PDF - Archives of Endocrinology and Metabolism
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issn 0004-2730 IV Congresso brasileiro de atualização em endocrinologia e metabologia IX congresso paulista de endocrinologia e metabologia agosto 2011 24 a 27 de agosto de 2011 São Paulo, SP 55 suplemento 4 Assistente editorial e financeira: Roselaine Monteiro Rua Botucatu, 572 – conjunto 83 – 04023-062 – São Paulo, SP Telefax: (11) 5575-0311 / 5082-4788 roselaine@endocrino.org.br Submissão on-line / Divulgação eletrônica www.abem-sbem.org.br • www.scielo.br/abem Rua Anseriz, 27, Campo Belo 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300 www.segmentofarma.com.br • segmentofarma@segmentofarma.com.br Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Gerente financeira: Andréa Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Editorachefe: Daniela Barros MTb 39.311 Comunicações médicas: Cristiana Bravo Relações institucionais: Valeria Freitas Gerentes de negócios: Claudia Serrano, Marcela Crespi, Philipp Santos e Valeria Freitas Coordenadora comercial: Andrea Figueiro Gerente editorial: Cristiane Mezzari Coordenadora editorial: Sandra Regina Santana Designer: Flávio Santana Revisoras: Glair Picolo Coimbra e Sandra Gasques Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: 12088.8.11 Todos os anúncios devem respeitar rigorosamente o disposto na RDC nº96/08 Rua Alvorada, 631 – Vila Olímpia – 04550-003 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3849-0099/3044-1339 atendimento@growup-eventos.com.br • growup-eventos.com.br Assessoria Comercial: Reginaldo Ramos Tiragem desta edição: 2.800 exemplares Preço da Assinatura: R$ 450,00/ano – Fascículo Avulso: R$ 55,00 Indexada por Biological Abstracts, Index Medicus, Latindex, Lilacs, MedLine, SciELO, Scopus, ISI-Web of Science ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5, 1955Nove edições/ano Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955 Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism ISSN 0004-2730 (versões impressas) ISSN 1677-9487 (versões on-line) 1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira. CDU 612.43 Endocrinologia CDU 612.015.3 Metabolismo Apoio: Órgão oficial de divulgação científica da SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Departamento da Associação Médica Brasileira), SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica e SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos do Metabolismo Ósseo e Mineral 2011-2012 EDITOR-CHEFE Comissão Editorial Nacional Luciano Giacáglia (SP) Sérgio Atala Dib (SP) Ana Luiza Silva Maia (RS) Luiz Armando de Marco (MG) André Fernandes Reis (SP) Luiz Augusto Casulari R. da Motta (DF) Antônio Carlos Pires (SP) Madson Queiroz Almeida (SP) Antônio Marcondes Lerário (SP) Magnus R. Dias da Silva (SP) Antônio Roberto Chacra (SP) Manoel Ricardo Alves Martins (CE) Ayrton Custódio Moreira (SP) Márcio Faleiros Vendramini (SP) Berenice B. Mendonça (SP) Márcio Mancini (SP) Bruno Geloneze Neto (SP) Margaret Cristina S. Boguszewski (PR) Carlos Alberto Longui (SP) Mário Vaisman (RJ) Carmen C. Pazos de Moura (RJ) Marise Lazaretti-Castro (SP) Célia Regina Nogueira (SP) Milton César Foss (SP) César Luiz Boguszewski (PR) Mônica Andrade Lima Gabbay (SP) Claudio E. Kater (SP) Mônica Roberto Gadelha (RJ) Milena F. Caldato (PA) Denise Pires de Carvalho (RJ) Nina Rosa de Castro Musolino (SP) Diabetes Melito Eder Carlos R. Quintão (SP) Saulo Cavalcanti da Silva (MG) Edna Nakandakare (SP) Dislipidemia e Aterosclerose Edna T. Kimura (SP) COEDITORES Alexander A. L. Jorge (SP) Evandro S. Portes (SP) Renan M. Montenegro Jr. (CE) Editor associado internacional Antonio C. Bianco (EUA) EDITORES ASSOCIADOS Presidentes dos departamentos da SBEM Adrenal e Hipertensão FUNDADOR Waldemar Berardinelli (RJ) EDITORES e CHEFES DE REDAÇÃO* 1951-1955 Waldemar Berardinelli (RJ) Thales Martins (RJ) 1957-1972 Clementino Fraga Filho (RJ) Maria Teresa Zanella (SP) Endocrinologia Básica Eduardo Rochete Ropelle (SP) Elaine Maria Frade Costa (SP) Maria Teresa Nunes (SP) Eliana Aparecida Silva (SP) EndoCRINOLOGIA Feminina e Eliana Pereira de Araújo (SP) Andrologia Alexandre Hohl (SC) Endocrinologia Pediátrica Ângela M. Spinola de Castro (SP) Francisco Bandeira (PE) Geraldo Medeiros-Neto (SP) Gil Guerra-Júnior (SP) Efisio Puxeddu (Itália) Tireoide João Roberto de Sá (SP) 1983-1990 Antônio Roberto Chacra (SP) Representantes das Sociedades Colaboradoras 2007-2010 Edna T. Kimura (SP) SOBEMOM João Lindolfo C. Borges (DF) Ubiratan Fabres Machado (SP) Ileana G. S. Rubio (SP) 1978-1982 Armando de Aguiar Pupo (SP) Leila Araujo (BA) Tânia A. S. Bachega (SP) Décio Eizirik (Bélgica) Janice Sepuvelda Reis (MG) ABESO Suemi Marui (SP) Charis Eng (EUA) Rosana Bento Radominski (PR) 1995-2006 Claudio Elias Kater (SP) Sonir Roberto Antonini (SP) Henrique de Lacerda Suplicy (PR) Obesidade Saulo Cavalcanti da Silva (MG) Simão A. Lottemberg (SP) Carol Fuzeti Elias (EUA) 1969-1972* João Gabriel H. Cordeiro (RJ) SBD Sandra R. G. Ferreira (SP) Helena Maria Ximenes (SP) Neuroendocrinologia 1991-1994 Rui M. de Barros Maciel (SP) Rui M. de Barros Maciel (SP) Hans Graf (PR) 1966-1968* Pedro Collett-Solberg (RJ) Laura Sterian Ward (SP) Rodrigo Oliveira Moreira (RJ) Comissão Editorial Internacional Metabolismo Ósseo e Mineral Manuel dos Santos Faria (MA) Ricardo M. R. Meirelles (RJ) Gisah M. do Amaral (PR) 1964-1966* Luiz Carlos Lobo (RJ) João Lindolfo C. Borges (DF) Regina Célia S. Moisés (SP) Jorge Luiz Gross (RS) José Augusto Sgarbi (SP) José Gilberto H. Vieira (SP) Fernando Cassorla (Chile) Franco Mantero (Itália) Fredric E. Wondisford (EUA) Gilberto Jorge da Paz Filho (Austrália) Gilberto Velho (França) James A. Fagin (EUA) Josivan Gomes de Lima (RN) John P. Bilezikian (EUA) Laércio Joel Franco (SP) Norisato Mitsutake (Japão) Léa Maria Zanini Maciel (SP) Patrice Rodien (França) Leandro Arthur Diehl (PR) Peter Kopp (EUA) SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Diretoria Nacional da SBEM 2011-2012 Presidente: Airton Golbert Vice-Presidente: Marise Lazaretti-Castro Secretário Executivo: Josivan Gomes de Lima Secretário Executivo Adjunto: Henrique de Lacerda Suplicy Tesoureira Geral: Rosane Kupfer Tesoureiro Geral Adjunto: Luiz Henrique Maciel Griz Rua Humaitá, 85, cj. 501 22261-000 – Rio de Janeiro, RJ Fone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170 Secretária executiva: Julia Maria C. L. Gonçalves www.sbem.org.br sbem@endocrino.org.br Departamentos Científicos - 2011/2012 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Adrenal e Hipertensão Diabetes Mellitus Representante Presidente Milena Caldato Tv. Nove de Janeiro, 456, Umarizal 66000-000 – Belém, PA Fone: (91) 3246-3939 milenacaldato@hotmail.com Saulo Cavalcanti da Silva Vice-Presidente Luiz Alberto Andreotti Turatti Secretário Antônio Carlos Pires TesoureiroIvan dos Santos Ferraz Diretores Adriana Costa e Forti Rodrigo Nunes Lamounier Balduino Tschiedel Suplentes Sérgio Atala Dib Hermelinda Pedrosa Rua Tomé de Souza, 830, 10o andar, cj. 1005, Savassi 30140-131 – Belo Horizonte, MG Fone: (31) 3261-2927 www.diabetes.org.br scsendocrino@yahoo.com.br Dislipidemia e Aterosclerose Endocrinologia Básica Presidente Maria Teresa Zanella Presidente Maria Tereza Nunes Vice-Presidente Fernando Flexa Ribeiro Filho Vice-Presidente Magnus R. Dias da Silva Secretária Gláucia Carneiro SecretáriaTânia Maria Ortiga Carvalho Tesoureira Lydia Mariosa Diretores Celso Rodrigues Franci Diretores Sandra Roberta Vivolo Doris Rosenthal Fernando Giuffrida Adelina Reis Rodrigo Moreira Suplentes Catarina Segreti Porto Ubiratan Fabres Machado Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Rua Leandro Dupret, 365, Vila Clementino 04025-011 – São Paulo, SP Fone: (11) 5904-0400/Fax: (11) 5904-0401 tereza.zanella@hrim.com.br Alameda dos Anapurus, ap. 21 04087-022 – São Paulo, SP Fones: (11) 3091-7431/30917645 www.fisio.icb.usp.br mtnunus@icb.usp.br Departamentos Científicos - 2011/2012 Endocrinologia Feminina e Andrologia Endocrinologia Pediátrica Presidente Alexandre Hohl Vice-Presidente Paulo César Alves da Silva Vice-Presidente Ricardo M. R. Meirelles Diretores Aline Mota da Rocha Presidente Ângela Maria Spinola e Castro Diretores Amanda Valéria Luna de Athayde Carlos Alberto Longui Carmen Regina Leal de Assumpção Julienne Ângela Ramires de Carvalho Dolores Perovano Pardini Maria Alice Neves Bordallo Poli Mara Spritzer Marília Martins Guimarães Ruth Clapauch Suplentes Claudia Braga Abadesso Cardoso Maria Tereza Matias Baptista Rodovia SC 401, Km 4, nº 3854 88032-005 – Florianópolis, SC Fone: (48) 3231-0336 www.feminina.org.br • www.andrologia.org.br alexandrehohl@endocrino.org Rua Pedro de Toledo, 980, cj. 52, Vila Clementino 04039-002 – São Paulo, SP Fone: (11) 5579-9409/8259-8277 amsc@uol.com.br/aspinola.dped@epm.br Metabolismo Ósseo e Mineral Neuroendocrinologia Presidente João Lindolfo C. Borges Presidente Vice-Presidente Victória Zeghbi Cochenski Borba Vice-Presidente Antônio Ribeiro de Oliveira Junior Diretores Cynthia Maria Alvares Brandão Diretores César L. Boguszewski Luiz Claudio G. de Castro Lucio Vilar Luiz Henrique de Gregório Luiz Antônio de Araújo Luiz Henrique Maciel Griz Mônica Gadelha Av. Angélica, 1757, cj. 103, Higienópolis 01227-200 – São Paulo. SP Fones: (11) 3822-1965/3826-4677 contato@sobemon.org.br www.sobemom.org.br Obesidade Manuel dos Santos Faria Luciana Ansanelli Naves Suplentes Marcello Delano Bronstein Leonardo Vieira Neto Av. Colares Moreira, 555 65075-441 – São Luis, MA Fone: (98) 3217-4410 mfaria@inlab.com.br Tireoide Presidente Rosana Radominski PresidenteLaura Sterian Ward Vice-Presidente Leila Araujo Vice-Presidente Carmen Cabanelas Pazos de Moura Primeiro Secretário Alexandre Koglin Benchimol Secretária Gisah Amaral de Carvalho Segunda Secretária Mônica Beyruti Diretores Cleber Pinto Camacho Tesoureira Cláudia Cozer Vânia Maria Corrêa da Costa Representantes da SBEM Josivan Gomes de Lima Rosalinda Camargo Marcio Mancini José Augusto Sgarbi Suplentes Ana Luiza Silva Maia Célia Regina Nogueira Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SP Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732 www.abeso.org.br info@abeso.org.br Rua Botucatu, 572, cj. 81, Vila Clementino 04023-061 – São Paulo, SP Fone/Fax: (11) 5575-0311 www.tireoide.org.br ward@fmc.unicamp.br Comissões Permanentes - 2011/2012 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Acompanhamento do Planejamento Estratégico Internacional Presidente César Boguszewski Presidente Airton Golbert agolbert@terra.com.br Membros Ricardo M. R. Meirelles, Ruy Lyra, Marisa Coral, Valéria Guimarães clbogus@uol.com.br Membros Valéria Guimarães, Thomaz Cruz, Amélio F. Godoy Matos, Marcelo Bronstein Campanhas em Endocrinologia Presidente Adriana Costa e Forti adrianaforti@uol.com.br Membros Luiz Antônio Araújo, Vívian Ellinger Científica NORMAS, QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Presidente Ronaldo Neves ronaldoneves@alternex.com.br Vice-Presidente Eduardo Dias Membros Diana Viegas, Mauro A. Czepielewski, Nilza Torres Presidente Marise Lazaretti-Castro marise.lazaretti@imabrasil.com.br Membros Presidentes Regionais, Presidentes dos Departamentos Científicos Indicados pelas Diretorias Ruy Lyra, Doris Rosenthal, Pedro Wesley, Marcello Bertolucci amsc@uol.com.br Comunicação Social PESQUISAS Presidente Ricardo M. R. Meirelles r.meirelles@terra.com.br Editor ABEM Sérgio Atala Dib Membros Marisa Helena César Coral, Rosalvo Reis, Severino Farias Educação Médica Continuada Presidente Dalisbor Marcelo W. Silva dalisbor.endocrino@gmail.com Membros Laura Sterian Ward, Luiz Susin, Ruth Clapauch Estatutos, Regimentos e Normas Presidente Airton Golber agolbert@terra.com.br Membros Gustavo Caldas, Ronaldo Neves, Alexandre Hohl, Representante da Diretoria Nacional Eduardo Pimentel Ética e Defesa Profissional Paritária – CAAEP Presidente Ângela Maria Spínola de Castro MembrosOsmar Monte, Maria Alice Neves Bordallo, Gil Guerra Junior, Luiz Claudio Castro, Durval Damiani Presidente Freddy Eliaschewitz freddy.g@uol.com.br Membros Antônio Roberto Chacra, Luiz Augusto Russo Projeto Diretrizes Coordenador Luiz Claudio Castro lc-castro@uol.com.br Adrenal e Hipertensão Milena Caldato Dislipidemia e Aterosclerose Maria Tereza Zanella Diabetes Mellitus Saulo Cavalcanti da Silva Endocrinologia Básica Maria Tereza Nunes Endocrinologia Feminina e Andrologia Alexandre Hohl Endocrinologia Pediátrica Ângela Maria Spinola e Castro Metabolismo Ósseo e Mineral João Lindolfo C. Borges Neuroendocrinologia Manuel dos Santos Faria Obesidade Rosana Radominski Tireoide Laura Sterian Ward Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia Corregedor João Modesto modesto@openlink.com.br Vice-CorregedorItairan de Silva Terres 1º vogalTeiichi Oikawa 2º vogalNey Cavalcanti 3º vogal Victor Gervásio e Silva 4º vogalNeuton Dornellas 5º vogal Maite Chimeno fbandeira@gmail.com História da Endocrinologia Valorização de Novas Lideranças Presidente Luiz César Povoa lcpovoa@globo.com.br Membros Adriana Costa e Forti, Thomaz Cruz Presidente Presidente: Francisco Bandeira Vice-Presidente: Osmar Monte Membros: Adelaide Rodrigues, César Boguszewski, Lucio Vilar, Marisa Helena César Coral, Marilia Guimarães André Gustavo P. de Sousa agpsousa@ig.com.br Vice-Presidente Fernando Ghershman Sociedades e Associações Brasileiras na Área de Endocrinologia e Metabologia SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes Diretoria Nacional da SBD (2010/2011) Presidente Saulo Cavalcanti da Silva Vice-Presidentes Balduino Tschiedel Ivan dos Santos Ferraz Nelson Rassi Ruy Lyra da Silva Filho Walter José Minicucci Secretário Geral Domingos Augusto Malerbi 2a Secretária Reine Marie Chaves Fonseca 1o Tesoureiro Antonio Carlos Lerario 2o Tesoureiro João Modesto Filho Conselho Fiscal Leão Zagury Maria Regina Calsolari Silmara A. Oliveira Leite Suplente Perseu Seixas de Carvalho Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/74 04511-011– São Paulo, SP Fone/Fax: (11) 3842-4931 secretaria@diabetes.org.br www.diabetes.org.br Secretária Executiva: Kariane Krinas Davison Gerente Administrativa: Anna Maria Ferreira ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica Diretoria Nacional da ABESO (2010-2011) Presidente Vice-Presidente 1o Secretário Geral 2a Secretária Geral Tesoureira Rosana Radominski Leila Araujo Alexandre Koglin Benchimol Mônica Beyruti Cláudia Cozer Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SP Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732 Secretária: Luciana Bastos info@abeso.org.br www.abeso.org.br SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos do Metabolismo Ósseo e Mineral Diretoria Nacional da SOBEMOM (2011-2013) Presidente Vice-Presidente Secretária Geral 2o Secretário Tesoureiro Geral 2a Tesoureira Conselho Fiscal João Lindolfo C. Borges Victória Zeghbi Cochenski Borba Cynthia Maria Alvares Brandão Nilson Roberto de Melo Luiz Claudio Gonçalves de Castro Ana Patricia de Paula Marise Lazaretti-Castro, Dalisbor Macerlo Weber Silva, Francisco Alfredo Bandeira e Farias Av. Angélica, 1757, cj. 103, Higienópolis 01227-200 – São Paulo. SP Fones: (11) 3822-1965/3826-4677 contato@sobemon.org.br www.sobemom.org.br Prezados colegas, É um prazer dar as boas-vindas a todos vocês para o 9º COPEM e o 4º CBAEM. O congresso promoverá uma oportunidade única para cada congressista. Como resultado do excelente trabalho da comissão científica, o programa inclui médicos experientes, pesquisadores nacionais e internacionais clínicos e básicos e jovens investigadores, que abordarão os avanços mais recentes da Endocrinologia básica, clínica e translacional. Serão discutidos tópicos que permitirão aos participantes se familiarizarem com os conhecimentos atualizados – o consagrado – e com as últimas tendências – o novo – da Neuroendocrinologia, das Doenças da Adrenal e das Gônadas, da Endocrinologia Pediátrica, da Tireoide, do Metabolismo Ósseo, do Diabetes Mellitus e da Obesidade. Agradeço a todos os palestrantes que aceitaram prontamente ao convite, à Comissão Científica e à Comissão Executiva que tornaram o Congresso uma realidade. O formato do congresso teve a intenção de facilitar ao máximo a interação entre os participantes e os palestrantes. Acredito firmemente que os participantes deste Congresso têm uma grande oportunidade de vivenciar um tempo, no qual os horizontes da pesquisa e do cuidado aos pacientes são mais amplos e convergentes do que nunca. Sejam bem-vindos aos próximos dias de excelente ciência, trocas de experiências clínicas e agradável convivência. Bom Congresso! Margaret de Castro Presidente do COPEM/CBAEM – 2011 Prezados colegas, O primeiro CBAEM/COPEM inaugura um novo formato de congresso, unindo dois eventos consagrados no meio endocrinológico, e apresenta à comunidade um programa abrangente capaz de proporcionar uma excelente oportunidade de atualização. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia agradece a Regional de São Paulo o empenho na organização e reitera aos endocrinologistas para aproveitar esse congresso que certamente acrescentará conhecimentos, além da possibilidade de confraternização. Airton Golbert Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia COMISSÃO ORGANIZADORA Margaret de Castro – Presidente do Congresso Airton Golbert – Presidente da SBEM COMISSÃO EXECUTIVA Marise Lazaretti Castro – Presidente Nina Rosa de Castro Musolino – Vice-Presidente João Eduardo Nunes Salles – Secretário Evandro de Souza Portes – Tesoureiro COMISSÃO CIENTÍFICA LOCAL Claudio E. Kater (Unifesp) – Presidente Alexander A. L. Jorge (FMUSP) – Vice-Presidente André F. Reis (Unifesp) Célia Regina Nogueira (Unesp) Gil Guerra Junior (Unicamp) Julio Abucham (Unifesp) Lucila Leico K. Elias (FMUSP/RP) Marcio C. Mancini (FMUSP) Maria Cristina Foss-Freitas (FMUSP/RP) Sérgio S. Maeda (Sta. Casa/SP) COMISSÃO CIENTÍFICA NACIONAL Airton Golbert – Presidente Presidentes dos Departamentos da SBEM: Ângela M. Spinola e Castro (Endocrinologia Pediátrica) Edna T. Kimura (Tireoide) Márcio C. Mancini (Obesidade) Maria Teresa Zanella (Dislipidemia e Aterosclerose) Milena F. Caldato (Adrenal e Hipertensão) Mônica R. Gadelha (Neuroendocrinologia) Poli Mara Spritzer (Endocrinologia Feminina e Andrologia) Saulo Cavalcanti da Silva (Diabetes Mellitus) Vânia Maria Corrêa da Silva (Endocrinologia Básica) Victória Zeghbi C. Borba (Metabolismo Ósseo e Mineral) programação científica programação científica programação científica Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011 7:30 Abertura da secretaria e entrega de material 9:00-12:00 Atividades pré-congresso Teatro – 7º piso Prova de título de especialista SBEM SALA 3 Curso pré-congresso: DENSITOMETRIA ÓSSEA PARA ENDOCRINOLOGISTAS Coordenadores: João Lindolfo C. Borges (DF) e Francisco José Albuquerque de Paula (SP) • Indicação atual para o exame de Densitometria Óssea segundo a ISCD e SBDens – José Augusto Sisson de Castro (SP) • Leitura clínica do exame: cuidado com as armadilhas – Cynthia M. A. Brandão (SP) • Crianças e adolescentes: quando pedir e como interpretar? – Luiz Claudio Gonçalves de Castro (DF) • Investigação clínica da osteoporose densitométrica – Luiz Griz (PE) • Medicações para osteoporose e o seu risco de fratura – João Lindolfo C. Borges (DF) • Ferramentas para monitorização do tratamento – Sergio Setsuo Maeda (SP) SALA 4 Curso pré-congresso: BIOLOGIA E GENÉTICA MOLECULAR PARA O CLÍNICO Coordenadores: Alexander Jorge (SP) e Sonir Antonini (SP) • Formas de herança e conceitos básicos de genética molecular – Andréa Maciel-Guerra (SP) • Mecanismos moleculares das doenças genéticas – Entendendo os tipos de mutações – Maria Lucia Giannella (SP) • Como e para quem pedir um teste genético – Bruno Ferraz de Souza (SP) • Exemplo prático de investigação genético-molecular – Lea Maria Zanini Maciel (SP) 12:00-14:00 Almoço 14:00-15:30 Simpósios SALA 1 SP.02 – Regulação do metabolismo ósseo – Aspectos locais e sistêmicos Coordenador: João Lindolfo C. Borges (DF) • Molecular basis of bone resorption – Roland Baron (Harvard Medical School, EUA) • O papel da vitamina D na regulação do metabolismo energético – Francisco José Albuquerque de Paula (SP) • Conexão intestino/osso: o papel da serotonina na formação óssea – Henrique Pierotti Arantes (MG) SALA 3 SP.03 – Falando sobre hormônios sexuais Coordenação: Ruth Clapauch (RJ) • Hiperprolactinemia: atualização e aspectos metabólicos – Antonio Ribeiro-Oliveira Jr. (MG) • Reposição hormonal feminina – Dolores P. Pardini (SP) • Reposição hormonal masculina – Alexandre Hohl (SC) SALA 4 SP.01 – Aspectos atuais dos tumores hipofisários Coordenador: Luiz Roberto Salgado (SP) • Atualização no diagnóstico e tratamento da acromegalia – recomendações do Depto. de Neuroendócrino da SBEM – Mônica Gadelha (RJ) • Tumorigênese hipofisária familial: AIP – Luciana Naves (DF) • Papel dos microRNAs na tumorigênese da hipófise – Leandro Colli (SP) 16:00-17:00 Teatro (7º piso): Abertura Oficial – Homenagens Margaret de Castro – Presidente Congresso Airton Golbert – Presidente da SBEM 17:00-18:00 Teatro (7º piso): Prêmio SBEM-SP 2011 Ayrton Custódio Moreira – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, São Paulo Conferência de Abertura: “O eixo hipófise-adrenal: encontro da fisiologia com a clínica” Presidente: Margaret de Castro (SP) 18:00-18:30 Teatro (7º piso): Apresentação do coral do Instituto Baccarelli 18:30 Coquetel de abertura programação científica Quinta-feira, 25 de Agosto de 2011 7:30-9:00 SIMPÓSIOS COMERCIAIS SALA 1 Simpósio Mantecorp Farmasa: Vitamin D: A D-lightful solution for good health Michael Holick, Boston University Medical Center, USA Panorama da vitamina D no Brasil – Marise Lazaretti Castro (SP) SALA 2 Simpósio Coca-Cola Brasil: “A importância de frutas e sucos na alimentação saudável” Coordenador: Márcio Mancini (SP) A importância de frutas e sucos na alimentação saudável – Alfredo Halpern (SP) A redução calórica na alimentação e a utilização de adoçantes corretos – Guilherme de Azevedo Ribeiro (RJ) SALA 3 Simpósio ABEM em foco Coordenador: Sérgio Atala Dib – Editor dos ABEM (SP) • Como apresentar e submeter um projeto de pesquisa para obter recursos de agências de fomento – Mário J. A. Saad (SP) • Como escrever e submeter um trabalho científico para publicação em revista internacional – Antonio C. Bianco (Miami Miller School of Medicine, EUA) • Como avaliar objetivamente a produção científica: fator de impacto, índice h e outras ferramentas – Ricardo Brandt de Oliveira (SP) SALA 4 Simpósio Eli Lilly 09:00 Assembleia Geral SOBEMOM (SALA 4A) 9:15-10:00 CONFERÊNCIAS SALA 1 Conferência 3 – Presidente: Maria Cristina Foss-Freitas (SP) Inflammation as a pathogenic mediator and pharmacological target in type 2 diabetes and cardiovascular disease Steven Shoelson (Joslin Diabetes Center, Harvard, Boston, EUA) SALA 3 Conferência 4 – Presidente: Walter Bloise (SP) Evolução no longo prazo e qualidade de vida de pacientes com distúrbio do desenvolvimento sexual Berenice B. Mendonça (SP) SALA 4 Conferência 2 – Presidente: Rui M. B. Maciel (SP) Contemporary management of hyperthyroidism David Cooper (Johns Hopkins University School of Medicine, EUA) 10:00-10:30 Intervalo e visita aos expositores 10:30-12:00 Simpósios SALA 1 SP.04 – Aspectos básicos da tireoidologia clínica Coordenadora: Laura Sterian Ward (SP) • Organificação tireoidiana: velhos e novos aspectos – Denise Carvalho (RJ) • TG, US e PAAF na avaliação de linfonodos suspeitos e malignidade – Rosa Paula Mello Biscolla (SP) • Marcador molecular no câncer de tireoide: aplicação diagnóstica e prognóstica – Janete Cerutti (SP) SALA 3 SP.05 – Diabetes: defeito de secreção de insulina na fisiopatologia da hiperglicemia – Coordenador: Nelson Rassi (GO) • Reguladores dos transportadores de glicose em fígado e rim: alterações no diabetes mellitus – Ubiratan Fabres Machado (SP) • Diabetes neonatal – Regina Célia M. Santiago (SP) • Genética molecular das complicações do diabetes – Maria Lucia Giannella (SP) programação científica SALA 4 SP.06 – Doenças adrenais ao longo da vida Coordenador: Milena Coelho Fernandes Caldato (PA) • Incidentalomas de adrenal – Daniel Soares Freire (SP) • Tumorigênese adrenal – Madson Almeida (SP) • Causas genéticas de insuficiência adrenal na criança – Sonir Antonini (SP) 12:00-13:00 Almoço e visita aos pôsteres 14:00 Reunião do Conselho Deliberativo – SBEM (SALA 4A) 13:00-15:00 “O ano em endocrinologia” e SESSÃO DE TEMAS LIVRES SALA 1 O ano em Tireoide – Rui M. B. Maciel (SP) Coord.: Suemi Marui (SP) • Sessão de Temas-Livres Clínicos 1 CO.01 NÍVEIS SÉRICOS DO FATOR TRANSFORMADOR DE CRESCIMENTO β1 PRÉ E PÓS-TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE EM PACIENTES COM TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE Höfling DB1, Chavantes MC2, Knobel M3, Cerri GG1, Yoshimura EM4, Acencio MMP5, Chammas MC1 1 InRad/Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Radiologia; 2 InCor/HCFMUSP – Cirurgia Cardiovascular; 3 FMUSP – Endocrinologia e Metabologia; 4 USP – Física Nuclear; 5 InCor/HCFMUSP – Pneumologia CO.02 PAPEL DA TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET-CT) COM FLÚOR-18-FLUORDEOXIGLICOSE (FDG-18F) EM PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DE ALTO RISCO Yang JH1, Nakabashi C2, Camacho CP2, Andreoni DM2, Padovani RP2, Malouf EZ2, Ikejiri ES2, Mamone MCOC2, Abrahão M3, Hojaij F3, Yamaga LYI4, Ozawa A4, Wagner J4, Hidal JT2, Maciel RMB2, Biscolla RPM2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp – Endocrinologia – Centro de Doenças Tireoidianas – Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein; 3 Unifesp – Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 4 Hospital Israelita Albert Einstein – Medicina Nuclear 1 CO.03 ASSOCIATION BETWEEN COMPONENTS OF METABOLIC SYNDROME AND THYROID FUNCTION IN EUTHYROID SUBJECTS OF A BRAZILIAN ADULT POPULATION Castelo MHCG1, Ponte CMM2, Ponte PM3, Bandeira TJPG4, Rocha IV4, Aragão Jr AG5, Paiva RGS5, Teixeira DF3, Montenegro RM6, Montenegro Jr R7 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Endocrinologia; 2 UFC – Departamento de Medicina Comunitária; 3 UFC – Faculdade de Medicina (FM); Diagnósticos da América – LabPasteur Fortaleza Ceará; 5 Hospital São Carlos (HSC) – Imagem; 6 UFC-FM – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 7 UFCFM – Serviço de Endocrinologia e Diabetes 1 4 CO.04 PROSPECTIVE STUDY OF CLINICAL EVALUATION AND OUTCOME OF PREGNANT WOMEN FOR THYROID DYSFUNCTION Ferreira SMS1, Navarro AM1, Cardoso LF1, Magalhães PKR1, Duarte G2, Quintana S2, Maciel LMZ1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Ginecologia e Obstetrícia CO.05 DESENVOLVIMENTO DE UM ENSAIO DE TIREOGLOBULINA ULTRASSENSÍVEL E SEU PAPEL NO SEGUIMENTO DE PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE Nakabashi C1, Kasamatsu T1, Tachibana TT2, Barcelos RN1, Malduf EZ1, Hoff A3, Maciel RMB4, Biscolla RPM4, Vieira JGH4 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina – Endocrinologia; 2 Fleury Medicina e Saúde – Imunoensaios; 3 Fleury Medicina e Saúde – Endocrinologia; 4 Unifesp/EPM e Fleury Medicina e Saúde – Medicina – Endocrinologia CO.06 CORRELAÇÃO ENTRE A VARIANTE GENÉTICA QUE CONFERE HIPERINSULINEMIA Ala1369Ser (SUR1) E A SUSCETIBILIDADE À PARALISIA PERIÓDICA TIREOTÓXICA (PPT) Rolim ALR1, Lindsey SC1, Kunni IK1, Crispim F1, Martins JRM1, Moises RCMS1, Dias da Silva MR2, Maciel RMB1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp – Bioquímica SALA 2 O ano em Neuroendócrino – Marcello D. Bronstein (SP) Coord.: Manuel dos Santos Faria (MA) • Sessão de Temas-Livres Clínicos 2 programação científica CO.07 EXPRESSÃO DE GENES DA VIA Wnt EM CRANIOFARINGIOMAS Jucá CEB1, Colli LM2, Antonini SR3, Oliveira RS1, Moreira AC2, Machado HR1, Castro M2 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Cirurgia e Anatomia; 2 FMRP-USP – Clínica Médica; 3 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria 1 CO.08 TUMORES CÍSTICOS DA REGIÃO SELAR: VALOR DA DOSAGEM HORMONAL INTRACISTO PARA DIAGNÓSTICO Borba CG1, Musolino NR2, Cescato VAS3, Silva GO4, Cunha Neto MBC5 1 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia, São Paulo, SP, Brasil; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Divisão de Neurocirurgia Funcional; 3 FMUSP – Neurologia; 4 FMUSP – Departamento de Neurocirurgia; 5 HCFMUSP – Neuroendocrinologia CO.09 DETECTING AND SOLVING THE INTERFERENCE OF PREGNANCY SERUM IN A GH IMMUNOMETRIC ASSAY Rodrigues MLD1, Vieira JGH2, Abucham Filho JZ3 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Fleury – Endocrinologia; 3 Unifesp/EPM CO.10 AVALIAÇÃO DO PERFIL FENOTÍPICO INTERFAMILIAR EM PACIENTES ACOMPANHADOS COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 Souza MR1, Carvalho VR1, Fontenele EGP1, Quezado R1, Martins MRA1, Montenegro Jr R1, Castro JD2, Quidute ARP1 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 UFC – Serviço de Radiologia CO.11 VIAS WNT CANÔNICA E NÃO CANÔNICA NA PATOGÊNESE MOLECULAR DOS TUMORES HIPOFISÁRIOS Colli LM1, Moreira AC1, Antonini SR2, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria CO.12 EXPRESSÃO GÊNICA COMPARATIVA ENTRE TUMORES HIPOFISÁRIOS Colli LM1, Paixão BMC1, Amaral FC1, Lima DS1, Silva Jr WA2, Moreira AC1, Vêncio RZN3, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Genética; 3 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP – Computação e Matemática SALA 3 O ano em Endocrinologia Translacional -I – Mário J. A. Saad (SP) Coord.: Licio Velloso (SP) • Sessão de Temas-Livres Translacionais 1 CO.13 EXPRESSÃO DE MAPK7 E CCNL1 EM CORTICOTROFINOMAS E ANÁLISE FUNCIONAL DE miR-143 E miR-145 EM LINHAGEM TUMORAL CORTICOTRÓFICA AtT-20 Camargo RC1, Paixão BMC2, Colli LM2, Varanda WA1, Antunes-Rodrigues J1, Elias LLK1, Castro M2 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Fisiologia; 2 FMRP-USP – Clínica Médica CO.14 EFFECT OF VITAMIN D3 ON PERIPHERAL CYTOKINES/CHEMOKINES LEVELS, REGULATORY T CELLS AND SLOW THE DECLINE OF RESIDUAL β-CELL FUNCTION WHEN GIVEN AS ADJUNCTIVE THERAPY TO INSULIN IN NEW – ONSET TYPE 1 DIABETES Gabbay M1, Sato MN2, Finazzo C3, Duarte AJS4, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) – Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Dermatologia; 3 Hospital das Clínicas – Laboratório de Imunologia; 4 USP – Laboratório de Imunologia CO.15 CNTF PROTECTS MIN6 CELLS AGAINST APOPTOSIS INDUCED BY ALLOXAN AND IL-1β THROUGH DOWNREGULATION OF THE CaMKIIAMPK PATHWAY Santos GJ1, De Oliveira CA2, Boschero AC3, Rezende LF1 State University of Campinas (Unicamp) – Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Biociências; 3 Unicamp – Instituto de Biologia – Fisiologia e Biofísica 1 CO.16 ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL LEVA À RESISTÊNCIA À INSULINA EM CAMUNDONGOS KNOCKOUT PARA TOLL-LIKE RECEPTOR 2 Caricilli AM1, Picardi PK2, Abreu LLF3, Ueno M1, Prada PO1, Ropelle ER4, Hirabara SM5, Curi R5, Carvalheira JBC1, Saad MJA1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 2 Unicamp/Faculdade de Ciências Médicas – Clínica Médica; 3 Unicamp – Enfermagem; Unicamp-Limeira/Faculdade de Ciências Aplicadas – Fisiologia e Biologia Molecular do Exercício; 5 Universidade de São Paulo (USP)/Instituto de Ciências Biológicas (ICB) – Fisiologia e Biofísica 1 4 CO.17 A NOVEL ADIPONECTIN MUTATION (p.M40K) RESULTS IN IMPAIRED HIGH MOLECULAR WEIGHT ADIPONECTIN AND ASSOCIATES WITH OBESITY AND EARLY ONSET METABOLIC SYNDROME Bueno AC1, Elias Jr J2, Castro M2, Cardoso VC1, Barbieri MA1, Bettiol H1, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Pediatria; 2 FMRP-USP – Clínica Médica programação científica CO.18 DIPEPTIDYL PEPTIDASE IV (DPPIV) INHIBITION INCREASES GLUT4 EXPRESSION AND SUBCELLULAR LOCALIZATION IN OXIDATIVE MUSCLES OF SPONTANEOUSLY HYPERTENSIVE RATS Oliveira KC1, Salles TA2, Pacheco BPM2, Maciel RMB3, Girardi AC2, Giannocco G1 1 Faculdade de Medicina do ABC – Morphology and Physiology, Federal University of São Paulo (Unifesp) – Medicine; 2 University of São Paulo Medical School (FMUSP) – Heart Institute (InCor); 3 Unifesp – Medicine SALA 4 O ano em Adrenal/Tireoide – Lucila Leico Kagohara Elias (SP) Coord.: Madson de Almeida (SP) • Sessão de Temas-Livres Básicos 1 CO.19 ANÁLISE DOS POTENCIAIS MECANISMOS IMPLICADOS NA HIPEREXPRESSÃO DE IGF1R EM TUMORES ADRENOCORTICAIS ESPORÁDICOS PEDIÁTRICOS E DE ADULTOS Ribeiro TC1, Jorge AAL1, Almeida MQ2, Mariani BMP3, Fragoso MCBV4, Mendonça BB5, Latronico AC3 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM42; 2 USP – Endocrinologia; 3 HCFMUSP – Endocrinologia e Metabologia; 4 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento; 5 HCUSP – Endocrinologia 1 CO.20 A PERDA DE EXPRESSÃO DO LIN28, UMA PROTEÍNA REGULADORA DE RNAs, É UM PREDITOR DE PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL EM TUMORES ADRENOCORTICAIS DE CRIANÇAS E ADULTOS Faria AM1, Mariani BMP1, Soares IC2, Ribeiro TC1, Lerario AM1, Wakamatsu A2, Alves VAF2, Mendonça BB1, Fragoso MCBV1, Latronico AC1, Almeida MQ1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal e Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42; 2 FMUSP – Laboratório de Patologia Hepática LIM14, Divisão de Anatomia Patológica 1 CO.21 ESTRATÉGIA PARA O DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA POR DEFICIÊNCIA DE 21 HIDROXILASE (HAC-21OHD) Coeli FB1, Diniz WT1, Elias PCL1, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Antonini SR2, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria CO.22 NOVA VARIANTE ALÉLICA MISSENSE EM HETEROZIGOSE NO GENE FGFR2 IDENTIFICADA EM DUAS IRMÃS 46,XY COM DISGENESIA GONADAL PARCIAL NÃO SINDRÔMICA Machado AZ1, Santos MAG1, Nishi MY1, Brandão MP1, Costa EMF1, Mendonça BB1, Domenice S1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42 1 CO.23 ANÁLISE NO GENE RSPO1 EM PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL 46,XX OVOTESTICULAR Silva RB1, Nishi MY1, Machado AZ1, Silva TE1, Santos MAG1, Brandão MP1, Domenice S1, Mendonça BB1, Costa EMF1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/ Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) 1 CO.24 PESQUISA DE MUTAÇÕES INATIVADORAS NOS GENES: SF1, DMRT1, CBX2, FOXL2, STRA8, NANOS3 E BMP15 ENVOLVIDOS COM A DIFERENCIAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CÉLULAS OVARIANAS EM MULHERES BRASILEIRAS PORTADORAS DE AMENORREIA PRIMÁRIA Santos MAG1, Domenice S1, Machado AZ1, Silva TE1, Gomes CR1, Mendez FMN1, Martins MCN1, Kohek MBF2, Silva RB1, Nishi MY1, Latronico AC1, Costa EMF1, Mendonça BB1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42; 2 Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas Porto Alegre (FFFCMPA) – Departamento de Ciências Fisiológicas 1 15:00-15:45 CONFERÊNCIAS SALA 1 Conferência 5 – Presidente: Sonir Antonini (SP) Sexy pathways of steroidogenesis Wiebke Arlt (University of Birmingham, RU) SALA 3 Conferência 7 – Presidente: Ana Claudia Latronico (SP) AMH: importância para o entendimento do hipogonadismo hipogonadotrófico fetal Rodolfo A. Rey (Hosp. Niños Gutierrez, Buenos Aires, Argentina) programação científica SALA 4 Conferência 6 – Presidente: Adriana C. Forti (CE) Interactions between obesity, the immune system, and lipid homeostasis Steven Shoelson (Joslin Diabetes Center, Harvard, Boston, EUA) 15:45-16:00 Intervalo 16:00-17:30 SIMPÓSIOS SALA 1 SP.08 – Obesidade, um desafio de peso Coordenador: Antonio Roberto Chacra (SP) • Avanços na caracterização da disfunção hipotalâmica na obesidade – Lício Velloso (SP) • Intervenção não farmacológica para o tratamento do DM e da obesidade – Sandra R. Gouvêa Ferreira (SP) • Síndrome metabólica na infância e adolescência: como definir? – Rosana Radominski (PR) SALA 3 SP.07 – Atualização sobre neoplasia endócrina múltipla Coordenadora: Lea Maria Zanini Maciel (SP) • Neoplasias endócrinas hereditárias – Ana Amélia Hoff (SP) • Hiperparatireoidismo/NEM1 – Delmar M. Lourenço Jr. (SP) • Carcinoma medular de tireoide: Diretriz AMB/ATA – Cléber Pinto Camacho (SP) SALA 4 SP.09 – A hora da puberdade Coordenadora: Thais Della Manna (SP) • Atraso puberal: diagnóstico diferencial com hipogonadismo hipogonadotrófico – Rodolfo A. Rey (Hospital Niños Gutierrez, Buenos Aires, Argentina) • Causas genéticas do hipogonadismo hipogonadotrófico – Leticia F. Gontijo Silveira (SP) • Diagnóstico e tratamento da puberdade precoce central – Vinicius N. Brito (SP) 17:30-18:30 Sessão de Happy Pôsteres e visita aos expositores Setores: • PT.001 a PT.050 – Neuroendocrinologia • PT.051 a PT.086 – Doenças de gônadas e adrenal • PT.087 a PT.102 – Endocrinologia pediátrica • PT.103 a PT.138 – Tireoide programação científica Sexta-feira, 26 de Agosto de 2011 7:30-9:00 SIMPÓSIOS COMERCIAIS Sala 1 – Simpósio Boehringer-Ingelheim – Lilly “Novas perspectivas na otimização do tratamento do diabetes tipo 2” • Como ficaram as complicações crônicas após os ensaios clínicos? – Jorge Luiz Gross (RS) • Linagliptina: uma evolução no tratamento do DM2 – Adriana Costa e Forti (CE) Sala 3 – Simpósio Servier “Benefícios do tratamento do diabetes além do controle glicêmico: novas evidências” Coordenador: Bernardo Leo Wajchenberg (SP) Conferencista: Bruno Geloneze (SP) 7:30-9:00 WORKSHOP SALA 4 Workshop clínico cirúrgico sobre hiperparatireoidismo primário Coordenadores: Rodrigo Oliveira Santos (SP) e Luiz Griz (PE) • Armadilhas no diagnóstico do hiperparatireoidismo primário – secundário ou normocalcêmico? – Victória Z. C. Borba (PR) • Medidas auxiliares para o sucesso cirúrgico –experiência com métodos localizatórios e -PTH intraoperatório – Monique Ohe (SP) • Planejamento cirúrgico nos casos de insucesso – Fabio Luiz Menezes Montenegro (SP) 9:15-10:00 CONFERÊNCIAS SALA 3 Conferência 8 – Presidente: Airton Golbert (RS) O fígado no diabetes Milton C. Foss (SP) SALA 1 Conferência 9 – Presidente: Carlos E. Martinelli (SP) Adrenal insufficiency Wiebke Arlt (University of Birmingham, RU) SALA 4 Conferência 10 – Presidente: Manuel H. Aguiar-Oliveira (SE) Consequences of lifetime isolated growth deficiency: lessons from Itabaianinha, Sergipe – Roberto Salvatori (Johns Hopkins University, Baltimore, EUA) 10:00-10:30 Intervalo e visita aos pôsteres 11:00 Assembleia Geral Ordinária SBEM (SALA 4A) 10:30-12:00 – SIMPÓSIOS SALA 1 SP.12 – Hormônio de crescimento em evidência Coordenadora: Ângela M. Spíndola e Castro (SP) • Prevendo a resposta ao tratamento com GH – Margaret Cristina da Silva Boguszewski (PR) • Tratamento integrado do hipopituitarismo – Manoel Martins (CE) • Genetic causes of isolated GH deficiency – Roberto Salvatori (Johns Hopkins University, Baltimore, EUA) SALA 3 SP.10 – A vida pós-cirurgia bariátrica Coordenador: Henrique L. Suplicy (PR) • Efeito da cirurgia no coração – Alfredo Halpern (SP) • Evolução do DM e da obesidade após a cirurgia – Jaqueline Rizzolli (RS) • Controle das alterações ósseas após a cirurgia – Regina Matsunaga Martin (SP) SALA 4 SP.11 – Avanços em hiperplasia adrenal congênita (HAC) Coordenadora: Sofia Helena Valente de Lemos-Marini (SP) • Diagnóstico da HAC por deficiência da 21-hidroxilase – Tânia Bachega (SP) • Quando suspeitar de formas raras de HAC – Lívia Mara Mermejo (SP) • Esquemas terapêuticos com glicocorticoide na HAC – Ivani Novato Silva (MG) programação científica 12:00-13:00 Almoço e visita aos pôsteres 13:00-15:00h “O ano em endocrinologia” e SESSÃO DE TEMAS LIVRES SALA 1 O ano em Metabolismo Ósseo – José Gilberto Henriques Vieira (SP) Coordenadora: Victória Z. C. Borba (PR) • Sessão de Temas − Livres Clínicos 3 CO.25 CUSHING’S DISEASE-INDUCED OSTEOPOROSIS: EVALUATION AT DIAGNOSIS AND TWO, FIVE AND TEN YEARS AFTER HYPERCORTISOLISM RESOLUTION Miranda WRH1, Batista SL1, Ramos AF1, Elias PCL1, Moreira AC1, Pereira FA1, Castro M1, Paula FJA1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica CO.26 STEREOMICROSCOPY AND TISSUE SELECTION IN TOTAL PARATHYROIDECTOMY WITH PRESTERNAL AUTOTRANSPLANTATION IN HYPERPARATHYROIDISM RELATED TO RENAL DISEASE Ohe M1, Santos RO2, Neves MC2, Kunii I1, Carvalho AB3, Abrahão M2, Cervantes O2, Lazaretti-Castro M1, Vieira JGH1 1 Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) – Endocrinology and Metabolism; 2 Unifesp/EPM – Head an Neck Surgery; 3 Unifesp/EPM – Nephrology CO.27 CIRURGIA BARIÁTRICA COM BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX: RELAÇÃO COM A VITAMINA D E MARCADORES DE REMODELAÇÃO ÓSSEA Biagioni MFG1, Mendes AL2, Paiva SAR2, Leite CV3, Mazeto GMFS2 Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Departamento de Clínica Médica; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp – Clínica Médica; 3 Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp – Cirurgia e Ortopedia 1 CO.28 TUMOR-INDUCED OSTEOMALACIA (TIO): REPORT AND LONG TERM FOLLOW-UP OF FOUR CASES AFTER SURGERY RESECTION Ferraz MP1, Bussmann LZ2, Graciolli FG3, Oliveira CRGCM4, Jorgetti V3, Corrêa PHS1, Martin RM2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Doenças Osteometabólicas – Endocrinologia; HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42); 3 HCFMUSP – Nephrology Division, LIM/16; 4 HCFMUSP – Department of Pathology, Institute of Orthopedics and Traumatology 1 2 CO.29 PARATIREOIDECTOMIAS EM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO GUIADAS PELA DETERMINAÇÃO DO PTHi POR ELETROQUIMIOLUMINESCÊNCIA (ELECSYS1010® ROCHE) NUM SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA CIRÚRGICA Molinari AS1, Bassuino M2, Evangelista PE3, Rojas JLB4 1 3 Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) – Serviço de Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; 2 HNSC/POA - Serviço de Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; Hospital Mãe de Deus – Anestesia; 4 Hospital Mãe de Deus – Cirurgia Endócrina CO.30 VARIABILIDADE FENOTÍPICA NUMA MESMA FAMÍLIA COM CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO Ia (PHP Ia) E PSEUDOPSEUDOHIPOPARATIREOIDISMO (PPHP) DECORRENTE DA MUTAÇÃO c.921_924delGACT NO GNAS Reis MTA1, Corrêa PHS1, Martin RM1 1 Hospital das Clínicas (HCFMUSP) – Unidade de Doenças Osteometabólicas – Endocrinologia SALA 4 O ano em DM/Obesidade – Luis Henrique Santos Canani (RS) Coord.: André Reis (SP) • Sessão de Temas − Livres Clínicos 4 CO.31 ASSOCIATION OF ADIPOQ GENE VARIANTS AND ADIPONECTIN LEVELS WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS Oliveira CSV1, Saddi Rosa P1, Crispim F1, Canani LHS2, Gerchman F2, Giuffrida FMA1, Vieira JGH1, Lima VC3, Velho G4, Reis AF1 1 Federal University of São Paulo (Unifesp) – Endocrinology Unit; 2 Federal University of Rio Grande do Sul (UFRS) – Department of Internal Medicine – Endocrine Division; 3 Unifesp – Cardiology Unit; 4 Institut National Santé Recherche Médicale (Inserm), Paris, France – Research Unit 695 CO.32 DIFERENÇAS DA DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DOS ALELOS HLA DE RISCO E PROTEÇÃO ENTRE DIABÉTICOS BRASILEIROS DO TIPO 1 ISOLADO E MÚLTIPLO Bergamin CS1, Rocco ER1, Mory DB1, Perez EC2, Lopes JD2, Gabbay M1, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Imunologia, Microbiologia e Parasitologia programação científica CO.33 TRATAMENTO TÓPICO COM CICLOSPORINA A REDUZ EXPRESSÃO DA PTEN E MELHORA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM RATOS DIABÉTICOS Pedro RM1, Nuñez CE2, Velloso LA3, Araújo EP1 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Departamento de Enfermagem; 2 Unicamp – Fisiopatologia; 3 Unicamp – Clínica Médica CO.34 EFEITO DA FRUTOSE NA PRODUÇÃO DE FIBRONECTINA POR CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS IMORTALIZADAS (CMHI) Batista MCF1, Schor N2 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Acadêmica de Medicina; 2 Unifesp – Disciplina de Nefrologia CO.35 CONCOMITANT CAPILLARY RECRUITMENT AND HORMONAL SECRETIONS DUE TO NEURALLY-MEDIATED ANTICIPATORY RESPONSES IN HEALTHY MEN Buss C1, Aguiar LG, Maranhão P1, Marinho C1, Souza MGC1, Wiernsperger N2, Bouskela E3 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Medicina Interna; 2 CaRMen Laboratory – INSA, France; 3 UERJ – Ciências Fisiológicas CO.36 MIXING LISPRO WITH GLARGINE INSULIN DECREASES LISPRO PEAK CONCENTRATION WITHOUT AFFECTING GLYCEMIC CONTROL IN A LONG-TERM FOLLOW-UP OF YOUNG TYPE 1 DIABETES Lucchesi MBB1, Komatsu WR1, Gabbay M1, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Medicina, Disciplina de Endocrinologia SALA 3 O ano em Endócrinopediatria – Durval Damiani (SP) Coordenador: Carlos Longui (SP) • Sessão de Temas −Livres Translacionais 2 CO.37 DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DEFEITO DE RECEPTOR DE ANDRÓGENOS E DEFICIÊNCIA DE 5α-REDUTASE Castro CCTS1, Guaragna-Filho G1, Sewaybricker LE1, Veiga Jr NN1, Medaets PAR1, Petroli RJ1, Calais FL1, De Mello MP1, Maciel-Guerra AT1, Marques-de-Faria AP1, Guerra Jr G1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS) 1 CO.38 ALTA FREQUÊNCIA DE DELEÇÕES E DUPLICAÇÕES CROMOSSÔMICAS SUBMICROSCÓPICAS EM PACIENTES DISMÓRFICOS NASCIDOS PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL (PIG) Canton APM1, Rodrigues T2, Krepischi-Santos ACV3, Corrêa FA4, Arnhold IJP4, Mendonça BB4, Rosenberg C2, Jorge AAL5 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia Genética (LIM 25); 2 Instituto de Biociências da USP – Departamento de Genética e Biologia Evolutiva; 3 Hospital do Câncer AC Camargo – Centro Internacional de Pesquisa e Ensino Oncológico (Cipe); 4 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42); 5 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia-Genética (LIM 25) e Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) 1 CO.39 MUTAÇÕES NO GENE LIN28B E NOS SISTEMAS KISS1-KISS1R E TAC3-TACR3 NÃO SÃO CAUSA FREQUENTE DE PUBERDADE PRECOCE CENTRAL Reis ACS1, Tarumi C1, Ishikawa K1, Leal LF1, Carroll RS2, Moreira AC3, Castro M3, Min L2, Kaiser U2, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Puericultura e Pediatria; 2 Brigham and Women’s Hospital – Harvard Medical School – Endocrinology, Diabetes and Hypertension; 3 FMRP-USP – Clínica Médica CO.40 IS FREQUENCY OF ETIOLOGIES AND INCIDENCE OF CONGENITAL HYPOTHYROIDISM CHANGING? Magalhães PKR1, Maciel LMZ2 1 2 Medical School of Ribeirão Preto, University of São Paulo (FMRP-USP) – Department of Internal Medicine, Division of Endocrinology and Metabolism; FMRP-USP – Endocrinologia CO.41 ALTERAÇÃO ESTRUTURAL DO CROMOSSOMO Y NUMA PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) E MALFORMAÇÕES UROGENITAIS MÚLTIPLAS Martins TC1, Nishi MY2, Costa EMF2, Giron AM23, Mendonça BB4, Domenice S4 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42); 3 FMUSP – Urologia; 4 HCFMUSP – Endocrinologia 1 CO.42 P53 AND CTNNB1 MUTATIONS REVEAL DIFFERENT MECHANISMS/PATTERN BETWEEN PEDIATRIC AND ADULTS ADRENOCORTICAL TUMORS Mermejo LM1, Leal LF2, Colli LM1, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Tone LG2, Scrideli CA2, Yunes JA3, Mastellaro MJ3, Seidinger AL3, Brandalise SR3, Ramalho LNZ4, Antonini SRR2, Castro M1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria; 3 Centro Infantil Boldrini – Biologia Molecular; 4 FMRP-USP – Patologia e Medicina Legal 1 programação científica SALA 2 O ano em Tireoide Básica – Antonio C. Bianco (Miami Miller School of Medicine, EUA) Coord. Denise Carvalho (RJ) • Sessão de Temas − Livres Básicos 2 CO.43 A HERANÇA DE VARIANTES DE GENES DE DETOXIFICAÇÃO E DE REPARO MODULA O RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CMT FAMILIAR E ESPORÁDICO Barbieri RB1, Bufalo NE1, Silva ACN1, Rocha AG1, Assumpção LVM1, Maciel RMB2, Cerutti JM3, Ward LS4 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) – Clínica Médica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/ Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia Molecular; 3 Unifesp – Morfologia – Genética; 4 FCM/Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer 1 CO.44 A EXPRESSÃO DE MAGE A3 PODE AJUDAR A DIFERENCIAR LESÕES TIREOIDIANAS COM PADRÃO FOLICULAR EM PACIENTES COM CARCINOMA DE TIREOIDE, MAS NÃO PARECE ÚTIL NA DETERMINAÇÃO DE PROGNÓSTICO Martins MB1, Morari EC2, Marcello MA3, Soares FA4, Vassallo J5, Ward LS6 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) – Clínica Médica; 2 Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer; 3 Unicamp – Clínica Médica; 4 Hospital do Câncer AC Camargo – Departamento de Anatomia Patológica; 5 Unicamp – Anatomia Patológica; 6 FCM/Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer 1 CO.45 INVESTIGAÇÃO DO PAPEL DE PI3KCA NO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE Silva ACN1, Bufalo NE1, Barbieri RB2, Conte FF1, Soares FA3, Silva MJ4, Ward LS5 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 2 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Unicamp – Clínica Médica; 3 Hospital do Câncer AC Camargo – Departamento de Anatomia Patológica; 4 Unicamp – Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética; 5 FCM/Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer 1 CO.46 TRI-IODOTIRONINA NÃO MODULA EXPRESSÃO DE LEPTINA, IN VITRO, APÓS 6 HORAS DE TRATAMENTO Oliveira M1, Sibio MT1, Olimpio RMC1, Luvizotto RAM1, Marino J1, Biz C2, Nogueira CR1 Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB)/Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Departamento de Clínica Médica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Fisiologia 1 CO.47 TRATAMENTO COM T3 ALTERA A DISTRIBUIÇÃO DOS GRÂNULOS CONTENDO TSH NOS TIREOTROFOS: UMA POSSÍVEL AÇÃO NÃO GENÔMICA PREVENINDO A SECREÇÃO DE TSH Bargi-Souza P1, Romano RM1, Brunetto EL1, Salgado RM2, Goulart-Silva F1, Zorn TMT2, Nunes MT1 1 Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) – Departamento de Fisiologia e Biofísica; 2 USP – Biologia Celular e do Desenvolvimento CO.48 T3 REGULA DIFERENCIALMENTE A SÍNTESE DE ALFA E BETA TSH EM CÉLULAS TIREOTRÓFICAS (TαT1) Bargi-Souza P1, Nunes MT1 1 Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) – Departamento de Fisiologia e Biofísica 15:00-15:45 CONFERÊNCIAS SALA 4 Conferência 11 – Presidente: Maria Lucia F. de Farias (RJ) Osteoporosis treatment: current issues and concepts Roland Baron (Harvard Medical School, Boston, EUA) SALA 1 Conferência 12 – Presidente: Francisco Neves (DF) The use of thyroid hormone analogues to treat obesity and dyslipidemias Antonio C. Bianco (University of Miami Miller School of Medicine, EUA) SALA 3 Conferência 13 – Presidente: Ricardo Martins da Rocha Meirelles (RJ) Síndrome dos ovários policísticos: aspectos clínicos e metabólicos Poli Mara Spritzer (RS) 15:45-16:00 Intervalo programação científica 16:00-17:30 SIMPÓSIOS SALA 4 SP.13 – Osteoporose sob diferentes pontos de vista Coordenadora: Victória Z. C. Borba (PR) • Visão atual do tratamento da osteoporose – Francisco Bandeira (PE) • Métodos para análise qualitativa da massa óssea – Carolina Aguiar Moreira Kulak (PR) • Avaliação da massa óssea e tratamento com GH/E2 na síndrome de Turner – Marília M. Guimarães (RJ) SALA 1 SP.14 – Altos e baixos dos hormônios tireoidianos Coordenador: Hans Graf (PR) • PTU in pregnancy and the recent FDA warnings – David Cooper (Johns Hopkins University, Baltimore, EUA) • Disfunção tireoidiana subclínica – Tratar ou não tratar? – José Augusto Sgarbi (SP) • Hipotireoidismo congênito – Helton Estrella Ramos (BA) SALA 3 SP.15 – Desreguladores endócrinos – O que todos precisamos saber Coordenadora: Ieda T. N. Verreschi (SP) • Visão atual – Renan Montenegro Jr. (CE) • Diferenciação e maturação sexual – Elaine Frade Costa (SP) • Interferência na função tireoidiana – Maria Isabel Chiamolera (SP) 17:30-18:30 Setores: • • • • • Sessão de Happy Pôsteres e visita aos expositores PT.139 a PT.158 – Tireoide PT.159 a PT.197 – Metabolismo ósseo PT.198 a PT.234 – Diabetes mellitus PT.235 a PT.257 – Obesidade e lípides PT.258 a PT.276 – Outros programação científica Sábado, 27 de Agosto de 2011 07:30-09:00 SIMPÓSIOS MATINAIS 09:15-10:00 CONFERÊNCIAS SALA 3 Conferência 14 – Presidente: César Luiz Boguszewski (PR) Alternativas terapêuticas na síndrome e doença de Cushing Mauro A. Czepielewski (RS) SALA 4 Conferência 15 – Presidente: Marise Lazaretti Castro (SP) Physiology of vitamin D – State of Art Michael F. Holick (Boston University School of Medicine, Boston, EUA) 10:00-11:30 Apresentação do Prêmio Jovem Investigador SBEM-SP – Patrocínio Grupo Fleury SALA 4. Temas-Livres Clínicos e Translacionais CO.49 CORTISOL AWAKENING RESPONSE (CAR) AND CORTISOL CIRCADIAN RHYTHM IN HEALTHY SUBJECTS Ruiz SL1, Elias PCL1, Castro M1, Moreira AC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia CO.50 MUTAÇÕES NO GLI2 EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE GH CONGÊNITA França MM1, Jorge AAL1, Carvalho LR1, Otto AP1, Corrêa FA1, Costalonga EF1, Mendonça BB1, Arnhold IJP1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) 1 CO.51 FARMACOGENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO RECOMBINANTE HUMANO (rhGH) EM PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER (ST): INTERAÇÃO ENTRE UM POLIMORFISMO NA REGIÃO PROMOTORA DO GENE IGFBP3 E A PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO ÉXON 3 DO RECEPTOR DE GH (GHR) NA DETERMINAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO Braz AF1, Scalco RC1, Costalonga EF2, Ribeiro LM2, Antonini SR3, Martinelli Jr CE3, Ramos ES4, Mendonça BB2, Arnhold IJP2, Jorge AAL1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Unidade de Endocrinologia Genética – LIM/25; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular – LIM/42; 3 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP – Departamento de Pediatria; 4 FMRP-USP – Serviço de Genética Médica 1 CO.52 A FREQUENT POLYMORPHISM (rs9770242) OF NICOTINAMIDE PHOSPHORIBOSYLTRANSFERASE (NAMPT) GENE IS ASSOCIATED WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS Saddi Rosa P1, Oliveira CSV1, Crispim F1, Giuffrida F1, Lima VC2, Velho G3, Reis AF1 1 Federal University of São Paulo (Unifesp) – Endocrinology Unit; 2 Unifesp – Cardiology Unit; 3 Faculté de Médecine Xavier Bichat/França – Inserm U695 CO.53 STEM/PROGENITOR CELL GENE EXPRESSION IN CRANIOPHARYNGIOMAS AND PITUITARY ADENOMAS Araújo RV1, Cani CMG2, Fragoso MCBV3, Matushita H4, Cescato VAS5, Bronstein MD6, Mendonça BB3, Carvalho LR7 1 Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42 – Divisão de Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42, Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento; 3 HCFMUSP – Endocrinologia; 4 HCFMUSP – Serviço de Neurocirurgia; 5 FMUSP – Neurologia; 6 HCFMUSP – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia; 7 USP – Endocrinologia CO.54 WNT/BETA-CATENIN PATHWAY IN CHILDHOOD ADRENOCORTICAL TUMORS Leal LF1, Mermejo LM2, Ramalho LNZ3, Martinelli Jr CE1, Yunes JA4, Seidinger AL4, Mastellaro MJ5, Cardinalli IA6, Bradalise SR4, Moreira AC2, Tone LG1, Scrideli CA1, Castro M2, Antonini SRR1 1 4 School of Medicine of Ribeirão Preto of University of São Paulo (FMRP-USP) – Pediatrics; 2 FMRP-USP – Internal Medicine; 3 FMRP-USP – Pathology; Boldrini Children’s Center – Molecular Biology; 5 Boldrini Children’s Center – Pediatric Oncology; 6 Boldrini Children’s Center – Pathology programação científica SALA 3 – Temas-Livres Translacionais e Básicos CO.55 THYROID HORMONE (T3) INCREASES NEUROGLOBIN AND CYTOGLOBIN GENE EXPRESSION ON RAT CORTEX, HIPPOCAMPUS AND CEREBELLUM Oliveira KC1, Sato MA2, Maciel RMB3, Giannocco G1 1 Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Morphology and Physiology/Federal University of São Paulo (Unifesp) – Medicine; 2 FMABC – Morphology and Physiology; 3 Unifesp – Medicine CO.56 HYPOTHALAMIC INSULIN RESISTANCE AND ENDOPLASMIC RETICULUM STRESS IN OFFSPRING FROM DAMS FED HIGH FAT DIET DURING PREGNANCY AND LACTATION Ashino NG1, Cursino J2, Santos GA3, Benatti RO4, Velloso LA3, Torsoni MA4 1 State University of Campinas (Unicamp) – Department of Biochemistry; 2 Universidade Braz Cubas – Área da Saúde; 3 Unicamp – Department of Clinical Medicine; 4 Unicamp – Faculty of Applied Sciences CO.57 CILIARY NEUROTROPHIC FACTOR PROTECTS MICE AGAINST TYPE 1 DIABETES THROUGH SOCS3 EXPRESSION: ROLE OF STAT1/STAT3 BALANCE IN BETA-CELL DEATH Rezende LF1, Santos GJ1, Boschero AC1 1 State University of Campinas (Unicamp) – Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica CO.58 EFEITO DO TRATAMENTO COM FENOFIBRATO E INSULINA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CUTÂNEAS DE RATOS DIABÉTICOS Abreu LLF1, Caricilli AM2, Picardi PK3, Razolli D2, Araújo E2, Amaral MEC4, Esquisatto MA5, Saad MJA2, Lima MHM6 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Enfermagem; 2 Unicamp – Clínica Médica; 3 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Unicamp – Clínica Médica; 4 Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas) – Departamento de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas; 5 Uniararas – Anatomia; 6 Faculdade de Ciências Médicas – Enfermagem CO.59 POST-RECEPTOR IGF-1 INSENSITIVITY RESTRICTED TO THE MAPK PATHWAY IN A SILVER-RUSSELL SYNDROME PATIENT WITH HYPOMETHYLATION AT THE IMPRINTING CONTROL REGION ON CHROMOSOME 11 Montenegro LR1, Leal AC1, Countinho DC1, Nishi MY1, Mendonça BB1, Arnhold IJP1, Jorge AAL1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) 1 CO.60 MICRORNA EXPRESSION IN R337H P53 MUTATED CHILDHOOD ADRENOCORTICAL CANCER Colli L1, Leal LF2, Mermejo LM1, Scrideli CA2, Tone LG2, Yunes JA3, Seidinger AL3, Mastellaro MJ4, Bradalise SR3, Saggioro F5, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Antonini SRR2, Castro M1 1 School of Medicine of Ribeirão Preto of University of São Paulo (FMRP-USP) – Internal Medicine; 2 FMRP-USP – Pediatrics; 3 Boldrini Children’s Center – Molecular Biology; 4 Boldrini Children’s Center – Pediatric Oncology; 5 FMRP-USP – Pathology 12:00 Entrega dos prêmios e encerramento 12:30 Feijoada de Confraternização – 5o piso programação científica PT.001 a PT.050 – Neuroendocrinologia PT.001 DIABETES INSIPIDUS E HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS Belino DL1, Andrade AR1, Blankenburg C1, Machado VC1, Guerra RA1, Portes E1, Sa LBPC1, Barbosa ER1 1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE)/SP – Endocrinologia e Metabologia PT.002 TUMOR PRODUTOR DE PROLACTINA EM CLÍVUS – RELATO DE CASO Portes E1, Barbosa ER1, Ramalho MCB1, Santos LM1, Valle AMC1, Marocco TS1 1 Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) – Endocrinologia PT.003 IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO NA NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 2A: RELATO DE CASO Paranhos GC1, Cordioli MICV1, Magno GM1, Napoli TF1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Maciel RMB2, Camacho CP3, Lindsey SC3 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia e Metabologia; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia Molecular; 3 Unifesp/EPM – Endocrinologia PT.004 ACANTOSIS NIGRICANS MALIGNA COMO MANIFESTAÇÃO DE SÍNDROME DE CUSHING ACTH-DEPENDENTE POR CARCINOIDE DE PULMÃO Vasconcelos AGA1, Nascimento LAC1, Cavalcante FFG1, Aragão DHP2, Hissa MN1, Quezado R1, Martins MRA1, Quidute ARP1 1 Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC – Serviço de Clínica Médica PT.005 NEM TIPO 1 COM MANIFESTAÇÃO ATÍPICA: GIGANTISMO, APOPLEXIA HIPOFISÁRIA, TUMOR DE PÂNCREAS NÃO PRODUTOR E HIPERPARATIREOIDISMO SINTOMÁTICO Macedo RBL1, Mota I2, Ferraz TMBL1, Lima MO1, Muniz AA1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, Henriques IAPM1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia PT.006 ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS NA ACROMEGALIA Medeiros MA1, Caccelli M1, Stella LC1, Fraige Filho F1, Inocêncio IT1, Silva PPB1, Arçari GD1, Bacchin RP1, Magalhães JM1 1 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia PT.007 IDENTIFICAÇÃO DE DUAS VARIANTES ALÉLICAS NO GENE DO RECEPTOR DA PROCINETICINA 2 (PROKR2) EM UMA COORTE DE PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO Corrêa FA1, Tusset C1, Abreu AP1, Latronico AC1, Carvalho LR1, Brito VN1, Arnhold IJP1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia PT.008 MANEJO CLÍNICO DA HIPERPROLACTINEMIA MEDICAMENTOSA: UM DESAFIO PARA O ENDOCRINOLOGISTA Guzman CGA1, CM Suzuki1, Castro MPR1, Harada CMM1, D’Andrea V1, Angeli Padula F1, Paoli FD1, Mazer SR1, Matushita L2, Matushita M2, Machado BGO2 1 Hospital Ipiranga – Endocrinologia; 2 Fundação Educacional Serra dos Órgãos de Teresópolis – Clínica Médica PT.009 DOENÇA DE CUSHING COM QUADRO DE SECREÇÃO ECTÓPICA DE ACTH: A NECESSIDADE DO CATETERISMO DO SEIO PETROSO Pirozzi FF1, Paiola AA1, Jacob VA1, Marino EC1, Santos RA1, Campos RG1, Tostes M2, Laguna Neto D1, Pires AC1 1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia; 2 Famerp – Departamento de Neurocirurgia Endovascular PT.010 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO E ANOFTALMIA UNILATERAL: UMA ANORMALIDADE DO DESENVOLVIMENTO QUE SUGERE MUTAÇÃO DO SOX2 Blumberg K1, Vieira TCA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina, Disciplina de Endocrinologia PT.011 CONTRIBUTION OF CLINICAL EVALUATION IN ESTIMATION OF PRE-TEST PROBABILITY IN THE DIAGNOSIS OF CUSHING’S SYNDROME UNDER A BAYESIAN PERSPECTIVE Cipoli D1, Martinez EZ2, Castro M1, Moreira AC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia; 2 FMRPUSP – Departamento de Medicina Social PT.012 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PRESENÇA DE EVENTO CARDIOVASCULAR EM COORTE DE 40 MULHERES IDOSAS COM HIPOPITUITARISMO POR SÍNDROME DE SHEEHAN Cunha de Alcântara B1, Mendes PP1, Alencar CHM1, Barbosa ALS1, Gomes Neto PS1, Fontenele EGP1, Montenegro Jr R2, Quidute ARP3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 Faculdade de Medicina da UFC – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 3 Hospital Universitário da UFC – Endocrinologia e Metabologia PT.013 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO FAMILIAR NORMÓSMICO COM VARIAÇÕES FENOTÍPICAS Vasconcelos AGA1, Quidute ARP1, Farias LAGM1, Fontenele EGP1, Quezado R1, Martins MRA1, Castro JDV2 1 Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC – Serviço de Radiologia PT.014 PACIENTE COM PLASMOCITOMA HIPOFISÁRIO: RELATO DE CASO Merçon FG1, Paranhos GC1, Stape L1, Mandel F1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Santos ARL2 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Neurocirurgia programação científica PT.015 SÍNDROME DE KALLMANN: IDENTIFICAÇÃO TARDIA AOS 27 ANOS EM PACIENTE DO SEXO MASCULINO Firme RM1, Cosso MAM1, Barbosa EN1, Rodrigues LFAA1, Mega TP1, Abreu RK1, Ferreira ACMN1 1 Hospital Madre Tereza – Endocrinologia PT.016 HERNIAÇÃO DO QUIASMA ÓPTICO E DOS GIROS RETOS COMO COMPLICAÇÃO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO MACROPROLACTINOMA Resende ATP1, Jorge BH1, Souza AFB1, Resende EAMR1, Ferreira BP1, Borges MF1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Departamento de Clínica Médica PT.017 QUATRO ANOS DE REMISSÃO CLÍNICA DE UM INSULINOMA MALIGNO APÓS QUIMIOEMBOLIZAÇÃO TRANSARTERIAL DAS METÁSTASES HEPÁTICAS COM DOXORUBICINA E ESTREPTOZOTOCINA: RELATO DE CASO Moura RCP1, Nunes VS1, Romeiro FG2, Nogueira CR1, Silva GFS2, Bolfi F1, Bianchi LA1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Endocrinologia e Metabologia; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp – Gastroenterologia PT.018 PROLACTINOMAS GIGANTES COM HIDROCEFALIA: RELATO DE DOIS CASOS Macedo FDB1, Figueiredo AEVL1, Chacra W2, Orlandi DM1, Moreira PCO1, Alves GM1, Abucham Filho JZ1, Lengyel AM1 1 Escola Paulista de Medicina (EPM)/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 EPM/Unifesp – Unidade de Neuroendócrino da Disciplina de Endocrinologia PT.019 ACROMEGALIA ASSOCIADA A BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO Silva RF1, Seganfredo IB1, Borges DR1, Leão PHM2, Faria NLA3 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB; 2 UCB – Graduando do curso de Medicina da UCB – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB; 3 UCB – Docente – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB PT.020 PAN-HIPOPITUITARISMO POR HEMORRAGIA TRAUMÁTICA EXTRAUTERINA NA GESTAÇÃO (“SHEEHAN-LIKE”): RELATO DE CASO Santarosa VA1, Macedo FDB1, Chacra W1, Abucham Filho JZ1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Unidade de Neuroendócrino da Disciplina de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina PT.021 (concorrente a melhor pôster) CLINICAL AND MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN BRAZILIAN PATIENTS WITH ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM Tusset C1, Trarbach EB1, Silveira LFG1, Mendonça BB1, Castro M2, Guerra Jr G3, Lofrano-Porto A4, Latronico AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) – Endocrinologia; 3 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Pediatria; 4 Hospital Universitário de Brasília – Faculdade de Medicina – Unidade de Endocrinologia PT.022 MACROPROLACTINOMA ASSOCIADO A HEMIANOPSIA BITEMPORAL: RECUPERAÇÃO VISUAL COMPLETA COM ALTAS DOSES DE CABERGOLINA Machado AS1, Sousa LS1, Silva LSA1, Martins CLLP1, Felício JS1, Silva TXS1, Okawa T1 1 Centro de Referência Estadual de Endocrinologia, Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (CREED, HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia PT.023 INSULINOMA PANCREÁTICO COM MÚLTIPLAS METÁSTASES HEPÁTICAS: RELATO DE CASO Macedo RBL1, Muniz AA1, Aires DP1, Coelho SFM1, Ferraz TMBL1, Mota I1, Saboia JGP1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Endocrinologia PT.024 DIABETES INSIPIDUS CENTRAL DE ETIOLOGIA IDIOPÁTICA X AUTOIMUNE: RELATO DE CASO Paranhos GC1, Calmon AC2, Santos MAR3, Scalissi N2, Lima Jr JV2, Namo Cury A4 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia e Metabologia; 2 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 3 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia; 4 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia e Metabologia PT.025 HIPOFISITE AUTOIMUNE PÓS-PARTO: RELATO DE CASO Feldman RJ1, Dinis VG2, Coelho JPR2, Massaia IFDS3, Lima Jr JV4 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) – Medicina; 2 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Clínica Médica; 3 Santa Casa – Infectologia; 4 ISCMSP – Endocrinologia PT.026 CORDOMA COMO DIAGNÓSTICO DE MASSA SELAR: RELATO DE CASO Lima MO1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Gondim JA2, Muniz AA1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia PT.027 LEONTÍASE ÓSSEA SECUNDÁRIA A HIPERPARATIREOIDISMO: RELATO DE CASO Rebouças PFB1, Rosa VDL1, Almeida TL2, Cunha TCM1, Borges EO1, Rebouças RFB3 1 Hospital de Urgências de Goiânia – Departamento de Clínica Médica; 2 UFG; 3 Universidade Federal de Goiânia (UFG) – Departamento de Radiologia PT.028 MASSA SELAR E HIPOPITUITARISMO – MANIFESTAÇÃO DE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS METASTÁTICO: RELATO DE CASO Lima MO1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, De Paula WG1, Gondim JA2 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia programação científica PT.029 HIGH PREVALENCE OF MICROPENIS AND CRYPTORCHIDISM IN BRAZILIAN PATIENTS WITH CONGENITAL HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: IMPACT OF TESTOSTERONE THERAPY STARTED IN ADOLESCENCE OR ADULTHOOD ON FINAL PENILE LENGTH Faria AM1, Silveira LFG1, Gurgel Teles M1, Abreu AP1, Brito LP1, Domenice S1, Latronico AC1, Costa EMF1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 PT.030 SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO Penna LG1, Pinto MS1, Santos CM1, Dias JCA1 1 Hospital Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia PT.031 HIPOGLICEMIA SEVERA ASSOCIADA À DEFICIÊNCIA ISOLADA DE GH EM HOMEM ADULTO COM HIPOFISITE Santos LL1, Cavalcanti TB1, Poncell MF1, Griz LH1, Aleixo A1, Almeida MOP1, Lima DD1, Bandeira F1 1 Hospital Agamenon Magalhães – Divisão de Endocrinologia e Diabetes PT.032 EFEITO DO CETOCONAZOL (PRÉ E PÓS-CIRURGIA TRANSESFENOIDAL) EM PACIENTES COM HIPERCORTISOLISMO DEVIDO À DOENÇA DE CUSHING Alves GM1, Gaeta P2, Correa-Silva SR1, Lengyel AM1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Geriatria PT.033 (concorrente a melhor pôster) CONGENITAL ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: A DETAILED CLINICAL AND MOLECULAR CHARACTERIZATION OF A BRAZILIAN PATIENTS COHORT Silveira LFG1, Teles M1, Abreu AP1, Montenegro LR1, Tusset C1, Beneduzzi D1, Castro M2, Costa EMF1, Lofrano-Porto A3, Baptista MTM4, Garmes HM4, Guerra Jr G5, Mendonça BB1, Latronico AC1, Trarbach EB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM42; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) – Endocrinologia; 3 Hospital Universitário de Brasília – Faculdade de Medicina – Unidade de Endocrinologia; 4 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Endocrinologia; 5 Unicamp – Pediatria PT.034 ESTUDO DAS SOLICITAÇÕES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA SELA TÚRCICA NA PROPEDÊUTICA DA HIPERPROLACTINEMIA, NÍVEIS DE PROLACTINA E SUAS ASSOCIAÇÕES COM O RESULTADO DAS IMAGENS, EM PACIENTES ATENDIDOS NA REDE SUS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE Cosso MAM1, Drummond MCF1, Cosso FMG2, Dayrell M1 1 Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – Secretaria Municipal de Saúde; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de Federal de Minas Gerais (UFMG) – Acadêmico PT.035 MUDANÇA NO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 APÓS IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLO SISTEMATIZADO DE ACOMPANHAMENTO Souza MR1, Carvalho VR1, Fontenele EGP1, Martins MRA1, Quezado R1, Castro JD2, Quidute ARP1 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 UFC – Serviço de Radiologia PT.036 MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN CHILDREN WITH IDIOPATHIC CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY Tusset C1, Trarbach EB1, Silveira LFG1, Cukier P1, Mendonça BB1, Latronico AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 PT.037 (concorrente a melhor pôster) MUTAÇÕES EM GENES DA CASCATA DE SINALIZAÇÃO SONIC HEDGEHOG (SHH) EM PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO ASSOCIADO OU NÃO A DEFEITOS DE LINHA MÉDIA CEREBRAL Paulo SS1, Fernandes-Rosa FL1, Diniz WT2, Martinelli Jr CE1, Santos AC2, Moreira AC2, Castro M2, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Departamento de Puericultura e Pediatria; 2 FMRP-USP – Departamento de Clínica Médica PT.038 PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERPROLACTINEMIA ATENDIDOS NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA Casini A1, Graça MP1, Brandão CD1, Pretti R2, Scárdua EF3, Lacerda CB4, Machado TVC4, Barros TP4, Souza NRC4 1 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Serviço de Endocrinologia; 2 Laboratório Pretti – Endocrinologia; 3 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Ginecologia Endócrina; 4 Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES (Emescam) – Endocrinologia PT.039 ABSCESSO HIPOFISÁRIO DURANTE GESTAÇÃO: RELATO DE CASO Romano DB1, Scalissi N2, Rocha A3, Guardia VC4, Lima Jr JV2, Cordioli MICV5 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Clínica Médica; 2 ISCMSP – Endocrinologia; 3 Fleury – Centro de Medicina Diagnóstica – Neurorradiologia; 4 ISCMSP – Endocrinologia Pediátrica; 5 Santa Casa de São Paulo – Serviço de Endocrinologia PT.040 DIABETES INSIPIDUS SECUNDÁRIO À HIPOFISITE RELACIONADA À IGG4 Rocha MGM1, Zucare JRC1, Fernandez FMAO1, Freire DS1, Pereira MAA1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia Geral PT.041 IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE CÁLCIO SÉRICO NA DETECÇÃO DE NOVOS CASOS DE NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 EM PACIENTES PORTADORES DE PROLACTINOMA Rebouças Carvalho V1, Ponte PM2, Cunha de Alcântara B1, Souza MR3, Fontenele EGP1, Montenegro Jr R3, Martins MRA1, Quidute ARP4 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Faculdade de Medicina; 3 UFC – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 4 HU-UFC – Endocrinologia e Metabologia programação científica PT.042 ABSCESSO HIPOFISÁRIO: RELATO DE DOIS CASOS COM DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO COM BASE NA RESPOSTA TERAPÊUTICA Cunha FS1, Cescato VAS2, Cunha Neto MBC2, Silva FEF3, Assis DB4, Musolino N2 1 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Departamento de Neurocirurgia Funcional – Instituto de Psiquiatria; 3 HCFMUSP – Instituto de Radiologia; 4 HCFMUSP – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar PT.043 INFLUÊNCIA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO CONTROLE HORMONAL DA ACROMEGALIA Bittencourt RQ1, Candioto SL1, Rojas LBA2, Braziliano CB2, Faissol F, Tabet ALO1 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia PT.044 RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS DE DIVERSOS TIPOS NUM GRUPO DE PACIENTES ACROMEGÁLICOS Bolfi F1, Moura RCP1, Resende M2, Miot HA2, Nogueira CR1, Mazeto GMFS1, Nunes VS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp – Departamento de Dermatologia e Radioterapia PT.045 ADENOMA HIPOFISÁRIO SEGUIDO DE APOPLEXIA: UMA MANIFESTAÇÃO COMUM? Pereira FA1, Andrade RT1, Barakat MA1, Fernandes RA1, Cameli ASR1, Rocha DRTW2, Arbex AK3 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed); 2 Ipemed/São Paulo – Departamento de Medicina Clínica, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FM-UFRJ) – Corpo Docente; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina – Ipemed/SP – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia PT.046 ADENOMA HIPOFISÁRIO PRODUTOR DE GONADOTROFINAS: RELATO DE CASO Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Lima MO1, De Paula WG1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Gondim JA2 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia PT.047 NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA FAMILIAL: A IMPORTÂNCIA DO SCREENNING GENÉTICO ADEQUADO Lima CMBB1, Santos JPL1, Correa RV1 1 Universidade de Fortaleza (UFC) – Centro de Ciências da Saúde – Curso de Medicina PT.048 SÍNDROME DE KALLMANN: DIAGNÓSTICO TARDIO Resende AB1, Bizarro VR1, Mesquita LM2, Faria GB1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK3 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia; 2 Ipemed-Belo Horizonte (BH) – Endocrinologia; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina, Ipemed-São Paulo (SP) – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia PT.049 APOPLEXIA HIPOFISÁRIA – UMA EMERGÊNCIA ENDOCRINOLÓGICA: RELATO DE CASO Penna LG1, Pinto MS1, Dias JCA1 1 Hospital Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia PT.050 CONDUTA CONSERVADORA NA APOPLEXIA HIPOFISÁRIA: RELATO DE CASO Henriques IAPM1, Lima MO1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, Muniz AA1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia PT.051 a PT.086 – Doenças de gônadas e adrenal PT.051 HIPONATREMIA GRAVE EM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO TARDIO DE PAN-HIPOPITUITARISMO SECUNDÁRIO À SÍNDROME DE SHEEHAN Filho RR1, Antonelli L1, Lys L1, Kadomoto M1, Amaral APM1, Bonansea TCP2, Brito CM1 1 Faculdade de Medicina do ABC – Clínica Médica; 2 Beneficência Portuguesa – Endocrinologia PT.052 FEOCROMOCITOMA MALIGNO: RELATO DE CASO Blankenburg C1, Andrade AR2, Belino DL1, Machado VC1, Pereira C1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) – Endocrinologia; 2 HSPE/SP – Endocrinologia e Metabologia PT.053 CARCINOMA ADRENAL PRODUTOR DE ANDRÓGENOS, CORTISOL E ALDOSTERONA: RELATO DE CASO Callou EQ1, Oliveira KCL1, Vieira NB2, Sá FCF1 1 Universidade Federal do Ceará (UFC), campus Cariri – Clínica Médica; 2 UFC, campus Cariri – Cirurgia PT.054 SÍNDROME DE KLINEFELTER: DADOS QUE DIFERENCIAM DE OUTRAS CAUSAS DE HIPOGONADISMO OU INFERTILIDADE Guaragna-Filho G1, Castro CCTS1, Sewaybricker LE1, Tincani BJ1, Mascagni BR1, Pinto RDP1, Maciel-Guerra AT1, Marques-de-Faria AP1, Guerra Jr G1 1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS) PT.055 DIFICULDADE NO CONTROLE DO HIPERANDROGENISMO NA SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS Arbex AK1, Hoffmann NM2, Brilhante AP2, Fraga Filho W3, Rocha DRTW4, Jorge AR4 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed)/São Paulo (SP) – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia; 2 Ipemed – Corpo Discente; 3 Ipemed/Rio de Janeiro – Corpo Discente; 4 Ipemed – Professor programação científica PT.056 SÍNDROME DE PERSISTÊNCIA DOS DUCTOS DE MÜLLER: RELATO DE CASO COM DADOS CLÍNICOS, HORMONAIS E MOLECULARES Sewaybricker LE1, Nishi MY2, Silva MACP1, Castro CCTS1, Guaragna-Filho G1, Mendonça BB2, Maciel-Guerra AT1, Guerra Jr G1 1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS); 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) PT.057 PACIENTE 46,XY COM DEFICIÊNCIA DA P450c17 COM DESENVOLVIMENTO PUBERAL E SEMINOMA BILATERAL Harima LS1, Costa EMF1, Machado AZ2, Carvalho FM3, Domenice S1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Departamento de Ciências Fisiológicas; 3 HCFMUSP – Patologia PT.058 FEOCROMOCITOMA ASSINTOMÁTICO EM PACIENTE COM NEUROFIBROMATOSE TIPO 1: RELATO DE CASO Kadomoto M1, Amaral APM1, Pereira LSB1, Martins CP1, Lys L1, Cordenonssi JT1, Brito CM2, Bonansea TCP2 1 Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica; 2 Hospital Mário Covas – FMABC – Clínica Médica PT.059 SÍNDROME DE PERRAULT: RELATO DE CASO Martins C S1, Mermejo LM1, Elias LLK2 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Divisão de Endocrinologia do Departamento de Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Departamento de Fisiologia PT.060 AUSÊNCIA DE VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CÓPIAS DE GENES DA REGIÃO PSEUDOAUTOSSÔMICA 1 NUM PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) OVOTESTICULAR 46,XX (SRY-NEGATIVO) E SÍNDROME REUMATOLÓGICA Rocha MGM1, Funari MFA1, Caleiro MTC2, Nishi MY1, Silva RB1, Mendonça BB1, Costa EMF1, Domenice S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42; 2 HCFMUSP – Divisão de Reumatologia PT.061 (concorrente a melhor pôster) CARACTERÍSTICAS DA HIPERPLASIA ADRENOCORTICAL MACRONODULAR INDEPENDENTE DE ACTH AO EXAME DE 18F-FDG-PET/CT Alencar GA1, Fragoso MCBV1, Lerario AM1, Lima LO1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal, Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM 42 PT.062 GRAVIDEZ ESPONTÂNEA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER: RELATO DE CASO Santos M1, Borba CG1, Cunha FS1, Coutinho FL1, Normando APC1, Borba MG2 1 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia, São Paulo, Brasil; 2 Faculdade de Medicina de Campos – Departamento de Clínica Médica, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil PT.063 (concorrente a melhor pôster) VARIANTES ALÉLICAS NO GATA4 (P.L269F E P.V380M) IDENTIFICADAS EM PACIENTES 46,XY COM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) SEM DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS (DCC) Silva TE1, Costa EMF1, Nishi MY1, Silva RB2, Mendonça BB3, Domenice S3 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/ Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42); 2 Hospital Santa Marcelina – Endocrinologia; 3 Hospital das Clínicas – Endocrinologia PT.064 TUMOR VIRILIZANTE DE CÉLULAS ESTEROIDAIS OVARIANAS NA PÓS-MENOPAUSA: RELATO DE CASO Carvalho NG1, Bresque AHC1, Betonico CCR1, Pimentel Filho FR1, Cruz CLP2, Valejo FAM3 1 Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente – Clínica Médica, Disciplina Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Pediatria, Disciplina Endocrinologia; 3 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Ginecologia PT.065 PACIENTE COM FEOCROMOCITOMA BILATERAL SUBMETIDA À ADRENALECTOMIA PARCIAL POR VIDEOLAPAROSCOPIA Iervolino L1, Lima Jr JV1, Pulzi FBU2, Leite AC3, Ribeiro CA4 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 3 Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – Endocrinologia; 4 Unifesp – Urologia PT.066 (concorrente a melhor pôster) HYPERANDROGENIC PHENOTYPE DISTRIBUTIONS IN NONCLASSICAL FORM OF 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A COMPARISON WITH PHENOTYPES OF TRUE PCOS PATIENTS Moura V1, Gomes LG1, Maciel GAR2, Marcondes JAM1, Hayashida SY2, Baracat EC2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42), Disciplina de Endocrinologia; 2 HCUSP – Depto. de Ginecologia PT.067 PARAGANGLIOMAS: RELATO DE CASO Stape L1, Vaz IM1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Rosa M2, Hilário L3 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Urologia; 3 ISCMSP – Medicina Nuclear PT.068 CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS EM PACIENTES COM DISTÚRBIO DA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (DDS) 46,XY TRATADOS TARDIAMENTE Carvalho DF1, Carvalho FM2, Costa EMF1, Santos MAG1, Nishi MY1, Mendonça BB1, Domenice S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42, Disciplina de Endocrinologia; 2 HCFMUSP – Departamento de Patologia programação científica PT.069 PARAGANGLIOMA ASSOCIADO A AMILOIDOSE SISTÊMICA: UMA ASSOCIAÇÃO CAUSAL OU CASUAL? Tucci MF1, Tucci Silvio2, Moreira AC1, Castro M1, Elias Jr J1, Batista SL1, Silva GB3, Elias PCL1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Cirurgia; 3 FMRP-USP – Patologia PT.070 METÁSTASE RETRO-OCULAR EM PACIENTE COM CARCINOMA ADRENOCORTICAL Balarini RV1, Daher G1, Alencar GA1, Almeida MQ1, Lerario AM1, Evangelista JJF1, Mendonça BB1, Latronico AC1, Fragoso MCBV1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia PT.071 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL PRECOCE NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS DOCUMENTADA POR CAPILAROSCOPIA PERIUNGUEAL Oliveira VC1, Leão LM1, Villela NR2, Aguiar LGK2, Tabet A1, Bouskela E2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Departamento de Medicina Interna, Disciplina de Endocrinologia; 2 UERJ – Laboratório de Pesquisa Clínico-Experimental em Biologia Vascular (BioVasc) PT.072 FEOCROMOCITOMA CÍSTICO GIGANTE: RELATO DE CASO Moreira PCO1, Lima Jr JV1, Kater CE1, Hilário L2, Macedo FDB1, Arruda MT1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Medicina Nuclear PT.073 FEOCROMOCITOMA EM PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO Aum PMP1, Scalissi N1, Lima Jr JV1, Hilario LN2, Napoli TF1, Mendes RES1, Guardia VC1, Souza Jr JA1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear PT.074 FEOCROMOCITOMA SIMULANDO METÁSTASE DE CÂNCER DE MAMA Guzzo MF1, Oliveira MC2, Onuchic MHF3, Nóbrega CVS4 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Clínica Médica; 3 CASE – Intermédica Sistema de Saúde – São Paulo – Endocrinologia; 4 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia PT.075 HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEO-MUCOSA PELO USO DE HIDROXIUREIA MIMETIZANDO DOENÇA DE ADDISON: RELATO DE CASO Bessa DS1, Miranda WRH1, Moreira LA1, Moreira AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia PT.076 (Concorrente a melhor Pôster) GLUCOCORTICOID RECEPTOR GENE POLYMORPHISM IS ASSOCIATED WITH OBESITY PREVALENCE IN PATIENTS WITH 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY Moreira RPP1, Gomes LG1, Madureira G1, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM/42) – Disciplina de Endocrinologia PT.077 SÍNDROME DE CUSHING ACTH-INDEPENDENTE DURANTE GESTAÇÃO Fabri FSSS1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Rosa M1, Stape L1 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo PT.078 FEOCROMOCITOMA BILATERAL COM IMAGEM RADIOLÓGICA NEGATIVA: RELATO DE CASO Freire ACTB1, Iervolino L1, Cordioli MICV1, Santos MAR1, Hilário L2, Lima JVJ1, Scalissi N1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear PT.079 HIPERTECOSE OVARIANA APÓS A MENOPAUSA: RELATO DE CASO Frossard MM1, Sander MF2, Ramos APC1, Vieira CA1, Xavier MF1, Caixeta WDR2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCUFMG) – Endocrinologia; 2 HCUFMG – Departamento de Endocrinologia e Metabologia PT.080 LONG-TERM OUTCOME IN A COHORT OF ADULTS WITH CLASSICAL CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIA (CAH) DUE TO 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A SINGLE CENTER EXPERIENCE Gomes LG1, Madureira G1, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Endocrinologia PT.081 O DESAFIO NO DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO DOS FEOCROMOCITOMAS: SÉRIE DE CASOS Cordioli MICV1, Sepulcre DFN1, Stape L1, Napoli TF1, Iervolino L1, Hilario LN1, Scalissi N1, Lima Jr JV1 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo PT.082 (concorrente a melhor pôster) CLONALITY ANALYSIS AND EXPRESSION OF ACTH AND ANDROGEN RECEPTORS IN GIANT MYELOLIPOMAS Kaupert LC1, Brito LP1, Lerario AM1, Mariane BMP1, Santos MAR1, Lima Jr JV2, Monte O2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42, Disciplina de Endocrinologia; 2 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia PT.083 CISTOS OVARIANOS VOLUMOSOS: MANIFESTAÇÃO INICIAL DA DEFICIÊNCIA DE 17-α-HIDROXILASE/17,20 LIASE Teixeira VCMR1, Cavalcante LLA2, Quezado R1, Hissa MN3 1 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Metabologia; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 3 Hospital Universitário Walter Cantídio – Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes programação científica PT.084 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO CUSHING SUBCLÍNICO: RELATO DE CASO Eimori DY1, Caetano LA2, Ferreira LV1, Silva RR3, Vecchiatti SMP4, Correa-Silva SR5 1 Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM-SP) – Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Clínica Médica; 3 HSPM – Clínica Médica; 4 HSPM/Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Endocrinologia/ Patologia; 5 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Neuroendocrinologia PT.085 DOENÇA ADRENOCORTICAL NODULAR PIGMENTADA PRIMÁRIA – RELATO DE CASO DE CUSHING INTERMITENTE EM CRIANÇA Sepulcre DFN1, Guzzo MF1, Vaz IM1, Saieg M2, Lima JVJ1, Monte O1, Scalissi N1 1 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia; 2 Santa Casa de São Paulo – Patologia PT.086 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA ASSOCIADA À MIELOLIPOMA ADRENAL BILATERAL: RELATO DE CASO Caetano LA1, Eimori DY1, Ferreira LV1, Silva RR1, Vecchiatti SMP1, Correa-Silva SR1 1 Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo – Endocrinologia PT.087 a PT.102 – Endocrinologia pediátrica PT.087 GROWTH HORMONE (GH) PEAK AFTER COMMON PHARMACOLOGICAL STIMULATION TESTS IN CHILDREN Marchisotti FG1, Franco LF1, Fabbri T2, Freitas AC1, Pereira C1, Denardin OV1 1 Clinical Analysis Department of Diagnosticos da America Medical Services Laboratory; 2Universidade Federal de São Paulo PT.088 CARACTERÍSTICAS E FREQUÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA Borba VVL1, Filizola RG2, Lima RT3 1 Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Pediatria; 2 UFPB – Medicina Interna; 3 UFPB – Nutrição PT.089 TUMOR ÓSSEO APÓS TERAPIA COM HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER (ST): RELATO DE CASO Piva AKC1, Ribeiro AV1, Canalli AB1, Leite JPS1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Departamento de Medicina – Disciplina de Endocrinologia PT.090 PESO FETAL E ADIPOSIDADE VISCERAL NO SEGUNDO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO EM ADOLESCENTES NO SERTÃO NORDESTINO Meira RMC1, Dutra LPF2, Alves JGB3, Amorim MMR3, Marques MSL4, Rolland ASS4, Diniz CP4, Silveira FJC1, Moura LA2 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Medicina; 2 Univasf – Enfermagem; 3 Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) – Materno-Infantil; 4 Imip – Medicina Fetal PT.091 INTERVALO ENTRE IDADE ÓSSEA E A IDADE CRONOLÓGICA INICIAL E FINAL NO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE CENTRAL Hissa MRN1, Farias LAGM1, De Castro DB1, Cavalcante LLA1, Teixeira VCMR1, Hissa MN1 1 Hospital Universitário Walter Cantídio – Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes PT.092 COMPARISON OF CLINICAL FEATURES BETWEEN CAH COHORTS FROM GOIAS AND SAO PAULO: STATES WITH AND WITHOUT NEONATAL SCREENING Santos MAR1, Silveira-Lucas E2, Santos EP3, Moura V1, Gomes LG1, Madureira G1, Brito VN1, Van der Linden Nader I3, Elnecave R2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42), Disciplina de Endocrinologia; 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) – Serviço de Endocrinologia, Hospital das Clínicas de Porto Alegre; 3 Programa Estadual de Triagem Neonatal de Goiás – Laboratório da Apae PT.093 AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE TRATAMENTO DE PACIENTES COM BAIXA ESTATURA NÃO DEFICIENTES DE GH Lopes DMC1, Scuro G1, GuimarÃes LJ1, Kochi C2 1 Hospital Ipiranga – Endocrinologia e Metabologia; 2 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia Pediátrica PT.094 CLINICAL AND HORMONAL FOLLOW-UP OF PATIENTS WITH CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY TREATED WITH LEUPROLIDE ACETATE 3-MONTH DEPOT (11.25 MG): EXPERIENCE OF 2 YEARS Teles M1, Lima LO1, Silveira LFG1, Cukier P1, Arnhold IJP1, Latronico AC1, Mendonça BB1, Brito VN1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 PT.095 EFEITOS DO TRATAMENTO COM DIIDROTESTOSTERONA GEL NO CRESCIMENTO PENIANO: EXPERIÊNCIA COM QUINZE PACIENTES Silva RB1, Gomes CR1, Brandão MP1, Domenice S1, Jorge AAL1, Costa EMF1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/ Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) PT.096 SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP: DIAGNÓSTICO AMBULATORIAL NO SERVIÇO DE PEDIATRIA ENDÓCRINA DO HUOP – RELATO DE CASO Leite JPS1, Pereira FAS1, Erbes F1, Cristovam MAS1, Bresolin AC1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Departamento de Medicina, Disciplina de Pediatria PT.097 BÓCIO MULTINODULAR CONGÊNITO: PROPEDÊUTICA E TRATAMENTO Rezende MS1, Silva RVD1, Freitas PC1, Moreira LMP1, Dias EP1, Lauria MW1, Sarquis MS1, Ramos AV1, Marinho BCG1, Cordeiro GV1, Barbosa VE1 1 Hospital Felício Rocho – Endocrinologia programação científica PT.098 PREVALÊNCIA DE SOBREPESO, OBESIDADE E ADIPOSIDADE CENTRAL, EM ALUNOS DE ESCOLAS PARTICULARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Fontenele EGP1, D’Alva CB1, Landim SASP2, Montenegro Jr R1, Moraes MEA3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Curso de Graduação em Ciências da Nutrição; 3 UFC – Unidade de Farmacologia Clinica do Departamento de Fisiologia e Farmacologia PT.099 TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE E A EVOLUÇÃO DE TANNER Hissa MRN1, Farias LAGM1, Teixeira VCMR2, De Castro DB3, Cavalcante LLA3, Hissa MN1 1 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Metabologia; 3 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes PT.100 DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESCOLARES DE 6 A 10 ANOS DE ITAÚNA/MG Rodrigues LP1, Soares LT1, Luz BG1, Silva ACF1, Lima RC1, Queiroz NA2, Gonçalves R3, Lamounier JA4, Santos MESM5, Granjeiro PA5 1 Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) – Discente do Curso de Medicina; 2 Universidade de Itaúna (UIT) – Discente do curso de Educação Física; 3 UIT – Docente do Departamento de Educação Física; 4 UFSJ – Docente do Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina; 5 UFSJ – Docente do Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina PT.101 ANÁLISE DAS CURVAS DE CRESCIMENTO – MARCONDES, CDC E OMS – NA AVALIAÇÃO ESTATURAL DE ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Fontenele EGP1, D’Alva CB1, Landim SASP2, Montenegro Jr R1, Moraes MEA3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Curso de Graduação em Ciências da Nutrição; 3 UFC – Unidade de Farmacologia Clínica do Depto. de Fisiologia e Farmacologia PT.102 ALTA ESTATURA, CIA E RETARDO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ASSOCIADO A SÍNDROME MARFANOIDE Santos JPL1, Lima CMBB1, Dourado BM1, Diogenes CA1, Correa RV1 1 Universidade de Fortaleza (Unifor) – Centro de Ciências da Saúde – Curso de Medicina PT.103 a PT.138 – Tireoide PT.103 A IMPORTÂNCIA DO ANTICORPO ANTITIREOGLOBULINA COMO SUBSTITUTO, “SURROGATE” DA TIREOGLOBULINA NA DETECÇÃO DE METÁSTASE NO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO Pereira CS1, Tavares MGR1, Caldas AS1, Faria MS1, Lopes MHC1 1 Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – Endocrinologia PT.104 PUNÇÃO TIREOIDEA SUSPEITA: TSH COMO MARCADOR PARA MALIGNIDADE? Araújo RB1, Nogueira CR1, Tagliarini JV2, Castilho EC2, Marques MEA3, Carvalho LR4, Mazeto GMFS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) – Clínica Médica; 2 FMB-Unesp – Otorrinolaringologia; 3 FMBUnesp – Patologia; 5 Instituto de Biociências de Botucatu (IBB)/Unesp – Bioestatística PT.105 PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DO HIPERTIREOIDISMO EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO EM BELÉM/PA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2009 A DEZEMBRO DE 2010 Sampaio EC1, Santos DL1, Menezes RM1, Fernandes-Caldato MC2, Rocha VCC2 1 Curso de Medicina do Centro Universitário do Pará (Cesupa) – Medicina; 2 Hospital Universitário João de Barros Barreto, Belém/Pará, Brasil – Endocrinologia – Medicina PT.106 MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA Pereira LSB1, Martins CP1, Vieira FC1, Antonelli L1, Cordenonssi JT1, Bonasea TCP1, Brito CM1 1 Hospital Estadual Mario Covas, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica PT.107 TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PLACEBO-CONTROLADO Höfling DB1, Chavantes MC2, Juliano AG1, Cerri GG1, Knobel M3, Yoshimura EM4, Chammas MC1 1 InRad do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Radiologia; 2 Instituto do Coração (InCor) do HCFMUSP – Cirurgia Cardiovascular; 3 FMUSP – Unidade de Tireoide; 4 USP – Física Nuclear PT.108 SANGRAMENTO VAGINAL SECUNDÁRIO A HIPOTIREOIDISMO Pinto FCL1, Cristovão FC2, Kanamori KY1, Jau SM1, Garcia LL1, Silva FAM1, Schwarzberg L1, Kraide HD1, Silva Neto WCS3 1 Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (FM-Unisa) – Acadêmico; 2 FM-Unisa – Endocrinologia; 3 FM-Unisa – Clínica Médica PT.109 EVOLUÇÃO ATÍPICA DA ORBITOPATIA DE GRAVES Mesquita LM1, Faria GB1, Resende AB1, Santos JCS1, Bizarro VR1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK1 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia PT.110 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO Piva AKC1, Netto JHA1, Ribeiro AV1, Canalli AB1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Disciplina de Endocrinologia PT.111 ALTAS DOSES DE I-131 NO CONTROLE DO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE METASTÁTICO: RELATO DE CASOS Marchi MFS1, Rickli JCK1, Couto CH2 1 Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) – Departamento de Medicina; 2 Hospital Santa Isabel – Serviço de Endocrinologia programação científica PT.112 AGRANULOCITOSE ASSOCIADA AO USO DE TIOUREIA: REVISÃO DE LITERATURA Gonçalves FV1, Gonçalves BV1, Casagrande BVP1, Athias RT1, Soares FAH1, Maués MR1 1 Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) – Medicina PT.113 OFTALMOPATIA UNILATERAL POR DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA EM PACIENTE COM TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO Pereira LSB1, Vieira FC1, Garroni LF1, Filho RR1, Franco MB1, Bonansea TCP1, Brito CM1 1 Hospital Estadual Mário Covas, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica PT.114 ALTERAÇÕES AGUDAS NO METABOLISMO DO CÁLCIO EM UM PACIENTE COM CRISE TIREOTÓXICA POR DOENÇA DE GRAVES Harima LS1, Martins TC1, Alle LM2, Taniguchi LU2, Martins RM3, Marui S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia, Unidade de Tireoide; 2 HCFMUSP – Clínica Médica, Disciplina de Emergências Clínicas; 3 HCFMUSP – Endocrinologia, Unidade de Doenças Osteometabólicas PT.115 VALVOPATIA MITRAL SEVERA AGRAVANDO CRISE TIREOTÓXICA EM PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Lisboa EP1, Callou EQ1, Sá FCF2, Bezerra Silva EM1, Almeida CEA1, Sa M3, Hellen Lucia CCL4 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Campus Cariri – Curso de Medicina do Cariri; 2 UFC –Clínica Médica; 3 Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo – Unidade de Terapia Intensiva; 4 Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo – Enfermarias de Clínica Médica PT.116 PARALISIA PERIÓDICA POR TIREOTOXICOSE: RELATO DE CASO Blankenburg C1, Guerra RA1, Vale A1, Afonso GLP2, Roncon AT2, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) – Endocrinologia; 2 HSPE – Clínica Médica PT.117 CRISE TIREOTÓXICA DE MANEJO DIFÍCIL PELA PRESENÇA DE INSUFICIÊNCIA RENAL Martins TC1, Harima LS2, Marui S3, Araújo-Filho VJFA4, Rodrigues CA5, Silva BC5 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Clínica Médica; 2 Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP – Departamento de Endocrinologia; 3 HCFMUSP – Unidade de Tireoide – Disciplina de Endocrinologia – LIM 25; 4 HCFMUSP – Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 5 FMUSP – Nefrologia PT.118 HIPERCALCEMIA ASSOCIADA A HIPERTIREOIDISMO Machado VC1, Blankenburg C1, Belino DL1, Andrade AR1, Portes E1, Guerra RA1 1 Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia PT.119 ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE SALVADOR/BA Alencar JSM1, Daltro C1, Santos FJP2, Alencar C1 1 Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Salvador – Departamento Medicina, Disciplina de Pesquisa Clínica; 2 FTC, Salvador – Departamento de Farmacologia, Disciplina Pesquisa Clínica PT.120 PSEUDOPUBERDADE PRECOCE SECUNDÁRIA A HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO Lamback EB1, Borges JLC1 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Faculdade de Medicina PT.121 PACIENTE JOVEM COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE E METÁSTASES PARA SISTEMA NERVOSO CENTRAL Iervolino L1, Sepulcre DFN1, Abrahão GCP1, Gil E2, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Santos ARL3 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Radioterapia; 3 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Neurocirurgia PT.122 BÓCIO MULTINODULAR E TUMOR DE CÉLULAS FOLICULARES: UMA ASSOCIAÇÃO COMUM – RELATO DE CASO Sacramento AP1, Sacramento ABD1, Arbex AK2 1 Serviço de Endocrinologia, Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (IPEM), Belo Horizonte, Brasil – Endocrinologia; 2 Serviço de Endocrinologia, IPEM, Belo Horizonte, Brasil – Divisão de Nutrição e Metabolismo, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil PT.123 A 30-YEAR FOLLOW-UP STUDY OF PATIENTS WITH THYROID CANCER IN A BRAZILIAN UNIVERSITY HOSPITAL Feitosa NLF1, Serrador ALB1, Magalhães PKR1, Maciel LMZ1 1 Medical School of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Brazil – Department of Internal Medicine, Division of Endocrinology and Metabolism PT.124 CONDUTA CLÍNICA EM RELAÇÃO AO BÓCIO DIFUSO TÓXICO VOLUMOSO: RELATO DE CASO Souza MB1, Soares BMC1, Rocha DRTW1, Junqueira Jr H1, Arbex AK1, Souza Jr CR2 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), Brasil – Serviço de Endocrinologia; 2 Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Brasil – Acadêmico Curso de Medicina PT.125 MANIFESTAÇÕES DE DOENÇA DE GRAVES EM PACIENTE COM HIPOTIREOIDISMO – APRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA DOENÇA COMUM: RELATO DE CASO Candioto SL1, Soares JO1, Henriques JLM1, Soares DV1, Teixeira RM1, Silva LHA1 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia PT.126 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO Barsotti V1, Andreta LS1, Machado LM1, El Afioune V1, Pazello JR1, Martins DD1, Gonçalves AL1, Tedesco EL1, Quilici MTV1, Viera AEF1 1 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Endocrinologia programação científica PT.127 SÍNDROME DE DOWN ASSOCIADA A DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Borges DR1, Anversa LB1, Lima IM1, Cavalcante TFA1, Boaventura VO1, Borges JLC1 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Endocrinologia PT.128 TIREOIDITE SUPURATIVA AGUDA: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E COMPLICAÇÕES: RELATO DE CASO Fonseca IFA1, Almeida HG1, Soares JO1, Nascimento LMV1, Leão LM1, Avvad CK2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 Unigranrio – Endocrinologia PT.129 CARCINOMA PAPILÍFERO DE TIREOIDE COM METÁSTASE PARA LINFONODOS ACOMETIDOS POR LINFOMA DE HODGKIN: RELATO DE CASO Azevedo MF1, Guimarães LM1, Pires MCS1, Wambier TAR1, Santos CLR1, Vicentina EC1 1 Universidade de Brasília (UnB)/Hospital Universitário de Brasília – Serviço de Endocrinologia PT.130 PAPPILARY CARCINOMA IN A LINGUAL THYROID: CASE REPORT Navarrete R1, Fioravanti GQ1, Boas LVV1, Medeiros MA1, Brito CM1, Mocellin G1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo – Endocrinologia PT.131 AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV) Casini A1, Graça MP1, Cock AP1, Rodrigues RV1, Barros TP2, Beloni MB2, Machado TVC2, Lacerda CB2 1 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Endocrinologia; 2 Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Endocrinologia PT.132 PERFIL CLÍNICO EVOLUTIVO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV) Graça MP1, Casini A1, Motta FT2, Nogueira KC2, Silva PP2, Coser MP2 1 Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES – Serviço de Endocrinologia; 2 Escola de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Serviço de Endocrinologia PT.133 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DAS TIREOIDECTOMIAS NA DOENÇA DE GRAVES: UMA OPÇÃO TERAPÊUTICA A PONDERAR CONSIDERANDO ÍNDICE DE RISCOS Molinari AS1, Evangelista PE2, Rojas JLB3 1 Hospital N. Sra. da Conceição, Porto Alegre – Serv. Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; 2 Hospital Mãe de Deus – Anestesia; 3 Hospital Mãe de Deus – Cirurgia Endócrina PT.134 TIREOTOXICOSE COMO FATOR DE CONFUSÃO DIAGNÓSTICA NA SÍNDROME DE RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS – RELATO DE CASO E A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR Kizys MML1, Figueiredo AEVL1, Andreoni DM1, Martins JRM1, Dias da Silva MR2, Maciel RMB1, Chiamolera MI1 1 Escola Paulista de Medicina (EPM)/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Medicina; 2 EPM/Unifesp – Departamento de Bioquímica PT.135 VASCULITE CUTÂNEA POR TAPAZOL: RELATO DE CASO Braziliano CB1, Andrade AEM1, Almeida HG1, Azevedo AC2, Henriques JLM1, Soares DV1 1 Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 HUPE, UERJ – Dermatologia PT.136 MANIFESTAÇÕES EXTRATIREOIDIANAS NA DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Ferreira LV1, Silva RR1, Eimori DY1, Caetano LA1, Vecchiatti SMP1, Guerra RA1 1 Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo – Endocrinologia PT.137 (concorrente a melhor pôster) REPOSIÇÃO HORMONAL E SEU IMPACTO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE Tsumura WG1, Almeida JFM1, Assumpção LVM2, Ward LS1 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) – Laboratório de Genética Molecular do Câncer; 2 FCM/Unicamp – Clínica Médica PT.138 CARCINOMA EPIDERMOIDE PRIMÁRIO DA TIREOIDE DIAGNOSTICADO COMO CARCINOMA ANAPLÁSICO: UM DILEMA DIAGNÓSTICO Bolfi F1, Mazeto GMFS1, Simões MS2, Soares P2, Domingues MAC3, Castilho EC4, França MM1, Nunes VS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup); 3 FMB-Unesp – Departamento de Patologia; 4 FMB-Unesp – Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço PT.139 a PT.158 – Tireoide PT.139 PARALISIA HIPOCALÊMICA ASSOCIADA AO HIPERTIREOIDISMO: RELATO DE CASO Gonçalves FV1, Gonçalves BV1, Casagrande BVP1, Athias RT1, Soares FAH1, Melo KAN2, Novoa CA3, Silva KST1, Maués MR1 1 Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) – Medicina; 2 Unidade de Neurologia Clínica (Unineuro) – Neurologia; 3 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará – Endocrinologia PT.140 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO E SUA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA Graça MP1, Casini A1, Cunhalima APC1, Marques JV2, Teixeira FR2, Gomes MV2, Silva RFL2 1 Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES – Serviço de Endocrinologia; 2 Escola de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Serviço de Endocrinologia programação científica PT.141 HEPATITE C E TIREOIDOPATIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Andrade AR1, Blankenburg C1, Machado VC1, Belino DL1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia PT.142 PRIMARY THYROID LYMPHOMA CASE WITH INTERESTING CLINICAL FEATURES Andrade AR1, Belino DL1, Machado VC1, Blankenburg C1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia PT.143 CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES COM CA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DO HC-UFMG Ramos APC1, Frossard MM2, Candido AL2, Soares JP3, Bizzi MF2, Rajão KMAB2, Costa JF2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) – Departamento Endocrinologia e Metabologia; 2 HC-UFMG – Endocrinologia e Metabologia; 3 HC-UFMG – Estatística PT.144 RELATO DE CASO: PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE HIPERTIREOIDISMO POR SÍNDROME DE MARINE-LENHART Iervolino L1, Cordioli MICV1, Freire ACTB1, Lima JVJ1, Scalissi N1, Hilário L2, Namo Cury A1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear PT.145 SEMELHANÇA CLÍNICA ENTRE PSEUDOTUMOR DE ÓRBITA E OFTALMOPATIA DE GRAVES Dias CDM1, Andrade LM2, Mendonça AM1, Anjos RBN1, Paula SLFM1, Oliveira DPP1, Muszkat Jatene E1, Espíndola-Antunes D1 1 Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 2 UFG – Endocrinologia PT.146 ABLAÇÃO TIREOIDIANA EFICAZ COM RADIOIODO EM PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES, DEZ DIAS APÓS TRATAMENTO DE CRISE TIREOTÓXICA COM CONTRASTE IODADO Xavier MF1, Frossard MM1, Vieira CA1, Ramos APC1, Nogueira RB2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) – Endocrinologia e Metabologia; 2 HC-UFMG – Clínica Médica PT.147 (concorrente a melhor pôster) AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTICÉLULA PARIETAL GÁSTRICA EM PACIENTES COM DOENÇA AUTOIMUNE DE TIREOIDE Faissol F1, Bittencourt RQ1, Andrade AEM1, Braziliano CB1, Rojas LBA1, Henriques JLM1 1 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia PT.148 THYROID FUNCTION IS INTRINSICALLY LINKED TO INSULINE RESISTANCE IN HEALTH EUTHYROID SUBJECT Castelo MHCG1, Ponte CMM2, Ponte PM3, Bandeira TJPG4, Rocha IV4, Teixeira DF3, Montenegro RM1, Montenegro Jr R1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FM-UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 UFC – Departamento de Medicina Comunitária; 3 FM-UFC; 4 Diagnósticos da América – LabPasteur Fortaleza/Ceará PT.149 ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 304 PACIENTES COM BÓCIO MULTINODULAR ACOMPANHADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO Oliveira VC1, Aguayo LB2, Fonseca IFA3, Nascimento LMV3, Almeida HG3, Oliveira PMF3 1 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia; 2Hospital Universitário Pedro Ernesto; 3 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia PT.150 ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NO PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES Cordioli MICV1, Iervolino L1, Scalissi N1, Namo Cury A1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo PT.151 EVALUATION OF IODINE SUFFICIENCY DURING PREGNANCY IN NORTHEAST REGION OF STATE OF SAO PAULO/BRAZIL Ferreira SMS1, Navarro AM1, Magalhães PKR1, Duarte G2, Quintana S2, Maciel LMZ1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Ginecologia e Obstetrícia PT.153 SÍNDROME DE HOFFMAN E ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO: COMPLICAÇÕES RARAS OCORRENDO CONCOMITANTEMENTE APÓS RÁPIDA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTE TRATADO COM I131 Porto-Silva CC1, Adas MG2, Moreira PCO3, Maciel RMB4, Martins JRM5 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Medicina; 2 Unifesp – Medicina/Clínica Médica/Endocrinologia; 3 Unifesp – Departamento de Medicina, Disciplina de Endocrinologia; 4 Unifesp/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia Molecular; 5 Unifesp/EPM – Departamento de Medicina PT.154 APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO Queiroz PC1, Henriques IAPM1, Lima MO1, Muniz AA1, Coelho SFM1, Macedo RBL1, Ferraz TMBL1, Peter CM1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia PT.155 RESULTADOS A LONGO PRAZO DA INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL NO TRATAMENTO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS Sousa LS1, Machado AS1, Martins CLLP1, Silva LSA1, Okawa T1, Felício JS1, Conceição AMS1 1 Centro de Referência Estadual de Endocrinologia, Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (CREED, HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia PT.156 (concorrente a melhor pôster) CARCINOMA ANAPLÁSICO/INDIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASOS Aguiar GS1, Ramos HE2 1 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana); 2 Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Endocrinologia programação científica PT.157 ASSOCIAÇÃO DE CARCINOMA ANAPLÁSICO E PAPILÍFERO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO Resende AB1, Bizarro VR1, Mesquita LM2, Faria GB2, Geraix Netto F2, Rocha DRTW2, Jorge AR2, Arbex AK3 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) de São Paulo – Endocrinologia; 2 Ipemed de Belo Horizonte – Endocrinologia; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina, Ipemed/SP – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia PT.158 PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS HORMONAIS DA TIREOIDE NA POPULAÇÃO IDOSA ACOMPANHADA PELO PROGRAMA MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE Moraes EN1, Lira ARR1, Capote JRFG Jr2 1 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Geriatria; 2 Santa Casa de Misericórdia de Sobral da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Clínica Médica PT.159 a PT.197 – Metabolismo ósseo PT.159 (concorrente a melhor pôster) EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE A MASSA ÓSSEA DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS SUBMETIDOS AO TREINAMENTO EM MEIO AQUÁTICO Murai IH1, Alves CRR1, Ramona P2, Nicastro H3, Guimarães F1, Takayama L4, Lancha Jr AH1 , Irigoyen MC3, Pereira RMR5, Gualano B1 1 Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) – Biodinâmica do Movimento Humano; 2 Instituto do Coração (InCor) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Fisiopatologia Experimental; 3 FMUSP – Disciplina de Reumatologia; 3 InCor-USP – Laboratório de Hipertensão; 5 FMUSP – Reumatologia PT.160 SÍNDROME DE MAFFUCCI: RELATO DE CASO Pitanga FH1, Miranda AC1, Furini F1 1 Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) – Endocrinologia PT.161 EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E COMBINADO NO METABOLISMO ÓSSEO EM ADOLESCENTES OBESOS Campos RMS1, Lazaretti-Castro M2, De Mello MT3, Tock L1, Silva PL1, Corgosinho FC1, Carnier J1, Piano A1, Sanches PL1, Foschini D1, Tufik S3, Dâmaso A4 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Nutrição; 2 Unifesp – Departamento de Endocrinologia; 3 Unifesp – Departamento de Psicobiologia; 4 Unifesp - Departamento de Nutrição e Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde PT.162 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO CLÁSSICO COM SEQUELA NEUROLÓGICA ASSOCIADO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D Angeli Padula F1, Paoli FD1, Mazer SR1, Harada CMM1, D’Andrea V1, Guzman CGA1, Suzuki CM1, Castro M1 1 Hospital Ipiranga – Endocrinologia PT.163 HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D POR CIRURGIA BARIÁTRICA E USO CRÔNICO DE ANTICONVULSIVANTE Coutinho EAF1, Gomes GS1, Madeira M2 1 Conjunto Hospitalar do Mandaqui/SP – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Hospital Federal de Bonsucesso/RJ – Endocrinologia PT.164 VARIABILIDADE FENOTÍPICA NUMA MESMA FAMÍLIA COM CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO Ia (PHP Ia) E PSEUDOPSEUDOHIPOPARATIREOIDISMO (PPHP) DECORRENTE DA MUTAÇÃO c.921_924delGACT NO GNAS Reis MTA1, Corrêa PHS1, Martin RM1 1 Hospital das Clínicas (HCFMUSP) – Unidade de Doenças Osteometabólicas – Endocrinologia PT.165 UNUSUAL CLINICAL PRESENTATION OF INTRATHYROIDAL PARATHYROID CARCINOMA Reis MTA1, Rodrigues LS1, Mendonça BB1, Menezes MR2, Dalalio VD3, Montenegro FLM4, Teixeira CHA5, Hoff A6, Corrêa PHS1, Martin RM1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 HCFMUSP – Radiologia; 3 Consultório privado – Uberaba/MG; 4 HCFMUSP – Cirurgia; 5 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) – Oncologia; 6 Icesp – Endocrinologia PT.166 HIPOPARATIREOIDISMO IDIOPÁTICO DE APARECIMENTO TARDIO LEVANDO À MIOCARDIOPATIA DILATADA E MIOPATIA COM ELEVAÇÃO DE ENZIMAS MUSCULARES: RELATO DE CASO Ribeiro SRB1, Quevedo RAP2 1 Conjunto Hospitalar do Mandaqui – Ambulatório de Especialidades; 2 Conjunto Hospitalar do Mandaqui – Clínica Médica PT.167 OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA OS PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DOENÇA RENAL CRÔNICA Mesquita LM1, Faria GB1, Resende AB1, Shalim C1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK1 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia PT.168 SÉRIE DE CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO: APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL Marino EC1, Paiola AA1, Jacob VA1, Pirozzi FF1, Campos RG1, Santos RA1, Cosenso Martin L1, Pires AC1 1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia PT.169 OSTEOPOROSE ASSOCIADA A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO: RELATO DE UM CASO COM USO DE MÚLTIPLAS TERAPIAS Vilaca TS1, Oliveira TP1, Dreyer P1, Lazaretti-Castro M1 1 Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) PT.170 NEUROENDOCRINE TUMOR ASSOCIATED WITH SEVERE OSTEOPOROSIS IN A MALE PATIENT Vilaca TS1, Yamamoto Moraes R2, Carvalho AB3, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 3 Unifesp/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Nefrologia programação científica PT.171 (concorrente a melhor pôster) PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO FAMILIAL: RELATO DE CASOS Lamback EB1, Panobianco YSA1, Faria NLA1, Borges JLC1 1 Universidade Católica de Brasília – Faculdade de Medicina PT.172 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PARA OSTEOPOROSE EM PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS DA SANTA CASA/RJ Lisboa CA1; Villdoso Y1 1 Santa Casa do Rio de Janeiro – Endocrinologia PT.173 PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA OSTEONECROSE DE MANDÍBULA E MAXILA EM PACIENTES EM USO CRÔNICO DE BISFOSFONATOS Soares AL1, Kunii I1, Simon SD2, Nazario ACP3, Gebrim LH4, Silva AG1, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Centro Paulista de Oncologia – Oncologia; 3 Unifesp - Ginecologia; 4 Hospital Estadual Pérola Byington – Mastologia PT.174 LONG TERM FOLLOW UP OF A CLINICAL, LABORATORIAL AND MOLECULAR ASSESSMENT OF A WOMAN WITH JANSEN’S CHONDRODYSPLASIA DUE TO A DE NOVO MUTATION IN PTHR1 Onuchic L1, Carvalho DF1, Bertoncello S1, Mendonça BB1, Corrêa PHS1, Martin RM1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia PT.175 OSTEOPOROSE ASSOCIADA À GRAVIDEZ: UMA DOENÇA HETEROGÊNEA E TRANSITÓRIA? Mesquita NP1, Maia JMC1, Martins CLO1, Bandeira MP1, Bandeira F1 1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes – Hospital Agamenon Magalhães. MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco/Recife PT.176 ELEVADA PREVALÊNCIA DE OSTEOPOROSE EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE SÃO PAULO É NEGLIGENCIADA Lirani-Galvão APR1, Zach PL1, Teixeira GB1, Silva AC1, Silva OL2, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); 2 Universidade São Paulo (USP) – Bioengenharia PT.177 PERFIL CLÍNICO, LABORATORIAL E ANATOMOPATOLÓGICO DE OITO CASOS DE PACIENTES COM CARCINOMA DE PARATIREOIDE Amaral FA1, Scalissi N2, Maeda SS2 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Graduação; 2 Irmandade da Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia PT.178 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ASSINTOMÁTICO VS. NORMOCALCÊMICO: EXISTEM DIFERENÇAS ALÉM DA CALCEMIA? Amaral LMB1, Marques TF1, Costa S1, Mendes M1, Bandeira F1 1 Hospital Agamenon Magalhães, MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco (UPE), Recife – Divisão de Endocrinologia e Diabetes PT.179 SÍNDROME CONVULSIVA DESENCADEADA PELO USO DE BISFOSFONATOS INTERMITENTE Lima DD1, Queiroz DCLA1, Amaral LMB1, Bandeira MP1, Bandeira F1 1 Hospital Agamenom Magalhães, MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco (UPE), Recife – Divisão de Endocrinologia e Diabetes PT.180 SÍNDROME POLIGLANDULAR AUTOIMUNE DO TIPO 1 Weiler FG1, Dias da Silva MR1, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina/Endocrinologia PT.181 RESPOSTA AO TRATAMENTO COM COLECALCIFEROL EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA COM HIPOVITAMINOSE D Camargo M1, Vilaca TS2, Lazaretti-Castro M2 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp – Osteometabólico PT.182 USO DE PARATORMÔNIO RECOMBINANTE HUMANO (1,34) EM CASO DE PSEUDOARTROSE: RELATO DE CASO Marchi MFS1, Rickli JCK1, Couto CH2 1 Fundação Universidade Regional de Blumenau – Departamento de Medicina; 2 Hospital Santa Isabel – Serviço de Endocrinologia PT.183 OSTEOMALÁCIA HIPOFOSFATÊMICA ONCOGÊNICA ASSOCIADA À MENINGIOMA ANGIOMATOSO DE FOSSA NASAL Chaves N1, Mesquita NP1, Rabelo G1, Bandeira MP1, Bandeira F1 1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes – Hospital Agamenon Magalhães, MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco (UPE), Recife PT.184 VITAMINA D: PERFIL DE PACIENTES AMBULATORIAIS Paiola AA1, Pirozzi FF1, Jacob VA1, Godoy MF2, Oliveira MGL3, Cosenso Martin L4, Pires AC5 1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp); 2 Famerp – Disciplina de Cardiologia; 3 Famerp – Serviço de Patologia Clínica; 4 Famerp – Endocrinologia; 5 Famerp – Endocrinologia e Metabologia PT.185 PERFIL DE PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO Silva SA1, Carvalho FEABB1, Soares DV1 1 Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, Brasil – Setor de Doenças Osteometabólicas, Serviço de Endocrinologia PT.186 PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO COM SÍNDROME DE FARH: RELATO DE CASO Carvalho FEABB1, Silva LFA1, Santos AS1, Soares DV1 1 Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, Brasil – Setor de Doenças Osteometabólicas, Serviço de Endocrinologia programação científica PT.187 CARACTERÍSTICAS DENSITOMÉTRICAS, MORFOMÉTRICAS E BIOQUÍMICAS EM PACIENTES COM HIPOPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO Mendonça ML1, Paula FJA1, Pereira FA1, Watanabe PCA2, Barbosa M3 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 USP – Radiologia; 3 Faculdade de Medicina – Centro de Ciência das Imagens e Física Médica PT.188 INTOXICAÇÃO POR VITAMINAS D E A DE USO VETERINÁRIO Nassau DC1, Alves DL1, Moreira RO1, Silva LE1, Almeida L1, Peralva LEL2 1 Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora – Endocrinologia e Metabologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora – Nefrologia PT.189 CARCINOMA DE PARATIREOIDE: RELATO DE CASO Marocco TS1, Ramalho MCB1, Vale A1, Santos LM1, Machado VC1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – Endocrinologia PT.190 OSTEOMALÁCIA ONCOGÊNICA AUTORRESOLVIDA: RELATO DE CASO Adas MG1, Figueiredo AEVL1, Porto-Silva CC1, Lazarretti-Castro M1, Vieira JGH1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM), São Paulo – Medicina, Disciplina de Endocrinologia PT.191 ATAQUE DE PSEUDOGOTA EM PÓS-OPERATÓRIO DE PARATIREOIDECTOMIA: RELATO DE CASO Abreu RK1, Cosso MAM1, Ferreira ACMN1, Barbosa EN2, Rodrigues LFAA1, Mega TP1, Firme RM1, Fontanelle AS1 1 Hospital Madre Teresa – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia PT.192 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DOS PACIENTES COM HIPOPARATIREOIDISMO DO SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA E DIABETES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Farias LAGM1, Vasconcelos AGA2, Magalhães RA1, D’Alva CB3 1 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 3 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia PT.193 RESULTADO FALSAMENTE ELEVADO DE PARATORMÔNIO DEVIDO À PRESENÇA DE FORMA CIRCULANTE DE ALTO PESO MOLECULAR: RELATO DE CASO Tachibana TT1, Hoff A2, Ferrer CMAF3, Biscolla RPM2, Gurgel Teles M2, Bronstein MD4, Vieira JGH2 1 Fleury Medicina e Saúde – Setor de Imunoensaios; 2 Fleury Medicina e Saúde – Endocrinologia e Metabologia; 3 Fleury Medicina e Saúde – Setor de Automação; 4 Endoclínica – Endocrinologia e Metabologia PT.194 PERFIL OSTEOMETABÓLICO DE PACIENTES COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA TIPO I E III Peters BSE1, Oliveira TP1, Hayashi LF1, Martini LA2, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Disciplina de Endocrinologia Clínica; 2 Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) – Departamento de Nutrição PT.195 SÍNDROME DE FAHR: RELATO DE CASO Silva RVD1, Rezende MS1, Freitas PC1, Moreira LMP1, Barbosa VE1, Sarquis MS1, Ramos AV1, Lauria MW1 1 Hospital Felício Rocho – Endocrinologia PT.196 FAMILIAL TUMORAL CALCINOSIS: CHALLENGES IN THE DIAGNOSIS, MANAGEMENT AND GENETIC ANALYSES OF TWO BROTHERS Espíndola-Antunes D1, Anjos RBN1, Araújo LB2, Nascimento CL2, Rassi-Cruz M1, Rabelo PN1, Conceição SA1, Castro ML3, Martins RM4, Pereira AC5 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Goiás (HCFMUFG) – Serviço de Endocrinologia, Departamento de Clínica Médica; 2Hospital Geral de Goiânia – Serviço de Endocrinologia, Departamento de Clínica Médica; 3 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 4Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 5 Instituto do Coração (InCor), HCFMUSP – Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular PT.197 CARCINOMA DE PARATIREOIDE METASTÁTICO Bonansea TCP1, Oliveira TP1, Muszkat P1, Foroni MZ1, Ohe M1, Vieira JGH2, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp/Escola Paulista de Medicina EPM/Fleury – Endocrinologia PT.198 a PT.234 – Diabetes mellitus PT.198 USO DE INSULINA DETEMIR NA FALÊNCIA AO TRATAMENTO COM ANTIDIABÉTICOS ORAIS Béu GESC1, Roos M1, Cordeiro JHC1 1 Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro PT.199 (concorrente a melhor pôster) FREQUÊNCIA DO POLIMORFISMO -308 G/A DO FATOR DE NECROSE TUMORAL α E SUA POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DO DIABETES MELITO TIPO I E NEFROPATIA DIABÉTICA Patente TA1, Monteiro MB1, Vieira SMS2, Nery M3, Queiroz MS4, Azevedo MJ5, Canani LHS5, Parisi MCR6, Pavin EJ6, Coimbra CN7, Correa-Giannella MLC1 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Endocrinologia; 2 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) – Endocrinologia; 3 FMUSP – Clínica Médica; 4 Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP – Endocrinologia; 5 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) – Serviço de Endocrinologia; 6 Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 7 Universidade de Santo Amaro (Unisa) – Doenças Metabólicas programação científica PT.200 (concorrente a melhor pôster) NICOTINAMIDE PHOSPHORIBOSYLTRANSFERASE VISFATIN/NAMPT LEVELS ARE INVERSELY CORRELATED WITH INSULIN RESISTANCE IN HIGH CARDIOVASCULAR RISK SUBJECTS Saddi Rosa P1, Oliveira CSV1, Crispim F1, Giuffrida FMA1, Lima VC2, Velho G3, Reis AF1 1 Federal University of São Paulo (Unifesp), São Paulo – Endocrinology Unit; 2 Unifesp – Cardiology Unit; 3 Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), Paris, France – Research Unit 695 PT.201 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA EM PACIENTES SEM REMISSÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 VERSUS COM REMISSÃO Hirsch FF1, Pareja JC2, Geloneze SR3, Chaim E2, Cazzo E2, Geloneze B3 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Laboratório de Investigação em Metabologia e Diabetes (Limed); 2 Unicamp – Gastrocirurgia; 3 Unicamp – Endocrinologia PT.202 AVALIAÇÃO DO RISCO DE DIABETES MELLITUS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE Xavier ATF1, Martins AG2, Oliveira RL2, Ataide MBC3, Bezerra MLAF3 1 Universidade de São Paulo (USP) – Enfermagem Geral e Especializada; 2 Universidade de Fortaleza (Unifor) – Ciências da Vida – Enfermagem; 3 Unifor – Enfermagem PT.203 GRAU DE RISCO DO PÉ EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS Caccelli M1, Medeiros MA1, Boas LVV1, Stella LC1, Fioravanti GQ1, Silva VFD1, Fraige Filho F1, Molinos VC1 1 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia PT.204 ALERGIA À INSULINA COM HIPERSENSIBILIDADE DOS TIPOS I E III: RELATO DE CASO Borba CG1, Santos M1, Pellucci AL1, Normando APC1, Cunha FS1, Borba MG2 1 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia, São Paulo, Brasil; 2 Faculdade de Medicina de Campos – Departamento de Clínica Médica, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil PT.205 ASSOCIAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE 25(OH)D COM CONTROLE GLICÊMICO E PROTEINÚRIA EM HOMENS DIABÉTICOS TIPO 2 COM BAIXA PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE D Neves AP1, Carvalho NNC1, Borges T1, Lopes J1, Bandeira E1, Bandeira F2 1 Hospital Agamenon Magalhães, MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco (UPE), Recife – Divisão de Endocrinologia e Diabetes; 2 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Saúde Pública PT.206 SÍNDROME DE STIFF-MAN: RELATO DE DOIS CASOS COM EVOLUÇÃO DIFERENTE CONFORME PRESTEZA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Carmello JFC1, Oliveira ASB2, Martinelli TB3 1 Consultório e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Aposentado; 2 Unifesp – Neurologia Clínica, Doenças Neuromusculares; 3 Consultório PT.207 PERFIL DA SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE DIABETES Cruz RVB1, Brito CM1, Boas LVV1, Medeiros MA1, Fioravanti GQ1, Silva VFD1, Stella LC1, Fraige Filho F1 1 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia PT.208 ANTI-GAD65 AND ANTI-IA-2A AUTOANTIBODY TITERS CORRELATE WITH DIFFERENT IMMUNOLOGICAL, GENETIC, AND β-CELL FUNCTION PROFILES IN NEWLY DIAGNOSED TYPE 1 DIABETES MELLITUS PATIENTS Gabbay M1, Sato MN2, Duarte AJS3, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Dermatologia; 3 USP – Laboratório Imunologia PT.209 PRECIPITATING FACTORS OF DIABETIC KETOACIDOSIS IN A MIDDLE-INCOME COUNTRY’S PUBLIC HOSPITAL Severo MD1, Weinert LS1, Cioffi AP2, Scheffel RS1, Teló GH2, Boschi A2, Schaan BD1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas – Endocrinologia; 2 Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Serviço de Endocrinologia PT.210 ALERGIA ÀS INSULINAS HUMANAS – RELATO DE DESSENSIBILIZAÇÃO COM SUCESSO UTILIZANDO INSULINA DETEMIR EM PACIENTE COM HIPERSENSIBILIDADE À INSULINA Triz LPL1, Betonico CCR1, Marin FF1, Pimentel-Filho FR1, Garcia LR2, Rebeschini AE3 1 Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente – Clínica Médica, Disciplina de Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Pediatria, Serviço de Imunologia; 3 AME Dracena – Endocrinologia PT.211 OSTEOMIELITE DE BASE DO CRÂNIO – INFECÇÃO GRAVE EM DIABÉTICO IDOSO Mega TP1, Cosso MAM, Barbosa EN2, Rodrigues LFAA3, Firme RM4, Abreu RK5, Ferreira ACMN5, Castro MCM6 1 Hospital Madre Teresa – Endocrinologia e Metabologia; 2 Santa Casa de Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia; 3 Médica – Endocrinologia; 4 Hospital Madre Tereza – Endocrinologia; 5 Médica; 6 Hospital Madre Teresa – Otorrinolaringologia PT.212 EFEITOS DO USO DA ROSUVASTATINA EM DIAS ALTERNADOS ASSOCIADA À EZETIMIBE DIÁRIO NO TRATAMENTO DA DISLIPIDEMIA MISTA DO DIABETES MELITO TIPO 2 Lima DD1, Holanda NCP1, Camelo M1, Bandeira L1, Bandeira F1 1 Hospital Agamenom Magalhães – Divisão de Endocrinologia e Diabetes PT.213 DIABETES MELLITUS ASSOCIADO A ATAXIA CEREBELAR HEREDITÁRIA E AUTOIMUNIDADE: RELATO DE CASO Queiroz PC1, Ferraz TMBL1, Lima MO1, Henriques IAPM1, Marinho ART2, Oliveira OJN3 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurologia; 3 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Clínica Médica programação científica PT.214 PIELONEFRITE ENFISEMATOSA: RELATO DE CASO EM PACIENTE DIABÉTICA E REVISÃO DE LITERATURA Meira RMC1, Coelho AN1, Lima LSB1, Cunha AHA1, Silva AML1, Morais JCJ1, Diniz LFB1, Sa RG1, Pernambuco JRB1, Pires TG1 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Medicina PT.215 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 EM UM SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA DE MARINGÁ/PR Shimonishi FS1, Saito EM1, Costa RG1, Teixeira FBP1, Eik Filho W2, Takahashi MH2 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Departamento de Medicina; 2 UEM – Departamento de Medicina, Disciplina de Endocrinologia PT.216 PERFIL DAS MULHERES DIABÉTICAS ATENDIDAS NA CAMPANHA EM PROL DO CONTROLE DO COLESTEROL REALIZADA NO HOSPITAL GUILHERME ÁLVARO, SANTOS/SP Geres Jr FCA1, Bacaro FA1, Soares RP1, Lins Filho AFP1, Heilbrun EP1 1 Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS) – Endocrinologia PT.217 METABOLIC CONTROL IN ELDERLY PATIENTS: GOALS OF MANAGEMENT OF DIABETES MELLITUS Mocellin G1, Navarrete R1, Fioravanti GQ1, Medeiros MA1, Brito CM1, Vilas Boas LV1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo – Endocrinologia PT.218 AVALIAÇÃO DO PAINEL SOROLÓGICO DE COXSACKIEVÍRUS B EM DIABÉTICOS DO TIPO 1 MÚLTIPLOS E IRMÃOS NÃO DIABÉTICOS Bergamin CS1, Stela Pinto C1, Perez EC2, Bittencourt C1, Piveta V1, Russo DH3, Machado BC3, Carmona RCC3, Timenetsky MCS3, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Imunologia, Microbiologia e Parasitologia; 3 Instituto Adolfo Lutz – Virologia – Doenças Entéricas PT.219 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 E RESISTÊNCIA À INSULINA EM PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS Ponte CMM1, Gurgel MHC1, Ponte GA2, Ponte PM1, Pires Neto RJ2, Takeda CV2, Bandeira TJPG3, Montenegro Jr R1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FMUFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA-CE) – Hospital São José de Doenças Infecciosas; 3 DASA/LabPasteur PT.220 