Entrevista
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Maio/2006 Edição nº 51 - Ano VI R$ 8,00 35 anos de assinaturas da Editora Abril O início foi com Veja em 1971. Atualmente são 3,5 milhões de assinaturas e mais de 80 milhões de exemplares por ano distribuídos através desse canal Entrevista Presidente da Abril, Roberto Civita conta como tudo começou Mobile Marketing Uma ferramenta eficaz para relacionamento EXPEDIENTE CARTA AO LEITOR Diretoria Presidente: Efraim Kapulski Vice-presidente: José Afonso Braga Diretor de Agências: Otavio Dias; Diretora de Call Center/ Telemarketing: Ana Dávalos; Diretor Financeiro: Eduardo Ramalho; Diretor de Internet: Antonio Rosa; Diretor de Logística: Fernando Mutarelli; Diretor de Regionais: Jeffrey Costa; Diretor de Tecnologia: Clovis Castanho Comitês Presidente: Efraim Kapulski Coordenadores: CRM / Database: Eduardo Ramalho; E-mail Marketing: Antonio Rosa; Prêmio ABEMD: Eduardo Souza Aranha; Recenseamento de Listas: Vicente Argentino; Serviços de Suspensão Temporária e Inclusão: Paulo Vasconcelos Conselho de Administração Presidente: Fernando Costa Vice-presidente: Paulo F. Vasconcelos Alexandra Periscinoto, Alexandre Jau, Andréa Laurito Russo, Antonio Rosa Neto, Eduardo Bicudo, Eduardo Souza Aranha, Eduardo Wilson R. Ramalho, Fábio Cecotto Vargas, Fernando Luiz Gomes Guimarães, Fernando Mutarelli, Gil Giardelli, Gunther Klaus Alves Reis, Gustavo Bach, Jeffrey Hanson Costa, José Afonso Braga, José Soler, Marcio Luiz Valente, Márcio Ribeiro, Maria Luiza Vasques Piccioli, Nelson Reis, Odair Cerdeira Gutirres, Otavio Dias, Patrícia Hespanha Madeira, Paulo Geraldo F. Cavalcanti, Pedro Renato Eckersdorff, Pedro Sergio Venturini Martinez, Pio Borges, Ricardo Musumeci, Roberto Miranda, Roberto Saddy Chade, Sergio Augusto R. Alves Jr., Silvio Lefèvre, Vicente Argentino e Waldomiro R. Silva Jr. Conselho Fiscal Alexandre Souza Martins Case, Ivana Colombo e Osvaldo Alvarenga. Associação Brasileira de Marketing Direto Avenida São Luís, 50 – 13º andar cj. 132 B – Edifício Itália CEP 01046-926 – São Paulo/SP – Brasil Tel: (11) 3129-3001 – www.abemd.org.br Comercial: Claudio Toledo Eventos: Salete Guimarães Revista Marketing Direto é uma publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) Editor: Roberto Perrone Coordenadora Editorial: Ana Paula Barreto Arte e editoração eletrônica: Adriana Cassiano Pré-impressão, impressão e acabamento: RR Donnelley Moore Quem é do ramo sabe o quanto é difícil administrar uma carteira de assinaturas, seja ela de produtos impressos, TV paga ou qualquer outro produto ou serviço. É que mesmo com toda a evolução da atividade e tendo a tecnologia a favor - ajudando a controlar, com elevado grau de precisão, os inúmeros processos que compõem essa operação - há o fator imponderável que são os próprios assinantes, seres humanos com todas as suas imperfeições. De maneira geral, eles não se preocupam em ter o controle sobre sua assinatura; se vai acabar; se vai mudar de endereço de entrega; o código de assinante etc. A única coisa que percebem é quando não recebem o exemplar. No mais, qualquer tipo de informação se torna irrelevante para eles, mas não para quem controla o sistema. Agora, imagine um departamento com a missão de administrar nada menos do que 3,5 milhões de assinaturas, que representam mais de 80 milhões de exemplares distribuídos anualmente pelo canal. Pois passados 35 anos, esse é tamanho da operação da Editora Abril. Como conta o presidente da editora, Roberto Civita, em entrevista à Revista Marketing Direto, tudo começou com Veja em 1971. Não foi fácil porque havia a natural oposição dos jornaleiros, que chegavam a esconder embaixo das bancas os títulos também vendidos através de assinaturas. Interessante notar que as primeiras ações de vendas nem fizeram uso de Marketing Direto, pois os exemplares foram oferecidos para os alunos de cursinhos. O mote era de que eles precisavam estar informados sobre os acontecimentos já que caíam muitas perguntas sobre atualidades no vestibular. Porém, como o leitor poderá verificar, na matéria de capa, o Marketing Direto assumiu papel decisivo na operação, tanto é que a Abril chegou a ser considerada a maior agência de Marketing Direto do mercado, pelo volume de peças produzidas, que continua muito grande, mas que agora tem mais duas agências para dividir o trabalho. Saboreie mais detalhes desta história de 35 anos de sucesso. Boa leitura. O Editor Escreva para a revista Marketing Direto. Mande seus comentários e sugestões para o e-mail: revista@abemd.org.br Marketing Direto 3 FRASES ÍNDICE “Temos que valorizar a criação mas não podemos perder nossa essência, que é a mensuração de resultados”. Otavio Dias, sócio e presidente da GreyZest Direct, em matéria no jornal Meio&Mensagem de 1º de maio de 2006. CAPA: 35 anos de assinaturas da Editora Abril .................................. 6 “Tínhamos esse problema, porque os jornaleiros do Brasil naquela época não queriam ouvir falar de assinaturas. Era só vender assinaturas que ele tiravam ou escondiam as revistas das bancas e você não vendia nada”. ENTREVISTA: Roberto Civita, presidente da Abril, conta como tudo começou ...................... 12 ARTIGO: Marketing de Relacionamento empresa-a-empresa, por Rubens Stephan ....................... 16 Roberto Civita, presidente da Editora Abril, em entrevista nesta edição sobre o surgimento do departamento de assinaturas da editora há 35 anos. 18 “O estado da arte é sempre aquele que estamos buscando, isso explica o estágio de evolução ao qual chegamos e garante que ele continue”. MOBILE MARKETING: Eficácia para o relacionamento .............................. JOHN CAPLES: Por Pio Borges................................. 24 Mercado......................................... 26 Agenda de Eventos ........................ 29 Dicas de Leitura............................... 31 Novos Associados ........................... 32 Deu na Imprensa ............................ 33 Causos do Marketing Direto ........... 34 4 Marketing Direto “A primeira decisão foi que a gente entregaria a revista no domingo. Nenhuma revista semanal no mundo era entregue no domingo”. Fernando Costa, diretor de vendas de assinaturas da Editora Abril, em matéria sobre os 35 anos de assinatura da Abril nesta edição. “Não basta um call center com a ferramenta de CRM para se conseguir acompanhamento integral do cliente. A central de atendimento é somente uma das pontas”. Hamilton Alves dos Reis, diretor comercial de marketing da ACS, em matéria na revista Cliente SA de abril de 2006. “A criação de um relacionamento bem-sucedido com consumidores apenas ocorrerá se diversos outros contatos também forem levados em conta nessa estratégia - o relacionamento com a sociedade em que a organização está inserida, com seus fornecedores e acionistas e, principalmente, com seus próprios funcionários”. Marcos Calliari, diretor geral da EF Education First no Brasil, em artigo na revista Cliente SA de abril de 2006. PressTexto Comunicação 100 95 75 100 95 75 25 25 5 5 0 0 Relacionamentos de sucesso com seus clientes O CMA Mail é um sistema de solução integrada de marketingdireto que permite maior segurança e confiabilidade no controle de suas ações de e-mail marketing e melhor custo x benefício do mercado. O CMA Mail fornece relatórios completos que facilitam o gerenciamento de sua campanha a partir dos seguintes recursos: - Personalização de peças - Acompanhamento em tempo real dos envios - Relatórios estatísticos completos e segmentados - Facilidade no controle das bases de dados 100 95 - Disparos programados do e-mails - Suporte ao Programa de Fidelização. ABILIO BARROS 9999-9999 abilio@clienteempresa.com.br ADALTO BARBOSA JÚNIOR 9999-9999 adalto@clienteempresa.com.br ADILSON BATISTA 9999-9999 adilson@clienteempresa.com.br ADRIANO LORENA 9999-9999 adriano@clienteempresa.com.br AIRTON CHIULADA 9999-9999 airton@clienteempresa.com.br ARMANDO BEZZERRA 9999-9999 armando@clienteempresa.com.br BEATRIZ FRANCISCA DE SOUZA 9999-9999 beatriz@clienteempresa.com.br DAGOBERTO LIMA 9999-9999 dago@clienteempresa.com.br DÉBORA CRISTINA 9999-9999 baby@clienteempresa.com.br 75 100 95 75 "Indispensável para quem deseja segmentar e personalizar suas campanhas de comunicação” 25 5 25 Para mais informações ligue para 0 (11) 3053-2698 Abemd2005 sexta-feira, 16 de setembro de 2005 12:04:18 5 0 www.cmacomunicacao.com.br CAPA 35 ANOS DE ASSINATURAS DA EDITORA ABRIL A história e o gigantismo da área de assinaturas da maior editora de revistas brasileira começou com Veja em agosto de 1971, depois vieram Exame e outros títulos que atualmente somam 45 e representam 3,5 milhões de assinantes 6 Marketing Direto Fernando Costa, diretor de vendas de assinaturas Quem é do ramo sabe: trabalhar uma carteira de assinaturas de veículos impressos não é fácil, mesmo com toda a tecnologia atualmente disponível. Afinal, trata-se de lidar com pessoas com todas as suas imperfeições. O que dirá de um departamento que administra praticamente 3,5 milhões de assinaturas, que representam mais de 80 milhões de exemplares ao ano distribuídos em mais de 2,2 mil cidades brasileiras. Só mesmo completando 35 anos de existência e a experiência adquirida, como é o caso da Editora Abril. Mas também, como bem faz questão de destacar o diretor de vendas de assinaturas, Fernando Costa, com investimento constante no aprendizado e desenvolvimento dessa operação. “Estamos sempre acompanhando o que é feito em Marketing Direto e em assinaturas no Brasil e mundo afora e também vivemos um laboratório constante de testes”. Para tanto, buscam, a todo instante, respostas novas para as mesmas perguntas: O que funciona melhor? Como se pode melhorar o que já funciona bem? O que aumenta o retorno de uma ação? É melhor brinde? Que tipo de brinde? Desconto é melhor que brinde? Meios de pagamento? Parcelamento maior? Que ferramenta funciona melhor para determinado título? “E por aí vai. O estado da arte é sempre aquele que estamos buscando, isso explica o estágio de evolução ao qual chegamos e garante que ele continue”. A história da área de assinaturas da Editora Abril começa exatamente em 11 de agosto de 1971, com a revista semanal Veja. A publicação havia sido lançada três anos antes com excepcional tiragem, para aquele momento, de 700 mil exemplares, mas viu sua circulação cair mês a mês. A solução era fazer um projeto de assinaturas já que os leitores não se mobilizavam para correr às bancas a fim de adquirir a publicação. A comodidade de receber a revista em casa era um atrativo que poderia - como acabou se comprovando com o passar dos anos - ajudar a alavancar a circulação da revista mais famosa do país. O pitoresco é que nesse início nenhuma ação de Marketing Direto foi empregada (leia entrevista com o presidente da Abril, Roberto Civita, à página 12). “Era uma época na qual a captação por ferramentas de Marketing Direto era mínima”, lembra Fernando Costa. Formando base de dados Mais de 