vitrine - Revista Mundo OK

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vitrine - Revista Mundo OK
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encontro
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agricultura
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opinião
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Perspectivas para os
nipo-brasileiros
Os planos para frear os impactos da crise surgem
a cada dia. Especialmente na América do Norte,
Europa e Ásia, as autoridades sinalizam com estímulos para as grandes indústrias e até mesmo
para a população em geral. Agora é a hora, para
muitos, de virar o jogo.
No Japão, uma das saídas encontradas pelo governo foi ajudar, financeiramente, brasileiros e outros latino-americanos descendentes de japoneses
e desempregados que queiram deixar o país para
voltarem às suas pátrias. Com o início do ano fiscal
em abril, o Japão oferecerá cerca de US$ 3.030 a
esses latinos, além de US$ 2.020 adicionais para
cada membro inativo da família. Só de nipo-brasileiros, a estimativa é de que voltem 30 mil.
Mas, o que fazer na volta? Quais são as perspectivas daqueles que voltam ao Brasil? Essas e outras
questões levaram a equipe da Mundo OK a pesquisar quais as opções para os dekasseguis. No
âmbito governamental, deputados federais foram
ao Japão exclusivamente para ouvirem ideias
sobre o panorama dos trabalhadores brasileiros.
Por aqui, ações sociais, como capacitação e ofertas de empregos tentam amenizar a situação.
No mais, um especial sobre a tendência da moda
para outono/inverno. Além de uma geral sobre as
coleções, a reportagem saiu às ruas para analisar
o que as pessoas estão vestindo – especialmente os orientais. Algumas combinações mostram
a modernidade. Já outros mostram quanto a
criatividade, junto com a simplicidade, podem ser
usadas de forma prática.
Boa leitura
Capa: Novos Horizontes
Imagem: Shutterstock
Revista Mundo OK – Ano 2 – Número 16 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editor chefe: Rodrigo Meikaru • Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Rodrigo
Medeiros e Paulo Henrique Liberato• Redação: Cibele Hasegawa, Cintia Yamashiro, Tamires Alês, David Denis Lobão, Layla Camillo, Tom Marques, Carolina Michelli • Desenhista:
Diogo Saito, Sandro Hojo • Marketing: Takashi Tikasawa • Assistente de Marketing: Hideo Iwata, Eugenio Furbeta • Comunicação: David Denis Lobão • Assessoria de Imprensa: Ida Telhada • Atendimento ao leitor: Sheyla Arisawa • Comercial: Denis Kim, Fernando Ávila de Lima, Hideki Tikasawa, Keico Ishigaki, Luciana Kusunoki, Marcelo Ikemori,
Fabio Seiti Tikazawa, Daniela Naomi Saito • Administrativo: Sheyla Arisawa, Suzana Sadatsune • Contato:
comercial@revistaok.com.br • A Revista Mundo OK é uma publicação da Yamato Corporation. O Núcleo
de Edição da Yamato Editora se exime de quaisquer responsabilidades pelos anúncios veiculados, que são
de responsabilidade única dos próprios anunciantes. Os artigos assinados e as imagens publicadas são de
responsabilidade civil e penal de seus autores com a prévia, devida e expressa cessão de seus direitos autorais
à Revista Mundo OK. Rua da Glória, 279 - 8° andar/ Conj. 84 • CEP 01510-001 • Liberdade
• São Paulo - SP | Tel.: (11) 3275-1464 • (11) 3275-0432
agenda e notas
Curso
Doação
Baile dos anos 70
A Aliança Cultural Brasil-Japão, nos meses de
abril e junho, volta a oferecer o curso de wrapping, com a professora Keiko Abe. Durante as
aulas, os alunos aprendem a embrulhar ou envolver caixas, latas, garrafas e outros objetos
com papel, pano ou qualquer outro material. A
proposta não é simplesmente proteger o presente, mas acima de tudo embelezar e valorizar
o conteúdo da embalagem. Mais informações
pelo tel (11) 3209-6630.
A província de Aichi, no Japão, enviou recentemente ao Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura
Japonesa e de Assistência Social) uma remessa
de 3.950 livros. No pacote, diversos livros infantis, além de dicionários, enciclopédias, materiais
sobre administração e outros sobre os aspectos
históricos da região. A iniciativa de doar esses
materiais partiu do governador de Aichi, Massaki
Kanda, após visita ao Brasil em 2008.
A Banda Appa Tota mostra que os bons tempos
voltaram. Tudo por conta do 14º Baile dos Anos
70. A festa acontece no Espaço de Eventos Hakka
(R: São Joaquim, 460 – Liberdade), no próximo
dia 16 de maio (sábado), a partir das 21 horas.
Os convites para uma viagem no tempo dos anos
que marcaram época e as músicas dos anos de
1960 até os dias atuais custam R$ 30 (antecipados) ou R$ 35 (na bilheteria). Mais informações
pelo tel: (11) 3255-2028 ou 9124-8044.
Visita
Pacote
Bolsas de estudos
Um grupo de estudantes do Centro Universitário do Senac - campus Santo Amaro – visitou
a Câmara de Comércio e Indústria Brasil China
(CCIBC). O presidente da CCIBC, Charles Tang
os recepcionou e falou sobre crescente parceria estratégica e comercial entre o gigante da
America do Sul e da Ásia. Entre os assuntos
abordados estavam a questão da atual crise e
de que forma a China representa uma alternativa para os empresários.
Para amenizar os impactos da crise econômica
e o crescente desemprego, o Japão, através do
primeiro-ministro Taro Aso, anunciou um terceiro
plano de estímulo econômico. Aso disse que seu
grupo parlamentar apresentará os detalhes em
meados de abril, para que se junte às duas ampliações orçamentárias de 2008. Com este plano,
o Governo pretende criar 2 milhões de empregos
e aumentar a demanda até 60 trilhões de ienes
(US$ 610,5 bilhões).
Para explicar o processo seletivo e tirar dúvidas de interessados em bolsas de estudos no
Japão, o Consulado Geral do Japão em São
Paulo realizará três palestras. Atualmente, o
Governo Japonês oferece bolsas para brasileiros que desejam desenvolver pesquisas ou
pós-graduação em universidades japonesas.
Aos interessados, a palestra acontece no dia
16 de abril, das 14h às 16h, na USP (Auditório
da Faculdade de Educação Física e Esporte).
Informações: www.sp.br.emb-japan.go.jp.
editorial
cultura
Mogi das Cruzes comemora entrada do outono com o Akimatsuri
Cultura japonesa vai invadir a cidade nos dias 10, 11 e 12 de abril
Texto Tamires Alês / Imagens Divulgação
consagrou Miss Centenário Brasil-Japão.
O já tradicional Concurso Miss e Mister Akimatsuri Júnior continua esse
ano. Em sua 5º edição, irá ocorrer no sábado às 16h30. Serão 20 candidatos
de cada sexo, crianças entre 6 e 9 anos, descendentes de japoneses, que
estudam nas escolas da região.
Arigatô Brasil
P
ara os fãs de cultura japonesa, o mês de abril está recheado de atrações. Entre os dias 10 e 12, a cidade de Mogi das Cruzes, no interior
de São Paulo, vai receber uma das festas mais tradicionais da comunidade oriental. Trata-se do Akimatsuri, Festa de Outono, em sua 24º edição e
que promete trazer muitas novidades para o público.
A festa acontece no Centro Esportivo do Bunkyo de Mogi em uma área com
mais de 220 mil m² em que diversão não vai faltar. Os organizadores esperam
receber um público de 70 mil pessoas nos três dias de evento. “Esperamos
um público maior do que nos outros anos, já que nesse a festa vai começar
na sexta de manhã”, relata Kiyoji Nakayama, presidente do Bunkyo de Mogi
que organiza o festival.
Com um público bem misturado, com crianças, adultos e idosos a festa recebe pessoas de todas as regiões do país. “A festa agrada todas as pessoas,
independente da idade, e a cada ano o número de não-descendentes vem
crescendo, hoje são mais de 60% do público”, explica Nakayama.
O festival traz para o público diversas atrações artísticas, culturais e esportivas. Destaque para as apresentações de taikô, yosakoi soran, bon odori
e awa odori, de artes marciais como judô, karatê e kendô. E ainda a tradicional Cerimônia do Chá e workshops de origami, ikebana, e soroban. “Os
workshops sempre são uma das atrações mais concorridas da festa, mas o
ponto alto são as atrações culturais, essas ninguém pode deixar de assistir”,
indica o presidente.
Na área gastronômica, a concorrida praça de alimentação oferece aos visitantes diversas delícias da culinária japonesa. Como yakisoba, tempurá e os
famosos sushis e sashimis.
Todos os anos os organizadores da festa desenvolvem um tema para decorar
o pavilhão de exposições agrícola e cultural. Em 2009 o escolhido foi “Arigatô Brasil”, uma forma de agradecer o país pelo acolhimento aos imigrantes
japoneses. “Nossa intenção é agradecer o povo brasileiro pela recepção aos
nossos ancestrais e também pelo carinho e apoio que deram as comemorações do centenário”, explica Nakayama.
No pavilhão, um dos locais mais visitados do evento, agricultores do Alto
Tietê expõem as produções de verduras, legumes, ovos e flores. Além das
diversas apresentações culturais que acontecem, esse ano o festival traz
uma novidade, uma Escola de Língua Japonesa ficará permanente na festa.
Os monitores vão ensinar os visitantes à escrita japonesa (shodô) e como
escrever o nome e algumas saudações em japonês.
Para quem gosta de cultura japonesa, o Akimatsuri é uma boa opção para
passar um fim de semana de muita festa, com atrações para todos os gostos
e estilos. E para quem não conhece é uma boa oportunidade para descobrir
as peculiaridades dessa cultura milenar.
Concurso
Outra novidade do Festival é a realização do 1º Concurso Miss Akimatsuri,
que vai ocorrer na sexta-feira às 20 horas e contará com a presença de
20 participantes. Para poder participar do concurso as mulheres têm
que ter entre 16 e 30 anos, serem japonesas ou descendentes, e morarem no Alto Tietê.
Um dos objetivos do Miss Akimatsuri é classificar uma candidata que represente a região para disputar o Miss Festival do Japão, concurso de nível
nacional coordenado por Kendi Yamai. Os organizadores do concurso pretendem repetir o sucesso quando selecionaram a Karina Nakahara, que se
Festival Akimatsuri
Dias 10, 11 e 12 de abril de 2009
Horário: das 9h às 22h.
Local: Centro Esportivo do Bunkyo – Av. Japão, 5.919 – Porteira Preta - Mogi
das Cruzes/SP
Ingressos: R$6,00 / Estudantes R$3,00 / Menores de 7 e maiores de 60 anos
entrada gratuita
Informações: (11) 4791-2022 / www.akimatsuri.com.br
cultura
Confira a programação completa
do Akimatsuri:
- Sexta-feira (10/04/09):
08h00 – Missa de Ireissai (Cerimônia Budista)
10h00 – Abertura
11h00 – Abertura (Apresentação do Taiko Himawari)
11h30 – Quebra Taru (Kagami Wari)
12h30 – Demonstração de arte marcial (Judô – Bunkyo)
13h00 – Demonstração de arte marcial (Kendô Profª Takizawa – Bunkyo)
13h30 – Demonstração de arte marcial (Escola de Taekwondo Marinho)
14h00 – Apresentação da Banda Tenrikyo
15h00 – Apresentação livre do Instituto Dona Placidina
(apresentação livre - escola)
15h15 – NEC (apresentação livre - escola)
15h30 – Apresentação do Taiko Himawari
16h00 – Coral Canarinhos do Itapety (apresentação livre)
16h30 – Desafio Soroban
17h00 – Demonstração de arte marcial (Aikido Shihan
Mogi Doojo)
17h30 – Apresentação da cantora Karen Ito
18h30 – Apresentação da Banda Mary Nishimura
19h30 – Apresentação do grupo Yamabuki Japanese Drum
20h00 – Realização do 1º Concurso Miss Akimatsuri
20h30 – Apresentação de Florinda e Licca Nagai
21h00 – Realização do 1º Concurso Miss Akimatsuri
- Sábado (11/04/09):
09h00 – Campeonato Intercolonial de Mallet Golf
11h00 – Apresentação do Radio Taisso do Brasil e
Liang Gong
12h00 – Demonstração de arte marcial Karatê (Academia
Kyokushi Karatê)
12h30 – Colégio Ativa (apresentação livre – escola)
13h00 – Apresentação da Escola de Dança Japonesa Dyusho No Kai
14h00 – Apresentação do Awa Odori - Grupo Represa
14h30 – Colégio Brasilis (apresentação livre – escola)
15h00 – Apresentação do Ryuko Taiko (Grupo de Taiko de
Fukushima)
15h30 – Apresentação do Bon Odori (Mogi e Biritiba Mirim)
16h00 – Apresentação do Yosakoi Soran (Biritiba Mirim)
16h30 – Realização do 5º Concurso Miss e Mister Akimatsuri Junior
17h00 – Apresentação do ilusionista Edson Iwassaki
17h30 – Realização do 5º Concurso Miss e Mister Akimatsuri Junior
18h00 – Tooro Nagashi
18h30 – Apresentação do grupo Kaito Shami Daiko
19h00 – Apresentação de arte marcial (Academia de Kendô Fukuhaku)
19h30 – Apresentação de Street Dance (Line up )
19h45 – Sorteio dos Patrocinadores
20h00 – Apresentação do Grupo Musical Okinawa (Tontonmi)
21h00 – Apresentação do grupo Wadaiko Sho (Taiko)
- Domingo (12/04/09):
11h30 – Escola Tibbico Hoikuen (apresentação livre)
12h00 - Colégio Alfabeto (apresentação livre)
12h30 - Desafio Soroban
13h00 – Apresentação de Danças Japonesas (Hanayanagui – Ryutita)
13h30 – Apresentação do Kassa Odori (Totori Ken)
14h50 – Apresentação do Taiko Byakko
15h00 - Associação Brasileira de IOIO (apresentação livre)
15h15 - Colégio Gaspar Vaz (apresentação livre)
15h30 – Apresentação do Tsuyoi Banda
16h30 – Apresentação do Grupo Minbu Ribeirão Pires Sara Odori (Associação Kenko Taisso do Brasil
17h00 – Apresentação da Banda DEAI
18h00 – Apresentação do grupo Ishin Yosakoi Soran Group
18h30 - Demonstração Escola Dragão Branco
19h00 – Apresentação de Danilo Tomic Show (Tabi
Shakuhachi)
19h30 – Apresentação do grupo Ryukyo Koku Matsuri Daiko Brasil (Okinawa Taiko)
20h00 – Passagem de som do cantor Joe Hirata
20h30 – Apresentação do cantor Joe Hirata
22h00 - Show Pirotécnico
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duas rodas
Revolução em duas rodas
Honda lança CG 150 Titan Mix, primeira moto “flex” do mercado
Texto: Redação / Imagens: Divulgação
A
liberdade de escolha do combustível na hora de abastecer também
chegou no segmento duas rodas. A Honda lançou no começo de
março a CG 150 Titan Mix. Agora, além de visualizar o horizonte sem
fim à sua frente e poder ir e vir com agilidade, o motociclista pode escolher
qual combustível – gasolina ou álcool – dará vida à sua motocicleta, de acordo com suas necessidades e expectativas.
