral, dorsal e medial. Células da porção ventral respondem primariamente a estímulos auditivos enquanto as outras divisões contêm neurônios que respondem tanto a estímulos auditivos como somatosensoriais. A divisão central parece ser a porção que transmite informação de discriminação auditiva específica (fala) para o córtex cerebral. A divisão dorsal projeta axônios para as áreas de associação auditiva e deve manter e dirigir a atenção auditiva, enquanto a divisão medial deve funcionar como um sistema de estimulação multissensorial. A organização tonotópica foi relatada no segmento ventral com freqüências baixas representadas lateralmente e freqüências altas representadas medialmente.Possui curvas de afinação pontudas que permitem boa seletividade de freqüência (resolução de freqüência). A resolução temporal varia entre as três regiões do corpo geniculado medial sendo melhor na divisão ventral que é similar à do colículo inferior e muito pior que a do núcleo coclear. Possui muitos neurônios sensíveis à estimulação binaural e diferenças de intensidade interaural. O sistema auditivo também se conecta à formação reticular. A formação reticular que forma a parte central do tronco encefálico é uma área organizada de núcleos e tratos difusos. Possui tratos ascendentes e descendentes em cada lado do tronco cerebral. Estes tratos se estendem da região caudal da medula espinhal até o mesencéfalo, onde tratos difusos são mandados para o cérebro. 53 Conexões com o cerebelo também existem. A formação reticular tem dois subsistemas: o sensorial ou sistema de ativação reticular ascendente e o sistema de ativação motora. Quando o sistema sensorial é ativado, o córtex fica mais alerta. Este sistema prepara o cérebro para agir apropriadamente ao estímulo. Evidências sugerem que se torna sensível a estímulos específicos, isto é, reage mais a estímulos importantes que aos não importantes. Este deve ser um dos mecanismos básicos da atenção seletiva e pode estar relacionado com a habilidade de ouvir em presença de ruído. A grande quantidade de conexões de estruturas sensoriais com a formação reticular e suas interações torna difícil separar atenção de processamento sensorial ou cognitivo da informação. O córtex cerebral também apresenta organização tonotópica. Usando PET para medir mudanças no fluxo sangüìneo cerebral demonstrou-se representação de freqüências baixas na parte lateral e de freqüências altas na parte medial do giro de Heschl. Na área auditiva primária, onde as células tem afinação aguçada, organização tonotópica de alta definição e faixas de isofreqüências podem ser encontradas. Um componente espacial de representação de freqüência parece estar presente no córtex auditivo: colunas parecem ter freqüência característica similar. Os autores referem que processamento temporal é o desempenho em uma atividade auditiva que requer algum tipo da análise de tempo do estímulo apresentado. A análise de tempo é essencial para certos processos auditivos: localização da fonte sonora requer análise do tempo de chegada do sinal acústico nas duas orelhas; a sensibilidade temporal para diferenças de fase do sinal nos ajuda a escutar no ruído; a percepção do pitch de sons complexos depende da análise de tempo de eventos acústicos 54 repetidos rapidamente; seqüência de estímulos sucessivos; discriminação da duração e tempo de intervalo, entre outros. O sistema nervoso auditivo central é um cronômetro: medidas fisiológicas de latência, análise de fase, diferenças de fase e sincronicidade são formas de enumerar o processamento temporal. A latência das respostas neuronais do tronco cerebral variam dependendo do tipo de estímulo auditivo e do neurônio ou grupo de neurônios analisados. Alguns neurônios reagem rapidamente à estimulação enquanto outros têm períodos de latência longos, alguns respondem apenas ao início do estímulo, enquanto outros apenas ao término. Muitos neurônios auditivos parecem analisar a fase do estímulo e disparar apenas quando a onda atingir certo ponto em seu ciclo. Isto é evidente com freqüências baixas onde certos neurônios disparam em cada ciclo, enquanto em freqüências altas eles disparam a cada três ou cinco ciclos. Esta relação com a fase é especialmente aparente em neurônios do tronco encefálico baixo. Geralmente, a velocidade de disparo dos neurônios do tronco encefálico é mais alta que a dos neurônios corticais, tanto para sinais contínuos como periódicos. A velocidade com que um neurônio pode responder a estímulos repetitivos depende de seu período refratário. O período refratário é o intervalo de tempo entre duas descargas sucessivas (despolarização) de uma célula nervosa. Como no tronco encefálico, o córtex auditivo possui neurônios que respondem para o início, outros mantêm a resposta pela duração do estímulo e outros respondem para o término do estímulo acústico. A codificação de eventos breves ou transitórios (fusão de clicks, ordenação temporal) está relacionado com resolução temporal, espécie de tarefa para a qual o córtex é sensível. Apenas 2 a 3ms de intervalo entre dois clicks são 55 suficientes para determinar em humanos que dois estímulos estão presentes e não um. A análise de tempo no córtex auditivo é importante nas habilidades de localização: muitos neurônios são sensíveis a diferenças interaurais de fase e intensidade. A maioria dos neurônios corticais dispara com estímulos sonoros de fontes posicionadas no campo auditivo contralateral. ESTUDOS PSICOACÚSTICOS DA LOCALIZAÇÃO SONORA Wallach et al (1949) estudaram o que um indivíduo ouve quando dois sons idênticos chegam em suas orelhas, de direções diferentes e um segue o outro após pequeno intervalo de tempo, chegando a duas proposições gerais: - Dois sons breves que atingem as orelhas do indivíduo em sucessão com tempo bem reduzido serão ouvidos como apenas um som se o intervalo entre eles for suficientemente curto. O intervalo necessário para ocorrer a fusão não é o mesmo para todos os tipos de som. O limite superior deste intervalo foi encontrado aproximadamente em 5ms para clicks isolados e em torno de 40 ms para sons complexos. - Se dois sons breves são ouvidos como um só, a localização do som é determinada pela localização do primeiro som. Isso é chamado de efeito de precedência na localização do som. O efeito de precedência pode ser descrito mais facilmente se assumirmos que a localização sonora é baseada na diferença de tempo entre as duas orelhas. O efeito de precedência nos ajuda a entender nossa habilidade de localizar sons em ambientes reverberantes onde ouvimos apenas um som e não a longa seqüência de sons sucessivos como é sugerido pelas considerações físicas. O efeito de precedência também explica o sucesso dos sistemas de som estereofônicos nos quais o som é captado e reproduzido em dois canais, recriando a ilusão do som vindo de mais de uma direção. Neste trabalho apresentaram cliks através de fones podendo controlar melhor a intensidade que no campo livre e também eliminar os clicks sucessivos ou transientes que aparecem em uma sala reverberante. 56 Fizeram uma determinação preliminar de qual intervalo entre os sons fariam ouvi-los como dois sons. Esse limiar foi determinado pelo método dos limites. Na série ascendente foi encontrado que um intervalo de 6000µs era necessário para ouvir claramente dois sons. Na série descendente, um intervalo de 3000µs dava a impressão de apenas um som. Utilizando intervalos menores que 3000µ µs avaliaram o desempenho de localização do som em dois indivíduos, encontrando o limiar de 45µ µs em um e de 40µ µs em outro em 40 observações. Hass (1951) colocou dois alto-falantes do mesmo tipo a 3m de distância do indivíduo em um ângulo de 45º, à direita e à esquerda dele. Com a diferença de zero da partida de um som verbal, uma fonte sonora imaginária é localizada diretamente na frente do indivíduo. A localização da fonte se move gradualmente em direção do alto-falante mais próximo quando diferenças entre zero e 1ms (1000µ µs) entre a chegada do som são colocadas. Esta condição foi obtida entre 1ms (1000µ µs) e 30ms (30000µ µs) de diferença. Quando a diferença atingiu um valor ao redor de 40ms (40000µ µs) o som do alto-falante atrasado foi reconhecido como uma fonte de som adicional, porém a fonte sonora ainda foi localizada no alto-falante mais próximo. Um aumento da diferença de chegada do som para 50ms (50000µ µs) torna possível discriminar a segunda fonte sonora. Para Bergman (1957) a maior vantagem da audição binaural é a habilidade de localização da fonte sonora. Explicou que o julgamento da localização da fonte sonora é baseado nos seguintes fatos: diferença de tempo de chegada do som nas duas orelhas; diferença de fase do som nas duas orelhas; diferença de intensidade dos sons nas duas orelhas; diferença no espectro de freqüência do som em cada orelha devido ao efeito de difração do som ao redor da cabeça. Citou ainda um quinto fator que seria a diferença de audição entre as duas orelhas. Realizou uma pesquisa sobre a habilidade de localização sonora em indivíduos com perdas 57 auditivas assimétricas, utilizando a localização de palavras em quatro caixas de sons dispostas na frente, atrás, à direita e à esquerda do sujeito. Iniciou o teste em uma intensidade de 10 dB acima do limiar de detecção de voz em campo e foi subindo a intensidade de 5 em 5 dB anotando o número de respostas corretas. Verificou que a localização da fonte sonora pode ocorrer se a intensidade do som for superior ao limiar da orelha pior. Relatou neste mesmo texto que outra função importante da audição binaural é a seletividade que está intimamente ligada à habilidade de localização sonora. Definiu seletividade como a habilidade de escutar um sinal, usualmente fala, não se importando com um sinal competitivo, normalmente um ruído. Descreveu uma experiência onde os sujeitos mudaram de um sistema monoaural para um binaural e descreveram a sensação de diminuição do ruído de fundo, instantaneamente, ao passar para o sistema binaural. Sanchez-Longo et al (1957) fizeram uma revisão de literatura sobre localização sonora observando a existência de dois grupos de estudo: um grupo preocupado com a parte física do som e fatores periféricos na localização sonora e outro grupo preocupado com os mecanismos neurais centrais. Referiram que a maioria dos psicólogos do século XIX duvidava da existência de uma real percepção auditiva de espaço. Empiricistas como Berkeley, Mill e Bain, aceitavam a hipótese que experiências passadas eram a base para localização sonora. O moderno conceito de percepção auditiva de espaço, provavelmente, começou em 1848 com as observações de Weber que quando dois relógios são colocados perto das orelhas do observador ele consegue referir qual relógio está em qual orelha. Isto marcou a origem da idéia de que a dimensão primária da localização sonora é a direita e a esquerda. Ele erroneamente atribuiu a localização sonora a diferenças táteis no meato auditivo externo. Bloch em 1893 e 1895 estudando a localização sonora notou que não existe confusão entre direita e esquerda e que a fonte sonora é mais facilmente localizada na frente do que atrás no plano medial. Os autores referiram que o mecanismo de localização sonora é explicado através de três teorias: a mais antiga é a teoria da intensidade que diz que o observador localiza o som do lado em que ele chega mais intenso; a teoria da fase que diz que o observador localiza a fonte sonora do lado em que a onda sonora chega em fase anterior; a teoria do tempo que diz que o observador localiza um som breve do lado em que ele chega primeiro. Explicaram que a diferença entre a teoria da fase e do tempo é que na 58 primeira a localização depende da chegada da fase da onda de um tom puro, enquanto a segunda depende do tempo de chegada de um único som. Lord Rayleigh (1875 e 1910) estabelece a teoria da intensidade e o fato de que vozes são localizadas mais facilmente que tons puros. Thompson em 1878 estabelece a teoria da fase. A teoria do tempo foi proposta por Mallock em 1908 e demonstrada experimentalmente por Aggazzotti em 1911. Suporte definitivo para a teoria do tempo vieram dos trabalhos de Von Hornbostel e Wertheimer em 1920 e também por Klemm. Halverson em 1922, estudando os fatores diferença de fase e diferença de intensidade concluiu que a diferença de fase é mais efetiva na localização de sons. Trimble, em 1929, foi o primeiro a atribuir a localização de freqüências baixas à diferença de fase e a localização de freqüências altas à diferença de intensidade. Investigando a localização de tons puros, Stevens e Newman (1934) descobriram que a habilidade de localizar sons varia com a freqüência: a localização é boa até 1000Hz, piora entre 2000 e 4000Hz e melhora novamente acima de 6000Hz. Seus achados confirmaram o ponto de vista de Trimble de que utilizamos a diferença de fase para localizar sons graves e a diferença de intensidade para localizar sons agudos. Explicaram ainda que localizamos melhor sons complexos pelo fato deles terem uma combinação de sons graves e agudos. Langmuir e col. (1946), Wallach et al (1949) mostraram que alguns sons se fundem em uma simples sensação auditiva se estão próximos no tempo. O mecanismo de localização de sons em uma sala reverberante é baseado no fato de que o primeiro som que chega à orelha do ouvinte determina a localização da fonte. Sanchez- Longo, Forster (1958) aplicaram um teste de localização de som no plano horizontal onde o indivíduo ficava no centro de um círculo, com os olhos vendados e o queixo em um suporte que o impedia de mover a cabeça. O som utilizado no teste foi o ruído mascarante mais grave do audiômetro vindo de caixas acústicas colocadas em 13 diferentes posições na margem do círculo. O indivíduo era instruído a apontar exatamente para o ponto onde localizava a fonte sonora. Os indivíduos testados eram capazes de escutar com as duas orelhas e não tinham diferença superior a 20 dB entre elas. Testaram 50 indivíduos normais e 50 com lesões cerebrais. Os indivíduos normais foram capazes de localizar, com a mesma precisão, os sons no campo auditivo direito e no esquerdo. Indivíduos sem lesão cerebral e com diferença maior que 20 dB entre as duas orelhas apresentaram 59 dificuldade de localização no lado da lesão (os sons eram localizados do lado da orelha melhor). Perdas auditivas simétricas não afetaram a localização de forma significativa. Nos indivíduos com lesão cerebral, 19 dos 21 casos com envolvimento do lobo temporal mostraram alteração de localização do som no lado contralateral à lesão. Matzker (1959) descreveu um teste de localização sonora com fones utilizando o método de diferenças de tempo interaural. Utilizou tons puros de 125 a 8000 Hz que eram interrompidos a intervalos regulares utilizando diferenças de tempo interaural geradas eletricamente. O menor e o maior intervalo de tempo interaural produzido pelo equipamento era respectivamente de 0,018ms (18µs) e 0,648ms (648µs). Quanto maior a diferença de tempo interaural mais lateral era a sensação da fonte sonora. Com a diferença de 0,648ms a impressão era de que a fonte estava na posição de 90º do plano medial. Para cada freqüência, o teste começava com a diferença interaural máxima que ia sendo abaixada até que se estabelecesse a impressão central. Os resultados eram colocados em um gráfico da freqüência por uma escala de 0 a 14 para cada lado; o número 1 correspondia ao atraso mínimo de 0,018ms e o número 14 ao atraso máximo de 0,648ms. A zona de impressão central foi chamada de banda de localização. Ouvintes normais centralizavam a impressão sonora apenas no intervalo de 0,018ms tanto para a direita como para a esquerda. Referiu que apesar de existir um inconveniente com o equipamento que era a ocorrência de um click na mudança dos intervalos de tempo interaural, a freqüência foi a principal causa da localização. Aplicou o teste em muitos indivíduos com lesão cerebral e concluiu que o desvio da banda de localização para um lado indica lesão no hemisfério cerebral contralateral ou lesão homolateral do tronco cerebral. Segundo Nordlund (1962) audição direcional é a habilidade de um observador julgar a direção da fonte sonora. Esta habilidade é uma das funções mais importantes na maioria dos mamíferos pois os ajuda a evitar perigos e caçar suas presas. A audição direcional é importante na vida diária das pessoas sendo uma das principais funções da audição. Problemas na audição direcional detectados na audiometria direcional ajudam no diagnóstico auditivo. Existem dois métodos para a investigação da audição direcional: usando fones de ouvido e testes em campo livre. 60 Com o uso de fones os indivíduos ouvem o estímulo, com diferenças variáveis de tempo, fase e intensidade entre as orelhas, e devem informar onde ouviram o som. A sensação do som toma a forma de uma fonte sonora imaginária que existe dentro da cabeça do ouvinte ou em sua proximidade. A vantagem deste método inclui simplicidade de equipamentos e a possibilidade de julgamento da capacidade de discriminação de diferenças interaurais de tempo, fase ou intensidade individualmente. As diferenças de tempo, fase e intensidade são a base da habilidade de localização do som. Na audiometria direcional com fones é possível, por exemplo, manter a intensidade interaural e variar a diferença de tempo ou vice-versa. O mesmo se aplica para os fatores fase e intensidade quando usamos tons puros como estímulos. A desvantagem deste método é que o sujeito localiza a fonte sonora em sua cabeça ou perto dela. Isto indica que este tipo de teste não tem a mesma precisão da direção obtida em uma condição fisiológica, isto é, quando o som é apresentado em campo livre. Testes de localização angular em campo livre tem a desvantagem de precisar de equipamentos caros e não ser possível avaliar separadamente as diferenças de tempo, fase e intensidade. A grande vantagem é que apenas com este tipo de teste verificamos a audição direcional fisiológica, isto é, localização da fonte sonora no lugar onde realmente ela está. Em seu trabalho usou campo livre, um quarto anecóico, intensidade confortável e tons de 500, 2000, 4000 e Ruído Branco com filtro passa baixa. O ouvinte indicava a direção da fonte sonora. A habilidade de localizar o tom de 500 Hz constituía a habilidade de discriminar diferenças interaurais de fase já que nesta freqüência a diferença de intensidade não é perceptível. A habilidade de localizar as freqüências de 2000 e 4000 Hz constituía a habilidade de discriminar diferenças interaurais de intensidade já que a diferença de fase não é perceptível nessas freqüências. A habilidade de localizar o Ruído Branco com filtro passa baixa constituía a discriminação da diferença interaural de tempo. Avaliou 8 sujeitos com 61 audição normal e idade entre 20 e 30 anos. Concluiu que as freqüências de 500 e 1000 Hz são localizadas mais facilmente que as freqüências de 2000 e 4000 Hz explicando que a diferença de fase interaural é uma pista mais eficiente que a diferença de intensidade. O ruído branco com filtro passa baixa foi o som mais facilmente localizado. Entretanto não pôde concluir que a diferença de tempo é a melhor pista para a localização já que a diferença de intensidade também pode ter contribuído. Nordlund (1963) usando a técnica descrita em Nordlund (1962) avaliou 51 sujeitos normais e 101 com diferentes tipos de perdas auditivas com o objetivo de estimar o valor da audiometria direcional no topodiagnóstico das alterações auditivas. Observou que pacientes com perdas condutivas apresentaram leve redução da habilidade de localização; pacientes com lesão coclear apresentaram audição direcional preservada; pacientes com lesão do nervo auditivo ou ponte apresentaram localização angular pobre; pacientes com lesão cerebral apresentaram audição direcional normal a não ser que níveis baixos do sistema auditivo central estivessem afetados. A audiometria direcional foi considerada de grande valor para diferenciar lesões cocleares de retrococleares, isto é, lesões do nervo auditivo ou da ponte. Masterton et al (1967) treinaram gatos para verificar a lateralização de sons utilizando uma seqüência de clicks, apresentados através de fones adaptados, onde o click apresentado a uma orelha precedia o da outra em 500µs. O intervalo entre os clicks foi diminuído até que um limiar pudesse ser estimado. Em gatos com sistema auditivo intacto, foi encontrado um limiar de lateralização entre 20 e 50µs. Gatos com secção completa do corpo trapezóide ou destruição bilateral do complexo olivar superior tiveram o limiar elevado para valores próximos a 500µs que significa a perda total da capacidade de discriminar diferenças de tempo necessárias para a localização sonora. Gatos com secção parcial do corpo trapezóide tiveram elevação do limiar proporcional à extensão da lesão. Observou que o déficit sensorial resultante da secção do corpo trapezóide parecia estar restrito à discriminação de diferenças pequenas de tempo interaural pois, em campo, quando as fontes sonoras estavam bem separadas eles se comportavam como gatos sem lesão. Comparou seus resultados com os de estudos que utilizaram gatos com ausência bilateral do córtex auditivo e relataram incapacidade de localizar a fonte sonora. Explicou esta 62 diferença referindo que a lesão do corpo trapezóide é uma perda da sensibilidade caracterizada pela perda de uma dimensão física enquanto a lesão bilateral do córtex auditivo é uma perda de integração onde as diversas dimensões não são unificadas em classes cognitivas, mesmo que elas possam ser detectadas ao nível de tronco encefálico. Groen (1969) utilizou o equipamento descrito por Matzker e Welker em 1959, para verificar a lateralização para tons puros. Este equipamento era conectado a um audiômetro e possibilitava ao investigador introduzir um atraso interaural entre dois sons idênticos. A variação do tempo de atraso podia ser regulada em degraus indo de 36µs a 648µs. A freqüência do tom podia ser selecionada no audiômetro e os ouvidos normais eram capazes de detectar diferenças de tempo (ou fase) em uma faixa de freqüências de 125 a 800 Hz, sendo que acima desta faixa a habilidade declinava rapidamente. O equipamento garantia a constância da intensidade entre os dois fones enquanto o tempo de atraso era introduzido. Indivíduos normais lateralizaram os sons a partir de 60 a 90µs. Concluiu que a discriminação de diferença de tempo interaural, quase sempre, está ausente em problemas do nervo auditivo, enquanto diferenças de intensidade ainda produzem lateralização. Devido a isto referiu que testes de localização em campo livre não são eficientes para detectar esses problemas, já que a diferença de intensidade auxilia estes pacientes a localizar a fonte sonora. Não encontrou dificuldade de lateralização em indivíduos com problemas cocleares. Concluiu que a habilidade de lateralização de dois sons idênticos em todos os aspectos, exceto tempo de chegada nas duas orelhas, é uma importante ferramenta no diagnóstico diferencial entre problemas auditivos cocleares e retrococleares. Segundo Stevens et al (1970) a audição estereofônica nos permite indicar com precisão o ponto de origem de um som. Em estudo histórico sobre localização auditiva, referiram que até o final do século XIX, a compreensão que o homem tinha da audição binaural era prejudicada por noções erradas e verdades incompletas. Alguns cientistas diziam que as duas orelhas não passavam de um exemplo de simetria bilateral, uma característica de todos os organismos superiores. Sugeriu-se que a função das duas orelhas era a de uma reserva natural. A demora para a compreensão da localização sonora foi devida, em parte, à tendência filosófica que orientava o trabalho dos psicólogos do século XIX. Diziam os filósofos que os 63 objetos do mundo material tem tamanho, forma e contextura que podem ser sentidas pela visão e pelo tato. Os sons, ao contrário, não ocupam espaço, não podendo ser localizados por meios auditivos. Adotando este conceito dos sentidos, os cientistas procuraram em vão meios pelos quais o tato e a visão, em lugar da audição, podiam ser utilizados para localizar a fonte sonora. Alguns sugeriram que a pressão de uma onda sonora nos condutos auditivos estimulava o sentido do tato, enquanto outros preferiam explicar a localização sonora através da visão. Em 1840, o fisiólogo alemão Ernst Weber realizou uma experiência utilizando como equipamento 2 relógios com batidas diferentes e um observador. Colocou um relógio ao lado da orelha direita e o outro ao lado da orelha esquerda descobrindo que o observador podia dizer qual relógio estava em cada orelha. Concluiu que o observador localizava sons à direita e à esquerda exclusivamente com o emprego das orelhas. Durante trinta anos ninguém melhorou a experiência simples de Weber. Em 1876, um cientista inglês interessado pela física do som, John Strutt, Barão de Rayleigh, chanceler da Universidade de Cambridge e Prêmio Nobel de Física de 1904, realizou, também, uma experiência simples: colocou-se, com os olhos fechados, no centro de um gramado em Cambridge, enquanto um círculo de assistentes em torno dele soavam diapasões ou falavam com ele. Quando um assistente produzia um som Rayleigh podia indicar sua localização no círculo, porém não conseguiu distinguir um som diretamente à sua frente de outro às suas costas. Observou que um diapasão de freqüência baixa era mais difícil de localizar do que uma palavra ou um diapasão de freqüência alta. Formulou então a seguinte hipótese: um som que chega de um lado da cabeça, chega em primeiro lugar à orelha mais próxima; nessa orelha o som é mais intenso que na outra porque a cabeça lança uma sombra sonora para sons de freqüência alta; em freqüências baixas a sombra é menos pronunciada e em freqüências muito baixas é insignificante, porque os comprimentos de ondas são grandes, o suficiente, para envolver a cabeça, suprimindo a sombra; nas freqüências altas, entretanto, a diferença de intensidade, que chamou de proporção binaural, oferece uma pista básica para a localização. Como físico, Lord Rayleigh, usou a matemática para calcular as proporções binaurais apurando que a 250Hz um som tem quase a mesma intensidade em ambas as orelhas, seja qual for a distância em que esteja a fonte, a 1000 Hz a 64 intensidade é 8 dB maior na orelha mais próxima da fonte sonora e a 10000 Hz é 30 dB maior. Estes cálculos foram confirmados por pesquisadores do século XX através de métodos experimentais utilizando instrumentos da eletrônica moderna. O próprio Rayleigh, em 1907, apresentou uma nova teoria da localização binaural. Baseando-se nos trabalhos de Silvanus Thompson, pesquisador britânico. Rayleigh sugeriu que a diferença de fase, tanto quanto de intensidade, podiam fornecer indícios para a localização binaural. Explicou que um som que vem de lado atinge a orelha mais próxima da fonte sonora antes da outra. Os sons das duas orelhas estarão “fora de fase” e a diferença de fase é uma pista para a localização. Para experimentar esta hipótese elaborou um conjunto de diapasões de freqüências ligeiramente diferentes e criou um meio aural artificial no qual podiam ser isoladas as diferenças de fase. Os sons dos diapasões produziam compassos de interferência e as fases dos sons mudavam constantemente. Para os ouvintes o som parecia passar da esquerda para a direita e de novo à posição primitiva. As fontes de som não tinham se movimentado, mas Rayleigh havia produzido uma ilusão de movimento apenas com a diferença de fase. Apurou que uma diferença de fase de até metade de um comprimento de onda pode ser localizada para sons de 130 Hz. Mais tarde alguns investigadores provaram que a localização de fase podia ocorrer em freqüências de até 1000 Hz. Recorrendo a instrumentos de pesquisa mais complexos, cientistas formularam uma terceira teoria da localização binaural. Em 1920, os psicofísicos alemães Von Hornbostel e Max Wertheimer resolveram explorar a possibilidade de que a diferença de tempo, por si só, já fornecesse as pistas para a localização binaural. Por meios eletrônicos fizeram chegar dois sons idênticos, simultaneamente, às duas orelhas de um observador que referiu que o som parecia chegar de um ponto diretamente à sua frente. Depois separaram a chegada do som por pequenas diferenças de tempo. No momento em que a diferença ultrapassou 30 microssegundos (µs), o observador anunciou que a fonte de som parecia ter se movido para a esquerda, quando o som chegava primeiro à orelha esquerda, ou ao contrário quando o som chegava primeiro à direita. Quanto maior era a diferença de tempo mais o som parecia mover-se para a esquerda ou direita, mas quando essa diferença chegou perto de 2 milessegundos (2ms), o observador afirmou que ouviu dois sons, um em cada orelha. 