2º Relatório Monitoramento de Fauna Terrestre
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2º Relatório Monitoramento de Fauna Terrestre
1 MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE AHE COLÍDER Rio Teles Pires, MT Empresa Executora: Ambiotech Consultoria Equipe de Execução: Coordenação Geral: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos Herpetofauna: Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico) Cyro de Souza Bernardes Avifauna: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico) Biól. Eduardo Weffort Patrial Giuliano Bernardon Mastofauna: Biól. João Marcelo Deliberador Miranda (Resp. técnico) Biól. Itiberê Piaia Bernardi i ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................................ V ÍNDICE DE FOTOS.......................................................................................... VI ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................ X ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................ X ÍNDICE DE GRÁFICOS................................................................................... XII 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 1 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................... 4 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ....................................................... 4 3.1.1 Áreas amostrais ................................................................................... 4 3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções............................................... 4 3.2 MÉTODOS ................................................................................................ 5 3.2.1 Herpetofauna ....................................................................................... 5 3.2.1.1 Metodologias sistematizadas .................................................................. 5 3.2.1.1.1 3.2.1.1.2 3.2.1.1.3 3.2.1.2 3.2.1.2.1 3.2.1.2.2 3.2.1.2.3 3.2.1.3 3.2.1.3.1 3.2.1.3.2 3.2.1.3.3 Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps With Drift Fences, adaptado de CECHIN & MARTINS, 2000) ....................................... 5 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de MARTINS & OLIVEIRA, 1999) .................................................................... 6 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de SCOTT Jr. & WOODWARD, 1994)........................................ 7 Metodologias não sistematizadas ............................................................ 8 Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) ........................................... 8 Procura com Carro (PC) ............................................................................. 9 Encontros ocasionais (EO) ......................................................................... 9 Análise dos Dados................................................................................. 9 Suficiência amostral................................................................................... 9 Taxa de Captura ......................................................................................... 9 Índice de Diversidade .............................................................................. 10 3.2.2 Avifauna............................................................................................. 10 3.2.2.1 Trabalho de campo ..............................................................................10 3.2.2.1.1 Identificação das espécies ....................................................................... 10 3.2.2.2 Análise dos dados ................................................................................15 3.2.3 Mastofauna ........................................................................................ 16 3.2.3.1 Pequenos mamíferos não-voadores ........................................................16 3.2.3.2 Morcegos ............................................................................................18 3.2.3.3 Mamíferos de médio e grande porte .......................................................18 4 RESULTADOS .......................................................................................... 20 4.1 HERPETOFAUNA .......................................................................................20 4.1.1 Fauna Amostrada ............................................................................... 20 4.1.1.1 Parcela 1 - Área de Influência Direta (Canteiro de obras)..........................20 ii 4.1.1.2 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (Reservatório)................................24 4.1.1.3 Parcela 3 - Área de Influência Indireta (Área Controle) .............................27 4.1.1.4 Espécies ameaçadas e protegidas por legislação federal e/ou estadual .......30 4.1.1.5 Espécies endêmicas, raras ou não descritas ............................................30 4.1.1.6 Espécies procuradas para caça ou tráfico ................................................30 4.1.1.7 Espécies de interesse econômico ...........................................................31 4.1.1.8 Espécies de interesse científico ..............................................................32 4.1.1.9 Espécies de interesse médico-veterinário ................................................32 4.1.1.10 Espécies indicadoras de qualidade ambiental...........................................32 4.1.2 Suficiência Amostral .......................................................................... 33 4.1.3 Similaridade entre as Parcelas e Campanhas Amostrais .................... 34 4.1.4 Considerações Finais.......................................................................... 35 4.2 AVIFAUNA ...............................................................................................36 4.2.1 Riqueza de Espécies ........................................................................... 36 4.2.2 Espécies Raras, Ameaçadas de Extinção ou Protegidas por Lei .......... 70 4.2.3 Espécies Endêmicas ........................................................................... 70 4.2.4 Espécies Migratórias .......................................................................... 70 4.2.5 Espécies Bioindicadoras ..................................................................... 70 4.2.6 Suficiência Amostral .......................................................................... 70 4.2.7 Comparação entre as Áreas Amostrais............................................... 72 4.2.7.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras)........................72 4.2.7.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório) ...............................74 4.2.7.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ............................77 4.2.8 Similaridade entre as Áreas ............................................................... 78 4.2.9 Anilhamento....................................................................................... 79 4.2.10 Índice Pontual de Abundância (IPA) .................................................. 81 4.2.11 Índice de Diversidade ........................................................................ 84 4.2.12 Espécimes Coletados.......................................................................... 84 4.2.13 Considerações Finais.......................................................................... 84 4.3 MASTOFAUNA ..........................................................................................84 4.3.1 Esforço Amostral................................................................................ 84 4.3.2 Caracterização da Mastofauna (dados quali-quantitativos)................ 85 4.3.2.1 Pequenos mamíferos não-voadores ........................................................93 4.3.2.2 Morcegos ............................................................................................94 4.3.2.3 Mamíferos de médio e grande porte .......................................................94 4.3.2.4 Espécies ameaçadas.............................................................................95 4.3.2.5 Espécies endêmicas .............................................................................96 4.3.2.6 Espécies migradoras e suas rotas ..........................................................98 4.3.2.7 Bioindicadores .....................................................................................98 4.3.2.8 Espécies exóticas.................................................................................99 4.3.2.9 Espécies cinegéticas.............................................................................99 4.3.2.10 Espécies de importância econômica......................................................100 iii 4.3.2.11 Espécies de risco epidemiológico..........................................................101 4.3.3 Considerações Finais........................................................................ 101 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 103 iv ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1- ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) .............................................. 35 v ÍNDICE DE FOTOS FOTO 1 - MANUTENÇÃO DAS CERCAS-GUIA E DOS BALDES (PITFALLS) SENDO REALIZADA ANTES DA EQUIPE DE CAMPO INICIAR A 2ª CAMPANHA. ÁRVORE CAÍDA SOBRE OS PITFALLS ..........................................................4 FOTO 2 - ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALL TRAPS WHIFH DRIFT FENCES) INSTALADAS NA PARCELA 1, CORRESPONDENTE A AID DO AHE COLÍDER,MT............................................................................................6 FOTO 3 - ABRIGO FLUTUADOR, INSTALADO NOS BALDES (PITFALLS) DAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA ...............................................6 FOTO 4 - COMPRIMENTO TOTAL DA AVE SENDO OBTIDO ............................................. 12 FOTO 5 - VERIFICAÇÃO DE MUDAS DE PENAS (TETRIZES VENTRAIS)............................ 12 FOTO 6 - MENSURAÇÃO DO COMPRIMENTO DE CAUDA................................................ 13 FOTO 7 - LOCAL DE ANILHAMENTO DE AVES NO INTERIOR DA FLORESTA ..................... 13 FOTO 8- ARMADILHAS TIPO SHERMANN® INSTALADAS NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES PARA A CAPTURA DE PEQUENOS MAMÍFEROS ........................ 17 FOTO 9- ARMADILHAS TIPO TOMAHAWK® PARA A CAPTURA DE MAMÍFEROS DE PEQUENO OU MÉDIO PORTE, OU ATÉ MESMO ALGUMAS AVES TERRÍCOLAS ......................................................................................... 17 FOTO 10 - LINHA DE PITFALLS DA ÁREA DO RESERVATÓRIO........................................ 17 FOTO 11 - PEQUENO ROEDOR CAPTURADOS NAS ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALLS) ............................................................................................ 18 FOTO 12 - ROEDOR CAPTURADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALLS).................... 18 FOTO 13 - JUVENIL DE OSTEOCEPHALUS CF. TAURINUS AMOSTRADO NA TRANSECÇÃO FIXA DA PARCELA AID ........................................................ 21 FOTO 14 - ADULTO DE LEPTODACTYLUS PETERSI AMOSTRADO NA TRANSECÇÃO FIXA DA PARCELA AID.................................................................................... 21 FOTO 15- JUVENIL DE RHAEBO GUTTATUS AMOSTRADO POR EO NA AID....................... 23 FOTO 16- ADULTO DE LEPTODACTYLUS LINEATUS AMOSTRADO NAS AIQ NA ADA .......... 25 FOTO 17- JUVENIL DE PALEOSUCHUS TRIGONATUS AMOSTRADO POR EO NA AID .......... 27 FOTO 18- ADULTO DE PHYLLOMEDUSA CF. VAILLANT AMOSTRADA NA TRANSECÇÃO FIXA DA AID PELO MÉTODO DE PSLT ....................................................... 28 vi FOTO 19- ADULTO DE PHYLLOMEDUSA AZUREA AMOSTRADA NA AII PELO MÉTODO DE LSR ................................................................................................. 29 FOTO 20 - ADULTO DE MASTIGODRYAS BODDAERTI AMOSTRADA PELA METODOLOGIA NÃO SISTEMATIZADA DE PALT NA AII................................ 30 FOTO 21 - ADULTO DE PSEUDOBOA NIGRA AMOSTRADA PELA METODOLOGIA NÃO SISTEMATIZADA DE PC NA AII ................................................................ 30 FOTO 22- ADULTO DE PALEOSUCHUS TRIGONATUS ABATIDO POR PESCADORES LOCAIS................................................................................................. 31 FOTO 23 - MÃE-DE-TAOCA (PHLEGOPSIS NIGROMACULATA) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS .......................................................... 72 FOTO 24 - ARAPAÇU-MEIO-BARRADO (DENDROCOLAPTES PICUMNUS) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS ..................................................... 72 FOTO 25 - UIRAPURU-CIGARRA (MACHAEROPTERUS PYROCEPHALUS) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS (MACHO) ....................................... 73 FOTO 26 - GAVIÃO-BRANCO (PSEUDASTUR ALBICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 73 FOTO 27 - GAVIÃO-PEDRÊS (BUTEO NITIDUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 73 FOTO 28 - POMBA-TROCAL (PATAGIOENAS SPECIOSA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 73 FOTO 29 - MARACANÃ-GUAÇU (ARA SEVERUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 74 FOTO 30 - TIRIBA-DO-MADEIRA (PYRRHURA SNETHLAGEAE) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS........................................................................ 74 FOTO 31 - CRICRIÓ (LIPAUGUS VOCIFERANS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 74 FOTO 32 - ANAMBÉ-UNA (QUERULA PURPURATA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................. 74 FOTO 33 - PARIRI (GEOTRYGON MONTANA) CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ..................................................................................... 75 FOTO 34 - MARTINHO (CHLOROCERYLE AENEA) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ..................................................................................... 75 vii FOTO 35 - CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO (MACHO) ....................................................................... 75 FOTO 36 - PAPA-TAOCA (PYRIGLENA LEUCONOTA) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO (MACHO) ....................................................................... 75 FOTO 37 - GUARDA-VÁRZEA (HYLOPHYLAX PUNCTULATUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ..................................................................................... 76 FOTO 38 - ARAPAÇU-DE-GARGANTA-PINTADA (CERTHIASOMUS STICTOLAEMUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ................................................ 76 FOTO 39 - ARAPAÇU-RISCADO (XIPHORHYNCHUS OBSOLETUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ................................................................................ 76 FOTO 40 - MARIA-SEBINHA (HEMITRICCUS MINOR) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO. .................................................................................... 76 FOTO 41 – CABEÇA-ENCARNADA (PIPRA RUBROCAPILLA) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ..................................................................................... 76 FOTO 42 – TIÊ-GALO (LANIO CRISTATUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO (MACHO) .............................................................................................. 76 FOTO 43 - MUTUM-CAVALO (PAUXI TUBEROSA) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO (MACHO)............................................................ 77 FOTO 44 - PICA-PAU-AMARELO (CELEUS FLAVUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO.......................................................................... 77 FOTO 45 – BEM-TE-VI-BARULHENTO (MYIOZETETES LUTEIVENTRIS) REGISTRADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO .................................................. 77 FOTO 46- RABO-BRANCO-RUBRO (PHAETHORNIS RUBER) ANILHADO NA ÁREACONTROLE ............................................................................................ 78 FOTO 47- PAPA-TAOCA (PYRIGLENA LEUCONOTA) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE (FÊMEA)................................................................................................ 78 FOTO 48- BICO-VIRADO-MIÚDO (XENOPS MINUTUS) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE .... 78 FOTO 49- CAURÉ (FALCO RUFIGULARIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA-CONTROLE ............... 78 FOTO 50- MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA .................................................................................................. 96 FOTO 51- TATU-CANASTRA (PRIODONTES MAXIMUS) ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA ................ 96 viii FOTO 52- ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ARIRANHA PTERONURA BRASILIENSIS .......... 96 FOTO 53- ESPÉCIE POTENCIALMENTE AMEAÇADA (DD) REGISTRADA NAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA: LONCHOPHYLLA MORDAX ............. 96 FOTO 54- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADA NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ATELES CHAMECK....................................... 97 FOTO 55- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA: CALLICEBUS MOLOCK ....................... 98 FOTO 56- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA: CHIROPOTES ALBINASUS .................. 98 FOTO 57- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: RHINCONYCTERIS NASO.............................. 98 FOTO 58- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ARTIBEUS GNOMUS .................................... 98 FOTO 59- ESPÉCIE INDICADORA DA QUALIDADE DO AMBIENTE RIBEIRINHO DO RIO TRELES PIRES: PACA CUNICULUS PACA.................................................... 99 FOTO 60- ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO: O CATETO (PECARY TAJACU) ............. 100 FOTO 61- QUEIXADA (TAYASSU PECARI) RECÉM CAÇADA NA ÁREA DESTINADA AO RESERVATÓRIO ................................................................................... 100 FOTO 62- ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: MORCEGO-VAMPIRO (DESMODUS ROTUNDUS) ........................................................................................ 101 FOTO 63- ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: MACACO-PREGO (CEBUS CAY) ....... 101 ix ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1- AMBIENTE E COORDENADAS GEOGRÁFICAS ONDE FORAM INSTALADAS AS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DO AHE COLÍDER..............................6 TABELA 2- AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI IMPLEMENTADA A METODOLOGIA DE ASR PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DO AHE COLÍDER .............................................................8 TABELA 3- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ...................................... 14 TABELA 4- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA DO RESERVATÓRIO .............................................. 14 TABELA 5- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA CONTROLE .......................................................... 14 TABELA 6- ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS REGISTRADOS PELAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER ........................... 22 TABELA 7- ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS REGISTRADOS DURANTE A CAMPANHA DE MONITORAMENTO ............................................................................. 26 TABELA 8- ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS REGISTRADOS PELAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NA PARCELA DE AII DO AHE COLÍDER, MT...................... 29 TABELA 9- ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA POR PARCELA AMOSTRAL........................................................................ 36 TABELA 10- LISTA DE ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NA PRIMEIRA E SEGUNDA FASES DE CAMPO E DAQUELAS CITADAS NO EIA ...... 