Energieeffizienz Guide Po

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Energieeffizienz Guide Po
Conserve recursos – Assegure uma
economia em potencial.
Máquinas têxteis de baixo consumo –
compare, avalie, decida.
an initiative of
Bluecompetence:
O conceito de sustentabilidade está em todo lugar.
­Economia de energia, economia de matéria prima,
economia de materiais – palavras de efeito bastante
usadas de modo ambíguo – mas que são desafios
­econômicos e ecológicos concretos para a indústria
têxtil internacional.
02
A iniciativa sustentável da VDMA.
Para a indústria têxtil alemã a sustentabilidade não
­Máquinas têxteis modernas são também a chave para
é de modo nenhum novidade: As máquinas têxteis têm
a produção econômica de produtos têxteis inovadores,
­contribuído desde sempre para a criação de proces-
que de maneira pioneira, redescobrirão materiais sus-
sos de produção eficientes e compatíveis com o meio
tentáveis. Materiais sintéticos leves, reforçados com fi-
­ambiente. O que é muito mais do que reunir esforços
bras, podem ser aplicados, por exemplo, em instalações
visando uma produção têxtil sustentável e com isso
de geração eólica ou em aeronaves, onde eles prestarão
­torná-la mais bem sucedida. Como consequência,
uma contribuição decisiva para a economia de energia.
Fritz P. Mayer
os produtores de máquinas têxteis alemãs adotaram
a iniciativa de sustentabilidade Bluecompetence
Esta publicação se dedica a um aspecto especial da
da VDMA. Todo o setor tecnológico de fabricação de
Bluecompetence, a eficiência energética. As máqui-
­máquinas e instalações pretende com essa iniciativa,
nas têxteis oferecem nesse caso um grande potencial
com o auxílio de soluções técnicas inteligentes, conser-
de economia – principalmente aos seus usuários,
var recursos e operar com eficiência. ­Bluecompetence
porque elas consomem cada vez menos energia.
é a marca internacional para as soluções sustentáveis
Energia, que custa cada vez mais mundialmente. Mas,
no setor de fabricação de máquinas e instalações –
como se mede a eficiência energética? Como se chega
­envolvendo todo o espectro de aplicações industriais.
à famosa “pegada ecológica”? Com qual tecnologia
Ela sinaliza a todos quais são as empresas que orientam
é possível ­melhorar efetivamente o balanço energético
o seu desenvolvimento e produção com base no concei-
das máquinas têxteis? Damos aqui a resposta e esta
to de sustentabilidade. Do ponto de vista organizacio-
e a outras perguntas – e assim comprovamos mais
nal, a Bluecompetence se coloca, em conjunto com
uma vez o ­nosso papel de líderes no desenvolvimento
o suporte da VDMA, como parceira de cada setor e de
e ­produção de máquinas têxteis.
Dr.-Ing. Jürgen Meyer
cada empresa.
Como líder mundial na exportação de máquinas têxteis,
nós assumimos a grande responsabilidade de ampliar
a conscientização acerca da sustentabilidade. Então
pela primeira vez, máquinas, instalações e processos
de produção tornaram a sustentabilidade possível em
âmbito mundial. Portanto, não se trata mais apenas
Fritz P. Mayer
Dr.-Ing. Jürgen Meyer
Presidente do setor
Presidente do conselho
de máquinas têxteis da VDMA
de técnica e pesquisa,
setor de máquinas têxteis da VDMA
da otimização das condições de produção de produtos
têxteis ou da conservação de recursos, mas de méto­
dos de produção com baixo consumo de energia.
03
04
Índice
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 02
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 05
Resumo executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 06
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 1 1
1. O desafio da eficiência energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 14
2. Bases da eficiência energética – Avaliação de máquinas têxteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 16
2.1 Modelo básico, planilha de balanceamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 16
2.2 Tipos de energia na produção têxtil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 18
2.3 Principais fatores de influência na eficiência energética e a complexidade deles resultante . . . . . . . Página 24
2.4 Cadeias de processos e sua influência na eficiência energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 30
2.5 Medição das necessidades de energia como pré-requisito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 3 1
2.6 Significado de um processo de trabalho e / ou nível de produção definido ou pré-estabelecido . . . . . Página 34
2.7 A responsabilidade dos usuários de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 35
2.8 A pegada ecológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 36
3. O que um rótulo pode proporcionar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 38
4. Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 40
05
Resumo executivo
O Setor de Máquinas Têxteis da VDMA, junto com os
Pioneira na eficiência energética
seus associados, felicita os esforços ambiciosos das
Contando com as suas máquinas e tecnologia líderes
políticas de energia e meio ambiente da UE e de outros
de mercado, muitos fabricantes alemães de máquinas
países, que perseguem objetivos similares relacionados
têxteis já oferecem com sucesso, em todo o mundo,
ao uso racional de recursos. Os desafios que em geral se
­soluções amigáveis ao meio ambiente e que econo-
apresentam às empresas têxteis oferecem mais chances
mizam energia e recursos. De acordo com o estudo
de aumento da eficiência energética, redução de custos
conduzido por Roland Berger e a VDMA, já foi possível
e, em consequência, aumento de competitividade.
aumentar a eficiência em cerca de 15 % nos últimos
10 anos através da introdução da técnica têxtil alemã –
06
A política e a economia também estabelecem, em parte,
muito mais que o respectivo uso da técnica na maioria
a identificação da eficiência energética de produtos.
dos outros setores industriais. Portanto, os fabricantes
A VDMA deseja, nas discussões sobre esse tema,
de máquinas e instalações para a indústria têxtil per-
­questionar a necessidade e a viabilidade de uma identi-
tencem a um dos ramos mais inovadores da indústria
ficação de máquinas têxteis e apresentar as condições
alemã de máquinas e instalações – inclusive sem um
básicas para uma avaliação comparável da eficiência
selo em comum para a identificação da economia
energética.
de energia.
Máquinas têxteis não são bens
de consumo
Numerosas variáveis determinam
o consumo
A classificação das máquinas têxteis em classes de
Nos diversos processos da cadeia de produção de
eficiência energética – como se faz na indústria de bens
produtos têxteis, a necessidade de energia, assim como
de consumo – não é diretamente viável. Uma máqui-
as parcelas de energia elétrica e térmica são muito
na têxtil não é um bem de consumo, que é projetado
diferentes. Existe uma grande quantidade de variáveis
para aplicação em uma finalidade padronizada e com
heterogêneas que afetam e eficiência energética das
requisitos de usuário bem definidos. Máquinas têxteis
máquinas têxteis e / ou dos processos têxteis. A combi-
são classificadas em uma categoria de produtos que em
nação de processos e parâmetros de processo é quase
geral tem diferentes perfis de utilização que variam de
que infinita. Possuem influência na eficiência energé-
acordo com os seus usuários. Os requisitos da ­máquina
tica, o usuário da máquina, os requisitos do produto
são definidos pelo produto a ser produzido pelo usu-
têxtil, o material, o fornecedor dos fios e o fabricante
ário da máquina e / ou pelo processo específico que
da máquina.
ele d
­ eseja realizar. As máquinas têxteis são em geral
fabricadas de modo que o usuário possa determinar
Com base apenas na potência elétrica instalada não se
individualmente os seus requisitos específicos relati-
pode chegar a uma conclusão sobre o efetivo consumo
vos a matéria prima, qualidade e produtividade. Essas
de energia e a eficiência energética que uma máquina
decisões do usuário também interferem diretamente
pode apresentar. A avaliação da eficiência energética
no consumo específico de energia.
exige que o valor da energia fornecida seja conhecido.
Além disso, não seria o suficiente determinar as neces-
Tecnologias inovadoras não devem, na visão do setor,
sidades reais de energia da máquina e / ou do processo
satisfazer apenas os requisitos funcionais dos p
­ rodutos
apenas através de aparelhos de medição de ­corrente,
e a otimização do processo produtivo, mas devem ao
exaustão, ar comprimido ou emissão de calor do
mesmo tempo minimizar todos os impactos sobre
­processo. Emissões, tais como exaustão e perda de calor
o meio ambiente. A focalização exclusiva no consumo
por radiação ou convecção, também devem ser levadas
de energia é considerada pelo setor como crítica.
em conta no cálculo da energia requerida.
07
Definição de planilhas de balanceamento
e processos de trabalho
Pegada de CO2 – Também uma
­responsabilidade do usuário
O consumo de energia de uma determinada categoria
Um posicionamento em relação ao consumo de energia
de máquina (mesmo tipo de máquina ou processo) so-
só pode ter validade quando se leva em consideração
mente pode ser determinado com base em processos de
a quantidade produzida (kWh/kg de produto). Isso
trabalho / níveis de produção pré-estabelecidos, não se
­também é válido para o equivalente da pegada de CO2
pode comparar maçãs com peras. Afirmações sobre con-
(CO2 /kg de produto).
sumo de energia só tem validade quando estas consideram os processos em estudo e os parâmetros definidos.
A maior parte ecologicamente relevante da pegada de
Apenas com planilhas de balanceamento e valores de
CO2 ocorre durante a operação da máquina têxtil. Uma
referência definidos é possível fazer afirmações realistas
pegada de CO2 realista para a fase de operação somente
e comparáveis sobre valores de consumo de energia em
pode ser determinada com base em dados detalhados
máquinas e / ou processos.
do usuário sobre geração de energia, incluindo a geração de energia térmica. O mesmo vale para a aplicação
Para a avaliação do consumo de energia de máquinas
de técnicas de seccionamento usadas na indústria
têxteis deve-se estabelecer classes de máquina que
têxtil, tais como produção de ar comprimido, geração
sejam as mais significativas possíveis. Para essas classes
de calor, climatização e iluminação de ambientes, que
de máquinas deverá então ser estabelecido um proces-
representam uma grande parte do consumo de energia
so similar para determinação da eficiência energética,
e também estão sob a responsabilidade do usuário.
usando produtos e parâmetros de produtos típicos do
processo de produção. O Setor de Máquinas Têxteis
da VDMA irá então verificar, em conjunto com as suas
empresas associadas, com quais padrões de grupos de
máquinas, com níveis de operação definidos, se pode
obter dados comparáveis de eficiência energética.