ESCLERODERMA DE BUSCHKE REFRATÁRIO E DIABETES MELLITUS TIPO 2 DE DIAGNÓSTICO RECENTE: RELATO DE CASO Amui IO1, Chagas SM1, Ferraz ALB1, Moura RCP1, Mendes AL1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista de Botucatu (Unesp) – Clínica Médica, Endocrinologia PT.221 A RESTRIÇÃO CALÓRICA INDUZ MAIOR ATIVAÇÃO DA PROTEÍNA TUB POR INSULINA E LEPTINA EM HIPOTÁLAMO E TECIDO ADIPOSO E ESTE EFEITO É BLOQUEADO NA DIETA HIPERLIPÍDICA Santos AC1, Quaresma PGF1, Weismann L1, Cariccilli AM1, Mendes MC1, Cesquini M1, Saad MJA1, Prada PO1 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clinica Médica PT.222 (concorrente a melhor pôster) AUMENTO DA ESPESSURA DO COMPLEXO MÉDIO-INTIMAL DE CARÓTIDAS NO JOVEM COM DIABETES MELITO TIPO 1 E BOM CONTROLE GLICÊMICO: FATORES RELACIONADOS Stela Pinto C1, Gabbay M2, Lana JM2, Dib SA2 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia e Metabologia; 2 Unifesp/EPM – Endocrinologia PT.223 PREVALÊNCIA DO ANTI21-HIDROXILASE E ANTITPO EM DIABÉTICOS TIPO 1 NA AMAZÔNIA Martins CLLP1, Silva LSA1, Machado AS1, Sousa LS1, Lima SI1, Abrahão Neto JF1, Conceição AMS1, Felício JS1 1 Centro de Referência Estadual de Endocrinologia, Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (CREED, HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia PT.224 PERFORMANCE OF TWO GLUCOSE METERS IN A COHORT OF PREGNANT WOMEN IN A TERTIARY SCHOOL HOSPITAL Gurgel Teles M1, Oliveira SA2, Schulz I1, Sumita NM2, Rossi ME1, Nery M1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, Brasil – Endocrinologia e Metabologia; 2 HCFMUSP, São Paulo, Brasil – Divisão de Laboratório Central PT.225 SÍNDROME METABÓLICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS TRANSPLANTADOS DE FÍGADO Gadelha DD1, Fernandes VO1, Loyola M1, Carvalho MMD1, Garcia JHP2, Viana CFG3, Araújo JSA4, Rego DP4, Montenegro Jr R1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FMUFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 FMUFC – Serviço de Cirurgia – Transplante Hepático; 3 FMUFC – Serviço de Gastroenterologia – Transplante Hepático; 4 FMUFC – Liga Acadêmica de Diabetes PT.226 SOROPREVALÊNCIA DA DOENÇA CELÍACA EM DIABÉTICOS TIPO 1 NA AMAZÔNIA Lima SI1, Martins CLLP1, Silva LSA1, Machado AS1, Sousa LS1, Abrahão Neto JF1, Okawa T1, Felício JS1 1 Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia PT.227 UNDERLYING CONDITIONS OF HYPEROSMOLAR HYPERGLYCEMIC STATE IN CRITICALLY ILL DIABETIC PATIENTS Medeiros MA1, Navarrete R1, Brito CM1, Fioravanti GQ1, Boas LVV1, Mocellin G1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia PT.228 Cdc2-LIKE KINASE 2 (Clk2) IS A KEY MODULATOR OF LEPTIN AND INSULIN SIGNALING/ACTION IN THE HYPOTHALAMUS Quaresma PGF1, Santos AC1, Weissmann L1, Caricilli AM2, Mendes MC1, Morarij J3, Velloso LA1, Carvalheira JBC1, Saad MJA1, Prada PO1 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 2 Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp – Fisiopatologia; 3 FCM da Unicamp programação científica PT.229 SÍNDROME METABÓLICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS TRANSPLANTADOS RENAIS Gadelha DD1, Fernandes VO1, Loyola M1, Fernandes PFCBC2, Fernandes LCB2, Filgueiras IBR3, Maia TF3, Lima GAO3, Montenegro Jr R1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FMUFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 FMUFC – Serviço de Nefrologia – Unidade de Transplante Renal; 3 FMUFC – Liga Acadêmica de Diabetes PT.230 CETOALCALOSE DIABÉTICA: RELATO DE CASO Mega TP1, Cosso MAM1, Abreu RK1, Barbosa EN2, Rodrigues LFAA1, Ferreira ACMN1, Firme RM1 1 Hospital Madre Teresa – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia PT.231 EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR COM A POLPA DE MAURITIA FLEXUOSA NA GLICEMIA DE RATOS DIABÉTICOS Santos RMF1, Oliveira Filho MCS1, Silva JSG1, Santos Filho ECS1, Melo Jr FWF1, Barbosa TM1, Carvalho ACS1, Rios GSS1, Brito AKS1, Martins MCC1 1 Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Departamento de Biofísica e Fisiologia PT.232 PERFIL METABÓLICO E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA POPULAÇÃO INDÍGENA XAVANTE Kuhn PC1, Franco L1, Dal Fabbro AL2, Vieira Filho JPB1, Franco LJ2, Moises RCMS1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP – Disciplina de Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade Federal de São Paulo (FMRP-USP), Ribeirão Preto, SP PT.233 TRANSFERÊNCIA DE INSULINA PARA SULFONILUREIA EM PORTADORES DE DIABETES NEONATAL ASSOCIADO COM MUTAÇÕES NOS GENES KCNJ11/ ABCC8 Fogaca V1, Vendramini MF1, Gabbay M1, Resende C2, Dalbosco I3, Moisés RS1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza/CE – Serviço de Endocrinologia e Metabologia; 3 Universidade Federal do Rio Grande (FURG)/RS PT.234 MUTAÇÕES NO GENE INS EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS NÃO AUTOIMUNE Vendramini MF1, Della Manna T2, Fogaca V1, Crispim F1, Gabbay M1, Muniz C1, Osm A1, Moisés RS1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) –Endocrinologia; 2 Instituto da Criança – Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Pediatria PT.235 a PT.257 – Obesidade e lípides PT.235 FAT ACCUMULATION IN THE LIVER OF TRAINED RATS Moura LP1, Silva AC1, Dalia RA1, Araújo MB1, Costa Jr M1, Botezelli JD1, Mello MAR1 1 Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Educação Física PT.236 NON-ALCOHOLIC FATTY LIVER DISEASE IN RATS FED A HIGH FAT DIET EFFECTS OF: TRAINING AND DETRAINING Moura LP1, Silva AC1, Araújo MB1, Dalia RA1, Costa Jr M1, Ribeiro C1, Mello MAR1 1 Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Educação Física PT.237 MARCADORES INFLAMATÓRIOS CORRELACIONAM-SE COM A COMPOSIÇÃO LIPÍDICA DA DIETA EM HUMANOS OBESOS Van de Sande-Lee S1, Cintra DE2, Velloso LA1 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp), Campinas, SP – Clínica Médica; 2 FCA-Unicamp, Limeira, SP – Nutrigenômica PT.238 PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA Lovisi JCM1, Ezequiel DGA, Costa MB1, Bicalho TC1, Souza GC1, De Paula R1 1 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Faculdade de Medicina PT.239 BEZAFIBRATO ASSOCIADO A DIETA E MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA REDUZ DRASTICAMENTE HIPERLIPIDEMIA E ESTEATOSE HEPÁTICA EM UM PACIENTE COM SÍNDROME METABÓLICA Andrade RT1, Pereira FA1, Duarte MG1, Serafim L1, Barakat MA1, Rocha DRTW2, Arbex AK3 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed); 2 Ipemed/SP – Departamento de Medicina Clínica, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FM-UFRJ), Rio de Janeiro – Corpo Docente; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina, Ipemed/SP – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia PT.240 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE CRANIOFARINGIOMA Nogueira MC1, Nonino CB1, Berbel Jr AS1, Elias PCL1, Moreira AC1, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica PT.241 OBESIDADE E ACROMEGALIA Santos RS1, Santos MS1, Magalhães PLD1, Canedo GT2, Takano CMY3, Yamamoto Moraes R4 1 Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 2 Clínica Obesigastro – Gastroenterologia; 3 Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) – Acadêmica; 4 Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia – Endocrinologia programação científica PT.242 IMPACTO DO BLOQUEIO DA ALDOSTERONA SOBRE PARÂMETROS METABÓLICOS E RENAIS EM INDIVÍDUOS OBESOS COM SÍNDROME METABÓLICA Ezequiel DGA1, Lovisi JCM1, Costa MB1, Bicalho TC1, Souza GC1, De Paula R1 1 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Faculdade de Medicina PT.243 USO DE VERAPAMIL E ACARBOSE NO TRATAMENTO DE HIPOGLICEMIA NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA: UM RELATO DE CASO Lima TJ1, Marin FF2, Carolina Rocha3, Triz LPL1, Luz LA1, Pimentel-Filho FR4 1 Hospital Regional de Presidente Prudente – Clínica Médica; 2 Faculdade de Medicina de Marília (Famema) – Médico; 3 Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – Departamento de Clínica Médica; 4 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Endocrinologia PT.244 PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E SOBREPESO NOS INDÍGENAS DE 18 A 69 ANOS DE IDADE, DA ALDEIA JAGUAPIRU, DOURADOS/MS, 2010 Oliveira GF1, Oliveira TRR1, Ikejiri AT1, Albernaz RT1, Andraus MP1, Andrade PRS1, Pereira MG2 1 Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) – Medicina; 2 Universidade de Brasília (UnB) – Ciências da Saúde PT.245 AUMENTO PROGRESSIVO NA INCIDÊNCIA DE OBESIDADE NA POPULAÇÃO Matushita M1, Matushita L1, Machado BGO1, Suzuki CM2, Guzman CGA2, Angeli Padula F2, Veiga LCG3, Vacaro LS4 1 Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO), Teresópolis – Clínica Médica; 2 Hospital Ipiranga – Endocrinologia; 3 Hospital Regional de Presidente Prudente – Pediatria; 4 Hospital Nossa Senhora do Rosário – Cardiologia PT.246 CONFIABILIDADE DE QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE FLUTUAÇÃO DE PESO Panarotto D1, Bosi GR1, Neumann M1, Braga GL1, Hickmann S2, Marcki CR1 1 Universidade de Caxias do Sul (UCS) – Endocrinologia; 2 Fundação Universidade de Caxias do Sul PT.247 APLICAÇÃO DA ANTROPOMETRIA NA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV EM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL Beraldo RA1, Vassimon HS1, Navarro AM1, Foss-Freitas MC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto de Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica PT.248 CORRELATION BETWEEN INSULIN RESISTANCE AND BODY MASS INDEX IN NON-DIABETIC PATIENTS Brito CM1, Navarrete R1, Medeiros MA1, Vilas Boas LV1, Fioravanti GQ1, Mocellin G1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo – Endocrinologia PT.249 ANÁLISE NUTRICIONAL E LIPÍDICA DE 132 PACIENTES SUBMETIDOS À BYPASS GÁSTRICO: UM ESTUDO DE COORTE Navarrete R1, Medeiros MA1, Mocellin G1, Boas LVV1, Fioravanti GQ1, Brito CM1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia PT.250 PERFIL METABÓLICO E ANTROPOMÉTRICO DE MULHERES COM SÍNDROME METABÓLICA E LIPODISTROFIA TIPO DUNNIGAN Monteiro LZ1, Foss-Freitas MC1, Pereira FA1, Montenegro Jr R2, Foss MC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FMUFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes PT.251 LIPODISTROFIA PARCIAL ADQUIRIDA (SÍNDROME DE BARRAQUER-SIMONS): RELATO DE CASO Silva RR1, Ferreira LV1, Eimori DY1, Caetano LA1, Vecchiatti SMP2, Gonçalves WRB1 1 Hospital do Servidor Público Municipal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto de Universidade de São Paulo (HSPM-FMUSP) – Endocrinologia; 2 HSPM-FMUSP – Endocrinologia/Patologia PT.252 (concorrente a melhor pôster) EFEITO DAS DOSES FISIOLÓGICA E SUPRAFISIOLÓGICA DE T3 NA EXPRESSÃO GÊNICA DO TRÂNSITO DE CÁLCIO EM ANIMAIS OBESOS E SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO CALÓRICA Olimpio RMC1, Luvizotto RAM1, Sibio MT1, Oliveira M1, Marino J1, Clara SA1, Nogueira CR1 1 Universidade Estadual Paulista (Unesp) PT.253 EFEITO DA TRIIODOTIRONINA SOBRE A EXPRESSÃO GÊNICA DA DEIODASE TIPO 1 EM RATOS OBESOS E SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO CALÓRICA Olimpio RMC1, Luvizotto RAM1, Sibio MT1, Oliveira M1, Marino J1, Mazetto G1, Nogueira CR1 1 Universidade Estadual Paulista (Unesp) PT.254 DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS LÍPIDES ENTRE OS PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS: PAPEL DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL E DO PRÓPRIO HIV NO SURGIMENTO DESSAS ANORMALIDADES Ponte CMM1, Gurgel MHC2, Ponte GA3, Takeda CV3, Ponte PM2, Pires Neto RJ1, Bandeira TJPG4, Montenegro Jr R5 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Departamento de Medicina Comunitária; 2 Faculdade de Medicina da UFC; 3 Secretaria de Saúde do Estado do Ceará – Hospital São José; 4 Diagnósticos da América – LabPasteur Fortaleza, Ceará; 5 Faculdade de Medicina da UFC – Serviço de Endocrinologia e Diabetes PT.255 PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE, PADRÃO DE PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR EM ESCOLARES DE 5ª E 9ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE DIVINÓPOLIS Lima RC1, Silva ACF1, Rodrigues LP1, Soares LT1, Santos MESM2, Paiva MJN2, Tibúrcio JD2, Granjeiro PA2 1 Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) – Acadêmico de Medicina; 2 UFSJ – Docente programação científica PT.256 (concorrente a melhor pôster) OBESITY, METABOLIC SYNDROME, IMPAIRED FASTING GLUCOSE AND MICROVASCULAR DYSFUNCTION: A PRINCIPAL COMPONENT ANALYSIS APPROACH Panazzolo DG1, Aguiar LGK2, Clapauch R2, Maranhão P3, Sicuro F2, Bouskela E1 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Ciências Fisiológicas; 2 UERJ – Laboratório de Pesquisa Clínico-Experimental em Biologia Vascular (BioVasc); 3 UERJ – Medicina Interna PT.257 (concorrente a melhor pôster) REDUÇÃO DE PESO NÃO REVERTE O AUMENTO DE LC3 NO TECIDO ADIPOSO DE HUMANOS Nuñez CEC1, Roman EA2, Bombassaro B3, Milanski M4, Pedro RM5, Geloneze B6, Pareja JC7, Velloso LA8, Araújo E8 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica/Faculdade de Ciências Médicas (FCM); 2 Unicamp – Fisiologia; 3 Unicamp – Fisiopatologia Clínica; 4 Unicamp – Departamento de Clínica Médica; 5 Unicamp-FCM; 6 Unicamp – Endocrinologia; 7 Unicamp – Gastrocirurgia; 8 Unicamp – Clínica Médica PT.258 a PT.275 – Outros PT.258 SHBG: UM NOVO MARCADOR DA SÍNDROME METABÓLICA? Callou EQ1, Sá FCF1, Oliveira KC2, Verreschi ITN2 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Clínica Médica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina PT.259 SÉRIE DE CASOS DE PACIENTES INTERNADOS NA SANTA CASA DE SÃO PAULO PARA INVESTIGAÇÃO DE HIPOGLICEMIA Merçon FG1, Cordioli MICV1, Mandel F1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Salles JEN1, Mariosa LSS2, Araújo MFA3, Colaiacovo R4 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 3 Universidade do Vale do Sapucaí – Endocrinologia; 4 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Ecoendoscopia PT.260 (concorrente a melhor pôster) AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOFÍSICO ÓSSEO DE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS E SUA ASSOCIAÇÃO COM ÂNGULO DE FASE Carvalho AL1, Carvalho FGD2, Santos RDS1, Suen V1, Marchini JS1, Iannetta O3, Navarro AM1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus Araraquara – Nutrição e Alimentos; 3 FMRP-USP – Ginecologia e Obstetrícia PT.261 ADENOMA DE PARATIREOIDE EVOLUINDO COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS GRAVES DE HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO: RELATO DE CASO Garroni LF1, Pereira LSB1, Bonasea TCP1, Brito CM1, Silva PC1 1 Hospital Estadual Mário Covas, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica PT.262 TERAPIA HORMONAL E ANTROPOMETRIA NAS PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER Sousa LC1, Guimarães MM1, Aguiar MFA1 1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ – Endocrinologia PT.263 TERAPIA HORMONAL E ATIVIDADE MOTORA NAS PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER Sousa LC1, Guimarães MM1, Aguiar MFA1 1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ – Endocrinologia PT.264 HIPOTIREOIDISMO E SÍNDROME DE BARDET-BIEDL: RELATO DE CASO Paz J1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK2 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia; 2 Universidad de Buenos Aires (UBA)/Argentina, Ipemed/SP – Coordenação da PósGraduação em Endocrinologia PT.265 RELATOS DE CASO DE TRÊS PACIENTES DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO COM HIPOGLICEMIAS FREQUENTES Romano DB1, Merçon FG1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Mariosa LSS2, Araújo MFA3 1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 3 Universidade do Vale do Sapucaí (Univas) – Endocrinologia PT.266 HIPOGLICEMIA AUTOIMUNE: RELATO DE CASO Martins CS1, Gomes PM1, Foss-Freitas MC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Divisão de Endocrinologia e Metabologia do Departamento de Clínica Médica PT.267 NEM1 ESPORÁDICO: RELATO DE CASO Portes E1, Valle AMC1, Guerra RA1, Ramalho MCB1, Marocco TS1, Santos LM1 1 Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) – Endocrinologia PT.268 RELATO DE FAMÍLIA COM DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO HEREDITÁRIO Lauretti CN1, Carvalho DF1, Freire DS1, Quedas E2, Jorge AAL2, Pereira MAA1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia Geral, Disciplina de Endocrinologia; 2 FMUSP – Unidade de Endocrinologia Genética, LIM/25 programação científica PT.269 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL PELA ABSORTIMETRIA DE RAIOS X EM DUAS ENERGIAS (DEXA) EM ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE DIFERENTES ESPORTES Meliscki GA1, Monteiro LZ1, Buffi VB1, Pereira FA1, Foss MC1, Paula FJA1, Foss-Freitas MC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – Clínica Médica PT.270 PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA E INCIDENTALOMA HIPOFISÁRIO Cavalcante TFA1, Morais LD1, Franco RFM2, Dias CDM3, Filho DGM4, Reis MAL3, Espíndola-Antunes D3, Gabas A1 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Medicina; 2 Faculdade Atenas – Medicina; 3 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 4 UFG – Medicina PT.271 SAÚDE ÓSSEA E PARÂMETROS DA SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA Périgo NAS1, Moreira PFP1, Marin RV2, Zach PL2, Lazaretti-Castro M2, Cendoroglo MS1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Disciplina de Geriatria e Gerontologia; 2 Unifesp – Disciplina de Endocrinologia PT.272 DIFERENÇAS MICROCIRCULATÓRIAS DE GÊNERO: O PAPEL DO ESTROGÊNIO Panazzolo DG1, Aguiar LG, Silva LHA1, Cyrino FZ2, Bouskela E1 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Ciências Fisiológicas; 2 UERJ – Fisiologia PT.273 VARIABILIDADE FENOTÍPICA DA NEM1 Canaan MM1, Gomes ALL1, Normando APC1, Pellucci AL1, Visconti GL1, Yance VRV1, Rigueiro MP2, Rocha MP3, Neres MS4, Coutinho FL5 1 Hospital Santa Marcelina; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Patologia; 3 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 4 Unifesp – Endocrinologia; 5 FMUSP – Clínica Médica PT.274 ESTRÓGENO NÃO ALTERA CICLO ESTRAL E HISTOLOGIA DA VEIA POPLÍTEA DE RATAS Oliveira M1, Santos J2, Marcelino MCL2, Saraiva PP2, Sibio MT1, Olimpio RMC1, Luvizotto RAM1, Nogueira CR1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) – Departamento de Medicina Clínica; 2 Universidade do Sagrado Coração (USC) – Departamento de Ciências Biológicas e Profissões da Saúde PT.275 ANÁLISE DE DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DE DIVINÓPOLIS/MG Soares LT1, Rodrigues LP2, Luz BG1, Lima RC3, Silva ACF1, Peixoto PPL1, Pereira FP4, Lamounier JA5, Gonçalves R6, Paiva MJN7, Martins-Santos MES8, Granjeiro PA8 1 Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) – Estudante de Medicina; 2 UFSJ; 3 UFSJ – Acadêmico de Medicina; 4 UFSJ – Acadêmica de Bioquímica; 5 UFSJ – Pediatria; 6 Universidade de Itaúna (UIT) – Docente; 7 UFSJ – Farmácia; 8 UFSJ – Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina PT.276 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ESTÁ ASSOCIADO A ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS PERIFÉRICAS SUBCLÍNICAS Diniz ET1, Bandeira F1, Lins OG2, Cavalcanti ENB1, Arruda TM1, Marques TF1, Diniz KT3, Santos LL1, Azevedo H4 1 Hospital Agamenon Magalhães, MS/SUS/SES/Universidade de Pernambuco (UPE), Recife – Divisão de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital das Clínicas/ Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Departamento de Neurologia; 3 Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil; 4 Hospital da Restauração – Departamento de Neurocirurgia Resumos das palestras resumos das palestras RESUMOS DAS palestras LEITURA CLÍNICA DO EXAME: CUIDADO COM AS ARMADILHAS Cynthia M. A. Brandão A Densitometria Óssea por DXA (Dual energy x-ray absorptiometry) é um método quantitativo de avaliação da massa óssea extremamente útil. A menor massa óssea é um fator preditivo para fraturas osteoporóticas tão valioso como a hipertensão na avaliação do risco de Acidente Vascular Cerebral e/ou infarto do miocárdio. A densito metria óssea pode ser usada não apenas para diagnóstico da osteoporose, como define a OMS, mas também para fornecer uma avaliação sobre o risco de fraturas, já que a BMD (bone mineral density) responde por cerca de 70% da resistência óssea. A pesquisa, na anamnese, dos fatores de risco associados à osteoporose não identifica os pacientes com osteo penia com a mesma sensibilidade que a medida da BMD. Esse fato é particularmente relevante nos indivíduos mais jovens e nos pacientes com condições clínicas associadas à perda óssea, por exemplo no hipogonadismo, hipovitaminose D ou uso crônico de corticosteroides. Algumas condições clínicas e/ou artefatos podem prejudicar ou inviabilizar o exame, contribuindo para erros diagnósticos ou de interpretação. Alguns exemplos: realização conjunta de exames radiológicos contrastados (enema opaco, tomografia, EED, mielografia, etc.) ou de exames de Medicina Nuclear, presença de próteses e grampos metálicos de sutura (“staples”) na área do exame, grandes deformidades vertebrais, doença osteodege nerativa tanto em coluna quanto em fêmur, obesidade, calcificações de tecidos moles adjacentes ou na projeção da área de interesse, calo ósseo secundário à fratura, ascite, artefatos cirúrgicos e impossibilidade de posiciona mento adequado. A realização incorreta dos procedimentos periódicos de Controle de Qualidade, que garantem a precisão e acurácia dos resultados, também pode levar a erros de interpretação, particularmente no seguimento a longo prazo da BMD. Inúmeros fatores de risco adicionais aumentam a acurácia da avaliação do risco de fratura fornecido pela den sitometria óssea: antecedentes pessoais ou familiares de fraturas osteoporóticas, comprimento do eixo do colo do fêmur, aspectos nutricionais (deficiência proteica, deficiência de vitamina D e K, baixa ingestão de cálcio), fumo, baixo peso, pouca massa muscular, uso de medicamentos que alteram o equilíbrio corporal (anti-hipertensivos, ansiolítico, etc.), deficiência visual e auditiva. Esses fatores devem ser identificados, pois aumentam o valor pre ditivo da BMD (Kanis J . Osteoporos Int. 2007;18:1033046). É importante ressaltar que a idade também é um determinante do risco de fratura, independentemente da BMD. Para um dado valor de densidade mineral óssea, o risco de fratura é maior nos idosos, porque estão mais sujeitos a quedas e são menos hábeis para reagir de modo a diminuir a força do impacto. Por essa razão, a impor tância do pico de massa óssea e dos fatores extraesqueleto para o risco de fratura aumenta com a idade. Outro ponto a ser considerado na interpretação do exame é a discrepância dos valores de T-score entre os sítios ósseos avaliados. Apenas uma minoria dos pacientes osteoporóticos apresenta T-score < -2.5 tanto na coluna lombar quanto no colo e fêmur total. Pelos critérios da International Society for Clinical Densitometry (ISCD), o diagnóstico do paciente é único, baseado no sítio com menor T-score. A diferença comumente observada entre os sítios pode estar relacionada à causa da perda óssea, a fatores ambientais ou ter determinação genética. Em conclusão, para obtermos as valiosas informações fornecidas pelo exame de densitometria óssea, pre cisamos de um rigoroso controle de qualidade e de conhecimento clínico sobre as condições relacionadas ao metabolismo ósseo. RESUMOS DAS palestras DENSITOMETRIA ÓSSEA PARA ENDOCRINOLOGISTAS – CRIANÇAS E ADOLESCENTES: QUANDO PEDIR E COMO INTERPRETAR? Luiz Claudio Gonçalves de Castro O tecido ósseo é uma estrutura altamente dinâmica ao longo de todas as etapas da vida do indivíduo, com funções metabólicas e mecânicas essenciais à manutenção da homeostase do organismo. Um conceito impor tante no estudo do metabolismo osteomineral é o de massa óssea, que é a quantidade de tecido ósseo presente no esqueleto. Durante a infância e adolescência, o organismo constrói seu “banco” de massa óssea, cujo pico (quantidade máxima de massa óssea acumulada) é atingido em momentos diferentes nos vários segmentos es queléticos, mas compreendidos entre o final da segunda década ou início da terceira década de vida. Situações que comprometam a adequada aquisição de massa óssea ou que propiciem uma perda inapropriada da massa óssea na faixa etária pediátrica podem não só comprometer o crescimento, mas predispor o indivíduo a um risco aumentado de desenvolver osteoporose no futuro ou mesmo a apresentar fraturas ósseas ainda na infância ou adolescência. Exemplos de tais situações são endocrinopatias (hipertireoidismo, hipercortisolismo), doenças do colágeno (artrite juvenil idiopática, lúpus eritematoso sistêmico), doenças gastrointestinais (doença celíaca), doenças genéticas (osteogênese imperfeita) e uso de fármacos (glicocorticoides, imunossupressores e anticonvulsivantes). A Sociedade Internacional de Densitometria Clínica e a Sociedade Brasileira de Densitometria orientam que o método preferível para avaliar a massa óssea em pediatria é a absorptiometria com dupla emissão de raios X (DXA), a qual quantifica o conteúdo mineral ósseo (CMO, em gramas) e a densidade mineral óssea (DMO, em g/cm2, densidade areal). Essas mesmas entidades normatizam que, em crianças e adolescentes, a interpretação da DMO deve ser feita a partir do Z-escore, que é a diferença, em desvios-padrão, entre a DMO do indivíduo e a DMO média de um grupo da mesma idade e sexo. Os sítios de avaliação da DMO em pacientes pediátricos são a coluna lombar (L1-L4) e o corpo total e os critérios para sua interpretação são: – Z-escore > -2 dp: densidade mineral óssea normal; – Z-escore ≤ -2 dp: baixa densidade mineral óssea (ou baixa massa óssea). Para a realização de densitometria óssea em crianças e adolescentes, é imprescindível que o equipamento con tenha um banco de dados específico dessas faixas etárias. Os programas disponíveis permitem realizar a DXA a partir dos 5 anos de idade. Não se pode analisar o resultado da densitometria de uma criança com um banco de dados de adultos ou em termos de T-escore, que é a diferença, em desvios-padrão, entre a DMO do indivíduo e a média da DMO de um grupo do mesmo sexo que esteja no pico de massa óssea. Como durante o crescimento há alterações na geometria e no tamanho do osso, a interpretação da densi tometria óssea deve ser bastante criteriosa, sendo importante considerar o estadiamento puberal, a estatura e a idade óssea do indivíduo. Referências 1. Bachrach LK. Assessing bone health in children: who to test and what does it mean? Pediatr Endocrinol Rev. 2005;2(Su ppl 3):332-6. 2. Bain S, Leonard MB, Bianchi ML, et al. Official positions of the International Society for Clinical Densitometry and Executive Summary of the 2007 ISCD Pediatric Position Development Conference. J Clin Densitom. 2008;11:6-21. 3. Gelfand IM, DiMeglio LA. Bone mineral accrual and low bone mass: a pediatric perspective. Rev Endocr Metab Disord. 2005;6(4):281-9. 4. Sawyer AJ, Bachrach LK, Fung EB, eds. Bone densitometry in growing patients: guidelines for clinical practice. New Jersey, NJ: Humana Press; 2007. 226p. RESUMOS DAS palestras FERRAMENTAS PARA MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO Sergio Setsuo Maeda A densitometria óssea (DXA – dual X-ray absorptiometry) é um método que combina acurácia (capacidade de medir a massa óssea real) e precisão (capacidade de reproduzir medidas seriadas dentro de limites estreitos). Por essas razões, é consagrado há mais de 20 anos como o padrão-ouro de avaliação da massa óssea. Como todo mé todo de quantificação de uma variável, possui uma variação inerente à técnica. Um bom serviço de densitometria óssea faz periodicamente controles de qualidade que incluem calibrações periódicas e a medição do coeficiente de variação, que deve ser feito anualmente segundo recomendações da ISCD (International Society for Clinical Densitometry) e da SBDens (Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica). Esse parâmetro é utilizado no cál culo da variação mínima significante (VMS), que deve ser informado no laudo e dá os valores em porcentagem a partir dos quais a variação da massa óssea é do paciente, e não da máquina. Uma limitação é o fato de o me tabolismo ósseo ser lento, o que faz com que a massa óssea só possa ser avaliada com intervalo mínimo de um ano, exceto em situações de grande turnover como nos usuários de glicocorticoides. Com os devidos cuidados técnicos, o que inclui avaliação de parâmetros de nomeação de vértebras, ângulo do colo femoral e posição se melhantes dos ROIs (Region Of Interest) dos diferentes sítios, a avaliação seriada da massa óssea por DXA é uma boa ferramenta para monitorização do tratamento da osteoporose. Os marcadores de remodelação podem ser divididos em dois grupos: os de formação e os de reabsorção. Fazem parte do primeiro grupo a fosfatase alcalina (a fração óssea é mais específica, já que existem isoformas prostática, intestinal, hepática e placentária), a osteocalcina e o P1NP (pró-peptídeo aminoterminal do pró -colágeno tipo 1). O segundo grupo é representado atualmente pelo CTX sérico (C-telopeptídeo), pois outros marcadores caíram em desuso como a hidroxiprolina e a deoxipiridinolina. É importante destacar que podem estar muito elevados em condições como osteomalácia, raquitismo, hiperparatireoidismo primário com osteíte fi brosa, tumores ósseos, fraturas recentes, metástases e doença de Paget. Em uma avaliação pré-tratamento podem auxiliar na decisão entre administrar um medicamento antirreabsortivo ou um pró-formador. Os marcadores podem ser avaliados mais precocemente que a densitometria, geralmente após três meses. Como fatores a serem considerados, apresentam grande variabilidade diária se colhidos em um mesmo indivíduo de maneira seriada. Devem ser interpretados de acordo com a medicação que o paciente está em uso, por exemplo: na vigência de um bisfosfonato, ambos diminuem, mostrando supressão do turnover ósseo, ao passo que, sob ação da teriparatida, ambos aumentam. Podem ser úteis também para avaliar a absorção de um bisfosfonato oral. Após checagem da aderência por parte do paciente, se há manutenção de valores não suprimidos de CTX, pode-se pensar em pre juízo na absorção da droga. RESUMOS DAS palestras FORMAS DE HERANÇA E CONCEITOS BÁSICOS DE GENÉTICA MOLECULAR Andréa Maciel-Guerra As afecções de origem genética podem ser de quatro tipos: cromossômicas, monogênicas (determinadas por um único par de alelos), multifatoriais (resultantes da interação de vários genes e fatores ambientais) e mitocondriais (causadas por alterações no DNA mitocondrial). As doenças monogênicas, ou mendelianas, obedecem a quatro padrões de herança dependendo de o gene se localizar em um autossomo (do cromossomo 1 ao 22) ou nos cromossomos sexuais e de ser expresso de forma dominante (com a mutação em heterozigose) ou recessiva (somente quando esta se encontra em homozigose). Características como consanguinidade entre os pais, transmissão vertical (com ou sem salto de gerações) ou horizontal e acometimento de ambos os sexos ou exclusivamente do sexo masculino, entre outras, auxiliam no estabelecimento do mecanismo de herança. Na herança multifatorial, há o efeito combinado de múltiplos genes (poligenes) e fatores ambientais. Várias características quantitativas são multifatoriais e tendem a seguir uma distribuição normal. No caso de anomalias congênitas com mecanismo de herança multifatorial, foi proposto um modelo em que os indivíduos seriam afe tados quando sua propensão excedesse um limiar superposto à curva de propensão. Os riscos de recorrência são influenciados pela gravidade da anomalia, grau de parentesco com o caso-índice, número de parentes próximos afetados e sexo do caso índice (quando há maior incidência da anomalia em um dos sexos). Embora a maioria das doenças genéticas seja causada por defeitos no genoma nuclear, um pequeno número pode ser causado por mutações no DNA mitocondrial, que codifica RNAs ribossômicos e transportadores e po lipeptídeos envolvidos na fosforilação oxidativa. O DNA mitocondrial é transmitido exclusivamente pela mãe, e a expressão da doença pode variar nos casos de heteroplasmia, dependendo do percentual de moléculas mutantes. A informação genética é armazenada no DNA como uma sequência linear de quatro tipos de nucleotídeos (adenina, guanina, citosina e timina). A molécula de DNA consiste em dois filamentos com polaridades inversas mantidos em uma dupla hélice por pontes de hidrogênio entre os pares de bases complementares (G-C e A-T). Os genes que codificam proteínas contêm seções codificantes (éxons) e não codificantes (íntrons). A informa ção genética do DNA é transcrita em um RNA mensageiro, que é processado durante o transporte do núcleo para o citoplasma, eliminando-se os íntrons. No citoplasma, o RNAm se associa aos ribossomos, onde ocorre a tradução (síntese de proteínas). O código genético consiste em trincas de nucleotídeos (códons), que codificam aminoácidos ou término da síntese da cadeia polipeptídica. O controle da expressão gênica ocorre por sequências reguladoras de DNA na região promotora do gene e também por meio de fatores de transcrição. RESUMOS DAS palestras COMO E PARA QUEM PEDIR UM TESTE GENÉTICO Bruno Ferraz-de-Souza O crescente reconhecimento das bases genéticas das doenças endócrinas acoplado ao aperfeiçoamento das técnicas de biologia molecular permite que, cada vez mais, a análise molecular se incorpore ao arsenal diagnósti co na prática clínica. Em algumas situações, a indicação e a importância clínica do teste genético estão bastante bem definidas, como o estudo do gene RET nas neoplasias endócrinas múltiplas do tipo 2 e no carcinoma me dular de tireoide familiar e o estudo do gene CYP21A2 na hiperplasia adrenal congênita. Nessas situações, rela tivamente raras no dia a dia do endocrinologista clínico, a definição do defeito molecular tem implicação direta no tratamento e manejo do paciente e familiares. O estudo molecular dos genes envolvidos no diabetes mellitus do tipo MODY também tem importância clínica e vem ganhando força dado o expressivo número potencial de casos não diagnosticados. Diversas outras condições, como doenças da diferenciação sexual e deficiência com binada de hormônios hipofisários, também se beneficiam de diagnóstico molecular, mas a análise genética ainda tende a se restringir ao ambiente acadêmico, onde esses casos costumam se concentrar. Por outro lado, começa -se a propor screening genético em doenças menos raras (por exemplo, em feocromocitomas esporádicos) e até em doenças endócrinas prevalentes e multifatoriais como obesidade. O interesse em personalizar a medicina e oferecer aconselhamento e estratégias preventivas baseados num perfil genômico individual ganhou bastante força com o advento do sequenciamento paralelo e demais técnicas de varredura genômica de alta capacidade, porém nosso conhecimento ainda não é suficiente para que essa abordagem possa ser implementada na prática clínica com segurança. O grande desafio, da interpretação dos resultados e identificação de variantes genéticas de risco dentro de cada população, será vencido conforme o conhecimento se acumule. Até que o futuro (talvez não tão distante) traga essa segurança, testes genéticos devem ser indicados naqueles casos em que a suspeita clínica é forte e o benefício da determinação da etiologia molecular seja claro. Mais ainda, é importante que o clínico seja capaz de interpretar e discutir os resultados com o paciente, ou que disponha de amparo para refe rência dos casos em que a pesquisa resultou positiva/suspeita. Assim sendo, testes genéticos são e serão ainda mais úteis na prática clínica, mas sua indicação deve ser pautada por cautela, respeitando preceitos éticos e a identidade genética dos pacientes. RESUMOS DAS palestras Exemplo Prático de Investigação Genético-Molecular Léa Maria Zanini Maciel A Biologia Molecular tem contribuído de maneira significativa no entendimento do câncer de tireoide. Muitos desses estudos resultaram em aplicações clínicas e na otimização do manejo dos pacientes. Um exemplo de uma das grandes aplicações da Biologia Molecular foi em relação ao carcinoma medular da tireoide. O carcinoma medular de tireoide é um tumor maligno raro com origem nas células parafoliculares da tireoide, que pode ocorrer de forma esporádica, não hereditária, ou como parte de uma doença hereditária autossômica dominante, a qual é subdividida em três síndromes clínicas distintas: neoplasia endócrina múltipla 2A (carcinoma medular de tireoide, feocromocitoma e hiperparatireoidismo), neoplasia endócrina múltipla 2B (carcinoma medular de tireoide, feocromocitoma, hábito marfanoide e ganglioneuromatose múltipla) e carcinoma medular de tireoide familiar. A distinção entre as várias formas desse tipo de carcinoma é de grande importância clínica devido às diferenças apresentadas entre elas em termos de prognóstico e pela necessidade de rastreamento fa miliar quanto a outros indivíduos acometidos, aconselhamento genético e seguimento das formas hereditárias. A demonstração de mutações genômicas no proto-oncogene RET na maioria das formas hereditárias de carci noma medular de tireoide e em menor frequência nos casos esporádicos desse tumor, assim como mutações so máticas em uma porcentagem variável de pacientes portadores da forma esporádica da doença, permitiu observar que as mutações envolvem o gene diferentemente na dependência da forma clínica da doença e proporcionou um screening mais efetivo em membros das famílias com esse tipo de câncer e na definição de condutas. A tireoi dectomia profilática em indivíduos com risco de desenvolver a doença tem sido realizada em idades diferentes dependendo das mutações encontradas. A identificação do gene envolvido no carcinoma medular e suas vias de sinalização permitiu, também, o de senvolvimento de drogas. Uma delas já obteve a aprovação do FDA pela demonstração clara dos benefícios que trouxe. O melhor entendimento das bases moleculares dos tumores tireoidianos possibilitará, ainda, a identificação de marcadores moleculares que permitirão predizer o risco de invasão e metástases e, com bases sólidas, otimizar e individualizar o tratamento e com isso melhorar a sobrevida dos pacientes. RESUMOS DAS palestras COMO AVALIAR OBJETIVAMENTE A PRODUÇÃO CIENTÍFICA: FATOR DE IMPACTO, ÍNDICE H E OUTRAS FERRAMENTAS Ricardo Brandt de Oliveira Nas sociedades modernas, cresce o reconhecimento da importância da ciência e da tecnologia. Em decorrên cia, cresce também a necessidade de avaliar e medir a atividade científica em suas diversas manifestações. Avaliação por pares A avaliação por pares (peer-review) é a forma clássica de avaliação de resultados da atividade científica. A sua racionalidade é simples: supõe que o nível da qualidade é avaliado corretamente por pessoa de competência re conhecida na área. Os modelos tradicionais de avaliação por pares, estabelecidos em épocas anteriores à ampla difusão da comunicação eletrônica, são limitados pelos inconvenientes da morosidade e dos custos elevados quando atividades presenciais são necessárias. Fator de impacto (impact factor) de periódicos O fator de impacto é um índice empregado pela empresa Thomson Reuters para avaliação de periódicos científicos. O fator de impacto de um periódico em um determinado momento é calculado pela relação entre o número de citações recebidas pelo conjunto de artigos publicados naquele periódico nos dois anos anteriores pelo número total de artigos publicados no periódico no mesmo período. O fator de impacto é empregado para avaliação de periódicos e de artigos científicos, bem como de desem penho de autores de artigos científicos e de instituições. Em que pese o seu prestígio atual, o fator de impacto, em resumo, fornece informação válida sobre a importância de um periódico dentro de sua área; seus outros empregos devem ser feitos com cautela. A produtividade científica e a avaliação do desempenho do pesquisador O número de publicações Em muitas áreas da atividade científica (e certamente na área biomédica), um parâmetro de avaliação do de sempenho de pesquisadores ou de instituições é o número de publicações em periódicos em que o avaliado figura como autor. Esse é um indicador pobre de desempenho individual, que nada informa a respeito da qualidade do produto. Além disso, nas formas de produção científica prevalentes em diversas áreas, o produto final é o resulta do do trabalho de um grupo de muitas pessoas, cujas contribuições são diferentes. Por isso, o seu emprego para comparações entre indivíduos deve ser feito cautelosamente. O índice h (h-index) O índice h, proposto há menos de 10 anos, ganhou rápida aceitação pelo fato de fornecer, em um algarismo simples, uma avaliação do desempenho da atividade científica individual que combina elementos quantitativos e qualitativos. Ele sana em grande parte as limitações da contagem pura e simples do número de publicações. Vale frisar que o seu cálculo envolve o número de citações recebidas, o que o torna vulnerável às mesmas críticas. RESUMOS DAS palestras ATUALIZAÇÃO NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ACROMEGALIA – RECOMENDAÇÕES DO DEPARTAMENTO DE NEUROENDÓCRINO-SBEM Mônica Gadelha A acromegalia é uma doença associada à elevada morbidade e à redução da expectativa de vida. Em virtude do seu caráter insidioso e do seu não reconhecimento, o diagnóstico é frequentemente realizado com atraso, o que, associado às complicações relacionadas ao excesso do GH/IGF-I, determina elevada morbimortalidade. No en tanto, um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz e seguro realizado, idealmente, em centros de referência minimizam a morbidade e, potencialmente, normalizam a taxa de mortalidade para a esperada na população geral. Nesta apresentação, serão discutidas as Recomendações do Departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da acromegalia no Brasil. Tais recomendações foram elaboradas com base em dados publicados em periódicos de nível científico reconhecido e na experiência dos autores. ASPECTOS ATUAIS DOS TUMORES HIPOFISÁRIOS – TUMORIGÊNESE HIPOFISÁRIA FAMILIAL (AIP) Luciana Naves Os adenomas hipofisários correspondem a 10% a 15% dos tumores intracranianos e sua prevalência é de apro ximadamente um caso para cada mil habitantes. Os adenomas hipofisários esporádicos relacionam-se a anorma lidades moleculares envolvendo as mutações na proteína G estimulatória (PTNGs), o gene transformador de tumores hipofisários (PTTG) e mutações no receptor do fator de crescimento de fibroblastos do tipo 4. As causas hereditárias para tumores hipofisários são raras. A primeira descrição de acromegalia familiar remonta a 1887 e desde então muitos progressos têm sido obtidos no esclarecimento dos fatores envolvidos em seu de senvolvimento. Algumas síndromes têm sido documentadas, tais como as neoplasias endócrinas múltiplas do tipo 1 (NEM1), relacionadas a mutações no gene da menina, no cromossomo 11q13 e o complexo de Carney, rela cionado a mutações da subunidade regulatória da proteinocinase a (PRKAR1A), no cromossomo 17q22 e 2p16. Estudos recentes foram realizados em somatotropinomas familiares isolados (IFS) e demonstraram grande frequência de perda de heterozigozidade (LOH) no cromossomo 11q13. Vierimaa et al. descreveram associação entre somatotropinomas, somatomamotropinomas e prolactinomas e mutações inativadoras do gene que codifi ca a aryl hydrocarbon receptor interacting protein (AIP) no cromossomo 11q13.3. Essa proteína consiste em uma molécula que compõe o complexo AhR-Hsp-AIP, que possui como funções regular a ativação das enzimas do citocromo P450, degradar receptores estrogênicos e controlar a proliferação celular. Mutações inativadoras do gene AIP levariam a uma perda de controle dessas funções, ficando envolvidas na gênese tumoral. Recentemente, participamos da descrição de 112 famílias em diversos países, das quais 17 da coorte de Brasília, de pacientes portadores de tumores hipofisários isolados, em que foram rastreadas mutações no gene AIP. O total de 11/73 (15,1%) das famílias apresentou 10 diferentes mutações no gene AIP. Na pesquisa sobre acromegalia fa miliar, relatamos a presença de 14 famílias de pacientes portadores adenomas somatotróficos puros, contendo 28 afetados e 8 famílias de pacientes portadores de adenomas mamossomatotróficos, com 16 pacientes acometidos. Estudamos uma família composta por 117 membros, entre os quais observamos 3 casos de acromegalia (irmão, irmã e tia) e 9 indivíduos portadores saudáveis da mutação AIP. Em todos esses casos, constatamos a presença de uma mutação do tipo frameshift na posição E173, levando a um stop codon precoce após alteração de 21 aminoácidos. O rastreamento clínico, hormonal e genético foi realizado em todos os membros da família e compõe atualmente uma das nossas principais áreas de pesquisa. Novos estudos serão necessários para avaliar o impacto dessas mutações nas interações do AIP com as cascatas de sinalização intracelular. RESUMOS DAS palestras MICRORNAS EM TUMORIGÊNESE HIPOFISÁRIA Leandro Colli MicroRNA (miR) é uma classe relativamente nova de RNAs não codificantes, de 19 a 25 nucleotídeos, que interagem com proteínas formadoras do complexo silenciador induzido por RNA e modulam a expressão gêni ca. Existem dois mecanismos para isso: se houver alta homologia entre o miR e o mRNA do gene alvo, ocorre degradação, enquanto se houver baixa homologia, ocorre inibição da tradução gênica1. Atualmente, são consi derados a principal classe reguladora da expressão gênica, estando relacionados com regulação do ciclo celular, diferenciação celular, apoptose, além do processo de oncogênese geral e específica. Podem ser divididos em duas classes: oncogênicos, quando regulam negativamente genes supressores tumorais, e supressores tumorais, quan do regulam genes oncogênicos. A desregulação da expressão de miRs tem sido descrita em vários tipos tumorais1. O primeiro estudo de miR em tumores hipofisários foi realizado em 2004 por Bottoni et al., em prolactinomas e gonadotrofinomas. Esse estudo demonstrou redução dos miRs 15 e 162. Esse mesmo grupo realizou microarray para tumores não secretores e corticotrofinomas, encontrando 15 miRs hipoexpressos e 11 hiperexpressos3. Amaral et al. demonstraram 8 miRs hipoexpressos em corticotrofinomas4. Ainda que nem sempre esses estudos tenham encontrado os mesmos miRs desregulados, a maioria deles estava hipoexpresso. Embora escassos, em conjunto, os estudos de miRs em adenomas hipofisários demonstram haver importante desregulação na expres são de miRs nesses tumores5. Adicionalmente, também foi observado que os diferentes tipos tumorais apresen tam padrão diferente de expressão de miRs, podendo corresponder a mecanismos que diferenciem esses tumores. Alguns dos miRs diferencialmente expressos estão relacionados com parâmetros clínicos como invasão (miR141), tamanho tumoral (miR-15, miR-16, miR-140, miR-403,miR-214, miR-692) e crescimento (miR-107), o que indica seu possível envolvimento tanto no desenvolvimento quanto na progressão tumoral3,5. Há também diferença na expressão de miRs, como miR-125, miR-886, miR-198, miR-503, miR-524 e miR-630 entre tu mores que respondem ou não respondem ao tratamento com somatostatina5, o que abre perspectiva para uso de miRs em farmacogenética no tratamento de tumores hipofisários. A influência desses miRs nas vias oncogênicas em tumores hipofisários ainda não está bem estabelecida, mas parece modular importantes genes como RAS, BCL2, WEE-1, TGF-β, VEGF, PLAG1 e HMGA2. Em resumo, embora ainda existam poucos estudos funcio nais para avaliar e validar alvos dos miRs e que o mecanismo molecular não esteja totalmente esclarecido, miRs parecem importantes na tumorigênese hipofisária e, no futuro, poderão ter papel importante no diagnóstico e terapêutica dos tumores hipofisários. Referências 1. Lee YS. Ann Rev Pathol. 2009;4:199. 2. Bottoni A. J Cell Physiol. 2004;204:280. 3. Bottoni A. J Cell Physiol. 2007;210:370. 4. Amaral FC. J Clin Endocrinol Metab. 2009;94:320. 5. Sivapragasam M. Endocr Pathol. 2011 [Epub]. RESUMOS DAS palestras O PAPEL DA VITAMINA D NA REGULAÇÃO DO METABOLISMO ENERGÉTICO Francisco José Albuquerque de Paula Em nossa exposição durante o IV CBAEM/IX COPEM, pretendemos discutir o grande avanço que se alcançou no estudo dos efeitos biológicos da vitamina D, como também as diversas lacunas que existem no co nhecimento sobre aspectos do seu papel fisiológico. Isso se deve em grande parte à dificuldade que se tem tido na padronização das dosagens laboratoriais de 25-OHD. No ambiente universitário, essa dosagem é realizada por método trabalhoso como espectrometria de massa e cromatografia líquida de alta performance, utilizando equipamentos caros. Mais recentemente, o método de quimioluminescência passou a ser empregado de forma mais ampla, mas ainda existe variação considerável entre dosagens feitas em diferentes laboratórios. Outro aspec to que tem dificultado o ganho de conhecimento do papel fisiológico da vitamina D é que pouca atenção tem sido dada ao hormônio ativo da síntese da vitamina D, o 1,25(OH)2D. O 1,25(OH)2D é considerado pouco útil no diagnóstico de hipovitaminose D, porque, diante da queda de 25-OHD, os níveis de 1,25(OH)2D podem ser baixos, normais ou mesmo elevados. No entanto, não se têm dados na literatura sobre as manifestações clí nicas da deficiência de vitamina D, diagnosticada com dosagem de 25-OHD, perante diferentes níveis séricos de 1,25(OH)2D. Há variação apenas de gravidade das manifestações? Ou há manifestações clínicas distintas? Em relação ao papel da vitamina D sobre o metabolismo energético, essa questão é especialmente importante, tendo em vista que a obesidade é uma condição em que níveis séricos baixos de 25-OHD coexistem com valores elevados de 1,25(OH)2 D. Adicionalmente, o tecido adiposo e o pâncreas estão entre os tecidos que expressam o receptor nuclear de vitamina D (VDR). Além de potencialmente poder mediar a secreção de insulina, é possível que a vitamina D influencie a sensibilidade à insulina. Diversos estudos mostram existir associação entre deficiên cia de vitamina D e resistência à insulina. Portanto, o interesse em se determinar a influência da deficiência de vitamina D no surgimento da resistência à insulina tornou-se imperativa devido à observação de que a hipovita minose D faz parte do perfil metabólico da obesidade. No entanto, esse conjunto de dados clínicos conflita com observações recentes obtidas em modelos animais com deficiência grave de vitamina D ou resistentes a ela. Ao contrário do esperado, esses animais apresentam fenótipo magro e vantagem metabólica quando submetidos ao uso de dieta diabetogênica. Portanto, a situação atual é de desafio para que novos estudos sejam realizados para delinear o papel fisioló gico da vitamina D sobre o metabolismo energético. Em paralelo, será necessário refinar os critérios diagnósticos e se estabelecer a dose ideal para a prevenção e o tratamento da deficiência de vitamina D. RESUMOS DAS palestras CONEXÃO INTESTINO-OSSO: O PAPEL DA SEROTONINA NA FORMAÇÃO ÓSSEA Henrique Pierotti Arantes A serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) é uma monoamina produzida a partir do aminoácido triptofa no, podendo ser sintetizada no sistema nervoso central (SNC), via mediada pela enzima triptofano hidroxilase tipo 2 e, perifericamente, pelo trato gastrointestinal, especificamente nas células enterocromafins do duodeno, responsáveis pela produção de aproximadamente 95% do total corpóreo. A serotonina não atravessa a barreira hematoencefálica, por causa de sua carga positiva em pH fisiológico, tornando os compartimentos periférico e central totalmente distintos. A liberação de serotonina periférica é ativada pela alimentação, levando ao estímulo da mucosa intestinal e ao aumento da atividade enzimática da triptofano hidroxilase tipo 1, enzima limitante dessa via. Localmente, atua na peristalse e, na circulação, é captada e armazenada pelas plaquetas, via transportador de serotonina (5-HTT), onde fica estocada. Apenas uma pequena quantidade permanece na forma livre (aproximadamente 5%). Recentemente, Yadav et al. demonstraram que a regulação da massa óssea pelo gene Lrp5 em camundongos ocorreria via serotonina produzida nas células enterocromafins duodenais, e não pela via Wnt/betacatenina, como pressuposto até então. O Lrp5 regularia negativamente a enzima triptofano hidroxilase tipo 1 duodenal (Tph1), diminuindo a produção de serotonina periférica. Dessa forma, na doença genética osteoporose pseudo glioma (OPPG), causada por mutações inativadoras no gene LRP5, haveria maior atividade da enzima Tph1, que aumentaria a produção duodenal e a concentração plasmática de serotonina. Por sua vez, a serotonina estimu laria a apoptose de osteoblastos, por meio da ligação com o receptor Htr1b, via cAMP response element-binding (CREB). Como consequência, haveria menor formação óssea e aumento da fragilidade óssea. Resumindo, peri fericamente a serotonina age como inibidor da formação óssea. Para avaliar essa hipótese em humanos, esses autores dosaram serotonina plasmática em pacientes portadores de OPPG, cuja concentração foi cinco vezes maior comparada aos controles. Dois outros grupos independentes demonstraram esses mesmos achados. Corroborando ainda mais com essa hipótese, em pacientes portadores de high bone mass syndrome, que possuem uma mutação ativadora do LRP5 (oposta à encontrada na OPPG), concentrações de serotonina muito mais baixas do que nos controles normais foram detectadas em dois estudos. Ainda nesse sentido, um inibidor da triptofano hidroxilase tipo 1 (LP533401) já foi testado em ratas ovarec tomizadas, via oral, por quatro a seis semanas, e mostrou aumento do número de osteoblastos e da taxa de for mação óssea, além de melhora da qualidade óssea demonstrada por testes mecânicos. Esse inibidor foi tão efetivo quanto à teriparatida na prevenção de alterações na microarquitetura óssea após ooforectomia. Dessa forma, estudos em humanos são necessários para o melhor entendimento dessa via de sinalização entre serotonina periférica e osso, tendo em vista que não podemos simplesmente extrapolar dados de modelos ani mais. Concluindo, a descoberta desse novo eixo, envolvendo serotonina periférica e formação óssea, inaugura um novo capítulo para o estudo da fisiologia, além da possibilidade da descoberta de novos fármacos anabólicos que possam ser utilizados para o tratamento da osteoporose. RESUMOS DAS palestras HIPERPROLACTINEMIA: DO CONSENSO ATUAL ÀS NOVAS PERSPECTIVAS Antonio Ribeiro de Oliveira Jr. Recentemente, o consenso relativo ao diagnóstico e tratamento da hiperprolactinemia foi revisto. Nesta abor dagem revisada, é discutido o diagnóstico da hiperprolactinemia, desde a interpretação do resultado alterado obtido a partir da mensuração da prolactina até a avaliação para as diversas causas. Especial consideração é dada aos casos de achado de hiperprolactinemia na ausência de sintomas, assim como o encontro de um valor rela tivamente normal da prolactina associado aos sinais e sintomas de hiperprolactinemia. Dada a importância e prevalência da hiperprolactinemia induzida por medicamentos, um algoritmo de tratamento é proposto nessas condições. O manejo dos prolactinomas é apresentado discutindo-se inclusive as situações nas quais a condição não demanda tratamento ou cujo tratamento não necessita ser tumor-específico. Um protocolo de seguimento dos pacientes nos quais a terapia com agonista dopaminérgico foi indicada em prolactinomas é apresentado, incluindo o desmame eventual da medicação. Especial consideração é feita aos tumores resistentes e malignos, além do manejo dos prolactinomas na gravidez. A despeito de o consenso atual não discutir os aspectos metabólicos relacionados à hiperprolactinemia, di versas evidências apontam para os efeitos metabólicos desse hormônio. Além disso, é descrita maior prevalência de sobrepeso em pacientes portadores de prolactinoma. Com base nessas premissas, dados novos, relativos aos aspectos metabólicos de pacientes portadores de prolactinoma, são também apresentados e discutidos. Reposição hormonal feminina Dolores Pardini A terapia de reposição hormonal na menopausa (THM) tem passado por diversas fases. A primeira delas re porta-se à década de 1960, na qual os hormônios faziam parte de uma panaceia antienvelhecimeto, fonte de juventude eterna; prescrevia-se estrogenoterapia para todas as mulheres menopausadas. Surgiram complicações principalmente relacionadas ao endométrio, dando origem à segunda fase, na qual se teve a consciência de que hormônios eram remédios e que precisavam de indicação adequada: surgia o conceito custo-benefício. A publi cação do estudo Heart and Estrogen/Progestin Replacement Study (HERS) em 19981, seguida pelos resultados do Women’s Health Initiative (WHI) em 20022 e, posteriormente, em 20043, marcou a terceira fase da THM, na qual se estabeleceram alguns critérios para tratamento da menopausa tais como: idade da paciente, tempo de menopausa, sintomas, doses, vias de administração, comorbidades etc. Surgia o conceito individualização. Recentemente, a Endocrine Society Scientific Statements, revendo toda a literatura publicada sobre THM valendo-se apenas dos ensaios clínicos com metodologia controlada e classificando todas as conclusões pelo método GRADE (Gradind of Recomendations, Assessment, Development and Evaluation), publicou um posi cionamento rigorosamente documentado e com todas as conclusões a respeito dos riscos e benefícios da THM classificadas de acordo com o grau de evidência4,5. As conclusões obtidas com grau de evidência A incluem: sintomas vasomotores e urogenitais, prevenção e tratamento da perda óssea e câncer de cólon, em que o efeito benéfico do estrógeno é incontestável. A THM aumenta o risco de fenômenos tromboembólicos em duas vezes aproximadamente, risco esse incrementado pela obesidade, trombofilia, idade superior a 60 anos, cirurgia e imobilização. A via de administração do estrógeno, a dosagem e o tipo de progestágeno associado ao estrógeno podem afetar o risco do evento tromboembólico. Em relação ao endométrio, a administração de estrógeno sem oposição induz a estímulo do endométrio, aumentan do risco de câncer endometrial. As mulheres com útero devem receber a associação com prostágeno. O regime contínuo de estrogênio-progestogênio combinado confere proteção endometrial. O grau de associação entre o câncer de mama e a THM continua controverso. Entretanto, o único dado considerado com grau de evidência A é que a administração de estrógeno isolado ou associado à progesterona aumenta a percentagem de densidade mamária (PDM). A PDM é um forte fator de risco para a neoplasia de mama e é influenciada por algumas formas de THM. A associação de estrógeno e progesterona aumenta a PMD em 3% a 5%, significantemente maior que o placebo e estrógeno isoladamente. RESUMOS DAS palestras As conclusões obtidas com grau de evidência B incluem: Os efeitos da THM no metabolismo dos hidratos de carbono podem ser diretos, isto é, no pâncreas ou musculatura esquelética melhorando a sensibilidade à insulina, ou indiretos reduzindo o acúmulo de gordura visceral. Efeitos esses que dependem da via de administração, dose e tipo do estrogênio utilizado na reposição pós-menopausa. A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade em mulheres na pós-menopausa. A menopausa pode ser considerada fator de risco para a doença arterial coronária em mulheres devido a efeitos potenciais da senescência ovariana sobre a função cardíaca, pressão arterial e alguns parâmetros metabólicos como tolerância a glicose e perfil lipídico. Combinando os dados oriundos de vários estudos observacionais e randomizados, o consenso do NAMS concluiu que as mulheres que iniciam a THM após 10 anos de menopau sa apresentam risco aumentado de eventos cardiovasculares (ECV) e aquelas que iniciam antes desse período tendem a ter baixo risco de ECV, fato conhecido como janela de oportunidade. O consenso da Sociedade In ternacional de Menopausa corroborou a conclusão acima e acrescentou que a THM não está contraindicada em mulheres hipertensas e, em alguns casos, a THM pode reduzir a pressão arterial. Por outro lado, a THM está contraindicada nas mulheres com história de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e embolia pulmo nar. A continuação da THM além dos 60 anos de idade, uma vez iniciada na perimenopausa, deve ser decidida como parte da análise geral da relação risco-benefício. Embora seja consenso o aumento da ocorrência dos fenômenos tromboembólicos e da incidência do Ca de mamanas usuárias da reposição estrogênica, conforme as considerações acima descritas, também é consensual que a estrogenoterapia iniciada em perimenopausa, no grupo-alvo de mulheres entre 50-59 anos, está associada à redução de 40% na mortalidade. Previamente aos estudos HERS e WHI, estudos epidemiológicos já publicaram redução na mortalidade em mulheres sob estrogenoterapia comparadas com menopausadas sem reposição. En tretanto, a melhor evidência do efeito da THM na mortalidade é proveniente de uma metanálise que reuniu 19 estudos randomizados, controlados, duplos-cegos, envolvendo 16.000 mulheres com idade média de 55 anos. Observou-se redução da mortalidade em termos absolutos de 84% nas pacientes tratadas, isto é, uma em cada 119 mulheres tratadas com terapia hormonal em cinco anos não morreu, comparadas com as não tratadas. O es tradiol e o progestógeno, quando administrados por via não oral, impedem o metabolismo de primeira passagem pelo fígado e, assim, menor potencial para estímulo das proteínas hepáticas, fatores de coagulação e perfil meta bólico neutro, o que pode ser mais favorável em termos de risco cardiovascular e fenômenos tromboembólicos. O risco de tromboembolismo venoso se mostrou menor quando usado o estradiol por via transdérmica com parado com o estradiol por via oral. Entretanto, não foi confirmado se isso se deveu ao impacto diferencial do estradiol sobre os fatores de coagulação sintetizados no fígado. Por outro lado, a administração por via oral acarreta maior impacto na redução dos níveis do colesterol LDL, o que é uma vantagem na mulher com hiper colesterolemia e triglicérides normais, haja vista que esse último pode elevar-se com a medicação. A primeira passagem uterina da administração vaginal de progestagênios acarreta concentrações locais adequadas e boa proteção endometrial com níveis sistêmicos do progestágeno muito baixos. A combinação do uso não oral do estradiol combinado ao progestágeno intrauterino pode melhorar a aderência e minimizar os riscos da THM. Entretanto, ainda são necessários estudos de boa qualidade para confirmar essa hipótese. Uso vaginal de estradiol é preferencial no tratamento isolado das queixas urogenitais. A melhor dose é a menor dose efetiva para cada mulher. Baixas doses de estradiol isoladamente ou estradiol associado ao progestágeno são mais bem toleradas e podem apresentar uma relação custo-benefício melhor que a dose-padrão. Entretanto, doses baixas e principalmente as ultrabaixas ainda não têm o suporte de estudos con trolados, prospectivos de boa qualidade. A indicação primária da adição do progestágeno à estrogenoterapia refere-se à proteção endometrial contra a hiperplasia e adenocarcinoma associados à reposição isolada de estrógeno. Não está recomendada quando baixas doses de estrógeno são administradas por via vaginal no tratamento da atrofia vaginal isoladamente. Os dados atuais de que a associação do progestágeno aumenta o risco de câncer de mama são ainda inconsistentes e controversos, mas está bem estabelecido que a adição de progesterona à terapia hormonal não diminui o risco de câncer de mama. A análise adicional dos estudos prospectivos randomizados controlados indica que a THM deve ser adminis trada precocemente, na perimenopausa, num grupo-alvo entre 50-59 anos de idade. Nessa população, a THM RESUMOS DAS palestras pode conferir proteção cardiovascular, ao passo que o início em idade avançada, após 10 anos sem estrógeno endógeno, é prejudicial. A duração da THM é um dos maiores desafios do tema analisado. Os dados atuais são inconsistentes para definir quando interromper a hormonioterapia; a decisão de continuar deve ser individualiza da com base nos sintomas, monitorizada e mantida enquanto os benefícios forem superiores aos riscos. Um futuro próximo contempla a quarta fase da THM. Novas moléculas com efeitos máximos e riscos míni mos. A genotipagem individual mostrará a paciente de risco real seja para câncer de mama, tromboembolismo ou evento cardiovascular. Enquanto isso, não nos deixemos levar pela mídia leiga ou por estudos sem o rigor científico necessário para levarmos em conta suas conclusões, utilizemos as informações atuais, cientificamente relevantes. A THM continua sendo a terapêutica de escolha para os sintomas menopausais, e sua segurança depende da boa indicação, monitorização e individualização. Mulheres acima dos 60 anos de idade não devem iniciar a THM. Os consensos atuais são unânimes quando relatam que os benefícios da THM são máximos quando iniciada na perimenopausa; a mulher de 50-59 anos ou com menos de 10 anos de menopausa é o grupo-alvo, representando a faixa de mulheres na qual os benefícios na grande maioria das vezes superam os riscos. Referências Hulley S, Grady D, Bush T, et al. Randomized trial of estrogen plus progestin for secondary prevention of coronary heart disease in postmenopausal women. Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERS) Research Group. JAMA. 1998;280:605-13. Writing Group for the Women’s Health Initiative Investigators. Risks and benefits from the Women’s Health Initiative in healthy postmenopausal women. JAMA. 2002;288:321-33. Anderson GL, Limacher M, Assaf AR, et al. Effects of conjugated equine estrogen in postmenopausal women with hysterectomy: The Women’s Health Initiative randomized controlled trial. JAMA. 2004;291:1701. Levels of Evidence and Grades of Recommendations-Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. Disponí vel em URL:http://cebm.jr2.ox.ac.uk/docs/old_levels.html. Postmenopausal Hormone Therapy: An Endocrine Society Scientific Statement. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(Suppl 1):S1-S66. RESUMOS DAS palestras REPOSIÇÃO HORMONAL MASCULINA Alexandre Hohl A administração de testosterona em pacientes hipogonádicos é feita há várias décadas. O endocrinologista sem pre demonstrou facilidade em tratar doenças como a síndrome de Klinefelter, a síndrome de Kalman ou o pan -hipopituitarismo. Entretanto, vem aumentando o reconhecimento da queda da testosterona no homem em envelhecimento, a erroneamente chamada andropausa. Os homens têm, fisiologicamente, uma queda nos níveis androgênicos com o passar da idade. Após o pico puberal, a testosterona livre começa a cair a partir dos 40 anos, numa taxa de 1,2% ao ano. Nesse mesmo período, aumenta também a incidência de doenças como o diabetes mellitus tipo 2 e a hipertensão arterial sistêmica. As sim, muitos dos sintomas possíveis de serem relacionados ao DAEM (distúrbio androgênico do envelhecimento masculino) podem sobrepor-se a outras comorbidades. Na prática clínica, atribuir disfunção sexual, depressão, perda de massa magra, ou perda óssea ao DAEM pode ser uma tarefa difícil. A utilização de questionários clínicos para a avaliação do envelhecimento masculino auxilia o clínico na inves tigação e no acompanhamento do hipogonadismo tardio. O diagnóstico laboratorial pode representar um obstáculo no paciente com DAEM. Somente as dosagens de testosterona é que fecham o diagnóstico. Por causa da variação diurna na testosterona plasmática, as amostras (no mínimo, duas) devem ser coletadas no período matutino, entre 8 e 10 horas. A força tarefa da Endocrine Society utiliza como ponto de corte o valor de testosterona total abaixo de 300 ng/dL. Pacientes com níveis hormonais diminuídos nesse screening, associados à clínica compatível (questioná rios positivos), necessitam uma investigação complementar. A testosterona livre calculada a partir da SHBG é a mais utilizada. Deve-se levar em consideração a possibilidade de que pacientes em investigação de DAEM possam ter pan -hipopituitarismo. Cabe ao endocrinologista ficar atento aos sintomas associados. Uma outra situação cada vez mais frequente é a associação do hipogonadismo no homem adulto após traumatismo cranioencefálico. As opções de terapia androgênica são variadas. As apresentações orais são pouco utilizadas, pelo risco de he patotoxicidade. As apresentações na forma de implante, gel, adesivo e sistema transmucosa bucal encontram-se disponíveis no mercado externo, limitando seu uso no nosso meio. No Brasil, dispomos apenas das apresentações injetáveis. Tanto o cipionato de testosterona 200 mg quanto a mistura de ésteres de testosterona 250 mg são aplicados por via intramuscular, a cada duas ou três semanas. A principal vantagem é o baixo custo. Por outro lado, as injeções frequentes e a instabilidade nos níveis de tes tosterona (picos e vales) dificultam o tratamento. O undecilato de testosterona 1.000 mg facilita o tratamento com injeções intramusculares a cada 12 semanas (10 a 14 semanas). Apresenta um custo elevado, porém com a vantagem de obter níveis estáveis de testosterona. A monitorização tem grande importância na terapia hormonal masculina. Avaliações periódicas são necessá rias, incluindo os níveis de testosterona, o hematócrito e o PSA. Hoje existem muitas evidências de que a testos terona não causa câncer de próstata. Entretanto, o estímulo dela pela diidrotestosterona (obtida pela conversão da testosterona pela aromatase), pode levar a sintomas de prostatismo e aumento de lesões preexistentes e não diagnosticadas. Dessa forma, a avaliação prostática prévia ao início do tratamento é fundamental. Referências Basaria S, Civuekki AD, Travison TG, et al. Adverse events associated with testosterone administration. N Engl J Med. 2010;363(2):109. Bhasin S, et al. Testosterone therapy in adult men with androgen deficiency syndromes: an Endocrine Society clinical prac tice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(6):2536-59. Bonaccorsi AC. Andropausa: insuficiência androgênica parcial do homem idoso. Uma revisão. Arq Bras Endocrinol Metab. 2001;45(2):123-33. Clapauch R, Carmo AM, Marinheiro L, et al. Laboratory diagnosis of late-onset male hypogonadism andropause. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2008;52(9):1430-8. Feldman HA, et al. Age trends in the level of serum testosterone and other hormones in middle-aged men: longitudinal results from the Massachusetts Male Aging Study. J Clin Endocrinol Metab. 2002;87(2):589-98. RESUMOS DAS palestras Fernández-Balsells MM, Murad MH, Lane M, et al. Clinical review 1: adverse effects of testosterone therapy in adult men: a systematic review and meta-analysis. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95:2560. Hanafy HM. Testosterone therapy and obstructive sleep apnea: is there a real connection? J Sex Med. 2007. Hohl A, Mazzuco TL, Coral MHC, et al. Hypogonadism after traumatic brain injury. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2009;53(8):908-14. Hohl A, Datrozo JB, Pereira CG, Weber TR, Pinto HF, Gullo JS, Bernardini JD, Coral MHC, Walz R. Avaliação tardia do eixo hipofisário-gonadal em pacientes adultos que sofreram traumatismo cranioencefálico grave entre os anos de 2000 e 2004 na Grande Florianópolis. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2009;53(8):1014-21. Hohl A, Marques MOT, Coral MHC, Walz R. Evaluation of late-onset hypogonadism (andropause) treatment using three different formulations of injectable testosterone. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2009;53(8):989-96. Martits AM, et al. Hipogonadismo masculino tardio ou andropausa: diagnóstico e tratamento. Projetos Diretrizes. 2004. Associação Brasileira de Medicina. Disponível em: http://www.amb.org.br. Meirelles RM, Hohl A. Saúde masculina: tão neglicenciada, principalmente pelos homens. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2009;53(8):899-900. Rosner W, et al. Position statement: utility, limitations, and pitfalls in measuring testosterone: an Endocrine Society position statement. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92(2):405-13. Shabsigh R, Crawford ED, Nehra A, Slawin KM. Testosterone therapy in hypogonadal men and potential prostate cancer risk: a systematic review. Int J Impot Res. 2009;21:9. Wang C, Nieschlag E, Swerdloff R, et al. Consensus statement: investigation, treatment and monitorin of late-onset hypo gonadism in males. Eur J Endocrinol. 2008;159:507. NOVEL INTRACELLULAR PATHWAYS INVOLVED IN THE REGULATION OF THE SODIUM/ IODIDE SYMPORTER IN THYROID CELLS Denise P. Carvalho, Elaine C. L. Souza, Bruno M. Andrade The ability of the thyroid gland to concentrate iodide has been the basis for the use of radioiodine with diag nostic and therapeutic purposes. Thus, the knowledge about the molecular characteristics of the sodium/iodide symporter (NIS) has raised a series of questions regarding the mechanisms underlying not only the control of NIS expression, but also the regulation of its activity in the plasma membrane. In thyroid cells, iodide transport through NIS is stimulated by thyrotropin (TSH) and inhibited by the well-known classic competitive inhibitors thiocyanate (SCN-) and perchlorate (ClO4-). TSH stimulates thyroid function via the activation of adenylate cyclase, including NIS transcription and de novo synthesis, but it also plays a possible role in the post-transcrip tional regulation of NIS. TSH action also allows the proper targeting of NIS to the plasma membrane, since NIS is redistributed from the basolateral membrane to intracellular compartments in the absence of TSH, and thereby the ability of thyrocytes to transport iodide is decreased. In differentiated thyroid cancer, the detection of cancer relapse by whole body scanning and treatment of cervical remnant, locoregional and distant metastasis with radioiodine depend on the ability of tumor cells to accumulate iodine. The crucial role of radioiodine the rapy for the evolution of thyroid carcinomas stimulated the search for drugs that could enhance functional NIS expression in tumors and thus iodine accumulation. However, more effective molecular-targeted therapeutic strategies need to be developed based on molecular mechanisms, particularly the derangements in major signa ling pathways that take place in thyroid cancer. We have recently described two novel intracellular pathways in volved in NIS regulation: the AMP-kinase (AMPK) and the mammalian target of rapamycin (mTOR) pathways, which both inhibit NIS protein expression. mTOR protein participates as a downstream effector of the PI3K/ Akt pathway, which is involved in thyroid cancer progression. Indeed, PI3K and mTOR pathway regulates not only cell proliferation and viability, but also iodide uptake by thyroid cells. We thus conclude that mTOR should be investigated as a potential therapeutic target in thyroid cancer. RESUMOS DAS palestras TG, US E PAAF NA AVALIAÇÃO DE LINFONODOS SUSPEITOS DE MALIGNIDADE Rosa Paula Mello Biscolla O seguimento do paciente com carcinoma diferenciado da tireoide, após a tiroidectomia total e ablação dos restos tireoidianos com radioiodo, inclui dosagens de tireoglobulina sérica (sTg) e realização de ultrassonografia cervical (USC). A realização da pesquisa de corpo inteiro (PCI) é indicada nos pacientes com anticorpos antiTg positivos. O objetivo do seguimento do paciente é detectar e tratar precocemente recorrência local ou doença metas tática. A presença de recorrência local ou regional do tumor pode ser observada em até 35% dos pacientes com car cinoma diferenciado de tireoide e são detectadas nos primeiros 10 anos após o diagnóstico. O diagnóstico de recorrência ou persistência do tumor pode ser feito, dependendo da dimensão, por meio da palpação do leito tireoidiano e da região cervical lateral bilateral e supraclavicular. Porém, nos últimos anos, a USC assumiu papel fundamental no seguimento dos pacientes com carcinoma de tireoide e deve ser realizada de rotina em todos os pacientes, independentemente do risco inicial. Atualmente, a USG cervical é considerada o exame mais sensível para o diagnóstico das recidivas cervicais. O encontro à USC de linfonodo de forma arredondada, sem halo central, com microcalcificações ou compo nente cístico e ecogenicidade similar ao tecido tireoidiano, sugere linfonodo suspeito de metástase. Já a recor rência de tumor em leito tireoidiano pode ser suspeitada pelo encontro de tecido hipoecogênico, heterogêneo, podendo ou não apresentar áreas de calcificações. Embora a USC apresente alta sensibilidade, é necessário realizar a punção aspirativa com agulha fina (PAAF) para elucidação diagnóstica. Portanto, o uso da USC no seguimento do paciente com carcinoma de tireoide apresenta como objetivo evidenciar massas cervicais ocultas (não palpáveis) e servir como guia na execução de PAAF para elucidação diagnóstica. A citologia obtida no material da PAAF de um linfonodo suspeito à USG cervical apresenta valor funda mental, nos pacientes com sTg indetectáveis em vigência de TSH suprimido e nos pacientes que apresentam metástases não iodocaptantes. Porém, 8% das citologias de linfonodos suspeitos não são diagnósticos. Desde 1992, vários grupos têm demonstrado a importância da dosagem de Tg no lavado da agulha utilizada na punção de linfonodos suspeitos (Tg-PAAF). Nesses estudos, nível elevado de Tg-PAAF foi encontrado em linfonodos suspeitos de metástases de carcinomas de tireoide e valores indetectáveis em pacientes com linfoadenopatia infla matória ou de origem não tireoidiana. Portanto, a USG cervical é considerada atualmente método fundamental no seguimento do paciente com carcinoma de tireoide, principalmente nos pacientes com carcinoma papilífero de tireoide. Nos pacientes em que linfonodos “suspeitos” forem encontrados, preconiza-se a realização da PAAF com dosagem de Tg-PAAF para elucidação diagnóstica. Referências Cooper DS, et al. Thyroid. 2009;19:1167. Maia, AL, et al. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51:867. Cunha N, et al. Eur J Endocrinol. 2007;157:101. Biscolla RP, et al. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2007;51:419. Zanella, AB e col Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54:550-4. Boi F, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2006;91:1364. Baskin HJ. Thyroid. 2004;14:959. RESUMOS DAS palestras MOLECULAR MARKERS FOR DIAGNOSIS AND PROGNOSIS OF THYROID CANCER Janete Cerutti The increasing rate by which thyroid nodules are found in the clinic has brought further attention to the cur rent inadequate means for efficient and accurate diagnosis of a thyroid nodule. Currently, fine-needle aspira tion (FNA) cytology is the most reliable, widely used, and cost-effective preoperative test for initial evaluation of thyroid nodules. However, FNA cannot accurately distinguish follicular tumors which comprise: follicular thyroid adenoma (FTA), Hürthle cell adenoma (HCA), follicular thyroid carcinoma (FTC), Hürthle Cell Car cinoma (CCH) and Follicular variant of Papillary thyroid Carcinoma (FVPTC). This has several clinical impli cations since type and the extent of the surgical procedure as well as follow-up therapy cannot be planned based on FNA diagnosis. Our group identified tumor markers that can be used in combination for a more accurate preoperative diag nosis of thyroid nodules and for post-operative diagnosis of thyroid carcinoma in tumor sections. This improved test would help physicians rapidly focus treatment on true malignancies and avoid unnecessary treatment of benign tumors, simultaneously improving medical care and reducing costs. Additionally, several biological markers have been investigated for their value in predicting prognosis of a thyroid nodule. So far the main molecular finding is the activating mutations of RAS/BRAF or rearrangement of RET in papillary thyroid carcinoma (PTC), both of which activate the MAPK pathway. These genomic events appear to be mutually exclusive and are the earliest mutations occurring in PTC. Among all candidate markers, BRAF mutation is declared as one of the most effective markers in predicting clinical outcome in classical PTC, although there is controversy. Our study not only represents one of the largest cohort of classical PTCs in the literature but also report a prevalence which is comparable with the highest rates detected. Moreover, we investigated a possible association between mutational status and changes in gene expression of iodide-metabolizing genes which may explain treat ment failure and tumor recurrence. RESUMOS DAS palestras HEPATOCYTE NUCLEAR FACTORS (HNFS) REGULAM A EXPRESSÃO GÊNICA DE GLUT2 E SGLT2, PARTICIPANDO NA GÊNESE DO DIABETES E DE COMPLICAÇÕES HEPÁTICAS E RENAIS David-Silva A, Freitas HS, Machado UF A homeostasia glicêmica requer uma estreita regulação quantitativa e temporal do fluxo de glicose em diferentes órgãos. A glicose sanguínea é provida tanto pela absorção de glicose da dieta, como pela produção hepática e renal de glicose. A participação do fígado envolve o movimento da glicose para dentro (influxo, pós-prandial) ou para fora (efluxo, pós-absortivo) do hepatócito. A contínua reabsorção de glicose no túbulo proximal renal e a gliconeogênese na célula tubular durante o jejum também participam da manutenção da homeostase glicêmica. Todos esses fluxos de glicose dependem de transportadores específicos. Em fígado e rim, a proteína GLUT2 (glucose transporter 2), codificada pelo gene SLC2A2 (solute carrier 2A2), é fundamental. Em rim, há ainda a participação do transportador de glicose acoplada ao sódio 2 (SGLT2), codificado pelo gene SLC5A2. Sabe-se que no diabetes mellitus (DM) ocorre aumento da reabsorção tubular de glicose. Demonstramos no DM aumento na expressão de GLUT2 e SGLT2, fenômeno que participa da gênese da nefropatia diabética. Também demonstramos aumento na expressão do GLUT2 hepático no estado diabético, o que pode se relacio nar com aumento do efluxo hepático de glicose. É conhecido que mutações gênicas em fatores transcricionais da família dos HNFs (hepatocyte nuclear factors) diminuem a expressão do GLUT2, determinando, entre outras alterações, defeitos na secreção de insulina pela célula beta, como observado em alguns tipos de MODYs. Nossos estudos mostraram, em rim de animais diabéticos, que os fatores transcricionais HNF-1a, HNF-3b e HNF-4α apresentam aumento de expressão e de atividade de ligação na região promotora do gene do GLUT2, efeitos esses revertidos pelo tratamento com insulina (Freitas et al. Mol Cel Endocrinol. 2009;305:63-70). Tam bém demonstramos que no DM ocorre aumento do SGLT2 em rim, o que se acompanha por maior expressão e atividade de ligação do fator transcricional HNF-1a ao promotor do gene SLC5A2 (Freitas et al. Endocrinology. 2008;149:717-24). Esses efeitos foram revertidos pela redução da glicemia, independentemente do tratamento com insulina, o que evidencia a hiperglicemia como fator indutor das alterações. Mais recentemente, mostramos, em fígado de animais diabéticos, que o aumento da expressão do GLUT2 foi acompanhado por aumento da expressão de HNF-1α, HNF-3β e HNF-4α, assim como aumento da atividade de ligação desses fatores transcricionais no promotor do SLC2A2, o que também reverteu com tratamento com insulina. Em resumo, os resultados indicam que, tanto em rim como em fígado, o DM induz aumento na expressão gênica do GLUT2, o que envolve aumento da atividade transcricional dos HNF-1a, HNF-3b e HNF-4α. Ainda no rim, o DM aumenta a expressão do SGLT2, o que envolve o HNF-1a. O tratamento com insulina reduz a atividade desses fatores transcricionais, tanto em fígado como em rim, fazendo com que a expressão do GLUT2 retorne a níveis de animais não diabéticos. Considerando que as alterações renais se correlacionam com o de senvolvimento da nefropatia, não estamos propondo que o tratamento com insulina seja capaz de reverter essas alterações após longo tempo de evolução do diabetes, mas pelo menos seja capaz de desacelerar a evolução do processo. RESUMOS DAS palestras DIABETES NEONATAL Regina S. Moisés Diabetes neonatal é uma forma relativamente rara de diabetes diagnosticado nos primeiros meses de vida. Apresenta incidência estimada de 1:200.000 a 1:500.00 nascidos vivos. Pode ser permanente requerendo tra tamento por toda a vida ou transitório com um período de remissão. Na última década, nossos conhecimentos das causas moleculares dessa forma de diabetes aumentaram de maneira importante. Hoje se sabe que o diabetes neonatal não é uma doença autoimune, mas, sim, uma forma monogênica de diabetes resultante de mutações em diferentes genes que codificam proteínas envolvidas na função da célula beta. A maioria dos casos é resul tante de mutações ativadoras nos genes que codificam as subnidades Kir6.2 e SUR1 do canal de potássio ATP -dependente (KCNJ11 e ABCC8). Aproximadamente, 30% dos pacientes com mutações no gene KCNJ11, além do diabetes, também apresentam alterações neurológicas. A identificação de mutações em genes que codificam as subunidades do canal de potássio ATP-dependente teve grande impacto em sua terapia. As sulfonilureias ligam-se à subunidade SUR1 e provocam o fechamento do canal e secreção de insulina. Aproximadamente, 90% dos pacientes com mutações nos genes KCNJ11/ABCC8 podem ser transferidos de insulina para sulfonilureia e conseguir melhora em seu controle metabólico. Em 2007, identificaram-se mutações no gene da insulina tam bém como uma causa de diabetes neonatal. Mutações nesse gene são uma causa comum de diabetes neonatal, mas também são associadas com diversos fenótipos tais como DM tipo 1B e MODY. O entendimento das causas genéticas dessa doença apresenta implicações terapêuticas e fornece subsídios para melhor entendimento da fisiologia da célula beta. GENÉTICA MOLECULAR DAS COMPLICAÇÕES DO DIABETES Maria Lucia Giannella Existe uma predisposição genética para o desenvolvimento da nefropatia diabética (ND), e vários genes rela cionados aos mecanismos fisiopatológicos até o momento conhecidos já foram estudados. O papel do estresse oxidativo na patogênese das complicações crônicas do DM está estabelecido, e genes que codificam proteínas de sistemas oxidantes e antioxidantes são candidatos a conferirem suscetibilidade para a ND. A glutationa (GSH) é um dos antioxidantes mais importantes, e sua síntese depende da enzima g-glutamilcisteína sintetase, cuja subu nidade catalítica é codificada pelo gene GCLC. A transcetolase, codificada pelo gene TKT, é uma enzima-chave da via da pentose fosfato, que tem como uma de suas funções sintetizar NADP reduzido usado na regeneração da GSH. Na direção oposta, o sistema NADPH oxidase gera espécies reativas de oxigênio, e maior expressão das proteínas NOX-1, NOX-2 (codificada pelo gene CYBB), NOX-4 e p22phox (codificada pelo gene CYBA) já foi demonstrada na ND. O presente trabalho avaliou a associação de polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs) funcionais ou potencialmente funcionais na região promotora de genes que codificam enzimas relacio nadas ao metabolismo da GSH (-129 C/T no gene GCLC e -3787 T/G no gene TKT) e proteínas do sistema NADPH oxidase (-2810 A/G no gene CYBB e -675 T/A no gene CYBA) com o comprometimento renal em portadores de DM1. Um total de 411 pacientes com ≥ 10 anos de diagnóstico e mau controle glicêmico foi agrupado conforme presença ou ausência de: ND franca (macroalbuminúria ou proteinúria) e taxa de filtração glomerular (TFG) < 60 mL/min/1,73 m2. Os SNPs foram genotipados por polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição após reação em cadeia da polimerase (PCR) ou PCR em tempo real. A presença de pelo menos um alelo T do SNP -129 C/T no gene GCLC conferiu risco independente para a presença de TFG < 60 mL/min/1,73 m2 (OR = 2,40; IC 95% = 1,27 -4,56; p = 0,0068). A presença de pelo menos um alelo G do SNP -2810 A/G no gene CYBB conferiu risco independente para a presença de TFG < 60 mL/min/1,73 m2 (OR = 3,15; IC 95% = 1,05-9,67; p = 0,0390) na população feminina de portadores de DM1. A presença de pelo menos um alelo A no SNP -675 T/A no gene CYBA conferiu proteção contra TFG < 60 mL/min/1,73 m2 (OR = 0,38; IC 95% = 0,14-0,89; p = 0,0355). Os SNPs estudados, provavelmente relacionados a um desequilíbrio no status redox das células, modulam o risco para a doença renal na população de portadores de DM1 estudada. RESUMOS DAS palestras INCIDENTALOMAS DE ADRENAL Daniel Soares Freire O diagnóstico cada vez mais frequente de lesões adrenais em pacientes sem qualquer queixa relacionada à glân dula é o preço que pagamos pela melhora da qualidade técnica e ampla disponibilização de exames de imagem. Como demonstrado em estudos epidemiológicos, o envelhecimento da população é um fator contribuinte para o aumento dos casos dessa entidade clínica, conhecida como “incidentaloma adrenal”. Os números chegam a alarmantes 10% em séries de autópsias e até 4,4% em séries tomográficas, tornando o problema uma questão de saúde pública. Uma vez que o tratamento cirúrgico de todos pacientes com incidentalomas adrenais não é uma opção terapêutica viável sob aspectos médico e econômico, cabe ao endocrinologista a decisão final sobre quem se beneficiaria da cirurgia e quem deveria ser acompanhado. Essa decisão deve se fundamentar em dados clínicos, laboratoriais e de imagem que respondam a dois questionamentos: (1) Esse tumor pode ser maligno? (2) Esse tumor é funcionante? Além do tamanho tumoral, as características da imagem na tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética têm papel fundamental no diagnóstico diferencial dos incidentalomas malignos. Outros exames, como a tomografia por emissão de pósitrons com 18-F-fluor-desoxiglicose e a punção adrenal guiada por tomografia, podem ser usados em casos específicos. A avaliação funcional visa determinar se o tumor tem autonomia para secreção de catecolaminas, aldosterona ou cortisol. Um tema bastante controverso em endocrinologia é a importância da identificação de pacientes com secreção subclínica e autônoma de cortisol (também referida como Cushing subclínico) e o impacto do tratamento cirúrgico nos desfechos metabólicos e cardiovasculares desses pacientes. Por definição, o hipercor tisolismo subclínico não provoca estigmas da síndrome de Cushing, mas pode determinar risco aumentado de alterações metabólicas, como diabetes mellitus, hipertensão, obesidade e osteoporose. O diagnóstico do Cushing subclínico é feito por meio da demonstração de alterações do eixo hipotálamo -hipófise-adrenal (supressão do ACTH, redução das concentrações plasmáticas de DHEAS, perda de ritmo do cortisol, perda da supressão do cortisol com dexametasona, bloqueio da resposta do cortisol ao CRH e elevação do cortisol urinário de 24 horas). Embora não haja consenso, grande parte dos autores considera o diagnóstico na presença de pelo menos duas dessas alterações. O problema dessa abordagem reside no fato de que a falta de um critério padrão-ouro para definir o Cushing subclínico impossibilita a distinção dos falsos-positivos dos verdadeiros-positivos, tornando o diagnóstico relativamente arbitrário. Recentemente, foram realizados estudos que demonstraram quais testes se associam com maior risco de insuficiência adrenal secundária após a adrenalec tomia e com a melhora de variáveis metabólicas como obesidade, glicemia e alterações lipídicas. Acreditamos que essa abordagem permita a identificação com maior grau de certeza dos pacientes que se beneficiariam da cirurgia adrenal. RESUMOS DAS palestras TUMORIGÊNESE ADRENAL Madson Almeida A incidência de tumores adrenocorticais é marcadamente elevada no sudeste do Brasil, onde é estimada em 10-15 vezes maior que a incidência mundial1-3. Um aspecto interessante é que tumores adrenocorticais em crianças se comportam de forma diferente quando comparados a tumores histologicamente similares em indivíduos adultos. Diferentemente dos adultos, os tumores adrenocorticais pediátricos com prognóstico desfavorável baseado somen te em critérios histopatológicos apresentam evolução clínica favorável sem recorrência4,5. Além de importantes di ferenças no prognóstico, a tumorigênese adrenocortical tem também padrões distintos entre crianças e adultos3,6,7. Até o momento, poucos marcadores moleculares são úteis para predizer prognóstico desfavorável em crianças com carcinoma adrenocortical6,8-11. Em crianças, as manifestações precoces da doença, a predominância dos tumores virilizantes e as características histopatológicas12 sugerem que os tumores adrenocorticais se originam da zona fetal do córtex adrenal-fetal. Alta incidência de uma única mutação germinativa do gene p53 foi demonstrada em mais de 80% dos tumores adrenocorticais esporádicos de crianças provenientes da região Sul do Brasil13 14. A via de sinalização IGF tem importante papel no crescimento celular normal e desenvolvimento. Na nossa ins tituição no Brasil, previamente estudamos a expressão de IGF-II em tumores adrenocorticais em indivíduos brasi leiros6. Em contraste com tumores adrenocorticais em adultos, os transcritos para IGF-II estavam hiperexpressos em ambos os adenomas e carcinomas adrenocorticais6. Os efeitos mitogênicos do IGF-II são mediados pelo receptor de IGF-I (IGF-IR)15. A interação entre IGF-II com IGF-IR tem papel fundamental na tumorigênese de forma geral, proliferação e disseminação de vários cânceres16; um aumento significativo da expressão do IGF-IR em carcinomas adrenocorticais pediátricos6. Adicionalmente, um inibidor seletivo da atividade de tirosina-quinase do IGF-IR kinase apresentou efeitos antitumorais em linhagens celulares de carcinoma adrenocortical6. Aumento do número de cópias do gene SF-1 foi evidenciado por hibridização in situ e detecção por fluores cência em oito de nove tumores adrenocorticais de crianças brasileiras17. Recentemente, avaliamos a expressão do SF-1 por imunoistoquímica em 103 tumores adrenocorticais diagnosticados em 36 crianças e 67 adultos, além de analisarmos amplificação gênica em 38 tumores adrenocorticais7. A frequência de hiperexpressão e amplifi cação gênica do SF-1 foi significativamente maior em tumores adrenocorticais pediátricos do que em adultos7. Existem poucas opções terapêuticas para os pacientes com carcinoma adrenocortical, e novas descobertas so bre a patogênese dessa doença letal são urgentemente necessárias8,11. Uma melhor compreensão da tumorigênese adrenocortical pode revelar mecanismos de progressão tumoral e novo salvos moleculares terapêuticos. Referências 1. Sandrini R, Ribeiro RC, DeLacerda L. Childhood adrenocortical tumors. J Clin Endocrinol Metab. 1997;82(7):2027-31. 2. Latronico AC, Chrousos GP. Extensive personal experience: adrenocortical tumors. J Clin Endocrinol Metab. 1997;82(5):1317-24. 3. Almeida MQ, Latronico AC. The molecular pathogenesis of childhood adrenocortical tumors. Horm Metab Res. 2007;39(6):461-6. 4. Mendonca BB, Lucon AM, Menezes CA, et al. Clinical, hormonal and pathological findings in a comparative study of adrenocortical neoplasms in childhood and adulthood. J Urol. 1995;154(6):2004-9. 5. Wieneke JA, Thompson LD, Heffess CS. Adrenal cortical neoplasms in the pediatric population: a clinicopathologic and immunophenotypic analysis of 83 patients. Am J Surg Pathol. 2003;27(7):867-81. 6. Almeida MQ, Fragoso MC, Lotfi CF, et al. Expression of insulin-like growth factor-II and its receptor in pediatric and adult adrenocortical tumors. J Clin Endocrinol Metab. 2008;93(9):3524-31. 7. Almeida MQ, Soares IC, Ribeiro TC, et al. Steroidogenic factor 1 overexpression and gene amplification are more fre quent in adrenocortical tumors from children than from adults. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(3):1458-62. 8. Allolio B, Fassnacht M. Clinical review: adrenocortical carcinoma: clinical update. J Clin Endocrinol Metab. 2006;91(6):2027-37. 9. de Reynies A, Assie G, Rickman DS, et al. Gene expression profiling reveals a new classification of adrenocortical tumors and identifies molecular predictors of malignancy and survival. J Clin Oncol. 2009;27(7):1108-15. 10.Fenske W, Volker HU, Adam P, et al. Glucose transporter GLUT1 expression is an stage-independent predictor of cli nical outcome in adrenocortical carcinoma. Endocr Relat Cancer. 2009;16(3):919-28. 11.Fassnacht M, Allolio B. Clinical management of adrenocortical carcinoma. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2009;23(2):273-89. RESUMOS DAS palestras 12.Bugg MF, Ribeiro RC, Roberson PK, et al. Correlation of pathologic features with clinical outcome in pediatric adre nocortical neoplasia: a study of a Brazilian population. Brazilian Group for Treatment of Childhood Adrenocortical Tumors. Am J Clin Pathol. 1994;101(5):625-9. 13.Ribeiro RC, Sandrini F, Figueiredo B, et al. An inherited p53 mutation that contributes in a tissue-specific manner to pediatric adrenal cortical carcinoma. Proc Natl Acad Sci U S A. 2001;98(16):9330-5. 14.Latronico AC, Pinto EM, Domenice S, et al. An inherited mutation outside the highly conserved DNA-binding domain of the p53 tumor suppressor protein in children and adults with sporadic adrenocortical tumors. J Clin Endocrinol Me tab. 2001;86(10):4970-3. 15.Logie A, Boulle N, Gaston V, et al. Autocrine role of IGF-II in proliferation of human adrenocortical carcinoma NCI H295R cell line. J Mol Endocrinol. 1999;23(1):23-32. 16.Wang Y, Sun Y. Insulin-like growth factor receptor-1 as an anti-cancer target: blocking transformation and inducing apoptosis. Curr Cancer Drug Targets. 2002;2(3):191-207. 17.Figueiredo BC, Cavalli LR, Pianovski MA, et al. Amplification of the steroidogenic factor 1 gene in childhood adreno cortical tumors. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90(2):615-9. NEOPLASIAS ENDÓCRINAS HEREDITÁRIAS Ana Hoff As neoplasias endócrinas hereditárias constituem um grupo distinto de síndromes genéticas que incluem as neoplasias endócrinas múltiplas tipo 1 e tipo 2, a síndrome do paraganglioma familiar, a doença de Von Hippel Lindau (VHL), a neurofibromatose tipo 1 e o complexo de Carney. Essas síndromes são de herança autossômica dominante e são caracterizadas pela produção hormonal exces siva. O fascínio por essas síndromes, apesar da raridade, é derivado da riqueza de sintomatologias clínicas que elas podem causar. Em indivíduos afetados, podem-se observar sintomas decorrentes da hipercalcemia, hiper cortisolismo, síndrome carcinoide, úlceras pépticas decorrentes da hipersecreção de gastrina, diarreia excessiva pela hipersecreção de VIP, hiperprolactinemia, acromegalia, hiperinsulinismo, hipersecreção de catecolaminas, entre outras. As síndromes clínicas resultantes das neoplasias endócrinas múltiplas tipo 1 (MEN1) e tipo 2 (MEN2) têm como característica a alta penetrância de tumores neuroendócrinos envolvendo principalmente as glândulas pa ratireoide, tireoide, adrenal, pâncreas e hipófise. A MEN1, descrita por Wermer em 1954, é caracterizada por hiperparatireoidismo (HPT) presente em 82% a 100% dos indivíduos, por tumores enteropancreáticos em 10% a 85% e por tumores hipofisários em 16% a 65%. Essa síndrome é causada, principalmente, por mutações germi nativas no gene MEN1, um gene supressor de tumores que codifica a proteína MENIN. Essa proteína participa de vários mecanismos relacionados ao controle da proliferação e apoptose celular. A MEN2, descrita por Sipple em 1961, é caracterizada por desenvolvimento do carcinoma medular de tireoide (CMT), feocromocitoma e HPT primário. A manifestação predominante é o CMT, que ocorre em mais de 95% dos indivíduos, seguida pelo feocromocitoma, em 50%, e HPT primário, em 20%-30% dos indivíduos afetados. A síndrome MEN2 é causada por uma mutação germinativa do proto-oncogene RET (8, 9) que codifica um receptor tirosina-quinase denominado RET. Na vigência de uma mutação ativadora, esse receptor é ativado constitutivamente resultando na ativação excessiva de vias intracelulares que regulam a proliferação e a apoptose celular. A manifestação mais frequente da doença VHL é o carcinoma renal, que se manifesta em aproximadamente 70% dos indivíduos. Outras manifestações incluem hemangioblastomas da retina e cerebelo, feocromocitomas, tumores de ilhotas pancreáticas, tumores endolinfáticos, cistos pancreáticos e renais. O gene responsável pela predisposição a esses tumores é denominado VHL, um gene supressor de tumores. As mutações são inativadoras e resultam em uma proteína truncada e disfuncional. A síndrome do paraganglioma familiar é decorrente de mutações dos genes das subunidades B, C e D da succi nato desidrogenase, importante para a cadeia de transporte de elétrons da mitocôndria. As manifestações mais im portantes são os tumores derivados das células cromafins, o feocromocitoma e o paraganglioma. As alterações mole culares foram descritas na última década e têm revolucionado a conduta perante a avaliação genética desses tumores. Nesta palestra, discutiremos os aspectos clínicos e moleculares dessas síndromes focando nas novidades da última década. RESUMOS DAS palestras MULTIPLE ENDOCRINE NEOPLASIA TYPE 1-RELATED PRIMARY HYPERPARATHYROIDISM: THE EARLY AND LATE OUTCOME OF THE BONE AND RENAL DISEASE Delmar M. Lourenço Jr, Flavia L. Coutinho, Rodrigo A. Toledo, Fabio L. M. Montenegro, Joya E. M. Correia-Deur, Sergio P. A. Toledo Context: Recent reports underlined the potential differences of the bone mineral loss pattern and in the preva lence of urolithiasis in cases with MEN1-related HPT and SPHPT (1-3). However, studies approaching the early and late outcome of bone mineral and urolithiasis-related renal co-morbidities are lacking in HPT/MEN1. Objectives: To study the natural history of the bone and renal disease in different stages of the development of the HPT/MEN1. Design and setting: Cross-sectional study performed in a tertiary academic hospital. Patients: Thirty-six cases with uncontrolled HPT from eight unrelated MEN1 families. All these families harbor a germline MEN1 mutation. Different groups of patients were considered: groups A (21 cases younger than 50 y-old) and B (15 cases older than 50 y-old); cases with asymptomatic (9) and symptomatic HPT (27) or with (14) or without gastrinoma (22). Main outcome measure: BMD analysis was performed by DXA in the proximal one third distal radius (1/3DR), femoral neck, total hip and lumbar spine (LS). Results: Patients’ age was 38.9 ± 14.5 yrs. PTH (114.9 ± 90.6; RV: 11-62 pg/mL) and calcium (11.0 ± 0.53; RV: 8.6-10.2 mg/ dL) values were mildly elevated, despite an overall high percentage of bone demineralization (77.8%). In the group A, demineralization was more frequent and severe at the 1/3 DR (40%; Z, -1.81 ± 0.26). The group B had higher frequency of bone demineralization in all sites (p < 0.005); a larger number of affected bone sites (p < 0.0001); and BMD was more severely compromised in the 1/3 DR (p = 0.007) and LS (p = 0.002). BMD was lower in symptomatic (88.9%) than in asymptomatic HPT cases (p < 0.006). Cases with long-standing HPT (> 10 yrs) and gastrinoma/HPT presented lower 1/3 DR BMD values. Urolithiasis occurred earlier (< 30 yrs), more frequently (75%) and was associated with related renal co-morbidities (50%) and renal insufficiency in the older group (33%). Conclusion: Bone mineral and urolithiasis-related renal complications in HPT/MEN1 are early-onset, frequent, extensive, severe and progressive. These data should be considered in the individualized clinical/surgical management of patients with MEN1-associated HPT. Support: This study was supported by FAPESP Grants 2008/58552-0 and 2009/15386-6. DML Jr and RAT are recipients of FAPESP postdoctoral fellowships. FLC is a recipient of a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) fellowship. References 1. Burgess JR, David R, et al. Osteoporosis in multiple endocrine neoplasia type 1: severity, clinical significance, relationship to primary hyperparathyroidism, and response to parathyroidectomy. Arch Surg. 1999;134:1119-23. 2. Lourenço DM Jr, Toledo RA, et al. Multiple endocrine neoplasia type 1 in Brazil: MEN1 founding mutation, clinical features, and bone mineral density profile. Eur J Endocrinol. 2008;159:259-74. 3. Eller-Vainicher C, Chiodini I, Battista C, et al. Sporadic and MEN1-related primary hyperparathyroidism: differences in clinical expression and severity. J Bone Miner Res. 2009;24:1404-10. RESUMOS DAS palestras INTERVENÇÃO NÃO FARMACOLÓGICA PARA O TRATAMENTO DO DIABETES E DA OBESIDADE Sandra R. Gouvêa Ferreira Hábitos de vida caracterizados por adequada ingestão alimentar em termos quantitativos e qualitativos e ati vidade física regular são eficazes para prevenção e controle do diabetes mellitus (DM), atuando no combate à obesidade. Apesar de dispendiosos ensaios clínicos terem comprovado tais benefícios em diferentes países (DPP, DPS, IDPP), a efetividade de intervenções não farmacológicas em sistemas públicos de saúde, especialmente em países em desenvolvimento, é difícil de ser demonstrada. Mudanças sustentadas de comportamentos de risco estão entre os maiores desafios dos órgãos internacionais de saúde. Existem iniciativas europeias para implemen tação de programas de prevenção de DM (DE-Plan e IMAGE). Interdisciplinaridade parece essencial para o enfrentamento de doenças crônicas como as que compõem a síndrome metabólica, que tem a obesidade na sua fisiopatogênese. O presente estudo piloto avaliou os efeitos de intervenção não farmacológica intensiva, em extrato de adultos de alto risco cardiometabólico (portadores de pré-diabetes ou síndrome metabólica sem diabetes), acompanha dos em um Centro de Saúde da rede pública de saúde de São Paulo. Esses indivíduos foram examinados no basal, aos 9 e 18 meses de seguimento por equipe interdisciplinar (médica, nutricionista, educador físico e psicóloga), quanto ao perfil de risco cardiovascular (clássico e marcadores inflamatórios), sendo comparados a um grupo submetido exclusivamente a consultas médicas a cada três meses (intervenção tradicional). Em adição às consul tas médicas, a intervenção interdisciplinar incluiu sessões psicoeducativas em grupo. Metas e adesão foram pre estabelecidas. De 438 rastreados com questionário de risco e, posteriormente, teste oral de tolerância à glicose, 224 eram elegíveis e 177 aceitaram participar do estudo. Em resumo, houve mudanças no consumo alimentar (recordatórios alimentares de 24h) em ambos os grupos, mas apenas na intervenção intensiva observou-se maior consumo de fibras alimentares; no mesmo grupo um maior percentual de indivíduos atingiu a meta de 150 min/semana de atividade física (IPAQ). Os sintomas de compulsão alimentar atenuaram mais na intervenção intensiva que na tradicional. À medida que aumentaram os tercis de atividade física, observou-se melhora de parâmetros lipídicos. Foi observada melhora no índice de massa corporal (IMC) em ambos os grupos, mas o delta da circunferência da cintura foi maior na intervenção intensiva. O aumento da adiponectina foi maior na intervenção intensiva. Os valores de glicose plasmática e de TNF-α mostraram-se independentemente associa dos à deterioração da categoria glicêmica, ajustados para o IMC. Os incrementos na concentração de TNF-α aumentaram o risco de piorar o status glicêmico. Proteína C reativa e interleucina 6 não se mostraram preditivas. Maior número de domínios da qualidade de vida – medida pelo SF-36 – melhorou com a intervenção intensiva comparada à tradicional. Outros estudos já mostraram papel preditivo de certos marcadores inflamatórios para incidência de DM. Interessantemente, a intervenção tradicional, conduzida em centro de saúde da rede básica, também resultou em melhora de certas variáveis clínicas, sugerindo que a consulta com endocrinologista já pode trazer benefícios metabólicos. Melhores efeitos clínicos e psicológicos são obtidos com a abordagem multiprofissional e interdis ciplinar. Tal intervenção se mostrou viável para a rede pública de São Paulo, mas desconhece-se se os benefícios perdurarão em longo prazo. RESUMOS DAS palestras DIFFERENTIAL DIAGNOSIS BETWEEN CONSTITUTIONAL DELAY OF PUBERTY AND HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: THE USE OF SERTOLI CELL MARKERS Rodolfo A. Rey Between birth and the onset of puberty, very few changes are observed in the hypothalamic-pituitary-gonadal axis. Gonadotrophin secretion remains high during the first 3-6 months of life. LH stimulates Leydig cell testosterone production while FSH stimulates Sertoli cell proliferation and AMH and inhibin B secretion. Thereafter, gonadotrophins decrease again resulting in a fall of testicular testosterone secretion to very low or undetectable levels during infancy and childhood. Childhood is therefore a period of physiologic hypogona dotrophic hypoandrogenism. Testicular volume, assessed clinically by palpation and comparison with Prader’s orchidometer, also shows no major changes. For these reasons, the prepubertal testis has been classically des cribed as quiescent. However, when attention is driven to Sertoli cells, it becomes clear that there is an intense activity, as reflected by its secretion of anti-Müllerian hormone (AMH) and inhibin B. At pubertal onset, the reactivation of the hypothalamic-gonadotrophin axis induces Leydig cells functional activity again. Intratesti cular androgen concentration increases before serum testosterone does, and provokes Sertoli cell maturation. Sertoli cells stop proliferating, AMH production is down-regulated and inhibin B secretion increases. Pubertal spermatogenesis is triggered: spermatogonia differentiate into primary spermatocytes, which undergo meiosis and form spermatids that subsequently mature to spermatozoa. Clinically, the onset of puberty is defined by a testicular volume ≥ 4 ml. The subsequent increase of gonadal size to a final volume of 15-25 ml is dependent on germ cell proliferation, which depends on intratesticular androgen levels and normal androgen receptor function in Sertoli cells. To distinguish between a prolonged period of physiologic hypogonadotrophic hypoandrogenism, beyond the normal limit of 14 yr in the male, and true hypogonadotrophic hypogonadism may prove difficult. Clinical data and family history may help; however, hormone tests are usually performed. Various dynamic tests using GnRH or GnRH analogs exist, with cutoff levels of peak LH being used to predict whether puberty may spon taneously develop. Basal FSH or LH levels may be helpful to establish the differential diagnosis in a limited number of cases. Recently, it has become apparent that basal levels of Sertoli cell markers AMH and inhibin B may be used as primary determinations, thus avoiding dynamic tests. The underlying rationale is that boys with congenital hypogonadotrophic hypogonadism have always lacked FSH stimulation, resulting in low produc tion of AMH and inhibin B during the whole prepubertal period. Conversely, a boy with constitutional delay of puberty has been exposed to normal FSH stimulation during fetal and early postnatal life, which results in normal levels of AMH and inhibin B. RESUMOS DAS palestras CAUSAS GENÉTICAS DO HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO Leticia Ferreira Gontijo SIlviera O hipogonadismo hipogonadotrófico isolado congênito (HHI) é causado por um defeito na produção ou se creção de GnRH pelo hipotálamo ou pela resistência hipofisária à ação do GnRH. Laboratorialmente, o HHI é caracterizado por concentrações baixas de esteroides sexuais (testosterona ou estradiol), associadas a níveis baixos ou inapropriadamente normais de gonadotrofinas (LH e FSH), na ausência de lesões anatômicas do SNC e com o restante da função hipofisária normal. Quando o HHI se encontra associado à anosmia ou hiposmia, caracteriza-se a síndrome de Kallmann (SK), cuja etiopatogenia está associada a defeitos na migração conjunta dos neurônios olfativos e neurônios liberadores de GnRH da placa nasal para o cérebro durante a embriogênese humana. O HHI é uma condição clínica e geneticamente heterogênea e pode ser esporádico ou herdado como um traço autossômico dominante, recessivo ou ligado ao X. Na última década, foram identificados diversos genes que atuam no desenvolvimento e na função do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. Esses genes codificam uma rede complexa de fatores de transcrição, proteínas de matriz, neurotransmissores, enzimas e receptores hormonais cujas ações são fundamentais para a aquisição e manutenção da função reprodutiva normal. Atualmente, cerca de 30% dos casos de HHI apresentam uma causa genética estabelecida. Mutações inativadoras nos genes KISS1R, GNRH1, GNRHR, TAC3 e TACR3 causam HHI normósmico, prejudicando a síntese e secreção ou ação do GnRH. O receptor de kisspeptina (KISS1R) é expresso na super fície dos neurônios secretores de GnRH e é ativado pelo neuropeptídeo kisspeptina, um potente estimulador da secreção de GnRH. A neurokinina B e seu receptor, codificados pelo TAC3 e TACR3 respectivamente, são coexpressos com a kisspeptina em neurônios hipotalâmicos que controlam a secreção de GnRH e parecem ter uma ação interligada na modulação da secreção pulsátil de GnRH. A SK ligada ao X é classicamente associada a mutações no gene KAL1. Porém, na última década, mutações nos genes FGFR1, FGF8, PROK2 e PROKR2, re lacionadas a alterações no desenvolvimento e migração dos neurônios de GnRH, foram identificadas como causa principalmente de SK, mas também associadas a casos de HHI normósmico. Além disso, mutações no CHD7, um gene envolvido na etiologia da síndrome de CHARGE, foram descritas em pacientes com SK e HHI nor mósmico. A associação de alguns genes tanto com a SK quanto com o HHI normósmico, inclusive com relatos de fenótipos variados dentro da mesma família, sugere que pode não haver uma distinção clínica tão clara entre as duas condições. Foram descritos, ainda, casos de HHI de herança digênica, ilustrando a heterogeneidade genética dessa condição. Apesar dos recentes avanços, as bases genéticas da maioria dos casos de HHI permanecem desconhecidas. Nos últimos anos, a Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento e o Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42 do HCFMUSP têm desenvolvido uma linha de pesquisa caracterizada pela análise de DNA genômico de pacientes com distúrbios puberais, incluindo hipogonadismo e puberdade precoce. Uma detalhada caracterização fenotípica e genotípica desses pacientes contribui para o entendimento das bases moleculares do controle central do eixo reprodutivo e da etiopatogenia dessas condições patológicas complexas. RESUMOS DAS palestras DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE CENTRAL Vinicius Nahime Brito A puberdade precoce central (PPC) decorre da ativação prematura do eixo gonadotrófico antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos. A PPC é mais frequente no sexo feminino e 90% dos casos são idio páticos. No sexo masculino, as lesões orgânicas do sistema nervoso central representam 2/3 dos casos. Cerca de 15%-20% dos casos de PPC são familiais e mutações ativadoras nos genes KISS1 e KISS1R foram descritas como causas monogênicas raras de PPC. O diagnóstico é clínico e a confirmação laboratorial dessa ativação é necessária. O diagnóstico diferencial deve ser feito com as formas isoladas de desenvolvimento puberal (telarca, pubarca ou menarca precoce isolada) e com a puberdade precoce periférica, nas quais o eixo gonadotrófico não está ativado. As dosagens de LH (em condição basal e após estímulo com GnRH de ação curta ou depot) são o parâmetro hormonal mais relevante para o diagnóstico de PPC. Com os ensaios mais sensíveis e específicos, é possível diagnosticar ativação do eixo gonadotrófico pelo valor de LH basal, utilizando valores de corte estabe lecidos para cada metodologia. Os valores basais de estradiol nas meninas apresentam baixa sensibilidade para confirmar PPC. Ao contrário, os valores de testosterona nos meninos são úteis para o diagnóstico de puberdade precoce, porém não diferenciam entre a forma central ou periférica. Os análogos de GnRH de ação prolongada (acetato de leuprolide, triptorelina e goserelina) são o tratamento de escolha da PPC. De acordo com o consenso sobre uso de GnRH em crianças com PPC, o bloqueio puberal é indicado nas situações de puberdade precoce progressiva (progressão dos caracteres sexuais, velocidade de crescimento acelerada e avanço da idade óssea). As diferentes doses de análogos de GnRH utilizadas para o tratamento da PPC para uso mensal ou trimestral, assim como os implantes subdérmicos (histrelina), resultaram em controle clínico e supressão hormonal adequados. O bloqueio puberal resulta na regressão ou estabilização do estadiamento puberal, normalização da velocidade de crescimento e da maturação óssea com melhora da previsão de estatura adulta. Os valores basais de LH e dos esteroides sexuais – estradiol (nas meninas) e testosterona (nos meninos) – devem estar suprimidos durante o tratamento. Os valores de LH após estímulo com GnRH de ação curta ou depot, que indicam bloqueio puberal adequado, dependem da metodologia utilizada. O seguimento a longo prazo dos pacientes com PPC tratados com análogos de GnRH de aplicação mensal revelam estatura adulta normal para o potencial genético, nenhum efeito deletério sobre o índice de massa corporal e densidade mineral óssea, fertilidade normal, embora alguns trabalhos demonstrem maior risco de síndrome de ovários policísticos, e melhora dos aspectos psicossociais. Es tudos randomizados são necessários para avaliar a superioridade da posologia mensal ou trimestral no seguimento a longo prazo dos pacientes com PPC. Referências 1. Brito VN, Latronico AC, Arnhold IJ, Mendonca BB. Arq Bras Endocrinol Metab. 2008;52(1):18-31. 2. Carel JC, Eugster EA, Rogol A, et al. Pediatrics. 2009;123(4):752-62. RESUMOS DAS palestras EFEITOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA SOBRE O CORAÇÃO Alfredo Halpern A cirurgia bariátrica é indubitavelmente o meio mais eficaz para obter perda de peso importante e manutenção duradoura do peso atingido em pacientes com obesidade grave (embora 10% dos pacientes reganhem todo o peso perdido e cerca de 60% a 70% tenham reganho de em torno de 15% em relação ao menor peso obtido). Como regra, a qualidade de vida e a saúde melhoram consideravelmente na maioria dos indivíduos bem -sucedidos com a cirurgia. Nos diabéticos, há uma resolução do quadro em pelo menos 60% dos pacientes (de acordo com a cirurgia); 2/3 dos hipertensos ficam normotensos ou necessitam menor número de medicação; a dislipidemia aterogênica e a apneia do sono têm acentuada melhoria etc. Do ponto de vista do coração, com a melhora dos fatores de risco, é lógico supor-se menor incidência de co ronariopatia com a perda de peso e nos coronarianos é lógico também supor-se menos eventos futuros (embora isso ainda esteja por ser demonstrado). Quanto à função cardíaca, sabe-se que o aumento do IMC associa-se ao aumento na prevalência de insuficiên cia cardíaca. Até mesmo obesos metabolicamente normais têm frequentemente disfunção diastólica. No Hospital das Clí nicas da Universidade de São Paulo, mostramos que mulheres obesas completamente normais quanto à presença de riscos cardiovasculares (além da obesidade) apresentam ao ecoDopplercardiograma sinais nítidos de menor capacidade cardíaca de se adaptar ao fluxo de sangue em relação a mulheres de peso normal. Nos obesos mórbi dos, tal fato é bastante óbvio e pode levar ao quadro clínico de insuficiência cardíaca nítida, mesmo que a fração de ejeção ainda esteja em níveis adequados. Quando a fração de ejeção se acha comprometido, o prognóstico piora mais ainda. Sabemos também que pacientes obesos têm mais arritmia cardíaca, particularmente fibrilação atrial, devido, principalmente, ao aumento do átrio esquerdo que apresentam. O efeito da cirurgia bariátrica nesses parâmetros é bastante óbvio, com melhora de resolução da insuficiência cardíaca na maioria dos casos (a despeito de que os estudos não são uniformes quanto à melhora da fração de ejeção diminuída). Indubitavelmente, no entanto, do ponto de vista clínico, a melhora da dispneia, do cansaço e do edema é bastante óbvia. Também há estudos mostrando que com a perda de peso há menor frequência de fibrilação atrial. Finalmente, é preciso salientar que, além da perda de peso, a cirurgia bariátrica pode levar à melhora das condições cardíacas por outros fatores, dos quais se destaca o papel do GLP1, que se eleva nas cirurgias com derivação intestinal e que tem várias ações protetoras para o coração. RESUMOS DAS palestras EVOLUÇÃO DO DIABETES MELLITUS E OBESIDADE APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA Jacqueline Rizzolli O aumento dramático na prevalência de obesidade e diabete mellitus tipo 2 (DM2) que está ocorrendo mun dialmente nas últimas duas décadas tornou-se uma preocupação majoritária de saúde pública. Os esforços de políticas de saúde para prevenir o surgimento da obesidade e suas comorbidades deveriam ser prioritários, porém os resultados seguem sendo frustrantes. O tratamento convencional da obesidade, principalmente nos casos mais graves, baseado em reeducação alimentar, atividade física e apoio medicamentoso, costuma ter resultados variados, muitas vezes bem abaixo da necessidade do paciente, e com reengordas frequentes. O tratamento do DM2, apesar de possuir um arsenal terapêutico muito maior e mais eficaz que o da obesidade, também muitas vezes é de difícil ajuste, e a doença segue progredindo, com menos de 30% dos pacientes atingindo as metas de HbA1c < 7,0%. A cirurgia bariátrica é um tratamento apropriado para pacientes com IMC ≥ 35 kg/m² e DM2 que não con seguem atingir as metas terapêuticas com o tratamento convencional, especialmente na presença de outras co morbidades maiores associadas. A morbimortalidade associada a cirurgias bariátricas é geralmente baixa e similar à de procedimentos bem aceitos como colecistectomias. A efetividade de cada técnica é variável, e a literatura dispõe de poucos estudos de seguimento de longo prazo. No Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica do HSL-PUCRS, revisamos 125 casos de pacientes com DM2 submetidos a bypass gastrointestinal em Y de Roux (RYGBP) e observamos redução de 78% do excesso de peso inicial após 18 meses de PO e 95,2% dos pacientes estavam em remissão do DM2. Na revisão sistemática realiza da por Buchwaldt e colaboradores avaliando 3.188 diabéticos operados, observou-se redução de excesso de peso de 73% para os casos de cirurgia de derivação biliopancreática (BPD), 63% para os casos de RYGBP e 49% para os casos de banda gástrica ajustável (LAGB). A remissão do DM2 ocorreu em 95% dos BPD, 80% dos RYGBP e 57% dos LAGB. As manifestações clínicas e laboratoriais do DM2 melhoraram de forma significativa na grande maioria dos pacientes após cirurgia bariátrica, 78,1% tiveram remissão do DM2 e 86,6%, remissão ou melhora do controle. Os melhores resultados são obtidos com as técnicas que envolvem algum grau de disabsorção e que promovem maior redução de peso. São necessários mais estudos com períodos prolongados de seguimento (superiores a 10 anos) e com con troles clínicos pareados para definir o impacto da cirurgia bariátrica nos pacientes com diabetes a longo prazo, mas os achados atuais são bastante promissores, fazendo inclusive a IDF (International Diabetes Federation) posicionar-se favorável à indicação de cirurgia bariátrica para pacientes com DM2 e IMC entre 30-35 kg/m² em casos selecionados. RESUMOS DAS palestras CONTROLE DAS ALTERAÇÕES ÓSSEAS APÓS A CIRURGIA BARIÁTRICA Regina Matsunaga Martin Do ponto de vista funcional, podemos classificar as cirurgias bariátricas em: procedimentos puramente restritivos; procedimentos envolvendo bypass gástrico (resulta em prejuízo da absorção de micronutrientes) e procedimentos predominantemente malabsortivos (em que ocorre comprometimento da absorção de macro e micronutrientes). Cada uma dessas condições proporciona alterações gradativamente crescentes no metabolismo ósseo e mineral, caso não seja tomada nenhuma medida preventiva. Entre as principais alterações no metabolismo ósseo e mineral após cirurgia bariátrica, podemos citar: o au mento da remodelação e a diminuição de massa óssea consequentes à perda ponderal inicial intensa, a hipovita minose D, o hiperparatireoidismo secundário, a hiperoxalúria e a nefrolitíase. Após cirurgias bariátricas restritivas, não se espera dificuldade na absorção de cálcio ou de vitamina D, portan to a necessidade de suplementação deve ser avaliada caso a restrição alimentar comprometa o aporte desejado de cálcio ou haja menor exposição solar. Por sua vez, nas cirurgias envolvendo bypass gástrico e nos procedimentos predominantemente malabsortivos, a absorção dietária de cálcio fica comprometida por causa da redução da área intestinal responsável por sua absorção. Nas cirurgias predominantemente malabsortivas, outro agravante é que a mudança do trânsito intestinal implica prejuízo da emulsificação das gorduras pelo sais biliares, prejudicando a absorção dos lípides e de vitaminas lipossolúveis como a vitamina D; além disso, o aumento da gordura na luz intestinal contribui para a redução da absorção de cálcio. Caso não haja suplementação adequada de cálcio e vitamina D, ocorre o desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário, cuja perpetuação levará à perda de massa óssea e, em um grau mais intenso, a defeitos de mineralização. Nos procedimentos malabsortivos, o aumento da concentração de sais biliares e de ácidos graxos livres no lúmen intestinal, e que se complexam ao cálcio, permite a absorção de grandes quantidades de oxalato. Ocorre ainda mudança na flora intestinal caracterizada pela redução ou ausência de bactérias que degradam o oxalato. O resultado final é uma hiperoxalúria que deve ser considerada como um fator de risco para nefrolitíase e falência renal. A fim de minimizar e/ou tratar essas potenciais complicações, é de fundamental importância o acompanha mento multidisciplinar envolvendo nutricionista, médico e psicólogo. O seguimento no primeiro ano pós-ope ratório deve ser iniciado precocemente (quatro semanas após a cirurgia) e repetido a cada três ou quatro meses, consistindo não só da anamnese nutricional e clínica, mas também de exames complementares. A partir do segundo ano pós-operatório, a frequência das avaliações pode ser espaçada, mas não deve ser ignorada, a fim de conferir a aderência ao uso dos suplementos nutricionais indicados e de rever o status nutricional do indivíduo. RESUMOS DAS palestras DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DA DEFICIÊNCIA DA 21-HIDROXILASE Tânia Sanchez Bachega A deficiência da 21-hidroxilase (21OHD) apresenta grande variabilidade de manifestações clínicas, variando de uma forma grave com desidratação neonatal até uma forma com início tardio das manifestações. Embora a am biguidade genital seja característica marcante do sexo feminino, esta não é identificada no berçário em 37% das meninas, e consequentemente ocorrem erros de registro do sexo civil. As dificuldades diagnósticas aumentam em recém-nascido (RN) masculino, a maioria falece por desidratação neonatal, fato sugerido pela baixa proporção de meninos com a forma perdedora de sal em nosso meio (19%). Todas essas situações são facilmente identificadas pela triagem neonatal, e nesse teste o menor valor da 17OHP em RN afetado foi de 31 ng/mL. É importante ressaltar que, embora a triagem neonatal seja efetiva no diagnóstico da 21OHD, resultados falsos-positivos são frequentes em prematuridade. Em trabalho com a APAE-SP, observamos que o ajuste dos valores da 17OHP neonatal de acordo com o grau de prematuridade reduz em 80% a taxa de falsos-positivos. Na forma não clássica (NC), as manifestações podem iniciar-se na infância, adolescência ou vida adulta. Ob servamos que 26% dos casos se apresentaram com pubarca precoce, 26% com hirsutismo e 19% com alterações menstruais. O diagnóstico da forma NC não pode ser confirmado por meios clínicos, pois suas manifestações apresentam grande sobreposição com as da síndrome de ovários policísticos (SOP). Valores basais normais da 17OHP são observados em 6% dos casos com forma NC, enquanto valores pouco aumentados (2 e 5 ng/mL), em 2,5% das pacientes com SOP. Concentrações séricas de andrógenos também não apresentam diferenças significativas entre as duas patologias. Para o diagnóstico definitivo de forma NC, é importante se realizar o teste com ACTH. A fim de determinar qual valor da 17OHP pós-ACTH deve ser utilizado no diagnóstico da forma NC, construímos uma curva ROC com os valores desses pacientes e de heterozigotos obrigatórios: 14 ng/mL foi o valor com maior sensibilidade (100%) e especificidade (99%). Em conclusão, o diagnóstico da forma clássica da 21OHD deve ser pesquisado em RN com ambiguidade ge nital (sem gônadas palpáveis) e/ou na presença de desidratação hiponatrêmica; a forma NC deve ser investigada em todo paciente com manifestações hiperandrogênicas tardias. Agradecimentos: APAE-SP, Dras. Larissa Gomes, Guiomar Madureira e Flávia Barbosa, Profs. Cláudio Ka ter, José A. Marcondes, Alex A. L. Jorge e Berenice Mendonça. RESUMOS DAS palestras QUANDO SUSPEITAR DE FORMAS RARAS DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Lívia Mermej Formas raras de hiperplasia adrenal congênita (HAC) são responsáveis por 10% dos casos e correspondem às deficiências de 11β-hidroxilase (D-11βOH), 17-hidroxilase (D-17OH), 3βhidroxiesteroide desidrogenase (D-3βHSD) e P450 oxidorredutase (D-POR). A D-11βOH corresponde a 5% dos casos; além do hiperandro genismo ao nascimento, com graus de genitália ambígua nos pacientes 46XX sobreponíveis aos encontrados na D-21OH, um sinal importante é a hipertensão arterial com alcalose hipocalêmica devida ao excesso de deoxi corticosterona (DOC), o que a distingue da D-21OH. Entretanto, o diagnóstico pode ser difícil no período neonatal por causa da ausência de hipertensão. O diagnóstico errôneo de D-21OH geralmente acontece devido à discreta elevação da 17OH–progesterona (17OHP) associada a não dosagem de rotina de 11-desoxicortisol e DOC. Portanto, adiante de virilização neonatal e valores de 17OHP discretamente aumentados (níveis que não caracterizam a forma clássica de D-21OH), a dosagem de 11-desoxicortisol é imprescindível, pois valores elevados definem o diagnóstico de D-11βOH. A D-17OH é reportada na literatura por meio de casos isolados. O bloqueio enzimático da 17OH provoca o acúmulo de precursores como progesterona, DOC e corticosterona, e deficiência dos esteroides gonadais, determinando a ausência de caracteres sexuais secundários nos pacientes 46XX e pseudo-hermafroditismo masculino nos 46XY. O diagnóstico é geralmente realizado durante a puber dade com quadro de hipertensão arterial, hipocalemia e hipogonadismo hipergonadotrófico com concentrações elevadas de progesterona, o que auxilia no diagnóstico. A D-3βHSD é rara; a enzima catalisa a conversão dos Δ5 em Δ4 esteroides, sendo fundamental para a síntese de todas as classes de esteroides. Nas D-21OH e D-11βOH, a síntese de esteroides está prejudicada apenas na adrenal, enquanto na D-3βHSD ocorre também nas gônadas. Com produção de androgênios diminuída, fetos 46XY apresentam genitália ambígua ao nascimento com ou sem perda de sal e fetos 46XX apresentam genitália externa normal ou sinais de virilização leves como clitoromegalia. Forma não clássica tem sido descrita, com quadro de hiperandrogenismo na infância (pubarca precoce, clitoro megalia e avanço de idade óssea). O diagnóstico é realizado pelas concentrações elevadas de Δ5 como 17Pregne nolona (17Preg) e da relação aumentada 17Preg/cortisol após estímulo com ACTH. A D-POR foi descrita em 1985 e sua prevalência ainda não foi estabelecida. Apresenta fenótipo complexo com ambiguidade genital em ambos os sexos, além de malformações esqueléticas. É a única forma de HAC com características bioquímicas tanto da D-21OH como da D-17OH, com aumento da 17OHP, progesterona e corticosterona. Entretanto, a virilização pós-natal não progride e as concentrações de andrógenos diminuem, sugerindo uma via alternativa de produção androgênica exclusiva no período fetal, a qual não persiste após o nascimento. O diagnóstico molecu lar auxilia no esclarecimento das formas raras de HAC. RESUMOS DAS palestras ESQUEMAS TERAPÊUTICOS COM GLICOCORTICOIDE NA HAC Ivani Novato Silva Apesar de todo avanço no conhecimento da hiperplasia adrenal congênita (HAC), cuja forma ligada à deficiên cia de 21OH está presente em 95% dos casos, o tratamento permanece um desafio. Para o adequado controle dos pacientes, é necessária reposição constante do cortisol em quantidade suficiente para manter a supressão da produção androgênica excessiva. No entanto, determinar o nível ótimo de reposição do glicocorticoide (GC) é difícil: subtratamento pode levar à insuficiência adrenal e virilização, enquanto supertratamento leva à obesidade, Cushing iatrogênico e osteoporose; além disso, tanto o hipercortisolismo como o hiperandrogenismo podem contribuir para deficiência estatural na vida adulta. Idealmente, a reposição deveria ser em quantidades similares e mimetizar o ritmo circadiano de secreção do cortisol. A recomendação terapêutica dos últimos guidelines é para reposição com acetato de hidrocortisona na criança e adolescente (10-15 mg/m²/dia, em 2-3 doses), por causa de sua curta meia-vida, que contribui para minimizar a supressão do crescimento e outros efeitos adversos, sem consenso sobre o uso de doses maiores pela manhã ou à noite. No entanto, sua duração plasmática de aproximadamente 3h não simula os níveis fisiológicos e a criança estará sujeita a períodos de secreção androgênica aumentada, estimulada pelo ACTH. Os GC de ação prolongada, apontados como opção, não são recomendados, pois, além de apresentarem grande dificuldade para a determinação de equivalência de doses e maior potencial para a supressão do crescimen to, também não simulam o ritmo circadiano de secreção de cortisol. Os resultados terapêuticos deixam a desejar, seja na aquisição de AF abaixo do esperado na maioria dos estu dos, seja no controle insuficiente dos sinais de virilização. Esquemas com a prednisolona ou dexametasona uma vez ao dia são relatados experimentalmente e, em curto prazo, com o objetivo de melhorar o controle na infância. Na vida adulta, os pacientes com a forma clássica ou não clássica são tratados, predominantemente, com pred nisolona ou dexametasona e, mais raramente, com a hidrocortisona. O uso de antiandrogênios, inibidores da síntese ou ação androgênica, via antagonistas de receptores ou da enzima 5α-redutase pode contribuir para melhora dos sinais de virilização. Outras alterações, também presentes, como a deficiência de catecolaminas e a deficiência de mineralocorticoi de, que ocorre, em maior ou menor grau, em todos os pacientes, podem modificar a necessidade de GC e devem ser levadas em consideração. Os pacientes com forma clássica devem ser tratados com fludrocortisona (0,05-0,20 mg/dia em 1-2 doses) durante a infância. Posteriormente, a necessidade de uso vai ser orientada pela dosagem de atividade plasmática de renina e medida da pressão arterial. Seu uso diminui o requerimento de GC. Nos lactentes perdedores de sal, a reposição do cloreto de sódio (1-2g/d) é mandatória, porque a alimentação não é suficiente para repor a perda. As formulações de hidrocortisona de liberação prolongada que vêm sendo recentemente testadas têm como objetivo simular o ritmo circadiano de secreção do cortisol e representam uma nova opção para o manejo desses pacientes, configurando uma esperança real de avanço. A substituição da corticoterapia habitual pela adrenalectomia ou uso de dispositivos de liberação prolongada dos GC, similares às bombas de insulina, ainda apresenta caráter experimental e não faz parte do arsenal terapêu tico de rotina. RESUMOS DAS palestras PREVENDO A RESPOSTA AO TRATAMENTO COM HORMÔNIO DE CRESCIMENTO Margaret Cristina da Silva Boguszewski O uso de hormônio de crescimento (GH, growth hormone) recombinante para o tratamento da baixa estatura teve início na década de 1980. Desde então, muito se evoluiu nessa área e o tratamento permite que muitas crianças atinjam uma altura adulta dentro do normal para a população e adequada para o seu potencial genéti co. Entretanto, apesar de a resposta ao tratamento ser uma particularidade de cada criança, dependendo da sua idade, potencial genético, entre outros fatores, a escolha da dose nas diversas indicações clínicas ainda se faz de forma empírica e não individualizada. Na maioria das vezes, os regimes terapêuticos são semelhantes, com doses corrigidas apenas pela variação do peso, não levando em consideração a sensibilidade ao tratamento de cada indivíduo. Na tentativa de individualizar o tratamento de acordo com as necessidades de cada um, foram criados os “prediction models” ou modelos preditivos da resposta ao tratamento com GH, específicos para cada patologia e levando em consideração as características de cada paciente. O desenvolvimento dos modelos preditivos se faz por meio de análise de regressão linear múltipla. O objeti vo é identificar quais variáveis influenciam a resposta ao tratamento e criar uma fórmula que possa ser utilizada para adequação da dose. Inicialmente, todas as variáveis independentes que podem influenciar a resposta ao tratamento são incluídas nos cálculos (idade do paciente, altura, idade óssea etc.). Alguns modelos incluem também informações laboratoriais, como pico de secreção de GH em testes provocativos, concentração de IGF1 e IGFBP3. Do outro lado, como variável dependente, está a resposta ao tratamento, representada como a velocidade de crescimento ou a variação do escore Z da altura ou outro critério preestabelecido. Entrarão no modelo preditivo apenas as variáveis que demonstrarem algum poder na previsão da resposta ao tratamento. Um exemplo são os modelos preditivos desenvolvidos a partir do banco de dados do KIGS (Pfizer International Growth Study Database). Em um deles, foi analisada a resposta ao tratamento de 593 crianças pré-púberes com deficiência de GH idiopática. As variáveis que melhor explicavam a resposta no primeiro ano de tratamen to e que foram selecionadas e “entraram” no modelo preditivo foram, em ordem de importância, o pico do GH em testes provocativos (maior a gravidade da deficiência, melhor a resposta), a idade cronológica inicial (menor idade, melhor resposta), o escore Z da altura corrigida no início do tratamento (menor altura, maior resposta), o escore Z do peso inicial, a dose de GH e o peso ao nascer (maior peso inicial, maior dose e maior peso ao nascimento, melhor resposta). Esse modelo conseguiu explicar 61% da variabilidade de velocidade de crescimento no primeiro ano de tratamento. A partir dessa análise se obteve uma fórmula que, depois de testada em outros grupos de pacientes, poderia ser utilizada para “prever” a velocidade de crescimento após o primeiro ano de tratamento de outras crianças e corrigir a dose de GH se a velocidade prevista pela fórmula não fosse a esperada. Entretanto, é importante lembrar que a fórmula obtida explica 61% da variabilidade da resposta, indicando que outros fatores que influenciam a resposta ainda não foram identificados. Estudos ainda são necessários para melhorar a aplicabilidade clínica dos “prediction models”, aumentando o poder preditivo e diminuindo as variações. Referências 1. Ranke MB, et al. Derivation and validation of a mathematical model for predicting the response to exogenous re combinant human growth hormone (GH) in prepubertal children with idiopathic GH deficiency. KIGS International Board. Kabi Pharmacia International Growth Study. J Clin Endocrinol Metab. 