Transporte Fluvial de Passageiros na Amazônia

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Transporte Fluvial de Passageiros na Amazônia
RELATÓRIO EXECUTIVO
Caracterização da Oferta e da
Demanda do Transporte Fluvial de
Passageiros na Região Amazônica
República Federativa do Brasil
Dilma Roussef
Presidenta da República
Secretaria de Portos (SEP)
José Leônidas Cristino
Ministro Chefe
Ministério dos Transportes
César Augusto Rabello Borges
Ministro dos Transportes
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Diretoria Colegiada
Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)
Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)
Mário Povia (Diretor Interino)
Superintendência de Navegação Interior (SNI)
Adalberto Tokarski (Superintendente)
Superintendência de Administração e Finanças (SAF)
Albeir Taboada Lima (Superintendente)
Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM)
André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente)
Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC)
Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente)
Superintendência de Portos (SPO)
José Ricardo Ruschel dos Santos (Superintendente)
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), 2013
SEPN Quadra 514 - Conjunto E - Edifício ANTAQ
CEP: 70760-545
Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio,
se citados a fonte e o sitio, no qual pode ser encontrado o original em
http://www.antaq.gov.br
Superintendência de Navegação Interior (SNI)
Adalberto Tokarski
Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI)
José Renato Ribas Fialho - Gerente
Dax Rösler Andrade
Darcy Closs Junior
Edmundo Ériton Gomes de Miranda
Eduardo Pessoa de Queiroz
Isaac Monteiro do Nascimento
José Marcio da Silva
Marcos Gomes Coelho
Patricia Povoa Gravina
Produção:
Assessoria de Comunicação Social (ASC) - ANTAQ
A627c
Brasil. Presidência da República. Secretaria de Portos. Agência Nacional de
Transportes Aquaviários
Caracterização da oferta e da demanda do transporte fluvial de passageiros da
região amazônica / Agência Nacional de Transportes Aquaviários. – Brasília: ANTAQ,
2013.
108p. : il.
I. Transporte aquaviário (fluvial) – Brasil. 2. Agências Reguladoras. 3. Navegação
Interior (hidrovias). 4. Oferta e demanda
CDD 386.30981
iv
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Prof. Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy – Reitor
Prof. Dr. Horacio Schneider – Vice-Reitor
Profa Dra Maria Emília de Lima Tostes – Diretora do Instituto de Tecnologia
Prof. Esp. Roberto Serra Pacha – Diretor da Faculdade de Engenharia Naval
Prof. Dr. Hito Braga de Moraes – Vice-Diretor da Faculdade de Engenharia Naval
Prof. M.Sc Sinfrônio Brito Moraes – Diretor Executivo da FADESP
Equipe Técnica:
Prof. Dr. Hito Braga de Moraes – Coordenador Geral
Prof. M. Sc. Nélio Moura de Figueiredo – Coordenador Adjunto
Prof. Dr. Jose Marcio do Amaral Vasconcellos – Consultor/pesquisador
Prof. Esp. Roberto Serra Pacha – Consultor/pesquisador
Economista: Esp. José Américo do Canto Lopes – Coordenador de campo
Engenheira Civil: Esp. Rita de Cassia Monteiro de Moraes – Consultora/pesquisadora
Engenheiro Naval: Emannuel Santthiago Pereira Loureiro – Designer gráfico
Gracy Rocha – Analista de projetos da FADESP
Ellen Christian S. Gonçalves – Supervisora da FADESP
Estatísticos:
Silvanildo Baia da Silva
Arthur Cezar Pampolha Pessoa
Equipe Técnica de apoio e pesquisadores de campo:
Marcus Augusto Boaventura
Arthur Henrique Rodrigues Carvalho
Sergio Luiz Braga Sacramento
Ana Claudia Miranda Barros Formigosa
Raquel Bezerra
Ana Nery Gomes Coel
Stefhany Delcielo
Danise Lee Melo Fernandes
Odicleise Maués
Marcia Régia Maia
Iricléia Freire
Maria Nazaré Silva Vieira
Djalma Abreu
Rafael Ulisses do Canto Lopes
Priscila Serrão
Gilson de Andrade Moura
Dáfne Fonseca
Romulo Leno Miranda Barros
Vitor Fonseca
Camila Lima
Cristiano de Jesus
Marcelo de Paula
Adria Machado
Joana Luiza Trindade
Remes Matos
Marco Antônio
Ana Rita Tavares
Josilene Santos
Deylana Moreira
Kátia Santos
Rosimar Moreira
Dione Gomes
Maria Luzia Lemos
Relatório Executivo
v
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 01: NÚMERO DE LINHAS POR ESTADO..........................................................................................
16
TABELA 02: NÚMERO DE LINHAS POR TIPO DE VIAGEM............................................................................
16
TABELA 03: NÚMERO DE EMBARCAÇÕES...................................................................................................
17
TABELA 04: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ........
29
TABELA 05: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS..
37
TABELA 06: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ...........
45
TABELA 07: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DE BELÉM.............................
53
TABELA 08: PERCENTUAL DO PADRÃO DE ATENDIMENTO DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA.....................
61
TABELA 09: NÚMERO DE EMBARCAÇÕES E DE LINHAS DE NAVEGAÇÃO POR ESTADO..............................
90
TABELA 10: TEMPO DE USO DAS EMBARCAÇÕES POR ESTADO................................................................
91
TABELA 11: MATERIAL DOS CASCOS DAS EMBARCAÇÕES POR ESTADO.....................................................
93
TABELA 12: COMPRIMENTO, BOCA E CALADO DAS EMBARCAÇÕES..........................................................
94
TABELA 13: POTÊNCIA DOS PROPULSORES E VELOCIDADE DAS EMBARCAÇÕES.......................................
96
vi
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01: NÚMERO DE TERMINAIS POR ESTADO.................................................................................
27
GRÁFICO 02: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ................
31
GRÁFICO 03: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ................
32
GRÁFICO 04: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ........................
34
GRÁFICO 05: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAPÁ...................
35
GRÁFICO 06: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS.........
39
GRÁFICO 07: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS.........
40
GRÁFICO 08: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS.................
42
GRÁFICO 09: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO AMAZONAS............
43
GRÁFICO 10: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ....................
47
GRÁFICO 11: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ....................
48
GRÁFICO 12: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ...........................
50
GRÁFICO 13: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO ESTADO DO PARÁ.......................
51
GRÁFICO 14: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM...................
55
GRÁFICO 15: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM...................
56
GRÁFICO 16: NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM..........................
58
GRÁFICO 17: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA CIDADE DE BELÉM......................
59
GRÁFICO 18: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA..............................
63
GRÁFICO 19: PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO MUNICÍPIO DE BELÉM............
64
GRÁFICO 20: PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA.................................
65
GRÁFICO 21: MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE PASSAGEIROS..........................................................................
67
GRÁFICO 22: MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE CARGAS...................................................................................
80
GRÁFICO 23: DISTRIBUIÇÃO DOS PASSAGEIROS POR SEXO........................................................................
86
GRÁFICO 24: PASSAGEIROS POR FAIXA ETÁRIA..........................................................................................
86
GRÁFICO 25: ESCOLARIDADE DOS PASSAGEIROS.......................................................................................
87
GRÁFICO 26: RENDA FAMILIAR DOS PASSAGEIROS....................................................................................
88
GRÁFICO 27: OCUPAÇÃO E ATIVIDADE DOS PASSAGEIROS........................................................................
89
GRÁFICO 28: TEMPO DE USO DAS EMBARCAÇÕES....................................................................................
91
GRÁFICO 29: MATERIAL DO CASCO DAS EMBARCAÇÕES...........................................................................
92
Relatório Executivo
vii
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
8
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS.........................................................................................................................
vi
ÍNDICE DE GRÁFICOS.......................................................................................................................
vii
PREFÁCIO...........................................................................................................................
11
1.
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................
15
2.
OBJETIVO...........................................................................................................................
15
3.
ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DOS ESTUDOS.......................................................................
16
4.
PERÍODO DAS PESQUISAS..................................................................................................
17
5.
METODOLOGIA..................................................................................................................
18
6.
CARACTERIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS........................................................
21
6.1.
TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO AMAPÁ...............................................
28
6.2.
TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO AMAZONAS........................................
36
6.3.
TERMINAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO PARÁ...................................................
43
6.4.
TERMINAIS DE PASSAGEIROS DE BELÉM....................................................................
52
6.5.
TERMINAIS DE PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA.............................................................
60
7.
MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS....................................................................................
66
8.
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES MISTAS...................................................
79
9.
PERFIL E CARACTERIZAÇÃO DOS PASSAGEIROS..................................................................
85
9.1.
PERFIL DOS PASSAGEIROS..........................................................................................
85
9.2.
SEXO E GRUPO DE IDADE...........................................................................................
86
9.3.ESCOLARIDADE...........................................................................................................
87
9.4.
RENDA FAMILIAR........................................................................................................
88
9.5.
OCUPAÇÃO E ATIVIDADE PRINCIPAL...........................................................................
89
ANÁLISE DA FROTA............................................................................................................
90
10.1.
IDADE DA FROTA.........................................................................................................
90
10.2.
MATERIAL DO CASCO DAS EMBARCAÇÕES.................................................................
92
10.3.
COMPRIMENTO, BOCA E CALADO DAS EMBARCAÇÕES.............................................
93
10.4.
POTÊNCIA DO MOTOR E VELOCIDADE........................................................................
95
11.
IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE FLUVIAL NA AMAZÔNIA..................................................
97
12.
DIFICULDADES DO TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA.......................
99
13.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO................................................................................................
101
14.
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................
103
10.
Relatório Executivo
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Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
10
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PREFÁCIO
A navegação fluvial é o mais importante meio de transporte de pessoas
e mercadorias na região amazônica, conectando as diversas comunidades e
polos de produção, comercialização e consumo estabelecidos junto à sua vasta
e notável malha hidroviária. Ao mesmo tempo, a sua dinâmica econômica, suas
peculiaridades operacionais e as informações quantitativas e qualitativas da
atividade são pouco conhecidas e sistematizadas. A grande heterogeneidade
do perfil dos operadores e usuários, a dispersão de instalações portuárias, a
predominância de práticas informais profundamente marcadas pela cultura local
e suas tradições, dentre outras peculiaridades regionais, contribuem para essa
escassez de informações.
Nesse contexto, o presente estudo de “Caracterização da Oferta e da
Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica” que ora
a ANTAQ disponibiliza à sociedade, vem suprir em boa medida essa lacuna,
trazendo, de forma inédita, informações essenciais para a compreensão desse
setor tão estratégico para o desenvolvimento regional amazônico.
O estudo não se limitou a analisar o transporte de passageiros regulados
pela ANTAQ – qual seja, aquele realizado em linhas interestaduais e longitudinais
de percurso internacional – abrangendo também as linhas intermunicipais,
identificando as embarcações em operação e as instalações portuárias utilizadas,
permitindo uma visão ampla e integrada desse universo tão complexo.
Os dados apresentados foram obtidos em 2011 e 2012, sendo intenção
da ANTAQ realizar atualizações periódicas, estabelecendo uma série histórica
e permitindo a concepção de indicadores para monitoramento e avaliação de
programas e ações, da própria agência e de outros órgãos atuantes no setor.
As informações agora trazidas a público são de grande importância para
o aprimoramento da atuação da ANTAQ no cumprimento de suas atribuições
como órgão de regulação, na produção de análises e estudos mais consistentes
sobre as necessidades de oferta de serviços de transporte fluvial aos usuários,
as potencialidades e possibilidades das empresas de navegação em relação
ao mercado, as condições operacionais das embarcações e dos terminais,
Relatório Executivo
11
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
dentre outros, abrangendo o que há de mais relevante na navegação fluvial de
passageiros da região amazônica.
Para a sociedade como um todo, e principalmente para os demais
órgãos de governo, universidades e entidades públicas e privadas interessadas,
o estudo pode contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas ao
fomento e desenvolvimento da navegação fluvial de passageiros, para subsidiar
a elaboração de novos estudos e no planejamento setorial, essenciais para o
desenvolvimento sustentável da região amazônica.
É com essa perspectiva que a ANTAQ convida o leitor a conhecer o
presente Relatório Executivo bem como para apresentar críticas, comentários e
sugestões que venham a enriquecê-lo e melhorá-lo.
12
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Relatório Executivo
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Caracterização
Amazônica
Bacia
Amazônica da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região
Relatório
Executivo
14
14
Relatório Executivo
ANTAQ/UFSC/LabTrans
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
1.
APRESENTAÇÃO
Buscando conhecer a demanda de passageiros e cargas que são
transportados pelos rios da Amazônia através de embarcações mistas (carga e
passageiros), a ANTAQ elaborou estudo sobre o transporte de passageiros e
cargas em embarcações mistas, por meio de termo de cooperação com a
UFPA/FADESP. Espera-se que os resultados das análises do presente estudo
sejam subsídios para melhores práticas regulatórias e ações efetivas da
Agência no que tange à fiscalização dos serviços praticados e indicação aos
órgãos competentes de melhores condições das infraestruturas aquaviárias
observadas.
Trazendo o enfoque para mais perto daquilo que diz respeito às
perspectivas de como o transporte hidroviário de passageiros irá se expandir,
este trabalho desenvolve uma abordagem que procura investigar e orientar
sobre a maioria dos problemas que envolvem o transporte hidroviário de
passageiros na Amazônia indicando os problemas e a necessidade de futuros
desenvolvimentos e pesquisas na área.
Os dados, informações e previsões sobre as demandas do transporte
hidroviário de passageiros e cargas apresentados neste trabalho, envolvem
também o levantamento das quantidades e características das embarcações e
terminais, assim como a análise do perfil socioeconômico dos passageiros.
O presente trabalho busca trazer uma abordagem através de uma visão
sistêmica do transporte que utiliza embarcações regionais. Uma avaliação não
somente das questões relacionadas às características das embarcações e
seus custos, mas incluindo também a avaliação da operação, a adequação das
embarcações para as linhas de transporte e a necessidade de terminais
específicos.
2.
OBJETIVO
O principal objetivo deste relatório é identificar a demanda e a oferta de
passageiros e cargas, os portos/terminais, linhas e embarcações, assim como,
Relatório Executivo
15
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
o perfil socioeconômico dos passageiros que circulam na região de estudo,
facilitando o estabelecimento de políticas públicas para o setor de transporte
hidroviário de passageiros da Amazônia.
3.
ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DOS ESTUDOS
A área de abrangência dos estudos compreendeu a região Amazônica,
com foco nas principais Unidades da Federação geradores de fluxo fluvial,
quais sejam: Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia; tais estados sediam uma
parcela representativa de empresas que atuam no setor.
Um resumo da totalização das quantidades de linhas encontram-se
expressas nas tabelas 01 e 02.
ESTADO
Pará
Amazonas
Amapá
Rondônia
TOTAL PARCIAL
Nº DE LINHAS ESTADUAIS
LONGITUDINAL
128
119
2
TRAVESSIA
3
4
249
2
9
Tabela 01: Número de linhas por estado
Nº TOTAL DE LINHAS
Longitudinal Estadual
Longitudinal Interestadual
Travessia
TOTAL GERAL
249
59
9
317
Tabela 02: Número de linhas por tipo de viagem
16
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Quanto às embarcações, as totalizações quantitativas encontram-se
expressas na tabela abaixo.
Nº DE EMBARCAÇÕES
ESTADO
Pará
Amazonas
Amapá
Rondônia
Interestaduais
TOTAL PARCIAL
QUANTIDADE
182
290
18
11
101
602
Tabela 03: Número de embarcações
4.
PERÍODO DAS PESQUISAS
Três levantamentos foram realizados em diferentes épocas do ano para
captar possíveis sazonalidades na
movimentação
de
passageiros.
A
movimentação anual de passageiros foi obtida pela média dos três
levantamentos.
A primeira coleta de dados foi realizada no período de janeiro a março
de 2011, a segunda no período de junho a agosto de 2011 e a terceira e última
no período de setembro a novembro de 2012.
No terceiro levantamento, as entrevistas foram realizadas durante as
viagens, com vultoso tempo na aplicação dos questionários. Essa campanha
demandou tempo considerável, em virtude das grandes distâncias entre as
cidades que compõem as linhas.
Relatório Executivo
17
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
5.
METODOLOGIA
A demanda por transporte é o desejo de uma entidade (uma pessoa ou
de um grupo de pessoas) de locomover alguma coisa (a si próprio, outras
pessoas ou cargas), de um lugar para outro. Essa demanda pode estar
relacionada a uma dada modalidade de transporte ou a uma determinada rota.
As estatísticas descritivas dos dados coletados em campo foram de
fundamental importância, uma vez que permitiram a convergência de
informações significativas das massas de dados de cada linha e estado. As
técnicas utilizadas em estatística aplicadas às demandas de transporte fluvial
permitem avaliar a probabilidade de ocorrência de uma demanda com
determinada magnitude.
As análises probabilísticas desenvolvidas basearam-se em métodos de
previsão associados à períodos de recorrência, com base em dados coletados
nas pesquisas de campo, onde o tamanho das amostras foi fator determinante
no desenvolvimento das inferências.
A caracterização e a mensuração dos parâmetros e dos dados foram
elaboradas tendo em vista a variabilidade da demanda de transporte, uma vez
que esta oscila sazonalmente ao longo do ano. Por esse motivo, a coleta de
dados de campo foi executada em três períodos, de forma que todas as
inflexões sazonais tivessem sido contempladas.
Os trabalhos de campo estiveram sob a responsabilidade de dois
coordenadores de campo e 15 entrevistadores, devidamente capacitados para
este tipo de pesquisa.
Na elaboração dos relatórios houve a participação de dois Especialistas
em Transporte fluvial, dois estatísticos e 4 digitadores.
Para
o
controle
de
qualidade
das
informações,
realizaram-se
procedimentos padronizados, previamente testados, na coleta de dados, a fim
de obter um conteúdo fiel nas respostas. Após o processamento, foi realizada a
filtragem e consistência em todos os questionários.
Utilizou-se um questionário estruturado de acordo com os objetivos da
pesquisa elaborado pela equipe técnica do projeto.
18
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Sempre antes da aplicação do questionário, os entrevistadores
explicavam o motivo da pesquisa e a importância da mesma para os
empresários. A pesquisa teve boa receptividade e os entrevistados
colaboraram para que as informações coletadas obtivessem o máximo de
veracidade.
Para este estudo foi criado um banco de dados para o cruzamento entre
variáveis, foram utilizadas técnicas estatísticas e recursos de informática. Os
dados foram tabulados nos programas SPSS (Statistic Package for Social
Sciences) e Excel.
Notas para leitura dos resultados: 1) As tabelas, por vezes, poderão
fechar em mais (ou menos) 100% devido ao arredondamento dos números no
processamento dos resultados.
Relatório Executivo
19
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
A figura 01 mostra as zonas de trafego estudadas nos estados do
Amazonas (AM), Pará (PA), Amapá (AP) e Rondônia (RO), com a delimitação
das áreas de influência de cada zona em função das demandas operacionais
das linhas de navegação que atuam em cada região.
Figura
Abrangência
Estudo
e Recorte
Figura
01:01:
Abrangência
dodo
estudo
com
o recorteTerritorial
territorialutilizado.
utilizado.
20
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.
CARACTERIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS
O terminal é a parte do sistema de transporte onde se realiza a interface
entre dois ou mais modos de transporte ou entre duas diferentes rotas do
mesmo modo, devendo oferecer infraestrutura e arranjos que facilitem a
transferência entre os modos de transporte.
O terminal hidroviário de passageiros se caracteriza como um elemento
de apoio ao sistema de transporte, através da integração do indivíduo com o
veículo, devendo constituir em um elemento de atração do usuário para o
sistema.
As deficiências de projeto e a não integração do sistema hidroviário com
os demais modos de transporte, na maioria dos terminais hidroviários de
passageiros existentes na Amazônia, são responsáveis por grande parte dos
problemas operacionais ocorridos e pela não confiabilidade dos usuários do
sistema hidroviário. É necessário, portanto, que um terminal hidroviário
apresente um layout operacional bem elaborado para atender às necessidades
dos usuários e para minimizar os problemas de operação.
O dimensionamento e as características básicas do terminal de
passageiro hidroviário dependem da linha, do tempo de viagem, da demanda
atual e futura, dos movimentos de pico e fluxos médios, das características
socioeconômicas dos usuários e da localização dentro das cidades.
Para subsidiar a análise de um sistema que utiliza embarcações
regionais, avaliaram-se também as características físicas e operacionais dos
terminais de passageiros.
No presente estudo, considerando-se o sistema de transporte fluvial da
Amazônia, agrupou-se os terminais em duas classificações: quanto à operação
e quanto à localização, conforme segue:
a) Quanto à operação
Partiu-se do pressuposto de que um terminal deva ser projetado a partir
de um fluxo operacional criterioso com atenção especial à localização de
acessos e de saídas compatíveis com a circulação pública de pedestres e de
veículos.
Relatório Executivo
21
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
As análises e proposições tiveram como premissas técnicas e
operacionais aspectos relevantes, como:

O usuário do terminal hidroviário, ao chegar, deverá dirigir-se aos
guichês de compra de bilhetes sem dificuldade e sem conflito de
correntes de tráfego. Ao ser desembarcado, deverá ser
encaminhado à saída de forma direta e rápida, dirigindo-se a
qualquer outro meio de transporte sem expor-se a cruzamentos
perigosos;

As áreas de espera devem ter acesso direto ao cais; os sanitários
femininos e masculinos devem ser adjacentes e localizados de
forma a possibilitar fácil acesso, o setor de administração deve
estar localizado de forma a permitir boas condições de
fiscalização das chegadas e partidas das embarcações;

Nos terminais que atendam a mais de uma ligação hidroviária as
estações de passageiros devem ser independentes, uma vez que
cada
ligação
apresentará,
certamente,
características
de
demanda, oferta, atendimento e espera diferente. Dada a não
disponibilidade de área e/ou recursos financeiros, o terminal
poderá apresentar apenas uma estação de passageiros, porém
com diferentes setores de embarque e desembarque;

Os projetos devem atender as necessidades de usuários
deficientes, quanto ao layout e ao dimensionamento das
infraestruturas necessárias.
Os terminais, sob a ótica operacional, foram analisados tendo como
fundamento a observância dos itens abaixo:

Facilidade de embarque e desembarque de passageiros;

Possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte
para outro;

Prover estacionamentos ou pátios para estacionamento de
veículos;
22

Oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário;

Administrar e operar o sistema de transporte no terminal;
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica

Proporcionar conforto e segurança ao usuário;

Possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos.
b) Quanto à localização
As análises locacionais dos terminais desenvolvidas tiveram como
pressuposto o fato de que a correta localização de um terminal hidroviário de
passageiros em uma cidade é de vital importância para os usuários e
operadores do sistema de transporte, pois significa facilidade de acesso às
embarcações e possibilidades de sair do sistema para outros meios de
transporte, sem grandes congestionamentos e com certo grau de conforto.
A zona de influência de um terminal hidroviário de passageiros, tanto de
origem como de destino, não é muito extensa, pois o modo hidroviário não
apresenta as características de um transporte porta a porta. Desta forma, temse que os terminais devem estar localizados em áreas que ofereçam diversas
alternativas de complementação de transporte.
c) Quanto à classificação
Os terminais analisados no estudo foram classificados segundo o tipo de
viagem em:

Terminal urbano - Quando os terminais estão localizados numa
mesma cidade ou área metropolitana. Este tipo de terminal
atende aos transportes urbanos, suburbanos e intermunicipais de
pequena
distância,
quando
existe
uma
dependência
socioeconômica aos núcleos servidos, provocando um movimento
diário de pessoas de um a outro núcleo urbano. Os usuários dos
terminais urbanos, geralmente não transportam bagagens, tem
pequena permanência no terminal e grande parte deles realiza
viagens pendulares de frequência diária.

Terminal interurbano - Quando os pontos extremos da viagem
estão localizados em núcleos urbanos socioeconomicamente
independentes, origens e destinos das linhas de transporte
interurbano. Estes terminais poderão atender as condições de
Relatório Executivo
23
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
serviço de transporte de médias ou longas distâncias entre os
núcleos urbanos. Os usuários destes terminais poderão ter um
tempo de permanência maior e portarem bagagens, o que exige
uma infraestrutura maior nos serviços para o seu atendimento; e

Terminal interestadual - Servem a núcleos situados em
unidades diferentes da federação. Estes terminais poderão, do
ponto de vista dos usuários, assumir as características de
terminais urbanos ou interurbanos. Mas, do ponto de vista dos
operadores, estes terminais assumem características políticoadministrativas compatíveis com as condições de organização
dos núcleos servidos. Estes terminais se caracterizam por possuir
uma gama maior de serviços e comércios.
Os terminais também foram classificados quanto aos usos ou tipo de
serviços prestados. Para tal foram avaliados os seguintes setores:

Serviços Públicos – destinado ao exercício de atividades de
apoio, de assistência e de proteção aos usuários do terminal,
exercidas por entidades públicas ou privadas e ao atendimento
dos usuários, nos períodos que antecedem o embarque e
sucedem o desembarque; e

