especial capa - Revista Mundo OK
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5 sumário 6 7 8 10 12 13 14 15 16 18 22 23 24 28 29 30 32 35 36 39 40 41 42 44 46 48 50 28 29 30 32 35 36 39 40 41 42 44 46 48 50 comunidade chinesa melhor idade educação dekasseguis perdido no japão click moda e beleza j-music dublagem game animê mangá tokusatsu curiosidades agenda e notas economia entrevista comunidade encontro eventos multimídia esportes OKids mulher gastronomia automóvel turismo especial capa 5 6 7 8 10 12 13 14 15 16 18 22 23 24 Contagem regressiva E m sua quinta edição, a Mundo OK tem levado adiante o ideal de proporcionar informação, cultura e entretenimento não só à comunidade nikkei, como aos brasileiros das mais variadas origens. O Oriente tem contribuído de forma definitiva em diferentes campos da sociedade, oferecendo o que tem de melhor e incorporando aspectos de um Brasil multirracial. A editoria Encontro traz uma pequena mostra desse sincretismo, por meio da promoção de um diálogo rico e esclarecedor entre um monge e um pai de santo, líderes de duas religiões minoritárias que, ao mesmo tempo, representam o espírito de duas nações, embora separadas por milhares de quilômetros, visceralmente unidas. A reportagem especial trata de uma das grandes contribuições dos japoneses, que é a disseminação de técnicas de promoção da saúde e do bem estar. As terapias orientais chegaram para ficar e, parte do mérito deve ser creditada aos nipodescendentes, que começaram a aplicá-las em suas casas e pequenos estabelecimentos e, hoje, repassam os ensinamentos ancestrais à sociedade em geral. O assunto, por sinal, é mais do que pertinente. Poucos meses antes de encarar verdadeiras maratonas de eventos alusivos ao centenário, brasileiros, nikkeis ou não, têm à disposição informações sobre métodos de relaxamento e estética para todos os gostos. Assim como, antes do Carnaval, as pessoas lotam academias em busca da forma perfeita, quem vai participar do aniversário da chegada do Kasato Maru pode cuidar do corpo e do espírito com shiatsu, acupuntura ou um banho de ofurô. Capa: Técnicas orientais de massagem Imagem: Stockxpert Revista Mundo OK – Ano 1 – Número 5 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editor: Rodrigo Meikaru e David Denis Lobão • Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Danielli Guedes e Sandro Hojo • Tradução: Clarissa Ribeiro • Redação: Daniel Verna, Daniela Giovanniello, Danielli Guedes, David Denis Lobão, Eugenio Furbeta, Felipe Marcos, Fernando Ávila de Lima, Layla Camillo, Leandro Cruz, Tom Marques, Túlipe Helena, Wilson Yuji Azuma • Correspondente no Japão: Fabio Seiti Tikazawa • Desenhista: Diogo Saito • Assistente: Bianca Lucchesi • Revisão: Daniel Martini Madeira • Marketing: Leandro Cruz • Assistente de Marketing: Daniel Verna, Hideo Iwata, Nicolas Tavares • Gerente de Comunicação: David Denis Lobão • Assessoria de Imprensa: Ida Telhada • Atendimento ao leitor: Michelle Hanate • Comercial: Clóvis Irie, Denis Kim, Fernando Ávila de Lima, Hideki Tikasawa, Keico Ishigaki, Luciana Kusunoki, Luciana Mayumi, Marcelo Ikemori • Digital: Fabrizio Yamai • Assistentes Digital: Felipe Marcos e Ulissis Massayuki • Administrativo: Suzana Sadatsune, Camila Yuka Maeda • Planejamento: Karlos Kusunoki • Contato: comercial@revistaok.com.br • A Revista Mundo OK é uma publicação da Yamato Corporation. O Núcleo de Edição da ZN Editora se exime de quaisquer responsabilidades pelos anúncios veiculados, que são de responsabilidade única dos próprios anunciantes. Os artigos assinados e as imagens publicadas são de responsabilidade civil e penal de seus autores com a prévia, devida e expressa cessão de seus direitos autorais à Revista Mundo OK. Rua da Glória, 279 - 8° andar/ Conj. 84 • CEP 01510-001 • Liberdade • São Paulo - SP | Tel.: (11) 3275-1464 • (11) 3275-0432 agenda e notas PETROBRAS QUER ESTREITAR CONTATOS COM JAPONESES A Petrobras confirmou que deseja reforçar sua presença no Japão com a recente aquisição de uma refinaria em Okinawa (sul), para depois ampliar suas atividades ao restante da Ásia. De acordo com o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, a estratégia será de comprar uma refinaria de petróleo de Okinawa, constituindo a primeira compra da Petrobras no arquipélago. “Utilizar os recursos naturais do Brasil, levá-los ao Japão, refinar o combustível aqui para satisfazer as necessidades de mercado de Okinawa e do Japão em seu conjunto, esta é nossa estratégia”, disse Gabrielli, antes de destacar que também busca “um fortalecimento da Petrobras no mercado asiático”. ROBÔS PODEM SUBSTITUIR ALTA NO PREÇO DE CARVÃO HUMANOS ATÉ 2030 AGITA MERCADO JAPONÊS Segundo estimativas de especialistas do Japão, os robôs podem ocupar os postos de trabalho de 3,5 milhões de pessoas no Japão até 2025. Nas estimativas, até 2030 o país enfrentará uma queda de 16% no tamanho da sua força de trabalho conforme cresce o número de idosos, o que gera temores acerca de quem trabalhará num país que não está acostumado nem se mostra disposto a aceitar a imigração em grande escala. Os especialistas afirmam ainda que os robôs podem ajudar a preencher lacunas. Em vez de cada robô substituir uma pessoa, a fundação sugere que as máquinas podem ajudar as pessoas a terem tempo para se focarem em coisas mais importantes. MASAAKI SHIRAKAWA ‘GUEIXAS’ MASCULINAS SÃO É O NOVO PRESIDENTE NOVA MODA NO JAPÃO DO BC JAPONÊS Após muitas especulações, o governo japonês escolheu seu novo presidente do Banco Central do país. Trata-se de Masaaki Shirakawa, ex-oficial do próprio banco e visto por especialistas e economistas como a escolha lógica. A indicação de Shirakawa ocorreu antes de uma reunião para ouvir a opinião de conselheiros. A expectativa é de que as primeiras reuniões com o novo presidente possa discutir o corte na baixa taxa de juros básicos do Japão. Uma nova moda ganha força em Tóquio, capital do Japão. No país onde antigamente gueixas entretinham homens com conversa, uns passos de dança e canções melodiosas, hoje, são as mulheres que pagam a homens para as acompanharem e lhes darem atenção. Segundo a rede CNN, em um bar em Tóquio, ao primeiro olhar podem parecer casais convencionais pela maneira como se comportam, mas não são. Não se trata de uma saída romântica, mas sim de negócios. A mulher, uma executiva de sucesso, faz parte de um grupo crescente de mulheres dispostas a pagarem entre mil e 50 mil dólares, por uma companhia masculina. As siderúrgicas e empresas de energia japonesas concordaram em pagar duas a três vezes mais pelo carvão de que necessitam para produzir seus principais produtos. As três maiores siderúrgicas do Japão - Nippon Steel, JFE Steel e Sumitomo Metal - aceitaram o aumento de US$ 98 por tonelada do carvão de coque fornecido pela mineradora anglo-australiana BHP Billiton, que elevou o preço do produto para US$ 300 por tonelada. Já a geradora de energia Chubu Electric Power aceitou pagar à anglo-suíça Xstrata US$ 125 por tonelada do carvão térmico este ano fiscal, segundo fontes próximas. O valor é mais do que o dobro dos US$ 55 por tonelada que a Chubu pagava no ano fiscal anterior. O preço pago pela companhia é usado como referência para outras prestadoras de serviços públicos. MARINHEIRO AMERICANO É PRESO ACUSADO DE HOMICÍDIO A polícia japonesa prendeu o marinheiro Olatunbosun Ugbogu. O cidadão nigeriano a serviço da Marinha dos Estados Unidos é acusado pela morte de um taxista perto de uma base naval norte-americana nas proximidades de Tóquio. Ugbogu é acusado do homicídio e de roubo. Segundo um porta-voz da polícia japonesa, ele teria confessado os crimes. A polícia planeja levá-lo aos promotores, para que ele seja em seguida indiciado. Cerca de 50 mil homens estão servindo nas tropas norte-americanas no Japão. O suspeito é acusado de esfaquear o taxista Masaaki Takahashi, de 61 anos. O crime ocorreu em 19 de março em Yokosuka, ao sul de Tóquio, onde há uma grande base naval dos EUA economia A reforma tributária no ano do centenário da imigração A estrutura do sistema tributário brasileiro é muito semelhante àquela dos países mais avançados e, ao contrário do que se propaga pela mídia, a carga tributária existente não é mais expressiva que a observada em outros países. Contudo, o modo sob o qual esse sistema está configurado é bastante complexo para as empresas já estabelecidas. Desse modo, o nosso sistema tributário passa por pequenas alterações ou inovações todos os dias. De tempo em tempo, o Governo Federal busca soluções com novas formas, às vezes extremamente arrojadas, de modo a adicionar, suprimir ou até mesmo substituir tributos. Por esta razão, agora, a exposição de motivos da Proposta de Emenda à Constituição - PEC 233/08 enviada pelo ministro de Estado da Fazenda, Guigo Mantega, ao presidente Luiz Inácio Lula traz como principais objetivos da reforma tributária “simplificar o sistema tributário nacional, avançar no processo de desoneração tributária e eliminar distorções que prejudicam o crescimento da economia brasileira e a competitividade de nossas empresas, principalmente no que diz respeito à chamada ‘guerra fiscal’ entre os Estados”. Por tudo isso, a União busca uma consolidação de tributos com incidências semelhantes, promovendo a unificação em um único imposto sobre operações com bens e prestação de serviços. Esta será a contrapartida aos atuais tributos indiretos incidentes (PIS e COFINS e a CIDE-Combustível). Como forma de desoneração da folha de pagamento dos trabalhadores, propõe-se, ainda, a extinção da Contribuição Social do Salário-Educação por meio da instituição do IVA-F que terá também como objetivo compensar a falta de arrecadação dessa contribuição. No tocante aos Estados, o ICMS como o instrumento mais importante de arrecadação, será substituído por um “novo ICMS” que visa eliminar de vez a “guerra fiscal”. O novo imposto pertencerá preponderantemente ao Estado de destino da mercadoria ou serviço. O sistema normativo terá a obrigação de definir a aplicação do mais novo “Princípio do Destino” e o Senado Federal estará incumbido de estabelecer os limites das alíquotas em que serão enquadrados os bens e serviços e uma alíquota padrão aplicável a todas as hipóteses não sujeitas a outra alíquota especial. Desse modo, espera-se que o Brasil consiga definitivamente concluir uma reforma tributária apoiada em pilares que atinjam um ponto de equilíbrio entre o crescimento econômico brasileiro e a arrecadação dos tributos de forma justa que possibilite às empresas, uma perfeita harmonização do novo sistema tributário com a realidade empresarial atual. Resultado disto é que coincidentemente no ano das comemorações da imigração japonesa, poderemos alcançar a almejada estabilidade das normas tributárias e, conseqüentemente, um aumento da competitividade entre as empresas. Objetivos esses tão esperados e que certamente agradarão aos investidores da comunidade japonesa, brasileira e a todos das demais comunidades que contribuem sempre para o engrandecimento desta nação chamada “BRASIL”. Julio Batista é sócio do Guerra, Batista Associados Rua Itapeva, 240 – cjs. 1701 a 1703 Cep 01332.000 – São Paulo/SP Telefone:55 11 3251.1188 Fax: 55 11 3251.4956 Website: www.guerrabatista.com.br e.mail: juliobatista@guerrabatista.com.br entrevista Christine Greiner Por um Brasil e Japão antropofágico Texto: Wilson Azuma | Foto: Arquivo Pessoal C oordenadora e co-fundadora do Centro de Estudos Orientais da PUCSP, Greiner é uma das intelectuais brasileiras mais prolíferas quando o assunto é dança e teatro japonês. Seu interesse pelo país do nô e kabuki surgiu do encontro com o falecido poeta Haroldo de Campos, em meados dos anos 80. Desde então, tem estudado, escrito e divulgado a cultura japonesa por onde passa. A efervescente Tóquio e a milenar Quioto são suas cidades favoritas no Japão, para onde viaja freqüentemente. A preferência reflete muito de sua personalidade, que enxerga na mescla de tradições e culturas o caminho para o desenvolvimento de algo novo. A entrevista a seguir foi concedida no Sesc Paulista, onde ela é curadora da exposição Tokyogaki, que transformou quatro andares do espaço num caldeirão de cultura japonesa. Mundo OK – Como aconteceu seu encontro com o Japão? Christine Greiner – Foi no começo dos anos 80, quando entrei no curso de mestrado em comunicação e semiótica na PUC-SP. Lá, conheci o Haroldo de Campos. Tinha vontade de estudar a China, porque meu pai é chinês, mas ele falou que seria complicado ter acesso aos livros e informações, pois naquela época a China era mais fechada. Sugeriu, então, pesquisar sobre o dançarino Michio Ito, que foi um dos primeiros artistas a sair do Japão no entre guerras e estudar dança moderna na Alemanha. Antes, eu tinha relação indireta, pois a mãe de minha avó era japonesa. O principal interesse era entender as misturas, e o Ito mesclava a dança alemã com a tradicional de seu país. Durante o mestrado desenvolvi a tese sobre o teatro japonês no Ocidente (O diálogo estético entre a dança tradicional japonesa e a dança moderna ocidental; 1991) e, para o doutorado, escrevi Dança butô, pensamento em evolução (1997). OK – Sua ligação se dá principalmente pelas artes, não? CG – Sim. Dancei desde pequena, mas sempre gostei mais de escrever. Adoro tanto o teatro nô quanto o kabuki. Acho tudo interessante, desde as artes tradicionais até os movimentos pósguerra, como o teatro angura (underground). Essas experiências performáticas olhavam a tradição, mas ao mesmo tempo a subvertia. OK – Como surgiu a idéia de criar o Centro de Estudos Orientais? CG – Fundei o Centro junto com o Haroldo, em 1999. Ele dizia que deveríamos expandir para o Oriente também. O Japão tem interesse especial, pois é um país que tem