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A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA Edição 20 | mar/abr 2010 | ano 4 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br consumidora Pesquisa revela o que a mulher busca no ponto de venda café da manhã Monte um canto dedicado e melhore a exposição dos matinais detergente Categoria depende de apelo para se diferenciar na gôndola É gol! Drible a concorrência e conclua jogadas promocionais que irão fazer a sua loja faturar mais! carta ao leitor Editora Brasileira do Comércio Rua Apeninos, 1.126 - CEP 04104-021 - São Paulo, SP Tel.: (11) 5572-1221 - Fax: (11) 5572-5335 ebc@ebceditora.com.br Diretor-Executivo Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br Diretora-Editorial Claudia Rivoiro: claudiarivoiro@ebceditora.com.br Editor Walter de Sousa: walter@ebceditora.com.br Redação redacao.ab@ebceditora.com.br Repórteres Cristiano Eloi: cristiano@ebceditora.com.br Daniela Guiraldelli: daniela@ebceditora.com.br Assistente de Redação Gabriel Ferreira: gabrielferreira@ebceditora.com.br Revisão Newton Roberval Eichemberg Diretora de Arte Maria José Ferreira: mariajose@ebceditora.com.br Designers Fábio Geríbola, Luciana Toledo Produção Gráfica Ronaldo Secundo: ronaldo@ebceditora.com.br Web site Paula Pereira: paula@ebceditora.com.br, Anderson Gabriel: anderson@ebceditora.com.br (webdesigner) PUBLITRADE Vendas comercial@ebceditora.com.br Diretor Comercial Walmor Douglas: walmordouglas@ebceditora.com.br O que vem por aí A pesar de ainda estarmos no mês de março, a revista ABASTECIMENTO já se antecipa e publica nesta edição uma matéria que aborda a preparação do ponto de venda para o período em que é realizada a Copa do Mundo. Este evento grandioso que mantém o mundo inteiro ligado e de olhos voltados para a África do Sul, sede do campeonato em 2010, serve também como forte apelo de vendas. Nessa matéria você encontrará dicas interessantes que poderão alavancar o faturamento de sua loja com produtos diferenciados. Leia com muita atenção e depois é só colocar a mão na massa. As festas juninas, outro destaque da edição, também integram o calendário promocional do negócio, sendo que neste ano elas acontecerão no mesmo período dos jogos mundiais de futebol. Mais um motivo para se preparar bem, abastecendo as gôndolas para depois só computar os lucros. Uma outra matéria, que certamente será de grande proveito, foi preparada pelo editor Walter de Sousa, tendo como base uma pesquisa realizada pela Nielsen. Os dados divulgados ajudam a revelar o comportamento da consumidora brasileira e as categorias mais vendidas. Para finalizar, aproveito o espaço para publicar uma foto onde é mostrado o trabalho do promotor Ricardo Moura, da Distribuidora Paulistana, no Empório Papini, na zona sul de São Paulo. Ele não perde tempo e utiliza a nossa publicação como instrumento de divulgação e orientação, o que nos deixa com mais ânimo para produzir uma grande e útil revista. Até a próxima e boa leitura! Marketing Paulo Arruda: paulo@ebceditora.com.br Claudia rivoiro Diretora-editorial Representantes São Paulo: José Paulo Basílio: jose.paulo@ebceditora.com.br; Luiz Nery: nery@ebceditora.com.br; Marcos Monaco: monaco@ebceditora.com.br; Tiago Moreira: tiagomoreira@ebceditora.com.br; Int. SP: Gerson Moura: gersonmoura@ebceditora.com.br; Sul: Jorge Rodrigues: jorge@ebceditora.com.br; Norte e Nordeste: Priscila Marinho: priscila.marinho@ebceditora.com.br; MG/RJ/ES/Região CO: Alex Morais: alexmorais@ebceditora.com.br Comercial comercial.ab@ebceditora.com.br RELACIONAMENTO Leitores/assinaturas/circulação Fernando Mendes - relacionamento@ebceditora.com.br Fale conosco: (11) 5572-1221 abastecimento@ebceditora.com.br Jornalista Responsável Walter de Sousa – MTb 19.115 - SP Apoio Filiada ao: Esta revista é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas e médias lojas de autosserviço alimentar com até dez checkouts. ricardo bakker Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional Tiragem: 60.000 exemplares Distribuição dirigida - Impressão: Parma O promotor Ricardo Moura, da Distribuidora Paulistana, no Empório Papini mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 3 sumário imagens ebc Seções 5 Sua opinião O espaço do leitor 6 Negócios Notícias sobre economia e varejo 23 glossário Termos do dia a dia do lojista 40 boas práticas Como melhorar a gestão da sua loja 42 Portal O que encontrar na versão eletrônica da revista na Internet 48 Produtos As novidades nas gôndolas do varejo 50 Varejo competitivo Como crescer capacitando-se Abastecimento 20 34 12 entrevista Ricardo Pastore, do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM analisa o potencial do varejo independente 14 categoria O desafio de diferenciar uma das categorias mais commoditizadas do varejo: os detergentes 18 merchandising ricardo bakker Ações pontuais com os matinais pode impulsionar as vendas a partir da ideia de vida saudável 26 capa Não bastar torcer para a Seleção levar a Copa, é preciso também ganhar com a festa do futebol 30 promoção Em ano de Copa do Mundo, até os santos das festas juninas vestem a camisa verde e amarela 34 na prática Empório Papini faz dos perecíveis o carro chefe das suas vendas e se foca no atendimento ao cliente 44 4 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Pesquisa da Nielsen revela a preferência dsa consumidora conforme a sua faixa etária divulgação 40 pesquisa 47 sincovaga Novo presidente Álvaro Furtado fala dos principais desafios que o comércio enfrentará em 2010 ebc imagens sua opinião Dicas no dia a dia melhoria na exposição Sou proprietário de um mercadinho na zona leste de São Paulo, e tenho a revista como um importante guia para o dia a dia do trabalho na loja. Sempre procuro colocar em prática dicas abordadas nas edições da Abastecimento. Ao ler a reportagem sobre Dicas para Ganhar Mais, percebo que ainda temos muito que melhorar nos processos. É bom poder contar com um veículo de qualidade e que fale a língua do varejo de bairro nesse desafio. Muito interessante a matéria Cantinho Versátil, que trata sobre a exposição no bazar, principalmente em datas temáticas. Realmente é uma área que requer muita versatilidade e criatividade por parte do varejista para ser trabalhada. Percebi através da matéria, que precisamos melhorar a exposição dos produtos no setor para aproveitar datas que impulsionam às vendas do comércio de uma maneira geral, para que seja possível ampliar as margens. José Luis Miranda São Paulo - SP amanda barros Belo Horizonte - MG para anunciar na revista e no site Mostre a sua empresa e seu mix de produtos aos varejistas do setor mercearil de todo o Brasil anunciando na revista ABASTECIMENTO e no site www.revistaabastecimento. com.br. Dessa maneira, sua marca ganhará visibilidade, com cerca de 120 mil leitores que atuam na cadeia de abastecimento por meio do varejo de vizinhança mercearil. Entre em contato com o Departamento Comercial da EBC por carta, pelo fax (11) 5572-5335, pelo telefone (11) 5572-1221 ou pelo e-mail comercial.ab@ ebceditora.com.br. para assinaturas individuais e corporativas para mandar cartas e sugestões A revista Abastecimento Amigo varejista. Use a quer conhecer a sua revista Abastecimento opinião. Escreva dizendo para apoiar o trabalho de que temas mais chamaram capacitação de sua equipe a sua atenção, o que de profissionais, fazendo achou das reportagens assinaturas individuais que leu e, principalmente, ou para grupos, com se elas foram úteis para o condições especiais de seu trabalho. Envie suas preço. Consulte a nossa críticas e sugestões para área de Relacionamento revista abastecimento, para conhecer a tabela da rua Apeninos, 1.126, CEP EBC. Faça a sua assinatura 04104-021, São Paulo, agora mesmo e receba a AB SP, ou pelo e-mail ebc@ já no próximo mês. ebceditora.com.br. Com a Discuta as reportagens sua participação, faremos com sua equipe da AB uma revista cada e envie comentários vez mais útil para o para a nossa redação. mercado varejista. ASSINE A NOSSA newsletter Para receber o boletim Portal ABASTECIMENTO, envie carta ou e-mail com o texto "Quero receber a Newsletter Abastecimento", que o avisará sobre novos conteúdos do site www. revistaabastecimento.com.br. para cadastrar seu currículo Você busca uma oportunidade para atuar no setor varejista? Cadastre o seu currículo no site www. revistaabastecimento.com.br e fique visível para as empresas. Fale com a gente Abastecimento 19 jan./fev. de 2010 mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 5 negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento Sincovaga tem nova diretoria Álvaro Furtado é o novo presidente do Sincovaga – Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios para o período 2010–2014, em substituição a Wilson Tanaka. Ele ingressou na entidade há 44 anos como funcionário e em 1996 passou a responder pelo Departamento Jurídico do Sincovaga depois de se formar em Direito pela Universidade de São Paulo. Ocupou depois a Secretaria Administrativa da entidade e a Secretaria Geral. Também desenvolveu carreira pública como Procurador do Município de São Paulo e foi assessor de juiz no Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região. Confira nesta edição uma pequena entrevista com Álvaro Furtado sobre os desafios que a entidade terá de enfrentar. Presidente: Álvaro Luiz Bruzadin Furtado Secretária: Mercedes Portabales Mosquera Tesoureiro: Jair Marchini Suplentes: Vivian Sabrina Tanaka Sereno, Sérgio Hissao Hidani, Antônio José Vicente do Nascimento. Conselho Fiscal: Osmar Aquino Moreira, Mituo Kimura, Aparecido Simões Noronha. Suplentes: Sérgio Murtilo de Araújo, Douglas de Souza Soares, Marcos Antônio Peixinho. Delegados junto ao Conselho de Representantes da Federação do Comércio do Estado de São Paulo: Álvaro Luiz Bruzadin Furtado, Jair Marchini Suplentes: Mercedes Portabales Mosquera, Sérgio Hissao Hidani. Consumo cresce 4% em 2004 fotos sxc Nem todo suco é saudável O alerta é do Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, que realizou pesquisa com 12 bebidas à base de fruta para avaliar a sua qualidade. Para isso, considerou a presença ou não de açúcar, de aromatizantes e de conservantes, e as informações contidas nas embalagens. O primeiro destaque da pesquisa aponta para o poder de convencimento das campanhas publicitárias em relação aos sucos, que podem fazer o consumidor acreditar que o produto é tão saudável quanto a fruta in natura. “Os processos de fabricação eliminam nutrientes. As fibras, por exemplo, raramente são encontradas nos sucos”, afirma Vera Barral, pesquisadora do Idec. Além disso, vários sucos trazem como corante a tartrazina, que pode causar reação alérgica. O consumidor também deve ficar atento para a denominação usada para a bebida, que se refere ao teor de polpa de fruta. Por exemplo, o que tem maior concentração é o suco. Depois vem o néctar e, por último, o refresco (também chamado de bebida de fruta). 6 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 A projeção foi calculada pela Nielsen e praticamente duplica o valor registrado em 2009 (2,2%). “O crescimento do consumo está relacionado a investimentos. Como o Brasil está nos holofotes mundiais, receberá recursos para o setor produtivo, para áreas de infraestrutura – energia, estradas e comunicações – e também para os eventos esportivos da Copa e das Olimpíadas. Tudo isso gera um ambiente de confiança”, afirmou Eduardo Ragasol, presidente da Nielsen Brasil. Confira as tendência de consumo para este ano, segundo análise realizada pela Nielsen: 4 Os consumidores emergentes estarão cada vez mais exigentes. 