Então, a relevância para a economia de energia e os
­possíveis ganhos para o usuário poderão ser determinantes para as outras questões a ser abordadas.
08
Operação da máquina de acordo
com a ­finalidade a que se destina
O uso de rótulos está ligado
a ­pré-requisitos pretenciosos
Eficácia energética das máquinas têxteis é um pré-re-
Rótulos de máquinas, que não oferecem nenhuma base
quisito para a economia de energia. Num processo têxtil
para a comparação dos produtos de diferentes fabrican-
complexo, somente o uso da máquina de acordo com
tes, apenas simulam uma neutralidade ao cliente e pro-
a sua finalidade a que se destina pode garantir a desejada
piciam rápidos resultados em vendas e clientes que não
economia de energia. O usuário da máquina é altamente
questionam essas informações.
responsável pela operação eficiente da sua máquina. Uma
transparência maior dos correlacionamentos nos ajustes
A transparência é importante nas vendas, mas quando
dos elementos da produção e a resultante do ­consumo
se trata de bens de capital, os rótulos não são nenhuma
de energia ajudam na otimização dos processos. Com
solução. Principalmente, não existe nenhuma “solu-
uma política corporativa que, nos investimentos, observa
ção ­fácil” para um produto complexo, como no caso de
a abordagem do “Life Cycle Cost” (por ex. o ­boletim VDMA
máquinas têxteis. O uso de rótulos na fabricação de
34160), é possível, em muitos casos, tomar decisões corre-
máquinas está vinculados a pré-requisitos ambiciosos
tas, inclusive sob os aspectos ecológicos.
– e apenas quando estes puderem ser satisfeitos, um
rótulo poderá proporcionar um valor adicional a uma
Peças de reposição influenciam
a ­eficiência energética
máquina!
O usuário também pode influenciar substancialmente
A necessidade e a viabilidade, o custo e o benefício de um
a eficiência energética da sua técnica de produção pela
rótulo de consumo de energia para máquinas têxteis se-
seleção das peças de reposição e dos intervalos de manu-
rão analisados pelo Setor de Máquinas Têxteis conforme
tenção. A manutenção deficiente de máquinas têxteis ou
os critérios da VDMA para o conceito de rótulo. Isso inclui
o uso de peças de reposição de baixa qualidade reduzem
definir se haverá sempre que necessário uma listagem de
a eficiência e aumentam o consumo de energia.
critérios rastreáveis para emissão um rótulo de máquina.
09
10
Introdução
Existe uma grande quantidade de rótulos no mercado
significado são, até o momento, de difícil avaliação para
que identificam produtos sustentáveis. Alguns foram
o usuário da máquina.
criados originalmente para produtos têxteis. Neste ínterim elas foram estendidas para máquinas Têxteis, ou,
O conceito de máquina têxtil é o de máquinas e insta-
passaram a ser consideradas para aquelas que, no míni-
lações que são usadas na fabricação e acabamento de
mo, apresentam economia no consumo de energia e efi-
produtos têxteis. Como se pode ver na figura a seguir,
ciência no uso dos materiais para a produção de têxteis.
a variedade de aplicações vai desde a fabricação de fios
Alguns fabricantes de máquinas têxteis também cria-
sintéticos até todos os processos de tecelagem.
ram o seu próprio rótulo, que demonstra graficamente a
eficiência energética dos seus produtos e da sua pegada
O amplo setor de acabamento de tecidos também está
de CO2. Contudo, diversas atividades são específicas de
incluído no escopo. Etapas de processo anteriores e
certos fabricantes e de determinados tipos de máqui-
posteriores não foram consideradas (indicadas em cinza
nas e não têm nenhuma base comparável consistente,
na figura 1).
de modo que a validade das suas informações e o seu
Figura 1: Cadeia da produção têxtil*
Colheita de
fibras naturais
Preparação
para a fiação
Fabricação de não tecido
Confecção de
vestuário
Fabricação de manta não tecida
Produção de fios de filamentos
Produção de
matéria prima de
polímeros
Acabamento
Preparação
para a fiação
Produção de
fibras químicas
Tecelagem
Produção de
fibras cortadas
Malharia e tricô
Acabamento
de tecidos
para
vestuário
* Representação simplificada, por ex. nem todas as superfícies têxteis são submetidas a um acabamento
11
A energia, em conjunto com a matéria prima, disposi-
A proporção do custo da energia para a fabricação de
tivos têxteis auxiliares, água, necessidade de espaço
produtos têxteis é composta de duas partes: A primeira
e mão de obra, é um dos mais importantes recursos da
é o consumo de energia que influencia as decisões de
indústria têxtil. Combinada com uma grande diversi-
investimento e a segunda é o custo desta energia a ser
dade de máquinas e processos, ela proporciona muitos
pago. Ao custo da energia são atribuídos status diferen-
pontos de partida para o aumento da eficiência no uso
ciados em diversos países. Quanto menor for o custo da
de recursos. O potencial de economia de energia pode
mão de obra, tanto maior poderá ser a importância a
ser alcançado, mundialmente, através de uma série de
ser atribuída ao consumo de energia. Isso é demonstra-
providências de otimização. Estas são comparáveis glo-
do no exemplo dos custos de produção pesquisados no
balmente com as providências para economizar energia
mundo inteiro pela “International Textile Manufacturers
necessárias específicas de processos e instalações –
Federation” (ITMF).
independente das condições geográficas e regulatórias
de países específicos como, por ex., subvenções estatais
de recursos energéticos.
Figura 2: Custo e proporção do custo da energia para fiação por rotor e / ou fios por rotor1
Parcela do custo da energia no custo total (em %)
12
Itália
0,284
10
8
Brasil
0,190
Índia
0,140
6
4
EUA
0,073
Turquia
0,160
Coreia
0,091
Egito
0,062
2
0
5
10
15
20
25
Parcela do custo da energia no custo de produção (em %)
A maior das bolhas é proporcional ao valor do custo da energia em USD por kg de fio.
12
China
0,205
30
35
Na Alemanha, a participação do custo da energia no
Na avaliação da eficiência energética de uma máquina
acabamento dos tecidos situa-se em até 14 % no topo
ou de um processo, é importante especificar as condi-
dos setores têxteis2. Em média, o custo da energia nas
ções de limite e as planilhas de balanceamento. Uma
empresas alemãs representa apenas cinco a oito por
máquina têxtil não é um bem de consumo, que é pro-
cento do faturamento anual. O crescimento da concor-
jetado para aplicação em uma finalidade padronizada
rência e o aumento do custo da energia coloca a conta
e com requisitos de usuário bem definidos. A VDMA
da energia no foco nas decisões sobre economia de
deseja, nas discussões sobre esse tema, questionar
energia e investimentos.
a necessidade e a viabilidade de um rótulo para máquinas têxteis e apresentar as condições básicas para
uma avaliação comparável da eficiência energética das
máquinas têxteis.
Figura 3: Custo e participação da energia para tecelagem e / ou tecidos produzidos com fios de rotor1
20
Parcela do custo da energia no custo total (em %)
18
Itália
0,216
16
Brasil
0,142
14
Índia
0,106
China
0,125
12
Turquia
0,121
10
8
Coreia
0,069
EUA
0,060
6
Egito
0,047
4
2
5
10
15
20
25
30
35
40
Participação custo da energia no custo de produção (em %)
A maior das bolhas é proporcional ao valor do custo total da energia em USD por metro de tecido.
1
2
Comparação Internacional de Custos de Produção 2010, International Textile Manufacturers Federation (ITMF)
A explosão dos custos de energia sobrecarrega a indústria têxtil, “Melliand Textilberichte 9/2005”
13
1. O desafio da eficiência energética
“Modernas instalações
Cresce o número de compradores, para os quais o bom
Além disso, existem sempre mais países em que
de comando e soluções
gerenciamento dos recursos passa a ser mais impor-
­crescem os esforços, ou mesmo existem os que já esta-
de software permitem
tante – seja por causa da responsabilidade com o meio
beleceram metas ou objetivos políticos e para ­aumentar
um gerenciamento efi-
ambiente ou por preocupação com as condições de
a eficiência no uso de energia, de matéria ­prima
ciente da energia para,
vida dos seus filhos, bem como na aquisição de artigos
e ­materiais. O Setor de Máquinas Têxteis da VDMA,
por ex., evitar picos de
têxteis e de vestuário. Assim renomados fabricantes
junto com os seus associados, felicita os esforços ambi-
carga, e dar suporte
de vestuário se preparam para o fato de que no futuro
ciosos da EU e de outros países nas políticas de alcançar
na implementação da
as decisões de compra dos clientes serão cada vez mais
metas similares para com a economia da energia e dos
norma DIN EN 16001
influenciadas pelo respeito ao meio ambiente. Isso
recursos do meio ambiente.
e ISO 50001.”
se reflete na política de compra recomendada pela
Bernd J. Kremer,
“­Corporate Social Responsibility” praticada por fabri-
Dentre os desafios estão incluídas outras oportunidades
Diretor Técnico, SETEX
cantes de roupas com visão do futuro, e cujos requisitos
para empresas têxteis aumentar a eficiência energética,
­Schermuly textile
afetam toda a cadeia produtiva. A sustentabilidade
reduzir custos e aumentar a competitividade. Com uma
­computer GmbH
terá um papel cada vez maior na compra de produtos
política corporativa que, nos investimentos, observa
têxteis em geral.
a abordagem do “Life Cycle Cost” (por ex. o boletim
VDMA 34160), é possível, em muitos casos, tomar
­decisões corretas, inclusive sob os aspectos ecológicos.