65 Em 1934, dois psicofísicos, da Universidade de Harvard, realizaram uma experiência ao ar livre para eliminar o som refletido. Um indivíduo com os olhos vendados sentava-se em uma cadeira e um alto-falante, de onde vinham tons puros, rodava em torno desta cadeira. Através desta experiência apuraram que os tons puros de freqüência baixa eram localizados com precisão, acima de 1000 Hz a precisão começava a declinar e entre 2000 e 4000 Hz, os erros atingiam o máximo, depois a localização começava a melhorar e a 10000 Hz era tão exata quanto nas freqüências baixas. Afirmaram que as teorias da fase e do tempo se aplicam aos sons de freqüência baixa e que acima de 4000 Hz a localização é feita por diferença de intensidade. O alto índice de erros em 3000 Hz mostrou que os dois métodos não se superpõem inteiramente. Na prática os seres humanos, forçados a localizar sons complexos que contém uma série de freqüências, utiliza os dois métodos combinados para chegar a um julgamento. Segundo Plenge (1974) na localização de uma fonte sonora, o sujeito não usa apenas os sinais do som percebido naquele momento, mas também faz uma comparação com modelos armazenados na memória. O autor referiu que a diferença entre localização e lateralização reside no fato de que na localização o som vem de fonte sonora externa e escutamos o som fora da cabeça, enquanto na lateralização o som vem através de fones e escutamos o som dentro da cabeça. A primeira condição para localização é a habilidade aprendida nos primeiros anos de vida, junto com a percepção de direção e distância, a fusão da informação vinda das duas orelhas em uma imagem acústica. Os dados armazenados durante este processo de aprendizagem são evocados automaticamente quando um evento sonoro ocorre. Este armazenamento de longo prazo pode ser removido gradualmente e lentamente substituído. A adaptação da percepção para uma mudança da distância entre as orelhas, devido ao crescimento, leva algum tempo. Logo que a cabeça da criança atinge seu tamanho final nada é mudado no armazenamento de longo prazo até que novo processo de aprendizagem seja necessário devido a patologias auditivas ou ao decréscimo da acuidade auditiva em razão da idade. É possível que a comparação de um estímulo percebido com modelos armazenados na memória de longo prazo, não seja suficiente para a correta localização, pois isto depende da familiaridade com o volume e timbre da fonte como também das peculiaridades da 66 sala onde a fonte sonora está localizada. A memória de curto prazo do conhecimento da fonte sonora e das condições da sala será utilizada. Se a memória de curto prazo não contém nenhuma informação que possa ser aplicada (conhecimento ausente ou deficiente da fonte e campo sonoro) e se o sinal é diferente de todos os modelos armazenados na memória de longo prazo, ocorrerá lateralização. O autor referiu também que se a fonte sonora está posicionada no plano médio do ouvinte, nenhuma diferença existe para as duas orelhas na audição binaural. Nesta situação, apesar da fonte sonora estar posicionada extracranialmente, a imagem sonora será localizada intracranialmente e após algum tempo de exposição, a imagem será localizada extracranialmente. Henning (1974) referiu que os clássicos experimentos de Rayleigh em 1906, estabeleceram que mudanças interaurais de fase de tons puros de freqüência baixa causam mudanças na localização aparente da fonte sonora, e para tons de freqüência maior que 1500Hz, diferenças de fase ou tempo não afetam a localização aparente da fonte sonora, mas diferenças interaurais de amplitude afetam. Estes achados para tons puros foram confirmados e refinados por muitas pesquisas posteriores. A diferença na fase de um tom puro nas duas orelhas é outra forma de descrever a diferença de tempo na qual partes correspondentes da onda sonora chegam a cada orelha, sendo que o achado de Rayleigh pode ser sumarizado com a afirmação de que o sistema auditivo é insensível a diferenças de tempo em tons puros de freqüência maior que 1500Hz. A situação com sons complexos é diferente: David et al, em 1959, sugeriram que a informação de tempo pode ser levada no envelope do estímulo. Henning, nesta pesquisa, utilizou tons de amplitude modulada com o objetivo de esclarecer o efeito de diferenças interaurais de tempo na localização de fontes de estímulos complexos de freqüência alta. Pesquisou, em três indivíduos, a lateralização medindo a habilidade de detectar diferenças interaurais de tempo com tons puros e com tons de amplitude modulada e a detectabilidade de informações auditivas de tempo contidas nos envelopes do estímulo. Observou 75% de acertos na detecção de atrasos para tons puros de 300Hz entre 20 e 65µs; para tons puros de 3600Hz, os indivíduos não conseguiram atingir 75% de acertos, chegando a 60% em torno de 110µs. Para sons modulados de freqüência portadora de 3900Hz, também observou acertos em 75% dos atrasos entre 20 e 65µs. Os resultados indicaram que é possível lateralizar sons complexos de alta freqüência 67 com base apenas no atraso interaural, usando a informação temporal contida no envelope do estímulo. Referiu também que a informação de tempo não é levada pelas freqüências baixas contidas no estímulo, pois foi possível a lateralização mesmo com o uso simultâneo de um ruído mascarante que cobriu os componentes abaixo de 600Hz, isto é, freqüências baixas na forma da onda não são necessárias para a lateralização. Para Nilsson, Lidén (1976) a audição direcional pode ser investigada através de testes em campo livre (audiometria direcional) e testes com fones, utilizando apresentação binaural do estímulo auditivo (audiometria de fase). Utilizaram um audiômetro de fase automático em 60 ouvintes normais entre 18 e 25 anos de idade. Um tom de 500 Hz foi apresentado binauralmente com fones e ajustado para dar a impressão central em intensidade confortável sem atraso. O tempo de atraso de 500µ µs produziu uma sensação de completa lateralização na freqüência de 500 Hz. Este tempo de atraso foi diminuído de 10 em 10µ µs até 200µ µs e depois de 5 em 5µ µs. A apresentação do tempo de atraso foi aleatória para a orelha direita ou esquerda. Encontraram os seguintes resultados: a média do tempo mínimo de atraso interaural expresso em microssegundos (µ µs) ou em graus de fase nos sujeitos com audição normal foi de 47,9µ µs (8,6º) para a orelha direita e 47,8µ µs (8,6º) para a orelha esquerda. O desvio médio foi de 18,4µ µs (3,3º) para a orelha direita e 20,0µ µs (3,6º) para a esquerda. Como intervalo de segurança para uma possível alteração foi tomada a média mais três desvios-padrão, isto é, 105µ µs (19º). Todos os 60 indivíduos estudados tiveram o tempo mínimo de atraso interaural abaixo de 95µ µs (17º). Além destes ouvintes normais testaram alguns pacientes com tipos diferentes de perda auditiva referindo que o teste não pode ser aplicado em pacientes com perda auditiva 68 assimétrica onde a impressão central por sensação de intensidade igual não pode ser encontrada. Em 11 pacientes com otosclerose, 7 apresentaram limiares de tempo mínimo de atraso interaural anormais; em 16 pacientes com perda auditiva coclear, apenas 1 apresentou resultados alterados; em 13 pacientes com perda auditiva retrococlear, 12 mostraram resultados alterados; nenhum dos 4 pacientes com alteração intracranial apresentou resultados alterados. Concluíram que este teste é útil para verificar a existência de lesão retrococlear. Tallal (1976) testou a habilidade de perceber seqüências de dois estímulos auditivos não verbais em relação à velocidade de apresentação, medida pelo intervalo de tempo entre os estímulos. Testou crianças de quatro anos e meio a oito anos e meio com desenvolvimento disfásicas. Este normal trabalho de linguagem, teve como adultos objetivo e crianças elucidar o desenvolvimento do processamento auditivo rápido em crianças normais e compará-lo ao desenvolvimento do processamento auditivo rápido em crianças disfásicas. Usou dois tons complexos de 75ms compostos por três formantes (497, 750 e 1500 Hz) e diferenciados apenas pela freqüência fundamental que era 100 Hz em um e 305 Hz no outro. Concluiu que a habilidade de processar informação acústica rápida melhora com a idade e atinge um nível próximo ao do adulto por volta dos oito anos e meio. Observou que o desempenho das crianças disfásicas é semelhante ao das crianças normais da mesma idade quando os modelos auditivos não verbais são apresentados em velocidade lenta. O desempenho das crianças disfásicas foi pior que o das crianças normais de quatro anos e meio quando o mesmo modelo era apresentado mais rapidamente. Referiu que a velocidade em que a informação 69 acústica precisa ser processada é um ponto crítico no processamento da fala. Referiu, também, que a dificuldade de processar estímulos auditivos rápidos aparece em danos no hemisfério cerebral esquerdo. MacFadden, Moffit (1977) relataram que o sistema auditivo é muito mais sensível a diferenças interaurais de tempo do que se pensava. Esta observação foi possível apenas quando os pesquisadores começaram a usar sons mais complexos do que simples tons puros, tão comuns nas pesquisas mais antigas. Enquanto o sistema auditivo é incapaz de lateralizar usando diferenças de tempo ciclo por ciclo em ondas de freqüência alta, é capaz de seguir a lenta flutuação no envelope de ondas sonoras complexas de freqüência alta e lateralizar usando diferenças de tempo, presentes no envelope. Em grande parte das condições de escuta, apenas alguns microssegundos são necessários para lateralizar certos sons complexos de freqüência alta, a mesma sensitividade que para ondas sinusoidais de freqüência baixa. O objetivo principal desta pesquisa foi medir a função de integração acústica para lateralização em freqüências altas. Avaliaram quatro indivíduos, um homem e três mulheres, entre 21 e 26 anos, todos audiometricamente normais. Utilizaram, como estímulo, sons complexos de dois tons variando a separação de freqüência, todos centrados em 3500Hz. Os dados foram coletados de quatro periodicidades diferentes do envelope, usando separação de freqüências de 50, 100, 200 e 400 Hz no som complexo de dois tons. Cada periodicidade do envelope foi testada para cinco durações do sinal: 50, 100, 200, 400 e 800 ms. Os resultados mostraram ocorrência de integração acústica para lateralização em 3500 Hz, da mesma forma que acontece para freqüências baixas: 70 todos os indivíduos mostraram aumento na sensibilidade com o aumento da duração do sinal em todos os valores de periodicidade do envelope. Não calcularam um valor mínimo de diferença interaural de tempo para este tipo de estímulo. Segundo Herman et al (1977), a localização de fontes sonoras no espaço exige que o sistema auditivo seja capaz de utilizar pequenas diferenças interaurais de tempo e intensidade. Estas pistas de tempo e intensidade aumentam a inteligibilidade da fala em ambientes ruidosos. Conseqüentemente, o declínio da habilidade do sistema auditivo de processar diferenças de tempo e intensidade, causada pelo avanço da idade, pode resultar em uma perda funcional da habilidade de idosos em localizar fontes sonoras e entender fala nas condições de escuta do mundo real. A audição direcional geralmente não está relacionada com limiares auditivos para tons puros, isto é, dificuldades auditivas resultantes da inabilidade de usar pistas direcionais pode não estar refletida nos resultados da avaliação audiométrica básica. Realizaram esta pesquisa para investigar os efeitos da idade na habilidade do sistema auditivo em utilizar as pistas interaurais de tempo e intensidade em uma tarefa de localização. Utilizaram clicks com 90% de intensidade na área de 2000Hz a 60dB de intensidade, apresentados de forma binaural através de fones. Determinaram a diferença interaural de tempo (atraso de início) mínimo e a diferença interaural de intensidade mínima em que os sujeitos determinaram corretamente a lateralização do estímulo em 70% das tentativas. Testaram 8 jovens entre 22 e 32 anos e 8 idosos entre 60 e 72 anos, todos do sexo masculino. O limiar médio de diferença interaural de tempo, entre os jovens, foi de 14,48µs quando o par de clicks com atraso interaural foi dado sem um par modelo (sem 71 atraso) anterior, e 13,44µs quando o modelo foi apresentado. No grupo de idosos o limiar médio foi de 28,75µs na apresentação sem modelo anterior e 27,60µs com a apresentação anterior do par sem atraso interaural. A diferença relacionada à idade foi significante: os idosos precisam aproximadamente duas vezes o tempo de atraso necessário para os jovens lateralizar o click. O limiar médio de diferença interaural de intensidade para se obter 70% de lateralizações corretas de seqüências de clicks foi de 1,35dB para os jovens e 1,46dB para os idosos. Esta diferença não foi significativa indicando que a lateralização de clicks usando pistas de diferenças interaurais de intensidade é igual em jovens e idosos. Os resultados sugeriram um declínio apenas na habilidade de utilizar pistas temporais com a idade. Desde que aspectos de tempo também aumentam a inteligibilidade de sinais de fala em ambientes ruidosos, este experimento isola o fator que contribui para as dificuldades dos idosos, tanto na localização de fontes sonoras como na compreensão de fala em ambientes ruidosos. Warren et al (1978) referiram que a habilidade de usar diferenças interaurais de tempo e intensidade para localizar sons no espaço é importante na vida diária na separação de sons de fala de outras fontes de ruído. Esta habilidade aumenta a inteligibilidade da fala em ambientes ruidosos. Hawkins, Wightman (1980) avaliaram a menor diferença interaural de tempo perceptível (JND – Just Noticeable Difference) utilizando ruído de banda estreita de freqüência baixa (450 – 550 Hz) e de freqüência alta (3750 – 4250 Hz) em duas intensidades diferentes: 35dBNPS e 85dBNPS, em três indivíduos com audição normal e oito com perda auditiva neuro-sensorial. Para os sujeitos 72 com audição normal, 35dBNPS representava aproximadamente 30dBNS. Comparou os resultados e observou que, apesar das diferenças individuais, quando considerado como um grupo, a discriminação de diferenças interaurais de tempo nos indivíduos com perda auditiva neuro-sensorial foi significativamente pior que a dos indivíduos com audição normal. Não encontraram relação entre a configuração da perda auditiva e a discriminação de diferenças interaurais de tempo, mas encontraram entre o grau da perda e a menor diferença interaural de tempo perceptível. Nos indivíduos com audição normal encontraram os seguintes resultados: para o ruído de banda estreita de freqüência baixa, a menor diferença interaural de tempo perceptível ficou entre 14 e 23µs na intensidade de 85dBNPS e entre 23 e 33µs na intensidade de 35dBNPS; para o ruído de banda estreita agudo, a menor diferença interaural de tempo perceptível ficou entre 53 e 68µs na intensidade de 85dBNPS e entre 130 e 182µs na intensidade de 35dBNPS. Zerlin, Mowry (1980) pesquisaram a lateralização, isto é, os efeitos direcionais ouvidos dentro da cabeça, utilizando fones e a diferença interaural de tempo como pista para a lateralização. Utilizou, como estímulo, seqüências de clicks com espectro até 1000Hz e intensidade de 75dBNS para estes clicks. O primeiro par de clicks era apresentado de forma diótica, dando a sensação central da imagem auditiva, seguido por um par de clicks contendo uma diferença interaural de tempo. O ouvinte era instruído a referir se a imagem do segundo click aparecia à direita ou à esquerda do primeiro, pressionando um de dois botões. Os atrasos à direita e à esquerda apareciam aleatoriamente em igual número de vezes. Os indivíduos lateralizaram corretamente 100% das apresentações 73 quando as diferenças interaurais de tempo eram grandes. Consideraram como limiar de lateralização a diferença interaural de tempo onde encontraram 75% de acertos na lateralização. Para obter o padrão de normalidade, avaliaram 19 indivíduos com audição normal e idade entre 19 e 55 anos. O limiar médio de lateralização foi de 50µs e os limites, superior e inferior foram de 25 e 125µs, respectivamente. Aplicaram este teste e realizaram o exame de ABR em 3 indivíduos com diagnóstico de lesão no tronco cerebral, encontrando limiares de lateralização acima do padrão de normalidade e resultados alterados na ABR. Os resultados indicaram vantagem no uso combinado destes dois tipos de avaliação nas desordens do tronco cerebral. Hickson, Newton (1981) realizaram um estudo histórico da localização sonora referindo que antes da metade do século XIX, o interesse pela localização sonora era limitado aos filósofos empiricistas que acreditavam que o som não possuía atributos espaciais. Para eles a localização sonora se devia ao uso de experiências anteriores e de pistas visuais ou táteis. Referiram que Rayleigh, em 1877, verificou experimentalmente a teoria da intensidade e explicou que a diferença de intensidade nas duas orelhas é uma pista para localização, mas que existem ambigüidades já que existem duas direções possíveis da fonte sonora para cada diferença interaural de intensidade e que sons no plano medial chegam às duas orelhas na mesma intensidade, proporcionando uma confusão entre frente e trás. A importância da diferença interaural de fase na localização sonora foi primeiramente proposta por Thompson, em 1878, e confirmada nos trabalhos de Rayleigh (1907), More, Fry (1907) e Wilson, Myers (1908). A teoria de localização sonora por diferenças de tempo foi proposta 74 primeiramente por Malloch em 1908. Nordlund, em 1962, usando uma cabeça artificial, provou ser possível localizar tons puros abaixo de 1400 Hz através de diferenças de fase, para sons acima desta freqüência, entretanto, o tamanho da onda é menor que a distância entre as duas orelhas, tornando impossível o uso desta pista para a localização. Referiram também que,em 1893, Bloch propôs que o pavilhão auditivo está envolvido na remoção da confusão frente-trás, interceptando os sons que vêm de trás e refletindo os que vêm da frente; Batteau (1967, 1968) propôs que o pavilhão cria uma série de atrasos dependendo da orientação da fonte sonora em relação ao pavilhão; Angel, Fite (1901) mostraram a importância do pavilhão na localização monoaural; Wallach (1940) mostrou que movimentos da cabeça ajudam na localização sonora. Bernstein, Trahiots (1982) pesquisaram a lateralização utilizando ruídos de banda estreita centrados em 4KHz, diferindo apenas na inclinação do contorno das freqüências baixas. Verificaram que a sensitividade para diferenças de tempo interaural decresce com a diminuição das freqüências baixas do ruído. Adicionaram ruído passa-alta e passa-baixa a 3KHz e observaram que a performance não foi afetada pelo ruído passa-alta mas foi muito prejudicada pelo ruído passa-baixa. Concluíram que as freqüências baixas presentes no ruído são responsáveis pela detecção das diferenças interaurais de tempo e que os indivíduos desprezam as diferenças nas freqüências altas dos envelopes do ruído, usando as pistas presentes nas freqüências baixas do espectro do ruído. Referiram que a composição espectral dos chamados estímulos de alta freqüência é que determina o tipo de pista utilizada pelos indivíduos na detecção de diferenças interaurais de tempo: para certos tons modulados em intensidade e 75 sons compostos de dois tons, nenhuma informação sobre freqüências baixas pode ser avaliada e a detecção de atraso interaural é baseada em disparidades temporais interaurais no envelope da forma da onda; nos casos de ruídos de banda estreita, centrados em freqüências agudas, apesar de possuírem pouca energia centrada na região de freqüências baixas, pistas dessa região espectral são responsáveis pela detecção de atrasos interaurais. A fim de obter uma visão geral de como várias alterações auditivas e desordens neurológicas podem afetar a localização sonora, Hausler et al (1983) realizaram medidas psicofísicas de discriminação espacial e de lateralização em 140 sujeitos, incluindo 69 com diferentes tipos de alterações auditivas, 32 com alterações neurológicas e 39 com audição normal. As medidas realizadas foram: em campo livre, o ângulo mínimo audível no plano horizontal em 8 azimutes em torno da cabeça e o ângulo mínimo audível no plano vertical diretamente na frente; com fones, a menor diferença interaural de tempo perceptível (JND – Just-noticeabledifference) e a menor diferença interaural de intensidade perceptível. Usaram um estímulo de banda larga (0,25 - 10KHz), pulsátil, apresentado em nível de intensidade supraliminar em ambas as orelhas (65 – 100dBNPS). Os resultados mostraram que existem dificuldades de localização sonora características nos diferentes tipos de perda auditiva testados. De forma geral, os resultados foram consistentes com o conceito de que a localização sonora conta com uma decisão tomada pelo sistema auditivo central, baseado em pistas presentes no sinal acústico que chega nas duas orelhas. Testaram as seguintes pistas: diferença interaural de tempo, diferença interaural de intensidade e espectro 76 do sinal recebido em cada orelha. Mais especificamente, as alterações da localização sonora encontradas em perdas auditivas condutivas foram interpretadas como efeitos de condução óssea; os resultados encontrados em perdas auditivas neuro-sensoriais foram interpretados como conseqüência de processamento espectral alterado ou preservado; os resultados em neurinomas foram interpretados como alteração da transmissão do sinal no nervo auditivo; os resultados dos sujeitos com envolvimento central sugeriram a existência de processadores específicos para cada pista de localização em algum nível do sistema auditivo central. O limite superior do limiar de diferença interaural de tempo, em indivíduos normais, foi de 40µs. Encontraram alterações e normalidade nas três pistas de localização testadas, dependendo da alteração apresentada pelo indivíduo. Esses resultados mostraram que testes de localização sonora podem assumir grande importância nos exames otoneurológicos, principalmente aqueles que usam fones. O fato do desempenho em testes de discriminação de diferenças interaurais de tempo, diferenças interaurais de intensidade e discriminação espacial baseada em pistas de espectro, estar alterado separadamente é consistente com a idéia de que as diferentes pistas de localização sonora devem ser processadas em diferentes estruturas. Esta linha de pensamento pode ser interessante para estudos básicos do sistema auditivo tanto quanto ter significado clínico. Morrongiello et al (1984) referiram que o efeito de precedência é uma ilusão auditiva produzida quando o mesmo som chega em intensidade igual a dois alto-falantes, porém com um atraso de chegada em relação ao outro. A percepção resultante é uma única imagem sonora localizada no alto-falante onde o som chega 77 primeiro. O som que chega atrasado afeta a qualidade sonora mas não é percebido em sua localização verdadeira. Se o tempo de atraso for aumentado gradualmente, o som atrasado começa a ser localizado corretamente. Pesquisaram o efeito de precedência cujo limiar foi definido como o tempo de atraso interaural abaixo do qual os ouvintes relataram ouvir apenas um som vindo do alto-falante onde o som chegou primeiro e acima do qual eles relataram ouvir dois sons, um vindo de cada alto-falante. Utilizaram como estímulo clicks e som de chocalho (com freqüências entre 50 e 7KHz), avaliando 32 crianças com idade média de 5 anos e 48 adultos, sem queixas auditivas. O tempo de atraso foi criado pela passagem do estímulo através de um equipamento que atrasava a saída de um canal em relação ao outro. Estabeleceram o limiar usando uma série com tempo ascendente e outra com tempo descendente. O limiar de cada sujeito foi determinado calculando o primeiro atraso na série ascendente no qual o indivíduo ouvia os dois alto-falantes por três testes consecutivos, e o primeiro atraso na série ascendente na qual o indivíduo ouvia apenas 1 alto-falante por três testes consecutivos. A faixa de limiar foi definida como o intervalo entre estes dois pontos. Obtiveram os seguintes resultados: CLICKS CHOCALHO Ascendente DescendenteAscendente Descendente Adultos 13,99 ms 19) Crianças de 13,25 ms 5 anos 19) 11,49 17) 11,25 ms 17) 27,46 ms – 32.5) 31,25 ms 56 ms – 27,5) 28,43 ms (27,5 – 32,5) (27,5 – 32,3) 78 Russolo, Poli (1985) referiram que a única pista que pode ser usada em testes de lateralização é a diferença de tempo por poder ser comparada com a localização de fontes sonoras reais. Para explicar esta afirmação referiram que existem duas pistas principais para a percepção do azimute: a diferença no tempo de chegada do som nas duas orelhas e a diferença no espectro de freqüência-intensidade do som nas duas orelhas. Diferenças de tempo podem ser percebidas em freqüências abaixo de 1300Hz e informações sobre o espectro freqüência-intensidade são percebidas para freqüências de 6000Hz ou mais. Diferenças de tempo e espectro avaliadas em sons complexos do dia a dia permitem a mais precisa percepção do azimute. O pavilhão auditivo, que produz sombra acústica e ressonância para tons de freqüências altas, é importante na avaliação de diferenças de espectro. Com a utilização de fones, os ouvintes podem apreciar apenas as diferenças de intensidade, pois as diferenças de espectro são abolidas quando o pavilhão auditivo é coberto pelo fone. As diferenças de tempo têm sido estudadas através de alterações da fase ou da colocação de um atraso no tempo de chegada do som para uma das orelhas: na primeira forma apenas a fase (que é uma pista contínua) é alterada e na segunda tanto a fase ( pista acústica contínua) como o tempo de chegada (pista acústica breve) estão presentes. A pista contínua (fase) e a breve (tempo de chegada) podem ser separadas através da apresentação com fones e a análise separada destas pistas pode ser interessante do ponto de vista fisiológico e clínico. O objetivo da pesquisa realizada por estes autores foi estudar a menor diferença perceptível em um tom puro (1000Hz) e em clicks. Estudaram separadamente a menor diferença perceptível de fase (pista contínua), de tempo (pista 79 breve) e de atraso (fase e tempo) para o estímulo binaural de 1000Hz, e a diferença de atraso para clicks. Os estímulos foram apresentados a 50dBNA para ouvintes com audição normal. A menor diferença perceptível foi determinada para fase, tempo e atraso quando produzia 80% de respostas corretas. Chegaram aos seguintes resultados: a menor diferença perceptível para a freqüência de 1000Hz foi, em fase, 11,6º (± 2,6º); em tempo 875µs (± 143,9µs); e em atraso 29,9µs (± 5,05µs). Concluíram que a menor diferença perceptível para o tom de 1000Hz é baseada apenas em pistas de diferença de fase, pois os valores obtidos com variação de fase e com atraso de tempo não diferiram de forma significativa. Para clicks a análise é baseada no tempo de atraso (fase e tempo de chegada juntos). Segundo Boothroyd (1986) os sistemas sensoriais são constituídos de duas partes: a primeira é constituída pelo órgão sensorial onde os estímulos do ambiente são convertidos em estimulação nervosa, e a segunda é constituída por estruturas cerebrais que interpretam os modelos de estimulação nervosa. Referiu que nós temos uma boa habilidade de discriminação na dimensão do tempo, pois podemos detectar diferenças de aproximadamente dez microssegundos no tempo de eventos entre as orelhas direita e esquerda. Em apenas uma orelha: podemos detectar mudanças de qualidade resultantes de mudanças no tempo de aproximadamente 1 milissegundo (ms); podemos detectar breves interrupções no som da ordem de poucos milissegundos e podemos perceber a ordem de dois eventos se eles estão separados por apenas 20ms. Referiu também que a localização sonora é um dos componentes da percepção auditiva e que quando usamos a audição para aprendermos sobre eventos 80 que estão acontecendo no ambiente, é importante não apenas descobrir o que estes eventos são, mas também onde eles ocorreram. Esta habilidade é conhecida como localização sonora e é uma das primeiras que podem ser observadas na criança. A forma mais importante de obter informações sobre a localização da fonte sonora é através de diferenças no modelo do som percebido pelas orelhas direita e esquerda. Estes modelos diferem em tempo e em espectro. Wightman et al (1989) referiram que as habilidades mais complexas de processamento auditivo, especificamente resolução temporal e espectral, são importantes na compreensão da fala e aquisição da linguagem. Citaram estudos que mostram que as habilidades de processamento temporal ainda estão se desenvolvendo no período de aquisição da linguagem. Referiram que diferentes mecanismos estão envolvidos na resolução temporal binaural e nos outros tipos de resolução temporal como resolução temporal monoaural ou percepção de padrões temporais. Referiram, também, que resolução temporal auditiva pode ser avaliada através da detecção de intervalos onde os ouvintes devem detectar breves interrupções em um som contínuo e que a duração do menor intervalo detectável (limiar de gap) é aceito como o índice de resolução temporal: ouvintes com um limiar baixo tem uma resolução temporal melhor do que aqueles com limiar alto. Middlebrooks, Green (1990) referiram que na tradicional teoria dupla da localização sonora, acreditava-se que atrasos interaurais produziam pistas para localização sonora apenas em freqüências abaixo de 1500Hz e que acima desta freqüência, o tamanho da onda é menor que o maior atraso interaural e a diferença interaural de 81 fase se torna ambígua. Alguns estudos mais recentes indicaram que ouvintes podem detectar atrasos interaurais nos envelopes de alta freqüência. Atrasos no envelope de alta freqüência não são ambíguos e podem dar pistas úteis na localização sonora. Mediram atrasos interaurais no envelope em seis indivíduos em função da localização de uma fonte sonora móvel em uma cabina acústica. O estímulo usado continha freqüências entre 3 e 16KHz. Utilizaram 324 localizações da fonte sonora em diferenças verticais e horizontais de 10º. Os resultados indicaram que atrasos interaurais nos envelopes de sons de alta freqüência constituem pista para a localização horizontal da fonte sonora, pois um atraso em um azimute é relativamente constante com mudança na elevação. Os atrasos cresceram com o aumento do azimute da fonte sonora em torno de 7 a 8 µs por grau, e foram relativamente insensíveis à elevação da fonte sonora. Saberi, Perrot (1990) definiram efeito de precedência ou efeito de Hass na localização de sons como a inabilidade do sistema auditivo de perceber ecos em ambientes reverberantes, apesar de existirem centenas de reflexões audíveis, pois quando o sistema auditivo é exposto a eventos binaurais próximos no tempo, a localização da imagem fundida resultante é determinada pela pista de localização, associada à primeira onda a chegar. Referiram que o efeito de precedência pode ser estudado através da lateralização onde podemos ter maior controle do estímulo através de fones. Em sua pesquisa, utilizaram fones e clicks na intensidade de 60 dBNA e testaram quatro indivíduos com audição normal (não referiram a idade). Em primeiro lugar o som era apresentado de forma diótica (os dois lados ao mesmo tempo) e o fone ajustado até que o sinal fosse sentido no centro da cabeça. Este procedimento tinha como 82 objetivo dar balanço acústico na entrada dos canais auditivos, já que o desbalanceamento pode ocorrer por assimetrias da cabeça do ouvinte ou por problemas na colocação das conchas do fone. Cada julgamento envolvia a apresentação de 4 clicks. Na condição 1 os dois primeiros eram apresentados de forma diótica (ao mesmo tempo) e serviam como referencial para ser comparado com o segundo par. O segundo par era igual ao primeiro exceto pela diferença de tempo interaural que variava (apresentação dicótica). O indivíduo indicava se o segundo evento se movimentava para a direita ou para a esquerda em relação ao primeiro. Nesta condição avaliavam a capacidade de resolver a informação espacial do eco. Na condição 2 avaliavam a habilidade de usar a informação espacial da direção da chegada do primeiro estímulo, pois o primeiro par era apresentado de forma dicótica enquanto o segundo par era apresentado de forma diótica. Os resultados mostraram que na condição 1 o limiar de diferença de tempo interaural (IDT) dependia do tempo de separação entre os dois pares de estímulos (ICI). Para ICIs menores que 1ms e maiores que 5ms os limiares de IDT eram de 25–45µ µs e para ICIs entre 1 e 5ms os limiares de IDT aumentaram para aproximadamente 220 µs. Na condição 2, com o par de clicks dicóticos precedendo o diótico, o limiar de IDT obtido foi independente do ICI ficando em torno de 1525µ µs. Middlebrooks, Green (1991) fizeram uma revisão sobre localização sonora referindo que a tarefa de localizar uma fonte sonora é um desafio para as capacidades de integração do sistema nervoso. Na maioria dos estudos a fonte sonora localiza-se no plano horizontal ou no vertical. A pista para a localização horizontal 83 é a diferença interaural e para a localização vertical são as pistas espectrais. As duas dimensões usadas na tarefa de localização são azimute e elevação. Azimute é definido como o ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano medial, sendo o ângulo da dimensão horizontal. Elevação é definida como o ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano horizontal sendo o ângulo da