Transporte Fluvial de Passageiros na Amazônia
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Transporte Fluvial de Passageiros na Amazônia
RELATÓRIO EXECUTIVO Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica República Federativa do Brasil Dilma Roussef Presidenta da República Secretaria de Portos (SEP) José Leônidas Cristino Ministro Chefe Ministério dos Transportes César Augusto Rabello Borges Ministro dos Transportes Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) Diretoria Colegiada Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto) Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino) Mário Povia (Diretor Interino) Superintendência de Navegação Interior (SNI) Adalberto Tokarski (Superintendente) Superintendência de Administração e Finanças (SAF) Albeir Taboada Lima (Superintendente) Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM) André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente) Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC) Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente) Superintendência de Portos (SPO) José Ricardo Ruschel dos Santos (Superintendente) Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), 2013 SEPN Quadra 514 - Conjunto E - Edifício ANTAQ CEP: 70760-545 Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se citados a fonte e o sitio, no qual pode ser encontrado o original em http://www.antaq.gov.br Superintendência de Navegação Interior (SNI) Adalberto Tokarski Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI) José Renato Ribas Fialho - Gerente Dax Rösler Andrade Darcy Closs Junior Edmundo Ériton Gomes de Miranda Eduardo Pessoa de Queiroz Isaac Monteiro do Nascimento José Marcio da Silva Marcos Gomes Coelho Patricia Povoa Gravina Produção: Assessoria de Comunicação Social (ASC) - ANTAQ A627c Brasil. Presidência da República. Secretaria de Portos. Agência Nacional de Transportes Aquaviários Caracterização da oferta e da demanda do transporte fluvial de passageiros da região amazônica / Agência Nacional de Transportes Aquaviários. – Brasília: ANTAQ, 2013. 108p. : il. I. Transporte aquaviário (fluvial) – Brasil. 2. Agências Reguladoras. 3. Navegação Interior (hidrovias). 4. Oferta e demanda CDD 386.30981 iv Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica FICHA TÉCNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ Prof. Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy – Reitor Prof. Dr. Horacio Schneider – Vice-Reitor Profa Dra Maria Emília de Lima Tostes – Diretora do Instituto de Tecnologia Prof. Esp. Roberto Serra Pacha – Diretor da Faculdade de Engenharia Naval Prof. Dr. Hito Braga de Moraes – Vice-Diretor da Faculdade de Engenharia Naval Prof. M.Sc Sinfrônio Brito Moraes – Diretor Executivo da FADESP Equipe Técnica: Prof. Dr. Hito Braga de Moraes – Coordenador Geral Prof. M. Sc. Nélio Moura de Figueiredo – Coordenador Adjunto Prof. Dr. Jose Marcio do Amaral Vasconcellos – Consultor/pesquisador Prof. Esp. Roberto Serra Pacha – Consultor/pesquisador Economista: Esp. José Américo do Canto Lopes – Coordenador de campo Engenheira Civil: Esp. Rita de Cassia Monteiro de Moraes – Consultora/pesquisadora Engenheiro Naval: Emannuel Santthiago Pereira Loureiro – Designer gráfico Gracy Rocha – Analista de projetos da FADESP Ellen Christian S. Gonçalves – Supervisora da FADESP Estatísticos: Silvanildo Baia da Silva Arthur Cezar Pampolha Pessoa Equipe Técnica de apoio e pesquisadores de campo: Marcus Augusto Boaventura Arthur Henrique Rodrigues Carvalho Sergio Luiz Braga Sacramento Ana Claudia Miranda Barros Formigosa Raquel Bezerra Ana Nery Gomes Coel Stefhany Delcielo Danise Lee Melo Fernandes Odicleise Maués Marcia Régia Maia Iricléia Freire Maria Nazaré Silva Vieira Djalma Abreu Rafael Ulisses do Canto Lopes Priscila Serrão Gilson de Andrade Moura Dáfne Fonseca Romulo Leno Miranda Barros Vitor Fonseca Camila Lima Cristiano de Jesus Marcelo de Paula Adria Machado Joana Luiza Trindade Remes Matos Marco Antônio Ana Rita Tavares Josilene Santos Deylana Moreira Kátia Santos Rosimar Moreira Dione Gomes Maria Luzia Lemos Relatório Executivo v Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica ÍNDICE DE TABELAS TABELA 01: NÚMERO DE LINHAS POR ESTADO.......................................................................................... 16 TABELA 02: NÚMERO DE LINHAS POR TIPO DE VIAGEM............................................................................ 16 TABELA 03: NÚMERO DE EMBARCAÇÕES................................................................................................... 17 TABELA 04: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ........ 29 TABELA 05: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS.. 37 TABELA 06: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ........... 45 TABELA 07: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DE BELÉM............................. 53 TABELA 08: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA..................... 61 TABELA 09: NÚMERO DE EMBARCAÇÕES E DE LINHAS DE NAVEGAÇÃO POR ESTADO.............................. 90 TABELA 10: TEMPO DE USO DAS EMBARCAÇÕES POR ESTADO................................................................ 91 TABELA 11: MATERIAL DOS CASCOS DAS EMBARCAÇÕES POR ESTADO..................................................... 93 TABELA 12: COMPRIMENTO, BOCA E CALADO DAS EMBARCAÇÕES.......................................................... 94 TABELA 13: POTÊNCIA DOS PROPULSORES E VELOCIDADE DAS EMBARCAÇÕES....................................... 96 vi Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 01: NÚMERO DE TERMINAIS POR ESTADO................................................................................. 27 GRÁFICO 02: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ................ 31 GRÁFICO 03: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ................ 32 GRÁFICO 04: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ........................ 34 GRÁFICO 05: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ................... 35 GRÁFICO 06: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS......... 39 GRÁFICO 07: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS......... 40 GRÁFICO 08: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS................. 42 GRÁFICO 09: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS............ 43 GRÁFICO 10: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ.................... 47 GRÁFICO 11: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ.................... 48 GRÁFICO 12: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ........................... 50 GRÁFICO 13: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ....................... 51 GRÁFICO 14: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM................... 55 GRÁFICO 15: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM................... 56 GRÁFICO 16: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM.......................... 58 GRÁFICO 17: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM...................... 59 GRÁFICO 18: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA.............................. 63 GRÁFICO 19: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO MUNICÍPIO DE BELÉM............ 64 GRÁFICO 20: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA................................. 65 GRÁFICO 21: MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE PASSAGEIROS.......................................................................... 67 GRÁFICO 22: MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE CARGAS................................................................................... 80 GRÁFICO 23: DISTRIBUIÇÃO DOS PASSAGEIROS POR SEXO........................................................................ 86 GRÁFICO 24: PASSAGEIROS POR FAIXA ETÁRIA.......................................................................................... 86 GRÁFICO 25: ESCOLARIDADE DOS PASSAGEIROS....................................................................................... 87 GRÁFICO 26: RENDA FAMILIAR DOS PASSAGEIROS.................................................................................... 88 GRÁFICO 27: OCUPAÇÃO E ATIVIDADE DOS PASSAGEIROS........................................................................ 89 GRÁFICO 28: TEMPO DE USO DAS EMBARCAÇÕES.................................................................................... 91 GRÁFICO 29: MATERIAL DO CASCO DAS EMBARCAÇÕES........................................................................... 92 Relatório Executivo vii Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 8 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica SUMÁRIO ÍNDICE DE TABELAS......................................................................................................................... vi ÍNDICE DE GRÁFICOS....................................................................................................................... vii PREFÁCIO........................................................................................................................... 11 1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 15 2. OBJETIVO........................................................................................................................... 15 3. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DOS ESTUDOS....................................................................... 16 4. PERÍODO DAS PESQUISAS.................................................................................................. 17 5. METODOLOGIA.................................................................................................................. 18 6. CARACTERIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS........................................................ 21 6.1. TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO AMAPÁ............................................... 28 6.2. TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO AMAZONAS........................................ 36 6.3. TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO PARÁ................................................... 43 6.4. TERMINAIS DE PASSAGEIROS DE BELÉM.................................................................... 52 6.5. TERMINAIS DE PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA............................................................. 60 7. MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS.................................................................................... 66 8. MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES MISTAS................................................... 79 9. PERFIL E CARACTERIZAÇÃO DOS PASSAGEIROS.................................................................. 85 9.1. PERFIL DOS PASSAGEIROS.......................................................................................... 85 9.2. SEXO E GRUPO DE IDADE........................................................................................... 86 9.3.ESCOLARIDADE........................................................................................................... 87 9.4. RENDA FAMILIAR........................................................................................................ 88 9.5. OCUPAÇÃO E ATIVIDADE PRINCIPAL........................................................................... 89 ANÁLISE DA FROTA............................................................................................................ 90 10.1. IDADE DA FROTA......................................................................................................... 90 10.2. MATERIAL DO CASCO DAS EMBARCAÇÕES................................................................. 92 10.3. COMPRIMENTO, BOCA E CALADO DAS EMBARCAÇÕES............................................. 93 10.4. POTÊNCIA DO MOTOR E VELOCIDADE........................................................................ 95 11. IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE FLUVIAL NA AMAZÔNIA.................................................. 97 12. DIFICULDADES DO TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA....................... 99 13. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO................................................................................................ 101 14. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................... 103 10. Relatório Executivo 9 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 10 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PREFÁCIO A navegação fluvial é o mais importante meio de transporte de pessoas e mercadorias na região amazônica, conectando as diversas comunidades e polos de produção, comercialização e consumo estabelecidos junto à sua vasta e notável malha hidroviária. Ao mesmo tempo, a sua dinâmica econômica, suas peculiaridades operacionais e as informações quantitativas e qualitativas da atividade são pouco conhecidas e sistematizadas. A grande heterogeneidade do perfil dos operadores e usuários, a dispersão de instalações portuárias, a predominância de práticas informais profundamente marcadas pela cultura local e suas tradições, dentre outras peculiaridades regionais, contribuem para essa escassez de informações. Nesse contexto, o presente estudo de “Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica” que ora a ANTAQ disponibiliza à sociedade, vem suprir em boa medida essa lacuna, trazendo, de forma inédita, informações essenciais para a compreensão desse setor tão estratégico para o desenvolvimento regional amazônico. O estudo não se limitou a analisar o transporte de passageiros regulados pela ANTAQ – qual seja, aquele realizado em linhas interestaduais e longitudinais de percurso internacional – abrangendo também as linhas intermunicipais, identificando as embarcações em operação e as instalações portuárias utilizadas, permitindo uma visão ampla e integrada desse universo tão complexo. Os dados apresentados foram obtidos em 2011 e 2012, sendo intenção da ANTAQ realizar atualizações periódicas, estabelecendo uma série histórica e permitindo a concepção de indicadores para monitoramento e avaliação de programas e ações, da própria agência e de outros órgãos atuantes no setor. As informações agora trazidas a público são de grande importância para o aprimoramento da atuação da ANTAQ no cumprimento de suas atribuições como órgão de regulação, na produção de análises e estudos mais consistentes sobre as necessidades de oferta de serviços de transporte fluvial aos usuários, as potencialidades e possibilidades das empresas de navegação em relação ao mercado, as condições operacionais das embarcações e dos terminais, Relatório Executivo 11 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica dentre outros, abrangendo o que há de mais relevante na navegação fluvial de passageiros da região amazônica. Para a sociedade como um todo, e principalmente para os demais órgãos de governo, universidades e entidades públicas e privadas interessadas, o estudo pode contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas ao fomento e desenvolvimento da navegação fluvial de passageiros, para subsidiar a elaboração de novos estudos e no planejamento setorial, essenciais para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. É com essa perspectiva que a ANTAQ convida o leitor a conhecer o presente Relatório Executivo bem como para apresentar críticas, comentários e sugestões que venham a enriquecê-lo e melhorá-lo. 12 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Relatório Executivo 13 Caracterização Amazônica Bacia Amazônica da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Relatório Executivo 14 14 Relatório Executivo ANTAQ/UFSC/LabTrans Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 1. APRESENTAÇÃO Buscando conhecer a demanda de passageiros e cargas que são transportados pelos rios da Amazônia através de embarcações mistas (carga e passageiros), a ANTAQ elaborou estudo sobre o transporte de passageiros e cargas em embarcações mistas, por meio de termo de cooperação com a UFPA/FADESP. Espera-se que os resultados das análises do presente estudo sejam subsídios para melhores práticas regulatórias e ações efetivas da Agência no que tange à fiscalização dos serviços praticados e indicação aos órgãos competentes de melhores condições das infraestruturas aquaviárias observadas. Trazendo o enfoque para mais perto daquilo que diz respeito às perspectivas de como o transporte hidroviário de passageiros irá se expandir, este trabalho desenvolve uma abordagem que procura investigar e orientar sobre a maioria dos problemas que envolvem o transporte hidroviário de passageiros na Amazônia indicando os problemas e a necessidade de futuros desenvolvimentos e pesquisas na área. Os dados, informações e previsões sobre as demandas do transporte hidroviário de passageiros e cargas apresentados neste trabalho, envolvem também o levantamento das quantidades e características das embarcações e terminais, assim como a análise do perfil socioeconômico dos passageiros. O presente trabalho busca trazer uma abordagem através de uma visão sistêmica do transporte que utiliza embarcações regionais. Uma avaliação não somente das questões relacionadas às características das embarcações e seus custos, mas incluindo também a avaliação da operação, a adequação das embarcações para as linhas de transporte e a necessidade de terminais específicos. 