MARIA LUCY FRAGA TEDESCO

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MARIA LUCY FRAGA TEDESCO
MARIA LUCY FRAGA TEDESCO
“LATERALIZAÇÃO SONORA: diferença interaural mínima de tempo
em ouvintes normais”
Tese apresentada à Universidade Federal de
São Paulo
–
Escola Paulista de Medicina,
para obtenção do Título de Doutor em Ciências
dos Distúrbios da Comunicação Humana:
Campo Fonoaudiológico.
Orientadora: Profa. Dra. Alda Christina Lopes de
Carvalho Borges.
Co-orientadora: Profa. Dra. Liliane Desgualdo
Pereira.
São Paulo
2002
2
Tedesco, Maria Lucy Fraga
Lateralização sonora: diferença interaural mínima de tempo em
ouvintes normais / Maria Lucy Fraga Tedesco.- - São Paulo, 2002.
xxiii, 198f.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola
Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Distúrbios da
Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico.
Título em inglês: Sound Lateralization: minimum interaural time
difference in normal listeners.
1.Localização de sons. 2. Audição. 3. Testes auditivos. 4.
Percepção auditiva.
3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E
DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DA
COMUNICAÇÃO HUMANA: CAMPO FONOAUDIOLÓGICO.
Chefe do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da
Comunicação Humana
PROFa. DRa. JACY PERISSINOTO
Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Distúrbios da
Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico
PROFa. DRa. ALDA CHRISTINA LOPES DE CARVALHO BORGES
4
ORIENTADORA:
PROFa. DRa. ALDA CHRISTINA LOPES DE CARVALHO BORGES
Professora Adjunto da Disciplina dos Distúrbios da Audição do Departamento
de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade
Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.
CO- ORIENTADORA:
PROFa. DRa. LILIANE DESGUALDO PEREIRA
Professora Adjunto da Disciplina dos Distúrbios da Audição do Departamento
de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade
Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.
5
MARIA LUCY FRAGA TEDESCO
“LATERALIZAÇÃO SONORA: diferença interaural mínima de tempo
em ouvintes normais”
Presidente da banca: Prof. Dr. __________________________________________
Banca Examinadora
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Aprovada em : _____/ _____/ ________
6
Ao Carlos, meu marido…
À Marina, minha filha…
Ao Caio, meu filho…
...razão da minha vida
Dedico este trabalho
7
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
8
À Profa. Dra. Alda Christina Lopes de Carvalho Borges pela sua orientação
preciosa, por ter sempre as mãos estendidas para me apoiar nas horas de
dificuldade, por sua amizade e por ter me ensinado o verdadeiro sentido da palavra
mestre.
À Profa. Dra. Liliane Desgualdo Pereira pela dedicação e competência com que
me orientou, pela sua amizade e pelo que representa na minha vida profissional.
Ao Carlos, Marina e Caio pela ajuda e incentivo constante e principalmente,
pelo amor e carinho, essenciais à minha vida.
À minha mãe, Lucy, exemplo de fé e de força, a quem devo tudo que sou hoje.
À minha segunda mãe, Vilma, pela administração da minha casa e cuidados
com meus filhos, ajuda imprescindível na realização deste trabalho.
Aos meus irmãos Bernadete, Constantino e Marcelo com quem sempre posso
contar nos momentos de dificuldade, pela amizade e apoio presentes em todos os
momentos.
Aos meus cunhados, Nelson, Cláudio, Yara, Camila e Maria Alice, pela
amizade e incentivo.
Aos meus sobrinhos, Tiago, Leandro, Renata, Andreia, Cláudio, Guilherme,
Isabel, Lourenço, Gabriela, Gustavo, André e Estela, pela alegria que me
proporcionam.
Ao meu pai Constantino, Ernesto e Elisa que brindam comigo a conclusão
deste trabalho.
À Babi, por não me deixar estressar, exigindo minha companhia em sua
caminhada diária.
A Deus por me dar forças para superar todas as dificuldades.
9
AGRADECIMENTOS
10
À CAPES pelo auxílio financeiro na realização desta pesquisa.
Ao engenheiro Dr. Antônio Marcos de Lima Araújo, pela montagem do CD
utilizado nesta pesquisa e pela sua disposição para ajudar.
Às minhas alunas do Curso de Fonoaudiologia da UNIFESP-EPM, pela
presteza com que concordaram em participar desta pesquisa e pelo apoio que recebi
em todos os momentos.
À Profa. Dra. Carmem Diva Saldiva de André pelo tratamento estatístico dos
dados.
À Profa. Telma Regina Bueno e a Carlos Aloísio Tedesco pelo cuidadoso
trabalho de revisão do português.
À fonoaudióloga e amiga Daniela Gil pela correção do abstract e ajuda
durante a realização deste trabalho.
À Celina F. Ucha Campos, Túlio Loyelo e Caio Fraga Tedesco, pela
montagem das tabelas e gráficos, pela amizade e apoio constantes.
À fonoaudióloga, Profa. Dra. Maria Francisca Colella dos Santos que me
acompanhou nesta caminhada, obrigado pela sua amizade e pela sua ajuda.
À Profa. Dra. Maria Cecília Martinelli Iório pelo apoio na realização deste
trabalho e pelo sorriso amigo com que me presenteia toda vez que me encontra.
Aos professores do Curso de Fonoaudiologia da UNIFESP – EPM pela forma
com que me receberam, pela amizade e incentivo.
Às fonoaudiólogas especializandas, mestrandas e doutorandas da UNIFESPEPM, pela amizade, companheirismo e auxílio na realização deste trabalho.
À Célia, Rosely, Sra. Ilailde e Sr. Manoel pela amizade e ajuda prestada
durante esse período de convivência.
Às minhas amigas Maria Lúcia B. Torres, Nancy Motta Ferraz, Haydee B. L.
Zamperlini e Leny Kyrillos, que apesar de distantes estão sempre comigo.
À direção do UniFMU pela compreensão de minhas falhas durante a
realização deste trabalho e pelo apoio nesta jornada.
Aos meus queridos alunos do Curso de Fonoaudiologia do UniFMU que são a
razão desta minha trajetória.
Aos coordenadores, professores, secretárias e funcionários do UniFMU,
novos amigos que tornaram este caminho mais alegre.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho.
11
SUMÁRIO
Dedicatória ..................................................................................
vi
Agradecimentos Especiais ..........................................................
vii
Agradecimentos ..........................................................................
ix
Listas ...........................................................................................
xii
Resumo .......................................................................................
xxii
1 INTRODUÇÃO ........................................................................
1
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................
5
3 MÉTODOS ..............................................................................
57
4 RESULTADOS ........................................................................
70
5 DISCUSSÃO ...........................................................................
113
6 CONCLUSÕES .......................................................................
151
7 ANEXOS .................................................................................
154
8 REFERÊNCIAS ......................................................................
194
Abstract
Bibliografia Consultada
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:
Espectograma da palavra “paca”.
58
Figura 2:
Composição espectral das plosivas surdas.
59
Figura 3:
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD).
Figura 4:
76
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 20dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AA).
Figura 5:
76
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD)
Figura 6:
80
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 20dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA)
Figura 7:
80
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD)
84
13
Figura 8:
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA)
Figura 9:
84
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD)
88
Figura 10: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade
de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA)
88
Figura 11: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SAND)
92
Figura 12: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SANA)
92
14
Figura 13: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SDND)
96
Figura 14: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SDNA)
96
Figura 15: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação
do estímulo (SAAD)
100
Figura 16: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação
do estímulo (SAAA)
100
15
Figura 17: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação
do estímulo (SDAD)
104
Figura 18: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o
estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com o
tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando
o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player
em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação
do estímulo (SDAA)
Figura 19: Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 1
104
108
Figura 20: Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda
nos tratamentos do grupo 1
Figura 21: Dendrograma obtido para os tratamentos do grupo 2
109
110
Figura 22: Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda
nos tratamentos do grupo 2
111
16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1:
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A20AD).
Tabela 2:
74
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A20AA).
Tabela 3:
75
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A20DD).
Tabela 4:
78
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 20dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A20DA).
79
17
Tabela 5:
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A40AD).
Tabela 6:
82
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A40AA).
Tabela 7:
83
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A40DD).
Tabela 8:
86
Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
o audiômetro em intensidade de 40dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como
resposta a nomeação (A40DA).
87
18
Tabela 9:
Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
tendo como resposta a nomeação (SAND).
90
Tabela 10: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
tendo como resposta a nomeação (SANA).
91
Tabela 11: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e
tendo como resposta a nomeação (SDND).
94
Tabela 12: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e
tendo como resposta a nomeação (SDNA).
95
19
Tabela 13: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
apontando o local de sensação do estímulo (SAAD).
98
Tabela 14: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
apontando o local de sensação do estímulo (SAAA).
99
Tabela 15: Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e
apontando o local de sensação do estímulo (SDAD).
102
Tabela 16: Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou
centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de atraso
interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em
que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se
apenas o CD compact player em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e
apontando o local de sensação do estímulo (SDAA).
103
Tabela 17: Valores calculados da média e erro padrão do t̂ 90 para os
Grupos 1 e 2 de acordo com a orelha em que o teste foi
iniciado (D e E) e a técnica de apresentação do tempo de
atraso interaural.
Tabela 18: t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado
112
133
20
segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os
grupos 1A e 1D.
Tabela 19: Intervalo de confiança de t̂ 90 nas diferentes situações em que
o teste foi realizado segundo a orelha em que o estímulo
chegou primeiro e os grupos 1A e 1D.
137
21
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
C
Centro
CD
Compact Disc
D
Lado Direito
dB
Decibel
dBNA
Decibel Nível de Audição
dBNPS
Decibel Nível de Pressão Sonora
dBNS
Decibel Nível de Sensação
E
Lado Esquerdo
EE
Estimulação Excitatória Bilateral
EI
Estimulação Excitatória Contralateral e Inibitória Ipsilateral
Hz
Hertz
KHz
Quilohertz
IE
Estimulação Inibitória Contralateral e Excitatória Ipsilateral
22
Resumo
Objetivo: Caracterizar a habilidade de lateralização sonora por meio da diferença
interaural de tempo, buscando o menor tempo de atraso interaural que produz
lateralização para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, levando em conta as
condições de ambiente e equipamento de apresentação do estímulo, o nível de
intensidade do estímulo, a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural
quanto a ser ascendente ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas
ascendente e descendente e a forma de resposta usada para indicar o local da
sensação sonora. Métodos: O instrumento elaborado para a realização desta
pesquisa, denominado Teste de Lateralização Temporal, foi gravado em Compact
Disc (CD) utilizando apresentações binaurais da palavra “paca” com tempos de
atraso interaural entre 0 e 500 microssegundos (µs). A primeira faixa do CD,
utilizada para treino do teste, contém 15 apresentações binaurais da palavra “paca”
com diferenças de 0µs, 500µs de atraso à direita e 500µs de atraso à esquerda. A
segunda faixa do CD contém 20 tempos de atraso, entre 23 e 454µs, à direita e à
esquerda, totalizando 40 apresentações em tempo descendente, porém arranjadas
aleatoriamente. A terceira faixa contém as mesmas 40 apresentações da faixa
anterior, mas em tempo ascendente, também arranjadas aleatoriamente. O grupo de
ouvintes normais foi constituído por 80 jovens do sexo feminino com idade entre 18 e
25 anos. O estímulo foi apresentado através de um CD compact player e as
condições de apresentação do estímulo variaram quanto ao uso ou não do
audiômetro e da cabina acústica, quanto ao uso de 20dBNS ou 40dBNS como nível
de intensidade, quanto à apresentação dos tempos de atraso interaural através das
técnicas ascendente e descendente e quanto à resposta do paciente que poderia ser
a indicação do local de sensação da origem do som nomeando ou apontando em si
próprio. Resultados e conclusões: O Teste de Lateralização Temporal é um teste
adequado para avaliar a habilidade de lateralização de estímulos sonoros através da
diferença interaural de tempo. A média da diferença interaural de tempo mínima para
lateralização sonora foi de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha
esquerda na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural e de
293,8µs na orelha direita e de 237,1µs na orelha esquerda na técnica descendente.
Pode ser aplicado em cabina acústica com o CD compact player acoplado ao
23
audiômetro ou apenas com o CD compact player em ambiente silencioso. Quando
aplicado em cabina acústica pode utilizar os níveis de intensidades de 20dBNS ou
40dBNS. A diferença interaural de tempo mínima para a lateralização sonora é
aproximadamente 100µs (0,1ms) menor na técnica ascendente do que na
descendente não importando se a técnica ascendente foi aplicada antes ou depois
da descendente. A forma de resposta usada para indicar o local da sensação
sonora, quanto a nomear ou apontar não interfere na habilidade de lateralização no
que diz respeito ao menor tempo de atraso interaural perceptível.
24
1 INTRODUÇÃO
25
A dificuldade de compreender a fala em ambientes ruidosos, na presença
de audição normal, é uma queixa muito freqüente nos pacientes que procuram
atendimento nos centros auditivos. Esta dificuldade é muito comum em idosos
mas também aparece em crianças na forma de queixas de pais e professores
quanto à atenção auditiva. Quando um sinal de fala é obscurecido por outros
sinais de fala vindos de outros locais, torna-se importante localizar a voz
principal separando-a dos outros sons de fala.
A localização sonora é a habilidade de identificar o local de origem do som (Boothroyd,
1986; Pereira, Cavadas, 1998).
Na escuta cotidiana o sistema auditivo se depara com um ambiente acústico
muito complexo e a habilidade de focar a atenção em um estímulo específico, de
maior valor informativo no momento, e a separação de sons da fala de outras fontes
de ruído, aumentando a inteligibilidade da fala em ambientes ruidosos, são
contribuições da localização sonora (Bergman, 1957; Herman et al, 1977; Warren et
al, 1978; Bellis, 1996).
A habilidade de localização sonora é a maior vantagem da audição binaural:
um som que se origina do lado direito de um ouvinte chegará primeiro à orelha
direita que está mais próxima da fonte sonora, e após um breve intervalo, alcançará
a orelha esquerda, mais distante. Isto produzirá uma diferença interaural no tempo
de recepção do som pelas duas orelhas e a que for estimulada primeiro indicará a
direção de origem do som. Esta diferença interaural de tempo pode ser dividida em
diferença interaural de tempo de chegada do estímulo e diferença interaural de fase.
Estas duas formas de controle do atraso interaural são correlacionadas, pois o
atraso no tempo de chegada determina a diferença interaural de fase. Diferenças
interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as freqüências tonais
enquanto diferenças interaurais de fase, embora fisicamente presentes, são
ambíguas para freqüências cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da
cabeça e o tempo de atraso é maior que o período de um ciclo. O sistema nervoso
central não tem o poder de resolução temporal necessário para discriminar
diferenças de fase em estímulos de freqüência alta, podendo, entretanto, detectar
diferenças de tempo de chegada em sinais de freqüência alta se estes tiverem
elementos de freqüência baixa que podem ser encontrados na configuração do
envelope de onda do estímulo ou nos componentes de freqüência baixa de um som
26
complexo. Diferenças interaurais de intensidade são geradas pela sombra acústica
da cabeça e são significativas apenas para freqüências altas, cujo tamanho de onda
é menor que o diâmetro da cabeça (Phillips, Brugge, 1985).
A audição direcional pode ser investigada usando fones de ouvido ou em
campo livre:
-
Quando os sons são apresentados através de fones, com diferenças variáveis de
intensidade, tempo ou fase entre as orelhas, a habilidade auditiva avaliada é a
lateralização e a sensação do som toma a forma de uma fonte sonora imaginária
localizada dentro da cabeça.
-
Quando os sons são apresentados em campo livre, a habilidade avaliada é a
localização verificando a localização da fonte sonora onde ela realmente está
(Nordlund, 1962, 1963; Plenge, 1974).
Pistas semelhantes governam tanto o comportamento de lateralização como o
de localização, mas o estudo da lateralização contribui mais para a avaliação do
sistema nervoso central por permitir o controle dos estímulos, tarefa que é difícil de
ser realizada em campo livre.
Quando um ouvinte escuta um sinal binaural e uma pequena diferença de
tempo interaural é introduzida, a percepção resultante é uma única imagem sonora
do lado em que o som chega primeiro. Esta ilusão auditiva é denominada efeito de
precedência. Se a diferença interaural de tempo for diminuída gradualmente, a
imagem sonora vai se dirigindo para a linha central. A diferença interaural igual a
zero, isto é, a chegada do som ao mesmo tempo nas duas orelhas, localiza a
imagem sonora na linha central. Ao contrário, se o tempo de atraso for aumentado
gradualmente, o som atrasado começa a ser localizado corretamente e o indivíduo
ouvirá dois sons (Morrongiello et al, 1984; Phillips, 1995).
Lesões no tronco encefálico causam alterações homolaterais da lateralização
enquanto lesões do lobo temporal mostram alterações contralaterais (SanchezLongo, Forster, 1958; Matzker, 1959; Zerlin, Mowry, 1980; Rosenhal, 1992). Lesões
parciais do corpo trapezóide causam elevação do limiar de lateralização e a perda
sensorial resultante da secção completa do corpo trapezóide parece estar restrita a
diferenças interaurais de tempo de até 500µs (Masterton et al, 1967).
Este trabalho foi motivado pela importância da localização sonora para a
inteligibilidade de fala em ambientes ruidosos e pela contribuição que sua pesquisa
pode dar para o diagnóstico audiológico. Tem por objetivo caracterizar a habilidade
27
de lateralização sonora por meio da diferença interaural de tempo, buscando a
diferença interaural mínima de tempo para lateralização do som para a orelha em
que o estímulo chegou primeiro, levando em conta as condições de ambiente e
equipamento de apresentação do estímulo, o nível de intensidade do estímulo, a
técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural quanto a ser ascendente
ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente e a
forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora.
28
2 REVISÃO DA LITERATURA
29
Revisando a literatura sobre localização sonora observei a
existência de dois grupos de estudo: um grupo preocupado com os
mecanismos neurais centrais e outro preocupado com os aspectos psicoacústicos
da localização sonora.
O resumo da literatura contido neste capítulo também será
dividido em duas partes: na primeira parte, denominada estudos
neurofisiológicos da localização sonora, estarão incluídos os
trabalhos que tiveram como objetivo estudar a anatomia e fisiologia
da localização sonora; na segunda parte, denominada estudos
psicoacústicos da localização sonora, estarão incluídos os
trabalhos que tiveram como objetivo estudar a lateralização e a
localização sonora levando em conta os aspectos psicoacústicos.
Em ambas as partes foram incluídos apenas os trabalhos
relacionados ao tema deste estudo,
seguindo uma ordem
cronológica de apresentação.
ESTUDOS NEUROFISIOLÓGICOS DA LOCALIZAÇÃO SONORA
Para Klinke (1980), a via auditiva é formada por fibras aferentes primárias
que dirigem-se primeiro ao núcleo coclear, o qual se subdivide em uma porção
ventral e outra dorsal. Da porção ventral sai o trato ventral que se projeta no
complexo olivar, tanto ipsi como contralateralmente. Desta forma, as células
nervosas de cada complexo olivar recebem fibras provenientes das duas orelhas. É
este o nível mais baixo do cérebro que oferece uma oportunidade para comparar a
energia acústica que alcança as duas orelhas. As comparações deste tipo se
realizam principalmente no núcleo acessório do complexo olivar. A experiência diária
mostra que a direção em que se localiza uma fonte sonora pode ser calculada com
boa precisão. Para tanto é essencial a audição binaural. Esta capacidade baseia-se
no fato de uma orelha geralmente estar mais longe da fonte sonora do que a outra.
30
O som propaga-se com velocidade conhecida, de modo que ele alcança mais
tardiamente e em intensidade mais fraca, a orelha mais afastada. O núcleo
acessório da oliva superior é a sede principal do processamento neuronal dos sinais
provenientes das duas orelhas, no que diz respeito à orientação espacial. Os
resultados desta análise são transmitidos aos centros superiores e, no córtex
auditivo, existem células que só podem ser ativadas pelos sons que chegam a um
certo ângulo em relação à cabeça. O autor refere que os mecanismos descritos não
explicam por que a direção pode ser reconhecida se a fonte sonora se encontrar
diante ou atrás do espectador, apesar da diferença de tempo ou de intensidade
permanecer inalterada nestas condições. O pavilhão auricular é o mecanismo
complementar nesta situação. Graças à configuração do pavilhão auricular, os sons
que se originam diante de uma pessoa são percebidos de modo diferente de sons
idênticos que procedem de trás.
Roth et al (1980) observaram diferenças interaurais de tempo em gatos,
utilizando como estímulos tone bursts para freqüências baixas (400 – 2500Hz) e
clicks para altas (2600 – 7000Hz), em campo. Encontraram diferenças interaurais de
tempo pequenas (25 µs ou menor) abaixo de 3000Hz e diferenças maiores acima
desta freqüência, chegando perto de 100µs. Observaram que uma fonte sonora em
uma localização no espaço pode produzir variadas diferenças interaurais de tempo,
dependendo da sua freqüência, e que diferenças interaurais de tempo podem ser
idênticas apesar de vir de fontes sonoras localizadas em posições diferentes.
Explicaram que neurônio de atraso característico é aquele que responde a uma
diferença interaural de tempo ou a uma faixa restrita de diferenças interaurais de
tempo. Referiram que o atraso característico é, provavelmente, uma manifestação
de um atraso anatômico fixo mas, de acordo com esta pesquisa, não representa
sempre um lugar específico no espaço.
Segundo Masterton, Imig (1984) lesões unilaterais da via auditiva, acima do
complexo olivar superior, não causam déficits grandes ou permanentes na
localização sonora. Estudos comportamentais referem que a única comissura
necessária para a localização sonora é o corpo trapezóide e que secção de
comissuras mais rostrais da via auditiva não afetam a habilidade de localizar sons
em gatos. Referem também que lesões unilaterais da via auditiva acima do
complexo olivar superior resultam em déficit na localização de fontes sonoras
31
posicionadas do lado contralateral à lesão. Esta contralateralização não ocorre em
lesões abaixo do complexo olivar superior.
Os vários núcleos do complexo olivar superior recebem fibras do corpo
trapezóide. Três destes núcleos, os núcleos olivares lateral e medial e o núcleo
ventral do corpo trapezóide, recebem aferência direta das duas orelhas (via núcleo
coclear), e seus neurônios são sensíveis a diferenças interaurais de tempo ou
espectro. Um quarto núcleo, o núcleo medial do corpo trapezóide manda aferentes
contralaterais para o núcleo olivar superior lateral.
Os aferentes ipsilaterais para o núcleo olivar superior lateral são excitatórios,
enquanto os aferentes contralaterais (via núcleo medial do corpo trapezóide) são
inibitórios. A resposta característica das células do núcleo olivar superior lateral é
chamada de “IE” – estimulação contralateral inibitória e ipsilateral excitatória. As
células “IE” do núcleo olivar superior lateral fazem a análise das diferenças
interaurais de espectro do estímulo sonoro que chega das duas orelhas: cada núcleo
olivar superior lateral subtrai o espectro sonoro da orelha contralateral do espectro
da orelha ipsilateral. A diferença de espectro é uma das pistas mais importantes para
a localização sonora. Para a distribuição da análise das diferenças interaurais de
espectro para níveis mais altos do sistema, cada núcleo olivar superior lateral projeta
fibras para o núcleo dorsal do leminisco lateral e para o núcleo central do colículo
inferior dos dois lados do tronco cerebral. Estudos mostraram que as células de
projeção ipsilateral estão concentradas lateralmente enquanto as de projeção
contralateral estão concentradas medialmente. Desde que o núcleo olivar superior
lateral é organizado tonotopicamente com freqüências baixas representadas
lateralmente e altas representadas medialmente, a análise das freqüências altas do
espectro é projetada para o lado contralateral, enquanto a análise das freqüências
baixas do espectro é projetada para o lado ipsilateral. Sabendo-se que a diferença
interaural de espectro de fontes sonoras é fisicamente maior em freqüências agudas
do que em graves, o arranjo das projeções do núcleo olivar superior lateral sugere
que a parte da análise mais útil para a localização sonora (freqüências altas) é
dirigido para o tronco cerebral contralateral, enquanto a parte menos útil (freqüências
baixas) mantém-se no lado ipsilateral.
O núcleo olivar superior medial e o núcleo ventral do corpo trapezóide
recebem projeção direta de ambos os núcleos cocleares. Estudos fisiológicos das
respostas características do núcleo olivar superior medial mostram que 90% dos
32
neurônios são binaurais; aproximadamente 75% são do tipo “EE” (estimulação
excitatória bilateral) e as restantes são do tipo “EI”. Quando as duas orelhas
recebem estímulo idêntico mas fora de tempo, as respostas das células “EE” são
ambas facilitadoras ou supressoras, dependendo do tamanho do intervalo entre os
dois estímulos. Por esta razão elas são chamadas de células sensíveis a atrasos ou
simplesmente células de atraso. Animais com núcleo olivar superior medial bem
desenvolvido (humanos, gatos cães, macacos elefantes) podem facilmente localizar
um som breve de freqüência grave, enquanto animais com este núcleo pouco
desenvolvido (rato) tem dificuldade para localizar estes sons. As respostas das
células de atraso “EE” do núcleo olivar superior medial são facilitadoras do lado
contralateral ao da fonte sonora e supressoras no lado ipsilateral. Os estudos
fisiológicos e psicofísicos sugerem que o núcleo olivar superior medial faz análise de
diferenças interaurais de tempo utilizadas na localização sonora. A maioria das fibras
que saem do núcleo olivar superior medial sobem pelo leminisco lateral ipsilateral
desviando do núcleo ventral do leminisco lateral e terminando no núcleo dorsal do
leminisco lateral ipsilateral e na parte dorsolateral (freqüências baixas) do núcleo
central do colículo inferior ipsilateral.
Resumindo: a pista de diferença interaural de espectro é codificada pelas
células “IE” do núcleo olivar superior lateral e a parte mais útil desta análise
(freqüências altas) é projetada para o tronco cerebral do lado contralateral à fonte
sonora, enquanto a pista de diferença interaural de tempo é codificada pela ativação
das células de atraso “EE” do núcleo olivar superior medial contralateral à fonte
sonora, e então projetada para o tronco cerebral homolateral.
Sachs (1984) referiu que de acordo com a teoria de localização, os picos do
espectro de um som de fala (formantes) resultam em picos na resposta das fibras do
nervo auditivo em lugares ao longo da membrana basilar onde freqüências
características correspondem aos picos do estímulo. Dois tipos de respostas podem
ser usadas nesta representação espacial: na representação espacial da velocidade,
a medida da resposta é simplesmente a média da velocidade de disparo da fibra do
nervo auditivo; na representação espacial de tempo, o parâmetro da resposta é
alguma medida da propriedade das fibras do nervo auditivo de apresentar disparo
associado à fase do estímulo (phase locking). O modelo de disparo das fibras do
nervo auditivo mostram um detalhe temporal delicado: estas fibras respondem ao
33
estímulo de uma forma temporalmente associada à forma de onda. Esses modelos
temporais tem sido estudados para vogais e consoantes plosivas. O resultado
destes estudos mostra que as respostas temporais das fibras são dominadas pelo
componente de freqüência mais abundante no estímulo. A resposta para algum
componente do estímulo é maior em lugares onde a população de fibras possui
freqüência característica correspondente à freqüência deste componente. Esta
propriedade pode ser usada para desenvolver uma representação espacial do tempo
do espectro do estímulo. A medida da resposta desta freqüência é calculada através
das fibras com afinação próxima a esta freqüência. Esta medida (média de disparo
sincrônico localizado) é definida como o valor médio da amplitude do componente de
Fourier nesta freqüência (a velocidade sincrônica é expressa em picos por segundo).
A média é computada sobre todas as fibras cuja freqüência característica está entre
± 0,25 oitavas daquela freqüência. A média de disparo sincrônico localizado reflete
tanto informação temporal como espacial da resposta a uma freqüência: espacial
porque apenas as fibras com afinação próxima à freqüência são incluídas na média;
temporal porque a medida tem velocidade sincrônica. Esta representação têmporoespacial mostra um espectro com um envelope que possui picos nas freqüências
formantes. O código têmporo espacial pode representar detalhes do espectro de
vogais e consoantes que incluem freqüências formantes e pitch. A temporalidade
baseada na representação média de disparo sincrônico localizado é resistente ao
mascaramento por ruído.
De acordo com Phillips, Brugge (1985), a separação física das orelhas
ocasiona uma diferença interaural de tempo (ITD – Interaural Time Difference) ao
estímulo que chega à membrana timpânica de uma fonte sonora localizada em
algum ponto não eqüidistante das duas orelhas. Essa diferença pode ser dividida em
diferença interaural de tempo de chegada do estímulo e diferença de fase.
Diferenças interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as
freqüências tonais enquanto diferenças interaurais de fase, embora fisicamente
presentes, são ambíguas para freqüências altas, cujo tamanho de onda é menor que
o diâmetro da cabeça e o tempo de atraso interaural é maior que o período de um
ciclo. O sistema nervoso central não tem o poder de resolução temporal necessário
para discriminar diferenças interaurais de fase geradas por estímulos de freqüência
alta. O sistema nervoso pode, entretanto, detectar diferenças de tempo de chegada
em sinais de freqüência alta se estes também tiverem elementos de freqüência
34
baixa, que podem ser encontrados na configuração do envelope de onda do
estímulo ou nos componentes de freqüência baixa de um som complexo, mesmo
que este contenha predominantemente informação de freqüência alta. Diferenças
interaurais de intensidade (ILD – Interaural Level Difference) são geradas pela
sombra acústica da cabeça e são significativas apenas para freqüências altas cujo
tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça.
A maior parte do conhecimento sobre o mecanismo fisiológico que gera a
sensibilidade neural para diferenças interaurais de tempo e intensidade vieram de
estudos em gatos. A acuidade desta espécie, tanto para lateralização como
localização, mostra similaridades qualitativas e quantitativas com seres humanos. O
principal lugar de convergência binaural do sistema nervoso auditivo central é o
complexo olivar superior. Os núcleos medial e lateral deste complexo recebem
estímulos aferentes das duas orelhas. Evidências fisiológicas e anatômicas sugerem
que o núcleo olivar superior medial é especializado no processamento de
freqüências baixas, enquanto o lateral é especializado no processamento de
freqüências altas. Correlacionado com estes dados é o achado de que muitas
células do núcleo olivar superior medial são sensíveis a diferenças interaurais de
tempo, enquanto as células do núcleo olivar superior lateral são sensíveis a
diferenças interaurais de intensidade.
Devido à dificuldade de estudar as células do núcleo olivar superior medial, a
maior parte dos dados sobre o código neural das diferenças interaurais de tempo
vem de estudos de núcleos auditivos mais altos no sistema nervoso, sabendo-se
que as propriedades visualizadas nestes núcleos mais rostrais refletem a
sensibilidade das células do núcleo olivar superior medial de onde eles recebem a
maior parte de seu suporte aferente.
Um sinal acústico que gera uma diferença interaural de tempo produz duas
diferenças na marcação do tempo nas duas orelhas: uma é a diferença interaural no
tempo de chegada do estímulo e outra é a diferença interaural de fase. Estas duas
formas de regulagem do atraso são correlacionadas, pois o atraso no tempo de
chegada determina a diferença interaural de fase. Os autores referem que os
neurônios sensíveis a diferenças interaurais de fase geralmente são sensíveis a
freqüências baixas, enquanto os sensíveis a diferenças de tempo de chegada são
mais sensíveis a freqüências altas.
35
A sensibilidade neural para diferenças interaurais de fase de um estímulo
tonal requer que cada aferência monoaural para o neurônio biauricular, preserve a
informação temporal sobre o estímulo. Para freqüências abaixo de 2500Hz, a
periodicidade da forma da onda do estímulo é codificada por associação da resposta
neural a um ponto particular no período de cada ciclo do estímulo. Se esta
informação temporal é preservada, a comparação das duas aferências dá ao
neurônio biauricular a informação sobre o atraso interaural de fase. A resposta do
neurônio biauricular é máxima quando a fase da aferência monoaural está em
sincronia com o neurônio de convergência (atraso favorável) e é mínima quando a
aferência monoaural chega 180º fora de fase (atraso desfaforável). Em atrasos
favoráveis a resposta do neurônio biauricular é grande e muitas vezes maior que a
soma das respostas monoaurais. Em atrasos desfavoráveis a resposta neural é mais
fraca que a resposta de cada orelha separadamente, o que sugere que a supressão
neural deve ser o mecanismo que contribui para a sensibilidade a atrasos
interaurais.
Desta
forma
a
resposta
inibitória
de
uma
entrada
coincide
temporariamente com a resposta excitatória da outra. A sensibilidade para
diferenças de fase interaural relaciona eventos excitatórios e inibitórios que são
relacionados à fase do sinal nas duas orelhas e a análise da disparidade acontece
ciclo por ciclo do estímulo.
A visão clássica de que sons de freqüência alta são localizados usando
apenas pistas de diferenças interaurais de intensidade vale apenas para tons puros.
A lateralização de sons complexos de freqüência alta é baseada em pistas de
diferença interaural de tempo. Algumas células do colículo inferior respondem à
diferença interaural de fase do envelope de forma de onda. Esta sensibilidade à fase
interaural da modulação da forma de onda na célula de convergência requer
aferências que são associadas à modulação do envelope, um mecanismo análogo
ao da discriminação de diferenças interaurais de fase para tons de freqüência baixa.
As pesquisas sobre a sensibilidade para diferenças interaurais de tempo não
sugerem uma comparação ciclo por ciclo do estímulo como acontece nas diferenças
de fase. A função relacionando diferenças interaurais de tempo de chegada do
estímulo apresenta respostas maiores quando o tempo de chegada do estímulo
contralateral precede o ipsilateral. Deve existir uma supressão ativa das descargas
neurais espontâneas quando o estímulo ipsilateral precede o contralateral. As
pesquisas sugerem que a orelha contralateral dá a aferência excitatória enquanto a
36
ipsilateral dá a inibitória. O tempo relativo de chegada da excitação e inibição no
neurônio bilateral reflete o tempo relativo de chegada do estímulo nas duas
membranas timpânicas e depois dita as descargas do neurônio.
Young, Young (1988) descreveram anatomicamente a via auditiva referindo
que os neurônios primários estão localizados no gânglio espiral e que os dendritos
destes neurônios bipolares fazem sinapse com as células ciliadas do órgão espiral e
seus processos centrais formam o nervo coclear que passa para a cavidade
craniana pelo meato acústico interno entrando no tronco cerebral à altura do ângulo
ponto cerebelar. O nervo coclear termina nos neurônios de 2a ordem, localizados
nos núcleos cocleares dorsal e ventral. À medida que os axônios do núcleo coclear
dorsal e ventral passam para a linha média antes da decussação, caminham para a
ponte e formam três grupos de estrias acústicas denominadas: dorsal, intermediária
e ventral. Após a decussação, as fibras das três estrias acústicas juntam-se ao
leminisco lateral, que ascende ao mesencéfalo via ponte. Ao alcançar o
mesencéfalo, todas as fibras auditivas do leminisco lateral penetram no colículo
inferior e fazem sinapse. A maior parte das fibras do colículo inferior emerge
lateralmente e ascende ao longo da superfície lateral do mesencéfalo constituindo o
bráquio do colículo inferior que termina no núcleo geniculado medial. Esse centro
auditivo talâmico dá origem à radiação auditiva que caminha para o córtex auditivo
primário, localizado no giro temporal transverso (de Heschl). Acredita-se que exista
localização tonotópica no córtex auditivo primário: tons agudos estão representados
póstero-medialmente e tona graves antero-lateralmente. Os autores referiram que as
vias auditivas centrais diferem das outras vias sensoriais ascendentes por possuírem
núcleos acessórios e representação bilateral dos impulsos auditivos em cada lado.
Três grupos nucleares acessórios são encontrados ao longo das vias auditivas entre
os núcleos cocleares e o colículo inferior: o núcleo olivar superior, os núcleos do
corpo trapezóide e os núcleos do leminisco lateral.O núcleo olivar superior está
localizado na parte caudal da ponte, próximo à borda lateral do corpo trapezóide. Ele
recebe sinais precedentes dos núcleos cocleares ipsilaterais e contralaterais e dá
origem a fibras que se juntam aos leminiscos laterais ipsilaterais e contralaterais. O
núcleo olivar superior desempenha papel-chave na localização dos sons no espaço.
De acordo com Moore (1991) o núcleo coclear é uma estação retransmissora
obrigatória no sistema auditivo ascendente. Projeções para o complexo olivar
37
superior derivam do núcleo coclear anteroventral e terminam na oliva superior medial
bilateralmente, na oliva superior lateral ipsilateral e no núcleo medial do corpo
trapezóide contralateral. No complexo olivar superior quase todos os neurônios da
oliva superior lateral recebem impulso “IE” (o input inibitório é contralateral e o
excitatório é ipsilateral). Neurônios do núcleo medial do corpo trapezóide são
influenciados pela orelha contralateral e levam input inibitório para a oliva superior
lateral. A excitação produzida por estimulação unilateral em neurônios EI e IE podem
ser suprimidas pela estimulação simultânea da outra orelha. A extensão da diferença
interaural de intensidade sobre a qual esta supressão é parcial tem sido interpretada
como a extensão da sensibilidade desses neurônios para diferença interaural de
intensidade. Aproximadamente 60% dos neurônios da oliva superior medial recebem
impulso “EE” (os inputs contralateral e ipsilateral são excitatórios). Tanto os
neurônios EE como EI podem responder a variações na diferença interaural de
tempo através da variação no seu nível de descarga. Evidências recentes sugerem
que a representação da diferença interaural de tempo está dentro da oliva superior
medial. O predomínio de neurônios IE na oliva superior lateral sugere que este
núcleo é especializado em uma função binaural, a representação da diferença
interaural de intensidade. Entretanto dificuldade de fazer esta generalização foi
enfatizada pelo achado na oliva superior lateral de neurônios IE sensíveis a
diferenças interaurais de intensidade, mas também sensíveis a diferenças interaurais
de tempo dos envelopes de freqüência alta de sons de amplitude modulada. Em
vários núcleos mais altos do sistema auditivo, neurônios EE e EI tendem a agruparse sugerindo uma segregação topográfica da informação binaural dentro da lâmina
de isofreqüência daquele núcleo. No tronco cerebral uma segregação limitada de
inputs binaurais tem sido notada no núcleo central do colículo inferior e, mapas do
espaço auditivo têm sido reportados no núcleo externo do colículo inferior e no
colículo superior. Porém, nem as bases anatômicas nem as fisiológicas do espaço
auditivo estão bem entendidas. Estudos comportamentais em animais com lesão do
cérebro têm mostrado que o córtex auditivo primário é necessário para a localização
de sons, enquanto, estudos fisiológicos têm mostrado a presença de neurônios
sensíveis a diferenças de tempo e intensidade interaurais.
