Jornal da - Prefeitura Municipal de São José dos Campos
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Jornal da - Prefeitura Municipal de São José dos Campos
Biblioteca Cassiano Ricardo oferece acervo de 70 mil obras. PÁGINA 10 Jornal da Cidade Informativo mensal – Agosto de 2011 – Ano I - Nº 8 – www.sjc.sp.gov.br Área central ganha plano de revitalização Largo de São Benedito, Mercado Municipal, Largo da Matriz e Praça Afonso Pena são algumas das áreas incluídas nos projetos É a Operação Centro Vivo, que tem projetos para humanizar a região, valorizar aspectos históricos e culturais e ampliar os espaços urbanos disponíveis à população. PÁGINAS 6 E 7 r EDUCAÇÃO São José atende toda a demanda no ensino infantil PÁGINA 3 r ESPORTE Correr na rua vira mania e atrai milhares PAGINA 9 2 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 CALÇADAS DO FREI GALVÃO GANHAM 500 árvores a cidade é sua ueditorial Viver o centro Você vai ler nesta edição uma parte do plano elaborado pela Prefeitura para revitalizar o centro antigo da cidade. São diversos projetos e ações que ressaltam os valores históricos e culturais dessa região onde São José dos Campos nasceu. Entre as medidas está a redução do volume de veículos nas ruas , para devolver às pessoas espaços que são vitais para a comunidade, como pontos de encontro para famílias e grupos sociais. O Centro Vivo não é apenas mais uma obra do governo. É muito importante que os moradores dessa e de outras regiões mandem sugestões sobre o que gostariam que fosse feito nesses projetos. Você pode mandar e-mail, escrever carta, ou telefonar para o 156. Sua opinião ajudará a identificar os desejos da população, e vai contribuir para a humanização da área central e ajudará a mantê-la ao gosto da maioria. Sua opinião ajudará a identificar os desejos da população, e vai contribuir para a humanização da área central da cidade. Um dos principais valores culturais e arquitetônicos do centro de São José está na reportagem da página 10. Trata-se da Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, onde 70 mil obras estão à disposição para consultas e empréstimos. Lá também há oficinas, palestras, vídeos, livros falados e recursos técnicos que facilitam o acesso de pessoas com deficiência a importantes tesouros da cultura, da ciência e das artes. Outro destaque é a universalização da educação infantil em São José. O Município dedica a esse setor investimentos muito expressivos, seja na construção e reforma de escolas, seja na qualificação e no reconhecimento dos profissionais da rede de ensino. Veja este assunto na página 3 e saiba mais sobre importantes serviços prestados pela Prefeitura nas páginas seguintes. Boa leitura! Cerca de 500 mudas de ipês, resedás, patas-de-vaca e outras árvores foram plantadas nas calçadas do Residencial Frei Galvão, na região sudeste. O plantio de várias espécies em área públicas faz parte do programa de arborização urbana e visa proporcionar mais qualidade de vida e conforto aos moradores do bairro. De casa nova Fernanda e Emerson, na casa nova, longe da área de risco do Rio Comprido 1.100 unidades serão construídas no Putim e no Altos de Santana Das 257 famílias desalojadas, 43 foram transferidas para os conjuntos habitacionais Frei Galvão (região leste), Boa Vista (região norte) e Santa Luzia (Putim), menos de três meses depois do acidente. Mais 175 famílias foram para o conjunto no Interlagos, para onde irão outras dez, que têm mais de oito membros cada uma e preferiram esperar até o final de agosto, para receber unidades de três dormitórios. Em tempo recorde, Prefeitura colocou em novas moradias as famílias desabrigadas pelas chuvas de verão do início do ano no bairro Rio Comprido “Nossa, eu sempre quis uma casinha bonitinha assim.” Estas foram as primeiras palavras de Fernanda Silvério, 33 anos, ao entrar no apartamento do Conjunto Habitacional Parque Interlagos, na zona sul da cidade, no dia 31 de julho, quando pegou a chave. Ela, o marido e dois filhos são uma das 175 famílias do bairro Rio Comprido que receberam suas novas moradias. A chuva que caiu na divisa entre São José e Jacareí na madrugada de 11 de janeiro foi uma das maiores dos últimos anos: choveu em duas horas o que deveria chover e um mês. Houve deslizamentos de terras, 4 casas caíram, 5 pessoas morreram., 234 casas corriam o risco de desabar, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). O socorro do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foi imediato e a Prefeitura agiu rápido para que ninguém ficasse desabrigado e as vítimas recebessem apoio social. Fernanda, na casa nova, longe da 524 é o total de apartamentos do conjunto habitacional do Parque Interlagos Em nenhuma cidade do país onde houve problemas semelhantes a ação do poder público foi tão ágil. Em São José dos Campos, apenas sete meses depois dos acidentes, todas as famílias atingidas já estão morando em casas novas, que foram construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, em parceria com o município. Para Fernanda, ainda é difícil esquecer o dia em que tudo desmoronou. Ela era vizinha de uma casa que desabou, matando duas pessoas, e conta que apenas o filho caçula, de 8 anos, dormia, enquanto ela, o marido e o filho de 15 anos administravam as goteiras da casa provocadas pela forte chuva. “Foi horrível, de repente a casa começou a tremer e corremos para a cozinha; houve um barulho assustador, e, quando abrimos a janela, vimos apenas aquele buraco imenso.” ela e o marido, Emerson, estavam desempregados e só puderam contar com o apoio social e o auxíliomoradia da Prefeitura e do governo estadual. Estar na casa nova foi um alívio, pois agora podem recomeçar a vida. O casal já tem outro emprego, a família não vive mais em área de risco e “o apartamento novo é muito bonito”. As famílias do Rio Comprido tornaram-se prioridade depois das chuvas que atingiram o bairro, em janeiro, e provocaram a interdição de 257 moradias que corriam o risco de desabar. Elas receberam apoio social e auxílio-moradia no valor de R$ 500 por mês (R$ 200 da Prefeitura e R$ 300 do Estado) e uma parcela única no valor de R$ 1 mil, do programa Novo Começo, do governo estadual. Jornal da Cidade Informativo mensal da Prefeitura de São José dos Campos | Editado pela Secretaria de Governo | Coordenação editorial e imagens: Departamento de Comunicação Social | Jornalista responsável: Andréa Martins | Cartas: Rua José de Alencar 123 Vila Santa Luzia | CEP 12209-530 – São José dos Campos - SP | Telefone: 55 (12) 3947-8235 | E-mail: jornaldacidade@sjc.sp.gov.br | www.sjc.sp.gov.br 3 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 CAMINHADA AMBIENTAL MOBILIZA JOVENS DA REGIÃO SUL Mais de 100 alunos da Escola Municipal Jacyra Vieira Baracho participaram da caminhada ambiental pelas ruas do Jardim Veneza, 31 