Sortie nationale le 12 juillet

Transcription

Sortie nationale le 12 juillet
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LISTE TECHNIQUE
TECHNICAL LIST
Ecrit et realisé par/Written and directed by
Décors et costumes/Art Direction
Image/Cinematographer
Son/Sound
Montage son/Sound editor
Mixage/Sound mixer
Montage/Editing
François Rotger
Va l é r i e M a s s a d i a n
George Lechaptois
Dana Farzanehpour
Thomas Robert
Olivier Dô Hùu
Nathalie Langlade
Julie Decondé
Musique originale/Original music
Dan Levy
Olivia Bouyssou
Supervision musicale/Music supervisor
Irina Lazareanu
Loïk Dury
Produit par/Produced by
To m D e r c o u r t , L e s f i l m s à u n d o l l a r
Coproduit par/Co-produced by
Ian Boyd, Les Films de l’Isle (Canada)
Stéphane Raymond, Aviva Communications (Canada)
Mariko Hirakawa, River Films (Japan)
Avec la participation de/With the participation of Le Centre National de la Cinématographie
Sodec etTéléfilm Canada
dans le cadre d’une co-production Canada-France
En association avec/In association with
Cofinova 1
Ve n t e s i n t e r n a t i o n a l e s / I n t e r n a t i o n a l s a l e s
Wild Bunch
1h28 - 35 mm - 1,85 - Dolby SRD - France, Canada, Japon - 2006 - français et japonais, sous-titres français - Visa n° 106 183
LISTE ARTISTIQUE
ARTISTIC LIST
Kohji
Viv
Akira
Hiroko Sando
Naoki Sando
Ta n n e r
Ve r a
Yu s u k e I s e y a
Gabrielle Lazure
Ryo Kase
Kumi Kaneko
Yo s u k e N a t s u k i
François Trottier
Ve r o u s h k a K n o g e
Graphisme .soazig petit.
w w w. t h e p a s s e n g e r - l e f i l m . c o m
Presse / Public Relations
M a k n a p r e s s e C h l o é L o r e n z i 1 7 7 r u e d u Te m p l e 7 5 0 0 3 P a r i s + 3 3 1 4 2 7 7 0 0 1 6 i n f o @ m a k n a - p r e s s e . c o m
Shellac 82 bd Ornano 75018 Paris +33 1 42 55 07 84 shellac@altern.org
Sortie nationale le 12 juillet
D i r e c t i o n A r t i s i q u e Va l é r i e M a s s a d i a n
dos
w w w. s h e l l a c - a l t e r n . o r g
synop
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Synopsis
Une impossible histoire d’amour.
Un père mêlé aux Yakusas.
Un homme accusé de vol et fuyant le Japon.
Une femme tétanisée par le temps qui passe.
Deux pays, deux cultures, le Japon et le Canada.
Vengeance.
Errance.
Une notion différente du courage, de la solitude...
An impossible love story.
A father is involved with the Yakusas.
A man is charged with robbery and flees Japan
A woman is petrified at the idea of time passing her by.
Two countries, two cultures, Japan and Canada.
Vengeance.
Errance.
A different notion of courage, of solitude…
Un thriller cachant dans ses méandres la complexité de ceux qui vivent comme ils peuvent.
Parce que ce qu’ils désirent et ce qu’ils obtiennent sont deux choses très différentes...
A thriller that divulges at every bend the ever so complex nature of those who live as best as they can.
Because what they ache for in life and what they get are two very different things…
KOHJI
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KOHJI dort dans la rue. Et la rue le nourrit. Depuis quand ? Depuis
toujours. Recueilli un temps par la mère d’HIROKO, il y retourne
q u a n d e l l e d i s p a r a î t , u n j o u r, s a n s p r é v e n i r. S a p l a c e n ’ e s t p a s d a n s
u n e m a i s o n , e n c o r e m o i n s d a n s l e l i t d ’ H I R O K O , s a p r e s q u e - s œ u r.
KOHJI vend ce qu’il a pour vivre, et il n’a que son corps. Il vit sûrement d’autres combines, l’histoire ne le précise pas, mais en le regardant voler cette voiture, j’imagine qu’il se débrouille. Je ne dis pas
qu’il est heureux comme cela. Il a construit sa vie autour de ses
m a n q u e s , e t ç a t i e n t à p e u p r è s d e b o u t . J u s q u ’ à c e j o u r, o ù i l e n t e n d
la voix d’HIROKO, trois ans après. Jusqu’à ce qu’une possibilité
d ’ a m o u r, c o m m e u n e p r o m e s s e … E t t o u t b a s c u l e .
Le monde de KOHJI est fragile, très exposé, il ira jusqu’au bout. Et
s’il va même au-delà de ce qu’on lui demande, c’est que pour lui, les
limites de ce qui se fait ou pas sont plus floues. Sa force, c’est de
t r a v e r s e r n o t r e m o n d e , t o u t e n c o n s e r v a n t s e s r è g l e s à l u i . Av e c s e s
y e u x d e P a s s e n g e r.
KOHJI
KHOJI sleeps in the streets. And the streets have always
f e d h i m . H o w l o n g h a s t h i s b e e n g o i n g o n ? F o r e v e r.
H I R O K O ’s m o t h e r t o o k h i m i n f o r s o m e t i m e ; h e w e n t
back to the streets the day she unexpectedly disappeared.