90% das assinaturas eram feitas através das vendas pessoais e apenas os restantes 10% por mala direta. Com o passar dos anos esse quadro foi se modificando, porque a operação passou a ter uma base maior de assinantes, permitindo a veiculação de encartes de vendas de assinaturas nesses exemplares, já que nos exemplares de bancas não era possível. Essa evolução proporcionou também o aumento das tiragens de malas diretas. “Não tenho dados oficiais, mas com o crescimento da Operação Volumes (venda de coleções completas porta a porta), a Abril rapidamente praticou ações de crossselling, vendendo também assinaturas por mala direta para a massa desses clientes porta a porta, que foi muito grande durante muitos anos”. Mas se o Marketing Direto levou um pouco mais de tempo para dominar a participação nas vendas de captação de novos assinantes, foi a ferramenta que reinou nas ações de renovação desde 1972, apenas no segundo ano de atividades de assinaturas dentro da Abril. Isso porque toda a abordagem de proposta para que o leitor mantivesse sua assinatura começou a ser feita por mala direta. Hoje em dia, 100% das renovações são feitas através de canais de Marketing Direto. “Depois de 10 anos de operação, o Marketing Direto já representava mais de 50% das ações de venda e renovação do departamento de assinaturas”, estima o diretor. Atualmente, 77% das vendas de captação de novas assinaturas das revistas da Editora Abril são feitas por ferramentas de Marketing Direto e os 23% restantes através de vendas pessoais - pessoas físicas (16%) ou especiais - pessoas jurídicas (7%), as chamadas vendas corporativas. Enquanto as malas diretas e encartes representam 34% das vendas de novas assinaturas, a Internet já particiMarketing Direto 7 CAPA pa com 28% do bolo, ficando o telemarketing ativo com outros 15%. Segundo balanço anual publicado pelo grupo Abril em 2004, a receita líquida de vendas obtida pelo departamento de assinaturas nesse ano foi de R$ 315,4 milhões, que representou 21,9% do faturamento da editora de R$ 1,44 bilhão. Um crescimento de 11,2% sobre o ano anterior. No período, as vendas avulsas (bancas) representaram 21,2%. Canais da operação Seguindo Veja, em 1976 a Editora Abril decidiu vender assinaturas de um segundo título: a Exame. Depois disso, o salto no tempo foi maior e apenas 10 anos depois, a empresa colocou 12 títulos no processo. Na medida em que crescia o número de títulos, também aumentava aqueles oferecidos para assinantes. Em 1995 eram, por exemplo, 32. Na década passada, o pico máximo foi atingido em 1999, quando a Abril colocava nas mãos de assinantes 41 títulos. Esta marca só está sendo superada agora em 2006 com o recorde de 45 títulos vendidos também por assinaturas. Os canais utilizados atualmente na operação são praticamente todos os disponíveis, desde encartes e malas diretas, passando pelo telemarketing ativo e receptivo, anúncios em revistas, TVs aberta e a cabo, e-mail marketing e demais ações em Internet. “Usamos a ferramenta individualmente ou de maneira integrada, dependendo da característica da ação 8 Marketing Direto que estivermos colocando na rua”, explica Fernando Costa. Isto porque uma ação pode começar com uma mala direta, seguida de um lembrete após 15 dias por e-mail ou telefone. Além disso, cada ferramenta tem índices de retorno diferentes. “Mas o mais importante é que a taxa de retorno é o custo de venda que a sua operação pode suportar. É essa variável que define se o retorno de cada ferramenta /meio está adequado ou não. E essa avaliação constante será definidora na escolha da mídia que usaremos numa próxima ação para a venda de determinado título”. E as contas e processos têm que ser muito bem feitos, afinal são 3,5 milhões de assinaturas, sendo que apenas de Veja são 909 mil, disparada a maior da companhia, seguida de Nova Escola e Cláudia, ambas com mais de 300 mil assinantes cada. Campanhas premiadas As campanhas de assinaturas da Editora Abril são famosas e vencedoras de inúmeros prêmios de Marketing Direto. Houve uma época inclusive que o departamento era tido no mercado como a maior agência de Marketing Direto do país, numa alusão ao volume de peças criadas e produzidas internamente. Hoje em dia são em média nada menos do que 1,5 milhão de malas diretas e outros 11,7 milhões de encartes distribuídos todo mês. “Na verdade, não temos uma área de Marketing Direto. Temos uma área de Assinaturas que utiliza as ferramentas do Marketing Direto conforme suas necessidades”. O departamento de assinaturas está estruturado através do que Fernando Costa denomina de processos críticos. Um deles é a captação de novos assinantes, que busca “preferencialmente” realizar ações de venda para “prospects” que não estão no banco de dados da editora ou que foram clientes da Abril há muito tempo. “Mais de três anos”, emenda o diretor. No caso de retenção e recuperação, são realizadas todas as ações de Renovações e Relacionamento de Assinaturas e também ações de recuperação de exassinantes. Por fim, há o Desenvolvimento de Vendas, que realiza todas as ações de up-selling e cross-selling para a base de clientes ativos. “Como suporte a esses três processos existem as áreas que os atendem nas suas demandas como Criação, Promoções, Treinamento, Internet, Processamento etc... Assim, os três processos acima, acabam utilizando várias, ou todas as ferramentas de Marketing Direto de acordo com a ação que estiverem lançando no mercado”. Mas essa máquina de produzir trabalhos de Marketing Direto atualmente não está sozinha. Desde um ano e meio para cá, a Editora Abril decidiu passar a criar internamente 50% dos jobs. “Dividimos os outros 50% com duas renomadas agências de Marketing Direto: a Sun MRM, do Grupo Mccann, e a Salem Marketing Direto. Estamos muito felizes com essa decisão que, junto com nosso trabalho interno, propicia uma oxigenação na criação de nossos materiais e abordagens e sem dúvida contribui com a evolução que falamos antes”. O FUTURO Para o diretor de vendas de assinaturas da Editora Abril, Fernando Costa, o futuro é favorável à expansão de negócios. “A possibilidade de estar em contato com os clientes inúmeras vezes ao longo do ano, entregando nossas revistas ou produtos, aliada ao conhecimento cada vez maior que temos desses clientes em nosso banco de dados é um ativo de altíssimo valor. Essa situação, somada à chegada de mídias ágeis como a web, propicia um ambiente bastante positivo para gerar negócios. Com todo esse arsenal de informações e avanços tecnológicos, vamos atender cada vez melhor nossos clientes e prospects. Indo ao limite, continuaremos vendendo informação, entretenimento e cultura nos mais diversos formatos. Deveremos chegar a essas pessoas de maneira mais segmentada e personalizada possível, pois só assim teremos relevância na comunicação. Já viram algo mais Marketing Direto que isso? Como profissional da área, me considero privilegiado por ter feito parte dessa história de 35 anos, por estar à frente dessa operação que tem uma equipe de profissionais como poucos no mercado e por ser um dos atores na construção desse futuro brilhante de Assinaturas”. Marketing Direto 9 CAPA A FORÇA DA INTERNET Uso da ferramenta pela área de assinaturas da Editora Abril é crescente e tende a ser a cada dia mais importante na operação A Internet foi e continua avassaladora em inúmeras operações dentro das empresas. Na área de assinaturas da Editora Abril, que completa 35 anos de existência não é diferente. Afinal, uma das grandes missões desse departamento é manter contato constante com assinantes. Mas ela também vem funcionando com propriedade nas vendas de novas assinaturas. Em 2006, estima-se que a participação da web nesse item pode ultrapassar os 30%. O crescimento foi muito grande ao longo desses anos, mais ou menos acompanhando o próprio crescimento do canal online. “O e-mail marketing, devido ao seu baixo custo, possibilita um número maior de ações, um maior grau de personalização e também segmentação mais refinada, já que nesse meio não há, por exemplo, a preocupação com tiragem mínima”, diz o diretor de vendas de assinaturas, Fernando Costa. Mas quando se fala de e-mail marketing, 10 Marketing Direto há também a vantagem de poder ir disparando os e-mails de acordo com a capacidade de atendimento, caso a resposta não esteja de acordo com o que foi projetado, é possível fazer a alteração da oferta no meio da campanha ou até suspender o envio sem arcar com os custos de impressão, no caso de uma ação com mala direta. “Mas é importante observar que o número de compradores por Internet ainda é pequeno”, ressalta. Estima-se em apenas quatro milhões de pessoas, num total de 20 milhões de internautas, efetuam compras pela web. “Ou seja, temos uma grande oportunidade de crescimento pela frente”. E-mail maior participação São vários os canais online utilizados pela área de assinaturas da Abril para efetuar vendas. O principal é o e-mail marketing mesmo, com 35% de participação nas vendas pela web. Mas há um certo equilíbrio, porque os sites das revistas, repre- sentam 22%, enquanto Mídias assinaturas ficam com 14%; parcerias, 11% e digitação da URL e shoppings/portais com 9% para cada um. No caso da InfoExame, por exemplo, a Internet está presente em 68% da operação. “São disparados uma média de 16 milhões de e-mails por mês”. Outro detalhe é que a área de assinaturas da Abril é um dos cinco maiores anunciantes online. “Estamos presentes em todos os grandes portais brasileiros, como UOL, Terra, iG, I-Best, Yahoo, Google, MSN, entre outros”. O departamento detém uma base de dados permitida de 4,7 milhões de nomes com e-mail. E mesmo assim mantém um processo contínuo de coleta e atualização. No início da operação, no ano 2000, houve o 1º concurso para captação de nomes e para a unificação da base e atualmente essa coleta se dá em todos os pontos de contato com a base de assinantes, através de newsletters e concursos de captação de e-mails, além das pes- quisas de qualificação de clientes. Mas o fato de ser muito mais barato em relação às campanhas off-line, não significa que a operação de Internet é mais tranqüila. Os investimentos e monitoramentos têm que ser constantes, mesmo porque o canal online oferece inúmeras alternativas de exposição. É por isso que a Abril investe em links patrocinados e na arquitetura de todos os seus sites, para que esses obtenham um melhor posicionamento nos sites de busca. Mas também em ações de relacionamento; em criações mais interativas para melhor envolver o internauta; em novas tecnologias como blogs e RSS (sistema que permite ao usuário selecionar o conteúdo que quer receber); na personalização e segmentação. “Além disso, há uma preocupação muito grande em modernizar a ferramenta de envio de e-mails e monitorar as ferramentas anti-spam, já que trabalhamos com um volume muito grande”, explica Fernando Costa, acrescentando que a base é acionada duas vezes por semana com pelo menos 30 tipos diferentes de e-mails enviados entre campanhas de assinaturas e LojaAbril.com, que é a loja virtual da editora. A LojaAbril.com existe apenas na Internet e vende mais de 1.000 produtos para a base de clientes da Abril. “Nela é possível encontrar CDs de música, CD-ROM, DVDs, livros, assinaturas de revistas, edições especiais, guias e mapas além de outros produtos, como bolsas, camisetas, etc”. São artigos que preferencialmente têm a marca dos títulos da Abril, feitos ou licenciados para a editora. “Iniciamos recentemente também a venda de produtos sem a marca Abril, mas de interesse de nosso público, combinando com produtos da editora. Como por exemplo, um DVD player de mercado mais o Kit com 2 DVDs Space Odissey da Super Interessante”. O desempenho das vendas da Loja Abril têm sido excepcional, já que os 10 mil produtos comercializados por mês atualmente têm proporcionado, nos últimos três anos, uma taxa anual de crescimento de 30%. Marketing Direto 11 ENTREVISTA ROBERTO CIVITA COMO TUDO COMEÇOU O presidente da Abril, Roberto Civita, teve que ser arrojado ao lançar o sistema de assinaturas da editora há 35 anos, com a revista Veja. Isso porque significava bater de frente com os jornaleiros, especialmente os de São Paulo e Rio de Janeiro. Claro que pesou o fato de a Editora Abril representar na ocasião mais de 50% do faturamento das bancas, mas a argumentação de Civita de que eles iriam até ganhar com as promoções e a propaganda que seria feita para a revista também ajudou na decisão. Não deu outra. Todos saíram felizes dessa história contada com exclusividade pelo próprio Roberto Civita para a revista Marketing Direto. 