suas especificidades, mas, ao mesmo tempo, é cheio de hibridações. OK – Dizem que tudo que é japonês tem um pé na China. CG – Não só na China, como também na Coréia e outros países. No Centro fazemos reuniões semanais. É formado por um grupo de pessoas que estuda algo relacionado ao Oriente, desde cinema até anime e moda. OK – Você acha que os brasileiros têm uma visão estereotipada do Japão? CG – De maneira geral, sim, e os fetiches são dos mais variados. Há quem veja o país das gueixas e samurais. Por outro lado, os jovens conhecem pelo lado tecnológico e da indústria cultural, dos games, animes e mangás. Há um boom nesse sentido desde os anos 90. O curioso é que as imagens vão se transformando. Nos últimos anos, a culinária e a moda têm ganhado bastante força. OK – Esses estereótipos estão presentes também na comunidade nikkei? CG – Percebo muitas pessoas apegadas à colônia. Há um apego ao Japão que não existe mais nem lá. O ideal é pensar no Japão como um operador poético, uma ignição para criar outras coisas. OK – O que os brasileiros têm a aprender com os japoneses? CG – Não aprendemos ainda, mas é o sentido de coletividade, de solidariedade. Viver em grupo é inerente ao japonês, que faz isso de forma radical para o bem ou para o mal. A cultura ocidental é voltada ao sujeito. Os japoneses saem de casa com máscaras quando pegam um resfriado, para não contaminar as pessoas. Acho interessante aprender isso. Estou convencida de que para a gente fazer o que tem vontade, o mais certo é compartilhar do que guardar o conhecimento. OK – Como você vê a absorção da cultura japonesa por parte dos não-nikkeis? A influência se dá pelos imigrantes e seus descendentes? CG – Não necessariamente. Temos empatia com a cultura japonesa porque somos antropofágicos. O Japão devora tudo e transforma, assim como os brasileiros. Os antropofágicos já diziam que temos um estômago eclético. OK – Atualmente, é até difícil falar em comunidade, pois muitos nikkeis não têm qualquer traço da cultura dos ancestrais. O que acha disso? CG – É algo que acontece em todas as comunidades ao redor do mundo. Hoje, é difícil discutir identidade. É mais uma questão de identificação. As pessoas se identificam com o ambiente, o que não quer dizer que não guardem traços culturais. Mesmo os nikkeis que nunca exploraram o lado japonês têm algo do traço, ou gestual. O autor hindu Homi Bhabha diz que vivemos “entre lugares”. O processo de migração é tão intenso que não há laços com uma nação. Quem é genuinamente alguma coisa? Somos contaminados mesmo sem sair do lugar. comunidade Príncipe em terras brasileiras Visita oficial de Naruhito ao Brasil pode durar até dez dias e deve passar por cinco capitais A embaixada japonesa no Brasil confirmou a notícia que todos esperavam. Apesar de estar praticamente certa a visita do príncipe herdeiro Naruhito ao Brasil, os órgãos governamentais voltaram a confirmar a visita, que pode durar até 10 dias em terras brasileiras, para a celebração do Ano do Intercâmbio BrasilJapão e do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. A primeira parada de Naruhito será em Brasília. No dia 18 de junho, ele participa de um encontro com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e demais autoridades brasileiras. Está prevista ainda uma cerimônia oficial, quando ambos os líderes deverão fazer um pronunciamento em conjunto, além de dar início ao Projeto Origami, um painel com milhares de dobraduras japonesas oriundas de todo o País e idealizado pelos deputados federais da comunidade. A próxima parada está prevista para São Paulo. Na capital paulista, o herdeiro do trono japonês participará, possivelmente, de um jantar oferecido pelo Palácio dos Bandeirantes, quando se encontrará com o governador José Serra, além da própria festividade promovida pela Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, no dia 21 de junho. Na ocasião, se encontrará com lideranças da comunidade e prestigiará as demonstrações culturais que estão programadas para o Sambódromo do Anhembi. Também está prevista a visita de Naruhito ao Paraná, onde também participará das celebrações do Centenário local, denominado Imin 100. A expectativa dos organizadores do evento na região é que o príncipe visite Rolândia, Maringá, Londrina e Curitiba. Entretanto, sabe-se que será muito difícil encaixar todas as cidades na programação. Além dos dois estados com maior concentração de nipo-brasileiros, a comitiva – formada por dezenas de pessoas – pode encaixar uma passagem rápida pelo Rio de Janeiro, local que também festejará o Centenário. Em visita ao Japão no mês retrasado, o governador carioca Sérgio Cabral, em encontro com o próprio Naruhito, ouviu que há uma grande possibilidade de visita à cidade. países. “Correndo por fora” estão Mato Grosso do Sul e Pará, que já reivindicaram a presença dos representantes da Casa Imperial. Segunda vez Outra capital que também ganha força para receber o príncipe é Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde a comitiva pode visitar uma siderúrgica e um projeto florestal dos japoneses. De acordo com o diplomata Tatsuo Arai, da embaixada japonesa, trata-se de uma visita longa e que prova a importância das relações entre os dois O príncipe-herdeiro chega ao Brasil após um convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enviou uma carta em agosto de 2006, solicitando uma visita do imperador Akihito e da Família Imperial ao Brasil. O príncipe-herdeiro Naruhito visitou o Brasil em 1982. Seu irmão mais novo, príncipe Akishino, veio ao País em 1988, no 80º aniversário da imigração japonesa. O imperador Akihito e a imperatriz Michiko vieram ao Brasil três vezes. Em 1967, o príncipe-herdeiro Akihito e a princesa Michiko visitaram o Brasil pela primeira vez, com uma recepção que lotou o estádio do Pacaembu. Em 1978, participaram das comemorações pelos 70 anos da imigração, novamente lotando o Pacaembu. Em 1997 o casal imperial fez uma nova visita de dez dias ao Brasil, provocando grande emoção na comunidade. E em 1998, a comunidade nikkei de todo o País comemorou com festa os 90 anos da imigração, com a presença da última sobrevivente da primeira leva de imigrantes, Tomi Nakagawa. cidades São Bernardo inicia comemoração dos 100 anos com Município formará bosque para homenagear plantio de árvores - imigrantes Texto: Redação | Fotos: Divulgação A cidade de São Bernardo do Campo, localizada no Grande ABC paulista, deu início às ações para a comemoração do Centenário da Imigração. E em grande estilo. Cerca de 600 pessoas participaram de dois atos de reflorestamento no fim de março, com o plantio de mais mil árvores em dois locais diferentes: 500 mudas no Pico do Bonilha - ponto mais alto do Município; e 800 mudas na Várzea do Alvarenga - próxima à Represa Billings. A ação visa a formação do chamado Bosque da Diversidade, previsto para ter, no total, 36.520 árvores em diferentes locais da cidade. Cada árvore simboliza um dia desde a vinda do primeiro imigrante japonês, em 18 de junho de 1908. Segundo o presidente da comissão organizadora dos festejos pela imigração japonesa, Hiroyuki Minami, já foram realizadas outras duas etapas da formação do bosque. O objetivo é contar com a ajuda da sociedade civil, em especial, dos estudantes. “Queremos que o centenário não seja apenas motivo de festa, mas de reflexão. Desde a importância da cultura japonesa na formação da nossa sociedade, até a questão do meio ambiente e a importância em recuperar o que temos degradado”, ressalta o presidente. Nesta terceira etapa do plantio, foram convidados alunos do CAMP-SBC - Centro de Formação e Integração Social. Segundo a superintendente da Escola, Sonia Alakaki, o evento coincide com o conteúdo programático do CAMP. “Os alunos têm aulas de gestão ambiental e exercem na prática, ações que visam menor impacto no meio ambiente”. Como exemplo, Sonia cita que os alunos separaram o lixo reciclável, fazem economia de água e de energia elétrica. A formação do Bosque teve início no dia 24 de fevereiro, em que cerca de 200 pessoas, em sua maior parte nipo-brasileiros, plantou 300 árvores no Pico do Bonilha. No dia 28 de março, cerca de 800 mudas foram plantadas por alunos na ETE Lauro Gomes. Além da formação do Bosque, São Bernardo do Campo está com extenso calendário de eventos alusivos ao centenário da imigração japonesa. Segundo Minami, o Município já realizou um torneio de tênis de mesa, comemorou o aniversário da Represa Billings, apresentou sessão gratuita de cinema japonês e promoveu um concurso de karaokê. 10 encontro O monge e o pai de santo - Budismo e N a área destinada ao culto aos antepassados do Soto Zenshu, na cidade de São Paulo, o monge apresentou ao pai de santo a imagem de Aparecida Kanon. Feita de madeira escura, tem aproximadamente 50 centímetros. Uma estátua negra budista? O que um sacerdote umbandista fazia no templo? A cena ocorreu em 9 de abril, durante a visita do presidente do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo, Milton Aguirre, a Francisco Handa, um dos principais nomes do zen no Brasil. Mediado pela Mundo OK, o encontro instigou algo incomum: o diálogo franco e esclarecedor entre a mais brasileira das religiões e a cultura espiritual enraizada na comunidade nikkei. Após as apresentações, Handa, que também é historiador, jornalista e poeta, enfatizou as similaridades entre as crenças. Mencionando a origem negra de Buda - Sidarta Gautama era da etnia drávida, de pele escura –, ele convidou Aguirre para acender incenso à Aparecida Kanon, o que foi prontamente aceito. Confeccionada exclusivamente para o templo, a imagem simboliza o que ele chama de budismo brasileiro. “Neste século, há um campo vasto para desenvolver o budismo. Para isso, é importante criar identificação e adotar práticas culturais daqui”. Embora pareça subversivo num primeiro momento, a simbologia em torno da escultura vai de encontro aos preceitos de respeito e tolerância da religião oriental. As imagens não existem para adoração, mas pelo valor representativo. Além disso, a Soto Zenshu é conhecida por sua vocação progressista. Muitos de seus freqüentadores não têm qualquer ascendência japonesa. “Até agora, existe o budismo étnico, ligado aos cerimoniais nikkeis. Mas precisamos nos preparar para receber outras vertentes. A tendência é que, daqui para frente, o budismo tenha mais cores brasileiras. É um processo inevitável”, afirmou. Aguirre lembrou que vários traços de Aparecida Kanon estão presentes em Oxum, a rainha dos rios. “É o respeito total às pessoas, que fazem parte da natureza”, conta. Ele e Handa enumeraram alguns pontos de convergência, como a intrínseca relação com o universo, o respeito à vida (“tudo é vida”), a tolerância à diversidade, as oferendas às almas necessitadas, a pregação da paz, a valorização da liberdade e o incentivo ao sincretismo. “Em estudo sei tudo sobre Sidarta. Nossas religiões não são diferentes. Pensamos em nos doar para ajudar”, acrescenta o líder máximo da umbanda em São Paulo. Handa (esq.) e Aguirre pregam o diálogo inter-religioso Desafios Futuro Religiões minoritárias, tanto o budismo quanto a umbanda enfrentam desafios comuns no início deste século. Alguns são inerentes à atuação em qualquer grande cidade, como o enquadramento ao PSIU (Programa de Silêncio Urbano), da prefeitura paulistana. O templo, por exemplo, já recebeu reclamações de um morador vizinho por conta do ruído emitido diariamente pelos sinos. O preconceito, porém, foi identificado como a grande barreira a ser superada. Handa relatou que freqüentemente é abordado por pregadores de outras religiões nas ruas. “Como ando com estas vestimentas (de monge), sou facilmente identificado. O problema não é a pessoa falar sobre a crença dela, mas querer convencer sem ao menos ouvir, rechaçando o que a outra tem a dizer”, lamentou. A umbanda vive um cenário ainda mais desfavorável nesse sentido. Além de sofrer perseguição das chamadas igrejas neo-pentecostais, inclusive nos programas de televisão aberta, tem encontrado problemas para alugar espaços físicos para sua prática. Muitos proprietários negam-se a negociar imóveis por acreditarem que os locais serão usados com finalidades malignas ou por receio de que haja desvalorização. “Há quem confunda com rituais do vodu, que não praticamos na umbanda”, manifesta, lembrando que as consultas espirituais não são cobradas, já que as casas são sustentadas pelos quadros associativos e por doações de praticantes e simpatizantes. Realizada no dia seguinte às comemorações do nascimento de Buda, a reunião ocorreu em um ano simbólico para os dois segmentos. Em 15 de novembro será comemorado o centenário da umbanda, cujo marco foi a primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas em pai Zélio Ferdinando de Moraes. Por sua vez, templos budistas em todo o País estão envolvidos no 100º aniversário da chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. Handa e Aguirre mostraram-se entusiasmados pela congruência de conceitos, idéias e dilemas. De um lado, um budismo interessado em se abrasileirar, expandindo os horizontes para além da comunidade nikkei. De outro, uma umbanda naturalmente sincrética (africana, católica e kardecista) de braços abertos para agregar mais uma influência. O jornalista provocou: seria a hora de se pensar em um budismo-umbanda ou uma umbanda-budista? Ambos responderam com sorrisos simpáticos. Brincadeiras à parte, reiteram a admiração mútua e deixam em aberto a possibilidade de dar continuidade ao diálogo. “Vejo com simpatia (a umbanda), pois é uma religião autêntica, de base, não idealizada, o que é muito importante”, resumiu o monge. “Redescobri que somos irmãos do passado”, concluiu o pai de santo. A experiência pôs em xeque quem imaginava que religiões de origens tão distintas não teriam algo a ensinar uma a outra. Fica e sensação de que os caminhos ainda hão de se encontrar. 