H i s p l a c e i s n ’ t i n a h o u s e , n o r i s i t i n h i s a l m o s t - s i s t e r ’s
b e d , H I R O K O . To s u r v i v e , K o h j i s e l l s w h a t h e h a s , a n d a l l
h e h a s i s h i s b o d y. H e p r o b a b l y l i v e s o ff o f o t h e r t r i c k s ,
t h e s t o r y n e v e r m a k e s t h a t c l e a r, b u t w h e n w e s e e h i m
s t e a l t h a t c a r, w e a s s u m e h e ’s p r e t t y r e s o u r c e f u l . I ’ m n o t
s a y i n g h e ’s f u l l y s a t i s f i e d l i v i n g t h e w a y h e d o e s . H e ’s
b u i l t h i s l i f e a r o u n d w h a t h e ’s m i s s i n g , a n d h e ’s s o m e w h a t
b e e n a b l e t o h o l d h i m s e l f t o g e t h e r.
Until three years down the road, when he will hear
H I R O K O ’s v o i c e a g a i n .
Until he catches a glimpse of love, like a promise… and
then everything is turned upside down.
K O H J I ’s w o r l d i s f r a g i l e , a n d v e r y e x p o s e d . H e ’ l l g o a l l t h e
way through with things. And if he goes beyond what was
o r i g i n a l l y a s k e d o f h i m , i t ’s b e c a u s e f o r h i m , t h e l i m i t s o f
what can be done or not are vague.
His strength is his ability to live in our world, while
h o l d i n g o n t o h i s o w n r u l e s . W i t h t h e e y e s o f a P a s s e n g e r.
Yu s u k e I s e y a s t a r t e d h i s a c t i n g c a r e e r i n 1 9 9 8 i n
H i r o z a k u K o r e - e d a ’s f i l m After Life. T h r e e y e a r s l a t e r h e
f e a t u r e d i n a n o t h e r o n e o f h i s f i l m s , Distance.
In 2003, he directed Kakutol, a wild comedy about
Japanese youth, produced by Kore-eda. He also played in
S o g o I s h i i ’s Dead End Run. I n 2 0 0 5 , h e s t a r r e d a s t h e m a i n
c h a r a c t e r o f t h r e e m o v i e s : Casshern b y K a z u a k i K i r i y a , The
Passenger b y F r a n ç o i s R o t g e r a n d K i c h i t a r o N e g i s h i ’s Yuki ni
negau koto. T h i s y e a r, h e i s s h o o t i n g Kiraware Matsuko no isshô,
Te t s u y a N a k a s h i m a ’s n e w p r o j e c t .
Yusuke Iseya commence sa carrière de comédien en 1998 sur le film After Life de Hirozaku Kore-eda,
avec lequel il tournera également Distance trois ans plus tard.
En 2003, il réalise KakutoI, comédie déjantée sur la jeunesse japonaise, produit par Kore-eda.
Il joue également dans Dead end Run de Sogo Ishii. Il tient le rôle principal dans Casshern de Kazuaki Kiriya, sorti en 2004.
En 2005, et il enchaîne trois films : The Passenger de François Rotger et Yuki ni negau koto de Kichitaro Negishi.
Cette année, il participe au tournage de Kiraware Matsuko no isshô, prochain film du réalisateur Tetsuya Nakashima.
( Yu s u k e I s e y a )
ENTRETIEN2
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Propos du réalisateur
Director’s note
( … ) Tw o c o u n t r i e s , J a p a n a n d C a n a d a , I m o s t l y f o c u s o n a «
gray zone » though. I was looking for an ideal suburb, both
i n d u s t r i a l a n d r e s i d e n t i a l . H o w e v e r, i t w a s i m p o s s i b l e t o f i n d
o n e i n F r a n c e . I n G e r m a n y, f o r e x a m p l e , i t e x i s t s , b u t n o t h e r e .
When the spectator loses his sense of geography between
J a p a n a n d C a n a d a , i t i s f i r s t a n d f o r e m o s t i n t e n t i o n a l , b u t i t ’s
also because this type of a suburb represents a certain
universal ugliness, and I liked the idea of losing people between
two countries.
(…) I lived in London and in Amsterdam for quite a few years,
l i v i n g o ff o f l i t t l e t r i c k s , b o u n c i n g f r o m h o t e l s t o s q u a t s . We
were a posse and Josh was the one who stood out the most. He
was the one girls liked the most, the one who always brought
back the most cash, the one who would meet a client once in a
w h i l e a t t h e t r a i n s t a t i o n s . H e w a s a l o n e r, l i k e To m o H i r o m y
childhood friend who disappeared one day without warning, and
w h o w a s t h e i n s p i r a t i o n f o r t h e m a i n c h a r a c t e r, K o h j i .
(…) I had to confront a cliché, the one that makes it impossible
for Japanese people to express their feelings, and of course the
i s s u e o f t h e l a n g u a g e b a r r i e r. I h a d t o r e m a i n c o n f i d e n t a t t i m e s
where only my intuition guided me. But everything became so
s i m p l e o n c e I w a s f a c e d w i t h K u m i ’s , Yu s u k e ’s , R y o ’s , a n d
N a t s u k i ’s w o n d e r f u l p e r s o n a l i t i e s … B e c a u s e n o t h i n g c r u m b l e s
more easily than a cliché, and from the first time I met them I
was surprised by their sincerity and the strength of their
c o n v i c t i o n s . We a l s o h a v e t o a d m i t t h a t b e t w e e n t h e f i r s t
e n c o u n t e r a n d t h e m o m e n t w e s h o t , a l m o s t t w o y e a r s w e n t b y,
like with Kumi for example. They took the time to impregnate
themselves with the characters they were playing; they had
things to say about these characters’ identities. In the end, I
only had to trust them, so that everything could come to life.