1999;84:1174-83. 2. Costalonga EF, et al. Modelos matemáticos para previsão de resposta ao tratamento com hormônio de crescimento. Arq Bras Endocrinol Metab. 2008;52(5):839-49. 3. Ranke MB, Lindberg A. Observed and predicted growth responses in prepubertal children with growth disorders: guidance of growth hormone treatment by empirical variables. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(3):1229-37. RESUMOS DAS palestras TRATAMENTO INTEGRADO DO HIPOPITUITARISMO Manoel Martins A reposição hormonal em pacientes com hipopituitarismo está associada a vários desafios para o médico, em es pecial o fato de que na maioria das vezes as deficiências são múltiplas e o tratamento de cada uma delas interfere na reposição dos outros hormônios. Particularmente, a reposição somatotrófica, a mais comum das deficiências, interfere nos eixos tireotrófico e corticotrófico, com importantes implicações clínicas. O hormônio do crescimento (GH) aumenta a conversão do T4 em T3, a forma ativa do hormônio tireoidiano (HT). A reposição de GH em pacientes com hipopituitarismo reduz os níveis séricos de T4 livre e aumenta os níveis de T3 (Portes et al., 2000). A recomendação tradicional para a reposição de levotiroxina em pacientes com hipotireoidismo central é manter os níveis de T4 livre na metade superior da faixa de referência para assegurar o eutireoidismo. Porém, essa recomendação não leva em conta o status somatotrófico do paciente. Para avaliar qual o significado biológico da mudança dos níveis dos HT durante o tratamento com GH, avaliamos a reposição tireoidiana em pacientes com hipotireoidismo central com ou sem DGH e os comparamos a indivíduos normais (Martins et al., 2007). Apesar de níveis semelhantes de T4 livre devidos à reposição exógena, os pacientes com DGH não reposto apresentavam níveis mais baixos de T3. Além disso, o gasto energético de repouso e o tempo de contração isovolumétrica, ambos marcadores sensíveis do status tireoidiano, mostravam menor atividade de HT nos pacientes com DGH não reposto. Quando pacientes com ou sem GH tiveram sua dose de reposição de levotiroxina ajustada para o objetivo, ou seja, T4 livre entre a média e o limite superior da faixa de referência, os pacientes sem GH apresentaram melhora dos marcadores de ação de HT dentro dos limites adequados. Em contraste, os pacientes em reposição de GH apresentaram marcadores de ação compatíveis com tireotoxicose. A suspensão do uso de GH induziu alterações semelhantes. Esses resultados sugerem que pacientes com hipoti reoidismo central devem ser tratados de acordo com seu status somatotrófico. Em contraste com o efeito do GH no eixo tireotrófico, no eixo corticotrófico a reposição de GH diminui a produção de hormônio ativo (cortisol) a partir da forma menos ativa (cortisona). Pacientes com DGH não tra tado apresentam-se clinicamente com uma síndrome semelhante à síndrome de Cushing. Pelo menos em parte esse fenótipo pode ser devido ao aumento da conversão de cortisona em cortisol. Por outro lado, a reposição de GH em pacientes com DGH pode precipitar insuficiência corticotrófica (Giavoli et al., 2004). O risco de insufi ciência adrenal é maior em pacientes com múltiplas deficiências hipofisárias. Além disso, é importante reavaliar o eixo corticotrófico de pacientes com deficiência de GH após o início da reposição somatotrófica. Em resumo, o estado somatotrófico tem efeitos clinicamente significativos nos eixos tireotrófico e corticotró fico, e esses efeitos devem ser considerados durante o tratamento do hipopituitarismo. RESUMOS DAS palestras Atualização no Tratamento da Osteoporose Francisco Bandeira A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração na microarquitetura do tecido ósseo, levando à fragilidade mecânica e, consequentemente, à predisposição a fraturas com trauma mí nimo. É o distúrbio osteometabólico mais comum e representa importante problema de saúde pública mundial, com predomínio no sexo feminino (4 a 8:1). O homem tem cerca de 30% mais massa óssea que a mulher, além de melhor geometria e maior força óssea. Uma projeção estima que haverá 14 milhões de adultos osteoporóticos com idade superior a 50 anos em 2020. Com o envelhecimento da população mundial e o aumento da expec tativa de vida, a incidência e a prevalência da osteoporose, bem como sua importância econômica, aumentarão cada vez mais. As fraturas osteoporóticas são importante causa de morbidade e estão associadas com acentuado risco de fra tura subsequente e de mortalidade, tanto em homens quanto em mulheres. Do ponto de vista epidemiológico e clínico, observamos que as fraturas osteoporóticas mais importantes são as de vértebras, colo do fêmur e rádio distal. Porém, as fraturas não vertebrais que englobam todas as fraturas que ocorrem espontaneamente ou com a queda da própria altura, que não estejam localizadas em vértebras, face e dedos e que não sejam patológicas, têm sido, do ponto de vista epidemiológico, reconhecidamente importantes, pois limitam a qualidade de vida e, em geral, requerem tratamento cirúrgico. As fraturas de colo do fêmur estão associadas não apenas a uma maior morbimortalidade, mas também a um aumento substancial nos custos da assistência à saúde. Ingestão adequada de cálcio é essencial para o desenvolvimento e a manutenção do esqueleto. Insuficiência na ingestão de cálcio pode reduzir o pico de massa óssea e aumentar a perda de massa óssea associada com a idade. Orienta-se aumentar a ingesta de cálcio pelos dos alimentos (leite e derivados, sardinha e salmão – tabela 1), devendo suplementá-lo com comprimidos de cálcio quando as metas orientadas não forem atingidas, como nas mulheres pós-menopausa com dieta pobre em cálcio e em idosos. Dentre os variados sais de cálcio disponí veis no mercado, o carbonato de cálcio é o que possui maior porcentagem de cálcio disponível (40% de cálcio elementar), porém sua absorção depende de acidificação ideal no trato digestivo, sendo por isso recomendada a ingestão durante as refeições. Por outro lado, o citrato de cálcio (21% de cálcio elementar) é o segundo mais utilizado e é mais bem absorvido em situações de acloridia e nos pacientes com risco de nefrolitíase, pois o citrato inibe a formação de cálculos renais. Em estudos clínicos controlados, uma ingesta adequada de cálcio (1.0001.500 mg/dia) mostrou reduzir os riscos de fraturas osteoporóticas, cálculos renais, obesidade e hipertensão. A vitamina D3, colecalciferol, ou D2, ergocalciferol, exercem um papel essencial para a absorção intestinal de cálcio, assim como para a adequada força muscular, que está diretamente relacionada com a menor ocorrência de quedas. A principal fonte de vitamina D em humanos é a exposição solar, no entanto a deficiência oculta ou insuficiência de vitamina D é comum mesmo em regiões ensolaradas, já que a pele perde progressivamente a ca pacidade de síntese de provitamina D a partir dos 50 anos de idade, sendo necessária a complementação na dieta por meio da ingestão de óleos de peixe, peixes com alto teor de gordura e gema de ovo ou com suplementação da vitamina. A deficiência de vitamina D pode exacerbar a perda óssea na osteoporose, causar raquitismo e osteo malácia e associar-se a doenças cardiovasculares, DM tipo 1 e 2, câncer de próstata e do intestino grosso. O pon to de corte para os níveis séricos ideais não está bem definido, porém níveis de 25-hidroxivitamina D (25-OHD) maiores do que 30 ng/mL são considerados aceitáveis. Quando os níveis séricos de 25-OHD são < 25 ng/mL, ocorrem aumento significativo do PTH e perda de massa óssea. Idosos possuem alto risco de deficiência de vi tamina D por causa da baixa síntese pela pele, assim como pela diminuição da atividade da 1α-hidroxilase renal, com consequente queda da 1,25-diidroxivitamina D, sendo, por isso, necessária a suplementação de vitamina D. Na mais recente metanálise com 11 estudos randomizados, duplos-cegos e controlados com placebo, doses de vitamina D entre 800 e 2.000 U/dia, por até quatro anos, reduziram o risco fraturas de colo de fêmur e não vertebrais. A tabela seguinte mostra a redução do risco de fraturas vertebrais e o número necessário para tratar (NNT) em três anos, com os vários fármacos usados na osteoporose pós-menopausa. RESUMOS DAS palestras Estudo [ref.] Aumento da DMO FIT II54 FITI2 RSMN55 RSN56 MORE57 BONE58 FPT59 Horizon60 SOTI61 8,1% 7,9% 7,1% 5,4% 2,6% 6,0% 14% 7,0% 14% Redução do Risco Rela tivo (RRR) de Fraturas Vertebrais 44% 47% 39% 31% 35% 52% 65% 70% 41% Presença de Fraturas Vertebrais no Início do Estudo 0% 100% 100% 100% 37% 100% 100% 60% 100% Redução do Risco Ab Droga soluto / NNT (3 anos) 1,7% / 59 7% / 15 10% /15 5% / 20 6,5% / 16 4,9% / 21 9% / 12 7,6% / 14 11% / 9 Alendronato Alendronato Risendronato Risendronato Raloxifeno Ibandronato Teriparatide Zolendronato Ranelato de Estrôncio MÉTODOS PARA ANÁLISE QUALITATIVA DA MASSA ÓSSEA Carolina Aguiar Moreira Kulak A osteoporose e as fraturas por fragilidade ocorrem por diminuição da força óssea, a qual está relacionada com a in tegração de dois fatores principais: densidade mineral e qualidade óssea. Estima-se que 20% a 40% da força óssea é determinada pela qualidade, a qual refere-se à arquitetura, composição da matriz, remodelação e mineralização óssea. Vários métodos têm sido empregados na análise qualitativa do esqueleto, principalmente em pesquisas de novas drogas para tratamento da osteoporose1. Esses métodos podem ser divididos em invasivos, quando reali zados mediante biópsia óssea, e não invasivos. Entre os invasivos, o mais antigo é a técnica de histomorfometria óssea, que avalia em duas dimensões parâmetros estruturais como o volume ósseo, o número e a espessura das trabéculas e o espaço entre elas. A técnica de histomorfometria por meio de marcação prévia do esqueleto com tetraciclina, a qual se deposita na fronte de mineralização, possibilita uma análise de parâmetros dinâmicos do tecido ósseo, como a formação e mineralização2. Outro método realizado com o fragmento da biópsia é a mi crotomografia computadorizada (microCT), na qual os parâmetros estruturais relatados acima são analisados em três dimensões. Nessa técnica, a mineralização tecidual, a conectividade entre as trabéculas e o formato delas (relação de placas por pontos) também são analisados3. Entre os métodos não invasivos, uma grande variedade de técnicas destinadas à análise da microarquitetura tem sido estudada. A tomografia quantitativa periférica de alta resolução (XRpQCT) avalia parâmetros estruturais do osso cortical e trabecular em sítios periféricos como o rádio e a tíbia, sendo considerada por alguns autores como uma biópsia virtual. Para avaliação do fêmur, a tomografia computadorizada quantitativa (QTC) tem sido o método de escolha4. Na avaliação da remodelação óssea, além da histomorfometria, a dosagem dos marcadores bioquímicos tanto de formação como de reabsorção óssea pode ser útil na identificação dos pacientes com osteoporose de alta ou baixa remodelação1. A diminuição da qualidade óssea está relacionada a uma maior fragilidade do esqueleto e justifica a presença de fraturas em indivíduos com densidade óssea normal. Sendo assim, a análise qualitativa dos parâmetros de qualidade óssea torna-se uma ferramenta importante para avaliação do risco de fraturas independentemente da densidade mineral óssea. Referências 1. Compston J. Bone quality. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006;50:579-85. 2. Kulak CA, Dempster DW. Bone histomorphometry: a concise review for endocrinologists and clinicians. Arq Bras En docrinol Metab. 2010;54;87-98. 3. Kulak CA, Borba VZ, Jorgetti V, et al. Skeletal microstructural abnormalities in postmenopausal women with chronic obstructive pulmonary disease. J Bone Miner Res. 2010;25:1931-40. 4. Cohen A, Dempster D, Bilezikian J, et al. Assessment of trabecular and cortical archictecture and mecanical competence of bone by high resolution peripheral computed tomography: comparation with transiliac bone biopsy. Osteoporos Int. 2010;21:263-73. RESUMOS DAS palestras AVALIAÇÃO DA MASSA ÓSSEA E TRATAMENTO COM GH/E2 NA SÍNDROME DE TURNER Marilia Martins Guimarães A síndrome de Turner (ST) é caracterizada pela perda parcial ou total do segundo cromossomo sexual. A síndro me cursa com baixa estatura em cerca de 99% dos casos e disgenesia gonadal em cerca de 70% dos casos, associa das a uma série de anomalias congênitas e comorbidades. Na infância, as pacientes são tratadas com hormônio de crescimento (GH) para melhorar a estatura final e, na puberdade, são tratadas com reposição hormonal esteroide (TRE), para o desenvolvimento das características sexuais secundárias. Entre as comorbidades, foi observada maior prevalência de fraturas nessas pacientes. Na infância predominam as dos ossos longos, especialmente pu nho, úmero e clavícula e numa fase mais tardia as de osso trabecular. Talvez por isso e também pelas medicações utilizadas, a avaliação da massa óssea na ST tem sido objeto de estudo por diversos pesquisadores. Os resultados relatados são discordantes, em parte como consequência do uso de diferentes técnicas para essa avaliação. São encontradas pesquisas que utilizam a tomografia computadorizada quantitativa periférica (pQCT) e a ultrasso nografia quantitativa (QUS), mas sendo a densitometria de absorção de raios X de dupla energia (DEXA) a téc nica mais empregada. Com esse método, a massa óssea pode ser avaliada de duas formas: a areal e a volumétrica. Na densitometria areal, a massa óssea é subestimada na baixa estatura e superestimada na alta estatura. Como a baixa estatura é um traço marcante na ST, apareceram diversos relatos de osteopenia quando a avaliação era feita pela densitometria areal. Posteriormente, com a utilização da densitometria volumétrica, constatou-se que a prevalência de osteopenia era bem menor. Ainda utilizando a DEXA, foi observado que no período pré-puberal as pacientes com disgenesia gonadal apresentavam massa óssea menor que a de seus pares sem a síndrome. Com a indução da puberdade com estrógenos, haveria ganho de massa óssea, aproximando-se de seus pares, mas não se observa essa perda nas pacientes que fazem puberdade espontânea. Esse fato sugere que a falta de estrogênio das que têm disgenesia gonadal seria a responsável pela baixa massa óssea, o que sugere que a avaliação da massa óssea na síndrome deva ser realizada já no período pré-puberal. Quanto ao uso de hormônio de crescimento, não foram observadas diferenças no ganho de massa óssea, mesmo naquelas pacientes que usaram por tempo prolon gado. É importante ressaltar que as pacientes com ST não são deficientes de GH. Uma peculiaridade relatada em diversas pesquisas é que na síndrome há o adelgaçamento da camada cortical dos ossos longos. Esse fenômeno é encontrado tanto em pacientes com disgenesia gonadal como nas com puberdade espontânea. Os resultados com o tratamento com GH ou reposição estrogênica são controversos, apontando que essa diminuição do osso cortical seria a responsável pela maior prevalência de fraturas relatadas. Referências Cleemann L, Hjerrild BE, Lauridsen AL, et al. Long-term hormone replacement therapy preserves bone mineral density in Turner syndrome. Eur J Endocrinol. 2009;161(2):251-7. Epub 2009 May 15. Bannink EM, Van der Palen RL, Mulder PG, et al. Long-term follow-up of GH-treated girls with Turner syndrome: BMI, blood pressure, body proportions. Horm Res. 2009;71(6):336-42. Epub 2009 Jun 8. Bone size and density measurements in prepubertal children with Turner syndrome prior to growth hormone therapy. Reduced cortical bone density with normal trabecular bone density in girls with Turner syndrome. Osteoporos Int. 2010;21(12):2093-9. Epub 2010 Feb. Andrade AC, Baron J, Manolagas SC, et al. Hormones and genes of importance in bone physiology and their influence on bone mineralization and growth in Turner syndrome. Horm Res Paediatr. 2010;73(3):161-5. Epub 2010 Mar 3. Review. Pitukcheewanont P, Numbenjapon N, Safani D, et al. Bone size and density measurements in prepubertal children with Turner syndrome prior to growth hormone therapy. Osteoporos Int. 2011;22(6):1709-15. Epub 2010 Sep 9. Sowińska-Przepiera E, Andrysiak-Mamos E, Chełstowski K, et al. Association between ER-α polymorphisms and bone mineral density in patients with Turner syndrome subjected to estroprogestagen treatment-a pilot study. J Bone Miner Metab. 2011. [Epub ahead of print]. Gallicchio CT, Figueiredo-Alves ST, Prendin Tórtora R, et al. Effect of puberty on the relationship between bone markers of turnover and bone mineral density in Turner’s syndrome. Horm Res. 2004;61(4):193-9. Epub 2004 Jan 29. Lage AZ, Brandão CA, Mendes JR, et al. High degree of discordance between three-dimensional and two-dimensional lumbar spine bone mineral density in Turner’s syndrome. J Clin Densitom. 2005;8(4):461-6. Costa AMG, Marini SHVL, Baptista MTM, et al. Densidade mineral óssea: estudo transversal em pacientes com síndrome de Turner. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002;46(2). RESUMOS DAS palestras DISFUNÇÃO TIREOIDIANA SUBCLÍNICA: TRATAR OU NÃO TRATAR José Augusto Sgarbi As disfunções tireoidianas subclínicas caracterizam-se pela presença de concentrações séricas anormais de TSH em face de concentrações normais dos hormônios tireoidianos, afetam até 20% da população adulta, sendo o hipotireoidismo subclínico mais comum que o hipertireoidismo subclínico, e ambos, em geral, são mais preva lentes no sexo feminino e em idosos1,2. Apesar da elevada prevalência na comunidade e do aumento do diagnóstico na prática diária, o significa do clínico e a necessidade de tratamento dessas condições permanecem controversos2. A ausência de grandes ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados dificulta uma avaliação mais crítica de potenciais benefícios do tratamento, tornando-o não baseado em evidência e calcado no julgamento clínico individual. Nas últimas décadas, um número crescente de estudos clínicos, populacionais e de metanálises3-10 procurou explorar os efeitos das doenças tireoidianas subclínicas no sistema cardiovascular e na expectativa de vida, mas os resultados são divergentes. No Brasil, um estudo populacional na população nipo-brasileira de Bauru mostrou forte associação do hipertireoidismo subclínico com maior risco de mortalidade cardiovascular e geral, enquanto o hipotireoidismo subclínico foi associado apenas com a mortalidade geral. No entanto, o número pequeno de even tos de morte por causa cardiovascular deve ter limitado o poder estatístico para obter significância neste estudo. Os resultados conflitantes entre os estudos populacionais e mesmo entre as metanálises devem-se em parte aos diferentes processos de seleção, valores de TSH utilizados para definição de doença tireoidiana subclínica, fatores de correções não homogêneos e número limitado de indivíduos e eventos. Mais recentemente, duas publicações trouxeram avanços significativos em auxílio ao clínico na tomada de decisão sobre o tratamento da disfunção tireoidiana subclínica. Na primeira publicação, uma análise de dados individual de 11 grandes estudos populacionais prospectivos demonstrou evidência robusta de associação do hipotireoidismo subclínico com elevado risco de eventos coronarianos e de morte por doença coronariana a partir de níveis de TSH acima de 7 mU/L11. Na segunda, um novo guideline baseado em evidências clínicas traz novas recomendações para o manejo diagnóstico e terapêutico do hipertireoidismo e deve servir de guia para médicos generalistas e especialistas12. Referências Romaldini JH, Sgarbi JA, Farah CS. Subclinical thyroid disease: subclinical hypothyroidism and hyperthyroidism. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004;48:147-58. Biondi B, Cooper DS. The clinical significance of subclinical thyroid dysfunction. Endocrine Rev. 2008;29:76-131. Biondi B, Palmieri EA, Fazio S, et al. Endogenous subclinical hyperthyroidism affects quality of life and cardiac morpho logy and function in young and middle-aged patients. J Clin Endocrinol Metab. 2000;85:4701-5. Sgarbi JA, Villaça F, Garbeline B, et al. The effects of early antithyroid therapy for endogenous subclinical hyperthyroidism on clinical and heart abnormalities. J Clin Endocrinol Metab. 2003;88:1672-7. Parle JV, Maisonneuve P, Sheppard MC, et al. Prediction of all-cause and cardiovascular mortality in elderly people from one low serum thyrotropin result: a 10-year cohort study. Lancet. 2001;358:861-5. Gussekloo J, Van Exel E, De Craen AJ, et al.Thyroid status, disability and cognitive function, and survival in old age. JAMA. 2004;292:2591-9. Cappola AR, Fried LP, Arnold AM, et al. Thyroid status, cardiovascular risk, and mortality in older adults. JAMA. 2006;295:1033-41. Rodondi N, Newman AB, Vittinghoff E, et al. Subclinical hypothyroidism and the risk of heart failure, other cardiovascu lar events, and death. Arch Intern Med. 2005;165:2460-6. Sgarbi JA, Matsumura LK, Kasamatsu TS, et al. Subclinical thyroid dysfunctions are independent risk factors for mortality in a 7.5-year follow-up: the Japanese-Brazilian thyroid study. Eur J Endocrinol. 2010;162:569-77. Ochs N, Auer R, Bauer DC, et al. Meta-analysis: subclinical thyroid dysfunction and the risk for coronary heart disease and mortality. Ann Int Med. 2008;148:832-45. Rodondi N, Den Elzen WP, BauerDC, et al.; for the Thyroid Studies Collaboration. Subclinical hypothyroidism and the risk of coronary heart disease and mortality. JAMA. 2010;304:1365-74. Bahn Chair RS, Burch HB, Cooper DS, et al. Hyperthyroidism and other causes of thyrotoxicosis: management guidelines of the American thyroid association and American association of clinical endocrinologists. Thyroid. 2011;21:593-646. RESUMOS DAS palestras HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO Helton Estrella Ramos O hipotiroidismo congênito (HC) é a endocrinopatia congênita mais comum, afetando cerca de 1:3.0004.000 recém-nascidos (RN). Um grupo heterogêneo de doenças relacionadas às alterações no desenvol vimento da tireoide, conjuntamente denominadas disgenesias tireoidianas (DT), é responsável por apro ximadamente 85% de todos os casos de HC. As DT são subdivididas em subgrupos: agenesia ou atireose, hemiagenesia, ectopia e hipoplasia; contudo, não nos parece satisfatória uma classificação baseada uni camente em aspectos morfológicos, uma vez que fenótipos semelhantes podem ser oriundos de eventos moleculares distintos. Nos últimos anos, a descoberta de genes (especialmente fatores de transcrição envol vidos na diferenciação das células foliculares tireoidianas) e outros mecanismos implicados na morfogênese tireoidiana possibilitaram um maior esclarecimento sobre as bases genéticas da ontogênese tireoidiana. Entretanto, apenas 5% dos pacientes com DT apresentam mutações nos genes candidatos identificados: receptor do TSH (TSHR), PAX8, TITF1 e FOXE1, indicando que sua patogênese é ainda muito mais complexa. Essa frequência baixa de mutações nas populações estudadas pode ser explicada pelo fato de que as análises são, na sua maioria, limitadas às regiões codificadoras dos genes e, portanto, não excluiriam mu tações potenciais existentes em outras regiões regulatórias, eventos pós-zigóticos ou, mesmo a existência de fenômenos epigenéticos como causa de DT. Adicionalmente, a ampla variabilidade fenotípica encontrada e a presença invariável de penetrância incompleta nos casos familiares apontam, ainda, para possíveis meca nismos multigênicos de herança não mendeliana. Portanto, apesar dos avanços recentes na compreensão de muitas etapas do desenvolvimento tireoidiano, um montante considerável de aspectos etiopatogênicos está ainda bastante obscuro. Do ponto de vista clínico, um melhor entendimento dos mecanismos de controle morfogenéticos da tireoide seria extremamente relevante, uma vez que os distúrbios de desenvolvimento da glândula são responsáveis pela maioria dos casos de HC. Esta apresentação visa sumarizar novos conhe cimentos adquiridos a partir do estudo de modelos animais e de pacientes com DT, discutindo aspectos já estabelecidos e enfatizando os pontos ainda enigmáticos no entendimento do desenvolvimento normal da tireoide e de sua fisiopatologia molecular. RESUMOS DAS palestras Desreguladores endócrinos, o que todos precisamos saber: DIFERENCIAÇÃO E MATURAÇÃO SEXUAL Elaine Maria Frade Costa Define-se desregulador endócrino (DE) como um agente exógeno que interfere na síntese, secreção, transporte, metabolismo, ação ou eliminação dos hormônios naturalmente produzidos pelo corpo humano. Os DEs em geral possuem múltiplos sítios e mecanismos de ação, desde a ligação do hormônio endógeno ao seu receptor, como as etapas de síntese, transporte e metabolismo do ligante natural. Embora em potência menor, eles fre quentemente agem como agonistas ou antagonistas. A relação dose-resposta é ainda um tema controverso, pois seus efeitos em baixas doses ainda são discutíveis e fatores como frequência e duração da exposição, além da etapa do desenvolvimento em que ela ocorre, devem ser considerados. Os EDCs podem apresentar efeitos transgeracionais que podem ser transmitidos por mutações no DNA ou por modificação de fatores que regulam a expressão gênica, tais como a metilação do DNA e acetilação das histonas. O homem está sujeito à ação dos EDCs durante toda a vida, mas sabe-se que o período de exposição será o fator determinante de seus efeitos. Os períodos de maior suscetibilidade, denominados janelas de exposição, compreendem principalmente o período pré-natal e a primeira infância. Numerosos compostos químicos de uso regular possuem comprovada atividade hormonal. São inseticidas, detergentes, repelentes, desinfetantes, fragrâncias, solventes, combustíveis, retardantes de chama, entre outros produtos, que estão presentes no ar, no solo, nos efluentes industriais, residenciais e de estações de tratamento de água. Sabe-se que, nos últimos anos, a idade da telarca e da menarca tem ocorrido em idade cada vez mais precoce e os dados experimentais e populacionais convergem para a ação dos EDCs, particularmente aqueles com ação estrogênica como o bisfenol A (BPA). O BPA está presente em plásticos, plastificantes, selantes dentários, latas de conserva revestidas internamente com filme de polímero, mamadeiras, garrafas plásticas, encanamentos de água de abastecimento, adesivos, CDs e DVDs, impermeabilizantes de papéis etc. O BPA também está associado a doenças decorrentes de ação antiandrogênica, tais como oligospermia, criptorquidia e hipospádia. Compostos do material particulado (MP) originado da queima de combustíveis fósseis que fica suspenso no ar, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos atuam como um estrógeno ambiental, sendo apontados como um dos causadores da diminuição da fertilidade em machos de várias espécies de aves e mamíferos. Além disso, demonstrou-se que baixos níveis de MP reduzem a expressão de genes essenciais para o desenvolvimento gona dal e mudanças estruturais nas células de Leydig de ratos expostos. Por outro lado, fetos fêmeas de ratas grávidas expostas às mesmas concentrações de MP apresentaram diminuição da expressão do gene Bmp15, relacionado ao desenvolvimento dos oócitos. A avaliação do estado de evidência dos EDCs precisa ainda sincronizar os resultados das pesquisas em animais com os dados epidemiológicos; entretanto, os elementos já disponíveis referentes à responsabilidade dos EDCs sobre a diferenciação e maturação sexual são suficientes para indicar os procedimentos de cautela e de prevenção de modo a minimizar os seus efeitos sobre a saúde humana. RESUMOS DAS palestras Desreguladores endócrinos, o que todos precisamos saber: interferência na função tirodiana Maria Izabel Chiamolera Desreguladores endócrinos são substâncias químicas que podem, potencialmente, interferir na fisiologia normal dos sistemas endócrinos. A crescente preocupação quanto à importância desses efeitos deve-se a fatores como a expansão da produção e uso de determinados produtos sintéticos e ao aumento da poluição causada por produ tos que podem funcionar como desreguladores. Inicialmente, esses efeitos de desregulação foram correlaciona dos com a ação dos hormônios sexuais, sendo este o maior alvo de pesquisas envolvendo substâncias disruptoras. Desde então, os efeitos de tais substâncias sobre a fisiologia da tireoide e ação do hormônio tireoidiano vêm ganhando crescente atenção. Vários componentes têm sido estudados para avaliar as respectivas influências na fisiologia e/ou ação do hormônio tireoidiano. Entre tais substâncias, temos as bifenilas policlorinadas (PCBs), usadas na fabricação de equipamentos elétricos, o bisfenol-A (BPA), usado na fabricação de plástico policarbonato, e o triclosan, agente antifúngico e antibactericida encontrado em produtos de higiene. Todos esses produtos parecem afetar direta mente a ação do receptor do hormônio tireoidiano (TR) por mecanismos ainda desconhecidos. Além desses, estudos já demonstraram que a ingesta de altas doses de isoflavonas inibem a atividade da tireoperoxidase (TPO), podendo causar bócio e hipotireoidismo. Algumas substâncias aparentemente agem por meio de ativação de enzimas hepáticas, reduzindo a meia-vida sérica do T4, entre elas podemos encontrar alguns pesticidas como o DDT, as dioxinas, que são substâncias envolvidas em vários processos tais como fundição, clareamento de papel, produção de herbicidas e pesticidas. Outras são conhecidas por inibir a captação tireoidiana de iodo, entre elas: o perclorato, usado na fabricação de combustível de foguetes e mísseis; o tiocianato, metabólito de uma das substâncias emitidas pelo cigarro; e os nitritos, produto natural da decomposição orgânica, usado como conservante de alimentos e em fertilizantes. Os estirenos (compostos de plásticos e resinas) e o chumbo foram correlacionados com alterações diversas no metabolismo tireoidiano, porém nem sempre com concordância entre os vários estudos. Recentemente, um estudo que analisou a associação entre a ingesta de nitrito e o risco de câncer de tireoide mostrou que houve aumento do risco de câncer associado com uma alta concentração de nitrito na água de consumo. A mesma associação positiva foi vista com a prevalência de hipotireoidismo nessa população. Contu do, mais estudos devem e estão sendo feitos para confirmar tais achados. Outros estudos que visem entender os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento das alterações causadas pelos desreguladores serão úteis para avaliarmos a importância da ação dessas substâncias no organismo, bem como para podermos planejar ações de prevenção mais eficazes. RESUMOS DAS palestras MEDIDAS AUXILIARES PARA O SUCESSO CIRÚRGICO – EXPERIÊNCIA COM MÉTODOS LOCALIZATÓRIOS E PTH INTRAOPERATÓRIO Monique Nakayama Ohe O hiperparatireoidismo primário (HPP) é uma doença comum cujo diagnóstico é cada vez mais frequente não apenas nos países desenvolvidos, mas também nas regiões em desenvolvimento. Atualmente, observamos uma mudança no perfil de apresentação do HPP ao longo dos anos no nosso meio, envolvendo maior número de diagnósticos, bem como maior proporção de pacientes assintomáticos ao diagnóstico. Isso se deve, provavel mente, à maior disponibilidade de métodos diagnósticos, bem como a um maior esclarecimento da comunidade médica acerca dessa doença, levando a um diagnóstico mais precoce. Essa mudança no perfil de apresentação clínica também foi acompanhada por uma mudança na apresentação laboratorial, com níveis de cálcio sérico e de PTH ao diagnóstico menores entre os pacientes assintomáticos. A constatação de que o HPP vem se apresen tando como uma entidade cada vez menos sintomática e, portanto, com uma exuberância clínica e laboratorial menor ao diagnóstico, traz questionamentos sobre qual a melhor abordagem terapêutica a ser tomada. Enquan to no passado se deparava com quadro clínico de nefrolitíase e de severo comprometimento ósseo que tornava imperativa a conduta cirúrgica, o surgimento de um número crescente de casos assintomáticos suscita dúvidas sobre a necessidade de conduta cirúrgica para todos os pacientes diagnosticados. Uma vez que o HPP passou a ser uma doença com pouca exuberância de manifestações clínicas e laboratoriais, ao definir a conduta cirúrgica para esses casos, o que se pretende é a certeza de cura com o menor risco de complicações possível, pois a mor bidade do tratamento não deve ser maior do que a da doença em questão. Duas ferramentas tornaram-se úteis nesse contexto: o exame de imagem para localização da paratireoide hipersecretora e a medida de PTH intacto intraoperatório (PTH-IO). É interessante notar a complementaridade entre esses métodos: se o primeiro diz respeito a onde e como iniciar o procedimento cirúrgico, o segundo diz respeito a quando parar, pois infere a partir de seus resultados se o procedimento foi ou não executado com sucesso. E essa propriedade do PTH-IO torna-o cada vez mais interessante no contexto atual, no qual a glândula acometida é, em geral, pouco alterada, nem sempre hipercaptante no mapeamento pré-operatório e macroscopicamente de difícil diferenciação com tecido normal. Assim, torna-se de grande utilidade um ensaio capaz de mensurar de modo preciso e rápido as concentrações do PTH enquanto a cirurgia é realizada, pois a presença de níveis elevados desse hormônio após a retirada da(s) suposta(s) glândula(s) acometida(s) torna obrigatória a reexploração do leito cirúrgico, em busca de outras glândulas acometidas. E essa propriedade do PTH-IO abre espaço para perspectivas de realizar, tam bém em nosso meio, cirurgias com exploração mais direcionada, menos invasivas, com menor tempo cirúrgico, menos morbidade, mantendo a excelência nos índices de sucesso cirúrgico com baixa morbidade. RESUMOS DAS palestras PLANEJAMENTO CIRÚRGICO NOS CASOS DE INSUCESSO Fábio Montenegro As glândulas paratireoides passaram despercebidas por muitos anatomistas e cirurgiões até o estudante de medi cina Ivar Sandström as descrever. Desde 1925, o tratamento cirúrgico constitui a única terapêutica definitiva do hiperparatireoidismo primário (1HPT). O tratamento do capitão Charles Martel, além de evidenciar os problemas do HPT1 não corrigido, mostrou as potenciais dificuldades e riscos no tratamento cirúrgico. Seu caso serve de reflexão até nossos dias. Há muito anos, Fuller Albright colocou quais são os pontos importantes da operação do HPT1: a localização e o número de glândulas doentes. As operações sobre a paratireoide podem ser bastante simples e felizmente o são na maioria dos casos de doença uniglandular, em localizações tópicas. Os recursos auxiliares atuais, além do bom preparo dos cirurgiões, permite que a grande maioria dos pacientes seja tratada com sucesso, com mínima morbidade. Entretanto, alguns pacientes persistem ou recidivam, caracterizando o insucesso. Para planejar a abordagem de um paciente com insucesso, devemos pensar quais os pontos que podem determinar essa situação. O primeiro passo é determinar se o paciente realmente tem HPT1. O principal diagnóstico a ser excluído é a hipercalcemia hipocalciúrica familiar benigna. Realizar cervicotomia/toracotomia procurando uma paratireoide doente que “não está lá” é um pesadelo e um risco inútil para o paciente. Confirmado o diagnóstico de HPT1, deve-se verificar a sintomatologia, os desvios metabólicos e os riscos e benefícios esperados da reoperação. Assegurada a indicação para reexploração, é importante a revisão do tratamento prévio. O relato cirúrgico e o anatomopatológico são importantes. Como foi a exploração anterior? O que foi retirado? Como foi o pós -operatório? Há algum indício de malignidade no material retirado? Um capítulo importante no planejamento da terapia do insucesso são exames de localização. De preferência, deve haver dois exames coincidentes para maior segurança. A cintilografia com MIBI pode ser potencializada pelo SPECT e SPECT-CT. A ultrassonografia, além de informar sobre a tireoide, pode determinar lesões suspei tas e acessíveis a eventual punção em caso de dúvida. A tomografia ou a ressonância magnética pode ser especial mente útil nas lesões intratorácicas. Na minha opinião, o PET-CT é de pouca utilidade. Exames invasivos como a arteriografia e a venografia com coleta seletiva do PTH podem ser considerados em alguns casos. Mesmo com todos os exames de localização negativos, a indicação da operação é determinada pelo quadro metabólico do paciente. Não deve ser postergada “esperando” os exames “ficarem” positivos. Munido dessas informações, o cirurgião deve efetivar a operação. Esses casos devem preferencialmente ser tratados em locais de mais recursos (exame de congelação, operações radioguiadas, ultrassonografia intraope ratória e dosagem intraoperatória do PTH). O cirurgião precisa usar todos esses recursos juntos? Não, ele deve saber selecionar o que é adequado em cada caso. O PTH rápido intraoperatório poderá ser útil para saber se foi retirado todo o tecido hiperfuncional naquele momento, embora não seja um método infalível. Ele também não deve ser utilizado isoladamente na decisão de autoimplante imediato de fragmentos de paratireoide ou a opção de criopreservação do tecido, medidas que buscam evitar o hipoparatireoidismo definitivo. RESUMOS DAS palestras DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL Berenice Bilharinho de Mendonça Os pacientes com distúrbio do desenvolvimento sexual (DDS) constituem um desafio para os profissionais que se empenham no seu tratamento e acompanhamento. São raros os estudos com acompanhamento desses pacientes a longo prazo. Este estudo tem por objetivo avaliar os aspectos psicossociais e sexuais em relação ao diagnóstico etiológico, assim como a influência de diversas variáveis na manutenção ou mudança da identidade de gênero nos pacientes que atingiram a idade adulta e a qualidade de vida numa grande coorte de pacientes com DDS 46,XY e 46,XX acompanhados em um mesmo serviço a longo prazo. O estudo teve caráter, principalmente, retrospectivo e foi realizado em pacientes com DDS de ambos os sexos acompanhados até o período pós-puberal ou idade adulta, num total de 151 pacientes maiores de 15 anos (96 com cariótipo 46,XY e 55 com cariótipo 46,XX). O diagnóstico etiológico do DDS foi estabelecido pela avaliação clínica, citogenética, hormonal e por imagem em todos os casos e, na maioria deles, complementada pelo diagnóstico molecular. Os instrumentos utilizados para a avaliação psicológica foram: a entrevista semiestruturada com aplicação de um questionário específico (192 questões), desenvolvido para avaliar os aspectos sociais, profissionais e sexuais, e o questionário WHOQOL-bref, para avaliar a qualidade de vida. Resultados: A atribuição do sexo social feminino foi predominante em ambos os grupos. Houve mudança do sexo social em 20% dos pacientes com DDS 46,XY e em 14% dos pacientes com DDS 46,XX. Houve associação significativa da mudança para o gênero masculino no grupo DDS 46,XY por deficiência de 5a-redutase 2 quando comparado ao grupo com DDS 46,XY por deficiência da produção ou ação da testosterona. Observamos disforia de gênero em oito pacientes com DDS 46,XX por deficiência da 21-hidroxilase, e cinco deles mudaram para o sexo masculino. Todos haviam sido tratados de maneira irregular, apresentaram virilização importante e provinham de famílias de baixa renda, indicando o papel da exposição dos andrógenos e do meio ambiente sobre a identidade de gênero. A variável brincadeiras masculinas ou neutras na infância teve valor preditivo para a mudança de sexo social para o masculino nos pacientes DDS 46,XY educados no sexo social feminino. A qualidade de vida das pacientes com sexo social feminino foi melhor nas pacientes com DDS 46,XX em comparação com as pacientes com DDS 46,XY. Entre os pacientes 46,XY, os com o sexo social final masculino tiveram melhor qualidade de vida em comparação aos com o sexo social feminino. O diag nóstico etiológico não teve influência na atribuição do sexo, no grau de satisfação pessoal e no relacionamento amoroso. Conclusão: A qualidade de vida dos pacientes 46,XY com sexo social final masculino foi melhor do que a dos pacientes 46,XY com sexo social final feminino. Entretanto, a maioria dos pacientes referiu elevado índice de satisfação com o tratamento, mostrando a importância de uma equipe multidisciplinar no tratamento dos distúrbios do desenvolvimento sexual. SUMMARY Inacio M. Long term psychosocial and psychosexual aspects of patients with disorders of sex development (thesis). São Paulo: Faculty of Medicine, University of São Paulo; 2010. Introduction: Patients with disorder of sex development (DDS) constitute a challenge for professionals working in your treatment and follow-up. Studies of patients with DDS have been focused on dissatisfaction in adulthood with sex assigned at birth. However, other parameters, such as psychosocial adjustment, sexual function, psychological health, social integration and the quality of life are rarely described. This study aim to evaluate the professional and psychosocial aspects, in order to identify the variables involved in gender identity and sexual orientation of a large cohort of patients with DDS 46 XY and, 46, XX and also assess the quality of life of patients in adulthood. Methods: The study had character mainly retrospective and was conducted in patients with DDS of both sexes escorted the puberal period postgraduate or adulthood, a total of 151 pa tients older than 15 years; of these, 55 patients had 46, XX karyotype and 96 46, XY karyotype, having been included in the latter group 6 patients who had 46, XY karyotype in mosaic with the lineage 45, X. etiological diagnosis of DDS was established by clinical evaluation, cytogenetics, hormonal and image in all cases and most of them complemented by molecular diagnosis. All patients underwent surgical and psychological treatment. Instruments used for psychological evaluation were: a semi-structured interview with application of a specific questionnaire with 121 questions developed to assess the social aspects, professionals and sexual, projective HTP test to assist in the identification of gender identity and the WHOQOL-bref questionnaire to evaluate the quality of life. Results: The female social sex assignment was prevalent in both groups with DDS. A change of RESUMOS DAS palestras assigned sex was found in 20% of the 46, XY DDS patients and in 14% of the 46,XX DDS patients. There was a significant association between the change to male social sex with DDS 46, XY deficiency 5 alpha-RD2 deficiency group when compared with DDS 46,XY group due to defects in testosterone secretion or action. A greater fre quency of homo or bisexual orientation was found in the patients with female social sex with higher prevalence in patients with virilizing congenital adrenal hyperplasia. In these patients the number of repetitions CAGs and Prader Stadium did not influence sexual orientation. We observe gender dysphoria in 8 patients with 46, XX DDS due to 21-hydroxylase deficiency, and 5 of them have changed the male social sex. All of these patients had been treated irregularly, showed significant virilization and derived from low-income families indicating the role of exposure of androgens and environment on gender identity. Three variables in univariate analysis were significantly associated with change to male social sex n patients with 46, XY DDS and 46, XX DDS educated on female social sex: male or neutral toys in childhood, household tasks typically masculine and self perception of physical appearance as male or ambiguous in childhood but the male or neutral toys in childhood presented the best predictive value of male gender identity in adulthood. There was significant association between aspects of initial gender identity and final gender social sex in HTP test, showing that this is a useful tool for evaluation of patients with DDS. The quality of life of patients with DDS 46, XX was similar to patients with DDS 46, XY however patients with male social sex showed better quality of life than those with female social sex. Similarly, the quality of life of patients with DDS 46, XY female social sex registered who had switched to the male sex social was similar to those assigned in sex male indicating a good social adaptation of patients to new social sex. However, among the patients with female social sex, those with 46,XY DDS showed lower the quality of life than 46, XX DDS patients. Male patients with 46,XY DDS had better quality of life than the 46,XY DDS patients with female gender. DDS patients with underwent masculinizing surgery showed better quality of life than the group which underwent feminizing surgery and both groups with DDS showed lower quality of life of patients than patients who undergone to kidney transplantation. The etiological diagnosis had no influence on the assig nment of sex and the degree of personal satisfaction. Conclusion: Patients with 46,XY and 46, XX DDS showed good social, professional and sexual integration at adulthood. The variable male or neutral plays in childhood had better predictive value of male gender identity in adulthood in patients with DDS 46, XY and 46, XX reared in the female social sex. The HTP projective test was useful in the overall assessment of patients with DDS. The quality of life of the patients with male social was better than those with female social sex. Most DDS patients expressed high satisfaction with treatment, showing the importance of a multidisciplinary team in the treatment of the disorders of sex development. Keywords: Gender identity, sexual orientation, intersexuality, sexual differentiation, quality of life, personality tests. RESUMOS DAS palestras AMH: ITS RELEVANCE IN THE UNDERSTANDING OF FETAL HYPOGONADISM Rodolfo Rey Testis differentiation, by the end of the 5th embryonic week, is characterised by the aggregation of Sertoli and germ cells to form the seminiferous cords. Sertoli cells synthesise anti-Müllerian hormone (AMH), responsible for the regression of Müllerian ducts, the anlagen of the uterus and Fallopian tubes. The initiation of AMH secretion is independent of pituitary function. Afterwards, fetal FSH regulates Sertoli cell activity. Leydig cells differentiate a few days later and secrete testosterone, stimulated by placental chorionic gonadotrophin (hCG). Androgens are responsible, during the first trimester, for the differentiation of the Wolffian duct into the epi didymis, seminal vesicle, and vas deferens, as well as for the masculinisation of the external genitalia. During the third trimester, LH is the main responsible for testosterone secretion, responsible for testicular descent and penile growth. Male hypogonadism refers to decreased testicular function involving a disorder of gamete production or function, Leydig cell hormone production (e.g. testosterone) and/or Sertoli cell hormone production (e.g. AMH). Hypogonadism may result from a concomitant failure of all cell populations (i.e. whole testicular failu re), or from an initially cell-specific failure, and can be primary (when the testis is primarily affected) or central (when the hypothalamic-pituitary axis is primarily affected). The clinical consequences of congenital hypogo nadism depend on the level of the axis primarily affected and the period of fetal life when it is established. Primary hypogonadism established in the in the XY fetus during the first trimester results in disorders of sex development (DSD). Ambiguous or female external genitalia indicate androgen failure. AMH determination helps establishing whether there is a whole gonadal failure (i.e. gonadal dysgenesis = low AMH) or a Leydig cell -specific failure (e.g. LH-CG receptor or steroidogenic protein defects = normal or elevated AMH). Persistent Müllerian duct syndrome, a rare form of DSD, may result from a Sertoli cell-specific fetal hypogonadism due to AMH gene mutations (non detectable AMH) or from resistance to AMH due to AMH receptor mutations without fetal hypogonadism (normal AMH). Hypogonadism established in the second or third trimesters may present with cryptorchidism and micropenis. Gonadotropins and testosterone are informative if measured in the first 3-6 months after birth. Afterwards, they physiologically decrease and may be uninformative. AMH remains informative during childhood: AMH is low in central hypogonadism, reflecting impaired FSH stimulus, and in primary hypogonadism. RESUMOS DAS palestras O FÍGADO NO DIABETES MELLITUS, OBESIDADE, SÍNDROME METABÓLICA Milton C. Foss O fígado é o orgão central do controle metabólico do organismo humano. Dotado de toda a potencialidade de vias e processos metabólicos, interage com os tecidos periféricos (tecido adiposo e tecido muscular) coorde nando o metabolismo intermediário em toda a sua plenitude: metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Dessa forma, a sua disfunção tem papel importante na patogênese do diabetes mellitus, ou seja, aumenta de forma desregulada a produção endógena de glicose, ao mesmo tempo em que diminui a sua captação nos perío dos prandiais, sendo assim fator determinante de hiperglicemia nos pacientes diabéticos. Participa ativamente também da desregulação do metabolismo lipídico e do processo de cetogênese, com alterações do metabolismo ácido-básico e hidroeletrolítico. No diabetes tipo 1, a deficiência insulínica absoluta é o principal determinante das alterações hepáticas do metabolismo de glicose e lipídios. A resistência insulínica é a base fisiopatológica do acometimento hepático no diabetes mellitus tipo 2. Recentemente, tem se evidenciado também que o estresse do retículo endoplasmático deve ter papel importante na patogênese do DM2, podendo ser fator de ligação entre obesidade e resistência insulínica nessa situação patológica. A obesidade induz estresse do retículo endo plasmático no fígado, que suprime a sinalização insulínica via ativação da c-JunN-terminal kinase. É conclusivo, então, que a disfunção hepática é patrocinadora do estado patológico do diabetes mellitus e da obesidade no ser humano. Por outro lado, por meio de um processo de retroalimentação patológica, o fígado passa a sofrer as consequências das alterações metabólicas presentes nessas situações mórbidas. Uma das consequências mais importantes é o desenvolvimento de uma doença hepática gordurosa, não relacionada à ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, mas muito semelhante ao que se observa em pacientes hepatopatas por alcoolismo. A doen ça hepática gordurosa não alcoólica (DHG) é atualmente a causa mais comumde doença crônica adquirida do fígado. O seu processo evolutivo de longo prazo frequentemente culmina em cirrose e insuficiência hepática ou lesão neoplásica carcinomatosa. No diabetes tipo 1, é fácil compreender que a deficiência insulínica absoluta, determinando lipólise acentuada no tecido adiposo e aumento do fluxo de ácidos graxos livres ao fígado, é causa de infiltração gordurosa desse órgão. Na síndrome metabólica, obesidade e diabetes mellitus tipo 2, a resistência insulínica no tecido adiposo e no fígado está diretamente relacionada ao acúmulo de gordura no tecido hepá tico, caracterizando o estágio da esteatose. Fatores adquiridos, como dieta inadequada e obesidade, associados a fatores genéticos estão relacionados à DHG. Evolutivamente, 10%-25% dos pacientes com DHG/esteatose desenvolvem o processo de esteato-hepatite, com lesão hepatocítica, processo inflamatório e/ou fibrose. Nessa segunda etapa da DHG, o estresse oxidativo e a agressão hepática por citocinas inflamatórias parecem ser ele mentos importantes. Desse modo, a doença hepática gordurosa se associa ao conjunto de morbidades da síndro me metabólica e ao estado diabético e da obesidade. RESUMOS DAS palestras THE USE OF THYROID HORMONE ANALOGUES TO TREAT OBESITY AND DYSLIPIDEMIAS Antonio C. Bianco Thyroid hormones (TH) analogues are designed to provide receptor selectivity and thus to harness desirable TH effects without provoking unwanted side effects. At least two isoforms of TR are known, TRα and TRβ and tissues express different sets of TR: some express approximately similar amounts of TRα and TRβ, as it is the case of brown adipose tissue; or they show a predominant expression of one of those isoforms. For exam ple, liver, pituitary gland, and pancreatic βcells predominantly express TRβ isoforms, whereas skeletal muscles, myocardium, brain and bone preferably express TRα isoforms. There was a recent effort to develop thyroid hor mone analogues that bind preferentially to TRα or TRβ, thus allowing for tissue specificity. CG-1 is a modified thyroid hormone molecule that binds to TRβ with the same affinity as T3 does but has a tenfold lower affinity to TRα. Trost et al. (2000) validated its biological significance by demonstrating that T3 and CG-1 lower serum cholesterol and triglycerides in hypothyroid rats with similar potencies whereas only T3 affects the heart. In the myocardium, two TH-responsive genes were looked at: the MHCα (myosin heavy chain; predominates in the euthyroid myocardium) and MHCβ isoforms (predominates in the hypothyroid myocardium). In hypothyroid animals, treatment with T3 normalizes this pattern whereas equimolar amounts of CG-1 do not. Of note, in the same hypothyroid animals, treatment with GC-1 normalized serum cholesterol and triglycerides. As TH accelerates bone turnover and decreases bone mass, Freitas et al. (2003) gave equivalent doses of T3 and CG-1 to euthyroid rats: whereas T3-treatment decreased bone mineral density, CG-1, in the same doses that lowered serum cholesterol by about 20%, had no effect on bone mineral density, a finding that was recently observed in humans as well. Treatment with TRβ selective agonists is often summarized as lowering T4 and free T4, and leaving T3 and TSH in the normal range. This indicates that there is some level of TSH suppression at the pi tuitary gland otherwise TSH would have to increase in the face of a lower serum free T4. However, the critical message is: TRβ selective agonists do not seem to affect the heart or the skeleton while lowering serum choles terol and triglycerides. In addition, TRβ selective agonists have an additive effect on lowering serum cholesterol when given together with statins. In a clinical trial conducted with patients with mild hypercholesterolemia and treated with GC-24 for 14 days, serum cholesterol levels were reduced without changes in heart rate, rhythm or blood pressure. The study by Grover et al. (2004) showed that T3 as well as CG-1 effectively increased O2 con sumption in rats. This led to the study of Villicev et al. (2007), whom found that T3-treated animals increased their appetite, but GC-1 (equimolar amounts) did not. As appetite regulation is modulated by TH at the hypo thalamus, this finding suggests that CG-1 has limited effects, if any, at the hypothalamus. Treatment with TRβ selective agonists protects mice from high fat diet (HFD)-induced obesity. Mice were given a HFD and over a 30-60 days period and treated with equimolar amounts of T3 or GC-1. In both groups, treatment prevented the gain in body fat and the glucose intolerance associated with the HFD. However, only in the GC-1-treated animals this happened without cardiac consequences. These metabolic effects of TRβ selective agonists seem to be linked to induction of UCP1 in brown adipose tissue in rats, as observed by Ribeiro and Brent (2001). This pathway was recently revisited and found to be active in mice as well, in two studies in which Amorin et al. (2010) and Castillo et al. (2010) demonstrated that a number of metabolically relevant genes are upregulated in the brown adipose tissue of selective TRβ agonists-treated mice. This correlated well with induction of O2 consumption. In addition, these studied showed that even isolated brown adipocytes respond to treatment with GC-1 by upregulating the expression of a number of metabolic relevant genes, something that is not observed in skeletal myocytes given the predominance of TRα in these cells. RESUMOS DAS palestras ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS NA SÍNDROME E DOENÇA DE CUSHING Mauro A. Czepielewsk Instituir tratamento seguro e resolutivo da síndrome de Cushing (SC) exige diagnóstico etiológico preciso, envolvendo causas adrenais, hipofisárias, tumores ectópicos e exclusão de síndrome exógena. O tratamento da SC é primariamente cirúrgico, precedido, eventualmente, de tratamento medicamentoso para melhorar as condições clínicas do paciente. Como regra geral, cura e/ou remissão são obtidos quando ocorrem re versão do quadro clínico e níveis indetectáveis de esteroides adrenais após a cirurgia, seguido de período de meses ou anos de dependência ao glicocorticoide (GC). A reposição deve ser o mais fisiológica possível e na menor dose tolerável, em dias alternados, quando o cortisol endógeno alcançar ao redor de 10 µg/dl ou demonstrar resposta à cortrosina (1 µg EV). O SC ACTH-independente se associa a adenomas (AA), car cinomas (CA) ou hiperplasias micronodulares (HMI) e macronodulares (HMA) das adrenais. Os AA são indicação precisa de adrenalectomia videolaparoscópica (AVLP), procedimento curativo e de poucos riscos, com pós-operatório de rápida recuperação. Nos CA, geralmente volumosos e associados à produção GC, mineralocorticoide e androgênica, a abordagem cirúrgica dependerá da experiência do cirurgião, tendo como objetivo sua ressecção completa e homogênea, sem ruptura, exérese de órgãos adjacentes aderidos, exploração e retirada de eventuais gânglios suspeitos e ampla exploração da loja suprarrenal e superfície he pática. CA ressecados, sem metástases, apresentam alto índice de cura. Dependendo do estadiamento, está indicado tratamento complementar com mitotane, monitorando-se seu nível sérico, dosagens hormonais e exames de imagem. Na recidiva, quando possível, pode-se realizar nova ressecção cirúrgica, com resul tados limitados. Nas HMI e HMA, recomenda-se também cirurgia (adrenalectomia bilateral – AB), que provoca insuficiência adrenal definitiva e necessidade de reposição de GC e mineralocorticoide. SC ACTH -dependente é provocada por doença de Cushing (DC) e síndrome do ACTH ectópico. Na DC, está in dicada cirurgia transesfenoidal, com sucesso entre 70% e 90% em centros de referência, adotando-se como critérios de cura cortisol indetectável, período de dependência ao GC e supressão do cortisol após 1 mg de dexametasona. Nos pacientes não curados e na recidiva, recomenda-se nova cirurgia, cuja taxa de sucesso é limitada (20% a 30%), tratamento clínico e/ou radioterapia associados. Várias drogas são disponíveis, com mecanismos de ação distintos e eficácia variável: cetoconazol (eficácia = 75%-90%), mitotane (72%83%), cabergolina (25% a 35%) e, em breve, pasireotide (20%-30%) e mefiprestone. Como nenhuma droga é completamente eficaz, recomendam-se também suas associações. A radioterapia é curativa após alguns anos, provocando hipopituitarismo na maioria dos pacientes. Nos raros casos de SC ACTH-dependente indeterminada e no ACTH ectópico, pode-se indicar AB para controle definitivo do hipercortisolismo, com excelentes resultados. Além de todas essas abordagens, é importante salientar a necessidade de manejo dos distúrbios associados, que provocam grande morbimortalidade: diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemia, hipocalemia, osteoporose, coagulopatias, depressão e ansiedade, infecções oportunistas, entre outros. TrabalhoS Científicos Trabalhos Científicos A AVALIAÇÃO CIENTÍFICA DOS RESUMOS FOI REALIZADA PELA COMISSÃO CIENTÍFICA DESTE EVENTO. TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO CO.01 NÍVEIS SÉRICOS DO FATOR TRANSFORMADOR DE CRESCIMENTO β1 PRÉ E PÓS-TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE EM PACIENTES COM TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE......................................................................................S153 Höfling DB, Chavantes MC, Knobel M, Cerri GG, Yoshimura EM, Acencio MMP, Chammas MC CO.02 PAPEL DA TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET-CT) COM FLÚOR-18-FLUORDEOXIGLICOSE (FDG-18F) EM PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DE ALTO RISCO.....................................................................S153 Yang JH, Nakabashi C, Camacho CP, Andreoni DM, Padovani RP, Malouf EZ, Ikejiri ES, Mamone MCOC, Abrahão M, Hojaij F, Yamaga LYI, Ozawa A, Jairo Wagner, Hidal JT, Maciel RMB, Biscolla RPM CO.03 ASSOCIATION BETWEEN COMPONENTS OF METABOLIC SYNDROME AND THYROID FUNCTION IN EUTHYROID SUBJECTS OF A BRAZILIAN ADULT POPULATION..........................................................................................................................................S153 Castelo MHCG, Ponte CMM, Ponte PM, Bandeira TJPG, Rocha IV, Aragão Jr AG, Paiva RGS, Teixeira DF, Montenegro RM, Montenegro Jr R CO.04 PROSPECTIVE STUDY OF CLINICAL EVALUATION AND OUTCOME OF PREGNANT WOMEN FOR THYROID DYSFUNCTION.........S154 Ferreira SMS, Navarro AM, Cardoso LF, Magalhães PKR, Duarte G, Quintana S, Maciel LMZ CO.05 DESENVOLVIMENTO DE UM ENSAIO DE TIREOGLOBULINA ULTRASSENSÍVEL E SEU PAPEL NO SEGUIMENTO DE PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE......................................................................................................................S154 Nakabashi C, Kasamatsu T, Tachibana TT, Barcelos RN, Malduf EZ, Hoff A, Maciel RMB, Biscolla RPM, Vieira JGH CO.06 CORRELAÇÃO ENTRE A VARIANTE GENÉTICA QUE CONFERE HIPERINSULINEMIA Ala1369Ser (SUR1) E A SUSCETIBILIDADE À PARALISIA PERIÓDICA TIREOTÓXICA (PPT).................................................................................................S154 Rolim ALR, Lindsey SC, Kunni IK, Crispim F, Martins JRM, Moises RCMS, Dias da Silva MR, Maciel RMB CO.07 EXPRESSÃO DE GENES DA VIA Wnt EM CRANIOFARINGIOMAS................................................................................................S154 Jucá CEB, Colli LM, Antonini SR, Oliveira RS, Moreira AC, Machado HR, Castro M CO.08 TUMORES CÍSTICOS DA REGIÃO SELAR: VALOR DA DOSAGEM HORMONAL INTRACISTO PARA DIAGNÓSTICO......................S155 Borba CG, Musolino NR, Cescato VAS, Silva GO, Cunha Neto MBC CO.09DETECTING AND SOLVING THE INTERFERENCE OF PREGNANCY SERUM IN A GH IMMUNOMETRIC ASSAY..............................S155 Rodrigues MLD, Vieira JGH, Abucham Filho JZ CO.10 AVALIAÇÃO DO PERFIL FENOTÍPICO INTERFAMILIAR EM PACIENTES ACOMPANHADOS COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1....................................................................................................................................................S155 Souza MR, Carvalho VR, Fontenele EGP, Quezado R, Martins MRA, Montenegro Jr R, Castro JD, Quidute ARP CO.11VIAS WNT CANÔNICA E NÃO CANÔNICA NA PATOGÊNESE MOLECULAR DOS TUMORES HIPOFISÁRIOS ...............................S156 Colli LM, Moreira AC, Antonini SR, Castro M CO.12 EXPRESSÃO GÊNICA COMPARATIVA ENTRE TUMORES HIPOFISÁRIOS.......................................................................................S156 Colli LM, Paixão BMC, Amaral FC, Lima DS, Silva Jr WA, Moreira AC, Vêncio RZN, Castro M CO.13 EXPRESSÃO DE MAPK7 E CCNL1 EM CORTICOTROFINOMAS E ANÁLISE FUNCIONAL DE miR-143 E miR-145 EM LINHAGEM TUMORAL CORTICOTRÓFICA AtT-20........................................................................................................................S156 Camargo RC, Paixão BMC, Colli LM, Varanda WA, Antunes-Rodrigues J, Elias LLK, Castro M CO.14 EFFECT OF VITAMIN D3 ON PERIPHERAL CYTOKINES/CHEMOKINES LEVELS, REGULATORY T CELLS AND SLOW THE DECLINE OF RESIDUAL β-CELL FUNCTION WHEN GIVEN AS ADJUNCTIVE THERAPY TO INSULIN IN NEW – ONSET TYPE 1 DIABETES ..............S157 Gabbay M, Sato MN, Finazzo C, Duarte AJS, Dib SA CO.15 CNTF PROTECTS MIN6 CELLS AGAINST APOPTOSIS INDUCED BY ALLOXAN AND IL-1β THROUGH DOWNREGULATION OF THE CaMKII-AMPK PATHWAY.............................................................................................................................................................S157 Santos GJ, De Oliveira CA, Boschero AC, Rezende LF CO.16 ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL LEVA À RESISTÊNCIA À INSULINA EM CAMUNDONGOS KNOCKOUT PARA TOLL-LIKE RECEPTOR 2................................................................................................................................................................................S157 Caricilli AM, Picardi PK, Abreu LLF, Ueno M, Prada PO, Ropelle ER, Hirabara SM, Curi R, Carvalheira JBC, Saad MJA CO.17 A NOVEL ADIPONECTIN MUTATION (p.M40K) RESULTS IN IMPAIRED HIGH MOLECULAR WEIGHT ADIPONECTIN AND ASSOCIATES WITH OBESITY AND EARLY ONSET METABOLIC SYNDROME...................................................................................S158 Bueno AC, Elias Jr J, Castro M, Cardoso VC, Barbieri MA, Bettiol H, Antonini SR CO.18 DIPEPTIDYL PEPTIDASE IV (DPPIV) INHIBITION INCREASES GLUT4 EXPRESSION AND SUBCELLULAR LOCALIZATION IN OXIDATIVE MUSCLES OF SPONTANEOUSLY HYPERTENSIVE RATS................................................................................................S158 Oliveira KC, Salles TA, Pacheco BPM, Maciel RMB, Girardi AC, Giannocco G CO.19 ANÁLISE DOS POTENCIAIS MECANISMOS IMPLICADOS NA HIPEREXPRESSÃO DE IGF1R EM TUMORES ADRENOCORTICAIS ESPORÁDICOS PEDIÁTRICOS E DE ADULTOS..............................................................................................................................S158 Ribeiro TC, Jorge AAL, Almeida MQ, Mariani BMP, Fragoso MCBV, Mendonça BB, Latronico AC CO.20 A PERDA DE EXPRESSÃO DO LIN28, UMA PROTEÍNA REGULADORA DE RNAs, É UM PREDITOR DE PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL EM TUMORES ADRENOCORTICAIS DE CRIANÇAS E ADULTOS..........................................................................S159 Faria AM, Mariani BMP, Soares IC, Ribeiro TC, Lerario AM, Wakamatsu A, Alves VAF, Mendonça BB, Fragoso MCBV, Latronico AC, Almeida MQ CO.21 ESTRATÉGIA PARA O DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA POR DEFICIÊNCIA DE 21 HIDROXILASE (HAC-21OHD).................................................................................................................................................S159 Coeli FB, Diniz WT, Elias PCL, Martinelli Jr CE, Moreira AC, Antonini SR, Castro M TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO CO.22 NOVA VARIANTE ALÉLICA MISSENSE EM HETEROZIGOSE NO GENE FGFR2 IDENTIFICADA EM DUAS IRMÃS 46,XY COM DISGENESIA GONADAL PARCIAL NÃO SINDRÔMICA................................................................................................................S160 Machado AZ, Santos MAG, Nishi MY, Brandão MP, Costa EMF, Mendonça BB, Domenice S CO.23 ANÁLISE NO GENE RSPO1 EM PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL 46,XX OVOTESTICULAR.........................................................................................................................................................................S160 Silva RB, Nishi MY, Machado AZ, Silva TE, Santos MAG, Brandão MP, Domenice S, Mendonça BB, Costa EMF CO.24 PESQUISA DE MUTAÇÕES INATIVADORAS NOS GENES: SF1, DMRT1, CBX2, FOXL2, STRA8, NANOS3 E BMP15 ENVOLVIDOS COM A DIFERENCIAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CÉLULAS OVARIANAS EM MULHERES BRASILEIRAS PORTADORAS DE AMENORREIA PRIMÁRIA ...................................................................................................................................................................................S160 Santos MAG, Domenice S, Machado AZ, Silva TE, Gomes CR, Mendez FMN, Martins MCN, Kohek MBF, Silva RB, Nishi MY, Latronico AC, Costa EMF, Mendonça BB CO.25 CUSHING’S DISEASE-INDUCED OSTEOPOROSIS: EVALUATION AT DIAGNOSIS AND TWO, FIVE AND TEN YEARS AFTER HYPERCORTISOLISM RESOLUTION..............................................................................................................................................S161 Miranda WRH, Batista SL, Ramos AF, Elias PCL, Moreira AC, Pereira FA, Castro M, Paula FJA CO.26 STEREOMICROSCOPY AND TISSUE SELECTION IN TOTAL PARATHYROIDECTOMY WITH PRESTERNAL AUTOTRANSPLANTATION IN HYPERPARATHYROIDISM RELATED TO RENAL DISEASE ...............................................................................................................S161 Ohe M, Santos RO, Neves MC, Kunii I, Carvalho AB, Abrahão M, Cervantes O, Lazaretti-Castro M, Vieira JGH CO.27 CIRURGIA BARIÁTRICA COM BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX: RELAÇÃO COM A VITAMINA D E MARCADORES DE REMODELAÇÃO ÓSSEA..............................................................................................................................................................S161 Biagioni MFG, Mendes AL, Paiva SAR, Leite CV, Mazeto GMFS CO.28 TUMOR-INDUCED OSTEOMALACIA (TIO): REPORT AND LONG TERM FOLLOW-UP OF FOUR CASES AFTER SURGERY RESECTION.................................................................................................................................................................................S162 Ferraz MP, Bussmann LZ, Graciolli FG, Oliveira CRGCM, Jorgetti V, Corrêa PHS, Martin RM CO.29 PARATIREOIDECTOMIAS EM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO GUIADAS PELA DETERMINAÇÃO DO PTHi POR ELETROQUIMIOLUMINESCÊNCIA (ELECSYS1010 ROCHE) NUM SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA CIRÚRGICA........................S162 Molinari AS, Bassuino M, Evangelista PE, Rojas JLB CO.30 VARIABILIDADE FENOTÍPICA NUMA MESMA FAMÍLIA COM CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO Ia (PHP Ia) E PSEUDOPSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO (PPHP) DECORRENTE DA MUTAÇÃO c.921_924delGACT NO GNAS......................S162 Reis MTA, Corrêa PHS, Martin RM CO.31 ASSOCIATION OF ADIPOQ GENE VARIANTS AND ADIPONECTIN LEVELS WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS.................................................................................................................S163 Oliveira CSV, Saddi Rosa P, Crispim F, Canani LHS, Gerchman F, Giuffrida FMA, Vieira JGH, Lima VC, Velho G, Reis AF CO.32 DIFERENÇAS DA DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DOS ALELOS HLA DE RISCO E PROTEÇÃO ENTRE DIABÉTICOS BRASILEIROS DO TIPO 1 ISOLADO E MÚLTIPLO......................................................................................................................................................S163 Bergamin CS, Rocco ER, Mory DB, Perez EC, Lopes JD, Gabbay M, Dib SA CO.33 TRATAMENTO TÓPICO COM CICLOSPORINA A REDUZ EXPRESSÃO DA PTEN E MELHORA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM RATOS DIABÉTICOS.................................................................................................................................................S163 Pedro RM, Nuñez CE, Velloso LA, Araújo EP CO.34 EFEITO DA FRUTOSE NA PRODUÇÃO DE FIBRONECTINA POR CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS IMORTALIZADAS (CMHI).....S164 Batista MCF, Schor N CO.35 CONCOMITANT CAPILLARY RECRUITMENT AND HORMONAL SECRETIONS DUE TO NEURALLY-MEDIATED ANTICIPATORY RESPONSES IN HEALTHY MEN.....................................................................................................................................................S164 Buss C, Aguiar LG, Maranhão P, Marinho C, Souza MGC, Wiernsperger N, Bouskela E CO.36 MIXING LISPRO WITH GLARGINE INSULIN DECREASES LISPRO PEAK CONCENTRATION WITHOUT AFFECTING GLYCEMIC CONTROL IN A LONG-TERM FOLLOW-UP OF YOUNG TYPE 1 DIABETES.......................................................................................S164 Lucchesi MBB, Komatsu WR, Gabbay M, Dib SA CO.37 DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DEFEITO DE RECEPTOR DE ANDRÓGENOS E DEFICIÊNCIA DE 5α-REDUTASE.......................................................................................................................S165 Castro CCTS, Guaragna-Filho G, Sewaybricker LE, Veiga Jr NN, Medaets PAR, Petroli RJ, Calais FL, De Mello MP, Maciel-Guerra AT, Marques-de-Faria AP, Guerra Jr G CO.38 ALTA FREQUÊNCIA DE DELEÇÕES E DUPLICAÇÕES CROMOSSÔMICAS SUBMICROSCÓPICAS EM PACIENTES DISMÓRFICOS NASCIDOS PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL (PIG)........................................................................................................S165 Canton APM, Rodrigues T, Krepischi-Santos ACV, Corrêa FA, Arnhold IJP, Mendonça BB, Rosenberg C, Jorge AAL CO.39 MUTAÇÕES NO GENE LIN28B E NOS SISTEMAS KISS1-KISS1R E TAC3-TACR3 NÃO SÃO CAUSA FREQUENTE DE PUBERDADE PRECOCE CENTRAL....................................................................................................................................................................S165 Reis ACS, Tarumi C, Ishikawa K, Leal LF, Carroll RS, Moreira AC, Castro M, Min L, Kaiser U, Antonini SR CO.40 IS FREQUENCY OF ETIOLOGIES AND INCIDENCE OF CONGENITAL HYPOTHYROIDISM CHANGING?.......................................S166 Magalhães PKR, Maciel LMZ CO.41 ALTERAÇÃO ESTRUTURAL DO CROMOSSOMO Y NUMA PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) E MALFORMAÇÕES UROGENITAIS MÚLTIPLAS..............................................................................................................................S166 Martins TC, Nishi MY, Costa EMF, Giron AM2, Mendonça BB, Domenice S TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO CO.42 P53 AND CTNNB1 MUTATIONS REVEAL DIFFERENT MECHANISMS/PATTERN BETWEEN PEDIATRIC AND ADULTS ADRENOCORTICAL TUMORS......................................................................................................................................................................................S166 Mermejo LM, Leal LF, Colli LM, Martinelli Jr CE, Moreira AC, Tone LG, Scrideli CA, Yunes JA, Mastellaro MJ, Seidinger AL, Brandalise SR, Ramalho LNZ, Antonini SRR, Castro M CO.43 A HERANÇA DE VARIANTES DE GENES DE DETOXIFICAÇÃO E DE REPARO MODULA O RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CMT FAMILIAR E ESPORÁDICO..................................................................................................................................................S167 Barbieri RB, Bufalo NE, Silva ACN, Rocha AG, Assumpção LVM, Maciel RMB, Cerutti JM, Ward LS CO.44 A EXPRESSÃO DE MAGE A3 PODE AJUDAR A DIFERENCIAR LESÕES TIREOIDIANAS COM PADRÃO FOLICULAR EM PACIENTES COM CARCINOMA DE TIREOIDE, MAS NÃO PARECE ÚTIL NA DETERMINAÇÃO DE PROGNÓSTICO.........................................S167 Martins MB, Morari EC, Marcello MA, Soares FA, Vassallo J, Ward LS CO.45 INVESTIGAÇÃO DO PAPEL DE PI3KCA NO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE.............................................................S167 Silva ACN, Bufalo NE, Barbieri RB, Conte FF, Soares FA, Silva MJ, Ward LS CO.46 TRI-IODOTIRONINA NÃO MODULA EXPRESSÃO DE LEPTINA, IN VITRO, APÓS 6 HORAS DE TRATAMENTO.................................S168 Oliveira M, Sibio MT, Olimpio RMC, Luvizotto RAM, Marino J, Biz C, Nogueira CR CO.47 TRATAMENTO COM T3 ALTERA A DISTRIBUIÇÃO DOS GRÂNULOS CONTENDO TSH NOS TIREOTROFOS: UMA POSSÍVEL AÇÃO NÃO GENÔMICA PREVENINDO A SECREÇÃO DE TSH........................................................................................................................S168 Bargi-Souza P, Romano RM, Brunetto EL, Salgado RM, Goulart-Silva F, Zorn TMT, Nunes MT CO.48 T3 REGULA DIFERENCIALMENTE A SÍNTESE DE ALFA E BETA TSH EM CÉLULAS TIREOTRÓFICAS (TαT1).......................................S168 Bargi-Souza P, Nunes MT CO.49 CORTISOL AWAKENING RESPONSE (CAR) AND CORTISOL CIRCADIAN RHYTHM IN HEALTHY SUBJECTS.................................S169 Ruiz SL, Elias PCL, Castro M, Moreira AC CO.50 MUTAÇÕES NO GLI2 EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE GH CONGÊNITA..........................................................................S169 França MM, Jorge AAL, Carvalho LR, Otto AP, Corrêa FA, Costalonga EF, Mendonça BB, Arnhold IJP CO.51 FARMACOGENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO RECOMBINANTE HUMANO (rhGH) EM PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER (ST): INTERAÇÃO ENTRE UM POLIMORFISMO NA REGIÃO PROMOTORA DO GENE IGFBP3 E A PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO ÉXON 3 DO RECEPTOR DE GH (GHR) NA DETERMINAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO..............................................S169 Braz AF, Scalco RC, Costalonga EF, Ribeiro LM, Antonini SR, Martinelli Jr CE, Ramos ES, Mendonça BB, Arnhold IJP, Jorge AAL CO.52 A FREQUENT POLYMORPHISM (rs9770242) OF NICOTINAMIDE PHOSPHORIBOSYLTRANSFERASE (NAMPT) GENE IS ASSOCIATED WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS....................................................S170 Saddi Rosa P, Oliveira CSV, Crispim F, Giuffrida F, Lima VC, Velho G, Reis AF CO.53 STEM/PROGENITOR CELL GENE EXPRESSION IN CRANIOPHARYNGIOMAS AND PITUITARY ADENOMAS.................................S170 Araújo RV, Cani CMG, Fragoso MCBV, Matushita H, Cescato VAS, Bronstein MD, Mendonça BB, Carvalho LR CO.54 WNT/BETA-CATENIN PATHWAY IN CHILDHOOD ADRENOCORTICAL TUMORS............................................................................S170 Leal LF, Mermejo LM, Ramalho LNZ, Martinelli Jr CE, Yunes JA, Seidinger AL, Mastellaro MJ, Cardinalli IA, Bradalise SR, Moreira AC, Tone LG, Scrideli CA, Castro M, Antonini SRR CO.55 THYROID HORMONE (T3) INCREASES NEUROGLOBIN AND CYTOGLOBIN GENE EXPRESSION ON RAT CORTEX, HIPPOCAMPUS AND CEREBELLUM......................................................................................................................................................................S171 Oliveira KC, Sato MA, Maciel RMB, Giannocco G CO.56 HYPOTHALAMIC INSULIN RESISTANCE AND ENDOPLASMIC RETICULUM STRESS IN OFFSPRING FROM DAMS FED HIGH FAT DIET DURING PREGNANCY AND LACTATION.....................................................................................................................................S171 Ashino NG, Cursino J, Santos GA, Benatti RO, Velloso LA, Torsoni MA CO.57 CILIARY NEUROTROPHIC FACTOR PROTECTS MICE AGAINST TYPE 1 DIABETES THROUGH SOCS3 EXPRESSION: ROLE OF STAT1/ STAT3 BALANCE IN BETA-CELL DEATH.........................................................................................................................................S171 Rezende LF, Santos GJ, Boschero AC CO.58 EFEITO DO TRATAMENTO COM FENOFIBRATO E INSULINA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CUTÂNEAS DE RATOS DIABÉTICOS.S172 Abreu LLF, Caricilli AM, Picardi PK, Razolli D, Araújo E, Amaral MEC, Esquisatto MA, Saad MJA, Lima MHM CO.59 POST-RECEPTOR IGF-1 INSENSITIVITY RESTRICTED TO THE MAPK PATHWAY IN A SILVER-RUSSELL SYNDROME PATIENT WITH HYPOMETHYLATION AT THE IMPRINTING CONTROL REGION ON CHROMOSOME 11...............................................................S172 Montenegro LR, Leal AC, Countinho DC, Nishi MY, Mendonça BB, Arnhold IJP, Jorge AAL CO.60 MICRORNA EXPRESSION IN R337H P53 MUTATED CHILDHOOD ADRENOCORTICAL CANCER.................................................S172 Colli L, Leal LF, Mermejo LM, Scrideli CA, Tone LG, Yunes JA, Seidinger AL, Mastellaro MJ, Bradalise SR, Saggioro F, Martinelli Jr CE, Moreira AC, Antonini SRR, Castro M TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.001 DIABETES INSIPIDUS E HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS.........................................................................................S173 Belino DL, Andrade AR, Blankenburg C, Machado VC, Guerra RA, Portes E, Sa LBPC, Barbosa ER PT.002 TUMOR PRODUTOR DE PROLACTINA EM CLÍVUS – RELATO DE CASO........................................................................................S173 Portes E, Barbosa ER, Ramalho MCB, Santos LM, Valle AMC, Marocco TS PT.003 IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO NA NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 2A: RELATO DE CASO.................................S173 Paranhos GC, Cordioli MICV, Magno GM, Napoli TF, Lima Jr JV, Scalissi N, Maciel RMB, Camacho CP, Lindsey SC PT.004 ACANTOSIS NIGRICANS MALIGNA COMO MANIFESTAÇÃO DE SÍNDROME DE CUSHING ACTH-DEPENDENTE POR CARCINOIDE DE PULMÃO................................................................................................................................................................................S173 Vasconcelos AGA, Nascimento LAC, Cavalcante FFG, Aragão DHP, Hissa MN, Quezado R, Martins MRA, Quidute ARP PT.005 NEM TIPO 1 COM MANIFESTAÇÃO ATÍPICA: GIGANTISMO, APOPLEXIA HIPOFISÁRIA, TUMOR DE PÂNCREAS NÃO PRODUTOR E HIPERPARATIREOIDISMO SINTOMÁTICO.....................................................................................................................................S174 Macedo RBL, Mota I, Ferraz TMBL, Lima MO, Muniz AA, Queiroz PC, Coelho SFM, Henriques IAPM PT.006 ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS NA ACROMEGALIA...............................................................................................................S174 Medeiros MA, Caccelli M, Stella LC, Fraige Filho F, Inocêncio IT, Silva PPB, Arçari GD, Bacchin RP, Magalhães JM PT.007 IDENTIFICAÇÃO DE DUAS VARIANTES ALÉLICAS NO GENE DO RECEPTOR DA PROCINETICINA 2 (PROKR2) EM UMA COORTE DE PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO ...................................................................................................................S174 Corrêa FA, Tusset C, Abreu AP, Latronico AC, Carvalho LR, Brito VN, Arnhold IJP, Mendonça BB PT.008 MANEJO CLÍNICO DA HIPERPROLACTINEMIA MEDICAMENTOSA: UM DESAFIO PARA O ENDOCRINOLOGISTA......................S175 Guzman CGA, Suzuki CM, Castro MPR, Harada CMM, D’Andrea V, Angeli Padula F, Paoli FD, Mazer SR, Matushita L, Matushita M, Machado BGO PT.009 DOENÇA DE CUSHING COM QUADRO DE SECREÇÃO ECTÓPICA DE ACTH: A NECESSIDADE DO CATETERISMO DO SEIO PETROSO....................................................................................................................................................................................S175 Pirozzi FF, Paiola AA, Jacob VA, Marino EC, Santos RA, Campos RG, Tostes M, Laguna Neto D, Pires AC PT.010 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO E ANOFTALMIA UNILATERAL: UMA ANORMALIDADE DO DESENVOLVIMENTO QUE SUGERE MUTAÇÃO DO SOX2.....................................................................................................................................................S175 Blumberg K, Vieira TCA PT.011 CONTRIBUTION OF CLINICAL EVALUATION IN ESTIMATION OF PRE-TEST PROBABILITY IN THE DIAGNOSIS OF CUSHING’S SYNDROME UNDER A BAYESIAN PERSPECTIVE...........................................................................................................................S176 Cipoli D, Martinez EZ, Castro M, Moreira AC PT.012 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PRESENÇA DE EVENTO CARDIOVASCULAR EM COORTE DE 40 MULHERES IDOSAS COM HIPOPITUITARISMO POR SÍNDROME DE SHEEHAN.....................................................................................................................S176 Cunha de Alcântara B, Mendes PP, Alencar CHM, Barbosa ALS, Gomes Neto PS, Fontenele EGP, Montenegro Jr R, Quidute ARP PT.013 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO FAMILIAR NORMÓSMICO COM VARIAÇÕES FENOTÍPICAS.................................S176 Vasconcelos AGA, Quidute ARP, Farias LAGM, Fontenele EGP, Quezado R, Martins MRA, Castro JDV PT.014 PACIENTE COM PLASMOCITOMA HIPOFISÁRIO: RELATO DE CASO ..........................................................................................S177 Merçon FG, Paranhos GC, Stape L, Mandel F, Lima Jr JV, Scalissi N, Santos ARL PT.015 SÍNDROME DE KALLMANN: IDENTIFICAÇÃO TARDIA AOS 27 ANOS EM PACIENTE DO SEXO MASCULINO...............................S177 Firme RM, Cosso MAM, Barbosa EN, Rodrigues LFAA, Mega TP, Abreu RK, Ferreira ACMN PT.016 HERNIAÇÃO DO QUIASMA ÓPTICO E DOS GIROS RETOS COMO COMPLICAÇÃO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO MACROPROLACTINOMA...........................................................................................................................................................S177 Resende ATP, Jorge BH, Souza AFB, Resende EAMR, Ferreira BP, Borges MF PT.017 QUATRO ANOS DE REMISSÃO CLÍNICA DE UM INSULINOMA MALIGNO APÓS QUIMIOEMBOLIZAÇÃO TRANSARTERIAL DAS METÁSTASES HEPÁTICAS COM DOXORUBICINA E ESTREPTOZOTOCINA: RELATO DE CASO.......................................................S178 Moura RCP, Nunes VS, Romeiro FG, Nogueira CR, Silva GFS, Bolfi F, Bianchi LA PT.018 PROLACTINOMAS GIGANTES COM HIDROCEFALIA: RELATO DE DOIS CASOS..........................................................................S178 Macedo FDB, Figueiredo AEVL, Chacra W, Orlandi DM, Moreira PCO, Alves GM, Abucham Filho JZ, Lengyel AM PT.019 ACROMEGALIA ASSOCIADA A BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO..............................................................................................S178 Silva RF, Seganfredo IB, Borges DR, Leão PHM, Faria NLA PT.020 PAN-HIPOPITUITARISMO POR HEMORRAGIA TRAUMÁTICA EXTRAUTERINA NA GESTAÇÃO (“SHEEHAN-LIKE”): RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S179 Santarosa VA, Macedo FDB, Chacra W, Abucham Filho JZ PT.021 CLINICAL AND MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN BRAZILIAN PATIENTS WITH ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM.................................................................................................................................S179 Tusset C, Trarbach EB, Silveira LFG, Mendonça BB, Castro M, Guerra Jr G, Lofrano-Porto A, Latronico AC PT.022 MACROPROLACTINOMA ASSOCIADO à HEMIANOPSIA BITEMPORAL: RECUPERAÇÃO VISUAL COMPLETA COM ALTAS DOSES DE CABERGOLINA................................................................................................................................................S179 Machado AS, Sousa LS, Silva LSA, Martins CLLP, Felício JS, Silva TXS, Okawa T TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.023 INSULINOMA PANCREÁTICO COM MÚLTIPLAS METÁSTASES HEPÁTICAS: RELATO DE CASO......................................................S180 Macedo RBL, Muniz AA, Aires DP, Coelho SFM, Ferraz TMBL, Mota I, Saboia JGP PT.024 DIABETES INSIPIDUS CENTRAL DE ETIOLOGIA IDIOPÁTICA X AUTOIMUNE: RELATO DE CASO....................................................S180 Paranhos GC, Calmon AC, Santos MAR, Scalissi N, Lima Jr JV, Namo Cury A PT.025 HIPOFISITE AUTOIMUNE PÓS-PARTO: RELATO DE CASO..............................................................................................................S180 Feldman RJ, Dinis VG, Coelho JPR, Massaia IFDS, Lima Jr JV PT.026 CORDOMA COMO DIAGNÓSTICO DE MASSA SELAR: RELATO DE CASO.................................................................................S181 Lima MO, Mota JIS, Ferraz TMBL, Henriques IAPM, Queiroz PC, Gondim JA, Muniz AA PT.027 LEONTÍASE ÓSSEA SECUNDÁRIA A HIPERPARATIREOIDISMO: RELATO DE CASO.......................................................................S181 Rebouças PFB, Rosa VDL, Almeida TL, Cunha TCM, Borges EO, Rebouças RFB PT.028 MASSA SELAR E HIPOPITUITARISMO – MANIFESTAÇÃO DE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS METASTÁTICO: RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S181 Lima MO, Mota JIS, Ferraz TMBL, Henriques IAPM, Queiroz PC, Coelho SFM, De Paula WG, Gondim JA PT.029 HIGH PREVALENCE OF MICROPENIS AND CRYPTORCHIDISM IN BRAZILIAN PATIENTS WITH CONGENITAL HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: IMPACT OF TESTOSTERONE THERAPY STARTED IN ADOLESCENCE OR ADULTHOOD ON FINAL PENILE LENGTH...............................................................................................................................S182 Faria AM, Silveira LFG, Gurgel Teles M, Abreu AP, Brito LP, Domenice S, Latronico AC, Costa EMF, Mendonça BB PT.030 SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO...............................................................................................................................S182 Penna LG, Pinto MS, Santos CM, Dias JCA PT.031 HIPOGLICEMIA SEVERA ASSOCIADA À DEFICIÊNCIA ISOLADA DE GH EM HOMEM ADULTO COM HIPOFISITE........................S182 Santos LL, Cavalcanti TB, Poncell MF, Griz LH, Aleixo A, Almeida MOP, Lima DD, Bandeira F PT.032 EFEITO DO CETOCONAZOL (PRÉ E PÓS-CIRURGIA TRANSESFENOIDAL) EM PACIENTES COM HIPERCORTISOLISMO DEVIDO À DOENÇA DE CUSHING..............................................................................................................................................S183 Alves GM, Gaeta P, Correa-Silva SR, Lengyel AM PT.033 CONGENITAL ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: A DETAILED CLINICAL AND MOLECULAR CHARACTERIZATION OF A BRAZILIAN PATIENTS COHORT..........................................................................................................S183 Silveira LFG, Teles M, Abreu AP, Montenegro LR, Tusset C, Beneduzzi D, Castro M, Costa EMF, Lofrano-Porto A, Baptista MTM, Garmes HM, Guerra Jr G, Mendonça BB, Latronico AC, Trarbach EB PT.034 ESTUDO DAS SOLICITAÇÕES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA SELA TÚRCICA NA PROPEDÊUTICA DA HIPERPROLACTINEMIA, NÍVEIS DE PROLACTINA E SUAS ASSOCIAÇÕES COM O RESULTADO DAS IMAGENS, EM PACIENTES ATENDIDOS NA REDE SUS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE..........................................................................................................S183 Cosso MAM, Drummond MCF, Cosso FMG, Dayrell M PT.035 MUDANÇA NO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 APÓS IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLO SISTEMATIZADO DE ACOMPANHAMENTO..........................................................................S184 Souza MR, Carvalho VR, Fontenele EGP, Martins MRA, Quezado R, Castro JD, Quidute ARP PT.036 MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN CHILDREN WITH IDIOPATHIC CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY.........S184 Tusset C, Trarbach EB, Silveira LFG, Cukier P, Mendonça BB, Latronico AC PT.037 MUTAÇÕES EM GENES DA CASCATA DE SINALIZAÇÃO SONIC HEDGEHOG (SHH) EM PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO ASSOCIADO OU NÃO A DEFEITOS DE LINHA MÉDIA CEREBRAL...........................................................................S184 Paulo SS, Fernandes-Rosa FL, Diniz WT, Martinelli Jr CE, Santos AC, Moreira AC, Castro M, Antonini SR PT.038 PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERPROLACTINEMIA ATENDIDOS NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA.........................................................................................................................................S185 Casini A, Graça MP, Brandão CD, Pretti R, Scárdua EF, Lacerda CB, Machado TVC, Barros TP, Souza NRC PT.039 ABSCESSO HIPOFISÁRIO DURANTE GESTAÇÃO: RELATO DE CASO ...........................................................................................S185 Romano DB, Scalissi N, Rocha A, Guardia VC, Lima Jr JV, Cordioli MICV PT.040 DIABETES INSIPIDUS SECUNDÁRIO À HIPOFISITE RELACIONADA À IGG4...................................................................................S185 Rocha MGM, Zucare JRC, Fernandez FMAO, Freire DS, Pereira MAA PT.041 IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE CÁLCIO SÉRICO NA DETECÇÃO DE NOVOS CASOS DE NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 EM PACIENTES PORTADORES DE PROLACTINOMA..........................................................................................S186 Rebouças Carvalho V, Ponte PM, Cunha de Alcântara B, Souza MR, Fontenele EGP, Montenegro Jr R, Martins MRA, Quidute ARP PT.042 ABSCESSO HIPOFISÁRIO: RELATO DE DOIS CASOS COM DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO COM BASE NA RESPOSTA TERAPÊUTICA..............................................................................................................................................................................S186 Cunha FS, Cescato VAS, Cunha Neto MBC, Silva FEF, Assis DB, Musolino N PT.043 INFLUÊNCIA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO CONTROLE HORMONAL DA ACROMEGALIA................................................S186 Bittencourt RQ, Candioto SL, Rojas LBA, Braziliano CB, Faissol F, Tabet ALO PT.044 RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS DE DIVERSOS TIPOS NUM GRUPO DE PACIENTES ACROMEGÁLICOS...................................S187 Bolfi F, Moura RCP, Resende M, Miot HA, Nogueira CR, Mazeto GMFS, Nunes VS TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.045 ADENOMA HIPOFISÁRIO SEGUIDO DE APOPLEXIA: UMA MANIFESTAÇÃO COMUM?...............................................................S187 Pereira FA, Andrade RT, Barakat MA, Fernandes RA, Cameli ASR, Rocha DRTW, Arbex AK PT.046 ADENOMA HIPOFISÁRIO PRODUTOR DE GONADOTROFINAS: RELATO DE CASO......................................................................S187 Henriques IAPM, Queiroz PC, Lima MO, De Paula WG, Mota JIS, Ferraz TMBL, Gondim JA PT.047 NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA FAMILIAL: A IMPORTÂNCIA DO SCREENING GENÉTICO ADEQUADO........................................................................................................S188 Lima CMBB, Santos JPL, Correa RV PT.048 SÍNDROME DE KALLMANN: DIAGNÓSTICO TARDIO...................................................................................................................S188 Resende AB, Bizarro VR, Mesquita LM, Faria GB, Rocha DRTW, Jorge AR, Arbex AK PT.049 APOPLEXIA HIPOFISÁRIA – UMA EMERGÊNCIA ENDOCRINOLÓGICA: RELATO DE CASO.........................................................S188 Penna LG, Pinto MS, Dias JCA PT.050 CONDUTA CONSERVADORA NA APOPLEXIA HIPOFISÁRIA: RELATO DE CASO..........................................................................S189 Henriques IAPM, Lima MO, Queiroz PC, Coelho SFM, Muniz AA, Mota JIS, Ferraz TMBL PT.051 HIPONATREMIA GRAVE EM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO TARDIO DE PAN-HIPOPITUITARISMO SECUNDÁRIO À SÍNDROME DE SHEEHAN....................................................................................................................................................................................S189 Filho RR, Antonelli L, Lys L, Kadomoto M, Amaral APM, Bonansea TCP, Brito CM PT.052 FEOCROMOCITOMA MALIGNO: RELATO DE CASO...................................................................................................................S189 Blankenburg C, Andrade AR, Belino DL, Machado VC, Pereira C, Guerra RA, Portes E PT.053 CARCINOMA ADRENAL PRODUTOR DE ANDRÓGENOS, CORTISOL E ALDOSTERONA: RELATO DE CASO.................................S190 Callou EQ, Oliveira KCL, Vieira NB, Sá FCF PT.054 SÍNDROME DE KLINEFELTER: DADOS QUE DIFERENCIAM DE OUTRAS CAUSAS DE HIPOGONADISMO OU INFERTILIDADE........S190 Guaragna-Filho G, Castro CCTS, Sewaybricker LE, Tincani BJ, Mascagni BR, Pinto RDP, Maciel-Guerra AT, Marques-de-Faria AP, Guerra Jr G PT.055 DIFICULDADE NO CONTROLE DO HIPERANDROGENISMO NA SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS...................................S190 Arbex AK, Hoffmann NM, Brilhante AP, Fraga Filho W, Rocha DRTW, Jorge AR PT.056 SÍNDROME DE PERSISTÊNCIA DOS DUCTOS DE MÜLLER: RELATO DE CASO COM DADOS CLÍNICOS, HORMONAIS E MOLECULARES...........................................................................................................................................................................S191 Sewaybricker LE, Nishi MY, Silva MACP, Castro CCTS, Guaragna-Filho G, Mendonça BB, Maciel-Guerra AT, Guerra Jr G PT.057 PACIENTE 46,XY COM DEFICIÊNCIA DA P450c17 COM DESENVOLVIMENTO PUBERAL E SEMINOMA BILATERAL....................S191 Harima LS, Costa EMF, Machado AZ, Carvalho FM, Domenice S, Mendonça BB PT.058 FEOCROMOCITOMA ASSINTOMÁTICO EM PACIENTE COM NEUROFIBROMATOSE TIPO 1: RELATO DE CASO..........................S191 Kadomoto M, Amaral APM, Pereira LSB, Martins CP, Lys L, Cordenonssi JT, Brito CM, Bonansea TCP PT.059 SÍNDROME DE PERRAULT: RELATO DE CASO...............................................................................................................................S191 Martins CS, Mermejo LM, Elias LLK PT.060 AUSÊNCIA DE VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CÓPIAS DE GENES DA REGIÃO PSEUDOAUTOSSÔMICA 1 NUM PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) OVOTESTICULAR 46,XX (SRY-NEGATIVO) E SÍNDROME REUMATOLÓGICA.S192 Rocha MGM, Funari MFA, Caleiro MTC, Nishi MY, Silva RB, Mendonça BB, Costa EMF, Domenice S PT.061 CARACTERÍSTICAS DA HIPERPLASIA ADRENOCORTICAL MACRONODULAR INDEPENDENTE DE ACTH AO EXAME DE 18F-FDG-PET/ CT...............................................................................................................................................................................................S192 Alencar GA, Fragoso MCBV, Lerario AM, Lima LO, Mendonça BB PT.062 GRAVIDEZ ESPONTÂNEA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER: RELATO DE CASO..........................................................S193 Santos M, Borba CG, Cunha FS, Coutinho FL, Normando APC, Borba MG PT.063 VARIANTES ALÉLICAS NO GATA4 (P.L269F E P.V380M) IDENTIFICADAS EM PACIENTES 46,XY COM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) SEM DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS (DCC)............................................................S193 Silva TE, Costa EMF, Nishi MY, Silva RB, Mendonça BB, Domenice S PT.064 TUMOR VIRILIZANTE DE CÉLULAS ESTEROIDAIS OVARIANAS NA PÓS-MENOPAUSA: RELATO DE CASO.....................................S193 Carvalho NG, Bresque AHC, Betonico CCR, Pimentel Filho FR, Cruz CLP, Valejo FAM PT.065 PACIENTE COM FEOCROMOCITOMA BILATERAL SUBMETIDA À ADRENALECTOMIA PARCIAL POR VIDEOLAPAROSCOPIA......S194 Iervolino L, Lima Jr JV, Pulzi FBU, Leite AC, Ribeiro CA PT.066 HYPERANDROGENIC PHENOTYPE DISTRIBUTIONS IN NONCLASSICAL FORM OF 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A COMPARISON WITH PHENOTYPES OF TRUE PCOS PATIENTS...................................................................................................S194 Moura V, Gomes LG, Maciel GAR, Marcondes JAM, Hayashida SY, Baracat EC, Mendonça BB, Bachega TASS PT.067 PARAGANGLIOMAS: RELATO DE CASO......................................................................................................................................S194 Stape L, Vaz IM, Lima Jr JV, Scalissi N, Rosa M, Hilário L PT.068 CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS EM PACIENTES COM DISTÚRBIO DA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (DDS) 46,XY TRATADOS TARDIAMENTE.......................................................................................................................................S195 Carvalho DF, Carvalho FM, Costa EMF, Santos MAG, Nishi MY, Mendonça BB, Domenice S TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.069 PARAGANGLIOMA ASSOCIADO à AMILOIDOSE SISTÊMICA: UMA ASSOCIAÇÃO CAUSAL OU CASUAL?.................................S195 Tucci MF, Tucci S, Moreira AC, Castro M, Elias Jr J, Batista SL, Silva GB, Elias PCL PT.070 METÁSTASE RETRO-OCULAR EM PACIENTE COM CARCINOMA ADRENOCORTICAL.................................................................S195 Balarini RV, Daher G, Alencar GA, Almeida MQ, Lerario AM, Evangelista JJF, Mendonça BB, Latronico AC, Fragoso MCBV PT.071 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL PRECOCE NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS DOCUMENTADA POR CAPILAROSCOPIA PERIUNGUEAL.............................................................................................................................................................................S196 Oliveira VC, Leão LM, Villela NR, Aguiar LGK, Tabet A, Bouskela E PT.072 FEOCROMOCITOMA CÍSTICO GIGANTE: RELATO DE CASO......................................................................................................S196 Moreira PCO, Lima Jr JV, Kater CE, Hilário L, Macedo FDB, Arruda MT PT.073 FEOCROMOCITOMA EM PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO...................................................................................................S196 Aum PMP, Scalissi N, Lima Jr JV, Hilario LN, Napoli TF, Mendes RES, Guardia VC, Souza Jr JA PT.074 FEOCROMOCITOMA SIMULANDO METÁSTASE DE CÂNCER DE MAMA....................................................................................S197 Guzzo MF, Oliveira MC, Onuchic MHF, Nóbrega CVS PT.075 HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEO-MUCOSA PELO USO DE HIDROXIUREIA MIMETIZANDO DOENÇA DE ADDISON: RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S197 Bessa DS, Miranda WRH, Moreira LA, Moreira AC PT.076 GLUCOCORTICOID RECEPTOR GENE POLYMORPHISM IS ASSOCIATED WITH OBESITY PREVALENCE IN PATIENTS WITH 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY..................................................................................................................................................S197 Moreira RPP, Gomes LG, Madureira G, Mendonça BB, Bachega TASS PT.077 SÍNDROME DE CUSHING ACTH-INDEPENDENTE DURANTE GESTAÇÃO......................................................................................S198 Fabri FSSS, Lima Jr JV, Scalissi N, Rosa M, Stape L PT.078 FEOCROMOCITOMA BILATERAL COM IMAGEM RADIOLÓGICA NEGATIVA: RELATO DE CASO.................................................S198 Freire ACTB, Iervolino L, Cordioli MICV, Santos MAR, Hilário L, Lima JVJ, Scalissi N PT.079 HIPERTECOSE OVARIANA APÓS A MENOPAUSA: RELATO DE CASO .........................................................................................S198 Frossard MM, Sander MF, Ramos APC, Vieira CA, Xavier MF, Caixeta WDR PT.080 LONG-TERM OUTCOME IN A COHORT OF ADULTS WITH CLASSICAL CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIA (CAH) DUE TO 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A SINGLE CENTER EXPERIENCE................................................................................................S199 Gomes LG, Madureira G, Mendonça BB, Bachega TASS PT.081 O DESAFIO NO DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO DOS FEOCROMOCITOMAS: SÉRIE DE CASOS ................................................S199 Cordioli MICV, Sepulcre DFN, Stape L, Napoli TF, Iervolino L, Hilario LN, Scalissi N, Lima Jr JV PT.082 CLONALITY ANALYSIS AND EXPRESSION OF ACTH AND ANDROGEN RECEPTORS IN GIANT MYELOLIPOMAS..........................S199 Kaupert LC, Brito LP, Lerario AM, Mariane BMP, Santos MAR, Lima Jr JV, Monte O, Mendonça BB, Bachega TASS PT.083 CISTOS OVARIANOS VOLUMOSOS: MANIFESTAÇÃO INICIAL DA DEFICIÊNCIA DE 17-a-HIDROXILASE/17,20 LIASE.................S200 Teixeira VCMR, Cavalcante LLA, Quezado R, Hissa MN PT.084 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO CUSHING SUBCLÍNICO: RELATO DE CASO......................................................................S200 Eimori DY, Caetano LA, Ferreira LV, Silva RR, Vecchiatti SMP, Correa-Silva SR PT.085 DOENÇA ADRENOCORTICAL NODULAR PIGMENTADA PRIMÁRIA – RELATO DE CASO DE CUSHING INTERMITENTE EM CRIANÇA..............................................................................................................................................................................S200 Sepulcre DFN, Guzzo MF, Vaz IM, Saieg M, Lima JVJ, Monte O, Scalissi N PT.086 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA ASSOCIADA À MIELOLIPOMA ADRENAL BILATERAL: RELATO DE CASO............................S201 Caetano LA, Eimori DY, Ferreira LV, Silva RR, Vecchiatti SMP, Correa-Silva SR PT.087 GROWTH HORMONE (GH) PEAK AFTER COMMON PHARMACOLOGICAL STIMULATION TESTS IN CHILDREN..........................S201 Marchisotti FG, Franco LF, Fabbri T, Freitas AC, Pereira C, Denardin OV PT.088 CARACTERÍSTICAS E FREQUÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA...........................................................................................................................................................S201 Borba VVL, Filizola RG, Lima RT PT.089 TUMOR ÓSSEO APÓS TERAPIA COM HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER (ST): RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S201 Piva AKC, Ribeiro AV, Canalli AB, Leite JPS PT.090 PESO FETAL E ADIPOSIDADE VISCERAL NO SEGUNDO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO EM ADOLESCENTES NO SERTÃO NORDESTINO..............................................................................................................................................................................S202 Meira RMC, Dutra LPF, Alves JGB, Amorim MMR, Marques MSL, Rolland ASS, Diniz CP, Silveira FJC, Moura LA PT.091 INTERVALO ENTRE IDADE ÓSSEA E A IDADE CRONOLÓGICA INICIAL E FINAL NO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE CENTRAL.....................................................................................................................................................................................S202 Hissa MRN, Farias LAGM, De Castro DB, Cavalcante LLA, Teixeira VCMR, Hissa MN TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.092 COMPARISON OF CLINICAL FEATURES BETWEEN CAH COHORTS FROM GOIAS AND SAO PAULO: STATES WITH AND WITHOUT NEONATAL SCREENING......................................................................................................................................S202 Santos MAR, Silveira-Lucas E, Santos EP, Moura V, Gomes LG, Madureira G, Brito VN, Van der Linden Nader I, Elnecave R, Mendonça BB, Bachega TASS PT.093 AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE TRATAMENTO DE PACIENTES COM BAIXA ESTATURA NÃO DEFICIENTES DE GH................S203 Lopes DMC, Scuro G, Guimarães LJ, Kochi C PT.094 CLINICAL AND HORMONAL FOLLOW-UP OF PATIENTS WITH CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY TREATED WITH LEUPROLIDE ACETATE 3-MONTH DEPOT (11.25 MG): EXPERIENCE OF 2 YEARS.........................................................................S203 Teles M, Lima LO, Silveira LFG, Cukier P, Arnhold IJP, Latronico AC, Mendonça BB, Brito VN PT.095 EFEITOS DO TRATAMENTO COM DIIDROTESTOSTERONA GEL NO CRESCIMENTO PENIANO: EXPERIÊNCIA COM QUINZE PACIENTES...........................................................................................................................................................S203 Silva RB, Gomes CR, Brandão MP, Domenice S, Jorge AAL, Costa EMF, Mendonça BB PT.096 SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP: DIAGNÓSTICO AMBULATORIAL NO SERVIÇO DE PEDIATRIA ENDÓCRINA DO HUOP – RELATO DE CASO..........................................................................................................................................................S204 Leite JPS, Pereira FAS, Erbes F, Cristovam MAS, Bresolin AC PT.097 BÓCIO MULTINODULAR CONGÊNITO: PROPEDÊUTICA E TRATAMENTO.....................................................................................S204 Rezende MS, Silva RVD, Freitas PC, Moreira LMP, Dias EP, Lauria MW, Sarquis MS, Ramos AV, Marinho BCG, Cordeiro GV, Barbosa VE PT.098 PREVALÊNCIA DE SOBREPESO, OBESIDADE E ADIPOSIDADE CENTRAL, EM ALUNOS DE ESCOLAS PARTICULARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA...................................................................................................................................................S204 Fontenele EGP, D’Alva CB, Landim SASP, Montenegro Jr R, Moraes MEA PT.099 TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE E A EVOLUÇÃO DE TANNER.......................................................................................S205 Hissa MRN, Farias LAGM, Teixeira VCMR, De Castro DB, Cavalcante LLA, Hissa MN PT.100 DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESCOLARES DE 6 A 10 ANOS DE ITAÚNA/MG...............................................S205 Rodrigues LP, Soares LT, Luz BG, Silva ACF, Lima RC, Queiroz NA, Gonçalves R, Lamounier JA, Santos MESM, Granjeiro PA PT.101 ANÁLISE DAS CURVAS DE CRESCIMENTO – MARCONDES, CDC E OMS – NA AVALIAÇÃO ESTATURAL DE ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA.........................................................................................................................................................S205 Fontenele EGP, D’Alva CB, Landim SASP, Montenegro Jr R, Moraes MEA PT.102 ALTA ESTATURA, CIA E RETARDO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ASSOCIADO à SÍNDROME MARFANOIDE.....S206 Santos JPL, Lima CMBB, Dourado BM, Diogenes CA, Correa RV PT.103 A IMPORTÂNCIA DO ANTICORPO ANTITIREOGLOBULINA COMO SUBSTITUTO, “SURROGATE” DA TIREOGLOBULINA NA DETECÇÃO DE METÁSTASE NO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO..................................................S206 Pereira CS, Tavares MGR, Caldas AS, Faria MS, Lopes MHC PT.104 PUNÇÃO TIREoIDEA SUSPEITA: TSH COMO MARCADOR PARA MALIGNIDADE?........................................................................S206 Araújo RB, Nogueira CR, Tagliarini JV, Castilho EC, Marques MEA, Carvalho LR, Mazeto GMFS PT.105 PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DO HIPERTIREOIDISMO EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO EM BELÉM/PA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2009 A DEZEMBRO DE 2010..................................S207 Sampaio EC, Santos DL, Menezes RM, Fernandes-Caldato MC, Rocha VCC PT.106 MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA...............................................................S207 Pereira LSB, Martins CP, Vieira FC, Antonelli L, Cordenonssi JT, Bonasea TCP, Brito CM PT.107 TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PLACEBO-CONTROLADO...........................................................................................................................................................S207 Höfling DB, Chavantes MC, Juliano AG, Cerri GG, Knobel M, Yoshimura EM, Chammas MC PT.108 SANGRAMENTO VAGINAL SECUNDÁRIO A HIPOTIREOIDISMO..................................................................................................S207 Pinto FCL, Cristovão FC, Kanamori KY, Jau SM, Garcia LL, Silva FAM, Schwarzberg L, Kraide HD, Silva Neto WCS PT.109 EVOLUÇÃO ATÍPICA DA ORBITOPATIA DE GRAVES.....................................................................................................................S208 Mesquita LM, Faria GB, Resende AB, Santos JCS, Bizarro VR, Rocha DRTW, Jorge AR, Arbex AK PT.110 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO..................................................................................S208 Piva AKC, Netto JHA, Ribeiro AV, Canalli AB PT.111 ALTAS DOSES DE I-131 NO CONTROLE DO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE METASTÁTICO: RELATO DE CASOS.............S208 Marchi MFS, Rickli JCK, Couto CH PT.112 AGRANULOCITOSE ASSOCIADA AO USO DE TIOUREIA: REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................S209 Gonçalves FV, Gonçalves BV, Casagrande BVP, Athias RT, Soares FAH, Maués MR PT.113 OFTALMOPATIA UNILATERAL POR DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA EM PACIENTE COM TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S209 Pereira LSB, Vieira FC, Garroni LF, Filho RR, Franco MB, Bonansea TCP, Brito CM PT.114 ALTERAÇÕES AGUDAS NO METABOLISMO DO CÁLCIO EM UM PACIENTE COM CRISE TIREOTÓXICA POR DOENÇA DE GRAVES..........................................................................................................................................................S209 Harima LS, Martins TC, Alle LM, Taniguchi LU, Martins RM, Marui S TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.115 VALVOPATIA MITRAL SEVERA AGRAVANDO CRISE TIREOTÓXICA EM PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO.......................................................................................................................................................................S210 Lisboa EP, Callou EQ, Sá FCF, Bezerra Silva EM, Almeida CEA, Sa M, Hellen Lucia CCL PT.116 PARALISIA PERIÓDICA POR TIREOTOXICOSE: RELATO DE CASO................................................................................................S210 Blankenburg C, Guerra RA, Vale A, Afonso GLP, Roncon AT, Portes E PT.117 CRISE TIREOTÓXICA DE MANEJO DIFÍCIL PELA PRESENÇA DE INSUFICIÊNCIA RENAL...............................................................S210 Martins TC, Harima LS, Marui S, Araújo-Filho VJFA, Rodrigues CA, Silva BC PT.118 HIPERCALCEMIA ASSOCIADA A HIPERTIREOIDISMO..................................................................................................................S211 Machado VC, Blankenburg C, Belino DL, Andrade AR, Portes E, Guerra RA PT.119 ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE SALVADOr/BA.........................S211 Alencar JSM, Daltro C, Santos FJP, Alencar C PT.120 PSEUDOPUBERDADE PRECOCE SECUNDÁRIA A HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO.........................................................................S211 Lamback EB, Borges JLC PT.121 PACIENTE JOVEM COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE E METÁSTASES PARA SISTEMA NERVOSO CENTRAL................S212 Iervolino L, Sepulcre DFN, Abrahão GCP, Gil E, Lima Jr JV, Scalissi N, Santos ARL PT.122 BÓCIO MULTINODULAR E TUMOR DE CÉLULAS FOLICULARES: UMA ASSOCIAÇÃO COMUM – RELATO DE CASO....................S212 Sacramento AP, Sacramento ABD, Arbex AK PT.123 A 30-YEAR FOLLOW-UP STUDY OF PATIENTS WITH THYROID CANCER IN A BRAZILIAN UNIVERSITY HOSPITAL............................S212 Feitosa NLF, Serrador ALB, Magalhães PKR, Maciel LMZ PT.124 CONDUTA CLÍNICA EM RELAÇÃO AO BÓCIO DIFUSO TÓXICO VOLUMOSO: RELATO DE CASO...............................................S213 Souza MB, Soares BMC, Rocha DRTW, Junqueira Jr H, Arbex AK, Souza Jr CR PT.125 MANIFESTAÇÕES DE DOENÇA DE GRAVES EM PACIENTE COM HIPOTIREOIDISMO – APRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA DOENÇA COMUM: RELATO DE CASO........................................................................................................S213 Candioto SL, Soares JO, Henriques JLM, Soares DV, Teixeira RM, Silva LHA PT.126 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO..................................................................................S213 Barsotti V, Andreta LS, Machado LM, el Afioune V, Pazello JR, Martins DD, Gonçalves AL, Tedesco EL, Quilici MTV, Viera AEF PT.127 SÍNDROME DE DOWN ASSOCIADA à DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO........................................................................S213 Borges DR, Anversa LB, Lima IM, Cavalcante TFA, Boaventura VO, Borges JLC PT.128 TIREOIDITE SUPURATIVA AGUDA: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E COMPLICAÇÕES: RELATO DE CASO..................................S214 Fonseca IFA, Almeida HG, Soares JO, Nascimento LMV, Leão LM, Avvad CK PT.129 CARCINOMA PAPILÍFERO DE TIREOIDE COM METÁSTASE PARA LINFONODOS ACOMETIDOS POR LINFOMA DE HODGKIN: RELATO DE CASO................................................................................................................................................S214 Azevedo MF, Guimarães LM, Pires MCS, Wambier TAR, Santos CLR, Vicentina EC PT.130 PAPPILARY CARCINOMA IN A LINGUAL THYROID: CASE REPORT...............................................................................................S214 Navarrete R, Fioravanti GQ, Boas LVV, Medeiros MA, Brito CM, Mocellin G, Santomauro AT, Fraige Filho F PT.131 AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV)..........................................................................................................................................S215 Casini A, Graça MP, Cock AP, Rodrigues RV, Barros TP, Beloni MB, Machado TVC, Lacerda CB PT.132 PERFIL CLÍNICO EVOLUTIVO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV)........................................................................................................................................................................S215 Graça MP, Casini A, Motta FT, Nogueira KC, Silva PP, Coser MP PT.133 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DAS TIREOIDECTOMIAS NA DOENÇA DE GRAVES: UMA OPÇÃO TERAPÊUTICA A PONDERAR CONSIDERANDO ÍNDICE DE RISCOS.........................................................................................................................................S215 Molinari AS, Evangelista PE, Rojas JLB PT.134 TIREOTOXICOSE COMO FATOR DE CONFUSÃO DIAGNÓSTICA NA SÍNDROME DE RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS – RELATO DE CASO E A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR.............................................................S216 Kizys MML, Figueiredo AEVL, Andreoni DM, Martins JRM, Dias da Silva MR, Maciel RMB, Chiamolera MI PT.135 VASCULITE CUTÂNEA POR TAPAZOL: RELATO DE CASO..............................................................................................................S216 Braziliano CB, Andrade AEM, Almeida HG, Azevedo AC, Henriques JLM, Soares DV PT.136 MANIFESTAÇÕES EXTRATIREOIDIANAS NA DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO................................................................S216 Ferreira LV, Silva RR, Eimori DY, Caetano LA, Vecchiatti SMP, Guerra RA PT.137 REPOSIÇÃO HORMONAL E SEU IMPACTO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE.......S217 Tsumura WG, Almeida JFM, Assumpção LVM, Ward LS PT.138 CARCINOMA EPIDERMOIDE PRIMÁRIO DA TIREOIDE DIAGNOSTICADO COMO CARCINOMA ANAPLÁSICO: UM DILEMA DIAGNÓSTICO............................................................................................................................................................................S217 Bolfi F, Mazeto GMFS, Simões MS, Soares P, Domingues MAC, Castilho EC, França MM, Nunes VS TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.139 PARALISIA HIPOCALÊMICA ASSOCIADA AO HIPERTIREOIDISMO: RELATO DE CASO.................................................................S217 Gonçalves FV, Gonçalves BV, Casagrande BVP, Athias RT, Soares FAH, Melo KAN, Novoa CA, Silva KST, Maués MR PT.140 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO E SUA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA.......................................................................................................S218 Graça MP, Casini A, Cunhalima APC, Marques JV, Teixeira FR, Gomes MV, Silva RFL PT.141 HEPATITE C E TIREOIDOPATIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................S218 Andrade AR, Blankenburg C, Machado VC, Belino DL, Guerra RA, Portes E PT.142 PRIMARY THYROID LYMPHOMA CASE WITH INTERESTING CLINICAL FEATURES..........................................................................S218 Andrade AR, Belino DL, Machado VC, Blankenburg C, Guerra RA, Portes E PT.143 CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES COM