38 TABELA 11- ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SEGUNDA FASE DE CAMPO ................................................................................................. 71 TABELA 12- TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SEGUNDA CAMPANHA DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER ..................................................... 80 TABELA 13- ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E O IPA GERAL ........................................... 81 x TABELA 14- ESFORÇO AMOSTRAL REALIZADO DURANTE AS DUAS PRIMEIRAS FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA ............................................................. 85 TABELA 15- MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA AHE COLÍDER. TÁXONS/ESPÉCIE, SEGUIDA DE SEU NOME POPULAR E DO MÉTODO DE REGISTRO............................................................................................. 86 xi ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), A LINHA CONTÍNUA REPRESENTA A CURVA MÉDIA E AS LINHAS PONTILHADAS REPRESENTAM OS INTERVALOS DE CONFIANÇA (95%) .............................. 34 GRÁFICO 2- CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SEGUNDA FASE, TOTALIZANDO 247 ESPÉCIES.......................... 71 GRÁFICO 3- CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DO AHE COLÍDER. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO. .... 72 GRÁFICO 4 - CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS PRIMEIRAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA ........................................................ 85 GRÁFICO 5 - NÚMERO DE ESPÉCIES EM CADA ORDEM DE MAMÍFEROS REGISTRADAS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO .................................. 92 GRÁFICO 6 - PROPORÇÕES ENTRE OS DIFERENTES HÁBITOS ALIMENTARES DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS....................................................................... 92 GRÁFICO 7 - SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS ENTRE AS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS ........ 93 GRÁFICO 8 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS PEQUENOS MAMPIFEROS NÃO-VOADORES REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA .................................................................................................. 94 GRÁFICO 9 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MORCEGOS REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA .................................. 94 GRÁFICO 10 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA .................................................................................................. 95 xii 1 APRESENTAÇÃO O AHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, no estado de Mato Grosso. A implantação do AHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento. O Programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados – caso dos remanescentes de Floresta da região do empreendimento – uma vez que permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais. Em 04/01/2011 o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº 02013004996/10-08. Após a emissão da Licença a Copel iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com campanhas trimestrais. Assim sendo, o presente relatório apresenta aos resultados obtidos após a execução da segunda fase de campo do monitoramento de fauna terrestre na área de influência do AHE Colíder, realizada entre 25 de abril e 05 de maio de 2011. 1 2 INTRODUÇÃO Estudos de monitoramento têm com principal objetivo conhecer a influência dos principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos, estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias, suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um empreendimento. As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente, pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da presença ou ausência de alguns táxons. Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al., 1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies estenóica), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio (eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração. A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A 2 fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de habitats naturais a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004). A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução, transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do Pará (HEYER et al., 1999). O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006), sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008). Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008). Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão. É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo executado o monitoramento de fauna do AHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos resultados da segunda campanha de campo serão apresentados na sequência. Nesta etapa, o canteiro de obras e os acessos estavam sendo modificados, situação distinta da encontrada na fase anterior. A movimentação de pessoas e o ruído das máquinas possivelmente tem influência sobre os resultados da pesquisa, pois algumas espécies mais sensíveis evitam habitats alterados. 3 3 3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS 3.1.1 Áreas amostrais As mesmas áreas amostrais avaliadas durante a primeira fase foram mantidas. 3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções Ventos fortes que ocorreram no período compreendido entre as duas campanhas derrubaram um elevado número de árvores no interior da floresta, abrindo novas clareiras e danificando segmentos da cerca-guia da armadilha de queda (pitfalls). Diversas árvores e galhos foram removidos e novas cercas-guia foram instaladas para que o esforço total previsto para os pitfalls fosse idêntico ao utilizado na fase anterior, conforme pode ser observado na Foto 1. FOTO 1 - MANUTENÇÃO DAS CERCAS-GUIA E DOS BALDES (PITFALLS) SENDO REALIZADA ANTES DA EQUIPE DE CAMPO INICIAR A 2ª CAMPANHA. ÁRVORE CAÍDA SOBRE OS PITFALLS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 4 3.2 MÉTODOS 3.2.1 Herpetofauna Durante esta campanha as metodologias sistematizadas foram replicadas nos mesmos ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições disjuntas. 3.2.1.1 Metodologias sistematizadas As metodologias sistematizadas foram realizadas entre os dias 28 de abril e 05 de maio, quando cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias. 3.2.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps With Drift Fences, adaptado de CECHIN & MARTINS, 2000) Em cada parcela de amostragem foram instaladas, duas linhas de pitfalls traps with drift fences, sendo uma delas em sentido ortogonal à transecção principal e a outra em posição paralela em relação à mesma. Cada linha foi composta por 12 baldes de 60 litros (pitfalls), os quais foram instalados a uma distância de 10 metros um do outro, interligados por uma cerca-guia de lona plástica (drift fence) com 50 cm de altura, enterrada cerca de 5 cm de profundidade no solo e mantida em posição vertical por estacas de madeira às quais foi fixada. Para evitar acúmulo de água, os baldes tiveram seu interior perfurado. Em cada balde foi colocado um pedaço de isopor (10 cm X 10 cm), o qual manteve-se suportado por quatro pequenos palitos. Esta estrutura serviu de abrigo para os animais em dias de muito sol e/ou flutuador em períodos de muito acúmulo de água. Cada linha de armadilha permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação do AHE Colíder. Na Foto 2 é possível observar armadilhas de queda (pitfall) instaladas na parcela 1 e na Foto 3 podemos verificar o abrigo flutuador, instalado nos baldes (pitfalls). 5 FOTO 2 - ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALL TRAPS WHIFH DRIFT FENCES) INSTALADAS NA PARCELA 1, CORRESPONDENTE A AID DO AHE COLÍDER,MT FOTO 3 - ABRIGO FLUTUADOR, INSTALADO NOS BALDES (PITFALLS) DAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA FOTO: RAFAEL L. BALESTRIN, 2011 FOTO: RAFAEL L. BALESTRIN, 2011 As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que correspondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de amostragem. Na Tabela 1 é possível verificar o ambiente e as coordenadas geográficas de onde foram instaladas as armadilhas. TABELA 1- AMBIENTE E COORDENADAS GEOGRÁFICAS ONDE FORAM INSTALADAS AS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DO AHE COLÍDER Localidade Ambiente/Fisionomia Parcela 1 AID Floresta 633.193 L 8.786.636 S Parcela 2 ADA Floresta 638.223 L 8.786.191 S Parcela 3 AII Floresta 633.841 L 8.792.321 S 3.2.1.1.2 Coordenadas (UTM 21L) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de MARTINS & OLIVEIRA, 1999) Esta metodologia consistiu em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2 km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central foi vasculhada, mediante o revolvimento do folhiço e de troncos caídos, visando o registro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve suas transecção amostradas durante dois dias por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de procura diurna e uma hora de procura à noite, totalizando um esforço de captura de 18 horas/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amostragem. 6 Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de vocalização, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria das espécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos vocalizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque vocalizam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de vocalização, modificadasde Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006): ü 0 - nenhum indivíduo da espécie vocalizando; ü 1 - número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5; ü 2 - número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10; ü 3 - número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20; ü 4 - formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e não se pode estimar o número de indivíduos (>20). Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada categoria amostral. 3.2.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de SCOTT Jr. & WOODWARD, 1994) Esse método consistiu na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do perímetro de corpos d’água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução. Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos na metodologia de Procura sistematizada limitada por tempo. Alguns grupos de répteis (serpentes, quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este método, já que muitas espécies utilizam os corpos d’água como sítios de forrageamento e/ou reprodução. Durante o período de estudo, foram amostrados seis sítios de reprodução (e.g. brejos, riachos, veredas e poças) (Tabela 2), dois por parcela. As amostragens ocorreram à noite onde três pesquisadores realizaram as transeções durante uma hora. Desta forma obteve-se um esforço de captura de seis horas/homem de amostragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse. 7 TABELA 2- AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI IMPLEMENTADA A METODOLOGIA DE ASR PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DO AHE COLÍDER Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia P1 Parcela 1 AID Lêntico / floresta 0632683 8786066 P2 Parcela 1 AID Lêntico / área aberta 0634065 8786153 P3 Parcela 2 ADA Lótico / área aberta 0638221 8785502 P4 Parcela 2 ADA Lótico / floresta 0638492 8784710 P5 Parcela 3 AII Lótico / campo 0638492 8784710 P6 Parcela 3 AII Lótico / floresta 0635387 8792388 3.2.1.2 Coordenadas (UTM 21L) Metodologias não sistematizadas As metodologias não sistematizadas foram utilizadas para categorizar os animais encontrados de forma aleatória nas áreas de interesse e complementar a lista de riqueza. Estas metodologias foram aplicadas desde o primeiro instante da equipe nas áreas de interesse (26 de abril a 07 de maio) 3.2.1.2.1 Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às parcelas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre outros). Durante este método os locais serão vistoriados detalhadamente, havendo inspeção de tocas, serapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras, troncos caídos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis sítios utilizados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por VANZOLINI et al. (1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das espécies, assim como obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e padrões de atividade. A procura ativa com coleta manual é um método bastante versátil e generalista de detecção e coleta de vertebrados em campo (HEYER et al., 1994). Assim como para a metodologia de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de LIPS et al., 2001 apud RUEDA et al., 2006. 8 3.2.1.2.2 Procura com Carro (PC) A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou atropelados em estradas da região (Sawaya, 2008). O deslocamento da equipe em toda a AII do empreendimento contemplou este método, diariamente. 3.2.1.2.3 Encontros ocasionais (EO) Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em campo, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do monitoramento como de moradores ou trabalhadores locais para que se tenha obtenção de mais evidências da presença destes animais. Esta metodologia contemplou todos aquelas espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava realizando as atividades supracitadas. 3.2.1.3 Análise dos Dados 3.2.1.3.1 Suficiência amostral Foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das espécies. As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um excelente procedimento para avaliar o quanto o método testado se aproximou de identificar as espécies da área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral até formar um platô ou assíntota (MARTINS e SANTOS, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), aproximadamente a riqueza total da área foi amostrada (SANTOS, 2004). As análises foram realizadas com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS 7.52 (Colwell 1994-2005). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em KREBS (1989). 3.2.1.3.2 Taxa de Captura A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de indivíduos avistado pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de espécies de vida social, como 9 por exemplo anfíbios, a abundância foi estimada extrapolando o valor máximo de cada categoria amostral. 3.2.1.3.3 Índice de Diversidade A partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número observado nos ambientes amostrados e assim calculado o índice de diversidade pelo método de Shannon-Wiener (KREBS, 1989) para cada ponto amostral. 3.2.2 Avifauna 3.2.2.1 Trabalho de campo Entre os dias 25 de abril e 06 maio de 2011, foi realizada a segunda campanha de campo do referido monitoramento. Os dois primeiros dias foram destinados apenas para a coleta de dados não-sistematizados, sendo que somente a partir do dia 28 de abril é que os métodos de captura e recenseamento foram aplicados. Os mesmos métodos foram reaplicados nesta segunda fase, descritos a seguir: 3.2.2.1.1 Identificação das espécies A identificação das espécies de aves ocorreu basicamente por meio de três métodos distintos, descritos a seguir: Registro visual (observação direta) Durante todo o período de permanência na área de estudo houve contatos visuais com elementos da avifauna. Todos os táxons foram identificados até o nível de espécie após observação de caracteres de diagnose específicos de cada ave. Equipamentos ópticos foram utilizados para a correta identificação, como binóculos 8x42 mm e lunetas 30x60 mm. Registro auditivo (bioacústico) O registro auditivo consiste no reconhecimento das emissões vocais das espécies em questão. Cada espécie de ave possui vocalizações exclusivas e a experiência dos pesquisadores permite sua correta identificação. Para gravar espécies importantes localmente ou mesmo para solucionar alguma eventual dúvida auditiva, foram 10 utilizados equipamentos profissionais de gravação: dois gravadores Olympus Digital Recorder LS-10 e um gravador Sony TCM-5000, além de três microfones Sennheiser ME-66. As gravações foram armazenadas em acervo particular dos pesquisadores, e em caso de dúvidas a respeito de emissões vocais não conhecidas, os arquivos serão analisados em laboratório e comparados com gravações semelhantes. As gravações serão editadas em softwares específicos e sonogramas serão obtidos utilizando-se softwares de edição de áudio. A técnica do playback foi utilizada para se obter uma melhor visualização de aves crípticas, ou mesmo registrá-las fotograficamente. Para tanto foram utilizadas prioritariamente vocalizações gravadas na área de estudo. Além disso, a mesma técnica foi utilizada para a verificação da presença de algumas espécies esperadas para a região, conforme análise dos hábitats disponíveis. Para tanto, gravações de outras localidades foram tocadas em hábitats propícios à detecção de cada espécie-alvo. Para aplicar a técnica de playback foram utilizados aparelhos para a reprodução de arquivos sonoros contendo bancos de dados dos próprios pesquisadores e amplificadores portáteis de alta qualidade. Registro por captura Algumas espécies de aves somente foram registradas por meio de capturas em redes de neblina. Este método é eficiente para espécies crípticas que habitam o sub-bosque da floresta, pois podem passar despercebidas durante as contagens nos pontos fixos ou durante os deslocamentos pelas transecções devido ao hábito ou por não estar em atividade vocal. A Foto 4 mostra o comprimento total da ave sendo obtido enquanto que a Foto 5 exibe a verificação de mudas de penas (tetrizes ventrais). 11 FOTO 4 - COMPRIMENTO TOTAL DA AVE SENDO OBTIDO FOTO 5 - VERIFICAÇÃO DE MUDAS DE PENAS (TETRIZES VENTRAIS) FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 Avaliações quantitativas As avaliações quantitativas foram realizadas utilizando dois métodos distintos: anilhamento e contagens em pontos de escuta. Abaixo serão descritos os dois métodos. Anilhamento (captura/marcação) Foram instaladas 12 redes de neblina (12 x 3 m; malha 15 e 20 mm) em cada uma das três áreas amostrais (canteiro de obras, reservatório e área controle). Foram despendidos dois dias inteiros de rede em cada área, ou seja, duas manhãs e duas tardes. As redes foram abertas ao amanhecer, permanecendo em funcionamento até o horário mais quente do dia, sendo reabertas no meio da tarde e mantidas em funcionamento até anoitecer. As revisões foram efetuadas a cada 30 minutos. Foram despendidos três dias adicionais apenas para remoção e instalação das redes nas demais áreas amostrais para que o horário de maior movimentação das aves não fosse prejudicado pela atividade de instalação dos petrechos de captura. Todos os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos de pano para posterior marcação com anilhas metálicas coloridas e numeradas. Foram anotadas em ficha de campo as seguintes informações: local de captura (parcela amostral), espécie, sexo, faixa etária, massa corpórea, medidas morfométricas (cúlmen exposto, comprimento do tarso, asa, cauda e total), presença de muda de penas (rêmiges primárias, rêmiges secundárias, retrizes e tetrizes), presença de placa de incubação, 12 ectoparasitas e anomalias. Após o anilhamento, todas as aves foram fotografas e soltas no local onde foram capturadas. A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. A Foto 6 mostra a mensuração do comprimento de cauda, enquanto a Foto 7 exibe o local de anilhamento de aves no interior da floresta. FOTO 6 - MENSURAÇÃO DO COMPRIMENTO DE CAUDA FOTO 7 - LOCAL DE ANILHAMENTO DE AVES NO INTERIOR DA FLORESTA FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 Pontos de escuta Com o objetivo de se obter dados quantitativos adicionais aos obtidos com capturas e marcação, foi utilizado o método de censos em pontos fixos, proposto por BLONDEL et al. (1970), adaptada por por VIELLIARD & SILVA (1990) e BIBBY (1992). Os censos em pontos fixos foram conduzidos nas três áreas amostrais. Em cada área foi aberta uma picada de 2 km de comprimento onde foram estabelecidos seis pontos de contagem. A distância entre cada ponto foi de no mínimo 300 m para garantir a independência amostral. As contagens foram conduzidas apenas pela manhã, pois o período da tarde apresenta baixa movimentação de aves, dando a falsa impressão dos táxons não estarem presentes. O tempo de duração em cada ponto de escuta foi de 15 minutos. O raio de detecção estipulado foi de 150 m de cada lado da linha central. As coordenadas geográficas de todos os pontos de contagem das três áreas amostrais podem ser consultadas na Tabela 3, na Tabela 4 e na Tabela 5. 