dimensão vertical. A origem 0º fica em frente do ouvinte. Referem que na localização horizontal, quando um som é apresentado ao lado, a cabeça do ouvinte interromperá a passagem do som para a orelha mais distante. A cabeça provocará uma sombra que acarretará uma diferença de intensidade interaural (ILD – Interaural Level Difference). Esta diferença vai depender do tamanho da onda sonora comparado com o tamanho da cabeça. Em freqüências altas a diferença de intensidade interaural medida a 90º azimute (diferença máxima) é ao redor de 20dB na freqüência de 4000Hz e de 35dB em 10000Hz. Para freqüências abaixo de 1000Hz o tamanho da onda sonora pode ser maior que a cabeça e a diferença de intensidade é insignificante. Os tons puros de freqüência baixa são reconhecidos como vindos da direita ou da esquerda através da diferença interaural de fase (IPD – Interaural Phase Difference). A noção de que a informação espacial para altas freqüências depende da diferença interaural de intensidade e para baixas freqüências da diferença interaural de fase é chamada teoria dupla de localização sonora (duplex theory). Na faixa de 1500 a 3000Hz o estímulo é muito alto em freqüência para dar pista de diferença de fase e muito longo em tamanho de onda para dar pista de intensidade. A fonte de pistas para a localização vertical é o pavilhão auditivo. As circunvoluções do pavilhão criam ecos atrasados, apenas poucos 84 microssegundos, causando mudanças no espectro do som que chega na membrana timpânica. A influência do pavilhão é produzir múltiplos trajetos sonoros para o meato acústico externo, entre eles um trajeto direto e uma reflexão da concha do pavilhão. A adição de um som atrasado no som direto produz um espectro característico. Esta reflexão varia com a elevação da fonte sonora. As pistas de espectro causadas pelo pavilhão não requerem comparação interaural por isso são chamadas de pistas monoaurais, apesar de uma informação equivalente estar chegando na outra orelha quando a fonte está no plano medial. Rosenhall (1992) estudou a audiometria de fase em seis grupos de sujeitos. Três eram os grupos controle: pessoas saudáveis com audição normal, pessoas com perda auditiva coclear e pessoas com alterações neurológicas que não afetavam o sistema auditivo; os outros três grupos eram compostos por: pacientes com tumor no ângulo ponto cerebelar, com lesões do tronco cerebral e com lesões no lobo temporal. Utilizou a freqüência de 500 Hz que foi apresentada de forma binaural, com fones TDH 39 em cabina acústica. Um atraso de fase de 90º (500 µs) foi introduzido em uma orelha, sendo diminuído em degraus de 1,8º (10µ µs) até chegar a 36º (200µ µs); depois disto a diferença foi diminuída em degraus de 0,9º (5µ µs). O atraso para as orelhas direita e esquerda era aleatório e entre cada apresentação o tom era apresentado sem atraso para dar a impressão central (estímulo de referência). Deste modo detectou qual a diferença de fase em que o indivíduo falhava em detectar a diferença de fase (começava a centralizar). Obteve os seguintes resultados: os indivíduos sem sinais de alteração neurológica ou otológica começaram a 85 centralizar o estímulo com uma diferença de tempo interaural de 59,2µ µs (10,6º) sendo que o limite superior (média mais dois desvios padrão) foi de 113µ µs (20º); os indivíduos com perda auditiva coclear nas freqüências agudas e/ou médias começaram a centralizar o estímulo no valor médio de 73,4µ µs (13,2º); os indivíduos com problema neurológico que não envolviam o sistema auditivo, começaram a centralizar o estímulo no valor médio de 72,2µ µs (13º), sendo que o limite superior para os três grupos controle foi de 114µ µs; os pacientes com tumor de ângulo ponto cerebelar começaram a centralizar com a diferença média de 377µ µs, o valor médio para o grupo com lesão de tronco cerebral foi de 260µ µs e o grupo com lesão do lobo temporal teve o valor de 187µ µs como valor médio de início de centralização. Concluiu que a audiometria de fase é recomendada no diagnóstico de tumores do ângulo ponto cerebelar e lesões do tronco e lobo temporal. Segundo Phillips (1995) a determinação da localização horizontal de uma fonte sonora requer um processamento temporal no qual a principal pista acústica é o tempo relativo de chegada de sinais nas duas orelhas. Quando um ouvinte escuta um sinal binaural e uma pequena diferença de tempo interaural (500µ µs) é introduzida (tanto para a fase de uma freqüência baixa como para o envelope de amplitude de freqüências altas), a percepção de uma única fonte sonora se localiza (intracranialmente em caso de estímulo via fones) no lado da cabeça favorecido pela diferença de tempo (lado em que o som chega primeiro). Para uma dada freqüência, a diferença interaural igual a zero localiza a fonte sonora na linha central entre as duas orelhas. Estudos com animais e humanos, utilizando estímulos binaurais, indicam que a 86 introdução de uma pequena diferença de tempo interaural de 15 a 20µ µs pode mudar a percepção de localização da fonte sonora em direção à orelha em que o som chegou primeiro. As respostas de neurônios corticais para diferenças de tempo interaural reflete o resultado da convergência binaural ao nível do complexo olivar superior e das modificações do processo que ocorrem em centros neurais mais altos. A entrada monoaural para a comparação binaural tem respostas de tempo excitatórias e inibitórias precisas e o tempo relativo dessas entradas (a extensão da coincidência temporal) determina o disparo dos neurônios que executam a comparação binaural. As respostas neuronais maiores para disparidade de tempo favorecem a orelha contralateral, isto significa que cada lado do cérebro contém a representação de disparidade de tempo correspondente à linha média ou ao lado contralateral. Então cada lado do cérebro é independentemente capaz de localizar sons no hemicampo auditivo contralateral. Isto não significa dominância de representação da orelha contralateral, mas a contralateralidade da representação espacial que emerge da computação binaural. Tedesco (1995) aplicou o Teste Dicótico Consoante-Vogal que consiste na apresentação simultânea de pares de sílabas diferentes, uma em cada orelha, ao mesmo tempo, em escolares de 7 a 12 anos de idade. O ouvinte repetia oralmente apenas uma das sílabas do par apresentado de forma dicótica. Na etapa de atenção livre, o Teste Dicótico Consoante-Vogal verifica a dominância hemisférica para estímulos lingüísticos. Tedesco encontrou vantagem da orelha direita na etapa de atenção livre indicando dominância hemisférica esquerda para estímulos lingüísticos, concordando com outras pesquisas encontradas na literatura 87 especializada. Segundo Bellis (1996) o processamento temporal se refere aos aspectos do sinal acústico relacionados com o tempo. O processamento temporal é importante para uma grande variedade de tarefas de escuta como percepção de fala e de música. Um intervalo de 2 milissegundos (ms) entre dois sons é suficiente para determinar que dois estímulos estão presentes e não um, mas é preciso aproximadamente 20ms de intervalo interestímulos para o ouvinte perceber qual dos dois sons foi o primeiro. As habilidades de localização e lateralização são cruciais na habilidade de detectar um sinal no ruído. Pessoas com perda auditiva unilateral ou assimétrica têm dificuldade de escutar em ambientes ruidosos. A vantagem binaural, ou melhora do limiar no ruído, sobre a condição monoaural é mais evidente quando a fala e o ruído são separadas por 90°° e não existe quando a fala e o ruído chegam do mesmo lugar. Silman, Silverman (1997) referiram que na procura do limiar auditivo deve-se usar as técnicas ascendente e descendente porque os limiares variam em função da direção em que o teste é feito. A variação dos limiares auditivos podem ser devidos a erros de antecipação e de habituação. O erro de antecipação ocorre quando o sujeito responde antes do esperado e geralmente aparece na série ascendente: o indivíduo responde que não ouviu para os primeiros estímulos e depois refere que ouviu antes do estímulo ser ouvido porque o estímulo é antecipado. O erro de habituação que ocorre quando o indivíduo continua a responder ao estímulo embora não o esteja ouvindo mais, geralmente aparece na série descendente. 88 Segundo Pereira, Cavadas (1998) localização sonora é a habilidade de identificar o local de origem do som e pressupõe a discriminação da diferença de tempo e de intensidade interaural. A localização sonora parece ser um processo importante no desenvolvimento da percepção espacial e no desenvolvimento da atenção seletiva. Russo (1999) definiu onda senoide como uma onda sonora que resulta de um movimento harmônico simples dando origem ao chamado tom puro que é constituído por uma única freqüência. Fase inicial foi definida como o deslocamento, em graus, a partir de 0 graus, no instante em que a vibração tem início. Definiu, também, onda complexa como sendo qualquer onda sonora composta de uma série de senoides simples que podem diferir em amplitude, freqüência e fase citando a voz humana como exemplo de som complexo. Citou três formas de representação gráfica da onda sonora: 1) Forma da onda: distribuição da amplitude instantânea de uma onda em função do tempo ou grau; 2) Espectro de amplitude: espectro de amplitude em função da freqüência onde cada linha vertical no eixo horizontal indica a freqüência daquele componente e a altura de cada linha é proporcional à sua amplitude relativa em dB. Chamou de envelope de espectro a linha que conecta os picos de cada uma das linhas verticais; 3) Espectro de fase: define a fase inicial do movimento vibratório em função da freqüência. 89 3 MÉTODOS 90 Este trabalho foi realizado no ambulatório da Disciplina dos Distúrbios da Audição, Departamento de Otorrinolaringologia / Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Esta pesquisa foi realizada após ter sido aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo / Hospital São Paulo (anexo 1). Foram incluídas as alunas do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina que aceitaram participar do trabalho, após leitura da carta de informação, e assinaram o termo de consentimento que está demonstrado no anexo 2. Para atender ao objetivo deste trabalho que é caracterizar a habilidade de lateralização sonora por meio da diferença interaural de tempo, buscando a diferença interaural mínima de tempo para a lateralização do som para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, utilizei um instrumento para verificação de lateralização de estímulos verbais através da diferença interaural de tempo, denominado “Teste de Lateralização Temporal”, gravado em Compact Disc (CD) e montado especialmente para esta pesquisa pelo engenheiro Dr. Antônio Marcos de Lima Araújo. Na montagem do CD foi utilizada a palavra dissílaba “paca” devido às suas características: • por iniciar-se por uma consoante plosiva surda, cuja composição espectral mostra uma plosão precedida de um intervalo de silêncio que ocorre durante a oclusão (Araújo, 1999), facilita a colocação do tempo de atraso entre a apresentação da palavra nas duas orelhas (Figuras 1 e 2). p a K a Figura 1: Espectograma da palavra “paca” Fonte: Araújo, A.M. de L. Jogos computacionais para terapia de voz: conceitos básicos. Parte I. doc. 1999. Disquete 3 ½. Word for windows 6.0. 91 Figura 2: Composição espectral das plosivas surdas Fonte: Araújo, A. M. de L. Jogos computacionais para terapia de voz: conceitos básicos. Parte I. doc. 1999. Disquete 3 ½. Word for windows 6.0. A gravação da palavra “paca” foi feita diretamente em computador, em ambiente de baixo nível de ruído (relação sinal/ruído maior que 40 dB), através de um sistema de multimídia convencional utilizando uma placa Sound Blaster DSP 16, com taxa de amostragem de 44100 amostras por segundo e resolução de 16 bits por amostra. Para a aquisição dos sinais foi utilizada uma versão demonstrativa do programa Cool Edit 96 obtida gratuitamente via internet pelo endereço http://www.syntrillium.com. Após aquisição, os sinais foram convertidos digitalmente para uma taxa de amostragem de 22050 amostras por segundo, garantindo-se uma faixa de freqüência de até 11000 Hz para o sinal. A palavra foi gravada com as seguintes diferenças de tempo, em microssegundos (µs), entre os dois canais: 500, 454, 431, 408, 385, 363, 340, 317, 295, 272, 249, 227, 204, 181, 159, 136, 113, 91, 68, 45, 23 e 0. O CD foi montado no computador com três faixas: 1º Faixa: contendo 15 apresentações binaurais da palavra “paca” com diferenças de tempo de 0µs, 500µs de atraso à direita (D) e, 500µs de atraso à esquerda (E), arranjadas aleatoriamente: 92 Treino 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Lado de Início E C D D C E C D E E D C E C D Atraso (µs) 500 0 0 500 0 0 500 0 500 500 500 500 500 500 500 Resposta 2º Faixa: contendo as 20 diferenças de tempo de apresentação (de 454 a 23µs) à direita e à esquerda, totalizando 40 apresentações, em tempo descendente, porém arranjadas aleatoriamente: Tempo de Atraso Descendente Lado de Início Atraso (µs) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 D E D E D E E D D D D E E D 408 385 385 431 454 454 408 431 340 295 317 340 363 363 Resposta Lado de Início Atraso (µs) 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 E E E E D D E D E D D E D 295 317 272 227 227 272 249 204 204 249 159 181 181 Resposta Lado de Início Atraso (µs) 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 D E E D E D D E D D E E E 91 45 91 68 23 23 45 68 136 113 136 113 159 Resposta 3º Faixa: contendo as 20 diferenças de tempo de apresentação (de 454 a 23 µs) à direita e à esquerda, totalizando 40 apresentações, arranjadas aleatoriamente, agora colocadas de forma ascendente: 93 Tempo de Atraso Ascendente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Lado de Início D D D E E E E D E D E D E D Atraso (µs) 23 91 68 68 23 45 91 45 159 113 136 181 113 136 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 D E D E E D E E D D E D E Resposta Lado de Início Atraso (µs) 159 181 204 204 249 249 272 227 272 227 295 340 363 Resposta Lado de Início Atraso (µs) 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 D E D D E D E E E D E D D 363 340 317 295 317 408 385 408 431 431 454 454 385 Resposta Após esta montagem os conjuntos de estímulos obtidos foram transportados para um CD de áudio, cuja gravação foi realizada em estúdio especializado. Para a seleção da população a ser avaliada foram obedecidos os seguintes critérios: • Faixa etária entre 18 e 25 anos; • Audição dentro dos limites de normalidade: limiares auditivos até 25dBNA nas freqüências de 250, 500, 1k, 2K, 3K, 4K, 6K e 8KHz de acordo com o padrão ANSI (1969), timpanometria tipo A (Jerger,1970) e presença de reflexos acústicos contralaterais; • Diferença entre a média dos limiares auditivos de 500, 1000 e 2000 Hz das duas orelhas de até 10 dBNA, para que diferenças de intensidade não influenciassem os resultados do teste; • Ausência de dificuldade no Teste de Localização Sonora, proposto por Pereira (1993), evidenciada pelo acerto de quatro das cinco posições apresentadas desde que o erro não fosse nas posições direita e esquerda. • Não apresentar dificuldade no treino do Teste de Lateralização Temporal. 94 A sensibilidade auditiva foi medida por meio da audiometria tonal e medidas de imitância acústica. A audiometria foi realizada em cabina acústica utilizando o audiômetro Interacoustics AC33, enquanto as medidas de imitância acústica foram realizadas no imitanciômetro AZ7 da Interacustics, todos devidamente calibrados. O Teste de Localização Sonora (Pereira, 1993) foi realizado com a utilização de um guizo único que foi tocado em cinco posições: na frente, atrás, do lado direito, do lado esquerdo e acima da cabeça. Aos indivíduos era solicitado que apontassem a localização da fonte sonora. O Teste de Lateralização Temporal utiliza estímulo verbal consistindo na apresentação binaural da palavra “paca”, sendo que esta apresentação pode ter início ao mesmo tempo ou ocorrer com um atraso à direita ou à esquerda. Solicita-se ao indivíduo que indique o local de sensação da palavra através de nomeação da posição (no centro, à direita ou à esquerda) ou apontando o lugar em si mesmo. O lado em que o som chegou primeiro foi chamado de lado de início ou de orelha que iniciou o teste. O treino foi realizado utilizando-se a faixa 1 do CD. Os estímulos foram apresentados com diferença de tempo interaural de 0µs, 500µs de atraso à direita e 500µs de atraso à esquerda. Ao indivíduo foi solicitado que nomeasse o local de sensação da palavra: direita, esquerda ou centro. A diferença de tempo interaural de 500µs produz uma sensação de completa lateralização do som para o lado em que o estímulo tem início (Nilson, Lidén, 1976), enquanto a diferença de tempo interaural de 0µs, isto é, a apresentação simultânea da palavra paca nas duas orelhas, faz com que a sensação da fonte sonora imaginária se localize no centro da cabeça. O Teste de Lateralização Temporal foi realizado de diferentes formas para pesquisar as condições de ambiente e equipamento de apresentação do estímulo, o nível de intensidade do estímulo, a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural quanto a ser ascendente ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente e a forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora. As combinações das condições experimentais: ambiente e equipamento utilizado, nível de intensidade, técnica de apresentação da variação de tempo, técnica da apresentação da variação de tempo, utilizada inicialmente, e forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora, definem diferentes tratamentos que serão identificados da seguinte forma: 95 A 20 A D equipamento intensidade técnica técnica inicial SAND equipamento técnica resposta técnica inicial Podendo cada uma das condições ser: • Equipamento: A (com audiômetro, em cabina acústica) ou S (sem audiômetro em ambiente silencioso); • Intensidade: 20 ou 40dBNS. Quando não foi utilizado o audiômetro, a intensidade foi sempre de aproximadamente 40dBNS, não sendo então indicada na especificação do tratamento; • Técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural: A (ascendente) ou D (descendente); • Técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural em que o teste foi iniciado: A (ascendente) ou D (descendente); • Tipo de resposta usada para indicar o local da sensação sonora: N (nomear) ou A (apontar). Quando foi utilizado o audiômetro, a resposta dada pelo ouvinte foi sempre nomeação, não sendo então indicada na especificação do tratamento. O teste foi realizado utilizando oito combinações de condições, sendo que para cada condição a população avaliada foi dividida em dois grupos: 96 - Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; - Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. Esta divisão foi feita para que fosse verificada a possibilidade de melhora do desempenho na realização da segunda condição devido ao treino durante a primeira condição. Estão especificadas abaixo as oito condições em que o teste foi realizado: 1) A20AD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A20AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 2) A20DD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A20DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 3) A40AD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; 97 A40AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 4) A40DD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A40DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 5) SAND – Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomear como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SANA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomear como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 6) SDND - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomear como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SDNA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomear como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que 98 iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 7) SAAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SAAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 8) SDAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SDAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. As oito condições de teste foram aplicadas em todos os participantes da pesquisa sendo que, as quatro primeiras foram aplicadas em um mesmo dia e as quatro últimas em outro dia. Para a realização do Teste de Lateralização Temporal foi utilizado um CD compact player D-307CK da SONY. Quando o teste foi realizado com audiômetro o CD compact player foi acoplado a um audiômetro AC33 da Interacoustics com fones TDH 39, sendo realizado em cabina acústica. Quando o teste foi realizado sem audiômetro, foi utilizado o fone Stereo Dynamic Headphones HP-X211 da AIWA, sendo realizado fora da cabina acústica em ambiente com ruído mínimo de 43.4dBNPS e máximo de 46.6dBNPS medido com decibelímetro Minipa MSL-1351C. 99 O CD compact player foi utilizado com adaptador para corrente alternada para evitar variações na intensidade do estímulo devido ao enfraquecimento de baterias. A intensidade utilizada foi de aproximadamente 70 dBNPS nos dois fones, conforme medida realizada com o decibelímetro Minipa MSL-1351C em cabina acústica. Esta intensidade foi colocada na tentativa de deixá-la próxima de 40dBNS já que as médias dos limiares auditivos em 500,1000 e 2000 Hz da população avaliada girava em torno de 10 dBNA. O registro de cada resposta do indivíduo foi anotado em uma folha de respostas (Anexo 3) com os símbolos D, quando lateralizou o som para o lado direito, E quando lateralizou o som para o lado esquerdo e C quando sentiu o som no centro da cabeça, isto é, centralizou o som. As respostas foram computadas somando-se as lateralizações para o lado em que o som teve início, as lateralizações para o lado oposto e as centralizações de todos os indivíduos em cada tempo de atraso interaural. Isto foi feito para cada condição em que o teste foi realizado. MÉTODO ESTATÍSTICO: - O objetivo da análise estatística foi estimar a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora, ou o menor tempo de atraso interaural perceptível, que foi considerado como sendo o tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para o lado em que o estímulo chegou primeiro, que será denotado por t̂ 90 , e comparar este valor nos diferentes tratamentos. - A escolha do tempo de atraso que produz 90% das lateralizações para o lado em que o estímulo chegou primeiro foi inspirada na curva normal, estando próximo da probabilidade de se observar um valor menor ou igual ao maior ponto de inflexão dessa curva (84%). Então, o tempo de atraso que produz 90% das lateralizações para o lado em que o estímulo chegou primeiro corresponde a um ponto no qual ocorre uma estabilização das respostas. 100 - A estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para o lado em que o som chegou primeiro, que será denotado por t̂ 90 , nos diferentes tratamentos (Finney, 1978) foi feita a partir do ajuste de um modelo de regressão logística (Neter et al, 1996) tendo a ocorrência ou não dessa lateralização como variável resposta e o tempo como variável explicativa. - Para comparar o valor de t̂ 90 nos diferentes tratamentos, estes foram divididos em dois grandes grupos: o primeiro foi formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica; o segundo foi formado pelos tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro. Assim os tratamentos com audiômetro e 40dBNS de intensidade aparecem nos dois grupos. A variável resposta de interesse agora é bivariada, correspondendo ao valor observado do t̂ 90 , nas orelhas direita e esquerda. Ou seja, a variável resposta em cada um dos tratamentos é o valor t̂ 90 nas orelhas esquerda e direita. Os tratamentos de cada grupo foram analisados utilizando-se técnicas de análise de agrupamentos (Johnson, Wichern, 1992). Essas técnicas agrupam as observações de forma que os grupos formados sejam homogêneos internamente e heterogêneos entre si, tanto quanto à t̂ 90 na orelha direita quanto à t̂ 90 na esquerda. As técnicas de agrupamento utilizadas foram: • Método do centróide com matriz de distâncias euclidianas; • Método de agrupamento das k-médias variando-se o número de grupos de 2 a 4. A formação dos grupos foi confirmada por meio das técnicas: • Técnica de análise de variância univariada (Neter et al., 1996); • Método de comparações múltiplas de Tukey (Neter et al., 1996). - Para verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas duas orelhas ajustou-se uma reta de regressão, considerando a medida de t̂ 90 na orelha direita como variável resposta e a medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável explicativa. As medidas nas duas orelhas 101 serão consideradas concordantes se o intercepto da reta ajustada não for significantemente diferente de zero e a inclinação não for significantemente diferente de 1. Em todos os testes fixou-se em 0,05 ou 5% o nível de significância. 102 4 RESULTADOS 103 Apresento neste capítulo os resultados obtidos no Teste de Lateralização Temporal, aplicado de diferentes maneiras em 80 jovens do sexo feminino com idade entre 18 e 25 anos. A tabela contendo as respostas de cada indivíduo nas várias formas em que o teste foi aplicado encontra-se no Anexo 4. Para facilitar a apresentação dos dados obtidos, os resultados serão divididos em duas partes: Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a orelha que iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado: 1) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 2) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 3) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 4) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 5) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 104 6) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo; 7) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de sensação do estímulo; 8) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de sensação do estímulo. Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado. 105 Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a orelha que iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado: 1) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 1 e 2, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores calculados do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 3 e 4 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 106 Tabela 1 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D t̂ 90 Intervalo de Confiança Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 13 1 5 1 14 1 16 0 18 0 14 0 24 0 17 0 33 0 28 0 37 0 32 0 36 0 33 0 38 0 36 0 38 0 37 0 39 0 38 0 39 0 39 0 40 0 39 0 40 0 38 0 40 0 39 0 40 0 40 0 39 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 38 0 40 0 40 0 40 0 E = 171,35 D = 192,43 E = 121,80 - 231,54 D = 144,08 - 249,31 Centralização 26 34 25 24 22 26 16 23 7 12 3 8 4 7 2 4 2 3 1 2 1 1 0 1 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 107 Tabela 2 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D t̂ 90 Intervalo de Confiança Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 8 0 2 0 10 0 11 0 18 0 7 0 19 0 9 0 29 0 29 0 31 0 31 0 31 0 36 1 38 0 34 0 40 0 36 0 38 0 37 0 40 0 39 0 40 0 38 0 40 0 38 0 40 0 39 0 40 0 40 0 40 0 39 0 40 0 37 0 39 0 38 0 39 0 37 0 40 0 40 0 E = 178,48 D = 236,18 E = 131,92 - 233,72 D = 179,34 - 303,08 Centralização 32 38 30 29 22 33 21 31 11 11 9 9 9 3 2 6 0 4 2 3 0 1 0 2 0 2 0 1 0 0 0 1 0 3 1 2 1 3 0 0 108 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR EIT A ES Q U ER D A 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 T EM P O Figura 3 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 DIREITA ES Q UERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 T EM P O Figura 4 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. (A20AA). 109 2) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 3 e 4, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 5 e 6 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 110 Tabela 3 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD). Lateralização para Centralização Orelha que Orelha oposta iniciou o teste E 6 0 34 23 D 7 0 33 E 4 0 36 45 D 9 0 31 E 10 1 29 68 D 15 0 25 E 29 0 11 91 D 17 0 23 E 27 1 12 113 D 23 0 17 E 36 0 4 136 D 26 0 14 E 35 0 5 159 D 23 0 17 E 35 0 5 181 D 33 0 7 E 31 0 9 204 D 27 0 13 E 33 0 7 227 D 35 0 5 E 35 1 4 249 D 36 0 4 E 37 0 3 272 D 35 0 5 E 33 0 7 295 D 33 0 7 E 38 0 2 317 D 36 0 4 E 38 0 2 340 D 35 0 5 E 40 0 0 363 D 38 0 2 E 40 0 0 385 D 39 0 1 E 38 0 2 408 D 38 0 2 E 40 0 0 431 D 38 0 2 E 38 0 2 454 D 39 0 1 E = 246,36 t̂ 90 D = 292,25 E = 189,62 - 311,71 Intervalo de Confiança D = 224,15 - 372,28 Tabela 4 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste Tempo de atraso interaural em µs Orelha que iniciou o teste 111 foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D t̂ 90 Intervalo de Confiança Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 4 0 4 1 8 0 6 0 12 0 9 1 14 0 14 0 25 0 12 0 26 0 19 0 30 0 20 0 30 0 29 0 35 0 26 0 33 0 32 0 34 0 34 0 36 1 33 0 36 0 34 0 37 0 35 0 38 0 37 0 39 0 37 0 40 0 37 0 39 0 40 0 40 0 38 0 39 0 38 0 E = 263,13 D = 325,38 E = 206,01 - 328,39 D = 254,16 - 408,24 Centralização 36 35 32 34 28 30 26 26 15 28 14 21 10 20 10 11 5 14 7 8 6 6 3 7 4 6 3 5 2 3 1 3 0 3 1 0 0 2 1 2 112 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TE M P O Figura 5 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TE M P O Figura 6 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA). 113 3) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 5 e 6, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 7 e 8 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 114 Tabela 5 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD). Lateralização para Centralização Orelha que Orelha oposta iniciou o teste E 9 0 31 23 D 6 0 34 E 14 0 26 45 D 10 0 30 E 26 0 14 68 D 17 0 23 E 23 0 17 91 D 17 0 23 E 34 0 6 113 D 31 0 9 E 38 0 2 136 D 36 0 4 E 37 0 3 159 D 38 0 2 E 40 0 0 181 D 37 0 3 E 40 0 0 204 D 39 0 1 E 40 0 0 227 D 38 0 2 E 40 0 0 249 D 39 0 1 E 40 0 0 272 D 38 0 2 E 39 1 0 295 D 39 0 1 E 40 0 0 317 D 40 0 0 E 40 0 0 340 D 39 0 1 E 40 0 0 363 D 39 0 1 E 40 0 0 385 D 40 0 0 E 40 0 0 408 D 39 0 1 E 39 0 1 431 D 39 0 1 E 40 0 0 454 D 39 0 1 E = 138,14 t̂ 90 D = 187,80 E = 96,62 - 188,78 Intervalo de Confiança D = 139,17 - 245,42 Tabela 6 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste Tempo de atraso interaural em µs Orelha que iniciou o teste 115 foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D t̂ 90 Intervalo de Confiança Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 10 0 7 0 16 0 12 0 22 0 11 0 31 0 16 0 34 0 31 0 36 0 36 0 38 0 37 0 38 0 38 0 39 0 39 0 40 0 39 0 40 0 40 0 40 0 37 0 40 0 40 0 40 0 38 0 40 0 40 0 40 0 39 0 40 0 40 0 40 0 39 0 40 0 39 0 40 0 40 0 E = 130,63 D = 189,14 E = 90,29 - 180,22 D = 138,60 - 249,98 Centralização 30 33 24 28 18 29 9 24 6 9 4 4 2 3 2 2 1 1 0 1 0 0 0 3 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 116 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 DIREITA ESQ UERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 9 1 1 1 3 13 6 15 9 1 8 1 2 0 4 2 2 7 24 9 27 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 3 63 3 85 4 0 8 4 3 1 4 5 4 T EM P O Figura 7 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 1 1 3 13 6 1 59 1 8 1 20 4 2 27 2 4 9 2 7 2 29 5 3 17 3 4 0 3 6 3 3 85 4 08 4 3 1 45 4 TE M P O Figura 8 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o 117 teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA). 