Figura 4: Crescimento médio da eficiência energética por setor de utilização*3
25
1 Fabricação de papel / papelão
2 Fabricação de bebidas
3 Artigos de couro
1
4 Têxtil e vestuário
2
20
5 Fabricação de cerâmica
Próximos 10 anos (em %)
6Processamento de madeira
7
5
15,1
15
8
9 16
11 12
Ø 12,1
13
6
7
9 Alimentos / Alimentos finos
10 Artigos de plástico / borracha
14
3
10
8 Fabricação de máquinas
4
10
11Usinagem de metais
12 Fabricação de veículos
15
20
13 Outros Química / Farmacêutica
17
18
5
Mineração de carvão / Extração de petróleo / gás natural
14 Siderurgia
15Produtos químicos primários
19
16 Tabaco
17 Mineração / Extração de pedras e solo
18 Gráficas e editoras
Ø 12,6 14,6
0
0
5
10
19Processamento de pedras e solo
15
Últimos 10 anos (em %)
* Sem levar em consideração a tecnologia aplicada
14
20
25
20 Fabricação de vidro
Com as suas inovativas máquinas e tecnologias, muitos
da economia de energia. Nenhum motivo para se
fabricantes alemães de máquinas têxteis já disponi-
acomodar com esse resultado: O desenvolvimento
bilizam, para o mercado mundial, desde aquela data,
e a ­inovação continuados são comprovadamente uma
soluções eficientes que preservam o meio ambiente
marca que identifica a construção de máquinas têxteis
e que economizam energia e recursos. De acordo com
alemãs. Para tal, o setor considera que a iniciativa mais
o estudo conduzido por Roland Berger e a VDMA, já foi
importante é o desenvolvimento continuado dos siste-
possível aumentar a eficiência em cerca de 15 % nos
mas e processos têxteis, a técnica de comando e pro-
últimos 10 anos através da introdução da técnica têxtil
vidências engenheiradas. Componentes de eficiência
alemã – muito mais que o respectivo uso da técnica na
energética e materiais proporcionam contribuições
maioria dos outros setores industriais. Os fabricantes
adicionais.
de máquinas e instalações para a indústria têxtil pertencem a um dos setores mais inovadores da indústria
alemã de máquinas e instalações3 – mesmo sem um
selo em comum para máquinas, para a ­identificação
Figura 5: Contribuição da alavanca de otimização no aumento
da eficiência energética3
Alavanca
Contribuição nos próximos 10 anos (%)
27
Otimização do processo
Otimização do comando
dos sistemas
Otimização dos projetos
de construção
Substituição de subsistemas
23
21
14
13
Otimização de material
Diversos
3
2
A contribuição dos fabricantes de máquinas e instalações para a eficiência energética, VDMA, “Roland Berger Strategy Consultants” (Hrsg.), Resultados do estudo de outubro de 2009
15
2. Fundamentos da eficiência energética –
Avaliação de máquinas têxteis
2.1Modelo básico, planilha de balanceamento
“Usando uma aborda-
Para fazer uma consideração relacionada ao balanço de
gem de abrangência
energia deve ser selecionada uma planilha de balance-
parte do mesmo em diferentes locais de trabalho,
generalizada podemos
amento adequada. Somente com planilhas de balan-
incluindo o transporte entre os vários locais de
liberar o potencial para
ceamento e valores de referência definidos é possível
­trabalho
a eficiência ­energética;
analisar e comparar máquinas e / ou processos.
e)Um processo completo de produção, ou seja uma
Exemplo:
Em a) C
onsiderando o consumo de energia do
esta é uma das
nossas características
Conforme a finalidade da análise do consumo
da ­qualidade.”
de ­energia, pode ser necessário um dos seguintes
Peter Schiller, Diretor
“­recintos” para o cálculo do balanço de energia:
setorial da técnica
a)Um elemento de máquina
energias primárias (gás, óleo, ar comprimido,
de teares da Lindauer
b)Uma máquina completa
vapor e / ou água quente))
DORNIER GmbH
c)Uma cadeia produtiva constituída de máquinas
­acionamento elétrico de uma máquina
Em b) Consumo de formas de energia (energia elétrica,
Em c) Soma das formas de energia consumidas na
cadeia produtiva considerada, inclusive transporte
­individuais e dos processos que ocorrem entre elas
entre locais intermediários de estocagem
(por ex. transporte)
Em d) idem em c) mediante a inclusão os custos gerais
d)Uma estação de trabalho completa levando em
de energia para a(s) estação(ões) de trabalho
a climatização do ambiente e a iluminação
(climatização do ambiente e iluminação)
Figura 6: Possíveis planilhas de balanceamento para máquinas e instalações têxteis
Emissões
16
Material / Produto
Energia para transporte
Ar comprimido / exaustão
Refugo
Energias primárias: Gás, óleo
Vapor, água quente
Máquina
ou
processo
Energia elétrica
Energias primárias: Gás, óleo
Ar comprimido / exaustão
Vapor, água quente
Planilha de
balanceamento –
Estações de produção
Energia para transporte
Material / Produto
Máquina
ou
processo
Energia elétrica
Energias primárias: Gás, óleo
Planilha de
balanceamento –
Cadeia de processo
Emissões
Emissões
Ar comprimido / exaustão
Vapor, água quente
Energia elétrica
Planilha de
balanceamento –
Máquina
Material / Produto
Máquina
ou
processo
Energia para transporte
Matéria prima / Material
Emissões
Iluminação do galpão
Calor emitido
Calor emitido
Calor emitido
Climatização do galpão
Calor emitido
A figura mostra um
exemplo de planilhas
de balanceamento
para os casos b), c) e d).
consideração as formas de energia necessárias para
Do ponto de vista da indústria têxtil, a consideração b)
para uma máquina completa é sem dúvida de grande
interesse. Também é igualmente importante a consideração sobre a planilha de balanceamento de máquinas individuais, ou seja de c) até e), onde ocorrem os
processos individuais até a consideração final da cadeia
produtiva têxtil (veja o capítulo 2.4).
Do ponto de vista dos fabricantes de máqunas, os itens
de a) a c) são relevantes. Quando necessário também
o item d) deve ser levado em consideração, porque cada
quilowatt fornecido ao ambiente significa uma capacidade adicional a ser disponibilizada para a climatização
do galpão. Este, é novamente uma característica importante para as avaliações econômicas sobre o desem­
penho da empresa têxtil.
A definição ou o estabelecimento de planilhas de
balanceamento é um passo indispensável e de significado decisivo para que seja possível uma discussão
bem ­fundamentada e comparável dos valores de
­consumo de energia.
17
2.2Formas de energia na produção têxtil
Em uma avaliação energética de máquinas têxteis,
Incluindo:
as seguintes formas primárias de energia devem
Geração de ar comprimido
ser ­consideradas:
Geração de calor (vapor, água quente)
Climatização
Energia elétrica
Iluminação
Energia térmica
Essas técnicas de seccionamento têm, em muitos
Instalações que não estão diretamente ligadas à pro-
­processos de produção, uma forte influência na necessi-
dução dos bens, devem ser classificadas mediante
dade total de energia, mas estão sob a responsabilidade
essas formas primárias de energia na técnica de
dos usuários.
seccionamento. Em geral, no cálculo total da energia
para a ­avaliação da eficiência energética, é necessário
Nos diferentes processos individualizados da cadeia de
considerar um processo produtivo.
produção de produtos têxteis, a necessidade de energia,
tanto a participação da energia elétrica, como a térmica
são muito diferentes.
Figura 7: Aplicação específica da energia em Empresas têxteis selecionadas 19984
30
Corrente
elétrica
Gás natural Óleo para aquecimento
25
kWh/kg
20
15
10
5
0
1
2
3
4
5
Produção de fios
4
18
6
7
8
9
10
Produção
e acabamento de fios
Utilização racional da energia na indústria têxtil – Guia para a prática operacional. Novembro de 2001
11
12
13
14
Acabamento de fios
15
16
Exemplos selecionados na cadeia de produção t­ êxtil
­esclarecem, a seguir, as várias formas de energia
­primária em função da sua aplicação e o seu significado
energético no processo de produção.
Principais formas de energia selecionadas em passos
do processo e máquinas têxteis
Forma principal
de energia / Portador de energia
Corrente elétrica,
exaustão,
ar comprimido
Calor, água, corrente
elétrica, exaustão,
ar comprimido
Passo do processo
Exemplo
Preparação para
a fiação
Carda
Produção de fios
Máquina de fiação OE
Produção de tecidos
Máquina de urdidura
Acabamento
nas superfícies
dos tecidos
Tinturaria
Secador
19
Exemplo de processo de secagem
“A eficiência energé-
Energia elétrica
A maior influência sobre a necessidade de energia
tica de instalações
A energia elétrica necessária consiste principalmente
tem sua origem na exaustão do vapor que é aspirado
­somente pode ser
da soma dos seguintes valores parciais:
do sistema constituído pela água evaporada durante
­comparada objetiva­
mente quando
Geração de um fluxo de um volume de ar destinado
a permear o produto
o ­processo de secagem. Para que a troca de ar perma­
neça constante dentro dos limites admitidos pelo
o consumo de energia
Geração de um volume de vazão da exaustão
sistema, há necessidade de realimentar o sistema com
se refere a um bem
Geração de um volume de vazão de ar novo
ar novo. Perdas de calor, que ocorrem através das super-
específico. Decisiva
Acionamento para o sistema principal de transporte
fícies, dependem do tipo de isolamento e também das
é a quantidade de
energia aplicada
por kg de produto
(por ex. tambor tipo peneira)
fugas de calor existentes.
Acionamentos adicionais
(cilindros redirecionadores, etc.)
produzido (kWh/kg
Características da concepção de máquina
energeticamente eficiente
de produto).”
Aqui a geração de um volume de ar destinado a perme-
Com relação à energia elétrica, a principal ­característica
Axel Pieper, Diretor / ar o produto representa a maior necessidade de energia.
é um projeto de máquina com um fluxo otimizado
CEO, BRÜCKNER
Onde a perda de pressão que ocorre ao permear
e a sua baixa perda de pressão resultante. Com relação
Trockentechnik GmbH
(atravessar) o produto é considerada uma constante.
à energia térmica, o importante é o gerenciamento
& Co. KG
Essencialmente, a perda de pressão (que corresponde
da exaustão e do ar novo. O balanço de energia pode
ao consumo de energia elétrica) é determinada pela
ser bastante influenciado por uma baixa temperatura
revolução interna do volume de ar.
e uma alta umidade do ar de exaustão – do mesmo
modo atua a regulagem da vazão de exaustão com
“Com uma recuperação inteligente de
Energia térmica
relação ao teor máximo de umidade permitido. Uma
calor, atualmente
A energia térmica requerida consiste, principalmente,
recuperação de calor para aquecimento do ar novo
é possível economizar
da soma dos seguintes valores parciais:
reduz ainda mais a necessidade de energia. Assim,
até 30 % da energia
Aquecimento do material
por ex., um trocador de calor ar / ar pode ser integrado
de secagem”.