13 TABELA 3- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS Ponto Coordenadas geográficas UTM (fuso 21 L) Ambiente presente P1 633.754 L 8.787.232 S Floresta rala de solo pedregoso P2 633.545 L 8.787.013 S Floresta rala de solo pedregoso P3 633.328 L 8.786.787 S Mata de terra firme P4 633.125 L 8.786.563 S Mata de terra firme P5 632.923 L 8.786.320 S Mata de terra firme P6 632.706 L 8.786.052 S Mata de várzea TABELA 4- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA DO RESERVATÓRIO Ponto Coordenadas geográficas UTM (fuso 21 L) Ambiente presente P1 638.282 L 8.786.427 S Floresta ciliar do rio Teles Pires P2 638.406 L 8.786.146 S Mata de terra firme P3 638.481 L 8.785.844 S Mata de terra firme P4 638.227 L 8.785.474 S Mata de terra firme P5 637.930 L 8.785.268 S Mata de terra firme P6 638.045 L 8.784.956 S Mata de terra firme TABELA 5- COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE ESCUTA DA TRANSECÇÃO DA ÁREA CONTROLE Ponto Coordenadas geográficas UTM (fuso 21 L) Ambiente presente P1 633.600 L 8.792.079 S Mata de terra firme P2 633.989 L 8.792.294 S Mata de terra firme P3 634.416 L 8.792.451 S Mata de terra firme P4 634.751 L 8.792.263 S Mata de terra firme P5 635.115 L 8.792.340 S Mata de terra firme P6 635.491 L 8.792.407 S Mata de terra firme Os dados obtidos com este método foram apresentados pelo Índice Pontual de Abundância (IPA). O IPA de cada espécie foi obtido dividindo-se o número de contatos de cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um valor médio de contatos de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a abundância de cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele período do ano. As contagens tiveram início ao amanhecer, prosseguindo até as 11:00 h. Qualquer espécie da avifauna identificada visual e/ou auditivamente em cada ponto foi considerada. Um cuidado adicional com o deslocamento de cada ave foi tomado para 14 se evitar sobrecontagens. Espécies coloniais ou que se reúnem para rituais de corte (comportamento de lek) foram registradas como um único contato. Cabe ressaltar que foram despendidos outros dois dias de amostragem apenas para coleta de dados não-sistematizados. Este método é muito eficiente, pois propicia a amostragem de locais de interesse, com dedicação total à busca de espécies importantes para o estudo, sem a preocupação de desconsiderar dados ou hábitats importantes para ficar restrito apenas aos métodos descritos acima. 3.2.2.2 Análise dos dados Após a obtenção dos dados em campo, foram feitas algumas análises para efeito comparativo com as fases subsequentes. Abaixo são descritas as análises consideradas. Curva do Coletor As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um bom procedimento para avaliar o quanto um inventário se aproxima de identificar todas as espécies esperadas para a área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicialmente ascendente, de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral, até formar um platô ou assíntota (MARTINS & SANTOS, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), grande parte da riqueza total da área foi amostrada (SANTOS, 2004). Similaridade entre as áreas amostrais A análise de Cluster foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as três áreas amostrais, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (KREBS, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. Os dados foram compilados em uma matriz de presença ausência e os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (CLARKE & GORLEY, 2001). O índice de similaridade entre as áreas pode variar entre 0 e 100%. Quanto maior for o valor percentual obtido com a análise de similaridade, mais semelhantes são as áreas comparadas. 15 3.2.3 Mastofauna Para o monitoramento de mamíferos foram empregadas as estratégias tradicionais para inventários de mamíferos, igualmente divididas em cada parcela amostral (PARDINI et al., 2003). 3.2.3.1 Pequenos mamíferos não-voadores Foram empregados dois conjuntos de metodologias complementares: ü 3 armadilhas de interceptação e queda (pitfall); ü 4 armadilhas fotográficas; e ü 150 armadilhas de captura viva (live traps) de dois tipos: Tomahawk® e Shermann®. As armadilhas de interceptação e queda foram constituídas por uma série de 24 baldes (60 litros) enterrados e distanciados entre sí por 10m, totalizando 240 m. Foi armada uma armadilha de interceptação e queda (um conjunto de pitfalls) em cada área amostral. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura composta por banana, paçoca, farinha de milho, pedaços de toucinho e castanha-doPará, sendo armadas 50 unidades em cada área amostral. Ambos os tipos de armadilhas foram revisados pela manhã, a cada dia, e re-iscados conforme a necessidade. Os dois conjuntos de metodologias empregados para a captura de pequenos mamíferos não-voadores permaneceram amostrando por seis dias consecutivos e simultaneamente, nas três áreas amostrais. Os primeiros pequenos mamíferos não-voadores capturados foram sacrificados, taxidermizados e depositados no Museu de História Natural Capão da Imbuia como material testemunho e para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram marcados com brincos numerados e soltos na mesma parcela amostral em que foram capturados. Todos os indivíduos capturados foram pesados, e as seguintes medidas foram obtidas: comprimento da cabeça e corpo (CC) e comprimento da cauda (CA). Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de identificação de BONVICINO et al. (2008) e das descrições apresentadas em ROSSI et al. (2006) e OLIVEIRA & BONVICINO (2006). Na Foto 8 é possível visualizar as armadilhas tipo Shermann® usadas para captura de pequenos mamíferos, enquanto que na Foto 9 visualiza-se armadilhas tipo Tomahawk®. 16 FOTO 8ARMADILHAS TIPO SHERMANN® INSTALADAS NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES PARA A CAPTURA DE PEQUENOS MAMÍFEROS FOTO 9- ARMADILHAS TIPO TOMAHAWK® PARA A CAPTURA DE MAMÍFEROS DE PEQUENO OU MÉDIO PORTE, OU ATÉ MESMO ALGUMAS AVES TERRÍCOLAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 A Foto 10 mostra a linha de pitfalls para a área do reservatório. FOTO 10 - LINHA RESERVATÓRIO DE PITFALLS DA ÁREA DO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 17 Já a Foto 11 e a Foto 12 mostram pequeno roedor capturados nas armadilhas de queda (pitfalls). FOTO 11 - PEQUENO ROEDOR CAPTURADOS NAS ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALLS) FOTO 12 ROEDOR CAPTURADO ARMADILHAS DE QUEDA (PITFALLS) FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 3.2.3.2 NAS Morcegos Para a captura de morcegos foram empregadas 12 redes de neblina (6 x 3 m) que pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por duas noites consecutivas em cada parcela amostral. As redes de neblina foram revisadas a cada 40 minutos e os morcegos capturados foram acondicionados em sacos de algodão, para a posterior triagem. Os animais capturados foram pesados e tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros morcegos capturados de cada espécie foram sacrificados e preparados em via úmida para serem depositados em coleções zoológicas como material testemunho e para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram identificados, marcados com anilhas metálicas coloridas e numeradas em seus antebraços. Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos de VIZZOTO & TADDEI 1973 e LIM & ENGSTRON (2001), associada às descrições apresentadas por REIS et al. (2007). 3.2.3.3 Mamíferos de médio e grande porte Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de metodologias: a busca por vestígios da sua presença (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e a busca por 18 registros diretos da presença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.). As pegadas e rastros foram identificadas segundo os guias de pegadas de GONZÁLEZ (2001), OLIVEIRA & CASSARO (2005) e MAMEDE & ALHO (2008). Foi utilizado também o método de obtenção de registros de mamíferos por meio de armadilhas fotográficas (câmera traps). Foi instalada uma armadilha fotográfica em cada uma das três áreas amostrais, e um quarto equipamento extra foi instalado sem local pré-determinado, quando encontravam-se indícios da presença de animais de interesse. 19 4 RESULTADOS 4.1 HERPETOFAUNA 4.1.1 Fauna Amostrada 4.1.1.1 Parcela 1 - Área de Influência Direta (Canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences) (AIQ) Nesta parcela, as armadilhas de interceptação e queda amostraram um total de sete indivíduos de três espécies de anfíbios (Chiasmocleis shudikarensis, Leptodactylus hylaedactyla, Pseudopaludicola ternetzi) e uma espécie de lagarto (Gonatodes sp.) (Tabela 6). A taxa de captura foi de 0,05 espécimes hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, um anfíbio a cada 17 horas de funcionamento das armadilhas. A taxa de captura das armadilhas manteve-se estabilizada entre as duas estações amostradas, contudo foram registras espécies distintas nos diferentes momentos. Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Nesta campanha a metodologia de PSLT registrou aproximadamente 27 indivíduos de quatro espécies de anfíbios anuros (Osteocephalus cf. taurinus (Foto 13), Hypsiboas geografica, Leptodactylus hylaedactyla Leptodactylus petersi) (Tabela 6). Leptodactylus hylaedactyla vocalizou também durante as transecções diurnas. Leptodactylus petersi (Foto 14) vocalizou durante as transecções noturnas em lagoas formadas pela várzea do Rio Teles Pires. A taxa de captura correspondeu a aproximadamente 1,5 espécimes hora/homem de procura ou o equivalente a três espécimes a cada duas horas de busca. 20 FOTO 13 - JUVENIL DE OSTEOCEPHALUS CF. TAURINUS AMOSTRADO NA TRANSECÇÃO FIXA DA PARCELA AID FOTO 14 - ADULTO DE LEPTODACTYLUS PETERSI AMOSTRADO NA TRANSECÇÃO FIXA DA PARCELA AID FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) A metodologia de ASR registrou um total de, aproximadamente, 68 espécimes de oito espécies de anfíbios anuros e uma espécie de serpente (Bothrops moojeni) (Tabela 6). A taxa de captura foi de, aproximadamente, 11, 3 espécimes/hora/homem. Os animais foram registrados, principalmente, no ponto P2 em área aberta. Em comparação com os resultados obtidos na campanha passada, a metodologia de ASR foi a que expressou a maior diferença entre os dois momentos. Nesta campanha, a abundância relativa das espécies foi menor do que a observada na campanha passada o que, provavelmente, representa o final da estação chuvosa e também a maior atividade das máquinas na área. Essa tendência poderá se confirmar na próxima campanha, quando no auge da estação seca e atividades no canteiro de obras. Do total de resultados obtidos pelas metodologias sistematizadas, aplicadas na AID, foram registrados 103 espécimes de 15 espécies (13 espécies de anfíbios anuros uma espécies de lagarto e uma espécie de serpente). O índice de diversidade de ShannonWiener foi de SW = 2,03. A Tabela 6 apresenta as espécies de anfíbios e répteis registrados pelas metodologias sistematizadas na parcela de AID do AHE Colíder durante a campanha de monitoramento realizada entre os dias 28 de abril e 05 de maio de 2011. 21 TABELA 6- ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS REGISTRADOS PELAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER Táxon Espécie n Métodos Bufonidae Rhinella cf.marina 21 AQ, ASR Hylidae Dendropsophus minutus 5 ASR Dendropsophus nanus 20 ASR AMPHIBIA ANURA Hypsiboas albopunctatus ASR Hypsiboas geographicus 1 PSLT Hypsiboas sp. 1 ASR Osteocephalus cf. taurinus 1 PSLT Scinax fuscomarginatus 5 ASR Scinax nebulosus 1 ASR Leiuperidae Pseudopaludicola ternetzi 1 PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus 29 AQ, PSLT Leptodactylus petersi 5 PSLR Chiasmocleis shudikarensis 1 AQ Gekkonidae Gonatodes sp. 1 AQ Viperidae Bothrops moojeni 1 ASR, PSLR Microhylidae REPTILIA SQUAMATA Registros não sistematizados Diversas espécies foram registradas na AID através das metodologias não sistematizadas, principalmente, pela metodologia de PALT. Com a adição destes registros, a riqueza observada aumenta, passando a descrever 24 espécies (20 espécies de anfíbios, uma espécies de serpente, duas espécies de lagartos e um jacaré). Das espécies que não foram registradas pela metodologia sistematizada destacam-se os anfíbios Hypsiboas boans, Leptodactylus labyrinticus, Leptodactylus pentadactylus, Leptodactylus rhodomystax, Physalaemus cuvieri, Rhaebo guttatus (Foto 15) os lagartos Cercosaura eigenmanni e Kentropix calcarata e o jacaré Paleosuchus trigonatus. 22 FOTO 15- JUVENIL DE RHAEBO GUTTATUS AMOSTRADO POR EO NA AID FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 Em números absolutos, os valores obtidos nesta campanha são muito semelhantes àqueles observados na campanha anterior. No entanto, em uma análise específica pode-se notar uma redução na abundância relativa das espécies de anfíbios, muitas das quais registradas de maneira fortuita o que, provavelmente, representa o final da estação chuvosa e redução da atividade destes animais. A diversidade de serpentes foi menor, o que pode estar associada à redução da atividade dos anfíbios que caracterizam uma dos principais recursos utilizados pelas espécies amazônicas. A atividade acentuada das máquinas e retirada da cobertura florestal no local também pode justificar, pelo menos em parte, as diferenças observadas na riqueza e abundância das espécies entre os dois momentos. Por exemplo, a serpente Corallus hortulanus é geralmente observada em ambientes florestais associados a corpos d´água. Na campanha anterior exemplares foram capturados nas margens do rio Teles Pires, na área onde cruza o eixo principal da barragem, o que não aconteceu neste período, provavelmente em conseqüência da remoção da cobertura florestal naquele local. Estas informações podem ser complementadas com os registros obtidos pela equipe do regate de fauna. Outra espécie que poderá representar um exemplo da interferência das atividades do canteiro de obras na herpetofauna local é Hypsiboas boans. Nesta campanha esta espécie estava em atividade de vocalização nas margens do Rio Teles Pires onde era nítida a diferença entre as áreas ainda intactas quando comparadas com aquelas que 23 já haviam sofrido descaracterização por ocasião do desmatamento. Provavelmente, a espécie não será amostrada na área do canteiro de obras nas próximas campanhas. 4.1.1.2 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (Reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps With Drift Fences) (AIQ) As AIQ amostraram um total de 34 espécimes de cinco espécies de anfíbios anuros (Chiasmocleis shudikarensis, Elachistocleis sp., Eleutherodactylus sp., Leptodactylus lineatus (Foto 16) e Rhinella margaritifera) duas espécies de serpentes (Thyphlops reticulatus e Liophis taeniogaster) e uma espécie de lagarto (Kentropix calcarata) (Tabela 7). A espécie mais freqüente foi Chiasmocleis shudikarensis, com 20 espécimes capturados, o que representou, aproximadamente, 58% do total de espécimes amostrados. A taxa de captura foi de 0,2 espécime/hora/balde, o que equivale a um espécime capturado a cada quatro horas de esforço das armadilhas. As AIQ mostraram-se mais eficientes nesta campanha, capturando um maior número de indivíduos e espécies quando comparado com a campanha anterior. Estes resultados podem ser explicados, pelo menos em parte, por algumas hipóteses não excludentes: Ø Nesta campanha, as AIQ já estavam instaladas, inseridas no contexto do ambiente, o que poderia favorecer uma maior taxa de captura do que aquela obtida no momento de sua implementação, quando o solo foi escavado e limpo; Ø Nesta campanha foram capturados diversos filhotes de Rhinella margaritifera e nenhum adulto. Esse resultado também foi observado para outras metodologias (PSLT e PALT) sugerindo período de recrutamento da espécie, representada pela conversão de ímagos em filhotes. A espécie mais abundante, capturada nas AIQ, foi Chiasmocleis shudikarensis. Pouco se sabe acerca da história natural desta espécie, além de que é um anfíbio de hábitos fossórios que vive sob folhas em ambientes de floresta. A reprodução ocorre entre março e maio (LIMA et al., 2005) o que poderia explicar a maior abundância da espécie neste período. 24 FOTO 16- ADULTO DE LEPTODACTYLUS AMOSTRADO NAS AIQ NA ADA LINEATUS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) A metodologia de PSLT amostrou, aproximadamente, 45 espécimes de 7 espécies de anfíbios anuros, 3 espécies de cobras e 2 espécies de lagartos (Tabela 7). A espécie mais abundante foi Leptodactylus hylaedactyla que, assim como observado na AID, apresentou atividade de vocalização, inclusive durante o dia. Foram registrados aproximadamente 21 exemplares desta espécie, o que corresponde a, aproximadamente, 46% do total de espécimes amostrados. Ao contrário de Leptodactylus andreae (espécie sintópica), machos de Leptodactylus hileadactyla permanecem vocalizando até o final da estação chuvosa. Também foram capturados diversos filhotes de Rhinela margaritifera (n = 7) e nenhum adulto, sugerindo período de recrutamento da espécie. A taxa de captura correspondeu a 2,5 espécimes registrados a cada hora/homem de PSLT. Amostragem em sítio de reprodução (ASR) A única espécie registrada em atividade de vocalização nos sítios reprodutivos foi Leptodactylus hylaedactyla (n = 20). Além desta espécie, foi registrado um exemplar da serpente Corallus hortulanus. A taxa de captura foi de, aproximadamente, 3,5 espécimes/hora/homem de procura. Os sítios reprodutivos da ADA estão localizados na mata e parecem seguir o padrão observado na AID, com pouca ou nenhuma atividade. Como já mencionado, este padrão deve refletir o final da estação chuvosa, com menor atividade reprodutiva dos anfíbios anuros. 25 Do total de resultados obtidos pelas metodologias sistematizadas aplicadas na AID, foram registrados 101 espécimes de 18 espécies de anfíbios anuros, 4 espécies de serpentes e 2 espécies de lagartos (Tabela 7). O índice de diversidade foi de SW = 1,88. TABELA 7- ESPÉCIES MONITORAMENTO DE ANFÍBIOS Táxon E RÉPTEIS REGISTRADOS DURANTE A CAMPANHA Espécie n Métodos Bufonidae Rhinella margaritifera 15 AIQ, PSLT Hylidae Phyllomedusa azurea 1 PSLT Osteocephalus leprieuri 1 PSLT Leiuperidae Pseudopaludicola ternetzi 1 PSLT Leptodactylidae Eleutherodactylus sp. 1 PSLT Leptodactylus hylaedactyla 41 ASR, PSLT Leptodactylus lineatus 1 AQ Leptodactylus mystaceus 1 PSLT Leptodactylus rhodomistax 4 PSLT Chiasmocleis shudikarensis 20 AIQ Elachistocleis sp. 1 AIQ Gymnophtalmidae Cercosaura eigenmanni 1 PSLT Teidae Kentropix calcarata 6 AIQ, PSLT Typhlopidae Typhlops reticulatus 1 AQ Boidae Corallus hortulanus 2 ASR, PSLT Diapsidae Liophis taeniogaster 1 AIQ Mastigodryas bodaerti 1 PSLT Bothrops moojeni 2 PSLT DE AMPHIBIA ANURA Microhylidae REPTILIA SQUAMATA Viperidae Diversos animais foram registrados pelas metodologias não sistematizadas, principalmente pela PALT. Com a adição destes registros, a riqueza observada aumenta, passando a descrever 20 espécies, das quais 13 espécies de anfíbios anuros, 4 espécies de serpentes, 2 espécies de lagartos e 1 espécie de jacaré. Das espécies que não foram registras pelas metodologias sistematizadas, descrevem-se: os anfíbios Hypsiboas boans, Rhaebo guttatus e o jacaré Paleosuchus trigonatus. A ADA engloba algumas espécies que poderiam servir de modelos para estudos de interesse específicos. A serpente Corallus hortulanus poderia constituir um bom 26 modelo para estudos de autoecologia. Somente nesta campanha foram amostrados 4 exemplares nas duas noites de coleta na ADA. O jacaré Paleosuchus trigonatus também poderá servir de modelo para estudos específicos por ser abundante na área do reservatório, de fácil captura e marcação e por estar diretamente relacionada à condição hídrica atual (Foto 17). Estudos com esta espécie poderiam expressar diversas implicações provenientes da implementação do reservatório. FOTO 17- JUVENIL DE PALEOSUCHUS AMOSTRADO POR EO NA AID TRIGONATUS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 4.1.1.3 Parcela 3 - Área de Influência Indireta (Área Controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps With Drift Fences) (AIQ) Nesta campanha nenhuma espécie foi amostradas nas AIQ na AII. No momento da abertura dos baldes foram encontradas dois exemplares da serpente Leptothyphlops sp. que encontravam-se, acidentalmente, dentro de um dos baldes sobre o abrigo flutuador. Não há razões aparentes para justificar a ausência de captura nas armadilhas da AII. Contudo, a construção das AIQ próximas a área onde está sendo construída a estrada nova, de acesso para o canteiro de obras, poderá implicar na realocação da mesma para um local livre das possíveis interferências provocadas pela mesma. Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Durante esta campanha, a metodologia de PSLT registrou um total de aproximadamente 21 espécimes de 2 espécies de anfíbios anuros (Tabela 8). A râ 27 Leptodactylus hylaedactyla foi abundante nas parcelas vocalizando, inclusive, durante o dia. E a perereca Phyllomedusa cf. vaillant (Foto 18) encontrada se deslocando pelo chão da floresta, longe de qualquer corpo d´água. A taxa de captura foi de 1,16 exemplares a cada hora/homem de PSLT. A riqueza de espécies, abundância relativa e, consequentemente, a taxa de captura observadas nesta campanha foram menores do que aquelas da campanha anterior. A transição entre o período chuvoso e seco poderia justificar, pelo menos em partes, estas diferenças. As transecções da AII estão distantes da água, bem como das margens do rio, o que poderia implicar numa redução de atividade dos animais mesmo antes do auge da seca. Outra hipótese a ser considera é de que a intensa movimentação e obras para construção da estrada de acesso para o AHE de Colíder possam estar afetando a herpetofauna local. Desta forma sugere-se a realocação da transeção fixa para área distante das obras citadas anteriormente. FOTO 18- ADULTO DE PHYLLOMEDUSA CF. VAILLANT AMOSTRADA NA TRANSECÇÃO FIXA DA AID PELO MÉTODO DE PSLT FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Nos sítios reprodutivos foram registrados, 33 espécimes de oito espécies (7 espécies de anfíbios e 1 espécie de serpente (Tabela 8). Do total de espécies registras, apenas duas estavam em atividade de vocalização, Phyllomedusa azurea (Foto 19), no sítio P6 localizado na floresta e Hypsiboans albopunctata, no sítio P5 em área aberta. Provavelmente esse comportamento expresse a transição entre o período de chuvas e seca e menor atividade dos anfíbios anuros. Também foi nítida a diferença entre a 28 riqueza de espécies observada entre os sítios P6 e P5. A riqueza de espécies na mata (duas espécies) foi menor do que aquela observada na área aberta (quatro espécies). Esse padrão esteve presente nos sítios de amostragem das outras parcelas. A taxa de captura foi de 5,5 exemplares hora/home de procura nos sítios reprodutivos. FOTO 19- ADULTO DE PHYLLOMEDUSA AMOSTRADA NA AII PELO MÉTODO DE LSR AZUREA FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 Do total de resultados obtidos pelas metodologias sistematizadas, aplicadas na AII, foram registrados, 54 espécimes de sete espécies (6 espécies de anfíbios e 1 espécie de serpente). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 1,67. TABELA 8- ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS REGISTRADOS PELAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NA PARCELA DE AII DO AHE COLÍDER, MT Táxon Espécie n Métodos AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella cf.marina Hylidae Hypsiboas albopunctata 10 ASR Hypsiboas geografica 1 ASR Leptodactylidae ASR Phyllomedusa azurea 10 ASR Phylomedusa cf. vaillant 1 PSLT Leptodactylus hylaedactyla 20 PSLT Leptodactylus labirinticus 8 ASR Bothrops moojeni 2 ASR REPTILIA SQUAMATA Viperidae A metodologia não sistematizada amostrou sete espécies (três espécies de anfíbios e quatro espécies de serpentes) que não haviam sido registradas nesta campanha pela metodologia sistematizada. Considerando-se todos os registros efetuados na área, 29 independente da metodologia utilizada, a riqueza passa a descrever um total de 15 espécies, das quais, 10 espécies de anfíbios anuros e 5 espécies de serpentes. Do total de espécies amostradas, as que não foram registradas pela metodologia sistematizada são os anuros, Leptodactylus fuscus, Physalaemus cuvieri, Pseudopaludicola ternetzi e as serpentes Leptodeira annulata, Liophis reginae, Mastigodryas bodaerti (Foto 20), e Pseudoboa nigra (Foto 21). FOTO 20 ADULTO DE MASTIGODRYAS BODDAERTI AMOSTRADA PELA METODOLOGIA NÃO SISTEMATIZADA DE PALT NA AII FOTO 21 - ADULTO DE PSEUDOBOA AMOSTRADA PELA METODOLOGIA SISTEMATIZADA DE PC NA AII FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 4.1.1.4 NIGRA NÃO Espécies ameaçadas e protegidas por legislação federal e/ou estadual Não existe lista estadual disponível para o Mato Grosso e, até o momento não foram registradas espécies que estejam relacionadas em listagens universais. 4.1.1.5 Espécies endêmicas, raras ou não descritas Deve-se continuar dando atenção especial aquelas espécies ubiquitárias que possam representar complexos de espécies, Por exemplo, aquelas do gênero Tropidurus e Liophis (Strussmann, 2000). 4.1.1.6 Espécies procuradas para caça ou tráfico Pelo menos duas das espécies que compõem a herpetofauna da região estudada sofrem pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus e o jacaré Paleosuchus trigonatus. Nesta campanha foi confirmada a atividade de caça do jacaré Paleosuchus 30 trigonatus na ADA (Foto 22). Como já advertido essa espécie de jacaré poderia compor projetos de interesse específico que ajudariam a descrever as implicações do empreendimento na herpetofauna local. FOTO 22- ADULTO DE PALEOSUCHUS ABATIDO POR PESCADORES LOCAIS TRIGONATUS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 4.1.1.7 Espécies de interesse econômico Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens “Espécies procuradas para caça” e “Espécies de interesse veterinário” por representarem animais que fazem parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico. 31 4.1.1.8 Espécies de interesse científico Em uma primeira abordagem pode-se dizer que todas as espécies da região têm algum interesse científico, pois muito pouco se sabe sobre a biologia/ecologia das mesmas. Além dos diversos trabalhos em andamento, existe uma infinidade de temas científicos que podem ser propostos acerca das espécies que compõem estas taxocenoses. Mesmo formas muito comuns podem corresponder a complexos de espécies novas. Podem-se observar espécies que correspondem a registros novos para o estado do Mato Grosso, como por exemplo, Amphisbaena brasiliana e outras que representam táxons novos em processo de descrição, como Amphisbaena sp. A continuidade das campanhas de monitoramento fornecerá mais informações acerca da taxocenose local e provavelmente novas questões serão propostas acerca deste tema. 4.1.1.9 Espécies de interesse médico-veterinário Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as jararacas, Bothrops atrox, Bothrops moojeni, Bothropoides taeniatus, Lachesis muta, Micrurus sp. Micrurus lemniscatus, Micrurus paranaensis e Micrurus surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. Além destas, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf. schneideri, R. margaritifera), que podem ocasionar intoxicação em animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos. 4.1.1.10 Espécies indicadoras de qualidade ambiental Por ocuparem tanto ambientes terrestres quanto aquáticos, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto, segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita apresentar alta abundância e freqüência de ocorrência em determinada área. Neste sentido, espécies de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implementação e funcionamento do AHE Colíder. Apesar da boa representatividade e freqüência de algumas espécies nas áreas de interesse, pode ser prematura a indicação destas como bioindicadoras. Considerações 32 mais conclusivas acerca do real status destas espécies nas áreas de amostragem surgirão ao longo das demais campanhas à medida que a base de dados se torne robusta. 4.1.2 Suficiência Amostral A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos através das metodologias sistematizadas implementadas nas parcelas de amostragem. Até o momento estas metodologias registram um total de 44 espécies nas parcelas de interesse. A curva de suficiência amostral apresentou formato ascendente, indicando que o número de espécies da herpetofauna nas parcelas de interesse é superior ao registrado pelas metodologias sistematizadas até o momento (Gráfico 1). O estimador de riqueza Jacknife projetou um total de 59 espécies (SD = 3,16) para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (44 espécies), pode-se afirmar que a metodologia aplicada amostrou, aproximadamente, 74% do total de espécies estimadas. 33 GRÁFICO 1 - CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), A LINHA CONTÍNUA REPRESENTA A CURVA MÉDIA E AS LINHAS PONTILHADAS REPRESENTAM OS INTERVALOS DE CONFIANÇA (95%) 4.1.3 Similaridade entre as Parcelas e Campanhas Amostrais A análise de Cluster dos índices de similaridade (Bray-Curtis), estimados para as amostras, apresentou um agrupamento das parcelas em dois grupos separados ao nível de, aproximadamente, 23% de similaridade. As parcelas com maior índice de similaridade foram AII1 e ADA1 com, aproximadamente, 47%. O segundo grupo com maior índice de similaridade foi constituído pela parcela AID (AID1 e AID2) entre as duas campanhas com, aproximadamente, 37%. As parcelas AII2 e ADA2 ficaram isoladas das demais (Figura 1). Estes resultados podem estar expressando a heterogeneidade das parcelas amostradas. Nitidamente as parcelas AII e ADA constituem ambientes mais heterogêneos do que aqueles observados na parcela AID e, portanto, podem implicar em taxas de similaridade mais próximas mesmo que em valores baixos. À medida que o canteiro de obras for se configurando, menor será a heterogeneidade do ambiente e, naturalmente, os índices de similaridade serão maiores quando comparada esta parcela ao longo das campanhas de monitoramento. 34 FIGURA 1- ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DAS METODOLOGIAS SISTEMATIZADAS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) 4.1.4 Considerações Finais No total de campanhas realizadas, as metodologias sistematizadas registraram um total de 44 espécies da herpetofauna nas parcelas de interesse. Quando são acrescidos os resultados obtidos pelas metodologias não sistematizadas, a riqueza de espécies aumenta consideravelmente, passando a descrever 59 espécies de répteis e anfíbios. As metodologias sistematizadas continuam produzindo diferentes respostas entre as parcelas de interesse. Como já mencionado, diferenças estruturais entre os ambientes podem promover diferentes respostas, mesmo quando utilizadas metodologias e esforços de captura idênticos, entre as parcelas de amostragem. Um esforço de captura maior, por parte das metodologias sistematizadas, poderia mitigar os efeitos provocados pela diferença na composição estrutural entre as parcelas. A menor riqueza, abundância relativa e taxas de captura observadas nas parcelas de amostragem, provavelmente, estão relacionadas a transição entre o período de chuvas e a estação seca (Tabela 9). Nitidamente percebe-se uma menor atividade de vocalização dos anfíbios anuros em conseqüência do término da estação reprodutiva. Na próxima campanha, ápice da estação seca, a riqueza da anurofauna deverá ser ainda menor. Porém, não se descarta a interferência das obras nas parcelas AID e, principalmente, AID. A descaracterização do ambiente na ADA e retirada da cobertura florestal certamente contribui para redução da riqueza e abundância das espécies. A tendência é de que não sejam mais encontras espécies estenóicas de mata e que 35 aumente a ocorrência de espécies eurióticas de áreas abertas. A região já demonstra sinais evidentes de desconfiguração do hábitat em virtude dos efeitos históricos provocados por décadas de exploração da madeira, pecuária e agricultura, de forma que já exista um aporte de espécies eurióticas na região capazes de colonizar ambientes alterados. Destas, destacam-se os anfíbios Leptodactylus labirintycus, Hypsiboans albopunctata, Dendropsophus minutus, Rhinella cf. marina e as serpentes Liophis reginae e Bothrops moojeni entre outras (Strüssmann, 2000). TABELA 9- ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA POR PARCELA AMOSTRAL Método Taxa de captura Parcela Diversidade Riqueza (espécies (espécimes/hora/homem) (SW) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR AID1 8 8 11 0,05 1,5 16,5 2,29 ADA1 5 8 2 0,11 0,94 1,08 2,19 AII1 5 6 7 0,09 0,38 2,66 2,39 AID2 4 4 9 0,05 1,5 11,33 2,03 ADA2 8 12 2 0,20 2,5 3,50 1,88 AII2 - 2 8 - 1,16 5,5 1,67 Nota: AID = área de influência direta (canteiro de obras), ADA = área diretamente afetada (reservatório) e AII = área de influência indireta (controle)) e metodologia sistematizada (AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada em transecção livre e ASR =amostragem em sítio reprodutivo. SW = índice de Shannon-Wiener Vale destacar que, ao longo das campanhas de monitoramento, serão produzidos dados capazes de estabelecer comparações mais apuradas entre as parcelas de amostragem e, até mesmo, entre ambientes que as compõem. Seria de real importância a análise conjunta dos resultados obtidos na AID pela campanha de monitoramento com aqueles obtidos através do resgate de fauna. Informações acerca da riqueza, habitat, abundância relativa, marcações e áreas de soltura poderiam complementar análises realizadas acerca desta parcela. 4.2 AVIFAUNA 4.2.1 Riqueza de Espécies Durante a segunda fase de campo do monitoramento da avifauna na área prevista para o AHE Colíder foram registradas, no total, 247 espécies. Com as informações obtidas, foram acrescentadas 49 espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 36 332 espécies para as duas primeiras campanhas de campo. Devido à dúvida levantada sobre a ocorrência de uma espécie citada na literatura, pode-se dizer que, até o momento, número total de espécies confirmadas para a área avaliada é de 331. Com os resultados obtidos nas duas primeiras campanhas, mais da metade (53,6%) de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada. Confrontando os dados de riqueza obtidos até então com as informações contidas no Estudo de Impacto Ambiental do presente empreendimento (JGP, 2009), pode-se concluir que foram encontradas, durante o início do monitoramento, 111 espécies a mais, considerando o mesmo esforço. Após a execução de duas fases de campo de 10 dias cada, a equipe executora do EIA encontrou 220 espécies para a área de influência do empreendimento. A Tabela 10 apresenta todos os táxons esperados para a região, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem ser consultados todas as espécies registradas durante as duas primeiras fases (com a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos dados citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil. 37 tururim inhambuguaçu jaó inhambu-relógio inhambu-anhangá inhambu-chororó inhambu-chintã perdiz inhambu-carapé Crypturellus soui (Hermann, 1783) Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Taoniscus nanus (Temminck, 1815) Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Anatidae Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) Anhimidae anhuma 1 inhambu-preto Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) Anseriformes 1,2 inhambu-galinha Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 1,2 1,2 1,2 azulona inhambu-de-cabeça-vermelha 1,2 CA Tinamus tao Temminck, 1815 ema Nome em Português Tinamus major (Gmelin, 1789) Tinamidae Tinamiformes Rhea americana (Linnaeus, 1758) Rheidae Struthioniformes Táxon 1 1 1 RE 1,2 1,2 CO 2 EN X X X X X EIA 38 Endem. BRA TABELA 10- LISTA DE ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NA PRIMEIRA E SEGUNDA FASES DE CAMPO E DAQUELAS CITADAS NO EIA marreca-caneleira irerê asa-branca Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) pato-de-crista pé-vermelho Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) mutum-cavalo mutum-de-penacho Pauxi tuberosa (Spix, 1825) Crax fasciolata Spix, 1825 Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) Ciconiidae tuiuiú mergulhão-caçador Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) Ciconiiformes mergulhão-pequeno Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) Podicipedidae Podicipediformes Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado cujubi Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) Odontophoridae jacupemba jacu-de-spix Penelope jacquacu Spix, 1825 aracuã-pequeno Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) Penelope superciliaris Temminck, 1815 aracuã Ortalis guttata (Spix, 1825) Cracidae Galliformes pato-do-mato Cairina moschata (Linnaeus, 1758) Anatinae Nome em Português Táxon 1 CA 2 1,2 1,2 RE 2 1,2 CO 1 EN X X X X X X EIA 39 Endem. BRA garça-da-mata arapapá socoí-zigue-zague socoí-vermelho savacu socozinho garça-vaqueira garça-moura garça-branca-grande maria-faceira garça-real garça-branca-pequena Agamia agami (Gmelin, 1789) Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) Butorides striata (Linnaeus, 1758) Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) Ardea cocoi Linnaeus, 1766 Ardea alba Linnaeus, 1758 Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) Egretta thula (Molina, 1782) coró-coró curicaca colhereiro Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Platalea ajaja Linnaeus, 1758 Threskiornithidae socó-boi biguatinga Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) Ardeidae Pelecaniformes Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) Anhingidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Phalacrocoracidae biguá cabeça-seca Mycteria americana Linnaeus, 1758 Suliformes Nome em Português Táxon 1 1 1 1 1 1 1 1 CA 1 2 1 1,2 1 1 1 1 RE CO 1 1 1,2 1,2 1,2 1 EN EIA 40 Endem. BRA urubu-rei gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura gaviãozinho gavião-peneira gavião-ripina tauató-pintado gavião-miudinho gavião-miúdo gavião-bombachinha-grande sauveiro-do-norte sovi gavião-belo gavião-caramujeiro Leptodon cayanensis (Latham, 1790) Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 Elanus leucurus (Vieillot, 1818) Harpagus bidentatus (Latham, 1790) Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) Accipiter striatus Vieillot, 1808 Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) Busarellus nigricollis (Latham, 1790) Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) Accipitridae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) Pandionidae águia-pescadora 1,2 urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) Accipitriformes 1,2 urubu-da-mata Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 2 1 urubu-de-cabeça-amarela Cathartes burrovianus Cassin, 1845 1 CA urubu-de-cabeça-vermelha Nome em Português Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Cathartidae Cathartiformes Táxon 1 2 1 1,2 1 1 RE 1 1,2 1 CO 2 1 1,2 1,2 1 1 EN X X X X X X EIA 41 Endem. BRA gavião-pega-macaco gavião-pato gavião-de-penacho Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-anta gralhão caracará carrapateiro acauã falcão-caburé Daptrius ater Vieillot, 1816 Ibycter americanus (Boddaert, 1783) Caracara plancus (Miller, 