118 4) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 7 e 8, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 9 e 10 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 119 Tabela 7 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD). Lateralização para Centralização Orelha que Orelha oposta iniciou o teste E 4 1 35 23 D 5 0 35 E 6 0 34 45 D 9 0 31 E 16 0 24 68 D 14 1 25 E 21 0 19 91 D 17 0 23 E 29 1 10 113 D 15 0 25 E 34 0 6 136 D 24 0 16 E 33 0 7 159 D 22 0 18 E 34 0 6 181 D 27 0 13 E 32 0 8 204 D 31 0 9 E 32 0 8 227 D 34 0 6 E 35 0 5 249 D 36 0 4 E 40 0 0 272 D 35 1 4 E 40 0 0 295 D 36 0 4 E 38 1 1 317 D 38 0 2 E 39 0 1 340 D 38 0 2 E 40 0 0 363 D 38 0 2 E 39 0 1 385 D 38 0 2 E 40 0 0 408 D 40 0 0 E 39 0 1 431 D 39 0 1 E 39 0 1 454 D 39 0 1 E = 221,53 t̂ 90 D = 284,79 E = 167,99 - 284,46 Intervalo de Confiança D = 222,77 - 356,19 Tabela 8 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste Tempo de atraso interaural em µs Orelha que iniciou o teste 120 foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D t̂ 90 Intervalo de Confiança Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 6 0 5 0 10 0 9 1 18 0 14 0 23 0 21 0 27 0 21 0 27 0 25 0 31 0 28 0 37 0 33 0 37 0 33 0 37 0 33 0 36 0 38 0 39 0 35 0 39 0 37 0 39 0 38 0 39 0 35 0 39 0 36 0 39 0 40 0 40 0 39 0 39 0 38 0 40 0 38 0 E = 217,47 D = 272,92 E = 163,51 - 280,98 D = 210,35 - 345,66 Centralização 34 35 30 30 22 26 17 19 13 19 13 15 9 12 3 7 3 7 3 7 4 2 1 5 1 3 1 2 1 5 1 4 1 0 0 1 1 2 0 2 121 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E ITA ES Q U E R D A 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TE M P O Figura 9 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 1 13 1 3 6 1 59 1 8 1 2 04 2 2 7 2 49 2 7 2 2 95 3 1 7 3 40 3 6 3 3 85 4 0 8 4 3 1 4 5 4 TEM PO Figura 10 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, 122 apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA). 5) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 9 e 10, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 11 e 12 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 123 Tabela 9 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SAND). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 8 0 13 0 10 1 15 1 20 0 27 0 17 1 29 0 32 0 32 0 39 0 38 0 37 0 39 0 38 0 38 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 39 0 40 0 40 0 40 0 40 0 Centralização 32 27 29 24 20 13 22 11 8 8 1 2 3 1 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 124 D E D E D E D 40 0 0 40 0 0 408 40 0 0 40 0 0 431 40 0 0 40 0 0 454 40 0 0 E = 145,67 t̂ 90 D = 126,90 E = 103,99 - 196,05 Intervalo de Confiança D = 86,02 - 177,67 Tabela 10 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SANA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 7 0 6 1 6 0 15 1 22 0 12 0 17 0 17 0 37 0 30 0 36 0 34 1 34 1 37 0 37 0 37 0 39 1 37 1 39 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 40 0 39 0 40 0 40 0 Centralização 33 33 34 24 18 28 23 23 3 10 4 5 5 3 3 3 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 125 E D E D E D 408 431 454 t̂ 90 Intervalo de Confiança 40 40 40 40 40 40 E = 152,40 D = 165,13 E = 109,65 - 203,88 D = 120,68 - 218,29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 DIREITA ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TEM PO Figura 11 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SAND). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TEM PO 126 Figura 12 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SANA). 6) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 11 e 12, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 13 e 14 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 127 Tabela 11 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDND). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 5 0 10 1 5 0 15 0 14 0 21 0 21 0 25 0 23 0 20 0 24 0 30 0 33 0 30 0 32 0 35 0 31 1 32 0 35 0 33 0 31 1 36 0 36 0 36 0 36 0 40 0 36 0 Centralização 35 29 35 25 26 19 19 15 17 20 16 10 7 10 8 5 8 8 5 7 8 4 4 4 4 0 4 128 D E D E D E D E D E D E D 40 0 0 39 0 1 340 38 0 2 39 0 1 363 37 0 3 39 0 1 385 39 0 1 40 0 0 408 40 0 0 39 0 1 431 40 0 0 40 0 0 454 39 0 1 E = 254,67 t̂ 90 D = 246,54 E = 199,54 - 317,61 Intervalo de Confiança D = 185,85 - 317,24 Tabela 12 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDNA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 6 2 7 2 10 0 11 0 13 0 12 1 23 0 24 0 24 0 21 0 26 1 28 0 33 0 27 0 32 0 32 0 35 0 28 0 38 0 31 0 37 0 36 0 38 0 34 0 38 0 38 0 38 0 39 0 Centralização 32 31 30 29 27 27 17 16 16 19 13 12 7 13 8 8 5 12 2 9 3 4 2 6 2 2 2 1 129 E D E D E D E D E D E D 340 363 385 408 431 454 t̂ 90 Intervalo de Confiança 38 39 39 38 40 40 40 40 39 40 40 39 E = 224,47 D = 263,64 E = 170,50 - 287,92 D = 204,51 - 331,74 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 11 3 1 36 15 9 1 81 20 4 2 2 7 24 9 27 2 2 95 31 7 3 40 36 3 3 85 40 8 4 31 4 54 TEM PO Figura 13 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDND). 130 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 DIRE ITA ES Q U E RDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TE M P O Figura 14 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (SDNA). 7) t̂ 90 , quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 13 e 14, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. 131 As figuras 15 e 16 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. Tabela 13 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAD). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 Orelha que iniciou o teste E D E D Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 12 0 10 0 13 1 22 0 Centralização 28 30 26 18 132 18 1 21 25 0 15 23 0 17 91 27 0 13 33 0 7 113 35 1 4 37 1 2 136 37 0 3 37 1 2 159 39 0 1 39 0 1 181 39 0 1 39 0 1 204 38 0 2 40 0 0 227 40 0 0 40 0 0 249 39 0 1 40 0 0 272 40 0 0 40 0 0 295 40 0 0 40 0 0 317 40 0 0 40 0 0 340 40 0 0 40 0 0 363 40 0 0 40 0 0 385 40 0 0 40 0 0 408 40 0 0 40 0 0 431 40 0 0 40 0 0 454 40 0 0 E = 140,03 t̂ 90 D = 131,52 E = 98,81 - 190,19 Intervalo de Confiança D = 89,26 - 183,99 Tabela 14 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAA). 68 Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D Orelha que iniciou o teste E D E D E Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 12 0 10 1 14 0 21 0 31 1 Centralização 28 29 26 19 8 133 D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 t̂ 90 Intervalo de Confiança 14 25 20 33 33 34 35 36 35 37 38 37 38 39 40 39 40 39 40 39 38 40 39 40 40 40 40 38 40 40 39 40 40 39 40 E = 175,82 D = 170,76 E = 123,31 - 239,79 D = 122,93 - 228,40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 15 20 7 7 6 5 4 5 2 2 3 2 1 0 1 0 1 0 1 2 0 1 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 1 0 134 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 1 13 1 36 1 59 1 81 2 0 4 2 2 7 2 4 9 2 7 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 36 3 38 5 40 8 43 1 45 4 TEM PO Figura 15 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAD). 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 1 13 1 36 1 59 1 81 2 0 4 2 2 7 2 4 9 2 7 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 36 3 38 5 40 8 43 1 45 4 TEM PO Figura 16 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SAAA). 135 8) t̂ 90 , quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de sensação do estímulo: Nesta parte apresento, nas tabelas 15 e 16, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado. Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda. As figuras 17 e 18 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A, respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural. 136 Tabela 15 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAD). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 5 0 6 0 5 0 14 1 14 0 19 0 20 0 23 0 25 0 27 0 28 0 30 0 29 0 23 0 28 1 30 0 33 0 33 0 35 0 35 0 34 0 34 0 39 0 37 0 38 0 39 0 38 0 40 0 39 0 40 0 40 0 39 0 40 0 Centralização 35 34 35 25 26 21 20 17 15 13 12 10 11 17 11 10 7 7 5 5 6 6 1 3 2 1 2 0 1 0 0 1 0 137 D E D E D E D 39 0 1 40 0 0 408 39 0 1 40 0 0 431 40 0 0 40 0 0 454 40 0 0 E = 229,11 t̂ 90 D = 234,67 E = 176,13 - 290,88 Intervalo de Confiança D = 181,34 - 295,63 Tabela 16 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste foi iniciado, quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAA). Tempo de atraso interaural em µs 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 Orelha que iniciou o teste E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D E D Lateralização para Orelha que Orelha oposta iniciou o teste 4 1 12 1 9 0 13 0 14 0 17 0 22 0 18 0 27 0 23 0 30 1 22 0 31 0 26 0 35 0 27 0 34 1 34 0 34 0 31 0 35 0 33 1 37 0 37 0 38 0 38 0 40 0 38 0 39 0 40 0 39 0 40 0 39 0 39 0 Centralização 35 27 31 27 26 23 18 22 13 17 9 18 9 14 5 13 5 6 6 9 5 6 3 3 2 2 0 2 1 0 1 0 1 1 138 E D E D E D 408 431 454 t̂ 90 Intervalo de Confiança 39 38 40 39 40 40 E = 237,06 D = 270,46 E = 178,10 - 307,13 D = 207,41 - 343,85 1 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 DIRE ITA ES Q U E RDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454 TE M P O Figura 17 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAD). 139 45 40 35 INDIVÍDUOS 30 25 D IR E IT A ESQUERDA 20 15 10 5 0 23 45 68 91 1 1 3 13 6 1 59 1 8 1 20 4 2 27 2 4 9 2 7 2 29 5 3 17 3 4 0 3 6 3 3 85 4 08 4 3 1 45 4 TE M P O Figura 18 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do estímulo (SDAA). Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado. Nesta parte apresento o estudo estatístico que comparou os t̂ 90 das diferentes formas em que o teste foi realizado, isto é, os t̂ 90 correspondentes aos diferentes tratamentos. A especificação dos tratamentos será feita da forma citada abaixo: 1) A20AD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A20AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi 140 aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 2) A20DD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A20DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 3) A40AD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A40AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 4) A40DD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; A40DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 141 5) SAND – Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SANA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 6) SDND - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SDNA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 7) SAAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SAAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. 142 8) SDAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural; SDAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. Para efeito de comparação, os tratamentos foram inicialmente divididos em dois grandes grupos: - O primeiro grupo (Grupo 1) foi formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica com o objetivo de verificar a existência de diferenças quanto à intensidade utilizada e quanto às técnicas ascendente e descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. - O segundo grupo (Grupo 2) foi formado pelos tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro, com o objetivo de verificar a existência de diferenças quanto ao ambiente e equipamento utilizado, quanto ao tipo de resposta solicitada e novamente quanto às técnicas ascendente e descendente de apresentação das diferenças de tempo interaural. Assim, os tratamentos com audiômetro e intensidade de 40dBNS aparecem nos dois grupos. Na figura 19 apresento os grupos formados a diferentes graus de similaridade através do método do centróide com matriz de distâncias euclidianas, no Grupo 1 (grupo constituído pelos tratamentos com audiômetro e cabina acústica). Este gráfico sugere a divisão deste grupo em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, um constituído pelos tratamentos A20AD, A20AA, A40AD e A40AA, e outro pelos tratamentos A20DD, A20DA, A40DD e A40DA. Apresento, na figura 20, o diagrama de dispersão do t̂ 90 nas orelhas direita e esquerda sugerindo o mesmo agrupamento. 143 Similaridade 50,75 67,17 83,58 100,00 A20AA A20AD A20DA A40AA A40AD A20DD A40DD A40DA Tratamentos Figura 19 - Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 1. Figura 20 - Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos tratamentos do Grupo 1. tempo 90 observado direita A20DA 300 A20DD A40DD A40DA 250 A20AA 200 A40AA A20AD A40AD 150 200 250 tempo 90 observado esquerda 144 Para confirmar esse resultado, o método das k-médias também foi aplicado a esses dados, variando-se o número de grupos de 2 a 4. Para selecionar o número ideal de grupos, foi aplicada a técnica de análise de variância univariada aos grupos assim formados. Tanto para a orelha direita como para a orelha esquerda, foram detectadas diferenças entre as médias de t̂ 90 (p < 0,001). Prosseguindo a análise pelo método de comparações múltiplas de Tukey, chegou-se à mesma partição sugerida pelo método do centróide. Com o objetivo de verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas duas orelhas, ajustou-se uma reta de regressão , considerando a medida de t̂ 90 na orelha direita como variável resposta e a medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável explicativa. Concluiuse que o intercepto da reta era não significantemente diferente de zero (p=0,135). Ajustando então ao mesmo conjunto de dados uma reta de regressão pela origem, obteve-se um coeficiente de inclinação estimado de 1,25 com erro padrão igual a 0,03. Portanto, um intervalo de confiança para o verdadeiro coeficiente de inclinação da reta, com coeficiente de confiança de 0,95, é {1,19 ; 1,31} . Esse intervalo não contém o valor 1, como seria esperado se as medidas fossem concordantes. Como o limite inferior do intervalo é maior que 1, podese concluir que o tempo noventa médio da orelha direita tende a ser maior que o da orelha esquerda. Na figura 21 apresento os grupos formados a diferentes graus de similaridade através do método do centróide com matriz de distâncias euclidianas, no Grupo 2 (grupo constituído pelos tratamentos com intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro). Este gráfico sugere a divisão deste grupo em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, um constituído pelos tratamentos A40AD, A40AA, SAND, SANA, SAAD e SAAA, e outro pelos tratamentos A40DD, A40DA, SDND, SDNA, SDAD e SDAA. Apresento, na figura 22, o diagrama de dispersão do t̂ 90 nas orelhas direita e esquerda sugerindo o mesmo agrupamento. 145 Figura 21 – Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 2. Similaridade 40,63 60,42 80,21 100,00 A40AD A40AA SAAA SANA SAAD SAND A40DD A40DA SDNA SDAA SDAD SDND Tratamentos Figura 22 - Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos tratamentos do Grupo 2. tempo 90 observado direita 290 A40DD A40DA SDAA SDNA SDND 240 190 SDAD A40AA A40AD SANA 140 SAAD SAAA SAND 150 200 250 tempo 90 observado - esquerda 146 O método de agrupamento das k-médias também foi aplicado a esses dados, variandose o número de grupos de 2 a 4. A igualdade das médias dos t̂ 90 nos quatro grupos foi testada individualmente para as duas orelhas, concluindo-se que nem todas eram iguais (p = 0,000). Prosseguindo a análise pelo método de Tukey de comparações múltiplas, chegou-se aos mesmos grupos de tratamentos sugeridos pelo método do centróide. Novamente, com o objetivo de verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas duas orelhas, ajustou-se uma reta de regressão, considerando a medida de t̂ 90 na orelha direita como variável resposta e a medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável explicativa. Concluiu-se que o intercepto da reta era não significantemente diferente de zero ( p=0,751). Ajustando então, ao mesmo conjunto de dados, uma reta de regressão pela origem, obteve-se um coeficiente de inclinação estimado de 1,11 com erro padrão igual a 0,04. Portanto, um intervalo de confiança para o verdadeiro coeficiente de inclinação da reta, com coeficiente de confiança de 0,95, é {1,03 ; 1,19} . Esse intervalo não contém o valor 1, como seria esperado se as medidas fossem concordantes. Portanto, pode-se concluir que o tempo noventa médio da orelha direita tende a ser maior que o da orelha esquerda. Foi observado que tanto o Grupo 1, formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica, como o Grupo 2, formado por todos os tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, foram divididos em dois grupos homogêneos quanto a t̂ 90 nas duas orelhas: um constituído pelos tratamentos onde o teste foi realizado de forma ascendente e outro onde o teste foi realizado de forma descendente. Desta forma foram calculadas as médias e erro padrão dos grupos formados. Na tabela 17 apresento a média e erro padrão do t̂ 90 , calculados para os Grupos 1 e 2 de acordo com a orelha em que o teste foi iniciado e a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural. Tabela 17: Valores calculados da média e erro padrão do t̂ 90 para os Grupos 1 e 2 de acordo com a orelha em que o teste foi iniciado (D e E) e a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural. 147 Técnica de apresentação dos tempos de atraso Grupo Orelha que iniciou o teste Média de t̂ 90 Erro padrão de t̂ 90 interaural 1 Ascendente 2 1 Descendente 2 D 201,4 11,6 E 154,6 11,9 D 161,9 11,0 E 147,1 6,47 D 293,8 11,2 E 237,1 10,8 D 262,2 7,52 E 230,7 5,52 148 5 DISCUSSÃO 149 Neste capítulo pretendo apresentar uma análise crítica dos resultados obtidos na aplicação do Teste de Lateralização Temporal em 80 jovens do sexo feminino com audição normal, como também compará-los, quando possível, àqueles encontrados na literatura especializada. Antes da discussão dos resultados considero imprescindível apresentar alguns conceitos importantes para a compreensão deste trabalho. EVOLUÇÃO DOS CONHECIMENTOS SOBRE LOCALIZAÇÃO SONORA Até meados do século XIX, a audição binaural não era compreendida: alguns cientistas diziam que as duas orelhas eram um exemplo de simetria bilateral, outros sugeriam que a função das duas orelhas era a de uma reserva natural. A tendência filosófica que orientava o trabalho dos psicólogos do século XIX dizia que: “Os objetos do mundo material tem tamanho, forma e contextura que podem ser sentidos pela visão e pelo tato. Os sons, ao contrário, não ocupam espaço não podendo ser localizados por meios auditivos” (Stevens et al, 1970), contribuindo, assim, para a demora em compreender a localização sonora. Para os cientistas daquela época a localização sonora se devia ao uso de experiências anteriores e de pistas visuais ou táteis: alguns sugeriam que a pressão da onda sonora nos meatos auditivos estimulava o sentido do tato, outros preferiam explicar a localização sonora através da visão (Sanchez-Longo et al, 1957; Stevens et al 1970; Hickson, Newton, 1981). Segundo a revisão histórica dos estudos sobre a localização sonora realizada por Sanchez-Longo et al (1957): - O conceito de percepção auditiva de espaço começou em 1848 com as observações de Weber*1 de que quando dois relógios, com batidas diferentes, são colocados perto das orelhas do observador, ele consegue saber qual relógio está em cada orelha. Porém, ele erroneamente atribuiu a localização sonora a diferenças táteis no meato auditivo externo. - Por volta de 1876, Rayleigh** formulou a teoria da intensidade que diz que o observador localiza o som do lado em que ele chega mais intenso. Um som que chega de um lado da cabeça, chega em primeiro lugar à orelha mais próxima, e * Weber, EH. Ueber die Umstande durch welche man geleited wird manche Emplindungen auf aussere Objecte zu beziehen (1948) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7: 655-663. ** Rayleigh, Lord. On our perception of the direction of a source of sound (1875) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7: 655-663. 150 nesta orelha é mais intenso que na outra 2porque a cabeça lança uma sombra acústica para os sons de freqüência alta, enquanto em freqüências baixas, os comprimentos das ondas são grandes, envolvendo a cabeça e suprimindo a sombra. Nas freqüências altas a diferença de intensidade, que chamou de proporção binaural, oferece uma pista básica para a localização sonora. Como físico, usou a matemática para calcular as proporções binaurais apurando que um tom de 250 Hz chega com quase a mesma intensidade em ambas as orelhas, para um tom de 1000 Hz a intensidade é 8dB maior, na orelha mais próxima da fonte sonora, e para um tom de 10000Hz é 30dB maior. - Thompson*, em 1978, foi o primeiro a propor a teoria da fase que diz que o observador localiza a fonte sonora do lado em que a onda sonora chega em fase anterior. - Rayleigh**, em 1907, baseando-se nos trabalhos de Thompson, sugeriu que a diferença de fase, tanto quanto de intensidade, fornecem indícios para a localização sonora, propondo a clássica teoria dupla da localização sonora. - A teoria do tempo, terceira teoria da localização sonora, diz que o observador localiza um som do lado em que ele chega primeiro e foi proposta por Mallock*** em 1908, recebendo suporte definitivo com os trabalhos de Hornbostel e Wertheimer****, em 1920. Estes primeiros estudos verificaram que utilizamos diferenças de fase e tempo para localizar sons graves e diferenças de intensidade para localizar sons agudos, achados que foram confirmados por estudos posteriores. Middlebrooks, Green (1991) referiram que tons puros de freqüência baixa são reconhecidos como vindos da direita ou da esquerda através da diferença interaural de fase. Os mesmos pesquisadores, utilizando equipamentos mais sofisticados que Rayleigh, mostraram que a diferença interaural de intensidade, medida a 90º azimute (diferença máxima), *Thompson, SP. Phenomena of binaural audition (1877) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663. **Rayleigh, Lord. On our perception of sound direction (1907) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663. ***Mallock, A. Note on the sensibility of the ear to the direction of explosive sounds (1908) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663. ****Von Hornbostel, EM; Wertheimer, M. Ueber die Wahrnehmung der schallrichtung (1920) apud SanchezLongo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655663. 151 é ao redor de 20dB na freqüência de 4000Hz e de 35dB em 10000Hz, sendo que para freqüências abaixo de 1000Hz a diferença de intensidade é insignificante. Quando dois sons breves atingem as orelhas do indivíduo sucessivamente, com tempo bem reduzido entre eles, será ouvido como um só, pois existe supressão da imagem sonora que chega mais tarde. Neste caso a localização do som é determinada pela localização do primeiro som. Este fenômeno recebeu o nome de efeito de precedência (Wallach et al, 1949; Haas, 1951). O efeito de precedência nos ajuda a entender nossa habilidade de localizar sons em ambientes reverberantes onde ouvimos apenas um som e não a longa seqüência de sons sucessivos como é sugerido pelas considerações físicas. O efeito de precedência também explica os sistemas de som estereofônicos nos quais o som é reproduzido em dois canais, recriando a ilusão do som vindo de mais de uma direção (Wallach et al, 1949). Quando os pesquisadores começaram a usar sons mais complexos do que simples tons puros, observaram que o sistema auditivo é muito mais sensível a diferenças interaurais de tempo do que se pensava. Apesar da incapacidade de lateralizar usando diferenças de fase, ciclo por ciclo, em ondas de freqüência alta, é capaz de seguir a lenta flutuação do envelope de ondas sonoras complexas de freqüência alta e lateralizar usando diferenças interaurais de tempo presentes no envelope. A detecção de atrasos interaurais nos envelopes de freqüências altas são pistas úteis na localização sonora (Henning, 1974; MacFadden, Moffitt, 1977; Middlebrooks, Green, 1990). O espectro de amplitude é uma das formas de representar graficamente a onda sonora, relacionando a amplitude em função da freqüência: cada linha vertical, no eixo horizontal, indica a freqüência daquele componente e a altura de cada linha é proporcional à sua amplitude relativa em dB, sendo que o envelope de espectro é a linha que conecta os picos de cada uma das linhas verticais (Russo, 1999). A composição espectral dos estímulos de freqüência alta é que determina o tipo de pista utilizada pelos indivíduos na detecção de diferenças interaurais de tempo: para tons modulados em intensidade e sons compostos de dois tons, nenhuma informação de freqüências baixas pode ser avaliada, e a detecção do atraso interaural é baseada em disparidades interaurais de tempo do envelope da forma da onda; nos casos de ruído de banda estreita centrados em freqüências altas, apesar de possuírem pouca energia na região de freqüências baixas, pistas dessa região espectral são responsáveis pela detecção de atrasos interaurais (Henning, 1974; Bernstein, Trahiots, 1982). 152 Para sons complexos, pistas monoaurais do espectro de freqüência– intensidade produzido pelo pavilhão auditivo também podem dar informação sobre a posição da fonte sonora. O pavilhão auditivo produz sombra acústica e ressonância para tons de freqüência alta, sendo importante na localização binaural e monoaural, eliminando confusões de frente-trás. Diferenças de tempo e espectro avaliadas em sons complexos do dia a dia permitem a localização precisa da fonte sonora. As pistas de espectro são abolidas com a cobertura do pavilhão auditivo pelos fones, por isso quando o estímulo é apresentado através de fones, as diferenças interaurais são divididas em diferenças de tempo e intensidade (Russolo, Poli, 1985). A intensidade monoaural dependente da posição da fonte sendo influenciada pela freqüência da onda sonora, o que torna possível localizar a fonte sonora observando a intensidade relativa das diferentes freqüências do som recebido em cada orelha. As mudanças na forma do espectro, específicas da direção, são influenciadas pela forma do pavilhão auditivo que pode ser considerado um filtro dependente da direção. As circunvoluções do pavilhão auditivo criam reflexões que variam com a mudança de posição da fonte sonora, causando mudanças no espectro do som que chega na membrana timpânica. As pistas de espectro causadas pelo pavilhão auditivo não requerem comparação interaural, por isso são chamadas de pistas monoaurais, apesar de uma informação equivalente estar chegando na outra orelha. Como a orelha faz uma análise do sinal acústico em suas freqüências componentes através de uma organização tonotópica, o processo de localização pode ser discutido em termos de processamento de freqüências componentes (ou espectro de freqüência) de cada sinal. O processamento do sinal acústico em função do tempo, também, pode ser descrito como um processamento do espectro de freqüência, incluindo a função de fase (Hausler et al, 1983; Middlebrooks, Green, 1991). O sistema auditivo mede certos parâmetros físicos do sinal nas duas orelhas (pistas para localização) e o cérebro interpreta estas medidas para localizar a fonte sonora, isto é, a localização sonora conta com uma decisão tomada pelo sistema auditivo central, baseado em pistas presentes no sinal acústico que chega nas duas orelhas. Alguns fatores podem influenciar o julgamento dos ouvintes: conhecimento da fonte sonora e das características do ambiente, movimentação e posição da cabeça e informação visual. Desconsiderando estas condições ambientais que podem ser controladas em situação de pesquisa, a entrada para o cérebro se 153 restringe a apenas duas ondas de pressão versus tempo, isto é movimento de pistão do estribo na janela oval (Hausler et al, 1983). As pistas de tempo envolvem apenas análise binaural enquanto as pistas de espectro de freqüência-intensidade permitam análise monoaural e binaural. Pistas binaurais requerem uma comparação entre o som das duas orelhas enquanto pistas monoaurais são avaliadas usando apenas uma orelha. O conhecimento préexistente das características acústicas do som e do ambiente são importantes na distinção entre pistas monoaurais e binaurais. Quando o ouvinte não tem conhecimento prévio não pode localizar a fonte sonora com pistas monoaurais, pois os efeitos da transmissão sobre o estímulo recebido, que depende da localização da fonte, não pode ser distinguido das propriedades do estímulo na fonte. Ao contrário, a informação prévia não é necessária quando as pistas binaurais são usadas, já que as diferenças interaurais são medidas pela comparação entre as duas orelhas e não são, diretamente, dependentes das características da fonte sonora (Hausler et al, 1983; Russolo, Poli, 1985). A fonte sonora pode estar localizada no plano horizontal ou no plano vertical sendo que a pista para a localização horizontal é a diferença interaural e a localização vertical se realiza através das pistas espectrais. As duas dimensões usadas na tarefa de localização são azimute e elevação. Azimute é definido como o ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano medial, sendo o ângulo do plano horizontal. Elevação é definido como o ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano horizontal, sendo o ângulo da dimensão vertical. A origem 0º fica em frente ao ouvinte (Middlebrooks, Green, 1991). Ao se localizar um som, além das pistas percebidas no momento, é necessário fazer uma comparação com modelos armazenados na memória. A primeira condição para a localização é a habilidade aprendida nos primeiros anos de vida: a fusão da informação vinda das duas orelhas em uma imagem acústica. Os dados armazenados durante o processo de aprendizagem são evocados automaticamente quando um evento sonoro ocorre. A comparação de um estímulo percebido com modelos armazenados na memória de longo prazo depende da familiaridade com a fonte sonora como também com as particularidades do ambiente onde a fonte sonora está situada. Quando esta comparação não pode ser utilizada por desconhecimento da fonte sonora ou do campo sonoro, a memória de curto 154 prazo do conhecimento da fonte sonora e das condições da sala será utilizada. Neste caso ocorrerá a lateralização e, após algum tempo de exposição a imagem será localizada extracranialmente. O armazenamento de longo prazo pode ser removido gradualmente e lentamente substituído: adaptação da percepção devido a uma mudança da distância entre as orelhas pelo crescimento, por patologias auditivas ou decréscimo da acuidade auditiva devido à idade (Plenge, 1974). PROCESSAMENTO TEMPORAL Processamento temporal é o desempenho em uma atividade auditiva que requer algum tipo de análise de tempo do estímulo apresentado. A análise de tempo é essencial para certos processos auditivos, entre eles: . Localização da fonte sonora requer análise de tempo de chegada do sinal acústico nas duas orelhas; . A percepção do pitch de sons complexos depende da análise de tempo de eventos acústicos repetidos rapidamente; . Percepção de seqüência de estímulos sucessivos; . Discriminação da duração e tempo de intervalo entre estímulos (Musiek e Oxholm, 2001). O sistema nervoso auditivo central pode ser comparado a um cronômetro sendo possível identificar algumas formas de processamento temporal: - Latência das respostas neuronais A latência das respostas neuronais do tronco encefálico varia dependendo do tipo de estímulo auditivo e do neurônio ou grupo de neurônios analisados: . alguns neurônios reagem rapidamente à estimulação enquanto outros têm períodos de latência longos; . alguns neurônios respondem apenas para início do estímulo, outros mantêm a resposta pela duração do estímulo e outros respondem apenas para o término do estímulo acústico. Como no tronco encefálico, o córtex auditivo também possui neurônios que respondem para o início, outros mantêm a resposta pela duração do estímulo e outros respondem para o término do estímulo acústico. 