destinos feitos à medida

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destinos feitos à medida
Esta revista é distribuida gratuitamente com as edições dos jornais “Público” (edição sul) e “Jornal de Notícias” de 29.02.2012
Edições Market Iniciative
açores
2012
9
destinos feitos
à medida
O paraíso aqui tão perto
www.visitazores.com
açores2012 índice
Nota editorial
U
04 Destaque
MAR
06 Observação de cetáceos
08Mergulho
10Iatismo
TERRA
12Trilhos
14Aventura
ROTEIRO
16 São Miguel
Infinita
18 Santa Maria
Solarenga
20 Terceira
Festiva
22 Graciosa
Serena
24 Pico
Imponente
26 São Jorge
Identidade
28 Faial
Maresia
30 Flores
Frescura
31 Corvo
Humana
Calendário
32 Tradições
Festivas
INCENTIVOS
34 Negócios
Ficha Técnica
Geo Markets – Edições Market Iniciative
Parque Peninsular – Rua David Mourão Ferreira, 5, Lote 3/4 - 1E - 2650-050 Amadora – PORTUGAL
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Propriedade Governo da Região Autónoma dos Açores
Edição e Produção Market Iniciative (MI)
Direção João Teixeira Coordenação Editorial Frederico Machado
Redação Paulo M. Morais Fotografia Market Iniciative (exceto as assinaladas);
Foto Capa Carlos Duarte Design e Paginação Market Iniciative
Tiragem 144.000 exemplares
Distribuição Público (edição sul) e Jornal de Notícias de 29 de fevereiro de 2012.
Projecto desenvolvido para a Região Autónoma dos Açores
m tesouro para preservar.
Ao longo dos anos esta tem
sido a postura das entidades
governamentais açorianas. Estas
nove ilhas de origem vulcânica, semeadas
no meio do oceano Atlântico, constituem um
legado precioso da natureza. O arquipélago
encerra uma riqueza inesgotável em termos
de paisagens e experiências que é preciso
acarinhar e, ao mesmo tempo, dar a
conhecer. Os Açores são o exemplo de que é
possível fazê-lo de forma sustentável. Nestas
paragens luta-se por abrigar e fortalecer a vida
exuberante que existe no mar, na terra e no
céu. Defende-se empenhadamente a fauna e a
flora que marcam o visitante de modo indelével.
Porque este património é único e irrepetível: a
natureza não irá criar outro igual.
Este esforço de preservação tem sido
reconhecido internacionalmente. Basta ver
o impressionante conjunto de galardões já
obtidos. Os Açores são: um dos “Melhores
Destinos para 2012” (Budget Travel); as
“Segundas Melhores Ilhas do Mundo para
Turismo Sustentável” (National Geographic
Traveller). Os Açores foram: um “Destino
Único de Viagens” (Forbes, 2010); um dos
“Melhores Destinos do Mundo” (Lonely
Planet, 2008); um dos melhores destinos
mundiais para a observação de cetáceos
(Sunday Telegraph, 2010); um dos “Melhores
Destinos de Verão”, (National Geographic
Traveller, 2010).
Os Açores receberam: o prémio “Best of
the Best – Nature”, da União Europeia, pelo
projeto “Life Priolo”; o prémio internacional
de “Turismo Sustentável para Destinos
Costeiros”, em 2010 e 2011, atribuído pela
União Europeia. E como se ainda não
chegasse, os Açores têm: duas das “Sete
Maravilhas Naturais de Portugal”, eleitas
em 2010 por votação pública (Lagoa das
Sete Cidades, em São Miguel, e Paisagem
Vulcânica da ilha do Pico); três Reservas
da Biosfera (Corvo, Graciosa e Flores)
reconhecidas pela UNESCO; dois locais
Património Mundial da UNESCO (Centro
Histórico de Angra do Heroísmo,
na Terceira, e a Paisagem da Cultura
da Vinha, na ilha do Pico).
É caso para perguntar: ainda tem
dúvidas sobre o seu próximo destino
de férias? Se tiver, vire a página e conheça
os deslumbres que os Açores guardam
ciosamente para si.
fevereiro 2012
\3
açores2012 destaque
O
Tudopara
todos
melhor dos Açores?
Pergunta difícil por ser
de resposta múltipla.
Atrevemo-nos a avançar
com uma possível solução: os
Açores têm tudo para agradar a
todos. Este é um destino calmo
e relaxante; mas também pode
ser um desafio constante aos
aventureiros. Este é um destino
apropriado para viagens em
família; mas também tem trunfos
para receber grupos de jovens ou
congressos internacionais. Este é
um destino para quem gosta de
caminhar; mas também tem
oferta para quem goste de
mergulhar, navegar, escalar, voar,
andar de bicicleta ou a cavalo.
Este é um destino adequado
a desfrutar em excursões de
grupo; mas também possibilita
o isolamento num local remoto.
Este é um destino que fomenta o
bem-estar físico e espiritual; mas
também tem eventos populares
que apelam à folia pura. A lista
não tem fim. Para qualquer caso
específico, o Arquipélago dos
Açores tem a solução. Há, porém,
algo transversal: a natureza.
Ela está sempre presente.
Nestas nove ilhas respira-se em
permanência a essência do poder
criador da natureza.
Para as famílias mais ou
menos numerosas, com
elementos de várias gerações
e idades, dificilmente haverá
4 \ fevereiro 2012
melhor proposta do que uma
viagem no Geoparque dos
Açores. O património natural
do arquipélago é imenso e
encontra-se distribuído pelas
nove ilhas. Falar de Geoparque,
nesta latitude, é abordar sítios de
interesse geológico. Traduzamos
isto para linguagem do viajante;
estamos a falar de um conjunto
raro e peculiar de vulcões,
caldeiras, lagoas, campos lávicos,
fumarolas, águas termais, grutas
e algares vulcânicos, fajãs,
escarpas, depósitos de fósseis
marinhos... Locais emoldurados
por uma biodiversidade rica
e devidamente preservada.
Sete Cidades, São Miguel
FOTOS: market iniciative/carlos Duarte
Corvo
Ponta Delgada, São Miguel
O resto que existe para ver
são acrescentos do homem,
tendo em conta a premissa da
sustentabilidade, sob a forma
de um património arquitetónico,
cultural e etnográfico.
Este conjunto extraordinário
de fatores, naturais e humanos,
forjou a alma e o caráter dos
açorianos. Quem chega a estas
paragens torna-se também um
pouco açoriano quando sobe
aos miradouros, palmilha trilhos,
observa baleias, nada com
golfinhos, mergulha no oceano,
bebe vinho e chá regional,
degusta os queijos, os frutos,
Miradouro do Portal, Flores
as carnes, visita museus, admira
peças de artesanato, escala
ribeiras e escarpas, assiste a
touradas e procissões... Porque
tudo isto – e todo o resto – está
impregnado de natureza açoriana.
Ir aos Açores é ter sempre algo
de diferente e memorável para
fazer amanhã. Ou, se assim o
preferirmos, repetir o mesmo,
vezes sem conta. Aqui, neste
arquipélago de prodígios,
o imutável conjuga-se com
o dinâmico. É esta a natureza
mágica dos Açores.
fevereiro 2012
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açores2012 mar
Observação de
cetáceos
FOTO: ATA/nuno sá
Inseridas num oceano
repleto de abundantes
riquezas naturais, as ilhas
açorianas são um destino
onde a comunhão com
o mar se entranha nos
visitantes. A observação de
baleias é uma experiência
única. Entra-se num
barco rumo à descoberta;
regressa-se com uma
memória inesquecível.
Nos Açores fazem-se
amigos marinhos para o
resto da vida.
6 \ fevereiro 2012
Golfinhos
FOTO: dop/J. Fontes
n Nos Açores existem várias espécies de golfinhos que podem
ser avistadas. O golfinho comum (caracterizado pelos saltos fora
de água), o roaz e o grampo navegam no arquipélago durante
todo o ano. Nos meses mais quentes chegam o golfinho pintado
e o golfinho riscado. Algumas destas espécies são especialmente
brincalhonas e cordiais. Nadar junto deles é das atividades mais
extraordinárias para fazer em família. Entra-se no mar e ouvem-se
os sons com que os golfinhos comunicam. E depois abre-se
um sorriso no rosto perante os seus movimentos encantatórios,
cheios de torcidos e retorcidos, com que recebem os visitantes
humanos.
Baleias
Experiências
FOTO: Futurismo
n O Faial e o Pico, ilhas intimamente associadas
à tradição baleeira, funcionam como centro
nevrálgico da observação de cetáceos. Todavia,
esta é uma atividade quase transversal a
todo o arquipélago, existindo operadores
especializados em várias ilhas. A maior parte
das saídas efetuam-se em barcos semirrígidos
que acrescentam emoção e salpicos de água
ao avistamento. Algumas empresas também
possuem embarcações de maior porte, onde
o conforto e a estabilidade são palavra de ordem.
Esta atividade turística é realizada tendo sempre
em conta o fator segurança e um profundo
respeito pelo equilíbrio ecológico, havendo um
código de conduta que empresas turísticas e
visitantes devem cumprir.
n Uma excursão para observar
baleias começa, tipicamente, com
um briefing informativo ainda em
terra. Nesta introdução é descrita a
saída para o mar e apresentam-se
as espécies de baleias e golfinhos
que poderão ser avistadas,
tendo em conta as informações
previamente recolhidas junto dos
vigias. Antes da partida distribuemse equipamento de segurança e, em
caso disso, proteções à prova de
água. As observações podem durar
cerca de três a quatro horas, mas
existem programas mais longos em
embarcações de maior porte. A taxa
de avistamentos de baleias é muito
alta devido às condições naturais
deste pedaço de Atlântico que atrai
perto de trinta espécies de cetáceos.