4 Produtos que envolvem conceitos vinculados a temas como saúde, conveniência e praticidade (vida urbana e tempo escasso), economia e indulgência (compras como recompensa) terão oportunidades de boas vendas. 4 Há condições de expansão de negócios nas Regiões Norte e Nordeste, com a melhora do poder aquisitivo da população e o maior acesso ao crédito. 4 Haverá mais espaço para atuação de pequenos e médios pontos de venda. Os hipermercados terão de pensar em ações para se desenvolver frente à concorrência dos atacadistas. O mercado de pet food está em ascensão no país. Hoje, os donos dos 48 milhões de cães e gatos, presentes em três de cada cinco lares brasileiros, movimentam quase R$ 6 bilhões por ano somente em alimentos industrializados para animais. Conquiste esse consumidor com a qualidade PURINA. Líder mundial e expert no segmento, a NESTLÉ PURINA é sua aliada na expansão desse setor que não para de crescer. Por que a NESTLÉ PURINA é expert na categoria? março 2010 Novidades todos os meses Bem-vindo à 1ª edição do Infotrade NESTLÉ PURINA – um boletim que vai contribuir de forma positiva para o seu negócio. Trata-se de um informativo criado para divulgar os lançamentos dos produtos de todas as marcas da NESTLÉ PURINA e trazer informações preciosas sobre o importante mercado consumidor de pet food. Os números É líder mundial em alimento industrializado para cão e gato. Pets estão presentes em 59% dos lares do país. Está presente em 75 países. São 32 milhões de cães e 16 milhões de gatos. É pioneira na invenção de alimento industrializado. Possui 6 centros de pesquisa no mundo para desenvolver produtos. É um mercado que movimenta 1,8 milhões em toneladas e R$ 5,8 bilhões em valor. Tem profundo conhecimento do consumidor (hábitos dos pets e donos dos pets - cães e gatos). Em 5 anos, o mercado brasileiro de alimento industrializado cresceu 42% em volume e 74% em valor. mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 7 Fonte: Anfal 2008 / Estimativa NPPC Conquiste 48 milhões de pets com as marcas da NESTLÉ PURINA tradec.com.br infotrade negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento Tendências do brasileiro emergente O crescimento e a consolidação da classe C, o principal agente atual da economia brasileira, está revelando algumas tendências de mercado que foram detectadas pela empresa de pesquisa Data Popular, especializada em consumo de baixa renda. São dez as tendências apontadas por Renato Meirelles: 4F amília e mulher – 41% da renda familiar da classe C vem da mulher, que está mais independente e mais instruída. 4C onsumo de inclusão – O consumidor sonha com o que está ao alcance das suas mãos. Por isso, escolhe mais e consome mais. 4A cesso e qualidade – A escolha do melhor será uma constante e isso inclui a análise da relação entre custo e benefício. 4C apilaridade e segmentação – 30% compram no varejo tradicional, 71% fazem compras a pé, e 81,5% fazem pesquisa de preços em várias lojas. 4R edes, dicas e boca a boca – As relações sociais geram opiniões que orientam as escolhas. 4T ecnologia, família e investimento – A classe C é a maioria na internet. 4E ducação como investimento – O maior número de alunos das escolas privadas é da classe C. Estudar é o instrumento mais eficiente para ascender socialmente. 4J uventude e geração C – 68% dos jovens da classe C estudaram mais do que seus pais. 4 Identidade e autoestima – Apesar das referências globais, o consumidor valoriza a sua origem. 4V aidade e beleza como inclusão – 73% das consumidoras da classe C acreditam que cuidar da beleza lhes garante mais chance de progredir na carreira. 8 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Não é rum não! Além do uísque, somente uma outra categoria de bebidas alcoólicas deverá crescer nos próximos três anos: a cachaça. Pesquisa realizada pelo IWSR – International Wine and Spirits Records mostra que aquilo que eles chamam de rum/ cane, que inclui a cachaça, ganhará mercados globais. A confusão de nomes ocorre para efeito de simplificação tributária. No entanto, a legislação define que cachaça é a denominação da aguardente de cana produzida no Brasil, a partir do mosto fermentado do suco da cana-de-açúcar, com gradação alcoólica entre 38% e 48% do volume após rebaixamento. Por sua vez, o rum é o nome dado ao destilado simples de melaço ou da mistura de destilados de cana-de-açúcar e de melaço, apresentando uma gradação alcoólica entre 35 e 54% do volume após rebaixamento. Enfim, é preciso que o consumidor distinga claramente essa diferença para não beber gato por lebre! Cachaça: confusões no mercado internacional adista e Atac ista j e r Va io c ér R$ 50.000.000,00 om Capital de Giro S R$ 53.834.241,64 Soluções de Capital de Giro os viç er R$ 30.000.000,00 Capital de Giro R$ 85.000.000,00 Capital de Giro iene e C , Hig os ico m t u R$ 75.700.000,00 Capital de Giro R$ 200.000.000,00 Capital de Giro R$ 45.000.000,00 Capital de Giro R$ 50.000.000,00 Capital de Giro R$ 110.000.000,00 Capital de Giro cos éti Farm ac ê R$ 8.397.208.920,00 Oferta Pública de Ações Material de caráter meramente informativo. Operações realizadas em 2009. C Banco do Brasil. Parceiro das Grandes Empresas. R$ 50.000.000,00 CDCI – Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência R$ 500.000.000,00 Emissão de Debêntures R$ 290.000.000,00 Capital de Giro R$ 124.413.206,09 CDCI – Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência R$ 183.000.000,00 Prestação de Fiança R$ 150.000.000,00 Capital de Giro R$ 93.534.525,84 Aquisição de Recebíveis Tê R$ 1.505.000.000,00 Oferta Pública de Ações il xt Alim en to R$ 100.000.000,00 BNDES s das ebi B e US$ 20,000,000.00 Working Capital R$ 2.000.000.000,00 Emissão de Debêntures R$ 709.158.000,00 Prestação de Fiança R$ 5.290.000.000,00 Oferta Pública de Ações R$ 74.000.000,00 Capital de Giro Soluções em Giro Eletroelet rôn i se co US$ 73,200,000.00 Pre-Export & Import Finance rodomés Elet tic os Soluções de Capital de Giro US$ 42,535,488.83 Import Finance Empreender Soluções de Capital de Giro bb.com.br/corporate SAC 0800 729 0722 – Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo e de Fala 0800 729 0088 mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 9 negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento Tendências do varejo mundial Um dos principais eventos do varejo, a National Retail Federation (NRF), também conhecido por Big Show, acontece anualmente em Nova York no mês de janeiro. Neste ano, a advogada especializada em relacionamento de redes, Melitha Novoa Prado, esteve no evento e resumiu as principais tendências discutidas por profissionais de varejo de todo o globo: 4 Cultura e liderança – A cultura da empresa nunca pode ser esquecida pelos seus gestores. É em cima desses fatores que a liderança deve ser praticada. 4 Foco no cliente – É preciso entender o que o cliente quer, e não adivinhar. Daí a importância de pesquisar e investigar o que ele pensa de seu produto e de sua marca, e o que ele realmente deseja. 4A tendimento personalizado – É um dos grandes segredos para a conquista de novos clientes e para a fidelização dos atuais: cada cliente deve se sentir único. 4R acionalização do sentimento – Colocar paixão e sentimento em tudo o que se faz é de extrema importância. A emoção deve estar presente até mesmo no ato de vender, e deve ser repassada para cativar o cliente de um jeito memorável. 4G estão de pessoas – Bons relacionamentos geram bons negócios. O novo varejo enfatiza a gestão de pessoas e o treinamento e capacitação de cada atendente. 4D esign – O design da loja, da marca ou do produto nunca deve ser relegado ao segundo plano, pois representa um símbolo para a empresa. 4S ustentabilidade – Hoje também conhecida como ecologia empresarial, a preocupação com o contexto ambiental não pode faltar a qualquer dirigente. 10 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Feijão tem selo de qualidade O Ibrafe – Instituto Brasileiro do Feijão criou, a exemplo do que ocorre com o café, um selo de qualidade para nortear as escolhas do consumidor. O projeto foi apresentado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à Câmara Setorial do Feijão e 23 marcas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já aderiram ao selo, que traz o slogan “100% Feijão”. Para adquirir o direito de usar o selo, a empresa deverá respeitar as normas de boas práticas de fabricação estipuladas pelo Ibrafe. A produção de feijão deverá seguir padrões de qualidade Setor de embalagem se recupera Em janeiro passado, a indústria de embalagem alcançou 86,3% da sua capacidade produtiva, porcentagem bem próxima dos 87,6% registrados em agosto de 2008, portanto antes do início da crise. Mesmo com o cenário internacional instável, o setor cresceu 3,79% em 2009, faturando 36,2 bilhões de reais. Os setores com melhor desempenho no setor foram as indústrias: farmacêutica (7,91%), bebidas (7,06%), perfumaria e cosméticos (4,84%) e sabões, sabonetes, detergentes e produtos de limpeza (4,53%). A expectativa de crescimento para 2010 é de 4,7%, podendo avançar até 6,1% se o otimismo da economia se confirmar. 86,3% da capacidade produtiva do setor de embalagem estava ativa em janeiro de 2010 mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 11 entrevista ricardo pastore conhecimento e expansão O crescimento do pequeno varejo depende do aprimoramento da gestão e da capacitação do pessoal de loja, defende Ricardo Pastore, do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM Por cristiano eloi fotos wladimir de souza 12 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 O varejo independente tem espaço para crescer, apesar do avanço irrefreável das grandes redes. A opinião é de Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Mas ressalta que ele deve priorizar a gestão e a capacitação, pois leva vantagem na disputa graças à presença constante do dono no ponto de venda. Como fica o pequeno varejo diante do crescimento das grandes redes? Numa fase de expansão, tem para todo mundo. O pequeno poderá aproveitar o momento se tiver competência para isso. Então, ele precisa se capacitar, se atualizar e aprimorar seu conhecimento e suas técnicas sobre a gestão do varejo para manter a loja viva e, preferencialmente, para sobreviver. Mas sobreviver não basta. Ele precisa pensar em se expandir. Há muita diferença entre o grande e o pequeno em conhecimento sobre gestão? Sim, mas isso não está restrito aos grandes. Qualquer pequeno empresário varejista poderá proporcionar a formação avançada para os seus gestores. Deverá fazer isso e colocá-los em pé de igualdade com os demais. Formação em gestão de varejo, faculdade, graduação, pós-graduação, MBA, viagens internacionais, participação em seminários. Ele precisa atualizar a equipe para dar uma condição de igualdade a todos. De que maneira? Há nos EUA alguns casos de varejistas que têm apenas uma loja, mas é uma megaloja, que cresceu em torno de si mesma. Lojas campeãs em produtividade, que são únicas, tocadas pelo próprio dono e pela família, mas que cresceram em uma única unidade. Ele aproveitou um nicho. É uma maneira de crescer e de se desenvolver. Qual é a importância do treinamento? Ele cumpre parte da solução do problema. É mais interessante empregar mão de obra com uma qualificação melhor dentro do ensino formal, com um tempo de escola maior do que temos hoje. O treinamento irá adaptar o trabalhador a uma determinada tarefa, mas não vai oferecer conteúdo nem cultura. Essa questão é muito complicada. Mas é preciso acelerar a oferta de formação superior pelas entidades varejistas. O pequeno não é obrigado a abrir novas lojas? Não. Mas ele precisa ter um compromisso consigo mesmo, e com o mercado em que atua, de expandir e reter seus clientes. Alguns desses clientes gostam de comprar com ele. Isso significa que ele não pode