de Março e Parque Industrial para chamar a atenção dos moradores sobre a preservação da limpeza e utilização dos pontos de entrega voluntária (PEV) para descarteS de resíduos da construção civil. a cidade é sua Todos na escola São José vai atingir até o final do ano a meta de atender na Pré-escola todas as crianças até 5 anos de idade Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br As ligações de Gláucia Cristine dos Santos Araújo com o ensino nas escolas municipais são de longa data e vão do familiar ao profissional. Ela trabalha na rede há 17 anos, em secretarias escolares, e seus três filhos são alunos: Wilson Júnior, 14 anos, saiu da Possidônio de Freitas para fazer o ensino médio; Paloma, de 9, continua lá, no fundamental, e João Lucas, de 3 anos, está no Instituto Maternal Armilinda Locatelli de Macedo. Gláucia mora no Eugênio de Melo e lembra com saudade os tempos em que Wilson estudava nas escolas Luiz Leite e Possidônio de Freitas e participava dos Jogos da Rede Municipal de Ensino. “Ele foi campeão de damas”, comemora a mãe, que já se empenha para matricular o caçula na Pré-escola do município. “Começar cedo a estudar é muito importante, ajuda muito no desenvolvimento das crianças”. Ela não deverá ter dificuldade para alcançar esse objetivo. Afinal, São José dos Campos já vai cumprir em 2012 a meta que o governo federal previa alcançar apenas em 2016, que é a universalização do Pré-escolar. Isso significa que o município está prestes a atender em suas unidades todas as crianças entre 4 e 5 anos de idade. Hoje, já atende mais de 90%. Em algumas regiões, como nas zonas central, oeste e sudeste, não há mais fila de espera. Nessas, os investimentos da Prefeitura consolidaram a rede e prepararam as bases para nova expansão da oferta de vagas a curto prazo, tendo em vista o atendimento demandas novas, provocadas por mudanças urbanas, como a chegada de novos núcleos habitacionais. Por sua vez, as regiões sul e leste estão recebendo novos investimentos na construção e ampliação de unidades: nelas, Gláucia Cristine acompanha atividades das crianças na escola 9.300 vagas foram abertas no ensino infantil em São José desde 2005 há 400 crianças inscritas e aguardando vagas no ensino infantil. A demanda maior é registrada nas zonas sul e leste, que juntas têm quase 400 crianças inscritas, esperando uma vaga nos Infantis II e III. É justamente nestas áreas que a Prefeitura está investindo em novas unidades. É o caso da creche do Santa Inês III (leste), com capacidade para 260 crianças de 0 a 5 anos, que acaba de ser inaugurada e já tem estrutura para ampliação no futuro. Para 2012, será a vez do Residencial Gazzo (sul), que ganhará uma escola de educação infantil, com 600 novas vagas. Na mesma região, outra unidade será erguida no bairro Santa Luzia, para 600 crianças. Além disso, 18 escolas de educação infantil estão em obras de reformas, melhorias e ampliação. Ex-aluna que virou juíza volta à ‘escola primária’ Elas ficaram mais de 15 anos sem se ver e voltaram a se encontrar em julho, no pátio da Escola Municipal Áurea Cantinho Rodrigues, no Jardim Oswaldo Cruz. Desta vez, a exaluna Naira Assis Barbosa Zuppardo se apresentou como juíza de direito substituta, da Comarca de São José dos Campos. Ela reafirmou toda a admiração que sempre teve em relação em relação a Maria Clara Escada e Aida Godói, suas professoras de Educação Artística e Educação do Consumidor, no ensino fundamental. Formada na PUC de São Paulo, Naira avalia que estudar em escola pública foi bom para sua evolução acadêmica. “Tive oportunidade de conhecer diferentes realidades, e isto é muito importante para o profissional que tem a missão de julgar os atos de outras pessoas”, diz ela. “Estou orgulhosa em vê-la atuar em uma carreira tão respeitada”, retribuiu a professora Aida. A juíza agora frequenta as escolas municipais contando aos alunos sua trajetória de perseverança, dedicação e sucesso. A juíza Naira, com as ex-professoras dos tempos do fundamental 4 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 MAIS 564 RECEBEM DIPLOMAS DE CURSOS NO PRODEC nossa cidade utome nota Futura recebe certificação internacional A Cooperativa Futura de São José dos Campos já recebeu certificação internacional com base na norma SA 8000. O parecer favorável foi dado pela SGS, uma das empresas mais conceituadas do mundo em certificação, com sede na Itália. Com o documento, a cooperativa pode vender o material reciclável a preços mais vantajosos no mercado e diretamente às indústrias. A SGS foi contratada pela Johnson & Johnson, que é uma das parceiras da cooperativa, e fez o acompanhamento técnico dos trabalhos desde o ano passado. A Cooperativa Futura tem 120 catadores e é a primeira do Brasil a obter essa certificação. Taxistas são treinados para orientar turistas Taxistas e atendentes de hotéis estão aprendendo mais sobre a história de São José dos Campos e se capacitando para orientar e informar os turistas sobre as atrações da cidade. Como parte dessa preparação, um grupo desses profissionais fez um city tour em agosto, para conhecer os principais pontos turísticos e os prédios que fazem parte do patrimônio histórico municipal. O tour foi encerrado no Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), com explicações sobre os destaques do acervo, como maquetes de aeronaves de produção nacional, réplicas de foguetes, aviões e mísseis, além do primeiro carro a álcool do país, que foi desenvolvido por pesquisadores do DCTA em São José. Um grupo de 564 pessoas de baixa renda recebeu em 5 de agosto os certificados de conclusão de cursos profissionalizantes oferecidos pelo Programa de Qualificação, mantido pela Prefeitura nas oito unidades do Prodec. A formatura foi na Casa do Idoso e metade dos alunos era de beneficiários do programa Bolsa Auxílio Qualificação. Uma luz no Entregues à própria sorte por causa do álcool e das drogas, moradores em situação de rua vão para clínica de recuperação em busca de uma vida nova As histórias de quase todos eles se confundem. O uso de álcool e drogas começou ainda na infância para Lucivaldo da Silva Costa, 27 anos, e Lúcio Mauro Gouveia da Silva, 33. Eles não tinham consciência de que caminhavam numa estrada sem volta. Foram consumidos pelo vício e, abandonados pela família, passaram a perambular pelas ruas, sem rumo nem perspectiva. Há dois meses, aceitaram o convite da assistente social da Prefeitura que os encontrou numa praça, e se internaram numa clínica de recuperação de dependentes químicos, a Comunidade Nova Esperança. No início, relutaram, mas hoje já conseguem entender que enfrentam uma doença incurável e precisam de tratamento para ter condições de voltar ao convívio social pleno. A vida na comunidade também não é fácil. As atividades têm dia e hora marcados, começam logo no despertar, às 7h, e