Para Burt (1995) as vias centrais ascendentes do sistema auditivo formam
um sistema multissináptico bilateral com grande número de núcleos retransmissores.
38
O processamento paralelo das informações auditivas é uma característica
proeminente como nos outros sistemas sensoriais, contudo há mais linhas cruzadas
entre as vias paralelas do sistema auditivo que em outras vias sensoriais. Em todo
sistema auditivo há uma representação tonotópica: há poucas conexões entre
neurônios que não são sensíveis à mesma freqüência auditiva, isto é, eles estão em
registro tonotópico. Quando se origina de um neurônio sensível a sons de 3KHz,
uma fibra vai terminar na lâmina de 3KHz. Assim também cada uma das células
biauriculares (células que recebem estímulo de ambas as orelhas) recebem
estímulos de neurônios que respondem à mesma freqüência. Os núcleos cocleares,
o núcleo central do colículo inferior e o núcleo geniculado medial ventral têm lâminas
de isofreqüências bem definidas, e todos os neurônios em uma dessas lâminas
respondem a estímulos auditivos de uma freqüência exclusiva ou preferencial. O
número de neurônios numa lâmina de isofreqüências reflete o número de receptores
sensíveis àquela freqüência. Embora a organização laminar em outros núcleos do
sistema auditivo não seja tão típica, eles também têm uma representação tonotópica
completa. As fibras do nervo coclear chegam até os núcleos cocleares. Dois núcleos
cocleares principais evidenciam-se de cada lado do tronco cerebral, o núcleo coclear
dorsal e o núcleo coclear ventral. Ao entrarem no núcleo coclear ventral, os axônios
do nervo coclear formam uma faixa de fibras que divide o núcleo ventral no núcleo
coclear anteroventral e no núcleo coclear posteroventral. Fibras ascendentes de
segunda ordem saem dos núcleos cocleares e sobem do lado ipsilateral do tronco
cerebral ou cruzam a linha média. Muitas fibras, tanto cruzadas como não cruzadas,
terminam em núcleos do complexo olivar superior. Os dois núcleos mais importantes
deste complexo são os núcleos olivar superior medial e lateral. Os neurônios de
ambos os núcleos são biauriculares, isto é, recebem estímulos de ambas as orelhas.
Do ponto de vista funcional, a convergência de informações auditivas de
isofreqüências biauriculares em neurônios individuais desses núcleos possibilita a
localização dos sons no espaço auditivo. Projeções dos núcleos cocleares
anteroventrais terminam bilateralmente nos núcleos olivares superiores mediais.
Este núcleo utiliza as diferenças de tempo de chegada dos sinais para a localização
dos sons. Os sinais sonoros chegam às orelhas em momentos diferentes, a não ser
que se originem de um ponto eqüidistante das orelhas. Esses neurônios
biauriculares têm dois dentritos proeminentes, um orientado medialmente,
recebendo aferentes da orelha contralateral e o outro orientado lateralmente,
39
recebendo aferentes da orelha ipsilateral. Os padrões de descarga destes neurônios
são ditados pelas diferenças no tempo de chegada dos sinais aferentes das duas
orelhas. Esses neurônios são sensíveis a diferenças de tempo muito pequenas.
Como ocorre com todos os núcleos do sistema auditivo, o núcleo olivar superior está
organizado tonotopicamente. Os neurônios biauriculares do núcleo olivar superior
lateral utilizam diferenças na intensidade dos sons para a localização. Esses
neurônios são excitados por sinais do núcleo coclear anteroventral ipsilateral e
inibidos por sinais do núcleo contralateral. A inibição é por meio de interneurônios do
núcleo medial do corpo trapezóide. Também há uma organização tonotópica no
núcleo olivar superior lateral. Fibras do complexo olivar superior, junto com fibras de
segunda ordem, tanto cruzadas quanto não cruzadas, dos núcleos cocleares (fibras
que contornam o complexo olivar superior), combinam-se para formar o leminisco
lateral. Aquelas do núcleo olivar superior medial sobem pelo leminisco lateral
ipsilateral e aquelas do núcleo olivar superior lateral sobem nos leminiscos laterais,
tanto ipsilateral quanto contralateralmente. O leminisco lateral termina no colículo
inferior. No leminisco lateral estão pequenos grupos de neurônios conhecidos como
núcleos do leminisco lateral. Algumas fibras do leminisco lateral fazem sinapse com
esses neurônios retransmissores e outras não. Fibras do leminisco lateral contendo
projeções retransmitidas dos três núcleos cocleares, complexo olivar superior e
núcleos do leminisco lateral, sobem até o colículo inferior que é uma estação
retransmissora e processadora de informações da via auditiva ascendente. As fibras
auditivas ascendentes convergem no colículo inferior, terminando na lâmina de
isofreqüência apropriada. Fibras retransmissoras do colículo inferior formam o braço
do colículo inferior ao subirem em direção ao núcleo geniculado medial que é o
núcleo retransmissor talâmico do sistema auditivo. Essas fibras terminam em
lâminas de isofreqüências apropriadas do núcleo geniculado medial. O núcleo
geniculado medial contém três subdivisões: ventral, medial e dorsal. O núcleo
geniculado medial ventral é o principal retransmissor contendo representação
tonotópica muito precisa. Esse núcleo retransmite informações precisas sobre a
intensidade e a freqüência dos sons e as propriedades biauriculares dos estímulos
sonoros. No córtex auditivo primário há várias representações tonotópicas
completas. Ao chegar ao córtex auditivo primário, a organização tonotópica da via
auditiva passa de lâminas de isofreqüências à de faixas de isofreqüências. Uma
suborganização de colunas se superpõem ao sistema de faixas de isofreqüências,
40
colunas de somação e de supressão. Nas colunas de somação, as respostas
biauriculares são maiores que as respostas monoauriculares. Nas colunas de
supressão, a resposta monoauricular domina.
Joris, Yin (1995) utilizaram gatos com o objetivo de verificar o mecanismo
neural da sensibilidade para diferenças interaurais de tempo em freqüências altas.
Referiram que diferenças interaurais de intensidade criadas pela cabeça e pavilhões
auditivos, são conhecidas como pistas acústicas dominantes para a localização do
azimute em tons de alta freqüência. Entretanto, experimentos psicofísicos
demonstraram que humanos podem também lateralizar sons complexos de
freqüência alta através de diferenças interaurais de tempo do envelope do sinal. O
núcleo olivar superior lateral é um dos dois pares de núcleos onde ocorre a extração
primária de pistas para localização de fontes sonoras. Células “IE” do núcleo olivar
superior lateral são inibidas pelo estímulo aferente da orelha contralateral e
excitadas pelo da ipsilateral, e sua velocidade de descarga depende da diferença
interaural de intensidade. Especializações anatômicas nas vias aferentes para o
núcleo olivar superior lateral sugerem que este circuito também tem função na
detecção de pistas de tempo. Os autores hipotetizaram que, ao lado da sensibilidade
para diferenças interaurais de intensidade, a propriedade “IE” também permite a
sensibilidade para diferenças interaurais de tempo de tons de amplitude modulada e
pode dar substrato fisiológico à sensibiliidade para diferenças interaurais de tempo
em sons de freqüência alta. Observaram que as células biauriculares do núcleo
olivar superior lateral possuíam sensibilidade para diferenças interaurais de tempo.
As respostas binaurais eram menores do que as respostas para a estimulação da
orelha ipsilateral isolada e eram mínimas quando o envelope em ambas as orelhas
estavam em fase. Qualitativamente as respostas correspondiam a uma operação
“IE” com inputs estruturados temporalmente. Encontraram também sensibilidade
para diferenças interaurais de tempo para estímulos de banda larga, novamente com
velocidade mínima de resposta ocorrendo com diferenças interaurais de tempo
próximas do zero. Para clicks a resposta dependia de uma interação complicada
envolvendo diferenças interaurais de intensidade e tempo. Encontraram também, no
núcleo olivar superior lateral, células “IE” que mostraram sensibilidade para
diferenças interaurais de tempo para estímulos de freqüência baixa e células “EE”
41
que mostraram respostas que eram facilitadas ao invés de inibidas pela estimulação
bilateral e eram máximas para estímulos em fase, ao contrário das células “IE”.
Referiram que a sensibilidade combinada para diferenças interaurais de intensidade
e tempo em um simples neurônio é o mecanismo correto empregado nesse
fenômeno, e que a distinção entre vias binaurais facilitadoras (EE) e vias binaurais
inibidoras (IE) também é fundamental.
Segundo Joris (1996) duas diferenças entre os sinais acústicos que
chegam às duas orelhas dão pistas para a localização sonora no azimute: diferença
interaural de tempo (ITD), vindas da distância entre a fonte sonora e as duas
orelhas, e diferença interaural de intensidade (ILD), que é a diferença no nível de
pressão sonora nas duas orelhas. Dois tipos básicos de interação no complexo olivar
superior situado no tronco encefálico têm sido associado com estas duas pistas
binaurais. Células do núcleo olivar superior medial recebem input excitatório de
células esféricas arborizadas do núcleo coclear dos dois lados sendo, portanto,
designadas células “EE”. Sua velocidade de descarga em resposta à estimulação
binaural depende da diferença interaural de tempo e, em diferenças interaurais
favoráveis de tempo, excede a soma das respostas de cada orelha isolada. Células
do núcleo olivar superior lateral são excitadas por células esféricas arborizadas do
núcleo coclear ipsilateral e inibidas por células do núcleo medial do corpo trapezóide
ipsilateral, que por sua vez são excitadas por células globulares arborizadas do
núcleo coclear contralateral. Então, as células do núcleo olivar superior lateral são
inibidas por sons apresentados à orelha contralateral e excitadas por sons
apresentados na orelha ipsilateral, por isto classificadas como células “IE”. A
influência oposta das duas orelhas tornam estas células sensíveis à diferença
interaural de intensidade.
Estímulos de banda larga contêm diferença interaural de tempo não só em
sua estrutura fina, mas também em seu envelope. Sensibilidade de humanos para
diferença interaural de tempo do envelope do estímulo tem sido estudada com sinais
sinusoidais de amplitude modulada e, em alguns sujeitos, o limiar de detecção para
este estímulo é muito próximo do limiar mais baixo (< 20 µs) obtido para diferenças
interaurais de tempo com sons não modulados de freqüência baixa (mais baixa que
1,5 KHz).
Em um estudo anterior (Joris, Yin, 1995) encontrou que a velocidade de
disparo das células do núcleo olivar superior lateral para estímulos de amplitude
42
modulada depende não apenas da diferença interaural de intensidade como também
da diferença interaural de tempo do envelope do estímulo. Neste estudo a
sensibilidade para diferenças interaurais de tempo é explorada novamente
examinando as células para pesquisar o “atraso característico”, um conceito
originalmente definido para células de freqüência característica baixa no colículo
inferior e centro dos modelos de audição binaural. Para tons binaurais de freqüência
baixa, a célula mostra um atraso característico se existe uma diferença interaural de
tempo na qual a resposta para diferentes freqüências alcança a mesma amplitude
relativa. O atraso característico reflete um atraso anatômico que cancela a diferença
interaural de tempo do estímulo. Células diferentes têm atrasos característicos
diferentes, correspondentes a atrasos interaurais de tempo gerados por estímulo no
campo auditivo contralateral, sendo que a maioria dos atrasos característicos está
dentro da faixa fisiológica que é a faixa de diferenças interaurais de tempo
encontradas com estímulos em campo livre. O autor referiu que pesquisas recentes
insinuam um arranjo topográfico dos atrasos característicos no núcleo olivar superior
medial, isto é, existe um arranjo de células classificadas em atrasos característicos,
mapeando o espaço azimutal externo.
Devido aos achados sobre sensibilidade para atrasos interaurais de tempo do
envelope do estímulo em células do núcleo olivar superior lateral (Joris, Yin, 1995),
realizou este trabalho com a finalidade de pesquisar se as células deste núcleo
também mostram uma distribuição de atrasos característicos codificando a faixa
fisiológica de diferenças interaurais de tempo.
Os resultados indicaram que a sensibilidade para diferenças interaurais de
tempo no núcleo olivar superior lateral é paralela aos estudos psicofísicos. Para a
percepção de mudança na localização espacial de uma fonte sonora, o núcleo olivar
superior lateral necessita mostrar uma mudança na velocidade de disparo somada
entre as células. Isto é obtido com pequenas diferenças interaurais de intensidade,
mas necessita grandes diferenças interaurais de tempo, porque a pista de diferença
interaural de tempo é menos potente em células isoladas e possui efeitos variados
entre as células em virtude das diferenças nos atrasos característicos.
Segundo Guyton, Hall (1997) as fibras nervosas do gânglio espiral de Corti
entram nos núcleos cocleares ventral e dorsal, localizados na porção superior do
bulbo. Neste ponto, todas as fibras fazem sinapse, e neurônios de segunda ordem
43
vão sobretudo para o lado oposto do tronco cerebral para terminar no núcleo olivar
superior. Algumas fibras de segunda ordem também seguem, ipsilateralmente, para
o núcleo olivar superior do mesmo lado. Do núcleo olivar superior, a via auditiva
sobe pelo leminisco lateral sendo que algumas das fibras terminam no núcleo do
leminisco lateral e muitas se desviam deste núcleo seguindo para o colículo inferior,
onde todas ou quase todas as fibras terminam. Daí, a via prossegue para o núcleo
geniculado medial, onde todas as fibras fazem sinapse novamente. E, finalmente,
por meio das radiações auditivas, a via segue para o córtex auditivo, localizado no
giro superior do lobo temporal. Quanto aos mecanismos neurais da localização
sonora, os autores referem que o mecanismo desse processo de detecção começa
nos núcleos olivares superiores do tronco encefálico, apesar de requerer vias
neurais por todo o trajeto desses núcleos até o córtex para a interpretação dos
sinais. Explicam que o núcleo olivar superior é dividido em núcleo olivar superior
medial e núcleo olivar superior lateral. O núcleo lateral está implicado na detecção
da direção da fonte sonora pela diferença de intensidade do som que chega às duas
orelhas, presumivelmente, pela simples comparação das duas intensidades e
enviando um sinal apropriado ao córtex auditivo para avaliar a direção. O núcleo
olivar superior medial tem um mecanismo para detectar o retardo do tempo entre os
sinais acústicos que entram nas duas orelhas. Este núcleo contém um grande
número de neurônios que têm dois dendritos principais, um que se projeta para a
direita e outro que se projeta para a esquerda. O sinal acústico da orelha direita
atinge o dendrito direito, e o sinal da orelha esquerda atinge o dendrito esquerdo. A
intensidade de excitação de cada neurônio é altamente sensível a um retardo de
tempo específico entre os dois sinais acústicos das duas orelhas. Os neurônios
próximos a uma borda do núcleo respondem maximamente a um curto retardo de
tempo, enquanto os neurônios próximos da borda oposta respondem a um retardo
longo, e os que ficam no meio respondem a retardos de tempo intermediários.
Assim, desenvolve-se um padrão espacial de estimulação neuronal no núcleo olivar
superior medial. Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida até o córtex
auditivo, onde a direção do som é determinada pelo sítio dos neurônios
maximamente estimulados. Acredita-se que os sinais para a determinação da
direção do som sejam transmitidos por uma via diferente e que excitem um sítio
diferente, no córtex cerebral, que a via de transmissão e o sítio do término dos
padrões tonais do som. Esse mecanismo para a detecção da direção do som indica
44
como informações específicas dos sinais sensoriais são analisados à medida que
passam através de diferentes níveis de atividade neuronal. Nesse caso a qualidade
da direção do som é separada da qualidade tonal dos sons ao nível dos núcleos
olivares superiores.
Para o anatomista Martin (1998) existe uma relação espacial entre a
localização da célula sensorial na cóclea e a freqüência a qual o receptor é mais
sensível. A partir da base da cóclea até o seu ápice, a freqüência que mais excita
uma célula sensorial muda de alta para baixa. Esta diferença quanto à sensibilidade
da célula sensorial ao longo da cóclea é a base da organização tonotópica da
membrana receptora auditiva. A organização topográfica das representações
centrais está determinada pela organização espacial da área receptora periférica. A
maioria dos componentes do sistema auditivo está organizado tonotopicamente. As
células sensoriais são inervadas pelos prolongamentos distais de neurônios
bipolares sensitivos primários localizados no gânglio espiral. Os prolongamentos
centrais dos neurônios bipolares formam a divisão coclear do nervo vestibulococlear
(VIII nervo craniano). Esses axônios projetam-se aos núcleos cocleares ipsilaterais,
que estão localizados na porção rostral do bulbo. Os núcleos cocleares estão
distribuídos em três divisões anatômicas: dorsal, anteroventral e posteroventral. Os
neurônios de projeção ascendente em cada uma dessas divisões possuem
conexões específicas com o restante do sistema auditivo e dão origem às vias
auditivas paralelas que devem servir para diferentes aspectos da audição. Os
neurônios pertencentes às divisões posteroventral e dorsal projetam-se diretamente
ao colículo inferior contralateral. As projeções auditivas que se originam no núcleo
coclear anteroventral decussam no corpo trapezóide e são importantes na
localização horizontal dos sons. Este núcleo envia projeções bilaterais ao complexo
olivar superior, uma reunião de núcleos na porção caudal da ponte. O complexo
olivar superior contém três componentes importantes: os núcleos olivares medial e
lateral e o núcleo do corpo trapezóide. Somos capazes de reconhecer um som como
originando-se de um lado ou de outro da cabeça de duas maneiras, dependendo de
sua freqüência. Sons de baixa freqüência ativam as duas orelhas com pequena
diferença de tempo, produzindo uma diferença interaural de tempo. Quanto mais
afastada da linha média estiver uma fonte sonora, maior será a diferença de tempo
interaural. Para sons de freqüência alta a chegada às duas orelhas resulta numa
diferença interaural de intensidade. Os neurônios do núcleo olivar superior medial
45
são sensíveis às diferenças interaurais de tempo e respondem seletivamente aos
tons de baixa freqüência. Neurônios individuais localizados na oliva superior medial
recebem conexões monossinápticas do núcleo coclear anteroventral de ambos os
lados, porém estas aferências são segregadas espacialmente em seus dendritos
mediais e laterais. Esta separação de sinais aferentes é tida como a base da
sensibilidade às diferenças interaurais de tempo. Ao contrário, neurônios localizados
no núcleo olivar superior lateral são sensíveis às diferenças interaurais de
intensidade e ajustados para estímulos de freqüência alta. A sensibilidade frente às
diferenças de intensidade interaural é tida como sendo determinada pela entrada
convergente de sinais excitatórios monossinápticos oriundos do núcleo coclear
anteroventral e por uma conexão inibitória bissináptica oriunda do núcleo coclear
anteroventral contralateral, passando pelo núcleo do corpo trapezóide. Os neurônios
localizados no complexo olivar superior projetam-se em direção ao colículo inferior
que está localizado no teto mesencefálico, através de uma via ascendente chamada
de leminisco lateral. O leminisco lateral é um feixe de axônios e praticamente todas
as suas fibras terminam no colículo inferior. Muitos desses axônios também emitem
ramos colaterais em direção ao núcleo do leminisco lateral, localizado no meio da
estrutura da qual recebe o nome. O núcleo do leminisco lateral contém muitos
neurônios que projetam seus axônios para o colículo inferior contralateral através da
comissura de Probst, outro local da via auditiva onde as informações cruzam a linha
média.
O colículo inferior está localizado no mesencéfalo sendo subdividido em três
componentes: os núcleos central e externo e o córtex dorsal. O núcleo central do colículo
inferior é o local principal do término das vias auditivas oriundas da ponte e do bulbo, dá
origem a uma via auditiva leminiscal ascendente que vai ao tálamo e continua até o córtex
auditivo primário. Em todo seu percurso, esta via possui uma organização tonotópica precisa.
O núcleo central recebe informações convergentes oriundas de três fontes: de vias que se
originam no núcleo olivar superior ipsi e contralateral; de axônios ipsi e contralaterais do
núcleo do leminisco lateral e de vias diretas dos núcleos cocleares dorsal e posteroventral
contralaterais. Todos os axônios que se projetam no núcleo central do colículo inferior
oriundos do bulbo e da ponte estão localizados no leminisco lateral. A função desses núcleos
é processar sons para a percepção auditiva e reflexos de ajuste, tais como as respostas devido
a um susto de origem acústica. O núcleo central possui estrutura laminada: os neurônios
presentes em cada uma das lâminas possuem sensibilidade máxima às freqüências de tons
46
similares. Neurônios distribuídos em lâminas são as bases estruturais para a organização
tonotópica nos núcleos centrais. A distribuição por lâminas é usada para agrupar neurônios
com atributos funcionais ou conexões similares. O colículo inferior projeta-se para o tálamo
através de um trato denominado braço do colículo inferior que se dirige ao núcleo geniculado
medial. O núcleo geniculado medial é o núcleo talâmico para a retransmissão auditiva sendo
composto por muitas subdivisões. O núcleo principal de retransmissão da audição é a divisão
ventral do núcleo geniculado medial que possui uma organização tonotópica. Possui estrutura
laminar e recebe a maioria das projeções auditivas ascendentes originadas no núcleo central
do colículo inferior. Existem dois sistemas paralelos de projeção talamocortical a partir do
corpo geniculado medial em direção ao lobo temporal. Uma das vias é a projeção
tonotopicamente organizada da divisão ventral para o córtex auditivo primário localizado no
giro de Heschl. A outra projeção possui uma organização mais complexa: origina-se das
outras subdivisões do núcleo geniculado medial e dirige-se às áreas auditivas secundárias que
circundam o córtex primário. As projeções auditivas talamocorticais são denominadas
radiações auditivas. O córtex auditivo primário (área 41) está localizado sobre dois giros
localizados dentro do sulco lateral, no lobo temporal, denominado giros de Heschl. Possui
uma organização colunar: os neurônios que são sensíveis a sons de freqüência similar são
distribuídos ao longo de todas as seis camadas em uma faixa cortical constituindo as colunas
de isofreqüências. Um determinado tom produz movimentação de um ponto discreto
localizado na membrana basilar e, através da via auditiva ascendente ativa uma faixa de
neurônios no córtex auditivo primário. A representação cortical de outras características do
som parece estar superposta à organização tonotópica do córtex auditivo primário. Uma
qualidade importante é a diferença de intensidade interaural que é a melhor maneira de
detectar a localização horizontal de sons de alta freqüência. Dentro da representação de sons
de alta freqüência no córtex auditivo primário estão as colunas biauriculares, nas quais os
neurônios são sensíveis a diferenças de intensidade interaural similares.
Guyton, Hall (1998) referem que a destruição do córtex auditivo de ambos os lados
do cérebro causa a perda de quase toda a capacidade de detectar a direção da qual vem o som
e que este processo começa nos núcleos olivares superiores no tronco encefálico, requerendo
vias neurais desde estes núcleos até o córtex. Referem também que o núcleo olivar superior é
dividido em duas partes: núcleo olivar superior lateral e núcleo olivar superior medial. O
núcleo lateral é responsável pela localização do som através da diferença das intensidades
entre os sons que atingem as duas orelhas. Ele compara as duas intensidades e manda a
47
informação para o córtex auditivo avaliar a direção. O núcleo medial tem um mecanismo
muito específico para detectar o retardo de tempo entre os sinais acústicos que entram nas
duas orelhas: este núcleo contém neurônios com dois dendritos principais, um que se projeta
para a direita e outro para a esquerda. A intensidade de excitação de cada neurônio é
altamente sensível a um retardo de tempo específico entre os dois sinais acústicos,
provenientes das duas orelhas. Os neurônios próximos a um bordo do núcleo respondem de
modo máximo a um retardo de tempo curto, enquanto aqueles próximos do bordo oposto
respondem a um retardo de tempo muito longo e os que ficam entre ambos, a retardos de
tempo intermediários. Assim, desenvolve-se um padrão espacial de estimulação neuronal do
núcleo olivar superior medial. Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida por todo
trajeto até o córtex auditivo, onde a localização do som é determinada pelo sítio no córtex que
é maximamente estimulado. As informações específicas dos sinais sensoriais são dissecadas à
medida que os sinais atravessam diferentes níveis de atividade neuronal. Neste caso a
“qualidade” da direção do som é separada das outras qualidades do som.
Machado (2000), descrevendo a via auditiva, referiu que os neurônios I
encontram-se se no gânglio espiral situado na cóclea e que são neurônios bipolares
cujos prolongamentos periféricos são pequenos e terminam em contato com os
receptores no órgão de Corti, enquanto os prolongamentos centrais constituem a
porção coclear do nervo vestibulococlear e terminam na ponte, fazendo sinapse com
os neurônios II. Os neurônios II estão situados nos núcleos cocleares dorsal e
ventral, seus axônios cruzam para o lado oposto constituindo o corpo trapezóide,
contornam o núcleo olivar superior e ascendem para formar o leminisco lateral do
lado oposto. As fibras do leminisco lateral terminam fazendo sinapse com os
neurônios III no colículo inferior. Existe um certo número de fibras provenientes dos
núcleos cocleares que penetram no leminisco lateral do mesmo lado, sendo, por
conseguinte, homolaterais. Os axônios dos neurônios III dirigem-se ao corpo
geniculado medial onde estão localizados os neurônios IV, cujos axônios formam a
radiação auditiva que chega à área auditiva do córtex (áreas 41 e 42 de Brodmann),
situada no giro temporal transverso anterior. Refere que a maioria dos impulsos
auditivos chega ao córtex através de uma via como a descrita acima, ou seja,
envolvendo quatro neurônios. Entretanto, muitos impulsos auditivos seguem trajeto
mais complicado, envolvendo um número variável de sinapses em três núcleos
acessórios situados ao longo da via auditiva, ou seja, núcleo do corpo trapezóide,
48
núcleo olivar superior e núcleo do leminisco lateral. Completa dizendo que a via
auditiva mantém uma organização tonotópica, ou seja, impulsos nervosos
relacionados com tons de determinadas freqüências seguem caminhos específicos
ao longo de toda via, projetando-se em partes específicas da área auditiva.
Segundo os fisiologistas, Berne, Levy (2000), para julgar a origem do som, o
sistema auditivo usa pistas que incluem as diferenças na intensidade ou no tempo
(ou fase) de chegada do som nas duas orelhas. Estas pistas são captadas no
complexo olivar superior: o núcleo olivar superior lateral capta as diferenças de
intensidade, enquanto o núcleo olivar superior medial analisa as diferenças no
tempo (ou fase) de chegada do som nas duas orelhas. Os neurônios do núcleo olivar
superior medial possuem dendritos mediais e laterais. As sinapses nos dendritos
mediais são, em grande parte, excitatórias e originam-se no núcleo coclear ventral
contralateral. As sinapses dos dendritos laterais são, em sua maioria, inibitórias e
originam-se no núcleo coclear ventral ipsilateral. As diferenças de fase dos sons
afetam o tempo da excitação e inibição que chegam a determinado neurônio olivar
medial. A atividade dos neurônios pode, então, prover informação sobre a
localização do som.
De acordo com Musiek, Oxholm (2000), o sistema nervoso
auditivo central apresenta processamento seqüencial e paralelo. O
processamento seqüencial é a organização hierárquica do sistema
auditivo: a informação é transferida de um centro para outro de
maneira progressiva, indo de núcleos no tronco encefálico baixo
para estruturas no córtex. Enquanto a informação progride de um
centro auditivo para o próximo, as diferentes estruturas ao longo
do caminho influenciam os impulsos. Esta ação altera ou preserva
o modelo da informação de forma a torná-la útil para mais centros.
O processamento é paralelo, pois possui, no mínimo, dois canais
separados para a informação e à medida que progride através do
sistema, mais processamento paralelo aparece conforme muitos
canais entram em jogo. Descrevendo a anatomia e fisiologia do
sistema auditivo nervoso central referem que:
49
O núcleo coclear é composto por três partes: núcleo
coclear anteroventral, núcleo coclear posteroventral e núcleo
coclear dorsal. As fibras do nervo auditivo entram na junção dos
núcleos cocleares anteroventral e posteroventral onde cada fibra
manda ramos para os três núcleos. O núcleo coclear é composto
por vários tipos de células nervosas que podem modificar de
maneira característica os impulsos nervosos que aí chegam. A
correspondência entre o tipo de célula e o modelo de resposta
sugere uma relação significante entre anatomia e fisiologia das
células deste núcleo. Histogramas pós estimulatórios no núcleo
coclear indicam o complexo processamento de informação neste
núcleo, como a precisa marcação de tempo necessária para a
distinção de diferenças de tempo interaural. As fibras do nervo
auditivo que entram no núcleo coclear preservam a organização de
freqüências da cóclea e as três porções do núcleo coclear contém
esta organização tonotópica. Três tratos neurais saem do núcleo
coclear para o complexo olivar superior e para níveis mais altos do
sistema nervoso auditivo central: a estria acústica dorsal sai do
núcleo coclear dorsal e continua contralateralmente para o
complexo olivar superior, leminisco lateral e colículo inferior; a
estria
acústica intermediária se origina
no
núcleo
coclear
posteroventral e se comunica com o núcleo ventral do leminisco
contralateral
e
com
o
núcleo
central
do
colículo
inferior
contralateral; a estria acústica ventral sai do núcleo coclear
anteroventral,
se
une
ao
corpo
trapezóide
e
se
estende
contralateralmente para o complexo olivar superior, leminisco
lateral e outros grupos nucleares. Além desses três tratos, outras
fibras projetam-se ipsilateralmente de cada divisão do núcleo
coclear: algumas dessas fibras fazem sinapse no complexo olivar
50
superior e núcleo do leminisco lateral, outras fazem sinapse apenas
no colículo inferior. O caminho contralateral tem um número maior
de fibras mas muitos tratos projetam-se tanto contralateralmente
como ipsilateralmente ao núcleo coclear.
O complexo olivar superior se posiciona ventral e medialmente
ao núcleo coclear, na porção caudal da ponte, sendo composto por
numerosos grupos de núcleos cujos principais são: núcleo olivar
superior lateral, núcleo olivar superior medial e núcleo do corpo
trapezóide. A organização tonotópica parece estar preservada em
todos os núcleos: o núcleo olivar superior medial tem uma
representação primária de freqüências baixas enquanto o lateral
responde a uma faixa larga de freqüências, sendo as baixas
representadas lateralmente e as altas medialmente; o núcleo do
corpo trapezóide também tem uma organização tonotópica com as
freqüências
baixas
representadas
lateralmente
e
as
altas
medialmente. O complexo olivar superior é uma estação complexa
na via auditiva pois é o primeiro lugar, mas não o único, onde
estímulos ipsi e contralaterais dão ao sistema uma fundamentação
anatômica da audição binaural. A localização sonora é determinada
principalmente pela variação no tempo e intensidade interaural que
chega ao complexo olivar superior. O complexo olivar superior
possui células excitatórias e células inibitórias sensíveis ao tempo.
Estas respostas excitatórias e inibitórias ajudam a explicar as
pistas direcionais para o sistema auditivo mais alto.
O leminisco lateral é a via auditiva primária no tronco cerebral e
é composto por vias ascendentes e descendentes. A porção
ascendente se estende bilateralmente do núcleo coclear ao colículo
inferior
no
mesencéfalo,
contendo
fibras
ipsilaterais
e
contralaterais do núcleo coclear e do complexo olivar superior. No
51
leminisco lateral existe dois grupos de células principais: o núcleo
ventral e o dorsal, localizados na porção superior da ponte. A
aferência para os núcleos do leminisco lateral vem do núcleo
coclear dorsal contralateral, do núcleo coclear ventral de ambos os
lados e do complexo olivar superior ipsi e contralateral. Um trato de
fibras chamado Comissura de Probst, conecta o núcleo dorsal do
leminisco lateral dos dois lados do tronco cerebral. Fibras do
leminisco lateral também podem cruzar de um lado para o outro
através da formação reticular da ponte. Existe organização
tonotópica nos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e a
resolução temporal parece ser marcantemente menor quando
comparada com os núcleos mais caudais.
O colículo inferior, estação obrigatória da via auditiva, localizase no mesencéfalo e possui duas partes: o núcleo central ou
coração, que é composto só de fibras auditivas, e o núcleo
pericentral, ou cinto, que envolve o núcleo central e é composto
por fibras somatosensoriais e auditivas. Recebe aferência do
núcleo coclear dorsal e ventral, dos núcleos lateral e medial do
complexo olivar superior, dos núcleos dorsal e ventral do leminisco
lateral e do colículo inferior contralateral. O colículo superior,
geralmente associado com o sistema visual, também recebe
aferência do sistema auditivo, que é usado nos reflexos envolvendo
a posição da cabeça e os olhos. O colículo inferior tem organização
tonotópica com as freqüências altas posicionadas ventralmente e
as baixas dorsalmente. As curvas de afinação do colículo inferior
são extremamente pontudas, sugerindo um alto grau de resolução
de freqüência. Possui muitos neurônios sensíveis ao tempo e ao
espaço e neurônios sensíveis à estimulação binaural, o que sugere
função na localização sonora. A resolução temporal no colículo
52
inferior, como no leminisco lateral, é menos eficiente que nas
estruturas mais caudais do tronco cerebral.
O corpo geniculado medial é o núcleo auditivo do tálamo
recebendo
fibras
do
colículo
inferior
que
são
projetadas
ipsilateralmente através de um trato chamado braço do colículo
inferior. Divide-se em três porções: ventral, dorsal e medial. Células
da porção ventral respondem primariamente a estímulos auditivos
enquanto as outras divisões contêm neurônios que respondem
tanto a estímulos auditivos como somatosensoriais. A divisão
central parece ser a porção que transmite informação de
discriminação auditiva específica (fala) para o córtex cerebral. A
divisão dorsal projeta axônios para as áreas de associação auditiva
e deve manter e dirigir a atenção auditiva, enquanto a divisão
medial
deve
funcionar
como
um
sistema
de
estimulação
multissensorial. A organização tonotópica foi relatada no segmento
ventral com freqüências baixas representadas lateralmente e
freqüências altas representadas medialmente.Possui curvas de
afinação pontudas que permitem boa seletividade de freqüência
(resolução de freqüência). A resolução temporal varia entre as três
regiões do corpo geniculado medial sendo melhor na divisão
ventral que é similar à do colículo inferior e muito pior que a do
núcleo coclear. Possui muitos neurônios sensíveis à estimulação
binaural e diferenças de intensidade interaural.
O sistema auditivo também se conecta à formação reticular. A
formação reticular que forma a parte central do tronco encefálico é
uma área organizada de núcleos e tratos difusos. Possui tratos
ascendentes e descendentes em cada lado do tronco cerebral.
Estes tratos se estendem da região caudal da medula espinhal até
o mesencéfalo, onde tratos difusos são mandados para o cérebro.
53
Conexões com o cerebelo também existem. A formação reticular
tem dois subsistemas: o sensorial ou sistema de ativação reticular
ascendente e o sistema de ativação motora. Quando o sistema
sensorial é ativado, o córtex fica mais alerta. Este sistema prepara
o cérebro para agir apropriadamente ao estímulo. Evidências
sugerem que se torna sensível a estímulos específicos, isto é,
reage mais a estímulos importantes que aos não importantes. Este
deve ser um dos mecanismos básicos da atenção seletiva e pode
estar relacionado com a habilidade de ouvir em presença de ruído.
A grande quantidade de conexões de estruturas sensoriais com a
formação reticular e suas interações torna difícil separar atenção
de processamento sensorial ou cognitivo da informação.
O córtex cerebral também apresenta organização tonotópica.
Usando PET para medir mudanças no fluxo sangüìneo cerebral
demonstrou-se representação de freqüências baixas na parte
lateral e de freqüências altas na parte medial do giro de Heschl. Na
área auditiva primária, onde as células tem afinação aguçada,
organização tonotópica de alta definição e faixas de isofreqüências
podem
ser
encontradas.
Um
componente
espacial
de
representação de freqüência parece estar presente no córtex
auditivo: colunas parecem ter freqüência característica similar.
Os
autores
referem
que
processamento
temporal
é
o
desempenho em uma atividade auditiva que requer algum tipo da
análise de tempo do estímulo apresentado. A análise de tempo é
essencial para certos processos auditivos: localização da fonte
sonora requer análise do tempo de chegada do sinal acústico nas
duas orelhas; a sensibilidade temporal para diferenças de fase do
sinal nos ajuda a escutar no ruído; a percepção do pitch de sons
complexos depende da análise de tempo de eventos acústicos
54
repetidos
rapidamente;
seqüência
de
estímulos
sucessivos;
discriminação da duração e tempo de intervalo, entre outros. O
sistema nervoso auditivo central é um cronômetro: medidas
fisiológicas de latência, análise de fase, diferenças de fase e
sincronicidade são formas de enumerar o processamento temporal.
A latência das respostas neuronais do tronco cerebral variam
dependendo do tipo de estímulo auditivo e do neurônio ou grupo
de neurônios analisados. Alguns neurônios reagem rapidamente à
estimulação enquanto outros têm períodos de latência longos,
alguns respondem apenas ao início do estímulo, enquanto outros
apenas ao término. Muitos neurônios auditivos parecem analisar a
fase do estímulo e disparar apenas quando a onda atingir certo
ponto em seu ciclo. Isto é evidente com freqüências baixas onde
certos neurônios disparam em cada ciclo, enquanto em freqüências
altas eles disparam a cada três ou cinco ciclos. Esta relação com a
fase é especialmente aparente em neurônios do tronco encefálico
baixo. Geralmente, a velocidade de disparo dos neurônios do
tronco encefálico é mais alta que a dos neurônios corticais, tanto
para sinais contínuos como periódicos. A velocidade com que um
neurônio pode responder a estímulos repetitivos depende de seu
período refratário. O período refratário é o intervalo de tempo entre
duas descargas sucessivas (despolarização) de uma célula
nervosa. Como no tronco encefálico, o córtex auditivo possui
neurônios que respondem para o início, outros mantêm a resposta
pela duração do estímulo e outros respondem para o término do
estímulo acústico. A codificação de eventos breves ou transitórios
(fusão de clicks, ordenação temporal) está relacionado com
resolução temporal, espécie de tarefa para a qual o córtex é
sensível. Apenas 2 a 3ms de intervalo entre dois clicks são
55
suficientes para determinar em humanos que dois estímulos estão
presentes e não um. A análise de tempo no córtex auditivo é
importante nas habilidades de localização: muitos neurônios são
sensíveis a diferenças interaurais de fase e intensidade. A maioria
dos neurônios corticais dispara com estímulos sonoros de fontes
posicionadas no campo auditivo contralateral.
ESTUDOS PSICOACÚSTICOS DA LOCALIZAÇÃO SONORA
Wallach et al (1949) estudaram o que um indivíduo ouve quando dois sons
idênticos chegam em suas orelhas, de direções diferentes e um segue o outro após
pequeno intervalo de tempo, chegando a duas proposições gerais:
- Dois sons breves que atingem as orelhas do indivíduo em sucessão com tempo
bem reduzido serão ouvidos como apenas um som se o intervalo entre eles for
suficientemente curto. O intervalo necessário para ocorrer a fusão não é o mesmo
para todos os tipos de som. O limite superior deste intervalo foi encontrado
aproximadamente em 5ms para clicks isolados e em torno de 40 ms para sons
complexos.
- Se dois sons breves são ouvidos como um só, a localização do som é
determinada pela localização do primeiro som. Isso é chamado de efeito de
precedência na localização do som. O efeito de precedência pode ser descrito mais
facilmente se assumirmos que a localização sonora é baseada na diferença de
tempo entre as duas orelhas.
O efeito de precedência nos ajuda a entender nossa habilidade de localizar sons
em ambientes reverberantes onde ouvimos apenas um som e não a longa
seqüência de sons sucessivos como é sugerido pelas considerações físicas. O efeito
de precedência também explica o sucesso dos sistemas de som estereofônicos nos
quais o som é captado e reproduzido em dois canais, recriando a ilusão do som
vindo de mais de uma direção.
Neste trabalho apresentaram cliks através de fones podendo controlar melhor a
intensidade que no campo livre e também eliminar os clicks sucessivos ou
transientes que aparecem em uma sala reverberante.
56
Fizeram uma determinação preliminar de qual intervalo entre os sons fariam
ouvi-los como dois sons. Esse limiar foi determinado pelo método dos limites. Na
série ascendente foi encontrado que um intervalo de 6000µs era necessário para
ouvir claramente dois sons. Na série descendente, um intervalo de 3000µs dava a
impressão de apenas um som.
Utilizando intervalos menores que 3000µ
µs avaliaram o
desempenho
de
localização
do
som
em
dois
indivíduos,
encontrando o limiar de 45µ
µs em um e de 40µ
µs em outro em 40
observações.
Hass (1951) colocou dois alto-falantes do mesmo tipo a 3m de
distância do indivíduo em um ângulo de 45º, à direita e à esquerda
dele. Com a diferença de zero da partida de um som verbal, uma
fonte sonora imaginária é localizada diretamente na frente do
indivíduo. A localização da fonte se move gradualmente em direção
do alto-falante mais próximo quando diferenças entre zero e 1ms
(1000µ
µs) entre a chegada do som são colocadas. Esta condição foi
obtida entre 1ms (1000µ
µs) e 30ms (30000µ
µs) de diferença. Quando a
diferença atingiu um valor ao redor de 40ms (40000µ
µs) o som do
alto-falante atrasado foi reconhecido como uma fonte de som
adicional, porém a fonte sonora ainda foi localizada no alto-falante
mais próximo. Um aumento da diferença de chegada do som para
50ms (50000µ
µs) torna possível discriminar a segunda fonte sonora.
Para Bergman (1957) a maior vantagem da audição binaural é a habilidade
de localização da fonte sonora. Explicou que o julgamento da localização da fonte
sonora é baseado nos seguintes fatos: diferença de tempo de chegada do som nas
duas orelhas; diferença de fase do som nas duas orelhas; diferença de intensidade
dos sons nas duas orelhas; diferença no espectro de freqüência do som em cada
orelha devido ao efeito de difração do som ao redor da cabeça. Citou ainda um
quinto fator que seria a diferença de audição entre as duas orelhas. Realizou uma
pesquisa sobre a habilidade de localização sonora em indivíduos com perdas
57
auditivas assimétricas, utilizando a localização de palavras em quatro caixas de sons
dispostas na frente, atrás, à direita e à esquerda do sujeito. Iniciou o teste em uma
intensidade de 10 dB acima do limiar de detecção de voz em campo e foi subindo a
intensidade de 5 em 5 dB anotando o número de respostas corretas. Verificou que a
localização da fonte sonora pode ocorrer se a intensidade do som for superior ao
limiar da orelha pior. Relatou neste mesmo texto que outra função importante da
audição binaural é a seletividade que está intimamente ligada à habilidade de
localização sonora. Definiu seletividade como a habilidade de escutar um sinal,
usualmente fala, não se importando com um sinal competitivo, normalmente um
ruído. Descreveu uma experiência onde os sujeitos mudaram de um sistema
monoaural para um binaural e descreveram a sensação de diminuição do ruído de
fundo, instantaneamente, ao passar para o sistema binaural.
Sanchez-Longo et al (1957) fizeram uma revisão de literatura sobre
localização sonora observando a existência de dois grupos de estudo: um grupo
preocupado com a parte física do som e fatores periféricos na localização sonora e
outro grupo preocupado com os mecanismos neurais centrais. Referiram que a
maioria dos psicólogos do século XIX duvidava da existência de uma real percepção
auditiva de espaço. Empiricistas como Berkeley, Mill e Bain, aceitavam a hipótese
que experiências passadas eram a base para localização sonora. O moderno
conceito de percepção auditiva de espaço, provavelmente, começou em 1848 com
as observações de Weber que quando dois relógios são colocados perto das orelhas
do observador ele consegue referir qual relógio está em qual orelha. Isto marcou a
origem da idéia de que a dimensão primária da localização sonora é a direita e a
esquerda. Ele erroneamente atribuiu a localização sonora a diferenças táteis no
meato auditivo externo. Bloch em 1893 e 1895 estudando a localização sonora
notou que não existe confusão entre direita e esquerda e que a fonte sonora é mais
facilmente localizada na frente do que atrás no plano medial. Os autores referiram
que o mecanismo de localização sonora é explicado através de três teorias: a mais
antiga é a teoria da intensidade que diz que o observador localiza o som do lado em
que ele chega mais intenso; a teoria da fase que diz que o observador localiza a
fonte sonora do lado em que a onda sonora chega em fase anterior; a teoria do
tempo que diz que o observador localiza um som breve do lado em que ele chega
primeiro. Explicaram que a diferença entre a teoria da fase e do tempo é que na
58
primeira a localização depende da chegada da fase da onda de um tom puro,
enquanto a segunda depende do tempo de chegada de um único som. Lord
Rayleigh (1875 e 1910) estabelece a teoria da intensidade e o fato de que vozes são
localizadas mais facilmente que tons puros. Thompson em 1878 estabelece a teoria
da fase. A teoria do tempo foi proposta por Mallock em 1908 e demonstrada
experimentalmente por Aggazzotti em 1911. Suporte definitivo para a teoria do
tempo vieram dos trabalhos de Von Hornbostel e Wertheimer em 1920 e também por
Klemm. Halverson em 1922, estudando os fatores diferença de fase e diferença de
intensidade concluiu que a diferença de fase é mais efetiva na localização de sons.
Trimble, em 1929, foi o primeiro a atribuir a localização de freqüências baixas à
diferença de fase e a localização de freqüências altas à diferença de intensidade.
Investigando a localização de tons puros, Stevens e Newman (1934) descobriram
que a habilidade de localizar sons varia com a freqüência: a localização é boa até
1000Hz, piora entre 2000 e 4000Hz e melhora novamente acima de 6000Hz. Seus
achados confirmaram o ponto de vista de Trimble de que utilizamos a diferença de
fase para localizar sons graves e a diferença de intensidade para localizar sons
agudos. Explicaram ainda que localizamos melhor sons complexos pelo fato deles
terem uma combinação de sons graves e agudos. Langmuir e col. (1946), Wallach
et al (1949) mostraram que alguns sons se fundem em uma simples sensação
auditiva se estão próximos no tempo. O mecanismo de localização de sons em uma
sala reverberante é baseado no fato de que o primeiro som que chega à orelha do
ouvinte determina a localização da fonte.
Sanchez- Longo, Forster (1958) aplicaram um teste de localização de som no
plano horizontal onde o indivíduo ficava no centro de um círculo, com os olhos
vendados e o queixo em um suporte que o impedia de mover a cabeça. O som
utilizado no teste foi o ruído mascarante mais grave do audiômetro vindo de caixas
acústicas colocadas em 13 diferentes posições na margem do círculo. O indivíduo
era instruído a apontar exatamente para o ponto onde localizava a fonte sonora. Os
indivíduos testados eram capazes de escutar com as duas orelhas e não tinham
diferença superior a 20 dB entre elas. Testaram 50 indivíduos normais e 50 com
lesões cerebrais. Os indivíduos normais foram capazes de localizar, com a mesma
precisão, os sons no campo auditivo direito e no esquerdo. Indivíduos sem lesão
cerebral e com diferença maior que 20 dB entre as duas orelhas apresentaram
59
dificuldade de localização no lado da lesão (os sons eram localizados do lado da
orelha melhor). Perdas auditivas simétricas não afetaram a localização de forma
significativa. Nos indivíduos com lesão cerebral, 19 dos 21 casos com envolvimento
do lobo temporal mostraram alteração de localização do som no lado contralateral à
lesão.
Matzker (1959) descreveu um teste de localização sonora com fones
utilizando o método de diferenças de tempo interaural. Utilizou tons puros de 125 a
8000 Hz que eram interrompidos a intervalos regulares utilizando diferenças de
tempo interaural geradas eletricamente. O menor e o maior intervalo de tempo
interaural produzido pelo equipamento era respectivamente de 0,018ms (18µs) e
0,648ms (648µs). Quanto maior a diferença de tempo interaural mais lateral era a
sensação da fonte sonora. Com a diferença de 0,648ms a impressão era de que a
fonte estava na posição de 90º do plano medial. Para cada freqüência, o teste
começava com a diferença interaural máxima que ia sendo abaixada até que se
estabelecesse a impressão central. Os resultados eram colocados em um gráfico da
freqüência por uma escala de 0 a 14 para cada lado; o número 1 correspondia ao
atraso mínimo de 0,018ms e o número 14 ao atraso máximo de 0,648ms. A zona de
impressão central foi chamada de banda de localização. Ouvintes normais
centralizavam a impressão sonora apenas no intervalo de 0,018ms tanto para a
direita como para a esquerda. Referiu que apesar de existir um inconveniente com o
equipamento que era a ocorrência de um click na mudança dos intervalos de tempo
interaural, a freqüência foi a principal causa da localização. Aplicou o teste em
muitos indivíduos com lesão cerebral e concluiu que o desvio da banda de
localização para um lado indica lesão no hemisfério cerebral contralateral ou lesão
homolateral do tronco cerebral.
Segundo Nordlund (1962) audição direcional é a habilidade de um observador
julgar a direção da fonte sonora. Esta habilidade é uma das funções mais
importantes na maioria dos mamíferos pois os ajuda a evitar perigos e caçar suas
presas. A audição direcional é importante na vida diária das pessoas sendo uma das
principais funções da audição. Problemas na audição direcional detectados na
audiometria direcional ajudam no diagnóstico auditivo. Existem dois métodos para a
investigação da audição direcional: usando fones de ouvido e testes em campo livre.
60
Com o uso de fones os indivíduos ouvem o estímulo, com
diferenças variáveis de tempo, fase e intensidade entre as orelhas,
e devem informar onde ouviram o som. A sensação do som toma a
forma de uma fonte sonora imaginária que existe dentro da cabeça
do ouvinte ou em sua proximidade. A vantagem deste método inclui
simplicidade de equipamentos e a possibilidade de julgamento da
capacidade de discriminação de diferenças interaurais de tempo,
fase ou intensidade individualmente. As diferenças de tempo, fase
e intensidade são a base da habilidade de localização do som. Na
audiometria direcional com fones é possível, por exemplo, manter a
intensidade interaural e variar a diferença de tempo ou vice-versa.
O mesmo se aplica para os fatores fase e intensidade quando
usamos tons puros como estímulos. A desvantagem deste método
é que o sujeito localiza a fonte sonora em sua cabeça ou perto dela.
Isto indica que este tipo de teste não tem a mesma precisão da
direção obtida em uma condição fisiológica, isto é, quando o som é
apresentado em campo livre.
Testes de localização angular em campo livre tem a desvantagem de precisar
de equipamentos caros e não ser possível avaliar separadamente as diferenças de
tempo, fase e intensidade. A grande vantagem é que apenas com este tipo de teste
verificamos a audição direcional fisiológica, isto é, localização da fonte sonora no
lugar onde realmente ela está.
Em seu trabalho usou campo livre, um quarto anecóico, intensidade
confortável e tons de 500, 2000, 4000 e Ruído Branco com filtro passa baixa. O
ouvinte indicava a direção da fonte sonora. A habilidade de localizar o tom de 500
Hz constituía a habilidade de discriminar diferenças interaurais de fase já que nesta
freqüência a diferença de intensidade não é perceptível. A habilidade de localizar as
freqüências de 2000 e 4000 Hz constituía a habilidade de discriminar diferenças
interaurais de intensidade já que a diferença de fase não é perceptível nessas
freqüências. A habilidade de localizar o Ruído Branco com filtro passa baixa
constituía a discriminação da diferença interaural de tempo. Avaliou 8 sujeitos com
61
audição normal e idade entre 20 e 30 anos. Concluiu que as freqüências de 500 e
1000 Hz são localizadas mais facilmente que as freqüências de 2000 e 4000 Hz
explicando que a diferença de fase interaural é uma pista mais eficiente que a
diferença de intensidade. O ruído branco com filtro passa baixa foi o som mais
facilmente localizado. Entretanto não pôde concluir que a diferença de tempo é a
melhor pista para a localização já que a diferença de intensidade também pode ter
contribuído.
Nordlund (1963) usando a técnica descrita em Nordlund (1962) avaliou 51
sujeitos normais e 101 com diferentes tipos de perdas auditivas com o objetivo de
estimar o valor da audiometria direcional no topodiagnóstico das alterações
auditivas. Observou que pacientes com perdas condutivas apresentaram leve
redução da habilidade de localização; pacientes com lesão coclear apresentaram
audição direcional preservada; pacientes com lesão do nervo auditivo ou ponte
apresentaram
localização
angular
pobre;
pacientes
com
lesão
cerebral
apresentaram audição direcional normal a não ser que níveis baixos do sistema
auditivo central estivessem afetados. A audiometria direcional foi considerada de
grande valor para diferenciar lesões cocleares de retrococleares, isto é, lesões do
nervo auditivo ou da ponte.
Masterton et al (1967) treinaram gatos para verificar a lateralização de sons
utilizando uma seqüência de clicks, apresentados através de fones adaptados, onde
o click apresentado a uma orelha precedia o da outra em 500µs. O intervalo entre os
clicks foi diminuído até que um limiar pudesse ser estimado. Em gatos com sistema
auditivo intacto, foi encontrado um limiar de lateralização entre 20 e 50µs. Gatos
com secção completa do corpo trapezóide ou destruição bilateral do complexo olivar
superior tiveram o limiar elevado para valores próximos a 500µs que significa a
perda total da capacidade de discriminar diferenças de tempo necessárias para a
localização sonora. Gatos com secção parcial do corpo trapezóide tiveram elevação
do limiar proporcional à extensão da lesão. Observou que o déficit sensorial
resultante da secção do corpo trapezóide parecia estar restrito à discriminação de
diferenças pequenas de tempo interaural pois, em campo, quando as fontes sonoras
estavam bem separadas eles se comportavam como gatos sem lesão. Comparou
seus resultados com os de estudos que utilizaram gatos com ausência bilateral do
córtex auditivo e relataram incapacidade de localizar a fonte sonora. Explicou esta
62
diferença referindo que a lesão do corpo trapezóide é uma perda da sensibilidade
caracterizada pela perda de uma dimensão física enquanto a lesão bilateral do
córtex auditivo é uma perda de integração onde as diversas dimensões não são
unificadas em classes cognitivas, mesmo que elas possam ser detectadas ao nível
de tronco encefálico.
Groen (1969) utilizou o equipamento descrito por Matzker e Welker em 1959,
para verificar a lateralização para tons puros. Este equipamento era conectado a um
audiômetro e possibilitava ao investigador introduzir um atraso interaural entre dois
sons idênticos. A variação do tempo de atraso podia ser regulada em degraus indo
de 36µs a 648µs. A freqüência do tom podia ser selecionada no audiômetro e os
ouvidos normais eram capazes de detectar diferenças de tempo (ou fase) em uma
faixa de freqüências de 125 a 800 Hz, sendo que acima desta faixa a habilidade
declinava rapidamente. O equipamento garantia a constância da intensidade entre
os dois fones enquanto o tempo de atraso era introduzido. Indivíduos normais
lateralizaram os sons a partir de 60 a 90µs. Concluiu que a discriminação de
diferença de tempo interaural, quase sempre, está ausente em problemas do nervo
auditivo, enquanto diferenças de intensidade ainda produzem lateralização. Devido a
isto referiu que testes de localização em campo livre não são eficientes para detectar
esses problemas, já que a diferença de intensidade auxilia estes pacientes a
localizar a fonte sonora. Não encontrou dificuldade de lateralização em indivíduos
com problemas cocleares. Concluiu que a habilidade de lateralização de dois sons
idênticos em todos os aspectos, exceto tempo de chegada nas duas orelhas, é uma
importante ferramenta no diagnóstico diferencial entre problemas auditivos cocleares
e retrococleares.
Segundo Stevens et al (1970) a audição estereofônica nos permite indicar
com precisão o ponto de origem de um som. Em estudo histórico sobre localização
auditiva, referiram que até o final do século XIX, a compreensão que o homem tinha
da audição binaural era prejudicada por noções erradas e verdades incompletas.
Alguns cientistas diziam que as duas orelhas não passavam de um exemplo de
simetria bilateral, uma característica de todos os organismos superiores. Sugeriu-se
que a função das duas orelhas era a de uma reserva natural. A demora para a
compreensão da localização sonora foi devida, em parte, à tendência filosófica que
orientava o trabalho dos psicólogos do século XIX. Diziam os filósofos que os
63
objetos do mundo material tem tamanho, forma e contextura que podem ser sentidas
pela visão e pelo tato. Os sons, ao contrário, não ocupam espaço, não podendo ser
localizados por meios auditivos. Adotando este conceito dos sentidos, os cientistas
procuraram em vão meios pelos quais o tato e a visão, em lugar da audição, podiam
ser utilizados para localizar a fonte sonora. Alguns sugeriram que a pressão de uma
onda sonora nos condutos auditivos estimulava o sentido do tato, enquanto outros
preferiam explicar a localização sonora através da visão.
Em 1840, o fisiólogo alemão Ernst Weber realizou uma experiência utilizando
como equipamento 2 relógios com batidas diferentes e um observador. Colocou um
relógio ao lado da orelha direita e o outro ao lado da orelha esquerda descobrindo
que o observador podia dizer qual relógio estava em cada orelha. Concluiu que o
observador localizava sons à direita e à esquerda exclusivamente com o emprego
das orelhas.
Durante trinta anos ninguém melhorou a experiência simples de Weber. Em
1876, um cientista inglês interessado pela física do som, John Strutt, Barão de
Rayleigh, chanceler da Universidade de Cambridge e Prêmio Nobel de Física de
1904, realizou, também, uma experiência simples: colocou-se, com os olhos
fechados, no centro de um gramado em Cambridge, enquanto um círculo de
assistentes em torno dele soavam diapasões ou falavam com ele. Quando um
assistente produzia um som Rayleigh podia indicar sua localização no círculo, porém
não conseguiu distinguir um som diretamente à sua frente de outro às suas costas.
Observou que um diapasão de freqüência baixa era mais difícil de localizar do que
uma palavra ou um diapasão de freqüência alta. Formulou então a seguinte
hipótese: um som que chega de um lado da cabeça, chega em primeiro lugar à
orelha mais próxima; nessa orelha o som é mais intenso que na outra porque a
cabeça lança uma sombra sonora para sons de freqüência alta; em freqüências
baixas a sombra é menos pronunciada e em freqüências muito baixas é
insignificante, porque os comprimentos de ondas são grandes, o suficiente, para
envolver a cabeça, suprimindo a sombra; nas freqüências altas, entretanto, a
diferença de intensidade, que chamou de proporção binaural, oferece uma pista
básica para a localização.
Como físico, Lord Rayleigh, usou a matemática para calcular as proporções
binaurais apurando que a 250Hz um som tem quase a mesma intensidade em
ambas as orelhas, seja qual for a distância em que esteja a fonte, a 1000 Hz a
64
intensidade é 8 dB maior na orelha mais próxima da fonte sonora e a 10000 Hz é 30
dB maior. Estes cálculos foram confirmados por pesquisadores do século XX através
de métodos experimentais utilizando instrumentos da eletrônica moderna.
O próprio Rayleigh, em 1907, apresentou uma nova teoria da localização
binaural. Baseando-se nos trabalhos de Silvanus Thompson, pesquisador britânico.
Rayleigh sugeriu que a diferença de fase, tanto quanto de intensidade, podiam
fornecer indícios para a localização binaural. Explicou que um som que vem de lado
atinge a orelha mais próxima da fonte sonora antes da outra. Os sons das duas
orelhas estarão “fora de fase” e a diferença de fase é uma pista para a localização.
Para experimentar esta hipótese elaborou um conjunto de diapasões de freqüências
ligeiramente diferentes e criou um meio aural artificial no qual podiam ser isoladas as
diferenças de fase. Os sons dos diapasões produziam compassos de interferência e
as fases dos sons mudavam constantemente. Para os ouvintes o som parecia
passar da esquerda para a direita e de novo à posição primitiva. As fontes de som
não tinham se movimentado, mas Rayleigh havia produzido uma ilusão de
movimento apenas com a diferença de fase.
Apurou que uma diferença de fase de até metade de um comprimento de
onda pode ser localizada para sons de 130 Hz. Mais tarde alguns investigadores
provaram que a localização de fase podia ocorrer em freqüências de até 1000 Hz.
Recorrendo a instrumentos de pesquisa mais complexos, cientistas
formularam uma terceira teoria da localização binaural. Em 1920, os psicofísicos
alemães Von Hornbostel e Max Wertheimer resolveram explorar a possibilidade de
que a diferença de tempo, por si só, já fornecesse as pistas para a localização
binaural. Por meios eletrônicos fizeram chegar dois sons idênticos, simultaneamente,
às duas orelhas de um observador que referiu que o som parecia chegar de um
ponto diretamente à sua frente. Depois separaram a chegada do som por pequenas
diferenças de tempo. No momento em que a diferença ultrapassou 30
microssegundos (µs), o observador anunciou que a fonte de som parecia ter se
movido para a esquerda, quando o som chegava primeiro à orelha esquerda, ou ao
contrário quando o som chegava primeiro à direita. Quanto maior era a diferença de
tempo mais o som parecia mover-se para a esquerda ou direita, mas quando essa
diferença chegou perto de 2 milessegundos (2ms), o observador afirmou que ouviu
dois sons, um em cada orelha.
65
Em 1934, dois psicofísicos, da Universidade de Harvard, realizaram uma
experiência ao ar livre para eliminar o som refletido. Um indivíduo com os olhos
vendados sentava-se em uma cadeira e um alto-falante, de onde vinham tons puros,
rodava em torno desta cadeira. Através desta experiência apuraram que os tons
puros de freqüência baixa eram localizados com precisão, acima de 1000 Hz a
precisão começava a declinar e entre 2000 e 4000 Hz, os erros atingiam o máximo,
depois a localização começava a melhorar e a 10000 Hz era tão exata quanto nas
freqüências baixas. Afirmaram que as teorias da fase e do tempo se aplicam aos
sons de freqüência baixa e que acima de 4000 Hz a localização é feita por diferença
de intensidade. O alto índice de erros em 3000 Hz mostrou que os dois métodos não
se superpõem inteiramente.
Na prática os seres humanos, forçados a localizar sons complexos que
contém uma série de freqüências, utiliza os dois métodos combinados para chegar a
um julgamento.
Segundo Plenge (1974) na localização de uma fonte sonora, o sujeito não
usa apenas os sinais do som percebido naquele momento, mas também faz uma
comparação com modelos armazenados na memória. O autor referiu que a diferença
entre localização e lateralização reside no fato de que na localização o som vem de
fonte sonora externa e escutamos o som fora da cabeça, enquanto na lateralização
o som vem através de fones e escutamos o som dentro da cabeça. A primeira
condição para localização é a habilidade aprendida nos primeiros anos de vida, junto
com a percepção de direção e distância, a fusão da informação vinda das duas
orelhas em uma imagem acústica. Os dados armazenados durante este processo de
aprendizagem são evocados automaticamente quando um evento sonoro ocorre.
Este armazenamento de longo prazo pode ser removido gradualmente e lentamente
substituído. A adaptação da percepção para uma mudança da distância entre as
orelhas, devido ao crescimento, leva algum tempo. Logo que a cabeça da criança
atinge seu tamanho final nada é mudado no armazenamento de longo prazo até que
novo processo de aprendizagem seja necessário devido a patologias auditivas ou
ao decréscimo da acuidade auditiva em razão da idade. É possível que a
comparação de um estímulo percebido com modelos armazenados na memória de
longo prazo, não seja suficiente para a correta localização, pois isto depende da
familiaridade com o volume e timbre da fonte como também das peculiaridades da
66
sala onde a fonte sonora está localizada. A memória de curto prazo do
conhecimento da fonte sonora e das condições da sala será utilizada. Se a memória
de curto prazo não contém nenhuma informação que possa ser aplicada
(conhecimento ausente ou deficiente da fonte e campo sonoro) e se o sinal é
diferente de todos os modelos armazenados na memória de longo prazo, ocorrerá
lateralização. O autor referiu também que se a fonte sonora está posicionada no
plano médio do ouvinte, nenhuma diferença existe para as duas orelhas na audição
binaural.
Nesta
situação,
apesar
da
fonte
sonora
estar
posicionada
extracranialmente, a imagem sonora será localizada intracranialmente e após algum
tempo de exposição, a imagem será localizada extracranialmente.
Henning (1974) referiu que os clássicos experimentos de Rayleigh em 1906,
estabeleceram que mudanças interaurais de fase de tons puros de freqüência baixa
causam mudanças na localização aparente da fonte sonora, e para tons de
freqüência maior que 1500Hz, diferenças de fase ou tempo não afetam a localização
aparente da fonte sonora, mas diferenças interaurais de amplitude afetam. Estes
achados para tons puros foram confirmados e refinados por muitas pesquisas
posteriores. A diferença na fase de um tom puro nas duas orelhas é outra forma de
descrever a diferença de tempo na qual partes correspondentes da onda sonora
chegam a cada orelha, sendo que o achado de Rayleigh pode ser sumarizado com a
afirmação de que o sistema auditivo é insensível a diferenças de tempo em tons
puros de freqüência maior que 1500Hz. A situação com sons complexos é diferente:
David et al, em 1959, sugeriram que a informação de tempo pode ser levada no
envelope do estímulo. Henning, nesta pesquisa, utilizou tons de amplitude modulada
com o objetivo de esclarecer o efeito de diferenças interaurais de tempo na
localização de fontes de estímulos complexos de freqüência alta. Pesquisou, em três
indivíduos, a lateralização medindo a habilidade de detectar diferenças interaurais
de tempo com tons puros e com tons de amplitude modulada e a detectabilidade de
informações auditivas de tempo contidas nos envelopes do estímulo. Observou 75%
de acertos na detecção de atrasos para tons puros de 300Hz entre 20 e 65µs; para
tons puros de 3600Hz, os indivíduos não conseguiram atingir 75% de acertos,
chegando a 60% em torno de 110µs. Para sons modulados de freqüência portadora
de 3900Hz, também observou acertos em 75% dos atrasos entre 20 e 65µs. Os
resultados indicaram que é possível lateralizar sons complexos de alta freqüência
67
com base apenas no atraso interaural, usando a informação temporal contida no
envelope do estímulo. Referiu também que a informação de tempo não é levada
pelas freqüências baixas contidas no estímulo, pois foi possível a lateralização
mesmo com o uso simultâneo de um ruído mascarante que cobriu os componentes
abaixo de 600Hz, isto é, freqüências baixas na forma da onda não são necessárias
para a lateralização.
Para Nilsson, Lidén (1976) a audição direcional pode ser
investigada através de testes em campo livre (audiometria
direcional) e testes com fones, utilizando apresentação binaural do
estímulo auditivo (audiometria de fase). Utilizaram um audiômetro
de fase automático em 60 ouvintes normais entre 18 e 25 anos de
idade. Um tom de 500 Hz foi apresentado binauralmente com fones
e ajustado para dar a impressão central em intensidade confortável
sem atraso. O tempo de atraso de 500µ
µs produziu uma sensação de
completa lateralização na freqüência de 500 Hz. Este tempo de
atraso foi diminuído de 10 em 10µ
µs até 200µ
µs e depois de 5 em 5µ
µs.
A apresentação do tempo de atraso foi aleatória para a orelha
direita ou esquerda. Encontraram os seguintes resultados: a média
do
tempo
mínimo
de
atraso
interaural
expresso
em
microssegundos (µ
µs) ou em graus de fase nos sujeitos com
audição normal foi de 47,9µ
µs (8,6º) para a orelha direita e 47,8µ
µs
(8,6º) para a orelha esquerda. O desvio médio foi de 18,4µ
µs (3,3º)
para a orelha direita e 20,0µ
µs (3,6º) para a esquerda. Como intervalo
de segurança para uma possível alteração foi tomada a média mais
três desvios-padrão, isto é, 105µ
µs (19º). Todos os 60 indivíduos
estudados tiveram o tempo mínimo de atraso interaural abaixo de
95µ
µs (17º). Além destes ouvintes normais testaram alguns
pacientes com tipos diferentes de perda auditiva referindo que o
teste não pode ser aplicado em pacientes com perda auditiva
68
assimétrica onde a impressão central por sensação de intensidade
igual não pode ser encontrada. Em 11 pacientes com otosclerose, 7
apresentaram limiares de tempo mínimo de atraso interaural
anormais; em 16 pacientes com perda auditiva coclear, apenas 1
apresentou resultados alterados; em 13 pacientes com perda
auditiva retrococlear, 12 mostraram resultados alterados; nenhum
dos 4 pacientes com alteração intracranial apresentou resultados
alterados. Concluíram que este teste é útil para verificar a
existência de lesão retrococlear.
Tallal (1976) testou a habilidade de perceber seqüências de
dois estímulos auditivos não verbais em relação à velocidade de
apresentação, medida pelo intervalo de tempo entre os estímulos.
Testou crianças de quatro anos e meio a oito anos e meio com
desenvolvimento
disfásicas.
Este
normal
trabalho
de
linguagem,
teve
como
adultos
objetivo
e
crianças
elucidar
o
desenvolvimento do processamento auditivo rápido em crianças
normais e compará-lo ao desenvolvimento do processamento
auditivo rápido em crianças disfásicas. Usou dois tons complexos
de 75ms compostos por três formantes (497, 750 e 1500 Hz) e
diferenciados apenas pela freqüência fundamental que era 100 Hz
em um e 305 Hz no outro. Concluiu que a habilidade de processar
informação acústica rápida melhora com a idade e atinge um nível
próximo ao do adulto por volta dos oito anos e meio. Observou que
o desempenho das crianças disfásicas é semelhante ao das
crianças normais da mesma idade quando os modelos auditivos
não verbais são apresentados em velocidade lenta. O desempenho
das crianças disfásicas foi pior que o das crianças normais de
quatro anos e meio quando o mesmo modelo era apresentado mais
rapidamente. Referiu que a velocidade em que a informação
69
acústica
precisa
ser
processada
é
um
ponto
crítico
no
processamento da fala. Referiu, também, que a dificuldade de
processar estímulos auditivos rápidos aparece em danos no
hemisfério cerebral esquerdo.
MacFadden, Moffit (1977) relataram que o sistema auditivo é
muito mais sensível a diferenças interaurais de tempo do que se
pensava.
Esta observação foi
possível
apenas quando os
pesquisadores começaram a usar sons mais complexos do que
simples tons puros, tão comuns nas pesquisas mais antigas.
Enquanto o sistema auditivo é incapaz de lateralizar usando
diferenças de tempo ciclo por ciclo em ondas de freqüência alta, é
capaz de seguir a lenta flutuação no envelope de ondas sonoras
complexas de freqüência alta e lateralizar usando diferenças de
tempo, presentes no envelope. Em grande parte das condições de
escuta, apenas alguns microssegundos são necessários para
lateralizar certos sons complexos de freqüência alta, a mesma
sensitividade que para ondas sinusoidais de freqüência baixa. O
objetivo principal desta pesquisa foi medir a função de integração
acústica para lateralização em freqüências altas. Avaliaram quatro
indivíduos, um homem e três mulheres, entre 21 e 26 anos, todos
audiometricamente normais. Utilizaram, como estímulo, sons
complexos de dois tons variando a separação de freqüência, todos
centrados em 3500Hz. Os dados foram coletados de quatro
periodicidades diferentes do envelope, usando separação de
freqüências de 50, 100, 200 e 400 Hz no som complexo de dois
tons. Cada periodicidade do envelope foi testada para cinco
durações do sinal: 50, 100, 200, 400 e 800 ms. Os resultados
mostraram ocorrência de integração acústica para lateralização em
3500 Hz, da mesma forma que acontece para freqüências baixas:
70
todos os indivíduos mostraram aumento na sensibilidade com o
aumento da duração do sinal em todos os valores de periodicidade
do envelope. Não calcularam um valor mínimo de diferença
interaural de tempo para este tipo de estímulo.
Segundo Herman et al (1977), a localização de fontes sonoras
no espaço exige que o sistema auditivo seja capaz de utilizar
pequenas diferenças interaurais de tempo e intensidade. Estas
pistas de tempo e intensidade aumentam a inteligibilidade da fala
em
ambientes
ruidosos.
Conseqüentemente,
o
declínio
da
habilidade do sistema auditivo de processar diferenças de tempo e
intensidade, causada pelo avanço da idade, pode resultar em uma
perda funcional da habilidade de idosos em localizar fontes
sonoras e entender fala nas condições de escuta do mundo real. A
audição direcional geralmente não está relacionada com limiares
auditivos para tons puros, isto é, dificuldades auditivas resultantes
da inabilidade de usar pistas direcionais pode não estar refletida
nos resultados da avaliação audiométrica básica. Realizaram esta
pesquisa para investigar os efeitos da idade na habilidade do
sistema auditivo em utilizar as pistas interaurais de tempo e
intensidade em uma tarefa de localização. Utilizaram clicks com
90% de intensidade na área de 2000Hz a 60dB de intensidade,
apresentados de forma binaural através de fones. Determinaram a
diferença interaural de tempo (atraso de início) mínimo e a
diferença interaural de intensidade mínima em que os sujeitos
determinaram corretamente a lateralização do estímulo em 70% das
tentativas. Testaram 8 jovens entre 22 e 32 anos e 8 idosos entre 60
e 72 anos, todos do sexo masculino. O limiar médio de diferença
interaural de tempo, entre os jovens, foi de 14,48µs quando o par de
clicks com atraso interaural foi dado sem um par modelo (sem
71
atraso) anterior, e 13,44µs quando o modelo foi apresentado. No
grupo de idosos o limiar médio foi de 28,75µs na apresentação sem
modelo anterior e 27,60µs com a apresentação anterior do par sem
atraso interaural. A diferença relacionada à idade foi significante:
os idosos precisam aproximadamente duas vezes o tempo de
atraso necessário para os jovens lateralizar o click. O limiar médio
de diferença interaural de intensidade para se obter 70% de
lateralizações corretas de seqüências de clicks foi de 1,35dB para
os jovens e 1,46dB para os idosos. Esta diferença não foi
significativa indicando que a lateralização de clicks usando pistas
de diferenças interaurais de intensidade é igual em jovens e idosos.
Os resultados sugeriram um declínio apenas na habilidade de
utilizar pistas temporais com a idade. Desde que aspectos de
tempo também aumentam a inteligibilidade de sinais de fala em
ambientes ruidosos, este experimento isola o fator que contribui
para as dificuldades dos idosos, tanto na localização de fontes
sonoras como na compreensão de fala em ambientes ruidosos.
Warren et al (1978) referiram que a habilidade de usar
diferenças interaurais de tempo e intensidade para localizar sons
no espaço é importante na vida diária na separação de sons de fala
de outras fontes de ruído. Esta habilidade aumenta a inteligibilidade
da fala em ambientes ruidosos.
