parque e apa estadual delta do jacuí
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PARQUE E APA ESTADUAL DELTA DO JACUÍ A sede administrativa do APAEDJ/PEDJ encontra-se na Ilha da Pintada. APA e Parque Estadual delta do Jacuí Administração Educação Ambiental Fiscalização A preservação desta área é importante devido a: proteção contra cheias, amenizando os efeitos das enchentes sobre a região metropolitana; ação como filtro natural das águas que abastecem Porto Alegre, melhorando a sua qualidade; conservação de uma grande riqueza biológica da fauna e flora presentes nos ecossistemas do Delta; promoção da estabilidade climática na área urbanizada da região metropolitana; condução e aporte de sedimentos responsáveis pelo processo de formação das Ilhas e banhados, paisagens que caracterizam essa Unidade. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA O Parque Estadual Delta do Jacuí (PEDJ) é uma das maiores Unidades de Conservação do Estado. Foi criado em 14/01/1976, através do Decreto Estadual n° 24.385 e teve seus limites redefinidos através da Lei Estadual n° 12.371 de 11/11/05. Está situado na Região Metropolitana de Porto Alegre abrangendo os municípios de Eldorado do Sul, Nova Santa Rita, Canoas, Triunfo, Charqueadas e Porto Alegre. É um complexo hídrico formado pelos rios Caí, Sinos, Gravataí e Jacuí, que formam o Lago Guaíba. Esta junção dá origem a um arquipélago composto por 30 ilhas e áreas continentais. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL E PARQUE ESTADUAL DELTA DO JACUÍ Parque Estadual Delta do Jacuí APA Estadual Delta do Jacuí CARACTERÍSTICAS DA APA ESTADUAL DELTA DO JACUÍ (22.826,00 ha) -Permite o uso dos recursos naturais de forma sustentável; -A área não necessita em sua totalidade de posse e domínio público, podendo haver propriedades particulares; -O plano de manejo é elaborado com a participação de representantes das comunidades e outras instituições e implantado da mesma forma (Conselho Gestor Deliberativo); -Permite a elaboração e execução de projetos de desenvolvimento comunitário; -Disciplina a ocupação e o uso do solo; CARACTERÍSTICAS DO PARQUE ESTADUAL DELTA DO JACUÍ (14.242,00 ha) -Categoria de manejo destinada a preservar áreas naturais ou pouco alteradas, paisagens, ecossistemas e/ou sítios geológicos de grande interesse para atividades científicas, educacionais e recreativas, realizadas em obediência ao Plano de Manejo. - Área de posse e domínio público, sendo necessária a desapropriação; Ecossistemas da APA e Parque Estadual Delta do Jacuí Nas Margens Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Interior das Ilhas Banhados Parque Estadual Delta do Jacuí APA Estadual Delta do Jacuí • O Parque Estadual Delta do Jacuí, localizado na porção centrooriental do Estado do Rio Grande do Sul, foi criado no início do ano de 1976, sendo integrado por dezenove ilhas que compõem o arquipélago do lago Guaíba. A ampliação da área do Parque, incluindo as ilhas do baixo curso do rio Jacuí e a planície de inundação desse rio, delimitada pelas encostas dos primeiros terraços que a configuram, foi proposta pelo grupo de planejamento do Parque Delta do Jacuí – PLANDEL – constituído com a finalidade de elaborar o Plano Diretor que definiria os usos e funções das áreas do mesmo. Tendo sido acatada esta sugestão, em 1979, foram integradas ao Parque outras dez ilhas e áreas continentais marginais, consideradas como de mesma origem deltaica; • O Parque situa-se entre as coordenadas geográficas de 29o53’ e 30o03’ de latitude sul e 51o28’ e 51o13’ de longitude oeste; Os limites geográficos da Área de Proteção Ambiental e Reserva Biológica dos Banhados do Delta do Jacuí, abrangem os perímetros que envolvem: • Porto Alegre, Eldorado do Sul, Canoas, Triunfo, Nova Santa Rita e Charqueadas, abrangendo as ilhas: Ilha do Pavão, Ilha do Humaitá, Ilha das Garças, Ilha do Oliveira, Ilha Grande dos Marinheiros, Ilha do Serafim, Ilha do Lage, Ilha do Lino, Ilha do Cipriano, Ilha das Flores, Ilha da Casa da Pólvora, Ilha do Chico Inglês, Ilha da Pintada, Ilha das Balseiras, Ilha das Pombas, Ilha da Figueira, Ilha do Cravo, Ilha da Cabeçuda, Ilha dos Siqueiras, Ilha Pinto Flores, Ilha Ponta Rasa, Ilha Leopoldina, Ilha Nova, Ilha Grande do Domingos José Lopes, Ilha