só terminam por volta das 22h. São oficinas de artesanato, terapias de grupo e individuais, consultas, palestras, atividades esportivas e muitas outras. O período de internação varia de seis meses a um ano e as visitas são controladas. Sair, nem pensar – a não ser que o paciente queira se desligar do programa. O local tem ampla estrutura de lazer, quartos climatizados, espaçosos e com sanitários. O refeitório é amplo, há salas de jogos, de TV, de leitura e para oficinas, além de campo de futebol e piscina. O corpo técnico tem oito monitores, duas assistentes sociais, um psiquiatra, dois psicólogos, dois terapeutas ocupacionais, um médico clínico geral e três terapeutas, mais o pessoal administrativo. Dos 36 pacientes encaminhados pela Prefeitura, Érico Gonçalves é o mais velho. Aos 59 anos, vivia na rua, com alto grau de dependência de álcool. Ele é artesão e um dos mais queridos da comunidade. Conta piadas e faz artesanato em argila, diz que tem família, mas não tem casa. Foi um dos primeiros a chegar, e acha que agora está vivendo no paraíso. Já Lucivaldo é técnico de logística, trabalhou em duas multinacionais, é casado e tem uma filha. Diz que se envolveu com drogas aos 15 anos, u As atividades na clínica começam bem cedo e terminam tarde da noite Anote ulação em ento à pop im d elo n te a O rdenado p e rua é coo d se o te çã n a ra tu ig si inha m m ca en e u assagem, Creas, q Casa de P ra a p s te n entação itinera tro de Ori en C o ra a p o Abrigo, te ou para n ra ig M da um. o a ação de ca tu si a d o io d dependen Rua Eugên inciona na 903. -0 2 2 9 O Creas fu 3 e: 3. Telefon Bonádio 6 Novos agentes de cidadania passam por treinamento e são incorporados Mais 240 jovens aprovados no processo seletivo para o programa Agente de Cidadania, da Secretaria Especial de Defesa do Cidadão, vão iniciar suas atividades na Prefeitura em setembro. São jovens de 18 a 21 anos que atuam como orientadores de comportamento e cidadania em escolas municipais, prédios públicos e unidades de saúde, além de auxiliar em campanhas educativas de trânsito, entre outras atribuições. Eles receberam treinamento específico e terão direito a bolsa auxílio mensal (R$ 511), vale-transporte, cesta básica e curso de qualificação profissional. A permanência no programa é de até dois anos. Lucivaldo e Lúcio Mauro, das ruas para o tratamento na Comunidade Nova Esperança 153 É o telefone para acionar as equipes da ronda social 24 horas 5 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 JOSEENSES ENTREGAM 125 TONELADAS DE LIXO ELETRÔNICO A Urbam recolheu 125 toneladas de lixo eletrônico desde o final de agosto de 2009. A coleta é feita em domicílio a partir de agendamento prévio, que pode ser feito pelo telefone 3944-1000. O material é encaminhado às empresas especializadas em descontaminação e reciclagem destes equipamentos. fim do túnel A terapia ocupacional faz parte do tratamento da dependência química u apenas por curiosidade. Fumou maconha, experimentou cocaína e passou a “cheirar socialmente”. Até conhecer o crack, que destruiu a vida dele. “A droga alimenta uma ideologia falsa, é como uma doença progressiva, que te leva à destruição total”, diz Lucivaldo. Depois de dois meses de internação, convenceu-se de que está doente e precisa se tratar. Passou por diversas sessões de terapia, tratamento psicológico e entrou nos programas ocupacionais, além de mergulhar na leitura. Está limpo, mas tem pavor da recaída. “É uma luta diária, e se você acha que está bom e se descuida pode voltar à estaca zero.” Lucivaldo ficará em tratamento pelo período de seis meses ou um ano, e garante que não vai desistir. “Vou trabalhar isso dia a dia, ainda tenho que aprender muita coisa por causa do meu defeito de caráter, mas eu posso sair dessa e ainda ajudar outras pessoas.” Equipes da Prefeitura encaminham 36 moradores de rua para tratamento O convênio da Prefeitura com a Comunidade Nova Esperança foi assinado em junho e prevê a internação espontânea de até 60 moradores de rua. Até agora, 36 pessoas estão recebendo tratamento gratuito, custeado pelo poder público. A proposta do programa, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, é promover a recuperação de pessoas mais vulneráveis, que perderam o vínculo familiar por causa do álcool e da droga e passaram a viver nas ruas. O internamento não é obrigatório – as pessoas precisam aceitar o convite e o tratamento. Após o período de internação, os atendidos terão prioridade no ingresso em programas de transferência de renda, como o Bolsa Auxílio Qualificação, que paga R$ 516 por mês, além de cesta básica e oito horas de cursos do Senac ou do Senai por semana. Esse tipo de atendimento faz parte da nova política da Prefeitura para a população em situação de rua. As ações são coordenadas Especialista mostra técnicas japonesas em educação ambiental Será em São José dos Campos, entre os dias 14 e 16 de setembro, o Seminário Nacional de Limpeza Pública (Senalimp 2011), organizado pela Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) em parceria com a Urbam. No encontro, no auditório do Parque Tecnológico, o professor da Universidade pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua (Creas Pop), que funciona na Rua Eugênio Bonádio 63, no centro. No mesmo local fica a Casa de Passagem, serviço destinado ao migrante e itinerante. Os moradores da cidade que necessitam de abrigamento vão para o Abrigo Pop, no Monte Castelo, enquanto os moradores de rua que precisam de tratamento de dependência química ou etílica são encaminhados para a Comunidade Nova Esperança. de Hiroshima Atsushi Asakura apresentará a experiência do Japão na área de educação ambiental. Ele é vice-presidente da Associação Japonesa para Estudos do Meio Ambiente e secretário geral da Sociedade Japonesa para Estudos em Educação Falará sobre as atuais condições e a história do tratamento do lixo naquele país, a educação ambiental no ensino fundamental e seu futuro. Segundo Asakura, o Japão tem uma longa tradição em educação ambiental, disciplina que faz parte da grade dos estudantes desde 1970. A história do amigo dele, Lúcio Mauro, é ainda mais dramática. Começou nas drogas aos 9 anos, aos 13 usava cocaína e aos 18 aderiu ao crack. Foi parar na cadeia, porque furtou para levantar dinheiro e abastecer o vício. Culpa das más companhias, segundo diz. Chegou a São José como migrante, trabalhou na construção civil, foi guardador de carro, mas nunca se afastou das drogas. Até que perdeu tudo, a começar pela autoestima, e foi morar na rua. Internado há dois meses, está vendo sua vida sofrer uma transformação. “Estou aprendendo muito e agradeço todos os dias por essa oportunidade; quero sair daqui curado, pronto para uma nova vida.” ‘ Espero sair daqui curado para poder ajudar ao próximo, como estou sendo ajudado agora” Lúcio Mauro Gouveia da Silva, 33 anos Projeto Cine Maior Idade capacita 50 profissionais O projeto Cine Maior Idade, organizado pelo governo estadual, promoveu em São José dos Campos a capacitação de 50 profissionais, que agora estão aptos a trabalhar com os idosos utilizando metodologias baseadas nas observações feitas em sessões de cinema especialmente programadas. O programa vem contribuindo para a promoção do bem-estar de pessoas idosas, utilizando como instrumento a linguagem cinematográfica. O objetivo é despertar nesse público o interesse pela cultura do cinema, em ambiente receptivo e cuidadosamente preparado para atender as necessidades e preferências dos idosos. 