A CG 150 Titan Mix apresenta ao mercado um novo conceito de mistura de
combustíveis para motocicletas. É a primeira no mundo produzida em série
que utiliza tanto o álcool quanto a gasolina como combustíveis e foi considerada projeto de destaque pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
Honda no Japão. Desenvolvida pelos engenheiros da Honda especificamente para o público brasileiro, a tecnologia pioneira é totalmente adequada às
características da já conhecida e conceituada CG 150 Titan.
Original de fábrica, o sistema Mix possui componentes exclusivos e
dispensa qualquer tipo de adaptação, permitindo o uso da gasolina,
do álcool ou da mistura álcool/gasolina. Como ressalva, vale destacar
que, em condições de temperatura ambiente abaixo dos 15ºC, o tanque deve conter um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta
a partida a frio.
Com relação ao desempenho, a utilização da gasolina permite um funcionamento mais linear e progressivo do motor. Já o álcool favorece um comportamento mais vigoroso e ligeiramente mais potente. Enquanto a motocicleta
desenvolve 1,32 kgf.m de torque a 6.500 rpm e 14,2 cv de potência a 8.500
rpm quando abastecida com gasolina, estes valores sobem para 1,45 kgf.m
e 14,3 cv, respectivamente, quando utilizado o álcool.
Segundo a Honda, o preço público sugerido é de R$ 6.340,00 (KS), R$
6.890,00 (ES) e R$ 7.290,00 (ESD). Estes valores têm como base o
Estado de São Paulo e não incluem custos de frete e seguro. O modelo
tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.
liderança e motivação
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Liderança X Medo
A capacidade de liderar é uma característica do ser humano, mas jamais percebida
por quem tem medo de agir
Texto: Yasushi Arita / Imagens: Divulgação
E
m geral, a pessoa que ocupa uma posição de liderança carrega
consigo o estigma de poder absoluto, forte, corajosa, segura de
todos os seus passos e que tem em mente a decisão certa para
todas as circunstâncias. Mas, a verdade é que todos nós, em algum
momento, desempenhamos o papel de líder seja no trabalho, na família,
no grupo de amigos, ou na própria vida. Toda pessoa pode tornar-se
líder nos mais variados âmbitos e o que difere o bom líder daquele que
não se considera capaz para tal atribuição é o vilão chamado medo.
Basta dizer que gente tem medo de gente e este sentimento é o que
mais atrapalha o ser humano. No fundo, a capacidade de liderança é
inerente em qualquer um de nós, mas a verdade é que somente quem
vence o medo chega à liderança. O líder é um ser humano. Ele tem
suas frustrações, suas inseguranças, problemas familiares, questões
sociais para resolver, assim como qualquer mortal. Mas, em geral
nos deparamos com o paradigma do insensível, do tirano, do
intransigente, do egoísta. Analisando dessa forma chegamos
à conclusão de que o “glamour” que se atribui à capacidade de
liderança tem mais de fantasia do que de realidade.
Existem fantasias criadas por nós que afastam pessoas e oportunidades por puro preconceito. No mundo profissional, por exemplo,
quem está subordinado a alguém tende a valorizar demasiadamente
o título e chega a atribuir qualquer ato mais enérgico como abuso
de autoridade. Deixa de enxergar que muitas das características da
pessoa dotada da capacidade de liderança estão diretamente relacionadas à paixão por aquilo que está realizando, à sinceridade consigo
mesmo e com os outros, ao interesse de agregar valores ao invés de
criar disputas entre a equipe e à disposição para encarar novos desafios.
Conclusão: se todos nós temos as competências
de um líder, o que faz com que algumas pessoas
obtenham suas conquistas e outras vivam à margem de realizações e sucesso alheios? A resposta é
simples. Todos os líderes têm seus medos e inseguranças, mas apenas os que se destacam são aqueles
que têm coragem para vencer o medo e partem para a ação.
-Yasushi Arita é facilitador e diretor da Arita Leader Training e autor do livro “Olhe o
que você está fazendo com a sua vida!”
Site: www.arita.com.br.
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esportes
Brilho das estrelas japonesas em alta
Ichiro Suzuki e Yu Darvish comprovam fama e levam Japão ao título do World
Baseball Classic
Texto: Redação/Imagens: Divulgação
O
Japão sempre mostrou competência no beisebol mundial. Tal hegemonia foi comprovada no World Baseball Classic, torneio
que reuniu as principais potências do esporte. Todavia,
nem tudo foram flores para os nipônicos. Em uma final suada,
a equipe japonesa superou a Coreia do Sul por 5 a 3, em uma
das partidas, segundo especialistas e comentaristas, mais
emocionantes da história.
Ambas as equipes fizeram uma partida que teve todos
os ingredientes de uma grande decisão: arremessadores jogando bem, grandes lances defensivos, rebatidas
importantes em momentos decisivos.
Para chegar ao título, duas estrelas brilharam: a referência do grupo e um dos mais experientes, o rebatedor Ichiro Suzuki; e a jovem promessa Yu Darvish,
arremessador de apenas 22 anos que provou estar preparado para liderar a equipe japonesa. Os dois formaram,
nas últimas entradas, a “dupla dinâmica”.
Na nona e última entrada, os japoneses venciam por 3 a 2
e precisavam de apenas três eliminações para a conquista do
bicampeonato. Depois de conseguir a primeira das três eliminações necessárias com um strikeout, Darvish mostrou sinais de
que estava sentindo a pressão e colocou os dois rebatedores sulcoreanos seguintes em base através de walks – quatro arremessos
fora da zona de strike. Darvish conseguiu a segunda eliminação na
seqüência, deixando o Japão a um passo do título. No entanto,
na última chance, Bum Ho Lee conseguiu a rebatida que impulsionou a corrida do empate – 3 a 3 no placar e mais
emoção pela frente.
Neste instante, entrou em cena Ichiro. Maior
ídolo do esporte japonês – primeiro nãoarremessador nipônico a atuar na Major
League Baseball –, o atleta do Seattle
Mariners foi responsável pela rebatida
que impulsionou duas corridas para o
Japão na prorrogação, que determinou
o placar final do jogo, 5 a 3 para os japoneses. Nas duas finais de WBC que jogou na carreira, Suzuki foi ao
bastão dez vezes e conseguiu seis rebatidas. Sempre decisivo, mais uma vez apareceu no momento em que
o time mais precisou.
Antes da rebatida na décima entrada, o camisa 51 japonês teve êxito em três das cinco tentativas anteriores
que teve com o bastão e ajudou o país a marcar o segundo ponto da partida durante a sétima entrada. Uma
atuação bem diferente do restante do campeonato, já que Ichiro chegou à final com um aproveitamento
de apenas 21,1% no ataque (bem menos que os 66,6% registrados na final) e ajudando apenas na marcação de três pontos em oito jogos. Já Darvish, provou que potencial tem para ser um grande líder do
grupo japonês, ao mostrar tranquilidade e terminar o jogo eliminado o último rebatedor coreano. Para
a alegria de milhões de japoneses e fãs de beisebol espalhados pelo mundo.
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mulher
Mais espaço no mundo corporativo
Apenas metade do potencial produtivo das mulheres é aproveitada dentro das
companhias
Texto: Redação/Foto: Divulgação
M
inoria numérica no mercado de trabalho e donas
(ainda) dos menores salários nas corporações, as
mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço dentro das companhias no mundo todo. Todavia, os
percalços ainda são grandes para elas. Segundo pesquisa
apurada pela Manpower, líder mundial no segmento de serviços em Recursos Humanos, há ainda muito que percorrer
quando o assunto é igualdade entre os sexos no ambiente
corporativo. De acordo com o levantamento, apenas 49,1%
do potencial produtivo feminino é bem aproveitado dentro
das organizações, ante 74,3% da força de trabalho masculina. A companhia ouviu 29 mil gestores de 33 países,
dentre eles Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra, México e Canadá.
Embora mais mulheres que homens cheguem à graduação
em ensino superior, apenas 60% estão empregadas, contra 75% no lado masculino. Isso é resultado de uma carga
horária pouco flexível, de 40 horas semanais, que torna a
empregabilidade de mulheres que precisam de tempo para
se dedicar à família impossível.
“O melhor uso da mão-de-obra dessas colaboradoras pode
acarretar em crescimento econômico, redução da pobreza e elevação do bem-estar social, colaborando para a
manutenção do desenvolvimento sustentável dos países.
As empresas que investem na inserção das mulheres no
mundo empresarial têm chances maiores de prosperar no
longo-prazo, enquanto as que ainda não apostam nessa
estratégia precisam reunir mais esforços para se manterem competitivas”, analisa Augusto Costa, Diretor Geral da
Manpower Brasil.
“No nosso quadro de
funcionários há um predomínio da mão-de-obra
feminina: as mulheres correspondem a 66% dos funcionários
diretos da Manpower e a 53% dos
temporários alocados nos clientes.
O mercado de trabalho brasileiro tem
se preocupado cada vez mais em buscar profissionais qualificados, um quesito
que deve ser sempre avaliado e demandado
em qualquer região do globo. Dessa forma, a
tendência é que haja mais igualdade entre os
gêneros dentro das empresas ao longo do tempo”, comenta.
A responsabilidade sobre a família é um fator controverso quanto entrave à evolução da mulher e sua carreira
no mercado de trabalho. Ao todo, 48% dos entrevistados
acreditam que ele seja um obstáculo, enquanto 44% pensam
que não. Contudo, 72% dos participantes afirmaram que já foram dirigidos por mulheres que atingiram a maternidade.
Segundo a pesquisa, a qualidade de gestão independe do gênero
para 44% dos executivos. Já 25% afirmam que seus melhores gestores foram homens, enquanto 18% acreditam que as mulheres tiveram
um melhor desempenho no cargo. Do total, 14% só foram subordinados
a chefes de um mesmo sexo.
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beleza e saúde
SoHo Hair traz novas promoções
Clientes podem ganhar lavagem grátis no salões
O
SoHo Hair, interessado em sempre trazer
inovações aos clientes, está com promoções novas. Em todos os salões, a rede
está oferecendo serviços que completam os
cortes, como lavagem grátis com produtos de
primeira qualidade.
Uma delas é a promoção da Redken, aquela
em que o cliente ganha um cupom com dois
lados (um para você e outro para quem quiser), que dá direito a uma lavagem grátis com shampoo e
condicionador Redken. Devido ao grande sucesso da
promoção, o Soho acaba de
definir que qualquer serviço
pago nos salões dará direito
a um cupom. Antes apenas serviços capilares
concediam o benefício; agora,
o cliente poderá aproveitar ainda mais. O restante do regulamento da promoção permanece o mesmo, caso hajam dúvidas consultem
o artigo Ganhe uma Lavagem Profissional Redken (http://www.sohohair.com.br/novidades/
promocao-valeu-lavagem/).
Outra novidade apresentada pelo Soho é a disponibilização nos salões
do Néctar Thermique, da Kérastase. Campeã
em inovações,
a marca traz o
1° néctar de tratamento com ação
Texto: Redação/Imagem: Divulgação
termoprotetora, ou seja, através do calor a fórmula
lacra os nutrientes dentro da fibra. Com extrato de
geléia real, Nectar Thermique envolve o fio em
uma película protetora antiquebra, promovendo
brilho e maciez duradouros. Com os cabelos protegidos do ressecamento, a escovação é facilitada e há até 90 % menos quebra.
Considerando que 45 % das
mulheres brasileiras possuem cabelos secos, o
produto é um aliado
poderoso para conquistar cabelos maravilhosos.
De olho nos problemas renais
Cerca de 2 milhões de brasileiros são portadores de doença renal
Texto: Redação/Fotos: Divulgação
U
m levantamento da Sociedade Brasileira de
Nefrologia revela que cerca de 2 milhões de
brasileiros são portadores de doença renal
crônica e aproximadamente 60% não sabem disso. Classificado como o principal órgão do sistema excretor, o rim é o responsável por eliminar substâncias tóxicas do nosso organismo
(como a uréia e a creatinina), além de regular
a pressão arterial, filtrar o sangue, produzir
hormônios e controlar a quantidade de sal e
água no corpo.