2. OBJETIVO O principal objetivo deste relatório é identificar a demanda e a oferta de passageiros e cargas, os portos/terminais, linhas e embarcações, assim como, Relatório Executivo 15 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica o perfil socioeconômico dos passageiros que circulam na região de estudo, facilitando o estabelecimento de políticas públicas para o setor de transporte hidroviário de passageiros da Amazônia. 3. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DOS ESTUDOS A área de abrangência dos estudos compreendeu a região Amazônica, com foco nas principais Unidades da Federação geradores de fluxo fluvial, quais sejam: Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia; tais estados sediam uma parcela representativa de empresas que atuam no setor. Um resumo da totalização das quantidades de linhas encontram-se expressas nas tabelas 01 e 02. ESTADO Pará Amazonas Amapá Rondônia TOTAL PARCIAL Nº DE LINHAS ESTADUAIS LONGITUDINAL 128 119 2 TRAVESSIA 3 4 249 2 9 Tabela 01: Número de linhas por estado Nº TOTAL DE LINHAS Longitudinal Estadual Longitudinal Interestadual Travessia TOTAL GERAL 249 59 9 317 Tabela 02: Número de linhas por tipo de viagem 16 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Quanto às embarcações, as totalizações quantitativas encontram-se expressas na tabela abaixo. Nº DE EMBARCAÇÕES ESTADO Pará Amazonas Amapá Rondônia Interestaduais TOTAL PARCIAL QUANTIDADE 182 290 18 11 101 602 Tabela 03: Número de embarcações 4. PERÍODO DAS PESQUISAS Três levantamentos foram realizados em diferentes épocas do ano para captar possíveis sazonalidades na movimentação de passageiros. A movimentação anual de passageiros foi obtida pela média dos três levantamentos. A primeira coleta de dados foi realizada no período de janeiro a março de 2011, a segunda no período de junho a agosto de 2011 e a terceira e última no período de setembro a novembro de 2012. No terceiro levantamento, as entrevistas foram realizadas durante as viagens, com vultoso tempo na aplicação dos questionários. Essa campanha demandou tempo considerável, em virtude das grandes distâncias entre as cidades que compõem as linhas. Relatório Executivo 17 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 5. METODOLOGIA A demanda por transporte é o desejo de uma entidade (uma pessoa ou de um grupo de pessoas) de locomover alguma coisa (a si próprio, outras pessoas ou cargas), de um lugar para outro. Essa demanda pode estar relacionada a uma dada modalidade de transporte ou a uma determinada rota. As estatísticas descritivas dos dados coletados em campo foram de fundamental importância, uma vez que permitiram a convergência de informações significativas das massas de dados de cada linha e estado. As técnicas utilizadas em estatística aplicadas às demandas de transporte fluvial permitem avaliar a probabilidade de ocorrência de uma demanda com determinada magnitude. As análises probabilísticas desenvolvidas basearam-se em métodos de previsão associados à períodos de recorrência, com base em dados coletados nas pesquisas de campo, onde o tamanho das amostras foi fator determinante no desenvolvimento das inferências. A caracterização e a mensuração dos parâmetros e dos dados foram elaboradas tendo em vista a variabilidade da demanda de transporte, uma vez que esta oscila sazonalmente ao longo do ano. Por esse motivo, a coleta de dados de campo foi executada em três períodos, de forma que todas as inflexões sazonais tivessem sido contempladas. Os trabalhos de campo estiveram sob a responsabilidade de dois coordenadores de campo e 15 entrevistadores, devidamente capacitados para este tipo de pesquisa. Na elaboração dos relatórios houve a participação de dois Especialistas em Transporte fluvial, dois estatísticos e 4 digitadores. Para o controle de qualidade das informações, realizaram-se procedimentos padronizados, previamente testados, na coleta de dados, a fim de obter um conteúdo fiel nas respostas. Após o processamento, foi realizada a filtragem e consistência em todos os questionários. Utilizou-se um questionário estruturado de acordo com os objetivos da pesquisa elaborado pela equipe técnica do projeto. 18 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Sempre antes da aplicação do questionário, os entrevistadores explicavam o motivo da pesquisa e a importância da mesma para os empresários. A pesquisa teve boa receptividade e os entrevistados colaboraram para que as informações coletadas obtivessem o máximo de veracidade. Para este estudo foi criado um banco de dados para o cruzamento entre variáveis, foram utilizadas técnicas estatísticas e recursos de informática. Os dados foram tabulados nos programas SPSS (Statistic Package for Social Sciences) e Excel. Notas para leitura dos resultados: 1) As tabelas, por vezes, poderão fechar em mais (ou menos) 100% devido ao arredondamento dos números no processamento dos resultados. Relatório Executivo 19 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica A figura 01 mostra as zonas de trafego estudadas nos estados do Amazonas (AM), Pará (PA), Amapá (AP) e Rondônia (RO), com a delimitação das áreas de influência de cada zona em função das demandas operacionais das linhas de navegação que atuam em cada região. Figura Abrangência Estudo e Recorte Figura 01:01: Abrangência dodo estudo com o recorteTerritorial territorialutilizado. utilizado. 20 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6. CARACTERIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS O terminal é a parte do sistema de transporte onde se realiza a interface entre dois ou mais modos de transporte ou entre duas diferentes rotas do mesmo modo, devendo oferecer infraestrutura e arranjos que facilitem a transferência entre os modos de transporte. O terminal hidroviário de passageiros se caracteriza como um elemento de apoio ao sistema de transporte, através da integração do indivíduo com o veículo, devendo constituir em um elemento de atração do usuário para o sistema. As deficiências de projeto e a não integração do sistema hidroviário com os demais modos de transporte, na maioria dos terminais hidroviários de passageiros existentes na Amazônia, são responsáveis por grande parte dos problemas operacionais ocorridos e pela não confiabilidade dos usuários do sistema hidroviário. É necessário, portanto, que um terminal hidroviário apresente um layout operacional bem elaborado para atender às necessidades dos usuários e para minimizar os problemas de operação. O dimensionamento e as características básicas do terminal de passageiro hidroviário dependem da linha, do tempo de viagem, da demanda atual e futura, dos movimentos de pico e fluxos médios, das características socioeconômicas dos usuários e da localização dentro das cidades. Para subsidiar a análise de um sistema que utiliza embarcações regionais, avaliaram-se também as características físicas e operacionais dos terminais de passageiros. No presente estudo, considerando-se o sistema de transporte fluvial da Amazônia, agrupou-se os terminais em duas classificações: quanto à operação e quanto à localização, conforme segue: a) Quanto à operação Partiu-se do pressuposto de que um terminal deva ser projetado a partir de um fluxo operacional criterioso com atenção especial à localização de acessos e de saídas compatíveis com a circulação pública de pedestres e de veículos. Relatório Executivo 21 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica As análises e proposições tiveram como premissas técnicas e operacionais aspectos relevantes, como: O usuário do terminal hidroviário, ao chegar, deverá dirigir-se aos guichês de compra de bilhetes sem dificuldade e sem conflito de correntes de tráfego. Ao ser desembarcado, deverá ser encaminhado à saída de forma direta e rápida, dirigindo-se a qualquer outro meio de transporte sem expor-se a cruzamentos perigosos; As áreas de espera devem ter acesso direto ao cais; os sanitários femininos e masculinos devem ser adjacentes e localizados de forma a possibilitar fácil acesso, o setor de administração deve estar localizado de forma a permitir boas condições de fiscalização das chegadas e partidas das embarcações; Nos terminais que atendam a mais de uma ligação hidroviária as estações de passageiros devem ser independentes, uma vez que cada ligação apresentará, certamente, características de demanda, oferta, atendimento e espera diferente. Dada a não disponibilidade de área e/ou recursos financeiros, o terminal poderá apresentar apenas uma estação de passageiros, porém com diferentes setores de embarque e desembarque; Os projetos devem atender as necessidades de usuários deficientes, quanto ao layout e ao dimensionamento das infraestruturas necessárias. Os terminais, sob a ótica operacional, foram analisados tendo como fundamento a observância dos itens abaixo: Facilidade de embarque e desembarque de passageiros; Possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte para outro; Prover estacionamentos ou pátios para estacionamento de veículos; 22 Oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário; Administrar e operar o sistema de transporte no terminal; Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Proporcionar conforto e segurança ao usuário; Possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos. b) Quanto à localização As análises locacionais dos terminais desenvolvidas tiveram como pressuposto o fato de que a correta localização de um terminal hidroviário de passageiros em uma cidade é de vital importância para os usuários e operadores do sistema de transporte, pois significa facilidade de acesso às embarcações e possibilidades de sair do sistema para outros meios de transporte, sem grandes congestionamentos e com certo grau de conforto. A zona de influência de um terminal hidroviário de passageiros, tanto de origem como de destino, não é muito extensa, pois o modo hidroviário não apresenta as características de um transporte porta a porta. Desta forma, temse que os terminais devem estar localizados em áreas que ofereçam diversas alternativas de complementação de transporte. c) Quanto à classificação Os terminais analisados no estudo foram classificados segundo o tipo de viagem em: Terminal urbano - Quando os terminais estão localizados numa mesma cidade ou área metropolitana. Este tipo de terminal atende aos transportes urbanos, suburbanos e intermunicipais de pequena distância, quando existe uma dependência socioeconômica aos núcleos servidos, provocando um movimento diário de pessoas de um a outro núcleo urbano. Os usuários dos terminais urbanos, geralmente não transportam bagagens, tem pequena permanência no terminal e grande parte deles realiza viagens pendulares de frequência diária. Terminal interurbano - Quando os pontos extremos da viagem estão localizados em núcleos urbanos socioeconomicamente independentes, origens e destinos das linhas de transporte interurbano. Estes terminais poderão atender as condições de Relatório Executivo 23 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica serviço de transporte de médias ou longas distâncias entre os núcleos urbanos. Os usuários destes terminais poderão ter um tempo de permanência maior e portarem bagagens, o que exige uma infraestrutura maior nos serviços para o seu atendimento; e Terminal interestadual - Servem a núcleos situados em unidades diferentes da federação. Estes terminais poderão, do ponto de vista dos usuários, assumir as características de terminais urbanos ou interurbanos. Mas, do ponto de vista dos operadores, estes terminais assumem características políticoadministrativas compatíveis com as condições de organização dos núcleos servidos. Estes terminais se caracterizam por possuir uma gama maior de serviços e comércios. Os terminais também foram classificados quanto aos usos ou tipo de serviços prestados. Para tal foram avaliados os seguintes setores: Serviços Públicos – destinado ao exercício de atividades de apoio, de assistência e de proteção aos usuários do terminal, exercidas por entidades públicas ou privadas e ao atendimento dos usuários, nos períodos que antecedem o embarque e sucedem o desembarque; e Operações e Comércio – destinado à venda de passagens, a espera, chegada e saída de embarcações e ao embarque e desembarque dos passageiros, assim como, ao exercício de atividades de venda de bens aos usuários do terminal. Para cada um destes setores foram definidas as instalações e os equipamentos mínimos necessários para a operação do terminal de passageiros. 24 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Evidencia-se a seguir os itens mínimos analisados e suficientemente necessários a um terminal hidroviário de passageiros. a) Acessos - Ruas de acesso com capacidade de tráfego adequada - Área específica para ponto de parada de ônibus - Área específica para ponto de parada de táxi - Linhas de ônibus que atendam ao terminal. b) Área para estacionamento de veículos - Divisão para carros particulares, táxis e veículos de carga - Área compatível com a demanda de passageiros no terminal - Guarita de controle c) Instalações e serviços - Posto de atendimento médico - Posto de polícia - Serviços de carregadores - Serviços de abastecimento de água para embarcações - Serviços de combate a incêndio - Abastecimento de energia - Salas de administração e de arrecadação d) Área de prestação de serviços públicos - Balcão de informações - Boxe de venda de passagens - Bancos/assentos Relatório Executivo 25 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica - Banheiros públicos: masculino e feminino - Telefones públicos - Lixeiras - Sistema de chamadas e de avisos - Quadro de horário de chegada e de saída das embarcações - Comércio (lojas, lanchonetes e banca de revista) - Policiamento - Área de circulação com sinalização - Guarda volumes e) Área de acumulação restrita (sala de embarque) - Controle de acesso (catracas) - Bancos e assentos - Banheiros: masculino e feminino - Telefones públicos - Lixeiras - Sistema de chamadas e avisos - Quadro de horário de chegada e saída de embarcações - Lanchonete f) Área de atracação - Berço específico e adequado para embarque e desembarque de passageiros - Tipo de berço compatível com as características da embarcação que irá operar - Suficiência de berços 26 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Em função dos itens anteriormente relacionados realizou-se uma pesquisa qualitativa dos terminais com o objetivo de se obter índices de ocorrência dos itens atribuídos como mínimos necessários para um terminal de passageiros. Conforme mostra o Gráfico 01 foi levantado um total de 106 terminais de passageiros na Amazônia sendo 64 no Estado do Pará, 30 no estado do Amazonas, 11 no Estado do Amapá e 01 no Estado de Rondônia. A pesquisa indica que o Estado do Pará tem maior quantidade de terminais/portos hidroviários na Região Amazônica. NÚMERO DE TERMINAIS ANALISADOS POR ESTADO 106 64 30 11 1 RONDÔNIA AMAPÁ AMAZONAS PARÁ TOTAL Gráfico 01: Número de terminais por estado Para a ánalise dos padrões de atendimento dos terminais, classificou-se como elevado quando o nível de atendimento encontrava-se acima de 70%; baixo quando estava abaixo de 50% e médio para a situação intermediária. Relatório Executivo 27 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica A seguir serão analisados os gráficos por estado para se ter melhor visibilidade sobre as condições apresentadas em cada estado. 