da Formiga e Ilha da Virgínia no Delta do Jacuí.As coordenadas UTM que delimitam o conjunto de polígonos que formam a Área de Proteção Ambiental do Delta do Jacuí. • A superfície compreendida fica definida pelos polígonos com coordenadas UTM 22s. • O Parque engloba uma importante rede hidrográfica, onde os rios Gravataí (intensamente poluído pela urbanização e indústrias a montante), rio Caí e rio dos Sinos (intensamente poluído pela deposição de lixo ambiental) unem-se ao maior rio interiorano do Estado em volume de água, o Jacuí, para dar origem ao Delta que irá, logo adiante, formar o Lago Guaíba e por fim, desembocar na Laguna dos Patos, formado pelos rios Sino, Caí e Gravataí (somente a foz), que por sua vez juntar-se-ão ao rio Jacuí, desaguando no Lago Guaíba, formando o Delta e perfazendo um total de 17.245 ha. • Na área do Parque estão incluídas as áreas continentais do Baixo Jacuí e 30 ilhas, que estão em constante modificação devido ao movimento das águas. • Flora - A maior parte da paisagem do DELTA é constituída por vegetação típica de áreas alagadas. Nesses locais encontra-se o junco, a cruz-de-malta, a erva-de-bicho e os aguapés. Também há formações compostas de sarandis, maricás e corticeiras-dobanhado. Nas áreas mais altas, normalmente nas margens das ilhas, existem matas com árvores, como o ingá-de-beira-de-rio, o salseiro, o açoita-cavalo, o gerivá e a figueira-de-folha-miúda. • Fauna - O DELTA possui uma fauna adaptada às suas características de área úmida, com banhados, ilhas e demais áreas alagadas. Apesar da proximidade da região metropolitana, no Parque ainda são encontradas espécies ameaçadas de extinção, entre elas, a lontra, a capivara e o jacaré-de-papo-amarelo. Também há registro de 24 espécies de anfíbios – um terço da fauna sul-riograndense desse grupo. • No meio aquático, foram identificados 78 espécies de peixes. Os invertebrados terrestres e aquáticos somam centenas de espécies. Entre as aves mais observadas na área estão: O biguá, a garçabranca, o maçarico-de-cara-pelada, o cardeal-do-banhado e o quero-quero. • A proteção dessa área, na forma de Unidade de Conservação é importante por diversos motivos, dentre eles, destaca-se: • proteção contra cheia; • capacidade de melhorar a qualidade da água, agindo como um filtro natural; • Promover a estabilidade climática da região; é excelente local para execução de programa de educação ambiental e pesquisa científica; • Grande riqueza biológica: a FZB registrou aproximadamente, 1.604 espécies, sendo 320 plantas, 210 de aves, 78 de peixes, 24 de anfíbios, 18 de répteis e 32 espécies de mamíferos. Situações encontradas na APA Anexo : Quadro resumo das áreas alternativas para realocação das famílias que vivem em áreas de risco dentro da faixa de domínio da BR 116/290. Folha Anexa Localização Área (ha) Anexo 1 Área Ilhas das Flores, lado sul 6,4 ha Anexo 2 Área 1 Ilha Grande dos Marinheiros, lado sul 6,5 ha Anexo 3 Área 2 Ilha Grande dos Marinheiros, lado sul 2,5 ha Anexo 4 Área 3 Ilha Grande dos Marinheiros, lado norte 14,5 ha Anexo 5 Área Ilha do Pavão, lado sul 0,9 ha Anexo 1: Área Ilha das Flores, lado Sul PEDJ Ilha da Pintada Ilha Grande dos Marinheiros APAEDJ BR 116/290 Escola Oscar Schimit Ilha das Flores, lado Sul Linha limite entre Parque e APA PEDJ Área com aproximadamente 6,4 ha. N Anexo 2: Área 1 Ilha Grande dos Marinheiros, lado Sul Ilha das Flores Ilha do Pavão PEDJ BR 116/290 APAEDJ N Linha limite entre Parque e APA PEDJ Ilha Grande dos Marinheiros lado Sul Área com aproximadamente 6,5 ha. Ilha do Pavão Anexo 3: Área 2 Ilha Grande dos Marinheiros, lado Sul Ilha das Flores Ilha do Pavão PEDJ BR 116/290 APAEDJ N Ilha Grande dos Marinheiros lado Sul PEDJ Motel da Ilha Ilha do Pavão Linha limite entre Parque e APA Área com aproximadamente 2,5 ha. OBS: Esta área está sendo avaliada para o Projeto Habitat para Ilhas. Anexo 4: Área 3 Ilha Grande dos Marinheiros, lado Norte Saco do Quilombo APAEDJ PEDJ Ilha das Flores Lado Norte N Linha limite entre Parque e APA Ilha Grande dos Marinheiros, Lado Norte BR 116/290 Área com aproximadamente 14,5 ha. Ilha do Pavão lado Norte Anexo 5: Área Ilha do Pavão, lado Sul Ponte Móvel – POA Centro Ilha Grande dos Marinheiros Sociedade Navegantes São João BR 116/290 PEDJ APAEDJ ICMS Ilha Grande dos Marinheiros Ponte Móvel Linha limite entre Parque e APA PEDJ Área com aproximadamente 0,9 ha. Ilha do Pavão Lado Sul N FLORA DO DELTA São encontradas 320 Espécies vegetais Alguns exemplos: Floresta Estacional Semidecidual Aluvial: Ingá-de-beirade-rio, Açoita-cavalo, Salseiro, Pitangueira, Figueira (protegida por Lei), Guabiroba, Aguaí, Sete-capotes, Cerejeira-do-mato, etc... Banhados: Corticeira-do-banhado (Protegida por Lei), Maricá, Sarandi, Aguapé, Junco, etc... Corticeira-do-banhado Guabiroba Açoita-cavalo Ingá-de-beira-de-rio Atrativos Culturais Colônia dos pescadores Z5 Paisagem de Contraste (Ilha do Parque com POA ao Fundo) Contraste Parque e Metrópole FAUNA DO DELTA 210 espécies de aves 78 de peixes 24 de anfíbios 18 de répteis 32 espécies de mamíferos Avifauna do Delta Biguá Chimango Sanhaçupapa-laranja Jaçanã Garça-branca Martinpescador Cruzeira Tigre-d’água Lagarto-do-papo-amarelo Jararaca-do-banhado Lontra Graxaimdo-campo Capivara Ouriço-cacheiro Gato-do-mato Tatu-galinha Banhado e ilhas do Delta A CASA DA PÓLVORA LEI N° 10.566, DE 24 DE OUTUBRO DE 1995. Cria o “Programa Adote um Parque” e dá outras providências. Art. 2º - As unidades de conservação estaduais poderão ser adotadas, mediante Termo de Cooperação, por pessoas físicas ou jurídicas interessadas. ... Art. 5° - As pessoas físicas ou jurídicas interessadas em adotar uma unidade de conservação, cujo Plano de Adoção não tenha sido publicado no Diário Oficial do Estado, poderão requerer ao órgão responsável pela unidade de conservação a elaboração e a publicação do Plano de Adoção, no prazo máximo de cento e vinte (120) dias, a partir do requerimento. ... Art. 6° - As empresas ou pessoas físicas que adotarem uma unidade de conservação ficam autorizadas a utilizar esta adoção como instrumento de promoção, publicidade e propaganda 1° - A promoção, publicidade e propaganda não poderão ferir os objetivos ambientalistas da unidade de conservação, nem induzir ao consumo de bebidas alcoólicas, ou produtos nocivos ao meio ambiente e a saúde, sob pena de desfazimento do Termo de Cooperação. 2° - A adoção não gera qualquer tipo de direito de exploração comercial de unidade de conservação adotada ou de interferência na administração da unidade 3° - Passa a fazer parte integrante da unidade de conservação adotada toda benfeitoria realizada pelo adotante, no cumprimento do Termo de Cooperação ou por extensão deste, não gerando qualquer direito de ressarcimento das despesas realizadas pelo adotante, mesmo que haja desfazimento do Termo de Cooperação Dificuldades enfrentadas para preservar e valorizar a UC e Principais atividades de fiscalização e preservação IMAGEM DE SATÉLITE, SENSOR IKONOS II, DA ÁREA DO DELTA DO JACUÍ I. das Flores I. Grande dos Marinheiros Eldorado do Sul I. do Pavão I. da Pintada POA FIGURA 1 – Área geral do Parque Estadual Delta do Jacuí – RS, (acima) e detalhe dos locais com maior incidência de fiscalização (abaixo) A percentagem de irregularidades (problemas) ocorridos nas diferentes ilhas do Parque Delta do Jacuí, representando um universo de 100% no total, pode ser observado na Figura 2, contrastando com o valor absoluto em número de habitantes, as maiores irregularidades ocorrem na Ilhas das Flores, seguida da Ilha da Pintada, Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha do Pavão. A Ilha das Flores, apesar de não ser a mais populosa, apresenta maior ocorrência de aterros por ser uma população menos esclarecida quanto às questões ambientais, justamente pelo Parque não conseguir um satisfatório trabalho de Educação Ambiental com seus moradores, por falta de efetivo, também é uma região de contrastes, onde pessoas de mais alta renda são autuadas por causa, principalmente de aterros (estradas, jardins, etc.) e construção irregular (trapiches), para poderem atracar seus barcos e lanchas. A Ilha da Pintada/Eldorado do Sul e Porto Alegre, apesar de ser a mais populosa, apresenta menos problemas que a Ilha das Flores, por ser mais informada referente às questões ambientais, ocorrendo em sua maioria, mais problemas de ordem urbana, como aterros de terrenos e pequenas construções e reformas, porém como o município de Eldorado do Sul não esta habilitado para licenciar atividades de