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ISSN 0103-5118 Volume 24 | nº 2 | abril / maio / junho 2013 Uma publicação da Academia Brasileira de Neurocirurgia 99 ISSN 0103-5118 Órgão Oficial da Academia Brasileira de Neurocirurgia Volume 24 Número 2 Biênio 2013/2015 EDITOR CHEFE EDITORES CIENTÍFICOS ASSOCIADOS Instituto de Neurologia de Curitiba / Paraná - PR Instituto de Neurologia de Curitiba/Curitiba - PR EDITOR EXECUTIVO Hospital Silvestre/Rio de Janeiro – RJ Ricardo Ramina Daniel Benzecry de Almeida Gustavo Adolpho de Carvalho Luiz Roberto Aguiar Murilo Sousa de Meneses EDITOR CIENTÍFICO EDITORES EXECUTIVOS ASSOCIADOS Pontifícia Universidade Católica de Curitiba / Paraná - PR Paulo Henrique Pires de Aguiar Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre / RS EDITOR EMÉRITO Ápio Cláudio Martins Antunes Hospital Santa Paula / São Paulo - SP Irmandade Santa Casa de Londrina / Londrina - PR SECRETÁRIA EXECUTIVA Marli Aico Ataka Uchida Instituto de Neurologia de Curitiba/Curitiba - PR Maria Carolina Martins de Lima Faculdade Pernambucana de Saúde / Recife – PE Jerônimo Buzetti Milano Instituto de Neurologia de Curitiba/Curitiba - PR Luis Fernando Moura da Silva Junior Instituto de Neurologia de Curitiba/Curitiba - PR Maurício Coelho Neto Instituto de Neurologia de Curitiba/Curitiba - PR 100 . CONSELHO EDITORIAL INTERNACIONAL Alvaro Campero - Universidad Nacional de Tucumán / San Miguel de Tucumán / Tucumán / Argentina André Guelman Machado - Cleveland Clinic Foundation / Cleveland / Ohio / USA Antonio Daher Ramos - Hospital Jorge Mendez / Valência / Venezuela Armando Basso - Universidad de Buenos Aires / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Daniel Prevedello - Ohio State University / Athens / Ohio / EUA Edgardo Spagnuolo - CLAEH Medical School / Punta del Este / Maldonado / Uruguay Enrique Osório Fonseca - Universidad El Bosque / Bogotá / Nova Jérsei / Colombia Franco de Monte - M.D. Anderson Cancer Center / Houston / Texas / USA Gerardo Guinto - Hospital ABC / Santa Fe / México DF / México Graziela Zuccaro - Hospital de Clínicas de la Universidad de Buenos Aires / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Jacques Morcos - University of Miami / Miami / Flórida / USA Jorge Mura - Instituto de Neurocirugía Asenjo / Universidad de Chile / Santiago / Chile Julio Antico - Instituto FLENI / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Kaoru Kurisu - Hiroshima University / Hiroshima / Japan Leonidas Quintana Marin - Universidad de Valparaíso / Valparaíso / Chile Marcelo Platas - Universidade de Buenos Aires / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Marco Portillo Gonzalles Showing - Universidad Nacional Mayor de San Marcos / Lima / Peru Marcos Soares Tatagiba - University Hospital Tübingen / Tübingen / Germany Rafael Rodriguez Mercado - Universidad de Porto Rico / San Juan / Porto Rico / USA Raymond Sawaya - M. D. Anderson Cancer Center / Houston / Texas / USA Sugit Prabu - M. D. Anderson Cancer Center / Houston / Texas / USA Tobias Alécio Mattei - Ohio State University / Wexner Medical Center / Columbus / Ohio Wolfgang Deinsberger - University of Kassel / Kassel / Germany Yoko Kato - Fujita Health University / Aichi / Nagoya / Japan J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 101 . CONSELHO EDITORIAL NACIONAL Albedy Moreira Bastos - Universidade Federal do Pará / Belém / PA Arthur Cuckiert - Hospital Santa Catarina / São Paulo / SP Benedito Oscar Colli - Universidade de São Paulo / Ribeirão Preto / SP Carlos Gilberto Carlotti Jr - Universidade de São Paulo / Ribeirão Preto / SP Carlos Thadeu Parisi de Oliveira - Universidade de São Francisco - Bragança Paulista / SP Carlos Umberto Pereira - Universidade Federal de Sergipe / Aracaju / SE Cesar Neves - Universidade Federal do Pará / Belém / PA Durval Peixoto de Deus - Clínica Santa Mônica / Goiânia / GO Edson Mendes Nunes - Hospital Eduardo Rabello / Rio de Janeiro / RJ Eduardo Ernesto Pelinca - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Natal / RN Fahd Haddad - Santa Casa de Misericórdia de Londrina / Londrina / PR Feres Eduardo Chaddad Neto - Unicamp / São Paulo / SP Flávio Belmino Barbosa Evangelista - Hospital Universitário Walter Cantídio / Universidade Federal do Ceará / Fortaleza / CE Flávio Leitão Filho - Instituto José Frota / Fortaleza / CE Hélio Ferreira Lopes - Instituto Nacional do Câncer / Rio de Janeiro / RJ Hildo Cirne de Azevedo Filho - Universidade Federal de Pernambuco / Hospital de Restauração / Recife / PE Ivan Chemale - Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre / RS Jean Gonçalves de Oliveira - Hospital Beneficência Portuguesa / São Paulo / SP José Arnaldo Mota Arruda - Universidade Federal do Ceará / Fortaleza / CE José Luciano de Araújo - Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Natal / RN José Marcos Rotta - Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo / São Paulo / SP Luiz Renato Mello - Universidade Federal de Blumenau / Blumenau / SC Manoel Jacobsen Teixeira - Universidade de São Paulo / São Paulo / SP Márcio Francisco Lehmann - Universidade Estadual de Londrina / Londrina / PR Marcos Masini - Universidade Nacional de Brasília / Brasília / DF Marcos Vinicius Calfat Maldaun - Hospital das Clínicas da Universidade de Estadual de Campinas / Campinas / SP Maria de Fátima Griz - Hospital da Restauração / Recife / PE Oswaldo Inácio Tella Junior - Unifesp / São Paulo / SP Paulo Niemeyer Soares Filho - Santa Casa de Misericórdia / Rio de Janeiro / RJ Ricardo Ramina - Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba / PR Samuel Tau Zymberg - Unifesp / São Paulo / SP Sebastião Gusmão - Universidade Federal de Minas Gerais / Belo Horizonte / MG J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 102 Expediente Academia Brasileira de Neurocirurgia Filiada à World Federation of Neurosurgical Societies Diretoria e Conselho Deliberativo Biênio 2013/2015 Presidente (2013/2015): Paulo Henrique Pires de Aguiar - São Paulo – SP Vice-presidente (2015/2017): Osvaldo Vilela Filho - Goiânia – GO Presidente Eleito (2017/2019): Ricardo Ramina - Curitiba – PR Editor do site: Luiz Roberto Aguiar - Curitiba – PR Editor chefe do jornal: Ricardo Ramina - Curitiba – PR Editor executivo do jornal: Luiz Roberto Aguiar - Curitiba - PR Editor científico do jornal: Paulo Henrique Pires de Aguiar - São Paulo - SP CONSELHO DELIBERATIVO Albedy Moreira Bastos - PA Antonio César Azevedo Neves - PA Ápio Cláudio Martins Atunes - RS Carlos Tadeu Parise de Oliveira - SP Durval Peixoto de Deus - GO Flávio Belmino Barbosa Evangelista - CE Helio Ferreira Lopes - RJ Hildo Rocha Cirne Azevedo Filho - PE José Arnaldo Motta de Arruda - CE José Luciano Gonçalves de Araújo - RN José Marcus Rotta - SP Luiz Roberto Aguiar - PR Marcos Masini - DF Osvaldo Vilela Filho - GO Sebastião Nataniel Silva Gusmão - MG SECRETARIA PERMANENTE Secretário Geral: Edson Mendes Nunes – RJ Secretário Auxiliar: Hélio Ferreira Lopes – RJ Marco Antonio Herculano – SP SEDE PRÓPRIA Rua da Quitanda, 159, 10º andar, Centro 20091-005 – Rio de Janeiro, RJ – Brasil Telefax: (21) 2233-0323 abnc@abnc.org.br PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Midia Arte www.midiaarte.com.br J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 103 Normas para publicação indexado na base de dados LILACS O Jornal Brasileiro de Neurocirurgia é o órgão oficial da Academia Brasileira de Neurocirurgia e se propõe a publicar artigos sobre Neurocirurgia e todas as ciências afins. Os volumes são anuais e compostos por 4 publicações trimestrais. Assim, trabalhos inéditos, sob a forma de artigos originais, relatos de casos, artigos de revisão e notas breves, poderão ser aceitos, desde que não tenham sido enviados para publicação em outro periódico. Preferencialmente os artigos devem ser redigidos em Inglês, com abstract em Inglês e resumo em Português ou Espanhol. Alternativamente, poderão ser redigidos em Português ou Espanhol, com respectivo resumo/resumen e um abstract em Inglês. Todos os artigos também deverão conter título em Inglês. Todo e qualquer trabalho poderá receber modificações, para que se adapte à estrutura geral do Jornal. Os artigos que não se enquadrarem às normas ou que não forem adequados às necessidades editoriais do Jornal serão retornados ao autor correspondente, para as devidas adaptações. Ricardo Ramina, MD, PhD Editor-Chefe Submissão dos Artigos Somente serão aceitos artigos submetidos “on line” através da página http://www.abnc.org.br clicando-se no ícone “Envie seu Artigo”. Inicialmente, é necessário que o autor se cadastre e utilize os dados de login que foram enviados para o seu e-mail, através do ícone: “Cadastre-se para enviar seu artigo”. Após o envio do artigo, o autor receberá um e-mail confirmando o recebimento. A seguir, o artigo passará pela nossa equipe de revisão para verificação de estrutura adequada às normas abaixo. Em caso de adaptações necessárias, o autor receberá e-mail com a solicitação para continuidade do processo. Após atendimento ao check-list da equipe de revisão, será iniciado o processo para aceite do artigo. Para submissão inicial do artigo deverá ser anexado à plataforma um único arquivo com o manuscrito em formato Word sob as extensões “.doc” ou “.docx” e contendo todas as figuras, tabelas, algoritmos ou gráficos. Figuras: Após o aceite para publicação, serão solicitados os arquivos das figuras que deverão ser nomeados no formato “título do artigo_fig.1.jpeg”. Todas as fotos ou exames por imagem deverão ser enviadas posteriormente em arquivo com extensão JPEG, devidamente nomeadas (por exemplo, Microneurosurgery_Fig1. jpeg), com resolução 300 dpi. Tabelas, algoritmos e gráficos: podem ser inseridos no arquivo do texto, podendo ser enviadas posteriormente em arquivo formato Power Point. Aceite dos Artigos Os artigos serão aceitos após avaliação do Conselho Editorial e cumprimento das etapas de tramitação. Os artigos que não se enquadrarem às normas ou que não forem adequados às necessidades editoriais do Jornal serão retornados ao autor correspondente, para as adaptações necessárias. Inicialmente, avalia-se o rigor às normas de preparação dos artigos, a citação dos registros nos Conselhos e Comitês e o potencial para publicação. Quando aprovado nas etapas anteriores o artigo será encaminhado para análise por pares (peer review) e os avaliadores os classificarão da seguinte forma: aceito, rejeitado ou requer revisões, seja de forma ou de conteúdo. Os pareceres emitidos pelos avaliadores serão apreciados pelo Editor Científico, e posteriormente um parecer final será enviado ao autor correspondente. Estrutura do Artigo: Página-Título: títulos do artigo em português/espanhol e inglês, nome completo do(s) autor(es) e da instituição a qual pertencem, seguidos de cidade e estado. Resumo/Resumen (português/espanhol) e Abstract em inglês, com máximo de 200 palavras, transmitindo a ideia geral da publicação e estruturado (objetivo / objetctive, métodos / methods, resultados / results e conclusão / conclusion). Exceto em caso de artigo de Revisão e Notas Breves, que dispensam a estruturação. Palavras-Chave/ Palavras-Clave e Key-words: após Resumo/ Resumen e Abstract Texto: fonte Arial ou Times New Roman 12, sem recuo de parágrafo e justificado em espaço duplo. Referencias: normas Vancouver. Em ordem alfabética, com numeração sobrescrita e arábica, por exemplo 1,20 . Comunicações pessoais e trabalhos em preparação poderão ser citados no texto, mas não constarão das referências. Exemplos de referencias Fonte: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html, International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals: Sample References Artigos de periódicos Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in HIVinfected patients. N Engl J Med. 2002 Jul 25;347(4):284-7. Livros Donald PJ, editor. Surgery of the skull base. Philadelphia: LippincottRaven; 1998. Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Capítulos de livros Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93113. Dissertações e teses Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of Hispanic Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): Central Michigan University; 2002. Trabalhos apresentados em congressos, simpósios, encontros, seminários e outros Petersen R, Grundman M, Thomas R, Thal L. Use of titanium mesh for reconstruction of large anterior cranial base defects; 2004 July; United States, Philadelphia; 2004. Artigos em periódicos eletrônicos Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an advisory role. Am J Nurs. 2002 Jun [cited 2002 Aug 12];102(6):[about 1 p.]. Available from: http://www.nursingworld. org/AJN/2002/june/Wawatch.htmArticle Textos em formato eletrônico Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas da saúde: assistência médico-sanitária. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acessado em: 5/2/2004. J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 104 Normas para publicação indexado na base de dados LILACS Responsabilidade Intelectual Steps of manuscript submission and peer-review process: Ao submeter o artigo ao Jornal Brasileiro de Neurocirurgia automaticamente os autores transferem direitos de cópia à publicadora do periódico e assumem a responsabilidade intelectual e legal pelos resultados e pelas considerações apresentados. Conforme resolução CNS nº 196/1996, o autor deve mencionar a submissão e a aprovação do artigo ao Conselho Nacional de Saúde (CONEP-CNS) ou Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado o trabalho. 1. Online manuscript submission 2. First checklist review to initiate peer-review process 3. Editor-in-chief assigns reviewer 4. Reviewer classifies the paper as accepted, rejected or author query (structure or contents) 5. Reviewer sends appreciations to the editor No caso de ensaios clínicos, é obrigatória a citação do registro na Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE). Submission Publicação de Figuras Figures: only after the paper is accepted, the author will receive an email asking for the files .jpeg with high resolution (300 dpi) named as manuscript ‘title_fig1.jpeg’, for example. As figuras serão automaticamente publicadas em Preto e Branco. A single Windows Word file ‘.doc’ or ‘.docx’ with all figures, tables, algorithms or graphics embedded. Valores para Impressão de Foto Colorida Quantidade 1 2 3 4 5 ou mais Valor R$ 500,00 R$ 900,00 R$ 1.200,00 R$ 1.400,00 R$ 1.500,00 Em caso de interesse, favor colocar observação no manuscrito para entrarmos em contato passando dados do recolhimento da taxa. Tables, algorithms and graphics can be embedded in the text file or be sent afterwards as a PowerPoint file. Structure Title-page: titles in English and Portuguese or Spanish; all authors’ names; Academic Degrees and current positions; affiliations; corresponding author with email address. Abstract and Resumo/Resumen Key-words and Palavras-Chave/Palabras-Clave Author’s Guide Text: font Arial or Times New Roman 12, justified, double-spaced The Brazilian Journal of Neurosurgery (JBNc) is the official journal of the Brazilian Academy of Neurosurgery (ABNc). The JBNc publishes scientific articles about Neurosurgery and related areas. Each volume is annual, with 4 quarterly publications. Unpublished papers, either as originals, case reports, reviews or brief notes should be accepted. Papers should be in English, with Abstract / Key-words in English. If written in other language (Portuguese or Spanish), it should be provided a translated title, a Resumo/Resumen and Palavras-Chave/ Palavras-Clave. All papers must have a title in English. Every paper can be changed to be conformed to the general structure of the Journal. Submitted manuscripts that do not fulfill Author’s Guide checklist or the editorials purposes of this Journal will be returned to the corresponding author for revising and adapting it. Ricardo Ramina, MD, PhD Editor-in-chief Manuscript Submission Only online submissions will be accepted (http://www.abnc.org.br). Click on the icon “Envie seu artigo/Submit manuscript”. If you are not already enrolled on the system, please click on the icon “Cadastre-se para enviar seu artigo/Create an account”. After uploading the file, an auto-reply will be sent to the registered author’s e-mail. Afterwards, the manuscript will be submitted to a first revision of the check-list, and manuscript structure according to the Author’s Guide. The author will receive an e-mail in case of any necessary change before being submitted to a peer review by experts of the Editorial Board. References: Vancouver system. Alphabetical order, Superscript, and Arabic numbered. Personal communications should only be mentioned in the text, but not in the references. References examples can be found in International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals - Sample References: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. Intellectual Responsability By submitting the paper to JBNc, in advance the authors agree that copyright and permissions are transferred automatically to the publisher of the periodical, and they assume intellectual and legal responsibility for the results and comments presented. According to the resolution of Conselho Nacional de Saúde CNS nr. 196/1996, the authors should mention the submission and approval from CONEP-CNS or Research Ethics Committees from the institution where the research was conducted. Clinical trials must be enrolled at World Health Organization (WHO) and International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). For publication of color figures in the print version of the article Figures will be automatically printed in black and white. Color Figures Quantity 1 2 3 Cost R$ 500,00 R$ 900,00 R$ 1.200,00 R$ 1.400,00 R$ 1.500,00 4 5 or more In case of interest, please insert an observation at the end of your manuscript. We will contact you for further color payment agreement. J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 105 Índice Contents / Índice Original Articles / Artigos Originais The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience........................................................................................107 Uso estendido de temozolamida em pacientes com glioblastoma: experiência de uma instituição Mauricio Coelho Neto, Luis Fernando Moura da Silva Jr, Ricardo Ramina, Marcelo Oliveira, Monica Lima Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients.....................................113 Assimetria do diâmetro da bainha do nervo óptico como fator prognóstico após cranioplastia em pacientes portadores da ‘Síndrome do Trefinado’ Antonio Santos de Araujo Junior, Pedro Alberto Arlant, Arnaldo Salvestrini Jr, Carlos Eduardo Altieri, Jasper Guimarães Santos, Lauro Figueira Pinto, Mirella Martins Fazzito, Hae Won Lee, Luis Felipe de Souza Godoy Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms.....118 Tratamento endovascular de aneurismas intracranianos não rotos em idosos Matheus Pedro Wasem, Amanda Pereira Sequinel, Andréia Carpenedo Rheinheimer, André Giacomelli Leal, Murilo Sousa de Meneses Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization............123 Inovação de aparelho e técnica de localização estereotácticos Marco Antônio Rocha Junior, Marco Antonio Rocha, Paulo Pereira Christo, Mariana Brandão de Oliveira, Paula Veloso Avelar Ribeiro, Renata Bernardi Rocha, Bruna Veloso Avelar Ribeiro Review / Revisão Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - Systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment.......................................................................131 Lombalgia crônica secundária a doença degenerativa discal - revisão sistemática dos ensaios clínicos e randomizados que compararam o tratamento conservador com o cirúrgico Andrei F. Joaquim, Enrico Ghizoni, Helder Tedeschi Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms......143 Hipotermia no tratamento de hipertensão intracraniana refratária em pacientes com HSA grave, casos associados a vasoespasmo secundário Bernardo Lembo Conde de Paiva, Raphael Simões, Thiago Coelho, Renata Simm, Paulo Henrique Pires de Aguiar J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 106 Índice Case Report / Relato de Caso Pineal region chordoid meningioma: case report ..........................................148 Meningioma Cordóide da Região Pineal: Relato de Caso Felipe Slaviero, Cláuder Ramalho, João Norberto Stavale, Sérgio Cavalheiro, Manoel Antônio de Paiva Neto Bell’s cruciate paralysis in a patient victim of a gunshot wound in the cervical region: the radiologic evidence of an anatomic theory....................153 Paralisia cruzada de Bell em um paciente vítima de ferimento por projetil de arma de fogo na região cervical: a evidência radiológica de uma teoria anatômica Rodrigo Becco de Souza, Guilherme Brasileiro de Aguiar, Jefferson Walter Daniel, José Carlos Esteves Veiga The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but lifethreatening neonatal phenotype.......................................................................156 Hipoplasia septo-óptica-hipofisária em paciente com septo pelúcido normal porém com risco de morte neonatal e a participação potencial do fator de transcrição hipofisário HESX1 Natasha Guimarães Ludwig, Marcos Antônio Dias, Mateus Nóbrega Aoki, Renan Lovato, Marla Karine Amarante, Maria Angelica Ehara Watanabe, Tânia Longo Mazzuco Diffuse brain swelling following falcine meningioma surgery.......................161 Inchaço cerebral difuso após ressecção de meningeoma falcino Ricardo Marques Lopes de Araújo, Breno Nery, Bruna Nayana Ribeiro Barbosa, Bernardo Alves Barbosa, Pablo Rodrigues Carvalho, Eduardo Monteiro de Oliveira, Antônio Carlos Barbosa Sousa, José Carlos Rodrigues, Marcelo Nery Silva Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: ErdheimChester Disease case report..............................................................................165 Lesão granulomatosa intracraniana mimetizando meningioma: Relato de um caso da doença de Erdheim-Chester Roger Neves Mathias, Paulo Henrique Pires Aguiar, Marcos Vinicius Calfat Maldaun Technical Note / Nota Técnica Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures. Technical note ..................170 Tomografia computadorizada combinada à técnica de fluoroscopia para procedimentos percutaneous complexos da coluna vertebral. Nota técnica Ana Paula Narata, Olivier Brina, Denis Herbretau, Jean-Philippe Cottier, PierreYves Dietrich, Hasan Yilmaz, Jean-Baptiste Martin, Vitor Mendes Pereira Scientific Events / Eventos Científicos Agenda de Eventos Científicos.........................................................................176 J Bras Neurocirurg 24 (2): 99-106, 2013 107 Original The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience Uso estendido de temozolomida em pacientes com glioblastoma: experiência de uma instituição Mauricio Coelho Neto MD1 Luis Fernando Moura da Silva Jr MD1 Ricardo Ramina MD, Ph.D2 Marcelo Oliveira MD3 Monica Lima MD, PhD4 ABSTRACT The temozolomide protocol established in 2005 increased overall survival rates in patients with glioblastoma. It defined a treatment period of 6 months, but most neuro-oncological centers prescribe more than this, reaching up to 3 years of continuous therapy. The objective of this paper was to compare duration of treatment in groups of patients and analyze the overall survival in each group. Retrospectively, 54 patients were evaluated with glioblastoma operated on from 2004 to 2009. All data were statistically analyzed using Kaplan-Meier curves, ANOVA test, multivariate logistic regression models and Pearson´s correlation. Analyses consisted on age, gender, Karnofsky Performance Scale (KPS) at diagnosis, side and localization of tumor, grade of surgical removal, period of use of temozolomide until recurrence, progression-free survival, KPS after recurrence and overall survival. According to uni and multi-varied analysis there was no statistic significant correlation between survival and age < 45, gender, KPS at diagnosis, and grade of resection. The overall survival in 6, 12, 18 and 24 months were 96.3%, 72.6%, 58.1% and 43.5% respectively. The length of treatment with temozolomide before recurrence showed strong positive correlation (r=0.66) with survival up to 15 months. Also, a correlation (r=0.64) between length of use of temozolomide and progression free-survival was found. Patients receiving treatment with temozolomide presented longer survival when compared with those not treated with it. Longer survival (p=0.04) was observed in those treated more than 12 months. This series could clearly show longer survival in patients treated with 15-cicles over patients treated with 6 or 12-cicles. Keywords: glioblastoma, chemotherapy. RESUMO O protocolo de temozolomida (TMZ) publicado em 2005 mostrou aumento importante da sobrevida dos pacientes com glioblastoma multiforme (GBM). Foi definido um protocolo de 6 meses, mas atualmente, diversos centros especializados utilizam protocolos mais longos, chegando a até 3 anos de terapia contínua. O objetivo deste estudo foi comparar a duração do tratamento nos grupos de pacientes e avaliar a sobrevida destes grupos. Foram avaliados 54 pacientes com diagnóstico de GBM operados entre 2004 e 2009. Os dados foram analisados utilizando-se curvas de Kaplan-Meier, teste ANOVA, regressão logística multivariada e teste de correlação de Pearson. Foram consideradas as variáveis idade, gênero, Escala de Performance de Karnosfsky (KPS) no diagnóstico, lado e localização da lesão, grau de ressecção cirúrgica, tempo de uso de TMZ até recorrência, sobrevida livre de progressão, KPS na recorrência e sobrevida total. De acordo com análise uni e multivariada não houve correlação cm significância estatística entre sobrevida e idade > 45 anos, gênero, KPS no diagnóstico e grau de ressecção. A sobrevida total em 6, 12, 18 e 24 meses foi de 96,3%; 72,6%; 58,1%; e 43,5% respectivamente. A duração do tratamento antes da recorrência teve correlação positiva (r=0,66) com a sobrevida até 15 meses. Houve correlação (r=0,64) entre duração do uso de TMZ e sobrevida livre de progressão. Foi observada ainda maior sobrevida (p=0,04) nos pacientes tratados por mais de 12 meses. Conclui-se que os pacientes submetidos a tratamento com TMZ por 15 ciclos tiveram maior sobrevida que os tratados com 6 ou 12 ciclos. Palavras Chave: glioblastoma, quimioterapia I ntrodução Stupp et al. reported improved median and 2-year survival when temozolomide was added to radiation therapy in the treatment of glioblastoma patients14. This experience opened new perspectives in management of these highly malignant tumors. Stupp et al., in 2009, reported the final results of a randomized phase III study with a median follow-up of more than five years in glioblastomas patients treated with adjuvant temozolomide and radiation13. A benefit from combined therapy was observed in all clinical prognostic subgroups, and Neurosurgeon – Neurosurgical Department - Neurological Institute of Curitiba, Curitiba, Brazil Chairman of Neurosurgical Department – Neurological Institute of Curitiba, Curitiba, Brazil 3 Head of Clinical Oncology – NeoSaude and Neurological Institute of Curitiba, Curitiba, Brazil 4 Pediatrician and Statistics – Pediatric Department, Federal University of Paraná, Curitiba, Brazil 1 2 Received Nov 28, 2013. Accepted Dec 20, 2013 Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 108 Original methylation of the MGMT promoter was the strongest predictor for outcome7. In November 2004 the encouraging results of phase I and II trials with temozolomide in treatment of high grade gliomas and metastatic melanomas2,3,10,16 and the low efficacy of chemotherapy with nitrosoureas, had made us start to treat newly diagnosed glioblastomas with temozolomide as adjuvant therapy to surgery. Better quality of life, progressionfree survival and overall survival, were observed in some patients. In spite of the original trials of Stupp et al. using a 6 cycles regimen of temozolomide14, we have extended the treatment for those patients showing well tolerance to the drug and no tumor recurrence up to 2 years. In this report we present the results of glioblastoma patients treated at the Neurological Institute of Curitiba (INC), Brazil, with extended (> 6 cycles) adjuvant chemotherapy with temozolomide. The goals of this study were to define the prognostic factors and analyze the effects of the extended regimen of adjuvant chemotherapy with temozolomide on progression-free and overall survivals in this series. In 35% of the cases it was located in the temporal lobe, 32% in the frontal lobe, 23% in parietal lobe, 6% in the occipital lobe and 4% in corpus callosum (Table 1). Table 1. Data from 54 patients with glioblastoma treated from May 2004 to July 2009 Variable N (%) p value GENDER MALE 36 (66,7%) FEMALE 18 (33,3%) p = 0.98 AGE (YEARS) < 30 03 (5,5%) 31-40 03 (5,5%) 41-50 11 (20,3%) 51-60 21 (38,8%) 61-70 09 (16,6%) 71-80 05 (5,5%) > 80 02 (3,7%) p=0.64 (<45 y) KPS AT DIAGNOSIS Patients and Methods From November 2004 to July 2009, 941 patients with brain tumors were surgically treated at the Neurological Institute of Curitiba, Brazil. Sixty two patients presented diagnosis of a glioblastoma in the histopathological examination. All clinical records were reviewed and 8 patients were excluded from this due to adjuvant therapy performed in other clinics. The data of the remaining 54 patients were retrospectively analyzed according to age, gender, Karnofsky Performance Scale (KPS) at diagnosis, side and localization of tumor, grade of surgical removal, period of use of temozolomide until recurrence, progression-free survival, KPS after recurrence and overall survival. There were 36 males (66.7%) and 18 females (33.3%). The mean age of patients at admission was 55.2 + 13.7 (range 18 to 84 years). Six patients were under 40 years of age, 32 patients between 40 and 60 years, 11 patients between 60 and 80 years and 2 patients over 80 years. Forty seven patients (87%) presented a KPS 70 or higher at diagnosis and seven (13%) a KPS under 70. Tumor location was in the right hemisphere in 55% of patients, 43% in the left and bilateral in 2% of the cases. > = 70 47 (87%) < 70 07 (12,9%) p=0.84 SIDE RIGHT 30 (55,5%) LEFT 23 (42,5%) BILATERAL 01 (1,8%) INVOLVED BRAIN FRONTAL 17 (32%) TEMPORAL 18 (35%) PARIETAL 12 (23%) OCCIPITAL 03 (06%) CORPUS CALLOSUM 02 (04%) p=0.08 MRI with gadolinium was performed in all cases in the first 72 hours after surgery to evaluate the extension of tumor removal. Grade of tumor resection was classified according to the postoperative MRI (volume of resected enhancing lesion) as: total (>98%), near total (70-98%), partial (<70%) and biopsy (stereotatic). All patients received adjuvant radiotherapy. Radiotherapy was delivered through a linear accelerator (6/15 Mv) and the dosis used was 60 Gy in all patients. Forty patients received concomitant adjuvant radiotherapy and chemotherapy with temozolomide. Chemotherapy with temozolomide was started with the irradiation at the following Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 109 Original regimen: 75 mg/m2 every day during radiation period, 28 days with no treatment, following by cycles every 28 days with a dose of 200 mg/m2 (D1 to D5). Toxicity of chemotherapy was counted according to the National Cancer Institute Common Toxicity Criteria, version 3 (CCTC), described by Trotti et al15. All data were statistically analyzed using Kaplan-Meir curves, Anova test, multivariate logistic regression models and Pearson´s correlation. Kaplan-Meir curves demonstrated survival according the studied prognostic factors. To identify the independent factors associated with death the multivariate logistic regression model was used. To study the length of temozolomide treatment and progression-free survival and overall survival the Pearson´s correlation model was utilized. Analysis of variance was used to study the correlation between the period of use of temozolomide with the mean survival time. A minimum level of significance of 5% was considered for all statistic tests. The end point of this study was July 2010. Table 2. Data from 54 patients with glioblastoma treated from May 2004 to July 2009 Variable N (%) p value Grade of Tumor Resection TOTAL 28 (51.8%) NEAR TOTAL 13 (24.0%) PARTIAL 07 (12.9%) BIOPSY 06 (11.1) p=0.69 Period of Treatment W/Tmz N/USE 14 (25.9%) < 6 MONTHS 16 (29.6%) 6 TO 12 MONTHS 18 (33.3%) > 12 MONTHS 06 (11.1%) Causes of Interruption of TMZ DISEASE PROGRESSION 26 (65%) TOXICITY MILD (GRADES 1 & 2) 08 (20%) SEVERE (GRADES 3 & 4) 02 (05%) OTHERS 04 (10%) R esults Total resection was achieved in 51.8% of patients (28:54), near total in 24% (13:54), partial in 12.9% (7:54) and only biopsy in 11.1% (6:54). Twenty four patients followed an extended temozolomide regimen, 6 (11.1%) were treated > 12 months and 18 (33.3%) from 6 to 12 months. Sixteen patients (29.6%) received up to 6 cycles and 14 patients did not receive any temozolomide (Table 2). Causes of interruption of temozolomide following by treatment with other chemotherapic agent were: tumor progression in 65% (26:40), mild toxicity (CCTC grades 1 and 2) in 20% (8:40), moderate to severe toxicity (CCTC grades 3 and 4) in 5% (2:40) and other (pneumonia due to aspiration and Fournier syndrome) in 10% (4:10). The mean-time of use of temozolomide and second line chemotherapy drugs, the mean PFS and the KPS on recurrence are presented in Table 3. At the end of the analysis of the data (mean follow-up of 14.4 months ranging from 1 to 44 months) 10 patients (18.5%) were alive. Table 3. Mean-time of temozolomide use (TMZ), Progression-free Survival (PFS), Karnofsky Performance Status on Recurrence (KPS Px), Time of use of second line chemotherapy (Time QTPx) and Mean-time of second line chemotherapy response (Response QTPx) TMZ PFS KPS Px Time QTPx Response QTPx n 40 53 40 17 16 Mean 7,8 7,7 62,0 7,2 1,8 IC 95% 5,8 – 9,9 5,8 – 9,6 55,0 – 69,0 4,6 – 9,7 1,5 – 2,1 PD 6,4 6,8 22,0 4,9 0,5 Median 6,0 6,0 60,0 6,0 2,0 Minimum 2,0 0,0 20,0 1,0 0,0 Maximum 32,0 32,0 100,0 17,0 2,0 According to uni and multi-varied analysis in this series there was no statistic significant correlation between survival and age < 45 (p=0.64), gender (p=0.98), KPS at diagnosis (p=0.84) and grade of resection (p=0.69). Localization of tumors in the frontal or parietal lobe was marginally (shorter survival) of statistic significance (p=0.08). Figure 1 shows a Kaplan-Meier curve of the overall survival (in months) of 54 patients of this series. The overall survival in 6, 12, 18 and 24 months were 96,3%, 72,6%, 58,1% and 43,5% respectively. Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 110 Original Pearson´s Correlation: r= 0,66 22 20 18 16 14 12 PFS The length of treatment with TMZ before recurrence showed a strong positive correlation (r=0.66) with survival time up to 15 months (Figure 2). There was also correlation (r=0.64) between length of use of TMZ and progression free-survival (Figure 3). Patients receiving treatment with TMZ presented longer survival when compared to those not treated with TMZ. In this series there was no statistic difference on survival between patients receiving TMZ up to 6 or 12 months (Figure 4). Longer survival (p=0.04) was, however observed in those treated more than 12 months. 10 8 6 4 2 1,2 0 1,1 0 1 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Time use of TMZ (months) 20 22 24 26 95% confidence 0,9 Figure 3. Pearson´s correlation between length of use of TMZ and progressionfree survival in months 0,7 0,6 0,5 One-way Anova (p=0.03) 0,4 30 0,3 0,2 25 0,1 0 20 -0,1 -0,2 0 6 12 18 24 30 36 42 48 Overall Survival (months) Figure 1. Kaplan-Meier curve demonstrating a overall survival of 54 patients (in months). Overall Survival (months) Cumulative Proportion Surviving (%) 0,8 15 10 5 0 -5 Pearson´s Correlation: r= 0,66 0 18 2 3 Period of TMZ use 16 Figure 4. Correlation between time of use of TMZ in 6 months interval and overall survival (months) 14 Overall Survival (months) 1 12 Discussion 10 8 6 4 2 0 2 4 6 8 10 12 14 Time use of TMZ (months) 16 18 20 22 24 26 95% confidence Figure 2. Pearson´s correlation between overall survival and time of use of TMZ In 2005, Stupp et al., demonstrated the benefits of temozolomide in the treatment of high grade gliomas14. This drug became the most used adjuvant therapy for these fatal tumors. The long-term efficacy of temozolomide in glioblastomas was reported by the same authors13. In the group of patients treated postoperatively with concomitant radiotherapy and temozolomide 27.2% survived two years and 9.8% five years. Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 111 Original In patients treated with radiotherapy only, the overall survival was 10.9% and 1.9% in 2 and 5 years respectively13. These authors initially proposed a 6-cicles chemotherapy regimen but long-term treatment of responding patients up to 8 years was reported1,6,8. The low myelotoxicity and easy administration of this drug facilitates its utilization as adjuvant chemotherapy for high grade gliomas. Treatment periods longer than 6 cicles have been used at many neuro-oncologic center even without clinical studies demonstrating clear benefits of prolonged use of this drug6,8,11,12. Recently, Seiz et al., demonstrated that patients treated with extended temozolomide regimen (over 6-cicles) presented longer survival (p<0.0001)12. In our series the benefits of extended postoperative adjuvant chemotherapy (over 6-cicles) concomitant with radiotherapy was observed (24:60 - 60% of cases). These results could be clearly demonstrated by the analysis of variance and Pearson’s correlation (Figures 2 and 3). Both tests showed strong correlation between prolonged use of temozolomide and longer survival, and disease free progression time (r=0.66 and r=0.64). Figure 4 shows benefits on survival with extended use of the drug up to 15 months. After this period, survival and control of the disease dropped (figures 2 and 3). In our series and in the reported study of Seiz et al.12, age and extend of tumor resection showed no influence in survival (p=0.64 and p=0.69 respectively). These observations demonstrate the benefits of the extended use of temozolomide in a selected group of patients (responder patients). In general temozolomide is well tolerated and side-effects are rare (15%) even with prolonged use6,8,12. Krhasraw et al observed no side-effect in three patients submitted to long-term treatment8. In our series 20% presented side-effects but only 5% were severe (grade 3 or 4). This tolerance to the drug had permitted the extended use in our patients. There are, however, reports in the literature describing late side-effects of this drug as systemic infections and induced tumors1,4,5. Severe side-effects like aplastic anemia have been reported in the first months of treatment or during concomitant radiotherapy9. Glioblastoma is a devastating disease and tumor recurrence is frequent in the first 8 to 12 months after diagnosis (8 months in this series). In our opinion there is no reason to treat these patients, especially “responder patients”, only with a 6-cicles of adjuvant chemotherapy. This was the reason to extend treatment at least to 12-cicles in our cases. The length of use of temozolomide was dependent to clinical response, side-effects and MRI findings. This study supports an extended use of this drug up to 15 months, if the patient tolerates it well. Longer treatment showed no benefits in this series (Pearson’s correlation test - Figures 2 and 3) but the small number of cases do not permit clear conclusion of the length of use of temozolomide. Conclusion The extended postoperative adjuvant treatment with temozolomide for patients with high grade gliomas and glioblastomas has been reported in neuro-oncologic meetings and in the literature6,8,11,12. There is, however, at the moment, no controlled study demonstrating its benefits. This series, despite of the small number of cases, could clearly show longer survival in patients treated with 15-cicles over patients treated with 6 or 12-cicles. R eferences 1. Binello E, Germano IM. Tonsillary carcinoma after temozolomide treatment for glioblastoma multiforme: treatment-related or dual-pathology? J Neurooncol 2009, 94(1):145-148 2. Bleehen NM, Newlands ES, Lee SM, Thatcher N, Selby P, Calvert AH, Rustin GJ, Brampton M, Stevens MF. Cancer Research Campaign phase II trial of temozolomide in metastatic melanoma. J Clin Oncol. 1995 Apr;13(4):910-3 3. Brock CS, Newlands ES, Wedge SR, Bower M, Evans H, Colquhoun I, Roddie M, Glaser M, Brampton MH, Rustin GJ. Phase I trial of temozolomide using an extended continuous oral schedule. Cancer Res. 1998 Oct 1;58(19):4363-7. 4. Georgescu G, Isolla IM, et al. Disseminated salmonellosis in a patient treated with temozolomide. 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J Clin Neurosci 2009, 16:854-855 Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 112 Original 9. Oh J, Kutas GJ, Davey P, Morrison M, Perry JR. Aplastic anemia with concurrent temozolomide treatment in a patient with glioblastoma multiforme. Curr Oncol 2010, 17(4): 124-126 10. O’Reilly SM, Newlands ES, Glaser MG, Brampton M, RiceEdwards JM, Illingworth RD, Richards PG, Kennard C, Colquhoun IR, Lewis P, et al. Temozolomide: a new oral cytotoxic hemotherapeutic agent with promising activity against primary brain tumours. Eur J Cancer. 1993;29A(7):940-2. 11. Perry JR, Rizek P, et al. Temozolomide rechallange in recurrent malignant glioma by using a continuos temozolomide schedule: the “rescue” approach. Cancer 2008, 113(8): 2152-2157 12. Seiz M, Krafft U, Freyschlag CF, Weiss C, Schmieder K, Lohr F, Wenz F, Thomé C, Tuettenberg J. 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Corresponding Author Mauricio Coelho Neto, MD Rua Jeremias Maciel Perreto, 300 ZIP CODE 82.210-310, Curitiba, Brazil email:mcoelho29@yahoo.com (www.inc-neuro.com.br) Neto MC, Silva LFM, R Ramina, Oliveira M, Lima M. - The prolonged use of temozolomide in glioblastoma patients: a single institution experience J Bras Neurocirurg 24 (2): 107-112, 2013 113 Original Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients Assimetria do diâmetro da bainha do nervo óptico como fator prognóstico após cranioplastia em pacientes portadores da ‘Síndrome do Trefinado’ Antonio Santos de Araujo Junior1,2 Pedro Alberto Arlant2 Arnaldo Salvestrini Jr2 Carlos Eduardo Altieri3 Jasper Guimarães Santos3 Lauro Figueira Pinto3 Mirella Martins Fazzito3 Hae Won Lee4 Luis Felipe de Souza Godoy4 ABSTRACT Background: Decompressive craniectomy (DC) is gaining an increasing role in the neurosurgical treatment of intractable intracranial hypertension, but not without complications. A rare complication is the “syndrome of the trephined” (ST). It occurs when the forces of gravity overwhelm intracranial pressures, leading the brain to become sunken. Methods: We followed-up 5 patients submitted to DC and diagnosed with ST. All were submitted to brain MRI to calculate the optic nerve sheath diameter (ONSD). Our goal was to determine the usefulness of asymmetric ONSD as an outcome factor after cranioplasty. Results: Only two patients presented an asymmetric ONSD, being ONSD larger at the site of craniectomy. Surprisingly these patients had a marked neurological improvement after cranioplasty. They became independent a week after and statistically earlier than others. Conclusion: It is presumed that the presence of an asymmetric ONSD in trephined patients is an independent factor of good outcome after cranioplasty. Keywords: decompressive craniectomy, syndrome of the trephined. RESUMO Introdução: A craniectomia descompressiva (CD) tem papel fundamental no tratamento da hipertensão intracraniana refratária, mas não é isenta de complicações. Uma complicação rara é a “Síndrome do Trefinado” (ST). Ela ocorre quando as forças gravitacionais se sobrepõem à pressão intracraniana. Método: Foram acompanhados 5 pacientes trefinados portadores da ST. Estes pacientes foram submetidos à Ressonância Magnética com medida do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO). O objetivo do estudo foi determinar a utilidade do DBNO como fator prognóstico após cranioplastia. Resultados: Dois pacientes apresentaram uma assimetria do DBNO, sendo o diâmetro maior do lado craniectomizado. Para nossa surpresa estes evoluíram melhor do que os que apresentavam o DBNO simétrico. Estes pacientes se tornaram independentes uma semana após, e estatisticamente mais cedo do que os outros. Conclusão: Há evidências de que a assimetria do DBNO sirva como fator de bom prognóstico após cranioplastia no pacientes portadores da ST. Palavras Chave: craniectomia descompressiva, síndrome do trefinado. I ntroduction Decompressive craniectomy is gaining an increasing role in the neurosurgical treatment of intractable intracranial hypertension in patients with head injury, acute stroke, and severe brain edema9,12,19. Though technically straightforward, the procedure is not without significant complications12,19. Herniation through the cranial defect, seizures and subdural effusion are common early complications after decompressive craniectomy, whilst hydrocephalus is the most common late complication12,19. Others rare late complications are sinking skin flaps, paradoxical herniation and external brain tamponade1,4. Postgraduate student, Department of Surgery, Federal University of Rio Grande do Sul Neurosurgeon, Sírio-libanês Hospital, São Paulo, Brazil 3 Neurologist, Sírio-libanês Hospital, São Paulo, Brazil 4 Neuroradiologist, Sírio-libanês Hospital, São Paulo, Brazil 1 2 Received Nov 28, 2013. Accepted Dec 20, 2013 Junior ASA, Arlant PA, Jr AS, Altieri CE, Santos JG, Pinto LF, Fazzito MM, Lee HW, Godoy LFS. - Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients J Bras Neurocirurg 24 (2): 113-117, 2013 114 Original During the late phases of recovery, patients may develop a new cognitive, neurological, or psychological deficit termed “syndrome of the trephined” (ST)16. This syndrome clinically may include dizziness, tinnitus, orthostatic headaches15, central sleep apnea16, dysarthria, limb rigidity, parkinsonian levodoparesistant tremor, diplopia (abducens nerve palsy)2,11, reversible monoparesis17, fatigue and fluctuating levels of consciousness up to coma states2,11,16. It may occur following a unilateral craniectomy or a bilateral bifrontal craniectomy14. Increasing the intracranial pressure by placing the patient into Trendelenburg position or increasing hydration may reverse the symptoms3,4. However up to now there is no clinical or radiological signal responsible to the diagnosis of the “syndrome of trephined” (ST). In some patients harboring the ST, sinking skin flaps, paradoxical herniation and external brain tamponade may be seen1. Paradoxical herniation consists of brain midline shift up to the contralateral side from the craniectomy, easily visualized by head CT or brain MRI, and may suggest the diagnosis. Cerebral blood flow changes, the effect of the atmospheric pressure on the brain, as well as cerebrospinal fluid (CSF) hydrodynamic changes have been postulated as the possible reasons for this syndrome6,7. A moderate increase in venous outflow as well as a two-fold increase in craniocaudal cerebrospinal fluid systolic flow velocity has already been measured after the skull closure, reaffirming the hydrodynamic hypothesis6. Methods and Objective We followed-up 5 patients submitted to decompressive craniectomy, secondary to head injury or acute stroke, up to 6 months postoperatively, among whom was noted altered levels of consciousness, sinking skin flap at the site of craniectomy, or paradoxical herniation. All patients were operated from 2008 to 2012 at our hospital by the same surgical crew. All trephined patients who died or evolved without symptoms or signs compatible to ST were excluded from this patient case series. Epidemiological data, motive to decompression, time to decompressive craniectomy, symptoms and signs compatible to ST, and time to cranioplasty may be seen in Table I. All patients included in this study were routinely submitted to laboratory essays, radiographic exams and videoelectroencephalography to exclude others causes of neurological impairment. All were submitted to brain MRI scan, with small coronal fat-suppression cuts, in order to calculate the optic nerve sheath diameter, before and after cranioplasty. Cranioplasty was routinely planned after 3 months from decompression. Our goal was to determine the usefulness of the asymmetric optic nerve sheath diameter in craniectomy patients as a diagnostic signal and as a good outcome factor after cranioplasty. Table 1. Epidemiological and clinical data from patients submitted to decompressive craniectomy (DC), symptoms and signs suggestive of “syndrome of the trephined” (ST), and time to cranioplasty Patient A B C D E Age 23y 67y 53y 19y 58y Gender M M F M M Diagnosis TBI RCSH AMCHS TBI AMCHS Time to DC 24h 1m 12h 5d 16h ST Symptoms Headache, ALC and diplopia ALC, ALC, ataxia hemiparesis ALC ALC ST Signs Paradoxical herniation Sinking skin flap, paradoxical herniation Paradoxical herniation Sinking skin flap, paradoxical herniation Paradoxical herniation Time to cranioplasty 3m 3m 4m 3.5m 3m Abbreviations: ST=Syndrome of the trephined; y=years-old; M=male; F=female; TBI=traumatic brain injury; RCSH=recurrent chronic subdural hematoma; AMCHS=acute “malignant” cerebral hemispheric stroke; h=hours; m=months; d=days; ALC=altered levels of consciousness. R esults Among these 5 patients, all have developed neurological deterioration after unilateral decompressive craniectomy at a mean follow-up of 6 months, including orthostatic headache, diplopia, contralateral hemiparesis, gait ataxia, and excessive sleepiness up to periods of minimal consciousness. All patients had their symptoms reversed by placing then into Junior ASA, Arlant PA, Jr AS, Altieri CE, Santos JG, Pinto LF, Fazzito MM, Lee HW, Godoy LFS. - Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients J Bras Neurocirurg 24 (2): 113-117, 2013 115 Original Trendelenburg position. At ectoscopy all patients presented sinking skin flap at the site of craniectomy. On radiologic examination all presented paradoxical herniation. After ruling out all other possible disorders, all patients have been presumably diagnosed with ST. However, on MRI scanning only two patients (patients B and E) presented an asymmetric optic nerve sheath diameter (ONSD), being the ONSD larger at the side of craniectomy. Surprisingly these two patients had a marked neurological improvement after cranioplasty, with normalization of the ONSD and disappearance of the brain shift a day after procedure (Figure 2), becoming independent a week after procedure. The others three patients (patients A, C and D), who had a symmetric ONSD at MRI, have also improved their consciousness level, but in a very slowly way, becoming independent after a few months. Patients harboring the ST with symmetric ONSD needed statistically more time to become independent after cranioplasty than patients with asymmetric ONSD (mean time of ≃ 38 days vs 8 days, t-test, p<0,05). Figure 1: A-B) Axial T1-weighted MRI, FLAIR sequence, showing sinking skin flap at the left side of craniectomy, paradoxical herniation to the right side, and subfalcine herniation; (C) Axial T1 MRI, cerebral sulci effacement at the left side; (D-E) Axial T2-weighted MRI, asymmetry of the optic nerve sheath diameter (ONSD), being larger at the left side (6.8mm) vs right side (5.8mm); (F) Coronal fat-suppressed T2-weighted MRI, asymmetric ONSD. Table 2. Optic nerve sheath diameter (ONSD) at the side of cranioplasty from patients harboring the “syndrome of the trephined”, pre and post cranioplasty, and Glasgow Outcome Scale (GOS) one week and two months after cranioplasty Patient ONSD pre ONSD post GOS 1-w GOS 2-m A 5.6mm 5.6mm 3 4 B 6.8mm 5.8mm 5 5 C 4.8mm 4.8mm 4 5 D 5.4mm 5.4mm 3 5 E 6.4mm 5.6mm 5 5 Abbreviations: ONSD=optic nerve sheath diameter; GOS=Glasgow Outcome Scale; w=week; m=months. Figure 2: Axial brain CT one day after methyl methacrylate cranioplasty of the trephined patient from Figure 1. (A-B) Disappearance of the brain shift and subfalcine herniation; (C) Recovery from the cerebral sulci effacement. Discussion It is well known the usefulness of decompressive craniectomy in the treatment of refractory intracranial pressure, but not without significant complications. One of the harmful complications is surely the “syndrome of the trephined”. Up to now there was no diagnostic tool or prognostic factor capable to make a tailored diagnosis and to predict a good outcome. The measurement of the ONSD is an important indirect method to suppose or diagnose increased levels of intracranial Junior ASA, Arlant PA, Jr AS, Altieri CE, Santos JG, Pinto LF, Fazzito MM, Lee HW, Godoy LFS. - Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients J Bras Neurocirurg 24 (2): 113-117, 2013 116 Original pressure (ICP). The ultrasonographic visualization of the optic nerve is feasible, costless, and world-wide applied to diagnose intracranial hypertension5,8. By its time, the use of MRI to detect raised ICP is a more recent method. It seems to bring more precision to the measurement of the ONSD. ONSD is strongly related to ICP, a finding that reflects distension of the nerve sheath during increases in CSF pressure. On T2-weighted sequences, CSF exhibits a high signal (white), whilst fat and gray matter appear as light grey18. The perioptic CSF is surrounded by orbital fat. Contrast between CSF and orbital fat can be improved with fat suppression, increasing the image resolution for the ONSD measurement10,18. The most useful clinical message derived from current data may be summarized as followed: an ONSD less than 5.3mm is unlikely to be associated with raised ICP; an ONSD above 5.82mm indicates that the probability of raised ICP is 90%10,18. In our series of trephined patients, those that presented ONSD asymmetry (patients B and E) had at the side of craniectomy an ONSD greater than 6mm (strongly suggesting raised ICP), and had their diameter decreased to normal values one day after cranioplasty, see Table II. Surprisingly those two patients evolved better than patients without ONSD asymmetry, becoming independent (Glasgow Outcome Scale 5) just one week after cranioplasty (Table 2). That ONSD asymmetry may be explained by local changes of the CSF hydrodynamics, resulting in distension of the nerve sheath ipsilateral to the craniectomy side. This distension by its turn may reflect that the intracranial pressures finally have been overwhelmed by the forces of atmospheric pressure and gravity. Correction of this distension just after cranioplasty may indicate the recovery from the CSF hydrodynamics and normalization of intracranial pressures from a cranium converted back to a ‘closed box’ system. Conclusion independent factor of good outcome after cranioplasty. R eferences 1. Akins PT, Guppy KH. Sinking skin flaps, paradoxical herniation, and external brain tamponade: a review of decompressive craniectomy management. Neurocrit Care. 2008;9(2):269-76. 2. Bijlenga P, Zumofen D, Yilmaz H, Creisson E, de Tribolet N. Orthostatic mesodiencephalic dysfunction after decompressive craniectomy. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2007;78(4):430-3. 3. Chalouhi N, Teufack S, Fernando Gonzalez L, Rosenwasser RH, Jabbour PM. An extreme case of the syndrome of the trephined requiring the use of a novel titanium plate. 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Phone/Fax: +55 (11) 3251-1491 Email: dr.antonioaraujojr@gmail.com Junior ASA, Arlant PA, Jr AS, Altieri CE, Santos JG, Pinto LF, Fazzito MM, Lee HW, Godoy LFS. - Asymmetric optic nerve sheath diameter as an outcome fator following cranioplasty in ‘syndrome of the trephined’ patients J Bras Neurocirurg 24 (2): 113-117, 2013 118 Original Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms Tratamento endovascular de aneurismas intracranianos não rotos em idosos Matheus Pedro Wasem1, Amanda Pereira Sequinel1, Andréia Carpenedo Rheinheimer1, André Giacomelli Leal2, Murilo Sousa de Meneses3 ABSTRACT Introduction: The need of treatment for elderly patients with unruptured intracranial aneurysm isn’t clear at literature and if they do, it could be done with microsurgery or endovascular approach. The aim of this study is to evaluate the endovascular management of elderly with unruptured intracranial aneurysms in a center at Curitiba-PR. Methods: A retrospective evaluation was performed on 60 year or aged patients with unruptured intracranial aneurysms with endovascular treatment since 2005 to 2012 at INC. Fusiform, mycotic and traumatic aneurysms were excluded. Data: demography, aneurysm particulars, technique, final results and complications from the procedure. Results: 27 patients and 30 aneurysms. The mean age was 71 years and 70% were female. A half aneurysms have from 5 to 15mm and 50% have wide neck (size greater than or equal to 4mm). The technique that was most used was Remodeling technique. In 74% of cases obtained complete occlusion, 13% partial occlusion and 13% the procedure wasn’t concluding. In 6% appeared complications. Conclusions: The endovascular treatment of unruptured intracranial aneurysm in elderly appeared to be safe in 87% of patients with minimum aged related complications as the general population. Keywords: Intracranial Aneurysm, Elderly, Intracranial haemorrhage. RESUMO Introdução: A necessidade de tratamento de aneurismas intracranianos não rotos em idosos e a técnica a ser utilizada encontrase controverso na literatura. O objetivo deste estudo é relatar a experiência e o seguimento do tratamento endovascular de aneurismas intracranianos não rotos em idosos em um centro especializado de Curitiba – PR. Método: Foram avaliados retrospectivamente pacientes com 60 anos ou mais com diagnóstico de aneurisma intracraniano não roto tratados pela técnica endovascular entre 2007 e 2012 no INC. Foram excluídos pacientes com aneurisma fusiforme, micótico ou traumático. Foram coletados dados demográficos, características do aneurisma, técnica utilizada, resultados finais e complicações. Resultados: 27 pacientes e 30 aneurismas. A média de idade foi de 71 anos, sendo 70% do sexo feminino. Metade dos aneurismas tinha entre 5 e 15mm e 50% tinha colo largo (>4mm), enquanto na outra metade o colo era estreito. A técnica mais utilizada foi a de Remodeling. Obteve-se 74% de oclusão completa, 13% oclusão parcial e o procedimento não foi concluído em 13%. Houve 6% de complicações com morbi/mortalidade. Conclusões: O tratamento endovascular de aneurismas intracranianos não rotos em idosos mostrou-se seguro para 87% dos casos com complicações aceitáveis e específicas à faixa etária e próximas à população geral. Palavras Chave: Aneurisma Intracraniano, Idoso, Hemorragias Intracranianas. I ntrodução A população idosa tem crescido em 2% ao ano desde 1950 e espera-se que passe a crescer exponencialmente até o ano de 20503. Estudos demonstram que a presença de aneurismas intracranianos varia entre 0,2 e 9% da população em geral8,13. A chance de ocorrer uma hemorragia subaracnóidea aumenta com a idade e é 3 a 4 vezes maior nos indivíduos idosos do que na população em faixas etárias mais jovens, chegando a índices acumulados de até 10% ao ano4,11,14. Dentre as diferentes localizações, a circulação cerebral anterior é a mais acometida, com maior prevalência na artéria comunicante anterior, diferentes porções da artéria carótida interna, artéria cerebral média e artéria comunicante posterior2,4,6. O tratamento de clipagem microcirúrgica de aneurismas cerebrais foi o padrão ouro durante décadas. A técnica endovascular, utilizada há 20 anos, tem demonstrado ser eficaz e segura, inclusive em pacientes idosos1,6. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência e o seguimento do tratamento endovascular de Graduandos do curso de medicina Neurocirurgião Vascular e Endovascular do Instituto de Neurologia de Curitiba 3 Chefe do Serviço de Neurocirurgia Endovascular do Instituto de Neurologia de Curitiba 1 2 Received Nov 18, 2013. Accepted Jan 6, 2014 Wasem MP, Sequinel AP, Rheinheimer AC, Leal AG, Meneses MS. - Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms J Bras Neurocirurg 24 (2): 118-122, 2013 119 Original aneurismas intracranianos não rotos em idosos em um centro especializado de Curitiba – PR. Metodologia Este estudo apresenta delineamento retrospectivo, transversal e observacional e foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa em seres humanos do Instituto de Neurologia de Curitiba (CEPSH-INC). Os critérios de inclusão foram pacientes com idade maior ou igual a 60 anos, diagnosticados com aneurisma intracraniano não roto e submetidos ao tratamento pela técnica endovascular no INC entre 2007 e 2012. Foram excluídos do estudo pacientes com aneurisma fusiforme, traumático ou micótico e fora da faixa etária. Os dados foram coletados por meio de laudos do procedimento, arteriografias diagnósticas e de controle pós-tratamento. Estes são: demográficos (idade e sexo), características do aneurisma (circulação, artéria, tamanho do aneurisma e dimensão do colo aneurismático), técnica utilizada (embolização, embolização com balão ou Remodeling, Stent + embolização e Stent solo) e a quantidade de micromolas utilizadas por procedimento. R esultados Ao total, foram encontrados 27 pacientes e 30 aneurismas nos 6 anos de revisão (3 pacientes possuíam 2 aneurismas). A idade variou de 60 a 85 anos, a média foi de 71 anos e a mediana de 69. A distribuição dos dados demográficos encontra-se na tabela 1. Tabela 1: Dados demográficos (N=27) foram divididos em circulação anterior (carotídea) e posterior (vertebro-basilar). Na tabela 2 observa-se a prevalência de aneurismas em cada circulação e nas artérias individualmente. Tabela 2: Quantidade de aneurismas por circulação e artéria Circulação No. (%) Anterior 22 (73%) Posterior 8 (27%) Artéria No. (%) Comunicante Anterior 7 (24%) Cerebral Média 6 (20%) Comunicante Posterior 4 (13%) Basilar 3 (10%) Porção Cavernosa da ACI 3 (10%) Porção Supraclinóidea da ACI 3 (10%) Porção Comunicante da ACI 2 (7%) Porção Oftálmica da ACI 1 (3%) Cerebelar Superior 1 (3%) ACI: Artéria Carótida Interna. O tamanho médio dos aneurismas foi 4,96mm variando de 1,6 a 25mm e foram separados pelo tamanho em: pequenos (menores que 5mm), médios (entre 5 e 15mm) e grandes (maiores que 15mm) Quanto ao colo aneurismático a média foi de 4,8mm, variando de 1,5 a 15mm, sendo que 50% possuía colo largo (maior ou igual a 4mm) e 50% colo estreito (menor que 4mm) conforme a tabela 3. Tabela 3: Características do Aneurisma Tamanho do Aneurisma No. (%) Pequeno 12 (40%) 9 (33%) Médio 15 (50%) 70-74 2 (8%) Grande 3 (10%) 75-79 4 (15%) Artéria No. (%) ≥80 6 (22%) Sexo No. (%) Estreito 15 (50%) Feminino 19 (70%) Largo 15 (50%) Masculino 8 (30%) Idade (anos) No. (%) 60-64 6 (22%) 65-69 Em relação à circulação à qual pertencia cada aneurisma, Wasem MP, Sequinel AP, Rheinheimer AC, Leal AG, Meneses MS. - Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms J Bras Neurocirurg 24 (2): 118-122, 2013 120 Original Remodeling foi a técnica preferida (embolização com micromolas + balão) e utilizou-se micromolas em 23 casos com uma média de 3,52 por procedimento de acordo com a tabela 4. Tabela 4: Técnica utilizada (N=30) Técnica No. (%) Remodeling 13 (43%) Embolização 8 (27%) Stent solo 4 (13%) Embolização + Stent 2 (7%) Não concluído 3 (10%) 4 (13%) colocação do cateter guia na artéria carótida comum. Houve apenas 2 (6,66%) complicações. Em outro caso, também não foi concluído, pois houve ruptura do aneurisma durante inserção da primeira micromola, o balão foi insuflado proximal à ruptura e a paciente foi encaminhada para o centro cirúrgico, onde foi submetida à microcirurgia, mas foi a óbito nas semanas subsequentes. Em 1 caso houve oclusão do ramo inferior da artéria cerebral média, sendo imediatamente infundido 15mg de trombolítico (Actylise®) intrarterial através de microcateter no segmento proximal (M1) da artéria cerebral média, seguido da reperfusão arterial. Foi mantida a infusão endovenosa de 50mg do trombolítico em soro fisiológico 0,9% em 60 minutos, como dose de manutenção. Com exceção do óbito, todos os demais pacientes evoluíram bem e receberam alta hospitalar, sem novos déficits. Discussão 4 (13%) 22 (74%) Oclusão completa Oclusão parcial Não concluído Como resultado final, a maioria dos pacientes alcançou a oclusão completa (Gráfico 1) e as complicações foram mínimas. Gráfico 1: Resultados finais Nos casos que não foi possível concluir o procedimento, somente 2 apresentaram motivos relacionados com o fato do paciente ser idoso. Em um caso houve falha no sistema de radioscopia e por segurança optou-se pela interrupção do procedimento. Em outro caso, o procedimento foi interrompido devido à curvatura vascular e reduzido tamanho do aneurisma e em outro caso não foi possível concluir o procedimento devido à acentuada ateromatose aórtica que impossibilitou a O risco de sangramento e recanalização após o tratamento endovascular é possível na população jovem, entretanto esses riscos em idosos podem ser considerados de menor relevância e, se uma nova intervenção for necessária, não são associados a maiores riscos de novos déficits neurológicos ou a morte2,5. Os fatores de risco associados a um pior prognóstico no tratamento são: hipertensão, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, tabagismo e história familiar de doença vascular encefálica, porém tanto a cirurgia quanto o tratamento endovascular apresentam-se seguros para o tratamento de pacientes idosos, tendendo à popularização do tratamento menos invasivo7. O tratamento endovascular é uma boa alternativa terapêutica comparada à cirurgia convencional por clipagem especialmente nesse grupo de pacientes, pois apresentam muitas morbidades que os tornam pobres candidatos à craniotomia, pois requer maior tempo de cirurgia e, consequentemente, maior tempo anestésico e aumento do risco de eventos cardiovasculares4,11,15. No entanto, Khosla et al. encontraram uma incidência maior de complicações após o tratamento endovascular de pacientes idosos, isso justificado pela maior ateromatose arterial desses pacientes, além de tortuosidades arteriais, o que torna mais difícil a navegação endovascular dos cateteres e aumenta o risco de eventos isquêmicos10. Em 2011, Hwang et al. encontraram apenas algumas Wasem MP, Sequinel AP, Rheinheimer AC, Leal AG, Meneses MS. - Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms J Bras Neurocirurg 24 (2): 118-122, 2013 121 Original complicações transitórias como otalgia, cefaleia e dor trigeminal, sem outros déficits neurológicos significativos no tratamento de 96 pacientes com 122 aneurismas intracranianos não rotos em pacientes com mais de 70 anos. Além disso, encontraram 83% de mulheres e 16% de homens em uma idade média de 73 anos. Em relação à circulação, 91% pertenciam à anterior e 9% à posterior e a principal artéria acometida foi a artéria comunicante posterior, com 26% dos casos. Quanto ao tamanho dos aneurismas, foram encontrados 21 menores que 4mm, 81 entre 4 e 10mm e 20 maiores que 10mm. 55% dos aneurismas possuíam colo estreito e 45% colo largo. Como resultados finais, obtiveram 46,7% de oclusão completa e 53,3% de incompleta. Em 95,9% dos casos não houve complicações decorrentes do procedimento. Nos outros 5 (4,1%) casos houve 1 evento trombo-embólico corrigido com trombólise intra-arterial, uma ruptura do aneurisma corrigida com embolização subsequente, e outros 3 pacientes apresentaram queixas menores totalmente reversíveis6. Por sua vez, Gizewski et al. encontraram no tratamento endovascular de 23 pacientes idosos uma taxa de 17% de eventos trombo-embólicos e 8% de lesões isquêmicas à ressonância magnética, porém não evoluíram com déficits neurológicos permanentes e sugerem que a embolização pode ser realizada com eficácia e segurança nessa faixa etária e vão mais além, afirmando que nenhum paciente portador de um aneurisma deve ser excluído do tratamento endovascular apenas por possuir mais que 65 anos, principalmente devido ao alto risco de sangramento e à intensa gravidade deste quadro comparativamente com o risco quase nulo de morte e 10% de outras complicações no pós-operatório4. Jung et al. ao analisarem o tratamento cirúrgico de 48 pacientes idosos com 54 aneurismas encontraram uma média de idade de 72 anos com 67% de mulheres e 33% de homens e um tamanho médio do aneurisma de 6,82mm. As principais artérias foram: comunicante anterior e posterior, cerebral média e carótida interna. Em 92,6% dos casos, houve oclusão completa com a clipagem. Ocorreram 13% de complicações cirúrgicas como infartos, hemorragias, hematomas, infecção local e óbito9. No ano de 2012, Pyysalo et al.. evidenciaram que pacientes da população geral, que receberam tratamento conservador para um aneurisma intracraniano não roto, apresentaram 50% de mortalidade a mais, a longo prazo, quando comparado a uma população correspondente sem aneurismas. Pacientes do sexo masculino que foram tratados com microcirurgia ou pela técnica endovascular apresentaram mortalidade semelhante à população geral; já os pacientes do sexo feminino, apresentaram 28% de mortalidade a mais com a técnica microcirúrgica e 23% a mais com a técnica endovascular12. Conclusão Os resultados obtidos no presente estudo são comparáveis aos dados da literatura e indicam que o tratamento endovascular é uma excelente opção terapêutica para aneurismas intracranianos nas faixas etárias mais avançadas. R eferências 1. Benes et al. 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Autor Correspondente Matheus Pedro Wasem Faculdade Evangélica do Paraná Rua Padre Anchieta, 2770, Bigorrilho, Curitiba-PR e-mail: matheuswasem@gmail.com Wasem MP, Sequinel AP, Rheinheimer AC, Leal AG, Meneses MS. - Endovascular treatment of elderly unruptured intracranial aneurysms J Bras Neurocirurg 24 (2): 118-122, 2013 123 Original Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization Inovação de aparelho e técnica de localização estereotácticos Marco Antônio Rocha Junior1 Marco Antonio Rocha2 Paulo Pereira Christo3 Mariana Brandão de Oliveira4 Paula Veloso Avelar Ribeiro4 Renata Bernardi Rocha4 Bruna Veloso Avelar Ribeiro4 ABSTRACT Introduction: The term stereotactic surgery was established to define a procedure that reaches targets in the brain, by a suitable device, through mathematical calculations. The device requires installation of a stereotactic halo in the skull by screws, and a reference bar through computed tomography images (CT) to obtain the three-dimensional coordinates. Objectives: Develop a new location stereotactic apparatus without the need of fixating pins in the skull, extract three-dimensional coordinates (X, Y, Z) from the film tomography and demonstrate the accuracy of the new method. Material and Methods: This study includes four human skulls CT with six targets within each. The coordinates extracted were transferred to the new device. A statistical analysis to calculate the accuracy of the technique in 24 targets installed in the skulls was carried out. Results: The new device and technique presented an average error of 0.47 cm from the intended target. Conclusion: A new stereotactic device without attaching pins to the skull or reference bars and method of stereotactitc location capable of extracting film CT-dimensional coordinates (X, Y, Z) and to locate intracranial targets was developed. Keywords: Device stereotactic localization, stereotactic surgery; Halo stereotactic; Neurosurgery. RESUMO Introdução: A designação cirurgia estereotáxica foi criada para definir procedimento que consiste em atingir alvos encefálicos, por um equipamento apropriado, através de cálculos matemáticos. Os aparelhos estereotácticos atuais requerem instalação de halo no crânio através de parafusos, além da dependência de barras referenciais na realização de TCC (tomografia computadorizada de crânio) para obtenção das coordenadas tridimensionais. Objetivos: Desenvolver novo aparelho de localização estereotáctica sem a necessidade de pinos de fixação no crânio, extrair dos filmes de tomografia as três coordenadas tridimensionais (X,Y,Z) e demonstrar a acurácia da nova metodologia. Material e Métodos: Foram realizadas TCC de 4 crânios humanos com 6 alvos no interior de cada. Extração de coordenadas estereotácticas que foram transferidas para o novo aparelho desenvolvido. Análise estatística para calcular a acurácia da nova técnica nos 24 alvos instalados nos crânios. Resultados: O novo aparelho e técnica apresentaram média de erro de 0,47 cm em relação ao alvo desejado. Conclusão: Foram desenvolvidos novo aparelho e metodologia de localização estereotácticos capazes de extrair dos filmes de TCC as coordenadas tridimensionais (X,Y,Z) e localizar alvos intracranianos sem a necessidade de pinos de fixação no crânio ou barras referenciais. Palavras-Chave: Aparelho de localização estereotáctica; Cirurgia estereotáxica; Halo estereotáctico; Neurocirurgia. 1. Professor de Neuroanatomia e Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; Neurocirurgião; Mestre em Clínica Médica pela Santa Casa de Belo Horizonte. Belo Horizonte, MG, Brasil 2. Neurocirurgião, Professor de Neurologia e Neuroanatomia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil 3. Neurologista, Professor da Pós graduação da Santa Casa de Belo Horizonte. Belo Horizonte, MG, Brasil 4. Acadêmica de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; Monitora de Neuroanatomia. Belo Horizonte, MG, Brasil Locais onde o trabalho foi realizado: Centro de Pós-Graduação da Santa Casa de Belo Horizonte / Laboratório de anatomia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Hospital Semper. Received Oct 31, 2013. Accepted Jan 13, 2014. Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 124 Original I ntrodução A designação “cirurgia estereotáxica” foi criada por Horsley em 1908, para definir o procedimento que consistia em usar o sistema cartesiano, num equipamento apropriado, para atingir determinada estrutura encefálica, visualizada por cálculos matemáticos1. A palavra estereo, de origem grega (stereos), em vez de ser traduzida por sólido, teria a idéia de tridimensional e taxia, guia, mover em direção2,8,9,12. intracranianos. Partindo dos princípios básicos de estereotaxia (coordenadas cartesianas e isocentricidade), dispensando a necessidade de barras referenciais, parafusos de fixação na tábua óssea, e tomografia no per operatório imediato, foram criados novo aparelho e técnica de localização tridimensional. Não encontramos descrição similar na literatura e a acurácia foi testada em crânios de esqueletos humanos. A intenção é oferecer bases para um instrumento prático, versátil, não invasivo, a se interpor na transmissão de dados da tomografia para a cabeça do paciente. Em 1973, a Sociedade Mundial de Neurocirurgia Estereotáctica e Funcional mudaria taxia para táctica, usando um termo latino que dá o sentido de atingir, tocar o alvo2,8. Após o advento da tomografia na década de setenta e da ressonância magnética do encéfalo, até mesmo pequenas lesões cerebrais passaram a ser visualizadas de forma direta e precisa. Indicada abordagem cirúrgica, a questão passa a ser estabelecer os limites da craniotomia ou da lesão encefálica15. Rotineiramente, neurocirurgiões localizam lesões cerebrais no pré-operatório utilizando-se de parâmetros anatômicos do crânio. Às vezes, utilizam-se de marcadores radiopacos no couro cabeludo ou transferem medidas diretamente da tomografia para a cabeça do paciente15. Essas metodologias, apesar de simples e não invasiva, têm acurácia limitada, principalmente tratando-se de lesões subcorticais11. Material e Métodos Material Aparelho estereotáctico: Foi construído com auxílio de um engenheiro mecânico, halo estereotáctico retangular com 26 cm de comprimento e 20,5 cm de largura. Pinos, com cones plásticos nas pontas, a serem introduzidos nos meatos acústicos externos (MAEs), juntamente com suportes de sustentação de cabeça frontal, occipital (feitos de alumínio) e nasal (feito de silicone) substituíram os tradicionais pinos de fixação no crânio. (Fig.1). A metodologia estereotáctica, ao transformar imagens de duas dimensões em coordenadas tridimensionais, permite acesso até mesmo a pequenas lesões com segurança e precisão. Apesar da simplicidade na obtenção de coordenadas tridimensionais na técnica estereotáctica usual, esse método requer a instalação de um halo, através de parafusos, no crânio do paciente e realização de tomografia no pré-operatório imediato. O ato invasivo e desconfortável na instalação do aparelho é considerado demorado e cansativo5. Apesar do baixo risco, complicações como laceração do couro cabeludo, fratura de crânio e hematoma epidural podem ocorrer através da colocação dos pinos cranianos13. Esses fatos, associados ao custo elevado do aparelho estereotáctico, limitam, muitas vezes, sua utilização. As considerações citadas foram estímulo para a elaboração de nova metodologia de localização espacial de alvos Figura 1. Aparelho estereotáctico completo, baseado no sistema de isocentricidade de Lekssel. Note os eixos X,Y,Z, o arco e a agulha. Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 125 Original Haste transversal removível que cruza o halo horizontalmente, na sua porção anterior, para auxiliar a marcação do násio (Fig.1). com ampliação do escanograma para facilitar a extração das coordenadas estereotácticas. O ponto zero do eixo Y (anteroposterior) e do Z (vertical) coincidem com os pinos nos MAEs. O ponto zero do eixo látero-lateral está no plano sagital do aparelho, coincidindo com o do crânio (Fig. 3). Crânios Foram utilizados quatro crânios humanos, cedidos pelo laboratório de anatomia humana da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, com seis alvos no interior de cada um. Os alvos, cilindros de material plástico rígido, com 1 cm de altura por 1 cm de diâmetro foram fixados por hastes de madeira e massa plástica, de forma aleatória, espalhados pelas fossas anterior, média e posterior do crânio. Figura 2. a) Crânio em perfil. Note o “plug” inserido no MAE. b) Escanograma do filme de tomografia. Note o MAE marcado pelo plug radiopaco. Posicionamento do crânio no halo estereotáctico: O crânio foi posicionado, dentro do halo, de forma que a linha média ântero-posterior do aparelho coincidisse com a linha média do crânio. Ainda, o halo estereotáctico deve ser colocado no crânio com a inclinação do plano násio-meatal (ver Fig.3). Aparelho de tomografia computadorizada. Tomógrafo (Philips Brilliance) multislice, do serviço do hospital SEMPER, foi utilizado na realização de cortes tomográficos axiais do crânio. Metodologia da nova técnica Realização da tomografia computadorizada: Foram introduzidos plugs nos MAE direito e esquerdo dos crânios, previamente à realização da tomografia, de forma que os meatos fossem identificados de forma nítida no escanograma (ver Fig.2). Os “plugs” foram confeccionados com pequeno novelo, feito por fio de arame maleável, envolvido por massa plástica. Posicionou-se o crânio, no aparelho de tomografia, de forma que os meatos externos coincidissem um com o outro nos planos horizontal e coronal (ver Fig 2). Realizaram-se, a seguir, cortes tomográficos helicoidais do crânio, de forma habitual (cortes com 3 mm e espessura com intervalo de 1,5 mm). Os filmes dos cortes tomográficos foram revelados de forma padrão (cortes com 5 mm de espessura com intervalo de 7 mm entre eles). Revelou-se, em separado num filme Figura 3. a) a) Vista superior do crânio no aparelho estereotáctico: o ponto zero do eixo X corresponde a linha média do plano sagital. b) Aparelho estereotáctico instalado no crânio obedecendo o plano násio-meatal. Note o pino introduzido no MAE e a haste transversal passando pelo násio. Cálculo das coordenadas estereotácticas A partir dos filmes de tomografias de crânio (cortes de 5mm com intervalos de 7mm), extraíram-se as medidas das coordenadas estereotácticas. a) Cálculo da coordenada X (distância látero-lateral). Traçou-se uma linha vertical passando exatamente pela linha média do crânio no corte tomográfico (Fig.4b). A distância entre a linha e o centro do alvo é a medida da coordenada X. Utilizou-se da escala, contida no corte tomográfico, para conversão em medida real. No exemplo, a distância lateral é de 3,4 cm. Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 126 Original b) Cálculo da coordenada Y (distância ântero-posterior). Definição das coordenadas do centro verdadeiro dos alvos. Nova linha perpendicular à da linha média é riscada, passando tangente à tábua externa do osso frontal, no mesmo corte tomográfico utilizado anteriormente (Fig.4b). Mediu-se a distância ântero-posterior entre essa linha e o centro do alvo. Utilizando-se da escala do filme tomográfico determinou-se sua medida real. No exemplo, igual a 7 cm. Para obtenção das medidas das coordenadas tridimensionais dos centros dos alvos intracranianos, realizou-se orifício no centro de cada alvo até a metade de sua profundidade. Deslocaram-se os suportes correspondentes aos eixos X,Y,Z do aparelho estereotáctico, de forma que a ponta da agulha penetrasse no interior de cada orifício, ou seja, no centro do alvo desejado. Extraíram-se do aparelho estereotáctico, as coordenadas necessárias para a agulha atingir o centro dos alvos. Transferiu-se essa medida para o aparelho estereotáctico de acordo com os passos abaixo: Utilizando-se do escanograma da tomografia, traçou-se linha horizontal, passando pelo meato acústico externo e násio. A partir do MAE, outra linha foi riscada, fazendo ângulo de 90 graus com a primeira (Fig.4a). Transferiu-se, então, a medida ântero-posterior do alvo (7 cm) para a linha do escanograma correspondente ao corte tomográfico (Fig.4a). Mediu-se, a partir desse ponto marcado no escanograma, a distância ântero-posterior entre o centro do alvo e a linha que passa perpendicular ao MAE. No exemplo, 2,9 cm corresponde à coordenada Y, significando que o alvo está a 2,9 cm à frente da linha vertical ou do MAE. c) Cálculo da coordenada Z (altura da lesão). A distância entre o centro do alvo e a linha násio-meatal correspondeu à altura da lesão em relação ao MAE. No exemplo 2,9 cm (ver Fig.4 a). A distância real foi encontrada utilizando-se da escala já contida no filme da tomografia. Compararam-se essas coordenadas com as obtidas através da nova metodologia. As diferenças entre elas definiram o erro do novo sistema. Desenvolveu-se tal metodologia, considerando a falta de disponibilidade das bases fantasmas e seus softwares usualmente utilizados para a definição dos erros dos sistemas estereotácticos convencionais. Análise estatística O cálculo da variável erro de medida foi feito por meio da equação euclidiana, assim como Maciunas (1994)11; Galloway (1991)7; Bucholz (1993)4; Mascott (2006)3; Bjartmarz (2007) e Fiegele (2008)6 de forma que uma medida representasse o erro das três coordenadas simultaneamente. Em que: X, Y e Z representam as coordenadas, t - representa o centro verdadeiro do alvo alvo, p - representa o ponto atingido pela agulha do aparelho estereotáctico. Figura 4. a) Corte tomográfico correspondente à sétima linha do escanograma do filme de tomografia do crânio. b) Note o centro do alvo a 7 cm do osso frontal e a 2,9 cm do MAE. Z é igual à altura do alvo em relação ao MAE. L7 corresponde à 7ª. linha do escanograma. Utilizou-se do Teste de Friedman com o propósito de verificar se existe diferença entre as medianas da variável erro das coordenadas (X, Y e Z). Definiu-se o erro, neste caso, como o valor absoluto da diferença entre a coordenada da metodologia proposta e a coordenada do centro verdadeiro do alvo. A variável erro de medida foi dividida entre os quatro crânios utilizados e em seguida aplicou-se a análise de variância para comparar as médias destes grupos. Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 127 Original Em todos os testes estatísticos utilizados, foi considerado nível de significância de 5%. As análises foram realizadas no software estatístico R, versão 2.8. R esultados Foram analisadas as coordenadas tridimensionais (X, Y, Z) de 24 alvos distribuídos aleatoriamente no interior de quatro crânios de esqueletos humanos. Os resultados foram obtidos através da diferença entre o valor absoluto das coordenadas extraídas da metodologia proposta e das consideradas como o centro verdadeiro dos alvos. Caracterização da amostra total Avaliando-se a diferença entre as coordenadas obtidas através da metodologia adotada e as coordenadas do centro verdadeiro do alvo, extraímos as medidas descritivas expostas na tabela 1. A variável erro de medida foi obtida utilizando-se da Equação Euclidiana já descrita. Tabela 1. distribuição dos erros com relação às coordenadas: X,Y,Z e Erro de Medida (extraída da equação euclidiana descrita) Tabela 2. Estatística Descritiva da Variável erro de medida nos crânios I,II, III e IV Variável Erro de medida crânio I crânio II crânio III crânio IV Média 0.4624 0.5235 0.4478 0.4539 Desvio-Padrão 0.1593 0.131 0.2267 0.1573 Mínimo 0.2828 0.3742 0.1414 0.2449 Mediana 0.48 0.5038 0.4351 0.442 Máximo 0.6325 0.7348 0.7348 0.6481 Ao se aplicar a análise de variância para comparar as médias de erro entre os crânios, o p-valor foi de 0,863, superando o nível de significância de 0,05, concluindo que não existe relação entre o erro e os diferentes crânios. Foi aplicado teste não paramétrico (Teste de Friedman) para se comparar as medianas dos erros em relação às coordenadas X,Y e Z. Conclui-se, de acordo com os dados acima (p< 0,05), que existe diferença estatisticamente significativa entre as medianas dos erros das três coordenadas. Para se verificar em qual das coordenadas está a diferença, realizou-se o teste de Friedman dois a dois. Nos testes realizados o p-valor foi de 0,683 para as coordenadas X e Y, de 0,014 para os grupos X, Z e 0,025 para Y, Z. Observouse não haver diferença significativa entre X e Y e sim entre essas coordenadas e a Z. Conclui-se que a mediana do erro Z é maior que das coordenadas X e Y. Variáveis X erro Y erro Z erro Erro de medida Casos 24 24 24 24 Média 0,1667 0,1792 0,3292 0,4719 Desvio-Padrão 0,1373 0,1817 0,1781 0,1636 Mínimo 0,0000 0,0000 0,1000 0,1414 Acurácia Mediana 0,2000 0,1000 0,3000 0,4895 Máximo 0,5000 0,6000 0,6000 0,7348 A sociedade americana para testes e materiais postula que a acurácia dos sistemas de aparelhos estereotácticos deve ser sub-milimétrica11. Apesar disso, autores demonstraram que os erros nos aparelhos mais utilizados (Lekssel, BRW, CRW, COMPASS) não são sub-milimétricos4,7,11. Caracterização da Amostra por Grupo A média de erro entre os crânios (I, II, III, IV) foi realizada em separado como mostrado na tabela 2. Discussão Através de 7.681 medidas independentes, Galloway (1991)11 avaliou a acurácia dos diferentes instrumentos estereotácticos citados acima. Em cortes tomográficos de 1 mm de espessura, a média de erro variou de 1,2 mm até 1,9 mm. Em cortes de 4 Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 128 Original mm, a média aumentou para 2,5 mm, chegando até 3,2 mm. Ao se utilizar de cortes com 8 mm de espessura, a média de erro variou de 5,1 até 6,6 mm. O autor não encontrou diferenças importantes entre os diferentes tipos de halos. O erro de suas coordenadas foi obtido, assim como adotado na metodologia apresentada, utilizando-se a Equação Euclideana. Galloway (1991)11 concluiu que a espessura do corte é o fator mais significativo na acurácia da localização estereotáctica. Aumentando-se a espessura do corte, invariavelmente piorase a precisão do sistema. A espessura do corte influencia não apenas na coordenada Z, mas também nas direções X e Y, segundo o autor. Bucholz et al. (1993)12 acrescentaram informação valiosa: o tamanho do alvo tem influência direta na acurácia das coordenadas. Em sua série compara cortes tomográficos de 1,5; 3,0 e 5,0 mm de espessura realizados em alvos de 0,79 mm até 6,34 mm. Utilizando-se de cortes de 1,5 mm de espessura, com alvos de 0,79 mm, obtém-se média de erro de 1,564 mm, enquanto em alvos maiores de 6,34 mm o erro cai para 0,986 mm. Usando de cortes tomográficos de 3 mm de espessura encontra erro de 1,787 nos alvos menores e erro de 1,296 nos maiores. Passando para cortes de 5 mm de espessura, o erro é de 1,840 mm nos alvos de 0,79 mm e de 1,238 mm nos alvos de 6.34 mm. Percebe-se nos achados acima, nítida piora da acurácia, com o aumento da espessura dos cortes. Nota-se, porém, queda do erro, à medida que o alvo aumenta de tamanho. Nota-se acurácia maior em alvos de 6,34 mm, com espessura de corte de 5 mm ( erro de 1,238 mm) do que em alvos de 0,79 mm com cortes de 1,5 mm ( erro de 1,564 mm). Isso sugere que lesões maiores podem ser definidas com precisão, utilizando-se de cortes tomográficos de maiores espessura e intervalo entre eles, enquanto alvos menores requerem menor espessura para manter a acurácia4. Nos resultados apresentados com nossa metodologia obteve-se média de erro de 0,4719 cm nas coordenadas estereotácticas. Muitos fatores dificultam uma comparação direta da acurácia de nossa metodologia com a de outros aparelhos. Destacam-se, a falta de informação de diversos artigos em relação ao cálculo utilizado, para se encontrar o erro entre as três coordenadas estereotácticas, as diversas variações ocorridas com a mudança da espessura dos cortes e a influência do tamanho dos alvos nos resultados. No entanto, comparando-se valores absolutos e desprezando-se as considerações acima, a metodologia apresentada tem acurácia inferior aos aparelhos tradicionais. Maciunas (1994)10 apresentou erro médio de 0,228 cm, ao analisar quatro diferentes tipos de aparelhos estereotácticos. O autor fez uso, assim como na metodologia apresentada, da Equação Euclidiana, utilizando cortes tomográficos de 1,4 e 8 mm de espessura, sendo seus alvos de apenas 2 mm. Bucholz (1993)12, ao analisar lesões de 6,34 mm com cortes tomográficos de 5 mm de espessura (medidas mais próximas das adotadas na metodologia apresentada), encontrou média de erro nas suas coordenadas de 0,1238 cm, também fazendo uso da Equação Euclidiana. Fiegele (2008)15, através da mesma equação, ao analisar acurácia da colocação estereotáctica de eletrodos para a estimulação cerebral profunda, encontrou média de erro de 0,315 cm. A média de erro entre os crânios analisados foi de 0,4624 cm no crânio I; 0,5235 cm no crânio II; 0,4478 cm no crânio III e de 0,4539 cm no crânio IV. Não houve diferença estatisticamente significativa (p = 0,863) entre os quatro crânios, dando suporte que a técnica não sofre influência com o tamanho ou a morfologia dos crânios. Há evidências, baseadas nos Testes de Friedman, para afirmar que a mediana do erro Z é maior que as do erro de X e Y. Portanto, o maior erro encontrado na nossa série foi na coordenada Z, fato que coincide com achados da literatura4,7,11,16. Hipóteses para o erro da nova metodologia Na metodologia apresentada, os cortes axiais de crânio adotaram a padronização rotineira dos estudos de imagem do encéfalo, em tomógrafos helicoidais. Cortes de 3 mm de espessura, com intervalo de 1,5 cm entre eles. No entanto, estudos tomográficos do crânio são revelados em filmes, passando para o padrão de cortes com 5 mm de espessura e intervalo de 7 mm entre eles. Adotou-se esse padrão, apesar de interferir negativamente na acurácia, pois tinha-se como objetivo extrair as coordenadas estereotácticas de filmes tomográficos rotineiros já revelados. A técnica desenvolvida está sujeita a fatores de erros maiores que na metodologia estereotáctica tradicional: - A escala, fornecida nos filmes de tomografia, para conversão Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 129 Original em tamanho real, nos fornece medidas apenas de 5 em 5 mm, sendo fonte de imprecisão; - O posicionamento do halo estereotáctico no crânio, quando foge dos padrões estabelecidos (alinhamento násio-meatal e linha média do halo coincidindo com a do crânio), é outra fonte de erro; - Os alvos utilizados no interior do crânio tinham 1cm, o que provavelmente diminuiu a margem de erro comparada a de outros autores; - A exigência de se posicionar os dois meatos paralelos e alinhados pode ser fonte de imprecisão. Considerações finais A necessidade de se inserir nos MAES plugs radiopacos para torná-los visíveis no escanograma, frustrou a intenção inicial de se extrair as coordenadas estereotácticas de filmes de tomografias convencionais já revelados. No entanto, esse procedimento consiste de um ato não invasivo, podendo ser realizado, a qualquer momento, independente do momento cirúrgico, poupando tempo precioso da cirurgia. A metodologia utilizada para definir o centro da lesão é sujeita a críticas. O orifício que marca o centro do alvo é feito a “olho nu” podendo ser impreciso em escala sub-milimétrica. As coordenadas extraídas do aparelho estereotáctico, com a agulha no centro do alvo, também podem sofrer variações de ordem sub-milimétrica. O acesso a bases fantasmas e softwares poderia permitir uma análise mais precisa da acurácia do novo sistema e um número maior de alvos em estudo futuro. A intenção do novo aparelho e da nova metodologia não é substituir os instrumentos convencionais em atos que exigem precisão, como cirurgia funcional ou biópsia de lesões de tamanho muito reduzido. Trata-se de um instrumento versátil, não invasivo, que não demanda tempo no pré-operatório imediato. Utilizando-se de coordenadas tridimensionais, oferece ferramenta de precisão superior às referências anatômicas ou a transferência de medidas diretamente da tomografia para a cabeça do paciente com o uso de fita métrica e outros métodos de mensuração. Conclusão Foi construído aparelho de princípios estereotácticos, em alumínio, sem a necessidade de pinos de fixação no crânio, fornecendo instrumento prático, versátil, de localização tridimensional de alvos intracranianos. Desenvolveu-se metodologia de cálculo das coordenadas estereotácticas, extraídas diretamente dos filmes de tomografia de crânio. O aparelho e a metodologia estereotácticos desenvolvidos se mostraram com uma média de erro de 0,4719 cm, superior aos sistemas tradicionais. R eferências 1. Araujo IS, Andraus CF, Temponi GM. Princípios, aplicações, progressos e futuro da cirurgia estereotáctica. Rev Bras Neurol, 2002;37(1):13-8 2. Araujo LP, Silva MN, Menezes AC. Estereotaxia no tratamento dos tumores cerebrais: experiência inicial com 40 cases. Arq Bras Neurocir 1997,16(2):86-92 3. Bjartmarz H, Rehncrona S. Comparison of accuracy and precision between frame-based and frameless stereotactic navigation for deep brain stimulation electrode implantation. Stereotact Funct Neurosurg 2007,85(5):235-42 4. Bucholz RD, Ho HW, Rubin JP. Variables affecting the accuracy of stereotactic localization using computerized tomography. J Neurosurg 1993,79(5):667-73 5. Eljamel MS, Tulley M, Spillane K. A simple stereotactic method for frameless deep brain stimulation. Stereotact Funct Neurosurg 2007,85(1):6-10 6. Fiegele T, Feuchtner G, Sohm F, Bauer R, Anton JV, Gotwald T et al. Accuracy of stereotactic electrode placement in deep brain stimulation by intraoperative computed tomography. Parkinsonism Relat Disord, Kidlington 2008,14(8):595-9 7. Galloway RL Jr, Maciunas RJ, Latimer JW. The accuracies of four stereotactic frame systems: an independent assessment. Biomed Instrum Technol. 