6 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 EMPRESA NORUEGUESA ABRE FÁBRICA EM SÃO JOSÉ matéria de capa O grupo norueguês Eltek Valere, do setor de telecomunicações, vai investir cerca de R$ 2,5 milhões para instalar uma unidade no distrito industrial Chácaras Reunidas. Dirigentes da empresa estiveram na Prefeitura e anunciaram o início da operação da fábrica em setembro com 120 empregados. MATÉRIA DE CAPA O centro vai voltar a s Prefeitura inicia uma série de projetos e ações para revitalizar a área central da cidade, criar espaços de lazer e cultura e garantir mais conforto e qualidade de vida Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br Você olha em volta e vê calçadas amplas e ajardinadas, sem obstáculos para quem passa. A iluminação destaca a beleza da fachada dos prédios históricos. Há calçadões à disposição do público, há menos carros nas ruas e o trânsito é tranquilo. As lojas ficam abertas à noite, os bares e lanchonetes funcionam a toda. Remodelado, o Mercado Municipal está integrado ao ambiente, a pintura dos prédios é atraente, o lazer está presente em toda a área e há programas culturais para curtir. Essa é a visão do centro da cidade que grande parte dos moradores de São José dos Campos gostaria de ter e que já não está tão longe da realidade. Ela está contida no plano estratégico denominado Centro Vivo, um conjunto de operações destinado a promover a revitalização da parte central da cidade. O objetivo é dar a essa região maior dinamismo econômico, social e cultural, privilegiando os espaços do cidadão, em especial do pedestre. De acordo com a arquiteta Cynthia Gonçalo, que é diretora do Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan), as áreas centrais da maioria das cidades de médio e grande porte acabam se esvaziando, como aconteceu em São José. O centro antigo tem vida própria durante o dia, a atividade comercial é expressiva, mas à noite as ruas ficam desertas, não há alternativas de passeios, de cultura e lazer. Muitas famílias se mudam, as áreas públicas perdem a identidade e deixam de ser referência para a população. É essa situação que o Centro Vivo pretende transformar. São projetos e ações que servirão para redefinir a vocação e o uso de diversas áreas públicas, edificações, ruas e praças na região delimitada pelo plano estratégico. Por isso, além de obras, há uma série de medidas e critérios que começam a ser praticados e que são necessários para orientar a execução dos projetos. Cynthia ressalta que não basta trocar a forma de utilização das áreas centrais. “O fundamental é aumentar o conforto e o bem-estar dos pedestres, humanizar os espaços públicos e torná-los atraentes para todos.” A conclusão dos projetos ainda leva algum tempo, mas as primeiras intervenções começam já, com a instalação dos três centros de compras populares, para onde serão deslocados os vendedores ambulantes que hoje ocupam diversas calçadas e parte de algumas praças. As novas áreas – ao lado da Praça João Mendes, na Travessa João Dias e perto da rodoviária velha – serão identificadas por um portal e terão pontos de vendas cuja distribuição e padronização de barracas serão definidas em conjunto com os empreendedores. A proposta agradou a Associação de Economia Informal (Adei), segundo diz o presidente da entidade, Antônio Gonçalves Batista. “Ainda vamos discutir com os associados, mas eu avalio como um projeto que vai acabar com a poluição visual e fazer valer para o vendedor ambulante o direito de trabalhar com respeito e dignidade.” Esses trabalhadores terão cinco reuniões com técnicos da Prefeitura para receber mais informações sobre o projeto e apresentar reivindicações e alternativas. O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI), Felipe Cury, também aprovou o plano. “Com o Centro Vivo, São José dá um grande salto de beleza, cultura, funcionalidade, atração turística e desenvolvimento de novos negócios”. Anote aberta o Vivo está a tr en C o d de toda A proposta er sugestões a ideia que para receb m u m . Se você te ação população uma observ a u o , te n a ss su re e d te n in , ma julga importante e er d . si ra n u co it fe que para a Pre mensagem idade para n u rt o p o a m u is a dade e os Esta é m ir com a ci u ib tr n co olvidos na você rão desenv e! se e u q s to ip proje tral. Partic região cen ivo@sjc. v o tr n ce ail para m ee e 156. d n fo a M pelo tele n le fa u o r, sp.gov.b O projeto prevê integrar o Largo da Matriz com um novo calçadão na Avenida São José, que ganhará um túnel para passagem de veículos Santana também terá Centro Vivo O centro do bairro Santana também tem importância histórica e é parte da identidade cultural da cidade. Por isso, receberá intervenções destinadas a criar ali uma nova referência urbana, com vocação turística e valorização de aspectos relacionados à qualidade de vida. A praça da Igreja Matriz de Santana receberá nova estrutura, com bancos maiores, jardineiras, lixeiras, manutenção das árvores e lombofaixas, tendo em vista ampliar o espaço para o pedestre. 7 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 MOTORISTAS SÃO TREINADOS PARA TRANSPORTAR BEM Até setembro, 1.350 motoristas e cobradores serão orientados sobre as formas de atender, transportar e se relacionar com os passageiros. Os cursos são promovidos pela Secretaria de Transportes e abrangem todos os profissionais das três empresas que operam o transporte coletivo urbano em São José. ser de todos Plano prevê conjunto de projetos e ações imediatas Em torno do Mercado Municipal, calçadas abertas ao lazer e incentivo ao comércio, atividades culturais e lazer Outra mudança de interesse direto do cidadão será a instalação de um centro de atendimento, uma espécie de poupatempo municipal, que ficará na atual Galeria Pedro Rachid, na Rua Humaitá. O prédio será inteiramente reformado, com conceitos de “edifício verde”: vai utilizar energia solar, aproveitar a luz natural ao máximo durante o dia, reaproveitar a água de chuva e ter ampla facilidade de circulação de pessoas. No local, os dois andares superiores terão unidades de saúde para consulta clínica em especialidades, e o térreo terá um espaço