FOTO: dop
Operadores
FOTO: futurismo
n O arquipélago é a casa marinha permanente
do cachalote, cujos machos atingem dimensões
entre os 11 e os 18 metros de comprimento. Ao
longo do ano, este admirável símbolo açoriano
serve de anfitrião a outras espécies migratórias
que navegam até ao seu santuário de vida
animal. A primavera e o verão são as épocas
mais ativas, graças à adição das baleia-comum,
baleia-sardinheira ou baleia-piloto. E o momento
torna-se ainda mais especial com a vinda da
mítica baleia-azul. Ao avistar-se um exemplar
daquele que é o maior cetáceo e animal do
mundo, faz-se uma vénia à natureza. E fica-se
com a certeza de que se viveu um momento raro
na vida.
fevereiro 2012
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açores2012 mar
Cenários
FOTO: ata/dive azores/tiago castro
n O mapa relativo à prática do
mergulho assinala mais de uma
centena de spots. Zonas costeiras,
baixas litorais, bancos oceânicos,
fontes termais submarinas e
até algumas grutas criam um
conjunto de cenários dramáticos
para apresentação da fauna e flora
subaquática. Como se fossem
insuficientes os prodígios naturais,
acresce uma mão cheia de locais
onde despontam os destroços de
navios naufragados. E na baía de
Angra, na ilha Terceira, está instalado
um parque arqueológico subaquático,
devidamente sinalizado, onde se
“exibem” âncoras de diferentes
estilos e idade.
Espécies
n O Atlântico ganha nestas paragens
uma vida especial, promovendo
o contato com diversas espécies.
Nos bancos oceânicos avistam-se
grupos de atuns, serras, lírios. Há
spots pejados de meros imponentes.
Noutros locais, as esvoaçantes
jamantas pedem meças em termos
de sensações provocadas aos
mergulhadores. Nas zonas costeiras,
veem-se cavacos, lagostas, salemas,
badejos, abróteas... Também há
polvos, moreias, tartarugas, estrelas
e ouriços-do-mar. O catálogo
é extenso: estima-se que os mares
dos Açores alberguem cerca de
700 espécies.
Debaixo do nível da água,
os Açores preservam um
paraíso escondido.
O arquipélago é um
destino que oferece
condições excecionais
para o mergulho, seja em
termos de visibilidade, de
temperatura da água ou
do tipo de experiências
proporcionado. Quando
se regressa à tona, já está
entranhada a vontade
de voltar a entrar neste
magnífico mundo azul.
Mergulho
Níveis
8 \ fevereiro 2012
Tubarões
n Nalguns spots açorianos é comum
o avistamento de tubarões. O banco
de Condor, ao largo da ilha do Faial,
é famoso por ser casa habitual do
tubarão azul e do tubarão martelo.
Operadores credenciados estão a
promover mergulhos para observar de
perto estes animais que o ser humano
costuma associar ao perigo. Mergulhar
com tubarões por perto, mesmo em
condições seguras, é garantia de
emoções fortes.
FOTO: ata/nuno sá
n Devido à multiplicidade de locais
de mergulho, os mares açorianos
proporcionam um amplo leque
de escolha a mergulhadores
principiantes, intermédios ou
experientes. Alguns operadores estão
capacitados para fazer batismos de
mergulho. A experiência iniciática
nesta atividade desenrola-se em
profundidade reduzida permitindo,
ainda assim, a observação de
alguma fauna marinha. Todos os
mergulhadores devem estar munidos
do certificado de mergulho e
experiência.
Condições
n As águas açorianas atingem a
sua visibilidade máxima no período
de maio a outubro, chegando a
atingir os 30 metros. Porém, existem
locais onde é possível mergulhar
durante praticamente todo o ano,
desde que a meteorologia o permita.
A temperatura da água é amena,
mantendo-se entre os 17 e os 24
graus centígrados.
Segurança
FOTOs: clube naval de ponta delgada
FOTO: dop
FOTO: ata/nuno sá
n Existem operadores credenciados
para a prática de mergulho de mar
em praticamente todo o arquipélago.
Nalguns centros pratica-se o aluguer
de equipamento de mergulho
e o enchimento de garrafas, o qual
é mantido e vistoriado de forma
a garantir elevados padrões de
segurança dos mesmos.
n Vários operadores promovem
programas especializados na
fotografia subaquática, seja ela de
cunho profissional ou amador. É
comum às águas do arquipélago
receberem eventos desta área,
como foi o caso do Master de
Fotografia Subaquática Submarina
de Portugal que decorreu ao
redor da ilha de Santa Maria, ou o
Open Internacional de Fotografia
Subaquática que acontece ao largo
da ilha Graciosa. Várias imagens
captadas nesta geografia já fizeram
capa de revistas da especialidade e
venceram concursos internacionais.
Especialmente ansiada pelos
fotógrafos é a hipótese de captar o
tubarão-baleia (peixe que pode atingir
dez metros de comprimento), que por
vezes navega nas águas próximas a
Santa Maria.
FOTO: dop/frederico cardigos
Fotografia
fevereiro 2012
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açores2012 mar
Marinas
n Três marinas detentoras de
Bandeira Azul são o cartão-de-visita
dos Açores em termos de iatismo.
Em São Miguel, a marina de Ponta
Delgada aloja-se nas modernas
Portas do Mar. O complexo
transformou-se num foco de
vivacidade cosmopolita face à fileira
de bares, lojas e restaurantes com
vista para a bonita linha de casario
fronteiriço ao mar. Às centenas
de amarrações para pequenas
embarcações junta-se o colorido
proporcionado pelo terminal de
cruzeiros e o cais de honra para
mega-iates. No Faial, as cores
proveem dos desenhos deixados
pelos velejadores nas paredes do
cais da Horta. Ruma-se à Terceira
e o arco-íris surge alcandorado na
baía de Angra do Heroísmo, sob
as cores alegres das fachadas dos
edifícios. Existem portos de recreio
de menor dimensão que facilitam
as deslocações para ilhas como
São Jorge, Santa Maria e Pico,
ou inclusivamente entre diferentes
pontos da costa de São Miguel
e da Terceira.
Pesca
n Nalguns portos (como o de
São Mateus, na ilha Terceira)
começam a aparecer expedições
organizadas com vista a proporcionar
experiências sobre a vida no mar
e a prática da pesca artesanal. As
saídas de pesca-turismo, feitas em
embarcações de cabine, podem
durar entre três e quatro horas. No
final tem-se direito a algum pescado
que pode ser confecionado em
restaurantes da zona. Os mares dos
Açores são também férteis para os
amantes de big game fishing face à
abundância de gloriosos exemplares
de espadarte, bonito e atum. Na
orla rochosa é comum a pesca com
cana, apanhando-se várias espécies
costeiras. Com a devida licença é
ainda possível praticar a atividade
nalgumas ribeiras e lagoas.
10 \ fevereiro 2012
Portas do Mar, São Miguel
Iatismo
Ponte entre Américas e Europa, os Açores são uma
plataforma intercontinental que serve de descanso
e refúgio de marinheiros de todas as latitudes. Este
cordão umbilical entre terra e oceano tem sido
perpetuado de variadíssimas formas, criando uma
tradição marítima ímpar que contagia o visitante.
Marina da Horta, Faial
Navegações
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Tradições
n A associação do arquipélago à
náutica celebra-se hoje em dia num
conjunto alargado de eventos e
festividades espalhadas pelas várias
ilhas. O Faial centra atenções durante
a Semana do Mar e a marina da Horta
é palco de partida, escala ou chegada
de regatas internacionais como Les
Sables – Les Azores, La Route des
Hortensias, OCC Pursuit Race, CeutaHorta ou ARC Europe. Numa ponte
histórica com o passado, regatas de
típicos botes baleeiros homenageiam
a bravura dos açorianos que
estiveram ligados à caça da
baleia. A maior parte destes botes,
devidamente recuperados, encontrase na ilha do Pico, sendo que também
existem exemplares espalhados pelas
ilhas do Faial, Terceira, Graciosa,
Flores e São Jorge.
n Uma das melhores formas de
apreciar a beleza da linha costeira
das ilhas açorianas é dentro de um
barco. No período estival, os três
grupos de ilhas (Oriental, Central e
Ocidental) são ligados por ferries.
Durante todo o ano, carreiras
regulares fazem a travessia entre
Faial, Pico e São Jorge. Esta é uma
forma prática e acessível de obter
novas e espetaculares panorâmicas
do perfil das ilhas do chamado
triângulo. Outra forma de conhecer
as belezas costeiras é alugar um
iate com skipper; os marinheiros
locais conhecem manhas marítimas
e segredos paisagísticos bem
guardados. Independentemente da
opção escolhida, a viagem pode ter
o bónus de ser feita na companhia
de golfinhos ou bandos de aves,
imersos em jogos lúdicos com os
barcos.
fevereiro 2012
\ 11
açores2012 terra
Mistérios Negros, Terceira
Diversidade
n A rede de trilhos classificados
tem mais de sessenta propostas
que agradam a todos os tipos de
caminhantes. Sinalizados com
marcas e códigos internacionais,
os caminhos seguem-se de forma
fácil e intuitiva. A maior parte dos
itinerários utiliza caminhos de pé
posto que, durante séculos, foram
utilizados pelos locais para as
deslocações do dia-a-dia, transporte
de mercadorias ou trânsito das
manadas de gado. Além de serem
uma montra da natureza envolvente,
os trilhos revelam também o engenho
das gentes que povoaram e povoam
o arquipélago.