And concerning the language, I had blown that issue out of
proportion, like everyone does in the beginning. I’d written the
dialogue, I knew what they said, but in reality I was able to
distinguish whether or not it sounded right or wrong when I
didn’t stick to the words. A voice, a meaning, an emotion was
l e f t . T h a t ’s e s s e n t i a l t o m e .
(…)I think Gabrielle is totally conscious of what her physical
a s p e c t b r o u g h t o r t o o k a w a y f r o m h e r, a n d I f o u n d h e r i n c r e d i b l e
w h e n s h e l e t h e r s e l f g o , i n h e r g e n e r o s i t y. A n d q u i t e h o n e s t l y, I
t h i n k s h e w a s p r e t t y f a s c i n a t e d b y t h a t l a s t s h o t , p o s t - s u r g e r y,
where her face is all transfigured, striated with scars and
bandages.
The Passenger c’est un film plein de fantômes,
et là subsiste le spectre d’une chanson.
(...) Des deux pays, le Japon et le Canada, je retiens avant tout une " zone grise ". Je recherchais une sorte de banl i e u e i d é a l e , à l a f o i s i n d u s t r i e l l e e t r é s i d e n t i e l l e . O r, i m p o s s i b l e d e l a t r o u v e r e n F r a n c e . E n A l l e m a g n e , p a r e x e m p l e ,
elle existe, mais pas chez nous. Quand le spectateur perd ses repères entre Japon et Canada, d’abord c’est intentionnel, mais c’est aussi parce que ce type de banlieue représente une laideur universelle, et j’aimais bien l’idée de
perdre les gens entre deux pays.
(...) J’ai vécu plusieurs années entre Londres et Amsterdam, de petites combines, d’hôtels en squats. Nous étions
toute une bande et Josh était celui qui se distinguait le plus du groupe. Le préféré des filles, celui qui ramenait le
p l u s d ’ a r g e n t , à q u i i l a r r i v a i t d e f a i r e q u e l q u e s p a s s e s p r è s d e s g a r e s . U n s o l i t a i r e , c o m m e To m o H i r o m o n a m i d ’ e n fance qui a disparu un jour sans prévenir et qui a été la source d’inspiration du personnage principal, Kohji.
( . . . ) I l a f a l l u a ff r o n t e r u n c l i c h é , c e l u i d e l ' i m p o s s i b i l i t é p o u r l e p e u p l e j a p o n a i s à e x p r i m e r s e s s e n t i m e n t s , e t b i e n
s û r l a q u e s t i o n d e l a l a n g u e . I l a f a l l u g a r d e r c o n f i a n c e , p a r f o i s , q u a n d s e u l e m o n i n t u i t i o n p o u v a i t m e g u i d e r. M a i s
t o u t e s t d e v e n u s i m p l e e n f a c e d e c e s p e r s o n n e s m a g n i f i q u e s q u e s o n t K u m i , Yu s u k e , R y o , N a t s u k i … P a r c e q u e r i e n
ne s'écroule plus facilement qu'un cliché, et dès la première rencontre j'ai été surpris par leur franchise et par la
force de leurs convictions. Il faut dire qu'entre cette première rencontre et le tournage, il s'est écoulé jusqu'à deux
ans - pour Kumi, par exemple. Ils avaient pris le temps de s'imprégner de leur personnage, et ils avaient des choses
à dire sur l'identité de ces personnages.Finalement, je n'avais qu'à leur faire confiance, pour que tout cela prenne
vie. Quant à la question de la langue, je m'en faisais une montagne, comme tout le monde au début. Mais, j'avais
écrit ces dialogues, je savais ce qu'ils disaient, et en réalité je sentais d'autant mieux que ça sonnait vrai ou faux
quand je ne m'accrochais pas aux mots. Il me restait le ton, le sens, et l'émotion. Pour moi c'est l'essentiel.
(…) There are first and foremost constraints that dictate
an attitude ; constraints that we can impose on ourselves
: like the pressing desire to shoot a film, and like using
t h e c a m e r a o v e r t h e s h o u l d e r, w i t h n a t u r a l l i g h t i n g .
These decisions lead to all the others: there was therefore
a necessity to find beautiful almost already illuminated
places, spots with a sort of roundness and fullness.
(…) I was really unconfortable editing the action scenes in
The Passenger, b e c a u s e I w a s c o n v i n c e d t h a t n o o n e w o u l d
feel the violence of those moments. I was relieved to see
it worked. I wanted the spectator to feel this terrible
impression of waste. When the young yakusa kills a guy in
that industrial zone, I first thought I should film it close
up, but I finally opted for a wide-angle shot. Once we
added the sound, I was convinced I’d made the right
choice, I was sure it really hurt.
(…) When we talk about genre films, it is less than ever to
b e t a k e n l i g h t l y.
It’s unbelievable that more people
haven’t done more askew and “out of line” films. This
probably legitimate appetite for the pure genre film, I can’t
s a y t h a t I f a l l i n t o t h a t c a t e g o r y. T h e c a r i c a t u r e o f t h a t
genre, especially in France, astounds me. Instead of
building a bridge that goes in that direction, we’ve decided
to burn them all. I admit and recognize that I’ve created a
d i ff e r e n t a n d n o t e a s i l y c l a s s i f i a b l e f i l m , b u t i t ’s n o t
something I take advantage of.
I’d love to have a
cinematographic family to belong to, but I have a hard
time finding one, recognizing one.