155 Geralmente a velocidade de disparo dos neurônios do tronco encefálico é mais alta que a dos neurônios corticais, tanto para sinais contínuos como para periódicos. A velocidade com que um neurônio pode responder a estímulos repetitivos depende de seu período refratário. O período refratário é o intervalo de tempo entre duas descargas sucessivas de uma célula nervosa. - Análise de fase (phase locking) Muitos neurônios auditivos parecem analisar a fase do estímulo e disparar apenas quando a onda atingir certo ponto em seu ciclo: em freqüências baixas disparam em cada ciclo, enquanto em freqüências altas disparam a cada três ou cinco ciclos. Esta relação com a fase é essencialmente aparente em neurônios do tronco encefálico baixo (Musiek, Oxholm, 2001). Resolução temporal é a capacidade de usar pistas temporais em uma atividade auditiva. Entre as formas de resolução temporal podemos citar: - Resolução temporal monoaural A resolução temporal pode ser avaliada através da detecção de intervalos onde os ouvintes devem perceber breves interrupções de um som contínuo. O menor intervalo detectável é aceito como um índice de resolução temporal: quanto menor o intervalo detectável, melhor a resolução temporal (Wightman et al, 1989). A resolução temporal também pode ser avaliada através da fusão auditiva, que é uma tarefa monoaural, na qual dois estímulos breves sucessivos são percebidos como um só. Os testes de fusão auditiva tentam detectar o menor intervalo entre dois sons breves que permite a percepção de dois sons em vez de apenas um (Morrongiello et al, 1984). Um intervalo de 2 a 3 ms entre dois clicks é suficiente para determinar que dois estímulos estão presentes e não um (Boothroyd, 1986; Bellis, 1996; Musiek e Oxholm, 2001). Outra forma de resolução temporal monoaural é a ordenação temporal que é a habilidade de julgar a ordem temporal de sons breves. Aproximadamente 20ms de intervalo, interestímulos, é necessário para o ouvinte perceber qual dos dois sons foi o primeiro (Boothroyd, 1986; Bellis, 1996). A habilidade de processar informações acústicas rápidas, melhora com a idade e atinge um nível próximo ao do adulto por volta dos oito anos e meio de idade. A dificuldade de processar estímulos rápidos aparece em danos no hemisfério cerebral esquerdo (Tallal, 1976) - Resolução temporal binaural 156 A resolução temporal binaural é a capacidade de usar pistas temporais na lateralização e localização de sons. Quando os sons são apresentados através de fones, com diferenças variáveis de intensidade, tempo ou fase entre as orelhas, a habilidade auditiva avaliada é a lateralização e a sensação do som toma a forma de uma fonte sonora imaginária, localizada dentro da cabeça. Quando os sons são apresentados em campo livre, a habilidade avaliada é a localização verificando a localização da fonte sonora onde ela realmente está (Nordlund, 1962, 1963; Plenge, 1974). Pistas semelhantes governam tanto o comportamento de lateralização como o de localização. A habilidade de localização sonora é uma das primeiras a ser observada nas crianças e a forma mais importante de obter informação sobre a localização da fonte sonora é através das diferenças no modelo do som percebido pela orelha esquerda e pela direita (Middlebrooks e Green, 1991). A determinação da localização horizontal de uma fonte sonora requer um processamento temporal no qual a principal pista acústica é o tempo relativo de chegada dos sinais nas duas orelhas. Quando um ouvinte escuta um sinal binaural e uma pequena diferença de tempo interaural é introduzida (tanto para a fase de um tom puro de freqüência baixa como para o envelope de amplitude de sons complexos de freqüência alta), a percepção resultante é uma única imagem sonora localizada no lado em que o som chega primeiro. Esta ilusão auditiva, denominada efeito de precedência, persiste enquanto a diferença interaural de tempo for pequena. Se a diferença interaural de tempo for diminuída gradualmente a imagem sonora vai se dirigindo para a linha central. A diferença interaural igual a zero, isto é, a chegada do som ao mesmo tempo nas duas orelhas, localiza a fonte sonora na linha central. Ao contrário, se o intervalo de atraso for aumentado gradualmente, o som atrasado começa a ser localizado corretamente e o indivíduo ouvirá dois sons (Morrongiello et al, 1984; Phillips, 1995). Limiar de precedência pode ser definido como o tempo de atraso interaural abaixo do qual os ouvintes relatam ouvir, apenas, um som vindo do lado em que o som chegou primeiro e acima do qual eles relatam ouvir dois sons, vindos um de cada lado. A característica acústica do som influencia a diferença interaural de tempo em que os indivíduos referem ouvir dois sons. Em adultos, o limiar de precedência para clicks situa-se entre 5 e 19ms (Wallack, 1949; Morrongiello et al 1984); para sons da fala e música situa-se em torno de 40ms (Hass, 1951) e para som de chocalho (som complexo com freqüências entre 50 e 7KHz) situa-se entre 19 e 27ms (Morrongiello et al, 1984). 157 A menor diferença interaural de tempo perceptível (Hawkins, Wightman, 1980; Hausler et al, 1983; Russolo, Poli, 1985)) ou limiar de lateralização (Masterton et al, 1967; Zerlin, Mowry, 1980), pode ser definido como o tempo de atraso interaural mínimo em que ocorre a lateralização do som, acima do qual os ouvintes relatam ouvir apenas um som vindo do lado em que chegou primeiro e abaixo do qual ocorre a centralização onde os ouvintes relatam ouvir o som na linha central entre as duas orelhas. O limiar de lateralização depende do tipo de estímulo utilizado como pode ser observado nos estudos citados abaixo: - Tons puros . de 125 a 800Hz: entre 60 e 90µs (Groen, 1969); . 300Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974); . 500Hz: entre 28 e 68µs (Nilsson, Lidén, 1976); . 500Hz: entre 59 e 113µs (Rosenhall, 1992); . 1000Hz: entre 24 e 35µs (Russolo, Poli, 1985); . 3600Hz: acima de 110µs (Henning, 1974). - Clicks . entre 40 e 45µs (Wallach et al, 1949); . entre 25 e 125µs (Zerlin, Mowry, 1980); . entre 15 e 45µs (Sabery, Perrot, 1990). - Tons modulados . 3900Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974). - Ruído de Banda Estreita . Grave (450-550Hz): entre 23 e 33µs (Hawkins, Wightman, 1980); . Agudo (3750-4250Hz): entre 130 e 182µs (Hawkins, Wightman, 1980). - Ruído de Banda Larga . 0,25 - 10000Hz: 40µs (Hausler et al, 1983). NEUROFISIOLOGIA DA LOCALIZAÇÃO SONORA 158 As pesquisas sobre a neurofisiologia da localização sonora foram realizadas com animais e a maior parte dos conhecimentos sobre o mecanismo fisiológico da localização sonora vieram de estudos em gatos. A acuidade desta espécie, tanto para localização como para lateralização mostra similaridades qualitativas e quantitativas com seres humanos (Phillips, Brugge, 1985) A separação física das orelhas ocasiona uma diferença interaural de tempo ao estímulo que chega à membrana timpânica, vindo de uma fonte sonora localizada em algum ponto não eqüidistante das duas orelhas. Essa diferença pode ser dividida em diferença interaural de tempo de chegada do estímulo, que é uma pista breve de localização, e diferença interaural de fase, que é uma pista contínua de localização. Estas duas formas de regulagem do atraso são correlacionadas, pois o atraso no tempo de chegada determina a diferença interaural de fase. Diferenças interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as freqüências tonais e diferenças interaurais de fase, embora fisicamente presentes, são ambíguas em freqüências altas, cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça e o tempo de atraso interaural é maior que o período de um ciclo. O sistema nervoso central não tem o poder de resolução temporal necessário para discriminar diferenças interaurais de fase, geradas por estímulos de freqüência alta, podendo, entretanto, detecta diferenças de tempo de chegada em sinais de freqüência alta se estes também tiverem elementos de freqüência baixa, que podem ser encontrados na configuração do envelope de onda do estímulo ou nos componentes de baixa freqüência de um som complexo, mesmo que este contenha predominantemente informação de freqüência alta. Diferenças interaurais de intensidade são geradas pela sombra acústica da cabeça e são significativas apenas para freqüências cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça, isto é, para freqüências altas (Phillips, Brugge, 1985). O sistema nervoso auditivo central apresenta processamento seqüencial e paralelo. O processamento seqüencial é a organização hierárquica do sistema auditivo: a informação é transferida de um centro para outro de maneira progressiva, indo de núcleos no tronco encefálico baixo para estruturas no córtex e, enquanto a informação progride de um centro auditivo para o próximo, as diferentes estruturas ao longo do caminho influenciam os impulsos, ação que altera ou preserva o modelo da informação de forma a torná-la útil para mais centros. O processamento é paralelo, pois possui, no mínimo, dois canais separados para a informação (Musiek , Oxholm, 2001). 159 De acordo com a teoria da localização, existe uma relação espacial entre a localização da célula sensorial na cóclea e a freqüência à qual o receptor é mais sensível. A partir da base da cóclea até o seu ápice, a freqüência que mais excita uma célula sensorial muda de alta para baixa. Esta diferença quanto à sensibilidade da célula sensorial ao longo da cóclea é a base da organização tonotópica do sistema auditivo. A organização topográfica das representações centrais está determinada pela organização espacial da área receptora periférica sendo que a maioria dos componentes do sistema auditivo está organizado tonotopicamente. Há poucas conexões entre neurônios que não são sensíveis à mesma freqüência: quando se origina de um neurônio sensível a sons de 3KHz, uma fibra vai terminar na lâmina de 3KHz. Assim também, cada uma das células binaurais (células que recebem estímulos de ambas as orelhas) recebem estímulos de neurônios que respondem à mesma freqüência. Os núcleos cocleares, o núcleo central do colículo inferior e o núcleo geniculado medial ventral têm lâminas de isofreqüências bem definidas. Todos os neurônios em uma dessas lâminas respondem a estímulos auditivos de uma freqüência exclusiva ou preferencial. A organização laminar em outros núcleos do sistema auditivo não é tão típica, mas também existe. Ao chegar ao córtex auditivo primário, a organização tonotópica da via auditiva passa de lâminas de isofreqüências à de faixas de isofreqüências (Burt, 1995; Martin, 1998). Ainda, levando em conta a teoria da localização, os picos do espectro de um som de fala (formantes) resultam em respostas das fibras do nervo auditivo em lugares ao longo da membrana basilar, onde freqüências características correspondem aos picos do estímulo. As fibras do nervo auditivo têm a propriedade de apresentar disparo associado à fase do estímulo (phase locking), mostrando uma resposta temporal. A resposta também é espacial porque apenas as fibras com afinação próxima à freqüência do estímulo disparam. Esta representação têmporoespacial mostra um espectro com um envelope que possui picos nas formantes (Sachs, 1984). As células sensoriais são inervadas pelos prolongamentos distais de neurônios bipolares sensitivos primários, localizados no gânglio espiral. Os prolongamentos centrais dos neurônios bipolares formam a divisão coclear do nervo vestibulococlear (VIII nervo craniano) que passa para a cavidade craniana, pelo meato acústico interno e projeta-se aos núcleos cocleares ipsilaterais, que estão 160 localizados na porção rostral do bulbo. Os núcleos cocleares possuem três divisões anatômicas: dorsal, anteroventral e posteroventral (Young, Young, 1988; Martin, 1998; Machado, 2000). As fibras do nervo auditivo entram na junção dos núcleos cocleares anteroventral e posteroventral onde cada fibra manda ramos para os três núcleos. O núcleo coclear é composto por vários tipos de células nervosas que podem modificar de maneira característica os impulsos nervosos que aí chegam. A correspondência entre o tipo de célula e o modelo de resposta sugere uma relação significante entre anatomia e fisiologia das células deste núcleo. Alguns neurônios respondem apenas para início do estímulo, outros mantêm a resposta pela duração do estímulo e outros respondem apenas para o Histogramas pós estimulatórios no núcleo término do estímulo acústico. coclear indicam o complexo processamento de informação neste núcleo, como a precisa marcação de tempo necessária para a distinção das diferenças de tempo interaural (Musiek, Oxholm, 2001). Os neurônios de projeção ascendente em cada uma dessas divisões possuem conexões específicas com o restante do sistema auditivo e dão origem às vias auditivas paralelas que devem servir para diferentes aspectos da audição (Martin, 1998). As fibras do nervo auditivo que entram no núcleo coclear, preservam a organização de freqüências da cóclea e as três porções do núcleo coclear contêm esta organização tonotópica. Três tratos neurais saem do núcleo coclear para o complexo olivar superior e para níveis mais altos do sistema nervoso auditivo central: a estria acústica dorsal sai do núcleo coclear dorsal e continua contralateralmente para o complexo olivar superior, leminisco lateral e colículo inferior; a estria acústica intermediária se origina no núcleo coclear posteroventral e se comunica com o núcleo ventral do leminisco contralateral e com o núcleo central do colículo inferior contralateral; a estria acústica ventral sai do núcleo coclear anteroventral, decussa no corpo trapezóide e se estende ao complexo olivar superior contralateral, leminisco lateral e outros grupos nucleares. Além desses três tratos, outras fibras projetam-se ipsilateralmente de cada divisão do núcleo coclear: algumas dessas fibras fazem sinapse no complexo olivar superior e núcleo do leminisco lateral, outras fazem sinapse apenas no colículo inferior. O caminho contralateral tem um número maior de fibras, mas muitos tratos projetam-se tanto contralateralmente como ipsilateralmente ao núcleo coclear (Musiek, Oxholm, 2001). As projeções auditivas que se originam no núcleo coclear anteroventral são importantes na localização dos sons. Este núcleo envia projeções bilaterais ao 161 complexo olivar superior, uma reunião de núcleos na porção caudal da ponte. O complexo olivar superior contém três componentes importantes: os núcleos olivares medial e lateral e o núcleo do corpo trapezóide. Projeções para o complexo olivar superior derivam do núcleo coclear anteroventral e terminam na oliva superior medial bilateralmente, na oliva superior lateral ipsilateral e no núcleo medial do corpo trapezóide contralateral (Klinke, 1980; Young, Young, 1988; Moore, 1991; Martin, 1998). A organização tonotópica parece estar preservada em todos os núcleos deste complexo: o núcleo olivar superior medial tem uma representação primária de freqüências baixas enquanto o lateral responde a uma faixa larga de freqüências, sendo as baixas representadas lateralmente e as altas medialmente; o núcleo do corpo trapezóide também tem uma organização tonotópica com as freqüências baixas, representadas lateralmente e as altas medialmente. O complexo olivar superior é uma estação complexa na via auditiva, pois é o primeiro lugar onde estímulos ipsi e contralaterais dão ao sistema uma fundamentação anatômica da audição binaural. A localização sonora é determinada, principalmente, pela variação no tempo e intensidade interaural que chega ao complexo olivar superior (Musiek, Oxholm, 2001). Os neurônios dos núcleos medial e lateral do complexo olivar superior são binaurais, isto é, recebem estímulos de ambas as orelhas. Do ponto de vista funcional, a convergência de informações auditivas de isofreqüências binaurais em neurônios individuais desses núcleos possibilita a localização dos sons no espaço auditivo (Burt, 1995). Os neurônios do núcleo olivar superior medial são sensíveis a diferenças de fase interaural e respondem a tons de freqüência baixa. Estes neurônios binaurais têm dois dendritos proeminentes: um orientado medialmente, recebendo aferentes da orelha contralateral; o outro orientado lateralmente, recebendo aferentes da orelha ipsilateral (Burt, 1995; Guyton, Hall, 1997; Berne, Levy, 2000). São do tipo “EE”, isto é, recebem estímulos excitatórios bilaterais e os padrões de disparo destes neurônios são ditados pelas diferenças interaurais de tempo. As respostas das células de atraso “EE” são facilitadoras do lado contralateral ao da fonte sonora e supressoras do lado ipsilateral (Masterton, Imig, 1984; Moore, 1991; Burt, 1995; Joris, 1996). A sensibilidade neural para diferenças de fase de um estímulo tonal requer que cada aferência monoaural para o neurônio binaural preserve a informação temporal do estímulo. Para freqüências baixas, a periodicidade da forma da onda é 162 codificada por associação da resposta neural a um ponto particular no período de cada ciclo do estímulo. A comparação das duas aferências dá ao neurônio binaural a informação sobre o atraso interaural de fase. A análise da disparidade acontece ciclo por ciclo do estímulo, isto é, é uma análise contínua (Phillips, Brugge, 1985). As células EE do núcleo olivar superior medial são chamadas de neurônios de atraso característico, pois a intensidade de excitação de cada neurônio é altamente sensível a um retardo de tempo específico ou a uma faixa restrita de diferenças interaurais de tempo (Roth et al, 1980). Os neurônios próximos a um lado do núcleo respondem de modo máximo a um retardo de tempo curto, enquanto aqueles próximos ao lado oposto respondem a um retardo de tempo longo e, os que ficam entre ambos, a retardos de tempo intermediários. Assim, desenvolve-se um padrão espacial de estimulação neuronal no núcleo olivar superior medial (Guyton, Hall, 1998). A maioria das fibras que saem do núcleo olivar superior medial sobem pelo leminisco lateral ipsilateral, terminando no núcleo dorsal do leminisco lateral ipsilateral e na parte dorsolateral (freqüências baixas) do núcleo central do colículo inferior ipsilateral (Masterton, Imig, 1984). Para tons de freqüência alta, a chegada às duas orelhas resulta numa diferença interaural de intensidade. Os neurônios localizados no núcleo olivar superior lateral são sensíveis a diferenças de intensidade interaural e ajustados para estímulos de alta freqüência. A sensibilidade frente a diferenças de intensidade interaural é tida como sendo determinada pela entrada de sinais excitatórios monossinápticos oriundos do núcleo coclear anteroventral ipsilateral e por uma conexão inibitória bissináptica oriunda do núcleo coclear anteroventral contralateral, passando pelo núcleo do corpo trapezóide (Martin, 1998). Em outras palavras, os neurônios do complexo olivar superior lateral são do tipo “IE”, isto é, recebem estímulos inibitórios contralaterais e estímulos excitatórios ipsilaterais. A excitação produzida por estimulação unilateral em neurônios “IE” pode ser suprimida pela estimulação simultânea da outra orelha. A extensão da diferença interaural de intensidade sobre a qual esta supressão é parcial tem sido interpretada como a extensão da sensitividade desses neurônios para diferença interaural de intensidade. Entretanto dificuldade de fazer esta generalização foi enfatizada pelo achado na oliva superior lateral de neurônios IE sensíveis a diferenças interaurais de intensidade, mas também sensíveis a diferenças interaurais de tempo dos envelopes de alta freqüência de sons de amplitude modulada (Moore, 1991). 163 A visão clássica de que sons de freqüência alta são localizados usando apenas pistas de diferenças interaurais de intensidade, vale apenas para tons puros. A lateralização de sons complexos de alta freqüência é baseada em pistas de diferença interaural de tempo do envelope do estímulo. Esta sensibilidade a diferenças interaurais de tempo da modulação da forma de onda na célula de convergência requer aferências que são associadas à modulação do envelope, um mecanismo análogo ao da discriminação de diferenças interaurais de fase para tons de freqüência baixa, porém as pesquisas sobre a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo não sugerem uma comparação ciclo por ciclo do estímulo como acontece nas diferenças de fase. A função relacionando diferenças interaurais de tempo de chegada do estímulo é uma pista breve que apresenta respostas maiores quando o tempo de chegada do estímulo contralateral precede o ipsilateral, sugerindo que a orelha contralateral dá a aferência excitatória enquanto a ipsilateral dá a inibitória. As respostas são mínimas quando o envelope de ambas as orelhas estão em fase. O tempo relativo de chegada da excitação e inibição no neurônio bilateral reflete o tempo relativo de chegada do estímulo nas duas membranas timpânicas e depois dita as descargas do neurônio (Phillips, Brugge, 1985; Joris, Yin, 1995). As células do núcleo olivar superior lateral também fazem a análise das diferenças binaurais de espectro do estímulo sonoro que chega das duas orelhas: cada núcleo olivar superior lateral subtrai o espectro sonoro da orelha contralateral do espectro da orelha ipsilateral. A diferença de espectro, devido ao efeito de difração do som ao redor da cabeça, é uma das pistas mais importantes para a localização sonora. Para a distribuição da análise das diferenças interaurais de espectro para níveis mais altos do sistema, cada núcleo olivar superior lateral projeta fibras para o núcleo dorsal do leminisco lateral e para o núcleo central do colículo inferior dos dois lados do tronco cerebral. Estudos mostraram que as células de projeção ipsilateral estão concentradas lateralmente enquanto as de projeção contralateral estão concentradas medialmente. Desde que o núcleo olivar superior lateral é organizado tonotopicamente com freqüências baixas representadas lateralmente e altas representadas medialmente, a análise das freqüências altas do espectro é projetada para o lado contralateral, enquanto a análise das freqüências baixas do espectro é projetada para o lado ipsilateral. Sabendo-se que a diferença interaural de espectro de fontes sonoras é fisicamente maior em freqüências agudas 164 do que em graves, o arranjo das projeções do núcleo olivar superior lateral sugere que a parte da análise mais útil para a localização sonora (freqüências altas) é dirigido para o tronco cerebral contralateral, enquanto a parte menos útil (freqüências baixas) mantém-se no lado ipsilateral. Resumindo: a pista de diferença interaural de espectro é codificada pelas células do núcleo olivar superior lateral e a parte mais útil desta análise (freqüências altas) é projetada para o tronco encefálico do lado contralateral à fonte sonora, enquanto a pista de diferença interaural de fase é codificada pela ativação das células do núcleo olivar superior medial contralateral à fonte sonora, e então projetada para o tronco encefálico homolateral (Masterton, Imig, 1984). Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida por todo trajeto até o córtex auditivo, onde a localização do som é determinada pelo sítio no córtex que é maximamente estimulado. As informações específicas dos sinais sensoriais são dissecadas à medida que os sinais atravessam diferentes níveis de atividade neuronal. Neste caso a “qualidade” da direção do som é separada das outras qualidades do som (Guyton, Hall, 1998). Os neurônios localizados no complexo olivar superior projetam-se em direção ao colículo inferior que está localizado no teto mesencefálico, através de uma via ascendente chamada de leminisco lateral. O leminisco lateral é um feixe de axônios e praticamente todas as suas fibras terminam no colículo inferior. No leminisco lateral existe dois grupos de células principais: o núcleo ventral e o dorsal, localizados na porção superior da ponte. A aferência para os núcleos do leminisco lateral vem do núcleo coclear dorsal contralateral, do núcleo coclear ventral de ambos os lados e do complexo olivar superior ipsi e contralateralmente. Fibras do leminisco lateral podem cruzar de um lado para outro através da comissura de Probst que conecta o núcleo dorsal dos dois lados do tronco cerebral. Existe organização tonotópica nos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e a resolução temporal é menor se comparada com os núcleos mais caudais (Martin, 1998; Musiek, Oxholm, 2001). O colículo inferior é uma estação obrigatória da via auditiva que se localiza no mesencéfalo e possui duas partes: o núcleo central que é composto só de fibras auditivas, e o núcleo pericentral ou cinto, que envolve o núcleo central e é composto por fibras somatossensoriais e auditivas. Recebe aferência direta dos núcleos 165 cocleares dorsal e posteroventral contralateral, dos núcleos lateral e medial do complexo olivar superior, dos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e do colículo inferior contralateral. A função desses núcleos é processar sons para a percepção auditiva e reflexos de ajuste, tais como as respostas devido a um susto de origem acústica. O colículo superior, geralmente associado com o sistema visual, também recebe aferência do sistema auditivo, que é usada nos reflexos envolvendo a posição da cabeça e dos olhos. O núcleo central possui organização tonotópica evidenciada pela estrutura laminada: os neurônios presentes em cada uma das lâminas possuem sensibilidade máxima a freqüências de tons similares, com freqüências altas posicionadas ventralmente e baixas dorsalmente. As curvas de afinação sugerem alto grau de resolução de freqüência. Possui neurônios sensíveis a estimulação binaural indicando função na localização sonora. A resolução temporal neste núcleo é menos eficiente que nas estruturas mais caudais do tronco encefálico. O colículo inferior projeta-se para o tálamo através de um trato denominado braço do colículo inferior que se dirige ao núcleo geniculado medial. O núcleo geniculado medial é o núcleo talâmico para a retransmissão auditiva sendo composto por muitas subdivisões. O núcleo principal de retransmissão da audição é a divisão ventral que possui organização tonotópica, com freqüências baixas representadas lateralmente e altas medialmente. As curvas de afinação sugerem boa resolução de freqüência. A resolução temporal é melhor na divisão ventral, sendo similar à do colículo inferior e muito pior que a do núcleo coclear. Possui muitos neurônios sensíveis à estimulação binaural sugerindo função na localização sonora. Possui estrutura laminar e recebe a maioria das projeções auditivas ascendentes do núcleo central do colículo inferior (Martin, 1998; Musiek, Oxholm, 2001). As projeções auditivas talamocorticais são denominadas radiações auditivas. Uma dessas vias é a projeção tonotopicamente organizada que vai da divisão ventral do corpo geniculado medial para o córtex auditivo primário (área 41) localizado no giro de Heschl. Ao chegar ao córtex auditivo primário a organização tonotópica da via auditiva passa de lâminas de isofreqüências à de faixas de isofreqüências, com representação de freqüências baixas na parte lateral e de freqüências altas na parte medial (Musiek, Oxholm, 2001). Uma suborganização de colunas se superpõem ao sistema de faixas de isofreqüências, colunas de somação 166 e de supressão. Nas colunas de somação, as respostas binaurais são maiores que as respostas monoaurais, enquanto nas colunas de supressão, a resposta monoaural domina (Burt, 1995). Um determinado tom produz movimentação de um ponto discreto localizado na membrana basilar e, através da via auditiva ascendente ativa uma faixa de neurônios no córtex auditivo primário. A representação cortical de outras características do som parece estar superposta à organização tonotópica do córtex auditivo primário. Por exemplo: uma qualidade importante na localização sonora de sons de freqüência alta é a diferença interaural de intensidade – dentro da representação de sons de freqüência alta, no córtex auditivo primário, estão as colunas binaurais nas quais os neurônios são sensíveis a diferenças interaurais de intensidade similares (Martin, 1998). Estudos comportamentais em animais com lesão do cérebro têm mostrado que o córtex auditivo primário é necessário para a localização de sons, enquanto, estudos fisiológicos têm mostrado a presença de neurônios sensíveis a diferenças de tempo e intensidade interaurais (Moore, 1991). O input monoaural para a comparação binaural tem respostas de tempo excitatórias e inibitórias precisas e o tempo relativo desses inputs (a extensão da coincidência temporal) determina o disparo dos neurônios que executam a comparação binaural. As respostas neuronais maiores para disparidade de tempo favorecem a orelha contralateral, isto significa que cada lado do cérebro contém a representação de disparidade de tempo correspondente à linha média ou ao lado contralateral. Então cada lado do cérebro é independentemente capaz de localizar sons no hemicampo auditivo contralateral. Isto não significa dominância de representação da orelha contralateral, mas a contralateralidade da representação espacial que emerge da computação binaural (Phillips, 1995). 167 RESULTADOS OBTIDOS NO TESTE DE LATERALIZAÇÃO TEMPORAL Para facilitar os comentários sobre os resultados obtidos no Teste de Lateralização Temporal manterei a mesma divisão que foi utilizada na apresentação dos resultados. Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a orelha que iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado: Em todas as situações de aplicação do teste, a maioria das diferenças interaurais de tempo ou tempos de atraso interaural utilizados no Teste de Lateralização Temporal, montado para este estudo, ocasionou lateralização para o lado que iniciou o teste, isto é, para o lado em que o estímulo chegou primeiro. As centralizações, isto é, a localização do som na parte central da cabeça, ocorreram nos tempos de atraso interaural menores diminuindo com o aumento do tempo de atraso interaural. A lateralização para a orelha em que o som chegou atrasado foi ocasional ocorrendo, na maioria das vezes, aleatoriamente, entre respostas de lateralização para a orelha em que o som chegou primeiro, indicando provavelmente distração do ouvinte (tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16). O número de indivíduos que lateralizaram o estímulo para o lado em que o som chegou primeiro, aumentou progressivamente com o aumento do tempo de atraso interaural o que pode ser observado na parte ascendente das curvas de todos os gráficos. A partir de t̂ 90 , ocorreu uma estabilização das respostas que pode ser observada pela horizontalização das curvas, indicando que pelo menos 90% dos indivíduos tem habilidade de lateralização do estímulo para o lado em que o som chegou primeiro (figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18). Isto sugere que a capacidade de resolução temporal binaural é diferente 168 entre os indivíduos e parece que quanto menor o tempo de atraso interaural mínimo em que ocorre a lateralização, melhor a resolução temporal binaural. Para facilitar a compreensão do t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado, os resultados obtidos no estudo estatístico (tabelas 1 a 16) foram resumidamente confrontados nas tabelas 18 e 19. Tabela 18 - t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os grupo 1 A e 1D. OE OD A20A A20D A40A A40D SAN SDN SAA SDA Grupo 1D 171,35 246,36 138,14 221,53 145,67 254,67 140,03 229,11 Grupo 1A 178,48 263,13 130.63 217,47 152,40 224,47 175,82 237,06 Grupo 1D 192,43 292,25 187,80 284,79 126,90 246,54 131,52 234,67 Grupo 1A 236,18 325,38 189,14 272,92 165,13 263,64 170,76 270,46 OE = Orelha esquerda OD = Orelha direita Grupo 1D: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. Grupo 1 A: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. A20A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. A20D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. A40A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. A40D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. SAN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. SDN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. SAA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. SDA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. 169 O estudo estatístico mostrou que quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A20AD e A20AA), o t̂ 90 foi de 171,35µs para o grupo 1D e de 178,48µs para o grupo 1A na orelha esquerda e de 192,43µs para o grupo 1D e 235,18µs para o grupo 1A na orelha direita, indicando lateralização para a orelha em que o estímulo chegou primeiro em um tempo de atraso interaural menor para os indivíduos que já tinham realizado o teste na forma descendente, o que pode significar melhora do desempenho com o treino. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta a nomeação do local de sensação do estímulo (A20DD e A20DA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 246,36µs no grupo 1D e de 263,13µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 292,25µs no grupo 1D e de 325,38µs no grupo 1A para a orelha direita. Observei nesta forma de aplicação do teste que os indivíduos que já tinham feito o teste na forma ascendente, mostraram um tempo de atraso interaural maior do que os que realizaram o teste pela primeira vez, indicando que o treino não melhorou o desempenho. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40AD e A40AA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 138,14µs para o grupo 1D e de 130,63µs para o grupo 1A na orelha esquerda e de 187,80µs para o grupo 1D e de 189,14µs para o grupo 1A na orelha direita. Os resultados dos grupos 1D e 1A foram semelhantes, indicando que o treino não melhorou o desempenho no teste. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40DD e A40DA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 221,53µs no grupo 1D e de 217,47µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 284,79µs no grupo 1D e de 272,92µs no grupo 1A para a orelha direita. Nesta forma de aplicação do teste, os indivíduos que já tinham feito o teste na forma 170 ascendente, mostraram um t̂ 90 menor do que os que realizaram o teste pela primeira vez, indicando que o treino melhorou o desempenho. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SAND e SANA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 145,67µs para o grupo 1D e de 152,40µs para o grupo 1A na orelha esquerda e de 126,90µs para o grupo 1D e de 165,13µs para o grupo 1A na orelha direita, indicando um t̂ 90 menor para os indivíduos que já tinham feito o teste na forma descendente, o que pode significar melhora do desempenho com o treino. O t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda no grupo 1 A e menor na orelha direita que na esquerda no grupo 1D. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SDND e SDNA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 254,67µs no grupo 1D e de 224,47µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 246,54µs no grupo 1D e de 263,64µs no grupo 1A para a orelha direita. Observei nesta forma de aplicação do teste que os indivíduos que já tinham feito o teste na forma ascendente, mostraram um t̂ 90 menor do que os que realizaram o teste pela primeira vez na OE, ocorrendo o contrário na OD , parecendo não existir relação entre o valor ser maior ou menor e ser a 1º ou 2º vez em que o indivíduo realiza o teste. O t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda no grupo 1 A e menor na orelha direita que na esquerda no grupo 1D. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a indicação do local de sensação do estímulo apontando (SAAD e SAAA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 140,03µs para o grupo 1D e de 175,82µs para o grupo 1A na orelha esquerda e de 131,52µs para o grupo 1D e de 170,76µs para o grupo 1A na orelha direita, indicando um t̂ 90 menor para os indivíduos que já tinham feito o teste na forma descendente, o que pode significar melhora do desempenho 171 com o treino. Ao contrário das outras situações de aplicação do teste, tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha esquerda que na direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta a indicação do local de sensação do estímulo apontando (SDAD e SDAA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 229,11µs no grupo 1D e de 237,06µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 234,67µs no grupo 1D e de 270,46µs no grupo 1A para a orelha direita. Observei, nesta forma de aplicação do teste, que os indivíduos que já tinham feito o teste na forma ascendente, mostraram um tempo de atraso interaural maior do que os que realizaram o teste pela primeira vez, indicando que o treino não melhorou o desempenho. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda. Resumidamente observei que: - Comparando os resultados de t̂ 90 encontrados nos grupos 1D e 1A verifiquei que a ordem de realização do teste não pareceu influenciar os resultados pois, algumas vezes é o primeiro e outras vezes é o segundo teste que mostra limiares de lateralização menores. - O t̂ 90 nas várias situações de aplicação do teste ficou entre 126,90µs e 325,28µs, sendo maior na orelha direita que na esquerda, com exceção das formas de realização do teste SAND, SDND, SAAD e SAAA em que o t̂ 90 da OD foi menor que o da OE. O t̂ 90 também foi maior na técnica descendente do que na ascendente. Sendo assim, verifiquei que o t̂ 90 nas formas ascendentes de realização do teste ficou entre 130,63µs e 178,48µs na orelha esquerda e entre 126,90µs e 236,18µs na orelha direita. Calculando a média do t̂ 90 na técnica ascendente encontrei 175,0µs na orelha direita e 154,0µs na orelha esquerda. Nas formas descendentes de realização do teste o t̂ 90 ficou entre 217,47µs e 263,13µs na orelha esquerda e 234,67µs e 325,38µs na orelha direita. Calculando a média do t̂ 90 na técnica descendente encontrei 273,8µs na orelha direita e 236,7µs na orelha esquerda. 172 Tabela 19 – Intervalo de confiança de t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os grupos 1A e 1D. A20A A20D Grupo 1D 121,80 – 231,54 189,62 167,99 96,62 – – – 188,78 311,71 284,46 103,99 – 196,05 199,54 176,13 98,81 – – – 190,19 317,61 290,88 Grupo 1A 131,92 – 233,72 206,01 163,51 90,29 – – – 180,22 328,39 280,98 109,65 – 203,88 170,50 – 287,92 Grupo 1D 144,08 – 249,31 224,15 – 372,28 139,17 – 245,42 222,77 185,85 181,34 86,02 – 89,26 – – – – 177,67 183,99 356,19 317,24 295,63 Grupo 1A 179,34 – 303,08 254,16 – 408,24 138,60 – 249,98 210,35 – 345,66 OE OD A40A A40D SAN 120,68 – 218,29 SDN 204,51 – 331,74 SAA 123,31 – 239,79 122,93 – 228,40 SDA 178,10 – 307,13 207,41 – 343,85 OE = Orelha esquerda OD = Orelha direita Grupo 1D: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. Grupo 1 A: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. A20A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. A20D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. A40A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. A40D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. SAN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. SDN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta. SAA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. SDA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta. 173 Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A20AD e A20AA), o intervalo de confiança para t̂ 90 na orelha esquerda foi de 121,80 – 231,54µs no grupo 1D e de 131,92 – 233,72µs no grupo 1A, enquanto na orelha direita foi de 144,08 – 249,31µs no grupo 1D e de 179,34 – 303,08µs no grupo 1A. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta a nomeação do local de sensação do estímulo (A20DD e A20DA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 189,62 – 311,71µs no grupo 1D e de 206,01 – 328,39µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 224,15 – 372,28µs no grupo 1D e de 254,16 – 408,24µs no grupo 1A para a orelha direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40AD e A40AA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 96,62 – 188,78µs no grupo 1D e de 90,29 – 180,22µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 139,17 – 245,42µs no grupo 1D e de 138,60 – 249,98µs no grupo 1A para a orelha direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40DD e A40DA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 167,99 – 284,46µs no grupo 1D e de 163,51 – 280,98µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 222,77 – 356,19µs no grupo 1D e de 210,35 – 345,66µs no grupo 1A para a orelha direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SAND e SANA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 103,99 – 196,05µs no grupo 1D e de 109,65 – 203,88µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 86,02 – 177,67µs no grupo 1D e de 120,68 – 218,29µs no grupo 1A para a orelha direita. 174 Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SDND e SDNA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 199,54 – 317,61µs no grupo 1D e de 170,50 – 287,92µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 185,85 – 317,24µs no grupo 1D e de 204,51 – 331,74µs no grupo 1A para a orelha direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a indicação do local de sensação do estímulo apontando (SAAD e SAAA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 98,81 – 190,19µs no grupo 1D) e de 123,31 – 239,79µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 89,26 – 183,99µs no grupo 1D e de 122,93 – 228,40µs no grupo 1A para a orelha direita. Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta a indicação do local de sensação do estímulo apontando (SDAD e SDAA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 176,13 – 290,88µs no grupo 1D e de 178,10 – 307,13µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 181,34 – 295,63µs no grupo 1D e de 207,41 – 343,85µs no grupo 1A para a orelha direita. Resumidamente observei que o menor valor dos intervalos de confiança foi de 86,02µs e o maior foi de 408,24µs. Os intervalos de confiança tiveram valores mais elevados para as formas descendentes que para as ascendentes e para a orelha direita quando comparada com a orelha esquerda. Os intervalos de confiança dos grupos 1D e 1 A mostraram resultados semelhantes à observação. Sendo assim, verifiquei que para as formas ascendentes de aplicação do teste o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 90,29µs – 239,79µs na orelha esquerda e de 86,02µs – 303,08µs na orelha direita. Nas formas descendentes de aplicação do teste o intervalo de confiança foi de 163,51µs – 328,39µs na orelha esquerda e de 181,34µs – 408,24µs na orelha direita. Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado. 175 Nesta parte vou tecer comentários comparando os t̂ 90 das diferentes situações em que o teste foi realizado, isto é, os t̂ 90 correspondentes aos diferentes tratamentos. Para efeito de comparação, os tratamentos foram, inicialmente, divididos em dois grandes grupos: - O primeiro grupo (Grupo 1) foi formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica com o objetivo de verificar a existência de diferenças quanto à intensidade utilizada e quanto às técnicas ascendente e descendente de apresentação das diferenças de tempo interaural. - O segundo grupo (Grupo 2) foi formado pelos tratamentos no qual foi adotada a intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro, com o objetivo de verificar a existência de diferenças quanto ao ambiente e equipamento utilizado, quanto ao tipo de resposta solicitada e novamente quanto às técnicas ascendente e descendente de apresentação das diferenças de tempo interaural. Assim, os tratamentos com audiômetro e intensidade de 40dBNS aparecem nos dois grupos. O estudo estatístico utilizou técnicas de análise de agrupamentos para formar grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, tanto no Grupo 1 como no Grupo 2. O Grupo 1 (grupo constituído pelos tratamentos onde foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica) foi divido em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas: um formado pelos tratamentos A20AD, A20AA, A40AD e A40AA, e outro pelos tratamentos A20DD, A20DA, A40DD e A40DA (figura 19). As formas iguais de aplicação do teste em que a única diferença é a ordem de aplicação, isto é, a técnica ascedente de apresentação das diferenças interaurais de tempo, ter sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, encontram-se sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo que a ordem de aplicação dos testes não mostrou diferenças significantes (figura 19). O tratamento especificado como A20AA em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A (grupo que sempre realizou o teste primeiro na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural), encontra-se no mesmo grupo homogêneo que o tratamento especificado como A20AD que utilizando a mesma forma de aplicação citada acima foi aplicado no grupo 1D (grupo que 176 sempre realizou o teste primeiro na técnica descendente de apresentação do tempo de atraso interaural). O mesmo acontece com os tratamentos A40AA e A40AD: a aplicação do teste que utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A, encontra-se no mesmo grupo homogêneo que sua aplicação no grupo 1D. Da mesma forma, os tratamentos A20DA e A20DD como também os tratamentos A40DA e A40DD encontram-se no mesmo grupo homogêneo. Um dos objetivos da formação do Grupo 1 foi verificar a existência de diferenças quanto à intensidade utilizada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 19), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam apenas pela intensidade utilizada apareceram sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo que a intensidade utilizada na aplicação dos testes não mostrou diferenças significantes. Os tratamentos especificados como A20AA e A20AD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados como A40AA e A40AD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com a intensidade de 40dBNS. Da mesma forma, os tratamentos especificados como A20DA e A20DD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados como A40DA e A40DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com a intensidade de 40dBNS. O segundo objetivo da formação do Grupo 1 foi verificar a existência de diferenças quanto às formas ascendente e descendente de apresentação das diferenças interaurais de tempo na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 19), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam apenas pela apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo, apareceram sempre em grupos homogêneos diferentes, sugerindo a presença de diferenças significantes quanto a este aspecto, isto é, que a apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo mostra respostas diferentes no Teste de Lateralização Temporal proposto neste estudo. Os tratamentos especificados como A20AA e A20AD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação 177 ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como A20DA e A20DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Da mesma forma, os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como A40DA e A40DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma ascendente (A40AA, A40AD, A20AA e A20AD) estão agrupados em tempos de atraso interaural menores enquanto que os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma descendente (A40DA, A40DD, A20DA e A20DD) estão agrupados em tempos de atraso interaural maiores (figura 20), novamente sugerindo que existe diferença significante entre a apresentação ascendente e a descendente do tempo de atraso interaural e que os limiares de lateralização são menores, isto é, a resolução temporal foi melhor na forma ascendente. O estudo estatístico mostrou que o t̂ 90 da orelha direita tende a ser maior que o da orelha esquerda (figura 20). O Grupo 2 (grupo constituído pelos tratamentos onde foi utilizada a intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro) foi divido em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas: um constituído pelos tratamentos A40AA, A40AD, SANA, SAND. SAAA e SAAD e outro pelos tratamentos A40DA, A40DD, SDNA, SDND, SDAA e SDAD (figura 21). As formas iguais de aplicação do teste em que a única diferença é a ordem de aplicação, isto é, a técnica ascedente de apresentação das diferenças interaurais de tempo ter sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, encontram-se sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo que a ordem de aplicação dos testes não mostrou diferenças estatisticamente significantes. O tratamento especificado como A40AA em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A (grupo que 178 sempre realizou o teste primeiro na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural), encontra-se no mesmo grupo homogêneo que o tratamento especificado como A40AD que utilizando a mesma forma de aplicação citada acima foi aplicado no grupo 1D (grupo que sempre realizou o teste primeiro na técnica descendente de apresentação do tempo de atraso interaural). O mesmo acontece com os tratamentos SANA e SAND: a aplicação do teste que utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A, encontra-se no mesmo grupo homogêneo que sua aplicação no grupo 1D. Da mesma forma, os tratamentos SAAA e SAAD como também os tratamentos A40DA e A40DD, SDNA e SDND e SDAA e SDAD encontram-se no mesmo grupo homogêneo. Um dos objetivos da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças quanto ao ambiente e equipamento utilizado na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 21), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam apenas pelo ambiente e equipamento utilizado apareceram sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo inexistência de diferenças significantes. Os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados como SANA e SAND que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém utilizando apenas o CD compact player como equipamento. Da mesma forma, os tratamentos especificados como A40DA e A40DD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados como SDNA e SDND que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém utilizando apenas o CD compact player como equipamento. O segundo objetivo da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças quanto ao tipo de resposta solicitada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 21), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam apenas pela forma de resposta solicitada apareceram sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo que o tipo de reposta solicitada na aplicação dos testes não mostrou presença de diferenças significantes quanto a este aspecto. Os 179 tratamentos especificados como SANA e SAND em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo dos tratamentos especificados como SAAA e SAAD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém apontando o local de sensação do estímulo. Da mesma forma, os tratamentos especificados como SDNA e SDND em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados como SDAA e SDAD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém apontando o local de sensação do estímulo. O terceiro objetivo da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças quanto às formas ascendente e descendente de apresentação das diferenças interaurais de tempo na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 21), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam apenas pela apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo apareceram sempre em grupos homogêneos diferentes sugerindo a presença de diferenças significantes quanto a este aspecto, isto é, que a apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo mostra respostas diferentes no Teste de Lateralização Temporal proposto neste estudo. Os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como A40DA e A40DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Da mesma forma, os tratamentos especificados como SANA e SAND em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como SDNA e SDND que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Os tratamentos especificados como SAAA e SAAD em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e 180 apontando o local de sensação do estímulo, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontramse em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como SDAA e SDAD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma ascendente (A40AA, A40AD, SANA, SAND, SAAA e SAAD) estão agrupados em tempos de atraso interaural menores enquanto que os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma descendente (A40DA, A40DD, SDNA, SDND, SDAA e SDAD) estão agrupados em tempos de atraso interaural maiores (figura 22), novamente sugerindo que existe diferença significante entre a apresentação ascendente e a descendente do tempo de atraso interaural e que a resolução temporal é melhor na forma ascendente. O estudo estatístico mostrou que o t̂ 90 da orelha direita tende a ser maior que o da orelha esquerda (figura 22). Tanto o Grupo 1(figuras 19 e 20), formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o audiômetro e a cabina acústica, como o Grupo 2 (figuras 21 e 22), formado por todos os tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, foram divididos em dois grupos homogêneos quanto a t̂ 90 nas duas orelhas: um constituído pelos tratamentos onde o teste foi realizado utilizando a técnica ascendente e outro onde o teste foi realizado utilizando a descendente. Desta forma foram calculadas as médias e erro padrão dos grupos formados, mantendo a separação das orelhas direita e esquerda que também mostraram diferenças estatisticamente significantes. Levando em conta a técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural, o t̂ 90 médio e erro padrão na orelha esquerda foram, respectivamente, de 154,6µs e 11,9µs no Grupo 1 e de 147,1µs e 6,47µs no Grupo 2; na orelha direita foram de 201,4µs e 11,6µs no Grupo 1 e de 161,9µs e 11,0µs no Grupo 2. Levando em conta a forma descendente de apresentação do tempo de atraso interaural o t̂ 90 médio e erro padrão na orelha esquerda foram, respectivamente, de 237,1µs e 10,8µs no Grupo 1 e de 230,7µs e 5,52µs no Grupo 2; na orelha direita foram de 293,8µs e 11,2µs no Grupo 1 e de 262,2µs e 7,52µs no Grupo 2. Levando em conta que o menor intervalo detectável é aceito como índice de resolução temporal, isto é, ouvintes com um limiar baixo tem uma resolução temporal melhor do que aqueles com limiar alto (Wightman et al, 1989), posso considerar que quanto menor o limiar de lateralização encontrado melhor será a resolução temporal binaural do ouvinte. Sendo 181 assim, é possível estabelecer o tempo de atraso interaural mínimo (limiar de lateralização) esperado: - Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma ascendente espera-se encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de lateralização) de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda; - Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma descendente espera-se encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de lateralização) de 293,8µs na orelha direita e 237,1µs na orelha esquerda. Sendo assim posso resumidamente dizer que: 1) O ambiente e equipamento utilizado na aplicação do Teste de Lateralização Temporal não mostrou diferenças significantes indicando que o teste pode ser realizado com o CD compact player acoplado ao audiômetro em cabina acústica ou somente com o CD compact player em ambiente silencioso, desde que sua aplicação seja controlada quanto ao nível de intensidade de apresentação do estímulo, fixada em aproximadamente 70dBNPS, e o ambiente de teste seja silencioso permitindo um nível de ruído de até 46,6dBNPS; 2) A intensidade utilizada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal não mostrou diferenças significantes indicando que o teste pode ser realizado a 20dBNS ou 40dBNS de intensidade, quando em cabina acústica; 3) A apresentação ascendente ou descendente dos tempos de atraso interaural mostrou diferenças significantes quanto ao t̂ 90 obtido na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Na técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ou o menor tempo de atraso interaural perceptível é, aproximadamente 100µs (0,1ms) menor na técnica ascendente do que na descendente. 4) A ordem de aplicação do teste, isto é, a técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural ter sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, não mostrou diferença significante indicando que o teste pode ser iniciado com qualquer uma destas formas; 182 5) O tipo de resposta solicitada ao ouvinte na aplicação do Teste de Lateralização Temporal não mostrou diferenças significantes indicando que é indiferente solicitar ao ouvinte que nomeie ou aponte o local de sensação do estímulo sonoro; 6) Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma ascendente espera-se encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de lateralização) de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda. Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma descendente espera-se encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de lateralização) de 293,8µs na orelha direita e 237,1µs na orelha esquerda. Sendo que quanto menor o limiar de lateralização encontrado melhor será a resolução temporal binaural do ouvinte; 7) A diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora foi maior na orelha direita que na esquerda. Apesar de extensa pesquisa na literatura especializada, não encontrei nenhum trabalho que tivesse pesquisado a lateralização sonora, utilizando estímulos verbais ou estímulos gravados em compact disc. Os trabalhos encontrados na literatura utilizaram clicks (Wallach et al, 1949; Zerlin, Mowry, 1980; Sabery, Perrot, 1990), tons puros (Groen, 1969; Henning, 1974; Nilsson, Lidén, 1976; Russolo, Poli, 1985; Rosenhall, 1992), tons modulados (Henning, 1974) ou ruídos de banda larga (Hausler et al, 1983) ou estreita (Hawkins, Wightman, 1980), atrasados através de equipamentos especiais acoplados ao audiômetro, fato que dificultou a comparação dos resultados encontrados nesta pesquisa com a literatura. Não encontrei nenhum trabalho comparando o uso de diferentes ambientes ou equipamentos no estudo da lateralização utilizando como pista a diferença interaural de tempo. Quanto à intensidade, Hawkins, Wightman (1980) utilizaram ruído de banda estreita nas intensidades de 35dBNPS e 85dBNPS, para avaliar a menor diferença interaural de tempo perceptível, encontrando limiares mais elevados na intensidade mais fraca do que na mais forte. Neste estudo, apesar dos limiares de lateralização serem um pouco mais altos na intensidade de 20dBNS do que na intensidade de 40dBNS, esta diferença não foi estatisticamente significante. Este achado não concorda com o estudo de Hawkins, Wightman (1980). 183 Silman, Silverman (1997) referiram que existe diferenças no limiar auditivo pesquisado através de técnicas ascendentes e descendentes. Morrongiello et al (1984), pesquisando o limiar de precedência (tempo de atraso interaural abaixo do qual os ouvintes relatam ouvir apenas um som vindo do lado em que chegou primeiro e acima do qual eles relatam ouvir dois sons), encontraram diferenças na utilização de técnicas ascendentes ou descendentes tanto para clicks como para o som do chocalho, sendo que os limiares mais baixos foram encontrados na forma descendente. No presente estudo encontrei limiares mais baixos na técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural. A ocorrência de diferenças nos resultados devido ao uso da apresentação ascendente ou descendente do tempo de atraso interaural pode ser comparada com a ocorrência de diferenças na pesquisa dos limiares auditivos quando são usadas técnicas ascendentes ou descendentes (Silman, Silverman, 1997). Nenhum estudo que tivesse pesquisado o tempo mínimo de diferença interaural em que ocorre a lateralização referiu diferenças quanto ao uso de métodos ascendentes ou descendentes. Estes dados discordam de Morrongiello et al (1994) que encontrou limiares de precedência em tempos de atraso interaural menores na técnica descendente. Na literatura especializada, nenhum trabalho que estudou a lateralização com pistas temporais referiu diferenças entre os resultados das orelhas direita e esquerda. Tedesco (1995) aplicando o Teste Dicótico Consoante-Vogal em que o ouvinte deve repetir uma das duas sílabas ouvidas ao mesmo tempo, uma em cada orelha, encontrou vantagem da orelha direita. Neste estudo, a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ( t̂ 90 ) da orelha direita foi maior que o da orelha esquerda. Por ter sido utilizado um estímulo verbal, estes dados discordam dos achados de Tedesco (1995) que encontrou melhor desempenho na orelha direita. O desempenho melhor da orelha esquerda em relação à orelha direita em um teste que utiliza estímulos verbais pode ser explicada pelo fato de não se ter exigido do ouvinte a compreensão ou repetição da palavra ouvida, mas simplesmente a localização do estímulo que, provavelmente, foi analisado como um estímulo não-verbal. Apesar de nenhum trabalho ter pesquisado a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de lateralização) com sons verbais, é possível comparar os resultados obtidos no Teste de Lateralização Temporal elaborado neste estudo com os estudos encontrados na literatura que utilizaram outros estímulos sonoros. 