Operações e Comércio – destinado à venda de passagens, a
espera, chegada e saída de embarcações e ao embarque e
desembarque dos passageiros, assim como, ao exercício de
atividades de venda de bens aos usuários do terminal.
Para cada um destes setores foram definidas as instalações e os
equipamentos mínimos necessários para a operação do terminal de
passageiros.
24
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Evidencia-se a seguir os itens mínimos analisados e suficientemente
necessários a um terminal hidroviário de passageiros.
a) Acessos
- Ruas de acesso com capacidade de tráfego adequada
- Área específica para ponto de parada de ônibus
- Área específica para ponto de parada de táxi
- Linhas de ônibus que atendam ao terminal.
b) Área para estacionamento de veículos
- Divisão para carros particulares, táxis e veículos de carga
- Área compatível com a demanda de passageiros no terminal
- Guarita de controle
c) Instalações e serviços
- Posto de atendimento médico
- Posto de polícia
- Serviços de carregadores
- Serviços de abastecimento de água para embarcações
- Serviços de combate a incêndio
- Abastecimento de energia
- Salas de administração e de arrecadação
d) Área de prestação de serviços públicos
- Balcão de informações
- Boxe de venda de passagens
- Bancos/assentos
Relatório Executivo
25
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
- Banheiros públicos: masculino e feminino
- Telefones públicos
- Lixeiras
- Sistema de chamadas e de avisos
- Quadro de horário de chegada e de saída das embarcações
- Comércio (lojas, lanchonetes e banca de revista)
- Policiamento
- Área de circulação com sinalização
- Guarda volumes
e) Área de acumulação restrita (sala de embarque)
- Controle de acesso (catracas)
- Bancos e assentos
- Banheiros: masculino e feminino
- Telefones públicos
- Lixeiras
- Sistema de chamadas e avisos
- Quadro de horário de chegada e saída de embarcações
- Lanchonete
f) Área de atracação
- Berço específico e adequado para embarque e desembarque de
passageiros
- Tipo de berço compatível com as características da embarcação que
irá operar
- Suficiência de berços
26
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Em função dos itens anteriormente relacionados realizou-se uma
pesquisa qualitativa dos terminais com o objetivo de se obter índices de
ocorrência dos itens atribuídos como mínimos necessários para um terminal de
passageiros.
Conforme mostra o Gráfico 01 foi levantado um total de 106 terminais de
passageiros na Amazônia sendo 64 no Estado do Pará, 30 no estado do
Amazonas, 11 no Estado do Amapá e 01 no Estado de Rondônia.
A pesquisa indica que o Estado do Pará tem maior quantidade de
terminais/portos hidroviários na Região Amazônica.
NÚMERO DE TERMINAIS ANALISADOS POR ESTADO
106
64
30
11
1
RONDÔNIA
AMAPÁ
AMAZONAS
PARÁ
TOTAL
Gráfico 01: Número de terminais por estado
Para a ánalise dos padrões de atendimento dos terminais, classificou-se
como elevado quando o nível de atendimento encontrava-se acima de 70%;
baixo quando estava abaixo de 50% e médio para a situação intermediária.
Relatório Executivo
27
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
A seguir serão analisados os gráficos por estado para se ter melhor
visibilidade sobre as condições apresentadas em cada estado.
6.1.
Terminais de Passageiros do Estado do Amapá
No Estado do Amapá foram levantados onze terminais, neste universo
verificaram-se percentuais de ocorrência de itens de atendimento muito baixos.
Teoricamente
não
existem
condições
desses
portos
operarem
com
passageiros, mas essa é uma realidade de atendimento à população.
O terminal que apresentou melhor atendimento foi o porto do Grego em
Santana (AP) que atende a linha Macapá-Belém, apresentando um índice da
ordem de 43%. Esse índice ainda está muito abaixo do esperado, indicando
que medidas corretivas e adaptativas precisam ser implementadas para dotar a
linha Macapá-Belém de um terminal adequado às funções de embarque e
desembarque de passageiros.
A localidade de Laranjal do Jari, no estado do Amapá, apresentou a
maior carência em equipamentos destinados à operação com passageiros.
6.1.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos
Apresenta-se na Tabela 04 a indicação dos percentuais de atendimento
global dos terminais do Estado do Amapá, onde se observa que os terminais
deste Estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam um baixo
padrão de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para um
terminal de passageiros.
28
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
TERMINAIS DO AMAPÁ
PADRÃO DE ATENDIMENTO
REQUISITOS
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
27,27%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS
0,00%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
0,00%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
0,00%
A) ACESSOS
B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS
B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS
AO TERMINAL
0,00%
72,73%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
9,09%
C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
0,00%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
0,00%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
18,18%
C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
36,36%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
0,00%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
63,64%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
27,27%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
18,18%
D10 - POLICIAMENTO
9,09%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
0,00%
D12 - GUARDA VOLUMES
0,00%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
27,27%
D3 - BANCOS / ASSENTOS
0,00%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
9,09%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
45,45%
D6 - LIXEIRAS
18,18%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
9,09%
D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS
EMBARCAÇÕES
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE
REVISTA)
E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE
EMBARQUE)
F) ÁREA DE ATRACAÇÃO
45,45%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
0,00%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
0,00%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
0,00%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
9,09%
E5 - LIXEIRAS
18,18%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
0,00%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
9,09%
E8 - LANCHONETE
18,18%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE
DE PASSAGEIROS
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCAÇÕES
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
9,09%
54,55%
72,73%
72,73%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
0,00%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
0,00%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
9,09%
Tabela 04: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amapá.
Relatório Executivo
29
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Observa-se nos Gráficos 02 e 03, os quais apresentam em ordem
decrescente os percentuais de atendimento de cada critério, que o padrão de
atendimento dos terminais do Estado do Amapá é muito baixo.
Constata-se que apenas três critérios, com média de 73%, apresentaram
um padrão de atendimento elevado; dois apresentaram um padrão de
atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 60% e os demais
critérios analisados apresentaram, de forma latente, baixo padrão de
atendimento.
É notório ressaltar que os terminais do Amapá precisam de imediatas
intervenções na busca da melhoria de seus padrões de atendimento.
Requisitos
operacionais
mínimos
e
necessários
a
um
satisfatório
funcionamento desses terminais precisam ser atendidos.
Itens de atendimento como linhas de ônibus que servem ao terminal,
área específica para ponto de parada de táxi e área específica para ponto de
parada de ônibus apresentaram percentuais muito próximos a 0%.
O atendimento a direitos constitucionais de cidadãos precisam ser
respeitados, pois se observou que postos de polícia e de atendimento médico
inexistem e que a qualidade operacional da mão de obra utilizada na
movimentação de carga no terminal é extremamente baixa.
Quanto às características das áreas de atracação das embarcações
desses terminais, observa-se que estas não são plenamente satisfatórias, mas
ao menos atendem, mesmo que de forma precária, às operações de atracação.
Em síntese, no Amapá os terminais atendem de forma precária, apenas,
às operações de atracação; de embarque e desembarque de passageiros e de
carga e descarga. Todo e qualquer infraestrutura necessária e suficiente a
socialização da operação desses terminais não foram observadas.
30
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAPÁ
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS
DAS EMBARCAÇÕES
73%
B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA
DE PASSAGEIROS AO TERMINAL
73%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
73%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
64%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS
55%
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E
BANCA DE REVISTA)
45%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
45%
C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
PARA EMBARCAÇÕES
36%
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE
DE TRÁFEGO
27%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
27%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
27%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
18%
D6 - LIXEIRAS
18%
E5 - LIXEIRAS
18%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
18%
E8 - LANCHONETE
18%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
9%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS MASCULINO E FEMININO
9%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
9%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E
DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES
9%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 02: Padrão de atendimento por item dos
terminais do Estado do Amapá
Relatório Executivo
31
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAPÁ
D10 – POLICIAMENTO
9%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
9%
E7 - QUADRO DE HORÁRIOS DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCARÇÕES
9%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS DE AVISOS
9%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
0%
D3 - BANCOS/ASSENTOS
0%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
0%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
0%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE
PARADA DE ÔNIBUS
0%
B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
0%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
0%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
0%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
0%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
0%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
0%
D12 - GUARDA VOLUMES
0%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
0%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
0%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
0%
C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
0%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 03: Padrão de atendimento por item dos
terminais do Estado do Amapá
32
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.1.2 Percentual de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 04, o qual apresenta em ordem decrescente o
nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os
padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo.
Apenas o porto do Grego apresenta um desempenho melhor em relação aos
demais.
Apenas dois terminais, porto do Grego e Igarapé das Mulheres,
apresentaram percentuais iguais ou acima de 30 %. Cerca de 75% dos
terminais analisados apresentaram padrões abaixo de 20%, o que mostra que
intervenções imediatas precisam ser feitas nesses terminais em busca do
alcance de um padrão operacional adequado.
Gráfico 04: Nível de atendimento global por terminais do
Estado do Amapá
Relatório Executivo
33
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO AMAPÁ
PROTO DE GREGO
43%
PORTO DO IGARAPÉ DAS MULHERES
30%
PORTO SEAMAR - NAV. S. BENEDITO
25%
PORTO SOUZAMAR
18%
RAMPA SANTA INÊS
18%
CANAL DO JANDIÁ
18%
PORTO GONÇALVES
18%
TERMINAL HIDROVIÁRIO DE LARANJAL DO JARI
13%
IGARAPÉ DA FORTALEZA
5%
PORTO DOS PEIXEIROS
5%
PORTO DO LUIS EDUARDO
5%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 04: Nível de atendimento global por terminais
do Estado do Amapá
34
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.1.3 Padrão de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 05, o qual apresenta o padrão de atendimento
global dos critérios analisados, que 100% dos terminais do Estado do Amapá
apresentam um padrão de atendimento baixo, o que leva a concluir que todos
os terminais do Estado do Amapá necessitam de melhorias.
PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO AMAPÁ
100%
0%
0%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 05: Padrão de atendimento global dos terminais do
Estado do Amapá
Relatório Executivo
35
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.2.
Terminais de Passageiros do Estado do Amazonas
No Estado do Amazonas foram levantados trinta pontos de embarque e
desembarque de passageiros. Neste universo verificam-se percentuais de
ocorrência de critérios de atendimento melhores que no Amapá.
Os terminais do Amazonas apresentam grande disparidade entre seus
padrões de atendimento. O terminal Roadway apresenta melhor padrão de
atendimento com 70% de observância dos itens pesquisados. Em contra-partida,
terminais como os de Eirunepé e Porto São Raimundo, apresentam baixos e
incipientes padrões de atendimentos, com valores de aproximadamente 3%.
Nas pesquisas de campo observou-se que uma das principais causas
das diferenças de padrões existentes entre os terminais é o desequilíbrio
socioeconômico existente na grande área territorial do Estado do Amazonas.
Nesse sentido, observou-se que os problemas inerentes às características
operacionais dos terminais aumentam na mesma proporção das distâncias à
capital, Manaus.
6.2.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos
Apresenta-se na Tabela 05 a indicação dos percentuais de atendimento
global dos terminais do Estado do Amazonas, onde se observa que os
terminais desse estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam um
baixo padrão de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para
um terminal de passageiros.
A disposição dos padrões de atendimento dos terminais do Amazonas
não está muito distante daquela do Amapá. No entanto, observa-se um maior
percentual de atendimento médio dos critérios da faixa média em relação ao
Amapá.
36
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
TERMINAIS DO AMAZONAS
PADRÃO DE ATENDIMENTO
REQUISITOS
ELEVADO
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
MÉDIO
BAIXO
53,33%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS
13,33%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
26,67%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
16,67%
A) ACESSOS
B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS
AO TERMINAL
26,67%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
16,67%
C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
3,33%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
6,67%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS
26,67%
80,00%
C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
16,67%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
16,67%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
50,00%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
26,67%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
13,33%
D10 - POLICIAMENTO
6,67%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
3,33%
D12 - GUARDA VOLUMES
10,00%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
30,00%
D3 - BANCOS / ASSENTOS
53,33%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
53,33%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
50,00%
D6 - LIXEIRAS
53,33%
D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS
EMBARCAÇÕES
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE
REVISTA)
E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE
EMBARQUE)
F) ÁREA DE ATRACAÇÃO
G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
10,00%
3,33%
53,33%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
10,00%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
23,33%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
13,33%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
3,33%
E5 - LIXEIRAS
20,00%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
6,67%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
6,67%
E8 - LANCHONETE
13,33%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE
DE PASSAGEIROS
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCAÇÕES
43,33%
40,00%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
23,33%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
36,67%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
10,00%
63,33%
Tabela 05: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amazonas.
Relatório Executivo
37
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Observa-se nos Gráficos 06 e 07, os quais apresentam em ordem
decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o
padrão de atendimento dos terminais do Estado do Amazonas é baixo. No
entanto, é mais uniformemente distribuído, para o padrão baixo, que o do
estado do Amapá.
Esses gráficos evidenciam que apenas o critério de serviços de
carregadores, com valor médio de 80%, apresentou um padrão de atendimento
elevado; oito apresentaram um padrão de atendimento médio, com percentuais
médios da ordem de 55% e os demais critérios analisados apresentaram, de
forma latente, baixo padrão de atendimento, com média de 17%.
Da análise dos percentuais de atendimento, ressalta-se que os terminais
do Amazonas necessitam de intervenções que proporcionem melhorias nos
padrões de atendimento. Requisitos operacionais mínimos e necessários a um
satisfatório funcionamento desses terminais precisam ser atendidos.
É importante evidenciar que itens de atendimento como postos de
atendimento médico, área de circulação com sinalização e telefones públicos
apresentaram percentuais de atendimento muito baixo. Tal constatação revela
um descaso à operacionalização dos terminais, pois o nível de investimentos
necessários à melhoria desses padrões é mínimo, quando comparado aos
benefícios sociais que poderiam ser alcançados.
Outro fato que merece destaque na operacionalização dos terminais do
Amazonas é que requisitos relacionados à área de atracação, em sua
totalidade, apresentaram baixo padrão de atendimento, o que nos leva a crer
que sequer esses itens estão sendo atendidos, mesmo sendo este de
importância primária.
38