Evaporação da água
à exaustão. Dessa maneira, o ar novo será pré-aquecido
Roland Hampel,
Troca de ar entre exaustão / ar novo
para o processo de secagem. Como resultado, em geral
Diretor,
Perda de calor em superfícies
é possível atingir um grau de recuperação de calor da
ordem de 30 %.
A. Monforts
­Textilmaschinen GmbH
Para um melhor entendimento, são esclarecidos os
& Co. KG
seguintes parâmetros que determinam a eficiência
Trocadores de calor ar / água são ainda mais eficien-
energética da máquina usada aqui como exemplo.
tes, uma vez que dispõe de uma melhor transposição
Para outras máquinas têxteis, eles estão no capítulo 2.3.
do calor, com as vantagens inerentes. Uma premissa
­fundamental para essa solução é naturalmente do
A energia térmica requerida para o aquecimento do
trocador dispor da capacidade necessária para substi-
­material nos processos de secagem depende principal-
tuir a água quente gerada. Como providência adicio-
mente das propriedades do tipo de material específico
nal, a perda de energia pode ser minimizada através
dos fios (capacidade térmica específica) do produto
da superfície do secador instalando uma camada de
e pode ser considerada uma constante. A quantidade
­isolamento e medidas construtivas especiais para
de água no produto a ser transformada em vapor deter-
­reduzir as fugas de calor.
mina a aplicação de energia fornecida.
20
Exemplo de calandra
Energia elétrica
Aquecimento da calandra
A energia elétrica requerida consiste, principalmente,
Os cilindros da calandra são aquecidos com óleo
da soma dos seguintes valores parciais:
­térmico. O aquecimento do óleo térmico pode ser
Acionamento dos cilindros da calandra
realizado por meio de energia elétrica ou através de um
Acionamentos auxiliares (cilindros redirecionadores,
portador de energéticos fósseis (por ex. gás natural).
ajuste dos vãos, etc.)
A conveniência da geração de calor utilizando energia
elétrica é restrita a pouquíssimos casos.
Energia térmica
A energia térmica requerida é definida, principalmente,
pelo aquecimento dos cilindros da calandra.
Características da concepção de máquina
energeticamente eficiente
Uma parte significativa da perda de energia ­térmica
ocorre através das superfícies, não utilizadas, dos
cilindros aquecidos da calandra. Um isolamento dessa
região pode reduzir essa perda em torno de 30 %.
21
Exemplo de forno de correia para a fixação térmica de velos
Na comparação com os processos químicos de compac-
A energia térmica requerida para o aquecimento do
tação de velos de fibra, é usada aqui uma compactação
­material no processo de secagem depende, principal-
a seco, na qual se desiste do uso de uma liga na base
mente, das propriedades típicas do material – dos fios
de água. Dessa maneira a energia requerida é menor
(capacidade térmica específica) do produto e pode
devido às condições do processo.
ser considerada como uma constante. Isso também
ocorre com a evaporação da água, porque a umidade
Energia elétrica
­remanescente nas fibras, que por sua vez já é muito
A energia elétrica requerida consiste, principalmente,
­baixa. Grande é a influência, em relação à energia
da soma dos seguintes valores parciais:
requerida é a exaustão do ar do sistema. Com esta
Geração de um fluxo de um volume de ar destinado
a permear o produto
são ­removidos do processo, principalmente, o vapor
gerado na produção (agentes de avivamento), gases
Geração de um volume de vazão da exaustão
de combustão (utilização de energia fóssil no siste-
Geração de um volume de vazão de ar novo
ma de aquecimento) e a água evaporada do processo
Acionamento do sistema de transporte principal
de fixação térmica. Para que a troca de ar permaneça
(transportadores de correia)
constante dentro dos limites admitidos pelo sistema,
há necessidade de realimentar o sistema com ar novo.
Também aqui a geração de um fluxo de volume de ar
Outro fator com influência relevante são os transpor-
destinado a permear o produto, como nos processos de
tadores de correia utilizados, uma vez o produto, após
secagem – representa a maior necessidade de ener-
o aquecimento, deve ser resfriado a uma “temperatura
gia. Onde a perda de pressão que ocorre ao permear
de congelamento”. Todas as perdas de calor que ocor-
(atravessar) o produto é considerada uma constante.
rem nas superfícies, dependem do tipo de isolamento
Essencialmente, a perda de pressão (que corresponde
bem como das fugas de calor existentes.
ao consumo de energia elétrica) é determinada pela
22
revolução interna do volume de ar.
Características da concepção de máquina
energeticamente eficiente
Energia térmica
O potencial na economia de energia elétrica é propor-
A energia térmica requerida consiste, principalmente,
cionado por meio de uma construção de máquina em
da soma dos seguintes valores parciais:
que a vazão é otimizada, o que resulta em baixas perdas
Aquecimento do material
de pressão. Com relação à energia térmica, o importan-
Aquecimento dos transportadores de correia
te é o gerenciamento da exaustão e do ar novo. Além
Evaporação da água
disso, a recuperação de calor para o aquecimento do
Troca de ar entre exaustão / ar novo
ar novo, reduz ainda mais a necessidade de energia –
Perda de calor em superfícies
assim como a utilização de transportadores mais leves:
O peso superficial dos vários tipos de correia transportadora variam de aprox. 5,4 kg/m² (aço) até 0,5 kg/m²
(PTFE- lona de fibra de vidro). Do mesmo modo, varia
também a capacidade térmica específica de cada tipo.
Nos fornos com correia, a perda de energia através das
superfícies pode, de uma maneira geral, ser minimizada
por meio de uma camada isolante além de providências
construtivas especiais para minimizar as fugas de calor.
Recuperação de calor
Como já explicado no exemplo do processo de secagem,
a perda de energia na exaustão é reduzida pelo trocador
de calor ar / ar integrado ao sistema de exaustão. Dessa
forma o calor removido é usado de maneira inteligente
para aquecer o ar novo para o processo de secagem.
Como resultado, em geral é possível atingir uma recuperação de calor da ordem de 30 %. Quando houver uma
necessidade de água quente no ambiente de produção,
é recomendada a utilização de um trocador de calor
ar / água – inclusive porque haverá uma troca de calor
mais eficiente, com as vantagens inerentes.
Em comparação com um processo de secagem, o fluxo
da vazão do ar de exaustão que está disponível para
recuperação do calor, efetivamente menor, no entanto
a uma temperatura significativamente mais elevada.
Tanto os processos de secagem, como os de fixação,
são apropriados para recuperação de calor. Uma consideração quanto a amortização deve, em cada caso,
ter como base o fluxo da vazão de exaustão e a temperatura do ar expelido.
23
2.3Principais fatores de influência na eficiência energética
e a complexidade deles resultante
“Materiais de
Uma máquina têxtil é um elo de uma cadeia de pro-
fiação altamente
dução muito longa, que vai desde a fibra até o ­produto
Parâmetros comuns que influenciam
em todas as etapas dos processos
entrelaçada melhoram
têxtil utilizável. As possibilidades de se percorrer
Ao longo de toda a cadeia produtiva existem parâme-
a ­estabilidade térmica
a ­cadeia de produção têxtil para chegar a um produto
tros que influenciam a eficiência energética em todas
do ­elemento ativo
final comparável, são muito grandes. Portanto é possí-
as etapas dos processos.
e reduzem substan-
vel, já através da escolha da matéria prima, influenciar
cialmente os custos
fortemente a cadeia de produção do ponto de vista
Matéria prima / Material
de climatização.”
energético. Além disso, as características de qualidade
Exemplo: No cardamento e na fiação as fibras poliester
Matthias Arnold,
dos produtos sob os aspectos da energia.
necessitam uma aplicação de energia superior ao das
de algodão. Também nos processos subsequentes, por
Chefe de desenvolvi­
mento e construção
A concepção produtiva e tecnológica das máquinas
ex., no tingimento e na secagem, o consumo de energia
mecânica,
para o encadeamento das máquinas têxteis têm,
do poliester, em geral é maior. Por outro lado, no caso
KARL MAYER Textil­
portanto, uma forte influência na eficiência energética
do algodão, a escolha da qualidade da matéria prima na
maschinenfabrik GmbH,
do processo. Os componentes instalados nas ­máquinas
hora da compra, tem influência no consumo específico
BUSINESS UNIT WARP
têxteis têm uma influência menor – mas de modo
de energia.
KNITTING
nenhum desprezível – como, por ex., a tecnologia
de ­acionamentos (ver figura. 5, página 15).
Clima
Exemplo: O clima tem uma forte influência no com-
Para se ter uma noção da complexidade de avaliar
portamento dos fibras durante a fiação. Uma boa
a ­eficiência energética de todo o processo de ­produção
trabalhabilidade das fibras aumenta a produtividade e,
de um material têxtil, os parâmetros de influência
por ­conseguinte, a eficiência energética dos processos.
e a sua repercussão, serão esclarecidos por meio de
Além disso, o clima afeta o fluxo de energia nos proces-
exemplos obtidos ao longo de toda cadeia de processo.
sos de aquecimento no acabamento dos tecidos.
Componentes
Componentes são peças intercambiáveis com efeito
­tecnológico, que estão sujeitas a desgaste e / ou manutenção. O estado de conservação e / ou de desgaste
afeta a eficiência energética. Exemplo: Guarnições,
meios de fiação, mancais, vedações. Muitas vezes são
usados componentes não originais e / ou sem marca
que deterioram o balanço de energia.