(…) The opening shot of the greyhound race? Running,
p u n c t u a l l y, a f t e r a d e c o y, t h e n g o i n g b a c k i n t o y o u r b o x .
This sequence was shot in super 8 in London.
( … ) A t f i r s t , I w a s c o n v i n c e d I h a d t o h a v e I g g y P o p ’s s o n g
The Passenger i n m y f i l m . I ’ d l o v e d t h a t s o n g s o m u c h t h a t I
d i d n ’ t r e a l l y l i s t e n t o i t a n y m o r e . I n m y m e m o r y, i t w a s a
l o t s l o w e r a n d m o r e s o m b e r. W h e n I l i s t e n e d t o i t a g a i n , I
realized it was a really bouncy song, that I couldn’t really
use it in the film anymore.
B u t i t ’s o n l y n o r m a l t o g o b a c k t o r e f e r e n c e s l i k e t h a t .
The Passenger is a movie full of ghosts,
and here the specter of a song lives on.
(...) Je crois que Gabrielle est totalement consciente de ce que son physique lui a amené et de ce que son physique
lui a repris, et je la trouve incroyable dans l’abandon, dans la générosité. Et honnêtement, je pense qu’elle était
assez fascinée par son dernier plan, post-chirurgie, où elle a le visage démoli, strié par les cicatrices et les pansements.
(...) Il y a avant tout des contraintes qui dictent une attitude, des contraintes que l’on peut s’imposer : le désir impérieux de tourner en film, à l’épaule, en lumières existantes (naturelles).
Ces partis pris entraînent tous les autres : il y avait donc nécessité de trouver des endroits beaux presque déjà éclair é s , d e s e n d r o i t s a v e c u n e e s p è c e d e r o n d e u r, d e j u s .
( . . . ) J ’ é t a i s t r è s m a l à l ’ a i s e p o u r m o n t e r l e s s c è n e s d ’ a c t i o n d e The Passenger, c a r j ’ é t a i s p e r s u a d é q u e p e r s o n n e n e
sentirait la violence de ces moments-là. J’étais rassuré de voir que ça fonctionne. Je voulais que les spectateurs ressentent cette terrible impression de gâchis. Quand le jeune yakusa tue un type dans cette zone industrielle, j’avais
d’abord pensé tourner de près et j’ai finalement gardé un plan très large. Une fois qu’on a rajouté le son, j’étais sûr
de mon choix, sûr que ça faisait vraiment mal.
(...) Quand on parle de film de genre, c’est moins que jamais à prendre à la légère. Ça me semble invraisemblable
q u ’ o n n e f a s s e p a s p l u s d e f i l m s " d e t r a v e r s " . C e t a p p é t i t , p r o b a b l e m e n t l é g i t i m e , p o u r l e f i l m d e g e n r e p u r, n o n , j e
n e p e u x p a s m ’ e n r é c l a m e r. L a c a r i c a t u r e q u e l ’ o n e n f a i t , p a r t i c u l i è r e m e n t e n F r a n c e , m e s i d è r e . A u l i e u d e b â t i r d e s
passerelles, on décide de brûler tous les ponts. Je revendique d’avoir fait un film à part, mais ça n’est pas quelque
c h o s e d o n t j e p r o f i t e . J ’ a i m e r a i s b i e n a v o i r u n e f a m i l l e à l a q u e l l e m e r a t t a c h e r, m a i s j ’ a i d u m a l à l a t r o u v e r, à l a
reconnaître.
( … ) L e p l a n g é n é r i q u e d e l a c o u r s e d e l é v r i e r s ? C o u r i r, p o n c t u e l l e m e n t , a p r è s u n l e u r r e , p u i s f i n i r p a r r e n t r e r d a n s
son box. Cette séquence a été tournée en super 8 à Londres .
( … ) A u d é p a r t , j ’ é t a i s p e r s u a d é q u ’ i l m e f a l l a i t a b s o l u m e n t l a c h a n s o n d ’ I g g y P o p The Passenger d a n s l e f i l m . M a i s d ’ u n
a u t r e c ô t é , c e t t e c h a n s o n , j e l ’ a v a i s t e l l e m e n t c h é r i e q u e j e n e l ’ é c o u t a i s p l u s t e l l e m e n t . D a n s m o n s o u v e n i r, e l l e
était beaucoup plus lente, plus sombre. En la réécoutant, je me suis rendu compte que c’était une chanson très sautillante, que je n’arrivais plus à inclure dans le film.
Mais c’est normal d’en appeler à des références.
araki3
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I wanted Ryo Kase to play the role of AKIRA. He has a fragility and
s o f t n e s s i n h i s m o v e m e n t s t h a t I l i k e f o r t h i s c h a r a c t e r. A K I R A’s
violence is more strongly felt, because it comes from a boy
seemingly so gentle. There is also a certain finesse in his way of
approaching the role, an honesty I appreciate. AKIRA is someone
no one ever talks about, who is alone with his violence.
Someone who wants to interrogate the man accused of cheating
his uncle, and who kills him before he can even speak. And when
h e w a n t s t o f e e l t h e w a r m t h a n d s o f t n e s s o f a g i r l ’s b o d y,
e v e r y t h i n g i s t r a n s f o r m e d i n t o f o l l y, c r i e s a n d b l o o d .