11 encontro Umbanda em ano de centenários Texto e fotos: Wilson Azuma O que é... Budismo Fundado no século VI a.C., no norte da Índia (atual Nepal), é baseado nos ensinamentos de Sidarta Gautama. Espalhou-se pela Ásia e chegou ao Brasil, sobretudo, pelos imigrantes japoneses. É regido por três princípios básicos: sabedoria, meditação e disciplina moral. Umbanda { Aguirre (esq.) e Handa acendem incenso para a estátua negra do templo Soto Zenshu Bate-pronto Religião brasileira, sincretiza elementos afros, católicos, kardecistas e indígenas. Há inúmeras vertentes, que, no entanto, congregam valores comuns, como fraternidade, caridade e respeito ao próximo; culto aos Orixás; mediunidade; imortalidade e reencarnação; e crença na fonte criadora universal (Zumbi). Handa Aguirre Não depender tanto dela Desligados, mas caminhamos junto Não é boa nem ruim. Não queremos mudar ninguém Não condenamos, convivemos Aborto Não fechamos questão. A princípio não é uma coisa boa, pois tira a vida, mas deve ser uma decisão intuitiva Contra, exceto em casos como estupro Igreja católica Grande companheira na jornada. Convivência muito boa Fazemos parte da família católica. Estamos juntos. Política Homossexualidade 12 eventos Festival do Japão prepara novidades para ano do Centenário Evento acontece nos dias 18, 19 e 20 de julho em São Paulo C onsiderado a maior festa da cultura japonesa no País, o Festival do Japão deste ano já começa a esquentar os motores. Parte do Calendário Oficial Turístico do Estado de São Paulo e das festas que comemoram os 100 anos de imigração japonesa no Brasil, o evento, que acontece nos dias 18, 19 e 20 de julho de 2008, no Centro de Exposições Imigrantes, promete atrair milhares de pessoas em sua 11ª edição. O Festival do Japão é considerado um dos maiores eventos de cultura japonesa no mundo. A festa, organizada desde 1998 pelo Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), apresenta shows musicais, atrações culturais, danças típicas, culinária, exposições e atividades para as crianças, e acontece em um final de semana, com três dias repletos de atividades culturais. “A culinária é extremamente importante, é considerada a base do Festival, e dessa maneira, divulgamos a cultura japonesa em todos os sentidos. O Centenário ajuda muito o nosso Festival, que vai crescer bastante em termos de público. Vamos trabalhar para que o evento seja significativo para toda comunidade, e agradecemos muito a força dos jovens voluntários”, explica Keiji Kato, presidente da Comissão Ex11º Festival do Japão ecutiva do 11º Festival do Japão. Data: 18, 19 e 20 de julho de Todos os anos, é uma tradição 2008 do Festival do Japão escolher Local: Centro de Exposições um tema principal, que é Imigrantes utilizado para criar, inspiRodovia dos Imigrantes, km rar e desenvolver todo o 1,5, São Paulo evento. Em 2008, o tema Informações: escolhido é o Centenário da (11) 3277-8569 Imigração Japonesa no Brasil, mostrando um panorama geral das comemorações. Festa da cultura japonesa na Zona Norte de SP Terceira edição do Festival Nikkey Matsuri reúne 11 associações nipo-brasileiras O s amantes da cultura e culinária japonesa podem se animar. Nos dias 26 e 27 de abril, 11 associações nipo-brasileiras da zona Norte da Grande São Paulo realizam o 3º Nikkey Matsuri, festival de cultura japonesa que acontece no Clube Escola Jardim São Paulo (rua Viri, 425, no Jardim São Paulo), ao lado da estação Jardim São Paulo do Metrô. A entrada é gratuita. O evento, que será aberto ao público das 10 às 18 horas, contará com uma ampla programação artística e cultural, vai da apresentação de música e dança japonesa ao origami (arte da dobradura de papel), passando por apresentações de taikô (tambor japonês) e artes marciais. A parte musical promete ser animada, pois contará com intérpretes consagrados da comunidade nikkei, como Joe Hirata, Karen Ito e Maurício Mya. No espaço livre do clube, as entidades organizadoras e as instituições assistenciais da comunidade nipo-brasileira contarão com barracas de comidas típicas, como yakissoba, tempurá, udon e okinawa sobá, além da venda de artesanato e cerâmica japonesa. “Toda a renda das barracas será revertida para as obras das entidades participantes”, destaca Toshiaki Tamae, presidente da comissão organizadora. Brasil, o público poderá ver uma exposição fotográfica dos primeiros imigrantes japoneses, que vieram ao Brasil para trabalhar na lavoura de café, com material cedido pela Fundação Mokiti Okada, de objetos e utensílios dos imigrantes da província de Okinawa, e também uma mostra, em maquete, de castelos japoneses do acervo do Consulado Geral do Japão. Nos esportes, as ligas nipo-brasileiras de futsal e voleibol realizarão durante o evento, torneios internos destas modalidades nas quadras do Clube Escola. multimídia Pinacoteca recebe acervo de museus japoneses Objetos da era dos samurais são destaques da mostra Texto: Wilson Azuma | Foto: Divulgação A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugura, em 17 de abril, exposição com acervo inédito de 160 peças de arte do período Edo (1603-1867). A mostra O florescer das cores reúne peças de quimono, armaduras e espadas samurais, cerâmica e artefatos em laca, provenientes de 15 museus japoneses. Os objetos representam a fase em que a arte autêntica floresceu com mais vigor no arquipélago. Caracterizada pelo isolamento em relação ao resto do mundo, a Era Edo, antigo nome de Tóquio, foi dominado pelo xogunato Tokugawa, cuja administração era militar e centralizada. Devido aos rigorosos procedimentos de conservação, não haverá exposição entre 13 e 15 de maio, período em que parte do acervo será substituída. Dessa forma, o público que comparecer antes e depois dessas datas terá acesso a mostras diferentes. A curadoria é de Saito Takamassa, renomado profissional da Agência de Cultura do Japão, que organiza o evento em parceria Consulado Geral em São Paulo. Serviço O florescer das cores Data: 17 de abril a 22 de junho – 3ªf. a domingo, das 10h às 18h Local: Pinacoteca – Praça da Luz, 2, São Paulo/SP Ingresso: R$ 4,00 (R$ 2,00, meia – grátis aos sábados) Informações: (11) 3324-1000 Site: www.pinacoteca.org. 13 14 esportes D1 Grand Prix Conheça os maiores campeonatos de drift do mundo Texto: Nicolas Tavares | Foto: Divulgação \ Site oficial D1GP A tualmente, é impossível falar de auto-esporte no Japão sem falar de drift. É uma manobra incomum que surgiu nos rallys, onde os pilotos aproveitavam a baixa aderência da pista para fazer o carro derrapar e manter uma boa velocidade na hora de fazer as curvas. O drift moderno encontrou uma nova cara durante os anos 70, nas mãos de Kunimitsu Takahashi. Sua habilidade com o drift fez com que ganhasse muitos fãs, os quais passaram a praticar o drift nas estradas das montanhas, as chamadas touge. Porém, o drift só se tornou conhecido nas mãos de um dos fãs de Takahashi: Keiichi Tsuchiya, o Drift King. A atuação de Tsuchiya inspirou a maioria da atual geração de pilotos de drift. Em 1989, surgiu o Ikaten, um dos primeiros eventos de drift, organizado por Tsuchiya e o criador da revista especializada Option Magazine, Daijiro Inada. Anos mais tarde, em 2000, foi criado um novo evento apenas para os pilotos experientes, o All Japan Professional Drift Championship, julgado por Tsuchiya e Manabu Orido e narrado pelo brasileiro Manabu Suzuki. No ano seguinte, o campeonato foi rebatizado como D1 Grand Prix, nome que carrega até hoje e com edições nos Entenda o Drift Um carro está fazendo drift quando o carro perde tração e o ângulo da parte de trás fica maior do que o ângulo da frente, e as rodas da frente estão apontando para a direção oposta à curva (por exemplo: o carro está virando para esquerda, as rodas estão apontando para direita, ou vice-versa), e o piloto está controlando esses fatores. Os carros mais indicados para fazer drift são os de tração traseira. EUA, Reino Unido, Austrália, Malásia e Nova Zelândia. Em 2005, nasceu o D1 Street Legal, voltado para pilotos amadores e carros sem uma preparação muito cara e rapidamente se tornou um sucesso de público e crítica. Todas as máquinas que competem no D1SL precisam possuir o Shaken, uma autorização que todos os carros no Japão recebem depois de passar por uma vistoria. Carros que estejam acima da potência máxima permitida ou com alterações ilegais não recebem essa autorização. As corridas nos campeonatos possuem duas etapas. A primeira é uma grande eliminatória, na qual todos os pilotos fazem três tansou, uma corrida solo na qual devem demonstrar habilidade em fazer um drift rápido e sem exibicionismo. No fim do dia, os doze melhores colocados passam para a fase seguinte, disputando as corridas tsuisou, onde um carro segue o outro pelo percurso, tentando manter o ritmo ou mesmo ultrapassar o carro da frente. Aqui, o mais importante é o drift mais emocionante e não é permitido bater, rodar ou perder o ritmo. Se quiser saber mais, visite: http://www.d1gp.co.jp okids Roteiro para baixinhos Diversão, cultura e lazer para crianças no ano do centenário O ano em que a presença japonesa completa 100 primaveras é uma boa oportunidade para mostrar aos baixinhos o universo de seus antepassados. Rica e diversificada, a cultura nikkei proporciona uma série de atividades, que vão do origami (dobradura) e teatro infantil até o universo pop dos mangás. A Mundo OK apresenta nesta edição atrações imperdíveis para toda a família. ORIGAMI A arte japonesa de dobrar papéis e formar as mais variadas figuras é destaque da programação cultural da Aliança Cultural Brasil-Japão (www.acbj.com.br), na capital paulista. Desde fevereiro, as unidades Pinheiros e Vergueiro oferecem aulas temáticas, sempre na última quarta-feira de cada mês. Os cursos acontecem até outubro. Unidade Vergueiro - R. Vergueiro, 727 - 5º andar. Tel.: (11) 3209-6630 Unidade Pinheiros - R. Dep. Lacerda Franco, 328. Tel.: (11) 3815-3446 MUSEU Leve seu filho para passear de trem no Memorial do Imigrante. O museu, que funciona na antiga hospedaria, onde os trabalhadores de outros países ficavam por um curto período ao chegar ao Brasil, tem um acervo rico sobre a história dos japoneses. O passeio dura aproximadamente 20 minutos, em trajeto de 1 quilômetro. O trem funciona aos domingos e feriados, das 10h às 17h. É cobrada tarifa de R$ 5 (2ª classe) e R$ 6 (carro reservado). Outra opção é usar o bonde, que vai até a estação Bresser de metrô pelos trilhos da rua Visconde de Parnaíba. Custa R$ 2. O Memorial fica Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca. Informações: (11) 6692–7804, ou pelo site www.memorialdoimigrante.sp.gov.br. TEATRO INFANTIL A Cia. Pé no Canto apresenta, nos dias 20, 21 e 27 de abril, a peça As aventuras de Urashima Taro – uma história de pescador, no Sesc Ipiranga (R. Bom Pastor, 822). Música ao vivo, máscaras, bonecos e ilusionismo fazem parte da atração, que conta a história do jovem que conhece um mundo mágico no fundo do mar após salvar uma tartaruga. Os ingressos custam R$ 9. Sócios, estudantes e professores da rede pública de ensino, além de pessoas com mais de 60 anos, têm desconto. Informações: (11) 3340-2000 e www.sescsp.org.br. KARAOKÊ Apaixonados por música japonesa, os nikkeis se reúnem em todo o país para cantar em associações e campeonatos. Está enganado quem pensa que os chamados taikais são destinados exclusivamente aos adultos. Centenas de crianças participam ativamente das competições, que têm até categorias especiais para os baixinhos. Informe-se sobre o local mais próximo para levar a família pelo telefone da UPK – União Paulista de Karaokê: (11) 3191-0403; ou no site www.upk.org.br. MANGÁ A unidade Pinheiros da Aliança Cultural Brasil-Japão (R. Dep. Lacerda Franco, 328) oferece cursos de desenho dos famosos quadrinhos japoneses para crianças a partir de 7 anos. Os interessados devem levar papel sulfite branco, lápis, lapiseira, borracha, prancheta com trava e pasta catálogo. A inscrição custa R$ 40. O valor da mensalidade é de R$ 85. Informações: (11) 3815-3446 ou no site: www.acbj.com.br. 15 16 mulher Gravidez depois dos 35 Tratamentos Conheça os métodos mais comuns para ter filhos durante a meia-idade Cuidados e tecnologias para a gestação tardia Indução da ovulação ideal de maternidade transformou-se ao longo das décadas. Se no tempo de nossos avôs predominava o conceito da mulher criada para casar, cuidar da casa e ter filhos, hoje a realidade é bem distinta. O gênero obteve conquistas irreversíveis desde os anos 60, quando os movimentos feministas, alguns até de forma radical, mostraram ao mundo que a submissão ao homem havia ficado para trás. Desde então, as saias passaram freqüentar lugares antes exclusivos a quem tivesse barba. Uma das conseqüências é que as mulheres começaram a engravidar cada vez mais tarde, após sentirem-se realizadas profissionalmente e também na vida pessoal. Fora isso, a popularização de métodos contraceptivos, tais como pílulas e camisinhas, ajudaram a solidificar esse quadro. Gerar um bebê após os 35 anos, porém, requer cuidados especiais. À medida que a mulher envelhece, há diminuição considerável da reserva e da qualidade dos óvulos, afetando diretamente a fertilidade. Além disso, problemas ginecológicos, como infecções, endometrioses, miomas e cistos, são mais freqüentes a partir dessa idade, o que interfere na possibilidade de engravidar. Embora tecnologias atuais permitam diagnosticar anomalias prematuramente e até a realizar cirurgias intra-uterinas, quem engravida nessa fase da vida tem maior probabilidade de ter gestações múltiplas ou fora do útero. Recomendado para mulheres com