1777) Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) Falconidae Falconiformes gavião-real gavião-papa-gafanhoto Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-de-cauda-curta Buteo brachyurus Vieillot, 1816 uiraçu-falso gavião-pedrês Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-de-rabo-barrado gavião-vaqueiro Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-branco Pseudastur albicollis (Latham, 1790) Morphnus guianensis (Daudin, 1800) gavião-de-rabo-branco Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) 1 1 1 2 1,2 1,2 1 1 1,2 1,2 1 1 1 1 1 1 1 1 1,2 gavião-carijó gavião-asa-de-telha Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-preto Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) 1 gavião-caboclo EN Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) CO gavião-pernilongo RE Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) CA Nome em Português Táxon X X X X X X X X X X EIA 42 Endem. BRA falcão-críptico tanatau falcão-relógio quiriquiri cauré falcão-de-peito-laranja falcão-de-coleira falcão-peregrino Micrastur mintoni Whittaker, 2002 Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) Falco sparverius Linnaeus, 1758 Falco rufigularis Daudin, 1800 Falco deiroleucus Temminck, 1825 Falco femoralis Temminck, 1822 Falco peregrinus Tunstall, 1771 saracura-lisa sanã-castanha sanã-parda sanã-do-capim sanã-carijó turu-turu Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) Laterallus exilis (Temminck, 1831) Porzana albicollis (Vieillot, 1819) Neocrex erythrops (Sclater, 1867) saracura-três-potes jacamim-de-costas-verdes carão Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) Rallidae Psophia viridis Spix, 1825 Psophiidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) Aramidae Gruiformes Eurypyga helias (Pallas, 1781) Eurypygidae pavãozinho-do-pará falcão-mateiro Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) Eurypygiformes Nome em Português Táxon 1 1 1,2 1 2 1 CA 1 1,2 2 2 RE 2 CO 1 2 1 EN X X X X X EIA E 43 Endem. BRA frango-d'água-comum frango-d'água-azul Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado maçarico-solitário maçarico-grande-de-perna-amarela maçarico-de-perna-amarela Gallinago undulata (Boddaert, 1783) Actitis macularius (Linnaeus, 1766) Tringa solitaria Wilson, 1813 Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) Tringa flavipes (Gmelin, 1789) jaçanã trinta-réis-anão Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) Jacanidae narceja narcejão Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) Scolopacidae Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) pernilongo-de-costas-negras quero-quero Vanellus chilensis (Molina, 1782) Recurvirostridae batuíra-de-esporão seriema Vanellus cayanus (Latham, 1790) Charadriidae Charadriiformes Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Cariamidae Cariamiformes Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra saracura-sanã Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) Heliornithidae Nome em Português Táxon 1,2 CA RE CO 1 1,2 EN EIA 44 Endem. BRA pomba-amargosa pomba-botafogo pomba-de-bando juriti-pupu juriti-gemedeira juriti-vermelha pariri Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Geotrygon violacea (Temminck, 1809) Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) arara-azul-grande arara-canindé Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) Ara ararauna (Linnaeus, 1758) Psittacidae Psittaciformes pomba-galega rolinha-vaqueira Uropelia campestris (Spix, 1825) Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pararu-azul Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pombão rolinha-picui Columbina picui (Temminck, 1813) pomba-trocal fogo-apagou Columbina squammata (Lesson, 1831) Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) rolinha-roxa Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) rolinha-de-asa-canela Columbina minuta (Linnaeus, 1766) Columbidae Columbiformes Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar trinta-réis-grande Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) Rynchopidae Nome em Português Táxon 1 1 1,2 1,2 1,2 1 1,2 2 1,2 1 CA 1 1 1 1 RE 1 1 1,2 1,2 CO 1,2 1 1,2 1,2 1,2 1,2 EN X X X X X X X X X EIA 45 Endem. BRA maitaca-de-cabeça-azul papagaio-dos-garbes papagaio-moleiro curica Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 Amazona farinosa (Boddaert, 1783) Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) 1,2 1 1 X X E papagaio-galego Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) X curica-de-bochecha-laranja 1,2 E papagaio-de-cabeça-laranja 1,2 2 E curica-urubu 1,2 Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, Raposo & Höfling, 2002) Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) 1 marianinha-de-cabeça-amarela 1 Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) 1 2 apuim-de-costas-azuis X X Touit purpuratus (Gmelin, 1788) 1 1 apuim-de-asa-vermelha 1,2 2 X Touit huetii (Temminck, 1830) tuim Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) 1,2 2 46 Endem. BRA periquito-de-asa-dourada tiriba-do-madeira Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 2 X X X X X X EIA Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) periquito-rei Aratinga aurea (Gmelin, 1788) 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 EN tuim-de-bico-escuro periquitão-maracanã Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) 2 CO periquito-de-encontro-amarelo aratinga-de-testa-azul Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) 1,2 RE Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) maracanã-pequena Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) 2 1 1,2 1,2 CA Forpus modestus (Cabanis, 1848) maracanã-do-buriti maracanã-guaçu Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-verdadeira arara-vermelha-grande Ara chloropterus Gray, 1859 Primolius maracana (Vieillot, 1816) araracanga Ara macao (Linnaeus, 1758) Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) Nome em Português Táxon papagaio-verdadeiro anacã Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) papa-lagarta-acanelado anu-preto anu-branco Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Guira guira (Gmelin, 1788) peixe-frito-pavonino Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 Tytonidae Strigiformes Neomorphus sp. jacu-estalo peixe-frito-verdadeiro Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) Neomorphinae saci Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Taperinae anu-coroca Crotophaga major Gmelin, 1788 Crotophaginae chincoã-de-bico-vermelho Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) alma-de-gato Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 chincoã-pequeno Coccycua minuta (Vieillot, 1817) Cuculinae Cuculidae Cuculiformes Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) Opisthocomidae cigana papagaio-campeiro Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) Opisthocomiformes Nome em Português Táxon 1 1,2 1,2 1,2 1,2 CA 2 1 RE 1 1 CO 1,2 1,2 1,2 EN X X X X EIA 47 Endem. BRA coruja-da-igreja Tyto alba (Scopoli, 1769) corujinha-relógio coruja-de-crista murucututu jacurutu coruja-do-mato coruja-preta caburé-da-amazônia caburé coruja-buraqueira coruja-orelhuda mocho-diabo Megascops usta (Sclater, 1858) Lophostrix cristata (Daudin, 1800) Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) Bubo virginianus (Gmelin, 1788) Strix virgata (Cassin, 1849) Strix huhula Daudin, 1800 Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Athene cunicularia (Molina, 1782) Asio clamator (Vieillot, 1808) Asio stygius (Wagler, 1832) mãe-da-lua Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) bacurau-ocelado bacurau-rabo-de-seda tuju bacurau-de-cauda-barrada bacurau-de-lajeado bacurau Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) Caprimulgidae mãe-da-lua-gigante Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) Nyctibiidae Caprimulgiformes corujinha-orelhuda Megascops choliba (Vieillot, 1817) Strigidae Nome em Português Táxon 1,2 1 2 1 1,2 2 CA 1 2 RE 1,2 1 1,2 1,2 CO 1,2 1,2 1 1 1,2 EN X X X X X X EIA 48 Endem. BRA bacurau-norte-americano bacurau-de-asa-fina Chordeiles minor (Forster, 1771) Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) andorinhão-estofador Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) balança-rabo-de-bico-torto balança-rabo-de-garganta-preta rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Phaethornithinae Trochilidae andorinhão-do-buriti andorinhão-de-chapman Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 Tachornis squamata (Cassin, 1853) taperá-de-garganta-branca Chaetura egregia Todd, 1916 andorinhão-do-temporal andorinhão-de-sobre-cinzento Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-rabo-curto taperuçu-de-coleira-branca Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) Chaetura brachyura (Jardine, 1846) taperuçu-velho Cypseloides senex (Temminck, 1826) Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 taperuçu-preto Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) Apodidae Apodiformes corucão acurana Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) bacurauzinho bacurau-de-rabo-maculado Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurau-chintã Hydropsalis parvula (Gould, 1837) Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) Nome em Português Táxon 1,2 1 1,2 CA 1 2 1 RE 1,2 2 CO 1 1 EN X X X X X EIA 49 Endem. BRA rabo-branco-de-bico-reto rabo-branco-de-bigodes Phaethornis bourcieri (Lesson, 1832) Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) surucuá-de-cauda-preta surucuá-grande-de-barriga-amarela surucuá-violáceo Trogon melanurus Swainson, 1838 Trogon viridis Linnaeus, 1766 Trogon violaceus Gmelin, 1788 Trogonidae Trogoniformes estrelinha-ametista beija-flor-roxo Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) beija-flor-safira Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) bico-reto-cinzento beija-flor-tesoura-verde Thalurania furcata (Gmelin, 1788) Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) rabo-de-espinho Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) chifre-de-ouro topetinho-verde Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) Heliactin bilophus (Temminck, 1820) beija-flor-de-bico-virado Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) beija-flor-estrela beija-flor-de-veste-preta Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-bochecha-azul beija-flor-azul-de-rabo-branco Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) asa-de-sabre-cinza Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) Trochilinae Nome em Português Táxon 2 1,2 1,2 1 1 CA 1 1,2 1 2 1 1 RE 2 1,2 2 2 2 CO EN X X X X X X EIA 50 Endem. BRA surucuá-de-barriga-vermelha surucuá-de-barriga-amarela surucuá-de-coleira surucuá-pavão Trogon curucui Linnaeus, 1766 Trogon rufus Gmelin, 1788 Trogon collaris Vieillot, 1817 Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) martim-pescador-verde martinho martim-pescador-pequeno martim-pescador-da-mata Chloroceryle amazona (Latham, 1790) Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) juruva-ruiva udu-de-coroa-azul Baryphthengus martii (Spix, 1824) Momotus momota (Linnaeus, 1766) ariramba-de-cauda-ruiva ariramba-bronzeada ariramba-do-paraíso jacamaraçu Galbula ruficauda Cuvier, 1816 Galbula leucogastra Vieillot, 1817 Galbula dea (Linnaeus, 1758) Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) macuru-de-pescoço-branco ariramba-da-mata Galbula cyanicollis Cassin, 1851 Bucconidae ariramba-preta Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) Galbulidae Galbuliformes udu-de-bico-largo Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) Momotidae martim-pescador-grande Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Alcedinidae Coraciiformes Nome em Português Táxon 1 1,2 1,2 1 2 1,2 2 2 2 CA 2 1 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1 RE 2 1,2 1,2 1 1 CO 1,2 1,2 EN X X X X X X X X X X EIA 51 Endem. BRA rapazinho-dos-velhos barbudo-de-pescoço-ferrugem freirinha-de-coroa-castanha chora-chuva-preto chora-chuva-de-cara-branca urubuzinho Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) Malacoptila rufa (Spix, 1824) Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) Monasa nigrifrons (Spix, 1824) Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) araçari-de-pescoço-vermelho araçari-de-bico-branco araçari-castanho araçari-mulato Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) Pteroglossus castanotis Gould, 1834 Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 2 1,2 1 1 saripoca-de-gould araçari-miudinho-de-bico-riscado tucano-de-bico-preto Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 Selenidera gouldii (Natterer, 1837) tucano-grande-de-papo-branco Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 1 tucanuçu 1,2 1 1 1,2 1,2 2 1,2 2 2 CA Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Ramphastidae Capito dayi Cherrie, 1916 Capitonidae capitão-de-cinta joão-bobo Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) Piciformes rapazinho-estriado rapazinho-carijó Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-de-colar macuru-pintado Notharchus tectus (Boddaert, 1783) Bucco capensis Linnaeus, 1766 macuru-de-peito-marrom Notharchus ordii (Cassin, 1851) Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) Nome em Português Táxon 1 1 1,2 1,2 1,2 2 1,2 1,2 1 RE 1 2 2 1,2 1 1,2 1,2 1 1,2 2 1 1,2 1,2 CO 1,2 1 1 EN X X X X X X X X EIA 52 Endem. BRA pica-pau-de-topete-vermelho Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) choca-cantadora Pygiptila stellaris (Spix, 1825) Thamnophilinae pinto-do-mato-carijó Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) Myrmornithinae Thamnophilidae Passeriformes pica-pau-de-barriga-vermelha pica-pau-chocolate Celeus elegans (Statius Muller, 1776) Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) picapauzinho-chocolate Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) 2 2 1,2 pica-pau-do-campo Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-de-banda-branca pica-pau-verde-barrado Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-dourado-escuro Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-de-coleira pica-pau-bufador Piculus flavigula (Boddaert, 1783) Celeus torquatus (Boddaert, 1783) picapauzinho-anão pica-pau-louro picapauzinho-avermelhado Veniliornis affinis (Swainson, 1821) Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) pica-pau-amarelo benedito-de-testa-vermelha Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) Celeus lugubris (Malherbe, 1851) 1,2 pica-pau-branco Melanerpes candidus (Otto, 1796) Celeus flavus (Statius Muller, 1776) 1,2 pica-pau-anão-escamado Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 1 CA pica-pau-anão-dourado Nome em Português Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 Picidae Táxon 1,2 1 2 1,2 1,2 1 1 RE 1,2 1 1 2 1,2 2 1,2 CO 1 1 1 EN X X X X X X X X X EIA 53 Endem. BRA papa-formiga-pardo papa-formiga-vermelho uirapuru-selado ipecuá tovaquinha Formicivora grisea (Boddaert, 1783) Formicivora rufa (Wied, 1831) Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) choca-listrada choquinha-de-garganta-cinza Myrmotherula menetriesii (d'Orbigny, 1837) Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) choquinha-de-asa-comprida choca-barrada choquinha-de-flanco-branco Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choquinha-de-garganta-clara Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) choca-d'água choquinha-estriada-da-amazônia Myrmotherula multostriata Sclater, 1858 Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) choquinha-de-garganta-amarela Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912 chorozinho-de-asa-vermelha choquinha-miúda Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) choquinha-ornada Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choca-pintada choquinha-de-olho-branco Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) chorozinho-de-bico-comprido choca-preta Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 1,2 formigueiro-de-peito-preto Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) 1,2 formigueiro-de-cauda-castanha Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857 1 2 1,2 1,2 1 1 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1 papa-formiga-de-bando Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1 1,2 1,2 1,2 1,2 1 1,2 1 papa-formiga-de-bando RE Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae CA Nome em Português Táxon 1 1 2 1,2 1,2 1 1 1,2 1 CO 2 2 EN X X X X X X X X EIA E 54 Endem. BRA Melanopareia torquata (Wied, 1831) Melanopareiidae tapaculo-de-colarinho mãe-de-taoca-de-cara-branca 1,2 mãe-de-taoca Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 1,2 cantador-ocráceo Hypocnemis striata (Spix, 1825) rendadinho trovoada-listrada Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906) cantador-amarelo chororó-de-manu Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 chororó-negro Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) 1,2 2 1 1 1 1,2 1,2 CA Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) Phlegopsis nigromaculata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) chororó-pocuá Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) guarda-várzea Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) formigueiro-de-cara-preta guarda-floresta Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) solta-asa Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) papa-taoca papa-formiga-do-igarapé Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-de-sobrancelha choró-boi Taraba major (Vieillot, 1816) Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-formiga-barrado Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) choca-lisa choca-do-planalto Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-canela choca-de-natterer Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-de-olho-vermelho Thamnophilus schistaceus d'Orbigny, 1835 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 Nome em Português Táxon 1,2 2 1 1,2 2 1,2 1,2 2 1,2 1,2 1,2 1 RE 1 1 1,2 1 1 1,2 1,2 1,2 CO EN X X X X X X X X X X X X X EIA E E 55 Endem. BRA chupa-dente-grande Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 torom-carijó torom-torom tovaca-patinho Hylopezus macularius (Temminck, 1823) Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) pinto-do-mato-de-cara-preta tovaca-estriada Formicarius analis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Chamaeza nobilis Gould, 1855 vira-folha-de-bico-curto vira-folha-pardo vira-folha-de-garganta-cinza Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 arapaçu-da-taoca arapaçu-rabudo arapaçu-verde arapaçu-de-garganta-pintada Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) Dendrocolaptinae arapaçu-pardo Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) Sittasominae Dendrocolaptidae vira-folha-de-peito-vermelho Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 Scleruridae galinha-do-mato Formicarius colma Boddaert, 1783 Formicariidae tovacuçu Grallaria varia (Boddaert, 1783) Grallariidae chupa-dente-de-cinta Nome em Português Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) Conopophagidae Táxon 1 2 2 1,2 CA 2 1 1 1 1 RE 2 2 1,2 CO EN X X X X X X X EIA 56 Endem. BRA arapaçu-uniforme Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 bico-virado-carijó limpa-folha-do-buriti Xenops rutilans Temminck, 1821 Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) Furnarius rufus (Gmelin, 1788) Furnariinae Microxenops milleri Chapman, 1914 joão-de-barro bico-virado-da-copa bico-virado-miúdo Xenops minutus (Sparrman, 1788) Pygarrhichinae bico-virado-fino Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 Furnariidae arapaçu-vermelho Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-de-bico-comprido Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-meio-barrado arapaçu-de-listras-brancas Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-galinha arapaçu-de-bico-branco Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-barrado arapaçu-de-bico-curvo Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-de-garganta-amarela Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-riscado