24
Tecnologia de acionamento
Refugo / participação da parte refugada
Exemplo: Para os acionamentos existem diferenças
A eficiência do material também representa eficiência
de eficiência condicionadas ao seu princípio de funcio­
com a energia. Máquinas que evitam refugos ou que
namento, e diferentes classes de eficiência que, em
produzem uma quantidade muito pequena de refugo,
parte, são determinadas pelo legislador. O fabricante
também economizam energia. Cada falha, que requer
de máquinas também é influenciado por este grupo de
uma correção, seja no momento da ocorrência ou numa
parâmetros, embora a escolha do princípio de aciona-
etapa posterior do processo, provoca um custo adicional
mento fica restrita com base na aplicação.
de energia.
Finalmente é importante
Parâmetros comuns a todas as etapas de processo
Parâmetro
Algodão
Matéria prima
Grau de maturação
Grau de contaminação
Facilidade de limpeza
Adesividade
Processo de colheita
reconhecer a extensão da
Influência devido a
Comprimento das fibras
Espessura das fibras
o usuário de máquinas têxteis
H, P
de influência é caracterizado
H, P
Umidade do ar
Temperatura
B
Tecnologia de
acionamento
Tecnologia de assincronismo
Tecnologia Servo-assistida
Tecnologia dos acionamentos individuais
Tecnologia das trasnmissões
Hidráulica
H, G
Componentes
pode e deveria prestar. Para se
chegar a uma estimativa, o grau
Clima
Estado de desgaste
Estado de manutenção
Componente não original
máquinas na eficiência energética e qual a contribuição que
Fibras sintéticos
Superfície
Avivamento
Cor
Fabricante
Franzimento
influência do fabricante de
B, H
como segue:
Inlfuência devido a:
B
=Usuário
da máquina
R/M= Matéria prima / Material
P
=Produto
H
= Fabricante
da máquina
G
= Legislador
25
“Sustentabilidade,
máquinas e processos
Parâmetros com influência em etapas
selecionadas de processo
b) F abricação de linhas –
Máquina fiandeira OE
A máquina fiandeira OE pertence a um dos três proces-
de baixo consumo,
há muitos anos cons-
a) Preparação para a fiação – Carda
sos de fiação estabelecidos para a fabricação de fios.
tituem a coluna dorsal
A carda assume um papel significativo no processo
A variação dentro dos processos de fiação OE é muito
dos negócios dos fabri­
de preparação para a fiação, como interface entre os
baixa, e por isso pode ser considerado um processo
cantes de máquinas
processos de fabricação de fibras e dos fios. Dentro do
padrão. Mas também nesse processo existem muitas
têxteis alemães e são
possível, a máquina é um bom exemplo para a determi-
grandezas que fogem aos parâmetros comuns e que
a garantia para uma
nação da eficiência energética, porque todos os fardos
influenciam a eficiência energética.
produção economica-
de fibras, das quais os fios são feitos, devem passar por
mente rentável.”
essa máquina. E isso não depende de qual processo
Dr.-Ing. Jürgen Meyer,
subsequente utilizado para a produção dos fios. Mas,
Vice-Presidente de
mesmo nesse processo padronizado, existem muitos
Pesquisa e Desenvol­
parâmetros que influenciam a eficiência energética.
vimento, O
­ erlikon
Schlafhorst, Zweig­
nieder­lassung der
Parâmetro
Oerlikon Textile
GmbH & Co. KG
Influência devido a:
B
=Usuário
da máquina
R/M= Matéria prima / Material
P
=Produto
H
= Fabricante
da máquina
G
= Legislador
26
Parâmetros de máquinas
Tipo de guarnição
Vãos da carda
Rotação do tambor
Temperatura de operação
Largura da máquina
Grau de automação
Velocidade de produção
Influência devido a
B
B
B
B, H
H
B, H
B
Qualidade
Quantidade de nós
Encurtamento de fibras
Uniformidade
Limpeza externa
B
B, R/M
H
B, R/M
Parâmetro
Influência devido a
Parâmetros de máquinas
Rotação do rotor
Velocidade de produção
Espessura da fita de fibras e dos fios
Comprimento da máquina / quantidade de postos de fiação
Vácuo
B
B
B
H
Qualidade
Indice de imperfeição
Encurtamento de fibras
Uniformidade
Distensão da linha
Torção da linha
Resistência da linha
Quantidade de interrupções
de produção toleradas para a
média de qualidade através de
um sistema de limpeza
B
B, H
H
B, R/M
B, R/M
B, R/M, P
B
B
Já a partir da escolha da qualidade da matéria prima
das fibras e também da escolha dos parâmetros de
fiação e produção (ponto de trabalho), o usuário da
­máquina determina uma parcela significativa do consumo específico de energia na fabricação de fios, que não
resulta necessariamente dos requisitos do produto final.
c) Fabricação de tecidos – Tear de urdidura
A tecelagem de urdidura é um processo de fabricação
de tecidos muito flexível e de alta qualidade. A multiplicidade das varáveis desse processo é um bom exemplo
da complexidade encontrada para na determinação da
eficiência energética. O próprio tipo de tear de urdidura a ser usado, por si só, tem uma grande influência
na ­eficiência energética.
Parâmetro
Parâmetros de máquinas
Máquina de malharia / Quantidade de barras de guia
Tear “Raschel” multibarra com
dispositivo jacquard / Quanti­
dade de linhas de deslocamento
Tamanho da malha da máquina
(agulhas / polegada)
Tipo de agulha
Velocidade de produção
Largura de trabalho
Influência devido a
B, H, P
B, H, P
B, H, P, R/M
B, H, P, R/M
B, R/M, P
B, H, P
Qualidade
Densidade da malha
Espessura das linhas
Qualidade das linhas
Peso do tecido
Direcionamento
P, R/M
P, R/M
P, R/M, B
P, R/M
P, R/M, B
27
d) Acabamento de tecidos –
Instalação de tingir
Cada um desses processos de tingimento apresenta
e conservação de
recursos são exigências
Quanto mais critérios for a análise do processo de fabri-
­nenhum fabricante consegue reunir e fazer com que
intangíveis durante
cação do produto final, mais complexos vão ficando os
todos os processos venham a ser executados paralela
toda a vida útil de um
fatores de influência. Com a introdução dos processos
e simultaneamente. A aplicação de cada um desses
produto. Instalações
de tingimento, ocorreu um avanço no setor em que tec-
processos é definida não pela relevância com relação
de tingimento podem
nologias de perfil adicionais fazem uso de um consumo
à energia, mas de acordo com as especificações deter-
ser operadas atual-
específico de energia efetivamente maior. Além da cor-
minadas para o produto. Além da forma do produto
mente, com condições
rente elétrica, encontram ampla aplicação as energias
inicial, todos os processos de tingimento são subdividos,
de banho ultracurtas,
primárias diretas e a água como recursos energéticos.
em função da técnica de processamento, em ­preparação
“Alto desempenho
ou tratamento preliminar, tingimento, limpeza e trata-
eficientemente e reduzir significativamente
Entre os parâmetros mais importantes das instalações
o consumo de energia.”
de tingimento destacam-se quanto a alta eficiência
Johannes Schmitz,
energética e na de recursos:
Chefe da Engenharia,
THIES GmbH & Co. KG
uma eficiência energética diferente. Praticamente
Tipo de construção
do aparelho
Pré-tratamento
Processo de tingimento
Classes
de corantes
mento complementar.
O usuário, através da escolha do método apropriado
Profundidade
do tingimento
Tratamento
­complementar
Especificações
de pureza desejados
de tingimento e através da estruturação do processo,
tem uma grande influência no consumo de energia
e recursos. Listar todos os parâmetros individuais de
cada processo e os respectivos fatores que influem no
processo de tingimento, levariam a um excesso a ponto
de extrapolar este quadro.
No processo de tingimento, a variedade de procedimentos é tão ampla quanto a existência de diferentes
Devido ao alto consumo de energia no processo de tin-
aparelhos e máquinas destinados para a obtenção de
gimento, cada vez mais se utiliza a recuperação de calor
diferenciados pré-produtos.
em processos sequenciais ou em paralelo, tais como em
banhos de branqueamento e enxaguamento. O grau de
Exemplos de pré-produtos e seus respectivos processos
realização dessas providências depende fortemente do
de tingimento:
usuário da máquina e das suas condições periféricas, de
Fibras são beneficiadas em aparelhos floculadores,
modo que a avaliação da eficiência energética conduz
mechas em cilindros de adensamento, mechas pentea-
a uma grade muito ampla e variada de resultados.
das em equipamentos para pentear mechas, meadas de
fio em aparelhos apropriados para tal, fios de urdidura
em aparelhos para tambor de urdidura, fios de meadas
em aparelhos para fios de meada, tecidos em jigas, aparelhos de tambor ou instalações contínuas, malhas em
aparelhos de jato de ar ou água, assim como produtos
têxteis prontos em instalações construídas para essa
finalidade.
28
e) Acabamento de tecidos – Secador
Resultado intermediário
A etapa de processo de secagem faz parte da sequência
Os exemplos demonstram que a eficiência energética
de muitos processos têxteis e não apenas do tingi-
está sujeita a muitos fatores importantes e heterogê-
mento. Os secadores fazem parte do encadeamento
neos e a combinação de processos e parâmetros de
das instalações, por ex., na fabricação de mantas de
processos é praticamente infinita. Influência no ajuste
fibra ou em máquinas de branqueamento contínuas
dos parâmetros é exercida, pelo usuário da máquina,
no ­acabamento de telas. Em outros setores de acaba­
pelas especificações requeridos do produto têxtil, pelo
mento, como por ex. o acabamento de malhas, as
material, pelo fornecedor das fibras e pelo fabricante da
secadoras são usadas como máquinas independentes
máquina. Os exemplos mostrados também evidenciam
(unidades individuais).
que a influência do fabricante da máquina, na eficiência
energética dos processos, é muito limitada.
Entre os principais parâmetros que têm influência
na eficiência energética da secagem de tecidos, estão:
Pretendendo-se avaliar a eficiência energética, de um
processo individualizado, completo, para a fabricação
de um produto têxtil, está sujeita a muitas restrições.
O Setor de Máquinas Têxteis da VDMA irá verificar junto
às empresas associadas, para quais grupos de máquinas
Parâmetro
Parâmetros de máquinas
Umidade na entrada
Umidade na saída
Temperatura
Umidade da exaustão
Vazão de exaustão
Velocidade do produto
Uniformidade da temperatura
Influência devido a
B
B
H, B
H, B
H, B
H, B
H
de trabalho definido (veja também o capítulo 2.6).