1991;25(6):457-60 8. Guerrero Luis, López Cristina, Franco Jorge, Breindembachs Douglas, Quintana Liwwen, López Héctor. Brain biopsy for stereotactic experience in the neurology and neurosurgery departament of Military Hospital Dr. Carlos Arvelo (2000-2004) Salus Militiae 2004,29( 1/2):10-4. 9. Gusmao SS, Silveira RL, Arantes A. Estereotaxia: evolução, Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 130 Original princípios, técnica e indicações. 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J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1986;49(12):1445-8. support points in the skull, where there is only bony structure. Furthermore, there is the fact of great discomfort caused by support at the nasion and specially in external acoustic meatus. However, these findings should not discourage new ways of focusing this problem. More advanced systems are required and all attempts to bring them forward must be promoted. Other apparatus, even involving some loss of accuracy, can contribute to the location of structures and lesions that do not require maximum accuracy. But remember, this is just the beginning. 1. Rahman, M., G.J. Murad, and J. Mocco, Early history of the stereotactic apparatus in neurosurgery. Neurosurg Focus, 2009;27(3):E12. 2. Takeuchi, H., et al., Frameless stereotactic radiosurgery with mobile CT, mask immobilization and micro-multileaf collimators. Minim Invasive Neurosurg, 2003;46(2):82-5. Comments Daniel Benzecry de Almeida Curitiba, Paraná The development of an stereotactic apparatus without the use of fixation pins or without the arc has been a challenge in several Services worldwide. In fact, some methods were planned, but few have been able to go ahead with a major application in a day-to-day basis to the modern neurosurgeon routine. Advancements such as the thermoplastic masks and vacuum assisted bite block have been useful in situations in which the stereotactic procedure needs to be repeated, such as in fractionated radiotherapy2. Nevertheless, virtually no other stereotactic system does not involve the placement of conventional pins, posts, pins, stereotactic frame or arc, fiducials and other appliances. In this paper, Dr. Rocha Jr and his group of Belo Horizonte, Brazil, bring a proposal for the development of a stereotactic system without the need of pins, using only external points such as the forehead, the occipital region, the glabella and the external acoustic meatus. Autor Correspondente Paula Veloso Avelar Ribeiro Rua Sergipe 67/2303 – Bairro Centro 30130-170 Belo Horizonte, MG. Fone: (031) 9802-7377 E-mail: paulavelosoaribeiro@hotmail.com External points usage for fixation points on the skull is not new1, but none had accomplished to be useful in routine use. This occurs because the tests on cadavers differs from Junior MAR, Rocha MA, Christo PP, Oliveira MB, Ribeiro PVA, Rocha RB, Ribeiro BVA. - Innovation of apparatus and technique for stereotactic localization J Bras Neurocirurg 24 (2): 123-130, 2013 131 Review Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment Lombalgia crônica secundária a doença degenerativa discal - revisão sistemática dos ensaios clínicos e randomizados que compararam o tratamento conservador com o cirúrgico Andrei F. Joaquim1 MD, PhD; Enrico Ghizoni1, MD, PhD; Helder Tedeschi2 MD, PhD ABSTRACT Objectives: Compare surgical treatment with conservative treatment for chronic low back pain secondary to degenerative disc disease. Methods: We performed a PubMed database search of the randomized clinical studies that compared conservative treatment to surgical treatment for chronic low back pain, obtained six studies. We excluded studies which surgical technique used was based on percutaneous, such as facetary denervation, or intradiscal procedures Results: Among the six reviewed studies, the surgical technique was used in five was lumbar fusion and lumbar arthroplasty in one study. One study reported that fusion results in better clinical outcome in one year when compared to commonly use nonsurgical treatment. Four reported that structured conservative treatment with physical exercises associated to cognitive therapy had similar results than surgical treatment with fusion. The study using lumbar arthroplasty had statistical benefits of this surgical approach compared with nonsurgical treatment, but the statistical difference was small and did not have clinical significance. Conclusions: Results, although heterogeneous, did not suggest an evident clinical benefit with surgical treatment of chronic low back pain compared with a structured conservative treatment. We concluded that surgery should not be recommended as a routine treatment for patients with chronic low back pain secondary to degenerative disc disease. Keywords: low back pain, chronic, surgery, treatment, conservative. RESUMO Objetivos: Compararar a eficácia do tratamento cirúrgico da lombalgia axial crônica associada à doença degenerativa discal com o tratamento conservador. Métodos: Efetuou-se pesquisa na base de dados PubMed de ensaios clínicos randomizados que comparassem o tratamento cirúrgico com o tratamento conservador da lombalgia crônica, sendo obtidos seis trabalhos. Foram excluídos estudos cuja técnica cirúrgica consistisse em procedimentos percutâneos, como denervação facetaria, ou intradiscais. Resultados: Cinco estudos utilizaram a fusão lombar e um a artroplastia lombar para comparação do tratamento cirúrgico com o conservador. Apenas um ensaio sugeriu que a fusão fosse mais eficaz na diminuição da dor e incapacidade após um ano de seguimento do que o tratamento não cirúrgico convencional. Quatro trabalhos reportaram que os resultados do tratamento conservador estruturado com exercícios físicos associados à terapia cognitiva foi semelhante ao tratamento cirúrgico. O estudo com artroplastia sugeriu que, embora a mesma fosse estatisticamente mais efetiva no tratamento da lombalgia do que tratamento estruturado não cirúrgico, tal diferença era clinicamente irrelevante. Conclusões: Os resultados, embora heterogêneos, não sugerem grandes benefícios no tratamento cirúrgico da lombalgia axial crônica em relação a dor e incapacidade quando comparado com o tratamento conservador estruturado. Desta forma, concluímos que a cirurgia, seja a fusão como a artroplastia, não deve ser recomendada de rotina no tratamento de pacientes com lombalgia axial crônica secundária a doença degenerativa discal. Palavras Chave: lombalgia, crônica, cirurgia, tratamento, conservador I ntrodução A dor lombar acomete grande parcela da população mundial, constituindo-se em um dos sintomas mais frequentes de busca as unidades de emergência médica2. Uma minoria destes pacientes desenvolverá dor lombar crônica, resultando muitas vezes em incapacidade funcional grave e importantes problemas econômicos e sociais, como afastamento e absenteísmo laboral9-10. Entre as possíveis etiologias da dor lombar crônica, atribui-se que a degeneração do disco intervertebral seja uma Neurosurgeon. Neurosurgery Division, State University of Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brazil. Assistant Professor. Head of the Neurosurgery Division, State University of Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brazil. 1 2 Received Nov 27, 2013. Accepted Jan 20, 2014 Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 132 Review das potenciais causas de dor, sendo proposta a fusão cirúrgica ou a substituição dos segmentos degenerados para alívio dos sintomas4,7. Objetivo Devido a alta prevalência da lombalgia crônica na população geral e sua importância social e econômica, realizamos revisão sistemática dos trabalhos clínicos e randomizados que compararam o tratamento cirúrgico com o conservador da lombalgia crônica secundária a doença degenerativa discal. Ressaltamos que apenas estudos clínicos randomizados foram escolhidos por estes serem os desenhos de pesquisas mais eficazes na avaliação de uma intervenção terapêutica. Métodos Realizou-se pesquisa na base de dados PubMed – MEDLINE sem restrição de tempo utilizando a seguinte estratégia de busca: (“Low Back Pain”[Mesh] AND “Randomized Controlled Trial”[Publication Type]) AND “Surgical Procedures, Operative”[Mesh]. Os critérios de inclusão foram: trabalhos clínicos randomizados que comparassem o tratamento da lombalgia axial crônica secundária a doença degenerativa discal com cirurgia versus tratamento conservador. O tipo de cirurgia não foi critério de restrição, mas procedimentos percutâneos (bloqueio de facetas, denervação com radiofrequência, entre outros) e intradiscais (como nucleoplastia, por exemplo) não foram incluídos no propósito de nossa revisão. Com a busca, 162 artigos foram obtidos e, após revisão de seus resumos, seis trabalhos foram selecionados baseados nos critérios e propósitos desta revisão, dispostos a seguir: Fritzell et al., Brox et al., 2003, Fairbank et al, Brox et al., 2006, Brox et al., 2010 e, por fim, Hellum et al2-4,7-8,15. R esultados No quadro 1, apresentamos um resumo completo dos seis trabalhos clínicos e randomizados selecionados que compararam o tratamento conservador com o cirúrgico e suas principais características. Populações Estudadas Todos os estudos foram realizados em países europeus. Nenhum estudo incluiu pacientes submetidos à fusão lombar prévia. Todos os estudos, com exceção do de Fairbank et al.7, descreveram como critério de inclusão pacientes com doença degenerativa discal em L4-5 e/ ou L5-S1. Todos os trabalhos incluíram pacientes com mais de 25 anos, exceto o de Fairbank et al., o qual incluiu pacientes com mais de 18 anos. Um total de 1064 pacientes foram avaliados. O primeiro estudo realizado por Fritzell et al, na Suécia, envolveu 294 pacientes, sendo que 222 foram operados com três técnicas cirúrgicas distintas(8). Foram incluídos pacientes com mais de dois anos de dor lombar (todos os demais incluíram pacientes com dor lombar há mais de um ano) e com falência no tratamento não cirúrgico. Pacientes com cirurgia para hérnia discal há mais de dois anos foram incluídos desde que não tivessem mais sintomas radiculares (cerca de 19% dos casos). No estudo de Brox et al., de 2003, na Noruega, foram avaliados 64 pacientes, 37 operados e 27 tratados não cirurgicamente, sendo que foram excluídos pacientes com cirurgia lombar prévia de qualquer natureza4. O trabalho britânico de Fairbank et al teve a maior casuística, com 349 pacientes (176 operados e 173 tratados não cirurgicamente)7. Nesta série, foram incluídos e avaliados três subgrupos de pacientes com dor lombar: lombalgia crônica, espondilolistese (aproximadamente 11% dos pacientes) e dor pós laminectomia (cerca de 8% dos casos)7. No estudo de Brox et al., de 2006, ao contrário do estudo prévio Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 133 Review do mesmo autor principal, foram incluídos apenas pacientes submetidos à cirurgia lombar prévia (com exceção de pacientes submetidos à fusão lombar de qualquer natureza)3. Sessenta pacientes foram avaliados nesta série, sendo 29 tratados cirurgicamente e 31 recebendo tratamento conservador. Posteriormente, em 2010, Brox et al. foram avaliados 124 pacientes (66 operados e 58 tratados não cirurgicamente) resultantes do trabalho de 2003 e 2006 com 4 anos de seguimento pós-intervenção2. Desta forma, incluía pacientes com e sem cirurgia prévia2. Por fim, Hellum et al, avaliaram 173 pacientes randomizados para tratamento conservador (87 pacientes) ou cirúrgico (86 pacientes), mas com prótese de disco lombar ao invés da fusão segmentar utilizada nos estudos anteriores15. Medidas de desfecho primário Todos os trabalhos utilizaram como principal medida de desfecho primário o Oswestry Disability Index (ODI) também conhecido com Oswestry Low Back Pain Scale. O ODI é conhecido como um índice de avaliação válido de dor e incapacidade10,20. Correlaciona-se bem com outros instrumentos de avaliação como o Short Form (SF) 369 e também é usado como preditor de retorno laboral15. Validado em inúmeros idiomas, é atualmente um instrumento internacional da avaliação de pacientes com diversas patologias de coluna. A avaliação do score pode ser feita em categorias, como no trabalho original, em cinco níveis: 0 a 20%, 21-40%, 4160%, 61-80% e 81-100%. Outros investigadores sugerem a divisão de grupos a partir de um ponto de corte, como acima e abaixo de 40%. Quanto maior a porcentagem, maior o grau de dor e disfunção. Algumas variações do trabalho original do ODI existem, sendo recomendada atualmente a versão 2.011, utilizada no estudo de Hellum et al. 15. Sugere-se que exista uma mudança de pelo menos 15 pontos no escore para se ter uma alteração clinicamente representativa11. No trabalho de Hellum et al., considerou-se 10 pontos como a diferença inicialmente proposta no ODI necessária para se detectar diferença clínica entre os grupos15. Taylor et al. propuseram que a variação mínima do ODI estivesse entre 4 e 17 pontos para se ter alguma representação clínica no prognóstico final23. Tratamento não cirúrgico No primeiro estudo randomizado de Fritzell et al. o tratamento não cirúrgico consistiu de reabilitação em regime ambulatorial baseado principalmente em terapia física, porém não padronizada, variável entre os diferentes serviços, similar a utilizada pelos pacientes antes da inclusão no estudo8. Brox et al., tanto em 2003 como em 2006, aplicaram reabilitação com intervenção cognitiva associada aos exercícios (três sessões diárias de exercícios físicos por três semanas)3,4. O tratamento conservador proposto por Fairbank et al., consistiu em reabilitação durante cinco dias por semana durante três semanas, num total de 60 a 110 horas, individualizada em cada centro, também com terapia cognitiva associada aos mesmos7. Hellum et al. utilizaram como tratamento a reabilitação multidisciplinar por três a cinco semanas (cerca de 60 horas) em caráter ambulatorial, descrita por Brox, com exercícios associado à terapia cognitiva, padronizada em três seminários e vídeos15. Nenhum dos trabalhos menciona a prática de exercícios físicos por todo o período de seguimento do paciente ou recomendação de mundanças de estilo de vida. Tratamento cirúrgico Fritzell et al., utilizaram em seu estudo três técnicas cirúrgicas distintas: fusão in situ com osso autólogo, fusão com osso autólogo associado à instrumentação com parafusos pediculares e, por fim, com dispositivo intersomático, todas sem descompressão 8. As técnicas de fusão não foram avaliadas separadamente neste estudo. No estudo de Brox et al., de 2003, foi utilizada a fusão de coluna associada à instrumentação por via posterior 4. Fairbank et al. também utilizaram a fusão de coluna por via posterior a critério do cirurgião, com ou sem implantes, cages e material de enxerto7. Brox et al., 2006, utilizaram a fusão posterior com parafusos pediculares em todos os casos, com enxerto autólogo de osso ilíaco3. A intervenção cirúrgica no estudo de Hellum et al. consistiu Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 134 Review na substituição do disco intervertebral por um disco artificial (Pro Disc II, Synthes Spine), que consistia de três peças (duas de metal que substituíam as placas terminais e uma central de polietileno)15. A incisão usada foi uma Pfannenstiel ou paramediana com acesso retroperitoneal. Complicações Não houve óbito relacionado ao procedimento cirúrgico em nenhum dos seis estudos. No estudo de Fritzell et al. 17% dos pacientes tiveram complicações cirúrgicas8. Nove de 140 pacientes que receberam instrumentação com parafusos pediculares tiveram novo quadro de dor. Houve também infecções de ferida operatória e lesões de nervos periféricos (nervo torácico longo por posicionamento inadequado, nervo femoral por retirada de enxerto de ilíaco e pseudoartrose. Brox et al., 2003, obtiveram 18% de complicações cirúrgicas precoces, com dois casos de infecção, um caso de fístula dural e um caso de trombose venosa profunda4. No estudo de Fairbank, 19 pacientes tiveram complicações cirúrgicas, sendo que 11 deles foram reoperados nos dois anos de seguimento do estudo7. Brox et al., 2006, reportaram duas infecções em 23 pacientes operados3. Hellum et al. reportaram que 6,5% dos casos (cinco pacientes) foram reoperados15. Um paciente teve uma complicação grave com amputação da perna por complicação vascular. Um paciente apresentou ejaculação retrógrada. Dois pacientes apresentaram novos episódios de dores radiculares após a cirurgia. Discussão No estudo sueco de Fritzell et al.. os autores constataram que as medidas de desfecho primário favoreceram o tratamento cirúrgico 8. Na análise da dor com seis e 12 meses após a intervenção, houve redução da mesma no grupo cirúrgico em ambos os períodos quando comparado com o tratamento conservador. A dor lombar diminui no grupo cirúrgico em 33% (64 a 43), comparada com 7% (63 a 58) no grupo conservador (p=0,0002). A dor melhorou principalmente nos primeiros seis meses, sendo que depois deteriorou gradativamente. O ODI foi reduzido em 25% no grupo cirúrgico (47 a 36) comparados com apenas 6% de redução (48 a 46) no grupo tratado de forma conservadora (p=0,015). Este foi o estudo que mais evidenciou potenciais benefícios do tratamento cirúrgico entre os trabalhos avaliados em nossa revisão. Contudo, o mesmo recebeu críticas4,17,19 por ter tido como limitação um tratamento não cirúrgico com programa de fisioterapia heterogêneo e idêntico ao pré-operatório já recebido pelo paciente, “usual nonoperative care” segundo os autores, sem padronização, sugerindo que se o indivíduo tivesse melhorado antes da intervenção com a fisioterapia recebida o mesmo não teria tido a indicação de cirurgia, sendo portanto excluído do trabalho. Outro fato importante é que no grupo cirúrgico, 122 de 195 pacientes (63%) consideraram-se muito melhor, ou melhor, mas 75% dos pacientes se submeteriam ao tratamento novamente. No grupo conservador, 18 de 62 pacientes (29%) consideraram-se muito melhor, ou melhor, sendo que 53% se submeteriam ao tratamento novamente. Isto sugere que mesmo na ausência de melhora, os pacientes não lamentaram o tratamento, provavelmente refletindo o desejo de se sentirem “tratados” e levados a sério em relação a seu problema. Quanto à conclusão do estudo, os autores sugeriram que o tratamento cirúrgico poderia ser usado para reduzir a dor e a incapacidade em pacientes com lombalgia crônica em pacientes selecionados com melhores resultados em longo prazo do que a fisioterapia convencional. Brox et al., em 2003, tiveram como objetivo comparar a fusão com instrumentação lombar com o tratamento conservador mais amplo, que consistiu na terapia cognitiva e exercícios físicos padronizados em pacientes com degeneração discal em L4-5 e/ ou L5-S1 4. A diferença observada no desfecho principal (ODI), de 2,3 pontos (IC de 95%; -6,8 a 11,4; com p = 0,33), não demonstrou a superioridade de um tratamento em relação ao outro. Os autores sugerem que a avaliação do conteúdo e da abrangência das terapias comportamentais e exercícios devem ser feitas, inferindo que a qualidade do tratamento não cirúrgico é fundamental para melhorar os resultados obtidos com os mesmos, ressaltando que a intervenção comportamental e os exercícios são mais eficazes do que a fisioterapia isolada. Os autores atribuem que as diferenças de resultados obtidos, quando comparados com o estudo de Fritzell, é que neste Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 135 Review último o tratamento não cirúrgico utilizado não foi o melhor disponível. Mais ainda, no estudo sueco, foi estimado que o tratamento cirúrgico teve custo três vezes maior. Contudo, relataram que como o retorno laboral foi maior neste grupo, concluíram que o custo do tratamento cirúrgico foi menor. Já no estudo de Brox et al., de 2003, os autores não observaram vantagens da cirurgia em relação ao retorno laboral quando comparados com o tratamento conservador, rebatendo os argumentos do primeiro. No estudo de Fairbank et al. houve diferença no ODI de 4,1 pontos em favor da cirurgia após dois anos entre os grupos que, embora estatisticamente significativa, (-8,1 a -0,1; IC de 95%, p=0,045), foi pouco relevante no contexto clínico propriamente dito 7. Também não houve diferenças em relação ao “shuttle walking test”. Neste estudo, o tratamento não cirúrgico consistiu de um programa de reabilitação intensiva, com exercícios e terapia comportamental, além de suporte médico. Sugeriram que reabilitação para tratamento não cirúrgico de lombalgia crônica deve incluir de rotina terapia cognitiva concomitante, orientando o paciente quanto a reais limitações e mitos e fatos relacionados à lombalgia. Sabese que há evidência moderada a forte de que a reabilitação multidisciplinar (com fortalecimento muscular, alongamento e melhora do desempenho cardiovascular associada à terapia cognitiva) diminui a incapacidade, a dor e a perda laboral em pacientes com dor lombar crônica quando comparado com tratamento usual não multidisciplinar18,22. No quarto estudo de nossa revisão, Brox et al., 2006, avaliaram pacientes com dor lombar crônica pós-cirurgia de hérnia de disco lombar3. Consideraram neste estudo os pacientes que tiveram ausência de melhora clínica após o tratamento cirúrgico para hérnia de disco, mantendo o quadro clínico de lombalgia axial. Avaliaram o efeito da fusão associada à instrumentação com parafusos transpediculares comparada com intervenção cognitiva e exercícios no tratamento da dor lombar crônica após cirurgia prévia de herniação discal lombar. Não houve diferenças entre o desfecho primário entre a fusão lombar e a intervenção cognitiva e exercícios. A diferença estimada no score de ODI para ser considerada como clinicamente significativa era de 10 pontos, mas a diferença observada após ajuste por gênero e expectativas pré-tratamento foi de 9,7 em favor do tratamento não cirúrgico (terapia cognitiva e intervenção com exercícios). Desta forma, os autores não excluem a possibilidade do tratamento não cirúrgico ser ainda mais efetivo do que a fusão lombar. Como conclusão final, propuseram que a fusão lombar não deve ser recomendada em pacientes com lombalgia crônica pós-cirurgia de hérnia de disco. Sugerem ainda estudos futuros avaliando o papel da cirurgia em subgrupos de pacientes já submetidos a cirurgia de hérnia discal. Como limitação do estudo, há o fato da técnica cirúrgica utilizada ter sido a fusão posterior com fixação pedicular, uma entre muitas técnicas disponíveis na literatura. Contudo, estudos randomizados falharam em demonstrar a superioridade entre as fusões anteriores, posteriores e não instrumentadas no tratamento da lombalgia axial12,21. Brox et al., em 2010, avaliaram o seguimento de quatro anos de pacientes submetidos à fusão póstero-lateral com osso autólogo, baseado nos dois estudos prévios dos mesmos autores 2. Concluíram que no tratamento da lombalgia crônica, em pacientes com ou sem cirurgia prévia para hérnia lombar, a fusão lombar não foi superior a exercícios associados à terapia comportamental após quatro anos de seguimento no alívio dos sintomas, melhora da incapacidade ou retorno laboral. Os resultados foram consistentes com a análise baseada em “intention-to-treat” e “as-treated”. Mais ainda, os autores observaram que os pacientes operados usaram mais medicação para dor após a cirurgia. Embora o número de pacientes que retornaram ao trabalho não tenha sido diferente entre os grupos, a razão das chances entre os grupos para incapacidade foi maior após os procedimentos cirúrgicos. A interpretação dos autores foi que após um procedimento cirúrgico, considerada por muitos como um último estágio de gravidade da lombalgia, havia uma maior chance de pensão por incapacidade definitiva por parte do serviço de assistência social. O estudo de Hellum et al. foi o único ensaio clínico randomizado selecionado que utilizou prótese de disco lombar (artroplastia) ao invés da fusão como técnica cirúrgica15. Embora tenha sido encontrada diferença no desfecho primário (ODI) em favor do procedimento cirúrgico de 8,4 pontos em 2 anos (IC de 95%; -13,2 a -3,6), esta diferença foi menor do que os 10 pontos inicialmente propostos no desenho do estudo como clinicamente relevante. Enfatizaram que não há consenso na diferença necessária do ODI para concluir que um efeito seja clinicamente importante. Além disso, deve-se lembrar de que o tratamento cirúrgico não é isento de complicações sérias. Relataram no estudo um caso de paciente operado com complicações vasculares que evoluiu com amputação da perna. Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 136 Review É importante frizar que a cirurgia é considerada por muitos pacientes como a única “cura” para o problema de sua lombalgia16. Além disso, oferece um efeito placebo muito mais poderoso do que o tratamento conservador. Ressaltamos que mesmo no trabalho de Fritzell et al. , embora os pacientes operados tivessem prognóstico melhor do que os que receberam tratamento convencional, na média, ambos os grupos permaneceram com dor e incapacidade após dois anos de tratamento, sugerindo que não houve “cura” da lombalgia com o procedimento16. Por fim, enfatizamos que em todos os estudos o tratamento conservador com exercícios foi temporário, em geral menor do que um mês, o que pode contribuir para resultados mais modestos em longo prazo do que o tratamento contínuo e a adesão de novos hábitos saudáveis e permanentes de vida. É de notório saber, por exemplo, que a obesidade está associada a uma maior incidência de lombalgia axial crônica13,14, sendo portanto um possível fator de intervenção não abordado nos estudos em questão. Mais ainda, o tratamento cirúrgico não é isento de morbidade e de custo muito mais elevado tanto ao paciente quanto aos sistemas de financiamento da saúde. Conclusões Nossa revisão sistemática encontrou seis estudos clínicos randomizados que compararam o tratamento conservador da lombalgia crônica com o tratamento cirúrgico. Apenas um estudo sugeriu que a fusão da coluna foi melhor do que o tratamento clínico convencional, com importantes contradições contra conclusões definitivas. Em todos os demais estudos não houve superioridade da fusão lombar em relação ao tratamento não cirúrgico estruturado (exercícios com terapia cognitiva), Por fim, embora os resultados da cirurgia com prótese de disco tenham sido estatisticamente superiores ao tratamento conservador, tal diferença era clinicamente irrelevante. Desta forma, concluímos que a cirurgia de fusão lombar ou a artroplastia não devem ser recomendadas de rotina no tratamento de pacientes com lombalgia axial crônica secundária a doença degenerativa discal primária ou pós cirurgia de hérnia de disco. Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 137 Review Quadro 1. Trabalhos clínicos e randomizados que compararam o tratamento conservador (não cirúrgico) com cirúrgico da lombalgia crônica (dor lombar há pelo menos um ano) na presença de degeneração discal Estudo (autores) e data Fritzell et al. 6 Brox et al., 2003 Fairbank et al.8 Brox et al., 20069 Brox et al., 201010 Hellum et al.11 7 Desenho do estudo Prospectivo, randomizado e multicêntrico Prospectivo, randomizado e cego simples Prospectivo, randomizado e multicêntrico Prospectivo, randomizado, mono-cego, Dois trabalhos randomizados prospectivos Prospectivo, randomizado e multicêntrico Período do estudo 1992 a 1998 1997-2000 1996-2002 1997-2000 1999 2004 a 2007 Seguimento mínimo 2 anos 1 ano 2 anos 1 ano 4 anos 2 anos Número de centros 19 hospitais na Suécia Número de participantes 294 pacientes - 222 operados - 72 tratamento não cirúrgico 4 hospitais na Noruega 64 pacientes - 37 operados - 27 tratamento não cirúrgico 15 hospitais no Reino Unido 349 pacientes - 176 operados - 173 tratamento não cirúrgico - Dor lombar > 1 ano - Idade 18-55 anos - com ou sem cirurgia prévia para descompressão radicular - incluía 3 subgrupos: dor pós laminectomia e espondilolistese e dor lombar crônica 4 hospitais na Noruega 60 pacientes - 29 operados - 31 tratamento não cirúrgico 4 hospitais na Noruega 124 pacientes - 66 operados - 58 tratamento não cirúrgico 5 hospitais da Noruega 173 pacientes - 86 operados - 87 tratamento não cirúrgico - Dor lombar > 1 ano com cirurgia prévia de hérnia de disco - Idade entre 25-60 anos - ODI > 30 - degeneração em L4-5 e L5-S1 - Dor lombar > 1 ano com ou sem cirurgia prévia - Idade 25-65 anos - degeneração discal L4-5 e / ou L5-S1 - Dor lombar > 1 ano - ODI > 30 - degeneração de L4-5 ou L5-S1 - Idade entre 25-65 anos - dor miofascial clara, estenose lombar, herniação discal com sinais de radiculopatia, fusão prévia, dor prévia, doença degenerativa discal generalizada, doença psiquiátrica séria, abuso de drogas, negativa em participar do estudo - dor miofascial difusa, estenose lombar, sinais de radiculopatia por estenose foraminal - doença inflamatória - fratura na coluna - dor pélvica - doença psiquiátrica - ODI - ODI Critérios de inclusão Critérios de exclusão Medidas de desfecho primário - Dor lombar > 2 anos - Idade 25-65 anos - degeneração em L4-5 e L5-S1 - Falha em tratamentos não cirúrgicos - cirurgia lombar prévia com exceção de cirurgia para hérnia discal há mais de 2 anos desde que sem sintomas radiculares - doenças psiquiátricas - doenças específicas como listeses, fraturas, infecções ou tumores - doença de quadril óbvia ou grave - ODI - visual analogue scale (VAS) para dor lombar e na perna - Dor lombar > 1 ano sem cirurgia prévia - Idade entre 25-60 anos - degeneração em L4-5 e L5-S1 - ODI > 30 - estenose lombar, cirurgia prévia na coluna - dor miofascial difusa - dor pélvica, doença psiquiátrica, abuso de substâncias, dor pélvica, doença inflamatória, doença degenerativa difusa - doenças psiquiátricas - doenças como fraturas, tumores ou infecção - gravidez - dor miofascial, estenose lombar, sinais clínicos de radiculopatia, - doença inflamatória - doença degenerativa difusa - abuso de substâncias - doença psiquiátrica - ODI ODI - Shuttle Walking Test - ODI Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 138 Review Quadro 1. (continuação) Estudo (autores) e data Fritzell et al. Medidas de desfecho secundário Porcentagem de perda de seguimento (taxa de desistência) 6 Million Score e General Function Score (GFS,) - Escala de depressão de Zung - Dados da seguridade social (problemas trabalhistas), - Avaliação própria do paciente (comparado com antes do tratamento, se estava muito melhor, melhor, inalterado ou pior), - Status laboral, - - Fusão avaliada radiologicamente 2% (5 pacientes entre 298 pacientes) Brox et al., 2003 Fairbank et al.8 Brox et al., 20069 - Questionários quanto a dor nas costas e nas pernas, uso de medicações diárias, - escore de incapacidade (General Function Score), - escore de avaliação emocional (Hopkins Symptom Check List) - escores de satisfação pessoal, medos e crenças e status laboral 3% 7 Cross-over 8% (25 pacientes) Tipo de intervenção cirúrgica Fusão da coluna lombar com 3 técnicas: fusão in situ, com parafusos e com dispositivo intersomático Fusão de coluna instrumentada via posterior Reabilitação em regime ambulatorial (terapia cognitiva e comportamental), variável de paciente para paciente – não padronizada Reabilitação com fisioterapia e intervenção cognitiva e exercícios (3 sessões diárias de exercícios físicos por 3 semanas) – Departamento de Fisioterapia do Hospital Nacional Tipo de intervenção no grupo controle – não cirúrgica Brox et al., 201010 Hellum et al.11 Short Form 36 general health questionnaire (SF 36), - avaliação psicológica (Escala de depressão de Zung) - Questionário quanto a intensidade da dor, uso de medicamentos, General Function Score (GFS), escore de avaliação emocional (Hopkins Symptom Check List) - escores de satisfação pessoal, medos e crenças e status laboral - Questionário de dor, função geral, incapacidade global, problemas emocionais, trabalhistas, uso de medicamentos e satisfação de vida - Dor lombar, questionários de satisfação com a vida (SF-36 e - EuroQol EQ-5D), - HSCL-25, - FABQ, medidas de avaliação de dor pessoal, status trabalhista, satisfação do paciente e uso de medicamentos. 19% (65 pacientes) 3% 8% no grupo cirúrgico e 14% no grupo conservador 20% (34 pacientes) 9% no grupo cirúrgico e 24% no grupo conservador 6% (5 pacientes) Fusão de coluna instrumentada via posterior Fusão de coluna instrumentada via posterior Prótese de disco lombar Reabilitação com fisioterapia e intervenção cognitiva e exercícios (3 sessões diárias de exercícios físicos por 3 semanas) Reabilitação com fisioterapia (exercícios e intervenção cognitiva) – 3 semanas de terapia cognitiva e exercícios seguida de mais duas semanas em casa Reabilitação multidisciplinar por 12 a 15 dias (ambulatorial) 28% (48 pacientes) do grupo de reabilitação foram operados em dois anos e 4% (7 pacientes) randomizados para cirurgia fizeram, ao invés, reabilitação Fusão da coluna com ou sem implantes, cages ou mesmo estabilização dinâmica Reabilitação 5 dias por semana durante 3 semanas, de 60 a 110 horas, individualizada em cada centro, com exercícios e terapia cognitiva Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 139 Review Quadro 1. (continuação) Estudo (autores) e data Resultados Desfechos Primários Resultados Desfechos Secundários Fritzell et al.6 Brox et al., 20037 A dor lombar diminui no grupo cirúrgico em 33% dos casos (64 a 43), comparada com 7% (63 a 58) no grupo não cirúrgico (P=0,0002). A dor melhorou principalmente nos primeiros seis meses, sendo que depois deteriorou gradativamente. O score de Oswestry foi reduzido em 25% no grupo cirúrgico (47 a 36) comparados com 6% (48 a 46) no grupo tratado de forma conservadora (P=0,015). Após 1 ano: O ODI reduziu de 41 para 26 pontos depois da cirurgia, comparado com 42 para 30 pontos no grupo submetido a intervenção e exercícios. A diferença média entre os grupos foi de 2,3 (-6,7 a 11,4) (p=0,33). A taxa de sucesso segundo um observador independente foi de 70% no grupo cirúrgico comparado com 76% no grupo de intervenção cognitiva e exercícios. No Million Score, houve melhora em 28% (64 a 46) comparado com 8% (66 a 60) no grupo cirúrgico e não cirúrgico, respectivamente, (P=0,004), e GFS em 31% (49 a 34) comparados com 4% (48 a 46) (P=0,005). 122 dos 195 operados (63%) referiram-se com muito melhor ou melhor quando comparados com 29% (18/62) tratados não cirurgicamente (P<0.0001). Os sintomas depressivos reduziram em 20% (39 a 31) entre os pacientes operados e 7% (39 a 36%) nos não operados (P=0.123). O retorno laboral foi também favorável no grupo operado, de 36% versus 13% (P=0,002). 17% do grupo operado tiveram complicações. Não houve diferenças entre dor nas costas, uso de analgésicos, estresse emocional, satisfação de vida e retorno laboral. Fairbank et al.8 Brox et al., 20069 Brox et al., 201010 Hellum et al.11 A diferença do ODI (após 2 anos) de -4,1 pontos (IC de 95% -8,1 a -0,1; p= 0,045) em favor da cirurgia. Não houve diferenças significativas em relação ao shuttle walking teste. O ODI melhorou de 47 para 38 pontos depois da cirurgia com fusão e de 45 para 32 pontos depois da terapia cognitiva e exercícios. A diferença média entre os tratamentos após ajuste por gênero foi de -7,3 (95% IC entre -17,3 a 2,7, p=0,15). A taxa de sucesso foi de 50% no grupo submetido a fusão e 48% no grupo da intervenção cognitiva e exercícios. A taxa de seguimento em 4 anos foi de 92% e 86%, no grupo cirúrgico e no conservador, respectivamente. Após análise baseada em intention-to-treat não houve efeito no ODI A diferença no ODI (após 2 anos) foi de -8,4 pontos (IC de 95% -13,2 a -3,6) em favor da cirurgia O único tratamento efetivo observado foi a diminuição de evitação de medos favorecendo a terapia cognitiva e exercícios diferença significativa em favor da cirurgia para dor lombar (-12,2, IC 95% de -21,3 a -3,1), satisfação do paciente (63% (n=46) versus 39% (n=26), SF-36 componente físico (5.8 de diferença média, com IC de 2,5 a 9,1) e escala de Prolo (0,9 de média da diferença, com IC de 0,1 a 1,6). Não houve diferenças em relação a retorno laboral, SF-36 – componente mental, EQ-5D, fear avoidance beliefs, HSCL-25, uso de drogas e escala de performance da coluna. Não houve diferenças significativas em relação ao SF-36 Pacientes não operados melhoraram em todas as variáveis em 1 ano, exceto dor nas costas (p=0,07), estresse laboral (p=0,13) e emocional (p=0,08). No grupo cirúrgico não houve melhora em nenhum item, exceto dor nas costas (p=0,02). Diferenças entre grupos entre o pré operatório e após um ano não foram significantes exceto para dstância da ponta do dedo ao chão e escore de medo e crenças para tratamento não cirúrgico Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 140 Review Quadro 1. (continuação) Estudo (autores) e data Fritzell et al.6 Complicações Conclusões Sem óbitos relacionados a cirurgia. 17% dos pacientes tiveram complicações cirúrgicas, sendo que 9 de 140 pacientes que receberam parafusos tiveram dor radicular nova . Complicações incluiram infecções, lesão no nervo torácico longo por posicionamento, no nervo femoral lateral por retirada do enxerto e pesudoartrose A fusão lombar pode ser usada em grupos selecionados com dor lombar para diminuir a dor e incapacidade. Não houve diferenças em relação às três técnicas de fusão utilizadas Brox et al., 20037 A taxa de complicação cirúrgica precoce foi de 18%, sendo 6 de 33 pacientes, com 2 infecções, 1 fístula dural, uma trombose venosa. Não houve complicações tardias. Para pacientes com dor lombar crônica com degeneração discal, a fusão lombar não mostrou benefícios sobre a intervenção cognitiva ou exercícios. Fairbank et al.8 19 pacientes tiveram complicações cirúrgicas, sendo que 11 foram reoperados nos dois anos de seguimento Ambos os grupos apresentaram redução da intensidade dos sintomas nos dois anos de seguimento e o possível benefício estatístico com cirurgia foi mínimo e sem grandes significâncias clínicas. Acrescenta-se que o risco e custa da cirurgia devem ser considerados. Desta forma, não há evidência que a fusão seja melhor do que a reabilitação. Brox et al., 20069 2 infecções em 23 pacientes operados Para pacientes com dor lombar crônica pós-cirurgia de hérnia de disco, a fusão lombar não mostrou benefícios sobre a intervenção cognitiva ou exercícios. Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment Brox et al., 201010 Hellum et al.11 Complicações precoces como infecção. Sem complicações tardias 1 amputação em cirurgia de revisão de paciente operado, 5 (6,5%) pacientes foram reoperados,. Um paciente teve ejaculação retrógrada, 2 pacientes tiveram perda sensorial na região da coxa e 2 referiram nova dor radicular após a cirurgia Não houve benefícios no tratamento cirúrgico dos pacientes com lombalgia quandoo comparados com exercícios e intervenção cognitiva. A cirurgia de prótese de disco resultou em melhora na ODI comparado com reabilitação embora esta melhora não fosse suficiente para alcançar um significado clínico mínimo estimado de 10 pontos. O risco de complicações com a cirurgia e a importante taxa de pacientes que melhoraram com tratamento não cirúrgico devem ser considerados na decisão do tratamento J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 141 Review R eferências 1. Andersson GB. Epidemiological features of chronic low-back pain. Lancet.1999;354(9178):581–5. 2. Brox JI, Nygaard ØP, Holm I, Keller A, Ingebrigtsen T, Reikeras O. Four-year follow-up of surgical versus non-surgical therapy for chronic low back pain. Ann Rheum Dis. 2010;69(9):1643-8 3. 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In this paper, Joaquim et al. offer an excellent review of randomized trials comparing conservative and surgical treatment for chronic low back pain, one of the most frequent complaints in daily clinical practice - and, therefore, an undoubtful relevant theme. After a careful selection, six randomized clinical studies were selected for analysis to stablish their conclusions. In view of studies with Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 142 Review this level of evidence, non-randomized studies are disregarded. The conclusion of the authors is that the surgical treatment should not be recommended as a routine for patients with chronic low back pain. a daily practice. Therefore, I agree with the statement that surgical treatment should not be recommended as a “routine” for patients with chronic low back pain. Other points can be raised regarding the theme: 1) Chronic Low back pain should not be considered per se a diagnosis. Several terms such as lumbago, discogenic axial back pain and painful degenerative discopathy are used, although to determine the source of pain is not always possible - and almost never with certainty. In the reviewed studies, the simple association of chronic low back pain with the presence of disc degeneration (and the failure of conservative treatment) was considered for the selection of patients. Recently, the changes of vertebral endplates Modic type I (Hellum et al, Blondel et al), the percutaneous discography associated to discoblock (Ohtori et al) were suggested as predictors of surgical success in non-randomized studies with conservative treatment - and for this reason were not even included in this review. 2) There is a great difficulty to standardize the conservative treatment, unlike the surgical one. The criticism, extremely relevant to the study of Fritzell et al. is, in fact, related to the availability of good scenario for a conservative treatment. The type of conservative treatment performed, as well as the compliance by the patient, should be very well defined prior to consider it as a “conservative treatment failure” and the possibility to discuss the surgical treatment. 3) The citation of the authors that patients frequently seek a “cure” for low back pain is very realistic. The desire to be free of the pain in general is associated with the desire to do not perform any more physical or drug therapies. A nonrealistic expectation since it has been well demonstrated that any proposed treatment should generate an “improvement” of the symptoms, and is not the total resolution of same. A possible indication of surgical treatment for chronic low back pain should include the more possible precise diagnosis of the source of pain, the identification of predictors of surgical success (as Modic I, discoblock etc), a careful evaluation of conservative treatment methods used and, in particular, the expectations of the patient in relation to the result and its followup. A favourable scenario in these aspects is not frequente in Jerônimo Buzetti Milano Curitiba, Paraná References 1. Blondel B, Tropiano P, Gaudart J, Huang RC, Marnay T. Clinical results of lumbar total disc arthroplasty in accordance with Modic signs, with a 2-year-minimum followup. 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Rua Antônio Lapa 280, S 506 - Zip 13025-240 Cambuí, Campinas-SP, Brazil andjoaquim@yahoo.com Joaquim AF, Ghizoni E, Tedeschi H. - Chronic low back pain secondary to degenerative disc disease - systematic review of randomized clinical trials and comparison between the conservative surgical treatment J Bras Neurocirurg 24 (2): 131-142, 2013 143 Review Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms Hipotermia no tratamento de hipertensão intracraniana refratária em pacientes com HSA grave, casos associados a vasoespasmo secundário Bernardo Lembo Conde de Paiva, MD Raphael Simões, MD Thiago Coelho, MD Renata Simm MD Paulo Henrique Pires de Aguiar MD, PhD ABSTRACT Subarachnoid hemorrhage (SAH) is a severe disease in which 10% of patients may present sudden death before arriving at the hospital. Patients are exposed to a high risk of secondary complications including vasospasm. For refractory vasospasm and essentially for ICP control, hypothermia may be employed for the treatment. We aimed to evaluate the influence of therapeutic hypothermia in mortality rates of patients with severe SAH with high intracranial pressure despite best clinical treatment. Temperatures were reduced using mattress for a target temperature of 33-35o C. Five patients were included. Two patients were admitted with a Hunt-Hess scale grade of 2, two of 3 and one of 4. The mean length of therapeutic hypothermia was 7.2 days. Two patients survived with a Rankin scale of 0, and three died. In our observational study we observed a 180 days mortality rate of 40% that increased to 60% in six month analysis. Recent trials describe a mortality rate of 90% in patients with SAH and refractory ICH11. We believe hypothermia may be the best method to be employed in this clinical situation. Keywords: Coma, Modified Rankin Scale, Humans, Induced Hypothermia, Intracranial Aneurysm, Intracranial Hypertension, Subarachnoid Hemorrhage, Treatment Outcome, Intracranial Vasospasm. RESUMO A hemorragia subaracnóidea (HAS) é uma doença grave na qual 10% dos pacientes podem apresentar morte súbita antes mesmo de chegar ao hospital. Os pacientes apresentam um risco elevado de complicações secundárias, incluindo o vasoespasmo . Para vasoespasmo o refratário e, essencialmente, para o controle de PIC, a hipotermia pode ser utilizada de forma terapêutica. Nosso objetivo foi avaliar a influência da hipotermia terapêutica nas taxas de mortalidade de pacientes com HSA grave e com pressão intracraniana elevada, apesar de melhor tratamento clínico implementado previamente. As temperaturas foram reduzidas utilizando colchão térmico para uma temperatura alvo de 33 -35o C. Cinco pacientes foram incluídos. Dois pacientes foram admitidos com um Hunt- Hess de 2, dois com Hunt Hess de 3 e um com Hunt Hess de 4. O tempo médio de hipotermia terapêutica foi de 7,2 dias. Dois pacientes sobreviveram com uma escala de Rankin de 0, e três faleceram. Em nosso estudo observacional foi observada uma taxa de mortalidade de 180 dias de 40% , que aumentou para 60% em análise de seis meses. Estudos recentes descrevem uma taxa de mortalidade de 90% em pacientes com HSA com Hipertensão intracraniana refratária. Acreditamos que a hipotermia pode seja o melhor método para ser utilizado na presente situação clínica. Palavras Chave: Coma, Escala de Rankin Modificada, humanos, hipotermia Induzida, Aneurisma intracraniano, Hipertensão Intracraniana, Hemorragia Subaracnóidea, Resultado de Tratamento, Vasospasmo intracraniano Neurointensive Care Unit, Department of Neurology, Santa Paula Hospital, São Paulo, Brazil. Received Oct 26, 2013. Accepted Dec 20, 2013 Paiva BLC, Simões R, Coelho T, Simm R, Aguiar PHP. - Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms J Bras Neurocirurg 24 (2): 143-147, 2013 144 Review I ntroduction Subarachnoid hemorrhage (SAH) is a disease characterized by the sudden onset of a headache and signs of meningeal irritation. Common causes are; the rupture of aneurysms and arteriovenous malformations (AVM). There are some cases in which no aneurysms or AVM are identified by cerebral angiography, this may occur due to perimesencephalic bleeding15,17. 10% of patients who suffer SAH present sudden death before arriving at the hospital due to ventricular bleeding and pulmonary edema13. Amongst the survivors; around 2040% of large volumes SAH, present comatose (Hunt-Hess grade IV and V) on arrival in the emergency room9, with a mortality rate of 50% in the first three months7, and 20% remain dependent for their daily activities8. The main factors related to outcome are age, level of consciousness at admission and volume of bleeding. 60 year old patients and older, with comatose state at hospital admission and high volume bleeding, have a higher mortality rates14. Patients under 60 years old have a more favorable outcome (39%) in comparison to patients over 60 years old, wich have only a 15.4%16. An Italian study among 350 patients showed that age above 60 is an independent predictor of poor prognosis in a logistic regression analysis1. Patients who survive the first bleeding are exposed to a high risk of secondary complications that may appear at an early stage, including hydrocephalus, reactional brain edema, vasospasm and recurrence of bleeding with intra-cerebral and ventricular haemorrhage which may lead to an increase in intracranial pressure (ICP). The recurrence of bleeding occurs in 30-40% of cases in the first month and is most likely to occur in the first 24-48hrs if the aneurysm is not occluded5. Vasospasm is a common complication which may occur in 30-70% of cases from the 4th to 12th day. Nevertheless it is only symptomatic in 20-30% of the cases. Symptomatic severe vasospasm may lead to additional worsening due to secondary neurological lesions leading to ischemic damage and increased intracranial pressure (ICP)2,4. The essential treatment for SAH consists in the occlusion of the aneurysm as early as possible by surgical clipping or embolization. This stops the bleeding and enables a more aggressive management of complications. Although, there is no evidence, from clinical trials, that this improves patients’ survival rates (AHA Guideline 2009). For the vasospasm treatment, the 3 H therapy (Hyperhydration, Hypertension, and Hemodilution) may be employed, but essentially the ICP control is the major goal of this treatment10. In critically ill patients, deep sedation, orotracheal intubation and hypothermia may be recommended aiming to reduce brain’s metabolism. Multimodal monitoring in these patients may detect, in advance, secondary lesions in order to avoid a worsening of the primary injury. Fever may occur in more than a half of SAH patients and is mostly associated with infections, such as pneumonia and meningitis, but may not be associated in 20% of cases12 being caused by higher volumes of bleeding3. Fever is an independent predictor of unfavorable outcome18,11 and its control should is strongly recommended. Hypothermia has become a promising therapeutic option for SAH due to its neuroprotective effects. It was employed for the management of refractory vasospasm, secondary ischemic lesions and intracranial hypertension (ICH) not responsive to standard treatment16, in which mortality rates and disability are 95 and 100% respectively9,1. Hypothermia to SAH was studied using systemic techniques with the use of cooling blankets, ice packs or with an intravascular device as well. Methods We aimed to evaluate the influence of therapeutic hypothermia in mortality rates of patients with severe SAH, associated with secondary vasospasm which had become comatose. Hypothermia was induced in patients with refractory high intracranial pressure (over 20 mmHg) despite best clinical treatment to control intracranial pressure (deep sedation, normocarbia and the use of manitol or hypertonic saline). The criteria chosen to withdraw therapeutic hypothermia were the stabilization of Intracranial Pressure (ICP) values, as well as, head Computed Tomography (hCT) images improvement. Temperatures were reduced using a systemic method with the use of cold water circulating mattress for a target temperature Paiva BLC, Simões R, Coelho T, Simm R, Aguiar PHP. - Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms J Bras Neurocirurg 24 (2): 143-147, 2013 145 Review reduction of 33-35o C. All patients were closely monitored for the early detection of infectious, electrolytes and coagulation disorders during the ICU hospitalization. The method we used for early detection of infectious states was Reactive C Protein (RCP), hence fever and leucocytes count are difficult to interpret when patients are hypothermic. R esults At Santa Paula Hospital’s Neurocritical care unit, in a period of 18 months, 5 patients, 4 females and only one male, with a median age of 34 years old and a length of stay of 74.4 days. Patient number 5 had serious infectious complications which lead to a 230 days of hospitalization. All patients had SAH with secondary vasospasm and refractory ICH in which therapeutic hypothermia was necessary to be employed due to its severerity. Three were admitted with a Fischer scale of IV (F IV), one with III (F III) and the last of I (F I). Hunt-Hess scale was more heterogeneous; two with a grade of 2 (HH 2), two of 3 (HH 3) and one of 4 (HH 4). All aneurysmatic arteries were occluded by embolization or clipping. The mean length of therapeutic hypothermia was 7.2 days, being effective to control refractory ICH in 3 out of 5 patients. Two patients survived after 180 days with a Rankin scale of 0. One (patient number 5) was discharged from NICU with a Rankin scale of 3 and came back to NICU and thereafter died of an infectious disease after 230 days of hospitalization. No serious (grade III or IV) complications directly related to this method were observed in this study. The two patients in which ICP was not controlled with hypothermia died due to brain death. Patient 1 2 3 4 5 Gender M F F F F Age 42 26 52 26 26 Diagnosis SAH SAH SAH SAH SAH Fisher (F) And HuntHess (Hh) Scales On Admission F IV/HH 3 F III/HH 4 F IV/HH 3 F IV/HH 2 F I/HH 2 Icu Length Of Stay (Days) 12 73 22 35 230 Ruptured Aneurysm Location LICA* Blister An. Of LICA* P2-P3 Basilar Artery ACOA* Treatment endovascular coiling endovascular endovascular coiling coiling endovascular neurosurgical coiling clipping Length Of Hypothermia (Days) 8 15 3 3 7 6 Month Outcome Death Discharge Death Discharge Death Cause Of Death Brain Death (Due To Not Refractory Applicable Intracranial Hypertension) Brain Death (Due To Not Refractory Applicable Intracranial Hypertension) Late Sepsis * LICA - left internal carotid artery, ¥ ACOA - anterior communicating artery. Discussion In our observational study we observed a 180 days mortality rate of 40% that increased to 60% in six month analysis. Recent trials describe a mortality rate of 90% in patients with SAH and refractory ICH11. Standard treatments, such as deep sedation, normocapnia and hypertonic saline or mannitol, may not be enough to control the ICH. Hypothermia is currently the method of choice for ICH control, when these methods are no longer effective. Paiva BLC, Simões R, Coelho T, Simm R, Aguiar PHP. - Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms J Bras Neurocirurg 24 (2): 143-147, 2013 146 Review The complications did not differ from literature, with the presence of infection, ileus, gastroparesis, vomiting, hemodynamic instability, and platelet dysfunction. 3. Dorhout Mees SM, Luitse MJ, van den Bergh WM, Rinkel GJ. Fever after aneurismal subarachnoid hemorrhage: relation with extent of hydrocephalus and amount of extravasated lood. Stroke 2008;39(7):2141-2143 The reduced number of patients is a limitation of our study, as well as the allocation method. There was no randomization or control group, which did not allow us to come to conclusions with statistical validation. 4. Dorsch NW. Therapeutic approaches to vasospasm in subarachnoid hemorrhage. Curr Opin Crit Care. 2002;8(2):12833. We believe hypothermia may be the best method to be employed in this clinical situation and further clinical trials with a larger number of patients and appropriate methods for statistical evaluation could determine the actual benefits of this method to be employed for those so severe patients. Conclusion In conclusion, hypothermia is a very good method of neuroprotection and remaining doubts need to be answered in order to let it be widely used on neurocritical patients. Disclosure 5. Fujii Y, Takeuchi S, Sasaki O, Minakawa T, Koike T, Tanaka R. Ultra-early rebleeding in spontaneous subarachnoid hemorrhage. J Neurosurg. 1996;84(1):35-42. 6. Heuer GG, Smith MJ, Elliott JP, Winn HR, LeRoux PD. Relationship between intracranial pressure and other clinical variables in patients with aneurismal subarachnoid hemorrhage. J. Neurosurg 2004;101(3):408-416 7. Hijdra A, van Gijn J. Early death from rupture of an intracranial aneurysm. J Neurosurg. 1982;57(6):765-8. 8. 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Corresponding Author Bernardo Lembo Conde de Paiva, MD Neurointensive Care Unit, Department of Neurology, Santa Paula Hospital, São Paulo, Brazil. neuro@drbernardolembo.com.br CORRIGENDA No artigo “ Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms “, publicado no número 24, volume 2, do Jornal Brasileiro de Neurocirurgia, na página 143, onde se lê: ‘‘1Department of Neurology and Neurosurgery – UNIFESP. São Paulo, Brazil. 