6.1. Terminais de Passageiros do Estado do Amapá No Estado do Amapá foram levantados onze terminais, neste universo verificaram-se percentuais de ocorrência de itens de atendimento muito baixos. Teoricamente não existem condições desses portos operarem com passageiros, mas essa é uma realidade de atendimento à população. O terminal que apresentou melhor atendimento foi o porto do Grego em Santana (AP) que atende a linha Macapá-Belém, apresentando um índice da ordem de 43%. Esse índice ainda está muito abaixo do esperado, indicando que medidas corretivas e adaptativas precisam ser implementadas para dotar a linha Macapá-Belém de um terminal adequado às funções de embarque e desembarque de passageiros. A localidade de Laranjal do Jari, no estado do Amapá, apresentou a maior carência em equipamentos destinados à operação com passageiros. 6.1.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos Apresenta-se na Tabela 04 a indicação dos percentuais de atendimento global dos terminais do Estado do Amapá, onde se observa que os terminais deste Estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam um baixo padrão de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para um terminal de passageiros. 28 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica TERMINAIS DO AMAPÁ PADRÃO DE ATENDIMENTO REQUISITOS ELEVADO MÉDIO BAIXO A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 27,27% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 0,00% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 0,00% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 0,00% A) ACESSOS B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 0,00% 72,73% B3 - GUARITA DE CONTROLE 9,09% C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 0,00% C2 - POSTO DE POLÍCIA 0,00% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 18,18% C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 36,36% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 0,00% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 63,64% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 27,27% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 18,18% D10 - POLICIAMENTO 9,09% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 0,00% D12 - GUARDA VOLUMES 0,00% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 27,27% D3 - BANCOS / ASSENTOS 0,00% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 9,09% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 45,45% D6 - LIXEIRAS 18,18% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 9,09% D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE EMBARQUE) F) ÁREA DE ATRACAÇÃO 45,45% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 0,00% E2 - BANCOS E ASSENTOS 0,00% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 0,00% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 9,09% E5 - LIXEIRAS 18,18% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 0,00% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 9,09% E8 - LANCHONETE 18,18% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 9,09% 54,55% 72,73% 72,73% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 0,00% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 0,00% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 9,09% Tabela 04: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amapá. Relatório Executivo 29 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Observa-se nos Gráficos 02 e 03, os quais apresentam em ordem decrescente os percentuais de atendimento de cada critério, que o padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amapá é muito baixo. Constata-se que apenas três critérios, com média de 73%, apresentaram um padrão de atendimento elevado; dois apresentaram um padrão de atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 60% e os demais critérios analisados apresentaram, de forma latente, baixo padrão de atendimento. É notório ressaltar que os terminais do Amapá precisam de imediatas intervenções na busca da melhoria de seus padrões de atendimento. Requisitos operacionais mínimos e necessários a um satisfatório funcionamento desses terminais precisam ser atendidos. Itens de atendimento como linhas de ônibus que servem ao terminal, área específica para ponto de parada de táxi e área específica para ponto de parada de ônibus apresentaram percentuais muito próximos a 0%. O atendimento a direitos constitucionais de cidadãos precisam ser respeitados, pois se observou que postos de polícia e de atendimento médico inexistem e que a qualidade operacional da mão de obra utilizada na movimentação de carga no terminal é extremamente baixa. Quanto às características das áreas de atracação das embarcações desses terminais, observa-se que estas não são plenamente satisfatórias, mas ao menos atendem, mesmo que de forma precária, às operações de atracação. Em síntese, no Amapá os terminais atendem de forma precária, apenas, às operações de atracação; de embarque e desembarque de passageiros e de carga e descarga. Todo e qualquer infraestrutura necessária e suficiente a socialização da operação desses terminais não foram observadas. 30 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAPÁ F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 73% B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 73% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 73% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 64% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 55% D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) 45% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 45% C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 36% A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 27% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 27% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 27% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 18% D6 - LIXEIRAS 18% E5 - LIXEIRAS 18% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 18% E8 - LANCHONETE 18% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 9% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS MASCULINO E FEMININO 9% B3 - GUARITA DE CONTROLE 9% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES 9% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 02: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Amapá Relatório Executivo 31 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAPÁ D10 – POLICIAMENTO 9% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 9% E7 - QUADRO DE HORÁRIOS DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCARÇÕES 9% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS DE AVISOS 9% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 0% D3 - BANCOS/ASSENTOS 0% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 0% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 0% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 0% B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA 0% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 0% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 0% E2 - BANCOS E ASSENTOS 0% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 0% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 0% D12 - GUARDA VOLUMES 0% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 0% C2 - POSTO DE POLÍCIA 0% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 0% C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 0% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 03: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Amapá 32 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.1.2 Percentual de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 04, o qual apresenta em ordem decrescente o nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo. Apenas o porto do Grego apresenta um desempenho melhor em relação aos demais. Apenas dois terminais, porto do Grego e Igarapé das Mulheres, apresentaram percentuais iguais ou acima de 30 %. Cerca de 75% dos terminais analisados apresentaram padrões abaixo de 20%, o que mostra que intervenções imediatas precisam ser feitas nesses terminais em busca do alcance de um padrão operacional adequado. Gráfico 04: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Amapá Relatório Executivo 33 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO AMAPÁ PROTO DE GREGO 43% PORTO DO IGARAPÉ DAS MULHERES 30% PORTO SEAMAR - NAV. S. BENEDITO 25% PORTO SOUZAMAR 18% RAMPA SANTA INÊS 18% CANAL DO JANDIÁ 18% PORTO GONÇALVES 18% TERMINAL HIDROVIÁRIO DE LARANJAL DO JARI 13% IGARAPÉ DA FORTALEZA 5% PORTO DOS PEIXEIROS 5% PORTO DO LUIS EDUARDO 5% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 04: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Amapá 34 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.1.3 Padrão de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 05, o qual apresenta o padrão de atendimento global dos critérios analisados, que 100% dos terminais do Estado do Amapá apresentam um padrão de atendimento baixo, o que leva a concluir que todos os terminais do Estado do Amapá necessitam de melhorias. PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO AMAPÁ 100% 0% 0% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 05: Padrão de atendimento global dos terminais do Estado do Amapá Relatório Executivo 35 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.2. Terminais de Passageiros do Estado do Amazonas No Estado do Amazonas foram levantados trinta pontos de embarque e desembarque de passageiros. Neste universo verificam-se percentuais de ocorrência de critérios de atendimento melhores que no Amapá. Os terminais do Amazonas apresentam grande disparidade entre seus padrões de atendimento. O terminal Roadway apresenta melhor padrão de atendimento com 70% de observância dos itens pesquisados. Em contra-partida, terminais como os de Eirunepé e Porto São Raimundo, apresentam baixos e incipientes padrões de atendimentos, com valores de aproximadamente 3%. Nas pesquisas de campo observou-se que uma das principais causas das diferenças de padrões existentes entre os terminais é o desequilíbrio socioeconômico existente na grande área territorial do Estado do Amazonas. Nesse sentido, observou-se que os problemas inerentes às características operacionais dos terminais aumentam na mesma proporção das distâncias à capital, Manaus. 6.2.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos Apresenta-se na Tabela 05 a indicação dos percentuais de atendimento global dos terminais do Estado do Amazonas, onde se observa que os terminais desse estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam um baixo padrão de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para um terminal de passageiros. A disposição dos padrões de atendimento dos terminais do Amazonas não está muito distante daquela do Amapá. No entanto, observa-se um maior percentual de atendimento médio dos critérios da faixa média em relação ao Amapá. 36 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica TERMINAIS DO AMAZONAS PADRÃO DE ATENDIMENTO REQUISITOS ELEVADO A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO MÉDIO BAIXO 53,33% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 13,33% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 26,67% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 16,67% A) ACESSOS B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 26,67% B3 - GUARITA DE CONTROLE 16,67% C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 3,33% C2 - POSTO DE POLÍCIA 6,67% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS 26,67% 80,00% C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 16,67% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 16,67% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 50,00% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 26,67% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 13,33% D10 - POLICIAMENTO 6,67% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 3,33% D12 - GUARDA VOLUMES 10,00% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 30,00% D3 - BANCOS / ASSENTOS 53,33% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 53,33% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 50,00% D6 - LIXEIRAS 53,33% D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE EMBARQUE) F) ÁREA DE ATRACAÇÃO G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 10,00% 3,33% 53,33% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 10,00% E2 - BANCOS E ASSENTOS 23,33% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 13,33% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 3,33% E5 - LIXEIRAS 20,00% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 6,67% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 6,67% E8 - LANCHONETE 13,33% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 43,33% 40,00% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 23,33% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 36,67% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 10,00% 63,33% Tabela 05: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amazonas. Relatório Executivo 37 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Observa-se nos Gráficos 06 e 07, os quais apresentam em ordem decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amazonas é baixo. No entanto, é mais uniformemente distribuído, para o padrão baixo, que o do estado do Amapá. Esses gráficos evidenciam que apenas o critério de serviços de carregadores, com valor médio de 80%, apresentou um padrão de atendimento elevado; oito apresentaram um padrão de atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 55% e os demais critérios analisados apresentaram, de forma latente, baixo padrão de atendimento, com média de 17%. Da análise dos percentuais de atendimento, ressalta-se que os terminais do Amazonas necessitam de intervenções que proporcionem melhorias nos padrões de atendimento. Requisitos operacionais mínimos e necessários a um satisfatório funcionamento desses terminais precisam ser atendidos. É importante evidenciar que itens de atendimento como postos de atendimento médico, área de circulação com sinalização e telefones públicos apresentaram percentuais de atendimento muito baixo. Tal constatação revela um descaso à operacionalização dos terminais, pois o nível de investimentos necessários à melhoria desses padrões é mínimo, quando comparado aos benefícios sociais que poderiam ser alcançados. Outro fato que merece destaque na operacionalização dos terminais do Amazonas é que requisitos relacionados à área de atracação, em sua totalidade, apresentaram baixo padrão de atendimento, o que nos leva a crer que sequer esses itens estão sendo atendidos, mesmo sendo este de importância primária. 