distúrbios hormonais ou síndrome de ovário policístico. Os medicamentos mais comuns para combater tais distúrbios são o citrato de clomifeno e gonadrotofina. A concepção é feita naturalmente e deve ser realizada durante a ovulação obtida pelo tratamento. O “Aumenta também as chances do feto contrair síndrome de Down, bem como desenvolver hipertensão e diabetes. A princípio não é uma gravidez preocupante, e pode ocorrer de forma bastante natural, mas é importante fazer um acompanhamento criterioso e seguir as recomendações médicas”, destaca a obstetra Juliana Casagrande Delben. O acompanhamento deve ser o primeiro passo. Mesmo antes da concepção é importante a realização de consultas médicas. Ainda nos primeiros estágios, há a necessidade de estabelecer uma rotina de exames laboratoriais, que incluem amostras de urina, hemogramas, tipagem sanguínea e sorologias. Especialistas recomendam também ingerir suplementos vitamínicos de ácido fólico, sobretudo nos últimos três meses, o que minimiza o risco de má formação do sistema nervoso central do bebê. A tecnologia tem sido uma grande aliada para quem opta por tornar-se mãe mais tarde. Os métodos variam de caso a caso, sendo os mais comuns a indução à ovulação, a fertilização in vitro e a chamada barriga de aluguel. Nesse caso, a norma do Conselho Médico Federal permite que seja feito em parentes de até segundo grau. Fertilização in vitro (FIV) É a técnica mais conhecida de reprodução assistida, também chamada de “bebê de proveta”. Na primeira fase, o tratamento ocorre por meio de drogas que estimulam a produção de óvulos. Em seguida, os óvulos são coletados por meio de ultra-sonografia transvaginal, enquanto os espermatozóides do pai são preparados em laboratório. A etapa seguinte consiste na alocação de um óvulo para cada 7 mil a 20 mil espermatozóides em uma placa para a fertilização. Os embriões resultantes são introduzidos no útero materno. Em 12 dias é possível fazer o teste de gravidez. ICSI Método eficaz bastante utilizado no caso de infertilidade masculina. A técnica utiliza micromanipuladores acoplados ao microscópio. Um único espermatozóide é injetado diretamente dentro do óvulo, promovendo a fecundação. Aspiração de espermatozóides Os espermatozóides são aspirados diretamente dos testículos para fertilizarem os óvulos por meio da técnica ICSI no útero da mulher. O procedimento é recorrente entre homens que fizeram cirurgia de vasectomia. Doação de óvulos Método indicado para pacientes que não têm ovários, ou que os mesmos tenham a produção limitada pela idade. Os óvulos da doadora são usados pela receptora para que sejam fertilizados em laboratório. O embrião é introduzido na receptora, que terá um bebê com o esperma do companheiro e o óvulo da doadora. mulher Doação Temporária de Útero Utilizado por mulheres incapacitadas de ter gestação normal. A paciente produz óvulos como na fertilização in vitro convencional. Os óvulos são aspirados e, posteriormente, fecundados em laboratório com os espermatozóides do companheiro. O útero da doadora é preparado para receber o embrião, que é transferido por um cateter plástico fino. Doação de esperma Para homens que não apresentam espermatozóides no esperma ou até mesmo nos testículos. Os espermatozóides utilizados são provenientes de um banco e introduzidos no útero da mulher. Inseminação artificial A fertilização ocorre na trompa, por meio do encontro entre o espermatozóide depositado na vagina e o óvulo captado pela trompa no momento de sua expulsão do ovário. O procedimento ocorre durante a ovulação, sendo essa espontânea ou não. Indicado para pacientes que não tenham ovulação, ou tenham ovulação baixa. 17 18 gastronomia Sushi jyo - Receita fusion com salmão, arroz e maionese O s restaurantes mais tradicionais torcem o nariz para as receitas que mesclam sushi e maionese. Mesmo nos estabelecimentos japoneses, porém, os chefs já se renderam à combinação, uma das preferidas dos ocidentais apreciadores da gastronomia do Sol Nascente. O sushi jyo pode ser servido junto com uramakis e niguiris, mas também como aperitivo para sessões de saquê. Opção de prato simples e irresistível, leva menos de 10 minutos para ser montado. A receita a seguir é de Augusto Hideo Miyake, que há 13 anos é proprietário e chef do Miyake Sushi, uma das casas mais respeitadas do bairro Jardim da Saúde, em São Paulo. Passo 1 Passo 2 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Passo 5 Ingredientes Ingredientes - 100g salmão - 100g dede filéfilé dede salmão 1 folha de cebolinha - 1 folha de cebolinha - 20 gramas arroz japonês - 20 gramas dede arroz japonês 1 colher sobremesa maionese - 1-colher dede sobremesa dede maionese - Gengibre emem conserva - Gengibre conserva - Raiz forte (wasabi) - Raiz forte (wasabi) - Molho dede soja (shoyu) - Molho soja (shoyu) Preparo (porção com 4 unidades) 1º passo Cozinhe o arroz e faça quatro bolinhos pequenos e arredondados. 2º passo Separe 20g do filé de salmão e pique em pedacinhos pequenos. Misture junto com a cebolinha picada e a maionese. 3º passo Corte o restante do filé de salmão em quatro tiras finas de 7cm. Os cortes devem cruzar as linhas das fibras. 4º passo Envolva os filés de salmão lateralmente aos bolinhos de arroz. 5º passo Coloque o recheio sobre os bolinhos. 6º passo Na hora de degustar, se preferir, insira pedaços de gengibre em conserva sobre o recheio de salmão picado com cebolinha e maionese. Mergulhe a parte inferior no molho de soja (wasabi a gosto) e prove o sushi jyo de uma bocada. vitrine 19 20 vitrine vitrine 21 22 automóvel Sem medo da concorrência Novo Toyota Corolla inova para recuperar liderança em segmento Texto: Redação | Foto: Divulgação A Toyota inova mais uma vez no mercado automotivo. Após se consagrar como uma das maiores fábricas no mundo, a gigante japonesa aposta todas as suas fichas no ascendente mercado brasileiro, ao apresentar a nova geração de seu maior sucesso, o Corolla. Um tanto maior, mais tecnologia embarcada, melhor acabamento interno, mais espaço entre a frente interna e o assento traseiro, o sedã de luxo chega para assustar seus concorrentes e buscar novamente a liderança no segmento de sedãs médios – hoje com o Honda Civic. Pelo menos autonomia a Toyota tem. Basta dizer que só no ano passado foram vendidos no mundo três milhões de Corolla. O carro já está nas revendas e tem uma lista de espera grande. São compradores ávidos por novidades e que esperam a qualidade sempre impecável da montadora nipônica. Para conceber o Novo Corolla, os designers da Toyota passaram quatro meses na cidade de Turim (Itália) avaliando os aspectos do estilo local. O resultado foi um veículo de classe superior e extremo bom gosto, com desenho equilibrado e elaborado nos mínimos detalhes. As linhas procuram ressaltar a beleza natural do modelo e possuem toques de esportividade, sem colocar a elegância em segundo plano. O capô com vincos acentuados forma um conjunto harmônico ao se integrar ao quadro do pára-brisa, ao pára-choque de linhas marcantes e aos pára-lamas dianteiros. Também se encaixam com perfeição ao conjunto dianteiro a grade do radiador com barras horizontais, os grandes faróis de formato alongado com três parábolas internas e os faróis de neblina (disponível nas versões XEi e SE-G). De frente, o Corolla assemelha-se ao Camry, veículo que dita a tendência da nova identidade visual dos sedãs da Toyota. Ainda na dianteira, um detalhe que denota cuidado na construção do Novo Corolla é a textura suave do plástico da grade frontal e o excelente acabamento da peça. reduzindo ainda mais os níveis de emissões de poluentes na atmosfera. O sistema VVT-i atua continuamente na abertura e fechamento das válvulas de admissão, proporcionando aceleração linear e torque elevado em qualquer faixa de rotação. Isso assegura máxima performance, baixo nível de ruído e emissões de poluente e economia de combustível. Motor O motor do Novo Corolla é o consagrado 1.8 VVTi Flex de 16 válvulas que, nesta geração, rende 136 cv de potência máxima a 6.000 rpm, quando abastecido só com álcool, e 132 cv também a 6.000 giros, se for alimentado exclusivamente com gasolina, com torque máximo de 17,5 kgf.m com álcool e 17,3 kgf.m com gasolina, ambos a 4.200 rpm. A taxa de compressão é de 10:1. Para atender á norma ambiental que passa a vigorar no Brasil a partir de 2009, o motor do Novo Corolla recebeu um conversor catalítico mais eficiente, Resta agora saber se o público irá aprovar todas as mudanças. Uma pista, porém, já indica o sucesso: a produção está atualmente trabalhando no limite. 23 turismo Kaga, uma cidade que transpira tranqüilidade Termas e festivais culturais são as maiores atrações para os turistas A Texto: www.city.kaga.ishikawa.jp/ Fotos: divulgação cidade de Kaga, localizada na região Hokuriku do Japão e ao sul da província de Ishikawa, possui cerca de 80.000 habitantes. Com sua costa marítima rica e cercada de muito verde, traz ainda uma terra com beleza fascinante onde pode-se desfrutar as mudanças serenas das estações do ano. Na Era Edo, prosperou como cidade do castelo do clã Daishoji. Desde então vem preservando a característica tradicional do Japão como o espírito wabisabi, presente na cerimônia do chá e com grande influência da religião Zen Budista, assim como a riqueza cultural e a qualidade artística elevada da porcelana Kutani e do laqueado Yamanaka. Dados da Cidade Localizacao da Prefeitura:Longitude: E 136o18’28’’ Latitude: N 36o18’20’’ Extensao Territorial:305.99 Km2 Extensao da Costa Maritima:16.5km Nas três regiões de onsen (termas) da cidade, cada uma delas possui um visual diferente das ruas e um charme próprio, e na época dos matsuri (festivais) a cidade inteira fica agitada. Aliás, esses onsen são famosos pela eficácia estética e dermatológica, contra enfermidades como neuralgia e doenças da pele, proporcionando aos visitantes momentos de relaxamento físico e mental. Dentre as atrações de Kaga, destacam-se os frutos do mar como o Zuwaigani (caranguejo rainha) e o Amaebi (camarão doce), os produtos das montanhas como o Sansai (plantas silvestre comestíveis) e frutas que fazem sentir o rico sabor de cada estacão do ano. Experimente também os vários tipos de saquê de alta qualidade preparados com a água pura do Monte Hakusan, localizada na região sul de Kaga. Outra dica é apreciar os pequenos objetos de arte e os doces japoneses que se desenvolveram juntamente com a cerimônia do chá. 24 especial capa Terapias orientais - Técnicas do outro lado N a fase inicial da imigração, o brasileiro que entrasse na casa de uma família japonesa poderia se assustar com certos hábitos. Na sala, não seria estranho encontrar um dos filho caminhando sobre as costas do pai estendido de bruços no chão. Caso a dor na coluna persistisse, esse mesmo pai chamaria um senhor de idade, que retiraria da maleta uma penugem amarelada e a queimaria sobre a pele, afirmando, categoricamente: “Yaito é a melhor solução para o seu problema”. O yaito (ou, okyu) é uma técnica terapêutica conhecida também por moxabustão. O método mais comum utiliza bastões de folha de artemísia moída, preparada sob forma de algodão. Por meio da queima sobre a pele, trata as enfermidades pela emissão de calor, destruindo os acúmulos Shiatsu estimula os mecanismos de cura natural Origem Os procedimentos de saúde do Oriente foram desenvolvidos, sobretudo, por indianos e chineses. A medicina ocidental tende a ver as doenças sob a ótica da bioquímica e da microbiologia. É, portanto, mais reativa, curativa. Por sua vez, no outro lado do mundo acredita-se que os males estão intimamente ligados à relação do homem com o universo. A medicina chinesa tem origem milenar, sendo o imperador Xing Nong considerado seu precursor. Por volta de 3.200 a.C., ele já realizava experiências com plantas para curar enfermidades. Arqueólogos descobriram também 11 textos datados de 168 a.C, que fazem menção a práticas até hoje adotadas, como dieta, exercício, fitoterapia e moxabustão. As terapias são fundamentadas no Livro das Mutações (I Ching), conceito filosófico do princípio único (Tao) e sua dualidade energética (Yin e Yang). Em outras palavras: a busca do equilíbrio é possível por meio da compreensão dos opostos. A chegada dos japoneses foi de fundamental importância para a disseminação de técnicas terapêuticas. Palavras como shiatsu, acunpuntura, ofurô e massagem ayurvédica já não soam estranhas. energéticos dos pontos meridianos. Originária da China, chegou ao Brasil pelos padres jesuítas, mas foram os japoneses que disseminaram a prática. Hoje em dia, porém, o calor é emitido de forma indireta, apenas aproximando o bastão do local determinado. O terapeuta que utiliza a forma antiga pode ser acusado pelo paciente por queimadura de primeiro grau. Esse é apenas um exemplo de terapia popularizada pelos orientais. A chegada dos japoneses foi de fundamental importância para a disseminação de tais técnicas. No final do século XX, com mais acesso às informações e a consolidação da cultura da saúde e beleza, práticas milenares da Índia e da China também passaram a fazer parte dos serviços oferecidos por salões de estética, spas, clínicas e até hospitais. Palavras como shiatsu, acupuntura, ofurô e massagem ayurvédica já não soam tão estranhas. De acordo com essa premissa, os acupunturistas buscam áreas específicas do corpo humano (pontos meridianos) e estimulam excessos ou carências de energia para tratar de males, que não são vistos como doenças específicas, mas um desequilíbrio geral do indivíduo. O Ayurveda indiano, por sua vez, é o mais antigo sistema médico organizado de que se tem notícia. Surgido na Índia há mais de 5.000 anos, utiliza em sua abordagem plantas medicinais, yoga, astrologia, massagem, meditação, aromaterapia, gemoterapia, psicologia