Hawkins, Wightman (1980) avaliaram a menor diferença
interaural de tempo perceptível (JND – Just Noticeable Difference)
utilizando ruído de banda estreita de freqüência baixa (450 – 550
Hz) e de freqüência alta (3750 – 4250 Hz) em duas intensidades
diferentes: 35dBNPS e 85dBNPS, em três indivíduos com audição
normal e oito com perda auditiva neuro-sensorial. Para os sujeitos
72
com audição normal, 35dBNPS representava aproximadamente
30dBNS. Comparou os resultados e observou que, apesar das
diferenças individuais, quando considerado como um grupo, a
discriminação de diferenças interaurais de tempo nos indivíduos
com perda auditiva neuro-sensorial foi significativamente pior que
a dos indivíduos com audição normal. Não encontraram relação
entre a configuração da perda auditiva e a discriminação de
diferenças interaurais de tempo, mas encontraram entre o grau da
perda e a menor diferença interaural de tempo perceptível. Nos
indivíduos
com
audição
normal
encontraram
os
seguintes
resultados: para o ruído de banda estreita de freqüência baixa, a
menor diferença interaural de tempo perceptível ficou entre 14 e
23µs na intensidade de 85dBNPS e entre 23 e 33µs na intensidade
de 35dBNPS; para o ruído de banda estreita agudo, a menor
diferença interaural de tempo perceptível ficou entre 53 e 68µs na
intensidade de 85dBNPS e entre 130 e 182µs na intensidade de
35dBNPS.
Zerlin, Mowry (1980) pesquisaram a lateralização, isto é, os
efeitos direcionais ouvidos dentro da cabeça, utilizando fones e a
diferença interaural de tempo como pista para a lateralização.
Utilizou, como estímulo, seqüências de clicks com espectro até
1000Hz e intensidade de 75dBNS para estes clicks. O primeiro par
de clicks era apresentado de forma diótica, dando a sensação
central da imagem auditiva, seguido por um par de clicks contendo
uma diferença interaural de tempo. O ouvinte era instruído a referir
se a imagem do segundo click aparecia à direita ou à esquerda do
primeiro, pressionando um de dois botões. Os atrasos à direita e à
esquerda apareciam aleatoriamente em igual número de vezes. Os
indivíduos lateralizaram corretamente 100% das apresentações
73
quando as diferenças interaurais de tempo eram grandes.
Consideraram como limiar de lateralização a diferença interaural de
tempo onde encontraram 75% de acertos na lateralização. Para
obter o padrão de normalidade, avaliaram 19 indivíduos com
audição normal e idade entre 19 e 55 anos. O limiar médio de
lateralização foi de 50µs e os limites, superior e inferior foram de 25
e 125µs, respectivamente. Aplicaram este teste e realizaram o
exame de ABR em 3 indivíduos com diagnóstico de lesão no tronco
cerebral, encontrando limiares de lateralização acima do padrão de
normalidade e resultados alterados na ABR. Os resultados
indicaram vantagem no uso combinado destes dois tipos de
avaliação nas desordens do tronco cerebral.
Hickson, Newton (1981) realizaram um estudo histórico da
localização sonora referindo que antes da metade do século XIX, o
interesse pela localização sonora era limitado aos filósofos
empiricistas que acreditavam que o som não possuía atributos
espaciais. Para eles a localização sonora se devia ao uso de
experiências anteriores e de pistas visuais ou táteis. Referiram que
Rayleigh, em 1877, verificou experimentalmente a teoria da
intensidade e explicou que a diferença de intensidade nas duas
orelhas
é
uma
pista
para
localização,
mas
que
existem
ambigüidades já que existem duas direções possíveis da fonte
sonora para cada diferença interaural de intensidade e que sons no
plano medial chegam às duas orelhas na mesma intensidade,
proporcionando uma confusão entre frente e trás. A importância da
diferença interaural de fase na localização sonora foi primeiramente
proposta por Thompson, em 1878, e confirmada nos trabalhos de
Rayleigh (1907), More, Fry (1907) e Wilson, Myers (1908). A teoria de
localização
sonora
por
diferenças
de
tempo
foi
proposta
74
primeiramente por Malloch em 1908. Nordlund, em 1962, usando
uma cabeça artificial, provou ser possível localizar tons puros
abaixo de 1400 Hz através de diferenças de fase, para sons acima
desta freqüência, entretanto, o tamanho da onda é menor que a
distância entre as duas orelhas, tornando impossível o uso desta
pista para a localização. Referiram também que,em 1893, Bloch
propôs que o pavilhão auditivo está envolvido na remoção da
confusão frente-trás, interceptando os sons que vêm de trás e
refletindo os que vêm da frente; Batteau (1967, 1968) propôs que o
pavilhão cria uma série de atrasos dependendo da orientação da
fonte sonora em relação ao pavilhão; Angel, Fite (1901) mostraram
a importância do pavilhão na localização monoaural; Wallach (1940)
mostrou que movimentos da cabeça ajudam na localização sonora.
Bernstein,
Trahiots
(1982)
pesquisaram
a
lateralização
utilizando ruídos de banda estreita centrados em 4KHz, diferindo
apenas na inclinação do contorno das freqüências baixas.
Verificaram que a sensitividade para diferenças de tempo interaural
decresce com a diminuição das freqüências baixas do ruído.
Adicionaram ruído passa-alta e passa-baixa a 3KHz e observaram
que a performance não foi afetada pelo ruído passa-alta mas foi
muito prejudicada pelo ruído passa-baixa. Concluíram que as
freqüências baixas presentes no ruído são responsáveis pela
detecção das diferenças interaurais de tempo e que os indivíduos
desprezam as diferenças nas freqüências altas dos envelopes do
ruído, usando as pistas presentes nas freqüências baixas do
espectro do ruído. Referiram que a composição espectral dos
chamados estímulos de alta freqüência é que determina o tipo de
pista utilizada pelos indivíduos na detecção de diferenças
interaurais de tempo: para certos tons modulados em intensidade e
75
sons compostos de dois tons, nenhuma informação sobre
freqüências baixas pode ser avaliada e a detecção de atraso
interaural é baseada em disparidades temporais interaurais no
envelope da forma da onda; nos casos de ruídos de banda estreita,
centrados em freqüências agudas, apesar de possuírem pouca
energia centrada na região de freqüências baixas, pistas dessa
região espectral são responsáveis pela detecção de atrasos
interaurais.
A fim de obter uma visão geral de como várias alterações
auditivas e desordens neurológicas podem afetar a localização
sonora, Hausler et al (1983) realizaram medidas psicofísicas de
discriminação espacial e de lateralização em 140 sujeitos, incluindo
69 com diferentes tipos de alterações auditivas, 32 com alterações
neurológicas e 39 com audição normal. As medidas realizadas
foram: em campo livre, o ângulo mínimo audível no plano
horizontal em 8 azimutes em torno da cabeça e o ângulo mínimo
audível no plano vertical diretamente na frente; com fones, a menor
diferença interaural de tempo perceptível (JND – Just-noticeabledifference)
e
a
menor
diferença
interaural
de
intensidade
perceptível. Usaram um estímulo de banda larga (0,25 - 10KHz),
pulsátil, apresentado em nível de intensidade supraliminar em
ambas as orelhas (65 – 100dBNPS). Os resultados mostraram que
existem dificuldades de localização sonora características nos
diferentes tipos de perda auditiva testados. De forma geral, os
resultados foram consistentes com o conceito de que a localização
sonora conta com uma decisão tomada pelo sistema auditivo
central, baseado em pistas presentes no sinal acústico que chega
nas duas orelhas. Testaram as seguintes pistas: diferença
interaural de tempo, diferença interaural de intensidade e espectro
76
do sinal recebido em cada orelha. Mais especificamente, as
alterações da localização sonora encontradas em perdas auditivas
condutivas foram interpretadas como efeitos de condução óssea;
os resultados encontrados em perdas auditivas neuro-sensoriais
foram
interpretados
como
conseqüência
de
processamento
espectral alterado ou preservado; os resultados em neurinomas
foram interpretados como alteração da transmissão do sinal no
nervo auditivo; os resultados dos sujeitos com envolvimento
central sugeriram a existência de processadores específicos para
cada pista de localização em algum nível do sistema auditivo
central. O limite superior do limiar de diferença interaural de tempo,
em indivíduos normais, foi de 40µs. Encontraram alterações e
normalidade nas três pistas de localização testadas, dependendo
da
alteração
apresentada
pelo
indivíduo.
Esses
resultados
mostraram que testes de localização sonora podem assumir grande
importância nos exames otoneurológicos, principalmente aqueles
que usam fones. O fato do desempenho em testes de discriminação
de diferenças interaurais de tempo, diferenças interaurais de
intensidade e discriminação espacial baseada em pistas de
espectro, estar alterado separadamente é consistente com a idéia
de que as diferentes pistas de localização sonora devem ser
processadas em diferentes estruturas. Esta linha de pensamento
pode ser interessante para estudos básicos do sistema auditivo
tanto quanto ter significado clínico.
Morrongiello et al (1984) referiram que o efeito de precedência é
uma ilusão auditiva produzida quando o mesmo som chega em
intensidade igual a dois alto-falantes, porém com um atraso de
chegada em relação ao outro. A percepção resultante é uma única
imagem sonora localizada no alto-falante onde o som chega
77
primeiro. O som que chega atrasado afeta a qualidade sonora mas
não é percebido em sua localização verdadeira. Se o tempo de
atraso for aumentado gradualmente, o som atrasado começa a ser
localizado corretamente. Pesquisaram o efeito de precedência cujo
limiar foi definido como o tempo de atraso interaural abaixo do qual
os ouvintes relataram ouvir apenas um som vindo do alto-falante
onde o som chegou primeiro e acima do qual eles relataram ouvir
dois sons, um vindo de cada alto-falante. Utilizaram como estímulo
clicks e som de chocalho (com freqüências entre 50 e 7KHz),
avaliando 32 crianças com idade média de 5 anos e 48 adultos, sem
queixas auditivas. O tempo de atraso foi criado pela passagem do
estímulo através de um equipamento que atrasava a saída de um
canal em relação ao outro. Estabeleceram o limiar usando uma
série com tempo ascendente e outra com tempo descendente. O
limiar de cada sujeito foi determinado calculando o primeiro atraso
na série ascendente no qual o indivíduo ouvia os dois alto-falantes
por três testes consecutivos, e o primeiro atraso na série
ascendente na qual o indivíduo ouvia apenas 1 alto-falante por três
testes consecutivos. A faixa de limiar foi definida como o intervalo
entre estes dois pontos. Obtiveram os seguintes resultados:
CLICKS
CHOCALHO
Ascendente DescendenteAscendente Descendente
Adultos
13,99 ms
19)
Crianças de 13,25 ms
5 anos
19)
11,49
17)
11,25 ms
17)
27,46 ms
– 32.5)
31,25 ms
56 ms
– 27,5)
28,43 ms
(27,5 – 32,5) (27,5 – 32,3)
78
Russolo, Poli (1985) referiram que a única pista que pode ser usada
em testes de lateralização é a diferença de tempo por poder ser
comparada com a localização de fontes sonoras reais. Para
explicar esta afirmação referiram que existem duas pistas
principais para a percepção do azimute: a diferença no tempo de
chegada do som nas duas orelhas e a diferença no espectro de
freqüência-intensidade do som nas duas orelhas. Diferenças de
tempo podem ser percebidas em freqüências abaixo de 1300Hz e
informações
sobre
o
espectro
freqüência-intensidade
são
percebidas para freqüências de 6000Hz ou mais. Diferenças de
tempo e espectro avaliadas em sons complexos do dia a dia
permitem a mais precisa percepção do azimute. O pavilhão
auditivo, que produz sombra acústica e ressonância para tons de
freqüências altas, é importante na avaliação de diferenças de
espectro. Com a utilização de fones, os ouvintes podem apreciar
apenas as diferenças de intensidade, pois as diferenças de
espectro são abolidas quando o pavilhão auditivo é coberto pelo
fone. As diferenças de tempo têm sido estudadas através de
alterações da fase ou da colocação de um atraso no tempo de
chegada do som para uma das orelhas: na primeira forma apenas a
fase (que é uma pista contínua) é alterada e na segunda tanto a fase
( pista acústica contínua) como o tempo de chegada (pista acústica
breve) estão presentes. A pista contínua (fase) e a breve (tempo de
chegada) podem ser separadas através da apresentação com fones
e a análise separada destas pistas pode ser interessante do ponto
de vista fisiológico e clínico. O objetivo da pesquisa realizada por
estes autores foi estudar a menor diferença perceptível em um tom
puro (1000Hz) e em clicks. Estudaram separadamente a menor
diferença perceptível de fase (pista contínua), de tempo (pista
79
breve) e de atraso (fase e tempo) para o estímulo binaural de
1000Hz, e a diferença de atraso para clicks. Os estímulos foram
apresentados a 50dBNA para ouvintes com audição normal. A
menor diferença perceptível foi determinada para fase, tempo e
atraso quando produzia 80% de respostas corretas. Chegaram aos
seguintes resultados: a menor diferença perceptível para a
freqüência de 1000Hz foi, em fase, 11,6º (± 2,6º); em tempo 875µs (±
143,9µs); e em atraso 29,9µs (± 5,05µs). Concluíram que a menor
diferença perceptível para o tom de 1000Hz é baseada apenas em
pistas de diferença de fase, pois os valores obtidos com variação
de fase e com atraso de tempo não diferiram de forma significativa.
Para clicks a análise é baseada no tempo de atraso (fase e tempo
de chegada juntos).
Segundo Boothroyd (1986)
os
sistemas sensoriais são
constituídos de duas partes: a primeira é constituída pelo órgão
sensorial onde os estímulos do ambiente são convertidos em
estimulação nervosa, e a segunda é constituída por estruturas
cerebrais que interpretam os modelos de estimulação nervosa.
Referiu que nós temos uma boa habilidade de discriminação na
dimensão do tempo, pois podemos detectar diferenças de
aproximadamente dez microssegundos no tempo de eventos entre
as orelhas direita e esquerda. Em apenas uma orelha: podemos
detectar mudanças de qualidade resultantes de mudanças no
tempo de aproximadamente 1 milissegundo (ms); podemos
detectar breves interrupções no som da ordem de poucos
milissegundos e podemos perceber a ordem de dois eventos se
eles estão separados por apenas 20ms. Referiu também que a
localização sonora é um dos componentes da percepção auditiva e
que quando usamos a audição para aprendermos sobre eventos
80
que estão acontecendo no ambiente, é importante não apenas
descobrir o que estes eventos são, mas também onde eles
ocorreram. Esta habilidade é conhecida como localização sonora e
é uma das primeiras que podem ser observadas na criança. A
forma mais importante de obter informações sobre a localização da
fonte sonora é através de diferenças no modelo do som percebido
pelas orelhas direita e esquerda. Estes modelos diferem em tempo
e em espectro.
Wightman et al (1989) referiram que as habilidades mais
complexas de processamento auditivo, especificamente resolução
temporal e espectral, são importantes na compreensão da fala e
aquisição da linguagem. Citaram estudos que mostram que as
habilidades
de
processamento
temporal
ainda
estão
se
desenvolvendo no período de aquisição da linguagem. Referiram
que
diferentes mecanismos
estão
envolvidos
na
resolução
temporal binaural e nos outros tipos de resolução temporal como
resolução temporal monoaural ou percepção de padrões temporais.
Referiram, também, que
resolução temporal auditiva pode ser
avaliada através da detecção de intervalos onde os ouvintes devem
detectar breves interrupções em um som contínuo e que a duração
do menor intervalo detectável (limiar de gap) é aceito como o índice
de resolução temporal: ouvintes com um limiar baixo tem uma
resolução temporal melhor do que aqueles com limiar alto.
Middlebrooks, Green (1990) referiram que na tradicional teoria
dupla da localização sonora, acreditava-se que atrasos interaurais
produziam pistas para localização sonora apenas em freqüências
abaixo de 1500Hz e que acima desta freqüência, o tamanho da onda
é menor que o maior atraso interaural e a diferença interaural de
81
fase se torna ambígua. Alguns estudos mais recentes indicaram
que ouvintes podem detectar atrasos interaurais nos envelopes de
alta freqüência. Atrasos no envelope de alta freqüência não são
ambíguos e podem dar pistas úteis na localização sonora. Mediram
atrasos interaurais no envelope em seis indivíduos em função da
localização de uma fonte sonora móvel em uma cabina acústica. O
estímulo usado continha freqüências entre 3 e 16KHz. Utilizaram
324 localizações da fonte sonora em diferenças verticais e
horizontais de 10º. Os resultados indicaram que atrasos interaurais
nos envelopes de sons de alta freqüência constituem pista para a
localização horizontal da fonte sonora, pois um atraso em um
azimute é relativamente constante com mudança na elevação. Os
atrasos cresceram com o aumento do azimute da fonte sonora em
torno de 7 a 8 µs por grau, e foram relativamente insensíveis à
elevação da fonte sonora.
Saberi, Perrot (1990) definiram efeito de precedência ou efeito
de Hass na localização de sons como a inabilidade do sistema
auditivo de perceber ecos em ambientes reverberantes, apesar de
existirem centenas de reflexões audíveis, pois quando o sistema
auditivo é exposto a eventos binaurais próximos no tempo, a
localização da imagem fundida resultante é determinada pela pista
de localização, associada à primeira onda a chegar. Referiram que
o efeito de precedência pode ser estudado através da lateralização
onde podemos ter maior controle do estímulo através de fones. Em
sua pesquisa, utilizaram fones e clicks na intensidade de 60 dBNA e
testaram quatro indivíduos com audição normal (não referiram a
idade). Em primeiro lugar o som era apresentado de forma diótica
(os dois lados ao mesmo tempo) e o fone ajustado até que o sinal
fosse sentido no centro da cabeça. Este procedimento tinha como
82
objetivo dar balanço acústico na entrada dos canais auditivos, já
que o desbalanceamento pode ocorrer por assimetrias da cabeça
do ouvinte ou por problemas na colocação das conchas do fone.
Cada julgamento envolvia a apresentação de 4 clicks. Na condição
1 os dois primeiros eram apresentados de forma diótica (ao mesmo
tempo) e serviam como referencial para ser comparado com o
segundo par. O segundo par era igual ao primeiro exceto pela
diferença de tempo interaural que variava (apresentação dicótica).
O indivíduo indicava se o segundo evento se movimentava para a
direita ou para a esquerda em relação ao primeiro. Nesta condição
avaliavam a capacidade de resolver a informação espacial do eco.
Na condição 2 avaliavam a habilidade de usar a informação
espacial da direção da chegada do primeiro estímulo, pois o
primeiro par era apresentado de forma dicótica enquanto o
segundo par era apresentado de forma diótica. Os resultados
mostraram que na condição 1 o limiar de diferença de tempo
interaural (IDT) dependia do tempo de separação entre os dois
pares de estímulos (ICI). Para ICIs menores que 1ms e maiores que
5ms os limiares de IDT eram de 25–45µ
µs e para ICIs entre 1 e 5ms
os limiares de IDT aumentaram para aproximadamente 220 µs. Na
condição 2, com o par de clicks dicóticos precedendo o diótico, o
limiar de IDT obtido foi independente do ICI ficando em torno de 1525µ
µs.
Middlebrooks,
Green
(1991)
fizeram
uma
revisão
sobre
localização sonora referindo que a tarefa de localizar uma fonte
sonora é um desafio para as capacidades de integração do sistema
nervoso. Na maioria dos estudos a fonte sonora localiza-se no
plano horizontal ou no vertical. A pista para a localização horizontal
83
é a diferença interaural e para a localização vertical são as pistas
espectrais. As duas dimensões usadas na tarefa de localização são
azimute e elevação. Azimute é definido como o ângulo formado
pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano medial,
sendo o ângulo da dimensão horizontal. Elevação é definida como
o ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte
e o plano horizontal sendo o ângulo da dimensão vertical. A origem
0º fica em frente do ouvinte. Referem que na localização horizontal,
quando um som é apresentado ao lado, a cabeça do ouvinte
interromperá a passagem do som para a orelha mais distante. A
cabeça provocará uma sombra que acarretará uma diferença de
intensidade interaural (ILD – Interaural Level Difference). Esta
diferença vai depender do tamanho da onda sonora comparado
com o tamanho da cabeça. Em freqüências altas a diferença de
intensidade interaural medida a 90º azimute (diferença máxima) é
ao redor de 20dB na freqüência de 4000Hz e de 35dB em 10000Hz.
Para freqüências abaixo de 1000Hz o tamanho da onda sonora pode
ser maior que a cabeça e a diferença de intensidade é
insignificante. Os tons puros de freqüência baixa são reconhecidos
como vindos da direita ou da esquerda através da diferença
interaural de fase (IPD – Interaural Phase Difference). A noção de
que a informação espacial para altas freqüências depende da
diferença interaural de intensidade e para baixas freqüências da
diferença interaural de fase é chamada teoria dupla de localização
sonora (duplex theory). Na faixa de 1500 a 3000Hz o estímulo é
muito alto em freqüência para dar pista de diferença de fase e muito
longo em tamanho de onda para dar pista de intensidade. A fonte
de pistas para a localização vertical é o pavilhão auditivo. As
circunvoluções do pavilhão criam ecos atrasados, apenas poucos
84
microssegundos, causando mudanças no espectro do som que
chega na membrana timpânica. A influência do pavilhão é produzir
múltiplos trajetos sonoros para o meato acústico externo, entre
eles um trajeto direto e uma reflexão da concha do pavilhão. A
adição de um som atrasado no som direto produz um espectro
característico. Esta reflexão varia com a elevação da fonte sonora.
As pistas de espectro causadas pelo pavilhão não requerem
comparação
interaural
por
isso
são
chamadas
de
pistas
monoaurais, apesar de uma informação equivalente estar chegando
na outra orelha quando a fonte está no plano medial.
Rosenhall (1992) estudou a audiometria de fase em seis
grupos de sujeitos. Três eram os grupos controle: pessoas
saudáveis com audição normal, pessoas com perda auditiva
coclear e pessoas com alterações neurológicas que não afetavam o
sistema auditivo; os outros três grupos eram compostos por:
pacientes com tumor no ângulo ponto cerebelar, com lesões do
tronco cerebral e com lesões no lobo temporal. Utilizou a
freqüência de 500 Hz que foi apresentada de forma binaural, com
fones TDH 39 em cabina acústica. Um atraso de fase de 90º (500 µs)
foi introduzido em uma orelha, sendo diminuído em degraus de 1,8º
(10µ
µs) até chegar a 36º (200µ
µs); depois disto a diferença foi
diminuída em degraus de 0,9º (5µ
µs). O atraso para as orelhas direita
e esquerda era aleatório e entre cada apresentação o tom era
apresentado sem atraso para dar a impressão central (estímulo de
referência). Deste modo detectou qual a diferença de fase em que o
indivíduo falhava em detectar a diferença de fase (começava a
centralizar). Obteve os seguintes resultados: os indivíduos sem
sinais de alteração neurológica ou otológica começaram a
85
centralizar o estímulo com uma diferença de tempo interaural de
59,2µ
µs (10,6º) sendo que o limite superior (média mais dois desvios
padrão) foi de 113µ
µs (20º); os indivíduos com perda auditiva coclear
nas freqüências agudas e/ou médias começaram a centralizar o
estímulo no valor médio de 73,4µ
µs (13,2º); os indivíduos com
problema neurológico que não envolviam o sistema auditivo,
começaram a centralizar o estímulo no valor médio de 72,2µ
µs (13º),
sendo que o limite superior para os três grupos controle foi de
114µ
µs; os pacientes com tumor de ângulo ponto cerebelar
começaram a centralizar com a diferença média de 377µ
µs, o valor
médio para o grupo com lesão de tronco cerebral foi de 260µ
µs e o
grupo com lesão do lobo temporal teve o valor de 187µ
µs como valor
médio de início de centralização. Concluiu que a audiometria de
fase é recomendada no diagnóstico de tumores do ângulo ponto
cerebelar e lesões do tronco e lobo temporal.
Segundo Phillips (1995) a determinação da localização
horizontal de uma fonte sonora requer um processamento temporal
no qual a principal pista acústica é o tempo relativo de chegada de
sinais nas duas orelhas. Quando um ouvinte escuta um sinal
binaural e uma pequena diferença de tempo interaural (500µ
µs) é
introduzida (tanto para a fase de uma freqüência baixa como para o
envelope de amplitude de freqüências altas), a percepção de uma
única fonte sonora se localiza (intracranialmente em caso de
estímulo via fones) no lado da cabeça favorecido pela diferença de
tempo (lado em que o som chega primeiro). Para uma dada
freqüência, a diferença interaural igual a zero localiza a fonte
sonora na linha central entre as duas orelhas. Estudos com animais
e humanos, utilizando estímulos binaurais, indicam que a
86
introdução de uma pequena diferença de tempo interaural de 15 a
20µ
µs pode mudar a percepção de localização da fonte sonora em
direção à orelha em que o som chegou primeiro. As respostas de
neurônios corticais para diferenças de tempo interaural reflete o
resultado da convergência binaural ao nível do complexo olivar
superior e das modificações do processo que ocorrem em centros
neurais mais altos. A entrada
monoaural para a comparação
binaural tem respostas de tempo excitatórias e inibitórias precisas
e o tempo relativo dessas entradas (a extensão da coincidência
temporal) determina o disparo dos neurônios que executam a
comparação binaural. As respostas neuronais maiores para
disparidade de tempo favorecem a orelha contralateral, isto
significa que cada lado do cérebro contém a representação de
disparidade de tempo correspondente à linha média ou ao lado
contralateral. Então cada lado do cérebro é independentemente
capaz de localizar sons no hemicampo auditivo contralateral. Isto
não significa dominância de representação da orelha contralateral,
mas a contralateralidade da representação espacial que emerge da
computação binaural.
Tedesco (1995) aplicou o Teste Dicótico Consoante-Vogal que
consiste
na
apresentação
simultânea
de
pares
de
sílabas
diferentes, uma em cada orelha, ao mesmo tempo, em escolares de
7 a 12 anos de idade. O ouvinte repetia oralmente apenas uma das
sílabas do par apresentado de forma dicótica. Na etapa de atenção
livre, o Teste Dicótico Consoante-Vogal verifica a dominância
hemisférica
para
estímulos
lingüísticos.
Tedesco
encontrou
vantagem da orelha direita na etapa de atenção livre indicando
dominância hemisférica esquerda para estímulos lingüísticos,
concordando com outras pesquisas encontradas na literatura
87
especializada.
Segundo Bellis (1996)
o processamento temporal se refere
aos aspectos do sinal acústico relacionados com o tempo. O
processamento temporal é importante para uma grande variedade
de tarefas de escuta como percepção de fala e de música. Um
intervalo de 2 milissegundos (ms) entre dois sons é suficiente para
determinar que dois estímulos estão presentes e não um, mas é
preciso aproximadamente 20ms de intervalo interestímulos para o
ouvinte perceber qual dos dois sons foi o primeiro. As habilidades
de localização e lateralização são cruciais na habilidade de detectar
um sinal no ruído. Pessoas com perda auditiva unilateral ou
assimétrica têm dificuldade de escutar em ambientes ruidosos. A
vantagem binaural, ou melhora do limiar no ruído, sobre a condição
monoaural é mais evidente quando a fala e o ruído são separadas
por 90°° e não existe quando a fala e o ruído chegam do mesmo
lugar.
Silman, Silverman (1997) referiram que na procura do limiar
auditivo deve-se usar as técnicas ascendente e descendente
porque os limiares variam em função da direção em que o teste é
feito. A variação dos limiares auditivos podem ser devidos a erros
de antecipação e de habituação. O erro de antecipação ocorre
quando o sujeito responde antes do esperado e geralmente aparece
na série ascendente: o indivíduo responde que não ouviu para os
primeiros estímulos e depois refere que ouviu antes do estímulo
ser ouvido porque o estímulo é antecipado. O erro de habituação
que ocorre quando o indivíduo continua a responder ao estímulo
embora não o esteja ouvindo mais, geralmente aparece na série
descendente.
88
Segundo Pereira, Cavadas (1998) localização sonora é a
habilidade de identificar o local de origem do som e pressupõe a
discriminação da diferença de tempo e de intensidade interaural. A
localização sonora parece ser um processo importante no
desenvolvimento da percepção espacial e no desenvolvimento da
atenção seletiva.
Russo (1999) definiu onda senoide como uma onda sonora
que resulta de um movimento harmônico simples dando origem ao
chamado tom puro que é constituído por uma única freqüência.
Fase inicial foi definida como o deslocamento, em graus, a partir de
0 graus, no instante em que a vibração tem início. Definiu, também,
onda complexa como sendo qualquer onda sonora composta de
uma série de senoides simples que podem diferir em amplitude,
freqüência e fase citando a voz humana como exemplo de som
complexo. Citou três formas de representação gráfica da onda
sonora: 1) Forma da onda: distribuição da amplitude instantânea de
uma onda em função do tempo ou grau; 2) Espectro de amplitude:
espectro de amplitude em função da freqüência onde cada linha
vertical no eixo horizontal indica a freqüência daquele componente
e a altura de cada linha é proporcional à sua amplitude relativa em
dB. Chamou de envelope de espectro a linha que conecta os picos
de cada uma das linhas verticais; 3) Espectro de fase: define a fase
inicial do movimento vibratório em função da freqüência.
89
3 MÉTODOS
90
Este trabalho foi realizado no ambulatório da Disciplina dos Distúrbios da Audição,
Departamento de Otorrinolaringologia / Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade
Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.
Esta pesquisa foi realizada após ter sido aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal de São Paulo / Hospital São Paulo (anexo 1). Foram incluídas as
alunas do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista
de Medicina que aceitaram participar do trabalho, após leitura da carta de informação, e
assinaram o termo de consentimento que está demonstrado no anexo 2.
Para atender ao objetivo deste trabalho que é caracterizar a habilidade de lateralização
sonora por meio da diferença interaural de tempo, buscando a diferença interaural mínima de
tempo para a lateralização do som para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, utilizei
um instrumento para verificação de lateralização de estímulos verbais através da diferença
interaural de tempo, denominado “Teste de Lateralização Temporal”, gravado em Compact
Disc (CD) e montado especialmente para esta pesquisa pelo engenheiro Dr. Antônio Marcos
de Lima Araújo.
Na montagem do CD foi utilizada a palavra dissílaba “paca” devido às suas
características:
•
por iniciar-se por uma consoante plosiva surda, cuja composição espectral mostra uma
plosão precedida de um intervalo de silêncio que ocorre durante a oclusão (Araújo,
1999), facilita a colocação do tempo de atraso entre a apresentação da palavra nas duas
orelhas (Figuras 1 e 2).
p a
K
a
Figura 1: Espectograma da palavra “paca”
Fonte: Araújo, A.M. de L. Jogos computacionais para terapia de voz: conceitos básicos. Parte I. doc. 1999.
Disquete 3 ½. Word for windows 6.0.
91
Figura 2: Composição espectral das plosivas surdas
Fonte: Araújo, A. M. de L. Jogos computacionais para terapia de voz: conceitos básicos. Parte I. doc. 1999.
Disquete 3 ½. Word for windows 6.0.
A gravação da palavra “paca” foi feita diretamente em computador, em ambiente de
baixo nível de ruído (relação sinal/ruído maior que 40 dB), através de um sistema de
multimídia convencional utilizando uma placa Sound Blaster DSP 16, com taxa de
amostragem de 44100 amostras por segundo e resolução de 16 bits por amostra. Para a
aquisição dos sinais foi utilizada uma versão demonstrativa do programa Cool Edit 96 obtida
gratuitamente via internet pelo endereço http://www.syntrillium.com. Após aquisição, os
sinais foram convertidos digitalmente para uma taxa de amostragem de 22050 amostras por
segundo, garantindo-se uma faixa de freqüência de até 11000 Hz para o sinal.
A palavra foi gravada com as seguintes diferenças de tempo, em microssegundos (µs),
entre os dois canais: 500, 454, 431, 408, 385, 363, 340, 317, 295, 272, 249, 227, 204, 181,
159, 136, 113, 91, 68, 45, 23 e 0.
O CD foi montado no computador com três faixas:
1º Faixa: contendo 15 apresentações binaurais da palavra “paca” com diferenças de tempo de
0µs, 500µs de atraso à direita (D) e, 500µs de atraso à esquerda (E), arranjadas
aleatoriamente:
92
Treino
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Lado de Início
E
C
D
D
C
E
C
D
E
E
D
C
E
C
D
Atraso (µs)
500
0
0
500
0
0
500
0
500
500 500
500 500 500 500
Resposta
2º Faixa: contendo as 20 diferenças de tempo de apresentação (de 454 a 23µs) à direita e à
esquerda, totalizando 40 apresentações, em tempo descendente, porém arranjadas
aleatoriamente:
Tempo de Atraso Descendente
Lado de Início
Atraso (µs)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
D
E
D
E
D
E
E
D
D
D
D
E
E
D
408 385 385 431 454 454 408 431 340 295 317 340 363 363
Resposta
Lado de Início
Atraso (µs)
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
E
E
E
E
D
D
E
D
E
D
D
E
D
295 317 272 227 227 272 249 204 204 249 159 181 181
Resposta
Lado de Início
Atraso (µs)
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
D
E
E
D
E
D
D
E
D
D
E
E
E
91
45
91
68
23
23
45
68
136 113 136 113 159
Resposta
3º Faixa: contendo as 20 diferenças de tempo de apresentação (de 454 a 23 µs) à direita e à
esquerda, totalizando 40 apresentações, arranjadas aleatoriamente, agora colocadas de forma
ascendente:
93
Tempo de Atraso Ascendente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Lado de Início
D
D
D
E
E
E
E
D
E
D
E
D
E
D
Atraso (µs)
23
91
68
68
23
45
91
45
159 113 136 181 113 136
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
D
E
D
E
E
D
E
E
D
D
E
D
E
Resposta
Lado de Início
Atraso (µs)
159 181 204 204 249 249 272 227 272 227 295 340 363
Resposta
Lado de Início
Atraso (µs)
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
D
E
D
D
E
D
E
E
E
D
E
D
D
363 340 317 295 317 408 385 408 431 431 454 454 385
Resposta
Após esta montagem os conjuntos de estímulos obtidos foram transportados para um
CD de áudio, cuja gravação foi realizada em estúdio especializado.
Para a seleção da população a ser avaliada foram obedecidos os seguintes
critérios:
•
Faixa etária entre 18 e 25 anos;
•
Audição dentro dos limites de normalidade: limiares auditivos até 25dBNA nas
freqüências de 250, 500, 1k, 2K, 3K, 4K, 6K e 8KHz de acordo com o padrão ANSI
(1969), timpanometria tipo A (Jerger,1970) e presença de reflexos acústicos
contralaterais;
•
Diferença entre a média dos limiares auditivos de 500, 1000 e 2000 Hz das duas
orelhas de até 10 dBNA, para que diferenças de intensidade não influenciassem os
resultados do teste;
•
Ausência de dificuldade no Teste de Localização Sonora, proposto por Pereira (1993),
evidenciada pelo acerto de quatro das cinco posições apresentadas desde que o erro
não fosse nas posições direita e esquerda.
•
Não apresentar dificuldade no treino do Teste de Lateralização Temporal.
94
A sensibilidade auditiva foi medida por meio da audiometria tonal e medidas
de imitância acústica. A audiometria foi realizada em cabina acústica utilizando o
audiômetro Interacoustics AC33, enquanto as medidas de imitância acústica foram
realizadas no imitanciômetro AZ7 da Interacustics, todos devidamente calibrados.
O Teste de Localização Sonora (Pereira, 1993) foi realizado com a utilização de um
guizo único que foi tocado em cinco posições: na frente, atrás, do lado direito, do lado
esquerdo e acima da cabeça. Aos indivíduos era solicitado que apontassem a localização da
fonte sonora.
O Teste de Lateralização Temporal utiliza estímulo verbal consistindo na apresentação
binaural da palavra “paca”, sendo que esta apresentação pode ter início ao mesmo tempo ou
ocorrer com um atraso à direita ou à esquerda. Solicita-se ao indivíduo que indique o local de
sensação da palavra através de nomeação da posição (no centro, à direita ou à esquerda) ou
apontando o lugar em si mesmo. O lado em que o som chegou primeiro foi chamado de lado
de início ou de orelha que iniciou o teste.
O treino foi realizado utilizando-se a faixa 1 do CD. Os estímulos foram apresentados
com diferença de tempo interaural de 0µs, 500µs de atraso à direita e 500µs de atraso à
esquerda. Ao indivíduo foi solicitado que nomeasse o local de sensação da palavra: direita,
esquerda ou centro. A diferença de tempo interaural de 500µs produz uma sensação de
completa lateralização do som para o lado em que o estímulo tem início (Nilson, Lidén,
1976), enquanto a diferença de tempo interaural de 0µs, isto é, a apresentação simultânea da
palavra paca nas duas orelhas, faz com que a sensação da fonte sonora imaginária se localize
no centro da cabeça.
O Teste de Lateralização Temporal foi realizado de diferentes formas para pesquisar
as condições de ambiente e equipamento de apresentação do estímulo, o nível de intensidade
do estímulo, a técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural quanto a ser ascendente
ou descendente, a ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente e a forma de
resposta usada para indicar o local da sensação sonora.
As combinações das condições experimentais: ambiente e equipamento utilizado, nível
de intensidade, técnica de apresentação da variação de tempo, técnica da apresentação da
variação de tempo, utilizada inicialmente, e forma de resposta usada para indicar o local da
sensação sonora, definem diferentes tratamentos que serão identificados da seguinte forma:
95
A 20 A D
equipamento
intensidade técnica
técnica inicial
SAND
equipamento
técnica
resposta
técnica inicial
Podendo cada uma das condições ser:
•
Equipamento: A (com audiômetro, em cabina acústica) ou S (sem audiômetro em
ambiente silencioso);
•
Intensidade: 20 ou 40dBNS. Quando não foi utilizado o audiômetro, a intensidade foi
sempre de aproximadamente 40dBNS, não sendo então indicada na especificação do
tratamento;
•
Técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural: A (ascendente) ou D
(descendente);
•
Técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural em que o teste foi iniciado: A
(ascendente) ou D (descendente);
•
Tipo de resposta usada para indicar o local da sensação sonora: N (nomear) ou A
(apontar). Quando foi utilizado o audiômetro, a resposta dada pelo ouvinte foi sempre
nomeação, não sendo então indicada na especificação do tratamento.
O teste foi realizado utilizando oito combinações de condições, sendo que para cada condição
a população avaliada foi dividida em dois grupos:
96
-
Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
-
Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
Esta divisão foi feita para que fosse verificada a possibilidade de melhora do desempenho na
realização da segunda condição devido ao treino durante a primeira condição.