12 Marketing Direto Revista Marketing Direto - Por que a decisão de começar a vender assinaturas justamente com Veja? Roberto Civita - Nós lançamos Veja em setembro de 1968. Foi um extraordinário mês de lançamento, gigantesco, em rede nacional de televisão. Lançamos 700 mil exemplares nas bancas que logo esgotaram. Mesmo atualmente, não é todo dia que você vende 700 mil exemplares nas bancas. A edição seguinte, não lembro os números exatos, vendeu metade disso. E a terceira edição vendeu metade do que foi vendido na segunda edição. Em poucas semanas, estávamos com menos de 100 mil exemplares vendidos por edição e desesperados porque a gente achava que iria estabilizar entre 250 mil e 300 mil exemplares, mas ficou estabilizada abaixo de 100 mil. Aí veio o AI5, em dezembro. Ou seja, veio a censura. O AI5 fechou o congresso, instaurou a censura e colocou censores na redação. Tínhamos muita dificuldade de expressão, porque era tudo censurado. Linha por linha, palavra por palavra, título por título. Além disso, o público não estava acostumado a uma revista de texto. Estava acostumado a revistas como a Cruzeiro, que era visual. Não existiam assinaturas no Brasil, exceto de Seleções do Reader’s Digest e se não me engano, da Revista Visão. Mas não tinha nada de significativo a não ser Seleções e Visão. Depois de uns 6 a 9 meses, percebi que se não vendêssemos mais de 100 mil exemplares, se não alcançássemos no mínimo de 150 mil a 200 mil de circulação, nunca conseguiríamos vender anúncios ao preço que sustentasse a revista. Porque a revista é extremamente cara, editorialmente. Não tem como fazê-la bem e barata. É preciso ter uma redação grande e gente de qualidade, não só muita gente, mas sim muita gente boa, qualificada. Portanto o custo editorial de Veja sempre foi alto. Ou faz direito, ou não faz. Não tem como fazê-la barata. RMD - Foi quando o sr. decidiu vender assinaturas? Roberto Civita - Sim. Estava diante de uma equação simples: vender assinatura, porque já estava na cara que não iríamos conseguir sustentá-la só com banca. Ou vendia assinatura e construía uma circulação para vender anúncios em quantidade e preços suficientes para sustentar a revista ou fechava a revista. RMD - Mas não era tão simples, porque o sr. teve que contornar a rejeição dos jornaleiros aos títulos vendidos também por assinaturas. Roberto Civita - Exato. Tínhamos esse problema, porque os jornaleiros do Brasil naquela época não queriam ouvir falar de assinaturas. Era só vender assinaturas que eles tiravam ou escondiam as revistas embaixo das bancas e você não vendia nada. Portanto, era negociar com o jornaleiro ou esquecer o assunto. Então, fui primeiro nos jornaleiros de São Paulo. Juntei os principais jornaleiros daqui e disse para eles: “A Abril representa mais da metade da sua receita”. Entre fascículos e revistas, nós representávamos mais da metade do dinheiro que eles faturavam naquela época. “E eu estou aqui para pedir que vocês me autorizem a vender assinaturas só para Veja. Sendo que a revista não está vendendo nas bancas, e vocês não vão perder um tostão com isso. Se eu tiver certo, toda promoção que vamos fazer para vender assinaturas, que dá retorno relativamente pequeno, de 2% a 3%, vai levar os 97% das pessoas restantes alcançadas com nossas ofertas a ficar conhecendo a revista. E vocês vão ver que nós vamos vender mais na banca e não menos”. Bem, esta era a minha teoria, e sinceramente não sabia se era verdadeira. Disse a ainda: “me deixem vender assinaturas ou fecho a revista e vocês vão ficar sem nada. Se vocês me deixarem vender assinaturas de Veja me comprometo a fazer duas coisas. Primeiro, nunca vou colocar nos exemplares de banca aquele cartão-resposta para vender assinatura. Segundo, nós não venderemos nenhuma outra assinatura de nenhuma outra revista por 10 anos”. Esta foi minha proposta e eles se reuniram num canto e disseram: “tudo bem, deixa o menino vender”. Aí eu fui para o Rio de Janeiro e fiz a mesma coisa com os jornaleiros de lá, e eles também toparam. RMD - O primeiro passo tinha sido dado, mas como foi implantar o departamento? Roberto Civita - A verdade é que não tínhamos a menor idéia de como vender assinaturas, nem como fazer o atendimento, não tínhamos o sistema, não tinha nada, nem know how no Brasil. Não tinha quem fizesse um sistema. Ninguém tinha jamais feito isso numa revista semanal. Nunca. Tínhamos os seguintes problemas Como vender? Não sabíamos. Como atender? Não sabíamos. Como entregar? Não sabíamos. Não sabíamos nada (risos). A única coisa que tinha conseguido era a autorização para fazer. Foi quando chamei um cara chamado Raymond Cohen que estava na Abril fazendo sei lá o que, mas ele era ótimo. Disse: “vamos ter que vender 50 mil assinaturas até o fim do ano”. E ele disse: “tudo bem, vamos lá”. Foi em 1971. Antes, em 1969, tínhamos feito o fascículo “Conquista da Lua – De Galileu até Hoje” para sustentar a circulação de banca. Para assinaturas, tomamos duas decisões fundamentais que mudaram a história, tanto de assinaturas no Brasil como a de Veja. A primeira decisão foi que a gente entregaria a revista no domingo. Nenhuma revista semanal no mundo era entregue no domingo. Todas elas fechavam sexta à noite, eram impressas no final de semana e entregues segunda, terça, quarta... Aqui não havia esperança nenhuma de entregar pelo Correio, então tivemos que montar um sistema de entrega domiciliar. Outra decisão foi que limitamos as vendas só para São Paulo e decidimos que entregaríamos no domingo para a pessoa dizer que tínhamos uma vantagem que a revista só estaria na banca na segunda-feira. Aí tivemos que montar um sistema de entrega domiciliar dominical, sem correio, e encontrar um jeito de vender estas assinaturas. RMD - Como é que começaram a vender? Roberto Civita - Começamos a vender nos cursiMarketing Direto 13 ENTREVISTA ROBERTO CIVITA “Para isso, tomamos nhos, colocamos bancas e começamos a vender decisões fundamentais para os alunos dos cursinhos dizendo: “Vocês precisam saber o que está acontecendo porque no que mudaram a história, tanto vestibular caem sempre questões sobre atualida- de assinaturas no Brasil como de”. E as primeiras assinaturas foram vendidas a de Veja. A primeira decisão para os alunos dos cursinhos. Engraçado que não foi que a gente entregaria a tinha Marketing Direto coisa nenhuma, era venda revista no domingo. direta. Depois passamos a fazer venda porta a Nenhuma revista semanal porta e na seqüência com Marketing Direto. E no no mundo era entregue final do ano tínhamos vendido 50 mil assinatuno domingo. Todas elas ras, que era uma enorme base para aquela época. fechavam sexta à noite, eram impressas no final de RMD - Como se deu a expansão do processo de semana e entregues assinaturas? segunda, terça, quarta...” Roberto Civita - Dez anos depois chamei todos os responsáveis pelas revistas da Abril e disse: “Gente acho que o futuro está em assinaturas”. Porque tinha um monte de gente que não ia às bancas, que esquecia. Na década de 1970, tinha gente que nem passava em banca alguma. “Temos que fazer de um jeito inteligente, não fazendo como os americanos oferecem descontos gigantescos ou brindes, que é burrice. Vamos vender assinaturas de todas as revistas, com preço muito próximo dos preços da banca, mas com a comodidade de receber em casa e a facilidade de pagar parcelado”. E todos disseram não, pois a gente recebe menos dinheiro com assinatura do que com as vendas em bancas, o que é verdade. Mas teríamos uma base de assinaturas para amortecer as flutuações da década e para poder dizer aos anunciantes que tínhamos uma base de circulação com certa estabilidade e que poderíamos fazer um mix inteligente de banca + assinatura. Não queria mais assinaturas do que bancas, nem bancas mais do que assinaturas. Finalmente, um pouco na marra 14 Marketing Direto e na base do convencimento, ficou decidido que íamos vender assinaturas para todas as revistas. E inventamos um negócio que não existia em nenhum lugar do mundo e que eu saiba não existe até hoje, nunca vi, que é nosso encarte que circula em todos os exemplares de assinatura oferecendo as revistas. E a gente começou a utilizar a base de assinaturas de Veja, que era grande, para oferecer dentro da própria revista a oportunidade de assinar as outras. Foi muito bom. Chegamos a 3,4 milhões de assinaturas. RMD - Que tipo de informação o sr. teve sobre assinaturas antes de lançar o sistema? E onde aprendeu sobre o assunto? Roberto Civita - Dez anos antes de Veja nascer, quando me formei fui passar um ano fora do país e uma das coisas que aprendi no departamento de assinaturas da Revista Time foi que não se deve vender assinatura de revistas a um preço muito baixo. A Time também foi útil depois, porque vol- tamos para os EUA quando começamos a vender assinaturas e fomos ver todo mundo vender assinaturas, não só a Time. Fizemos perguntas sobre como era o sistema de atendimento, como era feita a renovação, a efetivação, como era a conversão, etc. Mandamos gente para os EUA para aprender, porque quando fomos para a Europa disseram que mandavam gente para Nova York, o know how era americano. RMD - A que o sr. atribui o sucesso do sistema de assinaturas? Roberto Civita - O fato é que fomos os primeiros e que a gente conseguiu entregar a revista pontualmente e regularmente no domingo. Isto criou uma base de confiança que permitiu para todos os demais entrarem sossegados nesse sistema pois já existia este padrão de confiabilidade. Se fosse mal feito, se não tivéssemos montado uma operação eficiente, acho que o mercado de assinaturas não teria prosperado. Porque se você não faz bem feito acaba destruindo o mercado ao invés de construir. RMD – Para finalizar, o que existe de mais pitoresco na operação de assinaturas? Roberto Civita - Quando as pessoas se divorciam, ou se separam, telefonam e começa uma briga. Um deles fala para a gente: “Escute, eu estou saindo de casa e a assinatura é minha, eu que paguei, manda pra mim”. A outra parte liga e diz: “A assinatura é minha e você continua mandando aqui”. Isso faz anos, toda vez que alguém se separa começa a batalha de quem é assinatura, você acredita? A regra básica é: quem pagou continua recebendo a assinatura, se não a gente acaba se metendo na discussão do divórcio (risos). Não são só as celebridades que chamam a atenção na Internet. Quem investe em marketing direto sabe disso. Comunicação interativa on-line com resultados imediatos: isso é marketing direto. Se você ainda não é associado, faça parte do grupo de empresas que constroem marcas com resultados. Acesse www.abemd.org.br ou ligue (11) 3129-3001. Apoio: Consultorias, Agências de Marketing Direto, Agências de Internet, Empresas de CRM/Database Marketing, Empresas de Telemarketing/Contact Centers, Indústria Gráfica, Empresas de Personalização, Venda Direta, Fulfillment, Logística e Distribuição, Empresas de Comercialização de Listas: tudo isso é marketing direto. 