e até cirurgia. O país, aliás, é conhecido como o berço de todas as civilizações. O Ayurveda influenciou práticas em todo o mundo, firmando-se como base doutrinaria de muitas artes médicas e filosóficas. especial capa do mundo ganham o Brasil Nihon Dos três países, o Japão é o mais sincrético no que se refere às práticas terapêuticas. A medicina chinesa ganhou força no arquipélago principalmente a partir do século VI, por intermédio da Coréia. Também havia intercâmbio com a Índia, já que ambos precisavam criar uma medicina de baixo custo para atender às massas. Práticas provenientes dos vizinhos, portanto, eram empregadas há séculos. Em 1557, a influência européia começou a ganhar campo, quando foi instalado, em Kyushu, o primeiro hospital de medicina ocidental. Durante o período Edo (1603 a 1868), havia grande incentivo para o estudo da ciência dos brancos, o que se acentuou no período da restauração Meiji. Ao aliar a medicina tradicional e a ciência ocidental, os japoneses deram contribuições importantes para diversos tratamentos, seja aperfeiçoando a massagem anma ou as técnicas de moxabustão, shiatsu e reiki. Uma das invenções mais importantes foi a canaleta, que passou a ser utilizada em larga escala na aplicação de acupuntura. Outras terapias bastante difundidas foram os banhos de ofurô e em águas termais vulcânicas, os onsen. Técnicas são baseadas em estudos milenares na China, Índia e Japão Texto e fotos: Wilsom Azuma parte do público e até mesmo de profissionais da área. Não é raro serem estereotipadas pelo seu lado místico, dando margem à intolerância e também ao mau uso por charlatões. “O brasileiro ainda tem certo preconceito, principalmente em relação ao toque. Massoterapeuta Cláudio Wauke destaca popularização das terapias No Japão é comum encontrar casais massageando um ao outro nas praças, parques e metrô”, destaca o massoterapeuta Cláudio Wauke, que aprendeu shiatsu na terra dos ancestrais e, hoje, é proprietário do espaço Zen Shin. Para ele, a tendência é que os tratamentos orientais se popularizem. “Até pouco tempo atrás, somente a elite tinha acesso, mas hoje até as empresas estão aderindo”, acrescenta. “No Japão é comum encontrar casais massageando um ao outro nas praças, parques e metrô” Ocidente As terapias orientais têm ganhado espaço continuamente entre os profissionais envolvidos com a saúde no Ocidente. Aliadas às novas tecnologias, possibilitaram o desenvolvimento de diversas técnicas, entre as quais a eletroacupuntura, a auriculoterapia e a reflexologia. Provenientes de culturas tão distintas, no entanto, são muitas vezes alvos de distorção por A resistência vem diminuindo. Em 1995, a acupuntura foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Médico Federal. O método já é utilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tendo sido comprovada sua aplicação no combate a diversos males, que vão de dores crônicas e estresse à obesidade. Cada vez mais, as universidades e centros de pesquisa estudam diferentes meios de aplicá-las. Antes vista apenas por seu viés místico e relaxante, os brasileiros descobrem que os ensinamentos milenares são perfeitamente adaptáveis ao cotidiano atribulado da vida moderna. 25 26 especial capa Acupuntura Por meio da aplicação de agulhas finíssimas em pontos determinados, busca a harmonização do corpo humano. Pode ser utilizada como tratamento principal ou auxiliar de problemas respiratórios, gastrointestinais, neurológicos, ginecológicos, musculares, articulares, esqueléticos e até de dependência química e obesidade. Além da tradicional, existem outros tipos de acupuntura, como a auricular, quiroacupuntura coreana, escalpeana e eletroacupuntura. Pode ajudar, inclusive, no rejuvenescimento (acupuntura estética). Onde encontrar Espaço Arte de Curar (Rio de Janeiro/RJ) www.espacoartedecurar.com.br. Tel.: (21) 2245-6085 Instituto Lin Pin Chuan (São Paulo/SP) www.ilpc.com.br. Tel.: (11) 5575-4251 Anma Junção das palavras japonesas an (apertar) e ma (esfregar), é uma técnica de massagem que estimula os pontos meridianos estudados na medicina tradicional chinesa. Alivia a tensão muscular, além de facilitando a circulação do sangue e dos canais de energia. Combate o estresse, disfunções arteriais, asma, dores de cabeça e insônia. Parente das populares quick massage. Anma Zen (Rio de Janeiro/RJ) www.anmazen.com. Tel.: (21) 8158 6721 Zenchi (São Paulo/SP) - www.zenchi.com.br. Tel.: (11) 3466-2461 Moxabustão Técnica criada na China há mais de 5.000 anos, utiliza a queima da erva medicinal artemísia nos pontos de acupuntura para provocar calor em áreas energéticas. No Ocidente, a queima direta é evitada, sendo a aplicação mais comum por meio de bastões próximos à pele. É indicada no combate à febre, lesões traumáticas, anemia, indigestão, fadiga, asma e uma série de doenças. Pesquisas confirmam suas propriedades de estímulo do sistema imunológico. Onde encontrar Bella Luna (São Paulo/SP) www.bellalunaestetica.com.br . Tel.: (11) 5102 - 3945 Tereza Amoedo (Rio de Janeiro/RJ) – www.terezaamoedo.com. Tel.: (21) 2522-6338 Akassuri Significa, literalmente, “tirar o cascão”. Tratamento de embelezamento da pele por meio de exfoliação. O corpo é preparado em banho de ofurô ou sessão de sauna. Em seguida, o profissional aplica massagem com uma fina luva de viscose para a retirada de células mortas. Onde encontrar Luiza Sato – unidade Vila Mariana (São Paulo/SP) - www.luizasatovilamariana.com.br. Tel.: (11) 5083-5413 Shizen (Campo Grande/MS) - www.xzen.com.br. Tel.: (67) 3327-0635 Ofurô Banheira típica japonesa, geralmente feita de madeira. A lavagem do corpo é feita antes de entrar na tina. A temperatura da água deve estar entre 36 e 40ºC. Provoca relaxamento, alivia o estresse, limpa a pele e desintoxica os músculos. Auxilia também no reequilíbrio hormonal, estimulando as glândulas. Está presente em quase todas as casas no Japão. Onde encontrar Ofurô Clínica e Spa Urbano (Campo Grande/MS) - www.ofurospaurbano.com.br. Tel.: (67) 33419434 Vitalité Estética (São Paulo/SP) - www.vitaliteestetica.com.br . Tel.: (11) 5054-0158 Reiki Terapia de cura natural através da canalização de energia pelas mãos. Essa energia é transmitida por meio de leves toques ou pela proximidade das mãos em forma de concha no corpo do paciente. É eficiente no tratamento de dores de cabeça, problemas de coluna, depressão, síndrome do pânico, cortes e queimaduras. O reiki (energia vital universal) foi disseminado pelo japonês Mikao Ussui, estudioso de manuscritos sânscritos antigos. Desobstrui canais, elimina toxinas e busca o equilíbrio. Onde encontrar Associação Brasileira de Reiki (Rio de Janeiro/RJ) – www.ab-reiki.com.br. Tel.: (21) 2714-4146 Eva Ramalho (São Paulo/SP) www.evaramalho.com.br. Tel.: (11) 3885.7147 27 especial capa Suidamá Conhecida também por ventosaterapia, utiliza uma espécie de copo de vidro grudado à pele, provocando forte movimento de sucção. Sua principal função é harmonizar o sistema sanguíneo, combatendo enfartes e derrames. Pode ser empregada ainda contra gripes, pressão alta e baixa, nevralgias, asmas, estresse, lombalgia e dores crônicas. Utilizada também em tratamentos para celulite. Onde encontrar Centro de Estudos do Corpo e Terapias Holísticas (Rio de Janeiro/RJ) - www.cecth.com.br. Tel.: (21) 2570-1180 Chi Tao Home Care (São Paulo/ SP) -www.chitaohomecare.com. br. Tel.: (11) 3885-6577 Shiatsu Adaptação japonesa da técnica da medicina tradicional da China chamada tui-ná. A massagem é feita pelas mãos e pelos dedos no corpo do paciente, estimulando mecanismos de cura natural do corpo. A abordagem é semelhante a da acupuntura no que se refere aos pontos meridianos e canais de energia, mas sem o uso de agulhas. É bastante utilizado no tratamento de disfunções e dores do sistema motor. Onde encontrar Luiza Sato – unidade Jd. Europa (São Paulo/SP) – www.luizasato.com.br. Tel.: (11) 30855406 Zen Shin (São Paulo/SP) – www.zens.com.br. Tel.: (11) 32593547 Watsu Espécie de shiatsu na água. O paciente recebe a massagem imerso em piscina quente, sem encostar os pés no fundo. Reduz estresses, ansiedades e melhora a qualidade do sono. Indicado também contra enxaqueca, pressão alta, dor na coluna e depressão. Foi desenvolvido pelo terapeuta norte-americano Harold Dull, baseado em estudos de técnicas orientais. Onde encontrar Espaço Acqua Vida (São Paulo/SP) - www. watsuterapia.com.br. Tel.: (11) 5535-6367 Espaço Integração (Cotia/SP) www.espacointegracao.com.br. Tel.:(11) 4702-4838 28 comunidade chinesa De olho no futuro C om uma das economias mais dinâmicas do planeta e sede dos Jogos Olímpicos de 2008, a China tem atraído cada vez mais visitantes. Atenta a este mercado, a BEX Intercâmbio, agência com mais de 15 anos de mercado, está lançando um programa de intercâmbio cultural especialmente para os brasileiros que querem conhecer o País e estudar Mandarim (atualmente, o idioma mais falado no mundo). “Esta é uma oportunidade de ter um contato direto com a língua e cultura chinesas, o que certamente contribui para a formação pessoal e profissional do intercambista”, afirma Flávio Crusoé, sócio-diretor da BEX Intercâmbio. Intercâmbio na China facilita estudo do mandarim e viagem à capital olímpica O programa da BEX tem a duração de um mês e é realizado em uma escola para estudantes estrangeiros em Pequim. São oferecidos cursos básico e avançado de mandarim, além de aulas de pintura chinesa e Tai-Chi-Chuan. A instituição está situada dentro dos jardins imperiais de Wen Hua Gong, o Palácio das Culturas de Pequim. “O curso também é uma ótima oportunidade para conhecer a China em condições mais favoráveis. Como estudante, o interessado economiza na hospedagem, alimentação e até na passagem aérea”, explica Flávio. Os finais de semana são livres, deixando espaço para visitas à Cidade Proibida, à Muralha de China e aos diversos Texto: Redação | Foto: Divulgação complexos e obras para as Olimpíadas. O pacote oferecido pela BEX inclui as aulas, material didático, acomodações (hotel ou pensão) e refeições (café da manhã e/ou almoço), por R$ 1,8 mil. É necessário tirar visto, cujo procedimento é também assessorado pela BEX. Além do curso padrão (20 aulas por semana), são oferecidas opções intensiva (30 aulas por semana) ou individual. O limite de alunos por sala é de 8 e é necessário um teste de proficiência no idioma aplicado no Brasil. Para mais informações, o site é: www.bex.tur.br melhor idade Rádio taissô ajuda a melhorar qualidade de vida Ginástica praticada por 30 milhões de japoneses vira rotina em mais de 60 locais do Brasil Texto e fotos: Wilson Azuma Teruo Hossokawa: líder do movimento D ois anos após a posse do imperador Hiroíto, em 1930, o serviço de previdência do correio japonês deu início ao projeto de usar a comunicação de massa em prol da saúde. Implementou o rádio taissô – a “ginástica pelo rádio” - que, atualmente, é praticado por mais de 30 milhões de pessoas nas escolas, empresas e espaços públicos de todo o arquipélago. Trazida oficialmente ao Brasil em 1978, durante as comemorações dos 70 anos da emigração japonesa, a atividade logo se espalhou pela comunidade nikkei. Hoje, tem adeptos, inclusive não-descendentes, em várias regiões. “Eu estava em uma fase depressiva há dois anos, quando mudei para um prédio próximo. Sempre observava, mas um dia resolvi entrar. Estou realmente muito melhor. O taissô tem ajudado muito”, destaca Gilza Lucena, 63, uma das poucas “brasileiras” do grupo da Liberdade, em São Paulo. É na praça do metrô do bairro oriental que se reúne o núcleo mais ativo. Diariamente a partir das 6h30, mais de 40 pessoas – a maioria da terceira idade e vestida de branco – realizam a série de exercícios, que inclui flexões, alongamentos e rotinas de equilíbrio. As sessões duram cerca de meia hora. “Quando o caminho fica estreito as pessoas pensam em coisas ruins. O rádio taissô expande a mente. A saúde é garantida”, acrescenta o octogenário Teruo Hossokawa, um dos fundadores do movimento. A principal vantagem desse tipo de ginástica é que pode ser praticado por qualquer um, indepen- dentemente da idade. A idéia deu tão certo, que, só na capital paulista, existem mais de 50 núcleos para a prática. Em alguns locais, como nos bairros Luz e República, centro velho da capital paulista, os organizadores e boa parte dos praticantes não têm qualquer ascendência oriental. No País, a Federação de Rádio Taissô contabiliza mais de 60 entidades filiadas, em estados como Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Superação Embora englobe exercícios de saúde preventiva, o taissô tem mostrado eficiência na melhoria da qualidade de vida de pessoas com diferentes doenças, algumas das quais graves. A aposentada Zulmira Borba Carvalho resolveu se juntar ao grupo da Liberdade há nove anos. Portadora de mal de Parkinson, ela garante que às vezes até esquece que tem a síndrome. . “Não sei o que seria de mim sem o rádio taissô. Vou fazer para sempre”, destaca a aposentada. Quem também não fica um dia sem é a funcionária pública Aparecida Manoela de Araújo. Em 1996, ela passou por um período traumático, quando teve diagnosticado um câncer de mama. Após a cirurgia de retirada do tumor, começou a freqüentar a praça da Liberdade. “Moro aqui há 30 anos, mas tinha vergonha. Entrei aos poucos e, hoje, se não venho um dia faz uma tremenda falta”, conclui. 