Estão especificadas abaixo as oito condições em que o teste foi realizado:
1) A20AD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A20AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
2) A20DD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A20DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
3) A40AD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
97
A40AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
4) A40DD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A40DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
5) SAND – Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomear
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SANA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomear
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o
teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
6) SDND - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomear
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SDNA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e
Nomear como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que
98
iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
7) SAAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SAAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o
teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
8) SDAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SDAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e
Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que
iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
As oito condições de teste foram aplicadas em todos os participantes da
pesquisa sendo que, as quatro primeiras foram aplicadas em um mesmo dia e as
quatro últimas em outro dia.
Para a realização do Teste de Lateralização Temporal foi utilizado um CD compact
player D-307CK da SONY. Quando o teste foi realizado com audiômetro o CD compact
player foi acoplado a um audiômetro AC33 da Interacoustics com fones TDH 39, sendo
realizado em cabina acústica. Quando o teste foi realizado sem audiômetro, foi utilizado o
fone Stereo Dynamic Headphones HP-X211 da AIWA, sendo realizado fora da cabina
acústica em ambiente com ruído mínimo de 43.4dBNPS e máximo de 46.6dBNPS medido
com decibelímetro Minipa MSL-1351C.
99
O CD compact player foi utilizado com adaptador para corrente alternada para evitar
variações na intensidade do estímulo devido ao enfraquecimento de baterias. A intensidade
utilizada foi de aproximadamente 70 dBNPS nos dois fones, conforme medida realizada com
o decibelímetro Minipa MSL-1351C em cabina acústica. Esta intensidade foi colocada na
tentativa de deixá-la próxima de 40dBNS já que as médias dos limiares auditivos em
500,1000 e 2000 Hz da população avaliada girava em torno de 10 dBNA.
O registro de cada resposta do indivíduo foi anotado em uma folha de respostas
(Anexo 3) com os símbolos D, quando lateralizou o som para o lado direito, E quando
lateralizou o som para o lado esquerdo e C quando sentiu o som no centro da cabeça, isto é,
centralizou o som.
As respostas foram computadas somando-se as lateralizações para o lado em que o
som teve início, as lateralizações para o lado oposto e as centralizações de todos os indivíduos
em cada tempo de atraso interaural. Isto foi feito para cada condição em que o teste foi
realizado.
MÉTODO ESTATÍSTICO:
- O objetivo da análise estatística foi estimar a diferença interaural mínima de tempo para
lateralização sonora, ou o menor tempo de atraso interaural perceptível, que foi considerado
como sendo o tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para o lado em que o
estímulo chegou primeiro, que será denotado por t̂ 90 , e comparar este valor nos diferentes
tratamentos.
- A escolha do tempo de atraso que produz 90% das lateralizações para o lado em que o
estímulo chegou primeiro foi inspirada na curva normal, estando próximo da probabilidade de
se observar um valor menor ou igual ao maior ponto de inflexão dessa curva (84%). Então, o
tempo de atraso que produz 90% das lateralizações para o lado em que o estímulo chegou
primeiro corresponde a um ponto no qual ocorre uma estabilização das respostas.
100
- A estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para o lado em que o som
chegou primeiro, que será denotado por t̂ 90 , nos diferentes tratamentos (Finney, 1978) foi
feita a partir do ajuste de um modelo de regressão logística (Neter et al, 1996) tendo a
ocorrência ou não dessa lateralização como variável resposta e o tempo como variável
explicativa.
- Para comparar o valor de t̂ 90 nos diferentes tratamentos, estes foram divididos em dois
grandes grupos: o primeiro foi formado por todos os tratamentos nos quais foram utilizados o
audiômetro e a cabina acústica; o segundo foi formado pelos tratamentos nos quais foi
adotada a intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro. Assim os tratamentos com
audiômetro e 40dBNS de intensidade aparecem nos dois grupos. A variável resposta de
interesse agora é bivariada, correspondendo ao valor observado do t̂ 90 , nas orelhas direita e
esquerda. Ou seja, a variável resposta em cada um dos tratamentos é o valor t̂ 90 nas orelhas
esquerda e direita. Os tratamentos de cada grupo foram analisados utilizando-se técnicas de
análise de agrupamentos (Johnson, Wichern, 1992). Essas técnicas agrupam as observações
de forma que os grupos formados sejam homogêneos internamente e heterogêneos entre si,
tanto quanto à t̂ 90 na orelha direita quanto à t̂ 90 na esquerda.
As técnicas de agrupamento utilizadas foram:
•
Método do centróide com matriz de distâncias euclidianas;
•
Método de agrupamento das k-médias variando-se o número de grupos de 2 a 4.
A formação dos grupos foi confirmada por meio das técnicas:
•
Técnica de análise de variância univariada (Neter et al., 1996);
•
Método de comparações múltiplas de Tukey (Neter et al., 1996).
- Para verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas duas orelhas ajustou-se uma reta
de regressão, considerando a medida de t̂ 90 na orelha direita como variável resposta e a
medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável explicativa. As medidas nas duas orelhas
101
serão consideradas concordantes se o intercepto da reta ajustada não for significantemente
diferente de zero e a inclinação não for significantemente diferente de 1.
Em todos os testes fixou-se em 0,05 ou 5% o nível de significância.
102
4 RESULTADOS
103
Apresento neste capítulo os resultados obtidos no Teste de Lateralização Temporal,
aplicado de diferentes maneiras em 80 jovens do sexo feminino com idade entre 18 e 25 anos.
A tabela contendo as respostas de cada indivíduo nas várias formas em que o teste foi
aplicado encontra-se no Anexo 4.
Para facilitar a apresentação dos dados obtidos, os resultados serão divididos
em duas partes:
Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a
orelha que iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado:
1) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do
estímulo;
2)
t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do
estímulo;
3) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do
estímulo;
4) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do
estímulo;
5) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas
o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de
sensação do estímulo;
104
6) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas
o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de
sensação do estímulo;
7) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas
o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de
sensação do estímulo;
8) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas
o CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local
de sensação do estímulo.
Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado.
105
Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a
orelha que iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado:
1) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 1 e 2, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A,
respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores calculados do t̂ 90 e o intervalo de
confiança para este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha
esquerda.
As figuras 3 e 4 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
106
Tabela 1 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
t̂ 90
Intervalo de Confiança
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
13
1
5
1
14
1
16
0
18
0
14
0
24
0
17
0
33
0
28
0
37
0
32
0
36
0
33
0
38
0
36
0
38
0
37
0
39
0
38
0
39
0
39
0
40
0
39
0
40
0
38
0
40
0
39
0
40
0
40
0
39
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
38
0
40
0
40
0
40
0
E = 171,35
D = 192,43
E = 121,80 - 231,54
D = 144,08 - 249,31
Centralização
26
34
25
24
22
26
16
23
7
12
3
8
4
7
2
4
2
3
1
2
1
1
0
1
0
2
0
1
0
0
1
0
0
0
0
0
2
0
0
0
107
Tabela 2 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
t̂ 90
Intervalo de Confiança
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
8
0
2
0
10
0
11
0
18
0
7
0
19
0
9
0
29
0
29
0
31
0
31
0
31
0
36
1
38
0
34
0
40
0
36
0
38
0
37
0
40
0
39
0
40
0
38
0
40
0
38
0
40
0
39
0
40
0
40
0
40
0
39
0
40
0
37
0
39
0
38
0
39
0
37
0
40
0
40
0
E = 178,48
D = 236,18
E = 131,92 - 233,72
D = 179,34 - 303,08
Centralização
32
38
30
29
22
33
21
31
11
11
9
9
9
3
2
6
0
4
2
3
0
1
0
2
0
2
0
1
0
0
0
1
0
3
1
2
1
3
0
0
108
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR EIT A
ES Q U ER D A
20
15
10
5
0
23
45
68
91
113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
T EM P O
Figura 3 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20AD).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
DIREITA
ES Q UERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
T EM P O
Figura 4 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação. (A20AA).
109
2) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural
e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 3 e 4, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A,
respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 5 e 6 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
110
Tabela 3 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD).
Lateralização para
Centralização
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
E
6
0
34
23
D
7
0
33
E
4
0
36
45
D
9
0
31
E
10
1
29
68
D
15
0
25
E
29
0
11
91
D
17
0
23
E
27
1
12
113
D
23
0
17
E
36
0
4
136
D
26
0
14
E
35
0
5
159
D
23
0
17
E
35
0
5
181
D
33
0
7
E
31
0
9
204
D
27
0
13
E
33
0
7
227
D
35
0
5
E
35
1
4
249
D
36
0
4
E
37
0
3
272
D
35
0
5
E
33
0
7
295
D
33
0
7
E
38
0
2
317
D
36
0
4
E
38
0
2
340
D
35
0
5
E
40
0
0
363
D
38
0
2
E
40
0
0
385
D
39
0
1
E
38
0
2
408
D
38
0
2
E
40
0
0
431
D
38
0
2
E
38
0
2
454
D
39
0
1
E = 246,36
t̂ 90
D = 292,25
E = 189,62 - 311,71
Intervalo de Confiança
D = 224,15 - 372,28
Tabela 4 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
Tempo de
atraso interaural
em µs
Orelha que
iniciou o teste
111
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
t̂ 90
Intervalo de Confiança
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
4
0
4
1
8
0
6
0
12
0
9
1
14
0
14
0
25
0
12
0
26
0
19
0
30
0
20
0
30
0
29
0
35
0
26
0
33
0
32
0
34
0
34
0
36
1
33
0
36
0
34
0
37
0
35
0
38
0
37
0
39
0
37
0
40
0
37
0
39
0
40
0
40
0
38
0
39
0
38
0
E = 263,13
D = 325,38
E = 206,01 - 328,39
D = 254,16 - 408,24
Centralização
36
35
32
34
28
30
26
26
15
28
14
21
10
20
10
11
5
14
7
8
6
6
3
7
4
6
3
5
2
3
1
3
0
3
1
0
0
2
1
2
112
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TE M P O
Figura 5 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DD).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TE M P O
Figura 6 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A20DA).
113
3) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 5 e 6, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A,
respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 7 e 8 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
114
Tabela 5 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD).
Lateralização para
Centralização
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
E
9
0
31
23
D
6
0
34
E
14
0
26
45
D
10
0
30
E
26
0
14
68
D
17
0
23
E
23
0
17
91
D
17
0
23
E
34
0
6
113
D
31
0
9
E
38
0
2
136
D
36
0
4
E
37
0
3
159
D
38
0
2
E
40
0
0
181
D
37
0
3
E
40
0
0
204
D
39
0
1
E
40
0
0
227
D
38
0
2
E
40
0
0
249
D
39
0
1
E
40
0
0
272
D
38
0
2
E
39
1
0
295
D
39
0
1
E
40
0
0
317
D
40
0
0
E
40
0
0
340
D
39
0
1
E
40
0
0
363
D
39
0
1
E
40
0
0
385
D
40
0
0
E
40
0
0
408
D
39
0
1
E
39
0
1
431
D
39
0
1
E
40
0
0
454
D
39
0
1
E = 138,14
t̂ 90
D = 187,80
E = 96,62 - 188,78
Intervalo de Confiança
D = 139,17 - 245,42
Tabela 6 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
Tempo de
atraso interaural
em µs
Orelha que
iniciou o teste
115
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
t̂ 90
Intervalo de Confiança
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
10
0
7
0
16
0
12
0
22
0
11
0
31
0
16
0
34
0
31
0
36
0
36
0
38
0
37
0
38
0
38
0
39
0
39
0
40
0
39
0
40
0
40
0
40
0
37
0
40
0
40
0
40
0
38
0
40
0
40
0
40
0
39
0
40
0
40
0
40
0
39
0
40
0
39
0
40
0
40
0
E = 130,63
D = 189,14
E = 90,29 - 180,22
D = 138,60 - 249,98
Centralização
30
33
24
28
18
29
9
24
6
9
4
4
2
3
2
2
1
1
0
1
0
0
0
3
0
0
0
2
0
0
0
1
0
0
0
1
0
1
0
0
116
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
DIREITA
ESQ UERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
9 1 1 1 3 13 6 15 9 1 8 1 2 0 4 2 2 7 24 9 27 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 3 63 3 85 4 0 8 4 3 1 4 5 4
T EM P O
Figura 7 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AD).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
1 1 3 13 6 1 59 1 8 1 20 4 2 27 2 4 9 2 7 2 29 5 3 17 3 4 0 3 6 3 3 85 4 08 4 3 1 45 4
TE M P O
Figura 8 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
117
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40AA).
118
4) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em
intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural
e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 7 e 8, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A,
respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 9 e 10 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
119
Tabela 7 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD).
Lateralização para
Centralização
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
E
4
1
35
23
D
5
0
35
E
6
0
34
45
D
9
0
31
E
16
0
24
68
D
14
1
25
E
21
0
19
91
D
17
0
23
E
29
1
10
113
D
15
0
25
E
34
0
6
136
D
24
0
16
E
33
0
7
159
D
22
0
18
E
34
0
6
181
D
27
0
13
E
32
0
8
204
D
31
0
9
E
32
0
8
227
D
34
0
6
E
35
0
5
249
D
36
0
4
E
40
0
0
272
D
35
1
4
E
40
0
0
295
D
36
0
4
E
38
1
1
317
D
38
0
2
E
39
0
1
340
D
38
0
2
E
40
0
0
363
D
38
0
2
E
39
0
1
385
D
38
0
2
E
40
0
0
408
D
40
0
0
E
39
0
1
431
D
39
0
1
E
39
0
1
454
D
39
0
1
E = 221,53
t̂ 90
D = 284,79
E = 167,99 - 284,46
Intervalo de Confiança
D = 222,77 - 356,19
Tabela 8 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
Tempo de
atraso interaural
em µs
Orelha que
iniciou o teste
120
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
t̂ 90
Intervalo de Confiança
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
6
0
5
0
10
0
9
1
18
0
14
0
23
0
21
0
27
0
21
0
27
0
25
0
31
0
28
0
37
0
33
0
37
0
33
0
37
0
33
0
36
0
38
0
39
0
35
0
39
0
37
0
39
0
38
0
39
0
35
0
39
0
36
0
39
0
40
0
40
0
39
0
39
0
38
0
40
0
38
0
E = 217,47
D = 272,92
E = 163,51 - 280,98
D = 210,35 - 345,66
Centralização
34
35
30
30
22
26
17
19
13
19
13
15
9
12
3
7
3
7
3
7
4
2
1
5
1
3
1
2
1
5
1
4
1
0
0
1
1
2
0
2
121
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E ITA
ES Q U E R D A
20
15
10
5
0
23
45
68
91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TE M P O
Figura 9 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha que
iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), quando o
teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação (A40DD).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
1 13 1 3 6 1 59 1 8 1 2 04 2 2 7 2 49 2 7 2 2 95 3 1 7 3 40 3 6 3 3 85 4 0 8 4 3 1 4 5 4
TEM PO
Figura 10 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS,
122
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(A40DA).
5) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o
CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de
sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 9 e 10, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1 A,
respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 11 e 12 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
123
Tabela 9 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SAND).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
8
0
13
0
10
1
15
1
20
0
27
0
17
1
29
0
32
0
32
0
39
0
38
0
37
0
39
0
38
0
38
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
39
0
40
0
40
0
40
0
40
0
Centralização
32
27
29
24
20
13
22
11
8
8
1
2
3
1
2
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
124
D
E
D
E
D
E
D
40
0
0
40
0
0
408
40
0
0
40
0
0
431
40
0
0
40
0
0
454
40
0
0
E = 145,67
t̂ 90
D = 126,90
E = 103,99 - 196,05
Intervalo de Confiança
D = 86,02 - 177,67
Tabela 10 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SANA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
7
0
6
1
6
0
15
1
22
0
12
0
17
0
17
0
37
0
30
0
36
0
34
1
34
1
37
0
37
0
37
0
39
1
37
1
39
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
40
0
39
0
40
0
40
0
Centralização
33
33
34
24
18
28
23
23
3
10
4
5
5
3
3
3
0
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
125
E
D
E
D
E
D
408
431
454
t̂ 90
Intervalo de Confiança
40
40
40
40
40
40
E = 152,40
D = 165,13
E = 109,65 - 203,88
D = 120,68 - 218,29
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
DIREITA
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TEM PO
Figura 11 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40
dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a
nomeação (SAND).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TEM PO
126
Figura 12 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40
dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a
nomeação (SANA).
6) t̂ 90 quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o
CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de
sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 11 e 12, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1
A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 13 e 14 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
127
Tabela 11 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o
estímulo de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha
(D ou E) em que o teste foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação (SDND).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
5
0
10
1
5
0
15
0
14
0
21
0
21
0
25
0
23
0
20
0
24
0
30
0
33
0
30
0
32
0
35
0
31
1
32
0
35
0
33
0
31
1
36
0
36
0
36
0
36
0
40
0
36
0
Centralização
35
29
35
25
26
19
19
15
17
20
16
10
7
10
8
5
8
8
5
7
8
4
4
4
4
0
4
128
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
40
0
0
39
0
1
340
38
0
2
39
0
1
363
37
0
3
39
0
1
385
39
0
1
40
0
0
408
40
0
0
39
0
1
431
40
0
0
40
0
0
454
39
0
1
E = 254,67
t̂ 90
D = 246,54
E = 199,54 - 317,61
Intervalo de Confiança
D = 185,85 - 317,24
Tabela 12 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação
(SDNA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
6
2
7
2
10
0
11
0
13
0
12
1
23
0
24
0
24
0
21
0
26
1
28
0
33
0
27
0
32
0
32
0
35
0
28
0
38
0
31
0
37
0
36
0
38
0
34
0
38
0
38
0
38
0
39
0
Centralização
32
31
30
29
27
27
17
16
16
19
13
12
7
13
8
8
5
12
2
9
3
4
2
6
2
2
2
1
129
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
340
363
385
408
431
454
t̂ 90
Intervalo de Confiança
38
39
39
38
40
40
40
40
39
40
40
39
E = 224,47
D = 263,64
E = 170,50 - 287,92
D = 204,51 - 331,74
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
2
1
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
11 3 1 36 15 9 1 81 20 4 2 2 7 24 9 27 2 2 95 31 7 3 40 36 3 3 85 40 8 4 31 4 54
TEM PO
Figura 13 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a
nomeação (SDND).
130
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
DIRE ITA
ES Q U E RDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TE M P O
Figura 14 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a
nomeação (SDNA).
7) t̂ 90 , quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o
CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de
sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 13 e 14, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1
A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
131
As figuras 15 e 16 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
Tabela 13 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do
estímulo (SAAD).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
12
0
10
0
13
1
22
0
Centralização
28
30
26
18
132
18
1
21
25
0
15
23
0
17
91
27
0
13
33
0
7
113
35
1
4
37
1
2
136
37
0
3
37
1
2
159
39
0
1
39
0
1
181
39
0
1
39
0
1
204
38
0
2
40
0
0
227
40
0
0
40
0
0
249
39
0
1
40
0
0
272
40
0
0
40
0
0
295
40
0
0
40
0
0
317
40
0
0
40
0
0
340
40
0
0
40
0
0
363
40
0
0
40
0
0
385
40
0
0
40
0
0
408
40
0
0
40
0
0
431
40
0
0
40
0
0
454
40
0
0
E = 140,03
t̂ 90
D = 131,52
E = 98,81 - 190,19
Intervalo de Confiança
D = 89,26 - 183,99
Tabela 14 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do
estímulo (SAAA).
68
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
12
0
10
1
14
0
21
0
31
1
Centralização
28
29
26
19
8
133
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
408
431
454
t̂ 90
Intervalo de Confiança
14
25
20
33
33
34
35
36
35
37
38
37
38
39
40
39
40
39
40
39
38
40
39
40
40
40
40
38
40
40
39
40
40
39
40
E = 175,82
D = 170,76
E = 123,31 - 239,79
D = 122,93 - 228,40
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
26
15
20
7
7
6
5
4
5
2
2
3
2
1
0
1
0
1
0
1
2
0
1
0
0
0
0
2
0
0
1
0
0
1
0
134
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
1 13 1 36 1 59 1 81 2 0 4 2 2 7 2 4 9 2 7 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 36 3 38 5 40 8 43 1 45 4
TEM PO
Figura 15 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de
sensação do estímulo (SAAD).
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
1 13 1 36 1 59 1 81 2 0 4 2 2 7 2 4 9 2 7 2 2 9 5 3 1 7 3 4 0 36 3 38 5 40 8 43 1 45 4
TEM PO
Figura 16 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de
sensação do estímulo (SAAA).
135
8) t̂ 90 , quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o
CD compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do
tempo de atraso interaural e solicitando, como resposta, que apontasse o local de
sensação do estímulo:
Nesta parte apresento, nas tabelas 15 e 16, o número de indivíduos dos grupos 1D e 1
A, respectivamente, que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de acordo com o tempo de
atraso interaural e a orelha em que o teste foi iniciado.
Nestas tabelas apresento, também, os valores do t̂ 90 e o intervalo de confiança para
este parâmetro quando o estímulo teve início na orelha direita e na orelha esquerda.
As figuras 17 e 18 mostram o número de indivíduos dos grupos 1D e 1A,
respectivamente, que lateralizaram o estímulo para a orelha que iniciou o teste de acordo com
o tempo de atraso interaural.
136
Tabela 15 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando este foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do
estímulo (SDAD).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
5
0
6
0
5
0
14
1
14
0
19
0
20
0
23
0
25
0
27
0
28
0
30
0
29
0
23
0
28
1
30
0
33
0
33
0
35
0
35
0
34
0
34
0
39
0
37
0
38
0
39
0
38
0
40
0
39
0
40
0
40
0
39
0
40
0
Centralização
35
34
35
25
26
21
20
17
15
13
12
10
11
17
11
10
7
7
5
5
6
6
1
3
2
1
2
0
1
0
0
1
0
137
D
E
D
E
D
E
D
39
0
1
40
0
0
408
39
0
1
40
0
0
431
40
0
0
40
0
0
454
40
0
0
E = 229,11
t̂ 90
D = 234,67
E = 176,13 - 290,88
Intervalo de Confiança
D = 181,34 - 295,63
Tabela 16 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram ou centralizaram o estímulo de
acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs), e a orelha (D ou E) em que o teste
foi iniciado, quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de sensação do
estímulo (SDAA).
Tempo de
atraso interaural
em µs
23
45
68
91
113
136
159
181
204
227
249
272
295
317
340
363
385
Orelha que
iniciou o teste
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
Lateralização para
Orelha que
Orelha oposta
iniciou o teste
4
1
12
1
9
0
13
0
14
0
17
0
22
0
18
0
27
0
23
0
30
1
22
0
31
0
26
0
35
0
27
0
34
1
34
0
34
0
31
0
35
0
33
1
37
0
37
0
38
0
38
0
40
0
38
0
39
0
40
0
39
0
40
0
39
0
39
0
Centralização
35
27
31
27
26
23
18
22
13
17
9
18
9
14
5
13
5
6
6
9
5
6
3
3
2
2
0
2
1
0
1
0
1
1
138
E
D
E
D
E
D
408
431
454
t̂ 90
Intervalo de Confiança
39
38
40
39
40
40
E = 237,06
D = 270,46
E = 178,10 - 307,13
D = 207,41 - 343,85
1
0
0
0
0
0
0
2
0
1
0
0
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
DIRE ITA
ES Q U E RDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91 113 136 159 181 204 227 249 272 295 317 340 363 385 408 431 454
TE M P O
Figura 17 – Número de indivíduos do grupo 1D que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de
sensação do estímulo (SDAD).
139
45
40
35
INDIVÍDUOS
30
25
D IR E IT A
ESQUERDA
20
15
10
5
0
23
45
68
91
1 1 3 13 6 1 59 1 8 1 20 4 2 27 2 4 9 2 7 2 29 5 3 17 3 4 0 3 6 3 3 85 4 08 4 3 1 45 4
TE M P O
Figura 18 – Número de indivíduos do grupo 1A que lateralizaram o estímulo para a orelha
que iniciou o teste de acordo com o tempo de atraso interaural, em microssegundos (µs),
quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de
40dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o local de
sensação do estímulo (SDAA).
Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado.
Nesta parte apresento o estudo estatístico que comparou os t̂ 90 das
diferentes formas em que o teste foi realizado, isto é, os t̂ 90 correspondentes aos
diferentes tratamentos. A especificação dos tratamentos será feita da forma citada
abaixo:
1) A20AD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A20AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
140
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
2) A20DD – Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A20DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
3) A40AD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A40AA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
4) A40DD - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
A40DA - Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear
como resposta e apresentação Descendente do tempo de atraso interaural. Este teste foi
aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o teste sempre pela técnica
Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
141
5) SAND – Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e
Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que
iniciaram o teste sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural;
SANA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e
Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que
iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
6) SDND - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SDNA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e
Nomeação como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que
iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
7) SAAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SAAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que iniciaram o
teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
142
8) SDAD - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em
intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar
como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1D: indivíduos de 1 a 40 que iniciaram o teste
sempre pela técnica Descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural;
SDAA - Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro)
em intensidade de 40dBNS, apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e
Apontar como resposta. Este teste foi aplicado no Grupo 1A: indivíduos de 41 a 80 que
iniciaram o teste sempre pela técnica Ascendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
Para efeito de comparação, os tratamentos foram inicialmente divididos em dois
grandes grupos:
-
O primeiro grupo (Grupo 1) foi formado por todos os tratamentos nos quais foram
utilizados o audiômetro e a cabina acústica com o objetivo de verificar a existência de
diferenças quanto à intensidade utilizada e quanto às técnicas ascendente e
descendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
-
O segundo grupo (Grupo 2) foi formado pelos tratamentos nos quais foi adotada a
intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro, com o objetivo de verificar a
existência de diferenças quanto ao ambiente e equipamento utilizado, quanto ao tipo
de resposta solicitada e novamente quanto às técnicas ascendente e descendente de
apresentação das diferenças de tempo interaural.
Assim, os tratamentos com audiômetro e intensidade de 40dBNS aparecem nos dois
grupos.
Na figura 19 apresento os grupos formados a diferentes graus de similaridade através
do método do centróide com matriz de distâncias euclidianas, no Grupo 1 (grupo constituído
pelos tratamentos com audiômetro e cabina acústica). Este gráfico sugere a divisão deste
grupo em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, um constituído pelos
tratamentos A20AD, A20AA, A40AD e A40AA, e outro pelos tratamentos A20DD, A20DA,
A40DD e A40DA.
Apresento, na figura 20, o diagrama de dispersão do t̂ 90 nas orelhas direita e
esquerda sugerindo o mesmo agrupamento.
143
Similaridade
50,75
67,17
83,58
100,00
A20AA
A20AD
A20DA
A40AA
A40AD
A20DD
A40DD
A40DA
Tratamentos
Figura 19 - Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 1.
Figura 20 - Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos
tratamentos do Grupo 1.
tempo 90 observado direita
A20DA
300
A20DD
A40DD
A40DA
250
A20AA
200
A40AA
A20AD
A40AD
150
200
250
tempo 90 observado esquerda
144
Para confirmar esse resultado, o método das k-médias também foi aplicado a esses
dados, variando-se o número de grupos de 2 a 4. Para selecionar o número ideal de grupos, foi
aplicada a técnica de análise de variância univariada aos grupos assim formados. Tanto para a
orelha direita como para a orelha esquerda, foram detectadas diferenças entre as médias de
t̂ 90 (p < 0,001). Prosseguindo a análise pelo método de comparações múltiplas de Tukey,
chegou-se à mesma partição sugerida pelo método do centróide.
Com o objetivo de verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas duas orelhas,
ajustou-se uma reta de regressão , considerando a medida de t̂ 90 na orelha direita como
variável resposta e a medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável explicativa. Concluiuse que o intercepto da reta era não significantemente diferente de zero (p=0,135). Ajustando
então ao mesmo conjunto de dados uma reta de regressão pela origem, obteve-se um
coeficiente de inclinação estimado de 1,25 com erro padrão igual a 0,03. Portanto, um
intervalo de confiança para o verdadeiro coeficiente de inclinação da reta, com coeficiente de
confiança de 0,95, é {1,19 ; 1,31} . Esse intervalo não contém o valor 1, como seria esperado
se as medidas fossem concordantes. Como o limite inferior do intervalo é maior que 1, podese concluir que o tempo noventa médio da orelha direita tende a ser maior que o da orelha
esquerda.
Na figura 21 apresento os grupos formados a diferentes graus de similaridade através
do método do centróide com matriz de distâncias euclidianas, no Grupo 2 (grupo constituído
pelos tratamentos com intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro). Este gráfico sugere a
divisão deste grupo em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, um
constituído pelos tratamentos A40AD, A40AA, SAND, SANA, SAAD e SAAA, e outro
pelos tratamentos A40DD, A40DA, SDND, SDNA, SDAD e SDAA.
Apresento, na figura 22, o diagrama de dispersão do t̂ 90 nas orelhas direita e
esquerda sugerindo o mesmo agrupamento.
145
Figura 21 – Dendrograma obtido para os tratamentos do Grupo 2.
Similaridade
40,63
60,42
80,21
100,00
A40AD A40AA SAAA SANA SAAD SAND A40DD A40DA SDNA SDAA SDAD SDND
Tratamentos
Figura 22 - Tempos 90 observados ( t̂ 90 ) nas orelhas direita e esquerda nos
tratamentos do Grupo 2.
tempo 90 observado direita
290
A40DD
A40DA
SDAA
SDNA
SDND
240
190
SDAD
A40AA
A40AD
SANA
140
SAAD
SAAA
SAND
150
200
250
tempo 90 observado
- esquerda
146
O método de agrupamento das k-médias também foi aplicado a esses dados, variandose o número de grupos de 2 a 4. A igualdade das médias dos t̂ 90 nos quatro grupos foi
testada individualmente para as duas orelhas, concluindo-se que nem todas eram iguais (p =
0,000). Prosseguindo a análise pelo método de Tukey de comparações múltiplas, chegou-se
aos mesmos grupos de tratamentos sugeridos pelo método do centróide.
Novamente, com o objetivo de verificar a concordância entre as medidas de t̂ 90 nas
duas orelhas, ajustou-se uma reta de regressão, considerando a medida de t̂ 90 na orelha
direita como variável resposta e a medida de t̂ 90 na orelha esquerda como variável
explicativa. Concluiu-se que o intercepto da reta era não significantemente diferente de zero (
p=0,751). Ajustando então, ao mesmo conjunto de dados, uma reta de regressão pela origem,
obteve-se um coeficiente de inclinação estimado de 1,11 com erro padrão igual a 0,04.
Portanto, um intervalo de confiança para o verdadeiro coeficiente de inclinação da reta, com
coeficiente de confiança de 0,95, é {1,03 ; 1,19} . Esse intervalo não contém o valor 1, como
seria esperado se as medidas fossem concordantes. Portanto, pode-se concluir que o tempo
noventa médio da orelha direita tende a ser maior que o da orelha esquerda.
Foi observado que tanto o Grupo 1, formado por todos os tratamentos nos quais foram
utilizados o audiômetro e a cabina acústica, como o Grupo 2, formado por todos os
tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, foram divididos em dois grupos
homogêneos quanto a t̂ 90 nas duas orelhas: um constituído pelos tratamentos onde o teste foi
realizado de forma ascendente e outro onde o teste foi realizado de forma descendente. Desta
forma foram calculadas as médias e erro padrão dos grupos formados.
Na tabela 17 apresento a média e erro padrão do t̂ 90 , calculados para os Grupos 1 e 2
de acordo com a orelha em que o teste foi iniciado e a técnica de apresentação dos tempos de
atraso interaural.
Tabela 17: Valores calculados da média e erro padrão do t̂ 90 para os Grupos 1 e 2 de acordo
com a orelha em que o teste foi iniciado (D e E) e a técnica de apresentação dos tempos de
atraso interaural.
147
Técnica de
apresentação dos
tempos de atraso
Grupo
Orelha que
iniciou o teste
Média de t̂ 90
Erro padrão de
t̂ 90
interaural
1
Ascendente
2
1
Descendente
2
D
201,4
11,6
E
154,6
11,9
D
161,9
11,0
E
147,1
6,47
D
293,8
11,2
E
237,1
10,8
D
262,2
7,52
E
230,7
5,52
148
5 DISCUSSÃO
149
Neste capítulo pretendo apresentar uma análise crítica dos resultados obtidos
na aplicação do Teste de Lateralização Temporal em 80 jovens do sexo feminino
com audição normal, como também compará-los, quando possível, àqueles
encontrados na literatura especializada.
Antes da discussão dos resultados considero imprescindível apresentar
alguns conceitos importantes para a compreensão deste trabalho.
EVOLUÇÃO DOS CONHECIMENTOS SOBRE LOCALIZAÇÃO SONORA
Até meados do século XIX, a audição binaural não era compreendida: alguns cientistas
diziam que as duas orelhas eram um exemplo de simetria bilateral, outros sugeriam que a
função das duas orelhas era a de uma reserva natural. A tendência filosófica que orientava o
trabalho dos psicólogos do século XIX dizia que: “Os objetos do mundo material tem
tamanho, forma e contextura que podem ser sentidos pela visão e pelo tato. Os sons, ao
contrário, não ocupam espaço não podendo ser localizados por meios auditivos” (Stevens et
al, 1970), contribuindo, assim, para a demora em compreender a localização sonora. Para os
cientistas daquela época a localização sonora se devia ao uso de experiências anteriores e de
pistas visuais ou táteis: alguns sugeriam que a pressão da onda sonora nos meatos auditivos
estimulava o sentido do tato, outros preferiam explicar a localização sonora através da visão
(Sanchez-Longo et al, 1957; Stevens et al 1970; Hickson, Newton, 1981).
Segundo a revisão histórica dos estudos sobre a localização sonora realizada
por Sanchez-Longo et al (1957):
- O conceito de percepção auditiva de espaço começou em 1848 com as
observações de Weber*1 de que quando dois relógios, com batidas diferentes, são
colocados perto das orelhas do observador, ele consegue saber qual relógio está em
cada orelha. Porém, ele erroneamente atribuiu a localização sonora a diferenças
táteis no meato auditivo externo.
- Por volta de 1876, Rayleigh** formulou a teoria da intensidade que diz que o
observador localiza o som do lado em que ele chega mais intenso. Um som que
chega de um lado da cabeça, chega em primeiro lugar à orelha mais próxima, e
* Weber, EH. Ueber die Umstande durch welche man geleited wird manche Emplindungen auf aussere Objecte
zu beziehen (1948) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and
its application. Neurology 1957; 7: 655-663.
** Rayleigh, Lord. On our perception of the direction of a source of sound (1875) apud Sanchez-Longo, LP;
Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7: 655-663.
150
nesta orelha é mais intenso que na outra 2porque a cabeça lança uma sombra
acústica para os sons de freqüência alta, enquanto em freqüências baixas, os
comprimentos das ondas são grandes, envolvendo a cabeça e suprimindo a sombra.
Nas freqüências altas a diferença de intensidade, que chamou de proporção
binaural, oferece uma pista básica para a localização sonora. Como físico, usou a
matemática para calcular as proporções binaurais apurando que um tom de 250 Hz
chega com quase a mesma intensidade em ambas as orelhas, para um tom de 1000
Hz a intensidade é 8dB maior, na orelha mais próxima da fonte sonora, e para um
tom de 10000Hz é 30dB maior.
- Thompson*, em 1978, foi o primeiro a propor a teoria da fase que diz que o
observador localiza a fonte sonora do lado em que a onda sonora chega em fase
anterior.
- Rayleigh**, em 1907, baseando-se nos trabalhos de Thompson, sugeriu que a
diferença de fase, tanto quanto de intensidade, fornecem indícios para a localização
sonora, propondo a clássica teoria dupla da localização sonora.
- A teoria do tempo, terceira teoria da localização sonora, diz que o observador
localiza um som do lado em que ele chega primeiro e foi proposta por Mallock*** em
1908,
recebendo
suporte
definitivo
com
os
trabalhos
de
Hornbostel
e
Wertheimer****, em 1920.
Estes primeiros estudos verificaram que utilizamos diferenças de fase e
tempo para localizar sons graves e diferenças de intensidade para localizar sons
agudos, achados que foram confirmados por estudos posteriores. Middlebrooks,
Green (1991) referiram que tons puros de freqüência baixa são reconhecidos como
vindos da direita ou da esquerda através da diferença interaural de fase. Os mesmos
pesquisadores, utilizando equipamentos mais sofisticados que Rayleigh, mostraram
que a diferença interaural de intensidade, medida a 90º azimute (diferença máxima),
*Thompson, SP. Phenomena of binaural audition (1877) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A
clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663.
**Rayleigh, Lord. On our perception of sound direction (1907) apud Sanchez-Longo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A
clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663.
***Mallock, A. Note on the sensibility of the ear to the direction of explosive sounds (1908) apud Sanchez-Longo,
LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655-663.
****Von Hornbostel, EM; Wertheimer, M. Ueber die Wahrnehmung der schallrichtung (1920) apud SanchezLongo, LP; Forster, FM; Auth, TL. A clinical test for sound localization and its application. Neurology 1957; 7:655663.
151
é ao redor de 20dB na freqüência de 4000Hz e de 35dB em 10000Hz, sendo que
para freqüências abaixo de 1000Hz a diferença de intensidade é insignificante.
Quando dois sons breves atingem as orelhas do indivíduo sucessivamente,
com tempo bem reduzido entre eles, será ouvido como um só, pois existe supressão
da imagem sonora que chega mais tarde. Neste caso a localização do som é
determinada pela localização do primeiro som. Este fenômeno recebeu o nome de
efeito de precedência (Wallach et al, 1949; Haas, 1951). O efeito de precedência nos
ajuda a entender nossa habilidade de localizar sons em ambientes reverberantes
onde ouvimos apenas um som e não a longa seqüência de sons sucessivos como é
sugerido pelas considerações físicas. O efeito de precedência também explica os
sistemas de som estereofônicos nos quais o som é reproduzido em dois canais,
recriando a ilusão do som vindo de mais de uma direção (Wallach et al, 1949).