CA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DO HC-UFMG.......................................................S219 Ramos APC, Frossard MM, Candido AL, Soares JP, Bizzi MF, Rajão KMAB, Costa JF PT.144 RELATO DE CASO: PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE HIPERTIREOIDISMO POR SÍNDROME DE MARINE-LENHART...................S219 Iervolino L, Cordioli MICV, Freire ACTB, Lima JVJ, Scalissi N, Hilário L, Namo Cury A PT.145 SEMELHANÇA CLÍNICA ENTRE PSEUDOTUMOR DE ÓRBITA E OFTALMOPATIA DE GRAVES .......................................................S219 Dias CDM, Andrade LM, Mendonça AM, Anjos RBN, Paula SLFM, Oliveira DPP, Muszkat Jatene E, Espíndola-Antunes D PT.146 ABLAÇÃO TIREOIDIANA EFICAZ COM RADIOIODO EM PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES, DEZ DIAS APÓS TRATAMENTO DE CRISE TIREOTÓXICA COM CONTRASTE IODADO..................................................................................S220 Xavier MF, Frossard MM, Vieira CA, Ramos APC, Nogueira RB PT.147 AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTICÉLULA PARIETAL GÁSTRICA EM PACIENTES COM DOENÇA AUTOIMUNE DE TIREOIDE............................................................................................................................................S220 Faissol F, Bittencourt RQ, Andrade AEM, Braziliano CB, Rojas LBA, Henriques JLM PT.148 THYROID FUNCTION IS INTRINSICALLY LINKED TO INSULINE RESISTANCE IN HEALTH EUTHYROID SUBJECT...............................S220 Castelo MHCG, Ponte CMM, Ponte PM, Bandeira TJPG, Rocha IV, Teixeira DF, Montenegro RM, Montenegro Jr R PT.149 ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 304 PACIENTES COM BÓCIO MULTINODULAR ACOMPANHADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO................................................................................................................................................S221 Oliveira VC, Aguayo LB, Fonseca IFA, Nascimento LMV, Almeida HG, Oliveira PMF PT.150 ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NO PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES..............................................................................S221 Cordioli MICV, Iervolino L, Scalissi N, Namo Cury A PT.151 EVALUATION OF IODINE SUFFICIENCY DURING PREGNANCY IN NORTHEAST REGION OF STATE OF SAO PAULO/BRAZIL........S221 Ferreira SMS, Navarro AM, Magalhães PKR, Duarte G, Quintana S, Maciel LMZ PT.153 SÍNDROME DE HOFFMAN E ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO: COMPLICAÇÕES RARAS OCORRENDO CONCOMITANTEMENTE APÓS RÁPIDA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTE TRATADO COM I..........................S221 Porto-Silva CC, Adas MG, Moreira PCO, Maciel RMB, Martins JRM PT.154 APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO..............................................................................S222 Queiroz PC, Henriques IAPM, Lima MO, Muniz AA, Coelho SFM, Macedo RBL, Ferraz TMBL, Peter CM PT.155 RESULTADOS A LONGO PRAZO DA INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL NO TRATAMENTO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS.........S222 Sousa LS, Machado AS, Martins CLLP, Silva LSA, Okawa T, Felício JS, Conceição AMS PT.156 CARCINOMA ANAPLÁSICO/INDIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASOS......................................................................S222 Aguiar GS, Ramos HE PT.157 ASSOCIAÇÃO DE CARCINOMA ANAPLÁSICO E PAPILÍFERO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO...................................................S223 Resende AB, Bizarro VR, Mesquita LM, Faria GB, Geraix Netto F, Rocha DRTW, Jorge AR, Arbex AK PT.158 PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS HORMONAIS DA TIREOIDE NA POPULAÇÃO IDOSA ACOMPANHADA PELO PROGRAMA MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE............................................................................................................................S223 Moraes EN, Lira ARR, Capote JRFG Jr PT.159 EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE A MASSA ÓSSEA DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS SUBMETIDOS AO TREINAMENTO EM MEIO AQUÁTICO........................................................................................S223 Murai IH, Alves CRR, Ramona P, Nicastro H, Guimarães F, Takayama L, Lancha Jr AH, Irigoyen MC, Pereira RMR, Gualano B PT.160 SÍNDROME DE MAFFUCCI: RELATO DE CASO.............................................................................................................................S224 Pitanga FH, Miranda AC, Furini F PT.161 EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E COMBINADO NO METABOLISMO ÓSSEO EM ADOLESCENTES OBESOS...........................S224 Campos RMS, Lazaretti-Castro M, De Mello MT, Tock L, Silva PL, Corgosinho FC, Carnier J, Piano A, Sanches PL, Foschini D, Tufik S, Dâmaso A PT.162 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO CLÁSSICO COM SEQUELA NEUROLÓGICA ASSOCIADO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D...........................................................................................................................................................................S224 Angeli Padula F, Paoli FD, Mazer SR, Harada CMM, D’Andrea V, Guzman CGA, Suzuki CM, Castro M PT.163 HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D POR CIRURGIA BARIÁTRICA E USO CRÔNICO DE ANTICONVULSIVANTE.................................................................................................................................................................S225 Coutinho EAF, Gomes GS, Madeira M TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.165 UNUSUAL CLINICAL PRESENTATION OF INTRATHYROIDAL PARATHYROID CARCINOMA............................................................S225 Reis MTA, Rodrigues LS, Mendonça BB, Menezes MR, Dalalio VD, Montenegro FLM, Teixeira CHA, Hoff A, Corrêa PHS, Martin RM PT.166 HIPOPARATIREOIDISMO IDIOPÁTICO DE APARECIMENTO TARDIO LEVANDO À MIOCARDIOPATIA DILATADA E MIOPATIA COM ELEVAÇÃO DE ENZIMAS MUSCULARES: RELATO DE CASO................................................................................................S225 Ribeiro SRB, Quevedo RAP PT.167 OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA OS PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DOENÇA RENAL CRÔNICA.S226 Mesquita LM, Faria GB, Resende AB, Shalim C, Rocha DRTW, Jorge AR, Arbex AK PT.168 SÉRIE DE CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO: APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL.........................................S226 Marino EC, Paiola AA, Jacob VA, Pirozzi FF, Campos RG, Santos RA, Cosenso Martin L, Pires AC PT.169 OSTEOPOROSE ASSOCIADA A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO: RELATO DE UM CASO COM USO DE MÚLTIPLAS TERAPIAS..............S226 Vilaca TS, Oliveira TP, Dreyer P, Lazaretti-Castro M PT.170 NEUROENDOCRINE TUMOR ASSOCIATED WITH SEVERE OSTEOPOROSIS IN A MALE PATIENT....................................................S227 Vilaca TS, Yamamoto Moraes R, Carvalho AB, Lazaretti-Castro M PT.171 PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO FAMILIAL: RELATO DE CASOS................................................................S227 Lamback EB, Panobianco YSA, Faria NLA, Borges JLC PT.172 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PARA OSTEOPOROSE EM PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS DA SANTA CASA/RJ.........................................................................................................S227 Lisboa CA, Villdoso Y PT.173 PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA OSTEONECROSE DE MANDÍBULA E MAXILA EM PACIENTES EM USO CRÔNICO DE BISFOSFONATOS....................................................................................................................................................................S227 Soares AL, Kunii I, Simon SD, Nazario ACP, Gebrim LH, Silva AG, Lazaretti-Castro M PT.174 LONG TERM FOLLOW UP OF A CLINICAL, LABORATORIAL AND MOLECULAR ASSESSMENT OF A WOMAN WITH JANSEN’S CHONDRODYSPLASIA DUE TO A DE NOVO MUTATION IN PTHR1...............................................................................................S228 Onuchic L, Carvalho DF, Bertoncello S, Mendonça BB, Corrêa PHS, Martin RM PT.175 OSTEOPOROSE ASSOCIADA À GRAVIDEZ: UMA DOENÇA HETEROGÊNEA E TRANSITÓRIA?.....................................................S228 Mesquita NP, Maia JMC, Martins CLO, Bandeira MP, Bandeira F PT.176 ELEVADA PREVALÊNCIA DE OSTEOPOROSE EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE SÃO PAULO É NEGLIGENCIADA..............S228 Lirani-Galvão APR, Zach PL, Teixeira GB, Silva AC, Silva OL, Lazaretti-Castro M PT.177 PERFIL CLÍNICO, LABORATORIAL E ANATOMOPATOLÓGICO DE OITO CASOS DE PACIENTES COM CARCINOMA DE PARATIREOIDE.................................................................................................................................................S229 Amaral FA, Scalissi N, Maeda SS PT.178 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ASSINTOMÁTICO VS. NORMOCALCÊMICO: EXISTEM DIFERENÇAS ALÉM DA CALCEMIA?................................................................................................................................................................S229 Amaral LMB, Marques TF, Costa S, Mendes M, Bandeira F PT.179 SÍNDROME CONVULSIVA DESENCADEADA PELO USO DE BISFOSFONATOS INTERMITENTE.......................................................S229 Lima DD, Queiroz DCLA, Amaral LMB, Bandeira MP, Bandeira F PT.180 SÍNDROME POLIGLANDULAR AUTOIMUNE DO TIPO 1................................................................................................................S230 Weiler FG, Dias da Silva MR, Lazaretti-Castro M PT.181 RESPOSTA AO TRATAMENTO COM COLECALCIFEROL EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA COM HIPOVITAMINOSE D..........S230 Camargo M, Vilaca TS, Lazaretti-Castro M PT.182 USO DE PARATORMÔNIO RECOMBINANTE HUMANO (1,34) EM CASO DE PSEUDOARTROSE: RELATO DE CASO....................S230 Marchi MFS, Rickli JCK, Couto CH PT.183 OSTEOMALÁCIA HIPOFOSFATÊMICA ONCOGÊNICA ASSOCIADA À MENINGIOMA ANGIOMATOSO DE FOSSA NASAL.........S231 Chaves N, Mesquita NP, Rabelo G, Bandeira MP, Bandeira F PT.184 VITAMINA D: PERFIL DE PACIENTES AMBULATORIAIS..................................................................................................................S231 Paiola AA, Pirozzi FF, Jacob VA, Godoy MF, Oliveira MGL, Cosenso Martin L, Pires AC PT.185 PERFIL DE PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO................................................................................................S231 Silva SA, Carvalho FEABB, Soares DV PT.186 PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO COM SÍNDROME DE FARH: RELATO DE CASO.......................................................................S232 Carvalho FEABB, Silva LFA, Santos AS, Soares DV PT.187 CARACTERÍSTICAS DENSITOMÉTRICAS, MORFOMÉTRICAS E BIOQUÍMICAS EM PACIENTES COM HIPOPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO...................................................................................................................................................................................S232 Mendonça ML, Paula FJA, Pereira FA, Watanabe PCA, Barbosa M PT.188 INTOXICAÇÃO POR VITAMINAS D E A DE USO VETERINÁRIO.....................................................................................................S232 Nassau DC, Alves DL, Moreira RO, Silva LE, Almeida L, Peralva LEL TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.189 CARCINOMA DE PARATIREOIDE: RELATO DE CASO...................................................................................................................S233 Marocco TS, Ramalho MCB, Vale A, Santos LM, Machado VC, Guerra RA, Portes E PT.190 OSTEOMALÁCIA ONCOGÊNICA AUTORRESOLVIDA: RELATO DE CASO.....................................................................................S233 Adas MG, Figueiredo AEVL, Porto-Silva CC, Lazarretti-Castro M, Vieira JGH PT.191 ATAQUE DE PSEUDOGOTA EM PÓS-OPERATÓRIO DE PARATIREOIDECTOMIA: RELATO DE CASO..............................................S233 Abreu RK, Cosso MAM, Ferreira ACMN, Barbosa EN, Rodrigues LFAA, Mega TP, Firme RM, Fontanelle AS PT.192 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DOS PACIENTES COM HIPOPARATIREOIDISMO DO SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA E DIABETES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ.............................................................................S233 Farias LAGM, Vasconcelos AGA, Magalhães RA, D’Alva CB PT.193 RESULTADO FALSAMENTE ELEVADO DE PARATORMÔNIO DEVIDO À PRESENÇA DE FORMA CIRCULANTE DE ALTO PESO MOLECULAR: RELATO DE CASO.................................................................................................................................................S234 Tachibana TT, Hoff A, Ferrer CMAF, Biscolla RPM, Gurgel Teles M, Bronstein MD, Vieira JGH PT.194 PERFIL OSTEOMETABÓLICO DE PACIENTES COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA TIPO I E III...........................................................S234 Peters BSE, Oliveira TP, Hayashi LF, Martini LA, Lazaretti-Castro M PT.195 SÍNDROME DE FAHR: RELATO DE CASO......................................................................................................................................S234 Silva RVD, Rezende MS, Freitas PC, Moreira LMP, Barbosa VE, Sarquis MS, Ramos AV, Lauria MW PT.196 FAMILIAL TUMORAL CALCINOSIS: CHALLENGES IN THE DIAGNOSIS, MANAGEMENT AND GENETIC ANALYSES OF TWO BROTHERS.....................................................................................................................................................................S235 Espíndola-Antunes D, Anjos RBN, Araújo LB, Nascimento CL, Rassi-Cruz M, Rabelo PN, Conceição SA, Castro ML, Martins RM, Pereira AC PT.197 CARCINOMA DE PARATIREOIDE METASTÁTICO..........................................................................................................................S235 Bonansea TCP, Oliveira TP, Muszkat P, Foroni MZ, Ohe M, Vieira JGH, Lazaretti-Castro M PT.198 USO DE INSULINA DETEMIR NA FALÊNCIA AO TRATAMENTO COM ANTIDIABÉTICOS ORAIS ....................................................S235 Béu GESC, Roos M, Cordeiro JHC PT.199 FREQUÊNCIA DO POLIMORFISMO -308 G/A DO FATOR DE NECROSE TUMORAL α E SUA POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DO DIABETES MELITO TIPO I E NEFROPATIA DIABÉTICA................................................................S236 Patente TA, Monteiro MB, Vieira SMS, Nery M, Queiroz MS, Azevedo MJ, Canani LHS, Parisi MCR, Pavin EJ, Coimbra CN, Correa-Giannella MLC PT.200 NICOTINAMIDE PHOSPHORIBOSYLTRANSFERASE VISFATIN/NAMPT LEVELS ARE INVERSELY CORRELATED WITH INSULIN RESISTANCE IN HIGH CARDIOVASCULAR RISK SUBJECTS..........................................................................................................S236 Saddi Rosa P, Oliveira CSV, Crispim F, Giuffrida FMA, Lima VC, Velho G, Reis AF PT.201 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA EM PACIENTES SEM REMISSÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 VERSUS COM REMISSÃO................................................................................................................S236 Hirsch FF, Pareja JC, Geloneze SR, Chaim E, Cazzo E, Geloneze B PT.202 AVALIAÇÃO DO RISCO DE DIABETES MELLITUS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE FORTALEZA/CE........................................S237 Xavier ATF, Martins AG, Oliveira RL, Ataide MBC, Bezerra MLAF PT.203 GRAU DE RISCO DO PÉ EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS.............................................................................................S237 Caccelli M, Medeiros MA, Boas LVV, Stella LC, Fioravanti GQ, Silva VFD, Fraige Filho F, Molinos VC PT.204 ALERGIA À INSULINA COM HIPERSENSIBILIDADE DOS TIPOS I E III: RELATO DE CASO...............................................................S237 Borba CG, Santos M, Pellucci AL, Normando APC, Cunha FS, Borba MG PT.205 ASSOCIAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE 25(OH)D COM CONTROLE GLICÊMICO E PROTEINÚRIA EM HOMENS DIABÉTICOS TIPO 2 COM BAIXA PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE D..............................................................S238 Neves AP, Carvalho NNC, Borges T, Lopes J, Bandeira E, Bandeira F PT.206SÍNDROME DE STIFF-MAN: RELATO DE DOIS CASOS COM EVOLUÇÃO DIFERENTE CONFORME PRESTEZA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO..............................................................................................................................................................................S238 Carmello JFC, Oliveira ASB, Martinelli TB PT.207 PERFIL DA SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE DIABETES...........................................................................................................S238 Cruz RVB, Brito CM, Boas LVV, Medeiros MA, Fioravanti GQ, Silva VFD, Stella LC, Fraige Filho F PT.208 ANTI-GAD65 AND ANTI-IA-2A AUTOANTIBODY TITERS CORRELATE WITH DIFFERENT IMMUNOLOGICAL, GENETIC, AND β-CELL FUNCTION PROFILES IN NEWLY DIAGNOSED TYPE 1 DIABETES MELLITUS PATIENTS.................................S239 Gabbay M, Sato MN, Duarte AJS, Dib SA PT.209 PRECIPITATING FACTORS OF DIABETIC KETOACIDOSIS IN A MIDDLE-INCOME COUNTRY’S PUBLIC HOSPITAL..........................S239 Severo MD, Weinert LS, Cioffi AP, Scheffel RS, Teló GH, Boschi A, Schaan BD PT.210 ALERGIA ÀS INSULINAS HUMANAS – RELATO DE DESSENSIBILIZAÇÃO COM SUCESSO UTILIZANDO INSULINA DETEMIR EM PACIENTE COM HIPERSENSIBILIDADE À INSULINA......................................................................................................................S239 Triz LPL, Betonico CCR, Marin FF, Pimentel-Filho FR, Garcia LR, Rebeschini AE PT.211 OSTEOMIELITE DE BASE DO CRÂNIO – INFECÇÃO GRAVE EM DIABÉTICO IDOSO....................................................................S240 Mega TP, Cosso MAM, Barbosa EN, Rodrigues LFAA, Firme RM, Abreu RK, Ferreira ACMN, Castro MCM TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.212 EFEITOS DO USO DA ROSUVASTATINA EM DIAS ALTERNADOS ASSOCIADA À EZETIMIBE DIÁRIO NO TRATAMENTO DA DISLIPIDEMIA MISTA DO DIABETES MELITO TIPO 2......................................................................................................................S240 Lima DD, Holanda NCP, Camelo M, Bandeira L, Bandeira F PT.213 DIABETES MELLITUS ASSOCIADO à ATAXIA CEREBELAR HEREDITÁRIA E AUTOIMUNIDADE: RELATO DE CASO...........................S240 Queiroz PC, Ferraz TMBL, Lima MO, Henriques IAPM, Marinho ART, Oliveira OJN PT.214 PIELONEFRITE ENFISEMATOSA: RELATO DE CASO EM PACIENTE DIABÉTICA E REVISÃO DE LITERATURA....................................S241 Meira RMC, Coelho AN, Lima LSB, Cunha AHA, Silva AML, Morais JCJ, Diniz LFB, Sa RG, Pernambuco JRB, Pires TG PT.215 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 EM UM SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA DE MARINGÁ/PR........................................................................................................................................S241 Shimonishi FS, Saito EM, Costa RG, Teixeira FBP, Eik Filho W, Takahashi MH PT.216 PERFIL DAS MULHERES DIABÉTICAS ATENDIDAS NA CAMPANHA EM PROL DO CONTROLE DO COLESTEROL REALIZADA NO HOSPITAL GUILHERME ÁLVARO, SANTOS/SP......................................................................................................S241 Geres Jr FCA, Bacaro FA, Soares RP, Lins Filho AFP, Heilbrun EP PT.217 METABOLIC CONTROL IN ELDERLY PATIENTS: GOALS OF MANAGEMENT OF DIABETES MELLITUS.............................................S242 Mocellin G, Navarrete R, Fioravanti GQ, Medeiros MA, Brito CM, Vilas Boas LV, Santomauro AT, Fraige Filho F PT.218 AVALIAÇÃO DO PAINEL SOROLÓGICO DE COXSACKIEVÍRUS B EM DIABÉTICOS DO TIPO 1 MÚLTIPLOS E IRMÃOS NÃO DIABÉTICOS.......................................................................................................................................................................S242 Bergamin CS, Stela Pinto C, Perez EC, Bittencourt C, Piveta V, Russo DH, Machado BC, Carmona RCC, Timenetsky MCS, Dib SA PT.219 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 E RESISTÊNCIA À INSULINA EM PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS.......................................................................................................S242 Ponte CMM, Gurgel MHC, Ponte GA, Ponte PM, Pires Neto RJ, Takeda CV, Bandeira TJPG, Montenegro Jr R PT.220 ESCLERODERMA DE BUSCHKE REFRATÁRIO E DIABETES MELLITUS TIPO 2 DE DIAGNÓSTICO RECENTE: RELATO DE CASO.......S243 Amui IO, Chagas SM, Ferraz ALB, Moura RCP, Mendes AL PT.221 A RESTRIÇÃO CALÓRICA INDUZ MAIOR ATIVAÇÃO DA PROTEÍNA TUB POR INSULINA E LEPTINA EM HIPOTÁLAMO E TECIDO ADIPOSO E ESTE EFEITO É BLOQUEADO NA DIETA HIPERLIPÍDICA..............................................................................S243 Santos AC, Quaresma PGF, Weismann L, Cariccilli AM, Mendes MC, Cesquini M, Saad MJA, Prada PO PT.222 AUMENTO DA ESPESSURA DO COMPLEXO MÉDIO-INTIMAL DE CARÓTIDAS NO JOVEM COM DIABETES MELITO TIPO 1 E BOM CONTROLE GLICÊMICO: FATORES RELACIONADOS......................................................................................................S243 Stela Pinto C, Gabbay M, Lana JM, Dib SA PT.223 PREVALÊNCIA DO ANTI21-HIDROXILASE E ANTITPO EM DIABÉTICOS TIPO 1 NA AMAZÔNIA....................................................S244 Martins CLLP, Silva LSA, Machado AS, Sousa LS, Lima SI, Abrahão Neto JF, Conceição AMS, Felício JS PT.224 PERFORMANCE OF TWO GLUCOSE METERS IN A COHORT OF PREGNANT WOMEN IN A TERTIARY SCHOOL HOSPITAL...........S244 Gurgel Teles M, Oliveira SA, Schulz I, Sumita NM, Rossi ME, Nery M PT.225 SÍNDROME METABÓLICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS TRANSPLANTADOS DE FÍGADO................S244 Gadelha DD, Fernandes VO, Loyola M, Carvalho MMD, Garcia JHP, Viana CFG, Araújo JSA, Rego DP, Montenegro Jr R PT.226 SOROPREVALÊNCIA DA DOENÇA CELÍACA EM DIABÉTICOS TIPO 1 NA AMAZÔNIA................................................................S245 Lima SI, Martins CLLP, Silva LSA, Machado AS, Sousa LS, Abrahão Neto JF, Okawa T, Felício JS PT.227 UNDERLYING CONDITIONS OF HYPEROSMOLAR HYPERGLYCEMIC STATE IN CRITICALLY ILL DIABETIC PATIENTS......................S245 Medeiros MA, Navarrete R, Brito CM, Fioravanti GQ, Boas LVV, Mocellin G, Santomauro AT, Fraige Filho F PT.228 Cdc2-LIKE KINASE 2 (Clk2) IS A KEY MODULATOR OF LEPTIN AND INSULIN SIGNALING/ACTION IN THE HYPOTHALAMUS...S245 Quaresma PGF, Santos AC, Weissmann L, Caricilli AM, Mendes MC, Morarij J, Velloso LA, Carvalheira JBC, Saad MJA, Prada PO PT.229 SÍNDROME METABÓLICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS TRANSPLANTADOS RENAIS.......................S246 Gadelha DD, Fernandes VO, Loyola M, Fernandes PFCBC, Fernandes LCB, Filgueiras IBR, Maia TF, Lima GAO, Montenegro Jr R PT.230 CETOALCALOSE DIABÉTICA: RELATO DE CASO..........................................................................................................................S246 Mega TP, Cosso MAM, Abreu RK, Barbosa EN, Rodrigues LFAA, Ferreira ACMN, Firme RM PT.231 EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR COM A POLPA DE MAURITIA FLEXUOSA NA GLICEMIA DE RATOS DIABÉTICOS.......S246 Santos RMF, Oliveira Filho MCS, Silva JSG, Santos Filho ECS, Melo Jr FWF, Barbosa TM, Carvalho ACS, Rios GSS, Brito AKS, Martins MCC PT.232 PERFIL METABÓLICO E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA POPULAÇÃO INDÍGENA XAVANTE.....................................S247 Kuhn PC, Franco L, Dal Fabbro AL, Vieira Filho JPB, Franco LJ, Moises RCMS PT.233 TRANSFERÊNCIA DE INSULINA PARA SULFONILUREIA EM PORTADORES DE DIABETES NEONATAL ASSOCIADO COM MUTAÇÕES NOS GENES KCNJ11/ABCC8.......................................................................................................................S247 Fogaca V, Vendramini MF, Gabbay M, Resende C, Dalbosco I, Moisés RS PT.234 MUTAÇÕES NO GENE INS EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS NÃO AUTOIMUNE............................................................S247 Vendramini MF, Della Manna T, Fogaca V, Crispim F, Gabbay M, Muniz C, Osm A, Moisés RS PT.235 FAT ACCUMULATION IN THE LIVER OF TRAINED RATS.................................................................................................................S248 Moura LP, Silva AC, Dalia RA, Araújo MB, Costa Jr M, Botezelli JD, Mello MAR TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.236 NON-ALCOHOLIC FATTY LIVER DISEASE IN RATS FED A HIGH FAT DIET EFFECTS OF: TRAINING AND DETRAINING....................S248 Moura LP, Silva AC, Araújo MB, Dalia RA, Costa Jr M, Ribeiro C, Mello MAR PT.237 MARCADORES INFLAMATÓRIOS CORRELACIONAM-SE COM A COMPOSIÇÃO LIPÍDICA DA DIETA EM HUMANOS OBESOS..S248 Van de Sande-Lee S, Cintra DE, Velloso LA PT.238 BLOQUEIO DA ALDOSTERONA MELHORA A VASODILATAÇÃO FLUXO-MEDIADA EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA..............................................................................................................................................................................S248 Lovisi JCM, Ezequiel DGA, Costa MB, Bicalho TC, Souza GC, De Paula R PT.239 BEZAFIBRATO ASSOCIADO A DIETA E MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA REDUZ DRASTICAMENTE HIPERLIPIDEMIA E ESTEATOSE HEPÁTICA EM UM PACIENTE COM SÍNDROME METABÓLICA...................................................................................S249 Andrade RT, Pereira FA, Duarte MG, Serafim L, Barakat MA, Rocha DRTW, Arbex AK PT.240 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE CRANIOFARINGIOMA..................................................................S249 Nogueira MC, Nonino CB, Berbel Jr AS, Elias PCL, Moreira AC, Castro M PT.241 OBESIDADE E ACROMEGALIA....................................................................................................................................................S249 Santos RS, Santos MS, Magalhães PLD, Canedo GT, Takano CMY, Yamamoto Moraes R PT.242 IMPACTO DO BLOQUEIO DA ALDOSTERONA SOBRE PARÂMETROS METABÓLICOS E RENAIS EM INDIVÍDUOS OBESOS COM SÍNDROME METABÓLICA............................................................................................................................................................S250 Ezequiel DGA, Lovisi JCM, Costa MB, Bicalho TC, Souza GC, De Paula R PT.243 USO DE VERAPAMIL E ACARBOSE NO TRATAMENTO DE HIPOGLICEMIA NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA: UM RELATO DE CASO............................................................................................................................................S250 Lima TJ, Marin FF, Carolina Rocha, Triz LPL, Luz LA, Pimentel-Filho FR PT.244 PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E SOBREPESO NOS INDÍGENAS DE 18 A 69 ANOS DE IDADE, DA ALDEIA JAGUAPIRU, DOURADOS/MS, 2010................................................................................................................................................................S250 Oliveira GF, Oliveira TRR, Ikejiri AT, Albernaz RT, Andraus MP, Andrade PRS, Pereira MG PT.245 AUMENTO PROGRESSIVO NA INCIDÊNCIA DE OBESIDADE NA POPULAÇÃO............................................................................S251 Matushita M, Matushita L, Machado BGO, Suzuki CM, Guzman CGA, Angeli Padula F, Veiga LCG, Vacaro LS PT.246 CONFIABILIDADE DE QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE FLUTUAÇÃO DE PESO...................................................................S251 Panarotto D, Bosi GR, Neumann M, Braga GL, Hickmann S, Marcki CR PT.247 APLICAÇÃO DA ANTROPOMETRIA NA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV EM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL...................................................................................................................................S251 Beraldo RA, Vassimon HS, Navarro AM, Foss-Freitas MC PT.248 CORRELATION BETWEEN INSULIN RESISTANCE AND BODY MASS INDEX IN NON-DIABETIC PATIENTS.......................................S252 Brito CM, Navarrete R, Medeiros MA, Vilas Boas LV, Fioravanti GQ, Mocellin G, Santomauro AT, Fraige Filho F PT.249 ANÁLISE NUTRICIONAL E LIPÍDICA DE 132 PACIENTES SUBMETIDOS À BYPASS GÁSTRICO: UM ESTUDO DE COORTE..............S252 Navarrete R, Medeiros MA, Mocellin G, Boas LVV, Fioravanti GQ, Brito CM, Santomauro AT, Fraige Filho F PT.250 PERFIL METABÓLICO E ANTROPOMÉTRICO DE MULHERES COM SÍNDROME METABÓLICA E LIPODISTROFIA TIPO DUNNIGAN........................................................................................................................................................................S252 Monteiro LZ, Foss-Freitas MC, Pereira FA, Montenegro Jr R, Foss MC PT.251 LIPODISTROFIA PARCIAL ADQUIRIDA (SÍNDROME DE BARRAQUER-SIMONS): RELATO DE CASO .............................................S253 Silva RR, Ferreira LV, Eimori DY, Caetano LA, Vecchiatti SMP, Gonçalves WRB PT.252 EFEITO DAS DOSES FISIOLÓGICA E SUPRAFISIOLÓGICA DE T3 NA EXPRESSÃO GÊNICA DO TRÂNSITO DE CÁLCIO EM ANIMAIS OBESOS E SUBMETIDOS à RESTRIÇÃO CALÓRICA................................................................................................S253 Olimpio RMC, Luvizotto RAM, Sibio MT, Oliveira M, Marino J, Clara SA, Nogueira CR PT.253 EFEITO DA TRIIODOTIRONINA SOBRE A EXPRESSÃO GÊNICA DA DEIODASE TIPO 1 EM RATOS OBESOS E SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO CALÓRICA...............................................................................................................................................................S253 Olimpio RMC, Luvizotto RAM, Sibio MT, Oliveira M, Marino J, Mazetto G, Nogueira CR PT.254 DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS LÍPIDES ENTRE OS PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS: PAPEL DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL E DO PRÓPRIO HIV NO SURGIMENTO DESSAS ANORMALIDADES...............................................................S254 Ponte CMM, Gurgel MHC, Ponte GA, Takeda CV, Ponte PM, Pires Neto RJ, Bandeira TJPG, Montenegro Jr R PT.255 PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE, PADRÃO DE PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR EM ESCOLARES DE 5ª E 9ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE DIVINÓPOLIS........................S254 Lima RC, Silva ACF, Rodrigues LP, Soares LT, Santos MESM, Paiva MJN, Tibúrcio JD, Granjeiro PA PT.256 OBESITY, METABOLIC SYNDROME, IMPAIRED FASTING GLUCOSE AND MICROVASCULAR DYSFUNCTION: A PRINCIPAL COMPONENT ANALYSIS APPROACH..........................................................................................................................................S254 Panazzolo DG, Aguiar LGK, Clapauch R, Maranhão P, Sicuro F, Bouskela E PT.257 REDUÇÃO DE PESO NÃO REVERTE O AUMENTO DE LC3 NO TECIDO ADIPOSO DE HUMANOS.................................................S255 Nuñez CEC, Roman EA, Bombassaro B, Milanski M, Pedro RM, Geloneze B, Pareja JC, Velloso LA, Araújo E TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO PT.258 SHBG: UM NOVO MARCADOR DA SÍNDROME METABÓLICA?...................................................................................................S255 Callou EQ, Sá FCF, Oliveira KC, Verreschi ITN PT.259 SÉRIE DE CASOS DE PACIENTES INTERNADOS NA SANTA CASA DE SÃO PAULO PARA INVESTIGAÇÃO DE HIPOGLICEMIA......S255 Merçon FG, Cordioli MICV, Mandel F, Lima Jr JV, Scalissi N, Salles JEN, Mariosa LSS, Araújo MFA, Colaiacovo R PT.260 AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOFÍSICO ÓSSEO DE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS E SUA ASSOCIAÇÃO COM ÂNGULO DE FASE..............................................................................................................................................................S256 Carvalho AL, Carvalho FGD, Santos RDS, Suen V, Marchini JS, Iannetta O, Navarro AM PT.261 ADENOMA DE PARATIREOIDE EVOLUINDO COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS GRAVES DE HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO: RELATO DE CASO.....................................................................................................................................................S256 Garroni LF, Pereira LSB, Bonasea TCP, Brito CM, Silva PC PT.262 TERAPIA HORMONAL E ANTROPOMETRIA NAS PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER.........................................................S256 Sousa LC, Guimarães MM, Aguiar MFA PT.263 TERAPIA HORMONAL E ATIVIDADE MOTORA NAS PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER.....................................................S256 Sousa LC, Guimarães MM, Aguiar MFA PT.264 HIPOTIREOIDISMO E SÍNDROME DE BARDET-BIEDL: RELATO DE CASO.......................................................................................S257 Paz J, Rocha DRTW, Jorge AR, Arbex AK PT.265 RELATOS DE CASO DE TRÊS PACIENTES DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO COM HIPOGLICEMIAS FREQUENTES...............................................................................................................................................................................S257 Romano DB, Merçon FG, Lima Jr JV, Scalissi N, Mariosa LSS, Araújo MFA PT.266 HIPOGLICEMIA AUTOIMUNE: RELATO DE CASO ........................................................................................................................S257 Martins CS, Gomes PM, Foss-Freitas MC PT.267 NEM1 ESPORÁDICO: RELATO DE CASO.....................................................................................................................................S258 Portes E, Valle AMC, Guerra RA, Ramalho MCB, Marocco TS, Santos LM PT.268 RELATO DE FAMÍLIA COM DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO HEREDITÁRIO...........................................................................S258 Lauretti CN, Carvalho DF, Freire DS, Quedas E, Jorge AAL, Pereira MAA PT.269 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL PELA ABSORTIMETRIA DE RAIOS X EM DUAS ENERGIAS (DEXA) EM ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE DIFERENTES ESPORTES........................................................................................................S258 Meliscki GA, Monteiro LZ, Buffi VB, Pereira FA, Foss MC, Paula FJA, Foss-Freitas MC PT.270 PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA E INCIDENTALOMA HIPOFISÁRIO.......................................................................................S259 Cavalcante TFA, Morais LD, Franco RFM, Dias CDM, Filho DGM, Reis MAL, Espíndola-Antunes D, Gabas A PT.271 SAÚDE ÓSSEA E PARÂMETROS DA SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA..................................................................................................................................................................S259 Périgo NAS, Moreira PFP, Marin RV, Zach PL, Lazaretti-Castro M, Cendoroglo MS PT.272 DIFERENÇAS MICROCIRCULATÓRIAS DE GÊNERO: O PAPEL DO ESTROGÊNIO.........................................................................S259 Panazzolo DG, Aguiar LG, Silva LHA, Cyrino FZ, Bouskela E PT.273 VARIABILIDADE FENOTÍPICA DA NEM1.......................................................................................................................................S260 Canaan MM, Gomes ALL, Normando APC, Pellucci AL, Visconti GL, Yance VRV, Rigueiro MP, Rocha MP, Neres MS, Coutinho FL PT.274 ESTRÓGENO NÃO ALTERA CICLO ESTRAL E HISTOLOGIA DA VEIA POPLÍTEA DE RATAS............................................................S260 Oliveira M, Santos J, Marcelino MCL, Saraiva PP, Sibio MT, Olimpio RMC, Luvizotto RAM, Nogueira CR PT.275 ANÁLISE DE DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DE DIVINÓPOLIS/MG.......................................................................................................................................S260 Soares LT, Rodrigues LP, Luz BG, Lima RC, Silva ACF, Peixoto PPL, Pereira FP, Lamounier JA, Gonçalves R, Paiva MJN, Martins-Santos MES, Granjeiro PA PT.276 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ESTÁ ASSOCIADO A ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS PERIFÉRICAS SUBCLÍNICAS..............S261 Diniz ET, Bandeira F, Lins OG, Cavalcanti ENB, Arruda TM, Marques TF, Diniz KT, Santos LL, Azevedo H temas livres CO.01 NÍVEIS SÉRICOS DO FATOR TRANSFORMADOR DE CRESCIMENTO β1 PRÉ E PÓS-TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE EM PACIENTES COM TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE Höfling DB1, Chavantes MC2, Knobel M3, Cerri GG1, Yoshimura EM4, Acencio MMP5, Chammas MC1 1 InRad/Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Radiologia; 2 InCor/HCFMUSP – Cirurgia Cardiovascular; 3 FMUSP – Endocrinologia e Metabologia; 4 USP – Física Nuclear; 5 InCor/HCFMUSP – Pneumologia Objetivo: Avaliar a ação da terapia com laser de baixa intensidade (LILT) em pacientes com hipotireoidismo decorrente de tireoidite crônica autoimune (TCA) sobre os níveis séricos do fator transformador de crescimento β1 (TGF-β1). Métodos: Foram selecionados 43 pacientes com TCA e hipotireoidismo estabelecido em tratamento com tiroxina (LT4), que foram randomizados em grupos L (LILT, n = 22) e P (placebo, n = 20). Realizaram-se 10 sessões de LILT ou placebo (Thera Lase-DMC®, que disponibiliza função placebo; feixe de 0,002827 cm2). Grupo L submeteu-se ao laser infravermelho (830 nm), potência de 50 mW e fluência de 707 J/cm2, enquanto o P se submeteu à luz comum, indistinguível da luz laser. A citocina TGF-β1 foi determinada pelo método enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) com o human TGF-β1 kit® (R&D Systems, Inc.®). O intervalo de detecção é de 15,6 pg/mL a 2.000 pg/mL. Para as amostras com valores acima da faixa de detecção (> 2.000 pg/mL), realizaram-se diluições seriadas. Consideraram-se não detectáveis valores abaixo de 15,6 pg/ml. Nesse caso, o valor 15,6 pg/mL foi utilizado como representativo para a análise estatística. As mensurações de TGF-β1 realizaram-se pré-intervenção e 30 dias pós-intervenção, momentos em que os pacientes estavam sob tratamento com LT4 nas mesmas doses. Resultados: A comparação dos níveis de TGF-β1 pré-intervenção e 30 dias pós-intervenção foi realizada de forma pareada e não pareada. A análise não pareada evidenciou que as concentrações de TGF-β1 pós-intervenção foram estatisticamente maiores no grupo L (3229,50; IC: 2691,50-3767,50) do que no P (2513,06; IC: 1921,90-3104,30; P = 0,035). A análise pareada corroborou tal resultado ao mostrar que no grupo L houve aumento estatisticamente significativo de TGF-β1 30 dias pós-intervenção (pré-LILT: 2354,60; IC: 1724,1-2985,1 versus pós-LILT: 3229,50; IC: 2691,5-3767,5; P = 0,003), enquanto isso não ocorreu no P (pré-placebo: 2641,46; IC: 1940,4-3342,5 versus pós-placebo: 2513,06; IC: 1933,6-3097,2; P = 0,755). Conclusão: Os resultados sugerem que a LILT induziu o aumento dos níveis séricos de TGF-β1 em pacientes com TCA, uma citocina reguladora que tem importante papel no controle da diferenciação das células T. Apoio financeiro: Fapesp, CNPq e Capes. Agradecimentos: Profa. Dra. Berenice B. Mendonça, Dra. Suemi Marui, Prof. Dra. Leila Antonângelo e Prof. Dr. Noedir A. G. Stolf, pelo apoio e contribuições a esta pesquisa. CO.02 PAPEL DA TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET-CT) COM FLÚOR-18-FLUORDEOXIGLICOSE (FDG-18F) EM PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DE ALTO RISCO Yang JH1, Nakabashi C2, Camacho CP2, Andreoni DM2, Padovani RP2, Malouf EZ2, Ikejiri ES2, Mamone MCOC2, Abrahão M3, Hojaij F3, Yamaga LYI4, Ozawa A4, Jairo Wagner4, Hidal JT2, Maciel RMB2, Biscolla RPM2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp – Endocrinologia – Centro de Doenças Tireoidianas – Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein; 3 Unifesp – Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 4 Hospital Israelita Albert Einstein – Medicina Nuclear 1 Introdução: O seguimento clínico de pacientes com carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) é realizado classicamente com Tg/ATg, PCI e US. Recentemente, o PET-CT tem sido indicado como importante ferramenta complementar na localização de metástases não detectadas em imagens convencionais, além de auxiliar no estadiamento da doença e decisão do procedimento terapêutico mais apropriado. Objetivo: Avaliar o valor diagnóstico do FDG-PET na detecção de metástases no seguimento de pacientes com CDT de alto risco. Material e métodos: Foram avaliados 35 pacientes com CDT de alto risco (T3-T4; N0-N1) submetidos ao PET-CT após estímulo com TSH recombinante, entre fevereiro de 2008 e abril de 2011. Dez pacientes apresentavam Tg positiva com PCI negativa no momento da indicação do PET-CT, sendo o exame realizado com finalidade de investigação de sítios de recorrência não identificados nas imagens convencionais. Nos outros 25 pacientes, o exame foi indicado para melhor avaliação da suspeita e/ou extensão de focos de disseminação secundária. Os resultados foram confrontados com histologia e/ou evolução clínica. Resultados: Dezoito dos 29 pacientes com metástase confirmada por estudo histopatológico, imagem ou Tg positiva apresentaram FDG-PET positivo (S = 62%), enquanto 5 dos 6 pacientes sem evidência de doença ativa apresentaram resultado negativo (E = 83%). Evidência de doença ativa foi encontrada em 18 dos 19 dos resultados positivos (VPP = 95%), enquanto dos 16 negativos, apenas 5 eram realmente livres de doença (VPN = 31%). Comparando-se os achados clínicos e histológicos entre os pacientes com PET-CT positivo e negativo, não houve diferença estatisticamente significante nas variáveis analisadas: sexo (15♂/4♀ vs. 12♂/4♀; p = 1.00), idade ao diagnóstico (média de 38,21 anos vs. 36,5 anos; p = 0,63), tamanho do tumor (média de 6,2 cm vs. 3,36 cm; p = 0,53), invasão capsular [16/18 (88%) vs. 10/13 (77%); p = 0,62], envolvimento linfonodal inicial [15/17 (88%) vs. 10/16 (63%); p = 0,12], variantes de pior prognóstico [7/17 (41%) vs. 9/16 (56%); p = 0,49] e valor de Tg (0,7-767 ng/mL vs. 0-129 ng/mL; p = 0,23). Apesar da falta de associação estatística, o grupo dos FDG-PET positivos apresentou perfil tumoral mais agressivo. Conclusão: Os resultados indicam o FDG-PET como um exame de bom valor diagnóstico no seguimento de pacientes com CDT de alto risco, podendo ser elegíveis para sua indicação principalmente os pacientes com perfil de doença mais agressiva. CO.03 ASSOCIATION BETWEEN COMPONENTS OF METABOLIC SYNDROME AND THYROID FUNCTION IN EUTHYROID SUBJECTS OF A BRAZILIAN ADULT POPULATION Castelo MHCG1, Ponte CMM2, Ponte PM3, Bandeira TJPG4, Rocha IV4, Aragão Jr AG5, Paiva RGS5, Teixeira DF3, Montenegro RM6, Montenegro Jr R7 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Endocrinologia; 2 UFC – Departamento de Medicina Comunitária; 3 UFC – Faculdade de Medicina (FM); 4 Diagnósticos da América – LabPasteur Fortaleza Ceará; 5 Hospital São Carlos (HSC) – Imagem; 6 UFC-FM – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 7 UFC-FM – Serviço de Endocrinologia e Diabetes 1 In recent years the debate about the relationship between thyroid function (TF) and metabolic syndrome (MS) has gained special attention. This study evaluated the relationship between the defining elements of MS and FT in a sample of healthy euthyroid adult subjects from the Northeast of Brazil. This is a cross-sectional study conducted from March, 2009 to January, 2010 which included 267 euthyroid individuals (mean age of 34.5 ± 11.2 years old, 68,5% female) selected from medical and laboratory evaluation. Anthropometric variables, waist circumference (WC), blood pressure, determination of thyroid stimulating hormone (TSH), free thyroxine (FT4), triiodothyronine (T3), anti-thyroid antibodies, fasting glucose, insulin, total cholesterol (TC) , low density lipoprotein cholesterol (LDL-c), high density lipoprotein cholesterol (HDL-c), triglycerides (TG), calculation of the homeostasis model assessment (HOMA-IR) insulin resistance index, and thyroid ultrasound (TUS) were assessed. Multiple linear regression models, t-Student, Mann-Whitney, chi-square and Spearman test were used (significance level of 5%, p < 0.05, SPSS®). It was observed that 77.2% of euthyroid subjects had at least one defining element of MS. Regarding the relationship between metabolic parameters and TF, we observed that FT4 was inversely correlated with WC (β = -0,14; p = 0,01) and TG (β = -0,879; p = 0,01) and positively correlated with HDL (β = 0,09; p = 0,04), T3 was inversely correlated with LDL (β = -0,172; p = 0,04) and positively with HDL (β = 0,172; p = 0,01), while TSH was not correlated with any element of the MS. We also found a negative association between FT4 and HOMA-IR (r = -0,289; p = 0,01) and FT4 and body mass index (r = -0,189; p = 0,01). These results demonstrated an association between TF and MS in Brazilian subjects. This is in accordance with previous studies in other populations were low serum levels of thyroid hormones within the norS153 temas livres mal reference range (especially FT4) more than TSH were also related to components of MS. These findings point to an increased cardiovascular risk in subjects with low normal thyroid function. CO.04 PROSPECTIVE STUDY OF CLINICAL EVALUATION AND OUTCOME OF PREGNANT WOMEN FOR THYROID DYSFUNCTION Ferreira SMS1, Navarro AM1, Cardoso LF1, Magalhães PKR1, Duarte G2, Quintana S2, Maciel LMZ1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Ginecologia e Obstetrícia Background: Thyroid disease during pregnancy has been associated with multiple adverse outcomes. Whether all women should be screened for thyroid disease during pregnancy is controversial. Objective: The aim of this study was to verify the ability of case-finding or universal screening in detecting thyroid dysfunction during pregnancy. Methods: 191 pregnant women had clinical evaluation and a serum sample collected for TSH, FT4, total T4 and antibodies in the first trimester of the pregnancy. The serum samples were analyzed at the end of the pregnancy, except for the high risk pregnant women identified based on clinical evaluation. All of them had follow-up until delivery. Results: 40 women were classified as high risk for thyroid dysfunction. Of these, 6 had abnormal results [5 for subclinical hypothyroidism (HypoSC) and 1 for overt hyperthyroidism (Hyper)]. Of the remainder, whose hormonal measurements were performed at the end of pregnancy, other eight pregnant women with thyroid dysfunction were detected [6 with HypoSC and 2 with subclinical hyperthyroidism (HyperSC)]. Over all, HypoSC was detected in 11 women (5.7%). During follow-up pregnancies resulted in 16 abortions, 3 in HypoSC women, 1 in women with Hyper and in 12 women with normal TSH. Eclampsia occured in 3 women and placental abruption in other 2 women, all of these with normal thyroid function. The occurrence of abortion was 8.4% (16/191), 25% of them in pregnant women with thyroid dysfunction (p = 0,02). Detection of thyroid dysfunction by clinical data showed a sensitivity of 42.8%, specificity 80.7% and positive predictive value of 15%. Conclusion: Our data suggest that case-finding was not effective for detection of all cases of thyroid dysfunction. More abortion was obtained in this group. Therefore, an universal screening for thyroid dysfunction should be advised. Grant FAPESP #09/53296-9. CO.05 DESENVOLVIMENTO DE UM ENSAIO DE TIREOGLOBULINA ULTRASSENSÍVEL E SEU PAPEL NO SEGUIMENTO DE PACIENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE Nakabashi C1, Kasamatsu T1, Tachibana TT2, Barcelos RN1, Malduf EZ1, Hoff A3, Maciel RMB4, Biscolla RPM4, Vieira JGH4 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina – Endocrinologia; 2 Fleury Medicina e Saúde – Imunoensaios; 3 Fleury Medicina e Saúde – Endocrinologia; 4 Unifesp/EPM e Fleury Medicina e Saúde – Medicina – Endocrinologia Introdução: Os pacientes com carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) apresentam sobrevida maior que 90% em 10 anos, entretanto devem ser acompanhados por longo período, pois as recidivas, presentes em aproximadamente 20% dos casos, podem aparecer após muitos anos. Por isso, é importante que os métodos diagnósticos sejam sensíveis, específicos e de baixo custo. A tireoglobulina (Tg) estimulada (por hipotireoidismo ou TSH recombinante) é a ferramenta com melhor acurácia diagnóstica no seguimento desses pacientes, mas nos últimos anos vários estudos demonstraram a importância dos ensaios mais sensíveis de Tg em substituição à Tg estimulada no seguimento dos pacientes com CDT. Objetivo: Descrever um novo ensaio de tireoglobulina com melhor sensibilidade funcional e demonstrar a utilidade dele em pacientes com CDT acompanhados em nosso serviço. Pacientes e metodologia: Foram realizadas 88 dosagens de tireoglobulina, totalizando 77 pacientes com CDT. A metodologia desenvolvida é um imunoensaio que utiliza um anticorpo de captura monoclonal e um anticorpo de detecção policlonal. A sensibilidade funcional do novo ensaio foi de 0,3 ng/mL. As dosagens foram comparadas com um imunoensaio quimioluminescente comercial (Access®) com S154 sensibilidade funcional de 0,2 ng/mL. Resultados: A correlação entre todas as dosagens realizadas com as duas metodologias foi considerada muito boa (r = 0,79). Nos pacientes sem evidência de doença, a dosagem da Tg1 (Access®) foi indetectável em 88% e a Tg2 (in house), nos mesmos casos, foi indetectável em 71%, mostrando menor especificidade. Entretanto, nos pacientes com metástases, tanto a Tg1 (> 0,2 ng/mL) quanto a Tg2 (> 0,3 ng/mL) apresentaram valores detectáveis em 81% dos casos, mostrando uma mesma sensibilidade entre os dois ensaios. Conclusão: O ensaio de Tg ultrassensível, desenvolvido em nosso serviço, mostrou boa acurácia no diagnóstico dos pacientes com CDT. Desse modo, pode ser utilizado no seguimento desse grupo de pacientes. CO.06 CORRELAÇÃO ENTRE A VARIANTE GENÉTICA QUE CONFERE HIPERINSULINEMIA Ala1369Ser (SUR1) E A SUSCETIBILIDADE À PARALISIA PERIÓDICA TIREOTÓXICA (PPT) Rolim ALR1, Lindsey SC1, Kunni IK1, Crispim F1, Martins JRM1, Moises RCMS1, Dias da Silva MR2, Maciel RMB1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Unifesp – Bioquímica Introdução: A paralisia periódica tireotóxica (PPT) é caracterizada por ataques transitórios de fraqueza muscular, hipocalemia e tireotoxicose. Na célula β, o canal KATP é composto pelas subunidades Kir6.2 (gene KCNJ11) e SUR1 (gene ABCC8), que possuem variantes polimórficas muito frequentes. Variantes Glu23Lys (KCNJ11) e Ala1369Ser (ABCC8) predispõem a diabetes por diminuição da secreção de insulina e resposta. O canal KATP também participa da captação de glicose no músculo esquelético. Inversamente, variantes genéticas com mutações do tipo perda de função (ABCC8) levam à hiperinsulinemia. Como é demonstrada associação entre hiperinsulinemia e PPT, levantou-se a hipótese de que variantes genéticas no ABCC8 poderiam estar associadas à suscetibilidade à PPT. Objetivo: Correlacionar as variantes polimórficas do gene ABCC8 em pacientes com PPT. Metodologia: Com extração de DNA, PCR e endonucleases de restrição (MwoI), verificou-se a presença da variante Ala1369Ser (G>T) em 31 pacientes com PPHT e em dois grupos controles: 58 indivíduos saudáveis (C1) e 8 pacientes com tireotoxicose sem história de paralisia (C2). A análise estatística para verificação de hipótese usou o teste do qui-quadrado e odds ratio com intervalo de confiança de 95% e teste de disequilibrium de Hardy-Weinberg. Resultados: A frequência do alelo G foi de 66,13% na PPT, 25% no C1 e 37,5% no C2. O alelo T foi encontrado em 33,87%, 75% e 62,5% dos casos, respectivamente. O grupo com PPT apresentou genótipos GG em 45,16%, GT em 41,94% e TT em 12,9% dos pacientes, enquanto em C1 [GG (8,62%), GT (32,76%) e TT (58,62%)] e C2 [GG (12,5%), GT (50,5%) e TT (37,5%)]. Excluindo-se da análise o grupo C1 (reduzida amostra), o alelo G foi o mais encontrado (p = 0.0000713) com risco relativo OR de 2,48 para suscetibilidade à PTT. Discussão: Os pacientes suscetíveis à PPT carregam maior frequência da variante Ala1369 quando comparada aos controles saudáveis (sem tireoidopatia). Esse achado reforça que as alterações na secreção de insulina (hiperinsulinemia basal e maior resposta da insulina à sobrecarga de glicose) estão associadas a essa variante no gene ABCC8 e sugere predispor à paralisia no paciente hipertireóideo. Conclusão: Acreditamos que a suscetibilidade à PPT é marcada pela heterogeneidade genética e quando a essa herança são somados a tirotoxicose e fatores precipitantes como a elevada ingestão de carboidratos, tem-se a crise de paralisia. A variante alanina na posição 1369 (SUR1) confere risco de 2,48 vezes de suscetibilidade à PPT. CO.07 EXPRESSÃO DE GENES DA VIA Wnt EM CRANIOFARINGIOMAS Jucá CEB1, Colli LM2, Antonini SR3, Oliveira RS1, Moreira AC2, Machado HR1, Castro M2 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Cirurgia e Anatomia; 2 FMRP-USP – Clínica Médica; 3 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria Introdução: A patogênese dos craniofaringiomas (CF) é pouco compreendida. Poderia decorrer da transformação neoplásica de restos temas livres celulares escamosos embrionários do ducto craniofaríngeo ou resultar da metaplasia de células da adenoipófise. Mutações no gene CTNNB1 foram identificadas em CF adamantinomatoso. Adicionalmente, dados recentes do nosso laboratório indicam potencial envolvimento da desregulação da expressão de miRNAs na patogênese e evolução dos CF adamantinomatosos, potencialmente modulando a via de sinalização Wnt. Objetivo: Avaliar a expressão de genes da via canônica de sinalização Wnt em CF, correlacionando com a presença de mutação do gene CTNNB1 e de progressão tumoral. Material e métodos: A expressão de genes relacionados à via Wnt foi avaliada, por meio de PCR em tempo real, em 14 amostras de CF, obtidas durante cirurgia, e 8 de tecido hipofisário normal, obtidas de necrópsias. Foram selecionados genes ativadores da via (WNT4), inibidores da via (sFRP1 e DKK3), genes do complexo citoplasmático de degradação da via (AXIN1 e APC), o gene que codifica a β-catenina (CTNNB1), genes ativadores (TCF7) e inibidores (CDH1) transcricionais, além de genes-alvo (MYC, WISP2 e TP53) da via Wnt. A análise da expressão gênica foi realizada pelo método 2-∆∆CT e a expressão relativa “fold-change” foi calculada. A expressão gênica diferencial também foi calculada entre amostras de CF com ou sem mutação no gene CTNNB1 e com ou sem progressão tumoral. Resultados: A expressão de todos os genes, com exceção do APC, esteve aumentada nos CF em relação aos controles: WNT4 (8,5x; p = 0,01), sFRP1 (253,8x; p = 0,0006), DKK3 (8,9x; p = 0,0006), AXIN1 (7,76x; p = 0,0003), CTNNB1 (3,2x; p = 0,003), TCF7 (12,4x; p = 0,003), CDH1 (8,7x; p = 0,03), MYC (10,9x; p = 0,0006), WISP2 (59,16x; p = 0,02) e TP53 (14,6x; p = 0,0002). Os genes TCF7 (11,26x; p = 0,009) e TP53 (3,91x; p = 0,02) estiveram hiperexpressos nos pacientes com mutação do gene CTNNB1 em relação aos sem mutação. Os genes wnt4, sfrp1, dkk3, axin1, CDH1 e tp53 estiveram hiperexpressos nos pacientes com doença progressiva em relação àqueles com doença controlada. Conclusão: Nossos dados demonstram ativação global da via Wnt em CF. A presença de mutação no gene CTNNB1 ativa a transcrição de genes responsivos a β-catenina. A ativação de sfrp1, dkk3, axin1 e CDH1, inibidores da via Wnt, sugere mecanismo de retroalimentação negativo. Portanto, não apenas mutações, mas também expressão gênica desregulada parece envolvida na patogênese dos CF. CO.08 TUMORES CÍSTICOS DA REGIÃO SELAR: VALOR DA DOSAGEM HORMONAL INTRACISTO PARA DIAGNÓSTICO Borba CG1, Musolino NR2, Cescato VAS3, Silva GO4, Cunha Neto MBC5 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia, São Paulo, SP, Brasil; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Divisão de Neurocirurgia Funcional; 3 FMUSP – Neurologia; 4 FMUSP – Departamento de Neurocirurgia; 5 HCFMUSP – Neuroendocrinologia 1 2 O diagnóstico das massas selares é mais complexo nos cistos, com possibilidades tão diversas como craniofaringioma, cisto de Rathke, adenoma cístico, apoplexia, abscesso, mestástase e outros. A dosagem hormonal sérica e o exame AP classificam a maior parte das lesões, mas mesmo com esses exames o diagnóstico pode ser difícil, em especial se não há material para imunoistoquímica (ICQ). Descrevemos aqui a dosagem hormonal no material de punção do cisto em um caso índex e em outros 15 com esse procedimento. Objetivo: Avaliar a contribuição da dosagem hormonal do cisto no diagnóstico diferencial. Caso índex: feminina, 47a, em tratamento para prolactinoma há 23 anos com bromocriptina. Durante acompanhamento, diagnosticada lesão cística de 4 cm em região parietal. Feita punção estereotáxica da lesão com dosagem de prolactina (PRL) de 160.000 ng/mL no líquido obtido, confirmando metástase de prolactinoma. Realizada dosagem de hormônios hipofisários do material de punção de cisto selar durante cirurgia em outros 15 pacientes (11 mulheres), idade 42a (28-66) com lesão sólido-cística (n = 14) ou cística (n = 1) com diâmetro mediano no cisto de 30 mm (12-40). Os resultados foram analisados em conjunto com dosagens séricas e AP e estão apresentados em mediana (mínimo-máximo). A PRL sérica era alterada em 9 casos: 193 ng/mL (38-2115). Em 3 deles havia dúvida diagnóstica. Nenhum outro hormônio estava alterado. A dosagem de PRL no cisto variou de 6 a 102.827 ng/mL. Em 9 casos os valores foram > 3.000 ng/ mL desses, todos também foram positivos para PRL na ICQ, embora a PRL sérica fosse normal em um e pouco elevada em outro (54 ng/ mL). O nível intracístico nesses dois casos foi de 3.000 ng/mL, enquanto foi > 40.000 ng/mL nos demais prolactinomas. Um caso com PRL sérica pouco alterada (48 ng/mL) mostrou PRL intracística de 34 e ICQ negativa para PRL confirmando adenoma não funcionante. A dosagem dos outros hormônios não foi realizada em todos, mas em um paciente com adenoma não funcionante e ICQ positiva para TSH e FSH a dosagem intracística desses hormônios foi de 6450 e 7220, respectivamente, com subunidade alfa > 150.000. Os dados apresentados sugerem que a dosagem hormonal no material cístico em tumores hipofisários pode ter utilidade no diagnóstico final do tumor, em especial quando o material para o AP for escasso ou necrótico. Maior número de casos com dosagem de todos os hormônios, incluindo ACTH e subunidade alfa, deverá confirmar a utilidade desse método no diagnóstico de lesões císticas. CO.09DETECTING AND SOLVING THE INTERFERENCE OF PREGNANCY SERUM IN A GH IMMUNOMETRIC ASSAY Rodrigues MLD1, Vieira JGH2, Abucham Filho JZ3 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Fleury – Endocrinologia; 3 Unifesp/EPM Background: High homology of GH with placental GH (pGH) and hPL frequently resulted in falsely high GH levels in radioimmunoassays during pregnancy. However, underestimation of GH levels in immunometric assays can result from GH-simile molecules binding to one but not to both monoclonal antibodies. Since our GH-IFMA assay detected GH suppression in both normal and acromegalic pregnancies, we evaluated potential negative interference of pregnancy serum in the assay. Methods: GH was measured in samples from acromegalic patients with and without the addition of normal pregnancy serum using a sensitive in-house two-step GH-IFMA (no crossreactivity with pGH or hPL). Standard GH assay curves were run with and without pGH (22K). Results: Addition of pregnancy serum to acromegaly serum resulted in marked decrease in GH, but addition of pGH did not change GH measurements. Redesign of the assay by switching the positions of the antibodies (“inverted” assay) completely abrogated the interference of pregnancy serum. GH by both routine and inverted assays declined progressively throughout pregnancy in controls, with higher nadir levels in the “inverted” assay (median 0.03 μg/L vs. 0.50 μg/L, P < 0.05). GH suppression during acromegalic pregnancy previously found with the routine assay was not observed in the “inverted” assay. Conclusion: Underestimation of GH measurements in pregnancy is not revealed by classic crossreactivity studies, but can be easily tested as we showed. Redesigning a two-step immunometric GH assay by switching the positions of the antibodies can be a successful strategy to avoid such interference. CO.10 AVALIAÇÃO DO PERFIL FENOTÍPICO INTERFAMILIAR EM PACIENTES ACOMPANHADOS COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 Souza MR1, Carvalho VR1, Fontenele EGP1, Quezado R1, Martins MRA1, Montenegro Jr R1, Castro JD2, Quidute ARP1 1 2 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; UFC – Serviço de Radiologia Introdução: A neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) é uma patologia autossômica dominante com amplo espectro de manifestações clínicas. Hiperparatireoidismo (HPT), tumores endócrinos gastroenteropancreáticos (TEGEP) e tumores hipofisários (TH) são as manifestações clínicas mais frequentes. A NEM1-indivíduo é definida pela presença de dois dos três principais tumores relacionados a NEM1. A NEM1-família é definida por pelo menos um NEM1-indivíduo mais um familiar de primeiro grau com um dos três tumores mencionados anteriormente. Os fatores que modulam a expressão fenotípica da NEM1 ainda não são compreendidos, não havendo uma correlação genótipo/fenótipo. Objetivo: Avaliar a perfil fenotípico S155 temas livres interfamiliar dos pacientes acompanhados, determinando se há uma expressão clínica típica a cada grupo familiar. Métodos: O protocolo de seguimento atual começou a ser implantado em 2008 em pacientes já diagnosticados com NEM1, assim como em novos casos. Foram estabelecidas as definições para NEM1-indivíduo e NEM-família. Todos os pacientes eram seguidos regularmente para screening das principais manifestações da síndrome de acordo com consenso para diagnóstico e tratamento (JCEM, 2001). Resultados: São acompanhadas 8 famílias com diagnóstico de NEM1, cada família (F) tem no mínimo 3 membros. Essas famílias totalizam 37 pacientes. A família 1 (F1 – 7 pacientes) apresenta alta expressão para TEGEP, com 71,4% (5/7) dos membros acometidos. A F2 (3 pacientes) apresenta expressão inicial precoce de TH, com idade média de 17 anos ao início dos sintomas, relacionada à presença de prolactinoma, comparado a 23,8 anos da média para todo o grupo e com penetrância nos três pacientes, assim como uma baixa incidência de TEGEP (apenas 1 paciente apresenta tumor pancreático não secretor < 2 cm no maior diâmetro). A F3 (3 pacientes) apresenta baixa expressão clínica de TH e tem como expressão fenotípica específica a presença de carcinoma papilífero familiar em 3 membros da família. A F4 (4 pacientes) tem alta prevalência de TH (prolactinoma), o qual também se apresentou precocemente (média de idade de 17,5 anos, com uma paciente se apresentando com prolactinoma aos 8 anos de idade). A F5 (6 pacientes) e a F6 (5 pacientes) têm expressão de TH em todos os membros da família, assim como a presença de lesões cutâneas. A F7 (3 pacientes) é caracterizada pela presença de macroprolactinomas agressivos e resistentes ao tratamento clínico. A F8 (6 pacientes) ainda não mostrou um perfil clínico específico. Conclusão: A avaliação interfamiliar dessa amostra permite determinar a presença de expressões clínicas típicas em determinado grupo familiar, o que pode ser relacionado futuramente com a presença de alteração genética específica. A presença de maior risco para determinada expressão pode influenciar no screening diagnóstico e no manejo terapêutico. CO.11VIAS WNT CANÔNICA E NÃO CANÔNICA NA PATOGÊNESE MOLECULAR DOS TUMORES HIPOFISÁRIOS Colli LM1, Moreira AC1, Antonini SR2, Castro M1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria 1 Introdução: A via Wnt está envolvida na gênese de vários tumores, mas seu papel nos tumores hipofisários ainda não é bem definido. A maioria dos trabalhos que avaliam o papel dessa via nos tumores hipofisários envolve a análise de mutação no gene CTNNB1. Objetivo: Avaliar a expressão de genes da via Wnt canônica e não canônica em tumores hipofisários e secretores de ACTH e GH e não secretores (NS). Material e métodos: Foram estudados 63 tumores hipofisários, sendo 20 produtores de ACTH, 21 GH e 22 NS, comparados com 6 hipófises normais. RNA tumoral foi extraído de material cirúrgico após microdissecção pelo TRIzol®. Por meio de PCR em tempo real (qPCR), a expressão relativa foi avaliada em 35 genes da via Wnt: ligantes ativadores (WNT11, WNT4 e WNT5A) e inibidores (DKK3 e sFRP1), a β-catenina (CTNNB1), complexo de degradação de β-catenina (APC, AXIN1, GSK3β) e seu inibidor (AKT1), sequestrador de β-catenina (CDH1), efetores da via (TCF7, MAPK8 e NFAT5), mediadores de sinal ativador (DVL-1, DVL-2, DVL-3, PRICKLE e VANGL1), genes-alvo (MYB, MYC, WISP2, SPRY1 e TP53), intermediários da via do cálcio (PLCB1, CAMK2A, PRKCA e CHP), intermediários da via da polaridade celular (PTK7, DAAM1 e RHOA) e os controles endógenos (GUSB, TBP e PGK1). A análise foi realizada com o software QPCR, utilizando eficiência individual de cada reação. A análise estatística foi realizada com testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, com pós-teste de Dunn, por meio do programa R. Resultados: Foi observada hipoexpressão de DKK3 em secretores de ACTH (-2,5x; p = 0.01) e NS (-5,0x; p = 0,02) e de TCF7 em NS (-6,6x; p = 0,02). A expressão dos demais genes nos tumores foi semelhante à da hipófise normal. Quando comparados os genes entre os diferentes tipos tumorais, o WISP2 foi hiperexpresso nos secretores de S156 ACTH em relação aos de GH (5,8x; p = 0,03) e NS (10x; p = 0,001). Conclusão: Nossos dados sugerem que, embora o DKK3, um inibidor da via Wnt, esteja hipoexpresso em ACTH e NS, comparado ao tecido normal, não foi observada ativação da via Wnt em nenhum dos tipos de tumores hipofisários, sugerindo que, diferentemente de outros tumores endócrinos como tumores adrenocorticais e craniofaringiomas, as vias Wnt canônica e não canônicas não parecem estar diretamente envolvidas na tumorigênese hipofisária. WISP2, um gene modulado pela via Wnt, foi hiperexpresso nos secretores de ACTH em relação aos de GH e NS, sugerindo diferenças na patogênese molecular dos subtipos dos tumores adenoipofisários. CO.12 EXPRESSÃO GÊNICA COMPARATIVA ENTRE TUMORES HIPOFISÁRIOS Colli LM1, Paixão BMC1, Amaral FC1, Lima DS1, Silva Jr WA2, Moreira AC1, Vêncio RZN3, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Genética; 3 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP – Computação e Matemática Introdução: A patogênese molecular dos tumores hipofisários não é totalmente compreendida. A SAGE (análise seriada de expressão gênica) é uma técnica que utiliza pequenas sequências gênicas de 10 nucleotídeos (TAGs) para avaliar a expressão gênica em larga escala. Objetivo: Avaliar a expressão gênica diferencial em tumores hipofisários não secretores (NS) e secretores de GH e ACTH. Material e métodos: Foram construídas 4 bibliotecas de SAGE: ACTH (2 amostras), GH (5 amostras), NS (3 amostras) e Hipófise Normal (3 amostras), com o I-SAGEg™ kit (Invitrogen, Carlsbad, CA, USA). A análise comparativa das TAGs foi realizada mediante a técnica SAGEci(1), que utiliza intervalo de confiabilidade para comparação da expressão relativa das TAGs. Resultados: No total, foram identificadas 82.240 leituras com 70.216 TAGs diferentes: ACTH com 60.551 leituras em 26.219 TAGs diferentes, GH com 60.727 leituras em 21.491 TAGs, NS com 51.572 leituras em 14.285 TAGs e Hipófise Normal com 60.426 leituras em 20.245 TAGs. Foram identificados genes de 63,5% das TAGs. Em relação à biblioteca de Hipófise Normal, 920 genes estavam hiperexpressos e 660 hipoexpressos na biblioteca de ACTH; 779 genes hiperexpressos e 743 hipoexpressos na de GH; 822 genes hiperexpressos e 624 hipoexpressos na de NS. Foram identificados 446 genes concomitantemente hipoexpressos e 14 hiperexpressos nas três bibliotecas tumorais comparadas com a normal. Também foram identificados genes exclusivos em cada tipo tumoral: ACTH (1 hiperexpresso e 4 hipoexpressos), GH (2 hiperexpressos e 12 hipoexpressos) e NS (2 hiperexpressos e 13 hipoexpressos). As bibliotecas com maior número de genes com expressão semelhante foram GH e NS (69 genes hipoexpressos não presentes na ACTH). Conclusão: A técnica de SAGE possibilitou a análise da expressão gênica em larga escala nos tumores hipofisários, a análise comparativa por bioinformática identificou genes possivelmente envolvidos com a tumorigênese hipofisária em geral e para cada subtipo específico. Estudos posteriores de validação são necessários para confirmar o papel de cada gene diferencialmente expresso na patogênese dos diferentes subtipos de tumores hipofisários. Referência: Vencio RZN, et al. Bioinformatics. 2003;19:2461. CO.13 EXPRESSÃO DE MAPK7 E CCNL1 EM CORTICOTROFINOMAS E ANÁLISE FUNCIONAL DE miR-143 E miR-145 EM LINHAGEM TUMORAL CORTICOTRÓFICA AtT-20 Camargo RC1, Paixão BMC2, Colli LM2, Varanda WA1, AntunesRodrigues J1, Elias LLK1, Castro M2 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Fisiologia; 2 FMRP-USP – Clínica Médica Introdução: Recentes dados do nosso laboratório em corticotrofinomas demonstraram redução na expressão de miR-143 e miR-1451, que regulam MAPK72 e CCNL13, respectivamente, proteínas envolvidas em proliferação, diferenciação e progressão do ciclo celular4. Objeti- temas livres vo: Avaliar a expressão de MAPK7 e CCNL1 em corticotrofinomas e analisar funcionalmente os miR-143 e -145 em linhagem tumoral corticotrófica AtT-20. Material e métodos: A expressão de MAPK7 e CCNL1 foi avaliada por PCR em tempo real em 24 corticotrofinomas, 6 hipófises normais, em cultura de células de linhagem tumoral corticotrófica AtT-20 e em cultura primária de células adenoipofisárias de camundongos. O estudo funcional de interação miR-mRNA foi realizado por meio de transfecção dos precursores dos miR-143 e miR145 em linhagem tumoral AtT-20 (siPORT, Applied Biosystems). Análise estatística foi realizada pelo teste de Mann-Whitney e os dados apresentados em X±SD. Resultados: Não houve expressão diferencial entre o tecido hipofisário normal e tumoral para os genes MAPK7 (1,23 ± 0,7 vs. 1,12 ± 0,6) e CCNL1 (1,05 ± 0,37 vs. 1,09 ± 1,46). Foi observada hiperexpressão de MAPK7 (2,92 ± 1,45 vs. 0,93 ± 0,17, p = 0,002) e CCNL1 (2,35 ± 0,8 vs. 0,99 ± 0,08, p = 0,002) na linhagem tumoral AtT-20, comparada com a cultura primária de adenoipofise, independentemente das passagens da linhagem tumoral em cultura. A transfecção dos precursores de miR foi confirmada pela hiperexpressão de miR-143 (0,99 ± 0,22 vs. 2618 ± 1696; p = 0,0007) e miR-145 (1,17 ± 0,48 vs. 885,6 ± 240,6; p = 0,0003). Não houve expressão diferencial nas células AtT-20 transfectadas com miR-143 ou miR-145, dos genes MAPK7 (1,08 ± 0,18 vs. 1,13 ± 0,09; 1,08 ± 0,18 vs. 1,18 ± 0,25, respectivamente) e CCNL1 (0,95 ± 0,14 vs. 0,85 ± 0,04; 0,95 ± 0,14 vs. 0,98 ± 0,07, respectivamente). Conclusão: A diferença na expressão entre tecido tumoral e cultura de célula tumoral pode ser devida à imortalização da cultura. A interação dos miR-143 e miR145 com os genes MAPK7 e CCNL1 não parece ocorrer por degradação de mRNA, mas por inibição da tradução. Financiamento: CNPq e Fapesp. Referências: 1. Amaral FC, et al. JCEM. 2009;94:320. 2. Esau C, et al. JBC. 2004;279:52361. 3. Yang JH, et al. Nucl Acids. 2011;39:D202.4. Redon R, et al. Cancer Res. 2002;62:6211. CO.14 EFFECT OF VITAMIN D3 ON PERIPHERAL CYTOKINES/ CHEMOKINES LEVELS, REGULATORY T CELLS AND SLOW THE DECLINE OF RESIDUAL β-CELL FUNCTION WHEN GIVEN AS ADJUNCTIVE THERAPY TO INSULIN IN NEW – ONSET TYPE 1 DIABETES Gabbay M1, Sato MN2, Finazzo C3, Duarte AJS4, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/ EPM) – Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Dermatologia; 3 Hospital das Clínicas – Laboratório de Imunologia; 4 USP – Laboratório de Imunologia Context: Several studies associate vitamin D deficiency with type 1 diabetes. In addition, it has been shown that vitamin D inhibits pro-inflammatory processes. Preservation of residual beta-cell function has become a new therapeutic goal in type 1 diabetes. Objective: To evaluate the effect of vitamin D3 on peripheral cytokines/chemokines levels, regulatory T cells and residual β-cell function decline when given as adjunctive therapy to insulin in new-onset type 1 diabetes. Design and participants: Thirty-five fasting C-peptide positive (> 0.6 ng/ml) new-onset type 1 diabetic patients were randomly assigned to daily oral 2000 UI of vitamin D3 or placebo for 18 months associated to insulin therapy. Serum concentrations of ionic calcium, 25-hydroxyvitamin D, A1c and insulin requirements were evaluated. Main outcome measure: Between-group differences in peripheral sera levels of pro- and anti-inflammatory cytokines, chemokines and regulatory T cells (CD4 + CD25 + Foxp3) and C-peptide were the main outcome measures. Results: Safety parameters showed normal values in all patients. Serum CCL2 (chemokine that promotes recruitment of monocytes, macrophages, dendritic cells in the islets) levels were significantly higher (p < 0.05) as well as the percentage of CD4 + CD25 + Foxp3 + cells (p < 0.05) in the vitamin D3 compared to the placebo group at 18 months of follow-up. Stimulated C-peptide in the vitamin D3 group showed less decline (14% vs. 46%; p < 0.05) at 18 months after study entry. BMI, A1c and daily insulin requirements were similar between the two groups. Conclusion: Vitamin D3 (2000U/day) associated to insulin therapy was safe and it was related to protective immunologic profile and slow decline of residual β-cell function in new-onset type 1 diabetes. CO.15 CNTF PROTECTS MIN6 CELLS AGAINST APOPTOSIS INDUCED BY ALLOXAN AND IL-1β THROUGH DOWNREGULATION OF THE CaMKII-AMPK PATHWAY Santos GJ1, De Oliveira CA2, Boschero AC3, Rezende LF1 1 State University of Campinas (Unicamp) – Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Biociências; 3 Unicamp – Instituto de Biologia – Fisiologia e Biofísica Diabetes mellitus is a metabolic syndrome of multiple etiologies, resulting from a lack of insulin and sometimes associated with an increase in resistance to the hormone by insulin-target tissues. DM1 is characterized by the infiltration of macrophages and T-type CD4+ and T-CD8+ cells in the pancreas, due to the failure of the autoimmune system, causing inflammation and leading to the release of nitric oxide, free radicals, and cytokines such as IL1β and IFNγ. These pro-inflammatory cytokines activate pro-apoptotic mechanisms leading to a loss in functional beta-cell mass. These mechanisms can be reproduced in vitro by the exposure of beta cells to pro-inflammatory cytokines, such as IL-1β, or to Alloxan. In contrast, ciliary neurotrophic factor is a cytokine that promotes pancreatic islet cell survival. AMPK is a protein kinase that acts on pancreatic beta cells as a sensor of the cellular energy state, and is activated when cellular ATP concentrations decrease, stimulating ATP generation and inhibiting ATP consumption. In islets, AMPK plays an important role in regulating insulin secretion and inhibition of AMPK protects beta cells from apoptosis mediated either by cytokines and/or induced T cell CD8+ and CD4+. Aims: CNTF and AMPK play an important role in beta cells and may be used as therapeutic targets for the treatment of DM1; however, the interaction between these two proteins in pancreatic beta cells remains unknown. The objective of this study was to investigate the relationship between AMPK and CNTF and whether this interaction protects pancreatic beta cell against apoptosis induced by Alloxan or IL-1β. Results: Our results indicate that apoptosis induced by both Alloxan and IL-1β in MIN6 cells requires activation of the AMPK pathway; furthermore, CNTF inhibits MIN6 cell apoptosis through downregulation of AMPK. Moreover, Alloxan- and IL1β activate AMPK mainly through CaMKII and LKB1 phosphorylation, respectively. CNTF inhibited the AMPK pathway via downregulation of CAMKII in MIN6 cells. Finally, IL1β and Alloxan-induced AMPK-dependent MIN6 cell apoptosis occurred via an increase in iNOS that was reversed by CNTF downregulation of iNOS expression. Conclusion: IL1β upregulates the LKB1-AMPK-INOS pathway, while Alloxan acts through CaMKII-AMPK-INOS, both ultimately leading to beta cell death. In this context, CNTF protects beta cells against apoptosis, induced by either IL1β or Alloxan through the reduction of the activity of the CaMKII-AMPK-INOS pathway. CO.16 ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL LEVA À RESISTÊNCIA À INSULINA EM CAMUNDONGOS KNOCKOUT PARA TOLL-LIKE RECEPTOR 2 Caricilli AM1, Picardi PK2, Abreu LLF3, Ueno M1, Prada PO1, Ropelle ER4, Hirabara SM5, Curi R5, Carvalheira JBC1, Saad MJA1 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 2 Unicamp/ Faculdade de Ciências Médicas – Clínica Médica; 3 Unicamp – Enfermagem; 4 Unicamp-Limeira/Faculdade de Ciências Aplicadas – Fisiologia e Biologia Molecular do Exercício; 5 Universidade de São Paulo (USP)/Instituto de Ciências Biológicas (ICB) – Fisiologia e Biofísica Estudos recentes mostram que os toll-like receptors (TLRs) podem mediar a ligação entre os sistemas imunológico e metabólico. Camundongos geneticamente deficientes em TLR2 são protegidos da resistência à insulina induzida por dieta hiperlipídica. Entretanto, os estudos que caracterizaram o papel do TLR2 em modelos animais foram realizados em ambiente com alto controle de germes e, portanto, não podem predizer a influência da microbiota no fenótipo observado. Assim, o objetivo do nosso estudo foi investigar o papel da microbiota na sensibilidade e sinalização da insulina de camundongos knockout (KO) para TLR2, em biotério convencional. Análises da microbiota presente em fezes de camundongos KO para TLR2 e de seus controles, C57BL/6, S157 temas livres foram realizadas por meio de sequenciamento da subunidade ribossomal 16S. A sinalização da insulina foi estudada em fígado, tecido adiposo e músculo por Western Blot e a sensibilidade à insulina, por clamp euglicêmico hiperinsulinêmico. Todos os camundongos foram alimentados com ração-padrão. Os animais KO e seus controles mostraram-se semelhantes quanto ao ganho de peso até 8 semanas com ração-padrão, entretanto, com 16 semanas, os camundongos KO mostraram maior ganho de peso do que seus controles. Com 8 semanas, com ração-padrão e com pesos corpóreos semelhantes aos de seus controles, os KO apresentaram tolerância à glicose, sinalização e sensibilidade à insulina reduzidas. Nos camundongos KO, observou-se aumento da fosforilação da JNK e da ativação do estresse de retículo endoplasmático. Esses animais apresentaram abundância relativa três vezes maior de Firmicutes do que a de seus controles. Após o tratamento com uma mistura de antibióticos, observou-se redução da proporção de Firmicutes nos camundongos KO, chegando a níveis similares aos dos controles, levando também ao aumento da sinalização e da sensibilidade à insulina desses animais. A transferência da microbiota dos KO para camundongos wild-type (WT) monoassociados com Bacillus reproduziu muitos aspectos do fenótipo dos camundongos KO, como a redução da sinalização e da sensibilidade à insulina. Assim, sugerimos que a perda do TLR2 resulta em um fenótipo que remete à síndrome metabólica, caracterizado por uma clara distinção de sua microbiota intestinal, que induz a resistência à insulina, inflamação subclínica associada com aumento de estresse de retículo endoplasmático, intolerância à glicose e obesidade subsequente. Apoio financeiro: Fapesp. CO.17 A NOVEL ADIPONECTIN MUTATION (p.M40K) RESULTS IN IMPAIRED HIGH MOLECULAR WEIGHT ADIPONECTIN AND ASSOCIATES WITH OBESITY AND EARLY ONSET METABOLIC SYNDROME Bueno AC1, Elias Jr J2, Castro M2, Cardoso VC1, Barbieri MA1, Bettiol H1, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Pediatria; 2 FMRP-USP – Clínica Médica Aim: To describe a novel adiponectin (ADIPOQ) mutation associated with early onset obesity and metabolic syndrome (MetS). Subjects and methods: A subset of 14 individuals with severe hypoadiponectinemia (< 3 µg/mL) identified in a cohort of 710 young adults followed longitudinally was screened for ADIPOQ mutations. Anthropometric and biochemical assessments were further performed in a subject carrying ADIPOQ mutation. Results: A novel heterozygous missense mutation (c.T119A/p.M40K) in exon 2 of ADIPOQ was identified in a 24 yrs-old male with hypoadiponectinemia (RIA: 2.4 µg/mL), childhood onset obesity (BMI = 32.9 kg/m2 and waist = 111 cm) and insulin resistance (IR) (HOMA-IR = 4.7). At the age of 32 yrs obesity (BMI = 39.6 kg/m2; waist = 125 cm) and IR have worsened (HOMA-IR = 7.8). He developed severe hypertension (180/120 mmHg) and dyslipidemia (tryglicerides, total-, LDL- and HDL-cholesterol = 177; 270; 185 and 50 mg/dL, respectively). MRI showed markedly elevated visceral (169 cm2) and subcutaneous fat (550 cm2), hepatomegaly with severe steatosis (mean liver fat = 40 ± 6%). Ultrasound revealed increased carotid artery intima-media thickness. ELISA adiponectin isoforms measurement revealed low total adiponectinemia (2.3 µg/mL; RV = 3.4-9) with markedly reduction of the high molecular weight isoform (HMW: 0.24 µg/mL; RV = 2.2-4.1). The ADIPOQ p.M40K mutation was also found in 3/6 family members, all presenting obesity, IR and dyslipidemia. This mutation was not present in 200 healthy subjects. The affected codon is well conserved and in silico analysis indicated a possible damage effect. This aminoacid change results in polarity and conformational changes and likely impairs the formation of disulfide bonds responsible for oligomerization of the HMW. Indeed, when compared to control subjects paired for age and sex (n = 4), ADIPOQ p.M40K carriers presented marked reduction of the HMW (ELISA: 0.3 ± 0.1 vs. 3 ± 1.1 µg/mL; p = 0.01) and similar low molecular weight (LMW) levels (ELISA: 2.3 ± 0.8 vs. 1.6 ± 0.7 µg/mL; NS). Western-blot analysis confirmed the reduction of HMW in relation to S158 total adiponectin in carriers compared to non-carriers (%HMW/Total adiponectin: 14.7 ± 3.2 vs. 56.1 ± 9.2%, respectively; p = 0.02). Conclusion: the novel ADIPOQ mutation (p.M40K) found in a Brazilian family associates with obesity, early onset MetS and hypoadiponectinemia due to HMW adiponectin deficiency. Funding: Fapesp. CO.18 DIPEPTIDYL PEPTIDASE IV (DPPIV) INHIBITION INCREASES GLUT4 EXPRESSION AND SUBCELLULAR LOCALIZATION IN OXIDATIVE MUSCLES OF SPONTANEOUSLY HYPERTENSIVE RATS Oliveira KC1, Salles TA2, Pacheco BPM2, Maciel RMB3, Girardi AC2, Giannocco G1 1 Faculdade de Medicina do ABC – Morphology and Physiology, Federal University of São Paulo (Unifesp) – Medicine; 2 University of São Paulo Medical School (FMUSP) – Heart Institute (InCor); 3 Unifesp – Medicine Aim: SHRs display changes on GLUT4 function, trafficking, and/ or expression in insulin-sensitive tissues, suggesting that its altered regulation may account at least in part for the abnormalities of glucose metabolism in hypertension. Inhibitors of the DPPIV represent a novel class of antihyperglicemic agents that improve glycemic control in type 2 diabetic patients and are associated with blood pressure reduction. The present study was designed to test the hypothesis that pharmacological inhibition of DPPIV with sitagliptin may improve glucose homeostasis in hypertensive animals by increasing skeletal and cardiac muscle GLUT4 expression and/or plasma membrane (PM) translocation. Methods and results: Male SHR rats at 5 (Y) and 20 weeks (A) of age were divided into two groups and treated twice a day, by oral gavage, with either sitagliptin (40 mg/day) (IDPPIV) or vehicle (water) for ten days. Age-matched Wistar Kyoto (WKY) rats served as normotensive controls. After sitagliptin treatment, Y-SHR + IDPPIV displayed lower systolic blood pressure (SBP) than Y-SHR (119 ± 3 vs. 136 ± 4 mmHg; P < 0.05). In the A-SHR, sitagliptin treatment had no significant effect on arterial blood pressure. Skeletal (soleus, EDL and gastrocnemius) and cardiac muscle were excised to evaluate GLUT4 gene and protein expression. Y-SHR exhibited less GLUT4 in the PM of the heart, soleus, EDL, and gastrocnemius, as compared to Y-WKY. The reduction in PM GLUT4 expression in the heart, soleus and gastrocnemius were accompanied by a slight, but significant decrease of total GLUT4 protein expression. Interestingly, sitagliptin produced a significant increase on PM GLUT4 expression in the heart from Y-SHRs + IDPPV vs. Y-WKY. Reduction of GLUT4 PM of A-SHR vs. A-WKY was even more pronounced: heart, soleus, EDL, and gastrocnemius and same expression pattern was follow with GLUT4 mRNA. In the adult SHR, lower PM GLUT4 expression was associated with lower GLUT4 total abundance and mRNA in all muscle cell types analyzed. IDPPIV increased GLUT4 mRNA, PM and total protein expression in the heart, soleus, EDL and gastrocnemius of A-SHR + IDPPIV to levels higher than those found in the normotensive adult animals. Conclusion: Taken together, our data demonstrate that IDPPIV increases GLUT4 gene expression and PM translocation in both skeletal and cardiac muscles of SHR. Moreover, our study has shed light upon a new translational mechanism by which sitagliptin improves glycemic control. Support: Fapesp and CNPq. CO.19 ANÁLISE DOS POTENCIAIS MECANISMOS IMPLICADOS NA HIPEREXPRESSÃO DE IGF1R EM TUMORES ADRENOCORTICAIS ESPORÁDICOS PEDIÁTRICOS E DE ADULTOS Ribeiro TC1, Jorge AAL1, Almeida MQ2, Mariani BMP3, Fragoso MCBV4, Mendonça BB5, Latronico AC3 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM42; 2 USP – Endocrinologia; 3 HCFMUSP – Endocrinologia e Metabologia; 4 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento; 5 HCUSP – Endocrinologia Introdução: Tumores adrenocorticais esporádicos são frequentemente diagnosticados como incidentalomas em indivíduos adultos, enquanto temas livres em crianças esses tumores são raros. Entretanto, alta prevalência de tumores adrenocorticais tem sido demonstrada em crianças do sudeste do Brasil. Hiperexpressão de IGF2 e/ou IGF1R desencadeia uma cascata de eventos moleculares que podem ser responsáveis pela malignidade adrenocortical. Em estudo anterior, demonstramos que a hiperexpressão do gene do receptor 1 de IGF foi um marcador de carcinomas adrenocorticais pediátricos1. O mecanismo molecular implicado no aumento de expressão desse gene permanece desconhecido. Recentemente, a amplificação de IGF1R foi demonstrada em apenas um carcinoma adrenocortical, o qual apresentava hiperexpressão de IGF1R. No entanto, amplificação gênica não foi observada na grande maioria dos tumores estudados. Objetivos: Avaliar se variantes alélicas de IGF1R estão associadas com hiperexpressão desse gene em tumores adrenocorticais esporádicos humanos. Pacientes e métodos: Trinta e oito tumores adrenocorticais (24 adenomas e 14 carcinomas) diagnosticados em 19 crianças (14 meninas e 5 meninos) e 17 adultos (14 mulheres) foram avaliados. Síndromes endócrinas foram demonstradas em 89% desses pacientes: síndrome de Cushing isolada (30%), virilização (41%), síndrome mista (26%) e feminilização (3%). Hiperexpressão de IGF1R foi previamente demonstrada em 20 (15 crianças e 5 adultos) dos 38 tumores por PCR em tempo real. DNA genômico foi extraído dos tecidos de tumores adrenocorticais. A região codificadora de IGF1R (21 éxons) foi amplificada e sequenciada. Resultados: Não foram identificadas novas variantes de IGF1R nos tumores adrenocorticais estudados. Três polimorfismos exônicos previamente descritos foram detectados (éxon 11 rs_3743262; éxon 16 rs_2229765, éxon 21 rs_17847203). A frequência desses polimorfismos foi de 10,5%, 65,8% e 7,9%, respectivamente. Não foi demonstrada correlação entre as alterações de IGF1R e os tumores que apresentaram ou não aumento na expressão desse gene. Além disso, seis polimorfismos já conhecidos foram identificados na região intrônica (rs_ 7174918, rs_2272037, rs_951715, rs_ 1464430, rs_ 4486868, rs_2593053). Conclusão: Os polimorfismos de IGF1R não foram associados com hiperexpressão desse gene em tumores adrenocorticais. Outros mecanismos como alterações em microRNAs e/ou mudanças epigenéticas podem estar envolvidos no aumento de expressão de IGF1R em tumores adrenais malignos. Referência: 1. Almeida, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2008;93:3524-31. CO.20 A PERDA DE EXPRESSÃO DO LIN28, UMA PROTEÍNA REGULADORA DE RNAs, É UM PREDITOR DE PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL EM TUMORES ADRENOCORTICAIS DE CRIANÇAS E ADULTOS Faria AM1, Mariani BMP1, Soares IC2, Ribeiro TC1, Lerario AM1, Wakamatsu A2, Alves VAF2, Mendonça BB1, Fragoso MCBV1, Latronico AC1, Almeida MQ1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal e Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42; 2 FMUSP – Laboratório de Patologia Hepática LIM14, Divisão de Anatomia Patológica Introdução: O LIN28 é um importante regulador da família de microRNAs let-7. O LIN28 tem a capacidade de controlar a reprogramação celular e pluripotencialidade tanto por vias dependentes como independentes de microRNAs. A hiperexpressão do LIN28 foi demonstrada em aproximadamente 15% de diversos tumores humanos. Pacientes e métodos: A expressão do LIN28 e Ki67 foi avaliada em uma micromatriz tecidual com 104 tumores adrenocorticais (TACs): 67 adultos (41 adenomas e 26 carcinomas) e 37 crianças (30 clinicamente benignos e 7 clinicamente malignos). A intensidade da imunorreatividade e a percentagem de células tumorais positivas foram calculadas para cada amostra tumoral em triplicata para obter um escore H semiquantitativo de 0 a 3 (escore H ≥ 1,0 foi o ponto de corte para diferenciar imunorreatividade como fraca ou forte). A imunorreatividade para o Ki67 foi avaliada de forma binária (≤ 10% e >10%). Resultados: A expressão do LIN28 foi significativamente menor nos TACs metastáticos quando comparada aos tumores não metastáticos (p = 0,0001). Entre os TACs com escore de Weiss ≥ 3, uma forte imunorreatividade para o LIN28 foi evidenciada em 82% dos TACs não metastáticos e em somente 25% dos tumores metastáticos (X2 = 16,8, p < 0,0001). A especificidade da expressão diminuída do LIN28 para o diagnóstico de TAC metastático foi de 94% e 75% em crianças e adultos, respectivamente. A expressão do LIN28 foi inversamente correlacionada com o peso tumoral (r = -0,4, p = 0,004), mas não com o escore de Weiss, tanto em crianças como em adultos. Na análise univariada, a hipoexpressão do LIN28 foi significativamente associada com o desenvolvimento de metástase e redução da sobrevida global em pacientes portadores de TAC com escore de Weiss ≥ 3 (p = 0,0001 e p = 0,027, respectivamente). A mediana da sobrevida livre de doença foi de 86 meses no grupo com hiperexpressão do LIN28 e de 31 meses naquele com baixa expressão. Na análise multivariada, a expressão do LIN28 permaneceu como um preditor de metástase independente do estádio tumoral (RR 0,42, IC 0,18-0,96, p = 0,04). A imunorreatividade para o Ki67 > 10% foi um preditor de TAC metastático somente em adultos (p = 0,03). Conclusão: A hiperexpressão do LIN28 foi demonstrada na maioria dos TACs não metastáticos, mas a imunorreatividade fraca foi um marcador de TAC metastático em crianças e adultos. A expressão do LIN28, portanto, pode ser utilizada na prática clínica como um preditor molecular de evolução desfavorável dos TACs no grupo pediátrico e adulto. CO.21 ESTRATÉGIA PARA O DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA POR DEFICIÊNCIA DE 21 HIDROXILASE (HAC-21OHD) Coeli FB1, Diniz WT1, Elias PCL1, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Antonini SR2, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria Introdução: Microconversões entre CYP21A2 e CYP21A1P, grandes rearranjos gênicos e mutações raras no CYP21A2 são responsáveis pela HAC-21OHD. Objetivo: Adotar em nosso serviço uma estratégia eficaz, sem manuseio de material radioativo e sequencial, em três etapas, para o diagnóstico molecular da 21OHD. Métodos: Verificar as oito mutações mais frequentes provenientes do CYP21A1P por PCR alelo-específico (ASO-PCR); analisar grandes deleções/duplicações/ conversões pela técnica de multiplex-ligation-dependent probe-amplification (MLPA), e sequenciamento direto de CYP21A2. Casuística: 87 pacientes – 32 virilizante simples (VS), 9 aparentados; 30 perdedores de sal (PS), 1 aparentado e 23 não clássica (NC). Para avaliação da prevalência dos alelos mutados, consideramos apenas os casos índices, em um total de 150 alelos estudados. Resultados: Grupo VS: mutação mais frequente foi p.I172N (26 alelos, 56,5%), IVS2-13 A/ C>G (4 alelos, 8,6%), p.R356W (3 alelos, 6,5%), enquanto apenas um alelo (2,2%) esteve afetado pelas mutações CL6, p.P30L, p.V281L, p.Q318X e Δ8. Alguns pacientes apresentaram mais de uma mutação no mesmo alelo, como IVS2-13 A/C>G e p.Q318X (2 alelos, 4,3%), p.Q318X e p.R356W (1 alelo, 2,2%), p.I172N e p.Q318X (1 alelo 2,2%), macroconversão CYP21A1P/CYP21A2 (1 alelo, 2,2%). Na VS, 3 alelos (6,5%) ainda não foram esclarecidos. Grupo PS: mutação mais frequente foi IVS2-13A/C>G (21 alelos, 36,2%), p.R356W (8 alelos, 13,8%), p.Q318X (7 alelos, 12,1%), p.V281L (6 alelos, 10,3%), enquanto apenas um alelo (1,7%) esteve afetado pelas mutações Δ8, p.I172N e p.P30L. Alguns indivíduos apresentaram mais de uma mutação no mesmo alelo, como p.Q318X e p.R356W (2 alelos, 3,5%), IVS2-13 A/C>G e p.V281L (1 alelo, 1,7%), macroconversões CYP21A1P/CYP21A2 (6 alelos, 10,3%). Na PS, 3 alelos (5,2%) não foram esclarecidos. No grupo NC, a mutação mais frequente foi p.V281L (31 alelos, 67,3%), p.I172N (4 alelos, 8,7%), p.R356W (3 alelos, 6,5%), enquanto apenas um alelo (2,2%) esteve afetado pelas mutações p.P30L, CL6, IVS2-13A/C>G. Na NC, 3 alelos (6,5%) ainda não foram esclarecidos. A mutação g.1762_1763instT, assim como as mutações raras p.R408C e p.P453S, foi encontrada por sequenciamento, o qual ainda não foi realizado em todos os pacientes sem elucidação molecular. Conclusão: Nossos dados preliminares indicam que, dos 150 alelos estudados, a técnica de ASO-PCR foi responsável por esclarecer 87% (131 alelos) e o MLPA, 7 alelos (4,6%), sugerindo que essa estratégia pode substituir o Southern blot na avaliação das macroconversões. Salientamos, ainda, que o estudo da segregação nas famílias foi fundamental para o esclarecimento dos genótipos dos pacientes. S159 temas livres CO.22 NOVA VARIANTE ALÉLICA MISSENSE EM HETEROZIGOSE NO GENE FGFR2 IDENTIFICADA EM DUAS IRMÃS 46,XY COM DISGENESIA GONADAL PARCIAL NÃO SINDRÔMICA Machado AZ1, Santos MAG1, Nishi MY1, Brandão MP1, Costa EMF1, Mendonça BB1, Domenice S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42 Introdução: A sinalização Fgf9/Fgfr2 parece ser essencial para manter a expressão Sox9 após a determinação do sexo, um efeito fundamental para o desenvolvimento gonadal masculino normal. Camundongos knockout para o FGFR2 apresentam graves anormalidades no desenvolvimento gonadal masculino. Deleções no cromossomo 10, região q26, são classicamente associadas com características faciais dismórficas, defeitos cardíacos, déficit neurológico e anomalias urogenitais, assim como disgenesia gonadal 46,XY. FGFR2 é um dos genes localizados na região 10q26, sugerindo seu potencial papel no fenótipo do desenvolvimento sexual anormal da síndrome da deleção 10q. Nosso objetivo é analisar se mutações inativadoras no FGFR2 ou deleções estariam envolvidas na etiologia de disgenesia gonadal não sindrômica 46,XY. Casuística e métodos: Foram estudados 39 pacientes com disgenesia gonadal (GD) 46,XY, 13 com a forma completa e 26 com a forma parcial. Toda a região codificadora do FGFR2 foi amplificada por PCR e submetida ao sequenciamento automático. Variação no número de cópias do FGFR2 foi determinada pela técnica multiplex ligation probe amplification (MLPA) usando o kit comercial Salsa MLPA P231 e foram analisados por GeneScan. Resultados: Uma nova variante não sinônima em heterozigose foi encontrada no FGFR2 c.1361 C>T (p.S453L), localizada no éxon 11, e foi identificada em duas irmãs com GD parcial. Sua mãe é portadora dessa variante, que estava ausente em 100 indivíduos masculinos normais. Essa variante foi testada em dois sites de previsão (PolyPhen e SIFT) e ambos confirmaram que essa proteína é possivelmente danificada. Não foram identificadas deleções no FGFR2 pela análise de MLPA. Discussão: A variante encontrada está localizada no domínio intracelular do receptor que é um possível local de fosforilação, o qual poderia interferir na sinalização via MAPK. Dessa forma, as vias de inibição de apoptose e proliferação celular, tão importantes para a gônada bipotencial, poderiam estar prejudicadas. Nesse caso, a variante encontrada no gene FGFR2 poderia ser relacionada ao fenótipo dessas pacientes. Conclusão: Uma nova variante no FGFR2 c.1361 C>T (p.S453L) foi identificada em duas irmãs com DG parcial 46,XY. Se os resultados dos sites de previsão forem confirmados em estudos funcionais, uma função real do FGFR2 na embriogênese do testículo humano será definida. Fapesp #08/55952-8, CNPq #483416/2009-6. CO.23 ANÁLISE NO GENE RSPO1 EM PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL 46,XX OVOTESTICULAR Silva RB1, Nishi MY1, Machado AZ1, Silva TE1, Santos MAG1, Brandão MP1, Domenice S1, Mendonça BB1, Costa EMF1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introdução: O distúrbio de desenvolvimento sexual (DDS) ovotesticular (OT) é uma doença rara, caracterizada pelo achado histológico de tecido testicular e tecido ovariano no mesmo indivíduo. A maioria dos pacientes DDSOT apresenta cariótipo 46,XX e em apenas 10% desses pacientes a etiologia da doença é atribuída à translocação do SRY. Raramente, a presença de amplificação do gene SOX9 foi identificada em pacientes DDSOT. Recentemente, foram identificadas mutações no gene da R-spondina 1 (RSPO1) em uma família com vários casos de DDS 46,XX testicular e em um caso esporádico de DDSOT com pesquisa de SRY negativa (-). Esses pacientes apresentavam o fenótipo dermatológico de hiperceratose palmoplantar (1,2). Objetivos: Pesquisar mutações na região codificadora do gene RSPO1 em pacientes portadores de DDSOT com cariótipo 46,XX e SRY (-). S160 Materiais e métodos: O estudo incluiu 15 pacientes não relacionados com DDSOT 46,XX SRY (-) e ausência de amplificação do gene SOX9. Nenhum paciente apresentava hiperceratose palmoplantar. O DNA genômico foi extraído a partir de leucócitos de sangue periférico. Toda região codificadora do gene foi submetida à amplificação por meio de PCR e o produto foi submetido à sequenciamento automático. Resultados: Não foram identificadas mutações nas regiões estudadas. Sete variantes alélicas foram identificadas: rs12046650, rs12039431, rs36043533, rs11588571, rs4652964, rs79760013 e rs66697849. Discussão: A etiologia molecular do DDSOT 46,XX é pouco esclarecida. A R-spondina 1 está envolvida na regulação do WNT4 e na ativação da β-catenina, elementos importantes no processo de determinação sexual feminina. Na gônada XX, mediante a interação da proteína β-catenina com a proteína reguladora de transcrição SOX9, a R-spondina 1 antagoniza a via de diferenciação masculina e, por meio do aumento de expressão do WNT4, promove a diferenciação feminina. A presença de uma mutação inativadora da RSPO1, portanto, poderia levar ao desenvolvimento de tecido testicular em um indivíduo 46,XX. Conclusão: Embora a RSPO1 tenha papel fundamental no complexo processo do desenvolvimento gonadal, a ausência de mutações inativadoras observada neste estudo sugere que essa não é uma causa frequente de DDSOT na ausência do fenótipo de hiperceratose palmoplantar. Referências: 1. Parma, et al. Nat Genet. 2006;38:1304. 2. Tomaselli, et al. Human Mutation. 2008;29(2):22. CO.24 PESQUISA DE MUTAÇÕES INATIVADORAS NOS GENES: SF1, DMRT1, CBX2, FOXL2, STRA8, NANOS3 E BMP15 ENVOLVIDOS COM A DIFERENCIAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CÉLULAS OVARIANAS EM MULHERES BRASILEIRAS PORTADORAS DE AMENORREIA PRIMÁRIA Santos MAG1, Domenice S1, Machado AZ1, Silva TE1, Gomes CR1, Mendez FMN1, Martins MCN1, Kohek MBF2, Silva RB1, Nishi MY1, Latronico AC1, Costa EMF1, Mendonça BB1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42; 2 Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas Porto Alegre (FFFCMPA) – Departamento de Ciências Fisiológicas 1 Introdução: No processo de diferenciação ovariana, as células germinativas desempenham papel fundamental. A diferenciação das células somáticas ovarianas também depende do número de células germinativas pré-meióticas que migram da região anterior do embrião para a fenda gonadal. A expressão espaço-temporal de genes meióticos, proliferativos e antiapoptóticos envolvidos na diferenciação das células germinativas e na posterior sobrevivência dos oócitos meióticos é essencial no estudo dos distúrbios do desenvolvimento sexual 46,XX como a insuficiência ovariana primária (IOP). Essa abrange um largo espectro de manifestações clínicas e se caracteriza por hipogonadismo hipergonadotrófico e perda de fertilidade. IOP pode se manifestar por amenorreia primária (AP) ou amenorreia secundária em mulheres antes dos 40 anos de idade. Casuística e métodos: Foram pesquisadas mutações inativadoras nos genes SF1, DMRT1, CBX2, FOXL2, STRA8, NANOS3 e BMP15 em 40 pacientes 46,XX com AP (10 casos familiais), excluídas mutações no FSHR. A região codificadora desses genes foi amplificada por PCR e submetida ao sequenciamento automático. Resultados: No NANOS3, identificamos a mutação p.E120K em homozigose, associada pela primeira vez ao fenótipo de IOP. Essa mutação missense foi identificada em duas irmãs com AP e está localizada no domínio de ligação do tipo dedo de zinco da proteína. No BMP15, uma nova mutação nonsense p.Q115X foi identificada em homozigose em duas irmãs com AP. O códon de parada prematuro está localizado na região do pré-peptídeo da proteína. As mutações identificadas neste trabalho não foram encontradas em 200 alelos controle analisados e estudos funcionais in vitro estão sendo realizados. Nos demais genes SF1, CBX2, FOXL2, DMRT1 e STRA8, foram identificados apenas polimorfismos. Conclusão: Mutações em genes envolvidos na diferenciação e manutenção das células ovarianas são raramente identificadas em paciente com AP. Em nossa coorte de pacientes, identificamos nova mutação no BMP15 e, pela primeira vez, no NANOS3. A busca de mutações inativadoras em genes envolvidos no temas livres desenvolvimento ovariano que possam esclarecer o fenótipo consiste em uma importante estratégia para melhor entendimento desses distúrbios. CO.25 CUSHING’S DISEASE-INDUCED OSTEOPOROSIS: EVALUATION AT DIAGNOSIS AND TWO, FIVE AND TEN YEARS AFTER HYPERCORTISOLISM RESOLUTION Miranda WRH1, Batista SL1, Ramos AF1, Elias PCL1, Moreira AC1, Pereira FA1, Castro M1, Paula FJA1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica Introduction: Glucocorticoid-induced osteoporosis (GIO) is considered the most important cause of secondary osteoporosis. Clinical guidelines have clearly established effective strategies to prevent and treat GIO. However, these protocols do not include patients harboring endogenous hypercortisolism, who usually have a hormonal profile distinct from that observed in patients with exogenous hypercortisolism. The aim of the present transversal study was to evaluate bone mineral density (BMD) and bone remodeling in Cushing’s disease at the diagnosis and after different periods of hypercortisolism resolution. Subjects and methods: We studied 11 control individuals (C), 17 patients with Cushing’s disease at diagnosis (D) and 28 post-treatment patients with Cushing’s disease, divided into 3 subgroups: 2 years (PT2, n = 8), 5 years (PT5, n = 10) and 10 years (PT10, n = 10) after successful treatment. All groups were matched by age and body mass index. All patients were submitted to the determination of bone mineral density (BMD) in lumbar spine, femoral neck and total hip. The C and D groups were submitted to bone remodeling evaluation [osteocalcin (OC) and deoxypyridinoline (DPD)]. Results: Patients at the diagnosis of Cushing syndrome presented significantly lower lumbar spine (C = 0.955 ± 0.101 vs. D = 0.877 ± 0.121 g/cm2, P < 0.05) and femoral neck (C = 0.887 ± 0.097 vs. D = 0.789 ± 0.107 g/cm2, P < 0.05) BMD than controls. Serum OC levels were markedly decreased in these patients (C = 41.1 ± 26.1 vs. D = 4.0 ± 4.2 ng/ml, P < 0.0001), whereas urinary DPD levels were similar to control (C = 5.4 ± 4.3 vs. D= 6.4 ± 2.5 nmol/mmol of creatinine). At long term, cure of endogenous hypercortisolism induced an improvement in BMD Z-score in lumbar spine (Lumbar spine Z-score: 2 years = -1.13 ± 0.67 SD, 5 year s= -1.25 ± 0.83 SD and 10 years = -0.15 ± 1.41 SD). Discussion: Our data show that Cushing’s disease has a great impact on BMD, which is rescued by successful treatment (after 10 years). Reduced bone formation is the main mechanism involved in bone loss associated with Cushing’s disease. The study encourages further investigation to determine fracture risk and the beneficial effect of preventive therapy in Cushing’s disease-induced osteoporosis. Financial support: National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), Brazil. CO.26 STEREOMICROSCOPY AND TISSUE SELECTION IN TOTAL PARATHYROIDECTOMY WITH PRESTERNAL AUTOTRANSPLANTATION IN HYPERPARATHYROIDISM RELATED TO RENAL DISEASE Ohe M1, Santos RO2, Neves MC2, Kunii I1, Carvalho AB3, Abrahão M2, Cervantes O2, Lazaretti-Castro M1, Vieira JGH1 1 Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) – Endocrinology and Metabolism; 2 Unifesp/EPM – Head an Neck Surgery; 3 Unifesp/ EPM – Nephrology Introduction: Several methods have been proposed so as to improve operative success in renal hyperparathyroidism. Total parathyroidectomy with autotransplantation (TPA) is the elective surgical technique and tissue selection for autotransplantation poses a real challenge, once neither high recurrence rates nor risks of definitive hypoparathyroidism are intended. Patients and methods: 123 renal patients were submitted to total parathyroidectomy with presternal autotransplantation and were studied in two different surgical approaches: the first 66 patients underwent TPA from 04/2000 to 04/2005 with tissue selection for autotransplantation and cryopreservation by means of standard technique, based on macroscopic findings. The other 57 patients underwent TPA from 03/2008 to 10/2009 with tissue selection by resorting to Leica StereoZoom-S8APO Stereomicroscope (magnification10x-80x). All surgeries were performed by the same surgeon. Intra-operative PTH (Elecsys-Roche) was measured in order to assure surgical cure and was available in 100 patients (81.3%). Results: In the first group (N = 66), 38 were haemodialysis patients, 28 had renal graft; 38F/28M, mean age 40.8y (14-62 y). In the second group (N = 57), 32 were haemodialysis patients, 25 had renal graft; 25F/32M, mean age 48,4y (26-74y). In the first group (N = 66), intact PTH measurements 12, 24 and 36 months after surgery were respectively 73.5 pg/mL, 82 pg/mL and 80 pg/mL among dialysis patients and 54.9pg/mL, 61.7pg/mL and 70.5 pg/mL among renal grafted patients. Definitive hypoparathyroidsm was observed in 4 patients (6.06%) and graft recurrence in 6 patients. All of them occurred in dialysis patients. In the second group (N = 57), PTH measurements 12 and 18 months after surgery were respectively 58.1 pg/mL and 62.8 pg/mL among dialysis patients and 57.4 pg/mL and 61.7 pg/mL among renal grafted patients. All patients were cured except 1, from the dialysis group, who presented graft-dependent recurrence 6 months after surgery. Additionally, 1 patient from renal grafted group presented persistent hypoparathyroidism, thus requiring cryopreserved tissue implant 1 year after surgery. Conclusion: Stereomicroscopy in tissue selection was helpful in obtaining low incidence of hypoparathyroidism and graft-dependent recurrence hyperparathyroidism in renal patients who underwent total parathyroidectomy with autotransplantation. Research supported by Fapesp. CO.27 CIRURGIA BARIÁTRICA COM BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX: RELAÇÃO COM A VITAMINA D E MARCADORES DE REMODELAÇÃO ÓSSEA Biagioni MFG1, Mendes AL2, Paiva SAR2, Leite CV3, Mazeto GMFS2 Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Departamento de Clínica Médica; Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp – Clínica Médica; 3 Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp – Cirurgia e Ortopedia 1 2 A gastroplastia com bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) constitui-se em uma alternativa terapêutica para o tratamento da obesidade grave. Contudo, estudos têm demonstrado deficiências vitamínicas após o procedimento, particularmente de vitamina D, com aumento do risco de doenças osteometabólicas e redução da densidade mineral óssea. Objetivos: Avaliar, em obesas mórbidas, o efeito do BGYR sobre as concentrações séricas de vitamina D e marcadores de remodelação óssea. Sujeitos e métodos: Foram estudadas 25 mulheres, no menacme, submetidas ao procedimento de BGYR, avaliando-se o peso e seus compartimentos corporais e as dosagens séricas de: cálcio, fosfatase alcalina (FA) total e fração óssea (BSAP), paratormônio (PTH), interligadores C-terminais do colágeno tipo I (CTX) e 25-hidroxi-vitamina D (25-OH-Vit D), antes e com seis meses pós-cirúrgicos. Resultados: Houve redução significativa no peso corporal total e seus compartimentos, sendo mais expressiva a perda de massa gorda que a de massa livre de gordura. As concentrações médias de FA total e medianas de cálcio e PTH não sofreram alterações após a cirurgia, mantendo-se dentro da normalidade. Quanto aos marcadores ósseos, as concentrações medianas de CTX encontravam-se dentro da faixa de normalidade no período pré-cirúrgico, elevando-se significantemente após o procedimento (p < 0,05). As concentrações médias de BSAP estavam normais nas três avaliações e não se alteraram durante o seguimento. A concentração média de 25-OH-Vit D foi compatível com deficiência moderada, em todos os momentos de avaliação, com aumento significativo após a cirurgia (p < 0,05), correlacionando-se negativamente com a gordura corporal. Foi observada correlação positiva entre a perda de peso e de ambos os compartimentos corporais com o metabolismo basal em todos os períodos, sem correlação com as concentrações séricas dos marcadores ósseos analisados. Observou-se correlação positiva entre o PTH e CTX e negativa entre o hormônio e 25-OH-Vit D, antes da cirurgia. Conclusão: Pacientes obesas apresentaram deficiência de vitamina D, a qual persistiu após seis meses do BGYR. Após a cirurgia, ocorreu aumento da reabsorção óssea, aparentemente não relacionada à deficiência vitamínica ou elevação do PTH. Agradecimentos: Fapesp (processo nº 2009/50169-6). S161 temas livres CO.28 TUMOR-INDUCED OSTEOMALACIA (TIO): REPORT AND LONG TERM FOLLOW-UP OF FOUR CASES AFTER SURGERY RESECTION Ferraz MP1, Bussmann LZ2, Graciolli FG3, Oliveira CRGCM4, Jorgetti V3, Corrêa PHS1, Martin RM2 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Doenças Osteometabólicas – Endocrinologia; 2 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42); 3 HCFMUSP – Nephrology Division, LIM/16; 4 HCFMUSP – Department of Pathology, Institute of Orthopedics and Traumatology Background: Tumor-induced osteomalacia (TIO) is frequently small, slow-growing with mesenchymal origin and may situate in any anatomical site. It causes an acquired, paraneoplastic syndrome of renal phosphate wasting. FGF23 is the main phosphaturic factor secreted by these tumors implicated in the low serum phosphate and abnormal bone mineralization. Clinical cases: We followed 4 patients (2 men and 2 women) with progressive weakness, skeletal pain, multiply fragility fractures starting at age ranging from 38 to 51 yo. Laboratorial tests showed: high alkaline phosphatase (124-307 U/L, N 25-104), hypophosphatemia (1.3-2.3 mg/dL, N 2.7-4.5) and low TmP/GFR. Renal tubular acidosis was ruled out. These data were consistent with hypophosphatemic osteomalacia, which was confirmed by iliac crest bone biopsy and therapy with phosphate and calcitriol was started. An oncogenic origin was suspected due to late onset and the absence of familial cases but the detection of tumors was only possible with octreotide scan since most of TIO expresses somatostatin receptors. Different anatomical sites (parotid region, thigh, first rib and ethmoid) were revealed by this technique and the tumoral localization was confirmed by a topographic image which helped in surgical resection. In all cases, histologic analysis was compatible with mesenchymal tumor and the immunohistochemistry was positive for FGF23. Moreover, the patients had high FGF23 presurgical levels (233-8,000 pg/mL; N 10-50), which rapidly normalized after tumors removal, except in one case, where incomplete resection occurred because vessels-nerve involvement by the tumor. In the other 3 cases, from 1 week to 1 month after tumor removals were enough to restore and remain normal phosphate metabolism without further phosphate therapy. Noteworthy, 2 patients who received long-term phosphate supplementation (around 15 yrs) developed tertiary hyperparathyroidism (tHPT) probable because chronic parathyroid stimulation. Clinical lessons: Despite the fact that TIO is a rare disorder, the precocious diagnosis is essential to prevent bone deformities. Because the tumor removal is curative, its localization is mandatory and the use of octreotide scan should be considered as the initial imaging study. When the tumor is not found, tHPT is a potential complication of the long term of phosphate therapy. Furthermore, high serum FGF23 reinforces the TIO diagnosis and it is an excellent test to detect cure, persistence or recurrence of tumor. CO.29 PARATIREOIDECTOMIAS EM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO GUIADAS PELA DETERMINAÇÃO DO PTHi POR ELETROQUIMIOLUMINESCÊNCIA (ELECSYS1010® ROCHE) NUM SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA CIRÚRGICA Molinari AS1, Bassuino M2, Evangelista PE3, Rojas JLB4 1 Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) – Serviço de Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; 2 HNSC/POA - Serviço de Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; 3 Hospital Mãe de Deus – Anestesia; 4 Hospital Mãe de Deus – Cirurgia Endócrina Introdução: O sucesso da paratireoidectomia, com o retorno à normocalcemia, depende do reconhecimento e excisão de todas as glândulas hiperfuncionantes durante a cirurgia. A localização pré-operatória pela cintilografia (MIBI-SCAN) e a monitorização do hormônio paratireóideo (PTHi) durante a paratireoidectomia, manejo atual nos centros de referência nessa patologia, resultaram em maior sucesso terapêutico. A eletroquimioluminescência (Elecsys1010® Roche) é descrita como método de excelência para a determinação do PTH transoperatório nesses casos e é utilizada desde 2006 no Serviço de Endocrinologia Clínica e Cirúrgica (SECC) do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e no Serviço de Cirurgia Endócrina (SCE) do Sistema de Saúde Mãe S162 de Deus. Objetivo: O objetivo é avaliar a efetividade das dosagens de PTHi por eletroquimioluminescência (Elecsys1010® Roche) no manejo dessa patologia nesses serviços de cirurgia endócrina em Porto Alegre. Métodos: Entre jul./2006 e abr./2011, foram submetidos 126 pacientes à paratireoidectomia por hiperparatireoidismo primário. Foram realizadas exploração cervical e dosagem transoperatória de PTHi por eletroquimioluminescência para cirurgia do HPTP, com amostras coletadas nos momentos da indução anestésica, da excisão da glândula, 5 e 10 minutos após a remoção do tumor. O critério estabelecido para prever a normocalcemia é o decréscimo de 50% ou mais do maior valor de PTHi dosado durante o procedimento. O cálcio sérico total era coletado 24 horas após o procedimento. Resultados: Dos 126 pacientes, em 6 (4,76%) houve falha no tratamento cirúrgico, porque os pacientes persistiram com hipercalcemia no PO imediato. Dos 120 pacientes curados (cálcio normal no PO imediato), 4 (3,33%) tinham doença multiglandular e 116 (96,66) tinham apenas um adenoma hiperfuncionante. Dos 6 pacientes que não foram curados, 4 foram reintervidos e no segundo procedimento foram curados e persistem normocalcêmicos por um tempo médio de acompanhamento de 4,6 meses. O teste foi capaz de predizer a normocalcemia nos 120 pacientes curados, o insucesso em 5 pacientes, a doença multiglandular em 4 e predisse a normocalcemia nos quatro pacientes reoperados. Em 1 paciente o teste foi positivo e atribuído a erro técnico, mas aqui considerado como falso-positivo (Sens = 100%; Espec = 95,8%; VPP = 99,2%; VPN = 100%; Ac Total = 99%). Conclusão: A determinação sequencial do PTHi pela eletroquimioluminescência (Elecsys1010® Roche) comprovou ser método seguro nos resultados da cirurgia de paratireoide, sendo capaz de orientar o cirurgião durante o procedimento cirúrgico. CO.30 VARIABILIDADE FENOTÍPICA NUMA MESMA FAMÍLIA COM CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO Ia (PHP Ia) E PSEUDOPSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO (PPHP) DECORRENTE DA MUTAÇÃO c.921_924delGACT NO GNAS Reis MTA1, Corrêa PHS1, Martin RM1 1 Hospital das Clínicas (HCFMUSP) – Unidade de Doenças Osteometabólicas – Endocrinologia Introdução: O gene GNAS codifica a subunidade α da proteína G estimulatória (Gsα), e mutações inativadoras em heterozigose nesse gene causam pseudo-hipoparatireoidismo tipo Ia (PHP Ia) e pseudopseudo-hipoparatireoidismo (PPHP), condições caracterizadas pela presença de osteodistrofia hereditária de Albright (OHA): baixa estatura, face arredondada, braquidactilia, calcificações subcutâneas, obesidade centrípeta e, em alguns casos, retardo mental. Casos clínicos: CJS, 24 anos, masculino, foi encaminhado ao nosso serviço aos 16 anos por causa de crises convulsivas desde os 7 anos, hipocalcemia e calcificações nos gânglios da base. Apresentava face arredondada, braquidactilia (em mãos e pés) e baixa estatura (152 cm; DP = -2,85). Seu perfil metabólico ósseo revelou Ca = 5,5 mg/dL (VR: 8,5-10,5); Cai = 3,0 mg/dL (VR: 4,6-5,3); P = 8,1 mg/dL (VR: 2,3-4,6); PTH = 478 pg/mL (VR: 11-62) e função renal normal. A função tireoidiana era sugestiva de resistência ao TSH (TSH = 4,4 uU/mL; VR: 0,5-4,2 e T4L = 0,7 ng/dL; VR: 0,6-1,5) com anticorpos antitireoidianos negativos. Com base nesses dados, foi feito o diagnóstico de PHP Ia. Sua irmã também recebeu o mesmo diagnóstico por apresentar histórico semelhante e dosagens laboratoriais sugestivas de resistência ao PTH e TSH; apresentava face arredondada e baixa estatura (138 cm; DP = -4,03), mas a braquidactilia era restrita aos pés. A partir do diagnóstico dos filhos, ficou claro que ambos os irmãos deviam compartilhar uma mesma mutação herdada da mãe, já que no PHP Ia o padrão de herança é autossômico dominante com imprinting paterno tecido-específico. Do ponto de vista genético, a mãe poderia apresentar PHP Ia ou PPHP e, como seus exames laboratoriais não indicavam resistência ao PTH ou TSH, foi diagnosticada como PPHP. Quanto à OHA, a mãe dos pacientes não apresentava face arredondada nem braquidactilia, apenas baixa estatura (142 cm; DP = -3,36). Uma deleção de quatro nucleotídeos no éxon 7 (c.921_924delGACT) do GNAS foi detectada no DNA genômico do caso índice, mutação essa já descrita como causa da doença. O estudo genético da irmã e da mãe do paciente identificou a temas livres mesma deleção. Conclusão: Essa família ilustra a variabilidade fenotípica decorrente de uma mesma mutação no GNAS, manifestando-se apenas com baixa estatura na mãe (a qual passaria despercebida sem o quadro florido dos filhos) até as manifestações mais características de OHA (baixa estatura, face arredondada, braquidactilia) encontradas nos filhos. CO.31 ASSOCIATION OF ADIPOQ GENE VARIANTS AND ADIPONECTIN LEVELS WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS Oliveira CSV1, Saddi Rosa P1, Crispim F1, Canani LHS2, Gerchman F2, Giuffrida FMA1, Vieira JGH1, Lima VC3, Velho G4, Reis AF1 Federal University of São Paulo (Unifesp) – Endocrinology Unit; 2 Federal University of Rio Grande do Sul (UFRS) – Department of Internal Medicine – Endocrine Division; 3 Unifesp – Cardiology Unit; 4 Institut National Santé Recherche Médicale (Inserm), Paris, France – Research Unit 695 1 Background: Polymorphisms in the adiponectin gene (ADIPOQ) were reported to be associated with circulating levels of adiponectin, and with correlated traits such as obesity, type 2 diabetes (T2DM) and coronary artery disease (CAD). To clarify these interactions we assessed the impact of ADIPOQ variants and of levels of total and high molecular weight (HMW) adiponectin on the risk of hyperglycemia/T2DM and CAD in a cohort of Brazilian subjects. Methods: 603 individuals who underwent a coronary angiography were stratified according to hyperglycemia (H) and CAD status: H-CAD- (n = 45), H-CAD+ (n = 158), H+CAD- (n = 108) and H+CAD+ (n = 292). Hyperglycemia was defined as HbA1c > 6% or a history of T2DM. CAD was defined as stenosis in at least one major vessel or branch. SNPs +45T>G (rs2241766), +276G>T (rs1501299) and 11391G>A (rs17300539) were genotyped. Results: Age, female sex and the G-allele of +45T>G were positively associated, while the BMI, CAD+ and H+ status were inversely associated with total adiponectin levels (p < 0.05 at least, ANCOVA). Similar results were observed for HMW adiponectin levels (except no association with glycemic status) with minor A-allele of 11391G>A (rs17300539) being independently and positively associated with these adiponectin isoform levels (p = 0.007). Associations with CAD were observed for the minor G-allele of +45T>G (odds ratio .45, 95% C.I. 1.05-6.02, p = 0.04) and the major G-allele of +276G>T (odds ratio 1.82, 95% C.I. 1.02-3.25, p = 0.04), analyses adjusted for sex, age, BMI, HbA1c, blood pressure, total and HMW adiponectin levels. No association with CAD was observed for the 11391G>A (rs17300539) variant. No allelic associations with hyperglycemia/ T2DM were observed. Conclusion: ADIPOQ allelic variations were associated with CAD in a Brazilian cohort. Associations were independent from BMI, blood pressure, glucose tolerance, and from circulating levels of adiponectin. Apoio Fapesp: processo 0757953-9. CO.32 DIFERENÇAS DA DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DOS ALELOS HLA DE RISCO E PROTEÇÃO ENTRE DIABÉTICOS BRASILEIROS DO TIPO 1 ISOLADO E MÚLTIPLO Bergamin CS1, Rocco ER1, Mory DB1, Perez EC2, Lopes JD2, Gabbay M1, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Imunologia, Microbiologia e Parasitologia Introdução: O diabetes melito do tipo 1 (DM1) é uma doença poligênica, entretanto uma grande parcela do seu risco genético está relacionada aos lócus da região de classe II do sistema HLA. O maior risco é conferido pelo genótipo do antígeno leucocitário humano HLA-DR3-DQA1*0501-DQB1*020.1/DR4-DQA1*0301-DQB1*0302, enquanto o haplótipo -DR15-DQA1*0102-DQB1*0602 está associado à proteção do DM1 em caucasianos. No Brasil, devido à grande miscigenação genética da população, vários estudos têm demonstrado que os alelos de risco para o DM1 podem apresentar semelhanças e diferenças dos dados observados em caucasianos. Estudos dos alelos do sistema HLA de risco para a doença no DM1 isolado e no DM1 múltiplo (dois ou mais indivíduos de uma mesma família com a doença) mostram que eles são semelhantes. Contudo, os relatos na população brasileira são escassos e potencialmente podem ser diferentes de acordo com a população de uma determinada região. Objetivo: Comparar a distribuição e a frequência dos antígenos HLA de classe II de risco e proteção para o DM1 descrito em caucasianos em casos isolados e múltiplos da doença em uma amostra da população da região Sudeste do Brasil. Pacientes e métodos: Foram avaliados 94 controles normais (idade entre 10 e 17 anos, 60% do sexo feminino), 95 DM1 isolado (idade entre 9 e 45 anos, 56% do sexo feminino) e 30 DM1 múltiplo (idade entre 8 e 27 anos, 63% do sexo masculino) com relação aos antígenos HLA de classe II (risco e proteção para o DM1 descrito em caucasianos), dos loci HLA-DR e -DQ pelo método Luminex technology to reverse SSO DNA(LABType®SSO Typing Tests-One Lambda, INC. Canoga Park, CA, USA). Resultados: Os resultados do estudo estão resumidos na tabela abaixo: HLA Normais (N) DM1 isolado (n = 188) (DMi) (n = 190) DRB1*03 13 (6,9%)* 55 (28,9%) DM1 múltiplo (DMm) (n = 60) 21 (35%) DRB1*04 34 (18%) 68 (35,7%) 28 (46,6%) DQB1*0302 25 (13,2%) 60 (31,5%) 26 (43,3%) DQB1*0201 41 (21,8%) 70 (36,8%) 19 (31,6%) DRB1*1501 2 (1,0%) 0 1 (1,6%) DQB1*0602 11(5,5%) 0 2 (3,3%) DQB1*0301 43 (22,8%) 11 (5,7%) 4 (6,6%) NxDM1i; p = 0.000 NxDMm; p = 0,000 DMixDMm; ns NxDM1i; p = 0.000 NxDMm; p = 0,000 DMixDMm; p = 0,039 NxDM1i; p = 0.000 NxDMm; p = 0,000 DMixDMm;ns NxDM1i; p = 0.002 NxDMm; ns DMixDMm; ns NxDM1i; ns NxDMm; ns DMixDMm; ns NxDM1i; p = 0.003 NxDMm; ns DMi xDMm; ns NxDM1i; p = 0.000 NxDMm; p = 0,009 DMixDMm; ns *n (porcentagem). Sumário e conclusão: Os alelos HLA-DRB1*03, DRB1*04 e DQB1*0302 foram mais frequentes nos DM1 (isolado ou múltiplo) em relação aos controles normais. Maior prevalência do alelo DRB1*04 ocorreu no grupo de DM1m em relação ao DM1i. Entre os alelos considerados protetores para a doença, o DQB1*0301 apresentou baixa frequência tanto no DM1i como no DMm, enquanto a frequência do alelo DQB1*0602 foi baixa apenas no DM1 isolado. De modo que este estudo piloto sugere que nessa amostra de DM1 da população brasileira o DM1 múltiplo diferencia-se do DM1 simples com relação à maior prevalência do alelo de risco DQB1*04 e menor do alelo de proteção DQB1*0602. Esses dados, se confirmados em um número maior de indivíduos, são importantes na caracterização do risco de desenvolvimento do diabetes melito do tipo 1. CO.33 TRATAMENTO TÓPICO COM CICLOSPORINA A REDUZ EXPRESSÃO DA PTEN E MELHORA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM RATOS DIABÉTICOS Pedro RM1, Nuñez CE2, Velloso LA3, Araújo EP1 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Departamento de Enfermagem; 2 Unicamp – Fisiopatologia; 3 Unicamp – Clínica Médica Introdução: A ferida do paciente diabético representa um grande problema de saúde pública. Devido ao aumento significativo na prevalência do diabetes melito (DM), há necessidade de métodos mais eficazes para o tratamento dessas lesões. A fosforilação da AKT por meio da via da insulina leva à ativação da mTOR, que é capaz de promover crescimento, migração e diferenciação celular. A proteína tensina e homóloga com deleção do cromossomo dez (PTEN) regula negativamente a AKT, via IRS-1/PI3K. Em cultura de queratinócitos, S163 temas livres o tratamento crônico com ciclosporina A (CsA) reduz a expressão da proteína PTEN e, consequentemente, aumenta a fosforilação da AKT, isso a torna um potencial alvo terapêutico na melhora da cicatrização de feridas no paciente com DM. Objetivos: Avaliar efeitos morfológicos e moleculares do uso tópico da CsA na cicatrização de feridas em ratos diabéticos. Métodos e resultados: Ratos Wistar foram induzidos ao diabetes com estreptozotocina (38 mg/kg) via veia caudal. Após comprovação por glicemia capilar > 200 mg/dl em jejum, os ratos foram anestesiados e duas feridas foram feitas, na altura das escápulas, com um punch de 6 mm. Os ratos foram tratados com CsA tópica (4,5 mg/kg/dia) ou s.f. (0,9%) durante três, cinco e nove dias, correspondentes às fases inflamatória, proliferativa e de remodelação, respectivamente. Amostras de pele foram utilizadas para quantificação da p-AKT, TGF-β1 e PTEN por Western Blot ou fixadas com paraformaldeído 4% para análise morfológica. Foi observada redução significativa da expressão da PTEN (46%) no nono dia de tratamento, em comparação com o controle. Os grupos de três e cinco dias não apresentaram modulação significativa. Não foi observada modulação na expressão e fosforilação da AKT em situação basal e na expressão do TGF-β1 nos dias três e cinco, e sim uma tendência de elevação no nono dia. A análise morfológica do tecido revelou que a CsA acelerou a retração das feridas, com significativo aumento da formação de epitélio estratificado na área lesada. Essas observações foram mais evidentes com nove dias de tratamento. Conclusão: O uso da CsA tópica foi capaz de reduzir a expressão da proteína PTEN após nove dias de tratamento em feridas de ratos diabéticos. A inibição da PTEN cursa com melhora significativa na cicatrização das feridas, provavelmente pelo aumento da ativação da via de sinalização da insulina regulada por essa fosfatase. Dessa forma, o próximo passo será a verificação da fosforilação da AKT e ativação da mTOR após o estímulo com insulina. Fomento: Fapesp. CO.34 EFEITO DA FRUTOSE NA PRODUÇÃO DE FIBRONECTINA POR CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS IMORTALIZADAS (CMHI) Batista MCF1, Schor N2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Acadêmica de Medicina; 2 Unifesp – Disciplina de Nefrologia 1 Introdução e objetivo: A administração de dieta rica em frutose (30% da dieta) tem sido apontada como ótimo modelo experimental para estudo da fisiopatologia da síndrome metabólica (SM). Ela desencadeia uma série de eventos, a saber: hipertrigliceridemia, hiperinsulinemia, resistência à insulina e elevação da pressão arterial, características inerentes a essa síndrome. No entanto, pouco se sabe sobre o comprometimento renal. Estudos em humanos e em animais de experimentação verificaram que o processo de esclerose dos glomérulos renais inicia-se com a proliferação de células mesangiais, que produzem excessivamente componentes da matriz extracelular, entre eles fibronectina, e sua produção aumenta com a gravidade da doença glomerular. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi identificar, por meio da expressão de fibronectina, possíveis alterações renais precoces na SM induzida pela frutose. Material e métodos: Cultura in vitro de CMHI tratadas por 48 horas em três grupos: (1) controle (CT): em meio DMEN/10% de soro bovino fetal e glicose habitual (5 mM); (2) grupo glicose: com suplementação de 30% de glicose (30 mM); e (3) grupo frutose: com suplementação de 30% de frutose (30 mM). As células foram rompidas sob refrigeração em solução RIPA com inibidores de protease (PMSF, O-phe e EDTA), e a quantificação de proteína total foi feita por kit BCA. Aplicou-se a quantidade de 50 µg em gel de Bis-acrilamida a 7,5%, posteriormente submetido à eletroforese e transferência para uma membrana de nitrocelulose, em que foram usados anticorpos antifibronectina humana monoclonais de camundongos. A revelação ocorreu à temperatura ambiente em tampão de revelação com BCIP e NBT. Resultados: A quantificação das bandas foi realizada por densitometria na forma de proporção. Com os resultados obtidos, verificou-se que houve aumento na intensidade da coloração das bandas tanto no grupo frutose quanto no grupo S164 glicose, quando comparados ao CT. Chamou a atenção, no entanto, a expressão superior do grupo frutose. Conclusões: A superexpressão de fibronectina pelas CMHI estimulada direta ou indiretamente pela elevação da frutose pode ser apontada como um sinal precoce de comprometimento renal na SM. CO.35 CONCOMITANT CAPILLARY RECRUITMENT AND HORMONAL SECRETIONS DUE TO NEURALLY-MEDIATED ANTICIPATORY RESPONSES IN HEALTHY MEN Buss C1, Aguiar LG, Maranhão P1, Marinho C1, Souza MGC1, Wiernsperger N2, Bouskela E3 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Medicina Interna; 2 CaRMen Laboratory – INSA, France; 3 UERJ – Ciências Fisiológicas 1 Context: The cephalic phase of digestion (CPD) has been investigated in terms of digestion and metabolism but microcirculatory changes, hypothesized to prepare peripheral tissues to dispose nutrients and its association to hormones, have never been assessed. Objective: To investigate microcirculatory changes and their possible association to hormonal secretions during CPD. Methods: Thirty-nine healthy male subjects, 23.4 ± 0.5 years (mean ± SD) and BMI of 23.3 ± 2.3 kg/m2, were randomized into receiving cognitive-sensorial stimuli to elicit CPD (CPD group, n = 20) or not (control group, n = 19), after a 12-h overnight fast. Main outcomes were differences in resting and peak functional capillary density (FCD, cap/mm2); resting red blood cell velocity (RBCV), peak RBCV (RBCVmax) and time taken to reach it (TRBCVmax); peak flow and vasomotion, before and after CPD and their associations with insulin and/or pancreatic polypeptide. Results: Basal FCD (24.9 ± 7.6 to 28.3 ± 8.1, p = 0.005), peak FCD (27.8 ± 6.3 to 32.6 ± 7.1, p = 0.002), RBCV (0.306 ± 0.031 to 0.330 ± 0.027 mm/s, p = 0.005), RBCVmax (0.336 ± 0.029 to 0.398 ± 0.292 mm/s, p = 0.005) and peak flow (23.5 ± 14.3 to 26.9 ± 15.8 PU, p < 0.01) increased while TRBCVmax decreased (4.9 ± 1.5 to 3.5 ± 1.2 s, p = 0.01) in the CPD group and no significant changes could be detected in the control group. Insulin was not different between groups, but pancreatic polypeptide significantly increased in the CPD group and correlated positively to basal FCD increase (rho = 0.527, p = 0.03). Conclusions: Neurally-medited antecipatory responses of digestion elicited functional capillary recruitment which was associated to PP in healthy men, suggesting a precocious role for microcirculation in the physiology of digestion and nutrient homeostasis. CO.36 MIXING LISPRO WITH GLARGINE INSULIN DECREASES LISPRO PEAK CONCENTRATION WITHOUT AFFECTING GLYCEMIC CONTROL IN A LONG-TERM FOLLOW-UP OF YOUNG TYPE 1 DIABETES Lucchesi MBB1, Komatsu WR1, Gabbay M1, Dib SA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Medicina, Disciplina de Endocrinologia Objective: This study was performed to compare the serum profile of insulin lispro after a subcutaneous injection, separate or mixed with insulin glargine, using a sensitive radioimmunoassay for the specific determination of insulin lispro, and to evaluate the twelve weeks effect of these two regimens on the glycemic control of individuals with type 1 diabetes. Research design and methods: The insulin lispro serum profiles were evaluated in ten individuals with C-peptide negative type 1 diabetes (age 21.9 ± 3.8 years; diabetes duration 13.4 ± 4.9 years; BMI 25.1 ± 3.2 kg/m2; HbA1c 8.3 ± 0.8%) during a mixed meal test using insulin lispro and glargine, separate or mixed. The glycemic variability by continuous glucose monitoring system (CGMS) and the long-term diabetes control with HbA1c were evaluated at baseline and after twelve weeks mixing the two insulins. Results: The mixture of insulin lispro with glargine decreased insulin lispro maximum serum concentration (CmaxIL) (29.4 ± 5.1 µU/mL versus 13.7 ± 4.2 µU/mL; p = 0.03) without changing the time to reach the Cmax (TmaxIL), the insulin lispro area under the curve (AUCIL0-240), and the glucose dynamics during the mixed meal test. The glucose va- temas livres riability and the HbA1c were equivalent after twelve weeks of either treatment. Conclusions: These data suggest that mixing insulin lispro with glargine immediately before the SC injection decreases insulin lispro serum concentration without affecting the glycemic profile on a long-term basis in this group with type 1 diabetes mellitus. Acknowledgments: Capes-Proex. CO.37 DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DEFEITO DE RECEPTOR DE ANDRÓGENOS E DEFICIÊNCIA DE 5α-REDUTASE Castro CCTS1, Guaragna-Filho G1, Sewaybricker LE1, Veiga Jr NN1, Medaets PAR1, Petroli RJ1, Calais FL1, De Mello MP1, Maciel-Guerra AT1, Marques-de-Faria AP1, Guerra Jr G1 1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS) Objetivo: Identificar dados clínicos e laboratoriais que diferenciam os casos com e sem etiologia de ambiguidade genital (AG) com cariótipo 46,XY e produção normal de testosterona (T). Métodos: Foram incluídos 63 casos de AG com cariótipo 46,XY e produção normal de T, sendo 9 com deficiência de 5α-redutase (D5R), 16 com defeito no receptor de andrógeno [11 forma completa (ICA) e 5 parcial (IPA)], todos com diagnóstico molecular, e 38 com estudo molecular normal dos genes SRD5A2 e AR. Foram avaliados os seguintes dados: idade na primeira consulta, idade na definição do sexo, peso e comprimento ao nascimento, consanguinidade, casos semelhantes na família, gravidade da AG, z do pênis, LH, FSH, T, diidrotestosterona (DHT), T/DHT. Resultados: A idade na primeira consulta, o peso e o comprimento ao nascimento e a T/DHT foram menores no grupo sem etiologia, e o z do pênis foi maior também nesse grupo. A idade da definição do sexo e a consanguinidade foram maiores no grupo D5R. Os casos semelhantes na família foram mais frequentes no grupo ICA, e o grau de AG foi mais grave nos grupos ICA e DR5. Os dados de LH, FSH e T não foram diferentes entre os grupos. Conclusão: Dados como peso e comprimento ao nascimento, casos semelhantes na família (em especial do lado materno), consanguinidade, gravidade da AG, comprimento do pênis e T/DHT podem auxiliar na investigação etiológica de pacientes com AG, cariótipo 46,XY e produção normal de T. Apoio: Fapesp, CNPq e Capes. CO.38 ALTA FREQUÊNCIA DE DELEÇÕES E DUPLICAÇÕES CROMOSSÔMICAS SUBMICROSCÓPICAS EM PACIENTES DISMÓRFICOS NASCIDOS PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL (PIG) Canton APM1, Rodrigues T2, Krepischi-Santos ACV3, Corrêa FA4, Arnhold IJP4, Mendonça BB4, Rosenberg C2, Jorge AAL5 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia Genética (LIM 25); 2 Instituto de Biociências da USP – Departamento de Genética e Biologia Evolutiva; 3 Hospital do Câncer AC Camargo – Centro Internacional de Pesquisa e Ensino Oncológico (Cipe); 4 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42); 5 HCFMUSP – Unidade de Endocrinologia-Genética (LIM 25) e Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introdução: A etiologia do retardo de crescimento de início pré-natal com persistência pós-natal é heterogênea, frequentemente envolvendo quadros genéticos complexos e de difícil diagnóstico. Objetivo: Analisar a frequência de deleções ou duplicações cromossômicas submicroscópicas em um grupo de pacientes nascidos PIG sem causa definida. Material e métodos: Foram avaliados 23 pacientes nascidos PIG com baixa estatura persistente após o 4º ano de vida, que apresentavam dismorfismos e/ou retardo mental, porém sem caracterizar uma síndrome conhecida. Todos os pacientes apresentaram cariótipo normal e as amostras de DNA foram submetidas à hibridação comparativa de genomas em microarray (comparative genomic hybridization array – aCGH), contendo cerca de 60 mil oligonucleotídeos distribuídos ao longo do genoma humano. Os achados foram comparados com as variações no número de cópias de segmentos de DNA (CNVs) da população geral já descrita na literatura. Dezesseis familiares foram avaliados para analisar a segregação dos rearranjos. Resultados: Foram identificadas CNVs em 10 dos 23 pacientes avaliados (43%) (denominados pacientes I a X), sendo 5 deleções e 7 duplicações. Nenhuma dessas alterações foi previamente encontrada em indivíduos saudáveis. As alterações encontradas, com seus respectivos tamanhos e posições genômicas, foram as seguintes: I. del(10)(q26.3) de 4,5 Mb e dup(10)(q26.2;q26.3) de 1,6 Mb; II. del(19)(q13.43) de 0,017 Mb; III. del(22)(q11.21) de 2,5 Mb; IV. dup(10)(p11.21) de 0,26 Mb; V. dup(5)(q21.3) de 2,5 Mb; VI. dup(2)(p22.3) de 0,64 Mb; VII. dup(X)(q22.3) de 0,4 Mb; VIII. dup(7)(p22.2-p22.1) de 0,8 Mb; IX. del(20)(p13) de 0,4 Mb; X. dup(8)(q24.12-q24.3) de 25 Mb e del(15)(q26.3) de 1,5 Mb. Tomando como base o tamanho do segmento alterado, o conteúdo gênico e/ou a segregação na família, seis das alterações (I, III, V, VI, IX e X) estão provavelmente relacionadas com o fenótipo dos pacientes. Em dois outros casos (VII e VIII), os pais serão testados para determinar o significado das alterações. As alterações dos pacientes II e IV, embora raras, não estão associadas ao fenótipo visto na análise de segregação familiar. Conclusão: A frequência de CNVs relevantes em pacientes nascidos PIG com presença de características dismórficas e/ou retardo mental foi elevada (≥ 25%), mostrando a importância do aCGH na investigação genético-molecular desses pacientes para esclarecimento da etiologia. CO.39 MUTAÇÕES NO GENE LIN28B E NOS SISTEMAS KISS1-KISS1R E TAC3-TACR3 NÃO SÃO CAUSA FREQUENTE DE PUBERDADE PRECOCE CENTRAL Reis ACS1, Tarumi C1, Ishikawa K1, Leal LF1, Carroll RS2, Moreira AC3, Castro M3, Min L2, Kaiser U2, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Puericultura e Pediatria; 2 Brigham and Women’s Hospital – Harvard Medical School – Endocrinology, Diabetes and Hypertension; 3 FMRP-USP – Clínica Médica Introdução: As bases moleculares da puberdade precoce central (PPC) são desconhecidas na quase totalidade dos pacientes. Mutações inativadoras nos sistemas KISS1-KISS1R e TAC3-TACR3 resultam em hipogonadismo hipogonadotrófico. Estudos populacionais associam variações no gene LIN28B com o desenvolvimento puberal normal. Até o presente momento, apenas uma mutação ativadora no gene KISS1 e uma no KISS1R foram descritas em pacientes com PPC. Objetivo: Avaliar a presença de mutações nos genes candidatos KISS1, KISS1R, TAC3, TACR3 e LIN28B em pacientes com PPC idiopática. Métodos: As regiões codificadoras e de transição dos genes KISS1, KISS1R, TAC3, TACR3 e LIN28B foram sequenciadas em 105 pacientes. Análise in silico foi feita utilizando o software Polyphen. A variante encontrada no gene KISS1R foi estudada in vitro por meio de estudos de ligação e avaliação das vias de ativação intracelular. Foram medidas as concentrações de inositol fosfato dose-resposta e ao longo do tempo e acúmulo de ERK após estimulação com kisspeptina. Resultados: Uma paciente apresentou a nova variante c.109C>T (p.Pro37Ser) no gene KISS1R, ausente em 200 alelos controles e nos demais pacientes. O resíduo Pro37Ser localiza-se na região N-terminal do receptor. Análise in silico demonstrou ser possivelmente danosa. In vitro, não houve diferença significativa entre KISS1R-nativo e KISS1R-Pro37Ser em relação ao acúmulo de mensageiros citoplasmáticos (IP3 e ERK). A afinidade à kisspeptina também foi semelhante entre ambos. No gene TACR3 foi encontrada a variante c.918G>A (p.Met306Ile) em uma paciente com PPC, ausente em 200 alelos de indivíduos controles. Análise in silico indica que a troca do aminoácido provavelmente não afete a estrutura e a função da proteína, no entanto análise in vitro é necessária. A análise dos genes KISS1 e TAC3 não evidenciou mutações. A análise do gene LIN28B evidenciou as novas variantes IVS2-33_34delCT e c.519 C>T (p.Pro173) em duas pacientes distintas. A análise in silico não prevê mudança de sítio de splice nessas mutações. Essas variantes não foram encontradas em controles. Conclusão: Mutações ativadoras no sistema KISS1-KISS1R e no gene LIN28B estiveram ausentes em 105 pacientes brasileiros com PPC. S165 temas livres Uma nova variante no gene TACR3 foi encontrada em uma paciente com PPC, mas estudo funcional é ainda necessário para testar a relação genótipo-fenótipo. Os dados do presente estudo sugerem que mutações nesses genes candidatos parecem ser causa muito rara de PPCI. CO.40 IS FREQUENCY OF ETIOLOGIES AND INCIDENCE OF CONGENITAL HYPOTHYROIDISM CHANGING? Magalhães PKR1, Maciel LMZ2 1 Medical School of Ribeirão Preto, University of São Paulo (FMRP-USP) – Department of Internal Medicine, Division of Endocrinology and Metabolism; 2 FMRP-USP – Endocrinologia Background: The world-wide incidence of congenital hypothyroidism (CH) is 1:3,500-4,000 live births. Thyroid dysgenesis is considered the most common etiology of CH. Objective: To determine the incidence and etiology of CH in children born between 1997 and 2007 in the Northeast region of São Paulo State/Brazil and detected by Neonatal Screening Program of the University Hospital of Ribeirão Preto – USP (NSP). Methods: All infants with blood spot TSH value ≥ 10 mIU/L (AutoDELFIA) were evaluated for diagnostic confirmation by serum TSH measurement. If serum TSH ≥ 10 mIU/L, 99 mTc thyroid scintigraphy was performed and the treatment with thyroxine was started. After 3 years of age, children with topic thyroid were reevaluated with 131I thyroid scintigraphy and TRH test after withdraw thyroxine for 4-6 weeks. Results: Between 1997 and 2007, 247,168 newborns were screened by NSP. 139 presented neonatal TSH ≥ 10 mIU/L and confirmatory TSH ≥ 5 mIU/L. After reevaluation, 64 (46%) had the diagnosis of definitive CH confirmed (29 (45.3%) with thyroid dysgenesis and 35 (54.7%) with dyshormonogenesis); 52 (37.4%) normalized thyroid function (transient hypothyroidism); 1 patient was diagnosed with Thyroid Hormone Resistance; 6 newborns died and 9 children had no follow-up. Seven patients remained with basal serum TSH between 5 and 10 mIU/L and had normal response to TRH test (hyperthyrotropinemia). The annual incidence of CH per 10,000 live births was: 1997 = 4.2; 1998 = 1.8; 1999 = 1.7; 2000 = 1.8; 2001 = 1.9; 2002 = 1.9; 2003 = 2.1; 2004 = 4.0; 2005 = 3.6; 2006 = 2.1; 2007 = 2.4 (overall incidence = 1:3862). Conclusions: Using a neonatal TSH cut-off of ≥ 10 mIU/L, the overall incidence rate of CH in the Northeast region of São Paulo State/ Brazil in the period 1997-2007 did not increase. Instead of dysgenesis, dyshormonogenesis was the most frequent etiology of CH. This observation is similar of recent studies conducted in Japan and Italy The frequency of transient hypothyroidism is high, justifying the reevaluation of children with topic thyroid after 3 years old. CO.41 ALTERAÇÃO ESTRUTURAL DO CROMOSSOMO Y NUMA PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) E MALFORMAÇÕES UROGENITAIS MÚLTIPLAS Martins TC1, Nishi MY2, Costa EMF2, Giron AM23, Mendonça BB4, Domenice S4 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42); 3 FMUSP – Urologia; 4 HCFMUSP – Endocrinologia As malformações urogenitais múltiplas constituem uma das etiologias dos distúrbios do desenvolvimento sexual. O complexo extrofia de bexiga-epispádia (CEE) representa um defeito da linha média anterior, envolvendo anormalidades da parede abdominal, pelve, trato urinário, órgãos genitais, coluna vertebral e ânus. A grande maioria dos casos do CEE é classificada como não sindrômica e raramente é associada a alterações cromossômicas ou síndromes genéticas. Caso clínico: Ao nascimento, a paciente apresentou malformação perineal complexa (extrofia de cloaca, ânus imperfurado, genitália ambígua, onfalocele e agenesia do rim esquerdo), sendo submetida à colostomia. Aos 3 anos, foi realizado o fechamento da placa vesical e confecção de um reservatório vesical. Aos 14,8 anos, iniciou acompanhamento por baixa estatura e ausência de desenvolvimento puberal e apresentava: Alt. 135 cm (DP – 4,2), esS166 tágio MI, PI de Tanner, genitália externa com orifício perineal único. A IO era de 10 anos e as dosagens hormonais: LH e FSH < 0.1 U/L, E2 < 13 pg/mL e T < 11 ng/dL. O cariótipo era 46,X,inv(Y)(p11.1q11.2). No seguimento, observou-se aumento dos valores da T (21 e 113ng/ dL) e gonadotrofinas. Aos 16 anos, a paciente foi submetida à laparotomia e gonadectomia direita (AP – testículo normal). Em virtude da persistência dos valores elevados de T, uma nova cirurgia foi realizada, na qual a gônada esquerda (AP – testículo normal) foi removida. Estruturas mullerianas não foram identificadas. Métodos: A amplificação por PCR dos loci PAR1, SRY, TSPY, AMELY, DYZ3, DYS280, DYS1 e DYZ1 do Y foi realizada no DNA genômico. A região codificadora do SRY foi sequenciada. Resultados: A presença de todos os loci do Y e a sequência normal do SRY foram identificadas. Discussão: A inversão pericentromérica do Y [inv(Y)] é considerada heteromorfismo cromossômico que não influencia o fenótipo masculino. No entanto, existem relatos de pacientes com inv(Y) e disgenesia gonadal 46,XY não sindrômica. Nesses pacientes, a inv(Y) determinou a diminuição da atividade do SRY (por efeito posicional ou por sequência anormal) e a formação de gônadas disgenéticas. Na paciente relatada, nenhuma anormalidade no SRY foi identificada e o estudo histológico mostrou testículos normais, indicando a não participação da inversão pericentromérica do Y na etiologia da doença. Conclusão: Até o momento, os mecanismos gênicos envolvidos no desenvolvimento das malformações urogenitais múltiplas associadas aos DDS não foram esclarecidos. CO.42 P53 AND CTNNB1 MUTATIONS REVEAL DIFFERENT MECHANISMS/PATTERN BETWEEN PEDIATRIC AND ADULTS ADRENOCORTICAL TUMORS Mermejo LM1, Leal LF2, Colli LM1, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Tone LG2, Scrideli CA2, Yunes JA3, Mastellaro MJ3, Seidinger AL3, Brandalise SR3, Ramalho LNZ4, Antonini SRR2, Castro M1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Puericultura e Pediatria; 3 Centro Infantil Boldrini – Biologia Molecular; 4 FMRP-USP – Patologia e Medicina Legal Introduction: Somatic inactivating mutations of the tumor suppressor gene TP53 and activating mutations of the protooncogene beta-catenin (CTNNB1) are the most frequent mutations identified in adrenocortical tumors (ACTs). Objective: To analyze the R337H p53 and CTNNB1 gene mutations in children and adults with ACTs and verify the association of mutations in these genes with tumor stage and mortality. Patients and methods: We studied 71 patients with ACT, 62 children (48F/14M; median age: 1.8 yrs, range: 0.415.5) and 9 adults (8F/1M; median age: 39.6 yrs, range: 27-55). Children presented hormone excess: 34 virilization (V), 26 virilization and Cushing’s syndrome (V+C), 2 Cushing’s syndrome (C). Based on Sandrini classification, 37 patients presented stage I, 9/II, 8/III and 8/IV. Median follow-up was 6.6 yrs, 11/59 patients (18%) died and 3 lost follow up. Regarding adult clinical presentation we observed 3V+C, 3C, 1V and 2 non-secreting tumors. Based on Macfarlane classification, 4 patients presented stage I, 2/II, 1/III and 2/IV. Median follow-up was 3.8 yrs, 2/9 patients (22%) died. Exon 10 of the TP53 and exon 3 of CTNNB1 genes were amplified by PCR and sequenced by automatic sequencing. Immunohistochemical analysis was performed in a subset of 22 children and 5 adult ACTs using β-catenin and P53 monoclonal primary antibodies. Results: The R337H p53 mutation was found in a higher incidence (p < 0.0001) in children (56/62, 90%) compared to adults (2/9, 22%). On the other hand, CTNNB1 mutations were found in a higher incidence (p < 0.001) in adults (5/9, 55%) compared to children (4/62, 6%). Among these CTNNB1 mutations, we found the deletion p.S45_G50del, which has not yet been described. Moderate and/or strong beta-catenin and P53 cytoplasmatic and/or nuclear accumulation were observed in 15 (68%) and 9 (40%) out of 22 children ACTs, respectively, and in all five adult ACTs. There was no association of TP53 or CTNNB1 mutation and tumor stage as well as with higher mortality in adults, however the presence of CTNNB1 mutation was associated with increased mortality in children (p = 0.02). Conclusion: Whereas R337Hp53 germline mutation is found in most of Brazilian children ACTs, CTNNB1 gene temas livres mutations are more frequent in adult Brazilian ACTs. It is important to point out that CTNNB1 mutations were found in children and adult ACTs harboring P53 mutation, indicating that these mutations are not mutually exclusive, as it has been suggested. Support: Fapesp. CO.43 A HERANÇA DE VARIANTES DE GENES DE DETOXIFICAÇÃO E DE REPARO MODULA O RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CMT FAMILIAR E ESPORÁDICO Barbieri RB1, Bufalo NE1, Silva ACN1, Rocha AG1, Assumpção LVM1, Maciel RMB2, Cerutti JM3, Ward LS4 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/ Unicamp) – Clínica Médica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia Molecular; 3 Unifesp – Morfologia – Genética; 4 FCM/Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer Mesmo pacientes com mutações idênticas no gene RET podem ter diferentes apresentações clínicas do carcinoma medular da tireoide (CMT). Juntamente com fatores ambientais, prováveis desencadeadores de doenças, o perfil herdado de genes de desintoxicação e reparo pode modular o fenótipo específico de cada paciente. Além disso, polimorfismos de enzimas metabolizadoras de xenobióticos podem ser utilizados como marcadores de suscetibilidade toxicológicos, como o nosso grupo e outros demonstraram no carcinoma bem diferenciado da tireoide. Para determinar se os polimorfismos dos genes de detoxificação CYP1A2, CYP1A1m1, GSTP1 e NAT2 e do gene de reparo TP53 estavam relacionados com o risco de aparecimento de CMT, usamos TaqMan® SNP para genotipar 135 familiar ou MEN2 e 46 esporádicos com CMT; 89 familiares de pacientes com CMT previamente genotipados para o gene RET; e um grupo controle de 525 indivíduos. Observamos maior frequência do alelo C de CYP1A1m1 em pacientes com CMT familiar do que nos controles, aumentando em mais de 2x o risco de CMT (OR = 2,10; 95% IC = 1,11-3,97; p = 0,022). Análise de regressão logística multivariada também indicou como fator de risco para CMT familiar a herança do alelo G em GSTP1 (OR = 5,57; IC 95% = 2,13-14,57; p < 0,001) e do alelo T em NAT2 (OR = 3,42; IC 95% = 1,28-09,13; p = 0,014). Observamos associação entre CYP1A2 e polimorfismos do gene RETIVS1 (p = 0,004) e entre as variantes de GSTP1 e as mutações C634G, C533G e C634Y de RET (p = 0,003). No grupo de CMT esporádico, foram fatores de risco o alelo C dos genes CYP1A1m1 (OR = 2,45; IC 95% = 1,13-5,33; p = 0,023) e CYP1A2 (OR = 2,45; IC 95% = 1,13-5,33; p = 0,023) e a ausência do alelo G de 72TP53 (OR = 4,14; IC 95% = 1,80-9,53; p < 0,001). A análise do grupo de familiares de pacientes mostrou como fatores de risco a herança do alelo G de GSTP1 (OR = 2,86; IC 95% = 1,535,32; p < 0,001), T de NAT2 (OR = 2,25; IC 95% = 1,20-4,22; p = 0,012), CC de CYP1A2 (OR = 2,40, 95% IC = 1,25-4,69; p = 0,010) ou CYP1A1m1 (OR = 2,71; IC 95% = 1,02-7,21; p = 0,048). Análise de regressão logística multivariada confirmou NAT2, GSTP1 e 72TP53 como fatores independentes de risco para o desenvolvimento de CMT na população de parentes dos pacientes. Demonstramos, pela primeira vez na literatura, que a herança de variantes de genes de detoxificação e reparo modula o risco para o desenvolvimento de CMT familiar e esporádico. E mostramos que os polimorfismos desses genes estão associados ao gene RET. O perfil genético pode identificar grupos de risco que merecem observação mais cuidadosa. CO.44 A EXPRESSÃO DE MAGE A3 PODE AJUDAR A DIFERENCIAR LESÕES TIREOIDIANAS COM PADRÃO FOLICULAR EM PACIENTES COM CARCINOMA DE TIREOIDE, MAS NÃO PARECE ÚTIL NA DETERMINAÇÃO DE PROGNÓSTICO Martins MB1, Morari EC2, Marcello MA3, Soares FA4, Vassallo J5, Ward LS6 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/ Unicamp) – Clínica Médica; 2 Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer; 3 Unicamp – Clínica Médica; 4 Hospital do Câncer AC Camargo – Departamento de Anatomia Patológica; 5 Unicamp – Anatomia Patológica; 6 FCM/ Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer As lesões de padrão folicular constituem um grande problema clínico, já que incluem patologias benignas e malignas geralmente indistinguí- veis à citologia obtida por punção do nódulo. Isso obriga à cirurgia, que se mostra desnecessária em 70% a 80% das citologias indeterminadas, que, no exame histológico, revelam ser lesões benignas. Por outro lado, condutas menos agressivas poderiam ser tomadas em casos menos invasivos, mas a mutação de BRAF é o único marcador de prognóstico atualmente utilizado. MAGE A3 é um antígeno de câncer de testículos (CTA ou câncer-testis). Essas proteínas favorecem a manutenção das células cancerígenas, sua proliferação e metástase. Os antígenos MAGE A são específicos e estão presentes em vários tumores, estando envolvidos na regulação da apoptose e na progressão do ciclo celular, mas sua expressão é controlada em tecidos normais. Objetivamos neste trabalho analisar a expressão de MAGE A3 como possível marcador de diagnóstico e prognóstico para CDT. Utilizamos imunoistoquímica (IHQ) para avaliar expressão da proteína MAGE A3 em 195 casos com doenças nodulares da tireoide, sendo 154 carcinomas papilíferos (CP) e 41 carcinomas foliculares (CF). Dos CP, 101 eram clássicos (CPC), 4 variantes de células altas (CPVA) e 49 variantes foliculares (CPVF). Foram estudados ainda 119 tecidos tireoidianos, incluindo 17 tecidos normais (TN) e 102 lesões benignas: 51 hiperplasias e 51 adenomas foliculares (AF). A proteína MAGE A3 foi identificada em 96,03% dos CPC; 97,56% dos CF; 89,79% dos CPVF; 100% dos CPVA; 84,31% dos AF; 29,41% dos TN; 50,98% das hiperplasias. MAGE A3 distinguiu tecidos benignos de malignos (p < 0.0001) com sensibilidade = 94%, especificidade = 32%. A expressão da proteína MAGE A3 diferenciou CF de AF (p = 0.0396) com sensibilidade = 97%, especificidade = 15%; CPVF de hiperplasia (p < 0.0001) com sensibilidade = 89%, especificidade = 49%; CF de hiperplasia (p < 0.0001) com sensibilidade = 97%, especificidade = 49%; CPC de AF (p = 0.0215) com sensibilidade = 96%, especificidade = 15%; CP de hiperplasia (p < 0.0001) com sensibilidade = 96%, especificidade = 49%. Entretanto, MAGE A3 não foi capaz de diferenciar CF de CPVF (p = 0.2142) e CPC de suas variantes agressivas (p = 0.2761). A expressão proteica de MAGE A3 também não se associou com qualquer aspecto clínico patológico de agressividade. Nossos dados sugerem que a expressão de MAGE A3 não é um bom marcador de prognóstico, mas pode auxiliar no diagnóstico diferencial das lesões foliculares da tireoide. CO.45 INVESTIGAÇÃO DO PAPEL DE PI3KCA NO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE Silva ACN1, Bufalo NE1, Barbieri RB2, Conte FF1, Soares FA3, Silva MJ4, Ward LS5 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Clínica Médica; 2 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Unicamp – Clínica Médica; 3 Hospital do Câncer AC Camargo – Departamento de Anatomia Patológica; 4 Unicamp – Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética; 5 FCM/Unicamp – Laboratório de Genética Molecular do Câncer 1 O carcinoma papilífero da tireoide (CPT) corresponde à grande maioria dos tumores diferenciados da tireoide e sua incidência vem aumentando nas últimas décadas na América Latina, assim como em todo o mundo. Uma das principais vias de sinalização envolvida na sua patogênese é a via fosfatidilinositol 3-kinase (PI3K), conhecida por sua importância na regulação de várias funções celulares e moleculares, incluindo ingestão de glucose, crescimento, proliferação, motilidade e sobrevivência celular. O PI3KCA está sendo relacionado como um oncogene em cânceres humanos por possuir alta atividade de kinase e por apresentar amplificações genéticas em diversas amostras tumorais. Amplificações em PI3KCA foram relatadas, sobretudo, em tumores tireoidianos de tipo folicular. Para analisar o papel da PI3KCA na patogênese do CPT, sequenciamos os éxons 9 e 20 do gene PI3KCA em DNA de 89 nódulos tireoidianos, incluindo 67 CPT e 22 nódulos benignos. Todos os pacientes foram submetidos a um protocolo terapêutico semelhante e acompanhados por 31,88 ± 23,2 meses. Observamos anormalidades genéticas no éxon 9 de PI3KCA em 89% dos CPT e 11% dos casos benignos, enquanto no éxon 20 foram encontradas alterações genéticas em 70% dos CPT e 30% dos nódulos benignos. Identificamos 17 alterações não descritas anteriormente na literatura, S167 temas livres incluindo mutações sinônimas, não sinônimas e do tipo frameshift. A presença de anormalidades genéticas no éxon 9 de PI3KCA permitiu distinguir nódulos benignos de malignos (p < 0.0080) com sensibilidade = 47%, especificidade = 86%, valor preditivo positivo (VPP) = 88% e valor preditivo negativo (VPN) = 41%. A combinação da presença de anormalidades no éxon 9 e no éxon 20 distinguiu tumores benignos de malignos (p < 0.0281) com sensibilidade = 61%, especificidade = 70%, VPP = 85% e VPN = 38%. Além disso, a combinação de anormalidades em ambos os éxons de PI3KCA foi associada à boa evolução (p < 0.0009) e indicou bom prognóstico com sensibilidade = 83%, especificidade = 70%, VPP = 80% e VPN = 75%. Esses dados preliminares indicam que anormalidades genéticas de PI3KCA, algumas ainda não descritas, são frequentes no CPT. A identificação dessas anormalidades pode ajudar a diagnosticar malignidade entre os nódulos tireoidianos e parece estar associada com melhor prognóstico do paciente, sugerindo possuir um papel importante no processo tumorigênico tireoidiano também no CPT. CO.46 TRI-IODOTIRONINA NÃO MODULA EXPRESSÃO DE LEPTINA, IN VITRO, APÓS 6 HORAS DE TRATAMENTO Oliveira M1, Sibio MT1, Olimpio RMC1, Luvizotto RAM1, Marino J1, Biz C2, Nogueira CR1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB)/Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Departamento de Clínica Médica; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Fisiologia Introdução: Leptina uma adipocina produzida e secretada pelos adipócitos, que age no hipotálamo como sinal de saciedade e, desse modo, controla o peso corporal. Os hormônios tireoidianos (HT) estão essencialmente envolvidos na regulação do gasto energético e mantêm uma relação ainda não completamente elucidada na regulação da expressão gênica da leptina. Objetivo: Analisar a influência de diferentes doses de HT sobre a expressão de leptina, em cultura de adipócitos, 3T3-L1, por seis horas. Metodologia: Foram utilizadas células 3T3L1, separadas em três grupos, Fisiológico (F, n = 6), Controle (C, n = 6) e Suprafisiológico (S, n = 6). As células foram cultivadas em meio Dulbecco’s Modificado (DMEM), suplementado com 10% de soro fetal bovino. Após total confluência das células na garrafa, foi realizada a tripsinisação e as células foram aliquotadas em placas com 6 wells (200 µl/well). Após confluência das células nas placas, iniciou-se a diferenciação em adipócitos, estabelecida por tratamento com dexametasona, 1-metil-3-isobutilxantina, e insulina, por 72h. A diferenciação ocorreu ao longo de nove dias e, posteriormente, realizaram-se os tratamentos com tri-iodotironina (T3) dos grupos F e S nas concentrações de 10-8 e 10-7M, respectivamente; o grupo C recebeu apenas o diluente (etanol), os adipócitos ficaram expostos ao hormônio por 6 horas, e em seguida o RNA total foi extraído para a verificação da expressão gênica de leptina, em cultura celular de adipócitos utilizando técnica de RT-PCR quantitativo. A análise estatística foi realizada por meio de ANOVA, complementada com o teste de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A comparação entre os grupos F (1,04 ± 0,54) e CF (1,00 ± 0,60) não apresentou diferença significante, assim como a comparação dos grupos F e S (1,06 ± 0,58). Conclusão: O T3 não modula a expressão de leptina em células 3T3-L1, nas concentrações de 10-8 e 10-7M, no tempo de 6 horas. Palavras-chave: leptina, hormônios tireoidianos, cultura celular, adipócitos, 3T3-L1. CO.47 TRATAMENTO COM T3 ALTERA A DISTRIBUIÇÃO DOS GRÂNULOS CONTENDO TSH NOS TIREOTROFOS: UMA POSSÍVEL AÇÃO NÃO GENÔMICA PREVENINDO A SECREÇÃO DE TSH Bargi-Souza P1, Romano RM1, Brunetto EL1, Salgado RM2, Goulart-Silva F1, Zorn TMT2, Nunes MT1 1 Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/ USP) – Departamento de Fisiologia e Biofísica; 2 USP – Biologia Celular e do Desenvolvimento O TSH é o principal regulador da síntese e secreção dos hormônios tireoidianos (HTs), tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4). Estes, por sua vez, exercem um mecanismo de feedback negativo na adenoipófise S168 reduzindo a transcrição gênica das cadeias alfa e beta que compõem o TSH e, consequentemente, reduzindo a síntese e a secreção do TSH. Entretanto, vários estudos relatam uma rápida redução (minutos a 1h) na secreção de TSH com a administração de T3 e, somado a esse achado, nos últimos anos um número crescente de evidências demonstrou que algumas ações dos HTs ocorrem em curtos períodos de tempo e na presença de inibidores da transcrição gênica. Levando em consideração esses dados e, ainda, que a secreção do TSH é a primeira etapa pela qual a concentração sérica desse hormônio poderia ser controlada, neste estudo avaliamos se o T3 poderia regular agudamente a secreção de TSH e, como consequência, os níveis séricos de HTs, caracterizando possíveis ações não genômicas. Para isso, ratos Wistar foram inicialmente divididos nos grupos Controle (C – falso-operados) e tireoidectomizados (Tx). Após 20 dias da cirurgia, os grupos foram redivididos e tratados com T3 em dose suprafisiológica (100 µg/100 g PC, iv – C + T3 e Tx + T3100) e fisiológica (0,3 µg/100 g PC, iv – Tx + T30,3) ou salina (0,9% NaCl) 30 minutos antes da eutanásia por decapitação. As hipófises foram removidas e utilizadas para avaliação do conteúdo e distribuição de TSH por Western Blotting, imunoistoquímica e imunocitoquímica por microscopia eletrônica, e o soro foi coletado para análise do TSH sérico. Foi observada redução de 63% no conteúdo de TSH no grupo Tx e, com os ensaios de imunomarcação, pode-se notar que a marcação para o TSH nesse grupo esteve muito próxima a região da membrana plasmática, comparado com o grupo C que apresentou uma marcação dispersa por todo o citoplasma. Essa diferença provavelmente reflete a elevada taxa de secreção no grupo Tx resultando num aumento do TSH sérico. O tratamento agudo dos animais Tx com T3 nas doses fisiológica e suprafisiológica promoveu aumento de 30% no conteúdo hipofisário de TSH, o qual esteve associado à maior marcação no citoplasma e à redução nas regiões próximas a membrana plasmática, indicando possível bloqueio na secreção. Os resultados obtidos neste estudo indicam que o T3 agudamente bloqueia a secreção de TSH alterando a distribuição dos grânulos nos tireotrofos possivelmente por ações não genômicas. CO.48 T3 REGULA DIFERENCIALMENTE A SÍNTESE DE ALFA E BETA TSH EM CÉLULAS TIREOTRÓFICAS (TαT1) Bargi-Souza P1, Nunes MT1 1 Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) – Departamento de Fisiologia e Biofísica Nas últimas décadas, vários estudos foram desenvolvidos para caracterizar as bases moleculares envolvidas no mecanismo de feedback negativo pelo qual os hormônios tireoidianos (HT), principalmente a tri-iodotironina (T3), reduzem a síntese das subunidades alfa e beta que compõem o TSH (hormônio tireotrófico). O exato mecanismo de inibição da transcrição desses genes-alvo ainda não foi totalmente elucidado, mas sabe-se que essas ações genômicas ocorrem em decorrência da interação dos receptores para hormônios tireoidianos (TRs) com elementos responsivos aos HT (TRE) presentes nos genes-alvo, promovendo redução da taxa de transcrição das subunidades. Recentes dados demonstraram que os HTs também exercem ações rápidas e na presença de inibidores da transcrição gênica caracterizadas como ações não genômicas ou pós-transcricionais. Tais ações já foram observadas sobre a poliadenilação e taxa de tradução do mRNA do TSH in vivo, mas faltam estudos in vitro que permitam o uso de drogas para bloqueio de determinadas vias, possibilitando a caracterização de novas ações dos HTs. O objetivo deste estudo foi caracterizar possíveis ações não genômicas sobre a síntese de TSH nas células TαT1. Métodos: Células TαT1 foram cultivadas em placas previamente tratadas com matrigel (1:20) e posteriormente divididas em grupos Controle (C) e Hipotireóideo (H), e este último recebeu meio DMEM high glucose contendo 10% de soro fetal bovino depletado de hormônios tireoidianos por 48h. Após esse período, foi administrado 5,6-dichloro1-β-D-ribobenzimidazole (DRB-50 mM) para bloqueio de transcrição gênica para parte dos grupos C e H. Após 2h do tratamento, parte do grupo H recebeu T3 nas doses 10-8M ou 10-10M por 30 min ou 10-7M por 4h; em seguida, o RNA total foi extraído e a quantificação temas livres do mRNA das subunidades alfa e beta do TSH foi realizada por RT/ qPCR. Resultados: O grupo H apresentou aumento no conteúdo de mRNA de alfa e beta TSH característico de situações de hipotireoidismo. O T3 administrado por 30 min e 4h nas doses estudadas reduziu igualmente o conteúdo de ambos os transcritos estudados. Após o tratamento com DRB, o efeito observado se manteve apenas para o mRNA de βTSH com a dose de 10-10M; para os demais grupos tratados, o efeito foi abolido com o inibidor. Conclusão: O T3 inibe a expressão da subunidade βTSH por mecanismos genômicos e não genômicos, ao passo que a subunidade alfa é regulada apenas genomicamente nas células TαT1. Apoio financeiro: Fapesp 2009/17813-9. CO.49 CORTISOL AWAKENING RESPONSE (CAR) AND CORTISOL CIRCADIAN RHYTHM IN HEALTHY SUBJECTS Ruiz SL1, Elias PCL1, Castro M1, Moreira AC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia In healthy subjects, morning awakening is associated with a burst of cortisol secretion: the cortisol awakening response (CAR). This phenomenon implies a physiological response to awakening1. It is a subtle and distinct component of the cortisol circadian rhythm (CR), with characteristics unrelated to those of cortisol circadian secretion throughout the rest of the day2. Cortisol measured in saliva is a reliable, noninvasive and useful tool to study rhythm of HPA axis3. The objective of this study is to compare these two physiological daily variations of HPA axis function in healthy adults. We evaluated 14 healthy volunteers (6 females and 8 males, mean age 26.8 yrs; range: 22-31 yrs). Salivary cortisol (SF) were collected on two consecutive days. The CR was determined at 0800, 1100, 1700, 2000 and 2300 h on the first day. The CAR was obtained upon awakening the next morning at 15, 30, 45 and 60 min post-awakening. SF was determined by RIA with assay sensitivity of 60 ng/dl. All subjects showed the diurnal rhythm of cortisol, SF at 0800h and 2300h were (mean ± SD) 1818 ± 562 and 241 ± 186 ng/dL respectively. The mean awakening time was 0658h ± 20 min. The SF levels post awakening were 1074 ± 475; 1679 ± 688; 2047 ± 645; 2026 ± 756 and 1859 ± 577 ng/ dL immediately on waking, at 15, 30, 45 and 60 min respectively. SF levels increased rapidly within the first 30 minutes after awakening in both sexes (mean increase = 90%). After 30 minutes, SF levels started to decrease and returned to baseline levels at about one hour after awakening. Our results confirm the well-known circadian variation of cortisol levels, with nadir at the late evening. In addition we detect the cortisol increase after awakening in all healthy subjects. CR and CAR are correlated but independently components of daily variation of HPA axis. CAR may represent the HPA axis activation due to a centrally driven input designed to provide the organism with sufficient energy to shift from a resting to an active state4. Supported by: Fapesp and CNPq. References: 1. Wilhelm I. Psychoneuroendocrinology. 2007;32:358. 2. Clow A. Stress. 2004;7:29. 3. Castro e Moreira. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2007;51:1191. 4. Clow A. Neurosci Biobehav Rev. 2010;35:97. CO.50 MUTAÇÕES NO GLI2 EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE GH CONGÊNITA França MM1, Jorge AAL1, Carvalho LR1, Otto AP1, Corrêa FA1, Costalonga EF1, Mendonça BB1, Arnhold IJP1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introdução: GLI2 é um fator de transcrição downstream na via de sinalização Sonic Hedgehog envolvido na embriogênese inicial da hipófise e do diencéfalo ventral. Mutações no GLI2 foram descritas em pacientes com holoprosencefalia. Objetivo: Estudar o GLI2 em 180 pacientes com deficiência de GH isolada (DGHI) ou deficiência hipotálamo-hipofisária múltipla (DHHM). Métodos: Extração de DNA genômico a partir de leucócitos de sangue periférico, seguido da amplificação gênica por reação de cadeia da polimerase com primers intrônicos e sequenciamento automático do GLI2. Resultados: Em três famílias foram identificadas três novas mutações nonsense em heterozigose no GLI2: p.L788fsX794, p. L694fsX722 e p.E380X, levando à predição de formação de proteínas truncadas com perda da região responsável pela ativação da transcrição. O fenótipo dos indivíduos com as mutações nonsense incluiu DGHI e DHHM, neuroipófise ectópica ou não visualizada, ausência de holoprosencefalia, e polidactilia ou defeito de linha média facial em duas famílias, além de indivíduos normais. Em 21 pacientes, foram detectadas mutações missense em heterozigose: p.A203T, p.P253S, p.A268V, p.R473H, p.A780V, p.F830L, p.R933H, p.G947D, p.V1117L, p.G1197D e p.M1241I/P1485A (novas) e p.A268V, p.G1197D, p. M1444I/L1445F e M1352V/ D1520N (previamente publicadas). As mutações missense identificadas estão localizadas nos domínios ativador e repressor do GLI2. De acordo com estudos in silico, p.P253S, p.A268V, p.P1485A e p.D1520N são provavelmente deletérias; p.F830L, p.M1444I e p.L1445F são possivelmente deletérias e as outras mutações missense são provavelmente benignas. Todos os pacientes com mutações missense tinham DHHM e neuroipófise ectópica; com exceção de 2 pacientes com p.G1197D e p. M1444I/L1445F que apresentavam DGHI e neuroipófise tópica. Nos pacientes com mutação missense, holoprosencefalia, polidactilia e defeito de linha média facial estavam ausentes. Conclusão: Mutações no GLI2 apresentaram uma expressiva frequência (13%) na nossa casuística de pacientes com DGH congênita. O fenótipo dos pacientes incluiu DGHI ou DHHM, ausência de holoprosencefalia e em sua maioria presença de neuroipófise ectópica, além de herança dominante com penetrância incompleta. Os resultados deste estudo sugerem um importante papel do GLI2 na etiologia do hipopituitarismo congênito, especialmente associado com neuroipófise ectópica. Apoio financeiro: Fapesp (07/56490-5 e 05/04726-0). CO.51 FARMACOGENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO RECOMBINANTE HUMANO (rhGH) EM PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER (ST): INTERAÇÃO ENTRE UM POLIMORFISMO NA REGIÃO PROMOTORA DO GENE IGFBP3 E A PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO ÉXON 3 DO RECEPTOR DE GH (GHR) NA DETERMINAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO Braz AF1, Scalco RC1, Costalonga EF2, Ribeiro LM2, Antonini SR3, Martinelli Jr CE3, Ramos ES4, Mendonça BB2, Arnhold IJP2, Jorge AAL1 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Unidade de Endocrinologia Genética – LIM/25; 2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular – LIM/42; 3 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP – Departamento de Pediatria; 4 FMRP-USP – Serviço de Genética Médica Introdução: Estudos prévios mostraram que pacientes com deleção do éxon 3 do GHR (d3) e com o alelo A na posição -202 da IGFBP3 apresentaram melhor resposta ao tratamento com rhGH. Objetivo: Avaliar a influência individual e combinada dos polimorfismos do GHR-éxon 3 e do -202 A/C da IGFBP3 (rs2854744) nos resultados a curto e longo prazo da terapia com rhGH em pacientes com ST. Pacientes e métodos: 112 pacientes com ST foram genotipadas para a presença (fl) ou ausência (d3) do éxon 3 do GHR e para o polimorfismo -202 A/C da IGFBP3. Os parâmetros clínicos e laboratoriais foram avaliados antes e durante a terapia com rhGH (dose média 0,14 UI/kg/d). Foram realizadas regressões lineares múltiplas para estimar o efeito do genótipo na velocidade de crescimento no primeiro ano de tratamento (VC 1º ano, em cm/ano) (n = 112) e no Z da altura final com e sem ajuste para o Z da altura-alvo (n = 65). Resultados: Apesar de a dose de rhGH, a duração de tratamento e os dados clínicos das pacientes terem sido semelhantes entre os diferentes genótipos, as pacientes com ST que apresentavam deleção de pelo menos um alelo do éxon 3 do GHR (d3/*) tiveram melhores VC no primeiro ano e Z de altura final (p < 0,001), e aquelas que tinham pelo menos um alelo A na posição -202 da IGFBP3 alcançaram melhor altura final (p < 0,001). Pacientes com ST que apresentavam a combinação dos dois genótipos favoráveis (éxon 3 do GHR S169 temas livres d3/* + IGFBP3 -202 A/*) tiveram melhores VC no primeiro ano e Z de altura final do que as pacientes, carreando o genótipo mais desfavorável (éxon 3 do GHR fl/fl + IGFBP3 -202 C/C), enquanto pacientes com genótipos intermediários apresentaram valores intermediários. As VC no primeiro ano observadas foram 8,1 ± 1,6 cm/a para d3/*+A/* (n = 44); 7,2 ± 2,0 cm/a para fl/fl + A/* ou d3* + C/C (n = 37) e 6,3 ± 2,1 cm/a para fl/fl +C/C (n = 31) (p < 0,001). Os Z de altura final foram -1,3 ± 0,7 para d3/*+A/* (n = 28), -2,2 ± 2,1 para fl/fl + A/* ou d3* + C/C (n = 19) e -2,7 ± 0,8 para fl/fl +C/C (n = 18) (p < 0,001). A regressão linear múltipla mostrou que idade (p < 0,001), Z de IMC basal (p = 0,018) e genótipo do éxon 3 do GHR (p = 0,001) explicaram 40% da variabilidade da VC no primeiro ano. Em relação ao Z de altura final, ao Z de altura no início do tratamento (p < 0,001), à idade no início da puberdade (p < 0,001) e ao genótipo (p < 0,001), explicaram 61% da sua variabilidade. Conclusão: Concluímos que a homozigosidade para o alelo GHR-fl e para o alelo -202 C da IGFBP3 está associada a resultados menos favoráveis a curto e longo prazo após tratamento com rhGH em pacientes com ST. CO.52 A FREQUENT POLYMORPHISM (rs9770242) OF NICOTINAMIDE PHOSPHORIBOSYLTRANSFERASE (NAMPT) GENE IS ASSOCIATED WITH CORONARY ARTERY DISEASE IN NORMOGLYCEMIC AND TYPE 2 DIABETIC SUBJECTS Saddi Rosa P1, Oliveira CSV1, Crispim F1, Giuffrida F1, Lima VC2, Velho G3, Reis AF1 Federal University of São Paulo (Unifesp) – Endocrinology Unit; 2 Unifesp – Cardiology Unit; 3 Faculté de Médecine Xavier Bichat/França – Inserm U695 1 Background and aims: Allelic variations in the NAMPT gene encoding the enzyme nicotinamide phosphoribosyltransferase (Nampt or Visfatin) were reported to be associated with several metabolic syndrome-related phenotypes (hyperglycaemia, obesity, dyslipidemia) as well as with coronary artery disease (CAD). A variant in the promoter of the NAMPT gene (rs9770242) was associated with the ratio of visceral/ subcutaneous Nampt mRNA expression, and with circulating levels of glucose and insulin. In the present study we investigated associations of the rs9770242 SNP with hyperglycaemia/type 2 diabetes (T2DM) and with CAD in a cohort of Brazilian individuals. Materials and methods: 598 individuals who underwent a coronary angiography were stratified according to hyperglycaemia (H) and CAD status: -CAD- (n = 59), H-CAD+ (n = 150), H+CAD- (n = 107) and H+CAD+ (n = 282). Hyperglycaemia was defined as HbA1c > 6% or a history of T2DM. CAD was defined as stenosis > 50% in at least one major vessel or branch. Nampt/Visfatin plasma levels were measured by ELISA (n = 476). Comparisons of clinical and biological parameters between groups were made by analyses of covariance. Genotype associations with CAD or with hyperglycaemia/T2DM were assessed by logistic regression analyses. Adjustments for clinical and biological parameters were carried out by including these parameters as covariables in the regressive models. Data were log-transformed for the analyses when adequate. Results: We observed an association of the major T-allele of rs9770242 with CAD in a codominant model (OR 2.13, 95% CI 1.084.21, p = 0.03, adjusted for sex, age, BMI, blood pressure and glycaemic status). No association with hyperglycemia/T2DM was observed. No genotype-related differences in Nampt/Visfatin levels were observed. Nampt/Visfatin levels were not significantly different in CAD+ and CAD- individuals (6.0 ± 0.2 vs. 5.7 ± 0.3 ng/ml, mean ± SEM, p = 0.12, adjusted for sex, age, BMI and glycaemic status), nor in H+ and H- individuals (5.6 ± 0.2 vs. 6.0 ± 0.3 ng/ml, p = 0.11, adjusted for sex, age, BMI and CAD status). Nampt/Visfatin levels were inversely correlated with glucose (R2 = 0.03, p = 0.02), HOMA-IR (R2 = 0.06, p = 0.01) and the BMI (R2 = 0.02, p = 0.04; all correlations adjusted for sex and age). Conclusion: The common rs9770242 SNP in the promoter of the NAMPT gene was associated with CAD in a cohort of Brazilian subjects who underwent coronary angiography. This association was independent from the glycaemic status of the individuals, Nampt/visfatin circulating levels and from other known cardiovascular risk factors. Supported by: Fapesp 2008-10209-6. S170 CO.53 STEM/PROGENITOR CELL GENE EXPRESSION IN CRANIOPHARYNGIOMAS AND PITUITARY ADENOMAS Araújo RV1, Cani CMG2, Fragoso MCBV3, Matushita H4, Cescato VAS5, Bronstein MD6, Mendonça BB3, Carvalho LR7 1 Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42 – Divisão de Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42, Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento; 3 HCFMUSP – Endocrinologia; 4 HCFMUSP – Serviço de Neurocirurgia; 5 FMUSP – Neurologia; 6 HCFMUSP – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia; 7 USP – Endocrinologia Stem cell was detected during pituitary embryonic development and it has a maintenance role during adulthood. Recent studies showed the existence of stem cell like on human pituitary adenomas able to differentiate into hormone producing cells. This work aimed to study differential gene expression of stem/progenitor cell genes in craniopharyngiomas and pituitary adenomas. Total RNA of twenty-five pituitary adenomas (10 corticotrophs, 8 somatotrophinomas, 1 prolactinoma and 6 nonfunctioning) and nine craniopharyngiomas were obtained by TRIzol (Life technologies) excised by surgery. Total RNA was used to cDNA synthesis, real-time PCR reactions were performed in a PCR Array which included 8 stem/progenitor cells markers (ABCG2, CD44, DLL4, NANOG, NOTCH2, POU5F1, SOX2, and SOX9), a proliferation marker (MKI67), 6 genes involved in pituitary embryogenesis (HESX1, OTX2, POU1F1, PITX1, PITX2 and PROP1) and hormone producers. TBX19 was analyzed by TaqMan® Assays (Applied Biosystems). POU5F1 was up-regulated in all analyzed tumors, except one craniopharyngioma. CD44, SOX9 and NOTCH2 were overexpressed in craniopharyngiomas when compared to pituitary adenomas. NANOG was down-regulated in craniopharyngiomas, but presented constitutive expression in all pituitary adenomas. DLL4 was up-regulated in the majority of the samples. POU1F1 was not detected in any cranipharyngiomas, in 80% of corticotrophinomas and 50% of nonfunctioning adenomas, but it was up-regulated in five somatotrophinomas and one prolactinoma. MKI67 was up-regulated in all craniopharyngiomas and adenomas, but somatotropinoma. PITX1 was overexpressed in all somatotrophinomas and nonfunctioning adenomas. PITX2 was not detected in 90% of corticotrophinomas and was down-regulated in 62,5% of somatotrophinomas. It was constitutive in prolactinoma, up-regulated in all nonfunctioning adenomas and in 55% of craniopharyngiomas. PROP1 showed increased expression in 76% of the samples, but in craniopharyngiomas was not detected in three samples and down-regulated in six. TBX19 was up-regulated in all corticotrophinomas, as expected, two nonfunctioning adenomas and one somatotrophinoma, and down-regulated or constitutive in the other samples. Further genes analyzed demonstrated heterogeneous expression patterns. In conclusion, stem cell markers were more expressed in craniopharyngiomas than adenomas. However, genes involved in differentiation of hormone cells are more expressed in pituitary adenomas according to adenoma functional category, like TBX19 and POU1F1 increased expressions in corticotrophinomas and somatotrophinomas, respectively. PROP1 expression patterns strongly suggest that it is involved in pituitary tumorigenesis, mainly, in functioning adenomas such as GH and ACTH producers, while PITX2 would be more related to tumorigenesis of craniopharyngiomas and nonfunctioning adenomas. CO.54 WNT/BETA-CATENIN PATHWAY IN CHILDHOOD ADRENOCORTICAL TUMORS Leal LF1, Mermejo LM2, Ramalho LNZ3, Martinelli Jr CE1, Yunes JA4, Seidinger AL4, Mastellaro MJ5, Cardinalli IA6, Bradalise SR4, Moreira AC2, Tone LG1, Scrideli CA1, Castro M2, Antonini SRR1 1 School of Medicine of Ribeirão Preto of University of São Paulo (FMRP-USP) – Pediatrics; 2 FMRP-USP – Internal Medicine; 3 FMRP-USP – Pathology; 4 Boldrini Children’s Center – Molecular Biology; 5 Boldrini Children’s Center – Pediatric Oncology; 6 Boldrini Children’s Center – Pathology Background: CTNNB1 (β-catenin) mutations leading to activation of the Wnt/β-catenin pathway are frequent in adult adrenocortical tumors (ACTs). However, data on childhood ACTs are lacking. Objecti- temas livres ve: To investigate Wnt/β-catenin pathway abnormalities in childhood ACTs. Patients and methods: Sixty-two pediatric patients with secreting ACTs (3.4 ± 3.7yrs; 77% female), from two references centers, were studied. Clinicopathological findings and outcome were analyzed regarding to CTNNB1 mutations and to the expression of Wnt-related genes including CTNNB1, WNT4 (Wnt ligand), SFRP1, DKK3 and AXIN1 (Wnt inhibitors), TCF7 (transcription factor) and MYC and WISP2 (target genes). Gene expression was analyzed by qPCR and immunohistochemistry (IHC). Results: Overall survival (OS) was associated with tumoral stage (p < 0.0001) and age at diagnosis < 5 yrs (p < 0.0001). The p.R337H P53 mutation was found in 87% ACTs and was not associated with clinicopathological findings or outcome. CTNNB1 activating mutations (p.S33F, p.S33P, p.S45F, and p.S45P) were found in only 4/62 ACTs (6%), all of them harboring TP53 mutation. There was association between the presence of CTNNB1 mutation and death (p = 0.02). Diffuse β-catenin accumulation, suggesting Wnt pathway activation, was found in 71% of ACTs, most of them without CTNNB1 mutation. Compared to normal adrenals, ACTs presented increased expression of CTNNB1 (p = 0.008) and underexpression of Wnt inhibitor genes: DKK3 (p < 0.0001), SFRP1 (p = 0.05) and AXIN1 (p = 0.04). With regards to Wnt/β-catenin target genes, ACTs presented increased expression of WISP2 but lower expression of MYC. Higher OS was associated with underexpression of SFRP1 (p = 0.01), WNT4 (p = 0.004) and TCF7 (p < 0.01). Conclusion: CTNNB1 activating mutations are not common in childhood ACTs but are associated with poor prognosis. Nevertheless, most childhood ACTs exhibit increased expression of β-catenin and WISP2, suggesting Wnt pathway activation. Interestingly, these tumors exhibit reduced expression of Wnt inhibitor genes, DKK3, SFRP1 and AXIN. Therefore, in addition to CTNNB1 mutations, other genetic events affecting the Wnt/β-catenin pathway may be involved in childhood adrenocortical tumorigenesis. Funding: Fapesp and Capes. CO.55 THYROID HORMONE (T3) INCREASES NEUROGLOBIN AND CYTOGLOBIN GENE EXPRESSION ON RAT CORTEX, HIPPOCAMPUS AND CEREBELLUM Oliveira KC1, Sato MA2, Maciel RMB3, Giannocco G1 Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Morphology and Physiology/ Federal University of São Paulo (Unifesp) – Medicine; 2 FMABC – Morphology and Physiology; 3 Unifesp – Medicine 1 Aim: Neuroglobin (Ngb) and cytoglobin (Cytb) are expressed on the brain, display O2 affinities and plays the detoxification of harmful ROS. Objective: Since thyroid hormones (TH) stimulate the neurons activity and metabolism, it is important to characterize the effect of the TH on the Ngb and Cytb expression. Material and methods: Thyroidectomized rats (Tx) treated with MMI (0,01%) for 20 days and euthyroid rats (C) were submitted to T3 treatment: (1 X to 100 X T3, ip, 5 days) and (100 ug/100 g BW, iv, from 0.5, 1, 2, 4, 6, 12 and 24 h) to evaluate Ngb and Cytb mRNA expressions in cortex (Co), cerebellum (Ce) and hippocampus (Hip) by qPCR and Western Blot. Experiments with serum-free preparation of rat cortical primary culture (PCC), treated or not with T3 (10-8 to 10-12) evaluated the globins gene expression by qPCR. To investigate for the molecular mechanism responsible for the gene expression, a 2Kb Ngb and Cytb promoter containing a reporter gene was transfected into neuroblastom cells treated or not with T3 (10-8 to 10-12). Results: The results showed that the Ngb gene is controlled by T3 in Co, Ce and Hip, as indicated by a decrease in Ngb and Ctb mRNA and protein content in thyroidectomized (Tx) rats, and was restored by T3 treatment. The Ngb and Ctb mRNA expression in Hip and Ce 5X, and 5X and 10X in Co showed an increased when compared to control group while 50X and 100X T3 showed a decreased when compared to control group. The time-course study showed a progressive increase in the Ngb mRNA, which exceeded the euthyroid levels from 1h and 24 h. The Ctb mRNA expression on time-course study exceeded the control level at 24 h on Ce and Hip while on the Co the Ctb mRNA expression had an increase at 6h to 24 h. The western blot analyse showed an increase of Ngb expression on Hip and Ce at 5 X T3 treatment and Ctb expression did not changed. Exposure to 10-9 M T3 had gene reporter activation in both genes after 24 h. Conclusion: Ngb and Ctb expression is influenced by thyroid status. Financial support: Fapesp. CO.56 HYPOTHALAMIC INSULIN RESISTANCE AND ENDOPLASMIC RETICULUM STRESS IN OFFSPRING FROM DAMS FED HIGH FAT DIET DURING PREGNANCY AND LACTATION Ashino NG1, Cursino J2, Santos GA3, Benatti RO4, Velloso LA3, Torsoni MA4 State University of Campinas (Unicamp) – Department of Biochemistry; Universidade Braz Cubas – Área da Saúde; 3 Unicamp – Department of Clinical Medicine; 4 Unicamp – Faculty of Applied Sciences 1 2 Introduction: Excessive nutrients and misfolded proteins can trigger a mechanism known as unfolded protein response (UPR) which intersects with many inflammatory and stress signaling pathways and to insulin resistance. Maternal obesity and consumption of the high fat diet during pregnancy and lactation has been related to metabolic disorders in the offspring. However, the contribution of UPR to metabolic disturbance in the offspring from dams fed with high-fat diet (HFD) is not known until the moment. Methods: To investigate this phenomenon female (Swiss mice) were fed with standard chow (SC) or HFD during gestation and lactation. After weaning the offspring was divided in SC-offspring (SC-O) and HFD-offspring (HFD-O) and both groups were fed with SC until experimental day. The analyses were performed between d28 and d35 after birth. Initially, were evaluated the body weight, epididymal fat mass, serum cytokines, triglycerides, fatty acids and glucose, liver triglycerides content and glucose tolerance test (GTT). Liver and hypothalamic fragment were extracted to evaluate the phosphorylation and expression of PERK, JNK, EIF2a, IRE1a, ACC, and AKT through western blot. Results: HFD-O mice present increased body weight (25%), epididymal fat mass (40%), liver triglycerides (35%) compared to SC-O mice. Besides, the serum TNFa and IL1b were higher in HFD-O than SC-O, as well as fatty acid circulating (25%). Although, fasting glucose have not been different, HFD-O mice showed an increased glucose area under the curve (AUC) during the glucose tolerance test compared to SC-O mice (AUC: 28750 vs. 11500, respectively). In the hypothalamus and liver from HFD-O the level of p-JNK was increased (40% and 30%, respectively) as well as NFkB expression. In both tissues the level of p-PERK, p-EIF2a and IRE1a was increased compared to SC-O mice. Besides, hypothalamic p-ACC level was increased while insulin-induced phosphorylation of AKT of HFD-O was reduced (35%) compared to SC-O mice. Conclusion: The activation of proteins related to UPR in both tissues of HFD-O suggests that it is under metabolic stress condition. This cellular response may be related to diminished activation of the AKT by insulin and increased phosphorylation of ACC in the hypothalamus leading to damage to the signal of satiety and glucose homeostasis in the offspring. Support: Fapesp/CNPq. CO.57 CILIARY NEUROTROPHIC FACTOR PROTECTS MICE AGAINST TYPE 1 DIABETES THROUGH SOCS3 EXPRESSION: ROLE OF STAT1/STAT3 BALANCE IN BETA-CELL DEATH Rezende LF1, Santos GJ1, Boschero AC1 1 State University of Campinas (Unicamp) – Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica Backgrounds and aims: Ciliary neurotrophic factor (CNTF) protects pancreatic islets against cytokine-induced apoptosis and increases SOCS3 expression. Type 1 diabetes (DM1) is characterized by a cytokine-dependent loss of pancreatic islet beta-cell mass with subsequent hyperglycaemia. Finally, beta-cell apoptosis seems to be induced by STAT1 and inhibited by STAT3 activation. We evaluated if CNTF protects mice against STZ-induced type 1 diabetes, if this protection is dependent of SOCS3 expression and what the role of STAT1/STAT3 activation in CNTF effects on beta-cell apoptosis. Material and methods: For MLDS, 4-6 weeks-old mice for 5 days citrate buffer (C), 40 mg/ kg of STZ (S), 0.1 mg/kg of CNTF (N) or both (NS). We developed S171 temas livres SOCS3 knockdown mice (SOCS3Kd) by Antisense technique. We assessed mice fed glycaemia in days 0, 1, 7, 14, 21, and 28 after first injection. DM1 considered as blood glycaemia > 250 mg/dl for 2 days. We evaluated mice overall glycaemia and DM1 incidence. Pancreatic islets were isolated by collagenase method, wild-type and siRNA SOCS3kd MIN6 cells were cultured with only citrate buffer (C), 10 ug/ml of IL1beta (I), 1nM of CNTF (N) or both (NI). Protein expression and phosphorylation by Western-Blot. (n = 4-6) Data = Mean ± SEM. P < 0.05. Results: CNTF reduced DM1 incidence by 90% in wild-type mice but only by 10% in SOCS3kd mice. In Wild-type mice, CNTF increased STAT3 (210 ± 8%) and reduced STAT1 (57 ± 11%) phosphorylation, while in SOCS3kd mice CNTF further increased STAT3 (321 ± 5%) but was unable to reduce STAT1 (119 ± 12%). STZ reduced STAT3 (39 ± 8%) and increased STAT1 (199 ± 9%) phosphorylation, while in SOCS3kd mice STZ was unable to reduce STAT3 (101 ± 15%) but further increased STAT1 (286 ± 12%). This was also observed in MIN6 cells. CNTF prevented STZ-induced pancreatic islets apoptosis and IL1beta-induced MIN6 cells apoptosis in wild type mice and cells, but not in SOCS3kd mice and cells. Conclusion: CNTF protects mice against DM1 through increased survival of pancreatic islets, and this protection is dependent of SOCS3 increased expression. Finally, SOCS3 expression and beta-cell death are both dependent of the balance between STAT1/ STAT3 activation. Financial support: Fapesp/CNPq/INOD. CO.58 EFEITO DO TRATAMENTO COM FENOFIBRATO E INSULINA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CUTÂNEAS DE RATOS DIABÉTICOS Abreu LLF1, Caricilli AM2, Picardi PK3, Razolli D2, Araújo E2, Amaral MEC4, Esquisatto MA5, Saad MJA2, Lima MHM6 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Enfermagem; 2 Unicamp – Clínica Médica; 3 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Unicamp – Clínica Médica; 4 Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas) – Departamento de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas; 5 Uniararas – Anatomia; 6 Faculdade de Ciências Médicas – Enfermagem 1 Amputações e úlceras no pé em pacientes diabéticos, além de comprometer a qualidade de vida, são também um problema de saúde pública. A insulina tem sido usada topicamente para tratar feridas diabéticas e mostrou acelerar o processo de cicatrização tecidual. Um estudo recente demonstrou que o fenofibrato está associado a menor número de amputações de membros inferiores em pacientes com diabetes do tipo 2, provavelmente por meio de mecanismos não lipídicos. O objetivo deste estudo foi investigar a associação e os efeitos do fenofibrato sistêmico em relação à insulina tópica na cicatrização de feridas de ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. O diabetes foi induzido em ratos utilizando estreptozotocina. Depois de quatro dias, foi realizada lesão no dorso dos animais diabéticos e essa lesão foi tratada com insulina ou fenofibrato ou insulina + fenofibrato ou placebo como controle. Nos dias 3 e 9, os animais foram sacrificados e as lesões foram extraídas. Comparado aos demais grupos, o tratamento de insulina melhorou o infiltrado inflamatório, a angiogênese, as fibras de colágeno maduras, bem como a ativação das proteínas da via de sinalização da insulina e a expressão de SDF-1α, VEGF, TGF-β e TNF-α e a cicatrização mais rápida da ferida. Em conclusão, os resultados deste estudo indicam que a aplicação sistêmica do fenofibrato via oral em doses terapêuticas não melhora a cicatrização de feridas em ratos diabéticos e uso de insulina tópica isolada é mais eficaz. CO.59 POST-RECEPTOR IGF-1 INSENSITIVITY RESTRICTED TO THE MAPK PATHWAY IN A SILVER-RUSSELL SYNDROME PATIENT WITH HYPOMETHYLATION AT THE IMPRINTING CONTROL REGION ON CHROMOSOME 11 Montenegro LR1, Leal AC1, Countinho DC1, Nishi MY1, Mendonça BB1, Arnhold IJP1, Jorge AAL1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introduction: Demethylation of the paternal imprinting center region 1 (ICR1 in 11p15) was associated with SRS phenotype in 43%-64% of cases, causing a reduction in IGF2 expression. Clinical studies suggesS172 ted a mild form of IGFs insensitivity in these children. Objective: To assess in vitro IGF1 action in fibroblasts culture from a SRS patient with IGF1 insensitivity. Subject: A 6.9 yr boy, born small for gestational age (birth weight SDS = -3.0 and length SDS = -5.2) with typical SRS features, was evaluated by important short stature. His height SDS was -5.4, laboratory evaluation disclosed elevated IGF-1 and IGFBP-3 levels (> 2 SD) and exaggerated GH peak at stimulation test (32 mcg/ ml). The patient was treated with rhGH (66 mcg/kg/d) with no clear improvement in growth rate, despite an additional increase in IGF1 and IGFBP-3 levels, indicating IGF-1 insensitivity. Demethylation of ICR1 was shown by MLPA. The patient has a normal karyotype and normal IGF1 and IGF1R coding sequences. Methods: Cultures of fibroblasts from the SRS patient and controls were established. IGF1 action was assessed by cell proliferation, AKT and p42/44-MAPK phosphorylation. Gene expression was determined by real-time PCR. Results: Despite normal IGF-1R, fibroblast proliferation induced by IGF-1 was 50% lower in SRS fibroblasts in comparison to controls. SRS fibroblasts presented similar AKT but 65% decreased p42/44-MAPK phosphorylation. A PCR-array analysis disclosed a defect in MAPK pathway characterized by an increase of DUSP4 and MEF2C genes expression in patient fibroblasts. Fibroblasts from the SRS patient presented a 14x increase in IGFBP3 mRNA and 2.8x more IGFBP-3 secretion to culture serum medium. Treatment with desIGF-1, which does not bind to IGFBPs, did not recovered ERK phosphorylation. Conclusions: A post-receptor IGF-1 insensitivity was characterized in one severe affected SRS patient with ICR1 hypomethylation. Our results suggest a specific defect in MAPK pathway in this patient, involving an increase of DUSP4 expression, a molecule implicate in the inactivation of MAPK signaling. Albeit our study was based on unique severe affected patient, the present results raise an intriguing possibility to explain the post-natal growth impairment observed in SRS patients. Analyses of larger cohorts are needed to explore the role of specific MAPK-pathway defect mediated growth failure in SRS patients. Funded by: Fapesp grants 05/50144-2 and 06/52583-6. CO.60 MICRORNA EXPRESSION IN R337H P53 MUTATED CHILDHOOD ADRENOCORTICAL CANCER Colli L1, Leal LF2, Mermejo LM1, Scrideli CA2, Tone LG2, Yunes JA3, Seidinger AL3, Mastellaro MJ4, Bradalise SR3, Saggioro F5, Martinelli Jr CE2, Moreira AC1, Antonini SRR2, Castro M1 1 School of Medicine of Ribeirão Preto of University of São Paulo (FMRP-USP) – Internal Medicine; 2 FMRP-USP – Pediatrics; 3 Boldrini Children’s Center – Molecular Biology; 4 Boldrini Children’s Center – Pediatric Oncology; 5 FMRP-USP – Pathology Adrenocortical tumors (ACT) are 15-times more frequent and associated with high prevalence of the p.R337H P53 germline mutation in Southern Brazilian children population. We evaluated the influence of p.R337H P53 mutation in miRNA expression and maturation by qPCR in childhood ACTs. We studied 55 patients (12M/43F). The p.R337H P53 mutation was found in 48 out of 55 ACTs, classified as stage stage I (n = 28), stage II (n = 9), stage III (n = 12), and stage IV (n = 6). There was no difference in the expression of let-7a, miR-16, miR-16.1, miR-21, miR-34, miR-143, miR-145, miR-150 nor in ACTs compared to normal adrenals neither in ACTs with or without p.R337H P53 mutation; however miR-449 was higher in ACTs compared to normal adrenals (10.4-fold change; p < 0.001) and in ACTs harboring the p.R337H P53 mutation (5.5-fold; p < 0.001) compared to ACTs without mutation. Regarding hormone excess, let-7a and miR-16 showed lower expression whereas miR-150 showed higher expression in patients with virilization, suggesting differential miRNA expression related to different adrenal cell histotypes. We found no differential pri-miR-449 expression between normal adrenals and ACTs and between the p.R337H P53 mutated and non-mutated ACTs. In conclusion, mature miR-449 is up-regulated in ACTs, mainly in ACTs harboring the p.R337H P53 mutation. Pri-miR-449 presented the same expression in ACTs with and without p.R337H P53 mutation, suggesting that the miR-449 higher expression seems to be a post-transcriptional event. Therefore, our data suggest a transcription-independent modulation of miR biogenesis intrinsically embedded in a tumor suppressive program governed by P53. PÔSTERES PT.001 DIABETES INSIPIDUS E HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS Belino DL1, Andrade AR1, Blankenburg C1, Machado VC1, Guerra RA1, Portes E1, Sa LBPC1, Barbosa ER1 1 Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE/SP) – Endocrinologia e Metabologia Diabetes insipidus (DI) é um distúrbio incomum, caracterizado por poliúria (diurese superior a 40 ml/kg/dia em adultos e 100 ml/kg/ dia em crianças), geralmente acompanhada de polidipsia. Há quatro mecanismos causadores da doença: incapacidade de sintetizar e/ou secretar ADH (diabetes insipidus central), resposta renal inadequada ao ADH (diabetes insipidus nefrogênico), ingestão excessiva de água (polidipsia primária) e metabolismo acelerado do ADH durante a gestação (diabetes insipidus transitório da gravidez). O diabetes insipidus central apresenta diversas etiologias que podem ser primárias (anomalias genéticas), secundárias (traumas, neoplasias, cirurgias, infecções, lesões vasculares, histiocitose de células de Langerhans, sarcoidose), ou causas idiopáticas. Relatamos o caso de um homem, de 34 anos, 85 kg, tabagista, com história de poliúria (diurese 130 ml/kg/dia), polidipsia e osmolaridades plasmática e urinária: 282 e 60 mOm/ kg, respectivamente. Realizado teste de restrição hídrica, interrompido após 3h por causa de hipernatremia (sódio = 150 mEq/L). Após aplicação de desmopressina intranasal, houve importante aumento da osmolaridade urinária (de 67 mOm/kg para 273) e normalização da natremia (sódio = 146), confirmando DI central. Posteriormente, recebeu o diagnóstico de histiocitose pulmonar de células de Langerhans (HPCL), baseado na história clínica e tomografia de tórax. A HPCL, doença rara de etiologia desconhecida, ocorre geralmente em adultos jovens, tabagistas, com envolvimento predominante pulmonar. Os principais sintomas são tosse seca e dispneia aos esforços. Em relação ao envolvimento extrapulmonar, as lesões ósseas, da pele e o envolvimento da região hipotálamo-hipófisária com diabetes insipidus são as alterações mais frequentemente observadas no adulto. O diagnóstico pode ser estabelecido em pacientes com achados clínicos compatíveis que apresentam características típicas da doença na tomografia de tórax. Até o presente momento, nenhuma terapêutica se mostrou eficaz no tratamento da HPCL e o efeito benéfico da cessação do tabagismo na evolução da doença foi demonstrado apenas em alguns relatos. Dessa forma, buscamos destacar a importância da suspeita dessas patologias pouco frequentes a fim de diagnosticá-las corretamente. PT.002 TUMOR PRODUTOR DE PROLACTINA EM CLÍVUS – RELATO DE CASO Portes E1, Barbosa ER1, Ramalho MCB1, Santos LM1, Valle AMC1, Marocco TS1 1 Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) – Endocrinologia Tumor em clívus é incomum e seu diagnóstico diferencial é um desafio. Em ordem de frequência, os tumores que mais acometem o clívus são cordoma, meningioma, astrocitoma, tumores de células germinativas, linfoma, metástase e, raramente, adenoma pituitário ectópico. Um tumor em clívus associado à hiperprolactinemia pode ser um prolactinoma ou, mais raramente, um cordoma. Existem 30 casos relatados na literatura de prolactinoma em clívus e três casos de cordoma produtor de prolactina. Relatamos um caso de um paciente do sexo masculino, de 58 anos, que procurou o ambulatório de neurologia com queixa de cefaleia há três meses, sem outros sintomas. A tomografia de crânio evidenciou um tumor em clívus e investigações adicionais mostraram prolactina sérica de 1.331 ng/mL e testosterona de 60 ng/mL. Iniciou-se o tratamento com cabergolina 1 mg 2x/ semana pela maior probabilidade de ser adenoma. O paciente evoluiu com melhora dos sintomas clínicos e redução dos níveis de prolactina para 21 ng/mL em 15 meses de tratamento. Também houve aumento dos níveis de testosterona para 198 ng/mL, estabilização do tamanho e alteração do sinal do tumor na ressonância magnética, não sendo necessária abordagem cirúrgica durante três anos de acompanhamento. Com este relato, objetivamos ressaltar a possibilidade de um tumor em clívus ser um adenoma hipofisário ectópico funcionante, além de revisar os diagnósticos diferenciais e discutir as possibilidades terapêuticas. PT.003 IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO NA NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 2A: RELATO DE CASO Paranhos GC1, Cordioli MICV1, Magno GM1, Napoli TF1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Maciel RMB2, Camacho CP2, Lindsey SC2 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; 2 Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) 1 Introdução: Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM 2) é uma síndrome de herança autossômica dominante, causada por mutações ativadoras no proto-oncogene RET e subdividida em tipo A, B e carcinoma medular de tireoide (CMT) familiar. A NEM 2A é a mais comum e definida pela presença de CMT, feocromocitoma e hiperparatireoidismo primário (HPTP). Relato do caso: FVLQ, 46a, masculino, antecedente de prótese em quadril bilateral por fratura. Indicada revisão da prótese com artroplastia total à direita por nova fratura. Durante indução anestésica, evoluiu com taquicardia e hipertensão, que não responderam ao uso de metoprolol e progrediram para edema agudo de pulmão e hipertermia. Após tentativas de reversão do quadro e PCR, declarado óbito com 14h do início. Na revisão do prontuário, observaram-se relatos de arritmia durante cirurgia pregressa; episódios de taquicardia, precordialgia e náuseas; lombalgia; dosagem sérica de cálcio 10,2 mg/dl (VR 8,6-10) e resultado de Holter sem alterações. Necrópsia com resultado anatomopatológico de CMT e feocromocitoma bilateral multifocais. Paciente considerado caso índice de NEM 2A e convocados familiares de primeiro grau para pesquisa genética. Sobrinha relata que pai (irmão do caso índice) apresenta massa cervical e episódios de rubor facial e diarreia. Essa sobrinha é a única que aceitou realizar investigação genética. ACLC, 12a, feminina, assintomática, realizou mapeamento genético com RET+ no códon 634. Indicada tireoidectomia total profilática. Exames pré-operatórios: calcitonina de 11,8 pg/ml (VR < 5) e US de tireoide com alteração textural difusa da glândula. Dosagem sérica de cálcio e PTH normais, dosagem hormonal de metanefrinas e catecolaminas e RM de adrenais normais. No intraoperatório, foram observados dois nódulos em tireoide que na congelação mostraram malignidade. Submetida à tireoidectomia total com esvaziamento ganglionar nível VI. Anatomopatológico confirmou CMT de 0,4 e 0,3 cm em lobo direito e lobo esquerdo, respectivamente, com hiperplasia de células C no restante do parênquima tireoidiano. Conclusão: Na maioria das NEM 2A, a mutação no RET ocorre no códon 634, éxon 11, com risco elevado para CMT. O diagnóstico molecular é importante para indicação de tireoidectomia total profilática até 5a de idade, com o objetivo de impedir a manifestação clínica da doença. Entre 90%-100% dos portadores da mutação desenvolvem CMT, 57%, feocromocitoma e entre 15%-30%, HPTP. Bibliografia: 1. Kloos RT. Thyroid. 2009;9:565. 2. Brandi ML. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86:5658. PT.004 ACANTOSIS NIGRICANS MALIGNA COMO MANIFESTAÇÃO DE SÍNDROME DE CUSHING ACTHDEPENDENTE POR CARCINOIDE DE PULMÃO Vasconcelos AGA1, Nascimento LAC1, Cavalcante FFG1, Aragão DHP2, Hissa MN1, Quezado R1, Martins MRA1, Quidute ARP1 1 Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC – Serviço de Clínica Médica Introdução: A secreção ectópica de ACTH representa 10%-15% dos casos de síndrome de Cushing, sendo a principal causa o carcinoma de pequenas células do pulmão, seguido pelo carcinoide brônquico e carcinoide tímico. A acantosis nigricans maligna (ANM) é uma dermatose paraneoplásica caracterizada pela presença de hiperpigmentação e placas verrucosas aveludadas simétricas, localizadas em superfícies flexoras, sendo comumente encontrada em situações metabólicas como diabetes, obesidade e algumas síndromes genéticas. A presença S173 PÔSTERES de ANM, associada a tumor carcinoide produtor de ACTH, configura o achado cutâneo como manifestação paraneoplásica. Relato de caso: Homem, de 19 anos, ganho ponderal de 25 kg em um ano, gordura centrípeta, estrias, cãimbras, fraqueza muscular, polaciúria, polidpsia e noctúria. Exame físico: fáscie em lua cheia, peso = 88,8 kg, estatura = 1,67 m, IMC = 31,84 kg/m2, PA = 150 x 90 mmHg. Pele: estrias escuras em tórax, abdome e membros, hiperceratose e hiperpigmentação palmoplantar, unhas escuras. Membros inferiores: edema (2+/4+). Excluído hipercortisolismo exógeno, foi submetido a dosagens hormonais: cortisol livre urinário – mcg/24h 3 amostras: 11939.98, 12028.90, 10413.90 (VR: 28,5-213,7); cortisol às 23h: 54,3 mcg/dl, matinal: 47,1 mcg/dl, após 2 mg dexa: 44,3 mcg/dl, após 8 mg dexa: 26,1; ACTH: 337,0 pg/dl (VR: < 46) – ensaios quimioluminescência. Avaliação bioquímica: sódio 153 mEq/L, potássio 1,8 mEq/L; gasometria venosa: pH: 7,53 HCO3: 50,5 mmol/L BE: +23,2 mmol/L. Teste de tolerância a 75 g de glicose: basal = 117 mg/dL e após 2h = 321 mg/dL. Biópsia cutânea: epiderme evidenciando acentuada hiperceratose com focos de paraceratose, discreta papilomatose e acantose; derme com infiltrado inflamatório mononuclear perivascular superficial. Tomografia computadorizada de tórax: nódulo de 1,3 x 1,1 cm no segmento ápico-posterior do lobo superior do pulmão esquerdo. Conclusão: A apresentação clínica de síndrome de Cushing com hipocalemia grave e persistente em homem com ACTH elevado, associada à hiperpigmentação cutânea e manifestação paraneoplásica exuberante, levou à possibilidade diagnóstica de tumor ectópico produtor de ACTH e norteou a investigação por imagem. Realizada lobectomia superior do pulmão esquerdo; o histopatológico e a imunoistoquímica confirmaram o diagnóstico de carcinoide típico de pulmão produtor de ACTH. Após três meses, houve reversão completa dos achados clínicos. PT.005 NEM TIPO 1 COM MANIFESTAÇÃO ATÍPICA: GIGANTISMO, APOPLEXIA HIPOFISÁRIA, TUMOR DE PÂNCREAS NÃO PRODUTOR E HIPERPARATIREOIDISMO SINTOMÁTICO Macedo RBL1, Mota I2, Ferraz TMBL1, Lima MO1, Muniz AA1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, Henriques IAPM1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza Serviço de Endocrinologia Relatamos o caso de um paciente com gigantismo associado à neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1). Paciente masculino de 20 anos de idade procurou emergência por cefaleia diária em região frontal, que teve piora no último mês, associada à tontura e vômito. Associado a esse quadro, referia também queixas de perda visual em campos bitemporais há cerca de seis meses, sendo então encaminhado ao neurologista que solicitou tomografia computadorizada (TC) de hipófise, que evidenciou lesão expansiva selar de 3,7 cm no seu maior diâmetro, e exames laboratoriais, que mostravam hipercalcemia, hipotireoidismo e hiperprolactinemia, com IGF-1 1.364 ng/mL e GH 29,1 ng/mL. À ectoscopia era um paciente de estatura elevada (2,05 m) para seu alvo final (1,75 m +/- 6 cm), referindo que seu crescimento acelerou a partir dos 16 anos. Foi então encaminhado para o setor de endocrinologia, quando iniciado Octreotide LAR 30 mg. Entretanto, um mês depois, procurou a emergência por queixa de desmaio associado à cefaleia e piora das queixas visuais, sendo então internado e realizada ressonância magnética de hipófise, que mostrou piora da lesão selar com compressão do quiasma óptico, sugerindo apoplexia hipofisária. Foi operado de urgência com sucesso, tendo revertido a perda visual durante os primeiros dias do pós-operatório. Durante a internação, foram observados outros achados, como epigastralgia que piorava à palpação, além da hipercalcemia devida a hiperparatireoidismo e hipotireoidismo, os quais foram tratados clinicamente. O abdome foi investigado com ultrassonografia e tomografia, que mostraram massa sólida de 11 cm em seu maior diâmetro, sendo de origem em cabeça de pâncreas, com glândulas adrenais de aspecto normal, e a hidronefrose sendo devida a um cálculo de 2 cm em terço proximal de ureter à direita. Foi submetido a uma cirurgia de Whipple modificada, sendo ressecada toda a massa e deixados os terços médio e distal do pâncreas, não tendo insuficiência pancreática no pós-operatório. Por S174 causa do hiperparatireoidismo, o paciente realizará cintilografia de paratireoides para realização de paratireoidectomia na mesma internação e está sendo avaliado pela urologia para retirada dos cálculos. Sobre a história familiar do paciente, este perdeu o pai com história de “úlcera perfurada”, possui um irmão que aos 13 anos já estava maior que os meninos da mesma idade e tem dois tios do lado paterno com história de litíase urinária de repetição. PT.006 ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS NA ACROMEGALIA Medeiros MA1, Caccelli M1, Stella LC1, Fraige Filho F1, Inocêncio IT1, Silva PPB1, Arçari GD1, Bacchin RP1, Magalhães JM1 1 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Endocrinologia Introdução: Elevados níveis de IGF-I na cavidade vítrea e no soro foram demonstrados em portadores de retinopatia diabética proliferativa. A produção excessiva de IGF-I local ou a quebra da barreira hemato-ocular resulta na difusão deste à cavidade vítrea e acelera a progressão da retinopatia. O IGF-I acelera a expressão de fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) em algumas linhagens celulares estimulando a doença microvascular diabética por efeito autócrino e/ou parácrino. A inibição do GH pode inibir a neovascularização induzida por isquemia retiniana in vivo. Assim, o GH pode ser relevante na progressão da retinopatia diabética em combinação com IGF-I e VEGF. Relato de caso: Mulher parda, 43 anos, apresentou aumento de extremidades distais, pelos no rosto e membros superiores, há cinco anos. Ciclos menstruais regulares, ganho de 10 kg em dois anos. Negava cefaleia, alteração de acuidade e campo visual. Exame físico: fácies embrutecida com arco zigomático proeminente; prognatismo discreto, pele espessa com acrocórdons; escore de Ferriman 14. Exames: GH > 40 ng/mL; IGF-1 1134 ng/mL; PRL 8,0 ng/ml; TSH 0,88 mU/L; T4L 1,01 ng/dl; LH 2,8 mUi/mL; FSH 5,4 mUi/L; estradiol 26,1 pg/mL; testosterona total 50 ng/dL; cortisol 8,5 mcg/ dL; glicemia 150 mg/dL; colesterol total 221 mg/dL; HDL 33 mg/ dL; TG 213 mg/dL LDL 145 mg/dl. Ecocardiograma normal. Campimetria visual: hemianopsia bilateral temporal. Fundoscopia: pontos de exsudatos duros próximos à mácula bilateralmente. Apresentava aumento da pressão intraocular (PIO 19 mmHg) caracterizando glaucoma de ângulo fechado. RNM: macroadenoma hipofisário de 2,7 x 2,4 x 2,9 cm com expansão para seio etmoidal, esfenoidal e cisterna suprasselar. Após hipofisectomia transesfenoidal, a imunoistoquímica revelou adenoma hipofisário secretor de GH. Discussão: No caso apresentado, houve retinopatia proliferativa diabética associada à acromegalia. Considerando que a acromegalia cursa com diabetes, o atraso diagnóstico pode favorecer a ocorrência de retinopatia diabética. O nível de GH aumentado interfere na regulação da pressão ocular, modificando o fluxo do humor aquoso do globo ocular por meio de alterações na malha trabecular esclerocorneana, achado comum em indivíduos diabéticos, fatores somatórios nessa paciente. Conclusão: Apesar do atraso diagnóstico na acromegalia, a incidência de retinopatia diabética é baixa. Ainda assim, a retinopatia e o glaucoma estão associados à condição do excesso de GH e devem ser ativamente investigados. PT.007IDENTIFICAÇÃO DE DUAS VARIANTES ALÉLICAS NO GENE DO RECEPTOR DA PROCINETICINA 2 (PROKR2) EM UMA COORTE DE PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO Corrêa FA1, Tusset C1, Abreu AP1, Latronico AC1, Carvalho LR1, Brito VN1, Arnhold IJP1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia Contexto: O funcionamento adequado do PROKR2, um receptor ligado à proteína G, é essencial para o desenvolvimento normal dos bulbos olfatórios e para a maturação sexual. Mutações no PROKR2 são causas conhecidas de hipogonadismo hipogonadotrófico isolado. Estudos recentes mostram que as placas adenoipofisária e olfatória possuem uma origem embriológica comum, o que levantou a hipótese de que alguns casos de hipopituitarismo congênito pudessem PÔSTERES ser atribuídos a mutações inativadoras nesse gene. Objetivo: Investigar mutações inativadoras no PROKR2 em pacientes com hipopituitarismo congênito. Pacientes e métodos: Foram estudados 87 pacientes (54 masculinos) portadores de hipopituitarismo congênito. O grupo controle foi formado por 100 indivíduos brasileiros. Foi extraído DNA genômico de sangue periférico e a região codificadora do PROKR2 foi amplificada e sequenciada automaticamente. Resultados: Foram identificadas duas variantes alélicas diferentes em heterozigose no PROKR2 codificando p.R85C e p.R248Q. As variantes foram encontradas em duas pacientes femininas não aparentadas e nascidas de casamentos não consanguíneos. As mutações foram previamente descritas em pacientes portadores de hipogonadismo hipogonadotrófico isolado e não foram identificadas no grupo controle. Estudos funcionais in vitro prévios mostraram redução da mobilização do cálcio em ambas as variantes, e a mutação p.R85C apresenta a ativação da via MAPK reduzida. A variante p.R85C foi identificada em uma paciente do sexo feminino com deficiências de GH, ACTH, LH, FSH e diabetes insipidus parcial. A RNM revelou hipófise anterior normal, transecção de haste e neuroipófise não visualizada. Um aspecto intrigante do caso foi o fato de que a paciente atingiu altura final normal sem o uso de hormônio do crescimento. Nesse caso, foram excluídas mutações nos genes GLI2 e LHX4. A outra variante p.R248Q foi identificada em outra paciente do sexo feminino que apresentava deficiências de GH, TSH, LH, FSH e ACTH parcial. A RNM mostrou hipófise anterior reduzida, trans-secção de haste e neuroipófise ectópica. Nesse caso, foram excluídas mutações no GLI2, LHX4 e HESX1. Conclusão: Identificamos duas variantes alélicas em duas mulheres com hipopituitarismo congênito. O papel dessas mutações no gene da PROKR2 e suas possíveis interações com outras variantes ainda não identificadas ou fatores ambientais na patogênese dessa condição ainda estão por ser esclarecidas por estudos futuros. Auxílio: Fapesp 2005/04726-0. PT.008 MANEJO CLÍNICO DA HIPERPROLACTINEMIA MEDICAMENTOSA: UM DESAFIO PARA O ENDOCRINOLOGISTA Guzman CGA1, Suzuki CM1, Castro MPR1, Harada CMM1, D’Andrea V1, Angeli Padula F1, Paoli FD1, Mazer SR1, Matushita L2, Matushita M2, Machado BGO2 Hospital Ipiranga – Endocrinologia; 2 Fundação Educacional Serra dos Órgãos de Teresópolis – Clínica Médica 1 A hiperprolactinemia faz parte do cotidiano do endocrinologista. Dentre as consequências clínicas, destacam-se hipogonadismo hipogonadotrófico, galactorreia, irregularidade menstrual, diminuição da libido, infertilidade, disfunção erétil e galactorreia. Além disso, o hipogonadismo crônico está relacionado à diminuição da densidade mineral óssea. A investigação da hiperprolactinemia inclui pesquisa de macroprolactina, prolactinoma, além de exclusão de medicações que elevem a prolactina. Diante da identificação de uma causa medicamentosa, os protocolos orientam a suspensão ou substituição da medicação sempre que possível. Na prática clínica, dependendo da patologia e/ou medicamento em questão, tratar esse tipo de etiologia pode ser um desafio e muitas vezes requerer abordagem em conjunto entre as especialidades médicas e multidisciplinar. Descrevemos o caso de um paciente de 25 anos, apresentando quadro psiquiátrico de esquizofrenia e comportamento extremamente agressivo (incluindo tentativas de agressão física a familiares), além de diversas internações em hospitais psiquiátricos e uso de várias medicações para controle de sua patologia de base, entre elas: sertralina, risperidona, levomepromazina, biperideno, prometazina e haloperidol. Paciente foi ao nosso ambulatório para investigação de hiperprolactinemia. Ao exame, apresentava fálus reduzido, diminuição do volume testicular, ginecomastia e obesidade. Apresentava RNM normal, USG que confirmou aumento mamário. Feita hipótese de hiperprolactinemia secundária a medicamentos. Contato com a equipe de psiquiatria para avaliação do quadro, não existindo a possibilidade de suspensão ou troca medicamentosa pelo difícil manejo e controle do quadro psiquiátrico, nem uso de agonistas dopaminérgicos ou reposição hormonal naquele momento clínico (pelo risco de aumento da agressividade). Optou-se inicialmente por acompanhamento clínico, laboratorial e densitométrico em conjunto com a psiquiatria a fim de avaliar o melhor momento para uma nova tentativa de tratamento sem descompensar o quadro psiquiátrico e sem maiores consequências secundárias ao hipogonadismo, como osteoporose. Com esse caso, queremos destacar como o manejo da hiperprolactinemia pode ser difícil dependendo do contexto clínico em que está inserida e a importância da intercomunicação de todos os profissionais implicados no tratamento do paciente, a fim avaliar e balancear riscos e benefícios, além do melhor momento para iniciar a terapêutica. PT.009 DOENÇA DE CUSHING COM QUADRO DE SECREÇÃO ECTÓPICA DE ACTH: A NECESSIDADE DO CATETERISMO DO SEIO PETROSO Pirozzi FF1, Paiola AA1, Jacob VA1, Marino EC1, Santos RA1, Campos RG1, Tostes M2, Laguna Neto D1, Pires AC3 1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia; 2 Famerp – Departamento de Neurocirurgia Endovascular; 3 Famerp – Endocrinologia e Metabologia Paciente masculino de 34 anos, até então hígido, com diagnóstico recente de hipertensão arterial (necessitando do uso de duas classes de anti-hipertensivos) e diabetes mellitus grave (de difícil controle glicêmico com uso de insulina NPH mais de 1 UI/kg/dia), com importante hipocalemia refratária à reposição e investigação positiva para síndrome de Cushing ACTH-dependente, porém com quadro clínico de evolução semelhante à de síndrome ectópica de ACTH (SEA) pela grave hipocalemia e discretas características fenotípicas de Cushing, tornando obrigatória a investigação etiológica com o cateterismo dos seios petrosos inferiores e coleta de exames antes e após estímulo com CRH endovenoso. Apesar do quadro e seu pouco tempo de evolução, o exame foi característico de doença de Cushing pelas relações do ACTH central e periférico, antes (4:1) e após (6:1) estímulo com 100 mcg de CRH e aumento de 220% e de 130% do ACTH e do cortisol periférico, respectivamente. Diante da gravidade do caso e da dificuldade técnica para a realização de hipofisectomia transesfenoidal, tornou-se obrigatória a imediata realização de adrenalectomia bilateral com melhora significativa dos distúrbios associados e o paciente permanece em acompanhamento ambulatorial pelo risco de desenvolvimento de síndrome de Nelson, com reavaliações clínicas, laboratoriais e radiológicas. O relato do caso apresenta a dificuldade da diferenciação etiológica na síndrome de Cushing ACTH-dependente diante de um quadro atípico, grave e de rápida evolução. PT.010 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO E ANOFTALMIA UNILATERAL: UMA ANORMALIDADE DO DESENVOLVIMENTO QUE SUGERE MUTAÇÃO DO SOX2 Blumberg K1, Vieira TCA1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Medicina, Disciplina de Endocrinologia Introdução: O SOX2 é um fator de transcrição expresso na vida embrionária e desempenha papel fundamental no desenvolvimento da hipófise e do prosencéfalo. É codificado pelo SOX2, um gene de éxon único localizado no íntron do SOX2OT (3q26.3-q27), um gene silencioso envolvido na regulação transcricional do SOX2. Em humanos, mutações inativadoras de novo em heterozigose do SOX2 foram descritas em cerca de 30 pacientes. Tais mutações acarretam hipoplasia pituitária, hipogonadismo hipogonadotrófico, anoftalmia e microftalmia bilateral. Em apenas dois casos foi identificada anoftalmia unilateral. Achados adicionais tais como malformações do corpo caloso e hipocampo, surdez neurossensorial, atresia de esôfago e fístula traqueoesofágica também podem estar associados a mutações SOX2. Relato do caso: Paciente de 21 anos, masculino, branco, filho único de pais não consanguíneos, nascido com anoftalmia direita, nistagmo à esquerda e lábio e palato fendidos. A avaliação hormonal hipofisária feita no primeiro mês de vida foi normal. O lábio e S175 PÔSTERES o palato foram corrigidos ao longo do primeiro ano de vida. O desenvolvimento neuropsicomotor foi apropriado e o paciente cresceu no percentil da estatura-alvo até os 11 anos, quando a velocidade de crescimento começou a declinar e ele não entrou na puberdade. Aos 18 anos, sua altura era de 157 cm (< -2SD), idade óssea de 14 anos (< -2SD) e desenvolvimento puberal P1G1. Os testes hormonais revelaram LH < 0,1 (v.n. = 2.0-14 UI/L), FSH = 0.4 (v.n. = 2-10 UI/L), testosterona = 18 (v.n. = 250-964 ng/ml), IGF-1 = 74.7(v.n. = 227964 ng/ml) e FT4, TSH, PRL e cortisol normais. A ressonância de sela feita nessa idade revelou hipoplasia da adenoipófise, neuroipófise não visualizada e um cisto de Rathke com compressão do quiasma óptico. O cisto se estendia à cavidade oral e nasal devido à presença de hipoplasia da asa direita do esfenoide, formando uma meningocele transesfenoidal direita. O diagnóstico foi de hipogonadismo hipogonadotrófico e baixa estatura secundária à falta de esteroides gonadais, uma vez que o crescimento havia sido normal até os 11 anos. O hipogonadismo foi tratado inicialmente com dose baixa de testosterona (66 mg de Durateston a cada três semanas), e a dose está sendo aumentada gradativamente até que a puberdade se complete e o paciente alcance a estatura-alvo familiar. Conclusão: O quadro clínico, hormonal e radiológico desse paciente incita uma investigação molecular do gene SOX2, que está em andamento. PT.011 CONTRIBUTION OF CLINICAL EVALUATION IN ESTIMATION OF PRE-TEST PROBABILITY IN THE DIAGNOSIS OF CUSHING’S SYNDROME UNDER A BAYESIAN PERSPECTIVE Cipoli D1, Martinez EZ2, Castro M1, Moreira AC1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia; 2 FMRP-USP – Departamento de Medicina Social Cushing’s syndrome (CS) diagnosis is difficult. UFC, 1 mg-DST and salivary midnight cortisol had shown similar accuracy on the diagnosis of CS. Elamin et al.1 plotted the likelihood ratio results of these tests in a Fagan nomogram to estimate the post-test probability of CS. The difficulties in estimating pre-test probability of CS are due to rarity of CS and the overlap of clinical findings with other diseases. The Bayesian theory combines clinical suspicion with the test results to estimate the probability that a patient has a disease. In this study, we applied the Bayesian approach to estimate the pre-test probability of CS. A questionnaire was submitted to physicians on 7 endocrine meetings: Brazil (cities: Salvador, Sao Luiz, Franca, Belo Horizonte); Colombia (Bucaramanga), Italy (Napoli); USA (San Diego), from 2008 to 2010, asking the questions: Based on your personal expertise, after obtaining clinical history and physical examination, without using laboratorial tests, what is your probability (expressed in percentage) to diagnose Cushing’s Syndrome?; For how long have you been practicing Endocrinology? Where do you work? A Bayesian beta regression2 investigated the relationship between the average probability of diagnosing CS and the independent variables: duration and place of endocrine practice and city of the meeting. The software WinBugs was used. The parameters were reported as the mean of respective simulated chains and its 95% credible intervals (95% CI). 294 questionnaires were obtained from physicians in the meetings. The mean percentage and 95% CI of probability to diagnosis CS were: Salvador 0.47 (0.42- 0.52); S.Luiz 0.63 (0.51-0.73); Franca 0.61 (0.49-0.71); B.Horizonte 0.49 (0.400.58); Bucaramanga 0.37 (0.31-0.43); Napoli 0.62 (0.55-0.68); S. Diego 0.59 (0.53-0.65). The estimate mean probability was 0.51 (0.48-0.54). There was a positive relation between the probability of clinical diagnosis and years of endocrine practice. The differences on probability of clinical diagnosis among different meetings decreased with the increment of physician endocrine experience. The mean pre-test probability of CS diagnosis using clinical judgment is 51%. These results are influenced by previous endocrine experience. Although, the degree of subjectivity cannot be avoided, Bayesian logic may integrate the clinical picture with laboratory results. Supported: Fapesp and CNPq. References: 1. Elamin MB. JCEM. 2008;93:1553. 2. Brascum AJ. Aust N Z J Stat. 2007;49:287. S176 PT.012 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PRESENÇA DE EVENTO CARDIOVASCULAR EM COORTE DE 40 MULHERES IDOSAS COM HIPOPITUITARISMO POR SÍNDROME DE SHEEHAN Cunha de Alcântara B1, Mendes PP1, Alencar CHM1, Barbosa ALS1, Gomes Neto PS1, Fontenele EGP1, Montenegro Jr R2, Quidute ARP3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 Faculdade de Medicina da UFC – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 3 Hospital Universitário da UFC – Endocrinologia e Metabologia Introdução: A síndrome de Sheehan (SS) é decorrente de necrose hipofisária associada a sangramento no pós-parto, levando a hipopituitarismo (HH). O HH está associado a aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV). Objetivo: Avaliar a presença de fatores de risco cardiovasculares (RCV) e de eventos cardiovasculares (ECV) em coorte de pacientes portadoras de HH por SS. Identificar fatores implicados com a maior longevidade nessa coorte. Casuística e métodos: Foram coletados retrospectivamente dados clínicos e laboratoriais relacionados a RCV: idade, tempo de doença (hipopituitarismo), presença de HAS, história familiar de DCV, antecedentes pessoais de ECV (IAM, angina e AVC), tabagismo, uso de reposição hormonal estrogênica (TRH), presença de síndrome metabólica (SM), perfil lipídico, glicemia. Para análise dos fatores de RCV, o grupo foi dividido em pacientes com história e sem história de ECV. Foi realizada análise com o programa Stata 11. Resultados e conclusão: A média de idade foi de 61,35 ± 13,5 anos, e o tempo médio da doença, de 31,1 ± 10,59 anos na época da coleta dos dados. Todas estavam em reposição de levotiroxina e corticoide e 37,5%, em uso de hipolipemiantes, 42,5% fizeram TRH ao longo do seguimento e nenhuma paciente usou hormônio do crescimento (GH). Vinte e cinco (62,5%) pacientes tinham SM, 6 relataram ECV, 2 com infarto agudo do miocárdio, com desfecho favorável. Analisando as variáveis preditoras de RCV, observamos que o grupo com SM apresentou 16% de ECV, e na ausência, 14%; com prevalência 1,12 vezes maior (IC 95% 0,23-5,36, p = 1,000). Esse dado sugere que a presença de SM não estaria implicada em maior RCV, porém são pacientes com HH de longa data, sem reposição de GH, esperado-se que esse valor fosse significativamente maior no grupo com SM. Encontraram-se 44% de ECV com história positiva de tabagismo, com prevalência pontual de ECV de 6,68 no grupo de fumantes (IC 95% 1,49-31,70, p = 0,016). Nossos dados demonstram a importância do tabagismo como fator de RCV, no HH. No grupo com uso de terapia de reposição hormonal (TRH), apenas 11% apresentaram ECV, sugerindo possível efeito protetor. Vale ressaltar que 37,5% das 40 pacientes usavam estatina. Não houve diferença estatisticamente significante entre as medianas de idade entre os grupos com e sem ECV (p = 0,144), sugerindo que a sobrevida das pacientes não foi modificada e que podem haver fatores protetores para ECV, ainda desconhecidos, atuando nas portadoras de HH. PT.013 HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO FAMILIAR NORMÓSMICO COM VARIAÇÕES FENOTÍPICAS Vasconcelos AGA1, Quidute ARP1, Farias LAGM1, Fontenele EGP1, Quezado R1, Martins MRA1, Castro JDV2 1 Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC – Serviço de Radiologia Introdução: O hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático (HHI) é caracterizado pela ausência parcial ou completa da maturação sexual aos 18 anos, com baixos níveis de gonadotrofinas e testosterona, sem outras alterações no eixo hipotálamo-hipófise. Dos casos, 60% são associados à anosmia, chamados síndrome de Kallmann. Em 40%, há olfato normal. O quadro clínico é heterogêneo, refletindo a variabilidade na deficiência de gonadotrofinas. Relato dos casos: Pct1: homem, 27 anos, desenvolvimento parcial dos caracteres sexuais secundários. Peso: 67 kg, altura: 157,5 cm, envergadura: 184 cm, Tanner: G1P3. Avaliação hormonal: LH: 0,13 µUI/ml (1,5-9,3), FSH: 1,25 µUI/ml (< 15), testosterona total: < 10 mg/dl (300-1.000), PRL: 4,18 ng/ml (2,1-17,7), teste PÔSTERES LHRH: LH basal = 0,35 µUI/ml pico = 4,58 µUI/ml, FSH basal = 0,86 µUI/ml pico = 2,37 µUI/ml. US testicular: testículos tópicos; direito: 1,9 x 1,1 x 1,2 cm e esquerdo: 1,9 x 1,0 x 1,2 cm. Pct2: homem, 25 anos, desenvolvimento parcial dos caracteres sexuais secundários. Peso: 90 kg, altura: 181 cm, envergadura: 189 cm, Tanner: G3P4. Avaliação hormonal: LH: 1,76 µUI/ml (1,5-9,3), FSH: 3,4 µUI/ml (< 15), testosterona total: 43,32 mg/dl (300-1.000), PRL: 5,3 ng/ml (2,1-17,7), teste LHRH: LH basal = 2,2 µUI/ml pico = 37,6 µUI/ml, FSH basal = 3,11 µUI/ml pico = 8,41 µUI/ml. US testicular: testículos tópicos; direito: 3,1 x 1,5 x 2,5 cm e esquerdo: 3,6 x 1,9 x 2,4 cm. Pct3: homem, 22 anos, desenvolvimento parcial dos caracteres sexuais secundários. Peso: 62,4 kg, altura: 176 cm, envergadura: 177 cm, Tanner: G1P3. Avaliação hormonal: LH: < 0,07 µUI/ml (1,5-9,3), FSH: 0,57 µUI/ml (< 15), testosterona total: < 10 mg/dl (300-1.000), PRL: 5,22 ng/ml (2,1-17,7), teste LHRH: LH basal = 0,43 µUI/ml pico = 4,12 µUI/ml, FSH basal = 0,83 µUI/ml pico = 2,0 µUI/ml. US testicular: testículos tópicos; direito: 1,8 x 0,8 x 1,3 cm e esquerdo: 1,6 x 0,7 x 1,5 cm. Negavam hiposmia. Sem consanguinidade entre os pais. Demais eixos hipotálamo-hipófise: normais. RM de sela turca com corte para bulbo olfatório: normal. Conclusão: Os mecanismos genéticos envolvidos no HHI normósmico são diversos e podem envolver genes que regulam o desenvolvimento, secreção e/ou ação do GnRH. Mutações no gene do receptor do GnRH são a primeira causa identificada, e mesmo indivíduos com mutações idênticas podem apresentar fenótipo variado. Outras mutações foram descritas nos genes Kiss-1, TAC3, TACR3, PROKR2 e FGFR1. No entanto, as causas genéticas da maioria dos casos permanecem desconhecidas. PT.014 PACIENTE COM PLASMOCITOMA HIPOFISÁRIO: RELATO DE CASO Merçon FG1, Paranhos GC1, Stape L1, Mandel F1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Santos ARL2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Neurocirurgia 1 Introdução: Os adenomas hipofisários são a causa mais comum de massas selares. Plasmocitomas intrasselares são causas raras de tumores da região selar de origem não hipofisária. Relatamos um caso de um plasmocitoma intrasselar. DGS, 42 anos, masculino, iniciou quadro progressivo de diminuição da acuidade visual bilateral há dois anos. Foi realizada TC de crânio que mostrou tumor em seio esfenoidal de 5,5 cm, com expansão selar e suprasselar, invasão em rinofaringe e calcificações periféricas. Apresentava-se sem clínica de hipo/hiperfunção hipofisária e com exames gerais normais. Realizado perfil hormonal: TSH 4,54 uU/mL (VR: 0.5-5.3); T4L 1,0 ng/dL (VR: 0.7-1.6); GH 0,1 ng/mL (VR: 0.1-5.0); IGF1 198 ng/mL (VR: 94-267); FSH 3,9 mU/mL (VR: 0.7-11.1); LH 2,9 mU/mL (VR: 0.8-7.6); PRL 18,3 ng/mL (VR: 3.7-23.2); TT 292 ng/dL (VR: 286-1511); cortisol 24,5 ug/dL (VR: 5.0 a 25.0). Realizada, após, dosagem de cortisol pós-supressão com 2 mg de dexametasona 12,6 ug/dL (VR < 1,8) e ACTH 40,8 pg/mL. O paciente foi submetido à cirurgia transesfenoidal para ressecção tumoral sem sucesso em virtude de sangramento excessivo, grau de aderência e tamanho do tumor. Retirado material para biópsia. Pelas características e comportamento do tumor e alteração dos níveis de cortisol e ACTH, foi aventada a hipótese de doença de Cushing secundária a carcinoma hipofisário secretor de ACTH. No entanto, o exame anatomopatológico/imunoistoquímico foi compatível com neoplasia de células plasmocitárias com restrição à cadeia kappa. O paciente passou aos cuidados da hematologia, que iniciou investigação de envolvimento sistêmico (não encontrado) e, após terapia com dexametosona, evolui com melhora visual significativa. As alterações iniciais dos níveis de cortisol foram atribuídas ao estresse hospitalar. Conclusão: Revisão da literatura mundial revelou apenas 22 relatos prévios de pacientes nos quais um plasmocitoma solitário/ mieloma múltiplo teve como prima manifestação uma massa selar, em todos os casos simulando clínica e radiologicamente um adenoma hipofisário invasivo não funcionante. O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes com função hipofisária anterior preservada e neuropatias de nervos cranianos, na presença de destruição selar significativa. Referências: 1. Sinnott BP. Intrasellar plasmacytoma presenting as a non-functional invasive pituitary macro-adenoma: case report & literature review. Pituitary. 2006;9(1):65-72. 2. Pitini V. Extramedullary plasmacytoma presented as a non-functional invasive pituitary macroadenoma. J Neurooncol. 2008;88(2):227-9. PT.015 SÍNDROME DE KALLMANN: IDENTIFICAÇÃO TARDIA AOS 27 ANOS EM PACIENTE DO SEXO MASCULINO Firme RM1, Cosso MAM1, Barbosa EN1, Rodrigues LFAA1, Mega TP1, Abreu RK1, Ferreira ACMN1 1 Hospital Madre Tereza – Endocrinologia A síndrome de Kallmann é a causa mais comum de hipogonadismo hipogonadotrófico (HH). Caracteriza-se pela ausência de puberdade espontânea e alterações do olfato. A insuficiência gonadal decorre de anormalidades orgânicas (congênitas ou adquiridas) ou funcionais que vão resultar em secreção deficiente de gonadotrofinas e consequente disfunção das células de Leydig. Apresenta-se com heterogenicidade clínica e genética ampla e tem prevalência estimada de 1:8.000 em homens e 1:40.000 nas mulheres. Os diagnósticos diferenciais principais são o HH normósmico idiopático e a síndrome de CHARGE. Cinco genes foram identificados nessa síndrome até o momento, com detecção de mutação em cerca de 30%. Essa forma de hipogonadismo pode ser reversível após o uso de testosterona. Paciente do sexo masculino, 27 anos, encaminhado ao ambulatório pelo ortopedista para avaliação de alterações musculoesqueléticas. Ao exame foram observados: envergadura desproporcional à altura (190 cm/179 cm), palato ogival, ausência de pelos em áreas andrógeno-dependentes, ginecomastia leve bilateral e genitália masculina infantil com micropênis (3 cm), testículos tópicos e pré-púberes (Tanner P1/G1). O paciente não apresentava queixa de hiposmia, que foi constatada após realização de testes específicos para detecção do déficit. Os exames laboratoriais foram compatíveis com HH: LH de 0,1 mUI (1,24 a 8,26), FSH de 0,62 mUI/ mL (1,27 a 19,26), testosterona total de 0,21 ng/mL (1,75 a 7,81) e testosterona livre de 0,5 pg/mL (12 a 55); não foram observadas outras alterações da função hipofisária e suas glândulas-alvo. A ultrassonografia pélvica e testicular demonstrou testículos hipotróficos bilaterais (0,8 e 0,5 cm3) e órgãos pélvicos masculinos hipoplásicos. A idade óssea estimada foi de 18 anos (Greulich Pyle). A ressonância magnética do encéfalo evidenciou hipoplasia dos bulbos olfatórios; a sela túrcica não apresentou anormalidades. Após avaliação psicológica, que confirmou a autopercepção do paciente como sexo masculino, foi iniciada reposição de testosterona. Nos casos de hipogonadismo hipogonadotrófico em homens com ausência de características sexuais secundárias e proporções esqueléticas eunucoides, a síndrome de Kallmann deve ser aventada. Problemas psicológicos, orgânicos e sociais, de dimensões imensuráveis, com danos irreversíveis na vida do indivíduo, ocorrem quando o diagnóstico é feito tardiamente. A sensibilização e o treinamento dos profissionais da área de saúde para identificação e tratamento precoce da síndrome de Kallmann são de extrema importância, evitando-se que novos casos semelhantes ao apresentado ocorram. PT.016 HERNIAÇÃO DO QUIASMA ÓPTICO E DOS GIROS RETOS COMO COMPLICAÇÃO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO MACROPROLACTINOMA Resende ATP1, Jorge BH1, Souza AFB1, Resende EAMR1, Ferreira BP1, Borges MF1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Departamento de Clínica Médica Introdução: O prolactinoma é o tipo mais comum de adenoma hipofisário, geralmente tratado clinicamente com agonistas dopaminérgicos. Relatamos um caso de macroprolactinoma que evoluiu com herniação das estruturas cerebrais para a região selar. Caso clínico: Paciente masculino, 26 anos, queixando-se de diminuição da acuidade visual, cefaleia e diminuição da libido. As dosagens hormonais mostraram: prolactina: 3.150 ng/mL; testosterona total: 275 ng/mL; S177 PÔSTERES T4 livre: 0,6 ng/dL; TSH: 2,3 mUI/mL; hGH: < 0,5 mUI/mL; LH: < 0,7 mUI/mL; FSH: 0,81 mUI/mL e cortisol: 3,3 mcg/dL. RNM da hipófise evidenciou tumor selar medindo 3,0 cm de diâmetro, invadindo a cisterna suprasselar, comprimindo quiasma óptico e desviando a haste hipofisária. Campimetria visual detectou quadrantanopsia bitemporal. Iniciado tratamento com bromocriptina 7,5 mg/ dia, levotiroxina 100 µg/dia e prednisona 7,5 mg/dia. O paciente fez tratamento irregular durante os 10 anos seguintes ao diagnóstico. Após uso regular de bromocriptina por quatro anos, com doses entre 10 e 20 mg/dia, o paciente evoluiu com melhora nos níveis de prolactina e a RNM da hipófise revelou sela túrcica alargada com tecido hipofisário substituído por imagem cística medindo 1,7 cm, herniação suprasselar e intrasselar dos giros retos e orbitais mediais e quiasma óptico com limites mal-definidos, deslocado caudalmente. Diante desses dados, optou-se pela substituição da bromocriptina pela cabergolina na dose de 3 mg/semana. Atualmente, o paciente apresenta níveis normais de prolactina e refere melhora da acuidade visual, apesar de a campimetria visual evidenciar quadrantanopsia bitemporal superior. A última RNM da hipófise mostra persistência do quadro descrito anteriormente. Discussão: A literatura relata alguns casos de herniação do quiasma óptico em consequência do tratamento com agonistas dopaminérgicos. O caso aqui relatado se assemelha ao descrito por Bangash et al. (2006), em que, após um ano de tratamento com bromocriptina, o macroprolactinoma evoluiu com herniação do quiasma óptico e do giro reto para o interior da sela túrcica, porém sem deterioração visual. Entretanto, há relatos de piora da visão após herniação quiasmática, como os descritos por Taxel et al. (1996) e Dhanwal e Sharma (2009). Conclusão: O tratamento clínico do macroprolactinoma pode resultar em herniação de estruturas cerebrais para o interior da sela túrcica, que pode ser detectada pela ressonância magnética da hipófise, mas que nem sempre cursa com piora visual. PT.017 QUATRO ANOS DE REMISSÃO CLÍNICA DE UM INSULINOMA MALIGNO APÓS QUIMIOEMBOLIZAÇÃO TRANSARTERIAL DAS METÁSTASES HEPÁTICAS COM DOXORUBICINA E ESTREPTOZOTOCINA: RELATO DE CASO Moura RCP1, Nunes VS1, Romeiro FG2, Nogueira CR1, Silva GFS2, Bolfi F1, Bianchi LA1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Endocrinologia e Metabologia; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp – Gastroenterologia Introdução: O insulinoma é um tumor neuroendócrino raro esporádico, familiar ou associado a síndromes genéticas, como a neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1). É predominantemente benigno, com alta taxa de cura após a ressecção cirúrgica. Nos casos malignos, além do tratamento cirúrgico, são necessárias outras modalidades de tratamento para controle das metástases e da hipoglicemia. Descrevemos um paciente com insulinoma maligno e quatro anos de remissão clínica após quimioembolização transarterial das metástases hepáticas com doxorubicina e estreptozotocina. Relato do caso: Homem, 54 anos, previamente hígido, procurou o hospital por causa de tremores, sudorese e crises convulsivas há um ano, associados à perda ponderal de 20 kg. Ao exame físico, apresentava fígado palpável a 4 cm do rebordo costal direito de consistência aumentada. Durante a investigação, foram evidenciadas hipoglicemias recorrentes, e os exames sequentes apontavam para um insulinoma (insulina basal de > 300 mUI/ml com glicemia de 43 mg/dl, peptídeo C e pró-insulina também aumentados). A TC de abdome mostrou um tumor com áreas de necrose e calcificações de 4 cm na cauda pancreática e no fígado várias lesões hipodensas e difusas, maiores que 8 cm, sugestivas de metástases. O paciente foi submetido à pancreatectomia subtotal, esplenectomia e biópsia de uma das lesões hepáticas. O anatomopatológico e a imunoistoquímica confirmaram um carcinoma endócrino bem diferenciado com metástases hepáticas e linfonodais (T1bN1M1). Como o tratamento cirúrgico não foi curativo, o paciente foi submetido a duas sessões de quimioembolização transarterial hepática; a primeira com doxorubicina no lobo direito e a segunda no lobo esquerdo com estreptozotocina. Houve remissão S178 da hipoglicemia, diminuição da insulina basal (16 uUI/ml) e os últimos exames de imagem, quatro anos depois, evidenciaram apenas uma área hipodensa no segmento VIII do fígado, sem outras alterações. O paciente foi também rastreado para MEN1, cujo estudo genético mostrou uma mutação intrônica no gene MEN1 (IVS3-6 C>T), e na investigação clínica foi achado um nódulo adrenal e um microadenoma hipofisário, ambos clinicamente não funcionantes. Conclusão: Os indivíduos com insulinoma maligno devem ter o tumor primário do pâncreas removido cirurgicamente (quando possível em conjunto com a metástase hepática), e nos casos sem remissão da doença, a quimioembolização transarterial hepática com doxorubicina e estreptozotocina pode ser uma opção de tratamento complementar. PT.018 PROLACTINOMAS GIGANTES COM HIDROCEFALIA: RELATO DE DOIS CASOS Macedo FDB1, Figueiredo AEVL1, Chacra W2, Orlandi DM1, Moreira PCO1, Alves GM1, Abucham Filho JZ1, Lengyel AM1 1 Escola Paulista de Medicina (EPM)/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 EPM/Unifesp – Unidade de Neuroendócrino da Disciplina de Endocrinologia Introdução: Os adenomas hipofisários raramente determinam hidrocefalia. Adenomas hipofisários gigantes são definidos como tumores maiores do que 40 mm1. Objetivo: Relatar dois casos de prolactinoma gigante associado com hidrocefalia em homens. Métodos: Caso 1: 42 anos, antecedente de enxaqueca há dois anos, sem tratamento, apresentando mudança no padrão da cefaleia há 20 dias, com piora importante da dor associada à síncope. Referia diminuição da libido. Negava galactorreia ou queixas visuais. Ao exame: papiledema bilateral. Prolactina: 7.787 ng/mL (VN < 25 ng/ml). Testosterona: 138,6 ng/ dL (175 a 781). Demais dosagens de hormônios hipofisários normais. Tomografia computadorizada (TC): lesão selar com extensão suprasselar e invasão de ventrículo lateral direito, com hidrocefalia hipertensiva importante. Realizada drenagem de urgência por meio de derivação ventrículo-peritonial. Tratamento farmacológico: cabergolina 1,5 mg/semana com melhora da disfunção sexual. Caso 2: 45 anos, com quadro de fraqueza em membros inferiores, progressiva, associada à urge-incontinência e cefaleia holocraniana há dois meses e perda visual há um ano. Sem galactorreia ou disfunção sexual. Ao exame: déficit visual completo à direita e hemianopsia temporal à esquerda. Prolactina: 4.135 ng/ml; testosterona: 95 ng/dl, FSH: 1,2 mUI/ml (VN: 1,27-19,26) e LH: 0,75 mU/ml (VN: 1,24-8,62). Demais hormônios hipofisários normais. RNM: formação expansiva selar e suprasselar, 6,4 x 6,1 x 3,8 cm, com compressão de quiasma, envolvimento de seios cavernosos e carótidas, dilatação do sistema ventricular supratentorial, maior à esquerda. Submetido à derivação ventrículo-peritonial. Tratamento farmacológico: cabergolina 2 mg/semana, com melhora da queixa urinária e cefaleia após seis meses, redução da prolactina para 6,9 ng/ml, mantendo déficit visual inalterado. Discussão: Macroprolactinomas geralmente se manifestam com sintomas de hipopituitarismo e/ou alterações visuais por efeito de massa, sendo a ocorrência de hidrocefalia extremamente incomum, principalmente associada à síndrome de hipertensão intracraniana3. A literatura mostra que, mesmo nesses casos, o uso de agonistas dopaminérgicos está associado com boa reposta, reduzindo o volume tumoral e o nível de prolactina, sendo considerado tratamento de primeira linha1,2. Referências: 1. Shrivastava RK. J Neurosurg. 2002;97:299. 2. Corsello SM. Clin Endocrinol. 2003;58:622. 3. Acarone P. J Neurooncol. 2006;76(1):51-4. PT.019 ACROMEGALIA ASSOCIADA A BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO Silva RF1, Seganfredo IB1, Borges DR1, Leão PHM2, Faria NLA3 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB; 2 UCB – Graduando do curso de Medicina da UCB – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB; 3 UCB – Docente – Disciplina de Endocrinologia do Hospital da UCB Introdução: A acromegalia é causada por aumento dos níveis de GH e de IGF-1. Atinge ambos os sexos igualmente, com incidência de 3 a PÔSTERES 4 casos/milhão. A principal causa são tumores hipofisários secretores de GH e pode estar associada a patologias tireoidianas. As principais manifestações clínicas incluem aumento de extremidades, alterações craniofaciais, artralgias, hiperidrose, hipertensão arterial e DM ou intolerância à glicose. O diagnóstico é feito por meio da dosagem do IGF-1, GH durante teste oral de tolerância a glicose (TTOG), entre outros. Trata-se com medicações e/ou cirurgia. Relato de caso: LMSB, feminino, 49 anos, procurou o ambulatório de endocrinologia do Hospital da Universidade Católica de Brasília relatando crescimento de mãos e pés há quatro anos, acompanhados de taquicardia, cefaleia, polifagia, polidipsia, artralgias, hiperidrose e apneia do sono. Ao exame físico, apresentava-se inquieta, com extremidades aumentadas, alteração vocal e sem alterações cardiológicas. Inicialmente, foi submetida a exames laboratoriais e ressonância magnética (RM) de sela túrcica, cujos resultados foram TSH: 0,01 uUI/mL, T4: 1,8 ug/ dl, glicemia de jejum: 102 mg/dl, IGF-1: 458 ng/ml e TRAB 1%. A RM revelou macroadenoma hipofisário à direita medindo 11,5 x 11 x 9 mm. Seguiu-se a investigação com TTOG com dosagem de GH, sendo o resultado basal de GH: 12 ng/ml e glicose: 101 mg/dl, após 2h, GH: 7,12 ng/ml e glicose: 134 mg/dl. A ecografia de tireoide mostrou bócio multinodular; submetida a PAAF e posterior DT I131. Iniciou-se octreotide, havendo melhora significativa dos sintomas, redução dos níveis de IGF1, normalização dos níveis glicêmicos, atualmente eutireoidiana. Discussão: A maioria dos casos de acromegalia tem origem em adenomas hipofisários, e seu diagnóstico demora em média oito anos para ser feito, enquanto o doente desenvolve sinais e sintomas da doença. A doença pode vir acompanhada de hipertireoidismo em 6%-10% dos casos, no início por estímulo do TSH em conjunto com o IGF-1, quando ocorre o bócio difuso, seguido de autonomia tireoidiana e formação de nódulos. Observa-se que o tratamento do macroadenoma com análogos da somatostatina, além de reduzir sintomas causados pelo aumento do GH, diminui alterações advindas da tireoide. Conclusão: Uma vez que a acromegalia pode vir associada a nódulos tireoidianos autônomos, tendo o IGF-1 papel fundamental nessa condição, torna-se fundamental uma investigação detalhada em todo paciente com suspeita dessa síndrome. PT.020 PAN-HIPOPITUITARISMO POR HEMORRAGIA TRAUMÁTICA EXTRAUTERINA NA GESTAÇÃO (“SHEEHAN-LIKE”): RELATO DE CASO Santarosa VA1, Macedo FDB1, Chacra W1, Abucham Filho JZ1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Unidade de Neuroendócrino da Disciplina de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina Introdução: Classicamente, a síndrome de Sheehan ou hipopituitarismo pós-parto decorre de necrose hipofisária secundária à hemorragia uterina no parto. Objetivo: Relatar um caso de hipopituitarismo pós-parto causado por hemorragia sem relação com o parto. Relato do caso: 57 anos, admitida no pronto-socorro com queixa de mal-estar, anorexia, náuseas, vômitos e sonolência excessiva há dois dias. Antecedente de amputação traumática de membros inferiores, há 30 anos, por atropelamento ocorrido no oitavo mês de gestação, quando evoluiu com choque hipovolêmico, tratado com hemotransfusão seguido de parto cesáreo de urgência. Não amamentou, menstruação retornou após o parto, mas entrou em amenorreia definitiva após dois anos. Ao exame físico: PA: 120 x 70 mmHg, FC: 60-70 bpm, com descoramento, desidratação e dor abdominal à palpação. Avaliação laboratorial: Hb: 10,9 g/dL; Htc: 32,7%; TSH: 2,32 mcUI/ml (VN: 0,34- 5,6); T4l: 0,2 ng/dl (VN: 0,58-1,64); FSH: 3,2 mUI/ ml (VN: 3,85- 8,78); LH: 0,81 mUI/ml (VN: 2,18-10,89); cortisol: 1,4 mcg/dl (VN: 6,7-22,6); prolactina: 3,3 ng/ml (VN < 25); IGF1: < 25 ng/ml (VN: 81-225); Na+: 117 mMol/L (VN: 137-148); K+: 3,5 mMol/L (VN: 3,5-5,0), CPK 1576 U/l (VN: 38-174), glicemia: 76 mg/dl, anticorpos antitireoide negativos, indicando pan-hipopituitarismo, com rabdomiólise e hiponatremia. Ressonância magnética: sela vazia. Diagnóstico: pan-hipopituitarismo pós-parto por necrose hipofisária secundária à hemorragia extrauterina no final da gestação. Tratamento e evolução: Reposição hormonal com tiroxina (75 mcg/ dia, V.O.) e prednisona (5 mg/dia, V.O), com melhora progressiva do quadro clínico e laboratorial. Discussão: Trata-se de caso raro, talvez único, já que não encontrado na literatura pesquisada (PubMed – keywords: Sheehan, Sheehan-like, pan-hipopituitarismo, politraumatismo, hemorragia). Demonstra claramente a vulnerabilidade da hipófise gravídica à injúria isquêmica causada por qualquer hemorragia severa, conforme sugerido na fisiopatologia da síndrome de Sheehan. PT.021 CLINICAL AND MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN BRAZILIAN PATIENTS WITH ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM Tusset C1, Trarbach EB1, Silveira LFG1, Mendonça BB1, Castro M2, Guerra Jr G3, Lofrano-Porto A4, Latronico AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) – Endocrinologia; 3 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Pediatria; 4 Hospital Universitário de Brasília – Faculdade de Medicina – Unidade de Endocrinologia Context: Inactivating mutations of the TAC3 and TACR3 genes, which encode the neurokinin B and its receptor, NK3R, respectively, provided compelling evidence for the involvement of this system signaling in the human reproductive axis. Recently, it was reported a frequency of 5% of the TAC3 and TACR3 mutations in a large cohort of patients with congenital isolated hypogonadotropic hypogonadism (IHH), including 60 Brazilians patients. Aim: To update the clinical and molecular data (TAC3 and TACR3 gene analysis) in a larger cohort of Brazilian patients with IHH. Patients and methods: Eight-six patients (58 males and 28 women) with normosmic IHH were selected. The diagnosis of IHH was based on the failure to undergo normal sexual maturation by age 18 yr, low serum sex steroid levels in the setting of inappropriately low or normal gonadotropin levels, and normal central nervous system magnetic resonance imaging. A group of 150 Brazilian individuals who had puberty at adequate age was used as controls. Genomic DNA was extracted from peripheral blood and the entire coding region of both TAC3 and TACR3 genes were amplified and automatically sequenced. Results: Four known distinct inactivating variants (p.G18D, p.L58L, p.W275X, and p.R295S) were identified in the NK3R in four not related males with IHH. Both p.G18D and p.R295S mutations were identified in heterozygous state. The p.W275X, were identified in two of these males, since one in homozygous and in another in heterozygous state in association with the silent mutation (p.L58L). These four variants were not found in any of the control subjects studied. Micropenis without cryptorquidism was detected in two males who carried TACR3 mutations. Gonadotropin levels were low in these patients, except in one who had normal LH and FSH levels. In addition, three previously known polymorphisms, p.K286R, p.L291L, and p.A449T were identified in the NK3R. No new variant was identified in the TAC3 gene in patients with IHH Conclusion: TACR3 mutations were identified in approximately 5% of the Brazilian patients with normosmic IHH. The p.W275X mutation was the most frequent TACR3 variant in this group. The identification of heterozygous mutations in an autossomic recessive condition suggests the presence of an unrecognized second defect or a potential digenic or oligogenic alteration. Supported by: Fapesp # 2005/04726-0 and Capes. PT.022MACROPROLACTINOMA ASSOCIADO à HEMIANOPSIA BITEMPORAL: RECUPERAÇÃO VISUAL COMPLETA COM ALTAS DOSES DE CABERGOLINA Machado AS1, Sousa LS1, Silva LSA1, Martins CLLP1, Felício JS1, Silva TXS1, Okawa T1 1 Centro de Referência Estadual de Endocrinologia, Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (CREED, HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia Introdução: Macroadenomas hipofisários com compressão de quiasma óptico e perda visual são em geral tratados cirurgicamente. Por S179 PÔSTERES conseguinte, não há dados consistentes na literatura sobre a recuperação visual, dose e tempo de tratamento clínico com cabergolina nesses pacientes. Objetivo: Descrever a resposta terapêutica de macroprolactinoma associado à hemianopsia bitemporal com altas doses de cabergolina. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 12 anos, iniciou em julho de 2008 quadro de cefaleia holocraniana de severa intensidade associada à hemianopsia bitemporal progressiva, sem galactorreia. Ao exame físico apresentava perda visual bitemporal, ausência de galactorreia à expressão manual, com estádio puberal M3P3, sem menarca. Exames laboratoriais revelaram dosagens de prolactina = 17.491 ng/ml (VR: 1,9-25,0), TSH = 0,01 UI/ml (VR: 0,4-4,0), T4 livre = 0,6 ng/dl (VR: 0,8-1,9) e IGF-1 = 81 ng/ml (VR: 143-693). Ressonância de hipófise revelou processo expansivo selar e suprasselar de contornos lobulados, bem definidos, determinando aumento das dimensões da sela, com invasão dos seios cavernosos bilateralmente, compressão sobre o quiasma óptico e lobo temporal direito medindo 5,9 x 4,9 cm. Foi submetida à internação hospitalar para tratamento clínico com cabergolina na dose de 3,5 mg/semana, levotiroxina 50 mcg/dia e acetato de cortisona 37,5 mg/dia. Após três meses de tratamento, evoluiu com recuperação completa da visão e remissão da cefaleia. Ressonância após seis meses de tratamento mostrou redução volumétrica importante da lesão hipofisária para 3,2 x 3,0 cm. Conclusão: O tratamento clínico de macroprolactinomas com comprometimento visual com altas doses de cabergolina mostrou-se seguro e efetivo na redução volumétrica tumoral com reversão de alterações visuais. Nosso caso sugere que altas doses de cabergolina em macroprolactinomas com alteração visual poderiam ser uma alternativa terapêutica viável em pacientes que não tolerem procedimento cirúrgico. PT.023INSULINOMA PANCREÁTICO COM MÚLTIPLAS METÁSTASES HEPÁTICAS: RELATO DE CASO Macedo RBL1, Muniz AA1, Aires DP1, Coelho SFM1, Ferraz TMBL1, Mota I1, Saboia JGP1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Endocrinologia Introdução: Insulinomas são tumores raros com prevalência anual de 1:250.000 habitantes. Menos de 10% evoluem com transformação maligna. Relato de caso: Paciente, 49 anos, feminino, iniciou em jun./2010 crises de turvação visual, sudorese, tontura e tremores, principalmente após períodos prolongados de jejum ou em situações de grande estresse emocional. Em nível de atenção primária, foi diagnosticada síndrome hipoglicêmica, sendo referenciada ao nosso serviço. Ao exame físico, obesidade central (IMC = 34,9 e circunferência abdominal = 103 cm), sem outras alterações. Jejum de 10 horas resultou em hipoglicemia sérica (41 mg/dL) associada a níveis séricos inapropriadamente elevados de insulina (12,5 uUI/mL), peptídeo C (4,7 mg/mL) e pró-insulina (46,2 pmol/L). Anticorpo anti-insulina não reagente. TC abdominal com contraste evidenciou múltiplas lesões nodulares hipodensas dispersas pelo parênquima hepático bilobar, hipovascularizadas na fase arterial do meio de contraste, sugestivas de nódulos secundários, a maior situada no segmento I e medindo 5,5 x 5,0 cm e lesão pequena e mal definida na cabeça pancreática. USG endoscópico revelou pelo menos três lesões hepáticas sólidas, bem delimitadas, hipoecoicas, a maior delas medindo 24 x 18 mm; e cabeça do pâncreas apresentando lesão sólida hipoecoica heterogênea, bem delimitada, medindo 9,7 x 7,9 mm, com septação periférica hiperecoica isolada. Tais achados puderam confirmar o diagnóstico de insulinoma maligno com implantes hepáticos secundários. Conclusão: Relatamos o caso de uma paciente portadora de insulinoma de apresentação rara, de reservado prognóstico e difícil tratamento. Referências: 1. Sugiyama T, Kouyama R, Tani Y, et al. Giant malignant insulinoma which developed from a non-functioning pancreatic tumor over a long period of time. Intern Med. 2010;49:1573-9. 2. Varma V, Tariciotti L, Coldham C, et al. Preoperative localization and surgical management of insulinoma: single centre experience. Dig Surg. 2011;28(1):63-73. 3. Janem W, Sultan I, Ajlouni F, et al. Malignant insulinoma in a child. Pediatr Blood Cancer. 2010;55(7):1423-6. 4. Mittendorf EA, Liu YC, McHenry CR. Giant insulinoma: case report and review of the S180 literature. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90:575-80. 5. Hirshberg B, Cochran C, Skarulis MC, et al. Malignant insulinoma: spectrum of unusual clinical features. Cancer. 2005;104:264-72. PT.024 DIABETES INSIPIDUS CENTRAL DE ETIOLOGIA IDIOPÁTICA X AUTOIMUNE: RELATO DE CASO Paranhos GC1, Calmon AC2, Santos MAR3, Scalissi N2, Lima Jr JV2, Namo Cury A4 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia e Metabologia; 2 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 3 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia; 4 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia e Metabologia Introdução: Diabetes insipidus (DI) central é uma desordem crônica caracterizada por poliúria e polidipsia devidos à deficiência de vasopressina. O DI central pode ser de etiologia genética, idiopática, autoimune e secundária. O diagnóstico diferencial entre as formas idiopática e autoimune é difícil na ausência de sinais radiológicos sugestivos de hipofisite autoimune. Relato do caso: BFO, 28 anos, masculino, quadro de sede, polidipsia e poliúria há cinco anos. Exames laboratoriais com Na 146 mEq/l (VR: 135-145) e densidade urinária 1005 (VR: 1015-1030). Submetido a teste de restrição hídrica, sem elevação da osmolaridade urinária, com resposta maior que 50% após DDAVP. RM de sela turca mostrou adenoipófise com dimensões no limite inferior da normalidade e ausência do hipersinal da neuroipófise em T1. Concentrações basais de PRL, TSH, T4L, FSH, LH, testosterona total e GH normais. Exceto cortisol de 4,6 mcg/dl (VR: 5-25). Anticorpos antitireoidianos negativos e ferritina normal. Confirmado diagnóstico de DI central e hipocortisolismo e iniciada reposição com DDAVP e prednisona. Entretanto, a etiologia idiopática ou infundíbulo-pan-hipofisite linfocítica (IPHL) não pode ser estabelecida. Conclusão: Hipofisite linfocítica é uma inflamação crônica autoimune da glândula pituitária, subdividida em adenoipofisite linfocítica (AHL) e infundíbulo-neuroipofisite linfocítica (INHL). Na presença de disfunção da glândula anterior associada a posterior, classifica-se como IPHL. A AHL é mais comum em mulheres durante a gravidez ou no pós-parto, enquanto a INHL e IPHL apresentam incidência semelhante em ambos os sexos. O diagnóstico da IPHL é feito pelo somatório da clínica com achados na RM e anatomopatológico. Imagens observadas na RM são alargamento da glândula e haste hipofisárias, realce homogêneo da glândula após contraste e perda do hipersinal da neuroipófise. Entretanto, este último achado pode estar presente em 10% da população normal. Na literatura, há descrição de aparecimento da imagem radiológica meses mais tarde e resolução autolimitada do processo inflamatório ao seguimento, com ou sem desaparecimento das anormalidades neuroendócrinas. Importante neste caso é considerar autoimunidade e manter seguimento clínico e radiológico periódicos. Bibliografia: 1. Akahori H. Inter Med. 2010;49:1565. 2. Abe T. Brain Tumor Pathol. 2008;25:59. 3. Caturegli P. Endocr Rev. 2005;26:599. 4. Imura H. N Engl J Med. 1993;329:683. PT.025 HIPOFISITE AUTOIMUNE PÓS-PARTO: RELATO DE CASO Feldman RJ1, Dinis VG2, Coelho JPR2, Massaia IFDS3, Lima Jr JV4 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) – Medicina; 2 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Clínica Médica; 3 Santa Casa – Infectologia; 4 ISCMSP – Endocrinologia A incidência da hipofisite primária é de 1 caso para 9 milhões de indivíduos por ano. Jovens do sexo feminino, com idade de 35 anos, no periparto, são as mais acometidas. A apresentação inclui cefaleia, distúrbios visuais e níveis variáveis de hipopituitarismo, sendo as deficiências mais prevalentes a de ACTH (67%) e TSH (53%). Na RNM, em 80% dos casos há massas hipofisárias com sinal isointenso na substância cinzenta e reforço anormal na dura-máter; outros achados são aumento do volume hipofisário e espessamento da haste hipofisária. O exame padrão-ouro é a histologia com inflamação focal ou difusa associada à destruição da hipófise; pela dificuldade de sua realização, o diagnóstico é feito pela história e exame de imagem. Já que PÔSTERES o processo tende a autorresolução, o tratamento é a administração dos hormônios deficitários. Glicocorticoides são restritos aos sintomas neurológicos. LN, feminino, 30 anos, foi ao PS da Santa Casa com queixa de cefaleia occipital intensa, associada à foto e fonofobia há um dia, no quarto dia pós-operatório de parto cesárea. Exame físico: PA 120 x 70 mmHg, FC de 80 bpm, afebril, IMC de 18,4 kg/ m², expressão mamilar com pequena quantidade de leite em mama esquerda e rigidez de nuca. Evoluiu com turvação visual bilateral e hemianopsia temporal direita. Realizados TC, angiorressonância de crânio e análise de líquor, sem alterações. Perfil hormonal: setor tireotrófico normal com TSH de 1.18 uU/mL (VR: 0.5 a 5.3) e T4 livre de 0.9 ng/dL (VR: 0.7 a 1.6). Deficiência de prolactina de 1.9 ng/ mL (VR: 13.0 a 318.0); deficiências dos setores somatotrófico com hormônio de crescimento (GH) de 0.1 ng/mL (VR: Adultos: 0.1 a 5.0), IGF-1 de 107.0 ng/mL (VR: 116 a 424); corticotrófico com cortisol < 1.00 µg/dL (VR: 2.5 a 12.5); gonadotróficos com FSH de 6.0 mU/mL (fase folicular: 2.8 a 11.3 ), LH de 1.6 mU/mL (fase folicular: 1.1 a 11.6) e estradiol de 63 pg/mL (VR: fase folicular : < 160). Foi introduzida dexametasona 4 mg de 6/6 horas com melhora neurológica. A RNM mostrou aumento do volume hipofisário e haste, captação heterogênea na sequência T1 contrastada, colaborando para o diagnóstico de hipofisite pós-parto. O reconhecimento precoce da hipofisite é de grande importância, já que possui grande morbimortalidade relacionada à deficiência de ACTH e desenvolvimento de insuficiência adrenal. Diagnósticos diferenciais como HSA, apoplexia hipofisária e trombose de seio cavernoso devem, do mesmo modo, ser reconhecidas precocemente, pois são potencialmente fatais. Referências: 1. Leung GKK, Lopes MBS, Thorner MO, et al. Primary hypophysitis: a single-center experience in 16 cases. J Neurosurg. 2004;101:262-71. 2. Buxton N, Robertson I. Lymphocytic and granulocytic hypophysitis: a single centre experience. Br J Neurosurg. 2001;15:242-6. 3. Caturegli P, Newschaffer C, Olivi A, et al. Autoimmune hypophysitis. Endocr Rev. 2005;26:599-614. 4. Paiva I, Gomes L, Ribeiro C, et al. Hipofisite autoimune ou linfocítica. Acta Médica Portuguesa. 2003;16:459-64. 5. Gagneja H, Arafah B, Taylor HC. Histologically proven lymphocytic hypophysitis: spontaneous resolution and subsequent pregnancy. Mayo Clin Proc. 1999;74:150-4. 6. Salgadoa MAL, et al. Pregnancy, postpartum autoimmune thyroiditis, and autoimmune hypophysitis: intimate relationships. Autoimmun Rev. 2010;9(3):153. [doi:10.1016/j.autrev.2009.06.001]. 7. Hashimoto K, Takao T, Makino S. Lymphocytic adenohypophysitis and lymphocytic infundibuloneurohypophysitis. Endocr J. 1997;44:1-10. 8. Thodou E, Asa SL, Kontogeorgos G, et al. Clinical case seminar: lymphocytic hypophysitis: clinicopathological findings. J Clin Endocrinol Metab. 1995;80:2302-11. 9. Menon SK, Sarathi V, Bandgar TR, et al. Autoimmune hypophysitis: a single centre experience. Singapore Med J. 2009;50(11):1080. 10. Karaca Z, Tanriverdi F, Unluhizarci K, et al. Pregnancy and pituitary disorders. Eur J Endocrinol. 2010;162:453-75. 11. Caturegli P, Newschaffer C, et al. Autoimmune hypophysitis. Endocr Rev. 2005;26:599-614 [originally published online Jan 5, 2005]. cirúrgico, apesar da dificuldade na remoção, seguido de radioterapia. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com cordoma em região de sela túrcica. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 64 anos, há cerca de três meses com cefaleia de baixa a moderada intensidade em região parietal esquerda. Em 20/12/2009, apresentou episódio de forte intensidade que o levou a procurar assistência médica de urgência, obtendo alívio parcial do quadro com analgésico parenteral. Com menos de 24 horas, apresentou novo episódio, dessa vez acompanhada de ptose palpebral esquerda e estrabismo convergente no olho esquerdo, sendo encaminhado à emergência de um hospital terciário. TC de crânio mostrou imagem isodensa selar de 3,2 x 2,5 cm comprimindo arcabouço ósseo e provável compressão de pares cranianos. RNM mostrou lesão expansiva heterogênea, com hipossinal em T1 e hipersinal em T2. Avaliação hormonal mostrou comprometimento do eixo tireotrófico; demais eixos normais. Campimetria visual sem alterações. Paciente foi submetido à ressecção do tumor por via transes fenoidal. Laudo histopatológico evidenciou cordoma. Foi indicada, diante do diagnóstico, complementação do tratamento com radioterapia. Paciente encontra-se estável e em acompanhamento ambulatorial com reposição de levotiroxina. Conclusão: As massas na região da sela túrcica podem ter várias etiologias, algumas delas bastante raras, sendo muito importante a definição etiológica, já que a forma de tratamento ou o tipo de abordagem cirúrgica podem ser bastante distintos. PT.026 CORDOMA COMO DIAGNÓSTICO DE MASSA SELAR: RELATO DE CASO Lima MO1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, De Paula WG1, Gondim JA2 Lima MO1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Gondim JA2, Muniz AA1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia 1 Introdução: Cordomas são tumores raros, invasivos, originários de remanescentes da notocorda. Representam 1% de todos os tumores ósseos malignos e 0,1% a 0,2% de todas as neoplasias intracranianas. Sua localização mais comum é o clívus. O envolvimento da região selar é ainda mais raro. Têm como principal característica a invasividade local, com alta recorrência após tratamento cirúrgico. Predomina em homens e na faixa etária dos 30 aos 50 anos. As manifestações clínicas dependem de sua localização, predominando o envolvimento de nervos cranianos, cefaleia e diplopia. O tratamento de escolha é o PT.027LEONTÍASE ÓSSEA SECUNDÁRIA A HIPERPARATIREOIDISMO: RELATO DE CASO Rebouças PFB1, Rosa VDL1, Almeida TL2, Cunha TCM1, Borges EO1, Rebouças RFB3 1 3 Hospital de Urgências de Goiânia – Departamento de Clínica Médica; 2 UFG; Universidade Federal de Goiânia (UFG) – Departamento de Radiologia A leontíase óssea urêmica é caracterizada por hipertrofia dos ossos da face e do crânio devida a hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal crônica. Essa hipertrofia pode cursar com neuropatias compressivas, obstrução das vias aéreas superiores, disfagia e disartria, ocasionadas pelas graves deformidades ósseas faciais. O objetivo desta apresentação é relatar o caso de RKAP, sexo feminino, 29 anos, com antecedentes de insuficiência renal crônica, em diálise, desde os 12 anos de idade pelo diagnóstico de disgenesia renal. Apresenta-se com HAS severa e refratária, anemia crônica, pneumopatias e sinusopatias de repetição e hiperparatireoidismo secundário diagnosticado há 13 anos (PTH: 1.050 pmol/l). A TC de crânio evidenciou espessamento cortical da calota craniana e dos ossos da face, além de múltiplas lesões líticas de permeio difusas nos ossos do crânio e da coluna cervical. Depois de afastados os diagnósticos etiológicos diferenciais de leontíase óssea (doença de Paget, displasia fibrosa, doença óssea inflamatória reativa), o diagnóstico clínico-radiológico foi estabelecido como leontíase óssea urêmica, uma doença rara, com aproximadamente 50 casos descritos na literatura. PT.028MASSA SELAR E HIPOPITUITARISMO – MANIFESTAÇÃO DE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS METASTÁTICO: RELATO DE CASO Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia 1 Introdução: Metástase de neoplasias para hipófise, apesar de incomum, é um importante diagnóstico diferencial das massas selares ocorrendo em até 1% dos tumores de hipófise. Afeta, principalmente, pacientes acima de 50 anos. As neoplasias de mama, em mulheres, e pulmão, em homens, respondem por dois terços dos casos, seguidos dos cânceres de próstata (6%) e trato gastrointestinal (5%). Carcinoma de células renais aparece com 2,6% dos casos. O sintoma mais comum é o diabetes insipidus (45,2%), sendo seguido por comprometimento visual (27,9%), hipopituitarismo (23,6%), paresia de pares cranianos (21,6%) e cefaleia (15,8%). Objetivos: Relatar um caso de um paciente com metástase de carcinoma de células renais para a hipófise. Relato de caso: Paciente, S181 PÔSTERES sexo masculino, 69 anos, há cinco anos com cefaleia frontal progressiva, comprometimento visual, redução da libido, rarefação de pelos e há 24 horas da admissão quadro de sonolência e afasia. Não relatava poliúria ou polidipsia. Exame oftalmológico evidenciou hemianopsia bitemporal. Apresentava história pregressa de nefrectomia radical esquerda para exérese de CA de células renais, há seis anos. Exames de imagem (TC e RNM de crânio) mostraram massa em região hipofisária (3,0 x 3,0 x 2,0 cm). TC e ultrassonografia de abdome mostraram massa em adrenal direita. Dosagens hormonais mostraram pan-hipopituitarismo. Foi submetido à ressecção tumoral hipofisária por via transesfenoidal, tendo laudo histopatológico evidenciado neoplasia de células claras, compatível com metástase de hipernefroma. Em segundo tempo, foi realizada adrenalectomia D. Diante do quadro, foi encaminhado à radioterapia para tratamento do remanescente tumoral hipofisário. Segue atualmente estável e em acompanhamento ambulatorial com reposição de glico e mineralocorticoide, hormônio sexual masculino e levotiroxina. Conclusão: Esse caso demonstra que lesões neoplásicas metastáticas, apesar de incomuns, fazem parte do diagnóstico diferencial das massas em região de sela túrcica, podendo mimetizar o quadro clínico-laboratorial de um macroadenoma hipofisário. PT.029 HIGH PREVALENCE OF MICROPENIS AND CRYPTORCHIDISM IN BRAZILIAN PATIENTS WITH CONGENITAL HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: IMPACT OF TESTOSTERONE THERAPY STARTED IN ADOLESCENCE OR ADULTHOOD ON FINAL PENILE LENGTH Faria AM1, Silveira LFG1, Gurgel Teles M1, Abreu AP1, Brito LP1, Domenice S1, Latronico AC1, Costa EMF1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 Background: Micropenis and cryptorchidism have been classically associated with congenital isolated hypogonadotropic hypogonadism (IHH). A previous study reported low prevalence of micropenis and cryptorchidism in IHH, lacking sensitivity to aid in the clinical diagnosis of this disorder. Aim: To evaluate the prevalence of micropenis and cryptorchidism in a Brazilian cohort of IHH without any prior hormonal therapy and the impact of testosterone replacement started in adolescence or adulthood on penile growth, as well as the presence of pretreatment gynecomastia. Patients and methods: Penile length was measured as previously described and compared to Brazilian standards. Micropenis was defined as a morphologically normal penis, with a stretched length of more than -2.5 SD below the mean value for age. Nineteen patients with Kallmann’s syndrome (KS) and 10 patients with normosmic IHH (nIHH) had basal pretreatment and follow-up measures of penile length after at least 1 year of full dose intramuscular testosterone esters replacement. Mean age of initiation of therapy was 20.5 years in KS (13-41) and 20 years in nIHH (16-26). Basal median LH and total testosterone was < 0.6 IU/l (< 0.6-0.9) and 33.5 ng/dl (11-84) in KS, and < 0.6 IU/l (< 0.6-1.3) and 27 ng/dl (< 14-43) in nIHH, respectively. Results: A history of cryptorchidism was present in 63% of patients with KS and 30% with nIHH and pretreatment gynecomastia in 26% with KS and in 20% with nIHH. All patients had basal penile length compatible with micropenis. Basal average penile length was 5.63 cm (-5.17 SD) in patients with KS and 5.71 cm (-5.44 SD) in patients with nIHH. Post-treatment average penile length was 9.81 cm (-2.93 SD) in KS (gain of 4.17 cm or +2.24 SD, prevalence of micropenis = 68%) and 9.87 cm (-2.89 SD) in nIHH (gain of 4.16 cm or +2.55 SD, prevalence of micropenis = 50%). Conclusion: Micropenis and cryptorchidism are highly prevalent conditions in patients with IHH. This is in accordance with the knowledge that fetal pituitary LH is important for penile growth from midgestation to birth and during the postnatal surge of testosterone during the first 4-6 months of life. Testosterone replacement in adolescence or adulthood markedly improves penile length, although micropenis persists in the majority of patients, mainly in KS. These findings suggest that micropenis and cryptorchidism are important clinical parameters for distinction between IHH and constitutional delay of puberty. S182 PT.030SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO Penna LG1, Pinto MS1, Santos CM1, Dias JCA1 1 Hospital Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia Introdução: A síndrome de Cushing compreende sinais e sintomas associados à exposição prolongada a quantidades excessivas de glicocorticoides. Excluídas as causas iatrogênicas, a doença de Cushing torna-se a causa mais comum. Predomínio em mulheres, entre 20-40 anos. Incidência estimada de 5 a 10 casos/milhão habitantes/ano. Além de rara, essa doença é de difícil diagnóstico, postergando um tratamento que deveria ser realizado rapidamente. Relato de caso: MLBGA, feminino, 49 anos, procurou ambulatório para tratamento de obesidade. Relatava ganho de peso progressivo há três anos, sem resposta a dietoterapia e medicamentos. Notou modificações corporais como deposição de gordura acentuada em região supraclavicular, dorso, abdome. Edema facial e de membros inferiores e alterações de pele. Sedentária, queixava-se de fadiga muscular, além de artralgias que a impediam de exercer suas atividades. Hipertensa. Histerectomia prévia. Ex-tabagista. Ao exame: fácies arredondada, pletora facial, hirsutismo. Giba de búfalo. Deposição de gordura em fossa supraclavicular. Obesidade troncular. Pele fina com áreas de equimose. Edema de membros inferiores. Tireoide sem alterações. P: 107.8 kg, A: 1.58 m, IMC: 43 kg/m2. PA: 160/90 mmHg. Iniciada propedêutica para síndrome de Cushing. Resultados de exames: Hb: 14.5, Ht: 42,5%, Leu: 13900 (278bast/139meta/139miel/10286seg/2085linf/834mon/ 139eos), Plaq: 307000, Creat: 0,84 mg/dl, Na: 142 meq/L, K: 4,7 mEq/L, GJ: 105 mg/dl, Trig: 251 mg/dl, colesterol: 211 (LDL114/ HDL47), TSH: 1,49 (0,34-5,69), cortisol basal: 31,1 mcg/dl (6,722,6), cortisol após 1 mg, DSM: 19,6 mcg/dl (< 5), cortisol livre em urina de 24 horas: 281,1 mcg/24h (21-111), cortisol salivar noturno: 75,1 nmol/L (< 3,6), ACTH: 71 pg/ml (< 4 6), TSH: 1,57, FSH: 2,27 MUI/ml, LH: 4,67 MUI/ml, 17Bestradiol: 129 pg/ml, GH: 0,13 (< 3,61), prolactina: 24,6 (3,3-26,7). US abdome: hepatomegalia leve associada à esteatose moderada-severa. Confirmado hipercortisolismo, solicitada RMN de sela túrcica que evidenciou microadenoma hipofisário de 8/4 mm. Diagnosticada doença de Cushing, submetida à cirurgia transesfenoidal. Evoluiu com hipopituitarismo, iniciada reposição hormonal. Alta em uso de prednisolona, DDAVP e levotiroxina. Conclusão: Diagnóstico e tratamento precoce dessa entidade permitem frequentemente sua remissão; o prolongamento do hipercortisolismo induz alterações irreversíveis, podendo agravar as morbidades e levar à morte. Alto índice de suspeição clínica é fundamental para diagnóstico e instituição de terapêutica adequada. PT.031 HIPOGLICEMIA SEVERA ASSOCIADA À DEFICIÊNCIA ISOLADA DE GH EM HOMEM ADULTO COM HIPOFISITE Santos LL1, Cavalcanti TB1, Poncell MF1, Griz LH1, Aleixo A1, Almeida MOP1, Lima DD1, Bandeira F1 1 Hospital Agamenon Magalhães – Divisão de Endocrinologia e Diabetes Introdução: A hipoglicemia pode ser definida como uma condição clínico-laboratorial caracterizada pela tríade de Whipple: glicemia < 45 mg/dl, sinais e sintomas de hipoglicemia e reversão dos sintomas após administração de glicose. A hipoglicemia é a complicação aguda mais comum no paciente diabético, no entanto é uma condição considerada pouco comum em não diabéticos. A deficiência do GH pode prejudicar a resposta do organismo à hipoglicemia, sendo uma etiologia pouco comum em adultos, principalmente quando essa deficiência hormonal não está associada à de outros hormônios hipofisários. A hipofisite como causa dessa deficiência é infrequente, principalmente em indivíduos do sexo masculino. Relato de caso: Paciente, sexo masculino, 53 anos, admitido na emergência por causa de episódios de hipoglicemia de repetição (HGT 22/33/33). Foi internado para esclarecimento etiológico de tríade de Whipple. Referia perda de peso (6 kg em seis meses, sem dieta). Negava etilismo e uso de medicações. Ao exame físico, apresentava hiperpigmentação de pele e mucosa labial e IMC normal. Exames laboratoriais demonstravam dislipidemia mista e função hepática, pancreática e renal normal. Avaliação hormonal evi- PÔSTERES denciou: cortisol basal das 8h: 17,6 Ug/dl (VR 5 a 25 Ug/dl), testosterona total: 597 (VR 240-816 ng/dL), LH: 8,13 mUI/ml (VR 1,7 a 8,6 mUI/ml), FSH: 13 mUI/ml (VR 1,5 a 12,4 mUI/ml), prolactina: 7,15 (VR 4,8 a 24 ng/ml), T4 livre: 0,89 (VR 0.90 a 1.80 ng/ dL), T3: 126 ng/dl (VR 80 a 200 ng/dl ) e TSH: 1,88 (VR 0,4 a 4,0 mUI/ml). Durante o teste do jejum prolongado, o paciente desenvolveu hipoglicemia com níveis baixos de insulinemia (1 mU/L). Foi, então, submetido ao teste de tolerância à insulina, com glicemia sérica de 19 ng/dL para dosagem do cortisol [24,7 ug/dl (VR > 18 ug/dl)] e GH [0,09 ug/L (VR > 3 ug/L)], sendo constatada deficiência deste último. Para excluir a possibilidade de tumor de células não beta, foram dosados IGF-I: 143 ng/ml (VR 75 a 212 ng/ml) e IGF-II: 448 ng/ml (288 a 736), sendo a relação IGF-II/IGF-I < 10 (normal). Na RNM de sela túrcica, foi encontrado espessamento discreto da haste hipofisária. Diante desses achados, foi feito o diagnóstico de hipoglicemia secundária à deficiência isolada de GH em um homem portador de hipofisite, sendo iniciada reposição de somatropina. Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação incomum da deficiência isolada de hormônio de crescimento no adulto com hipoglicemia de repetição. PT.032EFEITO DO CETOCONAZOL (PRÉ E PÓS-CIRURGIA TRANSESFENOIDAL) EM PACIENTES COM HIPERCORTISOLISMO DEVIDO À DOENÇA DE CUSHING Alves GM1, Gaeta P2, Correa-Silva SR1, Lengyel AM1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia; 2 Unifesp/EPM – Geriatria A doença de Cushing (DC) está associada à elevada morbimortalidade. O tratamento visa à resolução do hipercortisolismo, porém a efetividade da cirurgia transesfenoidal (TE) varia entre 40% e 80%, sendo necessária a utilização de tratamentos adjuvantes. O cetoconazol é um derivado imidazólico que diminui a esteroidogênese adrenal bloqueando sistemas enzimáticos dependentes do citocromo P450. Essa medicação tem sido utilizada no controle do hipercortisolismo antes do tratamento cirúrgico e após cirurgia TE não curativa ou após radioterapia. É descrita redução da cortisolúria em 50% a 93% dos pacientes. Existem poucos estudos sobre o efeito do cetoconazol a longo prazo na DC. Em nosso trabalho, foram avaliados 32 pacientes com DC que receberam cetoconazol, sendo 25 no pré-operatório (PRE) e 16 no pós-operatório (POS). A dose inicial foi de 300 a 400 mg/dia, sendo aumentada até 1.500 mg/dia de acordo com os níveis de cortisol livre urinário (UFC). O tempo máximo de seguimento foi de 12 meses no PRE e 81 meses no POS. Houve redução dos níveis de UFC em 96% dos PRE e 81% dos POS e normalização em 65% e 63%, respectivamente. Clinicamente, houve redução de peso (58%), melhora da fraqueza muscular (86%) e queda dos níveis pressóricos (67%) e glicêmicos (88%) no grupo PRE. Ocorreu aumento transitório das enzimas hepáticas em 20% desses pacientes. Conclusão: O cetoconazol é uma opção terapêutica segura e eficaz que deve ser considerada em pacientes com DC. Pode ser utilizada tanto no pré como no pós-operatório, visando a melhora clínica e controle bioquímico da DC e comorbidades. PT.033 CONGENITAL ISOLATED HYPOGONADOTROPIC HYPOGONADISM: A DETAILED CLINICAL AND MOLECULAR CHARACTERIZATION OF A BRAZILIAN PATIENTS COHORT Silveira LFG1, Teles M1, Abreu AP1, Montenegro LR1, Tusset C1, Beneduzzi D1, Castro M2, Costa EMF1, Lofrano-Porto A3, Baptista MTM4, Garmes HM4, Guerra Jr G5, Mendonça BB1, Latronico AC1, Trarbach EB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM42; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) – Endocrinologia; 3 Hospital Universitário de Brasília – Faculdade de Medicina – Unidade de Endocrinologia; 4 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Endocrinologia; 5 Unicamp – Pediatria Congenital isolated hypogonadotropic hypogonadism (IHH) is a clinically and genetically heterogeneous disorder characterized by impaired pubertal development, secondary to GnRH deficiency. When as- sociated to anosmia, it is called Kallmann syndrome (KS). We describe the phenotypic and genotypic characteristics of a Brazilian cohort of patients with congenital IHH. Detailed phenotypic characterization of 149 patients, 80 with KS (70 males) and 69 with normosmic IHH (nIHH) (47 males) was performed. GnRH1/GnRHR, KISS1/KISS1R and TAC3/TAC3R were studied in nIHH patients, KAL1 in KS and FGF8/FGFR1, PROK2/PROK2R and NDN in both groups. Median age at diagnosis was 18 yrs in KS and 21.5 in nIHH. 28.7% of KS and 20.2% of nIHH were familial. 14% of KS and 51% of nIHH had spontaneous pubarche. All males had micropenis (median = -5.4 SD, range 1.4-10 cm) and 54% of KS and 23% of nIHH had cryptorchidism. All females had hypoplasic uterus (< 30 mL) and ovaries (< 3 mL) and 34% had spontaneous telarche. Median testosterone (T) and estradiol (E2) were similar in KS and nIHH patients (T = 32 ng/dL, range < 14-239 ng/dL, E2 < 13 pg/mL, range < 13-40.2). Median LH levels were < 0.6 U/L in all groups (< 0.6-3.82). 39% of KS patients had synkinesia, 30% had renal malformations and 60.6% abnormal olfactory sulci and/or bulbs on MRI. Genetic defects were found in 34% of all patients, 40% with KS and 27.5% with nIHH. Mutations were more prevalent in familial cases (61% in KS and 71% in nIHH) than in sporadic cases (31% in KS and 16% in nIHH). The most affected genes in KS were KAL1 (16%, males exclusively) and FGFR1 (14%). Less than 1.5% of KS patients had deleterious mutations in FGF8, PROKR2 and PROK2. Synkinesia, renal malformations, cryptorchidism and anatomic olfactory abnormalities were more prevalent in patients with KAL1 mutations. Cleft/lift palate was present only in patients with FGFR1 mutations. In nIHH, the most affected gene was GnRHR (10%). FGFR1 mutations were found in 3% of cases and KiSS1R and TACR3 in 1.4%. No phenotypic differences between patients with and without mutations were found in nIHH. Heterozygous variants in PROK2/PROKR2 and NDN were found in 7.4% and 0.7% of all patients, respectively, and in TAC3 in 1.4% of nIHH. No mutations were found in KISS1 and GnRH1. In conclusion, overall it was not possible to establish a genotype/phenotype correlation. Careful characterization of IHH patients is imperative to increase our understanding of this complex disease. PT.034ESTUDO DAS SOLICITAÇÕES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA SELA TÚRCICA NA PROPEDÊUTICA DA HIPERPROLACTINEMIA, NÍVEIS DE PROLACTINA E SUAS ASSOCIAÇÕES COM O RESULTADO DAS IMAGENS, EM PACIENTES ATENDIDOS NA REDE SUS, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE Cosso MAM1, Drummond MCF1, Cosso FMG2, Dayrell M1 Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – Secretaria Municipal de Saúde; Faculdade de Medicina da Universidade de Federal de Minas Gerais (UFMG) – Acadêmico 1 2 Introdução: A hiperprolactinemia é a alteração mais comum do eixo hipotálamo-hipofisário. Estima-se que ela ocorre em 9%-17% das mulheres com distúrbios reprodutivos. Objetivo: Avaliação da indicação e dos resultados das ressonâncias magnéticas (RM) da sela túrcica autorizadas no Centro Municipal de Alta Complexidade – SUS/BH, Minas Gerais, para estudo da hiperprolactinemia. Desenho: Estudo retrospectivo, observacional, transversal. Método: Análise retrospectiva de 61 solicitações consecutivas de RM da sela túrcica para investigação da hiperprolactinemia, período de 1/7/2009 a 31/9/2010, em pacientes sem diagnóstico prévio de lesões do eixo hipotálamo-hipofisário. Resultados: Das 61 solicitações incluídas no estudo, 60 (98,4%) pertenciam ao sexo feminino e 1 (1,6%) era do sexo masculino. Os sintomas descritos mais frequentemente foram galactorreia (59%), amenorreia (41%), irregularidade menstrual (26,6%) e cefaleia (24,6%). A idade variou entre 12 e 63 anos, com média de 35 anos. Vinte e dois pacientes (36%) apresentaram alterações compatíveis com adenoma hipofisário, sendo 17 (27,9%) microadenomas e 5 (8,2%), macroadenomas. Sete pacientes (11,5%) apresentaram alterações na fossa selar ou suprasselar não compatíveis com adenoma hipofisário. Trinta e quatro pacientes (55,7%) apresentaram a RM normal. Apenas S183 PÔSTERES 6 (9,8%) pacientes foram submetidos à pesquisa da macroprolactina. Quatro pacientes relatavam hipotireoidismo primário com a função tireoidiana controlada e dois pacientes apresentavam discreto aumento do TSH, compatível com hipotireoidismo subclínico. A análise escalonada dos níveis de prolactina a partir de 25 ng/dl até 200 ng/dl ou mais não se correlacionou com a presença ou ausência de alterações da sela túrcica nem com o tamanho do tumor. No entanto, RM alguma com prolactina acima de 200 ng/dl foi normal. Conclusão: A avaliação da hiperprolactinemia deve ser muito criteriosa. A identificação correta da sua causa é, muitas vezes, desafiadora. A abordagem inadequada pode gerar diagnósticos equivocados, com tratamentos desnecessários e consequências imponderáveis aos pacientes. A oferta da pesquisa de macroprolactina no SUS deve ser considerada, pois se trata de ferramenta muito importante na avaliação desse distúrbio. PT.035MUDANÇA NO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 APÓS IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLO SISTEMATIZADO DE ACOMPANHAMENTO Souza MR1, Carvalho VR1, Fontenele EGP1, Martins MRA1, Quezado R1, Castro JD2, Quidute ARP1 1 2 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; UFC – Serviço de Radiologia Introdução: A neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) é uma patologia genética autossômica dominante relativamente rara, caracterizada por desordens hiperplásicas e neoplásicas em órgãos endócrinos tais como paratireoides, hipófise anterior e tecidos endócrinos gastroenteropancreáticos. Objetivo: Comparar o perfil epidemiológico de pacientes com NEM1 após implementação de protocolo de acompanhamento sistematizado entre os anos de 2008 e 2011, incluindo os novos casos diagnosticados até o final do período estudado. Método: Foi traçado o perfil dos pacientes acompanhados neste serviço no ano de 2008 antes do início do protocolo, e a partir desse período foi iniciado protocolo de seguimento para pesquisa de patologias associadas à NEM1, conforme consenso (Guidelines for diagnosis and therapy of MEN type 1 and type 2, JCEM 2001), incluindo os novos casos pesquisados em familiares. Ao final do período, foram reavaliados os mesmos parâmetros clínicos e epidemiológicos. Resultado: Entre os anos de 2008 e 2011, houve um aumento percentual no número de casos de 116% (o número de casos passou de 20 para 43). Entre os 20 pacientes com diagnóstico de NEM1 em 2008, a distribuição com relação ao gênero era 19 mulheres/1 homem e a prevalência das principais manifestações da síndrome foi a seguinte: 95% de hiperparatireoidismo (HPT) (19/20), 60% de tumor hipofisário-TH (12/20), 45% de tumores endócrinos gastroenteropancreáticos (TEGEP) (9/20). Dentre os 43 pacientes listados atualmente com relação ao gênero, 32 são mulheres e 11, homens, enquanto a distribuição das manifestações mostra-se desta forma: 83% HPT (36/43), 76% TH (33/43), 41% TEGEP (18/43). Conclusão: Com o início do acompanhamento sistematizado, houve aumento expressivo no número de casos diagnosticados de NEM1 e uma mudança no perfil epidemiológico com relação ao sexo, assim como uma mudança na prevalência das principais manifestações clínicas, o que reflete o diagnóstico mais precoce da síndrome, em uma fase subclínica. PT.036MOLECULAR ANALYSIS OF TAC3 AND TACR3 GENES IN CHILDREN WITH IDIOPATHIC CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY Tusset C1, Trarbach EB1, Silveira LFG1, Cukier P1, Mendonça BB1, Latronico AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 Context: Loss-of-function mutations of the genes that encode neurokinin B (TAC3) and its receptor NK3R (TACR3) were recently related to the pathogenesis of normosmic hypogonadotropic hypogonadism in humans. Several lines of evidence suggest that neurokinin B might have a role as a regulator of GnRH secretion. Neurokinin B S184 is known to be highly expressed in hypothalamic neurons that also express kisspeptin, a potent stimulator of GnRH secretion. Whether activating mutations in TAC3 and TACR3 can play a role in the pathogenesis of idiopathic central precocious puberty remains unknown. Aim: To determine the presence of polymorphisms and mutations in the TAC3 and TACR3 genes in a large cohort of children with idiopathic central precocious puberty (CPP). Patients and methods: One hundred and eight patients (105 girls and 3 boys) with sporadic or familial CPP were studied. A group of 150 Brazilian individuals who had puberty at adequate age was used as controls. Genomic DNA was extracted from peripheral blood and the entire coding region of both TAC3 and TACR3 genes were amplified and automatically sequenced. Results: A new variant (p.A63P) in the neurokinin B was identified in a girl with CPP. This variant is located out of mature protein (proneurokinin B) and the alanine at position 63 is not a conserved residue among all species. The affected girl had pubertal onset at 7 yr of age. She had advanced bone age (11 year) and pubertal stage Tanner 3. Hormonal evaluation revealed basal LH level (IFMA) 1.2 U/L, LH after acute GnRH stimulation (IFMA) 17.9 U/L, and basal estrogen level (IFMA) 35.2 pg/mL. This variant was not found in any of the control subjects as well in a large cohort of patients with isolated hypogonadotropic hypogonadism previously studied. The segregation analysis revealed that her mother is heterozygous for the p.A63P variant and his father is homozygous for the wild type allele. The affected girl´s mother had a normal pubertal development (menarche occurred at age 12 yr.) Conclusion: A new variant (p.A63P) was identified in a Brazilian girl with CPP. The importance of this variant in the regulation of TAC3 gene translational and in the post-translational modifications remains to be established. Supported by: Fapesp # 2005/04726-0 and Capes. PT.037MUTAÇÕES EM GENES DA CASCATA DE SINALIZAÇÃO SONIC HEDGEHOG (SHH) EM PACIENTES COM HIPOPITUITARISMO CONGÊNITO ASSOCIADO OU NÃO A DEFEITOS DE LINHA MÉDIA CEREBRAL Paulo SS1, Fernandes-Rosa FL1, Diniz WT2, Martinelli Jr CE1, Santos AC2, Moreira AC2, Castro M2, Antonini SR1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Departamento de Puericultura e Pediatria; 2 FMRP-USP – Departamento de Clínica Médica Introdução: A cascata de sinalização SHH atua no desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) e da hipófise. Alterações nessa via podem resultar em defeitos de linha média cerebral e/ou hipopituitarismo. Objetivo: Investigar a presença de mutações nos genes SHH e GLI2 em pacientes com hipopituitarismo congênito e/ou defeitos de linha média cerebral (DLMC). Pacientes e métodos: Foram realizadas análises clínica, laboratorial, neurorradiológica e molecular em 118 pacientes de um único centro de referência (HCFMRP-USP). Foi realizado o sequenciamento automático de todas as regiões codificadoras/transição dos genes SHH e GLI2. Resultados: A idade média ao diagnóstico foi de 10,7 ± 9,5 anos (1,2-27) nos pacientes com hipopituitarismo sem DLMC (n = 62), de 5,8 ± 4,3 anos (0,7-14,4) nos pacientes com displasia septo-óptica (DSO; n = 32), de 7 ± 4,3 anos (0,1-11,7) nos pacientes com anomalia isolada do corpo caloso (ACC; n = 9) e no período pré-natal na maioria do pacientes com holoprosencefalia (HPE; n = 15). Hipopituitarismo anterior, com ou sem deficiência de ADH, foi encontrado em 69%, 67% e 53% dos pacientes com DSO, ACC e HPE, respectivamente. Em um paciente com HPE alobar, lábio leporino, fenda palatina completa, hipotelorismo ocular e hipopituitarismo, uma nova mutação no gene SHH foi encontrada, resultando na inserção de códon de parada prematura (p.Y175X). Na região codificadora do gene GLI2, foram identificadas cinco variações em heterozigose em pacientes com hipopituitarismo: p.V183M (n = 1), p.V432M (n = 1) e p.[M1444I(+)L1445F] (n = 3 – um desses com a síndrome do incisivo único central), p.L761F (n = 1, paciente com DSO). A variação p.A268V foi encontrada em dois pacientes com DSO sem hipopituitarismo. Adicionalmente, três PÔSTERES novas variações silenciosas (c.414G>A, c.720C>T, c.2187C>T) foram observadas. Conclusão: Mutações no gene GLI2 foram encontradas em pacientes com diferentes espectros fenotípicos: hipopituitarismo associado ou não a DLMC ou em pacientes com DLMC sem deficiência endócrina. Nossos dados sugerem que mutações no gene GLI2 são mais frequentes em pacientes com hipopituitarismo com graus variados de DLMC, enquanto mutações no gene SHH parecem ser raras e restritas a pacientes com HPE. Apoio: Fapesp e CNPq. PT.038 PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERPROLACTINEMIA ATENDIDOS NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA Casini A1, Graça MP1, Brandão CD1, Pretti R2, Scárdua EF3, Lacerda CB4, Machado TVC4, Barros TP4, Souza NRC4 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Serviço de Endocrinologia; Laboratório Pretti – Endocrinologia; 3 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Ginecologia Endócrina; 4 Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES (Emescam) – Endocrinologia 1 2 Introdução: A hiperprolactinemia é a alteração endócrina mais comum do eixo hipotalâmico-hipofisário, predominando no sexo feminino. A sua prevalência é bastante variável, sendo de 0,4% em uma população não selecionada até 17% em mulheres com distúrbios reprodutivos. Objetivo: Análise descritiva dos casos de hiperprolactinemia acompanhados no ambulatório de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Material e método: Analisamos 65 prontuários de pacientes encaminhados por hiperprolactinemia registrados no período de janeiro de 2009 a maio de 2011, no momento de sua primeira consulta. Avaliamos sexo, idade, etiologia, níveis de prolactina, tamanho tumoral e medicamentos utilizados. Resultado: Dos 65 pacientes com hiperprolactinemia, 2 (3%) eram homens e 63 (97%) eram mulheres. A idade variou de 17 a 80 anos, média de 37,5 ± 12,6 anos. Com relação às etiologias: 19 pacientes (29%) apresentaram microprolactinomas, 14 (21,5%) foram considerados idiopáticos, 8 (12%) causa medicamentosa, 7 (10,7%) adenoma clinicamente não funcionante (ACNF), 4 (6,1%) macroprolactinoma, 3 (4,6%) sela vazia, 2 (3%) acromegalia, 2 (3%) hipotireoidismo, 1 (1,5%) macroprolactina, 1 (1,5%) cisto de pars intermedia, 1 (1,5%) cisto da bolsa de Rathke, 1 (1,5%) síndrome dos ovários policísticos (SOP), 1 (1,5%) cirrose e 1 (1,5%) craniofaringeoma. No grupo como um todo, a média do nível de prolactina foi de 67,5 ± 69,9 ng/dL. O nível de prolactina variou de 0,9 a 341 ng/mL em pacientes com microprolactinoma em tratamento e macroprolactinoma em ajuste medicamentoso. Dos pacientes com microprolactinoma, 18 (94%) eram mulheres. A dimensão tumoral nesse grupo variou de 0,3 a 0,8 cm, média de 0,5 ± 0,2 cm. Dos pacientes com macroprolactinoma, todos eram mulheres e a dimensão tumoral variou de 1 a 1,4 cm. Dentre as de etiologia medicamentosa, 4 (50%) estavam relacionados a antipsicóticos, 3 (37,5%) a estrogênio e 1 (12,5%) a procinéticos. Quanto ao tratamento, 6 pacientes estavam em uso de bromocriptina (dose variou de 1,25 a 5 mg/dia) e 18 em uso de cabergolina (dose variou de 0,25 a 1,5 mg/ semana), todos com boa tolerância. Nenhum paciente apresentou resistência ao medicamento. Conclusão: A hiperprolactinemia ocorreu com maior frequência em mulheres, tendo como principal etiologia os microprolactinomas. O tratamento em geral foi bem tolerado e nenhum paciente apresentou quadro de resistência medicamentosa. PT.039ABSCESSO HIPOFISÁRIO DURANTE GESTAÇÃO: RELATO DE CASO Romano DB1, Scalissi N2, Rocha A3, Guardia VC4, Lima Jr JV2, Cordioli MICV5 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Clínica Médica; 2 ISCMSP – Endocrinologia; 3 Fleury – Centro de Medicina Diagnóstica – Neurorradiologia; 4 ISCMSP – Endocrinologia Pediátrica; 5 Santa Casa de São Paulo – Serviço de Endocrinologia Introdução: O abscesso hipofisário é uma patologia rara, mas potencialmente letal, que foi descrito inicialmente em 1914 por Sim- monds. Sua origem pode ser a disseminação hematogênica de foco a distância, lesão direta de infecção adjacente, por exemplo: meningite, sinusite esfenoidal, tromboflebite do seio cavernoso ou contaminação de fístula liquórica. Os agentes causais mais comuns são as bactérias Gram-positivas (estafilococcus, estreptococcus e pneumococcus). As manifestações clínicas do abscesso hipofisário são indistinguíveis de outras lesões selares, ou seja, cefaleia, alterações visuais e graus variados de hipopituitarismo e, apesar de ser um processo infeccioso, a prevalência de febre e leucocitose é baixa (cerca de 3%). Objetivo: Descrever o caso de uma paciente que apresentou abscesso hipofisário durante a gestação, evoluindo com pan-hipopituitarismo. Relato do caso: Paciente AAS, de 33 anos, com antecedente de gestação (35 semanas), deu entrada em nosso serviço por causa de quadro de nefrolitíase associada a pielonefrite. Durante a internação, a paciente evoluiu com cefaleia, diplopia e ptose palpebral à esquerda. Ao exame, apresentava paralisia do terceiro par craniano à esquerda. Realizada, então, tomografia de crânio que evidenciou aumento das dimensões hipofisárias, associada a espessamento da haste e coletado LCR que evidenciou padrão de meningite bacteriana (1.550 células, 65% de neutrófilos), proteínas 232 mg/dl e glicose 4 mg/dl. Realizado parto cesáreo após dois dias de antibioticoterapia. Iniciado tratamento com ceftriaxone e dexametasona. Paciente realizou RM de sela túrcica que evidenciou tamanho aumentado da hipófise com área central sugestiva de necrose ou liquefação. Pela possibilidade de abscesso hipofisário, introduzida vancomicina. Paciente evolui bem clinicamente com rea lização de nova coleta de LCR com padrão de melhora importante e RM de controle após 20 dias, que já evidenciava redução da lesão. Paciente recebe alta após quatro semanas de antibioticoterapia ainda em desmame de glicocorticoide com prednisona 5 mg. Posteriormente, realizado perfil hormonal da paciente, que evidenciou deficiência de múltiplos hormônios hipofisários: ACTH: 13,9 pg/mL (VR < 46), cortisol: 8.2 ug/dL (5-25), TSH: 0.62 uU/mL (VR 0,5-5,3), T4L: 0.6 ng/dL (VR 0,7-1,6), GH: < 0.05 ng/mL (VR 0,2-9,9), IGF-1: 107.0 ng/mL (VR 109-307), FSH: 2.0 mU/mL (VR 1,2-12,3), LH: 0.4 mU/mL (VR 1,1-19,0), PRL: 13.5 ng/mL (1,9-25,0), E2: 82 pg/mL. Conclusão: Abscesso hipofisário é uma patologia rara, que pode simular o quadro clínico de outras lesões intrasselares e, portanto, sendo essencial a anamnese para realização desse diagnóstico. Apesar da indicação cirúrgica, esse caso apresentou boa resposta ao tratamento clínico. PT.040 DIABETES INSIPIDUS SECUNDÁRIO À HIPOFISITE RELACIONADA À IGG4 Rocha MGM1, Zucare JRC1, Fernandez FMAO1, Freire DS1, Pereira MAA1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia Geral Introdução: A doença sistêmica relacionada à IgG4 foi descrita recentemente e se caracteriza por infiltrado inflamatório linfoplasmocitário denso associado à fibrose em vários órgãos, isoladamente ou em associação. Tipicamente, a inflamação se estende a tecidos adjacentes. É característico o acometimento de pâncreas, retroperitônio, glândulas salivares e lacrimais, pulmão e hipófise, entre outros. Acomete preferencialmente homens a partir dos 50 anos de idade. O diagnóstico é feito por dosagem sérica de IgG4 ou por estudo histológico (HE e IHQ para IgG4). O tratamento com glicocorticoide é eficaz e de rápida ação, podendo ser usado como prova terapêutica em casos de dúvida diagnóstica. Relatamos o caso de um paciente com pan-hipofisite relacionada à IgG4. Relato: Homem de 18 anos, com poliúria e polidpsia há dois meses; cefaleia progressiva há dois anos, náusea e vômitos há um mês. Exame físico: regular estado geral, emagrecido, ptose palpebral à direita, alteração assimétrica na motilidade ocular extrínseca e redução da acuidade visual mais importante à esquerda. Avaliação laboratorial revelou diabetes insipidus (DI) central, função hipofisária normal, elevação de PCR, IgG4 sérica e relação IgG4/IgG total normais. O exame do líquor revelou aumento de células e proteínas e dosagem de IgG4 elevada. Ressonância magnética mostrou lesão extensa e de características inflamatórias na base de crânio, enS185 PÔSTERES volvendo hipófise, haste, clívus e meninges, com intensa captação do contraste. Biópsia da lesão via transesfenoidal revelou processo inflamatório com predomínio de plasmócitos e áreas de fibrose, com IHQ positiva para IgG4. Não foram encontradas lesões em outros órgãos. A administração de prednisona 60 mg/d levou à melhora do estado geral, resolução da cefaleia, náusea/vômitos e paresias de NCs. O DI, irreversível, foi controlado com desmopressina. Discussão: Apresentamos paciente com pan-hipofisite relacionada à IgG4 determinando DI , sintomas sistêmicos e déficits de NCs. O diagnóstico foi feito por biópsia e determinação de IgG4 liquórica. Caracteristicamente, observamos lesão inflamatória fibrosante e agressiva, com extensão a órgãos contíguos e boa resposta ao tratamento com glicocorticoide. Contrariamente ao comumente descrito, nosso paciente era jovem, com lesão restrita à base do crânio e com níveis séricos de IgG4 normais. A IgG4 liquórica foi realizada pela primeira vez na literatura e pode ser uma arma diagnóstica importante, assim como o estudo histológico. PT.041IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE CÁLCIO SÉRICO NA DETECÇÃO DE NOVOS CASOS DE NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 1 EM PACIENTES PORTADORES DE PROLACTINOMA Rebouças Carvalho V1, Ponte PM2, Cunha de Alcântara B1, Souza MR3, Fontenele EGP1, Montenegro Jr R3, Martins MRA1, Quidute ARP4 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Faculdade de Medicina; 3 UFC – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 4 HU-UFC – Endocrinologia e Metabologia Introdução: A associação dos tumores das paratireóideos, gastroenteropancreáticos (TGEP) e tumores hipofisários (TH) caracterizam a neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1). Em levantamento prévio, constatamos que a apresentação clínica inicial foi atribuída aos sintomas relacionados ao prolactinoma em 60% (12/20) dos casos de portadores de NEM1 em acompanhamento no nosso serviço. Dados na literatura são consistentes com a observação de que os prolactinomas são os mais comumente vistos em associação à NEM1. Objetivos: Determinar a frequência de HPP em portadores de prolactinoma e avaliar a eficácia da dosagem do cálcio sérico total (Ca++) em rastrear novos casos de NEM1. Casuística e métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, entre 2009 e 2010, 149 prontuários de pacientes com prolactinoma, confirmado por dosagens de prolactina, TC e/ ou RNM de sela (13 homens e 136 mulheres), idade 39,72 ± 11,69 anos. Foram aleatoriamente rastreados para hipercalcemia e Ca++ dosado quando o exame não constava no prontuário. Pacientes com [Ca++] ≥ 10 mg/dL foram investigados para HPP com dosagem de Ca++, fósforo e PTH. Análise estatística: utilizado o SPSS® Windows (v.16 Inc. Chicago), p > 0.005. Resultados: Dos 149 pacientes, 60 (40,3%) foram macroprolactinoma e 89 (59.7%) microprolactinoma. Sendo o macroprolactinoma encontrado em 76.9% dos homens e em 36.8% das mulheres (ρ = 0.012). Em 20 dos 149 pacientes, os níveis de [Ca++] foram ≥ 10 mg/dL e fósforo baixo ou normal-baixo. O HPP foi confirmado em 7/20 pacientes com [Ca++] ≥ 10 mg/dL. Novos casos de NEM1 foram diagnosticados em 7/149 (4,7%) dos portadores de prolactinomas. Dos sete pacientes com NEM1, cinco são mulheres (71,4%) e dois homens (28.6%), com média de idade de 38 ± 16,4 anos, média de Ca++ = 10,5 ± 0,33 mg/dl e PTH = 112 ± 39,1 pg/dl. Considerando a subpopulação do sexo masculino, 15.4% foram diagnosticados com NEM1 e, na subpopulação do sexo feminino, 3.7% foram diagnosticadas com NEM1 (ρ = 0.22). Dentre os macroprolactinoma, e microprolactinoma, 8,3% e 2,2% tiveram diagnóstico de NEM1, respectivamente (ρ = 0.184). Conclusão: A dosagem de Ca++ permitiu o diagnóstico de HPP em 4,7% dos portadores de prolactinomas, resultando em novos casos de NEM1. Nossos dados sugerem que adultos jovens, com macroprolactinoma seriam uma população de maior risco; concentrações de Ca++ discretamente elevadas devem ser valorizadas. O diagnóstico correto da NEM1 é necessário em virtude do potencial maligno das neoplasias associadas à síndrome. S186 PT.042ABSCESSO HIPOFISÁRIO: RELATO DE DOIS CASOS COM DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO COM BASE NA RESPOSTA TERAPÊUTICA Cunha FS1, Cescato VAS2, Cunha Neto MBC2, Silva FEF3, Assis DB4, Musolino N2 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia; 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Departamento de Neurocirurgia Funcional – Instituto de Psiquiatria; 3 HCFMUSP – Instituto de Radiologia; 4 HCFMUSP – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 1 Relatamos dois casos com diagnóstico de abscesso selar. Caso 1: Homem, 45a, há seis anos operado e irradiado para acromegalia. Admitido com febre e cefaleia há uma semana, sinais meníngeos e oftalmoplegia E. LCR: 167 cél. com 96% linfo/mono. RM com lesão selar heterogênea iso/hipo em T1 com captação heterogênea e iso/hiper T2, áreas liquefeitas de permeio com restrição à difusão. Aumento inicial de PCR até início de antibióticos (meropenen e vancomicina), com queda progressiva concomitante à melhora clínica. Manteve oftalmoplegia. RM de controle mostrou desaparecimento da lesão selar após 15 dias de antibióticos, mantidos por seis semanas. Recebeu também prednisona 60 mg/d. Houve redução transitória dos níveis de GH e IGF na internação, voltando a elevar após dois meses. Relatou que cerca de um mês antes da internação sofreu extração dentária. Caso 2: Mulher, 68a, sem história prévia de doença hipofisária, admitida com cefaleia há 12 dias que evoluiu com ptose palpebral em dois dias. CT e RM iniciais (julho/2008) mostraram lesão cística com hipersinal em T1 e T2 ocupando região selar e seio cavernoso D. Na ocasião, com diagnóstico presuntivo de apoplexia, tratada com dexametasona, além de reposição para hipopituitarismo diagnosticado na admissão, com reversão do quadro. A RM, 1 m e 1 ano após, mostrou redução discreta da lesão que permaneceu estável até set./2010. Em dez./2010, apresentou piora da cefaleia com aumento do sinal em T1. Operada por via transesfenoidal em jan./2011, com ressecção de material amolecido cujo AP mostrou necrose. Evoluiu com resolução da cefaleia e completa ressecção da lesão à RM PO. Após 3 m, retornou com recidiva da cefaleia, PCR e leucograma alterados e RM com retorno da lesão em seio cavernoso com hipersinal em T2 e restrição à difusão semelhante à pré-operatória. Introduzidos antibióticos vancomicina, ceftazidima e metronidazol com melhora clínica e laboratorial, sendo mantidos por seis semanas. Na história prévia, referiu implante dentário em 2008. Discussão: O abscesso hipofisário é diagnóstico diferencial das massas selares, embora raro, e por isso sua suspeição é subestimada. O tratamento indicado é a associação de cirurgia e antibioticoterapia, no entanto alguns casos agudos podem apresentar boa resposta à antibioticoterapia isolada. Nos nossos casos, o diagnóstico diferencial de apoplexia se impõe, mas os marcadores séricos e o resultado clínico temporalmente relacionado à antibioticoterapia sugerem o diagnóstico de abscesso hipofisário. PT.043INFLUÊNCIA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO CONTROLE HORMONAL DA ACROMEGALIA Bittencourt RQ1, Candioto SL1, Rojas LBA2, Braziliano CB2, Faissol F, Tabet ALO1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia 1 Objetivo: Avaliar a influência da abordagem terapêutica no controle hormonal dos pacientes portadores de acromegalia. Material e método: Estudo retrospectivo, baseado em dados obtidos dos prontuários dos pacientes acompanhados no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Dos 57 pacientes, 4 foram excluídos por falta de exames após início do tratamento. Os pacientes avaliados no estudo foram 37 mulheres e 16 homens, com idade ao diagnóstico variando de 19 a 78 anos. Dos 53 pacientes incluídos no estudo, 38 realizaram cirurgia e, desses 14 complementaram o tratamento com radioterapia. Os pacientes foram considerados controlados hormonalmente, quando atingiram valores de GH menores que 2 ng/ mL e/ou IGFI dentro da faixa de normalidade para idade e sexo. A recidiva tumoral foi avaliada por ressonância magnética de hipófise na- PÔSTERES queles que haviam realizado exame de imagem após o tratamento cirúrgico seguido ou não por radioterapia. Resultados: Dos 22 (41,5%) pacientes controlados, 1 (4,5%) obteve controle apenas com tratamento cirúrgico, 10 (45,4%) com cirurgia e radioterapia adjuvante, 5 (22,79%) com cirurgia associada a tratamento medicamentoso e 6 (27,2%) apenas com tratamento medicamentoso. Os outros 31 (58,5%) pacientes não obtiveram controle da doença, apesar dos tratamentos instituídos. Em relação à recidiva da lesão tumoral, foram analisados 23 pacientes, dos quais, 7 realizaram cirurgia e radioterapia adjuvante, com recidiva tumoral questionável em apenas 1 paciente. Dos 16 pacientes que só realizaram cirurgia, 11 tiveram recidiva da lesão tumoral. Conclusão: Os resultados encontrados mostram bom controle hormonal e menor recidiva tumoral naqueles pacientes submetidos à cirurgia com radioterapia adjuvante. E por ser uma doença de resposta lenta ao tratamento, a probabilidade de melhora é ainda maior nos resultados a médio prazo. PT.044RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS DE DIVERSOS TIPOS NUM GRUPO DE PACIENTES ACROMEGÁLICOS Bolfi F1, Moura RCP1, Resende M2, Miot HA2, Nogueira CR1, Mazeto GMFS1, Nunes VS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp – Departamento de Dermatologia e Radioterapia Introdução: A acromegalia é uma doença crônica decorrente do excesso do hormônio de crescimento (GH), sendo, na maioria das vezes, causada por adenoma hipofisário secretor de GH. Estudos têm sugerido que os pacientes acromegálicos apresentam chance elevada de desenvolver neoplasias benignas e malignas, envolvendo trato gastrintestinal, tireoide e pele. O rastreamento para doenças de cólon nesse grupo de pacientes já é preconizado, mas a pesquisa de outras neoplasias é controversa. Objetivo: Fazer o rastreamento de algumas neoplasias benignas e malignas num grupo de acromegálicos. Pacientes e métodos: Foram incluídos pacientes acromegálicos acompanhados no ambulatório de Endocrinologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, durante os anos de 2005 a 2011. Esses pacientes, além do rastreamento para câncer de cólon por meio da colonoscopia, foram avaliados quanto à presença de hiperparatireoidismo primário (HPP) com a dosagem do cálcio sérico e do PTH, presença de neoplasias dermatológicas e de tireoide, por meio do exame físico e da ultrassonografia de tireoide, respectivamente. Resultados: Foram rastreados 25 pacientes, 68% mulheres e 32% homens, entre 32 e 63 anos. A avaliação parcial mostrou frequência de 4% do adenocarcinoma colônico, 12% do adenoma colônico, 20% de divertículos e 12% de pólipos. Quanto à avaliação para neoplasias de tireoide, 48% apresentaram nódulos, sendo 17% de carcinoma papilífero, 25% de bócio coloide e 8% de adenoma coloide. Onze e seis pacientes precisam ainda ser submetidos à colonoscopia e à ultrassonografia de tireoide, respectivamente. Vinte e dois tiveram a avaliação para HPP, tendo sido confirmada a doença em três deles. Todos esses pacientes eram assintomáticos, e o diagnóstico dessas neoplasias só foi possível pelo rastreamento clínico, laboratorial e de imagem. Quanto à presença de lesões cutâneas, 14 pacientes foram avaliados, e os achados mais comuns foram acrocórdons (71%), cistos epidérmicos (57%) e pseudoacantose nigricante (50%). Conclusão: Embora os dados ainda não estejam completos, nota-se alta frequência de neoplasias de tireoide e HPP nesse grupo de pacientes, ressaltando que, além do carcinoma de cólon, essas doenças também devem ser rastreadas periodicamente na acromegalia. PT.045ADENOMA HIPOFISÁRIO SEGUIDO DE APOPLEXIA: UMA MANIFESTAÇÃO COMUM? Pereira FA1, Andrade RT1, Barakat MA1, Fernandes RA1, Cameli ASR1, Rocha DRTW2, Arbex AK3 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed); 2 Ipemed/São Paulo – Departamento de Medicina Clínica, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FM-UFRJ) – Corpo Docente; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina – Ipemed/SP – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia 1 Introdução: O tumor hipofisário é a causa mais comum de hipopituitarismo. Essa patologia atinge ambos os sexos, sendo mais comum após a quinta década de vida. Sua prevalência é de 200 casos/milhão habitantes. A evolução do adenoma hipofisário para a apoplexia ou sela vazia ocorre em 0,6% a 12,3% dos casos e é diagnosticada na presença de sintomas específicos, como alterações do campo de visão e cefaleia. Relato de caso: EAR, 43 anos, masculino, buscou atendimento em pronto-socorro com quadro de febre, náuseas e vômitos há uma semana. Ele também se queixava de cefaleia diária, de forte intensidade, tontura e insônia há três meses. Foi investigado para dengue clássica, porém exames bioquímicos mostraram-se sem alterações. Evoluiu com piora da insônia, depressão, apatia e ansiedade. Referiu também diminuição da acuidade visual bilateral e perda da libido. Foi iniciado o uso de amitriptilina 25 mg/dia por três meses e, posteriormente, trocada por paroxetina 20 mg/dia, sem quaisquer resultados. Após esse tempo, o paciente deu entrada novamente no Serviço de Emergência após episódio de síncope e convulsões tônico-clônicas generalizadas. Apresentava escala de Glasgow: 6 (1 + 1 + 4), sendo intubado e encaminhado à unidade de terapia intensiva. TC de crânio mostrou lesão intra e suprasselar com extensão cavernosa. A referida lesão comprimia o terceiro ventrículo e a cisterna interpeduncular, apresentando hiperdensidades sugestivas de apoplexia pituitária. RNM de crânio evidenciou macroadenoma hipofisário com foco de provável necrose e sangramento. Demais exames mostraram TSH: 0.144 mUl/ml (0.274.2), T3: 57.6 ng/mL (60-215), T4 livre: 11.09 ngmL (12-22), ACTH: 5.5 pg/mL (5.0-46), IGF-1: 68.7 ng/mL (101-267), HGH: < 0.05 ng/mL (0.06-7.0), sódio: 133 mmol/l (140-148), potássio: 2.9 mmol/l (3.6-5.2). Foi indicada cirurgia endonasal transesfenoidal endoscópica e iniciada reposição com levotiroxina 100 mcg/dia, prednisona 60 mg/dia e hidantal 300 mg/dia. Discussão: A falência hormonal da adenoipófise no pan-hipopituitarismo costuma obedecer à sequência GH>FSH/LH>TSH>ACTH>PRL, porém nos casos de hemorragia hipofisária seguida de necrose (apoplexia hipofisária) há súbita queda de todos esses hormônios. O tratamento consiste na correção cirúrgica da causa base e reposição hormonal continuada. O status pós-cirúrgico nesses casos é bom, com resolução rápida dos sintomas compressivos, pela maior facilidade de ressecção do tumor. Por outro lado, a melhora da acuidade visual nem sempre ocorre. PT.046ADENOMA HIPOFISÁRIO PRODUTOR DE GONADOTROFINAS: RELATO DE CASO Henriques IAPM1, Queiroz PC1, Lima MO1, De Paula WG1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1, Gondim JA2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia; 2 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Neurocirurgia 1 Introdução: Os gonadotrofinomas correspondem a cerca de 30% dos tumores hipofisários. A maioria é clinicamente silenciosa, secretando hormônios ou subunidades hormonais in vitro. A produção hormonal pode ser, ocasionalmente, observada in vivo. Os transtornos visuais e a cefaleia são as principais queixas, bem como graus variados de hipopituitarismo. A RNM é o exame de imagem de melhor acurácia para o diagnóstico. A neurocirurgia transesfenoidal é o método de escolha para o tratamento. Objetivo: Relatar um caso de adenoma hipofisário produtor de gonadotrofinas in vivo, sendo essa apresentação mais rara. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 32 anos, história de cefaleia quase diária que cedia com analgésicos. Há cerca de dois anos, passou a apresentar dificuldade visual, evoluindo com amaurose em olho esquerdo e redução da acuidade visual em campo temporal do olho direito (OD). Realizou RNM de hipófise (julho/2009), que demonstrou volumosa massa sólida com epicentro em sela túrcica e com extensão suprasselar, que mediu 5,5 x 6,0 x 3,7 cm. Campimetria evidenciou perda de campo visual temporal superior e inferior em OD. Retinografia digital mostrou disco óptico pálido em ambos os olhos, sugestivo de compressão de quiasma óptico. Dosagens hormonais (julho/2009) evidenciaram níveis elevados de FSH 20,15 mUi/ml e de testosterona 12,4 ng/ml (VR 2,8-8,0 ng/ml) com LH 4,11 mUi/ml; prolactina diluída de 63 ng/ml, sem outras alterações. Repetidos exames séricos do eixo gonadal confirmando o aumento de FSH 22,35 mUI/mL, com LH 4,66 mUI/mL, testosterona 13,57 ng/mL, alS187 PÔSTERES fetoproteína 4,0 ng/mL, β-HCG menor que 0,100, globulina ligadora de hormônios sexuais 20,5 nmol/L e hormônio glicoproteico hipofisário (subunidade alfa) 2.520 ng/dl (120-790 ng/L). Realizou neurocirurgia por via transesfenoidal em 30 de julho de 2009, com ressecção parcial do tumor. O exame histopatológico foi compatível com adenoma hipofisário. A imunoistoquímica da lesão foi positiva para os anticorpos antiFSH, antiLH e anticromogranina A. Não houve positividade para os demais antígenos pesquisados (ACTH, TSH, GH e prolactina). Exames em pós-operatório tardio (jan./2010) denotam redução dos níveis hormonais de FSH para 2,83 mUI/ml, de LH para 2,39 mUI/ml e de testosterona para 2,95 ng/ml. Conclusão: Trata-se, portanto, de um caso de adenoma hipofisário produtor de FSH e de LH clinicamente silencioso. PT.047 NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA FAMILIAL: A IMPORTÂNCIA DO SCREENING GENÉTICO ADEQUADO Lima CMBB1, Santos JPL1, Correa RV1 1 Universidade de Fortaleza (UFC) – Centro de Ciências da Saúde – Curso de Medicina A neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) é uma doença tumoral de ocorrência familial ou esporádica que envolve tumores nas glândulas paratireoides, pâncreas endócrino/duodeno, hipófise. Estima-se que a incidência seja de 0,01 a 2,5 por 1.000 casos. O diagnóstico de NEM familial é caracterizado pela presença de um caso índex com diagnóstico de NEM1, com pelo menos um familiar de primeiro grau com tumor em uma das três principais glândulas envolvidas. Aproximadamente, 70%-90% dos casos de NEM1 estão associados a mutações no gene supressor tumoral MEN1. Relato de caso: WXR, 63 anos, masculino, referindo múltiplos episódios de cálculos renais que se iniciaram aos 23 anos. Aos 50 anos, em investigação do quadro de dores musculares e redução da libido, foi realizada densitometria óssea com achado de osteoporose grave, sendo prescrita reposição androgênica. Na investigação laboratorial a seguir, foi constatada a elevação do PTH e, posteriormente, aumento na paratireoide. Nessa época, submeteu-se a paratireoidectomia parcial, com retirada de apenas uma paratireoide. Negava qualquer comprometimento pancreá tico. Em 2007, procedeu a screening molecular para NEM1 fora do país, pois referia um irmão mais velho sabidamente portador dessa patologia. Teve confirmado o diagnóstico molecular com mutação no gene Menin (669 + 1G>T). De volta ao Brasil, não procurou assistência médica para investigação. Em 2008, evoluiu com perda súbita da acuidade visual, com achado da RMN de volumosa formação selar e suprasselar sólida de 4,9 x 3 x 2,9 cm, com diagnóstico de macroadenoma hipofisário com degeneração cística. Não foram constatadas elevações nos hormônios hipofisários, sugerindo adenoma não produtor. Realizou-se ressecção cirúrgica transesfenoidal parcial, por causa do comprometimento do nervo óptico, com confirmação anatomopatológica de adenoma hipofisário, complementado com radiocirurgia com acelerador linear em Recife. Paciente relatava história familiar de oito parentes (irmãos ou sobrinhos) acometidos com cálculos renais ou adenoma hipofisário. Atualmente, encontra-se com ótima evolução em uso apenas de reposição androgênica. Conclusão: O gene MEN1 e sua proteína menin possuem um papel importante na patogênese da MEN1 familiar. A análise genética do MEN1 e sua proteína resultam na possibilidade de rastreamento de pacientes que ainda não apresentam manifestações clínicas associadas a essa síndrome, possibilitando diagnóstico e tratamento precoces dos pacientes afetados. PT.048SÍNDROME DE KALLMANN: DIAGNÓSTICO TARDIO Resende AB1, Bizarro VR1, Mesquita LM2, Faria GB1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK3 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia; 2 Ipemed-Belo Horizonte (BH) – Endocrinologia; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina, Ipemed-São Paulo (SP) – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia 1 Introdução: A síndrome de Kallmann (SK), forma mais comum de hipogonadismo hipogonadotrófico (HH), caracteriza-se pela assoS188 ciação deste com hiposmia ou anosmia. Pode ser herdada por caráter autossômico dominante, recessivo ou ligado ao X e apresentar-se na forma familiar ou esporádica. Condição rara, incide em 1:10.000 homens e 1:50.000 mulheres e decorre da migração inadequada dos neurônios produtores de GnRH sobre os bulbos olfatórios, nas primeiras semanas da embriogênese. Relato de caso: LL, 71 anos, masculino, agricultor aposentado, portador de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em acompanhamento cardiológico especializado há dois anos, encaminhado para investigação de fraqueza e desânimo crônicos. Na entrevista, apresentava voz infantil. Relatou anosmia e ausência de pilificação corporal desde a infância, nunca necessitando de se barbear. Tais fatos não eram relevantes para a família, devido ao quadro ser semelhante ao de três tios (dois paternos e um materno). História familiar de câncer de próstata. Sem atividade sexual durante toda a vida, por falta de libido e micropênis. Casou-se uma única vez, aos 30 anos. A experiência conjugal durou um mês, com separação sem consumação da união. Exame clínico: fáscies hipogonádica, com ausência de pelos em todo o corpo e ginecomastia bilateral. Ausculta cardíaca em três tempos com ritmo regular e sopro sistólico (++2/4). Ausculta respiratória e demais aparelhos sem particularidades. Genitália com micropênis (6,5 cm), testículos tópicos (2,3 cm à direita e 2,5 cm à esquerda), porém pré-púberes, Tanner P2 G1. Resultados: Exames laboratoriais: testosterona total: 32 ng/dl (175-781); testosterona livre: 1,8 pg/ml (5,6-19,0 pg/ml); FSH: 0,19 MUI/ML (1,27-19,26); LH: 0,01MUI/ML (1,24-8,62); SHBG: 83,8 nmol/L (13,5-71,4); prolactina: 7,2 ng/ml (2,1-17,7). RNM de sela turca: sem alterações. Conduta: Investigando apneia do sono. Avaliação da urologia sobre a possibilidade de reposição androgênica, por causa de sintomas de hiperplasia. Dosagem de PSA e solicitação de densitometria óssea. Conclusão: Por ser devida a uma disfunção hipotalâmica, a restauração da fertilidade na SK é viável e obtida com gonadotrofinas ou GnRH pulsátil. A testosterona é usada para virilização, melhora da libido e proteção óssea. Nesse caso, em virtude da faixa etária avançada do paciente, a reposição hormonal com testosterona é indicada apenas com finalidade da melhora do seu bem-estar físico e mental. PT.049APOPLEXIA HIPOFISÁRIA – UMA EMERGÊNCIA ENDOCRINOLÓGICA: RELATO DE CASO Penna LG1, Pinto MS1, Dias JCA1 1 Hospital Belo Horizonte – Endocrinologia e Metabologia Introdução: A apoplexia hipofisária é uma síndrome clínica caracterizada por cefaleia intensa, náuseas/vômitos, distúrbios visuais, oftalmoplegia e alteração da consciência. Ocorre, principalmente, em pacientes com adenomas hipofisários que apresentam infarto tumoral extenso ou hemorragia. O aumento da pressão intrasselar pode causar hipopituitarismo, compressão de estruturas vasculares e nervosas e meningite química. Pode acontecer espontaneamente ou em associação com fatores precipitantes. Distúrbio raro, grave e potencialmente fatal. Relato de caso: MCCP, feminino, 42 anos, procurou atendimento de urgência com quadro de cefaleia intensa, vômitos e alteração visual. Períodos de alteração do nível de consciência. Estável hemodinamicamente. ECG 14. Sem déficit neurológico focal. Relato de cefaleia holocraniana há 30 dias, com melhora com analgésicos comuns. Portadora de hipotireoidismo primário em uso de levotiroxina. Sem outras comorbidades. Ciclos menstruais regulares. Não apresentava manifestações clínicas compatíveis com excesso hormonal. Ressonância magnética de crânio identificou lesão expansiva (1,8 x 1,8 x 1,6 cm) selar e suprasselar hiperintensa com áreas hipointensas nas sequências T1, T2 e FLAIR, causando deslocamento superior do quiasma óptico sugestivo de macroadenoma hipofisário com hemorragia. Suspeita de apoplexia hipofisária sendo administradas altas doses de dexametasona (16 mg/dia) com melhora parcial. Resultado de exames: prolactina: 0,9 (4,8-23,3); FSH: 0,6 (folicular 3,5-12,5; meio ciclo 4,7-21,5; luteínica 1,7-7,7); LH < 0,1 (folicular 2,4-12,6/ovulatória 14-95,6; luteínica 1-11,4); ACTH 15,4 (0-46); TSH 0,216 (0,4-5,0); T4L: 1,96 (0,7-1,8), cortisol plasmático 8h: 4,31 (6,2-19,4); IGF-1: 293 (101- PÔSTERES 267); K: 4,6; Na: 130; glicose: 112; PCR: 0,2; Hb: 15; GL: 21.800 (B7%/S75%). Submetida à cirurgia transesfenoidal para exérese da lesão. Evoluiu com melhora da acuidade visual e hipopituitarismo. Alta em uso de DDAVP, prednisona e levotiroxina. Conclusão: Apoplexia hipofisária é uma emergência endocrinológica. Avaliação clínica do paciente com quadro agudo de apoplexia hipofisária proporciona diagnóstico precoce e diminuiu riscos de complicações. Diminuição do nível de consciência e/ou alterações visuais são as principais indicações do tratamento cirúrgico. Disfunção pituitária após o evento pode ter caráter permanente ou transitório. Alto índice de suspeição clínica é fundamental para o diagnóstico e instituição da terapêutica adequada. PT.050 CONDUTA CONSERVADORA NA APOPLEXIA HIPOFISÁRIA: RELATO DE CASO Henriques IAPM1, Lima MO1, Queiroz PC1, Coelho SFM1, Muniz AA1, Mota JIS1, Ferraz TMBL1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia Introdução: Apoplexia pituitária é uma síndrome clínica decorrente de hemorragia e/ou infarto de um macroadenoma hipofisário, ou mais raramente da hipófise normal. A prevalência em pacientes com tumores hipofisários é de 0,6% a 12,3%. O quadro clínico inicial é variável, desde ausência de sintomas a quadros graves. A queixa mais comum é a cefaleia (76%-87%), seguida de déficits visuais (56%-72%), paralisias oculares (40%-45%) e diabetes insipidus (8%). O tratamento pode ser cirúrgico, de preferência, por via transesfenoidal, ou clínico. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente sem diagnóstico prévio de macroadenoma hipofisário, que foi conduzido clinicamente, após quadro de apoplexia hipofisária. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 57 anos, procedente de Fortaleza/CE, refere que em 15/7/2010 iniciou quadro de cefaleia em aperto, holocraniana, de forte intensidade, associada a vômitos e adinamia. Procurou assistência médica por várias vezes, sendo prescritos sintomáticos, sem resolução do quadro. Realizou eletivamente RNM de hipófise em 4/8/2010, que evidenciou formação expansiva, heterogênea, em região hipofisária, de 2,1 x 2,1 x 1,8 cm. Foi admitida na emergência de um hospital terciário após novo episódio de cefaleia intensa associada à queda do estado geral em 25/8/2010. Por causa de ausência de alterações neurológicas e/ou perda visual, optou-se por tratamento conservador com dexametasona (16 mg/dia), com redução progressiva da dose após melhora clínica. RNM hipofisária em 31/8/2010 evidenciou imagem com intensidade de sinal heterogênea em topografia de sela túrcica e de cisterna suprasselar, hipercaptante de contraste, sugestiva de adenoma hipofisário, de 1,2 cm, mostrando, portanto, redução de quase 43% da lesão. Durante o internamento, apresentou quadro clínico de insuficiência adrenal, além de alterações laboratoriais sugestivas de hipotireoidismo, hipogonadismo e déficit somatotrófico. Evoluiu, ainda, com diabetes insipidus transitório, com polidpsia e poliúria (diurese média de 75 ml/kg/24h), com necessidade de DDAVP para controle do quadro. Recebeu alta estável, em uso de prednisona e levotiroxina como reposição hormonal. Conclusão: Diante de um caso de apoplexia hipofisária com diabetes insipidus transitório e pan-hipopituitarismo, porém sem repercussões clínicas importantes (alterações oftalmológicas e/ou neurológicas), a opção pela conduta clínica conservadora pode ser eficaz. Na literatura, esses casos não são comuns e destacamos a evolução favorável do caso. PT.051 HIPONATREMIA GRAVE EM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO TARDIO DE PAN-HIPOPITUITARISMO SECUNDÁRIO À SÍNDROME DE SHEEHAN Filho RR1, Antonelli L1, Lys L1, Kadomoto M1, Amaral APM1, Bonansea TCP2, Brito CM1 Faculdade de Medicina do ABC – Clínica Médica; 2 Beneficência Portuguesa – Endocrinologia 1 Introdução: A insuficiência adrenal pode ser secundária à deficiência na síntese de cortisol pela glândula adrenal, por interferência na se- creção da corticotrofina (ACTH) pela glândula pituitária ou devida à secreção inadequada de hormônio corticotrófico (CRH) pelo hipotálamo, sendo classificada como primária, secundária ou terciária, respectivamente. Entre as causas secundárias, tem-se dado pouca atenção à síndrome de Sheehan, uma das principais causas de insuficiência adrenal, principalmente em regiões pobres do mundo. Caracteriza-se por colapso circulatório pós-parto resultando em necrose hipofisária, pan-hipopituitarismo, falência na lactação puerperal, amenorreia pós-parto, sinais e sintomas de hipotireoidismo e insuficiência adrenocorticais. Objetivo: Relatar o caso de ACP, 62 anos, internada em nosso serviço no terceiro pós-operatório de revascularização miocárdica, evoluindo com crises convulsivas, hipoglicemia e confusão mental. Apresentava antecedentes pessoais de menopausa precoce e agalactia após última gestação. Exames: cortisol sérico: 2,42 mcg/ dL, ACTH: 22,4 pg/mL, LH: 1,55 mUI/mL, FSH: 3,6 mUI/mL, IGF1: 75,9 ng/mL, TSH: 0,92 mUI/l, T4L: 0,23 ng/dL, prolactina: 12,45 mcg/mL, Na: 110 meq/L, K: 4,5 meq/L, glicemia: 50 mg/ dL. Ressonância magnética de sela túrcica: sela vazia. Feita a hipótese de insuficiência adrenal secundária por provável síndrome de Sheehan, foi realizada reposição de corticoide endovenoso e levotiroxina, evoluindo com melhora do quadro. Discussão: O quadro clínico dos pacientes com insuficiência adrenal secundária caracteriza-se por perda de peso, artralgias, fadiga, hipoglicemia e mialgia. A hipercalemia não está presente, refletindo a manutenção da liberação da aldosterona. A hiponatremia é o distúrbio eletrolítico mais comum, podendo estar presente por até 30 anos após o início da doença. Os mecanismos implicados são depleção de volume, deficiência de cortisol, hipotireoidismo e síndrome inapropriada do ADH. O diagnóstico baseia-se na história clínica, na qual estão presentes sinais agudos ou crônicos de hipopituitarismo e presença de sela vazia na ressonância de sela túrcica. Conclusão: A síndrome de Sheehan pode evoluir de maneira lenta, com diagnóstico muitas vezes tardio. Pacientes com hipopituitarismo apresentam aumento da mortalidade quando comparados à população geral. Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para a redução da morbimortalidade de pacientes acometidas. PT.052 FEOCROMOCITOMA MALIGNO: RELATO DE CASO Blankenburg C1, Andrade AR2, Belino DL1, Machado VC1, Pereira C1, Guerra RA1, Portes E1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) – Endocrinologia; 2 HSPE/SP – Endocrinologia e Metabologia 1 Estima-se que 30%-35% da população sejam portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS). A grande maioria apresenta hipertensão essencial, porém entre 5% e 15% apresentam uma causa secundária de hipertensão. São fatores de risco para hipertensão essencial obesidade, raça negra, ingestão alcoólica, história familiar positiva. Porém, as causas secundárias devem ser investigadas principalmente nos casos de início antes dos 25 anos e após 60 anos, HAS de difícil controle apesar da terapêutica adequada e mudança no perfil pressórico do paciente. Deve-se lembrar de doenças renais e renovasculares, hiperaldosteronismo, feocromocitoma, síndrome de Cushing, entre outras endocrinopatias. Descreveremos um caso em que se ilustra a importância do diagnóstico de causa secundária de hipertensão. Mulher, 47 anos, negra. Hipertensa há 20 anos, com difícil controle e diabetes mellitus diagnosticado há um ano. Apresentava quadro de dor abdominal recorrente, com um episódio de abdômen agudo obstrutivo. Realizou tomografia computadorizada de abdômen para investigação diagnóstica, que evidenciou massa abdominal. Exames complementares confirmaram o diagnóstico de feocromocitoma. Noradrenalina urinária 1.741 mg/24h (VR < 80 mg/24h). Cintilografia com MIBG: acúmulo focal em topografia de adrenal direita. Iniciado preparo pré-operatório com prazosina. Submetida à laparotomia para ressecção tumoral. Anatomopatológico evidenciou feocromocitoma de 7 cm de diâmetro, extensão focal extracapsular e invasão vascular presente. Definido como feocromocitoma maligno. Após tratamento cirúrgico, apresenta bom controle pressórico sem necessidade de anti-hipertensivos e anS189 PÔSTERES tidiabético oral. Feocromocitomas são tumores raros que podem ser esporádicos ou associados às síndromes genéticas. A incidência de feocromocitoma é 1-6/milhão e a prevalência em pacientes hipertensos é de 0,1%-6%. A chance de malignidade é de aproximadamente 10%. O exame anatomopatológico e/ou a presença de metástase são as formas de diferenciá-los. O diagnóstico correto é de grande importância para a definição do tratamento e seguimento de cada caso. Afirma-se também a importância do diagnóstico de causa secundária de hipertensão, para obtermos melhor controle de comorbidades como HAS e DM que podem trazer aumento de morbimortalidade para o paciente. PT.053 CARCINOMA ADRENAL PRODUTOR DE ANDRÓGENOS, CORTISOL E ALDOSTERONA: RELATO DE CASO Callou EQ1, Oliveira KCL1, Vieira NB2, Sá FCF1 Universidade Federal do Ceará (UFC), campus Cariri – Clínica Médica; 2 UFC, campus Cariri – Cirurgia 1 Carcinomas adrenais são tumores raros, com incidência estimada de 1-2/milhão de habitantes, com apresentação heterogênea e prognóstico geralmente desfavorável. O sexo feminino é mais afetado (2:1). Os pacientes apresentam excesso de produção de esteroides adrenais em 60% dos casos, sendo a síndrome de Cushing rapidamente progressiva, com ou sem virilização a apresentação clínica mais comum. Descrição do caso: MCS, feminina, 29 anos, com queixa de amenorreia há três anos, acne e hirsurtismo de lenta progressão. Ao exame físico, apresentava bom estado geral, IMC de 22,38 kg/m2, acne discreta e 21 pontos na escala de Ferriman-Gallwey. Não apresentava estrias arroxeadas, giba de búfalo, preenchimento de fossas supraclaviculares, fácies de lua cheia nem pletora facial. Exames laboratoriais: prolactina: 18,87 µg/L; TSH: 1,71 µU/mL; FSH: 5,54 mU/mL; SDHEA: 4.285,0 µg/dL; E2: 238 pg/mL; testosterona total: 111ng/dL; androstenediona: 46 ng/mL; 17αOHP: 4,01 ng/mL; α-fetoproteína: 1,6 ng/mL; relação aldosterona/atividade plasmática de renina: 32,2; teste de supressão do cortisol com 1 mg de dexametasona overnight: 4,11 µg/dL; Liddle 1: 3,2 pg/mL; cortisol urinário de 24 horas: 930 µg/24h; metanefrinas e catecolaminas em amostra urinária de 24 horas: normais; dopamina, epinefrina e metanefrina séricas: normais. Tomografia computadorizada (TC) de adrenais: presença de volumosa massa em glândula adrenal esquerda, de contornos regulares, com microcalcificações de permeio, com 10 cm de diâmetro. Densidade homogênea e captação moderada e homogênea ao meio de contraste iodado sem sinais de invasão a estruturas adjacentes. Encaminhada para ressecção cirúrgica da massa, não foi verificado durante ato cirúrgico o comprometimento de estruturas adjacentes ou de linfonodos e a massa foi completamente extirpada. Resultado do anatomopatológico: carcinoma de adrenal (Weiss 3), imunoistoquímica negativa para p53 e inconclusiva para o antígeno Ki-67. Paciente evoluiu com regularização dos ciclos menstruais, normalização de todas as séries hormonais, TC de abdômen sem sinais de recidiva tumoral e TC de tórax sem anormalidades durante um ano após cirurgia. Conclusão: Avaliação criteriosa do perfil de secreção hormonal deve ser realizada em todo caso suspeito de malignidade adrenal. Além disso, seguimento com avaliação clínica e exames hormonais e de imagem na pesquisa de recidiva tumoral precoce auxiliam no prognóstico. PT.054SÍNDROME DE KLINEFELTER: DADOS QUE DIFERENCIAM DE OUTRAS CAUSAS DE HIPOGONADISMO OU INFERTILIDADE Guaragna-Filho G1, Castro CCTS1, Sewaybricker LE1, Tincani BJ1, Mascagni BR1, Pinto RDP1, Maciel-Guerra AT1, Marques-de-Faria AP1, Guerra Jr G1 1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS) Objetivo: Identificar dados clínicos e laboratoriais que diferenciam os casos com síndrome de Klinefelter (SK) quando a queixa é hipogonadismo, ginecomastia e/ou infertilidade. Método: Foram incluídos S190 104 casos com hipogonadismo, ginecomastia e/ou infertilidade que tiveram o exame de cariótipo realizado. Foram avaliados na primeira consulta: idade, peso, altura (A), IMC, envergadura (E), E/A, pilificação pubiana, ginecomastia, tamanho peniano e testicular, LH, FSH, testosterona (T) e espermograma. Resultados: 33 casos foram diagnosticados como SK (SK+) e 71 sem SK (SK-). A idade na primeira consulta (anos) foi semelhante nos dois grupos (SK+ = 31,3 + 12,9 e SK- = 27,6 + 12,1), o mesmo ocorrendo com z peso, z IMC, z envergadura, E/A (SK+ = 1,01 + 0,03 e SK- = 1,02 + 0,03), presença de ginecomastia e padrão de pilificação pubiana. No entanto, os SK+ apresentaram menores z pênis (SK+ = -8,43 + 0,45 e SK- = -8,26 + 0,66) e, quando avaliados apenas os maiores de 14 anos de idade (SK+ = 31 e SK- = 60), os SK+ apresentaram menor volume testicular médio (SK+ = 3,5 + 2,5 e SK- = 11,5 + 6,0) e testosterona (ng/mL) (SK+ = 4,6 + 2,8 e SK- = 9,8 + 7,1) e maiores valores de LH (U/L) (SK+ = 19,6 + 8,8 e SK - = 8,4 + 8,7) e de FSH (U/L) (SK+ = 43,8 + 25,4 e SK - = 16,4 + 17,7) e maior frequência de azoospermia no espermograma. Conclusões: Dados como altura, tamanho peniano e testicular, LH, FSH, T e presença de azoospermia no espermograma sugerem o diagnóstico de SK entre pacientes com hipogonadismo, ginecomastia e/ou infertilidade. A E/A não foi parâmetro útil nesse grupo analisado para diferenciar a SK. Apoio: CNPq. PT.055 DIFICULDADE NO CONTROLE DO HIPERANDROGENISMO NA SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS Arbex AK1, Hoffmann NM2, Brilhante AP2, Fraga Filho W3, Rocha DRTW4, Jorge AR4 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed)/São Paulo (SP) – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia; 2 Ipemed – Corpo Discente; 3 Ipemed/Rio de Janeiro – Corpo Discente; 4 Ipemed – Professor Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é doença endócrina complexa, caracterizada por hiperandrogenismo e anovulação crônica. Cursa com irregularidade menstrual, associada a hirsutismo e acne. Acomete 5% a 10% das mulheres em idade fértil. Relato de caso: LLV, feminina, 15 anos, queixava-se de amenorreia desde os 13 anos e apatia. Informou aumento de pelos na face e acne. A psiquiatria lhe prescreveu sertralina 50 mg/dia e biperideno 2 mg/dia. Há 10 meses, ultrassom havia evidenciado ovários polimicrocísticos, OD: 10.1 ml, OE: 10 ml. Ao exame físico inicial, apresentava giba, acantose nigricans na região cervical e axilas, hirsutismo, acne, hirsutismo (escala de Ferriman: 11), PA: 131 x 82 mmHg, peso: 68 kg, estatura: 1,58 m, IMC: 27.23 kg/m². Solicitados: teste oral de tolerância à glicose (TOTG), insulina basal e pós-TOTG. Prescritos etinilestradiol e ciproterona associados (35 mcg-2 mg). Glicemia de jejum (GJ): 90 mg/dl (N: 70 a 99) e pós-TOTG: 120 mg/dl (N até 140), e insulina basal: 43 mUI/ml e pós-TOTG: 102 mUI/ml , HOMA-IR: 9,55 (N <= 3,40). Prescrita metformina 1.700 mg/dia e aldactone 50 mg/dia. A paciente retornou após três meses referindo intolerância à metformina, mas já com ciclos menstruais regulares. Modificamos metformina para absorção lenta, 1 g/dia. Há quatro meses, refere ciclo menstrual regular, com cólicas intensas. Exame físico: escala de Ferriman: 8. P: 64 kg. Exames: LH: 6.15 mUI/ml (N: 1,2-12,86), FSH: 4.04 mUI/ml (N: 3,4-10), TSH: 2.29 mg/dl (N: 0,3-5,6), prolactina: 49 mg/l (2-15), T4L: 0.85 ng/dL (0,54-1,24), glicemia de jejum (GJ): 90 mg/dl (N: 60-99), insulina basal: 25 mUI/ml, HOMA-IR: 5,55. USG transvaginal: OE sem evidência de cistos, volume: 12,1, OD: múltiplos folículos, volume: 18.8 ml. Conduta: dosagem de testosterona total. Discussão: O tratamento da SOP visa reduzir os sinais do hiperandrogenismo e restaurar os ciclos ovulatórios regulares. O uso de etinilestradiol e ciproterona associados ocasionou efeito antiandrogênico, devido à redução na produção do LH. A efetividade dos anticoncepcionais é maior na acne e mais lenta no hirsutismo. Obtivemos redução significativa da acne e redução do hirsutismo com a associação do aldactone. A metformina aumenta a sensibilidade periférica à ação da insulina, melhorando o quadro clínico de hiperandrogenismo. Agradecimentos e ajuda financeira: Agradecemos aos alunos participantes deste estudo, que não necessitou de ajuda financeira específica para sua realização. PÔSTERES PT.056SÍNDROME DE PERSISTÊNCIA DOS DUCTOS DE MÜLLER: RELATO DE CASO COM DADOS CLÍNICOS, HORMONAIS E MOLECULARES Sewaybricker LE1, Nishi MY2, Silva MACP1, Castro CCTS1, GuaragnaFilho G1, Mendonça BB2, Maciel-Guerra AT1, Guerra Jr G1 1 Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS); 2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introdução: A síndrome de persistência dos ductos de Müller (SPDM) (OMIM 261550) é uma causa rara de distúrbio da diferenciação do sexo (DDS) 46,XY. Em geral, apresenta-se, em indivíduos com genitália externa masculina típica, como uma hérnia inguinal que contém os derivados dos ductos de Müller (útero e trompas). Sua suspeita antes da correção cirúrgica da hérnia é infrequente. A SPDM tem herança autossômica recessiva e pode ocorrer por mutações no gene do hormônio antimülleriano (AMH – 19p13.3-13.2) ou do seu receptor (AMHR – 12q13). Objetivo: Relatar um de SPDM com dados clínicos, laboratoriais e moleculares. Relato do caso: Trata-se de um menino encaminhado pelo serviço de Cirurgia Pediátrica, pois na correção de hérnia inguinal à direita aos 4 meses de idade, foi observada a presença de útero e trompas, confirmadas por análise anatomopatológica. Não havia relato de consanguinidade entre os pais, porém ambos nasceram em pequenas cidades e próximas no interior da Bahia. O cariótipo foi 46,XY e as dosagens de LH, FSH, testosterona total e livre e DHT foram normais para a idade. A dosagem do AMH foi de 4,6 pg/mL (VR: 63,6-132,2) e o sequenciamento direto do AMH apresentou uma mutação em homozigose no íntron 2 (556 -2A>G), ainda não descrita na literatura, que suprime o sítio aceptor de splicing. Conclusão: Este caso confirma a importância da avaliação adequada de massa inguinal em genitais tipicamente masculinos e a necessidade da dosagem do AMH para direcionar a investigação dos casos de SPDM. Se AMH baixo, avaliar AMH, se AMH normal ou alto, avaliar AMHR. Apoio: CNPq. PT.057 PACIENTE 46,XY COM DEFICIÊNCIA DA P450c17 COM DESENVOLVIMENTO PUBERAL E SEMINOMA BILATERAL Harima LS1, Costa EMF1, Machado AZ2, Carvalho FM3, Domenice S1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Departamento de Ciências Fisiológicas; 3 HCFMUSP – Patologia Pacientes portadores de distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS) 46,XY apresentam maior risco de desenvolver tumores gonadais. Apenas dois relatos de tumores de células germinativas, um gonadoblastoma e um tumor misto de células germinativas, foram descritos em pacientes com deficiência da P450c17. Ambas as pacientes tinham cariótipo 46,XX e 17 anos na avaliação inicial, porém apenas a paciente com gonadoblastoma apresentava desenvolvimento puberal (M3P2). Caso clínico: Paciente de 16 anos, sexo social feminino, nascida de pais não consanguíneos, procurou nosso serviço por amenorreia primária. Ela apresentava nível pressórico normal, IMC de 27 kg/m2, estágio M5P4 de Tanner, sem pelos axilares. O exame da genitália externa evidenciou fusão posterior de lábios, abertura perineal única e nódulo palpável em região inguinal direita. Seu cariótipo era 46,XY. Análise laboratorial demonstrou: LH pouco elevado (12.8 IU/L), mas FSH (9 IU/L) e ACTH (26 pg/mL) normais. Os níveis de progesterona (P) e 17OHP estavam elevados antes (1.4 e 12 ng/mL) e após estímulo com ACTH (2.7 e 11 ng/mL) e o cortisol basal era normal, mas sem incremento após ACTH. No teste do hCG (6000 IU), houve aumento de P (2.5 ng/mL) e 17OHP (13 ng/mL). O estrógeno (E2) basal e após hCG era elevado (37-122 pg/mL), considerando as baixas concentrações de testosterona (12 ng/dL) e androstenediona (< 0.3 ng/mL) mesmo após estímulo com hCG. A paciente realizou gonadectomia bilateral e a análise histológica revelou seminoma bilateral envolvido por células de Sertoli e de Leydig com citoplasma aumentado e grânulos eosinofílicos. Uma mutação em heterozigose composta (p.W406R/R358Q) no CYP17 foi identificada. Discussão: Apesar das concentrações muito baixas de andrógenos, a paciente apresentava concentração aumentada de E2, o que pode justificar seu fenótipo atípico: desenvolvimento de mamas e pelos pubianos. Dados da literatura indicam que o E2 exerce um efeito permissivo no desenvolvimento de pelos pubianos mesmo na presença de baixas concentrações de andrógenos circulantes. Além disso, raramente pacientes com deficiência da P450c17 apresentam ginecomastia, que pode estar associado ao desbalanço E2/P no tecido mamário. Conclusão: A fonte de E2 dessa paciente não foi esclarecida, mas a queda dos seus níveis após a cirurgia sugere que sua origem pode estar associada a uma provável secreção hormonal tumoral. Este é o primeiro caso descrito de paciente com DDS 46,XY por mutação do CYP17 e seminoma bilateral. PT.058 FEOCROMOCITOMA ASSINTOMÁTICO EM PACIENTE COM NEUROFIBROMATOSE TIPO 1: RELATO DE CASO Kadomoto M1, Amaral APM1, Pereira LSB1, Martins CP1, Lys L1, Cordenonssi JT1, Brito CM2, Bonansea TCP2 Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica; 2 Hospital Mário Covas – FMABC – Clínica Médica 1 Introdução: Neurofibromatose tipo 1 (NF1) ou doença de Von Recklinghausen apresenta herança autossômica dominante com penetrância completa, expressão variável e alta taxa de novas mutações. É causada pela mutação em um gene localizado no cromossomo 17, responsável pela formação da proteína neurofibromina, que atua como supressora tumoral. As mutações levam à produção de uma proteína sem capacidade de regular a divisão e o crescimento celular, podendo resultar no desenvolvimento de tumores. Portadores de NF1 desenvolvem neurofibromas, que são tumores benignos, característicos, localizados na pele e também podem apresentar manchas café com leite, hipertensão arterial, baixa estatura, macrocefalia e anormalidades do esqueleto. Feocromocitoma é um raro tumor da medula adrenal que ocorre em 0,1%-5,7% dos pacientes com NF1 e apenas 20% desses são assintomáticos, com o diagnóstico acidental. Relato do caso: Paciente LR, 46 anos, portador de NF1, foi encaminhado para o nosso serviço por uma massa adrenal, diagnosticada incidentalmente, durante investigação de quadro de epigastralgia. Clinicamente, o paciente encontrava-se normotenso e com diversas manchas café com leite pelo tegumento, assim como diversos neurofibromas, confirmados por anatomopatológico. Durante investigação da dor abdominal, realizou EDA que se mostrou sem alterações e USG de abdome que evidenciou massa em topografia de adrenal direita. Tomografia computadorizada de abdome confirmou o achado de uma massa de 10 x 8 x 8,5 cm. Laboratorialmente, apresentava elevação na urina de 24 horas do VMA, metanefrinas e catecolaminas, assim como MIBG scan-positivo. O paciente foi submetido à adrenalectomia direita, apresentando apenas uma crise hipertensiva (PAM 120 mmHg) durante o procedimento e evoluiu normotenso no pós-operatório. A normalização laboratorial ocorreu em sete dias após a cirurgia e o anatomopatológico confirmou o diagnóstico de feocromocitoma. Discussão: Feocromocitoma está presente em 0,1% a 0,5% da população hipertensa e a hipertensão está presente em até 90% dos casos de feocromocitoma. Cerca de 9,5% dos portadores do tumor são normotensos e 4,3% são assintomáticos e o descobrem acidentalmente. O feocromocitoma em pacientes com NF1 pode estar associado a um aumento significante na morbidade e mortalidade, se não detectado. Por esse motivo, o screening pode ser indicado em portadores de NF1 para o diagnóstico precoce e o tratamento, que consiste na remoção cirúrgica da massa. PT.059SÍNDROME DE PERRAULT: RELATO DE CASO Martins CS1, Mermejo LM1, Elias LLK2 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Divisão de Endocrinologia do Departamento de Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Departamento de Fisiologia Introdução: A síndrome de Perrault é caracterizada pela associação de disgenesia gonadal pura no sexo feminino e surdez neurossensorial S191 PÔSTERES nos sexos feminino e masculino, com herança autossômica recessiva. Pouco mais de 30 casos foram descritos e o espectro da doença permanece indeterminado. Diferentes mutações causais foram identificadas, mostrando que é geneticamente heterogênea. Caso clínico: Relatamos o caso de paciente do sexo feminino, 32 anos, filha de pais não consanguíneos. Apresentou telarca aos 12 anos e menarca aos 14 anos. Após a menarca, manteve oligomenorreia, e desde os 23 anos estava em amenorreia. Negava doenças na infância, distúrbios de marcha, anosmia, alterações auditivas ou neurológicas. Relatava pertencer a uma prole de nove filhos, dois do sexo masculino e sete do feminino. Dentre suas seis irmãs, três estavam em amenorreia iniciada em torno dos 30 anos de idade, nunca haviam engravidado. Uma delas possuía baixa estatura e uma possuía hipoacusia grave, com piora na infância e ultrassonografia transvaginal mostrando útero de dimensões reduzidas. A paciente apresentava peso de 58,3 kg, altura de 1,63 m, envergadura de 1,73 m, retrognatia, implantação dos cabelos em tridente, manchas cafe-au-lait, estadiamento de Tanner M5P5, sem galactorreia. Realizada investigação laboratorial: FSH: 81,5 uIU/ml (quimioluminescência VR 2,8-14,4 uIU/ml), ultrassonografia transvaginal: útero e ovários de dimensões reduzidas, cariótipo sangue periférico: 100 células 46,XX, biópsia de pele normo e hipercrômica com cariótipo 15 células 46,XX, audiometria: limiares normais nos ouvidos direito e esquerdo (500-4.000 Hz). Em virtude de hipogonadismo hipergonadotrófico, cariótipo normal e história familiar, realizado diagnóstico de síndrome de Perrault. Discussão: A paciente apresentava eunucoidismo compatível com hipogonadismo. Sua altura acima do percentil 3 para a população tornava improvável o diagnóstico de síndrome de Turner, mas não o excluía. Ausência de anosmia também afastava a hipótese de síndrome de Kallmann, mas não a descartava. Os exames mostraram tratar-se de hipogonadismo hipergonadotrófico, descartando, síndrome de Kallmann. Realizado cariótipo, que descartou síndrome de Turner. A história familiar de amenorreia associada à hipoacusia grave levou ao diagnóstico de síndrome de Perrault. A paciente índice não possui surdez neurossensorial. Dos casos previamente descritos, apenas um não possui surdez neurossensorial. Referência: 1. Marlin S. Am J Med Genet. 2008;146A:661. PT.060AUSÊNCIA DE VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CÓPIAS DE GENES DA REGIÃO PSEUDOAUTOSSÔMICA 1 NUM PACIENTE COM DISTÚRBIO DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) OVOTESTICULAR 46,XX (SRY-NEGATIVO) E SÍNDROME REUMATOLÓGICA Rocha MGM1, Funari MFA1, Caleiro MTC2, Nishi MY1, Silva RB1, Mendonça BB1, Costa EMF1, Domenice S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42; 2 HCFMUSP – Divisão de Reumatologia O aumento da expressão de genes do cromossomo X tem sido implicado na patogênese de doenças autoimunes sistêmicas (DAS). A ocorrência de DAS, como a artrite reumatoide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose sistêmica (ES) e doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é frequentemente relatado em portadores de síndrome de Klinefelter (SK), ratificando a hipótese do envolvimento de genes do X na predisposição a DAS. Recentemente, foi relatado um paciente DDS testicular 46,XX, portador de LES, que apresentava uma translocação do gene SRY e de genes da região pseudoautossômica 1 (PAR1) para o cromossomo X paterno. Esse padrão do número de cópias dos genes da PAR1 é similar aos achados na SK. Objetivo: Avaliar o número de cópias de genes localizados na PAR1 num paciente DDS ovotesticular 46,XX, SRY-negativo e com síndrome de sobreposição de doenças reumatológicas (SSR: LES e ES). Caso clínico: Paciente com genitália ambígua e gônadas inguinais ao nascimento foi submetido à laparotomia exploradora e à gonadectomia bilateral com 1,8 anos. O diagnóstico de DDS ovotesticular 46,XX foi confirmado pelos achados histológicos de ovotestes bilaterais. Reposição hormonal com testosterona foi iniciada aos 11 anos induzindo ao desenvolvimento das característiS192 cas sexuais masculinas. Aos 17 anos, foi diagnosticada tireoidite de Hashimoto. A doença reumatológica manifestou-se aos 24 anos, com o diagnóstico inicial de DMTC. Após cinco anos, o perfil de autoanticorpos alterou-se, levando a um novo diagnóstico de SSR (LES e SS). Métodos: O número de cópias de genes da PAR1 foi determinado pelas técnicas de amplificação dependente de ligação de múltiplas sondas (MLPA) com o kit SHOX P018D1 e por PCR em tempo real no DNA genômico. Resultados: O MLPA e o PCR em tempo real não identificaram alteração no número de cópias dos genes da PAR1. Discussão: Na SK, o risco de desenvolver LES é cerca de 14 vezes maior do que nos indivíduos 46,XY. Os níveis baixos de testosterona encontrados na SK podem ser um fator predisponente para o desenvolvimento da DAS. A influência dos genes dos cromossomos sexuais também foi sugerida como um fator colaborador. Recentemente, o aumento do número de cópias de genes da PAR1 foi relacionado com a alta incidência da DAS na SK, o que foi excluído em nosso paciente. Conclusão: Esse resultado sugere que o aumento do número de cópias dos genes da PAR1 não está envolvido no desenvolvimento do SSR nesse paciente DDS ovotesticular 46,XX, SRY-negativo. PT.061 CARACTERÍSTICAS DA HIPERPLASIA ADRENOCORTICAL MACRONODULAR INDEPENDENTE DE ACTH AO EXAME DE 18F-FDG-PET/CT Alencar GA1, Fragoso MCBV1, Lerario AM1, Lima LO1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal, Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM 42 Introdução: Recentemente, alguns trabalhos têm sugerido que a tomografia por emissão de pósitrons (PET) com flúor-desoxiglicose marcada (18F-FDG), acoplada à tomografia computadorizada (18F-FDG-PET/CT), poderia ser útil na diferenciação de lesões adrenais malignas e benignas1,2. No entanto, estima-se que cerca de 5% das anormalidades adrenais, interpretadas como positivas à PET, seriam resultados falsos-positivos para malignidade3. A hiperplasia adrenocortical macronodular independente de ACTH (AIMAH) é uma entidade benigna, caracterizada pela presença de macronódulos adrenais bilaterais, determinando um quadro clínico de síndrome de Cushing. Objetivo: O presente estudo busca descrever as características da AIMAH ao exame de 18F-FDG-PET/CT, diante da indisponibilidade dessa informação na literatura. Métodos: Três pacientes do sexo feminino sem grau de parentesco, respectivamente com 49, 51 e 60 anos de idade, exibindo características clínicas de hipercortisolismo, foram diagnosticadas com síndrome de Cushing ACTH-independente. Os exames de tomografia computadorizada sem contraste das glândulas suprarrenais dessas pacientes revelaram a presença de macronódulos adrenais bilaterais, com valores de atenuação de até 10, 25 e 23 unidades Hounsfield, respectivamente. Diante da hipótese diagnóstica de AIMAH, exames de 18F-FDG-PET/CT foram realizados. Resultados: Ficou evidenciado ao exame de 18F-FDG-PET/CT que os macronódulos adrenais apresentavam captação de 18F-FDG aumentada, visivelmente maior do que a demonstrada pelo fígado. O valor-padrão de captação máxima (SUVmax), um parâmetro utilizado para quantificar a captação de 18F-FDG, estava aumentado nesses nódulos, atingindo níveis habitualmente encontrados em tumores adrenais malignos e metástases (SUVmax > 3,1)2,3. As pacientes foram submetidas à adrenalectomia, como forma de tratamento do hipercortisolismo, confirmando-se a hipótese diagnóstica de AIMAH. Conclusão: Este é o primeiro trabalho demonstrando que a AIMAH pode exibir captação aumentada de 18F-FDG ao exame de PET/CT, de forma semelhante às metástases e carcinomas adrenais e, portanto, deve ser considerada no diagnóstico diferencial das lesões adrenais com atividade elevada de 18F-FDG. Este trabalho recebeu suporte da Fapesp (2010/12702-1). Referências: 1. Boland GWL, et al. Am J Roentgenol. 2009;191:1545-51. 2. Metser U, et al. J Nucl Med. 2006;47:32-7. 3. Blake MA, et al. Am J Roentgenol. 2010;194:1450-60. PÔSTERES PT.062 GRAVIDEZ ESPONTÂNEA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER: RELATO DE CASO Santos M1, Borba CG1, Cunha FS1, Coutinho FL1, Normando APC1, Borba MG2 Hospital Santa Marcelina – Departamento de Endocrinologia, São Paulo, Brasil; Faculdade de Medicina de Campos – Departamento de Clínica Médica, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil 1 2 Introdução: Pacientes com síndrome de Turner, em sua maioria, possuem disfunção gonadal com infertilidade. Porém, pacientes portadoras de cariótipo 45X,0 com graus variados de mosaicismo podem apresentar um largo espectro de função gonadal incluindo ciclos menstruais regulares e fertilidade. Neste relato, descrevemos o caso de uma paciente portadora de síndrome de Turner com história de gestação e parto sem intercorrências. Relato do caso: Paciente feminina, SNSO, 36 anos, parda, natural de São Paulo, encaminhada ao serviço de endocrinologia do Hospital Santa Marcelina por infertilidade e estudo cromossômico: 46,X, r(X)[24]/45,X[16] – estudo em 40 células – 16 células com monossomia do X – 45,X e 24 células com um cromossomo X normal e um cromossomo X em anel. Ao exame físico, verificado fenótipo com estigmas de síndrome de Turner, como cúbito valgo, hipertelorismo e terceiro e quarto metacarpos curtos. Porém, a paciente apresentava história de menarca aos 12 anos, ciclos menstruais regulares e uma gestação e parto sem intercorrências há 10 anos. Filha com exame físico sem alteração. Desde o parto não fez uso de métodos contraceptivos. Em investigação com exames de imagem, verificado ecocardiograma com fração de ejeção de 66% e sem alterações aórticas, densitometria óssea com valores de densidade mineral óssea dentro da normalidade para idade e sexo e ultrassonografia pélvica com útero bicorno e ovários com volume de 4 cm3. Em exames de laboratório, verificados: TSH: 8,57 uUi/ ml, antitireoglobulina: 231 UI/mL e antiTPO: 763 UI/mL, FSH: 1,58 mu/mL, LH:3,96 mu/mL e estradiol: 478 pg/mL. Conclusão: A síndrome de Turner é uma doença associada à infertilidade pela presença de disgenesia gonadal. Porém, em pacientes portadoras de cariótipos com mosaicismo, desenvolvimento puberal e fertilidade podem ocorrer. PT.063VARIANTES ALÉLICAS NO GATA4 (P.L269F E P.V380M) IDENTIFICADAS EM PACIENTES 46,XY COM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL (DDS) SEM DEFEITOS CARDÍACOS CONGÊNITOS (DCC) Silva TE1, Costa EMF1, Nishi MY1, Silva RB2, Mendonça BB3, Domenice S3 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42); 2 Hospital Santa Marcelina – Endocrinologia; 3 Hospital das Clínicas – Endocrinologia O GATA4, membro da família dos fatores de transcrição GATA, é um importante regulador da expressão gênica em células cardía cas e gonadais. No camundongo, o GATA4 é expresso nas células somáticas do testículo e do ovário. Em humanos, mutações no GATA4 foram associadas a defeitos cardíacos congênitos (DCC) e raramente aos distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS) 46,XY. Objetivo: Pesquisar variantes alélicas no GATA4 em pacientes com DDS 46,XY com disgenesia gonadal (DG). Pacientes e métodos: 41 pacientes com DG 46,XY foram estudados: 26 com forma parcial (P) e 15 com forma completa (C). A região codificadora (éxons 2-7) do GATA4 (ENST00000335135) foi amplificada por PCR e sequenciada. As variantes alélicas identificadas foram analisadas no site de predição Polyphen (http://genetics.bwh.harvard.edu/pph/). Cento e cinquenta indivíduos controles foram estudados. Resultado Duas variantes alélicas foram identificadas em heterozigose: c.805C>T (p.L269F) no éxon 4 e c.1138G>A (p.V380M) no éxon 6 em dois pacientes portadores de DGP e DGC, respectivamente, estando ausentes no grupo controle. Dois polimorfismos, rs3729856 e rs56206007, já descritos, também foram identificados. Discussão: A maioria das mutações no GATA4 foi relatada em portadores de DCCs sem anormalidade gonadal. Um amplo espectro fenotípi- co causado pela expressão variável de uma mutação do GATA4 foi observado em uma família francesa com DDS 46,XY e/ou DCC. A variante p.V380M identificada na paciente com DGC foi descrita previamente por Tang et al. num paciente portador de DCC esporádica. A valina localizada na posição 380 é pouco conservada entre as espécies, e a análise pelo Polyphen sugere que essa alteração não causa dano à proteína. Diferentemente, o estudo da variante p.L269F (DGP) sugere que ela seja possivelmente prejudicial. A leucina situa da na posição 269 é altamente conservada entre as espécies e está localizada próximo ao segundo dedo de zinco na região C terminal. Isso poderia comprometer a capacidade do GATA4 de interagir com fatores de transcrição como o WT1, alterando a expressão do SRY e AMH. Conclusão: Apesar de a maioria das mutações no GATA4 ter sido identificada em pacientes com DCC sem anormalidades gonadais, o estudo funcional das variantes identificadas permitirá estabelecer sua relação causal com o desenvolvimento da gônada disgenética nesses pacientes. Fapesp 2009/03872-3 e CNPq 301339/2008-9. Referência: 1. Tang ZH, et al. Zhonghua Yi Xue Yi Chuan Xue Za Zhi. 2006;23:134. PT.064TUMOR VIRILIZANTE DE CÉLULAS ESTEROIDAIS OVARIANAS NA PÓS-MENOPAUSA: RELATO DE CASO Carvalho NG1, Bresque AHC1, Betonico CCR1, Pimentel Filho FR1, Cruz CLP2, Valejo FAM3 1 Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente – Clínica Médica, Disciplina Endocrinologia; 2 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Pediatria, Disciplina Endocrinologia; 3 Faculdade de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente – Ginecologia Introdução: Os tumores ovarianos secretores de androgênios correspondem a 1% das neoplasias de ovário, sendo 0,1% representado pelos tumores de células esteroidais1,2. Como em sua maioria são tumores secretores de testosterona, podem causar puberdade precoce em crianças e virilização em adultos1,2. Caso clínico: Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 56 anos, há quatro anos com sinais de virilização: alopecia, hirsutismo, hipertrofia da musculatura, engrossamento da voz e clitoromegalia. Foi atendida no serviço de Endocrinologia referindo dor em fossa ilíaca direita nos últimos cinco meses. Os exames laboratoriais evidenciaram androstenediona (45 ng/ml) e testosterona (419 ng/dl) com níveis elevados e DHEA-S (81 mcg/dl) normal. A ecografia transvaginal mostrou ovário direito aumentado (volume 17 cm3), TC de pelve mostrando imagem ovalada de limites mal definidos na região anexial direita medindo cerca de 4 cm e suprarrenais normais. A paciente foi submetida à ooforectomia direita, e o anatomopatológico mostrou tecido compatível com tumor de células esteroides de baixo grau de malignidade. Após cirurgia, apresentou melhora do quadro clínico, com persistência apenas de discreto hirsutismo e melhora parcial da alopecia, mantendo níveis normais de testosterona e androstenediona. Discussão: A virilização representa a forma mais severa de hiperandrogenismo e, apesar de os tumores ovarianos secretores de androgênios serem relativamente raros, devem ser sempre lembrados como causa de hirsutismo, com início recente e progressão rápida, com virilização importante3,4. Os tumores de ovário podem ser muito pequenos e de difícil localização5, porém, em nosso caso, o aumento do volume ovariano em uma mulher menopausada, com sinais de virilização e níveis elevados de testosterona, é muito sugestivo da etiologia tumoral. Conclusão: Pacientes com hiperandrogenismo e sinais de virilização, associados a níveis elevados de testosterona (> 200 ng/dl), devem ser avaliados rapidamente e com precisão, uma vez que esses achados são altamente sugestivos da presença tumoral, ovariana ou adrenal e o diagnóstico e tratamento precoce cursam com melhor prognóstico da doença. Bibliografia: 1. Kim YT, Yonsei Med J. 2007;48(1):142-6. 2. Saleem A. Pakistan J Med Res. 2002;41(2). 3. Marcelino M. Acta Med Port. 2010;23:113-8. 4. Haji AG. J Med Case Rep. 2007;1:182. 5. Bancos I. Endocrinologist. 2008;18:146-9. S193 PÔSTERES PT.065 PACIENTE COM FEOCROMOCITOMA BILATERAL SUBMETIDA À ADRENALECTOMIA PARCIAL POR VIDEOLAPAROSCOPIA Iervolino L1, Lima Jr JV1, Pulzi FBU2, Leite AC3, Ribeiro CA4 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 3 Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – Endocrinologia; 4 Unifesp – Urologia 1 Introdução: A adrenalectomia parcial é a abordagem alternativa para o tratamento do feocromocitoma bilateral, visando à preservação da função adrenocortical. Terapia de escolha pela menor morbidade e melhores resultados, principalmente em pacientes com feocrocitoma hereditário (VHL, NEM), uma vez que esses tumores têm comportamento benigno e o uso crônico de glicocorticoides leva a efeitos indesejáveis. Relato do caso: Paciente NQS, 23 anos com antecedente de hipotireoidismo em uso de levotiroxina, com história de HAS associada à sensação de desmaio, sudorese, lombalgia bilateral e tontura há cinco anos. Relatava dormência quando a PA aumentava, negava diarreia, palpitação e cefaleia. Tem história familiar de HAS, mãe e pai com diagnóstico aos 30 e 31 anos, respectivamente. Ao exame físico, apresentava hipotensão ortostática e nódulo em tireoide. Procurou PS com queixa de dor abdominal; realizado US de abdome total que evidenciou imagem nodular homogênea em adrenal direita de 3,6 x 3,8 x 3,7 cm e RM que mostrou massa adrenal direita de 4 x 3 cm e esquerda de 2 x 1,5 cm, ambas com hipersinal em T2. Solicitada triagem para feocromocitoma, apresentando normetanefrina plasmática de 1.100 pg/ml (inferior a 200 pg/ml) e hiperaldosteronismo excluído (aldosterona = 3,5 ng/dl e atividade plasmática de renina = 9,84 ng/ ml/h). Não solicitada triagem para Cushing por não apresentar estigmas. Iniciado prazosin 2 mg/dia com controle pressórico e melhora dos sintomas. Durante a investigação, solicitados exames para investigação de NEM: PTH = 37,4, calcitonina < 2. Submetida à punção do nódulo tireoidiano, descrito pela US como imagem pediculada na face posterior, inferior do lobo direito hipoecoica, com vascularização mista de 2,9 x 0,9 cm, diagnóstico citológico: benigno. Feito MIBG com I131 com captação adrenal bilateral. Submetida à adrenalectomia bilateral parcial: adrenalectomia total à direita e parcial à esquerda (AP: feocromocitoma). No pós-operatório, mantida prednisona 2,5 mg/dia, com posterior suspensão e coleta de cortisol basal = 23,3 μg/ dl. Paciente no momento sem uso de anti-hipertensivos, PA = 100 x 60 mmHg, sem hipotensão ortostática, sintomas de insuficiência adrenal ou paroxismos. Biologia molecular em andamento. Conclusão: O uso da adrenalectomia parcial laparoscópica permite a retirada tumoral com menor risco intraoperatório, menor morbidade e melhor qualidade de vida em longo prazo pela manutenção da função cortical, evitando o uso crônico de glicocorticoide. Bibliografia: 1. Neumann HPH, et al. Preserved adrenocortical function after laparoscopic bilateral adrenal sparing surgery for hereditary pheocromocytoma. J Clin Endocrinol Metab. 1999;84:2608-10. 2. Kaouk JH, et al. Laparoscopic bilateral partial adrenalectomy for pheochromocytoma. Urology. 2002;60:1100-3. 3. Diner EK, et al. Partial adrenalectomy: the National Cancer Institute Experience. Urology. 2005;66:19-23. PT.066 HYPERANDROGENIC PHENOTYPE DISTRIBUTIONS IN NONCLASSICAL FORM OF 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A COMPARISON WITH PHENOTYPES OF TRUE PCOS PATIENTS Moura V1, Gomes LG1, Maciel GAR2, Marcondes JAM1, Hayashida SY2, Baracat EC2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42), Disciplina de Endocrinologia; 2 HCUSP – Depto. de Ginecologia Context: Nonclassical 21-hydroxylase deficiency (NCAH) and PCOS are the most frequent etiologies of hyperandrogenic diseases in reproductive-aged women. Both diseases present a wide range of clinical manifestations, including hirsutism (H), hyperandrogenemia, ovulatory dysfunction (OD) and polycystic ovarian morphology (PO). These diseases are clinically indistinguishable and PCOS diagnosis requires ruling out NCAH. Recently, PCOS has been classified in 4 S194 major phenotypes, which comprise different combinations of the aforesaid manifestations. However, it is not known if these phenotypes could discern PCOS and NCAH patients. Objective: To analyze the hyperandrogenic phenotype distributions and hormonal analysis in a large cohort of PCOS and NCAH patients. Patients: 101 PCOS patients diagnosed by the Rotterdam criteria and 59 NCAH patients by ACTH-17OHP levels ≥ 10 ng/mL and molecular diagnosis. Methods: Hyperandrogenic phenotypes were classified into 4 groups according to the Rotterdan criteria and their frequencies were compared between classic PCOS and NCAH patients. Androgens, basal and ACTH-17OHP levels were compared between patient groups. T test and Chi-square testes were used. Results: Type 1 (H + OD + PO) phenotype was observed in 53% and 17% of PCOS and NCAH groups (P < 0.05), type 2 (H + OD) in 29% and 28%, type 3 (H + PO) in 6% and 3% and type 4 phenotype (PO + H) in 13% and 3% of PCOS and NCAH groups, respectively. Mean Basal 17OHP levels in NCAH group were higher than PCOS group (13 ± 15 and 1.4 ± 2.5 ng/mL, respectively, P < 0.05). However, 7% of NCAH patients had normal basal 17OHP levels (< 2 ng/mL), whereas 13% of PCOS patients had increased basal 17OHP levels (> 2 ng/mL). Mean ACTH-17OHP levels were higher in genotyped NCAH group than PCOS (48 ± 34 and 3.1 ± 1.5 ng/mL, respectively, P < 0.05). Mean testosterone levels did not differ between NCAH and PCOS groups (100 ± 67 ng/dL and 103 ± 78 ng/dL, respectively) as well as androstenedione levels (3.3 ± 2.4 ng/mL and 3.3 ± 1.2 ng/mL, respectively) and DHEAS levels (2,511 ± 1,776 ng/mL and 2,372 ± 1,199 ng/mL, respectively) (P > 0.05). Conclusion: Although, there was a significant difference in the frequency of type 1 phenotype between PCOS and NCAH patient groups, we observed a great overlap of hyperandrogenic phenotypes as well as of basal 17OHP levels and androgen levels between PCOS and NCAH. Only ACTH-stimulated 17OHP levels were useful to distinguish both diseases. Fapesp 08/51624-6, 05/04726-0, CNPq 305117/2009-2. PT.067 PARAGANGLIOMAS: RELATO DE CASO Stape L1, Vaz IM1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Rosa M2, Hilário L3 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Urologia; 3 ISCMSP – Medicina Nuclear Introdução: São tumores células cromafins produtores de catecolaminas. Aproximadamente 10% dos casos são extra-adrenais, chamados de paraganglioma, sendo a maioria em menores de 20 anos. São comuns na região abdominal (85% dos casos), mas são descritos ao longo de toda a cadeia ganglionar simpática. Malignidade corresponde de 15% a 35% dos casos principalmente nos retroperitoneais. Quadro clínico é variável; HAS é o sinal mais frequente, porém os paroxismos são os sintomas mais característicos. Diagnóstico é feito pela quantidade excessiva de catecolaminas livres e seus produtos de degradação (principalmente durante um episódio de paroxismo). A localização é feita com TC, RM e MIBG. O tratamento é cirúrgico após estabilização pré-operatória, com controle da PA e cardiovascular. No seguimento pós-operatório, a pressão normaliza em até duas semanas e o controle é clínico e bioquímico anual. Objetivo: Relato de dois casos de paragangliomas. Caso 1: PHS, 28 anos, negro, masculino, há dois anos quadro de HAS associada a episódios de paroxismos. Em uso de cinco classes de anti-hipertensivos. Exame físico: hipotensão postural e massa palpável em mesogástrio. RM de abdome: lesão expansiva retroperitoneal, 9 cm, íntimo contato com a aorta abdominal e veia cava inferior. Metanefrinas urinárias: normetanefrina: 2083,5 mcg/24h (até 800), metanefrina: 55,1 mcg/24h (até 400). MIBG: massa abaixo de fígado do rebordo até região mediana E, captação em adrenal D. Preparo por 21 dias com prazosin com melhora dos sintomas e introduzido propranolol 120 mg/d por taquicardia, evoluiu com precordialgia típica evidenciando miocardiopatia adrenérgica, sendo necessária passagem de marca-passo cardíaco antes da cirurgia. Realizou procedimento cirúrgico; após retirada do tumor normalização da PA e dos sintomas. Ap: paraganglioma e adenoma de adrenal direita. Caso 2: VGS, 38 anos, parda, feminino, há três anos com quadro de PÔSTERES dor abdominal com irradiação para dorso e epigástrio acompanhada de náuseas e vômitos, referia ainda episódios de paroxismo. Em 2009, apresentou AVC com diagnóstico de HAS e DM2. Perda ponderal de 10 kg em três meses. AP: G3C2A1- aborto espontâneo há um ano por pico de HAS, colecistectomia por videolaparoscopia há um ano sem intercorrência. Exame físico sem alteração. Exames: normetanefrina: 4850,5 mcg/24h (até 800), metanefrina: indetectável mcg/24h (até 400); RM de abdome: formação expansiva retroperitoneal situada posteriormente à veia cava inferior, na adrenal D, estabelecendo íntimo contato com hilo hepático, caracterizada por hipersinal em T2, 7,5 x 3,5 x 7,0 cm. MIBG: hiperconcentração focal em adrenal D. Preparo pré-operatório por um mês. Alta com normalização da pressão e da glicemia. Ap: paraganglioma. Conclusão: Paragangliomas devem ser investigados em pacientes jovens com hipertensão arterial. PT.068 CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS EM PACIENTES COM DISTÚRBIO DA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (DDS) 46,XY TRATADOS TARDIAMENTE Carvalho DF1, Carvalho FM2, Costa EMF1, Santos MAG1, Nishi MY1, Mendonça BB1, Domenice S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular/LIM 42, Disciplina de Endocrinologia; 2 HCFMUSP – Departamento de Patologia Introdução: Pacientes com diagnóstico de DDS 46,XY têm risco aumentado para o desenvolvimento de tumores gonadais. Os tumores de células germinativas (TCG) do tipo II são os mais frequentemente encontrados nas gônadas disgenéticas. Nos testículos disgenéticos, pode ocorrer atraso na maturação das células germinativas, um evento predisponente no processo de transformação celular maligna. Gonadoblastoma (GB) e neoplasia intratubular germinativa não classificada (NITGNC) são tumores benignos que habitualmente antecedem a ocorrência de TCG tipo II invasivos, ao contrário dos tumores seminomatosos (S) e não seminomatosos (NS), que geralmente são precedidos por lesões neoplásicas in situ. Material: Analisamos retrospectivamente 15 pacientes DDS 46,XY que receberam tratamento tardio (idade cronológica de 7 a 36 anos) e que apresentavam diagnóstico de TCG e correlacionamos classificação histológica do tumor, achado histológico no tecido gonadal, idade da gonadectomia e localização gonadal. As lâminas foram revisadas por um único patologista. Resultados: Em apenas 2 pacientes com variantes da síndrome Turner, os TCG ocorreram antes dos 15 anos (7a e 13a). Em 7 pacientes com disgenesia gonadal (DG) – 1 com síndrome de Frasier –, foram encontrados 2 S, 5 GB (3 associados com NITGNC e 1 com NS); em 3 pacientes com síndrome de Turner com a presença de linhagem Y, foram encontrados 3 GB (2 associados com NITGNC e 1 com S); em 1 paciente com CAIS, encontramos NITGNC + S e em 1 paciente com PAIS encontramos NITGNC apenas. Em 3 pacientes com síndrome de persistência dos ductos de Müller (SPDM), foram achados 2 S (1 associado a NITGNC) e 1 NS. Seminomas foram os tumores invasivos mais frequentemente observados em pacientes que apresentavam DG (2 de 10 casos) e SPDM (2 de 3 casos). Todos os tumores foram encontrados em gônadas intra-abdominais. Discussão: GB isolado foi identificado apenas em pacientes com DG, confirmando que a presença de anormalidades no estágio inicial da determinação testicular contribui para o desenvolvimento de tumores in situ. GB e NITGNC foram encontrados concomitantemente em 53% das amostras revisadas, o que sugere uma correlação entre essas neoplasias in situ. Conclusão: Embora na literatura a ocorrência de NITGNC tenha sido relacionada a defeitos mais tardios no desenvolvimento gonadal, em nosso grupo de pacientes a associação de GB e NITGNC em gônadas disgenéticas foi frequente, sugerindo que um espectro contínuo de desenvolvimento tumoral deve existir entre essas lesões. Referências: 1. Cools M. Endocr Rev. 2006;27(5):468. 2. Mendonça BB. Clin Endocrinology. 2009;70:173. PT.069 PARAGANGLIOMA ASSOCIADO à AMILOIDOSE SISTÊMICA: UMA ASSOCIAÇÃO CAUSAL OU CASUAL? Tucci MF1, Tucci S2, Moreira AC1, Castro M1, Elias Jr J1, Batista SL1, Silva GB3, Elias PCL1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Cirurgia; 3 FMRP-USP – Patologia Feocromocitoma é um tumor neuroendócrino raro que ocorre esporadicamente ou como parte de síndromes endócrinas múltiplas e tem como apresentação clínica clássica hipertensão arterial e crises de paroxismo. Entretanto, até 20% dos pacientes com feocromocitoma podem se apresentar normotensos, sem picos hipertensivos. Caso: Paciente feminina, 66 anos, com miopatia, alterações cutâneas e proteinúria. As biópsias de rim e pele confirmaram amiloidose sistêmica tipo AA (amiloidose secundária). Durante investigação com exames de imagem, foi encontrada massa para-adrenal e encaminhada à endocrinologia para investigação. A paciente não apresentava hipertensão arterial ou outros sintomas de paroxismo. Os exames iniciais revelaram aumento de adrenalina plasmática 2073 e 2913 pg/ml (VR: 112-658 pg/ml) e normetanefrinas urinárias: 2122 e 2606 ug/24h (VR: 52-310 ug/24h). A lesão para-adrenal era heterogênea, 4,0 x 3,9 cm, com coeficiente de atenuação de 36 unidades Hounsfield (UH) à tomografia computadorizada (TC) e apresentava captação positiva na cintilografia com 131-MIBG. Durante a internação para alfabloqueio pré-operatório realizado com prazosin, com aumento progressivo das doses até 8 mg/dia/2 semanas, foi diagnosticada cardiomiopatia com insuficiência cardíaca, a qual apresentou deterioração progressiva com alterações ecocardiográficas típicas de amiloidose cardíaca. A paciente foi submetida à excisão cirúrgica da lesão sem intercorrências intraoperatórias. Entretanto, no pós-operatório, apresentou falência cardíaca grave e refratária, evoluindo a óbito. Os achados anatomopatológicos confirmaram o paraganglioma e deposição amiloide em vários órgãos, incluindo coração, rim, fígado, músculos e tecido tumoral, compatível com amiloidose primária. Conclusão: Incidentalomas adrenais e retroperitoneais, com coeficiente de atenuação > 10 UH à TC, devem ser investigados para excluir diagnóstico de feocromocitoma, mesmo em pacientes normotensos. O alfabloqueio pré-operatório deve ser realizado mesmo em pacientes normotensos. Amiloidose sistêmica pode ser uma complicação de neoplasias malignas como câncer de rim e doença de Hodgkin. Apesar de o quadro de amiloidose cutânea liquenoide ter sido descrito em famílias com NEM2A com mutação no proto-oncogene RET no códon 634, o presente caso é o primeiro a descrever associação entre paraganglioma e amiloidose sistêmica. Resta ainda determinar se a associação encontrada ocorreu ao acaso ou se tem ligação de causa-efeito. PT.070METÁSTASE RETRO-OCULAR EM PACIENTE COM CARCINOMA ADRENOCORTICAL Balarini RV1, Daher G1, Alencar GA1, Almeida MQ1, Lerario AM1, Evangelista JJF1, Mendonça BB1, Latronico AC1, Fragoso MCBV1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Suprarrenal da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia Contexto: A neoplasia maligna do córtex adrenal corresponde a 0,05%-2,0% de todos os cânceres, com incidência de dois casos/milhão de pessoas/ano em adultos. O prognóstico do carcinoma avançado é extremamente desfavorável. A doença metastática pode ser encontrada em linfonodos retroperitoneais, pulmão, fígado e ossos. Não há, na literatura, descrição de metástase retro-ocular. Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 32 anos, iniciou em 7/2009, ganho de peso, amenorreia, acne, hipertensão arterial, hirsutismo e aumento do clitóris. Realizou dosagens hormonais que evidenciaram aumento de andrógenos e cortisol com ACTH suprimido. Tomografia de abdome evidenciou lesão sólida em adrenal esquerda com dimensões de 6,3 x 5,3 x 5,1 cm. Foi submetida em 12/2009, em outro serviço, a adrenalectomia. O anatomopatológico evidenciou carcinoma adrenocorS195 PÔSTERES tical com alto grau nuclear, necrose microscópica confluente, índice mitótico: 2/10CGA, ausência de embolização vascular angiolinfática, ausência de infiltração perineural, invasão capsular presente, margens cirúrgicas livres – Weiss:4. A imunoistoquímica revela resultados positivos dos antígenos Melan A, p53 e Ki-67. Foi submetida a um mês de radioterapia, com dose total de 45 Gy. Após cinco meses de sobrevida livre de doença, apresentou evidência clínica e hormonal de recidiva. Nova tomografia de abdome evidenciou massa linfonodal em retroperitônio. Submetida à reabordagem cirúrgica em 9/2010, com nefrectomia e ressecção de massa linfonodal, com anatomopatológico confirmando infiltração por carcinoma do córtex adrenal em rim esquerdo e seis dos seis linfonodos retroperitoneais analisados. Não apresentou melhora clínica e laboratorial. Tomografia de abdome pós-operatória evidenciou múltiplas lesões sólidas heterogêneas compatíveis com implantes peritoneais. Tomografia de tórax evidenciou lesões nodulares múltiplas em campos pulmonares compatíveis com metástases. Iniciado tratamento com mitotane em doses crescentes e quimioterapia. Evolui com aparecimento de ptose palpebral, evidenciando metástase retro-ocular. Conclusão: O uso adjuvante de mitotane foi associado a uma significante redução da recorrência tumoral e à maior sobrevida. Os protocolos de quimioterapia citotóxica utilizados apresentam resultados limitados. Apesar dos tratamentos otimizados, o carcinoma adrenocortical avançado possui prognóstico extremamente desfavorável, e pode apresentar metástases múltiplas, com possibilidade inclusive de metástase retro-ocular. PT.071 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL PRECOCE NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS DOCUMENTADA POR CAPILAROSCOPIA PERIUNGUEAL Oliveira VC1, Leão LM1, Villela NR2, Aguiar LGK2, Tabet A1, Bouskela E2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Departamento de Medicina Interna, Disciplina de Endocrinologia; 2 UERJ – Laboratório de Pesquisa ClínicoExperimental em Biologia Vascular (BioVasc) Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma desordem complexa e frequente. Nos últimos anos, tem sido descrito comprometimento precoce da macro/microcirculação em portadoras de SOP, o qual pode ser avaliado por métodos de imagem que incluem a ultrassonografia com Doppler da artéria braquial, pletismografia de oclusão venosa (considerada o padrão-ouro) e capilaroscopia periungueal. A capilaroscopia é um método simples, não invasivo, por meio do qual se pode analisar a morfologia capilar e a função endotelial que, comprovadamente correlaciona-se ao risco cardiovascular (RCV). Objetivo: Avaliar, por videocapilaroscopia periungueal, a função endotelial de mulheres jovens, não obesas, portadoras da SOP. Método: Doze mulheres que preenchiam os critérios de Rotterdam para SOP, entre 18 e 31 anos, não obesas, não diabéticas ou hipertensas e sem tratamento específico há pelo menos 3 meses, foram comparadas a nove mulheres saudáveis, não usuárias de contraceptivos hormonais, sem hiperandrogenismo ou irregularidade menstrual, pareadas em idade e índice de massa corporal. Todas as voluntárias realizaram videocapilaroscopia, segundo metodologia padronizada, sendo o exame e seus resultados analisados por um mesmo avaliador. Resultados: Não houve diferença entre os grupos em relação aos parâmetros morfológicos analisados (morfologia capilar e diâmetro dos capilares aferentes, apicais e eferentes na superfície do leito ungueal). Dentre os parâmetros funcionais estimados, a velocidade de circulação basal das hemácias (VB) e a velocidade máxima após isquemia (VHmax) foram significativamente menores no grupo com SOP (p = 0,025 e p = 0,023 respectivamente). Conclusão: O resultado deste estudo piloto demonstra que mulheres jovens, não obesas, portadoras de SOP já apresentam evidências de disfunção microvascular. A diminuição da VB e VHmax demonstram um desbalanceamento na produção ou ação de substâncias vasoativas (principalmente entre o óxido nítrico, endotelina-1 e peroxinitrito), caracterizando a presença de disfunção endotelial, uma condição vinculada ao processo inicial de aterogênese e à elevação do RCV. S196 PT.072 FEOCROMOCITOMA CÍSTICO GIGANTE: RELATO DE CASO Moreira PCO1, Lima Jr JV1, Kater CE1, Hilário L2, Macedo FDB1, Arruda MT1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Medicina Nuclear Os feocromocitomas são tumores raros da adrenal, com apresentação clínica diversa, que varia desde o quadro clássico, com cefaleia, taquicardia e diaforese, até casos pouco sintomáticos, o que explica a dificuldade no seu diagnóstico. Grandes tumores (> 50 g) podem apresentar metabolização das catecolaminas em seu interior, levando à sintomatologia mais branda, catecolaminas plasmáticas mais baixas e metabólitos urinários mais elevados. Objetivo: Relatar um caso de feocromocitoma cístico gigante, oligossintomático. Relato do caso: SMP, feminina, 47 anos, com história de hipertensão arterial sistêmica diagnosticada há dois anos, evoluindo com dor em região lombar e hipocôndrio direito, tratada como dor osteomuscular ao longo de um ano. Realizou ultrassonografia de abdome, que revelou massa em topografia de adrenal direita. Em nosso serviço, solicitada ressonância magnética de abdome, que evidenciou volumosa formação expansiva predominantemente cística na adrenal direita, medindo cerca de 21,4 x 18,6 x 18,8 cm (volume: 3913,6 ml), além de cintilografia com metaiodobenzilguanidina (MIBG), com alta probabilidade para tumoração de linhagem ectodérmica. Dosagens de catecolaminas plasmáticas: epinefrina: 88 pg/mL (até 85); norepinefrina: 541 pg/mL (até 420), dopamina: 34 pg/mL (até 84). Metanefrinas urinárias: normetanefrina: 1564,20 mcg/24h (até 800), metanefrina: 102,6 mcg/24h (até 400). Catecolaminas urinárias: norepinefrina: 107, 1 mcg/24h, dopamina: 663,4 mcg/24h (até 500). A paciente foi submetida à adrenalectomia total direita, evoluindo com diminuição importante dos níveis pressóricos e melhora da dor após a cirurgia. Exames após cirurgia: catecolaminas urinárias de 24 horas – epinefrina: indetectável, norepinefrina: 42,2 mcg/24h (até 97), dopamina: 420,3 mcg/24h (até 500). Metanefrinas urinárias de 24 h – normetanefrina: 128,30 mcg/24h (até 800), metanefrina: 43,30 mcg/24h (até 400). Catecolaminas plasmáticas – epinefrina: 31 pg/mL (30-60), norepinefrina: 122 pg/mL (40-400), dopamina: 52 pg/mL (10-150). Conclusão: Os feocromocitomas são tumores neuroendócrinos raros, com complicações cardiovasculares sérias e possivelmente letais devido aos efeitos das catecolaminas secretadas, e devem sempre ser investigados na presença de tumores adrenais. Uma vez diagnosticado, seu tratamento é cirúrgico, sendo indicado o screening bioquímico de recidiva anualmente, por no mínimo cinco anos após a cirurgia. Referências: 1. Bravo EL. Endocr Rev. 1994;15:356. 2. Young WF. N Engl J Med. 2007;356:601. PT.073 FEOCROMOCITOMA EM PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO Aum PMP1, Scalissi N1, Lima Jr JV1, Hilario LN2, Napoli TF1, Mendes RES1, Guardia VC1, Souza Jr JA1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear Introdução: Feocromocitoma é um tumor raro, originário das células cromafins, e sua apresentação clínica mais comum é a elevação da pressão arterial. Ocorre em todas as faixas etárias, preferencialmente entre a terceira e quarta década de vida, sendo raro após os 60 anos. Tem incidência discretamente maior em mulheres. Mais de 90% são benignos e únicos, e na maioria dos casos a ressecção tumoral leva à cura. Objetivo: Relatar caso de diagnóstico tardio de feocromocitoma em paciente idosa, com hipertensão arterial de longa data, de difícil controle, mostrando a importância do rastreio de causas de hipertensão secundária, que abrange 10% dos hipertensos e é muitas vezes curável. Relato de caso: ABMG, 73 anos, feminina, com hipertensão de difícil controle de longa data, em uso de cinco classes de anti-hipertensivos, sem investigação prévia de hipertensão secundária, com achado de lesão adrenal em tomografia abdominal. TC abdominal: nódulo hipoatenuante bem delimitado medindo 2,8 PÔSTERES cm, localizado em topografia de adrenal esquerda. RM abdominal: nódulo sólido na adrenal esquerda com sinal intermediário em T1 e T2 e impregnação do gadolíneo. Exames laboratoriais: catecolaminas plasmáticas e urinárias normais. Metanefrinas urinárias: normetanefrina 1605,7 mcg/24 horas (VR: até 800 mcg/24 horas). Renina, aldosterona e basais androgênicos normais. Submetida à cintilografia com MIBG, que mostrou concentração focal do radiofármaco em topografia de suprarrenal esquerda. Submetida à adrenalectomia esquerda após estabilização pré-operatória, com controle adequado da pressão arterial com alfabloqueador adrenérgico, sem intercorrências durante o ato cirúrgico. Anatomopatológico: feocromocitoma. Após 15 dias de pós-operatório, mantinha-se normotensa, em uso de uma classe de anti-hipertensivo. Conclusão: Hipertensão secundária está frequentemente relacionada com dificuldade de controle tensional e de manipulação terapêutica, estando associada a escapes de controle com anti-hipertensivos previamente eficazes, necessidade de esquemas complexos multidrogas e refratariedade. Feocromocitoma, embora classicamente visto como causa de hipertensão lábil e paroxística, na verdade, com grande frequência associa-se a quadros de hipertensão sustentada e refratária. Embora possa ser considerado uma forma rara de hipertensão arterial, sua consideração é justificada em razão de aspectos fisiopatológicos bem definidos e da disponibilidade de exames apropriados para a sua identificação. PT.074 FEOCROMOCITOMA SIMULANDO METÁSTASE DE CÂNCER DE MAMA Guzzo MF1, Oliveira MC2, Onuchic MHF3, Nóbrega CVS4 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Clínica Médica; 3 CASE – Intermédica Sistema de Saúde – São Paulo – Endocrinologia; 4 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia Introdução: O feocromocitoma é uma doença subdiagnosticada, entretanto seu diagnóstico precoce é fundamental a fim de evitar complicações, principalmente cardiovasculares. Carcinoma ductal invasivo é o tipo mais comum de câncer de mama, podendo apresentar metástases em pulmão, fígado, ossos e cérebro, mas raramente para adrenais. Objetivo: Relatar caso de paciente com HAS associada a crises hipertensivas que apresentava neoplasia de mama associada à feocromocitoma em adrenal direita (D). Relato de caso: Paciente feminina, 44 anos, natural de São Paulo, referia história de HAS há 10 anos associada a crises hipertensivas episódicas com taquicardia, tremores, sudorese e em alguns casos cefaleia. Durante a investigação de causa secundária de HAS com cardiologista, foi evidenciada formação mista com 6,2 x 6,0 x 4,8 cm em suprarrenal D na TC abdominal. Realizada TC de tórax que evidenciou dois nódulos pulmonares com contornos regulares com 0,5 e 1,0 cm e um nódulo de 3,2 cm, de contornos regulares no quadrante inferior lateral da mama D cuja biópsia evidenciou carcinoma ductal invasivo grau II. Avaliada na urologia após repetição da TC de abdome e confirmação de crescimento de 1,3 cm (em sete meses) da massa sólido/cística da adrenal D, foi aventada hipótese de metástase do câncer de mama. Encaminhada para oncologia que iniciou QT neoadjuvante. Durante a QT, foi avaliada por endocrinologia, que, diante da hipótese de feocromocitoma, solicitou catecolaminas e metanefrinas, que foram normais, porém com MIBG com hipercaptação em topografia de adrenal D. Submetida, então, à adrenalectomia direita com confirmação do feocromocitoma. Atual mente, está em programação da mastectomia direita. Conclusão: A associação entre neoplasias distintas, apesar de pouco comum, não deve ser subestimada, principalmente quando se encontra massa única em locais diferentes. Na literatura, são relatados até 10% de relação de feocromocitoma com outros tumores, como aqueles pertencentes às síndromes de neoplasias endócrinas múltiplas. Porém, até o presente momento, pouco se relatou no Brasil sobre a associação entre feocromocitoma e carcinoma ductal invasivo de mama, o que torna o presente estudo de caráter excepcional. Bibliografia: 1. Liu XJ, et al. World J Surg Oncol. 2010;8;1. PT.075 HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEO-MUCOSA PELO USO DE HIDROXIUREIA MIMETIZANDO DOENÇA DE ADDISON: RELATO DE CASO Bessa DS1, Miranda WRH1, Moreira LA1, Moreira AC1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) – Departamento de Clínica Médica – Divisão de Endocrinologia Introdução: A hidroxiureia é um agente quimioterápico utilizado em doenças mieloproliferativas, anemia falciforme, tumores sólidos e psoríase refratária. A droga atua inibindo a síntese do DNA mediante sua ação na ribonucleosídeo-difosfato redutase, porém seu efeito nas células da pele e mucosas não é completamente entendido. Os efeitos adversos são: alopecia, dermatomiosite, eritema facial, gangrena, rash maculopapular, atrofia ungueal e hiperpigmentação cutânea, sendo mais rara a hiperpigmentação de mucosas. O caso relatado é de uma paciente encaminhada à Divisão de Endocrinologia do HCFMRP-USP com suspeita clínica de doença de Addison (DA). Relato de caso: NLF, 53 anos, fem., com astenia, hiporexia, mialgia, tontura, episódios de dor abdominal eventuais, perda de 4 kg e aumento da hiperpigmentação cutâneo-mucosa há quatro meses. Exame físico: peso: 49,9 kg, estatura: 1,51 m, hiperpigmentação em áreas fotoexpostas (face, antebraços, região superior do tórax), regiões de dobras de palmas das mãos e plantas dos pés, unhas e língua. Pressão arterial em decúbito de 130 x 80 e em ortostase de 120 x 70 mmHg. Usava hidroxiureia por causa de trombocitemia essencial há oito anos, com relato de presença de manchas hipercrômicas em mãos, pés e unhas após dois meses de uso. Diagnóstico de doença de Graves há 18 anos, com realização de radioiodoterapia, evoluindo com hipotireoidismo, em uso de levotiroxina (LT4) há 13 anos. Esplenectomia prévia devida à hipótese de esplenomegalia secundária a linfoma, anatomopatológico com ausência de sinais de malignidade, hiperesplenismo atribuído à doença de Graves. Além disso, com diabetes mellitus tipo 2, em uso de glibenclamida (referindo alguns episódios de hipoglicemia) e transtorno depressivo. Exames laboratoriais: Na = 136-141 mEq/L, K = 3,7-4,5 mEq/L. Dosagens basais (9:00h) de cortisol sérico (CS) 13,4 e 9,0 µg/dL e ACTH 41 e 30 pg/mL; teste da cortrosina: CS no tempo zero e após 60 minutos: 18,5 e 26 µg/dL, respectivamente. Atividade da renina plasmática 2,7 ng/mL/h. TSH 43,3 µUI/mL, em uso de LT4 50 µg/dia. Discussão: A avaliação laboratorial tornou improvável a hipótese de DA. Os sintomas foram atribuídos ao hipotireoidismo, a hipoglicemia secundária à glibenclamida e a hiperpigmentação cutâneo-mucosa à hidroxiureia. O uso dessa droga deve ser lembrado no diagnóstico diferencial da doença de Addison. PT.076 GLUCOCORTICOID RECEPTOR GENE POLYMORPHISM IS ASSOCIATED WITH OBESITY PREVALENCE IN PATIENTS WITH 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY Moreira RPP1, Gomes LG1, Madureira G1, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM/42) – Disciplina de Endocrinologia 21-hydroxylase deficiency (CAH) therapy is based on glucocorticoid replacement at physiological doses and it is suggested that could corroborate for obesity and/or metabolic syndrome (MetS) development. However, there are limited data regarding the obesity and MetS prevalence and associated risk factors. Previous studies involved heterogeneous cohorts, mixed GC regimens and none evaluated genetic predisposition for obesity and MetS. Glucocorticoid receptor (GR) gene polymorphisms are associated with alterations in the GC sensitivity and some of them are linked with increased risk for adverse metabolic profile in general population. Objectives: To analyze if GR variants are associated with obesity and MetS prevalence in a large cohort of adult CAH patients. Patients and methods: 85 patients (66 females) with classical forms and mean age of 28.4 ± 9 yrs. They are receiving dexamethasone (DEX), mean dose of 0.2 ± 0.1 mg/m²/day, in order to obtain normal androgen levels according to age and sex. Duration of therapy was 25.2 ± 5.6 yrs. SW-patients also received fludrocortisone S197 PÔSTERES 50 mcg/day. The GR alleles were screened by sequencing of DNA obtained from peripheral blood. Association of MetS (NCEP-ATPIII criteria), obesity, lipid profile and GR polymorphisms were evaluated by Chi-square and t-test. Results: All variants were in Hardy-Weinberg equilibrium and the BclI and A3669G alleles were found in 21.8% and 10% of patients, respectively. Obesity was observed in 21.2% and MetS in 9.4% of patients. Obese CAH patients had higher blood pressure, total cholesterol levels and HOMA-IR compared to nonobese patients. Presence of Obesity/MS was not associated with clinical forms, treatment duration or GC doses. BMI was significantly higher among carriers of the BclI allele in comparison with those carrying the wild type allele (28.3 ± 5.4 kg/m² vs. 25.7 ± 6.5 kg/m², P = 0.01), as well as waist circumference (86.7 ± 13.9 cm vs. 79,4 ± 14.1 cm, P = 0.01) and systolic blood pressure (123.7 ± 13 mmHg vs. 117.2 ± 13.1 mmHg, P = 0.03). On the other hand, we did not identify a protective effect of the A3669G allele in the prevalence of adverse metabolic profile (obesity, MetS, waist circumference, lipid profile and/or hypertension prevalence, P > 0.05). Conclusion: We observed that genetic predisposition, instead GC doses and/or duration of therapy, plays an important role in the prevalence of obesity in CAH patients. Financial support: Fapesp # 09/54238-2, CNPq # 305117/2009-2. PT.077SÍNDROME DE CUSHING ACTH-INDEPENDENTE DURANTE GESTAÇÃO Fabri FSSS1, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Rosa M1, Stape L1 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) Introdução: A síndrome de Cushing é uma doença de associação rara com a gestação e de difícil diagnóstico. O hipercortisolismo interfere no desenvolvimento folicular dificultando a ovulação. A principal causa na gestação é o adenoma produtor de cortisol (incidência de até 50%), seguido da doença de Cushing (menos comum, pois o hiperandrogenismo contribui como um fator para impedir a ovulação). Com o estímulo estrogênico da gestação, há aumento da produção de globulina ligadora de corticosteroides, dos níveis séricos, salivares e urinários de cortisol, falta de supressão do cortisol após administração de dexametasona, além do aumento de CRH e ACTH por produção placentária tornando o diagnóstico da síndrome de Cushing um desafio. Além dessas alterações fisiológicas, a suspeita diagnóstica pode ser confundida com quadros como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Relato de caso: Paciente APA, 29 anos, iniciou na gestação quadro de edema de membros, fraqueza proximal, fragilidade capilar, gibosidade, estrias violáceas de grosso calibre em abdome, face medial de coxas e braços, além de hipertensão e ganho excessivo de peso (cerca de 15 kg). Previamente hígida com ciclos menstruais regulares, não teve dificuldade para gestar. Durante a evolução, realizou exames que evidenciaram cortisol sérico: 33,9 ug/dl (5 a 25), cortisol urinário de 24 horas: 219,6 ug/24h (36-137) e ACTH: 22,8 pg/ml (inferior a 46), além de ressonância magnética de sela túrcica e abdome com presença de hiperplasia fisiológica de hipófise e nódulo adrenal esquerdo de 2,8 x 2,5 cm, respectivamente. Por causa dos picos hipertensivos, necessitou de antecipação do parto com 35 semanas de gestação. Com cinco meses pós-parto, foi encaminhada ao nosso serviço para investigação apresentando valores de cortisol urinário de 24 horas: 384,6 ug/24h, cortisol após 2 mg de dexametasona: 24,3 ug/dl, ACTH: 5 pg/ml, 17-hidroxiprogesterona: 1,7 ng/ml, além de hipoaldosteronismo hiporreninêmico e função tireoidiana normal. Realizou ressonância nuclear magnética de abdome, que evidenciou nódulo sólido em adrenal esquerda de 2,5 x 2,0 x 2,3 cm. Feita hipótese de síndrome de Cushing ACTH-independente por adenoma adrenal, sendo iniciado cetoconazol 400 mg/dia com melhora dos sintomas. Foi submetida à adrenalectomia esquerda por via videolaparoscópica sem intercorrências, com melhora completa dos sintomas e cortisol sérico: < 1 ug/dl. Conclusão: A síndrome de Cushing é uma doença rara na gestação, e seu diagnóstico é um desafio pela dificuldade de identificá-la, além da complexidade em se estabelecer um diagnóstico laboratorial definitivo em virtude das alterações fisiológicas inerentes à gestação. O relato acima exemplifica essa dificuldade, com valores de exames limítrofes e contraditórios em relação aos exames de imagem. S198 PT.078 FEOCROMOCITOMA BILATERAL COM IMAGEM RADIOLÓGICA NEGATIVA: RELATO DE CASO Freire ACTB1, Iervolino L1, Cordioli MICV1, Santos MAR1, Hilário L2, Lima JVJ1, Scalissi N1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear Introdução: Feocromocitoma é uma neoplasia rara de células cromafins com capacidade de secretar catecolaminas (90% localizam-se nas adrenais, 10% são bilaterais e 10% malignos). Relato de caso: HMC, 55 anos, masculino, encaminhado ao nosso serviço por história de hipertensão arterial de difícil controle há três anos, com idas frequentes a serviços de emergência por crises de cefaleia, tontura, rubor facial e elevação da pressão arterial. Substituídos losartam e doxasozina por prazosina, exames revelaram norepinefrina urinária = 175 mcg em 24h (VR < 97), TC de adrenais normal e cintilografia com MIBG com alta probabilidade de tumoração de linhagem neuroectodérmica em suprarrenal direita. Foi submetido à adrenalectomia direita videolaparoscópica, cujo anatomopatológico confirmou microfeocromocitoma. Logo após a cirurgia, evoluiu com controle dos paroxismos e pressão arterial. Entretanto, no acompanhamento, voltou a referir os mesmos sintomas, com necessidade de reintrodução do alfabloqueador. Em nova investigação, norepinefrina plasmática = 618 pg/mL (VR: < 420) e cintilografia com MIBG com tênue hipercaptação na topografia de suprarrenal esquerda. Submetido à adrenalectomia esquerda, com confirmação anatomopatológica de feocromocitoma. Persistiu com queixas de cefaleia diária, tontura e elevação da pressão arterial, com necessidade de introdução de anlodipino e prazosina. Na investigação bioquímica, norepinefrina plasmática = 636 pg/ml e urinária = 123,7 mcg em 24h; nova cintilografia com MIBG com padrão heterogêneo de concentração no fígado (maior em lobo esquerdo) com baixa probabilidade para feocromocitoma. RM de abdome revelou imagem de 5 mm arredondada com hipersinal em T2 em segmento hepático VII. Realizado octreoscan que foi negativo. Biópsia de tal lesão não foi factível por causa da localização e risco de crise adrenérgica, sendo optado por acompanhamento semestral com RM. Conclusão: A TC tem sensibilidade menor para detecção de pequenos feocromocitomas adrenais; já a cintilografia com MIBG pode localizar tumores < 0,5 cm. No nosso caso, o exame de imagem foi negativo e a localização só foi possível por meio da cintilografia. Apesar de os feocromocitomas malignos serem mais detectados pelo octreoscan do que pelo MIBG, a lesão hepática remanescente não foi bem elucidada por nenhum desses exames, restando apenas a possibilidade de diagnóstico histopatológico, porém de difícil execução, sendo, portanto, optado por acompanhamento clínico e radiológico. PT.079 HIPERTECOSE OVARIANA APÓS A MENOPAUSA: RELATO DE CASO Frossard MM1, Sander MF2, Ramos APC1, Vieira CA1, Xavier MF1, Caixeta WDR2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCUFMG) – Endocrinologia; 2 HCUFMG – Departamento de Endocrinologia e Metabologia Paciente MCLM, 60 anos, com história de queda progressiva dos cabelos com padrão androgenético e hirsutismo há cinco anos. Sem alterações da voz ou outras alterações sugestivas de hiperandrogenismo. Fez uso de minoxidil tópico prescrito por dermatologista, sem melhora. Paciente G3P3A0, sem dificuldade para engravidar. Menopausa aos 45 anos. Fez uso de terapia de reposição hormonal por dois anos. Sem casos semelhantes ao seu na família. Ao exame, apresentava escore de Ferriman-Gallwey de 10, IMC = 25, PA = 140/95 mmHg. Alopecia androgenética importante. Ausência de acantose nigricans ou acne. Sem alterações fenotípicas sugestivas de síndrome de Cushing. Tireoide normopalpável. Exames laboratoriais evidenciaram aumento de testosterona total (211 ng/mL – VR: 1 a 80 ng/mL) e aumento discreto de 17hidroxiprogesterona (0,77 ng/mL – VR: 0,1 a 0,6 ng/mL), com resultado normal após teste da cortrosina. Prolactina, androstenediona, dehidroepiandosterona e sulfato de dehidroepiandosterona sem alterações. US transvaginal sem alterações. Tomografia de pelve PÔSTERES com útero e ovários normais. Tomografia de abdome sem alterações nas adrenais. Submetida ao teste de supressão com dexametasona 0,5 mg de 6/6 h por 48 h, em que houve supressão de cortisol e de todos os androgênios, com exceção da testosterona, confirmando a origem ovariana da produção androgênica. Submetida à ooforectomia bilateral por videolaparoscopia, com melhora clínica e laboratorial do hiperandrogenismo (testosterona total: 49,6 – VR: 5,71 a 77; androstenediona: 3,81 – VR: 0,4 a 4,5; S-DHEA: 138,5 – VR: 18 a 391). Exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de hipertecose ovariana. PT.080LONG-TERM OUTCOME IN A COHORT OF ADULTS WITH CLASSICAL CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIA (CAH) DUE TO 21-HYDROXYLASE DEFICIENCY: A SINGLE CENTER EXPERIENCE Gomes LG1, Madureira G1, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Endocrinologia Optimal clinical management of adults with CAH is not established. Heterogeneous cohorts using different glucocorticoid (GC) regimens cause inconsistency in studies that evaluated the risks of metabolic diseases, osteoporosis and infertility in CAH. Objective: To evaluate the clinical outcome in a cohort of classical CAH adults followed in a single center. Methods: In this cross-sectional study, 87 classical CAH adults (60, F) were selected; 43 salt-wasting (SW) and 44 simple-virilizing (SV). Mean age in SW was 25.5 ± 5.7 and SV was 29.6 ± 11.2 yrs old (p = 0.03). All adult patients were initially treated with dexamethasone (DEX) 0.25mg/d and SW patients with 9a-fludrocortisone (FC) 50 mcg/d. Doses were adjusted twice/yr to obtain normal androgen levels according to age/sex. Clinical and biochemical parameters including weight, height, BMI, blood pressure, fasting glucose, insulin, HOMA-IR, cholesterol and triglycerides (TG) were evaluated. Bone mineral density was assessed by DEXA, fertility in men by testicular ultrasound, semen analysis and testosterone (T) levels and fertility in women by conception rate (attempt to conceive/pregnancy success). Results: There was no difference in the DEX dose between SW and SV forms (~0.3 mg/d, p > 0.05). FC mean dose was 50mcg/d. Patient’s final height (FH) was lower than normal population and than target height (Z-1.7 and Z-1.4, respectively). However, patients exclusively treated with short-acting GC during growth period had a better FH (Z-1.0) and height corrected for TH (Z-0.6). There was no difference in BMI between clinical forms (~26.5). Overweight and obesity frequencies were 33.3% and 20.7%, which were not different from Brazilian population. The prevalence of hypertension (9.1%), impaired fasting glucose (2.5%), HOMA-IR > 2.7 (35.2%), elevated cholesterol (22.9%) and TG (18.6%) was also in accordance with Brazilian prevalence data. Mean lumbar and femural Z score were -0.89 ± 1.2 and – 0.79 ± 0.91, respectively. Testicular adrenal rest tumors were found in 6/15 patients, who had higher incidence of oligospermia and low T levels. Classical CAH women considered motherhood in 33% and conception rate was 75%. Conclusion: Short-acting GC during growth period increases FH outcome in CAH patients. Low dose DEX is a good therapeutic option in adult CAH, and is not related to adverse metabolic outcomes. Bone health and fertility seems compromised in adult CAH patients and should be carefully monitored. PT.081 O DESAFIO NO DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO DOS FEOCROMOCITOMAS: SÉRIE DE CASOS Cordioli MICV1, Sepulcre DFN1, Stape L1, Napoli TF1, Iervolino L1, Hilario LN1, Scalissi N1, Lima Jr JV1 1 Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) Introdução: O feocromocitoma (FEO) é um tumor originário de células cromafins e sua importância reside na alta morbidade e mortalidade associada aos casos não diagnosticados e tratados adequadamente. Portanto, na suspeita clínica é mandatória a investigação desse tumor. Objetivo: Relatar o caso de três pacientes sem identificação topográfica do FEO. Caso 1: KCOC, 26 anos, feminina, iniciou com episódios de HAS, sudorese e palpitações em 2005. Na triagem para FEO, detectaram-se os seguintes resultados: norepinefrina (NE) plasmática (p): 502,1 pg/mL e NE urinária (u): 318 mcg/24h. A paciente realizou RM de abdome, pelve, tórax e região cervical, todas dentro da normalidade. Após, realizou MIBG-I131 e PET-CT, também sem alterações. Pela possibilidade de VHL, a paciente realizou RM de coluna cervical, lombar e torácica, sem qualquer alteração. Em março de 2011, apresentou um acidente vascular isquêmico (AVCi), com sequela motora. Em abril de 2011, realizou um MIBG-I123 que identificou uma imagem em nível IB à esquerda sugestiva de tumoração de linhagem neuroectodérmica. A paciente mantém o uso de prazosin 12 mg/dia e anlodipina 10 mg/dia e aguarda a intervenção cirúrgica. Caso 2: AB, 45 anos, masculino, encaminhado para investigação de HAS secundária após apresentar AVCi. O paciente referia palpitações, sudorese e cefaleia. Nos exames para triagem, detectou-se: NE (p): 612 pg/mL. RM de abdome evidenciou tumor de 1,6 cm em adrenal esquerda com hipersinal em T2 e MIBG-I131 demonstrou captação em adrenal esquerda. O paciente foi submetido à adrenalectomia em 2007 com normalização dos níveis pressóricos. Em 2008, o paciente reiniciou com episódios de paroxismos e HAS. TC de abdome evidenciou nódulo de 1,7 cm à esquerda e em 2009 o paciente foi submetido à reabordagem cirúrgica. Em 2010, o paciente apresentou novo AVC. Realizada nova RM de abdome, sem identificação de tumor. Caso 3: AIS, 28 anos, feminina, iniciou em 2010 com episódios de tremores e taquicardia, sem alteração na pressão arterial. Exames evidenciaram: normetanefrina(u) 1802,3 mcg/24h e metanefrina(u) 46,6 mcg/24h. A paciente realizou RM de abdome, pelve, região cervical e tórax, MIBG-I131, octreoscan e PET-CT, sem identificação do tumor. Foi iniciado prazosin 1 mg, e a paciente mantém crises esporádicas. Conclusão: O diagnóstico topográfico do FEO pode representar um desafio na prática clínica. Contudo, deve-se prosseguir na investigação como tentativa de evitar maior morbimortalidade dos pacientes acometidos. PT.082 CLONALITY ANALYSIS AND EXPRESSION OF ACTH AND ANDROGEN RECEPTORS IN GIANT MYELOLIPOMAS Kaupert LC1, Brito LP1, Lerario AM1, Mariane BMP1, Santos MAR1, Lima Jr JV2, Monte O2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42, Disciplina de Endocrinologia; 2 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia Introduction: Adrenal myelolipoma is a rare nonfunctional benign tumor, usually unilateral and its pathogenesis remains unclear. Prolonged ACTH or androgen stimulation is suggested to take part in the etiology, since they are also identified in Cushing’s disease or CAH. Only one study evaluated ACTH (MC2R) and androgen (AR) receptor expressions in giant myelolipoma of a CAH patient and did not disclose a role of stimulatory effects. Objectives: To evaluate the MC2R and AR gene expressions and the clonality in giant bilateral adrenal myelolipomas from CAH patients (P1/P2) and in sporadic myelolipomas from 2 females (P3/P4). Patients and methods: 2 simple virilizing females with abdominal mass; P1 stopped the treatment for 15 yrs and P2 was never treated. ACTH levels were available in P1 (1172 pg/mL) and testosterone levels were higher than 700 ng/dL in P1 and P2. Giant bilateral adrenal myelolipomas were identified by CT in P1/P2 (> 20 cm) and unilateral in P3/P4 (8 to 10 cm). Histopatological studies confirmed myelolipoma diagnosis in all cases. Myelolipoma clonality was evaluated by X-inactivation pattern by AR CAG tract analysis. The MC2R, AR, Leptin, SF1, β-actina and GAPDH mRNA expressions in tumors were determined by real-time PCR (Taqman). An adipose tissue pool was used as calibrator. A human adrenal tissue pool was studied to compare the adrenal content of the tumors. The 2-ΔΔCT method was used. Results: All tumors were informative, CAG repeats varied from 20 to 30, except in P1 that carried a short allele (16 repeats). X-inactivation pattern analysis disclosed polyclonal origin in all tumors. The AR and Leptin expressions were low in adrenal pool, P1, P3, it was high in P4. The MC2R and SF1 expressions were high in adrenal pool, P3, P4, it was normal expressed in P1. MC2R and AR mRNA were expressed in P2, but a S199 PÔSTERES quantitative analysis was not possible. Discussion: The SF1 and Leptin expressions in myelolipomas were variable reflecting different adipose and adrenal tissue proportions. We identified a high MC2R expression in sporadic myelolipomas. Although, P1 had a normal MC2R expression, the increased ACTH levels could have an additive effect. The AR expression was low in P1, but a stimulatory androgenic effect could not be excluded, since she had increased androgen levels and one short AR allele. Conclusion: We identified a polyclonal origin of myelolipomas suggesting an effect of growth-stimulatory factors in patients with and without CAH. Fapesp # 08/57616-5, Fapesp for LCK # 08/55546-0, CNPq for TASSB # 305117/2009-2 PT.083 CISTOS OVARIANOS VOLUMOSOS: MANIFESTAÇÃO INICIAL DA DEFICIÊNCIA DE 17-a-HIDROXILASE/17,20 LIASE Teixeira VCMR1, Cavalcante LLA2, Quezado R1, Hissa MN3 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Metabologia; Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 3 Hospital Universitário Walter Cantídio – Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes 1 2 Introdução: Hiperplasia adrenal congênita (HAC) representa um grupo de desordens autossômicas recessivas que ocasionam erros inatos da esteroidogênese. Apresenta amplo espectro clínico, variando de acordo com o complexo enzimático afetado e o seu grau de deficiência. A deficiência de 17-α-hidroxilase ou 17,20 liase representa uma causa rara de HAC. Ocasiona comprometimento da produção de esteroides sexuais e deficiência de glicocorticoides. A alteração enzimática parcial está associada a apresentação clínica mais tardia e a distúrbios menos graves. A avaliação hormonal demonstra elevação do nível sérico de ACTH e dos precursores androgênicos com baixas concentrações de cortisol, estrógenos, androstenediona, dehidroepiandrosterona e testosterona. O quadro clínico, em geral, é composto por atraso puberal, HAS com níveis séricos baixos de renina, podendo haver hipocalemia e alcalose metabólica. Apresentações menos comuns são infertilidade em mulheres com ciclos menstruais e cistos ovarianos volumosos. Relato: Paciente feminina, 28 anos, acompanhada por cistos ovarianos volumosos e irregularidade menstrual. Submetida previamente à ooforectomia esquerda por abdome agudo, cujo histopatológico evidenciou cistoadenoma seroso. Apresentou telarca e pubarca aos 14 anos e menarca aos 16 anos. Evoluiu sem progressão da pilificação sexual e, aos 18 anos, diagnosticou-se HAS. Foi tratada com análogo do GnRH durante 14 meses, obtendo-se redução dos cistos ovarianos remanescentes. A avaliação laboratorial evidenciou dosagens séricas de testosterona total < 0.1 ng/ml; S-DHEA < 15 mcg/dl; androstenediona < 0.3 ng/ml; ACTH: 372 pg/ml; 11-desoxicorticosterona: 313 ng/dl; corticosterona: 11429 ng/dl; pregnenolona: 4.8 ng/ml; renina: 0.1 ng/ml/h; cortisol: 16.4 mcg/dl, FSH: 12.25 mUI/ml; LH: 42.2 mUI/ml, estradiol < 28 pg/ml, progesterona: 28.5 ng/ml, 17-OH-progesterona: 146 ng/dl e aldosterona: 5,5 ng/dL. Discussão: A presença de HAS nessa jovem, associada ao quadro de hipoandrogenismo e elevação significativa dos precursores androgênicos, levou ao diagnóstico clínico de HAC por deficiência da 17-α-hidroxilase e/ou 17,20 liase. A inabilidade em sintetizar andrógenos e estrógenos leva ao aumento das gonadotrofinas, justificando os cistos ovarianos volumosos. A administração de análogo do GnRH foi imprescindível para evitar a perda ovariana total. A análise em nível molecular é importante para elucidar a heterogeneidade dessa desordem. PT.084TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO CUSHING SUBCLÍNICO: RELATO DE CASO Eimori DY1, Caetano LA2, Ferreira LV1, Silva RR3, Vecchiatti SMP4, CorreaSilva SR5 Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM-SP) – Endocrinologia; Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Clínica Médica; 3 HSPM – Clínica Médica; 4 HSPM/Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Endocrinologia/Patologia; 5 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Neuroendocrinologia 1 2 Introdução: A síndrome de Cushing subclínica (SCS) é caracterizada pela produção excessiva de glicocorticoides na ausência de sinais e S200 sintomas clássicos do hipercortisolismo. Está presente em 5%-30% dos pacientes com incidentaloma adrenal (IA); como 4%-7% da população tem IA, a prevalência da SCS se aproxima de 0,2% a 2%. Assim como na síndrome de Cushing, existe uma associação com hipertensão arterial sistêmica (HAS), intolerância à glicose, dislipidemia e obesidade, maior risco de doença cardiovascular, além de osteoporose. O tratamento de escolha ainda é controverso; sabe-se que intervenção cirúrgica é benéfica, principalmente no subgrupo com comorbidades. Até o momento, não há relato na literatura de tratamento medicamentoso na SCS. Relato de caso: Sexo feminino, 76 anos, encaminhada para a Endocrinologia em 2008 para avaliação de IA. Apresentava na tomografia de abdome nódulo em suprarrenal esquerda de 3,6 x 3,2 x 3,0 cm (20 UH), sem realce após contraste. Paciente com várias comorbidades: dislipidemia, intolerância oral à glicose, HAS, miocardiopatia isquêmica e osteoporose. No exame físico: PA 120 x 70 mmHg, peso 53,3 kg, IMC 24,6, circunferência abdominal 90 cm, sem sinais de hipercortisolismo. Avaliação laboratorial descartou hiperaldosteronismo e feocromocitoma; cortisol sérico após 1 mg de dexametasona: 8,69 µg/dl, cortisol sérico após dexametasona 0,5 mg 6/6h por 48 horas: 6,69 µg/dl; duas amostras de cortisol urinário: 141,2 µg/24h e 231,1 µg/24h (VR 22,5-213,7); cortisol salivar 134 ng/dl (VR < 100); ACTH 5,9 pg/ml. Feito diagnóstico de SCS e optado por tratamento cirúrgico, que foi contraindicado por causa do alto risco cardíaco da paciente. Foi iniciado tratamento com cetoconazol, na dose de 200 mg/dia (100 mg 12/12h). Após três meses, apresentou melhora significativa nos níveis de cortisol salivar (48 mg/dl) e do cortisol urinário (114,7 e 120,6 µg/24h) e também perda ponderal (3 kg). Conclusão: O tratamento frequentemente indicado na SCS é cirúrgico, porém neste caso a paciente apresentava contraindicação cardiológica. Pela presença das comorbidades associadas ao hipercortisolismo, optou-se pelo uso do cetoconazol. Houve melhora hormonal após três meses de uso, e a paciente permanece em seguimento, para avaliação de possíveis efeitos benéficos desse tratamento a longo prazo nas suas comorbidades. PT.085 DOENÇA ADRENOCORTICAL NODULAR PIGMENTADA PRIMÁRIA – RELATO DE CASO DE CUSHING INTERMITENTE EM CRIANÇA Sepulcre DFN1, Guzzo MF1, Vaz IM1, Saieg M2, Lima JVJ1, Monte O1, Scalissi N1 Santa Casa de São Paulo – Endocrinologia; 2 Santa Casa de São Paulo – Patologia 1 Introdução: A doença adrenocortical nodular pigmentada primária (PPNAD) é uma causa de síndrome de Cushing (SC) ACTH-independente, sendo a causa mais comum de hiperplasia micronodular. A PPNAD pode ocorrer de forma isolada ou mais comumente associada ao complexo de Carney, uma síndrome de neoplasia múltipla no qual a SC é a manifestação endócrina mais comum. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 20 anos, encaminhado por ganho de peso rápido aos 6 anos de idade associado à face de lua cheia, giba e lipomastia. Ausência de estrias, acne e hipertricose. Negava fraqueza proximal e astenia. Durante seguimento prévio apresentava períodos de hipercortisolismo (aumento do cortisol urinário) e períodos de remissão. Ao exame: baixa estatura (altura 1,45 m), obesidade abdominal (IMC = 35,6), fáscie cushingoide, glicemia alterada em uso de metformina e osteoporose (z-score L1-L4 -3,0) em uso de carbonato de cálcio e colecalciferol. Durante investigação, foi confirmado hipercortisolismo ACTH-independente, realizou teste Lidlle 1 e 2 com ausência de resposta paradoxal, a ressonância magnética (RM) com adrenais normais. Submetido à adrenalectomia esquerda com confirmação do diagnóstico de PPNAD (sinaptofisina positiva em córtex adrenal) e melhora clínica com perda de peso progressiva (15 kg em cinco meses). Posteriormente, submetido à adrenalectomia direita com anatomopatológico revelando espessamento medular com ausência de nódulos e imunoistoquímica com sinaptofisina positiva na cortical adrenal. Paciente em uso de prednisona e fludrocortisona, assintomático, mantendo perda de peso importante e progressiva; foi suspensa a metformina com bom controle glicêmico. Realizada investigação de PÔSTERES manifestações de complexo de Carney sem evidência de outras patologias relacionadas. Conclusão: O diagnóstico de SC intermitente representa um desafio diagnóstico, como no caso descrito, com evolução prolongada, que confirmou tratar-se de hiperplasia micronodular bilateral ACTH-independente isolada. Referências: 1. Sarlis NJ, Chrousos GP, Doppman JL, et al. Primary pigmented nodular adrenocortical disease: reevaluation of a patient with Carney complex 27 years after unilateral adrenalectomy. JCEM. 1997;82:1274-8. 2. Doppman JL, Travis WD, Nieman L, et al. Cushing syndrome due to primary pigmented nodular adrenocortical disease: findings at CT and MR imaging. Radiology. 1989;172(2):415-20. PT.086 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA ASSOCIADA À MIELOLIPOMA ADRENAL BILATERAL: RELATO DE CASO Caetano LA1, Eimori DY1, Ferreira LV1, Silva RR1, Vecchiatti SMP1, CorreaSilva SR1 1 Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo – Endocrinologia Introdução: A hiperplasia adrenal congênita (HAC), principalmente as formas virilizante simples e tardia, tem sido associada à maior ocorrência de tumores adrenocorticais. O mielolipoma adrenal (MA) é um tumor benigno, raro, não funcionante, geralmente pequeno (< 4 cm), unilateral e com alto teor lipídico. Há um aumento relativo na frequência de mielolipomas na HAC, doença de Addison e doença de Cushing, sugerindo que a secreção aumentada de ACTH, que ocorre nessas situações, pode ter um papel no desenvolvimento desse tumor. Já foram relatados, até o momento, 31 casos da associação entre HAC e MA, e a maioria desses pacientes não era tratada ou tinha interrompido o tratamento por período prolongado, ficando exposta a níveis elevados de ACTH. Relato de caso: Paciente de 48 anos, sexo masculino, procurou a Urologia aos 42 anos, com queixa de dor lombar. À ultrassonografia, apresentava massa retroperitoneal de 9 cm à esquerda (E) e 5 cm à direita (D). A tomografia evidenciou massa adrenal bilateral, maior à E, deslocando estruturas adjacentes. Pelo tamanho da massa e pelos sintomas, foi realizada adrenalectomia esquerda. Não foi feita avaliação hormonal pré-operatória. O anatomopatológico mostrou lesão adrenal de 17 cm, compatível com mielolipoma. O paciente evoluiu com insuficiência adrenal (IA) grave no pós-operatório imediato. Diante do quadro de IA, associado à baixa estatura (152 cm) e história prévia sugestiva de puberdade precoce, foi aventada a hipótese de HAC. Dosada 17-OH-progesterona (basal): 21 ng/mL, confirmando HAC por deficiência da 21-hidroxilase. Houve crescimento progressivo da massa adrenal D (última TC: 8 cm). Foi indicada nova cirurgia por causa do tamanho e do risco de ruptura espontânea ou sangramento. Feita reposição de corticosteroide EV no perioperatório, sem intercorrências. O anatomopatológico mostrou um mielolipoma de 12 cm. O tratamento foi mantido com prednisona (7,5 mg) e fludrocortisona (0,1 mg) diários, com bom controle. Conclusão: Este caso evidencia uma apresentação rara de MA gigante bilateral em um paciente com HAC não tratada. Parece haver um risco aumentado de ocorrência de MA em casos de HAC, principalmente nos que não foram tratados, sugerindo que a hipersecreção de ACTH tenha uma ação estimulatória no desenvolvimento desse tumor. Em virtude do crescente número de casos de associação de MA e HAC, ambos devem ser lembrados em pacientes com incidentaloma adrenal. PT.087 GROWTH HORMONE (GH) PEAK AFTER COMMON PHARMACOLOGICAL STIMULATION TESTS IN CHILDREN Marchisotti FG1, Franco LF1, Fabbri T, Freitas AC1, Pereira C1, Denardin OV1 1 Clinical Analysis Department of Diagnosticos da America Medical Services Laboratory Introduction: There’s great variability about the times of blood samples for measurement stimulated GH. Objective: To determine the GH peak and the important times for measurement GH after three pharmacological stimuli. Methods: We studied 168 children (122 male), mean age 9,9 yrs (2-16), subjected to 3 different GH stimuli: clonidine (72), insulin (48), glucagon (48). We analyzed the following times after stimulus: 15, 30, 45, 60, 90, 120 min for clonidine and insulin; 30, 60, 90, 120, 150, 180 min for glucagon. GH > 7,0 ng/mL (Siemens/Immulite-Chemiluminescent assay) was considered as normal response. Results: 57 (79%) patients had GH peak at 60 or 90 min after clonidine. Three patients had GH peak before stimulus (0 min). GH peak occurred at other times on 12 (16.6%) patients, but they had GH > 7.0 ng/mL at 60 or 90 min. After insulin, GH peak was most observed (73%) at times 45, 60, 90 min. Two patients had peak at 120 min, both didn’t reach 7.0 ng/mL at anytime. After glucagon, GH peak occurred at 90min or after in all patients; only one had a different diagnosis when 90 min was excluded from analysis. Conclusions: GH measured at 60 and 90 min after clonidine was enough for GHD diagnosis. After insulin, GH measured at 120 min wasn’t necessary. After glucagon, it was important to measurement GH only at 90, 120 and 150 min. Keywords: growth hormone, stimulation tests, clonidine, insulin, glucagon. PT.088 CARACTERÍSTICAS E FREQUÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA Borba VVL1, Filizola RG2, Lima RT3 1 3 Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Pediatria; 2 UFPB – Medicina Interna; UFPB – Nutrição A síndrome metabólica (SM) consiste em um conjunto de anormalidades metabólicas, descritas inicialmente em adultos, mas encontrada também na população pediátrica. As características englobam: obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, intolerância à glicose e resistência insulínica. Apesar de essa síndrome não ter consenso em seu diagnóstico em crianças e adolescentes, faz-se a sua adaptação daqueles critérios utilizados para os adultos. Este estudo teve o objetivo de analisar a frequência e as características da síndrome metabólica em crianças e adolescentes obesos e não obesos no ambulatório do Hospital Lauro Wanderley – UFPB. Selecionaram-se dois grupos: um de 65 crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos, obesos, e o outro com 30 não obesos. Medidas antropométricas, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura e verificação da pressão arterial foram realizados, além de dosagens bioquímicas. A determinação da resistência insulínica foi calculada pelo Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR). Dentre as diversas propostas para definição da síndrome metabólica, selecionou-se aquela adaptada por Cook et al. O valor médio do grupo de obesos foi: idade de 10,61 (±1,8) anos e IMC de 28,18 (±4,13) kg/m², já no grupo dos não obesos, idade média de 10,8 (±2,1) anos e IMC de 17,79 (±2,2) kg/m². A frequência de síndrome metabólica foi de 49% nos obesos e de 6% nos não obesos, não havendo diferença significativa entre sexo, idade ou estadiamento puberal e a SM. No grupo de obesos, circunferência abdominal, pressão arterial sistêmica, IMC e médias de triglicerídeos foram significativamente maiores. Ainda houve significância estatística entre LDL, glicemia de jejum, HOMA-IR e baixos níveis de HDL comparando-se ao grupo não obeso. No grupo de obesos, o HOMA não apresentou diferença significativa entre o grupo portador e o não portador de SM. A síndrome metabólica parece ter a obesidade como epifenômeno, a partir da qual os seus outros componentes se associam. A resistência insulínica medida pelo índice HOMA-IR não se constitui parâmetro de síndrome metabólica na criança e no adolescente. PT.089TUMOR ÓSSEO APÓS TERAPIA COM HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER (ST): RELATO DE CASO Piva AKC1, Ribeiro AV1, Canalli AB1, Leite JPS1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Departamento de Medicina – Disciplina de Endocrinologia No presente estudo, a partir de um relato de caso de uma adolescente com síndrome de Turner (ST) que desenvolveu tumor ósseo após uso de GH, serão avaliadas as indicações do uso dessa terapia na ST, as S201 PÔSTERES neoplasias associadas à ST e a associação entre GH e desenvolvimento de tumores. Paciente ASF, 16 anos, portadora de ST cariótipo 45X, realizou primeira consulta em 2003, então com 8 anos e 10 meses e em uso de GH (0,15 UI/kg/dia) há um ano. Ao exame físico: estatura de 1,175 m, peso de 20 kg e estigmas tunerianos. Dosagem de IGFI = 575 mcg, raios X demonstrando idade óssea de 6a 0m. Paciente manteve níveis de IGF-I normais durante todo o tratamento. Em 2010, foi diagnosticado tumor ósseo em fêmur de 0,3 x 1,4 cm, para o qual foi realizado tratamento cirúrgico. O anatomopatológico demonstrou tumor de células gigantes do osso e a terapia com GH foi suspensa. Apesar de a experiência clínica com GH recombinante (GHr) ser relativamente recente, o benefício do seu uso na ST já está adequadamente validado em publicações randomizadas controladas. As recomendações atuais incluem: início quando abaixo do percentil cinco da curva de crescimento para meninas da mesma idade; dose de 0,15 UI/kg/dia; e interrupção do tratamento quando estatura final alcançada, idade óssea > 14 anos ou crescimento < 2 a 2,5 cm/ano. O tratamento hormonal de crescimento deve ser monitorizado a cada três a seis meses. Nas portadoras da ST, embora ainda controverso, o risco de câncer está associado, principalmente, à presença do cromossomo Y, íntegro ou não, que pode levar ao desenvolvimento de gonadoblastoma e/ou disgerminoma nas gônadas disgenéticas. A associação entre GH e câncer, baseada em observações como o aumento da incidência de neoplasias em pacientes com acromegalia, atividade mitogênica do GH e antiapoptótica do IGF-I, ainda é incerta. Até o momento não existem evidências de que o uso de GHr em situações clínicas aprovadas internacionalmente e em doses adequadas esteja associado ao desenvolvimento de neoplasias. No presente relato, apesar do desenvolvimento de um tumor ósseo após terapia com GHr, não existem dados consistentes na literatura que comprovem essa relação causa-efeito. PT.090 PESO FETAL E ADIPOSIDADE VISCERAL NO SEGUNDO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO EM ADOLESCENTES NO SERTÃO NORDESTINO Meira RMC1, Dutra LPF2, Alves JGB3, Amorim MMR3, Marques MSL4, Rolland ASS4, Diniz CP4, Silveira FJC1, Moura LA2 Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Medicina; 2 Univasf – Enfermagem; 3 Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) – Materno-Infantil; 4 Imip – Medicina Fetal 1 Introdução: A concepção durante a adolescência está associada à maior deposição de adiposidade visceral. Esse tecido produz várias citocinas e está associado à resistência à insulina e hiperglicemia materna, podendo levar a repercussões também no feto. Essa condição metabólica constitui um risco significativamente maior também para as próximas gerações, já que a fase pré-natal é considerada um dos períodos críticos para o desenvolvimento de obesidade e diabetes persistente. A ultrassonografia é considerada um exame útil na avaliação dos depósitos de gordura intra-abdominal. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi correlacionar a adiposidade visceral no segundo trimestre de gestação em adolescentes com o peso fetal. Material e métodos: Estudo transversal realizado no Hospital Dom Malan, em Petrolina/PE, no período de abril de 2010 a maio de 2011. Foram incluídas adolescentes entre 10-19 anos e no segundo trimestre de gestação. A espessura da gordura visceral foi medida em centímetros, a partir da borda interna do músculo reto abdominal, no nível da linha alba, por meio de ultrassonografia. A análise do peso fetal foi realizada mediante a fórmula de Hadlock (1991), com erro estimado em 10%, expresso em gramas exatas: [Log10 (Peso ao nascimento)] = 1,3596 - 0,00386(CA)(F) + 0,0064.(CC) + 0,00061(DBP) (CA) + 0,0424(CA) + 0,174(F). A análise foi feita por regressão linear, a um nível de significância de 5%, utilizando o programa estatístico de domínio público Epi-Info 3.5 para Windows. Resultados: Incluíram-se 24 gestantes com idade média de 17 ± 3 anos, variando de 14 a 20 anos. Não houve uma correlação estatisticamente significativa entre adiposidade visceral e peso fetal (p 0.0671). Conclusão: A adiposidade visceral em gestantes adolescentes não se correlacionou significatiS202 vamente com o peso fetal durante o segundo trimestre. No entanto, são necessários estudos com maior número de participantes e com maior tempo de duração (estudos de coorte). Este projeto encontra-se sob financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). PT.091INTERVALO ENTRE IDADE ÓSSEA E A IDADE CRONOLÓGICA INICIAL E FINAL NO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE CENTRAL Hissa MRN1, Farias LAGM1, De Castro DB1, Cavalcante LLA1, Teixeira VCMR1, Hissa MN1 1 Hospital Universitário Walter Cantídio – Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes Introdução: A idade óssea (IO) é um importante parâmetro na determinação do diagnóstico de puberdade precoce. Avanços muito importantes em relação à idade cronológica (IC) podem acarretar rápido desenvolvimento puberal, com fechamento precoce das epífises ósseas e perda na altura final do paciente. Correlacionar a IO com IC é fundamental na medida em que o intervalo entre essas duas medidas podem dar pistas importantes sobre um desenvolvimento mais precoce e patológico e, ainda, diferenciar causas benignas daquelas mais malignas. Objetivo: Descrever a variação da diferença entre idade óssea da idade cronológica em pacientes tratados com análogos de GnRH. Metodologia: Resgataram-se dados de pacientes tratados entre 1999 e 2008 no ambulatório de endocrinologia do Hospital das Clínicas do Ceará. Foram anotadas IO e IC na primeira consulta e ao final do tratamento, calculando-se a diferença entre a IO e a IC nesses dois momentos do atendimento. Resultados: Foram analisados 45 prontuários, tendo a idade cronológica inicial variado de 45 a 119 meses e a idade óssea, de 78 a 144 meses. Ao fim do tratamento, foi observado que a idade cronológica encontrava-se entre 108 e 146 meses e a óssea entre 120 e 162 meses. O tempo de tratamento foi de 7 a 76 meses. Determinou-se que a diferença entre as idade óssea e cronológica de cada paciente no início do tratamento variou de 2 a 61 meses e no final de -2 a 42. Apenas um paciente teve ao final do tratamento idade cronológica superior à idade óssea. Observou-se, por fim, que 38 (84,4%) pacientes diminuíram o intervalo entre a idade óssea e a cronológica ao fim do tratamento em relação ao intervalo inicial, 6 (13,3%) pacientes aumentaram e apenas 1 (2,2%) persistiu com o mesmo. Conclusão: Os achados do trabalho são importantes na medida em que expõem o perfil dos pacientes em tratamento em nosso serviço, induzindo a uma melhoria desse atendimento. Observou-se, dessa forma ,que houve diminuição do intervalo entre a IO e a IC ao fim do tratamento em relação ao intervalo no início em grande porcentagem dos pacientes. PT.092 COMPARISON OF CLINICAL FEATURES BETWEEN CAH COHORTS FROM GOIAS AND SAO PAULO: STATES WITH AND WITHOUT NEONATAL SCREENING Santos MAR1, Silveira-Lucas E2, Santos EP3, Moura V1, Gomes LG1, Madureira G1, Brito VN1, Van der Linden Nader I3, Elnecave R2, Mendonça BB1, Bachega TASS1 1 Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) – Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM 42), Disciplina de Endocrinologia; 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) – Serviço de Endocrinologia, Hospital das Clínicas de Porto Alegre; 3 Programa Estadual de Triagem Neonatal de Goiás – Laboratório da Apae CAH can cause death in the neonatal period due to salt wasting (SW) crises. Affected girls are diagnosed due to ambiguous genitalia while males are frequently undiagnosed since they appear normal. CAH is an eligible disease for newborn screening programs (NBS), in Brazil only 2 states are performing CAH-NBS. Objective: to compare clinical features of patients from Goias (GO) and Sao Paulo (SP): states with and without CAH-NBS. Patients: 136 patients from SP diagnosed by virilization signs and/or SW crises and 23 from GO diagnosed through NBS (Silveira et al. 2009). Methods: retrospective analysis of clinical data. Serum 17OHP levels were measured by RIE and N17O- PÔSTERES HP by immunofluorimetric assays. Chi-square test was used. Results: SW form was diagnosed in 55% and 80% of patients from SP and GO, respectively and males comprised 19% and 50% of cases from SP and GO, respectively (P < 0.05). SV males from SP were diagnosed due to virilization signs (4.3 ± 1.4 yrs old) and those from GO were diagnosed through NBS, except 3 during the follow up of asymptomatic positive-results (1-1.7 years). Genital ambiguity was not identified at birth in 37% of females from SP and 6 of them remained in the male social sex due to late diagnosis. Conclusions: NBS in GO normalized the proportion of SW cases as well as the male:female ratio. Although, SP is the biggest medical center of Brazil, our data indicates that especially SW males are not being recognized and dying in first year of life. PT.093AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE TRATAMENTO DE PACIENTES COM BAIXA ESTATURA NÃO DEFICIENTES DE GH Lopes DMC1, Scuro G1, Guimarães LJ1, Kochi C2 Hospital Ipiranga – Endocrinologia e Metabologia; 2 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia Pediátrica 1 Objetivo: Avaliar a resposta terapêutica após um ano de uso do GH recombinante humano nos pacientes com baixa estatura não deficientes de GH. Casuística e métodos: Foi realizada análise retrospectiva de dados dos prontuários de pacientes com baixa estatura, acompanhados no Ambulatório de Endocrinopediatria. Os pacientes foram selecionados para o estudo segundo os seguintes critérios: (1) pico de GH > 5 ng/mL em um teste de estímulo; (2) ausência de alterações na RNM de sela túrcica; (3) cariótipo normal; (4) função tireoidiana normal; (5) um ano completo de tratamento com rhGH. Os dados coletados foram: estatura-alvo (TH), estatura inicial, estatura após um ano de tratamento (expressos em escore Z – CDC, 2000). Resultados: Foram avaliados 15 pacientes com baixa estatura, 3 com restrição de crescimento intrauterino e 12 com baixa estatura idiopática, sendo 8 meninas e 7 meninos, com IC média de 10,9 (2,7) anos. A média do escore zTH foi de -1,322 (1,2). Ao diagnóstico, os pacientes apresentavam o zEstatura de -2,6 (0,6), com o zE para IO de -1,2 (1,1) e a diferença entre zE e o zTH de -1,1 (1,3). O pico médio de GH após teste de estímulo foi de 8,5 ng/mL. Após um ano de tratamento com rhGH, o zE foi de -2,3 (0,7), e a diferença entre zE e o zTH foi de -0,9 (1,3), com melhora significante nesses dois índices (p < 0,005). Conclusão: Após um ano de tratamento com o hormônio de crescimento, os pacientes com baixa estatura sem deficiência de GH apresentaram aumento do escore z de estatura e em relação ao TH. Porém, o ganho de estatura no primeiro ano foi menor do que é observado em pacientes com deficiência do hormônio de crescimento. Apesar de a velocidade de crescimento no primeiro ano ser fator preditivo de resposta ao GH, são necessários estudos a longo prazo e com número maior de pacientes para avaliar o benefício na estatura final. PT.094 CLINICAL AND HORMONAL FOLLOW-UP OF PATIENTS WITH CENTRAL PRECOCIOUS PUBERTY TREATED WITH LEUPROLIDE ACETATE 3-MONTH DEPOT (11.25 MG): EXPERIENCE OF 2 YEARS Teles M1, Lima LO1, Silveira LFG1, Cukier P1, Arnhold IJP1, Latronico AC1, Mendonça BB1, Brito VN1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM42 Background: Depot GnRH agonists are the first-line treatment of central precocious puberty (CPP). One-month depot preparations have been shown to be highly effective and safe. In the last years, 3-month depots have become available allowing prolonged injection interval. Aim: To evaluate the clinical and hormonal response of patients with CPP treated with leuprolide acetate 3-month depot (11.25 mg) given every 3 months in comparison with the 1-monthly 3.75 mg formulation. Patients and methods: 42 children (39 girls) with clinical and hormonal diagnosis of progressive CPP (pubertal onset before the age of 8 yr in girls or 9 yr in boys, pubertal basal or GnRH-stimulated LH levels and advanced bone age (BA)) were included. Two groups of patients were evaluated: group 1 - children receiving leuprolide acetate 3.75 mg monthly with adequate clinical and hormonal control (n = 36); group 2 – all children from group 1 who migrated to 3-monthly leuprolide acetate 11.25 mg and 6 girls who started treatment with 3-monthly depot leuprolide acetate (n = 42). Results: In girls, the mean chronological age at onset of puberty was 5.8 ± 2.1 yr and at start of therapy was 7.5 ± 1.7 yr. The mean BA at start of therapy was 9.5 ± 2 yr. The total mean duration of therapy was 2.5 ± 1.4 yr, whereas mean duration of therapy with 3-monthly GnRH analog was 1.2 ± 0.6 yr (0.5 – 2.5 yr). In patients who migrated from 1- to 3-monthly treatment, mean growth velocity was similar during both regimens (5.2 ± 1.4 vs. 5.4 ± 2 cm/yr), breast development and testicular enlargement remained unchanged and slower BA advancement was observed with consequent predicted adult height improvement. Basal LH levels were at prepubertal range (< 0.6 U/L for IFMA or < 0.2 U/L for ICMA). Mean LH levels 2 h after both 3.75mg and 11.25 mg leuprolide acetate injection indicated adequate hormonal suppression (2.9 ± 1.6 U/L vs. 2.4 ± 1.2 U/L; p = 0.3). Basal estradiol and testosterone levels were suppressed (E2 < 13 pg/mL and testosterone < 14 ng/dL) in all measurements. All 3 boys under 3-monthly GnRH analog treatment achieved adequate pubertal suppression. Two patients (4.8%) had transient mild local reaction with 11.25 mg leuprolide acetate injection. Conclusion: Clinical and hormonal parameters of children with CPP during treatment with either 1- or 3-monthly GnRH analog therapy were similar, confirming that 3-monthly depot preparations are effective and apparently safe treatment for CPP. However, long-term randomized longitudinal studies are necessary to assess satisfactory final outcome of patients treated with the 3-monthly preparation. PT.095EFEITOS DO TRATAMENTO COM DIIDROTESTOSTERONA GEL NO CRESCIMENTO PENIANO: EXPERIÊNCIA COM QUINZE PACIENTES Silva RB1, Gomes CR1, Brandão MP1, Domenice S1, Jorge AAL1, Costa EMF1, Mendonça BB1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento/Laboratório de Hormônios e Genética Molecular (LIM42) Introdução: A diidrotestosterona (DHT) é o andrôgeno natural mais potente e, diferente da testosterona, não é aromatizado para estradiol. A ausência dos efeitos colaterais associados com a ação estrogênica tais como ginecomastia e aceleração da maturação da cartilagem de crescimento o tornam uma opção mais fisiológica para promover o crescimento peniano. A via de administração não invasiva é outra vantagem da medicação, especialmente no tratamento de crianças. Objetivo: Avaliar os resultados do tratamento com DHT gel 2,5% em pacientes com microfalo associado à ambiguidade genital ou micropênis isolado. Casuística e métodos: Foram avaliados retrospectivamente 15 pacientes acompanhados na Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento do HCFMUSP entre 1987 e 2010. Dez pacientes eram portadores de distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS) de origem conhecida: quatro com defeitos na síntese, ação ou metabolização da testosterona (grupo I) e seis pacientes com distúrbios no desenvolvimento gonadal (grupo II). Cinco eram portadores de micropênis isolado (grupo III). A média de idade no início do tratamento foi de 6,43 +/- 3,95 anos. A dose média diária de DHT gel 2,5% foi de 3,55 +/- 1,42 gramas. O tempo médio de tratamento foi de 2,75 +/- 1,88 meses. O comprimento do pênis estirado foi expresso em média +/- DP tanto em centímetros quanto em Z-score. A resposta ao tratamento foi avaliada pela diferença do Z no início e após o tratamento (delta Z). Os valores de tamanho peniano de pacientes brasileiros foram utilizados como referência (1) A comparação entre os grupos foi realizada usando teste t e correlação de Pearson. Resultados: O tamanho peniano inicial foi de 3,34 +/- 0,86 cm (Z -3,35 +/- 0,68) e o tamanho final após o tratamento foi de 4,76 +/- 0,74 cm (Z -1,86 +/- 0,88). O delta Z de 1.49 +/- 0.29 (p < 0.0001) demonstrou que houve resposta. A idade no início do tratamento apresentou uma correlação inversa com o delta S203 PÔSTERES Z (p = 0,024). Os grupos I, II e III apresentaram resposta semelhante ao tratamento. O único efeito colateral observado foi progressão dos pelos pubianos em 6/12 pacientes avaliados: cinco deles apresentaram avanço de um estádio de Tanner, um paciente apresentou avanço de dois estádios e seis não apresentaram mudança. Conclusão: O DHT gel 2,5% na dose de 2,5-5 g/dia por um período de dois a três meses foi uma opção terapêutica eficaz e segura para indução de crescimento peniano, principalmente se iniciado precocemente. Referência: 1. Gabrich PN, et al. J Pediatr. 2007;83(5):441-6. PT.096SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP: DIAGNÓSTICO AMBULATORIAL NO SERVIÇO DE PEDIATRIA ENDÓCRINA DO HUOP – RELATO DE CASO Leite JPS1, Pereira FAS1, Erbes F1, Cristovam MAS1, Bresolin AC1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) – Departamento de Medicina, Disciplina de Pediatria Paciente de 9 anos de idade, masculino, com sinais de hipertrofia muscular e escassez de tecido subcutâneo generalizado, acantose nigricans, fácies grosseiras com ausência da gordura de Bichat e adenoideana com respiração bucal, associado com rouquidão, apneia do sono, cansaço, sono diurno e aumento do apetite. Ao exame físico, hipertrofia amigdaliana grau IV, hepatoesplenomegalia e desdobramento fixo de B2. USG de abdome total compatível com hepatoesplenomegalia e ecocardiograma sugestivo de hipertensão pulmonar grau I (leve), com pequeno aumento de ventrículo direito e boa função sistólica do mesmo ventrículo. ECG evidenciando bloqueio de ramo direito com sobrecarga de ventrículo direito. Raios X de tórax dentro da normalidade e raios X de mão e punho esquerdo compatível com idade cronológica. Quanto ao peso e à altura, manteve crescimento adequado para a idade, entre percentis 10 e 90. Dos exames laboratoriais: glicemia de jejum: 85 mg/dL, glicemia pós-prandial: 112 mg/dL, HbA1c: 6,2% e TOTG dentro da normalidade; TSH: 4,26 mg/dL, T4L: 0,97 mg/dL; TGL: 342 mg/dL, HDL: 47 mg/dL, VLDL: 68,4 mg/dL, colesterol: 156 mg/dL, LDL: 40,6 mg/dL; IGF-1: 54,7 mg/dL; insulina basal: 57,9 uUI/mL, insulina 30 min: 541,3 uUI/mL, insulina 60 min: 296,4 uUI/mL, insulina 90 min: 239,5 uUI/mL, insulina 120 min: 183,3 uUI/mL; TGO: 71 U/L, TGP: 112,5 U/L; e dosagem de lepitina sérica ainda em andamento. Assim, entre as características clínicas e auxílio dos exames complementares, foi diagnosticado o paciente com a síndrome de Berardinelli-Seip ou lipodistrofia generalizada congênita. Essa síndrome caracteriza-se pela redução extrema da quantidade de tecido adiposo, cursando com fácies grosseira, hipertrofia muscular, mãos e pés grandes, acantose nigricans, hepatomegalia, hipertrigliceridemia, deficiência de lepitina, esteatose hepática, grave resistência insulínica, tolerância alterada a glicose ou diabetes melito e aterosclerose de início precoce. Outras características incluem hipertrofia gengival, hipertensão arterial, hirsutismo, nefropatia e hipertrofia cardíaca. Sua prevalência é baixa, aproximadamente 1:10.000.000-12.000.000 nascidos vivos. A síndrome foi primeiramente descrita por Berardinelli e cols. em 1954 e em 1959 complementada por Seip e cols. Possui um caráter genético com transmissão autossômica recessiva e frequente consanguinidade paterna, de causa indeterminada, devido à mutação em AGPAT2 e Gng3lg. PT.097 BÓCIO MULTINODULAR CONGÊNITO: PROPEDÊUTICA E TRATAMENTO Rezende MS1, Silva RVD1, Freitas PC1, Moreira LMP1, Dias EP1, Lauria MW1, Sarquis MS1, Ramos AV1, Marinho BCG1, Cordeiro GV1, Barbosa VE1 1 Hospital Felício Rocho – Endocrinologia Objetivo: Descreveremos o caso de uma lactente, eutireóidea, com bócio congênito multinodular, em que foi realizada extensa propedêutica. Resultados: Lactente, feminina, nascida a termo. Apresentou-se para avaliação endocrinológica aos 6 meses por causa de bócio congênito com sinais compressivos (desvio de traqueia). Apresentava crescimento e desenvolvimento adequados e os seguintes exames: teste do pezinho TSH < 2 mUI/ml; ultrassonografia cervical: presença de massa cervical S204 em topografia de lobo esquerdo tireoidiano de 4,5 x 2,0 x 2,6 cm e punção aspirativa por agulha fina (PAAF): bócio coloide. Realizados ainda: TSH: 0,79 mUI/ml; T4 livre: 0,49 ng/dl; T3 total: 2,15 ng/ ml; antiTPO: 1 ui/ml; TRAB: 6%; tireoglobulina: 4598 ng/ml; teste do perclorato de potássio: captação de I131 na 2a hora: 20%; 30’ 18% e 60’ 17% (negativo); BERA (Brain Evoked Response Audiometry): negativa. Foi descartado o uso materno de substâncias bociogênicas (agentes iodados, drogas antitireoidianas, lítio, arsênico). Foram eliminadas as causas mais comuns de bócio congênito (defeitos na organificação do iodo, síndrome de Pendred, hipertireoidismo congênito e resistência ao hormônio tireoidiano). Indicamos tireoidectomia total aos 11 meses em virtude de compressão de traqueia. Anatomopatológico: bócio coloide multinodular. Discussão: O bócio congênito é estreitamente relacionado ao hipertireoidismo e ao hipotireoidismo neonatal. Diante das implicações clínicas do diagnóstico equivocado do último, é de extrema importância a avaliação rigorosa do bócio congênito, sugerindo-se a realização de extensa propedêutica diferencial. No caso em questão, o bócio multinodular associava-se a eutireoidismo clínico e laboratorial, porém, perante a sintomatologia clínica compressiva, foi optado pelo tratamento cirúrgico definitivo. Referência: 1. Mark A. Sperling; Pediatric Endocrinology – 3rd edition, 2008. PT.098 PREVALÊNCIA DE SOBREPESO, OBESIDADE E ADIPOSIDADE CENTRAL, EM ALUNOS DE ESCOLAS PARTICULARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Fontenele EGP1, D’Alva CB1, Landim SASP2, Montenegro Jr R1, Moraes MEA3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Curso de Graduação em Ciências da Nutrição; 3 UFC – Unidade de Farmacologia Clinica do Departamento de Fisiologia e Farmacologia Segundo o IBGE (POF 2008-2009), a prevalência de sobrepeso ou obesidade na população pediátrica subiu de 19,1% em meninos e 14,3% em meninas em 1989, para 51,4% em meninos e 43,8% em meninas, representando crescimento de 169% e 206%, respectivamente, nos últimos 20 anos. A adiposidade central na infância relaciona-se com maior risco cardiovascular na vida adulta e a relação circunferência abdominal/altura (CA/A) ≥ 0,5 tem sido considerada um importante marcador. Objetivos: Determinar a prevalência de sobrepeso, obesidade e adiposidade central por sexo, em alunos de escolas particulares de 4 a 9 anos de idade. Métodos: Estudo transversal de participação voluntária com consentimento obtido dos pais e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFC. A avaliação do peso em balança digital portátil (Plenna), da altura em pé por estadiômetro (Tonneli) e da circunferência abdominal, aferida na linha média entre o bordo costal inferior e o bordo superior do ilíaco, foi feita pelo mesmo examinador. O desvio-padrão do índice de massa corpórea (ZIMC) foi calculado pelo programa WHO AnthroPlus v1.0.4 classificando IMC em baixo (ZIMC < -2 DP), normal (≥ -2 ZIMC < +1), sobrepeso (≥ +1 ZIMC ≤ +2) e obesidade (ZIMC > +2DP) pelos pontos de corte atuais do Ministério da Saúde. Resultados: 208 crianças foram avaliadas (M, n = 108, IC: 6,7 ± 1,2, 4,6-8,8a e F, n = 100, IC: 6,8 ± 1,3, 5,2-8,4a). Em meninos, 14% apresentaram obesidade, 23%, sobrepeso, 62%, peso normal e 1%, baixo peso, enquanto nas meninas, 13% apresentaram obesidade, 24%, sobrepeso e 63%, peso normal. Em ambos os sexos, houve forte correlação positiva entre IMC e CA (r = 0,91 em meninos e r = 0,88 em meninas), assim como entre IMC e CA/A (r = 0,83 em meninos e r = 0,76 em meninas). Nos subgrupos obesidade, sobrepeso e peso normal, a CA/A foi de 0,57 ± 0,03, 0,49 ± 0,02 e 0,46 ± 0,03 em meninos e de 0,56 ± 0,06, 0,50 ± 0,02 e 0,45 ± 0,03 em meninas. CA/A ≥ 0,5 foi encontrada em 100%, 28% e 4% dos meninos e em 85%, 50% e 8% das meninas com obesidade, sobrepeso e peso normal, respectivamente. Conclusão: A prevalência de sobrepeso ou obesidade de 38% em meninos e 37% em meninas neste estudo se mostrou inferior aos dados do IBGE, mas a elevada prevalência de adiposidade central observada em ambos os sexos é um dado preocupante e reforça a importância desse marcador clínico na avaliação antropométrica da população pediátrica, pelo risco de desenvolvimento precoce de síndrome metabólica. PÔSTERES PT.099TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE E A EVOLUÇÃO DE TANNER Hissa MRN1, Farias LAGM1, Teixeira VCMR2, De Castro DB3, Cavalcante LLA3, Hissa MN1 1 2 3 Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; Hospital Universitário Walter Cantídio – Serviço de Endocrinologia e Metabologia; Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes Introdução: A puberdade precoce representa um conjunto de condições que comumente se apresentam no atendimento endocrinológico. O espectro de etiologias engloba desde condições mais benignas (telarca precoce) até as mais agressivas (tumores de células germinativas). A puberdade precoce central (PPC) é uma causa comum e seu tratamento bem estabelecido se faz com análogos de GnRH. Objetivo: Avaliar o perfil da resposta terapêutica de pacientes tratados com análogos do GnRH. Metodologia: Coletados dados de pacientes femininas tratadas entre 1999 e 2008 no ambulatório de Endocrinologia do Hospital das Clínicas do Ceará. As pacientes foram classificadas quanto a dois critérios: tempo de tratamento e evolução de Tanner. No tempo de tratamento, as pacientes foram divididas em três grupos, as que fizeram até 18 meses de tratamento, de 19 a 36 meses e mais de 36. No critério de Tanner ,observou-se separadamente o desenvolvimento mamário e de pelos pubianos, anotando-se a classificação inicial e do último dia de tratamento, agrupando os que regrediram, os que se mantiveram inalterados e os que progrediram em relação à classificação inicial. Resultados: Dos 54 prontuários analisados, a idade de início dos sintomas variou de 33 a 94 meses. 17 pacientes fizeram tratamento por ≤ 18 meses, 8 (47%) regrediram no desenvolvimento mamário, 2 (11,7%) mantiveram inalteradas e 7 (41,1%) progrediram. No desenvolvimento dos pelos pubianos, 1 (5,8%) paciente regrediu, 6 (35,2%) se mantiveram inalteradas e 10 (58,8%) evoluíram. Das 30 pacientes tratados ≥ 19 e ≤ 36 meses, o desenvolvimento mamário regrediu em 10 (33,3%), permaneceu inalterado em 10 (33,3%) e evoluiu em 10 (33,3%). O desenvolvimento dos pelos pubianos regrediu em 2 (6,6%) pacientes, ficou inalterado em 10 (33%) e progrediu em 18 (60%). Das 7 tratadas > 36 meses, apenas 1 (14,2%) regrediu no desenvolvimento mamário, 2 (2,8%) ficaram inalteradas e 5 progrediram (71,4%). Em relação ao desenvolvimento de pelos pubianos, 2 (2,8%) não alteraram e 5 (71,4%) progrediram. Conclusão: O trabalho demonstra a evolução puberal nas pacientes tratadas com análogos do GnRH em nosso serviço. Naquelas que se trataram por um tempo inferior a 18 meses, a maioria regrediu no desenvolvimento mamário, mas manteve o desenvolvimento dos pelos pubianos estável. Nas que se trataram até 36 meses uma quantidade igual regrediu, manteve-se estável e evoluiu no desenvolvimento mamário, mas grande parte avançou no desenvolvimento pubiano. E naquelas que trataram por mais de 36 meses, a maioria avançou no desenvolvimento mamário e pubiano. PT.100 DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESCOLARES DE 6 A 10 ANOS DE ITAÚNA/MG Rodrigues LP1, Soares LT1, Luz BG1, Silva ACF1, Lima RC1, Queiroz NA2, Gonçalves R3, Lamounier JA4, Santos MESM5, Granjeiro PA5 1 Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) – Discente do Curso de Medicina; 2 Universidade de Itaúna (UIT) – Discente do curso de Educação Física; 3 UIT – Docente do Departamento de Educação Física; 4 UFSJ – Docente do Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina; 5 UFSJ – Docente do Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina Introdução: A síndrome metabólica (SM), transtorno associado à obesidade, hipertensão arterial, diabetes II e dislipidemias, é cada dia mais frequente entre adultos, mas é preocupante seu aumento e ocorrência cada vez mais precoce entre crianças e adolescentes, uma vez que estarão mais sujeitos a desenvolverem futuramente doença cardiovascular e diabetes tipo 2. Objetivo: Identificar a prevalência de SM em escolares de 6 a 10 anos de escolas públicas de Itaúna/ MG. Metodologia: Estudo transversal de natureza epidemiológica com crianças voluntárias (n = 290) na faixa etária de 6 a 10 anos, matriculadas em todas as escolas públicas municipais e estaduais de Itaú- na/MG. As crianças elegíveis para o estudo constituíam um universo de 4.649 escolares. Assim, a amostra mínima deveria ser constituída por 228 crianças. Essas foram selecionadas por aleatorização simples, obedecendo a critérios estatísticos. Foram medidos circunferência de cintura (CC), pressão arterial (PA), HDL, glicose e triglicérides, sendo consideradas com SM as crianças com três ou mais dos fatores alterados. A medida da CC foi obtida ao final da expiração normal, tendo como ponto de referência 2,5 cm acima da cicatriz umbilical. Para medida da PA, foram realizadas três aferições no braço direito após 5 minutos de repouso e intervalo de 2 minutos entre cada medida. A coleta de sangue foi realizada após jejum de 12 horas. Dosagens bioquímicas de glicose, triglicérides e HDL foram realizadas por meio de kits de diagnósticos comerciais. Para os pontos de corte, foi considerado o percentil 80, ajustado para faixa etária e gênero. Resultado: Das 290 crianças estudadas, havia 158 meninos e 132 meninas. Diagnosticaram-se 13,45% com SM em todo o grupo. No sexo masculino, a prevalência foi de 5,26%, 9,38%, 17,65%, 13,51% e 16,67% nas idades de 6, 7, 8, 9 e 10 anos, respectivamente. Já no sexo feminino, considerando mesma ordem e faixa etária, encontrou-se 14,29%, 16,67%, 15,38%, 12,20% e 11,54%. Conclusão: A prevalência da SM em escolares de 6 a 10 anos de instituições públicas de Itaúna foi de 13,45%, sendo maior na idade de 8 anos para meninos e de 7 anos para meninas. Também, a porcentagem de SM até 7 anos foi maior no sexo feminino, e de 8 a 10, maior no sexo masculino. Os dados demonstram um problema de saúde pública que vem se agravando no país e são necessárias ações afirmativas de educação em saúde, a fim de reduzir a ocorrência da SM tão precocemente. Suporte financeiro: Fapemig e Universidade de Itaúna. PT.101ANÁLISE DAS CURVAS DE CRESCIMENTO – MARCONDES, CDC E OMS – NA AVALIAÇÃO ESTATURAL DE ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Fontenele EGP1, D’Alva CB1, Landim SASP2, Montenegro Jr R1, Moraes MEA3 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Universitário Walter Cantídio; 2 UFC – Curso de Graduação em Ciências da Nutrição; 3 UFC – Unidade de Farmacologia Clínica do Depto. de Fisiologia e Farmacologia Introdução: O crescimento longitudinal é um processo fisiológico complexo que em geral transcorre de modo previsível, permitindo que altura e velocidade de crescimento possam ser interpretadas no contexto de padrões populacionais para idade e sexo. É também multifatorial, sofrendo influência de fatores nutricionais, hormonais e genéticos, variáveis nas diferentes populações. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o desempenho das curvas de crescimento disponíveis (Marcondes, CDC, 2000 e OMS, 2006) na avaliação da estatura de escolares em idade pré-puberal residentes em Fortaleza. Métodos: Estudo transversal de participação voluntária com consentimento obtido dos pais e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFC. A avaliação do peso em balança digital portátil (Plenna), altura em pé por estadiômetro (Tonneli) e circunferência abdominal, aferida na linha média entre o bordo costal inferior e o bordo superior do ilía co, foi feita pelo mesmo examinador. A amostra foi dividida em faixas etárias semestrais, sendo a média e o desvio-padrão da altura calculados para cada intervalo de seis meses. As curvas de crescimento-padrão foram comparadas e sobrepostas entre si quanto aos valores médios de altura e desvio-padrão para a idade cronológica correspondente ao ponto médio do intervalo semestral nas mesmas faixas etárias da nossa amostra. A altura foi classificada como alta (ZALTURA > +2), normal (-2 ≤ ZALTURA ≤ +2) ou baixa (ZALTURA.<-2) para cada um dos padrões de Marcondes, CDC, 2000 e OMS, 2006. Resultados: A sobreposição das curvas populacionais analisadas não revelou diferenças estatisticamente significantes nesse grupo etário. No diagnostico de baixa estatura em ambos os sexos, as três curvas tiveram desempenho semelhante, detectando essa alteração em 1% da amostra. A frequência de alta estatura foi de 4,3% (Marcondes), 7,7% (CDC) e 5,3% (OMS). No subgrupo com IMC normal, a alta estatura foi encontrada em 2,3% S205 PÔSTERES (Marcondes), 7,6% (CDC) e 3,8% (OMS). Conclusão: Apesar de não haver diferença significativa entre as curvas existentes na detecção de baixa estatura, a caracterização de alta estatura difere conforme a curva usada. A curva da OMS e a de Marcondes apresentaram desempenho semelhante quando ajustadas pelo IMC. PT.102ALTA ESTATURA, CIA E RETARDO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ASSOCIADO à SÍNDROME MARFANOIDE Santos JPL1, Lima CMBB1, Dourado BM1, Diogenes CA1, Correa RV1 1 Universidade de Fortaleza (Unifor) – Centro de Ciências da Saúde – Curso de Medicina A síndrome de Marfan (SMF) é uma doença de herança autossômica dominante, caracterizada como desordem sistêmica do tecido conjuntivo. A maioria dos casos se associa com a mutação do gene da fibrilina-1, localizado no cromossomo 15. Na SMF, observa-se penetrância elevada e grande diversidade de sinais e sintomas, destacando-se alterações musculoesqueléticas como alta estatura, deformidades na parede torácica, escoliose, dolicostenomelia, frouxidão ligamentar e aracnodactilia. As características cardiovasculares mais comuns são PVM e dilatação de aorta. O diagnóstico se baseia nos critérios de Ghent, que classifica as manifestações da doença em sinais maiores e menores. Relato de caso: HAR, masculino, 11 anos, encaminhado ao endocrinologista para investigação de alta estatura, referindo aumento progressivo das extremidades, com dor articular em joelhos, associados a edema de membros inferiores e episódios repetidos de infecções respiratórias. Nascido prematuro aos 8 meses, pesando 3,950 kg, medindo 54 cm, apresentou DNPM normal. Evoluiu com dislalia e déficit de aprendizagem importante, não sabendo ler ou escrever aos 11 anos. Ao exame físico, pesava 50 kg, medindo 1,56 m. O paciente apresentava fácies atípica, com discreto hipertelorismo ocular, nariz em sela, frouxidão ligamentar discreta, aumento de extremidades (sendo as dimensões dos pés, palma da mão e dedo médio acima do percentil 97), genitália externa masculina com pelos pubianos T1, testículos pré-púberes sem alterações na bolsa escrotal. As dosagens bioquímicas e hormonais (TSH, IGF1, PRL, testosterona) eram normais. Nos exames de imagem, apresentava idade óssea compatível com a cronológica e na US abdominal, foi identificada presença de cálculo biliar. Posteriormente, submeteu-se à colecistectomia. Ao ecocardiograma, apresentava comunicação interatrial (tipo forame oval) com repercussão hemodinâmica, o que justificou a realização de cirurgia corretiva, sendo evidenciado pequeno canal arterial, o qual foi ligado. Após a cirurgia, houve regressão do edema e melhora das dores articulares. Conclusão: A SMF pode causar disfunções em inúmeros sistemas, sendo as cardiovasculares as de maior morbimortalidade. Alguns pacientes podem apresentar manifestações atípicas dessa patologia, sendo fundamental, nesses casos, o diagnóstico molecular para confirmação, principalmente naqueles pacientes que não fecham os critérios clínicos diagnósticos. PT.103A IMPORTÂNCIA DO ANTICORPO ANTITIREOGLOBULINA COMO SUBSTITUTO, “SURROGATE” DA TIREOGLOBULINA NA DETECÇÃO DE METÁSTASE NO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO Pereira CS1, Tavares MGR1, Caldas AS1, Faria MS1, Lopes MHC1 1 Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – Endocrinologia Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 36 anos, natural e residente em São Luís, Maranhão, procurou ambulatório especializado do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário, para segmento de câncer diferenciado da tireoide. Havia realizado tiroidectomia total com linfadenectomia cervical cujo histopatológico descrevia a presença de carcinoma papilífero, multicêntrico e bilateral, o maior com 4,5 x 3,5 cm, com metástase para dois linfonodos cervicais. Realizou terapia ablativa com I131 (100 mCi), sendo observado na pesquisa de corpo inteiro (PCI) pós-dose captação apenas em leito tireoidiano. DuranS206 te os oito anos de seguimento, evoluiu com valores de tireoglobulina persistentemente indetectáveis, porém com níveis elevados e crescentes de anticorpo antitireoglobulina (variando de 2.500 até 10.500 u/ ml). Todas as dosagens de tireoglobulina (Tg) e anticorpo antitireoglobulina (antiTg) foram realizadas no laboratório Fleury utilizando o ensaio imunométrico para dosagem da Tg. Os exames de imagem (PCI diagnóstica, ultrassonografia cervical e tomografia de tórax) inicialmente não apresentavam sinais de metástases. No entanto, diante da possibilidade de metástase oculta, suspeitada pelos títulos constantemente elevados de antiTg, foi feita uma dose terapêutica de 150 mci com I131, e a PCI pós-dose evidenciou tecido radiocaptante em leito tireoidiano. Uma nova tomografia de tórax, agora com contraste, foi realizada, tendo resultado normal. Uma ultrassonografia cervical subsequente evidenciou dois linfonodos com características suspeitas. A paciente foi, então, encaminhada à cirurgia para esvaziamento ganglionar, tendo como resultado histopatológico metástase de carcinoma papilífero de tireoide em 6 dos 16 linfonodos analisados. Discussão: O anticorpo antiTg está presente em cerca de 25% dos pacientes com câncer diferenciado de tireoide, e sua presença pode interferir no ensaio da Tg, resultando em valores subestimados no ensaio imunométrico. A redução até o desaparecimento nos níveis de antiTg nos pacientes sem remanescentes de tecido tireoidiano pode demorar alguns anos. Em contraste, pacientes com doença ativa caracteristicamente mantêm níveis persistentemente detectáveis, ou valores crescentes, de antiTg. Conclusão: Diante de níveis indetectáveis de Tg no ensaio imunométrico devido à presença de altos títulos de antiTg, esses anticorpos são úteis como substitutos (surrogate) da Tg na detecção de metástase no segmento do carcinoma diferenciado da tireoide. PT.104 PUNÇÃO TIREoIDEA SUSPEITA: TSH COMO MARCADOR PARA MALIGNIDADE? Araújo RB1, Nogueira CR1, Tagliarini JV2, Castilho EC2, Marques MEA3, Carvalho LR4, Mazeto GMFS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) – Clínica Médica; 2 FMB-Unesp – Otorrinolaringologia; 3 FMB-Unesp – Patologia; 4 Instituto de Biociências de Botucatu (IBB)/Unesp – Bioestatística Introdução: A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é o método mais eficaz na detecção de inúmeros tumores tireoidianos, como o carcinoma papilífero (CP), por exemplo. Entretanto, sua eficácia diminui quando se trata de lesão folicular da tireoide, sendo ineficaz na diferenciação do carcinoma folicular (CF) ou do carcinoma de Hürthle (CH) de lesões benignas de padrão citológico semelhante. Nesse contexto, a concentração sérica de TSH tem despertado particular interesse, podendo sugerir malignidade nodular. Objetivos: Verificar se a concentração sérica de TSH sugere a presença de malignidade em pacientes com PAAF de tireoide suspeita para CF ou CH. Métodos: Foram avaliados os laudos de PAAFs de tireoide, realizadas entre os anos de 2003 e 2008, no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) – Unesp. Foram analisados os prontuários médicos de 59 pacientes com diagnósticos citológicos inconclusivos quanto à presença de CF ou de CH. Desses, 31 foram submetidos à tireoidectomia e tiveram seus dados analisados. Tratavam-se de 28 mulheres e 3 homens (96,8% brancos), com idade média (± desvio-padrão) de 52,1 (± 13,4) anos. Os casos com diagnóstico histológico final de malignidade (grupo M) foram comparados aos sem malignidade (grupo SM) quanto a sexo, idade, tabagismo e concentrações séricas médias de TSH e T4-L (no ano da cirurgia). Resultados: Foram constatados 14 casos de malignidade (1 caso apresentou 1 CP e 1 CF): 9 CP, 3 CF, 1 CH, 1 tumor de Hürthle e 1 tumor folicular de significados malignos incertos. O percentual de concordância entre a PAAF suspeita com a presença de malignidade foi de 45,2% e com CF ou CH, de 12,9%. Os grupos M e SM não diferiram quanto ao percentual de homens, idade, presença de tabagismo ou concentrações séricas de TSH e T4-L (p > 0,05). Conclusão: Neste estudo, as concentrações séricas de TSH, em pacientes com PAAF suspeita para CF ou CH, não se mostraram eficientes na diferenciação entre os casos benignos e malignos. PÔSTERES PT.105 PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DO HIPERTIREOIDISMO EM PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO EM BELÉM/PA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2009 A DEZEMBRO DE 2010 Sampaio EC1, Santos DL1, Menezes RM1, Fernandes-Caldato MC2, Rocha VCC2 Curso de Medicina do Centro Universitário do Pará (Cesupa) – Medicina; 2 Hospital Universitário João de Barros Barreto, Belém/Pará, Brasil – Endocrinologia – Medicina 1 O hipertireoidismo não tratado mostra-se potencialmente fatal, sendo de suma importância seu diagnóstico e tratamento precoce. Objetivo: Identificar a prevalência das principais etiologias do hipertireoidismo em pacientes do Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém/Pará, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo com análise dos prontuários, com as informações catalogadas em ficha própria. Resultados: Constatou-se que, dos 68 pacientes estudados, 43 (63,24%) apresentavam doença de Graves, 5 (7,35%) apresentavam bócio multinodular tóxico, 3 (4,41%) tinham hipertireoidismo subclínico sem definição etiológica, 2 (2,94%), doença de Plummer e 1 (1,47%), tireoidite tuberculosa. Em 14 prontuários (20,59%), não foi informada a etiologia. Da amostra total, 61 (89,7%) eram mulheres e 7 (10,3%) eram homens. A média da faixa etária foi de 37,45 anos, e o tratamento clínico, utilizando somente metimazol (Tapazol®), foi feito por 41 pessoas (60,2%), 3 utilizaram somente propiltiouracil (4,41%) e 3 (4,41%) utilizaram tanto Tapazol quanto propiltiouracil durante o tratamento; 14 (20,5%) fizeram uso de Tapazol e radioiodoterapia, 3 (4,41%) fizeram somente a radioiodoterapia, 1 pessoa (1,47%) fez cirurgia e 3 pacientes (4,41%) não receberam tratamento voltado para o hipertireoidismo, por serem quadros subclínicos. Conclusão: A etiologia do hipertireoidismo mais prevalente foi a doença de Graves, coincidindo com a literatura mundial. Nessa casuística, houve grande predomínio do sexo feminino (9:1) em relação ao masculino; a média de idade dos pacientes foi de 37,45 anos, e o tratamento mais utilizado foi o metimazol. PT.106MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA Pereira LSB1, Martins CP1, Vieira FC1, Antonelli L1, Cordenonssi JT1, Bonasea TCP1, Brito CM1 1 Hospital Estadual Mario Covas, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica O mixedema pré-tibial é uma manifestação pouco frequente na tireoidite autoimune, ocorrendo em até 5% dos pacientes com doença de Graves, na maioria idosos com quadro associado à oftalmopatia. É caracterizado por espessamento da pele que acomete principalmente a região pré-tibial por acúmulo de glicosaminoglicanos na derme, secretados por fibroblastos dérmicos sob expressão do receptor de TSH. O diagnóstico é sugerido pela localização, coloração e limites distintos das lesões em um paciente com doença de Graves. A obstrução crônica linfática e venosa dos membros inferiores, o eczema crônico e a mucinose cutânea podem causar lesões semelhantes, por vezes somente diferenciados pela histopatologia. Relato de caso: Paciente masculino, 67 anos, portador de doença de Graves há dez anos, submetido à tiroidectomia total há três anos. Encaminhado ao serviço com quadro de oftalmopatia importante e edema de membros inferiores com lesões hipercrômicas, em placa, no terço distal das pernas e pés. Evoluiu com espessamento e endurecimento da lesão associados a nódulos róseos no dorso dos pés, dermatoesclerose, xerose e progressão para linfedema. A biópsia local demonstrou presença de fibrose dérmica com papilomatose e acantose regional. Foi submetido a tratamento prolongado com corticoide tópico, não obtendo resposta satisfatória, encaminhado para realização de laser terapêutico para ativação da drenagem linfática dos membros inferiores e acompanhamento com serviço de cirurgia vascular. O tratamento do mixedema pré-tibial deve ser iniciado minimizando fatores de risco da doença de base, além da normalização da função tireoidiana. Corticosteroides tópicos são a melhor abordagem terapêutica inicial, devendo-se associar compressão local, especialmente quando há envolvimento linfático. O uso intralesional de injeções de esteroides como a triancinolona pode causar irregularidades cutâneas. A aplicação intralesional de octreotide é uma terapia recente, porém ainda necessita de estudos que comprovem sua eficácia. Corticoides sistêmicos, terapia citotóxica, uso de imunoglobulina e plasmaferese também são eficazes no tratamento, mas por causa dos efeitos colaterais são raramente utilizados, a menos que exigido para a terapia da oftalmopatia associada. Em geral, pacientes com mixedema pré-tibial têm bom prognóstico, porém a remissão completa da lesão depende muito da resposta individual, assim como das comorbidades associadas e do tempo de evolução da doença. PT.107TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PLACEBO-CONTROLADO Höfling DB1, Chavantes MC2, Juliano AG1, Cerri GG1, Knobel M3, Yoshimura EM4, Chammas MC1 1 InRad do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Radiologia; 2 Instituto do Coração (InCor) do HCFMUSP – Cirurgia Cardiovascular; 3 FMUSP – Unidade de Tireoide; 4 USP – Física Nuclear Objetivo: Avaliar a eficácia da terapia com laser de baixa intensidade (LILT) em pacientes com hipotireoidismo decorrente de tireoidite crônica autoimune (TCA) por meio da função tireóidea, dos anticorpos antitireóideos e do estudo ultrassonográfico (US). Métodos: Selecionaram-se 43 pacientes com hipotireoidismo causado por TCA, sem nódulos, em tratamento com tiroxina (LT4), que foram randomizados em grupos L (LILT, n = 23) e P (placebo, n = 20). Realizaram-se 10 sessões de LILT ou placebo (Thera Lase-DMC®, com função placebo, feixe de 0,002827 cm2). Grupo L submeteu-se ao laser de 830 nm, potência de 50 mW e fluência de 707 J/cm2, enquanto o grupo P, à luz comum, indistinguível da luz laser. Os contornos da glândula foram demarcados sobre a pele com o auxílio do US e preparou-se um molde com as demarcações da tireoide de cada paciente, contendo perfurações com 1 cm de distância. US foi realizado pré e 30 dias pós-intervenções. Avaliou-se a ecogenicidade pelo histograma computadorizado de escala de cinzas (HC), que atribui valores numéricos para as tonalidades de cinzas (preto = 0 e branco = 255; Voluson 730 PRO-GE). Utilizou-se a média dos valores dos dois lobos. A LT4 foi descontinuada após o segundo US e, se necessário (como planejado), reintroduzida. Concentrações de T3, T4 e T4 livre, TSH, anticorpos antitireoperoxidase (TPOAb) e antitireoglobulina (TgAb) foram determinadas pré-intervenção e um, dois, três, seis e nove meses pós-suspensão da LT4. Resultados: Observou-se redução da dose de LT4 em 22/23 pacientes do grupo L, e 11 deles (48%) não necessitavam de LT4 até o nono mês de seguimento, quando a dose de LT4 mostrou-se menor no grupo L (38,59 μg/dia; IC: 18,37-58,80) do que no P (106,88 μg/dia; IC: 83,98-129,77; p < 0,0001). Houve aumento das necessidades de LT4 em 8/20 (40%) dos pacientes do grupo P, mas em nenhum do L. TPOAb mostrou-se menor no grupo L (681,91 U/mL; IC: 364,47-999,35) do que no P (1176,4 U/mL; IC:624,5-1728,3; p = 0,043). Não houve redução de TgAb. Houve aumento no valor do HC no grupo L (pós-LILT = 111,83; IC: 106,94-116,73) comparado ao grupo P (pós-LILT = 89,96; IC: 84,68-95,24; p < 0,0001). Conclusão: LILT foi eficaz em melhorar a função tireóidea, reduzir os TPOAb e aumentar a ecogenicidade da tireoide. Apoio financeiro: Fapesp, CNPq e Capes. Agradecimentos: Profa. Dra. Berenice B. Mendonça, Dra. Suemi Marui, Prof. Dr. Alberto R. Ferraz e Prof. Dr. Noedir A. G. Stolf, pelo apoio e contribuições a esta pesquisa. PT.108SANGRAMENTO VAGINAL SECUNDÁRIO A HIPOTIREOIDISMO Pinto FCL1, Cristovão FC2, Kanamori KY1, Jau SM1, Garcia LL1, Silva FAM1, Schwarzberg L1, Kraide HD1, Silva Neto WCS3 1 Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (FM-Unisa) – Acadêmico; 2 FM-Unisa – Endocrinologia; 3 FM-Unisa – Clínica Médica Tanto o hipotireoidismo como o hipertireoidismo podem estar associados a distúrbios de coagulação. Dados de literatura sugerem que o S207 PÔSTERES hipotireoidismo está associado a um estado de hipocoagulabilidade1-2. Avaliamos uma paciente do sexo feminino, 24 anos, admitida no serviço de urgência com história de fraqueza, prostração e sangramento vaginal intenso há quatro dias. Encontrava-se em MEG, descorada, desidratada, com PA: 90 x 50 mmHg e FC: 115 bpm. Apresentava edema periorbitário e pele seca; a tireoide não era palpável e foi observada cicatriz em região cervical anterior. A ausculta cardíaca revelou bulhas rítmicas e taquicárdicas, o abdome era flácido e indolor. O exame ginecológico confirmou importante hemorragia, embora o USG transvaginal não revelasse alterações. Exames laboratoriais revelaram Hb = 3,3 g/dL, Ht = 10,3%, leucócitos = 12.600/mm3, plaquetas = 144.000/mm3, TP = 16’’, AP = 55%, INR = 1,73, TTPA = 28,5’’, PT = 6,5 g/dL, albumina = 3,9 g/dL, TSH > 100 mUI/mL, T3L = 1,35 pg/mL, T4L < 0,40 ng/dL, BT = 0,15 mg/dL, Cr = 1 mg/dL, Ur = 39 mg/dL, AST = 33 U/L, ALT = 10 U/L, BHCG negativo, RX/ tórax: derrame pleural bilateral. Procedeu-se à hidratação endovenosa, administração de concentrado de hemácias e plaquetas, de etinilestradiol e noretisterona. Foi confirmado antecedente de tireoidectomia, assim como abandono da reposição de hormônio tireoidiano há sete anos. Foram introduzidos vitamina K, sulfato ferroso e levotiroxina sódica. Paciente evoluiu com melhora clínica e recebeu alta hospitalar após 13 dias de internação. O hormônio tireoidiano exerce um papel importante no sistema reprodutor feminino. As alterações menstruais podem estar relacionadas à ação direta dos hormônios tireoidianos sobre os ovários ou à ação indireta sobre os níveis de SHBG, prolactina, GNRH e fatores de coagulação3. Tanto o hipotireoidismo como a autoimunidade podem alterar a homeostase sanguínea. No hipotireoidismo, podemos observar alteração dos fatores de coagulação, diminuição da adesividade plaquetária, além de comprometimento da atividade fibrinolítica2. Estudos sugerem que o hipotireoidismo severo está associado à maior capacidade de degradação de fibrina, o que favoreceria eventos hemorrágicos. Devido às potenciais implicações do hipotireoidismo sobre o sistema reprodutor feminino e sobre a coagulação, deveria ser investigada a função tireoidiana em mulheres com história de metrorragia, irregularidade menstrual e infertilidade3. Referências: 1. Squizzato A, Romualdi E, Büller HR, et al. Clinical review: thyroid dysfunction and effects on coagulation and fibrinolysis: a systematic review. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92(7):2415-20. 2. Chadarevian R, Bruckert E, Leenhardt L, et al. Components of the fibrinolytic system are differently altered in moderate and severe hypothyroidism. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86(2):732-7. 3. Krassas GE, Poppe K, Glinoer D. Thyroid function and human reproductive health. Endocr Rev. 2010;31(5):702-55. PT.109EVOLUÇÃO ATÍPICA DA ORBITOPATIA DE GRAVES Mesquita LM1, Faria GB1, Resende AB1, Santos JCS1, Bizarro VR1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK1 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia Introdução: A orbitopatia devida à doença de Graves (OG) se caracteriza por diferentes níveis de proptose ocular, sendo geralmente bilateral e apresentando sinais de infiltração na musculatura extrínseca ocular ou nas partes moles periorbitárias. A OG é a causa mais comum de doença orbitária na população adulta. O envolvimento ocular na doença de Graves (DG) é clinicamente evidente em 25%-50% dos pacientes. A maioria dos casos de OG ocorre concomitantemente com o início do quadro clínico de hipertireoidismo. Entretanto, essa alteração ocular pode preceder ou suceder o aparecimento da disfunção tireoidiana, podendo, ainda, ocorrer em indivíduos hipo ou eutireoidianos. Relato de caso: AV, dona de casa, feminina, 56 anos. Há quatro anos realizou tratamento com radioiodo (RI) para tratar DG sem evidências clínicas de OG. Antes do tratamento com RI, a paciente fez uso de metimazol 40 mg/dia. Trouxe um exame de ultrassonografia (US) de tireoide de agosto de 2006 com volume de 5,5 cm3, evidenciando a presença de dois nódulos hipoecogênicos, em ambos os lobos, < 1,0 cm. Em outubro de 2006, realizou cintilografia da tireoide com I131, que evidenciou captação em 24h de 29,6% (N: 15%-30%), compatível S208 com bócio difuso e multinodular atóxico. Atualmente, está em uso de levotiroxina 75 mcg/dia e risperidona 1 mg/dia iniciada há sete meses devido a diagnóstico de depressão. Em fev./2011, durante consulta em nosso Serviço, a paciente relatou que há três meses percebeu alteração no seu olho esquerdo. Detectamos essa queixa como compatível com orbitopatia devida à doença de Graves. Negou tabagismo. Exame físico: IMC 22,6 kg/m2, sinais vitais normais, sem tremor, sem dermopatia e com tireoide normopalpável. Exoftalmia bilateral, maior proptose à direita. Apresenta CAS (clinical activity score – EUGOGO 2006) com pontuação de 3, devido à presença de edema palpebral, aumento das carúnculas e aumento da proptose em três meses. TSH: 0,26 uIU/mL (0,34-5,6). Foi solicitado TRAb. Orientada a reduzir pela metade a dose de levotiroxina e realizar terapêutica ocular local de apoio. Após seis semanas, paciente assintomática e sem alterações visuais, TSH: 27,01 e TRAb 27% (< 10). Prescrita levotiroxina 50 ucg/dia. Conclusão: Em relação à terapia da DG e à evolução da OG, muitos estudos demonstram que há maior incidência do agravamento da OG preexistente que o seu surgimento após o tratamento. Entre eles, observa-se o aparecimento de OG em 8% dos casos de pacientes após o tratamento da DG com RI, sendo eles desenvolvidos em até um ano após esse procedimento, em todos os casos, nos primeiros seis meses. Nosso caso mostrou que o aparecimento de OG não pode ser ignorado no seguimento desses pacientes, ainda que tardiamente. PT.110 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO Piva AKC1, Netto JHA1, Ribeiro AV1, Canalli AB1 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Disciplina de Endocrinologia Paralisia periódica hipocalêmica tireotóxica (PPHT) é uma complicação rara do hipertireoidismo, caracterizada por ataques agudos de fraqueza muscular, hipocalemia e tireotoxicose [Silva MRD. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004;48(1)] que desaparecem com o tratamento do hipertireoidismo. Considerada emergência médica, a PPHT pode trazer risco a vida. Descrita em pacientes asiáticos (Okinaka SJ. Endocrinol Clin Metab. 1957;17:1454-9), acomete principalmente o sexo masculino entre os 20 e 40 anos de idade. As crises de paralisia são transitórias, autolimitadas e associadas com hipocalemia. Como quadro clínico, a maioria dos pacientes apresenta taquicardia, perda de peso, oftalmopatia, bócio e tremores. Os ataques ocorreram, em sua maioria, durante a noite e apresentam recuperação espontânea, apesar de alguns pacientes evoluírem para quadriplegia e arritmias cardíacas. Laboratorialmente, apresentam TSH suprimido, T4 elevado e anticorpos positivos, indicando etiologia autoimune. O potássio encontra-se baixo na quase totalidade dos casos durante a crise. Relatamos o caso de um paciente de 19 anos, sexo masculino, com quadro de paralisia nos membros inferiores e que já havia realizado tratamento no ano de 2009 para hipertireoidismo por um período de seis meses, porém interrompeu posteriormente. Evoluiu com piora do quadro com dificuldade de mobilização articular e com queixa de paresia, que aumentou gradativamente durante 48 horas até tetraplegia. A normalização clínica e laboratorial da função tireoidiana foi atingida com tratamento adequado para a crise tireotóxica, com melhora total dos sintomas, caracterizando o diagnóstico PPHT secundária à doença de Graves. Concluímos, assim, que a PPHT é a causa mais comum tratável de paralisia periódica adquirida e deve ser lembrada em casos de fraqueza muscular em pacientes jovens. PT.111ALTAS DOSES DE I-131 NO CONTROLE DO CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE METASTÁTICO: RELATO DE CASOS Marchi MFS1, Rickli JCK1, Couto CH2 1 Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) – Departamento de Medicina; 2 Hospital Santa Isabel – Serviço de Endocrinologia O carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) é a neoplasia endócrina mais frequente e, quando diagnosticado precocemente, apresenta PÔSTERES elevados índices de cura. O tratamento consiste em tireoidectomia total seguida por ablação actínica para eliminar células cancerígenas remanescentes da tireoide ávidas por iodo, bem como suas metástases. No presente estudo, são relatados dois casos de CDT metastáticos com tireoidectomia total seguida de ablação com altas doses de I-131. Revisões da literatura sugerem que a dose cumulativa considerada segura da terapia com I-131 é de até 600 mCi, e, em dosagens maiores que 800 mCi, há elevado risco de desenvolvimento de leucemia, classificada como um efeito a longo prazo, além de outros efeitos colaterais a curto prazo como depressão hematológica, sialadenite aguda e náuseas. Em ambos os casos, foram utilizadas doses entre 500 mCi e 600 mCi, com ótima efetividade, sem queixas clínicas ou complicações, resultando na regressão da doença. Este relato evidencia a eficácia do uso de altas doses de I-131 no CDT com metástases a distância, sem a ocorrência de reações adversas. O uso de altas doses também se mostrou interessante, por serem necessárias menos sessões, reduzindo, portanto, o efeito cumulativo total quando comparado aos pacientes que receberam inicialmente baixas doses, culminando, assim, em melhora na qualidade de vida dos pacientes. PT.112AGRANULOCITOSE ASSOCIADA AO USO DE TIOUREIA: REVISÃO DE LITERATURA Gonçalves FV1, Gonçalves BV1, Casagrande BVP1, Athias RT1, Soares FAH1, Maués MR1 1 Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) – Medicina Introdução: As tioureias são utilizadas no tratamento do hipertireoidismo, entre elas propiltiouracil (PTU) e metimazol (MTZ). As reações adversas só ocorrem em pequeno número de pacientes, podendo se tornar graves se deixadas sem tratamento. Dos efeitos colaterais mais graves, observa-se a agranulocitose. Objetivo: Realizar revisão de literatura sobre a agranulocitose associada ao uso das tioureias. Métodos: Revisão sistemática de artigos nos bancos de dados: Bireme, Cochrane, Lilacs, Medline, PubMed e SciELO. Resultados: Os efeitos adversos provocados pelas tioureias ocorrem entre 1%-5% dos pacientes tratados, sendo 1%-3% para o PTU e 3%-7% para o MTZ. A agranulocitose afeta entre 0,3%-0,6% dos pacientes que recebem essas drogas, sendo definida por um achado leucocitário < 1.000 células/mm3, com neutrófilos < 0,5 x 109 células/L, ocorrendo em frequência similar para o MTZ e PTU. O risco de aparecimento é maior em pacientes acima de 40 anos e ocorre numa proporção de 5 mulheres para 1 homem. É menos frequente em pacientes que recebem doses < 30 mg de MTZ e não está associada à duração do tratamento, ocorrendo principalmente nos três primeiros meses. Outro aspecto importante é a possibilidade de desenvolvimento em um segundo ciclo, influenciado pelo intervalo entre eles, geralmente entre 38 meses e 15 anos. O mecanismo pelo qual as tioureias induzem a agranulocitose ainda não é bem definido, porém há evidências de hematotoxicidade direta sobre os leucócitos periféricos, medula óssea e células maduras sensíveis, sendo essa reação dose-dependente. Mas, possivelmente, ocorre devido à hipersensibilidade, relacionada à existência de anticorpos antigranulocíticos. Clinicamente, apresenta início abrupto de febre, odinofagia, disfagia, prostração e linfadenopatia cervical, além de maior suscetibilidade a infecções oportunistas. Por essa razão, pacientes que apresentem odinofagia e febre devem procurar assistência médica. Tal condição hematológica requer hospitalização por ser potencialmente fatal. O tratamento inclui suspensão da droga indutora, uso de fatores de estimulação de colônias granulocíticas/macrofágicas e terapia de suporte. De acordo com o quadro clínico, deve-se solicitar a hemocultura e, se positiva, instituir antibioticoterapia. Conclusão: A agranulocitose é uma doença rara, grave, caracterizada por redução da contagem de leucócitos e neutrófilos, cuja etiopatogenia relacionada ao uso de tioureias não está bem esclarecida. Nessa condição, requer hospitalização por constituir principal causa de mortalidade. PT.113 OFTALMOPATIA UNILATERAL POR DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA EM PACIENTE COM TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO Pereira LSB1, Vieira FC1, Garroni LF1, Filho RR1, Franco MB1, Bonansea TCP1, Brito CM1 1 Hospital Estadual Mário Covas, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) – Clínica Médica A oftalmopatia tireoidiana está associada à doença de Graves na grande maioria dos pacientes. Ela pode anteceder, coincidir ou suceder o hipertireoidismo. A oftalmopatia associada à doença de Hashimoto é rara. Um diagnóstico diferencial a ser feito, principalmente no caso de oftalmopatia unilateral, é com displasia fibrosa óssea (DFO), uma doença caracterizada por lesões fibro-ósseas em que ocorre substituição do osso considerado normal por tecido fibroso contendo produto mineralizado recém-formado. Com relação à etiopatogenia, existem inúmeras, como alterações de natureza congênita, alterações de desenvolvimento, distúrbio endócrinos e traumatismos. Dentre as endócrinas, a saber: hipertireoidismo, gigantismo, hiperplasia de suprarrenal, acromegalia e hiperparatireoidismo. A doença é mais comum na primeira e segunda década, sem predileção por sexo. Os principais aspectos clínicos são exoftalmia, obstrução nasal, alteração dentária e aumento do volume da área afetada. A principal característica radiológica é uma discreta opacificação semelhante a vidro despolido, com margens mal definidas. Relato de caso: UCSF, sexo feminino, 39 anos, foi encaminhada para o nosso serviço com a hipótese diagnóstica de oftalmopatia de Graves unilateral. Apresentava história de protrusão progressiva do globo ocular direito há dois anos, sem alteração da acuidade visual. Relatava nervosismo e intolerância ao calor. História familiar negativa para doenças tireoidianas. Tireoide normopalpável com ausência de sinais de tireotoxicose ao exame físico. Exames: T4 livre: 0,63 ng/dl; TSH: 30,3 Uui/ml; antiTPO 275, TRAB: negativo, CaT 8,6 mg/dl, PTH 38,5 pg/ml, P 4,2 mg/dl e FA 69. Iniciado o tratamento para tireoidite de Hashimoto e solicitada tomografia computadorizada de órbitas, que revelou importante alteração da arquitetura óssea do osso frontal e esfenoidal sugestivo de displasia óssea. A cintilografia evidenciou lesão com acentuado aumento da atividade osteoblástica na região periorbitária direita. Conclui-se que a DFO é uma patologia óssea benigna de evolução lenta, podendo assumir características de malignidade locorregional, sendo um importante diagnóstico diferencial de oftalmopatia tireoidiana. PT.114ALTERAÇÕES AGUDAS NO METABOLISMO DO CÁLCIO EM UM PACIENTE COM CRISE TIREOTÓXICA POR DOENÇA DE GRAVES Harima LS1, Martins TC1, Alle LM2, Taniguchi LU2, Martins RM3, Marui S1 1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia, Unidade de Tireoide; 2 HCFMUSP – Clínica Médica, Disciplina de Emergências Clínicas; 3 HCFMUSP – Endocrinologia, Unidade de Doenças Osteometabólicas Introdução: Embora o relato de hipercalcemia discreta em pacientes com tireotoxicose seja antigo, sua patogênese ainda não está totalmente esclarecida. Descrevemos um caso de crise tireotóxica associado a alterações agudas e incomuns no metabolismo do cálcio. Relato de caso: Paciente masculino, negro, 33 anos, referia há um mês perda ponderal (-22%), calor excessivo, sudorese, tremores finos, náuseas e vômitos. Há dois dias, confusão mental, sendo encaminhado ao PS. Ao exame físico, notados: torpor, desidratação, taquicardia, hipertermia e bócio. A hipótese de crise tireotóxica foi confirmada com as medidas de T4L > 5,8 ng/dL (VR 0,6-1,5) e TSH < 0,03 uU/mL (VR 0,5-4,2), cuja etiologia foi atribuída à doença de Graves (dG) após a detecção de TRAB elevado. Na pesquisa de distúrbios hidroeletrolíticos, foram detectados valores de cálcio total e iônico bastante elevados: Ca = 14,5 mg/dL (VR 8,6-10,2) e Cai = 7,8 mg/dL (VR 4,6-5,3). Os valores de PTH < 3 pg/mL (VR 11-87) e 25OH-VD = 10 ng/mL (VR > 30) permitiram a exclusão dos diagnósticos de hiperparatireoidismo e intoxicação por VD, respectivamente. O doen te foi hidratado e recebeu PTU, corticoide e betabloqueador para a S209 PÔSTERES tireotoxicose e pamidronato dissódico (PD) para a hipercalcemia com rápida melhora do nível de consciência. Sete dias após a infusão de PD, houve queda sintomática da calcemia (Ca = 5,7; Cai = 3,6) e da fosfatemia (P = 4,6 → 0,7; VR 2,3-4,6), configurando quadro de fome óssea que exigiu reposição de cálcio e calcitriol em altas doses. Em 21 dias, houve normalização dos hormônios tireoidianos (HT). Discussão: A hipercalcemia da tireotoxicose costuma ser explicada por aumento da atividade osteoclástica induzida pelos HT. Na dG, outra explicação é a elevação dos níveis de PTH-rP (PTH related protein). Nessa situação, o TRAB estimula o timo causando hiperplasia e aumento de PTH-rP, cuja normalização costuma ser obtida com o uso de antitireoidianos. No presente caso, as dosagens dos marcadores do metabolismo ósseo e de PTH-rP só puderam ser realizadas após o uso de PD e na vigência de hipocalcemia; apesar dos resultados normais, em virtude da gravidade da hipercalcemia inicial, ambos os mecanismos devem ser considerados. Por sua vez, o uso do corticoide para reduzir os HT, associado à hipovitaminose D e infusão de PD, deve explicar o quadro de fome óssea de ampla magnitude. Conclusão: Essa evolução clínica incomum ilustra como alterações no eixo tireoidiano podem ter impacto no metabolismo ósseo, não devendo ser negligenciadas. PT.115VALVOPATIA MITRAL SEVERA AGRAVANDO CRISE TIREOTÓXICA EM PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Lisboa EP1, Callou EQ1, Sá FCF2, Bezerra Silva EM1, Almeida CEA1, Sa M3, Hellen Lucia CCL4 1 Universidade Federal do Ceará (UFC) – Campus Cariri – Curso de Medicina do Cariri; 2 UFC –Clínica Médica; 3 Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo – Unidade de Terapia Intensiva; 4 Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo – Enfermarias de Clínica Médica Introdução: A valvopatia mitral apresenta amplo espectro clínico, desde leves alterações semiológicas até cardiopatias graves com repercussões orgânicas diversas. A crise tireotóxica é uma condição clínica grave, rara e fatal (óbito em 10% a 75% dos pacientes hospitalizados), na qual ocorre descompensação de um ou múltiplos sistemas (cardiovascular, gastrointestinal e neuropsiquiátrico). Essas doenças têm como alvo comum o sistema cardiovascular, podendo levar a agravos ameaçadores a vida. Relato de caso: Mulher de 37 anos, com diagnóstico de doença de Graves há 24 horas, admitida em UTI, com tremores, diaforese, taquicardia, psicose, labilidade emocional, náuseas, intolerância importante ao calor e angina pectoris. Ao exame: consciente, orientada, adinâmica, eupneica; sem ruídos adventícios, afebril, acianótica, sem exoftalmia; com bócio difuso, edema de MMII, taquicardia. Exames iniciais com elevação de ALT: 145 mg/ dL, AST: 107 mg/dL e Cr: 1,7 mg/dL, alteração de ionograma com Na+: 127 mEq/L, K+: 6,2 mEq/L e Cl-: 110 mEq/L. ECG: presença de isquemia lateral. CPK: 341 mg/dL e CK-MB: 144 mg/dL, com primeira troponina negativa, positivando-se sequencialmente. Instituída terapia adequada: propiltiouracil (PTU) 200 mg 4/4h, hidrocortisona 100 mg 6/6h, propranolol 40 mg 6/6h e Lugol 5 gotas 6/6h. Paciente evoluiu com edema agudo de pulmão (EAP) de repetição, melhorando do quadro após instituição de terapêutica para ICC (deslanosídeo 0,2 mg 12/12h e furosemida 20 mg 12/12h). Após EAP, realizou eco transtorácico, que evidenciou AE: 4,87 cm, HAP: 70 mmHg, insuficiência mitral severa e FE de 53%. Compensada clinicamente, permitiu otimização da ausculta cardíaca, evidenciando-se sopro sistólico (5+/6+), em FM, com irradiação axilar esquerda. Após sete dias em UTI, estabilizada da tireotoxicose, com desmame progressivo das medicações, recebeu alta da UTI com proposta de valvuloplastia mitral. Atualmente se encontra eutireoidea, em uso ambulatorial de PTU 200 mg 12/12h, captopril 12,5 mg 12/12h, carvedilol 6,25 mg 12/12h, espironolactona 25 mg/dia, furosemida 40 mg/dia e digoxina 0,125 mg/dia. Conclusão: Apesar da alta taxa de mortalidade da crise tireotóxica, sendo agravada pela insuficiência mitral severa não diagnosticada previamente, a terapêutica agressiva instituída associada aos cuidados de UTI pode proporcionar evolução favorável aos pacientes. S210 PT.116 PARALISIA PERIÓDICA POR TIREOTOXICOSE: RELATO DE CASO Blankenburg C1, Guerra RA1, Vale A1, Afonso GLP2, Roncon AT2, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) – Endocrinologia; 2 HSPE – Clínica Médica A paralisia periódica por tireotoxicose (PPT) é uma desordem muscular esporádica caracterizada por episódios de fraqueza e hipocalemia. É potencialmente fatal e completamente reversível. Acomete mais comumente pacientes asiáticos do sexo masculino na razão até 20:1. Relatamos o caso de um homem, 47 anos, pardo. Admitido com fraqueza súbita de membros inferiores (MMII), evoluindo com disfonia e fraqueza de membros superiores (MMSS), após estresse físico e uso de bebida alcoólica no dia anterior. Antecedente de doença de Graves há três anos, tratado com metimazol 30 mg/dia por dois anos, tendo interrompido tratamento há 10 meses. Nega episódios prévios semelhantes ou história familiar de paralisia. Ao exame, apresentava-se com força muscular grau II em MMII e grau IV em MMSS. Reflexo patelar ausente e demais presentes e normais. Ausência de nível sensitivo. Exames da admissão: potássio 2,3 mEq/L, TSH 0,01 mUI/mL, T4L 4,8 mg/dl. Após 2h evoluiu com recuperação completa da fraqueza mesmo sem a reposição de cloreto de potássio. Realizou ultrassom de tireoide, que evidenciou glândula aumentada de volume, heterogênea. Vol: 24,8 cm3; e cintilografia: aumento difuso de volume da glândula. Captação 2h: 50% e 24h: 25%. Recentemente, foi demonstrado que mutações no gene KCNJ18, que codifica o canal iônico Kir2.6, estão implicadas nessa fisiopatologia e também que o hormônio T3 regula a expressão desses canais. Durante a tireotoxicose, ocorre alteração desses canais que causam mudanças no potencial de repouso das membranas e acúmulo de potássio intracelular, levando à fraqueza muscular. Aproximadamente, 33% dos pacientes latino-americanos com PPT apresentam essa mutação. Episódios de PPT podem anteceder, em até nove anos, o diagnóstico de tireotoxicose e não recorrem após ser atingido o eutireoidismo. O reconhecimento dessa entidade é importante por ser grave, com risco de morte por arritmias cardíacas e para evitar procedimentos invasivos como a punção lombar. O tratamento é efetivo e bem definido. Esse diagnóstico deve ser considerado em casos de paralisias agudas hipocalêmicas (PAH), mesmo com história de PAH familiar positiva; devendo-se sempre solicitar exame da função tireoidiana. PT.117 CRISE TIREOTÓXICA DE MANEJO DIFÍCIL PELA PRESENÇA DE INSUFICIÊNCIA RENAL Martins TC1, Harima LS2, Marui S3, Araújo-Filho VJFA4, Rodrigues CA5, Silva BC5 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Clínica Médica; 2 Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP – Departamento de Endocrinologia; 3 HCFMUSP – Unidade de Tireoide – Disciplina de Endocrinologia – LIM 25; 4 HCFMUSP – Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 5 FMUSP – Nefrologia Introdução: A tempestade tireoidiana é uma situação crítica, sendo necessário o rápido reconhecimento e tratamento para prevenção de morbimortalidade1. Descrevemos um caso de crise tireotóxica de difícil diagnóstico e tratamento pela presença de insuficiência renal. Relato de caso: Paciente do sexo feminino de 44 anos, com quadro de insuficiência renal aguda em urgência dialítica secundária a nefrite lúpica. Após diversos quadros infecciosos tratados, a paciente apresentou persistência da febre associada a taquicardia, agitação psicomotora, aparecimento de icterícia, perda de peso, caracterizando tempestade tireoidiana. A avaliação hormonal mostrou tireotoxicose (TSH suprimido, T4 livre > 5,8 ng/dL), porém T3 total e livre baixos2,3. Paciente recebeu metimazol, Lugol, betabloqueador e dexametasona. Evoluiu com neutropenia secundária ao metimazol, sendo substituído por lítio e colestiramina. Apresentou também intoxicação ao aumento da dose de lítio, caracterizada por piora do nível de consciência. Os autoanticorpos tireoidianos, assim como TRab eram negativos. O ultrassom Doppler (USD) tireoidiano mostrou aumento da vascularização glandular e volume de 6 cc, descartando processo destrutivo. Após PÔSTERES um mês de tratamento com lítio em dose baixa, houve melhora clínica e laboratorial significativa até normalização da função tireoidiana sem medicação. Discussão: Paciente apresentou tempestade tireoidiana de acordo com os critérios estabelecidos na literatura (REF). Chamaram a atenção níveis normais de T3 atribuídos a doença crítica e diálise. A doença de Graves é a etiologia mais comum que leva a crise tireotóxica. Porém, essa paciente apresenta ausência de autoanticorpos, atribuída a altas doses de glicocorticoides e ausência de bócio. A tireoidite subaguda causando crise tireotóxica é extremamente rara. Apesar da rápida resolução e da ausência de autoimunidade e bócio, a presença de vascularização tireoidiana ao USD afasta um processo inflamatório. Conclusão: A causa da crise tireotóxica dessa paciente não foi completamente esclarecida. Pacientes críticos e em diálise podem ter seu manejo e diagnósticos difíceis quando em tireotoxicose. Referências: 1. Bindu Nayak, et al. Endocrinol Metab Clin N Am. 2006;35:663-86. 2. Lin CC, et al. Peritoneal Dialysis International. 1998;18(5):51621. 3. Kaptein EM, et al. Endocr Rev. 1996;17:45-63. PT.118 HIPERCALCEMIA ASSOCIADA A HIPERTIREOIDISMO Machado VC1, Blankenburg C1, Belino DL1, Andrade AR1, Portes E1, Guerra RA1 1 Morisky-Green respondido em um único momento. Resultados: A amostra foi constituída por 100 pacientes, sendo 92% do sexo feminino. A idade variou de 18 a 80 anos, com média de 53 e desvio-padrão de 12; mais de 50% dos pacientes apresentavam idade superior a 53 anos. Quanto à adesão ao tratamento, detectou-se baixa adesão tanto pela percepção do paciente (48%) quanto pelo teste de Morisky-Green (42%). Analisando a influência da idade, do tempo de tratamento e da escolaridade na adesão ao tratamento, o estudo sugere que a adesão é maior naqueles com menor tempo de tratamento e escolaridade maior. Quanto à idade, há uma diferença pequena em relação à adesão, sendo maior nos indivíduos mais jovens. Entre as razões expostas pelos pacientes para a não utilização da medicação de forma correta, foram citadas: esquecimento (35,6%), falta de entendimento sobre o uso da medicação (30,5%), sem acesso ao remédio (20,3 %), não quis tomar (8,5%), intolerância à medicação (3,4%) e não sabe (1,7%). O nível sérico de TSH variou de 0,03 a 180,00, estando dentro da faixa normal em 46,1% dos casos. Conclusão: Observou-se que os pacientes com hipotireoidismo acompanhados nesse hospital apresentavam baixo grau de adesão ao tratamento medicamentoso prescrito. Talvez medidas educativas possam vir a melhorar o entendimento sobre a doença e, consequentemente, a adesão ao tratamento proposto. Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia Doença de Graves representa 80% dos casos de hipertireoidismo. A associação de tireotoxicose com hipercalcemia, desmineralização óssea, osteoporose e até fraturas patológicas já foi descrita. A incidência na prática clínica desses achados, geralmente leves e assintomáticos, varia de 11% a 52%. Relatamos o caso de uma mulher, negra, 49 anos, com perda de 18 kg em três meses, tremor de extremidades, hiperdefecação, dores no corpo, taquicardia e irritabilidade. Ao exame, apresentava-se afebril, bastante emagrecida, com bócio difuso e exoftalmia. Exames mostravam TSH: 0,02 mU/L, T4L: 8,49 ng/dl, Ca: 11,9 mg/dl, PTH: 10,7 ng/ml, fosfatase alcalina: 439 mg/dl e lesão óssea (“sal e pimenta” no crânio, irregularidades corticais bilaterais, com reabsorção subperiosteal na tíbia), além de densitometria óssea de coluna lombar com T-score de -3,1, diagnosticando-se hipercalcemia associada a hipertireoidismo, por doença de Graves. Foi extensivamente investigada e descartada malignidade. Após tratamento clínico com antitireoidiano e ablação com iodo 131, níveis séricos de Ca e PTH normalizaram, com melhora das dores ósseas. Em situações de tireotoxicose, o aumento da reabsorção maior que o da formação óssea pode gerar hipercalcemia sem doença das paratireoides, com esperada supressão dos níveis séricos de PTH. Assim, tireotoxicose deve ser considerada no diagnóstico diferencial de hipercalcemia PTH-independente. PT.119ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE SALVADOr/BA Alencar JSM1, Daltro C1, Santos FJP2, Alencar C1 1 Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Salvador – Departamento Medicina, Disciplina de Pesquisa Clínica; 2 FTC, Salvador – Departamento de Farmacologia, Disciplina Pesquisa Clínica Introdução: O hipotireoidismo representa uma condição que acomete milhões de pessoas, principalmente mulheres acima de 60 anos. O controle da doença está diretamente associado ao uso adequado da reposição hormonal sob a forma de levotiroxina via oral. A falta de adesão à terapia por parte dos pacientes torna essa condição ainda mais grave, aumentando o risco de complicações. Objetivo: Estudar a adesão ao tratamento do hipotireoidismo em pacientes acompanhadas no um ambulatório de Endocrinologia de um hospital do Sistema Único de Saúde em Salvador/BA. Desenho de estudo: Corte transversal. Material e métodos: No período de agosto a dezembro de 2010, foram convidados a participar do estudo todos os pacientes portadores de hipotireoidismo atendidos no ambulatório de Endocrinologia do Hospital Geral Roberto Santos. Foram utilizados dois instrumentos para a coleta de dados: um questionário autoaplicável e o teste de PT.120 PSEUDOPUBERDADE PRECOCE SECUNDÁRIA A HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO Lamback EB1, Borges JLC1 1 Universidade Católica de Brasília (UCB) – Faculdade de Medicina RSGC, feminina, DN 4/7/2003, portadora de trissomia parcial do 18 e retardo mental com transtorno de déficit de controle de impulso, foi atendida no serviço de Ginecologia deste Hospital, em 30/4/2010, aos 6 anos e 9 meses, para investigação de sangramento vaginal ocorrido há oito dias, com duração de um dia, e de outro sangramento ocorrido há dois dias de maior fluxo, associado a aumento da agressividade. Os exames laboratoriais realizados no dia 6/5/2010 mostram: 17-betaestradiol: 14 pg/mL (VR: < 15 para crianças), FSH: 3,63 mUI/ mL (VR < 3), LH: 0,14 mUI/mL (VR: 1-18), SDHEA: 8 ng/mL (VR: 162-962), testosterona: 0,02 ng/mL (VR < 40), progesterona: 8 ng/mL (VR: 0,27-2,61), prolactina 11,9 ng/mL (VR: 3,3-26,7), TSH: 14,42 (VR: 0,47-4,64) e cortisol: 41,22 ng/mL (VR: 55-288). A ultrassonografia de abdome não revelou nenhuma alteração. Em 2/7/2010, foi encaminhada à Endocrinologia com exames do dia 25/6/10 apresentando T4L de 0,89 ng/dL (VR: 0,71-1,85). Ao exame físico, nota-se odor axilar, pilificação em axila e região pubiana, acantose nigricans em axila, região cervical e pubiana, ausência de broto mamário (M1P2) e IMC de 34,92 kg/m2. De acordo com o desenvolvimento puberal e o quadro clínico e laboratorial, levantou-se a hipótese diagnóstica de hipotireoidismo e pseudopuberdade precoce (PPP). Iniciou-se, então, a reposição com 75 mcg de levotiroxina por dia. Doze semanas após a última consulta, a acompanhante refere que a paciente está em amenorreia. Ao exame físico, nota-se diminuição significativa dos pelos pubianos. Em nova avaliação, com intervalo de quatro semanas, a criança, já com 7 anos e 3 meses, retorna com os seguintes exames (7/10/2010): TSH: 0,516, T4L: 1,34, antiTPO: 3,7 UI/mL (VR < 12) e FSH: 1,37. Observa-se diminuição do odor axilar. A dose de levotiroxina foi mantida. Define-se como puberdade precoce, em meninas, o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários em idade inferior a 7 anos. Pré-púberes sadios têm predominância do LH sobre o FSH; crianças com puberdade secundária ao hipotireoidismo não apresentam apenas inversão da razão LH/FSH, mas também perda no padrão pulsátil de secreção das gonadotrofinas. Um dos possíveis mecanismos fisiopatológicos da PPP é o estímulo direto do TSH nos receptores ovarianos de FSH, uma vez que a subunidade alfa é comum aos hormônios glicoproteicos. O aumento do FSH seria deflagrador da puberdade. O tratamento consiste na normalização do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide com subsequente regressão da pseudopuberdade. S211 PÔSTERES PT.121 PACIENTE JOVEM COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE E METÁSTASES PARA SISTEMA NERVOSO CENTRAL Iervolino L1, Sepulcre DFN1, Abrahão GCP1, Gil E2, Lima Jr JV1, Scalissi N1, Santos ARL3 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia; 2 Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Radioterapia; 3 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Neurocirurgia 1 Introdução: Carcinoma papilífero é o tipo mais comum de Ca de tireoide. A primeira manifestação geralmente é um nódulo ou massa cervical e menos frequentemente metástases para linfonodos regionais. Metástases a distância são raras, ocorrendo em fases avançadas, especialmente em pulmões, ossos e linfonodos torácicos. Quando restrita à tireoide ou linfonodos cervicais, o prognóstico é bom, ao contrário das metástases a distância, com mortalidade de até 50% em um ano. Relato do caso: Paciente JC, 33 anos, em acompanhamento em outro serviço por carcinoma diferenciado de tireoide. Em 2004, durante cirurgia de cordas vocais, estava em investigação de disfonia, foi submetida à tireoidectomia total por detecção de nódulo em tireoide [AP: Ca papilífero de tireoide variante folicular, 2 cm, multicêntrico, com infiltração de tecidos moles extratireoidianos e metástases para linfonodos (3+/3)]. Na ocasião, não realizada radioiodoterapia. Em 2006, feito esvaziamento cervical (10+/77) e indicada radioiodoterapia (250 mci). A PCI pré-dose (TSH > 100 mcU/ml, AATg < 20 UI/ml e Tg = 212 ng/ml) mostrou captação em região cervical anterior de 0,6% e a pós-dose, captação em região cervical anterior e mediastino e aumento difuso de captação em pulmão de grau discreto. Solicitado TC de tórax com nódulos pulmonares e em mediastino esparsos. Em 2008, foi submetida à nova dose (400 mci- protocolo de dose máxima), TSH > 100 mcU/ml, AAtg < 20 UI/ml, Tg = 292 ng/ml. A PCI pós-dose mostrou captação em pulmão (grau discreto e padrão difuso) e em mediastino (grau discreto). Em 2009, quando encaminhada, estava em uso de levotiroxina 100 mcg/dia. Apresentava TSH = 0,61 mcU, T4l = 1,3, Tg = 102 ng/ml e AAtg < 20 UI/ml e hemograma com pancitopenia. Realizado mielograma normal, TC de tórax com nódulos em pulmão e US cervical normal. Iniciou queixa de dor cervical, feita RM de coluna sem alteração. Apresentou crise convulsiva, sendo submetida à TC de crânio que mostrou imagens nodulares de tamanhos variados. Realizada exérese de lesão frontal (AP: metástase de carcinoma papilífero de tireoide variante células altas). Encaminhada à radioterapia. A RM controle mostrou formações expansivas, a maior de 3x 3,3 cm. Paciente não aderente às medicações, apresentando flutuação importante do TSH. Evolui a óbito. Conclusão: Metástases cerebrais são extremamente raras, independentemente do tipo histológico, com incidência é 0,1% a 5%. Não existe consenso quanto ao melhor tratamento e o prognóstico é sempre sombrio. Bibliografia: 1. Maia AL, et al. Nódulos de tireoide e câncer diferenciado de tireoide: Consenso Brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51/5:867-93. 2. Angeles A, et al. Unusual metastases of papillary thyroid carcinoma: report of 2 cases. Ann Diagn Pathol. 2009;13:189-96. 3. Hjiyiannakin P, Jefferis S, Harmer CL. Brain metastases in patients with differentiated thyroid carcinoma. Clin Oncol. 1996;3:327-30. 4. Aguiar PH, et al. Unusual brain metastases from papillary thyroid carcinoma: case report. Neurosurgery. 2001;49(4):1008-13. 5. Haugen BR, Kane MA. Approach to the thyroid cancer patient. with extracervical metastases. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95:987-93. PT.122 BÓCIO MULTINODULAR E TUMOR DE CÉLULAS FOLICULARES: UMA ASSOCIAÇÃO COMUM – RELATO DE CASO Sacramento AP1, Sacramento ABD1, Arbex AK2 Serviço de Endocrinologia, Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (IPEM), Belo Horizonte, Brasil – Endocrinologia; 2 Serviço de Endocrinologia, IPEM, Belo Horizonte, Brasil – Divisão de Nutrição e Metabolismo, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil 1 Introdução: O tumor de células foliculares (TCF) é mais frequente na faixa etária dos 50 anos. Acomete mais mulheres do que homens, na proporção de 3:1. Sua incidência é maior em locais deficientes de iodo. Aproximadamente, 10% dos casos podem estar associados com bócio S212 multinodular. Geralmente, o paciente se encontra em eutireoidismo. A fisiopatologia do TCF não é conhecida. Acredita-se que ocorra devido a uma translocação cromossômica do DNA, no local de transcrição da tireoide, PAX8, do gene PPARY. Relato de caso: LMFS, 62 anos, veio para consulta ambulatorial em nosso Serviço com o objetivo de solicitar exames laboratoriais de rotina. Paciente hígida e assintomática. Negava hipertensão arterial ou diabetes. Relatou ter feito tratamento para doença tireoidiana, mas não soube informar de qual medicamento fez uso e quando foi feito esse tratamento. Menopausa aos 52 anos. Negava etilismo e/ou tabagismo. Mãe hipertensa e pai com diabetes. Exame físico: sem alterações. Peso: 78,2 kg, PA 110 x 70 mmHg, FC: 82 bpm. Tireoide: aumentada difusamente com presença de nódulos, de 2 cm, móveis, de consistência firme e bilateralmente. Foram solicitados: TSH, T4 livre e USG de tireoide. Resultados: Dois meses após, a paciente retornou com os seguintes exames (11/11/10): TSH: 0,032 UI/ml (N: 0,5 a 5), T4L: 1,68 ng/dl (N: 0,70 a 1,80). Não realizou a USG de tireoide. Foi pedida cintilografia de tireoide. Um mês após, trouxe o resultado da cintilografia, que evidenciou glândula tópica, de morfologia preservada, aumentada de volume, apresentando distribuição heterogênea do radiotraçador em seu parênquima, com áreas arredondadas, hipocaptante, de aspecto nodular, localizada em ambos os parênquimas, especialmente em 1/3 distal de lobo esquerdo. Foi solicitada PAAF (punção aspirativa de agulha fina) do maior nódulo. O laudo da PAAF evidenciou padrão sugestivo de neoplasia de folicular ou de células oxifílicas. A paciente foi encaminhada à tireoidectomia total. Após um mês desse procedimento, retornou com o resultado histopatológico de adenoma folicular, sendo iniciada reposição com hormônio tireoidiano, 150 mcg/dia. Discussão: A diferença entre o adenoma e carcinoma folicular está na invasão capsular ou vascular, sendo necessária a intervenção cirúrgica para diferenciação entre esses dois casos. O prognóstico do adenoma folicular é bom, sendo a taxa de recidiva do nódulo após 10 a 20 anos da cirurgia em torno de 10%. PT.123A 30-YEAR FOLLOW-UP STUDY OF PATIENTS WITH THYROID CANCER IN A BRAZILIAN UNIVERSITY HOSPITAL Feitosa NLF1, Serrador ALB1, Magalhães PKR1, Maciel LMZ1 1 Medical School of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Brazil – Department of Internal Medicine, Division of Endocrinology and Metabolism Background: The incidence of papillary thyroid cancer (PTC) has been increasing in the last years. Objectives and Methods: To evaluate epidemiological characteristics of 496 patients with thyroid cancer (TC) referred to the University Hospital of Ribeirão Preto from 1980 to 2010. Results: PTC represented 76.8%, follicular thyroid cancer (FTC) 14.4%, anaplastic cancer (AC) 2.6%, medullary cancer (MTC) 5%, mixed carcinoma (PTC and FTC) 1% and lymphoma 0.2%. TC was more prevalent in females (4,5F x 1M). The median follow-up time were 7, 22 and 13 years for PTC, FTC and MTC, respectively, and 4 months for AC. In the PTC group the majority ranged from 16 to 44 years old; stage I disease represented 70%; 52% measured > 2 cm. At diagnosis metastasis occurred in 27% (22% in lymph nodes and 3.2% in distant sites). Total thyroidectomy (TT) was performed in 91% (6,3% with neck dissection) and radioactive iodine (131I) ablation was given to 82%. In the follow-up, death occurred in 9,2%, relapse or metastasis in 8.3% and 82% remained free of disease. In FTC 38% were 16-44 years old, and 31% over 60 years. Metastasis were detected in 34% (23% at a distant site). Tumor size was > 4 cm in 43%. TT was performed in 76% and 131I in 69%. Stage I disease represented 42%. Death occurred in 32%, distant metastasis in 3% and 63% remained disease-free. In the AC group 61% were older than 60 years old and all of them had stage IV disease. Surgery was not performed in 77% of these due to unresectability. In MTC 95% of the patients were younger than 60 years old. More than half had metastasis at diagnosis, mainly in lymph nodes. Stages I, II, III and IV represented 10%, 32%, 21% and 37% respectively. The main treatment was TT with (43.5%) or without (43.5%) neck dissection. Tumor size ranged from 2-4 cm in 47%. The incidences of death, local recurrence and distant metastasis were 32%, 20% and 8% respectively. Conclusion: This descriptive PÔSTERES analysis resembles that reported in the literature for iodine sufficient areas, higher prevalence of differentiated tumors and incidence in women. The most aggressive tumors were more prevalent in the older age group. In PTC metastasis were more frequent in lymph nodes and in FTC in distant sites. More than half of the cases of MTC had metastasis decurrent of latter diagnostic. AC was the most aggressive subtype, progressing to death in less than one year. Death occurred more frequently in the FTC and in the MTC comparing to PTC. PT.124 CONDUTA CLÍNICA EM RELAÇÃO AO BÓCIO DIFUSO TÓXICO VOLUMOSO: RELATO DE CASO Souza MB1, Soares BMC1, Rocha DRTW1, Junqueira Jr H1, Arbex AK1, Souza Jr CR2 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), Brasil – Serviço de Endocrinologia; 2 Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Brasil – Acadêmico Curso de Medicina Introdução: Dentre as causas de hipertireoidismo, a doença de Graves é a mais comum, com incidência de aproximadamente 17 a cada 100 mil pessoas. Imunologicamente se caracteriza por infiltração linfocitária da glândula tireoide, ativação do sistema imune e aparecimento de autoanticorpos que se ligam ao receptor do TSH (TRAb). Clinicamente se observa aumento difuso da glândula tireoide, associado ou não à oftalmopatia infiltrativa. Existem, atualmente, divergências sobre as opções terapêuticas (drogas antitireoidianas – DAT, iodo radioativo e cirurgia), já que nenhuma delas age diretamente na etiologia da doença. A escolha do tratamento depende de vários fatores como a idade do paciente, tamanho do bócio e gravidade do hipertireoidismo. Relato do caso: CGC, sexo feminino, 45 anos, queixa de cansaço e aumento da circunferência cervical (CC) há três anos, quando iniciou o uso de metimazol 20 mg/dia. Exame físico: peso 62 kg, altura 1.53 m, IMC 26,49 kg/m², FC 72 bpm, PA 120 x 80 mmHg e CC 37.5 cm. Tireoide: aumentada de volume difusamente, 5x do normal, de consistência firme, móvel à deglutição, sem alteração de sensibilidade, sem linfonodomegalias palpáveis. Reflexo aquileu normal. Restante do exame sem alterações. Resultados: (12/2/2010) TSH: 0.007 μUI/mL (N: 0,5 a 5,0) e T4 livre: 4.12 ng/dL (N: 0,7 a 1,8) e ultrassonografia de tireoide; (19/3/2010): bócio difuso tóxico com lobo direito 39 cm3, lobo esquerdo 32 cm3 e istmo 13 cm3. Foi aumentado metimazol para 40 mg/dia. A paciente retornou dois meses depois assintomática, com os seguintes exames: TSH: 0.004 μUI/mL, T4 livre: 1.69 ng/dL, antiTPO: > 600 UI/mL (N < 35), TRAb: 40% (N < 10); sem redução da CC. Confirmamos o diagnóstico de doença de Graves e foi indicado tratamento com iodo radioativo 131 na dosagem estimada de 30 mCi, devido ao tamanho da glândula. Após cinco meses, evoluiu para hipotireoidismo, com redução da CC para 32 cm, e foi tratada com levotiroxina na dose de 100 μ/dia. Discussão: As DAT continuam como tratamento de primeira escolha em pacientes com doença leve, bócios pequenos, crianças e adolescentes, além de situações especiais como na gravidez. Já o iodo radioativo tem sua indicação em pacientes idosos com doença de Graves, em pacientes pré-tratados com DAT que recidivaram pós-remissão ou que apresentaram efeitos colaterais graves com uso da DAT. A cirurgia hoje é uma escolha em casos específicos por causa dos riscos inerentes desse procedimento. No caso relatado, optamos pelo tratamento com iodo e obtivemos controle da função tireoidiana e redução do volume cervical, sem causar riscos para a paciente. PT.125MANIFESTAÇÕES DE DOENÇA DE GRAVES EM PACIENTE COM HIPOTIREOIDISMO – APRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA DOENÇA COMUM: RELATO DE CASO Candioto SL1, Soares JO1, Henriques JLM1, Soares DV1, Teixeira RM1, Silva LHA1 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia hipotireoidismo clínico e laboratorial, que apresenta oftalmopatia associada à tireoide e mixedema pré-tibial. Ao diagnóstico: membros inferiores com lesões cutâneas nodulares, de consistência elástica, coloração marrom-alaranjada com áreas de hiperpigmentação; TSH: 82,4 (0,27-4,2) mUI/mL, T4L: 0,54 (0,93-1,7) ng/dL, antiTPO: superior a 1.000 (< 35) UI/mL e TRAb: 40 (< 1,75) UI/L. Tomografia computadorizada de órbitas mostrava aumento da deposição de gordura conal associada à exoftalmia bilateral e espessamento bilateral da musculatura extrínseca (reto inferior e superior). Após instituição de levotiroxina, paciente evoluiu bem, sem piora da oftalmopatia e com lesões cutâneas estáveis. Chamamos atenção para o fato de que a DAIT cursa com várias apresentações fenotípicas cujo comportamento depende da resposta do sistema imunológico a fatores ambientais e genéticos e que o tratamento adequado previne a piora clínica e a evolução das manifestações extratireoidianas. PT.126 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO Barsotti V1, Andreta LS1, Machado LM1, el Afioune V1, Pazello JR1, Martins DD1, Gonçalves AL1, Tedesco EL1, Quilici MTV1, Viera AEF1 1 Apresentamos o caso de um paciente, branco, 29 anos, atendido no ambulatório de Endocrinologia da PUC-SP, referindo surtos de paralisia de membros inferiores há cinco anos. Relatava episódios de paraplegia e quadriplegia, súbitas, simétricas e sem alteração da sensibilidade, com duração de algumas horas, associados à palpitação, tremor, sudorese e agitação, várias vezes ao dia. Durante a última crise, constatou-se hipocalemia. Inicialmente avaliado pela equipe da Neurologia, foi submetido à investigação com ENM, análise de líquor e TC de crânio, sem alterações, sendo então encaminhado ao ambulatório de Endocrinologia. Durante a consulta, encontrava-se agitado e sudoreico, mobilizando os quatro membros, dados vitais normais. Tireoide aumentada difusamente de volume em 5x o normal, sem nodulações. Ausência de exoftalmia. Tremor de extremidades e unhas de Plummer presentes. Exames laboratoriais caracterizavam hipertireoidismo com TRAb positivo associada à hipocalemia, sendo diagnosticada paralisia periódica hipocalêmica tireotóxica (PPHT) e prescrita solução de Lugol e metimazol, para compensação do quadro clínico com programação de tireoidectomia total como tratamento definitivo, devido ao volume glandular e maior facilidade de realização desse procedimento neste serviço. Paralisias periódicas hipocalêmicas são doenças neuromusculares causadas por alterações nos canais iônicos que se manifestam por ataques agudos e reversíveis de fraqueza muscular associados à hipocalemia. A PPHT é a forma mais frequente de paralisia aguda no adulto jovem, mais frequente em orientais que em brancos. É uma complicação rara e potencialmente fatal do hipertireoidismo, resultante da combinação dos fatores genético, ambiental e tireotoxicose. Qualquer condição que cause excesso de hormônios tireoidianos associado a fatores ambientais pode induzir o aparecimento dessa patologia, desde que o paciente seja suscetível. Essa suscetibilidade vem sendo pesquisada em estudos genéticos recentes, os quais propõem que mutações no canal Kir2.6 podem impedir a saída de potássio da célula, levando à despolarização com perda da excitabilidade do músculo. A correção do hipertireoidismo é o tratamento mais eficaz para PPHT. Esse caso demonstra que o diagnóstico de PPHT é frequentemente retardado e alerta para a importância do diagnóstico e tratamento precoces, devido à alta probabilidade de eventos arritmogênicos durante as crises, que associam tireotoxicose e hipocalemia. PT.127SÍNDROME DE DOWN ASSOCIADA à DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Borges DR1, Anversa LB1, Lima IM1, Cavalcante TFA1, Boaventura VO1, Borges JLC1 1 A doença autoimune da tireoide (DAIT) compreende um espectro de condições que vai desde o hipertireoidismo da doença de Graves até o hipotireoidismo da tireoidite de Hashimoto. Relatamos o fenótipo incomum de um paciente masculino, 45 anos de idade, com Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Endocrinologia Universidade Católica de Brasília (UCB) – Endocrinologia Introdução: A síndrome de Down (SD) é uma condição genética caracterizada pela presença de um cromossomo 21 extra. O paciente com SD apresenta incidência mais elevada de diversas mal-formações, além S213 PÔSTERES de alterações no sistema imunitário e distúrbios endócrinos, os quais têm sido cada vez mais valorizados no atendimento do paciente portador de tal síndrome. Relato do caso: ROM, feminino, 5 anos, negra, portadora de SD, atendida no serviço de Endocrinologia do Hospital da Universidade Católica de Brasília (HUCB), no dia 26/8/2010, para investigação de caroço no pescoço presente há dois meses. Na consulta, a mãe referiu perda ponderal de 4 kg em dois meses, sem alteração do apetite, aumento de nódulo da tireoide, com engasgos quando em decúbito dorsal que melhoravam em decúbito lateral, sudorese e sono inquieto. Na ocasião, exames antigos evidenciavam TSH de 0,023 MU/ml, antiTPO de 2,25 e T4 livre de 4,7 ng/dl. Ao exame físico, paciente apresentava tireoide aumentada difusamente, exoftalmia, hipercinesia, unhas frágeis, pele quente, taquicinesia, reflexos normais. Pesava 16,5 kg e media 1,07 m. Prescreveu-se Tapazol (10 mg diários) e solicitou-se hemograma, TSH, T4 livre e TRAB, revelando TRAB de 99%. Após dois meses de tratamento, evidenciou-se redução do bócio, a dose do Tapazol foi mantida e novos exames foram solicitados depois de prazo de um mês. Os resultados revelaram aumento do TSH (22,884 MU/ml) e diminuição do T4 livre (0,46 ng/dl). A dose do Tapazol foi alterada para 5 mg ao dia. Após cinco meses, a paciente voltou a apresentar perda de peso, sem alterações do apetite. Houve piora da exoftalmia, o sono continuava agitado e houve melhora na sudorese e na agitação. Pesava 19,65 kg e 1,11 m. A tireoide permanecia palpável. Foram solicitados TRAB, TSH e T4 livre. A paciente continua sendo assistida no HUCB, aguardando retorno com exames para seguimento do tratamento. Discussão: As alterações tireoidianas ocorrem em aproximadamente 15% das crianças com SD, predominando largamente o hipotireoidismo. Com muito menor frequência, o hipertireoidismo tem sido associado à SD. Segundo Arrais e cols. (2005), de 85 pacientes avaliados, 18 (21,7%) apresentavam disfunções tireoidianas. Desses, 16 (88,9%) apresentavam hipotireoidismo diagnosticado ou em fase de confirmação e o hipertireoidismo foi constatado somente em 2 pacientes (11,1%). Conclusão: A falta de relatos somada à raridade da doença nos pacientes portadores de SD torna este trabalho de extrema valia para divulgação dessa associação. PT.128TIREOIDITE SUPURATIVA AGUDA: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E COMPLICAÇÕES: RELATO DE CASO Fonseca IFA1, Almeida HG1, Soares JO1, Nascimento LMV1, Leão LM1, Avvad CK2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 Unigranrio – Endocrinologia 1 Introdução: A tireoidite supurativa aguda é uma desordem rara mais comumente causada pelo Staphylococcus aureus ou Streptococcus pneumoniae, que atinge principalmente crianças com alterações congênitas como a fístula piriforme e ducto tireoglosso. Em adultos, são descritos também raros casos relacionados às complicações pós-cirúrgicas, infecções por contiguidade e disseminação hematogênica para glândulas previamente alteradas. Os sintomas iniciais da tireoidite aguda são similares aos da faringite/laringite aguda e tireoidite subaguda, o que frequentemente retarda o diagnóstico dessa doença, que, por suas importantes complicações (sepse, compressão de estruturas adjacentes, trombose de veia jugular interna, disfunções hormonais, abscesso tireoidiano, disseminação mediastínica, abscesso cervical e recorrência), representa potencial emergência endócrina. Caso clínico: Paciente masculino, 28 anos, procurou serviço de emergência, com queixas de aumento de volume do pescoço e odinofagia, relatando uso de glicocorticoide e amoxicilina há 10 dias para tratamento de suposta amigdalite. Sem história prévia de patologia tireóidea, apresentava-se afebril, com aumento de volume na região cervical paramediana direita, doloroso à palpação. Exames laboratoriais mostravam leucocitose e hipertireoidismo com TSH = 0,01 (0,3-5,0 µUI/ml) e T4 livre = 7,7 (0,8-1,9 ng/dL). O US de tireoide evidenciou aumento de volume do lobo direito, difusamente heterogêneo sem aumento de fluxo, sendo levantada a hipótese de tireoidite subaguda. O paciente recebeu alta em uso de sintomáticos, sendo encaminhado à endocrinologia. Seis dias após, apresentou piora dos sintomas, retornando ao S214 hospital onde foi internado na UTI com quadro de febre de 40 °C, calafrios, tremores, taquicardia, taquipneia, desconforto respiratório, dor intensa em topografia de tireoide e disfagia. Foram diagnosticados sepse e múltiplos abscessos em lobo direito da tireoide que desviavam a traqueia, segundo US. Os abscessos foram drenados e, para controle da infecção, foram necessários quatro diferentes esquemas terapêuticos. O US de controle evidenciou pequeno trombo periférico em veia jugular interna. A cultura do aspirado identificou Streptococcus beta-hemolítico como agente etiológico. Recebeu alta hospitalar 12 dias após a admissão com hemograma e função tireóidea normal. Conclusão: Relatamos um caso raro, que respalda as dificuldades diagnósticas e o grande número de complicações relacionadas à tireoidite aguda. PT.129 CARCINOMA PAPILÍFERO DE TIREOIDE COM METÁSTASE PARA LINFONODOS ACOMETIDOS POR LINFOMA DE HODGKIN: RELATO DE CASO Azevedo MF1, Guimarães LM1, Pires MCS1, Wambier TAR1, Santos CLR1, Vicentina EC1 1 Universidade de Brasília (UnB)/Hospital Universitário de Brasília – Serviço de Endocrinologia Introdução: Carcinomas de tireoide constituem a lesão maligna endócrina mais comum, e o subtipo papilífero é o mais frequente. O linfoma de Hodgkin é duas vezes menos prevalente na população que o carcinoma tireoidiano, e a concomitância de ambos os diagnósticos é uma situação extremamente rara. Descrevemos um caso em que ambos os tumores ocorreram concomitantemente em um indivíduo, com metastatização do carcinoma papilífero de tireoide para linfonodos acometidos pelo linfoma de Hodgkin. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 42 anos, procurou atendimento médico queixando-se de tosse seca e dispneia de repouso nos últimos dois anos, com piora progressiva. Exames complementares evidenciaram massa mediastinal, além de um nódulo sólido localizado no lobo esquerdo da tireoide, medindo 1,34 cm, e linfonodomegalia múltipla em regiões cervical anterior e intratorácica. Mediastinoscopia com biópsia de linfonodo mediastinal revelou a presença de infiltração metastática de carcinoma papilífero de tireoide, bem diferenciado, e doença de Hodgkin. O paciente foi submetido a tireoidectomia total, esvaziamento cervical e timectomia, e o exame anatomopatológico confirmou a presença de linfoma de Hodgkin subtipo celularidade mista em associação com metástases de carcinoma papilífero de tireoide no timo e em vários linfonodos cervicais, bem como o diagnóstico de carcinoma papilífero de tireoide, no nódulo tireoidiano. Foi instituída quimioterapia com o protocolo ABVD (adriamicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina) e, subsequentemente, o paciente recebeu dose ablativa de iodo radioativo. Pesquisa de corpo Inteiro pós-dose evidenciou tecido captante em região cervical e em linfonodo mediastinal superior sob ação do radioiodo, sem outras metástases. Conclusão: A associação de doença de Hodgkin com carcinoma de tireoide é extremamente rara e, quando ocorre, o surgimento do câncer de tireoide costuma ser posterior e consequente ao tratamento quimioterápico. A coexistência das duas doenças simultaneamente foi descrita na literatura uma única vez, numa adolescente que evoluiu para óbito por complicações relacionadas à quimioterapia. Na presente descrição, a existência concomitante de linfoma de Hodgkin com carcinoma papilífero de tireoide metastático para os tecidos acometidos pela neoplasia linfocitária é relatada pela primeira vez e sinaliza para uma possível conexão na predisposição ao desenvolvimento e/ou ao comportamento biológico desses tumores. PT.130 PAPPILARY CARCINOMA IN A LINGUAL THYROID: CASE REPORT Navarrete R1, Fioravanti GQ1, Boas LVV1, Medeiros MA1, Brito CM1, Mocellin G1, Santomauro AT1, Fraige Filho F1 1 Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo – Endocrinologia Background and objective: Lingual thyroid is a well-known embryological anomaly and originates from failure of the thyroid gland to PÔSTERES descend from the foramen caecum to its normal eutopic pre-laryngeal site. Malignant transformation of the lingual thyroid is extremely rare. This is a case report of a papillary carcinoma located in ectopic lingual thyroid tissue, in a 36-year-old white female. Case report: A 36-year-old woman attended the outpatient department of Otolaryngology at our Hospital with chief complaints of a croaky voice and a sensation of a foreign body in the throat on swallowing for the last five years. The nasendoscopic examination revealed a firm mass of approximately 2 cm occupying the posterior third of tongue and 2 biopsies of this lesion were subsequently performed under direct laryngoscopic visualization. The biopsy identified foci of necrosis in the center and follicular thyroid tissue (histopathologic examination was not completely able to exclude the presence of follicular carcinoma). Axial cervical computed tomography (CT): 2.3 x 1.5 cm lesion in the midline on posterior tongue with scattered areas of calcification. A Tc-99m pertechnetate thyroid scan revealed uptake between the salivary gland and nasopharynx, suggestive of thyroid lingual. No activity was seen in the thyroid bed. Thyroid function was normal. Surgery was performed to remove the mass, via supra hyoid pharyngotomy. Histopathologic examination revealed well differentiated follicular papillary carcinoma of thyroid measuring 2.7 x 1.8 cm. Post operatively levothyroxine sodium replacement therapy was initiated (150 µg/day) and two months later, she underwent radio-iodine ablation. Approximately 2 years following surgery, she remains with thyroglobulin levels undetectable and TSH < 0,01 mU/L. Discussion: The ectopic gland located at the base of the tongue is often asymptomatic but may cause local symptoms such as dysphagia, dysphonia, upper airway obstruction and hemorrhage, often with hypothyroidism. Papillary carcinoma of the lingual thyroid is extremely rare but it is a feasible diagnostic in patients with symptoms described above and radionuclenutide scanning is essential to assess for the presence of thyroid tissue. Every mass must be biopsied for excluding malignancy. Keywords: ectopic thyroid, papillary carcinoma. PT.131AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV) Casini A1, Graça MP1, Cock AP1, Rodrigues RV1, Barros TP2, Beloni MB2, Machado TVC2, Lacerda CB2 1 Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória – Endocrinologia; 2 Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Endocrinologia Introdução: O hipotireoidismo em geral atua como fator de risco para doença cardiovascular, entre eles o perfil lipídico, podendo levar ao aumento dos níveis do colesterol LDL e de triglicerídeos. Objetivos: Avaliar o perfil lipídico de pacientes no momento do diagnóstico do hipotireoidismo primário no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Pacientes e métodos: Foram analisados retrospectivamente dados de prontuários do ano de 2010 dos pacientes com hipotireoidismo primário do ambulatório de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Avaliamos variáveis como: sexo, idade, perfil lipídico e nível de TSH ao diagnóstico, dose de levotiroxina e de estatina. Resultados: Dos 42 prontuários analisados, 100% eram do sexo feminino, com idade variando entre 31 e 78 anos, média de 50,3 ± 12,6 anos. Os níveis de colesterol total variaram entre 135 e 404 mg/ dL, com média de 216,8 ± 55,5 mg/dL. O nível do LDL colesterol variou entre 49,8 e 336 mg/dL, média de 138,9 ± 52,8 mg/dL. O nível do colesterol HDL variou entre 25 e 79 mg/dL, média de 49,3 ± 14,1 mg/dL. Os níveis de triglicerídeos variaram entre 46 e 417 mg/dL, média de 141,1 ± 88,2 mg/dL. A média do nível de TSH foi de 11,3 ± 19,4 μUI/mL ao diagnóstico do hipotireoidismo primário. A dose de levotiroxina para o tratamento do hipotireoidismo variou entre 25 e 275 mcg/dia, média de 93,7 ± 59,1 mcg/dia. Do total de 42 pacientes, 21 (50%) apresentavam aumento do colesterol LDL e, desses, 12 pacientes (57,1%) faziam uso de estatinas; 11 (26,1%) pacientes apresentavam hipertrigliceridemia. A droga utilizada para tratar a hipercolesterolemia foi a sinvastatina, com dose variando entre 10 e 40 mg/dia, sendo a dose mais frequente a de 20 mg. Conclusão: Apesar de a nossa amostra ser pequena, concluímos que a hipercolesterolemia prevaleceu em relação à hipertrigliceridemia como representante da dislipidemia secundária ao hipotireoidismo primário, em acordo com a literatura. PT.132 PERFIL CLÍNICO EVOLUTIVO DE PACIENTES SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (SCMV) Graça MP1, Casini A1, Motta FT2, Nogueira KC2, Silva PP2, Coser MP2 Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES – Serviço de Endocrinologia; 2 Escola de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Serviço de Endocrinologia 1 Introdução: A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico indicada em casos de câncer de tireoide e em casos específicos de hipertireoidismo. Além disso, os nódulos tireoidianos benignos também são considerados cirúrgicos com intenção diagnóstica ou alívio de sintomas compressivos. Objetivo: Avaliar o perfil clínico de pacientes submetidos à tireoidectomia do ambulatório de Endocrinologia. Material e método: Este foi um estudo retrospectivo com 32 pacientes submetidos à cirurgia de tireoide no período de janeiro de 2008 a julho de 2010. Avaliamos sexo, idade, história familiar de doenças tireoidianas, tempo de seguimento da primeira consulta até a cirurgia, sintomas relacionados, nível de TSH, T4L imediatamente antes da cirurgia, descrição da anatomia glandular e cirúrgica, laudos histopatológicos, além de complicações. Resultado: Todos os pacientes eram do sexo feminino. A idade variou entre 25 e 72 anos, média de 50,7 ± 10,1. Dos 32 pacientes, 19 constavam interrogatório sobre história familiar de doenças tireoidianas e, desses, 10 (52,6%) apresentavam casos na família. O tempo de seguimento entre a primeira consulta e a cirurgia foi em média 24,5 ± 25,6 meses. Com relação aos sintomas compressivos, 11 pacientes (34,3%) apresentaram disfagia, 4 (12,5%) rouquidão e 3 (9,3%) dispneia. O nível do TSH variou de 0,36 a 4,7 μUI/ mL (VR: 0,3-5,5 μUI/mL), em média 1,3 ± 1,04 μUI/mL; T4L variou de 0,7 a 1,7 ng/dL (VR: 0,8-1,7 ng/dL), em média 1,1 ± 0,27 ng/dL. Com relação à descrição da anatomia glandular, 17 pacientes (53,1%) apresentavam bócio multinodular, 13 (40,6%), bócio uninodular e 2 (6,3%), bócio difuso. Em relação ao procedimento cirúrgico, 17 pacientes (53,1%) realizaram tireoidectomia total, 3 (9,4%), tireoidectomia subtotal, 12 (37,5%), tireoidectomia parcial. Com relação ao anatomopatológico, encontramos 24 pacientes (75%) com bócio coloide, 2 (6,25%) com bócio multinodular hiperplásico, 1 (3,2%) com adenoma microfolicular, 2 (6,25%) com tireoidite de Hashimoto, 1 (3,2%) com bócio coloide e tireoidite de Hashimoto, 2 (6,25%) com carcinoma papilífero de tireoide. Em relação às complicações, encontramos 1 paciente com hematoma no local do leito cirúrgico e 1 com hipoparatireoidismo definitivo. Conclusão: O grupo de pacientes estudado foi representado somente pelo sexo feminino, por patologias benignas e por baixo risco de complicações pós-operatórias. PT.133 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DAS TIREOIDECTOMIAS NA DOENÇA DE GRAVES: UMA OPÇÃO TERAPÊUTICA A PONDERAR CONSIDERANDO ÍNDICE DE RISCOS Molinari AS1, Evangelista PE2, Rojas JLB3 1 Hospital N. Sra. da Conceição, Porto Alegre – Serv. Endocrinologia Clínica e Cirúrgica; 2 Hospital Mãe de Deus – Anestesia; 3 Hospital Mãe de Deus – Cirurgia Endócrina Introdução: A doença de Graves, caracterizada pelo hipertireoidismo, exoftalmia, dermopatias e acropaquia, é patologia severa que necessita de tratamento definitivo, pelos potenciais riscos cardiológicos. O tratamento de escolha definitivo é a radioiodoterapia. A cirurgia deve ser considerada em pacientes com indicações bem definidas, considerando que os riscos inerentes ao procedimento, nesses casos, parecem ser de maior significância. Objetivos: Determinar riscos inerentes ao procedimento, em um grupo de pacientes com doença de Graves, submetidos à tireoidectomia total, em um serviço de EndoS215 PÔSTERES crinologia Cirúrgica. Metodologia: De jan./1998 a mar/2011, 96 pacientes com diagnóstico clínico de doença de Graves que tiveram como tratamento definitivo a tireoidectomia total foram avaliados quanto à indicação da opção terapêutica e às complicações inerentes ao procedimento, que são: hemorragia, lesão de nervo laríngeo recorrente e hipoparatireoidismo definitivo. Resultados: Nos últimos 13 anos, no Serviço de Endocrinologia do HNSC, 96 pacientes com doença de Graves foram submetidos a tratamento cirúrgico. As indicações foram: oftalmopatia de Graves moderada a grave, condições socioeconômicas e falta de adesão que limitem o tratamento medicamentoso, e nos casos com bócio volumoso. A idade dos pacientes variou de 16 a 63 anos, com média de 41 (± 15 anos). Oitenta e nove (90%) tiveram alta hospitalar 18 horas após o procedimento. Dos 96 pacientes, seis (6%) apresentaram complicações pós-operatórias relacionadas ao procedimento. Três deles tiveram sangramento na ferida operatória que exigiu reintervenção nas primeiras 4 horas após a cirurgia. Outros três casos tiveram sequelas permanentes (3%): um com lesão do nervo laríngeo recorrente, um com hipoparatireoidismo e um com hipoparatireoidismo e lesão do nervo laríngeo recorrente. Faz-se nota o achado incidental de microcarcinoma papilar em 9 (10%) dos 96 casos estudados. Dos 96 pacientes, 94 (98%) tiveram alta hospitalar menos de 24h após o procedimento. Conclusões: Embora o iodo radioativo seja o tratamento definitivo mais amplamente utilizado na doença de Graves, em casos selecionados o tratamento cirúrgico pode ainda ser indicado. O percentual de complicações encontrado não contraindica o tratamento cirúrgico, nos casos devidamente selecionados, quando realizado em serviço especializado, com tempo mínimo de internação e com a vantagem de haver resolução imediata do quadro. PT.134TIREOTOXICOSE COMO FATOR DE CONFUSÃO DIAGNÓSTICA NA SÍNDROME DE RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS – RELATO DE CASO E A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR Kizys MML1, Figueiredo AEVL1, Andreoni DM1, Martins JRM1, Dias da Silva MR2, Maciel RMB1, Chiamolera MI1 Escola Paulista de Medicina (EPM)/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Medicina; 2 EPM/Unifesp – Departamento de Bioquímica 1 A resistência aos hormônios tireoidianos (RHT) é uma síndrome rara causada por alterações moleculares que levam à diminuição da responsividade dos tecidos-alvo à ação de hormônios tireoidianos circulantes. As alterações bioquímicas são bem estabelecidas e caracterizam-se por níveis elevados de hormônios tireoidianos (T3 e T4) acompanhados de níveis inapropriadamente normais ou até mesmo elevados de TSH. Contudo, o fenótipo clínico resultante é extremante variável apresentando sinais e sintomas que vão desde o hipotireoidismo até características clínicas de tireotoxicose, tornando o diagnóstico clínico da RHT muito difícil. Até o momento, alterações moleculares associadas à RHT foram relacionadas a mutações no gene que codifica a isoforma beta do receptor de hormônio tireoidiano (TRB). No presente trabalho, apresentaremos uma paciente com diagnóstico clínico e molecular de RHT que foi inicialmente tratada de forma inadequada como tireotoxicose. A paciente feminina de 19 anos referiu que procurou assistência médica para anticoncepção, quando foram identificadas alterações nos exames tireoidianos e, mesmo sem apresentar sintomas, foi tratada com metimazol 10 mg/dia. Durante o curso do tratamento, evoluiu com aumento do volume cervical e do TSH e, após a retirada da medicação, ocorreu a normalização do TSH, mas sempre com hormônios tireoidianos elevados. Apresenta anticorpos antitireoglobulina e antitireoperoxidase negativos, aumento de captação de iodo radioativo na cintilografia de tireoide e RNM de sela túrcica normal. Após a paciente consentir em participar de estudo molecular aprovado pelo comitê de ética da instituição, uma amostra de sangue foi utilizada para extração de DNA, que foi submetido à reação de polimerase em cadeia (PCR) dos éxons 7, 8, 9 e 10, regiões na qual se concentram as mutações conhecidas do gene TRB. S216 Os produtos de PCR foram então sequenciados e analisados por meio do software BioEdit v7.0.9. Foi identificada a mutação, já descrita na literatura associada a um paciente com RHT, p.Arg320Cys (em heterozigose) no éxon 9, que codifica parte do domínio de ligação do hormônio tireoidiano. Estudos já demonstraram que mutações nesse domínio impedem a capacidade de ligação do hormônio ao receptor. Nesse caso, o diagnóstico molecular confirma a hipótese de RHT, afastando de maneira definitiva a necessidade de instituir qualquer tratamento para o excesso de hormônio tireoidiano nessa paciente. Apoio financeiro: Capes e Fapesp. PT.135VASCULITE CUTÂNEA POR TAPAZOL: RELATO DE CASO Braziliano CB1, Andrade AEM1, Almeida HG1, Azevedo AC2, Henriques JLM1, Soares DV1 Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia; 2 HUPE, UERJ – Dermatologia 1 O uso de drogas antitireoidianas (DAT) é comum na endocrinologia. São drogas seguras e eficazes. Contudo, podem cursar com efeitos adversos. Os mais comuns são reações alérgicas leves e os mais temidos a agranulocitose e a insuficiência hepática aguda. Relatamos um caso raro de vasculite cutânea associada ao uso de metimazol. Paciente feminina, 55 anos, parda, portadora de hipertensão arterial, insuficiên cia renal crônica (em diálise peritoneal), insuficiência mitral e fibrilação atrial intermitente. Além de hipertireoidismo, há três anos em tratamento com metimazol, porém sem acompanhamento regular de endocrinologista. Nesse período apresentou episódios intermitentes de lesões cutâneas sugestivas de vasculite. Durante internação, que ocorreu devido à infecção secundária das lesões, os exames laboratoriais evidenciaram que a paciente estava em hipotireoidismo. TSH: 16,67 (0,27-4,2 μUI/ml), T4 livre: 0,47 (0,93-1,7 ng/dl), T3 livre: 211 (200-440 pg/dl), antiTPO: 3303 (< 35 IU/ml). Após suspensão do Tapazol, ocorreu melhora significativa no aspecto das lesões. O resultado da pesquisa de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (ANCAc e ANCAp) foi não reagente. A biópsia das lesões foi compatível com vasculite cutânea leucocitoclástica. A pesquisa laboratorial para outras causas de vasculite cutânea foi negativa. A paciente permaneceu em hipotireoidismo após suspensão do antitireoidiano e foi iniciada levotiroxina. Sumarizando, relatamos um caso raro de vasculite associada ao uso de metimazol. A percepção precoce dessa associação e a abordagem rápida e precisa com suspensão da DAT e tratamento definitivo do hipertireoidismo são de fundamental importância para uma evolução clínica favorável nesses pacientes, em virtude da potencial gravidade, como risco de infecção secundária e outras complicações sistêmicas. PT.136MANIFESTAÇÕES EXTRATIREOIDIANAS NA DOENÇA DE GRAVES: RELATO DE CASO Ferreira LV1, Silva RR1, Eimori DY1, Caetano LA1, Vecchiatti SMP1, Guerra RA1 1 Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo – Endocrinologia Introdução: A doença de Graves é uma patologia sistêmica composta pelos seguintes comemorativos, que podem ou não manifestar-se individualmente em cada paciente: hipertireoidismo associado a bócio difuso, oftalmopatia, ocasionalmente dermatopatia infiltrativa e, mais raramente, acropatia. A doença tireoidiana e a oftalmopatia podem ocorrer de forma isolada, mas a dermatopatia e a acropatia estão quase sempre associadas à presença de orbitopatia infiltrativa e hipertireoidismo. Até 50% dos pacientes com hipertireoidismo se apresentam com oftalmopatia. As lesões dermatológicas estão presentes em 4% dos pacientes com oftalmopatia e em até 12% daqueles com quadros oftalmológicos graves. A dermatopatia de Graves caracteriza-se por espessamento da pele, em placas, com aspecto de “casca de laranja” e cor violácea, principalmente em região pré-tibial (podendo estender-se para os pés) e raramente em face, cotovelos e dorso das mãos. A acropatia representada por baqueteamento digital acompanha a der- PÔSTERES matopatia grave e acomete apenas 1% dos pacientes com oftalmopatia. Relato de caso: Paciente de 42 anos, sexo masculino, pardo, com antecedentes de abuso de álcool e tabagismo, vem ao ambulatório com queixa de perda ponderal, tremores, insônia e irritabilidade. TSH: < 0,002 µU/mL (VR: 0,4-4,0), T4 livre: 2,1 ng/100 mL (VR: 0,87-1,56) e antiTPO: 347 U/mL (VR < 35). No início do acompanhamento já apresentava mixedema pré-tibial e exoftalmo importante, com sinais inflamatórios (CAS = 4), sem evidência de compressão de nervo óptico à tomografia; posteriormente desenvolveu também acropatia de Graves. Iniciado tratamento com drogas antitireoidianas, mas, por causa da baixa aderência, foi indicada tireoidectomia total, evitando o I131 pela oftalmopatia grave. Realizou tratamento para oftalmopatia com corticoide sistêmico e colchicina; apesar da baixa aderência, houve melhora do quadro inflamatório. Permaneceu com exoftalmia residual, que foi medicada com pentoxifilina. Para a dermatopatia infiltrativa, usou corticosteroide tópico (curativos oclusivos) e infiltrações, sem sucesso. Conclusão: No caso relatado, o paciente foi acometido por todas as três manifestações extratireoidianas da doença de Graves, salientando a presença de acropatia (muito rara) e de uma forma grave e incomum de dermatopatia infiltrativa. PT.137REPOSIÇÃO HORMONAL E SEU IMPACTO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE Tsumura WG1, Almeida JFM1, Assumpção LVM2, Ward LS1 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/ Unicamp) – Laboratório de Genética Molecular do Câncer; 2 FCM/Unicamp – Clínica Médica A avaliação de risco para pacientes com câncer diferenciado de tireoide (CDT) tratados com levotiroxina é necessária para otimizar a terapêutica e minimizar os efeitos adversos mórbidos do hipo/hipertireoidismo. As diretrizes AMB/CFM/ANS indicam que apenas os pacientes de alto risco devem ter seus níveis de TSH suprimidos (< 0,01 mU/L), e os de baixo risco devem estar entre 0,1 e 0,5 mU/L. Para avaliar o tratamento do hipotireoidismo em pacientes tireoidectomizados por CDT e seu impacto na manifestação clínica de comorbidades relacionadas a eventos cardiovasculares, eventos do sistema nervoso central e riscos de fraturas ósseas, avaliamos 199 pacientes divididos em dois grupos iniciais. 143 pacientes com pTNM I e II foram chamados de grupo baixo risco inicial (BRI) e 56 pacientes com pTNM III e IV foram chamados de grupo de alto risco inicial (ARI). Todos os pacientes tiveram média de tempo de seguimento de oito anos (8 ± 8 anos). No seguimento desses pacientes, aqueles que mantiveram níveis séricos de Tg < 2 ng/dL sem qualquer evidência clínica ou de imagem de recorrência/recidiva por mais de cinco anos consecutivos foram considerados de baixo risco de seguimento (BRS), enquanto todos os demais foram considerados de alto risco de seguimento (ARS). Foram considerados adequadamente controlados os indivíduos de baixo risco com níveis de TSH entre 0,11 e 0,5 mU/L e de alto risco com níveis de TSH suprimidos (< 0,01 mU/L); aqueles que não estavam dentro desses limites de acordo com sua classificação de grupo foram considerados de controle inadequado. Dentre os 143 indivíduos de BRI, 126 evoluíram para BRS e 17 tiveram recorrência da doença, enquanto 18 dos 56 pacientes de ARI evoluíram para BRS e 38 apresentaram recorrência. Do total de 144 pacientes livres de doença, apenas 39 estavam apropriadamente controlados; dos 105 restantes, 67 estavam com TSH < 0,1 mU/L; 25 com TSH 0,51-4,5 mU/L e 13 com TSH > 4,5 mU/L. Dentre os 55 pacientes com recorrência, apenas 9 tinham TSH suprimido; 40 tinham TSH = 0,02-4,5 mU/L e 6 tinham TSH > 4,5 mU/L. Nenhum evento cardiovascular foi observado durante o tempo de seguimento, embora 28 indivíduos inapropriadamente controlados tenham apresentado fatores de risco, e 11 deles eram mantidos suprimidos. Dos pacientes de BRS, apenas 2 sofreram fraturas ósseas, mas 30 tinham fatores de risco, e 11 eram mantidos suprimidos. Concluí mos que as diretrizes atuais não têm sido efetivamente implementadas em nossos pacientes. PT.138 CARCINOMA EPIDERMOIDE PRIMÁRIO DA TIREOIDE DIAGNOSTICADO COMO CARCINOMA ANAPLÁSICO: UM DILEMA DIAGNÓSTICO Bolfi F1, Mazeto GMFS1, Simões MS2, Soares P2, Domingues MAC3, Castilho EC4, França MM1, Nunes VS1 1 Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMBUnesp) – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup); 3 FMB-Unesp – Departamento de Patologia; 4 FMB-Unesp – Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço Introdução: Os carcinomas epidermoides de tireoide (CET) são lesões compostas inteiramente por células tumorais com diferenciação escamosa. São extremamente raros e correspondem de 0,2% a 1,1% dos tumores malignos da tireoide. CET representa acometimento primário ou secundário da tireoide. Prognóstico da doença é reservado. Descrevemos um raro caso de SCC primário de tireoide, diagnosticado inicialmente como carcinoma anaplásico. Relato do caso: Mulher, 73 anos, com nódulo cervical à esquerda, de crescimento rápido e rouquidão há três meses. TSH, T4l, calcitonina e CEA normais. US cervical: massa heterogênea, hipoecoica, bem definida, fluxo central ao Doppler, 3,5 x 3,6 x 4,5 cm, em lobo tireoidiano esquerdo. PAAF compatível com carcinoma pouco diferenciado. Imunocitoquímica positiva para AE1/AE3, EMA; negativa para calcitonina, desmina, TTF1, p53; inconclusiva para enolase, tireoglobulina e sinaptofisina. Exame otorrinolaringológico sem sinais de invasão local. Encaminhada à tireoidectomia total. Histopatologia mostrou tumor de 2,8 cm, não encapsulado, em lobo esquerdo, margem anterior comprometida (pT4aNxMx), tireoidite de Hashimoto em tecido adjacente. Imunoistoquímica positiva para AE1/AE3, p53, p63, Ki67 (70%); negativa para CEA, tireoglobulina, TTF1 e calcitonina. O diagnóstico foi de provável carcinoma anaplásico da tireoide, porém com aspecto escamoso. Solicitado parecer de outro serviço de patologia, cujo laudo descreveu: tumor composto, predominantemente, por células escamosas, com infiltrado inflamatório intenso na tireoide adjacente, de características graves e crônicas, caráter fibrosante, paredes vasculares espessadas pela inflamação crônica (TH). Diante disso, o parecer final foi de CET, associado a quadro intenso de TH, excluindo-se o diagnóstico de carcinoma anaplásico de tireoide. Foram obtidos exames focando o trato digestório, mamas, abdome e vias respiratórias, não sendo encontrados outros focos primários de lesão epidermoide. A paciente fez quimioterapia e radioterapia com sobrevida, até o momento, de 11 meses da ressecção tumoral. Conclusão: A análise histológica e imunoistoquímica, com negatividade para TTF-1, tireoglobulina e calcitonina, excluiu a possibilidade dos tumores mais frequentes da glândula, confirmando o diagnóstico de CET de tireoide. Clinicamente, o CET primário da tireoide e o carcinoma anaplásico se assemelham por serem ambos muito agressivos. A diferenciação entre os dois tipos de lesão muitas vezes torna-se difícil, particularmente pela análise citológica de material provindo de PAAF. PT.139 PARALISIA HIPOCALÊMICA ASSOCIADA AO HIPERTIREOIDISMO: RELATO DE CASO Gonçalves FV1, Gonçalves BV1, Casagrande BVP1, Athias RT1, Soares FAH1, Melo KAN2, Novoa CA3, Silva KST1, Maués MR1 Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) – Medicina; 2 Unidade de Neurologia Clínica (Unineuro) – Neurologia; 3 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará – Endocrinologia 1 Introdução: A paralisia periódica hipocalêmica (PPH) é uma doença muscular com episódios de fraqueza muscular indolor, que pode ocorrer associada ao hipertireoidismo. Objetivo: Relatar caso de homem com paralisia hipocalêmica com diagnóstico posterior de hipertireoidismo. Relato do caso: Paciente JSCC, 33 anos, sexo masculino, caucasiano. Procurou pronto-socorro com quadro de paralisia dos membros inferiores, relatando quadro semelhante há três anos. Exame neurológico evidenciou: tetraparesia proximal e distal grau II/III, comprometimento da marcha, tônus diminuído, reflexos bicipitais, estilo-radiais, patelares e aquileus abolidos bilateralmente e S217 PÔSTERES cutâneo-plantar em flexão bilateralmente, ausência de tremores ou movimentos anormais. Exames bioquímicos mostraram-se normais, exceto o potássio sérico (1,8 mmol/L), sendo iniciada reposição lenta de K+ intravenosa (IV). Recebeu alta com recuperação quase completa da fraqueza muscular e dos reflexos. Semanas depois, evoluiu com palpitação, tremores de extremidade e perda de peso (12 kg/mês). Em consulta ambulatorial, evidenciou-se: tireoide aumentada, FC = 120 bpm e tremores de extremidade. Novos exames evidenciaram: K+ = 4,4 mmol/L, T3 = 5,78, T4 livre = 43 ng/dL, TSH = 0,001, antiTPO e TRAb positivos e ultrassom de tireoide com aumento de volume e textura heterogênea, sendo diagnosticada doença de Graves e iniciado uso de metimazol 30 mg/dia, com melhora do quadro. Discussão: A PPH associada ao hipertireoidismo é uma doença rara (0,1% a 0,2% em população não asiática) que acomete principalmente homens (95% dos casos) devido ao efeito sinérgico da testosterona com os hormônios tireoidianos e com início do quadro em torno dos 20 aos 39 anos em aproximadamente 80% dos casos, compatível com este relato. A sintomatologia do hipertireoidismo geralmente precede o desenvolvimento da paralisia periódica hipocalêmica, mas pode ocorrer ao mesmo tempo (43% a 60%) ou após seu desenvolvimento (11% a 17%); o caso relatado já apresentava quadro de paralisia anos antes do surgimento dos sintomas. O grau de hipocalemia durante um ataque é variável, sendo relacionado à descompensação dos hormônios tireoidianos. O tratamento se dá por reposição oral ou IV de potássio. Conclusão: Apesar de rara, a PPH associada a doença de Graves deve ser lembrada principalmente em homens com quadro de paralisia flácida, pela possibilidade de reversão do quadro neurológico com reposição de K+ e tratamento do hipertireoidismo. PT.140 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO E SUA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA Graça MP1, Casini A1, Cunhalima APC1, Marques JV2, Teixeira FR2, Gomes MV2, Silva RFL2 Santa Casa de Misericórdia de Vitória/ES – Serviço de Endocrinologia; 2 Escola de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)/ES – Serviço de Endocrinologia 1 Introdução: O hipertireoidismo é causado pelo aumento dos hormônios tireoidianos, tendo como etiologias frequentes: doença de Graves (DG), bócio nodular tóxico e Hashitoxicose. Drogas antitireoidianas (DAT), iodo radioativo (131I) e tireoidectomia são terapêuticas disponíveis. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com hipertireoidismo e sua evolução para o hipotireoidismo. Material e métodos: Avaliamos 100 pacientes, no período de março de 1995 a maio de 2011. Analisamos idade, sexo, etiologia do hipertireoidismo, tempo de evolução para hipotireoidismo de acordo com o tratamento (131I, DAT ou tireoidectomia), níveis de TSH e T4L. Resultados: Em relação à etiologia do hipertireoidismo: 82 (82%) apresentavam DG; 11 (11%) bócio multinodular tóxico (BMNT), 7 (7%) bócio uninodular tóxico (BNT). Prevaleceu o sexo feminino – 87 (87%). A idade variou entre 19 e 85 anos (média 46 ± 15,5). Os níveis de anticorpo antitireoperoxidase (antiTPO) foram avaliados em 38 pacientes. Desses, 28 (73,6%) apresentavam antiTPO (+), e os níveis do anticorpo variaram entre 38 e 3680 UI/mL. A média do TSH antes do tratamento foi de 0,1 ± 0,4 μUI/mL e após o tratamento foi de 16,3 ± 26,9 μUI/mL. A média do T4L pré-tratamento foi de 8,9 ± 7,9 ng/ dL e após, de 1,7 ± 1,7 ng/dL. Dos pacientes com DG, 50 (60,9%) foram tratados com 131I, 31 (37,8%) com DAT e 1 (1,2%) com cirurgia. Dos pacientes com BMNT, 4 (36,3%) foram tratados com 131I, 3 (27,2%) com DAT e 3 (27,2%) com tireoidectomia e em um (9,1%) paciente a conduta foi expectante. Dos pacientes com BNT, 4 (57,1%) foram tratados com 131I, nenhum foi tratado com DAT e 3 (42,8%) foram submetidos à tireoidectomia. No geral, a dose de 131I variou entre 10 e 30 mCi, média de 12,1 mCi. A dose de Tapazol variou de 5 a 60 mg/d e a de propiltiouracil variou de 100 a 700 mg/d. Como complicações da tireoidectomia, tivemos 1 paciente com hematoma e 1 com hipoparatireoidismo definitivo. Em relação às DAT, 1 paciente S218 apresentou hepatite e 2, prurido. Do total de pacientes avaliados, 65 (65%) evoluíram para o hipotireoidismo, 15 (15%) permaneceram em eutireoidismo e 20 (20%) continuaram em hipertireoidismo, independente do tipo de tratamento. O tempo de evolução para o hipotireoidismo variou entre 1 e 144 meses (média 18 meses). Conclusão: DG foi a principal etiologia do hipertireoidismo, especialmente no sexo feminino, semelhante à literatura. O tratamento mais utilizado foi o 131I. PT.141 HEPATITE C E TIREOIDOPATIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Andrade AR1, Blankenburg C1, Machado VC1, Belino DL1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia Caso clínico: ESR, mulher, 63 anos, caucasiana, casada, do lar, natural de Lavina/PR e procedente de São Paulo/SP, chegou ao Hospital do Servidor Público Estadual/SP queixando-se de falta de ar e fraqueza há 10 dias. Como antecedentes patológicos tinha hepatite C crônica genótipo 1a com fibrose hepática grau 3 e atividade periportal grau 3 diagnosticada em 9 março de 2009. Como antecedentes familiares, tinha a mãe, uma irmã e uma filha com tireoidopatia. Antes do tratamento com Peginterferon alfa-2b e Ribavirina, a paciente apresentava tireotrofina (TSH) = 1,11 μU/ml, tiroxina livre (T4L) = 1,3 ng/dl e antitireoperoxidase (TPO) e antitireoglobulina (TG) negativos. Após a 32ª dose do tratamento, a paciente evoluiu com quadro de tremores de mãos, sensação de calor, perda de peso, dispneia aos esforços moderados e astenia importante; no exame físico, chamava a atenção frequência cardíaca de 120 bpm e tireoide aumentada globalmente de tamanho, tendo consistência fibroelástica; nos exames complementares tinha TSH < 0,01 μU/ml, T4L = 8,0 ng/dl, triiodotironina total = 776 ng/dl, antiTPO = 854 μU/ml e antiTG = 74,7 μU/ml, cintilografia com iodo 131 com captação em 2 horas = 85% e em 24 horas = 56%; conclusão final: bócio difuso tóxico e iniciado tratamento com metimazol na dose de 20 mg/dia. Discussão: Disfunções tireoidianas (DT) são comuns nos pacientes portadores de hepatite C crônica, estando também associadas ao tratamento com interferon. Entre as DT, podem ocorrer tireoidite dolorosa, tireoidite de Hashimoto ou doen ça de Graves. A DT geralmente ocorre após os três meses de tratamento. O risco de qualquer disfunção é maior quando se tem antiTPO positivo, sexo feminino, em idosos e crianças. A Ribavirina aumenta o risco de o paciente evoluir com hipotireoidismo. A normalização da função tireoidiana não é esperada nos pacientes com doença de Graves. As diretrizes recomendam que, nos pacientes com hipertireoidismo subclínico e tireoidite dolorosa pouco sintomáticos, se deve iniciar propranolol, e nos casos de hipertireoidismo clínico, recomenda-se suspensão do interferon e tratamento definitivo com radioiodoterapia ou tireoidectomia. Todos os pacientes devem fazer o rastreamento no início e a cada 12 semanas do tratamento de hepatite C. Conclusão: As doenças tireoidianas são muito frequentes em pacientes com hepatite C crônica e durante o seu tratamento, sendo recomendado rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando diminuir a morbimortalidade das duas doenças associadas. PT.142 PRIMARY THYROID LYMPHOMA CASE WITH INTERESTING CLINICAL FEATURES Andrade AR1, Belino DL1, Machado VC1, Blankenburg C1, Guerra RA1, Portes E1 1 Hospital do Servidor Público Estadual/SP – Endocrinologia e Metabologia Background: Primary thyroid lymphoma is a rare disease and the adrenal involvement in this case is very unusual, the literature describes only four cases with this association. Patient findings: We present the case of 67-year-old woman complaining of a significant increase in cervical volume during one month, with the diagnostic of primary thyroid lymphoma, which subtype was non-Hodgkin’s diffuse large cell lymphoma with immunophenotyping of B cells CD20 and CD79 positive, in the lymph node biopsy. Adrenal metastasis was found du- PÔSTERES ring the staging of lymphoma disease. Other rare clinical finding is thyrotoxicosis. We also want to highlight the absence of thyroglobulin at thyroid and lymph node. Summary: The patient underwent to treatment scheme with rituximab, cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone, with reduction of goiter in just three days after beginning of the first cycle. Unfortunately, after the third cycle the patient had a sepsis with hypotension, with the suspect of adrenal insufficient, and died. Conclusion: Although it is a rare disease with only four cases described of primary thyroid lymphoma with adrenal metastasis, we recommend it’s search, since involves high mortality. PT.143 CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES COM CA DIFERENCIADO DE TIREOIDE DO HC-UFMG Ramos APC1, Frossard MM2, Candido AL2, Soares JP3, Bizzi MF2, Rajão KMAB2, Costa JF2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) – Departamento Endocrinologia e Metabologia; 2 HC-UFMG – Endocrinologia e Metabologia; 3 HC-UFMG – Estatística Foram analisados 82 prontuários de pacientes acompanhados pelo serviço de Endocrinologia e Metabologia do HC-UFMG no período de 2000 a 2010. Os pacientes eram predominantemente do sexo feminino (87,8%), com idade ao diagnóstico > 40 anos (56,09%). O achado foi incidental em 28% e suspeitado previamente em 62,2%. Em 11% dos casos, havia história familiar de Ca de tireoide e irradiação cervical prévia em 2,4%. Apenas 46,3% dos pacientes fizeram ultrassom pré-operatório e os dados são incompletos. A PAAF foi maligna em 26,8%, suspeita para neoplasia folicular em 15,9%, benigna em 14,6%, não diagnóstica em 6,1% e sem dados em 36,6%. A tireoidectomia total foi empregada em 57,3%, com esvaziamento cervical em 12,2%. A cirurgia foi realizada por cirurgião de cabeça e pescoço em apenas 42,7%. Foram operados no HC-UFMG 37,8% dos pacientes. Como complicações cirúrgicas principais apresentaram hipocalcemia (29,3%) e hipoparatireoidismo definitivo (17,1%). O tipo histológico foi Ca papilar em 73% (variante folicular 42% e variante insular 1,75%), Ca folicular em 19,2% e 7,3% sem dados. O tumor era multicêntrico em 11% dos casos, com lesão bilateral em 7,3% e metástase para linfonodo em 15,9%. Os pacientes foram classificados de acordo com o sistema TNM: estádio I (41,5%), estádio II (9,8%), estádio III (1,2%), estádio IVA (4,9%) e estádio IVC (3,7%). Baixo risco 35,4%, risco intermediá rio 26,8% e risco alto 6,1%. A dose de iodo radioativo terapêutico foi de 100 mci na maioria dos pacientes. Apenas 3,7% dos pacientes não apresentaram captação na cintilografia com pesquisa de corpo inteiro realizada pós-dose. Na PCI 2 a 5 anos após tratamento cirúrgico, houve captação em leito tireoidiano em 14,3% e, após 6 a 10 anos, foi negativa em 100% dos pacientes que a realizaram. A ultrassonografia cervical no primeiro ano de acompanhamento mostrou linfonodos reacionais (7,3%), linfonodos suspeitos (11%), restos tireoidianos (4,9%) e 34% sem dados. A maioria dos pacientes não repetiu o exame após o primeiro ano. A tireoglobulina (Tg) com TSH suprimido no primeiro ano teve valores > 1 em 7,3%, do segundo ao quinto ano de 6,1% e do sexto ao décimo ano todos tiveram valores < 1. A Tg estimulada no primeiro ano (com TSH > 30) teve valores > 1 em 31,7%. Do segundo ao quinto ano de acompanhamento, 18,3% e a partir do sexto ano todos os valores foram < 1. Anticorpo antitireoglobulina estava presente em 8,5%. Nova dose de radioiodo foi necessária em 26,8% dos casos e reintervenção cirúrgica, em 23,2%. PT.144RELATO DE CASO: PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE HIPERTIREOIDISMO POR SÍNDROME DE MARINE-LENHART Iervolino L1, Cordioli MICV1, Freire ACTB1, Lima JVJ1, Scalissi N1, Hilário L2, Namo Cury A1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia; 2 ISCMSP – Medicina Nuclear Introdução: A síndrome de Marine-Lenhart é uma condição clínica rara, caracterizada por doença de Graves associada a nódulo hiperfuncionante. Assim, a tireotoxicose é decorrente da autoimunidade e do nódulo tóxico. Diferentes hipóteses têm sido sugeridas para o desenvolvimento da síndrome. Uma hipótese aceitável é a de que a hiperplasia folicular nodular ou difusa depende da concentração e função intrínseca de anticorpos antirreceptores de TSH. Relato de caso: Paciente IV, 41 anos, encaminhada com queixa de perda ponderal de 6 kg em três meses associada a tremores de extremidades. Relata antecedente de síndrome de Wolf-Parkinson-White, já submetida à ablação e miomatose uterina em uso de anticoncepcional hormonal oral. Nega antecedente familiar de tireoidopatia e tabagismo. Ao exame, não apresenta estigmas de doença de Graves. Realizados exames: TSH < 0,03 mcU/ml, T4l = 4 ng/dl e T3 = 247 ng/dl. US de tireoide demonstrou ecotextura heterogênea à custa de imagem nodular de limites mal definidos e calcificações de permeio no terço superior/ médio do lobo direito de 3,2 x 1,2 cm, com fluxo central e periférico ao Doppler e três nódulos hiperecoicos no lobo esquerdo, o maior medindo 0,6 cm no terço superior. Iniciado Tapazol 20 mg/dia. Solicitados anticorpos, com os resultados: TRAB = 6,21 U/L (negativo < 1 U/L), AATg < 20 UI/l, AATPO < 10 UI/l e cintilografia de tireoide que mostrou captação tireoidiana em 2h de 27% (3-12%) e em 24h de 46% (8%-32%) com captação difusa do radiotraçador e hiperconcentração nos dois terços superiores do lobo direito, compatível com o diagnóstico de síndrome de Marine-Lenhart. Retornou em três meses com exames: TSH = 4,1 mcU/ml, T4l = 3,6 mcg/dl e T3 = 97 ng/dl. Reduzida a dose do Tapazol para 10 mg/dia e encaminhada para radioiodoterapia. Conclusão: A síndrome de Marine-Lenhart é uma condição clínica rara, com prevalência entre 2,7% e 4,1%. Alguns pacientes com bócio nodular podem ter anticorpos antitireoidianos positivos, assim o diagnóstico diferencial entre essas condições é por meio da cintilografia. No bócio multinodular tóxico, há um aumento da captação na área nodular hiperfuncionante e o restante da glândula está suprimida, e na síndrome de Marine-Lenhart, há aumento difuso da captação do radiotraçador com aumento focal na área nodular. Pacientes com essa condição geralmente precisam de dose maior de radioiodo para alcançar o eutireoidismo quando comparados com pacientes com doença de Graves sem nódulos hiperfuncionantes. PT.145SEMELHANÇA CLÍNICA ENTRE PSEUDOTUMOR DE ÓRBITA E OFTALMOPATIA DE GRAVES Dias CDM1, Andrade LM2, Mendonça AM1, Anjos RBN1, Paula SLFM1, Oliveira DPP1, Muszkat Jatene E1, Espíndola-Antunes D1 1 Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 2 UFG – Endocrinologia Introdução: A oftalmopatia de Graves (OG) é uma condição autoimune, associada à doença de Graves, podendo anteceder, coincidir ou suceder o hipertireoidismo. Clinicamente, pode apresentar-se com proptose, dor ocular, hiperemia palpebral e conjuntival, edema e disfunção da motricidade ocular. O aumento da musculatura orbital na OG é simétrico em 70% dos casos, assimétrico em 30% e unilateral em 6%. O pseudotumor inflamatório (PTI) de órbita manifesta-se de forma semelhante à OG unilateral com proptose, sinais inflamatórios, disfunção da motricidade, além de neuropatia óptica. Ainda sem patogenia bem definida, o PTI de órbita acomete principalmente adultos entre 30-60 anos e não tem predileção por sexo. Apenas 6% a 16% dos casos são pediátricos, nos quais a incidência de acometimento bilateral é maior. Objetivo: Descrever caso de proptose ocular bilateral associado a sinais inflamatórios intensos em criança do sexo feminino. Descrição do caso: Paciente de 9 anos, com quadro de proptose ocular bilateral há um ano, de surgimento súbito e aumento progressivo, evoluindo há um mês com hiperemia, edema palpebral, quemose e lacrimejamento. Negava dor ocular, alterações visuais, palpitações, tremores e sudorese. Negava história familiar de tireoidopatias. Ao exame oftalmológico: edema palpebral, hiperemia conjuntival difusa e úlcera de córnea bilaterais. OD com proptose de 25 mm; OE com proptose de 29 mm e limitação de abdução, adução e elevação. Fundoscopia sem alterações, mas pressão intraocular aumentada bilateralmente. Trazia exames revelando TSH no limite inferior da normalidade e T4L aumentado, contudo repetidos testes de função tireoidiana se revelaram normais. A dosagem de autoanticorpos tireoidianos foi negativa. Realizada TC S219 PÔSTERES de órbitas e biópsia de tecido intraorbitário subpalpebral superior de OE. A TC mostrou aumento difuso da musculatura ocular extrínseca e massa retro-orbitária maior à esquerda; o exame histopatológico evidenciou fibroesclerose, proliferação vascular e infiltrado inflamatório misto, e ambos favoreceram o diagnóstico de PTI de órbita. Iniciada prednisona 1 mg/kg de peso com redução gradual da dose após um mês com boa resposta clínica. Conclusão: OG e PTI são importantes diagnósticos diferenciais da exoftalmia, contudo os achados clínicos são indistinguíveis. Nesse caso, provas tireoidianas normais, negatividade de autoanticorpos e os achados radiológicos e histopatológicos foram fundamentais para o diagnóstico etiológico de PTI de órbita. PT.146ABLAÇÃO TIREOIDIANA EFICAZ COM RADIOIODO EM PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES, DEZ DIAS APÓS TRATAMENTO DE CRISE TIREOTÓXICA COM CONTRASTE IODADO Xavier MF1, Frossard MM1, Vieira CA1, Ramos APC1, Nogueira RB2 1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) – Endocrinologia e Metabologia; 2 HC-UFMG – Clínica Médica MRS, feminina, 46 anos, diagnóstico de doença de Graves há um ano, sem outras comorbidades. Apresentava mau controle da doença apesar do uso domiciliar de metimazol (MTZ) 60 mg/dia e verapamil 80 mg BID. Relato de redução da dose de MTZ para 10 mg/dia, há três meses, por conta própria. Admitida no Hospital das Clínicas da UFMG em crise tireotóxica grave, presença de fibrilação atrial com alta resposta ventricular, insuficiência cardíaca de alto débito e instabilidade hemodinâmica. Concomitantemente, apresentava ascite, icterícia e alteração de provas de função hepática. Quadro clínico compatível com tempestade tireoidiana (índice de Burch-Wartofsky = 85). MTZ foi suspenso diante da possibilidade de contribuição do medicamento para a insuficiência hepática. Para controle da crise tireotóxica, foram usados 50 ml de contraste iodado não ionizável endovenoso (1.500 mg de iodo) de uso radiológico, pois o hospital não dispunha de iodeto de potássio (Lugol). Após descartar processo infeccioso, foram iniciados o betabloqueador e glicocorticoide e as doses foram aumentadas progressivamente conforme a tolerância. Paciente evoluiu com estabilização do quadro, controle da FC e melhora discreta da função hepática. Optado por não anticoagular por causa do RNI alargado e risco de nova descompensação do quadro. Ecocardiograma mostrava câmaras atriais severamente dilatadas, insuficiência mitral e tricúspide graves, dilatação moderada de ventrículo direito com hipocontratilidade, ventrículo esquerdo sem alterações, fração de ejeção de 60%. Para tratamento definitivo da paciente, foi proposta radioablação com iodo, uma vez que o uso de antitireoidianos estava contraindicado e o risco cirúrgico era elevado. A cintilografia de tireoide com iodo foi realizada 10 dias após dose do contraste e surpreendentemente evidenciou captação de 80%. Diante das evidências de intensa atividade da glândula tireoide, a paciente foi submetida à radioablação com dose mais elevada de I131 (30 mci). Manteve-se em hipertireoidismo nos três primeiros meses de seguimento e a seguir evoluiu para melhora do controle clínico e laboratorial (TSH 0,015 mUI/ml, T4L 0,95 ng/dl e T3L 2,46 ng/dl). PT.147AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTICÉLULA PARIETAL GÁSTRICA EM PACIENTES COM DOENÇA AUTOIMUNE DE TIREOIDE Faissol F1, Bittencourt RQ1, Andrade AEM1, Braziliano CB1, Rojas LBA1, Henriques JLM1 1 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia Introdução: A relação entre anemia perniciosa (AP) e doença tireoidiana autoimune (DTA) é reconhecida há várias décadas e chegou a ser definida, na década de 1980, como doença autoimune tireogástrica. O anticorpo anticélula parietal é, reconhecidamente, um marcador sorológico da gastrite crônica atrófica autoimune, cuja maior manifestação clínica seria o aparecimento da anemia perniciosa. A anemia é um sintoma que, comumente, faz parte do quadro clínico S220 das tireopatias, principalmente as que cursam com hipotireoidismo. A identificação desse anticorpo e a possibilidade de a anemia ser por deficiência de vitamina B12 poderiam levar à melhor eficácia terapêutica, além de, eventualmente, colaborar no diagnóstico da síndrome poliglandular autoimune tipo 2. Objetivo: Investigar a prevalência do anticorpo anticélula parietal gástrica em indivíduos com doença autoimune tireoidiana. Materiais e métodos: Foi avaliado um grupo de 60 pacientes com doença tireoidiana autoimune (DAT), de ambos os sexos, com idade média de 51 anos (20-77 anos), selecionados, aleatoriamente, no ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O diagnóstico da DAT foi feito pela presença do anticorpo antiperoxidase tireoidiana (antiTPO). Também foram dosados anticorpo anticélula parietal, gastrina, função tireoidiana (TSH e T4 livre) e hemograma. Resultados: Encontramos positividade de anticorpo anticélula parietal em 23,4% dos pacientes (n = 14), sendo a maioria no subgrupo com hipotireoidismo (n = 10). Os níveis de gastrina estavam elevados em 16,6% do total dos pacientes (9 pacientes com hipotireoidismo e 1 com hipertireoidismo) e em 57,2% daqueles com anticélula parietal positiva. A vitamina B12 estava diminuída em apenas 10% dos participantes (3 pacientes com hipotireoidismo e 3 com hipertireoidismo) representando 21,4% daqueles com anticélula parietal positivo. Encontramos apenas 16,4% de pacientes com anemia, caracterizada pela diminuição dos níveis de hemoglobina plasmática. Conclusão: Apesar de a associação entre diferentes doenças autoimunes ser reconhecida há muitas décadas, ainda não temos recomendações formais, baseadas em evidências, para quais associações de distúrbios autoimunes estaria indicado o rastreamento diagnóstico. Os achados deste estudo reforçam a necessidade de estudos mais amplos para definir protocolos formais quanto ao rastreamento sistemático dessas associações. PT.148THYROID FUNCTION IS INTRINSICALLY LINKED TO INSULINE RESISTANCE IN HEALTH EUTHYROID SUBJECT Castelo MHCG1, Ponte CMM2, Ponte PM3, Bandeira TJPG4, Rocha IV4, Teixeira DF3, Montenegro RM1, Montenegro Jr R1 1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FM-UFC) – Serviço de Endocrinologia e Diabetes; 2 UFC – Departamento de Medicina Comunitária; 3 FM-UFC; 4 Diagnósticos da América – LabPasteur Fortaleza/Ceará Background and aims: The physiological role of thyroid hormones on insulin sensitivity in euthyroid subjects as well as the consequences of insulin resistance on thyroid function are still poorly understood. Thus this study was proposed to evaluate the relationship between insulin resistance determined by homeostasis model assessment (HOMA-IR), and thyroid function in a sample of Brazilian euthyroid individuals. Subjects and methods: This was a cross-sectional study conducted from March 2009 to January 2010 which included 267 euthyroid subjects (mean age of 34.5 ± 11.2 years-old, 68,5% female). Thyroid stimulating hormone (TSH), free thyroxine (FT4), anti-thyroid antibodies (anti-thyroglobulin and anti-thyroperoxidase), fasting glucose and insulin levels, HOMA-IR, and thyroid ultrasound were assessed. The subjects were grouped into tertiles according to increasing levels of HOMA-IR (group 1: ∆ 0,23 – 1,32; group 2: ∆ 1,33 – 2,32; group 3: ∆ 2,33 – 8,50). Mann-Whitney test was performed to compare means of TSH and FT4 in each tertile (significance level of 5%, p < 0.05, SPSS®). Results: Among those 267 euthyroid evaluated (mean age of 34.5 ± 11.2 years-old), 183 (68.5%) were female. The mean HOMA-IR of the total sample was 2.11 ± 1.45. TSH levels (mUI/mL) were not statistically different among HOMA-IR tertiles (1.65 ± 0.90 vs. 1.68 ± 0.80 vs. 1.74 ± 0.80; p > 0,05), while the FT4 (ng/dL) values were progressively lower with increasing HOMA-IR, reaching statistically significant difference between the average first and last tertiles (1.23 ± 0.20 vs. 1.21 ± 0.16 vs. 1.15 ± 0.20; p < 0.001). Conclusion: As previously demonstrated in other populations, those findings of FT4 negatively associated with insulin resistance in Brazilian euthyroid subjects may suggest an increased risk of metabolic syndrome in individuals with low normal thyroid function, or a possible adaptive response to the former condition. PÔSTERES PT.149ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 304 PACIENTES COM BÓCIO MULTINODULAR ACOMPANHADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO Oliveira VC1, Aguayo LB, Fonseca IFA2, Nascimento LMV2, Almeida HG2 Oliveira PMF2 Hospital Universitário Pedro Ernesto – Endocrinologia; 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Endocrinologia 1 Introdução: O bócio multinodular (BMN) é uma das patologias tireoidianas mais prevalentes, sendo mais frequente em mulheres e idosos acima de 50 anos. A maior dificuldade clínica na conduta dessas lesões é afastar uma neoplasia maligna. Juntamente com a ultrassonografia (US), a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) da tireoide é o exame mais empregado na avaliação dos nódulos, considerado por alguns autores o exame mais importante, o qual pode trazer informações que permitem o tratamento conservador nos bócios pequenos, diminuindo a suspeita de malignidade. Objetivos: Analisar uma amostra de pacientes cuja conduta levou à realização de cirurgia e outra que teve acompanhamento clínico. Material e métodos: Análise retrospectiva de 304 pacientes com BMN que realizaram PAAF de tireoide guiada por ultrassonografia, no período de janeiro de 1998 a outubro de 2009, no ambulatório de nódulo de tireoide do Setor de Endocrinologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Resultados: Dos 304 avaliados, 162 estavam em acompanhamento clínico, ou seja, ou não tinham indicação de tireoidectomia ou tinham indicação e estavam aguardando o procedimento ou apresentavam risco cirúrgico elevado, e os outros 142 pacientes tiveram indicação de cirurgia durante o acompanhamento. Nos pacientes em acompanhamento clínico, a maioria 141 (87,03%) apresentou PAAF benigna, com 4 (2,46%) lesões foliculares, 27 (16,66%) tiveram indicação cirúrgica (devido a PAAF, tamanho do nódulo ou características ao US), mas no momento da avaliação ainda estavam em acompanhamento clínico. Nos pacientes encaminhados à cirurgia, a maioria [77 (53,90%)] também apresentou PAAF benigna, mas com maior número (40 [27,63%]) de lesões foliculares e 6 (4,21%) com carcinoma papilífero. A maioria [65 (45,77%)] teve diagnóstico histopatológico de BMN e 23,96%, de malignidade confirmada. Em 35,29% dos pacientes com diagnóstico histopatológico de malignidade, a citologia foi benigna e o câncer foi então detectado esporadicamente mediante outras indicações cirúrgicas, como características ultrassonográficas ou tamanho do nódulo/bócio. Conclusão: Nossa amostra reflete a natureza benigna dessa patologia naqueles pacientes que permaneceram em acompanhamento clínico. Porém, o manejo ideal do BMN ainda é controverso, em parte devido à carência de estudos clínicos bem desenhados para dar suporte no direcionamento da conduta desses pacientes. PT.150ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NO PACIENTE COM DOENÇA DE GRAVES Cordioli MICV1, Iervolino L1, Scalissi N1, Namo Cury A1 1 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Endocrinologia Introdução: As medicações antitireoidianas representam uma das opções terapêuticas no manejo da doença de Graves (DG). Em diversos países, são utilizadas como a primeira opção nessa condição clínica e substituídas pelo tratamento cirúrgico ou pela radioiodoterapia se não houver remissão da doença ou na presença de efeitos adversos importantes. As alterações hematológicas representam uma complicação relevante do uso dessas medicações, em especial a agranulocitose, condição associada a altas taxas de mortalidade. Em consenso recente publicado pela ATA e AACE, é recomendada, ainda que com baixo grau de evidência, a avaliação do hemograma em pacientes com DG previamente ao início do tratamento com antitireoidianos. A recomendação de avaliar o hemograma em paciente em uso dessas medicações e na vigência de quadros febris ou faringite já está bem estabelecida e apresenta maior nível de evidência. Objetivo: Descrever as alterações hematológicas detectadas nos pacientes com DG acompanhados no serviço de Endocrinologia da Santa Casa de São Paulo. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo em que se avaliaram os hemogramas realizados durante o acompanhamento da doença de Graves nos pacientes do serviço de Endocrinologia da Santa Casa de São Paulo. Resultados: Um total de 316 pacientes com DG foi avaliado entre os anos de 2005 e 2011. Desses, foi possível obter informações de 167 pacientes. Um total de 129 apresentava algum registro de hemograma durante o acompanhamento e, desses, 86 (66,6%) não demonstraram qualquer anormalidade. Detectou-se a presença de leucopenia em 30 pacientes (23,3%), dentre os quais 13 (10%) apresentavam neutropenia, nos seguintes graus: 7 neutropenias leves, 4 neutropenias moderadas e 2 neutropenias graves. A agranulocitose foi identificada em apenas um paciente (0,7%). Além disso, identificou-se plaquetopenia isolada em 4 pacientes e 2 apresentaram pancitopenia. Os pacientes que apresentaram neutropenia grave e agranulocitose estavam em uso de propiltiouracil. Conclusão: Alterações hematológicas na DG podem estar associadas ao uso de antitireoidianos ou mesmo associada à própria DG. Para diferenciar essas duas situações, a avaliação do hemograma ao diagnóstico da DG e o seguimento após a interrupção da medicação são de extrema utilidade. A importância do hemograma inicial deve-se também ao fato de que a presença de alterações hematológicas, como a neutropenia, já ao diagnóstico pode contraindicar o tratamento medicamentoso. PT.151EVALUATION OF IODINE SUFFICIENCY DURING PREGNANCY IN NORTHEAST REGION OF STATE OF SAO PAULO/BRAZIL Ferreira SMS1, Navarro AM1, Magalhães PKR1, Duarte G2, Quintana S2, Maciel LMZ1 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) – Clínica Médica; 2 FMRP-USP – Ginecologia e Obstetrícia Background: An adequate iodine intake during pregnancy is essential for normal development of the fetus. The World Health Organization (WHO) recommends that the median urinary iodine concentration (UIC) in a population of pregnant women should range between 150 and 249 μg/L. Objective: The aim of this study was to evaluate iodine status in pregnant women from an apparently iodine-sufficient area. Methods: 191 pregnant women were evaluated in the first trimester of pregnancy. Iodine was measured in urine samples by the method of Sandell-Kalthoff modified. A control group of non-pregnant, non-lacting women with similar age and living in the same area were analyzed. Results: The mean UIC in pregnant women was 144.4 ± 80.5 μg/L (median = 137.7 μg/L); 19 (9.9%) of them present UIC > 250, while others 63 (33%) present UIC between 150-250 and 109 (57%) of them UIC < 150 ug/L. In the control group the mean UIC was 174.2 ± 61.6 μg/L (median = 159.9 μg/L); 85.7% of them UIC was adequate or more than adequate and 14.3% with UIC < 100 μg/L. Conclusion: On the basis of WHO criteria, the iodine status of pregnant women was inadequate in this area. Although larger samples are needed to confirm these findings, these results raise concerns about the iodine status of pregnant women. Iodine levels among women residing in this part of the country should be monitored, particularly among subgroups at risk for iodine deficiency. Grant Fapesp #09/53296-9. PT.153SÍNDROME DE HOFFMAN E ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO: COMPLICAÇÕES RARAS OCORRENDO CONCOMITANTEMENTE APÓS RÁPIDA EVOLUÇÃO PARA HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTE TRATADO COM I131 Porto-Silva CC1, Adas MG2, Moreira PCO3, Maciel RMB4, Martins JRM5 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Medicina; 2 Unifesp – Medicina/ Clínica Médica/Endocrinologia; 3 Unifesp – Departamento de Medicina, Disciplina de Endocrinologia; 4 Unifesp/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Endocrinologia Molecular; 5 Unifesp/EPM – Departamento de Medicina 1 Relato de caso: Paciente de 30 anos, masculino, chegou ao pronto-socorro com queixa de alucinações e delírios há duas semanas, além de sensação de aumento da musculatura. O paciente era portador de S221 PÔSTERES doença de Graves e foi submetido à radioiodoterapia um ano antes. Após cerca de seis meses, evoluiu para hipotireoidismo e foi iniciada reposição com LT4; porém, há três meses suspendeu a medicação por conta própria. Na entrada, apresentava-se confuso, taquicárdico, taquipneico e com hipertrofia muscular. Os exames da admissão revelaram TSH = 91,0 μUI/L (0,34-5,6) e T4L = 0,2 ng/dL (0,58-1,64), anticorpo antitireoperoxidase = 4477,0 UI/mL (< 0,9), anticorpo antireoglobulina < 5 UI/mL (< 40), TRAb = 245 UI/mL e CK = 2456 U/L (26-140). Realizada TC do crânio e RM do encéfalo, que não mostraram alterações, e coleta de LCR para avaliação da alteração comportamental. O LCR revelou hiperproteinorraquia e níveis muito elevados de anticorpos antitireoidianos (TRAb = 3,6 UI/mL, ATPO = 78 UI/mL e ATG < 5 UI/mL). Realizou também eletroneuromiografia (ENMG), que mostrou sinais de acometimento neuropático difuso, provavelmente secundário à miopatia. Feito diagnóstico de síndrome de Hoffman e encefalopatia de Hashimoto. Recebeu prednisona 20 mg/dia, levotiroxina 150 mcg/dia e antipsicóticos. O paciente apresentou melhora importante do quadro clínico e psiquiátrico após aproximadamente 15 dias de tratamento. Os níveis de TSH e T4L normalizaram após dois meses e, após oito meses do quadro, o paciente realizou nova ENMG, cujo resultado foi normal. Discussão: O hipotireoidismo primário pode se apresentar com diversas manifestações clínicas, entre as quais existem algumas bastante incomuns. Neste caso, apresentamos um paciente com duas manifestações peculiares decorrentes do hipotireoidismo de rápida evolução. Uma delas é a pseudo-hipertrofia muscular, também denominada síndrome de Hoffman, que é caracterizada por fraqueza muscular proximal, câimbras e aumento da massa muscular. A etiologia é incerta, mas cogita-se a participação dos glicosaminoglicanos acumulados no tecido conectivo ou alteração das fibras musculares. Já a encefalopatia de Hashimoto, ou encefalopatia responsiva a esteroides associada a tireoidite autoimune, caracteriza-se por estado confusional subagudo provavelmente imunomediado. Associa-se a aumento de anticorpos antireoidianos sérico e no LCR. O tratamento baseia-se na corticoterapia. Bibliografia: 1. Mastropasqua M, et al. Horm Res. 2003;59:105. PT.154APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE TIREOIDITE DE HASHIMOTO: RELATO DE CASO Queiroz PC1, Henriques IAPM1, Lima MO1, Muniz AA1, Coelho SFM1, Macedo RBL1, Ferraz TMBL1, Peter CM1 1 Hospital Geral de Fortaleza – Serviço de Endocrinologia A tireoidite de Hashimoto (TH) é a forma mais comum de tireoidite e a causa mais frequente de hipotireoidismo bociogênico em nosso meio. É uma condição de alta prevalência, chegando a atingir mais de 10% das mulheres na pós-menopausa. Caracteriza-se pela presença de bócio de crescimento lento e concentração sérica elevada de anticorpos antitireoidianos. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente de 37 anos, portadora de hipotireoidismo com níveis elevados de anticorpos antitireoidianos, que evoluiu com bócio de rápido crescimento em três meses, levando a disfagia e dispneia significativas, acompanhadas de roncos, sibilos e estridor ao exame físico. A tomografia demonstrou lesão cística em lobo direito da tireoide de 8,0 x 5,2 x 7,1 cm com compressão da traqueia insinuando-se 6,0 cm para o interior do tórax. Após punção de alívio, a ultrassonografia evidenciou múltiplos nódulos tireoidianos bilaterais. A paciente foi, então, submetida à tireoidectomia total. Análise histopatológica da peça cirúrgica confirmou a presença de cisto simples tireoidiano de 4,0 x 3,0 x 2,1 cm associado à TH. O bócio na TH em geral tem tamanho estável ou crescimento lento no decorrer de anos. Costuma ser difuso, mas pode ser uni ou multinodular em até um terço dos casos. O crescimento rápido do bócio é infrequente, podendo levar a sintomas compressivos, como disfagia, dispneia e rouquidão. O diagnóstico diferencial neste contexto inclui a presença de malignidades, principalmente o linfoma, cuja incidência é aumentada na TH, bem como condições benignas, como cisto simples de tireoide. S222 PT.155RESULTADOS A LONGO PRAZO DA INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL NO TRATAMENTO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS Sousa LS1, Machado AS1, Martins CLLP1, Silva LSA1, Okawa T1, Felício JS1, Conceição AMS1 1 Centro de Referência Estadual de Endocrinologia, Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (CREED, HUJBB-UFPA) – Serviço de Endocrinologia Introdução: A utilização de injeção percutânea de etanol tem sido proposta como terapia alternativa à cirurgia para nódulos tireoidianos benignos. As formas convencionais e conservadoras de tratamento desses nódulos tem se revelado pouco eficazes em determinar sua redução, bem como em evitar os fenômenos compressivos locais e estéticos. Objetivo: Verificar o efeito da injeção percutânea de etanol guiada por ultrassonografia no tratamento dos nódulos tireoidianos císticos, mistos e sólidos. Métodos: Com esse fim, comparou-se o volume de 22 nódulos benignos, sendo três císticos e dez mistos e nove sólidos, em 22 pacientes, antes e após sete (1-22) meses dos procedimentos de alcoolização. Eles foram realizados por um único profissional, bem como a análise do volume dos nódulos por ultrassom. Realizou-se a injeção de etanol absoluto (99,8%), em condições satisfatórias de assepsia, sem anestesia local, com auxílio de agulha calibre 22, dirigida por US. Nos nódulos sólidos, a quantidade de etanol injetada em cada sessão dependeu do volume do nódulo, correspondendo a cerca de 20%-30% do volume nodular calculado. Nos nódulos císticos, aspirou-se o componente líquido, e, sem necessidade de retirada da agulha, substituiu-se a seringa do material aspirado pela seringa com etanol, e injetou-se o volume correspondente a 30%50% do volume líquido retirado. Após 10-15 minutos, reaspiramos o etanol injetado. Nos nódulos mistos, aspirou-se a porção líquida, recalculou-se o volume nodular e realizou-se o mesmo procedimento aplicado aos nódulos sólidos. Resultados: A média de volume dos nódulos císticos antes do tratamento foi de 14,2 mL (0,8-26), dos nódulos mistos, de 14,11 mL (2,42-30,3) e dos nódulos sólidos, de 12,38 ml (2,09-24,9). Obteve-se um percentual médio de redução de volume dos nódulos císticos de 51,56% (74-10,7), dos mistos de 64,67% (93-39,49), dos sólidos de 68,31% (47,18-95,6), durante o período de follow-up. O número médio de aplicações de etanol nos três tipos de nódulos foi de dois (1-5). Dor intensa no momento da aplicação foi a complicação mais frequente (36,36%), outras complicações foram dor moderada (31,81%), ardor local (9,09%) e rouquidão (4,54%). Conclusão: A injeção percutânea de etanol parece ser uma opção segura e eficaz no tratamento dos nódulos tireoidianos císticos, mistos e sólidos. Estudos de longo prazo são necessários para estabelecer o benefício sustentado desse procedimento. PT.156 CARCINOMA ANAPLÁSICO/INDIFERENCIADO DE TIREOIDE: RELATO DE CASOS Aguiar GS1, Ramos HE2 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana); 2 Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Endocrinologia 1 O carcinoma anaplásico de tireoide (CTA) é um subtipo histológico raro do carcinoma de tireoide e é altamente maligno. Sua incidência é de aproximadamente 1 a 2 casos por milhão/ano, com variações geográficas, acometendo mais o sexo feminino, com idade superior a 60 anos. A taxa de mortalidade é maior que 90%, com sobrevida média de seis meses a partir do diagnóstico. O tumor normalmente se apresenta como massa de rápido crescimento em região cervical, associada à rouquidão, disfagia, dor e dispneia, com frequente invasão de estruturas adjacentes, como traqueia, laringe e nervo laríngeo. Ocorre metástase com frequência para pulmão, ossos e sistema nervoso central. O diagnóstico é confirmado por meio da PAAF (punção aspirativa por agulha fina), que evidencia a citologia do tumor. Ainda se pode fazer histologia e imunoistoquímica, úteis para diferenciar de outros tumores que se apresentam de forma semelhante, como rabdomiossarcoma e leiomiossarcoma, que evidencia positividade para marcadores epiteliais PÔSTERES e mutação do gene p53, por exemplo, além de negatividade para tireoglobulina. Esse presente estudo é um relato de casos de pacientes com diagnóstico confirmado de carcinoma anaplásico de tireoide e seus prognósticos. As duas pacientes avaliadas, ambas do sexo feminino, 66 e 70 anos, respectivamente, apresentavam citopatologia com células atípicas isoladas, núcleos pleomórficos, macronucléolos e ocasionais figuras de mitose atípica, compatível com carcinoma anaplásico. Os exames ultrassonográficos de região cervical das pacientes evidenciaram formas de apresentação distintas, sendo na primeira paciente a presença de nódulos tireoidianos bilaterais e, na segunda paciente, nódulo único e sólido em lobo esquerdo. Houve, no estudo imunoistoquímico realizado em uma das pacientes positividade para AE1AE3, CK-7 e 35βH11, permitindo a confirmação de carcinoma anaplásico, assim como negatividade para tireoglobulina e TTF1, corroborando o diagnóstico. Apesar de sua baixa incidência, o carcinoma anaplásico de tireoide é de grande preocupação, pois seu prognóstico reservado e sua limitada sobrevida evidenciam a sua agressividade. O tratamento é basicamente paliativo e ainda são necessários estudos sobre ele, a fim de melhorar seu aspecto clínico e descobrir novos tratamentos que auxiliem numa possível cura ou, ao menos, numa melhora do prognóstico. Agradecimentos: Dra. Conceição Queiroz. PT.157ASSOCIAÇÃO DE CARCINOMA ANAPLÁSICO E PAPILÍFERO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO Resende AB1, Bizarro VR1, Mesquita LM2, Faria GB2, Geraix Netto F2, Rocha DRTW2, Jorge AR2, Arbex AK3 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) de São Paulo – Endocrinologia; Ipemed de Belo Horizonte – Endocrinologia; 3 Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina, Ipemed/SP – Coordenação da Pós-Graduação em Endocrinologia 1 2 Introdução: O carcinoma anaplásico (CA) é a neoplasia mais agressiva e de pior prognóstico relacionada à tireoide, sendo a taxa de mortalidade, nesses casos, de aproximadamente 100%. A sobrevida média é de seis meses a um ano e sua incidência é de 1% a 3% entre os carcinomas de tireoide, sendo observado geralmente aos 65 anos. Metade dos casos cursa com a presença de bócio multinodular, podendo em 20% a 30% aparecer associado com outra neoplasia diferenciada da tireoide, como o carcinoma papilífero (CP). Sugere-se que o carcinoma anaplásico (CA) se origina de tumores tireoidianos diferenciados, que mediante mutações genéticas, principalmente no gene supressor tumoral p53, perde sua função e se transforma nesse tipo de neoplasia. Relato de caso: JCV, mulher, de 61 anos, portadora de bócio multinodular atóxico em controle regular, encaminhada para avaliação especializada por queixa estética. Ao exame clínico, notava-se a presença de um bócio de volume significativo com aumento difuso do seu volume à palpação. P; 60 kg, alt.: 1,65, PA: 120 x 80 mmHg, FC: 80 bpm. Restante do exame físico sem alterações. Foram solicitados TSH, T4L e ultrassonografia de tireoide (US). Resultados: Função tireoidiana normal. US: presença de múltiplos nódulos, sendo o maior de 2,5 cm em lobo direito, hipoecoico, com calcificação no seu interior, contorno mal definido e Chammas III. Conduta: solicitada PAAF (punção aspirativa de agulha fina), que foi positiva para CP, sendo indicada tireoidectomia total. O resultado do anatomopatológico foi CP com predomínio de CA na maior porção da glândula. Encaminhada à oncologia, iniciou sessões de radioterapia cervical e poliquimioterapia. Iniciada reposição com levotiroxina na dose de 1,5 mcg/kg/dia em virtude de hipotireoidismo pós-operatório (TSH: 120 mUI/ml). Discussão: A evolução de um carcinoma tireoidiano bem diferenciado para um carcinoma indiferenciado é um evento raro e que ocorre em 1% a 2% dos casos. Estudos demonstram a possibilidade de associação entre os carcinomas anaplásicos e os bem diferenciados, de caráter preexistente ou concomitante. A evolução dos carcinomas tireoidianos derivados da célula folicular (papilífero ou folicular) para um tumor indiferenciado pode ocorrer como consequência de alterações genéticas ocasionadas por radioterapia e bócio de longa data. Não há tratamento para o CA, sendo ele fatal em praticamente todos os casos. PT.158 PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS HORMONAIS DA TIREOIDE NA POPULAÇÃO IDOSA ACOMPANHADA PELO PROGRAMA MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE Moraes EN1, Lira ARR1, Capote JRFG Jr2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Geriatria; 2 Santa Casa de Misericórdia de Sobral da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Clínica Médica 1 A tireoide desempenha papel relevante na geriatria, sendo essencial o estudo das alterações hormonais dessa glândula nessa faixa etária. A população idosa apresenta maior incidência de doenças tireoidianas, porém suas manifestações clínicas são diferentes das encontradas nos mais jovens, o que dificulta o diagnóstico precoce. A incidência do hipotireoidismo aumenta a partir dos 60 anos, chegando a taxas de 0,5% a 5% no hipotireoidismo franco e de 15% a 20% no hipotireoidismo subclínico. A causa mais comum é a tireoidite autoimune. Alguns distúrbios do hipotireoidismo são erroneamente interpretados como inerentes à senescência e essa deficiência hormonal pode cursar até mesmo com demência sendo, nesse caso, reversível. O hipertireoidismo é encontrado em aproximadamente 0,5% a 3% da população idosa. Sintomas clássicos como tremores, nervosismo, intolerância ao calor são incomuns nessa faixa etária, podendo surgir alterações cardiocirculatórias como arritmias supraventriculares, perda de peso e alterações gastrintestinais, depressão, mania, irritabilidade e até mesmo apatia. Reconhecer e tratar adequadamente alterações hormonais da tireoide é fundamental para a saúde do idoso, já que esses distúrbios são adjuvantes na clínica de dislipidemia, incapacidade cognitiva e transtornos neuropsiquiátricos. Esse estudo visa descrever a prevalência de distúrbios hormonais da tireoide na população atendida pelo Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) por meio do Programa Mais Vida, que é uma parceria entre o Governo do Estado de Minas Gerais e essa universidade. Ele também tem o objetivo de alertar os profissionais de saúde sobre a existência dessa doença, possibilitando, assim, o diagnóstico e o tratamento precoces. Até o momento foram avaliados 83 pacientes, dos quais 13,25% (11) apresentavam distúrbios hormonais da tireoide. Desses tireoidopatas, 72,72% (8) são portadores de hipotireoidismo e 27,28% (3) de hipertireoidismo. Esses resultados correspondem a uma prévia, pretendo-se dar continuidade à coleta de dados. PT.159EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE A MASSA ÓSSEA DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS SUBMETIDOS AO TREINAMENTO EM MEIO AQUÁTICO Murai IH1, Alves CRR1, Ramona P2, Nicastro H1, Guimarães F1, Takayama L3, Lancha Jr AH1, Irigoyen MC4, Pereira RMR5, Gualano B1 1 Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) – Biodinâmica do Movimento Humano; 2 Instituto do Coração (InCor) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Fisiopatologia Experimental; 3 FMUSP – Disciplina de Reumatologia; 4 InCor-USP – Laboratório de Hipertensão; 5 FMUSP – Reumatologia A creatina (Cr; ácido α-metil guanidínico acético) parece exercer importante função no metabolismo ósseo, e recentes evidências sugerem que a suplementação dessa amina é capaz de aumentar a densidade mineral óssea no fêmur de ratos saudáveis em crescimento. Surpreendentemente, há escassez de estudos testando sua efetividade em quadros de degradação óssea. Portanto, nosso objetivo foi investigar o efeito da suplementação de Cr na densidade mineral óssea de ratos espontaneamente hipertensos (SHR) submetidos a treinamento de longa duração em meio aquático, uma vez que evidências indicam maior reabsorção óssea nesse modelo. Para tanto, 30 ratos SHR machos com 8 meses de idade foram randomizados em quatro grupos experimentais pareados pelo peso corporal, sendo eles: (1) ratos SHR sedentários tratados com placebo (PL; n = 8), (2) ratos SHR sedentários tratados com Cr (CR; n = 8), (3) ratos SHR submetidos a treinamento em meio aquático e tratados com placebo (PLT; n = 7), e (4) ratos SHR submetidos a treinamento em meio aquático e tratados com Cr (CRT; n = 7). As intervenções consistiam em nove semanas de suplementação de creatina ou placebo (5 g/kg peso/dia) para todos os grupos e cinco sessões semanais de treinamento em meio aquático com 1h e 30 min de exercício com apenas a carga do peso corporal para cada S223 PÔSTERES sessão nos grupos PLT e CRT. Após as intervenções, os animais foram eutanasiados e foram removidos o fêmur direito e a coluna vertebral (L1 a L4) para análise da densidade mineral óssea por densitometria óssea (dual energy x-ray absorptiometry). Não houve diferença significativa na densidade mineral óssea da coluna vertebral (p > 0,05) e do fêmur total (p > 0,05) entre os quatro grupos experimentais. Portanto, embora a suplementação de creatina implique importantes efeitos terapêuticos em humanos e também apresente potencial para influenciar positivamente a massa óssea, no modelo experimental SHR submetido ou não a treinamento de longa duração em meio aquático, a suplementação não afetou a densidade mineral óssea. PT.160SÍNDROME DE MAFFUCCI: RELATO DE CASO Pitanga FH1, Miranda AC1, Furini F1 1 Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) – Endocrinologia Introdução: A síndrome de Maffucci é uma doença congênita rara (cerca de 200 casos descritos nos últimos 140 anos), não hereditária e não contagiosa, que afeta ambos os sexos e pertence ao grupo das discondroplasias. É caracterizada pela presença de encondromatose associada a múltiplos hemangiomas. Os encondromas são tumores benignos cartilaginosos que afetam principalmente os ossos longos das mãos e pés, podem ocorrer em qualquer idade, mas principalmente na segunda e terceira décadas de vida, podendo ocorrer degeneração maligna para condrossarcoma em 25%-30% dos casos. Os hemangiomas geralmente são do tipo cavernoso, podem ser unilateral ou bilateral, localizados ou dispersos e ocorre degeneração maligna em menos de 1% dos casos. Objetivo: Relatar um caso de síndrome de Maffucci. Relato de caso: LAR, feminino, 43 anos, encaminhada à Clínica Pitanga com dores nas mãos e pés há cerca de um ano, que piorava ao deambular. Exame físico: nodulações em MMII, móveis ou aderidas a planos profundos, bilaterais, de aproximadamente 1 cm, algumas dolorosas. Exames laboratoriais: PTH, cálcio, fósforo, albumina, fosfatase alcalina, TSH, eletroforese de proteínas e proteinúria de Bence-Jones normais. Exames radiológicos: Rx das mãos: áreas radioluscentes com abaulamentos ósseos e afilamento da cortical localizados na falange proximal do terceiro dedo, falanges proximais e médias do quarto e quinto dedo e do quarto e quinto metacarpianos esquerdos, circundados por uma fina camada de osso periosteal neoformado; Rx dos MMII: mesmo aspecto das mãos, visualizado na metáfise distal da fíbula esquerda, no calcâneo esquerdo, nas falanges proximais e distais do hálux, nas falanges proximais e média no terceiro e quarto quirodáctilos e nos quatro metatarsianos laterais esquerdos; Rx de pelve: áreas osteolíticas com aspecto insuflativo com desmineralização óssea, com limites bem definidos, localizados na região ilíaca esquerda, os ramos do pube e 1/3 proximal do fêmur; anatomopatológico de nodulação pré-tibial: hemangioma cavernoso; biópsia de lesão radiológica da bacia: ausência de malignidade, segmento do osso compacto/ esponjoso preservado e o segmento de cartilagem hialina apresentou atipias mínimas. Atualmente, a paciente realiza tratamento somente para analgesia. Conclusão: Apesar de ser uma doença rara, deve-se pensar em síndrome de Maffucci quando ocorrer nodulações subcutâneas compatíveis com hemangiomas associados a lesões radiológicas osteolíticas (encondromas) e exames laboratoriais normais. PT.161EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E COMBINADO NO METABOLISMO ÓSSEO EM ADOLESCENTES OBESOS Campos RMS1, Lazaretti-Castro M2, De Mello MT3, Tock L1, Silva PL1, Corgosinho FC1, Carnier J1, Piano A1, Sanches PL1, Foschini D1, Tufik S3, Dâmaso A4 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Nutrição; Unifesp – Departamento de Endocrinologia; 3 Unifesp – Departamento de Psicobiologia; 4 Unifesp - Departamento de Nutrição e Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde 1 2 A obesidade é um problema de saúde pública com alarmante crescimento em crianças e adolescentes. Estudos mostram que a adiposidade parece estar associada com efeitos deletérios no metabolismo S224 ósseo, especialmente em parâmetros de resistência e acúmulo de massa óssea. Entretanto, a associação do exercício físico com essa condição parece aumentar a massa óssea. O objetivo deste estudo foi explorar a evolução do efeito do exercício físico aeróbio e combinado (aeróbio + resistido) associado a outras terapias de perda de peso e mudança do estilo de vida em adolescentes obesos em relação aos parâmetros de adipocinas e metabolismo ósseo. Trata-se de um estudo clínico com 42 adolescentes pós-púberes (28 meninas e 14 meninos) com idade entre 14-18 anos, IMC superior a 30 kg/m², submetidos a um ano de terapia interdisciplinar. Medidas antropométricas e composição corporal foram avaliadas. Amostras séricas de leptina, grelina, adiponectina, glicose e insulina foram coletadas e analisadas. Medidas de gordura visceral e subcutânea foram realizadas por meio de ultrassonografia e a massa óssea foi avaliada por meio da densitometria óssea (DXA). Nossos resultados demonstram que, em relação ao conteúdo mineral ósseo, o grupo de treinamento aeróbio mostrou redução estatística, enquanto no grupo de treinamento combinado houve melhora significativa desse parâmetro. Outro dado relevante foi a redução significativa da leptina, das razões gordura visceral/subcutânea e central/ periférica e o aumento da concentração de adiponectina no grupo de exercício combinado. Ambos os grupos tiveram redução significativa na concentração de insulina e no HOMA-IR e essas variáveis foram consideradas preditores negativos para o conteúdo mineral ósseo no grupo de treinamento combinado. Em conclusão, temos que a distribuição de gordura corporal foi um preditor negativo da densidade mineral óssea em ambos os grupos. Além disso, o exercício combinado promoveu um papel protetor para a massa óssea associada a aumento da concentração de adiponectina e redução de leptina. Esses resultados refletem uma melhora do estado inflamatório da obesidade nessa população. Agradecimentos: Aos pacientes que participaram deste estudo e aos órgãos de financiamento: Afip, Fapesp 2006/00684-3, Fapesp 2008/53069-0, Fapesp (Cepid/Sono #9814303-3 S.T) CNPq, Capes, Cenesp, FADA, Unifesp-EPM, CEPE (Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício) e GEO (Grupo de Estudos da Obesidade). PT.162 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO CLÁSSICO COM SEQUELA NEUROLÓGICA ASSOCIADO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D Angeli Padula F1, Paoli FD1, Mazer SR1, Harada CMM1, D’Andrea V1, Guzman CGA1, Suzuki CM1, Castro M1 1 Hospital Ipiranga – Endocrinologia O HPTP acomete mais mulheres, na sexta década de vida, cursa com aumento da secreção do PTH por uma ou mais das glândulas paratireoides, causando aumento da remodelação óssea e hipercalcemia. A etiologia mais comum é o adenoma de paratireoide encontrado em 80%. O HPT secundário é caracterizado por aumento da paratireoide e secreção do PTH em resposta à hipocalcemia crônica decorrente da deficiência de cálcio e/ou vitamina D. Relato de caso: MSC, 66 anos, feminina, chega ao ambulatório com perda de força muscular progressiva há três meses, paraparesia espástica e tremores de extremidade há 12 anos, com piora recente. Estava desidratada, PA 140 x 80, reflexos tendinosos profundos exacerbados, hemiparesia E, dificuldade para posição ortostática e deambulação, além de delírio de perseguição. Desde 1999, passa com neurologistas que fizeram hipóteses como esclerose múltipla, paraparesia espástica tropical, neuropatia periférica, entre outras, todas elas descartadas. Fazia tratamento psiquiátrico com clonazepam e paroxetina. Exames: Ca iônico: 1,8 mmol/L; CaT: 15,2 mg/dl; FA: 171; PTH: 364 pg/ml; fósforo: 1,5 mg/dl; 25OHD3: 26,8 ng/ml; calciúria: 377 mg/24h. Densitometria colo = -2,7/fêmur = -0,9. Cintilografia paratireoide com sestamibi mostrou área de hipercaptação à esquerda, e ao TC99m área hipocaptante. Foi submetida à paratireoidectomia parcial E em junho/2010, evoluiu com fome óssea tratada. Em julho, apresentou novo PTH elevado = 113 pg/ml com 25OHD3 = 5,2 ng/ml, que, após reposição de cálcio e vitamina D, normalizaram. Evoluiu com melhora da espasticidade e deambulação. Permaneceu com alteração da marcha e quadro psiquiátrico (delírios e simulação de doença). Discussão: A forma clássica de HPTP que se PÔSTERES apresenta com hipercalcemia, litíase renal, doença musculoesquelética e quadro psiquiátrico não é atualmente comum, sendo mais encontrada a forma assintomática normocalcêmica. Essa paciente apresentou sinais típicos de neuropatia, quadro psiquiátrico e doença óssea. Após o tratamento, permaneceu com sequela neurológica e psiquiátrica, devido ao longo tempo de doença não tratada. No pós-operatório tardio, mostrou novo aumento de PTH, que deixou dúvidas sobre a eficácia do tratamento cirúrgico, mas havia deficiência de 25OHD, e assim que tratada apresentou normalização de seus níveis. O HPTP clássico corresponde atualmente apenas a 10%-20% dos casos e, pela gravidade do envolvimento esquelético, por estar relacionada à existência concomitante de deficiência de 25OHD3, foi decidido relatar o caso. PT.163 HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D POR CIRURGIA BARIÁTRICA E USO CRÔNICO DE ANTICONVULSIVANTE Coutinho EAF1, Gomes GS1, Madeira M2 Conjunto Hospitalar do Mandaqui/SP – Clínica Médica/Endocrinologia; 2 Hospital Federal de Bonsucesso/RJ – Endocrinologia 1 Paciente ♀, 59 anos, encaminhada ao ambulatório de Endocrinologia do Conjunto Hospitalar do Mandaqui para investigação de aumento do paratormônio (PTH). Antecedentes pessoais: epilepsia diagnosticada há 30 anos, em uso de carbamazepina (600 mg/dia); hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto) diagnosticado há 15 anos, em uso de levotiroxina (75 µg/dia); gastroplastia com derivação gástrica em Y de Roux (cirurgia de Fobi-Capela) em 2000 por causa de obesidade mórbida (IMC = 43 kg/m2). Osteoporose diagnosticada em 2009, com uso apenas de carbonato de cálcio 1 g/dia e alendronato 70 mg/ semana. Paciente assintomática e exame físico sem alterações. Exames prévios (junho/2008): Hb: 12,0 mg/dL, Ht: 36,1%, Na: 140 mg/ dL, K: 4,4 mg/dL, ureia: 34 mg/dL, creatinina: 0,55 mg/dL, TGO: 21 U/L, TGP: 23 U/L, FA: 174 mg/dL, GGT: 24 U/L, Ca: 7,5 mg/dL, P: 3,3 mg/dL, PTH: 229 pg/mL (VR: 11,0 a 67,0 pg/ mL), TSH: 2,34 µUI/mL (VR: 0,35-5,50 µUI/mL), T4L: 0,98 ng/ dL (VR: 0,89-1,76 ng/dL), FSH: 31,3 mUI/mL (VR: 1,27-19,26 mUI/mL), LH: 22,8 mUI/mL (VR:1,24-8,62 mUI/mL). DO (2007) – L1-L4: T-score = - 2,5; fêmur total: T-score = -1,4; colo: Tscore = - 1,5. DO (2009) – L1-L4: T-score = -3,1; fêmur total: T-score = -1,7; colo: T- score = -1,7. Em virtude do quadro laboratorial apresentado, foi aventada a hipótese de hiperparatireoidismo secundário à deficiência de vitamina D, motivado pela cirurgia disabsortiva e pelo uso crônico de anticonvulsivante (carbamazepina). Foram solicitados, então, novos exames para confirmação diagnóstica (agosto/2010): Ca: 7,5 mg/dL, P: 3,6 mg/dL, albumina: 4,3 mg/dL, FA: 308 mg/dL, PTH: 323 pg/mL, calciúria: 21 mg/24h (0,46 mg/kg), 25OHvitD: 5,8 ng/mL (VR 30-100 ng/mL). DO (2011) – L1-L4: T-score = -3,2; fêmur total: T-score = -1.9; colo: T-score = -1.8. Com a confirmação diagnóstica, foi iniciada em outubro/2010 a reposição de vitamina D com dose de ataque de 50.000 U/semana por seis semanas e, em seguida, 1.000 U/dia como dose de manutenção, além do carbonato de cálcio 1 g/dia e do alendronato (70 mg/semana). Após seis meses, nova dosagem do PTH (149 pg/mL) e 25OHvit D (28 ng/mL) demonstrando que houve boa resposta ao tratamento, estando a paciente em acompanhamento ambulatorial regular. Trata-se de um caso de hiperparatireoidismo secundário à deficiência grave de vitamina D, a qual ocorreu pelo uso crônico de um anticonvulsivante e pela cirurgia disabsortiva. O procedimento cirúrgico promove menor absorção intestinal de cálcio e vitamina D. Já os anticonvulsivantes levam ao aumento da metabolização (inativação) hepática da vitamina D, propiciando a redução dos seus níveis plasmáticos. Dessa forma, em virtude da elevada prevalência do uso crônico dessa classe de medicações, pode haver importante diminuição da densidade mineral óssea em adultos e prejuízo na obtenção do adequado pico de massa óssea em crianças e adolescentes. Medidas não farmacológicas como exposição solar, atividade física e adequada ingestão de cálcio são recomendações fundamentais na prevenção da deficiência de vitamina D. Já a suplementação de cálcio e vitamina D deve ser individualizada e indi- cada para pacientes de maior risco, como aqueles em uso prolongado de anticonvulsivantes ou submetidos a cirurgias disabsortivas, a fim de evitar a perda de massa óssea e suas graves consequências. PT.165 UNUSUAL CLINICAL PRESENTATION OF INTRATHYROIDAL PARATHYROID CARCINOMA Reis MTA1, Rodrigues LS1, Mendonça BB1, Menezes MR2, Dalalio VD3, Montenegro FLM4, Teixeira CHA5, Hoff A6, Corrêa PHS1, Martin RM1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Endocrinologia; 2 HCFMUSP – Radiologia; 3 Consultório privado – Uberaba/MG; 4 HCFMUSP – Cirurgia; 5 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) – Oncologia; 6 Icesp – Endocrinologia 1 Background: Parathyroid cancer (PC) is an extremely aggressive malignancy and accounts for <1% of cases of primary hyperparathyroidism (pHPT). Clinical case: Three years ago, a 44-yr-old woman sought medical attention for a cervical mass. Cervical ultrasound detected a thyroidal nodule (2.4 x 1.4 x 1.2 cm) whose FNAB showed no follicular or papillary differentiation and a partial thyroidectomy (TD) was performed. The presence of thick fibrous bands, mitotic activity, vascular and capsular invasion at histopathological examination and positive immunohistochemistry for PTH revealed that the nodule was, in fact, an intrathyroidal parathyroid carcinoma. For the first time, calcium and PTH levels were measured (8.7 mg/dL, NV = 8.8 – 10.2 mg/dL; 54 pg/mL, NV = 11 – 62 pg/mL) without evidence of skeletal or renal disease related to pHPT. Afterwards, she underwent 3 surgeries to excise loco-regional PC metastasis although sestamibi scintigraphy was negative. Two years after first surgery, for the first time, she displayed hypercalcemia (10.8 mg/dL) with high PTH levels (221 pg/mL), which became higher (Ca 13.2 mg/dL; PTH 343 pg/mL), concomitantly thorax CT scan showed pulmonary micronodules. In order to maintain hypercalcemia below 13 mg/dL (oligosymptomatic patient), she received bimonthly bisphosphonate infusion (3 doses), as she presented increase in bilateral pulmonary lesions and PTH levels around 1000 pg/mL but had no evidence of cervical disease. To improve her quality of life, cryoablation of the biggest thoracic nodules was performed instead of bilateral thoracotomy. Few days later, PTH decreased from 1519 to 240 pg/mL and she presented hungry bone syndrome. Noteworthy, she had renal cysts and her sister was diagnosed as having pHPT, which suggest HPT – jaw tumor syndrome, a disorder caused by mutations in the HRPT2 gene where the incidence of PC is elevated. Both sisters did not have jaw tumor. Conclusion: The diagnosis and appropriate treatment of PC are particularly difficult. Usually, patients are diagnosed due to a large neck mass, high PTH levels and signs of severe hypercalcemia with bone disease and renal manifestations. In this case, pHPT was not initially considered because of the intrathyroidal parathyroid topography however immunohistological analyses facilitated PC diagnosis and allowed the patient to be kept under close surveillance. Surprisingly, she developed hypercalcemia only 2 years after diagnosis, when she presented pulmonary metastasis. PT.166 HIPOPARATIREOIDISMO IDIOPÁTICO DE APARECIMENTO TARDIO LEVANDO À MIOCARDIOPATIA DILATADA E MIOPATIA COM ELEVAÇÃO DE ENZIMAS MUSCULARES: RELATO DE CASO Ribeiro SRB1, Quevedo RAP2 Conjunto Hospitalar do Mandaqui – Ambulatório de Especialidades; 2 Conjunto Hospitalar do Mandaqui – Clínica Médica 1 O hipoparatireoidismo idiopático é uma causa rara de falência da paratireoide, assim como a hipocalcemia é uma causa rara, e possivelmente reversível, de miocardiopatia dilatada. Relatamos o caso de um paciente masculino de 51 anos que se apresenta com sinais de insuficiên cia cardíaca avançada, sem história de doença cardíaca preexistente e com pouca resposta ao tratamento convencional. Também referia dor e fraqueza musculares generalizadas. Exames revelaram aumento importante da creatinofosfoquinase e desidrogenase láctica, além de S225 PÔSTERES cálcio sérico baixo, fósforo sérico aumentado, magnésio, vitamina D e anticorpos antiparatireoides normais e paratormônio indetectável. Descartadas outras causas de hipoparatireoidismo, foi feito, então, o diagnóstico de hipoparatireoidismo idiopático e iniciada a reposição de cálcio e vitamina D. Com esse tratamento, houve importante melhora dos sinais de congestão, dilatação ventricular e função sistólica, além da normalização das enzimas musculares, níveis séricos de cálcio e melhora do nível sérico de fósforo. Esse caso ilustra a importância de checar o cálcio sérico quando há sintomas musculares e de insuficiên cia cardíaca. Deve-se ter sempre em mente a associação entre hipoparatireoidismo e miopatia, assim como entre hipoparatireoidismo e insuficiência cardíaca não responsiva à terapia convencional. PT.167 OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA OS PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DOENÇA RENAL CRÔNICA Mesquita LM1, Faria GB1, Resende AB1, Shalim C1, Rocha DRTW1, Jorge AR1, Arbex AK1 1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Endocrinologia Introdução: O hiperparatireoidismo secundário desenvolve-se cedo no curso da doença renal crônica como um mecanismo compensatório para controlar os níveis séricos de cálcio, fósforo e vitamina D. Seu controle inadequado está associado a consequências clínicas importantes, como calcificação vascular, e a um impacto negativo na sobrevida do paciente renal crônico. Objetivo: O objetivo deste estudo é apresentar as opções de tratamento para os pacientes com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica. Métodos: Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica com pesquisa exploratória, por meio da avaliação de artigos da base de dados da MedLine, Bibliomed, Bireme e PubMed. Resultados: As opções de tratamento incluem calcitriol, alfacalcidol, quelantes de fósforo e agentes calcimiméticos. O paciente deve ser avaliado clinicamente e laboratorialmente a cada seis meses, ou mais frequentemente se houver alterações no quadro dele. Existem critérios específicos para indicar a intervenção cirúrgica: a paratireoidectomia. Valores séricos de PTH maiores que 10 vezes o limite superior da normalidade apesar da ingestão adequada de cálcio e calcitriol, produto cálcio-fósforo maior do que 70 (mg/ dL)2, “tumor marrom” sempre que uma regressão rápida é necessária, artrite incapacitante e/ ou periartrite e ruptura de tendões estão entre algumas das indicações que devem ser consideradas. Discussão: A melhor proposta cirúrgica para o hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica é a paratireoidectomia total com autotransplante imediato. A escolha de um cirurgião experiente ainda continua sendo a melhor opção terapêutica. PT.168SÉRIE DE CASOS DE PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO: APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL Marino EC1, Paiola AA1, Jacob VA1, Pirozzi FF1, Campos RG1, Santos RA1, Cosenso Martin L1, Pires AC1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Disciplina de Endocrinologia e Metabologia 1 Introdução: Pseudo-hipoparatireoidismo (PHP) é caracterizado por hipocalcemia e hipofosfatemia associadas a aumento do PTH, excluindo-se hipomagnesemia e IRC, devido à resistência a ele. Pode coexistir resistência ao LH, FSH, TSH e GH. Estes podem apresentar o fenótipo de Albright (FA), caracterizado por dois dos seis critérios: fácies arredondada, braquidactilia, baixa estatura, obesidade, ossificações ectópicas e retardo mental. Objetivo: Descrever a apresentação inicial, clínica e laboratorial de cinco casos em acompanhamento, assim como a presença ou não dos critérios para FA. Casos: 30 anos, masculino (M): Parestesias há oito anos, evoluindo com espasmos frequentes e disartria há quatro dias. Refere epifisiólise de quadril na infância. Ao exame: est.: 1,69 m, P: 63 kg, fácies arredondada. Exames iniciais: Ca t: 6,3; P: 6,2; Mg: 2,7; PTH 689; Cr: 0,9. TC de crânio: calcificação em núcleos da base. Diagnosticados hipotireoidismo central e hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático. 25 anos, S226 M: Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor apresentando crises convulsivas com aumento progressivo de frequência. Ao exame: sinal de Trousseau presente, calcificações subcutâneas, catarata bilateral e alteração da dentição. Exames iniciais: Cr: 1,0; Ca t: 5,0; P: 5,4; PTH 122; Mg 1,7; 25-OH vitamina D 27,4 ng/mL; TSH 27,4; T4 livre 0,87 (anticorpos não reagentes). TC de crânio: calcificação em núcleos da base. 43 anos, feminino (F): Há 20 anos apresentou câimbras e parestesias, procurou atendimento e diagnosticou PHP em outro serviço, de onde veio encaminhada sem os resultados de exames ao diagnóstico. Irmã e filha com PHP. Ao exame: P: 50,5 kg, est.: 1,39 m, fácies arredondada e calcificações subcutâneas. TC de crânio: calcificação em núcleos da base. 18 anos, F: Diagnosticado com 1 ano de idade por causa de história familiar (mãe e tia), assintomática desde então. Oligomenorreia desde os 12 anos. Refere hipotireoidismo. Ao exame: fácies arredondada, est.: 1,40 m, P: 66 kg. Exames: PTH: 319; Ca t: 9,4; P: 7,4; T4 livre 0,98; TSH 8,89 (anticorpos não reagentes). TC de crânio: calcificação de núcleos da base. 12 anos, F: Procurou o serviço de ortopedia há um ano, após correção de epifisiólise de quadril, por genu valgo bilateral, encaminhada após exames para a endocrinologia. História de obesidade infantil. Exames: Ca t: 5,8, PTH: 1991, P: 8,1 e FA: 550. Conclusão: O PHP é raro, geralmente diagnosticado na segunda e terceira décadas de vida devido ao quadro de hipocalcemia, fato compatível com nossa casuística. PT.169 OSTEOPOROSE ASSOCIADA A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO: RELATO DE UM CASO COM USO DE MÚLTIPLAS TERAPIAS Vilaca TS1, Oliveira TP1, Dreyer P1, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Introdução: Osteoporose associada a gestação e lactação (OAGL) é uma condição incomum caracterizada pela ocorrência de fraturas de fragilidade, comumente vertebrais, no terceiro trimestre e puerpério. Sua prevalência, etiologia e patogênese são desconhecidas. Apesar de rara, a OAGL pode ser uma condição limitante devido à lombalgia incapacitante nas pacientes afetadas. Até o momento aproximadamente 100 casos foram descritos. Relato de caso: Mulher branca, 44 anos, eumenorreica, procurou ambulatório especializado para avaliação de osteoporose. Relatava lombalgia persistente iniciada imediatamente após o parto aos 32 anos. Na época, radiografias evidenciaram fraturas de vértebras e costelas e densitometria óssea por DXA (dual x-ray absorptiometry) revelou Z-score de -4,03 DP (desvio-padrão) em coluna lombar (L1-L4). Não havia relato de uso de corticoide, tabagismo ou doenças sistêmicas associadas. Avaliação laboratorial mostrou-se normal. Após seis meses de amamentação, iniciou tratamento com alendronato 70 mg semanal e calcitonina nasal duas vezes ao mês com melhora da BMD. Após cinco anos de tratamento, optou-se pelo uso de teriparatida 20 mcg/dia por 18 meses, com boa reposta densitométrica e posterior reintrodução de alendronato semanal. Após dois anos de alendronato, optou-se pela troca dele por ranelato de estrôncio, 2 g/d. Na avaliação atual, paciente vinha em uso de ranelato de estrôncio 2 g/dia sem novas fraturas. Avaliação laboratorial mantinha-se normal e ressonância de coluna mostrou seis fraturas vertebrais (torácicas e lombares). Nova densitometria revelou Z-score de -3,1DP em coluna lombar (L1-L4). Discussão: Estudos longitudinais mostram que mulheres podem apresentar redução de 3%-7% da massa óssea durante a gravidez e lactação. Na maioria dos casos, há recuperação após a interrupção da amamentação. Por razões ainda desconhecidas, algumas mulheres apresentam perda maior, sem recuperação completa. Não se sabe se fraturas osteoporóticas associadas à gestação refletem fragilidade óssea prévia ou se a gestação é responsável pela perda óssea. Atualmente, não há consenso em como tratar a OAGL. A suplementação de cálcio é comum e o uso de bisfosfonatos está associado ao aumento da BMD. Stump e colaboradores demonstraram bons resultados com uso de teriparatida em um caso de OAGL. Resposta ao ranelato de estrôncio também já foi descrita. Relatamos o resultado do uso de diversas terapias em uma paciente com osteoporose severa diagnosticada após gestação. PÔSTERES PT.170 NEUROENDOCRINE TUMOR ASSOCIATED WITH SEVERE OSTEOPOROSIS IN A MALE PATIENT Vilaca TS1, Yamamoto Moraes R2, Carvalho AB3, Lazaretti-Castro M1 1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Endocrinologia; 2 Universidade Federal de Goiás (UFG) – Endocrinologia; 3 Unifesp/Escola Paulista de Medicina (EPM) – Nefrologia Introduction: Gut-derived serotonin has recently emerged as an important regulator of bone mass. Serotonin inhibits bone formation by acting directly on osteoblasts. Neuroendocrine tumors may be able to produce serotonin. We report a case of severe osteoporosis as a manifestation of a neuroendocrine tumor. Case report: A 55-year-old male was referred to the endocrine