“Esses dados são preocupantes, principalmente se considerarmos que a doença renal crônica (DRC) geralmente é silenciosa,
só apresentando sintomas em fases avançadas”, afirma a Dra. Maria Alice Fernandes de Barcelos, nefrologista do Hospital
9 de Julho. “Por isso, é importante estar
atento a alguns sinais para que a DRC seja
tratada em seu estágio inicial, quando ainda
pode ser controlada, diminuindo a possibilidade de perda total da função dos rins”,
completa a especialista.
Os principais sinais de mau funcionamento dos
rins são pressão alta, proteína e ou sangue na
urina, palidez cutânea, fraqueza, inchaço.
Para detectar precocemente a DRC, geralmente são empregados exames de urina e dosagem de creatinina no sangue que, se alterados, podem indicar uma lesão renal em fase
inicial.Também aqueles que possuem histórico
familiar de doença nos rins devem procurar
esclarecimento médico. Nos estágios mais
avançados, a doença pode ocasionar a falência irreversível do órgão com necessidade de
diálise e até mesmo de um transplante.
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okids
Na hora certa para as crianças
Museu traz histórias e modelos divertidos de relógios
N
o meio de galpões, caminhões e a imagem de um bairro dominado por indústrias, a Vila Leopoldina reserva um lugar especial
para quem gosta de história. Trata-se do Museu do Relógio, no
terceiro andar do prédio de um fabricante de relógios de ponto. Por lá,
engenhocas de séculos e décadas atrás remontam um pouco da tradição desse acessório tão presente no cotidiano das pessoas.
Local ideal para mostrar aos pequenos um pouco da história do relógio, o Museu conta
com centenas de peças expostas no pequeno salão. Muitas são antigos relógios
de ponto fabricados pela própria empresa
que mantém o espaço. Há ainda opções bem
interessantes, como o curioso despertador que
faz café. Ampulhetas, relógios de ponto franceses da época da revolução industrial, um
engenhoso relógio-calendário e até uma réplica
de régua egípcia - há uns 2000 anos esse tipo
de instrumento calculava as horas com base
na posição do sol.
Só uma parte muito pequena do acer-
Texto: Redação/Fotos: Divulgação
vo contém informações explicativas sobre as peças,
suas características, data e local de fabricação. A casa
explica que, como muitas coisa é doada, um pesquisador procura resgatar as informações que se
perderam no tempo. É assim que, aos poucos, é
composto o catálogo do museu.
A monitoria não alivia muito. Em geral, só se
prepara para visitas escolares, quando a própria
escola informa a função didática da visita. Quando
não for o caso, o monitor conduz o visitante do elevador panorâmico até
o terceiro andar e por um largo corredor até a porta do salão. Mesmo
assim, vale a experiência – tanto para adultos quanto para as crianças.
MUSEU DO RELÓGIO PROFº DIMAS DE MELO PIMENTA
Onde: Av. Mofarrej, 840 - Vila Leopoldina, São Paulo/SP
Quando: visitas escolares de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14
às 17h; visitas avulsas acontecem no segundo sábado de cada mês
Entrada gratuita
Informações: 11- 3646-4000 ou www.dimep.com.br/linha_do_tempo.php
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educação
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gastronomia
Fugindo do tradicional
Fábricas inovam ao colocarem no mercado ovos de chocolate ‘diferenciados’
Texto: Redação/Imagens: André Pessoa (Lacta) e Divulgação
A
Páscoa deste ano promete ser diferente. Especialmente quando se fala nos tradicionais ovos de chocolate. Tão populares
em abril, tais produtos ganham cada vez mais formatos e sabores diferenciados – longe do tradicional. Nas principais docerias
e mercados de São Paulo, há opções de sobra para agradar pessoas
de todas as idades. E os preços também são flexíveis: há desde os simples, que não passam de R$
10,00, até os mais exóticos como um de 160 quilos
que chega a custar R$ 14.700.
Dentre as novidades mais acessíveis, está o ovo de
chocolate em forma de retângulo. Trata-se do Bis, da
Lacta, o carro-chefe da empresa e que neste ano, por
ser o mais popular e lançamento, é vendido apenas na
versão chocolate ao leite. Aos interessados na novidade, o produto, com 455 gramas, custa R$ 33,49.
Concorrente direta da Lacta, a Garoto tem como principal chamariz de público o Talento Avelã, com 375 gramas, vendido em forma de quadrado e
inspirado em uma caixa de presentes. Tão sofisticado quanto seu
adversário, o ovo tem preço
sugerido de R$ 29,90.
Para os bolsos mais
cheios, a opção é partir para os produtos
sofisticados. Na Kopenhagen, a novidade é
um ovo de Páscoa que
pesa 300 gramas, no formato
de uma carinha de um coelho.
O preço? R$ 65,00. Além dele,
a marca traz ainda um ovo em
formato tradicional, mas que
abre na horizontal. Dentro,
diversas garrafinhas feitas
de chocolate com bebidas
alcoólicas como licor, vodka e uísque. Denominado
Ovo Bar Special, pesa 500
gramas e custa R$ 89,00.
Em termos de inovação,
contudo, nenhuma empresa bate a Ofner. A criação
deste ano é um ovo gigante, de 165 quilos, 1,2 metro
de altura, e capaz de satisfazer 1.650 pessoas. O produto custa R$ 14.700,43.
A casca do ovo, segundo
a empresa, tem seis centímetros de espessura e
dentro há 3.705 bombons
nos sabores avelã, gianduia, macadâmia, caramelo com nozes e geléia de Cassis. Um ovo
gigante será doado para uma instituição que cuida de crianças com
câncer. Para os apreciadores de chocolate, prato mais que cheio para
satisfazer a gula.
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gastronomia
Sabor e peculiaridades na mesa
Em abril, é hora de saborear o bacalhau, verdadeiro aliado da saúde
Texto: Redação/Foto: Divulgação
E
m época de Páscoa e confraternização na
casa de amigos e familiares, é hora de colocar na mesa o tradicional bacalhau. Peixe
saboroso e de fácil digestão, chama a atenção
por ser um alimento saudável riquíssimo em
nutrientes benéficos à saúde. Dentre a gama de
melhorias, estão o desenvolvimento do sistema
imunológico, redução dos níveis de colesterol e
triglicérides, ser anti-inflamatório, além de proteger os olhos e fortalecer os ossos.
Com uma composição rica em ácidos graxos
ômega-3 (gordura boa), o bacalhau pode ser
um excelente cardioprotetor, a gordura boa
impede a deposição de gorduras maléficas
nas artérias, ou seja, reduz o colesterol ruim
(LDL) e evita os ricos de doenças cardiovasculares, principalmente as dislipidemias (aumen-
to anormal da taxa de lipídios no sangue que
impede o fluxo sanguíneo).
“O consumo de bacalhau torna-se um verdadeiro aliado à saúde. Afinal, os ácidos graxos
são nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo”, completa a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional (www.equilibrionutricional.com.br).
O bacalhau é um peixe saudável e recomendado pelos nutricionistas. No entanto, o consumo
sempre é colocado como observação. “Tudo
que comemos tem que ter moderação, até
mesmo os alimentos saudáveis. E, para os indivíduos com hipertensão arterial, o bacalhau,
rico em sódio, cerca de 1400mg em 100g, o
cuidado deve ser redobrado, ou seja, consumir
pequenas quantidades”, conclui Roseli.
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especial capa
A luta contra a crise
Como os brasileiros que vivem no Japão estão convivendo com as dificuldades
Texto Tamires Alês / Fotos Divulgação
A
crise econômica mundial atingiu vários países, entre eles
o Japão. Com isso, as demissões em massa nas fábricas,
principalmente, dos setores automotivos e de eletroeletrônicos, foram inevitáveis. E os primeiros a sentir na pele as turbulências na economia japonesa foram os dekasseguis, que agora
tentam voltar ao Brasil, ou continuam no Japão a espera de um
possível crescimento da economia do País.
Imagens de descendentes de japoneses, que apostaram suas fichas no trabalho no arquipélago, nas ruas, ou abrigados em corredores de empreiteiras, nos bancos das praças, alojados em igrejas
ou embaixo das pontes, sem ter o que comer, passaram a integrar
o cotidiano das cidades japonesas. Cenas que talvez ninguém pudesse imaginar que um dia iria existir. Adultos, casais e até famílias
inteiras com crianças, vagando pelas ruas a procura de emprego e
ajuda para sobreviver.
Tudo resquícios de uma crise que surpreendeu a maioria das pessoas, que de repente se viram sem emprego, em um país estrangeiro. “Os dekasseguis foram defrontados por uma demissão não
esperada. O problema é que a maioria já estava adaptada a vida
no Japão, e poucos estavam preparados para uma possível demissão, com uma poupança, por exemplo”, relata o presidente da Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD), Kiyoharu Miike. E com
a perda do trabalho os problemas começam a surgir aos montes.
“Como o custo de vida no Japão é muito alto, eles não conseguem
manter suas casas, as escolas dos filhos, acabam sem ter o que
comer, e muitas vezes não têm dinheiro nem para voltar ao Brasil”,
ressalta Miike.
Estima-se que mais de 30 mil dekasseguis perderam o emprego
no Japão e estão voltando ao Brasil. Isso porque aqui, o custo
de vida é menor, além de poderem contar com o apoio da família
e recomeçar a vida. “Muitos que retornam ao Brasil, seja pelos
próprios meios, ajuda de parentes ou ações governamentais, têm
chances de reerguer suas vidas, já que parece que o Brasil será
menos atingido pela crise. Além do que, aqui podem contar com
o apoio de conhecidos e pelo menos um teto e comida não vão
faltar”, explica Miike.
O presidente da ABD lembra que dekasseguis que já estavam instalados no Japão e não tinham mais vontade de voltar a viver no
Brasil, mas que com a crise tiveram que mudar os planos, são
os que terão mais dificuldades para se adequar à vida no Brasil.
“Esse é um grande obstáculo para eles, porque não conseguem se
adaptar aos salários e a rotina do País. Com certeza, na primeira
oportunidade que tiverem vão voltar ao Japão”, destaca.
especial capa
financeiras, suas perspectivas e planos para o futuro
Perspectivas
Dizer o que vai acontecer nos próximos meses com a economia do
Japão e de tantos outros países é uma tarefa difícil, mas muitos
esperam uma retomada da atividade industrial japonesa, com o
final do ano fiscal no Japão, em março. Mas, enquanto isso não
acontece, os dekasseguis podem tentam manter-se no arquipélago com trabalhos alternativos. Alguns setores como hotelaria,
turismo e rede de alimentos estão empregando brasileiros, mas a
remuneração é menor do que a das fábricas.
No Brasil, alguns programas do governo e de instituições como o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), tentam ajudar os dekasseguis a se capacitar e tentar uma
vaga no mercado de trabalho brasileiro, ou se tiver condições, abrir
o seu próprio negócio.
Entidades como a ABD também ajudam os dekasseguis na procura
por empregos. “Só na Associação a busca por uma recolocação no
mercado de trabalho aumentou quatro vezes”, revela Miike. Segundo ele não vai ser uma tarefa muito simples, uma vez que “o Brasil
não vive um momento muito bom e eles vão ter que concorrer com
os brasileiros que também estão desempregados. Por isso que nós
tentamos valorizar o que eles têm de melhor, como o empenho ao
trabalho e a disciplina”.
“Estamos tentando ajudá-los da melhor maneira possível, mas
ainda não temos um projeto mais específico e organizado. Temos
algumas ideias, mas ainda não colocamos em prática. Precisamos
nos unir ao poder público municipal e estadual para fazer algum
programa mais estruturado”, conclui Miike.
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especial capa
Volta antecipada...
Crise financeira mundial impulsiona diversos brasileiros de volta para casa
antes do tempo
Texto: Cibele Hasegawa / Imagens: Divulgação
A
volta sempre fez parte dos planos, porém,
não agora. Muitos brasileiros foram pegos
de “calças curtas” ou tiveram de adiar metas e antecipar a volta para casa por conta da crise financeira mundial, que afetou diretamente o
Japão. A falta de serviço e de emprego deixaram
os trabalhadores estrangeiros sem muitas opções
e o jeito é recomeçar nas terras de origem.
“E
u havia mudado de emprego e pouco
depois, teve queda na produção. A fábrica começou a sofrer os reflexos vindos diretamente dos
EUA. Então, retornei ao meu emprego
antigo. Fiquei um tempo e logo depois
comecei a cumprir aviso prévio, pois a
fábrica estava se mudando para a China. Fiquei dois meses e sai.
A minha intenção era de juntar dinheiro
e viajar para a Inglaterra para trabalhar
e estudar. Mas desistir da viagem não
me frustrou tanto, o que é mais frustrante mesmo é voltar nessas condições, ter que morar na casa dos meus
pais sem ter um trabalho não é muito
confortável.
Não posso ficar me lamentando, então nesses
dois meses que estou aqui no Brasil, comecei a
me movimentar e focar em um objetivo. Procurei
a Reduplan, uma empresa de consultoria, para
me atualizar e saber onde eu estava pisando. Eu
saí do Brasil em 1992. Fiquei muito tempo afastada do mercado de trabalho e muita coisa mudou
de lá pra cá.
Uma das minhas primeiras vitórias aqui foi passar
em um concurso público agora. Como nunca me
afastei dos estudos e fiz diversos cursos durantes as
minhas viagens, isso me ajudou bastante. Não sei
se vou ser chamada, mas isso me mostrou que eu
tenho condições. É uma satisfação muito grande ter
conseguido, não sabia que era capaz.