29 30 educação Educação e Cidadania no ano do Centenário da Imigração N este ano tão especial para a comunidade nipo-brasileira, todos os olhares estão voltados à comemoração dos 100 anos da imigração. Como não poderia deixar de ser, é um excelente momento para reviver esta milenar cultura e as lembranças que estes imigrantes deixaram na terra do sol nascente, como apreciar o Monte Fuji emoldurado pelas cores que vão definindo sutilmente as quatro estações no decorrer do ano; deixar-se embalar pelos sons dos instrumentos típicos como shamisen, kotô, taikô ou disciplinar o corpo para participar de uma cerimônia de chá, ikebana ... Ah, saudades... Tudo isso me remete ao tempo em que lá estudava. Lembrei-me que, certa vez, no verão, apreciando um jardim típico, no intervalo de uma aula de bailado clássico japonês, o “fuurin” balançou suavemente emitindo um som suave e relaxante. A professora sorriu levemente. “Que refrescante! aprenda a sentir o vento através do som ...”. Nunca mais me esqueci disso. Esta sensibilidade do povo japonês é um dos atributos que os fazem diferentes. Um dia destes mergulhando nas lendas do Japão com meus alunos, descobrimos que neste ano também comemoramos o cinqüentenário da inauguração do monumento da paz, construído em memória da Sadako, a menina que aos 12 anos morreu em decorrência dos males da bomba atômica lançada em Hiroshima (1945), que teve toda sua esperança de viver depositada na “lenda dos mil grous”. Alunos do Projeto “Educar na Cidadania” Comemoração do Koinobori no Uehara Gakuen Seu sonho se realizou, pois viverá eternamente na lembrança de todos aqueles que tem esperança. A lenda dos mil grous (tsuru)– dobrar mil pássaros para o desejo se realizar – tornou-se um símbolo da paz no Japão. “EDUCAR NA CIDADANIA”, um projeto que visa educar através de outros saberes, que ensina o respeito através de outras culturas transformou a encenação da história de Sadako num projeto de prevenção à violência. A cada encenação de nossos jovens, investimos na perpetuação da paz no planeta através da conscientização de novos grupos. Almejar o comprometimento das novas gerações para comemorar os 150 anos de imigração japonesa no Brasil se tornou nosso sonho! Mitie Uehara Diretora do Núcleo Educacional Uehara Gakuen 31 32 dekasseguis Prefeito de Hamamatsu virá ao Brasil para falar sobre Centenário e dekasseguis Cidade com maior número de brasileiros no Japão quer mais aproximação com Brasil, em especial Mogi das Cruzes Texto: Redação | Foto: Divulgação O prefeito de Mogi das Cruzes, no interior paulista, Junji Abe recebeu no gabinete, no último dia 08 de abril, a visita do presidente da Associação Brasileira de Hamamatsu (Abrah), Etsuo Ishikawa. Os dois conversaram sobre a visita que o prefeito daquela cidade, Yasutomo Suzuki, fará a Mogi das Cruzes no próximo dia 26 de junho, ao lado de um grupo de autoridades locais. Hamamatsu é, hoje, o município japonês que possui o maior número de trabalhadores brasileiros – cerca de 50 mil, entre eles muitos mogianos. “A comitiva de Hamamatsu estará no Brasil por ocasião da passagem do Centenário da Imigração Japonesa, tendo como data base o dia 18 de junho. O grupo, porém, também irá ao Rio de Janeiro, onde haverá uma solenidade com pipas gigantes, e reservou o dia 26 de junho para estar em Mogi”, disse Junji, acrescentando que o mês será marcado por uma intensa programação em todo o País por conta das festividades do Centenário. O prefeito mogiano disse ainda que a presença de Yasutomo Suzuki em Mogi faz parte de um processo de aproximação entre os dois municípios para a futura assinatura de um convênio que tornaria as duas cidades irmãs. “Este seria o penúltimo passo para a formalização deste convênio. Após a recepção ao prefeito de Hamamtasu e com os avanços que certamente ocorrerão, nós devemos arrematar este processo no final deste ano, possivelmente no mês de novembro, com uma comitiva indo ao Japão para concretizar este acordo”, comentou Junji. É importante lembrar que Mogi das Cruzes já possui convênios do tipo com as cidades de Seki e Toyama. Com o primeiro município, a PEDIDO oficialização do acordo ocorreu em 1969. Seki tem grande importância econômica para o Japão: é conhecida pela fabricação de espadas e objetos cortantes, além da pesca com o cormorão (pato selvagem treinado para apanhar peixes e devolvê-los ao pescador). Já o convênio com Toyama data de 1979. A cidade japonesa é sede da indústria Nachi, que tem filial em Mogi. Possui riquezas naturais (é cercada ao leste por uma cadeia de montanhas com mais de seis mil metros de altitude) e passou por um intenso desenvolvimento cultural e econômico. Foi o primeiro município que implantou um sistema de trens, com trilhos especialmente compactos, sobre as ruas. O objetivo de Toyama é proporcionar melhorias constantes no transporte público, visando construir uma cidade versátil e com facilidades de deslocamento. Como concentra um grande número de brasileiros, a comunidade local também quer serviços consulares na região. O deputado federal Walter Ihoshi (DEM/SP) deu entrada no fim de fevereiro em uma proposição que solicita a instalação do terceiro consulado brasileiro no Japão, na cidade de Hamamatsu. A Indicação número 1921/2008 está na mesa diretora da Câmara Federal e será encaminhada ao Poder Executivo nos próximos dias. Cerca de 300 mil brasileiros residem no Japão, atualmente. Dentre eles, 14 mil moram em Hamamatsu, e 70 mil em cidades vizinhas. O consulado, requisitado ao Ministério de Relações Exteriores por Ihoshi, é uma demanda antiga, reforçada pela comunidade dekassegui e pelo prefeito Yasutomu Suzuki no início deste ano. “É de extrema relevância que um novo consulado seja radicado no Japão, sobretudo, em Hamamatsu. Trata-se de uma região onde a concentração de brasileiros é muito grande, e sempre há alguém precisando de documentos e orientações”, afirmou o deputado. “O próprio prefeito Suzuki pediu, em nossa última viagem oficial ao Japão, feita em janeiro, para que nós, parlamentares, intercedêssemos pelos dekasseguis. Estou empenhado nisso desde que retornei, e farei de tudo para que este consulado seja instalado o quanto antes”, ressaltou Ihoshi. Ainda não há previsão de quando Hamamatsu ganhará um consulado brasileiro. Entretanto, o projeto conta com o apoio de autoridades dos Três Poderes, como o da embaixadora Regina Dunlop, diretora do Departamento da Ásia e Oceania do Itamaraty, fato que pode dar celeridade ao andamento da Indicação. O deputado Walter Ihoshi espera que o consulado seja entregue ainda este ano. dekasseguis 33 Sebrae realiza curso de marketing para dekasseguis Orientações ajudam a abrir e conduzir novos negócios em Mogi das Cruzes O Programa de Apoio aos Dekasseguis desenvolvido pela Prefeitura de Mogi das Cruzes vem fortalecendo sua parceria com o Sebrae e o Bunkyo na realização de cursos, palestras e workshops destinados a trabalhadores que retornaram do Japão e pensam em abrir um negócio próprio. Neste sentido, o curso “Estratégia de Marketing – O Sucesso de Vendas da sua Empresa”, realizado no mês de abril, provou ser mais um sucesso para ajudar na empreitada. O diretor de Indústria, Comércio e Relações Internacionais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Hirokuni Oshima, lembra que a iniciativa da Prefeitura tem como objetivo oferecer informação aos dekasseguis que querem conduzir o negócio próprio. “O desenvolvimento econômico da cidade é uma prioridade do prefeito Junji Abe e, ao estimularmos a abertura de empresas saudáveis e bem estruturadas, estamos contribuindo para a geração de novos empregos e divisas para o município”, disse Oshima. A decisão de oferecer o curso tem como objetivo reforçar as estratégias de marketing adotadas pelos empresários que retornam do Japão, o que auxilia na divulgação dos produtos e no conseqüente fortalecimento do negócio. Na programação, temas como planejamento, elaboração de estratégias e metas, definição de preço e produto, bem como comunicação e distribuição foram abordados. Vale lembrar, de acordo com Oshima, que o curso, totalmente gratuito, serve como preparação para o Seminário Empretec, considerado o principal evento do Projeto Dekassegui Empreendedor, cuja palestra de apresentação Texto: Redação | Foto: Divulgação ocorrerá no dia 7 de maio, às 19 horas, também no Sebrae de Mogi. “Os cursos oferecidos têm o apoio da Prefeitura de Mogi e do Bunkyo, e fazem parte de um ciclo de capacitação oferecido aos dekasseguis. O Seminário Empretec será uma espécie de fechamento deste processo, sendo considerado o supra-sumo dos workshops desta natureza”, afirmou Oshima. Ele lembra que os dekasseguis permanecem alguns anos fora do País,trabalhando no Japão, e por isso perdem o contato com a realidade da economia local. Quando retornam, muitas vezes acabam investindo o dinheiro economizado em projetos que não surtem os resultados esperados. Diante dessa realidade, muitos acabam voltando ao Japão para um novo período de trabalho. O objetivo destes workshops é exatamente evitar que isso aconteça. 34 vitrine perdido no japão Em Hamamatsu E Texto: Fabio Seiti Tikazawa* | Foto: RKO nfim, prédios! Foi a primeira coisa que pensei assim que sai da estação de Hamamatsu na noite do último dia 02. Nem havia esquecido ainda o cheiro forte de cebolinha que exalava por toda parte na interiorana cidade de Tomioka (onde morei durante seis meses) quando adentrei na “brazilian town” de Shizuoka Ken. Nos primeiros minutos o trânsito caótico e a multidão de pessoas nas ruas me fizeram recordar a querida São Paulo. Parece loucura, mas já estava com saudade de ficar horas parado no congestionamento da Nove de Julho ou da turbulência da 23 de Maio. Logicamente o trânsito de Hamamatsu nem se compara, mas só de ver uma fila de carros parados no farol já foi o suficiente para ativar a memória. Fazendo um city tour rápido, passei por uma série de estabelecimentos voltados à comunidade brasileira, como auto-escolas e despachantes, todos com atendimento em português, além de algumas lojas destinadas à comunidade peruana. Com toda essa praticidade, não é difícil de entender que a cidade possua a maior concentração de latino-americanos per capita do Japão (dá-lhe São Google!). 35 Mas, antes mesmo de fazer um reconhecimento geral da cidade, fui levado a um local chamado Parque das Flores para ver uma exposição de sakuras (flor de cerejeira). Aproveitei para brincar um pouco de fotógrafo, já que o cenário era bem motivador e depois de praticamente lotar um memory stick de 2 gigabytes, fui comer um espetinho. Não, não se tratava do tradicional espetinho de frango (yakitori), mas de uma réplica fiel do autêntico “espetinho de gato” de porta de estação de metrô! O cheiro era igualzinho e o sabor, tendo um pouco de força de vontade, poderia dizer que era bem parecido. Só um pouco salgado, não no gosto, mas sim no preço: 500 yens por um espetinho, o equivalente a 5 dólares... E pensar que no Brasil a gente paga 1 real e ainda ganha a farofa de brinde. Mas o que valeu mesmo foi o japonesinho gritando de dentro da barraca “Xorrassuko! Xorrassuko!”. E assim terminou minha primeira aventura na cidade grande, repleta de prédios, carros, flores de cerejeira e churrasquinho de gato japonês. Vamos ver o que terei para contar no próximo mês. Gambarimasu! Jya mata. *Fabio Seiti Tikazawa é publicitário, aspirante a redator, aprendiz de dekassegui e após 6 meses no Japão viu pela primeira vez congestionamento e multidão. 36 click AKIMATSURI R ealizada pela Associação Cultural de Mogi das Cruzes, o Akimatsuri recebeu mais de 50 mil pessoas nos três dias de evento. Um dos destaques da festa foi a Casa do Imigrante, uma réplica da residência típica utilizada pelos primeiros japoneses, em 1908, quando chegaram ao Brasil. Dentro dela, há um grande painel, feito pelo artista mogiano Vitor Wuo, que retrata as plantações. A educação também é valorizada na representação. A exposição de produtos agrícolas tem um papel importante na festa. São mais de mil tipos de produtos expostos, entre flores, frutas, verduras, legumes, ovos de codorna, entre outros. Além disso, a festa trouxe uma rica programação cultural, cujos destaques foram a presença do cantor japonês Masaki Hajime, os cantores Joe Hirata e Wadaiko Sho, o grupo Oriental Magic Show, além dos apresentadores Sammy, ex-participante do programa Big Brother Brasil e Kendi Yamai. O público também conferiu as diversas apresentações de taikô, artes marciais, peças teatrais, danças, músicas típicas japonesas, demonstrações de ioiô, com a Associação Brasileira da modalidade, práticas esportivas, concursos de canto, além da escolha da Miss e Mister Nikkey Akimatsuri. Autoridades, caso do prefeito de Mogi, Junji Abe, e lideranças da comunidade também marcaram presença. HANAMATSURI A solenidade de abertura do 42º Hanamatsuri - Aniversário do Buda Xaquianmuni, no dia 12 de abril, reuniu diversas pessoas no bairro da Liberdade. Na ocasião, houve também um ato simbólico do início de execução do Projeto “Caminho do Imperador” de revitalização da região dentro das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. O festival das flores, Hanamatsuri, é realizado desde 1966 e é uma promoção conjunta da Federação das Seitas Budistas no Brasil com a ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade. No final do evento, um cortejo desfilou pela rua Galvão Bueno, acompanhando um grande elefante branco sobre o qual está a imagem do pequeno Buda. O elefante branco teria aparecido num sonho da rainha, mãe de Xaquiamuni, anunciando o nascimento de Buda. Presidente da ACAl Hirofumi Ikesaki; Prefeito Gilberto Kassab, Deputado Federal William Woo, Diretor do Bradesco, Milton Matsumoto e Victor Kobayashi, do Instituto Paulo Kobayashi { Prefeito Gilberto Kassab, Presidente da ACAL Hirofumi Ikesaki, Deputado Federal William Woo e Victor Kobayashi, do Instituto Paulo Kobayashi 37 click Instituto Paulo Kobayashi muda diretoria Psicóloga Jéssica Kobayashi assume comando de entidade D isposta a ampliar ações na área de educação e implantar programas de capacitação de adultos, a psicóloga Jéssica Kobayashi tomou posse no último dia 3 de abril como nova presidente do Instituto Paulo Kobayashi (IPK), entidade sem fins lucrativos que integra representantes do poder público, iniciativa privada e cidadãos para a realização de projetos sociais. Undokai da escola HeiSei 2008 N o dia 13 de abril de 2008 foi realizado no Campo de Marte o undokai da escola HeiSei. Com seu espírito de confraternização e compromisso cultural, a escola organizou a festa e divertiu os convidados. O undoukai começou às 9h e terminou às 16h30. 