184 O limiar de lateralização depende do tipo de estímulo utilizado como pode ser observado nos estudos citados abaixo: - Tons puros . de 125 a 800Hz: entre 60 e 90µs (Groen, 1969); . 300Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974); . 500Hz: entre 28 e 68µs (Nilsson, Lidén, 1976); . 500Hz: entre 59 e 113µs (Rosenhall, 1992); . 1000Hz: entre 24 e 35µs (Russolo, Poli, 1985); . 3600Hz: acima de 110µs (Henning, 1974). - Clicks . entre 40 e 45µs (Wallach et al, 1949); . entre 25 e 125µs (Zerlin, Mowry, 1980); . entre 15 e 45µs (Sabery, Perrot, 1990). - Tons modulados . 3900Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974). - Ruído de Banda Estreita . Grave (450-550Hz): entre 23 e 33µs (Hawkins, Wightman, 1980); . Agudo (3750-4250Hz): entre 130 e 182µs (Hawkins, Wightman, 1980). - Ruído de Banda Larga . 0,25 - 10000Hz: 40µs (Hausler et al, 1983). Resumindo os dados encontrados na literatura especializada é possível verificar que: para tons puros, o tempo de atraso interaural mínimo em que ocorre a lateralização, fica entre 20µs e 110µs (Groen, 1969; Henning, 1974; Nilson, Liden, 1973; Russolo, Poli, 1985; Rosenhall, 1992); para clicks fica entre 15µs e 125µs (Wallach et al, 1949; Zerlin, Mowry, 1980; Saberi,Perrot, 1990); para tons modulados fica entre 20µs e 65µs (Henning, 1974); para ruídos de banda estreita graves fica entre 23µs e 33µs e para agudos entre 130µs e 182µs (Hawkins, Wightman, 1980); e para ruído de banda larga fica em torno de 40µs (Hausler et al, 1983). 185 Neste estudo a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ficou entre 147,1µs e 293,8µs. Comparando o resultado desta pesquisa com os encontrados na literatura especializada verifico que o tempo de atraso mínimo em que ocorre a lateralização é maior para sons verbais do que para os outros tipos de estímulos que foram utilizados nos estudos anteriores, ficando mais próximo do estudo de Hawkins, Wightman (1980) quando utilizaram ruído de banda estreita agudo. Com base nos aspectos considerados anteriormente, o Teste de Lateralização Temporal elaborado para esta pesquisa mostrou-se adequado para avaliar a habilidade de lateralização sonora por meio da diferença interaural de tempo. A falta de instrumentos para avaliar a habilidade de localização sonora dificulta este diagnóstico e deixa sem explicação sintomas como suspeita de rebaixamento auditivo devido à distração ou dificuldade de compreensão de fala em ambientes ruidosos, em indivíduos com audição normal. Recomendo novos estudos com o Teste de Lateralização Temporal para que se obtenha uma validação apropriada, tornando-o útil no diagnóstico audiológico. Este trabalho é uma idéia inicial para que outros possam surgir fornecendo elementos para um diagnóstico mais preciso da habilidade de localização sonora, possibilitando a criação de técnicas terapêuticas mais apropriadas, melhorando a qualidade de vida, principal objetivo de qualquer cuidado com a saúde. 186 6 CONCLUSÕES 187 Após a análise dos resultados obtidos com o denominado Teste de Lateralização Temporal, elaborado para a realização desta pesquisa e utilizado em 80 jovens do sexo feminino considerados audiologicamente normais, pude concluir que: - A habilidade de lateralização sonora pode ser avaliada por meio da diferença interaural de tempo em microssegundos e indica a resolução temporal binaural do indivíduo. - A diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ou menor tempo de atraso interaural perceptível é: . de 201,4µ µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda, na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural; . de 293,8µs na orelha direita e de 237,1µs na orelha esquerda, na técnica descendente de apresentação do tempo de atraso interaural; . maior na orelha direita do que na orelha esquerda. - As condições de apresentação do estímulo que variaram quanto ao uso ou não do audiômetro e da cabina acústica, são úteis na realização do teste desde que a condição do não uso do audiômetro e da cabina acústica seja controlada quanto ao nível de intensidade de apresentação do estímulo, fixada em aproximadamente 70dBNPS, e o ambiente de teste seja silencioso permitindo um nível de ruído de até 46,6dBNPS. 188 - O nível de intensidade de apresentação do estímulo pode ser de 20dBNS ou 40 dBNS quando aplicado com audiômetro em cabina acústica. - Quanto à técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural, a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora é, aproximadamente, 100µs (0,1ms) menor na técnica ascendente do que na descendente. - A ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural não altera a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora. - A forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora, quanto a nomear ou apontar, não interfere na habilidade de lateralização sonora no que diz respeito ao menor tempo de atraso interaural perceptível. 189 7 ANEXOS 190 ANEXO 1 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo/ Hospital São Paulo. 191 192 ANEXO 2 Modelo do Termo de Consentimento que foi assinado pelos indivíduos que aceitaram participar da pesquisa. 193 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título do projeto: Elaboração de um instrumento para verificação de lateralização de estímulos verbais através de distorção de fase. Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo que tem como finalidade elaborar um instrumento para verificar a habilidade auditiva de lateralização de sons verbais. Os testes que serão realizados são: - Audiometria tonal: teste em que você deverá levantar a mão toda vez que ouvir um apito. Logoaudiometria: teste em que você deverá repetir as palavras ouvidas. Medidas de imitância acústica: teste em que será colocado uma “borrachinha” em sua orelha e você sentirá uma pressão como se tivesse descendo uma serra e escutará alguns apitos, porém não precisará fazer nada. Os testes acima são realizados para verificar se sua audição é normal. - Teste de distorção de fase: teste experimental em que você escutará uma palavra e deverá falar ou apontar onde escutou o som. Estes testes serão realizados com fones dentro e fora da cabina acústica, não havendo nenhum desconforto nem risco nesta avaliação. Não há benefício direto para o participante. Trata-se de um estudo experimental que ajudará na detecção de indivíduos com dificuldade de localizar sons, habilidade muito importante para focarmos a atenção em um estímulo específico quando nos encontramos em um ambiente ruidoso. Sua participação neste estudo é de livre e espontânea vontade, sem nenhum custo e seu consentimento de participação poderá ser retirado a qualquer momento. As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgada a identificação de nenhum paciente. Os dados coletados serão utilizados apenas na tese para obtenção do título de doutora em Distúrbios da Comunicação Humana de Maria Lucy Fraga Tedesco. Eu, Maria Lucy Fraga Tedesco, coloco-me à disposição para esclarecer todas as dúvidas sobre esta avaliação à Rua Botucatu 802, ou pelo telefone 55497500. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) - Rua Pedro de Toledo, 715 - 1º andar, 5576-4564, 5571-1062, FAX; 5539-7162. Eu discuti com a fonoaudióloga Maria Lucy Fraga Tedesco sobre minha decisão em participar deste estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem utilizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo de qualquer benefício que eu possa ter adquirido. ________________________________________ Assinatura do paciente Data ____/____/____ 194 Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente para a participação neste estudo. ________________________________________ Maria Lucy Fraga Tedesco Data ____/____/____ 195 ANEXO 3 Folha de respostas do Teste de Lateralização Temporal. 196 TESTE DE LATERALIZAÇÃO TEMPORAL Nome:__________________________________________________ Data: ___/___/_____ Idade:________ Sexo: __________ Data de Nascimento: ___/___/___ Equipamento:______________________________________Intensidade:______________ Tipo de Resposta: nomear ( ) apontar ( ) Treino 1 Lado de Início E 500 Atraso (µs) Resposta 2 C 0 3 4 D D 500 500 5 C 0 6 E 500 7 C 0 8 9 10 11 12 13 14 15 D E E D C E C D 500 500 500 500 0 500 0 500 Tempo de Atraso Descendente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Lado de Início D E D E D E E D D D D E E D 408 385 385 431 454 454 408 431 340 295 317 340 363 363 Atraso (µs) Resposta 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Lado de Início E E E E D D E D E D D E D 295 317 272 227 227 272 249 204 204 249 159 181 181 Atraso (µs) Resposta 28 29 30 31 32 33 Lado de Início D E E D E D 136 113 136 113 159 91 Atraso (µs) Resposta 34 D 45 35 E 91 36 D 68 37 D 23 38 E 23 39 E 45 40 E 68 Tempo de Atraso Ascendente Lado de início Atraso (µs) Resposta 1 D 23 2 D 91 3 D 68 4 E 68 5 E 23 6 E 45 7 E 91 8 9 10 11 12 13 14 D E D E D E D 45 159 113 136 181 113 136 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Lado de início D E D E E D E E D D E D E 159 181 204 204 249 249 272 227 272 227 295 340 363 Atraso (µs) Resposta 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Lado de início D E D D E D E E E D E D D 363 340 317 295 317 408 385 408 431 431 454 454 385 Atraso (µs) Resposta 197 ANEXO 4 Respostas de cada indivíduo nas várias formas em que o Teste de Lateralização Temporal foi aplicado. ii Tabela 1 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D A20D TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 408 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 454 E 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 408 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 431 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 295 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 363 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 295 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 227 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 227 D 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 204 D 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 204 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 249 D 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 159 D 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 181 E 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 181 D 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 136 D 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 113 E 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 113 D 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 91 D 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 45 D 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 91 E 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 68 D 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 23 D 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 23 E 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 45 E 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 68 E 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado ii 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 15 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 16 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 17 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 18 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 19 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 21 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 1 23 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 iii Tabela 2 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 A20D 408 D 1 1 A20D 385 E 1 1 A20D 385 D 1 1 A20D 431 E 1 1 A20D 454 D 1 1 A20D 454 E 1 1 A20D 408 E 1 1 A20D 431 D 0 1 A20D 340 D 1 1 A20D 295 D 1 1 A20D 317 D 1 1 A20D 340 E 1 1 A20D 363 E 1 1 A20D 363 D 1 1 A20D 295 E 1 1 A20D 317 E 1 1 A20D 272 E 1 1 A20D 227 E 1 1 A20D 227 D 0 1 A20D 272 D 1 1 A20D 249 E 1 1 A20D 204 D 0 1 A20D 204 E 0 0 A20D 249 D 1 1 A20D 159 D 0 0 A20D 181 E 1 0 A20D 181 D 0 1 A20D 136 D 0 1 A20D 113 E 1 0 A20D 136 E 1 0 A20D 113 D 0 1 A20D 159 E 1 0 A20D 91 D 0 1 A20D 45 D 0 0 A20D 91 E 1 0 A20D 68 D 0 1 A20D 23 D 0 0 A20D 23 E 1 0 A20D 45 E 1 0 A20D 68 E 1 0 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 27 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 28 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 30 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 31 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 32 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 33 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 34 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado iii 35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 36 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 37 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 38 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 39 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 40 41 42 43 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 iv Tabela 3 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 A20D 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 A20D 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 340 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 295 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 227 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 227 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 A20D 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 A20D 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 204 D 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 A20D 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 A20D 249 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A20D 159 D 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1 A20D 181 E 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 A20D 181 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 A20D 136 D 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 A20D 113 E 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 A20D 136 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 A20D 113 D 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 A20D 159 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 91 D 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 A20D 45 D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 A20D 91 E 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 A20D 68 D 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20D 23 D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20D 23 E 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20D 45 E 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 A20D 68 E 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado iv v Tabela 4 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A20D 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 385 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A20D 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 454 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 431 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A20D 295 D 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A20D 317 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 A20D 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 363 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20D 295 E 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 317 E 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 272 E 1 1 1 1 2 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 227 E 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 227 D 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 A20D 272 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 A20D 249 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 204 D 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 A20D 204 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20D 249 D 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 A20D 159 D 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 A20D 181 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20D 181 D 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 A20D 136 D 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 A20D 113 E 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 A20D 136 E 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 A20D 113 D 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 A20D 159 E 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 A20D 91 D 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 A20D 45 D 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 A20D 91 E 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 A20D 68 D 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 2 0 0 1 0 1 1 A20D 23 D 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 1 0 A20D 23 E 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 A20D 45 E 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 A20D 68 E 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado v vi Tabela 5 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A20A 23 D 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 A20A 91 D 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 A20A 68 D 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 68 E 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 A20A A20A 23 E 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 A20A 45 E 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 A20A 91 E 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 45 D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 A20A A20A 159 E 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 A20A 113 D 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 A20A 136 E 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 181 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A A20A 113 E 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 A20A 136 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A 159 D 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 181 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A A20A 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A A20A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A A20A 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 A20A 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A A20A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 A20A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 A20A 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado vi 14 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 18 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 20 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 0 1 1 0 2 2 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 22 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 23 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 vii Tabela 6 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 A20A 23 D 0 0 A20A 91 D 0 0 A20A 68 D 0 0 A20A 68 E 1 0 A20A 23 E 0 0 A20A 45 E 1 0 A20A 91 E 1 0 A20A 45 D 0 0 A20A 159 E 1 0 A20A 113 D 0 1 A20A 136 E 1 1 A20A 181 D 1 1 A20A 113 E 1 0 A20A 136 D 1 1 A20A 159 D 0 1 A20A 181 E 1 1 A20A 204 D 1 1 A20A 204 E 1 1 A20A 249 E 1 1 A20A 249 D 1 1 A20A 272 E 1 1 A20A 227 E 1 1 A20A 272 D 1 1 A20A 227 D 1 1 A20A 295 E 1 1 A20A 340 D 1 1 A20A 363 E 1 1 A20A 363 D 1 1 A20A 340 E 1 1 A20A 317 D 1 1 A20A 295 D 1 1 A20A 317 E 1 1 A20A 408 D 1 1 A20A 385 E 1 1 A20A 408 E 1 1 A20A 431 E 1 1 A20A 431 D 1 1 A20A 454 E 1 1 A20A 454 D 1 1 A20A 385 D 1 1 26 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 27 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 28 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 29 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 31 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 32 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 33 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 34 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado vii 35 0 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 36 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 37 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 38 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 39 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40 41 42 43 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 viii Tabela 7 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 A20A 23 D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20A 91 D 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 A20A 68 D 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 A20A 68 E 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 A20A 23 E 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20A 45 E 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A20A 91 E 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 A20A 45 D 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 A20A 159 E 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 A20A 113 D 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 A20A 136 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 A20A 181 D 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 A20A 113 E 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 A20A 136 D 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 A20A 159 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 2 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 A20A 181 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 A20A 204 D 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 249 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 227 E 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 295 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 D 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado viii ix Tabela 8 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A20A 23 D 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 A20A 91 D 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 A20A 68 D 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 A20A 68 E 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 A20A 23 E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 A20A 45 E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 A20A 91 E 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 A20A 45 D 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 A20A 159 E 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 A20A 113 D 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 A20A 136 E 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20A 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A 113 E 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20A 136 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 A20A 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 204 D 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 272 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A20A 227 D 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A20A 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 D 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 431 D 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A20A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A20A 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado ix x Tabela 9 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D A40D TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 385 D 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 431 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 227 E 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 227 D 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 204 D 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 204 E 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 249 D 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 159 D 0 0 1 1 0 1 1 0 1 0 181 E 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 181 D 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 136 D 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 113 D 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 159 E 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 91 D 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 45 D 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 91 E 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 68 D 1 0 0 1 1 2 0 0 0 1 23 D 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 23 E 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 45 E 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 68 E 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado x 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 16 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 17 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 18 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 0 0 19 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 21 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 23 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 xi Tabela 10 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 A40D 408 D 1 1 A40D 385 E 1 1 A40D 385 D 1 1 A40D 431 E 1 1 A40D 454 D 1 1 A40D 454 E 1 1 A40D 408 E 1 1 A40D 431 D 1 1 A40D 340 D 1 1 A40D 295 D 1 1 A40D 317 D 1 1 A40D 340 E 1 1 A40D 363 E 1 1 A40D 363 D 1 1 A40D 295 E 1 1 A40D 317 E 1 1 A40D 272 E 1 1 A40D 227 E 0 1 A40D 227 D 1 1 A40D 272 D 2 1 A40D 249 E 1 1 A40D 204 D 1 1 A40D 204 E 1 1 A40D 249 D 1 1 A40D 159 D 0 1 A40D 181 E 1 1 A40D 181 D 1 1 A40D 136 D 0 1 A40D 113 E 1 1 A40D 136 E 1 1 A40D 113 D 0 1 A40D 159 E 1 1 A40D 91 D 1 1 A40D 45 D 0 0 A40D 91 E 1 1 A40D 68 D 0 1 A40D 23 D 0 0 A40D 23 E 0 0 A40D 45 E 0 0 A40D 68 E 0 0 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 27 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 28 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 31 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 32 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 33 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 34 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xi 35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 36 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 37 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 38 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 39 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 40 41 42 43 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 xii Tabela 11 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 A40D 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 340 D 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 363 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 227 D 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 A40D 272 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 204 D 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 A40D 204 E 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 A40D 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 159 D 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 A40D 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 181 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40D 136 D 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 A40D 113 E 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 A40D 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 A40D 113 D 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 A40D 159 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40D 91 D 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 A40D 45 D 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 A40D 91 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 A40D 68 D 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 A40D 23 D 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A40D 23 E 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 A40D 45 E 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 A40D 68 E 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xii xiii Tabela 12 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A40D 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 454 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40D 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 A40D 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 A40D 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40D 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 363 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 A40D 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40D 227 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 A40D 272 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 A40D 249 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40D 204 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 A40D 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40D 249 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40D 159 D 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 A40D 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40D 181 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 A40D 136 D 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 A40D 113 E 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 A40D 136 E 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 A40D 113 D 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 A40D 159 E 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 A40D 91 D 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 A40D 45 D 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 A40D 91 E 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 A40D 68 D 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 A40D 23 D 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 A40D 23 E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 A40D 45 E 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 A40D 68 E 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xiii xiv Tabela 13 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A40A 23 D 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 A40A 91 D 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 A40A 68 D 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 68 E 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 23 E 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 A40A 45 E 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 A40A 91 E 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 45 D 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 A40A A40A 159 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 A40A 113 D 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 A40A 