Trilhos
Vistas do ar, as ilhas açorianas são um espetáculo
de manchas verdes rodeadas de azul. Com os pés
assentes em terra, é imperioso entrar nesta natureza.
Um conjunto de trilhos funciona como passaporte
para descobrir a beleza estonteante do Arquipélago.
Numa passada mágica, o prodígio revela-se desde
as perspetivas panorâmicas até ao preciosismo
do detalhe.
12 \ fevereiro 2012
Flores
n A Rede de Percursos Pedestres
Classificados dos Açores pode ser
consultada em www.trails-azores.
com. Neste sítio de Internet é
possível consultar e descarregar
folhetos com a topografia do
percurso, as explicações sobre
património, flora e fauna avistada,
a extensão e tempo estimado de
duração. É também uma forma
simples e rápida de programar os
trilhos a percorrer, consoante o
tempo disponível, a aptidão física e
os interesses particulares.
Faial
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Acessibilidade
São Jorge
Sete Cidades,
São Miguel
Níveis
n A descoberta pedestre dos Açores
pode realizar-se em ritmo calmo ou
acelerado; em distâncias curtas ou
compridas; em trajetos acessíveis
ou exigentes; isoladamente ou em
grupo. Divididos por três níveis de
dificuldade – fácil, médio, difícil – o
conjunto de trilhos permite o acesso
à alma das nove ilhas tanto para os
visitantes com menor preparo físico
como para os mais habituados à
arte de caminhar pela natureza que
desejem ser desafiados.
FOTO: drt/maurício abreu
Aventura
Lagoa do Fogo,
São Miguel
n O geocaching tem conhecido
grande desenvolvimento nos Açores
devido à topografia adequada
a esta “caça ao tesouro” moderna.
A prática desta atividade permite um
contato mais livre com a natureza
circundante, aliada a uma faceta
de expedição aventureira. No
geocaching os participantes têm
de encontrar uma cache escondida
na paisagem com o auxílio de
coordenadas e aparelhos GPS.
Tempo
Pico
Alternativas
n As paisagens e caminhos açorianos revelam-se ideais para roteiros de bicicleta, jeep tours ou
passeios a cavalo. Existem propostas para férias
mais pacíficas que ajudam a recuperar o stress
acumulado; mas também há percursos apropriados
a desportistas ou amantes de práticas radicais.
n As condições meteorológicas
dos Açores mostram-se bastante
favoráveis ao conhecimento das ilhas
pelo próprio pé, visto que até o dia
mais chuvoso é capaz de dar lugar
a boas abertas. O clima temperado
assegura uma temperatura agradável
para a atividade, inclusive nos meses
de inverno. No entanto, antes de
iniciar qualquer percurso
o caminhante deve informar-se sobre
o estado de conservação do mesmo
e eventuais alertas meteorológicos
em www.trails-azores.com.
fevereiro 2012
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açores2012 terra
Aventura
À ideia das paisagens bucólica e relaxante, os Açores
juntaram nos últimos anos um conjunto de propostas mais
enérgicas e radicais. Porque se há quem goste de admirar
uma cascata a partir de um miradouro, há quem prefira
atravessá-la. E estas ilhas vibrantes prometem não dar
tréguas aos espíritos mais aventureiros.
Coasteering
n Nesta modalidade desportiva
o praticante avança ao longo
da costa. Natação, escalada, saltos
e caminhada são requisitadas para
ultrapassar os obstáculos de rocha
e mar. Os percursos dividem-se
em níveis de dificuldade que têm
em conta fatores como a temperatura
atmosférica e da água ou a
ondulação do mar.
Parapente
n Explorado o terreno sobe-se ao
céu para captar novos ângulos da
paisagem pontuada por lagoas,
fajãs e cones vulcânicos. O batismo
de voo em parapente é realizado
em conjunto com um monitor.
Para os mais experimentados,
abundam os locais para a prática
desta modalidade que transforma
momentaneamente o ser humano
numa imitação de pássaro.
14 \ fevereiro 2012
Rapel
n As escarpas das ilhas açorianas
são ótimas para a prática desta
atividade que consiste em efetuar
descidas verticais com uso
de cordas. Há operadores que
ministram cursos de iniciação a
esta modalidade criada a partir das
técnicas do alpinismo e geralmente
praticada em grupo.
FOTO: picos de aventura/paulo pacheco
Surf
n Desde as ondas míticas da
remota Fajã da Caldeira de Santo
Cristo às praias da Ribeira Grande
(já conhecidas além fronteiras
por receberem uma etapa do
campeonato mundial de surf), não
faltam grandes spots nos Açores
para a prática do surf e bodyboard.
Há operadores especializados
na organização de surf trips que
permitem entradas a partir do mar
em locais de difícil acesso por terra.
Os mais experimentados também
podem abalançar-se na prática
de big wave surfing.
n Numa costa pontuada por
paredes rochosas, não faltam
áreas apropriadas para a prática
desta modalidade que consiste em
ultrapassar obstáculos verticais.
Várias ilhas já contam com setores
preparados para a prática da
escalada desportiva, em condições
de total segurança. Também
é possível frequentar cursos
de aprendizagem.
FOTO: montanheiros/carlos medeiros
Escalada
Canyoning
n Seguir o curso de uma ribeira,
transpondo obstáculos dentro
e fora de água, com recurso a
diversas técnicas e equipamentos:
eis a proposta do canyoning.
A atividade tem conhecido grande
desenvolvimento nos Açores,
juntando adrenalina à exploração de
locais onde a natureza permanece
intocada. Existem percursos
adequados a vários níveis de
experiência e alguns operadores
efetuam batismos deste desporto
aventura, sempre praticado de
acordo com estritas regras de
segurança.
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
FOTO: clube asas de são miguel
Caiaque
n A exploração das zonas costeiras
pela água é uma forma de desfrutar
de panorâmicas diferentes das ilhas
açorianas. Por caiaque acede-se a
locais remotos, pouco conhecidos
ou frequentados, em passeios que
podem ter um forte pendor atlético
ou aventureiro.
fevereiro 2012
\ 15
açores2012 roteiro
Infinita
São Miguel
Abre-se o mapa e São Miguel estende-se
horizontalmente numa língua de verde. Aqui e ali,
circunferências azuis. A legenda refere que são lagoas.
Conhecer estes cenários chegaria para ocupar uma
visita à ilha. É preciso, porém, forçar o arranque
sob pena de ficar demasiado por ver.
Sete Cidades
16 \ fevereiro 2012
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
E
m Ponta Delgada apetece
passear pelo intrincado
das ruas históricas,
pontuado por edifícios de
traça antiga. Entra-se com prazer
em igrejas, como a do Colégio
que serve com núcleo de arte
sacra do Museu Carlos Machado,
tal como se descontrai nas Portas
da Mar, vibrantes a qualquer hora
do dia. Numa esplanada delineia-se o trajeto pelas lagoas.
Num repente está-se na estrada,
rodeado do verde dos campos e
das árvores, alindado pelo colorido
das hortênsias azuis. Chega-se às
Sete Cidades e a natureza aplica
esta mesma paleta em duas lagoas:
a azul e a verde, desunidas de
forma ténue para parecerem uma
só. Do miradouro da Vista do Rei,
promontório ideal para apreciar
esta que é uma das 7 Maravilhas
Naturais de Portugal, só é possível
Ribeira Grande
sair em busca de nova lagoa. Vai-se
à do Fogo para atear ainda mais
a emoção. Coisa tão perfeita até
parece irreal. Haverá mais?
Esquadrinha-se o mapa e
sobressai a lagoa das Furnas,
inserida numa das zonas vulcânicas
mais apelativas do mundo para
o guia de viagens World Travel
Guide. Aqui sobressai a dimensão.
Caminha-se ao longo das margens,
descobrindo araucárias centenárias
que atingem dezenas de metros,
admirando a traça gótica da ermida
de Nossa Senhora das Vitórias.
Mais tarde voltaremos às lagoas
– a de Santiago, a do Canário, a
do Congro, a das Éguas... – mas
antes é preciso repousar. Talvez
num banho de mar, na segurança
das piscinas naturais espalhadas
ao longo da costa; ou então num
banho de sol nas praias de Água
d’Alto ou Pópulo. Mais uma opção:
um banho quente na Cascata Velha,
rodeado do verde típico dos Açores.
De volta às Furnas, a Poça da Dona
Beija mostra 38º C de temperatura.
O aconchego mostra-se igual no
enorme lago artificial do Parque
Terra Nostra, famoso pela água
ferrosa de cor acastanhada.