Ana Aoki, 46 anos
“E
“
u trabalhava em uma fábrica de HD,
na província de Tochigi. Estava há seis
meses no Japão, quando vi que não ia
ter jeito e teria que voltar. Recebi o calendário de
janeiro, em que vinham marcado os turnos e os
dias de trabalho. Foi um choque pois só trabalharíamos apenas 7 dias em um mês inteiro.
Naquele período, fui obrigado a usar as minhas
economias, pois o que eu ganhava não era suficiente para pagar todas as contas. Não tinha nem
com quem dividir as despesas, pois morava sozinho, mas naquela situação era melhor assim.
Até surgiram rumores de que eu teria que dividir o apartamento com mais três ou quatro
pessoas, mas seria pior. Começaram as demissões e muitos não possuíam nenhum dinheiro guardado.
O trabalho já era escasso e os chefes caçavam quem demitir. Vivíamos em uma situação de extremo desagrado, com medo
de sermos os próximos. Além do preconceito contra os brasileiros, tínhamos que agüentar aquela pressão toda
e a insegurança.
Em fevereiro, o quadro piorou e a situação
se tornou insustentável.Durante esses dias
em que eu trabalhava só algumas vezes por
semana, procurei por outras vagas de emprego ou arubaitos [emprego temporário],
mas foi em vão. A maioria recusava ou as
empreiteiras não passavam segurança.
Voltei faz um mês e ainda estou meio perdido. Tive que gastar tudo o que juntei e
agora, não tenho como completar o meu
objetivo que era fazer um curso ou uma faculdade quando voltasse. Agora, estudo sozinho para
reciclar o meu portfólio e voltar ao mercado de
trabalho, na área de computação gráfica.Se não
fosse a crise, continuaria lá por pelo menos mais
seis meses.
“
Tsutomu Sakajiri, 24 anos
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especial capa
Em busca de auxílio
Deputados federais vão ao Japão em busca de ajuda a dekasseguis
Texto: Redação / Imagens: Divulgação
B
uscar auxílios e ajuda aos dekasseguis. Esse foi o objetivo da viagem dos deputados federais Walter Ihoshi (DEM/SP) e William
Woo (PSDB/SP) ao Japão, no início de março. Por lá, foram recebidos por autoridades de diversas províncias, além do primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, em Tóquio, cujo encontro teve grande cobertura
da mídia japonesa.
A audiência com o primeiro-ministro teve como pauta principal a situação dos brasileiros no Japão. Tanto Aso quanto Kawamura (chefe de
gabinete) demonstraram boa vontade e se comprometeram a tentar agilizar o pacote anunciado em janeiro em prol dos dekasseguis. “A intenção do governo japonês é muito boa, mas as medidas criadas por Aso
e sua equipe não estão chegando a todos. Apresentamos este cenário
ao primeiro-ministro e ele disse que tomará providências para que mais
pessoas possam ser beneficiadas”, contou Ihoshi.
A audiência, que durou cerca de 40 minutos, contou com a presença
do chefe de gabinete, Takeo Kawamura, que também é presidente do
Partido Liberal Democrata e membro da Liga Parlamentar Japão-Brasil.
O encontro dos deputados brasileiros com Taro Aso chamou a atenção
dos japoneses por dois motivos: é raro Aso e Kawamura estarem juntos
para recepcionar alguém. Geralmente, isso só acontece quando a autoridade em questão tem representação significativa ao governo ou ao
país. Segundo motivo: a reunião durou o dobro do tempo previsto.
“Ficamos muito contentes com a recepção do primeiro-ministro, que
ouviu todas as nossas solicitações e preocupações com extrema atenção. Taro Aso tem imensa simpatia e carinho pelo Brasil e está realmente disposto a ajudar os dekasseguis”, revelou Ihoshi.
Consulado - Os deputados Walter Ihoshi e William Woo, do Grupo
Parlamentar Brasil-Japão, da Câmara dos Deputados, estiveram ainda
com o cônsul brasileiro em Nagoya, com líderes de ONGs de educação,
com empresários e com o secretário de relações internacionais do governo de Aichi, Matoi. Durante os encontros foram debatidos projetos
que visam ajudar os brasileiros naquele país.
O consulado de Nagoya é o consulado brasileiro
mais ativo da região de Nagoya. Após a visita ao
consulado e à Prefeitura, onde se encontraram
com o prefeito Takehisa Matsubara, Iroshi e Woo
se reuniram com líderes de associações da comunidade brasileira na área de educação, bem como
com representantes de empreteiras, organizações
não-governamentais, e com empresários, para
debater ações em favor dos dekasseguis.
Durante a tarde, os parlamentares estiveram reunidos com o secretário de relações internacionais
do governo de Aichi, senhor Matoi. A pauta da
reunião se baseou na apresentação de projetos do
governo da província de Aichi, nas áreas de educação e emprego, voltados para os dekasseguis.
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A chegada no Brasil: opções para
inserção no mercado de trabalho
Cursos de informática e apoio dos jovens são prioridades
para instituto de apoio ao dekassegui
A
parentemente, era uma quinta-feira comum
e as atividades do Instituto de Promoção
Humana Grupo Nikkei, que promove voluntariamente palestras e recolocação no mercado
de trabalho, corriam normalmente. Todavia, um
gesto solidário marcou a última reunião da entidade, realizada no dia 26 de março.
Foram doados formalmente 15 computadores e
3 impressoras, todos usados, e um cheque no
valor de R$ 8.120,00, pelo deputado federal Walter Ihoshi (DEM) e pelo Instituto Paulo Kobayashi
(IPK), respectivamente. “Um gole d’água no meio
do caminho”, como Leda Shimabukuro, presidente do Grupo Nikkei, ilustra, tanto para as ações
do Grupo como também, para os dirigentes, que
há 10 anos atuam na intenção de poder sanar de
alguma forma o problema do desemprego.
“Estou bastante cansada, mas, isso dá um incentivo não só a mim, mas a todos, de continuarmos
trabalhando em prol do próximo. Não podemos
parar agora”, considera Leda. “Ficamos muito
contente com toda e qualquer ajuda que as pessoas possam nos oferecer, pois realmente precisamos”, afirma.
As doações vieram com a principal finalidade em
ajudar um nicho em especial, que são os traba-
Texto: Cibele Hasegawa / Imagens: Divulgação
lhadores brasileiros que atuavam no Japão, que
começam a retornar agora por conta da crise.
Dessa forma, levando em conta que muitos exdekasseguis passam por lá, a idéia é criar meios
para capacitar essas pessoas, que sofrem com
uma defasagem, pois estiveram longe do país por
muito tempo.
Serão promovidos ainda, cursos de informática
na sede da Associação Cultural e Assistencial
da Liberdade (ACAL), local onde acontecem as
reuniões do Grupo Nikkei. Contudo, vale destacar
que, as aulas estarão abertas também aos demais participantes da instituição.
O projeto de ensino serão apostilados com o
método cedido pelo IPK, que também fará a
revisão dos PCs, conforme o anuncio feito na
ocasião pelo seu presidente Victor Kobayashi.
De acordo com a presidente, o dinheiro também será investido nessa área, conforme recomendação do doador.
E com todo essa infra-estrutura que o Grupo
Nikkei ganha ainda uma forcinha jovem liderada pelos irmãos Erick e René Nakabayashi.
Eles trabalham juntamente com outros jovens
voluntários para lecionar as aulas e no desenvolvimento da entidade.
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telecomunicações
Referência no mercado de celulares
Megafax Celular oferece aparelhos de ponta e serviços como portabilidade
Texto: Redação/Imagens: Divulgação
O
mercado de telefonia móvel parece estar longe da crise mundial. Pelo
menos no Brasil. Em fevereiro, a expansão foi de 22,75%, em relação
ao mesmo período do ano passado. Trata-se de um número assustador e que, segundo especialistas, deve continuar em crescimento. Nada mal
para um país com mais de 140 milhões de aparelhos.
Seguindo a tendência, as revendas oferecem cada vez mais produtos, pacotes e serviços para fidelizar a clientela – muito exigente, por sinal. Na Megafax Celular, localizada no bairro do Paraíso, em São Paulo, a demanda tem
sido grande. Agente autorizado da Claro, a loja possui uma
rotatividade grande devido a soluções tanto para pessoas
físicas, quanto para clientes corporativos.
Segundo o proprietário, Carlos Massato Inoue, cerca de
três mil pessoas passam pela Megafax, em busca, principalmente, das novidades apresentadas pela operadora.
“Atualmente, vejo o mercado de celulares em franca expansão. Há muita demanda, as pessoas gostam sempre de
novidades”, explica. De fato, o brasileiro gosta mesmo de
tecnologia móvel, pois, ainda de acordo com Inoue, a cada seis meses as pessoas costumam trocar de aparelho. “Famílias inteiras vêm procurar celulares.
Até mesmo as crianças já sabem quais modelos lhes interessam mais.”
Para estar sempre inovando e trazendo novidades aos clientes, Inoue, que
possui experiência no mercado de telefonia móvel há mais de 15 anos,
apresenta seis novos modelos por mês na gama de aparelhos. Dentre os
pré-requisitos básicos para quem busca celulares, não podem faltar câmera
fotográfica, rádio FM, tocador de MP3, além, claro, de um cartão de memória robusto. Dependendo do modelo e do plano contratado, os preços variam.
Os modelos pré-pagos, por exemplo, partem dos R$ 99,00 até R$ 3 mil. Já
no pós-pago, alguns aparelhos podem sair de graça.
Alem da venda direta, a loja possui laboratório para assistência técnica completa, com funcionários capacitados. Vale lembrar que, em termos de consertos
ou reformas, a Megafax atende a qualquer operadora. “Temos 12 funcionários
que trabalham na loja, cada qual com atendimento personalizado ao cliente. Na
parte de assistência, trabalhamos com qualidade”, ressalta Inoue.
Portabilidade e Banda Larga – Uma das novidades incorporadas recentemente e que tem levado as pessoas a procurarem a Megafax é o serviço de
portabilidade numérica. Trata-se, em síntese, da possibilidade de manter o número de telefone ao trocar de operadora, de plano de serviço (de pós para pré-pago e vice-versa)
ou de endereço (no caso da telefonia fixa).
Nos cálculos de Masato Inoue, até março houveram 200
consultas em sua loja. Desse total, 20% migraram de operadora. “E, caso o cliente queira, oferecemos o Claro Teste,
no qual o cliente troca de operadora e tem alguns dias para
testar o serviço. Caso o cliente não goste, pode retornar à
sua antiga operadora”, explica.
Outra novidade em termos de serviço é a configuração de modem nos notebooks dos clientes. No caso, o interessado pode testar também a velocidade
e a intensidade do sinal. Ou seja: dinâmica e rapidez a serviço do cliente.
Megafax Celular
Onde: rua Cubatão, 896, Paraíso, São Paulo
Tel: 11 – 5084-1213
e-mail: megafaxcelular@uol.com.br
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moda
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De olho nas próximas estações
Descubra o que estará em alta, o que combinar e quais cores utilizar para
arrasar no outono e inverno
Texto Cibele Hasegawa e Tamires Alês / Fotos Divulgação
V
estidos longos e volumosos, casacos, macacão, jaquetas e coletes. Isso e muito mais vão
colorir e enfeitar as ruas das cidades no outono/inverno 2009. Para quem gosta de moda e de
se vestir bem, inspiração não faltará. Modelos e cores para combinar com todos os gostos
e estilos. Roupas, sapatos e acessórios, tudo com um visual charmoso e elegante, próprios da
estação. Afinal, o que vale mesmo é estar antenado com o mercado.
Tendências vêm e vão e nessa estação algumas vieram para ficar. É o caso do Trompe I’oeil, que
seria um efeito ilusório. “Ao invés de você usar uma camiseta e um colete, você usa uma camiseta
com estampa de colete, parece, mas não é. A crise deu um grande apoio a esta tendência, já que
é gasto menos material nas confecções”, explica a professora de estilo da Escola de Moda Sigbol
Fashion, Juliana Verri.
Outra tendência forte é o New Culture, “uma roupa mais modelada e minimalista, um trabalho de
construção da roupa, com menos estampa”, detalha a estilista Erika Ikezili.
Para as mulheres os temas dessa estação serão variados. Vão desde o estilo dramático para interpretar o lado mais sexy da mulher, com estampas étnicas inspiradas na Índia, na África e no
México. Passando pela influência do retrô com o estilo Hippie Chic dos anos 70. Até a alfaiataria, o
tricô e diversos tipos de bordados e pedrarias. “Os detalhes nas peças como o xadrez e os zíperes
estarão transbordando feminilidade”, revela a também professora da Sigbol, Sandra Bastos.
Os vestidos longos e volumosos, além do macacão, colete, modelos de um ombro só, vestidos
tubinho usado junto com casacos longo, vão ser destaque nas vitrines e passarelas. Além das
camisas, boleros, jaquetas e os “perfectos”, que contém zíper e geralmente são de couro, os dois
últimos combinados com jeans e botas, que sempre estão em alta no inverno, completam um look
bem diferente.
O verdadeiro segredo para estar em dia com o visual será fazer o uso adequado de cada peça. É
preciso estar atenta aos cortes, modelagens, cores e estampas, de acordo com a silhueta de cada
pessoa a fim de proporcionar um bom caimento e sobretudo, ressaltar o que há de melhor no seu
próprio corpo. “Isso fará toda a diferença”, ressalta Sandra.