9º Jantar dançante O 9º jantar dançante ocorreu no dia 05/04/2008 na associação Okinawa Santa Maria. Na foto, os membros do departamento de esportes. ITAPETI E m Itapeti, no mês de março, ocorreu a tradicional festa do caqui. A Revista Mundo OK marcou presença, realizando workshops de taiko e oficina de mangá com professores da AreaE, além da distribuição das revistas. 38 vitrine moda e beleza 39 Uma introdução ao Visual Kei ‘Kei’ é o relativo em japonês para a palavra ‘estilo’. Mas o que é implicado dentro desse ‘Estilo Visual’? A Texto: Dana Guedes | Foto: Divulgação pós as Olimpíadas de Tóquio em 1960, o Japão tinha finalmente conseguido voltar a ocupar um posto consagrado entre os países, e uma chance de se estabelecer no mercado industrial. Durante as Olimpíadas, o Japão ficou vislumbrado com a cultura ocidental, que tanto era contrastante com sua própria cultura. Foi o primeiro contato do Japão com uma nova onda chamada Rock n’ Roll, e um grupo conhecido como ‘Rockabilly’ (fãs de rock dos anos 50). Mesmo o ‘Rockabilly’ não sendo o precursor direto do Visual Kei, pode-se com certeza dizer que esse foi o perfeito cenário para uma inicialização de toda uma nova moda e uma nova idéia que iria surgir. O Japão sempre teve uma grande sede pelo novo, e não demorou para que os japoneses começassem uma miscigenação. No final dos anos 70 e início dos anos 80, bandas começaram a surgir com novas propostas, e em 1982 a banda X Japan estourou no cenário do rock japonês, chocando a todos com um visual novo, inspirado nos movimentos que surgiam nos Estados Unidos e em Londres. Yoshiki, o líder da X Japan, adotou o nome ‘Visual Shock’, mas a verdade é que era o berço direto do agora conhecido Visual Kei. O Visual Kei, na verdade, não pode ser definido apenas como um estilo de moda ou um estilo de música. Eles atuam como se fossem dois irmãos da, e caminham um ao lado do outro, se enfatizando e afirmando seus ideais. O visual ajudando a chamar atenção para as músicas, e as músicas ajudando a definir o que é o visual. Não foi de se estranhar que muitos jovens se tornaram adeptos desse novo mundo que se abria no Japão. A sociedade japonesa, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, na necessidade de se reerguer economicamente colocou o indivíduo como um papel secundário, e todas as pessoas deveriam pensar no coletivo e no futuro do Japão. Muitas indústrias foram abertas, o trabalho cada vez mais valorizado, a pressão indireta cada vez mais forte e era intensificada a idéia de que todas as pessoas no Japão eram e deveriam ser iguais. Quando o Visual Kei surgiu dentro desse cenário, com seus cabelos coloridos, maquiagem pesada e suas roupas extravagantes, foi como um grito à independência e a liberdade de expressão que os jovens tanto necessitavam. A partir desse período, mais e mais bandas começaram a surgir, e mais estilos também nasceram dentro do Visual Kei, e o que era, a princípio e de certa forma, uma “cópia” do estilo ocidental de se vestir, começou a ter uma identidade. Quanto mais pessoas aderiam a esse novo visual, mais toques pessoais eram criados, tornando a moda cada vez mais ‘únicas’. A influência vinha de todos os lados: Do punk, do gótico, do vitoriano, do Glam, e misturados com elementos da própria cultura japonesa (como kimonos), dando uma liberdade de usarem isso da maneira como queriam. Na verdade, independente de ser Visual Kei ou não, a moda no Japão é muito única, e muito mais que uma ideologia e um apelo ao indivíduo. A moda no Japão é uma arte. É uma forma de se expressar e mostrar do que eles realmente gostam. De se mostrar para as outras pessoas de uma forma que eles querem ser vistos. E em um geral, isso é muito forte entre todas as massas de jovens do país, tornando o Japão no que ele é hoje: Uma inspiração ‘fashion’ para o mundo todo. 40 j-music Cantor Miyavi confirma show no Brasil em maio Texto: David Denis Lobão e Tom Marques | Foto: Divulgação O cantor japonês Miyavi (que artisticamente assina seu nome todo em minúsculo) confirmou que sua turnê internacional vai passar pelo Brasil. O artista fará um show único no país, em São Paulo, no mês de maio. O astro do J-Rock será a atração principal da nova edição do YES (Yamato Music Station), evento musical organizado pela empresa Yamato Comunicações e Eventos que já trouxe para o Brasil o cantor Kouji Wada e a banda Charlotte em shows exclusivos no ano passado. Em sua terceira edição, o YES pretende agradar não somente os fãs da música japonesa, mas também os admiradores do ‘neo visualizm’, estilo visual adotado pelo cantor Miyavi, que você conheceu melhor na última edição da revista Mundo OK. Pra quem ainda não conhece bem o cantor, vamos falar rapidamente de sua biografia. Miyavi (ou -miyavi-) é o nome artístico do cantor Ishihara Takamasa, nascido em 14 de setembro de 1981. Ele iniciou sua carreira com 17 anos na banda Due’le Quartz, quando assinava como Miyabi, e desde 2002 mudou seu nome artístico e segue carreira solo. Atualmente também é chamado de Myv (MYV). Seu estilo andrógino também se reflete nos gostos pessoais que o cantor divulga em entrevistas. Sua cor preferida, por exemplo, é a rosa. É conhecido também por suas declarações polêmicas, como afirmar que seu artista favorito é ele mesmo. E em parte ele está certo, as fãs o adoram e ele é muito atencioso com elas, interagindo durante as apresentações e até lendo algumas cartas no palco. Será que a recepcitividade vai se manter em maio no show brasileiro? Seja como for este cantor promete muita empolgação por aqui. Pelo visto muita emoção está garantida na próxima edição do YES (Yamato Music Station). Data: 24 de maio de 2008 Valor dos ingressos: R$100,00 (inteira) R$50,00 (meia) Maiores informações: Pelo site: www.yamatomusicstation.com.br Tel. Yamato Corporation: 3275-0780 / 3275-1596 Email: imprensa@yamatocorp.com.br J-Music Drops: As últimas noticias da música japonesa Texto: Leandro Cruz e Henrique Duarte (da Rádio Blast – www.radioblast.com.br) | Fotos: Divulgação RICA MATSUMOTO DEIXOU O JAM PROJECT logo após o fim da tour Japan Flight 2008 ~No Border~. O motivo da saída são seus trabalhos paralelos como dubladora no animê “Pokémon”. Rica não participará dos shows da turnê mundial, que passará pelo Brasil. Ainda não se sabe se o JAM Project colocará alguma outra cantora para substituir Rica. KANON WAKESHIMA É A NOVA APOSTA de Mana (Moi dix Mois e ex-MALICE MIZER) para o amplo cenário musical japonês. A garota, com apenas 19 anos, é uma violoncelista de habilidades invejáveis e lançará seu primeiro single, Still Doll, em 28 de maio, pela Defstar Records. Essa música, inclusive, será utilizada como tema de encerramento do animê “Vampire Knight”, previsto para estrear em abril. 41 dublagem A versão brasileira dos filmes japoneses O processo de dublagem consiste em uma forma de arte que trabalha com a substituição da voz original dos atores de um filme ou desenho pela interpretação de um dublador, que se trata de um ator que trabalha com sua voz. A dublagem é feita em um estúdio, onde primeiramente o filme é traduzido do seu idioma original para o português. Em seguida ele passa por um processo onde a imagem é separada dos diálogos mantendo somente ruídos de fundo (como uma porta batendo), isto ocorre separando o som original em faixas diversas. Após esta etapa, cada ator grava suas falas em separado, acompanhado no estúdio por um diretor de dublagem, depois um mixador junta todas as falas gravadas, de todos os atores, com o filme original, criando assim uma faixa única de áudio que é colocada como opção do DVD. Um pouco da história da dublagem no Brasil A versão brasileira é considerada uma das melhores dublagens do mundo. O título foi dado pela mídia internacional devido ao reconhecimento de trabalhos como os dos filmes de Walt Disney. E foi justamente com o estúdio americano uma das primeiras atividades da dublagem nacional. Em 1938, nos estúdios da CineLab, em São Cristóvão (Rio de Janeiro), o filme “Branca de Neve e os Sete Anões” ganhou uma versão brasileira. Com o sucesso da televisão, a necessidade de dublagem para a tela pequena se tornou imperativa e aos poucos os brasileiros se acostumaram à idéia. O motivo era que a qualidade da imagem no Brasil era muito ruim, o que inviabilizaria produções legendadas na televisão. Outro motivo da dublagem tornar-se comum no país foi que a maioria da população brasileira é Texto: David Denis Lobão | Fotos: Divulgação analfabeta funcional, ou seja, sabe ler e escrever o básico, mas não consegue compreender tudo. Desta forma programas legendados começaram a ser reprovados pela audiência e ficaram restritos as fitas de vídeo e ao cinema. Com o lançamento Elenco de dublagem principal: Dororo - Fernanda Bulara Hykkymaru - Márcio Araújo Tahoumaru - Fábio Lucindo Daigo - Nelson Machado Demônios - Guilherme Lopes Monge - João Angelo Velho “Menestrel” - Renato Márcio Pai (Shaman) - Antonio Moreno das produções em DVD, as dublagens tornaramse comuns não somente na TV, mas também em filmes lançados neste formato, onde a pessoa pode escolher entre o português e o idioma original legendado. A dublagem nacional do filme “Dororo” Os filmes japoneses em DVD tornaram-se comuns no Brasil nos últimos anos. Devido ao baixo custo de licenciamento (comparado aos grandes sucessos americanos), as produções passaram a tornar-se lugar comum nas prateleiras das locadoras brasileiras. Recentemente chegaram ao Brasil os filmes “Dororo” e “Crows 0”, que começaram a ser dublados no Brasil para lançamento em DVD. E a revista Mundo OK esteve presente acompanhando o processo de dublagem. A empresa Visual Filmes lançará “Dororo” em junho no Brasil, “Crows 0” deve chegar no segundo semestre. A dublagem foi feita na Capricórnio, mesmo estúdio que dublou o clássico “Akira” para o Locomotion. A produção foi dublada utilizando os estúdios da Wood Vídeo em São Paulo e a direção de dublagem ficou nas mãos de Gisa della Mare e Luciene Adreotti. Nesta matéria você confere fotos dos bastidores da versão brasileira que contou com um competente trabalho de pesquisa de Gisa, que procurou manter para os atores japoneses seus respectivos ‘bonecos’ brasileiros, nome dado aos dubladores que são fixos de um determinado ator, ou seja, sempre fazem a voz dele, não importando a produção. A brasileira Fernanda Bullara, por exemplo, foi escalada para voltar a dublar a atriz Kou Shibasaki, que ela já tinha dublado em “Batalha Real” (“Battle Royale”) e que aqui vive a protagonista Dororo no filme homônimo. Gisa se diz muito empolgada com o trabalho “é sempre um prazer dublar produções japonesas, pois o retorno do público é muito bacana, quando eu dublava animês, os fãs me ligavam, me escreviam, sempre com comentários e criticas produtivas”, conclui. 42 game Os jogos mais curiosos do Wii Texto: Daniela Giovanniello | Fotos: Divulgação A maioria das pessoas que conhecem o mercado de videogames já ouviu falar em algum momento do Wii, o moderno console da Nintendo. O Wii é atualmente o videogame mais vendido do mundo e tem feito a cabeça dos gamemaniacos com seus jogos curiosos e seu controle diferenciado, o Wii Remote, que funciona com sensores de movimento. Se você ainda não teve a chance de jogá-lo, apresentamos um pouco de alguns de seus jogos, e de como os games evoluíram. “Cooking Mama: Cook Off” Neste jogo, você deverá seguir as receitas para fazer os pratos ou pode até criar as suas. A preparação dos pratos é feita com o Wii Remote, desde descascar os legumes até amaciar o bife e virá-lo na hora certa. Além de bife, há uma variedade de alimentos para preparar, como por exemplo: camarão empanado, refogados e hambúrguer. Então mãos a obra e bom apetite. “Trauma Center: Second Opinion” Este jogo faz você reavaliar todos os seus conceitos quanto a “brincar de médico”. Aqui, o jogador executa uma série de procedimentos cirúrgicos, usando o Wii Remote e o acessório Nunchuk. O objetivo do jogo é bem claro: não deixar o paciente morrer, ou seja, tratá-lo para que os níveis vitais não zerem. Alguns erros podem piorar a situação ou matá-lo de vez. “Big Brain Academy” Este jogo é para você que acha que ficar jogando videogame é perda de tempo (e de neurônios). São vários mini-games com exercícios para testar o cérebro dos jogadores, que podem se enfrentar, resolvendo os mesmos problemas simultaneamente. Esses exercícios são do tipo “encontre o pedaço que falta”, “qual das imagens é diferente”, “ajuste o relógio” entre outros mais complexos. “Wii Fit” Que tal jogar videogame e entrar em forma ao mesmo tempo? Parece impossível? Não é! No “Wii Fit” você tem mais de 40 opções diferentes para “malhar”. O game usa o “Wii Balance Board” que possui sensores que medem o peso e o centro gravitacional de quem joga. Os exercícios são feitos com a “balança” e podem ser: flexões de braços, bambolê, stepp e salto de esqui. “Elebits” Os Elebits são criaturinhas que na verdade são fontes de energia. O objetivo do jogador aqui é encontrá-los para que o ambiente se modifique de acordo com a energia armazenada. O jogador pode mover os vários itens que compõe os cenários. Para quem gosta de uma bagunça, o jogo é perfeito. Porque são vários os objetos que podem ser mexidos, atirados, jogados e derrubados. 