Inlfuência devido a:
B
B, P
B, P
B, P
B, P
B, P
Portador de energia primária
Óleo
Gás
cer dados de eficiência energética comparáveis, para as
condições básicas de um produto têxtil e para um ponto
Qualidade
Secagem
Termofixação
Sanforização
Umidade final
Umidade restante
ou etapas isoladas de processo, onde faz sentido forne-
B, G
B, G
=Usuário
da máquina
R/M= Matéria prima / Material
P
=Produto
H
= Fabricante
da máquina
G
= Legislador
29
2.4Cadeias de processos e sua influência na eficiência energética
Apenas em poucos casos, as máquinas têxteis, por ex.,
Máquinas retorcedeiras:
de preparação para a tecelagem ou para o acabamento,
O fio compacto da fiação de anéis permite a produ-
são comparáveis a um aparelho independente como,
ção de fios com baixa torção – cada torção a mais
por ex., uma máquina de lavar doméstica. Geralmente
consome energia. Também na etapa sequencial de
elas fazem parte de uma instalação ou de uma cadeia
torção são necessárias menos torções, de modo que
de processos, onde elas podem entrar em interação / o efeito alcançado no processo de fiação permanece
alternância com processos parciais, relativamente
nas etapas seguintes.
à eficiência energética. Assim, o consumo de energia de
uma determinada máquina, em muitos casos, também
Quadro de esticamento com dispositivo aplicador
é substancialmente influenciado pelo processo a ela as-
montado na entrada:
sociado, por ex., pela qualidade do material na entrada.
Em uma solução padrão com Foulard, o consumo total
de energia da instalação é muito maior em compara-
Exemplos:
Preparação para a fiação – Fiação:
Uma matéria prima muito suja ou com uma limpeza
ção com uma instalação com um pequeno dispositivo
aplicador montado na entrada. Nesse caso, a eficiência energética da unidade de secagem não se altera.
externa insuficiente na preparação para a fiação,
provoca uma grande quantidade de quebras de fio
Hidroentrelaçamento úmido – Secagem:
e paradas da máquina de fiação para limpeza. A con-
Nesse caso, a umidade restante após o hidroentrela-
sequência é uma baixa eficiência e um alto consumo
çamento afeta o consumo de energia para a secagem.
específico de energia em kWh/kg de fio.
Esses exemplos demonstram que um projeto de
­instalação inteligente, assim como da sua operação,
tem uma grande influência na eficiência energética de
um processo. Essa circunstância, assim como a variedade de parâmetros a serem considerados, descrita acima
em 2.3, faz com que a definição da eficiência energética de um processo têxtil, seja uma tarefa altamente
complexa.
30
2.5Medição do consumo de energia como pré-requisito
A avaliação da eficiência energética exige que o valor da
A medição propriamente dita não é de nenhum modo
“Teremos que ter
energia fornecida seja conhecido: O consumo de ener-
banal. Por ex., a medição do consumo de corrente
sucesso, no sentido
gia deve ser medido. Nesse caso, os tempos de parada
elétrica de uma máquina individual está bem distante
de fazer da medi-
e os tempos de preparação devem ser considerados.
de ser um padrão. A medição do consumo de corrente
ção permanente do
elétrica na indústria têxtil se restringe, até hoje, às in-
consumo de energia
Baseando-se apenas na potência elétrica instalada
terfaces com o fornecedor da energia. Não se pode tirar
no processo, inclusive
não se pode chegar a uma conclusão sobre o efetivo
conclusões para a avaliação de processos individuais.
em máquinas indivi-
consumo de energia e a eficiência energética que uma
Tentativas feitas por fabricantes de máquinas procuran-
duais, uma atividade
máquina pode apresentar. Trata-se do valor de uma car-
do instalar medidores de corrente, como opcionais, em
rotineira.”
ga de pico, teórica, que possa vir a ocorrer, entretanto,
máquinas, falharam até o momento, mesmo em poucas
Armin Leder,
pode não acontecer (requerida, por ex., para o desliga-
exceções, devido aos elevados custos do investimento.
Diretor de Desenvolvi­
mento emergencial da instalação). A especificação da
mento e Construção,
potência instalada feita pelo fabricante da máquina
Somente a medição do consumo de corrente não
Trützschler GmbH
é útil como informação para o usuário da máquina, para
é suficiente para uma avaliação da eficiência energé-
& Co. KG Textil­
que ele possa preparar a infraestrutura (bitola de cabos,
tica. Além disso, não seria o suficiente para definir as
maschinenfabrik
fusíveis, etc.).
reais necessidades de energia para a máquina e / ou
do processo apenas através de aparelhos de medição
de ­corrente, para a exaustão, ar comprimido ou emissão
de calor do processo. Emissões, tais como exaustão
e perda de calor por radiação ou convecção, também
devem ser incluídas no cálculo da energia requerida.
A emissão de ruído não foi considerada aqui.
31
No exemplo, das máquinas de um grupo de máquinas
Preparação para a fiação
Máquina de fiação
por rotor
Flyer
Máquina de fiação
por anéis
Muitas máquinas têxteis devem, por vários motivos
(parâmetros de processo para qualidade do produto
e produtividade), trabalhar sob determinadas condições
Bobinadeira
climáticas. Portanto, devem ser consideradas a tem-
Retorcedeira
peratura da máquina e as condições ambientais no
é indicado, na sequência tudo o que deve ser levado em
galpão (temperatura e umidade do ar). É importante
consideração na medição do consumo. Essas máquinas
que esses parâmetros permaneçam dentro dos limites
necessitam tanto de energia elétrica direta como de
determinados. Essa interação, irradiação de calor da
ar comprimido e, se necessário, exaustão (por ex., pela
máquina e temperatura constante no galpão por meio
utilização de uma instalação central de exaustão ou
de condicionadores de ar, tem uma influência real no
um sistema central de aspiração de pó). As máquinas
consumo de energia, que não pode ser subestimada,
convertem a potência elétrica de desempenho ativo
principalmente em países com altas temperaturas ex-
em mais de 99 % em calor.
ternas. Esses consumos de energia também são centrais
Para a planilha de balanceamento “máquina”, necessita-
não ser considerados.
e podem, dependendo do processo e / ou da máquina,
-se para determinar o fluxo de energia na máquina
a potência elétrica efetiva (trifásica) e também a do
As colocações feitas evidenciam que, já ao se fazer
o ar comprimido e, se quando for o caso, o consumo
somente as medições do consumo de energia surjam
de ar de exaustão, através das suas principais fontes
dificuldades, que na maioria dos casos impossibilitam
elétricas. O ar de exaustão e comprimido, devem ser
a encontrar uma definição exata em relação a eficiência
produzidos externamente devido à eficiência energé­
energética.
tica central, para todo o grupo de máquinas. A medição
para os processos individuais e / ou para as máquinas
No entanto, se o usuário da máquina tiver instalado
individuais não é demonstrável na prática.
medidores de energia para registrar o consumo em
determinados pontos da sua cadeia de produção,
Para obter um balanceamento preciso da equivalên-
a qualquer momento ele poderá realizar a otimização
cia de energia em relação ao ar comprimido deve-
energética das etapas do processo, mesmo sem conhe-
-se considerar, não apenas (em parte a existência de
cer a eficiência energética exata dos seus processos.
elevada ­flutuação em relação ao tempo) a vazão de ar
comprimido (litros de norma / unidade de tempo), mas
também a pré-pressão média da fonte, assim como
o tipo de pré-tratamento (ponto de orvalho, qualidade
do filtro) e o tipo de geração.
32
Os fluxos de energia que partem da planilha de balan-
Em função das flutuações decorrentes das condições
ceamento se dividem em liberação convectiva e quanti-
operacionais da máquina, os parâmetros indicadores
dades de ar expelido (com alta temperatura).
do status de operação devem ser medidos durante
vários dias ao longo do tempo ou então por meio de
Conhecendo-se os volumes (vazões) dos fluxos de saída
protocolos que registram os dados destes parâmetros.
e / ou fluxo da exaustão [m /h] de uma, por ventura
3
existente instalação, bem como a diferença de temperatura em relação à temperatura da planilha de balanceamento, fica simples efetuar o cálculo da quantidade
de energia na vazão de saída e / ou exaustão. A perda
de pressão cinética que ocorre na vazão de saída e / ou
exaustão, em geral, pode ser desprezada. O mesmo vale
São parâmetros indicadores de condições:
Dados de entrada e saída dos fios / tipo de equi-
pamento / preenchimento da câmara de fios sob
­pressão / tempos ociosos
Ajuste do regulador de ar comprimido, na bobinadeira
os códigos de ativação / desativação e os prismas
também para a energia potencial contida no produto
“fibras têxteis processadas”.
Como há necessidade de balancear diferenciados
grupos de máquinas e diferentes tipos de energia,
Se para a operação da máquina for indispensável,
poderá ser conveniente distinguir dentre as variedades
ou quando houver a recomendação, de um ambiente
dos grupos específicos de máquinas, como é feito na
climatizado , então poder-se-á trabalhar com índices
EN ISO 9902 (emissão de ruídos em máquinas têxteis).
de desempenho. A carga térmica gerada pela operação da máquina terá que ser compensada através de
um empenho correspondente para a climatização do
ambiente. Se for possível introduzir as vazões de saída,
junto com a sua carga térmica, diretamente na planilha
de balanceamento “máquina”, a previsão da parcela da
climatização para a máquina pode ser calculada apenas
para compensar a emissão de calor convectiva. Conforme o tipo e configuração da climatização – ar condicionado direto, ar condicionado adiabático, instalação com
“Chiller”, índice de troca de ar, etc. – é possível obter
índices de “previsão para ar condicionado por kW de
carga térmica” em kWh/kWh.