Quando os pesquisadores começaram a usar sons mais complexos do que
simples tons puros, observaram que o sistema auditivo é muito mais sensível a
diferenças interaurais de tempo do que se pensava. Apesar da incapacidade de
lateralizar usando diferenças de fase, ciclo por ciclo, em ondas de freqüência alta, é
capaz de seguir a lenta flutuação do envelope de ondas sonoras complexas de
freqüência alta e lateralizar usando diferenças interaurais de tempo presentes no
envelope. A detecção de atrasos interaurais nos envelopes de freqüências altas são
pistas úteis na localização sonora (Henning, 1974; MacFadden, Moffitt, 1977;
Middlebrooks, Green, 1990). O espectro de amplitude é uma das formas de
representar graficamente a onda sonora, relacionando a amplitude em função da
freqüência: cada linha vertical, no eixo horizontal, indica a freqüência daquele
componente e a altura de cada linha é proporcional à sua amplitude relativa em dB,
sendo que o envelope de espectro é a linha que conecta os picos de cada uma das
linhas verticais (Russo, 1999). A composição espectral dos estímulos de freqüência
alta é que determina o tipo de pista utilizada pelos indivíduos na detecção de
diferenças interaurais de tempo: para tons modulados em intensidade e sons
compostos de dois tons, nenhuma informação de freqüências baixas pode ser
avaliada, e a detecção do atraso interaural é baseada em disparidades interaurais
de tempo do envelope da forma da onda; nos casos de ruído de banda estreita
centrados em freqüências altas, apesar de possuírem pouca energia na região de
freqüências baixas, pistas dessa região espectral são responsáveis pela detecção
de atrasos interaurais (Henning, 1974; Bernstein, Trahiots, 1982).
152
Para sons complexos, pistas monoaurais do espectro de freqüência–
intensidade produzido pelo pavilhão auditivo também podem dar informação sobre a
posição da fonte sonora. O pavilhão auditivo produz sombra acústica e ressonância
para tons de freqüência alta, sendo importante na localização binaural e monoaural,
eliminando confusões de frente-trás. Diferenças de tempo e espectro avaliadas em
sons complexos do dia a dia permitem a localização precisa da fonte sonora. As
pistas de espectro são abolidas com a cobertura do pavilhão auditivo pelos fones,
por isso quando o estímulo é apresentado através de fones, as diferenças
interaurais são divididas em diferenças de tempo e intensidade (Russolo, Poli, 1985).
A intensidade monoaural dependente da posição da fonte sendo influenciada
pela freqüência da onda sonora, o que torna possível localizar a fonte sonora
observando a intensidade relativa das diferentes freqüências do som recebido em
cada orelha. As mudanças na forma do espectro, específicas da direção, são
influenciadas pela forma do pavilhão auditivo que pode ser considerado um filtro
dependente da direção. As circunvoluções do pavilhão auditivo criam reflexões que
variam com a mudança de posição da fonte sonora, causando mudanças no
espectro do som que chega na membrana timpânica. As pistas de espectro
causadas pelo pavilhão auditivo não requerem comparação interaural, por isso são
chamadas de pistas monoaurais, apesar de uma informação equivalente estar
chegando na outra orelha. Como a orelha faz uma análise do sinal acústico em suas
freqüências componentes através de uma organização tonotópica, o processo de
localização pode ser discutido em termos de processamento de freqüências
componentes (ou espectro de freqüência) de cada sinal. O processamento do sinal
acústico em função do tempo, também, pode ser descrito como um processamento
do espectro de freqüência, incluindo a função de fase (Hausler et al, 1983;
Middlebrooks, Green, 1991).
O sistema auditivo mede certos parâmetros físicos do sinal nas duas orelhas
(pistas para localização) e o cérebro interpreta estas medidas para localizar a fonte
sonora, isto é, a localização sonora conta com uma decisão tomada pelo sistema
auditivo central, baseado em pistas presentes no sinal acústico que chega nas duas
orelhas. Alguns fatores podem influenciar o julgamento dos ouvintes: conhecimento
da fonte sonora e das características do ambiente, movimentação e posição da
cabeça e informação visual. Desconsiderando estas condições ambientais que
podem ser controladas em situação de pesquisa, a entrada para o cérebro se
153
restringe a apenas duas ondas de pressão versus tempo, isto é movimento de pistão
do estribo na janela oval (Hausler et al, 1983).
As pistas de tempo envolvem apenas análise binaural enquanto as pistas de
espectro de freqüência-intensidade permitam análise monoaural e binaural. Pistas
binaurais requerem uma comparação entre o som das duas orelhas enquanto pistas
monoaurais são avaliadas usando apenas uma orelha. O conhecimento préexistente das características acústicas do som e do ambiente são importantes na
distinção entre pistas monoaurais e binaurais. Quando o ouvinte não tem
conhecimento prévio não pode localizar a fonte sonora com pistas monoaurais, pois
os efeitos da transmissão sobre o estímulo recebido, que depende da localização da
fonte, não pode ser distinguido das propriedades do estímulo na fonte. Ao contrário,
a informação prévia não é necessária quando as pistas binaurais são usadas, já que
as diferenças interaurais são medidas pela comparação entre as duas orelhas e não
são, diretamente, dependentes das características da fonte sonora (Hausler et al,
1983; Russolo, Poli, 1985).
A fonte sonora pode estar localizada no plano horizontal ou no plano vertical
sendo que a pista para a localização horizontal é a diferença interaural e a
localização vertical se realiza através das pistas espectrais. As duas dimensões
usadas na tarefa de localização são azimute e elevação. Azimute é definido como o
ângulo formado pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano medial,
sendo o ângulo do plano horizontal. Elevação é definido como o ângulo formado
pela fonte sonora, o centro da cabeça do ouvinte e o plano horizontal, sendo o
ângulo da dimensão vertical. A origem 0º fica em frente ao ouvinte (Middlebrooks,
Green, 1991).
Ao se localizar um som, além das pistas percebidas no momento, é
necessário fazer uma comparação com modelos armazenados na memória. A
primeira condição para a localização é a habilidade aprendida nos primeiros anos de
vida: a fusão da informação vinda das duas orelhas em uma imagem acústica. Os
dados armazenados durante o processo de aprendizagem são evocados
automaticamente quando um evento sonoro ocorre. A comparação de um estímulo
percebido com modelos armazenados na memória de longo prazo depende da
familiaridade com a fonte sonora como também com as particularidades do ambiente
onde a fonte sonora está situada. Quando esta comparação não pode ser utilizada
por desconhecimento da fonte sonora ou do campo sonoro, a memória de curto
154
prazo do conhecimento da fonte sonora e das condições da sala será utilizada.
Neste caso ocorrerá a lateralização e, após algum tempo de exposição a imagem
será localizada extracranialmente. O armazenamento de longo prazo pode ser
removido gradualmente e lentamente substituído: adaptação da percepção devido a
uma mudança da distância entre as orelhas pelo crescimento, por patologias
auditivas ou decréscimo da acuidade auditiva devido à idade (Plenge, 1974).
PROCESSAMENTO TEMPORAL
Processamento temporal é o desempenho em uma atividade auditiva que requer
algum tipo de análise de tempo do estímulo apresentado. A análise de tempo é essencial para
certos processos auditivos, entre eles:
. Localização da fonte sonora requer análise de tempo de chegada do sinal acústico nas duas
orelhas;
. A percepção do pitch de sons complexos depende da análise de tempo de eventos acústicos
repetidos rapidamente;
. Percepção de seqüência de estímulos sucessivos;
. Discriminação da duração e tempo de intervalo entre estímulos (Musiek e Oxholm, 2001).
O sistema nervoso auditivo central pode ser comparado a um cronômetro sendo
possível identificar algumas formas de processamento temporal:
-
Latência das respostas neuronais
A latência das respostas neuronais do tronco encefálico varia dependendo do
tipo de estímulo auditivo e do neurônio ou grupo de neurônios analisados:
. alguns neurônios reagem rapidamente à estimulação enquanto outros têm
períodos de latência longos;
. alguns neurônios respondem apenas para início do estímulo, outros mantêm
a resposta pela duração do estímulo e outros respondem apenas para o término do
estímulo acústico.
Como no tronco encefálico, o córtex auditivo também possui neurônios que
respondem para o início, outros mantêm a resposta pela duração do estímulo e
outros respondem para o término do estímulo acústico.
155
Geralmente a velocidade de disparo dos neurônios do tronco encefálico é
mais alta que a dos neurônios corticais, tanto para sinais contínuos como para
periódicos. A velocidade com que um neurônio pode responder a estímulos
repetitivos depende de seu período refratário. O período refratário é o intervalo de
tempo entre duas descargas sucessivas de uma célula nervosa.
-
Análise de fase (phase locking)
Muitos neurônios auditivos parecem analisar a fase do estímulo e disparar apenas
quando a onda atingir certo ponto em seu ciclo: em freqüências baixas disparam em cada
ciclo, enquanto em freqüências altas disparam a cada três ou cinco ciclos. Esta relação com a
fase é essencialmente aparente em neurônios do tronco encefálico baixo (Musiek, Oxholm,
2001).
Resolução temporal é a capacidade de usar pistas temporais em uma atividade auditiva.
Entre as formas de resolução temporal podemos citar:
-
Resolução temporal monoaural
A resolução temporal pode ser avaliada através da detecção de intervalos onde os ouvintes
devem perceber breves interrupções de um som contínuo. O menor intervalo detectável é
aceito como um índice de resolução temporal: quanto menor o intervalo detectável, melhor a
resolução temporal (Wightman et al, 1989).
A resolução temporal também pode ser avaliada através da fusão auditiva, que é uma
tarefa monoaural, na qual dois estímulos breves sucessivos são percebidos como um só. Os
testes de fusão auditiva tentam detectar o menor intervalo entre dois sons breves que permite a
percepção de dois sons em vez de apenas um (Morrongiello et al, 1984). Um intervalo de 2 a
3 ms entre dois clicks é suficiente para determinar que dois estímulos estão presentes e não
um (Boothroyd, 1986; Bellis, 1996; Musiek e Oxholm, 2001).
Outra forma de resolução temporal monoaural é a ordenação temporal que é a habilidade
de julgar a ordem temporal de sons breves. Aproximadamente 20ms de intervalo,
interestímulos, é necessário para o ouvinte perceber qual dos dois sons foi o primeiro
(Boothroyd, 1986; Bellis, 1996).
A habilidade de processar informações acústicas rápidas, melhora com a idade e atinge
um nível próximo ao do adulto por volta dos oito anos e meio de idade. A dificuldade de
processar estímulos rápidos aparece em danos no hemisfério cerebral esquerdo (Tallal, 1976)
-
Resolução temporal binaural
156
A resolução temporal binaural é a capacidade de usar pistas temporais na
lateralização e localização de sons. Quando os sons são apresentados através de
fones, com diferenças variáveis de intensidade, tempo ou fase entre as orelhas, a
habilidade auditiva avaliada é a lateralização e a sensação do som toma a forma de
uma fonte sonora imaginária, localizada dentro da cabeça. Quando os sons são
apresentados em campo livre, a habilidade avaliada é a localização verificando a
localização da fonte sonora onde ela realmente está (Nordlund, 1962, 1963; Plenge,
1974). Pistas semelhantes governam tanto o comportamento de lateralização como
o de localização.
A habilidade de localização sonora é uma das primeiras a ser observada nas
crianças e a forma mais importante de obter informação sobre a localização da fonte
sonora é através das diferenças no modelo do som percebido pela orelha esquerda
e pela direita (Middlebrooks e Green, 1991). A determinação da localização
horizontal de uma fonte sonora requer um processamento temporal no qual a
principal pista acústica é o tempo relativo de chegada dos sinais nas duas orelhas.
Quando um ouvinte escuta um sinal binaural e uma pequena diferença de tempo
interaural é introduzida (tanto para a fase de um tom puro de freqüência baixa como
para o envelope de amplitude de sons complexos de freqüência alta), a percepção
resultante é uma única imagem sonora localizada no lado em que o som chega
primeiro. Esta ilusão auditiva, denominada efeito de precedência, persiste enquanto
a diferença interaural de tempo for pequena. Se a diferença interaural de tempo for
diminuída gradualmente a imagem sonora vai se dirigindo para a linha central. A
diferença interaural igual a zero, isto é, a chegada do som ao mesmo tempo nas
duas orelhas, localiza a fonte sonora na linha central. Ao contrário, se o intervalo de
atraso for aumentado gradualmente, o som atrasado começa a ser localizado
corretamente e o indivíduo ouvirá dois sons (Morrongiello et al, 1984; Phillips, 1995).
Limiar de precedência pode ser definido como o tempo de atraso interaural abaixo do qual
os ouvintes relatam ouvir, apenas, um som vindo do lado em que o som chegou primeiro e
acima do qual eles relatam ouvir dois sons, vindos um de cada lado. A característica acústica
do som influencia a diferença interaural de tempo em que os indivíduos referem ouvir dois
sons. Em adultos, o limiar de precedência para clicks situa-se entre 5 e 19ms (Wallack, 1949;
Morrongiello et al 1984); para sons da fala e música situa-se em torno de 40ms (Hass, 1951) e
para som de chocalho (som complexo com freqüências entre 50 e 7KHz) situa-se entre 19 e
27ms (Morrongiello et al, 1984).
157
A menor diferença interaural de tempo perceptível (Hawkins, Wightman, 1980; Hausler et
al, 1983; Russolo, Poli, 1985)) ou limiar de lateralização (Masterton et al, 1967; Zerlin,
Mowry, 1980), pode ser definido como o tempo de atraso interaural mínimo em que ocorre a
lateralização do som, acima do qual os ouvintes relatam ouvir apenas um som vindo do lado
em que chegou primeiro e abaixo do qual ocorre a centralização onde os ouvintes relatam
ouvir o som na linha central entre as duas orelhas. O limiar de lateralização depende do tipo
de estímulo utilizado como pode ser observado nos estudos citados abaixo:
-
Tons puros
. de 125 a 800Hz: entre 60 e 90µs (Groen, 1969);
. 300Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974);
. 500Hz: entre 28 e 68µs (Nilsson, Lidén, 1976);
. 500Hz: entre 59 e 113µs (Rosenhall, 1992);
. 1000Hz: entre 24 e 35µs (Russolo, Poli, 1985);
. 3600Hz: acima de 110µs (Henning, 1974).
-
Clicks
. entre 40 e 45µs (Wallach et al, 1949);
. entre 25 e 125µs (Zerlin, Mowry, 1980);
. entre 15 e 45µs (Sabery, Perrot, 1990).
-
Tons modulados
. 3900Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974).
-
Ruído de Banda Estreita
. Grave (450-550Hz): entre 23 e 33µs (Hawkins, Wightman, 1980);
. Agudo (3750-4250Hz): entre 130 e 182µs (Hawkins, Wightman, 1980).
-
Ruído de Banda Larga
. 0,25 - 10000Hz: 40µs (Hausler et al, 1983).
NEUROFISIOLOGIA DA LOCALIZAÇÃO SONORA
158
As pesquisas sobre a neurofisiologia da localização sonora foram realizadas
com animais e a maior parte dos conhecimentos sobre o mecanismo fisiológico da
localização sonora vieram de estudos em gatos. A acuidade desta espécie, tanto
para localização como para lateralização mostra similaridades qualitativas e
quantitativas com seres humanos (Phillips, Brugge, 1985)
A separação física das orelhas ocasiona uma diferença interaural de tempo ao estímulo
que chega à membrana timpânica, vindo de uma fonte sonora localizada em algum ponto não
eqüidistante das duas orelhas. Essa diferença pode ser dividida em diferença interaural de
tempo de chegada do estímulo, que é uma pista breve de localização, e diferença interaural de
fase, que é uma pista contínua de localização. Estas duas formas de regulagem do atraso são
correlacionadas, pois o atraso no tempo de chegada determina a diferença interaural de fase.
Diferenças interaurais de tempo de chegada estão presentes em todas as freqüências tonais e
diferenças interaurais de fase, embora fisicamente presentes, são ambíguas em freqüências
altas, cujo tamanho de onda é menor que o diâmetro da cabeça e o tempo de atraso interaural
é maior que o período de um ciclo. O sistema nervoso central não tem o poder de resolução
temporal necessário para discriminar diferenças interaurais de fase, geradas por estímulos de
freqüência alta, podendo, entretanto, detecta diferenças de tempo de chegada em sinais de
freqüência alta se estes também tiverem elementos de freqüência baixa, que podem ser
encontrados na configuração do envelope de onda do estímulo ou nos componentes de baixa
freqüência de um som complexo, mesmo que este contenha predominantemente informação
de freqüência alta. Diferenças interaurais de intensidade são geradas pela sombra acústica da
cabeça e são significativas apenas para freqüências cujo tamanho de onda é menor que o
diâmetro da cabeça, isto é, para freqüências altas (Phillips, Brugge, 1985).
O sistema nervoso auditivo central apresenta processamento seqüencial e
paralelo. O processamento seqüencial é a organização hierárquica do sistema
auditivo: a informação é transferida de um centro para outro de maneira progressiva,
indo de núcleos no tronco encefálico baixo para estruturas no córtex e, enquanto a
informação progride de um centro auditivo para o próximo, as diferentes estruturas
ao longo do caminho influenciam os impulsos, ação que altera ou preserva o modelo
da informação de forma a torná-la útil para mais centros. O processamento é
paralelo, pois possui, no mínimo, dois canais separados para a informação (Musiek ,
Oxholm, 2001).
159
De acordo com a teoria da localização, existe uma relação espacial entre a
localização da célula sensorial na cóclea e a freqüência à qual o receptor é mais
sensível. A partir da base da cóclea até o seu ápice, a freqüência que mais excita
uma célula sensorial muda de alta para baixa. Esta diferença quanto à sensibilidade
da célula sensorial ao longo da cóclea é a base da organização tonotópica do
sistema auditivo. A organização topográfica das representações centrais está
determinada pela organização espacial da área receptora periférica sendo que a
maioria dos componentes do sistema auditivo está organizado tonotopicamente. Há
poucas conexões entre neurônios que não são sensíveis à mesma freqüência:
quando se origina de um neurônio sensível a sons de 3KHz, uma fibra vai terminar
na lâmina de 3KHz. Assim também, cada uma das células binaurais (células que
recebem estímulos de ambas as orelhas) recebem estímulos de neurônios que
respondem à mesma freqüência. Os núcleos cocleares, o núcleo central do colículo
inferior e o núcleo geniculado medial ventral têm lâminas de isofreqüências bem
definidas. Todos os neurônios em uma dessas lâminas respondem a estímulos
auditivos de uma freqüência exclusiva ou preferencial. A organização laminar em
outros núcleos do sistema auditivo não é tão típica, mas também existe. Ao chegar
ao córtex auditivo primário, a organização tonotópica da via auditiva passa de
lâminas de isofreqüências à de faixas de isofreqüências (Burt, 1995; Martin, 1998).
Ainda, levando em conta a teoria da localização, os picos do espectro de um
som de fala (formantes) resultam em respostas das fibras do nervo auditivo em
lugares
ao
longo da
membrana
basilar,
onde freqüências
características
correspondem aos picos do estímulo. As fibras do nervo auditivo têm a propriedade
de apresentar disparo associado à fase do estímulo (phase locking), mostrando uma
resposta temporal. A resposta também é espacial porque apenas as fibras com
afinação próxima à freqüência do estímulo disparam. Esta representação têmporoespacial mostra um espectro com um envelope que possui picos nas formantes
(Sachs, 1984).
As células sensoriais são inervadas pelos prolongamentos distais de
neurônios bipolares sensitivos primários, localizados no gânglio espiral. Os
prolongamentos centrais dos neurônios bipolares formam a divisão coclear do nervo
vestibulococlear (VIII nervo craniano) que passa para a cavidade craniana, pelo
meato acústico interno e projeta-se aos núcleos cocleares ipsilaterais, que estão
160
localizados na porção rostral do bulbo. Os núcleos cocleares possuem três divisões
anatômicas: dorsal, anteroventral e posteroventral (Young, Young, 1988; Martin,
1998; Machado, 2000). As fibras do nervo auditivo entram na junção dos núcleos
cocleares anteroventral e posteroventral onde cada fibra manda ramos para os três
núcleos. O núcleo coclear é composto por vários tipos de células nervosas que
podem modificar de maneira característica os impulsos nervosos que aí chegam. A
correspondência entre o tipo de célula e o modelo de resposta sugere uma relação
significante entre anatomia e fisiologia das células deste núcleo. Alguns neurônios
respondem apenas para início do estímulo, outros mantêm a resposta pela duração
do estímulo e outros respondem apenas para o
Histogramas
pós
estimulatórios
no
núcleo
término do estímulo acústico.
coclear
indicam
o
complexo
processamento de informação neste núcleo, como a precisa marcação de tempo
necessária para a distinção das diferenças de tempo interaural (Musiek, Oxholm,
2001). Os neurônios de projeção ascendente em cada uma dessas divisões
possuem conexões específicas com o restante do sistema auditivo e dão origem às
vias auditivas paralelas que devem servir para diferentes aspectos da audição
(Martin, 1998). As fibras do nervo auditivo que entram no núcleo coclear, preservam
a organização de freqüências da cóclea e as três porções do núcleo coclear contêm
esta organização tonotópica. Três tratos neurais saem do núcleo coclear para o
complexo olivar superior e para níveis mais altos do sistema nervoso auditivo
central: a estria acústica dorsal sai do núcleo coclear dorsal e continua
contralateralmente para o complexo olivar superior, leminisco lateral e colículo
inferior; a estria acústica intermediária se origina no núcleo coclear posteroventral e
se comunica com o núcleo ventral do leminisco contralateral e com o núcleo central
do colículo inferior contralateral; a estria acústica ventral sai do núcleo coclear
anteroventral, decussa no corpo trapezóide e se estende ao complexo olivar superior
contralateral, leminisco lateral e outros grupos nucleares. Além desses três tratos,
outras fibras projetam-se ipsilateralmente de cada divisão do núcleo coclear:
algumas dessas fibras fazem sinapse no complexo olivar superior e núcleo do
leminisco lateral, outras fazem sinapse apenas no colículo inferior. O caminho
contralateral tem um número maior de fibras, mas muitos tratos projetam-se tanto
contralateralmente como ipsilateralmente ao núcleo coclear (Musiek, Oxholm, 2001).
As projeções auditivas que se originam no núcleo coclear anteroventral são
importantes na localização dos sons. Este núcleo envia projeções bilaterais ao
161
complexo olivar superior, uma reunião de núcleos na porção caudal da ponte. O
complexo olivar superior contém três componentes importantes: os núcleos olivares
medial e lateral e o núcleo do corpo trapezóide. Projeções para o complexo olivar
superior derivam do núcleo coclear anteroventral e terminam na oliva superior medial
bilateralmente, na oliva superior lateral ipsilateral e no núcleo medial do corpo
trapezóide contralateral (Klinke, 1980; Young, Young, 1988; Moore, 1991; Martin,
1998). A organização tonotópica parece estar preservada em todos os núcleos deste
complexo: o núcleo olivar superior medial tem uma representação primária de
freqüências baixas enquanto o lateral responde a uma faixa larga de freqüências,
sendo as baixas representadas lateralmente e as altas medialmente; o núcleo do
corpo trapezóide também tem uma organização tonotópica com as freqüências
baixas, representadas lateralmente e as altas medialmente. O complexo olivar
superior é uma estação complexa na via auditiva, pois é o primeiro lugar onde
estímulos ipsi e contralaterais dão ao sistema uma fundamentação anatômica da
audição binaural. A localização sonora é determinada, principalmente, pela variação
no tempo e intensidade interaural que chega ao complexo olivar superior (Musiek,
Oxholm, 2001). Os neurônios dos núcleos medial e lateral do complexo olivar
superior são binaurais, isto é, recebem estímulos de ambas as orelhas. Do ponto de
vista funcional, a convergência de informações auditivas de isofreqüências binaurais
em neurônios individuais desses núcleos possibilita a localização dos sons no
espaço auditivo (Burt, 1995).
Os neurônios do núcleo olivar superior medial são sensíveis a diferenças de
fase interaural e respondem a tons de freqüência baixa. Estes neurônios binaurais
têm dois dendritos proeminentes: um orientado medialmente, recebendo aferentes
da orelha contralateral; o outro orientado lateralmente, recebendo aferentes da
orelha ipsilateral (Burt, 1995; Guyton, Hall, 1997; Berne, Levy, 2000). São do tipo
“EE”, isto é, recebem estímulos excitatórios bilaterais e os padrões de disparo destes
neurônios são ditados pelas diferenças interaurais de tempo. As respostas das
células de atraso “EE” são facilitadoras do lado contralateral ao da fonte sonora e
supressoras do lado ipsilateral (Masterton, Imig, 1984; Moore, 1991; Burt, 1995;
Joris, 1996).
A sensibilidade neural para diferenças de fase de um estímulo tonal requer
que cada aferência monoaural para o neurônio binaural preserve a informação
temporal do estímulo. Para freqüências baixas, a periodicidade da forma da onda é
162
codificada por associação da resposta neural a um ponto particular no período de
cada ciclo do estímulo. A comparação das duas aferências dá ao neurônio binaural a
informação sobre o atraso interaural de fase. A análise da disparidade acontece ciclo
por ciclo do estímulo, isto é, é uma análise contínua (Phillips, Brugge, 1985).
As células EE do núcleo olivar superior medial são chamadas de neurônios
de atraso característico, pois a intensidade de excitação de cada neurônio é
altamente sensível a um retardo de tempo específico ou a uma faixa restrita de
diferenças interaurais de tempo (Roth et al, 1980). Os neurônios próximos a um lado
do núcleo respondem de modo máximo a um retardo de tempo curto, enquanto
aqueles próximos ao lado oposto respondem a um retardo de tempo longo e, os que
ficam entre ambos, a retardos de tempo intermediários. Assim, desenvolve-se um
padrão espacial de estimulação neuronal no núcleo olivar superior medial (Guyton,
Hall, 1998). A maioria das fibras que saem do núcleo olivar superior medial sobem
pelo leminisco lateral ipsilateral, terminando no núcleo dorsal do leminisco lateral
ipsilateral e na parte dorsolateral (freqüências baixas) do núcleo central do colículo
inferior ipsilateral (Masterton, Imig, 1984).
Para tons de freqüência alta, a chegada às duas orelhas resulta numa
diferença interaural de intensidade. Os neurônios localizados no núcleo olivar
superior lateral são sensíveis a diferenças de intensidade interaural e ajustados para
estímulos de alta freqüência. A sensibilidade frente a diferenças de intensidade
interaural é tida como sendo determinada pela entrada de sinais excitatórios
monossinápticos oriundos do núcleo coclear anteroventral ipsilateral e por uma
conexão inibitória bissináptica oriunda do núcleo coclear anteroventral contralateral,
passando pelo núcleo do corpo trapezóide (Martin, 1998). Em outras palavras, os
neurônios do complexo olivar superior lateral são do tipo “IE”, isto é, recebem
estímulos inibitórios contralaterais e estímulos excitatórios ipsilaterais. A excitação
produzida por estimulação unilateral em neurônios “IE” pode ser suprimida pela
estimulação simultânea da outra orelha. A extensão da diferença interaural de
intensidade sobre a qual esta supressão é parcial tem sido interpretada como a
extensão da sensitividade desses neurônios para diferença interaural de
intensidade. Entretanto dificuldade de fazer esta generalização foi enfatizada pelo
achado na oliva superior lateral de neurônios IE sensíveis a diferenças interaurais de
intensidade, mas também sensíveis a diferenças interaurais de tempo dos envelopes
de alta freqüência de sons de amplitude modulada (Moore, 1991).
163
A visão clássica de que sons de freqüência alta são localizados usando
apenas pistas de diferenças interaurais de intensidade, vale apenas para tons puros.
A lateralização de sons complexos de alta freqüência é baseada em pistas de
diferença interaural de tempo do envelope do estímulo. Esta sensibilidade a
diferenças interaurais de tempo da modulação da forma de onda na célula de
convergência requer aferências que são associadas à modulação do envelope, um
mecanismo análogo ao da discriminação de diferenças interaurais de fase para tons
de freqüência baixa, porém as pesquisas sobre a sensibilidade para diferenças
interaurais de tempo não sugerem uma comparação ciclo por ciclo do estímulo como
acontece nas diferenças de fase. A função relacionando diferenças interaurais de
tempo de chegada do estímulo é uma pista breve que apresenta respostas maiores
quando o tempo de chegada do estímulo contralateral precede o ipsilateral,
sugerindo que a orelha contralateral dá a aferência excitatória enquanto a ipsilateral
dá a inibitória. As respostas são mínimas quando o envelope de ambas as orelhas
estão em fase. O tempo relativo de chegada da excitação e inibição no neurônio
bilateral reflete o tempo relativo de chegada do estímulo nas duas membranas
timpânicas e depois dita as descargas do neurônio (Phillips, Brugge, 1985; Joris, Yin,
1995).
As células do núcleo olivar superior lateral também fazem a análise das
diferenças binaurais de espectro do estímulo sonoro que chega das duas orelhas:
cada núcleo olivar superior lateral subtrai o espectro sonoro da orelha contralateral
do espectro da orelha ipsilateral. A diferença de espectro, devido ao efeito de
difração do som ao redor da cabeça, é uma das pistas mais importantes para a
localização sonora. Para a distribuição da análise das diferenças interaurais de
espectro para níveis mais altos do sistema, cada núcleo olivar superior lateral projeta
fibras para o núcleo dorsal do leminisco lateral e para o núcleo central do colículo
inferior dos dois lados do tronco cerebral. Estudos mostraram que as células de
projeção ipsilateral estão concentradas lateralmente enquanto as de projeção
contralateral estão concentradas medialmente. Desde que o núcleo olivar superior
lateral é organizado tonotopicamente com freqüências baixas representadas
lateralmente e altas representadas medialmente, a análise das freqüências altas do
espectro é projetada para o lado contralateral, enquanto a análise das freqüências
baixas do espectro é projetada para o lado ipsilateral. Sabendo-se que a diferença
interaural de espectro de fontes sonoras é fisicamente maior em freqüências agudas
164
do que em graves, o arranjo das projeções do núcleo olivar superior lateral sugere
que a parte da análise mais útil para a localização sonora (freqüências altas) é
dirigido para o tronco cerebral contralateral, enquanto a parte menos útil (freqüências
baixas) mantém-se no lado ipsilateral.
Resumindo: a pista de diferença interaural de espectro é codificada pelas
células do núcleo olivar superior lateral e a parte mais útil desta análise (freqüências
altas) é projetada para o tronco encefálico do lado contralateral à fonte sonora,
enquanto a pista de diferença interaural de fase é codificada pela ativação das
células do núcleo olivar superior medial contralateral à fonte sonora, e então
projetada para o tronco encefálico homolateral (Masterton, Imig, 1984).
Esta orientação espacial dos sinais é então transmitida por todo trajeto até o
córtex auditivo, onde a localização do som é determinada pelo sítio no córtex que é
maximamente estimulado. As informações específicas dos sinais sensoriais são
dissecadas à medida que os sinais atravessam diferentes níveis de atividade
neuronal. Neste caso a “qualidade” da direção do som é separada das outras
qualidades do som (Guyton, Hall, 1998).
Os neurônios localizados no complexo olivar superior projetam-se em direção
ao colículo inferior que está localizado no teto mesencefálico, através de uma via
ascendente chamada de leminisco lateral. O leminisco lateral é um feixe de axônios
e praticamente todas as suas fibras terminam no colículo inferior. No leminisco
lateral existe dois grupos de células principais: o núcleo ventral e o dorsal,
localizados na porção superior da ponte. A aferência para os núcleos do leminisco
lateral vem do núcleo coclear dorsal contralateral, do núcleo coclear ventral de
ambos os lados e do complexo olivar superior ipsi e contralateralmente. Fibras do
leminisco lateral podem cruzar de um lado para outro através da comissura de
Probst que conecta o núcleo dorsal dos dois lados do tronco cerebral. Existe
organização tonotópica nos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e a
resolução temporal é menor se comparada com os núcleos mais caudais (Martin,
1998; Musiek, Oxholm, 2001).
O colículo inferior é uma estação obrigatória da via auditiva que se localiza no
mesencéfalo e possui duas partes: o núcleo central que é composto só de fibras
auditivas, e o núcleo pericentral ou cinto, que envolve o núcleo central e é composto
por fibras somatossensoriais e auditivas. Recebe aferência direta dos núcleos
165
cocleares dorsal e posteroventral contralateral, dos núcleos lateral e medial do
complexo olivar superior, dos núcleos dorsal e ventral do leminisco lateral e do
colículo inferior contralateral. A função desses núcleos é processar sons para a
percepção auditiva e reflexos de ajuste, tais como as respostas devido a um susto
de origem acústica. O colículo superior, geralmente associado com o sistema visual,
também recebe aferência do sistema auditivo, que é usada nos reflexos envolvendo
a posição da cabeça e dos olhos. O núcleo central possui organização tonotópica
evidenciada pela estrutura laminada: os neurônios presentes em cada uma das
lâminas possuem sensibilidade máxima a freqüências de tons similares, com
freqüências altas posicionadas ventralmente e baixas dorsalmente. As curvas de
afinação sugerem alto grau de resolução de freqüência. Possui neurônios sensíveis
a estimulação binaural indicando função na localização sonora. A resolução
temporal neste núcleo é menos eficiente que nas estruturas mais caudais do tronco
encefálico. O colículo inferior projeta-se para o tálamo através de um trato
denominado braço do colículo inferior que se dirige ao núcleo geniculado medial.
O núcleo geniculado medial é o núcleo talâmico para a retransmissão auditiva
sendo composto por muitas subdivisões. O núcleo principal de retransmissão da
audição é a divisão ventral que possui organização tonotópica, com freqüências
baixas representadas lateralmente e altas medialmente. As curvas de afinação
sugerem boa resolução de freqüência. A resolução temporal é melhor na divisão
ventral, sendo similar à do colículo inferior e muito pior que a do núcleo coclear.
Possui muitos neurônios sensíveis à estimulação binaural sugerindo função na
localização sonora. Possui estrutura laminar e recebe a maioria das projeções
auditivas ascendentes do núcleo central do colículo inferior (Martin, 1998; Musiek,
Oxholm, 2001).
As projeções auditivas talamocorticais são denominadas radiações auditivas.
Uma dessas vias é a projeção tonotopicamente organizada que vai da divisão
ventral do corpo geniculado medial para o córtex auditivo primário (área 41)
localizado no giro de Heschl. Ao chegar ao córtex auditivo primário a organização
tonotópica da via auditiva passa de lâminas de isofreqüências à de faixas de
isofreqüências, com representação de freqüências baixas na parte lateral e de
freqüências altas na parte medial (Musiek, Oxholm, 2001). Uma suborganização de
colunas se superpõem ao sistema de faixas de isofreqüências, colunas de somação
166
e de supressão. Nas colunas de somação, as respostas binaurais são maiores que
as respostas monoaurais, enquanto nas colunas de supressão, a resposta
monoaural domina (Burt, 1995).
Um determinado tom produz movimentação de um ponto discreto localizado
na membrana basilar e, através da via auditiva ascendente ativa uma faixa de
neurônios no córtex auditivo primário. A representação cortical de outras
características do som parece estar superposta à organização tonotópica do córtex
auditivo primário. Por exemplo: uma qualidade importante na localização sonora de
sons de freqüência alta é a diferença interaural de intensidade – dentro da
representação de sons de freqüência alta, no córtex auditivo primário, estão as
colunas binaurais nas quais os neurônios são sensíveis a diferenças interaurais de
intensidade similares (Martin, 1998). Estudos comportamentais em animais com
lesão do cérebro têm mostrado que o córtex auditivo primário é necessário para a
localização de sons, enquanto, estudos fisiológicos têm mostrado a presença de
neurônios sensíveis a diferenças de tempo e intensidade interaurais (Moore, 1991).
O input monoaural para a comparação binaural tem respostas de tempo
excitatórias e inibitórias precisas e o tempo relativo desses inputs (a extensão da
coincidência temporal) determina o disparo dos neurônios que executam a
comparação binaural. As respostas neuronais maiores para disparidade de tempo
favorecem a orelha contralateral, isto significa que cada lado do cérebro contém a
representação de disparidade de tempo correspondente à linha média ou ao lado
contralateral. Então cada lado do cérebro é independentemente capaz de localizar
sons no hemicampo auditivo contralateral. Isto não significa dominância de
representação da orelha contralateral, mas a contralateralidade da representação
espacial que emerge da computação binaural (Phillips, 1995).
167
RESULTADOS OBTIDOS NO TESTE DE LATERALIZAÇÃO TEMPORAL
Para facilitar os comentários sobre os resultados obtidos no Teste de Lateralização
Temporal manterei a mesma divisão que foi utilizada na apresentação dos resultados.
Parte A: Estimativa do tempo de atraso que produz 90% de lateralizações para a orelha que
iniciou o teste ( t̂ 90 ), nas diferentes situações em que o teste foi aplicado:
Em todas as situações de aplicação do teste, a maioria das diferenças interaurais de tempo
ou tempos de atraso interaural utilizados no Teste de Lateralização Temporal, montado para
este estudo, ocasionou lateralização para o lado que iniciou o teste, isto é, para o lado em que
o estímulo chegou primeiro. As centralizações, isto é, a localização do som na parte central da
cabeça, ocorreram nos tempos de atraso interaural menores diminuindo com o aumento do
tempo de atraso interaural. A lateralização para a orelha em que o som chegou atrasado foi
ocasional ocorrendo, na maioria das vezes, aleatoriamente, entre respostas de lateralização
para a orelha em que o som chegou primeiro, indicando provavelmente distração do ouvinte
(tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16).