38 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAZONAS C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 80% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 63% A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 53% D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) 53% D6 – LIXEIRAS 53% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS MASCULINO E FEMININO 53% D3 - BANCOS/ASSENTOS 53% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 50% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 50% 43% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 40% F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 37% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 30% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 27% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 27% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 27% B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA 27% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 23% E2 - BANCOS E ASSENTOS 23% E5 – LIXEIRAS ELEVADO MÉDIO 20% BAIXO Gráfico 06: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Amazonas Relatório Executivo 39 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAZONAS A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 17% C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 17% B3 - GUARITA DE CONTROLE 17% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 17% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 13% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 13% E8 – LANCHONETE 13% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 13% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 10% D12 - GUARDA VOLUMES 10% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 10% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 10% D10 – POLICIAMENTO 7% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 7% C2 - POSTO DE POLÍCIA 7% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 7% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 3% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES 3% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 3% C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 3% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 07: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Amazonas 40 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.2.2 Percentual de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 08, o qual apresenta em ordem decrescente o nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo. Apenas o porto do Roadway é que apresentou um desempenho um pouco melhor em relação aos demais. Apenas quatro terminais, Roadway, Ceasa, Tabatinga e Humaitá é que apresentaram percentuais iguais ou acima de 50%. Cerca de 80% dos terminais analisados apresentaram padrões abaixo de 30%, o que mostra que intervenções imediatas precisam ser feitas nesses terminais em busca do alcance de um padrão operacional adequado. Gráfico 08: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Amazonas Relatório Executivo 41 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO AMAZONAS Roadway 70% CEASA 60% TERMINAL FLUVIAL DE TABATINGA 55% PORTO DE HUMAITÁ 50% ARTHUR VIRGÍLIO IV 43% ELTUCAM 43% PORTO DE COARI 38% CODAJÁS 30% PORTO INDEPENDÊNCIA 30% FLUTUANTE NOVA GERAÇÃO 30% MANAUS MODERNA 28% PRINCESA ALTO SOLIMÕES 28% PORTO PANAIR/DEMÉTRIO 25% PORTO DE NOVO ARIPUANÂ 25% PORTOBRAS 25% SÃO RAIMUNDO I 23% JOSÉ TEIXEIRA ROCHA 23% PORTO PRINCIPAL DE BORBA 20% PAULO AVELINO 20% PORTO DE MANACAPURU 18% PORTO TABARÉ 18% PORTO DE TONANTINS 15% AREIA BRANCA 13% TERMINAL DE EMBARGUE E DESEMBARQUE DE MANAQUIRI 13% A. MENDES 10% ASSOCIAÇÃO DOS CANOEIROS DO CAREIRO 8% PORTO PROVISÓRIO DADO CARVALHO 8% PORTO DE ITACOATIARA 8% PORTO SÃO RAIMUNDO COM APARECIDA 3% EIRUNEPÉ 3% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 08: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Amazonas 42 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.2.3 Padrão de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 09, o qual apresenta o padrão de atendimento global dos critérios analisados, que 87% dos terminais do Estado do Amazonas apresentam um padrão de atendimento baixo, 10% médio e apenas 3% apresentaram um padrão elevado, o que leva a concluir que a maioria dos terminais do Estado do Amazonas necessitam ser adequados. PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO AMAZONAS 87% 10% 3% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 09: Padrão de atendimento global dos terminais do Estado do Amazonas 6.3. Terminais de Passageiros do Estado do Pará No Estado do Pará foram levantados trinta e cinco terminais de embarque e desembarque de passageiros. Os dados coletados e as análises desenvolvidas evidenciam um nível de padrão de atendimento um pouco melhor em relação aos terminais do Amazonas e do Amapá. Relatório Executivo 43 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Com relação aos terminais do Pará, observa-se que nenhum apresentou padrão de atendimento elevado. Apenas 12% dos terminais apresentaram padrão considerado médio, destacando-se o terminal hidroviário Domingos Moura Rebelo em Breves e o porto da CDP em Óbidos com 58%, os demais apresentaram baixo padrão de atendimento com percentuais médios da ordem de 22%. Da análise dos percentuais de atendimento global dos terminais observa-se que os baixos padrões de atendimentos são fragmentados e regionalizados, não existindo grandes diferenças intervalares entre terminais contidos em regiões semelhantes. Não se observou padrões iguais a zero ou próximos, mas constata-se que esses terminais precisam, de forma imediata, passar por adequações na busca de padrões aceitáveis. 6.3.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos Apresenta-se na Tabela 06 a indicação dos percentuais de atendimento global dos terminais do Estado do Pará, onde se observa que os terminais desse estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam baixo padrão de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para um terminal de passageiros. Constata-se na disposição dos padrões de atendimento dos terminais do Pará que apenas dois requisitos analisados apresentaram padrão elevado, três médio e os demais apresentaram baixo padrão. 44 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica TERMINAIS DO PARÁ PADRÃO DE ATENDIMENTO REQUISITOS ELEVADO A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO MÉDIO BAIXO 77,14% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 17,14% A) ACESSOS B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 48,57% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 28,57% B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 22,86% 51,43% B3 - GUARITA DE CONTROLE 14,29% C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 0,00% C2 - POSTO DE POLÍCIA 2,86% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS 68,57% C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 11,43% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 5,71% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 42,86% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 40,00% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 20,00% D10 - POLICIAMENTO 20,00% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 14,29% D12 - GUARDA VOLUMES 5,71% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 51,43% D3 - BANCOS / ASSENTOS 37,14% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 40,00% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 31,43% D6 - LIXEIRAS 37,14% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 2,86% D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE EMBARQUE) F) ÁREA DE ATRACAÇÃO G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 5,71% 40,00% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 2,86% E2 - BANCOS E ASSENTOS 11,43% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 17,14% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 5,71% E5 - LIXEIRAS 20,00% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 0,00% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 5,71% E8 - LANCHONETE 11,43% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 45,71% 48,57% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 34,29% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 40,00% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 20,59% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 80,00% Tabela 06: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Pará. Relatório Executivo 45 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Observa-se nos Gráficos 10 e 11, os quais apresentam em ordem decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o padrão de atendimento no Estado do Pará é baixo. Os gráficos evidenciam que apenas o critério de acesso com boa capacidade de tráfego ao terminal e os serviços de movimentação de carga apresentaram um padrão de atendimento elevado, com percentuais médios da ordem de 80%; três apresentaram um padrão de atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 60%. Os critérios de análise restantes apresentaram baixo padrão de atendimento, com média de 22%. Da análise dos percentuais de atendimento, ressalta-se que os terminais do Pará necessitam de intervenções que proporcionem melhorias nos padrões de atendimento. Requisitos operacionais mínimos e necessários a um satisfatório funcionamento desses terminais precisam ser implementados. Itens de atendimento como equipamentos utilizados nas operações de carga e descarga apresentaram percentuais de atendimento igual a zero. Observa-se uma elevada taxa de ocupação dos berços dos terminais, pois o critério de avaliação relativo à suficiência dos berços apresenta um padrão de atendimento de apenas 3%, o que evidencia que investimentos precisam ser feitos no Pará, visando um aumento da oferta de berços para atracação. Na operacionalização dos terminais do Pará, merece destaque o fato de que os terminais precisam de investimentos em obras de infraestrutura portuárias que permitam uma maior adequabilidade das estruturas de atracação aos padrões de embarcações que utilizam os terminais, uma vez que o padrão de adequabilidade dos terminais do Pará é de apenas 46%. 46 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO PARÁ 80% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 77% 69% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 51% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 51% F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 49% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 49% 46% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARGUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 43% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) 40% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 40% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 40% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 40% D6 – LIXEIRAS 37% D3 - BANCOS/ASSENTOS 37% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 34% 31% D5 - TELEFONES PÚBLICOS A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 29% 23% B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS ELEVADO 21% MÉDIO BAIXO Gráfico 10: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Pará Relatório Executivo 47 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO PARÁ E5 – LIXEIRAS 20% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 20% D10 – POLICIAMENTO 20% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 17% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 17% B3 - GUARITA DE CONTROLE 14% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 14% C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 11% E8 – LANCHONETE 11% E2 - BANCOS E ASSENTOS 11% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 6% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES 6% D12 - GUARDA VOLUMES 6% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 6% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 6% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 3% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS DE AVISOS 3% C2 - POSTO DE POLÍCIA 3% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 0% C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 0% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 11: Padrão de atendimento por item dos terminais do Estado do Pará 48 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.3.2 Percentual de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 12, o qual apresenta em ordem decrescente o nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo. Apenas quatro terminais apresentaram percentuais de nível de atendimento igual ou acima de 50%, todos os demais apresentaram percentuais abaixo ou iguais a 50%, com valores médios de cerca de 25%. Gráfico 12: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Pará Relatório Executivo 49 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO PARÁ TERMINAL HIDROVIÁRIO DOMINGO MOURA REBELO 58% COMPANHIA DOCAS DO PARÁ 58% TERMINAL HIDROVIÁRIO DE ORIXIMINÁ 53% PORTO GABRIELA 50% DR. CELSO ANGELO DE CASTRO LIMA 48% SÃO FRANCISCO DE PAULA 48% TERMINAL HIDROVIÁRIO CORRÊA DE SOUZA 40% HIDROVIÁRIA - DOROTR STENG 35% TERMINAL HIDROVIÁRIO DR. ALMIR GABRIEL 35% PORTO LIMIÃO 33% PORTO DE JURUTI 30% PORTO ALIANÇA 30% ESTAÇÃO HIDROVIÁRIA 30% ESTAÇÃO HIDROVIÁRIA DE PORTEL 28% HIDROVIÁRIO TAPAJÓS 25% SANTO ANTONIO LATINO 25% ROMEU SANTOS 25% HIDROVIÁRIO JOÃO DE CASTRO FREITAS 25% PORTO LEÃO 25% PORTO DA BALSA 23% HIDROVIÁRIO DE ALMERIM 23% MARQUES PINTO 18% SENADOR JOSÉ PORTÍRIO 18% PORTO TUCURUÍ 18% PORTO PONTES DE AÇAI 18% PORTO DA PARAGÁS 18% TERMINAL DA PRAÇA TIRADENTES 15% TRAPICHE MUNICIPAL DE MOCAJUBA 15% PORTAL REPUBLICANO 15% TERMINAL HIDROVIÁRIO DE GURUPÁ 15% PORTO DO BIRA 15% ITUQUARA 13% PORTO DO DR 10% PORTO TEXACO/PORTO CARVALHO 10% HIDROVIÁRIO DE PRAINHA 10% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 12: Nível de atendimento global por terminais do Estado do Pará 50 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.3.3 Padrão de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 13, o qual apresenta o padrão de atendimento global dos critérios analisados, que 89% dos terminais do Estado do Pará apresentam um padrão de atendimento baixo, 11% médio e nenhum apresenta padrão elevado, o que leva a concluir que os terminais do Estado do Pará necessitam de melhorias e adequações. PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO PARÁ 89% 11% 0% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 13: Padrão de atendimento global dos terminais do Estado do Pará Relatório Executivo 51 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.4. Terminais de Passageiros de Belém Na cidade de Belém foram levantados vinte e nove terminais. Nestes terminais verificaram-se percentuais de ocorrência de itens de atendimento medianos, com a ocorrência de padrões de atendimento sensivelmente superiores aos dos do Amapá, Amazonas e no restante do Pará. O terminal hidroviário de Belém, o porto Bom Jesus e o terminal hidroviário da Henvil, foram os que apresentaram nível de atendimento global elevado. Cerca de 30% dos terminais apresentaram padrão médio e os demais se caracterizaram com um baixo nível de atendimento. A sensível elevação dos padrões de atendimento dos terminais de Belém é pressupostamente induzida pela localização desses às proximidades de polos urbanos desenvolvidos, onde o nível de exigência dos usuários acaba por alavancar a alocação de recursos em infraestrutura portuária. 6.4.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos Apresenta-se na Tabela 07 a indicação dos percentuais de atendimento global dos terminais de Belém. Observa-se, em comparação com os demais terminais, que os de Belém apresentam melhorias quantitativas e qualitativas consideráveis. 