2 Neuropathologist – Department of Pathology – UNIFESP. São Paulo, Brazil.” Leia-se: “Neurointensive Care Unit, Department of Neurology, Santa Paula Hospital, São Paulo, Brazil.” Paiva BLC, Simões R, Coelho T, Simm R, Aguiar PHP. - Hypothermia in the treatment of refractory intracranial hypertension in patients with severe SAH, cases associated with secondary vasospasms J Bras Neurocirurg 24 (2): 143-147, 2013 148 Case Report Pineal region chordoid meningioma Meningioma cordóide da região pineal Felipe Slaviero1, MD. Cláuder Ramalho1, MD. João Norberto Stavale2, PhD. Sérgio Cavalheiro1, PhD. Manoel Antônio de Paiva Neto1, PhD. ABSTRACT Background: Meningiomas correspond to only 8% of pineal region tumors. Chordoid meningioma (CM) comprises only 0.5 to 1.0% of all intracranial meningiomas and is even rarer in the pineal region. In the literature, we found only six cases of pineal region CMs reported. Clinical presentation: We describe a case of one patient with headache, confusion, slurred speech and gait disturbance. The ophthalmologic examination revealed vertical gaze paresis and near-light dissociation of papillary reflex. MRI disclosed a large pineal region tumor with heterogeneous contrast enhancement. The tumor was totally removed by an occipital transtentorial approach (OTA) in a “three-quarter prone” position. Histological analysis disclosed a CM. Conclusion: Chordoid meningioma is a very rare variant of meningioma and the pineal region is a poorly described site. This study contributes to the understanding of this heterogeneous entity, to consider the CM as a differential diagnosis of pineal region tumors and to provide proper management of affected patients. Keywords: Chordoid; Meningioma; Pineal region. RESUMO Objetivo: Meningiomas correspondem a apenas 8% dos tumores da região pineal. O meningioma cordóide (CM) representa 0,5 a 1,0% de todos os meningiomas intracranianos, sendo ainda mais raro na região pineal. Na literatura, apenas seis casos de CMs são relatados. Apresentação clínica: Descrevemos o caso de um paciente com cefaleia, confusão mental, disartria e ataxia de marcha. O exame oftalmológico revelou paresia do olhar vertical e dissociação do reflexo pupilar fotomotor e de convergência. A RM revelou uma lesão expansiva na região da pineal com impregnação heterogênea pelo contraste. O tumor foi totalmente ressecado pela abordagem occipital transtentorial lateral em posição três-quartos prona. A análise histológica revelou um CM. Conclusão: Meningioma cordóide é uma variante rara de meningioma pouco descrita na região pineal, mas que deve ser considerada como diagnóstico diferencial das patologias localizadas nessa região. Este estudo contribui para um melhor entendimento do diagnostico e manejo destes tumores. Palavras Chave: Cordóide; Meningioma; Região Pineal I ntroduction Chordoid meningioma (CM) is a very rare variant of meningioma with a unique chordoid appearance. It is classified as a WHO Grade II meningioma subtype and has a higher tendency to recur than common meningiomas3,5,17. Eventually, it can be part of Castleman`s disease, especially in young patients3. Usually, CM occurs in the supratentorial region and the location in the pineal region is extremely atypical and poorly documented in the literature6,9,10,13. Hereby, we report a case of pineal region CM in a 44 year-old male. Also, a literature review about the lesion and its treatment was undertaken. Case presentation A 44-year-old male patient was referred to our neurosurgical unit from another institution with a 3-month history of progressive headache, confusion and drowsiness. He had undergone two stereotactic brain biopsy procedures of a pineal region lesion with inconclusive histological diagnosis and a ventriculoperitoneal shunt to treat hydrocephalus. Department of Neurology and Neurosurgery – UNIFESP. São Paulo, Brazil. Neuropathologist – Department of Pathology – UNIFESP. São Paulo, Brazil. 1 2 Received Aug 21, 2013. Accepted Jan 19, 2014 Slaviero F, Ramalho C, Stavale JN, Cavalheiro S, Neto MAP. - Pineal region chordoid meningioma J Bras Neurocirurg 24 (2): 148-152, 2013 149 Case Report On neurologic examination he presented confusion, difficulty to walk and slurred speech. The reflexes were hyperactive with a bilateral ankle clonus. Ocular abnormalities included vertical gaze paresis and near-light dissociation of pupillary reflex (Parinaud’s syndrome). Laboratory analyses were negative for hematological abnormalities, including dysgammaglobulinemia. A brain magnetic resonance imaging (MRI-scan) showed an enlarging pineal mass when compared to the previous studies (Fig. 1). The serum and cerebrospinal fluid tumor markers including, alpha-fetoprotein, beta human chorionic gonadotropin were normal. Based on these radiological findings, negative pineal tumors markers and inconclusive histological diagnosis, surgical resection was indicated. Figure 2: Right occipital transtentorial operative view of the tumor shows a pinkish lesion in the quadrigeminal cistern. The patient had an uneventful postoperative course and was discharged on postoperative day four. Pathologic analysis showed a chordoid meningioma (Fig. 3). Immunohistochemical study confirmed the histology. The tumor Ki67/MIB-1 labeling index was 1%. Figure 1: Sagital T1-weighted (A) and Gadolinium-enhanced T1-weighted (B) MRI-scan reveal a hypointense pineal region CM displacing the internal cerebral veins inferiorly (arrowhead) and with heterogeneous Gadolinium-enhancement. The lesion does not extend much backward the splenium of the corpus callosum and the tentorial angle is approximately 45 degrees, favoring the occipital transtentorial approach. The patient was positioned in a “three-quarter prone” position and submitted to a right occipital transtentorial approach (OTA) as previously described1 After gentle right occipital lobe retraction, the tentorium was divided lateral to the straight sinus. The arachnoid overlying the quadrigeminal plate and vein of Galen was sharply opened. The soft pinkish tumor enlarging the space between the precentral cerebellar vein and the internal cerebral vein was observed (Fig. 2). After debulking of the core of the tumor, it was separated from the deep venous system. This tumor presented a well-defined cleavage plan to the anterior third ventricle walls, tectorial plate, splenium of the corpus callosum and, thalamus. Endoscopic inspection of surgical cavity at the end of procedure showed a total resection. Figure 3: (A) Photomicrograph of the tumor showing epithelial cells arranged in cords (H&E x100); (B) spindle-shaped and polygonal cells that formed trabeculae and cords in a myxoid background (PAS x400). Slaviero F, Ramalho C, Stavale JN, Cavalheiro S, Neto MAP. - Pineal region chordoid meningioma J Bras Neurocirurg 24 (2): 148-152, 2013 150 Case Report On two year follow-up, the patient’s symptoms and neurological deficits resolved completely, except for a left arm tremor. The MRI-scan showed no evidence of tumor recurrence (Fig. 4). Two years after surgery, patient has no signs of recurrence. grade II meningioma in 1993, corresponding to approximately 0.5-1.0% of all intracranial meningiomas12. In the 2007 WHO review classification, the CM joined the clear cell and the atypical meningioma in the grade II category7. To our knowledge, only six cases the pineal region CMs were previously reported (Table1)6,9,10,13. Small series and case reports of CMs located on other intracranial sites have been described showing higher incidence in younger age group with a slight female predominance3,5,11,15,16,17. Table 1: Reported cases of pineal region chordoid meningiomas Author & Year Figure 4: Sagital post-contrast T1 MRI showing total tumor resection. Discussion Meningiomas in general correspond to approximately 8% of the pineal region lesions14. A wide variety of tumors can affect pineal region, the most common being germ cell tumors, gliomas, and pineal cell tumors. Meningiomas seem to arise from arachnoid cap cells of the falcotentorial junction or from the velum interpositum in the roof of the third ventricle17. Chordoid meningioma (CM) is an atypical tumor described by Connors et al., in 1980 and initially associated with retarded somatic and sexual development, hepatosplenomegaly, anemia, and dysgammaglobulinemia (Castleman’s disease)2,3,5,16. The term “chordoid meningioma” was first used by Kepes et al., in 1988 to describe the distinctive histological chordoid appearance of the tumor11. Hence, several cases of CM have been described with the establishment of the classification of this tumor as a WHO Slaviero F, Ramalho C, Stavale JN, Cavalheiro S, Neto MAP. - Pineal region chordoid meningioma Kobata et al.13 1998 Haque et al.9 2002 Ida et al.10 2007 Fukushima et al.6 2008 Present case 22. F 44, M Age (yrs), 15, F Sex 34, M Visual Symptoms deficit, seizures, & Signs anemia ICH, hearing H/A, visual loss, gait deficit, gait ataxia, Parinaud`s ataxia sign T1W – iso/ hypo T2W – MRI-Scan hyper GdT1W homog T1W – NI T2W – NI GdT1W homog T1W – NI T1W – hypo T2W – hypo/ T2W – hyper hyper GdT1W – GdT1W – heterog heterog T1W – hypo/iso T2W – hypo/ hyper GdT1W – homog T1W – hypo/iso T2W – hyper GdT1W – heterog Approach OTA OTA NI NI OTA OTA Ressection Total Total Total Subtotal Subtotal Total MIB-1 NI 8.4% 20.1% 2.1% 1% 8m Recurrence 6m NA 2 yrs NA 1y No recurrence NI 2 yrs 2 wks Follow-up No NI recurrence 44, M 37,F ICH, diplopia, H/A, fever, Parinaud`s anemia sign H/A, confusion, gait ataxia, slurred speech, Parinaud`s sign ICH (Intracranial hypertension); H/A (Headache); Iso (Isointense); Hyper (Hyperintense); Hetero (Heterogeneous); Homo (Homogeneous); OTA (Occipital transtentorial approach); NI (Not informed); NA (Not applicable). The clinical signals and symptoms of pineal region CMs are thought to be a result of mass effect associated with a peritumoral lymphoplasmacellular infiltrate and include obstructive hydrocephalus (headache, vomiting, papilledema, J Bras Neurocirurg 24 (2): 148-152, 2013 151 Case Report and gait disturbances), altered mental changes and ocular abnormalities14. Diagnosis of a pineal tumor is made based on MRI. This technique allows the understanding of anatomic position and, therefore, the relationship of the tumor with the surrounding neural structures and major intracranial vessels to assess the proper approach. On MRI-scan the CM is hypointense on T1-weighted images and is isointense to hyperintense on T2-weighted images with variant contrast enhancement3,4. The pineal meningiomas usually displace the deep venous system ventrally and inferiorly, thereby providing a clue to the diagnosis4,18. Nowadays, it is difficult to differentiate pineal region meningiomas from others pineal tumors only by through image appearance. Though, it is imperative to establish a tissue diagnosis and evaluate blood and/or tumor markers to provide proper management. Although stereotactic biopsy can achieve correct diagnostic in about of 94% in pineal lesions, it was negative in our case after two attempts19. The majority of the patients presenting with tumor obstructive acute hydrocephalus secondary to pineal tumors are managed in our department with endoscopic third ventriculostomy and tumor biopsy. Stereotactic biopsy is reserved for patient with pineal region masses without hydrocephalus. Surgery is the standard treatment for meningiomas located in all intracranial sites and postoperative radiotherapy is reserved for cases of subtotal resection or malignant subtypes16. Current selection of surgical approach to pineal tumors depends primarily on the relationship of the tumor to the deep venous system and other surrounding structures. The OTA is selected when the tumor displaces the internal cerebral veins ventrally and inferiorly, and did not expand dorsally to the splenium of the corpus callosum. Also the angle of the tentorium is taken under consideration1,8,14. infiltrate have been described in some cases3. In the event of overwhelming chordoid presence, the immunohistochemical study becomes of ultimate importance15,16. Immunohistochemical pattern of positivity for vimentin and epithelial membrane antigen (EMA), in conjunction with negativity for glial fibrillary acidic protein (GFAP), S-100 protein and cytokeratin helps in differentiating other morphologically simulating tumors such as chordoma, chordoid glioma, epithelial hemangioblastoma and metastatic mucinous carcinoma2,5,11. Despite of the benign origin of meningiomas, the CMs reveal a more aggressive behavior. A higher proliferation index (MIB1), chordoid pattern predominance and longer follow-up period increase tumor recurrence rates. The chance of recurrence ranges from 0 to 42% according to the series reported in literature3,4,11,15,16,17. The mean time of recurrence can be as long as 10.4 years16. Radiation therapy is usually reserved for subtotal resection or tumor recurrence. In our case, because the completeness of resection, low proliferation index a close follow-up was preferred and patient did not present signs of recurrence in MRI scan two years after surgical procedure. Conclusion CM is a very rare variant of meningioma and the pineal region is a poorly described site. This study contributes to the understanding of this heterogeneous entity, to consider the CM as a differential diagnosis of pineal region tumors and to provide proper management of affected patients. R eferences Safe and effective surgical strategies are essential for current clinical management of pineal tumors and correct histological diagnosis is fundamental to decision making. 1. Histologically, CMs show eosinophilic, vacuolated, spindleshaped and polygonal cells that formed trabeculae and cords in a myxoid background. A peripheral lymphoplasmacellular 2. Connors MH. Growth and maturation arrest, hypochromic anemia and hyperglobulinemia associated with a brain tumor. West J Med. 1980;133:160–163. Slaviero F, Ramalho C, Stavale JN, Cavalheiro S, Neto MAP. - Pineal region chordoid meningioma 3. Ausman JI, Malik GM, Dujovny M, Mann R. Three-quarter prone approach to the pineal-tentorial region. Surg Neurol. 1998;29:298–306. Couce ME, Aker FV, Scheithauer BW. Chordoid meningioma: J Bras Neurocirurg 24 (2): 148-152, 2013 152 Case Report a clinicopathologic study of 42 cases. Am J Surg Pathol. 2000;24:899–905. 4. de Tella OI Jr, Herculano MA, Prandini MN, Stavile JN, Bonatelli A de P. Chordoid meningioma: report of two cases. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61:91-94. 5. Epari S, Sharma MC, Sarkar C, Garg A, Gupta A, Mehta VS. Chordoid meningioma, an uncommon variant of meningioma: a clinicopathologic study of 12 cases. J Neurooncol. 2006;78:263– 269. 6. Fukushima S, Terasaki M, Shigemori M. Chordoid meningioma arising in the pineal region: a case report. Brain Tumor Pathol. 2008;25:91–95. 7. Fuller GN, Scheithauer BW. The 2007 Revised World Health Organization (WHO) Classification of Tumours of the Central Nervous System: newly codified entities. Brain Pathol. 2007;17:304-307. 8. Goto T, Ohata K, Morino M, et al. Falcotentorial meningioma: surgical outcome in 14 patients. J Neurosurg. 2006;104:47–53. 9. Haque M, Ohata K, Tsuyuguchi N, Sakamoto S, Hara M. A case of pineal region meningioma without dural attachment, presented with bilateral hearing impairment. 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Slaviero F, Ramalho C, Stavale JN, Cavalheiro S, Neto MAP. - Pineal region chordoid meningioma J Bras Neurocirurg 24 (2): 148-152, 2013 153 Case Report Bell’s Cruciate paralysis in a patient victim of a gunshot wound in the cervical region: the radiologic evidence of an anatomic theory Paralisia cruzada de Bell em um paciente vítima de ferimento por projétil de arma de fogo na região cervical: a evidência radiológica de uma teoria anatômica Rodrigo Becco de Souza (MD)1 Guilherme Brasileiro de Aguiar (MD)1 Jefferson Walter Daniel (MD)1 José Carlos Esteves Veiga (MD, PhD)1* ABSTRACT Bell’s cruciate paralysis is characterized by paralysis of the upper limbs associated with little or no deficit in lower limbs. Its diagnosis is often overlooked, given that its symptoms similarities to that occasioned by the centromedullary syndrome, whose incidence is considerably higher. The present case report describes the case of a 16-year-old male patient victim of a gunshot wound in the anterior cervical region that developed Bell’s cruciate paralysis. The Magnetic Resonance Imaging (MRI) of the cervical spine showed medullary signal change in the cervicomedullary junction, with anteromedial location. A somatotopy of the corticospinal tract was suggested by Bell (1970) at cervicomedullary transition, with the anatomical hypothesis that fibers responsible for the movement of the upper limbs would cross higher and more superficially that the fibers of the lower limbs. This case combines the MRI assessment with the clinical outcome and corroborates with the Bell’s anatomical theory. Keywords: Cruciate Paralysis, centromedullary syndrome, craniocervical transition, magnetic resonance imaging Resumo A paralisia cruzada de Bell é caracterizada pela paralisia dos membros superiores associada a pouco ou nenhum déficit em membros inferiores. Seu diagnóstico é geralmente subestimado, tendo em vista que seus sintomas são semelhantes aos produzidos pela síndrome centromedular, que tem uma incidência consideravelmente maior. O presente relato descreve o caso de um paciente masculino de 16 anos de idade, vítima de ferimento por projetil de arma de fogo em região cervical anterior que desenvolveu paralisia cruzada de Bell. A ressonância magnética (RM) de coluna cervical demonstrou alteração de sinal na transição bulbomedular, com localização anterior. Uma somatotopia do trato corticoespinal foi sugerida por Bell, em 1970, na transição bulbomedular, com a hipótese de que fibras responsáveis pelos movimentos dos membros superiores cruzariam mais superiores e superficiais que fibras responsáveis pela movimentação dos membros inferiores. Esse caso associa os achados do exame neurológico com as imagens de RM para corroborar a teoria anatômica de Bell. Palavras Chave: paralisia cruzada; síndrome centromedular; transição craniocervical; ressonância magnética I ntroduction Bell’s cruciate paralysis is characterized by paralysis of the upper limbs associated with little or no deficit in lower limbs2. In these cases, there is a lesion in the craniocervical transition that affects the midline of the upper portion of the decussation of the pyramids2. Its diagnosis is often overlooked, knowing that its symptoms are similar to the symptoms produced by the centromedullary syndrome, whose incidence is considerably higher. The present case report describes the case of a patient victim of a gunshot wound in the anterior cervical region that developed Bell’s cruciate paralysis. A brief review of the literature on the subject was performed. Case Report A 16-year-old male patient, victim of a gunshot wound in the cervical region, whose bullet entry was in the left submandibular Department of Surgery, Division of Neurosurgery, Santa Casa Medical School, São Paulo, Brazil *Chief of the Division of Neurosurgery, Santa Casa Medical School, São Paulo, Brazil 1 Received on Oct 8, 2013. Accepted Dec 19, 2013 Souza RB, Aguiar GB, Daniel JW, Veiga JCE. - Bell’s Cruciate paralysis in a patient victim of a gunshot wound in the cervical region: the radiologic evidence of an anatomic theory J Bras Neurocirurg 24 (2): 153-155, 2013 154 Case Report region, transfixing the cervical spine was presented. The patient was found unconscious by the rescue team with signs of respiratory failure, and underwent endotracheal intubation. On admission, he had flaccid tetraparesis grade II. A computed tomography (CT) scan of the cervical spine showed fragments of the projectile in the trajectory from the entry wound, to the right side of C1 vertebra, going through the topography of the left carotid artery. The CT also showed fragments of the bullet in the cervical spine associated with fracture of the right C1 lateral mass (Jefferson type III) and odontoid tip (Anderson and D’Alonzo type I) (Figure 1). The patient underwent intensive care under sedation, until achieving clinical and hemodynamic stabilization, using cervical collar to protect the cervical spine. Diagnostic complementary assessment with angiography showed dissection of the left internal carotid artery in its cervical segment with pseudoaneurysm formation and occlusion of the right vertebral artery in its V2 segment. Magnetic Resonance Imaging (MRI) of cervical spine showed medullary abnormal signal in anteromedial region of cervicomedullary transition, (Figure 2) in the topography of posterior projection of the odontoid fracture. After sedation withdrawal, a more detailed neurological examination was performed showing predominantly brachial tetraparesis (muscle strength grade IV in the lower limbs and grade I in the upper limbs). An occipitocervical fusion was indicated. Patient evolution showed improvement of general status, and had partial improvement in muscle strength of upper limbs, reaching grade III. Figure 2: MRI (T2-weighted) of the cervical spine showing abnormal signal in anteromedial region of cervicomedullary transition (A – sagittal; B – axial). Discussion Figure 1: CT scan of the cervical spine showing fragments of the projectile in the cervical spine, associated with the fracture of right C1 lateral mass and on odontoid tip ( A – scout; B – coronal acquisition; C and D – axial acquisition; E and F – sagittal acquisition). Bell’s cruciate paralysis was first described by Bell in 1970 2 as the reduction of muscle strength in upper limbs (ULs) that was disproportionately higher than that in the lower limbs (LLs), after cervical spine injury. A somatotopy of the corticospinal tract has been suggested to explain this syndrome, which would occur in the decussation of the pyramids at the cervicomedullary transition 2. At this location, the fibers responsible for the movement of upper limbs would cross higher and more superficially that the fibers of the lower limbs2,3. Thus, this Souza RB, Aguiar GB, Daniel JW, Veiga JCE. - Bell’s Cruciate paralysis in a patient victim of a gunshot wound in the cervical region: the radiologic evidence of an anatomic theory J Bras Neurocirurg 24 (2): 153-155, 2013 155 Case Report injury is differentiated from the centromedullary syndrome, which shows a similar clinical presentation, but with injury to the spinal cord center. The etiologies of this syndrome are odontoid fracture and Chiari syndrome3, as well as atlantooccipital dislocation8. its physiopathology is not well understood. This case combines the MRI assessment with the clinical outcome corroborate with the Bell’s anatomical theory. The physiopathological explanation for Bell’s cruciate paralysis is questioned due to the absence of evidence of this somatotopy in studies carried out on primates1,4,7, and the small number of cases in which there is radiological evidence demonstrating the injury in the cervicomedullary transition. Dickman et al5, in a literature review of 14 patients with suspected Bell’s cruciate paralysis, noted that of the 7 patients who underwent MRI, only 3 had lesions suggestive of bruising or swelling, while 4 showed normal MRI results. In our case, it was possible to locate the lesion in the cervicomedullary transition by the cervical spinal cord MRI. R eferences Levi et al6 proposed that Bell’s cruciate paralysis occurs because the fibers of the corticospinal tract are responsible mainly for the fine motor distal muscles, especially of the ULs, while the movement of the LLs is mediated by other independent motor pathways. In this case, however, the patient had more significant weakness in the ULs, which may correspond to both Bell’s cruciate paralysis and the classic centromedullary syndrome. The diagnosis was confirmed by MRI findings, identifying a signal change only in the anterior medullary region, in the cervicomedullary transition, with no apparent damage to other pathways. If the patient had only this lesion, and considering the initial presentation with grade II paresis in LLs, it can be assumed that the corticospinal tract also has a significant importance for the lower limb motor function, contrary to what is suggested by the theory of Levi et al6. Therefore, this case report corroborates with the anatomical hypothesis of Bell: the fibers responsible for the movement of the upper limbs would cross higher and more superficially that the fibers of the lower limbs at the cervicomedullary transition. Conclusion 1. Barnard JW, Woolsey CN. A study of localization in the corticospinal tracts of monkey and rat. J Comp Neurol 1956; 105 (1): 25-50. 2. Bell HS. Paralysis of both arms from injury of the upper portion of the pyramidal decussation: “cruciate paralysis”. J Neurosurg 1970; 33 (4):376-80 3. Benglis D, Levi AD. Neurologic findings of craniovertebral junction disease. Neurosurgery 2010; 66 (3 Suppl): 13-21. 4. Coxe WS, Landau WM. 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Corresponding author Guilherme Brasileiro de Aguiar Department of Surgery, Division of Neurosurgery, Santa Casa Medical School. São Paulo, Brazil. Rua Cesário Motta Jr., 112 – Vila Buarque. 01221-900. São Paulo – SP. Brazil. Tel: 55 11 21767000 Email: guilhermebraguiar@yahoo.com.br The Bell’s cruciate paralysis is an uncommon syndrome and Souza RB, Aguiar GB, Daniel JW, Veiga JCE. - Bell’s Cruciate paralysis in a patient victim of a gunshot wound in the cervical region: the radiologic evidence of an anatomic theory J Bras Neurocirurg 24 (2): 153-155, 2013 156 Case Report The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype Hipoplasia septo-óptica-hipofisária em paciente com septo pelúcido normal porém com risco de morte neonatal e a participação potencial do fator de transcrição hipofisário HESX1 Natasha Guimarães Ludwig1,2 Marcos Antônio Dias1,3 Mateus Nóbrega Aoki4 Renan Lovato1,5 Marla KarineAmarante4 Maria Angelica Ehara Watanabe4 Tânia Longo Mazzuco1,6 ABSTRACT Septo-optic dysplasia (SOD) is a heterogeneous developmental syndrome involving brain midline anomalies associated with pituitary-hypothalamic, ophthalmological and neurodevelopmental dysfunctions. The phenotype is highly variable making the disease classification difficult. We report a case of severe neonatal hypopituitarism leading to the discovery of cerebral malformations and optic nerve hypoplasia characterizing the SOD-like syndrome. Besides the mild MRI features with normal septum pellucidum, this patient exhibited a life-threatening endocrine phenotype. Rare mutations have been described in the HESX1 gene, which encodes a homeobox transcription factor, associated with various pituitary hormone deficiencies combined with SOD. We isolated the DNA coding region from this candidate gene for sequence analysis. In this 7-year follow-up case report and preliminary genetic screening we discuss diagnostic investigation after management of first clinical presentation, highlighting the neuroimaging on this syndrome. Keywords: septo-optic dysplasia, septum pellucidum, hypopituitarism, HESX1 RESUMO A displasia septo-óptica (DSO) é uma síndrome do desenvolvimento considerada heterogênea, pois envolve anomalias da linha média do cérebro associadas a disfunções oftalmológicas, neurológicas e do eixo hipotálamo-hipófise. O fenótipo é altamente variável dificultando a classificação da doença. Relatamos um caso de hipopituitarismo neonatal grave que levou à descoberta de malformações cerebrais e hipoplasia do nervo óptico, sendo caracterizada assim a síndrome DSO-like. Mesmo em presença de um septo pelúcido normal e com poucas alterações na ressonância magnética, este paciente apresentou um fenótipo endócrino de alto risco de morte no período neonatal. Mutações genéticas têm sido raramente descritas no HESX1 e estão associadas a várias deficiências hormonais hipofisárias combinadas com a DSO. O gene HESX1 codifica um fator de transcrição pertencente à classe de genes chamados homeobox. A partir deste gene candidato, foi isolada a região codificadora no DNA para análise por sequenciamento. Este relato de caso com seguimento clínico de 7 anos e estudo genético preliminar apresenta uma discussão da investigação diagnóstica a partir do quadro inicial, destacando as alterações de neuroimagem encontradas nesta síndrome. Palavras Chave: displasia septo-óptica, septo pelúcido, hipopituitarismo, HESX1 Introduction The septo-optic dysplasia (SOD) was first described by de Morsier in 1954 in patients with absent septum pellucidum (SP) and optic nerve hypoplasia3, and 15 years latter it was described in association with hypopituitarism7. The absence of SP is not mandatory for the diagnosis of SOD and only one third of the patients present the complete triad4. The diagnosis Neuroendocrinology Research Group, Health Science Center (CCS), Universidade Estadual de Londrina (UEL)/Paraná (PR), Brazil Scientific initiation scholarship of Fundação Araucária/IC-2012, UEL/PR, Brazil 3 Neurosurgery Division, University Hospital, UEL/PR, Brazil 4 Laboratory of Molecular Genetic-Immunology, Biological Science Center, UEL/PR, Brazil 5 Scientific initiation scholarship of CNPq/PIBIC-2008, UEL/PR, Brazil 6 Health Sciences Postgraduate Course, CCS/UEL/PR, Brazil 1 2 Received Sept 30, 2013. Accepted Nov 28, 2013 Ludwig NG, Dias MA, Aoki MN, Lovato R, Amarante MK, Watanabe MAE, Mazzuco TL. - The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype J Bras Neurocirurg 24 (2): 156-160, 2013 157 Case Report is done when found two of the following characteristics: 1) midline neuroradiologic alterations, 2) uni or bilateral hypoplasia of the optic nerve, 3) hypopituitarism9. Absence of SP and hypoplasia or agenesis of the corpus callosum are included among the possible midline neuroradiologic findings. The incidence of the SOD is 1/10,000 live births and the prevalence is the same in males and females15. The condition is usually idiopathic but some familial cases have been described. Recent studies have shown association of isolated optic nerve hypoplasia or SOD and young maternal age while gene mutations are rare4. The HESX1 gene, also known as Rpx (Rathke’s pouch homeobox gene) is expressed in the early forebrain primordium and Rathke’s pouch6. The initial pituitary development is controlled by the HESX1 transcripts which are detected between the 6.5th and 15.5th embryonic day17. The failure of the primary cells to differentiate