impacto local, existe uma incidência muito grande de infrações por falta de licenciamento, na parte que pertence à Eldorado. Na Ilha do Pavão as principais irregularidades encontradas foram a deposição de aterros (Figura 3), havendo em sua maior parte supressão de espécies nativas, depósitos de lixo sem nenhum controle sanitário utilizado para alimento dos porcos, animal exótico à fauna da região, e criado no local. O lixo é um grande problema pois através de sua decomposição forma-se o chorume, um líquido poluente que acaba escorrendo com a água da chuva e enchentes para os banhados afetando o ecossistema local. Ocorrência de irregularidades (%) linha horizontal Marinheiros Ilha Pintada/Eldorado 35 30 25 20 15 10 5 0 Flores 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Pavão População - barras vertivais Total de ocorrência por ilhas e População respectiva FIGURA 2 – Irregularidades encontradas no Parque Estadual Delta do Jacuí - RS e respectiva população (Fonte: Beck de Souza Engenharia apud Buss et al., 2002) Na Ilha Grande dos marinheiros a principal dificuldade encontrada são as mansões construídas na orla dos rios (principalmente no lado sul). As edificações são tantas que em alguns trechos fica difícil imaginar que algum dia já ocorreu banhado ou mata ciliar naquela região. A criação de porcos também já foi um problema endêmico, pois esta era fonte de renda para muitos dos seus criadores, também associado à deposição irregular de lixo; Na Ilha das Flores também existem contraste de casebres e mansões de beira de rio. Por ser uma ilha maior e com mais população, os problemas de colocação de aterros e construção de novas casas são maiores, tornando a fiscalização nestes locais mais freqüentes. As criações de porcos são as ocorrências mais graves, juntamente com a deposição de caliça. O maior problema encontrado na Ilha da Pintada e na parte continental do município de Eldorado do Sul são os aterros nos banhados que margeam os fundos das propriedades, sendo grande parte feito sem autorização da administração do PEDJ.. Pela análise da Figura 1 e 3, pode-se perceber que a Ilha das Flores não é a mais habitada, mas é uma das que apresenta população mais pobre e onde se registrou maior ocorrência de criação de porcos e de deposição de aterros, sendo, conseqüentemente, a que apresentou maior número de irregularidades (problemas). A Ilha da Pintada também teve grande número de irregularidades devido ser a mais populosa de todas as ilhas. A população apresenta um nível de vida um pouco maior, tendo, por isso, os aterros como um dos maiores problemas. 50 Pintada Eldorado Flores Ate rros Ate rros /Cons t. Irre gular 67 Grande dos Pavão Marinheiros Ate rros /Porcos 86 Ate rros 50 Ilha/Problema Principais problemas por ilhas 0 20 40 60 80 100 Ocorrência(% ) FIGURA 3 – Percentagem de irregularidades (problemas) nas diferentes ilhas do Parque Estadual Delta do Jacuí – RS Na Ilha do Pavão, foi observado que as famílias avançam em direção ao sul, construindo casas e aterrando a região de banhado para fugir de situação de risco, como morar embaixo de pontes. Esta é área mais pobre de todas, e grande parte encontra-se na faixa de domínio da CONCEPA. Na Ilha Grande dos Marinheiros, as pessoas de mais alta renda, são, em grande parte, responsável pela maioria dos aterros, encontrados principalmente no lado sul. Na Ilha das Flores, além da grande ocorrência de aterros (a maioria feito por população pobre), é onde ocorrem a maior incidência de notificações por criação irregular de porcos,construção irregular e deposição de aterro em área de banhado, sendo a segunda ilha mais povoada das quatro e tão pobre quanto às Ilhas do Pavão e Marinheiros. Pela Figura 4, pode-se analisar as irregularidades (problemas) observados no Parque estadual Delta do Jacuí, durante os trabalhos de fiscalização, ou seja, os principais problemas enfrentados ocorrentes. Total de ocorrência (%) Aterros 7% 4% 24% Construção irregular 47% 18% Porcos Corte de espécies nativas Outros FIGURA 4 – Total de ocorrências de irregularidades no Parque Estadual Delta do Jacuí – RS, sem distinção de Ilhas Os aterros, por serem uma prática comum de construções a beira de banhados, para conter o avanço das águas, bem como nivelações de