43 43 44 animê ‘Street Fighter II’: O desenho e o novo filme de Hollywood! N Texto: Túlipe Helena – do portal www.ohayo.com.br a década de 1990, época da grande ‘febre’ dos videogames no país, o SBT colocava no ar o animê “Street Fighter II Victory”. A animação é baseada no jogo “Street Fighter 2”, com direção de Gisaburo Sugii e produção do estúdio Group TAC, com exibição da Yomiuri TV. No Japão, a sua transmissão original foi em abril de 1995, e no Brasil a sua primeira exibição ocorreu em novembro do mesmo ano. O SBT exibiu a série com muito sucesso na década de 90. Mais recentemente, o Cartoon Network também exibiu a produção que tem ao todo 29 episódios. O animê fez com que a franquia se tornasse conhecida mundialmente. Por conta disto, ele se transportou para outras mídias, dentre elas o cinema. Lista de episódios do animê A história do animê começa com a separação de Ken e Ryu, dois amigos e discípulos das artes marciais. A trama se desenvolve durante uma visita dos personagens a San Francisco. No final do desenho, o destino dos personagens é colocado a prova, o que faz com que eles se enfrentem em uma ilha no meio do Atlântico. Nesta altura, todas já estão no limite. Nelson Machado, o dublador do personagem Quico do seriado “Chaves”, além de ser o narrador da trama, também foi o diretor de dublagem no Brasil. A versão brasileira foi feita no estúdio Master Sound. Uma nova adaptação americana de “Street Fighter” também é aguardada nos cinemas. O filme cujo título oficial é “Street Fighter: Legend of Chun-Li” tem direção Andrzej Bartkowiak, responsável também pela direção de “Contra o Tempo” e “Doom - A Porta do Inferno”. O roteiro é de Justin Marks. A Hyde Park Entertainment, a Fox Elenco de dublagem do animê e a Capcon são responsáveis pela contratação dos atores. Ryu- Orlando Viggiani Na nova trama, a protagonista Ken - Sérgio Moreno será a personagem Chun-Li e o Chun Li - Tânia Gaidarji foco será na sua luta por justiça. A Cammy - Denise Simonetto atriz Kristin Kreuk que interpreta a Fei Long - Afonso Amajones Lana de “Smallville” viverá a perSagat - Eleu Salvador sonagem. Michael Clarke Duncan Balrog - Francisco Borges (“À Espera de um Milagre”) viverá Bison - Antônio Moreno o boxeador Balrog, Chris Klein será Dhalsim - Daoiz Cabezudo Nash e Rick Yune é Gen. As filmagens começaram em Zangief - Jonas Mello março e utiliza locações na TailânVega - Cassius Romero dia, Honk Kong e Vancouver. A preGuile - Guilherme Lopes visão de lançamento é ainda para este ano. 01 - Um convite a São Francisco 02 - O Ás da Força Aérea 03 - Duelo em Hong Kong 04 - O Inferno de Hong Kong 05 - Um Homem Chamado Dragão Voador 06 - O Segredo das Artes Marciais 07 - A Vingança de Ashura 08 - A Sombra do Terror 09 - Caratê contra Muai Thai 10 - O Mensageiro das Trevas 11 - Na Trilha das Feras 12 - Na Caverna do Demônio 13 - Em Busca do Hadouken 14 - O Príncipe Sangüinário 15 - Encontro de Gigantes 16 - A Máscara do Poder 17 - Os Tentáculos da Morte 18 - A Bela Assassina 19 - Agentes Secretos 20 - Hadouken: A Força Preponderante do Cosmo 21 - Os Prisioneiros do Castelo 22 - A Manifestação do Hadouken 23 - O Brilho Misterioso 24 - O Reencontro com o Pesadelo 25 - A Luta Violenta 26 - A Morte do Amigo 27 - A Colisão de Energias 28 - O Domínio de Bison 29 - A Batalha Final 45 46 mangá ‘Ark Angels’, novo manhwa no Brasil em 2008 A NewPOP Editora completou um ano de atividades recentemente e para comemorar anunciou duas grandes novidades. A primeira, é que agora a NewPOP faz parte do grupo Yamato Corporotion (que também é dono da ZN Editora, que publica a revista Mundo OK) e isto vai refletir em novos investimentos em mangás (quadrinhos japoneses) e manhwas (HQs coreanas). A segunda novidade é a aquisição de três novos títulos que ganharam muito destaque pelo mundo. Um deles, “Ark Angels” será lançado neste ano em uma co-edição com a Lumus Editora, dando seqüência à parceria existente nos títulos de autoria da coreana Sang-Sun Park, que já teve sua obra anterior, “Tarot Café”, lançada em 2007. “Ark Angels” foi lançado em 2005 na Coréia e possui três volumes. Lançado originalmente pela Tokyopop é uma obra das obras mais elogiadas da manhwaga (autora de manhwa) Sang-Sun Park. Na história da revista, Shem, Hamu e Japheth são três irmãs de outro mundo que usam seus poderes para salvar todos os animais em extinção. No momento, seu trabalho consiste em salvar os seres da Terra e enfrentar o que e quem está causando a destruição do planeta. Enquanto salvam o mundo, elas tentam passar despercebidas como simples colegiais, nem que para isso tenham que enfrentar os mesmos problemas que elas. No entanto, apesar de parecerem estudantes normais elas têm poderes extraordinários, o que vai ser essencial para resolver o problema mais grave da Terra, a forma como os terráqueos se relacionam com o planeta, que se não for alterada logo, fará que ele se extinga em breve. O enredo pode parecer um pouco batido para alguns, mas a obra é um divertido e bonito trabalho que reúne fantasia e magia, com uma importante mensagem de preservação do planeta. Por estes motivos, “Ark Angels” deve encantar e conquistar muitos brasileiros que são fãs da cultura pop oriental. Texto: David Denis Lobão e Felipe Marcos - editores do portal www.ohayo.com.br cosplay 47 Cosplay e Carnaval: Uma combinação possível! N Texto: Layla Camillo | Fotos: Quadra da Vila Maria (Remy - Cosplayers.net) / Desfile da Porto da Pedra (Arquivo Pessoal - Marcelo Vingaard) o clima do Centenário da Imigração Japonesa, muitos eventos foram organizados para comemorar esta data tão especial. Até a mais famosa e festiva manifestação popular brasileira, o Carnaval, não pôde ficar de fora. Vimos neste ano Escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro exaltarem a cultura japonesa, trazendo para a avenida um mix de representações e significados. E é claro que o cosplay não poderia ficar de fora desta festa. Afinal, o hobbie mesmo não sendo uma criação japonesa, ganhou fama e projeção no Japão. Em janeiro, durante Anime Dreams, tanto o público do evento como os finalistas do YCC (Yamato Cosplay Cup) Internacional puderam conhecer um pouco a respeito desta ligação entre o Japão e o Carnaval brasileiro. Para o público foi preparada uma palestra temática com alguns integrantes da Escola de Samba Unidos de Vila Maria. Terceira colocada no Carnaval 2008, a escola trouxe ao evento informações diversas e ao fim da palestra cantou um trecho do samba-enredo, o que deixou a platéia muito animada. Encantados com o evento, os palestrantes aproveitaram a visita e declararam ter adorado a exAcima, os cosplayers do YCC Internacional na quadra da Escola de Samba Unidos de periência e interação. Vila Maria. Abaixo, os cosplayers no desfile da Porto da Pedra no Rio de Janeiro. Com relação aos cosplayers do YCC Internacional, foi realizada uma visita à quadra da escola, com direito a muita festa e animação. Vestindo lindos cosplays, os finalistas curtiram o ensaio da bateria de forma um tanto quanto tímida. Acompanhante do grupo, o fotógrafo Sebastião ‘Remy’ (editor do site www.cosplayers.net) afirmou em seu site que apesar de envergonhados, os cosplayers estavam gostando muito do passeio. Já no Carnaval carioca, a Escola de Samba Porto da Pedra levou à Sapucaí um grupo de cosplayers em seu quinto carro, cujo tema era a cultura pop japonesa. Dentre os convidados, dois finalistas do YCC Internacional: Thais ‘Yuki’ e Marcelo ‘Vingaard’. Desta forma, vemos que mesmo entre assuntos totalmente diferentes, existem relações e possibilidades de diálogo. Foi o que o Carnaval e os cosplayers fizeram, dando um show de simpatia, beleza e respeito. 48 tokusatsu O que é Metal Hero? As adaptações americanas “Jaspion”, “Sharivan” e os heróis metálicos que conquistaram os brasileiros Texto: Eugenio Furbeta – do portal www.tokusatsu.com.br | Fotos: Divulgação / Reprodução M etal hero foi uma franquia de séries de televisão da produtora japonesa Toei Company, produzidas a partir de 1982, com “Uchuu Keiji Gyaban”, durando até 1996, com “B-Fighter Kabuto”. Ao longo dos anos o gênero foi sofrendo modificações, até ser extinto em 1997. Metal heros, como o próprio nome já diz, são herois que utilizam armaduras metalicas para lutar contra seus inimigos, sejam eles alienigenas ou terrestres. De todos os subgêneros do tokusatsu (seriados japoneses com efeitos especiais), este foi provavelmente o que mais fez sucesso na televisão brasileira. Em 1988, “Jaspion” começou a ser exibido pela Rede Manchete e rapidamente se tornou febre nacional. Na esteira do sucesso de “Jaspion”, nos anos seguintes vieram “Jiraiya” e “Jiban”, que também alcançaram sucesso. Outras emissoras se entusiasmaram com o sucesso e passaram a exibir outras séries de Metal Hero, inclusive anteriores a “Jaspion”. A Rede Bandeirantes trouxe “Metalder” e “Sharivan”, enquanto “Gyaban” (com o título de “Space Cop”) e “Shaider” foram vistos na tela da Globo e TV Gazeta. Em meados da década de 90, a Manchete exibiu “Winspector” e “Solbrain”, fechando o ciclo dos Metal Heroes na televisão do Brasil. Na década de 90, a produtora norte-americana Saban, embalada pelo sucesso dos “Power Rangers”, que adaptavam o gênero dos super sentais para o mercado norte-americano, tentou fazer o mesmo com os metal heroes. “Metalder” e “Spielvan” foram utilizados como matéria-prima para a série “VR Troopers”. A série teve um sucesso apenas mediano, e foi marcada por uma produção sofrível, principalmente nas versões americanas das armaduras japonesas, que eram verdadeiras caricaturas das originais tendo inclusive uniformes da serie de super sentai Zyuranger usadas em algumas cenas. Na segunda temporada de “Troopers”, “Shaider” ainda foi utilizado pela Saban. O seriado foi exibido no Brasil pela Fox Kids e pela Rede Globo. “B-Fighter” e “B-Fighter Kabuto” ainda foram utilizados respectivamente nos Estados Unidos para criar as séries “Big Bad Beetleborgs” e “Beetleborgs Metallix”, que também foram exibidas no Brasil pela Fox Kids e Globo, onde foi ao ar com o nome de “Heróis por Acaso”. Séries exibidas no Brasil Policial do Espaço Gavan (1982) Policial do Espaço Sharivan (1983) Policial do Espaço Shaider (1984) O Fantástico Jaspion (1985) Guerreiro Dimensional Spielvan ou Jaspion 2 (1986) Metalder, O Homem-Máquina (1987) Jiraiya, O Incrível Ninja (1988) Policial de Aço Jiban(1989) Esquadrão especial Winspector (1990) Super Equipe Solbrain (1991) Séries que não foram exibidas no Brasil O metal hero “Spielvan” que virou “VRTroopers” nos Estados Unidos Tokusou Exceedraft (1992) Tokusou Robo Janperson (1993) Blue Swat (1994) Jukkou B-Fighter (1995) B-Fighter Kabuto (1996) 13 49 50 curiosidades História da imigração em mangá Associação Saúde lança livro de quadrinhos sobre imigrantes para atrair jovens N o âmbito das comemorações do Centenário da Imigração, um projeto diferente traz relatos de emoção e sentimento. A Associação Cultural e Esportiva Saúde (ACES) acaba de lançar os livros “História do Japão em Mangá” e “BANZAI! História da Imigração Japonesa no Brasil”. A iniciativa visa atrair a geração mais jovem para os conceitos do passado, visando ainda facilitar o ensino da história para pessoas de todas as idades. O projeto faz parte do calendário oficial das atividades comemorativas do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, e relata um pouco da história do Japão e dos japoneses no Brasil de forma inusitada, por meio dos traços expressivos do mangá (história em quadrinhos japoneses). Retratos da imigração - O livro “ BANZAI! História da Imigração Japonesa no Brasil” traz o relato de cem anos de uma história recheada de fatos marcantes e inesquecíveis, narrando exemplos de luta, perseverança e solidariedade dos imigrantes pioneiros. A obra começa narrando os bastidores da imigração japonesa, com a época anterior à vinda do navio Kasato Maru, até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), destacando no Pós-Guerra as conquistas dos japoneses e seus descendentes no País. O veterano desenhista Julio Shimamoto (Shima) desenhou as 160 páginas do livro. História milenar - Uma visão ampla e detalhada dos 2000 anos de história do Japão é o destaque do livro “História do Japão em Mangá”, com desenhos de Roberto Kussumoto e Antonio Paulo Goulart e textos de Francisco Sato e Francisco Handa, doutor em História pela Unesp e monge budista da escola Soto Zen. O livro apresenta a história do Japão desde a sua origem até os dias atuais, identificando os principais acontecimentos e os mais notáveis líderes da nação, além da influência da China, a introdução da cultura do arroz, do xintoísmo e do budismo e o período de isolamento do Japão. Texto: Redação | Foto: Divulgação 51 ra3n.com.br 52 VOCÊ VAI VIVER SORRINDO R. Apeninos, 930 Conj. 21 - Paraíso 5575-0032 (11) 5081-2873 (11) www.mackodontologia.com.br Master em tratamentos Tratamento Odontológico não precisa ser sinônimo de sofrimento, por isso, agora você vai poder cuidar do seu sorriso com muito mais conforto e comodidade em nossas novíssimas instalações, próximas à estação Paraíso do Metrô. Na MACK o paciente irá encontrar tudo o que existe de mais atual em tratamento odontológico em todas as especialidades, amparado por uma equipe experiente e multidisciplinar. Em nossas novas instalações você encontra uma equipe multidisciplinar, oferecendo todo o tratamento com um atendimento exclusivo, personalizado e diferenciado. Para sua maior comodidade e segurança, estamos instalados em um prédio com estacionamento. • Periodontia • Implantodontia • Prótese • Cirurgia • Ortodontia • Endodontia • Odontopediatria Dra. Kylze Sakiyama CRO 69469 Dra. 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