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAZONAS
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
80%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
63%
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE
DE TRÁFEGO
53%
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E
BANCA DE REVISTA)
53%
D6 – LIXEIRAS
53%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS MASCULINO E FEMININO
53%
D3 - BANCOS/ASSENTOS
53%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
50%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
50%
43%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS
40%
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS
CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES
37%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
30%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA
DE PASSAGEIROS AO TERMINAL
27%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
27%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
27%
B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
27%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
23%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
23%
E5 – LIXEIRAS
ELEVADO
MÉDIO
20%
BAIXO
Gráfico 06: Padrão de atendimento por item
dos terminais do Estado do Amazonas
Relatório Executivo
39
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO AMAZONAS
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
17%
C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
17%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
17%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
17%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE
ÔNIBUS
13%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
13%
E8 – LANCHONETE
13%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
13%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
10%
D12 - GUARDA VOLUMES
10%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
10%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
10%
D10 – POLICIAMENTO
7%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E
SAÍDA DE EMBARCAÇÕES
7%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
7%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
7%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
3%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE
SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES
3%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
3%
C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
3%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 07: Padrão de atendimento por item
dos terminais do Estado do Amazonas
40
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.2.2 Percentual de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 08, o qual apresenta em ordem decrescente o
nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os
padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo.
Apenas o porto do Roadway é que apresentou um desempenho um pouco
melhor em relação aos demais.
Apenas quatro terminais, Roadway, Ceasa, Tabatinga e Humaitá é que
apresentaram percentuais iguais ou acima de 50%. Cerca de 80% dos
terminais analisados apresentaram padrões abaixo de 30%, o que mostra que
intervenções imediatas precisam ser feitas nesses terminais em busca do
alcance de um padrão operacional adequado.
Gráfico 08: Nível de atendimento global por terminais do
Estado do Amazonas
Relatório Executivo
41
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO AMAZONAS
Roadway
70%
CEASA
60%
TERMINAL FLUVIAL DE TABATINGA
55%
PORTO DE HUMAITÁ
50%
ARTHUR VIRGÍLIO IV
43%
ELTUCAM
43%
PORTO DE COARI
38%
CODAJÁS
30%
PORTO INDEPENDÊNCIA
30%
FLUTUANTE NOVA GERAÇÃO
30%
MANAUS MODERNA
28%
PRINCESA ALTO SOLIMÕES
28%
PORTO PANAIR/DEMÉTRIO
25%
PORTO DE NOVO ARIPUANÂ
25%
PORTOBRAS
25%
SÃO RAIMUNDO I
23%
JOSÉ TEIXEIRA ROCHA
23%
PORTO PRINCIPAL DE BORBA
20%
PAULO AVELINO
20%
PORTO DE MANACAPURU
18%
PORTO TABARÉ
18%
PORTO DE TONANTINS
15%
AREIA BRANCA
13%
TERMINAL DE EMBARGUE E DESEMBARQUE DE MANAQUIRI
13%
A. MENDES
10%
ASSOCIAÇÃO DOS CANOEIROS DO CAREIRO
8%
PORTO PROVISÓRIO DADO CARVALHO
8%
PORTO DE ITACOATIARA
8%
PORTO SÃO RAIMUNDO COM APARECIDA
3%
EIRUNEPÉ
3%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 08: Nível de atendimento global por
terminais do Estado do Amazonas
42
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.2.3 Padrão de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 09, o qual apresenta o padrão de atendimento
global dos critérios analisados, que 87% dos terminais do Estado do Amazonas
apresentam um padrão de atendimento baixo, 10% médio e apenas 3%
apresentaram um padrão elevado, o que leva a concluir que a maioria dos
terminais do Estado do Amazonas necessitam ser adequados.
PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO
AMAZONAS
87%
10%
3%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 09: Padrão de atendimento global dos terminais do
Estado do Amazonas
6.3.
Terminais de Passageiros do Estado do Pará
No Estado do Pará foram levantados trinta e cinco terminais de
embarque e desembarque de passageiros. Os dados coletados e as análises
desenvolvidas evidenciam um nível de padrão de atendimento um pouco
melhor em relação aos terminais do Amazonas e do Amapá.
Relatório Executivo
43
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Com relação aos terminais do Pará, observa-se que nenhum apresentou
padrão de atendimento elevado. Apenas 12% dos terminais apresentaram
padrão considerado médio, destacando-se o terminal hidroviário Domingos
Moura Rebelo em Breves e o porto da CDP em Óbidos com 58%, os demais
apresentaram baixo padrão de atendimento com percentuais médios da ordem
de 22%.
Da análise dos percentuais de atendimento global dos terminais
observa-se que os baixos padrões de atendimentos são fragmentados e
regionalizados, não existindo grandes diferenças intervalares entre terminais
contidos em regiões semelhantes. Não se observou padrões iguais a zero ou
próximos, mas constata-se que esses terminais precisam, de forma imediata,
passar por adequações na busca de padrões aceitáveis.
6.3.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos
Apresenta-se na Tabela 06 a indicação dos percentuais de atendimento
global dos terminais do Estado do Pará, onde se observa que os terminais
desse estado necessitam de melhorias, uma vez que apresentam baixo padrão
de atendimento na maioria dos requisitos mínimos exigidos para um terminal
de passageiros.
Constata-se na disposição dos padrões de atendimento dos terminais do
Pará que apenas dois requisitos analisados apresentaram padrão elevado, três
médio e os demais apresentaram baixo padrão.
44
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
TERMINAIS DO PARÁ
PADRÃO DE ATENDIMENTO
REQUISITOS
ELEVADO
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
MÉDIO
BAIXO
77,14%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS
17,14%
A) ACESSOS
B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
48,57%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
28,57%
B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS
AO TERMINAL
22,86%
51,43%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
14,29%
C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
0,00%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
2,86%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS
68,57%
C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
11,43%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
5,71%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
42,86%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
40,00%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
20,00%
D10 - POLICIAMENTO
20,00%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
14,29%
D12 - GUARDA VOLUMES
5,71%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
51,43%
D3 - BANCOS / ASSENTOS
37,14%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
40,00%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
31,43%
D6 - LIXEIRAS
37,14%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
2,86%
D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS
EMBARCAÇÕES
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE
REVISTA)
E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE
EMBARQUE)
F) ÁREA DE ATRACAÇÃO
G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
5,71%
40,00%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
2,86%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
11,43%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
17,14%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
5,71%
E5 - LIXEIRAS
20,00%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
0,00%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
5,71%
E8 - LANCHONETE
11,43%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE
DE PASSAGEIROS
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCAÇÕES
45,71%
48,57%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
34,29%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
40,00%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
20,59%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
80,00%
Tabela 06: Percentual do padrão de atendimento dos terminais do Estado do Pará.
Relatório Executivo
45
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Observa-se nos Gráficos 10 e 11, os quais apresentam em ordem
decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o
padrão de atendimento no Estado do Pará é baixo.
Os gráficos evidenciam que apenas o critério de acesso com boa
capacidade de tráfego ao terminal e os serviços de movimentação de carga
apresentaram um padrão de atendimento elevado, com percentuais médios da
ordem de 80%; três apresentaram um padrão de atendimento médio, com
percentuais médios da ordem de 60%. Os critérios de análise restantes
apresentaram baixo padrão de atendimento, com média de 22%.
Da análise dos percentuais de atendimento, ressalta-se que os terminais
do Pará necessitam de intervenções que proporcionem melhorias nos padrões
de atendimento. Requisitos operacionais mínimos e necessários a um
satisfatório funcionamento desses terminais precisam ser implementados.
Itens de atendimento como equipamentos utilizados nas operações de
carga e descarga apresentaram percentuais de atendimento igual a zero.
Observa-se uma elevada taxa de ocupação dos berços dos terminais, pois o
critério de avaliação relativo à suficiência dos berços apresenta um padrão de
atendimento de apenas 3%, o que evidencia que investimentos precisam ser
feitos no Pará, visando um aumento da oferta de berços para atracação.
Na operacionalização dos terminais do Pará, merece destaque o fato de
que os terminais precisam de investimentos em obras de infraestrutura
portuárias que permitam uma maior adequabilidade das estruturas de
atracação aos padrões de embarcações que utilizam os terminais, uma vez que
o padrão de adequabilidade dos terminais do Pará é de apenas 46%.
46
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO PARÁ
80%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
77%
69%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE
PASSAGEIROS AO TERMINAL
51%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
51%
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS
CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES
49%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
49%
46%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARGUE E
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS
43%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E
BANCA DE REVISTA)
40%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
40%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
40%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
40%
D6 – LIXEIRAS
37%
D3 - BANCOS/ASSENTOS
37%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
34%
31%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
29%
23%
B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
ELEVADO
21%
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 10: Padrão de atendimento por item
dos terminais do Estado do Pará
Relatório Executivo
47
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DO PARÁ
E5 – LIXEIRAS
20%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
20%
D10 – POLICIAMENTO
20%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE
PARADA DE ÔNIBUS
17%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
17%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
14%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
14%
C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
11%
E8 – LANCHONETE
11%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
11%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
6%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE
SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES
6%
D12 - GUARDA VOLUMES
6%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
6%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
6%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
3%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS DE AVISOS
3%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
3%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
0%
C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
0%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 11: Padrão de atendimento por item
dos terminais do Estado do Pará
48
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.3.2 Percentual de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 12, o qual apresenta em ordem decrescente o
nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os
padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é muito baixo.
Apenas quatro terminais apresentaram percentuais de nível de
atendimento igual ou acima de 50%, todos os demais apresentaram
percentuais abaixo ou iguais a 50%, com valores médios de cerca de 25%.
Gráfico 12: Nível de atendimento global por terminais do
Estado do Pará
Relatório Executivo
49
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DO PARÁ
TERMINAL HIDROVIÁRIO DOMINGO MOURA REBELO
58%
COMPANHIA DOCAS DO PARÁ
58%
TERMINAL HIDROVIÁRIO DE ORIXIMINÁ
53%
PORTO GABRIELA
50%
DR. CELSO ANGELO DE CASTRO LIMA
48%
SÃO FRANCISCO DE PAULA
48%
TERMINAL HIDROVIÁRIO CORRÊA DE SOUZA
40%
HIDROVIÁRIA - DOROTR STENG
35%
TERMINAL HIDROVIÁRIO DR. ALMIR GABRIEL
35%
PORTO LIMIÃO
33%
PORTO DE JURUTI
30%
PORTO ALIANÇA
30%
ESTAÇÃO HIDROVIÁRIA
30%
ESTAÇÃO HIDROVIÁRIA DE PORTEL
28%
HIDROVIÁRIO TAPAJÓS
25%
SANTO ANTONIO LATINO
25%
ROMEU SANTOS
25%
HIDROVIÁRIO JOÃO DE CASTRO FREITAS
25%
PORTO LEÃO
25%
PORTO DA BALSA
23%
HIDROVIÁRIO DE ALMERIM
23%
MARQUES PINTO
18%
SENADOR JOSÉ PORTÍRIO
18%
PORTO TUCURUÍ
18%
PORTO PONTES DE AÇAI
18%
PORTO DA PARAGÁS
18%
TERMINAL DA PRAÇA TIRADENTES
15%
TRAPICHE MUNICIPAL DE MOCAJUBA
15%
PORTAL REPUBLICANO
15%
TERMINAL HIDROVIÁRIO DE GURUPÁ
15%
PORTO DO BIRA
15%
ITUQUARA
13%
PORTO DO DR
10%
PORTO TEXACO/PORTO CARVALHO
10%
HIDROVIÁRIO DE PRAINHA
10%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 12: Nível de atendimento global
por terminais do Estado do Pará
50
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.3.3 Padrão de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 13, o qual apresenta o padrão de atendimento
global dos critérios analisados, que 89% dos terminais do Estado do Pará
apresentam um padrão de atendimento baixo, 11% médio e nenhum apresenta
padrão elevado, o que leva a concluir que os terminais do Estado do Pará
necessitam de melhorias e adequações.
PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DO PARÁ
89%
11%
0%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 13: Padrão de atendimento global dos terminais do
Estado do Pará
Relatório Executivo
51
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.4.
Terminais de Passageiros de Belém
Na cidade de Belém foram levantados vinte e nove terminais. Nestes
terminais verificaram-se percentuais de ocorrência de itens de atendimento
medianos, com a ocorrência de padrões de atendimento sensivelmente
superiores aos dos do Amapá, Amazonas e no restante do Pará.
O terminal hidroviário de Belém, o porto Bom Jesus e o terminal
hidroviário da Henvil, foram os que apresentaram nível de atendimento global
elevado. Cerca de 30% dos terminais apresentaram padrão médio e os demais
se caracterizaram com um baixo nível de atendimento.
A sensível elevação dos padrões de atendimento dos terminais de
Belém é pressupostamente induzida pela localização desses às proximidades
de polos urbanos desenvolvidos, onde o nível de exigência dos usuários acaba
por alavancar a alocação de recursos em infraestrutura portuária.
6.4.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos
Apresenta-se na Tabela 07 a indicação dos percentuais de atendimento
global dos terminais de Belém. Observa-se, em comparação com os demais
terminais, que os de Belém apresentam melhorias quantitativas e qualitativas
consideráveis.
52
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
TERMINAIS DE BELÉM
PADRÃO DE ATENDIMENTO
REQUISITOS
ELEVADO
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
72,41%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS
72,41%
MÉDIO
BAIXO
A) ACESSOS
B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
68,97%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
68,97%
B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS
AO TERMINAL
65,52%
65,52%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
62,07%
C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
58,62%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
58,62%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
55,17%
C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
51,72%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
51,72%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
51,72%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
48,28%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
48,28%
D10 - POLICIAMENTO
48,28%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
48,28%
D12 - GUARDA VOLUMES
48,28%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
44,83%
D3 - BANCOS / ASSENTOS
41,38%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
37,93%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
37,93%
D6 - LIXEIRAS
37,93%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
34,48%
D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS
EMBARCAÇÕES
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE
REVISTA)
E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE
EMBARQUE)
F) ÁREA DE ATRACAÇÃO
G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
34,48%
34,48%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
34,48%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
34,48%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
31,03%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
27,59%
E5 - LIXEIRAS
24,14%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
24,14%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
20,69%
E8 - LANCHONETE
17,24%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE
DE PASSAGEIROS
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCAÇÕES
13,79%
10,34%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
6,90%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
6,90%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
3,45%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
0,00%
Tabela 07: Percentual do padrão de atendimento dos terminais de Belém.
Relatório Executivo
53
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Observa-se nos Gráficos 14 e 15, os quais apresentam em ordem
decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o
padrão de atendimento dos terminais de Belém é medianamente mais elevado
que os demais.
Afere-se que apenas dois critérios, com média de 72%, apresentaram
um padrão de atendimento elevado; onze apresentaram um padrão de
atendimento médio, com percentuais médios da ordem de 60% e os demais
critérios analisados apresentaram baixo padrão de atendimento, porém mais
elevado que os anteriormente analisados.
Vale ressaltar que os terminais de Belém precisam de intervenções na
busca da melhoria de seus padrões de atendimento. Necessitam de melhorias
em suas estruturas de acostagem de forma a permitir uma minoração das
taxas de ocupação dos berços e uma melhoria nos padrões de infraestrutura
portuária.
Investimentos em obras de adequações precisam ser realizados,
principalmente aqueles voltados à melhoria de requisitos relativos às áreas de
acumulação pública, às salas de embarque, às áreas de atracação e aos
processos de movimentação e armazenagem de carga, pois as pesquisas de
campo evidenciaram padrões de atendimento baixo a esses itens.
Nenhum dos terminais analisados em Belém apresenta postos de
atendimento médico e apenas 3% do universo analisado apresentam postos de
policiamento, fazendo com que a população fique desprovida de qualquer
atendimento médico e extremamente vulnerável à contravenções.
Conclui-se que em Belém os terminais atendem de forma razoável a
população que deles se utilizam, necessitando de ações que visem não
somente melhorias físicas, mas também aquelas voltadas a socialização das
operações portuárias de carga e de passageiros.
54
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DE BELÉM
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
72%
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS
CARACTERÍSTICAS DAS EMBARCAÇÕES
72%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
69%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS
69%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
66%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
66%
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA
CAPACIDADE DE TRÁFEGO
62%
D6 – LIXEIRAS
59%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
59%
B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE
PASSAGEIROS AO TERMINAL
55%
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E
BANCA DE REVISTA)
52%
C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
PARA EMBARCAÇÕES
52%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE
PARADA DE ÔNIBUS
52%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
48%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
48%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
48%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
48%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
48%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
45%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
ELEVADO
41%
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 14: Padrão de atendimento por item
dos terminais da cidade de Belém
Relatório Executivo
55
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DE BELÉM
D3 - BANCOS/ASSENTOS
38%
E5 – LIXEIRAS
38%
G2 - EQUIPAMENOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
38%
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
34%
B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES,
TÁXI E VEÍCULOS DE CARGA
34%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
34%
E8 – LANCHONETE
34%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE
SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES
34%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
31%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
28%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
24%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
24%
21%
D12 - GUARDA VOLUMES
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
17%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
14%
10%
D10 – POLICIAMENTO
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
7%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
7%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
ELEVADO
3%
0%
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 15: Padrão de atendimento por item
dos terminais da cidade de Belém
56
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.4.2 Percentual de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 16, o qual apresenta em ordem decrescente o
nível de atendimento global dos critérios analisados para cada terminal, que os
padrões de infraestrutura e de socialização desses terminais é baixo.
O terminal hidroviário de Belém, o porto Bom Jesus e o terminal
hidroviário da Henvil, foram os que apresentaram nível de atendimento global
elevado. Cerca de 30% dos terminais apresentaram padrão médio e os demais,
correspondentes a 60%, apresentaram um baixo nível de atendimento.
Gráfico 16: Nível de atendimento global por terminais da cidade
de Belém
Relatório Executivo
57
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
NÍVEL DE ATENDIMENTO GLOBAL POR TERMINAL - TERMINAIS DE BELÉM
TERMINAL HIDROVIÁRIO
75%
PORTO BOM JESUS
73%
TERMINAL HIDROVIÁRIO HENVIL
70%
PORTO MATURU
65%
PORTO GURUPATUBA
58%
PORTO ARAPARI
58%
MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO
55%
PORTO JURUMÃ
53%
PORTO CUSTÓDIO
53%
NAVEGAÇÃO SÃO DOMINGOS
53%
PORTO LEÃO DO MARAJÓ
50%
PORTO COMERCIAL
50%
PORTO TAMANDARÉ
43%
PORTO DA FEIRA DO AÇAI
43%
TERMINAL FLUVIAL DE BELÉM - MOSQUEIRO
40%
PORTO BOA VIAGEM
40%
BRILHANTE
35%
PORTO SÃO BENEDITO
33%
PORTO DA FOCA
33%
PALMEIRAÇO
30%
PORTO PERSERVERANÇA
30%
ANAIAS
28%
PORTO RIO ARANAÍ
25%
PORTO IMPERIAL
23%
SANTA EFIGÊNIA
23%
PORTO DOURADO
8%
PORTO AIRES
8%
PORTO VASCONCELOS
8%
PORTO SOUZA SOBRINHO
8%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 16: Nível de atendimento global
por terminais da cidade de Belém
58
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.4.3 Padrão de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 17, o qual apresenta o padrão de atendimento
global dos critérios analisados, que 59% dos terminais da cidade de Belém
apresentam um padrão de atendimento baixo, 31% médio e 10% elevado.
Dentre os terminais analisados nos estados do Amapá, Amazonas e
Pará, os de Belém foram os que apresentaram maior percentual de padrão
elevado e também de padrão médio, evidenciando que os menores percentuais
de inobservância dos critérios de atendimento, encontram-se nos terminais de
Belém.
PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DE BELÉM
59%
31%
10%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 17: Padrão de atendimento global dos terminais da
cidade de Belém
Relatório Executivo
59
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.5.
Terminais de Passageiros da Amazônia
A análise global considerando todos os terminais da Amazônia
levantados indica um incipiente padrão de atendimento, onde se constata que
não foi obtido nenhum percentual de padrão elevado, mas sim, apenas, seis
padrões médios.
Dessa forma, quando se analisa de forma global a qualidade e os
padrões operacionais de todos os terminais da região Amazônica, podem-se
classificar esses com um padrão baixo. Assim, torna-se premente a
necessidade de investimentos desses na busca de padrões de atendimento
aceitáveis.
6.5.1 Percentual de Atendimento dos Itens Mínimos
Apresenta-se na Tabela 08 a indicação dos percentuais de atendimento
global de todos os terminais analisados na região Amazônica. Observa-se que
quando se analisa o nível de atendimento de todos os terminais, não se
encontra nenhum critério com padrão elevado, evidenciando que a análise
conjunta de todos os terminais da Amazônia demonstra a necessidade de
serem realizados investimentos nos terminais em busca de uma melhoria
desses índices.
60
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
TERMINAIS DA AMAZÔNIA
PADRÃO DE ATENDIMENTO
REQUISITOS
ELEVADO
MÉDIO
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA CAPACIDADE DE TRÁFEGO
67,92%
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE ÔNIBUS
65,09%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
61,32%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
54,72%
BAIXO
A) ACESSOS
B) ÁREA PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
C) INSTALAÇÃO E SERVIÇOS
B1- DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
B2- ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE PASSAGEIROS
AO TERMINAL
52,83%
51,89%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
48,11%
C1- POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
47,17%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
46,23%
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
43,40%
C4 - - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
42,45%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
42,45%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
40,57%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
38,68%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
37,74%
D10 - POLICIAMENTO
36,79%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
36,79%
D12 - GUARDA VOLUMES
27,36%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
26,42%
D3 - BANCOS / ASSENTOS
25,47%
D) ÁREA DE ACUMULAÇÃO PÚBLICA
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
24,53%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
24,53%
D6 - LIXEIRAS
21,70%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
21,70%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E DE SAÍDA DAS
EMBARCAÇÕES
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES E BANCA DE
REVISTA)
E) ÁREA DE ACUMULAÇÃO RESTRITA (SALA DE
EMBARQUE)
F) ÁREA DE ATRACAÇÃO
G) MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
20,00%
19,81%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
19,81%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
16,98%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
16,98%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
14,15%
E5 - LIXEIRAS
13,21%
E6 - SISTEMA DE CHAMADAS E AVISOS
12,26%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DE
EMBARCAÇÕES
10,38%
E8 - LANCHONETE
10,38%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE
DE PASSAGEIROS
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCAÇÕES
8,49%
8,49%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
6,60%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
3,77%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
3,77%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
0,94%
Tabela 08: Percentual do padrão de atendimento dos terminais da Amazônia
Relatório Executivo
61
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Observa-se nos Gráficos 18 e 19, os quais apresentam em ordem
decrescente os percentuais de atendimento de cada critério analisado, que o
padrão de atendimento do conjunto dos terminais da Amazônia é bastante
baixo com média global da ordem de 30%.
Afere-se que da análise conjunta de todos os terminais da Amazônia
nenhum critério apresenta padrão elevado, apenas seis critérios, com média de
cerca de 60%, apresentaram um padrão de atendimento médio e trinta e quatro
apresentaram um padrão de atendimento baixo, com percentuais médios da
ordem de 25%.
Itens de atendimento de grande importância na operacionalização dos
terminais, como o grupo de requisitos relativos à área de atracação
apresentaram percentuais de atendimento abaixo de 10%. Da mesma forma, o
grupo de requisitos relativo à movimentação e armazenagem de carga
apresentaram percentuais abaixo de 3%.
Na ótica dos baixos padrões de atendimento o grupo de requisitos que
apresentou melhor desempenho foi o de instalações e serviços, que
apresentou percentuais médios da ordem de 45%. No padrão médio o grupo de
requisitos referente a acessos apresentou média percentual da ordem de 65%.
Conclui-se a luz de uma análise conjunta dos terminais da Amazônia,
onde se buscou obter um padrão de terminal para a região, que esses
apresentam um padrão de atendimento muito baixo, evidenciando a
necessidade urgente de investimento que proporcionem uma melhoria na
infraestrutura portuária da região.
62
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA
C3 - SERVIÇOS DE CARREGADORES
68%
G3 - MÃO-DE-OBRA PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
65%
61%
A1 - RUAS DE ACESSO COM BOA
CAPACIDADE DE TRÁFEGO
F2 - BERÇO COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DAS
EMBARCARÇÕES
55%
C6 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA
53%
F1 - BERÇO ADEQUADO PARA EMBARQUE E
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS
52%
48%
B2 - ÁREA COMPATÍVEL COM A DEMANDA DE
PASSAGEIROS AO TERMINAL
D9 - COMÉRCIO (LOJAS, LANCHONETES
E BANCA DE REVISTA)
47%
D6 - LIXEIRAS
46%
F3 - SUFICIÊNCIA DE BERÇOS
43%
D2 - BOXE DE VENDA DE PASSAGENS
42%
D5 - TELEFONES PÚBLICOS
42%
41%
G1 - EXISTE LOCAL PARA ARMAZENAGEM DA CARGA
D4 - BANHEIROS PÚBLICOS: MASCULINO E FEMININO
39%
D3 - BANCOS/ASSENTOS
38%
A3 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE PARADA DE TÁXI
37%
C7 - SALAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ARRECADAÇÃO
37%
A4 - LINHAS DE ÔNIBUS QUE SERVEM AO TERMINAL
27%
C4 - SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
EMBARCAÇÕES
26%
E5 - LIXEIRAS
25%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 18: Padrão de atendimento por item
dos terminais da Amazônia
Relatório Executivo
63
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
PADRÃO DE ATENDIMENTO POR ITEM DOS TERMINAIS DA AMAZÔNIA
A2 - ÁREA ESPECÍFICA PARA PONTO DE
PARADA DE ÔNIBUS
25%
B1 - DIVISÃO PARA CARROS PARTICULARES, TÁXIS E
VEÍCULOS DE CARGA
25%
B3 - GUARITA DE CONTROLE
22%
D1 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES
22%
G2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS SÃO ADEQUADOS
20%
C5 - SERVIÇOS DE COMBATE A INCÊNDIO
20%
E8 - LANCHONETE
20%
E2 - BANCOS E ASSENTOS
17%
E3 - BANHEIROS: MASCULINO E FEMININO
17%
D11 - ÁREA DE CIRCULAÇÃO COM SINALIZAÇÃO
14%
D8 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E
DE SAÍDA DAS EMBARCAÇÕES
13%
D10 - POLICIAMENTO
12%
D12 - GUARDA VOLUMES
10%
E4 - TELEFONES PÚBLICOS
10%
E1 - CONTROLE DE ACESSO (CATRACAS)
8%
E7 - QUADRO DE HORÁRIO DE CHEGADA E
SAÍDA DE EMBARCAÇÕES
8%
D7 - SISTEMA DE CHAMADAS E DE AVISOS
7%
C2 - POSTO DE POLÍCIA
4%
E6 - SISTEMA DE CHAMADA E AVISOS
4%
C1 - POSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO
ELEVADO
1%
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 19: Padrão de atendimento por item
dos terminais do município de Belém
64
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
6.5.2 Padrão de Atendimento Global
Observa-se no Gráfico 20, o qual apresenta o padrão de atendimento
global dos critérios analisados para o conjunto de terminais da Amazônia, que
81% dos terminais apresentam um padrão de atendimento baixo, 15% médio e
apenas 4% elevado.
PADRÃO DE ATENDIMENTO GLOBAL DOS TERMINAIS DA
AMAZÔNIA
81%
15%
4%
ELEVADO
MÉDIO
BAIXO
Gráfico 20: Padrão de atendimento global dos terminais da
Amazônia
Relatório Executivo
65
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
7. MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS
Neste tópico apresenta-se um resumo da movimentação total de
passageiros aferida nas principais linhas regulares de transporte fluvial da
Amazônia. A pesquisa procurou abranger um maior número de linhas regulares
possíveis autorizadas pela ANTAQ e pelos órgãos estaduais de transporte.
Entretanto, sabe-se que existem diversas linhas intermunicipais, de pequena
expressão e de transporte eventual, que não foram identificadas em virtude da
dispersão das linhas e da amplitude territorial da região Amazônica, de
restrições financeiras e do curto prazo para consecução das pesquisas.
É possível que a soma das linhas e dos respectivos passageiros se
aproximem do número real movimentado por ano em linhas regulares. Quando
esse universo engloba as linhas informais e eventuais, supõe-se que os
números da movimentação de passageiros sejam superiores aos já
identificados nas linhas regulares.
Foram realizados três levantamentos em três diferentes períodos do
ano, conforme já descrito. Nas três etapas de coleta de dados buscou-se
captar indícios de sazonalidades na movimentação de passageiros em cada
linha. No Gráfico 21 são apresentadas as demandas totais aferidas, com e sem
a inclusão das travessias de Manaus a Cacau Pereira e de Manaus a Iranduba,
em cada um dos três levantamentos.
Distinção especial é dada às referidas travessias, uma vez que no
terceiro levantamento deixaram de operar devido à inauguração da ponte sobre
o Rio Negro que ocorreu em 24 de outubro de 2011. Ressalta-se que as duas
travessias representavam cerca de 34% da movimentação de passageiros da
Amazônia em linhas regulares.
66
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Pesquisa 1
Pesquisa 2
Com travessia
Pesquisa 3
Sem travessia*
8.991.632
8.825.024
8.736.110
9.413.762
CARACTERIZAÇÃO DO TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS
MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE PASSAGEIROS SEGUNDO O MOMENTO DA
PESQUISA
14.392.112
13.625.536
13.602.516
12.789.899
Média
Gráfico 21: Movimentação Anual de Passageiros.
No Gráfico 21, verifica-se um aumento na demanda de passageiros
na segunda campanha de levantamento. Tal fato era esperado, uma vez que
na época desse levantamento ocorria o período de férias escolares na região
Amazônica, com maior procura pelo transporte fluvial.
A seguir é apresentado um quadro geral com todas as linhas
regulares pesquisadas e suas principais características de operação, onde se
incluiu, além das informações sobre a demanda de passageiros em 2012 e a
projeção para 2022, informações como: distância, taxa de ocupação média,
tarifa média, IPK (índice de passageiros por Km) médio e capacidade média
das embarcações por linha.
Ao final do quadro, são apresentadas as duas linhas de travessia
(Manaus – Cacau Pereira e Manaus – Iranduba) que deixaram de existir com a
construção da ponte sobre o Rio Negro. Essas duas linhas movimentavam
juntas 4.708.308 passageiros por ano, sendo que esta demanda foi deslocada,
com a construção da ponte, para o transporte rodoviário. Com este fato, a
movimentação total de passageiros nas linhas da Amazônia (média dos três
Relatório Executivo
67
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
levantamentos), que era de 13.602.516 nas linhas regulares, foi reduzida para
8.894.208 passageiros por ano, com a saída das travessias citadas.
Quanto à projeção da demanda de passageiros para 2022, observase que ocorre um aumento de cerca de 12% em relação a 2012, com uma