52 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica TERMINAIS DE BELÉM PADRÃO DE ATENDIMENTO REQUISITOS ELEVADO A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 72,41% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 72,41% MÉDIO BAIXO A) ACESSOS B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 68,97% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 68,97% B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 65,52% 65,52% B3 - GUARITA DE CONTROLE 62,07% C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 58,62% C2 - POSTO DE POLÍCIA 58,62% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 55,17% C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 51,72% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 51,72% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 51,72% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 48,28% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 48,28% D10 - POLICIAMENTO 48,28% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 48,28% D12 - GUARDA VOLUMES 48,28% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 44,83% D3 - BANCOS / ASSENTOS 41,38% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 37,93% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 37,93% D6 - LIXEIRAS 37,93% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 34,48% D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE EMBARQUE) F) ÁREA DE ATRACAÇÃO G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 34,48% 34,48% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 34,48% E2 - BANCOS E ASSENTOS 34,48% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 31,03% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 27,59% E5 - LIXEIRAS 24,14% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 24,14% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 20,69% E8 - LANCHONETE 17,24% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 13,79% 10,34% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 6,90% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 6,90% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 3,45% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 0,00% Tabela 07: Percentual do padrão de atendimento dos terminais de Belém. Relatório Executivo 53 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Observa-se nos Gráficos 14 e 15, os quais apresentam em ordem decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o padrão de atendimento dos terminais de Belém é medianamente mais elevado que os demais. Afere-se que apenas dois critérios, com média de 72%, apresentaram um padrão de atendimento elevado; onze apresentaram um padrão de atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 60% e os demais critérios analisados apresentaram baixo padrão de atendimento, porém mais elevado que os anteriormente analisados. Vale ressaltar que os terminais de Belém precisam de intervenções na busca da melhoria de seus padrões de atendimento. Necessitam de melhorias em suas estruturas de acostagem de forma a permitir uma minoração das taxas de ocupação dos berços e uma melhoria nos padrões de infraestrutura portuária. Investimentos em obras de adequações precisam ser realizados, principalmente aqueles voltados à melhoria de requisitos relativos às áreas de acumulação pública, às salas de embarque, às áreas de atracação e aos processos de movimentação e armazenagem de carga, pois as pesquisas de campo evidenciaram padrões de atendimento baixo a esses itens. Nenhum dos terminais analisados em Belém apresenta postos de atendimento médico e apenas 3% do universo analisado apresentam postos de policiamento, fazendo com que a população fique desprovida de qualquer atendimento médico e extremamente vulnerável à contravenções. Conclui-se que em Belém os terminais atendem de forma razoável a população que deles se utilizam, necessitando de ações que visem não somente melhorias físicas, mas também aquelas voltadas a socialização das operações portuárias de carga e de passageiros. 54 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DE BELÉM C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 72% F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 72% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 69% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 69% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 66% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 66% A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 62% D6 – LIXEIRAS 59% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 59% B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 55% D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) 52% C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 52% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 52% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 48% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 48% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 48% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 48% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 48% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 45% B3 - GUARITA DE CONTROLE ELEVADO 41% MÉDIO BAIXO Gráfico 14: Padrão de atendimento por item dos terminais da cidade de Belém Relatório Executivo 55 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DE BELÉM D3 - BANCOS/ASSENTOS 38% E5 – LIXEIRAS 38% G2 - EQUIPAMENOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 38% D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 34% B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXI E VEÍCULOS DE CARGA 34% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 34% E8 – LANCHONETE 34% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES 34% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 31% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 28% E2 - BANCOS E ASSENTOS 24% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 24% 21% D12 - GUARDA VOLUMES E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 17% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 14% 10% D10 – POLICIAMENTO D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 7% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 7% C2 - POSTO DE POLÍCIA C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO ELEVADO 3% 0% MÉDIO BAIXO Gráfico 15: Padrão de atendimento por item dos terminais da cidade de Belém 56 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.4.2 Percentual de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 16, o qual apresenta em ordem decrescente o nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é baixo. O terminal hidroviário de Belém, o porto Bom Jesus e o terminal hidroviário da Henvil, foram os que apresentaram nível de atendimento global elevado. Cerca de 30% dos terminais apresentaram padrão médio e os demais, correspondentes a 60%, apresentaram um baixo nível de atendimento. Gráfico 16: Nível de atendimento global por terminais da cidade de Belém Relatório Executivo 57 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DE BELÉM TERMINAL HIDROVIÁRIO 75% PORTO BOM JESUS 73% TERMINAL HIDROVIÁRIO HENVIL 70% PORTO MATURU 65% PORTO GURUPATUBA 58% PORTO ARAPARI 58% MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO 55% PORTO JURUMÃ 53% PORTO CUSTÓDIO 53% NAVEGAÇÃO SÃO DOMINGOS 53% PORTO LEÃO DO MARAJÓ 50% PORTO COMERCIAL 50% PORTO TAMANDARÉ 43% PORTO DA FEIRA DO AÇAI 43% TERMINAL FLUVIAL DE BELÉM - MOSQUEIRO 40% PORTO BOA VIAGEM 40% BRILHANTE 35% PORTO SÃO BENEDITO 33% PORTO DA FOCA 33% PALMEIRAÇO 30% PORTO PERSERVERANÇA 30% ANAIAS 28% PORTO RIO ARANAÍ 25% PORTO IMPERIAL 23% SANTA EFIGÊNIA 23% PORTO DOURADO 8% PORTO AIRES 8% PORTO VASCONCELOS 8% PORTO SOUZA SOBRINHO 8% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 16: Nível de atendimento global por terminais da cidade de Belém 58 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.4.3 Padrão de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 17, o qual apresenta o padrão de atendimento global dos critérios analisados, que 59% dos terminais da cidade de Belém apresentam um padrão de atendimento baixo, 31% médio e 10% elevado. Dentre os terminais analisados nos estados do Amapá, Amazonas e Pará, os de Belém foram os que apresentaram maior percentual de padrão elevado e também de padrão médio, evidenciando que os menores percentuais de inobservância dos critérios de atendimento, encontram-se nos terminais de Belém. PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DE BELÉM 59% 31% 10% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 17: Padrão de atendimento global dos terminais da cidade de Belém Relatório Executivo 59 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.5. Terminais de Passageiros da Amazônia A análise global considerando todos os terminais da Amazônia levantados indica um incipiente padrão de atendimento, onde se constata que não foi obtido nenhum percentual de padrão elevado, mas sim, apenas, seis padrões médios. Dessa forma, quando se analisa de forma global a qualidade e os padrões operacionais de todos os terminais da região Amazônica, podem-se classificar esses com um padrão baixo. Assim, torna-se premente a necessidade de investimentos desses na busca de padrões de atendimento aceitáveis. 6.5.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos Apresenta-se na Tabela 08 a indicação dos percentuais de atendimento global de todos os terminais analisados na região Amazônica. Observa-se que quando se analisa o nível de atendimento de todos os terminais, não se encontra nenhum critério com padrão elevado, evidenciando que a análise conjunta de todos os terminais da Amazônia demonstra a necessidade de serem realizados investimentos nos terminais em busca de uma melhoria desses índices. 60 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica TERMINAIS DA AMAZÔNIA PADRÃO DE ATENDIMENTO REQUISITOS ELEVADO MÉDIO A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO 67,92% A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 65,09% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 61,32% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 54,72% BAIXO A) ACESSOS B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL 52,83% 51,89% B3 - GUARITA DE CONTROLE 48,11% C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO 47,17% C2 - POSTO DE POLÍCIA 46,23% C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 43,40% C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 42,45% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 42,45% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 40,57% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 38,68% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 37,74% D10 - POLICIAMENTO 36,79% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 36,79% D12 - GUARDA VOLUMES 27,36% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 26,42% D3 - BANCOS / ASSENTOS 25,47% D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 24,53% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 24,53% D6 - LIXEIRAS 21,70% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 21,70% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE EMBARQUE) F) ÁREA DE ATRACAÇÃO G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 20,00% 19,81% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 19,81% E2 - BANCOS E ASSENTOS 16,98% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 16,98% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 14,15% E5 - LIXEIRAS 13,21% E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS 12,26% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 10,38% E8 - LANCHONETE 10,38% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES 8,49% 8,49% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 6,60% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA 3,77% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 3,77% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 0,94% Tabela 08: Percentual do padrão de atendimento dos terminais da Amazônia Relatório Executivo 61 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Observa-se nos Gráficos 18 e 19, os quais apresentam em ordem decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o padrão de atendimento do conjunto dos terminais da Amazônia é bastante baixo com média global da ordem de 30%. Afere-se que da análise conjunta de todos os terminais da Amazônia nenhum critério apresenta padrão elevado, apenas seis critérios, com média de cerca de 60%, apresentaram um padrão de atendimento médio e trinta e quatro apresentaram um padrão de atendimento baixo, com percentuais médios da ordem de 25%. Itens de atendimento de grande importância na operacionalização dos terminais, como o grupo de requisitos relativos à área de atracação apresentaram percentuais de atendimento abaixo de 10%. Da mesma forma, o grupo de requisitos relativo à movimentação e armazenagem de carga apresentaram percentuais abaixo de 3%. Na ótica dos baixos padrões de atendimento o grupo de requisitos que apresentou melhor desempenho foi o de instalações e serviços, que apresentou percentuais médios da ordem de 45%. No padrão médio o grupo de requisitos referente a acessos apresentou média percentual da ordem de 65%. Conclui-se a luz de uma análise conjunta dos terminais da Amazônia, onde se buscou obter um padrão de terminal para a região, que esses apresentam um padrão de atendimento muito baixo, evidenciando a necessidade urgente de investimento que proporcionem uma melhoria na infraestrutura portuária da região. 62 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES 68% G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 65% 61% A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCARÇÕES 55% C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA 53% F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS 52% 48% B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS AO TERMINAL D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE REVISTA) 47% D6 - LIXEIRAS 46% F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS 43% D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS 42% D5 - TELEFONES PÚBLICOS 42% 41% G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO 39% D3 - BANCOS/ASSENTOS 38% A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI 37% C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO 37% A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL 27% C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA EMBARCAÇÕES 26% E5 - LIXEIRAS 25% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 18: Padrão de atendimento por item dos terminais da Amazônia Relatório Executivo 63 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS 25% B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E VEÍCULOS DE CARGA 25% B3 - GUARITA DE CONTROLE 22% D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 22% G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS 20% C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO 20% E8 - LANCHONETE 20% E2 - BANCOS E ASSENTOS 17% E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO 17% D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO 14% D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES 13% D10 - POLICIAMENTO 12% D12 - GUARDA VOLUMES 10% E4 - TELEFONES PÚBLICOS 10% E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS) 8% E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 8% D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS 7% C2 - POSTO DE POLÍCIA 4% E6 - SISTEMA DE CHAMADA E AVISOS 4% C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO ELEVADO 1% MÉDIO BAIXO Gráfico 19: Padrão de atendimento por item dos terminais do município de Belém 64 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 6.5.2 Padrão de Atendimento Global Observa-se no Gráfico 20, o qual apresenta o padrão de atendimento global dos critérios analisados para o conjunto de terminais da Amazônia, que 81% dos terminais apresentam um padrão de atendimento baixo, 15% médio e apenas 4% elevado. PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA 81% 15% 4% ELEVADO MÉDIO BAIXO Gráfico 20: Padrão de atendimento global dos terminais da Amazônia Relatório Executivo 65 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 7. MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS Neste tópico apresenta-se um resumo da movimentação total de passageiros aferida nas principais linhas regulares de transporte fluvial da Amazônia. A pesquisa procurou abranger um maior número de linhas regulares possíveis autorizadas pela ANTAQ e pelos órgãos estaduais de transporte. Entretanto, sabe-se que existem diversas linhas intermunicipais, de pequena expressão e de transporte eventual, que não foram identificadas em virtude da dispersão das linhas e da amplitude territorial da região Amazônica, de restrições financeiras e do curto prazo para consecução das pesquisas. É possível que a soma das linhas e dos respectivos passageiros se aproximem do número real movimentado por ano em linhas regulares. Quando esse universo engloba as linhas informais e eventuais, supõe-se que os números da movimentação de passageiros sejam superiores aos já identificados nas linhas regulares. Foram realizados três levantamentos em três diferentes períodos do ano, conforme já descrito. Nas três etapas de coleta de dados buscou-se captar indícios de sazonalidades na movimentação de passageiros em cada linha. No Gráfico 21 são apresentadas as demandas totais aferidas, com e sem a inclusão das travessias de Manaus a Cacau Pereira e de Manaus a Iranduba, em cada um dos três levantamentos. Distinção especial é dada às referidas travessias, uma vez que no terceiro levantamento deixaram de operar devido à inauguração da ponte sobre o Rio Negro que ocorreu em 24 de outubro de 2011. Ressalta-se que as duas travessias representavam cerca de 34% da movimentação de passageiros da Amazônia em linhas regulares. 