terrenos, são os que mais são relatados como problema da fiscalização. Os porcos são fonte de renda para muitas famílias, porém, criado sem nenhum cuidado asséptico, acaba tornando-se junto com a deposição de lixo orgânico (alimento destes), um dos principais problemas do ecossistema deltaico.Algumas famílias invadem zonas de reserva biológica, construindo trapiches, tipo de construção que danifica muito as matas ciliares e prejudica a ictiofauna. Ilha da Pintada Ilha das Flores, parte sul. Ilha Grande dos Marinheiros - Parte Norte Ilha Grande dos Marinheiros - Parte Sul Margens das Ilhas Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e Banhados Vegetação de Banhados Vegetação alagadiça no interior dos canais Praia de Paquetá Vila Dique Projetos e/ou atividades de Visitação Pública na UC Visita a Ilha da Casa da Pólvora Visitação das escolas do entorno e comunidade local Plantio de mudas em escolas da região do Delta do Jacuí Programas de Educação Ambiental na sede do APAEDJ Projetos com a comunidade PROJETO GUARDA PARQUE MIRIM • buscando a compreensão da importância destas Unidades de Conservação, assim como a sensibilização da comunidade do entorno para que se multipliquem ações em Educação Ambiental, o Projeto Guarda Parque Mirim busca nas crianças uma forma de divulgação de informações acerca da conservação da natureza, assim como pequenas ações no dia a dia que auxiliam na sustentabilidade do meio ambiente . OBJETIVOS Divulgar o PEDJ e a APAEDJ para a comunidade que reside no seu entorno, abrangendo os cinco municípios da UC; Realizar trabalhos de Educação Ambiental em parceria com as Escolas Municipais e Estaduais do entorno; Realizar palestras, cursos e outras atividades com crianças, sendo estas importantes multiplicadores ambientais; Trazer a realidade de trabalho e vivencia da equipe da APAEDJ/PEDJ aos guardas parque mirins. METODOLOGIA A realização desta proposta de trabalho se dará ao longo de 2010, através das seguintes atividades: Passeios de barco com os grupos de crianças, visitação à Ilha da Casa da Pólvora, apresentando os limites entre APA e PARQUE e explicando quais as diferenças entre estas Unidades de Conservação; Palestras na Sede Administrativa da APAEDJ, envolvendo os mais diversos temas, tais como Água, Saneamento Básico, Lixo, Flora, Fauna, Cultura Local, etc; Visitação da equipe APAEDJ/PEDJ às escolas envolvidas no Projeto, levando palestras e outras questões interessantes a serem debatidas com alunos e professores; Realização de algumas vistorias e fiscalizações pelas crianças, previamente planejadas, juntamente com os guardas parque da APAEDJ/PEDJ; Realização de atividades, tais como Operação Delta, juntamente com as crianças envolvidas no Projeto. Curso de Formação de Guarda-parques mirim PROJETO PESCANDO O LIXO • buscando a compreensão da importância destas Unidades de Conservação, assim como a sensibilização da comunidade do entorno para que se multipliquem ações em Educação Ambiental, este Projeto busca nos pescadores uma forma de preservar o local de onde tiram seu sustento, com a atitude de pescar o lixo na época da piracema. PROJETO VIVEIROS • buscando a compreensão da importância destas Unidades de Conservação, assim como a sensibilização da comunidade do entorno para que se retire todo o lixo das , este Projeto busca nos recicladores uma forma de mudar sua atividade econômica, plantando mudas nativas em viveiros monitorados, para serem comercializados para recuperação de áreas degradadas. CURSO DE MULTIPLICADORES EM EDUCACAO AMBIENTAL E CURSO PARA INFRATORES AMBIENTAIS • OBJETIVO Gerar sensibilização ambiental a partir do uso de estratégias de comunicação, por meio da reflexão crítica sobre os temas ambientais e da incorporação de atitudes sustentáveis no cotidiano das comunidades. Dar seguimento as atividades de Educação Ambiental: • Formação de Multiplicadores de Ações de Educação Ambiental, com os agentes envolvidos, como professores, alunos e infratores determinados pelo Ministério Público s que abrangem a área do Parque e APA Estadual Delta do Jacuí; • Desenvolver um trabalho diferenciado com os moradores e profissionais da área dentro da Unidade de Conservação; - Proporcionar maiores esclarecimentos, sobre a questão atual do Meio ambiente, causas