de atendimento ao cidadão em assuntos e serviços relacionados à Prefeitura, além de lanchonetes e área comercial com funcionamento até 22h, diariamente. Uma década de melhorias Diversas ações estão previstas para os próximos anos, sempre visando a ampliação dos espaços públicos e tendo o pedestre como prioridade absoluta. l Incentivo à construção de edifícios-garagem e estacionamentos subterrâneos l Construção de ciclovias para acesso à área central l Reurbanização do Largo da Matriz e do Largo São Miguel l Transferência de cabos e fiações para instalações subterrâneas l Nova iluminação para destacar edificações do patrimônio arquitetônico l Colocação de iluminação diferenciada nas travessias de pedestres l Revisão completa do tráfego de veículos e intervenções para reduzir o trânsito l Criação de um novo padrão de cores e do visual em todo o Centro Vivo l Construção do Boulevard Banhado, com 1 quilômetro de extensão, na Avenida São José A reforma do Mercado Municipal começa logo com uma pintura geral e algumas adaptações internas. Para o entorno do prédio, que também é patrimônio cultural da cidade, a Prefeitura planeja a abertura de calçadões, retirada do trânsito de veículos e criação de espaços comerciais que serão destinados a bares temáticos e restaurantes com o objetivo de criar no local um polo de lazer noturno e atividades culturais. Esse setor de diversões poderá ser complementado pelo Teatro Benedito Alves da Silva, cujo prédio poderá ser cedido à iniciativa privada por prazo de até 30 anos em troca da realização de obras de recuperação e restauração, mantendo-se as características arquitetônicas e a fachada principal. Do outro lado dessa região, duas torres dos antigos edifícios da Argon serão leiloados para incorporação ao Plano Municipal de Habitação, em parceria com a Caixa Econômica Federal. n PENSE NISTO O centro é de todos Quem vive na cidade há mais tempo, por certo, se lembra que tudo era resolvido no centro. O banco, a Prefeitura, as lojas principais, o supermercado, o consultório médico, os escritórios de advogados e engenheiros, tudo ficava perto da região central. Com o tempo, vieram os shoppings, os atacadistas e as grandes redes, que se instalaram nas zonas sul e oeste, principalmente. Assim, nasceram setores de prestação de serviços, mais próximos das novas áreas residenciais. O esvaziamento da região central é um fenômeno que ocorre em todas as grandes cidades. Aqui, o calçadão da Rua 7 de Setembro perdeu sua relevância, deixou de ser ponto de convivência. As praças têm pouca função social, o comércio não se expandiu a contento, alguns prédios ficaram sem uso, acabaram os pontos de atividade noturna. Veio a violência, a sensação de insegurança aumentou e as famílias foram se mudando para outras partes da cidade. Ou seja, o crescimento urbano e as mudanças no modo de vida da população criaram a necessidade de “novos centros”, novos núcleos de prestação de serviços, de comércio, de lazer e de cultura. Para São José, esse processo foi mais dramático porque é na parte antiga que estão os principais laços da comunidade com a própria história – ali nasceu a Vila de São José do Paraíba, e ali estão diversos prédios que fazem parte do patrimônio histórico do município. Era preciso interromper esse processo de esvaziamento e adotar medidas para devolver ao povo as praças, as áreas de lazer, os pontos de cultura da região central. É urgente dotar aquela parte da cidade de uma rede de atividades, para atrair os moradores dos mais diversos bairros e tornar mais agradável passear e conviver ali. E isso vai também revitalizar um dos mais importantes polos de atividade econômica de São José. É isto que pretende a Operação Centro Vivo, criada pela Lei de Zoneamento, em 2010. Trata-se de um conjunto de projetos elaborados pela Prefeitura, com apoio do Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan), para serem executados ao longo dos próximos anos. O objetivo é garantir ao cidadão mais acesso aos bens públicos e fazer com que cada um seja defensor desse espaço, para o bem da cidade e de todos que nela vivem. 8 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 ANEL VIÁRIO GANHA POSTES ORNAMENTAIS nossa cidade A Prefeitura de São José dos Campos iniciou em agosto a implantação de 30 postes ornamentais no Anel Viário. Nesta primeira etapa, a Secretaria de Serviços Municipais (SSM) instalou 25 postes e lâmpadas de sódio de 250 watts no trecho entre os viadutos da Avenida José Longo e Nelson D’Ávila. Saúde em domicílio Pacientes com dificuldade de locomoção são atendidos em casa por equipes médicas, que orientam as famílias e contam com elas para a recuperação do doente Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br Há algum tempo Irene Vianna Bustamante, de 77 anos de idade, vinha cuidando de Francisco, o irmão mais velho, que teve meningite na infância e sofria de hipertensão. Em março, Chico teve um derrame e passou dois meses no hospital. A situação ficou ainda mais difícil quando ele voltou para casa, porque dona Irene não conseguia leválo para consultas médicas e exames clínicos. Ela decidiu pedir ajuda no postinho de saúde perto de casa, no bairro Monte Castelo, e inscreveu o paciente no Programa de Atendimento Domiciliar (PAD). Agora, todo mês uma equipe médica vai à casa de Francisco, mede a pressão arterial dele, faz os exames de acompanhamento, receita os medicamentos e orienta dona Irene para que ela possa administrar corretamente os remédios e observar o estado de saúde do irmão. Para ela, esse tipo de atendimento tem sido fundamental. “Primeiro, porque é muito difícil levar o Chico ao postinho, e também porque a doutora orienta a gente em tudo, mostra como deve ser a alimentação, fala para que serve cada remédio e os horários de cada um”, diz. O PAD foi criado pela Secretaria de Saúde em fevereiro de 2008 e realiza uma média de 200 atendimentos domiciliares por mês para pacientes portadores de deficiência física, idosos e pessoas que têm situação clínica estável, mas precisam permanecer na cama, impossibilitados de se locomover. Equipe médica atende o paciente em casa e orienta a família Anote dimento ma de Aten ra g ro P o n pela família A inclusão r solicitada de mais se e ev d r Domicilia ca de Saú rá idade Bási aciente e se junto à Un dência do p de saúde. si re a d a próxim ionais elos profiss avaliada p as visitas programa e u q r S B U a e devem se É também e é nela qu e d e ú s sa to e d en da equipe esclarecim s quaisquer D. procurado sobre o PA orientações 862 pacientes recebem atendimento domiciliar de 3 equipes médicas Três equipes, cada uma formada por um médico clínico geral e uma auxiliar de enfermagem, atendem nas regiões sul, leste, centro e norte. Elas vão até a casa dos pacientes pelo menos a cada dois meses para avaliar as condições de saúde da