33
2.6Significado de um processo de trabalho e / ou nível
de produção definido ou pré-estabelecido
Bens de consumo – como por ex. televisores – são
Além disso, uma afirmação sobre consumo de energia
projetados para uso em aplicações padronizadas e têm
só pode ser considerada válida levando-se em conta
­requisitos de uso bastante comparáveis. Máquinas têx-
a quantidade produzida (kWh/kg de produto). Isso
teis são, pelo contrário, mais complexas. Máquinas têx-
vale também para o equivalente da pegada de CO2
teis são classificadas em uma categoria de produtos que
(CO2 /kg de produto) (ver capítulo 2.8).
em geral tem diferentes perfis de utilização que ­variam
de acordo com os seus usuários. As especificações da
Para a avaliação do consumo de energia de máquinas
máquina são determinadas em função do produto a ser
têxteis deve-se estabelecer classes de máquina que
produzido pelo usuário da máquina e / ou pelo proces-
sejam as mais significativas possíveis. Para essas classes
so específico (condições de utilização) que ele deseja
de máquinas deverá então ser estabelecido um proces-
realizar. As máquinas têxteis são em geral fabricadas de
so similar para determinação da eficiência energética,
modo que o usuário possa determinar individualmente
usando produtos e parâmetros de produtos típicos do
os seus requisitos específicos relativos a matéria prima,
processo de produção. Para isso deve-se selecionar pro-
qualidade e produtividade (veja o exemplo em 2.3).
dutos padronizados que sejam produzidos / processados
Essas decisões do usuário também interferem direta-
com uma frequência relativa pelas respectivas máqui-
mente no consumo específico de energia.
nas têxteis (“produção em massa”). Exemplares únicos
não podem ser comparados.
Para o levantamento e avaliação do consumo de energia, isso representa um desafio especial. Isso ­significa
Qualquer diferenciação que seja possível ou necessária,
que o consumo de energia de uma determinada
será preparada pela iniciativa da VDMA.
categoria de máquina somente pode ser determinado
com base em processos de trabalho / níveis de produção
(pré-estabelecidos), não se pode comparar maçãs com
peras. Afirmações sobre consumo de energia são válidas
apenas para o processo em questão e os parâmetros
definidos.
34
2.7Responsabilidade do usuário da máquina
Máquinas têxteis com baixo consumo de energia repre-
antecessores também constitui um potencial na eco-
sentam uma condição para a economia de energia. Ser-
nomia de energia. O aproveitamento destes recursos
viços de assistência técnica no âmbito dos programas
requer pessoal treinado. Uma transparência maior entre
da eficiência energética, pelo fabricante da máquina,
os correlacionamentos dos ajustes da produção com
dão suporte ao fabricante de produtos têxteis para am-
o consumo de energia decorrente ajudam na otimi-
pliar a otimização de processos específicos de produtos
zação dos processos. Nem cada item operacional com
no local. Neste contexto são considerados equipamen-
maior desempenho produtivo é o mais conveniente sob
tos adicionais de otimização na configuração técnica da
o ponto de vista em relação à energia. Considerações
máquina (por ex. a instalação posterior de recuperador
como “Life Cycle Costing” (por ex., conforme o boletim
de calor) ou do recurso para a visualização do processo
VDMA 34160) podem ser úteis para a tomada de deci-
e dos parâmetros relevantes de energia, proporcionando
sões corporativas sensatas.
assim suporte ao usuário que consegue conduzir sua
produção dentro da faixa de maior eficiência energética
Pela escolha do intervalo de manutenção, o usuário
da máquina.
também pode ter uma influência considerável. A manutenção insuficiente de máquinas têxteis ou o uso
Num processo têxtil complexo, que não pode ser com-
de ­peças de desgaste de baixa qualidade reduzem
parado à utilização de um bem de consumo, apenas
a ­eficiência e aumentam o consumo de energia.
o uso da máquina de acordo com a finalidade a que se
destina pode garantir a melhor economia de energia.
O usuário da máquina tem uma grande responsabilidade pela operação eficiente da sua máquina. Como já foi
mencionado, a estruturação consciente dos processos
35
2.8Pegada ecológica
“Aparelhos de teste
A maior parcela ecologicamente relevante da pegada
Apenas através da composição de energias, ­colocadas
de precisão têm um
ocorre durante a operação da máquina têxtil.
à disposição do usuário pelas concessionárias de
energia, as emissões de CO2 podem variar de um fator
consumo de energia
muito baixo, eles
Uma pegada de CO2 realista para a fase de operação
de 2 a 3. Portanto, o fabricante de máquinas têxteis só
favorecem o desenvol-
somente pode ser determinada com base em dados
pode fornecer uma pegada de CO2 confiável, se o cliente
vimento de produtos
detalhados do usuário sobre produção de energia,
fornecer ao fabricante de máquinas a sua “taxa de
que economizam
incluindo a produção de energia térmica.
câmbio de energia”.
Energia elétrica
Energia térmica
energia, como plásticos reforçados com
fibras, por meio de
A comparação seguinte das emissões de CO2 na geração
Na geração da energia térmica, a emissão de CO2
testes especiais para
de energia elétrica na Alemanha indica a influência dos
específica dos recursos de energia fóssil é a grandeza
fibras, tecidos e telas
diversos tipos de usinas.
determinante.
de carbono.”
Dr. rer. nat. Ulrich
­Mörschel, Diretor,
­Textechno Herbert
Stein GmbH & Co. KG
Tipos de usinas de energia
comparação com CO2
Emissão de CO2
[g/kWh]
Usina de aquecimento local a biogás
Energia eólica no mar
Energia eólica em terra
Energia solar, importada da Espanha
Usina atômica
Usina hidrelétrica
Células solares multicristalinas
Usina de aquecimento a gás natural / GuD
Usina térmica a gás natural / GuD
Usina de aquecimento a carvão
de pedra importado
Usina de aquecimento a linhita
Usina térmica a carvão de pedra
importado
Usina térmica a linhita
– 409
23
24
27
32
40
101
148
428
622
Carvão de pedra
Linhita
Óleo para aquecimento EL
Óleo para aquecimento S
Gás liquefeito
Gás natural L
Gás natural H
Madeira
Emissão específica
de CO2 [kg/MWh]
364,0
430,6
304,7
329,1
293,6
216,9
224,3
366,5
Tabela: Comparação das emissões de CO2 por kWh na geração de energia térmica,
valores conforme “GEMIS 3.0; Ökoinstitut e.V. Freiburg”
729
949
1153
Tabela: Comparação das emissões de CO2 por kWh na geração de energia elétrica,
valores conforme “GEMIS 3.0; Ökoinstitut e.V. Freiburg”
36
Recursos
energéticos
Em geral, a produção de energia térmica com eletricidade é a pior possibilidade.
Via de regra, o usuário de máquinas têxteis obtém das
Grandeza característica confiável
empresas fornecedoras de energia uma composição
Os fabricantes de máquinas devem especificar grande-
de energia decidida em acordo mútuo
zas características confiáveis (kWh/kg de produto) para
Energia nuclear
as energias térmica e elétrica. As emissões reais de CO2
Recursos de energia fósseis e diversos
podem então ser avaliadas pelo usuário e influenciadas
Recursos de energia renováveis
pela escolha do respectivo “mix” de energias.
37
3. O que um rótulo pode proporcionar?
Basicamente, todas as ações que tornam o mercado
Máquinas têxteis são comercializadas com empresas
mais transparente são bem-vindas. Fazem parte, por ex.,
que, por sua vez, influenciam as características técnicas,
informações que dão suporte ao usuário de máquinas
a configuração e os dados de capacidade das máquinas
têxteis, na análise dos efeitos de suas decisões direcio-
têxteis. Por isso, as máquinas têxteis possuem um alto
nadas para o investimento orientado avaliação da efici-
grau de individualização para adaptação aos requisitos
ência energética dos seus processos. Dados de consumo
do produto a ser fabricado, e são influenciadas pela
de energia auxiliam na quantificação dos custos ope-
integração organizacional e da técnica de fabricação
racionais projetados (assim como na consideração dos
realizada dentro do campo da técnica de produção
custos do ciclo de vida) e portanto podem, entre outros,
do usuário da máquina.
ser úteis como base de decisões de investimento.
Tecnologias inovadoras não devem, na visão do setor,
Transparência de mercado é importante, mas quando
satisfazer apenas os requisitos funcionais dos produ-
se trata de bens de capital, os rótulos não são “remé-
tos e a otimização do processo produtivo, mas devem
dios que curam tudo”. Destaca-se, não existe nenhuma
ao mesmo tempo minimizar todos os impactos sobre
“­solução fácil” para um produto complexo, como no
o meio ambiente. A focalização exclusiva no consumo
caso de máquinas têxteis.
de energia é vista pelo setor como sendo uma situação.
As substanciais diferenças entre bens de consumo
O uso de rótulos na fabricação de máquinas está vincu-
e máquinas têxteis devem ser justificadas, levando em
lado a pré-requisitos ambiciosas – apenas quando estes
consideração uma identificação intencional. O que pa-
puderem ser satisfeitas, um rótulo de máquina poderá
rece sensato no caso de geladeiras e utensílios domésti-
oferecer uma valor adicional!
cos, como fornecer a clientes com pouco conhecimento
técnico uma orientação sobre o mercado de aparelhos,
Os rótulos, devem ser utilizados como selos de qua-
é impraticável e impróprio para máquinas têxteis.
lidade ou de recomendação, para informar o cliente
potencial sobre um conjunto definido de propriedades
do produto. Eles fazem sentido quando eles ­perseguem
e convertem metas de transparência. Rótulos de máquina, que não oferecem informações que permitam
uma comparação de produtos de diferentes fabricantes,
não têm qualquer utilidade para o potencial comprador.
­Atividades de rotulagem que simulam essa neutralidade aos clientes, para diferenciação com relação aos concorrentes, proporcionam rápidos resultados em vendas
a clientes que não questionam essas informações.
38
Para bens de capital, já existe há muito tempo uma
Portanto, há necessidade de avaliar muito bem: a neces-
identificação legal e obrigatória dos respectivos produ-
sidade, a viabilidade de execução, o custo x benefício,
tos: a identificação
. Ela simboliza a conformidade
e a utilidade de um rótulo de consumo de energia para
de um produto com todas as relevantes normas legais
máquinas têxteis; uma vez que, devido às premissas
europeias, por exemplo, as diretrizes para máquinas.
e condições básicas especiais da indústria de bens de
A conformidade com as exigências das diretrizes de
capital, a elaboração de um rótulo de máquina repre-
“Design” ecológico (EuP) também caracterizadas pela
sentativo. sempre está relacionado a um custo muito
identificação
mais alto do que no setor de bens de consumo.