Entrámos no domínio dos
parques e jardins. Só por si,
o Terra Nostra representa um
mundo de experiências que vão
desde o gigantismo das sequoias
e carvalhos à brandura das
camélias e azáleas. No exuberante
concelho do Nordeste, fica o jardim
botânico da Ribeira do Guilherme
(na Lomba da Fazenda), onde
pode ter-se a sorte de encontrar
o Priolo, passeriforme endémico >
Ribeira Grande
Ciência
Portas do Mar, Ponta Delgada
Piscina de Água Férrea,
Parque Terra Nostra
n São Miguel permite efetuar um
roteiro científico adequado aos mais
novos. O Observatório Microbiano
dos Açores, instalado na antiga
Casa de Banhos Termal (nas Furnas)
apresenta espaços expositivos
e laboratoriais. O Observatório
Vulcanológico e Geotérmico dos
Açores (em Atalhada) expõe
fósseis e minerais. O Observatório
Astronómico de Santana (no Pico
do Bode, em Santana) organiza
observações noturnas na primeira
sexta-feira de cada mês, além
de mostrar diferentes aspetos da
conquista do espaço. O Expolab (em
Lagoa) divulga a ciência através de
exposições, experiências laboratoriais
e jogos.
fevereiro 2012
\ 17
açores2012 roteiro
Gruta
n Na ilha de São Miguel, a
descoberta do coração vulcânico
dos Açores faz-se na Gruta do
Carvão, cavidade aberta ao público
e explorável por visitantes de todas
as idades.
Termas
n Da Ponta do Escalvado avista-se
a Ponta da Ferraria. Desce-se até lá,
por estrada serpenteada, rumo a um
polo de saúde, lazer e bem-estar.
O Spa Termal da Ferraria apresenta
uma enorme lista de serviços típicos
– jacuzzi, banho turco, banho de
imersão, duche vichy, massagens de
relaxamento –, a que se juntam um
conjunto de propostas inovadoras
como o PNF Chi, Olaria Corporal,
Azorean Stone Massage, Jazz
Massage ou Floating in (e)Motion.
Com chapéu e
espírito de Indiana
Jones parte-se
numa expedição à
ilha mais antiga dos
Açores. A proteção
da cabeça servirá,
mais tarde, para os
banhos de sol nas
magníficas praias
de areia branca.
Envelheceu bem
esta Santa Maria
luminosa.
> que esteve em vias de extinção e
18 \ fevereiro 2012
O
Gastronomia
n O Cozido das Furnas é um dos
pratos mais caraterísticos dos
Açores. Vale a pena assistir à
“preparação”: homens a resgatar
grandes panelas ao fundo da terra.
O cozido é confecionado no calor
geotérmico, o mesmo que faz
brotar fumarolas do solo, dando às
Furnas um aspeto misterioso. No
prato não há segredos: saboreia-se
a carne macia do bife à regional
(acompanhado de tira de pimenta da
terra), o ananás e o maracujá de São
Miguel. E após a visita às plantações
de chá de Porto Formoso e da
Gorreana, bebe-se o único chá que
cresce no continente europeu.
conjunto de
rochas da
Pedreira do
Campo não causa
espanto, visto à
distância. É preciso
conhecer a história para
desfrutar do local; saber
que este alinhamento
vulcânico esteve outrora
debaixo de água. Então
sim, descobrem-se
os detalhes, como
um detetive de lupa
na mão. O conteúdo
fóssil marinho que se
observa tem cerca de
cinco milhões de anos.
Agora sim, a boca pode
abrir-se de espanto.
Em Santa Maria é fácil
ser-se um explorador.
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
agora é espécie protegida. Lagos
e moinhos de água compõem a
paisagem serena. Quase ao lado,
no Parque Natural dos Caldeirões
(na Achadinha), há uma cascata
entre fetos arbóreos e mais
moinhos, recuperados em museus
etnográficos vivos. Na Reserva
Florestal de Recreio do Pinhal da
Paz (na Fajã de Cima), descansase à sombra de criptomérias,
faias, acácias. Come-se em estilo
piquenique; as crianças brincam no
parque infantil e nas casinhas que
reproduzem as casas de guardas
florestais. Do miradouro avista-se
Ponta Delgada.
Voltar aos ambientes cosmopolitas
significa visitar a Ribeira Grande,
cidade de contrastes entre a
alvenaria branca e a pedra preta.
Em frente a Vila Franca do Campo,
a panorâmica do ilhéu relembra
que também há ilhéu ao largo
dos Mosteiros. Abre-se outra vez
o mapa e constata-se: tanto ainda
por descobrir, nesta São Miguel cujo
encanto nunca finda.
Santa Maria
Solarenga
Praia de São Lourenço
O fundo do mar está
impregnado em terra.
Na chamada “pedra-que-pica”, na área da
Ponta do Castelo, há
nova jazida fossilífera
com esponjas e dentes
de tubarão.
Juntemos a vertente
plástica com uma ida ao
Poço da Pedreira, antiga
zona de extração
de inertes, talhada
no Pico Vermelho.
A parede avermelhada
do cone de escórias
espelha-se, majestosa,
na superfície dum lago.
Sigamos até ao leito
da Ribeira do Maloás,
casa de uma queda
de água e de uma
“calçada de gigantes”.
As explicações dizem
que é uma disjunção
prismática em escoada
lávica basáltica; mas
é a vista que faz a
imaginação voar.
Suba-se mais, ainda
mais, até ao topo
do Pico Alto para se
abarcar a ilha quase
inteira. Ou siga-se até
ao Farol de Gonçalo
Velho, na Ponta do
Castelo: lá longe, no fio
do horizonte, vai-se dar
a Portugal Continental.
A partida, porém, é
sempre adiada. Antes é
preciso atravessar troços
de floresta laurissilva
até chegar ao “deserto
vermelho dos Açores”.
O Barreiro da Faneca é
uma paisagem marciana
transposta para o
nosso mundo. O safari
geológico termina aqui,
ao pôr-do-sol que aviva
o vermelho-alaranjado
da superfície ondulante
de terreno argiloso.
No dia seguinte, o
nascer do sol pede
relaxamento. Está-se no
sítio ideal: Santa Maria é
a estância balnear dos
Açores. Duas magníficas
praias, a Formosa e
a de São Lourenço,
convidam a estender a
toalha com vista para
o Atlântico brilhante.
Atrás, São Lourenço
mostra os socalcos
do que em tempos foi
encosta vinícola. A vinha
desapareceu, ficou
o toque humano que
embelezou a paisagem
à custa de gotas de
suor. Também foi o labor
humano que edificou
a igreja de Nossa
Senhora da Purificação,
na localidade de Santo
Espírito, adornada
com uma peculiar
fachada barroca. Ou
o Forte de São Brás
que proporciona
panorâmicas sobre a
Vila do Porto. Nalgumas
casas, lá em baixo,
resistem portas e janelas
manuelinas. Pela ilha
toda resistem as típicas
chaminés cilíndricas.
Não serão tão antigas
como os fósseis mas
também fazem parte
da história de Santa
Maria. Estima-se que a
ilha tenha entre os oito
a dez milhões de anos.
A idade, neste caso,
foi benéfica. Porque as
rugas do tempo têm
aqui cores diferentes de
tudo o resto.
FOTO: drt/maurício abreu
Baía de São Lourenço
Cascata
Muito próximo da piscina natural
da baía da Maia é possível
ver a cascata do Aveiro, uma
impressionante queda de água a
rondar a centena de metros.
História
Há mais um motivo para ir a Anjos
além de desfrutar da excelente
zona balnear com piscina natural.
A estátua de Cristovão Colombo,
à entrada do povoado, assinala
a crença de que o genovês terá
aportado em Santa Maria aquando
do regresso da sua primeira
viagem à América. Diz-se que o
navegador terá mandado rezar
uma missa na Ermida de Nossa
Senhora dos Anjos.
Floresta
Na Reserva Florestal de Recreio
das Fontinhas podem apreciar-se
exemplares de fetos arbóreos
com grandes dimensões, entre
exemplares de outras espécies.
Equipado com grelhadores,
parque infantil, casas de banho
e miradouros, serve como um
agradável local de repouso.
A Reserva Florestal de Recreio
de Valverde também está
preparada para receber os
visitantes com um parque
de merendas, parque infantil,
casas de banho e miradouros.
fevereiro 2012
\ 19
açores2012 roteiro
Terceira
Festiva
n A mesa compõe-se. Sentemo-nos.
Umas lapas de molho Afonso para
início de conversa? Agora venha
de lá uma alcatra, seja de carne ou
de peixe. No museu que fica nos
Biscoitos conhece-se e prova-se o
vinho produzido localmente. Falta
adoçar a boca: uma Dona Amélia dá
conta do recado. Ou então duas.
Ciência
n O Museu Vulcano-espeleológico
de “Os Montanheiros” é um excelente
modo de saber mais sobre a origem
dos Açores. Também em Angra do
Heroísmo funciona o Observatório do
Ambiente dos Açores que apresenta
uma exposição relativa à evolução
do nosso planeta, contendo uma
importante coleção de fósseis.
Sanjoaninas
20 \ fevereiro 2012
roxa; vamos de encontro ao verde
da paisagem da Serra de Santa
Bárbara. Há miradouro mas, melhor
ainda, há percurso pedestre para
descobrir os Mistérios Negros,
domos associados à erupção
vulcânica de 1761 que sobressaem
por ainda não estarem cobertos
de vegetação. Toca-se no basalto
preto, irregular, e toca-se a génese
do Arquipélago.
A sede de conhecer este âmago
vulcânico leva-nos a baixar à Gruta
do Natal, túnel lávico que acolhe
com conforto visitantes de todas
as idades. Há musgo a decorar
as paredes subterrâneas destas
galerias bem iluminadas.
O mesmo se passa no Algar do
Carvão, embora de modo mais
grandioso. Nos tetos e paredes
vê-se obsidiana; a água das chuvas
forma estalactites e estalagmites
de sílica amorfa. A cavidade é
um tesouro mineralógico que dá
vontade de abraçar a espeleologia
e nunca mais largar o submundo
açoriano.