66 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Pesquisa 1 Pesquisa 2 Com travessia Pesquisa 3 Sem travessia* 8.991.632 8.825.024 8.736.110 9.413.762 CARACTERIZAÇÃO DO TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE PASSAGEIROS SEGUNDO O MOMENTO DA PESQUISA 14.392.112 13.625.536 13.602.516 12.789.899 Média Gráfico 21: Movimentação Anual de Passageiros. No Gráfico 21, verifica-se um aumento na demanda de passageiros na segunda campanha de levantamento. Tal fato era esperado, uma vez que na época desse levantamento ocorria o período de férias escolares na região Amazônica, com maior procura pelo transporte fluvial. A seguir é apresentado um quadro geral com todas as linhas regulares pesquisadas e suas principais características de operação, onde se incluiu, além das informações sobre a demanda de passageiros em 2012 e a projeção para 2022, informações como: distância, taxa de ocupação média, tarifa média, IPK (índice de passageiros por Km) médio e capacidade média das embarcações por linha. Ao final do quadro, são apresentadas as duas linhas de travessia (Manaus – Cacau Pereira e Manaus – Iranduba) que deixaram de existir com a construção da ponte sobre o Rio Negro. Essas duas linhas movimentavam juntas 4.708.308 passageiros por ano, sendo que esta demanda foi deslocada, com a construção da ponte, para o transporte rodoviário. Com este fato, a movimentação total de passageiros nas linhas da Amazônia (média dos três Relatório Executivo 67 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica levantamentos), que era de 13.602.516 nas linhas regulares, foi reduzida para 8.894.208 passageiros por ano, com a saída das travessias citadas. Quanto à projeção da demanda de passageiros para 2022, observase que ocorre um aumento de cerca de 12% em relação a 2012, com uma demanda total projetada de 9.948.715. Quanto ao Índice de Passageiro por Quilômetro – IPK médio da totalidade das linhas encontra-se um valor médio da ordem de 0,70, evidenciando que as linhas regulares da Amazônia transportam, em média, 1,00 passageiro a cada 1,50 Km. A seguir é apresentado um quadro geral com o número de passageiros movimentados em todas as linhas regulares pesquisadas nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá. 68 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 ABAETETUBA - LIMOEIRO DO AJURÚ 92 2.007 24.084 95,1 20,00 51 0,53 28.606 ABAETETUBA – MUANÁ 65 1.978 23.736 44,2 20,00 80 0,54 25.678 ABAETETUBA - VILA MAIUATÁ 36 696 8.352 72,5 5,00 20 0,40 8.352 AFUÁ – BELÉM 338 190 2.280 92,3 100,00 60 0,16 2.602 AFUÁ – BREVES 133 13 156 89,5 32,00 60 0,40 173 AFUÁ – CURRALINHO 168 5 60 88,2 40,00 60 0,32 65 AFUÁ - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA 201 7 84 81,7 55,00 60 0,24 96 AFUÁ – MACAPÁ 83 8.070 96.840 79,6 26,25 125 1,20 117.613 ALENQUER – BREVES 690 11 132 52,1 160,00 295 0,22 140 ALENQUER – CURUÁ 46 2.169 26.028 72,9 13,00 29 0,46 28.637 ALENQUER – GURUPÁ 495 45 540 71,1 142,00 136 0,20 627 ALENQUER – JURUTI 61 123 1.476 53,6 20,00 314 2,76 1.611 ALENQUER – ÓBIDOS 27 341 4.092 54,1 12,00 314 6,29 4.671 ALENQUER – SANTARÉM 93 8.317 99.804 55,1 23,00 314 1,86 118.197 ALENQUER – MANAUS 555 3.493 41.916 52,7 100,00 314 0,30 43.651 ALENQUER – PARINTINS 134 29 348 53,5 30,00 314 1,25 397 ALMEIRIM – ALTAMIRA 860 119 1.428 76,2 165,00 156 0,14 1.541 ALMEIRIM – BELÉM 525 629 7.548 55,3 120,00 260 0,27 8.341 ALMEIRIM – BREVES 318 74 888 76,5 110,00 154 0,37 987 ALMEIRIM – GURUPÁ 184 83 996 78,7 63,00 60 0,26 1.133 ALMEIRIM – ITACOATIARA 756 5 60 47,5 150,00 427 0,27 71 ALMEIRIM – JURUTI 459 10 120 57,3 85,00 275 0,34 137 ALMEIRIM - MONTE ALEGRE 195 158 1.896 58,9 57,00 275 0,83 2.164 ALMEIRIM – ÓBIDOS 425 3 36 59,7 130,00 275 0,39 42 ALMEIRIM - PORTO DE MOZ 75 51 612 74,3 28,00 156 1,55 660 ALMEIRIM – PRAINHA 127 361 4.332 58,7 35,00 275 1,27 5.047 ALMEIRIM – SANTARÉM 305 1.641 19.692 68,5 54,00 460 1,03 22.134 ALMEIRIM - VITÓRIA DO XINGU 819 33 396 62,4 155,00 156 0,12 436 ALMEIRIM – MANAUS 1061 62 744 65,9 145,00 537 0,33 833 ALMEIRIM - LARANJAL DO JARI 135 8 96 64,1 38,00 156 0,74 115 ALMEIRIM – SANTANA 260 822 9.864 63,5 90,00 168 0,41 11.259 ALTAMIRA – GURUPÁ 240 35 420 75,4 85,00 92 0,29 479 ALTAMIRA - PORTO DE MOZ 187 103 1.236 75,1 50,00 92 0,37 1.355 ALTAMIRA – PRAINHA 377 114 1.368 74,5 100,00 92 0,18 1.573 Relatório Executivo 69 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 ALTAMIRA – SANTARÉM 555 586 7.032 76,9 115,00 92 0,13 8.298 ALTAMIRA - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO 78 81 972 73,5 25,00 92 0,87 1.061 ALTAMIRA - VITÓRIA DO XINGU 41 76 912 74,3 15,00 92 1,67 977 ALTAMIRA – SANTANA 412 1.744 20.928 94,2 120,00 92 0,21 23.259 ANAJÁS – BELÉM 421 397 4.764 30,0 95,00 65 0,05 5.803 ANAJÁS – BREVES 180 1.398 16.776 83,7 45,00 95 0,44 21.555 ARAPARI – BELÉM 16 124.396 1.492.752 47,3 5,60 447 13,21 1.529.836 AVEIRO – ITAITUBA 115 1.596 19.152 60,8 25,00 113 0,60 21.642 AVEIRO – SANTARÉM 135 870 10.440 65,8 35,00 113 0,55 11.693 BAGRE – BARCARENA 170 9 108 97,5 40,00 100 0,57 124 BAGRE – BELÉM 190 593 7.116 98,0 50,00 100 0,52 7.721 BAGRE – BREVES 40 1.008 12.096 88,0 15,00 25 0,55 13.140 BAGRE – CURRALINHO 20 54 648 89,0 10,00 100 4,45 723 BAIÃO – BELÉM 228 94 1.128 30,0 30,00 95 0,13 1.293 BAIÃO - BREU BRANCO 62 28 336 67,5 15,00 80 0,87 386 BAIÃO – CAMETÁ 112 679 8.148 65,2 25,00 80 0,47 8.791 BAIÃO – MOCAJUBA 74 447 5.364 63,1 17,00 80 0,68 6.029 BAIÃO - TUCURUÍ 80 2.740 32.880 66,3 20,00 80 0,66 36.168 BARCARENA - BELÉM 19 29.621 355.452 50,2 4,35 82 2,17 363.562 BARCARENA - CURRALINHO 150 15 180 65,2 30,00 100 0,43 205 BELÉM - BREVES 205 12.887 154.644 25,6 60,00 350 0,44 176.511 BELÉM - CACHOEIRA DO ARARI 50 4.440 53.280 72,8 20,00 94 1,37 60.814 BELÉM - CAFEZAL 22 4.704 56.448 45,0 4,35 140 2,86 56.448 BELÉM - CAMARA 85 37.171 446.052 50,1 15,04 532 3,14 630.252 BELÉM - CAMETÁ 180 2.381 28.572 50,7 30,00 141 0,40 32.612 BELÉM - CHAVES 382 398 4.776 60,0 102,00 70 0,11 4.776 BELÉM - CURRALINHO 170 4.644 55.728 63,5 35,00 122 0,46 63.608 BELÉM - GURUPÁ 341 602 7.224 35,4 98,00 272 0,28 8.245 BELÉM - JURUTI 980 138 1.656 30,5 160,00 272 0,08 1.890 BELÉM - LIMOEIRO DO AJURÚ 130 4.058 48.696 73,6 25,00 101 0,57 53.731 BELÉM - MELGAÇO 255 609 7.308 45,9 76,00 285 0,51 8.214 BELÉM - MOCAJUBA 109 42 504 29,7 35,00 95 0,26 554 BELÉM - MONTE ALEGRE 720 438 5.256 29,8 125,00 272 0,11 5.999 BELÉM - MONTE DOURADO 602 880 10.560 29,7 145,00 186 0,09 10.560 70 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 BELÉM - MUANÁ 98 6.107 73.284 74,7 24,00 139 1,06 102.986 BELÉM - ÓBIDOS 950 62 744 35,4 150,00 537 0,20 849 BELÉM - OEIRAS DO PARÁ 185 3.089 37.068 61,5 50,00 185 0,62 42.309 BELÉM - PONTA DE PEDRAS 62 13.449 161.388 59,4 11,00 221 2,12 180.440 BELÉM - PORTEL 285 6.545 78.540 43,9 73,00 285 0,44 89.646 BELÉM - PORTO DE MOZ 600 665 7.980 67,2 127,00 67 0,08 9.108 BELÉM - PRAINHA 652 214 2.568 32,5 125,00 537 0,27 2.931 BELÉM - SANTA CRUZ DO ARARI 180 281 3.372 70,0 35,00 81 0,32 3.849 BELÉM - SANTARÉM 830 1.204 14.448 24,2 155,00 272 0,08 16.491 BELÉM - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA 135 8.542 102.504 60,9 25,00 146 0,66 110.626 BELÉM - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO 603 185 2.220 49,7 150,00 75 0,06 2.534 BELÉM - VITÓRIA DO XINGU 640 136 1.632 51,8 160,00 75 0,06 1.863 BELÉM - ITACOATIARA 1281 15 180 33,5 190,00 537 0,14 205 BELÉM - MANAUS 1646 790 9.480 31,3 234,00 537 0,10 10.820 BELÉM - PARINTINS 1073 32 384 35,6 160,00 537 0,18 438 BELÉM - LARANJAL DO JARI 696 673 8.076 59,8 170,00 156 0,13 12.618 BELÉM - SANTANA 514 10.928 131.136 64,1 131,00 156 0,19 149.679 BREVES - CURRALINHO 35 1.264 15.168 46,9 12,00 317 4,25 16.927 BREVES - GURUPÁ 136 75 900 25,6 42,00 272 0,51 1.031 BREVES - JURUTI 779 8 96 33,6 110,00 537 0,23 110 BREVES - MELGAÇO 50 1.450 17.400 34,8 15,00 537 3,74 18.773 BREVES - MONTE ALEGRE 515 118 1.416 35,6 155,00 537 0,37 1.616 BREVES - ÓBIDOS 745 5 60 32,5 240,00 537 0,23 68 BREVES - PORTEL 120 3.230 38.760 33,2 35,00 537 1,49 44.241 BREVES - PRAINHA 447 43 516 33,9 70,00 537 0,41 589 BREVES - SANTARÉM 625 409 4.908 32,5 106,00 537 0,28 5.602 BREVES - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA 70 3 36 93,5 35,00 60 0,80 40 BREVES - MANAUS 709 58 696 34,5 230,00 537 0,26 798 BREVES - PARINTINS 868 5 60 35,6 160,00 537 0,22 69 BREVES - SANTANA/MACAPÁ 731 7.245 86.940 67,0 50,00 76 0,07 93.800 BREU BRANCO - CAMETÁ 174 11 132 68,5 28,00 76 0,30 151 BREU BRANCO - MOCAJUBA 136 35 420 64,5 20,00 76 0,36 479 BREU BRANCO - TUCURUÍ 18 34 408 65,4 10,00 76 2,76 466 CACHOEIRA DO ARARI - SANTA CRUZ DO ARARI 130 77 924 69,5 18,00 81 0,43 1.055 Relatório Executivo 71 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 CAMETÁ - MOCAJUBA 38 7.964 95.568 83,3 8,00 64 1,40 109.081 CAMETÁ - TUCURUÍ 192 597 7.164 50,6 35,00 74 0,20 8.177 CHAVES - MACAPÁ 132 1.034 12.408 89,5 60,00 59 0,40 12.539 CURRALINHO - MELGAÇO 85 414 4.968 91,0 38,00 60 0,64 5.862 CURRALINHO - OEIRAS DO PARÁ 15 213 2.556 91,5 9,00 60 3,66 2.863 CURRALINHO - PORTEL 115 315 3.780 92,5 27,00 60 0,48 4.423 CURRALINHO - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA 35 6 72 94,3 12,00 60 1,62 78 FARO - TERRA SANTA 42 143 1.716 81,2 10,00 120 2,32 1.888 FARO - MANAUS 1015 641 7.692 80,8 100,00 120 0,10 8.780 FARO - NHAMUNDÁ 355 220 2.640 68,2 30,00 67 0,13 3.062 FARO - PARINTINS 116 1.299 15.588 68,7 42,50 67 0,40 17.926 GURUPÁ - MONTE ALEGRE 379 52 624 65,0 65,00 537 0,92 712 GURUPÁ - ÓBIDOS 609 10 120 35,6 185,00 537 0,31 134 GURUPÁ - PORTO DE MOZ 73 193 2.316 71,6 115,00 92 0,90 2.654 GURUPÁ - PRAINHA 311 16 192 35,2 95,00 537 0,61 221 GURUPÁ - SANTARÉM 489 520 6.240 33,9 73,00 537 0,37 6.732 GURUPÁ - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO 160 51 612 74,5 65,00 92 0,43 699 GURUPÁ - VITÓRIA DO XINGU 197 8 96 74,8 70,00 92 0,35 110 GURUPÁ - MANAUS 1245 76 912 34,5 200,00 537 0,15 1.041 GURUPÁ - SANTANA 173 949 11.388 90,6 67,00 90 0,47 12.998 ITAITUBA - SANTARÉM 250 4.546 54.552 69,5 50,00 114 0,32 62.266 JURUTI - JURUTI VELHO 59 1.335 16.020 66,1 20,00 27 0,30 18.162 JURUTI - MONTE ALEGRE 264 62 744 35,6 75,00 537 0,72 849 JURUTI - ÓBIDOS 77 2.162 25.944 68,7 25,00 39 0,35 29.612 JURUTI - ORIXIMINÁ 100 1.581 18.972 67,8 20,00 54 0,37 21.655 JURUTI - PRAINHA 332 16 192 36,7 70,00 537 0,59 219 JURUTI - SANTARÉM 154 6.833 81.996 55,3 42,00 153 0,55 93.590 JURUTI - ITACOATIARA 359 16 192 45,3 48,00 404 0,51 219 JURUTI - MANAUS 572 2.465 29.580 61,6 71,00 242 0,26 33.763 JURUTI - PARINTINS 91 1.913 22.956 68,1 30,00 150 1,12 26.202 MELGAÇO - PORTEL 65 463 5.556 44,6 20,00 282 1,93 6.342 MOCAJUBA - TUCURUÍ 149 915 10.980 46,2 30,00 80 0,25 12.254 MONTE ALEGRE - ÓBIDOS 230 55 660 59,2 65,00 356 0,92 756 MONTE ALEGRE - PRAINHA 68 138 1.656 58,8 22,50 356 3,08 1.903 72 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 MONTE ALEGRE - SANTARÉM 110 6.488 77.856 70,1 30,00 106 0,68 83.999 MONTE ALEGRE - MANAUS 866 1.242 14.904 62,7 102,00 300 0,22 17.011 MONTE ALEGRE - PARINTINS 264 31 372 65,4 65,00 398 0,99 425 MONTE ALEGRE - LARANJAL DO JARI 325 10 120 61,4 110,00 93 0,18 137 MONTE ALEGRE - SANTANA 448 342 4.104 54,8 160,00 183 0,22 4.555 ÓBIDOS - ORIXIMINÁ 26 880 10.560 62,5 12,00 425 10,22 11.405 ÓBIDOS - PORTO TROMBETAS 98 128 1.536 63,5 35,00 142 0,92 1.707 ÓBIDOS - PRAINHA 298 15 180 35,8 87,00 498 0,60 205 ÓBIDOS - SANTARÉM 120 12.016 144.192 52,4 26,00 185 0,81 160.918 ÓBIDOS - ITACOATIARA 437 9 108 39,5 55,00 490 0,44 124 ÓBIDOS - MANAUS 650 2.080 24.960 64,9 90,00 375 0,37 28.679 ÓBIDOS - PARINTINS 229 292 3.504 41,7 25,00 490 0,89 3.780 ORIXIMINÁ - PORTO TROMBETAS 72 4.323 51.876 56,4 25,00 90 0,71 59.211 ORIXIMINÁ - SANTARÉM 144 8.487 101.844 64,6 43,00 317 1,42 116.245 ORIXIMINÁ - MANAUS 680 1.467 17.604 61,8 130,00 336 0,31 20.093 ORIXIMINÁ - PARINTINS 208 118 1.416 42,5 30,00 490 1,00 1.616 PORTEL - SANTANA/MACAPÁ 355 3.099 37.188 86,1 70,00 71 0,17 42.894 PORTO DE MOZ - PRAINHA 450 19 228 64,7 60,00 99 0,14 260 PORTO DE MOZ - SANTARÉM 380 232 2.784 63,8 80,00 99 0,17 3.178 PORTO DE MOZ - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO 94 176 2.112 52,9 102,00 75 0,42 2.344 PORTO DE MOZ - VITÓRIA DO XINGU 131 144 1.728 51,7 120,00 75 0,30 1.866 PORTO DE MOZ - SANTANA 265 75 900 93,5 90,00 92 0,32 1.000 PORTO TROMBETAS - SANTARÉM 216 3.082 36.984 62,4 57,00 138 0,40 42.214 PRAINHA - MONTE DOURADO 202 28 336 61,5 63,00 93 0,28 375 PRAINHA - SANTARÉM 178 1.985 23.820 67,2 35,00 79 0,30 27.298 PRAINHA - VITÓRIA DO XINGU 946 75 900 64,8 180,00 99 0,07 1.034 PRAINHA - MANAUS 934 87 1.044 45,8 110,00 537 0,26 1.192 PRAINHA - PARINTINS 421 9 108 42,6 100,00 537 0,54 119 PRAINHA - LARANJAL DO JARI 260 11 132 59,4 85,00 93 0,21 151 PRAINHA - SANTANA 385 292 3.504 58,9 95,00 183 0,28 3.999 SANTARÉM - SANTANA DO TAPARÁ 165 4.088 49.056 25,3 7,00 288 0,44 49.056 SANTARÉM - VITÓRIA DO XINGU 514 496 5.952 65,1 120,00 99 0,13 6.794 SANTARÉM - ITACOATIARA 451 42 504 39,8 95,00 490 0,43 595 SANTARÉM - MANAUS 756 10.823 129.876 44,6 121,50 448 0,26 148.240 Relatório Executivo 73 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 SANTARÉM - PARINTINS 243 1.485 17.820 55,2 65,00 99 0,22 20.340 SANTARÉM - LARANJAL DO JARI 409 133 1.596 60,3 120,00 93 0,14 1.883 SANTARÉM - SANTANA 600 4.444 53.328 56,6 97,00 183 0,17 60.869 SENADOR JOSÉ PORFÍRIO - VITÓRIA DO XINGU 37 60 720 93,5 12,00 92 2,32 822 SENADOR JOSÉ PORFÍRIO - SANTANA 354 44 528 92,5 100,00 92 0,24 591 TERRA SANTA - MANAUS 496 701 8.412 82,7 97,00 100 0,17 9.674 TERRA SANTA - NHAMUNDÁ 260 86 1.032 39,8 70,00 490 0,75 1.228 TERRA SANTA - PARINTINS 75 1.701 20.412 68,0 30,00 50 0,45 23.127 VITÓRIA DO XINGU - LARANJAL DO JARI 952 468 5.616 63,8 315,00 92 0,06 6.410 VITÓRIA DO XINGU - SANTANA/MACAPÁ 517 3.567 42.804 84,3 120,00 92 0,15 48.856 ACAJATUBA - MANAUS 85 132 1.584 62,5 20,00 20 0,15 1.584 AMATURA - COARI 830 20 240 75,9 130,00 54 0,05 274 AMATURA - CODAJÁS 966 7 84 75,4 420,00 54 0,04 93 AMATURA - MANAUS 1251 211 2.532 74,7 460,00 54 0,03 2.735 AMATURA - SANTO ANTONIO DE IÇA 56 29 348 75,4 22,00 54 0,73 387 ANAMÃ - ANORI 44 556 6.672 85,4 18,00 80 1,55 7.615 ANAMÃ - BERURI 41 154 1.848 74,6 15,00 88 1,60 2.062 ANAMÃ - MANACAPURU 104 1.066 12.792 74,1 30,00 69 0,49 14.660 ANAMÃ - MANAUS 190 846 10.152 75,6 50,00 80 0,32 11.665 ANORI - MANAUS 234 3.600 43.200 86,6 32,50 80 0,30 49.308 AUTAZ MIRIM - MANAUS 89 618 7.416 73,0 25,00 50 0,41 7.927 AUTAZES - MANAUS 324 4.184 50.208 84,2 113,20 89 0,23 57.661 BAILIQUE - SANTANA/MACAPÁ 157 5.744 68.928 78,1 32,00 79 0,39 77.150 BARCELOS - MANAUS 454 5.171 62.052 80,0 96,00 138 0,24 70.826 BARCELOS - SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA 547 211 2.532 70,5 85,00 118 0,15 2.890 BARREIRINHA - BOA VISTA DE RAMOS 71 369 4.428 72,4 25,00 151 1,54 5.054 BARREIRINHA - ITACOATIARA 341 131 1.572 71,5 30,00 151 0,32 1.794 BARREIRINHA - MANAUS 552 2.551 30.612 69,9 94,00 131 0,17 34.941 BARREIRINHA - PARINTINS 77 2.209 26.508 74,2 37,50 118 1,14 30.256 BENJAMIN CONSTANT - FONTE BOA 695 53 636 61,5 120,00 341 0,30 726 BENJAMIN CONSTANT - JUTAÍ 574 28 336 62,9 85,00 341 0,37 384 BENJAMIN CONSTANT - MANAUS 1575 1.404 16.848 63,4 350,00 341 0,14 19.230 BENJAMIN