parar no tempo. Ele tem de ir atrás da expansão. E aí esbarramos na questão do acesso aos recursos financeiros, do custo do dinheiro e do que ele vai fazer com esse dinheiro. O que ele precisa fazer com esse dinheiro? Dar a ele um melhor uso, expandir. Há pessoas que, enquanto são pequenas, se mantêm vivas, e depois crescem e morrem. Isso porque não souberam gerenciar nem a expansão nem sua empresa, que ficou grande. Quem está amparando esse pequeno? Há o Sebrae, que é uma excelente instituição, mas não está acompanhando o seu dia a dia. O grande problema é a gestão? É um dos maiores. Pode haver algumas políticas públicas que protejam e incentivem o pequeno independente. É preciso alguma coisa que melhore a vida dele na questão do acesso ao dinheiro, à tributação, ao capital de giro e ao abatimento em impostos por investimentos feitos com formação. Como o pequeno sobrevive diante de um grande? Fizemos, há dois anos, uma pesquisa que demonstrou que os pequenos levam vantagem porque o dono está lá na loja. Aliás, há um tripé fundamental: a presença do dono, o relacionamento do dono com o funcionário, e vice-versa. O funcionário gosta de ter como chefe o próprio dono porque, em qualquer necessidade, ele recorre a ele e sabe que ele resolve o problema. Esse funcionário, em uma rede gigantesca, irá se reportar ao gerente, que seguirá normas. Para resolver o problema dele, o gerente precisa pedir autorização para um monte de gente, ou seja, não resolve. E o terceiro? É o cliente da loja. Ele se relaciona tanto com o dono como com o funcionário da loja. Ambos se tratam pelo nome. O cliente é conhecido pelo nome. O cliente trata o funcionário pelo nome, e vice-versa. É uma fórmula de sucesso, mas que encontra dificuldade em se expandir. A gente não sabe até quando o dono resiste. Ele resiste na mesma proporção que o seu ciclo de vida como empresário. Uma hora ele fica cansado, envelhece, ou não tem para quem passar, pois os filhos não se interessam. Ele vende e a loja deixa de existir.l mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 13 [ Categoria ] De igual pra 14 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Por Adriana Bruno wladimir de souza igual Como o cliente escolhe o detergente, que tem 58% das vendas concentradas no pequeno varejo? Os fabricantes mostram os principais atributos dos seus produtos Neutro, que não apresenta fragrância. Muitas consumidoras têm alergia e o detergente Neutro não deixa nenhum resíduo de cheiro na louça. Concluímos, portanto, que as consumidoras preferem os produtos que não têm fragrância”, diz Scaldelai. Para Rogério D’Alcântara, diretorexecutivo da Flora, detentora da marca Minuano, não há uma grande fidelização nessa categoria. “O produto deve entregar os atributos principais de performance, que são rendimento e limpeza, caso contrário não há mais recompra. A imagem da marca também é importante, mas essa imagem deve estar bem posicionada em preço, caso contrário pode ser colocada em segundo plano”, avalia. conquista complexa Conquistar o consumidor é o grande desafio com que a indústria e o varejo se defrontam em qualquer categoria de produtos. Com um mercado tão concorrido como o de detergentes líquidos, essa tarefa fica ainda mais complexa. Para disputar não apenas o cliente, mas também espaço dentro das lojas, a indústria investe em materiais de apoio e diferenciação de seus produtos. De acordo com João Augusto Geraldini, gerente de Marketing da Ypê, no varejo, a empresa trabalha com materiais de apoio no ponto de venda, que ajudam a proporcionar uma boa exposição dos produtos e a criar espaços diferenciados. Para ele, a chave está na busca contínua pela melhor relação custo/benefício. “Com relação ao consumidor, além do sortimento de fragrâncias, a Ypê conta com oito diferentes tipos. Entre os benefícios do produto, oferecemos dois tipos de embalagem: PET e em polipropileno, uma vez que identificamos que há consumidores que dão preferência para um desses dois tipos de embalagem”, comenta. O executivo acrescenta que é importante manter os produtos alinhados nos pontos de venda, bem como desenvolver estra- ❜ Q uando nos voltamos para o mercado de detergentes líquidos para lavar louças, constatamos que as três principais marcas do mercado são um denominador comum nas gôndolas do varejo alimentar, seja ele pequeno, médio ou grande. Para atender à consumidora é preciso ter Limpol, Ypê e Minuano na loja, pois as três representam mais de 80% desse mercado. O preço ainda é um fator importante para o consumidor, mas, como se trata de uma categoria onde a relação custo/benefício entre os principais concorrentes é muito semelhante, o que conta mesmo é a preferência do consumidor. Se ao varejo cabe oferecer o sortimento de cada marca, à indústria cabe conquistar a fidelidade do consumidor. Afinal, estamos falando de um mercado que, segundo dados fornecidos pela Nielsen, é crescente: ele movimentou cerca de 386 milhões de litros em 2009, e seu faturamento gira em torno de 772 milhões de reais por ano. Os detergentes líquidos representam a quinta categoria em importância de faturamento na cesta de Limpeza Caseira. Ainda de acordo com o levantamento realizado pela Nielsen, o pequeno varejo (lojas com um a nove checkouts) é o canal mais importante para a categoria de detergente líquido. Em 2008, ele alocou 58,2% do volume dessa categoria, 2% a mais que no ano anterior. Segundo Marcos Scaldelai, diretor de Marketing da Bombril, detentora da marca Limpol, trata-se de uma categoria de commodity, em que o preço é determinante. Porém, a preferência do consumidor oscila entre as principais marcas, uma vez que todas elas agregam a qualidade desejada, ou seja, apresentam bom rendimento com bom efeito espumante do produto, pois é esse que dá a impressão de limpeza. “Entre os atributos mais valorizados pela consumidora estão: rendimento, preço justo (custo/benefício), apelo de não agredir as mãos e boa viscosidade. A versão líder de vendas é o detergente O produto deve entregar os atributos principais de performance, que são rendimento e limpeza, caso contrário não há mais recompra RogÉrio D’Alcântara diretor-executivo da Flora Benefícios esperados pelo consumidor . Rendimento . Economia . Sortimento de fragrâncias . Cuidados com a pele mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 15 tégias que valorizem a exposição do produto, além de utilizar materiais de comunicação e, geralmente, abordagem de promotoras. A marca Limpol também investe em embalagens diferenciadas. “Trabalhamos com oito fragrâncias e embalagens diferenciadas como a de cinco litros, destinadas a estabelecimentos comerciais como restaurantes e hotéis, a de dois litros, com venda exclusiva para as Regiões Norte e Nordeste, pois nessas regiões é comum o uso desse tipo de embalagem, e a de um litro, com venda exclusiva para a Região Sul do País, que se caracteriza por usar esse tamanho de embalagem”, diz Scaldelai. Por sua vez, a marca Minuano tem como estratégia, segundo Vanessa Gardano, gerente de Marketing da Flora, focar em espaços diferenciados para o fluxo da loja. “Sempre priorizamos um mix de produtos com os itens de maior giro, suportados por materiais de ponto de venda posicionados sempre perto dos itens dos concorrentes diretos”, comenta. Os detergentes em gel constituem outra oportunidade a ser explorada tanto pela indústria como pelo varejo. Segundo Marcos Scaldelai, o produto em gel representa 1% do mercado total de detergentes. “Ainda é uma fatia pequena, pois se trata de um nicho de mercado. O consumidor fiel considera excelente o custo/benefício desse produto, pois ele é concentrado, rende mais e oferece fragrâncias diferenciadas e exclusivas para um detergente, além de ter embalagem mais estável e resistente. Há um grande espaço para o desenvolvimento desse nicho. É preciso ressaltar que a Limpol é a única marca que oferece a versão gel. E o seu posicionamento está além da performance do produto, pois ele também oferece melhor proteção à mulher”, comenta. A marca Minuano conta com sete opções de fragrâncias e se posiciona no segmento de médio preço. A empresa afirma que está investindo em pesquisas para conhecer mais a fundo as mudanças comportamentais dos consumidores. “Também procuramos estar alinhados com as novas tendências tecnológicas de ingredientes e embalagens. Paralelamente, nos voltamos para a mídia com ações promocionais e campanhas regionais, explorando todos os atributos de nossos produtos”, finaliza Rogério D’Alcântara. l É preciso adotar estratégias para expor o produto no ponto de venda 16 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 ebc imagens [ Categoria ] Dicas para expor melhor . Distribua os produtos em filas horizontais . Explore as pontas de gôndola, ilhas e displays . Organize os itens da esquerda para a direita, acompanhando o sentido do fluxo de compra da categoria . Posicione o maior volume de produtos das fragrâncias de maior giro, começando pelo detergente Neutro . Posicione a marca de maior giro na altura dos olhos da consumidora . Faça uso eficiente do material de comunicação fornecido pela indústria . Evite rupturas. Contemple o mix e o sortimento completo da categoria e suas marcas líderes set/out 2009 www.revistaabastecimento.com.br 17 [ Merchandising ] Sabores da manhã Categorias consumidas rotineiramente são potenciais fidelizadoras de clientes do varejo. Os produtos matinais, sempre relacionados com a ideia de vida saudável, podem ter suas vendas impulsionadas a partir de ações no PDV e proporcionar bons lucros Por Daniela Guiraldelli 18 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 C por uma boa sinalização, empregando para isso displays de chão e banners, entre outros materiais de apoio cedidos pela fabricante. Quando se trata de um lançamento, esse tipo de apoio é ainda mais importante. estímulo É fundamental fazer com que o cliente toque e experimente o produto. Para proporcionar esse estímulo, é importante que o varejista invista em ações que, muitas vezes, deverão ser criativas, como realizar espaços temáticos. No caso dos matinais, criar uma mesa de café da manhã ou quiosques na loja permite que o consumidor experimente e interaja com a categoria. “É importante que a loja de vizinhança conheça o perfil do seu cliente para que possa oferecer a ele os produtos e a exposição que ele busca. Pontas de gôndola, ilhas ou mesmo espaços temáticos são bons locais para destacar o produto. Falta de espaço não pode ser desculpa para que o canal não trabalhe ações no ponto de venda. O varejista deve ser criativo nesse sentido”, ressalta Márcia. O consumidor usa os sentidos durante o processo de decisão de compra. Por isso, o ponto de venda deve utilizar apelos gustativos para conquistá-lo fotos sxc afé da manhã remete sempre a coisas boas: aromas, sabores, despertar... Enfim, um clima de boa expectativa para o dia que começa. Então, que tal levar um pouco desse clima e dessa ambientação para o ponto de venda, surpreendendo o seu cliente? Implementar ações de merchandising para chamar a atenção do consumidor no ponto de venda é uma estratégia eficaz para impulsionar as vendas das categorias tidas como do dia a dia do consumidor. É o caso dos matinais, cesta de produtos que envolvem refrigerados (iogurtes, queijos, requeijões, leites saborizados, etc.) e itens de mercearia seca (biscoitos, torradas, geleia, pães industrializados, etc.), além dos pães. Pesquisas realizadas pelos institutos dedicados às vendas no varejo comprovam que o consumidor é, hoje, multicanal, isto é, ele realiza suas compras em todos os formatos de lojas, além de ser extremamente sensorial, de modo que seus sentidos participam do seu processo de decisão de compra. Por isso, é fundamental que ele interaja de maneira mais efetiva com o produto, para que se sinta seguro antes de colocá-lo no carrinho e adicioná-lo à sua cesta de compras. Assim, é importante destacar as categorias de matinais por meio de uma exposição diferenciada, e realizar ações de degustação para que o produto conquiste esse cliente sensorial. “A degustação é uma ferramenta importante, que chama a atenção do cliente. Quando o varejista quer destacar uma categoria, ele deve procurar uma maneira de fazer isso e um espaço diferenciado na loja para mostrá-la. Pesquisas indicam que o consumidor passa muito depressa pelo corredor ao fazer compras. Por isso, é importante atrair a sua atenção”, diz Márcia Cabral, VP de Trade Marketing da Ampro – Associação de Marketing Promocional. Para que os matinais causem um maior impacto visual, é preciso praticar uma exposição adequada, acompanhada mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 19 [ Merchandising ] As ações no ponto de venda podem ser realizadas isoladamente ou em conjunto com outras. No caso dos matinais, a degustação é a ação que oferece ao varejista a melhor relação custo/benefício. Dados obtidos pelo Popai Brasil indicam que a ação pode mudar a decisão de compra do consumidor no ponto de venda em 80% a 90% dos casos. Ao degustar o produto, ele pode optar por levar aquele que experimentou em vez daquele que veio buscar. sabores e cores Dicas para degustação 4 A degustação da categoria de matinais deve ser feita pela manhã ou no final da tarde, períodos em que o cliente está mais predisposto à experimentação desse tipo de produto. 