AKIRA (Ryo Kase)
J’ai voulu Ryo Kase pour le rôle d’AKIRA. Il a une fragilité
et une douceur dans ses gestes, qui me plaisent pour ce
personnage. La violence d’AKIRA, est d’autant plus forte
qu’elle vient d’un garçon a priori si doux. Il y a aussi une
finesse dans sa manière d’aborder son rôle, une honnêteté que j’apprécie. AKIRA, c’est celui dont personne ne
parle, qui est seul avec sa violence. Qui veut questionner
un homme accusé de voler son oncle, et qui l’assassine
a v a n t q u ’ i l a i t l e t e m p s d e p a r l e r. E t q u a n d i l v e u t s e n t i r l a
chaleur et la douceur d’un corps de fille, tout bascule dans
la folie, les cris et le sang.
A p r è s a v o i r p a r t i c i p é a u t o u r n a g e d e p l u s i e u r s l o n g - m é t r a g e s , R y o K a s e o b t i e n t s o n p r e m i e r g r a n d r ô l e d a n s Antena d e K a z u y o s h i K u m a k i r i e n 2 0 0 4 ( S é l e c t i o n n é à l a 6 0 e M o s t r a d e Ve n i s e ) . I l t o u r n e r a e n s u i t e a v e c H i r o k a z u K o r e - e d a d a n s Nobody
Knows, r e m a r q u é a u F e s t i v a l d e C a n n e s e n 2 0 0 4 , q u i l e r e p r e n d r a p o u r Hana Yorimo Naho, f i l m e n c o s t u m e s q u i e x p l o r e l e m o n d e d e s s a m o u r a ï s d e l ’ è r e E d o , t o u r n é e n 2 0 0 5 . E n 2 0 0 6 , i l t o u r n e d e u x l o n g - m é t r a g e s a v e c K i y o s h i K u r o s a w a ( Sakebi t i t r e p r o v i s o i r e , e t Gakkou no Kaidan Special) , a v e c l e q u e l i l a v a i t d é j à f a i t Bright Future e n 2 0 0 3 . I l a é g a l e m e n t p a r t i c i p é a u t r è s r e m a r q u é The Taste of Tea d e K a t s u h i t o I s h i i e n 2 0 0 4 .
I l t i e n t u n d e s d e u x r ô l e s p r i n c i p a u x d u p r o c h a i n f i l m d e C l i n t E a s t w o o d Red Sun, Black Sand.
A f t e r h a v i n g p l a y e d a s e r i e s o f s m a l l e r r o l e s i n p r e v i o u s f e a t u r e f i l m s , R y o K a s e ’s f i r s t b i g p a r t c a m e i n 2 0 0 4 i n K a z u y o s h i K u m a k i r i ’s m o v i e Antena. H e t h e n p l a y e d i n H i r o k a z u K o r e - e d a ’s f i l m Nobody Knows, n o t i c e d a t t h e 2 0 0 4 C a n n e s F i l m F e s t i v a l . H e i s n o w w o r k i n g
o n t h e f i l m m a k e r ’s n e w p r o j e c t , Hana Yorimo Naho, a p e r i o d p i e c e s e t i n t h e w o r l d o f s a m u r a i s i n t h e E d o e r a . T h i s y e a r, h e i s a l s o s h o o t i n g t w o f e a t u r e f i l m s w i t h K i y o s h i K u r u s a w a ( Sakebi - p r o v i s i o n a l t i t l e , a n d Gakkou no Kaidan Special) . H e p r e v i o u s l y w o r k e d w i t h t h i s
d i r e c t o r i n 2 0 0 3 i n Bright Future. H e h a s a l s o p a r t i c i p a t e d i n K a t s u h i t o I s h i i ’s h i g h l y a c c l a i m e d 2 0 0 4 f i l m The Taste of Tea.
H e i s o n e o f t h e t w o m a i n p r o t a g o n i s t s i n C l i n t E a s t w o o d ’s n e x t p r o j e c t Red Sun, Black Sand.
2fem
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1:48
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VIV (Gabrielle Lazure)
On voudrait dire à VIV qu’elle est magnifique. On voudrait sentir son cœur battre, même serré sous un chemisier en
Dacron beige. On admire son corps, cette machine docile, qu’elle mène apparemment où elle veut, en force.
Mais quelque chose ne fonctionne pas, elle le sent. Et tout se fige, de la pointe de ses cheveux couverts de laque
jusqu’au bout de ses ongles vernis. VIV se tient droite. VIV se maintient. VIV se structure avec les peurs de son
époque.
V I V e s t u n e c o n s t r u c t i o n f r a g i l e , q u ’ i l f a u t s a n s c e s s e v é r i f i e r d ’ u n c o u p d ’ œ i l d a n s l e m i r o i r.
On l’aperçoit pourtant dans son appartement, sans vie, un vrai sourire aux lèvres, la beauté qu’on devinait, qu’on
a t t e n d a i t . Av a n t q u e l a p e u r n e s e r e f e r m e s u r e l l e . Av a n t q u ’ e l l e n e r é a l i s e q u e c e q u i s e r a s a d e r n i è r e h i s t o i r e
d ’ a m o u r n ’ a u r a d u r é q u ’ u n e s e m a i n e . Av a n t q u ’ e l l e n ’ e ff a c e d e s o n v i s a g e l e s t r a c e s d e s e s r i r e s e t d e s e s l a r m e s à
grands coups de bistouri.
We would like to tell VIV she’s beautiful. We would like to feel her heart beat, even confined under a beige polyester blouse. We admire her
body, this docile machine that she forcefully carries where she wants. But something isn’t going right, and she can feel it. Everything is
tensing up, from the ends of her hairspray-covered hair to the tips of her painted nails. VIV holds herself up right. VIV holds herself together.