CONSTANT - SANTO ANTONIO DE IÇA 380 43 516 61,8 65,00 341 0,55 589 BENJAMIN CONSTANT - TABATINGA 3 10.532 126.384 96,6 15,00 19 6,12 142.230 74 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 BERURI - MANACAPURU 142 123 1.476 74,2 35,00 88 0,46 1.685 BERURI - MANAUS 231 2.618 31.416 73,9 40,00 88 0,28 34.872 BERURI - TAPAUÁ 538 172 2.064 63,4 100,00 120 0,14 2.208 BOA VISTA DE RAMOS - ITACOATIARA 410 116 1.392 70,2 80,00 151 0,26 1.559 BOA VISTA DE RAMOS - MANAUS 623 730 8.760 68,0 95,00 50 0,05 10.074 BOA VISTA DE RAMOS - PARINTINS 148 714 8.568 78,2 30,00 106 0,56 8.996 BORBA - HUMAITÁ 643 7 84 75,6 80,00 276 0,32 96 BORBA - MANAUS 322 3.602 43.224 70,4 71,50 139 0,30 46.682 BORBA - MANICORÉ 294 218 2.616 71,9 18,00 281 0,69 2.855 BORBA - NOVA OLINDA 86 232 2.784 73,4 27,00 281 2,40 3.178 BORBA - NOVO ARIPUANÃ 147 299 3.588 74,1 25,00 164 0,83 4.019 BORBA - PORTO VELHO 1020 79 948 74,8 120,00 276 0,20 1.100 CAAPIRANGA - MANACAPURU 84 1.822 21.864 88,7 25,00 60 0,63 25.607 CAAPIRANGA - MANAUS 170 521 6.252 61,0 32,50 50 0,18 6.654 CAMPINAS - MANAUS 189 320 3.840 89,0 37,00 45 0,21 3.840 CARAUARI - ITAMARATI 519 26 312 77,9 105,00 100 0,15 356 CARAUARI - JURUÁ 417 73 876 75,2 80,00 115 0,21 1.000 CARAUARI - MANAUS 1411 997 11.964 64,0 260,00 130 0,06 13.656 CAREIRO DA VÁRZEA - MANAUS 32 18.592 223.104 88,3 16,00 67 1,85 264.999 CAREIRO DA VÁRZEA - VILA CAREIRO 20 900 10.800 80,4 15,00 28 1,13 10.800 CAVIANA - MACAPÁ 80 859 10.308 96,7 25,00 60 0,73 11.814 COARI - CODAJÁS 136 709 8.508 71,4 30,00 135 0,71 9.711 COARI - FONTE BOA 459 8 96 75,8 70,00 54 0,09 107 COARI - JUTAÍ 580 3 36 74,9 150,00 54 0,07 39 COARI - MANAUS 421 8.363 100.356 77,6 55,00 139 0,26 112.399 COARI - SANTO ANTONIO DE IÇA 774 9 108 75,8 110,00 54 0,05 124 COARI - TEFÉ 210 683 8.196 68,9 30,00 148 0,49 8.606 CODAJÁS - FONTE BOA 595 10 120 72,9 85,00 54 0,07 137 CODAJÁS - JUTAÍ 716 6 72 74,5 115,00 54 0,06 78 CODAJÁS - MANAUS 285 4.502 54.024 59,0 41,00 111 0,23 58.962 CODAJÁS - TEFÉ 346 545 6.540 69,8 70,00 148 0,30 7.465 CURARIZINHO - MANAUS 22 144 1.728 90,0 15,00 20 0,82 1.728 EURINEPÉ - MANAUS 2417 188 2.256 56,0 350,00 884 0,20 2.256 FONTE BOA - JUTAÍ 121 278 3.336 72,5 75,00 210 1,26 3.808 Relatório Executivo 75 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 FONTE BOA - MANAUS 880 1.601 19.212 84,3 160,00 122 0,12 21.929 FONTE BOA - SANTO ANTONIO DE IÇA 315 62 744 60,9 90,00 341 0,66 849 FONTE BOA - TABATINGA 693 41 492 61,9 85,00 341 0,30 562 FONTE BOA - TEFÉ 249 221 2.652 75,4 38,00 54 0,16 3.027 HUMAITÁ - MANAUS 965 308 3.696 75,2 131,00 276 0,22 4.219 HUMAITÁ - MANICORÉ 349 2.322 27.864 83,6 53,60 245 0,59 29.000 HUMAITÁ - NOVA OLINDA 729 7 84 75,4 100,00 276 0,29 93 HUMAITÁ - NOVO ARIPUANÃ 496 5 60 74,9 85,00 276 0,42 65 HUMAITÁ - PORTO VELHO 370 50 600 75,9 65,00 276 0,57 667 ITACOATIARA - MANAUS 211 2.797 33.564 64,4 31,00 70 0,21 38.310 ITACOATIARA - MAUÉS 84 171 2.052 60,1 30,00 299 2,14 2.290 ITACOATIARA - PARINTINS 208 290 3.480 68,5 50,00 172 0,57 3.988 ITAMARATI - MANAUS 1930 445 5.340 78,8 35,00 100 0,04 6.136 JANAUACÁ - MANAUS 16 10.483 125.796 77,5 17,50 59 2,86 137.057 JANAUARI - MANAUS 85 320 3.840 42,0 20,00 95 0,47 3.840 JAPOA - MANAUS 1236 238 2.856 48,0 300,00 62 0,02 2.856 JAPURÁ - MANAUS 919 851 10.212 73,6 120,00 66 0,05 11.656 JAPURÁ - MARAÃ 125 80 960 74,1 30,00 66 0,39 1.096 JAPURÁ - TEFÉ 351 2.052 24.624 76,0 100,00 65 0,14 27.731 JURUÁ - ITAMARATI 932 12 144 78,2 135,00 100 0,08 164 JURUÁ - MANAUS 994 137 1.644 77,9 150,00 100 0,08 1.876 JURUÁ - TEFÉ 426 460 5.520 69,0 100,00 45 0,07 6.390 JUTAÍ - MANAUS 1001 1.230 14.760 87,5 185,00 114 0,10 16.847 JUTAÍ - SANTO ANTONIO DE IÇA 170 74 888 60,5 75,00 341 1,21 1.021 JUTAÍ - TABATINGA 542 37 444 61,5 27,00 341 0,39 471 JUTAÍ - TEFÉ 370 750 9.000 69,5 93,00 55 0,10 10.273 LABREA - MANAUS 7495 605 7.260 48,6 285,00 194 0,01 7.841 LABREA - TAPAUÁ 496 117 1.404 48,1 205,00 194 0,19 1.601 MANACAPURU - MANAUS 86 671 8.052 58,0 20,00 87 0,59 8.938 MANAQUIRI - MANAUS 79 5.020 60.240 75,2 25,00 83 0,79 63.723 MANAUS - MANICORÉ 616 3.523 42.276 73,2 76,50 143 0,17 48.254 MANAUS - MARAÃ 796 175 2.100 74,1 150,00 66 0,06 2.397 MANAUS - MAUÉS 698 5.732 68.784 59,6 78,00 299 0,26 78.510 MANAUS - NHAMUNDÁ 660 3.546 42.552 63,4 88,00 280 0,27 48.569 76 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Linha / Trecho Distância (Km) Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 MANAUS - NOVA OLINDA 236 4.857 58.284 86,7 40,00 145 0,53 66.525 MANAUS - NOVO AIRÃO 125 1.641 19.692 90,0 30,50 130 0,94 22.948 MANAUS - NOVO ARIPUANÃ 469 2.230 26.760 77,1 75,00 196 0,32 30.544 MANAUS - PARANÁ DA EVA 75 3.037 36.444 73,8 25,00 89 0,88 39.289 MANAUS - PARINTINS 475 6.457 77.484 67,5 85,00 172 0,24 88.440 MANAUS - RIO PRETO DA EVA 119 944 11.328 67,0 40,00 88 0,50 11.328 MANAUS - SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA 1001 4.289 51.468 71,8 220,00 118 0,08 58.746 MANAUS - SANTO ANTONIO DE IÇA 1195 977 11.724 60,5 280,00 341 0,17 13.382 MANAUS - TABATINGA 1573 2.343 28.116 61,4 305,00 341 0,13 32.092 MANAUS - TABOCAL 98 1.664 19.968 80,0 30,00 65 0,53 19.968 MANAUS - TAPAUÁ 769 1.655 19.860 64,8 100,00 120 0,10 22.668 MANAUS - TEFÉ 631 10.955 131.460 59,4 102,00 240 0,23 150.048 MANAUS - TERRA NOVA 44 360 4.320 75,0 13,00 20 0,34 4.320 MANAUS - TONANTIINS 1164 25 300 75,1 221,00 54 0,03 342 MANAUS - UARINI 687 2.248 26.976 83,4 95,00 122 0,15 26.976 MANAUS - URUÇARA 344 1.630 19.560 69,1 60,00 86 0,17 22.383 MANAUS - URUCURITUBA 248 2.712 32.544 71,2 58,00 88 0,25 37.520 MANAUS - VILA DO POLIRA 130 476 5.712 33,0 50,00 90 0,23 5.712 MANAUS - PORTO VELHO 1348 858 10.296 75,6 190,00 276 0,15 11.752 MANICORÉ - NOVA OLINDA 380 168 2.016 73,8 30,00 181 0,35 2.301 MANICORÉ - NOVO ARIPUANÃ 147 205 2.460 71,9 30,00 281 1,37 2.808 MANICORÉ - PORTO VELHO 557 1.041 12.492 75,8 120,00 181 0,25 14.258 MARAÃ - TEFÉ 298 868 10.416 42,6 60,00 155 0,22 12.959 MAUÉS - PARINTINS 168 3.192 38.304 79,5 50,00 82 0,39 43.528 NHAMUNDÁ - PARINTINS 185 788 9.456 66,9 50,00 67 0,24 10.793 NOVA OLINDA - NOVO ARIPUANÃ 239 200 2.400 75,1 5,00 281 0,88 2.784 NOVA OLINDA - PORTO VELHO 1110 82 984 74,8 150,00 276 0,19 1.054 NOVO ARIPUANÃ - PORTO VELHO 1107 12 144 75,9 140,00 276 0,19 157 PARINTINS - URUÇARA 125 1.227 14.724 84,3 37,50 61 0,41 18.443 SANTO ANTONIO DE IÇA - TABATINGA 378 58 696 60,8 35,00 341 0,55 794 TABATINGA - TEFÉ 942 384 4.608 58,7 70,00 38 0,02 5.304 TEFÉ - UARINI 56 1.237 14.844 52,1 30,00 70 0,65 24.636 LARANJAL DO JARI - SANTANA 192 1.563 18.756 80,8 60,00 89 0,37 20.819 BUENA VISTA (BOL) - COSTA MARQUES (RO) 6 28.560 342.720 97,5 2,50 9 1,46 366.710 Relatório Executivo 77 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Movimentação de passageiros (02 sentidos) Mês Ano Taxa de ocupação média de passageiros (%) 10 37.080 444.960 96,9 5,00 18 1,74 498.355 BREVES - ITACOATIARA 1070 8 96 34,5 195,00 537 0,17 110 MONTE ALEGRE - ITACOATIARA 561 6 72 35,6 120,00 537 0,34 76 PRAINHA - ITACOATIARA 625 5 60 33,9 130,00 537 0,29 68 CODAJÁS - SANTO ANTONIO DE IÇA 910 5 60 74,8 230,00 54 0,04 65 COARI - TONANTINS 743 2 24 74,9 176,00 54 0,05 26 CODAJÁS - TONANTINS 876 4 48 75,6 240,00 54 0,05 55 ICOARACI - COTIJUBA 10 12.712 152.544 55,9 5,00 29 1,62 177.287 MANAUS - CAVIANA 85 18.432 221.184 80,0 25,00 120 1,13 221.184 741.184 8.894.208 Linha / Trecho GUAJARÁ-MIRIM (RO) - GUAYARAMERIN (BOL) Distância (Km) TOTAL PARCIAL MANAUS - CACAU PEREIRA 3 313.399 3.760.788 MANAUS - IRANDUBA 39 78.960 947.520 1.133.543 13.602.516 TOTAL GERAL 78 Tarifa média (R$) Capacidade média de passageiros por embarcação IPK Médio Projeção 2022 9.948.715 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 8. MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES MISTAS Apresenta-se neste tópico, um resumo da movimentação total de cargas aferida nas linhas regulares de transporte fluvial da Amazônia. Assim como o realizado na pesquisa de passageiros, ressalta-se que a pesquisa da movimentação de carga procurou abranger um maior número de linhas regulares possível. Acredita-se que as linhas e o quantitativo de cargas encontradas devam ser aproximadamente a totalidade de cargas movimentadas na região Amazônica em linhas regulares. Quando esse universo engloba as linhas informais e eventuais, supõe-se que os números da movimentação de cargas sejam superiores aos já identificados nas linhas regulares. Soma-se a isso aquelas embarcações de pequeno porte que transportam a produção regional. Foram feitos três levantamentos em três diferentes épocas do ano. Nas três etapas da coleta de dados buscou-se captar indícios de sazonalidades na movimentação de cargas em cada linha. No Gráfico 22 apresentam-se os quantitativos totais de cargas transportadas em cada pesquisa, a média das mesmas para 2012 e a projeção para 2022. Ressalta-se que do total das 133 linhas pesquisadas, três linhas (MANAUS - FRUNIPE TAPANÃ, MANAUS – PURUPURU e MANAUS - SÃO SEBASTIÃO) operam apenas com o transporte de carga, com o mesmo tipo de embarcações objeto desse estudo, e 130 são embarcações mistas que transportam passageiros e cargas. Relatório Executivo 79 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica CARACTERIZAÇÃO DO TRANSPORTE FLUVIAL DE CARGAS MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE CARGAS SEGUNDO O MOMENTO DA PESQUISA E PROJEÇÃO PARA O ANO DE 2022 - EM TONELADAS 5.159.816 4.811.680 4.575.023 4.511.802 4.401.588 Pesquisa 1 Pesquisa 2 Pesquisa 3 MÉDIA ANUAL PROJEÇÃO 2022 Gráfico 22: Movimentação Anual de cargas No Gráfico 22, verifica-se uma uniformidade no transporte de cargas entre a primeira e a segunda pesquisa, apresentando a segunda campanha uma pequena redução da ordem de 2,5% em relação à primeira. A terceira campanha apresentou um acréscimo de movimentação de cerca de 9,5% em relação à segunda. A projeção de movimentação de carga para o ano de 2022 apresentou um aumento de aproximadamente 13% em relação à média do ano de 2012. A seguir é apresentado um quadro geral com as cargas movimentadas em todas as linhas regulares pesquisadas nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá. 80 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica LINHA/TRECHO Distância (KM) Quantidade Anual de Carga Transportada na Linha em 2012 Projeção de Carga Transportada na Linha para 2022 ABAETETUBA - LIMOEIRO DO AJURU 92 8.096 9.575 ABAETETUBA - MUANÁ 65 16.896 17.544 ALENQUER – CURUÁ 46 11.928 12.498 ALENQUER - MANAUS 555 36.489 38.400 BELÉM – AFUÁ 338 808 872 BELÉM – ALMEIRIM 525 18.336 19.755 BELÉM – ANAJÁS 421 83.840 89.466 BELÉM – BAGRE 190 2.752 2.940 BELÉM – BAIÃO 228 3.104 3.601 BELÉM – BREVES 205 324.156 325.814 BELÉM - CACHOEIRA DO ARARI 50 56.128 56.412 BELÉM - CAMETÁ 180 16.640 17.635 BELÉM - CHAVES 382 1.346 1.346 BELÉM - CURRALINHO 170 7.040 8.150 BELÉM - LARANJAL DO JARI 514 4.488 5.489 BELÉM - LIMOEIRO DO AJURU 130 34.560 35.545 BELÉM - MANAUS 1646 110.544 133.912 BELÉM - MONTE DOURADO 602 14.640 14.640 BELÉM - MUANÁ 98 62.336 89.907 BELÉM - OEIRAS DO PARÁ 185 42.688 44.839 BELÉM - PONTA DE PEDRAS 62 67.104 71.011 BELÉM - PORTEL 285 374.528 393.727 BELÉM - PORTO DE MOZ 600 10.176 11.478 BELÉM - SANTA CRUZ DO ARARI 180 1.952 2.262 BELÉM - SANTARÉM 830 95.808 99.708 BELÉM - S. SEB BOA VISTA 135 87.936 91.874 BELÉM - VITÓRIA DO XINGU 640 58.560 63.971 BREVES - ANAJÁS 180 4.800 5.538 ITAITUBA - AVEIRO 115 3.072 3.195 JURUTI - JURUTI VELHO 59 6.552 7.128 JURUTI - ÓBIDOS 77 4.928 5.719 JURUTI - ORIXIMINÁ 100 55.512 60.244 JURUTI - PARINTINS 91 3.712 4.131 Relatório Executivo 81 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica LINHA/TRECHO Distância (KM) Quantidade Anual de Carga Transportada na Linha em 2012 Projeção de Carga Transportada na Linha para 2022 MACAPÁ - AFUÁ 83 46.720 55.766 MACAPÁ - CAVIANA 80 7.020 7.868 MACAPÁ - CHAVES 132 8.280 8.672 MANAUS - FARO 1015 3.424 3.680 MANAUS - JURUTI 572 4.032 4.554 MONTE ALEGRE - MANAUS 866 7.264 8.006 ÓBIDOS - MANAUS 650 17.216 17.958 ORIXIMINÁ - MANAUS 680 20.768 22.676 SANTANA - ALTAMIRA 412 12.048 12.483 SANTANA - BELÉM 514 244.508 250.740 SANTANA - LARANJAL DO JARI 192 38.664 39.775 SANTANAMACAPÁ - BAILIQUE 157 65.096 70.302 SANTANAMACAPÁ - BREVES 731 18.912 21.455 SANTANA MACAPÁ - GURUPÁ 173 6.816 7.164 SANTANA MACAPÁ - PORTEL 355 29.760 32.754 SANTANA MACAPÁ - V XINGU 517 25.344 26.556 ORIXIMINÁ - PORTO TROMBETAS 72 48.576 52.022 SANTARÉM - ALENQUER 93 49.648 52.800 SANTARÉM - ALTAMIRA 555 18.464 21.980 SANTARÉM - ITAITUBA 250 58.405 63.071 SANTARÉM - JURUTI 154 108.122 123.119 SANTARÉM - LARANJAL DO JARI 409 3.904 4.891 SANTARÉM - MANAUS 756 170.880 191.399 SANTARÉM - MONTE ALEGRE 110 8.640 9.527 SANTARÉM - ÓBIDOS 120 147.360 151.427 SANTARÉM - ORIXIMINÁ 144 87.168 91.784 SANTARÉM - PARINTINS 243 23.264 24.204 SANTARÉM - PORTO TROMBETAS 216 30.055 31.105 SANTARÉM - PRAINHA 178 21.319 23.387 SANTARÉM - SANTANA 600 104.544 106.902 SANTARÉM - SANTANA TAPARÁ 165 169.344 169.344 SANTARÉM - VITÓRIA DO XINGU 514 37.203 39.874 TUCURUÍ - BAIÃO 80 8.256 9.300 TUCURUÍ - CAMETÁ 192 15.296 17.176 82 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica LINHA/TRECHO Distância (KM) Quantidade Anual de Carga Transportada na Linha em 2012 Projeção de Carga Transportada na Linha para 2022 TUCURUÍ - MOCAJUBA 149 4.032 5.402 VITÓRIA XINGU - LARANJAL JARI 952 960 960 HUMAITÁ - MANICORÉ 349 24.992 31.352 MANAUS - ACAJATUBA 85 480 480 MANAUS - ANORI 234 22.464 28.862 MANAUS - AUTAZ MIRIM 89 6.400 7.510 MANAUS - AUTAZES 324 145.880 155.145 MANAUS - BARCELOS 454 34.848 35.735 MANAUS - BARREIRINHA 552 38.496 41.801 MANAUS - BERURI 231 19.781 20.658 MANAUS - BOA VISTA DE RAMOS 623 3.168 3.168 MANAUS - BORBA 322 36.304 38.207 MANAUS - CAAPIRANGA 170 5.568 5.814 MANAUS - CAMPINAIS 189 1.152 1.152 MANAUS - CARAUARI 1411 13.568 14.369 MANAUS - CAVIANA 85 6.144 6.144 MANAUS - COARI 421 44.984 49.689 MANAUS - CODAJÁS 285 63.904 75.115 MANAUS - EURINEPÉ 2417 3.696 3.696 MANAUS - FONTE BOA 880 21.120 23.983 MANAUS - FRUNIPE TAPANÃ 546 4.992 4.992 MANAUS - ITACOATIARA 211 10.192 12.349 MANAUS - ITAMARATI 1930 1.856 2.357 MANAUS - JANAUARI 85 2.016 2.016 MANAUS - JAPOÁ 1236 1.536 1.536 MANAUS - JAPURÁ 919 15.245 17.760 MANAUS - JUTAÍ 1001 1.704 2.007 MANAUS - LABREA 7495 11.868 17.817 MANAUS - MANACAPURU 86 4.608 5.130 MANAUS - MANAQUIRI 79 15.984 18.182 MANAUS - MANICORÉ 616 52.134 54.672 MANAUS - MAUÉS 698 31.674 37.120 MANAUS - NHAMUNDÁ 660 18.944 21.037 MANAUS - NOVA OLINDA 236 23.872 27.152 Relatório Executivo 83 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica LINHA/TRECHO Distância (KM) Quantidade Anual de Carga Transportada na Linha em 2012 Projeção de Carga Transportada na Linha para 2022 MANAUS - NOVO AIRÃO 125 11.840 13.442 MANAUS - NOVO ARIPUANÁ 469 12.736 17.252 MANAUS - PARANÁ DA EVA 75 5.946 6.283 MANAUS - PARINTINS 475 82.630 92.811 MANAUS - PORTO VELHO 1348 53.024 58.094 MANAUS - PURUPURU 177 768 768 MANAUS - RIO PRETO DA EVA 119 6.144 6.144 MANAUS - S. GABREIL 1001 29.082 31.007 MANAUS - SÃO SEBASTIÃO 943 10.944 10.944 MANAUS - TABATINGA 1573 180.085 190.974 MANAUS - TAPAUÁ 98 15.928 18.497 MANAUS - TEFÉ 631 96.999 109.564 MANAUS - TERRA NOVA 44 4.320 4.320 MANAUS - UARINI 687 14.364 14.364 MANAUS - URUÇARA 344 17.075 19.345 MANAUS - URUCURITUBA 248 24.128 25.060 MANAUS - VILA DO POLIRA 130 2.298 2.298 MANICORÉ - PORTO VELHO 557 10.112 10.635 PARINTINS - BARREIRINHA 77 14.774 17.984 PARINTINS - BOA VISTA DE RAMOS 148 5.888 6.400 PARINTINS - FARO 116 8.864 11.671 PARINTINS - MAUÉS 168 89.408 102.994 PARINTINS - NHAMUNDÁ 185 571 571 PARINTINS - URUÇARA 125 14.208 16.801 TABATINGA - TEFÉ 942 2.647 2.722 TEFÉ - JAPURÁ 351 16.401 17.298 TEFÉ - JURUÁ 426 672 846 TEFÉ - JUTAÍ 370 6.208 6.840 TEFÉ - MARAÃ 298 14.336 15.938 TEFÉ - UARINI 56 16.992 18.271 TERRA SANTA - MANAUS 496 7.680 7.680 TERRA SANTA - PARINTINS 75 5.280 6.577 4.575.023 5.159.816 TOTAL GERAL 84 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 9. PERFIL E CARACTERIZAÇÃO DOS PASSAGEIROS 9.1. Perfil dos Passageiros Para o total de 5.952 entrevistas realizadas em média por campanha, conclui-se que o transporte fluvial é utilizado, em sua maioria, por usuários com idade entre 