demanda total projetada de 9.948.715. Quanto ao Índice de Passageiro por
Quilômetro – IPK médio da totalidade das linhas encontra-se um valor médio
da ordem de 0,70, evidenciando que as linhas regulares da Amazônia
transportam, em média, 1,00 passageiro a cada 1,50 Km.
A seguir é apresentado um quadro geral com o número de
passageiros movimentados em todas as linhas regulares pesquisadas nos
estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá.
68
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
ABAETETUBA - LIMOEIRO DO AJURÚ
92
2.007
24.084
95,1
20,00
51
0,53
28.606
ABAETETUBA – MUANÁ
65
1.978
23.736
44,2
20,00
80
0,54
25.678
ABAETETUBA - VILA MAIUATÁ
36
696
8.352
72,5
5,00
20
0,40
8.352
AFUÁ – BELÉM
338
190
2.280
92,3
100,00
60
0,16
2.602
AFUÁ – BREVES
133
13
156
89,5
32,00
60
0,40
173
AFUÁ – CURRALINHO
168
5
60
88,2
40,00
60
0,32
65
AFUÁ - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA
201
7
84
81,7
55,00
60
0,24
96
AFUÁ – MACAPÁ
83
8.070
96.840
79,6
26,25
125
1,20
117.613
ALENQUER – BREVES
690
11
132
52,1
160,00
295
0,22
140
ALENQUER – CURUÁ
46
2.169
26.028
72,9
13,00
29
0,46
28.637
ALENQUER – GURUPÁ
495
45
540
71,1
142,00
136
0,20
627
ALENQUER – JURUTI
61
123
1.476
53,6
20,00
314
2,76
1.611
ALENQUER – ÓBIDOS
27
341
4.092
54,1
12,00
314
6,29
4.671
ALENQUER – SANTARÉM
93
8.317
99.804
55,1
23,00
314
1,86
118.197
ALENQUER – MANAUS
555
3.493
41.916
52,7
100,00
314
0,30
43.651
ALENQUER – PARINTINS
134
29
348
53,5
30,00
314
1,25
397
ALMEIRIM – ALTAMIRA
860
119
1.428
76,2
165,00
156
0,14
1.541
ALMEIRIM – BELÉM
525
629
7.548
55,3
120,00
260
0,27
8.341
ALMEIRIM – BREVES
318
74
888
76,5
110,00
154
0,37
987
ALMEIRIM – GURUPÁ
184
83
996
78,7
63,00
60
0,26
1.133
ALMEIRIM – ITACOATIARA
756
5
60
47,5
150,00
427
0,27
71
ALMEIRIM – JURUTI
459
10
120
57,3
85,00
275
0,34
137
ALMEIRIM - MONTE ALEGRE
195
158
1.896
58,9
57,00
275
0,83
2.164
ALMEIRIM – ÓBIDOS
425
3
36
59,7
130,00
275
0,39
42
ALMEIRIM - PORTO DE MOZ
75
51
612
74,3
28,00
156
1,55
660
ALMEIRIM – PRAINHA
127
361
4.332
58,7
35,00
275
1,27
5.047
ALMEIRIM – SANTARÉM
305
1.641
19.692
68,5
54,00
460
1,03
22.134
ALMEIRIM - VITÓRIA DO XINGU
819
33
396
62,4
155,00
156
0,12
436
ALMEIRIM – MANAUS
1061
62
744
65,9
145,00
537
0,33
833
ALMEIRIM - LARANJAL DO JARI
135
8
96
64,1
38,00
156
0,74
115
ALMEIRIM – SANTANA
260
822
9.864
63,5
90,00
168
0,41
11.259
ALTAMIRA – GURUPÁ
240
35
420
75,4
85,00
92
0,29
479
ALTAMIRA - PORTO DE MOZ
187
103
1.236
75,1
50,00
92
0,37
1.355
ALTAMIRA – PRAINHA
377
114
1.368
74,5
100,00
92
0,18
1.573
Relatório Executivo
69
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
ALTAMIRA – SANTARÉM
555
586
7.032
76,9
115,00
92
0,13
8.298
ALTAMIRA - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO
78
81
972
73,5
25,00
92
0,87
1.061
ALTAMIRA - VITÓRIA DO XINGU
41
76
912
74,3
15,00
92
1,67
977
ALTAMIRA – SANTANA
412
1.744
20.928
94,2
120,00
92
0,21
23.259
ANAJÁS – BELÉM
421
397
4.764
30,0
95,00
65
0,05
5.803
ANAJÁS – BREVES
180
1.398
16.776
83,7
45,00
95
0,44
21.555
ARAPARI – BELÉM
16
124.396
1.492.752
47,3
5,60
447
13,21
1.529.836
AVEIRO – ITAITUBA
115
1.596
19.152
60,8
25,00
113
0,60
21.642
AVEIRO – SANTARÉM
135
870
10.440
65,8
35,00
113
0,55
11.693
BAGRE – BARCARENA
170
9
108
97,5
40,00
100
0,57
124
BAGRE – BELÉM
190
593
7.116
98,0
50,00
100
0,52
7.721
BAGRE – BREVES
40
1.008
12.096
88,0
15,00
25
0,55
13.140
BAGRE – CURRALINHO
20
54
648
89,0
10,00
100
4,45
723
BAIÃO – BELÉM
228
94
1.128
30,0
30,00
95
0,13
1.293
BAIÃO - BREU BRANCO
62
28
336
67,5
15,00
80
0,87
386
BAIÃO – CAMETÁ
112
679
8.148
65,2
25,00
80
0,47
8.791
BAIÃO – MOCAJUBA
74
447
5.364
63,1
17,00
80
0,68
6.029
BAIÃO - TUCURUÍ
80
2.740
32.880
66,3
20,00
80
0,66
36.168
BARCARENA - BELÉM
19
29.621
355.452
50,2
4,35
82
2,17
363.562
BARCARENA - CURRALINHO
150
15
180
65,2
30,00
100
0,43
205
BELÉM - BREVES
205
12.887
154.644
25,6
60,00
350
0,44
176.511
BELÉM - CACHOEIRA DO ARARI
50
4.440
53.280
72,8
20,00
94
1,37
60.814
BELÉM - CAFEZAL
22
4.704
56.448
45,0
4,35
140
2,86
56.448
BELÉM - CAMARA
85
37.171
446.052
50,1
15,04
532
3,14
630.252
BELÉM - CAMETÁ
180
2.381
28.572
50,7
30,00
141
0,40
32.612
BELÉM - CHAVES
382
398
4.776
60,0
102,00
70
0,11
4.776
BELÉM - CURRALINHO
170
4.644
55.728
63,5
35,00
122
0,46
63.608
BELÉM - GURUPÁ
341
602
7.224
35,4
98,00
272
0,28
8.245
BELÉM - JURUTI
980
138
1.656
30,5
160,00
272
0,08
1.890
BELÉM - LIMOEIRO DO AJURÚ
130
4.058
48.696
73,6
25,00
101
0,57
53.731
BELÉM - MELGAÇO
255
609
7.308
45,9
76,00
285
0,51
8.214
BELÉM - MOCAJUBA
109
42
504
29,7
35,00
95
0,26
554
BELÉM - MONTE ALEGRE
720
438
5.256
29,8
125,00
272
0,11
5.999
BELÉM - MONTE DOURADO
602
880
10.560
29,7
145,00
186
0,09
10.560
70
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
BELÉM - MUANÁ
98
6.107
73.284
74,7
24,00
139
1,06
102.986
BELÉM - ÓBIDOS
950
62
744
35,4
150,00
537
0,20
849
BELÉM - OEIRAS DO PARÁ
185
3.089
37.068
61,5
50,00
185
0,62
42.309
BELÉM - PONTA DE PEDRAS
62
13.449
161.388
59,4
11,00
221
2,12
180.440
BELÉM - PORTEL
285
6.545
78.540
43,9
73,00
285
0,44
89.646
BELÉM - PORTO DE MOZ
600
665
7.980
67,2
127,00
67
0,08
9.108
BELÉM - PRAINHA
652
214
2.568
32,5
125,00
537
0,27
2.931
BELÉM - SANTA CRUZ DO ARARI
180
281
3.372
70,0
35,00
81
0,32
3.849
BELÉM - SANTARÉM
830
1.204
14.448
24,2
155,00
272
0,08
16.491
BELÉM - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA
135
8.542
102.504
60,9
25,00
146
0,66
110.626
BELÉM - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO
603
185
2.220
49,7
150,00
75
0,06
2.534
BELÉM - VITÓRIA DO XINGU
640
136
1.632
51,8
160,00
75
0,06
1.863
BELÉM - ITACOATIARA
1281
15
180
33,5
190,00
537
0,14
205
BELÉM - MANAUS
1646
790
9.480
31,3
234,00
537
0,10
10.820
BELÉM - PARINTINS
1073
32
384
35,6
160,00
537
0,18
438
BELÉM - LARANJAL DO JARI
696
673
8.076
59,8
170,00
156
0,13
12.618
BELÉM - SANTANA
514
10.928
131.136
64,1
131,00
156
0,19
149.679
BREVES - CURRALINHO
35
1.264
15.168
46,9
12,00
317
4,25
16.927
BREVES - GURUPÁ
136
75
900
25,6
42,00
272
0,51
1.031
BREVES - JURUTI
779
8
96
33,6
110,00
537
0,23
110
BREVES - MELGAÇO
50
1.450
17.400
34,8
15,00
537
3,74
18.773
BREVES - MONTE ALEGRE
515
118
1.416
35,6
155,00
537
0,37
1.616
BREVES - ÓBIDOS
745
5
60
32,5
240,00
537
0,23
68
BREVES - PORTEL
120
3.230
38.760
33,2
35,00
537
1,49
44.241
BREVES - PRAINHA
447
43
516
33,9
70,00
537
0,41
589
BREVES - SANTARÉM
625
409
4.908
32,5
106,00
537
0,28
5.602
BREVES - SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA
70
3
36
93,5
35,00
60
0,80
40
BREVES - MANAUS
709
58
696
34,5
230,00
537
0,26
798
BREVES - PARINTINS
868
5
60
35,6
160,00
537
0,22
69
BREVES - SANTANA/MACAPÁ
731
7.245
86.940
67,0
50,00
76
0,07
93.800
BREU BRANCO - CAMETÁ
174
11
132
68,5
28,00
76
0,30
151
BREU BRANCO - MOCAJUBA
136
35
420
64,5
20,00
76
0,36
479
BREU BRANCO - TUCURUÍ
18
34
408
65,4
10,00
76
2,76
466
CACHOEIRA DO ARARI - SANTA CRUZ
DO ARARI
130
77
924
69,5
18,00
81
0,43
1.055
Relatório Executivo
71
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
CAMETÁ - MOCAJUBA
38
7.964
95.568
83,3
8,00
64
1,40
109.081
CAMETÁ - TUCURUÍ
192
597
7.164
50,6
35,00
74
0,20
8.177
CHAVES - MACAPÁ
132
1.034
12.408
89,5
60,00
59
0,40
12.539
CURRALINHO - MELGAÇO
85
414
4.968
91,0
38,00
60
0,64
5.862
CURRALINHO - OEIRAS DO PARÁ
15
213
2.556
91,5
9,00
60
3,66
2.863
CURRALINHO - PORTEL
115
315
3.780
92,5
27,00
60
0,48
4.423
CURRALINHO - SÃO SEBASTIÃO DA BOA
VISTA
35
6
72
94,3
12,00
60
1,62
78
FARO - TERRA SANTA
42
143
1.716
81,2
10,00
120
2,32
1.888
FARO - MANAUS
1015
641
7.692
80,8
100,00
120
0,10
8.780
FARO - NHAMUNDÁ
355
220
2.640
68,2
30,00
67
0,13
3.062
FARO - PARINTINS
116
1.299
15.588
68,7
42,50
67
0,40
17.926
GURUPÁ - MONTE ALEGRE
379
52
624
65,0
65,00
537
0,92
712
GURUPÁ - ÓBIDOS
609
10
120
35,6
185,00
537
0,31
134
GURUPÁ - PORTO DE MOZ
73
193
2.316
71,6
115,00
92
0,90
2.654
GURUPÁ - PRAINHA
311
16
192
35,2
95,00
537
0,61
221
GURUPÁ - SANTARÉM
489
520
6.240
33,9
73,00
537
0,37
6.732
GURUPÁ - SENADOR JOSÉ PORFÍRIO
160
51
612
74,5
65,00
92
0,43
699
GURUPÁ - VITÓRIA DO XINGU
197
8
96
74,8
70,00
92
0,35
110
GURUPÁ - MANAUS
1245
76
912
34,5
200,00
537
0,15
1.041
GURUPÁ - SANTANA
173
949
11.388
90,6
67,00
90
0,47
12.998
ITAITUBA - SANTARÉM
250
4.546
54.552
69,5
50,00
114
0,32
62.266
JURUTI - JURUTI VELHO
59
1.335
16.020
66,1
20,00
27
0,30
18.162
JURUTI - MONTE ALEGRE
264
62
744
35,6
75,00
537
0,72
849
JURUTI - ÓBIDOS
77
2.162
25.944
68,7
25,00
39
0,35
29.612
JURUTI - ORIXIMINÁ
100
1.581
18.972
67,8
20,00
54
0,37
21.655
JURUTI - PRAINHA
332
16
192
36,7
70,00
537
0,59
219
JURUTI - SANTARÉM
154
6.833
81.996
55,3
42,00
153
0,55
93.590
JURUTI - ITACOATIARA
359
16
192
45,3
48,00
404
0,51
219
JURUTI - MANAUS
572
2.465
29.580
61,6
71,00
242
0,26
33.763
JURUTI - PARINTINS
91
1.913
22.956
68,1
30,00
150
1,12
26.202
MELGAÇO - PORTEL
65
463
5.556
44,6
20,00
282
1,93
6.342
MOCAJUBA - TUCURUÍ
149
915
10.980
46,2
30,00
80
0,25
12.254
MONTE ALEGRE - ÓBIDOS
230
55
660
59,2
65,00
356
0,92
756
MONTE ALEGRE - PRAINHA
68
138
1.656
58,8
22,50
356
3,08
1.903
72
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
MONTE ALEGRE - SANTARÉM
110
6.488
77.856
70,1
30,00
106
0,68
83.999
MONTE ALEGRE - MANAUS
866
1.242
14.904
62,7
102,00
300
0,22
17.011
MONTE ALEGRE - PARINTINS
264
31
372
65,4
65,00
398
0,99
425
MONTE ALEGRE - LARANJAL DO JARI
325
10
120
61,4
110,00
93
0,18
137
MONTE ALEGRE - SANTANA
448
342
4.104
54,8
160,00
183
0,22
4.555
ÓBIDOS - ORIXIMINÁ
26
880
10.560
62,5
12,00
425
10,22
11.405
ÓBIDOS - PORTO TROMBETAS
98
128
1.536
63,5
35,00
142
0,92
1.707
ÓBIDOS - PRAINHA
298
15
180
35,8
87,00
498
0,60
205
ÓBIDOS - SANTARÉM
120
12.016
144.192
52,4
26,00
185
0,81
160.918
ÓBIDOS - ITACOATIARA
437
9
108
39,5
55,00
490
0,44
124
ÓBIDOS - MANAUS
650
2.080
24.960
64,9
90,00
375
0,37
28.679
ÓBIDOS - PARINTINS
229
292
3.504
41,7
25,00
490
0,89
3.780
ORIXIMINÁ - PORTO TROMBETAS
72
4.323
51.876
56,4
25,00
90
0,71
59.211
ORIXIMINÁ - SANTARÉM
144
8.487
101.844
64,6
43,00
317
1,42
116.245
ORIXIMINÁ - MANAUS
680
1.467
17.604
61,8
130,00
336
0,31
20.093
ORIXIMINÁ - PARINTINS
208
118
1.416
42,5
30,00
490
1,00
1.616
PORTEL - SANTANA/MACAPÁ
355
3.099
37.188
86,1
70,00
71
0,17
42.894
PORTO DE MOZ - PRAINHA
450
19
228
64,7
60,00
99
0,14
260
PORTO DE MOZ - SANTARÉM
380
232
2.784
63,8
80,00
99
0,17
3.178
PORTO DE MOZ - SENADOR JOSÉ
PORFÍRIO
94
176
2.112
52,9
102,00
75
0,42
2.344
PORTO DE MOZ - VITÓRIA DO XINGU
131
144
1.728
51,7
120,00
75
0,30
1.866
PORTO DE MOZ - SANTANA
265
75
900
93,5
90,00
92
0,32
1.000
PORTO TROMBETAS - SANTARÉM
216
3.082
36.984
62,4
57,00
138
0,40
42.214
PRAINHA - MONTE DOURADO
202
28
336
61,5
63,00
93
0,28
375
PRAINHA - SANTARÉM
178
1.985
23.820
67,2
35,00
79
0,30
27.298
PRAINHA - VITÓRIA DO XINGU
946
75
900
64,8
180,00
99
0,07
1.034
PRAINHA - MANAUS
934
87
1.044
45,8
110,00
537
0,26
1.192
PRAINHA - PARINTINS
421
9
108
42,6
100,00
537
0,54
119
PRAINHA - LARANJAL DO JARI
260
11
132
59,4
85,00
93
0,21
151
PRAINHA - SANTANA
385
292
3.504
58,9
95,00
183
0,28
3.999
SANTARÉM - SANTANA DO TAPARÁ
165
4.088
49.056
25,3
7,00
288
0,44
49.056
SANTARÉM - VITÓRIA DO XINGU
514
496
5.952
65,1
120,00
99
0,13
6.794
SANTARÉM - ITACOATIARA
451
42
504
39,8
95,00
490
0,43
595
SANTARÉM - MANAUS
756
10.823
129.876
44,6
121,50
448
0,26
148.240
Relatório Executivo
73
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
SANTARÉM - PARINTINS
243
1.485
17.820
55,2
65,00
99
0,22
20.340
SANTARÉM - LARANJAL DO JARI
409
133
1.596
60,3
120,00
93
0,14
1.883
SANTARÉM - SANTANA
600
4.444
53.328
56,6
97,00
183
0,17
60.869
SENADOR JOSÉ PORFÍRIO - VITÓRIA DO
XINGU
37
60
720
93,5
12,00
92
2,32
822
SENADOR JOSÉ PORFÍRIO - SANTANA
354
44
528
92,5
100,00
92
0,24
591
TERRA SANTA - MANAUS
496
701
8.412
82,7
97,00
100
0,17
9.674
TERRA SANTA - NHAMUNDÁ
260
86
1.032
39,8
70,00
490
0,75
1.228
TERRA SANTA - PARINTINS
75
1.701
20.412
68,0
30,00
50
0,45
23.127
VITÓRIA DO XINGU - LARANJAL DO JARI
952
468
5.616
63,8
315,00
92
0,06
6.410
VITÓRIA DO XINGU - SANTANA/MACAPÁ
517
3.567
42.804
84,3
120,00
92
0,15
48.856
ACAJATUBA - MANAUS
85
132
1.584
62,5
20,00
20
0,15
1.584
AMATURA - COARI
830
20
240
75,9
130,00
54
0,05
274
AMATURA - CODAJÁS
966
7
84
75,4
420,00
54
0,04
93
AMATURA - MANAUS
1251
211
2.532
74,7
460,00
54
0,03
2.735
AMATURA - SANTO ANTONIO DE IÇA
56
29
348
75,4
22,00
54
0,73
387
ANAMÃ - ANORI
44
556
6.672
85,4
18,00
80
1,55
7.615
ANAMÃ - BERURI
41
154
1.848
74,6
15,00
88
1,60
2.062
ANAMÃ - MANACAPURU
104
1.066
12.792
74,1
30,00
69
0,49
14.660
ANAMÃ - MANAUS
190
846
10.152
75,6
50,00
80
0,32
11.665
ANORI - MANAUS
234
3.600
43.200
86,6
32,50
80
0,30
49.308
AUTAZ MIRIM - MANAUS
89
618
7.416
73,0
25,00
50
0,41
7.927
AUTAZES - MANAUS
324
4.184
50.208
84,2
113,20
89
0,23
57.661
BAILIQUE - SANTANA/MACAPÁ
157
5.744
68.928
78,1
32,00
79
0,39
77.150
BARCELOS - MANAUS
454
5.171
62.052
80,0
96,00
138
0,24
70.826
BARCELOS - SÃO GABRIEL DA
CACHOEIRA
547
211
2.532
70,5
85,00
118
0,15
2.890
BARREIRINHA - BOA VISTA DE RAMOS
71
369
4.428
72,4
25,00
151
1,54
5.054
BARREIRINHA - ITACOATIARA
341
131
1.572
71,5
30,00
151
0,32
1.794
BARREIRINHA - MANAUS
552
2.551
30.612
69,9
94,00
131
0,17
34.941
BARREIRINHA - PARINTINS
77
2.209
26.508
74,2
37,50
118
1,14
30.256
BENJAMIN CONSTANT - FONTE BOA
695
53
636
61,5
120,00
341
0,30
726
BENJAMIN CONSTANT - JUTAÍ
574
28
336
62,9
85,00
341
0,37
384
BENJAMIN CONSTANT - MANAUS
1575
1.404
16.848
63,4
350,00
341
0,14
19.230
BENJAMIN CONSTANT - SANTO ANTONIO
DE IÇA
380
43
516
61,8
65,00
341
0,55
589
BENJAMIN CONSTANT - TABATINGA
3
10.532
126.384
96,6
15,00
19
6,12
142.230
74
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
BERURI - MANACAPURU
142
123
1.476
74,2
35,00
88
0,46
1.685
BERURI - MANAUS
231
2.618
31.416
73,9
40,00
88
0,28
34.872
BERURI - TAPAUÁ
538
172
2.064
63,4
100,00
120
0,14
2.208
BOA VISTA DE RAMOS - ITACOATIARA
410
116
1.392
70,2
80,00
151
0,26
1.559
BOA VISTA DE RAMOS - MANAUS
623
730
8.760
68,0
95,00
50
0,05
10.074
BOA VISTA DE RAMOS - PARINTINS
148
714
8.568
78,2
30,00
106
0,56
8.996
BORBA - HUMAITÁ
643
7
84
75,6
80,00
276
0,32
96
BORBA - MANAUS
322
3.602
43.224
70,4
71,50
139
0,30
46.682
BORBA - MANICORÉ
294
218
2.616
71,9
18,00
281
0,69
2.855
BORBA - NOVA OLINDA
86
232
2.784
73,4
27,00
281
2,40
3.178
BORBA - NOVO ARIPUANÃ
147
299
3.588
74,1
25,00
164
0,83
4.019
BORBA - PORTO VELHO
1020
79
948
74,8
120,00
276
0,20
1.100
CAAPIRANGA - MANACAPURU
84
1.822
21.864
88,7
25,00
60
0,63
25.607
CAAPIRANGA - MANAUS
170
521
6.252
61,0
32,50
50
0,18
6.654
CAMPINAS - MANAUS
189
320
3.840
89,0
37,00
45
0,21
3.840
CARAUARI - ITAMARATI
519
26
312
77,9
105,00
100
0,15
356
CARAUARI - JURUÁ
417
73
876
75,2
80,00
115
0,21
1.000
CARAUARI - MANAUS
1411
997
11.964
64,0
260,00
130
0,06
13.656
CAREIRO DA VÁRZEA - MANAUS
32
18.592
223.104
88,3
16,00
67
1,85
264.999
CAREIRO DA VÁRZEA - VILA CAREIRO
20
900
10.800
80,4
15,00
28
1,13
10.800
CAVIANA - MACAPÁ
80
859
10.308
96,7
25,00
60
0,73
11.814
COARI - CODAJÁS
136
709
8.508
71,4
30,00
135
0,71
9.711
COARI - FONTE BOA
459
8
96
75,8
70,00
54
0,09
107
COARI - JUTAÍ
580
3
36
74,9
150,00
54
0,07
39
COARI - MANAUS
421
8.363
100.356
77,6
55,00
139
0,26
112.399
COARI - SANTO ANTONIO DE IÇA
774
9
108
75,8
110,00
54
0,05
124
COARI - TEFÉ
210
683
8.196
68,9
30,00
148
0,49
8.606
CODAJÁS - FONTE BOA
595
10
120
72,9
85,00
54
0,07
137
CODAJÁS - JUTAÍ
716
6
72
74,5
115,00
54
0,06
78
CODAJÁS - MANAUS
285
4.502
54.024
59,0
41,00
111
0,23
58.962
CODAJÁS - TEFÉ
346
545
6.540
69,8
70,00
148
0,30
7.465
CURARIZINHO - MANAUS
22
144
1.728
90,0
15,00
20
0,82
1.728
EURINEPÉ - MANAUS
2417
188
2.256
56,0
350,00
884
0,20
2.256
FONTE BOA - JUTAÍ
121
278
3.336
72,5
75,00
210
1,26
3.808
Relatório Executivo
75
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
FONTE BOA - MANAUS
880
1.601
19.212
84,3
160,00
122
0,12
21.929
FONTE BOA - SANTO ANTONIO DE IÇA
315
62
744
60,9
90,00
341
0,66
849
FONTE BOA - TABATINGA
693
41
492
61,9
85,00
341
0,30
562
FONTE BOA - TEFÉ
249
221
2.652
75,4
38,00
54
0,16
3.027
HUMAITÁ - MANAUS
965
308
3.696
75,2
131,00
276
0,22
4.219
HUMAITÁ - MANICORÉ
349
2.322
27.864
83,6
53,60
245
0,59
29.000
HUMAITÁ - NOVA OLINDA
729
7
84
75,4
100,00
276
0,29
93
HUMAITÁ - NOVO ARIPUANÃ
496
5
60
74,9
85,00
276
0,42
65
HUMAITÁ - PORTO VELHO
370
50
600
75,9
65,00
276
0,57
667
ITACOATIARA - MANAUS
211
2.797
33.564
64,4
31,00
70
0,21
38.310
ITACOATIARA - MAUÉS
84
171
2.052
60,1
30,00
299
2,14
2.290
ITACOATIARA - PARINTINS
208
290
3.480
68,5
50,00
172
0,57
3.988
ITAMARATI - MANAUS
1930
445
5.340
78,8
35,00
100
0,04
6.136
JANAUACÁ - MANAUS
16
10.483
125.796
77,5
17,50
59
2,86
137.057
JANAUARI - MANAUS
85
320
3.840
42,0
20,00
95
0,47
3.840
JAPOA - MANAUS
1236
238
2.856
48,0
300,00
62
0,02
2.856
JAPURÁ - MANAUS
919
851
10.212
73,6
120,00
66
0,05
11.656
JAPURÁ - MARAÃ
125
80
960
74,1
30,00
66
0,39
1.096
JAPURÁ - TEFÉ
351
2.052
24.624
76,0
100,00
65
0,14
27.731
JURUÁ - ITAMARATI
932
12
144
78,2
135,00
100
0,08
164
JURUÁ - MANAUS
994
137
1.644
77,9
150,00
100
0,08
1.876
JURUÁ - TEFÉ
426
460
5.520
69,0
100,00
45
0,07
6.390
JUTAÍ - MANAUS
1001
1.230
14.760
87,5
185,00
114
0,10
16.847
JUTAÍ - SANTO ANTONIO DE IÇA
170
74
888
60,5
75,00
341
1,21
1.021
JUTAÍ - TABATINGA
542
37
444
61,5
27,00
341
0,39
471
JUTAÍ - TEFÉ
370
750
9.000
69,5
93,00
55
0,10
10.273
LABREA - MANAUS
7495
605
7.260
48,6
285,00
194
0,01
7.841
LABREA - TAPAUÁ
496
117
1.404
48,1
205,00
194
0,19
1.601
MANACAPURU - MANAUS
86
671
8.052
58,0
20,00
87
0,59
8.938
MANAQUIRI - MANAUS
79
5.020
60.240
75,2
25,00
83
0,79
63.723
MANAUS - MANICORÉ
616
3.523
42.276
73,2
76,50
143
0,17
48.254
MANAUS - MARAÃ
796
175
2.100
74,1
150,00
66
0,06
2.397
MANAUS - MAUÉS
698
5.732
68.784
59,6
78,00
299
0,26
78.510
MANAUS - NHAMUNDÁ
660
3.546
42.552
63,4
88,00
280
0,27
48.569
76
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Linha / Trecho
Distância
(Km)
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
MANAUS - NOVA OLINDA
236
4.857
58.284
86,7
40,00
145
0,53
66.525
MANAUS - NOVO AIRÃO
125
1.641
19.692
90,0
30,50
130
0,94
22.948
MANAUS - NOVO ARIPUANÃ
469
2.230
26.760
77,1
75,00
196
0,32
30.544
MANAUS - PARANÁ DA EVA
75
3.037
36.444
73,8
25,00
89
0,88
39.289
MANAUS - PARINTINS
475
6.457
77.484
67,5
85,00
172
0,24
88.440
MANAUS - RIO PRETO DA EVA
119
944
11.328
67,0
40,00
88
0,50
11.328
MANAUS - SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA
1001
4.289
51.468
71,8
220,00
118
0,08
58.746
MANAUS - SANTO ANTONIO DE IÇA
1195
977
11.724
60,5
280,00
341
0,17
13.382
MANAUS - TABATINGA
1573
2.343
28.116
61,4
305,00
341
0,13
32.092
MANAUS - TABOCAL
98
1.664
19.968
80,0
30,00
65
0,53
19.968
MANAUS - TAPAUÁ
769
1.655
19.860
64,8
100,00
120
0,10
22.668
MANAUS - TEFÉ
631
10.955
131.460
59,4
102,00
240
0,23
150.048
MANAUS - TERRA NOVA
44
360
4.320
75,0
13,00
20
0,34
4.320
MANAUS - TONANTIINS
1164
25
300
75,1
221,00
54
0,03
342
MANAUS - UARINI
687
2.248
26.976
83,4
95,00
122
0,15
26.976
MANAUS - URUÇARA
344
1.630
19.560
69,1
60,00
86
0,17
22.383
MANAUS - URUCURITUBA
248
2.712
32.544
71,2
58,00
88
0,25
37.520
MANAUS - VILA DO POLIRA
130
476
5.712
33,0
50,00
90
0,23
5.712
MANAUS - PORTO VELHO
1348
858
10.296
75,6
190,00
276
0,15
11.752
MANICORÉ - NOVA OLINDA
380
168
2.016
73,8
30,00
181
0,35
2.301
MANICORÉ - NOVO ARIPUANÃ
147
205
2.460
71,9
30,00
281
1,37
2.808
MANICORÉ - PORTO VELHO
557
1.041
12.492
75,8
120,00
181
0,25
14.258
MARAÃ - TEFÉ
298
868
10.416
42,6
60,00
155