Volta-se à superfície de encontro
ao colorido das fachadas dos
pequeninos “impérios” do Espírito
Santo. Após a imersão no negrume
fantástico das grutas, buscam-se
raios solares nas zonas balneares
da Salga, de Porto Martins e dos
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Gastronomia
FOTO: drt/maurício abreu
A
folia começa no arco-íris
com que se pintam os
palacetes, os solares,
as casas simples que
formam o centro histórico de
Angra do Heroísmo. Nem as
igrejas e conventos escapam a
este cromatismo contagiante.
Património Mundial da
UNESCO desde 1983, a cidade
resplandece mesmo em dia
cinzento. Mas quando o Sol se
descobre, redobra-se o encanto.
Vai-se ao topo do Monte Brasil,
vestígio duma erupção vulcânica
basáltica submarina, para abarcar
todo o casario. Agora só falta
descobrir que na Terceira até o
negro impacta.
Deixámos para trás o aglomerado
de tintas vermelha, amarela, azul,
FOTO: drt/maurício abreu
O perfil da Terceira é feito de geometrias bem
definidas. Vê-se tanto aprumo nas fachadas de Angra
do Heroísmo como nos muros de pedra ou renques de
hortênsias que delimitam as pastagens. Ilha ordeira,
sem dúvida. Mas também tremendamente alegre.
Baía de Angra do Heroísmo
Parques
n Na Reserva Florestal de Recreio
do Viveiro da Falca passeia-se entre
sebes de azáleas e cameleiras, sob
a sombra de arvoredo altaneiro.
Existe área de recreação infantil,
campo de jogos e infraestruturas
para merendar. A Reserva Florestal
de Recreio da Lagoa das Patas
engloba um pequeno espelho
de água rodeado de flores e
arbustos. Abrigados num bosque
de criptomérias encontram-se
grelhadores, casas de banho e um
recreio infantil. A Reserva Florestal de
Recreio da Mata da Serreta, também
devidamente equipada, é bastante
popular entre os terceirenses,
especialmente em setembro por
altura da romaria à igreja de Nossa
Senhora dos Milagres.
Museu de Angra
Fortalezas
Sé de Angra do Heroísmo
Praia da Vitória
Biscoitos. A pele aquece no areal
da Praia da Vitória. O corpo pede
festa e a Terceira corresponde,
convidando a assistir a uma típica
“tourada à corda”. Ilha ordeira, sim
senhor. Mas com muita diversão.
n O património monumental da
Terceira é extenso e diversificado,
mas nada faz sonhar os mais novos
como os castelos e as fortalezas.
A ilha está cheia de belíssimos
exemplares de arquitetura militar que
manifestam a riqueza histórica destas
paragens. No Museu de Angra expõese uma coleção militar que abrange
armas brancas e de fogo, armaduras,
capacetes, condecorações e peças
de artilharia.
fevereiro 2012
\ 21
açores2012 roteiro
Graciosa
Serena
A ilha saboreia-se como um doce na boca: timidamente,
com medo de que o prazer acabe repentinamente.
Nada de receios. Aqui o tempo não corre: flui. O vagar
instala-se sorrateiro no visitante, preparando-o para
sorver um punhado de experiências transcendentes.
S
obe-se ao Farol da Ponta
da Barca, a convite do
oficial da marinha.
As portas estão abertas
para receber, mostrar, explicar.
E depois, com simpatia, conceder
espaço para se apreciar a vista
privilegiada para o ilhéu da
22 \ fevereiro 2012
Baleia. Do cimo da torre faroleira,
um pedaço de rocha vulcânica
sobressaída do mar torna-se no
símbolo de que os Açores são
um santuário de cetáceos. Parece
impossível que a natureza possa
criar coisas assim. Mas a baleia
petrificada, meticulosamente
Gastronomia
n Famosíssimas são as Queijadas
da Graciosa, feitas segundo uma
receita ancestral e de contornos
secretos. As queijadas têm por
acólitos uma série de outros doces,
como as escapuchas, escomilhas e
pastéis de arroz. Conjugam-se todos
bem com a angelica, bebida licorosa
tradicional da ilha.
Termas
Uma nascente termal de águas
cloretadas sódicas e temperatura
de cerca de 40º C municia as
modernas Termas do Carapacho.
Aos tratamentos de saúde tão
famosos entre a população,
associou-se um conjunto de
serviços de spa que inclui
massagens de relaxamento,
duches, banhos e programas
completos de nomes sugestivos
como “Princess for a Day” ou
“Body and Soul Escape”.
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Ilhéu da Baleia
cinzelada, prova-o. A zona costeira
da Graciosa é um museu de
escultura. Há a cratera negra da
Baía da Caldeirinha, o multicolorido
da zona do Barro Vermelho,
a concha da Baía da Folga, o
panorama do ilhéu da Praia. Na
vertigem da Ponta da Restinga é ao
lado de outro farol que se observa
os ilhéus de Baixo. Eles pedem o
tal vagar que aporta luminosidades
díspares à paisagem; e no topo da
Restinga é fácil que o tempo fique
suspenso.
Na Furna do Enxofre, porém,
extingue-se a dimensão dos
minutos e das horas. Consulte-se o relógio entre a descida e a
subida dos 183 degraus, apenas
para o confirmar. Porque dentro da
cavidade vulcânica é impossível
tirar os olhos do enorme teto, do
lago de água fria, da fumarola de
lama. Se a natureza tem lugares
místicos, este é um deles. A Furna
é uma catedral coroada por uma
abóboda de 40 metros de altura e
quase 200 metros de comprimento.
E pergunta-se outra vez como
é possível a natureza ter talhado
a pedra assim?
Talvez seja impossível. Talvez
a Graciosa seja apenas um
sonho, como quem atravessa o
túnel escuro da Furna da Maria
Encantada para deparar com a
mancha verde da reserva florestal
da Caldeira. E é então que o aroma
desprendido por árvores e flores, o
som emitido por pássaros e insetos,
nos sussurra que tudo isto é real e
intemporal.
FOTO: drt/maurício abreu
Museu
Recentemente remodelado, o
museu situado em Santa Cruz
da Graciosa mostra de um modo
cativante a relação do homem
com a terra, abordando temáticas
como a produção cerealífera e
vinícola. É dado especial relevo
às tradições festivas da ilha,
como é o caso do afamado
Carnaval ou da propensão dos
locais para a música, bem
patente no fabrico artesanal da
“viola da terra”.
Moinhos
De corpo cónico e cúpula a
terminar em bico, os moinhos
de vento são imagem de marca
da Graciosa. Podem apreciar-se
exemplares em Santa Cruz, em
São Mateus e na Luz.
fevereiro 2012
\ 23
Pico
Imponente
A paisagem é recortada pelos muros de basalto que se
construíram para proteger os pés de vinha. Sinal de que a
argamassa vulcânica se derramou tanto na natureza como
no homem. A alma negro-cinza imprime-se na montanha,
nos mares de lava, nas casas de pedra.
C
onfiemos nas
considerações alheias:
a Bootsnall, editora
de guias de viagem,
considera o percurso pedestre
das Vinhas da Criação Velha
como um dos oito trilhos “únicos”
no mundo. O percurso junto linha
costeira conduz até uma área
de vinhas. Ligam-se assim dois
fatores indissociáveis na ilha: o
vulcanismo e o vinho. Para a BBC
Travel esta conjunção tornou o
Pico, em 2011, numa das “Cinco
Melhores Ilhas Secretas do
Mundo”. E a Paisagem da Cultura
da Vinha da Ilha do Pico está
classificada, desde 2004, como
Património Mundial da UNESCO.
A Paisagem Vulcânica da Ilha
do Pico é uma das 7 Maravilhas
Naturais de Portugal. Os sinais
desta natureza ardente estão por
todo o lado. Nas falésias abruptas,
praias de seixo rolado e pequenos
ilhéus que compõem a arriba fóssil
de Santo António e São Roque.
Na espraiada fajã lávica das Lajes
do Pico enquadrada pela Ponta
do Castelete. Nos desenhos
inverosímeis dos campos de
escoadas basálticas do Lajido de
Santa Luzia. Nos alinhamentos de
cones de escórias do Planalto do
Achada embelezados pelas lagoas
do Caiado, Capitão, Paul e Seca.
No chão de pedra negra que se
pisa na Ponta da Ilha.
Ao largo da Madalena, o ilhéu
Deitado e o ilhéu de Pé surgem
como guardiões de quem atraca
24 \ fevereiro 2012
Vinha
no Pico. Estes vestígios de erupção
vulcânica submarina incitam o
viajante a descer aos subterrâneos
daquela que é a ilha mais jovem
dos Açores. Na Gruta das Torres,
em total segurança, apreciamse estalactites e estalagmites
lávicas, bancadas laterais, bolas
de lava, paredes estriadas e lavas
encordoadas. O regresso
à superfície indica que deixámos
para o fim o mais óbvio: a Montanha
do Pico.
Íman dos olhares, o magnífico
vulcão destila um magnetismo
indefinível no espírito dos
habitantes e visitantes. Faz-se a
vénia ao gigante com 2351 metros
e embarca-se na aventura de o
escalar. A tarefa exige preparo físico
adequado e monitorização por
guias especializados.