06 ARTIGO POR RUBENS STEPHAN* MARKETING DE RELACIONAMENTO EMPRESA-A-EMPRESA “Hoje em dia os compradores anseiam por menor contato e substituem encontros por telefonemas e e-mails. Por isso a necessidade urgente de integrar marketing e vendas de forma contínua, capturando, refinando e analisando informações de clientes e prospects, para habilitar campanhas direcionadas a pessoas específicas, e produzindo resultados mensuráveis” 16 Marketing Direto Marketing de relacionamento, apoiado por bancos de dados, é quase sempre associado a grandes quantidades de consumidores finais. Ações de telemarketing e campanhas via mala direta evocam a imagem de ofertas personalizadas para pessoas e famílias. Mas sua aplicação “empresaa-empresa”, voltada a impactar uma multiplicidade de compradores profissionais, ganha importância a cada dia. Esta tendência é visível no setor financeiro. Até recentemente, a venda de produtos e serviços corporativos como empréstimos e financiamentos, seguros, cartões, cash management e etc, exigia uma ampla equipe para encontrar, desenvolver e reter clientes empresariais. As funções da área de marketing estavam restritas a desenvolver propaganda, criar literatura de produtos para apoiar vendas e realizar eventos. Historicamente a única área de convergência entre vendas e marketing estava ligada aos esforços de “lead-generation” (identificação e primeiros contatos com prospects). O objetivo de marketing era incentivar consultas de prospects e encaminhá-las, ainda que pouco-qualificadas, aos canais de vendas. Como retorno, pouca informação era recebi- da, causando a sensação nos profissionais de marketing de que os prospects identificados caíam em algo como um buraco negro. A função era puramente de suporte. O caminho para o alcance das metas passava por recrutar, treinar e motivar bons profissionais “da linha de frente”. Como resultado, as áreas de vendas cresceram com o sentimento de posse sobre clientes e territórios. Hoje em dia, o cenário é outro: produtos complexos, competição acirrada, busca por maiores performances e necessidade de dividir as decisões entre vários influenciadores - tudo contribuiu para mudar radicalmente a preferência pelos processos de venda. No lugar de amistosas reuniões de antigamente, hoje em dia os compradores anseiam por menor contato e substituem encontros por telefonemas e e-mails. Por isso a necessidade urgente de integrar marketing e vendas de forma contínua, capturando, refinando e analisando informações de clientes e prospects, para habilitar campanhas direcionadas a pessoas específicas, e produzindo resultados mensuráveis. Implantar os recursos de marketing de relacionamento no dia-a-dia exige cuidado. Atente para seis pontos: 1. Dedique atenção à construção de um bom database, com dados cadastrais, de comportamento de compra e de relacionamento das pessoas, sejam clientes ou prospects. Múltiplas pessoas influenciam em um processo de compra, e por isto, uma estratégia de várias abordagens diferentes é necessária. 2. Analise os dados. Comece por tabelas que cruzam todas as dimensões de dados disponíveis entre si. É recompensador perceber que, a cada conclusão derivada dos dados, nascem novas perguntas - isto é o combustível da melhor inteligência sobre clientes que a empresa poderia obter. 3. Deixe os dados falarem. Altere o ciclo tradicional de decisões de modo a refletir oportunidades no banco de dados. Segmentos distintos de clientes respondem diferentemente às ofertas, de modo que devemos investir em cada segmento na medida que pudermos projetar maior ou menor receita no futuro. 4. Integre todos os canais e pontos de contato. À medida que os clientes podem visitar Rubens Stephan é presidente da MarketData Solutions para a América Latina uma agência, solicitar informações pela Internet e especificar serviços pelo callcenter, todos estes eventos tornam-se partes interligadas do mesmo processo, e não podem ser tratados de modo independente. Cada contato gera informações que devem ser capturadas e processadas no database. 5. Crie campanhas que sejam orientadas pelos dados (“data-driven”). Empresas compram por motivos diferentes e respondem a apelos de venda diferentes. É surpreendente que a maioria esmagadora das campanhas de marketing B2B seja ainda generalista para toda a base de clientes, de modo ainda indiferenciado. 6. Meça os resultados. Não apenas de vendas, mas de cada ação de marketing. Uma vez que podemos conhecer quem são nossos clientes e prospects e que campanhas dirigimos a eles (sejam malas diretas, e-mails ou visitas face-a-face), é obrigatório medir e aprender com o sucesso e insucesso de cada esforço. Marketing Direto 17 MOBILE MARKETING EFICÁCIA PARA O RELACIONAMENTO Muitas empresas, especialmente as operadoras, têm usado o canal para fazer publicidade o que acentua a percepção de invasão de privacidade É provável que não exista canal mais direto que o mobile marketing, a comunicação das marcas com o consumidor via celular. O problema é que muitos confundem o mobile marketing com propaganda, a modalidade mais usada aqui no Brasil. Ela é realizada principalmente pelas próprias operadoras e isso faz crescer a percepção de invasão de privacidade, quando na verdade, o SMS deve ser tratado como mídia direta e não de massa. Embora o e-mail também permita uma relação direta e pessoal com o usuário, necessita que o consumidor esteja em frente a um computador para ser atingido por uma ação. “A principal vantagem deste canal é poder estar sempre ao lado do consumidor, na hora que ele desejar”, diz Antonio Rosa Neto, presidente da Dainet e diretor da ABEMD. Além disso, através de sistema GPS, é possível enviar uma mensagem ao usuário sabendo sua localização exata. Isso permite fazer uma oferta a determinado consumidor que está próximo do local de promoção, do ponto de venda. “É a primeira vez que saberemos não apenas com quem estamos falando, mas onde está o consumidor”. A abrangência do SMS também é uma importante vantagem desse meio com relação a praticamente todas as demais mídias. Afinal, segundo dados da Anatel, são 90 milhões de aparelhos celulares, marca que superou 18 LINKADO.pmd Marketing Direto 18 5/22/2006, 4:10 PM A Kwead.com desenvolveu para a Nestlé o PowerBar Training. O aplicativo é dirigido aos praticantes de esporte, e só se envolve com a campanha quem for até o site e baixar através do próprio celular ou pela Internet. “A principal vantagem deste canal é poder estar sempre ao lado do consumidor, na hora que ele desejar”. Antonio Rosa Neto, presidente da Dainet e diretor da ABEMD tanto o número de telefones fixos quanto o de usuários de Internet no Brasil. “Pode-se afirmar que o SMS é a única mídia que cria um canal direto, personalizado e interativo e que está junto ao cliente onde quer que ele esteja”, diz o diretor de negócios da BeWireless, Rodrigo Leal. A empresa disponibiliza infra-estrutura e ferramentas de SMS e mobilidade para o mercado corporativo. Excesso de informação Mas o excesso de informações e de serviços pode se tornar um inimigo do mobile marketing. “O celular é um ícone da sociedade imediatista e da cultura consumista, o excesso de informação disponibilizada pode emprestar uma imagem negativa a este canal”, acredita Gil Giardelli, diretor geral da Permission, empresa que trabalha com ferramentas de relacionamento digital e soluções de mídia como e-mail marketing, SMS/ MMS, mala direta e links patrocinados. O que pode ser também considerada uma desvantagem do uso do SMS é a limitação de hardware e banda de conexão, embora ambos tendam a melhorar muito em curto espaço de tempo, já que a tecnologia dá saltos cada vez mais significativos nos últimos anos. As ações de mobile marketing permitem, como no Marketing Direto, uma série de segmentações. Segundo conta Renato Sertório, diretor da Kwead.com, é importante trabalhar com nichos e fazer com que o usuário inicie a relação, “porque as segmentações atualmente são passivas”. Um exemplo que Sertório cita é o da campanha promocional da Pepsi, na qual só tinha direito a participar quem enviava um SMS com o código da promoção estampado na figurinha dentro do saco de batatinhas. “A Pepsi/Rufles não enviava nada para ninguém sem antes o usuário tomar a iniciativa”. Outro exemplo é o aplicativo da Nestlé PowerBar Training, dirigido aos praticantes de esporte, porque só se envolve com a campanha quem for até o site e baixar através do próprio celular ou pela Internet. Um engano que se comete constantemente é achar que o SMS (Short Message Service) é sinônimo de mobile marketing. Há pelo menos mais três ou quatro formatos, como o wap, os aplicativos, o SIM “browsing”. “O SMS é mais conhecido e usado porque com essa ferramenta é possível falar com quase 100% da base de usuários”, explica Sertório. O presidente da Dainet por sua vez lembra que o SMS Messages já carrega anúncios e, em breve, novos sistemas incluindo o Wi-Fi e o Wi-Max, entre com toda a força no negócio. “Pode-se afirmar que o SMS é a única mídia que cria um canal direto, personalizado e interativo e que está junto ao cliente onde quer que ele esteja”. Rodrigo Leal, diretor de negócios da BeWireless Marketing Direto 19 Big Brother “O SMS é mais conhecido e usado porque com essa ferramenta é possível falar com quase 100% da base de usuários”. Renato Sertório, sócio-diretor de planejamento da Kwead.com