O número de indivíduos que lateralizaram o estímulo para o lado em que o som
chegou primeiro, aumentou progressivamente com o aumento do tempo de atraso interaural o
que pode ser observado na parte ascendente das curvas de todos os gráficos. A partir de t̂ 90 ,
ocorreu uma estabilização das respostas que pode ser observada pela horizontalização das
curvas, indicando que pelo menos 90% dos indivíduos tem habilidade de lateralização do
estímulo para o lado em que o som chegou primeiro (figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13,
14, 15, 16, 17 e 18). Isto sugere que a capacidade de resolução temporal binaural é diferente
168
entre os indivíduos e parece que quanto menor o tempo de atraso interaural mínimo em que
ocorre a lateralização, melhor a resolução temporal binaural.
Para facilitar a compreensão do t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado,
os resultados obtidos no estudo estatístico (tabelas 1 a 16) foram resumidamente confrontados
nas tabelas 18 e 19.
Tabela 18 - t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi realizado segundo a orelha em
que o estímulo chegou primeiro e os grupo 1 A e 1D.
OE
OD
A20A
A20D
A40A
A40D
SAN
SDN
SAA
SDA
Grupo
1D
171,35
246,36
138,14
221,53
145,67
254,67
140,03
229,11
Grupo
1A
178,48
263,13
130.63
217,47
152,40
224,47
175,82
237,06
Grupo
1D
192,43
292,25
187,80
284,79
126,90
246,54
131,52
234,67
Grupo
1A
236,18
325,38
189,14
272,92
165,13
263,64
170,76
270,46
OE = Orelha esquerda
OD = Orelha direita
Grupo 1D: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica descendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
Grupo 1 A: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
A20A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação
Ascendente do tempo de atraso interaural.
A20D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação
Descendente do tempo de atraso interaural.
A40A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação
Ascendente do tempo de atraso interaural.
A40D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação
Descendente do tempo de atraso interaural.
SAN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta.
SDN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta.
SAA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta.
SDA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta.
169
O estudo estatístico mostrou que quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado
com audiômetro em intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A20AD
e A20AA), o t̂ 90 foi de 171,35µs para o grupo 1D e de 178,48µs para o grupo 1A na orelha
esquerda e de 192,43µs para o grupo 1D e 235,18µs para o grupo 1A na orelha direita,
indicando lateralização para a orelha em que o estímulo chegou primeiro em um tempo de
atraso interaural menor para os indivíduos que já tinham realizado o teste na forma
descendente, o que pode significar melhora do desempenho com o treino. Tanto para o grupo
1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta a nomeação do local de sensação do estímulo (A20DD e A20DA), o estudo
estatístico mostrou um t̂ 90 de 246,36µs no grupo 1D e de 263,13µs no grupo 1A para a
orelha esquerda e de 292,25µs no grupo 1D e de 325,38µs no grupo 1A para a orelha direita.
Observei nesta forma de aplicação do teste que os indivíduos que já tinham feito o teste na
forma ascendente, mostraram um tempo de atraso interaural maior do que os que realizaram o
teste pela primeira vez, indicando que o treino não melhorou o desempenho. Tanto para o
grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40AD e A40AA), o estudo
estatístico mostrou um t̂ 90 de 138,14µs para o grupo 1D e de 130,63µs para o grupo 1A na
orelha esquerda e de 187,80µs para o grupo 1D e de 189,14µs para o grupo 1A na orelha
direita. Os resultados dos grupos 1D e 1A foram semelhantes, indicando que o treino não
melhorou o desempenho no teste. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi
maior na orelha direita que na esquerda.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40DD e A40DA), o estudo
estatístico mostrou um t̂ 90 de 221,53µs no grupo 1D e de 217,47µs no grupo 1A para a
orelha esquerda e de 284,79µs no grupo 1D e de 272,92µs no grupo 1A para a orelha direita.
Nesta forma de aplicação do teste, os indivíduos que já tinham feito o teste na forma
170
ascendente, mostraram um t̂ 90 menor do que os que realizaram o teste pela primeira vez,
indicando que o treino melhorou o desempenho. Tanto para o grupo 1D como para o grupo
1A, o t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SAND
e SANA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 145,67µs para o grupo 1D e de 152,40µs
para o grupo 1A na orelha esquerda e de 126,90µs para o grupo 1D e de 165,13µs para o
grupo 1A na orelha direita, indicando um t̂ 90 menor para os indivíduos que já tinham feito o
teste na forma descendente, o que pode significar melhora do desempenho com o treino. O
t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda no grupo 1 A e menor na orelha direita que na
esquerda no grupo 1D.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de
atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo
(SDND e SDNA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 254,67µs no grupo 1D e de
224,47µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 246,54µs no grupo 1D e de 263,64µs no
grupo 1A para a orelha direita. Observei nesta forma de aplicação do teste que os indivíduos
que já tinham feito o teste na forma ascendente, mostraram um t̂ 90 menor do que os que
realizaram o teste pela primeira vez na OE, ocorrendo o contrário na OD , parecendo não
existir relação entre o valor ser maior ou menor e ser a 1º ou 2º vez em que o indivíduo realiza
o teste. O t̂ 90 foi maior na orelha direita que na esquerda no grupo 1 A e menor na orelha
direita que na esquerda no grupo 1D.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a indicação do local de sensação do estímulo
apontando (SAAD e SAAA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 140,03µs para o grupo
1D e de 175,82µs para o grupo 1A na orelha esquerda e de 131,52µs para o grupo 1D e de
170,76µs para o grupo 1A na orelha direita, indicando um t̂ 90 menor para os indivíduos que
já tinham feito o teste na forma descendente, o que pode significar melhora do desempenho
171
com o treino. Ao contrário das outras situações de aplicação do teste, tanto para o grupo 1D
como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na orelha esquerda que na direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de
atraso interaural e solicitando, como resposta a indicação do local de sensação do estímulo
apontando (SDAD e SDAA), o estudo estatístico mostrou um t̂ 90 de 229,11µs no grupo 1D e
de 237,06µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 234,67µs no grupo 1D e de 270,46µs no
grupo 1A para a orelha direita. Observei, nesta forma de aplicação do teste, que os indivíduos
que já tinham feito o teste na forma ascendente, mostraram um tempo de atraso interaural
maior do que os que realizaram o teste pela primeira vez, indicando que o treino não
melhorou o desempenho. Tanto para o grupo 1D como para o grupo 1A, o t̂ 90 foi maior na
orelha direita que na esquerda.
Resumidamente observei que:
- Comparando os resultados de t̂ 90 encontrados nos grupos 1D e 1A verifiquei que a ordem
de realização do teste não pareceu influenciar os resultados pois, algumas vezes é o primeiro e
outras vezes é o segundo teste que mostra limiares de lateralização menores.
- O t̂ 90 nas várias situações de aplicação do teste ficou entre 126,90µs e 325,28µs, sendo
maior na orelha direita que na esquerda, com exceção das formas de realização do teste
SAND, SDND, SAAD e SAAA em que o t̂ 90 da OD foi menor que o da OE. O t̂ 90 também
foi maior na técnica descendente do que na ascendente.
Sendo assim, verifiquei que o t̂ 90 nas formas ascendentes de realização do teste ficou
entre 130,63µs e 178,48µs na orelha esquerda e entre 126,90µs e 236,18µs na orelha direita.
Calculando a média do t̂ 90 na técnica ascendente encontrei 175,0µs na orelha direita e
154,0µs na orelha esquerda. Nas formas descendentes de realização do teste o t̂ 90 ficou entre
217,47µs e 263,13µs na orelha esquerda e 234,67µs e 325,38µs na orelha direita. Calculando
a média do t̂ 90 na técnica descendente encontrei 273,8µs na orelha direita e 236,7µs na
orelha esquerda.
172
Tabela 19 – Intervalo de confiança de t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi
realizado segundo a orelha em que o estímulo chegou primeiro e os grupos 1A e 1D.
A20A
A20D
Grupo
1D
121,80
–
231,54
189,62
167,99
96,62 –
–
–
188,78
311,71
284,46
103,99
–
196,05
199,54
176,13
98,81 –
–
–
190,19
317,61
290,88
Grupo
1A
131,92
–
233,72
206,01
163,51
90,29 –
–
–
180,22
328,39
280,98
109,65
–
203,88
170,50
–
287,92
Grupo
1D
144,08
–
249,31
224,15
–
372,28
139,17
–
245,42
222,77
185,85
181,34
86,02 –
89,26 –
–
–
–
177,67
183,99
356,19
317,24
295,63
Grupo
1A
179,34
–
303,08
254,16
–
408,24
138,60
–
249,98
210,35
–
345,66
OE
OD
A40A
A40D
SAN
120,68
–
218,29
SDN
204,51
–
331,74
SAA
123,31
–
239,79
122,93
–
228,40
SDA
178,10
–
307,13
207,41
–
343,85
OE = Orelha esquerda
OD = Orelha direita
Grupo 1D: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica descendente de apresentação dos tempos de atraso
interaural.
Grupo 1 A: indivíduos que iniciaram o teste sempre pela técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural.
A20A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação
Ascendente do tempo de atraso interaural.
A20D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 20dBNS, nomear como resposta e apresentação
Descendente do tempo de atraso interaural.
A40A = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação
Ascendente do tempo de atraso interaural.
A40D = Teste realizado utilizando-se o Audiômetro em intensidade de 40dBNS, nomear como resposta e apresentação
Descendente do tempo de atraso interaural.
SAN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta.
SDN = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Nomeação como resposta.
SAA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Ascendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta.
SDA = Teste realizado utilizando-se apenas o CD compact player (Sem o audiômetro) em intensidade de 40dBNS,
apresentação Descendente do tempo de atraso interaural e Apontar como resposta.
173
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A20AD e A20AA), o intervalo de
confiança para t̂ 90 na orelha esquerda foi de 121,80 – 231,54µs no grupo 1D e de 131,92 –
233,72µs no grupo 1A, enquanto na orelha direita foi de 144,08 – 249,31µs no grupo 1D e de
179,34 – 303,08µs no grupo 1A.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta a nomeação do local de sensação do estímulo (A20DD e A20DA), o intervalo de
confiança para t̂ 90 foi de 189,62 – 311,71µs no grupo 1D e de 206,01 – 328,39µs no grupo
1A para a orelha esquerda e de 224,15 – 372,28µs no grupo 1D e de 254,16 – 408,24µs no
grupo 1A para a orelha direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40AD e A40AA), o intervalo de
confiança para t̂ 90 foi de 96,62 – 188,78µs no grupo 1D e de 90,29 – 180,22µs no grupo 1A
para a orelha esquerda e de 139,17 – 245,42µs no grupo 1D e de 138,60 – 249,98µs no grupo
1A para a orelha direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado com audiômetro em intensidade
de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e solicitando, como
resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (A40DD e A40DA), o intervalo de
confiança para t̂ 90 foi de 167,99 – 284,46µs no grupo 1D e de 163,51 – 280,98µs no grupo
1A para a orelha esquerda e de 222,77 – 356,19µs no grupo 1D e de 210,35 – 345,66µs no
grupo 1A para a orelha direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo (SAND
e SANA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 103,99 – 196,05µs no grupo 1D e de
109,65 – 203,88µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 86,02 – 177,67µs no grupo 1D e
de 120,68 – 218,29µs no grupo 1A para a orelha direita.
174
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de
atraso interaural e solicitando, como resposta, a nomeação do local de sensação do estímulo
(SDND e SDNA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 199,54 – 317,61µs no grupo 1D e
de 170,50 – 287,92µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 185,85 – 317,24µs no grupo
1D e de 204,51 – 331,74µs no grupo 1A para a orelha direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e solicitando, como resposta, a indicação do local de sensação do estímulo
apontando (SAAD e SAAA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 98,81 – 190,19µs no
grupo 1D) e de 123,31 – 239,79µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 89,26 – 183,99µs
no grupo 1D e de 122,93 – 228,40µs no grupo 1A para a orelha direita.
Quando o Teste de Lateralização Temporal foi realizado utilizando-se apenas o CD
compact player em intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de
atraso interaural e solicitando, como resposta a indicação do local de sensação do estímulo
apontando (SDAD e SDAA), o intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 176,13 – 290,88µs no
grupo 1D e de 178,10 – 307,13µs no grupo 1A para a orelha esquerda e de 181,34 – 295,63µs
no grupo 1D e de 207,41 – 343,85µs no grupo 1A para a orelha direita.
Resumidamente observei que o menor valor dos intervalos de confiança foi de 86,02µs
e o maior foi de 408,24µs. Os intervalos de confiança tiveram valores mais elevados para as
formas descendentes que para as ascendentes e para a orelha direita quando comparada com a
orelha esquerda. Os intervalos de confiança dos grupos 1D e 1 A mostraram resultados
semelhantes à observação.
Sendo assim, verifiquei que para as formas ascendentes de aplicação do teste o
intervalo de confiança para t̂ 90 foi de 90,29µs – 239,79µs na orelha esquerda e de 86,02µs –
303,08µs na orelha direita. Nas formas descendentes de aplicação do teste o intervalo de
confiança foi de 163,51µs – 328,39µs na orelha esquerda e de 181,34µs – 408,24µs na orelha
direita.
Parte B: Comparação dos t̂ 90 nas diferentes situações em que o teste foi aplicado.
175
Nesta parte vou tecer comentários comparando os t̂ 90 das diferentes
situações em que o teste foi realizado, isto é, os t̂ 90 correspondentes aos diferentes
tratamentos.
Para efeito de comparação, os tratamentos foram, inicialmente, divididos em dois
grandes grupos:
-
O primeiro grupo (Grupo 1) foi formado por todos os tratamentos nos quais foram
utilizados o audiômetro e a cabina acústica com o objetivo de verificar a existência de
diferenças quanto à intensidade utilizada e quanto às técnicas ascendente e
descendente de apresentação das diferenças de tempo interaural.
-
O segundo grupo (Grupo 2) foi formado pelos tratamentos no qual foi adotada a
intensidade de 40dBNS, com e sem audiômetro, com o objetivo de verificar a
existência de diferenças quanto ao ambiente e equipamento utilizado, quanto ao tipo
de resposta solicitada e novamente quanto às técnicas ascendente e descendente de
apresentação das diferenças de tempo interaural.
Assim, os tratamentos com audiômetro e intensidade de 40dBNS aparecem nos dois
grupos.
O estudo estatístico utilizou técnicas de análise de agrupamentos para formar grupos
homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas, tanto no Grupo 1 como no Grupo 2.
O Grupo 1 (grupo constituído pelos tratamentos onde foram utilizados o audiômetro e
a cabina acústica) foi divido em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas duas orelhas: um
formado pelos tratamentos A20AD, A20AA, A40AD e A40AA, e outro pelos tratamentos
A20DD, A20DA, A40DD e A40DA (figura 19).
As formas iguais de aplicação do teste em que a única diferença é a ordem de
aplicação, isto é, a técnica ascedente de apresentação das diferenças interaurais de tempo, ter
sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, encontram-se sempre no mesmo grupo
homogêneo sugerindo que a ordem de aplicação dos testes não mostrou diferenças
significantes (figura 19). O tratamento especificado como A20AA em que a aplicação do teste
utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação ascendente do tempo de
atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A (grupo que sempre realizou
o teste primeiro na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural),
encontra-se no mesmo grupo homogêneo que o tratamento especificado como A20AD que
utilizando a mesma forma de aplicação citada acima foi aplicado no grupo 1D (grupo que
176
sempre realizou o teste primeiro na técnica descendente de apresentação do tempo de atraso
interaural). O mesmo acontece com os tratamentos A40AA e A40AD: a aplicação do teste
que utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo
de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A, encontra-se no mesmo
grupo homogêneo que sua aplicação no grupo 1D. Da mesma forma, os tratamentos A20DA e
A20DD como também os tratamentos A40DA e A40DD encontram-se no mesmo grupo
homogêneo.
Um dos objetivos da formação do Grupo 1 foi verificar a existência de
diferenças quanto à intensidade utilizada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal.
Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 19), observei que as formas de
aplicação do teste que se diferenciam apenas pela intensidade utilizada apareceram sempre no
mesmo grupo homogêneo sugerindo que a intensidade utilizada na aplicação dos testes não
mostrou diferenças significantes. Os tratamentos especificados como A20AA e A20AD em
que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e
1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos
especificados como A40AA e A40AD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita
acima, porém com a intensidade de 40dBNS. Da mesma forma, os tratamentos especificados
como A20DA e A20DD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de
20dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta
a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo
homogêneo que os tratamentos especificados como A40DA e A40DD que utilizaram a
mesma forma de aplicação descrita acima, porém com a intensidade de 40dBNS.
O segundo objetivo da formação do Grupo 1 foi verificar a existência de diferenças
quanto às formas ascendente e descendente de apresentação das diferenças interaurais de
tempo na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela
análise estatística (figura 19), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam
apenas pela apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo,
apareceram sempre em grupos homogêneos diferentes, sugerindo a presença de diferenças
significantes quanto a este aspecto, isto é, que a apresentação ascendente ou descendente das
diferenças interaurais de tempo mostra respostas diferentes no Teste de Lateralização
Temporal proposto neste estudo. Os tratamentos especificados como A20AA e A20AD em
que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 20dBNS, com apresentação
177
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e
1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos
especificados como A20DA e A20DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita
acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Da mesma forma,
os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em que a aplicação do teste utilizou o
audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso
interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente,
encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como A40DA e
A40DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação
descendente do tempo de atraso interaural.
Os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma ascendente
(A40AA, A40AD, A20AA e A20AD) estão agrupados em tempos de atraso interaural
menores enquanto que os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de
forma descendente (A40DA, A40DD, A20DA e A20DD) estão agrupados em tempos de
atraso interaural maiores (figura 20), novamente sugerindo que existe diferença significante
entre a apresentação ascendente e a descendente do tempo de atraso interaural e que os
limiares de lateralização são menores, isto é, a resolução temporal foi melhor na forma
ascendente.
O estudo estatístico mostrou que o t̂ 90 da orelha direita tende a ser maior que o da
orelha esquerda (figura 20).
O Grupo 2 (grupo constituído pelos tratamentos onde foi utilizada a intensidade de
40dBNS, com e sem audiômetro) foi divido em dois grupos homogêneos quanto à t̂ 90 nas
duas orelhas: um constituído pelos tratamentos A40AA, A40AD, SANA, SAND. SAAA e
SAAD e outro pelos tratamentos A40DA, A40DD, SDNA, SDND, SDAA e SDAD (figura
21).
As formas iguais de aplicação do teste em que a única diferença é a ordem de
aplicação, isto é, a técnica ascedente de apresentação das diferenças interaurais de tempo ter
sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, encontram-se sempre no mesmo grupo
homogêneo sugerindo que a ordem de aplicação dos testes não mostrou diferenças
estatisticamente significantes. O tratamento especificado como A40AA em que a aplicação do
teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A (grupo que
178
sempre realizou o teste primeiro na técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso
interaural), encontra-se no mesmo grupo homogêneo que o tratamento especificado como
A40AD que utilizando a mesma forma de aplicação citada acima foi aplicado no grupo 1D
(grupo que sempre realizou o teste primeiro na técnica descendente de apresentação do tempo
de atraso interaural). O mesmo acontece com os tratamentos SANA e SAND: a aplicação do
teste que utilizou apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, no grupo 1A,
encontra-se no mesmo grupo homogêneo que sua aplicação no grupo 1D. Da mesma forma,
os tratamentos SAAA e SAAD como também os tratamentos A40DA e A40DD, SDNA e
SDND e SDAA e SDAD encontram-se no mesmo grupo homogêneo.
Um dos objetivos da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças
quanto ao ambiente e equipamento utilizado na aplicação do Teste de Lateralização Temporal.
Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 21), observei que as formas de
aplicação do teste que se diferenciam apenas pelo ambiente e equipamento utilizado
apareceram sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo inexistência de diferenças
significantes. Os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em que a aplicação do
teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D,
respectivamente, encontram-se no mesmo grupo homogêneo que os tratamentos especificados
como SANA e SAND que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém
utilizando apenas o CD compact player como equipamento. Da mesma forma, os tratamentos
especificados como A40DA e A40DD em que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na
intensidade de 40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo
como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo
grupo homogêneo que os tratamentos especificados como SDNA e SDND que utilizaram a
mesma forma de aplicação descrita acima, porém utilizando apenas o CD compact player
como equipamento.
O segundo objetivo da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças
quanto ao tipo de resposta solicitada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal.
Analisando os grupos formados pela análise estatística (figura 21), observei que as formas de
aplicação do teste que se diferenciam apenas pela forma de resposta solicitada apareceram
sempre no mesmo grupo homogêneo sugerindo que o tipo de reposta solicitada na aplicação
dos testes não mostrou presença de diferenças significantes quanto a este aspecto. Os
179
tratamentos especificados como SANA e SAND em que a aplicação do teste utilizou apenas o
CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de
atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente,
encontram-se no mesmo grupo homogêneo dos tratamentos especificados como SAAA e
SAAD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém apontando o local
de sensação do estímulo. Da mesma forma, os tratamentos especificados como SDNA e
SDND em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na intensidade de
40dBNS, com apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta
a nomeação, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontram-se no mesmo grupo
homogêneo que os tratamentos especificados como SDAA e SDAD que utilizaram a mesma
forma de aplicação descrita acima, porém apontando o local de sensação do estímulo.
O terceiro objetivo da formação do Grupo 2 foi verificar a existência de diferenças
quanto às formas ascendente e descendente de apresentação das diferenças interaurais de
tempo na aplicação do Teste de Lateralização Temporal. Analisando os grupos formados pela
análise estatística (figura 21), observei que as formas de aplicação do teste que se diferenciam
apenas pela apresentação ascendente ou descendente das diferenças interaurais de tempo
apareceram sempre em grupos homogêneos diferentes sugerindo a presença de diferenças
significantes quanto a este aspecto, isto é, que a apresentação ascendente ou descendente das
diferenças interaurais de tempo mostra respostas diferentes no Teste de Lateralização
Temporal proposto neste estudo. Os tratamentos especificados como A40AA e A40AD em
que a aplicação do teste utilizou o audiômetro na intensidade de 40dBNS, com apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e
1D, respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos
especificados como A40DA e A40DD que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita
acima, porém com apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Da mesma forma,
os tratamentos especificados como SANA e SAND em que a aplicação do teste utilizou
apenas o CD compact player na intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do
tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação, nos grupos 1A e 1D,
respectivamente, encontram-se em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados
como SDNA e SDND que utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com
apresentação descendente do tempo de atraso interaural. Os tratamentos especificados como
SAAA e SAAD em que a aplicação do teste utilizou apenas o CD compact player na
intensidade de 40dBNS, com apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e
180
apontando o local de sensação do estímulo, nos grupos 1A e 1D, respectivamente, encontramse em grupo homogêneo diferente dos tratamentos especificados como SDAA e SDAD que
utilizaram a mesma forma de aplicação descrita acima, porém com apresentação descendente
do tempo de atraso interaural.
Os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi apresentado de forma ascendente
(A40AA, A40AD, SANA, SAND, SAAA e SAAD) estão agrupados em tempos de atraso
interaural menores enquanto que os tratamentos onde o tempo de atraso interaural foi
apresentado de forma descendente (A40DA, A40DD, SDNA, SDND, SDAA e SDAD) estão
agrupados em tempos de atraso interaural maiores (figura 22), novamente sugerindo que
existe diferença significante entre a apresentação ascendente e a descendente do tempo de
atraso interaural e que a resolução temporal é melhor na forma ascendente.
O estudo estatístico mostrou que o t̂ 90 da orelha direita tende a ser maior que o da
orelha esquerda (figura 22).
Tanto o Grupo 1(figuras 19 e 20), formado por todos os tratamentos nos quais foram
utilizados o audiômetro e a cabina acústica, como o Grupo 2 (figuras 21 e 22), formado por
todos os tratamentos nos quais foi adotada a intensidade de 40dBNS, foram divididos em dois
grupos homogêneos quanto a t̂ 90 nas duas orelhas: um constituído pelos tratamentos onde o
teste foi realizado utilizando a técnica ascendente e outro onde o teste foi realizado utilizando
a descendente. Desta forma foram calculadas as médias e erro padrão dos grupos formados,
mantendo a separação das orelhas direita e esquerda que também mostraram diferenças
estatisticamente significantes.
Levando em conta a técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural,
o t̂ 90 médio e erro padrão na orelha esquerda foram, respectivamente, de 154,6µs e 11,9µs
no Grupo 1 e de 147,1µs e 6,47µs no Grupo 2; na orelha direita foram de 201,4µs e 11,6µs no
Grupo 1 e de 161,9µs e 11,0µs no Grupo 2. Levando em conta a forma descendente de
apresentação do tempo de atraso interaural o t̂ 90 médio e erro padrão na orelha esquerda
foram, respectivamente, de 237,1µs e 10,8µs no Grupo 1 e de 230,7µs e 5,52µs no Grupo 2;
na orelha direita foram de 293,8µs e 11,2µs no Grupo 1 e de 262,2µs e 7,52µs no Grupo 2.
Levando em conta que o menor intervalo detectável é aceito como índice de resolução
temporal, isto é, ouvintes com um limiar baixo tem uma resolução temporal melhor do que
aqueles com limiar alto (Wightman et al, 1989), posso considerar que quanto menor o limiar
de lateralização encontrado melhor será a resolução temporal binaural do ouvinte. Sendo
181
assim, é possível estabelecer o tempo de atraso interaural mínimo (limiar de lateralização)
esperado:
-
Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma ascendente espera-se
encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar
de lateralização) de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda;
-
Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma descendente espera-se
encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar
de lateralização) de 293,8µs na orelha direita e 237,1µs na orelha esquerda.
Sendo assim posso resumidamente dizer que:
1) O ambiente e equipamento utilizado na aplicação do Teste de
Lateralização Temporal não mostrou diferenças significantes
indicando que o teste pode ser realizado com o CD compact
player acoplado ao audiômetro em cabina acústica ou
somente com o CD compact player em ambiente silencioso,
desde que sua aplicação seja controlada quanto ao nível de
intensidade
de
apresentação
do
estímulo,
fixada
em
aproximadamente 70dBNPS, e o ambiente de teste seja
silencioso permitindo um nível de ruído de até 46,6dBNPS;
2) A intensidade utilizada na aplicação do Teste de Lateralização Temporal não mostrou
diferenças significantes indicando que o teste pode ser realizado a 20dBNS ou
40dBNS de intensidade, quando em cabina acústica;
3) A apresentação ascendente ou descendente dos tempos de atraso interaural mostrou
diferenças significantes quanto ao t̂ 90 obtido na aplicação do Teste de Lateralização
Temporal. Na técnica ascendente de apresentação dos tempos de atraso interaural a
diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ou o menor tempo de
atraso interaural perceptível é, aproximadamente 100µs (0,1ms) menor na técnica
ascendente do que na descendente.
4) A ordem de aplicação do teste, isto é, a técnica ascendente de apresentação dos tempos
de atraso interaural ter sido aplicada antes ou depois da técnica descendente, não
mostrou diferença significante indicando que o teste pode ser iniciado com qualquer
uma destas formas;
182
5) O tipo de resposta solicitada ao ouvinte na aplicação do Teste de Lateralização
Temporal não mostrou diferenças significantes indicando que é indiferente solicitar ao
ouvinte que nomeie ou aponte o local de sensação do estímulo sonoro;
6) Quando o tempo de atraso interaural é apresentado de forma ascendente espera-se
encontrar uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar
de lateralização) de 201,4µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda. Quando
o tempo de atraso interaural é apresentado de forma descendente espera-se encontrar
uma diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora (limiar de
lateralização) de 293,8µs na orelha direita e 237,1µs na orelha esquerda. Sendo que
quanto menor o limiar de lateralização encontrado melhor será a resolução temporal
binaural do ouvinte;
7) A diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora foi maior na orelha
direita que na esquerda.
Apesar de extensa pesquisa na literatura especializada, não encontrei nenhum trabalho que
tivesse pesquisado a lateralização sonora, utilizando estímulos verbais ou estímulos gravados
em compact disc. Os trabalhos encontrados na literatura utilizaram clicks (Wallach et al,
1949; Zerlin, Mowry, 1980; Sabery, Perrot, 1990), tons puros (Groen, 1969; Henning, 1974;
Nilsson, Lidén, 1976; Russolo, Poli, 1985; Rosenhall, 1992), tons modulados (Henning, 1974)
ou ruídos de banda larga (Hausler et al, 1983) ou estreita (Hawkins, Wightman, 1980),
atrasados através de equipamentos especiais acoplados ao audiômetro, fato que dificultou a
comparação dos resultados encontrados nesta pesquisa com a literatura.
Não encontrei nenhum trabalho comparando o uso de diferentes ambientes ou
equipamentos no estudo da lateralização utilizando como pista a diferença interaural de
tempo.
Quanto à intensidade, Hawkins, Wightman (1980) utilizaram ruído de banda estreita nas
intensidades de 35dBNPS e 85dBNPS, para avaliar a menor diferença interaural de tempo
perceptível, encontrando limiares mais elevados na intensidade mais fraca do que na mais
forte.
Neste estudo, apesar dos limiares de lateralização serem um pouco mais altos na
intensidade de 20dBNS do que na intensidade de 40dBNS, esta diferença não foi
estatisticamente significante. Este achado não concorda com o estudo de Hawkins, Wightman
(1980).
183
Silman, Silverman (1997) referiram que existe diferenças no limiar auditivo pesquisado
através de técnicas ascendentes e descendentes. Morrongiello et al (1984), pesquisando o
limiar de precedência (tempo de atraso interaural abaixo do qual os ouvintes relatam ouvir
apenas um som vindo do lado em que chegou primeiro e acima do qual eles relatam ouvir dois
sons), encontraram diferenças na utilização de técnicas ascendentes ou descendentes tanto
para clicks como para o som do chocalho, sendo que os limiares mais baixos foram
encontrados na forma descendente.
No presente estudo encontrei limiares mais baixos na técnica ascendente de
apresentação dos tempos de atraso interaural. A ocorrência de diferenças nos resultados
devido ao uso da apresentação ascendente ou descendente do tempo de atraso interaural pode
ser comparada com a ocorrência de diferenças na pesquisa dos limiares auditivos quando são
usadas técnicas ascendentes ou descendentes (Silman, Silverman, 1997). Nenhum estudo que
tivesse pesquisado o tempo mínimo de diferença interaural em que ocorre a lateralização
referiu diferenças quanto ao uso de métodos ascendentes ou descendentes. Estes dados
discordam de Morrongiello et al (1994) que encontrou limiares de precedência em tempos de
atraso interaural menores na técnica descendente.
Na literatura especializada, nenhum trabalho que estudou a lateralização com pistas
temporais referiu diferenças entre os resultados das orelhas direita e esquerda. Tedesco (1995)
aplicando o Teste Dicótico Consoante-Vogal em que o ouvinte deve repetir uma das duas
sílabas ouvidas ao mesmo tempo, uma em cada orelha, encontrou vantagem da orelha direita.
Neste estudo, a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ( t̂ 90 )
da orelha direita foi maior que o da orelha esquerda. Por ter sido utilizado um estímulo verbal,
estes dados discordam dos achados de Tedesco (1995) que encontrou melhor desempenho na
orelha direita. O desempenho melhor da orelha esquerda em relação à orelha direita em um
teste que utiliza estímulos verbais pode ser explicada pelo fato de não se ter exigido do
ouvinte a compreensão ou repetição da palavra ouvida, mas simplesmente a localização do
estímulo que, provavelmente, foi analisado como um estímulo não-verbal.
Apesar de nenhum trabalho ter pesquisado a diferença interaural mínima de tempo para
lateralização sonora (limiar de lateralização) com sons verbais, é possível comparar os
resultados obtidos no Teste de Lateralização Temporal elaborado neste estudo com os estudos
encontrados na literatura que utilizaram outros estímulos sonoros.
184
O limiar de lateralização depende do tipo de estímulo utilizado como pode ser observado
nos estudos citados abaixo:
-
Tons puros
. de 125 a 800Hz: entre 60 e 90µs (Groen, 1969);
. 300Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974);
. 500Hz: entre 28 e 68µs (Nilsson, Lidén, 1976);
. 500Hz: entre 59 e 113µs (Rosenhall, 1992);
. 1000Hz: entre 24 e 35µs (Russolo, Poli, 1985);
. 3600Hz: acima de 110µs (Henning, 1974).
-
Clicks
. entre 40 e 45µs (Wallach et al, 1949);
. entre 25 e 125µs (Zerlin, Mowry, 1980);
. entre 15 e 45µs (Sabery, Perrot, 1990).
-
Tons modulados
. 3900Hz: entre 20 e 65µs (Henning, 1974).
-
Ruído de Banda Estreita
. Grave (450-550Hz): entre 23 e 33µs (Hawkins, Wightman, 1980);
. Agudo (3750-4250Hz): entre 130 e 182µs (Hawkins, Wightman, 1980).
-
Ruído de Banda Larga
. 0,25 - 10000Hz: 40µs (Hausler et al, 1983).
Resumindo os dados encontrados na literatura especializada é possível verificar que: para
tons puros, o tempo de atraso interaural mínimo em que ocorre a lateralização, fica entre 20µs
e 110µs (Groen, 1969; Henning, 1974; Nilson, Liden, 1973; Russolo, Poli, 1985; Rosenhall,
1992); para clicks fica entre 15µs e 125µs (Wallach et al, 1949; Zerlin, Mowry, 1980;
Saberi,Perrot, 1990); para tons modulados fica entre 20µs e 65µs (Henning, 1974); para
ruídos de banda estreita graves fica entre 23µs e 33µs e para agudos entre 130µs e 182µs
(Hawkins, Wightman, 1980); e para ruído de banda larga fica em torno de 40µs (Hausler et al,
1983).
185
Neste estudo a diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ficou entre
147,1µs e 293,8µs.
Comparando o resultado desta pesquisa com os encontrados na literatura especializada
verifico que o tempo de atraso mínimo em que ocorre a lateralização é maior para sons
verbais do que para os outros tipos de estímulos que foram utilizados nos estudos anteriores,
ficando mais próximo do estudo de Hawkins, Wightman (1980) quando utilizaram ruído de
banda estreita agudo.
Com base nos aspectos considerados anteriormente, o Teste de Lateralização Temporal
elaborado para esta pesquisa mostrou-se adequado para avaliar a habilidade de lateralização
sonora por meio da diferença interaural de tempo.
A falta de instrumentos para avaliar a habilidade de localização sonora dificulta este
diagnóstico e deixa sem explicação sintomas como suspeita de rebaixamento auditivo devido
à distração ou dificuldade de compreensão de fala em ambientes ruidosos, em indivíduos com
audição normal.
Recomendo novos estudos com o Teste de Lateralização Temporal para que se obtenha
uma validação apropriada, tornando-o útil no diagnóstico audiológico.
Este trabalho é uma idéia inicial para que outros possam surgir fornecendo elementos para
um diagnóstico mais preciso da habilidade de localização sonora, possibilitando a criação de
técnicas terapêuticas mais apropriadas, melhorando a qualidade de vida, principal objetivo de
qualquer cuidado com a saúde.
186
6 CONCLUSÕES
187
Após a análise dos resultados obtidos com o denominado
Teste de Lateralização Temporal, elaborado para a realização desta
pesquisa e utilizado em 80 jovens do sexo feminino considerados
audiologicamente normais, pude concluir que:
- A habilidade de lateralização sonora pode ser avaliada por meio da
diferença interaural de tempo em microssegundos e indica a
resolução temporal binaural do indivíduo.
- A diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora ou
menor tempo de atraso interaural perceptível é:
. de 201,4µ
µs na orelha direita e de 154,6µs na orelha esquerda, na
técnica ascendente de apresentação do tempo de atraso interaural;
. de 293,8µs na orelha direita e de 237,1µs na orelha esquerda,
na técnica descendente de apresentação do tempo de atraso
interaural;
. maior na orelha direita do que na orelha esquerda.
- As condições de apresentação do estímulo que variaram quanto ao uso
ou não do audiômetro e da cabina acústica, são úteis na realização
do teste desde que a condição do não uso do audiômetro e da
cabina acústica seja controlada quanto ao nível de intensidade de
apresentação do estímulo, fixada em aproximadamente 70dBNPS, e
o ambiente de teste seja silencioso permitindo um nível de ruído de
até 46,6dBNPS.
188
- O nível de intensidade de apresentação do estímulo pode ser de
20dBNS ou 40 dBNS quando aplicado com audiômetro em cabina
acústica.
- Quanto à técnica de apresentação dos tempos de atraso interaural, a
diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora é,
aproximadamente, 100µs (0,1ms) menor na técnica ascendente do
que na descendente.
- A ordem de aplicação das técnicas ascendente e descendente de
apresentação dos tempos de atraso interaural não altera a
diferença interaural mínima de tempo para lateralização sonora.
- A forma de resposta usada para indicar o local da sensação sonora,
quanto a nomear ou apontar, não interfere na habilidade de
lateralização sonora no que diz respeito ao menor tempo de atraso
interaural perceptível.
189
7 ANEXOS
190
ANEXO 1
Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São
Paulo/ Hospital São Paulo.
191
192
ANEXO 2
Modelo do Termo de Consentimento que foi assinado pelos indivíduos que
aceitaram participar da pesquisa.
193
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do projeto: Elaboração de um instrumento para verificação de lateralização de estímulos
verbais através de distorção de fase.
Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo que
tem como finalidade elaborar um instrumento para verificar a habilidade auditiva de lateralização de
sons verbais.
Os testes que serão realizados são:
-
Audiometria tonal: teste em que você deverá levantar a mão toda vez que ouvir um apito.
Logoaudiometria: teste em que você deverá repetir as palavras ouvidas.
Medidas de imitância acústica: teste em que será colocado uma “borrachinha” em sua orelha e
você sentirá uma pressão como se tivesse descendo uma serra e escutará alguns apitos, porém não
precisará fazer nada.
Os testes acima são realizados para verificar se sua audição é normal.
-
Teste de distorção de fase: teste experimental em que você escutará uma palavra e deverá falar ou
apontar onde escutou o som.
Estes testes serão realizados com fones dentro e fora da cabina acústica, não havendo nenhum
desconforto nem risco nesta avaliação.