A solidariedade também ajuda:
uma família que una esforços
para conquistar o ponto mais
alto de Portugal jamais esquecerá
o feito. No cume descobre-se uma
perspetiva única. E, nalguns
casos, desvenda-se mais um
pouco daquilo que compõe
o nosso ser.
n O Museu do Vinho expõe
alambiques, alfaias, barris, lagar
de pedra e relata a história do
“verdelho” do Pico que teve fama
internacional entre os séculos XVII
e XIX. As pragas do oídio e filoxera
ditaram a derrocada da produção.
Do período áureo ficou uma
paisagem singular de “currais”
(quadrículas de terra onde se
plantava a vinha), “rilheiras”
(sulcos no basalto deixados por
carros de bois que transportavam
as pipas) e adegas.
Núcleo
Museológico
do Lajido
Criação Velha
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
açores2012 roteiro
Parques
n O Parque Florestal da
Prainha insere-se numa zona de
escorrimentos lávicos e está dotado
de áreas de merendas, parque
de diversões e miradouro para a
vizinha São Jorge. Pode visitar-se
uma casa e uma adega típicas da
ilha. No Parque Florestal de São
João encontra-se novo “mistério”
de lava, entre espaços de recreio.
No Parque Florestal da Quinta das
Rosas estão assinalados percursos
pedestres entre flora exótica e
endémica. A Reserva Florestal de
Recreio de Santa Luzia prima pelas
zonas arborizadas.
Gastronomia
n O Queijo de São João, de pasta
macia, serve de introdução a
um receituário onde falam alto o
polvo guisado em vinho de cheiro
e a molha de carne. Nas últimas
décadas, a vitivinicultura tem vindo
a reflorescer e a aperfeiçoar-se
com novas técnicas, devolvendo
qualidade ao vinho produzido
na ilha.
História
n A tradição baleeira faz parte
do código genético do Pico. No
Museu da Indústria Baleeira
(em São Roque) e Museu
dos Baleeiros (Lajes do Pico)
descobre-se a importância social
e económica que o cachalote teve
no Arquipélago. Em Santo Amaro
há um museu privado dedicado
à construção naval, atafulhado
de maquetes e desenhos. Num
estaleiro a céu aberto, onde se
encontra o cavername de um
barco em plena construção. Alguns
artesãos continuam a manufaturar
miniaturas de botes baleeiros e a
perpetuar a arte do scrimshaw.
Lagoa do Capitão, Planalto Central do Pico
Museu da
Construção Naval,
Santo Amaro
Lajes
Lajido
Museu dos Baleeiros, Lajes
fevereiro 2012
\ 25
açores2012 roteiro
Fajã da Caldeira de Santo Cristo
São Jorge
Identidade
Alongada tal como o topo
esguio dos moinhos de
vento que surgem pelo
caminho, São Jorge é uma
montanha-russa de emoções.
Serpenteia-se ao sabor
do vento, num constante
descer e subir entre
a cordilheira central e a costa.
E nas fajãs descobre-se
o carácter único da ilha.
26 \ fevereiro 2012
Gastronomia
n A produção do Queijo de São Jorge
remonta ao século XVI e, neste caso,
sabe bem que a tradição se tenha
mantido. Afamado dentro e fora dos
Açores, este queijo curado de pasta
dura ou semi dura é caracterizado
por um aroma e paladar de grande
caráter. Uma entidade certificadora
garante a qualidade deste produto
DOP. Outra relíquia gastronómica da
ilha está confinada à lagoa da Fajã
da Caldeira de Santo Cristo onde
crescem umas amêijoas polpudas
que as artes da cozinha transformam
num petisco raro e saboroso.
Fajã da Caldeira de Santo Cristo
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
O
s extremos da ilha
foram pontuados pela
natureza. A rematar o
lado oriental vê-se o
ilhéu do Topo; o formato circular
assemelha-se a um ponto final; no
lado ocidental, da Ponta dos Rosais
avista-se um par de rochedos
que dá largas à fantasia. A ilha é
assim: termina sem acabar. No
interior de São Jorge é a geografia
que comanda o ritmo da visita.
Amanhece-se na cordilheira
vulcânica central, planalto cheio
de picos e vales; na linha do
horizonte vislumbra-se o despertar
das vizinhas Pico e Faial de um
lado, Graciosa do outro.
Mais perto, a costa jorgense
apresenta-se numa sequência de
arribas vertiginosas a mergulhar
no mar. De espaços a espaços, as
escarpas espalham-se em pequenas
planícies: as fajãs. Esta paisagem
típica e identificativa de São Jorge
foi originada por desabamentos
de terras ou, mais raramente, em
escoamentos lávicos. Cada fajã é
um caso singular. Muitas têm acesso
difícil, havendo casos em que só
se chega lá pelos próprios pés.
Talvez por isso funcionem ainda
como oráculos para o que é ser-se
jorgense. As gentes que lá moram
revelam-se genuínas; preservam
usos e costumes, mantêm tradições,
fazem do seu povoamento um
museu etnográfico vivo. Depois há
as paisagens. A arriba da Fajã de
São João tem quedas de água. A
Fajã do Ouvidor é sobranceira a uma
falésia com 400 metros de altura. As
Fajãs dos Cubres e da Caldeira de
Santo Cristo têm lagunas costeiras
separadas do mar por praias de
Alojamento
Vila das Velas
Parques
n O Parque Florestal da Silveira
segue um curso de água e tem como
atração várias azenhas que eram
usadas na moagem dos cereais;
existem áreas de recreio infantil e
de merendas e um extenso relvado
cheio de sombras. O Parque Florestal
das Sete Fontes apresenta uma flora
típica de montanha e está dotado de
infraestruturas de recreio infantil e
mesas de refeições.
Piscinas
n Como prémio adicional da descida
às fajãs, algumas apresentam
piscinas naturais que permitem
banhos de sol e de mar em contextos
paisagísticos de exceção.
Fajã das Almas
n As opções de alojamento no
arquipélago açoriano passam pelo
tradicional parque hoteleiro. Existem
opções de unidades de duas, três e
quatro estrelas em quase todas as
ilhas, nalguns casos complementada
por uma rede de pensões e
residenciais. Na Terceira e no Faial
existem Pousadas de Portugal.
As Casas Açorianas constituem
uma alternativa na área do turismo
em espaço rural. O conjunto de
casas agregado nesta associação
permite contatar diretamente com
as arquiteturas típicas de cada
ilha. Ideais para férias em família,
os espaços estão instalados em
casas rústicas, solares, moinhos,
adegas, devidamente recuperadas e
adaptadas aos padrões de conforto
modernos.
seixos. Deixamos os adjetivos para
quem tiver o prazer de as conhecer.
Regressamos ao vetor humano
para apreciar o requinte dos artesãos
que rechearam o interior da igreja
de Santa Bárbara com talha
dourada, azulejos e pinturas.
O templo fica próximo de Manadas e
está classificado como Monumento
Nacional. Da igreja da Urzelina já só
se encontra a torre sineira; o resto
foi destruído pela erupção vulcânica
de 1808. Em Velas o património
histórico continua de pé e preservado,
convivendo com o moderno. Prova-o
a simbiose do velho Forte de Nossa
Senhora da Conceição com o novo
Auditório Municipal e Centro Cultural
cuja arquitetura simula um velame.
Embarcamos para um pôr-do-sol final,
novamente num extremo: no Morro
de Velas ou no Morro de Lemos, com
mira para a Baía de Entre Morros. E a
Montanha do Pico ao longe, apelando
a novas descobertas.
fevereiro 2012
\ 27
açores2012 roteiro
Faial
Mesmo em terra, o Faial puxa-nos para o mar. Não
admira. Esta é uma paragem entre continentes como
provam os desenhos que os velejadores deixam na
marina da Horta. Nesta ilha respira-se água. E sentimo-nos interligados ao mundo, através dos oceanos.
H
Fábrica da Baleia,
Porto Pim
28 \ fevereiro 2012
á sempre alguém que
está a repintar a marina
da Horta. Os paredões
de cimento são a tela
perfeita para deixar um testemunho
de que se passou pelos Açores.
Pintam-se bandeiras, nomes de
cidades e de barcos, mensagens.
Desenha-se em estilo livre. O Faial
perpetua a sua singularidade no
universo náutico nestes molhes em
constante renovação. No Peter Café
Sport, fundado em 1918, bebe-se
um gin tónico famoso, entre caras
de marinheiros traquejados. E no
Museu de Scrimshaw testemunha-
-se o legado marítimo da ilha,
inscrito na arte de trabalhar dentes
de cachalote.
Na baía de Porto Pim passeiase entre casario de pescadores
e fortificações que protegeram a
ilha dos ataques de corsários. O
Monte da Guia, unido ao Faial por
um istmo, é miradouro natural para
apreciar a ligação umbilical desta
terra com o mar. Vira-se o pescoço
e admira-se a Caldeira do Inferno,
subdivida em dois semicírculos.
Viajemos até ao centro da ilha para
ver nova Caldeira, desta vez um
vulcão colapsado de grandiosa
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Baía da Horta
Maresia
Ciência
n No Centro de Interpretação do
Vulcão dos Capelinhos é possível
conhecer a origem das ilhas
açorianas através de um circuito
que recorre a modernas tecnologias.
A arquitetura arrojada do museu
subterrâneo respeita a paisagem
circundante; sobe-se ao farol para
ter perspetiva única das escórias
vulcânicas. No Observatório do
Mar, sedeado na Fábrica da Baleia
de Porto Pim, expõe-se maquinaria
original associada à indústria
baleeira. Num submarino virtual
faz-se uma viagem que explora
diversos ecossistemas marinhos.
Também é possível ver de perto
o Lula, submarino que alcança a
profundidade de 500 metros e já
visitou dezenas de locais do mar
açoriano.