A construção de diálogos através do mobile marketing poderá ser feita ainda através das técnicas de Marketing Direto, como lembra Gil Giardelli. “Mobigames, mobiTV e moblogging poderão ser usados de forma instantânea e interativa aplicando técnicas de Madvertising, M-coupon, M-commerce”. Ainda com relação ao SMS, as aplicações são inúmeras, desde campanhas promocionais até a participação interativa em programas de TV. Segundo destacam Tatiana Albuquerque e Paco Torras, diretores de atendimento da M-Direct, empresa de mobile direct marketing, os exemplos de uso pela TV são diversos, como no caso do canal da NET com chat em tempo real, no qual os participantes enviam mensagens que são publicadas na tela de TV ou, mais clássico, como o do Big Brother da TV Globo, no qual a votação é via SMS. “Para a mídia impressa é um dos únicos canais que possibilita a interação com o leitor em tempo real. E também a distribuição de conteúdo segmentado à escolha do destinatário”, diz Paco Torras. Apesar de ser um canal direto com o consumidor, o mercado brasileiro ainda não dispõe de listas com opt-in para aluguel visando ações de mobile marketing, como lembra Tatiana Albuquerque. A maior parte das ações prevêem a estruturação de suas próprias listas. Portanto, as segmentações dependerão da forma como será estruturada a lista. “No nosso cliente UniverCidade, há segmentações bastante distintas, como o prédio onde estudam, curso, turno e até se o aluno possui ou não carteira de estudante”, VEJA ALGUMAS DAS INÚMERAS APLICAÇÕES DO MOBILE MARKETING TV aberta e fechada Universidades SMS possibilita interatividade em tempo-real com o telespectador e receita adicional. Exemplos: participantes enviam mensagens SMS que são publicadas na tela da TV; assinatura de informações via SMS (pare de fumar, dicas de gravidez etc); votação via SMS; oferta de assinatura de boletim informativo via SMS sobre a Copa do Mundo 2006. SMS possibilita o relacionamento com alunos em tempo real. Exemplos: alunos se cadastram no Programa para ter acesso aos serviços oferecidos via SMS – recebimentos de notas de provas no celular; avisos se o professor faltou; infos de datas e prazos do Calendário Acadêmico; Infos de promoções e ofertas exclusivas para alunos participantes etc. Mídia impressa SMS possibilita interação entre o leitor e o veículo em tempo-real e oferece ao leitor um canal de resposta direta. Outro uso é a distribuição de conteúdo segmentado à escolha do destinatário. Diversas revistas já oferecem seu conteúdo via SMS seja de forma push ou pull. Exemplo: campanhas de prospecção de assinantes, campanhas de retenção de clientes (assinantes com débito automático no cartão de crédito e com data do cartão de crédito a expirar). 20 Marketing Direto Mercado imobiliário SMS usado para relacionamento direto com a força de vendas (corretores). Exemplo: comunicar promoções para corretores das empresas de vendas parceiras (lançamentos imobiliários, eventos, premiação etc). Serviços Financeiros SMS para confirmação do uso do Caixa Eletrônico como medida de segurança. Fonte: Tatiana Albuquerque e Paco Torras explica Paco Torras, que junto com Tatiana, lançou recentemente o livro Mobile Marketing - SMS como Ferramenta de Marketing. Custos e eficácia Ser um meio de contato direto e constante com o consumidor é considerado de forma unânime uma grande vantagem do mobile marketing com relação a outros canais, porém o mesmo não se verifica com relação aos custos das ações. Tatiana Albuquerque vê os baixos custos e a extrema agilidade das ações como vantagens. “Além disso, oferece garantia e confirmação de entrega das men- sagens; mensuração de ROI em tempo real e geração de fonte de receita adicional”, diz ela, acentuando que as ações independem do tamanho da empresa e da quantidade de usuário. Para Antonio Rosa, porém como as ações hoje em dia são basicamente apoiadas no celular, os custos não são muito convidativos. “Mas é fundamental observar o barateamento das ligações pelas operadoras e principalmente pelo crescimento do número de palms, pocketPCs, ipods com acesso à banda larga pela Internet”. O diretor geral da Permission, “as operadoras já chegaram à conclusão que gerar lucro com os clientes apenas através da troca de voz já chegou ao limite. Todas as operadoras investem em troca de dados e isso beneficia o mobile marketing”. É importante lembrar que a eficácia de uma ação também está relacionada a uma série de fatores que vão desde a criação e passam pela oferta e lista. O que é comprovadamente eficaz é o altíssimo índice de leitura e dificilmente o usuário apaga a mensagem antes de lê-la. “É uma vantagem sobre o e-mail marketing e além disso é possível transmitir todo o recado”, destaca Rodrigo Leal. Opt-in é obstáculo “As operadoras já chegaram à conclusão que gerar lucro com os clientes apenas através da troca de voz já chegou ao limite. Todas as operadoras investem em troca de dados e isso beneficia o mobile marketing”. Gil Giardelli, diretor geral da Permission Talvez atualmente o maior obstáculo para o desenvolvimento do mobile marketing seja o processo de opt-in por parte do cliente. Isso porque as empresas cadastram os celulares dos seus clientes, mas ainda não criaram um procedimento contínuo para obter a autorização do envio de mensagens. “Pode ser feito, por exemplo, via website; por formulários em papel; via call center entre outros meios”, afirma Leal. “É importante também “Para a mídia impressa é um dos únicos canais que possibilita a interação com o leitor em tempo real. E também a distribuição de conteúdo segmentado à escolha do destinatário”. Paco Torras, diretor de atendimento e planejamento da M-Direct que as empresas definam uma política de atualização de cadastro de celulares”. O avanço da competição, aliada à tecnologia, vai provocar grandes mudanças no cenário da comunicação. Segundo conta Antonio Rosa, que participou recentemente do NAB (National Association Broadcasters), a maior feira de rádio e TV do mundo, o que mais se falou no evento foi exatamente mobile media. “Todas as emissoras de rádio e TV do mundo entendem que precisam entrar rápido nesse negócio, mesmo sem entendê-lo direito”. Esse movimento pode ser decisivo para o crescimento do mercado de mobile marketing já que atualmente ele é restrito. “A falta de modelos comerciais variados e, principalmente, comuns a todas as operadoras, dificulta a entrada de novos clientes, especialmente os de pequeno e médio portes, o que faz com que o mercado se resuma às grandes empresas”, analisam Tatiana Albuquerque e Paco Torras. Marketing Direto 21 Que é do Para reter entre Se você ainda não é associado, faça parte do grupo de empresas que constroem marcas com resultados. Acesse www.abemd.org.br ou ligue (11) 3129-3001. Consultor CRM/Dat Gráfica, Distribuiç Quem olha não imagina: o que ele gosta mesmo é dos programas e revistas de surf. Para vender a assinatura certa ao público certo, reter clientes e mensurar os resultados das ações, entre na onda do marketing direto. Consultorias, Agências de Marketing Direto, Agências de Internet, Empresas de CRM/Database Marketing, Empresas de Telemarketing/Contact Centers, Indústria Gráfica, Empresas de Personalização, Venda Direta, Fulfillment, Logística e Distribuição, Empresas de Comercialização de Listas: tudo isso é marketing direto. Apoio: PREMIAÇÃO POR PIO BORGES* JOHN CAPLES AWARD DE 2005 “Os ‘estrangeiros’ como nós ganharam 90% dos prêmios John Caples em 2005. Será que isto assinala um declínio na criação norte-americana?” O mundo do Marketing Direto nasceu com este nome nos EUA e na sua certidão de nascimento tem o nome de Lester Wunderman como pai. Ele deu o nome para uma atividade intensamente praticada no país, desde o século XIX e que chegava cada vez mais poderosa e ativa em meados do século XX. Dentre um dos gênios da comunicação que tornaram isto uma realidade estava John Caples, um redator que ainda estagiário - três meses depois de começar a trabalhar numa agência criou o anúncio que se tornou um ícone em termos de conceito, geração de respostas e campeonato de resistência como vencedor, ao longo de mais de 30 anos, contra quaisquer outros criados para derrubar em termos de vendas a sua peça controle. Era aquele que dizia: “Todos riram quando sentei ao piano, mas quando comecei a tocar...” Em 1978, Andi Emerson criou a John Caples Foundation atendendo ao que poderia ser algo como “clamor público” para entender e valorizar a nossa atividade de marqueteiros diretos. John Caples na ocasião tinha 78 anos e naturalmente ficou deliciado pela homenagem de seus colegas. Neste ano foram concedidos os prêmios da 28ª 24 Marketing Direto edição do John Caples Award. E nove cases brasileiros, incluindo finalistas foram premiados. O Márcio Salem como redator e a sua equipe, composta pelo Flavio Takahashi, na arte, e pelo Luiz Vigeta e a Eliana Barros, na produção, ganharam nada menos de cinco dos nove prêmios brasileiros, inclusive dois ouro. Além da Salem, Ogilvy One, Ogilvy Interactive, eIou e Fábrica foram premiados. Vejam os cases deles no site do Caples www.caples.org; mergulhem nos seus meandros e falem diretamente em São Paulo com seus autores ao vivo. Notável também é que os prêmios brasileiros foram compartilhados por profissionais de 21 países diferentes. Os “estrangeiros” como nós ganharam 90% dos prêmios em 2005. Será que isto assinala um declínio na criação norte-americana? Nos livros de John Caples ele ensinou como fazer as coisas certas nesta atividade que requer tanta atenção aos detalhes, o que não deixar de fora e o que não precisa de tanto rigor. A quem ouvir, como buscar referências. Saber que de nada adianta a criatividade quando se afasta de maneira suicida da obtenção de resultados, pois eles é que permitiram as malas diretas e seus autores tornarem-se grandes personalidades do mundo dos negócios. A análise do que ocorreu na premiação do John Caples em 2005 é um exercício essencial a todos que dedicam sua atenção e seus investimentos ao Marketing Direto. O livreto sobre o 28º Caples Award, como não podia deixar de ser, é completo e de entusiasmar. Permite uma análise de coisas notáveis. Quando assumi o papel de chairman do John Caples Award no Brasil, há pouco mais de 15 anos, os cases consideravam cerca de 10 mídias. O nosso mundo limitava-se ao óbvio e mais alguns adicionais, tais como outdoors com resposta direta, infomerciais em seus primeiros anos e coisas assim. Este ano as mídias de Marketing Direto foram 31 e com certeza em 2006 serão ainda em maior número. Como entender tudo isto e se beneficiar dos esforços intelectuais e técnicos de tanta gente em tantos países do mundo? O que recomendo é a dedicação diária, durante o número de dias que for necessário, a você examinar um a um cada case premiado ou finalista do Caples de 2005. O meu primeiro e decisivo livro sobre Marketing Direto foi o Making Ads Pay do John Caples. Ao lê-lo posso afirmar, sem erro, que promoveu uma