pessoa assistida, prescrevem tratamentos, solicitam exames complementares e orientam a família e os cuidadores sobre as precauções que precisam adotar. mostrar como o cuidador pode identificar as necessidades que são peculiares a cada doença, porque isso é fundamental para melhorar a qualidade de vida de quem está acamado e sem condições de cuidar de si mesmo”, afirma a médica Michelle Barbosa Medici, responsável pela equipe do PAD que atende nas regiões centro e norte da cidade. mediante o consentimento da família, mas é necessário que haja um cuidador ou responsável pelo paciente. A inclusão no programa depende da avaliação sobre a condição do doente e deve ser solicitada na unidade básica de saúde mais próxima da residência da família. A UBS cadastra e controla o atendimento, marcando o dia e horário das visitas. “Para mim, o mais importante é ensinar a família a cuidar do paciente, O atendimento domiciliar de pessoas residentes no município é feito O primeiro passo da equipe é entrevistar os familiares para conhecer a his- tória clínica do paciente, antes de iniciar o tratamento domiciliar. Um dos familiares é definido como cuidador e faz a ligação entre o doente e os profissionais de saúde, além de ser responsável pela observação diária, administração dos remédios e outros cuidados, com orientação médica. A assistência médica em domicílio também deixou tranqüila a dona Aparecida dos Santos, que desde julho vem recebendo orientações sobre como cuidar da irmã Ana Maria, de 61 anos, com um lado do corpo paralisado por causa de um acidente vascular cerebral. “Ela fumava desde 12 anos de idade, e isso deve ter causado a doença”, diz Aparecida. Quando a equipe chega à casa dela, Aparecida mostra os remédios que a irmã está usando e os últimos exames. Após a consulta, os profissionais orientam a cuidadora e mostram como ela pode ajudar no tratamento da irmã. “Agora, me sinto mais segura , porque a médica verifica se os remédios estão dando resultado e, se precisar, pode até trocar a medicação”. 9 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 DELEGAÇÃO AUSTRALIANA AVALIA FICAR EM SÃO JOSÉ Representantes do governo e da Federação de Futebol da Austrália estiveram em São José dos Campos para avaliar as condições da cidade para receber a delegação daquele país em caso de classificação para a Copa do Mundo de 2014. Os visitantes conheceram a região, aprovaram a estrutura oferecida e gostaram do clima. nossa cidade Corrida de rua Cada vez mais atletas profissionais e amadores de todas as idades aderem à prática desse esporte que tem custo baixo, é saudável e atrai a atenção em todo o mundo Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br Bastou o prazo de uma hora para que se esgotassem as 700 inscrições disponíveis na internet para as pessoas interessadas em participar da corrida comemorativa do aniversário de Eugênio de Melo (21 de agosto). Outras 300 se inscreveram na subprefeitura do distrito. Pouco antes, em julho, 1.800 atletas participaram das corridas em comemoração aos 244 anos da cidade, com percursos de 5 e 10 quilômetros, enquanto centenas de todas as idades seguiam pelo Anel Viário na caminhada de 4 mil metros. Em agosto, outros 2.400 corredores e caminhantes estavam na Oscar Fashion Running Adidas. Essas foram apenas algumas das 17 provas que compõem o Circuito Joseense de Corridas de Rua, um conjunto de competições que segue o modelo e orientações da Confederação Brasileira de Atletismo e que, em 2010, totalizou 14 mil participações. Neste ano, essa marca já foi superada, faltando ainda oito etapas a ser cumpridas. São José dos Campos segue a onda mundial e registra adesão cada vez maior a esse esporte que, além de saudável, promove convivência, competição sadia e muita diversão. O Circuito Joseense de Corridas de Rua tem três provas organizadas pela Prefeitura e 14 promovidas por empresas da cidade, também para profissionais e amadores. O interessado pode se inscrever como membro de equipe ou competidor individual nas diversas categorias, a partir dos 16 anos, para homens e mulheres. Participam atletas de várias cidades, como Taubaté, Pindamonhangaba, Guarulhos, Caraguatatuba, São 125 pessoas escolheram praticar o atletismo no programa Atleta Cidadão Antes de sair correndo, siga as dicas de um profissional Antes de começar, é bom consultar um profissional de educação física e um médico para uma avaliação das condições físicas e de saúde. Praticadas com a devida cautela, a corrida e a caminhada serão benéficas para os sistemas cardiovascular e respiratório, além de queimar o excesso de gordura no organismo. Sem as precauções essenciais, podem causar o efeito contrário, com risco de acidente vascular e lesões. Circuito Joseense terá mais oito corridas até o final do ano u 28 de agosto – Corrida Série Delta (segunda etapa) u 4 de setembro – Corrida de Aniversário de São Francisco Xavier u 18 de setembro – Corrida de Aniversário do Shopping Colinas u 1º de outubro – Corrida Noturna u 16 de outubro – Corrida Série Delta (terceira etapa) u 23 de outubro – Corrida da ADC Embraer u 20 de novembro – Corrida Vale Sul Shopping u 27 de novembro – Corrida da Univap E se você foi sedentário, vá com calma: o organismo vai se adaptar aos poucos, e, com o tempo, caminhar e correr serão atividades essenciais à rotina. O professor Paulo Sávio Rabelo da Silva, especialista em treinamento desportivo, lembra que é fundamental buscar o equilíbrio físico e o bem-estar, com alimentação adequada, hábitos saudáveis e tempo para descansar. Veja ao lado as dicas do profissional. Sebastião, entre outras, mas somente os de São José são incluídos no ranking municipal. Em cada etapa, os cinco primeiros colocados por modalidade sobem ao pódio para receber medalhas. Paulo de Andrade, aos 76 anos de idade, é destaque como o corredor mais idoso do Circuito. Morador do Mirante do Buquirinha, ele disputou pela primeira vez a Corrida do Aniversário da Cidade em 2009, correu 10 quilômetros e venceu na faixa etária dos 70 aos 79 anos. “Sou tricampeão da prova e quero conquistar mais títulos”, diverte-se, anunciando que em outubro vai correr em Goiânia (GO), onde espera alcançar a marca para se classificar para o grupo de elite da São Silvestre. “Quem sabe não consigo meu lugar e realizo meu sonho?” Cerca de mil pessoas participaram da Corrida de Aniversário de Eugênio de Melo PASSO A PASSO l Comece fazendo caminhadas, de três a cinco vezes por semana l Antes de sair, faça pelo menos dez minutos de exercícios de alongamentos, que ajudam a prevenir lesões musculares Jamais saia para correr em jejum e nunca descuide da hidratação l Intercale uma boa caminhada com uma pequena corrida e, aos poucos, vá evoluindo para menos caminhada e mais corrida l A alimentação deve ser feita de 30 a 40 minutos antes de começar a treinar l