4 A abordagem por parte da promotora deve ser gentil, rápida e focada, de maneira a não incomodar o cliente. 4 O conteúdo da conversa não pode ser extenso, para não confundir o cliente. 4 A abordagem deve focalizar os atributos do produto e ser direcionada para a venda, de preferência atrelada a promoções do dia ou da semana. 4 Para a preparação da degustação, é importante que o varejista busque parcerias com as indústrias a fim de levantar recursos de vendas ou merchandising para organizar a ação. 20 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 A degustação, seja ela realizada por promotoras na loja ou em espaços alternativos para experimentação, pode unir produtos correlatos. É uma forma de atrair a atenção do consumidor para toda uma categoria por meio de uma ação única. Porém, para que seja eficiente, a degustação deverá ser executada de maneira correta, a fim de surtir o efeito necessário e de influenciar a compra pelo consumidor. No caso da categoria de matinais, o ideal é que a degustação seja oferecida pela manhã ou no final da tarde, período em que o cliente está mais predisposto à experimentação desse tipo de produto. No ponto de venda, a abordagem da promotora deverá será atenciosa e rápida, de maneira a não incomodar o cliente. Quanto ao conteúdo da abordagem, não pode ser extenso para não confundir o consumidor. Outras vantagens da degustação estão no fato de que, perante os olhos do consumidor, ela gera visibilidade da marca e do fabricante. Do lado do varejo, cria vínculo do cliente com a loja, além de incentivar o consumo de categorias correlatas ao produto degustado. Por isso, é importante disponibilizar um ponto extra para as marcas promovidas e buscar parcerias que viabilizem uma mesa mais bonita. No caso da mercearia seca, os corredores, que geralmente são muito visitados, garantem a visibilidade das ações, fato que pode ser um bom im- boa exposição Estar atento para a organização da gôndola é outro cuidado importante, pois de nada adianta investir em ações para chamar a atenção do cliente no ponto de venda se, ao procurar o produto, ele não o encontra. Também é ideal, como regra geral, iniciar a gôndola com as categorias de maior valor agregado e fechar a exposição com segmentos de maior volume, as marcas que geram tráfego. É preciso ajustar os espaços da gôndola às marcas, usando para isso uma or- exponha melhor os refrigerados 4 Balanceie os espaços com relação às categorias a serem colocadas no freezer. 4 Promova ações para fazer os produtos girarem. 4 Cuidado com o número de marcas oferecidas. Se essa variedade for grande, o varejista correrá o risco de encarar rupturas nas marcas de maior giro e perda nas de menor giro, uma vez que o prazo de validade desse tipo de produto é menor. ebc imagens pulsionador de vendas tanto para o mix da própria categoria como para produtos de maior valor agregado. “O varejista pode expor biscoitos em categorias que tenham sinergia de consumo, tais como refrigerantes e sucos prontos. Para bolos, o melhor ponto de sinergia é a exposição na padaria. Para torradas, uma ideia é a exposição na seção de hortifrútis. O mesmo serve para outras categorias, que também podem ser expostas no corredor de biscoitos”, dá a dica Cynthia Cavana Tolgyesi, supervisora de Trade Marketing da Marilan. Promoções casadas também são boas opções para destacar a categoria, e o consumidor costuma responder rapidamente a elas. Leite, por exemplo, é uma categoria de alto fluxo e de baixa rentabilidade para o varejo. Uma alternativa que gera resultados consiste em fazer uma promoção combinando leite e achocolatado, deslocando assim o produto que está na mercearia para a seção de laticínios. Outra ideia é investir nos tabloides temáticos. “Em vez de usar um tabloide cheio de mercadorias que não estão relacionadas, o varejista pode criar um jornal com o tema café da manhã. Imagine, então, ter na loja uma mesa preparada com os produtos que estão no tabloide. Você pode fazer as duas ações em conjunto”, sugere Marcelo Costa, gerente de Trade Marketing da Danone. dem que leve em consideração a participação de mercado de cada uma e o volume vendido na região. Apostar em pontos extras mistos, ou seja, que reúnem produtos geradores de tráfego (com alto giro) e geradores de lucro (com valor agregado) também dá resultados. “O que o varejo precisa entender é que a exposição é o grande diferencial. Às vezes, um produto do dia a dia bem posicionado aumenta em 15% as vendas da categoria”, afirma Reinaldo Bertagon, diretor de Vendas da Village. No caso dos refrigerados, o varejista precisa tomar alguns cuidados na exposição. Depois de balancear os espaços das categorias alocadas no freezer e decidir que marcas deverão compor o sortimento, ele precisa se pergun- Produtos para degustar, sortimento adequado e gôndolas bem arrumadas podem alavancar as vendas dos matinais mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 21 [ Merchandising ] explore a Exposição na mercearia seca 4 Separe produtos salgados, doces e demais categorias que possam existir, como os produtos Premium. 4 Inicie a gôndola com o mix de valor agregado e feche a exposição com segmentos de maior volume, as chamadas marcas que geram tráfego. 4 As marcas que geram tráfego devem estar expostas em áreas adequadas para que as rupturas não sejam constantes. 4 Adeque os espaços dos segmentos em gôndola de acordo com a sua importância em share e em volume na região em que está localizado. 4 Explore os pontos extras mistos, aqueles que reúnem produtos geradores de tráfego (volume) com geradores de lucro (rentabilidade). Eles impulsionam o consumo de produtos de valor agregado ou pouco conhecidos pelo consumidor. Durante o processo de experimentação, é importante informar ao cliente sobre como consumir os produtos 22 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 asdasd asdasdas asdasdas asdasda tar: “Que ações posso conduzir para fazer esses produtos girarem?” Muitas vezes, a loja de vizinhança trabalha com um número de marcas muito maior do que a capacidade que o seu freezer comporta. Ao oferecer muita variedade, o varejista corre o risco de perder vendas por falta de produtos das marcas de maior giro e excesso das de menor giro, inclusive perdendo a validade do produto. “Por exemplo, a categoria de margarinas geralmente ocupa um espaço maior do que deveria. Se pensarmos em rentabilidade por metro linear do freezer, a categoria está superexposta. Em razão disso, há outras categorias mais rentáveis que deixam de ser trabalhadas, como iogurtes e requeijão”, afirma Costa. No caso dos refrigerados, o trabalho de destaque em gôndola deve ser sutil, Leite e pão: produtos básicos que podem ganhar destaque a fim de que o espaço não se transforme numa “árvore de natal”, fazendo com que o consumidor se perca. O objetivo é facilitar para o cliente a localização do produto que busca, e, além disso, “tornar a experiência de compra mais prazerosa”, ressalta Costa. No caso da degustação dos produtos da categoria, além de seguir as regras já mencionadas, é importante que a ação traga informações sobre o modo de consumo do produto. “No caso dos lançamentos, se uma loja vende normalmente cinco caixas, com a degustação ela poderá vender 50. Em 2010, vamos desenvolver ações no ponto de venda, principalmente no varejo menor, pois esse canal tem características que favorecem os produtos que oferecemos ao mercado”, afirma Ingrid Feliciano, analista de Produtos da Tirolez. l glossário Por dentro da língua da cadeia de abastecimento Infinito enquanto dure Saiba por que o termo “fidelização” se tornou essencial no vocabulário do varejo Por Walter de Sousa ? .fidelização A palavra “fidelidade” remete sempre às relações entre marido e mulher. A partir do trato do casamento, cada qual se responsabiliza por ser fiel um ao outro, sem deslizes ou escorregões. E na relação entre cliente e loja de autosserviço? Fica mais difícil, claro, pois os escorregões nem sempre podem acontecer de maneira consciente da parte de quem vende, ou mesmo de quem compra. Por exemplo, se o consumidor entra na loja com uma lista de cinco itens (arroz, margarina, leite condensado, verdura e alvejante) e não encontra justamente o último, oferecido naquela marca de que ele gosta, ele pode se sentir “traído” pela loja. Principalmente se ele sabe que a loja sempre vendeu aquela marca. Se ele visitar uma outra loja próxima e achar o alvejante – e aproveitar para verificar se também achará o restante da lista – pronto!, lá se foi a sua fidelidade à primeira loja. Se, mesmo assim, ele voltar àquela loja e, numa outra compra, não encontrar algum outro item e decidir reclamar com a atendente de caixa dizendo que, se tivesse ido ao concorrente, ele encontraria o que procurava, a sensação de traição seria do dono da loja. Não me arrisco a analisar o caso conjugal, pois não sou psicólogo de casais, mas no caso do varejo “pular a cerca” faz parte da essência do consumidor. Afinal, ele não assinou nenhum contrato de exclusividade com o supermercado, apenas o escolheu por simpatia e conveniência. E aí estão os dois pontos centrais. Há alguns anos, o termo fidelização, ou seja, a ação de tornar o cliente fiel à loja, entrou no vocabulário do varejo. O aumento da concorrência fez o varejista perceber que velhos jargões que desdenhavam o cliente não funcionavam mais. Coisas do tipo “se não gostou, compre no vizinho” ou “não preciso desse cliente na loja”. E que só ter a maior parte da sua lista de compras não era o suficiente. Assim, fidelizar envolve uma série de ações, desde a sintonia entre o que o consumidor procura e o que a loja oferece até como fazer o cliente se sentir em casa, sendo atendido prontamente pela equipe de funcionários. Por isso, essa palavrinha que não se encontra em dicionário nenhum, inventada por algum consultor de varejo ou traduzida literalmente do inglês – o que acontece muito comumente nesses casos –, é tão importante para o dia a dia da loja. Agora, para o cliente, enquanto ele encontrar simpatia – ser bem tratado e ouvido pelos funcionários da loja – e conveniência – encontrar o que precisa –, a fidelidade estará garantida!l mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 23 mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 23 Informe Publicitário [ Merchandising ] 24 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 [ capa ] Sede de bol Mais do que um evento esportivo, a Copa do Mundo é uma ótima oportunidade para promover o aumento do tráfego de clientes na loja, alavancar as vendas de determinadas categorias e marcar um golaço na rentabilidade do negócio paulo pepe Por Adriana Bruno 26 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 O futebol é inegavelmente uma das maiores paixões do brasileiro, senão a maior. A Copa do Mundo de 2010 começa em junho na África do Sul e o mundo todo está se preparando para ela. Durante o torneio, os times do coração ficam para escanteio e todo mundo veste as mesmas cores: o verde e o amarelo. E o varejo, o que pode fazer? Muita coisa! Desde a ambientação das lojas até a criação de promoções para os clientes, o varejista tem um leque de oportunidades à sua frente. Basta saber como aproveitá-las. Para Américo José da Silva Filho, consultor e diretor da Atco Treinamento e Consultoria, o primeiro passo é entender o que a Copa do Mundo significa para os brasileiros. “Essa é uma ocasião em que as pessoas estão emocionalmente envolvidas com o evento e receptivas a ações que remetam a ela”, comenta Silva Filho. O consultor destaca que a preparação no varejo começa pela equipe de funcionários ou colaboradores. “Quem trabalha no ponto de venda precisa estar envolvido com as ações e com o tema. Será muito interessante se o varejista fizer um trabalho com toda a equipe, discutindo sobre o significado de uma Copa, levantando as características de quem participa de um torneio desses com garra e determinação, fotos sxc la e mostrando a ela como isso pode ser transferido para o trabalho no ponto de venda. As pessoas devem estar vestidas com o espírito da Copa”, orienta o consultor. Para Oziel Alves Ribeiro, supervisor-geral do Higa’s Supermercado, a Copa do Mundo é uma oportunidade para chamar a atenção do consumidor para a loja. “Se colocarmos alguém fazendo embaixadinha na frente da loja, conseguimos reunir um número grande de consumidores no local, os quais, com certeza, acabarão entrando e comprando algo no estabelecimento”, comenta. Ainda de acordo com a opinião de Alves Ribeiro, o varejista deve firmar parcerias com a indústria para realizar promoções em determinadas categorias, como a de bebidas. “O brasileiro é movido a esporte e a Copa é um momento muito bom para trabalharmos várias categorias. Além das tradicionais, também podemos incrementar as áreas de produtos para lazer, como cadeiras, mesas e material esportivo”, acrescenta. Cenário da Copa Para entrar verdadeiramente no clima do torneio, o ideal é que o ponto de venda capriche na ambientação, disponibilizando ao menos um televisor para que os funcionários também A cerveja é uma categoria tradicional nas compras de quem irá torcer pela Seleção Brasileira e, portanto, não deve faltar no ponto de venda mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 27 Preparando sua loja para a Copa do Mundo Toda campanha requer um planejamento, dentro do qual são previstas as ações e as necessidades, para que, no final, não seja preciso usar a frase “Por que não pensei nisso antes?”, que é típica de quem não avaliou as oportunidades que um evento como a Copa do Mundo oferece ao varejo. E como a Copa é um momento único, que só acontece a cada quatro anos, essas ações precisam ser ainda mais bem planejadas. Então, mãos à obra! O que fazer? Por que fazer? 4 Qual o tipo de ação que será realizada? Exemplos: promoções, distribuição de brindes, montagem de uma exposição especial, bolões e sorteios. 4 Para definir qual a melhor ação, leve em conta o perfil do público que você quer atrair, os produtos que serão oferecidos e a disponibilidade de recursos. 4 Quando chegamos no final de uma ação, só podemos avaliar se tivemos êxito se, antes disso, tivermos fixado os objetivos pretendidos. Então, logo depois de escolher o tipo de ação que adotaremos, precisamos definir quais serão nossas metas, isto é, o que pretendemos alcançar com tal ação. Por exemplo, a venda de um número X de televisores ou a criação de um clima de Copa do Mundo que alavanque as vendas de produtos de vários setores, como alimentos e eletroeletrônicos. Divulgue essas metas para a sua equipe e também fixe objetivos para cada um dos seus colaboradores (vendas, número de itens vendidos por cliente, tíquete médio, etc.). Desse modo, você terá uma equipe mais motivada e comprometida com os objetivos da loja. Quando? Onde? 4 Esta pergunta diz respeito ao período em que a ação estará acontecendo. Com datas de início e de término. No caso da Copa do Mundo, ela pode começar um pouco antes e ir até alguns dias depois do seu final. Determinar o período é fundamental para avaliar suas necessidades de recursos. 4 Aqui você definirá o local onde a ação será realizada. Será em toda a loja, ou apenas numa seção específica? Será divulgada apenas no seu bairro ou também em regiões mais distantes? Como fazer? 4 Todas as perguntas anteriores são importantes, mas esta é ainda mais, pois é respondida detalhando-se o que será feito. Ou seja, é hora de definir: . O investimento que será destinado à campanha. . Os produtos que serão comprados para manter a loja abastecida durante a campanha. . Os preços que serão praticados. . Os produtos que serão expostos nas proximidades uns dos outros. . As orientações que os funcionários receberão para a venda dos produtos (principais e adicionais). . A decoração e a sinalização da loja. . Quais serão os materiais promocionais: cartazes, faixas, banners, etc. . Quem será o responsável em cada uma das ações necessárias para que a campanha aconteça. 28 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 ❜ ❜ [ capa ] A Copa é um momento único e até a economia muda quando ela acontece américo josé da silva filho Consultor da Atco Treinamento Se colocarmos alguém fazendo embaixadinha na porta da loja, isso certamente irá atrair os consumidores oziel alves ribeiro Supervisor do Higa`s Supermercados Uma boa ideia é disponibilizar uma televisão para que os funcionários também possam assistir aos jogos do Brasil, criando assim um cenário ideal para receber o consumidor Modelo de formulário de planejamento da promoção O que será feito? (tipo de ação) Por que fazer? (objetivos/ retorno esperado) Quando? (data de início e de término) possam assistir aos jogos do Brasil, e criando um cenário para receber o consumidor. “O mais importante é reunir nesse cenário uma cesta de produtos que façam o consumidor se lembrar de coisas de que ele possa precisar nos dias dos jogos. Exemplos disso são bebidas, salgadinhos e pipoca para a hora do jogo. Carvão e carne para o churrasco depois do jogo e – por que não? – cadeiras, mesa e elementos de decoração, como bandeirinhas”, orienta Silva Filho. Como o planejamento é tudo, o momento é ideal para que o varejo avalie suas possibilidades e os resultados que quer alcançar. A fim de começar a preparar o ponto de venda para o evento, uma dica é aproveitar um painel ou área de comunicação da Onde? (local onde será montada a ação) Com fazer Investimento Produtos loja para fazer a contagem regressiva até o dia inicial da Copa. “Uma ação como essa aumenta cada vez mais o clima de expectativa no cliente, e o varejista pode aproveitar para agregar a isso algumas promoções, inclusive de itens que estejam com baixo giro”, fala Silva Filho. Mas de nada adianta planejar se a execução não for bem feita. Portanto, não se esqueça de avaliar se o estoque da loja está preparado para as ações que você pretende implantar. “No varejo, tudo acontece muito depressa. A Copa é uma ocasião única, e a própria economia muda quando ela acontece. Mostrar ao seu consumidor que você tem uma atuação diferenciada é muito positivo”, finaliza Silva Filho. Depois, é só torcer pelo Brasil! l Materiais Responsáveis promocionais Dica Criar a seleção da loja é uma das formas de o varejista envolver e motivar a equipe no espírito da Copa. Para Silva Filho, essa também é uma oportunidade para traçar metas a serem atingidas por todas as áreas, desde o estoque até a equipe de vendas. mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 29 [ promoção ] Santos canarinhos Combinação entre festas juninas e Copa do Mundo promete incrementar as vendas do varejo independente que souber criar um bom ambiente de vendas sxc por Gabriel Ferreira 30 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 O Entre as indústrias tradicionais do setor, a animação é generalizada. A Sinhá, por exemplo, espera aumentar seu faturamento em 10%. Para isso, a empresa investirá na criação de dez novos produtos. “Estamos preparando o lançamento de lentilhas de várias cores, trigo para quibe, grão de bico e outros produtos de maior rentabilidade. Além disso, vamos aumentar nossa presença no segmento de especiarias”, afirma Anderson Miranda, diretorcomercial e de Marketing da Linha Sinhá. A Yoki e a Hikari também preparam lançamentos, mas preferem não antecipar as novidades. A Hikari tem a expectativa de que, com isso, as vendas tripliquem durante o período de festas juninas em 2010. A Yoki é mais cautelosa, e estima uma elevação entre 8% e 10% em seus números. ❜ Estamos preparando lançamentos para aumentar a rentabilidade do varejo Anderson Miranda diretor de Marketing da linha Sinhá quermesses O pequeno varejo frequentemente se localiza em regiões próximas a escolas ou igrejas. Esses locais, conforme vai chegando o meio do ano, iniciam o processo de decoração das tradicionais quermesses. Bandeirinhas, barracas e música caipira começam a fazer parte do dia a dia do bairro, gerando um clima que deve ser aproveitado pelo varejista. Por exemplo, já é tradicional a montagem de “ilhas” em forma de barraquinhas para agregar os produtos relacionados ao período. Essa estratégia é apoiada por várias empresas que têm nas comemorações fotos divulgação mês de junho guarda um forte apelo de vendas para o varejo: as celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro permitem à loja criar novas oportunidades de venda, mas, para isso, é preciso que o ponto de venda seja devidamente trabalhado. O varejista deve fazer uso de sua criatividade, preparando o PDV de modo a gerar empatia com o consumidor e lhe permitindo assim ficar mais disposto a realizar a compra. Produtos à base de amendoim, milho para pipoca, pães de queijo, salsichas para cachorro-quente e especiarias como cravo e canela são alguns dos itens que não podem faltar nas gôndolas do varejo independente nesse período. Para este ano, a indústria tem a expectativa de festas muito mais embandeiradas e coloridas do que as dos anos anteriores. “A expectativa para 2010 é muito grande, principalmente se considerarmos que neste ano teremos Copa do Mundo”, afirma João Lise, gerente de Produto da Santa Helena, cujo carro-chefe é a tradicional Paçoquita. A animação de Lise encontra reflexos nos dados obtidos pela Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, a qual prevê que a combinação de futebol e festas juninas, somada à elevação do nível de renda das classes C e D, deverá proporcionar um aumento nas vendas de, pelo menos, 20% para os produtos relacionados ao amendoim. É principalmente nesse segmento, na linha snacks e no setor de bebidas que a simultaneidade entre festas juninas e Copa do Mundo ajudará a ampliar as vendas do pequeno varejo. “Na parte de decoração, como haverá coincidência do período com a Copa do Mundo, as tradicionais bandeirolas poderiam ser substituídas pelas bandeiras dos vários países que participam do