mudança radical na minha vida de profissional de comunicação. Tenho também a certeza de que não há profissional de Marketing Direto que ao visitar - e examinar cada case do Caples Award de 2005 - que não possa acrescentar novas idéias às suas cabeças privilegiadas e quem sabe a mudar também a sua carreira como o autor fez comigo há algumas décadas... *Pio Borges é presidente da PB Comunicação Dirigida e Chairman do John Caples International Award no Brasil PREMIAÇÕES 1º lugar Salem para o Comunique-se Direct Mail Dimensional Over $5 Each - Business Criação de Márcio Salem, Flavio Takahashi e Eliana Barros Ogilvy Interactive para Revendedores Fiat Online Ad - Business Criação de Marcio Holanda, Pedro Gravena, Miguel Genovese e Marco Antonio Almeida Ogilvy One para o Graacc Online Ad - Consumer Non-Profit Criação de Cassiano Saldanha, Felipe Mahalem, Moacyr Netto, Marco Antonio Almeida e Adriana Curry 3º lugar Salem para o Comunique-se Direct Mail Dimensional Over $5 Each - Consumer Criação de Márcio Salem, Flavio Takahashi e Eliana Barros Salem para a MasterCard Direct Mail Dimensional Over $5 Each - Business Criação de Márcio Salem, Flavio Takahashi e Eliana Barros Salem para a CPM/IBM Direct Mail Dimensional Over $5 Each - Business Criação de Márcio Salem, Flavio Takahashi e Eliana Barros Os países mais premiados: Nova Zelândia - 16 (12 pratas e 4 bronzes) Espanha - 12 (4 ouros, 6 pratas e 2 bronzes) EUA - 12 (2 pratas e 10 bronzes) Austrália - 10 (1 ouro, 6 pratas e 3 bronzes) Alemanha - 8 (1 ouro, 1 prata e 6 bronzes) Brasil - 6 (3 ouros e 3 bronzes) Malásia - 5 (1 ouro, 1 prata e 3 bronzes) África do Sul - 4 (2 ouros e 2 pratas) Marketing Direto 25 MERCADO Marketing Direto em Boa Companhia Com o objetivo de reunir os principais players do mercado para debater os rumos e tendências do Marketing Direto no Brasil, aconteceu no dia 30/03, nas dependências do Hotel Renaissance em São Paulo, o segundo evento “Marketing Direto em Boa Companhia”. Promovido pelo Escritório de Consultoria e Negócios em Marketing Direto dos Correios, com o apoio da ABEMD, este evento de relacionamento contou com a presença dos representantes de associações de classe, agências de publicidade e de Marketing Direto, empresas de call center, listas, Internet e CRM/Database. Na abertura, a coordenadora de negócios da Diretoria Regional dos Correios em São Paulo, Rosiane dos Santos, enfatizou os excelentes resultados que a ECT apresentou, já no primeiro trimestre deste ano. Na seqüência, o presidente da ANATEC, Pedro Renato Eckersdorf, discorreu sobre o mercado editorial no Brasil, destacando a grande expansão do setor e evidenciando o crescimento de revistas segmentadas. O evento contou ainda com as participações de Efraim Kapulski, presidente da ABEMD, e Vicente Argentino, da Datalistas. A exemplo do encontro anterior, os participantes destacaram a importância da proposta deste tipo de iniciativa, que muito contribui para difundir o Marketing Direto. 26 Marketing Direto Datamidia,FCBi cria ação para a Páscoa A Datamidia,FCBi, agência de marketing de relacionamento do Brasil, criou ação de relacionamento para Páscoa dirigida a funcionários, parceiros e amigos. As peças criadas foram: ação de e-mail marketing, hot site com um jogo interativo e divertido e kits de Páscoa personalizados com cinco sugestões diferentes. A ação consistiu no envio de um e-mail para que as pessoas escolhessem o presente que desejavam ganhar. Nessa peça, foram feitos jogos com o Coelho Maluco que havia roubado os presentes, e também um convite ao leitor para que brincasse com o Coelho e obrigasse-o a mostrar os kits de Páscoa. No final da brincadeira os leitores escolheram um kit de páscoa, dentre as 5 opções disponíveis. Próximo ao feriado da Páscoa, os presenteados receberam em suas casas ou escritórios os kits escolhidos. Os materiais foram criados pela equipe comandada pelo Rui Piranda e pelo Alessandro Guidini; a direção de arte é de: Thomas Zander, Emerson Viegas e Edgar Petriccioni; a redação é da Mônica Hum; a produção gráfica é de Miriam Andrade e Leandro de Souza; o planejamento é do Rafael Taqueuchi e o atendimento é de Silvia Izu. Kwead.com em projeto de mobile marketing para a Nestlé A Kwead.com, agência de comunicação e projetos online, em parceria com a Nestlé, lançou no dia 17 de abril, o aplicativo de mobile marketing PowerBar(r) Training, capaz de monitorar o tempo, distâncias e a quantidade estimada de calorias eliminadas durante os treinamentos físicos dos usuários. O produto é direcionado a praticantes de esportes que sejam usuários de celulares das operadoras que utilizam a tecnologia GSM. O download do programa pode ser feito gratuitamente via WAP, pelo endereço www.powerbar.com.br, ou via computador no mesmo endereço. Para utilizar o aplicativo o usuário só precisa inserir seus dados de configuração: endereço de e-mail, peso, altura e o esporte que será praticado - corrida ou caminhada. Com a ação, além de construir marca, a empresa vai gerar um cadastro específico de praticantes de esporte para futuras ações de relacionamento. Kiwari lança newsletter com foco em marketing digital NET faz “Barba, cabelo e bigode” Em abril, a Sun MRM desenvolveu ações de Marketing Direto dando continuidade à campanha “Barba, cabelo e bigode”, criada para a NET. O objetivo da campanha foi lançar no mercado o NET Fone via Embratel, novo produto da operadora de TV por assinatura. A agência é responsável pela realização de malas diretas que divulgarão o novo serviço de telefonia para prospects e para toda base de clientes NET. A ação teve como intuito anunciar para o público dirigido que a NET está se posicionando no mercado como uma prestadora de serviços que oferece triple play, o que significa que os clientes NETs estarão conectados ao mundo através da TV, da Internet e também pelo telefone, com mesmo cabo. A agência desenvolveu uma mala direta que enfoca os benefícios para quem adquirir os produtos NET. O conceito trabalhado textualmente mostra que quanto mais serviços NET o cliente possuir, menos pagará por eles. Portanto, as peças criadas pela Sun MRM, além de evidenciarem que a NET completou, com o NET Fone via Embratel, seu portifólio de produtos, indicam também o quanto é vantajoso é ser um cliente triple play. A Kiwari acaba de lançar a newsletter Drops Digital, que reúne clipping de vários portais, com assuntos sobre tendências, novidades, artigos, estatísticas e notícias sobre Marketing Digital. A ferramenta vai colaborar para a empresa ampliar a base de relacionamento já que o cadastro para recebimento da news é feito no próprio site (www.kiwari.com.br/ knowledge2.htm). A idéia da Drops Digital é trazer conteúdos segmentados de vários canais do mercado com foco em Marketing Digital. “Através da plataforma KiwariDirect de e-mail marketing podemos dinamizar e automatizar a captura de conteúdos de vários portais de informação, que possuem RSS integrado”, explica o coordenador da news e diretor de novos negócios da Kiwari do Brasil, Ronaldo Melo. “A relevância de conteúdo e a rapidez com que ele chega aos leitores acompanham uma tendência do mercado de marketing digital que é a personalização”, acentua a diretora geral da Kiwari, Georgiana Leite. Marketing Direto 27 MERCADO Wunderman desenvolve ação para o Guia Mais Uma ação muito especial desenvolvida pela Wunderman, para a divulgação do Guia Mais (www.guiamais.com.br), está invadindo as agências de propaganda de São Paulo, Porto Alegre, Rio Janeiro e Brasília. O objetivo é apresentar aos profissionais de mídia das agências as oportunidades oferecidas pelo serviço do Guia Mais a anunciantes, que agora também atua na versão on line em outros estados além de São Paulo. A ação possui seis fases sob a idéia de que as pessoas podem encontrar tudo o que precisam, entre produtos e serviços, no Guia Mais. Portanto, o garoto propaganda da empresa pôde tirar férias, afinal ninguém mais irá procurá-lo para nada. Em cada uma das fases, estão sendo enviadas às agências correspondências diferentes em nome do São Longuinho. A 1ª peça é um relicário vazio com uma placa dizendo “Fui” e um bilhete informando que o santo resolveu tirar férias, pois ninguém o procurava mais e a vida dele estava um tédio. As 2ª e 3ª peças são cartões postais mostrando São Longuinho descansando em Natal e Fernando de Noronha. Já na 4ª fase, uma carta explica que depois do lançamento do Guia Mais ninguém mais precisou do São Longuinho. Na 5ª, uma vela de sete dias avisa que na próxima semana alguém entrará em contato para falar sobre o São Longuinho. A ação é encerrada com uma visita de um Gerente do Guia Mais às agências que participam da ação, acompanhado de uma surpresa. A criação é Marcelo Zampini, Cristiane Borovina e Flávia Tobias, sob a Direção de Criação de Alexandre Ravagnani. Vannon Direct amplia serviços para Audi do Brasil A Audi amplia seus trabalhos de gestão de treinamentos para todos os departamentos das concessionárias (técnicos, não técnicos, vendas e pós-vendas) utilizando a ferramenta de relacionamento GRC e-Manager da Vannon Direct. Todos os funcionários das concessionárias terão acesso ao site (extranet) da Audi Treina- 28 Marketing Direto mentos para se informarem sobre os cursos de aprendizagem e aperfeiçoamento oferecidos pela Audi do Brasil, visando à qualidade na prestação de serviços e no atendimento aos clientes. O sistema possui um módulo de segmentação da base de funcionários de acordo com o perfil desejado (concessionária, cargo, cursos já realizados, etc.) além de disparar o e-mail marketing de convocação para participação de cursos. Os relatórios fornecidos pelo GRC e-Manager foram customizados para atender o departamento de treinamentos da Audi do Brasil e utilizados tanto no acompanhamento de desempenho dos funcionários em cada curso como na tomada de decisão para definição da grade para os próximos meses. Fábrica em ação para Itaú Seguros Ação interativa no site da Itaú Seguros possibilita ao internauta enviar cartões personalizados para suas mães Enviar um cartão personalizado com flores virtuais ou flores de verdade para sua mãe são ações que a Itaú Seguros está realizando em seu site institucional (www.itauseguros.com.br), para comemorar o Dia das Mães. A ação online foi criada pela Fábrica Comunicação Dirigida. “O objetivo é reforçar ainda mais o posicionamento ‘Feita para cuidar de você’ e criar uma imagem positiva da instituição”, conta Carol Gleich, diretora de criação online da Fábrica. Com o tema ‘O dia feito especialmente para as Mães merece ser mais bonito’, a ação permite enviar um cartão personalizado com flores virtuais e uma mensagem especial para a sua mãe, além de indicar a novidade aos amigos. Depois de criado o cartão, a mãe homena- geada receberá um e-mail informando o endereço eletrônico de destino com o link para a sua a visualização da mensagem. Quem optar pela compra de flores online, será direcionado para o site da Flower Gallery (www.flowergallery.com.br), com a qual a Itaú Seguros realizou uma parceria, a fim de oferecer aos seus clientes um desconto especial na compra arranjos para o Dia das Mães. A divulgação está sendo feita no site institucional da Itaú Seguros e através do envio de e-mail marketing junto à base de clientes. Conta ainda com uma campanha na mídia segmentada - MSN -, com vistas a atingir outros públicos. Segundo a diretora de criação online da Fábrica, a ação vai ampliar o número de acessos ao site da Itaú Seguros. AGENDA DE EVENTOS Palestra - 25 de maio O Marketing de Relacionamento na Era das Redes Sociais Programa: - Redes Sociais - Comunicação C2C - Blogs - Blogesfera - Comunidades Virtuais e Fóruns de Discussão - Comunicação Integrada - Modelos de Comunicação com o Consumidor - Casos de sucesso e de fracasso A1 Brasil faz campanha para reativação de sócios do MAM A campanha foi desenvolvida por meio de uma ação de marketing digital para a recuperação de sócios e teve um retorno de 11,8% O MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, escolheu a A1 Brasil, agência de marketing de relacionamento digital, para criar e executar uma campanha para reativação dos sócios do museu. Utilizando pinturas de Alfredo Volpi e Di Cavalcanti, a campanha - criação de Roberto Guarnieri, presidente da A1, e aprovação de Roberta Alves e Hélio Fukuda - convida as pessoas a participarem do MAM. A campanha foi desenvolvida por meio de uma ação de marketing digital para a recuperação de sócios e teve um retorno de 11,8%. O sócio tem carteirinha personalizada, entrada livre no museu, tem descontos na loja do museu e em serviços de biblioteca, recebe convites para vernissages e participa de um curso de História da Arte, além de gozar de outros benefícios. Além de contribuir para a manutenção e o desenvolvimento de uma das mais importantes instituições culturais do país, o sócio passa a fazer parte de um seleto grupo de apoiadores da arte. Palestrante: Ricardo Pomeranz, sócio-presidente da Rapp Digital Brasil Horário: das 9h00 às 12h00 Local: ABEMD - Edifício Itália - 13º andar - cj 132B Endereço: Av. Ipiranga, 344 - Esq. c/ Av. São Luís, 50 - Centro - SP Investimento: - Associados da ABEMD: Gratuito - Não Associados: R$150,00 Inscrições e Informações: (11) 3129-3001 ou / atendimentoeventos@abemd.org.br Marketing Direto 29 MERCADO DE TRABALHO A A1 Brasil, agência de midias digitais, contratou Ervin Kazuaki Moriyama como gerente de projetos e Raquel Fernandes da Silva para a criação. Erwin e Raquel vieram da Euro RSCG. Ambos, já, estão trabalhando sob o comando do Roberto Guarnieri, presidente da A1 Brasil. A Copyright comemora o crescimento no Rio de Janeiro, com novas contratações. No atendimento as mais recentes aquisições são Vivien Martins (ex-I-best) e a assistente Vitória Lugo (ex-DM9 e COB). Na criação, liderada por Tite Zobaran, a redatora Alda Corrêa da Costa (ex-DiretaCom, JWT, Salles D´Arcy), o diretor de arte Paulo Pelá e a arte finalista Suzana Lemos (ambos vindos da Selluloid). Para a filial de São Paulo, a Copyright anuncia a contratação de Aline Rodovalho para gerente de operações. Com 5 anos de experiência Aline já esteve na Wunderman, Salem e Design com z. A Datamidia,FCBi, agência de marketing de relacionamento, contratou Alice Leite para supervisionar a criação do Grupo Unibanco, Marcos Almeida para a direção de arte do Grupo Sky e o Reinaldo Pires para gerenciar o departamento de tecnologia da informação da agência. Alice Leite, exSun MRM, foi representante do Brasil no júri do Cannes Lions Direct 2004 e do John Caples Award 2004. Marcos Almeida é ex-Draft, onde atendeu a Renault e MetLife. Reinaldo é exEuro RSCG 4D, onde desenvolveu projetos para Nokia, Intel, Tim, Reckit Benckiser, Microsoft, Kaiser, entre outros. Já Gabriela Nogueira Eckersdorff, gerente de projetos Sr do Grupo Pão de Açúcar, foi promovida a diretora de contas e se reportará diretamente a diretora de planejamento, Beatriz Ayrosa. Esta promoção é o reconhecimento por todo o trabalho que Gabriela desenvolveu na Datamidia,FCBi com contas, como SPP-Nemo e Unibanco e especialmente com o Pão de Açúcar, nos seus quase 4 anos de casa. Ana Carolina Soutello é o mais novo reforço comercial da Direkt. Nos últimos 7 anos trabalhou em importantes Institutos de Pesquisa como Interscience e Acupoll, onde desenvolveu a metodologia Acupoll no Brasil e também uma rede de parceiros na América do Sul. Em seu currículo atendeu clientes como Colgate-Palmolive, Coca-Cola, Danone, Peugeot e Multibrás e realizou trabalhos principalmente voltados à área de Inovação. Sua formação é em Economia (Mackenzie) com Pós-graduação em Marketing pela FGV SP. Fez iniciação em Psicanálise na Sider Sapience. Ana Carolina ocupará o cargo de Executiva de Contas da Direkt e atuará em São Paulo. A Euro RSCG 4D apresenta seu novo diretor de mídia: Fábio Caetano (ex-África). Formado em Administração com ênfase em Marketing, Fábio Caetano tem mais de 7 anos 30 Marketing Direto de experiência no mercado publicitário, com passagens pela DMA, Rapp Collins, Wunderman, Young&Rubicam e África. Antes da publicidade, trabalhou na área financeira da Itautec durante 8 anos. Fábio já assinou planos de mídia para grandes anunciantes como Ford, Dupont, Sky, Arno, Lacta, Citibank e Vivo. Na Euro RSCG 4D, vai colocar seu profundo conhecimento em mídia tradicional em favor da comunicação integrada. Eduardo Motton (ex-Globo.com, iG e outros) assume a direção de tecnologia da Euro RSCG 4D, amparado por mais de 20 anos de experiência. No currículo, passagens em indústrias, especialmente automotivas; também foi agente de perícia da Polícia Federal (combate a hackers) e esteve em veículos de comunicação como TVA, Directv, UOL, iG, Globo.com. Por último, prestou consultoria em empresas de software, inclusive nos Estados Unidos e Canadá. Na Euro, o desafio é trazer todo esse know-how tecnológico para as ações de comunicação integrada que a agência está desenvolvendo. para clientes e consumidores, mídia online, às estratégias de comunicação, operações e serviços dos clientes da OgilvyOne. A Interact contrata uma nova dupla de criação: Andréia Lipsky e Clauber Volinsky. Com 11 anos de carreira, Andréia assume a direção de arte da agência. A criativa trabalhou em grandes agências do mercado como Sun MRM Worldwide, Grey Worldwide e Grey Direct. No portfólio tem campanhas criadas para Banco Real, Editora Abril, GM, Nestlé, Microsoft, entre outros. Já Clauber Volinsky é o novo redator da agência. Os 10 de anos de carreira foram divididos entre empresas como Sun MRM Partners, Datamídia,FCBi, Grey Direct, Wunderman e DPTO. O redator assinou a criação de campanhas para grandes players do mercado como Banco Real, TIM, C&A, HP, Philips, GM e Fiat. Volinsky também acumula diversos prêmios em sua carreira. No ano passado conquistou um Ouro no Prêmio ABEMD por um projeto desenvolvido para a GM. Os dois farão parte de uma equipe liderada pela vicepresidente de criação Jane Ciambelli. A Sunset Comunicação acaba de contratar dois novos diretores para a área de criação. Anderson Gomes, graduado em Publicidade e Propaganda pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo e com passagem pelas agências Jaapoh Publicidad (Santiago - Chile) e Lage’Magy Publicidade. Já Rogério Uwai é graduado em Design e Publicidade pela School of Visual Arts de Nova York e já atuou na agência AlmapBBDO, além de ter integrado os times da SphkeDDB, de Nova York e BBH, de Tokyo. Também para a área de criação, a agência contratou Daniela Beneti, que passa a integrar o time da agência como redatora atendendo Bayer, Unibanco e as revistas Você S/A e Exame. Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de São Paulo, Daniela tem passagem pela Octopus Comunicações e possui experiência com Marketing Direto, campanhas institucionais, públicas, promocionais e online. A OgilvyOne, unidade de marketing de relacionamento do Grupo Ogilvy, acaba de anunciar a contratação de Isabel de Meiroz Dias como diretora de planejamento. Isabel é uma das mais experientes profissionais do País na área de planejamento de tecnologia de informação. Mestre em administração pela USP, e em fase de conclusão do doutorado na área, é professora de Gestão do Conhecimento e Gestão de Tecnologia de Informação em cursos de graduação e pósgraduação nas prestigiadas faculdades FAAP, IBMEC, FUNDAP e FIAP. A principal missão da nova diretora na agência será incorporar ferramentas de tecnologia de informação como, por exemplo, comércio eletrônico, intranets sites de produtos, sites A RMG Connect, agência de marketing de relacionamento do Grupo WPP, ganhou uma nova integrante na sua unidade carioca: Verônica de Oliveira, que assume como executiva de contas. Ela reforça a equipe de atendimento da Losango. Verônica, formada em Publicidade e Propaganda na ESPM e com pós-graduação em gestão do conhecimento e inteligência empresarial, possui 11 anos de experiência no mercado, e foi gerente operacional no Centro de Referência em Inteligência Empresarial - COPPE/UFRJ. A profissional Sabrina Silva é a mais nova contratada da agência Sun MRM. Sabrina teve passagens pela Datamidia,FCBi, onde atendeu o Unibanco e pela Milk, a qual atendeu clientes como Accor, e Unisys. Na Sun MRM, Sabrina atenderá, como supervisora de contas, os clientes NET, Microsoft, Intel, TMKT, Nextel e AACD. A Wunderman, agência de relacionamento do Grupo Newcomm, contrata dois novos diretores de criação: Alexandre Ravagnani e Eduardo Moliterno. Alexandre Ravagnani é o novo diretor de criação offline, responsável por anúncios, filmes, materiais de ponto-devenda, promoção e Marketing Direto produzidos pela agência. Antes de voltar à equipe da Wunderman, da qual foi diretor de arte há três anos, Ravagnani estava na Euro RSCG 4D. O criativo começou a sua carreira na DPZ, passando pela Publi/3 e pela Editora Abril. Já Eduardo Moliterno assume como diretor de criação para a área de Internet. O profissional, que era diretor de criação do Studio Tesla, também esteve à frente da equipe de criação da AOL e fez parte da Agência Click. NOVAS CONTAS A Ad.Agency firmou contrato com a CPM, uma das maiores empresas de tecnologia do país. Dentro do planejamento da nova conta, a agência pretende oferecer trabalho full-service alinhado à criação de uma nova linguagem visual para a marca CPM, explorando-a em vários segmentos da comunicação, como mídia impressa, online, material institucional, marketing promocional, além da comunicação internacional da empresa. A Salem inicia o ano com novos clientes. Após conquistar a conta do Banco Mercedes-Benz, a agência acaba de ser contratada pela Alameda Móveis, empresa que controla as marcas de móveis, design e decoração, Brentwood e Bless. A agência será responsável por toda a comunicação das duas marcas, incluindo o desenvolvimento de um Programa de Relacionamento com arquitetos e decoradores um dos principais públicos das lojas. A agência Sobral Marketing Direto