Capelinhos
Porto Pim
Praias
n A praia do Almoxarife, de
extenso areal acinzentado, tem vista
cenográfica para a vizinha ilha do
Pico. A Montanha, modelada com
perfeição, centra atenções também
a partir da praia da Conceição. Em
Porto Pim a baía abriga o areal
existente.
dimensão. O solo e paredes
cobrem-se de vegetação endémica
que emprestam ao local várias
tonalidades de verde. Já no Morro
de Castelo Branco o pano de fundo
volta a ser o oceano, a envolver
a alvura das arribas.
O azul é omnipresente.
Dissemina-se pelas hortênsias
que ladeiam as estradas e compõe
o enquadramento no miradouro
da Espalamaca, pontuado por
um moinho de vento pintado de
vermelho. No horizonte surge o
casario rente à baía da Horta e, tão
perto que parece impossível, a ilha
vizinha do Pico.
Na Península dos Capelinhos
mudam as cores. À nossa frente
temos o resultado da erupção
dos Capelinhos, vulcão que se
manteve ativo entre Setembro de
1957 e Outubro de 1958. O farol
esventrado parece um fantasma
perdido na paisagem lunar de
chão acastanhado. E remete-nos
de novo para o facto de estarmos
numa ilha marítima, onde até um
legado vulcânico se assemelha a
um oceano. Só no Faial é possível
navegar num mar de cinzas pelos
nossos próprios pés.
FOTO: drt/maurício abreu
Parques
n A Reserva Florestal do Cabouco
Velho tem infraestruturas adequadas
para piqueniques e zona de recreio
infantil. Na Reserva Florestal Natural
do Parque do Capelo, plena de
sombras, há percursos pedestres
assinalados e encontram-se algumas
grutas naturais. Na extensa Reserva
Florestal de Recreio da Falca
destacam-se as árvores de grande
porte que refrescam o parque,
também dotado de estruturas para
piqueniques.
Gastronomia
n Sopa de peixe à moda do Faial,
linguiça com inhames, polvo à
regional, molha de carne. Propostas
típicas capazes de conquistar
qualquer paladar. No fim, as fofas
recheadas de creme servem de
sobremesa. E de pequeno-almoço,
lanche, ceia...
Pousada de Santa Cruz,
Horta
Peter Café Sport, Horta
fevereiro 2012
\ 29
açores2012 roteiro
S
em demoras rumo a
Fajãzinha. O precioso está
no trajeto, feito de paragens
para apreciar as diferentes
perspetivas das cascatas que
enfeitam a alta arriba fóssil.
Ao longe, a paleta de cores
mistura-se no cinzento da pedra,
no azul-transparente da água, no
branco da espuma, no verde da
vegetação. De perto, junto ao Poço
da Alagoinha, a extraordinária
correnteza de quedas de água
transforma-se num referencial das
Flores. Na Fajã Grande domina
outro tipo de imponência: a altura
da cascata do Poço do Bacalhau.
Toma-se banho no laguinho e,
de emoções refrescadas, segue-se
o elemento água para descobrir
a magia das caldeiras. As lagoas
Rasa e Funda são como gémeas
falsas, a viverem em altitudes
diferentes e separadas por um
Flores
Frescura
Lagoa Comprida
Água, água por todos os
lados. No mar, obviamente.
Mas também em terra,
entornada em cascatas
e em lagos de sonho.
O verde da natureza, nas
Flores, parece mais viçoso.
Passeia-se pela ilha com
uma frescura calorosa
a pairar no ar.
Rocha dos Bordões
Museu
n Num antigo convento franciscano,
em Santa Cruz das Flores, está
instalado um museu que apresenta
núcleos de cerâmica, alfaias
agrícolas, ferramentas de antigas
profissões e pesca. Um conjunto
de peças que vieram do paquete
Slavonia, naufragado em 1909
ao largo da ilha, significa uma viagem
a princípios do século XX.
FOTO: drt/maurício abreu
30 \ fevereiro 2012
Poço da Alagoinha
FOTO: drt/maurício abreu
Miradouro do Portal
Parque
n A Reserva Florestal de Recreio
Luís Paulo Carvalho funciona como
um oásis de tranquilidade, com as
infraestruturas necessárias para
merendar. No caminho, perto da
Fazenda de Santa Cruz, pode-se
admirar a igreja de Nossa Senhora
de Lurdes, erigida sobre um outeiro.
O contraste das paredes brancas
rodeadas de verde é magnetizante.
Corvo
Humana
Uma ilha com uma única
povoação. Uma ilha com
menos 500 habitantes.
Uma ilha onde se volta a
dizer bom-dia a quem passa,
onde se volta a conversar
com desconhecidos, onde
as gentes voltam a ter
nome próprio. Depois das
apresentações, passeia-se
pela vila, pelo caldeirão,
pelas falésias.
Viajar
n Alugar um automóvel ou uma
carrinha é uma forma fácil de
deslocar-se em família. As ilhas
açorianas estão dotadas de boas
estradas que levam o visitante
até aos sítios mais turísticos ou
a alguns locais mais reservados.
Excetuando São Miguel, os trajetos
são geralmente curtos; nalgumas
ilhas é fácil dar uma volta completa
num só dia. Esta proximidade permite
realizar os trajetos em ritmo calmo
de passeio, apreciando a paisagem e
efetuando várias paragens.
n A Vila do Corvo está situada numa
fajã lávica que é a única superfície
aplanada da ilha. Percorrem-se
calçadas de pedra entre casas de
paredes negras até desembocar,
uma e outra vez, no largo do Outeiro.
À beira-mar, junto à Ponta Negra,
visitam-se os moinhos de vento.
Falta a gigante cratera do Caldeirão
que se observa de miradouro
e se circunda na companhia
de um guia especializado.
Da mesma forma, conhecer
o rendilhado de falésias implica
cuidados redobrados. Valerá a
pena o esforço quando, na Ponta do
Marco, se encher o peito de ar para
absorver a riqueza desta gota de
natureza no meio do Atlântico.
Observar
n O Corvo, juntamente com
as Flores, é um paraíso para o
birdwatching. As ilhas do grupo
Ocidental estão na rota migratória de
várias espécies norte-americanas.
Estes hóspedes são recebidos por
espécies nativas como o milhafre,
tentilhão, alvéola ou melro-preto.
Nas aves marinhas destacam-se o
garajau-comum, garajau-rosado e
cagarro. Em São Miguel, a estrela
da companhia é o priolo, ave de
pequeno porte que subsiste na mata
endémica de laurissilva.
Caldeirão
FOTO: drt/maurício abreu
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Caminhar
pedaço de terra; a lagoa da Lomba
é debruada por hortênsias; mais
a Norte fica uma nova caldeira
Funda, acompanhada de perto
por uma Comprida e uma Branca.
Quanto à Seca, não tem água.
Esta simplicidade dos nomes é
simbólica de uma ilha que mostra
abertamente os seus tesouros. Aqui
a beldade está bem à vista.
Veja-se a Rocha dos Bordões
exposta no topo de uma elevação.
Não podia ser melhor a localização
destas disjunções prismáticas na
rocha basáltica, uma das “calçadas
de gigantes” mais impressionantes
do mundo. Acreditem, não é
exagero. O pôr-do-sol a dourar os
bordões servirá, se for preciso,
para confirmar que nesta ilha
tudo roça o sublime. Descer até à
costa é ir ao encontro dos ilhéus
que parecem ter sido semeados
propositadamente. Saiba-se que
o ilhéu de Monchique é o ponto
mais ocidental da Europa. E saiba-se que do miradouro perto de
Cedros, a ilha do Corvo adorna o
horizonte oceânico. Num saltinho
de barco chega-se lá. Antes vai-se
ao miradouro do Monte das Cruzes
para apreciar o figurino de Santa
Cruz das Flores. E descansa-se no
adro da igreja de Nossa Senhora do
Rosário a ver o porto das Lajes das
Flores enquanto se pensa quantas
mais vezes se visitarão os encantos
naturais da ilha.
fevereiro 2012
\ 31
açores2012 calendário
FOTO: ata
Em todas as ilhas o calendário anual
é marcado por uma série de eventos
de caráter cultural, desportivo e
religioso que envolvem população
local e visitantes. Este conjunto de
manifestações de cariz vincadamente
popular revela bem a arte de receber
açoriana. Nalguns festejos, o viajante
é mesmo convidado a entrar na casa
das pessoas. É assim nas Festas do
Espírito Santo, que decorrem nos
meses de junho e julho em todas
as ilhas do Arquipélago. O culto ao
Espírito Santo remonta ao reinado de
D. Dinis e da Rainha Santa Isabel; hoje
em dia mantém-se vivo nos Açores
e até ganhou fama além-fronteiras.
Assente em valores humanistas
e solidários, a efeméride envolve
a distribuição de alimentos pela
população mais carenciada. A par
deste estender de mão, oferecem-se refeições a quem por ali passa,
num convívio salutar entre amigos,
conhecidos e até estranhos. À mesa
servem-se pratos tradicionais das
Festas, como as Sopas do Espírito
Santo; por todo o lado ecoa a música
dos grupos de foliões num convite
à dança e à cantoria. Este espírito
que alia doses de diversão à
preservação dos costumes e tradições
dos ilhéus é a impressão digital dos
principais eventos de cada ilha. Nos
Açores, os visitantes são recebidos
como mais um amigo.