E opções não faltarão quando as temperaturas caírem. A mulherada poderá se esbaldar nas três
modelagens de calças, que terão presença fortíssima: a boyfriend, “que é como se você usasse a
calça do namorado, maior que o seu número, com as barras dobradas e amarrada na cintura para
não cair”, explica Juliana; a “cenoura” que é parecida com a skinny, só que um pouco mais soltinha
no gancho; e as “pantalonas”, que geralmente vêm fluídas da cintura até a barra.
O que permanece e vem com força total é a cintura alta, que tenta resgatar a silhueta da mulher
moderna. Erika Ikezili, explica que a moda sempre se inspira em algo de épocas passadas e essa
coleção teve inspiração na década de 1920, com o uso de uma silhueta mais reta e alongada.
Já para os homens, a tendência é um pouco diferente, terá muita manga e lapelas contrastantes,
blazers e jaquetões alongados ou alguns curtos com abotoamento cruzado de seis botões, além de
coletes e camisas com estampa gráfica. As calças vão prevalecer as modelagens mais folgadas
ou mais sequinhas. “A idéia é ter conforto e mobilidade”, explica Juliana. Ela também ressalta que
peças como os lenços árabes, que vão fazer sucesso com as mulheres, também podem combinar
com o look masculino.
Para os calçados, o leque de opções é imenso. Para as mulheres, os bicos mais arredondados e
quadrados, já as botas, vão prevalecer as de cano até o joelho de camurça, couro e estampas de
animais, todos com saltos altíssimos. Para os homens, as formas serão mais alongadas e arrojadas.
Cores cromáticas fortes, sendo de couro ou verniz e pouco salto.
moda
Cores e acessórios
Geralmente as cores estão relacionadas com as estações,
justamente pela sensação que nos transmite. No verão, por
exemplo, costumamos ver cores mais vivas, porque têm
o calor, a agitação e o ritmo de férias. Já no inverno, os
tons mais sóbrios costumam se sobressair. Até agora,
porque segundo Juliana, como tudo na moda se inova,
nesta coleção, além das cores tradicionais que sempre
fazem sucesso como o preto, bege, cinza, marrom, as
cores mais vivas, como vermelho, laranja, verde musgo,
bordô, roxo e violáceos também vão marcar presença.
Já os acessórios, que sempre são uma boa pedida, na hora
de completar o visual e deixá-lo com a sua cara, vão estar
bem variados nessa estação. Nesse outono/inverno, invista nos enfeites
para a cabeça, como tiaras, chapéus e lenços. Os cachecóis também vão
estar em alta. Combine suas roupas com colares grandes, muitas pulseiras e brincos maiores.
No quesito bolsas, estão fortíssimas as carteiras e as transpassadas, mais discretas e menores. Mas, as grandes e médias também continuam com força, vai depender muito da necessidade
e gosto de cada um.
Independente da roupa, do sapato e dos acessórios que utilize, o importante é “saber fazer o uso adequado de cortes
e modelagens, cores e estampas, de acordo com a
sua silhueta e as tendências da moda. Assim, certamente o seu look fará sucesso”, conclui Sandra.
Moda Jeans
Para todos os gostos e corpos
Calças, saias, shorts, o jeans sempre está na
moda e pode ser utilizado em diversas ocasiões
Presente na maioria dos armários, no das mulheres e no dos homens, o jeans faz sucesso em
todas as estações e sempre está em alta. Peça
coringa, sempre ajuda a compor o look, independente da ocasião. Seja para disfarçar os quadris
largos, ou aquela barriguinha, para delinear as
pernas e bumbum, sempre tem um jeans ideal
para valorizar o seu corpo. E tem para todas as
mulheres, altas, baixas, gordinhas ou magras.
Na hora de comprar, uma dica, experimente a
peça e verifique se não aperta na barriga ou nas
pernas e se o cós está em uma altura que te deixe confortável. Na Shyros jeans, por exemplo,
você encontra diversos modelos de calças, saias,
shorts e bermudas, com certeza, uma vai combinar com o seu estilo.
E como em cada temporada, o jeans e suas mo-
delagens se alteram, fique atenta no que está
rolando no momento e o que combina mais com
você. Entre as calças, variedades de modelos e
tamanhos enchem as vitrines. Do skinny, que
é um modelo com um caimento justíssimo do
cós à barra, que potencializa as medidas, fica
melhor quando usado com blusas mais largas.
Passando pelo boyish, que tem um cavalo sutilmente rebaixado, cai super bem quando combinado com tops. Até o amplo, que tem uma barra
com uma boca mais larga, utilize com camisas e
blazers mais justos para equilibrar as proporções.
Quanto os mais curtos, como saias, shorts e bermudas, não tenha receio de utilizá-los nas mais diversas ocasiões, misture com outros complementos e forme novos visuais. No inverno, essas peças
caem muito bem com o uso de meias grossas e
botas. Só cuidado com o comprimento das peças,
elas têm que estar de acordo com a ocasião.
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moda
A moda vista por Erika Ikezili
A estilista revela a Mundo Ok o que pensa sobre moda
e estilo e o que estará em alta nesse outono-inverno
S
ansei de 30 anos, a paranaense Erika Ikezili traz para as passarelas o universo nipo-brasileiro. Formada em
desenho de moda pela Faculdade Santa Marcelina em São Paulo, na época trabalhava como assistente
de Alexandre Herchovitch, na área de produção. Sua estreia nas passarelas foi em 2000, sendo a primeira
experiência no Projeto Lab – Casa de Criadores. Nessa fase, começou a comercializar suas criações no Mercado
Mundo Mix.
Já em 2005, realizou seu primeiro desfile na programação oficial do São Paulo Fashion Week, um dos maiores
eventos de moda da cidade. De lá pra cá, a exibição de seus traços ganharam cada vez mais evidência.
Em sua participação no SPFW deste ano, a estilista buscou inspiração no furoshiki (embrulho japonês feito com
tecido) e também, na arte pintada pela coreana Amy Sol. O resultado do trabalho com referências vindas do outro
lado do mundo foram peças que misturam tons suaves e a intensidade de cores mais fortes, além dos florais, que
prometem ser a aposta deste inverno.
Hoje as peças de Erika Ikezili podem ser encontradas em multi-marcas espalhadas pelo Brasil, Nova Iorque e Tóquio.
Em entrevista a Mundo Ok revela o que pensa sobre moda e estilo, em que se inspira para montar suas peças e, mais, o que estará em alta na próxima estação:
* Revista Mundo Ok: Qual seria a sua definição de moda?
Erika Ikezili: Existem dois tipos de moda: o modismo, aquilo que faz
sucesso mais vezes em determinado período e acaba virando modinha.
E a moda como algo exclusivo, diferenciado e artístico.
* Mundo Ok: E com qual desses conceitos você trabalha?
Erika: O meu perfil de trabalho é o mais exclusivo, mais artístico, que
utiliza um design mais diferenciado. Não é modinha, é uma roupa atemporal, que muda de acordo com a personalidade e o gosto da pessoa.
* Mundo Ok: E estilo?
Erika: Tendências vem e vão, mas o estilo sempre permanece. Ao meu
ver, ter estilo não é algo que vem só da roupa, é uma exteriorização do
que a pessoa é, seus gostos e sentimentos. Por exemplo, eu tenho um
estilo, um olhar nipo-brasileiro, que é algo mais artesanal, que observa
o lado feminino das mulheres.
* Mundo Ok: Em que se inspira para montar as suas coleções?
Erika: Eu me inspiro em tudo. Cada pessoa tem uma experiência de vida
diferenciada, as coisas acontecem na nossa vida e nós filtramos tudo
isso e são essas experiências e inspirações que acaba virando moda.
Na cultura oriental, por exemplo, me inspiro nos origamis, já no artesa-
nato brasileiro, gosto dos bordados e crochê. Claro que tem o lado tecnológico, os tecidos diferenciados, e eu misturo todos esses elementos.
É um trabalho focado na construção e sempre com um olhar inovador.
* Mundo Ok: Quais são as tendências para o outono/inverno 2009?
Erika: Nessa coleção algumas peças vão se destacar, como os casacos, jaquetinhas e boleros. Já as calças vão predominar as de
cintura mais alta e skinny. O vestido, que nessa estação é mais
estruturado, também terá forte presença. Já as cores vai sobressair
os tons mais sóbrios, como o preto, cinza, bordô, azul-marinho e
verde esmeralda.
* Mundo Ok: Que dicas daria para quem quer estar na moda?
Erika: Não existe mais uma ditadura da moda, que a pessoa tem que
vestir isso ou aquilo, se não vai estar fora da moda. Acredito que a
pessoa tem que se identificar com aquela peça, com determinada cor.
Tem que usar o bom senso, o importante é que a pessoa respeite a si
mesmo, que use roupas que combinem com o seu estilo, com o seu
perfil, que valorizem seu corpo e sua personalidade. Por exemplo, não
adianta usar uma roupa ousada, se a pessoa não é ousada. Ou usar
determinada cor só porque está na moda, se a cor da pele dela não
combina com a cor.
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moda
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Achados e Perdidos...
Em busca de tendências e a moda que rola por aí, a reportagem da revista Mundo
OK foi às ruas de São Paulo para saber o que os orientais estão usando e flagraram
as mais diversas peças e produções.
Texto e Fotos: Cibele Hasegawa e Tamires Alês
As letras grandes na camiseta fazem o look
descontraído, em que até o fone de ouvido
dá o estilo final.
Sobreposição moderninha de camisa e
camiseta ganha um toque completamente
diferente e ousado: aquele velho chinelo
japonês, feito de madeira.
Xadrez na camisa ou na calça dá o estilo,
enquanto a peça lisa faz a combinação e
destaca ainda mais o tom da estampa.
Sandália da tendência do verão 2009 se
contrapõe no vestido trapézio com estampa
que remete aos anos 60 e a atriz consagrada da época, Twiggy. Tudo isso em uma
“japa loira”!
Scarpins dão a elegância até mesmo
com o jeans dobradinho na barra.t
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multimídia
Sertanejo com um toque japonês
Cantor Maurício Miya apresenta programa sobre música sertaneja
Texto: Redação/Fotos: Divulgação
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ue os japoneses sempre passaram um ar mais
tradicional, todos sabem. Mesmo já na quinta
geração, essa imagem ainda permanece para
grande parte da população. Mas aos poucos esse paradigma está sendo quebrado. Exemplo disso é o cantor Maurício Miya, cujo foco é justamente um estilo
pouco habitual entre os nikkeis: a música sertaneja.
Com shows realizados em todas as regiões do Brasil,
Miya mostra, pouco a pouco, que é possível provar seu
talento em áreas totalmente distintas da cultura japonesa.
De quebra, consegue agregar junto à própria comunidade
japonesa nomes “de fora”, caso de artistas que têm interesse em se aproximar mais da cultura nipônica.
Fora dos palcos, o cantor também procura manter
essa ponte entre Brasil e Japão. Foi contratado recentemente para ser apresentador de um programa de TV,
chamado “Sorriso Caipira”, transmitido pela JBN TV
(canal 142 da Sky). Na telinha, Maurício Miya traz ao
telespectador os bastidores do estilo sertanejo, com
entrevistas, agenda de eventos e as novidades musicais. Tudo permeado com bom humor e descontração
típicos do nikkei sertanejo.
“É uma forma de aproximar ainda mais o público
descendente de japoneses com a cultura sertaneja. Quero mostrar as raízes desse estilo, bem como
toda a rede em volta”, pondera Miya, acrescentando ainda que um dos principais atrativos são os
bate-papos na Pousada dos Pescadores, na Grande
São Paulo, “Levar ao público essas histórias sempre é interessante. Tudo de forma dinâmica e descontraída. Acho que isso é fundamental para unir os
nikkeis com a cultura brasileira.”
Exibido todos os sábados às 22 horas, Sorriso
Caipira tem tido uma grande aceitação, segundo
Miya. Resultado de muito esforço, dedicação e
“amor à música sertaneja”. “Gostaria mesmo que
as pessoas se divertissem com esse programa,
assim como eu me divirto quando gravo. Pessoalmente, é uma experiência única e buscarei sempre trazer novidades. Afinal, sempre fui um grande
admirador tanto da cultura japonesa quanto da
música sertaneja”, finaliza.
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encontro
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Cultura japonesa invade Zona Norte
de São Paulo
Sete entidades promovem o 4° Nikkey Matsuri, nos
dias 25 e 26 de abril
Texto: Redação/Foto: Divulgação
I
magine um evento no qual o único intuito é promover a cultura japonesa, nas mais diferentes
vertentes. E, de quebra, totalmente gratuito. Pois
saiba que este evento acontece neste mês, mais
especificamente na Zona Norte de São Paulo. Nos
dias 25 e 26 de abril, o Nikkey Matsuri reunirá milhares de pessoas no Clube Escola Jardim São
Paulo. A promessa? Dezenas de atrações que
animarão não só os descendentes, mas todos
os interessados em tradições orientais.
Em sua quarta edição, o festival é a junção de
forças de sete entidades (Associação NipoBrasileira de Vila Nova Cachoeirinha; Associação Cultural e Esportiva Tucuruvi; Associação
Cultural Esportiva Okinawa Santa Maria; Associação Cultural Esportiva Campo Limpo; Associação Cultural Esportiva Agrícola Cachoeira;
Associação Cultural Esportiva Nipo-Brasileira
Imirim; e União Cultural e Esportiva Guarulhense), que têm em comum o interesse de preservar
as raízes nipônicas, além de manter viva a tradição da cultura junto às gerações mais novas.