arapaçu-elegante Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-de-spix arapaçu-ocelado Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-bico-de-cunha Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) Nome em Português Táxon 1,2 2 2 2 1,2 1,2 1 1,2 1,2 1,2 CA 2 1 1 1,2 1,2 1,2 1,2 RE 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 CO 2 EN X X X X X X X X EIA E 57 Endem. BRA fura-barreira barranqueiro-de-topete limpa-folha-de-cauda-ruiva limpa-folha-de-sobre-ruivo limpa-folha-de-asa-castanha limpa-folha-vermelho limpa-folha-de-bico-virado Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) Philydor ruficaudatum (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) Philydor erythropterum (Sclater, 1856) Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) puruchém joão-do-norte joão-teneném-becuá arredio-do-rio joão-pintado Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, 1890 Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) Cranioleuca gutturata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) fruxu-do-cerradão uirapuruzinho Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) Neopelminae Pipridae joão-teneném-castanho Synallaxis rutilans Temminck, 1823 uí-pi Synallaxis albescens Temminck, 1823 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 curutié Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Synallaxinae barranqueiro-pardo barranqueiro-camurça Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) barranqueiro-de-coroa-castanha limpa-folha-riscado Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) Automolus paraensis Hartert, 1902 limpa-folha-picanço Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) Nome em Português Táxon 1,2 1 1 2 1 1 CA 1 1,2 1 RE 1,2 1,2 2 1,2 CO 1,2 EN X X X X EIA E 58 Endem. BRA cabeça-branca Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) soldadinho assanhadinho Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) chorona-cinza Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) anambé-de-coroa anambé-branco-de-bochecha-parda anambé-branco-de-rabo-preto anambé-branco-de-máscara-negra Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) Tityra cayana (Linnaeus, 1766) Tityra semifasciata (Spix, 1825) Tityrinae flautim-ruivo flautim-da-amazônia Schiffornis major Des Murs, 1856 Schiffornis amazona (Sclater, 1860) Laniisominae maria-leque papa-moscas-uirapuru Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) Oxyruncinae Tityridae tangará-falso Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Ilicurinae coroa-de-fogo rendeira Manacus manacus (Linnaeus, 1766) uirapuru-cigarra uirapuru-de-chapéu-branco Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) cabeça-encarnada Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-laranja Nome em Português Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 Piprinae Táxon 1 1 1,2 1,2 1,2 1 1,2 2 1,2 1,2 CA 1,2 1,2 2 1,2 1 1,2 1,2 2 RE 2 2 2 1,2 1 1,2 2 1,2 2 1,2 1,2 CO EN X X X X X X X X X X X X EIA 59 Endem. BRA tijerila Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) anambé-pombo anambé-pompadora anambé-azul anambé-una anambé-preto Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) Xipholena punicea (Pallas, 1764) Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) Querula purpurata (Statius Muller, 1776) Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 patinho-de-coroa-branca papinho-amarelo enferrujadinho Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) Piprites chloris (Temminck, 1822) Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) maria-bonita patinho-de-coroa-dourada Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 Rhynchocyclidae patinho-escuro Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 Tyrannoidea Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 saurá-de-pescoço-preto cotinga-de-garganta-encarnada Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, 1852) Rupicolinae cricrió Lipaugus vociferans (Wied, 1820) Cotinginae Cotingidae caneleiro-pequeno caneleiro-bordado Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto caneleiro-preto Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) Nome em Português Táxon 1,2 2 1 1,2 1,2 CA 1,2 1 1,2 1 1,2 2 1,2 1 RE 1 2 1 1,2 1,2 CO 1 2 EN X X X X EIA 60 Endem. BRA cabeçudo estalador-do-norte Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) bico-chato-de-orelha-preta bico-chato-da-copa bico-chato-de-cabeça-cinza bico-chato-amarelo Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) ferreirinho-de-sobrancelha maria-picaça ferreirinho-de-cara-parda caçula maria-sebinha maria-de-barriga-branca maria-mirim caga-sebinho-de-penacho Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, 1850 Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) Myiornis ecaudatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907) Hemitriccus minimus (Todd, 1925) Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) Elaeniinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Hirundineinae gibão-de-couro ferreirinho-relógio Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) Tyrannidae ferreirinho-estriado Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) Todirostrinae bico-chato-grande Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) Rhynchocyclinae abre-asa Nome em Português Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) Pipromorphinae Táxon 1,2 2 1,2 1,2 1,2 1 1 CA 1,2 1,2 1,2 2 1,2 2 RE 1,2 2 2 1 1,2 1,2 2 CO 1 EN X X X X X EIA 61 Endem. BRA marianinha-amarela bagageiro Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) Phaeomyias murina (Spix, 1825) bico-chato-de-rabo-vermelho Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) maria-de-cauda-escura maria-cabeçuda Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) maria-cavaleira-pequena bem-te-vi-pirata Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 capitão-de-saíra-amarelo Attila spadiceus (Gmelin, 1789) Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) tinguaçu-ferrugem Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) Tyranninae maria-te-viu Tyrannulus elatus (Latham, 1790) chibum Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 guaracava-de-crista-alaranjada guaracava-de-topete-uniforme Elaenia cristata Pelzeln, 1868 Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-bico-curto Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 maria-pechim guaracava-de-crista-branca Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 guaracava-cinzenta guaracava-grande Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-de-barriga-amarela Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Myiopagis gaimardii (d'Orbigny, 1839) risadinha barulhento Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 poiaeiro-de-sobrancelha amarelinho Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-pata-fina Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Nome em Português Táxon 1,2 2 1,2 1,2 1,2 1 CA 2 1,2 1 2 1 1,2 1,2 1,2 RE 1,2 1 1,2 1,2 1 CO EN X X X X X EIA 62 Endem. BRA peitica Empidonomus varius (Vieillot, 1818) viuvinha filipe sertanejo-escuro Colonia colonus (Vieillot, 1818) Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) Sublegatus obscurior Todd, 1920 Fluvicolinae peitica-de-chapéu-preto tesourinha Tyrannus savana Vieillot, 1808 suiriri-valente suiriri Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) suiriri-de-garganta-branca Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) bem-te-vi-barulhento Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) suiriri-de-garganta-rajada Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) bem-te-vi-de-cabeça-cinza bem-te-vi-rajado Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 suiriri-cavaleiro Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) neinei bentevizinho-do-brejo Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-de-asa-ferrugínea bem-te-vi Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) maria-ferrugem Casiornis rufus (Vieillot, 1816) Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) vissiá maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) gritador maria-cavaleira Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) irré Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) Nome em Português Táxon 2 1 1,2 1,2 1 2 1,2 1 CA 1,2 1,2 2 1 2 2 RE 1 2 2 CO 1 1,2 EN X X X X X X X X X EIA 63 Endem. BRA guaracavuçu enferrujado piui-boreal piui-verdadeiro suiriri-pequeno primavera noivinha-branca Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) Contopus cooperi (Nuttall, 1831) Contopus virens (Linnaeus, 1766) Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) verdinho-da-várzea vite-vite-de-barriga-amarela vite-vite-camurça vite-vite-uirapuru Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873 Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 gralha-cancã Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) Hirundinidae gralha-do-campo Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) Corvidae juruviara juruviara-barbuda Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) assobiador-do-castanhal Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) pitiguari Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Vireonidae maria-da-praia freirinha Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) tesoura-do-brejo lavadeira-de-cara-branca Fluvicola albiventer (Spix, 1825) Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) príncipe Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) Nome em Português Táxon 1 1 2 1,2 CA 1,2 1,2 1,2 2 1,2 RE 2 1,2 2 1,2 CO EN X X X X X X X EIA 64 Endem. BRA andorinha-azul andorinha-doméstica-grande andorinha-do-rio andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-barranco andorinha-de-dorso-acanelado Progne subis (Linnaeus, 1758) Progne chalybea (Gmelin, 1789) Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Riparia riparia (Linnaeus, 1758) Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) balança-rabo-paraense Polioptila paraensis Todd, 1937 Turdidae bico-assovelado Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 Polioptilidae Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim uirapuru-verdadeiro Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) Donacobiidae garrinchão-de-barriga-vermelha Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) 1,2 1 1,2 1 catatau garrinchão-pai-avô corruíra Troglodytes musculus Naumann, 1823 Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) cambaxirra-cinzenta Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) 1 uirapuru-veado 1 1,2 1 CA Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) Troglodytidae andorinha-serradora calcinha-branca Atticora tibialis (Cassin, 1853) andorinha-do-campo peitoril Atticora fasciata (Gmelin, 1789) Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) Nome em Português Táxon 2 1,2 1,2 2 1 1,2 1,2 1 2 2 RE 2 1,2 1 CO 1,2 1 2 EN X X X X X X EIA 65 Endem. BRA sabiá-coleira Turdus albicollis Vieillot, 1818 bico-encarnado tempera-viola trinca-ferro-verdadeiro bico-de-pimenta furriel-de-encontro pipira-de-bico-vermelho saíra-de-chapéu-preto saí-canário pipira-preta pipira-vermelha tem-tem-de-dragona-branca Saltator maximus (Statius Muller, 1776) Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) Nemosia pileata (Boddaert, 1783) Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) Lanio luctuosus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) cambacica caminheiro-zumbidor Saltator grossus (Linnaeus, 1766) Thraupidae Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Coerebidae Anthus lutescens Pucheran, 1855 Motacillidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo sabiá-poca Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Mimidae sabiá-da-mata sabiá-barranco Turdus leucomelas Vieillot, 1818 caraxué-de-bico-amarelo sabiá-de-cara-cinza Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) Turdus lawrencii Coues, 1880 sabiá-norte-americano Catharus fuscescens (Stephens, 1817) Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 Nome em Português Táxon 1,2 1,2 1 2 CA 1,2 1,2 1 2 RE 2 1,2 1 1 1 CO 1 2 1,2 2 EN X X X X X X X X X EIA 66 Endem. BRA 1 1,2 1 1 saíra-diamante saíra-negaça sanhaçu-da-amazônia sanhaçu-do-coqueiro saíra-mascarada saíra-de-cabeça-azul saíra-amarela tietinga cardeal-da-amazônia saí-andorinha saí-de-barriga-branca saí-de-máscara-preta saí-amarela saí-azul saí-de-bico-curto saí-de-perna-amarela saí-verde Tangara punctata (Linnaeus, 1766) Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) Tangara palmarum (Wied, 1823) Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) Tangara cyanicollis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Tangara cayana (Linnaeus, 1766) Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) Tersina viridis (Illiger, 1811) Dacnis albiventris (Sclater, 1852) Dacnis lineata (Gmelin, 1789) Dacnis flaviventer d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) 2 Tangara velia (Linnaeus, 1758) 2 2 2 1 1,2 1,2 2 1,2 1,2 1 1 1 1,2 1 1 1,2 1 1,2 1,2 1,2 2 2 2 2 1 2 1 2 2 sete-cores-da-amazônia 1 Tangara chilensis (Vigors, 1832) 1,2 saíra-de-bando Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) 2 saíra-ouro 1,2 Tangara schrankii (Spix, 1825) 2 2 EN pipira-da-taoca pipira-de-asa-branca Lanio versicolor (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) 1,2 CO saíra-de-cabeça-castanha tico-tico-rei Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) 1,2 RE Lanio penicillatus (Spix, 1825) tiê-galo Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) CA Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) Nome em Português Táxon X X X X X X X X X X EIA 67 Endem. BRA saíra-de-papo-preto saíra-galega figuinha-de-rabo-castanho Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) baiano coleirinho curió tico-tico-de-bico-preto Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tiê-do-mato-grosso polícia-do-mato azulão-da-amazônia Habia rubica (Vieillot, 1817) Granatellus pelzelni Sclater, 1865 Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) canário-do-mato pula-pula-ribeirinho Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) japu japuaçu Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) Icteridae pula-pula Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) Parulidae sanhaçu-de-fogo Piranga flava (Vieillot, 1822) Cardinalidae patativa bigodinho tiziu Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Sporophila plumbea (Wied, 1830) canário-da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) tico-tico Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) Emberizidae Nome em Português Táxon 1 1,2 1 1 1 1,2 2 CA 1,2 1,2 2 1,2 2 RE 1 1,2 1,2 CO 1 2 1 1 1 1,2 1,2 EN X X X X X X X EIA 68 Endem. BRA graúna vira-bosta-picumã iraúna-grande vira-bosta Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) gaturamo-de-bico-grosso gaturamo-verde gaturamo-de-barriga-branca fim-fim-grande gaturamo-do-norte Euphonia laniirostris d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 Euphonia minuta Cabanis, 1849 Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) 1,2 2 1,2 1 1 CA 1,2 1 1,2 1 1 RE 2 CO 2 1 EN X X X X EIA 69 Endem. BRA Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais) fim-fim Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Fringillidae xexéu guaxe Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) inhapim tecelão Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) Cacicus cela (Linnaeus, 1758) iraúna-de-bico-branco Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Nome em Português Táxon 4.2.2 Espécies Raras, Ameaçadas de Extinção ou Protegidas por Lei Nenhuma das espécies observadas durante o trabalho de campo é considerada ameaçada de extinção em nível nacional ou global. O estado de Mato Grosso não possui uma lista estadual de espécies ameaçadas de extinção, não sendo possível a identificação do status estadual das espécies em questão. 4.2.3 Espécies Endêmicas Das espécies registradas durante a primeira fase de campo, apenas quatro possuem ocorrência restrita ao Brasil: a choca-d’água (Sakesphorus luctuosus), o cantadorestriado (Hypocnemis striata), a mãe-de-taoca-de-cara-branca (Rhegmatorhina gymnops), arapaçu-de-spix (Xiphorhynchus spixii). Outras espécies esperadas para a região também são endêmicas (Psophia viridis, Pyrrhura amazonum, Pyrilia vulturina, P. aurantiocephala, Amazona kawali e Automolus paraensis), entretanto ainda não foram registradas durante o monitoramento. O arapaçu-de-spix (Xiphorhynchus spixii) é considerado endêmico e sua real ocorrência na área de estudo está sob investigação. 4.2.4 Espécies Migratórias Nenhuma espécie de hábitos migratórios foi registrada na presente amostragem. 4.2.5 Espécies Bioindicadoras Algumas espécies que compõem a lista da segunda fase de campo são incomuns e apresentam ocorrência pontual na região amazônica. Alguns exemplos de aves florestais importantes que foram registrados neste segundo momento são: o gaviãpega-macaco (Spizaetus tyrannus), visto na área do canteiro de obras; o gavião-depenacho (Spizaetus ornatus), novamente registrado na área do reservatório; o macuru-de-peito-marrom (Notharcus ordii), registrado agora no canteiro de obras. 4.2.6 Suficiência Amostral O esforço amostral da segunda fase foi o mesmo empregado que na primeira campanha. A Tabela 11 apresenta o esforço de cada método de pesquisa. 70 TABELA 11- ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SEGUNDA FASE DE CAMPO Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase No da fase Esforço total Redes de neblina 12 3 2/área 2 864 horas-rede (31.104 h.m2) Pontos de escuta 6 3 2/área 2 12 h Coleta de dados nãosistematizados - 3 2/área 2 80 h O gráfico do número acumulado de espécies em ascenção e isso é esperado, uma vez que esta é a etapa inicial do monitoramento, período no qual houve o maior incremento de espécies de todo o monitoramento. Na medida em que novas campanhas de campo sejam executadas, a curva do coletor irá tender para a estabilização, ou seja, admitirá um formato mais horizontal. GRÁFICO 2- CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SEGUNDA FASE, TOTALIZANDO 247 ESPÉCIES 71 GRÁFICO 3- CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DO AHE COLÍDER. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO. 4.2.7 4.2.7.1 Comparação entre as Áreas Amostrais Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras) Na área do canteiro de obras foi registrado, novamente, o maior número de espécies entre as áreas avaliadas (n=143). Na fase anterior, a riqueza obtida neste local foi de 178 espécies. A ausência de algumas espécies pode já estar relacionada às obras que estão ocorrendo no local. O ruído das máquinas e a intensa movimentação de pessoas pela área são fatores que possivelmente afugentem algumas espécies mais sensíveis a alterações em seu hábitat. FOTO 23 MÃE-DE-TAOCA (PHLEGOPSIS NIGROMACULATA) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 24 ARAPAÇU-MEIO-BARRADO (DENDROCOLAPTES PICUMNUS) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 72 FOTO 25 UIRAPURU-CIGARRA (MACHAEROPTERUS PYROCEPHALUS) CAPTURADO NA PARCELA DO CANTEIRO DE OBRAS (MACHO) FOTO 26 - GAVIÃO-BRANCO (PSEUDASTUR ALBICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 27 - GAVIÃO-PEDRÊS (BUTEO NITIDUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 28 - POMBA-TROCAL (PATAGIOENAS SPECIOSA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 73 FOTO 29 - MARACANÃ-GUAÇU (ARA SEVERUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 30 - TIRIBA-DO-MADEIRA (PYRRHURA SNETHLAGEAE) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 31 - CRICRIÓ (LIPAUGUS VOCIFERANS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 32 - ANAMBÉ-UNA (QUERULA PURPURATA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 4.2.7.