.
Um conceito de rótulo ecológico e econômico razoável
A rotulagem leva a um objetivo apenas como um pro-
para bens de capital, como máquinas têxteis requer
jeto comum. Os fabricantes e operadores de máquinas
no mínimo:
devem avaliar em conjunto, se o uso de rótulos ou
­algum outro instrumento é apropriado para transmitir
1. Para a faixa de produtos em questão podem ser
­definidos os aplicativos pertinentes a esse grupo.
de informações sobre características de produtos relevantes ao meio ambiente.
2. Com base em casos de aplicação típica podem ser
estabelecidos processos de referência.
3. Os processos de referência permitem medições
Observação: Este capítulo contém um extrato parcial
relevantes, comparáveis dos “índices de energia”
do texto do documento de posicionamento da VDMA
e podem servir como base para a elaboração de
“Uso de rótulos de consumo de energia na indústria
um sistema de índices característicos, no qual
de máquinas” do ano de 2009, que também expressa
­todas as concepções do rótulo de energia deverão
o ponto de vista da indústria de máquinas têxteis.
ter sua base.
4. Todas as especificações dos processos de medição
(normas internacionais ou europeias) que forem
necessárias estão a disposição.
5. O dispendioso empenho relativo a elaboração da
concepção de um rótulo deve ser economicamente
justificável (relação custo / benefício). Aqui devem
ser levados em consideração os encargos adicionais
para as pequenas e médias empresas.
39
4. Perspectiva
O Setor de Máquinas Têxteis da VDMA irá verificar,
junto às empresas associadas, para quais grupos de
máquinas padronizadas, que possuem pontos operacionais ­comparáveis, para as quais deverá ser elaborada
a especificação da eficiência energética. Neste caso,
a relevância para a economia de energia e as vantagens
a favor do usuário serão determinantes para outros
procedimentos.
40
O conteúdo desta publicação foi elaborado pelo
­Conselho de Técnica e Pesquisa do Setor de Máquinas
Têxteis da VDMA.
Matthias Arnold
Dr.-Ing. Heinz Waltermann
KARL MAYER Textilmaschinenfabrik GmbH
Oerlikon Barmag,
Markus Böhn
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Trützschler Nonwovens GmbH
Gert Zeidler
Roland Hampel
Karl Mayer Malimo Textilmaschinenfabrik GmbH
A. Monforts Textilmaschinen GmbH & Co. KG
Hans-Jürgen Haug
Groz-Beckert KG
Mediante a colaboração de:
Dr.-Ing. Martin Hermann
Ralf Bischof
H. Stoll GmbH & Co. KG
A. Monforts Textilmaschinen GmbH & Co. KG
Bernd J. Kremer
Uwe Franz
SETEX Schermuly textile computer GmbH
LIBA Maschinenfabrik GmbH
Armin Leder
Detlef Schelter
Trützschler GmbH & Co. KG Textilmaschinenfabrik
Oerlikon Schlafhorst,
Peter Maier
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
LIBA Maschinenfabrik GmbH
Peter Tolksdorf
Dr.-Ing. Jürgen Meyer
A. Monforts Textilmaschinen GmbH & Co. KG
Oerlikon Schlafhorst,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Dr. rer. nat. Ulrich Mörschel
Redação:
Textechno Herbert Stein GmbH & Co. KG
Markus Böhn
Axel Pieper
Trützschler Nonwovens GmbH
BRÜCKNER Trockentechnik GmbH & Co. KG
Armin Leder
Matthias Schemken
Trützschler GmbH & Co. KG Textilmaschinenfabrik
Oerlikon Neumag,
Dr.-Ing. Jürgen Meyer
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Oerlikon Schlafhorst,
Peter Schiller
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Lindauer DORNIER GmbH
Christine Karin Schmidt
Johannes Schmitz
VDMA Textilmaschinen
THIES GmbH & Co. KG
Dr.-Ing. Georg Tetzlaff
Oerlikon Saurer,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
41
BLUecoMPETENCE.
Sustainability meets profit
­companies. Volatile prices for commodities and energy
Success stories provide practical examples
force the textile industry to pay highest attention to
On the occasion of several trade shows during the past
resource saving and energy efficiency. Furthermore,
two years, the reaction from visitors to the campaign
sustainability is a subject to which the textile sector is
was positive. They welcomed especially VDMA’s
increasingly confronted by legislation, by brands and
­approach to focus on practical examples instead of
retailers and by consumers. After all, sustainability has
certification experiments. The success stories from
now become a significant competitive factor.
­German companies themed “Sustainability meets
Sustainability has become an increasing focus for
­profit” show textile manufacturers exactly how to
As a key industry for forward-looking technologies,
realise substantial raw material and energy savings
the German mechanical engineering industry plays a
with the help of German technology thus fulfilling the
prominent role in developing and realizing sustainable
obligations from governments, brands, retailers and
solutions:
consumers. The success stories can be read online:
 effective solutions for new energy concepts and
www.machines-for-textiles.com/application reports
 effective handling of scarce resources.
Alliance Members
The VDMA has assumed patronage of the
More than 400 companies from various machinery
­Bluecompetence sustainability initiative. It aims to
branches are already Alliance Members of the
interconnect all of Germany’s mechanical ­engineering
Bluecompetence Initiative. The following textile
industry, pooling the resources, know-how and
machinery companies participate:
strengths of VDMA members. Textile Machinery is
one of 30 different mechanical engineering branches
Autefa Solutions, BETEX, Brückner Trocken-
within Bluecompetence.
technik, FONG’S EUROPE, Gneuß, Groz-Beckert,
HEUSCH, I­ NTERSPARE, ISRA VISION, KARL MAYER
Textile machines – even of a particular product type –
Textilmaschinen­fabrik, KARL MAYER MALIMO, Körting
are usually designed for the different demand profiles of
Hannover, LIBA Maschinenfabrik, ­Lindauer Dornier,
the textile manufacturer. These profiles result from the
Mayer & Cie., MEMMINGER-IRO, Monforts Textil-
textile product to be manufactured and /or the ­specific
maschinen, Oerlikon Textile (Barmag and Neumag),
process to be performed. In other words, the textile
Osthoff-Senge, Reiners + Fürst, S + S Separation and
producer directly affects the specific energy use in many
Sorting, Schaeffler Technologies, Sedo Treepoint,
ways. Machine-based logos and classification of textile
Siemens Industry Sector, Stoll, Trützschler Spinning,
machines into energy efficiency classes – a
­ nalogous to
Trützschler Card Clothing, Trützschler Nonwovens,
the consumer goods industry – are no solution from a
Trützschler ­Nonwovens & Man-Made ­Fibers, VEIT,
professional perspective. B
­ luecompetence therefore
­WUMAG TEXROLL, Xetma Vollenweider.
defines management criteria and process standards.
They apply to all alliance members taking part in the
initiative. The result is made visible:
March 2014, update: http://machines-for-textiles.com/blue-competence
42
BC_TXM_Portug_Vs_2014.indd 43
12.03.14 11:47
Comprovação das figuras:
Página de título: KARL MAYER Textilmaschinenfabrik GmbH;
Página 25: Trützschler GmbH & Co. KG Textilmaschinenfabrik
Oerlikon Neumag, Zweigniederlassung der Oerlikon Textile
GmbH & Co. KG; Fotolia
Página 26: Trützschler GmbH & Co. KG Textilmaschinenfabrik
Página 02: Corbis; Oerlikon Saurer,
Página 27: Trützschler GmbH & Co. KG Textilmaschinenfabrik;
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Textechno Herbert Stein GmbH & Co. KG
Página 04: Oerlikon Neumag,
Página 28 BRÜCKNER Trockentechnik GmbH & Co. KG
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 29: A. Monforts Textilmaschinen GmbH & Co. KG
Página 06: Oerlikon Neumag,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 30: Oerlikon Saurer, Zweigniederlassung der Oerlikon
Textile GmbH & Co. KG; Trützschler Nonwovens GmbH
Página 08: Trützschler Nonwovens GmbH
Página 31: Oerlikon Saurer, Zweigniederlassung der Oerlikon
Página 10: KARL MAYER Textilmaschinenfabrik GmbH
Textile GmbH & Co. KG; SETEX Schermuly textile computer
GmbH
Página 11: Oerlikon Barmag,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 32: Oerlikon Schlafhorst,
Zweigniederlassung der ­Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 15: Oerlikon Barmag,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 33: Oerlikon Barmag,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 17: Oerlikon Neumag, Zweigniederlassung der Oerlikon
Textile GmbH & Co. KG; Trützschler Nonwovens GmbH
Página 34: Trützschler Nonwovens GmbH
Página 19: Trützschler Nonwovens GmbH; Oerlikon Schlafhorst
Página 35: Oerlikon Schlafhorst, Zweigniederlassung der
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
­Oerlikon Textile GmbH & Co. KG; Oerlikon Neumag,
Zweigniederlassung der Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 21: Trützschler Nonwovens GmbH
Página 37: Fotolia
Página 23: A. Monforts Textilmaschinen GmbH & Co. KG;
BRÜCKNER Trockentechnik GmbH & Co. KG
Página 39: Christine Karin Schmidt / pela August Herzog
­Maschinenfabrik GmbH & Co.KG
Página 24: Oerlikon Schlafhorst,
Zweigniederlassung der ­Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Página 40: Oerlikon Schlafhorst,
Zweigniederlassung der ­Oerlikon Textile GmbH & Co. KG
Março 2014
43
BC_TXM_Portug_Vs_2014.indd 44
12.03.14 11:47
VDMA
Máquinas têxteis
Lyoner Str. 18
60528 Frankfurt am Main
Telefone+49 69 6603-1271
Fax
+49 69 6603-1329
txm@vdma.org
www.machines-for-textiles.com/blue-competence
www.bluecompetence.net
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