e conseqüências da destruição e do desrespeito com os recursos naturais, com a fauna e flora, mata ciliar para que desta forma, possam desenvolver a multiplicação de ações de educação ambiental; • divulgar a lista das espécies nativas da área do Parque Estadual Delta do Jacuí; • Desenvolver palestras educativas, sobre preservação do Meio Ambiente, importância dos ecossistemas, trabalhado a fauna e flora nativa da área; • Proporcionar a troca de experiências relacionadas com as diferentes realidades das pessoas envolvidas; 3. JUSTIFICATIVA Segundo a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constróem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem; III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação; V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente; VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental: I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista tratar-se de uma área que se encontra em estado de preservação, sugerimos o projeto por motivo de precaução ambiental; As matas têm diversas funções ambientais, podendo-se destacar as relacionadas à manutenção da biodiversidade, à manutenção do clima e microclima e da qualidade de vida da população, desempenham importantes funções ecológicas. A importância da preservação ou restauração das florestas fundamenta-se no amplo espectro de benefícios que este tipo de vegetação traz ao ecossistema, exercendo função protetora sobre os recursos naturais bióticos e abióticos.VM* Passeio de barco pelo Delta do Jacuí durante o curso de multiplicadores ambientais Medidas Compensatórias LEGISLAÇÃO: LEI FEDERAL N.º 9985, artigo 36 0,5% do valor do empreendimento para compensação ambiental Lei Federal Nº 9.985 de 18 de julho de 2000, regula o art. nº 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da CF, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências Decreto Nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, regulamenta artigos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. O órgão ambiental fixará compensação a partir do grau de impacto. Decreto Nº 4.340, art. nº. 33 define a ordem de prioridade da aplicação do recurso: I - Regularização fundiária e demarcação das terras; II - Elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo; III - Aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área de amortecimento; IV - Desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade de conservação; V - Desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade de conservação e área de amortecimento; Decreto Federal Nº. 4340, de 22 de agosto de 2002. Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, e dá outras providências. ORDEM DE SERVIÇO N.º 03/2005 DO SECRETÁRIO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, PUBLICADO NO D.O.U. Medidas Compensatórias 1. Criação do Setor: Data: Novembro/2003 2. Objetivo: Criação de setor responsável pela elaboração de procedimentos, ferramentas de gestão/controle e ações, objetivando a otimização da aplicação de recursos oriundos de Medidas Compensatórias e Projetos Específicos que envolvam o DEFAP. 3. Principais Ações: Centralizar e organizar a documentação existente; Manter a interface com os Empreendedores, visando a uniformização e harmonização dos procedimentos; Orientar, controlar e acompanhar a aplicação dos recursos das Medidas Compensatórias em andamento; Elaborar, em conjunto com a DUC, os Projetos de Aplicação dos Recursos; Elaborar minuta dos instrumentos jurídicos a serem firmados; Organizar e manter a guarda da documentação decorrente da aplicação dos recursos, pelo Empreendedor, visando a futura prestação de contas, condição para o licenciamento definitivo; Assegurar a boa aplicação dos recursos, visando o resguardo das Direções perante as auditorias; Assessorar na execução de procedimentos administrativos e financeiros de projetos específicos; Assessorar a Direção do Departamento no planejamento das atividades administrativas e financeiras decorrentes das atribuições do DEFAP. Medidas Compensatórias • SISTEMA DE CONTROLE FINANCEIRO • Após a assinatura do Termo de Compromisso e Plano de Trabalho elaborado, atualmente utilizase três métodos para a realização dos gastos via medida compensatória. São eles: Medidas