Para concretizar tudo isso, atrações não faltarão
para o público. Aos que apreciam a culinária, barracas com comidas típicas (sushi, tempurá, yakis-
soba, sashimi e doces) servirão ao público. Já os
que preferem os pratos tradicionais, serão servidos ainda pastel, churrasco e outros petiscos.
Para as compras, estandes venderão produtos
que vão de utensílios domésticos a roupas.
Na parte cultural, diversidade também será a
palavra da vez. Estão programados oficinas
de origami, mangá, cerimônia do chá, ikebana
(arranjos florais), e shodô (caligrafia japonesa),
algumas das mais tradicionais expressões da
cultura oriental, além de variadas atrações
voltadas para todas as idades e gostos, e são
esperados cerca de 8 a 10 mil participantes no
sábado e domingo em que é realizado.
Como todo grande evento, o Nikkey Matsuri contará ainda com um palco para apresentações de
diversas áreas. Passarão por lá, por exemplo, gru-
pos de artes marciais além de cantores já tradicionais da comunidade, como Karen Ito e Joe Hirata.
Com a certeza de “fazer uma viagem ao Japão no
Brasil”, como eles mesmos definem. Nada mal
para quem quer curtir um fim de semana cultural,
gastronômico e com espírito japonês.
Serviço
4° Nikkey Matsuri
Quando: 25 e 26 de abril
Onde: Clube Escola Jardim São Paulo (rua Viri,
425, São Paulo)
Mais informações através do site:
www.nikkeyweb.com.br/sites/nikkeymatsuri/
Entrada gratuita
pets
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Homeopatia para os bichos
Animais também podem contar com tratamentos alternativos para curar as
mais diversas doenças
Texto Tamires Alês / Imagens Divulgação
A
s famosas “bolinhas” e gotinhas da homeopatia também estão presentes no reino animal. Elas
têm auxiliado na recuperação da saúde de cães e gatos, e também na de animais maiores
como cavalos e bois. Com o objetivo de curar a causa e não apenas os sintomas da doença, a
homeopatia visa o equilíbrio do organismo e vem ganhando novos adeptos a cada dia.
O tratamento homeopático em animais é tão antigo quanto o em seres humanos, mas a maioria das
pessoas só o procura quando já tentou todas as outras possibilidades, o que muitas vezes dificulta
e prolonga o tratamento, fazendo com que as pessoas acreditem que ele seja lento. “A homeopatia não é lenta, é que o organismo precisa de um tempo para se adaptar ao tratamento
e começar a reagir. Em alguns casos agudos, como diarréia, ela age mais rápido do que os
medicamentos alopáticos [convencionais]”, relata a médica veterinária homeopata, Regina
Rheingantz Motta, da clínica Homeo Patas.
Assim, a homeopatia pode ser uma solução para diversos problemas que atingem os
bichos, como as alergias, dores na coluna, infecções crônicas de ouvido e epilepsias,
além de tratar de distúrbios comportamentais como agressividade e estresse.
Para garantir bons resultados com o tratamento, é importante que durante a consulta o dono do animal faça um relato detalhado dos problemas e do comportamento
do bichinho, porque o paciente precisa ser conhecido a fundo pelo veterinário
para que todo o organismo seja tratado, uma vez que na homeopatia se trata
doentes e não doenças, e cada paciente recebe um tipo de medicação mesmo que o problema seja o mesmo.
O tratamento na maioria das vezes tem um custo menor do que o alopático e os remédios, feitos a base de vegetais, minerais ou animais,
são os mesmos receitados para as pessoas e podem ser encontrados nas farmácias homeopáticas. “Os animais aceitam muito
bem a medicação, e os remédios não têm efeitos colaterais, além
de não alterarem os exames de doping, podendo ser utilizados por
animais de competição, como os cavalos de corrida”, comenta a
médica veterinária homeopata.
Regina também ressalta a necessidade de se trabalhar com bom senso e saber associar a alopatia com a homeopatia quando for necessário. “Precisamos pensar primeiramente no bem estar e na saúde do
animal, em alguns casos a alopatia é indispensável, como no caso das
vacinas, que é até mesmo uma questão de saúde pública”, conclui.
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agricultura
Incentivo à produção agrícola
Governo de São Paulo disponibiliza sementes a preço de custo
C
om os tempos secos, uma das áreas que mais sofrem com o clima é
a produção rural. Por conta da seca, muitas plantações tiveram seus
rendimentos reduzidos, afetando diretamente o consumo e, ao mesmo
tempo, o preço. Situação que levou o poder público a repensar um meio de
melhorar esse panorama.
Para reverter esse quadro, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo, por meio do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (DSMM/Cati/SAA),
disponibilizará 60 mil sacos de sementes de milho, sorgo e girassol para venda
em suas unidades. Os preços - de custo - em alguns casos chegam a ser até
cinco vezes menores que os de mercado, o que é especialmente bem-vindo no
atual momento, em que muitos agricultores tiveram seus plantios frustrados
por fatores climáticos adversos e pelos altos preços dos insumos.
“Houve seca, o plantio atrasou e muitos agricultores tiveram perdas. Agora,
no período da safrinha, a produtividade é menor. Portanto, é preciso ter custos menores, com a oferta de produtos que, embora mais em conta, têm o
mesmo potencial produtivo que outros e alto retorno. É aí que entra o papel
do Estado, que acompanha a realidade do produtor bem de perto”, explica o
engenheiro agrônomo, diretor do DSMM, Armando Azevedo Portas.
Texto: Redação/Fotos: Divulgação
Outra vantagem oferecida pelas sementes produzidas pela Cati é a garantia do
rígido controle de qualidade em termos de germinação, ausência de contaminantes, dados de pureza e validade, para citar apenas alguns. “Se você utiliza
uma semente ruim, vai demandar um maior uso de produtos químicos. Além
do prejuízo financeiro, também pode sofrer uma contaminação da área com
doença e/ou presença de ervas daninhas que não existiam ali antes. Ou seja,
dependendo do problema, o custo pode até inviabilizar o negócio”, alertou o
diretor da área de análise de sementes do DSMM, Edson Luiz Coutinho.
VARIEDADES - As diversas variedades de milho da Cati com
a sigla “AL” são adequadas para plantio na safrinha e custam
de R$ 1,80 a R$ 3 o quilo. Já o sorgo é uma variedade de dupla
aptidão (grãos e forragem) e sai por R$ 5 o quilo de sementes,
enquanto que as de girassol custam R$ 6 o quilo.
Quem tiver interesse em conhecer o material produzido pelo
DSMM pode procurar um dos Núcleos de Produção de Sementes. No caso específico do milho, também as casas de
agricultura de todo o Estado. Os endereços estão disponíveis
no site www.cati.sp.gov.br
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dekassegui
IMPOSTO DE RENDA PAGO NO JAPÃO
Texto por S.J.Nakaoka
O que é importante fazer para restituir no retorno ao Brasil - Parte 2
I
nforme de Rendimento Anual – GUENSEN TYOSHU HYO
Considerando uma pessoa que tenha trabalhado no Japão (portanto, com visto
de residente), conforme a Lei de Tributação japonesa, os recolhimentos dos valores foram efetuados da mesma forma que os trabalhadores japoneses.
O imposto de renda é calculado sobre todos os rendimentos obtidos pelo
contribuinte durante o ano, sempre a partir de janeiro.
Quem teve vínculo empregatício com a empresa ou prestou serviços através
de empreiteiras junto às fábricas de diversos segmentos (serviços ou produtos), os impostos foram calculados sobre os salários recebidos mensalmente por estes e depositados em nome do empregado para o governo, neste
caso, a Receita Federal japonesa.
Os valores devem estar expressos no holerite que a empresa apresenta ao
empregado na data do pagamento do salário.
Importante salientar que o imposto de renda é calculado também sobre as
horas extraordinárias trabalhadas no mês.
Portanto, quanto maior a renda, proporcionalmente o tributo recolhido junto
ao fisco será sido maior.
Todo o final de ano as empresas fazem o Ajuste de Final de Ano (Nenmatsu
Choosei) com base nos valores de imposto de renda descontado mensalmente do empregado, e caso tenha ocorrido qualquer valor pago a maior ou
a menor, este deverá ser realizado o ajuste do pagamento.
Muitas pessoas pensam que por conta da empreiteira ter lhe devolvido um
valor no final do ano, informando que é o dinheiro do imposto de renda entendem que a declaração do imposto de renda para restituição dos valores
não é necessária, o que é incorreto, pois o valor principal foi devidamente
recolhido ao fisco, portanto, não há relação direta com o cálculo do “Nenmatsu Choosei”.
Necessariamente, após o ajuste realizado, a empresa está obrigada a entregar ao empregado, o documento Informe de Rendimento Anual – Gensen
Tyoshu Hyo, onde constará o total do salário recebido no ano e as deduções
ocorridas, destacando o valor do imposto de renda retido.
Este documento servirá para que o dekassegui possa efetuar a declaração
para obter a restituição.
A falta da apresentação deste documento pelo empregador deve ser notificada à receita federal para que o contribuinte tenha auxílio em obtê-lo.
Shinji Jorge Nakaoka
snakaoka@daiwaservice.com.br
(11) 5572-1717
(11) 3105-2114
crônica
E
GAIJIN
m um mês e dia quaisquer de 1971, ao subir, ao lado da Eiko, uma ladeira
de Ouro Preto, o meu amigo Trasmontano percebeu que um menino de 8
a 10 anos os acompanhava com discreta curiosidade; em seguida, veio
mais um, e mais um e mais..., até que o primeiro – ao sentir-se protegido por
um já bom número de amigos – não resistiu e começou a convidar, pública e
sonoramente: “vem ver, vem ver,...vem ver a japonesa com outro cara!”.
Pois é, o outro “cara” era o meu amigo; e a japonesa era a sua mulher. Para
a garotada – e até para alguns adultos mais discretos – era ainda uma cena
inusitada: ver um rosto oriental fazendo par com outro ocidental. É claro que ver
turistas orientais nas ruas de Ouro Preto não era incomum, mas ver um casal
misto era quase uma cena de circo. Casados naquele ano, e com mais dois
anos de namoro e noivado, ambos já haviam passado por situações parecidas,
até mesmo em São Paulo, cujo cosmopolitismo não impedia as fortes barreiras
sociais que um pequeno número de pioneiros ia rompendo gradativamente.
Mas foi nessa cidade de tradicional família mineira que o meu amigo sentiu-se
pela primeira vez um gaijin, do ponto de vista ocidental, sem que ao menos
a garotada soubesse da existência e significado dessa palavra. Para aquelas
criaturas, o meu amigo não podia ser brasileiro; trasmontano, nem pensar;
americano, russo, esquimó, extra-terrestre? Não! Ele era um CRNI – Cara de
Raça Não Identificada, pois só um tipo raro assim é que poderia acompanhar a
“japonesa”, além de outro “japonês”.
Até 1957, quando o meu amigo emigrou de Portugal rumo ao Brasil, ele jamais
havia visto um rosto oriental, desses com cara bem asiática, mesmo que ainda
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sobrevivessem algumas colônias portuguesas na Ásia, como Macau e Timor, além de
os próprios portugueses haverem sido os
primeiros europeus a entrarem no Japão,
e a terem um intenso relacionamento entre
1543 e 1639. Nos primeiros dias de Brasil,
na sua inocência infanto-juvenil, ainda pensava que todos aqueles rostos diferentes
pertenciam a alguma grande família, teoria
reforçada pelo fato de que raramente via
algum deles conversar com ocidentais. O
meu amigo, ainda na sua limitada trasmontanice, não poderia imaginar que, num futuro não muito distante, iria juntar-se
indelevelmente a essa “grande família”.
Passados quase 40 anos depois do episódio de Ouro Preto, meu amigo Trasmontano olha para seu filho de rosto mestiço, ao lado de sua namorada
também mestiça, e pensa nos agora milhares de outros rostos mestiços, e
que em breve – no Brasil - serão mais numerosos que os rostos orientais puros. É o mundo nikkei a absorver e a ser absorvido pelo mundo gaijin. O meu
amigo é agora dono de uma mercearia oriental, e não pode deixar de notar
a cara de surpresa da maioria de seus clientes, ocidentais ou orientais, ao
ver um rosto não oriental no comando da loja, a indicar que o extraordinário
avanço inter-racial não impediu que ele continuasse duplamente gaijin, do
ponto de vista ocidental e oriental.
José Carlos Neves é comerciante, descedente de portugueses e casado
com uma nikkei. É, ainda, profundo admirador da cultura japonesa.
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mundo oriental
Montanha Jade compete para ser uma das maravilhas naturais
U
m dos principais orgulhos naturais de Taiwan, o Yushan deu um
passo rumo a próxima etapa em reconhecimento de sua inspiradora beleza no concurso internacional que elegerá as Novas Sete
Maravilhas Naturais.
Os 3.952 metros fazem do Yushan o pico mais alto do noroeste asiático.
E ficou entre os 261 selecionados para o segundo round na disputa lançada pelo New7Wonders Foundation (Fundação Novas 7 Maravilhas,
em português), com base na Suíça e que se dedica a documentar e
preservar lugares que são patrimônios mundiais.
Yushan, também conhecida como Montanha Jade, competirá com outros 35 concorrentes na categoria Montanhas e Vulcões, que ainda inclui
o Monte Fuji, no Japão; e o Monte Olimpo, na Grécia. A votação acontece até julho pela Internet. Apenas as primeiras 11 colocadas em cada
categoria serão consideradas para nova fase da eleição.
Um painel de especialistas, liderados pelo diretor-geral da Unesco, Federico Mayor, fará a revisão da lista e escolherá 21 finalistas da votação eletrônica mundial entre 2010 e 2011. Para impulsionar a escolha de Yushan,
o Parque Nacional Yushan lança campanha para encorajar a população a
computar seus votos, disse o diretor do local, Chen Lung-sheng.