campeonato”, sugere Chan Wook Min, presidente da POPAI Brasil, organização dedicada ao desenvolvimento do merchandising no ponto de venda. mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 31 [ promoção ] ❜ Sugerir receitas ao cliente soará muito simpático. É uma ação simples, que vai além das tradicionais bandeirolas Chan Wok Min presidente do POPAI Brasil juninas o foco de suas atenções. É o caso da Yoki, que monta de 5 a 7 mil barracas em todo o Brasil, atendendo desde lojas com um único checkout até supermercados. “Enviamos nossa equipe diretamente ao pequeno varejo para vender a operação junina e oferecemos a montagem da barraca ou a entrega do material para que o próprio varejista decore o ponto de venda”, explica Luís Carlos Pereira, diretor de Marketing da empresa. Outras empresas, como a Hikari, a Sinhá e a Santa Helena, também apostam na tática, que já é esperada pelo consumidor. A Sinhá atinge cerca de 1.500 pontos de venda com a montagem de barracas e a disponibilização de promotoras que realizam ações de degustação e abordagem no período mais forte de vendas. A Hikari também organiza esse tipo de parceria com o varejo, além de preparar um material especial para o período, con- 32 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 tendo explicações sobre as melhores maneiras de expor os produtos. “Essas exposições diferenciadas têm por objetivo criar uma ambientação especial, de modo a atrair a atenção do consumidor”, explica Luiz Kurita, diretorcomercial da Hikari. decoração Porém, o varejista deve permanecer atento para que a decoração junina não acabe por atrapalhar seus negócios. “É preciso que se faça uma exposição diferenciada, porém de modo a não comprometer a circulação do cliente dentro da loja”, afirma Kurita. Mas essa ressalva não deve desestimular o varejista a trabalhar melhor seu ponto de venda. “Naturalmente, uma loja maior fará uma barraca maior e decorará de maneira mais agressiva. Mas a pequena loja também pode criar essa atmosfera e explorar o conceito”, defende Pereira. Porém, é importante lembrar que nem só de amendoim deve viver uma loja durante as festas juninas. Produtos como salsicha, pão para hot dog e ketchups também precisam receber uma atenção especial, pois o cachorroquente está conquistando espaço nas quermesses e já é considerado um produto característico da época. Além dele, espetinhos de linguiça, carne e frango têm muita procura. “Nessa época, nas festas juninas tradicionais, são encontrados barracas de cachorro-quente e de churrasco. Para atender a essa demanda, temos em nosso portfólio as salsichas, a linguiça – principalmente a toscana –, e também os espetinhos em várias versões”, afirma Ricardo Marques, gerente de Marketing da Aurora Alimentos. Por serem produtos vendidos ao longo de todo o ano, esses itens precisam ser apresentados de modo a se tornar atrativos para o consumo conjuntamente com os produtos típicos das festas juninas. As- sim, o consumidor poderá assimilá-los às festividades e se sentir incentivado a realizar a compra. Deixar os artigos dessas linhas dispostos em locais próximos às paçocas, canjicas e pipocas cumpre de maneira eficiente essa função, principalmente se o varejista os combinar com uma decoração alusiva ao período. Pratos característicos das festas de cada região, como o pão de queijo no Sudeste, o pinhão no Sul, a pamonha em parte do interior de São Paulo e no Centro-Oeste, e o cuscuz no Nordeste, também podem ser bem trabalhados, gerando ótimos resultados para o caixa. O varejista deve tomar um cuidado especial na hora de organizar o ponto de venda: não basta arrumar a ilha em forma de barraca e concentrar nela os produtos relacionados às festas juninas. É de grande importância fazer com que toda a loja entre no clima de festa junina, com uma decoração característica da época, um fundo musical tipicamente caipira, funcionários caracterizados com chapéus e roupas, permitindo que o consumidor se sinta incentivado a organizar sua própria quermesse e a comprar os itens tradicionais dessas festividades. Outra dica importante é não deixar esses produtos apenas na ilha. Espalhá-los em diversos pontos da loja, sobretudo nas áreas próximas ao caixa, pode estimular as compras por impulso. “O importante é criar um clima junino, com bandeirolas, barracas, música ambiente e produtos de época extremamente brasileiros, pois a festança contribui muito para as vendas”, defende Lise. Porém, de nada adianta decorar a loja com bandeirolas e barraquinhas e se descuidar de outras ações que poderão contribuir – e muito – para o crescimento das vendas. Oferecer degustação pode estimular o consumidor a levar um produto, mesmo que a compra desse produto não esteja em seu plano inicial. “A decoração é importante, pois agrega valor na hora da compra por impulso. Mas ações de degustação e abordagem também ajudam muito no momento da venda”, afirma Marques. Categorias que vendem Milho para pipoca Milho para canjica Sagu Tapioca Fubá Amendoim Paçoca Pé de moleque Snacks de amendoim Pão para hot dog Salsicha Ketchup Mostarda Linguiça Farofa Carnes Carvão Espetinhos prontos Bebidas Refrigerantes Ensinar receitas tradicionais do período também é uma medida que pode incentivar uma decisão de compra que não estava planejada. “Sugerir receitas simples, de fácil execução, soará muito simpático ao consumidor”, explica Min, da POPAI Brasil. DEGUSTAÇÃO O investimento em promoções também é uma maneira de entusiasmar o cliente. Uma ideia interessante é a criação de ações relâmpagos, anunciando, por exemplo, que, na próxima meia hora, os consumidores que passarem pelo caixa com uma quantidade determinada de produtos juninos receberão um brinde. Aliás, a entrega de prêmios é muito estimulada por indústrias como a Sinhá e a Yoki, que, às vezes, fornecem esses itens. Para estimular o varejista a dar mais destaque ao seu produto no ponto de venda, a Sinhá também entrega prêmios para os comerciantes. “Fazemos campanhas voltadas para o repositor e para o dono de loja, com a distribuição de brindes conforme o volume de vendas”, explica Miranda. No entanto, não adianta criar a ambientação e preparar promoções se o comerciante se descuidar do estoque. “É importante garantir estoques ideais desses itens para que não faltem produtos nas prateleiras. Além disso, também é preciso focar o perfil do consumidor”, alerta Kurita.l Pereira, da Yoki: o importante é criar o clima [ na prática ] frescor que fideliza 34 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Destaque entre as seções de perecíveis, a padaria é o grande chamariz do negócio Empório papini Loja Cidade Dutra . Checkouts: 5 . Área de vendas: 800 metros quadrados . Seções mais rentáveis: perecíveis (FLV, açougue, frios e padaria) . Vagas de estacionamento: 22 Mais da metade do faturamento do Empório Papini – 60%, mais precisamente – vem da venda de perecíveis. Aliada ao atendimento, essa característica tem garantido a fidelidade dos seus clientes, como seus donos aprenderam em 30 anos de experiência Por Walter de Sousa Fotos ricardo bakker I nsistência e experiência. Duas qualidades capazes de consolidar o sucesso, mesmo que às custas de tempo e de erros (que podem ser eliminados após as tentativas), sempre presentes em qualquer negócio no varejo. Hoje, quem passa pela Avenida Professor Papini, na Cidade Dutra, zona sul da cidade de São Paulo, percebe a agitada loja sem imaginar que ela é fruto de 30 anos de trabalho. “Meu irmão mais velho trabalhou durante 25 anos numa pequena rede supermercadista. Quando a rede foi vendida, os novos donos não aproveitaram os funcionários da antiga empresa, e foi aí que ele decidiu realizar o sonho de ter um negócio próprio”, conta Waldemar Roberto Macêdo, o irmão que hoje conduz os frutos dessa iniciativa pioneira na família. Ele montou a loja, mas sua inexperiência não salvou o negócio das dívidas. Porém, isso não o esmoreceu. Ele adquiriu uma nova loja e, com a ajuda de outros dois mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 35 [ na prática ] Os perecíveis respondem por 60% do faturamento da loja, o que requer foco no serviço. "Concorrente todo mundo tem, o que o diferencia é o seu serviço", resume o proprietário Waldemar Macêdo irmãos, entre eles Waldemar, o Empório Papini se tornou atualmente uma pequena rede de três lojas: uma na Cidade Dutra, outra na Vila Lisboa (zona sul) e a última na Casa Verde (zona oeste). A insistência foi constante, e só graças a ela adveio a experiência. Tanto que as duas outras lojas surgiram nos últimos seis anos. “Foi quando percebemos que precisávamos ter clientes fiéis que descobrimos que podíamos avançar com outras lojas”, afirma o proprietário. E como adequar o foco da loja para alcançar o que todo varejo busca, que é ter clientes fiéis? Talvez a resposta ainda não tenha sido alcançada, mas o esforço que a fez chegar a esse patamar de atendimento também levou o Empório Papini a adequar a sua operação. A loja da Cidade Dutra tem 800 metros quadrados e é considerada pequena pelos seus proprietários – atualmente, Waldemar e outro irmão, pois o pioneiro se retirou do negócio. “É pequena em relação ao nosso cliente”, compara, já orien- 36 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 A seção, bem trabalhada, trabalha o apelo visual para conquistar o cliente tando o foco do seu negócio. Por isso, a loja é chamada de “Empório”. A denominação, geralmente evitada pela maioria dos varejistas que buscam oferecer unicamente preço à sua clientela – há uma percepção cultural de que Empório vende produtos mais caros –, foi escolhida justamente porque se propõe a falar diretamente ao seu cliente, que em geral é das classes A e B, “mas também inclui um pouco da C”, como salienta Waldemar, atento à migração dos consumidores com maior poder aquisitivo, fenômeno recente no cenário econômico brasileiro, de uma classe para outra, de maior poder aquisitivo que ela. Por sua vez, o nome Papini, emprestado do professor que dá nome à rua, foi escolhido para criar identificação dos moradores do bairro com a loja. As seções mais rentáveis da loja abusam do frescor: 60% do seu faturamento, e também do faturamento das filiais, vem dos perecíveis. Por isso, o cuidado com as seções de FLV (frutas, legumes e verduras), frios, açougue e padaria tem por base o serviço. “Concorrente qualquer loja tem. Seja ela grande ou do varejo tradicional. O que cada um tem de fazer para se diferenciar é vender o seu serviço”, sintetiza Waldemar. Entre os concorrentes da vizinhança, Waldemar menciona o Carrefour e o Dia%. “Este último compete com a mera queima de produtos, vendendo-os a um preço com o qual não está ao nosso alcance rivalizar. Mas não é a nossa prática fazer isso. Preferimos fidelizar o cliente, que é um outro foco”, analisa. Isso não quer dizer que a empresa não negocia bem o seu sortimento com seus fornecedores. A política continua sendo a de “negociar o melhor preço para ter uma margem melhor”. Mas o foco do negócio é a qualidade do serviço. “Aqui o cliente conversa com o dono, podemos ouvir dele o que ele quer, o que lhe falta, e conseguimos agilizar a nossa equipe para atendê-lo o mais depressa possível”, aponta. Com 24 funcionários focados no atendimento, a equipe do Empório Papini foi treinada para fazer das seções de perecíveis as solucionadoras das necessidades dos consumidores. “Sabemos que é essa a deficiência do grande varejo, que também concorre com a nossa loja. Por exemplo, o açougue, na maior parte das lojas maiores, oferece apenas o produto na bandeja, empacotado a vácuo. Mas aqui o cliente escolhe, o açougueiro atende, opina, sugere. É o diferencial”, defende Waldemar. Embora responda por apenas 20% do faturamento da loja, a mercearia é trabalhada