Não há benefício direto para o participante. Trata-se de um estudo experimental que ajudará na
detecção de indivíduos com dificuldade de localizar sons, habilidade muito importante para focarmos
a atenção em um estímulo específico quando nos encontramos em um ambiente ruidoso.
Sua participação neste estudo é de livre e espontânea vontade, sem nenhum custo e seu
consentimento de participação poderá ser retirado a qualquer momento.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo
divulgada a identificação de nenhum paciente.
Os dados coletados serão utilizados apenas na tese para obtenção do título de doutora em
Distúrbios da Comunicação Humana de Maria Lucy Fraga Tedesco.
Eu, Maria Lucy Fraga Tedesco, coloco-me à disposição para esclarecer todas as dúvidas sobre
esta avaliação à Rua Botucatu 802, ou pelo telefone 55497500. Se você tiver alguma consideração ou
dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) - Rua
Pedro de Toledo, 715 - 1º andar, 5576-4564, 5571-1062, FAX; 5539-7162.
Eu discuti com a fonoaudióloga Maria Lucy Fraga Tedesco sobre minha decisão em participar deste
estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem
utilizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos
permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo
voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento,
antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo de qualquer benefício que eu possa ter
adquirido.
________________________________________
Assinatura do paciente
Data ____/____/____
194
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido
deste paciente para a participação neste estudo.
________________________________________
Maria Lucy Fraga Tedesco
Data ____/____/____
195
ANEXO 3
Folha de respostas do Teste de Lateralização Temporal.
196
TESTE DE LATERALIZAÇÃO TEMPORAL
Nome:__________________________________________________ Data: ___/___/_____
Idade:________
Sexo: __________
Data de Nascimento: ___/___/___
Equipamento:______________________________________Intensidade:______________
Tipo de Resposta:
nomear ( )
apontar ( )
Treino
1
Lado de Início E
500
Atraso (µs)
Resposta
2
C
0
3
4
D
D
500 500
5
C
0
6
E
500
7
C
0
8
9
10 11 12 13 14 15
D
E
E
D
C
E
C
D
500 500 500 500 0 500 0 500
Tempo de Atraso Descendente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14
Lado de Início D
E
D
E
D
E
E
D
D
D
D
E
E
D
408 385 385 431 454 454 408 431 340 295 317 340 363 363
Atraso (µs)
Resposta
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Lado de Início E
E
E
E
D
D
E
D
E
D
D
E
D
295 317 272 227 227 272 249 204 204 249 159 181 181
Atraso (µs)
Resposta
28 29 30 31 32 33
Lado de Início D
E
E
D
E
D
136 113 136 113 159 91
Atraso (µs)
Resposta
34
D
45
35
E
91
36
D
68
37
D
23
38
E
23
39
E
45
40
E
68
Tempo de Atraso Ascendente
Lado de início
Atraso (µs)
Resposta
1
D
23
2
D
91
3
D
68
4
E
68
5
E
23
6
E
45
7
E
91
8
9
10 11 12 13 14
D
E
D
E
D
E
D
45 159 113 136 181 113 136
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Lado de início D
E
D
E
E
D
E
E
D
D
E
D
E
159 181 204 204 249 249 272 227 272 227 295 340 363
Atraso (µs)
Resposta
28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Lado de início D
E
D
D
E
D
E
E
E
D
E
D
D
363 340 317 295 317 408 385 408 431 431 454 454 385
Atraso (µs)
Resposta
197
ANEXO 4
Respostas de cada indivíduo nas várias formas em que o Teste de
Lateralização Temporal foi aplicado.
ii
Tabela 1 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente do tempo
de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
A20D
TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
408
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
454
E
1 1 0 1 1 1 1 0 1 1
408
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
431
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
295
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
363
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
295
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
227
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
227
D
1 1 1 1 1 0 1 0 1 1
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
204
D
1 0 0 1 0 1 1 0 1 1
204
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
249
D
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
159
D
1 0 1 1 0 1 1 0 0 0
181
E
1 1 0 1 1 0 1 1 1 1
181
D
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
136
D
1 0 1 1 0 1 1 1 0 0
113
E
1 0 0 0 0 0 1 1 1 1
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
113
D
1 0 1 1 1 1 1 0 0 1
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
91
D
1 0 0 0 0 0 1 0 0 1
45
D
1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
91
E
1 0 1 0 1 1 1 1 1 1
68
D
1 0 1 0 0 1 1 0 0 0
23
D
1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
23
E
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
45
E
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
68
E
0 0 0 0 0 1 1 1 0 0
11
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
12
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
0
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0
0
0
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1
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1
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0
1
1
0
0
0
0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
ii
14
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
0
1
1
1
1
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1
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15
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1
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0
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1
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1
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1
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0
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0
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1
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1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
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1
1
1
0
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0
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1
1
0
1
19
1
1
1
1
1
1
1
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1
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20
1
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1
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1
1
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1
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1
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1
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1
1
1
0
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0
1
0
0
0
2
22
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
1
1
0
0
1
1
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1
1
0
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1
23
1
1
1
1
0
1
1
1
0
1
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1
1
0
1
1
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1
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0
1
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0
1
1
0
1
0
0
1
0
1
0
0
0
0
1
iii
Tabela 2 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
A20D
408
D
1 1
A20D
385
E
1 1
A20D
385
D
1 1
A20D
431
E
1 1
A20D
454
D
1 1
A20D
454
E
1 1
A20D
408
E
1 1
A20D
431
D
0 1
A20D
340
D
1 1
A20D
295
D
1 1
A20D
317
D
1 1
A20D
340
E
1 1
A20D
363
E
1 1
A20D
363
D
1 1
A20D
295
E
1 1
A20D
317
E
1 1
A20D
272
E
1 1
A20D
227
E
1 1
A20D
227
D
0 1
A20D
272
D
1 1
A20D
249
E
1 1
A20D
204
D
0 1
A20D
204
E
0 0
A20D
249
D
1 1
A20D
159
D
0 0
A20D
181
E
1 0
A20D
181
D
0 1
A20D
136
D
0 1
A20D
113
E
1 0
A20D
136
E
1 0
A20D
113
D
0 1
A20D
159
E
1 0
A20D
91
D
0 1
A20D
45
D
0 0
A20D
91
E
1 0
A20D
68
D
0 1
A20D
23
D
0 0
A20D
23
E
1 0
A20D
45
E
1 0
A20D
68
E
1 0
26
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
27
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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28
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1
1
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0
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1
1
0
1
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1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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0
0
0
1
29
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
30
0
1
1
1
1
1
1
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1
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0
0
31
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1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
1
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0
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0
32
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
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1
1
1
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0
1
1
1
0
1
0
0
0
0
0
33
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
0
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
34
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
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1
1
1
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1
1
1
1
1
1
0
1
0
0
1
0
0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
iii
35
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
0
1
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0
1
1
0
0
0
36
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
0
37
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
0
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1
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0
0
38
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
0
0
0
1
0
1
1
0
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
0
0
1
0
1
39
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
0
1
1
0
1
1
0
1
0
0
0
0
0
40 41 42 43
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 1 1
0
1 0 1
1
0 0 1
1
0 1 1
0
0 1 1
1
0 0 1
1
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1
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0
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1
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0
0 1 0
0
0 0 0
0
0 0 0
1
0 0 0
0
0 0 0
iv
Tabela 3 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
A20D
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
A20D
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
340
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
295
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
227
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
227
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
A20D
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1
A20D
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
204
D
1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0
A20D
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1
A20D
249
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A20D
159
D
1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1
A20D
181
E
1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0
A20D
181
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1
A20D
136
D
0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1
A20D
113
E
1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0
A20D
136
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1
A20D
113
D
0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1
A20D
159
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
91
D
0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0
A20D
45
D
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
A20D
91
E
1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0
A20D
68
D
0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20D
23
D
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20D
23
E
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20D
45
E
0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
A20D
68
E
0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
iv
v
Tabela 4 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A20D
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
385
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A20D
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
454
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
431
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A20D
295
D
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A20D
317
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0
A20D
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
363
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20D
295
E
1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
317
E
1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
272
E
1 1 1 1 2 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
227
E
1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
227
D
1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1
A20D
272
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1
A20D
249
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
204
D
1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1
A20D
204
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20D
249
D
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1
A20D
159
D
1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1
A20D
181
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20D
181
D
1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1
A20D
136
D
1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0
A20D
113
E
1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0
A20D
136
E
1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1
A20D
113
D
1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
A20D
159
E
1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0
A20D
91
D
1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1
A20D
45
D
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
A20D
91
E
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0
A20D
68
D
1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 2 0 0 1 0 1 1
A20D
23
D
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 1 0
A20D
23
E
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
A20D
45
E
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0
A20D
68
E
1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
v
vi
Tabela 5 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente do tempo
de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A20A
23
D
0 0 0 0 1 0 0 2 0 0
A20A
91
D
1 0 0 0 1 0 1 0 0 1
A20A
68
D
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0
68
E
0 1 0 0 1 0 1 1 0 1
A20A
A20A
23
E
0 1 0 0 1 0 0 0 1 0
A20A
45
E
0 1 0 0 0 1 0 1 0 0
A20A
91
E
0 1 1 0 1 1 1 1 0 1
45
D
0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
A20A
A20A
159
E
1 1 0 0 1 1 1 1 0 1
A20A
113
D
1 0 0 0 1 1 1 1 1 1
A20A
136
E
1 1 0 1 1 1 1 1 0 1
181
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
A20A
113
E
1 0 0 1 1 1 1 0 1 1
A20A
136
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
159
D
1 1 0 1 1 1 1 0 1 1
181
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
A20A
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
A20A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
A20A
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
A20A
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
A20A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
A20A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
A20A
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
11
0
0
0
0
0
0
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
12
0
1
0
1
1
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1
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1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
13
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0
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0
0
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
vi
14
0
0
0
1
1
1
0
0
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1
1
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1
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1
1
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1
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1
1
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1
1
1
1
1
1
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0
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1
1
0
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
18
1
1
1
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0
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
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1
1
1
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1
1
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1
1
1
1
19
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1
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1
1
1
1
1
1
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20
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1
1
1
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
21
0
1
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0
2
2
1
1
1
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1
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0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
22
0
0
0
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
23
1
1
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
vii
Tabela 6 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
A20A
23
D
0 0
A20A
91
D
0 0
A20A
68
D
0 0
A20A
68
E
1 0
A20A
23
E
0 0
A20A
45
E
1 0
A20A
91
E
1 0
A20A
45
D
0 0
A20A
159
E
1 0
A20A
113
D
0 1
A20A
136
E
1 1
A20A
181
D
1 1
A20A
113
E
1 0
A20A
136
D
1 1
A20A
159
D
0 1
A20A
181
E
1 1
A20A
204
D
1 1
A20A
204
E
1 1
A20A
249
E
1 1
A20A
249
D
1 1
A20A
272
E
1 1
A20A
227
E
1 1
A20A
272
D
1 1
A20A
227
D
1 1
A20A
295
E
1 1
A20A
340
D
1 1
A20A
363
E
1 1
A20A
363
D
1 1
A20A
340
E
1 1
A20A
317
D
1 1
A20A
295
D
1 1
A20A
317
E
1 1
A20A
408
D
1 1
A20A
385
E
1 1
A20A
408
E
1 1
A20A
431
E
1 1
A20A
431
D
1 1
A20A
454
E
1 1
A20A
454
D
1 1
A20A
385
D
1 1
26
0
0
0
1
1
1
1
0
1
0
1
1
1
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
vii
35
0
1
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1
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1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
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1
1 1 1
0
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1
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1
1 1 1
1
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1
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1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
viii
Tabela 7 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação ascendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
A20A
23
D
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20A
91
D
0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
A20A
68
D
0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0
A20A
68
E
0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
A20A
23
E
0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20A
45
E
0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20A
91
E
1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1
A20A
45
D
1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0
A20A
159
E
1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1
A20A
113
D
1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1
A20A
136
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1
A20A
181
D
1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1
A20A
113
E
1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
A20A
136
D
1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1
A20A
159
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 2 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
A20A
181
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
A20A
204
D
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
249
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
227
E
1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
295
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
D
1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
viii
ix
Tabela 8 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 20 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A20A
23
D
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
A20A
91
D
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1
A20A
68
D
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
A20A
68
E
1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0
A20A
23
E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
A20A
45
E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0
A20A
91
E
0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0
A20A
45
D
1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1
A20A
159
E
1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
A20A
113
D
1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1
A20A
136
E
0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20A
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
113
E
0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20A
136
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1
A20A
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
204
D
1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
272
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A20A
227
D
1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A20A
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
D
1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
431
D
1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A20A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A20A
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
ix
x
Tabela 9 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo
de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
A40D
TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
385
D
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
431
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
227
E
0 1 1 1 0 1 1 1 1 0
227
D
1 1 1 1 1 1 1 0 0 1
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
204
D
1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
204
E
1 1 1 1 0 1 1 1 0 1
249
D
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
159
D
0 0 1 1 0 1 1 0 1 0
181
E
1 1 1 1 1 1 1 0 0 1
181
D
1 0 1 1 1 1 1 0 1 0
136
D
0 0 1 1 1 1 1 0 0 0
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
113
D
0 0 1 1 1 0 1 0 0 0
159
E
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
91
D
1 0 1 1 1 0 1 0 0 0
45
D
1 0 0 1 0 0 1 0 0 0
91
E
1 0 0 0 0 1 0 1 0 0
68
D
1 0 0 1 1 2 0 0 0 1
23
D
1 0 0 1 0 0 0 0 0 0
23
E
1 0 0 0 0 1 0 1 0 0
45
E
0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
68
E
1 1 0 0 0 1 1 1 0 0
11
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
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1
0
1
0
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1
1
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1
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0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
x
14
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
2
0
0
19
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
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1
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1
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1
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
0
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
xi
Tabela 10 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
A40D
408
D
1 1
A40D
385
E
1 1
A40D
385
D
1 1
A40D
431
E
1 1
A40D
454
D
1 1
A40D
454
E
1 1
A40D
408
E
1 1
A40D
431
D
1 1
A40D
340
D
1 1
A40D
295
D
1 1
A40D
317
D
1 1
A40D
340
E
1 1
A40D
363
E
1 1
A40D
363
D
1 1
A40D
295
E
1 1
A40D
317
E
1 1
A40D
272
E
1 1
A40D
227
E
0 1
A40D
227
D
1 1
A40D
272
D
2 1
A40D
249
E
1 1
A40D
204
D
1 1
A40D
204
E
1 1
A40D
249
D
1 1
A40D
159
D
0 1
A40D
181
E
1 1
A40D
181
D
1 1
A40D
136
D
0 1
A40D
113
E
1 1
A40D
136
E
1 1
A40D
113
D
0 1
A40D
159
E
1 1
A40D
91
D
1 1
A40D
45
D
0 0
A40D
91
E
1 1
A40D
68
D
0 1
A40D
23
D
0 0
A40D
23
E
0 0
A40D
45
E
0 0
A40D
68
E
0 0
26
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
1
1
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1
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1
1
1
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1
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1
1
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1
1
1
1
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1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
0
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0
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
0
1
30
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
31
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1
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1
1
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1
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1
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1
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1
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0
33
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
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0
34
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
1
0
0
0
0
0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xi
35
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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0
0
0
0
0
0
36
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
0
0
37
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1
1
1
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1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
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1
1
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2
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0
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1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
39
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
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0
0
0
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0
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1
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1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
0
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
0
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
0
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
0
1 0 1
1
1 0 1
1
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1
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1
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0
0 0 0
1
0 0 0
1
0 0 1
xii
Tabela 11 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
A40D
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
340
D
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
363
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
227
D
1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1
A40D
272
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
204
D
1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1
A40D
204
E
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
A40D
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
159
D
1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0
A40D
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
181
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40D
136
D
0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1
A40D
113
E
1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0
A40D
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0
A40D
113
D
0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0
A40D
159
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40D
91
D
0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0
A40D
45
D
0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
A40D
91
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
A40D
68
D
0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1
A40D
23
D
0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A40D
23
E
0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
A40D
45
E
1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0
A40D
68
E
0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xii
xiii
Tabela 12 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A40D
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
454
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40D
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1
A40D
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1
A40D
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40D
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
363
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0
A40D
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40D
227
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1
A40D
272
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1
A40D
249
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40D
204
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0
A40D
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40D
249
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40D
159
D
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1
A40D
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40D
181
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1
A40D
136
D
1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1
A40D
113
E
1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0
A40D
136
E
1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0
A40D
113
D
1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1
A40D
159
E
1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0
A40D
91
D
1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0
A40D
45
D
1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0
A40D
91
E
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0
A40D
68
D
1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0
A40D
23
D
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0
A40D
23
E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0
A40D
45
E
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0
A40D
68
E
0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xiii
xiv
Tabela 13 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo
de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A40A
23
D
1 0 1 0 1 0 1 0 0 0
A40A
91
D
1 0 1 0 1 0 1 0 0 1
A40A
68
D
1 0 1 0 1 0 1 0 0 0
68
E
1 1 0 0 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
23
E
1 0 0 0 0 1 1 0 1 0
A40A
45
E
1 1 0 0 0 1 1 1 0 1
A40A
91
E
1 1 0 0 1 1 1 1 0 1
45
D
1 0 0 0 1 0 0 0 0 0
A40A
A40A
159
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
A40A
113
D
1 1 0 0 1 1 1 1 1 1
A40A
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
113
E
1 1 0 1 1 1 1 1 0 0
A40A
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
159
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
A40A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
A40A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
A40A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
A40A
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
11
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0
0
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1
1
1
1
1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xiv
14
0
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1
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1
1
18
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1
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1
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22
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1
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1
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1
1
1
1
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1
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1
1
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23
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0
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
xv
Tabela 14 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
A40A
23
D
0 0
A40A
91
D
0 1
A40A
68
D
0 1
A40A
68
E
0 0
A40A
23
E
0 0
A40A
45
E
0 0
A40A
91
E
0 1
A40A
45
D
0 0
A40A
159
E
1 1
A40A
113
D
0 1
A40A
136
E
1 1
A40A
181
D
0 1
A40A
113
E
1 1
A40A
136
D
1 1
A40A
159
D
1 1
A40A
181
E
1 1
A40A
204
D
1 1
A40A
204
E
1 1
A40A
249
E
1 1
A40A
249
D
1 1
A40A
272
E
1 1
A40A
227
E
1 1
A40A
272
D
1 1
A40A
227
D
1 1
A40A
295
E
1 2
A40A
340
D
1 1
A40A
363
E
1 1
A40A
363
D
1 1
A40A
340
E
1 1
A40A
317
D
1 1
A40A
295
D
1 1
A40A
317
E
1 1
A40A
408
D
1 1
A40A
385
E
1 1
A40A
408
E
1 1
A40A
431
E
1 1
A40A
431
D
1 1
A40A
454
E
1 1
A40A
454
D
1 1
A40A
385
D
1 1
26
0
0
0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
27
0
0
0
0
0
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1
0
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xv
35
0
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1
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1
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1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
xvi
Tabela 15 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente
do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
A40A
23
D
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
A40A
91
D
1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1
A40A
68
D
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1
A40A
68
E
1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1
A40A
23
E
0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
A40A
45
E
0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0
A40A
91
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
45
D
1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0
A40A
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
113
D
1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
181
D
1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
A40A
136
D
1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
159
D
1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
181
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
204
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
272
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
227
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
D
0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
D
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xvi
xvii
Tabela 16 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se o audiômetro em intensidade de 40 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A40A
23
D
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1
A40A
91
D
1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1
A40A
68
D
1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
A40A
68
E
1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0
A40A
23
E
0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0
A40A
45
E
1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0
A40A
91
E
1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0
A40A
45
D
1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
A40A
159
E
1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
113
D
1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1
A40A
136
E
1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
113
E
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
136
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40A
159
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1
A40A
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
A40A
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
431
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A40A
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xvii
xviii
Tabela 17 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SDN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
295
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
317
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
SDN
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
204
D
1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
SDN
204
E
1 1 1 1 1 1 1 0 0 1
SDN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
159
D
1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
SDN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
SDN
181
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
136
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
113
E
1 1 0 1 1 1 1 0 1 1
SDN
136
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
113
D
1 0 0 1 1 1 1 0 0 1
SDN
159
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
91
D
1 0 0 1 1 1 1 0 1 1
SDN
45
D
1 0 0 1 1 0 0 0 1 0
SDN
91
E
1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
SDN
68
D
1 0 0 1 1 1 1 0 1 0
SDN
23
D
1 0 0 1 1 0 0 0 0 0
SDN
23
E
1 0 0 0 1 0 0 0 0 0
SDN
45
E
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
SDN
68
E
0 0 0 0 1 1 0 0 0 0
11
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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13
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1
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14
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0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xviii
15
1
1
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0
xix
Tabela 18 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
SDN
408
D
1 1
SDN
385
E
1 1
SDN
385
D
1 1
SDN
431
E
1 1
SDN
454
D
1 1
SDN
454
E
1 1
SDN
408
E
1 1
SDN
431
D
1 1
SDN
340
D
1 1
SDN
295
D
1 1
SDN
317
D
1 1
SDN
340
E
1 1
SDN
363
E
1 1
SDN
363
D
1 1
SDN
295
E
1 1
SDN
317
E
1 1
SDN
272
E
1 1
SDN
227
E
1 1
SDN
227
D
1 1
SDN
272
D
0 1
SDN
249
E
1 1
SDN
204
D
1 1
SDN
204
E
1 1
SDN
249
D
0 1
SDN
159
D
0 1
SDN
181
E
1 1
SDN
181
D
0 1
SDN
136
D
0 1
SDN
113
E
1 0
SDN
136
E
1 1
SDN
113
D
0 1
SDN
159
E
1 1
SDN
91
D
1 1
SDN
45
D
0 1
SDN
91
E
1 1
SDN
68
D
0 1
SDN
23
D
0 1
SDN
23
E
0 0
SDN
45
E
0 1
SDN
68
E
0 1
26
1
1
1
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1
1
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29
1
1
1
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1
1
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0
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1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xix
35
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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36
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1
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1
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37
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1
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39
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1
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1
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1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
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1
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1
1 1 1
1
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1
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1
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1
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1
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0
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0
0 0 0
0
0 0 1
xx
Tabela 19 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS,
apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
SDN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
E
0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1
SDN
272
D
1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
SDN
204
D
0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
SDN
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
249
D
1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
159
D
0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0
SDN
181
E
1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
181
D
1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1
SDN
136
D
1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1
SDN
113
E
1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1
SDN
136
E
1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 2 0 1
SDN
113
D
1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
SDN
159
E
1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
SDN
91
D
0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1
SDN
45
D
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0
SDN
91
E
1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
SDN
68
D
1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
SDN
23
D
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2
SDN
23
E
0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
SDN
45
E
0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
SDN
68
E
0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xx
xxi
Tabela 20 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
SDN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1
SDN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
295
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
272
E
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
227
D
1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1
SDN
272
D
1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
204
D
1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1
SDN
204
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SDN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDN
159
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1
SDN
181
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0
SDN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDN
136
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1
SDN
113
E
0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0
SDN
136
E
0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0
SDN
113
D
1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1
SDN
159
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SDN
91
D
1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1
SDN
45
D
1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1
SDN
91
E
0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0
SDN
68
D
1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 2 0
SDN
23
D
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0
SDN
23
E
0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0
SDN
45
E
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0
SDN
68
E
0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxi
xxii
Tabela 21 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SAN
23
D
1 0 0 0 1 0 1 0 1 0
SAN
91
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
SAN
68
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
68
E
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
SAN
23
E
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
SAN
45
E
0 0 0 0 1 1 0 0 0 1
SAN
91
E
0 1 0 0 1 1 1 0 0 1
SAN
45
D
1 0 0 0 1 1 0 0 0 0
SAN
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
113
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
113
E
1 1 1 1 1 1 1 0 0 1
SAN
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
SAN
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
SAN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
11
0
0
0
0
0
0
0
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1
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1
1
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxii
15
0
0
0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
16
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
18
0
1
1
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1
0
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1
1
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1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
19
0
1
0
1
0
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
20
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0
0
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1
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0
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
21
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
22
1
1
1
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
23
1
1
1
0
0
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
xxiii
Tabela 22 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 24 25
SAN
23
D
0 0
SAN
91
D
0 1
SAN
68
D
0 1
SAN
68
E
1 0
SAN
23
E
0 0
SAN
45
E
0 0
SAN
91
E
0 1
SAN
45
D
0 1
SAN
159
E
1 1
SAN
113
D
0 1
SAN
136
E
1 1
SAN
181
D
1 1
SAN
113
E
1 1
SAN
136
D
1 1
SAN
159
D
1 1
SAN
181
E
1 1
SAN
204
D
1 1
SAN
204
E
1 1
SAN
249
E
1 1
SAN
249
D
1 1
SAN
272
E
1 1
SAN
227
E
1 1
SAN
272
D
1 1
SAN
227
D
1 1
SAN
295
E
1 1
SAN
340
D
1 1
SAN
363
E
1 1
SAN
363
D
1 1
SAN
340
E
1 1
SAN
317
D
1 1
SAN
295
D
1 1
SAN
317
E
1 1
SAN
408
D
1 1
SAN
385
E
1 1
SAN
408
E
1 1
SAN
431
E
1 1
SAN
431
D
1 1
SAN
454
E
1 1
SAN
454
D
1 1
SAN
385
D
1 1
26
1
1
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
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1
1
1
1
27
1
1
0
0
0
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0
1
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0
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
28
1
1
1
1
1
1
0
1
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1
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
29
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
1
1
30
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1
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1
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1
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1
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1
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1
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1
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1
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1
1
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
32
1
1
1
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1
1
1
1
1
0
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxiii
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1 1 1
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1
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1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
xxiv
Tabela 23 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS,
apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
SAN
23
D
0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
SAN
91
D
0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0
SAN
68
D
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0
SAN
68
E
1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1
SAN
23
E
1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SAN
45
E
1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SAN
91
E
1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0
SAN
45
D
1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0
SAN
159
E
1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
113
D
1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1
SAN
136
E
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
113
E
1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
136
D
1 2 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1
SAN
159
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
D
1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
E
1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxiv
xxv
Tabela 24 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e tendo como resposta a nomeação.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
SAN
23
D
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
SAN
91
D
1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1
SAN
68
D
1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
SAN
68
E
0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0
SAN
23
E
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
SAN
45
E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
SAN
91
E
0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0
SAN
45
D
1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 2 1
SAN
159
E
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2
SAN
113
D
1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1
SAN
136
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1
SAN
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
136
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
363
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxv
xxvi
Tabela 25 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação
descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SDA
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
295
D
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
340
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
SDA
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SDA
295
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
SDA
317
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
272
E
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
227
E
0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
227
D
1 0 0 1 1 1 1 0 1 1
SDA
272
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
249
E
1 1 0 0 1 1 1 0 0 1
SDA
204
D
1 1 0 1 1 1 1 0 1 1
SDA
204
E
1 1 0 0 1 1 1 0 1 1
SDA
249
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
159
D
0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
181
E
1 1 0 1 1 1 1 0 1 1
SDA
181
D
1 1 0 1 1 1 1 1 0 1
SDA
136
D
1 1 0 1 1 1 1 1 0 1
SDA
113
E
0 1 0 1 1 1 1 0 0 1
SDA
136
E
1 1 0 0 1 1 1 0 0 1
SDA
113
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
159
E
1 1 0 1 1 1 1 0 0 1
SDA
91
D
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SDA
45
D
1 0 0 0 1 0 1 0 1 0
SDA
91
E
1 1 0 0 1 1 0 0 0 1
SDA
68
D
1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
SDA
23
D
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
SDA
23
E
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SDA
45
E
0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
SDA
68
E
0 1 1 0 1 1 0 1 0 0
11
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
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0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxvi
15
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
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1
1
1
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1
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1
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1
1
1
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1
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1
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1
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1
19
1
1
1
1
1
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1
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1
1
1
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1
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1
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21
1
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1
1
1
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22
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
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1
1
1
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1
1
1
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0
1
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1
1
0
1
0
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0
0
23
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
xxvii
Tabela 26 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 24 25
SDA
408
D
1 1
SDA
385
E
1 1
SDA
385
D
1 1
SDA
431
E
1 1
SDA
454
D
1 1
SDA
454
E
1 1
SDA
408
E
1 1
SDA
431
D
1 1
SDA
340
D
1 1
SDA
295
D
1 1
SDA
317
D
1 1
SDA
340
E
1 1
SDA
363
E
1 1
SDA
363
D
1 1
SDA
295
E
1 1
SDA
317
E
1 1
SDA
272
E
1 1
SDA
227
E
1 1
SDA
227
D
1 1
SDA
272
D
1 1
SDA
249
E
1 1
SDA
204
D
1 1
SDA
204
E
1 1
SDA
249
D
0 1
SDA
159
D
1 1
SDA
181
E
0 1
SDA
181
D
0 1
SDA
136
D
0 1
SDA
113
E
1 1
SDA
136
E
1 1
SDA
113
D
0 1
SDA
159
E
0 1
SDA
91
D
0 1
SDA
45
D
0 1
SDA
91
E
1 0
SDA
68
D
0 1
SDA
23
D
0 1
SDA
23
E
0 0
SDA
45
E
0 0
SDA
68
E
1 0
26
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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27
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28
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1
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1
1
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1
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1
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1
1
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29
1
1
1
1
1
1
1
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30
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1
1
1
1
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1
1
1
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1
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33
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1
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34
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1
1
1
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1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxvii
35
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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36
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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0
37
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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38
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
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0
1
39
0
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
0
1
1
1
0
0
1
0
0
1
1
0
1
0
0
1
0
0
0
1
1
40 41 42 43
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
0 0 1
1
1 0 1
1
1 0 1
0
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
0
1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
0 0 1
0
1 1 1
0
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
0
0 0 1
0
0 0 0
1
0 1 0
0
0 0 1
0
0 0 1
0
0 0 0
0
0 0 1
0
0 0 1
xxviii
Tabela 27 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
SAN
23
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
91
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
68
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
68
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
23
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
45
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
91
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1
SAN
45
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
113
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
SAN
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
SAN
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0
SAN
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 2 1
SAN
295
E
1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0
SAN
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
363
E
1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1
SAN
363
D
1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0
SAN
340
E
1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1
SAN
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1
SAN
295
D
0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1
SAN
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1
SAN
408
D
0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0
SAN
385
E
0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1
SAN
408
E
1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1
SAN
431
E
0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0
SAN
431
D
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2
SAN
454
E
0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
SAN
454
D
0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SAN
385
D
0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxviii
xxix
Tabela 28 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação descendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
SAN
23
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAN
91
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
68
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
68
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
23
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
45
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
91
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
45
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
113
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
136
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
204
E
1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0
SAN
249
E
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1
SAN
249
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
227
E
1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAN
272
D
1 1 0 1 1 0 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
227
D
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1
SAN
295
E
1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0
SAN
340
D
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
363
E
1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1
SAN
363
D
1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1
SAN
340
E
1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
317
D
1 0 2 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
295
D
1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1
SAN
317
E
1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0
SAN
408
D
1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1
SAN
385
E
1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1
SAN
408
E
1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1
SAN
431
E
1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0
SAN
431
D
1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
SAN
454
E
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
SAN
454
D
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0
SAN
385
D
1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 0
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxix
xxx
Tabela 29 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 1 a 23) quando o teste foi realizado
utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação
ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SAA
23
D
0 0 1 0 1 0 0 0 0 0
SAA
91
D
1 0 1 1 1 1 0 1 0 1
SAA
68
D
1 0 1 1 1 0 1 1 0 1
SAA
68
E
2 0 1 0 1 1 0 0 0 1
SAA
23
E
1 0 1 0 1 0 0 0 0 1
SAA
45
E
1 0 1 0 1 1 2 0 0 1
SAA
91
E
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
SAA
45
D
0 0 1 1 1 0 0 1 1 1
SAA
159
E
2 1 1 1 1 1 0 1 1 1
SAA
113
D
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
113
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
SAA
159
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
204
D
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
204
E
1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1
SAA
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
11
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
12
1
1
0
1
1
1
1
0
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
13
0
1
1
0
0
0
0
1
1
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
14
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxx
15
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
16
0
1
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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17
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0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
0
0
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
18
0
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
19
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
20
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
21
1
1
1
0
1
0
0
0
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
22
0
1
1
0
0
0
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
23
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
xxxi
Tabela 30 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 24 a 43) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 24 25
SAA
23
D
0 0
SAA
91
D
0 0
SAA
68
D
1 0
SAA
68
E
0 1
SAA
23
E
0 0
SAA
45
E
0 0
SAA
91
E
1 1
SAA
45
D
0 1
SAA
159
E
1 1
SAA
113
D
0 1
SAA
136
E
1 1
SAA
181
D
1 1
SAA
113
E
1 1
SAA
136
D
1 1
SAA
159
D
1 1
SAA
181
E
1 1
SAA
204
D
1 1
SAA
204
E
1 1
SAA
249
E
1 1
SAA
249
D
1 1
SAA
272
E
1 1
SAA
227
E
1 1
SAA
272
D
1 1
SAA
227
D
1 1
SAA
295
E
1 1
SAA
340
D
1 1
SAA
363
E
1 1
SAA
363
D
1 1
SAA
340
E
1 1
SAA
317
D
1 1
SAA
295
D
1 1
SAA
317
E
1 1
SAA
408
D
1 1
SAA
385
E
1 1
SAA
408
E
1 1
SAA
431
E
1 1
SAA
431
D
1 1
SAA
454
E
1 1
SAA
454
D
1 1
SAA
385
D
1 1
26
1
1
1
1
0
0
1
0
1
1
1
1
1
1
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1
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1
1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
27
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0
0
0
0
0
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
28
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1
1
0
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1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
29
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1
0
1
0
0
0
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
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1
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1
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1
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1
1
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1
1
1
1
1
30
0
0
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0
0
1
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0
1
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1
1
1
1
1
1
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1
1
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31
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0
0
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32
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0
0
0
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1
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1
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1
1
1
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1
1
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1
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0
0
0
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1
1
1
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1
1
1
1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxxi
35
0
1
0
0
0
0
0
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1
1
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1
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36
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1
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0
0
0
0
0
1
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1
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1
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1
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1
1
1
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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37
1
1
1
0
0
0
1
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1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
38
0
1
1
1
0
0
0
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
39
0
0
1
1
1
1
1
0
1
0
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
40 41 42 43
0
0 0 1
1
1 0 1
0
0 0 1
1
1 1 1
0
0 0 1
0
0 0 0
1
0 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 1 1
0
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
0 1 1
1
0 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 0 1
1
1 0 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
1
1 1 1
xxxii
Tabela 31 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 44 a 63) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentaçaõ ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
SAA
23
D
1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0
SAA
91
D
1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1
SAA
68
D
0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0
SAA
68
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
23
E
0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
SAA
45
E
0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0
SAA
91
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1
SAA
45
D
1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1
SAA
159
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
113
D
1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1
SAA
136
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1
SAA
181
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
113
E
1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
136
D
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
159
D
1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
181
E
1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
204
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
204
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
E
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxxii
xxxiii
Tabela 32 - Respostas apresentadas pelos indivíduos (de 64 a 80) quando o teste foi
realizado utilizando-se apenas o CD compact player em intensidade de 40 dBNS, apresentação ascendente do tempo de atraso interaural e apontando o lugar onde escutou o estímulo.
TIPO TEMPO LADO 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
SAA
23
D
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1
SAA
91
D
1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1
SAA
68
D
1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
SAA
68
E
1 0 2 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAA
23
E
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
SAA
45
E
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0
SAA
91
E
1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SAA
45
D
1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1
SAA
159
E
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAA
113
D
1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
SAA
136
E
1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
SAA
181
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAA
113
E
1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1
SAA
136
D
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1
SAA
159
D
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
181
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 2 1
SAA
204
D
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
204
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
249
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
272
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
272
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
227
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
363
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
340
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
295
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
317
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
D
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
E
1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
408
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
431
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
E
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
454
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SAA
385
D
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 = Centralização
1 = Lateralização para a orelha que iniciou o teste
2 = Lateralização para a orelha em que o estímulo chegou atrasado
xxxiii
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xxxviii
xxxix
ABSTRACT
Purpose: To characterize sound lateralization ability based on interaural time
differences, searching for the minimum interaural time delay required to lateralization
to the lead ear, considering environmental conditions and stimulus presentation
equipment, intensity level, ascending and descending techniques of stimulus
presentation and the response mode used to indicate sound sensation in the
listener’s head as variables. Methods: The procedure developed in order to carry
out this research, referred as Temporal Lateralization Test, was recorded in a
Compact Disc (CD) using binaural presentation of the word “paca” with interaural
time delays ranging from 0 to 500 microseconds (µs). The first CD’s track, used for
practicing, includes 15 binaural presentations of the word “paca” with differences of
0µs, 500µs lag stimulus to the right ear and 500µs lag stimulus to the left ear. The
second track includes 20 delays ranging from 23 to 454µs to the right and to the left
ears, totalizing 40 delays in a descending random run. In the third track the same 40
delays were arranged in an ascending random run. Normal group was composed of
80 young women ranging from 18 to 25 years old. A CD compact player was used
for the stimulus presentation in the following conditions: without audiometer in a
silent environment, using an audiometer in a sound booth, using either 20dBSL or
40dBSL as presentation levels, presenting delays in ascending or descending runs.
Two different response modes were used to indicate the sound sensation origin:
verbal and motor response (pointing to the origin place in the head). Results and
conclusions: Temporal Lateralization Test is adequate to evaluate sound
lateralization ability based on interaural time differences. Mean minimum interaural
time delay required to sound lateralization is 201,4µs to the right ear and 154,6µs to
the left ear in an ascending run, and 293,8µs to the right ear and 237,1µs to the left
in a descending run. The test can be applied in a sound booth either using an
audiometer or not, in a silent environment. When applied in a sound booth either
20dBSL or 40dBSL can be used as presentation levels. Minimum interaural time
delay is about 100µs (0,1ms) smaller in ascending run than in descending run and
the order of the technique is not important. The response mode used to indicate
sound sensation in the listener’s head (verbal or motor response) does not influence
on the minimum interaural time delay required to sound lateralization.
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