Compensatórias • SISTEMA DE CONTROLE FINANCEIRO 1. Empreendedor cota os orçamentos de acordo com as rubricas contidas no Plano de Trabalho, através de Ofício do DEFAP solicitando a compra de determinado bem ou serviço. Após a aquisição o empreendedor entrega o material com o Termo de Dação em pagamento para a SEMA. 2. O Gestor da Unidade de Conservação contemplada com o valor de medida compensatória realiza três orçamentos observando sempre a rubrica contida no Plano de Trabalho aprovado através do Termo de Compromisso. Preenche o formulário orçamento e a planilha requisição. A mesma é repassada ao Chefe da DUC para autorização, após o Diretor do DEFAP, Secretário e finalmente o empreendedor autoriza a compra o realização do serviço. O Gestor retira o bem com a nota fiscal em nome do empreendedor, atesta e envia para o setor de Medidas Compensatória que posteriormente enviará ao empreendedor efetuar o pagamento a empresa vencedora. 3. Licitação, conforme Lei 8666/93. Medidas Compensatórias FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE MEDIDA COMPENSATÓRIA 1º) Empreendedor 2º) FEPAM 3º) SEMA 4º) CECA 8º) Setor de Medidas Compensatórias 7º) CECA 6º) SEMA Gestores UCs 5º) FEPAM 11-a) DEFAP 9º) ASSJUR/SEMA 10º) Setor de Medidas Compensatórias 11-b) CECA 11-c) FEPAM 12º) Empreendedor 11-d) Secretário Medidas Compensatórias • DESCRITIVO DAS ETAPAS DO FLUXOGRAMA 1. Empreendedor solicita Licença Prévia à FEPAM. 2. FEPAM solicita ao DEFAP/DUC participação do processo de medida compensatória em empreendimentos que contém EIA/RIMA conforme legislação vigente. 3. SEMA e FEPAM, em conjunto, indicam às Unidades de Conservação (UCs) a serem beneficiadas com o recurso de compensação ambiental. 4. Aprovação e conhecimento da Câmara Estadual de Compensação Ambiental (CECA) das UCs beneficiadas. 5. Após a CECA encaminha ofício com a ratificação das UCs contempladas para a DUC/DEFAP/FEPAM. Depois a FEPAM emite a Licença Prévia indicando às UCs a serem beneficiadas com a compensação ambiental. Medidas Compensatórias • DESCRITIVO DAS ETAPAS DO FLUXOGRAMA 6. Elaboração do Plano de Trabalho pelo Gestor da Unidade de Conservação, sendo que o mesmo é parte integrante do Termo de Compromisso a ser assinado pelos integrantes do processo (empreendedor, FEPAM, DEFAP, Secretário). 7. Aprovação pela CECA do Plano de Trabalho. 8. Encaminhamento do processo de compensação ambiental para o Setor de Medidas Compensatórias para elaboração da Minuta do Termo de Compromisso, após o mesmo é enviado a Assessoria Jurídica da SEMA para análise. 9. A ASSJUR/SEMA analisa a Minuta e reenvia para o Setor de Medidas Compensatórias com os ajustes para colher as assinaturas dos envolvidos no processo. 10. O Setor de Medidas Compensatórias colhe as assinaturas e após a publicação da Súmula no D.O.U. inicia-se o procedimento para os gastos conforme metodologia já especificadas nos slides anteriores. Medidas Compensatórias • DESCRITIVO DAS ETAPAS DO FLUXOGRAMA 11. Após o término dos gastos, saliento que o setor de medidas compensatória é o órgão que fiscaliza, acompanha e operacionaliza os valores despendidos, sempre em concomitância com o Plano de Trabalho, inicia-se o processo de Prestação de Contas final, documento que finaliza os gastos, bem como ilustra detalhadamente todos os valores, conforme descritivo de rubricas. O processo de prestação de contas então é enviado ao Gabinete do DEFAP para aprovação, posteriormente para CECA, FEPAM e finalmente ao Gabinete do Secretário para aprovação final. 12. Encerramento o cumprimento da medida compensatória o empreendedor recebe da FEPAM termo de quitação, no qual o empreendedor cumpriu com o Termo de Compromisso de compensação ambiental. LEI Nº 12.371, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2005. (publicada no DOE nº 215, de 14 de novembro de 2005) Cria a Área de Proteção Ambiental - APA - Estadual Delta do Jacuí e o Parque Estadual Delta do Jacuí • • • • • . DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 1º - Fica criada a Área de Proteção Ambiental - APA - Estadual Delta do Jacuí, como unidade de uso sustentável, situada nos Municípios de Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita, Triunfo e Eldorado do Sul, com a superfície de 22.826,39ha (vinte e