or proliferate during the pituitary embryogenesis results in congenital alterations, evidenced by hormone deficiencies and/or anatomical changes in the spectrum of the SOD syndrome10. HESX1-deficient mouse embryos present a reduction in the prosencephalic tissue, anophthalmia or microphthalmia, abnormalities of the corpus callosum and SP, and small anterior pituitary disconnected to the posterior lobe2. The midline brain defects in the mutant mice shows a phenotypic resemblance with the SOD in humans. Another types of HESX1-mutant mice have shown that the expression domain of human HESX1 is comparable to that in the mouse and includes the ventral forebrain and Rathke’s pouch15. Until now, the genetic screening of more than 800 patients with SOD and pituitary hormone deficiency have found genetic mutations in less than 1% of the subjects, confirming the rarity of mutations of the HESX12. Case Report A breastfed 29 days-old boy was admitted to the pediatric emergency with severe dehydration, generalized tonic-clonic seizures and capillary glycemia 16 mg/dl, within 20 days of discharge from the maternity hospital. At birth, he had jaundice, hypoglycemia and absent visual fixation. The main emergency treatment was continuous intravenous glucose infusion which was maintained for several days. Ophthalmological assessment revealed vertical and horizontal nystagmus and bilateral optic disc hypoplasia, but neither midline facial defects nor remarkable findings were detected on neurological examination. In addition, the patient presented micropenis and bilateral micro-orchidism. The biochemical findings suggested conjugated hyperbilirubinaemia (total bilirubin 4.6 mg/dL; direct bilirubin 2 mg/dL) and combined thyrotroph, corticotroph, somatotroph and gonadotroph deficits (freeT4 0.51 ng/dL; cortisol 0.3 μg/dL assessed during hypoglycemia; IGF-1 26.4ng/mL; GH 3.67 ng/mL; LH, FSH and testosterone below detection limits). The patient had no symptoms of diabetes insipidus. Hypoglycemia resolved after introduction of glucocorticoid replacement (prednisolone 5mg/m2/day) and levo-thyroxine was then associated to the hormone replacement therapy. Brain magnetic resonance imaging (MRI) performed at 2 months of age revealed pituitary hypoplasia. Since the posterior pituitary function remained preserved, the first clinical diagnosis was congenital anterior panhypopituitarism with bilateral amaurosis. After the neonatal period, recombinant human GH replacement therapy was initiated when his growth rate fell to 1 cm/year (at 1.5 year-old), resulting with adequate growth response for the next years. New head imaging study defined better some features (Figure 1): the pituitary stalk absence and rudimentary optic chiasm supported the diagnosis of bilateral optic nerve hypoplasia (ONH). Images did not show significant malformations as cortical dysplasia/schizencephaly or absence of SP. Severe pituitary anomaly was confirmed by the observation of stalk agenesis, anterior pituitary hypoplasia and ectopic posterior pituitary (Figure 1 A,B). During the follow-up, the neurocognitive development remained normal and no motor deficits or new episodes of seizure attacks were observed. He developed all neuropsychomotor skills as expected for congenitally blind children receiving adapted health care, rehabilitation and education. Levo-thyroxine, glucocorticoid, growth hormone and testosterone replacements have been monitored and adjusted when appropriated. According to the algorithm of combined pituitary hormone deficiency (CPHD) genetic screening using a phenotypebased strategy, we chose the main candidate gene for this case study12. Peripheral blood was collected for DNA analysis of the HESX1 gene in a first attempt to identify the genetic defect causing CPHD associated with neuro-ophtalmological Ludwig NG, Dias MA, Aoki MN, Lovato R, Amarante MK, Watanabe MAE, Mazzuco TL. - The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype J Bras Neurocirurg 24 (2): 156-160, 2013 158 Case Report abnormalities in the present case. The polymerase chain reaction (PCR) using intron-flanking primers, followed by direct sequencing of amplified genomic DNA, allowed us to isolate the coding sequence fragments of the HESX1 gene. Variants were found in the exons 1 and 3 after analysis of aligned DNA sequence chromatograms for the NCBI database reference sequence (NM_003865.2). These variants in the HESX1 coding sequence do not match any of the previously described mutations and therefore require additional molecular study. The family history was negative for endocrine disorders, dysmorphic features or metabolic conditions. There was no consanguinity between the parents. be presented as a syndrome with midline forebrain defects such as in the septo-optic dysplasia. Association with neuroophthalmological midline defects characterizes a syndrome with a broad variety of phenotypes8,14. In the present case, early clinical signs of hypopituitarism on neonatal period constituted a life-threatening condition and preceded the suspicion of SOD neuro-ophtalmological symptoms. The diagnosis of congenital hypopituitarism is often not straightforward; in the presented case, prolonged neonatal jaundice, hypoglycemia and the presence of micropenis suggests congenital hypopituitarism. The large spectrum of malformations in the SOD also includes corpus callosum hypoplasia or absence and occasionally other cerebral abnormalities such as schizencephaly or cortical dysplasia. However, some patients have no cerebral midline malformations and do not qualify for the diagnosis by definition. Such heterogeneous features have resulted in some disagreement as to how SOD is defined and categorized. The following classification is based on distinct anatomic subsets1,5,11,16. Table 1: SOD Classification Figure 1: Neuroimaging at 2-year old age. A, Sagittal 3D Fiesta weighted MRI demonstrating optic chiasm (OC) atrophy and anterior pituitary (AP) hypoplasia, in addition to the following normal structures: corpus callosum (CC) and septum pellucidum. (SP). B, Sagittal T1 weighted MRI revealing anterior pituitary hypoplasia (AP) and ectopic posterior pituitary (PP). C, Coronal T2 weighted MRI showing the septum pellucidum. D, Axial T1 weighted MRI showing bilateral optic nerves (ON) atrophy. Discussion Pituitary aplasia or hypoplasia causing hypopituitarism can SOD type I presence of schizencephaly SOD type II complete absence of SP but no schizencephaly SOD type III corpus callosum absence SOD-Plus malformations of cortical development other than schizencephaly SOD-like a mild phenotype with ONH and pituitary anomaly but normal SP According to this classification, the clinical picture of our patient suggests a SOD-like phenotype. Interestingly, the age of diagnosis in SOD-like patients was higher (median age 5.19 years, 12 patients) in the few cases of SOD-like that have been reported14. The work-up in patients with SOD can be complex depending on the phenotype. The appropriate clinical management requires a multidisciplinary team for the neuropediatric, endocrine, ophtalmological, neuroradiological and genetic questions18. While the etiology of SOD remains unclear, some cases can be caused by specific genetic abnormalities because Ludwig NG, Dias MA, Aoki MN, Lovato R, Amarante MK, Watanabe MAE, Mazzuco TL. - The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype J Bras Neurocirurg 24 (2): 156-160, 2013 159 Case Report HESX1 gene mutations have been well characterized in association with this syndrome13. Moreover, many data suggest an important role for HESX1 in forebrain, midline and pituitary development in mouse and human2,6,8,17. Genetic variants found in this work need to be confirmed in the affected patient and family members. Then, the true contribution of HESX1 defects to the etiology of the presented SOD-like syndrome could be established by in-depth genetic analysis. In conclusion, we presented a child with SOD-like syndrome having congenital anterior pituitary deficiency and ONH. Aspects on neuroimaging (mild MRI features with normal septum pellucidum) and normal neurocognitive development does not predict the pituitary function. The presentation of this case report emphasizes the early diagnosis of congenital hypopituitarism, which is crucial as patients undergo severe acute hypoglycemia and chronic adrenal, growth, gonad and thyroid insufficiencies that may lead to devastating consequences for neurological development and even survival. In addition, molecular analysis might contribute to expand our understanding of the clinical heterogeneity and inheritance patterns of hypopituitarism and central nervous system malformations. Acknowledgements The authors wish to thank staff and medical residents, including ML Oliveira, LF Bopp, G Toyama, CCS Izzo, JR Tristão and R Radaeli for the early draft of this case report in a poster presentation, and the patient’s guardian for the written consent to publish this manuscript. References 1. Barkovich AJ, Fram EK, Norman D. Septo-optic dysplasia: MR imaging. Radiology. 1989;171(1):189-92 2. Dattani MT, Martinez-Barbera JP, Thomas PQ, Brickman JM, Gupta R, Martensson IL, et al. Mutations in the homeobox gene HESX1/Hesx1 associated with septo-optic dysplasia in human and mouse. Nature Genetics. 1998;19(2):125-33 3. De Morsier G. [Studies in cranio-encephalic dysraphia. I. 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Ludwig NG, Dias MA, Aoki MN, Lovato R, Amarante MK, Watanabe MAE, Mazzuco TL. - The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype J Bras Neurocirurg 24 (2): 156-160, 2013 160 Case Report Corresponding Author Profa. Dra. Tânia Longo Mazzuco, Disciplina de Endocrinologia, Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina Av. Robert Koch 60, CEP 86038-440 Londrina PR, Brasil. E-mail: tmazzuco@gmail.com ou tmazzuco@uel.br Ludwig NG, Dias MA, Aoki MN, Lovato R, Amarante MK, Watanabe MAE, Mazzuco TL. - The potential involvement of the pituitary transcription factor HESX1 in the septo-optic-pituitary hypoplasia with normal septum pellucidum but life-threatening neonatal phenotype J Bras Neurocirurg 24 (2): 156-160, 2013 161 Case Report Diffuse brain swelling following falcine meningioma surgery Inchaço cerebral difuso após ressecção de meningeoma falcino Ricardo Marques Lopes de Araújo1 Breno Nery1 Bruna Nayana Ribeiro Barbosa¹ Bernardo Alves Barbosa¹ Pablo Rodrigues Carvalho¹ Eduardo Monteiro de Oliveira¹ Antônio Carlos Barbosa Sousa1 José Carlos Rodrigues2 Marcelo Nery Silva3 ABSTRACT Initially described by Harvey Cushing at the beginning of the last century, meningioma is used for tumors that originate from meningothelial cells of the arachnoid, are usually well-circumscribed, slow growing and amenable to complete resection. The presence of peritumoral edema in meningiomas is known for a long time and has been studied regarding its etiology. The peritumoral edema can lead to technical difficulties during treatment as a limitation of the surgical field when the swelling is extensive. The present study describes a case of a patient who developed severe and persistent neurological impairment due to diffuse cerebral swelling after resection of parasagittal meningioma without complications perioperatively. Keywords: Meningioma, cerebral swelling, peritumoral edema. RESUMO Inicialmente descrito por Harvey Cushing no começo do século passado, o termo meningeoma é usado para tumores que são originários das células meningoteliais da aracnóide, são geralmente bem circunscritos, de crescimento lento e propício à ressecção total. A presença de edema peritumoral em meningeomas é conhecida há muito tempo e tem sido objeto de estudo a respeito de sua etiologia. O edema peritumoral pode levar a dificuldades técnicas durante o tratamento, como limitação do campo cirúrgico quando o edema é extenso. O presente estudo descreve um caso clínico de um paciente que evoluiu com comprometimento neurológico grave e persistente devido a inchaço cerebral difuso após ressecção de meningeoma parassagital sem complicações no peri-operatório. Palavras Chave: Meningeoma, inchaço cerebral, edema peri-tumoral I ntroduction Initially described by Harvey Cushing at the beginning of the past century, the term meningioma is used to describe tumors which originate from the arachnoid meningotelial cells1. They account for approximately 15% of all intracranial tumors and occur preferentially between the fourth and sixth decades of one’s life, affecting mainly women. Fortunately, most cases follow a benign clinical course, and some are asymptomatic. Meningiomas are generally well-circumscribed, slow-growing and are prone to total resection. 4 However, the biological behavior in each meningioma varies, mainly according to its capacity of both invading adjacent tissues and producing perilesional swellin7. The presence of peritumoral swelling in meningiomas has been known for a long time and been an object of study regarding its etiology. Peritumoral swelling may result in technical difficulties throughout treatment such as a limitation of the surgical field when the swelling is extensive. 5 However, few studies focus on the understanding of the post-surgical peritumoral swelling after the resection of intracranial meningiomas3. Modern microsurgical techniques are routinely carried out. However, the progressive clinical deterioration followed by presumably ‘non-complicated’ excision may occasionally be Médico-residente do Departamento de Neurocirurgia, Hospital Heliopólis, São Paulo, SP, Brasil Médico-assistente do Departamento de Neurocirurgia, Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil 3 Chefe do Departamento de Neurocirurgia do Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil 1 2 Received Sept 24, 2013. Accepted Dec 20, 2013 Araújo RML, Nery B, Barbosa BNR, Barbosa BA, Carvalho PR, Oliveira EM, Sousa ACB, Rodrigues JC, Silva MN. - Diffuse brain swelling following falcine meningioma surgery J Bras Neurocirurg 24 (2): 161-164, 2013 162 Case Report observed and possibly can lead to a growth of the post-surgical peritumoral swelling. The current case report describes a patient who evolved to a severe and persistent neurological damage due to a diffuse brain swelling after parasagittal meningioma resection, with no perioperative complications. Case report Figure 1. Expansive well outlined lesion, regular borders, estimated volume of 60 cm3, spontaneously hyperdense, with homogeneous enhancement pattern after contrast administration and intimate contact with the anterior third of the falx cerebri. M.J.L.B, 75 years old, female, pregressive history of mental impairment for the period of 1 year, with progressive worsening and significant exacerbation over the past month. No history of trauma, loss of muscular strength, epileptic crisis or other complaints have been found. Regarding the pathological history, the patient suffered from systemic arterial hypertension – controlled with medicationand diabetes mellitus. When admitted in our hospital, she had been presenting mental impairment of sudden worsening outset for 15 days and her clinical exam showed no impairments in speech, no motor or sensory deficits. Furthermore, the patient displayed exalted axial facial reflexes. CT scan pointed out a left frontal tumoral lesion - well outlined, regular borders, estimated volume of 60 cm3, spontaneously hyperdense, with homogeneous enhancement pattern after contrast administration and intimate contact with the anterior third of the falx cerebri (Fig.1). Magnetic Ressonance Image (MRI) showed a non infiltrative, homogeneous, well outlined expansive lesion, predominantly hipointense on T1 weighted (T1 WMR) images, isointense on T2 WMR and intensely and homogeneously gadolinium-enhanced, showing better evidence of its relationship/infiltration towards the anterior third of the falx cerebri (Fig. 2). Figure 2. Non infiltrative, homogeneous, well outlined expansive lesion, isointense on T2 WMR and intensely and homogeneously gadolinium-enhanced, showing better evidence of its relationship/infiltration towards the anterior third of the falx cerebri. The patient underwent an open surgery in 10.18.2011, and a bizigomatic incision and bifrontal craniotomy was planned, with a satisfactory grade I Simpson resection, without venous or neural additional damage. No intraoperative or perioperative anesthetic or clinical complications were seen. Meanwhile, 6 hours after surgery, the patient could not recover an alert conscience status. A CT scan was performed depicting a diffuse hipodensity in the caudate, lentiform nucleus and thalamus bilaterally, associated with a congestive diffuse brain swelling (Fig.3). After that we choose to maintain the patient with optimized continued sedation and serial CT scans showed progressive depletion of brain swelling and central core hipodensity. Even with adequate measure and treatment of intracranial hypertension, the patient developed severe and persistent neurological impairment requiring long term intensive unity care. The patient left the hospital after 3 months of admission with severe disability and Glasgow Outcome Scale (GOS) 3. The anatomophatological examination presented as Araújo RML, Nery B, Barbosa BNR, Barbosa BA, Carvalho PR, Oliveira EM, Sousa ACB, Rodrigues JC, Silva MN. - Diffuse brain swelling following falcine meningioma surgery J Bras Neurocirurg 24 (2): 161-164, 2013 163 Case Report meningothelial meningioma (WHO Grade1). Figure 3. Diffuse hipodensity in the caudate, lentiform nucleus and thalamus bilaterally associated with a congestive diffuse brain swelling. Figure 4. Control CT scan showed depletion of brain swelling and central core hipodensity. Discussion The incidence of peritumoral swelling associated with intracranial meningiomas evaluated by pre-operatory MR or CT ranges from 46-92 %. The etiology of the peritumoral vasogenic swelling has originally been described by Klatzo in 1967 and remains uncertain. Many etiologies have been proposed to explain peritumoral brain swelling in meningiomas such as venous channels obstruction by tumor, tumoral’s venous drainage hypoplasia, ischemia due to pressure effect in large meningiomas, bloodbrain barrier (BBB) dysfunction related to fluid edema diffusion and macromolecules transport along with tumoral gradient pressure and excretory/secretory mechanisms capable of inducing brain swelling development (VEGF – endothelial growth factor)2. Lunsford and cols (1979) pointed out that after gross total resection of convexity meningiomas, a multiple serial control computed tomography (CT) showed massive hemispheric enhancement compatible with luxury perfusion3. Shirotani and cols (1994) studied the peritumoral edema related to meningioma’s resection and concluded that different patterns play a role on its evolution, varying from a small hipodensity wich disappears gradually with time and even persistent forms related to peritumoral swelling and brain tissue damage6. Trittmacher and cols (1988), pointed two phisiopathological mechanisms related to peritumoral hipodensity, the first been induced brain atrophy due to tumor’s mass effect and pressure and the second been related to uncertain etiology brain edema8. Asgari and cols have performed a retrospective study on a series presenting progressive neurological deterioration after resection of intracranial meningiomas related to extensive brain swelling, analyzing its etiology and patient’s prognosis. A total of 376 patients was submitted to intracranial meningioma surgery, 13 (3.5%) presented post-operative neurological worsening due to extensive brain edema needing longstanding artificial ventilation, reintubation or decompressive craniectomy. Two groups have been selected between those patients. Group A (7 patients – typical venous infarction related to accidental or intentional venous occlusion) submitted to decompressive craniectomy in 6 of them, despite satisfactory results were obtained in only 2 patients (GOS >4). Group B (6 patients with progressive neurological deterioration due to uncertain mechanism), submitted to decompressive craniectomy in 3 of them, with only 1 patient obtaining unsatisfactory result (GOS<3). In contrast, 83 % of patients of group B showed a bigger tumor volume (75cm³ X 30 cm³)2. In our case report, there have been neither unadverted vessel lesions nor clinical/anesthesiological intercurrences related to the procedure. Neverthless the patient developed severe and persistent neurological impairment (GOS3) with serial CT scans showing extensive cerebral edema, with bilateral ischemic lesions in the central core. Even with meticulous surgical technique, a small group of patients submitted to meningioma resection is prone to develop diffuse brain swelling related to uncertain etiology and catastrophic evolution. Araújo RML, Nery B, Barbosa BNR, Barbosa BA, Carvalho PR, Oliveira EM, Sousa ACB, Rodrigues JC, Silva MN. - Diffuse brain swelling following falcine meningioma surgery J Bras Neurocirurg 24 (2): 161-164, 2013 164 Case Report Conclusion We have presented a case report with a Simpson I falcine meningioma resection with severe post-operative disability due to extensive brain swelling besides no evidence of structural lesions in the surgical act. Considering the lack of evidence of physiophatological mechanism involved in the cerebral edema origin related to surgery in meningiomas, hazardous evolution can be present the clinical picture even in a scenario of a well done preoperative, intraoperative and postoperative care. changes in brain tissue surrounding a meningeoma. Neurosurgery 1988;22(5):882-885. Corresponding Author Breno Nery Neurosurgery Department Hospital Heliopólis, São Paulo, SP, Brazil brenonery84@hotmail.com In conclusion, meticulous attention should be paid to ensure structural preservation and further analysis are needed to understand the true etiology of brain edema in such cases to avoid future complications in similar cases. R eferences 1. Antunes ACM, Torres RV. Meningeoma intracraniano: evolução histórica sobre seu conhecimento. In: Aguiar PHP, Ramina R, Veiga JCE, Tella O JR. Meningeomas: diagnóstico e tratamento cirúrgico, aspectos atuais, 2006, vol 1, cap 2. 2. 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There are no pathognomonic radiological or histological patterns, that is why the diagnosis is based on clinical suspect when all findings areput together and the immunohistochemistry differentiates from others histiocytosis. The central nervous system involvement is even more rare and the presentation may vary from nodular lesion, white matter infiltration, to expansive mass effect tumors that may need surgical intervention. In this article we present a case report of ECD and discuss diagnostic and terapeutic options. Keywords: Erdheim-Chester Disease, Histiocytosis, Cerebral Pseudomeningioma RESUMO A doença de Erdheim-Chester (DEC) é uma rara histiocitose de células não-Langerhans com acometimento multi-sistêmico e apresentação variada. O diagnóstico clínico é desafiador e na maioria das vezes feito em diferentes tempos. Não há padrão radiológico ou histológico patognomônico, por isso a somatória de achados clínicos, radiológicos e histológicos é fundamental para a suspeita diagnóstica e a imunohistoquímica diferencia de outras variantes de histiocitoses. O envolvimento do sistema nervoso é ainda mais raro e pode variar desde lesões nodulares, infiltrações de fibras brancas até lesões com efeito de massa expressivas que necessitam tratamento cirúrgico. Apresentamos nesse artigo um relato de caso da DEC e considerações diagnósticas e terapêuticas da doença. Palavras Chave: Doença de Erdheim-Chester, Histiocitose, Pseudomeningioma cerebral I ntrodução Inicialmente descrita em 1930, a doença de Erdheim-Chester (DEC) é uma rara histiocitose de células não-Langerhans que tipicamente afeta pacientes que estão ao redor da quinta década de vida, com predomínio do sexo masculino9,10. A doença caracteriza-se por infiltrado inflamatório crônico, rico em células “esponjosas” multinucleares gigantes com padrão imunohistoquímico positivo para CD68 (marcador de histiocitose), porém negativos para marcadores de células de Langerhans (CD1a e S100)12. A infiltração pode ocorrer em praticamente todos os tecidos, sendo que os mais comumente afetados são: ossos, pele, pulmão, retroperitônio e sistema nervoso central. O diagnóstico clínico é desafiador e geralmente realizado em partes, somando-se dados da investigação. Os sintomas iniciais, pela sua gama de apresentação, são geralmente vagos e dependentes do sítio mais acometido. Dor óssea, mais comum nos membros inferiores, pela infiltração dos ossos longos; hipertensão e insuficiência renal pós renal por fibrose retroperitoneal; diabetes insipidus e hipogonadismos, pela acometimento do eixo hipotálamohipofisário; ataxia e síndrome cerebelar devido à lesão dos pedúnculos cerebelares, déficits motores pela infiltração da cápsula interna ou lesão nodular com efeito de massa; baixa Residente de Neurocirurgia HC- FCM-UNICAMP Professor Assistente de Neurocirurgia da Irmandade Santa Casa de Londrina 3 Neurocirurgião do Hospital Estadual de Sumaré 4 Neurocirurgião do Hospital Sírio Libanês e do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula 5 Professor da Disciplina de Neurocirurgia da Universidade Estadual de Londrina 1 2 Received Oct 27, 2013. Accepted Dec 20, 2013 Mathias RN, Aguiar PHP, Lehmann MF, Maldaun MVC. - Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report J Bras Neurocirurg 24 (2): 165-169, 2013 166 Case Report acuidade visual e exoftalmia com acometimento das órbitas e vias ópticas, insuficiência respiratória pela fibrose pulmonar e cardiomiopatia hipertrófica; lesões cutâneas; sintomas constitucionais, entre outros O curso clínico da doença também é variável podendo ser indolente e autolimitado ou rapidamente progressivo e fatal. Quando há lesão neurológica associada, o que ocorre em menos de 50% dos casos14, ela geralmente é sintomática conforme já descrito acima. A investigação deve ser focada nos métodos de imagens e anatomopatológicos para o diagnóstico. Figura 1. Ressonância magnética abdominal em cortes coronal e axial mostrando extensa fibrose retroperitoneal. O objetivo desse artigo é relatar um caso de DEH em paciente neurologicamente intacto e discutir sobre modalidades diagnósticas e terapêuticas. R elato de caso Homem, 62 anos, com diagnóstico prévio de fribrose retroperitoneal (Figura 1) sem etiologia definida e sem comprometimento da função renal, em acompanhamento. Apresentou queda da própria altura com trauma crânio encefálico. Levado ao serviço de emergência onde na admissão o exame neurológico era normal (não havia inclusive déficit motor ou ataxia), porém como mantinha cefaléia uma tomografia computadorizada (TC) de crânio foi solicitada a qual evidenciou lesão cerebral volumosa occipital (Figura 2), porém sem sinais de comprometimentos traumáticos agudos. Figura 2. Tomografias computadorizadas da admissão com e sem contraste sem evidência de comprometimento traumático, porém com imagem inter-hemisférica occipital com íntima relação com a tórcula. Submetido então a estudo de ressonância nuclear magnética (RNM) e angioressonância que mostraram massa parafalcina com extensão póstero-inferior até o seio reto e tórcula com captação de contraste, sem edema peri-lesional, compatível com meningioma (Figura 3). O PET-CT mostrou tratar-se de lesão hipermetabólica (Figura 4). O paciente foi então submetido à crâniotomia, material foi obtido para diagnóstico histológico e em seguida a lesão foi completamente ressecada. O diagnóstico anátomo-patológico foi de histiocitose de células não-Langerhans compatível com DEC. Tratado com interferon-alfa, com remissão completa até o momento. Figura 3. RNM com imagem interhemisférica occipital homogênea e limites precisos, captante no T1 com contraste. No T2 mostra-se com hipossinal podendo denotar hipercelularidade e pouca hidratação. AngioRNM com discreta falha de enchimento do seio transverso . Mathias RN, Aguiar PHP, Lehmann MF, Maldaun MVC. - Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report J Bras Neurocirurg 24 (2): 165-169, 2013 167 Case Report semelhante à ”tempestade de citocinas” na histiocitose de células Langerhans, recrutam os histiócitos, ativando a cascata inflamatória que irá causar às lesões da DEH3-6. Achados Clínicos e Neurológicos Figure 4. PET-CT: Lesão hipermetabólica sugestiva de meningioma. Homens de meia-idade são afetados com maior frequência pela DEC, sendo que a infiltração em distintos órgãos causará as manifestações clínicas. Cavalli e colaboradores publicaram recentemente dados de uma coorte italiana sobre os sinais e sintomas iniciais que levaram os pacientes com DEC a procurar assistência médica7. Os mais frequentes são: Dor esquelética (26%), neurológico – exoftalmia, nistágmo, ataxia, convulsão, radiculopatia, cefaleia - (23%), diabetes insipidus (22%), sintomas constitucionais – febre, perda de peso – (20%), acometimento retroperitoneal – insuficiência renal, hipertensão renovascular, hidronefrose – 14%, pulmonar – dispneia – (12%), cutâneo – xantomas, xantelasmas – (11%), cardiovascular – derrame pericárdico – (6%), hipopituitarismo/ hipogonadismo – 3%. O acometimento neurológico pode se dar em três padrões8: Discussão Patologia A DEC é uma histiocitose de células não- Langerhans de etiologia desconhecida que caracteriza-se pela infiltração de múltiplos órgãos por células CD68 - positivo, S100 e CD1anegativos1. Lembrando-se que “histiocitose” refere-se à um grupo de doenças causadas por linhagens proveniente de célulastronco da medula óssea CD34+ que podem se diferenciar em fagócitos e em células dentríticas apresentadoras de antígenos (entre elas as células de Langerhans). Ambos os grupos celulares desempenham papel imunomoduladores importantes. Histiocitose é a proliferação errática desse tipo celular que pode causar amplo espectro de doenças, desde localizada e autolimitadas, até disseminada e rapidamente progressiva. No entanto, tratam-se de eventos raros, sendo a histiocitose de células não-Langerhans, ainda mais rara2. Vários estudos identificaram uma gama de citocinas que, 1- Doença infiltrativa do parênquima: com maior tropismo pelo hipotálamo-pituitária (disseminação essa que pode ser dar pelas vias ópticas, seguindo pela haste hipofisária). Consequentemente levando a disfunção neuroendocrinológica. A infiltração de fibras brancas pode causar sintomas piramidais deficitário, ataxia e convulsões. 