Use roupas leves e tênis com amortecedor de impactos Procure locais planos, que não ofereçam riscos – os parques Vicentina Aranha, Santos Dumont e Parque da Cidade são excelentes opções, além das pistas de caminhada em vários locais públicos da cidade 10 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 EXPOSIÇÃO VAI MOSTRAR PROJETOS DE ALUNOS DA REDE nossa cidade Cerca de 300 projetos inovadores desenvolvidos por alunos da rede municipal de ensino foram selecionados pelo Centro de Educação Empreendedora (Cedemp). Uma comissão de membros do Sebrae e de instituições parceiras vai escolher os 20 melhores, que serão mostrados na Exposição Lajoe 2011, em outubro. A casa das mil e uma histórias Biblioteca Pública Cassiano Ricardo tem 70 mil obras literárias à disposição do público e oferece cursos, oficinas e orientações para pesquisas escolares Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br u escritores, visitas de estudantes, espetáculos artísticos, exposições. ONDE FICA Com cerca de 70 mil títulos, o acervo da Biblioteca Municipal abrange as mais significativas obras no campo das ciências, artes, letras, da cultura, filosofia e religião. Ainda estão disponíveis 25 títulos de periódicos de várias épocas, materiais com escrita em braille e livros falados. O local é frequentado, diariamente, por 280 pessoas, em média, e são emprestados entre 150 e 200 livros por dia. Os mais requisitados são os indicados para vestibulares e pesquisas escolares, e há muita procura por best sellers. Rua 15 de Novembro 99, no centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 17h e sábado, das 8h15 às 13h. Telefones: 3921-6330 3921-7682 3922-2130 E-mail: biblioteca@fccr.org.br Site: www.biblioteca.sjc.sp.gov.br Aos 70 anos, Francisco da Silva não perdeu o hábito que cultiva há mais de três décadas: ele frequenta a Biblioteca Pública Cassiano Ricardo desde os tempos em que ela funcionava no Parque Santos Dumont (foi inaugurada em 1968, na Rua Major Antonio Domingues). Era ali que ele lia os jornais, consultava revistas e fazia pesquisas, quando estudava Odontologia na Unesp. Graças ao acervo que encontrava, nem precisava comprar livros. Hoje, ele vai à biblioteca pelo menos uma vez por semana para se informar e ler sobre história ou biografias. Além dos salões de pesquisas, salas de leitura e de periódicos, a biblioteca tem um espaço multimídia com três computadores com acesso gratuito à internet. Nesse local fica o acervo de CDs, DVDs, discos, slides, mapas e partituras. Também está à disposição uma lupa eletrônica para ajudar as pessoas de baixa visão – o equipamento amplia em até 50 vezes o tamanho das letras e ilustrações e proporciona a leitura por meio de um monitor. “A biblioteca oferece obras para o estudante pesquisar e tem um ambiente adequado para isso,” diz Francisco, que acabou optando pela carreira de professor, depois diretor de escola e supervisor de ensino na rede estadual, uma vez que também era formado em Letras. Ali não é um depósito de livros, mas um centro dinâmico, que também oferece atividades culturais e educativas, como cursos, oficinas, palestras, lançamentos de obras, encontros com u y Que tal se tornar um leitor de carteirinha? Para utilizar todos os serviços e materiais da Biblioteca Pública, é importante se cadastrar. Basta apresentar os documentos pessoais, uma foto 3 por 4 e comprovante de endereço, e pagar uma taxa de R$ 2. Quem tem menos de 12 anos, precisa levar também o RG dos pais ou do responsável. Com a carteirinha de sócio, o usuário pode retirar livros, vídeos e CDs por empréstimo, participar de cursos, eventos e outras atividades e ainda utilizar a sala de multimídia para pesquisar na internet. O prazo de devolução é de 10 dias, renovável por mais dez, caso o material não seja requisitado por outro usuário. Delzy Lisboa já ficou amiga dos atendentes e conta com a ajuda deles na escolha da leitura do dia 280 pessoas frequentam a biblioteca municipal por dia, em média Servidor mais antigo da biblioteca, Francisco Braz é um velho conhecido dos usuários 70 mil títulos formam o acervo de obras da biblioteca municipal de São José A biblioteca tem atendimento especial a deficientes visuais, pessoas com baixa visão ou multiplicadores, como pais e professores. Os interessados podem fazer cursos de leitura e escrita em braille e emprestar obras impressas nesse sistema ou em audiobooks (livros falados). No setor fica disponível o software Virtual Vision, que ajuda a pessoa que não enxerga a usar o email. O programa lê textos e orienta o usuário nas operações. Uma sede com muita história O prédio da Biblioteca Municipal foi inaugurado em 24 de dezembro de 1909 como Theatro São José, o primeiro da cidade. Durante as décadas de 10 e 20 do século passado, o local tornou-se o centro da vida cultural do município e foi usado também como cinema e recinto para bailes populares. Em 1941, o edifício reformado e adaptado passou a abrigar a Câmara Municipal e repartições da Prefeitura. Em 1980, com a mudança da sede do executivo para o Paço Municipal, a biblioteca pública foi transferida para lá. 11 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 SÃO FRANCISCO COMEMORA ANIVERSÁRIO DE 119 ANOS Um final de semana com apresentações artísticas – como a do cantor e violonista Gabriel Sater – e muitas brincadeiras infantis marcaram as comemorações do aniversário de 119 anos do distrito de São Francisco Xavier, entre os dias 19 e 21 de agosto. No encerramento, a distribuição gratuita de bolo e barreado, prato típico da região. nossa cidade VIDA LONGA PARA O GUAPURUVU DO MORUMBI ufique sabendo R$ 24 MILHÕES serão investidos na construção do Centro de Formação Educacional Este guapuruvu é a mais nova espécie arbórea a fazer parte do elenco de árvores preservadas e imunes de corte, conforme decreto do prefeito de São José dos Campos. Assim, a bela árvore, que há muitos anos encanta quem passa pela Avenida Benedito Domingues de Oliveira, em frente ao número 77, no Morumbi, agora se iguala às palmeiras-imperiais do Parque da Cidade e de algumas avenidas do centro, ao jequitibá de mais de cem anos em Eugênio de Melo e diversas outras espécies, que também não podem ser cortadas sem autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. É o número de alunos das 103 escolas infantis mantidas pelo município Museu do Folclore preserva saberes antigos e a arte do povo A principal atração do local é uma exposição de longa duração denominada Patrimônio Imaterial: Folclore e Identidade Regional, que procura sensibilizar os visitantes sobre memórias antigas e atualizadas em torno de temas como modos de viver, de comunicar a fé, de fazer festas, comida, música e dança. A mostra é dividida em salas: São José dos Campos, Tecnologias, Festas, Religiosidade, Identidades, Santos de Fé, Brasil e Panelas do Vale. Além do prédio principal, onde está instalada a exposição permanente, o museu tem a Biblioteca Maria Amália Correa Giffoni, com mais de 2 mil livros especializados em folclore, além de artigos, textos e recortes, CDs e discos de vinil de ritmos populares, periódicos e vídeos de manifestações folclóricas da região. Anexo, uma É o total de alunos matriculados na rede municipal 21.470 Um mergulho na cultura popular Visitar o Museu do Folclore de São José dos Campos, ligado à Fundação Cultural Cassiano Ricardo, é o mesmo que dar um mergulho no tempo e nas tradições da cultura popular. O museu fica no Parque da Cidade e foi criado em 1996. Desde a instalação provisória, em 1992, na Igreja de São Benedito, o espaço cuida de preservar o patrimônio cultural, visto como recurso educacional, turístico e de inclusão social. 