VIV structures her life around today’s fears. VIV is a fragile ephemeral construction; a quick glimpse of her in the mirror is necessary, just
to make sure she is still there. We do catch a glimpse of her though, in her apartment, a sincere smile drawn across her face, it’s the beauty
we haphazardly guessed, that we expected. Right before the fear closes in on her. Right before she realizes that her last love story would
only last a week. Right before she let a scalpel erase from her face the traces of laughter and tears.
G a b r i e l l e L a z u r e f a i t s e s d é b u t s a u c i n é m a d a n s La Belle Captive d e R o b b e - G r i l l e t e n 1 9 8 3 . P u i s e l l e s e r é v è l e a u
g r a n d p u b l i c d a n s La Crime d e P h i l i p p e L a b r o , e t t o u r n e Sarah d e M a u r i c e D u g o w s o n . D e s a c a r r i è r e r i c h e d ’ u n e v i n g t a i n e d e l o n g - m é t r a g e s , n o u s p o u v o n s é g a l e m e n t c i t e r Noyade Interdite d e P i e r r e G r a n i e r - D e f e r r e e n 1 9 8 7 , Les Rivières
Pourpres 2 d ’ O l i v i e r D a h a n e t Agents Secrets d e F r é d é r i c S c h ö n d o r f e r e n 2 0 0 3 e t e n f i n C’est beau une ville la nuit d e R i c h a r d
Bohringer en 2006.
Gabrielle Lazure’s film debut was in Robert-Grillet’s 1983 film La Belle Captive. She gained critical acclaim in Philippe Labro’s La Crime. She
then later played in Sarah directed by Maurice Dugowson. Among her more than twenty feature films, we can also cite Pierre GranierDeferre’s 1987 movie Noyade Interdite, Olivier Dahan’s Les Rivières Pourpres 2 and Frédéric Schöndorfer’s Agents Secrets in 2003 and most recently
in 2006, C’est beau une ville la nuit directed by Richard Bohringer.
HIROKO (Kumi Kaneko)
C h e z H I R O K O , i l y a t o u j o u r s q u e l q u e c h o s e e n m o u v e m e n t . E l l e d é c o u v r e l e s c o n t r a d i c t i o n s d e s o n c œ u r, t o u j o u r s e n
é q u i l i b r e i n s t a b l e . Av e c u n c e r t a i n g o û t p o u r l ’ i n t e r d i t , e t l e d a n g e r. S o n a m o u r p o u r K O H J I , l ’ a t t r a i t s o m b r e e t f a t a l
d’un AKIRA, toutes ces émotions se mêlent dans un chaos qui ne lui convient finalement pas si mal.J’avais besoin,
p o u r i n c a r n e r c e t t e j e u n e f i l l e i n t e n s e e t d i ff é r e n t e , d ’ u n e n o u v e l l e t ê t e , d ’ u n e a c t r i c e t o u t e n e u v e , l o i n d u c l i c h é l o l i con de la schoolgirl à la tête vide qu’on propose souvent au Japon. Kumi Kaneko a une présence très forte, souvent
trop forte pour le marché japonais, et elle pose des questions incroyablement directes. Ce n’est pas souvent apprécié.
Et puis il y a dans son visage presque enfantin une gravité qui en impose. Je la trouve très proche d’HIROKO, naturellement.
Elle est totalement nouvelle à l’écran.
In HIROKO, there is always something in movement. She is discovering the contradictions of her heart, always in an unstable balance. With
a certain taste for what is forbidden, for danger. Her love for KOHJI, her somber and fatal attraction for AKIRA, all these emotions and the
chaos of the situation seem to somehow suit her in the end. I needed somebody new to incarnate this intense and different heroine, a fresh
face, a new actress, removed from the air-headed schoolgirl lolicon cliché so often presented to us in Japan. Kumi Kaneko has a strong
presence, often too strong for the Japanese market, she asks some extremely blunt questions. That often isn’t appreciated. And there is
also in her child-like features a certain gravity that imposes itself. I naturally find her very similar to HIROKO.
She is totally new to the big screen.
pere
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1:44
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NAOKI SANDO (Yosuke Natsuki)
NAOKI SANDO aime les courses. Il ne se passionne pas pour un Pur-Sang anglais ou arabe, pour un Grand-Prix chic.
Non. NAOKI SANDO aime les courses, à une plus petite échelle, son échelle à lui. Petit comptable discret, il attend son
heure, comme le chien dans sa cage.
Il attend le signal du départ, un coup de feu comme un meurtre. Pas pour un Trophée prestigieux, non, juste une petite
récompense, juste une petite course, c’est tout.
Un petit challenge, qui se présente un jour, une petite occasion de se dire : Maintenant. Vas-y.
Une possibilité de régler quelques dettes, quelques comptes aussi.
Avec KOHJI, ce type qui vit dans la rue, et dort dans le lit de sa fille.
Avec la vie, qui lui a pris sa femme et sa fierté.
NAOKI SANDO likes races. He isn’t interested in British or Arab purebreds nor in a chic Grand-Prix. No. NAOKI SANDO likes
races, but at a smaller scale, his own scale. He is a discreet little accountant; he is waiting for his time, like a dog in his cage. He
is waiting for the signal; it could be a gunshot like it could be a murder. But not for a prestigious Trophy, no, just for a little
compensation, just a little game, that’s it.
A challenge that suddenly presents itself one day, a chance to tell yourself: ‘Now, go for it’
An opportunity to settle one’s debts, among other things.
With KOHJI, this street urchin who sleeps in his daughter’s bed.
With life, a life that took his wife and pride away from him.