Em comunicado no mês de fevereiro, o parque explicou a motivação
desse projeto, afirmando que “se a visibilidade internacional em Taiwan
pode se ampliar e mais turistas serão atraídos em visitar a ilha, isso
pode ser de grande ajuda no esforço de ter Taiwan listado como herança
mundial das Nações Unidas e então todos poderão trabalhar juntos para
proteger essa maravilha natural”, acredita Chen.
A campanha incluirá distribuição de material promocional, como pôsteres e filmagens da montanha a escolas no país e escritórios de representação no exterior. Organizações globais em Taiwan, como o Rotary
International ou Lions Club International, também foram contatadas para
dar apoio nesse trabalho.
Outro meio de atuação é a realização de um tour ciclístico pela ilha, no
qual serão feitas orientações em alguns pontos de parada residenciais,
ensinando o procedimento de votação no web site em inglês da fundação. Yushan, considerado por muitos a ser a maior atração natural de
Taiwan, é o único candidato no concurso das Novas Sete Maravilhas
do país.
Localizado no Parque Nacional Yushan, no centro do país, a montanha
é mais conhecida pela sua diversidade natural animal e ecológica, com
grande variação de altitude que se reflete na mudança da fauna e flora,
do subtropical, temperado ao alpino.
Fonte: Taiwan Journal
Presidente Ma Ying-jeou anuncia fundo para incentivar turismo
O presidente Ma Ying-jeou declarou, em fevereiro, que seu governo criará um fundo de US$ 891,7 milhões para promover o desenvolvimento da
indústria turística em Taiwan (República da China). A afirmação foi feita
na abertura do Festival de Turismo na capital Taipei, onde ele anunciou a
campanha “2009: Ano de Viajar por Taiwan”.
“O Yuan Executivo assinará US$ 31 milhões para o fundo deste ano, que
irá aumentar um montante cada ano com o objetivo de estimular os investimentos na indústria turística do país”, disse. Apesar do crescimento de
3,5% de turistas no país, o número equivale somente a 16% da população.
O aumento de turistas que chegaram à ilha é animador, mesmo com
queda de 5,5% de passageiros que saíram nesse mesmo ano. De acordo
com o presidente Ma, depois da abertura dos laços nos transportes aéreo e marítimo, entre os dois lados do Estreito de Taiwan, o país não fica
mais submetido a restrições e amplia conexões com o mundo exterior.
Dessa forma, toma proveito da vantagem de sua posição geográfica no
leste asiático.
Fonte:Noticias/GIO
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mundo oriental
Câmara Municipal homenageia comunidade coreana
Relações diplomáticas são celebradas em evento cultural
Texto: Cibele Hasegawa / Imagens: Gute Garbeltto/CMSP
C
om uma atuação que dá exemplo de trabalho e solidariedade, Chang
Duk Kim é um dos primeiros imigrantes coreanos a chegar em terras
brasileiras e aqui deixou sua marca. Seu principal objetivo era formar
da melhor forma possível seus filhos, que hoje os orgulham. Todavia, ele foi
ainda mais longe com esta meta, cuidando também de crianças carentes.
Contribuiu, inicialmente, com uma escola pública, até fundar a creche que
leva o nome de sua mãe, Centro Municipal de Educação Infantil Cha II Sun,
localizada no interior paulista.
São personalidades como essa, que dedicaram e doaram um pouco de si à
terra que os acolheu, mesmo enfrentando as barreiras culturais, que agora,
recebem o merecido reconhecimento. Young Keun Park, Ok Bin Baek, Kuk
Jin Han, Won Ik Cha, Jung Han Kim, Joong Han Cho, Chan Boon Bae, Jae
Kwon Yang, juntamente com o senhor Kim, foram homenageados pela Câmara Municipal de São Paulo, no dia 09 de março.
O Plenário Primeiro de Maio, palco de discussões e apresentações de projetos em prol da melhoria da cidade, abriu suas portas com a finalidade diferente do cotidiano: aplaudir as benfeitorias de um povo, vindo do outro lado
do mundo, e aportou no Porto de Santos em 12 de fevereiro de 1963.
“O evento de hoje demonstra como o Brasil é um país acolhedor e simpático
para com todos os estrangeiros. Desejo sucesso a todos e o fortalecimento
dessa amizade entre os dois países. Obrigado por essa significativa homenagem”, afirmou o cônsul geral da República da Coreia, Soon Tae Kim.
A comunidade teve uma dupla celebração na Casa legislativa paulista com
os 46 anos de imigração coreana ao país e os 50 anos do estabelecimento
de relações diplomáticas entre Brasil e Coréia. Uma iniciativa do vereador
Toninho Paiva (PR), que destacou as datas como importantes para conhecer
e reconhecer os coreanos.
Festejos que ainda colocarão o povo ainda mais em evidência em 2009.
“Esse ano será de muitas comemorações”, resumiu o deputado federal William
Woo, lembrando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governador José Serra
e o prefeito Gilberto Kassab visitarão este território asiático neste ano.
E já que o clima é festivo, a sessão solene abriu espaço também para a alegria e a beleza da cultura desta população. Os presentes encheram os olhos
de encanto com as performances de seis crianças (dança de marionetes,
Kok-du Kak-si) e das jovens que apresentaram a dança folclórica de tambores (Buk-chum), da Cia de Dança Tradicional Coreana Yun Jae Hwang. Todas
trajadas de vestes típicas prenderam a atenção e mostraram um pouco das
tradições de suas raízes.
A ocasião contou também com demonstrações de um esporte muito conhecido por aqui, o tae kwon do. O grupo atraiu olhares curiosos e impressionados da platéia com seus movimentos rápidos e precisos, seja pela sincronia,
na dificuldade em acertar os alvos ou pela técnica em quebrar diversos tijolos de uma só vez.
“É uma cultura muito rica e um povo muito esforçado, que quando faz, faz com
grande perfeição, seja nas apresentações que acabamos de ver ou no trabalho,
que transformou o Brás e o Bom Retiro em verdadeiros pólos da moda”, observou o vereador Ushitaro Kamia, que é bastante simpático à comunidade e
considerado o amigo dos coreanos pelo deputado Woo, em seu discurso.
A mesa da cerimônia foi composta por Paiva, pelo vereador Ushitaro Kamia
(DEM); pelo cônsul geral da Coreia em São Paulo, Soon Tae Kim; pelo presidente da Associação Brasileira dos Coreanos, Dong Soo Park; pelo deputado
federal William Woo; e pelo juiz federal Luiz Gustavo Neves.
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Tohoku Matsuri
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evento
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Voluntário da organização do
ete associações de províncias reuniram-se para promover o Tohoku – Hokkaido Matsuri, em São Paulo, no dia 15 de março. Na
ocasião, centenas de pessoas passaram pelo evento, em busca de
comidas típicas e atividades culturais.
(IMAGENS: CARLOS SAITO)
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Rodada de Negócios
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Revista Mundo OK realizou sua 1ª Rodada “Mundo de Negócios”, reunindo amigos, parceiros, clientes e leitores, no dia 11
de março. Promovido no restaurante Banri, o evento surpreendeu a todos por sua disposição e a possibilidade de formalizar novos
negócios, além de fomentar o intercâmbio de experiências.
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A jornalista Yo a”, durante entrevista
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Assembleia
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Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu o lançamento do livro “Os Nikkeis na Assembleia de São Paulo”, no dia
10 de março. Na ocasião, ex-deputados que passaram pela casa,
além do único representante nikkei atual, Hélio Nishimoto, foram homenageados pelo presidente Vaz de Lima, em conjunto com a Comissão de
Representação do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
Guarulhos
O
vereador da cidade de Guarulhos, Eduardo Kamei, encontrouse, juntamente com demais autoridades e empresários, com
o Secretário de Desenvolvimento do Estado, Geraldo Alckmin.
Em pauta, a implementação de cursos técnicos nas escolas da rede
Estadual. Ao final, o ex-governador sinalizou positivamente em relação às reivindicações.
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Vereador Ka s nas escolas guarulhen
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eventos e cosplay
Anime Dreams: O primeiro grande evento de animês e
mangás de 2009
A
Texto: David Denis Lobão e Ida Telhada / Imagem: Divulgação
s férias escolares terminaram de forma bem animada em São Paulo.
Durante quatro dias do mês de janeiro ocorreu a primeira grande convenção do ano para os fãs de animês, mangás, videogames e cosplay
de 2009, o Anime Dreams.
O evento foi criado há seis anos e é a segunda maior
feira de animê e mangá da América Latina. Com a temática “sonhos”, o encontro levou os fãs de desenhos
e quadrinhos japoneses para um mundo mágico, repleto de atrações, onde todo tipo de “tribo” entre os
jovens pode se reunir harmoniosamente.
A convenção reuniu em quatro dias mais de 60 mil
pessoas de todo país, inclusive do exterior, com caravanas do Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Equador,
México, Panamá, entre outros países. Muitos brasileiros vieram de todas as regiões do país curtir o fim das férias escolares em
São Paulo e lotaram diversos hotéis.
As atrações variadas foram o grande destaque, como shows de bandas e
concursos culturais de ilustrações, roteiros e música (karaokê/animekê).
Existiu ainda espaço para uma mostra de fanzines e para a cultura tradicional
japonesa, representada principalmente pelo Festival dos Sonhos, atividade
inspirada no Festival das Estrelas (Tanabata).
O evento atraiu a imprensa com matérias no SPTV e Jornal da Globo (Rede
Globo), Jornal da Band (Band), Scrap MTV (MTV), Guia da Folha (Folha de
São Paulo), Guia do Estado (Estado de São Paulo), Viver (Diário de São Paulo), dentre outros veículos impressos e televisivos.
As grandes atrações do Anime Dreams 2009
Yamato Cosplay Cup Internacional 2009: Em sua
segunda edição, é a maior competição individual de
cosplay do mundo. Com 12 países e 19 competidores,
ela reuniu os principais nomes da categoria. O grande
campeão foi o brasileiro Gabriel Braz, com o cosplay
do Incrível Hulk.
Magic Dreams: Foi uma grande competição de mágicos, que levou ao público um grande show de ilusionismo. Foram duas categorias “Palco” e “Proximidade”, cada uma com 20
participantes, totalizando 40 artistas.
Peça “Ontem foi Nunca”: O grupo de teatro Abaquar apresentou um espetáculo baseado no conceito de múltiplas personalidades, onde a plateia
vive o papel do analista e os atores são todos um único paciente. A direção
esteve a cargo de Ariane Moulin, professora de teatro no Teatro Escola Macunaíma e no Recriate - Actor School Brazil.
A Mamãe Noel que conquistou os “otakus”
P
Texto: David Denis Lobão e Layla Camillo / Imagens: Cosplay Brasil
rimeiro uma explicação básica,
Otaku no Japão é o nome pejorativo
dado aos fãs viciados em alguma
coisa, como internet, seriados, bonecos e
outros produtos. No Brasil seriam os ‘nerds’ e nos Estados Unidos os ‘zoids”. No
entanto, em nosso país, durante a febre
de “Cavaleiros do Zodíaco”, alguns dos
primeiros eventos e jornalistas que falavam sobre o assunto começaram a usar
a palavra para designar os fãs brasileiros
de animê e mangá. E são justamente estes ‘otakus’ que ficaram literalmente ‘babando’ diante da beleza e simpatia de Carolina Micheli, apresentadora dos
eventos Anime Family (Rio de Janeiro) e Ressaca Friends e Anime Dreams
(ambos em São Paulo).
Mas será que é este o tipo de homem que ela procura? A resposta vem na
lata: “Meu homem ideal, é um que saiba respeitar meus limites, que participe das minhas atividades, que me encoraje e fique ao meu lado. Um companheiro, para ser mais exata”.
Além de apresentar os concursos de cosplay dos eventos da Yamato Comunicações e Evento, ela também é juíza e coordenadora deles. Muita tarefa
para esta catarinense canceriana, que tem somente 21 anos e veio pra São
Paulo quando conheceu o universo dos cosplayers, as pessoas que fazem e
utilizam cosplay. Mas seus hobbies não se resumem a fazer cosplay, “gosto
de ditar mangás, ler, fazer trabalhos manuais, pintura, costura, cozinhar, ir ao
cinema, viajar para outros estados, rever os amigos e tirar fotos”.
Depois de participar de alguns concursos de convenções variadas ela percebeu que gostava mesmo era dos bastidores dos eventos e começou a
apresentar algumas competições como o Anime Quiz e a final brasileira do
CLC (Concurso Latino-Americano de Cosplay).
No entanto, o sucesso veio com a roupa de Mamãe Noel, cosplay que ela fez
nos últimos eventos e caiu no gosto do público: “Há algum tempo eu estava
tendo a idéia de fazer uma roupa de Mamãe Noel para acompanhar o Daniel
Kuroda, nas apresentações e nas brincadeiras, já estávamos há um bom
tempo apresentando juntos e a afinidade entre nós só cresceu. Recebi um
‘ok’ da Yamato, e corri atrás da roupa”.
E a moda realmente pegou, “até mesmo no evento em Belo Horizonte, em que dei
uma passada rápida, tinha
versões natalinas de cosplays! Ao menos o Kuroda
e eu não passamos calor
sozinhos, e esperamos um
retorno ainda maior este
ano”, conclui Carolina, que
prefere ser chamada de Nef
e trabalha como secretária
nos demais dias do ano em
que não estão programados
eventos da Yamato.
vitrine
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64
game e mangá
“Os Mutantes” vira jogo de videogame
A
novela ”Caminhos do Coração” acaba de entrar em sua terceira temporada “Promessas
de Amor”, mas sua segunda e mais chamativa fase “Os Mutantes” ainda vai gerar frutos.