18 a 30 anos, com nível de escolaridade que oscila entre o 1º e 2º graus, sendo que a maioria (73,20%) são pessoas inseridas no mercado de trabalho com rendimentos salariais mensais que variam até 3 (três) salários mínimos (57,5%). Dessa população que ganha até 3 salários mínimos, 36,2% são autônomos. Os gráficos a seguir apresentam a caracterização dos passageiros do transporte fluvial nas seguintes agregações: sexo, grupo de idade, grau de instrução, renda familiar e ocupação. Relatório Executivo 85 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 9.2. Sexo e grupo de idade As mulheres compõem 49,1% dos entrevistados e os homens 50,9%; entre 18 e 30 anos estão 38,2% dos entrevistados, 24,8% têm entre 31 e 40 anos, 17,8% estão na faixa entre 41 e 50, 10,8% têm entre 51 e 60 anos e 8,3% 60 anos ou mais. Gráfico 23: Distribuição dos passageiros por sexo Gráfico 24: Passageiros por faixa etária 86 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 9.3. Escolaridade Segundo o presente estudo, os usuários de transporte fluvial que não tiveram acesso à educação formal (4,9%) ou que tendo frequentado a escola não foram além do 1o grau completo somam 38,7%. Do universo pesquisado, 41,2% estudaram até o segundo grau completo ou não, outros 12,8% chegaram ao 3o grau e 2,1% declararam ser pós-graduados. Gráfico 25: Escolaridade dos Passageiros Relatório Executivo 87 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 9.4. Renda Familiar Em termos de renda familiar, 16,3% dos entrevistados ganham menos de 1 salário mínimo (SM) por mês, 38,0% entre 1 e 2 SM., 19,5% entre mais de 2 a 3 SM., 12,1% de 3 a 5 SM., e 8,0% ultrapassam 5 salários mínimos mensais. Do conjunto de entrevistados 6,1% não quiseram informar a renda. Gráfico 26: Renda Familiar dos Passageiros 88 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 9.5. Ocupação e atividade principal Do total de pessoas entrevistadas, 73,2% fazem parte da PEA – Pessoas Economicamente Ativas e 26,4% fora dela - sendo 12,7% donas-decasa, 7,5% aposentados e 6,2% exclusivamente estudantes. Dentre o grupo inserido na PEA, estão no mercado formal 67,8% (servidores públicos – 11,4% e assalariados – 20,2%), 36,2% estão no mercado informal (autônomos/ conta própria) e 5,5% atualmente estão desempregados. Gráfico 27: Ocupação e Atividade dos Passageiros Relatório Executivo 89 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 10. ANÁLISE DA FROTA Neste tópico são apresentados os dados sobre a caracterização das embarcações analisadas na região amazônica, abrangendo os principais polos de atração de passageiros (Belém, Manaus, Santarém, Santana, Macapá e Porto Velho) além das travessias Guajará-Mirim (Rondônia) ↔ Guayaramerin (Bolívia) e Costa Marques (Rondônia) ↔ Buena Vista (Bolívia). Quanto às embarcações, foram cadastradas 446, onde 173 operam no Estado do Pará, 198 no Amazonas, 64 no Amapá e 11 em Rondônia, conforme demonstra a Tabela 09 abaixo. AMAPÁ LINHAS DE NAVEGAÇÃO 11 AMAZONAS 64 198 PARÁ 61 173 RONDÔNIA 2 11 TOTAL GERAL 138 446 ÁREA DO ESTUDO EMBARCAÇÕES 64 Tabela 09: Número de embarcações e de linhas de navegação por estado. 10.1. Idade da Frota Do total de 446 embarcações analisadas, em 102 embarcações os responsáveis não souberam informar dados sobre o ano de construção das mesmas. Das 344 embarcações restantes, a média de idade das embarcações que circulam nas vias navegáveis da Amazônia foi de 11 anos. O percentual de embarcações com mais de 20 anos de uso chega a 16,6% da frota. Além disso, 21,2% têm entre 11 e 20 anos, outras 29,9% têm entre 05 e 10 anos e 32,3% tem entre 1 e 4 anos de uso. Considerando as 198 embarcações com atuação no Amazonas, a média de idade passa para 10 anos. Já no estado do Pará a média de idade das 173 embarcações é de 11 anos. O Gráfico 28 mostra os percentuais do tempo de uso das embarcações em anos. 90 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Gráfico 28: Idade das Embarcações A Tabela 10 mostra a idade das embarcações em anos. Percentuais dos tempos de uso das embarcações (%) TOTAL Amapá Amazonas Pará Travessias Área do estudo Ate 4 anos 32,3 35 30,6 36,5 27,3 De 5 a 10 anos 29,9 27,5 38,1 23,1 De 11 a 20 anos 24,1 27,5 21,9 17,3 De 21 anos a mais 13,7 10 9,4 23,1 MÉDIA (em anos) 11 10 10 12 Resposta 72,7 12 Tabela 10: Idade das embarcações por estado Relatório Executivo 91 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 10.2. Material do casco das embarcações Em relação ao material do casco, a maior parte (63,5%) das embarcações, que corresponde a 283 do total de 446, é de madeira. O aço naval se faz presente em 98 (22,0%) embarcações, outras 45 (10,1%) utilizam o alumínio, sendo que a fibra se faz presente em 20 (4,5%) embarcações. Ressalta que 75,9% das embarcações com casco de madeira circulam a mais de 11 anos nas vias navegáveis da Amazónia. O Gráfico 29 mostra os percentuais do tipo de material do casco das embarcações. Gráfico 29: Material do Casco das Embarcações 92 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica A Tabela 11 apresenta o tipo de material do casco das embarcações. Material do casco das embarcações (%) Material Segmentos TOTAL Aço naval Alumínio Fibra Madeira 22,0 10,0 4,5 63,5 Área do estudo Amapá 18,8 3,1 Amazonas 15,7 13,6 Pará 32,4 4,4 Baixo Amazonas 20,0 2,2 Travessias 78,1 9,1 61,6 63,2 2,0 75,6 100,0 Tempo de uso da embarcação Ate 4 anos de idade 34,2 18,0 3,6 44,1 De 5 a 10 19,4 10,7 10,7 59,2 De 11 a 20 10,8 9,6 3,6 75,9 De 21 ou mais 27,7 72,3 Tabela 11: Material dos cascos das embarcações por estado 10.3. Comprimento, boca e calado das embarcações Em relação ao comprimento das embarcações 29,4%, que corresponde a 131 do total de 446, tem um comprimento superior a 30 metros. Entre 20 e 29 metros de comprimento estão 49,8% das embarcações e 20,2% têm o comprimento entre 10 e 19 metros. Em relação à boca (largura) 43,3% das embarcações tem boca acima de 06 metros. Quanto ao calado, a grande maioria das embarcações (74,0%) possui calado menor que 2,0 metros. A Tabela 12 apresenta um resumo das dimensões de comprimento, boca e calado das embarcações Relatório Executivo 93 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Comprimento, boca e calado das embarcações Travessias 10 a 19 20,2 17,2 23,7 10,3 100 20 a 29 49,8 62,5 51 47,1 30 a mais 29,4 20,3 25,3 41,2 Não informou 0,6 Totalização (%) 100 100 100 100 Comprimento médio (m) 26,3 24,5 25,1 29,9 TOTAL Amapá Características Amazonas Pará Área do estudo COMPRIMENTO (m) 1,4 100 BOCA (m) Inferior a 6 56,1 75 55,1 48,5 100 Superior a 6 43,3 25 44,9 48,5 Não informou 0,6 Totalização (%) 100 100 100 100 100 Boca média (m) 6,01 5,7 5,74 6,7 1,78 100 3 CALADO (m) Inferior a 2 74 76,6 72,2 79,4 Superior a 2 25,1 23,4 27,8 16,2 Não informou 0,9 Totalização (%) 100 100 100 100 100 Calado médio (m) 1,75 1,74 1,74 1,74 0,31 4,4 Tabela 12: Comprimento, boca e calado das embarcações 94 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 10.4. Potência do motor e velocidade Apresenta-se um resumo da potência dos propulsores e velocidade das embarcações. Em média, essas embarcações geram uma energia útil por unidade de tempo de 373 HP e imprimem uma velocidade média de 15,1 nós. A Tabela 13 apresenta um resumo da potência dos propulsores e da velocidade das embarcações. Relatório Executivo 95 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica Potência dos propulsores (HP) e velocidade das embarcações (nó) Travessias 24,9 31,3 25,3 14,7 100 210 a 300 17,5 42,2 10,6 19,1 310 a 400 18,8 15,6 23,2 11,8 410 a mais 37,9 10,9 40,4 50 Não informou 0,9 0 0,5 4,4 Totalização (%) 100 100 100 100 100 Potėncia média (HP) 373 273 388 440 34 TOTAL Amazonas 100 a 200 Características Escala Amapá Pará Área do estudo Potência do motor (em HP) Velocidade (nós) Até 9 nós 14,1 31,3 9,6 11,8 10,0 nós 36,8 45,2 40,4 19,1 11,0 nós 4,5 1,6 2,5 7,4 12,0 nós 14,1 9,4 12,1 22,1 13,0 nós 3,4 0 5,1 4,4 14,0 nós 2,9 3,1 0,5 10,3 15,0 nós 6,1 3,1 6,1 8,8 16,0 nós 4,5 3,1 3,5 4,4 17,0 nós 1,8 1,6 0,5 4,4 18,0 nós 5,8 0 9,1 2,9 19,0 nós 1,1 0 1,5 2,9 20,0 nós 4,9 1,6 9,1 1,5 Totalização 100 100 100 100 Velocidade média (em nós) 15,1 10,6 18,2 13,1 18,2 9,1 22,7 Tabela 13: Potência dos propulsores e velocidade das embarcações 96 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 11. IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE FLUVIAL NA AMAZÔNIA A Amazônia tem apresentado uma evolução constante em suas densidades demográficas. A partir da segunda metade da década de 90 as extensões urbanas, as fronteiras agrícolas e os projetos minerais e industriais vêm-se ampliando de forma significativa. O potencial agrícola e mineral da Amazônia vem atraindo diversos grupos empresariais, que nos últimos anos tem implantado grandes projetos alterando as características da frota fluvial, dos portos/terminais e do transporte como um todo. Alguns dos principais projetos implantados na região são: Projeto Celulose em Jarí, AP; Projeto Bauxita em Porto Trombetas, PA; Projeto Calcário em Itaituba, PA; Projeto Alumínio Albrás/Alunorte em Barcarena, PA; Projeto Alumínio em Jurutí, PA; Projeto de Petróleo em Coarí, AM e Manaus, AM; Projeto Soja em Porto Velho, RO, Itacoatiara, AM, Santarém, PA e Miritituba, PA; e Zona Franca de Manaus, AM. Com o surgimento de polos de mineração, agrícolas e industriais, houve um considerável aumento na população da região, aumentando com isso a demanda pelo transporte fluvial, necessitando-se, portanto, cada vez mais de um transporte adequado e seguro para cada linha de navegação. Nos polos e cidades da Amazônia, a utilização de embarcações mistas para o transporte de passageiros e cargas vem crescendo, uma vez que são as que melhor se adaptam as condições de cargas e passageiros e a operacionalidade dos afluentes e sub afluentes do Rio Amazonas. São essas embarcações que proporcionam a mobilidade dos habitantes da Amazônia e a Relatório Executivo 97 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica existência dos comércios regionais entre as cidades, transportando, além dos passageiros, os mais diversos tipos de mercadorias, como: alimentos, bebidas, vestuário, eletrodomésticos, eletrônicos, produtos regionais, etc. Com a movimentação intensa de pessoas e o comércio muito diversificado e com pouco controle, a importância da quantificação da demanda de passageiros e mercadorias movimentadas é um desafio que torna os resultados desse trabalho muito importantes para à possibilidade de melhorias da prestação de serviço do transporte fluvial na Amazônia. O transporte de passageiros na Região Amazônica tem um cunho social de elevada importância, tendo em vista que inúmeras comunidades e localidades não possuem outra opção de transporte para se locomoverem, que não a fluvial. Os dados sobre o número de passageiros transportados pelas embarcações da Amazônia eram muito escassos ou desconhecidos. A pesquisa sobre a demanda de passageiros nas diversas linhas da Amazônia foi capaz de identificar boa parte do universo de linhas e do número de passageiros transportados no ano de 2012. 98 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 12. DIFICULDADES DO TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA A maior dificuldade para a movimentação de passageiros é um transporte regular e rápido que atenda a padrões de serviço adequado. As viagens, em algumas linhas, são estabelecidas conforme o interesse do armador, pois ele só realiza viagens se houver carga que torne a viagem rentável. A maioria das linhas da Amazônia ainda são servidas por embarcações de tecnologias ultrapassadas e em muitos casos construídas em madeira ou em aço com idades superiores a dezenas de anos; no entanto, observa-se regularmente, que após reformas e adequações, as mesmas geralmente obtem nova idade. Sem ação do Estado por intermédio de subsídios e subvenções é impossível qualquer empresário suportar os investimentos em tecnologias mais modernas entre centros populacionais de baixa aglomeração e baixa renda. O transporte mais rápido e seguro com linhas regulares dará maior dinamismo ao comércio regional, permitindo que a prosperidade econômica venha a acontecer. As embarcações que realizam o transporte fluvial de passageiros na Amazônia, de forma recorrente, apresentam problemas de conforto, higiene e segurança. Cite-se, por exemplo, que o aumento da altura da superestrutura com o objetivo de aumentar a capacidade das embarcações causam problemas de estabilidade. A baixa qualidade dos serviços, do conforto e segurança são justificadas pela necessidade de cobrar tarifas de baixo valor, devido a Amazônia ser uma região ainda subdesenvolvida. Sua população, na grande maioria, apresenta padrão de renda e nível de vida bastante baixos. Seu comércio é ainda Relatório Executivo 99 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica incipiente e pouco dinâmico; entretanto, o transporte fluvial através de embarcações mistas (passageiros e cargas) continua sendo a base de todo o comércio ao longo da calha principal do Rio Amazonas e seus afluentes. Como o transporte fluvial é praticamente o único meio de locomoção de baixo custo na região, as embarcações hoje existentes desempenham um papel social relevante para as inúmeras localidades ribeirinhas servidas por elas. Essa realidade amazônica faz com que as embarcações construídas em madeira sejam largamente empregadas no transporte fluvial da região, pela simples natureza de sua construção, pelo custo do material relativamente baixo e pelo modo artesanal como elas são construídas e recuperadas, as embarcações de madeira conquistaram seu espaço na navegação fluvial da região Amazônica. Os terminais ainda são inadequados e não possuem, em sua grande maioria, os equipamentos necessários para a operação do transporte com passageiros. 100 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 13. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO Por força das próprias condições regionais, o subsistema hidroviário é predominantemente utilizado para o abastecimento e desenvolvimento dos principais núcleos econômicos, permitindo o acesso às localidades mais distantes no interior dos estados Amazônicos, situadas às margens dos cursos d'água. A rede hidrográfica, principalmente compreendida pela bacia Amazônica, constitui-se na opção de transporte mais viável, fazendo com que a modalidade hidroviária seja a de maior aptidão para a região. A navegação na bacia Amazônica apresenta características muito particulares. Enquanto o rio Amazonas possui excelentes condições de navegabilidade, a maioria dos demais rios e canais sofrem alterações pelo assoreamento. O estudo de caracterização da demanda apoiado pela ANTAQ e executado pela UFPA/FADESP possibilita o conhecimento de linhas, terminais e a demanda de passageiros e cargas, contribuindo para o estabelecimento de políticas públicas que se materializem em melhorias do transporte em embarcações mistas (passageiros e cargas) da Amazônia. Com os dados e informações fornecidas por esta pesquisa, será possível identificar os principais problemas do transporte fluvial de passageiros e com isso propor planos e políticas mais adequadas ao transporte fluvial da Amazônia. Relatório Executivo 101 Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 102 Relatório Executivo Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica 14. BIBLIOGRAFIA ALFREDINI, P. - "Obras e Gestão de Portos e Costas - A técnica aliada ao enfoque logístico e ambiental". Editora Edgard Blücher, São Paulo, 716 p., 2005. AUDESIRK, GERRY, Elementary Statistc & Stat&mml&ssm&rech Pkg, Pearson Custom Pub, 2009;SPIEGEL, MURRAY R.; SCHILLER, JOHN J.; SRINIVASAN, R. ALU, Teoria e Prob. Probabilidade e Estatistica, Bookman, 2004; BARBOSA, M. H. M. Diretrizes para Projetos de Terminais Hidroviários Urbanos de Passageiros. Dissertação de Mestrado. Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1982; BATES, J. (2000) History of Demand Modelling. In: Handbook of Transport Modelling, Edited by D. A. Hensher and K. J. Button, Elsevier Science Ltd; BRUTON, M. J. 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