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 113 E 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 A40A 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 159 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 A40A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A A40A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 A40A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 A40A 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xiv 14 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 18 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 20 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 22 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 23 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xv Tabela 14 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 A40A 23 D 0 0 A40A 91 D 0 1 A40A 68 D 0 1 A40A 68 E 0 0 A40A 23 E 0 0 A40A 45 E 0 0 A40A 91 E 0 1 A40A 45 D 0 0 A40A 159 E 1 1 A40A 113 D 0 1 A40A 136 E 1 1 A40A 181 D 0 1 A40A 113 E 1 1 A40A 136 D 1 1 A40A 159 D 1 1 A40A 181 E 1 1 A40A 204 D 1 1 A40A 204 E 1 1 A40A 249 E 1 1 A40A 249 D 1 1 A40A 272 E 1 1 A40A 227 E 1 1 A40A 272 D 1 1 A40A 227 D 1 1 A40A 295 E 1 2 A40A 340 D 1 1 A40A 363 E 1 1 A40A 363 D 1 1 A40A 340 E 1 1 A40A 317 D 1 1 A40A 295 D 1 1 A40A 317 E 1 1 A40A 408 D 1 1 A40A 385 E 1 1 A40A 408 E 1 1 A40A 431 E 1 1 A40A 431 D 1 1 A40A 454 E 1 1 A40A 454 D 1 1 A40A 385 D 1 1 26 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 27 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 28 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 29 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 31 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 32 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 33 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 34 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xv 35 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 36 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 37 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 38 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 39 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40 41 42 43 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xvi Tabela 15 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 A40A 23 D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 A40A 91 D 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 A40A 68 D 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 A40A 68 E 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 A40A 23 E 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 A40A 45 E 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 A40A 91 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 45 D 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 A40A 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 113 D 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 181 D 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 A40A 136 D 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 159 D 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 181 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 204 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 272 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 227 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 D 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 D 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xvi xvii Tabela 16 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A40A 23 D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 A40A 91 D 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 A40A 68 D 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 A40A 68 E 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 A40A 23 E 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 A40A 45 E 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 A40A 91 E 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 A40A 45 D 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 A40A 159 E 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 113 D 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 A40A 136 E 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 113 E 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 136 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40A 159 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 A40A 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 A40A 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 431 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A40A 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xvii xviii Tabela 17 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SDN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 295 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 317 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 SDN 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 204 D 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 SDN 204 E 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 SDN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 159 D 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 SDN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 SDN 181 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 136 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 113 E 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 SDN 136 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 113 D 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 SDN 159 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 91 D 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 SDN 45 D 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 SDN 91 E 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 SDN 68 D 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 SDN 23 D 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 SDN 23 E 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 SDN 45 E 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 SDN 68 E 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xviii 15 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 16 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 17 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 18 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 0 1 19 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 21 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 23 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 2 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 xix Tabela 18 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 SDN 408 D 1 1 SDN 385 E 1 1 SDN 385 D 1 1 SDN 431 E 1 1 SDN 454 D 1 1 SDN 454 E 1 1 SDN 408 E 1 1 SDN 431 D 1 1 SDN 340 D 1 1 SDN 295 D 1 1 SDN 317 D 1 1 SDN 340 E 1 1 SDN 363 E 1 1 SDN 363 D 1 1 SDN 295 E 1 1 SDN 317 E 1 1 SDN 272 E 1 1 SDN 227 E 1 1 SDN 227 D 1 1 SDN 272 D 0 1 SDN 249 E 1 1 SDN 204 D 1 1 SDN 204 E 1 1 SDN 249 D 0 1 SDN 159 D 0 1 SDN 181 E 1 1 SDN 181 D 0 1 SDN 136 D 0 1 SDN 113 E 1 0 SDN 136 E 1 1 SDN 113 D 0 1 SDN 159 E 1 1 SDN 91 D 1 1 SDN 45 D 0 1 SDN 91 E 1 1 SDN 68 D 0 1 SDN 23 D 0 1 SDN 23 E 0 0 SDN 45 E 0 1 SDN 68 E 0 1 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 27 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 28 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 31 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 32 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 33 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 34 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xix 35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 36 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 38 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 39 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 40 41 42 43 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 xx Tabela 19 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 SDN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 E 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 SDN 272 D 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 SDN 204 D 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 SDN 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 249 D 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 159 D 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 SDN 181 E 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 181 D 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 SDN 136 D 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 SDN 113 E 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 SDN 136 E 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 2 0 1 SDN 113 D 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 SDN 159 E 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 SDN 91 D 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 SDN 45 D 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 SDN 91 E 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 SDN 68 D 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 SDN 23 D 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 SDN 23 E 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 SDN 45 E 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 SDN 68 E 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xx xxi Tabela 20 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 SDN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 SDN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 295 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 272 E 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 227 D 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 SDN 272 D 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 204 D 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 SDN 204 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SDN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDN 159 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 SDN 181 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 SDN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDN 136 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 SDN 113 E 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 SDN 136 E 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 SDN 113 D 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 SDN 159 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SDN 91 D 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 SDN 45 D 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 SDN 91 E 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 SDN 68 D 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 2 0 SDN 23 D 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 SDN 23 E 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 SDN 45 E 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 SDN 68 E 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxi xxii Tabela 21 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SAN 23 D 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 SAN 91 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 SAN 68 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 68 E 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 SAN 23 E 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 SAN 45 E 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 SAN 91 E 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 SAN 45 D 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 SAN 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 113 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 113 E 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 SAN 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 SAN 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 SAN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxii 15 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 18 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 20 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 22 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 23 1 1 1 0 0 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xxiii Tabela 22 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 24 25 SAN 23 D 0 0 SAN 91 D 0 1 SAN 68 D 0 1 SAN 68 E 1 0 SAN 23 E 0 0 SAN 45 E 0 0 SAN 91 E 0 1 SAN 45 D 0 1 SAN 159 E 1 1 SAN 113 D 0 1 SAN 136 E 1 1 SAN 181 D 1 1 SAN 113 E 1 1 SAN 136 D 1 1 SAN 159 D 1 1 SAN 181 E 1 1 SAN 204 D 1 1 SAN 204 E 1 1 SAN 249 E 1 1 SAN 249 D 1 1 SAN 272 E 1 1 SAN 227 E 1 1 SAN 272 D 1 1 SAN 227 D 1 1 SAN 295 E 1 1 SAN 340 D 1 1 SAN 363 E 1 1 SAN 363 D 1 1 SAN 340 E 1 1 SAN 317 D 1 1 SAN 295 D 1 1 SAN 317 E 1 1 SAN 408 D 1 1 SAN 385 E 1 1 SAN 408 E 1 1 SAN 431 E 1 1 SAN 431 D 1 1 SAN 454 E 1 1 SAN 454 D 1 1 SAN 385 D 1 1 26 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 27 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 28 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 29 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 31 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 32 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 33 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 34 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxiii 35 0 0 0 1 1 1 0 2 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 36 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 37 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 38 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 39 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40 41 42 43 1 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xxiv Tabela 23 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 SAN 23 D 0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 SAN 91 D 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 SAN 68 D 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 SAN 68 E 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 SAN 23 E 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SAN 45 E 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SAN 91 E 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 SAN 45 D 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 SAN 159 E 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 113 D 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 SAN 136 E 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 113 E 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 136 D 1 2 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 SAN 159 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 D 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 E 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxiv xxv Tabela 24 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 SAN 23 D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 SAN 91 D 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 SAN 68 D 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 SAN 68 E 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 SAN 23 E 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 SAN 45 E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 SAN 91 E 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 SAN 45 D 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 2 1 SAN 159 E 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 SAN 113 D 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 SAN 136 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 SAN 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 136 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 363 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxv xxvi Tabela 25 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SDA 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 295 D 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 340 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 SDA 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SDA 295 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 SDA 317 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 272 E 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 227 E 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 227 D 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 SDA 272 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 249 E 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 SDA 204 D 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 SDA 204 E 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 SDA 249 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 159 D 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 181 E 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 SDA 181 D 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 SDA 136 D 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 SDA 113 E 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 SDA 136 E 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 SDA 113 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 159 E 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 SDA 91 D 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SDA 45 D 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 SDA 91 E 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 SDA 68 D 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 SDA 23 D 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 SDA 23 E 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SDA 45 E 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 SDA 68 E 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxvi 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 16 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 17 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 18 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 19 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 21 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 23 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 xxvii Tabela 26 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 24 25 SDA 408 D 1 1 SDA 385 E 1 1 SDA 385 D 1 1 SDA 431 E 1 1 SDA 454 D 1 1 SDA 454 E 1 1 SDA 408 E 1 1 SDA 431 D 1 1 SDA 340 D 1 1 SDA 295 D 1 1 SDA 317 D 1 1 SDA 340 E 1 1 SDA 363 E 1 1 SDA 363 D 1 1 SDA 295 E 1 1 SDA 317 E 1 1 SDA 272 E 1 1 SDA 227 E 1 1 SDA 227 D 1 1 SDA 272 D 1 1 SDA 249 E 1 1 SDA 204 D 1 1 SDA 204 E 1 1 SDA 249 D 0 1 SDA 159 D 1 1 SDA 181 E 0 1 SDA 181 D 0 1 SDA 136 D 0 1 SDA 113 E 1 1 SDA 136 E 1 1 SDA 113 D 0 1 SDA 159 E 0 1 SDA 91 D 0 1 SDA 45 D 0 1 SDA 91 E 1 0 SDA 68 D 0 1 SDA 23 D 0 1 SDA 23 E 0 0 SDA 45 E 0 0 SDA 68 E 1 0 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 27 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 2 1 0 0 0 0 0 28 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 2 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 31 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 32 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 33 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 34 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxvii 35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 36 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 38 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 39 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 40 41 42 43 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 xxviii Tabela 27 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 SAN 23 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 91 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 68 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 68 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 23 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 45 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 91 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 SAN 45 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 113 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 SAN 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 SAN 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 SAN 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 2 1 SAN 295 E 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 SAN 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 363 E 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 SAN 363 D 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 SAN 340 E 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 SAN 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 SAN 295 D 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 SAN 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 SAN 408 D 0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 SAN 385 E 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 SAN 408 E 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 SAN 431 E 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 SAN 431 D 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 SAN 454 E 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 SAN 454 D 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SAN 385 D 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxviii xxix Tabela 28 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 SAN 23 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAN 91 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 68 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 68 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 23 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 45 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 91 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 45 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 113 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 136 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 204 E 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 SAN 249 E 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 SAN 249 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 227 E 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAN 272 D 1 1 0 1 1 0 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 227 D 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 SAN 295 E 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 SAN 340 D 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 363 E 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 SAN 363 D 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 SAN 340 E 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 317 D 1 0 2 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 295 D 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 SAN 317 E 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 SAN 408 D 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 SAN 385 E 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 SAN 408 E 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 SAN 431 E 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 SAN 431 D 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 SAN 454 E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 SAN 454 D 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 SAN 385 D 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxix xxx Tabela 29 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SAA 23 D 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 SAA 91 D 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 SAA 68 D 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 SAA 68 E 2 0 1 0 1 1 0 0 0 1 SAA 23 E 1 0 1 0 1 0 0 0 0 1 SAA 45 E 1 0 1 0 1 1 2 0 0 1 SAA 91 E 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 SAA 45 D 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 SAA 159 E 2 1 1 1 1 1 0 1 1 1 SAA 113 D 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 113 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 SAA 159 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 204 D 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 204 E 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 SAA 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxx 15 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 18 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 20 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 22 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 23 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xxxi Tabela 30 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 24 25 SAA 23 D 0 0 SAA 91 D 0 0 SAA 68 D 1 0 SAA 68 E 0 1 SAA 23 E 0 0 SAA 45 E 0 0 SAA 91 E 1 1 SAA 45 D 0 1 SAA 159 E 1 1 SAA 113 D 0 1 SAA 136 E 1 1 SAA 181 D 1 1 SAA 113 E 1 1 SAA 136 D 1 1 SAA 159 D 1 1 SAA 181 E 1 1 SAA 204 D 1 1 SAA 204 E 1 1 SAA 249 E 1 1 SAA 249 D 1 1 SAA 272 E 1 1 SAA 227 E 1 1 SAA 272 D 1 1 SAA 227 D 1 1 SAA 295 E 1 1 SAA 340 D 1 1 SAA 363 E 1 1 SAA 363 D 1 1 SAA 340 E 1 1 SAA 317 D 1 1 SAA 295 D 1 1 SAA 317 E 1 1 SAA 408 D 1 1 SAA 385 E 1 1 SAA 408 E 1 1 SAA 431 E 1 1 SAA 431 D 1 1 SAA 454 E 1 1 SAA 454 D 1 1 SAA 385 D 1 1 26 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 27 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 28 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 29 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 31 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 32 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 33 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 34 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxxi 35 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 36 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 37 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 38 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 39 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40 41 42 43 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 xxxii Tabela 31 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 SAA 23 D 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 SAA 91 D 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 SAA 68 D 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 SAA 68 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 23 E 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 SAA 45 E 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 SAA 91 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 SAA 45 D 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 SAA 159 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 113 D 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 SAA 136 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 SAA 181 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 113 E 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 136 D 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 159 D 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 181 E 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 204 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 204 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 E 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxxii xxxiii Tabela 32 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo. TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 SAA 23 D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1 SAA 91 D 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 SAA 68 D 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 SAA 68 E 1 0 2 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAA 23 E 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 SAA 45 E 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 SAA 91 E 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SAA 45 D 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 SAA 159 E 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAA 113 D 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 SAA 136 E 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 SAA 181 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAA 113 E 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 SAA 136 D 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 SAA 159 D 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 181 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 2 1 SAA 204 D 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 204 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 249 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 272 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 272 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 227 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 363 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 340 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 295 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 317 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 D 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 E 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 408 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 431 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 E 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 454 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SAA 385 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 = Centralização 1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste 2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado xxxiii xxxiv 8 REFERÊNCIAS xxxiv xxxv Araújo AM de L. 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The second track includes 20 delays ranging from 23 to 454µs to the right and to the left ears, totalizing 40 delays in a descending random run. In the third track the same 40 delays were arranged in an ascending random run. Normal group was composed of 80 young women ranging from 18 to 25 years old. A CD compact player was used for the stimulus presentation in the following conditions: without audiometer in a silent environment, using an audiometer in a sound booth, using either 20dBSL or 40dBSL as presentation levels, presenting delays in ascending or descending runs. Two different response modes were used to indicate the sound sensation origin: verbal and motor response (pointing to the origin place in the head). Results and conclusions: Temporal Lateralization Test is adequate to evaluate sound lateralization ability based on interaural time differences. Mean minimum interaural time delay required to sound lateralization is 201,4µs to the right ear and 154,6µs to the left ear in an ascending run, and 293,8µs to the right ear and 237,1µs to the left in a descending run. The test can be applied in a sound booth either using an audiometer or not, in a silent environment. When applied in a sound booth either 20dBSL or 40dBSL can be used as presentation levels. Minimum interaural time delay is about 100µs (0,1ms) smaller in ascending run than in descending run and the order of the technique is not important. The response mode used to indicate sound sensation in the listener’s head (verbal or motor response) does not influence on the minimum interaural time delay required to sound lateralization. xxxix xl BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Campedelli SY, Souza JB. Literatura, produção de texto e gramática. São Paulo: Saraiva; 1998. p 438. Finney DJ. Statistical Method in Biological Assay. London: Charles Griffin & Company LTD; 1978. Hornby AS. 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