A história girava em torno de Maria Luz, jovem
circense que é acusada de matar o dono de uma
das maiores redes de clínicas médicas do país. A
tal clínica, chamada de Progênese, é o local onde
a doutora Júlia criou seres geneticamente modificados, os mutantes, com super poderes. Maria
sabe no decorrer da trama que é um deles e então
começa a lutar contra os seus inimigos para provar sua inocência. Para isto ela enfrenta os mutantes que Júlia criou num Laboratório secreto,
na Ilha do Arraial, local onde ela guardou a sete
chaves as experiências que não deram certo.
Esta trama deve se repetir em breve em um desenho animado (segundo anunciou o autor em entrevista recente) e também em um jogo de videogame. Esta não seria a primeira produção nacional
que ganha uma adaptação no mundo dos jogos
eletrônicos. A “TV Colosso” já invadiu o Master
System nos anos 90 e recentemente o “Senninha
e sua turma” debutaram nos Fliperamas.
Recentemente tive a chance de conversar com
Alexandre Avancini, consagrado diretor de televisão e cinema que foi o responsável por dar vida
aos “Mutantes”. Ele não escondeu a inspiração
nos desenhos japoneses para a novela da Rede
Record “Sempre influencia, a gente pode brincar
muito com este tipo de universo e sempre que
a gente pode coloca nosso pezinho neste tipo
de linguagem, mas nem sempre é possível pela
questão do tempo”. E apesar de descartar um
“mangá nacional” com os personagens, ele levanta pistas sobre o futuro jogo “Especificamente
isto (os quadrinhos) não entrou em discussão
ainda. Esta saindo um novo álbum de figurinhas,
Texto: David Denis Lobão / Imagens: Divulgação
deve sair um videogame”.
A informação foi confirmada pelo autor Tiago Santiago, em entrevista exclusiva que me concedeu
via e-mail: “Acompanhei o lançamento de álbum
de figurinhas e opinei sobre o desenvolvimento
do game. Não tenho notícias sobre outros licenciamentos. Participei da escolha da trilha musical
da novela, mas não tive nenhuma interferência
sobre a escolha das faixas do CD. No álbum de
cromos, com 64 figuras, quem saiu cedo da trama realmente ficou de fora”. Outras novidades
como quadrinhos ele também descartou na ocasião “Sei (somente) que existe um game sendo
desenvolvido”, concluiu.
A turma cresceu: Com o lançamento da coleção de cards da Turma da Mônica
Jovem, saiba como ficaram os personagens em versão Mangá
M
ônica: A “dona da rua” é a criança mais forte do bairro do Limoeiro.
Possui um coelhinho de pelúcia chamado Sansão e um cachorro
pirado, o Monicão. Nas tirinhas, no início da carreira de Mauricio,
era irmã mais nova de Zé Luís, com o tempo, este parentesco foi tirado da
cronologia oficial. Seu Sousa é o pai da Mônica, mas não é o Mauricio, pois
no gibi, a filha do Maurício é apenas Marina. A mãe dela é Dona Luísa, que na
versão mangá descobrimos que foi uma grande heroína no passado. Junto
com a turminha vive a atormentar o Seu Juca, que sempre perde um emprego por culpa das crianças. No mangá ele trabalha em um museu.
Cebolinha: O menino que adora atazanar Mônica no passado se apaixona por
ela quando viram adolescentes. Tem apenas cinco fios de cabelo e um problema de dislalia na fala: trocando o “R” por “L”. Seu Cebola é o pai de Cebolinha
e de sua irmãzinha menor Maria Cebolinha – e na turma Jovem
já foi um grande herói . Trabalha numa empresa de manufaturas e quando era pequeno, ele e seu Antenor (pai de Cascão)
apanhavam de uma menina gorducha e baixinha que tinha um
elefante de pelúcia, hoje ela é sua esposa Dona Maria Cebola.
Eles possuem um cachorro de estimação chamado Floquinho.
Como a maioria dos meninos é apaixonado pela fresca Carminha FruFru, mas no futuro acabam gostando mesmo é da Mônica. Vive se metendo em confusões
com o Louco, um homem que escapou do hospício,
em “Turma da Mônica Jovem” é Licurgo, professor
da turminha.
Texto: David Denis Lobão / Imagens: Divulgação
Cascão: O garoto sofre de hidrofobia, tendo um medo irracional da água.
Originalmente era fissurado por lixo mas ela foi mudando para uma personalidade brincalhona que recicla objetos velhos para fazer brinquedos. Seu animalzinho é um porquinho chamado Chovinista. Seu pai também é revelado
no mangá como um herói do passado, ele chama Seu Antenor Araújo e trabalha como contador, sendo um grande desastrado, mas muito apaixonado
por sua esposa, Dona Lurdinha. Cascão namora com a doce Maria Cascuda.
Possui diversos inimigos como o Capitão Feio (no futuro chamado de Poeira
Negra), Doutor Olimpo e seu ajudante burro Sapóleo e as gêmeas Cremilda e
Clotilde tias das também maníacas por limpeza Lara e Luisa.
Magali: É a menina mais doce da turma, mas possui uma imensa fome.
Tem vontade de comer tudo o que vê pela frente. Seu gato de estimação
Mingau e o pequeno Dudu (um vizinho menor que
ela que vive atazanando sua paciência por detestar comer) acabaram ganhando um enorme destaque em suas histórias. Também
merecem reconhecimento seus divertidos
pais, Seu Carlito - que sofre de alergia crônica a pelos de gato – e Dona Lina, que já foi
uma heroína no passado. Magali é apaixonada pelo padeiro Quinzinho e pelas coisas que
sua tia Nena cozinha. Vive se metendo em
encrencas com a bruxa Viviane e seu gato
falante Bóris.
animê e tokusatsu
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Cowboy Bebop: Animê vira filme
com Keanu Reeves em Hollywood
C
Texto: Tom MArques / Imagens: Divulgação
owboy Bebop é uma série em animê que foge um pouco do cliché
de desenhos animados japoneses, apesar do traço característico, tem
um teor mais “hollywoodiano”, com batalhas espaciais e conta a história de quatro caçadores de recompensas, Spike Spiegel, Jet Black, Faye
Valentine e a criança Ed, além do cachorro Ein, em busca do pagamento de
uma dívida. A trilha sonora completa a cara ocidentalizada, com músicas de
faroeste, blues e jazz.
Agora chegou a vez do desenho japonês ter a sua versão com atores de
carne e osso nos cinemas norte-americanos.
Kenji Uchida, presidente do estúdio Sunrise, disse em um simpósio na
Feira Internacional de Animê em Tóquio que a participação do ator Keanu Reeves será decisiva para que ocorra a produção do filme de
“Cowboy Bebop”. Uchida ainda disse que o ator americano visitou
o Japão duas vezes para se familiarizar com a cultura nipônica, e
se não for de seu interesse talvez nem ocorra.
As negociações com a 20th Century Fox continuam por dois
anos e um contrato assegura que a Sunrise mantenha um
rígido controle de qualidade. “Se o roteiro for terrível, a
adaptação do filme não será aprovada”, diz o presidente.
Jaspion, Changeman e Jiraiya: Sucessos dos anos 80 agora em DVD
S
ucesso absoluto no anos 80, a série do fantástico “Jaspion” será finamente lançada em DVD no Brasil no dia 29 de abril. A distribuidora
Focus Filmes já divulgou para a mídia especializada as imagens das
capas das caixas individuais e a embalagem especial, uma lata que acompanha uma miniatura do herói.
Além do box com os cinco
discos da coleção completa
e a edição especial de colecionador, também serão
vendidos os DVDs separadamente. Uma oportunidade
única para os fãs da cultura
pop japonesa em adquirir
um clássico das séries de
tokusatsu.
Mas este não será o único
grande lançamento do ano
para os fãs dos seriados
japoneses com efeitos especiais. Segundo afirma o
cantor Ricardo Cruz (grande
incentivador das negociações para o lançamento) em
seu blog, a distribuidora Fo-
Texto: Tom Marques / Imagens: Divulgação
cus Filmes vai lançar ainda esse ano a série “Changeman”, em DVD. O clássico tokusatsu exibido na extinta TV Manchete – já lançado inteiro em VHS
no país, assim como “Jaspion” – foi muito popular no Brasil e tem fãs até
hoje, como o pessoal do grupo Tokusatsu Brasil, que já divulgou as primeiras
imagens das capas dos discos. O lançamento
está previsto para junho desse
ano, antes mesmo do mercado japonês.
Além disso, a distribuidora já
tem preparado o lançamento
de “Jiraiya”, outra série de
sucesso da TV Manchete, que
ainda não tinha sido lançada
nem em VHS ainda no país, no
entanto, ainda não tem uma
data definida para seu lançamento. Se os lançamentos derem certo e tiverem uma boa
vendagem, outros tokusatsus
poderão ser lançados pela
distribuidora. Quem sabe não
podemos sonhar com BOX
completos de “National Kid”,
“Ultraman” e “Flashman”?
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SER NIKKEI
N
opinião
estes cem anos de Brasil, ser nikkei passou por várias fases. O come- principalmente nos estados de são Paulo e Paraná passaram a ser grandioço foi bastante estático, ser nikkei, independente de issei ou nissei, sas e bem organizadas. Ser nikkei neste período foi se dividir entre as muitas
era ser um autêntico japonês vivendo no Brasil. Com o passar do atividades dentro da comunidade com a integração com as coisas brasileitempo, o leque de situações foi se ampliando e atualmente é possível ser ras e ocidentais. Os nikkeis riam nos filmes de comédia japonesa como riam
nikkei de todas as formas que se possa imaginar, desde o mais tradicional
nos filmes do Mazzaropi. Discutiam nos jogos de beisebol como nos jogos
ao mais alienado.
do Palmeiras e Corinthians.
Nos primeiros anos após o início do processo imigratório, os japoneses e Já no final da década de 60 a transformação começou a ser mais radical.
até os primeiros filhos nascidos aqui mantiveram intactos os valores e os Casamentos inter-raciais passaram a ser rotina, os filmes e mesmo a músicostumes nipônicos. Um pouco porque pensavam em retornar ao Japão, e
ca tradicional japonesa começaram a perder adeptos e a vida social comedaí não fazia sentido adquirir uma nova cultura, e muito porque viviam em çou a pender para os bailinhos a moda ocidental. Jovem Guarda, Beatles,
comunidades rurais fechadas,
mini-saia, calça boca de sino,
com pouco ou nenhum contato
carnaval, o jovem nikkei agora
com os nativos. Assim ser nikkei
era muito mais brasileiro do que
“E amanhã, como vão se comportar os nikkeis? Com
era freqüentar a escola japonejaponês. Talvez nas comunidasa, praticar esportes japoneses,
des rurais tenha demorado um
certeza, vai ter de tudo, muito mais do que hoje. E no
comer comida japonesa e casar
pouco mais, mas a televisão
meio deste tudo, muitos ainda vão querer sentir o gosti- acabou integrando todos os nicom nikkei.
Daí a algum tempo, por volta
kkeis. E nas últimas décadas o
nho de ser um pouco japa, mesmo que não sejam”
dos anos 30, alguns japoneses
que se viu foram movimentos
começaram a se instalar nas
ora de alienação, ora de volta as
áreas urbanas. A atividade proorigens. Desde os mais tradiciofissional, fosse tintureiro ou dono de bar, obrigava a ter contato com brasi- nais da comunidade Yuba, um Japão antigo incrustado numa área do interior
leiros. Seus filhos passaram a freqüentar também as escolas brasileiras e de São Paulo, aos mais alienados, que já não trazem nenhum traço nipônico
a vizinhança era majoritariamente de brasileiros. Os japoneses imigrantes em sua forma de viver, ser nikkei hoje pode ser tudo.
preferiam jogar beisebol e lutar sumô, mas seus filhos começaram a dividir E amanhã, como vão se comportar os nikkeis? Com certeza, vai ter de tudo,
a preferência com o futebol e as brincadeiras de rua. Muitos começavam a muito mais do que hoje. E no meio deste tudo, muitos ainda vão querer sentir
avançar nos estudos, alguns chegando às universidades. Apesar de casos o gostinho de ser um pouco japa, mesmo que não sejam. É para estes que
isolados, começavam a acontecer casamentos inter-raciais. Ser nikkei pas- artigos como este ainda vão ter graça, e para estes que ainda vão existir
sou também a ser um pouquinho brasileiro, mesmo que ainda discriminado “mundos OKs”!!
e pouco valorizado.
Finda a Segunda Grande Guerra em 1945, mesmo os mais fanáticos japoneses foram aos poucos se integrando. Jogar futebol com a meninada da
vizinhança, assistir filmes nacionais e americanos e estudar em casa com
Nelson Fukai é engenheiro,
colegas não nikkeis, passou a ser tolerado, em muitos casos até incentivado.
escritor e analisa questões do
Mas a coisa parava por aí. Freqüentar escola japonesa ainda era uma obrigapresente e passado da comução, assim como manter toda a vida social e cultural dentro da comunidade.
nidade nipo-brasileira. E-mail:
Casamento fora da comunidade era desaconselhado, chegando à proibição
nelsonfukai@yahoo.com.br
em muitas famílias. Essa transição, que durou até meados da década de 60,
foi também o período de ouro da comunidade nikkei no Brasil. As atividades
esportivas, culturais e sociais da comunidade em várias cidades brasileiras,
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