32 \ fevereiro 2012
maio
10-16 maio
Senhor Santo
Cristo dos
Milagres
(São Miguel)
Estas festividades de
caráter religioso tiveram
início no final do século
XVII e constituem
atualmente o maior e
mais impressionante
cortejo religioso dos
Açores. Realizadas no
quinto domingo após a
celebração da Páscoa,
têm como ponto alto a
procissão que decorre ao
domingo e que, durante
quatro horas, percorre a
cidade de Ponta
Delgada.
junho
1a3
Campeonato
Regional de
Fotografia
Subaquática
Em três dias a ilha de
Santa Maria concentra
dois eventos de
mergulho: o Troféu de
Caça Fotográfica e o
Campeonato Regional de
Fotografia Subaquática.
22-30 junho
Sanjoaninas
(Terceira)
Atualmente consideradas
as maiores festas profanas
do Arquipélago, foram
iniciadas logo após o
povoamento da ilha
Terceira. O cortejo de
abertura com séquito real,
em Angra do Heroísmo,
surgiu pela primeira vez em
1934, mantendo-se desde
então. A noite de São João
é marcada por desfiles de
marchas populares e uma
feira taurina. Esta tradição
dos touros na ilha Terceira
é, aliás, prolongada pelas
famosas e únicas touradas
à corda que, durante vários
meses, decorrem um
pouco por toda a ilha.
23-24
Festas de São João
de Vila Franca
do Campo
(São Miguel)
Festa animada por
marchas e canções
alusivas ao santo.
27 junho a 1 julho
Semana Cultural
das Velas
(São Jorge)
Evento que anima a vila
das Velas com exposições
de artesanato, fotografia
e pintura, festivais de
música, atuações de
bandas filarmónicas
e grupos folclóricos,
atividades desportivas em
terra e no mar, cortejos e
corrida de touros.
29
Cavalhadas
de São Pedro
(São Miguel)
A festa que decorre na
Ribeira Grande inclui
um desfile a cavalo cuja
inspiração parece remontar
aos torneios medievais. Os
cavaleiros concentram-se
junto ao Solar de Mafoma,
casa do século XVIII, e
iniciam uma cavalgada ao
som de cornetas.
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Tradições Festivas
FOTO: ata
FOTO: ata
FOTO: drt/maurício abreu
julho
13 a 15
Festas do
Nordeste (São Miguel)
Evento com uma
programação variada nas
áreas da música, cultura,
gastronomia e desporto.
13 a 16
Festa do
Emigrante
(Flores)
Evento de caráter
iminentemente popular
que visa homenagear e
receber os emigrantes
açorianos que, por altura
do Verão, regressam à
sua terra de origem para
conviver com familiares e
amigos. Marchas, danças
e cantares assinalam este
reencontro tão ansiado.
19 a 22
Festa do
Chicharro
(São Miguel)
Festival de música já com
mais de duas décadas
de existência que atrai
muitos visitantes à Ribeira
Quente, no concelho da
Povoação.
20 a 21
Red Bull Cliff
Diving World
Series
(São Miguel)
O Ilhéu de Vila Franca
do Campo recebe uma
etapa desta prova de
saltos para a água
a grande altura. A
competição reúne a elite
dos praticantes desta
modalidade espetacular.
27 a 5 agosto
Festas da Praia
da Vitória
(Terceira)
Cortejo etnográfico,
bodo, folclore,
atividades desportivas,
marchas, exposições
e tradicionais touradas
compõem um programa
recheado. Um grande
espetáculo de fogo-deartifício assinala o final
das festividades.
agosto
1a5
Cais de Agosto
(Pico)
São Roque é palco
de um festival que
conta com espetáculos
de música, cortejos,
exposições e a sempre
esperada e espetacular
regata de botes
baleeiros.
4 a 12
Semana do Mar
(Faial)
Gigantesco festival
náutico que decorre
na cidade da Horta.
À dimensão marítimo-desportiva junta-se
um amplo leque de
outras atividades de
cariz cultural e de
entretenimento.
O evento atingiu
dimensão internacional,
captando as atenções
de todos os que
sentem ligação ao
mar.
10-13 agosto
Festival dos
Moinhos
(Corvo)
O festival que anima
o verão da ilha mais
pequena dos Açores
apresenta um programa
cheio de música, teatro
e outras animações
diversificadas.
12 a 18
Festival
Internacional
de Folclore
(Terceira)
Vai na 23ª edição
este evento que
junta em Angra do
Heroísmo grupos de
folclore nacionais
e internacionais. O
programa inclui ainda
uma feira de artesanato e
sabores tradicionais.
16 a 19 agosto
Festival
Maré de Agosto
(Santa Maria)
Evento de créditos
firmados no panorama
dos festivais de música
serve um programa
recheado de cantores
e bandas nacionais e
internacionais, juntamente
com atividades culturais,
desportivas e ecológicas.
Durante o dia, a praia
Formosa serve para
recuperar das noites
agitadas.
setembro
31 a 2 setembro
Festa da Vinha
e do Vinho
(Terceira)
Celebrada nos Biscoitos,
esta festa tem como
objetivo recordar e
divulgar as tradições
das vindimas da ilha.
É possível apreciar a
apanha e o pisar das
uvas, entre provas de
vinhos e mostras de
gastronomia tradicional.
20 a 23
Campeonato
Nacional de
Fotografia
Subaquática
(Santa Maria)
A ilha de Santa Maria
volta a ser palco
de mais uma competição
ligada ao mergulho.
outubro
Festas
das Vindima
20 a 31
(Pico)
Ao longo do mês, em
várias localidades mas
com especial ênfase na
Madalena, decorrem
festejos que visam
celebrar a tradição
vinícola da ilha do Pico.
(Pico)
Ligado ao culto de Nossa
Senhora de Lourdes,
padroeira dos baleeiros,
o evento que recorre
nas Lajes associa à
componente religiosa
um extenso programa
de animação, desporto e
espetáculos.
(Terceira)
Realizado no Recinto
do Bailão, em Angra do
Heroísmo, este festival
concentra num par
de noites animadas
espetáculos de nomes
consagrados da música
nacional e um concurso
de novas bandas.
Semana
dos Baleeiros
novembro
25 a 4 novembro
Outono Vivo
(Terceira)
Onze dias de
manifestações culturais
que têm como pano
de fundo a Lusofonia.
Workshops, palestras,
lançamento de livros,
espetáculos de teatro,
música e poesia,
exposições e várias
atividades infanto-juvenis
animam a Praia da
Vitória.
Angra Jazz
(Terceira)
Evento anual que
decorre em Angra do
Heroísmo desde 1999.
A programação inclui
grupos açorianos e de
Portugal continental, a
par de vários convidados
internacionais. Os
concertos decorrem no
Centro de Congressos,
num ambiente que se
pretende ter o intimismo
de um clube de jazz.
Angra Rock
fevereiro 2012
\ 33
açores2012 incentivos
Negócios
Ao conjunto de espaços adequados à realização de eventos, reuniões e
congressos, os Açores associam uma oferta imbatível de atividades de lazer.
Face à diversidade de opções paralelas ou complementares, o arquipélago
constitui um cenário bastante apetecível para o Turismo de Negócios.
Clube de Golfe da Ilha Terceira
n A prática da modalidade está
assegurada por dois campos
em São Miguel (um 27 buracos
na Batalha, que permite três
percursos diferentes, e um
18 buracos nas Furnas)
e um campo na ilha Terceira.
Os clubhouses têm condições
de receber eventos ligados ao
mundo empresarial. Para uma
experiência diferente, pode-se
dar tacadas de golfe rústico.
Praticado em pastagens de
relva baixa, com os “buracos”
desenhados no solo, esta é
uma modalidade alternativa que
permite o contato direto com
as zonas rurais dos Açores.
Teatro Faialense, Horta
Espaços
n Em São Miguel, locais como
o renovado Teatro Micaelense
ou o moderno pavilhão multiusos
das Portas do Mar agregam-se a
uma grande capacidade hoteleira
para acolher facilmente eventos com
mais de um milhar de participantes.
Na ilha Terceira, o centro de
congressos de Angra do Heroísmo
apresenta a flexibilidade de dois
auditórios (o maior com capacidade
para 850 pessoas; o menor com
lotação máxima de 150 pessoas).
Na vizinha Praia da Vitória, ainda
na Terceira, o moderno auditório
do Ramo Grande acolhe 450
pessoas. Na ilha do Faial encontram-se estruturas adequadas para
reuniões e seminários, como é
o caso do Centro Interpretativo
do Vulcão dos Capelinhos ou do
Teatro Faialense. Várias unidades
hoteleiras espalhadas pelo
Arquipélago estão dotadas de salas
e equipamento para turismo de
negócios.
34 \ fevereiro 2012
Teatro Micaelense, Ponta Delgada
Complementos
n Terminada a ordem de trabalhos,
os Açores detêm um manancial
de experiências que é capaz de se
adequar e agradar a diferentes perfis,
idades e interesses. O difícil é mesmo
a escolha perante o leque de opções
– em terra ou no mar, sossegadas ou
radicais –, que pode ser desfrutado
em grupo. Estas atividades encaixam
também com perfeição na criação
de programas de incentivos que
ajudem, por exemplo, a fortalecer
competências nas áreas da liderança
ou fomentar o espírito de grupo entre
colaboradores de uma empresa.
Centro Cultural
e de Congressos,
Angra do Heroísmo
Batalha Golfe Club, São Miguel
FOTOs: market iniciative/carlos duarte
Golfe
fevereiro 2012
\ 35