dois mil, oitocentos e vinte e seis hectares e trinta e nove ares), nos quais, em 14.242,05ha (quatorze mil, duzentos e quarenta e dois hectares e cinco ares), fica inserido o Parque Estadual Delta do Jacuí, como Unidade de Proteção Integral, obedecendo as delimitações geográficas dispostas nos artigos 3º e 5º desta Lei. Art. 2º - A Área de Proteção Ambiental - APA - Estadual Delta do Jacuí, constituída por terras públicas e privadas, tem por finalidade a proteção dos recursos hídricos ali existentes, em especial as áreas de influência fluvial, os ecossistemas de banhados, restingas e floresta estacional decidual, com o objetivo básico de disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, de forma a conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos naturais pela adequação das atividades humanas às características ambientais da área, além de garantir a conservação do conjunto paisagístico e da cultura regional. Art. 3º - Os limites geográficos da APA - Estadual Delta do Jacuí, com 22.826,39 hectares, abrangem: as Ilhas do Pavão, do Humaitá, das Garças, do Oliveira, Ilha Grande dos Marinheiros, do Serafim, do Lino, do Laje, do Cipriano, das Flores, da Casa da Pólvora, do Chico Inglês, da Pintada, das Balseiras, das Pombas, do Cravo, da Cabeçuda, dos Siqueiras, Ilha Pinto Flores, Ilha Ponta Rasa, Ilha Leopoldina, Ilha Nova, Ilha Grande Domingos José Lopes, da Formiga, da Virgínia e a área continental nos Municípios de Eldorado do Sul, Nova Santa Rita, Triunfo, Canoas, além dos banhados Santa Clara e Ponta Rasa, Banhado da Margem direita, Banhado Grande e Banhado da Volta Grande e Paquetá, conforme o seguinte memorial descritivo através de coordenadas UTM (Universal Transversal Mercator), DATUM – SAD 69 e UTM 22 s: Inicia no ponto de coordenadas E – 454551,82 e N – 6687100,02, localizados na margem Sul do Rio Jacuí e a partir deste ponto na direção Sudoeste até o vértice de coordenada . Art. 4º - A Unidade de Proteção Integral da APA - Estadual Delta do Jacuí será constituída pelo Parque Estadual Delta do Jacuí, com área total de 14.242,05ha (quatorze mil duzentos e quarenta e dois hectares e cinco ares), que terá como objetivos básicos a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico Observações finais O Parque Delta do Jacuí forma um mosaico de ilhas e canais que compõem, junto com a imensidão e importância do lago Guaíba, uma paisagem ímpar, de rara beleza aos olhos e ao espírito e em contrapartida, a ação desenfreada da cobiça humana aliada ao descaso social endêmico e emergente, fazem com que todo este ecossistema fique vulnerável e fadado a desaparecer, deixando o pôr-do-sol do Guaíba estéril. Dentro deste contexto, a administração do Parque é sabedora da importância de preservar este rico ecossistema nos arredores da região metropolitana de Porto Alegre. É como se o passado ainda intacto se encontrasse com o progresso assustador dos grandes centros urbanos, formando uma paisagem antagônica em que ao longe se confunde o bailar cênico das aves com a onipresença dos grandes aviões, enquanto que por terra e água descobre-se santuários ecológicos de vida silvestre disputando espaço com navios de tamanhos descomunais e tráfego rodoviário intenso. Porém, esta adversidade é um bom desafio para medir a capacidade de consciência ecológica e notar que basta ter vontade para que um grande caminho possa ser percorrido. Porém, esta adversidade é um bom desafio para medir a capacidade de consciência ecológica e notar que basta ter vontade para que um grande caminho seja percorrido, com a certeza de que o esforço não será em vão.Com uma maior amplitude da educação ambiental, direcionada prioritariamente à comunidade das ilhas, da APA e do entorno, com endêmica e uniforme fiscalização, juntamente com a redefinição da categoria destas áreas afetadas, os problemas tendem gradativamente a diminuir, e por fim tornarem-se exíguos. É confortante saber, que pelo menos ao alcance do trabalho do Parque e da APA, da SEMA ,do DEFAP e da DUC, aliados ao esforço da sociedade que lhes compete, o pôr-do-sol não ficará estéril. VANIA MARA ANGELO DA COSTA Bióloga – Crbio 075680 GESTORA DA APA ESTADUAL DELTA DO JACUÍ vaniamarabio@yahoo.com.br DELTADOJACUI@SEMA.RS.GOV.BR / 51 32031063 / 84457749