Controle Neural da função renal
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Controle Neural da função renal
CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO RENAL Dra. Elizabeth B. de Oliveira Sales 2012 www.oliveirasaleseb.com.br Login: posnefro Senha: simpatico TÓPICOS A SEREM ABORDADOS ü Neuroanatomia renal: ü Inervação eferente extrínseca e intrínseca; ü Inervação aferente. ü Controle neural da circulação renal: ü Alterações na atividade do nervo renal. ü Controle neural na reabsorção de sódio e transporte de água: ü Denervação; ü Reflexo reno-renal. ü Papel da atividade nervosa simpática renal em estados patológicos: hipertensão. " HOMEOSTASIA Claude Bernard (1813-1878) “A constância do meio interno é essencial para a existência livre e independente.” RINS Regulação da composição de água e íons do nosso corpo " FUNÇÃO RENAL Ø E x c r e ç ã o d e s u b s t â n c i a s ( m e t a b ó l i t o s , hormônios e medicamentos); Ø Regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico; Ø Secreção (eritropoetina, renina) e metabolismo (insulina) de hormônios; Ø Regulação do equilíbrio ácido-básico; Ø Regulação do volume dos líquidos corporais; Ø Regulação da osmolaridade dos líquidos corporais. " CONTROLE DA FUNÇÃO RENAL SISTEMAS HORMONAIS VOLUME E COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA AJUSTES INTRA-RENAIS SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (SNS) " SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO " NEUROANATOMIA RENAL INERVAÇÃO SIMPÁTICA Ø B a r a j a s , e m 1 9 7 2 , inervação simpática está amplamente distribuída nos diversos segmentos do néfron, além da vasculatura renal. " NEUROANATOMIA RENAL INERVAÇÃO SIMPÁTICA EFERENTE EXTRÍNSECA RENAL Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. " NEUROANATOMIA RENAL INERVAÇÃO SIMPÁTICA EFERENTE INTRÍNSECA RENAL v Arteríolas aferentes e eferentes glomerulares, v Túbulo contorcido proximal e distal, v Ramo ascendente da alça de Henle v Aparelho justaglomerular. ramo ascendente espesso da alça de Henle, seguido pelo túbulo distal e do túbulo contorcido proximal. Barajas & Power, Can J Physiol Pharmacol, 1992. " NEUROANATOMIA RENAL INERVAÇÃO SIMPÁTICA EFERENTE RENAL Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. " NEUROANATOMIA RENAL INERVAÇÃO SIMPÁTICA AFERENTE RENAL Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. " CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL Aumento da atividade simpática pósganglionar para os rins: Ø Fluxo sanguíneo renal; Ø Liberação de renina; Ø Excreção de sódio. "" CONTROLE CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL Review ne 1989 he renal e applient, and e definin of the xtensive afferent mal and e's loop, ephron, is in the wed by tubule. of the rvation, of alteractivity al funcntal evials,3-5 it activity pects of al renal quencies R246 TABLE 1. Renal Responses to Graded Renal Nerve Stimulation Renal nerve stimulation frequency 0.25 Hz 0.50 Hz 1.0 Hz 2.50 Hz ANTIHYPERTENSIVE EFFECT OF REN Role of GFR RBF RSR UN.V No effect on basal values; augments RSR mediated by nonneural stimuli Increased without changing UN.V, GFR, orRBF Increased with decreased UM.V without changing GFR or RBF Increased with decreased UN,V, GFR, and RBF 0 0 0 0 0 0 i 0 0 1 1 1 RSR, renin secretion rate; UN,V, urinary sodium excretion; GFR, glomerular filtration rate; RBF, renal blood flow. Fig. 1. The relationship between renal nerve stimulation (RNS) frequency and maximum response of renin secretion rate (RSR) (increase), urinary sodium excretion (decrease) and renal blood flow (RBF) (decrease). [From DiBona GF (10a).] or its distribution, or glomerular filtration rate, cause parallel changes in net renal tubular sodium andDibona water reabsorption with reciprocal FG, Hypertension, 1989.changes in Dibona FG, AJP, 2005 urinary water and sodium excretion. That is, increases in ERSNA increase net renal tubular reabsorption with natriuresis and increases in RBF. In con- Am that abn opment mainten believe An inc sodium with co until ar is hypo and wa pressur and wa Seve develop lar resi and inc active creased renal s increas "" CONTROLE CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL Atividade Simpática Renal AJG Secreção de Renina –β1. Excreção de sódio –α1B. Fluxo sanguíneo renal –α1A. Dibona FG, AJP, 2005 "" CONTROLE CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL SINALIZAÇÃO CELULAR DA SECREÇÃO DE RENINA Schewad, Physiology, 2007 "" CONTROLE CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL v Elevação da ANSR resulta em aumento da liberação de renina em cães durante a oclusão bilateral das carótidas. Após a utilização de β-bloqueadores o mesmo aumento da ANSR não foi capaz de induzir aumento da liberação de renina (Gross et al.; 1980); v Estimulação elétrica dos nervos renais de ratos com bloqueio farmacológico de β 1 -adrenoceptores não apresentam aumento da taxa de secreção de renina. Por outro lado, quando o mesmo estímulo elétrico foi realizado da mesma forma sem o uso de bloqueio dos receptores, a liberação de renina foi expressiva (Holdass, DiBona & Kill, 1981). "" CONTROLE NEURAL DA CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL CIRCULAÇÃO RENAL EXCREÇÃO DE SÓDIO Receptorα1B ativa várias vias celulares as quais aumentam a atividade de muitos transportadores renais, como: v Trocador Na+/ H+ (NHE3) e co-transportador de bicarbonato de sódio (NBC) à túbulo proximal túbulo; v Co-transportador Na+/K+/2Cl- (NKCC) à na alça ascendente espessa de Henle; v Na-K-ATPase em todo o néfron. "" CONTROLE NEURAL DA CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL CIRCULAÇÃO RENAL v Lütken et al, (2009) observaram aumento da expressão de NHE3, NKCC e modificação das sub-unidades de ENaC, em modelo de insuficiência cardíaca induzida por ligadura coronariana em ratos. Já está bem estabelecido o aumento da atividade nervosa simpática em modelos de insuficiência cardíaca, tendo isto em vista, os autores sugerem a participação do deste sistema nas alterações intrarenais que induzem a reabsorção de água é sódio tão importantes nesta patologia. "" CONTROLE NEURAL DA CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL CIRCULAÇÃO RENAL FLUXO SANGUÍNEO RENAL NORADRENALINA "" CONTROLE NEURAL DA CONTROLE NEURAL DA CIRCULAÇÃO RENAL CIRCULAÇÃO RENAL v Abdulla et al, (2008) verificaram redução do fluxo sanguíneo renal em conseqüência da vasoconstrição renal em ratos SHR, com uso de eletroestimulador diretamente no nervo renal associada a infusão das substâncias vasoativas: noradrenalina, metoxamina, fenilefrina e Ang II. Quando os ratos tiveram os rins denervados unilateralmente, foi possível observar redução da vasoconstrição renal mesmo com o uso de agentes vasoconstritores. " CONTROLE NEURAL NA REABSORÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA DENERVAÇÃO RENAL ANTIHYPERTENSIVE EFFECT OF RENAL DENERVATION Review R247 DIURESE Review NATRIURESE ANTIHYPERTENSIVE EFFECT OF RENAL DENERVATION R247 Fig. 3. Influence of renal nerves on relationship between urinary flow rate (%H2O excretion) or urinary sodium excretion (%Na excretion) and renal perfusion pressure (RPP). (From Roman RJ and Cowley AW (44).] rine. In conscious dogs, chronic stimulation (22 h/day) of renal nerves (33) or the greater splanchnic nerve (35) resulted in hypertension that was sustained for the duration of the stimulation (up to 41 days). Of interest, the renal nerve stimulation parameters were sinusoidal form (4 V amplitude and 2 Hz That renal denervation has been effective in models of varying etiology, and in multiple species, suggests that the renal nerves are importantly involved in the pathogenesis of hypertension, possibly as a major participant in the final common pathway. Where examined, the beneficial effect of Downloaded from ajpregu.p Fig. 3. Influence of renal nerves on relationship between urinary flow rate (%H2O excretion) or urinary sodium excretion (%Na excretion) and renal perfusion pressure (RPP). (From Roman RJ and Cowley AW (44).] " CONTROLE NEURAL NA January 1997 January 1997 REABSORÇÃO R e n o r e n a I DE R e f ISÓDIO e x e s (rats) E ÁGUA NEURAL CONTROL NEURAL CONTROL OF OF RENAL RENAL FUNCTION FUNCTION R e n o r e n a I R e f I e x e s (rats) REFLEXO RENO-RENAL FIG. AL Stimulation 17 AL Stimulation 17 t t lpsilateral lpsilateral 8 Contralateral 8 Contralateral of Renal Mechanoreceptors of Renal II Mechanoreceptors Afferent Afferent II Renal IIRenal Efferent II Renal Efferent II Renal Nerve Nerve Nerve Nerve Activity Activity Activity Activity sponses to 1 creasedFIG. ure sponses to renal chemo creased M NaCl) uret in of innervation renal chemore Mjority NaCl) of inaffa ofrootinnervation ganglia jority affe ERNA, of effer root gangliaren