para que A ilha de congelados: participação no segmento de perecíveis Com 800 metros quadrados, a loja atende a um público das classes A e B mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 37 [ na prática ] as estratégias do papini problemas Os 6.500 itens do sortimento passam pelo crivo do cliente: o que ele pede é procurado no fornecedor e passa a compor o mix ❜ Aqui o cliente conversa com o dono, podemos ouvir dele o que lhe falta, e conseguimos agilizar a nossa equipe para atendê-lo o mais depressa possível 38 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 soluções 4 Necessidade de criar destaque na loja 4 Fortalecimento da área de perecíveis 4 Concorrência forte em preço 4 Melhoria do atendimento e oferta de serviço ao cliente 4 Sortimento 4 Ajuste a partir da consulta direta ao cliente o sortimento se ajuste àquilo que o cliente espera ao fazer suas compras. Aliás, os 6.500 itens do sortimento vêm passando por intenso processo de ajuste fino, sempre tendo o consumidor como base para a definição de marcas e categorias. Apesar de ser um processo mais lento e demorado, é ele que tem trazido resultados mais efetivos. Sem dúvida, o apoio dos fornecedores, sejam eles da indústria ou do atacado distribuidor, tem contribuído muito nesse processo. “Mas é no dia a dia que o varejo se faz”, diz. Por se localizar em meio a um centro comercial de bairro, o Empório Papini também está investindo no serviço ao cliente fora da loja. Ele mantém sua área de estacionamento aberta, pois sabe que muitos dos clientes aproveitam a estada na loja para buscar outros serviços, fora da área de vendas. A estratégia é não obstruir esse comportamento, mas entendê-lo como mais uma vantagem competitiva. Tantos ajustes levaram a loja a compreender que não há pico de vendas, pois cada momento é parte de um processo que envolve o constante contato com o cliente. “Em todos os dias há movimento. É claro que, numericamente, no fim de semana há um maior volume de pessoas, mas as vendas acontecem diariamente, e o nosso esforço precisa ser na mesma medida”, aponta Waldemar. l mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 39 boas práticas Por Gilberto Strunck, membro do Conselho Consultivo do POPAI Brasil Ao andar pela loja, o consumidor pode ter sua atenção despertada pelo piso, que se torna um eficaz espaço de comunicação 40 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 C ostumamos frequentar sempre as mesmas lojas de autosserviço, quase todas elas próximas às nossas casas. Conhecendo-as bem, vamos diretamente aos locais onde estão os produtos que buscamos e, de lá, para os checkouts. Afinal, vivemos com pressa. Mas se, nesse trajeto, nos depararmos com algo novo, este “ruído” com uma oferta relevante poderá nos seduzir e resultar numa compra por impulso. Nesse sentido, o uso dos pisos das lojas como um local para a comunicação das marcas é muito interessante. Pouco explorado, ele apresenta algumas vantagens em relação aos recursos mais usuais. Ao andar pelas lojas, o comprador está em movimento constante. Geralmente, o foco principal de seu olhar divide-se entre as gôndolas dos corredores e o espaço à sua frente, no sentido em que ele caminha. Durante o trânsito pelo corredor, sua área de conforto visual é aquela que não requer movimentar muito a cabeça. Assim, a área do piso está sempre em evidência, pois ele precisa olhar para frente à medida que caminha. Porém, para utilizar bem o piso da loja, é necessário avaliar com cuidado alguns quesitos. Legibilidade, distância de leitura e contrastes precisam estar adequados para resultarem numa comunicação eficaz. A distância de leitura de um cartão de visitas é de cerca de 30 cm. A de uma revista, 50 cm. No chão da loja, essa distância varia de três a quatro metros. Por isso, as letras no piso devem ter tamanhos bem maiores do que as usadas nas faixas de gôndolas. O perfil do público da loja também precisa ser observado, uma vez que que, se for composto de uma população em idade adulta, precisaremos nos lembrar de que nossa acuidade visual tende a diminuir ao longo da vida. Por isso, os contrastes entre as cores deverão ser mais intensos. O número de informações também deverá ser levado em consideração e uma boa dica é usar pouco texto e imagens sedutoras. Os adesivos podem ser produzidos em vinil autoadesivo, por lojas especializadas em impressões digitais. É possível selecionar o material mais adequado, de acordo com o tempo em que o adesivo ficará exposto. Embora estejam disponíveis no mercado adesivos com duração de até três anos, é importante lembrar que a comuni- paulo pepe O chão de loja Legibilidade, distância de leitura e contrastes: quesitos para que o recurso funcione cação promocional perde sua novidade e sua eficácia à medida que o comprador se acostuma com ela. Algumas dicas importantes podem garantir uma aplicação e uma manutenção melhores do adesivo, bem como um melhor retorno do investimento feito. Sua laminação é imprescindível para torná-lo resistente à abrasão, que geralmente ocorre com a passagem dos carrinhos de compras e o caminhar das pessoas sobre a sua superfície. Ele deve ser aplicado na superfície do piso, devidamente limpo e umedecido, para facilitar o posicionamento da peça e evitar o aparecimento de bolhas. Em seguida, uma espátula pode ajudar na eliminação do excesso de água e na colagem definitiva. Adesivos de piso costumam proporcionar ótimo retorno no quesito “visibilidade”, mas esse ganho é apenas a ponta do iceberg. Dependendo da quantia de que a marca dispõe para investir nessa mídia, boas ideias podem levar até à interatividade imediata entre as pessoas e os produtos promovidos. O quesito “comunicação dinâmica”, por sua vez, permite que o varejista utilize, por exemplo, telas de LCD mais finas, que, bem protegidas, podem ser colocadas nos pisos do corredor, permitindo o caminhar das pessoas por cima delas. Nessas telas, pode-se veicular imagens em movimento, que atraem muito mais a atenção do consumidor. Outra possibilidade é a projeção vertical sobre o piso. Normalmente feita por meio de equipamentos alugados (em função de seu alto custo), a ação é produzida por um projetor fixado no teto da loja. As imagens no piso se modificam à medida que o feixe luminoso é interrompido por pés, mãos, carrinhos, etc., resultando em uma comunicação lúdica e interativa de alta eficiência. Embora ainda pouco utilizado como mídia, esse recurso possibilita transformar o piso da loja em uma área de comunicação muito interessante. Até mesmo um simples “compre aqui” é capaz de surpreender, atrair a atenção do público da loja e despertar mais interesse pela categoria. Se for utilizada com critério e originalidade, além de aumentar as vendas, a comunicação no piso das lojas pode ser uma grande aliada no incremento das vendas e na fidelização de clientes. l Andar pela loja pode se tornar uma operação interativa. Um simples "compre aqui" é capaz de surpreender o cliente e despertar seu interesse pelo produto mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 41 portal ? O que você quer ver no portal Receber em dinheiro vai ficar mais seguro. Isso porque o Banco Central acaba de anunciar mudanças nas cédulas do Real, que ganham características mais difíceis de serem falsificadas, entre as quais ranhuras e tamanhos de cédulas diferentes, como acontece com o Euro. As mudanças, que começam pelas notas de 50 e 100 reais, além de facilitarem o manuseio para portadores de deficiência visual, têm o objetivo de trazer mais segurança e de diminuir o número de fraudes, que tanto perturba os empresários do comércio. Leia mais no canal Economia no Portal Newtrade Fábrica de empregos As pequenas empresas foram as maiores geradoras de empregos no País nos últimos 20 anos. A confirmação dessa informação está no estudo “Atualidade e Perspectiva das Ocupações nos Pequenos Empreendimentos no Brasil”, realizado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o qual constatou que os negócios com até dez funcionários foram responsáveis pela geração de 16,9 milhões de novos postos de trabalho no País, representando 54,4% dos empregos do setor privado (não agrícola) no Brasil. Até 2020, espera-se que o segmento gere outros 10,7 milhões de novas vagas. Leia mais no canal Carreira no Portal Newtrade 42 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Será mais difícil falsificar as novas cédulas Classes C e D mantêm vendas em alta O ano de 2009 foi crítico para o comércio. No entanto, o poder de consumo das classes populares fez com que as vendas do setor de supermercados se mantivessem em alta. O crescimento ficou em 6,25%, segundo o Índice de Vendas APAS – Associação Paulista de Supermercados. Leia mais no canal Varejo no Portal Newtrade Confira também no portal Gostou das matérias? Quer mandar para os amigos ou multiplicar para os colaboradores da sua empresa? Acesse a página da Abastecimento e leia os destaques desta edição na íntegra: 4 Copa do Mundo – Como montar uma campanha promocional tendo o evento como tema. 4 Café da manhã – Os matinais podem ter suas vendas rentabilizadas com estratégias para encantar o consumidor a partir de cores e sabores. sxc Dinheiro vivo mais seguro Queremos saber que tipo de conteúdo você quer encontrar na web. Você pode participar da construção do portal enviando sugestões de ferramentas e de reportagens, vídeos, áudios, fotos, informações, etc. para o e-mail web@ebceditora. com.br ou abastecimento@ ebceditora.com.br. portal jan/fev 2010 www.revistaabastecimento.com.br 43 [ pesquisa ] Força do consumo Que a mulher responde por 80% do consumo, isso não é novidade. Mas o que ela coloca no carrinho conforme a sua idade? Um levantamento realizado pela Nielsen ajuda a revelar essas categorias e o comportamento da consumidora brasileira Por Walter de Sousa fotos sxc A 44 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 s consumidoras que mais frequentam o ponto de venda têm entre 41 e 50 anos – elas constituem 27% da população feminina do País – e respondem por 30% do gasto com o abastecimento familiar, relativo a 51 categorias de consumo básico. Na comparação entre os dez primeiros meses de 2009 com o mesmo período do ano anterior, essas consumidoras gastaram 10% mais do que a média das consumidoras das demais faixas de idade. Além disso, elas estão mais presentes nas lojas, isso em frequência de compras. São elas, enfim, que detêm o poder de consumo. Um estudo realizado pela Nielsen, intitulado “Perfil da Mulher que Movimenta a Cadeia de Abastecimento (Comparativo 2008 e 2009)”, revela, além disso, que as mulheres com idades entre 31 e 40 anos respondem por 21% da população e por 22% do consumo, enquanto as que têm mais de 56 anos representam 21% da população e respondem por 20% do gasto. Com Perfil da consumidora conforme a sua idade 26 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 55 56 ou mais Médio (médio baixo) – Alto (classes A e B) Alto (classes A e B) – Até 3 4 ou 5 4 ou 5 Acima de 4 Até 3 Até 3 Casais com filhos de até 6 anos Casais com filhos de até 11 anos Casais com filhos de até 17 anos Casais com filhos entre 12 e 29 anos Independentes, monoparentais ou casais com filhos adultos Independentes, monoparentais ou casais com filhos adultos Ocupação Estudante ou dona de casa Assalariada Dona de casa – – Dona de casa Estilo de vida Conformado Consciente ou conformado Consciente Consciente ou maduro bem-sucedido Maduro tradicional ou batalhador Maduro tradicional ou batalhador Idade (anos) Até 25 Baixo (classes Nível D e E) socioeconômico Família (número de pessoas) Ciclo de vida isso, fica claro que as consumidoras com mais de 30 anos correspondem a 76% da população e respondem por 79% dos gastos com consumo. Apesar