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório) Durante a segunda fase, a riqueza obtida na área do reservatório foi de 122 espécies. Este valor é inferior ao observado na campanha anterior (n=159). Nesta fase, foram priorizados ambientes localizados na mata de várzea. Isso justifica-se pelo fato de as espécies restritas a este tipo de floresta (e.g. Hylophylax punctulatus, Xiphorhynchus obsoletus) serem as mais afetadas com a supressão da vegetação na área prevista para o reservatório. Outro fator que forçou um reposicionamento distinto das redes na área do reservatório foi a presença do proprietário no rancho de pesca utilizado como parcela. A movimentação de carros, pessoas e o ruído do gerador inviabilizaram a realização das capturas no exato local da fase anterior. Desta forma, o trabalho do 74 anilhamento foi conduzido em um local próximo do anterior, 1,5 km a jusante, na mesma margem do rio Teles Pires. O local apresenta os mesmos ambientes e é bastante similar ao local anterior, e, no geral, as espécies capturadas também foram semelhantes. FOTO 33 - PARIRI (GEOTRYGON MONTANA) CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 34 - MARTINHO (CHLOROCERYLE AENEA) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 35 CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO (MACHO) FOTO 36 - PAPA-TAOCA (PYRIGLENA LEUCONOTA) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO (MACHO) FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 75 FOTO 37 - GUARDA-VÁRZEA (HYLOPHYLAX PUNCTULATUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 38 - ARAPAÇU-DE-GARGANTA-PINTADA (CERTHIASOMUS STICTOLAEMUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 39 - ARAPAÇU-RISCADO (XIPHORHYNCHUS OBSOLETUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 40 - MARIA-SEBINHA MINOR) CAPTURADO NA RESERVATÓRIO. FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 41 – RUBROCAPILLA) RESERVATÓRIO FOTO 42 – TIÊ-GALO CAPTURADO NA ÁREA (MACHO) CABEÇA-ENCARNADA (PIPRA CAPTURADO NA ÁREA DO FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 (HEMITRICCUS ÁREA DO (LANIO CRISTATUS) DO RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 76 FOTO 43 - MUTUM-CAVALO (PAUXI TUBEROSA) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO (MACHO) FOTO 44 - PICA-PAU-AMARELO (CELEUS FLAVUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 45 – BEM-TE-VI-BARULHENTO (MYIOZETETES REGISTRADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO LUTEIVENTRIS) FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 4.2.7.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) A Área Controle, por sua vez, apresentou o menor número de espécies registradas (n=106), como ocorrido na primeira fase. Isso pode realmente estar relacionado ao menor número de espécies presentes na área controle. O fato de esta área amostral estar longe do leito do rio restringe a ocorrência de espécies ribeirinhas, havendo basicamente aves tradicionalmente encontradas em matas de terra firme. Deve-se mencionar que não se recomenda analisar apenas a riqueza, ou seja, o número de espécies de um local. Uma área relevante pode conter poucas espécies, porém, táxons importantes, enquanto que uma área com um elevado número de espécies 77 generalistas não representa uma área importante para a conservação. Outro fator que pode estar relacionado ao menor número de espécies encontradas na área-controle é a frente fria que atingiu a região. FOTO 46- RABO-BRANCO-RUBRO (PHAETHORNIS RUBER) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE FOTO 47- PAPA-TAOCA (PYRIGLENA LEUCONOTA) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE (FÊMEA) FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO 48BICO-VIRADO-MIÚDO (XENOPS MINUTUS) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE FOTO 49CAURÉ (FALCO RUFIGULARIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA-CONTROLE FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 4.2.8 Similaridade entre as Áreas Os dados obtidos após a execução da segunda fase de campo, analisados por meio da similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na fase anterior, não havendo diferenças expressivas. 78 4.2.9 Anilhamento O mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido, resultando em 80 indivíduos capturados, pertencentes a 37 espécies. Após a execução de duas fases de campo, o número total de aves marcadas até então é de 155 indivíduos. As espécies mais capturadas foram o uirapuru-de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=08), o arapaçu-de-bico-de-cunha (Glyphorynchus spirurus) (n=06), o cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla) (n=05), o bico-virado-miúdo (Xenops minutus) (n=05), o arapaçu-elegante (Xiphorhynchus elegans) (n=05) e o caga-sebinho-de-penacho (Lophotriccus galeatus) (n=04). A área amostral que apresentou maior número de capturas foi novamente a do reservatório, com 45 indivíduos. A área do canteiro de obras apresentou um valor intermediário, com 22 capturas. E, finalmente, a área-controle obteve apenas 13 capturas. Este baixo valor obtido na última área justifica-se pela chegada de uma forte frente fria que atingiu grande parte do país. Durante os dias em que os esforços foram centrados na área-controle as más condições climáticas fizeram com que muitas espécies reduzissem o período de atividade. Portanto, estes valores apresentados acima não refletem uma exata comparação entre as áreas amostrais. A Tabela 12 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie. 79 TABELA 12- TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SEGUNDA CAMPANHA DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO AHE COLÍDER Espécie Capt CA Taxa CA Capt RE Taxa RE Capt CO Taxa CO Total capt. Taxa total Lepidothrix nattereri 4 0,51 0 0,00 4 0,51 8 1,01 Glyphorynchus spirurus 2 0,25 2 0,25 2 0,25 6 0,76 Pipra rubrocapilla 2 0,25 3 0,38 0 0,00 5 0,63 Xenops minutus 1 0,13 2 0,25 2 0,25 5 0,63 Xiphorhynchus elegans 1 0,13 3 0,38 1 0,13 5 0,63 Lophotriccus galeatus 1 0,13 0 0,00 3 0,38 4 0,51 Certhiasomus stictolaemus 0 0,00 3 0,38 0 0,00 3 0,38 Machaeropterus pyrocephalus 3 0,38 0 0,00 0 0,00 3 0,38 Monasa nigrifrons 0 0,00 3 0,38 0 0,00 3 0,38 Amazilia versicolor 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Automolus ochrolaemus 0 0,00 0 0,00 2 0,25 2 0,25 Hypocnemis striata cf. 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Lanio cristatus 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Pipra fasciicauda 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Pyriglena leuconota 1 0,13 0 0,00 1 0,13 2 0,25 Ramphotrigon ruficauda 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Schiffornis amazona 1 0,13 0 0,00 1 0,13 2 0,25 Thamnophilus aethiops 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Xiphorhynchus obsoletus 0 0,00 2 0,25 0 0,00 2 0,25 Camptostoma obsoletum 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Campylopterus largipennis 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Chloroceryle aenea 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Dendrocincla fuliginosa 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Dendrocincla merula 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Dendrocolaptes certhia 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Dendrocolaptes picumnus 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Geotrygon montana 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Glaucis hirsutus 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Hemitriccus minor 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Hylophylax punctulatus 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Lathrotriccus euleri 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Myrmotherula axillaris 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Phaethornis ruber 0 0,00 0 0,00 1 0,13 1 0,13 Phlegopsis nigromaculata 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Thalurania furcata 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Turdus albicollis 0 0,00 1 0,13 0 0,00 1 0,13 Willisornis poecilinotus 1 0,13 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Nota: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie 80 4.2.10 Índice Pontual de Abundância (IPA) Durante a segunda fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE Colíder, um total de 114 espécies foram contabilizadas no método de contagens por pontos de escuta. Os dados obtidos por meio dos censos em pontos de escuta, nas três parcelas amostrais, geraram uma tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas contagens. As espécies mais frequentes foram: Lipaugus vociferans (IPA=1,222), Machaeropterus pyrocephalus (IPA=0,639), Myrmotherula brachyura (IPA=0,472), Pipra rubrocapilla (IPA=0,417), Trogon viridis (IPA=0,333) e Lepidothrix nattereri (IPA=0,306). Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas na Tabela 13. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o somatório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada área amostral. Todos estes dados podem ser comparados na tabela abaixo. TABELA 13- ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E O IPA GERAL Nome do táxon CA IPA CA RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Lipaugus vociferans 14 1,167 19 1,583 11 0,917 44 1,222 Machaeropterus pyrocephalus 5 0,417 8 0,667 10 0,833 23 0,639 Myrmotherula brachyura Pipra rubrocapilla 5 4 0,417 0,333 10 5 0,833 0,417 2 6 0,167 0,500 17 15 0,472 0,417 Trogon viridis Lepidothrix nattereri 4 1 0,333 0,083 6 5 0,500 0,417 2 5 0,167 0,417 12 11 0,333 0,306 Crypturellus strigulosus Myrmeciza hemimelaena 0 8 0,000 0,667 1 1 0,083 0,083 9 1 0,750 0,083 10 10 0,278 0,278 Myiopagis gaimardii Patagioenas plumbea 3 0 0,250 0,000 6 2 0,500 0,167 1 6 0,083 0,500 10 8 0,278 0,222 Ara severus Pionus menstruus 5 3 0,417 0,250 3 2 0,250 0,167 0 3 0,000 0,250 8 8 0,222 0,222 Tolmomyias assimilis Claravis pretiosa 1 7 0,083 0,583 1 0 0,083 0,000 6 0 0,500 0,000 8 7 0,222 0,194 Phaethornis ruber Ornithion inerme 2 4 0,167 0,333 3 1 0,250 0,083 2 2 0,167 0,167 7 7 0,194 0,194 Ramphocaenus melanurus Patagioenas speciosa 1 2 0,083 0,167 4 3 0,333 0,250 2 1 0,167 0,083 7 6 0,194 0,167 Patagioenas subvinacea Chaetura egregia 3 6 0,250 0,500 3 0 0,250 0,000 0 0 0,000 0,000 6 6 0,167 0,167 Trogon violaceus Myrmotherula sclateri 0 0 0,000 0,000 6 4 0,500 0,333 0 2 0,000 0,167 6 6 0,167 0,167 81 Nome do táxon CA IPA CA RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Thamnophilus schistaceus 3 0,250 2 0,167 1 0,083 6 0,167 Myiornis ecaudatus Lophotriccus galeatus 4 1 0,333 0,083 1 3 0,083 0,250 1 2 0,083 0,167 6 6 0,167 0,167 Ara macao Diopsittaca nobilis 3 0 0,250 0,000 2 1 0,167 0,083 0 4 0,000 0,333 5 5 0,139 0,139 Cercomacra cinerascens Pheugopedius genibarbis 2 3 0,167 0,250 1 0 0,083 0,000 2 2 0,167 0,167 5 5 0,139 0,139 Thalurania furcata Monasa nigrifrons 1 0 0,083 0,000 1 4 0,083 0,333 2 0 0,167 0,000 4 4 0,111 0,111 Thamnomanes caesius Xiphorhynchus elegans 0 0 0,000 0,000 0 2 0,000 0,167 4 2 0,333 0,167 4 4 0,111 0,111 Dendrocolaptes certhia Schiffornis amazona 4 1 0,333 0,083 0 2 0,000 0,167 0 1 0,000 0,083 4 4 0,111 0,111 Lathrotriccus euleri Hylophilus semicinereus 2 0 0,167 0,000 2 4 0,167 0,333 0 0 0,000 0,000 4 4 0,111 0,111 Pyrrhura snethlageae Forpus modestus 1 3 0,083 0,250 0 0 0,000 0,000 2 0 0,167 0,000 3 3 0,083 0,083 Trogon melanurus Galbula ruficauda 2 0 0,167 0,000 0 3 0,000 0,250 1 0 0,083 0,000 3 3 0,083 0,083 Nystalus striolatus Melanerpes cruentatus 2 3 0,167 0,250 0 0 0,000 0,000 1 0 0,083 0,000 3 3 0,083 0,083 Myrmotherula axillaris Xiphorhynchus guttatus 0 0 0,000 0,000 2 3 0,167 0,250 1 0 0,083 0,000 3 3 0,083 0,083 Querula purpurata Myiarchus tuberculifer 3 0 0,250 0,000 0 1 0,000 0,083 0 2 0,000 0,167 3 3 0,083 0,083 Myiozetetes luteiventris Hylophilus hypoxanthus 1 0 0,083 0,000 2 3 0,167 0,250 0 0 0,000 0,000 3 3 0,083 0,083 Lanio luctuosus Psarocolius bifasciatus 2 0 0,167 0,000 1 3 0,083 0,250 0 0 0,000 0,000 3 3 0,083 0,083 Euphonia rufiventris Elanoides forficatus 0 2 0,000 0,167 2 0 0,167 0,000 1 0 0,083 0,000 3 2 0,083 0,056 Pionites leucogaster Galbula cyanicollis 0 2 0,000 0,167 0 0 0,000 0,000 2 0 0,167 0,000 2 2 0,056 0,056 Notharchus ordii Monasa morphoeus 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 1 2 0,083 0,167 2 2 0,056 0,056 Capito dayi Selenidera gouldii 0 0 0,000 0,000 1 2 0,083 0,167 1 0 0,083 0,000 2 2 0,056 0,056 Thamnophilus palliatus Thamnophilus stictocephalus 0 2 0,000 0,167 2 0 0,167 0,000 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 Thamnophilus aethiops Sclateria naevia 0 0 0,000 0,000 2 2 0,167 0,167 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 Hypocnemoides maculicauda Willisornis poecilinotus 0 1 0,000 0,083 2 1 0,167 0,083 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 Glyphorynchus spirurus Synallaxis rutilans 0 0 0,000 0,000 0 2 0,000 0,167 2 0 0,167 0,000 2 2 0,056 0,056 Iodopleura isabellae Hemitriccus minimus 0 0 0,000 0,000 2 0 0,167 0,000 0 2 0,000 0,167 2 2 0,056 0,056 Megarynchus pitangua Microcerculus marginatus 2 0 0,167 0,000 0 2 0,000 0,167 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 82 Nome do táxon CA IPA CA RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Cantorchilus leucotis 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Saltator maximus Lanio cristatus 0 1 0,000 0,083 0 1 0,000 0,083 2 0 0,167 0,000 2 2 0,056 0,056 Tangara palmarum Tangara cyanicollis 1 2 0,083 0,167 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 Cyanerpes caeruleus Cyanoloxia cyanoides 0 2 0,000 0,167 2 0 0,167 0,000 0 0 0,000 0,000 2 2 0,056 0,056 Penelope jacquacu Spizaetus tyrannus 0 1 0,000 0,083 0 0 0,000 0,000 1 0 0,083 0,000 1 1 0,028 0,028 Micrastur mintoni Leptotila rufaxilla 0 0 0,000 0,000 1 1 0,083 0,083 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Brotogeris chiriri Piaya melanogaster 1 1 0,083 0,083 0 0 0,000 0,000 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Campylopterus largipennis Anthracothorax nigricollis 0 0 0,000 0,000 1 1 0,083 0,083 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Hylocharis cyanus Chloroceryle americana 0 0 0,000 0,000 0 1 0,000 0,083 1 0 0,083 0,000 1 1 0,028 0,028 Notharchus hyperrhynchus Notharchus tectus 0 1 0,000 0,083 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Ramphastos tucanus Celeus grammicus 0 0 0,000 0,000 1 0 0,083 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Epinecrophylla leucophthalma Myrmotherula multostriata 1 0 0,083 0,000 0 1 0,000 0,083 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Myrmotherula hauxwelli Herpsilochmus rufimarginatus 0 0 0,000 0,000 0 1 0,000 0,083 1 0 0,083 0,000 1 1 0,028 0,028 Pyriglena leuconota Myrmoborus myotherinus 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Hypocnemis striata Dendrocincla fuliginosa 0 0 0,000 0,000 1 0 0,083 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Xiphorhynchus obsoletus Lepidocolaptes albolineatus 0 1 0,000 0,083 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Xenops minutus Tyranneutes stolzmanni 0 0 0,000 0,000 1 0 0,083 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Cotinga cayana Platyrinchus platyrhynchos 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Leptopogon amaurocephalus Hemitriccus griseipectus 0 0 0,000 0,000 0 0 0,000 0,000 1 1 0,083 0,083 1 1 0,028 0,028 Myiozetetes cayanensis Tyrannus melancholicus 1 0 0,083 0,000 0 0 0,000 0,000 0 1 0,000 0,083 1 1 0,028 0,028 Vireo olivaceus Ramphocelus carbo 0 0 0,000 0,000 1 1 0,083 0,083 0 0 0,000 0,000 1 1 0,028 0,028 Dacnis cayana 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Hemithraupis flavicollis 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 83 4.2.11 Índice de Diversidade Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos fixos, obteve-se um índice de diversidade de H’=4.251 para a segunda fase de campo. 4.2.12 Espécimes Coletados Durante a execução da segunda fase de campo do monitoramento da avifauna do AHE Colíder foram coletadas apenas duas aves: um indivíduo do arapaçu-elegante (Xiphorhynchus elegans); e uma maria-sebinha (Hemitriccus minor). Estas espécies apresentam dúvidas taxonômicas na região norte do estado de Mato Grosso e serão analisadas posteriormente. Ambas as aves estão sendo tombadas no acervo científico do Museu de História Natural Capão da Imbuia, em Curitiba, estado do Paraná. 4.2.13 Considerações Finais Após análises mais detalhadas sobre a ocorrência de alguns táxons na área sob estudo, levantou-se algumas possibilidades, distintas das comentadas no relatório anterior. Nesta segunda fase, foi confirmada a ocorrência do arapaçu-elegante (Xiphorhynchus elegans) em ambas as margens do Rio Teles Pires. Talvez os registros citados na bibliografia para a região de Alta Floresta se refiram a esta espécie, e não a seu congênere Xiphorhynchus spixi. Esta questão será melhor avaliada com a continuidade do trabalho. Durante esta etapa, Microrhopias quixensis não foi detectado em nehuma ocasião, permanecendo a hipótese levantada anteriormente. As espécies do gênero Dendrocincla ocorrem juntas, como observada na área do canteiro. Portanto, o Rio Teles Pires não é barreira física para estas duas espécies que ocorrem simpatricamente. 4.3 MASTOFAUNA 4.3.1 Esforço Amostral O esforço amostral efetuado nas duas primeiras fases somou 20 dias de campo, sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011) e dez dias na segunda fase (25 de abril a 05 de maio de 2011). O esforço amostral dividido por método é apresentado na Tabela 14. 