0,22
12.959
MAUÉS - PARINTINS
168
3.192
38.304
79,5
50,00
82
0,39
43.528
NHAMUNDÁ - PARINTINS
185
788
9.456
66,9
50,00
67
0,24
10.793
NOVA OLINDA - NOVO ARIPUANÃ
239
200
2.400
75,1
5,00
281
0,88
2.784
NOVA OLINDA - PORTO VELHO
1110
82
984
74,8
150,00
276
0,19
1.054
NOVO ARIPUANÃ - PORTO VELHO
1107
12
144
75,9
140,00
276
0,19
157
PARINTINS - URUÇARA
125
1.227
14.724
84,3
37,50
61
0,41
18.443
SANTO ANTONIO DE IÇA - TABATINGA
378
58
696
60,8
35,00
341
0,55
794
TABATINGA - TEFÉ
942
384
4.608
58,7
70,00
38
0,02
5.304
TEFÉ - UARINI
56
1.237
14.844
52,1
30,00
70
0,65
24.636
LARANJAL DO JARI - SANTANA
192
1.563
18.756
80,8
60,00
89
0,37
20.819
BUENA VISTA (BOL) - COSTA
MARQUES (RO)
6
28.560
342.720
97,5
2,50
9
1,46
366.710
Relatório Executivo
77
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Movimentação de
passageiros
(02 sentidos)
Mês
Ano
Taxa de
ocupação média
de passageiros
(%)
10
37.080
444.960
96,9
5,00
18
1,74
498.355
BREVES - ITACOATIARA
1070
8
96
34,5
195,00
537
0,17
110
MONTE ALEGRE - ITACOATIARA
561
6
72
35,6
120,00
537
0,34
76
PRAINHA - ITACOATIARA
625
5
60
33,9
130,00
537
0,29
68
CODAJÁS - SANTO ANTONIO DE IÇA
910
5
60
74,8
230,00
54
0,04
65
COARI - TONANTINS
743
2
24
74,9
176,00
54
0,05
26
CODAJÁS - TONANTINS
876
4
48
75,6
240,00
54
0,05
55
ICOARACI - COTIJUBA
10
12.712
152.544
55,9
5,00
29
1,62
177.287
MANAUS - CAVIANA
85
18.432
221.184
80,0
25,00
120
1,13
221.184
741.184
8.894.208
Linha / Trecho
GUAJARÁ-MIRIM (RO) - GUAYARAMERIN
(BOL)
Distância
(Km)
TOTAL PARCIAL
MANAUS - CACAU PEREIRA
3
313.399
3.760.788
MANAUS - IRANDUBA
39
78.960
947.520
1.133.543
13.602.516
TOTAL GERAL
78
Tarifa
média
(R$)
Capacidade
média de
passageiros por
embarcação
IPK
Médio
Projeção
2022
9.948.715
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
8.
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES
MISTAS
Apresenta-se neste tópico, um resumo da movimentação total de
cargas aferida nas linhas regulares de transporte fluvial da Amazônia. Assim
como o realizado na pesquisa de passageiros, ressalta-se que a pesquisa da
movimentação de carga procurou abranger um maior número de linhas
regulares possível.
Acredita-se que as linhas e o quantitativo de cargas encontradas
devam ser aproximadamente a totalidade de cargas movimentadas na região
Amazônica em linhas regulares. Quando esse universo engloba as linhas
informais e eventuais, supõe-se que os números da movimentação de cargas
sejam superiores aos já identificados nas linhas regulares. Soma-se a isso
aquelas embarcações de pequeno porte que transportam a produção regional.
Foram feitos três levantamentos em três diferentes épocas do ano.
Nas três etapas da coleta de dados buscou-se captar indícios de sazonalidades
na movimentação de cargas em cada linha. No Gráfico 22 apresentam-se os
quantitativos totais de cargas transportadas em cada pesquisa, a média das
mesmas para 2012 e a projeção para 2022.
Ressalta-se que do total das 133 linhas pesquisadas, três linhas
(MANAUS - FRUNIPE TAPANÃ, MANAUS – PURUPURU e MANAUS - SÃO
SEBASTIÃO) operam apenas com o transporte de carga, com o mesmo tipo de
embarcações objeto desse estudo, e 130 são embarcações mistas que
transportam passageiros e cargas.
Relatório Executivo
79
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
CARACTERIZAÇÃO DO TRANSPORTE FLUVIAL DE CARGAS
MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE CARGAS SEGUNDO O MOMENTO DA PESQUISA E
PROJEÇÃO PARA O ANO DE 2022 - EM TONELADAS
5.159.816
4.811.680
4.575.023
4.511.802
4.401.588
Pesquisa 1
Pesquisa 2
Pesquisa 3
MÉDIA ANUAL
PROJEÇÃO 2022
Gráfico 22: Movimentação Anual de cargas
No Gráfico 22, verifica-se uma uniformidade no transporte de cargas
entre a primeira e a segunda pesquisa, apresentando a segunda campanha
uma pequena redução da ordem de 2,5% em relação à primeira. A terceira
campanha apresentou um acréscimo de movimentação de cerca de 9,5% em
relação à segunda. A projeção de movimentação de carga para o ano de 2022
apresentou um aumento de aproximadamente 13% em relação à média do ano
de 2012.
A seguir é apresentado um quadro geral com
as cargas
movimentadas em todas as linhas regulares pesquisadas nos estados do Pará,
Amazonas, Rondônia e Amapá.
80
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
LINHA/TRECHO
Distância (KM)
Quantidade Anual de
Carga Transportada na
Linha em 2012
Projeção de Carga
Transportada na Linha para
2022
ABAETETUBA - LIMOEIRO DO AJURU
92
8.096
9.575
ABAETETUBA - MUANÁ
65
16.896
17.544
ALENQUER – CURUÁ
46
11.928
12.498
ALENQUER - MANAUS
555
36.489
38.400
BELÉM – AFUÁ
338
808
872
BELÉM – ALMEIRIM
525
18.336
19.755
BELÉM – ANAJÁS
421
83.840
89.466
BELÉM – BAGRE
190
2.752
2.940
BELÉM – BAIÃO
228
3.104
3.601
BELÉM – BREVES
205
324.156
325.814
BELÉM - CACHOEIRA DO ARARI
50
56.128
56.412
BELÉM - CAMETÁ
180
16.640
17.635
BELÉM - CHAVES
382
1.346
1.346
BELÉM - CURRALINHO
170
7.040
8.150
BELÉM - LARANJAL DO JARI
514
4.488
5.489
BELÉM - LIMOEIRO DO AJURU
130
34.560
35.545
BELÉM - MANAUS
1646
110.544
133.912
BELÉM - MONTE DOURADO
602
14.640
14.640
BELÉM - MUANÁ
98
62.336
89.907
BELÉM - OEIRAS DO PARÁ
185
42.688
44.839
BELÉM - PONTA DE PEDRAS
62
67.104
71.011
BELÉM - PORTEL
285
374.528
393.727
BELÉM - PORTO DE MOZ
600
10.176
11.478
BELÉM - SANTA CRUZ DO ARARI
180
1.952
2.262
BELÉM - SANTARÉM
830
95.808
99.708
BELÉM - S. SEB BOA VISTA
135
87.936
91.874
BELÉM - VITÓRIA DO XINGU
640
58.560
63.971
BREVES - ANAJÁS
180
4.800
5.538
ITAITUBA - AVEIRO
115
3.072
3.195
JURUTI - JURUTI VELHO
59
6.552
7.128
JURUTI - ÓBIDOS
77
4.928
5.719
JURUTI - ORIXIMINÁ
100
55.512
60.244
JURUTI - PARINTINS
91
3.712
4.131
Relatório Executivo
81
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
LINHA/TRECHO
Distância (KM)
Quantidade Anual de
Carga Transportada na
Linha em 2012
Projeção de Carga
Transportada na Linha para
2022
MACAPÁ - AFUÁ
83
46.720
55.766
MACAPÁ - CAVIANA
80
7.020
7.868
MACAPÁ - CHAVES
132
8.280
8.672
MANAUS - FARO
1015
3.424
3.680
MANAUS - JURUTI
572
4.032
4.554
MONTE ALEGRE - MANAUS
866
7.264
8.006
ÓBIDOS - MANAUS
650
17.216
17.958
ORIXIMINÁ - MANAUS
680
20.768
22.676
SANTANA - ALTAMIRA
412
12.048
12.483
SANTANA - BELÉM
514
244.508
250.740
SANTANA - LARANJAL DO JARI
192
38.664
39.775
SANTANAMACAPÁ - BAILIQUE
157
65.096
70.302
SANTANAMACAPÁ - BREVES
731
18.912
21.455
SANTANA MACAPÁ - GURUPÁ
173
6.816
7.164
SANTANA MACAPÁ - PORTEL
355
29.760
32.754
SANTANA MACAPÁ - V XINGU
517
25.344
26.556
ORIXIMINÁ - PORTO TROMBETAS
72
48.576
52.022
SANTARÉM - ALENQUER
93
49.648
52.800
SANTARÉM - ALTAMIRA
555
18.464
21.980
SANTARÉM - ITAITUBA
250
58.405
63.071
SANTARÉM - JURUTI
154
108.122
123.119
SANTARÉM - LARANJAL DO JARI
409
3.904
4.891
SANTARÉM - MANAUS
756
170.880
191.399
SANTARÉM - MONTE ALEGRE
110
8.640
9.527
SANTARÉM - ÓBIDOS
120
147.360
151.427
SANTARÉM - ORIXIMINÁ
144
87.168
91.784
SANTARÉM - PARINTINS
243
23.264
24.204
SANTARÉM - PORTO TROMBETAS
216
30.055
31.105
SANTARÉM - PRAINHA
178
21.319
23.387
SANTARÉM - SANTANA
600
104.544
106.902
SANTARÉM - SANTANA TAPARÁ
165
169.344
169.344
SANTARÉM - VITÓRIA DO XINGU
514
37.203
39.874
TUCURUÍ - BAIÃO
80
8.256
9.300
TUCURUÍ - CAMETÁ
192
15.296
17.176
82
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
LINHA/TRECHO
Distância (KM)
Quantidade Anual de
Carga Transportada na
Linha em 2012
Projeção de Carga
Transportada na Linha para
2022
TUCURUÍ - MOCAJUBA
149
4.032
5.402
VITÓRIA XINGU - LARANJAL JARI
952
960
960
HUMAITÁ - MANICORÉ
349
24.992
31.352
MANAUS - ACAJATUBA
85
480
480
MANAUS - ANORI
234
22.464
28.862
MANAUS - AUTAZ MIRIM
89
6.400
7.510
MANAUS - AUTAZES
324
145.880
155.145
MANAUS - BARCELOS
454
34.848
35.735
MANAUS - BARREIRINHA
552
38.496
41.801
MANAUS - BERURI
231
19.781
20.658
MANAUS - BOA VISTA DE RAMOS
623
3.168
3.168
MANAUS - BORBA
322
36.304
38.207
MANAUS - CAAPIRANGA
170
5.568
5.814
MANAUS - CAMPINAIS
189
1.152
1.152
MANAUS - CARAUARI
1411
13.568
14.369
MANAUS - CAVIANA
85
6.144
6.144
MANAUS - COARI
421
44.984
49.689
MANAUS - CODAJÁS
285
63.904
75.115
MANAUS - EURINEPÉ
2417
3.696
3.696
MANAUS - FONTE BOA
880
21.120
23.983
MANAUS - FRUNIPE TAPANÃ
546
4.992
4.992
MANAUS - ITACOATIARA
211
10.192
12.349
MANAUS - ITAMARATI
1930
1.856
2.357
MANAUS - JANAUARI
85
2.016
2.016
MANAUS - JAPOÁ
1236
1.536
1.536
MANAUS - JAPURÁ
919
15.245
17.760
MANAUS - JUTAÍ
1001
1.704
2.007
MANAUS - LABREA
7495
11.868
17.817
MANAUS - MANACAPURU
86
4.608
5.130
MANAUS - MANAQUIRI
79
15.984
18.182
MANAUS - MANICORÉ
616
52.134
54.672
MANAUS - MAUÉS
698
31.674
37.120
MANAUS - NHAMUNDÁ
660
18.944
21.037
MANAUS - NOVA OLINDA
236
23.872
27.152
Relatório Executivo
83
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
LINHA/TRECHO
Distância (KM)
Quantidade Anual de
Carga Transportada na
Linha em 2012
Projeção de Carga
Transportada na Linha para
2022
MANAUS - NOVO AIRÃO
125
11.840
13.442
MANAUS - NOVO ARIPUANÁ
469
12.736
17.252
MANAUS - PARANÁ DA EVA
75
5.946
6.283
MANAUS - PARINTINS
475
82.630
92.811
MANAUS - PORTO VELHO
1348
53.024
58.094
MANAUS - PURUPURU
177
768
768
MANAUS - RIO PRETO DA EVA
119
6.144
6.144
MANAUS - S. GABREIL
1001
29.082
31.007
MANAUS - SÃO SEBASTIÃO
943
10.944
10.944
MANAUS - TABATINGA
1573
180.085
190.974
MANAUS - TAPAUÁ
98
15.928
18.497
MANAUS - TEFÉ
631
96.999
109.564
MANAUS - TERRA NOVA
44
4.320
4.320
MANAUS - UARINI
687
14.364
14.364
MANAUS - URUÇARA
344
17.075
19.345
MANAUS - URUCURITUBA
248
24.128
25.060
MANAUS - VILA DO POLIRA
130
2.298
2.298
MANICORÉ - PORTO VELHO
557
10.112
10.635
PARINTINS - BARREIRINHA
77
14.774
17.984
PARINTINS - BOA VISTA DE RAMOS
148
5.888
6.400
PARINTINS - FARO
116
8.864
11.671
PARINTINS - MAUÉS
168
89.408
102.994
PARINTINS - NHAMUNDÁ
185
571
571
PARINTINS - URUÇARA
125
14.208
16.801
TABATINGA - TEFÉ
942
2.647
2.722
TEFÉ - JAPURÁ
351
16.401
17.298
TEFÉ - JURUÁ
426
672
846
TEFÉ - JUTAÍ
370
6.208
6.840
TEFÉ - MARAÃ
298
14.336
15.938
TEFÉ - UARINI
56
16.992
18.271
TERRA SANTA - MANAUS
496
7.680
7.680
TERRA SANTA - PARINTINS
75
5.280
6.577
4.575.023
5.159.816
TOTAL GERAL
84
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
9.
PERFIL E CARACTERIZAÇÃO DOS PASSAGEIROS
9.1.
Perfil dos Passageiros
Para o total de 5.952 entrevistas realizadas em média por campanha,
conclui-se que o transporte fluvial é utilizado, em sua maioria, por usuários com
idade entre 18 a 30 anos, com nível de escolaridade que oscila entre o 1º e 2º
graus, sendo que a maioria (73,20%) são pessoas inseridas no mercado de
trabalho com rendimentos salariais mensais que variam até 3 (três) salários
mínimos (57,5%). Dessa população que ganha até 3 salários mínimos, 36,2%
são autônomos.
Os gráficos a seguir apresentam a caracterização dos passageiros do
transporte fluvial nas seguintes agregações: sexo, grupo de idade, grau de
instrução, renda familiar e ocupação.
Relatório Executivo
85
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
9.2.
Sexo e grupo de idade
As mulheres compõem 49,1% dos entrevistados e os homens 50,9%;
entre 18 e 30 anos estão 38,2% dos entrevistados, 24,8% têm entre 31 e 40
anos, 17,8% estão na faixa entre 41 e 50, 10,8% têm entre 51 e 60 anos e
8,3% 60 anos ou mais.
Gráfico 23: Distribuição dos passageiros por sexo
Gráfico 24: Passageiros por faixa etária
86
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
9.3.
Escolaridade
Segundo o presente estudo, os usuários de transporte fluvial que não
tiveram acesso à educação formal (4,9%) ou que tendo frequentado a escola
não foram além do 1o grau completo somam 38,7%. Do universo pesquisado,
41,2% estudaram até o segundo grau completo ou não, outros 12,8%
chegaram ao 3o grau e 2,1% declararam ser pós-graduados.
Gráfico 25: Escolaridade dos Passageiros
Relatório Executivo
87
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
9.4.
Renda Familiar
Em termos de renda familiar, 16,3% dos entrevistados ganham menos
de 1 salário mínimo (SM) por mês, 38,0% entre 1 e 2 SM., 19,5% entre mais de
2 a 3 SM., 12,1% de 3 a 5 SM., e 8,0% ultrapassam 5 salários mínimos
mensais. Do conjunto de entrevistados 6,1% não quiseram informar a renda.
Gráfico 26: Renda Familiar dos Passageiros
88
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
9.5.
Ocupação e atividade principal
Do total de pessoas entrevistadas, 73,2% fazem parte da PEA –
Pessoas Economicamente Ativas e 26,4% fora dela - sendo 12,7% donas-decasa, 7,5% aposentados e 6,2% exclusivamente estudantes. Dentre o grupo
inserido na PEA, estão no mercado formal 67,8% (servidores públicos – 11,4%
e assalariados – 20,2%), 36,2% estão no mercado informal (autônomos/ conta
própria) e 5,5% atualmente estão desempregados.
Gráfico 27: Ocupação e Atividade dos Passageiros
Relatório Executivo
89
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
10.
ANÁLISE DA FROTA
Neste tópico são apresentados os dados sobre a caracterização das
embarcações analisadas na região amazônica, abrangendo os principais polos
de atração de passageiros (Belém, Manaus, Santarém, Santana, Macapá e
Porto Velho) além das travessias Guajará-Mirim (Rondônia) ↔ Guayaramerin
(Bolívia) e Costa Marques (Rondônia) ↔ Buena Vista (Bolívia).
Quanto às embarcações, foram cadastradas 446, onde 173 operam no
Estado do Pará, 198 no Amazonas, 64 no Amapá e 11 em Rondônia, conforme
demonstra a Tabela 09 abaixo.
AMAPÁ
LINHAS DE
NAVEGAÇÃO
11
AMAZONAS
64
198
PARÁ
61
173
RONDÔNIA
2
11
TOTAL GERAL
138
446
ÁREA DO ESTUDO
EMBARCAÇÕES
64
Tabela 09: Número de embarcações e de linhas de navegação por estado.
10.1. Idade da Frota
Do total de 446 embarcações analisadas, em 102 embarcações os
responsáveis não souberam informar dados sobre o ano de construção das
mesmas. Das 344 embarcações restantes, a média de idade das embarcações
que circulam nas vias navegáveis da Amazônia foi de 11 anos. O percentual de
embarcações com mais de 20 anos de uso chega a 16,6% da frota. Além disso,
21,2% têm entre 11 e 20 anos, outras 29,9% têm entre 05 e 10 anos e 32,3%
tem entre 1 e 4 anos de uso. Considerando as 198 embarcações com atuação
no Amazonas, a média de idade passa para 10 anos. Já no estado do Pará a
média de idade das 173 embarcações é de 11 anos.
O Gráfico 28 mostra os percentuais do tempo de uso das embarcações
em anos.
90
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Gráfico 28: Idade das Embarcações
A Tabela 10 mostra a idade das embarcações em anos.
Percentuais dos tempos de uso das embarcações (%)
TOTAL
Amapá
Amazonas
Pará
Travessias
Área do estudo
Ate 4 anos
32,3
35
30,6
36,5
27,3
De 5 a 10 anos
29,9
27,5
38,1
23,1
De 11 a 20 anos
24,1
27,5
21,9
17,3
De 21 anos a mais
13,7
10
9,4
23,1
MÉDIA (em anos)
11
10
10
12
Resposta
72,7
12
Tabela 10: Idade das embarcações por estado
Relatório Executivo
91
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
10.2. Material do casco das embarcações
Em relação ao material do casco, a maior parte (63,5%) das
embarcações, que corresponde a 283 do total de 446, é de madeira. O aço
naval se faz presente em 98 (22,0%) embarcações, outras 45 (10,1%) utilizam
o alumínio, sendo que a fibra se faz presente em 20 (4,5%) embarcações.
Ressalta que 75,9% das embarcações com casco de madeira circulam a mais
de 11 anos nas vias navegáveis da Amazónia.
O Gráfico 29 mostra os percentuais do tipo de material do casco das
embarcações.
Gráfico 29: Material do Casco das Embarcações
92
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
A Tabela 11 apresenta o tipo de material do casco das embarcações.
Material do casco das embarcações (%)
Material
Segmentos
TOTAL
Aço naval
Alumínio
Fibra
Madeira
22,0
10,0
4,5
63,5
Área do estudo
Amapá
18,8
3,1
Amazonas
15,7
13,6
Pará
32,4
4,4
Baixo Amazonas
20,0
2,2
Travessias
78,1
9,1
61,6
63,2
2,0
75,6
100,0
Tempo de uso da embarcação
Ate 4 anos de idade
34,2
18,0
3,6
44,1
De 5 a 10
19,4
10,7
10,7
59,2
De 11 a 20
10,8
9,6
3,6
75,9
De 21 ou mais
27,7
72,3
Tabela 11: Material dos cascos das embarcações por estado
10.3. Comprimento, boca e calado das embarcações
Em relação ao comprimento das embarcações 29,4%, que corresponde
a 131 do total de 446, tem um comprimento superior a 30 metros. Entre 20 e 29
metros de comprimento estão 49,8% das embarcações e 20,2% têm o
comprimento entre 10 e 19 metros. Em relação à boca (largura) 43,3% das
embarcações tem boca acima de 06 metros. Quanto ao calado, a grande
maioria das embarcações (74,0%) possui calado menor que 2,0 metros.
A Tabela 12 apresenta um resumo das dimensões de comprimento,
boca e calado das embarcações
Relatório Executivo
93
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Comprimento, boca e calado das embarcações
Travessias
10 a 19
20,2
17,2
23,7
10,3
100
20 a 29
49,8
62,5
51
47,1
30 a mais
29,4
20,3
25,3
41,2
Não informou
0,6
Totalização (%)
100
100
100
100
Comprimento médio (m)
26,3
24,5
25,1
29,9
TOTAL
Amapá
Características
Amazonas
Pará
Área do estudo
COMPRIMENTO (m)
1,4
100
BOCA (m)
Inferior a 6
56,1
75
55,1
48,5
100
Superior a 6
43,3
25
44,9
48,5
Não informou
0,6
Totalização (%)
100
100
100
100
100
Boca média (m)
6,01
5,7
5,74
6,7
1,78
100
3
CALADO (m)
Inferior a 2
74
76,6
72,2
79,4
Superior a 2
25,1
23,4
27,8
16,2
Não informou
0,9
Totalização (%)
100
100
100
100
100
Calado médio (m)
1,75
1,74
1,74
1,74
0,31
4,4
Tabela 12: Comprimento, boca e calado das embarcações
94
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
10.4. Potência do motor e velocidade
Apresenta-se um resumo da potência dos propulsores e velocidade das
embarcações. Em média, essas embarcações geram uma energia útil por
unidade de tempo de 373 HP e imprimem uma velocidade média de 15,1 nós.
A Tabela 13 apresenta um resumo da potência dos propulsores e da
velocidade das embarcações.
Relatório Executivo
95
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
Potência dos propulsores (HP) e velocidade das embarcações (nó)
Travessias
24,9
31,3
25,3
14,7
100
210 a 300
17,5
42,2
10,6
19,1
310 a 400
18,8
15,6
23,2
11,8
410 a mais
37,9
10,9
40,4
50
Não informou
0,9
0
0,5
4,4
Totalização (%)
100
100
100
100
100
Potėncia média (HP)
373
273
388
440
34
TOTAL
Amazonas
100 a 200
Características Escala
Amapá
Pará
Área do estudo
Potência do motor (em HP)
Velocidade (nós)
Até 9 nós
14,1
31,3
9,6
11,8
10,0 nós
36,8
45,2
40,4
19,1
11,0 nós
4,5
1,6
2,5
7,4
12,0 nós
14,1
9,4
12,1
22,1
13,0 nós
3,4
0
5,1
4,4
14,0 nós
2,9
3,1
0,5
10,3
15,0 nós
6,1
3,1
6,1
8,8
16,0 nós
4,5
3,1
3,5
4,4
17,0 nós
1,8
1,6
0,5
4,4
18,0 nós
5,8
0
9,1
2,9
19,0 nós
1,1
0
1,5
2,9
20,0 nós
4,9
1,6
9,1
1,5
Totalização
100
100
100
100
Velocidade média (em nós)
15,1
10,6
18,2
13,1
18,2
9,1
22,7
Tabela 13: Potência dos propulsores e velocidade das embarcações
96
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
11. IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE FLUVIAL NA
AMAZÔNIA
A Amazônia tem apresentado uma evolução constante em suas
densidades demográficas. A partir da segunda metade da década de 90 as
extensões urbanas, as fronteiras agrícolas e os projetos minerais e industriais
vêm-se ampliando de forma significativa.
O potencial agrícola e mineral da Amazônia vem atraindo diversos
grupos empresariais, que nos últimos anos tem implantado grandes projetos
alterando as características da frota fluvial, dos portos/terminais e do transporte
como um todo.
Alguns dos principais projetos implantados na região são:

Projeto Celulose em Jarí, AP;

Projeto Bauxita em Porto Trombetas, PA;

Projeto Calcário em Itaituba, PA;

Projeto Alumínio Albrás/Alunorte em Barcarena, PA;

Projeto Alumínio em Jurutí, PA;

Projeto de Petróleo em Coarí, AM e Manaus, AM;

Projeto Soja em Porto Velho, RO, Itacoatiara, AM,
Santarém, PA e Miritituba, PA; e

Zona Franca de Manaus, AM.
Com o surgimento de polos de mineração, agrícolas e industriais, houve
um considerável aumento na população da região, aumentando com isso a
demanda pelo transporte fluvial, necessitando-se, portanto, cada vez mais de
um transporte adequado e seguro para cada linha de navegação.
Nos polos e cidades da Amazônia, a utilização de embarcações mistas
para o transporte de passageiros e cargas vem crescendo, uma vez que são as
que melhor se adaptam as condições de cargas e passageiros e a
operacionalidade dos afluentes e sub afluentes do Rio Amazonas. São essas
embarcações que proporcionam a mobilidade dos habitantes da Amazônia e a
Relatório Executivo
97
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
existência dos comércios regionais entre as cidades, transportando, além dos
passageiros, os mais diversos tipos de mercadorias, como: alimentos, bebidas,
vestuário, eletrodomésticos, eletrônicos, produtos regionais, etc.
Com a movimentação intensa de pessoas e o comércio muito
diversificado e com pouco controle, a importância da quantificação da demanda
de passageiros e mercadorias movimentadas é um desafio que torna os
resultados desse trabalho muito importantes para à possibilidade de melhorias
da prestação de serviço do transporte fluvial na Amazônia.
O transporte de passageiros na Região Amazônica tem um cunho social
de elevada importância, tendo em vista que inúmeras comunidades e
localidades não possuem outra opção de transporte para se locomoverem, que
não a fluvial.
Os dados sobre o número de passageiros transportados pelas
embarcações da Amazônia eram muito escassos ou desconhecidos. A
pesquisa sobre a demanda de passageiros nas diversas linhas da Amazônia foi
capaz de identificar boa parte do universo de linhas e do número de
passageiros transportados no ano de 2012.
98
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
12.
DIFICULDADES DO TRANSPORTE FLUVIAL DE
PASSAGEIROS DA AMAZÔNIA
A maior dificuldade para a movimentação de passageiros é um
transporte regular e rápido que atenda a padrões de serviço adequado.
As viagens, em algumas linhas, são estabelecidas conforme o interesse
do armador, pois ele só realiza viagens se houver carga que torne a viagem
rentável.
A maioria das linhas da Amazônia ainda são servidas por embarcações
de tecnologias ultrapassadas e em muitos casos construídas em madeira ou
em aço com idades superiores a dezenas de anos; no entanto, observa-se
regularmente, que após reformas e adequações, as mesmas geralmente obtem
nova idade.
Sem ação do Estado por intermédio de subsídios e subvenções é
impossível qualquer empresário suportar os investimentos em tecnologias mais
modernas entre centros populacionais de baixa aglomeração e baixa renda.
O transporte mais rápido e seguro com linhas regulares dará maior
dinamismo ao comércio regional, permitindo que a prosperidade econômica
venha a acontecer.
As embarcações que realizam o transporte fluvial de passageiros na
Amazônia, de forma recorrente, apresentam problemas de conforto, higiene e
segurança.
Cite-se, por exemplo, que o aumento da altura da superestrutura com o
objetivo de aumentar a capacidade das embarcações causam problemas de
estabilidade.
A baixa qualidade dos serviços, do conforto e segurança são justificadas
pela necessidade de cobrar tarifas de baixo valor, devido a Amazônia ser uma
região ainda subdesenvolvida. Sua população, na grande maioria, apresenta
padrão de renda e nível de vida bastante baixos. Seu comércio é ainda
Relatório Executivo
99
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
incipiente e pouco dinâmico; entretanto, o transporte fluvial através de
embarcações mistas (passageiros e cargas) continua sendo a base de todo o
comércio ao longo da calha principal do Rio Amazonas e seus afluentes.
Como o transporte fluvial é praticamente o único meio de locomoção de
baixo custo na região, as embarcações hoje existentes desempenham um
papel social relevante para as inúmeras localidades ribeirinhas servidas por
elas. Essa realidade amazônica faz com que as embarcações construídas em
madeira sejam largamente empregadas no transporte fluvial da região, pela
simples natureza de sua construção, pelo custo do material relativamente baixo
e pelo modo artesanal como elas são construídas e recuperadas, as
embarcações de madeira conquistaram seu espaço na navegação fluvial da
região Amazônica.
Os terminais ainda são inadequados e não possuem, em sua grande
maioria, os equipamentos necessários para a operação do transporte com
passageiros.
100
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
13.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
Por força das próprias condições regionais, o subsistema hidroviário é
predominantemente utilizado para o abastecimento e desenvolvimento dos
principais núcleos econômicos, permitindo o acesso às localidades mais
distantes no interior dos estados Amazônicos, situadas às margens dos cursos
d'água.
A rede hidrográfica, principalmente compreendida pela bacia Amazônica,
constitui-se na opção de transporte mais viável, fazendo com que a modalidade
hidroviária seja a de maior aptidão para a região. A navegação na bacia
Amazônica apresenta características muito particulares. Enquanto o rio
Amazonas possui excelentes condições de navegabilidade, a maioria dos
demais rios e canais sofrem alterações pelo assoreamento.
O estudo de caracterização da demanda apoiado pela ANTAQ e
executado pela UFPA/FADESP possibilita o conhecimento de linhas, terminais
e a demanda de passageiros e cargas, contribuindo para o estabelecimento de
políticas públicas que se materializem em melhorias do transporte em
embarcações mistas (passageiros e cargas) da Amazônia.
Com os dados e informações fornecidas por esta pesquisa, será
possível identificar os principais problemas do transporte fluvial de passageiros
e com isso propor planos e políticas mais adequadas ao transporte fluvial da
Amazônia.
Relatório Executivo
101
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
102
Relatório Executivo
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
14.
BIBLIOGRAFIA
ALFREDINI, P. - "Obras e Gestão de Portos e Costas - A técnica aliada
ao enfoque logístico e ambiental". Editora Edgard Blücher, São Paulo, 716 p.,
2005.
AUDESIRK, GERRY, Elementary Statistc & Stat&mml&ssm&rech Pkg,
Pearson Custom Pub, 2009;SPIEGEL, MURRAY R.; SCHILLER, JOHN J.;
SRINIVASAN, R. ALU, Teoria e Prob. Probabilidade e Estatistica, Bookman,
2004;
BARBOSA, M. H. M. Diretrizes para Projetos de Terminais Hidroviários
Urbanos de Passageiros. Dissertação de Mestrado. Instituto Militar de
Engenharia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1982;
BATES, J. (2000) History of Demand Modelling. In: Handbook of
Transport Modelling, Edited by D. A. Hensher and K. J. Button, Elsevier
Science Ltd;
BRUTON, M. J. Introdução ao planejamento dos transportes, Rio de
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2006;
FREUND, JOHN E., Estatística Aplicada Economicamete, Bookman,
MORAES, H. B. . Terminais Hidroviários de Passageiros na Amazônia.
In: XVIII Congresso Pan-Americano de Engenharia Naval, Transportes
Marítimos e Construção Naval e Offshore, 2001, México. IPEN2001, 2002. v.
18;
MORAES, H. B. “Uma proposta de metodologia de análise para
implantação de embarcação de alta velocidade no transporte de passageiros:
Um caso de aplicação de catamarãs na região”, Rio de Janeiro, 2002;
MORAES, H. B. “Transporte Fluvial na Amazônia”. FINEP, FNDCT,
UFPA/FADESP. Belém, setembro de 2002;
MORAES, H. B. , Embarcações de Passageiros na Amazônia. In: XVIII
Congresso Pan-Americano de Engenharia Naval, Transportes Marítimos, e
Engenharia Portuária, 2001, México. IPEN, 2001. v. 18;
MORAES, H. B., VASCONCELLOS, J. M. "Análise Qualitativa e
Quantitativa dos Tipos e Características das Embarcações Atualmente
Empregadas nas Principais Linhas de Transporte de Passageiro e Carga",
SUDAN/FADESP, Belém, 2001;
Relatório Executivo
103
Caracterização
Amazônica
Relatório
Executivo da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região
Bacia
Amazônica
OUVIDORIA
0800-644 5001
ouvidoria@antaq.gov.br
Relatório Executivo
ANTAQ/UFSC/LabTrans
107
107
Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica
www.antaq.gov.br
64
Relatório Executivo