de minoritário, o grupo de consumidoras com idades entre 26 e 30 anos, que constituem 16% da população e respondem por 15% dos gastos, são as que fazem o maior desembolso por compra, ou seja, são as As categorias compradas por faixa de idade Idade (anos) Categorias Até 25 Fralda descartável Absorvente Petit suisse 26 a 30 31 a 40 Cereal Fralda matinal descartável Petit suisse Petit suisse Absorvente Sobremesa Sobremesa pronta pronta Cereal matinal Leite fermentado Absorvente Bronzeador/ Leite fermentado Protetor solar Ketchup Sabão líquido 41 a 50 51 a 55 56 ou mais Tintura Sabão líquido Chá pronto Chá pronto Tintura Sabão líquido Chá pronto Bebida à base de soja Água de coco Inseticida mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 45 [ pesquisa ] Hábitos de compra de cada estilo de vida 26 a 50 51 ou mais 51 ou mais Até 30 41 a 50 Consciente Batalhadora Madura tradicional Conformada Madura bem-sucedida Busca Busca Busca Busca sempre Busca sempre Marcas Procura variedade Escolhe marcas por preço e promoção Sempre as mesmas Escolhe marcas por preço e promoção Habituais, conhecidas Preço Importante Determinante Determinante Determinante Importante Periodicidade das compras A cada 15 dias, nos finais de semana Durante a semana, pela manhã A cada 30 dias ou mais, durante a semana, pela manhã Quase todos os dias – – Lojas de vizinhança Lojas de vizinhança Lojas de vizinhança Costuma comprar pela internet Idade (anos) Perfil Promoção Local As mulheres com mais de 31 anos dominam o consumo e são as que concentram o maior gasto. Portanto, são as que comandam as vendas no varejo 46 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 que têm o maior tíquete médio. No entanto, não têm o maior gasto, pois sua frequência de compra é baixa, 10% menos do que a média. O estudo da Nielsen também revelou que as vendas no pequeno varejo foram impulsionadas pelas consumidoras com idades entre 26 e 30 anos. Por outro lado, as lojas de vizinhança são o canal preferido pelas consumidoras com mais idade. A lista de compras de cada faixa de idade é bem peculiar a essa faixa. No carrinho das mulheres com até 40 anos, prevalecem as categorias diretamente ligadas à presença dos filhos, sejam eles crianças, pré-adolescentes ou adolescentes. Quanto à cesta de compras das mulheres mais maduras, com idades entre 41 e 55 anos, as categorias não básicas prevalecem. Para realizar o estudo, a Nielsen utilizou a ferramenta Homescan, de monitoramento dos hábitos de compra. Para a amostra, foram pesquisados 8.700 domicílios localizados nas principais zonas urbanas do País. l Novo comando Sindicato do Comércio Varejista de São Paulo tem nova diretoria e assume desafios como o de enfrentar a redução da jornada de trabalho, em tramitação no Senado ❜ A entidade defenderá em todas as instâncias, inclusive no Judiciário, a liberdade de horário e de trabalho contra tentativas de redução Á lvaro Furtado assume a presidência do Sincovaga – Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo para o período 2010–2014, substituindo Wilson Tanaka. Nesta rápida entrevista, saiba quais são as expectativas do novo presidente diante dos desafios que a entidade terá de enfrentar. O que você espera ao assumir a direção do Sincovaga? Atuar de maneira efetiva como representante da categoria. Reivindicar iniciativas para que micro e pequenas empresas sejam competitivas, sobrevivam e cresçam. Atender satisfatoriamente as médias, as grandes e as maiores nas relações trabalhistas, ou seja, no processo de negociação salarial e nos problemas relativos à medicina e segurança do trabalho. Por fim, como integrante do sistema confederativo sindical, participar das lutas na esfera política em defesa do universo de empresas representadas, integrando e somando ações com as associações brasileira e paulista de supermercados. Qual a posição do Sincovaga sobre a proposta de redução da jornada de trabalho? A redução da jornada de 44 para 40 horas por meio da Emenda Constitucional é inoportuna e um grande equívoco. É incoerente porque aumenta os custos das empresas e reduz a produtividade. Finge ignorar o que já acontece, a redução, mediante negociação em convenções coletivas. Desconsidera a situação do comércio e de prestadores de serviço, representados, majoritariamente, por micro e pequenas empresas, que têm de atuar em horários estendidos para que se possa atender à população. A entidade defenderá em todas as instâncias, inclusive no Judiciário, a liberdade de horário e de trabalho contra tentativas de redução, especialmente aquelas pretendidas na regulamentação da profissão de comerciário, em trâmite no Senado Federal. E as negociações de 2010 com os comerciários no Estado? A simples reposição da inflação passada, mais uma vez, não permitirá acordo na fixação dos reajustes. Confirmada a projeção de uma inflação na casa de 6%, líderes comerciários já falam em reajustes de 10% e de piso salarial em 800 reais. Certamente teremos uma negociação muito difícil. l set/out 2009 www.revistaabastecimento.com.br 47 produtos Estratégias de lançamentos da indústria Pesquisador A Gertec criou um terminal de captação de dados batizado Pesquisa Rápida. É um equipamento prático e simplificado, permitindo a montagem da pesquisa em poucos minutos. Ideal para fazer pesquisas junto aos clientes da loja, especialmente as que avaliam a sua satisfação com os serviços e o atendimento oferecidos, o Pesquisa Rápida transfere os dados para um computador usando saída USB, e as informações podem ser analisadas em planilhas Excel. Equipamento permite pesquisa rápida com cliente Refrescos Novos sabores incrementam as linhas de refrescos em pó da Ajinomoto. A MID ganha o sabor Jabuticaba, fruta tipicamente brasileira, e a FIT Zero Açúcar o sabor Lichia. “Identificamos por meio de pesquisa que quem consome refresco em pó quer sempre mais opções em sabores. Por isso, sempre apresentamos ao mercado novidades diferenciadas e exclusivas”, afirma Makoto Kinoshita, gerente de Marketing da Ajinomoto. Sabores inéditos ampliam linhas de refrescos Embalagem enobrece o produto Apesar do nome, a linha de águas Lindoya Verão Speciali é indicada para acompanhar a degustação de vinhos. Em garrafas de mesa com 300 ml, apresentase nas versões Natural e Com Gás. A novidade aposta na transparência e na sofisticação de sua embalagem, que substitui o vidro pelo plástico. Batatas Os Yokitos, linha de salgadinhos da Yoki, acabam de ganhar a versão bônus pack, com 15% mais de produto. São eles as Batatas Onduladas, nos sabores Natural com Sal, e Cebola e Salsa. O produto pode ser consumido a qualquer hora do dia, e se apresenta, na opinião do vicepresidente da Yoki, Gabriel Cherubini, “como um fidelizador do consumidor do varejo”. 48 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 Ondas embalam a novidade da Yoki fotos divulgação Transparência Lâmina de barbear A linha Dorco de lâminas de barbear, do Laboratório Bergamo, chega ao Brasil trazendo a tecnologia Pace6, com seis lâminas, depois de ser consagrada pelos mercados europeu, norte-americano e asiático. Além da novidade, a linha abriga os aparelhos descartáveis e com recargas com duas, três e quatro lâminas. Novidade com seis lâminas: precisão Desodorante esportivo O xampu masculino Clear Men Maximum Fresh, da Unilever, está ganhando uma edição limitada com o jogador de futebol Cristiano Ronaldo no rótulo. “Estamos apostando na maior paixão nacional, o futebol, uma das plataformas de atuação da marca para 2010 junto com o automobilismo”, afirma a gerente de Marketing da marca, Paula Lopes. Edição limitada com Cristiano Ronaldo Produto natural com pouco colesterol Pronto para os jogos da Copa do Mundo Amendoins Cinco novos sabores ampliam a linha bombonière, da Hikari, à base de amendoim: Pimenta e Limão, Pimenta Mexicana, Flocos de Alho e Azeite, Cobertura Crocante e Cobertura Doce. Sem gordura trans, os produtos estão disponíveis em embalagens com 100 gramas e já estão nas gôndolas de 12 mil pontos de venda em todo o País. Hambúrguer Light Para aliar saúde e sabor, a Goldy Alimentos Premium traz o Light Burger Piemontês, único totalmente light e natural do mercado. Fabricado com carne de gado Piemontês – bovino de origem italiana –, o produto apresenta 80% menos colesterol e quatro vezes menor teor de gordura em comparação com produtos similares. mar/abr 2010 www.revistaabastecimento.com.br 49 varejo competitivo Por Walter de Sousa, editor da revista Abastecimento e Coordenador do Comitê de Varejo Competitivo da ABAD A parte de cada um Dentro do esforço de capacitação do varejo independente, o fornecedor do atacado distribuidor dá sua contribuição a partir da oferta de serviços e do treinamento da sua força de vendas O empenho de algumas empresas atacadistas distribuidoras em transformar seus vendedores em consultores de vendas aumenta muito o número de oportunidades para o varejo independente se capacitar e melhorar a gestão e a operação do seu negócio. O foco que as empresas estão adotando junto à sua força de vendas é o de adequar o sortimento de produtos do varejista ao seu público consumidor para melhor atendê-lo. Por isso, o vendedor que atende o varejo irá averiguar os produtos nas gôndolas, medir o seu giro, analisar os produtos da concorrência e constatar o que realmente tem potencial de venda. Munido desse resultado, ele passará à negociação propriamente dita. Parece um cenário de sonhos, mas é um importante passo na substituição da velha política do leilão de preços por outra política, na qual prevalece a prestação de serviços. Ao ajudar num processo decisivo para o varejo, que é a melhoria das suas vendas, ao ajudar a melhorar a exposição dos produtos, e ao destacálos na gôndola por meio de peças de merchandising, o vendedor também se torna um consultor personalizado, o que é de extrema vantagem para o cliente. Primeiro, porque esse consultor conhece bem a loja que atende. E, segundo, porque ele, muitas vezes, fornece ao varejista informações importantes que podem ser estratégicas para o sucesso da loja. Quanto ao resto, o varejista tem de aprimorar dentro da própria casa: melhorar o atendimento, deixar sua equipe afiada para resolver a vida do consumidor e redobrar a atenção que dedica ao negócio. Certa vez, visitei em Belém/PA uma loja no formato que, na região, é chamado de meio a meio, uma loja que vende com dois preços, um para o consumidor final e outro para o varejista. Uma espécie de atacado de autosserviço sem as seções principais do supermercado (não havia padaria, nem açougue e nem área de perecíveis). O dono estava prestes a abandonar o ramo por um motivo muito estranho. Não era por causa da concorrência, nem por causa do fraco movimento, pois a loja estava localizada num centro comercial de alto fluxo de pessoas. É que ele não aguentava mais lidar com gente. Dizia que funcionário só dava problema e que isso estava acabando com a sua paciência. Ou seja, por mais que o sortimento oferecido estivesse ajustado, e para isso ele contava com o apoio dos fornecedores, ele não estava disposto a continuar na atividade. O mercado exigia dele um serviço mais preciso, e isso fez com que ele perdesse a paciência com sua equipe de “consultores”. Afinal, se o atacado distribuidor está transformando seus vendedores em consultores, nada mais natural que a equipe de atendimento tenha o mesmo caráter ao lidar diretamente com o cliente... Está aí, pois, o segredo de agregar valor à marca de cada um dos elos da cadeia. Basta apenas que cada um cuide da sua parte.l . Mande sua pergunta para o consultor pelo e-mail: abastecimento@ebceditora.com.br 50 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010 52 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2010