Yosuke Natsuki est un acteur populaire au Japon, qui a commencé sa carrière dans les années 60. Il a tourné plus de
120 films pour le cinéma ou la télévision, principalement des films de guerre, de catastrophe ou des comédies. Il a également participé à la série Shogun avec Richard Chamberlain et Toshiro Mifune en 1980… En 1985 il joue dans Godzilla
de Koji Hashimoto. À citer également Private Lessons 2 de Seiji Izumi en 1993 ou Round 1 de Daiki Yamada en 2003.
Yosuke Natsuki is a well-known actor in Japan, who started his film career in the 1960’s. He has been in more than 120 television
or feature films, mostly war or action movies and comedies. He also participated in the series Shogun with Richard Chamberlain and
Toshiro Mifune in 1980… In 1985 he played in Koji Hashimoto’s Godzilla. Also worth noting is his work in Seiji Izumi’s 1993 Private
Lesson 2 and in Daiki Yamada’s 2003 film Round I.
BIO TOUS
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George Lechaptois
(chef opérateur / cinematographer)
Chef Opérateur depuis vingt ans, il collabore avec de nombreux auteurs au
style très travaillé et à l’esthétisme très personnel. Que ce soit avec Bruno
Dumont sur Twentynine Palms, Bourlem Guerdjou sur Vivre au Paradis ou Antoine
Desrosières sur A la belle Étoile et Banqueroute.
(…) J'aime beaucoup le travail à l'épaule de George. Cette décision de tourner à l’épaule, je l’ai prise seulement après m'être arrêté sur le choix du chef
opérateur. Je ne cherche pas à m'approprier une écriture visuelle, d'ailleurs
bien ordinaire aujourd'hui, le "tout tourné à l'épaule". Dans le minibus qui
emportait le matériel, il y avait bien un trépied, et même plusieurs. Et ni lui ni
moi n'aurions hésité à les sortir du van et George aurait sûrement apprécié
de pouvoir se reposer un instant. Mais, plan après plan, il a su adapter sa
manière de tourner à l'épaule, et donc nous avons filmé comme cela, jusqu'au bout. Et ce que je retiens de mon expérience de photographe, c'est
cette capacité à vraiment dialoguer avec mon opérateur, et en quelques
mots, en quelques gestes, on se comprend.
Va l é r i e M a s s a d i a n
As a director of photography for more than twenty years, he has collaborated
with a number of directors who demonstrate a very personal style and form of
estheticism (With Bruno Dumont on Twentynine Palms, Bourlem Guerdjou on Vivre
au Paradis, Antoine Desrosières on A la belle Étoile and Banqueroute.)
(…) I really like George’s over the shoulder work. I only decided to film over the
shoulder once I knew who my director of photography was. I’m not looking to
appropriate myself some kind of visual dialogue, which to be quite honest is very
banal today, the “everything shot over the shoulder” thing. In the minibus that
brought over the equipment, there was a tripod, and even several. And he nor I
would have ever hesitated to take them out of the van and George might have
even appreciated it because he could have rested for a moment. But, take after
take, he learned how to adapt his way of shooting over the shoulder, and we just
filmed like that all the way through the end. And what I can still use from my experience as a photographer, is this great capacity to communicate with my D.P.
through just a few words, in a few gestures, we understand each other.
F r a n ç o i s R o t g e r ( auteur, réalisateur / author, director)
Etudiant aux Art Déco puis aux Beaux Arts, il démarre une carrière de journaliste freelance et photographe au New York Magazine en 1987. Au début des
années 90, il se lance dans la réalisation de portraits et de reportages pour
des magazines tels que The Face (UK), L'Egoïste (France), New York Magazine
(US), Tokyo Dune Shimbun (Japon) ou Vogue. Il expose ses travaux photographiques et cinématographiques au " 3rd International Portrait Festival de
Seoul " et au " 25 ans du Tokyo Dune Shimbun ". En 2003, il se lance dans
la réalisation. 74 km avec elle, avec Bambou dans le rôle principal, est son premier court-métrage. Puis il tourne JAN en 2004, avec Jeanick Gravelines,
court-métrage de 20 minutes. The Passenger est son premier long-métrage. Il
est actuellement en écriture de son second long-métrage, Story of Jen.
After studying at the Art Déco school and then the Beaux Arts, he started his
professional career as a freelance journalist and photographer for the New
York Magazine in 1987. In the early 90’s, he started doing portraits and photo
documentaries for magazines like The Face (UK), L’Egoïste (France), New York
Magazine (US), Tokyo Dune Shimbun (Japan) and Vogue. He has also shown his
photo and film work at the “3rd International Seoul Portrait Festival” and at
the “25 year anniversary of the Tokyo Dune Shimbun”. In 2003, he started
his career as a film director. 74 km avec elle, starring Bambou in the main role
is his first short film. He went on to shoot a 20 minutes short film, JAN, in
2004 with Jeanick Gravelines. The Passenger is his first feature film. He is
currently writing his second feature film, Story Of Jen.