foi contratada para realizar a qualificação e pesquisa junto a base de dados de prospects e clientes da Patri Empreendimentos Industriais, empresa especializada em construção de alta tecnologia. A Votorantim Metais, produtor de metais não-ferrosos do Brasil, escolheu a agência Sun MRM para realizar suas ações de marketing de relacionamento. A escolha foi realizada através de uma concorrência que envolveu outras três agências. De acordo com Alessandro Oliveira, profissional de Marketing que conduziu o processo de concorrência na Votorantim, o trabalho a ser implementado pela Sun MRM será direcionado a decisores e influenciadores, tanto prospects quanto clientes, dos mercados de construção civil e construção mecânica. LEITURA Buzz Marketing: sua marca na boca do cliente A Editora Pearson lança este mês, sob o selo Financial Times/Prentice Hall, o livro Buzz marketing: sua marca na boca do cliente. Escrita pelo destacado especialista francês em marketing Georges Chetochine, a obra oferece uma abordagem ampla e esclarecedora do buzz marketing - estratégia que vem revolucionando as campanhas de marketing nos últimos anos investigando teorias e casos de sucesso. Para tanto, o livro está organizado em três partes: a primeira é uma apresentação teórica do termo, a segunda é uma espécie de manual prático que orienta a elaboração de uma campanha de buzz e a terceira é um apanhado de estudos de casos e exemplos da aplicação do buzz marketing em situações que pareciam perdidas. Direcionado para profissionais que se interessam por marketing e, em particular, por comunicação de marketing, o livro dá dicas de como promover marcas, produtos e serviços de maneira criativa e inteligente. Marketing Direto 31 NOVOS ASSOCIADOS DA ABEMD EMPRESAS ANALYSIS MODELAGEM DE DADOS LTDA. Atividades: Conceituação e Estruturação de Bancos de Dados, Perfil Cadastral e Comportamental de Clientes, Segmentação Comportamental (Behavior Scoring), Modelos de Retenção e Recuperação de Clientes (Retention Models), Modelos de Elasticidade de Preço, Modelos de Potencialidade Geográfica, Modelos e Testes Estatísticos aplicados ao Marketing de Relacionamento, Fábrica de Modelos Estatísticos e Outsourcing de Recursos Estatísticos. Histórico: A Analysis é uma empresa de consultoria estatística há 10 anos no mercado. Sua principal característica é a utilização dos fundamentos e técnicas estatísticas, no apoio à geração de instrumentos que possibilitem um maior entendimento e gerenciamento do negócio. Localidades em que atua: Em todo o Brasil Nome do representante: Paula Baeta Site da empresa: www.analysismd.com.br e www.fabricademodelos.com.br ARTPLAN MAIS COMUNICAÇÃO Atividades: Full service: Marketing Direto, publicidade, promoção e eventos. Histórico: Fundada em 1968, uma das maiores agências com capital 100% brasileiro, foi a primeira agência com conceito full service no Brasil. Entende que o cliente precisa de comunicação, e comunicação engloba todas a ferramentas do marketing. Localidades em que atua: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Portugal e tem acordo com uma rede de agências em todos os países da América Latina e Espanha. Nome do representante: Sheila Esteves Site da empresa: www.artplan.com.br KWEAD.COM Atividades: O trabalho realizado pela agência inclui criação, design, programação e plano de posicionamento. As ações são realizadas de forma integrada, em um processo desenvolvido pela própria kwead.com denominado “Internet Intelligence”, que vai além da criação de um site, prevendo antes de tudo um trabalho de conceituação e posicionamento, identificando como determinada marca deverá se apresentar. A partir daí, surge o planejamento geral com uma “arquitetura de presença”, ou seja, entender como determinada marca pode aproveitar a Internet de acordo com os objetivos integrando sites, hotsites, parcerias, promoções, campanhas de captação, vendas e fidelizações. Para tanto, a kwead.com cria e produz sites, lojas online, campanhas de e-mail 32 Marketing Direto marketing e promoções. Desenvolve ainda newsletters, banco de dados, animações e sistemas em geral, incluindo gerenciamento de arquivos, cadastro e atualização para a Internet e também para as Intranets de empresas, além de ações e aplicativos de mobile marketing. Histórico: A kwead.com desenvolve, desde 2000, a gestão de projetos online nas etapas de planejamento, criação, produção e mensuração, com foco na geração de relacionamento contínuo entre empresas e consumidores. Localidades em que atua: Em todo o Brasil Nome do representante: Renato Sertório Site da empresa: www.kwead.com MAKRO KOLOR GRÁFICA E EDITORA LTDA. Atividades: Impressão de materiais gráficos em máquina off-set plana e impressão de dados variáveis em equipamento digital. Histórico: Contando com 25 anos de experiência e atuando no mercado gráfico promocional, a Makro Kolor detém uma estrutura simultaneamente ágil e racional, produto resultante da fusão de uma equipe profissional bem treinada e competente com um moderno e versátil parque industrial, portanto estamos habilitados a executar trabalhos com qualidade assegurada. Localidades em que atua: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nome do representante: Francisco Alberto de Queiroz Leite Site da empresa: www.makrokolor.com.br NEOCONNECT Atividades: Tratamento da base de dados, enriquecimento de listas de banco de dados, limpeza de banco de dados, qualificação de listas, locação de mailing list (on e off-line), envio de e-mail marketing, marketing de relacionamento, geomarketing, datamining, fullfilment e CRM. Histórico: Quem entende de relacionamentos sabe que a base do sucesso está na compreensão do ser humano. A Neoconnect, agência de Marketing de Relacionamento lançada em 1999, sabia disso quando começou, adicionou criatividade e estratégia e, assim, conquistou clientes como Bradesco, Canada Life, Wendler e BankBoston. Tamanhas conquistas não foram sem esforços. Além do talento dos seus profissionais, a forte estrutura da agência realiza ações de Database Marketing tais como: geomarketing, datacleasing, fulfillment, atualização e enriquecimento de banco de dados. Hoje, pertence a holding Neogroup e em parceria com a Epic Comunicação, agência de publicidade e propaganda do grupo. Localidades em que atua: Brasil e Estados Unidos Nome do representante: Alexandre Chumer Site da empresa: www.neogroup.com.br/neoconnect DEU NA Deu n ImprensA Marketing Direto A décima edição do Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica (ABIGRAF) publicou o artigo “Cada vez mais importante” de Efraim Kapulski, presidente da ABEMD. Efraim fez uma análise de como o Marketing Direto vem sendo utilizado cada vez mais pelas empresas brasileiras, que reconheceram o alto grau de eficácia que a ferramenta proporciona à comunicação empresarial. 10º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica (ABIGRAF) - 2005-2006 - página 66 Marketing Direto 33 Causos do Marketing Direto CASAL MARKETING DIRETO Por Jeffrey H. Costa Diretor e fundador da Acesso Direto Consultores, professor de Marketing Direto e de relacionamento da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (jeffrey@acessodireto.com) Era uma vez uma fornecedora de conversas que queria clientes ou, de forma mais simples, uma menina que queria um namorado. Depois de realizar uma análise SWOT, considerar o posicionamento dos concorrentes já estabelecidos no mercado, e o custo da propaganda, a menina decidiu que seria imperioso lançar mão de canais alternativos. Com acesso a uma lista qualificada para o objetivo, obtida por meio de uma ação em tudo semelhante a um member-get-member (irmãos de amigas do curso de inglês, isto é, com perfil sóciocultural e econômico semelhante e moradores de bairros próximos, do sexo masculino, idade conhecida) foi definida a ação de geração de prospects, via telemarketing ativo, uma vez que o database da menina já continha os telefones (de suas amigas). Com uma oferta atraente, a própria menina, e um script cuidadosamente criado, a conversão não demorou. Iniciou-se então, um bonito relacionamento que, por razões normais da idade, foi esfriando aos poucos até acabar. Alguns anos depois, um dos ex-prospects daquela ação havia virado fornecedor e identificou a antiga fornecedora de conversas como uma prospect atraente para seu objetivo (também namoro!). E buscou, então, contato utilizando a informação mais confiável que acreditava possuir: o endereço. Surgiu, assim, uma ação de mala direta, com utilização de brinde, para convidar a antiga fornecedora, agora prospect, para um evento, que tinha como objetivo reaproximá-los. O endereço, felizmente, ainda era válido e a ação gerou o resultado mensurável desejado. O evento em si também foi um sucesso, e dali surgiu um novo relacionamento que se prolonga até hoje. Nove anos depois, em 1994, foi formalizada uma sociedade (casamento), que continua a dar filhotes: em 1996, nascia uma empresa; oito anos depois, um menino. Esta é uma história real, que mostra como o marketing direto pode levar a um final feliz, mesmo quando o objetivo da ação é pouco ortodoxo! Isso tudo aconteceu comigo e com a Paula, minha sócia em “n” empreendimentos. A empresa é a Acesso Direto Consultores e o menino é o Ian, o primeiro consultor baby de que se tem notícia. Você também é convidado para ser colaborador da revista Marketing Direto. Compartilhe seus “Causos” com os leitores da revista e ajude a resgatar esse lado folclórico do Marketing Direto brasileiro. Escreva para: revista@abemd.org.br 34 Marketing Direto Ligue 0800 11 5111 ou acesse www.correios.com.br/entregadireta André Artagão e sua filha Clara não cobraram cachê. Entrega Direta S ENTREGA IO E R R O C SA O S “A GENTE U AS HISTÓRIA R A V E L A R E DIRETA PA FAZER PART A R A P O D QUE TÊM TU E VIDA DE MUITAS IA D DA HISTÓR FAMÍLIAS.” O Correios Entrega Direta já distribuiu milhões de objetos, com 99,85% de satisfação. Um grande resultado obtido junto a editoras de diversos tamanhos, em todo o País. Correios Entrega Direta. Conquistou o Brasil, vai conquistar você. nião, alivia aumenta a u a ia rs e v n o c ja em famíl “Uma boa roblemas, se ta Seleções, p e lv so re tensões, da Revis igos. E nós, o nosso ou entre am felizes de poder, com oca tr ito ficamos mu dar nessa importante r a ju c a fi , o ra lh a a p b , tra lho que a b a tr m e u d ria vida de idéias: ipar da histó recisava ic rt a p e to comple leiros, p z mais brasi n v io de cada ve c o m o s e rv iç o d e e ios a rre ri o e C rc o a s, da p Correio s o d s o ic exibilidade d e p e ri ó d ele, temos fl nline m o C a. et ir ento o Entrega D e rastream s até a casa s e õ ç ia c o nas neg blicaçõe ajeto das pu , de todo o tr inantes. Além disso zem ss a fa s e o u q ss e o n ad dos e qualid ço re p , dade.” o z li temos pra daptados à nossa rea a , a ç a diferen ções r de Opera to e ir D – o gã André Arta igest D rs e d a e R do
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