60.605 3.300 Peças expostas na mostra permanente do Museu do Folclore vagas foram abertas no ensino infantil nos últimos dois anos “vendinha” com produtos artesanais que podem ser apreciados e adquiridos pelos visitantes. Anualmente, o museu também edita o Caderno de Folclore – sempre escrito por um expoente do folclore brasileiro –, desenvolve ações socioeducativas, atende grupos de visitantes ligados a empresas, entidades, organizações sociais e escolas. Entre suas missões, também estão a preservação de manifestações populares e as ações de salvaguarda, como o apoio à Festa de São Benedito, que já tem mais de um século, e Folias de Reis. ONDE FICA O Museu do Folclore funciona no Parque da Cidade (Avenida Olivo Gomes 100, Santana), de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. O telefone é o 3924-7318. SAIBA MAIS www.fccr.org.br www.cecpdesaojose.blogspot.com 2.300 professores atuam no ensino infantil e no fundamental 44 obras de reforma ou construção de escolas estão em andamento 12 | Jornal da Cidade | agosto de 2011 gente daqui Artesã que tem obras em diversos países aprendeu sua arte com a avó e ensinou aos filhos, netos e bisnetos Comente esta notícia jornaldacidade@sjc.sp.gov.br Figuras de dona Lili correm o mundo e atravessam gerações Era o ano de 1924, mas ela se lembra como se fosse hoje. Foi aos 6 anos de idade que dona Lili moldou a primeira galinha chocadeira, usando uma bolinha de barro que a avó Porcina de Andrade lhe deu para entreter, enquanto fazia cumbucas e panelas para vender no povoado. Desde então, Maria Benedita dos Santos, agora aos 93 anos, vem moldando milhares de galinhas, patos e bois, além de cenas e personagens do cotidiano, sempre passando o conhecimento e as técnicas para os filhos, netos e bisnetos. O mais novo aprendiz de sua obra é o bisneto Gabriel, de 7 anos, que também começou moldando galinhas. Nos tempos de dona Lili, o barro era colhido nas margens do Rio Pararangaba, na zona leste da cidade, e as peças eram pintadas com a tinta guache que ela pegava no material escolar dos filhos. Hoje, o barro é comprado em Taubaté, chega ao ateliê em pequenas embalagens plásticas e vem com pigmentos e substâncias que dão consistência ao material e aumentam a durabilidade das figuras e das cores, agora pintadas com tinta especial, importada, comprada via internet pelos filhos da figureira. A arte de moldar a argila com as mãos, dando forma a figuras que representam a vivência e o cotidiano da comunidade, é uma tradição importante na cultura do Vale do Paraíba. Conta-se que começou quando os frades do Convento de Santa Clara de Taubaté, por volta do século 17, montaram um presépio com peças vindas da Itália. O povo, que conhecia a argila do Rio Paraíba do Sul, começou a utilizar esse material para copiar os santos e as cenas do presépio. Assim, os artesãos tornaram-se figureiros. Para dona Lili tudo começou na Fazenda Quilombo, perto da divisa co- Dona Lili, mestre na arte de moldar figuras em argila mum entre os municípios de Caçapava, Jambeiro e São José dos Campos, onde ela nasceu e viveu com os pais e avós. O avô José Benedito era o arrendatário da fazenda, que fora lugar de refúgio para escravos foragidos e pertencia a Antonio Augusto Nogueira de Barros. Ela se lembra que, na infância, foi cuidada por Celestino, um escravo liberto que continuou vivendo na fazenda. “Ele ensinava a gente a cantar, e contava histórias muito bonitas para mim e meus irmãos.” Simples e de família humilde, ela fica com os olhos cheios de água ao uperfil Lili, Maria Benedita dos Santos Nasceu em Jambeiro, em 1918 Tem seis filhos, onze netos e dez bisnetos Estudou até o segundo ano primário Artesã, aprendeu a técnica de moldar figuras com a avó Ensinou sua arte a três gerações lembrar o dia mais triste de sua vida. “Eu estava no segundo ano primário e tive que pedir a minha professora para riscar meu nome da lista de presença, porque meus pais precisavam de mim para ajudar nos afazeres da fazenda; eu chorei muito, porque tive que sair da escola”, conta. Mais tarde, aprendeu as quatro operações matemáticas e passou a fazer os contracheques dos empregados da fazenda, cobrava e dava troco aos tropeiros que alugavam um galpão para pernoitar e seguir viagem. A crise mundial de 1929, iniciada com uma queda violenta na Bolsa Valores de Nova York, deixou a família apertada, e foi preciso vender rapadura na cidade para conseguir dinheiro. Pouco depois, dona Lili foi parar na Revolução Constitucionalista de 1932: ela cozinhava batatas para os soldados paulistas acantonados em Ribeirão das Almas, na zona rural de Taubaté. Ela conta as histórias desse tempo com o “imenso orgulho de ter colaborado com uma causa tão nobre”. Teve 6 filhos – Francisca, Pedro, Donizeti, Dimas, Fátima e Benedito – e todos cresceram em um sítio na zona leste de São José dos Campos, na região que mais tarde se transformou no bairro Santa Inês. Foi ali que todos aprenderam com a mãe a retirar o barro das “São José deu a meus filhos as oportunidades que eu não tive para estudar e trabalhar” Dona Lili margens do rio e transformar em figuras, e foi em São José que todos puderam estudar e desenvolver uma profissão – Fátima fez magistério; Donizeti é mestrando em Filosofia e professor de teatro; Pedro é engenheiro eletrônico e também dá aulas; Dimas é fotógrafo, Benedito é carpinteiro e artesão em madeira e Francisca é figureira. Todos são artesãos, cada um a seu modo. Dona Lili mora no Jardim Ismênia, numa casa que, além de um fogão a lenha para lembrar os tempos da roça, tem um ateliê de uso comum. “Esse cantinho da minha casa sempre tem gente, é como se fosse o coração da casa, é um lugar especial”, diz. Dali saem peças que levam a cultura regional mundo afora. Algumas estão expostas na embaixada japonesa em Brasília, em empresas e exposições na França, Alemanha, em Portugal, na Bolívia, no Peru, Equador, nos Estados Unidos e em outros países. “São tantos lugares, que me sinto até importante”, finaliza a artesã.