(directrice artistique / artistic director)
Après ses études, elle passe six mois à Tokyo puis 2 ans à New York où elle
collabore avec différents fanzines/magazines (photos-écriture). A partir de
1990, elle travaille pendant plus de 10 ans avec le créateur Jean Colonna
sur la création des collections, l’organisation des défilés et autres projets. De
2001 à 2003, elle collabore avec Nan Goldin. Elle réalise la scénographie et
l’éditing de la rétrospective DEVIL’S PLAYGROUND (Beaubourg/Paris,
Whitechapell/Londres, Musée d’Art Contemporain/Madrid, Fondation
Serralves/Porto, Castello di Rivoli/Turin, Centre d’Art Contemporain
Ujazdowski Castel/Varsovie), ainsi que l’éditing du livre aux Editions Phaïdon
et le diaporama Heartbeat dont la musique est signée Björk. Elle réalise
divers diaporamas - Too late at night / 7’ - Mary go Round / 3’ - The Link / 2’ projetés à la Galerie Whitechapel / Londres et Fondation Serralves 2006 - Journal
de Bord du film The Passenger. Puis un court-métrage en 2004 N’habite plus à l’adresse indiquée / 12’. Sur le film de François Rotger, elle s’est occupée des costumes et des décors, et travaille actuellement sur le film de Michelange Quay
Mange, ceci est mon corps.
(...) J’ai rencontré Valérie, qui est créditée comme directrice artistique, sur un
film de Sylvie Veyrhède. Je me suis alors rendu compte que nous avions en
commun la cinéphilie, une passion du contenu et une véritable affinité visuelle.
After her studies, she spent six months in Tokyo and then two years in New
York where she collaborated with different fanzines/magazines (photography
and editorial work). As of 1990, she worked for more than ten years with the
designer Jean Colonna on the creation of his collections, the organization of
his runways shows and other projects. From 2001 to 2003, she collaborated
with Nan Goldin. She did the scenography and editing for the retrospective
DEVIL’S PLAYGROUND (Beaubourg/Paris, Whitechapel/Londres, Contemporary
Art Museum/ Madrid, Serralves Foundation/ Porto, Castello di Rivoli/ Turin,
Contemporary Art Center Ujazdowski Castel/Warsaw). She has done various
slide shows - Too late at night / 7’ - Mary go Round / 3’ - The Link / 2’ projected at
the Whitechapel Gallery / London and Serralves Foundation 2006 - and most
recently a “log book” slide show for the film The Passenger. She also wrote,
directed and produced a short entitled N’habite plus à l’adresse indiquée / 12’ in
2004. She was the artistic designer (costumes/set) on François Rotger’s film,
and she is currently working on Michelange Quay’s film Mange, ceci est mon
corps.
(…) I met Valérie who I knew in the past had been credited as the artistic
director on one of Sylvie Veyrède’s films. I then realized we mutually loved
film; we have a true passion for content and a real visual affinity.
Dan Levy
To m D e r c o u r t
(compositeur / composer)
Dan Levy est un jeune compositeur dans l’industrie du film. Musicien autodidacte, son expérience dans la création contemporaine est déjà prolifique,
que ce soit pour le théâtre, la danse, des court-métrages, ou l’arrangement
et la production de disques. En collaboration avec Olivia Bouyssou il compose les musiques de plusieurs long-métrages tels que Camping Sauvage de
Christophe Ali et Nicolas Bonilauri (2006) et L’Empire des Loups de Chris Nahon
(2005).
Dan Levy is a young composer in the film industry - as a self- taught musician his experience in contemporary creation is already quite prolific- whether it be for the theater, dance, film shorts, national sporting events, or the
arrangement and production of music albums. In collaboration with Olivia
Bouyssou, he has composed the music of various feature films such as
Camping Sauvage directed by Christophe Ali and Nicolas Bonilauri (2006) and
L’Empire du Loups directed by Chris Nahon (2005).
Son travail a récemment été récompensé pour la bande originale de The
Passenger au Festival Premiers Plans d’Angers ainsi qu’à Aubagne.
He was recently awarded for the original sound track of The Passenger at the
Festival Premiers Plans in Angers (France) as well as in Aubagne (France).
(producteur / producer)
Tom Dercourt a créé Les films à un dollar en 1996 avec son frère Denis
Dercourt. Il s’attache à construire une véritable continuité de travail avec
ses auteurs. Que ce soit avec Denis Dercourt (entre autres Lise et André, Mes
enfants ne sont pas comme les autres et La Tourneuse de pages en co-production
avec Diaphana films), avec Christophe Ali et Nicolas Bonilauri (Le Rat et
Camping Sauvage) ou Michelange Quay (L’évangile du cochon créole (court métrage) - Mange, ceci est mon corps (long-métrage en tournage)). Producteur de The
Passenger, il travaille actuellement au développement du prochain film de
François Rotger Story of Jen. Il y a trois ans, il s'est associé avec Thomas
Ordonneau pour créer Shellac, société de distribution avec laquelle ils ont
sorti dans les salles de cinéma plus d'une vingtaine de films ambitieux et originaux dont Le Monde vivant de Eugène Green, Adieu de Arnaud des Pallières,
Vénus et Fleur de Emmanuel Mouret, La Blessure de Nicolas Klotz.
Tom Dercourt created Les films à un dollar in 1996 with his brother Denis
Dercourt. He is dedicated to constructing a durable relationship with every
one of the directors he works with. This has been the case with Denis
Dercourt (who did Lise et André, Mes enfants ne sont pas comme les autres et La
Tourneuse de pages in co-production with Diaphana films), with Christophe Ali
and Nicolas Bonilauri (Le Rat and Camping Sauvage) and Michelange Quay
(L’évangile du cochon créole (short) - Mange, ceci est mon corps (feature film currently
in production)). Producer of The Passenger, he is currently working on the
development of François Rotger’s next feature film, Story Of Jen. Three years
ago, he created Shellac, a distribution company, with Thomas Ordonneau.
They have released more than twenty ambitious and original films such as
Le Monde vivant by Eugène Green, Adieu by Arnaud des Pallières, Vénus et Fleur
by Emmanuel Mouret, and La Blessure by Nicolas Klotz.