84 TABELA 14- ESFORÇO AMOSTRAL MONITORAMENTO DE FAUNA REALIZADO DURANTE AS DUAS PRIMEIRAS FASE DO Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase No de fases realizadas Esforço total Armadilhas Sherman + Tomhawk 35 + 15 = 50 3 6 2 1.800 armadilhas/noite Armadilhas de interceptação e queda 24 baldes 240 m 3 6 2 288 baldes/dia 2.880m/dia Redes de neblina 12 3 6 (2 / área) 2 144 redes/noite 15.552m2/h Armadilhas fotográficas 1 3 6 2 36 armadilhas/noite A curva de acumulação de espécies ou curva do coletor, construída considerando-se a mastofauna amostrada, ainda não alcançou uma estabilidade mesmo tendo sido acrescentadas novas espécies ainda ao final dos dias de amostragem (Gráfico 4). Isso sugere a continuidade dos esforços de amostragem no intuito de melhor conhecer a fauna local. GRÁFICO 4 - CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS PRIMEIRAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA 4.3.2 Caracterização da Mastofauna (dados quali-quantitativos) Durante a primeira fase do monitoramento de fauna da AHE Colíder foram registradas 45 espécies de mamíferos. Durante a segunda campanha foram registradas 41 espécies, sendo que 15 destas não tinham sido contempladas na primeira fase. As 85 espécies registradas nas duas primeiras fases de campo somadas àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento totalizam 97 espécies, pertencentes a 10 Ordens e 28 Famílias (Tabela 15). TABELA 15- MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA AHE COLÍDER. TÁXONS/ESPÉCIE, SEGUIDA DE SEU NOME POPULAR E DO MÉTODO DE REGISTRO Método de Área Fase Táxon Nome popular EIA Status registro amostral ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae 01 Caluromys lanatus (Olfers, 1818) 02 Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 cuíca-lanosa OD Co 2 - - gambá-de-orelhapreta - - - X - guaiquica - - - X - guaiquica CP Re,Co 1 - - guaiquica CP Re,Co 1,2 X - cuica - - - X - 07 Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca - - - X - 08 Marmosops sp. cuíca - - - X - 09 Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca - - - X - 10 Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD cuica CP Re,Co 1 X - cuica CP Co 1 X DD 03 Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) 04 Cryptonanus chacoensis (Tate, 1931) 05 Marmosa murina (Linnaeus, 1758) 06 Marmosops bishopi (Pine, 1981) 11 Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) 12 Monodelphis kunsi Pine, 1975 ORDEM CINGULATA Família Dasypodidae 13 Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 14 Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) 15 Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1 X - tatu-quinze-quilos OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2 X - tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X - 16 Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola - - - X DD 17 Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra CP,PE,ENT Re,Ca 1,2 X VU tamanduá-mirim OD,ENT Ca,Re 1 X - ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae 18 Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) 86 Táxon Nome popular Método de registro Área amostral Fase EIA Status 19 Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) tamanduábandeira ENT En 1 X VU macaco-aranhade-cara-branca OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2 - EM macaco-aranha OD,CA Re 1,2 X - 22 Mico emiliae (Thomas, 1920)* sagui OD,CA Ca, En 1 X - 23 Cebus cay (Illiger, 1815) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,Em 1,2 X - 24 Cebus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara - - - X DD 25 Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807) guigó, zoguezogue OD Re 1,2 X - 26 Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848) cuxiú-de-narizvermelho OD Ca,Re 2 - - 27 Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú - - - X - macaco-da-noite CA Ca 2 X - 29 Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) morcego CP Re 1,2 - - 30 Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego - - - X - morcego CP Ca,Re,Co 1,2 X - morcego CP Ca 1 X - morcego CP Ca,Re,Co 1,2 - - morcego CP Co 2 - - morcego - - - X - morcego - - - X - ORDEM PRIMATES Família Atelidae 20 Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) 21 Ateles chamek (Humboldt, 1812) Família Cebidae Família Pitheciidae Família Aotidae 28 Aotus infulatus (Khul, 1820) ORDEM CHIROPTERA Família Embalonuridae Família Phyllostomidae 31 Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) 32 Phyllostomus discolor Wagner, 1843 33 Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) 34 Phylloderma stenops Peters, 1865 35 Chrotopterus auritus (Peters, 1856) 36 Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 87 Táxon Nome popular Método de registro Área amostral Fase EIA Status 37 Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego - - - X - morcego Cp Co 1 X - morcego - - - X - morcego CP Co 1 - - morcego - - - X - 42 Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego - - - X DD 43 Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego - - - X - morcego - - - X - morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2 X - morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2 X - morcego CP Ca,Re,Co 1,2 X - 48 Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego - - - X - 49 Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego - - - X - morcego CP Ca,Re 1,2 - - morcego CP Ca,Re,Co 1 X - morcego CP Ca,Co,Re 1,2 X - 38 Trachops cirrhosus (Spix, 1823) 39 Micronycteris megalotis Gray, 1842 40 Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) 41 Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 44 Choeroniscus minor (Peters, 1868) 45 Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) 46 Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) 47 Rhinophylla pumilio Peters, 1865 50 Dermanura gnoma Handley, 1987 51 Artibeus lituratus (Olfers, 1818) 52 Artibeus planirostris (Spix, 1823) 53 Artibeus obscurus (Schinz, 1821) 54 Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 55 Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego CP Ca,Co,Re 1,2 X - morcego - - - X - morcego - - - X - 56 Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego - - - X - morcego CP Ca,Re,Co 1,2 X - morcego CP Ca 1,2 - - morcego CP Ca,Re,Co 1 X - morcegopescador-pequeno OD Re 2 - - 57 Uroderma bilobatum Peters, 1866 58 Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) Familia Mormoopidae 59 Pteronutus parnellii (Gray, 1843) Família Noctilionidae 60 Noctilio albiventris Desmarest, 1818 Familia Molossidae 88 Táxon Nome popular Método de registro Área amostral Fase EIA Status 61 Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego - - - X - morcego CP Ca,Re,Co 1 63 Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2 X - 64 Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-deomato-de-orelhacurta OD Ca 1 X DD 65 Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre - - - X VU 66 Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT Ca,Re 1 X VU 67 Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato - - - X VU 68 Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,En 1,2 X - puma PE,ENT En 1 X VU onça-pintada OD,PE,CA,ENT Re 1,2 X VU irara - - - X - lontra ENT,PE Re 1,2 X - ariranha ENT,OD,AF Re 1,2 X VU mão-pelada PE Re 1,2 X - quati ENT,CÇ Ca 1,2 X - jupará OD,ENT Ca,Re,Co 1 X - veado-catingueiro PE,ENT Ca,En 1,2 X - veado-mateiro ENT Ca,En 1 X - Família Vespertilionidae 62 Myotis nigricans (Schinz, 1821) - - ORDEM CARNÍVORA Família Canidae Família Felidae 69 Puma concolor (Linnaeus, 1771) 70 Panthera onca (Linnaeus, 1758) Família Mustelidae 71 Eira barbara (Linnaeus, 1758) 72 Lontra longicaudis (Olfers, 1818) 73 Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) Família Procyonidae 74 Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) 75 Nasua nasua (Linnaeus, 1766) 76 Potos flavus (Schreber, 1774) ORDEM ARTIODACTYLA Família Cervidae 77 Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) 78 Mazama americana (Erxleben, 1777) Família Tayassuidae 89 Táxon Nome popular Método de registro Área amostral Fase EIA Status 79 Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT Ca,Re,Co,En 1,2 X - 80 Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co 1,2 X - anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2 X - caxinguelê OD,CÇ Ca,En 1,2 - - capivara CÇ,OD,PE,ENT Ca,Re 1,2 X - preá - - - X - ouriço-cacheiro OD Ca 1 X - cotia PE,ENT,AF Ca,En 12 X - paca ENT,AF Ca,Re 1,2 X - 88 Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinhopequeno - - - X - 89 Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2 X - 90 Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore - - - X - 91 Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore - - - X - 92 Eurioryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato - - - X - 93 Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co 1 - - 94 Hylaeamys megacephalus (Fischer, rato-do-mato - - - X - ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae 81 Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) ORDEM RODENTIA Família Sciuridae 82 Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) Família Caviidae 83 Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) 84 Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* Família Erethizontidae 85 Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) Família Dasyproctidae 86 Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) Família Cuniculidae 87 Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) Família Cricetidae 90 Táxon Nome popular Método de registro Área amostral Fase EIA Status rato-do-mato CP Re 1 X - rato-de-espinho CP Co 2 - - 1814) 95 Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) Família Echimidae 96 Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae 97 Silvilagus brasiliensis tapeti OD En 1 X (Linnaeus, 1758) Nota: (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e Em = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo CHIARELLO et al., 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes A ordem de mamíferos mais representada em número de espécies foi Chiroptera com 34 espécies (35,1%), seguida por Rodentia com 15 espécies (15,5%), por Carnivora com 14 (14,4%), por Didelphimorphia com 12 espécies (12,4%), por Primates com 9 espécies (9,3%) e Cingulata com 5 espécies (5,2%), as demais ordens obtiveram menos que 5% dos registros (Gráfico 5). Já os hábitos alimentares mais representados foram o Frugívoro-Onívoro e o Herbívoro contando com 18 espécies cada (18,6%), seguido por Insetívoro com 17 espécies (17,5%), Frugívoro com 15 espécies (15,5%), Insetívoro-onívoro com 14 espécies (14,4%), Carnívoro com 10 espécies (10,3%%), Nectarívoro-palinívoro com 4 espécies (4,1%) e hematófago contando com apenas uma espécie (1%) (Gráfico 6). 91 GRÁFICO 5 - NÚMERO DE ESPÉCIES EM CADA ORDEM DE MAMÍFEROS REGISTRADAS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO GRÁFICO 6 - PROPORÇÕES ENTRE OS DIFERENTES HÁBITOS ALIMENTARES DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS A amostragem dessa primeira fase de campo apresentou H = 3,219 de diversidade (Índice de Diversidade de Shannon). A amostragem da segunda fase de campo apresentou H = 2,936 de diversidade. E as duas fases somadas apresentaram H = 3,275 de diversidade. A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre o Canteiro de Obras e o Controle (41,4%), seguida pela similaridade entre o 92 Reservatório e o Controle (38,9%) e pela similaridade entre o Canteiro de Obras e o Reservatório (34,3%) (Similaridade de Bray-Curtis) (Gráfico 7). GRÁFICO 7 - SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS ENTRE AS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS 4.3.2.1 Pequenos mamíferos não-voadores A espécie mais abundante desse grupo foi o roedor Oecomys bicolor contando com sete registros (26,9% dos registros), seguido por Cryptonanus chacoensis, Guerlinguetus gilvigularis e Monodelphis brevicaudata, contando com 11,5% dos registros, cada uma das demais espécies contaram com menos que 10% dos registros (Gráfico 8). 93 GRÁFICO 8 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS PEQUENOS MAMPIFEROS NÃO-VOADORES REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA 4.3.2.2 Morcegos A espécie mais abundante dentre os morcegos Carollia perspicillata contando com 21,2% dos registros, seguida por Pteronotus parnnellii (13,7%), Phyllostomus hastatus (13%) e Rhinophylla pumilio (10,3%), as demais espécies representaram menos que 10% cada uma (Gráfico 9). GRÁFICO 9 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MORCEGOS REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA 4.3.2.3 Mamíferos de médio e grande porte A espécie mais abundante desse grupo foi o queixada Tayassu pecari contando com 24,6% dos registros, seguido pelo macaco-prego Cebus cay (19%), pelo macaco94 aranha-de-cara-branca Ateles marginatus (13,4%), pela anta Tapirus terrestris (7%) e pelo macaco-aranha-da-cara-preta Ateles chameck (5,1%), as demais espécies contaram com menos que 5% dos registros (Gráfico 10). Importante destacar que as espécies com menos que 1% dos registros não foram representadas no gráfico. GRÁFICO 10 - ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS NAS DUAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA 4.3.2.4 Espécies ameaçadas A totalidade dos registros analisados indica a presença de nove espécies ameaçadas de extinção na área do AHE Colíder: o macaco-aranha-da-cara-branca Ateles marginatus (EN) (Foto 50), o tatu-canastra Priodontes maximus (VU) (Foto 51), o tamanduá-bandeira Myrmecophaga tridactyla (VU), o cachorro-vinagre Speothus venaticus (VU), a jaguatirica Leopardus pardalis (VU), o gato-do-mato L. tigrinus (VU), o puma Puma concolor (VU), a onça-pintada Panthera onca (VU) e a ariranha Pteronura brasiliensis (VU) (Foto 52). Além dessas espécies, seis outras são consideradas potencialmente ameaçadas. No entanto, não possuem informações suficientes para alocá-las em quaisquer categoria de ameaça, sendo então consideradas DD (dados insuficientes). Essas espécies DD são as seguintes: Micoureus constantiae, Monodelphis kunsi, Cebus albifrons, Lonchophylla mordax (Foto 53), Atelocynus microtis e Puma yagouaroundi. Os primatas, assim como os demais primatas sofrem com a fragmentação e descaracterização ambiental e uma vez que primatas são essencialmente arborícolas e dependentes de ambientes florestados e contínuos (Chiarello et al. 2008). Já os carnívoros encontram-se ameaçados por suas 95 grandes necessidades espaciais, além de conflitos com populações humanas (Chiarello et al. 2008). FOTO 50- MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA FOTO 51TATU-CANASTRA (PRIODONTES MAXIMUS) ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NAS DUAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA FOTO: JOÃO M.D MIRANDA, 2011 FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2011 FOTO 52- ESPÉCIE AMEAÇADA REGISTRADA NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ARIRANHA PTERONURA BRASILIENSIS FOTO 53ESPÉCIE POTENCIALMENTE AMEAÇADA (DD) REGISTRADA NAS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA: LONCHOPHYLLA MORDAX FOTO: CAMERA TRAP, 2011 FOTO: JOÃO M.D MIRANDA, 2011 4.3.2.5 Espécies endêmicas De maneira geral as espécies endêmicas registradas na área de influência da AHE Colíder foram aquelas endêmicas da Amazônia: Marmosops parvidens, Monodelphis brevicaudata (Figura 16), Dasypus kappleri, Ateles marginatus, A. chamek (Foto 54), Mico emiliae, Cebus albifrons, Callicebus molock (Foto 55), Chiroptoes albinasus (Foto 96 56), Pithecia irrorata, Rhinconycteris naso (Foto 57), Rhinophylla fischerae, Artibeus gnomus (Foto 57), Atelocynus microtis e Potos flavus (van Roosmalen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). Essas espécies todas sofrem os mesmos impactos atuantes na Amazônia e são vulneráveis à fragmentação e descaracterização ambiental (Chiarello et al. 2008). É importante ressaltar que o rio Teles Pires é uma importante barreira geográfica para muitas espécies de mamíferos, especialmente em primatas (van Roosmalen et al. 2001). Nota-se fortemente que as duas espécies de macacos-aranha (gênero Ateles) têm suas distribuições restritas cada uma a uma margem do rio Teles-Pires, A. chameck à direita e A. marginatus à esquerda, sendo de extrema importância conservacionista que não houvesse solturas dessas espécies em margens opostas quando dos procedimentos de resgate de fauna. FOTO 54- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADA NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ATELES CHAMECK FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 97 FOTO 55- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA: CALLICEBUS MOLOCK FOTO 56- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA SEGUNDA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA: CHIROPOTES ALBINASUS FOTO: RAPHAEL E.F. SANTOS, 2011 FOTO: RAFAEL L. BALESTRIN, 2011 FOTO 57- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: RHINCONYCTERIS NASO FOTO 58- ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA REGISTRADAS NA PRIMEIRA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA: ARTIBEUS GNOMUS FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 4.3.2.6 Espécies migradoras e suas rotas Não foram registradas espécies migradoras entre os mamíferos no presente estudo. 4.3.2.7 Bioindicadores As espécies bioindicadoras para esse tipo de empreendimento podem ser aquelas de hábitos aquáticos e semi-aquáticos por estarem diretamente relacionadas aos impactos de um represamento. Entre essas espécies destacam-se: a ariranha 98 (Pteronura brasiliensis), a lontra (Lontra longicaudis), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca – Foto 59). A capivara é um animal que geralmente se adapta bem a maiores alterações ambientais, em especial em empreendimentos hidrelétricos, podendo ser afetada positivamente com a presença de um lago, tendo aumento em suas populações (podendo causar até mesmo prejuízos econômicos e sanitários). Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais também sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e em especial às margens dos rios. Em especial os primatas podem ser considerados bons indicadores por serem exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a fragmentação e a redução florestal. Além desses dois grupos a presença dos carnívoros na área de estudo, em especial as espécies de maior porte podem indicar a qualidade ambiental. FOTO 59- ESPÉCIE INDICADORA DA QUALIDADE DO RIBEIRINHO DO RIO TRELES PIRES: PACA CUNICULUS PACA AMBIENTE FOTO: CAMERA TRAP, 2011 4.3.2.8 Espécies exóticas Não foram registradas espécies exóticas vivendo de forma livre nas áreas de estudo. 4.3.2.9 Espécies cinegéticas Algumas espécies podem ser consideradas cinegéticas, como por exemplo: os veados do gênero Mazama, os tatus (Família Dasypodidae), dentre os roedores destacam-se: a capivara Hydrochoerus hydrochaeris, a cotia e a paca Cuniculuis paca. Além dessas, a anta Tapirus terrestris, o cateto Pecary tajacu (Foto 60) e o queixada Tayassu pecari 99 (Foto 61), sofrem constante pressão de caça. Essas espécies são freqüentemente caçadas em qualquer região onde ocorram (WCS 2004; Chiarello 2000). A caça ilegal é um dos principais fatores causando ameaças às suas populações. FOTO 60- ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO: O CATETO (PECARY TAJACU) FOTO 61- QUEIXADA (TAYASSU PECARI) RECÉM CAÇADA NA ÁREA DESTINADA AO RESERVATÓRIO FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 4.3.2.10 Espécies de importância econômica Algumas espécies podem ter alguma importância econômica, principalmente ligada à transmissão da raiva bovina e eqüina por parte de Desmodus rotundus (Foto 62). Os macacos do gênero Cebus (Foto 63) também pode causar algum prejuízo econômico em plantações de mandioca, milho e cana-de-açúcar. As espécies carnívoras podem também ter importância econômica uma vez que podem se alimentar de animais domésticos causando algum prejuízo. As capivaras em casos de grandes populações podem invadir plantações e causar dano econômico. 100 FOTO 62ECONÔMICA: ROTUNDUS) ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA MORCEGO-VAMPIRO (DESMODUS FOTO 63ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: MACACO-PREGO (CEBUS CAY) FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 FOTO: JOÃO M.D. MIRANDA, 2011 4.3.2.11 Espécies de risco epidemiológico O morcego-vampiro Desmodus rotundus pode ser um importante vetor do vírus da raiva. Os primatas podem ser considerados reservatórios da febre amarela. Além disso, os roedores silvestres podem ser reservatórios de diversas doenças como a hantavirose e a leptospirose, por exemplo. A capivara (H. hydrochaeris) e a anta (Tapirus terrestris) podem ser reservatório de doenças como a febre maculosa e a doneça de Lime sendo transmitida por seus carrapatos a humanos e a animais domésticos. Esse último quadro pode se agravar em casos de populações grandes e/ou crescentes, como no caso de aproveitamentos hidrelétricos. 4.3.3 Considerações Finais Nessas duas primeiras fases do monitoramento da mastofauna foi amostrada uma gama de 60 espécies, e, somada aos esforços do EIA, a riqueza de espécie totaliza um montante de 97 espécies. Embora esse seja um bom valor, as amostragens ainda se mostraram insuficientes em vista da curva ascendente de acumulação de espécies. Esse quadro indica que maiores esforços previstos no monitoramento poderão mostrar uma maior riqueza de espécies. Merecem destaque as espécies ameaçadas e as endêmicas apresentadas acima. Outro fator muito importante a ser considerado é que o Rio Teles Pires é o limite geográfico de duas espécies de macacos-aranha, sendo a margem esquerda o limite de ocorrência do macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus) e a margem 101 direita o limite de ocorrência do macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek). Isso é bastante importante quando estiver acontecendo o resgate de fauna, não podendo ocorrer erros na soltura de espécimes dessas espécies em margens erradas, o que poderia causar uma zona híbrida e criar uma nova ameaça a essas espécies. Essas espécies caracterizam a região de estudo como portadora de uma importante fauna de mamíferos, contando com muitas espécies características da Amazônia. Portanto, esse ambiente merece ser resguardado de maiores alterações ambientais. 102 REFERÊNCIAS BIBBY, C. J.; BURGESS, N. D.; HILL, D. A. 1992. Bird Census Techniques. 257p. Great Britain: Academic Press. BLONDEL, J.; FERRY, C.; FROCHOT, B. 1970. La method des indices ponctuels d’abondance (I.P.A.) ou des relevés d’avifaune par “stations d’écoute”. Alauda 38: 55-71. BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro. BOUTE, P.; CARLOS, B. 2007. 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Observatório de Aves do Butantan, Museu Biológico do Instituto Butantan, São Paulo, Brasil.
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