2- Padrão meníngeo: mais raro, causa espessamento da duramater, podendo gerar efeito de massa por lesões que se assemelham à meningiomas 3- Padrão neurodegenerativo: provocam, pela inflamação crônica, desmielinização, gliose, atrofia, perda cognitiva, paralisia pseudobulbar e síndromes cerebelares e de tronco encefálico progressivas. Nos três padrões de acometimento, sintomas neuropsicológicos como depressão, apatia, delírio e psicose podem estar associados e merecem tratamento adequado. Investigação A propedêutica auxiliar é, na maioria das vezes, guiada pela queixa e apresentação inicial do paciente. Porém, uma vez Mathias RN, Aguiar PHP, Lehmann MF, Maldaun MVC. - Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report J Bras Neurocirurg 24 (2): 165-169, 2013 168 Case Report levantada a hipótese de DEH, deve-se atentar para alguns pontos importantes. como em vários casos já descritos na literatura2. Tratamento Laboratorial 1- Avaliação da função renal pelo comprometimento retroperitoneal 2- Investigação da função pituitária 3- Triagem laboratorial multi-sistêmica de rotina Imagem 1- TC de crânio é pouco útil, exceto como triagem, mas a RNM mostra lesões nodulares infiltrativas ou massas hipercaptantes11,13. Diferentemente da histiocitose de células Langerhans em que grupos tem proposto a padronização do tratamento dessa variante, na DEC não há consenso na literatura. Dessa forma, imunomoduladores e quimioterápicos tem sido usados em casos de doença multi-sistêmica. Assim, pulso intravenoso ou oral de corticoide é iniciado, seguido de vinblastina, ciclofosfamida e interferon-alfa. Imunossupressores intratecais e radioterapia tem sido usados em poucos casos selecionados7 e cirurgia para descompressão de lesões com efeito de massa e acessíveis cirurgicamente. Consentimento do paciente foi obtido. R eferências 2- TC de abdômen e tórax e PET-SCAN auxilia na avaliação da extensão e grau de acometimento visceral da doença, além de identificar focos para possível biopsia. 3- Cintilografia óssea mostra o grau de acometimento esquelético e pode, por vezes, ter imagem sugestiva com maior captação do radiofármaco mas porções metafisárias e diafisárias dos ossos longos, principalmente nos membros inferiores7,13. 1. Adam Z, Balsíkova K, Pour L. Diabetes insipidus followed, after 4 years, withdysarthria and mild right-sided hemiparesis: the first clinical signs of Erd- heim-Chester disease— description and depiction of a case with a review of information on the disease [in Czech]. Vnitr Lek 2009;55:1173– 88. 2. Arnaud L, Gorochov G, Charlotte F, et al. Systemic perturbation of cytokine and chemokine networks in Erdheim-Chester disease: a single-center series of 37 patients. Blood 2011;117:2783–90. Líquor 3. Bodkin CL, Wszolek ZK. Neurologic presentation of ErdheimChester disease. Neurologia i Neurochirurgia Polska 2006; 40, 5: 397–403 4. Cavalli G, Guglielmi B, Berti A, Campochiaro C, Sabbadini M G, Dagna L. The multifaceted clinical presentations and manifestations of Erdheim–Chester disease: comprehensive review of the literature and of 10 new cases. Ann Rheum Dis 2013;0:1–5. 5. Dagna L, Corti A, Langheim S, et al. Tumor necrosis factor α as a master regulator of inflammation in Erdheim-Chester disease: rationale for the treatment of patients with infliximab. J Clin Oncol 2012;30:e286–90. 6. Dagna L, Girlanda S, Langheim S, et al. Erdheim-Chester disease: report on a case and new insights on its immunopathogenesis. Rheumatology (Oxford) 2010;49:1203–6. 7. Haroche J, Arnaud L, Amoura Z. Erdheim-Chester disease. Curr Opin Rheumatol 2012;24:53–9. 8. Lachenal F, Cotton F, Desmurs-Clavel H, Haroche J, Salvatierra J,Vital-Durand D, Rousset H. Neurological manifestations and neuroradiological presentation of Erdheim-Chester disease: Pode ter padrão meningítico infeccioso, principalmente em casos com disseminação intracraniana extensa. Histiócitos atípicos podem ser visíveis na citologia, porém com tratamento adequado tentem a desaparecer. Histologia Quando há tecido adequado para biopsia, torna-se fundamental para a diferenciação dos vários tipos de histiocitose, no entanto não há padrão histológico patognomônico para cada variante. Os marcadores imunoistoquímicos são de grande valia diagnóstica. Mas quando não há tecido viável para histologia, deve-se confiar na constelação de achados clínicos e propor tratamento Mathias RN, Aguiar PHP, Lehmann MF, Maldaun MVC. - Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report J Bras Neurocirurg 24 (2): 165-169, 2013 169 Case Report report of 6 cases and systematic review of the literature. J Neurol (2006) 253 : 1267–1277 9. Martinez R. Erdheim-Chester disease: MR of intraaxial and extraaxial brain stem lesions. AJNR Am J Neuroradiol 1995;16:1787–90 10. Sedrak P, Ketonem L, Hou P, Willian M D, Kurzrock R. Erdheim-Chester Disease of the Central Nervous System: New Manifestations of a Rare Disease. AJNR Am J Neuroradiol 32:2126–31 11. 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Autor Correspondente Roger Neves Mathias mathias96@gmail.com Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 – Cidade Universitária “Zeferino Vaz”- Departamento de Neurologia – Campinas – SP – Brasil – CEP 13083-887 (19) 81867375 CORRIGENDA No artigo “Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report”, publicado no número 24, volume 2, do Jornal Brasileiro de Neurocirurgia, na página 165, onde se lê: “Roger Neves Mathias1 Paulo Henrique Pires Aguiar2,4 Marcos Vinicius Calfat Maldaun3,4” Leia-se: “Roger Neves Mathias1 Paulo Henrique Pires Aguiar2,4 Marcio Francisco Lehmann5 Marcos Vinicius Calfat Maldaun3,4” No mesmo artigo, na página 165, onde se lê: “1Residente de Neurocirurgia HC- FCM-UNICAMP 2 Professor da Disciplina de Neurocirurgia da Universidade Estadual de Londrina 3 Neurocirurgião do Hospital Estadual de Sumaré 4 Neurocirurgião do Hospital Sírio Libanês e do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula” Leia-se: “1Residente de Neurocirurgia HC- FCM-UNICAMP 2 Professor Assistente de Neurocirurgia da Irmandade Santa Casa de Londrina 3 Neurocirurgião do Hospital Estadual de Sumaré 4 Neurocirurgião do Hospital Sírio Libanês e do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula 5 Professor da Disciplina de Neurocirurgia da Universidade Estadual de Londrina” Mathias RN, Aguiar PHP, Lehmann MF, Maldaun MVC. - Granulomatous lesion mimicking intracranial meningioma: Erdheim-Chester Disease case report J Bras Neurocirurg 24 (2): 165-169, 2013 170 Technical Note Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures Tomografia computadorizada combinada à técnica de fluoroscopia para procedimentos percutaneous complexos da coluna vertebral Ana Paula Narata1 Olivier Brina2 Denis Herbretau1 Jean-Philippe Cottier1 Pierre-Yves Dietrich2 Hasan Yilmaz2 Jean-Baptiste Martin2 Vitor Mendes Pereira2 ABSTRACT Transpedicular approaches for spine procedures are currently employed in biopsies and vertebroplasties (VT), and frequently performed with computed tomography (CT) or fluoroscopy for image guidance. The fluoroscopy is not always reliable in terms of visualization if the pedicle is very small or destroyed by osteolytic lesions. CT is more precise in these situations but needle progression is not visualized in dynamic view. We describe 3 cases where the anatomic landmarks were not well visualized in normal fluoroscopy and transpedicular needle implantation was achieved with a combined C-arm cone beam CT acquisition (CBCT), known as XperCT, and fluoroscopic overlay guidance, namely XperGuide. Keywords: transpedicular approach; fluoroscopy, computed tomography (CT); XperCT, XperGuide. RESUMO Acesso transpedicular para procedimentos da coluna vertebral são frequentemente utilizados em biópsias e vertebroplastias (VT), e realizados através da tomografia computadorizada (CT) ou orientados por fluoroscopia. A fluoroscopia nem sempre é suficiente em termos de visualização se o pedículo for pequeno ou destruído pelas lesões osteolíticas. A CT é mais precisa nestas situações, mas a progressão da agulha de punção não é visualizada de maneira dinâmica. Descrevemos 3 casos onde as referências anatômicas não foram bem visualizadas com fluoroscopia e a implantação da agulha de punção com a ajuda de uma aquisição combinada CT (XperCT) e fluoroscopia superposta, chamada XperGuide. Palavras Chave: acesso transpedicular; fluoroscopia, tomografia computadorizada (CT); XperCT; XperGuide I ntroduction Transpedicular approaches for spine procedures are currently employed in biopsies and vertebroplasties (VT), and frequently performed with computed tomography (CT) or fluoroscopy for image guidance. Considering that the pedicle might be small (e.g. high thoracic levels) or severe affected in tumoral lesions, the fluoroscopy is not always reliable in terms of visualization. CT can give more anatomical information despite theses situations; however the dynamic needle progression is missed. CT gantry limits the access of the operating field; it is not always possible to get images in the needle axe depending on this obliquity8. Another CT disadvantage is the necessity to repeat an acquisition after each needle repositioning and consequent radiation rate. In this article, we will describe 3 recent cases where the anatomic landmarks were changed by tumoral destruction and needle advancement was achieved with a combined C-arm cone beam CT acquisition (CBCT), known as XperCT, and fluoroscopic overlay guidance, namely XperGuide. Centre Hospitalier Universitaire de Tours – Hôpital Bretonneau Service de Radiologie-Neuroradiologie Diagnostique et Interventionnelle 2, Boulevard Tonnellé 37000 Tours. Hôpitaux Universitaires de Genève – Hôpital Cantonal. 1 2 Received Dec 6, 2013. Accepted Jan 28, 2014. Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 171 Technical Note Material and Methods After evaluation through a multidisciplinary board including neuro-interventionist, oncologist and neurosurgeons, 3 consecutive patients were recruited. The decision to place the needle by percutaneous approach with XperGuide assistance was made by the neuro-interventionist and was based on preoperative imaging data showing difficulties to proceed without image guidance. Patient 2 Male 61-year-old patient with pulmonary adenocarcinoma detected 1 year ago and immediately metastatic (bone and liver). The patient developed important thoracic pain and a general screening showed a second thoracic vertebra (D2) fracture probably secondary to a metastatic process. MRI confirmed the metastatic nature of this lesion, posterior wall infraction and epidural extension (fig. 2). Radiotherapy did not provide enough pain relief. VT was indicated for analgesic control and stabilization of the fracture. Patient 1 48-year-old woman treated, since 2001, for plasmocytoma of the eleventh thoracic vertebra (D11). At this time, the patient was submitted to a surgical treatment with D11 partial corporectomy (right side) and instrumentation from tenth (D10) to twelfth thoracic vertebra (D12). Recent follow-up showed local tumor re-growth with laboratorial exams not clearly correlated to a plasmocytoma recurrence (fig. 1). The oncologist responsible for the patient asked for a biopsy in order to obtain accurate diagnostic. Figure 2: Patient 2, sagital MRI view showing fracture of D2 and posterior wall infraction and tumoral epiduritis. Patient 3 Figure 1: Patient 1, CT (A and B) and MRI (C) views. Osteolytic lesion of D10, D11 and D12 on sagital view (A). D11 has the most important bone destruction, and the left side body + pedicle is the biopsy target (B and C). Male 69-year-old patient with important dorsal pain and simple spine radiography showed a pulmonary tumor and fracture of the fourth thoracic vertebra (D4) 2 month ago. Complete investigation confirmed a multi-metastatic pulmonary adenocarcinoma with fracture of D4, posterior wall infraction and epidural extension (fig.3). Radiotherapy was performed without enough pain relief. VT was indicated for pain control and vertebral stabilization. Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 172 Technical Note Figure 3: Patient 3, CT (A) and MRI (B) views. D4 osteolytic lesion with posterior wall infraction and tumoral epidural extension. Technical Note Before intervention, the coagulation status was reviewed and prophylactic antibiotherapy was administrated. Each patient was treated under general anesthesia to reduce as much as possible the risk of movements. Figure 4: Standard fluoroscopic frontal view. Surgical material and bone destruction make anatomic landmarks not easily identified. All 3 patients were in prone position. Interventions were performed in the angio-suite equipped with a biplane flat panel (Philips Allura Xper FD20, Best, The Netherlands) offering XperGuide facilities. For patient 1, anatomic landmarks were difficult to identify because of the metallic surgical material and the poor bone density (fig. 4). Patients 2 and 3 had also osteolytic lesions and poor pedicle visualization (fig. 5). A 2.4 x 100 needle was used for all procedures. For patient 1, after transpedicular approach, a biopsy sheath (1.83 x 150mm) was inserted and progressed up to obtain bone samples (fig. 6). The needle was partially removed in order to change the direction. An inferior orientation was achieved using dynamic fluoroscopy and we obtained more bone samples (fig. 7). No cement injection was performed. Figure 5: Pedicles are not correct visualized in patient 2 (A) and patient 3 (B). Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 173 Technical Note Figure 6: Patient 1 biopsy procedure (A and B). Standard fluoroscopy in lateral view was useful for biopsy needle progression. the progress view. The XperGuide guidance consists in hybrid images made of an overlay of CBCT data, live fluoroscopic images and planned path as shown in figure 9. CBCT and path overlay does not provide any real time data for the navigation. The first centimeters needle progression were visualized in entry point view in order to control the double obliquity of the needle. Further needle progression was achieved along the planned trajectory in progress view until reaching the target. Since the progress view provides information on needle deviation in only one plane, we regularly switch to entry point view during needle progression to control possible deviations in other plane. It should be noted that despite using XperGuide to place the needle, usual fluoroscopy is still available during whole procedure for double checking. R esults Figure 7: Patient 1, progress view (A, B and C). Initial direction (A) was changed in order to obtain more bone samples (B). Biopsy needle progression on inferior direction was followed using progress view up to the D11 inferior plate (C). Planification We first performed a pre-procedural CBCT to localize the lesion and to provide the data for XperGuide planification functionality. This CBCT consists in a high dose XperCT of 620 rotational images around 240° was used for all patients in order to get the best image quality. The needle planning was performed on CBCT volume data with Xtravision workstation (Philips, Best, The Netherlands). Optimal pathway of the needle trajectory was planned from skin (entry point) to the target avoiding sensible structures as spinal cord (fig. 8). Target was successfully reached in all cases. The biopsy performed to patient 1 was appropriate to the histopathologic analysis. The cement injection was also successfully performed to patients 2 and 3 with a satisfactory radiologic result (fig. 10). No complication was detected. All 3 patients did not develop neurological impairment after procedure. Patients 2 and 3 presented important pain relief on the same day of the intervention. Navigation XperGuide software is able to calculate automatically the exact position of the C-arm in 2 main positions: entry point and progress view. Entry point view is the direction tangent to the needle trajectory and is consequently displayed as a single point (overlaying of entry point and target-“bull’s eye view”). From entry point view axis, 90° projection provides Figure 8: Planification using sagital (A) and axial (B) views. Needle trajectory is planned from skin entry point up to the target avoiding important anatomic structures. Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 174 Technical Note secondarily bring about epidural cement leakage with severe consequences4,7. Some radiologists prefer CT guidance for difficult cases. Pedicles and soft tissues are better visualized and the needle placement will be safer. Some CT scanners offers fluoroscopy option for dynamic visualization, but only in 1 view (axial) or with few degrees of gantry angulations2. Figure 9: Navigation using progress view (A). Entry point (A) was used during procedure to check possible deviations (B). Figure 10: Final vertebroplasty cement districution for patient 2 (A) and 3 (B). Discussion Most percutaneous transpedicular approaches for spine procedures can be performed under fluoroscopy; bone landmarks are correctly visualized and the needle placement is considered safe and accurate. The main advantages of fluoroscopy are dynamic progression of the needle, control of cement injection in 2 views2,6,8 and lower radiation doses if compared to CT5. For osteolytic lesions or severe osteoporosis, anatomic landmarks are not well visualized and the risk of complications will be higher. Biafora et al. described a hemorrhagic complication by injuring the fourth lumbar artery during transpedicular approach; the entry point and transpedicular trajectory were far lateral and the needle probably damaged the artery1. On the other hand, needle positioning far medial can originate epidural hematoma and XperGuide presents some advantages when compared to static CT guided procedures. The first one is the possibility to follow needle progression on fluoroscopy with the planned path and the CBCT overlay to adapt the trajectory during the procedure, as we performed for patient 1. The slight change allowed during the progression is normally in superior and inferior orientation. Lateral and medial changes must be avoided because of the risk to go into the spine canal. Concerning vertebroplasty, the main advantage of XperGuide is the possibility to switch immediately to standard fluoroscopy and proceed with cement injection that is better with dynamic control and 2 views (anterior-posterior and lateral views)3. The main technique limitation is necessity of prone position and general anesthesia that is not appropriate for all oncologic patients. The discussion with the oncologist must be attempted before procedure considering the procedural risk without guidance system or contra-indications of general anesthesia. We strongly recommend against performing XperGuide with local anesthesia and sedation for spine procedures. Leschka et al. consider that error margin is inferior to 5 mm in patients under general anesthesia and involuntary movements add more important millimeters that can bring about lack of precision6. Compared to fluoroscopy procedures, XperGuide requires more time to install the patient. Prone position, general anesthesia and suitable patient positioning is mandatory to permit C-arm rotation. Arms can be installed throughout the body depending on patient configuration. Obese patients are almost impossible to be correctly installed on angio-table for this technique6. Despite percutaneous transpedicular approach for spine procedures is a very well known technique with relatively few complications, few millimeters are enough to have serious consequences. Therefore experienced operators must take technique evolutions that provide a safer procedure into consideration. Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 175 Technical Note Conclusion Percutaneous transpedicular approach to spine procedures requires anatomic landmarks visualization to be considered safe. Considering that severe complications might follow incorrect needle placement, XperGuide represents an alternative for risky cases where general anesthesia and ventral decubitus are acceptable. augmentation procedures, may be difficult to perform either because anatomical aspects (cervicothoracic junction for example) or pathological shuntings (pedicule destruction etc). CT-guided procedures are useful, but for augmentation procedures (either vertebroplasty or kyphoplasty) a real time image is needed in order to avoid intraoperative complications. Narata et al. show how they deal with these situations using a system that combines CT images data with real time fluoroscopic images. The great advantage seems to be to have both images in the same room. With this technical variation, classical procedures can be done more safely in some difficult cases. R eferences Jerônimo Buzetti Milano Curitiba, Paraná 1. Biafora SJ, Mardjetko SM, Butler JP et al. 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Comments Percutaneous spine procedures, such as biopsies and Narata AP, Brina O, Herbretau D, Cottier JP, Dietrich PY, Yilmaz H, Martin JB, Pereira VM. - Combined cone beam computed tomography and fluoroscopy techniques for challenging percutaneous spine procedures J Bras Neurocirurg 24 (2): 170-175, 2013 176 Eventos Científicos 2013 VI Rhinology 2013 Congress 18/04 - 20/04/2013 WTC Convention Center São Paulo – Brazil www.rhinology2013.com Neurosimulation Symposium 8/11 - 9/11/2013 New York, USA EANS Advanced Course in Spinal Surgery 25/11 - 28/11/2013 Leiden, Netherlands European Association of Neurosurgical Societies Annual Meeting 2013 11/11 - 14/11/2013 Tel Aviv, Israel Comprehensive Clinical Neurosurgery Review Course 2013 2/12 - 6/12/2013 Krakow, Poland 5th Annual Metastatic Spinal Cord Compression Conference 2013 12/11/2013 Birmingham, United Kingdom 8th German Spine Conference 2013 5/12 - 7/12/2013 Frankfurt, Germany The Rise and Rise of Neuromodulation 2013 15/11/2013 Slough, United Kingdom Cervical Spine Research Society 41st Annual Meeting 2013 5/12 - 7/12/2013 Los Angeles, United States French Neuro Vascular Society 18th Annual Meeting 2013 20/11 - 22/11/2013 Paris, France North American Neuromodulation Society’s 17th Annual Meeting 2013 5/12 - 8/12/2013 Las Vegas, United States Ramsay Spinal Symposium 2013 22/11 - 22/11/2013 Poole, United Kingdom Miami Neuro Symposium 2013 6/12 – 7/12/2013 Coral Gables, United States VII Congresso Mineiro de Neurocirurgia 7/11 - 9/11/2013 Center Convention, Uberlandia, Minas Gerais, Brasil 6th IFNE World Congress of Neuroendoscopy 2013 8/12 - 11/12/2013 Mumbai, India 11o - SIMBIDOR - Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional Sobre Dor 7/11 - 9/11/2013 Hotel Maksoud Plaza, São Paulo, São Paulo, Brasil C.M.U. Neurosurgery Forum 2013 Minimally Invasive Neurosurgery 5th Annual Meeting 2013 8/12 - 10/12/2013 Chiang Mai, Thailand NY & NJSIPP Pain Medicine Symposium 2013: Evolving Advanced Pain Therapies 7/11 - 10/11/2013 Jersey City, USA AOSpine Davos Courses 2013 8/12 - 12/12/2013 Davos, Switzerland Neurological Society of India 62nd Annual Conference 2013 12/12 - 15/12/2013 Mumbai, India J Bras Neurocirurg 24 (2): 176-180, 2013 177 Eventos Científicos AANS/CNS Section on Pediatric Neurological Surgery Annual Meeting 3/12 - 6/12/2013 Toronto, Canada Congreso Internacional de Neurocirugía pediátrica 11/12 - 13/12/2013 Puerto Vallarta, Mexico 2014 Asia and Australasian Society of Stereotactic and Functional Neurosurgery 9th Scientific Meeting 2014 10/01 - 12/01/2014 Shanghai, China Association Of Spine Surgeons Of India 27th Annual Meeting 2014 23/01 - 26/01/2014 Kolkata, India Chicago Review Course In Neurological Surgery 2014 23/01 - 02/02/2014 Chicago, United States Austrian Spine Society 2014 25/01/2014 Wien, Austria 6th Annual Symposium on Neurovascular Disease 2014 25/01/2014 Santa Monica, United States Cardiff Spinal Revision Course for FRCS (Orth) & FRCS (SN) 2013 29/01 - 30/01/2014 Cardiff, United Kingdom Argospine 18th International Symposium 2014 30/01 - 31/01/2014 Paris, France 13th Annual Symposium on Current Concepts In Spinal Disorders 2014 30/01 - 01/02/2014 Las Vegas, United States International Society for NeuroVascular Disease 4th Annual Meeting 2014 07/02 - 09/02/2014 San Francisco, United States Washington Neuroradiology Review and the Dr. Kenneth M. Earle Memorial Neuropathology Review 2014 08/02 - 13/02/2014 Bethesda, United States AANS/CNS Cerebrovascular Section Annual Meeting 2014 10/02 - 11/02/2014 San Diego, United States North American Skull Base Society 24th Annual Meeting 2014 14/02 - 16/02/2014 San Diego, United States Southern Neurosurgical Society 65th Annual Meeting 2014 19/02 - 22/02/2014 Puerto Rico, Puerto Rico 7th Annual International Symposium on Stereotactic Body Radiation Therapy and Stereotactic Radiosurgery 2014 21/02 - 23/02/2014 Naples, FL, United States Canadian Spine Society, New Zealand Spine Society and Spine Society of Australia Combined Meeting 2014 25/02 - 01/03/2014 Lake Louise, Canada 10th Annual NASS Evidence and Technology Spine Summit 2014 27/02 - 01/03/2014 Park City, United States J Bras Neurocirurg 24 (2): 176-180, 2013 178 Eventos Científicos AANS/CNS Section on Disorders of The Spine and Peripheral Nerves Annual Meeting 2014 05/03 - 08/03/2014 Orlando, United States 10th World Congress on Brain Injury 2014 19/03 - 22/03/2014 San Francisco, United States International Neurotrauma Society Congress 2014 19/03 - 23/03/2014 Budapest, Hungary Congresso Brasileiro de Cirurgia Espinhal 19/03 - 22/03/2014 São Paulo, Brazil International Minimally Invasive Spine Congress 2014 20/03 - 22/03/2014 Kuala Lumpur, Malaysia 30th International Congress of Clinical Neurophysiology (ICCN) and 58th Annual Meeting of the German Society for Clinical Neurophysiology and Functional Imaging (DGKN) 20/03 - 23/03/2014 Estrel Hotel & Convention Center Berlin, Germany IV Congresso Uruguaio de Neurocirurgia e II Reunião Conjunta das Sociedades de Neurocirurgia da Argentina, Brasil e Uruguai 26/03 - 29/03/2014 Montevideo, Uruguai AOSpine Europe Principles Webinar— Cervical spondylotic myelopathy 27/03/2014 Duebendorf, Switzerland Curso Avançado AOSpine Live Tissue: abordagem anterior e osteotomia da coluna 28/03 - 29/03/2014 Curitiba, Parana, Brazil Fourth Course of Microsurgical Creation and Clipping of Aneurysms 28/03 - 30/03/2014 Bochum, Germany BritSpine 2014 01/04 - 04/04/2014 Coventry, United Kingdom Turkish Neurosurgical Society Scientific Meeting 2014 04/04 - 08/04/2014 Beldibi, Turkey American Association of Neurological Surgeons 82nd Annual Scientific Meeting 2014 05/04 - 09/04/2014 San Francisco, United States AOSpine and EuroSpine SymposiumSagittal Balance in Elderly Patient 07/04/2014 Strasbourg, France Neuroprotection and Neurorepair 8th International Symposium 2014 09/04 - 12/04/2014 Magdeburg, Germany Spine Society of Australia 25th Annual Scientific Meeting combined with the Scoliosis Research Society Worldwide Course 2014 10/04 - 12/04/2014 Brisbane, Australia I Simpósio Neurovascular INC-ABNc 11/04 - 12/04/2014 Instituto de Neurologia de Curitiba - INC Curitiba, Brasil www.inc-neuro.com.br Endoscopic Surgery of the Brain, Skull Base and Spine 6th World Congress 14/04 - 17/04/2014 Milan, Italy J Bras Neurocirurg 24 (2): 176-180, 2013 179 Eventos Científicos Japanese Society For Spine Surgery And Related Research 43rd Annual Meeting 2014 17/04 - 19/04/2014 Kyoto, Japan 8th World Congress on Controversies in Neurology 08/05 - 11/05/2014 Berlin, Germany 15th Dubai Spine Conference 2014 19/04 - 22/04/2014 Dubai, United Arab Emirates 65th Annual Congress of the German Society of Neurosurgeons (DGNC) 11/05 - 14/05/2014 Dresden, Germany International Society For The Advancement Of Spine Surgery 2014 30/04 - 02/05/2014 Miami Beach, United States European Society of Pediatric Neurosurgery 24th Biennial Congress 2014 04/05 – 07/05/2014 Rome, Italy Royal Australasian College of Surgeons Annual Scientific Congress and the Australian and New Zealand College of Anaesthetists and Faculty of Pain Medicine Annual Scientific Meeting 2014 05/05 - 08/05/2014 Singapore, Singapore Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Funcional 09/05 - 11/05/2014 Renaissance São Paulo Hotel São Paulo, São Paulo, Brasil http://www.sbenf.com.br/congresso/ World Forum of Spine Research 2014 15/05 - 17/05/2014 Shaanxi Province, China, China American Society for Stereotactic and Functional Neurosurgery Biennial Meeting 2014 31/05 - 03/06/2014 Washington , United States II Simpósio Internacional NTB/SBN de Atualização em Neurotrauma 01/05 - 04/05/2014 Araxa, Minas Gerais, Brasil 3ª Jornada da Sociedade de Neurologia e Neurocirurgia do RS 16/05 – 17/05/2014 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil XIII Congresso da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro 18/05 – 21/05/2014 Rio de Janeiro, Brasil II Simpósio Internacional de Fisiopatologia da Dor - Mecanismos de A a Z 30/05 - 31/05/2014 Instituto de Neurologia de Curitiba - INC Curitiba, Brazil www.inc-neuro.com.br Neurosurgical Society of America Annual Meeting 2014 08/06 – 11/06/2014 New Brunswick, Canada 4th World Congress of Minimally Invasive Spine Surgery and Techniques 2014 11/06 – 14/06/2014 Paris, France 2nd World Arterio-Venous Malformation Congress 2014 18/06 – 20/06/2014 Nancy, France British Neuro-Oncology Society Annual Meeting 2014 09/07 – 11/07/2014 Liverpool, United Kingdom J Bras Neurocirurg 24 (2): 176-180, 2013 180 Eventos Científicos 10th Asian Congress of Neurological Surgeons 2014 09/09 – 12/09/2014 Astana, Kazakhstan 30th Brazilian Congress of Neurosurgery 2014 13/09 – 18/09/2014 Curitiba, Parana, Brazil 21st Congress of the European Society for Stereotactic and Functional Neurosurgery 2014 17/09 – 20/09/2014 Maastricht, Netherlands 3rd Asian Congress of Minimally Invasive Spine Surgery & Techniques Fall Symposium - Endoscopic Approaches & 7th ISMISS Turkey Congress 2014 06/11 – 09/11/2014 Lara , Turkey 42nd Annual Meeting of International Society for Pediatric Neurosurgery 11/11 – 13/11/2014 Rio de Janeiro, Brasil 8th Meeting of the Central European Neurosurgical Society 27/11 – 29/11/2014 Bratislava, Slovak Republic J Bras Neurocirurg 24 (2): 176-180, 2013