afferent ERNA, effere afferent rena II Urine Flow Rate and $ Contralateral UrinaryUrine Sodium Flow Rate 8 Contralateral Excretion and 8 Contralateral Urinary Sodium Excretion $ Contralateral lateral ERSNA. Similar to the studies in rats, the contralatganglia (defined as DiBona & Kopp, Physiological Reviews, 1997. era1 antidiuresis and antinatriuresis were abolished by celiac and mesenteri lateral ERSNA. Similar to the studies in rats, the contralatganglia (defined as p " DIURESE E NATRIURESE POR PRESSÃO Aumenta ou diminui a excreção de H2O e NaCl em resposta à diferentes estímulos " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA EM HUMANOS Guynet et al.; Nature. 2006. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL HIPERTENSOS RENOVASCULARES – 2R-1C ç Goldblatt, 1934. Navar LG et al.;News Physiol Sci. 1998. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA EM ANIMAIS HIPERTENSOS RENOVASCULARES – 2R-1C 7.5 * 5.0 * * * 8 2R-1C (n=6) 7 Sham 6 (n=6) * * * * * 5 6 5 4 3 2.5 2 1 0.0 1 7.5 5.0 2 3 4 5 Semanas * * * * 6 0 1 2R-1C (n=6) Sham (n=6) 2 3 4 Semanas Oliveira-Sales et al.; Hypertension. 2010. 2R-1C Sham " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA EM ANIMAIS Animais anestesiados HIPERTENSOS RENOVASCULARES – 2R-1C Pressão Arterial Média Sham 2R-1C Atividade nervosa simpática renal Sham 2R-1C Oliveira-Sales et al.; Am J Hypertens. 2008. can only be overcome by an increase in arterial pressure, allowing external sodium balance to be achieved at the cost of hypertension (Fig. 3). To this point, the focus has been on the renal efferent sympathetic nerve fibers: fibers proceeding from the neuraxis to the kidney and containing norepinephrine as the primary " PAPEL DA ANSR NA ed single-fiber RSNA in ARTERIAL e rats comparedHIPERTENSÃO with the to rat was a significant s an important feature in ollowed that the investinervation on the develion. Table 1 shows the rtension wherein renal or delayed the onset of hypertension. While the ate favorable effects of ere are isolated contrary C Goldblatt models sugnot necessary for the ension. In the spontaneon reappeared following nt with renal reinnervaenuated the hypertension was the cause of the gul Integr Comp Physiol • VOL arch 25, 2012 activity or renal sodium ronic sustained increase ncrease in renal vascular ssibly other circulating Table 1. Models of experimental hypertension in which renal denervation prevents or delays the development of hypertension. Models Spontaneously hypertensive rat (SHR) Borderline hypertensive rat Stroke prone SHR New Zealand SHR Goldblatt lK, 1C (rat) Goldblatt 2K, 1C (rat) Aortic coarctation (dog) Aortic nerve transection (rat) DOCA-NaCl (rat) DOCA (pig) Grollman renal wrap (rat) Low sodium, 1K hypertension (rat) Angiotensin II hypertension (rat) Obesity hypertension (dog) NaCl (baroreflex-impaired rabbit) 298 • FEBRUARY 2010 • www.ajpregu.org Dibona &Esler, AJP, 2010. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL NOS ANIMAIS HIPERTENSOS RENOVASCULARES ↓12% 10 dias após *p<0.05 vs control and +p<0.05 vs 2K-1C (One-way ANOVA) Nishi EE et al.; unpublished. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL REDUZ A LESÃO RENAL NO RIM CLIPADO Nishi EE et al.; unpublished. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL REDUZ A LESÃO RENAL NO RIM CONTRALATERAL " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL POR RADIOFREQUÊNCIA Esler et al, Lancet, 2009 / Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL POR RADIOFREQUÊNCIA Esler et al, Lancet, 2009 / Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. " PAPEL DA ANSR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL DENERVAÇÃO RENAL POR RADIOFREQUÊNCIA Dumas/Papademetriou. Am J Cardiol, 2010. CONTROLE DA FUNÇÃO RENAL Mecanismos Neurais Sistemas Hormonais Ações integradas HOMEOSTASE Volume e composição sanguínea REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ø The Kidney. Brenner and Rector’s. 8ª Edição, 2007, Editora Saunders. Ø DiBona, G. F.; Kopp, U. C. Neural control of renal function. Physiological reviews. 77(1):75-197, 1997. Ø DiBona, G. F.; Esler, M. Translational medicine: the antihypertensive effect of renal denervation. AJP 298(2):R245-53, 2010. Ø Papademetriou, V.; Doumas, M, Tsioufis K. Renal Sympathetic Denervation for the Treatment of Difficult-to-Control or Resistant Hypertension. Int J Hypertens. 2011.